EVENTOS
COMO FICA A ‘INDÚSTRIA DE CASAMENTOS’ NO PÓS-PANDEMIA?
NOVOS TEMPOS
PROMOÇÃO DE LIVES DEMANDA CUIDADOS PARA SER EFICIENTE
MODA
HOMENS VÃO À LUTA POR PEÇAS-CORINGA NESTE INVERNO
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2020 E D I Ç Ã O PREMIUM
Nº08
ONLINE
LIBERADO
JUNIOR
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RICARDO BELLINO O tempo vale mais do que dinheiro
REVISTA MAIS SANTOS (323765502)
MAISINFLUENTE/BUSINESS
REVISTA MAIS JR (323765501)
GRUPO DE COMUNICAÇÃO
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BUSINESS
EDIÇÃO 08
Capa do mês: Ricardo Bellino Foto: Divulgação
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EVENTOS Os casamentos pós-pandemia
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TURISMO Qual o perfil do novo turista? COMPORTAMENTO Então, vocé é um workaholic? GASTRONOMIA Drinks para os dias mais frios
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A conquista de Donald Trump em três minutos de boas ideias
COLUNISTAS Alfieri Casalecchi Andréia Repsold Bettina Chateaubriand Fábio Sartori Fernanda Leitão Joana Lima Juliane Cavalini Marco França
MODA Ala masculina tem dicas de Inverno DECORAÇÃO A modernidade do estilo Bauhaus NOVOS TEMPOS Para fazer uma live de sucesso
LIBERADO
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GRUPO DE COMUNICAÇÃO
SAÚDE Fibromialgia não escolhe vítimas maisinfluente.com.br facebook.com/ maisinfluenterevista instagram.com/ maisinfluenterevista
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Foto: Divulgação/Site oficial
EDITORIAL
Uma ideia na cabeça, um sonho concretizado
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icardo Bellino tinha pouco mais de 21 anos quando decidiu largar a faculdade de Economia, fazer a mala e partir para os Estados Unidos. Em mente, um plano tão ousado quanto inimaginável para quem o rodeava na época: trazer para o Brasil a mega agência Elite Models, fundada por John Casablancas, de quem se tornaria amigo e lhe abriria muitas portas. O detalhe é que o petropolitano criado no Rio sequer falava inglês fluentemente, muito menos tinha dinheiro no bolso, pelo menos para bancar suas ambições. Mas, foi aos 38 anos, em 2003, que registraria seu grande desafio: em apenas três minutos, vendeu uma ideia ao então apenas empresário - e hoje presidente americano - Donald Trump, que lhe renderia um vínculo definitivo com o poder e o mundo dos negócios. O resultado dessa história está nas páginas desta edição da Mais Influente Business, numa entrevista que certamente motivará muitos leitores. Bellino mora hoje em Portugal, mas roda o mundo para eventos e palestras. E há muito mais para ler: como fica a “indústria” de casamento na pós-pandemia; o perfil do novo turista; as tendências da moda Inverno masculina; o estilo Bauhaus; como tirar maior proveito das lives; comportamento, bons drinks... Muito bom ter você aqui, mais uma vez!
Antonio Marques Fidalgo Editor-chefe
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Foto: Reprodução/Papel e Estilo
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O que será da ‘indústria’ de
CASAMENTOS
Cerimônias adiadas, datas remarcadas, festas impossíveis: efeitos implacáveis da pandemia, que estão sendo revistos por cerimonialistas Por Antonio Marques Fidalgo Colaborou Ana Rosado, do Rio
Foto: Acervo pessoal
tas”, aposta. Celebração - Já a cerimonialista carioca Lourdes Correia, da Étoile Eventos, afirma que mudanças devem acontecer com os casamentos de forma geral, após o fim do período de distanciamento social. Ela enumera vários pontos que, mais do que nunca, devem ser observados não só para casamentosmas outros eventos também. Um desses pontos Lourdes Correia: “O brinde da celebração é que, mesmo com será o ponto principal” celebrações mais simples, será imprescindível um planejamento. “O assessor ou cerimonialista será o facilitador de todo esse processo; fará o cronograma, planilhas, checklists e indicará, também, fornecedores especializados em cada estilo de casamento, com profissionais qualificados, comprometimento e projetos personalizados para cada perfil”. Lourdes acredita que, num primeiro momento, os casais darão maior preferência ao estar junto, vivendo o momento em um local especial para os dois. “Eles podem ter a primeira dança na frente da Torre Eiffel, ou do Cristo Redentor, ou até mesmo comemorar a união enquanto admiram a natureza do alto das colinas. Longe de qualquer preocupação com o bufê, a acomodação dos convidados e os inúmeros detalhes da festa, o casal celebrará a união de maneira única”, sugere. a especialista em grandes eventos. Para a profissional, os registros fotográficos também passarão a ter cada vez mais importância. Faz sentido. “Casamentos a dois, ou com a presença de poucos familiares e amigos muito próximos, precisam de registro que imprima a essência do momento. O casal passará a valo-
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Foto: Reprodução/Buscando Sonhos
S
