Capa: Reprodução da arte de João Vitor Castanheira, 17 anos
Considerações sobre o autismo
Especialistas ainda divergem ao diagnosticar o transtorno COMPORTAMENTO Cuidado: você pode ser um ‘workaholic’
MODA Conceito ‘hyperoom’ valoriza marcas
ENTREVISTA Daphne Bozaski, a Bebê de ‘Malhação
MOMENTO QUALIDADE
ARQUITETURA DE SOLUÇÕES DE SOFTWARE COM DESCONTOS DE ATÉ 20%
Atualmente o mercado está precisando de profissionais integrados às últimas tendências da área com aptidão para participar de atividades de concepção, projeto, desenvolvimento, manutenção, gerenciamento, administração e a utilização de soluções de arquitetura de software. O objetivo do curso é atender a demanda das organizações e os requisitos de formação, atualização e especialização de profissionais voltados para atuação em projetos de ambientes distribuídos. Colaborar para a formação do desenvolvedor de soluções de arquitetura de software, práticas sobre produtividade, qualidade de código, desenvolvimento de componentes, performance, segurança e usabilidade em aplicações web. O curso está composto por 3 módulos A) Gestao & Negócios, B) Arquitetura de dados e aplicações e C) Startup As aulas serão ministradas nas 2das feiras e nas 4tas feiras (19h00 as 22h50) no campus UNIP Santos. MATRÍCULAS DISPONÍVEIS ATÉ MARÇO/2020. Para informações: (13) 4009-2051 / (13) 4009-2083
DIRETOR GERAL Sérgio Liberado DIRETOR DE REDAÇÃO Liberado Junior EDITOR-CHEFE Antonio Marques Fidalgo EDITORA ASSISTENTE Silvia Barreto REPORTAGEM Antonio Marques Fidalgo Diego Brígido Marcelo Bragança Silvia Barreto PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Kelvin Souza ASSESSORIA DE IMPRENSA Line Skin (Santos) COMERCIAL E MARKETING Sérgio Ricardo comercial@liberadojunior.com.br DEPARTAMENTO JURÍDICO Dr. João Freitas CENTRAL DE ATENDIMENTO Segunda a sexta, das 9 às 17h (13) 3237-6550 / ramal 16 E-MAIL jornalismo@maissantos.com.br CORRESPONDÊNCIA Matriz: Santos Av. Bernardino de Campos, 64 Vila Belmiro CEP 11075-000 Whatsapp: (13) 99700-8661
A revista MAIS SANTOS ONLINE é uma publicação semanal da LINE SKIN ASSESSORIA & CONSULTORIA LTDA. 2020 © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. PROIBIDA A REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E ESCRITA. TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS RESPECTIVOS AUTORES.
FOTO: ARTE DE JOÃO VITOR CASTANHEIRA
EDITORIAL
Sadia inclusão De percepção muitas vezes tardia, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) poucos dados oficiais tem no País. Tanto que o próximo censo demográfico (adiado para 2021, devido a pandemia) pesquisará melhor essa característica de milhares de pessoas para que, afinal, novas políticas públicas de inclusão sejam adotadas. As características são variadas entre os autistas, que desenvolvem habilidades extraordinárias e, quando estimuladas por familiares e educadores, tornam-se muitas vezes a ponte para a esperada inclusão social. João Vitor Castanheira, 17 anos, que ilustra esta página e a capa desta edição da Mais Santos Online, é prova disso. Não por acaso, temos ainda uma entrevista com a atriz Daphne Bozaski, a autista Benê de “Malhação - Viva a Diferença” (atualmente em reprise nos fins de tarde da Globo), que conta como foi construir a personagem que mudaria sua carreira. Quer mais? Moda, Decoração, Turismo, Gastronomia e até uma reflexão para saber se o leitor é um workaholic! Ótimo domingo... de leitura também!
Editor-chefe
FOTO: DÊSSA PIRES
ENTREVISTA
Show de interpretação Por Marcelo Bragança ...e não só na arte de interpretar. Daphne Bozaski, de 27anos, responsável por dar vida a autista Benê, em “Malhação – Viva a Diferença” (2018), na temporada que ganhou o Emmy Internacional Kids como série, e que atualmente está sendo reexibida em edição especial nos fins de tarde da Rede Globo, também tem a dança correndo nas veias e a maternidade batendo forte no coração. A mãe de Caetano, de um ano e sete meses, e esposa do chef Gustavo Araújo, conta na entrevista a seguir sobre “As Five”, spin off de “Malhação” que está sendo aguardado com ansiedade pelo público, trabalhos que marcaram sua carreira e mais!
FOTO: RAMON VASCONCELOS/REDE GLOBO
A Benê de “Malhação – Viva a Diferença” é um grande trabalho seu, sem dúvida! A personagem é portadora da Síndrome de Asperger, um quadro leve do espectro autista. Como foi o laboratório para construí-la? A Benê foi um presente na minha vida e carreira. Poder mergulhar no universo dela me fez aprender muito sobre como eu enxergava o mundo e as pessoas que são diferentes de mim. Li alguns livros que me ajudaram muito a entender o que se passava com as pessoas que estão no espectro autista. Fiz um bate-papo com alguns adolescentes no Instituto Priorit, no Rio de Janeiro, eles têm um projeto muito incrível com jovens autistas. E ali tirei muitas dúvidas e vi personalidades muito distintas de cada um. E foi isso que levei para a Benê, cada pessoa é única e diferente, mesmo estando no espectro autista. Então, fui criando aos poucos as características marcantes que a Benê teria. E o texto do Cao (Cao Hamburger, o autor) me ajudou muito nesse processo. A cada cena que chegava me traduzia muito como a Benê reagiria a determinadas situações...
Daphne, como a Benê de ‘Malhação – Viva a Diferença’, de 2018
Este trabalho certamente lhe rende uma série de mensagens de pessoas que têm Asperger, bem como pais, instituições... Como é ter esse retorno do público? Acho que o retorno das pessoas que se identificaram com a Benê, é o reconhecimento que todo artista quer ter ao fazer uma personagem. Sem a identificação do público, sendo do espectro autista ou não, a arte não faz sentido. Esse reconhecimento foi o gatilho para seguir no caminho que eu estava construindo para a Benê. “As Five”, um spin off desta temporada, tem estreia anunciada no Globoplay em 12 de novembro. Como é voltar como a Benê, em uma passagem de tempo de seis anos na trama e junto com as outras protagonistas de “Malhação”? Rolou até uma live... É um privilégio para nós atores poder recriar a mesma personagem após uma passagem de tempo. O desafio foi manter as características da Benê, porém com mais experiência de vida e maturidade. Após a “Malhação”, as personagens se afastam, então o reencontro na série é muito importante para mostrar a força que as amizades tem nas nossas vidas. Acho que com a reprise atual os fãs ficaram ainda mais empolgados para assistir a série, então o Globoplay nos convidou para fazer uma live bem descontraída para divulgar a data de estreia da série. O Cao Hamburguer estava preparando “As Five” já há algum tempo, certo? A pegada é bem diferente da “Malhação”. Você se viu entrando em um novo laboratório para a Benê? Sim, o desejo de fazer uma série das Five veio logo após o término da novela. Como ganhamos o Emmy Internacional foi esse reconhecimento que impulsionou a série a ser realizada. Esse projeto e as personagens são muito importantes para nós, atrizes. Estou muito ansiosa para assistir a série e saber qual será a recepção do público. Ela tem uma linguagem bem diferente da novela. Mostra as personagens na transição da juventude para a fase adulta da vida, desafios e objetivos bem diferentes dos temas que abordamos na Malhação. Fizemos uma preparação que nos ajudou muito a fazer essa transição, e digo que não foi fácil. Nós ainda tínhamos as personagens adolescentes vivas dentro da gente. Foi um trabalho de reconstruir, pensando em tudo que a Benê viveu nessa passagem de tempo. Eu me surpreendi com o desafio de fazer esse processo numa personagem que você já conhecia.
