Revista Fundamental - Edição 26 - Ano 6

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FUNDAMeNTAL

revistafundamental.com

Viva com o essencial Saiba separar ações de atitudes

ANO 06 - EDIÇÃO 26 - AGOSTO 2016

Cuide do seu bem mais precioso: o tempo

+ O que você quer ser? Seja você uma pessoa melhor Quanto tempo o tempo tem?


FundaMental número 26

Estamos diariamente divulgando eventos e ações da comunidade, novidades tecnológicas, dicas de gastronomia e muito mais no site e no Facebook. Nos acompanhe por lá também!

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Falando nesta questão do tempo, aparece, inevitavelmente, a temática do envelhecimento. Com o tempo passando, o envelhecimento vem chegando... Ilustramos esta questão com a imagem desta página, que vale mais que mil palavras.

04 - Uni duni tê... Suzana Kunz 06 - Diferentes, mas iguais

Kety Daudt Maus 08 - Essencialismo: viva com o essencial Rodney Troy Mutter 10 - Conforto à moda antiga Geraldo Raupp 12 - O que você quer ser? Angelita Dal Piva

mãos à obra

14 - Old is the new power

Suelyn Rosa 16 - Qual a sua semente? Vanessa Reis 17 - Seja você melhor! Mauros Werling 18 - Falar e ouvir: entrega mútua Analice Brusius e Larissa Altreider

O tempo passa mais rápido do que gostaríamos. Pense nisso.

“Eu uso o necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais... eu digo necessário, somente o necessário. Por isso é que essa vida eu vivo em paz...” Começamos com esta estrofe da música do filme Mogli. Tão simples esta mensagem. Pena que acabamos esquecendo... Tente viver somente com o necessário, lembrando a música, pois às vezes o extraordinário acaba sendo demais. Pensando nisso, estamos transmitindo assuntos que levam a pensar na questão do tempo. Vamos utilizar o tempo que temos com o necessário, o que realmente importa. Na capa desta edição, usamos a imagem com o relógio “marcado” na testa. Quem sabe se tivéssemos um relógio sempre nos mostrando o tempo que temos para aproveitar a vida nos preocuparíamos somente com o que realmente vale a pena? Os dias são sempre iguais, mas o que fazemos dele é o que faz a diferença. Fica a reflexão para você.

para refletir

Nesta edição, apresentamos textos referentes a questões que consideramos fundamentais: o tempo, o que é essencial para nossa vida de verdade e o envelhecimento. Esperamos que você faça bom proveito e aprenda um pouco mais, assim como nós aprendemos. Continue compartilhando conosco ideias e ações positivas, pois é isso que vale a pena. Boa leitura!

cuide-se 20 - O poder do exercício físico no combate ao câncer Mariana Boos

22 - Como está a sua pele? Gabriela Bencke 23 - Emoções compradas Alessandra Becker 24 - Como melhorar sua saúde

Adriana Schemes Gusmão

Dr. Luís Carlos Silveira

delícias

Participe da FundaMental

26 - Culinária da cura Tagiane Kohler Filipsen 29 - Delícias com mirtilo Sofia Prodanov

Alie-se a um conteúdo editorial sério, de credibilidade e ao mesmo tempo leve e descontraído. De quebra, contribua para divulgar ideias e ações que, somadas, fazem toda a diferença. - 5.000 exemplares em pontos estratégicos; - Distribuição gratuita.

um outro olhar

30 - Separe ações de atitudes Yara Picchetti 31 - Dicas de leitura Aline de Melo Pires 32 - Quanto tempo o tempo tem?

- Contato comercial: VIRTUA Gestão Comercial Fones: 3781-4038 e 8206-7777 www.virtuagestao.com.br Facebook: virtua-gestao-comercial

Ano 06, edição 26, agosto 2016 - Publicação Bimestral - 5.000 exemplares Contato: fundamental@sinos.net - contato: (51) 9283-4643 - Distribuição gratuita Coordenação Geral: Adriana Schemes Gusmão - adrisg@sinos.net Marketing: Bibiana Caixinhas - bcaixinhas@gmail.com - fone: 8460-9205 Comercial: Virtua Gestão Comercial - Aline Lorscheitter - fones: 3781-4038 e 8206-7777 Colaboração: Paula Schemes Gusmão, Daniela Henkel Blauth, Geraldine Alves dos Santos

Quem está sempre ocupado reclamando, não enxerga novas possibilidades. Pense nisso.

Patrícia Spindler 34 - Fisioterapia veterinária Roberta Mendes 34 - Mural de adoção 35 - O vinho que faz bem Plínio Dall’Agnol 36 - Projeto Pescar 38 - Prevenção essencial Daniela Henkel Blauth 38 - A experiência que rejuvenesce Viviane Santos


para refletir

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Uni duni tê... qual a sua

Tentamos digerir de tudo ao mesmo tempo: televisão, computador, celular, tablet e mais o que você vê por aí. Ao invés de eleger, queremos tudo.

escolha?

Nutro profunda admiração pelas pessoas que dizem ter certeza absoluta das escolhas que fizeram, já que sempre foram fiéis a si mesmas ao invés de prontamente responder aos chamados do mundo externo.

Dormir mais, meditar ou caminhar? Água pura ou refri? Escolher e eliminar inúmeras possibilidades é um dos maiores desafios que realizamos no dia a dia. Na maturidade é comum a gente se perguntar como seria minha vida…se tivesse optado por outro curso, se pudesse ter feito tal viagem, se soubesse previamente de alguns fatos, se tivesse eleito outro candidato. Estas tantas suposições colocam o queixoso num lugar bem confortável, de quem já escolheu um caminho não satisfatório, sem se atrever a arriscar um passo diferente em direção à suposta realização, como se não dependesse unicamente de si mesmo tal decisão de mudança. É bem comum projetar a outrem os supostos fracassos ou tristezas. Corajoso seria olhar-se no espelho refletor das respostas. Ele dirá que nossas escolhas dependem exclusivamente de nossa vontade e consciência, pessoal e intransferível. Não é um convite. É obrigação que pode nos ameaçar com o medo do desconhecido. Necessário é ponderar que está cada vez mais difícil escolher, porque as possibilidades cresceram em volume, enquanto que decidir por uma direção subentende a eliminação de variáreis

Definitivamente escolher e eliminar inúmeras possibilidades é um dos maiores desafios que realizamos no dia a dia.

e concentração em direcionamento específico. Ou seja, optar é eliminar ao invés de acumular. Dá até pra se perguntar se os tão populares Déficits de Atenção e Hiperatividade possam ter se tornado diagnósticos da moda em função da quantidade de opções que o jovem possui em relação às escolhas. É muita informação simultânea. Veja, por exemplo, quantas opções de cursos universitários existem em relação aos do final dos anos 90, quando era impensável uma formação acadêmica para um chef de cozinha ou um esteticista. Um dos temas atuais do marketing é o chamado omnichannel. Se omnívoros são os animais que comem de tudo, omnichannels somos nós, consumidores de tudo o que é canal de informação.

Das menores, até as fundamentais decisões que podem mudar definitivamente o rumo da vida, desde a hora de acordar. Dormir mais um pouco, meditar ou caminhar já de manhã cedo? Água pura ou refri? Navegar na web ou conversar com amigos pessoalmente? E qual seria a melhor parceria? Decidimos incessantemente. Pequenas ou grandes escolhas, de grão em grão, vão formando um território que define o rumo da caminhada de uma vida, tornando-nos mais achados ou mais perdidos de nós mesmos. Suzana Kunz Publicitária


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Diferentes, mas

iguais

E se a gente gastasse menos tempo nos importando com as diferenças e falássemos mais sobre aquilo que nos assemelha? All we need is love. (Tudo o que precisamos é amor). All we need is love, love (Tudo o que precisamos é amor, amor). Love is all we need. (Amor é tudo que precisamos). E bem no momento em que o mundo enfrenta seus preconceitos e intolerâncias espelhados em atos terroristas que assustam o mundo, está circulando na internet um vídeo que mostra o quanto o DNA de pessoas de um determinado grupo étnico, que pensam pertencer a uma ‘raça pura’, está totalmente emaranhado com grupos de outras origens. Ou seja, estamos todos misturados, mesmo com aqueles que não apreciamos, graças aos nossos antepassados. E que bom que é assim! Vendo aqueles depoimentos e descobertas, percebemos cada vez mais como nossas diferenças são, na maioria das vezes, apenas conceitos imaginários, talvez frutos da cultura em que estamos inseridos, de interesses, limites autoimpostos, mas principalmente dos nossos preconceitos. Na tentativa de sermos um indivíduo e nos distinguirmos dos outros em um mundo cada vez mais competitivo, temos valorizado e reforçado exageradamente essas diferenças com relação ao outro. E seja por vaidade, autoimportância, preconceito ou total falta de noção, adoramos dizer que “eu não sou assim, eu não pertenço a esse grupo, eu não sou de lá, eu sou diferente”...

