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SENADO APROVA REPASSE PARA SUBSIDIAR GRATUIDADES
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Passagens de idosos passariam a ser custeadas pelo governo federal
OSenado aprovou ontem a criação do Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos, projeto que pretende fazer com o que o governo federal repasse aos municípios um valor para custear o transporte gratuito oferecido aos idosos com mais de 65 anos.
No total, serão R$ 5 bilhões anuais para assistência financeira da União aos Estados, Distrito Federal e Municípios.
O relator do projeto de lei, senador Eduardo Braga (MDB-AM), estabeleceu na proposta a duração de três anos, prazo que não existia no texto original.
Ele também adicionou uma emenda ao texto para que parte das receitas dos royalties do petróleo sejam utilizadas para financiar os gastos com o programa.
Braga argumentou que o transporte coletivo já estava em uma situação financeira precária e sofreu um impacto agudo com a queda de arrecadação por conta da pandemia da covid-19.
A medida era pleiteada pelos prefeitos, que pressionam o governo desde o ano passado por uma ajuda de custeio ao transporte público.
A queda no número de passageiros durante a pandemia de covid-19 escancarou a crise do setor, que simplesmente não consegue se manter apenas com o custo arrecadado pelas tarifas.
Para aliviar os efeitos da crise, as prefeituras se viram obrigadas a aumentar os subsídios repassados às empresas de ônibus
Agora, o texto irá para a Câmara, onde a proposta será analisada.
OPINIÃO - INTERBUSS
Caso passe pela Câmara dos Deputados, o projeto é mais do que justo.
O subsídio no transporte público é demonizado por pessoas que sequer andam de ônibus, e nem sabem os custos de operação.
Em todos os lugares do mundo o transporte público tem algum subsídio, enquanto no Brasil as empresas são tratadas como entidade filantrópica.
O pagamento desses valores para as empresas é justamente para o custeio operacional, e não para encher o bolso do dono da viação, como muitos ainda insistem em dizer, da forma mais ignorante possível.
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NADA DE UBER E 99 EM ARARAQUARA: LÁ A MODA É O BIBI MOB
Os repasses maiores para os motoristas incentivaram adesões
Desde janeiro, funciona em Araraquara (SP) um novo serviço de viagens por aplicativo, o Bibi Mob, que é gerido por uma cooperativa de motoristas ligada à Prefeitura. Só que, além da gestão ligada a um órgão público, ele traz uma grande novidade: o repasse de 95% da receita das viagens aos condutores, um valor bem acima do que costumam pagar as duas gigantes do setor, Uber e 99, que oferecem entre 60% e 70%. A oportunidade de arrecadar mais com as viagens foi eficiente para atrair os motoristas: em menos de dois meses de funcionamento, a plataforma já tem 200 deles cadastrados (com outros 300 na fila esperando a vez), enquanto os usuários são 8 mil. A Bibi Mob, empresa que desenvolveu o app, existe desde 2019 e atua em 67 cidades, incluindo seis capitais. No entanto, a experiência de Araraquara, com seus 256 mil habitantes, é a mais bem-sucedida até agora. A parceria surgiu por meio da Cooperativa de Transporte de Araraquara (Coomappa), uma organização de motoristas que foi criada em 2020 pela Prefeitura com o objetivo de ajudá-los a superar dificuldades como a alta dos combustíveis. “A cooperativa tinha um plano de mudar em busca de melhores ganhos. Todos estavam insatisfeitos com as altas taxas cobradas pelos serviços tradicionais”, afirma o CEO da Bibi Mob, Leonardo Tavares. Ele explica que o modelo de negócio da sua empresa é oferecer a tecnologia com diversas formas de monetização. “Temos a possibilidade de inserção de publicidade local no app. A operação pode fechar contratos com comércios ou negócios locais que agreguem ao serviço, por exemplo lava-jatos, postos de gasolina e oficinas mecânicas”, afirma.
Dinheiro no bolso - A rentabilidade de 95% para os motoristas era uma das metas estabelecidas pela Coomappa para fechar o negócio, requisito que o app atendia. Segundo Tavares, esse é um dos grandes atrativos da plataforma. “Há uma questão contratual de que todas as operações obrigatoriamente necessitam oferecer 85% ou mais para os motoristas, deixando aí uma margem máxima de 15% para outros fins”, afirma o executivo. “Cabe ao contratante determinar a porcentagem que será repassada. A gente sabe que a grande vantagem do aplicativo são as maiores taxas repassadas ao motorista”, pondera. Em Araraquara, os 5% da arrecadação que não ficam com os motoristas vão para uma reserva da cooperativa destinada à manutenção da plataforma e outros custos. Como a Coomappa não tem fins lucrativos, não houve empecilhos para chegar a esse número. No entanto, por se tratar de uma cooperativa, os motoristas precisam ser associados e pagar a taxa mensal de R$ 50 para trabalhar com o Bibi Mob. Para os usuários, há outro benefício: as menores taxas de cancelamento em relação aos outros aplicativos. Segundo a Bibi Mob, o índice de cancelamentos está em 4% para o serviço de Araraquara, ao passo que, nos concorrentes, a cada 10 corridas solicitadas, de 6 a 7 apresentam pelo menos um cancelamento. Também não existe a tarifa dinâmica, ou seja, o aumento de preço em horários de grande demanda.