:: REVISTA FORÇA EDIÇÃO JUNHO 2012 ::

Page 1

www.revistaforรงa.com.br

ano II . nยบ 16 . junho de 2012

R$ 7,50

junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

1


2 • R evista Força • junho de 2012


junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

3


4 • R evista Força • junho de 2012


junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

5


Indica Revista Força

Porções Nyã Baobá Forneria e Restaurante Rua Fortunato Faraone, 450 - Jd. Girassol, Americana 19

3648.8000

Churrascaria /Pizzaria O Casarão

Rua Guaianazes, 1779 - Sta. Rita Santa Bárbara D’Oeste - SP

3455.2540 ou 3462.8784 www.ocasarao.com.br 19

Massas Artesanalli Massas & Molhos Rua Padre Almeida, 735 - Cambuí Campinas - SP

3255.5392 www.artesanalli.com.br 19

À La Carte Empório Dona Margarida

Rua Treze de Maio, 434 - Centro Santa Bárbara d’Oeste 19

6 • R evista Força • junho de 2012

36287002


Indica Revista Força

Parmegiana Restaurante Castelo

Av Monte Castelo 499 - Centro Santa Bárbara d’Oeste - SP 19 3463.1144

Petiscos Seu Zezinho Av.Ampélio Gazzeta, 433 - Jd.Europa - Nova Odessa - SP 19 3466.7668

www.seuzezinho.com.br

Picanha na Tábua Restaurante do Romeu Rua José Maria Mirnda, 162 - Sumaré 19 3883.2322

Frutos do Mar Cachaçaria Brasili’s Rua Graça Marins - 08 - Centro - Santa Bárbara d`Oeste 19 3455.4210

junho de 2012 R evista Força •

7


Índice Edição 15 | Ano 2

6 | Revista Força Indica 10 | Entrevista Rogério Bosco Especial Capa 14 | Beleza Extra 20 | Rápidas

Economia 22 | De endividado à investidor em 60 dias

Dicas de Construção 26 | Vizinhos em trégua Capa

14

beleza extra com A lessandra Linder

Jurídico 32 | Assistência e Homologação de Rescisão de Contrato de Trabalho

Turismo 35 | O amor está no ar Entrevista Rogério Bosco

10

Comportamento 38 | Comportamento - Altruísmo é a receita do sucesso 48 | Uma imagem fala mais que mil palavras 50| A melhor idade 8 • R evista Força • junho de 2012


Índice Moda 44 | Moda e Sustentabilidade Tecnologia

54

Cuide bem do seu e-mail

Personalidades 52 | Vinícius Furlan gastronomia

57 | receita do sucesso 59 | A história do ravióli

Saúde 69 | A queda de braço do “Ato Médico” Esporte 62 | Drama Garra Emoção Histórias de minha vida 73 | O dono da Picanha

Orações 77 | Salmo 43

junho de 2012 R evista Força •

9


Entrevista

‘‘

Rogério Bosco

SANTA BÁRBARA POSSUI ÓTIMAS PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DEVIDO À LOCALIZAÇÃO

‘‘

Santa Bárbara d’Oeste possui hoje mais de 550 indústrias responsáveis pela metade dos empregos gerados. Os setores têxtil, confecções, metal-mecânico e máquinas e equipamentos empregam 78,87% da mão-de-obra industrial, segundo dados do Ciesp (O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) local. É dentro desse contexto econômico que o diretor-titular do Ciesp local, Rogério Bosco, concedeu entrevista para a Revista Força. Confira:

10 •• RRevista evista F Força orça •• junho junho de de 2012 2012


O CIESP tem par‘‘ ceria com agências

de fomento e crédito como a Nossa Caixa Desenvolvimento, Banco do Brasil, BNDES e CEF

Rogério Bosco: O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, CIESP, é a maior entidade industrial da América Latina, com as principais indústrias paulistas associadas, que somadas atingem 80% do PIB Industrial do Estado de São Paulo.

Nos seus 84 anos de existência, o CIESP atua com a missão de contribuir com o desenvolvimento econômico do país, por meio de estudos, debates e interação com os poderes públicos nas questões relacionadas à produção e a sociedade, assim como oferecer serviços que agreguem valores às empresas associadas. A Diretoria Municipal de Sta Bárbara d`Oeste compõe uma das 43 unidades do CIESP, com objetivos de atender as empresas associadas de forma mais rápida e eficiente, representando a associação localmente através de sua Diretoria. RF: Quais as atividades do CIESP no município? RB: No município, o CIESP, além da articulação junto ao poder público municipal, oferece os serviços de Certificado Digital, Junta Comercial e Certificado de Origem, além de promo-

da cidade associadas ao CIESP percebem essa importância, porém a grande maioria não tem essa percepção.

O principal foco do CIESP está voltado para as ações que são realizadas diariamente junto ao poder público nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal, nos vetores tributários, meio ambiente, trabalhista, energético, enfim, vetores que afetam direta ou indiretamente os interesses da indústria e por consequência de toda sociedade. Essas ações podem ser de defesa comercial ou de geração de oportunidades para a indústria.

‘‘

Revista Força - O que é o Ciesp e qual o papel dele em Santa Bárbara d’Oeste?

Índice

ver treinamentos sobre diversos temas relacionados à indústria ou personalizados para atender a necessidade da empresa. Promove eventos como a Rodada de Negócios, Semana da Indústria e palestras relacionadas a meio ambiente, comércio exterior, entre outros. Das diversas ações de trabalho, podemos citar o Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE), reuniões de grupos temáticos (RH, Vendas, Responsabilidade Social) e a participação de diversos Conselhos Municipais com objetivo de contribuir com o desenvolvimento da cidade. O CIESP tem parceria com agências de fomento e crédito como a Nossa Caixa Desenvolvimento, Banco do Brasil, BNDES e CEF. Temos parcerias com montadoras onde as empresas associadas adquirem veículos com condições diferenciadas, entre outras. RF- Os empresários da cidade entendem a importância do Ciesp na manutenção da estrutura que compõe a indústria local? RB: As principais indústrias

Como exemplo podemos citar dentre varias ações uma que está gerando uma grande movimentação politica que é a “Energia a preço Justo”. Trata-se de uma ação que vai contribuir diretamente com a competitividade da indústria brasileira e também para o bolso de todo brasileiro, pois existe a possibilidade real prevista pela Constituição Federal de reduzir o preço da energia elétrica em 77%. Essa redução vai gerar uma economia aproximada de 30 bilhões de reais por ano com os gastos de energia elétrica. Essa economia representa muito mais do que a que tivemos com o fim da CPMF. Lembrando que a extinção da CPMF também foi conquista do CIESP e FIESP.

junho de 2012 R evista • Força •

11


Entrevista

RB: O CIESP busca identificar as necessidades e realizar ações que contribuam com o desenvolvimento da indústria local. Realizamos constantemente pesquisas para identificar a demanda das empresas associadas, e consequentemente promovemos articulação e ações para que as necessidades sejam atendidas.

grandes empresas de reconhecimento mundial, com produtos de forte apelo tecnológico, somado aos esforços do poder público na expansão das atividades econômicas, tem inserido Santa Bárbara d’Oeste no radar dos investidores de empresas nacionais e multinacionais. Os próximos meses serão fundamentais para que a cidade consolide definitivamente como um forte polo industrial da RMC e do Brasil.

RF- Como está caracterizada e qual a importância da indústria local para a RMC?

RF- Conte-nos sobre as rodadas de negócios. Como elas se desenvolvem?

RB: Está caracterizada pela indústria metal mecânica e têxtil, porém a diversidade de indústrias na cidade oferece a região uma ampla oferta de produtos e serviços de alta tecnologia. Temos desde a maior empresa nacional de máquina-ferramenta, como um dos principais polos produtores de tecidos de algodão, assim como empresas no setor confecções, plásticos, borracha, alimentícia, bebidas, agrícola e construção civil.

RB: O objetivo das Rodadas de Negócios é de reunir empresas de diversos segmentos e portes para criar novas oportunidades de negócios. O formato proposto pelo CIESP, é uma excelente ferramenta para que fornecedores contatem compradores de

RF- Quais as perspectivas de crescimento? RB: Santa Bárbara possui ótimas perspectivas de crescimento devido à localização geográfica favorável, próxima das principais rodovias e do aeroporto internacional, com mão-de-obra qualificada, disponibilidade de água, energia elétrica, áreas e centros de capacitação profissional. Sua vocação industrial, com 12 • R evista Força • junho de 2012

grandes empresas. No evento que ocorre entre 4 a 6 horas, a empresas âncoras listam suas demandas, para que as empresas fornecedoras possam oferecer seus serviços e produtos. Com reuniões individuais de aproximadamente 10 minutos, é uma forma estratégica de identificar novos fornecedores e uma forma estratégica para ampliar as vendas. Neste ano estão previstas 30 rodadas em todo estado de São Paulo, com previsão de 600 empresas ancoras e a participação de mais de 3.000 empresas fornecedoras. Em Santa Bárbara, o CIESP realizará este ano a sua terceira edição na cidade. O evento acontece no dia 8 de agosto, envolvendo as grandes empresas da cidade e região. Mais informações sobre as rodadas: www.ciesp.com.br/rodadas

ano estão previstas ‘‘30Neste rodadas em todo estado

de São Paulo, com previsão de 600 empresas âncoras e a participação de mais de 3.000 empresas fornecedoras.

‘‘

RF- Qual a relação do CIESP com a indústria local?



Capa

BELEZA EXTRA Quem disse que a moda gira em torno, somente, da ditadura da magreza?

E

la é loira! Tem olhos claros! Rosto harmonioso! É bastante cogitada para fazer campanhas e desfiles! É conhecida no mundo da moda! Não, não estamos falando de Gisele Bündchen. Ao contrário da magreza esquelética de Bündchen,

Nos últimos anos o mercado tem aproveitado um nicho nunca antes explorado: fazer moda para mulheres gordinhas, acima do manequim 44. Daí vem à expressão “Plus Size”, que em tradução literal significa “tamanho maior”. É em meio a esse boom que vem crescendo a deman-

É aí que aparece Alessandra Linder e outras tantas mulheres GG espalhadas pelo país. “De uns dois anos para cá com certeza grandes lojas de departamentos passaram a ter uma grade maior de numeração, com roupas modernas e atuais. Antes a gente só achava roupa da “vovó” e

estamos falando de uma modelo com beleza extra, no sentido literal da palavra. Ela é Alessandra Linder, um dos rostos mais conhecidos no mundo da moda “Plus Size”. Não entendeu o termo Plus Size? Não conhece Alessandra Linder? Certamente você não sabe também que a moda já não vive somente da ditadura da magreza.

da por modelos gordinhas, mas não menos belas do que ‘as tops’ magérrimas que desfilam mundo a fora. “Quase metade da população está acima do peso, ou seja, existe um mercado sedento a procura de lojas especializadas para que possam ‘tragá-las’!”, comenta o fotógrafo e proprietário da agência de modelos Ankára Models, Eduardo Müller.

quando achava algo da moda para nosso tamanho era um absurdo de caro”, relata, com propriedade de causa, a modelo americanense de 28 anos. O aumento de coleções especialmente criadas para o universo Plus Size aumentou, também, a quantidade de trabalhos para uma modelo do gênero. “Vivo disso,

