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OPINIÃO

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ENFOQUE

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FOCO: LOCALIZAR PARA AVANÇAR!

POR SANSÃO CADENGUE DA SILVA

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Em economia muito se fala nos termos bens de capital, bens de produção e bens de consumo. Apenas refrescando a memória, um bem é tudo aquilo que pode satisfazer uma necessidade pessoal ou particular.

Os bens de consumo são os bens produzidos pelo homem e destinados ao consumo das pessoas, e estão divididos em duráveis, semiduráveis e não duráveis. Os não duráveis são aqueles feitos para serem consumidos imediatamente, como alimentos (sorvetes, chocolate). Os duráveis são aqueles que podem ser utilizados várias vezes durante longos períodos, como um automóvel, e os semiduráveis podem ser considerados os calçados, roupas, que se desgastam com o tempo.

Os bens de capital são bens intermediários, como equipamentos, máquinas e instalações, necessários para a produção de outros bens e mercadorias. Portanto, um bem de capital pode ter enorme utilidade para determinadas demandas da sociedade. As empresas que produzem os bens de capital são de fundamental importância na construção da riqueza de um país, pois todas as necessidades tecnológicas e de infraestrutura que usufruímos na atualidade dependem de fábricas que produzam equipamentos confiáveis e de ótima qualidade.

Raríssimos são os países que tem independência total na produção de bens de capital, havendo na grande maioria das nações a operação de importação de bens de capital. Essa operação de importação é, frequentemente, complexa por uma série de fatores, dentre eles necessidades funcionais do equipamento, questões comerciais, logística internacional, requisitos jurídicos, apenas para mencionar alguns. Considerando que, geralmente, os bens de capital são mercadorias de elevado valor, é determinante que precauções devam ser cumpridas com muito rigor, de forma a não gerar prejuízos desnecessários e de grande monta.

No Brasil, essas operações são ainda reguladas pela descrição e classificação fiscal dos bens, licenciamentos não-automático das importações e regimes tributários.

Plagiando o trecho de Erwin Franieck, publicado nesta seção na edição 96, há necessidade de “recuperar cadeias industriais relevantes no Brasil, integrando-as no contexto global, propósito que vai além de interesses de classes, entidades ou mesmo individuais. Para preparar um cenário futuro que possa nos dar novas e boas perspectivas, é necessária a percepção das associações e suas instituições representadas, juntamente com seus empresários, sobre a necessidade de se priorizar além do caixa do mês também a visão estratégica de médio e longo prazos. E é aqui que precisamos ser muito efetivos na geração das condições para alcançarmos êxito no propósito maior: salvar nossas Cadeias Produtivas. Da matéria prima ao produto no mercado global”.

Na CSFM - Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos trabalhamos firme nesta direção. De mãos dadas com outras entidades representativas, em especial com a ABINFER - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, articulamos, defendemos e construímos propostas de uma verdadeira política industrial para o setor de ferramentaria, permitindo vislumbrar um setor forte, crescente e competitivo em nível mundial.

A grande competência da indústria nacional de moldes e matrizes precisa ser melhor e mais intensamente explorada e aproveitada, a partir do direcionamento das encomendas para a produção local e simultânea modernização do seu parque fabril e capacitação profissional dos técnicos e empresários.

Localizar a produção para avançar no crescimento é o foco.

Sansão Cadengue da Silva

Presidente CSFM/ABIMAQ csfm@abimaq.org.br

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