Quem eu sou , então? Olhar para o passado, para nossa ancestralidade, pode trazer algumas reflexões importantes. Pensar sobre o conceito de pertencimento é fundamental para nos inserir dentro de uma linhagem verdadeira e não apenas imaginária. Que tão diferentes assim nós somos uns dos outros? Pare para pensar... E se a gente gastasse menos tempo nos importando com as diferenças e falássemos mais sobre aquilo que nos assemelha? E se nos importarmos menos com aquilo que nos separa, e fossemos mais atentos ao que nos junta? E se começarmos a pensar que, em muitos aspectos, mesmo preservando as nossas diferenças, nós somos um só? No fundo, até no nosso DNA, somos todos humanos. E ponto!

Não viu este vídeo? Acesse revistafundamental.com e confira. Kety Daudt Maus Astróloga Casa do Conhecimento


para refletir

8 Qual será o ponto de equilíbrio? Para mim a solução está na palavra essencialismo. O que realmente é essencial na minha vida? Isso não pertence somente a bens materiais... Com certeza há pessoas mais evoluídas neste assunto. Para mim é uma filosofia que está guiando cada vez mais meu dia a dia. Envolve muita disciplina, honestidade e, é claro, desapego, mas vale muito a pena.

Essencialismo: viver com o essencial Cresci numa cultura de consumismo. Quando eu era pequeno, esta era uma prática inocente. Morávamos no interior sendo necessário estocar a casa com comida, ferramentas, etc. Com o passar do tempo e a chegada da televisão, fomos impulsionados a consumir mais e, como todos, nos tornamos reféns do marketing e do lado comercial do nosso mundo. Passei 10 anos de faculdade com o mínimo de bens materiais. Logo após eu me formar, cheguei ao Brasil com duas malas e passei alguns anos com menos do que era necessário. Conforme fui evoluindo com meu trabalho e a renda permitia, fui atrás de mais conforto e mais bens.Passei tanto tempo sonhando com o dia em que eu pudesse adquirir mais, que não questionei meu novo hábito de comprar. Num certo momento percebi um desconforto que me acompanhava por muito tempo. Demorou um pouco para que eu pudesse dar um nome a isso, mas hoje está claro: me tornei escravo dos meus bens. Mais bens requerem mais manutenção. Junto a isso veio o seguro para proteger meus bens e, é claro que para pagar este seguro, teria que tra-

balhar mais, iniciando assim um padrão que tomou conta da minha vida. Nunca me identifiquei muito com a ideia de minimalismo. Acho pouco prático e não quero sentar todo dia num tronco de árvore enquanto ingiro a comida feita num fogo ao ar livre. Qual será o ponto de equilíbrio entre consumismo e minimalismo? Para mim a solução está na palavra essencialismo. O que realmente é essencial na minha vida? Isso não pertence somente a bens materiais. Isso pertence também as emoções, compromissos sociais, etc. Passei os últimos 18 meses dedicado a essa palavra e, todos os dias, literalmente, analisando o que é essencial na minha vida. Estou numa campanha de vendas em casa que chegou a assustar minha esposa. Graças ao website OLX estou me livrando de muita coisa que não cabe mais na minha vida. Junto a isso estou me desfazendo de emoções e atitudes que também não me pertencem mais! Ressentimento, raiva, culpa enfim, não quero mais carregar o que não acrescenta nada de positivo na minha vida e o que não é essencial.

Não acho errado viver com conforto e acredito que itens de luxo em alguns momentos trazem ânimo para se focar mais em projetos ou se dedicar mais ao seu trabalho. Não estou sugerindo que não pode mais comprar itens de maior valor. Também acredito que temos o direito e, as vezes, é importante mesmo gastar um pouco mais para ter qualidade. O que é então? É simplesmente uma questão de não viver com excesso. Quer comprar uma camisa nova? Ótimo, então retire duas do seu armário e doe para alguém. Não compre um roupeiro maior para caber mais coisas, elimine aquilo que você não usa mais. Como tudo, requer um pouco de dedicação. Libertese. Livre-se de tudo que não te pertence mais.

Atitudes e bens que não acrescentam nada de positivo na sua vida são simplesmente pesos mortos e estão te impedindo de realizar a vida leve e prazerosa que todos nós merecemos. Comece simples, descarte uma atitude ou um bem material por dia. Como? Seja ciente das suas emoções e seu ambiente fisico. Seja sincero consigo mesmo e elimine aquilo que não é essencial. Bom desapego! Rodney Troy Mutter Doutor em Quiropraxia

Dica de leitura Essencialismo Greg McKeown

O essencialismo é um método para identificar o que é vital e eliminar todo o resto, para que possamos dar a maior contribuição possível àquilo que realmente importa. Este livro mostra que, para equilibrar trabalho e vida pessoal, não basta recusar solicitações aleatoriamente: é preciso eliminar o que não é essencial e se livrar de desperdícios de tempo.


Informe publicitário

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Conforto à moda antiga “O antiquarismo se apresenta nos moldes em que o conhecemos na Europa e passa a se expandir no final do século XVI e início do século XVII. O termo "antiquarius" passa a se designar como um estudo de objetos antigos, costumes, instituições com vistas à reconstituição da vida antiga.” (In Momiglianio Arnaldo em "O Surgimento da Pesquisa Antiquária"). Em um panorama social como o atual, com padrões morais, estéticos, afetivos tão plásticos, voláteis e efêmeros é natural que haja um resgate, uma busca no passado por referências estéticas e de valores. Um olhar romântico, o que em parte explica a crescente tendência da harmonização do antigo ao contemporâneo, para valorizar espaços agregando elegância e atemporalidade além de consistir em um investimento em prol do patrimônio pessoal ou familiar de quem adquire uma peça antiga. É também através do conforto e beleza que se tem o aprimoramento da qualidade de vida.

Rhino Antiquário & Café pretende proporcionar aos visitantes um ambiente com um toque de requinte e aconchego, onde possam relaxar e degustar cafés e chás de excelência ao som de música selecionada enquanto admiram peças únicas e exclusivas. Com atendimento informal mas personalizado, os clientes e amigos são convidados a uma viagem no tempo a medida que são apresentadas finas peças de mobiliário europeu dos séculos XIX e XX. Todas minuciosamente restauradas, bem como os demais objetos de decoração e suas respectivas histórias e particularidades. A seleção do acervo é criteriosamente feita por Geraldo Raupp, zelando pessoalmente pela legitimidade e idoneidade das peças expostas à venda. Em suas constantes buscas por opções no Uruguai, Argentina, em cidades gaúchas e mesmo em outros estados brasileiros como São Paulo e Rio de Janeiro.

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para refletir

12 65% de todos os estudantes do ensino fundamental encontrarão trabalho em profissões que ainda não foram inventadas.

O que você quer ser ? Perguntar para uma criança o que ela quer ser é uma ofensa. Isso é apagar o que ela já é. Certo dia meu primo, então com oito anos, foi até a cozinha conversar com a nona: - Nona, qual é a profissão do nono? - Por quê? - Nossa, a vida dele é muito legal: acorda, caminha, dá comida aos passarinhos, joga carta com os amigos, passeia, toma café sentado ao sol, come e dorme. - O nono é aposentado. - Quando eu crescer vou ser aposentado também. Assim meu primo se decidiu, naquele dia, mas depois ele também quis ser jogador de futebol. Hoje ele é físico. Ah, o irmão dele ia ser motorista de caminhão, mas acabou estudando Direito. Meu esposo queria trabalhar no circo, mas estudou Teologia.

