Mais Influente Business ED.07

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COMPORTAMENTO O QUE PODEMOS APRENDER COM OS NOVOS TEMPOS?

CULTURA

PANDEMIA DERRUBA EDIÇÃO 2021 DO CALENDÁRIO PIRELLI

FORTUNAS

UM BRASILEIRO NO TOP 10 DOS JOVENS MAIS RICOS DO MUNDO

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2020 E D I Ç Ã O PREMIUM

Nº07

ON-LINE

LIBERADO

JUNIOR

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Ricardo Bomeny

O sabor do pioneirismo carioca

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A riqueza e diversidade do agronegócio. O Agro Record, comandado por Alexandre Furtado, é um programa que exibe reportagens especiais, os principais fatos agropecuários da nossa região e as noticias mais importantes deste setor.

Visita na Record é um programa com entrevistas e curiosidades. Saúde, beleza, moda, turismo, esporte, informação, comportamento e gastronomia são alguns dos assuntos que você encontra nessas visitas.

O dia começa com Renata Alves, Cesar Filho, Ana Hickmann e Ticiane Pinheiro levando a melhor informação pra você.

FOTO: EDU MORAES/RECORD TV

Sabrina Sato comanda as atrações inéditas e imperdíveis no Domingo Show. FOTO: EDU MORAES/RECORD TV

Rodrigo Faro chega com grandes surpresas e muitas novidades para o Hora do Faro.

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A busca incansável por informação. Esse é o Domingo Espetacular com Patrícia Costa, Eduardo Ribeiro e Thalita Oliveira.

FOTO: ANTONIO CHAHESTIAN E EDU MORAES/RECORD TV

Marcos Hummel traz grandes apurações jornalísticas para o seu final de domingo no Câmera Record.

FOTO: EDU MORAES/RECORD TV

HORÁRIO DE BRASÍLIA.

18H

A batalha musical mais intensa da TV. Com a apresentação de Xuxa Meneghel, você vai se emocionar com o The Four Brasil.


COMPORTAMENTO ESTAMOS DISPOSTOS A APRENDER COM ESTES NOVOS TEMPOS?

CULTURA

PANDEMIA DERRUBA EDIÇÃO 2012 DO TRADICIONAL CALENDÁRIO PIRELLI

FORTUNAS

UM BRASILEIRO NO TOP 10 DOS JOVENS MAIS RICOS DO MUNDO

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2020 E D I Ç Ã O PREMIUM

EDIÇÃO 07

REVISTA MAIS SANTOS (323765502)

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BUSINESS Ricardo Bomeny

O sabor do pioneirismo carioca

Capa do mês: Ricardo Bomeny Foto: Divulgação

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NEGÓCIOS Pandemia traz novos desafios para as MEIs GASTRONOMIA Uma boa massa para atrair amigos TURISMO A partir de agora, nada será como antes LIVROS ‘Cases’ sobre negócio para ler na quarentena

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CEO de uma das maiores holdings do País, ele começou cedo na empresa da família

COLUNISTAS Cássio Marques Fábio Sartori Joana Lima Juliane Cavalini Michelle Novaes

CULTURA Pirelli doa custo de calendário à saúde ‘OVERPOSTING’ Excesso de postagens pode irritar seguidores TECNOLOGIA Lei de Proteção de Dados fica para 2021 CARREIRA Todos querem os novos ‘multitarefas’

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DIRETOR DE REDAÇÃO Liberado Junior // EDITOR-CHEFE Antonio Marques Fidalgo // EDITORA ASSISTENTE Silvia Barreto // JORNALISTAS Marcelo Bragança e Diego Brígido // DIAGRAMAÇÃO Kelvin Souza // DIRETOR DE NEGÓCIOS Sérgio Ricardo // DIRETOR GERAL Sérgio Liberado // ASSESSORIA DE IMPRENSA Line Skin // COMERCIAL E MARKETING comercial@liberadojunior.com.br // SITE Aluizio Nogueira Júnior // DEPARTAMENTO JURÍDICO Dr. João Freitas - OAB 107.753/SP // EDIÇÕES ANTIGAS jornalismo@maisinfluente.com.br

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Foto: Reprodução Museu Nacional do Hermitage: 400 mil obras

EDITORIAL

RITO DE PASSAGEM

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estes tempos de pandemia vivenciamos certamente o maior teste de que se tem notícia nos últimos cem anos. Uma luta diferente, contra um inimigo invisível, que se manifesta e afeta o mundo questionando: teria o real significado da vida ficado para trás, esquecido em algum arquivo virtual? O antropólogo e terapeuta Darrell Champlin reflete sobre o pós-pandemia e seu legado. Já o personagem de capa desta edição da Mais Influente Business, o empresário Ricardo Bomeny, fala de sua trajetória como CEO da rede Bob’s e outras empresas do grupo. Foram longos anos de aprendizado, em diferentes regiões do País, até encontrar seu próprio estilo de empreender. Falando em negócios, mostramos também o perfil do brasileiro listado no Top 10 dos jovens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes. Aos 29 anos, o carioca Pedro de Godoy Bueno ocupa o 9º lugar nesse ranking, com um patrimônio estimado em R$ 2,9 bilhões. No lado oposto, em plena quarentena, os Microempresários Individuais reavaliam planos para poder crescer, com a consciência de que têm muito trabalho pela frente. Nas páginas de Cultura, o adiamento da edição deste ano do tradicional Calendário Pirelli, cujo orçamento foi destinado ao combate do novo coronavírus na Itália. Temos ainda leituras sobre Turismo, Gastronomia, Tecnologia, Trabaho e mais! Muito bom você estar conosco.

Antonio Marques Fidalgo Editor-chefe


Fortunas

Sim, nós temos um

BRASILEIRO no Top 10 dos jovens mais ricos do mundo

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Pedro de Godoy Bueno

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Descrito como um jovem no melhor estilo ‘low profile’, daqueles que conserva cara de menino, mas é focado e sabe muito bem o quer da vida. Ainda adolescente, travou uma batalha do bem com o pai, que gostaria de vê-lo estagiando na empresa da família (a Amil). Assim, embora desse preferência para morar no exterior, acabou por ingressar em Economia, na PUC Rio. Há cinco anos assumiu como CEO (do Grupo DASA, uma das maiores empresas de medicina diagnóstica do mundo), tornando-se o mais jovem nesse cargo em uma empresa de capital aberto no Brasil. Aos 29 anos, o empresário carioca aparece em 9º lugar da lista da revista. Casado há pouco mais de dois anos

com o administrador paulista Hermann Hoffmann, Pedro acostumou-se desde cedo aos holofotes da Forbes. É filho de Edson Bueno, médico que construiu um império com o plano de saúde Amil - morreu em 2017, aos 73 anos, em consequência de um infarto fulminante - que figurava na lista de bilionários brasileiros da revista desde 2012. Pedro é ainda presidente do laboratório de exames médicos Dasa e conselheiro da locadora de veículos Localiza. O empresário ocupa a 110ª posição na lista de brasileiros da Forbes, com uma fortuna estimada em R$ 2,9 bilhões. É o segundo ano consecutivo que aparece no Top 10 mundial; por aqui, divide a classificação no ranking com a irmã, Camila De Godoy Bueno Grossi, de 40 anos, que mora no exterior.


Histórias (e heranças) de sucesso Mas, quem são os outros jovens mais ricos do mundo, que completam o seletíssimo Top 10 da revista Forbes? Entre heranças, conquistas pessoais e doses de intuição (e sorte, talvez), todos estão na faixa dos vinte e poucos anos. Então, se você leva jeito para se candidatar a uma vaga entre os afortunados, mire-se nos exemplos!

Às vezes loira, às vezes morena, Kylie esbanja estilo a cada aparição. Foto: Reprodução/Caras PT

3. Katharina Andresen Aos 24 anos, a irmã de Alexandra segue a linha corporativa em família. Trabalha diretamente com o pai, depois de estudar Ciências Sociais na Universidade de Amsterdam, estagiou na Ernst & Young e trabalha atualmente como coordenadora de Marketing na Brav, empresa norueguesa de esportes, ligada à empresa de investimentos do pai. 5. Elizabeth Furtwaenger Alemã, filha de um magnata e uma médica, Elizabeth está com 28 anos e detém 25% do Burda Media Group, cujo portfólio integra cerca de 600 títulos de mídia, distribuídos em 24 países, incluindo o Brasil. Sua fortuna está avalidada em US$ 1,3 bilhão. Estudou Música e História da Arte. Além de empresária é cantora e compositora, assinando como Lisa Fou.

Gustav: bilionário por herança, modelo por prazer. Foto: Reprodução/Instagram

4. Gustav Magnar Witzoe Dono de 49% das ações da Samlar ASA, uma das maiores empresas de salmão do mundo - fundada pelo pai - aos 27 anos o norueguês Gustav não deixa de lado uma outra paixão, certamente mais prazeirosa: segue a carreira de modelo e faz ainda investimentos em aplicações e startups. A fortuna é estimada em US$ 2,6 bilhões. Foto: Reprodução/Instagram Descolada, Elizabeth além de empresária é cantora

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2. Alexandra Andresen A norueguesa de 23 anos ja havia se tornado a mais jovem multimilionária do mundo em 2016; é filha de Kristin Andresen e herdeira do pai Johan H. Andresen Jr., o industrial proprietário da Feed AS, uma das maiores empresas de investimentos da Noruega. Ela e irmã (que aparece a seguir) são detentoras de uma fortuna estimada em US$ 1,4 milhão.

1. Kylie Jenner Pela segunda vez indicada como a jovem mais rica do mundo pela revista, aos 22 anos a americana herdeira do clã Kardashian, aos 22 anos detém uma fortuna avaliada em US$ 1 bilhão, graças ao império da beleza que criou ao lançar sua própria linha de cosméticos (a Kylie Lip Kits, que depois foi renomeada para Kylie Cosmetics; em 2019 passou a chamar-se Kylie Beauty).

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6. Jonathan Kwok Chinês, filho do falecido Walter Kwok, antigo presidente da maior construtora de Hong Kong, a Sun Hung Kai Properties, até 2008, Jonathan assumiu com o irmão Geoffrey os negócios da família depois da morte do pai. Em 2012, era considerada a segunda empresa imobiliária mais valiosa do mundo. Hoje, aos 28 anos, detém patrimônio de US$ 2,2 bilhões.

Collison preside uma empresa de pagamentos via internet. Foto: t3n-difital pioneers/Michael Hübner

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Jonathan e o irmão acumularam US$ 2,2 bilhões. Foto: Reprodução/Linkedin

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7. John Collison, 29 anos O multimilionário irlandês, de 29 anos, é co-fundador e presidente da Stripe, empresa através da qual fez fortuna e que permite que negócios e pessoas individuais aceitem pagamentos através da internet. A Stripe foi lançada com o irmão Patrik, quando os dois estudavam no Instituto de Tecnologia de Massachusets, nos Estados Unidos. Fortuna avaliada em US$ 3,2 bilhões.

Aos 29 anos, Evan é formado em Design de Produto. Foto: Getty Images

8. Evan Spiegel O americano é co-fundador e CEO da Snap. Inc, que detém (com Bobby Murphy) a marca Snapchat. Sem herança, Evan tornou-se bilionário aos 29 anos. Há dois anos, formou-se em Design de Produto pela Universidade de Stanford. De bem com a vida (e patrimônio atribuído em US$ 1,9 bilhão), é casado e tem um filho com a modelo da Victoria’s Secret, Miranda Kerr.

10. Lisa Draexlmaier Muito cedo a alemã Lisa acompanhava os negócios da família. Hoje, aos 29 anos, preside com o pai a Fritz Draexlmaier Holding GmbH, fornecedor alemão de componentes para automóveis (de motores a peças elétricas, plásticos etc), que abastecem as linhas de montagem da Audi, Cadillac, BMW, Maserati, Mercedes-Benz, Porche. Sua fortuna? Algo em torno de US$ 1 bilhão.



Negócios

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MICROEMPRESÁRIOS

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O

Eles vão sobreviver à crise?

ano começou com um dado estatístico interessante: o número de Microempreendedores Empresas Individuais (MEIs) já reunia mais de 9,4 milhões de brasileiros em janeiro, o que equivale dizer que muitos deles, afinal, formalizaram o que se convencionou chamar de “cidadania empresarial”. Era o reflexo – e satisfação – de muitos deles conquistando seu próprio negócio. O mesmo dado, no entanto, remete a outro tipo de análise: quantos dessas MEIs só chegaram a essa condição, a partir da falta de estabilidade no emprego, carreiras interrompidas ou mesmo falta de oportunidades? O tempo avançou e para muitos, que desenhavam um “ano novo” de oportunidades, surgiu o primeiro e desastroso obstáculo: a até então desconhecida (mas crescente) pandemia da Covid-19. O que parecia incerto, preocupante, tornou-se

desesperador, com muitos negócios desfeitos ou simplesmente inviabilizados, com o faturamento despencando e muito abaixo do necessário para estas empresas – boa parte delas prestadoras de serviços – e respectivos empreendedores pensando em alternativas rápidas e funcionais. Custos fixos – Segundo analistas do Sebrae, a gravidade do impacto para quem é MEI vai depender de alguns fatores, entre eles, os custos fixos, a liquidez de caixa (reserva de dinheiro); o modelo de negócio e a área de atuação. Com um negócio mais enxuto, sem funcionários e com pouca ou nenhuma planta física, quem é MEI pode ter custos muito mais baixos do que as empresas maiores. No Portal do Empreendedor, há todo um roteiro de orientações nesse caso. Assim, para quem tem um negócio com custos mais baixos, buscar um faturamento mínimo pode ga-


porque dependem da demanda dos pedidos e dos clientes. Dependendo da atuação do MEI o serviço pode ser feito à distância, ou no caso dos produtos, podem ser vendidos pela internet e redes sociais, mas em muitos casos isso não é possível. Segundo o Sebrae, o uso das redes sociais pode ajudar alguns empreendedores a manter uma parte do faturamento. Para isso é importante que aqueles que ainda não têm um modelo de atuação online, procurem se adaptar à nova realidade o quanto antes. Sobrevivência - De maneira geral é certo que será um período de dificuldades para os microempreendedores. Uma parcela significativa deles enfrenta ainda o agravante de fazer parte do grupo de risco para a Covid-19. É preciso então escolher entre a saúde ou o salário. Comparando as incentivos públicos apresentados com os dados do Sebrae, fica claro que esses valores não serão suficientes para garantir a segurança financeira do empreendedores, principalmente nos casos em que a única fonte de renda da família é o negócio, muitos deles fatalmente interrompidos durante a quarentena. É preciso foco, perseverança e aguardar dias melhores. E estes, certamente virão.