FÁBIO ROCHA/REDE GLOBO
pais como nossa rede de apoio, nesse primeiro ano de vida do Caetano. O Gustavo é um paizão, nós trocamos muito sobre como queremos educar o pequeno, e poder voltar ao trabalho com tranquilidade, sabendo que nosso filho estava bem, foi fundamental. Não é fácil cortar esse cordão umbilical, porém sem estar trabalhando também não me sentiria completa. Mas isso sou eu, entendo também que tem mulheres que optam por ficar em casa com os filhos por se sentirem completas assim, ou por não terem essa rede de apoio. No momento que nós nos tornamos mães, somos responsáveis em criar, Ao centro, Daphne Bozaski; da esquerda para a direita, as atrizes Heslaine Vieira (Ellen), Ana Hikari cuidar, orientar um novo ser hu(Tina), Manoela Aliperti (Lica) e Gabriela Medvedovski (Keyla), preparadas para ‘As Five’ mano. É um processo de amadurecimento e muita responsaLogo depois que terminou aquela tempobilidade. E a cada dia ainda é desafiador. rada você engravidou do Caetano, que está com pouco mais de um ano. Na gravidez, você Começou sua carreira em 2004. Na época, trabalhou bastante! Como foi este momento? era uma pré-adolescente. Como foi este iníSim, o Caetano já está com um ano e sete mecio para você? Imaginava chegar onde está? ses. Trabalhar durante a gravidez e logo após a Em 2004, fiz a minha primeira peça profissional licença-maternidade foi uma quebra no mito que em Curitiba. Porém o teatro já estava na minha tanto ouvia sobre “engravidar e ter que abandonar vida desde a barriga da minha mãe (Ivete Bozasa carreira”. Quando estava grávida, fiz uma peça ki). Ela é atriz, então eu também, desde a barriga de teatro, e foi muito bom compartilhar um palco dela, já estava nos palcos. A arte sempre esteve com ele na barriga, foi uma das experiências mais na minha volta. Minha base foi toda no teatro, solindas na minha profissão. Ainda grávida, fiz tammente depois que sai de Curitiba e vim para São bém um trabalho de voz original para uma aniPaulo é que o audiovisual começou a se entremação, e percebi que há muitas maneiras de eslaçar no meio caminho. Nessa profissão é precitar na ativa; para mim isso foi o maior significado so estar em movimento, se reciclar, estudar após de ser artista, estar se reinventando na sua arte. cada trabalho... Acho que essa minha inquietude Quando acabou a licença-maternidade, comecei me trouxe as oportunidades até hoje. os ensaios para gravar a série “As Five”. Voltar ao trabalho com uma criança pequena não é fácil, a Já atuou em vários espetáculos! Tem forma de distribuir o tempo e as responsabilidaalgum trabalho que é o seu queridinho? E des mudam com a maternidade. Por isso ter uma quando falamos das telinhas, também tem rede de apoio é muito importante para qualquer um que lhe marcou, além de “Malhação”? Me mãe conseguir voltar a trabalhar. conta o porquê... No teatro, o espetáculo que mais me marcou foi quando fiz, em Curitiba, “RoE o pós-gravidez, quando voltou de licenmeu e Julieta”, em 2009. Trabalhar um texto de ça maternidade? Foi desafiador? O Gustavo é Shakespeare, trazendo uma contemporaneidaum pai bastante participativo, né? Eu e o meu de e fazer a Julieta, foi de um aprendizado e um marido Gustavo, tivemos o privilégio de poder, enmarco na minha carreira. Na TV, além da Benê quanto um precisava trabalhar, o outro ficar com o - que é uma das minhas personagens preferidas Caetano. Nossas profissões permitiram isso. Po- outra que me marcou muito foi a Lali monsrém, quando as gravações da série começaram tra, da série “Que Monstro te Mordeu?”, inclusive a se intensificar, pudermos contar com os nossos também uma criação do Cao Hamburguer. A Lali
foi a minha primeira personagem num produto grande de audiovisual; foi com ela que eu aprendi a interpretar para a câmera, conhecendo todo o universo da televisão, que é bem diferente de um processo teatral. Além disso, a Lali, para mim, tem o espírito da minha criança. Hoje em dia coloco para o Caetano assistir e ele adora. É um trabalho que me orgulho muito. Nasceu em São Paulo e morou no Paraná dos cinco aos 17 anos. Dançou no Teatro Guaíra e também fez dança na Universidade Federal do Paraná. Esta arte ainda é muito presente na sua vida? Totalmente! Essa experiência na dança me ajuda muito no processo de criação de um personagem. Para conseguir interpretar uma pessoa diferente de mim, tenho que estar com o corpo aberto para experimentar outras posturas, andares, trejeitos que sejam diferentes do corpo da Daphne. Acho que ter noção de dança é conhecer o seu corpo, e um “corpo vivo” é fundamental para o ator.
Qual o conselho que você daria para a Daphne que fez a primeira peça de teatro? Aproveite cada minuto dos ensaios, das apresentações, do convívio com esses atores tão diversos, que todo esse aprendizado você levará para sempre consigo em cada trabalho que lhe aparecer. Confie em sua intuição, que o resto se encaixa.
FOTO: ACERVO PESSOAL
Como têm lidado com a questão da pandemia? Acredita em um “novo normal” para o pós-Covid-19? Tem sido muito difícil e triste
encarar a realidade que estamos vivendo. Por outro lado, penso que se isso está acontecendo é o momento que temos para parar, nos observarmos e analisarmos a vida que vivíamos antes. A “volta” à vida terá que ser sabia e cautelosa, enquanto não descobrirem uma vacina para esse vírus. Não sei se acredito no “novo normal”. Hoje é difícil ter uma perspectiva de um mundo melhor, talvez amanhã eu possa enxergar de outra forma. Mas espero que as pessoas repensem na forma como lidamos com a natureza e com o outro. Que as pessoas deem mais valor às relações. Acho que, se conseguirmos nos questionar sobre esses valores básicos, que antes da pandemia poderiam passar despercebidos pela correria do dia a dia, sairemos dessa pandemia seres humanos melhores.
Em família: Gustavo Araújo, o pequeno Caetano e Daphne Bozaski
GASTRONOMIA
Restaurantes estão atentos à busca da alimentação saudável
Abram caminhos para a Revolução da Comida ertamente você conhece alguém – ou conhece alguém que conhece alguém – que passou a fazer pão de fermentação natural durante a quarentena. Eu, pelo menos, tenho vários amigos que viraram padeiros handmade. E você também deve conhecer alguém que tem abdicado de alimentos com glúten, derivados de leite, gorduras saturadas e trans, açúcar ou sódio, por intolerância ou opção. Amigos veganos, vegetarianos ou que, ao menos, têm aderido à ‘segunda sem carne’; na minha rede têm dezenas. Na sua, suponho, também. Se você não frequenta, certamente conhece restaurantes que têm priorizado insumos de produtores locais, livres de agrotóxicos, com produção em menor escala e que se tornaram adeptos do máximo aproveitamento dos alimentos e da slow food. Aqui em Santos temos
alguns, inclusive de chef vencedor de reality. Temos acompanhado as gigantes do mercado, abatedoras e produtoras de carne animal, lançando carnes vegetais, com nomes como ‘incrível burger’ e novas marcas surgindo, de carona nesse movimento, focadas na ‘comida do futuro’. Aliás, um estudo do banco de investimento Barclarys aponta que, em 2029, o mercado de carnes vegetais deverá chegar a um faturamento de US$ 140 bilhões ao ano, o equivalente a 10% de todo o mercado de produtos de origem animal. Orgânicos, superfoods (chia, goji berry, amaranto, óleo de coco, kefir e afins), hortas urbanas, alimentos com rastreabilidade, softwares unindo os restaurantes aos produtores rurais, consumo consciente e tudo o que já foi mencionado acima fazem parte da chamada foodie revolution, encabeçada pelos millen-
FOTOS: REPRODUÇÃO
C
Por Diego Brígido
nials, mas que também tem adeptos, como o chef e ativista inglês Jamie Oliver. Desde 2010, Jamie tem uma fundação voltada à promoção de hábitos alimentares saudáveis e realiza o Food Revolution Day, que é replicado no Brasil, desde 2013. Uma matéria da Forbes explica como os millennials estão desafiando a indústria de alimentos, da fazenda à mesa, com novos hábitos de consumo. De acordo com a reportagem, esta geração está faminta por comida melhor e consideram ‘foodies’ aqueles que conectam a comida a um status social, mas que conseguem se divertir num jantar fora, mesmo com pouco dinheiro. E o que realmente os diferencia das gerações anteriores é a preferência por orgânicos, produção local, glúten-free, comida vegana e nutritiva. Ah, e eles esperam pagar preços justos por alimentação, também. Obviamente, toda essa revolução está mexendo com a indústria do food service, de ponta a ponta, e, tanto produtores, como grandes varejistas e restaurantes estão revendo conceitos e se reposicionando. Atender a essa nova demanda não tem sido e não será fácil para os grandes produtores, que, há muito, se concentram em ofertas baratas e convenientes - como enlatados, embutidos e congelados. O fato é que os pilares da alimentação que levaram os baby boomers à prosperidade eram construídos de açúcar,
gordura, sal e conservantes, ingredientes desdenhados pela nova geração. De acordo com um artigo da Fortune, já em 2015, somente as comidas empacotadas perderam 1% do mercado norte-americano, enquanto os orgânicos ganharam 11%. Além disso, os 25 maiores produtores de alimentos dos Estados Unidos sofreram uma perda de US$ 18 bilhões desde 2009 – estamos falando de um país cujos hábitos alimentares e estilo de vida, até então, valorizavam a praticidade da junk food (a comida não-saudável). Já, uma pesquisa da Euromonitor apontou que em 2019 o mercado internacional de produtos vegetais faturou US$ 446 bilhões, o equivalente a 30% da venda de todos os produtos industrializados. Toda essa revolução ganha ainda mais força porque a geração dos millennials não está somente preocupada com a própria saúde, mas com o fim dos maus tratos animais e com os impactos ao meio ambiente. Neste contexto, a consultoria americana CB Insights identificou que a produção de ‘carne’ em laboratório consome 82% menos água e emite 79% menos poluentes do que a pecuária de corte. Quer mais? Existe um grupo de cientistas finlandeses que está trabalhando na produção de uma proteína a partir do ar, com bactérias provenientes do solo e alimentadas com hidrogênio, extraído da água por eletrólise. Estamos ou não em uma ‘foodie revolution’?