Eu queria ser tantas coisas: secretária, atriz, policial, viver no Elo Perdido... Se você parar para relembrar o que você e seus amigos responderam a esta pergunta na infância certamente terá boas histórias para contar. O que você quer ser? Esta pergunta é essencial e o ser humano busca uma resposta para ela ao longo da vida. Como adultos, confrontar-se com ela pode gerar questionamentos, crises e motivar mudanças. Afinal, já devemos ter nos tornado. Na infância esta pergunta abre as portas para um mundo de possibilidades, para a criança brincar de ser quem ela conhece e admira e ir além. Isso desde que você, adulto, não torne esta pergunta uma constante e deixe-a livre para imaginar e imaginar-se. Imaginar-se a cabelereira-espiã, o lixeiro-ninja ou o testador-de-jogos-novos-daSony. O que você quer ser? É pergunta aberta. Deve ser feita assim, sem opções de escolha, sem alternativas, sem juízo

de valores. Ou seja, fora do padrão: Quando você crescer, será médico/a? dentistaengenheiro/a? A pergunta aberta deixa espaço para possibilidades, não ofende, não apaga talentos, não manipula, não inibe, não constrange e não impõem. Faz pensar. Faz imaginar. Faz desejar. Faz conhecer-se. Albert Einstein dizia: “Me interessa o futuro porque é o lugar onde vou passar o resto da minha vida.” Então, deixe a criança ser neste futuro, projetarse, inventar-se e aproveite para reinventar-se também. O que você quer ser quando for grande? Segundo estudo realizado pela professora Cathy N. Davidson (Duke University, 2011), 65% de todos os estudantes do ensino fundamental encontrarão trabalho em profissões que ainda não foram inventadas e cujas principais características são: adaptação às mudanças e capacidade de aprender novas habilidades. Então, se estivessem informadas sobre as atuais pesquisas, as crianças responderiam corretamente a esta pergunta se dissessem: Eu seria alguma coisa, que não existe hoje.

Angelita Dal Piva Doutoranda Ciências da Educação UniversitätSiegen Magister em Ciências da Educação, Universität Hamburg Psicóloga do NAP www.napvs.com.br

Para saber mais Quais são as profissões do futuro? Quer ter trabalho garantido em 2020? Há menos de duas décadas você não pensava em consultar um webdesigner ou fazer um curso à distância. O governo britânico encomendou a pesquisa “The Shape of Jobs to Come” (A forma dos empregos que virão), com 486 participantes de 58 países em 6 continentes para elencar quais seriam as profissões dominantes nos próximos 20 anos. Segundo a pesquisa, uma das áreas que vai gerar mais empregos até 2030 será consultoria de bem estar para idosos, para ajudar os velhinhos do futuro a viver melhor. No mundo das novas profissões, “articulador” vai ser a palavra-chave. Aqueles que souberem unir diferentes áreas do conhecimento para gerar novos serviços, passam a valer ouro. Para o futurólogo britânico e autor do livro You Tomorrow, Ian Pearson, “Profissões de cuidados humanos ou artes não tendem a desaparecer. Quando queremos contato humano, não é só uma questão de performance ou eficiência. Às vezes é puramente uma questão de empatia. Precisamos saber que a outra pessoa pode nos compreender e se colocar em nosso lugar. Isso, só um outro humano pode fazer.”

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para refletir

14 Acesse revistafundamental.com para saber mais.

Tom Ford, no lançamento de campanha publicitária, disse estar cansado do culto à juventude e da rejeição da velhice. Lanvin, Marc Jacobs, Dolce & Gabbana e Céline também são algumas das grandes marcas que vem aderindo a modelos e personalidades idosas como rostos de suas campanhas. Bo Gilbert, 100 anos, modelo da revista Vogue (2016)

Old is the new power O envelhecimento da população mundial já é fato confirmado por pesquisas como a da Organização das Nações Unidas (ONU) que afirma que até 2050 2 bilhões de idosos corresponderão à população mundial, sendo então, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), um quinto do planeta. Mais ativos e com maior poder de compra, os idosos estão investindo cada vez mais em lazer e uma de suas atividades mais recorrentes são as compras. Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Estudos e Marketing de São Paulo mostra que eles estão consumindo mais e vêm tendo uma maior participação no setor da moda. Ao que parece, esse público está aos poucos começando a ganhar um novo olhar das grandes marcas de vestuário e beleza do mundo todo. A grife Harvey Nichols relembrou a importância da representatividade da velhice na moda no cenário atual, trazendo em seu anúncio a pri-

meira modelo com 100 anos a estampar uma campanha publicitária na Vogue britânica, que na mesma edição completa 100 anos de publicação. Recentemente várias marcas de moda renomadas vem substituindo suas modelos consagradas por mulheres maduras em suas campanhas publicitárias e editoriais de moda. A exemplo disso, a modelo Twiggy (65 anos), que fora referência de beleza e estilo nos anos 60, foi escolhida para ser embaixadora de uma das linhas de cabelos da marca L’Oréal, que tem também a atriz de 69 anos, Helen Mirren como rosto de suas campanhas de cosméticos. Marcas como Tom Ford e American Apparel, lembradas por suas campanhas provocativas e polêmicas, não deixaram de lado suas características ousadas ao escolherem modelos idosas. Tom Ford, no lançamento da campanha publicitária, disse estar cansado do culto à juventude e da rejeição da velhice.

O estilo e vaidade dificilmente se vão com a idade e as marcas se dando conta disso vão “timidamente” flertando com esse público que está atento ao que se é ofertado e busca mais variedade e representação na hora de consumir.

Helen Mirren, 69 anos, campanha da marca L’Oréal (2015) Suelyn Rosa Acadêmica do curso de Moda Universidade Feevale


Seja você uma pessoa melhor

Que tipo de semente você decidiu

Qualquer mudança numa pessoa tem reflexos imediatos. Comece hoje mesmo!

plantar?

Olhe para seus filhos. Ouça suas preocupações. Mas principalmente seja um exemplo que possa ser seguido. Há poucos dias fui surpreendida pelo desprendimento do meu filho mais velho... No dia 21 de junho ele faria nove anos e decidiu aproveitar a oportunidade para arrecadar leite para um lar de idosos. Escreveu o bilhete, carregou a caixa e deixou na portaria de nosso prédio. No dia seguinte, três litros de leite, alguns bilhetes e muita, muita alegria! Uma fotinho publicada pela mamãe coruja na internet, muitos compartilhamentos e a história acabou por contagiar a cidade que tem se mobilizado para doar leite aos vovôs. Um jornal da nossa cidade publicou a história, e boa parte dos comentários dizia respeito da criação que nosso filho recebeu. “Parabéns aos pais!” Coisa boa de ouvir. Realmente está dando certo. Mas tem algo muito importante a ser dito: Não somos super pais. Apenas fizemos uma decisão antes mesmo da “cegonha” mostrar a cara: vamos fazer dessa pessoinha nossa primeira e mais importante missão. E assim tem sido. Acredito que, como pais, precisamos nos atentar para essa realidade: Colheremos o fruto das sementes que plantarmos hoje. Nada mais e nada menos. Nossa conduta é uma semente. Nossos valores são sementes. O que temos plantado nos corações de nossos filhos?

Certamente você já percebeu que a qualidade do mundo, depende da qualidade das pessoas. Isto nos permite dizer que, pessoas boas fazem um mundo bom, pessoas não tão boas, fazem um mundo ruim.

Samuel, exemplo de menino.