14 • R evista Força • abril de 2012


Capa montei minha casa, casei com o dinheiro de modelo”, conta Alessandra. Filão mais promissor da moda atualmente, o universo Plus Size é recente. Embora sem dados concretos do setor, Ana Cristina de Souza, uma das organizadoras do Fashion Weekend Plus Size, avalia que o boom do segmento ocorreu nos últimos três anos. “Acredita que eu já perdi vendas por não trabalhar com tamanhos especiais? Hoje 30% das minhas clientes são ‘Plus’”, conta a empresária Valéria Colombi, que viu no mercado a possibilidade de faturar e de agradar as mulheres

que, além de trabalharem com números grandes (geralmente a partir do manequim 44 para as mulheres), utilizam conceitos de moda em suas coleções. Isso porque roupas em tamanhos especiais sempre existiram. O que mudou foi a modelagem e a adaptação às tendências. “O cliente mais velho geralmente opta por peças tradicionais, que durem mais tempo. Quem está antenado com a moda é o jovem. É ele quem consome mais”, explica Ana Cristina. Além do crescimento da economia como um todo, a mudança do perfil da população brasileira também tem ajudado à inversão dos padrões

meu peso adequado para a idade, mas com a adolescência acabei engordando. Minha família por parte de pai são todos gordinhos (risos). Então, não tem como fugir desse biótipo”, relata com bom humor. O que para a psicóloga Maria Antônia de Almeida Sá é fundamental. “A primeira coisa que temos que fazer é nos aceitarmos como somos”. Em tempos de lipoaspiração, intervenções plásticas radicais, inibidores de apetite e soluções supostamente mágicas para manter o corpo esbelto, cresce o movimento contrário à ditadura da magreza. Realidade apontada como positiva por Maria

barbarenses. “Eu percebi que aqui em Santa Bárbara somos carentes desse tipo de loja. E as que existem não oferecem o que está na moda”, conta. “As jovens mulheres gordinhas também são vaidosas e podem usar o que todas usam”, finaliza. E são justamente os jovens que impulsionam o mercado plus size. Essa denominação engloba empresas

de moda. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de jovens de 10 a 19 anos com excesso de peso passou de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009. Assim como milhares de jovens, Alessandra Linder lida com o excesso de peso desde a adolescência. “Sempre fui gordinha, apenas na infância que eu tinha

Antônia. “A partir do momento que nos aceitamos tudo flui. O humor melhora, as oportunidades melhoram e o mais bacana é que o que antes era tabu (mulheres gordinhas) agora é sinônimo até de trabalho”, comenta. Quem endossa a opinião é o sociólogo Jessé Arantes: “Nos últimos anos vimos uma mudança muito grande no comportamento junho de 2012 R evista • Força •

15


Capa

Empresária Valéria Colombi aposta em coleção Plus Size em função das necessidades de suas clientes. “Já perdi venda por não ter roupas em tamanhos grandes”, diz.

da sociedade e também no padrão de beleza. Agora feio é ser magro demais. É um efeito bastante positivo, visto que as mulheres que até então não se encaixavam na ditadura da magreza passaram a serem notadas e até inseridas de forma direta no mercado de trabalho”, avalia fazendo analogia à profissão de modelo ‘Plus Size’ e a expansão de produtos do gênero. Beth Ditto, vocalista da banda The Gossip, pode ser considerada um dos ícones do fat pride (que em tradução literal nada mais é do que ‘Orgulho de ser gorda’). Posou nua em duas capas de revistas britânicas, NME e Love, uma especializada em música, e a outra, em 16 • R evista Força • junho de 2012

moda, respectivamente. Além disso, criou uma marca de roupas para mulheres cujo manequim é avantajado. Já a atriz Brooke Elliott está representando as gordinhas na TV: é a protagonista da série americana Drop Dead Diva, em que interpreta uma advogada cuja vida é atropelada por um tsunami quando uma modelo magra e fútil reencarna em seu corpo. Há ainda outras referências na TV, que vão desde a rainha dos talk shows Oprah Winfrey até programas como More to Love, em que um homem precisa escolher entre pretendentes gordinhas, e Dance Your Ass Off, reality parecido com o Dançando com as Estrelas - mas com dançarinos rechonchudos.

Pela internet, a modelo e atriz Joy Nash colaborou com o movimento ao postar o bem-humorado vídeo: A Fat Rant, em que sustenta uma tese que até pouco tempo parecia indefensável: é possível ser gorda e feliz. No mundo da moda, o debate em torno da revolução da imagem do corpo perfeito foi incentivado pela revista americana Glamour. A foto de uma modelo nua com a barriga saliente ganhou destaque internacional e se tornou assunto de vários programas de TV nos Estados Unidos. “Essa foi a foto mais incrível que eu já vi em uma revista feminina”, disse uma leitora em um dos milhares de comentários sobre a imagem. Com a repercussão posi-


Capa tiva, Glamour repetiu a dose, desta vez com várias modelos nuas e com formas avantajadas. Seguindo o exemplo americano, o Brasil passou a debater mais o assunto. As gordinhas começaram a ser ouvidas em programas televisivos de grande audiência. Daí surgiu o boom: linhas de telefones congestionadas, caixas de e-mails lotadas e crescimento substantivo de acessos em páginas voltadas para esse público. Até a produtora de moda Melina Aguirra, acostumada a lidar com modelos de manequins mínimos, sentiu a diferença. “Nós sem-

pre comentávamos nos bastidores dos desfiles: ‘quando é que vamos produzir um desfile com mulheres normais, que usam manequim 44, 50 e por aí vai’. Hoje, felizmente, a realidade é outra. O mercado abriu os olhos para essa necessidade. De cinco editoriais de moda que produzimos, dois são Plus Size”, conta a campineira de 32 anos. Caminho longo Mas, nem tudo são flores no caminho das mulheres que se aventuram nesse mercado - como, aliás, acontece também às mais enxutas. Muitas

pseudo-agências se aproveitam do momento - e é preciso tomar cuidado. Também é preciso ter bom senso na hora de optar pela carreira. “Não é porque uma agência está selecionando modelos plus size que qualquer pessoa acima do peso pode ser uma. De fato não existe um padrão específico, mas existem certos requisitos que uma modelo plus precisa preencher. Por exemplo: precisa ser bonita, expressiva, ter carisma, ter certa proporcionalidade corporal”, explica Eduardo Müller que tem mais de dez modelos no casting da agência, em Piracicaba.

Brooke Elliott:, Beth Ditto e Oprah Winfrey são exemplos de mulheres que popularizaram na mídia o movimento Fat Pride, que em tradução literal nada mais é do que orgulho de ser gorda. junho de 2012 R evista Força •

17


Capa Apesar dos avanços, o preconceito ainda existe segundo Alessandra Linder. “Hoje é menos, porém ainda existe. Maquiadores, fotógrafos que não aceitam muito fotografar plus size”, relata. “Já teve caso de uma grife me contratar e ter que mudar o fotógrafo por ele se recusou a fotografar modelo acima do manequim 42. Ainda bem que a grife mudou de fotografo e não de modelo. (risos). Mais hoje eu tenho a sorte de ser já conhecida pelo meu trabalho, e graças a Deus ser bem tratada por todos. Mas no começo foi difícil”, confessa. A bola da vez A tendência de expansão do mer-

cado é forte. Quem deseja apostar nesse nicho tem de estar atento a alguns fatores. O caimento da roupa (modelagem) é essencial para que ela vista bem diferentes biotipos. As matérias-primas, geralmente as que envolvem mais tecnologia, ajudam a desenvolver um produto que não crie volume e não marque o corpo em excesso, por exemplo. Já ter conhecimentos de moda é essencial para conseguir traduzir o que é apontado como tendência para o público plus size. “Acabou o tempo em que uma roupa para gordinhos era feita apenas para esconder. Hoje, tanto homens quanto mulheres querem usar o que todo mundo está usando, apenas com alguns ajustes”,

afirma Ana Cristina. Mas, apesar de existir uma clientela disposta a consumir, ainda são poucas as lojas que adotam os tamanhos especiais. Há demanda em todo o Brasil, mas somente São Paulo, Rio e algumas cidades do Sul têm olhado para esse nicho. Os preços ainda não são acessíveis, mas as expectativas são as melhores possíveis. “Hoje vejo mulheres Plus size muito mais elegantes, modernas, na moda, com preços mais acessíveis para os tamanhos GG, quem sabe daqui uns dois ou três anos! Estamos batalhando para isso, e as grifes já perceberam também sobre essa necessidade”, finaliza Alessandra Linder.

Alessandra Linder vive como modelo Plus Size: “Vivo disso, montei minha casa, casei com o dinheiro de modelo”, conta a americanense. 18 • R evista Força • junho de 2012



CONSELHO EDITORIAL

Luís José Sartori Maurício Borte COLABORADRES

Dr. Luiz Alberto Lazinho Dr. Marco Antonio Pizzolato Dr. Reinaldo César Spaziani Dr. Luis Fernando Matsuo Maeda Gabriela Alves Corrêa Sartori Osmídio Antônio Buck de Godoy Regina Pocay

R ápidas

‘‘ EXPECTATIVA ERA QUE TRAJETÓRIA FOSSE MAIS LONGA

‘‘

www.revistaforça.com.br

EDITOR

Luís José Sartori DIRETOR ADMINISTRATIVO

Maurício Borte

MANO MENEZES fala sobre a saída de Ronaldinho Gaucho do Flamengo e um suposto fim de carreira.

DIRETOR DE REDAÇÃO

Luís José Sartori JORNALISTA

DESIGN GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Thiago Sallati Giovana Scarazzatti REVISORES

Nilzamara Sartori de Oliveira Gabriela A. C. Sartori REPORTAGENS

Michele Trevisan MTB 66.001

POR ACASO ‘‘ VOCÊ VAI BOTAR

BIQUÍNI NAS MODELOS NUAS DE MICHELANGELO?

‘‘

Michele Trevisan MTB 66.001

INFORMAÇÕES

www.revistaforça.com.br Sugestões / Críticas / Elogios revista@revistaforca.com.br Para assinar ligue: (19) 3026.6365

RESPONSÁVEL PELO PROJETO

Força Contábil Ltda Cnpj 09.414.196/0001-35

COMERICAL

revista@revistaforca.com.br 19 3026.6365 • Ramal 213

20 • R evista Força • junho de 2012

NATHALIA DILL, fala sobre as cenas de nudez que fez ao lado da atriz Lívia de Bueno no filme Paraísos Artificiais, em entrevista para a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra


R ápidas

UM ‘‘ TEM QUE JÁ ESTÁ DESGASTA(DOS PRÉ-CANDIDATOS)

DO. NEM SEI POR QUE ELE QUER SER CANDIDATO A PREFEITO

‘‘

LULA, referindo-se a Serra durante encontro com militantes do PT em São Paulo

‘‘ FICO SEM

SEXO NA BOA, OCUPO A CABEÇA

BABI ROSSI, em entrevista para o site paparazzo.