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rantir a renda necessária para atravessar o momento difícil, além de manter a microempresa funcionando. Já aqueles que têm obrigações financeiras mensais, estão em uma situação mais complicada. Aluguel, equipamentos e materiais são exemplos de custos que obrigam o MEI a ter um faturamento mínimo, antes de poder tirar alguma renda do negócio. Liquidez de caixa - As microempresas, principalmente aquelas criadas por uma necessidade financeira, provavelmente ainda não têm um caixa financeiro, por isso são as mais vulneráveis nesses períodos de crise. Recente pesquisa do Sebrae mostra que 33% dos MEIs abriram o negócio porque precisavam de uma renda (desses, 42% com 50 anos ou mais); o negócio é a única renda de 78% dos entrevistados; e única fonte de renda da família para 28%. Resumindo: para essas pessoas não existe geração de caixa, já que todos os recursos recebidos são destinados ao sustento da própria família. Há de se concluir que os efeitos da pandemia para essas pessoas serão muito piores. Área de atuação - A maioria dos microempreendedores trabalham com vendas ou prestação de serviços, essas áreas serão fortemente afetadas pela crise atual,

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economia

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Grandes perdas, bons aprendizados, belas oportunidades

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P

Por Joana Lima

or força da profissão, tenho tido acesso a muita informação nestas últimas semanas, sobre a crise do coronavírus, a ‘coronacrise’. Dito isto, gostaria de fazer aqui um breve resumo do que tenho visto. Estamos vivendo uma crise sem precedentes que, diferentemente das anteriores (principalmente a de 2008), não tem origem na economia e, sim, na saúde, sendo esse um fator novo e desconhecido para analistas, políticos, economistas, governos. Sorte (ou azar), há pouco tempo vivemos a crise do subprime (2008), na qual aprendemos duramente os efeitos perversos de uma crise econômica. O quê isso tem a ver? Os governos agora sabem o que devem fazer, pelo menos no âmbito de estímu-

los econômicos (monetário e fiscal). E isso foi feito na maioria das economias, inclusive no Brasil. Nossa equipe econômica está trabalhando para enfrentar a realidade dura à frente. Já foram comprometidos 16% do PIB para conter a crise. Por que essa crise está sendo tão grave? Porque o fator trabalho foi extinto! As pessoas estão em casa; por isso a comparação à Segunda Guerra Mundial. Quanto mais tempo demorar o lockdown nas cidades, mais profunda será a crise. Não entro aqui na questão de saúde, que é ainda mais importante. Serve apenas para ressaltar o que tem aprofundado a crise: a ausência do fator trabalho. Ninguém previu essa crise. Todos - desde os gestores dos fundos de investimento até os governos -


não dimensionaram adianta a queda, que o vírus poderia Comparação de Performance em Anos Pós Crises ele também anteciatravessar as fronpa a retomada. E é teiras da China (até isso que temos visentão a epidemia to nesses últimos parecia estar condias. Os choques tida) e se alastrar de estímulo econôpara os demais pamico começam a íses, na velocidade fazer sentido para que se alastrou. a economia real, o Como tenho dito, o que estimula a remercado financeiro tomada das bolsas antecipa os movide valores mundo mentos. Quando afora. Investidose percebeu o que res institucionais e seria, as bolsas do pessoas físicas esmundo inteiro catão enxergando beíram numa velocilas oportunidades dade escandalosa a preços realmen(movimento de sell te baixos. Critério off, descrito por é bem importante. alguns gestores Por exemplo, o secomo algo indefentor de varejo deve sável). Nem na cridemorar mais para se de 2008 as bolse recuperar que o sas perderam tanto da distribuição de valor em tão pouco energia, tendo amtempo. Algo assim, foi visto apenas na crise de 1929. bos sofrido quedas semelhantes. Os efeitos nas economias serão devastadores. Muito se tem falado sobre a forma que teremos de Economias emergentes como a brasileira sempre recuperação em V, U, W. Isso dependerá da condução têm uma dose extra de recessão. A queda de arreca- das políticas econômicas e da capacidade de recupedação tributária dos estados será problemática. Por ração de empregos, principalmente. A China deve ver esses motivos, os governos estão fazendo políticas recuperação em V, já o Brasil será um lento U, podeneconômicas estimulativas no mundo inteiro. do ser um W se não fizermos os movimentos corretos, No Brasil, avançamos com medidas importantes segundo um conhecido gestor de private equity. rapidamente; uma delas é a possibilidade de o Banco Em suma, estamos vivendo “uma crise sem preCentral comprar crédito privado para reestabelecer cedentes” como já virou jargão. Demoraremos a sair os parâmetros desse mercado. Todavia, encontra- dela, mas sairemos. Os danos à economia serão inmos entraves no Legislativo. tensos. A contração do PIB pode chegar a mais de Os investimentos foram comprometidos, das ações 5% nas previsões mais pessimistas, mas já em 2021 à renda fixa. Por que os investimentos em renda fixa teremos um pequeno crescimento. caíram? Porque o mercado ficou tão disfuncional que Importante dizer que o mercado financeiro anteprovocou imensas aberturas nas curvas de juros. cipa isso tudo. Havendo retomada mais concreta, os Por outro lado, assim como o mercado financeiro investimentos voltam a patamares mais normais.

Joana Lima Sócia / Assessora de Investimentos +55 21 99765-8979 | joana@capitaleprivato.com.br +55 21 4042-1752 | www.capitaleprivato.com.br R. Sete de Setembro, 43, sala 1.201 Rio de Janeiro - RJ – 20050-003


Gastronomia

Homens, mãos na massa!

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Por Diego Brígido

m dos aspectos vantajosos desta quarentena é a possibilidade de descobrirmos novos talentos, ou aprimorarmos aqueles que estavam relegados ao segundo plano. Com a necessidade de passar a maior parte do tempo em casa, muita gente se aproximou daquele espaço com o qual não tinha lá aquela intimidade: a cozinha. E é aí que muitos homens estão surpreendendo. Alguns, acostumados ao comando nas empresas, passaram a comandar o fogão; aqueles que estavam habituados com o ‘mãos à obra’, se jogaram no ‘mãos na massa’. E, com isso, o isolamento social vai nos deixar um legado: muitos chefs por hobby estão dando as caras por aí e preparando aquela massa especial para a família, ou mesmo para uma refeição a sós, por que não? E como o universo das massas é vasto, para dar uma ajudinha a esses ‘chefs executivos’ ou ‘executivos chefs’, vou apresentar os principais tipos de massas – e os molhos que combinam com cada uma. E deixamos aqui o convite a você para compartilhar com a gente as suas aventuras na cozinha, em tempos de quarentena. Vamos lá? Tipos de massa - No mercado ou em casas especializadas, você vai encontrar, primeiramente, dois tipos de massas: as frescas e as secas. As principais diferenças entre ambas é que as frescas levam água, ovos, além de

semolina de trigo (a parte mais nobre do trigo) no preparo e são produzidas artesanalmente, enquanto as secas, levam água e trigo e são encontradas em larga escala, com inúmeros formatos. Por serem mais úmidas, as massas frescas têm durabilidade menor que as secas e precisam ser refrigeradas no armazenamento. O tempo de cozimento também será menor. As massas secas (espaguete, penne, fusilli, rigatone e outras) podem ser encontradas de vários tipos, além da comum, como sêmola, ovos, grano duro, sem glúten, integral ou com vegetais, por exemplo. As massas frescas costumam ser bem saborosas e encaram bem molhos suaves, legumes ou simplesmente manteiga. Se optar pelas secas - mais versáteis - vai precisar investir no molho, pois elas têm sabor menos pronunciado e são todas bem parecidas no paladar. As massas secas podem ser curtas ou longas; a sua escolha entre um tipo ou outro também definirá o melhor molho para acompanhar. Isso porque as massas curtas vão bem como molhos mais rústicos, já que elas têm curvas e buracos, que vão captar melhor os pedaços e temperos do molho. Elas também são as mais indicadas para saladas. Já as massas longas ficam excelentes com azeite e alho, por exemplo, e quanto mais finas, melhor absorvem os temperos.


alho e óleo e bechamel. Cabelo de anjo ou cappellini Finas e suaves, são as ideais para sopas ou para gratinar. Molhos à base de ervas e tomates são ótimas combinações, mas também não tem erro servir apenas na manteiga com ervas ou ao alho e óleo. Há também o grupo de massas recheadas, que encaram bem um preparo no forno e podem ser gratinadas. Capeletti, conchiglione e ravioli São excelentes opções para sopas ou podem ser gratinadas, acompanhadas de saladas ou ao molho. Como elas já trazem mais sabor, pode apostar no bom molho de tomate, bechamel, à bolonhesa ou à base de manteiga e ervas. Alguns tipos de massas longas Espaguete Talharim Ninho Cabelo de anjo Fettuccine Linguine Bucatini Papardelle

Alguns tipos de massas recheadas Rondelli Conchiglione Canelone Ravioli Capeletti Tortellini

Escolha o preparo e... bom apetite! Espaguete e linguine - Por terem fios longos e ‘al dente’, vão bem com molhos líquidos ou encorpados, como à bolonhesa, pesto, bechamel, de alho, ervas frescas, vegetais e frutos do mar. Também podem ser usados no preparo do yakisoba, combinando perfeitamente com molho shoyu. Tagliatelle, papardelle e fettuccine - Como são mais achatadas e grossas, encaram muitos tipos de molhos, como os ragus de frango e cordeiro, além de frutos do mar, cogumelos ou mesmo à bolonhesa. Também vão bem com carbonara e Alfredo. Gnocchi - Por ser uma massa pequena, suave e macia, vai bem com molhos de sabor mais intenso, como ragus, bechamel e molho de tomate. Se a escolha for pelo bechamel, vale misturar com queijo gorgonzola ou cogumelos. Fusili, rigatoni, macaroni, penne e farfale - Como são massas com curvas e buracos que absorvem melhor o sabor, combinam muito bem com a maior parte dos molhos. Para não errar, aposte nos refogados, feitos com carnes e legumes, e nos cremosos, à base de queijos, como ao sugo,

Vamos de molhos? Alfredo - Cremoso e simples, é feito de nata (pode ser creme de leite), manteiga e parmesão. Pode acrescentar brócolis, camarão ou frango grelhado. Alho e óleo - Aqui o alho é o destaque, refogado no azeite. Pode acrescentar legumes, como abobrinha, brócolis e espinafre.

Ao sugo - Aquele basicão, feito de tomate e temperos, que é a base para o preparo da maioria dos molhos vermelhos. Bechamel - Leva farinha, margarina e leite; é a base para todos os molhos brancos. Bolonhesa - Certamente o mais popular, é o molho ao sugo acrescido de carne moída. Carbonara - Cremoso, o carbonara leva gema de ovo, bacon, creme de leite e queijo parmesão. Pesto - Esse é para os apaixonados por manjericão. Além do verdinho, leva azeite, queijo parmesão e nozes. Quatro queijos - Mistura queijos ao creme de leite. Uma boa combinação é gorgonzola, muçarela, parmesão e provolone. Ragu - Tradicionalmente feito com carne, vinho, legumes e extrato de tomate. Se você ainda não se arriscou a colocar a mão na massa, agora não tem mais desculpas. Com estas dicas, dá para se tornar um executivo da cozinha, hein!?