Produtos orgânicos ganham cada vez mais espaço na preparação de alimentos
TURISMO
Caminhos do Mar
Um dos mais incríveis rolês da região reabre ao público
FOTO: CHRISTIAN JAUCH
O
Por Diego Brígido
Caminhos do Mar, no Parque Estadual da Serra do Mar, reabriu ao público esta semana, com acesso restrito e apenas para pessoas, pelo lado de São Bernardo do Campo. Eu considero esse um dos melhores rolês da região, porque reúne cenários de tirar o fôlego, história, natureza e caminhada leve. Já tive até a sorte de encontrar um exibido bicho-preguiça em minha última passagem por lá. E a boa nova é que o Caminhos do Mar reabriu respeitando as condições da fase amarela do Plano SP, com acesso apenas pelo lado de São Bernardo do Campo, de segunda a sexta, das 10h às 16h, mediante agendamento com 24 horas de antecedência, pelo site da Fundação Florestal (ingressosonline.fflorestal.sp.gov.br/ ), que administra o parque. Por enquanto, o acesso está restrito a
30% da capacidade e os espaços fechados do parque, como biblioteca, sala de atividades, centro de visitantes, museu, hospedaria e orquidário, continuam com restrição. O uso de máscaras para o roteiro é obrigatório e o distanciamento social também. Há dispensers de álcool em gel 70% disponível e a limpeza dos banheiros será intensificada. Sobre o roteiro Pelas curvas da estrada velha de Santos, o roteiro começa a 700 metros de altitude, no km 41 da queridinha de Roberto e Erasmo. São nove quilômetros de percurso dentro do Parque Caminhos do Mar, no Parque Estadual da Serra do Mar, desde o início, em São Bernardo do Campo, até a chegada, em Cubatão. O caminho sinuoso abriga um inestimável patrimônio ambiental, histórico e cultural e revela, em cada curva, uma vista privilegiada e pa-
No passado A Estrada Velha é a primeira via pavimentada em concreto da América do Sul, inaugurada
em 1908, para substituir a Estrada da Maioridade, de 1844, construída para celebrar a emancipação de Dom Pedro II, que teria viajado por ela dois anos depois. Ela foi uma importante via de ligação entre o planalto e o litoral e teve grande responsabilidade no desenvolvimento de São Paulo e de todo o Brasil, marcando o início da ‘era do automóvel’ no Estado. Por suas curvas circularam mulas e cavalos, carregando personalidades históricas como Dom Pedro I e Dom Pedro II; depois carroças, que transportavam o café, produzido no Interior de São Paulo e exportado pelo Porto de Santos e, finalmente, os carros, até 1985, quando a via fechou para veículos e abriu para os turistas. Nos dias secos é possível percorrer um trecho da Calçada do Lorena, de 1792, construída em pedras ziguezague, que cruza a estrada Caminhos do Mar em três trechos e por onde Dom Pedro I teria passado, na viagem entre Santos até as margens do rio Ipiranga, para proclamar a Independência do Brasil.
FOTO: CHRISTIAN JAUCH
norâmica da Baixada Santista. Um novo e apaixonante olhar sobre esta bela região, de fazer brilhar os olhos de crianças, adultos e idosos. O roteiro guarda seis monumentos alusivos ao centenário de independência: o Pouso de Paranapiacaba, onde, diz a lenda, aconteciam os encontros entre Dom Pedro I e a Marquesa de Santos (os historiadores, no entanto, contestam a lenda, uma vez que a casa foi erguida após a morte de ambos); o Belvedere Circular, um mirante que marca o primeiro dos três cruzamentos entre a Estrada Velha e a Calçada do Lorena; o Rancho da Maioridade; o Padrão do Lorena, homenagem ao governador da Capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena, que mandou construir a calçada e o Pontilhão da Raiz da Serra, no final da Serra. Já em Cubatão, o Cruzeiro Quinhentista marca o final do percurso histórico.
MODA
Diesel inova com atendimento humano em plataforma imersiva
C
Por: Tatiana Nobili
omo consequência do distanciamento obrigatório grandes marcas varejistas no mundo inteiro vem buscando formas de tornar as plataformas de atendimento menos “frias”, buscando o máximo de proximidade com um ambiente de loja física. A italiana Diesel saiu na frente ao conjugar atendimento humano ao hyperoom, que permite visualizar as peças em 360 graus, com detalhes aproximados pelos closeups em 2D. Enquanto o cliente acessa componentes interativos, o vendedor vai narrando sobre os ambientes, conceitos e coleções, num engajamento emocional tão almejado pelas marcas. Como acréscimo, o processo de trocas é ultra-simplificado. Sustentável, tecnológico, mas humano é cri possível.
Os remendos prometem invadir o cenário fashion Se você já viu no instagram as hashtags mendingmatters ou menditloveit, provavelmente sabe que se trata do visible mending, termo cunhado pela autora Katrina Rodabaugh na sua publicação de 2013, e que ganhou fama agora devido ao contexto dos acontecimentos de 2020. A moda vem buscando se apoiar no manual, artesanal e sustentável, que traduz o sentimento da sociedade na atualidade. Por isso, a ideia de remendar as peças de rou-
pas pareceu coerente e oportuno. Lembra o passado anterior ao surgimento das redes de fast fashion, que fizeram com que qualquer desgaste se tornasse a senha para despejar uma roupa. Segundo o portal Guia jeanswear, voltado para tendências na moda jeanswear, essa tendência vem como o novo “manifesto anti-consumista”.
Nano material grafeno no jeans do futuro Conhecido como o material mais fino do mundo, excelente condutor de calor e eletricidade, o grafeno potencializa as propriedades dos tecidos tradicionais e já vem sendo usado em tecidos como jeans e sarja. Muito leve, mas ultra resistente, tem a capacidade de agregar propriedades antibacterianas permanente aos tecidos em que se adiciona. Possui propriedades anti-UV e anti-estaticas e reflete raios infravermelhos de volta para o interior do corpo dos usuários. Só falta ser capaz de destruir o corona vírus. Trata-se de uma descoberta, acidental, diga-se de passagem, feita há mais de quinze anos, que está ajudando a facilitar a tecnologia moderna. Imagina o que está por vir.
Gucci se mostra cada vez mais antenada nas redes sociais O movimento Black Lives Matter, que ganhou força e visibilidade mundial em junho deste ano, sacudiu o mundo da moda. Mais do que nunca, e influenciadas por toda a pressão por inclusão que já vem ocorrendo há alguns anos, as marcas buscam se mostrar sensíveis, humanas e diversificadas nas suas campanhas. Até a Gucci, uma das marcas de alto luxo mais poderosas do mundo, vem adotando a linha United Colors na sua página Gucci beauty e, no final do mês passado, publicou a foto da modelo inglesa Ellie Goldstein, com síndrome de Down, para promover um de seus produtos. Foi um acerto, a julgar pelo número de envolvimentos. Enquanto a maioria das postagens não costuma ultrapassar 10 mil curtidas, a foto de Ellie conta até agora com mais de 113 mil corações.
A estampa tie dye é forte tendência na moda e na maquiagem Com o uso das máscaras em ambiente
social, os olhos nunca estiveram em tamanha evidência. Por isso, a ideia de trazer o colorido, a arte e o astral da estampa tie dye para a maquiagem, além de divertida, é oportuna. A técnica exige empenho e pode variar da versão mais sutil, que usa tons pastéis, à mais extravagante, com cores vibrantes, que marcam bastante o olhar. A ousadia máxima é acrescentar umas pitadas de glitter, com resultado ultra fashion e inovador. Depois, é só escolher a máscara certa, de preferência monocolor, para não brigar com a estampa dos olhos. Para quem buscava uma forma de sobressair mesmo com aquele pedaço de pano cobrindo boa parte do rosto, está aí uma opção. DIY Fashion Já que os remendos estarão em alta, vai aqui uma ideia de como dar vida aquela jaquela que estava na berlinda, usando dos retalhos de outras peças sem validade, ou da sua coleção de paninhos fofos. Nessa foto a ideia é usar círculos de outros tecidos, mas você pode adaptar formatos, quantidades e até concentrar em apenas uma parte da peça. Por exemplo, só as mangas, só os bolsos, só as costas. Solte a sua criatividade! Mais do que nunca, com linha, agulha e pedaços de pano, você faz a sua moda!
Fique de olho IN Pensar coletivamente. O uso da máscara já exige o olhar para o outro, mas existe um conjunto de empresas tidas como “elevadas” reforçando a importância dessa postura em escala, em todas as fases do processo de relacionamento com o próximo. Certamente, o mercado tende a seguir essas marcas e, aos poucos, esse comportamento ganha mais força. OUT Estampas padronizadas, como as listras, devem ficar de escanteio abrindo espaço ao tie dye que, na contramão, tem um toque de artístico e exclusivo. A despeito de estampas clássicas nunca caírem em desuso, o tie dye conversa com o que está em voga no momento. Qual seu estilo? Numa época em que as pessoas estão
mais voltadas para o autoconhecimento, procurando se entender em meio aos caos, muitas mulheres tem se interessado em saber mais sobre estilo, e identificar o seu. Faz parte do processo de autoconhecimento, mais em alta do que nunca. Existem sete estilos universais predominantes, mas cada mulher passeia por cerca de três. Cada semana vamos descrever um deles e, hoje, o Estilo sexy A mulher de estilo sexy é exuberante, normalmente alto astral e com a auto estima em dia. Adora evidenciar suas curvas em provocantes decotes e saias curtas, mostrando todo o seu poder de sedução. O cuidado aqui é dosar para não expor tudo ao mesmo tempo e cair na armadilha da vulgaridade. Também costuma usar cores quentes, sente atração por estampas animal print, sapatos de salto alto, sandália de tiras, uma make que valoriza olhos e boca. Nos acessórios, maxi colares e maxi brincos, sem medo de ser feliz.