‘‘

junho de 2012 R evista Força •

21


Economia

DE ENDIVIDADO À INVESTIDOR EM 60 DIAS As quatro etapas para sair das dívidas, poupar e investir em um período de dois meses a um ano

P

assar do status de endividado a investidor pode parecer uma transformação muito difícil e demorada. Mas com um pouco de esforço, é possível transformar as finanças com mais rapidez do que se imagina. Basta estar disposto a seguir quatro etapas primordiais apontadas por consultores financeiros: endividamento, zero a zero, poupador e investidor. Especialistas garantem que, na maioria dos casos, uma faxina na vida financeira pode resultar na mudança de status em até 60 dias. Confira os passos:

22 • R evista Força • junho de 2012


Economia Endividado Este primeiro passo, para muitos, pode ser o mais difícil de resolver em pouco tempo. O consultor financeiro Mauro Calil sugere que se comece pelo mais básico: “A pessoa deve listar todas as dívidas, os montantes e os juros de cada uma. Em seguida, fazer uma planilha com todas as receitas, as despesas necessárias, as “super” necessárias e as esporádicas, que são os gastos por impulso. Com isso, você vê a sua capacidade de geração de renda, e o quanto é necessário para sanar as dívidas”. O passo seguinte é a redução de gastos que não são imprescindíveis e, então, a quitação da dívida. “A pessoa deve sempre dar prioridade à dívida com a maior taxa de juro”, orienta Calil. Dependendo do tamanho da dívida, essa etapa pode demorar a ser concluída. Aí, cabe outra medida: “Se você vir

que vai levar anos para sanar a dívida, cabe outra providência: lance mão de um patrimônio de alta liquidez, como um carro ou uma moto, que possa ser vendido para quitar a dívida”. Com o dinheiro na mão, parta para a negociação, avaliando quais credores oferecem as melhores condições. “Se a pessoas têm uma dívida de 10.000 reais, ela deve procurar quitá-la de uma vez, forçando descontos”. E por fim, o consultor recomenda que a negociação não seja desonrada em hipótese alguma. “É preferível não pagar a dívida e ter que negociar com um juiz do que negociar o pagamento e não honrar”, afirma Calil. Veja como se livrar dos problemas com dívidas em 10 dias. Zero a zero Depois de dar adeus à vida de devedor, você deve dar mais um importante passo: manter-se em abstinência de dí-

vidas. Anísio Castelo Branco, presidente do Instituto Brasileiro de Finanças, Perícias e Cálculos (Ibrafin), diz que isso pode ser mais fácil se você começar a planejar os seus gastos variáveis. “No Brasil, nós vivemos o problema da CLT: se você tem um salário de 3.000 reais, é isso que você vale. As pessoas acabam se limitando ao que ganham”, diz. Em vez disso, Castelo Branco sugere a busca de outras maneiras de ganhar dinheiro. Ele cita alguns exemplos: se você tem um amigo que é consultor imobiliário, sugira ajudá-lo a fechar negócios em troca de uma comissão. “É preciso pesquisar opções para montar uma receita variável”, diz o presidente do Ibrafin. Se você não consegue vislumbrar uma opção para obter esta renda extra, Castelo Branco dá outra dica: “Se a pessoa

junho de 2012 R evista Força •

23


Economia tem tendência a reincidir-nos mesmos erros de antes, deve quebrar o cartão de crédito, não pegar talão de cheques e ficar longe de tudo que leve ao endividamento até novamente se sentir segura e ter controle sobre os gastos”. Mauro Calil também ressalta que neste momento é muito importante que o ex-endividado reconheça os avanços. “Muitas pessoas falam sobre como enriquecer. Na verdade se a pessoa já tem um centavo, 10 reais ou 30 reais a mais, ela já enriqueceu. O importante é que amanhã você tenha algo a mais que hoje, não importa o quanto. O importante é caminhar para frente”, avalia Calil. Poupador Com equilíbrio nas contas, comece a fazer o que os consultores chamam de investimento saudável. Neste ponto, o conselho básico é poupar 10% do orçamento para formar um colchão financeiro, que é o dinheiro reservado para emergências. O ideal é que este montante seja suficiente para que você consiga se manter durante pelo menos 12 meses. “A pessoa que está começando do zero pode começar pela boa e velha caderneta de poupança, que é um tipo de investimento para quem não tem conhecimento sobre aplicações”, orienta Calil. Nesta fase já começa uma vida financeira sustentável. Um passo fundamental para se manter assim e ainda conseguir avançar é disciplina. O primeiro passo nesse sentido é separar o que é gasto do que é investimento. A rigor, investimentos geram retornos financeiros; mas mesmo alguns gastos podem ser considerados investimentos se, indiretamente, ajudarem você a gerar mais dinheiro. “Antes de comprar qualquer coisa, peça para o vendedor separar o produto e diga que você vai voltar em três dias para buscá-lo. Se nesse tempo você não sentir falta daquele item, provavelmente ele seria apenas um gasto por impulso. Aí sim a pessoa passa a ser credora 24 • R evista Força • junho de 2012

dela mesma, e não mais do banco”, diz Anísio Castelo Branco. Investidor Antes de investir, é preciso identificar o seu perfil. Pessoas completamente avessas a risco - de calote, de oscilação de preços e de qualquer tipo de perda - são conservadoras, e devem preferir investimentos em renda fixa com baixo risco de crédito. Isto é, títulos públicos (operados via Tesouro Direto), fundos DI, fundos de renda fixa sem crédito privado, CDBs de grandes bancos que paguem mais de 90% do CDI e caderneta de poupança. Quem toparia correr um pouco de risco pode, além da renda fixa, buscar fundos multimercados ou fundos de ações para um pequeno percentual do seu patrimônio investido. E quem tem um perfil mais agressivo pode investir a maior parte do dinheiro poupado em ações, diretamente ou por meio de fundos, desde que mantenha um colchão de liquidez em renda fixa mais conservadora. “Você pode pesquisar em outros lugares, mas é muito importante começar a decidir por si mesmo, para não ser direcionado pelo que for de interesse do banco, por exemplo”, lembra Castelo Branco. Mauro Calil ressalta que as opções de maior risco são mais indicadas para quem já tem mais experiência. Para os iniciantes, investimentos em Tesouro Direto e em CDBs são mais indicados. “Depois que a pessoa já iniciou a poupança e quer sofisticar e diversificar a aplicação, ela pode estudar imediatamente os investimentos em Tesouro Direto ou em CDBs, principalmente os de bancos de médio e peque-

no porte, que têm uma rentabilidade maior do que os de

um banco grande e contam com a garantia de 70.000 reais do Fundo Garantidor de Crédito”. É importante lembrar que, com as mudanças nas regras da poupança e com a perspectiva de redução na Taxa Selic, algumas variáveis entraram em jogo, e será preciso avaliar com mais cuidado quais são melhores opções de aplicação de acordo com o prazo do investimento.


Economia

junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

25


Construção

VIZINHOS EM TRÉGUA Morar em apartamento inevitavelmente nos obriga a apurar o senso de coletividade. Para evitar que você preencha os requisitos de inconveniente, listamos os problemas mais comuns e o modo correto de resolvê-los

26 • R evista Força • junho de 2012

A

sabedoria “Não faça com os outros o que você não quer que façam com você” cabe perfeitamente à rotina entre vizinhos. Barulho, sujeira, infiltrações e tantos outros embaraços que rondam as portas alheias – e a sua também! – podem ser evitados com atitudes simples. Quem mora em prédio precisa ficar atento às mudanças aparentemente mais inofensivas. “É vital pensar no coletivo antes de tomar qualquer decisão individual”, conta Marcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios. As regras específicas de cada edifício estão disponíveis na convenção e no seu regulamento interno. Porém, segundo Rachkorsky, todos os síndicos têm o direito e a obrigação de fiscalizar


Construção

junho de 2012 R evista Força •

27


Construção reformas. Ele também sugere uma carta amigável para prevenir os moradores dos incômodos. “E, o mais importante de tudo, não tratar a obra como uma brincadeira.” Qualquer modificação na planta exige a apreciação de um responsável técnico, engenheiro ou arquiteto. O engenheiro Flavio Figueiredo, vice-presidente do IBAPE/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo) sugere pesquisar referências de trabalhos anteriores desses profissionais. Ele compara a obra a uma cirurgia: “Você se operaria com um médico totalmente desconhecido?”. Para Ansel Lancman, engenheiro perito de vícios e defeitos construtivos, os problemas não surgem so-

28 • R evista Força • junho de 2012

mente em obras. “Um vaso pesado demais, o início de uma infiltração ou uma circulação obstruída já atrapalham a vida dos moradores”, afirma. Segundo Rachkorsky, os conflitos em edifícios aumentaram muito nos últimos 20 anos. Por isso, a melhor maneira de administrar o relacionamento entre os moradores é a comunicação. “Um jornal interno ou um site que informe as novidades e relembre as regras importantes pode ser eficiente nessa tarefa”, diz. O advogado lista cinco dicas importantes para quem vive em prédio: 1. Conhecer as regras específicas para poder segui-las; 2. Prestar atenção aos hábitos de educação, como dizer bom-dia a vizinhos e funcionários; 3. Participar da vida do condomí-

nio, indo a assembleias e reuniões; 4. Evitar fazer barulho em excesso, principalmente em horários impróprios; 5. Praticar a tolerância e não procurar motivos para brigas. A seguir, veja como se livrar do título de mau exemplo. Um banho de água fria Uma das principais origens de vazamentos, segundo o engenheiro Flavio Figueiredo, é a banheira de hidromassagem. “O encanador, geralmente sem muito espaço para a instalação, comete o erro. Depois de feito o serviço, o vazamento fica oculto e o morador só se dá conta da infiltração quando ela já é grave”, diz. Outro ponto a considerar é o ruído do motor, que pode


Construção

atrapalhar os moradores dos andares próximos.Mas o fundamental é verificar se a laje suporta o peso da banheira: “Em 1 m², 40 cm de água equivalem a 400 kg”, explica Figueiredo. Exército de salvação Na hora da dedetização, o aconselhável é tratar todo o condomínio, apartamentos e áreas de convívio ao mesmo tempo. O biólogo consultor da APRAG, Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas, Sérgio Bocalini, explica que dois problemas podem acontecer se a aplicação for feita em apenas uma unidade. No caso do cupim, os insetos migrarão para outros apar-

tamentos. Para as demais pragas, elas voltarão a aparecer muito rapidamente. “Os produtos usados hoje em dia têm vida útil muito curta. Se a região estiver tomada, logo o apartamento voltará a ter problemas”, afirma Bocalini. Peso pesado Ter um jardim na varanda é desejo da maioria das pessoas que habitam apartamentos. Para saber quanta carga essa área suporta, um profissional pode fazer simulações de peso. O ideal, segundo o engenheiro Ansel Lancman, é que o síndico encomende um estudo e o divulgue para todos os moradores. Nivelar o piso do terraço com o do resto do

apartamento pode ser ruim, porque, ao usar concreto como enchimento, ele fica sobrecarregado. Opções mais leves são isopor e argila expandida. E fique atento: “Até mesmo um único vaso ou uma piscina infantil podem exceder o limite”, adverte o engenheiro Flavio Figueiredo. Invasão verde Algumas espécies trepadeiras têm crescimento acelerado e podem se tornar invasivas. A sete-léguas e a tumbérgia são as mais vigorosas. “Antes que se perceba, elas tomam conta de tudo. Não as recomendo se a varanda do vizinho for muito próxima”, conta o engenheiro agrônomo Sérgio Menon, da Grama e junho de 2012 R evista • Força •