Queremos deixar uma herança nesse mundo e isso só será realidade se semearmos de forma correta. Plante amor. Semeie tempo. Olhe para seus filhos. Ouça suas preocupações. Abrace seus medos. Cure suas feridas. Escute suas reais necessidades. Beije muito. Faça cócegas... Mas principalmente seja um exemplo que possa ser seguido. Com certeza valerá a pena. Vanessa Reis Diretora da Escola de Educação Infantil Ágape Mamãe do Samuel e da Ana

E quais seriam as qualidades, os atributos das pessoas necessárias para a construção desse mundo bom? 1. Pessoas coautoras do futuro: Aquelas que diante da vida tem atitudes responsáveis, assumem todas as fases do seu destino, não culpam aos outros por seus erros. 2. Pessoas com ações realizadoras: Que sonham, mas sempre com uma meta definida, se capacitam e agem para fazer acontecer. Saem da teoria e adentram na prática. 3. Pessoas abertas para o mundo: Sempre prontas para aprender algo novo, aceitam novas informações sem prejulgamentos.

4. Pessoas com entusiasmo nas atitudes: Escolhem ter atitudes otimistas. Não deixam o pessimismo e o negativismo tomar conta da sua vida. 5. Pessoas que trabalham o medo: Não aceitam serem dominadas pela sensação de medo e angústias. Elevam sua autoestima, desenvolverm a autoconfiança. 6. Pessoas que contribuem com o universo: Pessoas triunfadoras são aquelas que doam mais ao universo do que recebem, porque compreendem que estão aqui para contribuir na construção de um mundo melhor. 7. Pessoas que se comunicam: Pessoas que não vivem isoladas do mundo. Mantém-se conectadas com amigos, parceiros, sociedade. 8. Pessoas que colocam amor no que fazem: Amor incondicional às pessoas com quem se relacionam, porque o natural do ser humano é amar. A tarefa é difícil, mas se cada um se dedicar a construir seu aprimoramento, logo existirá um mundo muito melhor, uma sociedade mais justa para todos. Pense nisso! Pastor Mauros Werling

mãos à obra

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Podemos pensar que o ideal seria agir com os outros como esperamos que ajam conosco. Mas será que o outro precisa e sente o mesmo que nós desejaríamos naquela situação? Aprendemos, então, que a junção do ato de ouvir com o de falar nos aproxima das pessoas e requer que possamos dedicar tempo e tenhamos paciência e prática. Exercitar isso vem falar de uma aproximação com o outro e com a sua história e, acima de tudo, da possibilidade de construirmos juntos outras histórias.

Falar e ouvir: entrega mútua Ouvir e falar são ações dependentes uma da outra e carregadas de muitos significados. Falar na hora certa somente é possível a partir do momento em que se escuta o outro. Isso requer que nos entreguemos de forma mútua para que dessa comunicação nasça um cuidado. Em nossa cultura atual, existe um incentivo pela satisfação individual em detrimento de ações que valorizem o fazer junto com o outro. As pessoas estão sempre querendo se manifestar e dar a sua opinião pessoal. Nesse contexto, falar o que se pensa, o que se gosta, o que se acredita ou desacredita parece ser o mais importante. Muitas vezes, quando pensamos que estamos escutando alguém falar, tendemos a estar prontos para dar conselhos ou explicar a nossa posição ou sentimento. Seria essa uma verdadeira escuta do outro? Provavelmente não. Rosemberg (2006), autor do método da Comunicação Não Violenta (CNV), ensina que a CNV

nos ajuda a reformular a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos os outros. “Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando” . Assim, nos expressamos de forma honesta e cuidadosa com o outro, mas ao mesmo tempo, ouvimos aquilo que ele está nos falando de forma empática. O saber falar na hora certa é tão importante quanto o saber ouvir na hora certa. Quando nos permitimos escutar sem interromper o outro, nos conectamos com seus sentimentos e necessidades e, a partir disso, podemos compartilhar uma história. O compartilhamento de narrativas transmite aos participantes do diálogo a humanidade comum que os envolve no simples fato de estarem presentes, serem empáticos, compreendendo o momento que o outro está passando.

Analice Brusius Psicóloga, Mestre em Ciências Sociais Curso de Psicologia da Faculdade IENH Larissa Altreider Acadêmica de Psicologia da Faculdade IENH

Dica de leitura Comunicação Não-Violenta Marshall B Rosenberg

Manual prático e didático voltado para aprimorar os relacionamentos interpessoais e diminuir a violência no mundo. Aplicável em centenas de situações que exigem clareza na comunicação: em fábricas, escolas, comunidades carentes e até em graves conflitos políticos.

mãos à obra

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O poder do exercício físico no combate ao

câncer

Um estilo de vida sedentário eleva em cerca de 5% o risco de morrer de câncer.

Na última edição da FundaMental, falei sobre Depressão e como o exercício físico pode nos ajudar no combate a esta doença. Seguindo na mesma linha e tão importante quanto, vamos falar sobre o câncer, que já ocupa a segunda colocação nas principais causas de óbito no Brasil, sendo que a primeira ainda são as doenças cardiovasculares.

Um estudo epidemiológico japonês também demonstrou que a prática regular de atividade física reduziu o risco de desenvolver cânceres do tubo digestivo, como os de estômago, fígado e pâncreas. O impacto foi ainda mais significativo no caso do câncer de intestino grosso, com uma redução de risco de 24%.

Um estudo americano feito pela Universidade de Harvard demonstra que levar um estilo de vida sedentário eleva em cerca de 5% o risco de morrer de câncer. Outro dado alarmante é que a obesidade contribui como fator causal de cerca de 20% de todos os casos de cancerígenos.

Eu sei o que vocês estão pensando... “Ela defende o exercício físico com unhas e dentes e diz que é bom pra tudo”! E é bom pra tudo mesmo! Acredito muito nisto e todos os dias pesquisas estão sendo iniciadas e findadas referentes a uma área que o exercício físico pode ajudar. Sempre finalizo os textos “pedindo” que iniciem ou continuem algum exercício físico. Pode ser musculação, corrida, caminhada, esporte especifico, etc. Pode ser qualquer um, desde que faça o seu corpo se mexer de forma periódica, organizada e rotineira. Não é tão difícil assim, né?

Os exercícios agem reduzindo a produção de algumas proteínas e hormônios como a insulina, as prostaglandinas e alguns fatores de crescimento. Essas substâncias, quando presentes de maneira persistentemente elevadas na corrente sanguínea do indivíduo, contribuiriam, juntamente com outros fatores, para elevar seu risco.

Mariana Boos Educadora Física e Fisioterapeuta Esp. em Biomecânica – UFRGS Esp. em Fisio Traumato Ortopédica – UGF


cuide-se

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Emoções

Como está a sua pele?

compradas? A comemoração é obrigatória? Tem dia específico? Perde o valor se for feito em outro momento? E para você?

Banhos quentes e demorados, contribuem para reduzir a oleosidade natural da pele e deixá-la ainda menos hidratada e macia. Com as baixas temperaturas, a pele tende a tornar-se ressecada, com aspecto descamativo e craquelento. Confira algumas dicas para evitar estes problemas: 1. Alimentação e ingesta hídrica adequadas são essenciais neste período. Prefira frutas, hortaliças e verduras, que são alimentos ricos em vitaminas e minerais anti-oxidantes e neutralizam os radicais livres prevenindo o envelhecimento cutâneo. A soja também apresenta benefícios importantes nesta estação pois é fonte de riboflavonas, substâncias que auxiliam na hidratação e elasticidade da pele. Apesar de sentirmos menos sede no inverno, a ingestão de água é extremamente importante para mantermos a pele hidratada e todo o organismo saudável. Dois litros de líquidos por dia é o recomendado. 2. Os cuidados com o banho também são fundamentais. Estes não devem ser prolongados e não deve-se utilizar água muito quente, buchas ou sabonetes exageradamente para que o manto lipídico protetor da pele seja preservado. Use sempre hidratante logo depois do banho, ainda no banheiro, momento em que a pele tem a maior capacidade de absorvê-lo. Tenha o cuidado de utilizar o hidrante correto para a sua pele, especialmente a do rosto, idealmente indicado pelo seu dermatologista. 3. O filtro solar deve ser utilizado diariamente pois a radiação ultravioleta está presente e é capaz de causar malefícios à pele em todas as estações do ano. O seu uso reduz o envelhecimento cutâneo e o risco de câncer de pele.

