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2020 E D I Ç Ã O PREMIUM
Nº09
ONLINE
LIBERADO
JUNIOR
©
REVISTA MAIS SANTOS (323765502)
REVISTA MAIS JR (323765501)
GRUPO DE COMUNICAÇÃO
de história
e orgulho para o Rio de Janeiro TECNOLOGIA
INFLUENCIADORES, QUEM SÃO? ONDE VIVEM?
EMPREENDEDORISMO QUANDO O TAL ‘PLANO B’ É FUNDAMENTAL
ECONOMIA
EMPRESAS, UM HIATO INTRANSPONÍVEL
MAISINFLUENTE/BUSINESS
97 anos 1
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BUSINESS
EDIÇÃO 09
Capa do mês: Copacabana Palace Foto: VRebel
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SAÚDE A Covid-19 e a desinformação
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HOME OFFICE
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BEBIDAS
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TECNOLOGIA
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EMPREENDEDORISMO
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Uma boa iluminação é fundamental
Cerveja: a queridinha entre as bebidas
Influenciador digital ajuda ou atrapalha?
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Copacabana Palace chega revigorado aos 97 anos
COLUNISTAS Alfieri Casalecchi Andreia Repsold Bettina Chateaubriand Daniele Galvão Fábio Sartori Joana Lima Juliane Cavalini Marco França Michelle Novaes
A importância de se ter um plano B
INOVAÇÃO
Fintechs ganham força no País
LIBERADO
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GRUPO DE COMUNICAÇÃO
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DIRETOR DE REDAÇÃO Liberado Junior // EDITOR-CHEFE Antonio Marques Fidalgo // EDITORA ASSISTENTE Silvia Barreto // JORNALISTAS Diego Brígido e Silvia Barreto // DIAGRAMAÇÃO Kelvin Souza // DIRETOR DE NEGÓCIOS Sérgio Ricardo // DIRETOR GERAL Sérgio Liberado // ASSESSORIA DE IMPRENSA Line Skin // COMERCIAL E MARKETING comercial@liberadojunior.com.br // SITE Aluizio Nogueira Júnior // DEPARTAMENTO JURÍDICO Dr. João Freitas - OAB 107.753/SP // EDIÇÕES ANTIGAS jornalismo@maisinfluente.com.br
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Foto: Divulgação
EDITORIAL
A
Gigante pela tradição
quela imponente edificação está ali, em plena Avenida Atlântica, há exatos 97 anos. E depois de 132 dias fechada, acaba de reabrir as portas absolutamente renovada, adaptada aos protocolos de segurança inerentes ao período pelo qual passamos, mas mantendo a classe, bom gosto e a tradição que lhe são peculiares desde sempre. O Belmond Copacabana Palace está de volta! Memorável símbolo do Rio de Janeiro - e do Brasil, por consequência - o hotel faz jus à chancela de patrimônio nacional. A excelência no atendimento, a qualidade dos serviços, a gentileza com a qual recebe turistas brasileiros e estrangeiros mantêm-se impecáveis. E nesta nova fase promete novidades nas áreas da gastronomia, de eventos e lazer, sem esquecer as facilidades para os hóspedes que necessitam do recurso home office mesmo desfrutando aquele pedacinho de paraíso. Também nesta edição da Mais Influente Business uma entrevista com um cardiologista que há alguns anos deixou a Medicina em segundo plano, para dedicar-se ao marketing de ideias, incentivando o empreendedorismo; os cuidados com a iluminação no ambiente do home office; e uma abordagem sobre a consolidação do uso de ferramentas de Inteligência Artificial no País. E mais! Matérias e artigos nas editorias de Negócios, Empresas, Carreira, Saúde, Gastronomia, Direito, Tecnologia, entre outras. Portanto, seja bem-vindo e boa leitura!
Antonio Marques Fidalgo Editor-chefe
Foto: Reprodução/Amazul
saúde
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xiste um ecossistema que usa a desde o início da pandemia, este “mecanismo” tem se desordem da informação em seu utilizado de narrativas de negação da doença, que mifavor e a provoca ativamente. Ele é nimizam sua capacidade de transmissão ou letalidade e intencional, organizado e tem mui- prometem curas milagrosas. to dinheiro.” A afirmação é da pro“Tudo que existe na sociedade aparece nas redes fessora Leda Gitahy, do Deparsociais no momento da pandetamento de Política Científica e mia. Desde alguém que compra Tecnológica da Universidade Esálcool em gel para revender, até tadual de Campinas (Unicamp), os defensores de políticas ultratambém uma das coordenadoras liberais, cujo objetivo é a total do Grupo de Estudo da Desinfordesregulação das instituições mação em Redes Sociais. democráticas”, diz a professora, Segundo ela, as mensagens acrescentando que há muitas que viralizam nas nossas redes variações, mas vale destacar as sociais não têm a espontaneidade diferentes formas de fundamenque aparentam, mas sim, são cuitalismo, sejam elas religiosas, dadosamente construídas, usaneconômicas ou políticas. do estratégias de marketing e conNegação - “O problema de tam com uma base de lançamento qualquer tipo de fundamentalisestruturada, o que possibilita sua mo, é que se afirma pela negadifusão rápida e articulada. ção do outro e quem pensa difeLeda Gitahy: um ecossistema que usa a desordem da informação A pesquisadora sustenta que, rente se transforma em inimigo.
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Covid-19 e a desinformação
Maria Van Kerkhove, da OMS teve que desmentir vídeo editado com três minutos, tirado do contexto de mais de uma hora
brasileira do remédio e o slogan “O remédio do Trump”. Leda afasta no entanto teorias conspiratórias, que responsabilizam a indústria farmacêutica pela difusão dessas mensagens. “Não é a ‘indústria que faz Cloroquina’, que está por trás dessas mensagens. Elas estão mais ligadas à sede de certos políticos em anunciar a cura”, explica. A pesquisadora ressalta ainda que o que move o ecossistema da desinformação são sempre tramas de interesses, que envolvem diferentes tendências políticas e interesses comerciais. “É sempre uma trama de interesses, não é um único agente”, afirma. Vídeo da OMS - Outro exemplo foi a notícia (em junho) que a Organização Mundial da Saúde (OMS) teria afirmado que pessoas infectadas pelo novo coronavírus, que não apresentassem sintomas, não seriam transmissores da doença. A mensagem trazia um vídeo editado com apenas três minutos com a chefe da unidade de doenças emergentes da OMS, Kerkhove. A notícia ganhou rapidamente as manchetes dos principais sites de notícias no País e no mundo. Ao investigar a origem da informação, o Grupo de Estudo da Unicamp localizou a notícia na agência internacional Bloomberg e o vídeo completo que a matéria recortara. “O vídeo original tinha mais de uma hora e falava o tempo todo sobre a importância das medidas de segurança. Nem a OMS, nem a pessoa que estava dando a entrevista, nem mesmo a pesquisa citada afirmavam que os assintomáticos não transmitiam. Mas o trecho selecionado dava essa impressão e a manchete da Bloomberg era taxativa: ‘Who says that’. Esse ecossistema induz os jornalistas a caírem na esparrela”, conta Leda. A noticia precisou ser publicamente desmentida pela própria OMS. A pesquisadora conclui: “A desinformação tem na nossa falta de atenção sua principal aliada. As pessoas compartilham sem ler, sem assistir até o fim os vídeos, sem refletir sobre o significado daquilo, sobre o que aquilo está querendo dizer. Encaminham rápido e porque combina com sua ideia política no momento. E isso acontece com tendências políticas de todas as cores. E a Ciência não está imune”.
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Isso mina a sociabilidade, provocando conflitos mesmo entre as pessoas que mantêm vínculos afetivos fortes. Ao mesmo tempo, surgem muitas redes de solidariedade preservando o afeto e a sociabilidade. É uma disputa”, relata Leda. Interessados em investigar o caminho das notícias falsas na internet, o Grupo de Estudo da Desinformação encontrou na pandemia um laboratório perfeito. Em março, o Grupo criou a hotline no WahtsApp (+55 19 993278829). O canal continua ativo. “O que a gente tem feito é analisar e classificar os diferentes tipos de mensagem para criar categorias que possam servir para produção de Ciência de qualidade”, explica a pesquisadora. Trata-se de um trabalho que busca entender como uma notícia falsa viraliza e sofre “mutações”. Está sendo utilizado um algoritmo de inteligência artificial desenvolvido pelo Facebook para criar uma espécie de árvore filogenética das fake news, ou seja, uma representação gráfica das relações e evolução, entre várias famílias de notícias falsas. Fases - Leda Gitahy explica que a narrativa desenvolvida pelo ecossistema da desinformação tem passado por diferentes fases desde o início da pandemia. A primeira delas teria sido a da negação da existência da doença, de sua capacidade de transmissão e de sua letalidade. “No início, as mensagens diziam que não era nada, que não existia doença ou que era só uma gripezinha. As mensagens eram contra o isolamento e contra qualquer medida de segurança”, afirma. Como exemplo dessa fase a professora cita o vídeo do ministro da Defesa de Israel, Naftali Bennett, que circulou no Brasil sem data e com legendas em português. Nele, o ministro minimiza os impactos da Covid-19 e afirma que a única coisa importante é isolar os idosos. “Aquele personagem existe. A fala é verdadeira. Mas no momento em que era divulgada aqui, Israel já estava em lockdown”, pontua. A fala do ministro, mesmo sendo verdadeira, se deslocada do seu contexto, torna-se parte do ecossistema da desinformação. A pesquisadora prefere evitar o termo fake news, por acreditar que ele não é adequado para se entender a complexidade do cenário informacional. “Existem coisas que não são articuladas, que têm a ver com pessoas assustadas, confusas, que gravam qualquer coisa. Mas existem mensagens divulgadas com objetivo de desinformar, com objetivo político, com intenção, em ações claramente articuladas. Distinguir cada uma delas é fundamental para compreender o funcionamento do ecossitema”, diz. A segunda fase da narrativa identificada pelo Grupo de Estudo é a dos “remédios mágicos”. São tratamentos de todos os tipos, de chás a fármacos, que prometem a cura da Covid-19. Diz a professora: “Analisando as mensagens de cura, temos desde misturas meio banais, que não fazem mal a ninguém, até coisas que fazem mal sim”. Um dos protagonistas nessa fase foi o álcool em gel, que ora podia ser substituído por vinagre para higienização, ora compunha receitas perigosas que poderiam levar a queimaduras graves. A Cloroquina começa a se popularizar também nessa fase, circulando no WhatsApp com imagem da versão
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home office
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Iluminação do home office Por Bárbara Alarcon
Home Office: uma inegável tendência! Muitas pessoas, das mais diversas áreas de atuação, estão optando nesse estilo de trabalho. Assim como em outros ambientes empresariais, a iluminação para home office também é muito importante, não só para deixar o espaço com a sua cara, mas para garantir o seu bem-estar e bons índices de produtividade. Ele é um espaço onde precisamos ser produtivos. E a iluminação tem um papel fundamental para ajudar nisso. Para ter conforto durante as horas de trabalho, a luz deve ser uniforme e que não ofusque. Uma maneira pratica é ter vários pontos com diversos tipos de iluminação, em diferentes pontos de luz, como: spots, colunas, painel de LED, fita LED, luminárias de lâmpada tubular no teto e abajures. Deve-se ter cuidado com a iluminação geral. O ideal é ter uma luz direcionada que possa ser desligada e ajustada conforme a necessidade.
A iluminação com uma luminária de bancada é uma boa opção, também usar os modelos pendentes que além de dar um estilo, economizam espaço para quem tem uma mesa mais compacta. Não tenha medo de ousar. Instale arandelas, luminária de piso com um design e personalize seu espaço com o uso da luz. A temperatura da luz indicada para ambientes de trabalho é fria (6500k). No entanto, precisamos lembrar que um home office é um espaço de trabalho dentro de uma casa. Por isso, iluminar todo o ambiente com luz fria pode atrapalhar quando você necessita usar o espaço para outros momentos, como para relaxar ou receber visitas. A luz quente, abaixo de 4000K, deixa o ambiente mais convidativo e propício ao relaxamento. Por isso, é mais utilizada em salas e quartos, por exemplo. Por isso, o planejamento é necessário e as luminárias de mesa serão uma boa alternativa para trazer a luz fria nos momentos que você precisa produzir.
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E, por fim, não podemos deixar de destacar a iluminação natural que é um fator muito importante. É certo que muitos apartamentos e casas não recebem muita oferta de luz natural. Mas, sempre que possível, posicione o home office próximo de uma janela. Assim, seu espaço ficará
bem iluminado durante o dia e isso ajudará a melhorar a sua produtividade. Apenas tome o cuidado de que a janela não fique atrás da sua mesa de trabalho, o que irá causar reflexos na tela do computador e também irá projetar sombra na mesa de trabalho.
bebidas
Qualquer situação é motivo para comemorar e brindar com cerveja
Cerveja
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omo o Dia dos Pais ou das Mães, o Dia Internacional da Cerveja - comemorado no início de agosto - não acontece em um dia específico do mês, mas sempre na primeira sexta-feira. Uma invenção recente, de 2007, iniciada em Santa Cruz, Califórnia, para celebrar a bebida alcoólica mais consumida no mundo. Mas, cá entre nós, para os brasileiros em particular essa data não tem dia, hora ou lugar para ser comemorado. Com muita cerveja, claro. Segundo o jornalista e turismólogo Diego Brígido, a data tem três propósitos declarados: estar com amigos para saborear a cerveja; celebrar aqueles que fabricam e os que servem a cerveja; e ter o sentido de união mundial com outros comemoradores, com cervejas de todas as nações e culturas. “E, claro, o Brasil entrou - com muito gosto - nessa onda e vem fazendo bonito no mundo cervejeiro. Por aqui, as versões artesanais - com seus diversos estilos, modelos ousados de produções e misturas cada vez mais interessantes de ingredientes - ganham todos os anos maior espaço e notoriedade, nas gôndolas dos mercados e nos copos dos cervejeiros”, diz. “Isso faz de nós, brazucas, o terceiro povo que mais consome cerveja
no mundo. Em 2019, o número de cervejarias brasileiras registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já ultrapassava 1.200. Aliás, Luiza Lugli Tolosa, sócia-fundadora da cervejaria artesanal paulista Dádiva, conta que, em meio à pandemia, o lançamento de novos produtos tem mantido e impulsionado as vendas dos produtos da fábrica”. Você sabia que cerveja estupidamente gelada prejudica a degustação? No Brasil, o clima quente nos acostumou a tomar cerveja muito
Foto: Reprodução/ Portal Uai MAISINFLUENTE/BUSINESS
A bebida alcoólica mais popular do mundo tem um dia só dela
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Independente do tipo de fermentação, variedade inspira degustações
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gelada. Isso torna os aromas da bebida menos voláteis e, por isso, menos perceptíveis. Além disso, esse hábito amortece as papilas gustativas, nos impossibilitando de sentir nuances importantes no momento da degustação. “A temperatura ideal para servir a cerveja varia conforme o estilo. Alguns deles a gente indica beber um pouco mais gelados - mas nunca abaixo de 0°C -, outros apenas resfriados, podendo chegar até 16°C”, pontua Luiza Tolosa. Diego vai além. “A lata é mais sustentável e mais adequada à cerveja do que o vidro. A consultoria internacional de sustentabilidade Resource Recycling Systems constatou que a lata de alumínio é a embalagem mais sustentável e com maior índice de reciclagem do mundo – 69%, contra 43% do PET e 46% do vidro. E o Brasil é líder mundial nessa forma de reciclagem. O alumínio também costuma manter a cerveja mais fresca, conservando as características da bebida por mais tempo”. Cerveja no frio? Outra coisa: cerveja combina com o frio, tanto quanto o vinho. “Há estilos de cervejas complexos, encorpados e de alta graduação alcoó-
lica - como as Barley Wines, as Stouts, as Weizenbocks, entre outras - que são perfeitos para o Outono/Inverno. Alguns exemplos trazem na receita, inclusive, ingredientes como café, chocolate, frutas típicas climas frios, entre outros ingredientes”, explica Diego Brígido.
Outras curiosidades...