29


Construção

Flor Paisagismo. Uma opção são os arbustos, como clúsia, tumbérdia-arbustiva e pleomele, mais fáceis de controlar com a poda. Garagem livre, leve e limpa Apenas carros podem ocupar a garagem, segundo o advogado Marcio Rachkorsky. Usar o espaço como depósito para sofá antigo ou carrinho de bebê está fora de cogitação. Acredite: nem mesmo motos podem ficar na vaga de carros. A única exceção prevista nos regulamentos é para bicicletas – no caso de o condomínio não ter bicicletário. “Além 30 • R evista Força • junho de 2012

de ser esteticamente feio, entulho na garagem pode ser perigoso e levar a uma multa durante inspeção feita pelo Corpo de Bombeiros”, explica Rachkorsky. No caso de um incêndio, a seguradora pode ainda se recusar a pagar indenização alegando a existência de materiais inflamáveis na garagem. O mapa da mina Nem sempre as construções seguem em todos os detalhes o que foi projetado na planta. As partes elétrica e hidráulica podem sofrer alterações durante as obras do prédio. Por

isso, o engenheiro Ansel Lancman diz que é fundamental pedir para a empresa responsável pelo condomínio a planta “As Built” (em livre tradução, como construída) de cada apartamento. Somente com ela em mãos será possível saber exatamente onde as instalações estão e evitar desastres como furar uma parede por onde passam canos ou causar um curto-circuito. Após uma reforma, é preciso solicitar ao engenheiro uma nova planta “As Built”, que inclua as modificações, caso o apartamento seja vendido, repassá-la ao novo dono.


junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

31


Jurídico

ASSISTÊNCIA E HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

DR. REINALDO CESAR SPAZIANI

32 • R evista Força • junho de 2012


A

extinção ou rescisão do contrato de trabalho, como regra, gera determinados efeitos financeiros. Tais efeitos correspondem a direitos que as normas jurídicas garantem ao trabalhador e, no caso de morte deste, aos seus dependentes. Quando o contrato extinto tiver sido firmado há mais de um ano, o ato de pagamento e recebimento das verbas rescisórias exige uma formalidade especial denominada assistência, que confere validade jurídica aos pagamentos. A assistência na extinção do contrato de trabalho foi prevista inicialmente no art. 500 da CLT com o objetivo de preservar e garantir a autenticidade do pedido de demissão do trabalhador que gozava de estabilidade no emprego. A partir de 1962, todavia, iniciou-se um ciclo de produção legislativa que culminou na extensão da obrigatoriedade da assistência para todos os contratos de trabalho extintos após um ano de vigência, na fixação de prazos para pagamento das verbas rescisórias, de penalidades pelo seu descumprimento, bem como na expressa proibição de cobrança para a prestação da assistência. O objetivo da assistência é, assim, garantir o cumprimento da lei e o efetivo pagamento das verbas rescisórias, bem como orientar e esclarecer as partes sobre os direitos e deveres decorrentes do fim da relação empregatícia. A assistência na rescisão de contrato de trabalho, prevista no § 1º do art. 477 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo

Decreto-Lei 5.452, de 01 de maio de 1943, obedecerá ao disposto na Instrução Normativa No 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. São competentes para prestar a assistência na rescisão do contrato de trabalho: I – o sindicato profissional da categoria do local onde o empregado laborou ou a federação que represente categoria inorganizada; II - o servidor público em exercício no órgão local do MTE, capacitado e cadastrado como assistente no Homolognet; e III - na ausência dos órgãos citados nos incs. I e II deste artigo na localidade, o representante do Ministério Público ou o Defensor Público e, na falta ou impedimentos destes, o Juiz de Paz. Em função da proximidade territorial, poderão ser prestadas assistências em circunscrição diversa do local da prestação dos serviços ou da celebração do contrato de trabalho, desde que autorizadas por ato conjunto dos respectivos Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego. No caso de incorreção ou omissão de parcela devida, o assistente deve solucionar a falta ou a controvérsia, por meio de orientação e esclarecimento às partes. É obrigatória a presença de empregado e empregador para que seja prestada a assistência à rescisão contratual. Fonte: MTE



O AMOR ESTÁ NO AR

Em época que muitos casais se unem em matrimônio ou celebram o Dia dos Namorados opções de passeios românticos não faltam

junho de 2012 R evista • Força •

35


Turismo

N

enhum mês é tão propício para uma viagem romântica como junho. Motivos para isso não faltam! O frio que rege o mês aliado ao Dia dos Namorados for-

três quedas d’água – a principal, com dez metros de altura e 15 metros de largura. “As águas formam corredeiras e a paisagem se torna ainda mais bonita porque as rochas e a mata ciliar contornam o ribeirão”, conta em

entrevista o secretário de turismo de Poços, Marco Antônio de Paiva. A Fonte dos Amores é caracterizada por um véu de água que cai da Serra de São Domingos e chega aos pés da estátua em mármore de dois jovens abraçados, um retrato do amor. A obra de arte foi esculpida pelo italiano Giulio Starece. O caminho até o atrativo é cercado por hortênsias e mata fechada com minas d’água. Diz a lenda que quem beber água nessa fonte não ficará solteiro. Vale a pena ir até lá! Ainda em Poços de Caldas, apreciar a bela cidade do alto de um teleférico é passeio obrigatório! O Circuito das Águas também abriga locais charmosos para casais. Em Socorro, o Grinberg’s Village Hotel deve agradar os apaixonados. “O bosque e o lago que temos aqui são belas atrações”, garante o gerente Hélio Grinberg. A ponte sobre o lago propicia a contemplação de peixes e da vegetação. O hotel está em área de 97 mil metros quadrados, com espé-

Poços de Caldas: Local de Meditação - Jardim Japonês

ma a atmosfera perfeita para casais apaixonados. Então, é preciso celebrar. Que tal um passeio romântico a poucos quilômetros de casa? Com tantos cenários aconchegantes na região, opções não faltam para casais que quiserem celebrar as núpcias em grande estilo. No passado, Poços de Caldas se tornou referência para luas-de-mel por suas belas paisagens. Além de praças e parques bem cuidados, dois destinos são os favoritos dos enamorados: a Cachoeira Véu das Noivas e a Fonte dos Amores. Situada no Ribeirão das Antas, a cachoeira é formada por 36 • R evista Força • junho de 2012

Poços de Caldas: Relógio Floral


Turismo cies nativas. “Também há mais de cem tipos de plantas de países de quatro continentes”, ressalta. Segundo Grinberg, as suítes luxo são especialmente preparadas com cesta de frutas e flores para a noite de núpcias. O local dispõe de restaurante com cardápio variado e atividades de lazer. Para aproveitar o frio típico de junho, a sugestão do Hotel Akropolis, em Serra Negra, é saborear uma fondue de chocolate ou queijo. O prato é uma das atrações do jantar de 12 de junho, oferecido no restaurante. “É comum nossa programação habitual incluir noites temáticas, música e cardápio variado com massas”, avisa o gerente André Marinos. Nos apartamentos ou chalés, casais em lua-de-mel são recebidos com cestas de frutas. A decoração tem pétalas de rosas. “O objetivo é proporcionar noites especiais e agradáveis”, frisa. Ainda em Serra Negra, o Hotel Fazenda Santa Maria oferece atrativos

que tornam o clima ainda mais romântico: sala de TV com lareira, passeios de pedalinho e caiaque no lago da fazenda e trilha a cavalo. “Também preparamos as suítes com o toque de romantismo que o casal desejar”, acrescenta o proprietário, Sandro Coviello. A Pousada e Spa Holístico Canto dos Xamãs, de Águas da Prata, propõe aos casais dias de relaxamento. A gerente Camila Teixeira explica que há atividades para garantir a sintonia entre os apaixonados. “Nossa pro-

Poços de Caldas: Cachoeira Véu da Noiva

posta é o bem-estar físico, mental e espiritual”, ressalta. Especialmente para as mulheres, ela sugere hidratação facial e corporal e relaxamento com pedras quentes. Para os homens, massagem de reajustamento postural e compressa de chá de camomila. “Trilhas com banhos de cachoeira também contribuem para a integração do casal”, comenta. Apaixone-se!

Cidade Poços de Caldas

abril de 2012 R evista • Força •

37


Comportamento | Renato Spaziani

ALTRUÍSMO É A RECEITA DO SUCESSO Cientista americano revoluciona a teoria da seleção natural de Darwin ao mostrar que o grupo pode alcançar muito mais sucesso quando atua de forma coletiva e em benefício ao próximo 38 • R evista Força • junho de 2012


Comportamento

E

ncontrar explicações convincentes para a origem e a evolução da vida sempre foi uma obsessão para os cientistas. Tanto que, quando Charles Darwin criou a teoria da seleção natural, na segunda metade do século XIX, parecia ter encontrado a solução para o intrincado quebra-cabeça da evolução da vida no planeta Terra. A competição constante, embora muitas vezes silenciosa, entre os indivíduos, teria preservado as melhores linhagens, afirmava o naturalista britânico. Assim, um ser vivo com uma mutação favorável para a sobrevivência da espécie teria mais chances de sobreviver e espalhar essa característica para as futuras gerações. Após consecutivas linhagens, a tendência seria de que todos os indivíduos fossem descendentes daquele com a boa mutação, e que quem não a possuísse desaparecesse. Ao fim, sobreviveriam os mais fortes, como interpretou o filósofo Herbert Spencer, no início do século XX – ideia erroneamente atribuída a Darwin. Um século e meio depois, um biólogo americano agita a comunidade científica internacional ao ousar complementar a teoria da seleção darwinista. Segundo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, considerado o pai da sociobiologia, ganhador de dois prêmios Pulitzer na categoria de não ficção e um dos mais respeitados acadêmicos da atualidade, o processo evolutivo é mais

bem-sucedido em sociedades nas quais os indivíduos colaboram uns com os outros para um objetivo comum. Assim, grupos de pessoas, empresas e até países que agem pensando em benefício dos outros e de forma coletiva alcançam mais sucesso, segundo o americano. Ao cravar essa tese, defendida no recém-lançado “A Conquista Social da Terra” (W.W. Norton & Company, 2012), uma compilação de pouco mais de 300 páginas, Wilson pôs à prova o benefício de agir em causa própria, presente na seleção individual de Darwin.

múltiplos níveis – o individual, como proposto por Darwin, e o de grupo. Afinal, se o mais importante era fazer com que seus genes seguissem adiante, por que muitas vezes o indivíduo era capaz de se sacrificar pelo outro? A luta constante pela sobrevivência realmente explicou muita coisa, mas não foi capaz de lançar luz sobre uma característica intrigante, observada pelo próprio Darwin: o comportamento altruísta – chave da teoria de Wilson. “A seleção individual é importante, mas não explica tudo”, disse à em entrevista o diretor do centro de

O americano não contraria a teoria darwinista, mas afirma que ela é insuficiente para se entender a evolução, que aconteceria em

bem-estar da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Robert Cloninger. junho de 2012 R evista • Força •

39


40 • R evista Força • junho de 2012


junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

41


Comportamento A nova teoria da evolução de Wilson arrebatou não só a comunidade científica como as mais importantes publicações internacionais. Os jornais “The New York Times”, “The Wall Street Journal” e “The Washington Post” e as revistas “Newsweek” e “New Yorker” são apenas algumas das publicações que dedicaram páginas e páginas à chegada da nova obra às prateleiras – sem contar as prestigiadas revistas científicas “Nature” e “Scientific American”. O trabalho do acadêmico de Harvard foi baseado nas espécies sociais, tais quais vários tipos de abelhas, formigas e nós, humanos. As espécies sociais são 3% do total dos animais do planeta, mas representam 50% de sua biomassa. Para Wilson, só esse dado já seria suficiente para explicar o sucesso desses grupos e