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Alguns tipos de massas curtas Penne Fusilli Farfalle Rigatoni Canneroni Fiocchi Rigali Maccheroni Tortiglioni

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Turismo

Bem-vindos ao novo turismo

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Por Diego Brígido

ma coisa é indiscutível: o mundo não será mais o mesmo após a pandemia. Para algumas pessoas, individualmente, tudo isso pode não provocar um cisco de mudança, mas certamente a forma de nos relacionarmos com os outros, com o mundo e com os fatos ganhará novos contornos. Uma das atividades que talvez sofra mais mudanças é o turismo, algumas – por que não? - positivas, mesmo com todos os desafios enfrentados pelo segmento desde o início da ‘era Covid-19’. As previsões para o setor falavam em 3% a 4% de crescimento global em 2020, e agora, já se estima uma queda de 20% a 30% nas viagens e uma perda entre US$ 300 e US$ 450 bilhões em gastos de viajantes internacionais, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT). No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), só na semana de 23 de março deste ano, a queda foi de 75% da demanda nacional e 95% da internacional, se comparado com o mesmo período do ano passado. É uma crise sem precedentes, que está tirando o sono de grandes, médios, pequenos e micros. Ainda é cedo para prever cenários, mas se tem algo certo é que os negócios já não são mais os mesmos. Alguns estão tendo que se reinventar já, no mesmo momento em que a pandemia domina as comunidades, outros precisam se preparar para um futuro ainda nebuloso e completamente diferente. É o caso do turismo. Por isso, é bacana levantarmos algumas questões sobre o que será do turismo daqui pra frente, conside-

rando, como eu disse anteriormente, que há cenários positivos. Mas isso vai depender de como os players do setor conseguirão conduzir a crise agora. Vamos lá! Destinos domésticos ganharão fôlego primeiro Quando tudo voltar ao normal, ou melhor, ao ‘novo normal’, e as pessoas voltarem a viajar, por certo, a prioridade será para destinos mais próximos, dentro do próprio país. ‘Em casa’, o turista se sente mais seguro, principalmente porque está melhor informado e conhece mais as regras. Além disso, após uma crise, decisões de viagem com menor impacto econômico são mais sensatas. Isso também vale para o turismo de negócios. A retomada das viagens internacionais deve ter um comportamento diferente em cada país, conforme seu histórico durante a pandemia. Então, é hora de preparar a casa, o destino, para não só receber, mas acolher (há uma drástica diferença entre os verbos) novos turistas e habitués. É preciso arrumar a casa e se fazer ser visto desde já O melhor discurso para vender o destino neste momento é o que tem sido massivamente usado: ‘fique em casa agora, mas quando tudo voltar ao normal, olha o que te espera aqui’. Então, sai na frente os destinos que tiverem uma comunicação bem estruturada, com plataformas digitais que despertem o interesse no turista em colocar o local nos seus planos de viagem. E isso, inclui, claro, além de um bom site, com conteúdo


A tecnologia será fundamental, mas o contato com o outro será o diferencial Após semanas de isolamento, com a tecnologia como principal aliada e com pouquíssimo contato social, a tendência é que passemos a valorizar mais as relações humanas. A tecnologia continuará sendo primordial nas experiências de viagem, inclusive para pessoas que passaram a se familiarizar com ela durante a quarentena, mas a busca pelas trocas sociais e por vivências mais humanizadas é o que, de fato, fará a diferença aos viajantes. Portanto, mais que nunca, aspectos culturais e sociais serão considerados na decisão da viagem. Haverá maior preocupação com questões sanitárias É provável que ao retomarem as rotinas de viagens, as pessoas estejam mais atentas às questões de saúde e higiene. E isso inclui, obviamente, além da exigência de aeroportos, hotéis, restaurantes e equipamentos turísticos com melhor higienização, as experiências exóticas de consumo. Muitos destinos terão que mudar hábitos culturais, como fez a China, com a proibição da venda e consumo de animais selvagens, em fevereiro, em detrimento de continuarem sendo atrativos para os turistas.

Eis um desafio para autoridades públicas e também para os empresários, para garantir a segurança e a confiança dos viajantes, quando em seus destinos. Destinos com menos aglomeração Outra tendência é que, ao menos no início, as pessoas procurem destinos e equipamentos turísticos com menos aglomeração. E aqui há várias análises a serem feitas, com aspectos que precisam ser considerados: controlar a capacidade de carga dos destinos, sobretudo aqueles de natureza, já é algo que se espera dos players desde que se começou a pensar em sustentabilidade, logo essa será uma oportunidade para reforçar o posicionamento contra o overtourism; outra questão é que os próprios visitantes não estarão confortáveis, com sua saúde ameaçada, em locais com grande aglomeração, cabendo, portanto aos decisores do setor, rever número de visitações simultâneas nos equipamentos e, inclusive, de entrada de turistas no destino e, por fim, há de se levar em conta se as populações locais não hostilizarão os turistas, quando em ‘bando’ ocuparem os espaços públicos ou privados. Estes são cinco aspectos que demonstram que o turismo não será mais o mesmo daqui pra frente, o que não, necessariamente, revela um cenário por inteiro negativo. Há outros pontos a se considerar, obviamente, mas, mais que nunca, cada empresa do turismo e cada destino precisa rever a forma como se comunica com o seu público e o diálogo efetivo entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada se faz urgente e norteador dos próximos passos. Vamos em frente! Mas, por enquanto, se puder, fique em casa.

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atualizado; redes sociais e tours virtuais, com imagens em 360°, vídeos e o máximo possível de interatividade. Muitos equipamentos privados, como museus, já liberaram suas exposições em plataformas web, mas este recurso também pode ser usado pelos órgãos públicos, nos destinos como um todo.

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Leitura

O mundo dos negócios em livros

Uma observação, uma experiência, um ‘case’ com um final feliz ou nem tanto. Absorver conceitos a partir da leitura de temas sobre negócios pode ser o start para bons negócios. Diferente da leitura despretenciosa, por mero lazer - e prazer - a busca por conhecimento em livros de negócios presupõe atenção e foco, para aproveitar ao máximo as lições aprendidas. Assim, a sugestão da Mais Influente Business - nestes tempos de quarentena - é de que o leitor estabeleça um método capaz de gerar conteúdo para consultas futuras: separe caneta e um bloco de notas para registrar suas próprias observações. Se necessário, releia trechos à exaustão para captar a ideia do autor, para tirar maior proveito ainda dos conceitos. Certamente, os insights virão!

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De Chris Guillebeau (Editora Saraiva)

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A história se repete e invariavelmente é sempre a mesma: como empreender, montar um negóacio próprio com pouco dinheiro? A partir dessa insegurança, um grande número de pessoas acaba adiando o sonho de um negócio próprio, muitas vezes com projetos inovadores. O autor Chris Guillebeau é blogueiro e palestrante americano e começou escrevendo guias de viagem. Em seu livro em destaque, no entanto, não só contradiz a premissa do receio popular sobre negócios, como incentiva novos empreendedores a sonharem com os pés no chão, ainda que com poucos recursos. Ele próprio desafiou-se a atingir o objetivo de visitar todos os países do mundo, sem nunca ter tido um salário estável! Nesta obra Chris mostra vários exemplos de negócios realizados por outras pessoas, que conseguiram transformar os seus sonhos em realidade e principalmente em algo muito lucrativo. E muitas vezes com investimento inicial de menos de $100 dólares. Partiu desafio?

Mindset: a nova psicologia do sucesso

De Carol Dweck (Editora Objetiva)

A forma sobre como encaramos a vida é fundamental para se obter sucesso em projetos profissionais. É o que Carol Dweck - ph.D., professora de Psicologia na Universidade Stanford e especialista internacional em sucesso e motivação - chama de “mindset” (mentalidade). O estrangeirismo não se limita a um mero traço de personalidade, mas conceitua nossa maneira de ser (ou por que somos) otimistas ou pessimistas, bem-sucedidos ou não. Dweck relata conclusões de pesquisas desenvolvidas ao longo de anos. A maneira sobre como o almejado sucesso pode ser alcançado, afinal, depende então da visão que projetamos dos objetivos traçados. Por ser especialista em práticas motivacionais, a autora vai além e envereda por exemplos com a educação de filhos, desenvolvimento de personalidades e habilidades. Vale o investimento na leitura e descobrir seu próprio “mindset”.

Fotos: Divulgação

A Startup de $ 100


Pense simples

De Gustavo Caetano (Editora Gente)

Gustavo Caetano começou a empreender aos 19 anos. Neste livro, quase em tom de uma boa prosa, como bom mineiro que é, fala de inovação e do quanto - na maioria das vezes - temos a mania de complicamos processos que deveriam ser absolutamente simples. No livro, apontado como um grande exercício e convite à reflexão, Caetano mostra de forma clara sobre como podemos simplificar ações e projetos. Formado em Marketing, empreendedor bem-sucedido, de inegável estilo inovador, ele usa da experiência pessoal - até mesmo de momentos de reconhecido fracasso - para instigar e propor caminhos e agilidade para progredir. Palavra de quem aprendeu a enxergar problemas pequenos, mas que precisam de solução imediata, e a mudar o rumo do seu negócio para continuar crescendo. Que tal ouvi-lo?

De Peter M. Senge (Editora BestSeller)

O tabu de que o trabalho em grupo disseminou novos padrões de pensamento, dentro do mundo corporativo é literalmente derrubado na obra de Peter Senge, engenheiro e Ph.D. em Modelos de Sistema Sociais, publicada pela primeira vez há 30 anos. Na época, o autor revolucionou o modo de administrar empresas, elencando técnicas para uma organização empresarial de sucesso. Curiosamente, passadas três décadas, as ideias defendidas por Senge ainda aparecem integradas ao dia a dia de boa parte dos gestores. A inspiração para o livro vem de conceitos defendidos largamente em disciplinas como domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada, aprendizagem em equipe e pensamento sistêmico. Esta, a quinta disciplina do título.

O Poder do Hábito

De Charles Duhigg (Editora Objetiva)

Por que algumas pessoas têm incrível dificuldade em mudar, ao mesmo tempo em que outras tantas fazem isso de um dia para outro? É o que pretende explicar Charles Duhigg, ao analisar a maneira com que os hábitos funcionam. Qual a chave para parar de fumar, emagrecer, educar bem os filhos? A leitura nos leva a entender - e refletir sobre - a razão do impacto que hábitos arraigados provocam em nossa saúde, nas finanças pessoais, produtividade e até na questão da felicidade de cada um. Duhigg, afinal, mostra com a habilidade de um bom repórter (ganhador do Prêmio Pulitzer pelo The New York Times) que é, que transformar hábitos é a chave rumo ao sucesso, inclusive com um novo entendimento da própria natureza humana.

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A quinta disciplina

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Capa

Ricardo Bomeny Consciência plena no comando de um sucesso nacional

Do pioneirismo carioca ao sabor de 1.200 pontos de venda no segmento da alimentação, em todo o País

A

Por Liberado Junior / Edição: Antonio Marques Fidalgo

Mais Influente Business, foi conhecer a trajetória do empresário Ricardo Bomeny, CEO da BFFC, holding dona das marcas Bob´s e Yoggi e maior franqueada das marcas Pizza Hut e KFC no Brasil, no segmento da alimentação. Aos 50 anos - trabalhando desde os 19 no setor, a princípio seguindo os passos do pai na empresa-embrião da família - Bomeny está prestes a completar a maioridade no cargo, em maio. Foram longos anos de aprendizado, em diferentes regiões do País, até encontrar seu próprio estilo de empreender junto a familiares e investidores. Casado, pai de três filhas, nesta entrevista ele relata como é comandar cerca de 20 mil colaboradores diretos e indiretos, preservando seus direitos, dando oportunidade de formação a eles. Mais: fala do futuro das empresas espalhadas pelo Brasil, das iniciativas pioneiras do Grupo e de como se sentiu a ser o primeiro nome no hall da fama, da Associação Brasileira de Franchising. Sem dúvida, uma trajetória inspiradora.


...as pessoas sabiam quem você era? Sabiam. Isso tornava a responsabilidade ainda maior, porque eu não queria ser só o filho do dono. Queria provar que eu estava ali para trabalhar, para agregar, para poder aprender, mas também desenvolver de outro jeito. Foi a primeira vez que tive essa oportunidade fora de casa, já formado. Acabei conhecendo muita gente, a lidar com a equipe inteira, com os fornecedores e tudo mais. Quando voltei - em 1994 - passei a ser o gerente de operações de toda a rede. No final do anos seguinte, fomos convidados a participar de um projeto maior: a aquisição do Bob’s, na época uma empresa que pertencia a um grupo multinacional holandês chamado Vendex e estava à venda. Fomos procurados por pessoas que representavam o fundo para a compra da empresa; nos convidaram a entrar fazendo a fusão das marcas Big Burguer e Bob’s. Em março de 1996 foi anunciada a aquisição e em setembro houve a fusão, que acabou descontinuando a marca Bigburger. Não fazia sentido ter duas marcas de hambúrguer juntas. Por conta da fusão, assumi uma diretoria de operações que cuidava do Rio para cima, pegando o

Norte e o Nordeste. Eu tinha 26 anos. A empresa abriu capital na Bolsa de Valores de Nova Iorque, Nasdaq. Então, com essa idade eu era diretor estatutário de uma empresa de capital aberto, com ações em Nova Iorque! Meu pai me dava autonomia; cobrava muito, mas dava liberdade. No final de 98, uma decisão em família me levou para os negócios da família em outros segmentos. Assim, fiquei no conselho da holding Brazil Fast Food Corporation (BFFC), que controla a marca Bob’s. No final de 2001, a empresa passava por grande dificuldade e a opção foi montar um grupo para comprar o controle da BFFC. Em maio de 2002 conseguimos o controle junto com o Grupo Forza, também do Rio. Com isso assumi como CEO, em 17 de maio de 2002. Quais foram seus primeiros desafios como CEO? Claramente tínhamos uma dívida grande e uma questão de motivação interna muito abalada, em função de todo o projeto de endividamento que a empresa passou. Eu tinha o desafio enorme de resolver tudo isso, para a empresa crescer rapidamente. Vamos lembrar que naquele momento já se discutiam as eleições; estávamos em maio, e quando chegou outubro houve a mudança de Governo. Naturalmente, naquele momento o empresariado estava preocupado com o que podia acontecer. Para nós, o efeito de curto prazo é que houve uma instabilidade muito grande no câmbio e nós tínhamos algumas dívidas eram indexadas em dólar. A gente acabou sofrendo um pouco no período mais nervoso... Mas, na sequência - porque tínhamos muito a fazer - nossa decisão foi ‘vamos tocar o negócio, temos um monte de coisas para consertar, mas temos que consertar com o avião andando; não dá para ficar parado e ver o que vai acontecer’. A gente teve sorte também. Principalmente por ter por perto pessoas muito competentes que me ajudaram na época e que continuam na empresa até hoje. Nosso sócio Rômulo Fonseca também nos deu um apoio enorme, não apenas financeiro, para podermos fazer a aquisição na epoca, mas ó apoio estratégico e de discussão dos planos a fazer. Tivemos um crescimento muito acelerado: saímos, na ocasião da fusão, de 243 lojas (78 do Bob’s e 45 da Bigburger), em 2002, para 500 pontos de venda no final de 2005. Em dois anos e meio conseguimos liquidar todas as dívidas. Outro fator que acabou nos ajudando bastante foi a política de distribuição de

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Como foi sua trajetória até chegar ao posto de CEO do Bob’? Após minha graduação em Administração de Empresas, fiz pós-graduações em Marketing, depois em Finanças e Varejo. Comecei a trabalhar dos 18 para os 19 anos. Foi um trabalho de verão em uma loja da empresa da família, que se chamava Bigburger. Meu pai fundou a marca em 1976; tínhamos um setor de hambúrgueres, na verdade uma rede no Brasil inteiro, mas muito espalhada. Eram 50 lojas, mais ou menos... Isso foi no final da década de 1980. Gostei do negócio, me formei e já foi ficando no sangue... Fui trabalhar com meu pai que, na época, me passou experiência e uma oportunidade interessante: propôs que eu passasse um tempo morando em lugares do Brasil onde tínhamos operações, para conhecer melhor o negócio e ter a oportunidade de morar sozinho. Fui para São Paulo primeiro. Lá tínhamos a sede, uma loja-escola. Aprendi muito, ao mesmo tempo em que cuidava do trabalho administrativo. De lá fui para Salvador, onde passei uma temporada gerenciando várias lojas. Depois Recife, Porto Alegre... Até que retornei para São Paulo e, na sequência, voltei ao Rio. Tudo isso deu uma grande acelerada no meu conhecimento profissional, porque eu sabia que estava sendo testado o tempo inteiro, por ser o filho do dono...

