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Tradição e vanguarda: Cachaça Pindorama chega ao mercado brasileiro
Marca fluminense de aguardente une o artesanal à infraestrutura e práticas ESG
m u ito a lia d a a d es m ata m ento, à monocultura extrativista e à exploração. Queremos mudar isso e tudo que fazemos reflete essa ética.” diz Luiza Konder de Almeida Braga, da Pindorama.
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A partir dessa reforma, depois de muitos ajustes e aprendizado para garantir um produto de altíssima qualidade, o alambique passou a produzir em torno de 50 mil litros de cachaça prata ao ano, o carro-chefe da marca Dez por cento dessa produção destina-se à criação da versão descansada em barris de amburana. A própria empresa planta dez árvores da madeira para cada barril utilizado.
além de também a criar uma estrutura para produção de energia através do bagaço da cana. A marca ainda adotou práticas sociais em parcerias com escolas locais, possibilitando aulas de esportes e matérias na fazenda.
Acachaça Pindorama, produzida no interior do Rio de Janeiro, vem trilhando um caminho próprio, construindo uma marca que celebra nossa história em toda sua diversidade Considerada um verdadeiro tesouro da cultura nacional, a cachaça artesanal premium tem vivido um renascimento e muito deve-se aos pequenos produtores das diversas regiões do Brasil que buscam a excelência na prática do processo original que hoje em dia é apreciada mundo afora.
A Fazenda das Palmas, sede da empresa Pindorama, está localizada no coração do Vale do Café, entre Vassouras e Morro Azul. Quando o casal Luiza e Antônio Carlos de Almeida Braga adquiriram a propriedade em 2012 descobriram ali nas suas instalações o que vinha a ser o terceiro alambique comercial do estado do Rio e decidiram por restaurar o local. Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX.
Com a ajuda das duas filhas, Joana e Maria, e do genro, Rafael, nasceu a Pindorama cujo nome coincidentemente significa em Tupiguarani, região das palmeiras ou terra livre do mal. "Ao decidirmos reformar o alambique e restabelecer a produção de cachaça, realizamos todo um trabalho de pesquisa histórica da bebida e também da região da fazenda, como forma de fundarmos uma marca com um DNA que carrega esse legado cultural e histórico e ao mesmo tempo está se posicionando como uma via sustentável de produção agroflorestal que leva em conta as necessidades da realidade do século XXI. A Pindorama vem com uma proposta de ressignificar a nossa cultura, infelizmente
O processo começa desde o plantio da cana de açúcar que é realizado na própria fazenda, próximo ao alambique. Um fator importante que acaba por enriquecer a fermentação e garantir ao processo uma temperatura e fatores ideais são os mais de 100 hectares de mata-atântica que cercam o alambique e são hoje uma APP (Área de Proteção Permanente).
Para garantir a integridade do produto, e a fidelidade a este processo centenário, a Pindorama ainda é submetida a análises constantes Durante seu processo, são retirados os primeiros 20 litros iniciais, a cabeça da cachaça, assim como os seus últimos 10 litros, denominado de cauda, restando apenas o que há de mais puro no processo, o coração da bebida. Após essa etapa, a bebida é posteriormente armazenada em tonéis de aço INOX (Pindorama Prata) e em barris de amburana (Pindorama Ouro) onde se intensificam suas características especiais Atualmente, a Pindorama Ouro ainda não é comercializada e tem perspectiva de lançamento em 2023. Com isso, aliado à reforma do alambique, os fundadores também implementaram iniciativas que tornaram o projeto consciente nas diretrizes de ESG. "Estudamos todos os processos da cachaça, e vimos como poderíamos melhorar a produção nos aspectos ambientais, sociais e de governança. Com isso, vimos que poderíamos realizar ajustes desde local de plantio, o que seria plantado, até mesmo a outros aspectos da fabricação e pontos mais simples, como utilizar a infraestrutura como local de aula para escolas da região", explica Luiza Braga.
Dessa forma, a marca implementou iniciativas como o reflorestamento da área com espécies nativas da mata atlântica, o plantio de cana de açúcar e milho não transgênico em consórcio próximo ao alambique, como forma de proteção do solo,
O rótulo, desenvolvido por Oveja & Remi, renomado escritório argentino de design, traz uma ilustração cheia de símbolos como a floresta, o rio, animais e também personagens que ilustram a multiplicidade de nossa população. É uma representação da união de culturas e a intenção de comunicarmos para nossos consumidores a importância de cada povo na construção da nossa história.
A marca fez sua estreia inicial, em 2017, no mercado português, devido às facilidades iniciais oferecidas pelo país. Logo após seu lançamento, a Pindorama conquistou a medalha de prata no International Spirits Challenge, em Londres, em 2019. Em 2021, após um resultado consistente de vendas na Europa, a marca iniciou sua comercialização no Brasil, chegando a pontos de venda no Rio de Janeiro e São Paulo, como Aprazível, Arpoador Inn, Hotel Fasano, Babbo Osteria e o Supermercado Zona Sul.
Neste ano, a marca conquistou o 2º lugar na competição de melhor cachaça no V Ranking da Cúpula da Cachaça, além de expandir sua distribuição mundo afora, chegando ao Reino Unido e também participando da Rum Fest, em Londres, sendo a única cachaça participante e atraindo uma legião de curiosos e novos apreciadores.
E a Pindorama tem mais perspectiva de mais expansão. A marca tem previsão de chegar a mais estados, se propondo a manter a qualidade na produção e com meta de dobrar o número de produção, alcançando mais de 100 mil garrafas em 2023.
