Fundamental outubro 2016 site

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FUNDAMeNTAL

revistafundamental.com

Que exemplo queremos deixar? Saiba como e onde usar seu tempo para fazer o bem Você é tímido? Não fique escondido por aí Cuidado com os limites do seu corpo

ANO 06 - EDIÇÃO 27 - OUTUBRO 2016


FundaMental número 27

Cuide-se Estamos diariamente divulgando eventos e ações da comunidade, novidades tecnológicas, dicas de gastronomia e muito mais no site e no Facebook. Nos acompanhe por lá também!

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16 - Tecnologia versus valor humano

Marcelo Felipe Vier 18 - Yoga para corredores João Antunes 20 - É essencial cuidar do corpo Mariana Boos 22 - Confiança Kety Daudt Maus 23 - Timidez Juliana Emer 24 - Energia sustentável André Rodrigues

Para refletir

Delícias

04 - Atenção plena Suzana Kunz 06 - Um exemplo vale mais que

26 - Óleos essenciais na culinária

Atenção ao exemplo que você está deixando.

“A palavra convence, mas o exemplo arrasta. Não se preocupe porque seus filhos não te escutam, mas te observam todo o dia.”Madre Teresa de Calcutá Definitivamente é isso. Os exemplos são cruciais para a formação da personalidade. De nada adianta o discurso, se a prática é outra. Nossa sociedade está em constante evolução e discussão de valores éticos. Temos que ter muito cuidado com as condutas impróprias no dia-a-dia, pois podemos achar que estas não interferem, mas pelo contrário, ao sermos observados, mesmo não querendo, somos modelo de referência para outras pessoas. Com a internet, muitas pessoas escrevem, ditam conceitos e acabam sendo seguidas por outras. Quem sabe pensamos melhor antes de ir ditando condutas? Falando sobre exemplos, um que a FundaMental gostaria muito de influenciar (sempre podemos tentar, né?) é na questão do voluntariado e da solidariedade. Nesta edição, mostramos que o voluntariado faz tão bem para quem ajuda quanto a quem é ajudado. Até no âmbito profissional, as empresas valorizam mais as pessoas que praticam o voluntariado.

Acreditamos que todos podem tirar um tempo e ajudar quem precisa. Na pág. 13, temos vários locais para você escolher onde ajudar. Mais uma edição com temas que valem a pena a reflexão. Como sempre, nosso conteúdo é elaborado com muito cuidado, para que o a leitura da FundaMental seja, para você, um tempo que valeu a pena! Adriana Schemes Gusmão

Seja FundaMental Faça parte do nosso grupo de colaboradores. Alie-se a um conteúdo editorial sério, de credibilidade e ao mesmo tempo leve e descontraído. De quebra, contribua para divulgar ideias e ações que, somadas, fazem toda a diferença. - 5.000 exemplares em pontos estratégicos; - Distribuição gratuita.

- Contato comercial: VIRTUA Gestão Comercial Fones: 3781-4038 e 8206-7777 www.virtuagestao.com.br Facebook: virtua-gestao-comercial

Ano 06, edição 27, outubro 2016 - Publicação Bimestral - 5.000 exemplares Contato: fundamental@sinos.net - contato: (51) 9283-4643 - Distribuição gratuita Coordenação Geral: Adriana Schemes Gusmão Marketing: Bibiana Caixinhas Comercial: Virtua Gestão Comercial - Aline Lorscheitter - fones: 3781-4038 e 8206-7777 Colaboração: Paula Schemes Gusmão, Geraldine Alves dos Santos, Daniela Henkel Blauth

mil palavras Yara Picchetti 08 - Solidão: visita ou morada? Vanessa Marzullo 10 - Rio 2016 acabou. E agora? André Luís da Silva

Alexandre Taborda Albrecht 27 - Torta crua de laranja Tagiane Kohler Filipsen 29 - Receitas com grão-de-bico Sofia Prodanov

Mãos à obra

Um outro olhar

12 - Fazer o bem te faz bem!

30 - A mulher perfeita Nahara H.Eckhard 32 - O corpo e seus limites Patrícia Spindler 34 - Enfim, aposentado! Gilson Barth 36 - A música transporta Everton Augustin 38 - O cérebro e o esporte

Ronald Krummenauer 13 - Veja aqui onde fazer o bem Revista FundaMental 14 - Gusch Futsal Bibiana Caixinhas 15 - Voluntariado no Brasil Revista FundaMental

Daniela Henkel Blauth 39 - Todos vamos morrer Suzana Leão


para refletir

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Atenção plena. Preste

Mindfulness, fruto da ciência ocidental e inspirada nas artes meditativas milenares, traz o cerne da meditação em sua prática: respirar com consciência. Respirar vira um acontecimento importantíssimo. Prestar plena atenção na inspiração. Atenção plena na expiração.

atenção!

Acredite, já há anos o hospital psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre utiliza na área dos drogaditos a técnica de prestar atenção no ar que entra e sai do corpo. Na hora da fissura pela droga, os internados são orientados a inspirar e expirar tão lentamente a ponto de não conseguir apagar a chama de uma vela.

Já ouviu falar sobre Mindfulness? Consiste na atenção plena. Onde respirar vira um acontecimento importantíssimo. Prestar plena atenção na inspiração e na expiração. A meditação é uma arte que tem se desdobrado em diversas técnicas utilizadas pelos adeptos de muitas tradições religiosas, desde antes do nascimento de Cristo, especialmente pelos povos orientais. Com a globalização iniciada no século passado nós, ocidentais, passamos a acessar com maior facilidade todo este conhecimento que visa, em última análise, transformar a pessoa para que viva de forma mais feliz, pacífica e integrada. Em seu cerne, a meditação não está necessariamente vinculada a uma religião específica, apesar de ser advinda do meio. Com o tempo, cientistas ocidentais começaram a perceber que quem medita consegue promover transformações importantes em sua vida, resultando em equilíbrio e sabedoria ao utilizar seus talentos de forma mais harmoniosa em seu ambiente. E claro, a partir daí, iniciam-se as pesquisas cientificas e, com elas, novas roupagens para

Inspire e expire lentamente, prestando atenção apenas nisso durante, pelo menos, 5 minutos.

a própria arte de meditar, como por exemplo a meditação mindfulness, inserida em nossa sociedade altamente tecnologizada, com a proposta de auxiliar na melhora da qualidade de vida, inclusive na cura de vários transtornos como ansiedade, depressão e TDAH. Poderia se dizer que MINDFULNESS é sinônimo exato de meditação. Consiste na atenção plena, única forma de estar presente em si mesmo e simultaneamente ao meio em cada momento. Preconiza que, ao praticá-la, é possível perceber pensamentos, sensações corporais e emoções no momento que eles ocorrem, sem reagir de maneira automática ou habitual. Com isso, mesmo em circunstância difíceis, abre-se espaço para que se possa fazer escolhas mais conscientes, influenciando positivamente na maneira como lidamos com os desafios cotidianos.