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renda, principalmente no Nordeste, onde essa política foi mais mais visível.. Então, tivemos um crescimento de faturamente muito importante naquele período. Eu tinha 32 anos quando assumi como CEO. Os desafios eram resgatar a autoestima e a própria montagem do time, além de um plano rápido de crescimento que nós acabamos fazendo, e que culminou também na liquidação das dívidas. O hall da fama, da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2017, foi uma surpresa? Como se sentiu em ser o primeiro a ser chamado? Qual a importância desse prêmio para você? Foi sim. Mas eu tenho uma história com a ABF, que vale a pena contar. Na verdade, em 2004, no meio desse ‘turnaround’ que estávamos fazendo aqui, fui convidado pelo Artur Grynbaum para participar da associação. Havia um processo eleitoral e ele montou uma chapa, onde seria presidente e me convidou para ser vice. Eu não imaginava que entraria em vida associativa, porque não estava em meu radar fazer isso. Estava, sim, muito focado em tocar a empresa e fazer esse ‘turnaround’ acontecer. De repente, recebi o convite e acabei indo para a entidade. Não entrei como vice, mas como diretor de relações institucionais. No segundo mandato do Grynbau como presidente, recebi um novo convite e acabei assumindo como vice. Fiquei por quatro anos lá e depois continuei ligado à entidade, porque foi criado ali naquele momento um modelo de governança com os três últimos ex-presidentes, que se tornaram conselheiros automaticamente, além de outros quatro conselheiros votados. Atualmente sigo como presidente do Conselho de Associados da entidade.

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A marca Bob’s possui 22 selos de excelência pela ABF. Qual o ponto primordial para manter esse adjetivo perante o mercado? Esse selo tem uma forma muito transparente para ser concedido, porque é feito por um instituto de primeira linha, terceirizado; então, as marcas não fazem parte do processo, da entrevista, porque eles escolhem por amostra os franqueados que vão ser entrevistados e, por sua vez, vão criar os indicadores para se conceder o selo ou não. Só com o resultado de quem participa é que e os indicados têm acesso ao extrato da pesquisa, mas ainda assim sem saber quem deu a resposta.

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O Bob’s passou por uma repaginação nos últimos tempos, com autoatendimento, menu digital, refil de molhos e refrigerantes... Além da modernização, estes objetivos estavam ligados à agilidade no atendimento e a cativar o cliente, por exemplo? O que essas mudanças impactaram positivamente para a marca? A principal delas, para ser pragmático: colocamos o consumidor no centro da decisão. Isso, hoje, se fala muito em qualquer evento que se vá, em qualquer livro, mas nós fizemos isso em 2014. Acho que esse foi o grande diferencial, saímos na frente. O autosserviço - já que não gostamos muito do termo ‘refil’ - para nós tem a característica de permitir que o consumidor se sirva do

jeito que ele quiser. Pode botar gelo ou não, pode misturar Fanta com guaraná se quiser, ou seja, tem o poder de decisão e até repetir se quiser. Com os molhos era a mesma coisa, porque nós, por pesquisa, vimos que nossos molhos eram os mais aceitos do mercado, então a decisão foi muito ousada. Pensamos ‘é o melhor do mercado?’, então vamos dar de graça para o consumidor se servir, na quantidade que quiser. Não são todos. Variamos de tempos em tempos, mas estão lá à disposição do consumidor. E mais uma série de outras coisas que fizemos como o menu digital, por exemplo. Quais são os produtos considerados carro-chefe? Sanduíches à base de hambúrguer e milk-shakes. São as duas plataformas que representam o maior faturamento. Na categoria de sanduíche, temos alguns ícones, como o Big Bob, um produto que está no cardápio desde 75; sem falar no tremendo sucesso que é o milk-shake crocante sabor Ovomaltine. Estamos completando 60 anos de parceria com a marca, não só para o milk-shake, como para a linha de sorvetes em geral, como sundae, casquinha etc. Mais recentemente lançamos uma linha que nós chamamos de artesanal, que é uma linha mais gourmet, com pães finalizados na loja. São crocantes, chamamos de pão italiano. O brasileiro consome o pão francês, e o nosso tem uma característica semelhante e muito marcante nesse segmento. No ano passado, nós até fomos pioneiros no lançamento de produto à base de planta, que nós chamamos de ‘Tentador Zero Bife’, porque ele não tem carne, embora o sabor se assemelhe muito ao de carne bovina. Da onde surgiram essas ideias? Tem algum produto que não pode sair de jeito nenhum do cardápio? As ideias surgiram de pesquisas junto ao consumidor. Os ícones da marca dificilmente vão sair do cardápio. Você pega o milk-shake de Ovomaltine, o próprio Big Bob, muito dificilmente esses vão sair; o Cheddar, o Double Cheese Burger, são produtos aclamados. No entanto, fizemos no ano passado uma grande revisão de menu, e caminhamos para simplificá-lo. Então, de fato, tiramos certos produtos de linha, alguns até que têm uma percepção positiva. Nós retiramos do menu o queijo com banana, um produto muito gostoso, mas que vende pouco. São produtos que podem voltar em LTO (Limited time offer), como chamamos uma promoção por tempo limitado. No Rock in Rio, por exemplo, lançamos especialmente a Vaca Preta, um sorvete de baunilha com Coca-Cola, que fez parte do cardápio do Bob’s na década de 1960. Tivemos a originalidade de lançar um produto como esse num baita evento e ter uma repercussão. As pessoas hoje estão um pouco mais preocupadas com a alimentação saudável, o que vocês agregam para que elas continuem consumindo seus produtos? O Zero Bife é uma demonstração disso. A pessoa que, por


exemplo, é vegetriana, pode consumir o Zero Bife (o único item que não é vegano é a maionese). Temos saladas no nosso menu, temos pratos, seguimos as tendências e os anseios de nossos consumidores. O Bob’s foi pioneiro em usar gordura zero trans, pioneiro em reduzir sódio nos alimentos entre outros pontos. Coisas que a gente via lá na frente que iam acontecer e que conseguimos antecipar. Fomos a primeira empresa a colocar os valores nutricionais à disposição do consumidor. São coisas que a gente vai sempre olhando; respeitamos muito a concorrência.

O Bob’s tem um programa de franquias bem formatado. Esse mercado é desafiador, ou acredita que seja bem vantajoso para quem quer empreender? O mercado de franquia está consolidado. Disso eu sei falar bem, porque quando se está embaixo de uma franquia, você é comparado com um negócio próprio; está entrando em um sistema que, de certa maneira, já está aprova-

do. A marca já está aprovada. Tanto assim que virou um sistema de franquias, tem mais lojas e tudo mais. O segundo ponto de importância para esse sistema é que, quando se tem um negócio próprio, é você e o negócio; quer dizer, até pode conversar com os seus companheiros de negócios, mas em um sistema de franquias há o suporte em todas as áreas, sem contar com o próprio convívio interno com os demais fraqueados. Além disso, o Brasil desenvolveu um mecanismo de tributação para a microempresa - e depois para o supersimples - que ajudou muito o segmento a desenvolver. Você tem vantagens com as franquias por pagar menos imposto, além da facilidade de arrecadação. O Bob’s tem hoje 360 franqueados. Quem são os maiores concorrentes do Bob’s hoje? Se for falar de concorrentes diretos, todo mundo sabe. McDonald’s e Burger King estão no mesmo segmento que a gente está. Mas o delivery, por exemplo, da mesma forma que nos ajudou muito e tivemos um incremento em função disso, no outro sentido também é um concorrente. E mais ao extremo, o sujeito que vende a quentinha no porta-malas de um carro na Lagoa (RJ) também é, porque no fundo, quem vende comida é concorrente. Nós gostamos de olhar o concorrente organizado, porque ele usa as mesmas ferramentas que a gente usa. Por exemplo, temos todo um sistema de cuidado com questões sanitárias, um padrão de seleção de fornecedores, defendemos muitoa a formalização em todos os sentidos, seja no registro do empregado, na arrecadação dos impostos. Quando a gente olha esse contexto, para os ‘players’ que são maiores, estamos competindo

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Como foi desenvolvido o Bob’s Fã? O Bob’s Fã surgiu da necessidade da gente ter um programa de relacionamento com o consumidor. O Bob’s já usou outros programas, até de terceiros e com muito sucesso. Porém, em um determinado momento, achamos que poderíamos criar um programa próprio. Para se ter uma ideia, são 100 milhões de pessoas que passam por ano nas nossas lojas. Então, por que não usar uma parte dessa base - que está disponível para a marca - e criar um serviço de relacionamento nosso, como a Ipiranga tem a dela, como as companhias aéreas têm as delas? Surpreendentemente, nós tínhamos alvos de conquista que foram rapidamente sendo superados. Não tínhamos a expectativa de chegar a 6 milhões de pessoas no tempo que a ideia chegou. Olhando hoje, talvez o programa tenha que botar um sonho mais à frente de ter 20 milhões... Estamos trabalhando nisso, não só para ofertas especiais para nossos consumidores, como também de vez em quando lançar produto só no Bob’s Fã, para aqueles que chamamos de “super fãs”. Então, esse contingente de clientes, que conhece bem a marca e se relaciona de maneira mais constante com ela, nos ajuda a avaliar se aquele produto lançado vai ter boa aderência ou não.

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igual. Vai ganhar quem tiver o melhor produto, o melhor serviço, o ponto de venda melhor posicionado na rua ou em alguma praça de alimentação. A competição passa a ser mais inteligente no sentido de se ter uma performance maior quando se atende melhor, quando se tem um programa de marketing legal, quando lança os produtos certos. Fazendo tudo isso você está preparado para competir com todo mundo.

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Quais são suas dicas e o quê um verdadeiro CEO precisa ter? Estou convencido de que, primeiro, é um trabalho árduo. Não tem um negócio que você coloque de pé sem suar a camisa; tem que ter trabalho árduo, disciplina. Mas o principal são as pessoas. Dedique seu tempo para escolher as pessoas certas, sempre cuidando delas, dando as respostas, os feedbacks e as oportunidades que a empresa possa dar na formação delas, com uma remuneração justa. Você terá uma ajuda muito grande para o teu desenvolvimento, porque ninguém consegue fazer nada sozinho. Aprendi muito com pessoas que eu contratei de fora. Eu tive as minhas referências fora. Meu pai foi um grande líder para mim, mas aqui dentro aprendi com muita gente que trouxe experiências, que me ajudaram a fazer o negócio crescer. Claro, tudo muda, tem ciclos. Tem gente que está aqui há 30 anos, mas outros ficaram aqui em ciclos de três, cinco anos, e que foram super bem-

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-sucedidos, para nós e para mim pessoalmente. Segundo, ética. Acho que a gente, em qualquer segmento, tem condições de fazer um negócio bem feito, fazendo correto. Você não precisa enganar ninguém, nem fazer nada errado para ser bem-sucedido. Isso reflete na cultura da empresa. Ter entrado muito jovem em uma empresa de capital aberto, onde tudo era respeitado, os processos eram transparentes, onde tínhamos de dar informação ao mercado - e tinha que ser absolutamente verdadeira - me ajudou a aprender a viver em um ambiente onde você tem obrigatoriamente de fazer as coisas certas. Quais os desafios da marca para os próximos cinco anos? A marca Bob’s tem 68 anos e poucas marcas brasileiras chegam nessa idade. Temos muito orgulho de dizer que chegamos até aqui com muita saúde; de termos a percepção de que a marca não envelheceu com 68 anos. É uma empresa sólida, com saúde financeira, com respeito de mercado. Então, para nós isso é uma coisa muito importante, muito relevante, o que não quer dizer que a gente não tenha que cuidar a cada dia dessas coisas, para chegar nos próximos cinco anos mais forte do que hoje. Por outro lado, temos a visão de que estamos só no começo, porque nós atuamos em 230 municípios, e o Brasil tem 5.500! Não dá para estar em todos eles, por-