DECORAÇÃO
Decoração de quartos cleans Por Bárbara Alarcon*
A
decoração em estilo clean segue a tendência da modernidade, criando um ambiente leve, arejado e funcional. Diferente de outros estilos, este dispensa qualquer excesso de informação, pois o diferencial numa decoração clean é a praticidade e a pureza nas linhas encontradas em cada divisão da casa, que fornecem ao lar a sensação de serem maiores. Para os quartos não é diferente. Para fazer bons quartos clean, é importante escolher uma paleta de cores que não sobrecarregue o cômodo, mas sim deixe-o mais arejado e espaçoso. Por isso, elimine o que não serve mais e invista em peças confortáveis com tons palha, pastel, bege, cinza e gelo, para inserir mais neutralidade ao local. O que vale na decoração desse quarto é selecionar o que é útil e traz conforto e beleza ao espaço. Você pode pincelar cores nos detalhes e mesclar elementos, mas é importante sempre deixar um bom espaço “limpo”. A sensação de espaço é o desejo de todos os quartos clean. E a escolha de móveis funcionais e bonitos é essencial. Por isso, elimine tudo o que estiver em excesso nesse ambiente. Isso vale para cadeiras, pufes, itens de decoração, almofadas etc. As luzes do ambiente clean são um ponto fundamental no momento de trazer aconchego e beleza ao espaço. A dica é apostar em spots ou lâmpadas embutidas, além de abajures ou pontos de luz. Além disso, uma iluminação bem direcionada, que valoriza os pontos fortes do quar-
to, é um aspecto importante. Se você estiver fazendo um quarto de casal planejado, o ideal é separar pontos de luz para cada um, ao lado da cama. Isso facilita as rotinas de leitura e também destaca a beleza do espaço. Se você acha que o espaço clean muitas vezes fica formal ou mais ‘’frio’’, uma boa solução é investir na madeira. Seja em acabamentos na parede ou no piso, a madeira traz aconchego e aquece o ambiente. Prateleiras e quadros que contenham detalhes em madeira também são uma ótima aposta para incrementar a decoração. Com os itens certos, bom gosto e uma ajudinha com essas dicas é possível montar um quarto clean incrível.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
(*) Designer de interiores
TECNOLOGIA
Seus clientes são sujeitos ou objetos? arte do nosso cérebro trata tudo como se fosse um objeto. E a outra parte pode transformar qualquer coisa em um assunto. Objetos são chatos. Os assuntos são infinitamente interessantes. Pense bem: um objeto é uma ferramenta que usamos para nos servir. Por outro lado, um assunto é algo que servimos. Os assuntos são muito melhores do que os objetos. É por isso que, depois de anos de verdadeira amizade, as pessoas continuam se surpreendendo e se deliciando com isso. É por isso que alguém pode dedicar sua vida a estudar um grupo de pessoas, um lugar, uma ideia ou atividade e nunca se cansar disso. Os sujeitos nos trazem novos assuntos. Tratar seus clientes como sujeitos, em vez de objetos, pode ser desgastante, mas é fun-
damental para o seu negócio e sua marca. Se você vê o marketing com foco no objeto, você só foca na venda. Se você vê o marketing como forma de atender pessoas, o seu foco são elas. Só lembro uma coisa: são as pessoas que compram de você. Para alcançar boas vendas, crie experiências maravilhosas para as pessoas. Conhecer e entender nossos clientes, portanto dedicar tempo para conhecer e entender a experiência que eles buscam é sobreviver em tempos como os de hoje. Aprendendo a corrigir seus objetivos de marketing O que você e sua equipe podem fazer hoje, para começar a servir seus clientes como sujeitos, em vez de objetos? Aqui está uma ideia para fazer isso, apesar de que mi-
FOTO: REPRODUÇÃO
P
Por Alberto Claro (*)
nha sugestão não se destina a ser uma fórmula que você segue, porque seu mercado, tamanho/estágio de negócios e cultura provavelmente são muito diferentes dos meus. Simplesmente trate isso como uma abordagem de como você pode organizar e implementar mudanças profundas sem esgotar a você e a sua equipe. Mês 1 - Auditoria do Mercado • Você conhece realmente bem seus clientes? O que os faz perder o sono à noite? Que trabalhos funcionais, emocionais e sociais eles estão tentando realizar em suas vidas? • Que perguntas você está fazendo aos clientes? Por quê? Que perguntas você não está fazendo? Por que não? • Quais dados você está coletando? Por quê? • Como você está estruturando e usando esses dados? • Sua equipe está coletando dados por que deveria ou por que está realmente interessada neles? Esses dados estão seguros e estão de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)? • Com que frequência você está tendo conversas reais com seus clientes? Os clientes dos seus concorrentes? Não clientes? • Com que frequência você está em campo acompanhando os clientes? Quantas vezes você deveria estar? • Como você está usando as redes social para os ouvir? Mês 2 - Auditoria da marca • Quais são os valores da sua empresa? • Quando foi a última vez que você ganhou ou perdeu um cliente por causa desses valores? • O que você pode prometer e garantir, que assustaria seus concorrentes e conquistaria novos clientes? • Por que você não é a marca nº 1 ou nº 2 em seu mercado? O que é preciso para chegar lá? • Se alguém perguntasse a 10 clientes sobre sua marca, o que eles ouviriam? Mês 3 - Auditoria dos Leads • A próxima campanha de e-mail foi projetada para servir sua empresa ou a de seus clientes? Prove. • Quais 20% de seus gastos estão ge-
rando 80% de seus leads? • Quem são os 10 influenciadores em seu setor que todo mundo presta atenção? Eles conhecem, confiam e gostam de você e sua empresa? Eles são realmente confiáveis? Por que ou por que não? Mês 4 - Auditoria da conversão • Quantos grupos de clientes potenciais estão entrando e saindo do seu funil? • O que diferencia cada ‘cluster’ de clientes? • Quais ‘clusters’ específicos estão convertendo? Por quê? • Onde exatamente o marketing termina e as vendas começam? • Onde estão as falhas mais comuns no seu funil de marketing e vendas? Por que elas ocorrem? • Quanto custa criar um novo cliente? Mês 5 - Auditoria de Retenção • O que, especificamente, está fazendo com que os clientes existentes permaneçam por aí? É preço? Qualidade? Serviço? Marca? Preguiça? • Quanto custa você manter um cliente? • Seus clientes são consumidores ou co-criadores? Por quê? Existem centenas de perguntas, como estas que poderíamos fazer. E existem dezenas de abordagens que poderíamos adotar. Como dedicar uma semana de cada vez a uma área específica, como SEO (Search Engine Optimization), canais sociais, otimização de email etc. A moral da história: questione tudo! Devemos procurar entender de onde vieram as coisas que fazemos como gestores de empresas. Em seguida, devemos determinar se essas coisas ainda são relevantes (ou alguma vez foram). Finalmente, relembro a que você trate os seus clientes como sujeitos, com assuntos interessantes e não apenas meros alvos (objetos móveis) para atingir metas de vendas. (*) Doutor em Comunicação Social; professor de Administração da Universidade Federal de São Paulo; diretor voluntário de Comunicação da Casa da Esperança; palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing
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CAPA
Especialistas ainda têm dificuldades para diagnosticar o
AUTISMO Estudos indicam que a cannabis é eficaz no tratamento do transtorno
N
Por Silvia Barreto
o ano passado, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 13.861/2019, que obriga a inclusão nos censos demográficos, de informações específicas sobre pessoas com autismo. O motivo é a inexistência de dados oficiais sobre as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil.
A coleta do próximo censo será realizada em 2021, mas segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que em todo o mundo uma em cada 160 crianças tenha o transtorno. No Brasil, os dados ainda são muito limitados, mas informações do Censo Escolar mostram que o número de alunos com autismo, que estão matriculados em classes comuns no Brasil, aumentou 37,27% entre os anos de 2017 (77.102) e 2018 (105.842).