Aos poucos e com a prática constante, sua mente se esvazia para as falácias corriqueiras, passando a observar com atenção o que ocorre dentro e fora de você. Isso favorece a presença. O viver no aqui e agora. Não lá e acolá. Recebi uma mensagem pelo que achei simples e linda, de autoria do escritor Rubem Alves que fala um pouco de tudo isso: “A gente fica esperando que a alegria há de chegar depois da formatura, do casamento, do nascimento, da viagem, da promoção, da loteria, da eleição, da casa nova, da aposentadoria…E ela não chega, porque a alegria não mora no futuro, mas só no agora”. Inspirar e expirar com consciência é uma forma simples de trazer ao presente. Grande presente. Suzana Kunz Publicitária


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Nunca esqueça: um exemplo vale mais que mil palavras Lembre sempre disso: as atitudes de uma pessoa de referência e a existência de um modelo sobre como proceder são mais significativas do que ouvir sobre como fazer. Somos seres sociais, que aprendemos a partir do contato com o mundo e com os outros. Assim, o que vemos e vivenciamos no ambiente é constitutivo da nossa subjetividade. Os modos de ser e agir que temos ao nosso redor se tornam modelos de referências a serem aprendidos enquanto possibilidades da nossa cultura. Considerando isto, várias instituições, dentre estas, principalmente a escola e a família, ensinam posturas e atitudes necessárias para se viver em sociedade, além dos conhecimentos sobre o mundo acumulados ao longo da história da humanidade. A partir destes ensinamentos, cada indivíduo pode aproveitar os conteúdos construídos por outros sujeitos, sem precisar vivenciar todas as situações na pele para adquirir conhecimento. No entanto, isso não significa que não seja importante a experiência concreta. Para uma criança, é mais significativo ouvir os diferentes sons dos pássaros do que ouvir a professora falar sobre os pássaros; ou ver uma plantinha

crescendo ao longo do tempo do que ler sobre quais são estas etapas de crescimento. A perspectiva concreta é a predominante em determinada fase do desenvolvimento infantil, e nunca deixa de ser importante no aprendizado. Assim, da mesma forma, as atitudes de uma pessoa de referência e a existência de um modelo sobre como proceder são mais significativas do que ouvir sobre como fazer. A criança aprende muito apenas observando as ações reais dos adultos ao seu redor. Uma pessoa que faz aquilo que fala, legitima com a concretude os seus ensinamentos. O que fica só no discurso acaba perdendo a credibilidade na abstração das ideias. Aqui vale aquele velho ditado: um exemplo vale mais do que mil palavras. Yara de Paula Picchetti Psicóloga USP/Mestre em Educação UFRGS Clínica Pais & Filhos www.psicologianh.com


para refletir

8 A solidão traz a oportunidade de realizar reflexões e conversas internas, levando a um crescimento emocional.

Solidão: visita ou morada ? Antigamente, o homem vivia numa sociedade coletivista, em que o modo de viver se baseava na relação grupal e interdependente. Havia vários pontos positivos, mas também negativos, como falta de espaço para o indivíduo, suas escolhas e decisões. Ao passar do tempo, surge a sociedade individualista, trazendo várias consequências, tanto positivas como negativas, dentre elas, a solidão, sendo assim o resultado da produção social do homem individualista e egocentrado. O tema da solidão está se destacando cada vez mais, pois há estudos indicando que a estimativa de pessoas que referem se sentir sozinhas é alta: uma em cada três. A solidão está relacionada à sensação e/ou à vivência de estar só, na companhia ou não de ou-

tras pessoas, podendo haver falta de interação social e/ou comunicação emocional. Pode ser tanto um sentimento existencial, como um sintoma de uma doença mental. No segundo caso, requer avaliação psicológica e/ou psiquiátrica para o devido encaminhamento e tratamento. Enquanto um sentimento existencial, a solidão visita a todos nós, em algum momento de nossas vidas. Para algumas pessoas, a solidão é apenas uma visita – vem e vai embora; já para outras, parece fazer morada. Nesse sentido, a solidão pode ser entendida como um distanciamento do seu meio e uma renúncia ao encontro com o outro, mas principalmente consigo, com suas vivências e com sua capacidade de se comunicar livremente com seu mundo interno.

Assim como a tristeza, a solidão traz uma dor imensa, mas também uma oportunidade de realizar reflexões e conversas internas, em que se pode repensar a vida, o modo de viver, os sentimentos, os pensamentos e as atitudes. Martha Medeiros na sua crônica “Os quatro fantasmas” (do livro “Doidas e Santas”) co-

menta que “a solidão assusta também, mas sabemos que há como conviver com ela: basta que a gente dê conteúdo à nossa existência, que tenhamos uma vontade incessante de aprender, de saber, de se autoconhecer”. Mas quando permanece apenas a dor do estar só, sem a possibilidade das reflexões, pode ser o momento ideal para buscar ajuda profissional, a fim de entender o significado e o sentido desse sentimento, e então buscar meios de enfrentar a solidão e superar o medo que se tem da mesma.

Vanessa Marzullo Psicóloga do NAP www.napvs.com.br


para refletir

10 Os projetos que incentivam a prática esportiva no contraturno da escola, aumentam as chances dos alunos ficarem na escola e no esporte, num ambiente saudável, longe da criminalidade.

Popole Misenga, judoca congolês

Rio 2016 acabou. E agora ? Agora que a Olimpíada do Rio 2016 acabou, muito fala sobre o legado que esta competição pode deixar para os cariocas e para os brasileiros. Nos anos que antecederam este evento, a frase era: “Por que escolher nosso país para uma Olimpíada? ” Depois, quando a ideia foi assimilada, as pessoas diziam “Agora que a Olimpíada vem, que façamos bonito!” Por fim, nos últimos meses o que mais se discute é “Qual o legado que fica?” Poderíamos aqui discutir sobre infraestrutura, mobilidade urbana, alto rendimento, entre outros, porém gostaria de focar em uma questão que me incomoda muito quando falamos de esporte e alto rendimento: Como fomentar o esporte de forma massificadora a ponto de transformar vidas? Temos vários casos, na delegação brasileira, de atletas que são oriundos de projetos sociais espalhados pelo Brasil e que a cada mês precisam fa-

zer milagre para continuar atendendo milhares de crianças que lá estão pelos mais diversos motivos. Três casos marcantes de atletas nesta Olimpíada que vale relembrar:

Rafaela Silva, judoca Foi nossa medalhista de ouro. Saiu da Cidade de Deus para participar do projeto no Instituto Reação (encabeçado pelo judoca Flávio Canto). Palavras de Rafaela: “Se não fosse o projeto, não saberia o que estaria fazendo na Cidade de Deus, poderia provavelmente estar fora da escola ou no crime”.

Foi um dos atletas da delegação dos refugiados. Quando chegou ao Brasil iniciou seus treinamentos no Instituto Reação. Popole declarou: “O judô me deu tudo”. Seu técnico fornecia moradia e até cestas básicas ao atleta para que conseguisse treinar. Exemplos como estes só reforçam minha ideia de que projetos que incentivam a prática esportiva no contraturno da escola aumentam as chances destes alunos ficarem longe da criminalidade e por consequência se transformarem em potenciais olímpicos.

Ygor Coelho, atleta de Badminton

Precisamos fomentar competições escolares para cada vez mais despertarmos no aluno o gosto pelo esporte escolhido, mostrar a todos os participantes que a cada vitória uma etapa pode ser vencida, mantendo assim o sonho de um dia representar nosso país nas Olimpíadas.

Nascido e criado no Morro da Chacrinha no Rio de Janeiro, seu pai é o técnico que fundou um projeto social nos fundos de casa para ensinar a comunidade. Ygor, com 18 anos, já participou de competições em 17 países e foi nosso representante na Olimpíada.