Fale das outras marcas... Em 2007, quando já tínhamos passado aquele momento mais complexo do ‘turnaround’, vimos que havia uma baita estrutura, gente que conhecia muito esse negócio. Então, por que não usar tudo isso para ser uma empresa multimarca? Olhamos para o mercado e percebemos o seguinte: ‘nós temos uma escala muito grande, não adianta a gente pegar um negócio de escala pequena, então o que deveria ser?’ Frango, que mundialmente falando dá muita escala; pizza e, eventualmente, café, que naquela época não tinha as marcas como hoje - os negócios de café surgiram de cinco, seis anos para cá. É claro que o Starbucks já estava há mais tempo, mas as outras grandes redes mundiais só se fortaleceram depois. Por uma grande coincidência, eu estava no aeroporto e encontrei um amigo que falou ‘estou saindo do KFC, existe uma decisão na companhia de fechar o negócio no Brasil pela quarta vez, então estamos saindo...’ Fiquei com aquilo na cabeça de ser multimarca, de saber que frango era interessante, e mais, dei muita sorte de encontrar o cara no aeroporto... Olhei para aquilo - além do fato deles serem os maiores do mundo - pensei: se eu me associo a eles, o caminho de conhecimento que eu vou encurtar para mim, para a minha equipe e minha empresa vai ser enorme. Tomamos a decisão de comprar as lojas. Eram cinco, mas uma foi fechada antes por eles; ficamos com quatro lojas aqui no Rio e tivemos com eles uma relação de desenvolver a marca, e também potencialmente a pizza. Hoje são perto de 20 lojas do KFC operadas pela BFFC. Um pouco depois, em 2008, compramos o controle da

maior empresa franqueada do Pizza Hut no Brasil. Na época eram 14 lojas, um negócio pequeno; hoje são perto de 50 sob nossa operação. Ficamos com esses dois negócios como franqueados. Atualmente, as duas marcas somadas chegam a quase 70 lojas - este ano ainda, devemos fazer no KFC oito restaurantes e da Pizza Hut, mais ou menos isso também - que nos deram não só o conhecimento de um novo segmento, mas o acesso a um franqueador internacional super estruturado, onde participamos ativamente dos encontros, convenções, programas de treinamento e daí para a frente. Isso como companhia brasileira, diferente dos meus competidores que tem um pulmão internacional... e acabamos tendo um bom acesso. Em 2012, compramos uma marca pequena chamada Yoggi. Na época, o setor de iogurtes estava crescendo muito e entendemos que nós, que já tínhamos uma plataforma de sorvetes, milk-shakes e gelados muito robusta, entendemos que aquele segmento poderia agregar ao nosso negócio. É uma marca pequenininha, a gente adora ela e os franqueados parecem estar felizes. Você tem tempo para você? Tenho. Esse é o grande desafio de você equilibrar a vida. Já tive períodos mais complexos de tempo; trabalho muito, mas tenho três filhas, sou casado e estou com a minha esposa desde sempre. Viajo muito com a minha família, mas viajo muito a negócios também, além de participar de várias entidades. Não vou esconder que é uma agenda de ritmo forte, mas com atenção à família, a mim também, aos amigos. Ao mesmo tempo, faço exercícios quase todos os dias de manhã, tenho uma casa na serra e hoje consigo equilibrar bem o tempo. Durmo bem; não sou esse cara que dorme três horas por noite não, durmo seis, sete horas... Tenho uma vida normal. Sei que todo o dia quando acordo, tenho milhares de pessoas trabalhando comigo em 1.200 pontos de venda, e que tenho 200 compromissos para fazer... É do dia, já acostumei. O que sugere para quem está empreendendo ou quer empreender para qual área for? Foco, disciplina e o cuidado com as pessoas e com os processos também. E uma última palavra: perseverança.

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que tem cidade que é muito pequena e não caberia o investimento. Muita gente me pergunta, ‘mas você não quer crescer fora do Brasil?’ Com o tamanho da oportunidade aqui, para que eu vou para fora do País? Esse negócio de ir para fora - não que eu seja contra - a gente já foi três vezes. Mas tem que ser uma decisão estratégica muito enraizada, fundamentada economicamente. O alicerce tem que ser bem forte. E, outra, você tem que estar preparado financeiramente, porque surpresas acontecem... Aqui você já tem um monte delas... e as surpresas que têm fora você não controla, são enormes.

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Cultura

Museus em casa!

Arte, diversão e conhecimento ao alcance de todos durante a quarentena

O

período é de isolamento social, mas não de distanciamente cultural. Enquanto durar a quarentena por conta do coronavírus, é possível “visitar” museus do munto inteiro, sem sair de casa. São inúmeros os museus que oferecem visitas remotas, capazes de ampliar o conhecimento artístico de toda a família! A Mais Influente Business selecionou verdadeiras preciosidades. Divirta-se!

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Munchmuseet Edvard Munch foi o único artista norueguês que teve uma influência decisiva na evolução da arte europeia, sobretudo como pioneiro do expressionismo na Alemanha e nos países nórdicos. O museu com o seu nome, que no outono de 2020 passa a ter uma nova sede, em Oslo, foi inaugurado em 1963 e tem um acervo composto por cerca de 1.100 pinturas, 4.500 desenhos e 18.000 impressões. Algumas dessas obras podem ser vistas no seu site oficial. O Grito (em norueguês: Skrik) é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol.

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Foto: Reprodução Obra da série O Grito, de Edvard Munch

Foto Reprodução Pedra de Roseta do Egito é uma das atrações no British Museum

British Museum A coleção do British Museum, um dos espaços museológicos mais populares de Londres, em Inglaterra, é notável e abrange mais de dois milhões de anos de cultura humana. Mais de seis milhões de visitantes percorrem, todos os anos, os corredores do edifício que o abriga em busca de marcos mundialmente reconhecidos, como é o caso da famosa Pedra de Roseta do Egito e dos frisos do Partenon de Atenas, que pode ver online em mais de 60 galerias.


National Gallery of Art A National Gallery of Art, sediada em Washington, nos EUA, permite, além das obras que apresenta no seu site oficial, a visita virtual a duas exposições online que disponibiliza no site Google Arts & Culture. A primeira é uma exposição de moda americana que abrange o período entre os anos 1740 e 1895 e inclui peças de vestuário da época colonial e do período revolucionário. A segunda exibe obras do popular artista barroco holandês Johannes Vermeer.

Foto: Reprodução Requinte e bom gosto, na National Gallery, em Washington

Foto: Reprodução Obras de Rembrandt agora exploradas virtualmente

Rijksmuseum Localizado em Amsterdã, na Holanda, nos Países Baixos, o Rijksmuseum é lar de centenas de obras-primas da era de ouro holandesa mundialmente conhecidas, entre elas a famosa pintura “A leiteira” de Johannes Vermeer e o popular quadro “A ronda noturna” de Rembrandt. No Rijksstudio, são atualmente 676.551 as criações artísticas online. Se descarregar a app do museu na App Store ou no Google Play, pode criar o seu próprio percurso museológico.

Foto: Reprodução Museu Nacional do Hermitage: 400 mil obras

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Museu Nacional do Hermitage Depósito de tesouros artísticos únicos, a coleção do Museu Nacional do Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia, integra mais de 400.000 obras artísticas. Distribuído por 10 edifícios, é um dos maiores do mundo. A exposição permanente, que pode agora ver online, ocupa habitualmente o imponente Palácio de Inverno, construído entre 1754 e 1762 para servir de residência de inverno aos czares russos. O destaque vai para a arte russa dos séculos X ao XX.

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Cultura

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Foto: Albert Watson/Pirelli | Gigi Hadid no Calendário da Pirelli

Coronavírus derruba o Calendário Pirelli Por Antonio Marques Fidalgo


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Foto: Lifestyle.sapo.pt

Foto: Divulgação/Ansa - Brasil Laetitia Casta dá vida a uma pintora no Calendário Pirelli 2019

de 70 mil casos e mais de sete mil óbitos. Um mês depois chegou a inacreditáveis 200 mil casos e perto de 30 mortes, em números redondos. “Já ocorreu no passado - em 1967 e entre 1975 e 1983 - de o Calendário Pirelli não ter sido realizado. A extraordinária emergência da Covid-19 nos obriga a fazer o mesmo. Voltaremos ao trabalho no momento certo, junto àqueles que estavam a nosso lado no projeto”, disse em entrevista o CEO da empresa, Marco Tronchetti Provera. Ensaios artísticos – O calendário sempre foi muito disputado. E, se antes exibia fotos de mulheres com pouco roupa e muita insinuação, nos últimos anos ganhou status de brinde concorrido dado de presente aos clientes da fabricante italiana. Seus ensaios artísticos – muitos deles temáticos – contaram com fotógrafos e modelos famosos. A edição produzida no ano passado para 2020 teve como tema o drama “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, com direito a estrelas de Hollywood. Nomes como Emma Watson, Kristen Stewart e a atriz e modelo transgênero Indya Moore estão lá. A peça ainda deu origem a um curta-metragem de 18 minutos.

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dição de 2021 da tradicional publicação foi cancelada, depois de ininterruptas – e elogiadas – edições, há mais de trinta anos. Mas, a causa é nobre: facilitar ações no combate à Covid-19. Cem mil euros (algo em torno de pouco mais de R$ 600 mil). Por esse custo, a empresa italiana de pneus decidiu cancelar a produção do sempre esperado Calendário Pirelli, destinando – em doação - o investimento às ações de combate contra o novo coronavírus, em apoio à investigação contra vírus da Covid-19. O anúncio do cancelamento do projeto para a edição de 2021, feito no final de março, interrompia uma longa trajetória de sucesso de marketing, criado em 1963 e publicado ininterruptamente desde 1984. Mais do que uma “folhinha” inicialmente campeã de “visualizações” em ambientes masculinos, o Calendário Pirelli tornou-se disputado por fotógrafos ao longo dos anos. Virou cult, peça de colecionador, espaço cobiçado entre profissionais da arte fotográfica e modelos A medida foi lamentada, mas aplaudida também. Afinal, a Itália país de origem da Pirelli – à época do cancelamento, já contabilizava perto

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Tadeu Nascimento

‘O mundo mudou’ “Creio que o cancelamento do Calendário Pirelli tem mais a ver com o Zeitgeist (termo alemão que remete ao conjunto do clima intelectual e cultural do mundo) do que com qualquer outra coisa. Talvez a pandemia tenha sido um motivo para adiantar essa atitude”, analisa Caio Esteves, professor, autor e fundador da Place for Us (PLUS), primeira empresa brasileira especializada em Place Branding (a “marca” multidimensional de um local). “O mundo mudou, as pessoas mudaram. A discussão de grupos identitários ganhou espaço, felizmente. O feminismo deixou de ser um movimento isolado e passou a ser compartilhado por uma maioria esmagadora de mulheres, ainda que de formas diferentes”, diz o professor. Caio Esteves lembra que a revista Playboy acabou em todo o mundo, e que um calendário de modelos-padrão Victoria’s Secret (que segundo ele “tem seus dias contados pelos mesmos motivos) não é necessariamente representativo desse novo momento. “Está alinhado com o Zeitgeist? Pouco provável”. “Ao mesmo tempo existe uma solução simples, que pode ser adotada como uma espécie de reposicionamento depois da pandemia, que é a mudança de abordagem do

calendário. Ao invés de mulheres nuas, outro tema, de tantos possíveis no universo da fotografia. A Pirelli já vinha caminhando nesse sentido; chamar o Steve Mc Curry para assinar uma edição já é um sinal”. O especialista acrescenta que, para a fotografia – “que mudou uma barbaridade nos últimos tempos”, o cancelamento é de fato uma perda. “A fotografia, assim como todo o resto, também precisa adaptar-se e – por que não? – evoluir”, conclui.

Foto: Acervo pessoal

Foto: Acervo pessoal

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“A tradição da publicação rendeu-se à necessidade de colaborar no combate à Covid-19. O momento é esse: de solidariedade!”, qualifica Tadeu Nascimento, fotógrafo, jornalista, bacharel em Direito. “A cultura estará dando uma importante contribuição para a humanidade. Por mais que possamos lamentar a interrupção dessa relevante publicação do mundo fotográfico, temos que reconhecer a admirável atitude”, diz. O profissional entende que o cancelamento do Calendário Pirelli representa uma significativa perda para a cultura fotográfica mas, em contrapartida, um ganho imensurável na luta para vencermos essa batalha, que a população mundial vem enfrentando. “Na certeza de que vamos vencê-la, ficaremos aguardando a continuidade dessa importante obra, pois não se trata de um fim, somente um até breve”, complementa.