42 • R evista Força • junho de 2012

constatar que a colaboração entre os indivíduos conta pontos positivos na evolução. Algo semelhante já havia sido observado pelo próprio Darwin no livro “A Evolução das Espécies”. “A Conquista Social da Terra” surgiu para se fazer repensar a importância da cooperação, em especial entre os seres humanos. Afinal, se o sacrifício por um parente para a proteção dos genes, propalado pela seleção por parentesco, faz sentido em comunidades de abelhas e de formigas, falta-lhe complexidade para abarcar o ser humano, muitas vezes capaz de se sacrificar por razões bem mais subjetivas, como crenças e ideais. Trabalhar em conjunto para um fim comum e, com isso, prosperar é também agir com altruísmo. Na neurociência, por exemplo,

especialistas tentam identificar os mecanismo cerebrais acionados quando se é generoso. “Seres humanos são capazes de se sacrificar por um desconhecido completo ou por um ideal. Isso não é visto em outras espécies”, afirma o neurocientista brasileiro Jorge Moll. O pesquisador é conhecido no meio acadêmico por seus estudos sobre a resposta cerebral às ações altruístas. Ele e sua equipe mostraram, por meio de exames de ressonância magnética, que ao se praticar ações altruístas são acionadas as mesmas áreas do cérebro ligadas à recompensa. Como se, ao se doar dinheiro, por exemplo, a sensação percebida fosse à mesma de quando se ganha dinheiro. “Para o cérebro, o que temos é um sentimento de recompensa, assim vale perder para ajudar o outro”, finaliza.


A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO

As explicações para a seleção natural da espécie ao longo dos séculos Seleção individual Autor: Charles Darwin, naturalista britânico. Criação: Século XIX O que diz: baseia-se na ideia de competição entre os indivíduos, na qual as linhas mais preparadas ou adaptadas sobrevivem.

Seleção de parentesco Autor: Willian Hamilton, biólogo britânico. Criação: década de 60 O que diz: embalada pela descoberta a cerca dos genes, a teoria apregoa que o indivíduo seria capaz de se sacrificar por seus parentes, chegando até à esterilidade, se isso conferisse maior possibilidade de seus parentes de reproduzirem e compensarem geneticamente o ato.

Gene egoísta Autor: Richard Dawkins Criação: década de 70 O que diz: o termo exacerba ainda mais a seleção por indivíduos e a fundamentação genética presente na seleção de parentesco. Para Dawkins, seriamos espécies de robôs a serviço da manutenção de nossa carga genética – tudo que fazemos teria como fim preservar e multiplicar nossos genes.

Seleção de grupo Autor: Edward Wilson, cientista americano. Criação: conceito criado pelo zoológico britânico Wynne-Edwards na década de 60 e retomado agora, cinquenta anos depois. O que diz: no livro “A Conquista Social da Terra”, o cientista volta à ideia de seleção por grupo para mostrar que a evolução natural das espécies não se explicaria apenas pelos indivíduos e pelo grau de parentesco, como apregoado pelas teses geneticistas. Há uma seleção em múltiplos níveis: se individualmente a atitude egoísta favorece o indivíduo, em sociedades os grupos mais altruístas prevalecem sobre os demais.

junho de 2012 R evista • Força •

43


MODA E SUSTENTABILIDADE Eco-friendly, eco-fashion, roupas recicladas e novos métodos de produção de moda são a tendência da vez

A

palavra da moda é sustentabilidade e a própria moda tem refletido das maneiras mais diversas; seja através da substituição de certos materiais por outros, durante a fabricação de um acessório ou de uma peça de roupa; da reciclagem de materiais na produção de itens ou na customização e posterior reaproveitamento de um jeans. 44 • R evista Força • junho de 2012


Moda Muito se fala na mídia da linha eco-friendly; tintas que não desbotam e que é fabricada através de procedimentos menos danosos ao meio ambiente. Mas agora o assunto são os bazares, brechós e roupas recicladas. Indumentárias de segunda mão estão na moda. A novidade vinda da Europa são as grifes vendendo peças usadas de seus próprios estoques. No Brasil a moda ainda não pegou, mas os bazares e os brechós virtuais têm-se popularizado a cada ano. “O brechó é uma forma de termos roupas lindas, super atuais, estilizadas e ainda contribuir com o meio ambiente, já que trata-se da reciclagem”, explica a design de moda Mylena Ardito. Tamanho engajamento com a causa tem explicação. A moda é veloz e as coleções vêm e vão rapidinho. Toda essa produção massificada entulha o ambiente. Nem bem se

curte as novas aquisições, há novas opções nas prateleiras e a necessidade de consumo. Toda essa “descartabilidade” custa caro no bolso e para o planeta. Como exemplo temos os Estados Unidos, sem dúvida um dos países mais consumistas, que, segundo dados da EPA, agência americana de proteção ao meio ambiente, jogou fora cerca de 7 mil toneladas em roupas e sapatos só no ano de 2007. Hoje, de tudo o que é descartado no país, apenas 15% é reciclado. Para que se tenha uma ideia do aumento da proporção do consumo, na década de oitenta, os descartes somavam 2 mil toneladas. Uma das maiores economias do mundo, a indústria têxtil utiliza matérias-primas naturais como a lã e o algodão, mas a preocupação está no uso de materiais sintéticos. Feitas a partir de petroquímicos, são mais baratas e práticas, sua

produção, no entanto, é bastante poluente e os artificiais demoram muitos anos para se decomporem. Por isso, nos últimos anos, as indústrias têm procurado meios de produção menos impactantes e utilizado materiais mais duráveis, cuja produção polua menos. A onda eco-fashion, como vem sendo chamada, tem chamado a atenção de grandes empresas e grifes de renome. A preocupação com a qualidade e na produção com os menores ônus para o meio ambiente enseja a tomada de postura por parte dos donos de grandes fábricas. A febre é o orgânico, desde as fibras que compõem os tecidos. E alta tecnologia é empregada para o desenvolvimento de fibras com essa característica. O algodão, a juta e o bambu, por exemplo, produzidos sem o uso de pesticidas ou inseticidas e com água reciclada. Tudo isso emprega maior mão de obra,

abril de 2012 R evista Força •

45


Moda claro, mas ajuda a preservar o planeta. “Hoje em dia têm clientes extremamente preocupados com o meio-ambiente e que só adquirem peças sustentáveis. É uma tendência que daqui a alguns anos estará mais acessível”, explica Mylena Ardito. A maior novidade surge com o trabalho em materiais inusitados como garrafas PET transformadas em tecido e pneus em solas de sapato. As inovações são ilimitadas. O grande problema é o custo. O algodão biológico, por exemplo, ainda custa muito caro se comparado às matérias-primas tradicionais, e isso afasta as distribuidoras. Um caminho para a solução surgiu na Suécia quando várias marcas decidiram abrir suas lojas de Segunda mão – Second Hand Store – nessas lojas, o cliente pode vender uma peça de uma antiga coleção, que,

46 • R evista Força • junho de 2012

claro, são avaliadas pela equipe da loja, a partir do que é estipulado um preço, ou levar uma roupa que já foi utilizada diversas vezes, quase nova, pra casa. Às vezes nem é necessário comprar. Lá mesmo, no guarda-roupas, há aquela roupa que há tempos não é usada, mas que hoje comporia um look interessante com outras peças recentemente adquiridas, ou mesmo depois de customizadas e, portanto, renovadas. “A tendência é reciclar, reaproveitar e recriar. Sabe aquela saia preta antiga que está no guarda-roupas há anos? Então, ela pode receber taxas, aplicações com chatons, lantejoulas e virar uma peça maravilhosa para sair à noite”, revela a design de moda. A proposta dos bazares é menos complexa, mas não menos interessante. Por aqui surgem alguns de vez em quando, onde peças de grife

são vendidas a preços módicos. Há bastante qualidade, porque de fato as roupas estão quase novas. Atitudes como essas, de customização, reaproveitamento e produção consciente refletem uma preocupação que favorece o planeta sem causar prejuízos ao consumo e à imagem de quem compra claro. Entre muitas garotas a febre é a criação de blogs-bazares e vitrines virtuais com roupas que já não usam tanto. São definidos os preços e as compras são enviadas por correio para todo o país. Blogs como o que é Meu pode ser Seu, da médica carioca Fernanda Viera, Arara Reformada, Reciclando Moda, Única Dona, A Feira, A Brecholenta, Armário Cosmopolita, entre outros, pululam na web e fora dela, como em reuniões caseiras que, inevitavelmente, promovem uma limpeza no guarda-roupas!


junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

47


Comportamento | Regina Pocay

UMA IMAGEM FALA MAIS QUE MIL PALAVRAS Há algumas coisas que são lindas demais para serem discutidas por palavras. É necessário admirá-las em silêncio para apreciá-las em toda a sua plenitude. 48 • R evista Força • junho de 2012


Comportamento

Às vezes, o silêncio e a observação são mais esclarecedores que um fluxo de palavras...

M

e lembro, desde pequena, nas minhas viagens de férias com a família, do meu pai tirando fotos de tudo, dos filhos, primos, tios, tias, plantas, entardecer, enfim, ele sempre adorou registrar momentos mágicos. Cresci em meio a milhões de fotos vendo meu pai arquivar álbuns, numerá-los, para que pudéssemos encontrar com mais facilidade as fotos. E quando a família estava reunida...que delícia...nos divertíamos muito olhando aquela infinidade de fotos que para nós significava as lembranças de uma vida em família. Olhar fotografias foi um exercício constante em grande parte da minha vida. Com o passar dos anos, vieram os filhos, marido, trabalho e o tempo parece que foi atropelado por um sem fim de compromissos e fui aos poucos deixando de lado o delicioso exercício de olhar nossas fotos. Há uns quatro anos, comprei um equipamento legal de um grande amigo e comecei a clicar por ai. Este exercício é muito prazeroso, pois como aprendi num curso de fotografia, com este exercício é possível desenvolver o “olhar”. Mas muito mais

que o olhar, percebi que comecei a desenvolver habilidades que estavam adormecidas. Comecei a desenvolver a capacidade de observação, a sensibilidade, a percepção do outro e, observando o outro, através dos meus cliques, comecei também a me observar, a perceber como me comportava em relação a determinadas situações...fantástico...com isto comecei a me conhecer melhor, saber mais dos meus potenciais, dos meus limites, das minhas aspirações. Tudo isto acontecia de forma silenciosa, num diálogo interno que dispensava palavras, onde o som do silêncio e das imagens me falavam muito mais que mil palavras. Observando o mundo através de uma lente, eu conheci pessoas, entrei em contato com a natureza, com animais, com o melhor e com o pior de mim, com o melhor e o pior do outro. Porém o maior aprendizado tem sido perceber que minha função neste mundo é servir e não ser servido. Acredito que a medida que percebermos isto, na mesma proporção nos apropriamos de nossa sabedoria interior e mundo evolui... Hoje te proponho o exercício do silêncio, da observação, do contato