Tanto o Rio de Janeiro quanto os outros estados devem aproveitar esta “onda” esportiva causada pela Olimpíada e incentivar as escolas e os institutos a aumentarem suas vagas e abrangências, para isso a parceria com escolas e governo é fun-

damental, pois o governo tem o material humano (professores) e as escolas a estrutura física. A conta é simples, é muito mais “barato” iniciar uma criança no esporte do que pagar por um adulto na prisão. #ficaadica André Luis da Silva Educador Físico


Sabia que ao

Resultado de pesquisa da United Health Group, com voluntários de projetos sociais, após 12 meses: 78% tiveram diminuição de nível de estresse. Mais de 95% acreditam que estão transformando sua comunidade num lugar melhor e que ser voluntário melhorou seu humor além de afirmar que o trabalho voluntário enriqueceu seu propósito de vida. E então, o que estás esperando?

fazer o bem,

você fica melhor ainda?

Por que paramos de ressaltar o voluntariado? Precisamos resgatar o valor de contribuir com algo ou alguém sem que a contrapartida venha em cifras de reais.

Listamos abaixo algumas entidades que foram citadas pelos nossos leitores, através de pesquisa que realizamos pela página do Facebook e site da FundaMental. Escolha agora um destes locais para ajudar e comece logo. Saibas que as tuas ações podem e vão impactar e melhorar a vida de muitas pessoas!

Muitas organizações precisam do trabalho de voluntários para se manter em pé. O voluntário precisa se sentir importante, se sentir parte daquele espaço com o qual está colaborando. Ao mesmo tempo em que parece haver falta de disposição na maioria das pessoas, também se percebe uma deficiência na divulgação e disseminação do voluntariado, da sua importância, dos espaços onde se pode atuar. Fazer brincadeiras, oficinas e contar histórias aos idosos do Asilo Padre Cacique durante duas horas num sábado à tarde não lhe traria outra coisa senão uma imensa sensação de alívio e prazer por saber que a sua existência serviu, também, para ajudar outra pessoa.

AMO Assoc. de Assistência em Oncopediatria

algumas horas de suas atribuladas semanas a alguém que precisa exatamente de atenção – e muitas vezes tão somente isso: atenção. Precisamos resgatar e ampliar o valor do trabalho voluntário, em qualquer esfera. Nossos pensamentos egoístas, por vezes, nos cegam e nos fazem esperar um retorno maior do que um sorriso e um “muito obrigado”, o que já é mais do que o bastante.

A ONG Parceiros Voluntários exerce um papel muito importante no estado ao fazer a mediação entre quem deseja ser voluntário e os espaços onde pode atuar, mas é preciso que ajudemos na proliferação maior de projetos como esse. Num mundo pautado por ações individualistas, onde a maioria busca o seu bem próprio e muitas vezes com conceitos deturpados de meritocracia entende que cada um deve lutar pelo seu próprio bem estar, sobressaem-se aqueles que dedicam

rua Vidal Brasil, 1695 - NH - fone: 3582-4800 www.amocrianca.com.br

APAE Assoc. Pais e Amigos dos Excepcionais

Casa de acolhimento Lar do menino

fone: 3097 3135 www.facebook.com/lardomenino

Fundação SEMEAR

rua Joaquim Pedro Soares, 540 - NH fone: 2108-2108 www.fundacaosemear.org.br

Projeto Criança Cidadã

rua Cacequi, 240 - Campo Bom www.projetocriacacidada.com.br

ADEFI - Associação dos Deficientes Físicos de NH

fone: 3583-2276 www.facebook.com/Adefi-Nh-

ABEFI - Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial

av. Pedro Adams Filho, 1974 NH -fone: 3586 2712 www.abefi.org.br

Liga Feminina de Combate ao Câncer rua Tupi, 758 - NH - fone: 3036-1590 www.ligafeminina.com.br

rua Carijós, 602 - NH - fone: 3595-3388 www.apaenh.com.br

Banco de Alimentos

www.facebook.com/PATANH

Movimento Roesller para defesa ambiental

PATA - Projeto Amigo de Todos os Animais ONDAA - Organização pela Dignidade dos Animais Abandonados de NH www.facebook.com/OndaaNH

Parceiros Voluntários POA

www.cliquealimentos.com.br

rua Santos Pedroso, 470 /2 NH fone: 9877.7070 www.facebook.com/MovimentoRoesslerparaDefesaAmbiental

Largo Visconde do Cairu, 17/8º andar - POA fone: 2101.9750 www.parceirosvoluntarios.org.br

LEME - Associação dos Lesados Medulares

rua Barão de Cambaí, 200 - NH fones: 3595.8181 / 3582.1011 www.larsaovicente.com.br

www.facebook.com/pcamaleao

Lar dos Velhinhos São Vicente de Paula

Projeto VIDA Semeando Esperança

rua Buenos Aires, 217 -NH - fone: 3556-1248 www.facebook.com/ProjetoVidaNovoHamburgo

Lar da Menina NH

Ronald Krummenauer www.agenda 2020.com.br

Escolha aqui onde ajudar e mãos à obra!

rua Amantino Peteffi, 244 -NH - fone:3595.0066 www.lardamenina.com.br

fone: 30653265 www.leme.org.br

Projeto Camaleão - fone: 93078380 CVV - Centro de Valorização da Vida fone 188 www.cvv.org.br www.facebook.com/cvv141

AACD Associação de Assistência à Criança Deficiente av. Prof. Cristiano Fischer, 1.510 - POA www.aacd-rs.org.br

mãos à obra

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Exemplo em São Leopoldo: prof. Renato e o

Dados do Datafolha: 51% dos que já realizaram voluntariado são homens e 49% são mulheres. Somente 28% das pessoas já participaram de algum tipo de trabalho voluntário no Brasil.

Gusch Futsal Feminino

Cada ensinamento é uma semente que brota no coração dos futuros cidadãos da nossa sociedade, e o esporte é um caminho. Além de ocupar a mente e desenvolver o corpo, tem a capacidade de integrar crianças e jovens, transformar suas vidas e reduzir os preconceitos e estereótipos. Ao praticar o esporte, o indivíduo aprende a trabalhar em equipe e compreende a importância do próximo no convívio social, desenvolvendo também sua autoestima. Quando um jovem se vê fracassado na busca por um emprego ou na escola, fica uma porta aberta para os caminhos errados e o esporte, juntamente com a educação, oferece um futuro mais digno e humano. Um exemplo disso é o professor Renato Moreira, de 65 anos, técnico do time de meninas de 11 a 17 anos de um projeto social totalmente independente, idealizado por ele, que cumpre a função de dar uma oportunidade às crianças de famílias mais carentes através do esporte. O projeto começou quando a diretoria da sua escola possibilitou o projeto social, chamado Gusch Futsal Feminino. “Fundamos uma equipe de futsal só para meninas que moravam em uma vila de alta periculosidade, começamos com 12 bolsas de estudo. Hoje são mais de 30”, comenta Renato. Já foram muitas as conquistas dessas garotas em quadra e muitas virão. A menina Alice, de 16 anos, que há 3 anos participa do projeto, diz que se sente muito mais vitoriosa por saber que acreditaram nela e ela sente que hoje tem no que acreditar. Ela, que diz morar num bairro “ perigoso e pobre, comenta que se não estivesse neste proje-

Você já trabalhou ou tem vontade de trabalhar como voluntário em um projeto social? No Brasil, o trabalho voluntário, além de ser uma atividade estipulada em lei, tem também uma data para sua comemoração: 28 de agosto, o Dia Nacional do Voluntariado. Apesar disso, a participação da população brasileira em ações de voluntariado ainda é pequena, se comparada com outros países.

to, com toda certeza estaria em outros caminhos. Participar do Gusch Futsal Feminino lhe deu a oportunidade de uma bolsa de estudos na escola particular que o projeto leva o nome, Gusch-Colégio Professor Gustavo Schreiber em São Leopoldo. Atualmente participam do projeto em média 30 meninas. A rotina das meninas dentro do projeto é de segunda a sexta-feira, com treinos técnicos e fisicos , que são feitos na Academia OX de SL. Renato conta hoje com alguns parceiros, pois o projeto é independente e quem ajuda são os amigos que acreditam no esporte como inclusão social e construção de um futuro melhor. Exemplos como o do professor Renato e seu projeto Gusch Futsal é o que queremos compartilhar sempre. É disto que precisamos. Pessoas com atitude positiva, mesmo frente as adversidades do dia-a-dia.