Diego relaciona ainda outras características que muitos desconhecem: Cervejas e queijos combinam sim! Existem estilos de cervejas que trazem grande complexidade, o que torna a brincadeira de harmonizá-los com os queijos muito interessante. Além disso, a carbonatação da cerveja entra como agente de limpeza das papilas gustativas, algo muito útil na combinação com queijos gordurosos. Para quem não está iniciado no universo dessas harmonizações, o ideal é pensar de forma bem básica: queijos mais leves com cervejas mais leves; queijos pesados, gordurosos, duros e cascudos combinando com cervejas mais fortes. Dica valiosa: procure degustar primeiro o queijo e depois a cerveja. Existem cervejas escuras ideais para serem degustadas nos dias mais quentes também. Para isso, entram na análise o corpo da cerveja, o teor alcoólico e a complexidade. Existem cervejas claras que trazem sensação de aconchego nos dias frios e cervejas escuras leves, que são perfeitas para as estações mais quentes. É preciso testar! E, para finalizar: sim, o copo influencia no momento da degustação. E não é pouco! “A taça ou copo em que você coloca a cerveja pode influenciar, inclusive, na retenção de espuma da cerveja e nos aromas que sentimos ao degustá-la”, indica Diego. Então, na hora de degustar, capriche no copo e deixe aquele ‘americano’ charmoso de boteco para as cervejas ‘mainstream’.
O refrigerante alemão criado por dois jovens Ignorados por todos (e que agora compete com Coca e Pepsi)
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bebidas
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Hamburgo, no norte da Alemanha — bolaram um plano B. Começaram a ligar para cervejarias em todo o país para ver se alguém poderia ajuda-los a desenvolver uma receita de cola e depois engarrafar a bebida para eles. Mas, com todos os fabricantes ocupados, eles receberam “centenas” de negativas. Muitos ficaram perplexos, sem entender por que dois rapazes estavam perguntando se eles podiam fazer um refrigerante. No entanto, um disse sim. “Finalmente encontramos uma pequena cervejaria no oeste da Alemanha”, diz Mirco. “O mestre cervejeiro nos disse: ‘Vamos, rapazes, me
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uando Mirco Wiegert e Lorenz Hampl eram estudantes, eles decidiram criar sua própria fábrica de refrigerante, mas havia um grande problema: eles não tinham ideia de como fazer a bebida. Com a confiança que só os jovens têm, eles começaram a pesquisar sobre como tornar seu sonho realidade. “Procuramos no Google as receitas de refrigerante e seus ingredientes”, diz Mirco, que tinha 28 anos na época. Infelizmente, a internet não foi muito útil. Por isso, os dois amigos — que se conheciam desde a infância em
Coca-Cola e apenas 337 mil da Pepsi. É verdade que a Coca-Cola e a Pepsi venderam muito mais unidades em outros formatos, como garrafas plásticas de vários tamanhos e latas, mas ainda assim é uma grande conquista para uma empresa que foi lançada há apenas 17 anos como um projeto de estudantes.
Como a marca foi criada
No início do projeto, Mirco e Lorenz decidiram adaptar suas próprias fotos para usar como logotipos. Mirco garante que foi a opção mais barata e que não colocaram seus rostos ali por vaidade. Com apenas US$ 8,3 mil para abrir seu negócio, ele diz que teria sido muito mais caro comprar os direitos de uma imagem ou contratar um design gráfico personalizado. “Pagamos cerca de US$ 100 para deixar nossos rostos bonitos”, diz Mirco, de 44 anos. “Pedimos ao nosso vizinho que usasse o Photoshop para criá-la, pagamos cerca de US$ 80 para registrar a marca e criamos nossa própria fonte, a Fritz-Kola.” Os amigos também escolheram uma etiqueta em preto e branco porque imprimir em cores era mais caro. Para chegar ao nome, eles escreveram 40 possibilidades em uma lista e perguntaram às pessoas na saída de um shopping. Fritz, um nome típico alemão, ganhou a votação.
visitem e faremos alguma coisa.’” Era 2003, e, alguns meses depois, Mirco e Lorenz tinham as primeiras 170 caixas de Fritz-Kola, com cerca de 4.080 garrafas prontas para serem vendidas. Hoje, a marca é um nome conhecido na Alemanha. Tanto que no ano passado se tornou a segunda maior vendedora de garrafa de cola de vidro de 330 ml nas lojas alemãs, atrás apenas da Coca-Cola. Números do instituto Nielsen mostram que a Fritz-Kola vendeu 71 milhões de garrafas de vidro desse tamanho em 2019, em comparação com 74 milhões da
Para começar as vendas, eles decidiram focar nos bares independentes em vez de entrar em contato com supermercados e outros varejistas. Assim, foram de pub em pub em Hamburgo para tentar vender o produto diretamente. Mirco admite que muitos bares simplesmente não estavam interessados em oferecer o produto no início. “Muitas pessoas não conseguiam se imaginar bebendo ou experimentando outra cola que não a convencional da época”, diz ele. Para persuadir os bares a aceitar a proposta, eles disseram aos gerentes que, se não estivessem satisfeitos com as vendas, poderiam devolver as garrafas não vendidas com reembolso total. “Trabalhamos quase 24 horas por dia, sete dias por semana, e nos divertimos muito”, diz Mirco. “Tivemos sorte porque as pessoas gostaram da nossa marca de refrigerante. Eles ficavam curiosos, olhavam para esses dois alunos com um refrigerante estranho e diziam: ‘Vamos experimentar’. E gostaram.” “Mas demoramos mais três anos para contratar os primeiros funcionários, para que parecesse mais como uma empresa. Até então, não tínhamos nem escritório”, diz. A essa altura, as vendas começaram a crescer graças ao boca-a-boca e ao uso de anúncios irreverentes, estratégia que continua até hoje. Em 2017, seus comerciais criticaram os presidentes Donald Trump, Vladimir Putin e Recep Erdogan, mostrando pinturas dos três líderes ao lado das palavras “Mensch, wach auf!” (“Cara, acorde!”, em tradução livre).
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Estratégia de vendas
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Atualmente o produto é vendido em bares e lojas de toda a Europa. Depois da Alemanha, os principais mercados são Holanda, Polônia, Bélgica e Áustria. A analista de refrigerantes Linda Lichtmess, da consultoria Euromonitor, diz que a Fritz-Cola é popular porque os clientes a consideram autêntica. “Sua autenticidade vem de sua imagem, por ser de uma empresa fundada por estudantes que queriam oferecer um produto com melhor sabor e maior teor de cafeína do que a cola comum”, afirma. Hoje, a Fritz-Kola terceiriza a produção para cinco fábricas. Além do refrigerante normal, a empresa vende uma versão sem açúcar e uma variedade de sucos de frutas. Embora a empresa não divulgue seus dados financeiros, a revista Forbes informou em 2018 que as vendas atingiram cerca de US$ 8,7 milhões em 2015.
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Segredo é autenticidade
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reflexão
utenticidade. Essa palavra-chave vem sen- viver preocupado com o que os outros pensam de você. do mais e mais usada atualmente; ou seja: “Além de ser uma questão de felicidade e qualidade de viver de acordo com a sua própria verdade, vida, esse pilar é também uma questão de saúde física, agir baseado nos seus valores e essência. pois ter os nossos pensamentos, sentimentos e ações Mas afinal, o que é ser autêntico? alinhados é extremamente importante. O Brasil é o País Para coach e reprogramadora mental Mariana Sou- com maior número de pessoas com ataques de ansiesa, isso requer reflexão. “Ser autêntico é uma arte”, de- dade no mundo. Esse número está diretamente relaciofine. “É muito fácil passar desapercebido no meio da nado à insatisfação com a própria vida e, em consequmultidão. Mas se destacar por ser uma pessoa original ência, uma sensação de viver sempre fora de si mesmo. requer força, coragem e um alto nível de autoconheci- Esperando o fim de semana, um grande amor, o jogo mento. E para que essa sua verdade se prolongue no do time favorito de futebol e afins. Se empoderar é viver tempo e faça parte de maneira genuína da sua vida, ela unicamente por você”, diz ela. precisa ter pilares bem fortalecidos”. Respeito - Mariana conceitua que, viver de acordo Mariana faz uma analogia, onde cada um deve pen- com a sua essência invadindo e desconsiderando o essar numa construção gigantesca; uma torre de 30 anda- paço do outro, não é autenticidade; é falta de educação. res com alta tecnologia em todas as áreas, por exemplo. “Existem pessoas que acreditam que ser autêntico é faCertamente, é indispensável uma base muito sólida para lar tudo aquilo que pensam sem ‘papas na língua’. Mas garantir a segurança e a solidez do edifício. A mesma essa atitude ultrapassa os limites da autenticidade e se coisa acontece com uma personalidade autêntica. transforma em grosseria. É o extremo medo de não en“Quanto mais genuíno um indivíduo é, mais complexo caixar. Costumam ser pessoas que aparentam ser muito e interessante esse se torna, e asfortes e ter uma autoestima elesim, se faz necessário uma boa vada, mas que por trás esconbase estrutural. Por isso eu criei o dem uma fragilidade que acaba termo ‘autenticidade sustentável’”, produzindo uma atitude de deexplica. Sobre os pilares (que são fesa atacando outros”, ensina a três), a profissional descreve: reprogramadora mental. Autoconhecimento - “O priE conclui: “Viver de acordo meiro passo para viver de acordo com a sua essência, sem discom a sua essência é conhecê-la. frutar e desenvolver habilidades Ser autêntico também significa ser sociais não é sustentável. O que verdadeiro. Uma pessoa com essa está sendo procurado é uma aucaracterística é sincera, honesta e tenticidade que se sustente no verdadeira, tanto com ela quanto tempo proporcionando felicidade com o próximo. Uma pessoa que e um nível elevado de qualidade não conhece sua essência não de vida. E esse resultado passa pode desenvolver a sua autentipor uma vida social saudável. cidade. Por isso, uma imersão no Colocando em prática esses três autoconhecimento é essencial”. aspectos, se torna inevitável o Empoderamento - Não desenvolvimento de uma vida adianta saber quem você é, mas Mariana Sousa é coach e reprogramadora mental autêntica sustentável”.
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Autenticidade sustentável Porque ser autêntico é uma arte
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tecnologia
Influenciadores digitais
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Quem são, onde vivem, o que proporcionam e até que ponto valem a pena para a sua marca
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V
Por Alberto Claro (*)
amos tratar sobre o uso de influenciadores digitais para ajudar (ou não) a sua marca. A leitura a seguir será um pouco polêmica, mas cabe a mim alertar para algumas anomalias envolvendo esse tipo de profissional. Aliar a sua marca a um ‘influencer’ é bem perigoso se você não tomar as devidas precauções. As empresas os usam como disseminação digital e mais gente se autoproclama como tal. Existem alguns tipos de influenciadores digitais os quais mencinarei a seguir. Um influenciador ganha legitimidade quando ele tem alcance, relevância e ressonância, ou seja, o que ele fala realmente repercute na vida das pessoas ou a muda de alguma forma.
Todos são influenciadores (ou pensam que são) Aqueles influenciadores tais como celebridades, artistas, jogadores famosos etc, que possuem milhões de pessoas os seguindo, já são influenciadores naturais justamente por serem celebridades conhecidas na mídia tradicional. Na outra ponta, existe algo super interessante que são os micro ou nano
Há influenciadores que realmente influenciam Os influenciadores devem se tornar geradores de conteúdo, pois sustentar perfil só falando de “recebidinhos” não dá mais. Ainda mais em época de isolamento social e pós-Covid. Eles têm que gerar valor para o público. E de forma humanizada. Muitos ficaram sem assunto, sem lugares para ir, para viajar, para comer e para usar os itens de desejo e consumo. Ou seja: deixaram de ter o que dizer. Perderam relevância e foram abandonados. Ou pior: promoveram eventos com aglomeração, afrontando famílias que estavam tratando seus doentes ou chorando seus mortos. Mas, se o influenciador se adaptar ao contexto atual e futuro eles serão úteis, pois sabem fazer campanhas que engajam as pessoas com quem possuem discurso parecido. Nao sei se teremos mais lugar para 300 mil lives de crossfit em nosso cotidiano. Avise o seu amigo ou amiga influenciador para não ser tosco ou tosca a esse ponto. O público está mais interessado agora em influenciadores autênticos, mais vulneráveis e responsáveis pelos seus atos e falas. As marcas deveriam estar também. ‘Influenciador’ se tornou uma profissão legítima. Mas não sei se é para todo mundo.
O futuro do marketing de influência e a sua marca A pandemia mudará o marketing de influenciadores para sempre e, de certa forma, para melhor. Com esse golpe na renda, certamente haverá um declínio dramático no número de pessoas capazes de sobreviver a isso. Este é um momento de sobrevivência do mais preparado e apenas os criadores de conteúdo de qualidade chegarão ao outro lado. A crise atual proporcionará uma reconfiguração necessária ao campo dos influenciadores. Os que sobreviverem serão os que realmente sabem contar de histórias. Sua marca deveria estar procurando por eles neste momento. Há uma rápida inovação que ocorre nesta área provocada pela pandemia. Mas os fundamentos permanecem inalterados. As condições de mercado que levaram as marcas a adotar o marketing de influenciadores antes da pandemia serão ainda mais fortes após a crise. Agora, depende deles aprender como fazer isso e as marcas entenderem até que ponto os seus públicos aceitam essa influência. Com certeza, vamos acompanhar de perto. (*) Doutor em Comunicação Social, professor de Administração da Universidade Federal de São Paulo
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influenciadores. São pessoas que moram em determinada região, próximos ao seu público e que têm uma base interessante de seguidores, não em número mas em qualificação. Além disso, administram sua conta do Instagram ou outras redes sociais, mais como uma conta pessoal do que uma conta de influenciador em tempo integral. Uma marca pode utilizá-las para disseminar uma ideia. Principalmente porque esses seguidores são reais na maioria das vezes e não derivados de apps que vendem esse tipo de serviço. Aliás, fuja de influenciadores que se valem desse artifício. Quer saber se o seu influencer favorito comprou seus seguidores, me peça ajuda que te digo como. É fácil descobrir. Aliás, quem ainda acha que número de seguidores representa algo importante para profissionais de marketing?
A economia da influência A tendência de uma marca investir dinheiro no marketing com influenciadores é algo fácil de entender. Em nossa cultura de conteúdo de streaming, as pessoas não veem os anúncios como costumavam. E se os veem, não acreditam neles. Mas as pessoas acreditam e confiam umas nas outras - em sua família, vizinhos e amigos. Ou em alguma figura que para eles é muito próxima. Os influenciadores são vistos como aqueles amigos de confiança e talvez, para muitos, como especialistas em algum assunto de interesse. Com isso, veio a confiança nas recomendações online tanto quanto nas recomendações pessoais. Os nano influenciadores ganham mais confiança do que celebridades e atletas, e isso leva as pessoas em geral a realizarem uma compra, com base na visão do que encontram em seus feeds ou vídeos assistidos em uma mídia social. Como os canais de marketing tradicionais sofrem quedas contínuas de audiência e atenção, as marcas migram naturalmente para esses profissionais da influência (ou nem tão profissionais assim). Mas, à medida que o distanciamento social fechou as lojas, restaurantes e cancelou/adiou viagens, itens que eram o grande foco da atividade influenciadora, as pessoas que as promoviam viram as receitas serem reduzidas para quase nada. Pode parecer que essa promissora área de marketing esteja em perigo... mas acho que não.
