ANUÁRIO GOLD - Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção

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Fotos Ilustrativas.


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índice

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Quem já construiu ou sonha com o refúgio ideal sabe: não há lugar nem horário para imaginar como será a casa. Pensamentos e ideia vem à tona a qualquer hora do dia e, claro, devem ser levado em conta. Isso vale para todas as etapas, faz parte do tão famoso planejamento.

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Para tornar os sonhos realidade e iniciar a obra com o pé direito, o primeiro passo é adquirir o terreno adequado.

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Saiba como é um projeto acessível e adote os conceitos do desenho universal no seu lar.

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Revestimentos, antes de receber a pintura, as paredes passam por três etapas.

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Pintura, conheça os matériais que estão presentes nas tintas.

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Algumas dicas importantes para contratar o serviço de pintura, entre elas, a elaboração de um contrato para garantir direitos e deveres das partes.

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Nobres e com diversidade de uso, os vidros que farão parte da residência devem ser escolhidos com critério.

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Móveis planejados geram conforto e podem até ser mais baratos.

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Projetos apresentam alternativas sustentáveis para os ambientes verdes dos empreendimentos.

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Cada lugar da casa é usado para fins diferentes, e a iluminação tem que beneficiar essas ações. Por isso, colocar lâmpadas só amarelas ou só brancas pela casa toda desvaloriza muito o aconchego.

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Garantia de Sucesso Tic-Tac Materiais Documentação Evitando Juros Mão de Obra Responsabilidades Evite acidentes Contratos Fundamentais Na medida certa Adaptação Sustentabilidade Alvará Temperatura ideal Cerâmica À sua maneira Porcelanato Pastilhas Madeira Pedras Cimentício Paredes vestidas Tijolos Vinil Cimento queimado Novas pedras Sustentabilidade Efeito 3D Parece, mas não é Piso radiante Vidro Fachada Texturas Efeitos decorativos Selador ou Fundo reparador Dicas e Truques Esquadrias Que Vista Esquadrias e seus materiais Divisórias diferencias Esquadrias personalizadas Tipos de vidros Vidro blindado Sistemas de fechamentos Hidromassagem Cortinas Papéis de parede Sala Móveis para sala Cozinha Quarto Luminárias Lampadas de Led Utilização de lustres Piscinas Segurança para sua casa Casa no campo

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Expediente

n.º 01, Edição 2015 - 2016 Diretor / Editor Golther Carlos Neres Ferreira DRT 0000014/MT diretor@revistagold.com.br Diagramação / Editoração / Design Pedro Victor Viana Nunes dos Santos arte@revistagold.com.br Leonardo César Lopes arte02@revistagold.com.br Fontes e Textos CASA DOIS Editora. Impressos Construção do Começo ao Fim Blog Casas Show Blog Golden Dicasnew.com Jraluminium.com Folha Vitória CTP / Impressão / Acabamento Gráfica Idealiza Periodicidade Anual Publicação Gold Marketing e Eventos LTDA DRT 0000007/MT Fone: (66) 8448-3770 / (66) 3425-1019 Caixa Postal 1093 - CEP: 78.740-970 Rondonópolis-MT www.revistagold.com.br Fale conosco revistagold@yahoo.com.br Para anunciar comercial@revistagold.com.br Para assinar assinatura@revistagold.com.br

A Revista Gold não se responsabiliza pelos encartes publicitário e pelo contexto das matérias publicadas. É vedada a reprodução parcial ou total de suas páginas sem a devida autorização e citação de fonte.

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Estamos inovando constantemente para fazer a diferença. Um presente em comemoração pelos nove anos da Revista Gold. Um veículo de comunicação forte e consistente que consolida cada vez mais pela sua credibilidade e qualidade. A cada ano que passa Mato Grosso apresenta crescimento do valor monetário no Produto Interno Bruto (PIB) sendo bem superior ao crescimento da economia brasileira. Isso faz que o nosso Estado propicie grandes desenvolvimentos na área da construção civil onde as pessoas estão se conscientizando cada vez mais pela qualidade e bem estar sejam elas em sua residência ou no local de trabalho. Com isto o investimento para construir ou reformar está sendo fundamental para gerar os mais diversificados benefícios a todas as classes envolvidas. Estamos inovando constantemente para fazer a diferença nos mais diversificados segmentos. Neste anuário estamos contribuindo para trazer informações importantes aos profissionais da área e também para aqueles que querem construir ou reformar. Lembro-me quando li e escutei de um grande escritor que fazer a diferença deve ser é uma atitude normal nas pessoas, pois cada um de nós deseja de alguma forma deixar a marca de sua atuação, o registro de sua competência, mostrar o quanto pode contribuir numa determinada situação. As pessoas que estão ao nosso redor simplesmente adoram que cada um de nós faça a diferença, sejam elas nossos colegas de trabalho, chefe, parceiros ou parceiras, família, amigos, etc. Fazer a diferença é sair do lugar comum, é fazer diferente, é dar o melhor de nós; quando não queremos ou podemos fazer a diferença, quando nos sentimos desmotivados, impotentes, quando existe a postura do “tanto faz”, quando nos sentimos vítimas, com certeza há algo errado, é como se houvesse uma doença. Fazer a diferença é surpreender positivamente as pessoas, fazendo “algo mais” que não era esperado, e de alguma forma superando as expectativas. Fazer a diferença significa “encantar” as pessoas, criando aquele ambiente mágico em que as pessoas podem dizer: “para mim, naquele momento, naquele local, você fez a diferença!”. Nós reconhecemos instantaneamente alguém que faz a diferença: pode ser um vendedor na loja, um garçom, um cobrador de ônibus, um guarda de estacionamento, um colega de trabalho, um líder inspirador. Para fazermos a diferença é preciso desenvolver nossa maestria pessoal e profissional: precisamos ser

competentes e termos poder pessoal.

Assume a liderança e os riscos.

Precisamos ser competentes para fazermos a diferença. Isso quer dizer que devemos ter conhecimentos e habilidades, adquiridas pela prática, pelos estudos, pelo treino, pela experiência de vida; e também motivação, ou seja, o estímulo, a vontade de fazer a diferença. A competência é a filha do conhecimento e da motivação. Num desfile de Escolas de Samba, é preciso de muita competência para preparar as alegorias, os carros, os passos. Veja quantos conhecimentos e quantas motivações estão presentes. E como diz o provérbio: quem não tem competência que não se estabeleça!

Fazer a diferença está ao alcance de todos nós. Fazer a diferença é uma atitude, é um estado de espírito e decorre de uma decisão pessoal: eu quero fazer uma positiva diferença para mim mesmo e para as pessoas.

O poder pessoal é assumir as rédeas da própria vida, é termos autoestima elevada, é gostarmos de nós mesmos, é estarmos de bem com a vida, é a decisão de não ser mais vítima. O poder pessoal significa num primeiro momento aceitarmos as coisas como elas são (e não ficar brigando contra), e imediatamente agir em cima disso. Por exemplo, meu chefe, ou meu amigo, meu cliente ou meu familiar é um pequeno ditador. Aceitar isso significa não ficar desejando que ele seja diferente, mas sim reconhecer que ele é assim. A questão que se coloca é o que eu devo e posso fazer com isso? Qual será meu próximo passo?

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Efésios: 2.8-9

É muito complicado manter a “Fé” em alguns momentos, mas esta pequena palavra tem o significado de “confiança absoluta em Deus”, é ter a crença de que, mesmos nestes momentos, Ele continua trabalhando a favor daqueles que creem e, por conta disso, a esperança na Sua promessa permanecerá viva para sempre.

Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Hebreus: 11.1 Um grande abraço.

Para fazermos a diferença, é fundamental nos conhecermos, quais são nossos potenciais e os pontos que precisamos desenvolver e melhorar. Gente que faz a diferença tem algumas características. Procure identificar se você tem algumas, muitas ou todas e saberá se você pode e quer fazer a diferença. São elas: Importa-se com os outros, conhece as necessidades dos outros. Coloca sua energia na busca de soluções e não tanto nos problemas. Dá um carinhoso “empurrão” nos outros, fazendo-os ver novas possibilidades e caminhos.

Foto: Valter Arantes

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lá tudo bem? Esta é a primeira edição do Anuário Gold de Decoração, Arquitetura, Engenharia e Construção. Um produto que chega para agregar com muitas informações úteis nesses segmentos.

Editorial

Está de bem com a vida, é entusiasmado e não descarrega suas frustrações nos outros. Tem cortesia e alegria nos relacionamentos. Tem competência e te ajuda a alcançar os teus objetivos. Tem poder pessoal Tem um sentido de finalização. Não fica dando desculpas porque alguma coisa não aconteceu. Faz as coisas acontecerem. Não se exime das responsabilidades, vai além do “eu fiz a minha parte”.

Diretor e Editor Jornalístico DRT 0000014 MT Consultor de Marketing Membro Colaborador da ABI - Associação Brasileira de Imprensa Membro Associado da ANER - Associação Nacional de Editores de Revista Membro Associado da ANATEC - Associação Nacional de Editores de Publicação

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Planejamento A partir das primeiras reuniões e conversas sobre a futura casa, as prioridades começam a ser definidas. 18

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uem já construiu ou sonha com o refúgio ideal sabe: não há lugar nem horário para imaginar como será a casa. Pensamentos e ideia vem à tona a qualquer hora do dia e, claro, devem ser levado em conta (anote tudo sempre!). Isso vale para todas as etapas, faz parte do tão famoso planejamento. Ele deve começar logo na compra do terreno, pois é fundamental verificar insolação, entorno, vizinhança, solo, infraestrutura e segurança. O próximo passo é contratar um arquiteto ou engenheiro de confiança e com boas referências no mercado. “Ele poderá orientá-lo em todas as fases, que englobam análise da situação, perspectivas, objetivos, estratégia, plano de ação, execução, programação e controles físico e financeiro”. É importante visitar obras finalizadas para conhecer o trabalho do profissional. Em muitos casos, é melhor contratá-lo antes mesmo da compra do terreno, pois ele também poderá auxiliar nessa etapa.

Outra preocupação necessária é conhecer as regras da prefeitura local. Vale pesquisar os recuos mínimos, as laterais, os fundos, altura máxima, o código das edificações, a lei de zoneamento do município, bem como o código de posturas e as possíveis áreas de proteção ambiental. Importante: não esqueça de uma palavrinha mágica: organização. Sem ela, não em jeito, você terá dores de cabeça!

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: trustanswers.com

A partir das primeiras reuniões e conversas sobre a futura casa, as prioridades começam a ser definidas. “Nesse momento, é possível idealizar como será a distribuição dos ambientes, os materiais usados e a metragem da edificação”.

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Garantia de Sucesso Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fot: wallpaperup.com

Papel e caneta a postos, hora de anotar as principais dicas a serem seguidas antes e durante a elaboração do projeto.

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im, planejar é preciso. Papel e caneta a postos, hora de anotar as principais dicas a serem seguidas antes e durante a elaboração do projeto.

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Na Medida. Um bom projeto, com orçamento criterioso e planejamento eficaz, evita o surgimento de gastos inesperados. A prevenção é sempre o melhor remédio. Peça

ao profissional responsável o investimento total necessário para a construção. Além disso, é importante certificar-se de que todas as fases da obra estão inclusas no orçamento, como muros, rampas, calçadas, ligações de água e energia elétrica, caçambas, remoções de entulho, fretes, taxas para aprovações, cópias de plantas, ISS e INSS a ser recolhido e exigido na época do Habite-se e do averbamento da casa na escritura do terreno.

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Muitas Opções! Ela é o destaque da casa, dá as boas-vindas e traduz os conceitos do projeto. A Fachada comprova aquela velha história de que a primeira impressão é, definitivamente, a que fica. Vale contemplar diferentes opções e escolher aquela que mais combina com o seus sonhos.


Tic-Tac

Estude o cronograma proposto. Conheça as produtividades, os prazos, as equipes e cada tarefa a ser realizada.

O

cronograma é fundamental para garantir que todas as etapas da obra estejam dentro do esperado (e que os gastos caibam no seu bolso).

De acordo com profissionais do ramo, essa tarefa será bem-sucedida se for realizada por profissionais capacitados. É sempre o melhor caminho a se tomar. Logo em seguida, a dica é estudar o cronograma proposto. Conheça as produtividades, os prazos, as equipes e cada tarefa a ser realizada. Mas se as horas começarem a passar depressa e a construção não for entregue na data estipulada, não precisa ficar desesperado, pois é uma situação normal. No entanto, é imprescindível questionar os motivos dos atrasos para que esses dias não se transformem em meses. A dica é organizar um cronograma e traçar objetivos para a obra.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: emaze.com

Papel a caneta na mãos, hora de anotar as principais etapas: 1) Determine quais funções terá cada profissional; 2) Faça uma lista dos materiais que deverão ser utilizados; 3) Ordene a compra; 4) Cheque os prazos e verifique as datas de entrega para não haver surpresas; 5) Encontre um local seguro para armazenar os itens que já foram comprados.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: houseoftau.com / realhousedesign.com / hauz.by / panoramio.com / bella1104.blogspot.com

MATERIAIS

Vidro. Sempre que a residência é rodeada por uma bela paisagem, ele entra em cena. Além de proporcionarem iluminação natural, os panos de vidro permitem a maior integração com a natureza. A presença do material garante vistas panorâmica, frontal e laterais. Diferenciados. A fachada pode receber diversos acabamentos, basta deixar a criatividade entrar em cena e verificar a resistência do material a intempéries.

Tijolos. Bastante usado em casas de campo, oferecem charme especial às construções. A opção pelo material têm diversos motivos, um deles é a proporcionalização de um efeito natural. que remonta às construções antigas e exige pouca manutenção. Vale lembrar que é preciso impermeabilizá-los, o que evitará a decomposição ao longo do tempo e absorção de água.

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Madeira. Oferece ares rústicos às construções. Quando a opção é eucalipto proveniente de manejo florestal sustentável, essa característica fica ainda mais marcante. Uma casa planejada com o uso de tora de eucalipto autoclavado dá a sensação de aconchego. Porém, o material necessita de cuidados especiais: previamente deve receber tratamento em autoclave e depois, proteção com stain.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: marcelebernardes.com / edilportale.com / byronbayaccom.net / bonproduit1.tk / aloim.org / assimeugosto.com

Concreto. É resistente e permite a composição de diversas formas. Pode ser usado na área externa, mas também apresenta bons resultados em ambientes internos. Utilizando o material em grande escala é possível criar formas, luzes e dimensões que não são possíveis com outros materiais.

Linhas retas. Marca registrada das construções contemporâneas, o uso de linhas retas é bastante apreciado por quem gosta de praticidade e decoração clean e pode ser observado com frequência nas residências. Os traços firmes e retilíneos da casa contrastam com a paisagem e formas variadas.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: archilovers.com / casadesobra.com.br / apeemotion.com / niagaraatlarge.com / yerlibilgi.net / jet2holidays.com

Loft. Aproveitar antigos galpões de fábricas e dar vida a uma charmosa morada. Assim são os lofts, perfeitos para quem gosta de praticidade e ambientes integrados. Esse verdadeiro estilo de morar é uma herança dos norte-americanos que veio para ficar. Em grandes centros, como São Paulo e Rio já vemos essa tendência aflorar.

Herança de Família. Construções com ares de fazenda são boas opções para quem gosta de relembrar o passado. Essas moradas são conhecidas pelo conforto que proporcionam, pois contam com ambientes amplos e estão em sintonia com a natureza. Em modo geral, os profissionais preservam a construção original e desenvolvem novos cômodos e ambientes anexados para lazer.

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Fotos por Denis Lopes.


Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: gl-cons.ru

AQUISIÇÃO Para tornar os sonhos realidade e iniciar a obra com o pé direito, o primeiro passo é adquirir o terreno adequado. A tarefa exige muito cuidado e atenção para evitar problemas. A seguir dicas para compra de terreno. Boa aquisição Para que a casa seja construída de acordo com suas necessidades, comece com a compra do lote ideal. Para tornar os sonhos realidade e iniciar a obra com o pé direito, o primeiro passo é adquirir o terreno adequado. A tarefa exige muito cuidado e atenção para evitar problemas, pois por trás daquele lote com preço acessível e vistas deslumbrantes podem estar pessoas de péssima conduta que desejam repassar um terreno, por exemplo, sem documentação ou com irregularidades.

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Antes mesmo da compra, é importante contratar um arquiteto ou engenheiro, independentemente de o terreno ser em bairro ou condomínio, pois os profissionais analisarão suas características e dirão se é ideal ou não para o tipo de construção solicitada. O terreno é o maior fator que poderá limitar a realização de um projeto. Ele traz características particulares como insolação, formato, ventos, restrições de

legislação, topografia e se conta ou não com uma bela vista. O arquiteto/engenheiro reconhece imediatamente o potencial dos terrenos, sendo que ele vai identifica os lotes que permitam a forma mais rápida e barata de construir. Ao comprar um terreno é essencial checar a legalidade em um Cartório de Registro de Imóveis. Em seguida, deve-se levar em conta a disposição do lote na quadra, pois os de esquina, por exemplo, são mais valorizados, já que possuem duas fachadas, melhor ventilação e iluminação natural. Outro dica é analisar sua localização na cidade, se está próximo de supermercados, pontos de ônibus, estações de metrô, bancos e praças. Cheque também junto ao Código de Obras a questão da disponibilidade da área permitida para a construção. Solo. Cada terreno tem características geológicas próprias e é formado por mais de um tipo de solo. Por isso, é fundamental contratar uma empresa para realizar a sondagem do local. Com isso, é possível que o enge-

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nheiro especializado em cálculo estrutural especifique as fundações mais indicadas para o projeto. Insolação. É um fator muito importante e deve ser analisado cuidadosamente antes da compra, independentemente de o lote ser em local aberto ou condomínio fechado. Afinal, a boa luminosidade e o conforto térmico garantem o aconchego e valorizam o imóvel. Por isso, veja para qual lado está o norte magnético. Topografia. É um dos itens que mais influenciarão o formato e os custos do projeto. Existem três opções: plano, em aclive ou em declive. Se a pessoa não quer uma casa com diversos níveis e patamares, o mais indicado e adquirir um lote plano. Os acidentados permitem uma construção com melhor vista e arquitetura em níveis. Construir desobedecendo as características da topografia certamente resultado em um custo maior. Se uma pessoa tem um lote plano e quer uma construção


Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: construirnordeste.com.br / us.sogeti.com

em níveis, ela deve gastar mais com a movimentação de terra e estrutura. Água, Luz e Esgoto. É preciso verificar se o local conta com estrutura para a ligação de água e luz e se possui rede pública de esgoto. Toda a infraestrutura deve ser feita durante a obra e sempre de acordo com o projeto executivo, sendo que a ligação de água e luz deve ser solicitada à concessionária de sua cidade. Compra de Terreno no Litoral. Se faz parte dos seus sonhos adquirir um imóvel na praia, é preciso estar atento a alguns itens. O primeiro passo é checar se o lote está legalizado e quais são as características e infraestrutura da área. É importante

visitar o local, pois somente lá é possível verificar insolação, vizinhança e as condições do terreno. Sem essa etapa é possível sofrer um grande prejuízo financeiro, além de muita frustração. Outro ponto fundamental é contar com o acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro durante a visita. Ele irá avaliar se o lote possui as dimensões mínimas para a construção da casa, o tipo do solo e o nível do lençol freático. Não esqueça também de verificar na prefeitura da cidade se o terreno pode ser comercializado. Deve-se checar o que está previamente especificado na escritura e, se estiver situado em loteamento ou condomínio, não esqueça de perguntar a data exata da entrega de toda infraestrutura. Antes de fechar negócio, consulte o código de obras municipal, o plano diretor do município

e os órgãos locais ligados ao meio ambiente. Se a residência estiver de frente para a praia, verifique a distância da edificação do ponto em que a maré alta atinge. Veja também se o Código Florestal, que é Federal, impõe alguma restrição para a construção no terreno e se o imóvel é considerado patrimônio da União, pois muitas áreas da orla marítima se enquadram nessa categoria. Gostou da ideia? Então prepare o bolso. Além dos valores a serem gastos com a compra, é preciso separar dinheiro para as taxas extras, como o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis por Alto Oneroso ‘Inter Vivos’ (ITBI), que equivale a 2,5% do imóvel, taxa para a escritura do imóvel e registro e Laudêmico da Marinha, cobrado pelo governo federal para imóveis situados na faixa litorânea a até 80 metros do mar.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: pro.casa.abril.com.br / pietrecolorate.com.br / negociol.com / dressforshooting.com / habitissimo.com.br / fabiocamargopaisagismo.com.br

Muro. Assim como as demais etapas da obra, a construção deve ser bem planejada a estar de acordo com o código de obras de cada município, que determina fatores como, por exemplo, as alturas mínimas e máximas. Devem ser analisados ainda pontos importantes para que os problemas decorrentes de uma má execução não acarretem brigas com a vizinhança. O primeiro passo é certificar-se, pela escritura, sobre quais são as dimensões do terreno para que seja construído dentro dos limites do seu lote. Procure também levantar o muro da mesma altura do construído aos lados, a fim de criar uma elegância estética, evitar faixas acima do seu ou causar discussão com os vizinhos. Lembre-se que cada lado do muro é responsabilidade do respectivo proprietário, sendo que cada um deve arcar com a manutenção. Por isso, é indicado que seja rebocado e impermeabilizado, pois se a falta desses itens resultar em problemas de infiltração no muro vizinho, o proprietário poderá ser processado. Em casos de problema. Reclamações sobre a altura, principalmente quando atrapalha a visão da paisagem ou a luz solar; a construção do muro fora dos respectivos limites; a execução de uma casa na divisa junto ao muro que você construiu; e

Faça a escolha correta! Quando se trata de calçadas, os materiais de acabamento devem ter, principalmente, características antiderrapantes. Caso contrário, vários acidentes podem acontecer e, nesses casos, o proprietário da casa pode, responder judicialmente por isso. Os revestimentos também devem ser resistentes à abrasão, ao impacto do tráfego e à ação das raízes. Quando a escolha pelo revestimento fica por conta dos moradores, o ideal é optar por produtos que combinem com o contexto do imóvel. Como a calçada é um dos primeiros elementos a serem visualizados quando as visitas se aproximam da casa, deve ser revestida com materiais que se integrem aos projetos arquitetônico

ao casos de umidade e infiltração de água devido à falta de reboco e impermeabilização, são os principais motivos para os desentendimentos. Nesses casos, a primeira providência é conversar e tentar entrar em acordo, que muitas vezes pode ser mais rápido e sem transtornos. Caso contrário, terá que buscar a Justiça e tomar as medidas cabíveis nos órgãos públicos como o Ministério Público. Porém, nesses casos a solução geralmente demora. Árvores no Terreno. Para corte ou poda de espécie verdes existentes no lote é preciso pedir uma autorização à prefeitura e aos órgãos competentes, como o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN). Fique atento, pois os documentos exigidos variam conforme a legislação municipal. Após vistorias feitas por técnicos, serão avaliados itens como as condições biológicas da árvore, assim cmo as interferências na arquitetura ou nas edificações do entorno. Geralmente, quando é autorizada a retirada de uma árvore, o proprietário da obra deverá fazer a compensação, ou seja, replantar outros exemplares no local ou doar algumas mudas para os órgãos competentes municipais responsáveis utilizarem as espécies adequadamente. Calçadas. Elas devem ser funcionais, ter um bom espaço para

e paisagístico. O piso deve ser, de preferência, o mesmo em toda a extensão para facilitar o trânsito das pessoas, principalmente os cadeirantes ou pedestres com carrinhos de bebê. Para a perfeita instalação, o contrapiso deve receber malha de ferro e concreto e depois ser bem regularizado. O dimensionamento estrutural da calçada deve ser projetado para o esforço previsto. Entre os materiais que podem ser usados, se destacam: ladrilho, pedra, lajota cerâmica, pedra miracema, placa de concreto pré-moldado e tijolo.

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circulação e planejadas durante a criação do projeto arquitetônico. O proprietário da residência é o responsável por sua construção e manutenção, independentemente da obra estar ou não dentro de um condomínio. Antes de construí-la, consulte a legislação municipal e a do condomínio, pois há uma série de regras para as dimensões. Além disso, algumas prefeituras determinam o piso a ser instalado. “Também é preciso avaliar o tipo de solo, o percentual permeável, o trânsito, pois desde a passagem de carrinhos de bebê até o acesso de caminhões, tudo deve ser planejado, os níveis de integração e continuidade com as calçadas vizinhas, a presença de vegetação e volumes de chuvas. Apesar da maioria dos condomínios e prefeituras exigir que a calçada tenha entre 1 e 1,20 m de largura, é recomendável que possua pelo menos 1,50 m para ser confortável e ter espaço para permitir a passagem de duas pessoas ao mesmo tempo. Para o perfeito escoamento da água das chuvas é indicada uma inclinação para o lado do meio fio. Para melhor o escoamento das águas, parte da calçada deve ser permeável com área gramada ou vegetação arbustiva. Espécies tóxicas ou com espinhos nunca devem ser utilizadas, pois sempre há crianças transitando no local.

Paisagismo. Deve ser analisado e planejado com muita atenção para não prejudicar a calçada. O primeiro passo é verificar a legislação do município. Cada cidade tem leis próprias e guias de autorizações urbanas que abordam todos os tópicos necessários para a implantação de espécies. Evite árvores com frutos grandes (que podem machucar pessoas e danificar automóveis), com raízes agressivas (que danificam calçadas) e com curto tempo de vida. Em áreas de muito movimento, é preciso implantar espécies que não atrapalhem a vista dos semáforos e das placas de trânsito.


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Documentação Ao finalizar uma compra, não esqueça de solicitar ao vendedor e proprietário alguns documentos importantes, como: 1. Certidão negativa de débito de Imposto Territorial Urbano (IPTU); 2. Certidão Vinterária que contém o histórico dos 20 anos e informações de vendas anteriores, penhora ou hipoteca; 3. Consulte nos fóruns da cidade a Certidão dos Distribuidores Forenses (Cíveis, Fiscais e Justiça Federal); 4. Certidão de Ônus Enfitêuticos; 5. Certidão de Ônus Reais do Registro de Imóveis; 6. Cópia da Escritura Pública e Registro de Imóveis; 7. Certidão do Registro Geral de Imóveis (RGI); 8. Averbação das obras existentes no terreno.

Fique atento!

mesmo que você tenha encontrado o terreno perfeito, não feche negócio antes de questionar alguns pontos junto à prefeitura. 01. Que tipo de construção pode ser feita? 02. Quantos pavimentos podem ser construídos? 03. Qual a porcentagem de ocupação do terreno? 04 . A área é de reserva ambiental? 05. Está embargada pela defesa civil? 06. Está em processo de desapropriação? 07. Se o terreno for de loteamento, procure saber se foi aprovado na prefeitura e se não há pendências, como de infraestrutura. 08. Cheque se está registrado no nome de quem está vendendo. Caso não esteja, precisará solicitar escrituras anteriores e, provavelmente, terá de pagar uma taxa para regularizar a situação. 09. Se o solo estiver coberto de mato, solicite ao vendedor o coe para melhort avaliação das características da área.

10. Por último, verifique se o terreno apresenta demarcações bem definidas em campo, pois após a compra receberá uma planta com medidas e ângulos assinadas pelo responsável técnico que efetuou o levantamento topográfico. Atenção: Depois de verificadas todas as respostas e ter a documentação em dia, o próximo passo é contratar um advogado para redigir o contrato de Compromisso de Compra e Venda do Imóvel apresentando tudo o que foi decidido entre as partes envolvidas. Verifique atentamente se o valor, a forma de pagamento, os reajustes e a descrição do terreno que será adquirido estão descritos. Durante essa etapa, não esqueça de reservar recursos para as despesas com o ITBI. Com todos os documentos em mãos, procure o Cartório e registre a escritura. Para finalizar, faça a transferência do lançamento de IPTU para seu nome.