Bibiana Caixinhas

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em dezembro de 2014, encomendada pela Fundação Itaú Social, mostrou que somente 28% das pessoas já participaram de algum tipo de trabalho voluntário e que 11% continuam atuando neste tipo de iniciativa. “O percentual brasileiro está abaixo da média mundial que é de 37%. China e Canadá, por exemplo, possuem, respectivamente, 55% e 50% da população envolvida em atividades voluntárias”, conta Lourdes Karoline Almeida Silva, pesquisadora em Políticas Públicas e professora da Universidade Estadual do Piauí (UFPI). O voluntariado no Brasil ainda está muito ligado à ideia de caridade e, por isso, muito atrelado a grupos religiosos. Entretanto, é um movimento que já mostra um crescimento perceptível. O envolvimento das pessoas ainda é bem pequeno, se comparado a outros países do mundo, pois não há uma ‘cultura’ do voluntariado, o que dificulta a proliferação. Os voluntários desenvolvem novas habilidades para lidar com diferentes realidades, superar dificuldades, encontrar soluções, se relacionar com pessoas.

E como estamos de voluntários no nosso país? Por esta razão, algumas empresas já incluem este item – experiência com voluntariado – como um critério de diferenciação entre candidatos que irão concorrer a uma vaga de emprego! NÚMEROS DO VOLUNTARIADO NO BRASIL A pesquisa do Datafolha realizada em dezembro de 2014 ouviu 2.024 pessoas em 135 municípios. Entre os motivos para não ser voluntário: “Falta de tempo” foi o motivo alegado por 40% dos entrevistados; “Nunca foram convidados” (29%); “Nunca pensaram nessa possibilidade” (18%); “Não sabem onde obter informações (12%). Os jovens demonstraram que estão bastante distantes dessas iniciativas, visto que o levantamento apontou que oito em cada dez pessoas de 16 a 24 anos nunca realizaram nenhum tipo de serviço voluntário. A pesquisa do Datafolha apresentou ainda os seguintes resultados: 51% dos que já realizaram voluntariado são homens e 49% são mulheres. Cerca de metade dos voluntários possuem ensino superior completo e dois em cada cinco pertencem às classes econômicas A e B. Mais da metade dos que continuam realizando serviço voluntário têm entre 35 e 50 anos de idade.

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mãos à obra

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cuide-se

16 Não deixe que as novidades tecnológicas se sobressaiam e modifiquem a forma de você se relacionar com as pessoas. Que na nossa sociedade o valor humano prevaleça sobre o valor das máquinas e o quanto elas custam.

Tecnologia versus valor humano As transformações e impactos da tecnologia na vida do ser humano nas últimas décadas são inegavelmente impressionantes. Da mesma forma, o ritmo frenético de produção de novas tecnologias que substituíram outras recentemente desenvolvidas. Diversas áreas foram beneficiadas, como a medicina, o transporte, a comunicação e o entretenimento. No entanto, quase no mesmo ritmo em que foram surgindo tais recursos tecnológicos, também surgiram questionamentos sobre como o ser humano pode e deve usar esses recursos. Ou mesmo, se podemos considerar que o ser humano “evoluiu” na mesma velocidade que a tecnologia. Apenas no século XX, os conhecimentos humanos e a consequente tecnologia derivada desses conhecimentos cresceram a um ritmo cinco vezes maior do que nos séculos anteriores.

Quais impactos isso tem causado no pensamento e na relação entre as pessoas? Ganhamos a facilidade de comunicação, a rapidez que nos permite “adicionar” novos amigos e a possibilidade de nos relacionarmos com pessoas muito distantes. Mas ganhamos também uma certa impaciência com as pessoas que não utilizam a tecnologia com a mesma velocidade que nós, amizades que se desfazem ao toque de um botão e um certo individualismo que tem dificultado as relações cotidianas. Gabamo-nos de estarmos conectados com o mundo, mas temos dificuldade de superarmos nossas intolerâncias e indiferenças com o que ocorre ao nosso redor. Seria essa uma das causas do aumento da violência que temos percebido? Evidentemente, a tecnologia não é a causadora direta disso, mas a forma como o ser humano lida com ela.

Uma sociedade que põe a tecnologia acima dos sujeitos, o enxerga como uma “coisa”, um produto, algo descartável. Que efeitos na vida humana podemos esperar de um século que é tão estressado pela busca do “progresso”, aqui entendido como a ideia de que o amanhã será sempre melhor do que o presente? Todas essas considerações não visam afirmar que a tecnologia não é útil, ou mesmo supor que o ser humano está disposto a abandonar o desenvolvimento de novas tecnologias. É parte da história humana buscar essa superação dos conhecimentos já adquiridos.

Conhecimento instrumental, sem uma crítica, sem reflexão, gera muitas vezes um conhecimento desumanizado, apenas pensado na sua utilidade prática ou, ainda pior, apenas pensado com o intuito de gerar riquezas.

O que está em discussão, na minha concepção, é um modelo de sociedade em que continuemos a valorizar o ser humano como produtor do conhecimento, mas também como objetivo final dos resultados obtidos. Uma sociedade que perceba a tecnologia como suporte para o desenvolvimento de seres humanos mais tolerantes, que valorizem a singularidade e a diferença, que se comprometam com o diálogo necessário para a solução dos grandes desafios que ameaçam a humanidade, como a questão ambiental, a miséria, o terrorismo. Uma sociedade em que o valor humano prevaleça sobre o valor das máquinas e o quanto elas custam.

O grande risco disso é não conseguirmos mais enxergar que o conhecimento, a tecnologia, precisam estar a serviço do ser humano, e não o contrário.

Profº Esp. Marcelo Felipe Vier Professor de Filosofia e Sociologia na IENH

A Escola de Frankfurt, importante escola filosófica do início do século XX, já apontava para os riscos que o conhecimento poderia gerar, quando desenvolvido apenas de uma forma instrumental, ou seja, como forma de dominação, poder, exclusão.


cuide-se

18 Cada indivíduo tem suas forças, fraquezas e seu próprio equilíbrio. Posso construir força no meu treino para uma maratona, mas posso sentir minha flexibilidade diminuir. Lesões graves, em trilhas e estradas irregulares, acontecem quando perdemos o equilíbrio espacial, um tombo pode trazer cortes, arranhões, ossos quebrados.

Yoga para corredores Sim, o yoga é uma ciência tão antiga, estudada e praticada que podemos organizar de tal forma que nos auxilie em nossas necessidades. É uma companhia para nossa vida, maleável e sempre útil. Pratico e ensino o yoga tradicional, mas estudo e organizo a aplicação para corredores, amadores e profissionais, por que sou um apaixonado pelas duas coisas. O yoga pode prevenir lesões, aumentar a sensação de bem-estar, foco e tenacidade com efeitos positivos na corrida. Ajuda os corredores a melhorar sua força, flexibilidade, equilíbrio, tanto física como psicologicamente. Podemos executar posturas atuando em regiões do corpo mais usadas no esporte, como quadris e coxas, core, pernas e tronco. Ele pode ser usado para melhorar o equilíbrio no espaço e entre o trabalho e o descanso, que é critico para prevenir lesões.