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turismo
Museu de Arte Contemporânea de Niterói, com projeto assinado por Oscar Niemeyer: tombado pelo Patrimônio Nacional
Minha maior viagem na pandemia uma das raras escapadas para fotografar, resolvi ir um pouco mais longe, bem afastado da minha casa, e que representasse uma viagem inconsciente mas prazerosa: e assim escolhi Niterói. Sou apaixonado pela cidade sorriso e já quis até morar nela, que tem tanta beleza natural e cultural, e onde a marca do grande arquiteto Niemeyer - um dos mais criativos do mundo está presente com tanta maestria e amor. Saí bem cedo de casa num domingo chuvoso, com um amigo especial, um irmão que a vida me deu, em seu carro, para a primeira viagem da pandemia. Atravessar a ponte Rio-Niterói com os vidros abertos me proporcionou um gatilho de positividade, diferente daquele da
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ansiedade que me fez sentir tão desprotegido no início da pandemia. Com pouco movimento na ponte, atravessamos o pedágio e nos dirigimos para o Centro. Parte da minha vida acadêmica se deu na Faculdade de Turismo Plínio Leite, a convite da querida professora Diana Zaidman, que chefiava o Departamento de Turismo e me convidou para ministrar aulas de Legislação Aplicada ao Turismo. Foram quase 10 anos que têm lugar especial na minha memória afetiva e na minha carreira. Na última segunda-feira, ela se foi e não vai poder ver aqui a homenagem que lhe presto; onde estiver meus agradecimentos vão ecoar. Após ter passado em frente da Plínio, vislumbramos o Teatro Municipal que até hoje só conheço a parte ex-
Foto: Reprodução/RadarDesign
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Por Bayard Do Coutto Boiteux (*)
para contemplar e fotografar os barcos de pescadores que ali estavam e, quiçá, se preparavam para uma jornada de pesca ou já tinham voltado! E um polo gastronômico, repleto de surpresas de excelência! Tentei parar para almoçar mas não me senti confortável e assim fomos até Jurujuba, onde tantas vezes peguei o transporte que me levou até a Fortaleza de Santa Cruz, para visitar meu pai, preso político. Já voltei à Fortaleza algumas vezes e vi o local onde tinha encontros semanais com meu herói, que me ensinou a arte da solidariedade, da ética e do amor ao próximo. Mar de opções de restaurantes marca também uma Niterói que dá água na boca. Era hora de retornar e não deu para subir no Parque da Cidade, outro atrativo turístico nota mil, onde se descortina ‘Nikiti’, como gentilmente é apelidada a cidade. Em tempos de pandemia, foi minha grande viagem que, claro, ficará presente em mim, como todos os passeios que Niterói me ofereceu e ainda há de me proporcionar outros incríveis. (*) Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, escritor, consultor trabalha voluntariamente na Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio de Janeiro e no Instituto Preservale. (www.bayardboiteux.com.br)
Ponte Rio-Niterói, inaugurada em 1974, ponto inicial do passeio, com seus mais de 13km de extensão
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terna. Ainda quero assistir a um espetáculo da famosa companhia de balé do município. O caminho Niemeyer, muito bem estruturado com visitas organizadas estava fechado por força da pandemia, mas pude avistar as majestosas obras do arquiteto, aluno de Le Corbusier, que levou o Brasil mundo afora e marca a arquitetura internacional, com presença em vários países, como a Universidade de Constantine, na Argélia. Talvez o ícone de Niterói seja o MAC - Museu de Arte Contemporânea. Paramos o carro nas redondezas e começamos a caminhar em direção ao museu, que estava fechado mas que pude contemplar com seu entorno durante algum tempo. Fiquei no silêncio do deleite da contemplação niemaiense (acho que a última palavra deve ser um neologismo, mas refletiu meu estado de espírito). Lembrei das diversas exposições e do cuidado e respeito que Niterói tem por Niemeyer. Fiquei feliz em ver a consciência coletiva das pessoas que encontrei caminhando ou correndo, todas portando máscaras! Niteroi tem sido um exemplo no combate ao coronavírus. Prosseguimos a pé até a praia de Icaraí, que estava vazia mas encantadora com seu mar calmo e alguns transeuntes e moradores usufruindo da beleza local que nos permite avistar de longe o Rio. Voltamos para o carro e rumamos para o Saco de São Francisco, outro cartão postal da cidade, que parei
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Seja b e m-vindo ao
Copacabana Palace Por Andréia Repsold | Texto final - Antonio Marques Fidalgo
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Oconvite - marca registrada do Copa - voltou a ser ouvido pelos hóspedes, já na recepção. Reconhecido como o mais tradicional símbolo do Rio de Janeiro, e do Brasil, o Belmond Copacabana Palace reabriu suas portas em 20 de agosto, após exatos 132 dias fechado em razão da pandemia. E a reabertura, que comemora também os 97 anos desse patrimônio nacional, foi cuidadosamente planejada para garantir a máxima segurança para todos, preservando sempre (e desde sempre) a excelência no atendimento e a qualidade dos serviços. Com a implementação de diferentes protocolos de segurança, como distanciamento, higiene, segurança alimentar, dentre outros, o Copa recebe de forma extremamente segura hóspedes e clientes.
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Fotos: Forbes Brasil/Alle Vidal
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Andrea Natal, diretora geral do Belmond Copacabana Palace
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retomada das atividades do hotel traz opções de novas experiências, e algumas novidades para seus hóspedes. Pacotes especiais foram criados para estimular a ocupação por turistas domésticos. Pesquisas confirmam que este momento é ideal para viagens de curta temporada, para cidades próximas, dentro do Brasil, ou seja, uma oportunidade para conhecer determinada região do País que muitas vezes esteve nos planos, mas que sempre ficou para depois. “Neste momento de retomada do turismo, acreditamos que os destinos nacionais serão a grande aposta”, considera Andrea Natal, diretora geral do Belmond Copacabana Palace. Para os brasileiros, que agora têm a
chance de redescobrir as vantagens de viajar pelo País e desfrutar das belezas daqui, o Copa é um destino inspirador, seja para simplesmente relaxar e desconectar do mundo ou para viver experiências inesquecíveis em meio à natureza. Assim, o Copacabana Palace é o local ideal para aproveitar momentos em família, a dois ou com amigos. “Trabalhamos incansavelmente nos últimos meses para garantir uma reabertura segura e tranquila para hóspedes, clientes e funcionários. Sem dúvida, estamos prontos para receber turistas de toda parte e proporcionar a melhor e mais completa experiência”, complementa a diretora Andrea.
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Hotel fica na orla da praia, para alegria de turistas brasileiros e estrangeiros
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destaques são as experiências ‘Stay a Little Longer’ e ‘Long Stay’. O pacote ‘Stay a little longer’ incentiva que o hóspede prolongue um pouquinho a viagem e aproveite uma diária adicional para as reservas de três noites. Quem não gostaria se permitir adiar a volta para casa e aproveitar
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Trabalho e lazer - Com o home office se tornando realidade na maioria das empresas, a reabertura do quase centenário - mas revigorado - hotel trouxe novas experiências com o intuito de oferecer aos brasileiros a possibilidade de mesclar trabalho e lazer enquanto se hospedam na Cidde Maravilhosa. Os
mais um dia para relaxar e recarregar as energias? Já a opção ‘Long Stay’ destina-se a quem pode ser permitir a desfrutar de uma estadia ainda mais longa. Neste programa, o hotel oferece todo o conforto, segurança e sofisticação para que o hóspede se sinta realmente em casa. São sete noites de hos-
pedagem que incluem café da manhã, desconto na lavanderia do hotel, em pedidos de comida e bebida não alcoólica, além de atividades como stand up paddle e beach tênis. Quem não gostaria de experimentar a incrível experiência de “morar no Copa” por pelo menos alguns dias?
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Suítes oferecem pacotes diferenciados na reabertura do hotel
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Gastronomia estrelada - Durante a estadia, a premiada gastronomia do Copa é um atrativo imperdível para os amantes da boa cozinha. Liderado pelo chef Nello Cassese desde novembro de 2016, o Restaurante Hotel Cipriani recebeu em 2019, pela primeira vez, a almejada estrela Michelin. Nello veio da Toscana e realiza um trabalho minucioso de pesquisa de ingredientes, em busca dos melhores produtos do mercado. O Cipriani reabre no dia 14 de setembro em um novo formato, com duas opções de menu degustação: o ‘Chef´s Signature Dishes’ (R$ 370 mais 10% por pessoa) e o ‘Tradition/Innovation’ (R$ 450 mais 10% por pessoa). O primeiro reúne em oito etapas as receitas mais simbólicas do chef, desde a sua chegada ao restaurante, como o Carpaccio de Wagyu, o Raviollini del Plin e o Charuto com sorvete de whisky. A segunda opção oferece uma experiência incrível e inovadora: são nove etapas que incluem receitas modernas, todas elas inspiradas na tradição italiana. É uma proposta diferenciada que oferece
ao cliente pratos criativos, produzidos com os ingredientes mais frescos do dia. Outro diferencial do restaurante é a mesa do chef, localizada dentro da cozinha, para receber os clientes para uma degustação com os pratos mais variados e exclusivos da casa. São apenas seis lugares, com vista para a movimentação da cozinha, com direito a um menu harmonizado e criado pelo chef Nello especialmente para cada cliente. Na piscina - Ainda no setor gastronômico, a incrível Feijoada do Copa também está de volta. Todos os sábados, de frente para a concorrida piscina do hotel, no restaurante Pérgula, hóspedes e visitantes podem desfrutar da tradicional receita brasileira. Antes servida em formato buffet, agora chega diretamente à mesa em três tempos: entrada, principal e sobremesa. O cliente escolhe entre feijoada completa, somente com carne de boi ou somente com carne de porco, além de uma farta variedade de acompanhamentos. Para finalizar, uma
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Luxuosos salões compõem o tradicional Copacabana Palace
seleção de doces brasileiros produzidos na casa. Para completar a experiência, o chope é liberado. É necessário reservar. (Valor: R$ 228 mais 10% por pessoa.) Aos domingos, o Copa volta a oferecer o simbólico brunch, servido em estilo buffet no restaurante Pérgula. O que muda neste novo momento é a maneira como o cliente se serve. Para respeitar as normas de segurança e higiene, um colaborador foi selecionado para cumprir a função de servir os clientes e evitar uma maior aproximação dos alimentos. Hóspedes e visitantes são bem-vindos e encontram uma grande variedade de receitas. Além da torta de brie com damasco - considerada um dos hits - quem for ao brunch poderá degustar também sugestões fantásticas como a cascata de camarão, ostras, caviar, cavaquinha grelhada, entre outras iguarias. O chef João Melo, que comanda o restaurante, prepara opções de risotos e apresenta, a cada domingo, uma estação de massas, fabricadas na própria
cozinha do Copa sob sua supervisão. Destaque também para os pães produzidos na boulangerie do hotel, sempre frescos e quentinhos. Uma estação de queijos e frios, mais de 10 tipos de saladas, pratos quentes variados e sobremesas completam o cardápio capaz de agradar todos os paladares. Para acompanhar, o brunch inclui água, sucos e o tradicional espumante do Copa, nas versões brut e rosé, além de drinques como Mimosa, Aperol Spritz, Bloody Mary e Kir Royal, servidos à vontade. É necessário reservar. (Valor: R$ 260 mais 10% por pessoa.) Vale lembrar que o Copacabana Palace se tornou, nos últimos anos, um polo gastronômico na cidade do Rio de Janeiro. O local foi escolhido diversas vezes para sediar o conceituado Prêmio Michelin. Este ano, a história se repete: o prêmio acontece no dia 25 de setembro, em um formato um pouquinho diferente. O prêmio será apresentado por Didi Wagner, no Copa, e pelo presidente da Michelin, virtualmente, da França.
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Na Pérgola junto à piscina, a Feijoada do Copa é ponto de encontro
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Na época da inauguração, nos anos 1923: obra “encomendada” pelo então presidente Epitácio Pessoa...
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O Copacabana Palace completou 97 anos no úl- a primeira casa de espetáculos da América Latina, e timo dia 13 de agosto. Ao longo de todo esse tempo, que recebeu nomes célebres como Dionne Warwick, o hotel já foi palco de grandes acontecimentos do ce- Josephine Baker, Ella Fitzgerald, Marlene Dietrich, nário carioca e nacional. Sua história teve início em Ray Charles e Nat King Cole. 1923, quando o então presidente Epitácio Pessoa fez Grandes eventos - O hotel foi cenário importante um pedido à Família Guinle, para que construísse um em dois importantes períodos da música brasileira, do hotel nos moldes dos existentes na Riviera Francesa, Samba Canção e da Bossa Nova. Vale destacar que de frente para a praia, para celebrar o primeiro cente- o local considerado o berço da Bossa Nova no Rio, o nário da Independência do Brasil. Beco das Garrafas, fica a um quarteirão do hotel. Essa A Família Guinle, já conhecida por ser uma famí- época icônica da Cidade é muito bem representada na lia de hoteleiros, aceitou a missegunda temporada da série “Coisão com uma ressalva: que fosse sa Mais Linda”, da Netflix, em que construído um cassino no novo o Copa aparece como personagem hotel. A partir disso, os cassinos relevante em todos os episódios. foram autorizados no Brasil até os Sempre associado a grandes anos 1940. Durante essa época, o eventos, o hotel era palco das mais Cassino do Copa era uma grande importantes festas, premiações e sensação. Na sequência, foi consdesfiles de moda na Cidade. O pritruído o teatro e também um clube, meiro Baile do Copa aconteceu em que ficou muito conhecido na épo1924, no ano seguinte à inauguraca, o Meia Noite. O lugar se tornou ção do hotel. Realizado tradicionalreferência na noite carioca, com mente nos sábados de Carnaval, boa música, boa comida, um dos o evento contou com presenças lugares mais badalados da Cidade marcantes desde suas primeiras entre os anos 1940 e 1950. edições. Jayne Mansfield, a bela Outros importantes marcos na atriz americana (que foi também história do hotel foram a construuma das primeiras playmates da ção da simbólica piscina (1934), Playboy), em 1959, causou sensae do edifício anexo (1948). Antes, ção quando a alça de seu vestido nos anos 1930, o Copa havia inause soltou… Brigitte Bardot 1964 gurado o Golden Room, na época, A não menos bela Brigitte Bar-
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Orgulho para o Rio de Janeiro
Lima, Wilza Carla, entre outros. E as celebridades não estavam só na passarela; muitos anônimos até então, participavam na tentativa de ingressar no mundo artístico. Nos salões, brasileiros davam “aulas” de samba para os turistas estrangeiros, protagonizando cenas no mínimo - curiosas. Em 1973, o Baile do Copa deixou de ser realizado pelo hotel. Sua reedição oficial aconteceu 20 anos depois, quando a nova direção decidiu recriar o luxuoso evento. Desde então, o baile vem sendo realizado tradicionalmente todos os anos, com a participação ilustre de celebridades como Marina Ruy Barbosa, Sabrina Sato, Camila Queiroz, Deborah Secco, entre outras, no posto de “Rainha do Baile”. Rita Hayworth (com colares tipo Carmen Miranda) e Jorginho Guinle
Clóvis Bornay era figura previsível nos concursos de fantasias no Copa
...que 97 anos depois continua sendo um dos cartões postais do Rio de Janeiro
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dot foi uma das atrações em 1964. Este baile comemorava o quarto centenário do Rio, com decoração de Júlio Senna representando as ruas do Rio Antigo; ocupou os sete salões, onde cento e oitenta músicos se revezaram sem interrupção. No júri, além de BB, Porfírio Rubirosa e Elza Martinelli. Memoráveis - Em 1967, o júri foi presidido por Gina Lollobrigida. Mas o Baile do Copa teve outras presenças memoráveis, como Orson Welles, Ginger Rogers, Mary Pickford, Joan Fontaine, Rhonda Fleming, Walter Pidgeon, Lana Turner, Ann Miller, Zsa Zsa Gabor, Kim Novak, Romy Schneider, Kirk Douglas e Rita Hayworth, que chegou a desfilar pelo salão fantasiada de baiana. Nos concursos de fantasias desfilavam os grandes campeões como Clóvis Bornay, Evandro de Castro
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Em 1933, Fred Astaire e Ginger Rogers, no filme “Flying down to Rio”, que teve o Copa como cenário
1920 - Início das obras 1923 - Inauguração do hotel 1934 - Construção da mítica piscina 1938 - Inauguração do Golden Room, primeira casa de espetáculos da América Latina 1933 - O hotel é usado como cenário do filme “Flying down to Rio”, com Fred Astaire e Ginger Rogers 1948 - Inauguração do prédio anexo 1989 - Grupo inglês Orient-Express, hoje Belmond, adquire o hotel da Família Guinle; no mesmo ano, o prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional 1990 - Fachada do hotel ganha um novo sistema de iluminação 1991 - Área da piscina é totalmente reformada, juntamente com algumas áreas do interior do hotel 1994 - Inauguração do Restaurante Cipriani 1995 - Construção da quadra de tênis e reforma do 5º e 6º andares do prédio principal 1996 - Inauguração da Black Pool, exclusiva para os hóspedes do famoso Sexto Andar, onde ficam as penthouses que já hospedaram diversas celebridades, políticos, reis e rainhas 2006 - Reabertura dos Salões Copacabana, onde funcionava o antigo cassino 2007 - O Spa do hotel é inaugurado 2011 - Reforma do Cipriani e lançamento da mesa do chef, localizada dentro da cozinha do restaurante 2012 - Expansão do lobby e reforma de 96 apartamentos do prédio principal 2014 - Inauguração do restaurante asiático MEE, premiado com uma estrela Michelin em 2015, 2016 e 2017 2017 - Reforma da Pérgula e área da piscina 2020 - Aniversário de 97 anos do hotel
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Copacabana Palace ao longo dos anos
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empreendedorismo
Pensando fora da caixa Ou quando o tal ‘plano B’ é fundamental
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á sete anos, o médico cardiologista, Fabiano Barcellos não faz mais da Medicina a sua principal fonte de renda. Desde 2016, só realiza atendimentos populares. Ele queria ter mais tempo livre e começou a trabalhar com marketing de relacionamento e vendas online. Em dezembro de 2019, lançou o livro “Coragem para vencer”, com o objetivo de ajudar pessoas a transformarem suas vidas e onde conta toda a sua trajetória. Na semana do lançamento, a publicação ficou em quarto lugar entre os 10 mais vendidos sobre autoajuda. Desde o início da pandemia, Fabiano Barcellos está fazendo lives em seu instagram (@fabianobarcellos) sobre temas variados e com participações de especialistas e artistas. Nesse período de crise, para o empreendedor e autor, é preciso pensar fora da caixinha. Ele conversou com a revista Mais Influente Business, onde relata sobre o seu trabalho, como teve coragem de abandonar a Medicina e dá dicas para os que pensam em mudar de carreira ou, até ter um plano B, e para os que têm medo de perder o emprego, prin-
cipalmente agora, que o desemprego só aumenta no Brasil. Por que a coragem é tão importante, principalmente nos tempos de hoje? Para conquistarmos os nossos objetivos, temos que enfrentar obstáculos e desafios e até a viver coisas que não estamos acostumados e, com isso, vem o medo de encarar o novo, as mudanças... Nós precisamos sempre de coragem para encarar os nossos medos e obstáculos que nunca foram encarados antes. Digo sempre que coragem não é ausência de medo mas, sim, continuar seguindo a nossa, mesmo tendo receio. Foi difícil largar a medicina e passar atrabalhar com empreendedorismo? Chegou a pensar em desistir? Difícil não é a palavra, mas tive que aprender muitas coisas novas, já que nunca havia feito nada parecido. Sempre soube que os resultados diferentes estão na consequência das ações diferentes. Desafiador seria melhor representado aqui. E nunca pensei em desistir, pois estava determinado a fazer a medicina apenas para ajudar aos outros. Meu propósito era muito forte.