Financiamento

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: mr-house.hu

Grande Incentivo. Muitos proprietários recorrem ao financiamento, consórcio e utilização o FGTS para comprar o terreno e construir o imóvel dos sonhos. Cada uma dessas opções deve ser avaliada pelo futuro proprietário.

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Opções. Informe-se sobre as opções disponíveis. Para quem não quer esperar, o financiamento parece uma boa alternativa, pois as taxas de juros diminuíram de 18% para 9%, ao longo dos últimos 16 anos, e as taxas indiretas, que se situavam entre 4 a 7%, hoje estão em 2%, dependendo do banco. A Caixa Econômica Federal oferece empréstimos desde a aquisição o terreno até a compra de materiais para construção e acabamentos. O uso de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) é comum, pois o empréstimo tem prazo estendido de pagamento para as operações de construção contratadas no âmbito do Sistema Financeiro de Habilitação (SFH) e possibilidade de escolher entre taxa de juros pré ou pós-fixada. Outra vantagem é que você pode optar por ter encargos mensais do eu financiamento debitados em conta corrente na Caixa ou descontados em folha de pagamento.

Os bancos privados estatais e também as companhias de crédito imobiliário disponibilizam linhas para diversas operações de base imobiliária. As mais operadas são o SFH, a Carteira Hipotecária (CH) ou Carteira Livre, e o SFI, ou Sistema Financeiro Imobiliário. O que muda em cada uma delas é a possibilidade de utilização do FGTS (apenas no SFH), limites de valores do imóvel a ser financiado (para se enquadrar no SFH, apenas imóveis de até R$ 450 mil) e o funding, que tem impacto direto nas taxas de juros cobradas em cada caso, sendo menor no SFH. Depois da análise, então, deve-se ponderar conjuntamente o relacionamento que se tem com cada instituição. Feito isso, verifique as exigências dos bancos e encaminhe as duas melhores opções para negociar. Programa Minha Casa, Minha Vida. Oferece algumas facilidades, como descontos, subsídios e redução do valor de seguros habitacionais. As famílias são divididas em dois grupos: com renda bruta mensal de até R$ 1.600 e até R$ 5.000.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: Istockphoto.com

Como escolher a melhor linha de crédito. A escolha será rápida para quem pesquisar inicialmente nos sites, que têm simuladores para as diversas linhas de crédito e tipologias de imóveis a serem financiados. Nesses locais é necessário especificar detalhadamente tipo, valor estimado e padrão de imóvel a ser construído. Assim, será mais fácil comparar as possibilidades encontradas no mercado.

No primeiro caso, o valor total do imóvel pode chegar a, no máximo, até R$60 mil e ser 100% financiado. No segundo, o gasto com a propriedade pode chegar a R$130 mil e os juros são progressivos, conforme renda. Funciona da seguinte forma: de três a cinco salários, os juros são de 5% ao ano mais Taxa Referencial; de cinco a seis salários, são de 6% ao ano mais TR; de seis a dez salários os juros ficam em de 8,16% ao ano mais TR. Em 2012 foi criada a taxa de porta de negócios para os proponentes que se enquadram na taxa de 8,16% ao ano, que foi reduzida para clientes que tenham relacionamento com a Caixa. Construcard Caixa. Se você quiser comprar materiais de construção, inclusive para armários embutidos, piscinas, elevador e aquecedor solar, pode optar por esse programa. As compras devem ter crédito mínimo de R$ 1 mil a serem efetuadas em um dos 60 mil estabelecimentos comerciais credenciados a Caixa com uso de cartão específico. As taxas de juros são de 2,35% ao mês mais TR. Esse valor é reduzido pra +1,96% mais TR, se você for cliente da Caixa. O prazo de pagamento é de até 96 meses e disponibiliza até seis meses para utilização, período em que é cobrada apenas a atualização monetária e juros sobre valores utilizados. A amortização da dívida é feita pelo sistema de prestação constante, conhecido como tabela Price. Bancos Privados. A linha BB Crédito Material de Construção, do Banco do Brasil, é destinada ao financiamento de bens e serviços relacionados a construção. O Bradesco também oferece financiamento para construção de imóvel residencial. É direcionada para quem já

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Ilustração: conorevi.org.mx

tem um terreno quitado e 30% de obra executada. A aquisição do material de construção é feita em convênio com os lojistas. Se você adquirir um imóvel em construção. a instituição financeira financia o custo faltante para o término da obra, limitado em 70% do total. As reformas contam com um empréstimo pessoal de limitado em 70% do valor do bem p/ pagamento. Há ainda o Programa Santander Construção Fácil, linha de financiamento de imóvel residencial, que é oferecida para propriedades a partir de R$ 20 mil e limitada a 75% do valor do imóvel pronto. FGTS. É possível recorrer ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) depositado mensalmente pelas empresas nas contas dos funcionários. O recurso é válido para quem não é titular de outro financialmente no SFH ou proprietário de imóvel residencial onde mor ou trabalha e, ainda, se estiver há três anos sob o regime do FGTS, somando-se todos os períodos trabalhados. Como os recursos do FGTS partem de uma remuneração de 3% ao ano, acrescidos de variação de taxa referencial (TR) e os juros da Poupança, de 6% ao ano, somando também a variação da TR, se houver disponibilidade de recursos com base no FGTS, provavelmente esses terão as melhores taxas de juros e serão preferíveis. No caso de financiamento para construção, a alternativa é utilizar parte

O pode ser usado na compra de terreno com construção imediata de imóvel ou construção da residência em lote próprio. Exclui o uso o fundo para a realização de infraestrutura interna separadamente da execução imediata do imóvel e construção de imóvel comercial ou rural. Consórcio. Ao tomar um empréstimo, será possível atender à demanda imediata, porém com jutos das prestações, que estão em torno de 12% ao ano. A preferência pelo consórcio evita essas taxas, no entanto, o uso do recurso é obtido por sorteio ou lance de dados acima de outros participantes da modalidade. De acordo com a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), o consorciado poderá adquirir qualquer bem imóvel já construído, na planta ou até mesmo o terreno, e ainda optar pela construção ou reforma e, diferentemente dos empréstimos, deverá apenas pagar uma taxa de administração às empresas. Esses valores são reajustados de acordo com o Índice de Nacional da Construção Civil (INCC), da Fundação Getulio Vargas ou pelo CUB (Custo Básico da Construção Civil), índice medido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil. É possível usar o FGTS para construir a residência ou quitar a dívida do imóvel, desde que o consorciado se enquadre nas regras estabelecidas pela Caixa para a utilização do recurso. Além disso, o Banco Central é quem deve fiscalizar as administradoras. Para mais informações, acesse o site: www.bcb.gov.br.

do FGTS ou o valor total, desde que observados os limites estabelecidos, para a amortização do saldo devedor ou para a quitação.

EVITANDO

JUROS

ELEVADOS

As taxas de juros mudam de acordo com o valor do empréstimo, a oportunidade e o risco envolvido na operação.

Confira as principais dicas para evitar juros elevados. Ao selecionar o programa de financiamento, a dica é procurar o mais adequado para que os juros não elevem o preço da residência. As taxas de juros mudam de acordo com o valor do empréstimo, a oportunidade e o risco envolvido na operação. “Elas dependem do funding, que é a origem dos recursos de uma linha de crédito, e do interesse da instituição em fazer financiamentos imobiliários e se modifica em função dos depósitos em caderneta de poupança e demais recursos disponíveis para operações imobiliárias.

1) A melhor maneira de procurar um financiamento

é estabelecer uma modalidade, valor estimado e padrão de imóvel a ser construído e comparar as possibilidades de créditos disponíveis em simuladores de instituições de crédito.

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2) Os juros dos programas ligados ao SFH são sempre mais favoráveis do que os juros das carteiras hipotecárias, pois o governo regula o mercado com o direcionamento que dá aos créditos oriundos da caderneta de poupança (TR mais 6%) e do FGTS (TR mais 3%). Esses capitais existem em grande quantidades e

são remunerados a juros muito baixos, o que permite grande possibilidade para uma política habitacional baseada no empréstimo.

3) Hoje é possível o financiado procurar o seguro obrigatório pelo valor mais baixo que conseguir. Antes era sempre feito no banco financiador e com a taxa oferecida por este. Hoje, se a instituição não cobrir o valor mais baixo, quem realizar o empréstimo pode assegurar o imóvel de forma mais conveniente. 4) Vale a pena consultar os gerentes de crédito imo-

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biliário das instituições bancárias para checar quais os juros cobrados e as condições oferecidas para o empréstimo. A variação de taxa depende do percentual financiado, do valor de avaliação do imóvel, do comprometimento da renda do tomador do empréstimo, da história pessoal do cliente junto à instituição bancária e do prazo total de amortização do financiamento.

5) Sempre solicite a especificação completa das condições de financiamento que incluem taxas indiretas, valor do seguro, multas e penalidades por atraso e condições estabelecidas para revenda do imóvel.


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Mão de obra

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Para evitar dores de cabeça durante a obra e garantir que tudo saia corretamente, pesquisamos o papel de cada membro do time da construção. Aproveite para tirar todas as dúvidas possíveis e anotas os principais detalhes e informações. Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold


Contratar a equipe pode gerar algumas dúvidas. Afinal, é uma etapa que exige muito cuidado e atenção. É sempre bom pedir o auxílio de um profissional especializado, pois ele irá avaliar a quantidade de trabalho que será executado, levando em conta alguns critérios como estética, estrutura e instalações. Também vale a pena conhecer obras já executadas e ter referências dos profissionais com familiares, amigos ou conhecidos. Se a mão de obra não for de qualidade, além de prejuízos como a perda de materiais e o atrasado no prazo de entrega, muitos serviços terão de ser refeitos. Não esqueça de verificar de todos estão registrados no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), e prepare um contrato em que estejam especificadas as responsabilidades e condições de pagamento. Para evitar dores de cabeça durante a obra e garantir que tudo saia corretamente, pesquisamos o papel de cada membro do time da construção. Aproveite para tirar todas as dúvidas possíveis e anotas os principais detalhes e informações. É fundamental contratar uma equipe de profissionais capacitados para executar a obra. Por isso, busque referências e especifique em contrato as responsabilidades de cada um! Arquiteto - O profissional deve possuir registro no CREA, esse pré requisito é muito importante. Ele precisa ser habilitado e estar presente em todas as fases da construção. O papel do arquiteto é deixar a casa do jeito que os clientes solicitaram. Seu trabalho começa com a elaboração de plantas baixas, perspectivas e do projeto executivo da obra. Se combinado com antecedência e for especificado no contrato, ele pode ser o responsável técnico pela execução da obra. Engenheiro Civil - É o responsável pelos projetos técnicos e pela execução da obra. O profissional têm de acompanhar todas as fases da construção e elaborar planilhas de custo da residência, além dos projetos de estrutura e de instalações hidráulica e elétrica. O engenheiro deve marcar presença na obra desde o primeiro passo, como a implantação do canteiro, até o final, na entrega das chaves. Trabalha em parceira com o arquiteto.

Engenheiro especializado em cálculo estrutural Realiza os projetos estruturais - responsáveis por garantir a estabilidade e resistência. De acordo com as normas técnicas da ABNT, com a sondagem do terreno e o projeto arquitetônico, ele define a fundação, a estrutura e a posição de pilares, lajes e vigas. Engenheiro especializado em elétrica - Projeta as instalações elétricas, de telefone, TV a cabo e sistema de sons, entre outros. Além disso, analisa o projeto arquitetônico, calcula a potência de energia ideal para o consumo e determina a entrada necessária (de acordo com as especificações da ABNT). Dimensiona e prevê a localização para o quadro elétrico. Engenheiro especializado em hidráulica - Desenvolve o projeto de hidráulica, prevê as instalações e os sistemas de água, esgoto, gás e águas pluviais. Faz os cálculos de vazão e pressão, desenhos e memoriais descritivos (indica o local para a instalação de caixas d’água, aquecedores, bombas e caminhos de tubos de água quente e fria). Tecnólogos em construção civil / modalidade edifícios - Está habilitado a planejar, administrar, executar obras e fiscalizar serviços. Pode elaborar orçamentos e memoriais descritivos, além de especificar materiais, fazer controle de qualidade, gerenciar equipes e realizar análises e estudos sobre o empreendimento. Técnico em edificações - Fiscaliza, executa, orienta e coordena os serviços de construção, instalação e manutenção da obra. Deve selecionar também documentos específicos para construção, liderar equipes de trabalho, fazer vistorias e controle de qualidade dos materiais e do sistema construtivo. A formação exigida é o nível médio. Atenção: esse profissional não pode ser responsável por construções acima de 80 m². Topógrafo ou engenheiro agrimensor - Faz o levantamento topográfico do terreno e desenvolve as plantas com curvas de nível. O topógrafo tem nível médio e o agrimensor, superior. Mestre de Obras - Está presente na obra todos os dias para garantir que as ordens do engenheiro sejam cumpridas (tudo deve estar de acordo com as normas, com os prazos e especificações). Analisa a mistura do concreto, as medidas das formas, as espessuras e quantidade de ferro e o alinhamento das paredes e das tubulações. Não há formação acadêmica destinada à função, mas o profissional deve ter total conhecimento de todas as etapas da obra. Dependendo da construção, o mestre de obra realiza as atividades do empreiteiro (e vice-versa).

Empreiteiro - Orienta e coordena a mão de obra da construção. Controla tudo o que acontece durante todas as etapas. Quando for especificado no contrato, também pode ser o responsável pela compra de materiais de construção e acabamento. Pedreiro - É o responsável por executar a alvenaria, a concretagem e o assentamento de pisos, pastilhas e azulejos. Cuida da argamassa e de outros materiais usados na construção. Servente - Ajuda todos os trabalhadores da obra. Transporta materiais e prepara argamassa. Armador - Executa os serviços que antecedem a construção de estruturas, como lajes, vigas e pilares. Participa desde a fase de execução das fundações até a conclusão da laje. Monta a armadura dentro da estrutura: dobra, corta e monta os ferros estruturais.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | | Fotos: Shutterstock.com / 1doost.com / 123rf.com

C

hegou o momento de escolher o time da sua construção. Aposte em profissionais capacitados e fique na torcida. Pense bem: você sabe qual é realmente a função dos profissionais que trabalham para construir uma residência? Cada um desempenha um papel importante e fundamental para tornar real o sonho de muitas pessoas.

Serralheiro - Compõe esquadrias, grades de proteção, portões, escadas, peitoris e demais trabalhos que envolvem ferro. Pintor - Faz todo o trabalho de pintura da residência - áreas internas e externas. Deve solicitar o material necessário. Eletricista - Faz as ligações provisórias e definitiva de luz elétrica e realiza a instalação de telefones. É o profissional apto a interpretar as plantar de elétrica desenvolvidas pelo engenheiro. Decorador - Planeja a disposição dos móveis e o aproveitamento dos espaços. Especifica objetos de decoração e materiais de revestimento. Possui formação acadêmica em arquitetura ou design de interiores. Telhadista - É um carpinteiro especializado na montagem de telhados. Deve ter noções de desenhos técnicos, o que facilita a leitura da planta desenvolvida pelo engenheiro. Gesseiro - Desenvolve componentes de gesso (forros e sancas). Paisagista - Deve ter formação em arquitetura, engenharia agrônoma ou algum curso de especialização em paisagismo. Suas principais funções são elaborar e executar os projetos do jardim, especificação de espécies adequadas e orientação dos serviços de jardinagem. Pode projetar fontes, lagos, gazebos, cascatas e pergolados. Jardineiro - Coloca a mão na massa e dá vida ao projeto desenvolvido pelo paisagista responsável.

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Ética.

Proveniente de faltas que contrariam a conduta moral na execução da atividade profissional. Estão previstas na legislação e no Código de Ética Profissional, estabelecido na Resolução n° 1002, de 26/11/2002, do Confea. Uma infração coloca o profissional sob julgamento.

Objetiva.

Resulta das relações de consumo, envolvendo o fornecedor de produtos e de serviços (pessoa física e jurídica) e o consumidor. Assegura os direitos consagrados pela Lei n° 8.078, que dispõe sobre a Proteção ao Consumidor. A responsabilidade profissional está estabelecida no Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, pois coloca em questão a efetiva participação preventiva e consciente dos profissionais. Portanto, é fundamental estar atento à obrigatoriedade de observância às Normas Técnicas e à execução de orçamento prévio de projeto completo, com especificação correta de qualidade, garantia contratual e legal. Uma infração coloca a pessoa física ou jurídica em julgamento, com possibilidade de rito sumaríssimo, inversão de ônus da prova e assistência jurídica gratuita ao consumidor, provocando a obrigação de sua obediência sob penalidades.

Civil.

Decorre da obrigação de reparar e/ou indenizar por eventuais danos causados. A responsabilidade civil decide-se em: Contratual: pelo contrato firmado entre as partes p/

execução de um determinado trabalho, sendo fixados os direitos e obrigações das duas partes. Pela solidez e segurança da construção: por meio do CCB, o profissional responde pela solidez e segurança da obra durante cinco anos. A data do término da construção deve ser documentada oficialmente. Se a obra apresentar problemas de solidez e/ou segurança e for constatado erro profissional, ele será responsabilizado, independentemente do prazo transcorrido, conforme jurisprudência. Pelos materiais: a escolha é da competência exclusiva do profissional. Por precaução, os materiais são especificados no Memorial Descritivo, determinando tipo, marca e outras peculiaridades, dentro dos critérios exigíveis de segurança da obra. Por danos a terceiros: é comum na construção civil a constatação de danos a vizinhos, em virtude da vibração de estaqueamentos, fundações, quedas de materiais e outros. Esses devem ser reparados, pois cabe ao profissional tomar todas as providências para que sejam preservadas a segunda, saúde e a tranquilidade de terceiros. Os prejuízos causados são de responsabilidade do profissional e do proprietário, solidariamente, podendo o lesado acionar ambos. Estende-se também ao subempreiteiro quando for autor ao coautor da lesão.

Penal ou Criminal.

Decorre de fatos considerados crimes. Neste campo,

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merecem destaque: desabamento, queda de construção em virtude de fator humano; desmoronamento, resultante da natureza; incêndio provocado por sobrecarga elétrica; intoxicação ou morte por produtos industrializados quando mal manipulados ou quando não possuem indicação da periculosidade; contaminação provocada por vazamentos de elementos radioativos e outros. Todas essas ocorrências são incrimináveis, havendo ou não lesão corporal ou dano material, desde que se caracterize perigo à vida ou à propriedade.

Administrativa.

Resulta das restrições impostas pelos órgãos públicos, Código de Obras, Código de água e Esgoto, Normas técnicas, Regulamento profissional, Plano Diretor, entre outros. Essas normas impõem condições e criam responsabilidades ao profissional, cabendo ele, portanto, o cumprimento das leis, sob pena, inclusive, da suspensão do exercício profissional.

Trabalhista.

É regulamentada pelas Leis Trabalhistas em vigor. Resulta das relações com os empregados e trabalhadores que compreendem: direito ao trabalho, remuneração, férias, descanso semanal e indenizações. Inclusive, as resultantes de acidentes que prejudicam a integridade física do trabalhador. O profissional só assume essa responsabilidade quando contratar empregados pessoalmente ou através de seu representante. Nas obras de serviços contratados por administração, o profissional estará isento dessa responsabilidade, desde que o proprietário assuma o encargo da contratação.

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Responsabilidades


Evite Acidentes

redobrar a atenção e usar equipamentos adequados são características fundamentais para garantir a segurança na obra.

Para os empregadores, a dica principal é pesquisar todas as leis, regras e indicações do Ministério Público do Trabalho. Essa medida evita problemas futuros e faz com que as empresas conheçam e estejam dentro da lei. Depois de conhecer quais são os direitos e os deveres das empresas e dos trabalhadores, é fundamental garantir as condições corretas de trabalho. É preciso verificar andaimes, escadas e oferecer todos os acessórios e equipamentos que devem ser usados nas etapas da obra. Outra medida eficaz, na opinião de profissionais, é a realização de vistorias constantes. A inspeção periódica é fundamental. O procedimento deve ser feito por um técnico em segurança. Campeões de Incidência. As lesões nas mãos e na coluna são os acidentes que acontecem com maior frequência. Os mais comuns são contusões e cortes. O carregamento de excesso de peso também resulta em sérios problemas para a saúde. Para evitá-los, é fundamental usar luvas, carrinho de mão p/ transporte de materiais e adotar um rodízio de trabalhadores.

Como agir em casos de acidentes:

1) Atender o trabalhador imediatamente; 2) A comunicação de acidente do Trabalho (CAT) deve ser emitida pela empresa; 3) É fundamental convocar uma reunião extraordinária da comissão interna de prevenção de acidentes para analisar o acidente ocorrido; 4) O profissional deve procurar um médico especialista e, se necessário, ficar afastado da obra. Os primeiros 15 dias são pagos pela empresa. Caso esse período não seja o suficiente, é preciso dar entrada no Ministério da Previdência Social / INSS.

Dentro da Lei. O MT possui 35 normas que regulamentam a segurança no trabalho. A NR18, por exemplo, engloba questões preventivas, doenças ocupacionais e condições de conforto e higiene dos trabalhadores na indústria da construção civil. O descumprimento de uma delas pode se transformar em dores de cabeça para os empregadores. Quando acontecer um acidente, é preciso verificar as causas e avaliar quais serão as consequências. Em casos de acidentes convencionais, a emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho é de responsabilidade da empresa. Atenção: o empregador está sujeito a penalidades se não assegurar as condições de trabalho adequadas. Importante! Toda empresa deve submeter seus trabalhadores a um exame médico antes de iniciar as atividades na obra. O procedimento tem se der específico para cada função e determina se o empregado está apto para realizar o trabalho. Fique atento! Segundo a norma regulamentadora 4, do Ministério do Trabalho: - Empresas de construção civil com mais de 50 empregados devem possuir técnico de segurança do trabalho presente no canteiro de obras; - Estabelecimento com mais de cem funcionários devem contar com dois técnicos de segurança do trabalho, um engenheiro de segurança do trabalho e um médico do trabalho; - É fundamental existir um grupo de prevenção de acidentes (CIPA) e um técnico de segurança para orientação. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: peoplecheck.de | amazon.com | 123rf.com

T

rabalhadores sem luvas, capacetes então, nem pensar! Equipamentos em condições precárias e jornadas que duram muito mais do que deveriam. Como você pode ver, está tudo errado! Essas situações descrevem as características que uma obra não deve ter. Há diversas condições que garantem a segurança dos profissionais envolvidos. Para evitar acidentes, basta segui-las com cuidado e atenção. Esses procedimentos são indispensáveis, já que os trabalhadores tomarão conhecimento de todas as normas, dos equipamentos necessários e como devem agir em determinados casos.

ITENS INDISPENSÁVEIS

É dever da empresa o pagamento da aposentadoria por invalidez acidentária (ele deve ser efetuado com acréscimo de 25% se o trabalhador necessitar de assistência permanente). O profissional também tem garantia de contrato com a empresa pelo prazo mínimo de 12 meses depois do término de auxílio doença acidentário.

Equipamentos coletivos: Cabo-guia ou de segurança: deve estar ancorado à estrutura, pois nele são fixadas as ligações dos cintos de segurança. Dispositivo limitador de curso: permite uma sobreposição segura dos montantes da escada extensível.

óculos de proteção: devem ser usados em demolições, carpintaria, armações de aço, estrutura de concreto e metálica, soldagem, alvenaria e trabalhos químicos ou com maçarico, entre outros.

Protetor respiratório: protege as vias respiratórias da absorção de poeira. Deve ser usado durante a pintura, soldagem e trabalhos com estrutura metálica.

Capacete de segurança: garante a proteção da cabeça em situações de impactos. Também deve ser usado por quem visita a obra.

Cintos de segurança: São obrigatóriose podem ser encontrados em duas versões - abdominal, usados em situações com necessidade de limitação dos movimentos e - paraquedista, em atividades realizadas a mais de 2 metros de altura.

Botas ou sapatos adequados/especiais: indispensáveis em regiões inundadas, o solado dos sapato deve ser de poliuretano e a biqueira, de aço, o que evita lesões se alguma ferramenta cair sobre os pés.

Protetor auricular: protege os ouvidos contra ruídos, de acordo com as normas, o limite é de 85 DB por oito horas de exposição.

Luvas: obrigatórias em qualquer obra, são responsáveis pela segurança das mãos e punhos.

Protetor facial: é de uso obrigatório e evita lesões nos olhos.

Uniformes e coletes: protegem o tórax e abdome.

Gaiola de proteção: evita a queda de pessoas envolvidas na obra. Rodapé e guarda-corpo: devem estar em passarelas e rampas e são usados para impedir a queda de materiais, objetos e pessoas. Plataforma de proteção: É instalada no perímetro da edificação e apara materiais em queda livre. te

Rede de e elástico, é

proteção: responsável

fabricada com material resistenpor amortecer a queda do trabalhador.

Trava de segurança: sistema de travamento de máquinas e elevadores que funciona durante os acidentes.

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Contratos

saiba o que considerar ao escolher o arquiteto para construir uma residência e como formalizar o contrato de prestação de serviços.

A

o contratar um arquiteto, o que é mais importante? Você deve procurá-lo de acordo com a proximidade do local da obra? Buscar orientação com vizinhos e amigos? É fundamental que ele tenha parceiros para executar a obra u que trabalhe sozinho e seja responsável por todas as etapas da construção? Esses questionamentos passam pela cabeça de quem está prestes a convocar o profissional adequado, afinal, é a chave do sucesso da obra. Por isso, os arquitetos aconselham que seja feia uma reunião para conhecer melhor o estilo de cada um. O primeiro encontro é essencial para ouvir os desejos e as necessidades do cliente e definir o que pode ser projetado com o orçamento disponível. Com o sinal verde do futuro proprietário, os profissionais entram em ação. Os profissionais contratados devem apresentar como ficará a moradia e a disposição dos ambientes. Eles podem utilizar desenhos, plantas baixas, perspectivas ou maquetes tridimensionais eletrônicas. Alguns escritórios fazem uma pesquisa baseada no tema com imagens de referências e croquis, um recurso que permite afinar as ideias e definir o estilo da arquitetura. Como são cobrados os serviços? Durante a contratação podem ser oferecidas a elaboração de anteprojeto, projeto, execução e acompanhamento de obras, projeto para interiores e até mesmo desenho de mobiliário. Os valores dependem de cada região, profissional, obra, número de visitas combinadas e serviços oferecidos. A forma de pagamento também varia. Alguns combinam por preço global ou ainda por preço unitário.

Confira os modelos de contratos mais usados pelos profissionais da área.

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Preço global ou fechado: o contratado deve receber valor certo e total, que foi combinado previamente. Antes de executar um serviço, todos os detalhes do projeto devem ser acertados, o que garante agilidade e autonomia para o profissional na hora de tomar decisões. Há estimativas de custos e, caso a execução da obra tenha gastos extras, os prejuízos ficam para o arquiteto.

Preço unitário: não há prévia fixação do valor da obra, mas apenas a definição do preço para certa medida. O contratado recebe conforme a execução dos serviços, um método muito utilizado em situações que é difícil estabelecer de antemão o que deve ser feito, como em reformas. O proprietário precisa estar atento aos gastos desnecessários durante a obra, pois corre o risco de gastar muito mais do que o previsto.