Força e flexibilidade Cada indivíduo tem suas forças, fraquezas, e seu próprio equilíbrio. Se por um lado precisamos de força para correr, por outro, precisamos o suficiente de flexibilidade e facilidade para nos mover fluidamente através do intervalo adequado de movimento e para acessar nossa força. Rigidez excessiva nos quadris pode diminuir a passada, diminuindo a velocidade e interferindo negativamente no seu ritmo e no seu comprimento.

Equilíbrio É a chave para prevenirmos lesões, por que todas as lesões causadas pela corrida tem origem no desequilíbrio. Lesões por over training, por exemplo, são as mais comuns em corredores de resistência resultam de um desequilíbrio muscular.

Com a prática do yoga, além de desenvolver o equilíbrio entre as áreas do corpo, entre ele e o espaço, desenvolvemos nossa conexão corpo e mente, criando consciência dos caminhos pelos quais eles se relacionam.

Descobrimos ou refinamos caminhos para manter nossa mente concentrada quando nosso corpo está em uma intensa situação numa prova/treino difícil e os caminhos para usar nossa mente para relaxar nosso corpo com a máxima eficiência. Outra perspectiva é que a conexão interna nos conduz a conexão com outros. Adquirimos a consciência que tudo está conectado. Quando sentamos para respirar junto com colegas, nos conectamos com cada um neste . exercício. O mesmo acontece quando corremos em meio a uma multidão e nos harmonizamos com o movimento ou percebemos a aproximação silenciosa de outro corredor. Em provas por equipes esta conexão é critica. Namastê! João Luiz Antunes Professor de yoga www.sohmma.wixsite.com/joaoluizantunes Facebook.com/JoaoLuizAntunesViverbem


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É preciso e é

essencial

cuidar do corpo

Conheça as orientações do American College of Sports Medicine e saiba como introduzir a prática da atividade física na sua rotina. Para o seu bem, comece hoje mesmo! “Vamos começar pelo começo”. Sempre brinco com meus pacientes e alunos com esta frase, mas agora queria saber de você: Então, você está se cuidando? Retirei as seguintes palavras de um texto recente escrito pelo Dr. Drauzio Varella, que diz: “não concordo com o slogan do SUS, segundo o qual a saúde é um bem de todos e um dever do Estado.” Mais uma vez, o Dr. Drauzio está correto. A primeira parte do slogan está perfeita: a saúde é o nosso maior bem e o mais precioso, eu enfatizaria. Mas o que o Estado tem com a negligência daquele que não se cuida? Quando digo cuidado, falo de caminhada, pilates, musculação, corrida, jogar bola, qualquer esporte, alimentação adequada e equilibrada, exames de rotina em dia. Este é o cuidado que o nosso corpo e organismo precisam. Não precisa ser com personal ou em lugar específico, mas precisa seguir alguns critérios. Uma das diretrizes amplamente adotadas em todo o mundo, do American College of Sports Medicine (ACSM), orienta 30 minutos ou mais de atividade física com intensidade moderada pelo menos 5 dias por semana, ou 20 minutos de atividade física de intensidade vigorosa pelo menos 3 dias por sema-

na, além das atividades da vida diária (lembrando: qualquer atividade física, nas intensidades citadas). E como podemos introduzir a prática da Atividade de Física em nossa rotina? 1. Analise os seus horários e coloque a “hora da atividade física” na sua agenda. Não cancele ou troque se não for por extrema urgência e necessidade; 2. Capriche nas escolhas das músicas, isso motiva e anima durante os exercícios; 3. Se você preferir, convide um amigo, assim terá companhia e motivação; 4. Monte um trajeto para a sua caminhada ou corrida, com distância e tempo que vai ser necessário para cumpri-lo. Faça um trato com você mesmo: não desista antes de 5 semanas! Depois deste período verás que todo o esforço vai ser recompensado e o mais valioso bem vai estar sendo cuidado: você! Mariana Boos Educadora Física e Fisioterapeuta Esp. em Biomecânica – UFRGS Esp. em Fisio Traumato Ortopédica – UGF


cuide-se

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Como ser quieto quando a fala é tão valorizada?

Ter confiança ou ser

confiante E quem não tem confiança, como faz? Não tem como pedir emprestado, até fingir confiança é complicado! Explicar ou entender claramente os sentimentos é uma tarefa elaborada e que, na maioria das vezes, só conseguimos realizar com sucesso quando adquirimos maturidade, criamos tempo ou buscamos ajuda terapêutica. Além disso, também é comum simplificarmos as condições emocionais, eventualmente complexas, por uma pura restrição de vocabulário. E na ausência de palavras diferentes e talvez até mais adequadas, usamos as mesmas com maior frequência. Uma dessas palavras é “confiança”. Todo mundo fala, né? Apontamos o dedo indicador em direção ao céu e dizemos para o desesperançado “tenha confiança”. Colocamos a mão no peito daquele que sofre por amor e falamos “tenha confiança”. Damos tapinhas encorajadores nas costas dos jovens inseguros e incentivamos “tenha confiança”. E quem não tem confiança, como faz? A pessoa não sabe identificar nem definir o que é, não dá para comprar, não tem como pedir emprestado, até fingir confiança é complicado! Também há aqueles que perderam a confiança nos outros, ou permitiram que os outros acabassem com sua autoconfiança. Os casos variam, porém, para conseguir TER, antes é preciso SER. E ser confiante não é tão fácil em uma sociedade que nos convida, ininterruptamente, a ter de tudo e ser cada vez menos. Mas é possível.

O que difere os introvertidos que chegaram lá, dos que ficam escondidos na timidez?

A confiança, assim como a coragem, a comunicação, a gentileza e outras habilidades, pode sim ser desenvolvida ao longo da vida. Melhor ainda se tudo começar na tenra infância como parte da formação e educação, porém, como nem sempre isso acontece, precisamos tratar de desenvolver o que nos falta. Enquanto buscarmos fora de nós, repetindo aquilo que não traz bons resultados, os sentimentos serão os mesmos. Na medida em que vamos nos conscientizando das lacunas internas, sejam elas a deficiência de vocabulário ou de habilidades, vamos nos propondo silenciosamente a uma espécie de autoeducação, onde repetida e disciplinadamente construímos novas possibilidades. A cada repetição vamos nos assegurando, conhecendo melhor os processos, corrigindo hesitações, elaborando a fé e aprendendo a confiar, já que o resultado esperado passa a se confirmar. E isso muda tudo. Nos torna confiantes de dentro para fora. Crescemos sempre que aprendemos a SER algo. Kety Daudt Maus Astróloga Casa do Conhecimento

Antes de responder essa pergunta, precisamos de um esclarecimento pequeno, porém importante. Timidez e introversão possuem significados diferentes. Uma pessoa introvertida pode eventualmente ser tímida, mas não necessariamente é. Tímidas são pessoas que temem o julgamento alheio e, por isso, gostariam de mudar seu comportamento; introvertidos buscam recarregar suas energias de forma silenciosa e não sentem falta de ser o que não são. O fato é que sempre nos disseram que pessoas bemsucedidas são ousadas, sociáveis e extrovertidas, e que no sucesso não há espaço para os quietos. Porém, o que poucos falam é que sem introvertidos o mundo não teria: o Google, a teoria da gravidade, os filmes de Steven Spielberg, Harry Potter, o Windows, entre muitas coisas. Mas fica a pergunta: o que difere os introvertidos que chegaram lá, dos que ficam escondidas na timidez?