Algumas doenças de pele tendem a ser desencadeadas ou exacerbadas durante o inverno. Entre elas estão a dermatite atópica, a psoríase, a dermatite seborreica e as ictioses. Se você possui alguma dessas patologias, mantenha acompanhamento frequente com seu dermatologista. O inverno é a época ideal para a realização de procedimentos dermatológicos, como laser e peelings. Em caso de qualquer dúvida procure sempre um dermatologista, atentando que este seja credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, instituição que regulamenta a profissão no nosso país. Dra Gabriela Bencke Médica da Amplamed e Sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Av. Pedro Adams Filho, 4902 - NH fones: 3066.9060 e 3066.9070

Teve uma época da minha vida em que datas comemorativas eram muito importantes. Caso não acontecesse algo naquele dia, uma comemoração, um acontecimento, me gerava uma frustração enorme a ponto de falar por anos sobre o episódio. Culpa da criação? Valores impostos pela mídia? Por amigos, família? Estar adequada dentro de um contexto? Tudo isso e nada disso. Era interna esta decisão, crença, conceito, necessidade, emoções compradas, independente do que realmente me afetaria, neste contexto, eu achava que era obrigada a viver estas datas. E você? Depois de mais madura, de aprender com a dor, perdendo datas por situações impostas pela vida, parei para pensar. A comemoração é obrigatória? Tem dia específico? Perde o valor se for feito em outro momento? Qual o propósito além do comercial? Que muda de verdade na vida, por exemplo, se no dia 24 de dezembro não acontecer a véspera de natal? O que acontece se eu não “entrar na onda” da data? Qual o real valor emocional? Qual a ressonância de onda?

São muitos os questionamentos... e para você? E se para você for fundamental e a vida te tirasse isso como me tirou? E se você pudesse comemorar de outra forma, jeito, provocar outros valores, outras percepções? As comemorações devem ser “corretas” para que valham a pena? Quando crenças estão incrustadas no nosso cérebro, quando o peso da convenção, da obrigatoriedade toma conta, só uma revolução interna para dar a “grande virada”. Olhar macro, de fora, se perguntar se outro dia, que pode já ter acontecido ou mesmo estar para acontecer, não valerá muito mais do que o marcado pela convenção social. Datas comemorativas são só marcações no tempo. Agora, momentos especiais vividos são marcações de alma, de instantes únicos cotidianos, repletos de milagres, histórias lindas que precisamos urgentemente prestar atenção e validar. Pense, agora, em um momento especial fora de datas comemorativas, que inunda teu ser de alegria, emoções lindas e saudade. Esta frequência é a que tem que permanecer e a mesma nunca será com hora marcada, pois nunca serão emoções compradas . Alessandra Becker Coach - Sociedade Brasileira de Coaching www.alessandrabecker.com.br


cuide-se

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Como melhorar sua saúde?

7) Esteja presente de fato: exercite a aten-

ção plena a pequenos e diversos períodos do dia. Por exemplo, quando estiver esperando o elevador, preste atenção absoluta à sua postura, à temperatura e à umidade do ar, à luminosidade à sua volta, ao andar em que o elevador está. Nesse momento, o exercício é ficar plenamente no presente, é um tempo para não pensar no que fez ou no que vai fazer.

Confira as orientações do Dr. Luís Carlos Silveira, fundador do Kur Hotel, para aprimorar seus hábitos diários e viver mais e melhor.

8) Exercício físico: manter uma frequência de exercício físico regular ajuda a reduzir os níveis sanguíneos de cortisol.

9) Preste atenção à sua respiração, pense: “Como estou respirando?”. Essa

1) Sono da noite:

evite estímulos duas horas antes de dormir e vá para a cama sem material de trabalho, televisão ou discussões. O sono é de fundamental importância para o ajuste de hormônios e neurotransmissores e ajuda na qualidade do humor. Faça a si mesmo três rápidas perguntas: a) Acordo sempre cansado? b) Nunca sonho ou não lembro dos sonhos? c) Dizem que ronco ou acordo com meu próprio ronco? Se alguma dessas perguntas tiver resposta afirmativa, possivelmente a qualidade do seu sono não está sendo tão adequada e você pode obter melhoras, além das medidas mencionadas, conversando com um profissional da saúde.

2) Sono do dia: realize sesta de até 20 minutos após o almoço. Isso pode ser feito em casa, ou até mesmo no escritório, se for viável. Avise as pessoas para não ser perturbado durante esse período.

4) Reduza o consumo de álcool e pare com o tabagismo: essas substâncias têm um pseudoefeito de relaxamento. Passados alguns segundos, minutos ou horas, o sistema nervoso central reage com um rebote excitatório, o que aumenta significativamente o estresse.

5) Proteja a agenda: avise que do horário “X” ao “Y” você não se encontra disponível. Se você não deixar claro para as pessoas à sua volta que não estará à disposição, sempre será interrompido. A recomendação é que tenha pelo menos uma hora por dia para si mesmo (com atividades diversas que não sejam laborais) e uma hora por dia para atividade física. 6) Desfrute do tempo livre:

mantenha esse tempo reservado para ser aproveitado da 3) Café, sim, mas nem tanto: embora o maneira como desejar. Pode ser lendo um livro, efeito seja relacionado aos seus genes e, por- assistindo a um filme (e segundo a literatura, os tanto, individual, prefiro recomendar consumir de comédia são os mais recomendados para a reno máximo duas bebidas ou alimentos cafei- dução do cortisol), plantando, cantando, dançannados por dia e sempre antes das 17 horas. do ou mesmo apenas exercendo o ócio. Sem culpa!

pergunta já é, por si só, extremamente útil para fazer a correção de algum padrão respiratório disfuncional ou pouco saudável. Quando nos perguntamos, instantaneamente modificamos o padrão de respiração para melhor, deixando o tempo de inspiração e de expiração mais lentos e usando mais adequadamente o diafragma como condutor do ciclo respiratório, o que, na prática, identifica-se pelo aumento da expansão torácica, mas, especialmente, abdominal. Sugiro que faça essa pergunta a si mesmo várias vezes ao dia. Luís Carlos Silveira Médico Especialista em Nutrologia Fundador do Kurotel

10) Relaxamento e meditação:

essas técnicas são fundamentais para a redução dos hormônios relacionados ao estresse e a melhora e a estabilidade do afeto (humor).

Para saber mais: A Ciência da Cura Os Segredos da Filosofia do Kurotel para Ajudar Você a Viver Melhor Luís Carlos Silveira

A modernidade parece ter se tornado o tempo não apenas das revoluções tecnológicas como também da falta de qualidade de vida. E se você soubesse quais doenças ainda terá, que dores ainda podem lhe afligir, a tempo de poder impedi-los? A proposta dessa obra é objetiva e poderosa: buscar não apenas a recuperação, mas, principalmente, a prevenção. Com orientações práticas, receitas e informações confiáveis, você perceberá que viver melhor é um sonho que pode ser realizado a partir de hoje.


delícias

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Culinária da cura Ayurveda, milenar sistema de cura da Índia, a culinária da cura pelo alimento. Falar em vida, no seu cuidado, na busca pela saúde física, emocional e espiritual seria impossível sem mencionar a AYURVEDA, milenar sistema de cura da Índia, o mais antigo sistema médico completo sobrevivente no mundo. Ayurveda: Ayur “vida” ou “longevidade”, e veda “conhecimento”: conhecimento da vida. Existente há mais de 5.000 anos, a culinária Ayurveda é a cura pelo alimento.

Porridge (mingau de aveia)

Mingau de aveia com especiarias (servido quente no café da manhã)

Ingredientes:

2/3 flocos de aveia; 2 xic água; ¼ colher de chá de sal; ¼ xic passas; 1 semente cardamomo (abrir com uma leve esmagada e usar somente as mini sementes); ¼ colher de chá canela em pó; 1/8 colher de chá de gengibre fresco ralado.

Estar na Índia, sentir seus aromas, cores, sabores, sua rica e impactante culinária, leva a uma profunda reflexão e lição de vida. Como e o que você come é considerado a maior ferramenta terapêutica, englobando todo o seu ser. O equilíbrio que buscamos está logo ali, no alimento.