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Administração: o proprietário pode ou não ficar responsável pela compra de materiais. É possível contratar um arquiteto, engenheiro ou empresa gerenciadora de obras para essa tarefa, assim como para comprar materiais, liberar pagamentos mediante aprovação dos serviços, definir acabamento e administrar serviços extras. Pela gestão, o contratado recebe um percentual do valor do empreendimento, em geral cobra-se de 10 a 15% sobre todos os gastos da obra. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: urbanbound.com


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Fundamentais

Para garantir a execução perfeita da obra e torná-la legal perante a prefeitura, é preciso desenvolver as plantas de arquitetura, estrutura e instalações.

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A partir das plantas são desenvolvidos os projetos

É

Por isso, durante o desenvolvimento dos projetos deve haver um grande entrosamento entre arquiteto e o engenheiro, com os profissionais responsáveis por acompanhar a obra, pois todas as planas de execução devem ser compatíveis com as de arquitetura. Os projetos de estrutura e instalações certificam a viabilidade técnica e segurança do projeto arquitetônico.

Há questionamentos sobre as dimensões internas dos ambientes, que podem ser resolvidas com a medição e comparação com cômodos já existentes.

Principais Dúvidas. É comum os proprietários terem dificuldades em ler os desenhos técnicos de arquitetura, pois não estão acostumados. Imaginar as fachadas é uma delas. Para isso, são desenvolvida as perspectivas, que podem ser feitas a mão ou apresentadas em formas de maquetes 3D ou em

Nessa fase, enquanto os homens se preocupam com o custo, os prazos de construção e solidez da estrutura, as mulheres querem saber como será o visual da casa e se será confortável e aconchegante. Cada projeto demonstra as características da residência, como escadas, portas, janelas, paredes, vigas e pilares. A apresentação gráfica varia conforme o arquiteto, quanto às técnicas e aparência. As plantas e perspectivas são elaboradas em escalas que são a relação dimensional entre a representação de um objeto desenhado e as dimensões reais.

PROJETO ARQUITETÔNICO

formado por plantas baixas, de cobertura e de implantação, como os desenhos técnicos de cortes e fachadas. O conjunto serve para o proprietário ver como ficará os ambientes e dar sua aprovação, como também para ser apresentado na prefeitura. Planta de Implantação. Mostra no terreno a localização também de outros elementos, como cula. Nela, devem ser apresentadas recuos laterais e frontais. Também é planta de situação.

Auto-Cad, que possibilitam a visualização de diversos angulos.

da residência e a piscina e edías medidas dos conhecida como

Fachadas. Apresentam como serão a frente, o fundo as laterais do projeto.

pectivas caídas e inclinações, partir dela são feios os detalhamentos do escoamento da água das chuvas, realizados como calhas e rufos.

Cortes. Podem ser longitudinal e transversal. O primeiro apresenta o corte do fundo à frente, no qual podem ser vistos a implantação no terreno, os níveis, o telhado e a projeção das paredes e das portas e janelas. O segundo mostra os mesmos detalhes, porém, corta a residência de lado a lado.

Plantas baixas. São s primeiras a serem desenvolvidas e têm a função de mostrar a visão da casa de cima para baixo. Nelas devem aparecer a distribuição dos cômodos com as metragens e a localização de portas, janelas, escadas e outros elementos. Cada andar da construção deve ter uma planta baixa. Além disso, os arquitetos utilizam vários recursos para representar as características e a aparência do projeto.

Planta de cobertura. Demonstra todos os planos do telhado e suas res-

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Projeto Por Grasiano Baptista - grasianobaptista.blogspot.com

O projeto completo de arquitetura com plantas baixas, de implementação, cobertura, fachadas e cortes é o elemento mínimo que representa as formas da futura construção. Com esses recursos, é possível interagir com o cliente e checar se o que está representando atende às suas necessidades, té chegarmos na versão definitiva do projeto. Além disso, ele é fundamental para legalizar a obra na prefeitura, que antes de aprová-la analisará se respeita a legislação local, atende aos recuos mínimos permitidos e a taxa de permeabilidade, além da taxa de ocupação do terreno.

de estruturas e instalações, sendo que todos devem ser compatíveis.

Foto: kalit.eu

O

arquiteto já está contratado. Então, chegou a hora de colocar todas as ideias no papel. Afinal, você quer saber como será a disposição dos ambientes, o tamanho das salas e dormitórios, a metragem para a piscina e a churrasqueira.

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CARACTERÍSTICAS Paredes: representadas com linha dupla conforme a espessura. Portas: indicadas de acordo com a abertura, que pode ser 90°, correr, vaivém, pivotante, entre outras. Janelas: aparecem fechadas quando são de correr e abertas quando possuem sistema pivotantes. São representadas por linhas paralelas a parede, e, quando há indicação de vidros, estão em linhas paralelas muito próximas. Escadas: demonstradas conforme o formato. Podem ser helicoidal, reta, em L, entre outros modelos. Muitas vezes não aparecem por inteiro no pavimento térreo, pois alguns modelos ficam sobrepostos aos cômodos. O sentido é representado por uma seta. Pilares: aparecem no anteprojeto, mas sua presença na planta do processo construtivo é imprescindível. Os pilares podem ser representados por traço cheio, grosso ou com a textura do concreto combinada com a espessura do revestimento. Seu posicionamento deve obedecer às especificações do projeto de estrutura.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Projeto: licitacoes.ufu.br

Interpretação. Linha grossa: representa o desenho das paredes e da estrutura. Linha fina: indica louças, revestimentos, escada, linhas de cota, entre outros. Tracejado: pode ser tudo o que está projetado, mas não é possível visualizar, por exemplo, o beiral.

Aparência. Concreto aparente: contém poucos tracejados sobre o desenho. Pintura: é representada por pontos no projeto. Tijolo aparente: é indicado nos pontos em que ele reveste a fachada. Madeira: pode ser identificada pelos veios e nos desenhos na planta. Pedra: pode ser visualizada por irregularidades. Vidro: superfície lisa com riscos que indicam a transparência do material.

PROJETO ESTRUTURAL A realização do projeto estrutural é a garantia de que todos os componentes suportarão o peso da obra sem o proprietário ter de investir além do necessário com aço e concreto. Quando não é realizado, serão gastos mais dinheiro e materiais onde não há a necessidade e menos onde realmente precisa, o que pode resultar em sérios danos para construção.

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imensiona e determina itens estruturais como fundações, vigas, pilares e lajes. As plantas devem ser feitas pelo engenheiro civil e especializado em cálculo estrutural, indicado pelo arquiteto ou pelo engenheiro responsável pela construção, sendo que o mesmo deve estar em sintonia com o autor do projeto de arquitetura, no qual são especificados pontos importantes, como o tipo de estrutura e de alvenaria pretendidos. Todo o material a ser aplicado tem sua característica de resistência e o calculista trabalha com esses dados para compor a estrutura x carga aplicada. Analise ainda os blocos a serem usados, pois os de concreto são mais pesados que os de cerâmica. Na escolha da alvenaria estrutural, os modelos são importantes e será definido o local onde as barras de aço serão colocadas.

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Técnicas. Cotas de nível: indicam o quanto determinado local está acima ou abaixo do referencial de nível, que pode ser a guia da rua o qualquer item adotado e identificado em projeto como nível de referência. Linhas de cota: são as linhas indicativas das medidas colocadas em planta. Deve ser colocado o maior número possível de cotas para que não ocorram dúvidas nas medidas de ambientes, esquadrias, locação de peças sanitárias, entre outros. Linhas de corte: mostram detalhes de um local que o arquiteto escolheu para fazer um corte imaginário da casa. Sentido: indica onde está a face Norte.

A realização do projeto estrutural é a garantia de que todos os componentes suportarão o peso da obra sem o proprietário ter de investir além do necessário com aço e concreto. Quando não é realizado, serão gastos mais dinheiro e materiais onde não há a necessidade e menos onde realmente precisa, o que pode resultar em sérios danos para construção. O superdimensionamento com o uso excessivo de aço e concreto nunca é a garantia Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold

de que a estrutura está sólida e segura, pois muitos problemas, como o aparecimento de trincas e fissuras e até o desabamento, podem ocorrer. O projeto estrutural conta com as plantas de infraestrutura, que englobam as estruturas abaixo do solo como s fundações (estacas, sapatas e vigas baldrames) e as de superestrutura, que incluem elementos acima do solo, como pilares, vigas e lajes. Também devem ser especificados todos os materiais necessários para a perfeição execução, assim como as quantidades e os tipos de aço e concreto. O projeto das fundações deve ser feito apenas com o relatório da análise do solo em mãos, que apresenta a investigação geotécnica e a profundidade do lençol freático. Além disso, deve ser compatível com as plantas de arquitetura, instalações hidráulicas e elétricas, já que em alguns casos as tubulações são embutidas em lajes, pilares e vigas. As plantas estruturais também devem ter detalhes de pilares, vigas, baldrames e fundações e mostrar as medidas e os engates entre os elementos fundamentais estruturais e a armação de aço, que facilitarão o trabalho dos funcionários da obra.


HIDRÁULICA E ELÉTRICA

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instalação do reaproveitamento da água das chuvas for o caso. O projeto de elétrica demonstra a distribuição de energia, desde a entrada no imóvel, passando pela caixa de força interna até chegar aos ambientes. Também devem ser especificadas as bitolas dos fios e cabos elétricos e capacidade elétrica de componentes, como os DRs e os disjuntores. Fique atento! Todos os projetos de residência devem ser desenvolvidos por profissionais especializados e registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). O proprietário deve, inclusive, exigir que o profissional contratado preencha e pague a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Eles devem ser bem guardados, pois podem ser úteis em caso de reparos ou futura reforma.

Projeto: pinterest.com

s instalações são realizadas por engenheiros especializados. Para a perfeita execução, é fundamental definir os pontos de passagem dos tubos e conexões para água quente e fria, onde serão instalados componentes hidráulicos como tanques, pias e vasos sanitários, os eletrodomésticos e os pontos de iluminação, que precisam de tomadas e interruptores, além dos caminhos dos condutores dos fios. Ambas possuem muitos símbolos, que devem ser legendados e, em caso de dúvidas, solicite informações aos engenheiros. As plantas de hidráulica mostram a dimensão da tubulação de entrada de água para o consumo, a passagem de água quente e fria de todos os pontos, como torneiras, vasos sanitários, chuveiros, pias e tanques, saída de esgoto e capacidade de caixa d’água. Também devem apresentar a rede de captação de águas pluviais e

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim - Edições 2012 e 2013.

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Na Medida Certa O dimensionamento certo dos ambientes da residência é garantia de circulação e conforto aos moradores. Dessa maneira, o espaço permite usos diversos e oferece várias opções de distribuição. Porém, a disposição adequada não pode ser confundida com áreas espaçosas, ou seja, cômodos não se tornam melhores porque apresentam grandes medidas. A metragem deve ser compatível com a função.

Dormitório Nos dormitórios, o que não pode faltar é conforto. Por isso, o cômodo deve apresentar pé-direito de, no mínimo 2,40m. Essa medida influencia diretamente no conforto térmico, pois permite melhor circulação de ar. Mas, vale salientar que não se deve estabelecer uma regra, pois cada projeto demanda dimensões específicas. Quanto à largura e comprimento, as menores medidas indicadas são 2,60 x 3,30m. Para os armários leve em consideração a quantidade de roupas.

Banheiro As medidas para um banheiro confortável são 1,3m de largura por 2,2m de comprimento. Se quiser instalar uma banheira ou spa, a largura deverá ser 1,6m. Para o box, os profissionais recomendam 0,95m. Quanto a bancada, o maioria dos arquitetos sugerem reservar um espaço de aproximadamente 1,25m para cada usuário. As torneiras podem ser dispostas a 20cm acima da pia, a bancada sanitária precisa de um espaço de 0,20m nas laterais e os registros deve ficar a, pelo menos, 2m de altura.

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Lavabo Esse ambiente pode apresentar medidas reduzidas, mas sem perder a comodidade. A largura indicada é de 1m e o comprimento de 1,5m. O pé-direito sugerido é de 2,40m. O vaso sanitário deve ser disposto ao centro do ambiente e a pia a uma altura de pelo menos 0,8m do chão.


Home Theater A definição do equipamento é fundamenta para prever as medidas necessárias. Estudos mostram que, para um perfeito funcionamento visual e acústico, devem ser analisadas as distâncias mínimas entre o sofá e a televisão. Vale ressaltar que a proporção deve sempre ser mantida. Além disso, a altura indicada para a TV é de aproximadamente 1m, mas pode variar de acordo com o tamanho da tela, característica que também define a distância do sofá. Procure sempre deixar um espaço de 2,5 a 3m entre eles.

Jantar De acordo com o profissional, antes de estabelecer as medidas é preciso saber qual é a importância desse ambiente para os moradores e a quantidade de amigos que eles costumam receber com frequência em casa para almoços, jantar ou café da tarde. Essa informação é de suma importância para considerar a quantidade de pessoas que frequentarão o espaço, e, dessa forma, o número de assentar e o tamanho e posicionamento da mesa.

Cozinha Deve ter no mínimo, 12m². Mas, assim como os demais ambientes da casa, é preciso avaliar os hábitos dos moradores e prever dimensões que garantam um bom uso. Para as bancadas de apoio, a altura padrão é de 0,90m e profundidade de 0,45m, mas podem ser adaptadas dependendo da estatura dos usuários.

Estar Assim como no jantar, considere com cuidado o uso desse espaço. Feito o levantamento, parte-se para a definição do mobiliário. Para não comprometer o projeto, o ambiente deve ter 6x4m, em média. A dimensão pode ser a mesma usada na sala de jantar. Porém, se o morador sonha em ter uma TV grande no estar, é preciso recalcular as medidas.

Lareira Por definição, os ambientes com lareira devem ser confortáveis e aconchegantes, afinal, é o lugar onde as pessoas se reúnem para momentos tranquilos e de celebração. Considerando a característica, aconselha-se que o pé-direito seja mais baixo, em torno de 2,40m. Sofás e poltronas devem ficar 3m afastados.

Escada O projeto da escada precisa ser muito bem planejado, preparado e revisado, a fim de garantir a segurança dos moradores. Os degraus devem apresentar, no máximo, 18cm de altura e o local da pisada deve ter 26cm. Além disso, a largura mínima recomendada para uma escada de uso residencial é de 1m.

45 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: rxhomedesign.com / liderinteriores.com.br


Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: blogdareforma.wordpress.com / cwbplanejados.com.br / californiagaragescreens.com

Lazer A área mais disputada da casa merece atenção especial. A piscina deve apresentar as seguintes medidas: entre 20m² e 25m², com profundidade que pode variar de 1,20 a 1,50m e raia de aproximadamente 12m. O espaço de churrasqueira precisa apresentar, no mínimo, 9m². A distância do local para assar carnes e do forno a lenha até o balcão de refeições precisa ser de 1m, a fim de facilitar a circulação e a convivência. Vale destacar que cada situação deve ser detalhadamente estudada, planejada e revisada. É preciso considerar as quantidades de pessoas que frequentarão o local e se terá um ambiente gourmet completo, com direito a churrasqueira, forno, fogão a lenha e chopeira.

Hall O espaço destinado ao hall é uma prévia do que os convidados vão encontrar ao entrar e, por isso, deve ser muito bem planejado e detalhado. As medidas serão proporcionais ao tamanho da residência. Se o pé-direito for baixo, recomenda-se que apresente 1,5 x 1,5m e 1,2m para abertura da porta.

Area de Servviço Funcionalidade é a palavra mágica para o ambiente. Para acomodar os equipamentos - secadora, máquina de lavar e tanquinho - com praticidade e conforto, é indicado deixar um espaço de, no mínimo, 2m. Além disso, o pé-direito deve proporcionar conforto térmica àqueles que utilizam o local. Por isso, a medida padrão pode ser entre 2,60 a 2,80m.

Garagem Para abrigar os veículos, é indicado deixar uma área de 3x6m para cada carro. Essas medidas visam a uma circulação mais segura e facilitam a abertura das portas. Entre as vagas, recomenda-se, ao menos, um espaço de 1,5m.

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Casa sem barreiras

Projeto Acessível Saiba como é um projeto acessível e adote os conceitos do desenho universal no seu lar. Acessibilidade vai muito além de portas mais largas, rampas e barras no banheiro. Pensar em uma casa para todos faz parte de um conceito chamado desenho universal. Nesse caso, projetar não é tentar adequar a construção às necessidades atuais, mas olhar para o futuro. Todos estão sujeitos as limitações, independentemente da idade. Por isso, é imprescindível desenvolver um lar funcional e com fácil circulação. É preciso elaborar edificações funcionais para facilitar não apenas a rotina de pessoas que estão em cadeira de rodas, mas também com deficiência visual ou auditiva, crianças, idosos, quem está com uma perna quebrada ou usa maletas temporariamente. Diversos itens fazem parte do conceito. Destaque para segurança, conforto e independência. É importante estudar alternativas para garanti-los. Eles podem ser aplicados durante a construção ou serem previstos e implanta-

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dos anos mais tarde. O planejamento, bem feito, sai mais barato, pois é uma maneira de evitar possíveis reformas e gastos desnecessários. O custo de implantação de alguns elementos é bem maior depois que a casa já está pronta. Já durante a elaboração do projeto, o investimento é bem pequeno. Em edifícios residenciais, a situação é um pouco mais complicada. Se não há previsão, depois fica muito mais difícil instalar ou modificar, pois os apartamentos têm contorno limitado. Todos os elementos de uma casa estruturada de acordo com o desenho universal devem estar sempre ao alcance das mãos. Interruptores, pias, bancadas e interfones são muito usados no dia a dia e precisam ser instalados com as alturas corretas e em locais facilitados. Diversas características devem ser planejadas para construir uma casa acessível. Vale a pena conhecer como funcionam e quais são os seus principais benefícios.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: grupoilconcetto.wordpress.com / adaptedhomeandbusiness.wordpress.com / fire.brwarch.com

Acessibilidade vai muito além de portas mais largas, rampas e barras no banheiro. Pensar em uma casa para todos faz parte de um conceito chamado desenho universal.


FUNCIONALIDADES Portas: escolha maçanetas com alavanca, pois as com formato arredondado são difíceis de manusear. É fundamental desenvolver portas com 80cm de largura, medida que facilita o acesso. As de correr e aquelas com aberturas para os dois lados também são indicadas. Piso: não deve ser liso demais, pois provoca escorregões. Os antiderrapantes também não são indicados, pois dificultam a circulação dos idosos, que podem prender o pé ou tropeçar. O ideal é optar por um acabamento que esteja nesse meio termo. Boxe: o desnível deve ser mínimo. Metais: torneiras e lavatórios devem ser acionados por alavanca, sensor eletrônico ou dispositivos monocomando. Banho: opte por duchas com barras deslizantes para facilitar o manuseio. Barras de apoio: indicadas para toda a casa, principalmente nas áreas molhadas. Cozinha: as bancadas das pias precisam ter um vão livre inferior de, no mínimo, 0,73 m de altura a partir do piso acabado. Atividades do dia a dia: escolher um sifão recuado é fundamental para facilitar a rotina de quem usa cadeira de rodas. Dessa forma, é possível encaixá-la sob as bancadas da cozinha e do banheiro. Móveis: opte por gabinetes com rodízio para as pias da cozinha e do banheiro. Dessa forma, é possível afastá-los e encaixas a cadeira de rodas sob a bancada.

Sistemas funcionais: para quem tem problemas auditivos, a dica é apostar em equipamentos que ajudam a identificar determinadas ações. Há uma tecnologia que aciona as luzes ao toque da campainha ou do telefone. Interruptores: devem estar a 1 m de altura do chão. Vale optar por modelos com LEDS, com diferentes texturas e/ou sensores. Tomadas: são instalados a 45 cm do piso para permitir o cesso a todas as idades e para que pessoas que estão em cadeira de rodas. Circulação: as rampas são sempre boas soluções. No entanto, as escadas não devem ser descartadas. Em alguns casos, elas são mais indicadas, pois diminuem o tamanho do trajeto. O ideal é ter as duas opções. Rampas: devem ter corrimãos duplos nas alturas de 0,70 m e 0,92 m do piso. Escadas: os corrimãos devem ser únicos com 0,92 m de altura do piso e firmemente fixados nos dois lados.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: sinalizeshop.com.br / nhadep.net / r7.com / home2mediacenter.com / rbasaopaulo.com.br / fire.brwarch.com / pbsembarreiras.com

Sobrados: o indicado é prever a instalação de um elevador, caso seja necessário no futuro. Se for planejado ainda na obra, os custos serão menores.

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Adaptação

É possível adequar a casa depois de pronta às necessidades dos moradores.

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ntes de tudo, estude com atenção todas as características do usuário. O projeto deve ser feito de acordo com cada um, seja idoso, deficiente visual ou com mobilidade reduzida. Algumas adaptações são úteis para

qualquer perfil. É indicado o nivelamento de tapetes e carpetes com o piso, as barras de apoio nos sanitários e uso de materiais que não escorregam. Rampas e/ou elevadores e portas mais largas também são itens possíveis de se instalar.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: suggestkeyword.com / disabilityhorizons.com / barrasdeapoio.blogspot.com

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SUSTENTABILIDADE F a ç a

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto/Ilustração: asiagreenbuildings.com

É possível deixar sua casa de bem com o meio ambiente. Nós mostramos como.

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uantas vezes por dia você ouve ou lê em jornais e revistas o termo sustentabilidade? Inúmeras, não é mesmo? Adotar medidas ecologicamente corretas está na moda, faz bem ao meio ambiente e ao planeta. Então saiba que é possível propor soluções conscientes na hora de construir uma residência.

PAU-APIQUE Uma das maiores apostas para esse termo é essa madeira. A estrutura é mista de eucalipto e bambu, ambas de fonte renovável. O eucalipto é o esqueleto da casa, ele elabora os grandes vãos e distribui as cargas verticais até as fundações. Os bambu pode ser utilizado para preencher os espaços entre as peças de eucalipto e servir de suporte para o barro do pau-a-pique. A madeira pode chegar a obra pré-cortada e então é preparada para montagem. Dessa forma a construção será mais rápida, e gera menos resíduos. Pode também aproveitar as sobras para a criação de pisos externos.

FIBRA DE CELULOSE São eficientes isolantes térmicos, resistentes, leves e flexíveis, o que torna mais fácil o manuseio e instalação, principalmente utilizado para as telhas, logo chamadas de telhas de fibra de celulose. O material é extraído do papel reciclado e não de árvores.

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TIJOLO SOLOCIMENTO O material é composto por uma mistura de cimento, argila e água para cura. São chamados de ecológicos por não utilizarem o processo de queima na fabricação, por isso não gera resíduos ou gases no meio ambiente. Porém, o solo usado precisa ser analisado, pois o ideal é ter na mistura de 50 a 80% de areia e ser livre de resíduos orgânicos. Como o processo é artesanal, o preço dos tijolos é superior aos do convencionais. Porém, o valor final da obra não é elevado. Indicados para construções modulares, reduzem em cerca de 40% o custo das paredes, e ainda diminuem o tempo de execução da obra. Apresentem dois furos e são encaixados, por isso permitem que a tubulação e a fiação do projeto sejam embutidas. Além disso, oferece ótimo conforto termoacústico, já que formam câmeras térmicas, amenizando as temperaturas e absolvendo os ruídos.

APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA. Aproveitar a água pluvial é uma forma inteligente de preservar o meio ambiente e levar sustentabilidade para dentro de casa. A captação é feita pelas calhas do telhado e armazenada em uma cisterna. A partir de um sistema de bombeamento automático, montado com eletroníveis, a água é levada até um reservatório superior. De lá pode ser distribuída por gravidade para os pontos de consumo não nobres, como vaso sanitário e torneiras no jardim. Outros recursos ecológicos podem ser presentes em uma casa, como o uso de eucalipto proveniente de áreas de manejo florestal, sistema de aquecimento solar e vedação com taipa, que utiliza materiais que não apresentam processo de queima para produção. Deste modo, o desperdício é mínimo, chegando quase a estaca zero.

CONFORTO TÉRMICO Aproveitando alguns recursos do meio ambiente, esse é o conceito, a começar pelo conforto térmico. Todos os ambientes podem possuir esquadrias dos dois lados, o que possibilita a ventilação cruzada. Desse modo, a temperatura está sempre agradável. O programa e planejamento de cômodos é fundamental para garantir a circulação de ar no interior da residência. É interessante que se planeje os quartos nas extremidades. Os profissionais também podem instalar beirais em todas as janelas, pois eles protegem das chuvas e da incidência direta do sol. A utilização de telhas sanduíches dispensa o madeiramento e garante personalidade e economia.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: emaze.com

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Exigências para a liberação do Alvará Levantamento planialtimétrico do terreno, com dimensões e níveis. Planta de locação da obra com os recuos do terreno. Plantas baixas dos pavimentos. Planta de cobertura com caimento dos telhados. Cortes longitudinal e transversal. Plantas das fachadas. Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno, com plantas em escala 1:100. Carimbo com as informações de localização do terreno, dados do proprietário e do autor do projeto e respectivos CREA e ART. Anexar RG e CPF dos proprietários, cópia da capa do imposto predial territorial urbano (IPTU), memorial descritivo da obra, cópia da escritura ou do contrato de compra e venda do terreno e taxa da prefeitura para entrada no processo. Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold


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Temperatura ideal Conheça os diferentes sistemas de aquecimento que garantem água na medida certa. DE PASSAGEM: Aquece a água instantaneamente. Como exemplos, há os chuveiros elétricos e o aquecedor de gás de passagem.

Gás de Passagem. Trata-se de um processo de aquecimento pela queima de gás, que esquenta a água longe de seu ponto de us. De acordo com o departamento de marketing de Rinnai, o aquecedor funciona pela circulação contínua de água em seu interior e não conta com reservatório para acumular a água aquecida, que é fornecida imediatamente. Os aparelhos têm a capacidade de liberar de 6 l/m a 40 l/m. A vazão é definida de acordo com a necessidade dos moradores. É alimentado com água fria, disponível em um reservatório elevado (por causa da gravidade) e por uma tubulação a gás. São produzidos com material metálico. Utiliza-se cobre nas tubulações de água e chapa de aço nos demais componentes. O alumínio pode ser usado em partes expostas a temperaturas não elevadas. O sistema completo é composto pelo aquecedor de passagem, pressurizador de água quando não houver pressão suficiente, e conjunto para exaustão dos gases (como chaminé e abraçadeira). Quando acionado, um diafragma de borracha é pressionado pela passagem de água fria, no interior da válvula de água, que aciona a válvula de gás (solenoide). Simultaneamente, é enviado um sinal para a unidade de comando eletrônico (UCE) que dispara faíscas, produzindo a queima na Câmara de Combustão. A água continua seu trajeto ao redor do trocador de calor (serpentina), para ser aquecida no nível desejado, e segue até a saída de água quente. No projeto hidráulico é preciso prever duas redes de água (quente e fria), assim como pontos para misturá-las e garantir um banho agradável e relaxante. É fundamental implantá-los em locais com ventilação constante para dispersão dos gases resultantes da queima. Geralmente, são dispostos nas áreas de serviços.

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Chuveiro Elétrico. O funcionamento é simples. Quando aberto o registro, a água fria percorre o cano até chegar à câmara de aquecimento, onde é acionado um dispositivo para ligar o aparelho e a resistência elétrica aquecer a água. Por ter baixo custo de aquisição e instalação, é indicado para todos os domicílios. Além disso, por aquecer imediatamente a água, evita o desperdício que ocorre em outros sistemas. Porém, antes da escolha do modelo é importante checar a pressão de rede hidráulica. Para residências com pouca pressão, é recomendada a utilização do pressurizador.