O segredo está no pensamento. Pense em um rio: quando há vários riachos desembocando, o rio cresce, se desenvolve, flui. Assim é nosso cérebro: os pensamentos que você alimenta se ampliam, fluem de forma fácil. Se alimenta a ideia de que não é bom suficiente, que nasceu para ser uma personalidade de “segunda mão”, que as pessoas não vão lhe admirar, você está alimentando esse rio em seu cérebro, e assim ele vai agir – com medo. Mas ao contrário, se alimentar pensamentos e ideias positivas a respeito de si, sua rede neural lhe ajudará a construir os caminhos necessários para chegar lá. E você, qual rio anda alimentando?

Juliana Emer Esp. em Timidez/Programa Revolução do Quietos www.julianaemer.com.br


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A mulher perfeita A perfeição da mulher está justamente no fato de que ela nunca será perfeita. A busca pela perfeição já está no cotidiano do ser humano. Quando se fala de mulheres, às vezes, sem perceber, acabamos exigindo muito mais delas. Desde muito tempo a mulher já vem acumulando muitas conquistas, como o direito ao trabalho fora de casa, o direito ao voto, em 1946, e o direito do divórcio, em 1977, entre outros tantos ganhos. Mas quando se fala em uma mulher, seja no trabalho, em casa, ou, até em uma festa ou cerimônia, sempre exigimos que ela seja perfeita, mesmo sem perceber. Julgamos todas, sem exceções. Ou está muito arrumada, ou muito vulgar; ou masculina demais, ou muito mocinha. Até mesmo a Marilyn Monroe e Audrey Hepburn, divas e musas do cinema dos Anos Dourados, eram recriminadas na mídia brasileira por terem seus defeitos.

A pobre Audrey, até mesmo do seu nariz arrebitado falaram, na revista O Cruzeiro, de 1954. A partir de quando vamos, nós mesmas, parar de julgar tanto o sexo feminino? Somente quando entendermos que as mulheres são seres que necessitam de respeito, que todas tem o direito de escolher se querem ou não ser mães; se desejam ou não trabalhar fora de casa; e até mesmo a roupa que se vai vestir para sair de casa. São todas escolhas nossas, e precisamos aprender a respeitá-las, seja quais forem. A perfeição da mulher está justamente no fato de que ela nunca será perfeita. E essa é a maravilha de ser mulher.

Nahara H. Eckhard Jornalista


Óleos essenciais na culinária Cerca de 80% do que dizemos ser gosto no alimento, na verdade é aroma. E uma das maneiras de introduzir diferentes aromas nos mais diversos pratos de comida, doces, sucos, geléias, é utilizar os óleos essenciais, como flavorizantes naturais. Os benefícios vão muito além de um simples cheirinho, pois com o uso dos óleos essenciais estamos também adicionando as propriedades terapêuticas destes aos alimentos. Óleos essenciais são produtos naturais extraídos das plantas aromáticas, como por exemplo, o óleo essencial de manjericão, que entre outras propriedades, é tônico, digestivo e auxilia no tratamento de infecções bacterianas e de parasitas intestinais, e pode ser usado em massas, saladas, carnes e pizzas.

delícias

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Torta crua

Quando falamos em sabor, estamos nos referindo a paladar ou olfato?

de laranja e pêssego com coulis de morango

Além das ervas, também são extraídos os óleos essenciais das especiarias, como por exemplo, o cardamomo, que é antioxidante, estimulante e melhora a flora intestinal, podendo ser usado em pratos indianos, tortas, peixes, sopas, arroz, bolachas, licores, café, saladas de frutas. Encontramos também óleos essenciais de canela, cravo, cacau, hortelã, alecrim, pimentas, cítricos, e muitos outros, todos com seus aromas característicos e os mais diferentes fins terapêuticos.

Recheio:

2 1/2 xic de caju hidratado por 8hs; 1/2 xic de puro suco fresco de laranja; 1 1/2 xic de pêssego picados; 1/2 xic óleo de coco; 1/2 xic mel orgânico ou melado; 1 colher de sopa de essência de baunilha; 1 colher de sopa de lecitina de soja.

Sabendo usar os óleos essenciais (os de grau alimentício) no preparo dos alimentos com as suas devidas proporções, somados às suas funções nutracêuticas, podemos proporcionar mais saúde à nossa mesa.

Alexandre Taborda Albrecht Aromaterapeuta

Cobertura: No mundo da gastronomia, há várias ramificações e uma delas é a culinária vegetariana e crua que não usa forno e nem fogão, possibilitando infinitas criações: ser curioso, experimentar, respeitando as propriedades naturais dos alimentos, suas cores, texturas, sabores e aromas. A gastronomia vegetariana e crua é baseada em alimentos fermentados, desidratados, amornados, sementes germinadas e liquefeitos. Não sou adepta de radicalismos; mas acredito na variedade dos ingredientes, suas propriedades nutritivas para variar no dia a dia nutrindo nosso corpo, mente e alma. Ampliar as possibilidades de uso dos alimentos naturais para que cada um, em seu hábito de comer individual, possa seguir uma jornada de alimentação cada vez mais saudável. Nossa saúde vem daquilo que comemos; de nossa rotina diária. Silencie mais quando estiver comendo, olhe com carinho e atenção ao que você coloca no seu garfo e valorize os pequenos e simples detalhes!

Base da torta:

1 xic de caju hidratado (+/- 4hs) e escorrido; 1 xic coco ralado; 8 tâmaras hidratadas; 1 colher de sobremesa de raspas de laranja; 2 colheres de sobremesa de cacau em pó; pitada de sal himalaia

1 caixa de morangos; 2 colheres de sopa de açúcar mascavo organico; 1 colher de sopa de suco de limão;

Método: Base da torta

1-Num processador ou liquidificador pulse o caju até ficar grosseiramente moído. 2-Adicione os demais ingredientes, menos as tâmaras, processe para misturar. 3-Adicione a tâmara uma por vez até formar uma massa levemente úmida. 4-Abra a massa numa forma de fundo removível podendo usar papel manteiga; use a parte de trás da colher para ajudar a espalhar.

Recheio:

1-Pulse num processador o pêssego; após adicione os cajus demolhados (escorrer antes a água) com o suco de laranja, a essência de baunilha e o mel. 2-Adicione o óleo de coco e misture. 3-Adicione a lecitina de soja e processe novamente. 4-Coloque a mistura por cima da base da torta e leve ao freezer por pelo menos umas 3 a 4 hs.

Coulis de morango

Numa panela de fundo grosso, em fogo baixo, colocar os morangos picados com o suco de limão e açúcar mascavo; cozinhar até engrossar mexendo de vez em quando. Reservar. Antes de servir, tirar do freezer e deixar um pouco na geladeira para a torta dar uma leve amolecida; nesse momento coloque o Coulis já em temperatura ambiente por cima do recheio e deixe gelar. Decore com frutas e sirva!

Tagiane Köhler Filippsen Ayurveda & Culinária Funcional insta@tagikohler


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Grão-de-bico Vamos valorizar mais este grão, rico em proteína e pobre em gordura.

É verdade que nem todas as pessoas são adeptas ao consumo do grão-de-bico, pois não estão muito familiarizadas com este grão e não conhecem todos os benefícios que eles trazem. Rico em proteína, pobre em gordura e auxiliando no funcionamento do intestino, esse alimento deveria ser mais consumido por todos, devido a sua praticidade e versatilidade. Nesta edição ensino duas receitas: salada de grão de bico e bolinhos de grão-de-bico.