Um olhar pode dizer muito interno, descubra-se, ouça apenas sua voz interior e com os olhos do coração observe o que está a sua volta. Quanto mais o coração é grande e generoso, menos úteis são as palavras. Quero finalizar este texto, de poucas palavras, dizendo que a partir da próxima edição, estarei trazendo, através de imagens de um fotógrafo profissional, meu querido amigo Marcio Salata, uma série de exercícios de desenvolvimento pessoal que vai abordar o tema SIMPLICIDADE. Até lá... reginapocay@novaodessa.com.br junho de 2012 R evista • Força •

49


Comportamento

A MELHOR IDADE

Q

ual é definitivamente a melhor idade? Hoje se ouve falar muito sobre essa incógnita, ou seja, a idade que se vive melhor, que se têm mais oportunidades de se realizar sonhos e quase tudo aquilo que já se teve vontade! Na verdade quando é que realmente estamos vivendo a melhor idade, é quando somos crianças, adolescentes adultos ou idosos? Não sei, mas 50 • R evista Força • junho de 2012

pelo que vejo quando nos damos conta tudo já passou. Com certeza a melhor idade é aquela em que procuramos viver intensamente todos os momentos, sejam eles de alegrias ou imprevistos, o importante é valorizar cada momento vivido, cada situação, a melhor idade é aquela que vivemos hoje, não a que já passou e nem a que esta por vir, porque por ontem já não podemos fazer mais nada e por amanhã

nem sabemos o que será então hoje é o “PRESENTE” para se viver o melhor da vida. O que faz a melhor idade é a capacidade de discernirnos o que nos satisfaz, momentos de harmonia entre nós e nossos semelhantes, o equilíbrio exato das coisas, é dormir tranquilo e profundo esperar o novo dia com disposição e vontade, é fazer a diferença, e em todos os dias ser especial para alguém colecionando as-


Comportamento sim amigos. O tempo não se conta se vive, e se o contarmos perderemos tempo. O que deve importar é o espírito jovem em todas as idades e a vontade

lhece não podes mais fazer “coisa de jovens” então somos certamente feitos para começar e terminar o nosso ciclo de vida e digo assim de passagem dignamente. Num tempo não tão distante, muito em breve chegará, poderemos avaliar o que realmente fizemos de nossas vidas, nossas únicas e essenciais vidas,

de viver, com isso surgirá o amadurecimento mental e espiritual. É óbvio que algumas coisas mudarão e você sentira duramente isto, quando era jovem não podia fazer “coisas de adulto”, e quando enve-

assim como Deus é atemporal, ou seja, que não depende do tempo e nem é afetado por ele, devemos viver sem nos cronometrarmos apenas se deixar viver, e lembre-se, não se preocupe com sua idade, ela passa!

Edme Cristiane Ortiz | Pós - graduada em Educação Especial | christianeortiz@bol.com.br junho de 2012 R evista • Força •

51


Social | Personalidades

VINÍCIUS FURLAN Quem é Vinícius Furlan? Professor, Árbitro, filho de Santa Bárbara d’Oeste e recentemente, pai da Alice.

Sempre quis trabalhar nessa área? Sempre quis trabalhar com futebol. Mas a princípio, queria ser jogador.

Você é uma das principais revelações da arbitragem paulista. A que se deve esse reconhecimento? Muito trabalho.

Como lida com a pressão dos jogadores e dos torcedores dentro e fora de campo? Dentro de campo é tranquilo. Aturar alguns amigos torcedores é

52 • R evista Força • junho de 2012

mais complicado que um jogador nervoso. Esse pelo menos eu posso expulsar. Ser árbitro é uma profissão ingrata? Você sente-se incomodado com os xingamentos e com a falta de respeito no futebol? Diferente do que muitos imaginam, os árbitros são respeitados.


Social | Personalidades Lamento apenas que comentários maldosos e sem fundamento de parte da imprensa continuem impunes. Esses comentários formam opiniões. De qual jogo mais se orgulha? O jogo que mais me emocionou foi a final da Copa São Paulo de Junires, Flamengo 2 x 1 Bahia. Santos x Palmeiras, Penarol AM x Atlético MG também foram especiais. Já aconteceu algo curioso durante uma partida? Certa vez em Monte Azul, durante um jogo da série A2, um torcedor ofereceu um espetinho de linguiça para meu Bandeira. Dizem que ele aceitou. Vamos saber um pouco sobre suas particularidades. O que assiste na televisão? Filmes, telejornais e alguns programas esportivos. Comida preferida? Massas e a comidinha da mamãe. Hobbie? Jogar futebol Frase: “Tudo posso Naquele que me fortalece” Fl 4,13 Nota 10: Para minha família e meus amigos. Nota 0: Para cera, reclamações e simulações no futebol.

junho de 2012 R evista • Força •

53


Tecnologia

CUIDE BEM DO SEU E-MAIL

U

O uso incorreto do correio eletrônico pode trazer prejuízos técnicos e de imagem para as empresas, mas pode ser evitado com bom senso

m ouvinte manda mensagem para uma emissora de rádio negociando a venda de um bem de sua propriedade. Diz as características, o valor que deseja receber e, ao final, pede para que interessados escrevam para um endereço de e-mail que não é nem Gmail, Hotmail, Yahoo! ou de qualquer outro serviço grátis ou pago. É o e-mail que ele usa na empresa onde trabalha. Ou seja, tratando de um assunto pessoal, o funcionário divulgou para centenas ou até milhares de pessoas o endereço de e-mail que a empresa deu para ele tratar de questões profissionais. Além de implicações legais, que estão sempre em pauta, a divulgação pode ocasionar problemas técnicos no servidor de e-mail da empresa, do envio de mensagens muito pesadas até mensagens com pragas virtuais, causando transtornos e prejuízos. “A utilização inadequa-

54 • R evista Força • junho de 2012


Tecnologia da do servidor de e-mails pode ser a porta de entrada para as mais diversas pragas virtuais”, diz Marisa Viana, consultora em tecnologia e responsável por gerenciar contas sociais de grandes empresas da região. Hoje em dia, alguns tipos de vírus e trojans são pouco perto do que se pode encontrar em um correio eletrônico mal protegido. De acordo com Marisa, na maioria das vezes, a inabilidade do usuário é a principal causa para os problemas. E isso não só por divulgar aleatoriamente seus endereços de e-mails, como fez o ouvinte de rádio citado anteriormente, mas também por usar o endereço da empresa para retransmitir mensagens em massa como piadas, fotos, correntes e outros sem utilizar a opção cópia oculta, expondo os dados de contato de centenas de pessoas, inclusive o de clientes. Etiqueta De um modo geral, a maioria dos

problemas causados pelo mau uso do e-mail dentro da empresa pode ser facilmente resolvida com orientação por parte da empresa e bom senso por parte do funcionário. Muito provavelmente talvez nem seja por má-fé que um funcionário usa para tratar de assuntos pessoais o endereço eletrônico que a empresa deu para ele se relacionar com clientes, por exemplo. Pode até parecer estranho que em tempos de mídias sociais, o e-mail, a porta de entrada para a internet para muita gente, ainda mereça tanto atenção. Mas é necessário, ainda mais em se tratando de e-mail corporativo. Como indica a advogada especialista em direito digital, Patrícia Peck Pinheiro, quando o endereço de e-mail leva o nome da empresa o cuidado deve ser redobrado. Se a mensagem gerar algum constrangimento, é a marca que estará exposta. Além das questões do uso profissional do e-mail da empresa, Patrícia também

chama a atenção para a redação das mensagens. Por exemplo, ela sugere que seja usado o tratamento formal e que se evite expressões como “beijos”. “Isso evita situações de subjetividade e eventuais confusões geradas devido ao tratamento mais íntimo em situação de trabalho/profissional”, diz a advogada em artigo no guia de tecnologia Infoescravo. Discrição na abordagem e comentários maldosos sobre a empresa onde trabalha também devem ser evitados, na opinião de Patrícia. “Evite também o uso de elogios que possam gerar algum tipo de duplo sentido”, diz. “Pode-se congratular a pessoa por motivo de êxito em tarefas, mas evite elogios que possam estar relacionados à apresentação física ou a partes do corpo, como linda, bonita, estonteante, maravilhosa e outros similares.” Elogios? Só pelo bom uso do e-mail da empresa. Pense nisso e passe a mensagem adiante, com responsabilidade.

junho de 2012 R evista Força •

55


Tecnologia


Gastronomia

A RECEITA DO SUCESSO Sob o comando do empresário Cláudio Ezziq, ‘Caldo de Quenga’ atrai milhares de pessoas aos finais de semana

J

á ouviu falar em Caldo de Quenga? A típica receita do norte de Minas Gerais composta essencialmente por caldo de mandioca e frango desfiado tem feito muito sucesso na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Especialmente nas cidades de Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste. Isso porque a delícia é o carro chefe do barzinho que leva o mesmo nome da receita: Caldo de Quenga. Já são três casas, duas em Nova Odessa e uma em Santa Bárbara d’Oeste e uma legião de fãs da boa comida caipira. As três casas reúnem em uma noite de sábado, por exemplo, quase três mil pessoas. A receita do sucesso? Segundo o proprietário e empresário Claudio Ezziq, o segredo é o famoso Caldo de Quenga, claro, mas também o ambiente familiar, caipira e divertido. “Aqui o ambiente é estritamente familiar, recebemos muitos casais também, jovens animados. Sem contar que o cardápio é com-

pleto. O ambiente rústico contribui ainda mais para essa atmosfera caipira”, destaca Claudio. “Mas, o nosso caldo de quenga tem um segredinho especial”, completa. A história do Caldo de Quenga é recente. Começou em 2006 com a primeira unidade e com outro nome: Kuazi Kaipira. “Sim, o nome era esse mesmo com K e Z”, diverte-se o empresário. “Na verdade a história começou quando eu frequentava

um barzinho em Nova Odessa que tinha esse nome e o prato principal da casa era o Caldo de Quenga. Eu não saia desse lugar e teve um dia que o dono chegou e perguntou se eu queria comprar”, explica Cláudio. Sob o comando do empresário, em poucos meses o local não suportava tamanha demanda de cliente e fila de espera. “Foi aí que mudamos a primeira unidade para uma esquina, num terreno maior, mas no mesmo junho de 2012 R evista Força •

57


bairro”, conta. De lá para cá o sucesso do prato Caldo de Quenga foi tanto que Cláudio incorporou ao nome já existente. Hoje, o Kuazi Kaipira Caldo de Quenga recebe em média 12 aniversários por final de semana. “Nas três casas temos uma média de 12 aniversários por final de semana. Ofe-

58 • R evista Força • junho de 2012

recemos um bolo ao aniversariante e uma festa bastante animada”, revela Ezziq. A unidade de Santa Bárbara d’Oeste foi inaugurada em setembro de 2010 e a unidade três, em Nova Odessa, foi inaugurada em agosto do ano passado. “Há um intercambio entre nossos clientes (risos). Tem final de semana que os daqui (de Nova

Odesa) vão pra Santa Bárbara e os de Santa Bárbara para Nova Odessa”, comemora. Além do ambiente rústico, da música raiz e sertaneja, o cardápio é atração á parte. “Temos um cardápio completo, com bebidas, porções, caldos, lanches”. E novidades não faltam! A unidade 1 do Kauzi Kaipira – Caldo de Quenga oferece, aos domingos, o “Almoço Caipira”, com comida típica e musica raiz ao vivo. Dás 11h às 15h30. As três casas do Caldo de Quenga funcionam de terça a domingo a partir das 18 horas. A unidade 1 situa-se á Rua Olívio Balinate, 684, em Nova Odessa. A loja 2 situa-se à Av. São Paulo, 1637, Cidade Nova , em Santa Bárbara d’oestee a unidade 3 situa-se à Av. Ampélio Gazeta, 2348 em Nova Odessa. junho de 2012 R evista Força •