AQUECIMENTO CENTRAL: Também conhecido por acumulação, a água é aquecida e armazenada em um boiler. Nesse caso, podem ser usadas a energia solar, a gás e elétrica.

Chuveiro Elétrico FIQUE ATENTO! Ao adquirir o chuveiro elétrico, verifique se ele é compatível com o dispositivo DR. Caso contrário, a rede será desarmada constantemente. Se sua casa possui aquecimento solar, o modelo deve ser compatível com o sistema. Não compre aquecedor solar, por telefone, pois existem várias condições técnicas para o perfeito funcionamento, como espaço disponível para placas e boilers, necessidade de pressurizador de rede e dimensionamento do reservatório. Além disso, cada caso deve ser avaliado individualmente, afinal, o que é bom para um projeto pode não ser para outras residências.

Solar Atualmente existem dois modelos no mercado capazes de captar luz: placas coletoras ou tubos à vácuo. As placas tem ciclo diário de funcionamento, armazenando água quente durante oito horas em média. É composto por reservatório térmico e coletores. Ele absorve a radiação do sol, o calor é transferido para a água, que será armazenada em um boiler e, quando utilizada, circulará no interior das tubulações. Vale também destacar a economia de energia.

Gás O aparelho é definido pela capacidade de aquecer determinado voluma de água, armazenada em um tanque isolado. Para uso doméstico, há modelos de 50 a 300 litros. São compostos por válvula de gás e queimador de gás, com as mesmas características dos aquecedores de passagem, tubulação montada sobre o queimador para conduzir os fumos até a chaminé e tanque de água com paredes termoisoladas de poliuretano expandido, lã de vidro ou rocha.

É imprescindível seguir as regras da norma 15569 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os coletores devem ficar voltados para a face norte do telhado. A tubulação também é muito importante. Por isso, é recomendado o uso de PPR, PEX ou cobre. Um técnico deve avaliar n local as condições para a instalação e funcionamento do aquecedor. O posicionamento da caixa d’água determinará o tipo de boiler.

Há ainda dispositivos de segurança, que operam como nos de passagem e termostato que comanda a abertura e fechamento de válvula de gás em função da temperatura da água armazenada no tanque e chaminé. São indicados para lugares com demanda elevada.

De acordo com o departamento de marketing da Tecnosol, é necessário fazer uma reserva dupla, para dois banhos, por pessoa: 80 L para cada. O sistema também é uma boa opção para o aquecimento da piscina. Os tubos à vácuo são feios com paredes duplas de vidro de borosilicato. Uma das vantagens é que o sistema não sofre interferência do meio ambiente e, assim, as perdas de calor são reduzidas. Em até duas horas chega-se a uma temperatura de 80 a 100°C. Eles não congelam mesmo em regiões com -30°C.

Nesse sistema, a temperatura tende a ser constante e a vazão maior. Há a possibilidade de usá-lo como central térmica geral, o que reduz o consumo de energia. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: ourimgs.com / imgkid.com / htproducts.com / blogdaeternit.com.br / heliotek.com.br

Elétrico. Possui uma resistência elétrica, acionada por um termostato, que comanda o liga-e-desliga e está localizada na parte interna do boiler, transmitindo o valor à água. Conta ainda com fio terra e sifonagem que evita o retorna de água quente à rede fria. Apesar de ter instalação econômica, o custo de energia é mais caro do que no sistema de aquecimento solar.

Atualmente existem dois modelos no mercado capazes de captar luz: placas coletoras ou tubos à vácuo. As placas tem ciclo diário de funcionamento, armazenando água quente durante oito horas em média. É composto por reservatório térmico e coletores. Ele absorve a radiação do sol, o calor é transferido para a água, que será armazenada em um boiler e, quando utilizada, circulará no interior das tubulações. Vale também destacar a economia de energia. É imprescindível seguir as regras da norma 15569 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os coletores devem ficar voltados para a face norte do telhado. A tubulação também é muito importante. Por isso, é recomendado o uso de PPR, PEX ou cobre. Um técnico deve avaliar n local as condições para a instalação e funcionamento do aquecedor. O posicionamento da caixa d’água determinará o tipo de boiler.De acordo com o departamento de marketing da Tecnosol, é necessário fazer uma reserva dupla, para dois banhos, por pessoa: 80 L para cada. Ducha Fria São especificadas nos casos em que são usados todos os outros sistemas de aquecimento, como o central elétrico, o gás ou solar. Existem modelos de chuveiros e duchas elétricas considerados híbridos, ou seja, podem ser usados como apoio às demais formas de aquecimento. Ao utilizar a água quente proveniente de outros sistemas, o disjuntor do modelo elétrico deve ser desligado na chave geral.

O sistema também é uma boa opção para o aquecimento da piscina. Os tubos à vácuo são feios com paredes duplas de vidro de borosilicato. Uma das vantagens é que o sistema não sofre interferência do meio ambiente e, assim, as perdas de calor são reduzidas. Em até duas horas chega-se a uma temperatura de 80 a 100°C. Eles não congelam mesmo em regiões com -30°C.

Trocador de calor Transfere o calor do ar para a água que, quando aquecida, é armazenada em um boiler. Esse processo pode levar até duas horas. Foi feito para substituir o equipamento elétrico dos sistemas convencionais e ainda diminui o uso de eletricidade. Deve ser instalado após a colocação da caixa d’água, junto ao boiler e à bomba.

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rEvESTIMENToS ESTÁGIO INICIAL Antes de receber a pintura, as paredes passam por três etapas. Confira! Depois de erguidas as paredes, é hora de deixá-las prontas para a pintura. Para isso, passam antes pelo estágio do primeiro revestimento, que lhes proporcionará uma superfície plana e uniforme. Ao todo são três etapas: chapisco, emboço e reboco. Cada uma tem características próprias e devem ser realizadas com cuidado e atenção. IMPERMEABILIZAÇÃO Após o emboço e o reboco, é necessário fazer uma impermeabilização. Isso porque essas camadas são rígidas e estão sujeitas a fissuração decorrente de dilatações térmicas, alternância de sol, chuva, intemperismo em geral. Azulejos podem se soltar em decorrência de falha ssde rejunte por onde infiltra água. Um reboco com fissuras, pulverulento ou mal aderido no substrato acarretará em patologias na pintura e nos revestimentos em geral. É preferível fazer a impermeabilização da parede inteira. Fazer apenas a metade pode provocar a absorção de água através da área não tratada e comprometimento, destacamento, do produto usado na área impermeabilizada.

REBOCO PRONTO Para economizar a mão de obra e agilizar o processo de acabamento, diversas empresas apresentam argamassas prontas. Para utilizá-las, basta misturar com água. A Ceramicacola Massa Pronta, da Rejuntabrás, substitui o reboco e, após 72 horas de aplicação, já está liberada para a pintura. Outra opção é o Reboquit Quartzolit, da Weber Saint-Gobain, indicado para uso interno e externo. A Usina Fortaleza disponibiliza a Supermassa, que dispensa o chapisco e está disponível em embalagens de 20kg. Ao comprar ou receber as argamassas, fique atento a alguns detalhes. Verifique se os sacos não estão rasgados e se possuem as informações técnicas necessárias para o uso correto. Para não empedrar, deixe o produto em locas sem umidade.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: mooilamazi.com

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CHAPISCO ROLADO É comprado pronto e por isso é mais prático. Além de cimento e areia, a composição inclui aditivos especiais, e a aplicação é feita com rolo de textura. Há menos riscos de desperdício e erro na dosagem. Também pode ser aplicado sobre paredes e lajes em EPS.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim - Edições 2012 e 2013.

CHAPISCO O chapisco é a camada de preparo da base e é composto de areia, cimento e aditivos. Tem a finalidade de uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento ao substrato (concreto ou alvenaria). Um bom chapisco é fundamental, pois ele dará o suporte, a ancoragem para o revestimento que será aplicado sobre ele. Os meios mais comuns de aplicação são a colher de pedreiro ou rolo de textura. Durante o chapisco, assim como nas demais etapas do primeiro revestimento, é necessário tomar alguns sérios cuidados para que o trabalho final sejam bem-sucedido. É primordial verificar se a superfície que receberá o chapisco está livre de sujeita ou partes soltas. Como ele é a base do revestimento, se não conseguir um excelente contato com a alvenaria, poderá se soltar, levando junto todo o revestimento aplicado. Geralmente, o chapisco é a parte mais demorada do primeiro revestimento, pois é aplicado em pequenas porções. Terminando o chapisco, a superfície continua áspera. Para ajudar na fixação e obter sucesso no resultado, a adição do adesivo acrílico é uma alternativa.

EMBOÇO Corrige as imperfeições da alvenaria antes da aplicação do acabamento. Ele regulariza e protege, dando às paredes aspecto plano. Os componentes mais usados são areia, cal e cimento. Para aplicação são utilizadas as seguintes ferramentas: colher de pedreiro, régua de alumínio, desempenadeira plástica alveolar de poliestireno ou madeira e desempenadeira com feltro ou espuma de borracha. Antes da aplicação, é importante certificar-se de que a superfície da base não apresente desvios de prumo, esteja firme, limpa, seca e isenta de pó, óleo, tinta ou outros resíduos que possam prejudicar a aderência. Existem argamassas industrializadas que fazem o papel do emboço e do revestimento em uma só aplicação. São basicamente produzidas com cimento, areia e aditivos, e podem ser aplicadas através do método tradicional (desempenadeira) ou ser projetadas sobre o chapisco e receber o acabamento quase que imediatamente. A aplicação do emboço deve ser feita de cima para baixo na parede previamente umedecida. Geralmente, um pedaço de tijolo na parede é usado para auxiliar no nivelamento do emboço.

REBOCO É a terceira camada do revestimento, regulariza e suaviza a superfície do emboço quando a mesma apresenta-se muito rústica. Os rebocos de obra são uma mistura de pó de mármore, cal o cimento branco e apresentam granulometria fina. A espessura do reboco varia entre 5 mm e 10 mm. Para a aplicação, é indicado o uso de uma desempenadeira e movimentos circulares alternados com borrifos de água. Sobre o reboco, aplica-se diretamente o acabamento escolhido, como massa acrílica ou corrida, que servem de base para a pintura e papel de parede. Para revestimentos do tipo cerâmico, azulejos ou textura, o reboco é dispensado.

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Cerâmica

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: wallpaperup.com

Coloridos, lisos, clássicos, ousados, estampados e por aí vai. Há diversas opções de materiais para revestir pisos e paredes do lar. Eleger os ideais, no entanto, não é uma tarefa fácil. Vale voltar as atenções para essa etapa e caprichar na escolha. O primeiro passo, é verificar a resistência, durabilidade e o local de instalação - área externa ou interna da morada.

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À sua maneira

OPÇÕES NÃO FALTAM - ESCOLHA O QUE MAIS COMBINA COM O SEU PROJETO, E MÃOS À OBRA.

A

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: upload.ee

nalisar o tráfego que o revestimento receberá também é fundamental, pois ele deve suportar as pisadas. É necessário escolher o produto adequado para cada área. Dentro de casa, os eleitos devem ser fáceis de manter. No exterior, o material mais indicado é o antideslizante. Depois de verificar as questões técnicas, vale fazer uma visita ao mundo de cores, formas e desenhos que existem por aí. Há diferentes tonalidades que devem ser pensadas de acordo com a decoração da casa. Com tantas possibilidades é comum surgir aquela indecisão. É aí que entramos em cena para dar uma mãozinha e ajudar nessa tarefa. Conheça as características dos materiais mais usados em projetos residenciais e opte por aquele que mais combina com o seu lar!

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CERÂMICA O material possibilita a criação de ambientes coloridos e a escolha de diferentes modelos e tamanhos. Pode ser usado como revestimento de pisos, azulejos e pastilhas. Outras vantagens são a fácil manutenção e durabilidade. Proteção contra infiltrações, produtos antialérgicos, fácil assentamento e boa relação custo-benefício também estão na lista. Destaca-se ainda a versatilidade e uma infinidade de opções de cores e formas. Para a área externa ou ambientes molhados, é necessário o uso de cerâmicas que tenham uma resistência ao escorregamento maior, ou seja, mais aderente. É recomendado o uso de água e sabão neutro para deixá-los limpos. INSTALAÇÃO O processo é simples e deve ser feito com argamassa colante e desempenadeira dentada de 8mm em um contrapiso com caimento certo e cura adequada. O rejunte deve ser flexível e impermeável, também deve ser realizada por mão de obra especializada. Lembrando sempre de ficar atento as informações descritas pelos fabricantes. RETRÔ! Materiais que nos fazem lembrar o passado estão em alta. Exemplos disso são os azulejos decorados que eram vistos nas paredes da cada da vovó. Depois de quase 20 anos, eles voltaram com força total e são presença garantida em projetos cheios de charme. RESISTÊNCIA GARANTIDA A Cerâmica é classificada de acordo com um teste de resistência do esmalte ao desgastamento provocado por abrasão. Na embalagem deve haver a sigla PEI, que significa Porcelain Enamel Institut (Instituto de Pesquisa de Esmaltes), local onde o teste foi desenvolvido nos EUA. O índice determina a capacidade das superfícies esmaltadas resistirem ao tráfego de pessoas e à movimentação de objetos. Confira na tabela ao lado. DICAS É importante saber a metragem do local que receberá o revestimento. Compre 10% a mais para evitar problemas. Atenção: os materiais usados no piso podem ser aplicados em paredes, mas o contrário não é permitido.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim

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Porcelanato

As peças possuem baixa absorção de água e resistência comprovadamente maior

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É

fabricado por materiais mais puros, a temperaturas superiores a 1200°C. As peças possuem baixa absorção de água e resistência comprovadamente maior. A impermeabilidade da superfície inibe a proliferação de fungos e bactérias, proporcionando melhor higiene. Para manter as superfícies livres de sujeita, é indicado o uso de água e sabão neutro. Produtos específicos podem ser utilizados a cada 15 dias. São muito usados, pois possuem, excelente resistência mecânica e baixíssima absorção de água. COMO INSTALAR O primeiro passo é preparar corretamente o contrapiso, que precisa de duas semanas para secar. Depois dessa etapa, o porcelanato pode ser assentado. É fundamental levar em conta os espaçamentos entre as peças e obedecer às especificações do fabricante. Antes de iniciar o assentamento, vale colocar as peças lado a lado para verificar se elas resultarão no efeito que você deseja para seu lar. Outra dica é privilegiar argamassa com proprieda-

des de colagem por ancoragem química (próprias para porcelanatos). Cerca de 72 horas depois, chega a vez do rejuntamento com material impermeável. É viável evitar que as demais etapas da construção, como pintura e elétrica, danifiquem a superfície, A areia (quartzo), provoca riscos em qualquer revestimento. NOVAS OPÇÕES Com a vinda de novas tecnologias, os formatos aumentaram e a reprodução de pedras naturais tornou-se moda. Hoje existem opções retangulares e é possível imprimir relevos. As peças apresentam excelente aderência e não riscam, nem trincam com o passar dos anos. IMPORTANTE É fundamental observar as especificações técnicas do material para saber se é exatamente o que você precisa para revestir o piso do lar. Uma dica valiosa é nunca comprar apenas por beleza.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: pisosyacabadosceramicos.com

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Pastilhas

A lista de vantagens é extensa, com destaque para a alta resistência e brilho garantido

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A

s pastilhas podem ser feitas com vidro, porcelana, cerâmica ou cristal e são indicadas para revestir paredes, pisos e piscinas. Podem ser aplicadas em superfícies retas ou onduladas e em diversos ambientes da casa. INSTALAÇÃO O assentamento deve ser feito com argamassa especial sobre a superfície seca e nivelada. As peças vêm em cartelas coladas em placas. Os rejuntes podem ser da mesma cor da pastilha ou em diferentes tonalidades para proporcionar um contraste. AS MAIS USADAS Vidro: Os mosaicos de vidros são resistentes, não mancham, nem perdem a cor e o brilho com o passar dos anos. Ainda é possível desenvolver painéis personalizados, com desenhos ou formas abstratas - basta deixar a criatividade tomar conta. Levam charme e sofisticação

aos projetos. Para limpar a superfície, a dica é usar escovas macias com cerda náilon e esponjas umedecidas com água e sabão neutro. Evite produtos à base de cera, óleo, graxa ou solventes. Eles deixam resíduos e acumulam sujeira. Porcelana: As pastilhas acompanham curvas, possibilitam a criação de diferentes mosaicos e deixam o projeto personalizado. Além disso, não absorvem água e garantem ótima impermeabilização. As matérias-primas usadas na fabricação (feldspato, argilas e quartzo) são queimadas em fornos com temperatura acima de 1.250°C. Podem ser aplicadas em fachadas de prédios, pois resistem ao sol, chuva e à salinidade de orlas marítimas por mais de 30 anos. Cerâmica: São resistentes e indicadas para revestir áreas internas e externas. No mercado há varias opções de cores e estampas, para todos os gostos. A manutenção é simples, basta usar água e sabão para manter as peças sempre limpas. São versáteis e podem ser aplicadas em superfícies retas ou com ondulações.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: san4u.ru

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Madeira

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É uma das mais usadas dentro e fora de casa. Apresenta alta resistência, garante conforto térmico e possui uma lista extensa de opções de texturas e cores. Além disso, tem ótima capacidade de isolamento elétrico, resistência garantida e facilidade de renovação. Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold


MADEIRA MACIÇA Apresenta boa resistência e densidade, o que permite diferentes possibilidades de uso. Pode ser utilizada em forros, assoalhos, parquetes, tacos e deques. Realizar manutenção frequente é fundamental para garantir a beleza e a durabilidade das peças. A aplicação da cera varia de acordo com o uso, mas é indicado um intervalo de, aproximadamente, três meses. A limpeza deve ser feita com vassoura de pelo e pano macio, levemente umedecido. Não use solventes e produtos incompatíveis com o acabamento escolhido. ASSOALHOS São as famosas tábuas corridas e devem ser instalados com o sistema macho e fêmea. Possuem comprimento, espessura e larguras diferentes e podem ser assentados na horizontal, vertical ou diagonal. O assoalho tradicional, por exemplo, pode ser colocado sobre diversas bases existentes: contrapiso, compensado naval, barrote ou qualquer outro piso. Para garantir um bom trabalho é indicada a dupla fixação uso de cola aliada a parafusos ou pregos. TACOS É possível encontrá-los em diferentes versões: tacão, taco palito ou lenheto. Com eles, a sugestão é colocar a criatividade em cena e desenvolver diferentes composições - inclusive aquelas que lembram pisos muito usados na década de 1970. A espessura varia entre 1 e 2 cm. LAMINADO Boa sugestão para quem deseja economizar, mas não abre mão de qualidade e de efeito especial. É durável, não risca com facilidade e não o ocasiona frestas. Basta limpar de maneira convencional com vassoura macia e um pano umedecido. Aos que gostam de mudar, uma boa notícia: os pisos laminados apresentam facilidade de instalação, principalmente em reformas, pois dispensam quebra-quebra. PARQUES São pequenas plaquetas de madeira que formam mosaicos especiais. A instalação é feita com diversas peças fixadas no piso com cola. Para aplicação é preciso nivelar e encaixas os parquetes de maneira uniforme. DEQUES Ipê, jatobá e cumaru estão entre os mais usados por apresentarem alta resistência e durabilidade. São as opções mais aplicadas ao redor da piscina e devem receber um tratamento especial, com verniz ou stain. Essa medida afasta problemas causados por intempéries e possíveis ataques de insetos MADEIRA DE DEMOLIÇÃO É uma alternativa sustentável, pois não resulta em desmatamentos. As mais usadas são: pinho de riga, peroba rosa, perobinha do campo, cabreúva, jacarandá e braúna. O material pode ser encontrado em lojas especializadas e deve ser comprado com atenção. É preciso analisar as pelas com bastante cuidado para evitar problemas futuros. ESCOLHA O SEU Há os de alta pressão, compostos por laminados plásticos. Os de baixa pressão são formados por laminas de celulose impregnadas por resinas e prensadas no substrato. Existem também os naturais, compostos por lâminas de madeira. ELES SUBIRAM AS PAREDES É possível usá-los para compor painéis ou revestir paredes inteiras. Para garantir uma instalação correta, é preciso realizar as etapas de reboco e emboço sem cal na parede. Se houver a necessidade de remoção, fique tranquilo - há solventes especiais para o trabalho. SUSTENTABILIDADE Em todos os casos e tipos de pisos, vale checar se o fabricante escolhido possui selos de certificação ambiental. DICA A madeira sofre movimentos de contração e dilatação ao longo do tempo. Por esse motivo é fundamental deixar, em média, 15 mm de espaçamento entre pisos e paredes. Cada revestimento exige um modo de instalação diferente. Por isso, contrate nesse caso uma mão de obra eficiente, qualidade e experiente. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim Fotos: refleta.com / designpre.com / homeditorial.com / home-paris.biz / wallpaperszip.com

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Pedras

levam harmonia e requinte aos espaços. Oferecem sensação de estar em contato direto com a natureza. Podem ser aplicadas em pisos e paredes de áreas internas e externas em formato de placas ou filetes. Devem ser impermeabilizadas, o que evita futuros problemas de umidade.

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O

material não envelhece, tratamentos especiais devolvem sua aparência natural. Por esse motivo é necessário fazer a manutenção periódica. A limpeza deve ser feita com produtos que não formam películas que podem danificar as pedras. Para conferir rusticidade aos ambientes, é bastante comum o uso das pedras mineira, São Tomé ou Goiás, miracema e ardósia. Ideais para pisos em áreas externas, elas possuem características atérmicas e antiderrapantes, além de fácil manutenção. De olho no futuro do meio ambiente, algumas empresas investem em conceitos sustentáveis, que podem realizar a extração controlada. Conheça os principais tipos de mármores e granitos:

Mármore: reveste pisos e paredes. É indicado para ambientes internos, como salas, halls, quartos e banheiros. Vale apostar na nobreza do material em tampos, bancadas e elementos arquitetônicos. Mármore Branco: as cores de fundo vão de acinzentadas a brancas com presença de veios cinzas, beges e esverdeados. Mármore Carrara: apresenta fundo acinzentado e veios cinzas, sendo que a intensidade dessas cores determina sua classificação e preço. É mais duro e absolve menos água. Mármore Travertino: indicado para área de grande circulação, como varandas e lavabos. Por ser poroso, não deve ser usado em cozinhas. Limestone: aplicado em bancadas, revestimento de fa-

chadas, pisos e paredes. É poroso e exige impermeabilização antes do uso. Granito: é resistente a ataques químicos, absorção de água e desgaste abrasivo. Pode ser usado em áreas internas e externas. Granito preto: os mais comercializados atualmente são os nacionais São Gabriel e Preto Absoluto. Mais usados e pisos e bancadas de cozinhas. Granito verde ubatuba: aplicado principalmente em cozinhas e áreas de serviços, também aparece frequentemente em áreas comuns de prédios. Granito amarelo icaraí: não tem restrições técnicas e pode ser empregado em qualquer ambiente. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: denoxa.com

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É

uma tendência e ganhou espaço nos projetos. O material tem excelente conforto térmico, absorve menos calor que pedras naturais ou pisos cerâmicos e, na maioria das linhas, é antiderrapante. Acrescenta qualidade plástica, possui grandes dimensões e diferentes tonalidades. A instalação é simples e requer mão de obra especializada. É preciso utilizar a argamassa colante flexível e realizar colagem dupla para fixar a peça. Os materiais podem ser aplicados em pisos e paredes de área interna e externa (há itens específicos para cada ambiente e parte da casa).

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: tegelcentrum.be.apache21.hostbasket.com / systemonefloor.ca / casadamontanha.com.br

Cimentício


O

s tecidos são boas soluções para dar um charme à morada. Antes de aplicá-los, é preciso preparar as paredes que irão recebê-lo. Regiões chapiscadas e com acabamentos sem uniformidade não devem ser usadas. Dê preferência a superfícies niveladas. A próxima etapa é aplicar os modelos com cola à base de água e espátula. É interessante que se faça uma pequena amostra para verificar se o produto não mancha. A limpeza deve ser realizada semanalmente com aspirador de pó e pano úmido com detergente neutro nos couros sintéticos.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: praticdecor.com.br / bideseimoveis.com / francieledesigner.com.br

Paredes vestidas

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F

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oram hit na década de 1980, e voltaram com força total. Dão charme a fachadas de casas rústicas ou compõem detalhes em construções contemporâneas. Podem ser usados em pisos e paredes, dependendo do material escolhido. No entanto, é fundamental tomar alguns cuidados básicos para manter a beleza do material. É essencial aplicar resinas ou silicones para proteger a alvenaria e evitar manchas. Os impermeabilizantes devem ser aplicados em substratos limpos e porosos. Use um pincel de pelo curto ou trincha. Mantenha um intervalo mínimo de seis horas entre as aplicações de cada demão. O silicone deve ser aplicado com um pulverizador de baixa pressão ou trincha. Depois dessas etapas, é preciso esperar cerca de seis horas para a secagem.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: deleedela.com

Tijolos


Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: casaecia.clicrbs.com.br

Vinil O

s pisos de vinil conquistaram espaço nos lares brasileiros. Há inúmeras vantagens, entre elas economia, durabilidade e conforto térmico. Pode ser aplicado em diferentes ambientes da casa. A instalação é simples e evita quebra-quebra. No entanto, é importante verificar as condições do local antes de começar o processo. É indicado para todos os contrapisos, desde que a área esteja sem ondas e depressões. O material é aplicado com uma pasta desenvolvida com água, cola de acetato de polivinila (PVAc) e cimento. As empresas especializadas passaram a investir em estampas cheias de charme. Existem opções para todos os bolsos e gostos.

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O tradicional requer a execução de um contrapiso de 2 a 3 cm e a aspersão de pó de cimento com pigmentos nas superfícies, que formam uma finíssima camada. Já o kit polimérico é um sistema que possui, entre os componentes: argamassa colorida a base de cimento branco, pó de mármore e quartzo.

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Como preparar o piso? Antes de aplicar sobre o contrapiso, use as juntas de dilatação. Na sequência, espalhe a massa. Para alisar a superfície, utilize uma desempenadeira de madeira. Aplicar vernizes, óleos hidrorrepelentes ou ceras é oura medida indicada pelos fabricantes. Como preparar a massa? É necessário utilizar 3 ml de resina sintética a cada 1 kg de cimento. Em seguida, adicione água aos poucos para deixar a massa úmida. Se a ideia é ter um piso colorido, é nessa etapa que devem ser colocados os pigmentos.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: beautifulglobal.com

Cimento queimado


Novas Pedras

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: vwmin.org / decorally.com.br

CORIAN Versatilidade é a palavra-chave do material. A superfície é sólida, composta por 1/3 de acrílico e 2/3 de minerais naturais. É ideal para bancadas, balcões, pias de banheiro e cozinhas e revestimento de paredes. O produto é exclusividade da DuPont e conta com diversas opções de cores. A ausência de juntas e a porosidade garantida facilitam a manutenção.

SILESTONE As superfícies são produzidas pela empresa espanhola Cosentino e compostas em pelo menos 90% de quartzo natural. São indicadas para aplicar em qualquer área do interior da casa, como por exemplo bancadas de cozinhas e banheiros, pisos e paredes. Não riscam, nem mancham com facilidade. Oferecem grande diversidade de efeitos e cores e são fáceis de aplicar. A instalação é semelhante à do mármore e do granito, não há segredos. A manutenção é simples, basta um pano com água e detergente com pH neutro.