Bolinho Salada

Ingredientes:

2 xícaras de grão de bico cozido e amassado 1 xicara de polvilho azedo 1 xicara de polvilho doce 3 ovos Sal a gosto

Modo de preparo:

Misturar tudo muito bem até ficar uma massa homogênea, moldar em bolinhas e assar em forno pré aquecido a 200 graus até dourar. Você também pode rechear com o que tiver vontade. Gosto muito de linguiça calabresa, é só cortar em cubinhos, saltear e juntar com a massa.

Sofia Prodanov Acadêmica de Gastronomia

Ingredientes:

Grão-de-bico cozido Espinafre Alho Vinagre balsâmico Sal Azeite de oliva

Modo de preparo:

Dourar o alho no azeite de oliva, acrescentar o espinafre e o grão de bico. Temperar com sal e vinagre balsâmico. Essa saladinha, além de prática, pode ser consumida quente ou fria!


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Seja dono da sua própria

energia

Você pode produzir sua própria energia e trocar com a distribuidora local sua produção excedente, com objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica. Você já pensou em gerar a sua própria energia elétrica em casa? Essa possibilidade já existe e deve ser cada vez mais comum no país.

É a energia que pode ser utilizada sem danos ao meio ambiente e aos seres vivos. É uma energia limpa e sem emissão de resíduos poluentes no ambiente.

Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2024, cerca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, que permite que o consumidor instale pequenos geradores de fontes renováveis, como painéis solares, e troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz.

A instalação é simples e prática, sem grandes obras ou alterações na rede elétrica de casa. Harmônica, sem barulho nem calor, podendo reduzir a temperatura de casa. Também é inesgotável: uma fonte sem fim, para você e muitas gerações futuras.

Em março de 2016, entrou em vigor as novas regras da Resolução Normativa nº 482/2012 que estabelece o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Este sistema permite que o consumidor, ao instalar painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis, produza sua própria energia e troque com a distribuidora local sua produção excedente com objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica. A energia sustentável inclui todas as formas de energia renovável e tem influência direta em nosso cotidiano.

Precisamos ter consciência que estamos vivendo um momento decisivo para o futuro do planeta: a transição das energias de fontes fósseis e poluentes para fontes renováveis. Quem opta por esta energia, faz uma opção pelo planeta. Está na hora de pensarmos na utilização desta energia: a economia é imensa e a contribuição ao meio ambiente também!

André Rodrigues Elétrotécnico CREA 088903


Os atletas ultrapassam os limites do corpo e extrapolam, muitas vezes, as possibilidades humanas naturais. Será que o esporte não coloca o corpo para além do seu possível? resultados ímpares, sobrepondo os limites humanos. Não é por acaso que os doppings estão cada vez mais acontecendo e nunca se pode mostrar o sofrimento da rotina exigente e quase torturante. Foi assim que Said se mostrou: sem abatimento e forte mesmo na cama do hospital.

O corpo tem seus limites O Brasil sediou os jogos olímpicos e não deixou por menos no quesito elegância artística e tecnológica na cerimônia de abertura e de encerramento. Os resultados que os competidores do mundo todo puderam mostrar também foram um show de superação e brilhantismo. Os atletas impressionaram os espectadores com suas performances cada vez mais surpreendentes. A superação dos limites dos corpos treinados e focados na competição beira a fronteira entre o real e tudo que se coloca como mágico e extraordinário para os seres que são “normais” diante dos super-heróis como é possível chamá-los. Estes homens e mulheres ultrapassam os limites do corpo e extrapolam, muitas vezes, as possibilidades humanas naturais. Mas então, será que o esporte não coloca o corpo para além do seu possível? Certamente. Porém, corpo e mente tem limites que são flexíveis e, portanto, superáveis a cada novo treino ou nova tentativa.

O ginasta francês Samir Ait Said sofreu uma grande queda na prova de salto e teve que sair imobilizado. Ao cair, sua perna esquerda ficou torta, deixando claro que os ossos haviam se quebrado. Ele passou por cirurgia no mesmo dia ficando de fora do restante dos jogos. Sem demonstrar abatimento, Said avisou em comunicado oficial que passará por um longo tempo de recuperação e enviou uma mensagem de apoio aos seus colegas de equipe: “Sejam fortes, fiquem bem, estou com vocês”. Após a notícia impactante do ginasta, ouviu-se comentários de que este acidente não foi por acaso. Seu excesso de treinamento teria fatigado a musculatura a tal ponto que “propiciou”, se é que pode-se assim dizer, a lesão por repetição. Os bastidores de uma competição deste nível nem sempre aparecem com tanta clareza. Técnicos são hiperexigentes e os atletas têm que apresentar

É preciso muitos cuidados com estas condutas tão exigentes. Muitas pessoas não toleram tais imposições e sofrem escondidos ou silenciosamente. O sofrimento não é apenas físico, mas também psicológico.

E é por isso que os psicólogos estão cada vez mais presentes nas competições e equipes profissionais para amparar as fragilidades que todos tem, sem exceção. Outro ginasta, o brasileiro Diego Hypólito arrasou com sua nota dez. Ele declarou abertamente, após a competição, as suas dificuldades anteriores e o quanto a psicoterapia o auxiliou não apenas na motivação mas no enfrentamento dos seus fantasmas emocionais que o impediam de se superar e, literalmente, levantar após as quedas. Superação esta que não é exclusiva dos atletas. Há que treinar muito para reconhecer os próprios limites e avançar no seu próprio tempo sem se arrebentar na primeira queda.

Patrícia Spindler Psicóloga/Psicoterapeuta patriciaspindler@hotmail.com

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34 Manter a mente ocupada com leituras, viagens e encontros familiares, são opções para a promoção da saúde. Pensando nisso, é importante que nessa fase se perceba que o corpo e a mente não são mais como antes, a atividade física se mostra crucial, tanto para combater o enrijecimento do corpo, como para prevenção de algumas doenças mentais, como a ansiedade e a depressão.

Enfim, aposentado! Você sempre trabalhou, se doou à família quase que em todos os momentos livres e não se lembra de ter aproveitado muitas ocasiões sem se preocupar com o que acontecerá no trabalho no dia seguinte. As férias geralmente têm dias contados, esses dias são efêmeros, e quando você viu, já estava de volta a rotina laboral. No entanto, você sabe que em algum momento poderá aproveitar a vida sem se preocupar com o trabalho, e isso se chama aposentadoria. Muitos passam por essas ocorrências vinte ou trinta anos de sua vida, e recuperar os momentos de lazer na aposentadoria não deixa de ser algo pretendido por esse grupo. Há quem faça contagem regressiva desde os primeiros anos de trabalho, o que põe toda a expectativa de uma “boa vida”

para mais tarde e resolve fazer da juventude um acúmulo de bens e investimentos Contudo, quando chega a aposentadoria, muitos acreditam que com os filhos independentes, um novo amor em vista e o tempo livre para si, poderão curtir a vida como planejado. Infelizmente, nem sempre isso acontece. Existe um grande número de queixa de aposentados que se sentem sozinhos, deprimidos e não enxergam um sentido na vida. A angústia de não ter mais os filhos por perto e o aparecimento de limitações corporais fazem com que o aposentado se remeta ao passado. Além disso, a ausência da representatividade social gera sentimento de inutilidade perante a função exigida socialmente, uma vez que o trabalho é visto como reconhecimento de atribuições e gera sentimento de pertencimento ao indivíduo.

Manter a mente ocupada com atividades de seu interesse como leituras, viagens e encontros familiares e com amigos são outras opções para a promoção da saúde.

Desse modo, a aceitação de estar nesta etapa da vida, com essas particularidades, facilitará na escolha e tomada de decisões conforme melhor for para o aposentado.