O autismo não é um De acordo com a méditranstorno uno, mas um esca, antes mesmo de iniciar a pectro de transtornos que vafala, a criança tem que apreriam em cada indivíduo. Para sentar essas reações, pora médica pediátrica Ailane que isso faz parte de todo um Araújo, também nutricionista processo de interação social. e especialista em cannabis E a criança autista se mostra medicinal e medicina inteindiferente ao longo desse grativa, essa característica é processo. “Esse processo considerada uma caixinha de vai se tornar falido, ela não surpresas, que não afeta só vai expressar a reciprocidade a criança, mas toda a família, no contato com as pessoas. trazendo inúmeros desafios. Vai ter dificuldade de comuni“O primeiro é o diagcação, tanto a verbal quanto nóstico, que muitas vezes a não-verbal, irá se isolar e vem de forma tardia. Ele desliga-se do ambiente em Dra. Ailane Araújo, nutricionista, pediatra e especialista pode passar despercebitorno de si. Ou seja, muitas em cannabis medicinal e medicina integrativa do pelos pais e, até mesvezes ela não quer ir no colo mo, pelos próprios profissionais da saúde que de ninguém, quer ficar dentro do berço, não fala, acompanham a criança, porque não têm muita demora para começar a andar e engatinhar. Às experiência. O autismo ainda é, por incrível que vezes, a criança começa a falar e depois para. Ela pareça, um assunto novo no Brasil. Está cada pode começar a empilhar objetos... São fatores vez mais ganhando força, mas tem muitos proque os pais podem analisar na criança”, descreve. fissionais que não têm experiência, não sabem A especialista orienta quanto as característidiagnosticar precocemente uma criança autiscas comportamentais. O contato visual, a linguata. E os pais, quando recegem corporal, vão se tornar bem esse diagnóstico, têm muito deficientes quando a um impacto muito forte, que criança vai crescendo. Ela mexe com toda a estrutura passa a apresentar desinteda família, na parte emocioresse até para brincar com Ela apresenta nal, econômica e cultural”, as outras crianças, ficando avalia a especialista. no seu canto - isolada - pasdesinteresse até para No período dos quatro sando a se interessar por brincar com outras aos 12 meses os pequenos brincar com um único objeto começam a interagir com oucom movimentos repetitivos. crianças, ficando no tras pessoas. Respondem A criança pode apresenquando forem chamados, tar uma hipo ou hiperatividaseu canto, isolada prestam atenção aos sons e de aos estímulos sensoriais, gestos, como sorrir e interasentindo-se incomodada gir com as outras crianças e com a luz ou mesmo algum com os adultos. Nesse perítipo de som. Até o piso, em odo elas começam a falar e formato diferente, chega a balbuciar as primeiras vogais, consoantes, aprecausar irritação, levando-a a gritar e demonstrar sentam reação de medo também quando alguém total desestabilidade. “Quanto mais precoce o traquer pegar no colo, conversar ou chegar perto. tamento, melhores são as respostas. Resumindo, À medida em que a criança vai crescendo e se a criança apresenta problemas na comunicação desenvolvendo, essa interação vai aumentando. e tem dificuldade de se comunicar, não consegue
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falar corretamente, usa indevidamente as palaexiste essa distribuição de receptores por quavras ou não sabe se expressar. Ela tem dificuldase todos os órgãos do nosso corpo, abrangende na socialização”, define. do uma vasta área, tanto no cérebro, quanto Outro sinal muito característico é a dificulno abdômen. No cérebro regula a transmissão dade de socializar com outras pessoas e criande estímulos excitatórios e inibitórios do céreças, além de fazer amigos, iniciar e manter uma bro (neurotransmissores), sendo que o TEA se conversa, olhar nos olhos de outras pessoas e caracteriza pelo desequilíbrio dessa transmisalterações no comportamento, como riso inasão entre os neurotransmissores. Os estudos propriado, frieza emocional, poucas demonsindicam que a cannabis é eficaz no tratamento trações de dor e de afeto. do autismo, pois é a única planta que se liga Além disso, há atitudes durante os pería receptores que temos por todo o nosso corodos de descontração que também devem po, fazendo essa modulação dos neurotransser observados, como gostar de brincar com missores cerebrais (neuromodulação). Sendo o mesmo brinquedo, dificuldade de focar em assim, a cannabis promove o reequilíbrio do tarefas simples e concretizá-las, ir do início organismo. Além disso, os canabinóides tamao fim nas atividades, preferência em brincar bém possuem efeito ansiolítico, antidepressisozinho, não ter medo de situações perigovo e antipsicótico, que facilitam a transmissão sas, repetir frases em locais inapropriados, da serotonina, aumentando a biodisponibilinão responder quando é chamado pelo nome dade do endocanabinóide deficiente e atua como se fosse surdo, acesmodulando todos os outros sos de raiva em vários lusistemas e sintomas, como gares, reações como gritar ansiedade e irritabilidade”, e puxar os cabelos, bater a revela a especislita. O cannabis é a cabeça na parede, jogar-se As causas do transtorno no chão, dificuldade de exdo espectro autista ainda não única planta que se pressar seus sentimentos, são totalmente conhecidas, com a fala ou com gesto. pois existem estudos sobre liga a receptores que pré-disposição genética que CANNABIS podem causar algumas mutemos por todo o Há cerca de 50 anos, tações, além de evidências descobriu-se por médicos nosso corpo sobre as causas epigenétique os humanos têm um cas que também interfere. sistema chamado endo“A parte da epigenética trata canabinóide. É o maior no exatamente o estilo de vida corpo humano, por fazer a da família, dos pais e o prómodulação de todos os outros e por ter reprio estilo da criança. Então, um nível de toxinas ceptores espalhados por praticamente todos ambientais, um nível de inflamação, a alimentaos órgãos. ção e o estresse podem influenciar no desenvolQuando ocorre uma comunicação errada vimento do transtorno do espectro autista. E exisentre as células e os neurônios, esse sistema te em função disso um desequilíbrio de sistema endocanabinóide, refaz a ligação de maneira efiimunológico, nas células de defesa localizadas no ciente. Com o autismo, segundo estudos, seria cérebro, principalmente os astrócitos, o que vai um desequilíbrio do sistema endocanabinóide, a levar a um processo neuroinflamatório, afetando deficiência da produção, chamado de andamida. os neurônios da criança. Em função disso, pode Os estudos identificaram que todos os pacientes aparecer o TEA”, alerta a médica. portadores de autismo, têm deficiência do endocanabinóide, sendo esse o motivo dessa disfunção. “Não existe um tratamento específico para o autismo. Os tratamentos e medicamentos disponíveis, hoje, são utilizados quando a criança tem outros sintomas, como agitação, irritabilidade, distúrbio de sono, TOC, TDHA e depressão”, revela. “O sistema endocanabinóide tem uma coWhat’s: (13) 9 9192-7431 municação que mantém o equilíbrio entre os e-mail: thefoxeventosemodelos@gmail.com sistemas imunológico e o nervoso, visto que
Projetos arquitetônicos garantem a segurança em ambientes familiares Ainda não se conhece a cura para o transtorno do espectro do autismo. A partir do entendimento da sensibilidade, do reconhecimento dos comportamentos, existe uma relação aos estímulos do ambiente construído. Cada pessoa exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado com a participação dos pais, familiares e de uma equipe profissional multidisciplinar visando à reabilitação global do paciente. Muitas crianças com autismo também necessitam de um ambiente físico, especialmente construído para promover a interação e a aceleração do aprendizado, respeitando atividades diárias como as refeições, os hábitos de higiene, a hora de dormir, o passeio no parque ou o mergulho na piscina. Tudo isso representa ótimas oportunidades para
encorajar o desenvolvimento social. De acordo com a médica Ailane Araújo, a casa é muito importante para crianças com essas características, pois eles são extremamente sensíveis e qualquer alteração de ambiente ou mudança brusca, pode refletir diretamente em seu estado e até desencadear uma crise. “A casa é um ambiente em que eles se sentem seguros e eles precisam ter uma rotina. Precisam ter as coisas bem organizadas e arrumadinhas. Quando sai dessa rotina a criança pode estranhar. É muito importante que esse ambiente familiar dê um suporte para que ela possa se sentir a vontade dentro do próprio lar”, analisa. As empreendedoras e designers de interiores Carla Louback e Elma Oliveira atuam em diversos tipos de projetos, entre eles os
integrados e de acessibilidade para crianças com TEA. Para projetar um ambiente seguro e acolhedor elas estudam a dificuldade comportamental de cada criança. A iniciativa de explorar esse mercado partiu de uma experiência vivida por elas, por meio da empresa Cael Decor, na Célula Feminina de Negócios da Rede Mulhres que Decidem (RMqD). Esse grupo de profissionais, criado em Santos, é desenvolvido por Áurea Nahas, líder e educadora corporativa que levou a elas a oportunidade de divulgar esse trabalho, de forma criativa e com alterações implantadas não somente no aspecto profissional, mas também no pessoal. “Nosso desafio é entender a necessidade específica de cada família, pois existem três tipos de transtorno de espectro de autismo, onde precisamos fazer um estudo comportamental da criança para entender as suas necessidades específicas e projetar um ambiente seguro e acolhedor, mantendo uma mobília durável e segura sem objetos que possam quebrar ou causar qualquer risco á saúde”, explica Carla. É feito um estudo com a família e com os profissionais envolvidos no desenvolvimento dessa criança, para entender a sua necessidade específica. “A criança com espectro de autismo tem necessidades diferentes umas das outras, seu espaço precisa ser perso-
nalizado e estimulante, para ajudar no desempenho comportamental”, esclarecem as profissionais. Toda a família que lida com uma criança ou adolescente com essa deficência precisa de atendimento e orientação especializados. É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista. Importante destacar que pacientes com essa característica têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina. Entre os locais que já receberam esse tipo de projeto, destaque para as modificações realizadas no layout de mobiliários na Casa da Esperança, em Cubatão. Foi criado um ambiente mais aconchegante para os profissionais receberem as crianças com espectro de autismo, levando um pouco de cor e tomando os cuidados necessários. Outro local que recebeu uma atenção especial foi um showroom criado para uma criança de 12 anos, no espaço D planejados, em Praia Grande. Entre os destaques do projeto foram as persianas que deixaram o espaço mais alegre, utilizando um papel de parede com textura e cortina para deixar o ambiente com menor luminosidade. “Amamos o que fazemos e entendemos o bem que traz à nossa vida e, com a nossa técnica, surgiu a ideia de criar ambientes otimizados e seguro para criança com espectro de autismo. Queremos levar uma proposta de valor para ajudar o maior número de famílias, que muitas vezes não sabem lidar com o comportamento dessa criança em seu próprio ambiente; ter um lugar bem projetado para estimular e fazer com que ela se senta segura e acolhida no seu próprio Designers Carla Louback e Elma Oliveira estudam caso a caso cantinho”, afirmam.