Foto: Divulgação / Pirelli

‘Admirável atitude’

Caio Esteves


Trabalho

Home office requer maturidade dentro da empresa com funcionários de corpo presente, existe uma grande dificuldade de obter resultados esperados, imagine como serão esses resultados se estiverem fora da empresa. Todo esse temor dos empresários tem um claro significado: a deficiência de gestão nas empresas que não possuem processos claros de controle e acompanhamento de atividades, índice de produtividade inexistentes, cronograma de atividades não acompanhado, análise de desvios não avaliadas, feedbacks não realizados de uma forma correta e por aí vai... Tantos outros processos que tornariam a atividade remota algo factível, acaba por ser inviável. Para que uma empresa possa implantar um trabalho remoto deve se questionar: qual o motivo da necessidade de implantação do home office? Quais os impactos positivos e negativos desta implantação? Quais as ações mitigadoras para os impactos negativos identificados? Mais: os recursos existentes na área a ser implantada o home office são maduros? Os processos existentes para desenvolvimento das atividades desta área podem ser realizados remotamente? Existe algum equipamento especial necessário para o desenvolvimento da atividade remota? Os recursos possuem infraestrutura necessária para desenvolver o trabalho remotamente? Existem processos claros de controle de atividades por recurso? Existe conhecimento do índice de produtividade da área? Estas são algumas questões que devem ser avaliadas para a implantação de um home office. Entretanto, nada deverá ser mais importante que a maturidade dos recursos que estarão realizando as atividades remotamente. Implantar um novo modelo de trabalho é uma mudança de mindset, a empresa deve ter muita cautela na implantação. Geralmente a implantação de trabalho remoto é realizado aos poucos, em uma área em que existam poucas incidências de problemas, com recursos mais maduros, ou seja, a área deve ter maturidade como um todo.

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Foto: Reprodução

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uitas empresas, que até então estavam resistentes à implementação de atividades remotas, ou até mesmo aquelas que nunca tinham levantado a hipótese de executar atividades profissionais fora do ambiente de trabalho, forçadamente tiveram que se render ao home office ou parar suas atividades neste árduo período de quarentena. A questão de trabalho remoto deixa a maioria dos empresários assustados, pois manter recursos fora do alcance de sua visão é como não saber se o seu funcionário está mesmo trabalhando fora do ambiente de trabalho. Todo esse medo da atividade remota tem claramente uma razão na visão do empresário: o Brasil é onde tudo acaba em pizza e, essa possibilidade de resultado negativo afasta definitivamente a implementação do trabalho remoto. Para termos uma ideia de quanto o trabalho remoto é visto como uma possibilidade distante, se mesmo

Por Cássio Marques

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Comportamento

Overposting Fuja dessa tentação!

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uem circula no mundo dos negócios sabe o quanto é difícil construir uma marca pessoal sólida, confiável, longeva. No dia a dia, nas atividades pessoais com amigos, não é diferente, ainda que com patrulhamento menos intenso. Daí a preocupação em não enveredar pelo ‘overposting’, quando a postagem de mensagens é tanta, no mesmo dia ou em curto espaço de tempo, que passa a incomodar. É preciso ter cuidado com o que se publica. Nas redes sociais focadas em relevância para usuários, conteúdos de baixa qualidade podem fazer você perder espaço no feed dos seus seguidores. “Na ânsia de se tornar relevante, muitas pessoas cometem excessos. Muitas vezes essas postagens são insignificantes, sem conteúdo interessante, que todo mundo percebe que é só para encher linguiça e aparecer no feed”, aponta Madalena Feliciano, gestora de carreira. “Isto é desastroso porque pode irritar seguidores a ponto de parar de seguir o perfil por falta de interesse. Além disso, pode passar a imagem de uma pessoa ociosa, que não faz outra coisa na vida (logo, não é bem-sucedida)”, diz a especialista. “Não se engane: muita quantidade de postagens

não é garantia de engajamento. O que garante isso é conteúdo de qualidade. O ideal é fazer até três postagens por dia em cada rede, e separar um tempo no início do dia e no final para responder ao seu público”. Nesse caso, planejar é tudo. “É preciso ter um cronograma de conteúdo, para não postar qualquer coisa. Utilize os mecanismos de análise das redes sociais, para ter um parâmetro dos assuntos que seus seguidores mais gostaram, quais tiveram mais engajamento. Procure focar nesse tipo de conteúdo, mas sem perder a originalidade”, ensina Madalena. Madalena Feliciano

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Foto: Divulgação

Foto: Reprodução

Por Antonio Marques Fidalgo


Comportamento

Estamos dispostos a aprender?

á décadas - talvez desde a gripe espanhola, há mais de 100 anos - a humanidade não se envolvia em tamanha comoção. Na época, a pandemia também atingiu todos os continentes, deixando saldo nefasto estimado em, no mínimo, 50 milhões de pessoas mortas. No Brasil, dados históricos dão conta de cerca de 35 mil mortes em consequência da mutação do vírus Influenza. Passado tanto tempo, com tecnologia avançada e tantas facilidades, o que teria acontecido? A Mais Influente Business procurou explicações na palavra do antropólogo, terapeuta e professor universitário Darrell Champlin, também palestrante e escritor com mais de 30 anos de trabalho nas áreas da Sonhoterapia e Gestão de Estresse, boa parte deles se especializando em aspectos da Saúde Integral, inclusive em técnicas quânticas com treinamentos feitos com o físico quântico indiano Amit Goswami; a terapeuta britânica Sunita

Pattani, em PNL (Programação Neurolinguística), pelo Centro Escocês de PNL; e em EFT (Emotional Freedom Techniques - Técnicas para Liberdade Emocional), pelo Centro de Excelência de Manchester, Inglaterra, além de cursos livres com instrução do renomado médico Deepak Chopra. “Penso que o problema na comparação com qualquer crise anterior é o alcance da memória das pessoas, de modo geral. É difícil conceber uma crise vivida por nossos bisavós e utilizá-la como exemplo do que fazer ou deixar de fazer, num momento em que a humanidade se considera tão avançada, ainda que tenha sido colocada de joelhos por algo que nem se consegue ver a olho nu”, diz Darrell. “Também não dá para fazer comparações com períodos de guerra, pois para a maioria das pessoas esses conflitos nunca tiveram a mesma abrangência e efeito que essa pandemia em nível local”.

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Entrevista a Antonio Marques Fidalgo

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Somos frágeis - Darrel acrescenta que em tempos de comunicação instantânea, acreditávamos que éramos invencíveis. “Só que não. Somos, isso sim, bem frágeis. Não sou pessimista inveterado. Acho que a humanidade pode ter jeito, sim. Gosto de uma visão de Dalai Lama, que afirma que se todas as crianças em idade escolar aprendessem a meditar, a violência no mundo acabaria em uma só geração. É utópico, eu sei, mas mudanças em larga escala iniciam com mudanças de pequena monta. As coisas precisam acontecer em nível local”. O terapeuta defende que a adoção de práticas contemplativas, que estimulam uma preocupação maior com os outros, cresceu progressivamente nos últimos anos. “Quando na universidade, aprendi esse tipo de prática, e isso me influenciou profundamente. No começo, quando falava sobre isso, eu era visto como ‘estranho’. Hoje a visão mudou muito sobre isso”. Darrell afirma que está acontecendo outro movimento interessante de conscientização, que ganha força mais e mais, como por exemplo, o vegetarianismo ou, pelo menos, uma mudança nos padrões de consumo. Algo que envolva bem mais sustentabilidade e uma redução da ênfase em produções que demandam recursos naturais que a Terra simplesmente não tem mais a oferecer. Nesse caso, há também uma tendência minimalista em alguns lugares, que prega que muito menos é muito mais. “Não se fala muito a respeito, mas algumas coisas já estão acontecendo”, assegura. “Quanto mais será necessário para que as pessoas percebam o papel que a humanidade exerce na depleção dos recursos naturais? Talvez seja esta a hora perfeita para uma reflexão mais profunda. Acredito que há muitos que estão (re)aprendendo valores, mas a permanência deles no comportamento futuro é uma questão ainda a ser vista; a maioria perde essa redescoberta em pouquíssimo tempo, outros reterão”. Pessoas melhores - E o quê esperar então de todo este aprendizado, por assim dizer? Sairemos pessoas melhores depois de lutar contra esse inimigo invisível? Para Darrell Champlin, pode até ser, mas só o tempo dirá...

“Acredito que muitos podem fazer mudanças bastante básicas em hábitos. É importante lembrar que uma mudança de hábito exige muita dedicação e leva, pelo menos, 30 dias de repetição contínua para se instalar no cérebro. Se eu quero desenvolver um hábito novo (exercício, por exemplo), preciso repetir o esforço todo dia por um mês ou mais”, saliente. “O confinamento pode ajudar a manter essa ‘resolução’. O risco, entretanto, é que o retorno à vida como era antes dilua rapidamente o entusiasmo em relação a qualquer hábito novo, porque o cérebro é bem preguiçoso e fazer algo diferente requer dele o dispêndio de energia, algo que, segundo a neurociência, o cérebro não gosta de fazer”. O terapeuta diz que neste período de isolamento social tem observado muita gente aproveitando o tempo ocioso, para fazer coisas que há tempos não faziam ou nunca fizeram; exercícios, por exemplo. E que gostaria de imaginar que essas atividades fossem mantidas. Só que a experiência em relação ao comportamento, sugere que geralmente esse não é o caso. “Uma mudança de hábito pode sinalizar uma ‘melhoria’ da pessoa em sua relação com o ambiente emocional e físico, interno e externo”, diz. “Quem conseguir manter essas mudanças, certamente terá uma visão diferente de como sobreviver a um momento desses significa, tanto para a própria pessoa quanto para os outros”. Três pandemias - Mas, em termos de futuro... Esta geração será “marcada” de alguma forma por essa pandemia? Quais os impactos em um cenário próximo? Darrell vai além em suas reflexões sobre o momento atual. “Vivemos três pandemias neste momento. Uma delas tende a passar nos próximos meses (poucos, espero), e essa é a do momento, a da própria doença. Vírus tendem a expandir de forma exponencial por um ciclo e, depois, perder força, ainda que esse ciclo possa parecer que demora a passar, principalmente pela dor e mortes que causa. A

“Quem conseguir manter essas mudanças, certamente terá uma visão diferente de como sobreviver a um momento desses”


mencionadas). “Por exemplo, eu mesmo descobri que não precisava de muita coisa que tinha, como razoavelmente essenciais. Cortei algumas assinaturas para reduzir gastos; comida de restaurante entrou na lista dos excluídos; eletrônicos já não eram uma ênfase minha há bastante tempo e, hoje, ocupam ainda menos espaço em minha lista de prioridades. Noto que o isolamento momentâneo - afinal isso vai acabar - me levou a uma preocupação maior que aqueles que são importantes para mim. Com a tecnologia, pude manter contato mais intenso por imagem. Ora, até aula dei usando tecnologias como Zoom e Microsoft Teams. Essas descobertas foram interessantes”. O que é importante na vida, afinal? Afeto, um abraço? Darrell Champlin afirma que há diversas formas para responder a isso. Quando se trata da saúde, tanto física quanto emocional, são seis pilares essenciais: sono, meditação, movimento (exercício), uma dieta saudável composta mais de elementos de origem vegetal e orgânica do que carne, gestão do estresse e das emoções e controle das coisas às quais nos expomos no nosso meio ambiente (poluição ambiental e sonora, por exemplo) e aterramento, algo que envolve voltar-se muito para si mesmo em busca de compaixão por si para que se possa ter também por outros. No campo social, relacionamentos recíprocos e seguros são absolutamente essenciais para manter o equilíbrio do sistema nervoso. “Aí entra o afeto, o abraço, a tolerância. As coisas importantes na vida são muitas. Não se pode utilizar uma abordagem apenas focada no utilitarismo ou no universalismo, quer em nível de sociedade ou do indivíduo. É, fundamentalmente, uma questão de perspectiva, mas existe uma mescla dessas visões”.

“Não pode haver dúvida que essa guerra vai passar, como todos os outros conflitos anteriores e futuros pelos quais a humanidade ainda passará. A questão é quanto podemos (e estamos dispostos) a aprender. Gostaria de imaginar que muitos emergirão com mais determinação e força do que tinham antes; outros precisarão de alguma ajuda. Que estejamos todos juntos, todos misturados, com saúde e cuidado”. Darrell Champlin

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primeira pandemia deixará sequelas, trauma e um rastro bastante profundo nas mentes das pessoas por algum tempo; em especial para aqueles que perderam parentes ou amigos. Quem não perdeu entes queridos desconhecerá a profundidade desta primeira fase”. “Outra pandemia é a econômica que, como sempre acontece em qualquer ciclo desses, afeta muitíssimo mais as camadas mais pobres da sociedade. Aqueles que têm renda garantida ou reservas para poder ‘navegar’ as correntezas mais imediatas da queda na economia. De modo geral, inclusive, esses se manifestam contra medidas de confinamento, para que possam continuar com algum grau relativo de conforto que têm com o trabalho de outros tantos, que precisam realmente se expor aos grandes riscos da pandemia da saúde propriamente dita. A pandemia econômica arrasa com aqueles que já estavam à margem da sobrevivência desde sempre; aqueles que proverbialmente vendem o almoço para comprar o jantar. E são muitos, milhares, milhões. A engrenagem da produção de riqueza, principalmente riqueza alheia, gira impulsionada pelos que não têm escolha. É cruz, espada”. E acrescenta: “A terceira pandemia é a da saúde mental, devido a uma pandemia silente, que já existe há décadas, é largamente ignorada, mas que será fortemente reforçada e ampliada pela pandemia da saúde e econômica: o estresse. Este é a linha de base, a causa raiz de dezenas de outras condições mais ‘perceptíveis’ da saúde física e emocional. Ele desencadeia transtornos de ansiedade e depressão que, por sua vez, deflagram desde a ‘simples’ gastrite (que de simples nada tem) até a obesidade, diabetes, cardiopatias e o câncer. Essas estão, aliás, entre as principais causas de morte”. Na visão do terapeuta, as pandemias econômica e do estresse não têm data para acabar. “A primeira, talvez até se resolva em algum nível e para muitas pessoas antes; já a segunda requer muito esforço em nível mundial, para que exista uma mudança de ‘mindset’”, sentencia Darrell. E o futuro? - Há que se diferenciar “isolamento social” de “distanciamento social”, quando se trata do lado emocional das pessoas. “O isolamento tem custos bem mais altos do que o distanciamento, do ponto de vista emocional. A saúde mental é uma das partes mais frágeis (e fragilizadas) e o elemento que certamente será atingido por mais tempo. Mesmo aqueles que aparentarem ter sobrevivido ilesos das privações todas poderão mostrar efeitos poderosos da pandemia de coronavírus no futuro. Aqueles que já apresentavam sinais de desequilíbrio podem piorar mais rapidamente. Haverá um aumento substancial nos níveis gerais de ansiedade e depressão durante e após a quarentena”. Mas, o especialista acredita que muitas lições podem ser tiradas desses processos (as três pandemias

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Comportamento

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Por Fábio Sartori

uando eu defendo que comportamento é mais importante que técnica, isso fica ainda mais evidente neste época de quarentena. Imagina você aí, em casa, em seu home office… Do que adianta toda a sua técnica, se você não pode fazer nada com ela, nem mesmo colocá-la em prática?