Com base nisso, é fundamental que se trabalhe em algo prazeroso, não perdendo o sentido do que se está fazendo, sentindo e pensando. Estar em contato consigo ajuda a perceber com maior clareza o que melhor cabe a pessoa e contribui no contato com o presente. Junto disso, a atualização das possibilidades existentes facilitará para que na aposentadoria a pessoa consiga aproveitar de forma efetiva esse momento, conforme planejado ao longo da vida.

Gilson Leonardo Barth Acadêmico de Psicologia da Feevale


A música consegue extrapolar o campo da nossa razão. Leva à emoção, é capaz de mexer com os nossos mais profundos sentimentos.

A música transporta “E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.” Da Bíblia Sagrada, Samuel 16.23 A caminhada da humanidade é acompanhada pela música. Por vezes mais percussiva, em outras mais melodiosa, ela anima festas, embala o sono de um bebê, remete a lembranças especiais; cadencia a marcha, dá o ritmo das brincadeiras. Nos dá o tom na solidão e na companhia. Enfim, há música para tudo, para todos e para cada lugar e tempo. Bastam, por vezes, apenas algumas notas para que nos venha a melodia de uma canção que marcou a nossa vida por algum

motivo. Cantarolamos junto, assoviamos, transportamo-nos no tempo e no espaço ou simplesmente trocamos de estação, avançamos para o próximo item do arquivo ou ‘deletamos’. Temos essa liberdade! Mas quando aquela melodiazinha não sai da cabeça? A música é capaz de mexer com os nossos mais profundos sentimentos. Vai aos recônditos da nossa alma. Ela consegue extrapolar o campo da nossa razão. Leva à emoção, o plus da razão. Não é à toa que o cinema valeu-se da música para potencializar imagens e palavras ou preencher aquele espaço que elas não conseguem ocupar. O compositor Richard Wagner expressa isso muito bem: “Lá, onde termina o poder das palavras, começa a música.”

Se a música ocupa um lugar de destaque no âmbito terapêutico, é sabido que ela pode prevenir antes de curar. Por isso, com sucesso, instituições de ensino, como o Instituto de Educação Ivoti, têm desenvolvido a capacidade de concentração, de criação e a sensibilidade das crianças por meio da música. A uma criança que pratica a música dá-se a oportunidade de um mundo mais amplo, mais bonito. Everton Augustin Diretor do Instituto de Educação Ivoti

ASCARTE Você conhece a ASCARTE (Associação Pró-Cultura e Arte Ivoti)? A associação coordena todas as atividades artísticas e culturais do Instituto de Educação Ivoti. Incentiva o desenvolvimento e aprimoramento no campo das artes, em todas as suas formas de expressão, através da música, da dança, das artes plásticas e cênicas.

Na área de música, a ASCARTE tem buscado desenvolver um eficiente trabalho na formação e aperfeiçoamento músico-coral e instrumental de crianças e jovens visando ao desenvolvimento de sua sensibilidade, criatividade e engajamento em atividades culturais. Entre as atividades desenvolvidas pela ASCARTE destacam-se a manutenção de cursos de música coral e instrumental para jovens de Ivoti e de cidades vizinhas, a promoção de concertos e apresentações de seus alunos na cidade de Ivoti, em outras cidades do Rio Grande do Sul, em outros estados do Brasil e no exterior.

www.ascarte.art.br

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Lamento informar, mas todos nós vamos morrer

O benefício do esporte para o cérebro Os esportes que exigem tomar decisões em frações de segundos melhoram a função cognitiva tanto em pessoas jovens como em idosos Nas Olimpíadas, vivenciamos muitas alegrias e emoções ao ver atletas desfrutando de diversos esportes e atividades físicas. Neste momento atual, a importância dos exercícios físicos e o quanto fazem bem para a saúde, mas o que é menos conhecido são os benefícios dos esportes sobre o funcionamento do cérebro, a “saúde da mente”. Estudos são relacionados aos benefícios da atividade física, aeróbica às funções cognitivas, como, a memória, atenção, linguagem. Um estudo da Universidade Italiana oferece um ponto de partida sobre que tipo de exercícios e mais adequados para as distintas idades e capacidades humana (Kalazich,2015). Estudos na área esportiva comprovam que os esportes que requerem tomar decisões em frações de segundos melhoram a função cognitiva tanto em pessoas jovens como em idosos, o que permite reduzir problemas associados ao envelhecimento. Os esportes considerados habilidades abertas, em que a tomada de decisões rápidas, reações instantâneas, de precisão em velocidade são, por exemplo, futebol, basquete e vôlei. Os outros, habilidades fechadas, repetição de movimentos, ritmo

O que deve ocupar o nosso pensamento e energia, é como vamos viver. Como transformar a nossa passagem pelo planeta em algo que valeu a pena. estável, seriam atletismo, ciclismo, boliche e patinação. Os estudos afirmam que o esporte ajudaria a manter o cérebro rápido e efetivo, reduzindo o envelhecimento cognitivo, o que é possível que exista uma combinação de elementos, se observou que estimular o cérebro com leitura ou jogos (Kalazich). Então, a soma da estimulação cerebral/intelectual do esporte específico de habilidades abertas aos benefícios que provoca o exercício em si. Os pacientes idosos melhoram parâmetros como memória, capacidade de reação e capacidade cognitiva em poucos meses, com exercícios orientados. Mas sabe-se que o ideal é começar a praticar exercícios durante a infância, para que isso tenha influência na plasticidade cerebral e na aprendizagem de habilidades de coordenação e capacidade aeróbica e força. Então, o fundamental que a atividade física oferece benefícios a pessoas de qualquer idade e que é melhor começar tarde do que nunca. Daniela Henkel Blauth - Psicóloga NAP Mestre em Div.Cultural e Inclusão Social- Feevale IMNH – Instituto da Mente Novo Hamburgo

Em tempos de sociedade de consumo, de competição a toda prova, de superficialidade em todas as áreas da existência, de dificuldade em lidar com as perdas, com as derrotas, com os fracassos, é bom nos lembrar disso. Nós nascemos, envelhecemos e morremos.

Para quem cultiva o espírito isso não é nenhuma tragédia, afinal o que morre é só o nosso corpo físico. Nossa essência não morre, nosso verdadeiro “eu” não morre. O problema reside na inversão de valores na qual a maioria das pessoas está mergulhada.

O que realmente importa? Quando vemos o grau de agressividade que rola solto por todos os espaços humanos, a falta de capacidade para se tolerar frustrações, a falta de espiritualização, de educação e de aceitação do outro, podemos perceber que para muitos, o que importa é o que se deteriora, o que enferruja, o que fica aqui quando partirmos.

Essa cultura do “êxito” a qualquer preço, do sucesso a qualquer preço está deixando um rastro de gente despreparada para viver os momentos da vida real, da vida de verdade, sem photoshop, sem retoques. E, consequentemente, despreparada para experimentar a morte. O fato de que todos nós vamos morrer não deveria ser motivo para pânico, afinal, é a única certeza que temos. O que deveria ocupar o nosso pensamento e a nossa energia é como vamos viver. Não sobre as coisas, mas a forma! Isso é que tem importância. Como vamos transformar a nossa passagem pelo planeta em alguma coisa que valeu a pena. Como podemos nos relacionar mais com as pessoas e não tanto com os objetos. Enfim, sempre é bom fazer esse tipo de balanço. Pois, como diz a letra da música do Nenung : “ Dona Morte ...não tenha pressa, pois estou me preparando pra sair sem tropeços ao final da festa!”

Suzana Leão

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