Modo de preparo:

Cozinhar é arte. Pratique, seja guiado pelos elementos naturais: use suas mãos, permita sentir a sensação e densidade dos ingredientes. Tocar, em tudo na vida, mostra os níveis dos sentimentos e proximidade. Esta é a parte vital do relacionamento entre você e seu alimento, estar de bem consigo, meditar durante a preparação dos alimentos é o modo de remover energias ruins, ajudar a criar o equilíbrio e passar o seu amor aos outros que se alimentarão da sua comida. Foram quatro semanas de imersão numa cultura tão instigante e mística o qual SENTIR é o efeito, transformar em palavras não traduziria verdadeiramente meus sentimentos pela vibrante Índia. Tatuada estou na alma com tantas vivências e aprendizagens incríveis...! Um país com mais de 1,319 bilhão de pessoas e em média 40% de sua população é vegetariana.

Tempo de cozimento: 15 minutos Serve: 2 pessoas - Vata, -Pitta, +Kapha

Saiba mais sobre a AVEIA São adocicadas naturalmente, sensação de aquecimento e saciedade com um toque de adstringência. Podem ser hidratadas na noite anterior no leite ou leite vegetal ou água ou chá ou coalhada, na manhã seguinte pode aquecer rapidamente ou consumir frio com damasco, frutas, coco, nuts(caju, castanhas).

Tagiane Köhler Filippsen Graduada em Gastronomia, Chocolataria Bean to Bar, Ayurveda & Culinária Funcional insta@tagikohler

Coloque a aveia, passas, sal e água numa panela com fogo médio até levantar fervura. Reduzir para fogo baixo e adicionar os demais ingredientes; tampe e cozinhe em fogo baixo até ficar ao ponto mingau (aproximadamente 2 a 10 min, dependendo do tipo da aveia usada). Observação: Mingau pode ser servido com ghee, maple syrup ou mel; coco ralado e canela em pó. Uma ótima refeição saudável nas manhãs frias de inverno.

A Medicina Ayurvedica afirma que tudo no universo é formado pelos 5 elementos básicos da natureza: espaço, ar, fogo, água e terra. O objetivo desta ciência é estudar as influências destes elementos na natureza e no ser humano. Os elementos se unem dois a dois para formar os doshas (humores biológicos) que atuam na nossa fisiologia assim como na formação dos desequilíbrios psicofísicos. Espaço e ar formam o dosha Vata, fogo e água geram o dosha Pitta e água e terra formam o dosha Kapha. Podemos afirmar que os doshas são as expressões fisiológicas dos 5 elementos quando existe equilíbrio, porem quando ocorre uma desarmonia tornam-se suas expressões patológicas. O dosha Vata, atua principalmente nas funções excretória e nervosa. O dosha Pitta, atua principalmente na função metabólica e digestiva. O dosha Kapha, atua na função estrutural e de lubrificação dos tecidos. O Ayurveda é uma medicina complexa e completa que utiliza diversas ferramentas terapêuticas para equilibrar os doshas: massagem ayurvedica, óleos medicinais, dieta, rotina diária de hábitos saudáveis, oleação e sudação (purvakarma), fitoterapia (uso terapêutico das plantas medicinais), terapias purificadoras (panchakarma), medicamentos com metais, minerais e pedras preciosas (rasa shastra), recomendação de atividade física, prática de yoga e meditação.

Acesse revistafundamental.com para saber mais.


Scones de

Bolo de

mirtilo

mirtilo Ingredientes:

100g manteiga sem sal; 225g açúcar refinado; 2 ovos; 70g amido de milho; 170g farinha de trigo; 10g fermento químico; 110ml leite; 1 colher de sobremesa de essência de baunilha; 1 xícara de chá de mirtilos.

Modo de preparo:

Bater a manteiga com o açúcar e agregar os ovos. Acrescentar os ingredientes secos (peneirados), o leite e a essência. Depois de misturados colocar os mirtilos delicadamente na massa. Assar em forno pré aquecido a 180 graus por 40 minutos.

Ingredientes:

2 xícaras de farinha de trigo; ½ xícara de açúcar mascavo; 1 colher de chá de fermento para bolo; 1 pitada de sal; 50g de manteiga sem sal; 1 xícara de mirtilo; ¾ de xícara de leite; 1 ovo.

Modo de preparo:

Cortar a manteiga gelada em cubinhos e misturar com as pontas dos dedos na farinha, deixando pequenos pedaços da manteiga na massa. Acrescentar o açúcar mascavo. Em outra tigela bater rapidamente o ovo como leite e juntar com a mistura de farinha e manteiga sem mexer muito. Acrescentar os mirtilos. Dividir a massa em 6 ou 8 pedaços e assar em forno pré aquecido a 220 graus por aproximadamente 25 minutos.

Cupcake de banana e manteiga de amendoim Ingredientes:

1 ½ xicara de farinha de trigo com fermento; 1 xícara de açúcar refinado; 100g manteiga amolecida ; 1 colher de sopa de manteiga de amendoim; ½ xícara de leite; 3 ovos; 1 banana amassada.

Modo de preparo:

Bater os ovos, a manteiga e o açúcar. Adicionar o leite, a farinha, a manteiga de amendoim e a banana e misturar até ficar uma massa homogênea. Colocar nas forminhas para cupcake e assar em forno pré aquecido a 180 graus por aproximadamente 20 minutos. Depois de assados colocar um pouco de manteiga de amendoim por cima e paçoca esfarelada para decorar.

Sofia Prodanov Acadêmica de Gastronomia

delícias

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Dicas de leitura

Aprenda a separar

Livre – A jornada de uma mulher em busca de um recomeço. Cheryl Strayed

ações

de atitudes

O livro virou filme pelas mãos e atuação de Reese Whiterspoon, que também foi conquistada pelo incrível relato de Cheryl, e estreou em 2014.

Atenção: o que a pessoa está fazendo no momento, não necessariamente reflete o que ela será para o resto da vida.

A caderneta vermelha Antoine Laurain

Idade, gênero, orientação sexual, religião, classe social... Todos estes marcadores fazem parte da identidade. Ainda outras características físicas como alto e gordo, ou psicológicas como alegre e nervoso podem servir como identificação. A questão da identidade é uma das mais interessantes na psicologia. Conseguir nomear um sentimento ou característica é atribuir um significado compartilhado por outras pessoas. É perceber-se como outros que têm atributos semelhantes, encontrar reconhecimento. Por outro lado, a identidade traz em si uma marca. Ou seja, fala sobre aquilo que você é (por ex: você é medroso). Este nome pode encaixar-se para você, porém, ao mesmo tempo não diz nada sobre sua subjetividade e a singularidade do seu medo. Ser medroso, assim como todas as outras identificações, manifesta-se de modo diferente em cada pessoa. Como contornar este paradoxo? Podemos compreender que as identidades são transitórias e não-totalizantes. Ou seja, em primeiro lugar, aquilo que a pessoa está fazendo no momento não necessariamente reflete o que ela será para o resto da vida. Para lidar com criança, isto é particularmente importante.

Depois de conhecer a história de Cheryl, aprendi a respeitar ainda mais quem decide encarar a natureza, em seus mais diferentes estágios, para encontrar respostas. É uma leitura que nos faz compreender que nada, com exceção da morte, é irreversível.

Quando dirigimos a ela uma frase do tipo “Você é desastrado!”, há boas chances de que a criança internalize esta característica como sua. No entanto, quando distinguimos para a criança que seu comportamento é que foi desastroso, ela procurará ajustá-lo de acordo com as expectativas sociais. Em segundo lugar, uma identificação não é a pessoa toda e também não reflete tudo o que ela faz. Neste sentido, observamos nos últimos tempos um cuidado com nomenclaturas e a forma como mencionamos alguns grupos. Por exemplo, o termo deficiente passou a ser substituído por pessoa com deficiência. Nesta nova forma, subentende-se que a pessoa é só a deficiência, e sim que esta é apenas um aspecto de seu corpo. Que identificações não sirvam para rotular e reduzir!