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T

odas as as empresas empresas consultadas consultadas apresentam apresentam produtos produtos que que ajuajuodas dam aa preservar preservar oo meio meio ambiente. ambiente. Muitas Muitas delas delas desenvolvem desenvolvem dam itens com com sobras sobras de de materiais materiais ou ou práticas práticas que que economizam economizam oo itens uso dos recursos. Uma iniciativa admirável é a da Aubicon, empresa uso dos recursos. Uma iniciativa admirável é a da Aubicon, empresa

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que comercializa pisos feitos com borracha de pneu reciclado. Mais de 44 milhões de unidades são geradas no Brasil todos os anos e seu tempo de decomposição é indeterminado. A única solução hoje em dia é reciclar. São pisos permeáveis e foram batizados de Impactsoft.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: revestimentosoborrachao.com / paviflexpiso.com.br / aubicon.com.br

Sustentabilidade


Efeito3D A

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: designceramico.com.br / construirnordeste.com.br

impressão que se tem ao sentir o volume e formas que compõem cada peça é de que foram feitas a mão. Contudo, cada relevo apresente um método particular de fabricação. Os mais comuns são produzidos à base de um processo de queima de cerâmica seguido pela esmaltação. Há ainda outros métodos que contam com cortes diferenciados. A aparência e o efeito de nossas têm três funções: trazer o aspecto rústico da pedra, impor durabilidade unida à resistência e compor um ambiente diferenciado. O processo de fabricação é semiartesanal e tem cinco fases. As matérias-primas e o método de produção garantem um processo limpo e que preserva a natureza.

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Parece, mas não é!

Bastante utilizados nas construções, madeira e cimento podem ser substituídos por revestimentos similares. Afinal, atualmente, existem no mercado diversos produtos que oferecem os mesmos efeitos.

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Madeira: Há diversos materiais que substituem - e em grande estilo - o recurso e evitam possíveis desmatamentos. Esses materiais vieram para ficar e são ideais para todos os ambientes da casa. Segue uma breve lista do principais materiais: Cerâmica: possui os veios e as características da madeira. São resistentes e podem ser instalados em áreas externas sem preocupações em relação ao aparecimento de cupins. Concreto: os cimentícios estão entre os mais usados e são muito indicados para deques. O material apresenta alta

durabilidade e resistência a intempéries. Porcelanato: possui textura que irrita com perfeição as características da madeira de demolição. Oferece diferentes tonalidades e formatos. Vinil: não empena ou risca, é acústico econômico e fácil de instalar. PVC: simula os padrões da madeira rústica. As placas podem ser montadas de forma longitudinal, perpendicular ou quadriculada. Imita cimento queimado: o material oferece aspecto de inacabado a pisos e paredes. Diversas empresas criaram massas

pré-fabricadas que proporcionam o mesmo efeito do cimento queimado. Os novos revestimentos possuem boa aderência, resistência a trincas e evitam desperdício, já que são orçados de acordo com o projeto. Um bom exemplo disso é o Mr. Cryl, da Bricolagem Brasil, que reúne a técnica básica de preparo do cimento queimado com tecnologia. Em sua fórmula, são utilizadas substâncias diferenciadas e exclusivas, como resinas acrílicas e fibras sintéticas, o que evita o aparecimento de trincas e rachaduras e aumenta a resistência a deformações e esfarelamento. Pode ser usado em áreas internas e externas, não exige a remoção revestimentos pré-existentes e tem espessura de 2 mm.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: aldeiatem.com / ahoramas.com

Piso Radiante

É

excelente opção para quem deseja garantir conforto térmico para a família inteira. A instalação deve ser prevista na obra, pois será preciso reservar um espaço específico para a tubulação. Há três sistemas disponíveis: elétrico, hidráulico ou por termofusão. Todos podem ser instalados em qualquer revestimento. Se o escolhido for um assoalho de madeira, é essencial que esteja limpo e seco. Geralmente, o Piso Radiante Elétrico possui 6 camadas: revestimento, isolante, resistência elétrica, contrapiso, malha de aço e laje.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: apeemotion.com / aprivateisland.com / prweb.com / yesborabora.com

Vidro U

sar vidro para compor detalhes no piso deixou de fazer parte apenas de projetos comerciais. Ter uma passarela translúcida na residência é totalmente possível. No entanto, é preciso ter cuidado e contratar profissionais capacitados para o trabalho. Os materiais mais indicados são os de segurança laminados, que apresentam alta resistência mecânica. As placas escolhidas podem ser laminadas ou não.

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Fachada 86

É importante usar tintas específicas para as áreas externas. Dessa forma, tentamos garantir durabilidade e perfeita aparência dos ambientes que estarão preparados para receber manutenção, sem que isso afete no visual. Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold


Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: pedalcarco.com

S

ofrem com a degradação provocada pela ação do tempo e do ambiente, como chuva, sol e poluição, que com o passar do tempo causam fissuras, as quais auxiliam na proliferação de fungos, bolores e mofos, provocando manchas e deterioração da tinta. Além disso, o uso de produtos de má qualidade ou poucas demãos para a área externa prejudicam a aparência da morada. A escolha da tonalidade também influenciará no tempo de manutenção. As cores intensas apresentam um desgaste grande, devido à maior absorção de raios solares do que em tons claros nas paredes.

Se as paredes apresentarem pintura devastada, o correto é usar um fundo preparador de parede para tintas antigas. Para superfícies nunca pintadas, é bom prepará-las com lixa e selador acrílico. Outro cuidado é nunca passar o produto em regiões úmidas. O ideal é identificar a origem e tratar de maneira adequada. Todos as tintas contêm antimofo. Algumas, por exemplo, inibe durante algum tempo a proliferação dos fungos, porém existem produtos sanitizantes, específicos para combater a umidade. Vale a pena fazer uma pesquisa por esses itens. Se o reboco for novo é indicada aguardar 30 dias para a cura completa do material. Em seguida, utilize um

selador acrílico a pinte com o acabamento desejado. Se a intenção for usar texturas, é possível aplicá-las sobre reboco selado, sem a necessidade de massas niveladoras. É importante usar tintas específicas para as áreas externas. Dessa forma, tentamos garantir durabilidade e perfeita aparência dos ambientes que estarão preparados para receber manutenção, sem que isso afete no visual. Uma das melhores opções para proteger o espaço é a acrílica, por apresentar resina com quantidade de aditivos que permite maior desempenho nas áreas externas.

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pintura Conheça os materiais que estão presentes nas tintas.

Resina Cerca de 90% são originados da nafta, um subproduto do petróleo. Esse componente é a parte não-volátil da tinta que tem função de reunir as partículas de pigmentos. É o tipo de resina que determinará a denominação, entre acrílica, alquídica, epoxídica ou polivinílica. Complexas reações químicas levam à formação dos polímeros que determinarão as propriedades de resistência e durabilidade da resina. Pigmentos São os responsáveis pela coloração da tinta. Trata-se de um material sólido que também confere ao produto características como opacidade e resistência. Essas matérias-primas são dividas entre pigmentos coloridos, não coloridos e anticorrosivos - que proporcionam proteção aos metais Aditivos Materiais responsáveis pelas características especiais das tintas ou mesmo pela melhoria de suas propriedades originais. São diversos os aditivos utilizados na produção de tintas, como os secantes, antissedimentares, antiespumantes, antirraios ultravioletas e niveladores.

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89 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: fotolia.com


Principais diferenças Solvente. Trata-se de um líquido volátil com baixo ponto de ebulição, cuja função é dissolver a tinta. São classificados em solventes aditivos ou verdadeiros, latentes e inativos. Tinta Látex PVA. O que dá o nome à tinta é o tipo de resine usado na formulação, nesse capo a PVA. Pode ser diluída em água e é lavável, mas deve ser utilizada apenas para ambientes internos, por não apresentar resistência às intempéries.

Tinta Látex Acrílica. Desenvolvida a partir de resina acrílica, é indicada para qualquer ambiente, sobretudo em locais abertos, como fachadas, muros e estacionamentos. Por ter substâncias impermeabilizantes em sua formulação, é resistente a água e ao vento. Também não desbota e pode ser diluída em água. Para remover sujeitas em superfícies pintadas com tinta acrílica, basta lavar com esponja macia e sabão neutro. Ela pode ser encontrada nas versões acetinadas, semibrilho e fosca. Tinta Esmalte. Apenas para portas, janelas, metal e ferragens em geral. Existem esmaltes que podem ser diluídos

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em água ou solvente. A opção à base d’água é mais vantajosa porque, além do ganho ambiental, a pintura seca rápido e quase não tem cheiro. Ela apresenta resistência a fungos e não amarela com o tempo. Pode ser encontrada com três tipos de acabamentos: fosco, acetinado e brilhante. Tinta para Piso. Garante aparência nova aos pisos cimentados velhos, mesmo que já tenham sido pintados anteriormente, e confere sofisticação aos ambientes rústicos da residência Esmaltes Epóxi. Apresentam resinas epóxi resistentes e normal-


mente brilhantes. Quando aplicados, geral uma camada com alta resistência, suportando a maneira adequada a umidade, atrito e sujeira. São mais utilizados para pinturas de concreto aparente, banheiros, pisos e azulejos. Esmaltes Sintéticos. São revestimentos à base de misturas de resinas e secantes, resistentes a chuva e ao sol. Apresentam película resistente à sujeita e podem ser usados para pinturas internas e externas. Vernizes Poliuretânicos. Compostos por resinas poliuretânicas, são indicados para acabamentos internos e externos de

madeiras. Possuem alta resistência ao intemperismo natural e também a fungos e mofos. Vernizes para Madeiras. Sua composição é feita à base de resinas e secantes que geram a formação de película protetora e resistente. São mais indicados para o uso em madeiras externas, mas também podem ser aplicados em revestimentos de madeiras internas. Stains. São compostos formulados para penetrarem na madeira sem formar película e, dessa forma, não provocar o descascamento. Possuem alto poder de tingimento e podem ser encontrados em diversas

tonalidades, inclusive nas colorações que imitam diferentes tipos de madeiras. Há também as versões incolores, que podem ser aplicadas antes dos vernizes quando há a necessidade de mudar a coloração das madeiras. Acabamentos Foscos. Os foscos proporcionam reconforto e os brilhantes são preciosos. Produtos com leve brilho colaboram para garantir a sensação de amplitude nos ambientes. Os foscos realçam menos as imperfeições. De uma maneira geral, as cores são percebidas de maneira diferente nos diversos acabamentos. Porém, uma tonalidade será mais intensa em acabamento brilhante.

91 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: ihome-essential.com / ameliax.xyz


Cores O número de possibilidades é infinito

A

o escolher o melhor tom para o imóvel, algumas pessoas podem ficar confusas. Afinal, o número de possibilidades é infinito. Para auxiliar na decisão, pesquisas de tendências são realizadas por profissionais de diversos países e segmentos de design e projetos. Esses estudos anuais reúnem vários grupos profissionais de indústrias têxteis, laminados tintas, automóveis, plásticos, papéis, eletrodomésticos, pigmentos, piso, móveis, tapetes, enfim tudo o que envolve cor. Nas reuniões são analisadas as tendências de comportamento da sociedade, suas necessidades, o mercado de consumo e quais os fatores que mais terão influência. Ao final desse longo trabalho de pesquisa, estilos, formas e cores que serão atraentes para os consumidores em vários segmentos são reunidos para formar a cartela de cor de uma determinada empresa de tintas, sendo ajustada ao produto e mercado consumidor. No entanto, como a seleção de tonalidade para a casa pode gerar dúvidas, há sistemas tintométricos, aplicativo para iPhone (Suvinil) e simuladores de ambientes que reproduzem as imagens de cômodos escolhidos com grande variedade de tons.   Tonalidades mais indicas. A cada ano, as marcas destacam determinada paleta de cores. No entanto, ela não muda radicalmente, e dicas de profissionais são úteis no momento de escolher a combinação ideal para valorizar as paredes. É importante ressaltar que os tons devem ser escolhidos de acordo com as aspirações e sentimentos que se deseja imprimir nos ambientes. Há grandes empresas que ultimamente vem apostando nas cores mais vibrantes e alegres. Tons como Tangerina, Menta e Rosa vem em alta nas decorações e projetos. Trata-se de uma harmonização que é necessária para os ambientes, que representam a vida nova inerente aos novos anos. Para quem quer ir além, é recomendado também pintas pequenos ambientes com nuances Lilás, Verde Kiwi, e Laguna, que ampliam o espaço em contraste com a luz. O azul profundo também sempre está em alta, com variações que apontam para o Berinjela, passando pela Alfazema, Laguna e Lilás Light. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: sihomez.com / jclarkandsons.com / npaints.ru / receptionrooms.blogspot.com.br

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Texturas Os revestimentos texturizados são perfeitos para corrigir fissuras ou pequenas deformidades da parede, além de proteger, colorir e inovar no acabamento, sejam eles internos ou externos.

C

onferem modernidade as paredes, pois são compostas por resinas que permitem criar efeitos, desenhos ou painéis decorativos. Acessórios como escova de dentes, espátula de aço e vassoura de náilon ajudam a criar inusitadas texturas. A durabilidade depende da qualidade dos materiais que forem usados. Deve-se estar atento para as etapas do acabamento, deformidades, infiltrações, deficiências da superfície e tempo de secagem, bem como qualidade na aplicação, com mão de obra capacitada. Os revestimentos texturizados são perfeitos para corrigir fissuras ou pequenas deformidades da parede, além de proteger, colorir e inovar no acabamento, sejam eles internos ou externos. Por ser uma solução de revestimento muito adotada, várias empresas já estão adotando texturas projetas e especializadas para o uso em diversas paredes. Os produtos estão sendo desenvolvidos para uma aplicação mais fácil e com características de uso em decoração versáteis e diferenciadas. Para quem deseja um ambiente com aparência rústica, essa pode ser uma ótima opção. Se compararmos as características entre as tintas convencionais e as texturas acrílicas de alto relevo, notaremos que as segundas escondem melhor as imperfeições do reboco cimentado r protegem ainda mais as superfícies externas e internas das paredes, já que possuem camada final de 2 a 4 mm, consumindo cerca de 3 kg por m². As tintas acrílicas, por outro lado, demandam de 600 e 800 g por m². Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim

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Graffiato De acordo com a Hydronorth - fabricante do Graffiato Premium riscado - para obter esse efeito, o profissional precisará ter: tinta acrílica fosca de cor da textura, Graffiato, rolo de lã, uma desempenadeira de aço e uma desempenadeira plástica. A marca aconselha verificar as instruções de aplicação, tais com diluição, tempo de secagem e locais onde pode ser utilizados. Além disso, em áreas externas com incidência de sol, trabalhe em uma faixa de aproximadamente 1 m de largura por vez. Limpe a desempenadeira plástica durante a aplicação para facilitar o acaba-

mento e use pincel para o fundo no canto da parede. De acordo com a empresa, pode-se variar o efeito, fazendo riscos horizontais, cruzados e circulares. Método Simples De acordo com o gerente de marketing da Futura Tintas, é preciso espalhar a massa uniformemente pela superfície. Com ela ainda fresca, use o dedo ou um pente na superfície com movimentos que criem o desenho desejado. Em seguida, remova o excesso de massa dos dedos ou do pente.

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Caiada É uma pintura natural que transmite um efeito manchado nas paredes. O pigmento pode ser óxido de ferro em pó ou pó xadrez. Cor e quantidade dependem da tonalidade desejada.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: designsforlivingwenatchee.com

Efeitos decorativos


Selador ou fundo preparador

É

fundamental aplicar produtos específicos antes da pintura, pois garantem melhor acabamento à superfície. Apesar disso, muitos profissionais especializados têm dúvidas na hora de escolher o ideal. Para esclarecer essas questões, Comelatto explica que é preciso entender a diferença entre selador e fundo preparador. O bom uso dos produtos proporciona melhores resultados e até economia extra. O primeiro não pode ser utilizado para selar a umidade ou preparar uma superfície para ser repintada. Ele apenas garante o preenchimento de paredes muito porosas porque penetra e se expande, proporcionando uniformidade. É indicado vários materiais, como reboco novo, concreto aparente, blocos de concreto e fibrocimento.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: depositphotos.com

O uso do segundo é recomendado para paredes de gesso e novas, descascadas, pintadas com cal que estão esfarelando ou para conferir mais firmeza para o reboco fraco. O que o fundo preparador faz é aglutinar partículas soltas, proporcionando melhor aderência. Pode ser indicado até mesmo antes da pintura com tinta emborrachada.

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DICAS E TRUQUES 2) Alongue. Se quiser garantir mais profundidade a um cômodo quadrado da casa é necessário aplicar cores mais escuras nas paredes opostas. Os tons de verde podem ser escolhidos. Eles representam esperança, paz e calma. Há opções mais fechadas, voltadas para o cinza.

3) Rebaixe o teto. Ao aplicar um tom mais escuro que o usado nas paredes, o pé direito parecerá mais baixo. Isso garantirá aconchego e beleza aos cômodos. Use e abuse do laranja para fazer esse efeito. Ele passa a impressão de calor e é estimulante. Muito indicado para salas de estudos, de estar e de reuniões.

4) Alongue a parede. Pinte com uma cor escura a parte inferior da parede e escolha um tom mais claro para contrastar na área superior. O vermelho é muito indicado para destacar. Além disso, aumenta o apetite e é estimulante. Não use para colorir um ambiente inteiro, pois pode ficar muito carregado.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: littlevictorian.com / 140.mywallpapers.org / lingatour.com / dopepicz.com

1) Encurte. Se o cômodo retangular é comprido demais, uma solução simples é aplicar cores mais escuras nas paredes para dar a sensação de um espaço mais curto. Você pode usar tons de azul, indicados para quartos de crianças e adultos hiperativos. A cor ideal para painéis ou em combinações com outras cores.

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6) Eleve o teto. Ao aplicar um tom mais claro que o escolhido para as paredes, o efeito é contrário do citado ao do laranja. O teto parecerá mais alto do que realmente é. Nada melhor do que o branco, que representa pureza e limpeza, além de ser super clean, aumenta o volume e reflete o calor.

7) Alargue o corredor. Corredores muito estreitos devem ter suas paredes de fundo e o teto pintados com um tom mais escuro que os demais utilizados. Sempre escolha cores de acordo com suas preferências e que se tenha um equilíbrio e harmonia com os demais objetos de decoração.

8) Destaque um objeto. Aplicando uma cor intensa ou contrastante na parede que servirá como fundo ao objeto, ele terá mais visibilidade na decoração. Na parte de baixo você pode usar o violeta, que representa magia e espiritualidade. A cor é fria e não deve ser usada no ambiente todo.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: nibio.net / luffinco.com / sunscreenrequired.com / terrysfabrics.co.uk

5) Encurte a parede. Ao dividir a parede ao meio com um barrado e pintar a parte superior com um tom mais escuro e a inferior com um tom mais claro as paredes serão encurtadas. Na parte de cima você pode optar pelo cinza, já que o tom expressa a linguagem popular das ruas. Porém, tome cuidado, já que não deve ser usado em excesso.

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Os profissionais precisam ter experiência e cuidados para garantir bons resultados. Vejam algumas dicas importantes para contratar o serviço de pintura, entre elas, a elaboração de um contrato para garantir direitos e deveres das partes. Confira:

2) Peça para o pintor fazer um orçamento e explicar como trabalhará. É preciso levar em conta o tipo de profissional, quais são seus conhecimentos técnicos, se possui cursos de pinturas ou algum tipo de especialização, e certificados etc. 3) Faça pelo menos três orçamentos distintos e avalie a quantidade de material necessária para a obra, quais marcas de tintas os profissionais indicam, em quanto tempo ele realizará o serviço, quantas pessoas formam sua equipe e quantas horas trabalha por dia. Com isso, você poderá comparar as informações e avaliar qual melhor lhe atende. 4) Na hora de preparar o orçamento, avalie se o pintor dispõe de ferramentas como trena, calculadora, caderno, lápis e caneta. Veja também se ele conta com todos os recursos necessários para a realização dos serviços, por exemplo andaimes, rolos, escadas, pincéis e outros. 5) Indicações de amigos geralmente são as mais comuns para contratação do serviço de pintura. Se em seu círculo de amizades não há uma equipe que tenha feito bons trabalhos, busque recomendações em lojas de tintas e na Abrafati, que possui um programa de formação de pintores e capacitação de pintores. 6) Também é importante buscar referências dos pintores em lojas de tintas e visitar trabalhos feitos recentemente. 7) Existem empresas especializadas em pintura que possuem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Nesse caso, é importante consultar o PROCON e ver se há reclamações contra a empresa. 8) Antes da contratação, é fundamental perguntar se o pintor aplica ou não textura. Existem profissionais que sabem usar somente as tintas convencionais, outros especializados em texturas e aqueles que fazem os dois trabalhos. 9) As paredes normalmente ficam por último, já que ao lixar itens em madeira ou paredes com massa corrida é comum que o pó se acumule na superfície. 10) Faça um contrato, garantindo os direitos e deveres das partes. Nele, é preciso especificar pontos como o prazo de execução do serviço e as formas de pagamento. 11) Formalize quem ficará responsável pela compra dos materiais, o proprietário ou o pintor responsável. 12) Caso seja o pintor o encarregado de adquirir os produtos, especifique detalhadamente no contrato, os tipos e as marcas de tintas e texturas que serão usadas, pois existem materiais de primeira e segunda linha e classificados como econômicos, standard ou premium. 13) Caso contrate uma equipe para fazer a pintura lisa e convencional e outra para as texturas e efeitos decorativos, é importante que se programe a fim de que elas não trabalhem ao mesmo tempo, para que uma não atrapalhe o serviço da outra. 14) Para um trabalho adequado, o profissional deverá sempre cobrir com fita crepe as esquadrias e rodapés. 15) Ainda, o profissional deve proteger as paredes recém pintadas contra a incidência de água, poeira e qualquer tipo de contato.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: mirandajrpainting.com

mÃO DE OBRA

1) Defina o que será pintado dentro e fora da residência. Na maioria dos casos, os pintores trabalham por empreitada e, muitas vezes, pintar o máximo de espaços possíveis pode diminuir os custos.


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esquadrias Parte integrante da arquitetura, portas e janelas devem oferecer funcionalidade, luminosidade e conforto.

E

las são boas vindas aos moradores e levam claridade aos ambientes. Além de integrarem o projeto, portas e janelas decoram as construções e são pra lá de funcionais. Os modelos devem oferecer segurança, conforto e proteção ao usuário.

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Na hora da escolha, fique atento ao local da futura instalação e fala uma criteriosa avaliação. Analise principalmente a ventilação, iluminação, espaço disponível para abertura da esquadria e as condições de intempéries. Vale lembrar ainda

que durante o planejamento da obra é importante prever um vão livre maior do que as dimensões das esquadrias que serão usados pelo consumidor para evitar problemas no futuro. A conversa com profissionais da área também não deve ser dispensada. Consulte fabricantes do setor e esclareça dúvidas sobre quantidade, tamanhos, tipologias e materiais. Os materiais mais usados para fabricação são aço, alumínio, PVC e madeira. Sobre as medidas mínimas dos vãos, são

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recomendados 2,10 m de altura por 0,60 m no caso de portas. Para as janelas, as aberturas dependerão do projeto.


Que vista Não há quem resista a uma paisagem de tirar o fôlego. Para apreciá-la, aposte em janelas que estejam em harmonia com o projeto.

O

pte por modelos que ofereçam estanqueidade e acabamentos do mesmo material. Há uma grande diversidade de sistemas disponíveis no mercado.

folhas, o deslizamento das janelas é feito por meio de trilhos. As com vidro são indicadas para separar o interior do exterior em função da vista oferecida.

Os mais usados são os de correr, oscilo-batente e maxim-ar, que podem ser instalados com ou sem grade de vidros.

Basculante. Com controle horizontal em sintonia com os perfis da janela, é indicada para banheiros e cozinhas, já que possui pequena projeção para os lados.

Confira as janelas mais usadas. De correr. Pedida para quem deseja ambientes integrados com a sensação de amplitude. Composta por uma ou mais

Pivotante. Conhecida por grandes aberturas entre si e dobram-se quando abertas por deslizamentos na horizontal

e/ou vertical. Maxim-ar. Para cozinhas e banheiros, são abertas apenas com um empurrão. Permitem o controle da ventilação com diversas opções de abertura de acordo com a preferência.

101 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: garfosequartos.com


ESqUADRIAS E SEUS MATERIAIS

Alumínio Altamente resistente à corrosão, tem como ponto forte a durabilidade. É matéria-prima líder no segmento de esquadrias por ser versátil e atender aos mais exigentes projetos arquitetônicos. Dois acabamentos: a anodização e a pintura eletrostática. Proporcionam maior durabilidade e resistência. Os modelos oferecem alta vedação de água e ar. Após a instalação, os trilhos exigem limpeza, para evitar o acúmulo de poeiras e materiais.

Aço Valoriza as moradias e é resistente. Não é indicado para cidades litorâneas em função da salinidade marítima, pois pode causar corrosão. Alguns modelos contam com tratamento nanocerâmico. Ele se torna isente de metais pesados, fósforo e componentes orgânicos voláteis. As peças recebem pintura pelo processo de cataforese, que é à base de água. Os perfis exigem manutenção periódica com água, sabão neutro e pano. Aplique lubrificantes nos rodízios e verifique periodicamente a necessidade de apertar os parafusos.

PVC Para quem procura isolamento acústico, conforto térmico e economia, o modelo de PVC é a opção ideal. De acordo com alguns engenheiros técnicos, os benefícios impactam diretamente na qualidade de vida dos moradores. Temperatura adequada e confortável e espaços livres de ruídos indesejáveis são os principais pontos positivos oferecidos pelo material. No quesito segurança, a peça tem a vantagem da resistência, uma vez que recebe reforço interno de aço, e não ser inflamável. O PVC é auto-extinguível e não propaga chamas em caso de incêndio. Para a limpeza diária, basta utilizar água e sabão neutro. Evite pintar, envernizar ou lixar as esquadrias. A lubrificação das ferragens deve ser feita anualmente com óleo anticorrosivo, processo repetido a cada três meses caso a residência esteja em religiões litorâneas.

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Como a durabilidade média é de 60 anos, os acessórios foram desenvolvidos especialmente para o PVC.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: alkhaaluminio.com.br / janeladealuminio.blogspot.com / unicapvc.com.br

Para a manutenção, use apenas solução de água e detergente neutro com esponja ou pano macio. Evite esponjas ásperas, produtos ácidos, alcalinos e solventes para não tirar o brilho das peças. Em zonas urbanas e rurais, a limpeza é recomendada uma vez por ano. No caso de áreas industriais ou litorâneas, faça a manutenção a cada três meses.


Madeira roporciona ambientes aconchegantes. Confere requine e sofisticação às construções e é um excelente isolante térmico. As mais indicadas são a cedro-rosa, freijó e louro-vermelho. Há dois modelos disponíveis no mercado: maciço e compensado. O primeiro apresenta todos os componentes constituídos por uma ou mais espécies florestais de madeira maciça natural. O compensado é formado por uma folha de porta prensada composta por madeira e revestida com laminado ou pintura. Para ficar em dia com o meio ambiente, exija o documento de origem florestal.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: northwoodsguides.com / pormais.com.br / vilabacana.com.br

Estilo Rústico Quando usadas com tonalidade e veios aparentes, as esquadrias de madeira valorizam os projetos. Lixe a superfície e aplique fundo impermeabilizante, como stain e polisten para protegê-la contra cupim, fungos, mofo e umidade e evitar que fique manchada com a massa de reboque de cimento. Depois é possível cobrir a esquadria com verniz, laca ou pintura. As tintas que podem ser utilizadas são laca, esmalte sintético, acrílica e látex PVA.