O que você diria hoje, no meio de uma pandemia, para quem está insatisfeito com o seu trabalho e pensa em mudar de emprego ou, até mesmo, de carreira? Acha que pode ser possível em plena pandemia? Acho que o possível vem da sua decisão de mudar, independente do momento que vive ou que o mundo vive. A questão toda é: está disposto à mudança? Pois, normalmente, as pessoas estão dispostas aos resultados, mas não às ações. Tenho um passo a passo para isso: • Aprenda a dizer não para o que não quer; • Aprenda a dizer sim para o que quer; • Entre em movimento; • Interaja com pessoas diferentes; • Faça isso pelo tempo necessário. E quais as dicas você pode dar para os que estão com medo de perder o emprego, já que o desemprego só aumenta desde o início da pandemia? Independente de pandemia ou não, seja proativo no trabalho. A pessoa precisa se manter acima da linha da média. Aumente os seus relacionamentos; não é ser puxa-sa-
Desde o início da pandemia, podemos dizer que o mundo virou online, em todas as áreas. Quais as dicas para quem ainda não acredita no mundo virtual? Não é mais questão de acreditar e sim, da nova realidade. Não existe mais o mundo sem o virtual e a pandemia apenas jogou isso na nossa cara e acelerou o processo. Meu negócio continuou crescendo. O que mudou bem, foram as palestras e treinamentos, que passaram a ser 100% virtuais, e está sendo positivo isso.
Escola de Negócios
No dia 24 de outubro, Fabiano Barcellos realiza a quinta edição da “Escola de Negócios”, idealizado por ele, que terá a presença de quatro palestrantes: o empresário e consultor estratégico de empresas, Dernizo Pagnoncelli; as coaches Carol Ferrera e Gracy Almeida; e o empreendedor Hugo Neto. O objetivo é orientar as pessoas a seguir um determinado caminho e o que deve ser feito nos primeiros passos dessa mudança.
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Cardiologista Fabiano Barcellos: é preciso ter sempre um plano B
co, mas procure conhecer as pessoas com quem você trabalha, converse com elas. E se você estiver em um cargo de chefia, coordenador, não dê apenas ordens, converse, pergunte da vida das pessoas. Inclusive, isso aumenta a empatia delas em relação a você. Mais: esteja sempre atualizado, conheça as tendências de sua área, estude os melhores cases. Surpreenda positivamente. Se você está numa reunião, discussão ou negociação, por exemplo, tente surpreender positivamente. Ninguém está esperando que você faça aquilo, mas você foi lá e fez! Entregue as metas antes do prazo. Isso é uma atitude que pode fazer você se tornar indispensável. Geralmente, o brasileiro espera as coisas acontecerem para depois ver o que fazer e tentar se organizar, mas é justamente o contrário. A pessoa precisa se preparar, estar bem estruturado, ter um plano B, porque caso isso realmente aconteça, ela já tem o que fazer.
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL consolidada na indústria brasileira
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Brasil é o segundo país do mundo que mais utiliza o Watson, motor de inteligência artificial (AI) da IBM. A constatação é Roberto Celestino, especialista em inteligência artificial, que considera que assim como essa empresa, outras tantas já operam com AI, mostrando que o País consolidou essa realidade no setor produtivo. Para o consultor, a disseminação é incontestável. “As empresas brasileiras já entenderam que têm condições de utilizar a IA para melhorar os seus negócios. Não são apenas as grandes, muitas startups implantaram o Watson”, destaca Celestino, informa ainda que, pelo menos 20 tipos de indústrias utilizam o Watson. “A Bia, do Bradesco, é um exemplo, no setor financeiro. Na educação, a Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, também adota a ferramenta. Instituições de ensino utilizam inteligência artificial para o relacionamento com o aluno ou para ajudar na jornada de estudos”. Produtividade - Sem dúvida, a indústria é um dos setores que tem se destacado nesse sentido. Guto Ferreira, presidente da ABDI – Agência Brasileira de Desen-
volvimento Industrial, aponta que a introdução da ferramenta tem condições de aumentar a produtividade. A startup I.Systems, com sede em Campinas, no Interior de São Paulo, atua com IA para o setor produtivo há pelo menos 13 anos; trata-se de um programa de computador para entender as rotinas das indústrias. “Nosso sistema é configurado, sem interrupção da produção. A partir da configuração, ele continua aprendendo e vai se adaptando para gerar ainda mais economia”, completa um dos fundadores da I.Systems, Igor Santiago. Uma das principais atuações do programa é em caldeiras de geração de energia das indústrias. Neste ramo, a startup estima que a inteligência artificial gere uma economia de 2% a 10%. Normalmente, a caldeira abastece de energia os equipamentos da fábrica. Como são muitas máquinas distribuídas em longas distâncias, o gerenciamento sobre a quantidade de energia necessária para cada momento da produção é complexo. “Nosso sistema fica observando quando são ligados e desligados os equipamentos. Com isso, conseguimos aumentar a quantidade de energia gerada pela caldeira quando prevemos que uma máquina vai entrar em operação”, explica Santiago.
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Indústria automobilística se vale da inteligência artificial para apurar o controle de qualidade
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Bancos investem cada vez mais em sistemas automatizados
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Um aprendizado acontece com a IA analisando os dados de curto prazo, outro é feito na nuvem, quando a inteligência artificial reúne dados de meses ou anos para fazer esse aprendizado. “Depois de aprender com o próprio ciclo de produção são enviadas informações para a nuvem. Nós aplicamos algoritmos para realizar melhorias em grande quantidade de dados”, completa Santiago. Qualidade - Em São Caetano do Sul - Região Metropolitana da cidade de São Paulo, a General Motors está implementando processos de AI na fábrica da Chevrolet, para o controle de qualidade. O gerente de tecnologia da montadora, Carlos Sakuramoto, explica que a IA vai atuar na revisão da pintura dos automóveis. “Identificamos que a percepção da estampagem era diferente entre os nossos inspetores. Eles passam por treinamentos para que todos tentem enxergar o mesmo tipo de defeito. As distorções são micrométricas”. Como a montadora é global, existem inspetores em todo o mundo responsáveis por analisar a estampa das latarias. Segundo Sakuramoto, não há nenhum sistema que consiga avaliar a percepção visual humana. “O cliente, quando olha uma estampagem perfeita, algo atrai o olhar, mesmo que ele não saiba o que é. Por isso queremos padronizar essa avaliação”, admite o técnico. A ferramenta foi desenvolvida pela startup Autaza. A empresa de base de tecnologia foi criada depois que a GM buscou na universidade inteligência para criar uma solução tecnológica. “Os fundadores da Autaza eram pesquisadores deste projeto. Nós decidimos empreender e
levar essa aplicação para outras áreas”, lembra Renan Padovani, um dos criadores da startup. A inteligência artificial trabalha com um banco de dados. “O sistema tem um treinamento de rede neural. Ele aprende os defeitos que deve encontrar, em um banco de dados de defeitos”. Evitar retrabalho - A busca pela perfeição é total: o sistema faz fotos da lataria dos veículos, enviadas depois para análise. O programa de computador consegue classificar os eventuais problemas. A estimativa da Autaza é que exista uma redução de 60% no retrabalho. “Muitas vezes a inspeção de qualidade da montadora erra a severidade do defeito. Em 60% dos casos eles classificam como mais grave o problema. O retrabalho se torna complicado. Com a classificação correta do erro, ele é bem menor”, pondera Padovani. Outro benefício é a varredura em toda a produção, como destaca o gerente de tecnologia da GM. “Faremos uma análise de 100% da produção numa velocidade muito maior. Anteriormente, a inspeção era feita por amostragem, retirando da produção, ou aproveitamos alguma parada. Agora o sistema é contínuo e em tempo, garantindo ganho de produção e qualidade”, aponta Sakuramoto. Atualmente, a ferramenta está em fase de validação para ganhar escala mundial nas linhas de produção da GM. Depois de comprovadas a eficiência e a segurança, a inteligência artificial para inspeção de lataria deve ser instalada em outras plantas ainda neste ano.
inovação
FINTECHS Em um ano, serviços financeiros s Fintechs e as iniciativas de eficiência financeira cresceram de 604 para 771 no Brasil, entre junho de 2019 e agosto deste ano, aponta a nona edição do Radar Fintechlab. A variação representa uma significativa alta de 28%. O setor de pagamentos se mantém como principal motor. São 190 empresas no levantamento atual, contra 151 há um ano e dois meses (um aumento de 26%). As iniciativas dedicadas à gestão financeira ocupam o segundo lugar no ranking, com o envolvimnto de 122 marcas, enquanto a terceira colocação é ocupada pelas startups de empréstimos, totalizando 114 empresas. Das 771 pessoas jurídicas identificadas no ranking, 270 não constavam no relatório anterior, enquanto outras 100 saíram do mercado. “É um forte indício de que são startups que possuem menos de um ano de existência. Isso comprova - mais uma vez - que o ecossistema continua encontrando oportunidades para melhorar serviços e criar soluções novas e fortemente influenciadas pelos avanços regulatórios, como o open banking e o PIX”, diz Fábio Gonsalez, cofundador do FintechLab. O termo “Fintech” é usada para descrever uma nova
tecnologia, que visa melhorar e automatizar a entrega e o uso de serviços financeiros. Em sua essência, é utilizada para auxiliar empresas, proprietários de negócios e consumidores a gerenciar melhor suas operações financeiras, processos e vidas, utilizando software e algoritmos especializados que são usados em computadores e, cada vez mais, em smartphones. Já o termo “tecnologia financeira” pode ser aplicado a qualquer inovação, na forma como as pessoas fazem negócios, desde a invenção do dinheiro digital até a contabilidade por partidas dobradas; da revolução da internet à revolução da internet móvel / smartphone. No entanto, a tecnologia financeira cresceu de forma explosiva, e fintech - que originalmente se referia à tecnologia de computador, aplicada ao back office de bancos ou firmas de comércio - atualmente descreve uma ampla variedade de intervenções tecnológicas no pessoal e finanças comerciais. De acordo com o Índice de Adoção Fintech 2017 da EY, um terço dos consumidores utiliza pelo menos dois ou mais serviços fintech. Esses consumidores também estão cada vez mais cientes da fintech como parte de suas vidas diárias.
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tecnológicos crescem 28%
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O mĂŠdico cardiologista Fabiano Barcellos Pensando fora da caixa
Por que a coragem é tão importante, principalmente nos tempos de hoje? Para conquistarmos os nossos objetivos, temos que enfrentar obstáculos e desafios e até a viver coisas que não estamos acostumados e, com isso, vem o medo de encarar o novo, as mudanças... Nós precisamos sempre de coragem para encarar os nossos medos e obstáculos que nunca foram encarados antes. Digo sempre que coragem não é ausência de medo mas, sim, continuar seguindo a nossa, mesmo tendo receio. Foi difícil largar a medicina e passar a trabalhar com empreendedorismo? Chegou a pensar em desistir? Difícil não é a palavra, mas tive que aprender muitas coisas novas, já que nunca havia feito nada parecido. Sempre soube que os resultados diferentes estão na consequência das ações diferentes. Desafiador seria melhor representado aqui. E nunca pensei em desistir, pois estava determinado a fazer a medicina apenas para ajudar aos outros. Meu propósito era muito forte. O que você diria hoje, no meio de uma pandemia, para quem está insatisfeito com o seu trabalho e pensa em mudar de emprego ou, até mesmo, de carreira? Acha que pode ser possível em plena pandemia? Acho que o possível vem da sua decisão de mudar, independente do momento que vive ou que o mundo vive. A questão toda é: está disposto à mudança? Pois, normalmente, as pessoas estão
dispostas aos resultados, mas não às ações. Tenho um passo a passo para isso: Aprenda a dizer não para o que não quer; Aprenda a dizer sim para o que quer; Entre em movimento; Interaja com pessoas diferentes; Faça isso pelo tempo necessário; E quais as dicas que você pode dar para os que estão com medo de perder o emprego, já que o desemprego só aumenta, principalmente aqui no Brasil, desde o início da pandemia? Independente de pandemia ou não, seja proativo no trabalho. A pessoa precisa se manter acima da linha da média. Aumente os seus relacionamentos, não é ser puxa-saco, mas procure conhecer as pessoas com quem você trabalha, converse com elas. E se você estiver em um cargo de chefia, coordenador, não dê apenas ordens, converse, pergunte da vida das pessoas. Inclusive, isso aumenta a empatia delas em relação a você. Esteja sempre atualizado, conheça as tendências de sua área, estude os melhores cases. Surpreenda positivamente. Se você está numa reunião, discussão ou negociação, por exemplo, tente surpreender positivamente. Ninguém está esperando que você faça aquilo, mas você foi lá e fez! Entregue as metas antes do prazo. Isso é uma atitude que pode fazer você se tornar indispensável. Geralmente, o brasileiro espera as coisas acontecerem para depois ver o que fazer e tentar se organizar, mas é justamente o contrário. A pessoa precisa se preparar, estar bem estruturado, ter um plano B, porque caso isso realmente aconteça, ela já tem o que fazer. Desde o início da pandemia, há mais de quatro meses, podemos dizer que o mundo virou online, em todas as áreas. O que mudou no seu trabalho com essa mudança digital e quais as dicas que pode dar para quem ainda não acredita no mundo virtual? Não é mais questão de acreditar e sim, da nova realidade. Não existe mais o mundo sem o virtual e a pandemia apenas jogou isso na nossa cara e acelerou o processo. Meu negócio continuou crescendo. O que mudou bem, foram as palestras e treinamentos, que passaram a ser 100% virtuais, e está sendo positivo isso. No dia 24 de outubro, Fabiano Barcellos realiza a quinta edição da `Escola de Negócios´, idealizado por ele, que terá a presença de quatro palestrantes, entre eles, o empresário e consultor estratégico de empresas, Dernizo Pagnoncelli, as coaches Carol Ferrera e Gracy Almeida, e o empreendedor Hugo Neto. O objetivo é orientar às pessoas a seguir um determinado caminho e o que deve ser feito nos primeiros passos dessa mudança.
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á sete anos, o médico cardiologista, Fabiano Barcellos não faz mais da medicina a sua principal fonte de renda. Desde 2016, só realiza atendimentos populares. Ele queria ter mais tempo livre e começou a trabalhar com marketing de relacionamento e vendas online. Em dezembro de 2019, lançou o livro “Coragem para vencer”, com o objetivo de ajudar pessoas a transformarem suas vidas e onde conta toda a sua trajetória. Na semana do lançamento, a publicação ficou em quarto lugar entre os dez mais vendidos sobre autoajuda. Desde o início da pandemia, Fabiano Barcellos está fazendo lives em seu instagram sobre temas variados e com participações de especialistas e artistas. Nesse período de crise, para o empreendedor e autor, é preciso pensar fora da caixinha. Ele conversou com a revista Mais Influente Business, onde fala sobre o seu trabalho, como teve coragem de abandonar a medicina e dá dicas para os que pensam em mudar de carreira ou, até ter um plano B, e para os que têm medo de perder o emprego, principalmente agora, que o desemprego só aumenta no Brasil.
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Pequenas e médias empresas, um hiato intransponível?