Yara de Paula Picchetti Psicóloga USP/Mestre em Educação UFRGS Clínica Pais & Filhos www.psicologianh.com

Eu sempre achei que qualquer atividade que colocasse a integridade física ou a segurança em risco não merecia crédito. Nunca entendi as pessoas que decidem escalar o Everest ou percorrer grandes distâncias, como maratonas ou caminhadas que duram horas ou dias. Mas descobri que o significado dessas investidas ou esforços vai muito além do que eu podia imaginar. Pode ser que essa consciência tenha sido despertada a partir da minha descoberta e experiência pessoal com a corrida, sobre a qual já falei aqui. Percorrendo as estantes da livraria, me deparei com este livro inspirador: conta a história da escritora Cheryl Strayed que decidiu percorrer uma das mais conhecidas trilhas dos Estados Unidos, a Pacific Crest Trail, em 1770 quilômetros. Os motivos que desencadearam essa decisão foram a bagunça interna e emocional pela qual passava. Após a morte da mãe e a separação do marido que ainda amava, Cheryl viu na caminhada a “fuga” para uma situação que a engolia. O resultado dessa jornada vou deixar para o leitor descobrir, mas garanto que depois da leitura desse relato, a Pacific Crest Trail não será mais somente de Cheryl. É do leitor e de uma forma muito peculiar porque essa trilha pode ser qualquer coisa que nos liberte de uma prisão emocional ou física. E romper limites físicos também faz parte da redenção de cada um.

Nas ruas de Paris, um livreiro que caminha tramquilamente, encontra uma bolsa feminina. Em seu interior, nenhum documento, nada que identifique a dona imediatamente. Apenas objetos, como uma caderneta vermelha repleta de anotações. É o bastante para que a curiosidade invada cada momento de sua vida a partir daquele momento. Um relato encantador, cativante e que prende. Uma leitura breve, mas em nenhum momento rasa. Destaque para a linda ilustração da capa. Inspiradora. Aline de Melo Pires Jornalista

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Para um deprimido o tempo demora demais. Já para o ansioso o tempo nunca é suficiente. E qual é o seu tempo? Tem-se sofrido demasiadamente com a possibilidade de cada vez mais ter menos tempo para viver. Por isso existência está conectada à velocidade máxima. Cria-se então, um novo tipo de desigualdade social: os que têm tempo e os que não têm tempo; os que morrem e os que não morrem. E a ordem do dia passa a ser tudo aquilo que vai à contramão do tempo: não envelhecer, não entristecer, não repensar, não se arrepender.

Quanto tempo o tempo tem? O documentário lançado há poucos meses, com o título deste texto, traz questões inquietantes para os sujeitos pensantes. Vive-se em tempos diferentes. Pensando nisto, a diretora Adriana Dutra propõe a seus entrevistados uma análise sobre o tempo. Como resultado, o filme oferece uma investigação sobre as principais linhas de nossa consciência sobre o tempo. Tarefa nada fácil! Pois é problematizando-a que a vida pode ser elevada à sua potência máxima. E com isto, fazer escolhas em vida que valorizem a existência e façam-na valer a pena, dure enquanto durar. Mas afinal, o que é o tempo? O tempo que conhecemos é aquele chamado Chronos (latim) ou Kronos (grego) que é o tempo mensurado, com dias, meses e anos. É a linha cronológica, ou que é marcado no relógio e pelo calendário. Ou seja, é aquele que nos dá o limite. Que nos impõe uma duração e um prazo de validade.

Mas também existe outro tempo chamado Airon. Este é o tempo das intensidades, dos acontecimentos incorporais, dos efeitos. Sabe aquele momento que cai a ficha depois de algo ter se repetido inúmeras vezes na sua história? Aquele momento em que acontece uma perda significativa que você demora anos para entender bem o que ocorreu. O tempo é um emaranhado de muitos fios que se desenrolam conforme os afetos conseguem serem sentidos e talvez, também mais entendidos. É tudo aquilo que parece estar fora do tempo. Você já viveu uma situação que parece que o tempo não passa? Para um deprimido o tempo demora demais. Já para o ansioso o tempo nunca é suficiente. Não é a toa que a ansiedade tem sido o sintoma mais evidente das últimas décadas. Com o advento da internet criou-se o instantâneo, onde o acesso à felicidade e ao prazer pode ser interrompido pela finitude.

O documentário aborda esta questão perguntando para seus entrevistados e também para o seu público “Quanto tempo o tempo tem”? Como viver nos dias de hoje? Driblar os limites e viver muito mais (de que jeito?) ou aceitar o tempo da melhor forma possível aceitando seu fim inevitável? Teria graça viver pra sempre? Quais modos de ser e viver você escolheria para adotar no cotidiano caso isto vier a acontecer? O sujeito, quando nasce, já está com sua ampulheta virada. Vale a existência sem esta contagem regressiva? Há sabedoria e ética suficiente para serem usadas a favor da manutenção do vivo, da lucidez e dos bons encontros que experiência pode proporcionar? Patrícia Spindler Psicóloga Mestre em Psicologia Social e Institucional

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um outro olhar

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Fisioterapia

veterinária Para promover o bem estar e melhorar a qualidade de vida dos pets

Mural de

adoção

É difícil encontrar, hoje em dia, pessoas ou famílias que não possuam algum bichinho de estimação em seus lares. Cães e gatos, principalmente, estão se tornando verdadeiros membros das famílias. Acompanhando essa realidade, a medicina veterinária está cada vez mais moderna e, da mesma forma, os profissionais do ramo estão buscando o aperfeiçoamento nas diversas áreas que a profissão abrange. Entre as especialidades hoje encontradas está a Fisioterapia Veterinária, que tem como principal objetivo promover o bem estar e melhorar a qualidade de vida dos pets, reduzindo a dor e o desconforto provocados em certas lesões.

O vinho que faz bem O cientista Louis Pasteur afirmava que “o vinho é a mais saudável das bebibas ingeridas às refeições”.

Problemas como artrite, artrose, doenças da coluna, dores musculares e articulares, entre tantos outros, podem ser tratados com a fisioterapia. O tratamento é amplamente utilizado também no pós-operatório de doenças ortopédicas (coluna, joelhos, quadril, fraturas, etc.). Estão incluídas diversas técnicas utilizadas como acupuntura, massoterapia, realização de exercícios físicos, além do uso de aparelhos como ultrassom, laser, fototerapia, magnetoterapia, entre outros. O profissional especialista deve avaliar e definir qual a melhor técnica a ser utilizada em cada caso e em cada animal, uma vez que cada bichinho é único e age e responde de maneira particular. O tempo de tratamento é variável. Os resultados são, em sua maioria, surpreendentes. A fisioterapia veterinária é mais uma ferramenta nessa eterna busca à qualidade de vida e ao bem estar animal. Roberta Mendes Médica Veterinária do Hospital Cão Nóia & Cia Esp.Fisioterapia e Reabilitação Animale Acupuntura

Infelizmente, aparentemente, não é esse o mesmo parecer e opinião do governo federal brasileiro. Ele sobretaxou as bebidas destiladas, dentre essas a cachaça, o uísque, a vodka e o vinho, que nós cidadãos consideramos um complemento alimentar. O vinho não é uma bebida de elevado teor alcoólico, portanto não deveria somar-se às chamadas bebidas quentes. Instituições de pesquisas nacionais e internacionais, Universidades e Centros Especializados confirmam os efeitos benéficos do vinho sobre o corpo humano (nos ossos, coração, aparelho digestivo e cérebro). É claro que tudo isso vem acompanhado da recomendação do consumo adequado e moderado. Escolha seu amigo bicho. Um pouco de pelo na roupa transforma o dia de qualquer um! Estes animais estão buscando uma família para adoção. Quem sabe eles vão morar na sua casa? Projeto Fui Resgatado Mereço uma Chance contato: (51) 9707-6166

Outro lamentável equívoco do governo federal brasileiro refere-se ao prejuízo que essa tributação excessiva sobre os vinhos pode causar à uma grande cadeia de produtores agrícolas nas várias regiões de vitivinicultura. Nesses locais a prática é exercida em pequenas e médias propriedades,

algumas reunidas em cooperativas, de famílias de imigrantes e outros descendentes que colhem seu sustento na vitivinicultura. Além disso, com a extensão à novas regiões como a campanha do Estado, vários pequenos municípios e exitosas cooperativas passam a ser punidos pelo governo federal brasileiro. Com novas taxas a carga tributária federal atualmente superior a 50% vai se tornar mais pesada para o consumidor ao pagar sua garrafa de vinho. Para o bem de todos, seria oportuno o governo federal ter a coragem de revisar sua atual posição, o que se tornaria bem simpático e até melhorar seus índices de receptividade na opinião pública. Os agricultores agradeceriam e os consumidores comemorariam com um bom cálice de vinho de alta qualidade nacional.