Esquadrias Coloridas A grande vantagem das tintas coloridas, em comparação com as demais, é a maior durabilidade, pois a pigmentação funciona como filtro para os raios ultravioleta. Por esse motivo, a manutenção pode ser feita apenas a cada três aos. Para colorir uma porta de madeira, a superfície deve ser lixada e é necessário aplicar sobre ela um fundo branco específico para o material, também conhecida como fundo fosco, que serve para selar e garantir a melhor absorção da tinta. A base água não exige o uso de solvente, não tem cheiro e permite um trabalho mais rápido. Quatro horas após a pintura, é possível dar a segunda demão, enquanto a base solvente necessita de, pelo menos, oito horas.

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Divisórias diferenciadas Oferecem ganhos de espaços e praticidade, pois não batem com o vento, são levíssimas e seguras. Podem ser retiradas em poucos segundos, se necessário, e sem quebrar nada, além de serem muito confiáveis.

A

s portas de correr separam os ambientes e contribuem com a valorização do imóvel. Elas garantem a privacidade nos espaços e, quando abertas, aplicam os cômodos. São indicadas para qualquer tipo de ambiente interno. Têm a vantagem do efeito visual, do conforto e principalmente aproveitamento de espaço. Desenvolvida com tecnologia de ponta, antes de instalá-las verifique se os vãos são ideais para as medidas das unidades adquiridas. De acordo com os profissionais da área, ela oferece ganho de espaços e praticidade, pois não batem com o vento, são levíssimas e seguras. Podem ser retiradas em poucos segundos, se necessário, e sem quebrar nada, além de serem muito confiáveis. A manutenção. Para manter os veios em destaque, confira o que pode ser feito: - Evite o contato da borda inferior das portas com a água; - Para limpeza, use flanela levemente úmida. Em superfícies com brilho, aplique cera à base de silicone. - Não utilize jatos de água para removeis sujeiras; - Preste atenção aos sinais de desgaste do acabamento. Quando aparecer manchas e micro-organismos, é hora de providencias a aplicação de uma cobertura. Contate um profissional. - Remova a película existente antes de aplicar o novo material. - Trilhos devem estar sempre limpos. Eventuais sujeitas, com destaque para resíduos de obras, impedem o funcionamento correto da esquadria. - Lubrifique semestralmente as dobradiças e garanta aberturas confortáveis. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: archilovers.com

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Esquadrias Personalizadas Como são únicas, exigem dedicação, tempo, ferramentas especiais e mão de obra especializada. Por isso, a tendência é que sejam mais caras.

O

s interessados em esquadrias diferenciadas podem investir nas feitas sob medida. Como são únicas, exigem dedicação, tempo, ferramentas especiais e mão de obra especializada. Por isso, a tendência é que sejam mais caras. Ao contratar a empresa, cheque a idoneidade. No caso de trabalhos com madeira, procure saber se a extração respeita o meio ambiente e se a matéria-prima é de origem legal. Para esse tipo de serviços as empresas precisam respeitar as normas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O fornecedor deve oferecer assistência técnica e garantia do produto. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: nucleocasa.com.br / somaisumblog.com

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Espaços Translúcidos

O uso do vidro proporciona maior integração

com a área externa, além de agregar valor à arquitetura. Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold


N

obres e com diversidade de uso, os vidros que farão parte da residência devem ser escolhidos com critério. Para que não haja nenhum problema, é válido analisar fatores como aplicação, utilização, composição, espessura, dados foto energéticos, estética, segurança e conforto térmico e acústico.

Para que a vedação seja perfeita, é fundamental observar alguns requisitos especiais, como folgas aplicadas, rebaixo do caixilho, estanqueidade, necessidade de contra marcos, a utilização de selantes de vedação como silicones, gaxetas de borracha e acessórios utilizados nas esquadrias.

Além disso deve ser calculado, fabricado e instalado conforme as especificações da ABNT. Antes de adquiri-lo, averigue se o fabricante possui certificações como o ISO 9001 (processos e qualidades do produto), OHSAS 18001 (saúde ocupacional e segurança dos colaboradores) e ISO 14001 (referente ao meio ambiente).

Boa contratação! De nada adianta escolher os melhores vidros se forem aplicados de maneira incorreta. O ideal é pedir a indicação dos próprios fabricantes, fornecedores e transformadores de vidro. É importantíssimo conhecer os antecedentes do vidraceiro, se informar se ele segue as normas técnicas de instalação e, se possível, visitar algumas obras já executadas anteriormente.

Existem diversos tipos de vidros para variadas aplicações. Entre os mais usados estão os laminados, transparente, fosco ou jateado, impresso ou fantasia, aramado e blindado. A partir da utilização, define-se a especificação, como espessura e tipo de beneficiamento. É possível ainda avaliar o desempenho que se peça dele como maior aproveitamento da luz solar, controle de calor, dimensões da peça, segurança e resistência. Forma da fixação, pressão do vento e possibilidade de impactos também não podem ser esquecidos na hora de determinar a espessura. A instalação deve ser feita por profissionais habilitados, que precisam obrigatoriamente usar todos os equipamentos de proteção, como luvas, óculos de proteção, bota de segurança e ferramentas adequadas. É importante lembrar que eles não podem ter contato direto com materiais que possam danificar a borda ou superfície como concreto e metais. Para o serviço, são usados calços, ferragens e selantes adequados. É preciso rever folgas entre o vidro e a estrutura de fixação, para que não quebrem ou se deformem com a dilatação causada pelas alterações de temperatura cotidianas. Calços feitos com silicone ou PVC e bom nivelamento de bordas também são bem-vindos.

Ao contratar profissionais sem conhecimento técnico são cometidos erros básico de colocação do material, que podem gerar desde problemas técnicos até acidentes. Os espelhos se mal instalados ainda podem oxidar muito mais rápido. Vale também deixar um alerta sobre a importância de saber quanto tempo a empresa contratada atua no mercado. Hoje em dia existem muitos aventureiros. Mesmo que a empresa seja nova, é possível que se faça uma breve pesquisa sobre os profissionais que a compõe, e se possuem a qualidade necessária para o serviço. É necessário entender em qual área a mão de obra do vidraceiro é melhor aplicada. Ao fechar negócio, solicite sempre a nota fiscal, que deve ter especificados os tipos de vidros e as respectivas quantidades e medidas, assim como o prazo de entrega e instalação.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: qidi888.com

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FACHADAS Vidros laminados, temperados, aramados, impressoras e blindados são os mais indicados. Tanto em fachadas como em varandas devem ser dimensionados com o maior critério possível, pois há pressão do vento. Em uma esquadria convencional, até mesmo em um modelo comum de 3 mm pode ser utilizado. Porém, em projetos personalizados deve-se avaliar cada caso. Se o vidro aplicado com ferragens for autoportante, escolha o temperado. Em fachadas totalmente de vidro é recomendado o laminado, por exemplo. Por isso, devem ter espessura mínima de 8 a 10 mm.

COBERTURAS Vidros aramados ou laminados são indicados, pois não estilhaçam em casos de quebra ou acidentes. Para determinar a espessura, cheque o vão livre dos panos de vidro, ou seja, a distância entre os apoios. Geralmente, a espessura mínima é de 10 mm. O projeto arquitetônico deverá definir em quais partes da cobertura haverá o vidro fixo ou sistemas de abertura, como os retráteis e os deslizantes de correr. Durante a aplicação na cobertura, é preciso medir a abertura, cortar a peça com precisão e realizar uma boa vedação para que não ocorram vazamentos.

COBERTURAS RETRÁTEIS Permite o controle de abertura de acordo com os desejos dos moradores. São indicadas para piscinas, ambientes de churrasqueiras e jardins de inverno. A opção pela instalação da cobertura retrátil deve ocorrer ainda no projeto arquitetônico. A estrutura geralmente é feita de alumínio ou aço, enquanto o fechamento, com vidro temperado. A instalação deve ser feita por empresas especializadas.

108 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: villeesquadrias.com / houseglassvidros.com / coberturaszonanorte.com.br

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Guarda-Corpos Vidros laminados e temperados são os mais recomendados porque garantem a segurança e permitem composições variadas. A espessura deve ser definida conforte o projeto.

Varandas Fechadas Neste caso, podem ser usados com sistemas deslizantes com pivotamento (giro) na área do estacionamento do vidro, basculantes e até mesmo de abrir. Os vidros indicados são os de segurança, como temperado, aramado e laminado. Cada um exige um projeto específico, pois deve verificar se a estrutura, como vigas, lajes e guarda-corpo, suporta todo o peso do sistema envidraçado. Pesam aproximadamente 32 kg por m². A definição da espessura varia conforme a altura e largura dos painéis, além da incidência dos ventos e atrito. Dependendo da situação, são dimensionados com 8, 10 ou 12 mm.

Ferragens e Acessórios de Fixação Permite o controle de abertura de acordo com os desejos dos moradores. São indicadas para piscinas, ambientes de churrasqueiras e jardins de inverno. A opção pela instalação da cobertura retrátil deve ocorrer ainda no projeto arquitetônico. A estrutura geralmente é feita de alumínio ou aço, enquanto o fechamento, com vidro temperado. A instalação deve ser feita por empresas especializadas.

109 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: sticlarezistenta.ro / milaonasmaos.it / vidrobomvidracaria.com.br


TIPOS DE VIDROS

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ecozidos. É um dos mais baratos, pois qualquer vidro comum é considerado recozido. Não recebe tratamento após passar pelo resfriamento. Tem esse nome porque o processo de fabricação é chamando de recozimento.

Temperado. Passa por um processo de aquecimento e resfriamento brusco, o que o deixa com uma resistência de cinco a sete vezes maior do que a de um material comum. Além disso, se por algum motivo quebrar, os pedaços serão pequenos e arredondados, sendo menos perigosos. É utilizado em locais onde é exigida segurança, como sacadas e boxes. Float. Fabricado em uma piscina de estanho, o material é liso e transparente e tem espessura uniforme e massa homogênea. O ideal é utilizá-lo em locais que necessitam de boa visibilidade. O vidro chama-se float por sua capacidade de flutuar na água. Aramado. Durante a fabricação. o material (translúcido e incolor) recebe uma malha de arame interno. Se quebrar, os cacos ficarão grudados na rede metálica, o que evita acidentes. É indicado para divisória de ambientes, coberturas, guarda-corpos, escadas e sacadas. Laminado. É feito em duas camadas coladas com resina líquida ou com uma película plástica de polivinilbutiral (PVB). Em caso de quebra, os cacos ficam colados na resina. É muito usado em coberturas boxes, tampos de mesa, guarda-corpos e sacas, entre outros locais que exigem segurança. Impresso ou Fantasia. Os desenhos (ou ondulações) possibilitam alterar a transparência em precisar jatear.

Float-Gloss. Conta com superfícies planas, paralelas, transparentes e de visibilidade perfeita. As cores são reproduzidas com exatidão. Foco ou Jateado. Recebe um jato de areia ou de pó-abrasivo, que dá um leve desgaste à superfície, deixando-o mais fosco. A opacidade garante privacidade ao meio ambiente. Liso. É transparente e sem textura. Translúcido. Transmite luz, o que causa uma leve distorção da imagem. São vidros que trazem maior privacidade. Craquelado. São três camadas de vidro laminado. Quando serrado, as duas camadas internas ficam intactas e a do meio fragmenta-se, o que dá um aspecto de cacos de vidro (apresenta textura composta por diversas trincas que difundem a luminosidade do ambiente). Termoacústico ou insulado. É feito por duas ou mais chapas de vidro intercaladas por uma câmera de ar. Com o vão, fica mais difícil a passagem de som e calor aos ambientes. É bastante usado em janelas. Transparente. Permite a passagem de luz e uma visão nítida da imagem que está do outro lado. Espelho. Passa por um tratamento em uma das faces e reflete raios luminosos e imagens perfeitamente.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: bestfon.info / alvoradavidros.net.br / eurodoors.info / vidrogel.com.br

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VIDRO BlINDADO indicado para fachadas, portais, portas, janelas, guaritas e locais que necessitem da entrada de luz natural e resistência a projéteis de arma de fogo. O que faz a blindagem é a união de múltiplas camadas com lâmina de PvB (Polivinil Butiral) e chapa de policarbonato com lâmina de poliuretano.

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a instalação, os vidros são calçados em todos o perímetro com perfis de borracha com 4 mm de espessura, que permitem o trabalho natural de contração e dilatação dos mesmos. Ao receber tiros, a face voltada para o ambiente interno não estilhaça devido a película de proteção, ficando apenas com a marca da projétil.

Níveis de segurança: Nível II - protege contra armas de pequeno porte, conhecidas também como arma de cintura, sendo a mais potente a Magnum 357. A espessura é de 28 mm.

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Nível III A - resiste a tiros de armas de médio porte e deve ter espessura de 38 mm. Nível III - suporta tiros de armamento pesado e de guerra, tais como metralhadoras e fuzil 762. A espessura é de 54 mm.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: hantecsolutions.com

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Justaposta

Sistemas de Fechamentos De Correr

De Canto

Basculante

Projetante

Pivotante

De Abrir

114 Fotos: alconvidros.wix.com / figueratelas.blogspot.com / maxnelli.com.br / construdeia.com / vidracariauliana.com.br / granvidros.com.br / unicapvc.com.br

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Moveis Planejados

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: radiogosen.com

Móveis planejados geram conforto e podem até ser mais baratos. Pias, armários e mesas sob medida são ideais para deixar ambientes mais confortáveis. Altura e tamanho que regulam com as características de quem usa as peças são motivos principais.

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ômodos pequenos e pouco espaço para guardar muita coisa estão entre os principais motivos apontados pelos usuários para planejar móveis para os cômodos da casa. Aproveitando cada centímetro com móveis sob medida, o uso dos espaços fica mais racional. Além disso, móveis planejados podem conferir bem-estar aos usuários. Embora um pouco mais caros, por não serem feitos em escala industrial, os móveis sob medida costumam durar mais, porque a maioria das empresas confecciona toda a estrutura do móvel com materiais de boa qualidade. “A questão financeira influencia, mas o cliente precisa pensar até que ponto precisa do móvel planejado, que, se for muito particularizado, vai ficar muito caro”, comenta o arquiteto Carlos Lupatini, da Lupatini Lima Ramos Arquitetos Associados. Mas ele lembra que os móveis planejados nem sempre ficam mais caros e é preciso pesquisar muito para não pagar mais. “O que modifica o valor é o material usado na confecção das peças. Os móveis sob medida costumam ser feitos inteiramente com a mesma matéria-prima, diferentemente dos industrializados, como os armários, que são feitos de um material diferente no fundo”, exemplifica. O preço maior no projeto e nas peças pode passar a ser compensador quando se imagina a durabilidade do material: quem monta prefere usar corrediças de metal e estruturas mais reforçadas, que duram mais. Um móvel planejado pode ser desmontado e montado muitas vezes e continuará firme. Outra vantagem do móvel planejado é que você pode transformá-lo e adequá-lo a outro ambiente ou desmontá-lo e montá-lo novamente sem que o móvel sofra danos a sua estrutura e acabamento. Isso porque não é costume usar pregos e parafusos para o sistema de finalização das peças. Além de preço, o espaço e as necessidades específicas de cada usuário são determinantes na hora de optar pelo móvel sob medida. Com esses móveis, é possível desenvolver diferenciais e destacar em cada ambiente a preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida de seus usuários. Para uma pessoa mais alta ou mais baixa que a média, a altura dos móveis vai conferir conforto e ergonomia. Os móveis são feitos para a sua necessidade e na sua casa é ideal não haver obstáculos para você usar a pia ou um armário. Depois da estética e da ergonomia, os móveis planejados podem acomodar equipamentos e eletrodomésticos que cada usuário tem. Em um armário da cozinha, podem ser feitos nichos específicos para organizar seus pertences. O tamanho dos imóveis influencia no uso de móveis sob medida. As pessoas estão interessadas em aproveitar todo o espaço, sem perder nem um cantinho, e em um quarto, por exemplo, você pode escolher ter mais gavetas ou mais espaço para cabides, por exemplo. Além de tamanho e divisões, há quem prefira os planejados e sob medida porque é possível escolher cores e materiais utilizados. Vidro, madeira ou a cor que o cliente prefere. É possível projetar para ficar do jeito que a pessoa sonhou. Preços As cozinhas, ambientes mais desejados pelos clientes, podem ser encomendadas em preços que partem de, aproximadamente, R$ 5 mil. O valor é muito variável, porque depende do espaço, do material, do que a pessoa vai escolher. Além da gama de acessórios e opcionais, o projeto pode ser adequado a cada bolso e muitas empresas facilitam as formas de pagamento.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim Fotos: todeschinipampulha.wordpress.com / moveisplanejado.com / meiraplanejados.com.br

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Como escolher e instalar uma hidromassagem na sua casa? H

idromassagens, banheiras e ofurôs têm sido usadas por séculos como um meio de diversão e um método de aliviar o estresse físico e mental. Quando se trata de escolher uma banheira de hidromassagem, deve se procurar um equilíbrio entre funcionalidade, design e estética. Hidromassagem portátil ou permanente? A primeira decisão quando se trata de escolher uma banheira de hidromassagem é decidir se você quer uma banheira de hidromassagem portátil (macia) ou uma banheira de água quente permanente (dura). A principal diferença entre as duas é de peso, mas banheiras portáteis

também permitem que você a leve consigo. Hidromassagens permanentes são a versão preferida, se você sabe que vai estar em um lugar específico no longo prazo. As unidades portáteis podem ser conectadas diretamente a uma tomada de parede, enquanto as unidades permanentes são ligadas diretamente para a caixa de disjuntores com o seu próprio disjuntor. O trabalho elétrico deve ser revisto por um técnico local, licenciado. Adicionais para a banheira de hidromassagem e complexidade da instalação. Se você não está limitado por um orçamento, o céu é o limite. O número e colocação de jatos varia, e alguns

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incluem um sistema de som juntamente com cascatas e iluminação de cromoterapia. Quanto mais complexa a banheira de hidromassagem e suas amenidades incluídas, maior o preço e mais complexa a instalação. Enquanto o proprietário médio pode facilmente instalar uma banheira de hidromassagem portátil simples, fiação complexa e instalação hidráulica é necessária para grandes banheiras permanentes, e você terá que contratar profissionais para a instalação. Não se esqueça da capa térmica para a hidromassagem, o que ajudará a manter a qualidade e temperatura da água, além de proteger a hidromassagem dos danos pelo tempo


Tipos de banheiras de hidromassagem. Banheiras de hidromassagem vêm em formas, variedades e tamanhos cuja composição material é diferente. Embora alguns não sejam tão populares, os compradores podem escolher uma banheira de hidromassagem que satisfaça as suas preferências pessoais e orçamento.

Nadeira. Construído usando madeira tratada e unida por tiras de metal.

Portátil de Vinil. Mais barato, menor e requer menos energia para o aquecimento.

A qualidade de todas é praticamente igual, dada as novas tecnologias existentes. O que pesa aqui mesmo é o valor que você quer investir na sua banheira de hidromassagem, já que cada material tem um custo diferente.

Roto-moldados. Vem com com a cabine, banheira e assentos integrados e moldados. Acrílico. Cobertura de acrílico e pode acomodar entre 2-7 ocupantes. Cimento/Alvenaria. Estruturas de concreto e tijolos.

Aço Inoxidável. Vem com benefícios de durabilidade. Fibra de vidro. Feita de plástico e reforçada com fibra de vidro.

Considerações Finais. O que vai pesar aqui é a qualidade da instalação da banheira, pois uma banheira mal instalada necessitará de reparos que podem custar o mesmo preço da mão de obra para instalar uma banheira nova. Escolher instaladores cer-

tificados, com boas indicações e avaliações, além de garantias para o serviço, é uma boa maneira de gerir o risco da instalação da hidromassagem. Considere bem antes de fazer a compra da hidromassagem, principalmente na escolha do modelo. De nada adianta comprar uma hidromassagem grande, de má qualidade, e ter que trocar depois de alguns anos. Vale mais pagar mais numa hidromassagem menor ou economizar para comprar a melhor qualidade. Pese também nos custos uma instalação mais cara, de mais qualidade e com maior garantia dos serviços. Assim, você aproveitará melhor sua hidromassagem e evitará as dores de cabeça de uma má instalação.

Fonte/Texto: 2quartos.com | Fotos: luanamattos.wordpress.com e grandistribuidora.com.br

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Dicas para a escolha da Cortina

122 Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: diferencial2000.blogspot.com

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Como o mercado apresenta vários tipos de tecidos e diversas opções de cores, é realmente uma tarefa bem difícil para escolher e falar: é esta a cortina ideal! Bom, mas antes da compra da cortina é preciso saber alguns truques e saber algumas dicas.

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Dica 1 - Medir bem a largura e altura da janela. É sugestivo uma folga de tecido para a cortina ficar bem cheia e não faltar pano nas laterais. Exemplo: Se a janela tem a largura de 3 metros, pode deixar uma folga de 20 cm para cada lado. Peça sempre esta folga para as empresas que forem instalar as cortinas. Dica 2- Utilizar o gesso como elemento para esconder o trilho da cortina. Sendo este um ítem pensado ainda em obra, mas garante um ótimo acabamento no ambiente. É o que os arquitetos chamam de Cortineiro. Que é um acabamento com largura e rebaixo do gesso de aproximadamente 15 cm, onde o trilho da cortina fica embutido. O cortineiro é bem vindo para muitos ambientes como quarto, sala, cozinha… Dica 3 - Atenção para luminosidade das laterais das janelas. Caso a janela seja da mesma extensão do ambiente, às vezes fica difícil controlar a quantidade de luz nas laterais. Neste caso, uma barra em gesso pode atuar como uma proteção e bloquear a luz lateral do ambiente. Uma barra de 10 cm já soluciona o problema. Este problema também ocorre às vezes em persianas tipo rolô, painel e romana. Dica 4 - Saber se sua janela tem muita incidência de luz, ou seja, se entra muito sol. Neste caso, será preciso pensar em um bloqueio solar, utilizando mais de uma camada de tecido para obter um bom resultado. Normalmente, um forro grosso como o black-out é o ideal para compor a primeira camada. Hoje temos opções para black-out com tecidos mais elaborados e mais leves. É recomendado black-out para quartos,pois ajuda na qualidade do sono, deixando o ambiente mais escuro e fresco. Dica 5 - A segunda camada da cortina pode ser um tecido mais leve e decorativo, sendo aqui a melhor parte. Neste caso pode ser um tecido voil, renda, seda, palha, linho…Tudo vai depender dos elementos presentes no ambiente. Dica 6 - Utilizar Varões como acabamento. Uma das sustentações mais práticas e fáceis, pois o varão é fixado direto na parede e pode ser encontrado em diversos acabamento como: cromado, madeira e pintado com tintas. Neste caso, para obter o tamanho certo do varão tire a medida da janela e deixe uma folga de aproximadamente 20 cm de cada lado. Assim, o tecido da cortina não fica muito justo e facilita o fechamento. Dica 7 - Cortinas para salas os tecidos podem ser mais leves e transparentes como microfibra, voil, seda, renda, cambraia.. E também modelos como rolô, romana e painel são ótimas opções para deixar a sala mais moderna. Dica 8 - Cortinas para sala de home theater devem ser mais pesadas e escuras, para controlar a luminosidade, como as sarjas, crepes e veludos. E persianas motorizadas para salas mais modernas e que possa ter um maior investimento financeiro. Dica 9 - Cores, composição e texturas. Este talvez seja o ítem mais difícil pois requer bom gosto e criatividade. Cores mais neutras são mais atemporais, e não enjoando tanto. As texturas e cores vivas são opções mais ousadas e podem dar um charme a mais no espaço. Na verdade, não existe uma regra específica e por isso é possível extrapolar na criatividade e usar a cortina de maneira que se encaixar melhor em seu gosto e perfil do ambiente. Caso queira seguir uma recomendação ou intuição mais profissional é viável solicitar uma orientação de um arquiteto ou profissional de design de interiores.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: cigicigi.co / decobizz.com

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O que você precisa saber sobre Papéis de Parede

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O papel de parede tinha aquele ar de coisa velha e ultrapassada, mas foi totalmente renovado nos últimos tempos. A tecnologia atual é bem desenvolvida, sendo possível encontrar muitos modelos, desde os mais simples aos que imitam personagens de desenhos ou texturas como a palha natural. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Foto: comeflip.com

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lhe agrade. - Vinílico: indicado principalmente para grandes áreas de circulação (restaurantes, hotéis). - Vinilizado: podem ser lavados e possuem uma vasta gama de padronagens. - Acetinado: acumula menos poeira, ideal para quartos de criança. - TNT: quando afirmam “tnt” significa que imita tecido, mas não é de fato tecido - Mica: feito a partir de pedras naturais. Aplicação. Para que o papel de parede tenha um bom efeito, é importante que a parede que vai receber a decoração esteja lisa e livre de imperfeições, rachaduras ou furos de prego. Se necessário, aplique massa ou gesso, lixe e passe uma demão de tinta. Manutenção e Durabilidade. Se bem cuidado, um papel de parede pode durar até mais de 10 anos. O cuidado apropriado depende do material de que ele é feito. Os de fibras naturais, por exemplo, são mais delicados e não devem ser molhados, a limpeza pede apenas espanador ou aspirador de pó. Já em papel com proteção de vinil, pano ou esponja úmida estão liberados. Superfícies. Se a parede estiver pintada é necessário apenas limpar a superfície retirando qualquer sujeira. Se já possui papel de parede é preciso retirar o antigo e deixar a superfície lisa e limpa novamente. Em parede de madeira ou azulejada é possível aplicar, desde que a superfície seja lisa e esteja limpa para evitar bolhas e ondulações. Precauções. Em termos gerais, papel de parede pode ser utilizado em qualquer ambiente interno, desde que respeitadas as condições de preparo da superfície de aplicação. O papel vinílico é o mais indicado na cozinha, que não fica tão impregnado de gordura e resiste a limpeza com pano úmido. Em ambientes onde há muito tráfego, como salas e corredores, deve-se evitar o uso de papéis delicados e frágeis. Nos banheiros, o maior cuidado é não utilizar cola à base de água, que pode desgrudar com a umidade. Dicas de Decoração. Na sala, o papel pode ser aplicado em toda a parede e colocar um border (faixa decorativa) para dividir. Normalmente a parede é dividida horizontalmente e coloca-se na parte inferior uma cor mais forte e na superior um tom mais neutro. Outra opção é colocar modelos diferentes em paredes distintas. Quantidade. Os papéis de parede são vendidos por rolo. Cada rolo tem, geralmente, como padrão, 10 metros de comprimento por 50 centímetros ou 8 metros por 68 centímetros. O cálculo de quantos rolos serão necessários para cobrir uma parede não depende apenas da área a ser coberta e da extensão do papel. Se o papel tiver desenhos os listras é preciso levar em conta também o “rapport”, ou seja, o tamanho do padrão e a frequência com que os detalhes se repetem, para fazer os encaixes perfeitos a cada emenda.

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ansou da decoração de sempre, da casa com a mesma cara de todos os dias? Uma boa maneira para dar uma renovada no ambiente sem ter que comprar um monte de móveis novos é mudar a parede. Se não, ainda está em processo de construção e já está pensando na decoração? O uso de papel de parede é super indicado.

ples aos que imitam personagens de desenhos ou texturas como a palha natural.

O papel de parede tinha aquele ar de coisa velha e ultrapassada, mas foi totalmente renovado nos últimos tempos. A tecnologia atual é bem desenvolvida, sendo possível encontrar muitos modelos, desde os mais sim-

Tipos de Papel de Parede. Antes de escolher o seu papel de parede é importante ressaltar a grande durabilidade desse material, portanto escolha um modelo de papel que realmente

Várias empresas hoje em dia já trabalham com papéis de parede, tecidos e adesivos, tudo selecionado e desenvolvido por empresas que possuem profissionais da área que ajudam na fabricação dos materiais.