João Vitor, Nicole, Terezinha e Marcel Castanheira: álbum de família feliz
As lições de vida de uma família bastante especial “Outra Sintonia”. O título da obra pertence aos jornalistas norte-americanos John Donvan e Caren Zucker, onde relatam a vida do autista Donald Tripplet (hoje com 87 anos), o primeiro caso de autismo diagnosticado nos Estados Unidos. Nesse livro os autores contam a história de como pessoas com o transtorno foram tratadas no país, desde os anos 1930 até os dias de hoje. Com citações, notas de rodapé e uma cronologia da descoberta e tratamento do transtorno, os autores mostram várias fases da abordagem da sociedade e dos ‘especialistas’. Marcel Castanheira, 51 anos, é autônomo, mora em Santos com sua família: a esposa Terezinha; os filhos Nicole, 24 anos, e João Vitor, 17 anos. Calmo, João Vitor ama desenhar e é transmissor de experiências incríveis para essa família, que aprendeu a lidar com o filho, portador de autismo. Assim
como relatou a médica Ailane Araújo, eles também tiveram dificuldades para diagnosticar o quadro do filho, até os 4 anos. Os especialistas definiam como autismo, mas sem realizar qualquer tipo de exame. A família decidiu realizar sua matrícula em uma escola especial, onde João ficou por oito anos. Mas não houve nenhuma evolução em seu quadro, já que os períodos em que ficava na unidade escolar eram de isolamento, sem qualquer tipo de atividade de inclusão com os demais alunos. Há dois anos, João Vitor passou a estudar em uma escola da rede municipal de Santos e, segundo o pai, sua evolução é nítida. “Eles tratam ele com tanto amor, mas tanto amor e carinho, que estamos muito felizes por estar lá. Ele é tratado como tem que ser tratado: um autista. Cada dia que passa está
se desenvolvendo muito na escola”, relata Castanheira. A irritabilidade é uma das características das crianças que possuem esse quadro médico, mas totalmente contrário a isso, o João Vitor é extremamente calmo e o seu quarto é o lugar onde mais gosta de ficar. “Ele não se joga no chão e não tem birra. Ele é calmo. Eu falo que ele é o melhor ser humano do mundo, a melhor criança do mundo”, descreve o pai orgulhoso. Suas diversões são jogos do tipo videogame, mas nada exagerado. Quando sente vontade faz uso, mas de forma bastante controlada, assim como assistir canais no Youtube, relacionados a área infantil. Não gosta de barulho e é extremamente sensível, chegando a se emocionar quando assiste algum desenho que goste. Uma de suas paixões é a comida. O pai conta que, se pudesse, se alimentaria o dia inteiro. INTERAÇÃO A interação dessa criança com o meio em que convive sempre é um desafio. Os especialistas orientam a tratar o autista como um membro da família, em que segue as mesmas regras como os outros irmãos. Com o João Vitor isso acontece e ações rejeitadas por ele, anteriormente, hoje são realizadas de forma mais
prazerosa, como por exemplo ir ao mercado e aguardar o momento de ser atendido na fila do caixa. “Não pede nada no supermercado. Não faz birra. Gosta de comprar pão, bolacha e biscoito”, conta o pai, que relata ainda o gosto do filho em viajar, mesmo que sejam longos trajetos. Para ficar em casa, João Vitor gosta de estar de cuecas. Não se adapta a ficar com muita roupa, mas para sair se veste normalmente, sem qualquer resistência. Uma de suas companheiras é a própria irmã Nicole, que estuda Administração de Empresas, mas tem um gosto bastante especial em produzir desenhos relacionados a área de jogos. Seus materais já atravessaram as fronteiras brasileiras e ela passou a ser conhecida no exterior. Além disso, a jovem auxilia os pais na criação do irmão e sempre o ajuda naquilo que precisa. Para Castanheira, a principal dificuldade é o relacionamento da sociedade e de outras pessoas com o autista. Ele conta que seu filho gosta de festa e receber visitas em casa. “Todo mundo quando vê uma criança autista, já vê de outra maneira. Elas vêem ele como um ser diferente e não o tratam de uma maneira normal, como deveriam tratar. O mundo inteiro tem esse problema, não é um João Vitor, calmo e criativo ou outro”, descreve, citan-
do a descrição dada pelas pessoas quando se referem ao seu filho: “Me irrita muito quando as pessoas perguntam: ‘você tem um filho autista, não é?’, como se meu filho fosse um macaco, um chipanzé, ou um mico-leão dourado. Como se fosse um ser muito diferente. Isso irrita muito, porque o João é normal”, relata. VELHICE A preocupação é com o futuro do João Vitor. Segundo os especialistas, os idosos autistas precisam de regularidade e manter a rotina com familiares. Estudos publicados de avaliações em adultos indicam que pode haver uma redução gradual dos sintomas gerais do autismo na vida adulta, nos principais domínios de dificuldade ou seja, comunicação social, comportamentos e interesses repetitivos, rígidos e estereotipados, assim como a melhora na função do QI em quase 30%. “Infelizmente no País que vivemos não existe um lugar para cuidar de crianças como ele. Os poucos lugares, como é a es-
cola onde ele estuda, é muito precário porque não tem tanto recurso. O Governo não destina o dinheiro certo e nem dá a atenção que deveria. Minha preocupação e da minha esposa é essa: viver o máximo que pudermos, com saúde, e pedindo sempre a Deus que abençoe os caminhos”, relata. Diante do cenário que vê no País, quanto ao abandono de pessoas idosas nas instituições, principalmente quando possuem algum tipo de problema de saúde, Castanheira conta que seu sonho é montar uma instituição que tivesse como objetivo um trabalho focado com esse tipo de criança e adulto.
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COMPORTAMENTO
Sinais de que você é um
workaholic Antonio Marques Fidalgo
Foco. Talvez seja essa a palavra para o tema. Aquele estado de “não se deixar levar” por só mais um pouco de dedicação, esquecer compromissos familiares, buscar desculpas variadas - nem sempre inéditas para justificar ausências... e por aí vai. Pare tudo, reflita e vai chegar à conclusão: você pode ser (ou já é) um workaholic.
trabalho parece não acabar nunca?; você se irrita com facilidade?; fica todo o tempo conectado com redes sociais?; e apresenta sintomas de insonia constante? Sinal de alerta! Agora é com você.