Plínio Dall´Agnol Professor


Cada um fazendo a sua parte: é assim que acreditamos que vão acontecer mudanças na nossa sociedade. Nesta edição, mostramos o exemplo prático e eficaz do Projeto Pescar.

Conheça a história da Cristiane Santana, da 1° Turma do Projeto Pescar nas Lojas Renner, personagem da nova campanha do Projeto Pescar:

Aula de mecânica na Unidade Projeto Pescar Zensul

Cristiane começou a trabalhar na capital, numa fábrica de ombreiras.

Projeto Pescar O Projeto Pescar é um Programa de formação socioprofissionalizante desenvolvido pela Fundação Projeto Pescar, em parceria com a sua rede colaborativa, para o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade social, com idades entre 16 e 19 anos, ao mundo do trabalho. O Programa Social Pescar tem 40% da carga horária dedicada para o aprendizado teórico-prático, em seis eixos tecnológicos. 60% da grade curricular contempla ações que exercitam o protagonismo juvenil e as competências básicas para o trabalho, com conteúdos de Desenvolvimento Pessoal e Cidadania, como ética, família, saúde, meio ambiente, empreendedorismo, relações humanas, educação financeira, comunicação e tecnologias. A realização do Programa no interior de Empresas e Organizações Parceiras faz parte da metodologia e acelera o contato dos Jovens com

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o universo empresarial, mostrando que é possível ter uma realidade diferente da que eles vivenciam em suas comunidades, impulsionando-os a uma postura diferenciada frente à vida. No decorrer dos dez a doze meses de capacitação, passam a exercer um papel ativo no próprio desenvolvimento, conquistando um perfil comportamental mais fortalecido para melhorarem a sua trajetória profissional.

Aprendeu a costurar para ganhar mais e logo em seguida uma colega lhe falou do curso no Projeto Pescar das Lojas Renner. No início conciliava o curso com o trabalho, no turno da noite, pois ajudava com as despesas domésticas. Na metade do curso, focou no objetivo de sair empregada e se colocou à disposição da Educadora Social sempre que ela precisasse de algo na Unidade. Ao final da capacitação, a Gerente de RH lhe disse que tinha o perfil da Renner e que poderia seguir carreira na loja. Nos oito anos de empresa, atuou como caixa e vendedora, passou pelo trainee da Renner e agora é supervisora. Na última reunião de famílias do Projeto Pescar, Cristiane foi convidada a contar sua história para os responsáveis pelos jovens e lembra de lhe perguntarem se havia sido fácil a sua trajetória: “Não foi nada fácil. Quando conheci a história da Renner sonhei com a possibilidade de ser vendedora.

Eu não tinha nenhuma certeza, pois eles sempre deixavam claro que não dariam o peixe, mas ensinariam a pescar. No final do curso todos saíram empregados e cinco conseguiram ficar na loja. Não tinha vaga para vendedora na época e durante a entrevista fui selecionada para caixa. Agora eu tenho uma egressa trabalhando na minha equipe e é muito legal porque o que a gente aprende no Projeto Pescar ninguém vai nos tirar. Melhora as tuas qualidades, tu aprende a dar mais valor para as coisas, aprende que tudo é possível, pois depende da gente, e é muito positivo. Eu cresci bastante.” www.projetopescar.org.br pescar@projetopescar.org.br fone 3337-7400

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A experiência que rejuvenesce

Prevenção é essencial Os distúrbios de memória são prevalentes na idade avançada. Podem ser secundários, que pouco interferem no dia a dia, ou podem ser severos e causar comprometimentos. O envelhecimento não tem uma idade definitiva para seu início, pois são inúmeros os aspectos para estabelecer o seu marco. São relativos os primeiros sinais de envelhecimento, pois estes elementos são determinados através das marcas de vida de cada indivíduo. O exame neuropsicológico nas demências tem por objetivo colaborar no diagnóstico diferencial entre as demências, a depressão e o comprometimento cognitivo leve. A avaliação neuropsicológica permite, ainda, monitorar o funcionamento cognitivo, avaliando o impacto do uso de medicamentos e as atividades que possam ajudar nos tratamentos mais eficazes para viver melhor com maior autonomia e independência. Os distúrbios de memória são muito prevalentes na idade avançada, eles podem ser secundários a causas benignas que pouco interferem no dia a dia do indivíduo ou a causas mais severas, que podem comprometer de forma importante a qualidade de vida do doente (demências) ou até mesmo representar riscos de vida (tumores cerebrais). Em adultos e idosos, o exame neuropsicológico pode indicar o quanto a memória ou outro domínio cognitivo se apresenta diferente do esperado para a sua idade, sexo e escolaridade.

Como encaramos essa corrida na vida? Há pessoas jovens que sobrevivem a essa passagem à base de mau tempo. Frustrações, angústias, lutas sem êxito, buscas insanas por si mesmo. O tempo vai passando, sem qualidade e extremamente tristes. E vão seguindo a sequencia natural desta existência assim, ao chegar o fim da jornada, provavelmente ao olhar para trás, não tem muito a se orgulhar... Talvez continuem reclamando. Somos seres em evolução, e nem todo mundo entra nesta roleta de péssimas previsões. Buscam o porquê de sentimentos que o puxem para o precipício.

Atualmente a população de idosos brasileiros com mais de 60 anos, é de aproximadamente 15 milhões de pessoas, representando 8,6% da população, de acordo com dados estatísticos. Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões. Nos próximos anos haverá um aumento da expectativa de vida das pessoas e, com isto, poderá haver um incremento no número de idosos que poderão apresentar doenças neurodegenerativas. Com o avanço da idade, as incidências de doenças, limitações e sedentarismo tendem a se manifestar, fragilizando a pessoa idosa. Estas condições podem gerar um processo de incapacidade no idoso, dificultando e impedindo o seu desempenho nas atividades diárias com independência e autonomia. A partir desta realidade, as estatísticas demonstram a certeza que nos próximos anos, teremos uma sociedade com muitos idosos, “o adulto de hoje será o idoso do amanhã”, então o fundamental será a prevenção para poder usufruir em plena condição física, psíquica e mental. Daniela Henkel Blauth - Psicóloga NAP Mestre em Div.Cultural e Inclusão Social- Feevale IMNH – Instituto da Mente Novo Hamburgo

O tempo é um fator alucinante. Ele tem o poder de curar, o dom de colocar as coisas nos seus devidos lugares, entre tantos outros benefícios terapêuticos. A preocupação com o tempo é engraçada. Vivemos em função dele. O relógio nos guia. Determina nossa vida, nossas ações. Tem as “costas largas” como se diz, afinal qualquer atraso, desculpas, fuga ou procrastinação ele é o acusado. A vida atual nos coloca quase como escrava deste tic tac. “Vai dar tempo?” “Não sei se tenho tempo para isso!”. E assim passam-se dias, semanas, meses, anos...

Talvez nestas idas e vindas de sol e lua, existe uma experiência que rejuvenesça. Começamos a avaliar, o que realmente vale a pena ser vivido e sentido. Qual o legado que queremos deixar? Segundo o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento de 2015 brasileiros idosos com 60 anos ou mais triplicarão no país até 2050. Estamos envelhecendo mais rápido que a média mundial. Devemos mesmo rever conceitos e atitudes. Porque teremos nossa companhia por muito mais tempo que o previsto! Viviane Santos Núcleo da Mulher Empreendedora CDL NH

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