Neste momento, muitos passaram a refletir sobre suas empresas, suas atitudes, seus resultados e principalmente sobre o que está acontecendo no mundo. Mas, uma coisa é fato: essa quarentena vem desenvolvendo muitos comportamentos em você e talvez você nem perceba, mas quando perceber, verá o seu grau de desenvolvimento, em cada uma delas, por exemplo: Paciência - Nós aprendemos a ser mais pacientes frente a algo invisível e que não podemos ter ação nenhuma, a não ser ficar em casa, nos preservando, junto daqueles que amamos. Resiliência - Para superarmos rapidamente essa pancada que o mercado sofreu e que você que lê agora, teve que tomar atitudes rápidas para resolver este problema, seja para trabalhar home office e aprender a gerenciar suas atividades, seja você líder, que agora - além de gerencias as atividades - também tem que gerenciar um time à distância; ou até mesmo você que teve que reinventar a sua empresa, neste período de isolamento.

Inovação - Para criar coisas novas, produtos novos, realidades diferentes, porque afinal, você precisa continuar vendendo. Disciplina - Como você aprendeu rápido a trabalhar home office, com seus filhos, esposa e familiares, né? Seja lá qual for o seu desafio, você está diante de um período de desenvolvimento e ele é seu, somente seu e perceba (apesar dos problemas), que grande oportunidade você recebeu. Se fortaleça e entenda que jogo zerou pra todo mundo, agora começara um novo mercado, um novo mundo, uma nova forma de se relacionar e aproveite este tempo para elevar as suas competências, pois você precisará delas. Entenda de uma vez por todas a importância do comportamento para os seus resultados; ele nunca foi tão importante para você reinventar, a todo momento, o seu dia a dia. Hoje, eu posso afirmar o que essa quarentena me trouxe: a mais forte convicção de que “a técnica é importante, mas o comportamento define”.

Foto: Reprodução

Qual comportamento a quarentena vem te ajudando a desenvolver?


Tecnologia

Aplicativos para lhe ajudar no dia a dia Por Marcelo Bragança

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ão há dúvida que estamos cada vez mais conectados web a fora. E, em se tratando de aplicativos para celulares, as opções são infinitas. Mas, para que você não fique perdido na jornada em buscar o mais bacana para lhe ajudar em algumas tarefas, e que possam lhe dispender tempo no dia a dia ou lhe deem um escape para relaxar a mente, neste período da quarentena, separamos seis dicas legais. Todas as versões são gratuitas (algumas com recursos pagos) e estão disponíveis em versões Android e iOS.

Estou gastando muito! Como lidar? Se a sua velha agenda física de gastos mensais não está ajudando, o Guiabolso é uma opção superbacana. Ele faz sincronização com a conta bancária e lhe ajuda a entender como está gastando o seu dinheiro. Dá, inclusive, para planejar o seu orçamento mensal. Quero cozinhar algo, mas não faço ideia do quê! O TudoGostoso é um app super prático de receitas para lhe dar uma força quando quer cozinhar, de um prato simples ao mais sofisticado. Ótimo para quem cansou do Delivery!

Será que eu compro? Quanto custa? O Buscapé é um ótimo app para comparativo de preços. Facilita muito na hora de comprar online, evitando que você compre algo por um preço que, muitas vezes, está abusivo. Qual é a música? A sua canção preferida tocou no rádio ou na TV e você não consegue identificar qual é? A partir de uma função do app Shazam, você consegue descobri-la!

Um novo idioma. Será? O Duolingo disponibiliza cursos grátis, em português, de línguas estrangeiras com atividades de tradução, fala e escuta escrita. As aulas são divididas em módulos e variam de acordo com o tema escolhido. É preciso ter frequência diária para que prossiga nos próximos níveis. Ajuda a manter o foco na hora de aprender um outro idioma.

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Preciso fazer uma arte E agora? Se você não é designer e precisa montar uma arte para as redes sociais, anunciando um novo projeto no qual está empenhado durante a quarentena; uma mensagem de aniversário com uma aparência menos berrante, para alguém com perfil mais sério; ou até mesmo para deixar a mensagem de “Bom dia” que envia para os contatos com a sua cara, o Canva é um aplicativo fácil de operar. E ainda tem milhares de templates gratuitos para você usar e abusar da criatividade!

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Tecnologia

Sorria! Você está (sempre) sendo observado! Em janeiro de 2021 entra em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados para frear a vulnerabilidade da informação de dados pessoais

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s reflexos da pandemia da Covid-19 adiaram para o próximo ano a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), prevista inicialmente para agosto deste ano, e que agora começa a valer somente em 1º de janeiro de 2021. A legislação passará a regular as atividades de tratamento de dados pessoais, alterando os artigos 7º e 16º do Marco Civil da Internet. A decisão pelo adiamento surgiu no início de abril, em aprovação unânime do Senado, a ser ainda ratificada depois pela Câmara dos Deputados. Na economia digital em que a sociedade está inserida, a informação é o principal ativo. Cada acesso à internet, aplicativos, pesquisas etc, revelam informações sobre o usuário. Por exemplo: hábitos alimentares (ifood); geolocalização, a partir dos locais que frequentam (uber); amizades (facebook), hábitos de consumos (e-commerce) e gostos musicais (spotify), além de pesquisas sobre candidatos, time que torce, páginas que mais acessa na internet, assuntos que mais procura, e por aí vai...

Todo esse conjunto de dados capturados - muitas vezes sem consentimento formal prévio - revelam quem cada um é de fato, suas escolhas e preferências, bem como possibilitam uma enorme brecha para a manipulação dessas informações. Vulnerável - “Lembro-me da vez que fui almoçar numa dessas redes de fast food e, por descuido da minha parte, estava com o localizador do meu celular ligado. No exato momento em que paguei a conta, fui bombardeado com mensagens e notificações perguntando como foi minha experiência naquele almoço, inclusive preocupadas com minha saúde”, conta o advogado Bruno Faigle, sócio da Faigle Advocacia. Esse será o papel da LGPD: em decorrência da vulnerabilidade do usuário, era necessária uma maior proteção de informações pessoais, privadas e íntimas. Com a lei em vigor, os empresários deverão ficar mais atentos e, nesse caso, o adiamento de cinco meses veio em boa hora (para a classe empresarial). Pesquisa do Serasa Experian feita no primeiro semestre indicou que 85% das empresas ainda não esta-

Foto: Reprodução

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Por Antonio Marques Fidalgo


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vam preparadas para atender às exigências da LGPD. entre as áreas jurídicas e TI das empresas. “Além da Dessa forma estariam sujeitas a penalizações a partir readequação e atualização dos mecanismos, procede agosto. Mas, veio o turbilhão chamado Covid-19, a dimentos, políticas, códigos de ética e de conduta e consequente paralisação de serviços e a necessidade diretrizes internas, deverão ser criados mecanismos que de trabalho por home office, e a adaptação à lei ficou garantam a proteção de dados pessoais, exigidos pela ainda mais complicado. A situação seria inevitável: a LGPD, buscando minimizar as penalidades previstas”, esmagadora maioria das empresas brasileiras não avalia Faigle. estaria pronta para a LGPD. A LGPD é aplicável a todas as empresas que Abrangência - Faigle lembra que o Brasil seguiu coletam dados em sistemas informatizados ou não, o exemplo da União Europeia (General Data Protection para o desempenho de sua atividade. Abrange desde Regulation – GDPR), e criou instrumento similar. No o empregador doméstico até os grandes grupos emdocumento brasileiro, conforme fica claro já no pri- presariais. Sem contar que a lei traz como princípio meiro artigo, a preocupação é sobre o tratamento de fundamental a minimização de coleta dos dados dados pessoais, com o propósito de proteger os direitos pessoais (artigo 6º), que determina que o tratamento fundamentais de liberdade e de privacidade, e o livre de dados pessoais deve ter finalidade específica, desenvolvimento da personalidade ser adequado e limitado ao mínimo da pessoa natural. necessário para a realização de “Destaco que a LGPD não legisla sua finalidade. apenas sobre o tratamento dos daAssim, torna-se recomendável dos pessoais. Ela engloba a coleta, criar, implantar, monitorar e rever a recepção, a transmissão, o acesso, todas as medidas de segurança a transferência, o armazenamento, o dos dados pessoais adotados pela processamento, o arquivamento e a empresa, como meio de prevenir, extração das informações”, comenta conter e corrigir possíveis vazao advogado. mentos de dados. As empresas, independentes “A colaboração entre os depardo setor ou tamanho, deverão se tamentos jurídicos e de TI nunca adequar à essa nova realidade lese fez tão importante e necessária gislativa, adotando novas práticas, como forma de evitar danos, tais procedimentos e medidas que garancomo: prejuízo à imagem, reputatam a proteção dos dados pessoais. ção, perda de clientes e mercado, Integração - Na verdade, nun- Faigle: é preciso a integração entre sem falar nas penalidades pecunica se fez tão necessária a sinergia as áreas jurídica e de TI árias”, conclui o advogado.

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Shops Vestido gola V franzido Alexandre Vauthier R$ 11.580,00

Jaqueta Leather Babado Barra AMARO - R$ 259,90

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Blusa de tricô Dion Lee - R$ 7.263,00

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Camisa polo com mangas longas Emporio Armani R$ 2.038,00

Camisa de algodão com listras - Corneliani R$ 2.764,00

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Carreira

Profissional multitarefa

Muito prazer, estou preparado para desafios

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Por Silvia Barreto

globalização, a crise, a recessão, o desemprego e mesmo o aumento do empreendedorismo criaram a necessidade de um novo perfil profissional. A concorrência é grande e os gestores buscam no mercado pessoas que entenderam e se adaptaram a essa mutação. Abrangente, flexível e executor. Essas características descrevem o profissional multitarefa, capaz de desempenhar várias atividades ao mesmo tempo, sem perder a qualidade no processo e entrega. No século atual, de forma individual e pessoal, já temos um quê de multitarefa, com prazos, horários e muitos compromissos a serem cumpridos. Algo que se tornou tão natural que o levamos do campo pessoal para o profissional e, podemos dizer, de forma involuntária. No curso dessa tendência de mercado e realidade, existe um conflito entre os avanços que ocorrem e a busca das empresas por mais espaço no mercado, cada vez mais competitivo. Para lidar com mudanças constantes e evoluções é preciso encontrar profissionais que integrem às equipes dispostas a superar desafios, se mantendo atualizados e competitivos. “O mundo dos negócios exige hoje um novo perfil: aquele que está em constante mutação. Não há mais espaço para ser especialista em uma única área de atuação.

Essa realidade mudou. Hoje, o profissional mais disputado por nós, CEOs, é o que consegue ser multitarefa em um mercado em frequente modificação. Ele precisa ter, além do conhecimento do negócio, boa capacitação, experiência profissional, flexibilidade, saber trabalhar em equipe, possuir uma enorme competência emocional, adaptabilidade e proatividade. E, indispensavelmente, estar atualizado em relação aos avanços tecnológicos, pois historicamente, são um dos motores que impulsionam as transformações no mercado de trabalho, as barreiras entre exatas e humanas foram derrubadas”, descreve David Reck, fundador e CEO da Reamp, empresa pioneira em marketing programático. Não podemos deixar para trás o conceito de multitarefa, que há bem pouco tempo não existia e os profissionais mais valorizados eram os chamados “especialistas”, aqueles que sabiam muito sobre algum assunto de forma bastante pontual, com conhecimento teórico e técnico. A evolução dos profissionais se deu a partir da necessidade real de competitividade e a escassez de absorção de mão de obra chamada especializada. Prioridades - Annette Lima é empresária do setor de moda e empreende com a marca sustentável Las Gringas. Atualmente ela reside em Milão, na Itália. Porém, a produção da marca é realizada em São Paulo mantendo o selo feito no Brasil e valorizando a matéria-prima nacional. Sua