Como retirar. Você pode utilizar água ou removedor de papel. Se o papel de parede for removível, com uma faca retire uma ponta do papel e puxe-a o mais próximo possível da parede, sem abrir muito para evitar que se rasgue. Para retirar o papel não-removível molhe-o com água morna e deixe agir por alguns minutos, depois retire usando uma espátula. Para o papel lavável use uma lixa grossa para raspar a superfície antes de molhar. DICAS. 1) Uma opção que serve para qualquer ambiante é utilizar dois modelos de papel na mesma parede e depois aplicar um border, tornando o ambiente mais interessante. 2) A criançada adora quarto temático. O papel de parede mais usado nesses casos é o de personagens ou esporte. As meninas adoram bonecas, já os meni-

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nos preferem o futebol. Atualmente tem borders com diversas estampas infantis, cores alegres, com desenhos que brilham no escuro, com personagens de desenhos e muito mais. 3) Para transformar um quarto de casal em um lugar ainda mais aconchegante, é comum usar papel com flores e tons pastéis, juntamente com espelhos. O papel de parede com frases famosas, citações românticas ou músicas é outra ótima opção. 4) O lavabo fica muito charmoso com estampas de flores em cores mais amenas, como o rmarrom, bege e rosa claro. 5) Na copa e cozinha o revestimento diferenciado das paredes traz aconchego para o local, fazendo a divisão entre a área de preparo da comida e a área das refeições.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: rilane.com / tapetacentrum.hu

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Sala

O carro chefe da sua casa

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sala é um dos espaços mais importantes de uma casa, por ser o local onde recebemos a visita e apresentamos nossa casa. Por isso, este cômodo deve refletir a personalidade de seu dono, contendo elementos que lhe tragam beleza, identidade e conforto. A iluminação é uma aliada na hora de decorar e pode ser usada para destacar pontos fortes, como um objeto decorativo. As cores também são essenciais para deixar o ambiente alegre e aconchegante. Aposte ainda em vasos, plantas e quadros para tornar seu cômodo requintado e elogiado. Na hora de decorar a sala é bom ter em mente qual o seu estilo: moderno, romântico, clássico etc, e também as medidas de todas as partes do cômodo. Já pensou que desagradável perceber apenas na hora que o entregador traz o sofá que ele não cabe na sala? Uma boa dica para antes das compras é medir as paredes com uma trena, anotando os números em um pedaço de papel e, em seguida, medir o tamanho da mão aberta em centímetros. Com estes dados em mãos, basta ir até a loja e medir o sofá, mesa, vasos e os demais móveis de acordo com a quantidade de “palmas” para ver se caberá na sua sala. Esse caso é próprio para aqueles que optam por fazer a sua própria decoração. Caso queira algo mais profissional é viável a escolha por um profissional: arquiteto ou designer de interiores.

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: beautifulinterior.net / polycount.com

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Móveis para a sala Como escolher móveis para a sala. Palco principal de qualquer casa, a sala é um convite ao descanso, à reunião familiar e ao convívio com as visitas. Tal como qualquer outra divisão, também esta deve ser um reflexo da sua personalidade – a começar pela escolha dos móveis. Para dar vida, conforto e funcionalidade à sua sala, fica aqui tudo o que precisa saber para escolher o mobiliário perfeito à primeira.

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Centímetro por centímetro Sem a sua fita métrica e todas as dimensões de cada canto da sala tiradas e anotadas, é impossível escolher, com rigor, os móveis mais adequados a esta divisão da casa. Só assim perceberá quantos sofás vai poder ter, se terá espaço para uma mesa de centro e onde vai colocar o móvel da televisão. O design de interiores tem uma regra de ouro no que toca à disposição de móveis: definir um ponto central na divisão e organizar a mobília em torno desse elemento que, no caso das salas, tanto pode ser a lareira, como as portas de vidro que dão para o terraço. Sofá sensacional Escolher o sofá perfeito será, talvez, a sua maior missão no que toca a mobiliar a sala… mas não é impossível! Apesar de este ser, à primeira vista, o foco principal da sala (acrescentando responsabilidade à escolha), a verdade é que terá a tarefa facilitada dada a vasta oferta de mo-

delos que tem à sua disposição. Não tem de se limitar ao habitual sofá de três lugares e um individual, mas pode inovar com uma chaise longue e duas poltronas ou então dois sofás de dois lugares e alguns poufs. O importante é escolher lugares sentados que se adaptam ao tamanho e ao propósito da sala em questão, por isso, dê especial atenção à escolha das cores e texturas também. Mesas e móveis magníficos A verdade é que, tirando os sofás e outros locais de descanso, uma sala de estar não requer muito mais em termos básicos. Talvez a segunda peça mais importante de uma sala esteja empatada entre a mesa de centro e o móvel da televisão: enquanto a primeira tem vindo a cair em desuso (devido às dimensões reduzidas das salas de hoje), também uma mesa exclusivamente para a televisão não é tão essencial como antigamente, tendo em conta que os LCDs e plasmas saltaram das superfícies planas para as paredes! Cada caso é um caso, e também neste campo existem diversas opções: mesas empilháveis, um baú que serve de mesa de centro e de espaço de arrumação, um móvel de televisão que acolhe, simultaneamente, o sistema de som e um mini-bar. Independentemente daquilo que escolher, assegure-se que tem, pelo menos, uma mesa para qualquer ocasião e, no caso dos móveis, procure modelos com alguma arrumação porque até na sala se colecionam objetos variados – CDs, DVDs, livros, revistas, folders, mantas… Relativamente às salas mais amplas (sortudos!), não descure outros móveis de apoio interessantes, caso das estantes para livros ou uma credencial nas costas do sofá, adornada com dois candeeiros imponentes. Memorize estes números: • Os lugares sentados não devem estar a uma distân-

cia de mais de 2 metros, para permitir e incentivar a boa conversa! • Idealmente, cada lugar sentado deve ter 1 mesa de apoio e 1 candeeiro. • Dependendo do seu tamanho e forma, a mesa do centro deve estar desviada do sofá entre 50 e 90 cm e não deve ser mais alta do que os seus assentos. • As mesas de apoio laterais não devem ser mais altas do que o braço da cadeira ou do sofá que apoiam. • Recomenda-se uma distância de, pelo menos, 2 a 3 metros entre o móvel da televisão e o sofá. Espaço extra Apesar de serem raras, as salas de tamanho XL ainda existem e devem ser aproveitadas até ao último metro quadrado! Há quem opte por juntar à sala de estar a sala de jantar, de criar um recanto para a leitura ou para receber amigos, um cantinho para apequenada ou então um mini-escritório. Em qualquer um dos casos, este gênero de divisões podem ser conseguidas com a disposição adequada do mobiliário, com recurso a um biombo ou simplesmente escolhendo mobília que permita algum espaço livre, separando assim os diferentes ambientes da mesma sala. Ponto final Parabéns! A sala da sua casa já não está vazia e fria – a escolha dos móveis foi um sucesso e sente que realmente são a sua cara! Só que… por mais fantásticos que sejam, uma sala não subsiste apenas com móveis bonitos – está na hora de passar para a segunda fase: agora e para terminar o trabalho, há que caprichar na decoração da sua sala! Divirta-se!

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: terest.com by Amanda Malela Mbuyi / archiproducts.com / asbct.com by HOME LIVING INSPIRATION

Sabe o que quer? Antes de correr porta fora em direção à loja de móveis mais próxima, há que refletir um pouco sobre o espaço que tem à sua disposição e de como gostaria que fosse o resultado final. Liberte o decorador de interiores que há em si e pesquise tudo o que puder, incluindo a casa dos amigos! Sabendo, logo à partida, que tem uma sala grande ou pequena, que vai ser informal ou formal, que vai ser multifacetada ou apenas utilizada em ocasiões especiais, vai facilitar e muito, a escolha dos móveis adequados. Hoje em dia com o acesso a internet você poderá encontrar milhares de profissionais que disponibilizam artigos e dicas na web através de sites, blog e redes sociais. Pesquisa, faça uma separação, filtre as principais informações e o que mais lhe agrada.

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Cozinha

A receita para uma cozinha bem decorada

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onsiderado, nos dias que correm, um dos espaços chaves da casa, as cozinhas têm sido alvas, ao longo dos últimos anos, de uma maior preocupação no que toca à sua decoração. Cada vez mais pensadas e com um estilo muito próprio, além de funcional, esta divisão pode ser o centro das atenções, onde cozinhar deixa de ser um sacrifício! Garantimos que este vai passar a ser um espaço que não se importa de visitar mais do que três vezes ao dia! Que tipo de cozinha prefere? Estritamente funcional? Um lugar para toda a família? Rústica, com madeiras tradicionais, motivos campestres (zinco preto, latão, ferro forjado e porcelana) e muitos objetos em exposição? Minimalista, com linhas simples e tons neutros, deixando apenas o essencial à vista? Futurista, com destaque para tecnologia e conceitos de design ultra-avançados? Como quem decora é quem manda, o objetivo é conseguir um espaço que cumpra os seus requisitos básicos, de preferência aliado ao conforto e ao bem-estar. As cozinhas temáticas não são uma tendência muito usual, mas podem ser a solução perfeita para quem queira cozinhar num ambiente absolutamente original. Os temas, que podem ou não ser gastronômicos, incluem vinho, uma

Mesa e Cadeira. A mesa e as cadeiras são, muitas vezes, o centro das atenções numa cozinha e isso é bom, desde que seja pelos motivos certos! Antes de escolher um conjunto, considere o espaço disponível, quantas cadeiras vai precisar, o nível de conforto que quer (vai ser palco de refeições longas ou apenas do pequeno-almoço super-rápido?) e não descuide as cores já existentes nos armários, chão e bancada para facilitar a escolha. Para aproveitar o que já tem, pinte a mesa e as cadeiras ou embeleze-as com capas apropriadas ou assentos confortáveis (laváveis na máquina claro!).

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#Dica Especial: Mesa Posta. A decoração das mesas é muito pensada em eventos grandes, como casamentos e festas de aniversário. Mas na hora de realizar uma reunião íntima na sua casa para receber amigos e familiares os detalhes da mesa posta também fazem toda a diferença na composição. Além disso é normal hoje em dia vermos cozinhas com mesa posta no cotidiano, deixando o espaço sempre decorado e chamativo. Separamos algumas ideias para incrementar a sua decoração e deixar sua reunião muito mais bonita! Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold

fruta específica, flores e plantas, cinema, estilo inglês ou um mote dos anos 50 – uma ideia para colocar em banho-maria! Abuse da criatividade. Cores fortes estão em evidência. Cada vez mais um ponto de convívio, ao invés de um local chato e de trabalho, a cozinha requer, por isso mesmo, cores quentes e alegres – os amarelos, laranjas e vermelhos são cores que estimulam o apetite, são fontes de energia e de bem-estar. O clássico branco é, como todos sabemos, intemporal, sendo sempre uma escolha acertada porque, além de transmitir um ambiente de limpeza e ordem, empresta maior amplitude à divisão e pode facilmente ser conjugada com outros tons. Uma tendência que não parece sair de moda é a combinação sublime entre madeira, pedra e inox – um efeito visualmente apelativo que pode ser potenciado com pequenos apontamentos em cores que invocam especiarias tão diversas como a mostarda, paprica, salva, orégãos e canela.

Flores. Montar uma mesa posta com flores é a melhor maneira de não errar. Elas dão um toque delicado e sensível à decoração, sendo perfeitas para eventos durante o dia e também para reuniões à noite. Você pode combinar as flores com a decoração do cômodo ou mesmo com as louças, se essas tiverem detalhes coloridos. A escolha das flores pode ser feita pelo evento: rosas, por exemplo, são ideias para reuniões noturnas e intimistas; já os girassóis ficam ótimos para um almoço em família.O suporte das flores também é importante. Os vasos podem ser coloridos ou com formatos diferentes. Se quiser inovar, pode optar por garrafas e latas, montando uma decoração personalizada e sustentável. Marcador. Além de bonitos, os marcadores de lugar são muito úteis. Com eles é possível organizar melhor a disposição de mesas e cadeiras com a indicação do lugar onde seus convidados deverão se sentar. Além disso, os maçadores de lugar deixam sua reunião muito mais personalizada.Eles podem ser tradicionais, como cartões com os nomes dos convidados, ou podem se apresentar em formas diferentes, como uma garrafinha de água etiquetada, um vasinho pequeno com uma fita e o nome da pessoa, uma pequena lousa com o nome escrito em giz, etc.

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Temática. A última dica para a sua mesa posta é de montar a decoração de acordo com a comida a ser servida. Se você optou por pratos com frutos do mar, por exemplo, faça a sua decoração com temática praiana. Os tons de azul e verde podem ser utilizados nos guardanapos, toalhas e até mesmo nos copos. Um porta-guardanapo de concha ou estrela-do-mar completa o clima praiano. No centro da mesa pode-se montar um pequeno enfeite com conchas e pedras e até os jogos americanos podem entrar no clima.Para montar uma mesa posta temática, pesquise sobre as cores mais presentes no país de origem dos pratos que irá servir, as referências culturais e monte a sua mesa levando um pouco do país para a decoração. Talheres. Os talheres já têm seus lugares especificados à mesa. A disposição correta desses itens é a seguinte: Facas – Ficam posicionadas ao lado direito com as serras viradas para o prato. Caso houver mais de uma faca, a sequência é faca de carne ao lado do prato, seguida pela faca de peixe.

Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: cocinasnieto.es by Home e Cocinas / racinex.com.br

Colheres – Também ficam posicionadas ao lado direito, depois das facas. Essas colheres são para uso exclusivo de sopas. Garfos – Devem ser posicionados à esquerda do prato. Caso houver mais de um garfo, a sequência é a mesma da faca: garfo para carne ao lado do prato, seguido pelo garfo de peixe. Talheres de sobremesa – Estes ficam acima do prato e devem seguir a sequência de faca, com a serra voltada para o prato, garfo e colher. A faca e a colher ficam com o cabo virado para a direita e garfo com o cabo virado para a esquerda. Os talheres, depois de dispostos na mesa, sempre são utilizados de fora para dentro. Para deixar esse conjunto de pratos, sousplats e talheres ainda mais elegante e charmoso, opte por Guardanapos de tecido dobrados com Argolas e deixe-os posicionados sobre os pratos.

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Detalhes Para um look completamente clean, a bancada deve acolher única e exclusivamente os objetos e/ou eletrodomésticos que utiliza diariamente. Caso contrário… despensa com eles! No entanto, há quem goste de combinar o saleiro com o porta-guardanapos e o suporte para papel de cozinha, ou ter uma coleção de frascos transparentes recheados de todo o tipo de massa em cima da bancada. A cozinha é o espaço ideal para exibir a sua coleção incrível de frascos de compota, os livros de receitas ou pequenos vasos onde plantou salsa ou outras ervas aromáticas – afinal é este o seu mundo! Misture peças bonitas com práticas, equilibrando objetos grandes com pequenos. E que fica bem fica… por isso, veja o que funciona melhor! A mais-valia é que se trata de artigos econômicos que podem ser reciclados periodicamente, proporcionando um verdadeiro face-lift à sua cozinha nas fases em que esta se torna monótona. Loft & Estilo Para ideias mais arrojadas (e carteiras bem recheadas!), crie um recanto com uma pequena mesa para os livros de receitas onde pode-se sentar e planejar as refeições semanais ou organizar o correio enquanto espera que as batatas fritem! Inclua uma garrafeira na cozinha (existem múltiplas soluções) ou um armário antigo que herdou da sua avó e que agora, graças a uma boa camada de tinta, enquadra-se na perfeição na sua cozinha, permitindo-lhe ainda mais espaço para arrumação. Sempre sonhou ter uma “ilha” onde pudesse confeccionar “à grande e à francesa”, deixando muito espaço livre à volta para todos circularem ou conviverem? Um recanto embutido para jantar, com direito a sofá dos dois lados ou só de um, vai ser a recompensa perfeita depois de tanto trabalho preparando aquela lasanha divinal! As ideias são muitas, procure aquela que falta para completar a receita de uma cozinha bem decorada… a sua!

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: devolkitchens.co.uk / treddi.com


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Quarto O local onde você passa as horas mais relaxantes do seu dia merece uma atenção especial e deve ter uma decoração que condiz com o seu estilo de vida. Se esse não é o caso do seu quarto, que tal se animar e dar uma renovada no ambiente? Acredite, nem é preciso quebrar paredes ou gastar grandes somas com móveis novos para tornar esse cantinho muito mais aconchegante. Para quem está no processo de finalização da obra isso se torna mais fácil, pois terá um espaço em branco para a elaboração da decoração da maneira que lhe convém. Faça pesquisas, procure profissionais da área e tenham consciência do seu estilo para aprimoração de sua decoração. Listamos aqui algumas dicas que irão lhe auxiliar nesse processo.

Invista na iluminação Instalar uma luminária pendente, trocar o abajur ou mesmo personalizá-lo são saídas rápidas e baratas que dão resultado imediato. A luz suave e focada que provém dessas peças é ideal para a leitura e ajuda a relaxar. Outra vantagem de uma boa luminária é a de ajudar a destacar um móvel, que antes passava despercebido. Outra ideia “luminosa” ainda mais em conta é utilizar luzes do tipo pisca-piscas, como as que decoram árvores de Natal, para realçar alguma área do cômodo, como a cabeceira da cama ou a moldura da janela. As de LED, que não esquentam, também podem ser utilizadas dentro de um bowl de vidro, dando charme extra à decoração.

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Aplique papel de parede, tecidos ou adesivos Papéis de parede, tecidos ou mesmo adesivos pontuais tendem a criar mudanças de impacto no ambiente. Você pode usá-los em apenas uma parede ou em todas. No mercado, há inúmeras opções de estampas, cores e estilos, mas é importante considerar alguns pontos, como o tamanho do quarto e o efeito a ser atingido antes de escolher e comprar. Estampas miúdas e cores claras ajudam a “expandir” o cômodo. As listras, por sua vez, dão a impressão de um pé-direito mais alto, conforme explica a arquiteta Erica Salguero. Um bom truque é revestir apenas a parede atrás da cabeceira, criando um painel e, consequentemente, destacando o móvel. Dormitórios com grandes dimensões permitem o uso de cores fortes e estampas marcantes, todavia o conjunto fica mais harmônico se a cor escolhida (e/ou predominante) estiver acompanhando o tom de outros objetos decorativos, como almofadas e roupas de cama. Para não errar, antes de comprar a metragem total, adquira uma amostra do material e leve-a até o cômodo, para poder avaliar como ficará a composição. Decore com quadros A forma mais usual de expor quadros é pendurando-os, mas há alternativas para os que querem decorar usando esses objetos, sem precisar danificar a alvenaria. Uma solução prática é posicioná-los sobre móveis, em nichos da própria parede ou prateleiras rasas, o que torna possível movimentá-los e trocá-los quando o desejado. Por outro lado, se preferir fixá-los, a dica émontar uma composição antes. “Recomendo marcar no chão as dimensões da parede com fita crepe e fazer a disposição dos quadros no piso. Assim, fica mais fácil visualizar o resultado final”, diz a arquiteta Melina Moraes, da Kwartet Arquitetura. Para driblar a monotonia, vale usar peças com molduras e dimensões diferentes. Jogue cores nas paredes A estratégia é das mais antigas, mas continua sendo certeira quando se quer dar um novo ar a qualquer ambiente: demão de tinta. Porém, na hora de avaliar a paleta de cores, considere que os tons influenciam no comportamento. E como o quarto é um local para relaxar, a recomendação dos profissionais é a de investir em cores mais amenas como azuis, amarelos, rosas e verdes claros. Outra saída é optar por versões mais “apagadas” de matizes neutros, como bege e cinza, que garantem maior facilidade na composição da decoração. Troque a roupa de cama A cama é o principal móvel do quarto e, ampla, chama muita atenção, deixando também os lençóis em evidência. Assim, capas de edredom e de almofadas são opções versáteis e bem em conta para renovar o dormitório. O legal é que, na hora de escolher essas peças, não é preciso ter medo das cores e das estampas marcantes. Porque, se o efeito cansar, a mudança é rápida. Para uma composição elegante, porém, a pedida é escolher roupas de cama lisas e deixar as cores fortes e as estampas para os complementos como mantas, colchas, edredons e almofadas. Invista em enxovais de qualidade e que possam condizer com o padrão da sua casa. Há diversas marcas nacionais e internacionais que traduzem através de seus produtos e detalhes sensações únicas de conforto e exclusividade. Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: vheedz.com / ru.wallpapers-fenix.eu / racinex.com.br / lovelybydecor.com / denoxa.com

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Fonte/Texto: CASA DOIS Editora. Construção do Começo ao Fim | Fotos: creativefurniturestore.com / 123huijia.com / arteluxo.com.br

No chão, um tapete exclusivo Tapetes têm o poder de tornar o quarto muito mais aconchegante, especialmente se o revestimento do piso for frio (cerâmica, pedra ou porcelanato). Quando colocados sobre toda a extensão do chão, os tapetes ainda aumentam a sensação de amplitude do espaço, segundo o arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris. Porém, no momento de escolher a tapeçaria, tenha em mente que os modelos estampados podem mudar radicalmente o visual do cômodo. Para não errar combine as versões estampadas a móveis e objetos mais discretos. Tapetes lisos e de cores neutras, porém, vão bem com tudo. Por fim, se a sua preocupação é com a manutenção, opte pelos modelos de fios curtos, que acumulam menos pó e outros agentes causadores de alergias. Dê uma nova cara para as janelas Assim como os tapetes, as cortinas ou persianas aquecem o ambiente além de controlar a luminosidade natural. Outra utilidade desses objetos é a de camuflar, seja a vista

interna (assegurar privacidade) ou externa (esconder uma vista indesejada). Para cortinas, os modelos com duas camadas - forro com função blackout e superior esvoaçante, de tecido fino - são populares e ajudam a impedir a entrada de luz excessiva no cômodo. Se a opção for pelas persianas, prefira as feitas de tecido, mais “quentes”. Em qualquer um dos casos, porém observe com cuidado a cor do material. A arquiteta Flavia Machado, recomenda: “Evite cores intensas, pois quando a luz do sol bate, o quarto inteiro ganha o mesmo tom da cortina ou persiana”. Instale prateleiras As prateleiras são móveis baratos, versáteis e facilmente adaptáveis. Muito utilizadas na renovação de quartos, elas podem ser úteis para expor objetos de decoração e organizar itens pessoais, como livros e revistas. Se a ideia é usar prateleiras para aparar peças decorativas no dormitório, opte pelas versões de cores neutras,

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que deixarão os objetos em destaque. Agora, se a ideia for transformar a prateleira na estrela do quarto, então, vale investir em cores fortes e contrastantes, como o pink e o amarelo. Para acertar a disposição dos móveis, pense na composição geral do quarto e, se o ambiente servir a um jovem, por exemplo, vale também brincar com a arrumação em níveis, de forma geométrica. Objetos afetivos Por fim, as fotos pessoais, as lembranças de viagens e de outros momentos importantes podem e devem compor a decoração. Além de deixarem o quarto descolado, esses detalhes ajudam a dar mais identidade ao ambiente. E não estamos falando apenas de fotos posadas, com a família e os amigos. Imagens de paisagens, por exemplo, ficam lindas quando ampliadas e fixadas na parede, em uma bela moldura. Também é possível - e muito simples e eficaz - espalhar porta-retratos coloridos pelo quarto ou montar um mural de fotos, faça e se encante com o resultado final. Ficara um espetáculo!


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Paisagismo Consciente:

nova tendência nos condomínios

Projetos apresentam alternativas sustentáveis para os ambientes verdes dos empreendimentos.

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ão há dúvidas de que manter um jardim e itens naturais no projeto arquitetônico faz toda a diferença, já que um paisagismo bem elaborado traz vida, além de deixar o ambiente mais aconchegante e agradável. Porém, uma das grandes preocupações que surge a respeito desse assunto deve-se ao desafio de criar um espaço que esteja alinhado com valores sustentáveis. “Atualmente, ao planejar esse ambiente, é importante pensar em fatores que contribuem para o uso correto dos recursos necessários e na manutenção de forma que não haja desperdício”, explica Mariely de Cas-

Fonte/Texto e Foto: folhavitoria.com.br

tro, analista de Novos Negócios da Lorenge. Diante desse cenário, o paisagismo consciente ganha força no mercado da construção, pois leva em consideração itens que favorecem a economia de recursos naturais sem perder funcionalidade e beleza. “Dentro desse conceito, priorizamos a utilização de vegetação local, ou seja, plantas nativas que se adaptam ao clima, que possuem uma necessidade menor de água e, ainda, proporcione conforto visual e térmico”, afirma a especialista. Dessa forma, o jardim demanda uma quantidade menor de recurso hídrico para

sua manutenção e ao mesmo tempo oferece bem-estar aos usuários. Outra solução que ajuda na economia é a irrigação automatizada. Com ela, é possível irrigar os jardins e gramados em dias e horários programados de acordo com as necessidades do tipo de vegetação. “Esse mecanismo distribui a água de forma uniformizada na superfície, deixando o jardim sempre bonito sem que haja desperdício”, complementa.

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Luminárias são tendências em projetos de iluminação Q

uem está procurando uma forma de melhorar o visual de algum ambiente, provavelmente já considerou investir em uma boa iluminação. Isto porque um bom projeto é capaz de valorizar detalhes, além de criar efeitos interessantes em qualquer decoração.

veira, do Oliveira e Montani Arquitetura, também concorda e fala das vantagens sensoriais. “A iluminação é capaz de criar diferentes atmosferas e transmitir diversas sensações como aconchego, bem-estar, motivação. Ao profissional cabe fazer uma leitura da necessidade de cada ambiente”, diz Tatiana.

Para arquiteta do Lindenberg Arquitetos Ltda, Manuela Lindenberg, o projeto de iluminação reforça a integração de todo o espaço. “Uma vez integrada ao mobiliário e a arquitetura, ele destaca os materiais e elementos estruturais”, explica.

E o que cumpre um papel importante nesses projetos e vem ganhando cada vez mais espaço são as luminárias, que contribuem na distribuição eficiente da luz. Segundo Manuela, as maiores tendências do momento são as luminárias pendentes, as arandelas, os embutidos, além dos plafons. Ela também afirma que antes de escolher o equipamento e o tipo, é preciso considerar as

A especialista em projetos de iluminação Tatiana Oli-

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características físicas dos ambientes, como a luz natural e as funções que são desempenhadas no local estudado, por exemplo. Para Tatiana, cada lugar tem sua especificidade a ser considerada. Ambientes de produtividade, como cozinhas, escritórios, lavanderias, precisam ter boas condições de visibilidade e controle de ofuscamento. Já os ambientes como sala de jantar, estar, dormitórios é que permite uma luz mais trabalhada, com efeitos especiais, destaques, valorização de texturas e superfícies. A especialista também acredita que escolher a luminária ideal condiz com o efeito que se pretende alcan-


çar, além de ser necessário analisar se este é o equipamento adequado. “A ordem correta a ser seguida é o que iluminar, como iluminar e por último, com o que iluminar. Os efeitos de iluminação não estão restritos às luminárias, podendo ser atingidos por outros inúmeros recursos, como sanca invertida, nicho de luz, wallwasher”, comenta. Qual lâmpada usar? Tudo isto à parte, ainda é preciso escolher entre os tipos de lâmpada, levando em consideração onde serão inseridas. Manuela explica que entre as quatro opções: incandescentes, halógenas, fluorescentes e LED, este último tipo está entre as mais pedidas, além de ser a mais vantajosa. “LED se pagam ao longo de sua vida útil, já que as mesmas não possuirão gastos com trocas de lâmpadas ou de reatores. Outra vantagem é a sua vida útil, que varia desde 25.000h a 50.000h, que é mais do que a vida útil de uma lâmpada fluorescente, variando entre 8.000h a 15.000h. A perda de luz do LED nesse período é mínima. E a emissão de raios UV é nula”, diz.