58


Gastronomia

A HISTÓRIA DO RAVIÓLI Os raviólis nasceram na Ilha da Sicília, berço de tantas outras delícias da culinária italiana. A palavra raviolo, singular de ravióli, vem do latim graviolo, que significa cheio, pesado. Mas como nos dialetos falados na ilha é costume comer os “g” antes dos “r”, graviolo se tornou ravióli. No princípio, não eram utilizados recheios. Os raviólis não passavam de círculos ou retângulos de massas tipo lasanha que eram colocados em caldos e sopas ou fritados em azeite de olivas, com alho e especiarias. O recheio passou a ser adotado entre os séculos 12 e 13. Ovos, queijo, ricota e ervas eram os principais. Ao norte da Itália, entraram nos recheios carnes em geral. De acordo com a tradição, os raviólis deveriam ter formatos quadrados ou retangulares. Contudo, hoje são produzidos em diferentes desenhos, pesos, dimensões e quem os saboreiam não se importa com um detalhe tão pequeno. Foi pensando na infinidade de pratos com ravióli que a Revista Força preparou receitas especiais para você apreciar com a família. Confira: 59 • R evista Força • junho de 2012

junho de 2012 R evista Força •

59


Gastronomia R avióli de mussarela e manjericão Massa: . 400g de semolina . 4 ovos . Sal a gosto . 1 colher (sopa) de azeite Recheio: . 50g de mussarela cortada em cubos . 4 tomates sem pele e sementes cortados em cubos . Folhas de manjericão Molho branco (bechamel): . 70g de manteiga . 1/4 de xícara (chá) de farinha de trigo . 400ml de leite . 100g de queijo parmesão ralado . Noz moscada ralada a gosto . Sal e pimenta a gosto . Queijo parmesão a gosto Modo de Preparo Massa: Em uma tigela, coloque a semolina, os ovos, o sal e o azeite. Trabalhe a massa até ficar lisa e homogênea. Deixe descansar por 20 minutos enrolada em filme plástico. Abra a massa com um rolo, e com um cortador corte círculos de 5cm de diâmetro. Recheie cada círculo com um cubo de mussarela, dois cubos de tomate e uma folha de manjericão. Dobre e aperte as beiradas com um garfo. Cozinhe em água abundante com sal durante 20 minutos. Molho: Em uma panela, aqueça a manteiga, adicione a farinha de trigo e mexa bem até os ingredientes se integrarem. Junte aos poucos o leite quente sem parar de mexer. Acrescente o queijo, o sal, a pimenta, a noz moscada e cozinhe no fogo brando, até começar a engrossar. Desligue o fogo e reserve. Escorra o ravióli, coloque em um refratário e cubra com o molho branco. Polvilhe o queijo ralado e leve ao forno preaquecido a 200ºC durante 20 minutos ou até dourar.

DIS CONTRA

RIR! 60 • R evista Força • junho de 2012

Mulher pergunta pro marido: — Meu bem, o que você faria se soubesse que o mundo fosse acabar daqui a dez minutos? — Eu faria amor com você, querida! — E nos outros nove minutos e meio?

O homem chega na farmácia e pergunta para o farmacêutico: — Aqui tem recarga pra Oi? — Não, pra Oi só tem colírio!

junho de 2012 R evista • Força •

60


Gastronomia R avióli ao sugo Ingredientes: . 1 kg de ravióli pronto . 1 cebola grande ralada . 3 colheres (sopa) de manteiga . 2 dentes de alho amassados . 1 colher (chá) de ervas mistas (tomilho, manjerona, segurelha e erva-doce) . 2 kg de tomates picados . 250 g de cenoura sem casca e cortada em rodelas . 250 g de salsão cortado em pedaços . 6 ramos de salsa . 4 talos de cebolinha verde . 4 xícaras (chá) de caldo de carne (se quiser, use 2 tabletes) . 2 colheres (chá) de mel . Sal e pimenta-do-reino . Salsinha e queijo ralado para decorar

Modo de Preparo 1. Prepare a massa: cozinhe o ravióli em bastante água com sal até ficar al dente. Escorra e reserve. 2. Faça o molho: refogue a cebola com a manteiga em fogo médio. Adicione o alho e as ervas mistas e deixe dourar bem. 3. Junte o tomate e mantenha em fogo baixo até secar. 4. Acrescente a cenoura, o salsão, a salsa, a cebolinha verde e o caldo de carne, misture e cozinhe em fogo médio até o tomate se desmanchar. Coe numa peneira grossa. 5. Leve o molho novamente ao fogo, junte o mel, o sal e a pimenta. Aqueça bem e despeje sobre o ravióli. Salpique salsinha picada e queijo ralado antes de servir.


DRAMA

GARRA

EMOÇÃO 62 • R evista Força • junho de 2012

O caminho do União Barbarense até a elite do Campeonato Paulista


O

s cinco primeiros meses de 2012 foram inesquecíveis para a população de Santa Bárbara d’Oeste. Principalmente para o torcedor barbarense. Difícil esquecer a emoção! A alegria! A dramaticidade! Todos esses ingredientes têm explicação: depois de sete anos longe da elite do futebol

do Estado de São Paulo, o União Agrícola Barbarense está de volta à Série A1 do Campeonato Paulista. O caminho até o acesso foi árduo, com muitas doses de emoção, sorte e garra da equipe comandada por Claudemir Peixoto. A trajetória começou em 25 de janeiro, no Estádio Antonio Guimarães, diante do Rio Preto. O drama

que acompanhou o elenco unionista durante toda a campanha deu ar de sua graça já na estréia, com o gol da vitória saindo apenas aos 49 minutos do 2º tempo, através do volante Dias. E, assim foi durante toda a competição! Qual torcedor unionista irá esquecer a vitória sobre o São Carlos, com gol de Cesinha, de novo, nos acréscimos? Ou a

junho de 2012 R evista Força •

63


Esporte partida épica nos 2 a 1 sobre o Palmeiras B, com uma atuação inesquecível de Junai, que virou o jogo com duas bolas paradas, quando o Leão perdia ater os 42 minutos do 2º tempo? “A campanha do União Barbarense foi de estar com o ‘coração na boca’ o tempo todo. Não faltou garra, mas também não faltou emoção. Valeu a pena”, conta o mecânico Carlos Ferreti, que acompanhou todas as partidas do Leão da Treze em casa. Houve também momentos de grande futebol, como nas vitórias sobre o América, em Rio Preto e, principalmente, na goleada por 4 a 1, diante do Atlético Sorocaba, na abertura da 2ª fase. No dia 24 de março, a festa foi armada, com Antonio Guimarães lotado, bastava uma vitória simples sobre o São Bernardo para o Leão garantir classificação antecipada. Para frustração do torcedor, derrota por 2 a 0. Foi ai que a sorte, outro fator

PRINCIPAIS HERÓIS

que caminhou lado a lado com o Alvinegro da 13, apareceu. Mesmo sofrendo o revés, o União se qualificou, em 8º lugar, graças às derrotas de Grêmio Barueri e Velo Clube. Haja coração! Em mais uma festa adiada, no dia 25 de abril, a equipe barbarense foi derrotada pelo Audax, por 2 a 0, de novo, em frente a sua torcida, no maior público do ano em Santa Bárbara. A decisão do acesso ficaria para diante do temido Atlético, em Sorocaba, equipe de melhor campanha na competição. Após um sufoco no 1º tempo, quando Thiago Passos sofreu três bolas na trave, logo aos 30 segundo da segunda etapa, sofreu pênalti, que o artilheiro Melinho, barbarense de nascimento, converteu. O próprio Melinho fez o segundo. A fatura já estava liquidada, apesar dos dois gols que o Galo de Sorocaba ainda marcaria. O União Agrícola, dos dramas, das festas adiadas, da

sorte, da competência, de jogos primorosos, sobretudo, de um grupo de guerreiros, estava com o passaporte de retorno à Série A-1 carimbado, no histórico domingo, dia 29 de abril de 2012. Ainda viriam as duas partidas finais que, com dois empates diante do São Bernardo, dariam o vice-campeonato ao Leão da Treze e o título maior da competição ao Bernô, mas isso pouco importava. O principal objetivo já havia sido alcançado. Parabéns União Agrícola Barbarense Futebol Clube, em 2013 você é da Elite. “Ficamos muito felizes, porque Deus colocou homens aqui (no clube). Pensamos nesse acesso desde o primeiro dia, e todos honraram a camisa barbarense. Provamos que Deus honra aqueles que trabalham”, disse o técnico Claudemir Peixoto, em tom emocionado, ao final da partida

Fotos: www.uniaobarbarensefc.com.br

THIAGO PASSOS No clube desde 2007, o goleiro Thiago Passos participou da campanha do acesso unionista de 2008 da Série A-3 para a A-2. Principal ídolo do torcedor barbarense na atualidade, o camisa 1 foi o responsável por evitar o rebaixamento no ano passado, com defesas incríveis, inclusive de um pênalti diante do Guarani, na última rodada. Não fosse ele, o Alvinegro estaria disputando a Terceira Divisão nesta temporada. Atuou em vinte e seis dos 27 jogos da campanha e salvou a equipe em diversas oportunidades. Agora, seu destino será o Mirassol, onde disputará o Campeonato Brasileiro da Série D, mas para o Paulistão 2013, ele deve retornar à condição que ocupa há cinco anos: a camisa 1 do União.

CLAÚDIO BRITTO O capitão do acesso. Um guerreiro. Passou por maus bocados com a camisa alvinegra nas decepcionantes campanhas de 2011, na Série A-2 e na Copa Paulista. Virou o principal líder do elenco. Comandou um grupo unido, inicialmente desacreditado, mas que mostrou todo seu valor para reconduzir o União Barbarense à elite do futebol paulista. 64 • R evista Força • junho de 2012

junho abrildede2012 2012RR evista evista• Força •

64


Esporte

65 • R evista Força • abril de 2012

junho de 2012 R evista Força •

65


Esporte MELINHO Barbarense de nascimento. Um unionista de coração, melinho foi extremamente decisivo, se tornando artilheiro da campanha histórica, com onze gols, inclusive os dois em Sorocaba, que garantiram o acesso. Estreou tarde, devido à demora em sua liberação vinda do futebol eslovaco. Revelado pelo clube no início dos anos 2000, Tarciso Rogério Pereira voltou. Assim como o Leão voltou à 1ª divisão.

CLAUDEMIR PEIXOTO Muito contestado após campanha irregular na Copa Paulista de 2011, o técnico Claudemir Peixoto foi mantido pelos investidores no clube, em detrimento à opinião do Presidente e dos diretores, que preferiam Paulo Roberto Santos. Ex-atleta do clube no acesso de 1997, Peixoto foi o comandante de um elenco que com sua união e um futebol de resultados, com um time muito bem armado, devolveu o orgulho ao torcedor barbarense nesta temporada. Contou com sua estrela em alterações que decidiram várias partidas. Agora, irá alçar novos vôos, agora como comandante do Santo André. Como diz o verso do hino, Claudemir Peixoto “tens um nome gravado na história!”.