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bom senso diz que, para se obter qualidade de vida, sem estresse, é preciso desafiar-se ao equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Do contrário, você pode entrar no (nada seleto) rol dos viciados em... trabalho, os workaholics! E essa rotina pode trazer consequências desastrosas, manifestadas em um quadro de insônia, mau-humor, impotência sexual, atitudes agressivas em situações de pressão e depressão, entre alguns dos sintomas mais recorrentes. Certamente, em meio às regras e restrições trazidas pela inusitada situação de pandemia, é bem capaz que o leitor já tenha se dado conta, por exemplo, do quanto deixou passar ótimos momentos com a família nos últimos anos. Não sem antes, nas primeiras semanas ter se questionado - claro! - sobre o “tanto de trabalho” que estava deixando por fazer... (Pode confessar!) Autodesafio - A “competição” à qual um autêntico workaholic se dedica é consigo mesmo. É uma espécie de autodesafio permanente e interminável, seja por questão de ego - muitas vezes não declarado ou sutil - ou para tão somente buscar o reconhecimento profissional e um orgulho que nem sempre condizem com tanto esforço. Cair em si nesse caso representa quase uma derrota pessoal, sinal de fraqueza, aquele sentimento do tipo “o que vão ficar pensando”. No livro “Muito trabalho e pouco stress”, o autor André Caldeira cria um personagem típico: alguém que mantém o foco exclusivamente na carreira profissional, em detrimento da vida pessoal. Isso representa expedientes arrastados no escritório ou empresa, como funcionário ou executivo, deixando o convívio familiar em casa em absoluto segundo plano. Prejuízo geral - Para Caldeira, o estresse acaba sendo um mal invisível para os profissionais, que prejudica a produtividade no trabalho e afeta diretamente sua qualidade de vida, o desenvolvimento pessoal e até espiritual. Para as empresas, ao “permitirem” exageros - inconscientes ou não - acabam trazendo prejuízos também, em forma de afastamentos temporários ou longas licenças por estresse; baixa da produtividade desejada, por substituições e os custos que isso pode representar; além de transtornos trabalhistas, entre outros reflexos. Em resumo, vamos à tal reflexão proposta no início da matéria? Então, responda: seu trabalho é a sua principal referência?; sua vida pessoal é constantemente posta de lado?; o expediente no
om o tema “Expectativas e Propostas para o Município de Santos - Gestão 2021/2024”, o LIDE Live Santos foi promovido na noite do último dia 30, em formato virtual pelo Zoom, exclusivo para membros e convidados. Mediado pelo presidente do LIDE Santos, Jarbas Vieira Marques Júnior, o evento contou com a participação de Bayard Umbuzeiro Filho (PTB), Ivan Sartori (PSD), João Villela (NOVO) e Márcio Aurélio Soares (PDT) como debatedores. Moyses Fernandes (PV) chegou a participar do início do evento, mas teve problemas técnicos e não conseguiu reconectar a tempo para dar Jarbas Vieira Marques Júnior, presidente do LIDE Santos, mediou o debate prosseguimento ao debate. Outros dois convidados também estavam confirmados, mas não partiRaphael Vinholes, sócio-diretor do Grupo M & S; André ciparam da live: Paulo Correa Jr. (DEM) alegou probleUrsini, CEO do Complexo Andaraguá e Ricardo Arten mas de saúde na família, e Rogério Santos (PSDB), por Gorzelak, presidente da BTP - Brasil Terminal Portuário. orientação do partido, desistiu de participar. “Uma região que compõe nove cidades, tem 130 “O evento foi um sucesso, uma ampla discussão, quilômetros de extensão, de ponta a ponta, em três cidades, não pode pensar no desenvolvimento individuem alto nível, entre lideranças políticas e empresariais al. Eu vejo que cada vez mais as regiões do mundo que da Cidade sobre a gestão do Município nos próximos mais crescem são as regiões que trabalham integraquatro anos. Fiquei muito satisfeito com o resultado”, das. Então, eu acho que os pré-candidatos em Santos comemorou o presidente do LIDE Santos. tem, sim, que considerar Saúde, Educação, DesenvolAntes de iniciar o debate, os participantes assistiram uma breve apresentação da Luciana Temer, previmento Econômico etc de uma forma integrada com sidente do Instituto Liberta, que tem o apoio do LIDE todos os municípios. E a nossa região precisa dessa Santos. Luciana aproveitou a oportunidade para falar luta. Espero que vocês, como pré-candidatos, caso sobre o trabalho do instituto no combate à exploração eleitos, realmente defendam essa bandeira”, enfatizou sexual de crianças e adolescentes e para sensibilizar André Ursini em suas considerações finais. os participantes para essa temática. “Quando o prefei“Eu deixo aqui algumas questões sobre o tema to não coloca esse assunto na mesa, ele não anda. EnEducação para que os candidatos, se eleitos, possam tão eu peço aos pré-candidatos que olhem para essa colocar isso em exercício durante o mandato. Acredito questão importante”. muito que o prefeito eleito possa utilizar esses recursos do Fundeb na área de Educação. E um programa Os temas abordados durante a live foram: Saúde, Educação, Segurança, Turismo, Sustentabilidade, que tem trazido muito resultado no que tange à violência nas escolas, é a o da Justiça Restaurativa. Então, Mobilidade Urbana, Relação porto-cidade, Região Metropolitana, Qualidade de Vida, Políticas Públicas e Dea minha recomendação é, caso eleito, vocês possam senvolvimento Econômico. colocar esse projeto em todas as escolas municipais”, Para fazer perguntas aos convidados, foram conrecomendou Marcelo Teixeira Filho. vidados membros do Comitê de Gestão e patrocinado“Santos é considerada uma das principais cidares do LIDE Santos: Carlos Eduardo Pires de Campos, des com alto índice de qualidade de vida, mas espero CEO do Laboratório Celulla Mater; Gustavo Gotfryd, que o candidato eleito consiga também abranger as diretor da Akta Motors; Marcelo Teixeira Filho, diretor áreas mais carentes, porque não adianta ter uma Cidade bonita, com índice bom numa região e numa outra do Grupo Santa Cecília e CEO do Lide Futuro Santos;
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LIDE Live debate o futuro de Santos com lideranças da Cidade
ser totalmente carente. Então, fica aqui o meu voto para que, quem for eleito, consiga realmente unificar esse índice para toda a Cidade”, enfatizou Raphael Vinholes. “Caso eleito, espero que o futuro prefeito se coloque no lugar do empresariado, que é quem paga toda essa conta. E eu acredito que muitos políticos, muitos candidatos nunca passaram na pele o que é ser empresário. Então, gostaria que vocês avaliassem isso e pudessem auxiliar quem está à frente do negócio”, cobrou Gustavo Gotfryd.
“Saúde sempre é essencial. E eu gostei muito de ouvir falar de saúde e ouvir falar sobre prevenção. Então, que o futuro prefeito tenha bastante sorte na sua jornada, que vai ser uma jornada não tão fácil assim, e que invista saúde e conte conosco, que nós nascemos em Santos amamos Santos”, desejou Carlos Eduardo Pires de Campos. Um dos temas abordados por todos os participantes foi o da Mobilidade Urbana, confira a seguir o que cada um deles falou sobre o assunto:
BAYARD UMBUZEIRO FILHO (PTB) O Município perdeu R$ 4,5 bilhões de orçamento da União por causa desses problemas de mobilidade, especialmente na região do Porto. Daria para fazer dois túneis, duas pontes, tanto do lado de lá quanto de cá. Esse tipo de coisa tem que acabar. Temos que ser mais sérios com relação ao dinheiro público, falta mais responsabilidade. IVAN SARTORI (PSD) A Cidade, infelizmente, anda paralela ao Porto. Temos pouca representatividade política, precisamos trazer gente de Santos para administrar o Porto. Temos sorte de ter o Porto aqui, essa é a nossa principal chave para gerar negócios, empregos e dinheiro. A Secretaria Municipal de Portos está andando paralela a essa situação, não tem diálogo. Precisamos trazer engrandecimento para a Cidade. É preciso fazer esses ajustes também para termos uma compensação nessa relação cidade-porto. JOÃO VILLELA (NOVO) É um tema muito importante, ponte e túnel, sempre tivemos essa discussão. Mudam de lugar, de projeto, mas não fazem o que tem de fazer. Tivemos vários projetos; em 1927, a Avenida Afonso Pena foi criada para isso, tivemos um projeto em 1963 também. A ponte dá problema, a Holanda está retirando as pontes porque isso inviabiliza a passagem de navios mais altos. É necessário ter um trabalho muito melhor, estive em Xangai e vi que é possível fazer uma caixa submersa, com uma tecnologia bem interessante. É possível fazer com custo muito baixo. MÁRCIO AURÉLIO SOARES (PDT) Tivemos um grande investimento nessa obra da entrada de Santos, o que vimos foi uma propaganda, mas algo que não resolveu o problema da Cidade. Essa obra era para que 150 mil habitantes saíssem da lama. No entanto, não foi isso que a gente viu. Foram R$ 250 milhões que a Ecovias colocou pela extensão de mais 10 anos de um contrato para continuar cobrando pedágios nas estradas que levam para a nossa Cidade. LIDE Santos Interessados em participar do LIDE Santos podem entrar em contato pelo e-mail lidesantos@ lidesantos.com.br. Mais informações no site www.lidesantos.com.br. Para assistir ao evento na íntegra, acesse o canal do YouTube do LIDE Santos.
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SILVIA BARRETO
Segundo o Instituto Nacional de Câncer incidências na pele são cada vez maiores
Pesquisadores desenvolvem software para auxiliar no diagnóstico do câncer de pele Patologia terá um pico de casos até 2022, por isso a importância do estudo
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o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer, sendo 450 mil excluindo os casos de câncer de pele não-melanoma (que deve ser o mais incidente, com 177 mil casos); seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada); cólon e reto (41 mil); pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Uma ferramenta computacional inovadora foi criada em 2016, para ajudar o profissional a emitir diagnósticos de câncer de pele com rapidez e maior confiabilidade, onde o foco era reconhecer os grupos patológicos extraídos do espectro Raman (técnica fotônica de alta resolução, que pode proporcionar em poucos segundos informação química e estrutural de quase qualquer material, composto orgânico ou inorgânico permitindo assim sua identificação).