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Por Marco França (*)
notório o que está acontecendo com a falta de boas oportunidades e bons ativos para alocação, somados à redução recente da Selic e o excesso de liquidez das casas gestoras e fundos de investimento. A volta da bolsa aos cem mil pontos não denota necessariamente uma aposta de investidores e fundos no potencial de PIB e transformação estrutural do País. Ela demonstra ser uma aposta redobrada e de certa forma leniente, no modelo de negócio vigente pré-Covid e no histórico de performance de grande parte das empresas listadas na Bolsa de Valores B3, quinta maior bolsa do mundo. Sem dúvida que listar uma empresa é um objetivo louvável e não trivial. Manter níveis de governança elevados também é condição necessária na atratividade de recursos e pulverização da base de acionistas. Empresas listadas gozam de melhores percepções de preço de suas ações, crédito mais barato e assédio de fundos. Tudo isto faz sentido e tem muito mérito. Por outro lado, vemos que as empresas que não possuem capital aberto estão vivendo um inferno astral no que se refere às novas rodadas de crédito, fundamental para passarem pelo período de vale econômico atual. A chance de sobrevivência nunca foi tão materialmente distinta para os “não listados”. A consolidação dos setores, já é uma realidade e só deve aumentar a velocidade. A maior parte das empresas, independentemente de possuírem capital aberto ou não, ainda não revisitou seu modelo de negócios, de forma sólida, adequando o para o novo normal. A retomada da economia em “V” é muito mais um desejo do que um cenário crível neste estágio. Quando a farra monetária e fiscal e os subsí-
dios acabarem nos próximos meses nos EUA e aqui no Brasil, sentiremos o PIB mais “descoberto” e a real noção das mudanças e desafios que atingem os negócios. As operações de Governo, até o momento, focaram muito no microempresário. As empresas de médio porte, em sua grande maioria, não vão conseguir sobreviver sem uma rodada de empréstimo, mínima que seja. Diversos setores e empresários pegaram sua última rodada de empréstimos no último trimestre do ano passado, pré-Covid. As operações de Pronampe ajudaram, e muito, o microempresário, mas foi isto. O Pronampe, em média, liberou R$ 100 mil por empresa . O PEAC/FGI, liberado recentemente, vem para quem tem colateral e os bancos estão muito cautelosos em não abusar da garantia complementar do BNDES nesta modalidade, o que de certa forma é bastante saudável. Provavelmente este produto também será insuficiente para a demanda atual, assim como foi o Pronampe, cujos recursos foram tomados em 48 horas pelas microempresas através dos grandes bancos de varejo, deixando uma boa parte da população empresarial desassistida. O Governo tem que mirar no mercado da pequena e média empresa, ainda bastante desassistido, se quiser que este setor sobreviva economicamente. E, quem sabe no futuro, tenhamos alguns novos casos de abertura de capital na bolsa, criando assim um ciclo mais virtuoso de negócios. (*) Marco França é engenheiro pela PUC Rio, com MBA pela Coppead (UFRJ) e sócio-diretor da Auddas, empresa de gestão de negócio
Foto: Reprodução
homenagem
Os intensos são eternos! A morte do Edson nos deixou um vazio
evemos entender e começar a preencher. As mesmas lembranças que nos fazem chorar, aos poucos, nos acalmam e o trazem de volta. Um dos maiores homens que passaram por aqui. Os intensos são compreendidos depois. Acredito que só o tempo nos dá a real dimensão de um homem tão tomado de amor pelos seus sonhos. Então, o sonho vive e nós, que sonhamos com ele, e perto dele, e estamos fadados a avançar na busca de mais acesso a saúde e melhorar a vida das pessoas. Acho que o sonho dele nos escolheu e ocupou os nossos corações, e, cuidadosamente, as nossas mentes. O que parecia controverso e paradoxal, incompreendido, começa a fazer mais sentido. É como se a complexidade toda tenha se dissolvido. Os intensos não fazem por menos, eles seguem o
caminho da luz e se misturam com ela. Assim como a luz, o EDSON estará sempre presente e o seu sonho ganha tração em nós. Agradeço a Deus pelo privilégio do convívio e por tanto aprender, mas, entre tantos, o mais importante aprendizado: cada um de nós possui um tesouro, alguns sabem disso e conseguem mostrá-lo, outros precisam de ajuda. O verdadeiro líder identifica e provoca os que sabem e conseguem e, habilmente, apontam o caminho ao outro. Isso era tão simples para ele e, para nós, os menos intensos, tão difícil. Viva EDSON! (Homenagem a Edson de Godoy Bueno - fundador da Amil)
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Por Alfieri Casalecchi
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empresa
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Por um Brasil melhor Por Bettina Chateaubriand Que o mundo pós-Covid-19 será diferente ninguém duvida. O novo cotidiano trará desafios para a competitividade das empresas que sobreviverem ao longo período de crise. Mas, serão estes desafios tão novos assim ou só fomos expostos a um ambiente catalizador, onde não foi mais possível ignorar essas verdades para o futuro? Pensando nisso, a coluna conversou com empresários de sucesso e reuniu depoimentos valiosos com a esperança de um Brasil certamente melhor.
David Legher
Fabian Valverde
Presidente e CEO da Seguradora Prudential do Brasil
CEO da Paketá Crédito e sócio da Auddas
A pandemia do novo coronavírus trouxe um enorme desafio para todas as organizações. Mas, apesar dessa situação lamentável, dados atuais mostram que o setor de seguros tem demonstrado força e resiliência, mesmo em um período de dificuldades. O faturamento do mercado, de acordo com a Confederação Nacional de Seguros (CNseg), totalizou R$ 81 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, com alta de 4,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. No caso da Prudential do Brasil, o crescimento foi de 16% no mesmo período, alcançando R$ 1 bilhão. A companhia está cumprindo sua missão de proteger vidas em mais este momento desafiador, realizando o pagamento de indenizações para os casos de clientes confirmados com a Covid-19. O mercado de seguros, especialmente no ramo vida, deve sair desta crise mais maduro. Temos a expectativa de que os consumidores fiquem ainda mais abertos para ouvir sobre seguro de vida, já que estarão mais conscientes a respeito da vulnerabilidade e finitude da vida, e mais estimulados para a necessidade de se proteger diante de cenários imprevistos como o que estamos vivendo. Acredita-se ainda que ao migrarmos para o período de pós-pandemia, com a rotina voltando aos poucos à normalidade, a conversa sobre seguros e proteção financeira tende a ser ampliada e mais aquecida. O Brasil está no caminho certo em busca de um amanhã mais planejado e seguro.
Lisht Marinho
CEO da Lisht joalheria Estamos atravessando um momento único de extrema vulnerabilidade social e econômica, presenciando uma aceleração de tendências e mudanças no comportamento da sociedade. Eu vejo uma retomada com inúmeros desafios pela frente, porém com boas perspectivas a longo prazo para quem conseguir sobreviver. Posso destacar que empresas que tiverem um propósito bem definido, que pratiquem a empatia, sejam solidárias e ao longo do tempo conseguiram manter o relacionamento com seus clientes, cada vez mais fortalecido serão as que vão vencer esta etapa. A jornada do consumidor mudou e hoje temos que ser muito mais eficientes, digitais, operar
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A pandemia criou uma espécie de “reset” nos negócios, na busca pelo novo normal ou, como eu prefiro, o “próximo normal”. Nesse reset muito se fala de transformação digital, mas o que realmente tenho visto nas interações de negócios é a transformação cultural. São muitos exemplos… Startups passam a ter mais foco em gerar caixa do que em fechar a próxima rodada de investimentos. Negócios B2C estabelecidos aceleram a migração das interações do físico para o digital, abrindo a porta para a melhoria da experiência e relacionamento com os clientes através de novos processos e uso intensivo de dados. Empresas B2B reforçam um novo modelo de trabalho distribuído, com desafio inicial do trabalho remoto superado por grande parte das empresas. Encontrar com pessoas será importante, mas vamos buscar um melhor balanço entre encontros remotos e pessoais, reforçando a cultura do trabalho flexível, de qualquer lugar. Diante de tantos exemplos transformadores, a verdadeira mudança cultural do próximo normal já está certa! E como toda mudança cultural tende a ser longeva, o próximo normal chegou para ficar.
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em múltiplos canais, dar todas as opões possíveis de comodidade para esse cliente. Vamos viver o momento da compra cada vez mais emocional, consciente e que tenha o poder de contribuir para um mundo melhor com menor desigualdade social. Marcas movidas pelo amor e pela paixão de seus colaboradores, com criatividade, capacidade de inovação, sustentáveis e comprometidas com seus valores e com seus clientes com uma forte dose de resiliência, disciplina e foco nas suas ações, muito em breve terão um retorno positivo.
nossa infraestrutura de servidores e softwares para a nuvem, muito deste processo foi menos traumático. Tínhamos muitas dúvidas de como seria estar 100% em home office e se de fato isto aconteceria por um período ou poderia ser definitivo. Como controlar a qualidade e a entrega, como treinar, como prospectar clientes. Não foi fácil, mas como toda a mudança, fomos nos adaptando e aprendendo. Sim, esta crise diferente das outras teve ingredientes que não conhecíamos e, sem referências passadas, tudo foi na base do bom senso, consulta ao mercado e na base da tentativa e erro. O maior cuidado por sermos consultores foi nos adaptarmos às diretrizes dos nossos clientes, visto que cada empresa no início estava tomando decisões diferentes frente a diversidade de cada mercado. Quanto aos clientes, a maioria negociou desconto, desacelerou projetos e claro, nosso faturamento caiu. Seguramos ao máximo que pudemos o desligamento dos nossos consultores, mas ajustes precisam ser feitos. Nesta crise o grande facilitador foi a tecnologia, sem ela sentiríamos muito mais. Graças à tecnologia nos adaptamos rápido à nova realidade e essa nova realidade, entendemos que já seja o normal. Empreender no Brasil é complexo e só sendo otimista não basta, temos que arregaçar as mangas e trabalhar muito. Como toda crise sairemos mais forte desta também.
Marcelo Biasoli
Diretor de Estratégia de Negócios e Marketing da Seguros SURA Brasil
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Marcelo Jose Ricci
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CEO – Fourway It solutions; membro do Conselho da Arco Brasil – ONG para melhor educação para crianças em vulnerabilidade Por sermos uma empresa de tecnologia, já tínhamos em nosso DNA a prática do home office, claro que era de forma eventual e por períodos curtos. Com a Covid-19 esse processo foi acelerado e, por já termos feito mudanças de
Na nossa empresa olhamos para as tendências, observamos de que forma está se desenvolvendo o novo mundo e vemos que as pessoas já estão muito diferentes. A busca por uma vida mais fluida, segura e com propósito será cada vez mais presente e o nosso olhar para o negócio acompanhará esses novos hábitos, junto com a evolução da tecnologia que é a realidade do novo mundo. Para as empresas que já estavam se preparando para o ambiente digital, que era uma realidade antes da pandemia, os modelos de negócios já estavam mais adaptados para a nova realidade, que prioriza o distanciamento social e, portanto, impulsiona as possibilidades de conexão no ambiente online, assim como os novos modelos de gestão que agora se expandem de forma mais rápida e poderosa. O mundo já é diferente, a crise só acelerou o processo de mudança a qual estava ocorrendo. Mais do que nunca ficou claro que é necessário ser digital, desenvolver uma cultura focada na transformação e no cuidado das pessoas. No mundo dos negócios, as empresas buscam os caminhos para serem sustentáveis. Para as pessoas, o olhar para si mesmo assume o protagonismo. De forma geral, descobrimos que precisamos estar abertos à mudança e investir no autoconhecimento, para sermos ágeis emocionalmente também para se conectar com o novo mundo que veio para ficar.
comércio
Campanha vai estimular o consumo de bens e serviços
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eaquecer as vendas em todo o comércio varejista brasileiro. Este é o principal objetivo da Semana Brasil, que será desenvolvida na primeira quinzena de setembro, por iniciativa e coordenação do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), com o apoio do Sebrae. O objetivo é estimular os comerciantes para realizarem ofertas que potencializem o consumo de bens e serviços
de forma geral. A promoção será a primeira grande ação após a retomada das atividades econômicas no País, com a flexibilização das medidas de isolamento social, adotadas em razão da pandemia do coronavírus. Dependendo do estado, diferentes fases de reabertura do comércio estão em andamento, em função dos números registrados no período de quarentena.
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Comércio varejista terá ações na pós-pandemia
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Com a flexibilização em todo o País, campanha vai estimular o consumo de bens e serviços
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O especialista em Varejo do Sebrae, Flávio Petry, acredita que a Semana Brasil irá movimentar um grande volume de clientes no comércio. “Sem dúvidas, com as ofertas que o mercado está preparando, haverá um aquecimento no consumo. O Sebrae entende que é uma boa estratégia a adesão à campanha e incentiva que as micro e pequenas empresas se preparem o quanto antes para participar”, afirma. Petry acrescenta que o Sebrae vem produzindo uma série de protocolos com orientações para a reto-
mada segura das atividades no comércio. “Além disso, temos oferecido cursos à distância, variados e gratuitos, para que as micro e pequenas empresas saibam, por exemplo, como preparar a equipe de vendas e qualificar seu atendimento”, indica o analista. Tais providências tornam os pontos de venda seguros em relação à pandemia da Covid-19, bem como estabelecem a credibilidade junto aos consumidores. Material publicitário disponível para adesão
Os micro e pequenos empresários que quiserem aderir à programação da Semana Brasil podem entrar na página da campanha e baixar todo material publicitário disponibilizado - gratuitamente - e planejar suas próprias ações promocionais, instigando o retorno das atividades comerciais. Toda e qualquer empresa varejista pode participar da Semana Brasil. Flávio Petry explica que é importante estar atento às normas de segurança para garantir a saúde dos colaboradores e clientes e através disso iniciar um novo tempo no comércio brasileiro.
A hora é de retomada, inclusive com as datas comerciais que vem pela frente no calendário do setor. “O Sebrae é um entusiasta desse tipo de campanha. Os micro e pequenos negócios precisam aplicar todos os protocolos de segurança, reabrirem seus estabelecimentos e retomarem as vendas dentro do ‘novo normal’. Espero que essa iniciativa consiga mobilizar empresas e clientes para girarmos a economia em nosso País e estimular novas formas de consumo, de maneira racional e segura”, finaliza Petry.