"Estamos em franco crescimento e temos a proposta de dobrar a nossa produção, sempre mantendo nossa qualidade O mercado da cachaça tem muito a crescer, tem uma grande demanda por um produto de qualidade no Brasil e mundo afora. E queremos mostrar o potencial da bebida e sua versatilidade", termina Luiza.
Serviço: www.drinkpindorama.com
Bem antes de entrar nos detalhes de composição e ingredientes funcionais desta bebida, vamos falar um pouco sobre sua história e como ela chegou a ser o que é hoje.
Na década de 1980, o austríaco
Dietrich Mateschitz, em sua viagem à Bangcoc/Tailândia notou que lá existia uma bebida composta por ervas e especiarias que os nativos bebiam com objetivo de obter mais energia e disposição física e mental.
Ele ficou muito interessado e usando os conhecimentos da medicina nutricional chegou na bebida que temos hoje.
Uma bebida com aqueles ingredientes ele havia descoberto na Tailândia, mas com uma aparência mais ocidentalizada, ou seja, carbonatada e vendido em uma latinha.
O sucesso veio rápido e logo já se espalhou por todo mundo.
Cabe aqui destacar que neste caso eu me refiro ao energético da marca Red Bull, a primeira a conquistar o mercado mundial, com um marketing agressivo focado ao público jovem e patrocinando os principais esporte radicais e de aventura, sucesso foi eminente.
Agora vamos falar sobre o aspecto funcional desta bebida e descobrir o existe em sua composição para poder ser classificada como energético.
A bebida Energética é regulamenta no Brasil pela AVISA, sendo necessário ter em sua composição cafeína, taurina, carboidratos e vitaminas, principalmente as vitaminas do complexo “B”
Podem além destes mencionados anteriormente conter também outros ingredientes como, glucoronolactona, inositol, aromas, corantes e outros ingredientes secundários.
Pela legislação existe um limite de 350 mg/l de cafeína e 400mg/100 ml de taurina.
É importante ressaltar que as bebidas energéticas não são nocivas à saúde humana e não possuem álcool em sua composição.
A única ressalva ou cuidado em seu consumo se aplica a pessoas que possuem sensibilidade à cafeína.
Mas fiquem tranquilos, uma latinha de 250 ml possui em média a mesma quantidade de cafeína que uma xicara de café.
Falaremos agora sobre desempenho da bebida no mercado brasileiro nos últimos dez anos e o que ocorreu com ela ou com mercado para obtermos resultados de vendas, positivos e ou negativos.
Segue na sequencia dois gráficos, sendo que gráfico 1 é volume de consumo versus ano e gráfico 2 o desempenho em % referente ao ano imediatamente anterior (Fonte: ABIR)
A linha pontilhada do gráfico 1 representa a curva de tendência de crescimento da bebida, isso demonstra que nestes últimos dez anos, com alta e baixas de nossa economia e com pandemia em 2020, Bebidas Energética vem crescendo mesmo assim. etapas de variação de consumo em % muito distintas durante estes últimos 10 anos. Período de 2011 à 2013, foram anos de grande crescimento no consumo, devido ao lançamento de novos sabores e da nova alternativa de embalagem, garrafa PET Energético deixou de ser apenas uma maior propenção de consumo de itens não essenciais.
Para ilustrarmos mais um exemplo da ordem de grandeza deste volume e de seu avanço neste período, se comparamos o volume de consumo das Bebidas Energéticas com as Carbonatada, em 2011 ela representava apenas 0,5%, mas em 2021 passou para 1,5%.
Anos de 2014 à 2017 foi um periodo de perfil oposto, baixo poder aquisitivo e consumidor reduziu seu consumo de intens não essenciais, logo notamos uma retração no seu consumo.
A princípio perece pouco, mas lembremos que as bebidas carbonatadas é segunda maior em consumo no Brasil, ficando atrás apenas da Água Mineral.
No Gráfico 2 podemos destacar algumas bebida de consumo nos eventos noturnos e envasada em latas.
Além da popularização da bebida, estávamos passando no período de 2011/13uma melhora do poder aquisitivo e
Ano de 2018 ate 2021, retomada da economia e reduçao inflação, mesmo com a Pandemia de 2020 e 2021 seu volume cresceu. Havendo uma mudança do local de consumo das ruas, bares e eventos para ser consumido nos lares. Com o amadurecimento do habito de consumo e maior competividade entre os fabricantes, prevemos a existência de um número menor de marcas mas um aprimoramento da qualidade da bebida. Isso irá refletir na segmentação das marcas lideres, lançando novos sabores e com novos ingredintes em sua composição. A fusão de categorias de bebidas é uma outra tendência, exemplo: bebidas Energéticas com reposição de sais minerais e vitaminas, ou seja Energéticos com Isotônicos.
O que podemo esperar sobre futuro desta bebida?
Bebidas Energéticas composta com a bebida mais popular do Brasil, café Mas uma tendência importante que devemos mencionar seria o lançamento opções desta bebida com alternativa de ingredientes mais naturais, deixando de lado a taurina, cafeína e substituindo por guaraná, ginseng, canela e chás
Vamos esperar e nos prepararmos para este futuro !!!
Serviço: marcoamaral@hotmail.com www.abir.org.br
LightHouse Consultoria Análise do mercado de bebidas.
Desenvolvimento Novos Produtos.
Fotos: Divulgação