66 • R evista Força • junho de 2012


Esporte ELENCO GOLEIROS: Thiago Passos, Cléber e Lucas LATERAIS: Alex, Thyego, César e Magno ZAGUEIROS: Juliano, Rafael Silva, Matheus Hansen, Renato e Junior Goiano VOLANTES: Cláudio Britto, Edílson Azul, Dias, Filipe e Lennon MEIAS: Paulo Santos, Melinho, Junai, Cris e Ítalo ATACANTES: Cesinha, Caihame, Tuta, Roberto Santos, Julio César, Coquinho e Da Silva. COMISSÃO TÉCNICA TREINADOR: Claudemir Peixoto AUXILIAR TÉCNICO: Edílson Chiari

PREPARADOR FÍSICO: Márcio Moreno PREPARADOR DE GOLEIROS: Libaia MASSAGISTA: Toninho FISIOTERAPEUTA: Dr. Aliston Jones da Rocha MÉDICO: Dr. João Roberto Miller MORDOMO: Márcio Silva CAMPANHA 27 Jogos – 11 vitórias, 6 empates e 9 derrotas – 40 gols marcados e 39 gols sofridos ARTILHEIROS Melinho 11 gols; Cesinha 09 gols; Caihame 05 gols; Junai 03 gols; Alex, César e Tuta 02 gols; Dias, Juliano, Julio César, Renato e Roberto Santos 01 gol

ACESSOS NA HISTÓRIA 1967 – Da Divisão de Acesso para a Segunda Divisão, comandado por Carlos Verginelli Neto, o Lilo. 1997 – Da Série A-3 para o Campeonato Paulista da Série A-2, comandado por Luis Carlos Martins. 1998 – Da Série A-2 para o Campeonato Paulista da Série A-1, comandado por Vagner Benazzi. 2004 – Da Série C para a Série B do Campeonato Brasileiro, comandado por Sérgio Farias. 2008 – Da Série A-3 para o Campeonato Paulista da Série A-2, comandado por Edson Vieira. 2012 – Da Série A-2 para o Campeonato Paulista da Série A-1, comandado por Claudemir Peixoto.

junho de 2012 R evista Força •

67


Saúde


A QUEDA DE BRAÇO DO “ATO MÉDICO” Projeto que delimita atuação de profissionais da área da saúde está longe de ser aprovado

D

esde outubro de 2009, médicos e outros profissionais de 13 áreas da saúde travam uma ‘queda de braço’ para definir até onde eles podem diagnosticar doenças e prescrever tratamentos e medicamentos. Isso por que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 7703/06, popularmente conhecido como “Ato Médico”. A briga tem explicação: o projeto prevê que apenas médicos têm diagnóstico de doenças e prescrevam tratamentos. Com isso, profissionais de áreas como fonoaudiologia, psicologia e fisioterapias, por exemplo, temem perder a autonomia para atuar. “Eu não concordo. Falando pela fonoaudiologia, é um retrocesso, pelas conquistas que adquirimos desde a regulamentação da profissão em 1981. Como pode um profissional da medicina saber conduzir todos os diagnósticos e procedimento de todas as áreas da saúde, como a fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e por aí vai?”, defende a fonoaudióloga Adelina Daldin Miguel. junho de 2012 R evista Força •

69


Saúde A opinião de Adelina e de outros profissionais da saúde militam contra o ‘Ato Médico’. Como o fisioterapeuta especialista em Osteopatia de Santa Bárbara d’Oeste, Vitor Hugo Martins. “O médico ditará ao fisioterapeuta como proceder. Como o médico poderá realizar um diagnóstico osteopático com testes específicos, manipulações específicas e até

ao aumento de erros, pois não dá para saber de todas as especificidades”, conclui Martins. O monopólio do poder oferecido aos médicos é um dos pontos mais polêmicos do projeto de lei. Versão que é rebatida pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). O órgão alega que a lei regulamentará a profissão que ainda

nos que impedirá o exercício das demais profissões da saúde. Isto é um desvio de interpretação malicioso”, defende o presidente do Cremesp, Clóvis Francisco Constantino. Constantino garante, ainda, que o “Ato Médico” trata de uma proposta em respeito ao cidadão. “O projeto de lei é muito claro. Ele estabelece legalmente quais são as atribuições

número de sessões para os pacientes?”, indaga. “Não aprovo essa lei, acho um absurdo, um monopólio de poder, que causará prejuízos aos profissionais e aos pacientes, devido

não tem limites e abrangências definidas. “Não concordamos que a definição do Ato Médico seja uma questão corporativa, uma tentativa de reserva de mercado. Muito me-

de médicos, sem interferir na autonomia dos outros profissionais da saúde, que já têm suas prerrogativas definidas claramente, em leis próprias, tornando transparente para

70 • R evista Força • junho de 2012


Saúde

o paciente as responsabilidades que cada agente tem na assistência à saúde”, argumenta. Mas as polêmicas envolvendo o “Ato Médico” afligem até mesmo quem ainda não exerce a profissão. A estudante de medicina, Bárbara Maria Rodrigues, se vê confusa com o projeto. “Fica difícil dizer se sou contra ou a favor da lei, porque em momento algum ela nos foi explicada detalhadamente. A lei também traz uma dúvida, se tais procedimentos vigorarem, como faremos com a falta de médicos?”, questiona a barbarense que cursa o segundo período na Famerp (Faculdade de Medicina de São Paulo). Avanços: Em meio às dúvidas e às polêmicas, o projeto de lei caminha a passos lentos no Congresso. Mas, algumas mudanças trouxeram novas expectativas. Em fevereiro deste ano, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou uma nova versão do projeto, que retirou pontos polêmicos do projeto aprovado pela Câmara em 2009, como a exclusividade de médicos para execução de procedimentos como papanicolau e diagnóstico de problemas psicológicos e nutricionais. A nova versão do projeto continua afirmando que o diagnóstico de doenças pode ser feito apenas por médicos. Mas abre espaço para que outros diagnósticos sejam feitos por outras especialidades, como a avaliação de um fonoaudiólogo sobre a capacidade de articular sons. Veja no infográfico ao lado outras mudanças na nova versão do projeto.


72 • R evista Força • junho de 2012


O DONO DA PICANHA A história de Romeu Orcioli o homem que faz a picanha mais conhecida da região

S

e você reside na RMC (Região Metropolitana de Campinas) ou está sempre por aqui certamente já ouviu falar de Romeu Orcioli, ou melhor, do Restaurante do Romeu. Já deve ter ouvido, também, maravilhas do principal prato da casa: a picanha na tábua. Não é exagero

dizer que a picanha do Sr. Romeu é a melhor da região, senão do Estado. Prova disso é a vasta clientela que se aglomera na porta do tradicional restaurante na cidade de Sumaré, aos finais de semana. “Aqui vem gente de tudo o que é canto. Tem empresário que mora em São Paulo e não deixa de vir aqui comer

a picanha na tábua”, comemora o intitulado cidadão sumareense de 61 anos, quase 20 deles dedicados ao restaurante. Dizer que seu Romeu é o dono da Picanha também não é exagero. “Hoje pode falar picanha no supermercado, mas aqui (no restaurante) não falta”, orgulha-se. Mas, a hisjunho de 2012 R evista Força •

73


Histórias de Minha Vida tória de sucesso do Restaurante do Romeu começou de forma humilde e sem grandes pretensões. “Eu dediquei 20 anos da minha vida à prefeitura, ao cargo público e em 1993 houve um acordo na prefeitura para os funcionários que tinha mais de 20 anos de casa. Sai de lá e

cardápio foi ampliado. E o Bar do Romeu virou Restaurante do Romeu. “A partir daí começamos a oferecer Happy Hour e a picanha na tábua”, explica Romeu Orcioli. O nome conhecido na cidade, aliado à habilidade da esposa e do filho mais velho, Cleiton, nos ne-

ço não esperávamos que o sucesso fosse grande por causa da picanha. Chegaram vezes de faltar picanha e ter que correr buscar no supermercado”, relembra, garantindo que o estoque de picanha da casa está sempre abastecido. “Nada como a experiência”, diz aos risos.

investi o dinheiro na ampliação do Bar do Romeu, que já era tocado pela minha esposa Maria Cristina”, conta. A ampliação do Bar do Romeu fez com que a família Orcioli começasse a oferecer aos clientes marmitex e prato feito. O sucesso foi tão grande que o

gócios renderam ao Restaurante do Romeu sua segunda unidade, na cidade de Hortolândia, e a fama de melhor picanha da região. “Minha esposa é especialista em picanha. Entende tudo. Sabe qual é de qualidade”, explica. Mas, nem tudo foram mil maravilhas. “No come-

O reconhecimento na região e o sucesso da “Picanha do Romeu” nem de longe lembra a história de vida de Romeu Orcioli Flores. Natural de Lavínia, Romeu está há 59 anos em Sumaré. Oriundo de família humilde, assim como os outros 13 irmãos, quando peque-

74 • R evista Força • junho de 2012


Histórias de Minha Vida

no trabalho na lavoura de tomate e de algodão da família. Aos 16 anos passou a trabalhar com o pai com carpinteiro até que aos 18 foi chamado para trabalhar em uma das empresas mais tradicionais de Sumaré, na época. Além do trabalho na produção de tinturaria e estamparia da fábrica, Romeu defendia o time da empresa no campeonato local. Função que exerceu até os 27 anos, quando vestiu a camisa de várias empresas da região. “Naquela época era comum ter campeonato entre as empresas e eu ganha para jogar para elas. Mas, como tudo naquele tempo, era muito difícil se profissionalizar”, relata.

Em 1975, quando trabalhava e defendia o time de uma empresa de Valinhos, Romeu foi convidado pelo já falecido Célio Manzoni, ao qual se refere carinhosamente como Célinho, a integrar o quadro profissional da Prefeitura de Sumaré. Começou como leiturista de água e passou para fiscal da Vigilância Sanitária. Foi fundador da Associação dos Funcionários Públicos e do Sindicato dos Funcionários Públicos e presidente do Conselho Deliberativo do município. “Como trabalhei muitos anos na prefeitura, sou uma figura bastante conhecida em Sumaré”. Tanto é verdade que Romeu recebeu o

título de cidadão sumareense. “Por isso sou o garoto propaganda do restaurante, tiro até foto e dou autógrafos”, revela aos risos. É como uma das figuras mais emblemáticas da cidade que Romeu dá a receita do sucesso do Restaurante do Romeu: “A receita é o empenho, muito trabalho e paciência”, conta. “Tudo isso se deve também ao empenho da minha esposa e dos meus filhos. Apesar de não ser tão velho, o restaurante faz parte da história da cidade. Virou patrimônio histórico”, finaliza seu Romeu, agradecendo à esposa Maria Cristina, os filhos Cleiton e Thiago, aos demais membros da família, amigos e à cidade de Sumaré. junho de 2012 R evista • Força •

75


76 • R evista Força • junho de 2012


Orações

SALMO 43 1

Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação ímpia. Livra-me do homem fraudulento e injusto.

2

Pois tu és o Deus da minha fortaleza; por que me rejeitas? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?

3

Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte, e aos teus tabernáculos.

4

Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.

5

Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face e Deus meu. Salmos 43:1-5 junho de 2012 R evista • Força •

77


78 • R evista Força • junho de 2012


junho de 2012 R evista Forรงa โ ข

79


80 • R evista Força • junho de 2012


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.