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Micro e pequenos empresários que aderirem à programação vão ter material publicitário gratuito
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comportamento
Comprometimento é diferente de
engajamento
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uitos profissionais com os quais conversamos diariamente, quando demonstram satisfação com aquilo que executam, se dizem engajados... Na verdade, quando aprofundamos a conversa, percebemos que amam o que fazem e executam com perfeição as atribuições de seu cargo, mas na verdade ele está comprometido. A grande diferença entre comprometimento e engajamento é que o comprometido é aquele profissional que é consciente de suas atribuições, cumpre suas responsabilidades e seus papéis. Já o engajado é diferente, esse sim é o estado ideal da realização profissional, ele é emocionalmente conectado com o seu meio, seja a empresa ou projeto que atua, quanto as atividades diárias. Se me perguntassem qual é a formula do engajamento, eu diria que é: comprometimento + conexão emocional = engajamento. Muitos líderes erram por querer engajar as pessoas e
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isso não é possível, por um só motivo... o engajamento é da outra pessoa e não do líder. O que o líder precisa fazer é despertar o propósito no profissional, criar as condições necessárias para que então ele possa se engajar, mas isso é uma decisão que cabe a cada profissional, não a uma liderança apenas. Ou seja, você entrega muito mais em todas as esferas; enquanto o comprometido entrega de 70 a 80% da sua capacidade o engajado entrega 110%, é o sprint final que faz o comprometido parar e o engajado continuar em frente. Essa é a diferença que faz a diferença. A autocrítica sincera pode te levar a um patamar superior. Eu, constantemente preciso aumentar - cada vez mais - a minha barra do engajamento. Faça uma autoanálise. Você atualmente está comprometido ou engajado? (*) Fabio Sartori é educador executivo e diretor do Grupo Sartori DHO
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M
Por Fábio Sartori (*)
social POR ANDRÉIA REPSOLD
Marcelo Viveiros de Moura Sócio de Pinheiro Neto Advogados
Marcelo Viveiros de Moura é sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados. Graduado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com Mestrado pela Universidade de Cambridge na Inglaterra, trabalhou como advogado visitante no escritório Slaughter & May, na City de Londres. Moura é especialista em transações empresariais e financeiras, em especial M&A e financiamento de empresas, com enfase no setor de petróleo e gás. Foi professor de Direito Societário na Fundação Getúlio Vargas e publica diversos artigos. Foi coordenador do Capítulo do Rio de Janeiro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e presidente do conselho da Câmara Britânica de Comércio no Brasil, da qual ainda é membro. Moura é presidente da ONG Parceiros da Educação, do Rio, presidente da Associação de Amigos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e membro do Conselho Empresarial LIDE Rio de Janeiro. O que a pandemia mudou na sua vida? Em uma conversa muito agradável, Marcelo me contou os momentos difíceis que superou quando, nos primeiros dias de março, foi diagnosticado com pneumonia dupla causada pela Covid-19 e ficou internado em uma UTI por 21 dias. Desse período, lembra que tinha contato apenas com médicos e enfermeiros que, segundo ele, pareciam astronautas com suas roupas de trabalho e EPIs, que deixavam apenas os olhos à mostra: “Em vários momentos, soube depois, os médicos acharam que eu não
resistiria. Tive dias muito ruins”. Moura conta que era absolutamente saudável, nenhuma condição pre-existente e, aos 55 anos, não estava dentro do chamado grupo de risco, exceto, talvez, por um excesso de peso. Ainda assim, seu estado de saúde se deteriorou a ponto de ficar em estado gravíssimo. E complementa: “Não dá para menosprezar esse vírus: ele é real, altamente contagioso e mortal para certos organismos. Achar que não vai acontecer com você não vai imunizá-lo. Os protocolos hoje adotados são fundamentais para evitar o contágio, até que uma vacina ou a cura seja encontrada”. Comenta que profissionais de saúde são verdadeiros heróis, arriscam a própria vida para tentar salvar os demais e merecem todo o nosso respeito e admiração. “Todos os dias agradeço a Deus e aos meus médicos por estar com a minha família, em casa, celebrando a vida e o imenso amor que nos une”. Para sobreviver a tamanho isolamento criou rotinas diárias, marcando a passagem do tempo com a rotina hospitalar. Afinal, como sempre fez, seu dia é planejado previamente e organizado. Criava as suas rotinas diárias pelos horários do hospital: visitas médicas, exames e refeições guiavam seus horários diários e se intercalavam com leituras, filmes e séries, de forma a medir a passagem do tempo e viver cada dia de uma vez. Até algumas calls com cliente ele atendeu do leito da UTI, com o barulho do equipamento de monitoramento ao fundo e a voz gutural que alternava com a respiração na máscara de oxigênio. Foram dias muito difíceis, que não deixaram sequelas físicas, mas mudanças emocionais. Sente-se muito abençoado por ter tido uma equipe médica incansável e uma corrente de orações e carinho dos familiares e amigos, que o reconectou com a fé. Este momento de retomada da vida fora do hospital foi como um recomeço porque ninguém passa ileso por essa experiência de isolamento. Ao sair do hospital encontrou tudo diferente, as pessoas em isolamento social, sem sair de casa. Seu desafio imediato foi entender as circunstâncias completamente sem precedentes e voltar à vida nesse novo mundo. Percebeu o quanto hábitos e comportamentos de todos tinham sido alterados e criou novas rotinas em casa, começando por acordar cedo todos os dias da semana e se arrumando quase como se fosse para o escritório, só não bota a gravata e o paletó. Sua rotina é a seguinte: acorda, toma seu banho, se arruma, toma o café da manhã com a família e se dirige para o espaço de trabalho que criou em casa na varanda e que compartilha com o filho, que chama de seu “co-worker”, e com quem aproveita para trocar ideias, piadas e comentários. Consegue fazer “paradas saudáveis” ao longo do dia de alguns minutos e se permite até pegar um pouco de sol quando dá. Nos fins de semana, cozinha para a família e
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Conversando com empresários
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social
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ultimamente para alguns poucos e bons amigos. Passou a dar muito mais valor à convivência familiar, principalmente os momentos do dia a dia que tornam a vida tão especial. Também mudou a forma com que se relaciona com os outros e o mundo. As relações pessoais passaram a ser mais valorizadas e de certa forma bem mais seletivas, priorizando estar com os amigos verdadeiros e fortalecer os vínculos que realmente valem a pena.
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O que a pandemia mudou na sua vida profissional? Com certeza, a forma de trabalhar mudou. As rotinas estão muito diferentes e ele brinca que virou “operador de telemarketing”. Embora a tecnologia tenha facilitado vários encontros virtuais das equipes e com os clientes, a conexão não é a mesma. “Para formar cultura, é importante a presença física, a liderança pelo exemplo, a transmissão diária de valores, métodos de trabalho e a criação de vínculos pessoais, muito mais difícil no ambiente virtual.” Não foram só os hábitos e comportamentos que mudaram - as pessoas também. Manter a equipe coesa, centrada e integrada é fundamental, uma forma de canalizar energias e talentos para responder às demandas mais urgentes, como o momento nos exige. Fortalecer os times é crucial para a organização. Comenta que, na verdade, em certo aspecto o trabalho ficou mais dinâmico. Com muitos clientes internacionais, americanos e europeus, outros clientes e advogados em outros estados, escritórios em São Paulo, Brasília e Rio, as reuniões presenciais exigiam muitos deslocamento e viagens, que tomam muito tempo e dificultam a concentração em vários casos importantes ao mesmo tempo. Agora, consegue passar de uma reunião com um cliente na Europa, para outra nos EUA e depois uma terceira no Brasil na mesma manhã, o que traz eficiência. O nível de produtividade, nesse sentido, é muito mais alto. Essa mudança de conectividade veio para ficar, entende, mas afirma também que não dá para ficar trabalhando de casa a vida toda. O escritório reabriu no início de julho, seguindo as políticas públicas em cada Estado em que está presente, mas deixando a equipe livre para decidir se voltava fisicamente, ou se continuava em casa. A presença física no escritório tem sido em torno de 10% da equipe apenas. Há um sistema de rodízio para as pessoas que trabalham em “open space” ou dividem sala, mas ainda assim a adesão tem sido baixa, muito em função também dos protocolos (uso de máscaras, ausência de contato, dificuldade com as refeições etc). Acredita que, em breve, retornarão com equipe completa. Para dar prosseguimento à manutenção da cultura do escritório e à formação de novas pessoas, entende que a presença física é essencial: nada substitui a liderança pelo exemplo para transmitir aos novos times a cultura, os valores e o know-how do escritório. Estar juntos no mesmo ambiente é fundamental para formar times com espírito de equipe e pertencimento. Na estratégia de retomada as vulnerabilidades indivi-
duais estão sendo observadas, tais como identificação de grupos de risco e pessoas que moram com familiares em grupos de risco, que estão desobrigadas a voltar ao trabalho no escritório. Esse procedimento é informado aos colaboradores que precisam ter a percepção de que há segurança para a retomada sem riscos interpessoais. Muitas empresas que ensaiam o retorno ao trabalho presencial, vêm traçando as mais diferentes estratégias: montam comitês para discutir o assunto, buscam referências no exterior, ou se inspiram nos planos e recomendações do Governo ou de equipes médicas especializadas. Há, ainda, quem tenha radicalizado decidindo por não retornar este ano. A verdade é que desenhar essa estratégia não é simples. No caso do Pinheiro Neto, foi montado um comitê que analisou as melhores práticas, assessorado por especialistas e as decisões são tomadas pelos sócios de forma sempre muito cautelosa, pensando sempre nas pessoas e na instituição. Ao contrário do que se esperava no início da pandemia, a queda na ocupação e no faturamento não foi tão abrupta quanto se supunha e, ao mesmo tempo, ocorreu uma redução significativa em certos custos, tais como viagens, atividades promocionais, cursos etc., o que de certa forma compensou a redução de receitas. Ainda assim, os sócios decidiram diferir o recebimento de parte da sua remuneração para formar um caixa adicional na sociedade, visando atender eventuais emergências e, principalmente, preservar a remuneração e o emprego de todos os colaboradores da instituição. Moura comenta: “Num momento como esse, é importante sermos leais com as pessoas, se queremos que elas sejam leais conosco. Vivemos de capital humano, investimos nas pessoas, nossa equipe é altamente qualificada. Nossa visão sempre foi e é de longo prazo”. Como vê o futuro? Ainda não se sabe o efeito real da pandemia. A descoberta de um protocolo de cura ou de uma vacina para a Covid-19 parece cada vez mais próxima, mas não será imediata. O que importa neste momento é que as decisões sejam tomadas com a cautela necessária, buscando sempre levar em consideração as pessoas e a instituição. A transparência da informação, o contato permanente com os times através de uma liderança constante e tranquilizadora, com autoridade e confiança e a manutenção da qualidade do atendimento ao cliente e do serviço prestado, marcas registradas da firma, são essenciais. O mercado será sem dúvida ainda mais ágil e dinâmico e os profissionais precisarão ser ainda mais completos, especializados e bem formados, não há dúvida. Essa já era uma tendência, que apenas se acelerou nesse ambiente da pandemia. Não sabemos o que será o tão explorado “novo normal”, passada essa pandemia. Esse período que estamos vivendo deverá se alongar pelo menos até o fim do ano, de uma forma ou outra, mas nada vai substituir o contato humano, o “olho no olho”, a interação pessoal, na visão de Marcelo.
social
Miriam Carvalho
Carvalhão Guindastes e Transportes Conversei com Miriam Carvalho - diretora comercial da empresa Guindastes e Logística Transportes & Armazenagem - Carvalhão, que realiza uma ampla diversidade de serviços: transportes de container; transportes pesados; terminal para container; guindastes para içamentos; mudanças industriais; remoções; empilhadeira; armazenagem; terceirização de operações de logística dedicada. O que a pandemia mudou na sua vida pessoal? “Em meados de março, acompanhando na mídia o agravamento da crise mundial e sua chegada ao Brasil, entendi o quanto era importante realizar de imediato um trabalho de mudança pessoal e profissional”, comenta Miriam. Antes mesmo de conhecer as orientações oficiais, reorganizou as rotinas de trabalho e pessoais, que a levaram a novos aprendizados, tais como cozinhar para a família. Equipou a casa com um robô aspirador (pelo qual está encantada) e novos apetrechos de cozinha. Com todos em casa, criou uma nova rotina familiar. Uma das atividades que mais gosta é a sessão semanal de “Cinema em Casa” que faz com o filho de 21 anos: uma vez por semana cada um escolhe o filme. Desta forma consegue apresentar para ele
O que pandemia mudou na sua vida profissional? Quando no dia 15 de março a imprensa sinalizou a pandemia, a primeira preocupação da gestora foi resguardar a saúde dos colaboradores e focar na gestão do caixa da empresa. “Por sermos uma empresa de logística e atividade essencial, não paralisamos nosso atendimento. Alguns de nossos clientes passaram a precisar ainda mais de nossos serviços, embora outros segmentos que atendemos tiveram a demanda bastante reduzida. Não demitimos, mantivemos as nossas equipes mesmo enfrentando um momento tão difícil.” Medidas emergenciais foram sendo adotadas para evitar a proliferação do vírus entre os profissionais, clientes e parceiros, dentre elas: • Compra e fornecimento de laptops da empresa para colaboradores em home office; • Oferta de troca do vale-transporte por valor para custear internet, para todos os colaboradores que puderam permanecer trabalhando em casa; • Colaboradores acima de 60 anos e enquadrados no grupo de risco foram imediatamente afastados das atividades de campo; • Campanhas internas de respeito ao próximo e aos novos hábitos, tais como uso de máscaras, distanciamento social, regras de higiene; • Diminuição na circulação e permanência de colaboradores através de: revisão de horários, antecipação de férias, revezamento de turnos, banco de horas, trabalho remoto onde aplicável; • Reforço do uso de álcool em gel, além dos que já eram utilizados nos refeitórios, disponibilizando em áreas comuns, incluindo as portarias e acessos; • Conscientização dos colaboradores sobre a importância da assepsia das mãos com água e sabão com maior frequência do que a habitual; • Orientação aos times para, a qualquer sintoma da doença, comunicar suas chefias de forma imediata, e seguir todas as orientações das autoridades de saúde;
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os filmes clássicos que marcaram sua vida, e que ela tem certeza que sem esta motivação, dificilmente o filho assistiria. Ao mesmo tempo ela passou a ver os filmes que ele gosta e recomenda. Uma ótima forma de conexão familiar que veio para ficar.
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Limpeza mais intensa e frequente das áreas se uso coletivo (exemplo corrimães, balcões, mesas etc.); Contratação regular de empresa especializada em desinfecção dos ambientes; Medição preventiva diária das temperaturas (termômetros digitais) e oxigenação (oxímetro) dos profissionais em todos os acessos da empresa e demais locais de trabalho; Medidas de distanciamento físico: eliminação áreas fechadas onde poderiam ocorrer agrupamentos, redistribuição de mesas e redução da capacidade por turno nos refeitórios; Complemento da cesta básica com kit de limpeza residencial (desinfetante, sapólio, rolo de saco de lixo, água sanitária etc.) para os ajudantes e pessoal com menores salários.
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Além destas medidas, estão com contingenciamento e restrição do uso do transporte público, disponibilizando a frota de utilitários para locomoção de parte do quadro de colaboradores. Assim protegem os times e ajudam na manutenção e confiabilidade pelos clientes que entregam suas cargas e até serviços terceirizados de seus clientes. Considerando uma possibilidade de instabilidade de segurança pública, foi reforçado todo o esquema de segurança da empresa, incluindo a sede, mercadorias e equipamentos foi priorizada. Ciente de sua responsabilidade, papel social e cívico, transportaram gratuitamente em suas carretas, milhares de cestas básicas para distribuição no Mutirão Solidário. Além disso forneceram empilhadeiras para suporte na “Ação contra a Fome” obra social criada pelo saudoso Betinho.
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Como vê o futuro? Miriam credita que todas as mudanças são positivas. Encara com otimismo o futuro: “Sempre busco o melhor das novas situações que se apresentam, desta forma me conecto com o bem e consigo transmitir isso para nossos times de colaboradores. No meu ponto de vista, de certa forma, tudo será melhor porque muitas empresas estão se reorganizando ou se reinventando, várias transformações já estavam em processo e foram aceleradas pela crise”. E conclui: “Todas estas mudanças afetaram sensivelmente a empresa, com impacto direto em seu faturamento e na saúde financeira do negócio, mas mantivemos em dia não apenas os salários de toda a equipe como todos os nossos fornecedores, sempre cumprimos nossas obrigações nos 60 anos de empresa, embora jamais imaginássemos viver uma crise desta magnitude. Continuamos acompanhando o impacto das restrições da quarentena, acreditando na retomada da economia e num posicionamento forte para nosso País, com novas oportunidades sendo criadas com maior relevância para o Brasil neste novo cenário”.