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SILVIA BARRETO
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dificulta a construção de sistemas especialistas Essa iniciativa integra um dos projetos do dedicados ao diagnóstico de câncer de pele”. Núcleo de Inovação Tecnológico da Universidade Por outro lado, segundo o pesquisador, “a Santa Cecília (NIT-Unisanta) registrados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Lógica Paraconsistente possui algoritmos capazes de fazer esta análise com muita eficiência Ministério da Economia, e que foi desenvolvido e rapidez, o que faz o Software DiagCancerPepor um grupo de especialistas, entre eles a professora Dra. Dorotéa Vilanova Garcia, represenleRaman-LPA2v ter potencialidade de aplicação tante da graduação em Engenharia da Computaimediata na área médica”. O estudo do espectro ção e do Programa de Mestrado e Doutorado em da frequência destes pulsos identificam tipos de Engenharia Mecânica da Unisanta. lesões que podem ser de tecido de pele normal, “Estendemos a proposta para uma única pré-canceroso ou canceroso. amostra, ou um conjunto de um mesmo pacienJá a pesquisadora Dorotéa conta que durante, e a partir disso executar o estudo nos grupos te o processo de pesquisa ela observou características de diversas áreas do País, desde o Litoral, patológicos, com amostra ex-vivo, afim de gerar onde a incidência desse uma classificação concluída no início de 2019. A partipo de câncer é alto, por tir daí iniciamos o trabalho conta da exposição ao sol num sistema especialista nas praias, até trabalhadores da área rural. “Como saapoiado em árvore de decisão, onde as amostras bemos, temos uma grande (in-vitro, ex-vivo ou in-vivo) faixa litorânea que por lazer ou prática de esportes navegam pelos galhos até deixa as pessoas expostas atingir as folhas, que resultam em seu diagnóstiao sol, e também a grande co final e na versão dessa área de agricultura e pecuária, que por motivos de patente. Assim sendo, podemos dizer que estamos trabalho também expõem trabalhando em proposta as pessoas ao sol. Assim evolutivas a aproximadasendo, iniciei uma pesquisa mente quatro anos”, diz a sobre o câncer de pele com pesquisadora. a intenção de efetuar uma Protocolos - O sofcontribuição cientifica nesProfessora-doutora tware DiagCancerPeleRasa área”. Dorotéa Vilanova Garcia, da Unisanta man-LPA2v é um prograEla conta que estão ma de computador que sendo iniciados estudos traz o resultado de pesquisas desenvolvidas no com espectroscópios Raman portáteis, analisando sua aquisição para um novo estudo neste caso Laboratório de Lógica Paraconsistente Aplicada de uso. “O paciente não poderá de forma direta da Unisanta (LaboLPA). De acordo com um dos fazer nenhum tipo de verificação, pois a nossa autores do programa, o professor Dr. João Inácio intenção não é o autodiagnóstico e sim, propiciar da Silva Filho, também da Unisanta, atualmente o ao profissional da área de saúde mais uma ferdiagnóstico de câncer de pele utiliza protocolos ramenta para suporte à tomada de decisão num que vão desde a visualização da lesão até os testes laboratoriais que demoram a ser finalizados. diagnóstico de câncer de pele. Cabe salientar “Os sinais do espectro Raman das lesões de que, de posse do espectro Raman de uma possível lesão, o processamento da informação e sua pele são normalmente analisados por processos classificação se dá em meio segundo, no máxiestatísticos multivariados. No caso dos sinais de mo”, reforça a pesquisadora. lesões de pele, estes sistemas estatísticos, apesar Pesquisas – Na opinião de Inácio, a Unisande apresentar bons resultados, levam muito tempo ta cumpre o seu papel produzindo conhecimento computacional para processar os dados e são difíceis de ser representados por algoritmos, o que através de estudos e desenvolvimentos de pes-
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Exposição exagerada ao sol nas praias é uma das causas mais frequentes
quisas em seus laboratórios, pois existe o envolvimento de recursos financeiros e de pesquisadores nestes projetos, que apresentam como resultado final um produto na forma de protótipo, que pode ser identificado como uma invenção material ou um Aplicativo de Computador. “Após esta fase de invenção, existe o processo de transferência de tecnologia que se resume em industrializar o Protótipo ou o Aplicativo produzido, tornando-o um produto tecnológico industrializado. Isto é importante para que as pesquisas desenvolvidas resultem em benefícios para a sociedade na forma de usabilidade do produto e na criação de empregos na sua fabricação”, afirma. Para proteger a autenticidade da invenção dando segurança jurídica, evitando contestação de autenticidade, o projeto foi patenteado e registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Os procedimentos seguem as leis da Propriedade Industrial (Lei nº. 9.279/96); do Direito Autoral (Lei nº. 9.610/1998); e a do Software (Lei nº. 9.609/1998). A
validade do direito é de 50 anos a partir do dia 1° de janeiro do ano subsequente à sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação. Núcleo e autores - Com o objetivo de criar banco de patentes e Registro de Programa de Computador, a universidade instituiu em 2014 o NIT-Unisanta, que tem como finalidade oferecer uma resposta à conscientização de que as invenções devem ser criadas e disponibilizadas para todos, em benefício da sociedade. Quinze projetos da Unisanta já foram registrados no INPI e oito estão em fase de análise. Informações sobre o NIT podem ser encontradas em: www.unisanta.br/Servicos/Nit. Além de João Inácio da Silva Filho e Dorotéa Vilanova Garcia desenvolveram o software os pesquisadores e professores-doutores Mauricio Conceição Mário, Landulfo Silveira Jr. e Marcos Tadeu Tavares Pacheco (todos do Programa de Mestrado e Doutorado em Engenharia Mecânica); e ainda o aluno da graduação em Engenharia da Computação, Guilherme Gonçalves Chagas,
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E
ASFAR
Gestão se reinventa no ‘novo normal’
las são, além de uma presidente, 26 diretoras e seis integrantes do Conselho Fiscal. No total, 33 mulheres representantes de famílias santistas fazem parte da ASFAR - Associação de Famílias de Rotarianos de Santos, que desde 1960, quando foi fundada pelo rotariano Carlos Alberto Hernandez. A entidade atua de forma incansável e ininterrupta em prol da união das famílias de sócios rotarianos, sempre promovendo atividades de cunho benemerente, cívico, educativo e comunitário, além de
eventos culturais e sociais. Todo esse histórico foi extremamente importante para que o grupo pudesse continuar atuando neste período de isolamento social. E em meio à quarentena houve até a posse da presidente Ana Cristina Valera, que faz a gestão 2020/2021. Seguindo as regras de distanciamento social elas registraram, individualmente, o seu momento de alegria e satisfação ao cumprimentarem a chegada da nova gestão. Trazemos os primeiros clicks de uma série com as integrantes do grupo.
Ana Cristina Valera, presidente da ASFAR
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Maria Idalina Novaes Carol Mendes
Regina Lellis
ThaÃs Maluf
Ana Paula Alves
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Caroline Teixeira Isa Barroso
Celeste Mendes
Katia Dolabella
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Homenagem
Armando Sendin
P
intor, ceramista, escultor, desenhista, gravador e professor. São algumas das características de Armando Sendin que nos deixou esta semana, mas que de forma muito significativa colaborou com a cultura e a arte da nossa região, expondo sua identidade no mural de azulejos da Biquinha de Anchieta e em suas obras doadas à Pinacoteca Benedicto Calixto. Aliás, destaque para o período em que o artista viveu, desde a sua adolência em São Vicente, mantendo forte ligação com a cidade. A Biquinha mantém uma de suas colaborações com o mosaico, resistente ao passar dos anos, criado por Sendin e seu irmão Waldemar Moral, em 1947. Confeccionado com azulejos e tintas importados de Portugal, o painel retrata o padre José de Anchieta catequizando os índios nativos, em 1553, um importante fragmento histórico brasileiro eternizado na história vicentina. Das terras vicentinas partiu para a Espanha, França e outros países, com sua obra e o reconhe-
cimento devido à sensibilidade em seus trabalhos. Anos depois, ainda retornou à Baixada Santista, residindo durante um período em Santos. A perda trará a saudade dessa referência na classe dos artistas. Suas obras servem para contar um pouco de quem foi esse homem tão especial, e que emociou com o seu gesto, em 2014, de doação do seu acervo pessoal para a Pinacoteca Benedicto Calixto, como forma de contribuição para a cultura e a arte da região. No total o casarão mantém 138 obras entre óleos, cerâmicas, livros e objetos pessoais que serão incluídos, conforme anunciou a diretoria da Pinacoteca em sua nota de pesar, para composição do futuro Museu de Arte de Santos, idealizado e projetado para abrigar esse importante acervo, em um andar reservado especialmente para suas obras. O casarão branco ganhou e nós, sem dúvida, mais ainda em poder visitar esse espaço (em tempos pós-pandemia) e se sensilizar com o olhar de Sendin. Seus traços e sua trajetória, com certeza, se manterão vivos.
Armando Sendim ao lado de uma de suas obras que se tornou referência em sua última visita à Baixada Santista
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Registro de sua última passagem em terras vicentinas: o artista plástico ao lado de Paulo Costa, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, e os amigos Durval Capp Filho e Soren Knudsen, ex-presidente do conselho do Clube dos Ingleses em agradável encontro registrado no Santos-São Vicente Golf Clube, em 2014.
Sendim assinando o termo de doação do seu acervo pessoal para a Pinacoteca Benedicto Calixto, em 2014
Sendim e a esposa Sita com a reitora da Universidade Santa Cecília, a Profa. Dra. Sílvia Ângela Teixeira Penteado e seu esposo, Antonio Salles Penteado
Armando Sendin e seu irmão Waldemar Moral Sendin criaram o mural de azulejos da Biquinha de Anchieta
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