bem. Ele é o melhor exemplo de ‘ser humano integrado’, que não segrega o conhecimento. Mais: tira o melhor proveito de muitas vertentes e sabe muito sobre diversas áreas”, esclarece Cledson, que é especialista em engenharia humana e sustentabilidade empresarial, formado pela Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, com pós-graduação em Responsabilidade Social Empresarial e Sustentabilidade, Gestão de Pessoas e Gestão Empresarial, com atuação nacional e internacional. Estresse - Segundo o médico Roberto Debski, especialista em homeopatia, acupuntura e psicólogo, toda essa cobrança para os profissionais que desenvolvem diversas atividades não é algo programado em nossa mente. “Apesar de sermos cobrados a sermos muitas vezes profissionais multitarefas, nossa neurologia, nosso cérebro não consegue trabalhar dessa maneira de forma totalmente eficiente. Resumindo, não somos programados para atuar multitarefa. Podemos fazê-lo, mas perderemos em foco, eficiência, e produtividade pois não é possível manter o foco em muitas atividades simultaneamente”. Para ele, as consequências dessa realidade em sua vida é algo a ser analisado. “Se gerar estresse e insatisfação, deve pesar se realmente ficará nessa posição, e por quanto tempo isso será feito, até que possa aproveitar outras oportunidades mais compatíveis com tarefas que estejam dentro de seu melhor desempenho”. Debski chama a atenção para a frustração e o reflexo desse sentimento para a pessoa em si. “Um profissional que não consegue suprir tudo o que lhe é colocado pode sentir-se frustrado, insatisfeito consigo mesmo ou com o trabalho, e também ameaçado, com a possibilidade de não mais ser aproveitado ou substituído por outro, que cumprirá às demandas exigidas. Isso pode gerar uma resposta de estresse agudo, que se transformará em crônico com o tempo, trazendo dificuldades e sintomas físicos e psicológicos, afetando sua saúde e ainda mais sua produtividade”. Que tal surpreender? Mesmo definido o perfil de um profissional multiarefa, há como surpreender no mercado e chamar a atenção de empresários e gestores. Anette conta que “a dica é acreditar no próprio ‘taco’, foco e prudência para os obstáculos, se for líder, muita paciência com a equipe e os obstáculos, e acho fundamental fazer yoga, de preferência todos os dias para manter a sanidade mental e alimentar corpo e alma”. Para Reck as dicas mais importantes para se destacar estão elencadas em: saber dizer não e decidir o que não irá fazer. Ou seja: priorizar; organizar o dia pela manhã, ou no dia anterior; ter metas e objetivos claros, acompanhar, rever, mudar, mas não se deixar levar pelas demandas. Estar no controle e não ser controlado por elas; utilizar ferramentas e tecnologias ao próprio favor, para ter apoio na gestão do tempo e ter compromissos reais com uma vida fora do trabalho. Por fim, praticar esportes. “O mercado anseia por pessoas que se desenvolvam em novas habilidades e competências, com coragem de se desafiar e de buscar novas formas de pensar, descobrindo e transpondo seus limites com inteligência e raciocínio rápido, com perfil analítico e colaborativo”, conclui Reck.

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atuação no dia a dia representa o trabalho de pelo menos cinco profissionais. “Vivo em Milão e comando a empresa em São Paulo, desde o desenvolvimento do produto até a venda, exercendo várias funções ao mesmo tempo”, conta. A marca atua pelo e-commerce www.lasgringas.store/ e as redes sociais @lasgringasoficial; após lançar sua coleção de Inverno 2020 teve de parar a produção, devido à pandemia do coronavírus, e iniciou a confecção de máscaras visando manter os empregos neste momento atípico de crise mundial. A Las Gringas confecciona as máscaras com sobras de tecido biodegradável das coleções à venda no site da grife. Os itens estão sendo doados para comunidades de brasileiros na Itália e carentes no Brasil. Essa carga profissional acaba consumindo o tempo que seria para cuidar de si mesma, mas ela analisa tudo isso como consequência de sua escolha de vida e define suas realizações e frustações em relação a isso. “Amo o trabalho que faço e o realizo muito bem, tipo: dou conta do recado e não porque não tenho tempo para mim. Tenho que dar prioridades, acredito que estaria mais feliz se ocupasse menos funções, mas o modelo de empresa hoje é esse”, declara. Visão do todo - Como empresário, David Reck, é especialista em marketing programático e formado em Engenharia da Computação, atuou como vice-presidente da Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi-SP), e em projetos governamentais como a atualização do Código de Defesa do Consumidor. Ele avalia que não há mais espaço, na atualidade, para um profissional que cumpre apenas o protocolo, que segue à risca uma rotina previsível. “O profissional que os mercados procuram, independente do setor, é aquele que possui a visão do todo, de negócio, que acompanha o processo, identifica os obstáculos e os entraves, e que principalmente procura solucioná-los. Caso não consiga, ele pede auxílio até que a questão, de fato, seja resolvida. Trata-se de um profissional multitarefa. Ou seja: que não se limita, nem tampouco se restringe a cumprir ordens ou a desempenhar exclusivamente a função para a qual foi contratado. O profissional multitarefa sabe fazer a gestão do próprio tempo, mantendo o foco”. A redução de custos e otimização de tempo é a tendência do mercado. Para Cledson Bernardo, presidente do Grupo Engecon e fundador do Instituto Cledson Bernardo, “as empresas buscam perfis com multi habilidades. A ordem de comando é reduzir custos. A mão de obra no Brasil é uma das mais caras do mundo, e acabam encarecendo o produto final. Lógico, que deve-se analisar o perfil de cada colaborador”. Citando Da Vinci - Com um trabalho focado em sustentabilidade e capital humano, o Grupo Engecon tem empreendimentos voltados às áreas de recursos humanos, saúde ocupacional, gestão de pessoas, meio ambiente, responsabilidade social, relações jurídicas e engenharia. Na avaliação deles fará menos sentido se enquadrar nos padrões antigos, como por exemplo “sou de humanas”, ou “sou de exatas”. “O futuro será daqueles que transitam em múltiplas áreas, como Leonardo Da Vinci, que era gênio. Ele dominava Astronomia, Artes Plásticas, Literatura e ainda cozinha

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Direito

Sua ideia vale muito

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Por Michelle Novaes (*)

iderar uma equipe em meio a uma pandemia de proporções ainda desconhecidas é um desafio brutal para qualquer gestor. Se já é difícil administrar nossos próprios medos e inseguranças diante da ameaça que está batendo à porta, imaginem o tamanho da responsabilidade de saber que existem centenas e, em casos de empresas maiores, milhares de pessoas que sofrem diretamente o impacto das suas decisões. No 15º Ofício de Notas temos cerca de 200 colaboradores diretos, que somados a seus dependentes formam um grupo de quase 500 pessoas. A nossa palavra de ordem tem sido o diálogo. Desde o início do isolamento social estamos implementando novidades para nos adaptarmos aos novos tempos, ouvindo cada vez mais nossa equipe. Foi daí que surgiram ideias como a doação de sabonetes para as comunidades do Rio de Janeiro, o atendimento drive thru (o cliente é atendido dentro do carro), além de outras sugestões para aumentar a higienização e a segurança de funcionários e clientes. No Cartório 15 não cansamos de repetir: “A sua ideia vale muito”. O diálogo tem norteado também nossa relação com os clientes. Neste último mês o que mais fizemos foi conversar abertamente com eles, ouvir angústias e entender necessidades. A demanda por escrituras de compra e venda por via eletrônica, por exemplo, era imperativo para manutenção mínima do mercado imobiliário. Quando o Conselho Nacional de Justiça de forma acertada autorizou que todos os cartórios possam funcionar eletronicamente durante a pandemia, conseguimos implementar de imediato a decisão. Já estávamos preparados. Parcerias sólidas acabam se fortalecendo em tempos de crise. As relações meramente comerciais, relações rasas, não sobreviverão. Empresas são acima de tudo pessoas. E pessoas compram serviços de outras pessoas. (*) Tabeliã substituta do 15º Ofício de Notas - RJ


Direito

Acidente de trabalho na era do coronavírus

Foto: Reprodução/iusnatura

nicio este artigo com a seguinte pergunta: o contágio da Covid-19 dentro da empresa pode caracterizar acidente de trabalho? O acidente de trabalho definido pelo Artigo 19 da Lei nº 8.213/91 dispõe que “acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. De acordo com a definição de referido dispositivo, será acidente de trabalho o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como, com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. 0 Artigo 21 da Lei 8213/91, equipara a acidente de trabalho: (...) III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade. Diante dessas definições, considerando a ausência de fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) para evitar o contagio do trabalhador, a contamina-

ção pelo coronavírus seria acidental? Em que pese o Artigo 29 da MP 927/20, dispor que “os casos de contaminação pelo coronavírus (Covid-19) não serão considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal”, temos que a contaminação interna (dentro da empresa/no exercício das atividades) que ocorrer por negligência do empregador/empresa/hospital, no combate ao contágio, ou seja, que não forneceu os equipamentos de segurança individuais mínimos ao empregado, e poderá SIM, neste caso, configurar acidente de trabalho, cujas responsabilidades, como a mantença dos recolhimentos do FGTS, e a estabilidade de 12 meses, após a alta do INSS, repercutirão no contrato de trabalho, além de prováveis danos morais, caso a situação seja judicializada. Ocorrida a enfermidade do empregado, haverá afastamento, podendo até chegar a óbito, responsabilidade que poderá recair sobre o empregador, cujas consequências poderão ser neutralizadas (afastadas) ou minimizadas (reduzidas), se comprovado que foram tomadas todas as medidas protetivas necessárias ao combate do contágio da Covid-19. (*) Advogada especialista em Direito do Trabalho

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Por Juliane Cavalini (*)

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Após fechamento, hotel segue recebendo mensagens de todas partes do mundo

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Belmond Copacabana Palace, pela primeira vez em 97 anos, fechou por conta da pandemia. Desde a data do fechamento a direção do hotel vem sendo surpreendida pela quantidade de mensagens positivas que o hotel segue recebendo. São inúmeras postagens em suas redes sociais vindas de todas as partes do mundo. Manifestações de apoio, solidariedade, narrativas com fotos de fatos, festas, encontros importantes, momentos inesquecíveis, festas e eventos marcantes que aconteceram no hotel. “A volta será muito celebrada.”

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Chevron, Ipiranga e Shell unidas no combate à covid19 Nossas filiadas Chevron, Ipiranga e Shell, estão entre as cinco empresas que, por meio do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), doaram recursos financeiros para a construção de um hospital de campanha no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. O hospital tem capacidade para receber até 200 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) diagnosticados com a Covid-19, sendo 100 leitos para UTI e outros 100 para enfermaria. A construção e operação desta nova unidade foi liderada pela Rede D’ Or, e a previsão é de que a unidade funcione por quatro meses, período considerado crítico no tocante à evolução da epidemia na Cidade. O hospital foi montado na autoestrada Lagoa-Barra. Empresas unidas para que a sociedade supere a pandemia!


As perspectivas da Eletrobras sta semana, na LIVE LIDE RIO, conversamos com o competentíssimo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, um “expert” no setor de energia elétrica, para entender os possíveis impactos da pandemia na gestão da maior Companhia de Energia Elétrica da América Latina. Durante a apresentação e o debate, importantes informações foram repassadas aos filiados do LIDE, interessados na orientação e direcionamento do setor de energia para tomada de decisões relevantes a respeito do rumo de suas empresas. Atualmente com 12 mil empregados, a Eletrobras tem uma capacidade instalada de geração com mais de 50 mil MW, com significativos 96% de energia limpa e renovável. Líder em transmissão de energia elétrica no País, a empresa possui mais de 70 mil km de linhas de transmissão, representativas de 45,2% do sistema brasileiro. A empresa se encontra em boa situação financeira, tendo conquistado um lucro líquido de mais de R$ 10 bilhões em 2019, com índice de endividamento, Dívida Líquida sobre o EBITDA (Lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortização), de apenas 1,6. Destacou, ainda, que inexistem problemas de liquidez de caixa na Companhia, parte em razão de recentes captações realizadas, e que o risco de descasamentos ocasionados pela crise da Covid-19 estão sendo devidamente contingenciados. Na empresa, os contratos de venda de energia elétrica - que podem ser afetados por inadimplência das Distribuidoras em decorrência da pandemia - foram pactuados, na sua maioria de 63%, no ambiente de contratação regulado, por longo prazo. Tal fato torna a empresa menos suscetível à queda de demanda. Na transmissão de energia elétrica, o risco de inadimplência é mínimo, já que os contratos de transmissão são caracterizados como de bai-

xo risco, do tipo por “disponibilidade dos ativos”, e independem da quantidade de energia transmitida para o recebimento de receita. Para lidar com esse cenário desafiador, foi criado o “Comitê de Monitoramento e Gestão de Crise”, responsável por acompanhar diariamente as áreas de Operação & Manutenção, Engenharia e Comercialização de Energia da empresa, esta última para monitorar possíveis inadimplências causadas pela pandemia. Wilson Ferreira também esclareceu que não há previsão de redução ou postergação dos investimentos programados para 2020 - da ordem de R$ 5 bilhões - seja em transmissão, seja em geração de energia elétrica, bem como que esses investimentos serão mantidos para cumprimento de prazos contratuais. Com a finalidade de reduzir os riscos com a saúde, a empresa se encontra com 70% dos empregados em teletrabalho e 30% em centros de operações centralizados, com turnos que foram aumentados para 8 e 12 horas, de maneira a reduzir o número de trocas diárias e minimizar possíveis contaminações. Até o momento não há expectativa de demissões ou cortes salariais na força de trabalho, e a holding seguirá o previsto no Acordo Coletivo de Trabalho vigente. Por fim, o assunto mais esperado: a privatização da Eletrobras. O presidente da estatal registrou que a privatização continua sendo uma prioridade, mas a situação de emergência do Congresso no encaminhamento das MPs relacionados com os efeitos da pandemia indica um potencial adiamento do processo de capitalização para 2021. Sinalizou, entretanto, que o atual modelo de privatização, com venda de controle acionário, será mantido e que, conceitualmente, o projeto de privatização da companhia não será afetado. (*) Diretora de Novos Negócios LIDE RIO DE JANEIRO

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Por Marise Grinstein (*)

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MAISSANTOS.COM.BR

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ENJOYTRIP.COM.BR

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