Jayme Drummond Carioca NoMundo
Expert em hospitalidade, bacharel em Hotelaria pela UNESA, pós-graduado em Didática do Ensino Superior pela Universidade Estácio de Sá, com especialização em Hospitality Management na Ecole hôtelière de Lausanne, Suíça. Ao longo de 10 anos, dirigiu a Faculdade de Hotelaria da Universidade Estácio de Sá, em parceria com a Ecole hôtelière de Lausanne, Suíça. Planejou e executou programas de hospitalidade em grandes eventos, como: Sochi Olympic Games 2014 (Rússia), Toronto Pan American Games 2015 (Canadá), House of Russia (Copa do Mundo Brasil 2014) e, durante a Rio 2016, House of Switzerland “Baixo Suíça” (público superior a 150.000 visitantes); Canada House (Comitê Olímpico Canadense) e TOC - The Olympic Club, no Parque Olímpico - sede oficial do presidente do COI para receber seus convidados, chefes de estado, famílias reais e patrocinadores durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Professor convidado em universidades: UFRJ, FGV, Escola de Hotelaria Castelli e Ecole hôtelière de Lausanne. Apresentador do canal Carioca NoMundo, no YouTube, com mais de 50 milhões de visualizações, criado por ele em 2011, onde conta as melhores experiências de viagens e serviços focados em toda a cadeia produtiva do Turismo, incluindo meios de transportes, hospedagens, atrativos diversos, entre outros, com muita descontração, simpatia, originalidade, charme e um conteúdo primoroso, com intensa profundidade de suas tratativas. Natural do Rio de Janeiro, onde vive, tem 49 anos de idade e já acumula viagens de pesquisas por mais de 60 países em busca de experiências e tendências em serviço e gestão na indústria da hospitalidade. O que a pandemia mudou na sua vida pessoal? “Minha adaptação precisou ser total. Nunca fiquei tanto tempo no Rio e ainda mais dentro de casa”, afirmou Jayme, logo no início de nossa conversa. Contou que em março precisou retornar às pressas de uma viagem internacional. Estava em Anguilla quando a pandemia foi decretada no Brasil, e soube do fechamento dos aeroportos, tendo que correr para trocar bilhetes aéreos, e fazer várias escalas para conseguir retornar. Na sua volta já foi percebendo que tudo estava diferen-
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O que a pandemia mudou na sua vida profissional? Além do canal, tem uma empresa de consultoria e treinamento em hospitalidade e é sócio de uma empresa na área de catering para eventos. Diante dessa completa suspensão de todo o planejamento, reinventar seu trabalho foi mandatório, repensando o conteúdo do Carioca no Mundo. Desativou o escritório da empresa, guardou materiais e equipamentos e manteve suas equipes no novo modelo de teletrabalho, tanto o time de produção de conteúdo para o canal quanto os times que realizam os treinamentos. Sua determinação pessoal ajudou a superar a súbita e inesperada mudança radical na vida causada pela suspensão de todas as viagens, e mais ainda pelo fato de não poder fazer nenhum plano de roteiros para o ano. O maior desafio foi planejar como fariam mudanças, ainda mais sem saber por quanto tempo. Percebeu que poderia trabalhar à distância planejando outras pautas. Decidiu ouvir a audiência do seu canal e com o retorno recebido retomou
projetos antigos de vídeos e curiosidades. Criou pautas inusitadas como a que fez com o aeroporto RIOgaleão. O desejo de seus seguidores em conhecer as diferentes necessaires de cias aéreas, bem como materiais de serviços de bordo e a demanda para vivenciar a experiência do passageiro da classe executiva, o inspiraram a desenvolver um e-commerce com uma linha de produtos de bom gosto e design diferenciado. Com uma coleção de cerca de 400 necessaires, de mais de 70 cias aéreas, todas catalogadas por ordem alfabética, decidiu vender algumas com a renda revertida para o Solar Meninos de Luz. Foi um sucesso, em duas horas vendeu todas. Afirma que está se divertindo e ao mesmo tempo segue focado em escutar seus seguidores. Na pandemia seu público cresceu, são muitas famílias, muitas vezes os filhos apresentam o canal aos seus pais. Sempre é muito positivo. Gosta de falar sobre o serviço em companhias aéreas e hotéis, ressaltando que a experiência do cliente é o grande diferencial. O que mais sente falta é a troca de energia que existe ao encontrar pessoas interessantes e rever amigos queridos mundo afora. Como vê o futuro? Momento é de ajuda mútua porque para o mercado do turismo o ano não existiu. Viver o nacionalismo, olhar mais para dentro. Será fundamental resgatar o tempo perdido e o faturamento, acredita que serão necessários pelo menos dois anos para recuperar o mercado. Demanda está mudando, há uma nova perspectiva para o mercado interno, é fundamental trabalhar. De imediato viagens para destinos próximos de até três horas de deslocamentos pelo Brasil estão sendo as mais procuradas. No momento há uma preferência para os deslocamentos de carro. Viagens aéreas apenas as curtas estão no pensamento dos passageiros. O turismo de negócios com times de trabalhadores da indústria farmacêutica, indústria de petróleo e gás, bem como indústria automobilística se mantêm por conta dos deslocamento de equipes que trabalham nas plantas industriais. Pós-vacina muitas pessoas vão querer viajar, haverá uma enorme demanda reprimida. Cias aéreas estão retomando destinos. O Brasil tem um enorme potencial; com tantas áreas ao ar livre precisa explorar e promover muito essa potencialidade. O Rio de Janeiro tem tudo para ser um ótimo destino. Mercado consumidor interno pode crescer para redescobrir o Brasil. O mercado externo precisa ser incentivado. Necessário divulgar as medidas de segurança que já foram adotadas pelas cias aéreas e pela rede hoteleira para dar confiança aos potenciais viajantes. Outros destinos estão sendo descobertos pelos brasileiros, principalmente os hotéis mais conceituais, um novo horizonte para o mercado interno. Endereço do canal do YouTube: www.youtube.com/cariocanomundo
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te. No aeroporto em Porto Rico, sentiu-se em um mundo “surreal”, com um clima muito tenso entre as pessoas. No Panamá, aeroporto estava um caos, sensação era de muita tristeza e angústia, voo lotado, pessoas mascaradas. “Nunca tinha visto nada nem de longe parecido com aqueles momentos”. Ao chegar de volta ao Rio, viu que o isolamento seria inevitável. Focou na parte positiva: teria mais tempo e poderia investir seu tempo nos desafios pessoais, assim retomou suas práticas de meditação e ioga. No dia a dia dorme tarde e acorda cedo. O canal foi criado com o intuito de ilustrar as palestras, treinamentos e aulas. Por nove anos, foi diretor da Faculdade de Hotelaria da Universidade Estácio de Sá, em parceria com a Ecole hôtelière de Lausanne (EHL), Suíça. Nessa época, ministrava uma disciplina com foco na excelência do serviço e procurava inspirar os seus alunos através dos melhores exemplos que encontrava pelo mundo. Começou a filmar algumas cenas que me chamavam a atenção e fazia entrevistas com profissionais que se destacavam. Criou um canal no YouTube para hospedar esses vídeos e assim tudo começou. O principal assunto ou tópico que gosta de falar é sobre o serviço em companhias aéreas e hotéis, ressaltando o que faz a diferença na experiência do cliente. Jayme, que se define como naturalmente inquieto, admite que quando está em casa, consegue ser bastante tranquilo. Com uma vida bastante agitada, em função do trabalho, suas rotinas nunca se repetem. Conta que sempre gostou de fazer várias coisas ao mesmo tempo e isso o estimula. Precisa estar em constante movimento. Nos últimos anos, realizou uma média de 15 viagens intercontinentais por ano. Atualmente tem usado seu tempo para rever os seus vídeos e materiais antigos de viagens, descobrindo, em cada um, detalhes que tinham passado despercebidos. Afirma que “o tempo permite olhar para as coisas de uma outra forma; quando enxergamos novos ângulos e, percebemos que eles também são interessantes, é sinal que estamos evoluindo.”
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Fairmont Rio de Janeiro Copacabana
Com novo protocolo de acolhimento de hóspedes e a garantia do selo AllSafe, além de certificações do Ministério do Turismo e da Secretaria de Turismo estadual
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Fairmont Rio de Janeiro Copacabana recebe seus primeiros hóspedes pós-quarentena em setembro. Com a missão de acolher e proteger clientes e funcionários, o hotel reabre suas portas depois de cinco meses, portando o selo AllSafe*, que garante a implantação e execução do novo protocolo de acolhimento da Accor. A marca, que sempre presou pelos mais altos padrões de higiene e limpeza em suas propriedades, agora adota medidas ainda mais rígidas de sanitização, de acordo com as necessidades atuais, priorizando a segurança e o bem-estar de todos. O Fairmont Rio também conta com as certificações do Programa Rio de Novo, da Prefeitura do Rio; Turismo Consciente Rio, da Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janei-
ro; e Turismo Responsável, Limpo e Seguro, do Ministério do Turismo (Cadastur).
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Os protocolos adotados prevêem medidas de segurança nos ambientes do Fairmont Rio. Os hóspedes terão a temperatura medida ao chegarem ao hotel, que terá o piso das áreas comuns demarcado para indicar distanciamento social. Haverá álcool em gel nos diversos os ambientes, assim como embalagens individuais do produto e máscaras disponíveis na recepção. Os colaboradores, passaram por programa de formação e treinamento, devidamente protegidos por EPIs (Equipamento de Proteção Individual), como máscaras, luvas e aventais, adequados à suas funções. A limpeza de espaços, objetos, superfícies e locais de circulação e contato constantes também intensificada, e feitas com produtos que atendem aos mais altos níveis de desinfecção exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O intervalo entre estadias passará a ser de 24 horas para cada quarto, e todo o enxoval será ensacado ainda dentro da suíte e lavado a altas temperaturas para desinfecção. Objetos como controles remotos são lacrados após a limpeza, e aparelhos de ar condicionado passaram a ter manutenção e troca de filtros ainda mais frequentes. Na área de alimentos e bebidas, foram adotados padrões acima das exigências estabelecidas pelo Governo e órgãos reguladores, incluindo a alteração do tipo de serviço para “à la carte” ao invés de buffet exposto. Mesas do Marine Restô, Spirit Copa Bar e Coa&Co Café colocadas a pelo menos 1,5 metro de distância umas das outras, e os cardápios físicos substituídos por versões digitais acessadas por QR Code ou recebidas pelo WhatsApp, evitando assim que clientes manu-
seiem objetos compartilhados. As novas medidas se estendem às áreas de eventos e reuniões, com redução da capacidade de salas, espaçamento de móveis e soluções seguras de coffee break em porções individuais. O Room Service entrega alimentos em embalagens lacradas para cada hóspede. Procedimentos específicos de limpeza e manutenção das piscinas, com avaliação regular do nível de cloro, foi intensificada, estabelecido controle de frequência. Na academia, o número de hóspedes está limitado e os equipamentos foram afastados e limpos após cada uso. Estas e outras orientações de segurança e diretrizes operacionais foram definidas por equipes técnicas a partir da definição de órgãos reguladores, a fim de garantir a segurança do consumidor e tranquilizar hóspedes com informações claras e acessíveis no momento de retomada do turismo nacional. Fairmont faz parte da Accor, um grupo líder mundial em hospitalidade aumentada, oferecendo experiências únicas e significativas em 5.000 hotéis, resorts e residências em 110 países. * O AllSafe é o selo exclusivo de limpeza, prevenção e segurança da Accor. Os padrões globais do AllSafe foram desenvolvidos e aprovados pela Bureau Veritas. A certificadora internacional segue as diretrizes do órgãos sanitários, auditando e revisando documentos, inspecionando remota ou presencialmente a implementação das ações de biossegurança, bem como fazendo a emissão do certificado AllSafe - Bureau Veritas. fairmont.com fairmont.com | accorhotels.group
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Jornada contratual tem que ser respeitada de modo a manter preservada a integridade mental e física do trabalhador
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Por Juliane Cavalini (*)
s meios tecnológicos, o trabalho remoto, as novas ferramentas de comunicação estão cada vez mais presentes na vida do trabalhador, de modo a torná-lo acessível a qualquer tempo e hora, sem limite. Com a pandemia da Covid-19, o home office e o teletrabalho estão se consolidando aceleradamente, tornando as relações de trabalho cada vez mais remotas e de acesso ilimitado aos trabalhadores, que se mantém conectados 24 horas por dia. E-mails, WhatsApp, ligações, redes sociais corporativas não podem atrapalhar o período de descanso do trabalhador, o seu período de
desconexão. No entanto, até que ponto essas novas ferramentas de comunicação podem ser usadas para contatar um empregado? E será que de fato são elas as responsáveis por esta demanda de jornada? Não importa se o trabalho é intelectual ou manual, a jornada contratual tem que ser respeitada de modo a manter preservada a integridade mental e física do trabalhador. O mercado crescente, a competitividade, a cobrança de metas são algumas ocorrências que provocam no indivíduo a necessidade de se deixar a disposição do em-
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A importância da desconexão no trabalho
pregador, o tempo que for necessário, inclusive porque em muitas situações o trabalhador é cobrado por sua ausência virtual, na demora ou na omissão em atender os contatos realizados. E quais as medidas, cuidados, cautelas que o empregador deve tomar para não extrapolar o seu poder potestativo e comprometer o direito a desconexão dos seus empregados? O primeiro ponto a ser observado é a habitualidade fora do horário contratual de trabalho. Claro que contatos esporádicos relativos a questões urgentes não caracterizarão uma jornada extraordinária, mas demandas costumeiras, fora do horário de trabalho, certamente repercutirão em uma jornada exaustiva reverberando em indenizações trabalhistas. É que a conexão mental, sem descanso, poderá gerar transtornos psicológicos, prejudicando não somente as relações de trabalho, a produtividade do empregado, mas também as suas relações sociais e pessoais. Apesar de ainda não haver nenhuma previsão específica em nossa legislação acerca de jornada exaustiva realizada através das ferramentas tecnológicas, já temos decisões judiciais com condenações dos empregadores, baseadas na interpretação do direito ao descanso do trabalhador (a desconexão) X obrigações dos traba-
lhadores dentro da sua jornada contratual. Referidas decisões levaram em consideração o direito a desconexão do empregado, priorizando o direito de se desligar das funções laborais nos períodos estabelecidos para tanto, permitindo que o mesmo possa realizar outras atividades, se dedicando a família, ao efetivo descanso e a outras demandas pessoais, fora do seu horário de expediente. A facilidade do acesso remoto aos trabalhadores por meio das ferramentas tecnológicas, não pode ser utilizada de forma irrestrita. O limite do horário da jornada precisa ser respeitado, o direito à desconexão é um direito fundamental, que influi diretamente na saúde física e mental do trabalhador, e a não observância desse direito pelo empregador, poderá repercutir em responsabilizações por danos morais, danos existenciais e até ‘dumping’ social, dependendo da gravidade e amplitude, podendo, inclusive, afetar a imagem da empresa de forma negativa no mercado corporativo, laboral e consumerista. (*) Advogada especialista em Direito do Trabalho Sócia do escritório João Freitas Advogados Associados Instagran: @julianecavalini
Atividades remotas não podem atrapalhar o período de descanso do trabalhador
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Empatia na prestação de serviços Por Michelle Novaes (*)
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ense num cartório. O que veio à sua cabeça? Aposto que não foi um pensamento prazeroso e que você imaginou burocracia, fila e chateação. Mas, e se eu te disser que os cartórios estão mudando, acompanhando a evolução da sociedade e se tornando modernos? Nem todo mundo sabe que hoje já é possível resolver todas as questões cartoriais sem sair de casa. Graças a um provimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), você pode fazer procuração, comprar ou vender imóvel, firmar uma união estável ou mesmo um divórcio da sua casa. Basta adquirir uma assinatura digital. No caso do divórcio, ainda tem uma vantagem adicional: você não precisa olhar para a cara do ex. Já pensou nisso? Muito antes da decisão do CNJ, os cartórios já ofereciam serviço delivery. Nós, do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, demos mais um passo na inovação criando o serviço drive-thru durante a pandemia. Foi um sucesso tão grande que os clientes já nos pediram para o serviço continuar mesmo após a pandemia. O que eu quero dizer com esses exemplos é que não importa qual seja o seu trabalho, é sempre possível fazê-lo de uma forma diferente, criativa e mais eficaz. O mais importante para que essa mágica aconteça é se convencer de que um prestador de serviço precisa gostar de gente, acima de tudo. Precisa exercer a empatia e se colocar no lugar do cliente, imaginar como gostaria de ser atendido e quais facilidades gostaria de encontrar. Para isso, o trabalho não pode ser feito no modo automático. Nem o de um cartório. Cada cliente tem uma história, cada ato realizado em um cartório tem uma enorme importância para os envolvidos. Nós, tabeliães e escreventes, somos testemunhas de momentos inesquecíveis na vida das pessoas. Fazemos uniões, escrituras, testamentos, entre outros serviços nobres e essenciais. Nada disso combina com gestos frios e automáticos, mas com sensibilidade e eficiência. (*) Tabeliã substituta e CEO do 15º Ofício de Notas - Rio
Centro Rua do Ouvidor, 89 - Centro Centro - Rio de Janeiro, RJ De segunda a sexta das 08h às 18h Contato:3233-2600 / 99002-2475 (WhatsApp) Barra Av. das Américas, 500 – Bloco 11 – Loja 106 Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, RJ De segunda a sexta das 08h às 18h Sábado das 09h às 15h Contato: (21) 3154 - 7161 / 99002-2475 (WhatsApp) faleconosco@cartorio15.com.br
direito em família
Os meus, os seus, os nossos
A escolha do regime de bens que precede o casamento
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ão é fácil encontrar a alma gêmea. Quando isso acontece, e depois de acertados todos os detalhes do casamento, frequentemente o casal deixa de lado uma importante decisão: qual será o regime de bens? No caso das uniões estáveis, muitas vezes formalizadas apenas por ocasião da separação, essa questão é ainda mais sensível, pois os conviventes só param para pensar na divisão dos bens exatamente quando há a ruptura do vínculo afetivo. Atualmente, tanto no casamento civil quanto na união estável, a regra geral é o regime da comunhão parcial de bens. Nele, ao constituir a união, se o casal nada dispuser em contrário, todos os bens adquiridos dali em diante pertencerão aos dois, em igual proporção. Mas também é possível pactuar, de forma prévia e expressa, o regime de separação total, onde cada um, em caso de separação futura, ficará com os bens adquiridos em seu nome.
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A experiência mostra que o diálogo franco e sem preconceitos, levando em consideração a realidade concreta de cada casal, ajuda a evitar transtornos e arrependimentos no futuro. Isso porque, não raro, a dinâmica familiar se modifica no curso da vida, fazendo com que a realidade financeira inicial seja completamente diferente daquela existente no momento do desenlace. Vale destacar que, atualmente, morar sob o mesmo teto não é mais requisito para configuração da união estável, valendo, portanto, também atenção aos namoros firmes. Logo, por mais que o objetivo seja viverem “felizes para sempre”, seja cauteloso e não deixe para pensar no regime de bens de uma eventual separação, justamente no momento menos propício para se discutir (ou se arrepender) sobre como será a divisão do seu patrimônio. (*) Advogada especialista em Direito Civil e de Família.