Fonte/Texto: jraluminium.com.br | Fotos: colombo.com.br / decorsalteado.com / vanessalucenadesign.blogspot.com

Fonte/Texto: www.jraluminium.com.br/informativos

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Lâmpadas de LED se tornam tendência em iluminação residencial

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A

s lâmpadas de LED são uma forte tendência porque contribuem em muitos sentidos, suas variedades ajudam na composição de inúmeros projetos de iluminação, e proporcionam aconchego por não esquentar o ambiente de forma desagradável, gerando boa iluminação. E todos estes fatores observados ajudam o meio ambiente e o bolso de quem faz uso, além de gerar um clima agradável, mas atualmente mais que pura estética as lâmpadas de LED são utilizadas devido a época de crise a economia de luz que estamos enfrentando por conta da escassez de água. Toda a população está sofrendo muito com os aumentos de tarifa que são muito abusivas, e como uma coisa leva a outra, não podemos nos distrair e devemos unir o útil ao agradável, as lâmpadas de LED tem mais vida útil, em muitos casos duram mais de 45 mil horas, o que faz gerar mais renda e economia de energia. O custo é maior para adquirir, mas cuidando bem do produto ele é duradouro, ao mesmo tempo são perfeitas para iluminar salas de estar ou jantar, quartos, cozinhas e locais que necessitam de boa iluminação, e para que sua casa fique bem iluminada

é bom entender um pouco como escolher a lâmpada perfeita. Existem as de potência baixa que são utilizadas em pequenos acessórios decorativos como espelhos, dentro de closet, e as de potência alta que ajudam a proporcionar mais destaques aos ambientes oferecendo luminosidade correta para cada local. A potência varia de 5 a 18 W, sendo que 5 é baixa e a 18 a mais alta, mas as mais potentes são indicadas para áreas externas como garagem, quintal, fachadas, balizadores, ou seja, contribuem mais para a luminosidade noturna devido sua eficácia. Para ambientes internos as mais indicadas são as de potência mediana de 8 a 12w, tudo dependerá do tamanho do ambiente, cores das paredes e seu gosto, algumas pessoas gostam de ambientes mais escuros e outras mais iluminados. A vida útil de uma lâmpada LED é de aproximadamente 25 anos, sendo outra vantagem para o meio ambiente, e ao mesmo tempo pode ser facilmente reciclada favorecendo para a sustentabilidade do planeta proporcionando calor e luminosidade na medida certa com economia de energia que recupera o investimento a curto prazo!

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Fonte/Texto: dicasnews.com | Fotos: pro.casa.abril.com.br / reformafacil.com.br


Luz em casa Iluminação ideal para cada ambiente A

maior dúvida das pessoas quando se fala em colocar a iluminação em casa é: como iluminar cada ambiente? Nem todo mundo sabe, mas não existem regras que dividem os cômodos, além da decoração ser muito pessoal, mas sim, uma convenção de como usar as lâmpadas de formas diferentes nos ambientes onde têm atividades distintas. Cada lugar da casa é usado para fins diferentes, e a iluminação tem que beneficiar essas ações. Por isso, colocar lâmpadas só amarelas ou só brancas pela casa toda desvaloriza muito o aconchego. A seguir você encontra dicas que se repetem em alguns cômodos, porque vale pra espaços que produzem o mesmo efeito: Garagem. Para quem tem uma casa, a garagem geralmente é a entrada. Colocar um refletor com sensor de presença ajuda a reforçar a visibilidade e também na segurança. Veja se não ficam pontos escuros perto do portão, já que o objetivo é você ficar de olho na entrada da rua, caso tenham, considere colocar mais de um refletor, ou mesmo uns spots no chão, que também têm um efeito decorativo na fachada. Caso opte por não usar sensor de presença, procure por refletores LED, que não vão causar um salto estratosférico na conta de energia no fim do mês. Hall de Entrada. Não é toda residência que pode se dar ao luxo de ter espaço para um hall daqueles de revista, mas mesmo que você tenha um hall pequeno, vale a pena colocar uma iluminação indireta no local (em forma de spots direcionados para um ponto de destaque, um abajur ou luminária de chão). Tudo depende do seu espaço, mas uma coisa vale pra todos: já que o hall é o primeiro lugar que você vê quando entra em casa, usar lâmpadas de efeito amarelado (2.700K) dá aquele conforto que precisamos depois de um dia de trabalho. Sala de estar / Sala de TV. Em casas grandes, há cômodos diferentes para receber as visitas e assistir TV. A dica aqui vale pra salas de qualquer tamanho: use lâmpadas de temperatura de cor amarela (2.700K), que são mais relaxantes. Se a altura da sala (pé direito) é baixa, evite usar lâmpadas halógenas, pois elas esquentam e podem transformar a sala em uma sauna. É o lugar perfeito para ter iluminação indireta em sancas, lustres e spots, mas observe com cuidado os locais que esses pontos iluminam, já que em cima do sofá pode causar desconforto a quem estiver sentado. Neste caso, elas devem ter ligações independentes, para você poder baixar a luz naquele filminho com pipoca… Corredores. Nos corredores e escadas, a temperatura de cor ideal é 4.500K, que é um meio-termo entre o branco frio e o amarelo. A escolha da luminária varia de estilo, mas algumas sugestões são luminárias balizadoras para iluminar os degraus e arandelas ficam particularmente bem nesses locais. Sala de Jantar. A cozinha é um dos locais que mais necessitam de uma boa iluminação. A visibilidade geral é importante, mas como é preciso enxergar bem os alimentos, uma boa pedida é ter pendentes ou spots sobre a bancada de trabalho. Sobre a mesa de jantar ou em uma sala dedicada, os pendentes devem ser distantes 60 cm do tampo da mesa e caso a mesa seja muito grande, pode ter mais de um pendente. A lâmpada deve proporcionar conforto, portanto, o ideal é que seja amarela (2.700K) e que não esquente muito. Quarto. O quarto é o ambiente que mais precisa de relaxamento, em nome do bom sono. A luz geral pode vir em forma de lustre ou plafon, mas o ideal é que tenha a luz de cor amarela (2.700K), que vai deixar seu cérebro mais preparado para o descanso. O uso de abajures ou de luminárias articuladas na cabeceira da cama beneficia quem gosta de ler um livro ou mesmo para não atrapalhar se alguém dorme ao lado.

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Home Office. Quem tem um escritório em casa não pode perder produtividade por falta ou excesso de luz. Por isso, utilizar luz geral e ter uma luminária ou spot focados na mesa de trabalho garantem boa visibilidade sem pecar. A luz, tanto para a iluminação geral quanto nas luminárias, deve ser estimulante, portanto, brancas (6.500K). Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold


Banheiro / Lavabo. O cuidado no ambiente mais úmido da casa é não “sufocar” as lâmpadas de potência maior que 15W em luminárias fechadas. O calor delas cria uma estufa e, em contraste com o vapor do banheiro, podem acarretar queima precoce. Mas vamos às dicas: no espelho, é bom ter uma luz que te permite enxergar bem ao fazer a barba ou a maquiagem. Spots, arandelas ou luzes de “camarim” são óti-

mas e, se você precisa de fidelidade de cores ao realizar estas atividades, uma lâmpada halógena com IRC 100 reproduz as cores com perfeição.

ficam descobertos. No jardim, é preciso ter cuidado com a proximidade das lâmpadas com as folhas, pois o calor emitido pode danificar a vegetação.

Varanda / Jardim. Nesses locais, você tem mais liberdade para usar lâmpadas coloridas. Em piscinas e jardins, as cores das luzes realçam as cores naturais e ficam muito estilosas. Em geral, ambientes externos devem ter iluminação resistente à chuva e as luminárias devem ser fechadas em locais que

Todas essas informações não evitam que você erre ao iluminar a sua casa por conta própria. Por isso, em reforma ou construção, um projeto luminotécnico é essencial para que a luz fique na medida certa do seu gosto e conforto, e que combine com a sua casa.

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Fonte/Texto: golden.blog.br | Fotos: cwbled.com.br / elainemrodrigues.com.br / debaixodobloco.wordpress.com / tha.com.br / vivanelustres.com.br


Utilização de Lustres

Observações importantes para utilizar lustres na decoração de ambientes.

O

s lustres são elementos decorativos que realmente fazem toda a diferença nos ambientes, não é verdade? Requintados, elegantes e sofisticados, eles iluminam o espaço e dão um brilho especial à decoração. O único problema é que esse tipo de acessório não é tão fácil de combinar quanto parece. Nesse caso, a linha entre o bom e o mau gosto é bem tênue. Para ajudá-lo nes-

sa complicada missão e decorar lindamente sua casa usando lustres, listamos aqui algumas dicas incríveis. Confira. Diferencie lustres de luminárias Exceto pelo fato de que ambos podem ser pendurados no teto para iluminar os ambientes, os lustres e as luminárias possuem, na verdade, mais diferenças do que seme-

lhanças. Os lustres são mais suntuosos, sendo que alguns deles são verdadeiras joias. Já as luminárias, por sua vez, podem ser pequenas, rústicas e incrivelmente simples. Uma coisa é uma coisa e a outra coisa é outra coisa, viu? Saiba escolher os lustres Existem vários tipos de lustres no mercado. Alguns deles

Fonte/Texto: blog.casashow.com.br | Fotos: oacle.com / pursuitist.in

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são enormes candelabros suspensos, outros tantos são feitos de vidro, cristal, fibra, pedraria, metal e assim por diante. Existem até lustres de materiais recicláveis, como garrafa pet! Aí a escolha vai mais por questão de gosto e adequação ao ambiente. Dê o devido destaque ao lustre O lustre é uma peça decorativa que definitivamente merece destaque. Justamente por isso, deve ser o centro de interesse nos ambientes — a exemplo do hall de acesso, do mezanino ou até mesmo da sala de jantar. Dificilmente um lustre é responsável pela iluminação geral de um cômodo, funcionando mesmo como um complemento da decoração. Busque o equilíbrio decorativo Os lustres, por si só, são objetos bastante chamativos,

por vezes grandes demais e com muitos detalhes. Sendo assim, é indispensável combiná-los com elementos discretos, cores neutras e peças elegantes, porém simples. Isso faz com que o visual fique harmonioso, elegante e clean. O excesso de informações, pelo contrário, acaba deixando a decoração pesada. Evite lustres na cozinha Os lustres podem fazer parte da decoração de salas, quartos, corredores ou até mesmo de bibliotecas particulares, no entanto, não devem ser colocados em cozinhas ou áreas gourmet, já que, infelizmente, a gordura dos alimentos impregna muito rapidamente no lustre, acabando por dificultar a limpeza da peça. Combine o lustre com o conceito da decoração O lustre pode ser maravilhoso, mas se não combinar

com o conceito do projeto decorativo e luminotécnico geral do espaço, o efeito pode ser simplesmente desastroso. Defina se o lustre será rústico, romântico, retrô, clássico, moderno ou glamouroso. Isso faz toda diferença na decoração! É importante também considerar seus gostos pessoais. Se você faz a linha mais discreta, um lustre grandioso de cristais pode não ser a melhor opção para decorar sua residência, não concorda? Respeite a regra da proporção Para evitar que o espaço pareça menor do que realmente é, não coloque lustres muito grandes em ambientes compactos. Da mesma forma, não use um lustre muito pequeno em espaços amplos. Opte sempre por elementos proporcionais para assegurar o equilíbrio na decoração.

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Tipos de piscinas Piscina de Concreto. A infinidade de formas e tamanhos possíveis para sua construção, aliada a sua elevada vida útil, fazem das piscinas de concreto uma ótima opção quando se deseja uma piscina bela e única. Projetadas a partir do desejo de seu proprietário e construídas em harmonia com o projeto arquitetônico circundante, piscinas de concreto revestidas com pastilhas cerâmicas tem ganho importância cada vez maior em imóveis residenciais. Indiscutivelmente superior quanto ao aspecto visual, esse tipo de piscina, quando bem projetada e construída, transmite harmonia, tranquilidade e requinte difíceis de serem atingidos em piscinas de outros materiais

bem o cloro antes de sua aplicação (principalmente ao se utilizar tricloro granulado). Percebendo-se pedras de cloro remanescentes no fundo da piscina após a aplicação do produto, deve-se utilizar a escova conectada a uma haste para varrer até que se desmanche todas as pedras. Evita-se assim manchas brancas no fundo da piscina; • •

Jamais usar escova de aço; Em hipótese nenhuma tirar mais da metade da

O revestimento em azulejo comum, bastante popular há algumas décadas nesse tipo de piscina, tem cada vez mais perdido espaço para a aplicação de pequenas pastilhas cerâmicas. Tal mudança em seu revestimento amplia ainda mais as possibilidades de decoração e personalização das piscinas de concreto por meio da confecção de mosaicos e combinações de cores variadas. Outra vantagem das pastilhas em relação ao uso de azulejo é a menor chance de quebra. No entanto o uso de pastilhas não apresenta apenas vantagens. Uma desvantagem é maior facilidade com que se soltam quando há descuido no controle da qualidade de água da piscina (mais precisamente descuidos com o pH e a dureza cálcica), fazendo com essas pastilhas se soltem, caindo no fundo da piscina e danificando a bomba ao serem aspiradas. Outras possibilidades de revestimento para piscinas de concreto são a aplicação de epóxi ou a instalação de manta vinílica. Porém não são raros os casos de vazamentos. Muitas vezes, com o adensamento do solo ao seu redor, pequenas fissuras são formadas no concreto, que podem aumentar com o passar dos anos criando vazamentos difíceis de serem sanados. Daí a importância de uma boa impermeabilização. Uma vez que pequenas trincas na estrutura são difíceis de se evitar, principalmente considerando o passar dos anos, apenas com uma impermeabilização de primeira qualidade, realizada durante sua construção, a tão sonhada piscina de concreto não se tornará em um tormento. A manutenção de piscinas de concreto: • Pode-se usar escova de aço; • Não mancham por cloro; • Mancham por algicida a base de cobre; • Deve-se ter atenção quanto à limpeza do rejunte entre os azulejos, local de constantes problemas de desenvolvimento de algas; Piscinas de Fibra de Vidro Piscinas de fibra de vidro ou fiberglass são uma boa opção quando se deseja uma piscina de fácil manutenção e baixo custo. Por possuírem uma superfície bastante lisa, as algas são removidas com menos esforço e a ausência de reentrâncias (como os rejuntes), reduz o acúmulo de sujeiras. Outros pontos a serem destacados são o fato de influenciarem pouco no pH da água, terem instalação rápida e baixa ocorrência de vazamentos. As desvantagens desse tipo de piscina são a impossibilidade de esvaziamento, sem que se faça um trabalho de escoramento das paredes, e a fragilidade da pintura, que acarreta invariavelmente em desbotamento de sua cor. Muito cuidado deve-se ter ao aplicar produtos químicos nesse tipo de piscina. O uso de algicidas à base de cobre deve ser evitado, pois, frequentemente, causam manchas amareladas ou azuladas. A aplicação de cloro jamais pode ser exagerada.

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As piscinas de resina poliéster e tecido de fibra de vidro, comumente conhecidas como piscinas de fibra de vidro, ou mesmo piscina de fibra, são provavelmente as mais comuns no Brasil devido ao seu “baixo” custo de aquisição, por volta de 8.000 reais, aliada a praticidade de se comprar uma piscina pronta. Os principais aspectos em sua manutenção são: • Sua pintura é bastante sensível à manchas de cloro e algicida, bem como à arranhões. Deve-se diluir muito Anuário Decoração . Arquitetura . Engenharia . Construção | 2015 - 2016 | Gold

altura de água. Esse tipo de piscina quebra se não for estaqueada antes de seca; • Cuidado redobrado no manuseio de registros e limpeza do pré-filtro, esse tipo de piscina geralmente possui casa de máquina muito pequena e fácil de alagar por qualquer vazamento, ou mesmo gotejamento; • O uso de aspiradores de cerda é mais adequado em piscinas de fibra, até mesmo as rodas do aspirador podem marcar a pintura.


Fonte/Texto: piscinafacil.com.br | Fotos: pastilhacor.com.br / evergreenpoolplus.com / permapools.com / ultramodern.com

Piscinas de vinil São denominadas de piscinas de vinil qualquer piscina que possua esse revestimento, não sendo normalmente diferenciado os diferentes materiais utilizados para a construção do reservatório (conforme veremos a seguir). Ou seja, o vinil nada mais é que o elemento impermeabilizante da piscina, que nesse caso fica aparente. Sendo assim o ponto em comum nesse tipo de piscina é seu revestimento de vinil (ou manta vinílica), o que varia são as estruturas utilizadas para construção e sustentação das paredes. As piscinas de vinil tem sua manutenção idêntica às piscinas de fibra de vidro. Apesar das mantas vinílicas utilizadas serem resistentes, deve-se ter atenção quanto ao risco de perfuração com objetos pontiagudos. Materiais utilizados para construção de piscinas de vinil: Chapas Metálicas. Possuem a vantagem de serem facilmente moldadas e de suportarem as deformações causadas pela movimentação do solo ao seu redor e, até mesmo, as causadas pelo congelamento da água, comum em invernos de países temperados. Sua desvantagem está na fácil corrosão. Outro material metálico usado pra esse fim, as chapas de alumínio, não sofrem corrosão e possuem instalação fácil. No entanto são mais difíceis de serem moldadas, além de mais caras que as de ferro. Chapas Polímeras. Uma vez que não apresentam pontas afiadas, reduzem a possibilidade de corte do vinil, são resistentes à corrosão e fáceis de moldar, no entanto são a opção mais cara. São indicadas para piscinas aquecidas devido às suas propriedades isolantes. Blocos de Concreto. São a opção de material construtivo mais difundido no Brasil. Exigem mão-de-obra menos especializada em sua construção e possuem, provavelmente, o melhor custo-benefício. Piscinas acima do solo Excelente opção para regiões onde faz frio durante parte do ano e para casas de veraneio, as piscinas portáteis ou piscinas acima do solo dispensam qualquer manutenção

quando desmontadas e possuem a possibilidade de serem transportadas em mudanças. No Brasil, popularmente, são vendidas piscinas de 1000 litros, feitas de vinil e estruturadas por canos de ferro galvanizados. Porém além de serem pequenas, essas piscinas não possuem a possibilidade de instalação de motor, restando a troca de água periódica como método de manutenção. Piscinas de médio porte portáteis são uma grande novidade e veem cada vez mais se popularizando. Necessitam apenas serem montadas no local escolhido e podem ser

estruturadas com material metálico, plástico rígido ou, até mesmo, plástico inflável. Esse tipo de piscina possui entrada e saída de água para instalação de motor, sendo que muitos modelos possuem inclusive skimmer, escada, sistema de aquecimento e deck portátil. O principal cuidado que se deve ter na instalação, é a necessidade de se limpar muito bem a área, eliminando-se qualquer objeto cortante do chão. Esse tipo de piscina é imbatível quando os quesitos são tempo de instalação, praticidade e custo.

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Um esquema de segurança para sua casa

Como montar um esquema de segurança para casas.

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Neste cenário, existem algumas medidas interessantes e eficientes para manter as residências livres de perigo. Evitando certos erros comuns e seguindo algumas recomendações, é possível montar um esquema de segurança eficaz para proteger sua casa e sua família. Alarmes e cerca elétrica: bons investimentos Apesar dos sistemas de alarme não tornarem sua casa à prova de invasão, eles têm o grande efeito de dissuadir os assaltantes, já que estes optarão, preferencialmente, por casas que não possuam um sistema de segurança. Para aumentar a chance de dispersão dos criminosos, uma dica que funciona é deixar claro que você tem um alarme instalado. Coloque nas portas e portões da fachada adesivos ou placas com o nome da empresa responsável pelo dispositivo, elegendo um local de destaque. Vale também apostar em placas com o aviso “cão bravo”, que podem auxiliar na estratégia de dissuasão dos assaltantes.

danificação. Se suas janelas ainda não possuem grades e apresentam exposição à rua, é fundamental instalá-las. A grade é uma medida de segurança indicada não somente para casas, mas para qualquer tipo de residência. A recomendação para as portas segue o mesmo princípio. O material da porta deve ser sólido e pesado, evitando que ela seja facilmente arrombada. Da mesma forma, escolha uma tranca de qualidade, que dificulte o arrombamento. Entre em contato com empresas ou profissionais especializados na área, com certeza eles poderão apresentar à você a melhor solução. Não facilite para os invasores A situação de nos surpreendermos ao chegarmos em casa e não estarmos com a chave é comum. No entanto, não arrisque escondendo a chave reserva da residência em um local óbvio. O tapete em frente a porta, a caixa de correspondência, o gnomo do jardim: todos estes locais podem não parecer óbvios para você, porém são extremamente convenientes para que um assaltante procure e, inevitavelmente, encontre. Certamente, não há um local 100% seguro para deixar a chave reserva em casa. Prefira deixar uma cópia na casa de algum vizinho de confiança, na residência de um parente ou até mesmo no trabalho, caso seja próximo ao seu endereço.

A cerca elétrica também é uma forma eficiente de segurança: é importante ela seja instalada não somente na fachada da casa, mas também nos muros ao redor. Os sistemas de cercas elétricas também possuem alarmes, mas é importante não esquecer de ativá-los. Na correria do dia a dia, muita gente deixa de acionar o dispositivo.

Investir na iluminação é uma boa tática A primeira coisa que um assaltante analisa ao escolher uma casa como alvo é a chance que ele tem de ser pego. Apesar de muitos assaltos ocorrerem durante o dia, a escuridão ainda é um dos principais focos para invasores.

Dê atenção redobrada às portas e janelas É normalmente através do acesso de portas e janelas que os criminosos podem entrar em sua casa. Pensar em maneiras de reforçá-las, deste modo, é uma medida de segurança pertinente a ser considerada. Para as janelas, é interessante investir em boas trancas internas e, de preferência, em um modelo de vidro bastante resistente, de difícil

Os vândalos normalmente dão preferência para assaltar casas em que não há ninguém, já que o fato facilita a invasão. No período da noite, deixe as luzes sempre acesas, principalmente quando for sair. Assim, você dá a entender que há pessoas em casa. Mantenha a fachada sempre bem iluminada, e deixe acesas até mesmo as lâmpadas do jardim. Fonte/Texto: blog.casashow.com.br | Fotos: backstagemedia.co.uk / elfrentals.co.za / shutterstock

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violência urbana é uma realidade no Brasil e no mundo e, infelizmente, temos que saber nos adaptar da melhor maneira possível a esta situação. O local em que moramos deve ser um ambiente de descanso, aconchego e tranquilidade – por isso, lançar mão de estratégias para zelar por nossa segurança é atitude indispensável. Afinal, nada melhor que chegar em casa depois de um dia intenso de trabalho e ter uma despreocupada noite de sono.

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Casa no Campo

Sossego, meditação, natureza… tudo de bom!

Atualmente famílias que possuem empresas e negócios na área urbana investem também em casa no campo. Na maioria das vezes passam finais de semanas, feriados ou alguma parte das férias nesses lugares, usufruindo de todo o lazer e aconchego que somente a natureza pode oferecer. Com o crescimento do agronegócio e a consolidação de grandes empresas no mercado alguns profissionais já tendem também em trabalhar somente no campo e passar os feriados e férias na cidade, alternando o padrão empresarial comum, e desta maneira constroem sua moradia em sua própria fazenda, sítio, lavoura, etc. Mas afinal, compensa ter uma casa no campo? Na hora de comprar uma casa de campo, você precisa ficar atento a muitos detalhes. Descubra aqui quais são, evitando erros no momento da escolha. 1. Defina o seu objetivo: trabalho ou lazer Muitas pessoas querem uma casa de campo para fugir do estresse da cidade e poder trabalhar com tranquilidade. Normalmente, são escritores em busca de tranquilidade e inspiração, ou profissionais que trabalham à distância, no estilo home office. Esse é o seu caso? Caso seja, fique muito atento ao conforto oferecido na sua futura casa de campo. Não deixe de verificar o acabamento, o tamanho dos cômodos e a disposição dos móveis, que em muitos casos já estão inclusos. Se você não gostar da cozinha, do banheiro ou do quarto, não compre a casa de campo. Essas são as três áreas onde você mais passará tempo e que devem oferecer o máximo de conforto.

3. Converse com os vizinhos Com o vendedor você irá saber o que o lugar possui de melhor. Ele falará de todos os benefícios da sua compra, mas pode ser que ele deixe passar alguns pontos negativos importantes. Nesse caso, a dica é conversar com quem já mora naquela região. Pergunte aos vizinhos se a área costuma alagar em temporada de chuvas, se já houve algum caso de assalto ou se eles conheciam os antigos proprietários da sua futura casa de campo. Assim você também já descobre se as pessoas da região são solícitas ou não, o que é muito importante no caso de uma eventual emergência no futuro. Fonte/Texto: casaprefabricada.org / forumdaconstrucao.com.br / gnt.globo.com/casa-e-decoracao | Fotos: imageshack.us / wikimedia.org

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maioria das pessoas sonha em ter uma casa de campo para se refazer do stress da vida urbana, entrando em contato com a natureza e confraternizando com familiares e amigos. Curtir um friozinho tomando um chocolate quente ou um vinho com uma tábua de queijos em frente ao fogo aquecido de uma lareira ou até mesmo de um fogão a lenha. São características da vida no campo.

Mas se você busca apenas uma casa para passar feriados ou uma temporada de férias, fique mais atento à parte externa: existe bastante lugar para passear? Há algum comércio ao redor? Dica: se você gosta de passear de cavalo, fique atento ao terreno, que não deve ter muitos buracos. Caso contrário, o animal pode se machucar. 2. Pense no período que você irá passar lá Alguns gostam do clima romântico do inverno, outros da animação do verão. Antes de comprar sua casa de campo, pense no período que você irá passar lá. Se for frio, valorize casas com lareira. Se for calor, dê preferência aos projetos com grandes janelas.

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4. Selecione com atenção o material Alvenaria ou madeira? Cada estilo de construção possui o seu lado bom e ruim. Se você escolher uma casa de madeira, saiba que não poderá descuidar da manutenção. Pelo menos uma vez por ano você precisará protegê-la dos cupins, usando produtos específicos. O ponto positivo é que casas de madeira adaptam-se melhor a variações de umidade ou temperatura. Já casas de concreto, apesar de muito resistentes, podem apresentar problemas de rachadura, ocasionados pela umidade. Mas esse problema pode ser evitado com atenção e reparos corretos.


Quanto ao acabamento, a de madeira oferece um visual mais rústico, enquanto a de alvenaria oferece um visual mais clássico. Aí é com você. Analise e veja qual combina mais com a sua personalidade. 5. Analise as vias de acesso Ver casas de campo, mas sem analisar os caminhos que levam a ela é um perigo. Fique atento às estradas: normalmente elas são de terra e costumam virar um lamaçal quando chove. Se isso acontecer, é bem provável que seu carro fique atolado. Por isso leve em conta, na hora da compra, se o veículo que você tem será capaz de levá-lo até a sua casa de campo. Caso contrário, de que adianta uma casa linda se você não consegue chegar a ela? Boa sorte na sua escolha!

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