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Por Daniela Galvão (*)
economia
Renovando máximas
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Por Joana Lima
esde abril, temos visto as bolsas de valores aqui e lá fora se recuperarem bem do caos de março, quando a OMS declarou que a Covid-19 havia se tornado uma pandemia. Em abril, o Ibov subiu mais de 10% e maio, junho e julho mais de 8% em cada mês. A alta nesses meses passa de 40%, mas ainda acumula queda de 11% no ano até o fim de julho. Isso tem ajudado bastante na recuperação dos investimentos. Tanto de renda variável quanto de outras classes. O relatório Focus, que compila as projeções dos principais analistas de mercado do país, mostra semana a semana mais otimismo com a recuperação econômica. As projeções se renovam para queda do PIB no fim do ano cada vez menores. Atualmente em -5,62%. Há pouco tempo, o FMI projetou queda de mais de 9% para a economia brasileira, algo que parece distante agora. Os motivos para isso continuam sendo os mesmos: melhor visibilidade do cenário, maior resiliência que o esperado das empresas, taxa de juros baixíssimas ou negativas em praticamente todas as economias, e a famosa gigantesca injeção de liquidez por parte dos bancos centrais, além de renovações quase que diárias do discurso de que, enquanto for necessário, os bancos atuarão no sentido de diminuir o impacto da crise econômica. Em sua última reunião, o Copom reduziu a taxa Selic em mais 25 bps, levando-a para 2% a.a. Em julho, começamos a ver os resultados do segun-
do trimestre do ano das empresas abertas, momento em que de fato foram afetadas pelo isolamento social. As empresas de tecnologia apresentaram resultados surpreendentemente bons, empresas que já estavam posicionadas para e-commerce foram menos impactadas e também apresentaram bons resultados. Os bancos brasileiros estão sendo elogiados por seus resultados e pelo tamanho da provisão para inadimplentes que fizeram em seus balanços. O início de agosto se mostra mais desafiador. Os pacotes de ajuda econômica começam a cessar e devem ser renovados mundo afora, inclusive no Brasil. Aqui entra a discussão sobre o teto de gastos, e como isso se adequará à nova realidade de necessidade de ajuda econômica aos mais afetados. Reforma tributária e necessidade de novos impostos estão em pauta e são gatilhos para a bolsa de valores. No exterior, entra em cena o novo pacote de ajuda econômica com tensões entre republicanos e democratas, tendo como pano de fundo a eleição presidencial. Além disso, a guerra comercial entre EUA e China se acirra. Nas últimas semanas, houve acusações de ambas as partes, fechamento de consulados e proibição de utilização de aplicativos. Como as duas potências conseguirão se entender também é gatilho para a recuperação econômica. Importante estar sempre atento aos acontecimentos para ter uma carteira de investimentos atualizadas e gerando rentabilidade.
Por ANDRÉIA REPSOLD
Debatendo a nova realidade do trabalho com filhos em casa
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A pandemia do coronavírus mudou a dinâmica das relações familiares e aproximou a vida pessoal da profissional. Nos últimos cinco meses foram muitas dificuldades, aprendizados e desafios. O papel dos pais nesse novo cenário e as perspectivas para o futuro pós-pandemia foram discutidos no webinar Arena de Ideias, realizado pela In Press Oficina na manhã desta quinta-feira (20). Luciana Cattony, cofundadora da consultoria Maternidade nas Empresas, afirma que a pandemia exigiu uma nova relação interfamiliar, principalmente através da equidade de gênero. Ela acredita que essa nova forma de se relacionar das famílias pode trazer benefícios para todos os seus integrantes, seja a mãe, o pai ou os filhos. E até para as empresas. “A partir do momento que mães e pais compartilham as tarefas domésticas e os cuidados com o filho, todos ganham. Os filhos faltam menos à escola, tem menos tendência a síndromes como TDAH. As esposas ficam mais felizes, vão mais à academia, tomam menos remédios. Os homens bebem menos, se drogam menos, vão ao médico mais para consultas preventivas”, explica. “Existem dados de que as empresas
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que têm uma paridade de gênero no topo das organizações são propensas a uma lucratividade até 21% a mais”, acrescenta. Pai da pequena Tarsila, de 8 meses, Raphael Amaral acredita que compartilhar os cuidados com os filhos de uma maneira justa e igualitária é justamente uma das experiências mais enriquecedoras das famílias nesse momento de pandemia. “O maior aprendizado é que estamos pensando de outra forma, abandonando a ideia de paternidade e maternidade e trabalhando a ideia de parentalidade. Nós pais temos que abandonar a ideia de que estamos ajudando em casa. Nós estamos fazendo nosso papel”, afirma. Felipe Zulato, pai do Diego, de um ano e nove meses, conta que foi necessário adaptar a rotina familiar para viver esse novo cotidiano, no qual o trabalho e o cuidado com o filho se misturam. “Antes da pandemia a gente tinha os papeis bem divididos. Agora esses papeis estão completamente misturados. A pandemia acelerou vários processos e a transformação digital foi um desses. A Covid-19 forçou todo mundo a se adaptar a vídeo conferência”, ressalta. Com uma filha de 18 anos, Pablo Peixoto vive uma realidade um pouco diferente dos outros pais. Embora acostumado a fazer home office mesmo antes do coronavírus, as situações vividas por ele atualmente são novas. “Estamos todos juntos. Minha esposa trabalhando home office ao meu lado, a Isabela fazendo faculdade, inglês. Então estamos dividindo computador, horários. Os conflitos criam outra proporção, porque é uma rotina que a gente não conhecia”, explica. Acostumado a lidar com crises no trabalho, José Ramos, pai de duas crianças, de 5 e 10 anos, afirma que ainda está procurando assimilar a nova realidade imposta pela maior crise de saúde mundial da geração atual. “As crises corporativas nós temos algum aprendizado, mas essa crise que estamos vivendo não tem uma trilha de conhecimento para te apoiar. O que tem tido é muito questionamento do papel como pai. Isso traz uma angústia e questionamento: onde estou errando? Estamos em um processo de aprendizado que ainda não está muito claro”, diz. “No momento atual a gente tem muito aprendizado e que a gente possa levar esse aprendizado para sempre”, conclui Patrícia Marins, sócia-diretora da In Press Oficina.
Auxílio emergencial beneficia 107 milhões de brasileiros. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que mais da metade da população brasileira, ou 107 milhões de pessoas, foi beneficiada direta ou indiretamente pelo auxílio emergencial de R$ 600 mensais. Em julho, o apoio chegou a 44,1% dos domicílios do País, informou nesta quinta-feira, 20, o IBGE, com valor médio recebido de R$ 896. Nas regiões Norte e Nordeste, de maior peso relativo, cerca de 60% dos domicílios foram contemplados com o auxílio emergencial. “O pior já passou”, sustentou Paulo Guedes. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, em cerimônia de sanção de medidas provisórias destinadas a destravar o crédito, que todos os indicadores mostram a curva de recuperação da economia brasileira “em formato de V da Nike”, com a retomada mais lenta do que a queda. “Mas é segura”, destacou o ministro. Segundo Guedes, o pior momento foi observado em abril e, desde então, a economia brasileira melhora gradativamente.
Para 42% das empresas, normalidade só em 2021. Sondagem do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getúlio Vargas, constatou que 42% das empresas brasileiras avaliam que suas atividades só voltarão à situação anterior à pandemia a partir de 2021. E 10% ainda não conseguem antever o retorno à normalidade. Segundo o levantamento, realizado na primeira quinzena de agosto, 25% das empresas afirmam operar normalmente. E 22% esperam a normalização até o fim deste ano. O governo prorrogou os acordos de suspensão temporária dos contratos de trabalho, com o corte de jornadas e salários. A prorrogação deverá ser de mais 60 dias. Com isso, o período máximo para que essa medida seja adotada passa a ser de 180 dias, ou seja, seis meses a contar a partir da assinatura do acordo. O programa, que visa evitar demissões em massa durante a pandemia, foi criado em 1º de abril. Até o momento, mais de 16,3 milhões de acordos foram assinados. Fonte: InPress
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Política e Economia
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Política e Economia - Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA superam 1 milhão por semana. De acordo com a Reuters, cresceu “inesperadamente” o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego. Na semana encerrada em 15 de agosto, foram 1,1 milhão de solicitações, ante 971 mil da semana anterior. - Chance de contrair COVID-19 em viagem curta de avião é pequena, diz professor do MIT. Ser infectado pelo novo coronavírus, em viagens de avião de curta distância, são relativamente pequenas, afirma Arnold Barnett, professor da MIT (Massachusetts Institute of Technology) Sloan School of Management. Entre os fatores que explicam o baixo risco estão os protocolos implementados pelas companhias aéreas, como o uso obrigatório de máscaras, aferição de temperatura da tripulação e passageiros, movimentos limitados durante o voo e limpeza intensa das cabines. Além disso, o ar que circula nas aeronaves modernas seria substituído por ar fresco a cada dois ou três minutos, reduzindo os riscos.
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- Cientistas veem sinais de imunidade duradoura, diz NYT. Segundo o New York Times, vários estudos sobre imunidade duradoura, em pessoas que se curaram da COVID-19, reforçam a tese de que o riscos de reinfecção podem ser relativamente baixos. As pesquisas indicam que os anticorpos que combatem a COVID-19 parecem persistir por meses após a cura das infecções, armazenando nesse período informações para agir contra uma eventual recaída.
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- Soro do plasma de cavalos contém anticorpos 50 vezes mais potentes. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto Vital Brazil e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveram um soro contra a COVID-19 com anticorpos 50 vezes mais potentes do que os encontrados em pacientes convalescentes. O medicamento está sendo desenvolvido a partir do plasma de cavalos. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Harvard apontam que crianças desenvolvem alta carga viral do novo coronavírus e podem, por esse motivo, ser mais contagiosas que adultos, inclusive que aqueles internados em unidades de terapia intensiva. Segundo a pesquisa, o potencial de transmissão dos mais jovens tem sido subestimado. Os pesquisadores
chamam atenção ainda para o risco da volta às aulas, e questionam se a reabertura das escolas, mesmo com protocolos rigorosos, compensa esses risco para alunos, familiares e profissionais ligados à educação. O País, neste momento, possui 22 cidades, em nove estados, sob decreto de lockdown total ou parcial. - Secretário de Educação de São Paulo defende esforço para retomar aulas presenciais. O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, voltou a defender a importância da reabertura das escolas ainda neste ano, caso as condições sanitárias permitam. “Fará uma grande diferença”, disse Soares, afirmando que prefere voltar com aulas presenciais nem que seja um dia da semana. A previsão, no momento, é retomar as atividades presenciais em 7 de outubro. - Porto Alegre amplia reabertura do comércio. Decreto publicado pela prefeitura de Porto Alegre autoriza o funcionamento do comércio de rua e de shoppings de segunda a sexta-feira. Pelas novas regras, o horário de funcionamento será das 10h às 17h, no caso do comércio de rua, enquanto os shoppings funcionarão das 12h às 19h. Fonte: InPress
Confira os principais insights do 8°FÓRUM DE ENERGIA desta segunda-feira (24) que contou com Marcos Penido (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), Wilson Ferreira Júnior (Eletrobras), Clarisse Lins (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o engenheiro Décio Oddone e Roberto Giannetti da Fonseca (Comitê de Gestão do LIDE) para um debate do setor. - Setor de energia crescerá 11% a mais do que o PIB nos próximos anos. O sistema elétrico é um dos agentes que inspiram a retomada da infraestrutura pois ele é calcado em uma política e regulamentação muito sólida e ele constituiu os órgãos que viabilizam o processo de crescimento de forma harmônica. - O Brasil tem 172 mil megawatts instalados, centenas de usinas hidrelétricas e de parques eólicos e grande sistema de sistema solar. Nós somos o maior setor elétrico do planeta e temos a maior usina produtora de energia do mundo, que é Itaipu. Tudo é interligado por um sistema de linhas de transmissão de 157 mil km, suficiente para dar 4 voltas pela Terra. - Precisamos ter novas maneiras de buscar energia renovável -- é o que a sociedade pede -- para chegarmos em 2050 com emissão zero. Em SP, há grande aproveitamento de energia solar. O Estado está fazendo a primeira concessão de geração com placas em lagos, em conjunto com setor privado e ouvindo universidades. SP tem também a riqueza da biomassa (vinhaça) como grande fonte de energia. Primeira planta no município de Guariba, que mostra a viabilidade da vinhaça para a geração de energia. Já há parceria com setor privado de caminhões para utilização do gás/bioenergia. - Necessidade de crescimento da energia é um desafio enorme: confiabilidade, competitividade, país de tamanho continental. O que por outro lado traz oportunidades. A resposta para os problemas não é uma só, mas uma combinação delas. Dentro da matriz brasileira, etanol tem um papel importante, mas precisa ter valorizado o seu atributo sustentável. - É sabido que haverá uma transição da eletrificação do setor de transporte, mas no Brasil não há uma resposta única para os diversos cenários. O país é um grande produtor de energia renovável. Haverá um processo de alteração na matriz, mas as migrações são diferentes de país para país. Etanol também deverá ampliar sua participação. - MP para fontes incentivadas no setor para novo modelo deve eliminar incentivos futuros para energias eólica e solar, que vão até o final desta década. Já não há necessidade de dar novos incentivos para energia eólica: por exemplo, pagos pelo consumidor, uma vez que os subsídios geram competição desleal. - Energia nuclear é uma importante fonte para o sistema elétrico nacional. Com alta confiabilidade, é a única termelétrica que não polui. Angra 1 e 2 estão localizadas no meio de três cidades que mais consomem. A energia nuclear possui posição de estabilidade elétrica importante. Com a Angra 3 haverá carga atendida por um fonte está-
vel, segura e não poluente. 63% das obras estão prontas. Faltam R$ 15 bilhões para a finalização da obra. Quando entrar no sistema, deslocará toda geração de termelétrica de alto custo. A obra terá custo total de R$ 25 bilhões. - Em vários países está sendo buscado um mercado mais competitivo para o mercado de etanol e o Brasil é um dos mais competitivos neste setor. Existe um trabalho para um nível mínimo de intervenção. - Já estamos no momento de votar o PL 6.407/13 para o desenvolvimento do setor de O&G no Brasil. Isso atrairá investimentos e trará a possibilidade de diversificação de gás natural, pois poderemos falar com um mercado mais competitivo para a oferta desse gás. - O Brasil, até agora, amenizou o impacto da crise na produção de petróleo com o aumento da exportação de óleo bruto, principalmente para a China, nosso mercado âncora. Apesar da pandemia, a importação de petróleo pelo mercado chinês aumentou 10%. O segmento de óleo e gás contribuiu com 8 bilhões de dólares no primeiro semestre para as exportações. - É fundamental arcabouço jurídico e institucional para atrair investimento. Preservando a integralidade do que é próprio dos estados, mas abrindo outro patamar para a comercialização do gás. É uma indústria muita afetada pelas consequências do isolamento social e queda da atividade econômica. Por isso, sinaliza preços mais baixos até o final de 2021. - No mundo temos mais de um bilhão de pessoas sem acesso à eletricidade. Temos poucos poços perfurados e a era do petróleo está acabando. - Estamos vivendo em um momento em que novas tecnologias e decisões políticas vão mudar a forma como consumimos energia. Esta energia abundante e acessível que fez o mundo moderno, especialmente do petróleo e gás. Mas vamos ter a matriz energética mais diversificada dos últimos tempos. - Cerca de 1 bilhão de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade. Hoje, 2 bilhões e meio de pessoas cozinham com biomassa. Falamos muito do impacto ambiental, que é importante debater, mas não podemos esquecer a importância que a energia tem e a grande revolução que o setor teve com o carboneto e facilitou a reindustrialização americana. - Temos que ter mais energia abundante e acessível para todos e a universalização da eletricidade. E segundo análises, no Brasil, vamos ver a competição entre combustíveis em um futuro próximo. Devemos ter também um grid mais inteligente, hidrogênio, e mais carros elétricos. - Carga tributária na indústria de óleo e gás é de cerca de 70% contra média de 30% em outros setores. A reforma tributária deverá criar regras que estimulem e não onerem os investimentos, além de simplificar as regras. - Brasil passará por três choques: ambiental com as renováveis; da modernidade com os investimentos programados e da competitividade do gás natural. E irão melhorar muito a economia no pós-pandemia.
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