em a possibilidade de grandes aglomerações, casar com a sonhada pompa e circunstância ficou praticamente impossível neste interminável período de quarentena. Mas, como desmarcar tudo, deixar de lado sonhos e um planejamento minucioso para o dia do “sim”? Quantos casais não enfrentaram esse dilema nos últimos meses, entre incertezas, medo real da Covid-19 e a frustração em ter que adiar a cerimônia e a festa. Na verdade, sentimentos desse tipo afetam as famílias, padrinhos, convidados, amigos. Apesar de todo receio e insegurança do que (ainda) possa vir a acontecer, cada um deve fazer a sua parte para conter o contágio por coronavírus. Afinal, tudo a seu tempo, com saúde e cuidados indispensáveis para que tudo corra bem, seguindo as recomendações de prevenção da Organização Mundial da Saúde. Importante (e gratificante) saber que profissionais de eventos estão atentos, com a missão de resolver tudo e até adaptar os sonhos para uma realidade possível. Pelo menos por enquanto. Para os casais que não pretendem adiar muito o casamento, optar por espaços abertos, festas com bem menos convidados e celebrações menores estão entre as possibilidades. No pacote, observação rigorosa das normas gerais de higiene, além de mudanças no serviço de alimentação, também devem ser levados em conta. Mas, ainda assim, tudo vai depender dos novos passos de flexibilização de atividades por parte das autoridades para o setor de eventos, previsto como um dos últimos na fila de suspensão do distanciamento social. “Como organizadores de eventos, sabemos que é um dos últimos setores a voltarem ao seu funcionamento normal”, comenta - um tanto resignado - Renato Tsukamoto, da R9 Eventos, que atua no Litoral Paulista, mas com trabalhos em outros estados no currículo. “Tantos desafios nos foram ‘apresentados’ nessa pandemia que estamos atravessando, que precisamos nos adaptar e compreender o momento, cheio de adiamentos, cancelamentos e incertezas”. Renato aponta algumas alternativas para essa nova realidade que vem sendo enfrentada pelo setor. “Existem algumas possibilidades que podem ser utilizadas para não deixarmos de comemorar. Como sugestão temos o mini wedding com até 80 convidados; micro wedding, com até 30 convidados e até comemorações ainda mais intimis-
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Fotos: Reprodução
Neste momento, caprichar nos ensaios fotográficos é investir na memória
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Foto: Monica Dantas
rizar o trabalho do fotógrafo, que eternizará essa celebração, conectada à natureza e ao sentimento que ambos nutrem entre si”, explica. Tudo do avesso - “Como conviver com a pandemia?”, questiona a cerimonialista carioca Thaís Carvalho Dias. “Nossas festas se foram! Sonhos de muitas noivas queridas, adiados ou cancelados! Nosso cronograma está virado do avesso, com eventos todos atropelados em 2021. Muito difícil”, relata. Thaís acredita que eventos como os casamentos vão depender da chegada de vacinas. “A meu ver, só voltarão ao normal, com toda a alegria e agitação de antes da pandemia, se tivermos vacina. Imaginem uma festa, com pessoas longe uma das outras, com álcool O cerimonialista Renato em ação: atenção a todos os detalhes da cerimônia em gel na entrada, saída e nas toiletes! Muito sem graça, sem emoção alguma! E a pista de dança? Proibida? Tudo igreja, em um restaurante ou mesmo em um lugar isso é muito novo, inimaginável e desastroso no mun- ao ar livre, deve voltar. “O importante será realizar a do dos eventos”. vontade de estar junto e compartilhar a vida. O brinde A economia com ações intimistas também está da celebração será o ponto principal”. em pauta. Lourdes Correia diz que grandes despesas Luz do sol - Mas, se prevalecer a ideia da festa, que não serão necessárias para a realização de uma ceri- o evento seja “solar”, como ela diz. “Seja mini wedding, mônia nessa linha. “Assim, o casal poderá direcionar destination wedding ou um casamento mais simples, os investimentos para a reserva do hotel ou para al- apenas com o casal e poucas pessoas, à luz do sol, gum serviço contratado, e também para a montagem sem dúvida, será preferência entre os casais; será a da casa nova”, prevê a cerimonialista, que vai além: busca pela natureza e a possibilidade do contato visuaté o tradicional bolo com espumante no salão da al, através da iluminação natural. Depois de tanto tempo isolados do mundo externo e do prazer do toque, a celebração será um motivo mais do que bem-vindo para estar ao ar livre”. Já para quem não dispensa uma quantidade um pouco maior de convidados -comenta Renato “festas ao ar livre e em espaços abertos devem ser levados em consideração”. Nesse caso, surgem outras considerações. “Nos serviços realizados nas comemorações algumas mudanças também serão necessárias, como o bufê feito de forma individual, servido em porções aos convidados; equipamentos de segurança para a equipe que estiver trabalhando; farta disponibilidade de álcool em gel para funcionários e convidados, entre outros”, recomenda o Thaís de Carvalho Dias: “Cronograma virado do avesso” cerimonialista.
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Vida que segue, sonhos que seguem Mas podem considerar como “save the new date”
Renato Tsukamoto
Fotos: Acervo pessoal/Renato Tsukamoto
Renato Tsukamoto lembra que os brasileiros, de modo geral, são festeiros e animados e que tudo pode se ajeitar. “A vida está diferente é verdade, mas precisa ser comemorada! As datas importantes e sonhos precisam ser realizados. Nós, brasileiros em especial, sempre prezamos por festas - além de animadas e divertidas - cheias de beijos e abraços; o toque físico sempre foi presente em nossas comemorações” “As mudanças para novos eventos são certas”, prossegue. “Cada um deles envolve uma grande cadeia de fornecedores e parceiros, onde todos terão também que se adequar a novas normas e procedimentos de saúde e segurança. Eu acredito em sonhos e os sonhos não param!” É, portanto, como se fosse anunciado uma ordem geral do tipo ‘save the new date’. Thaís Dias, apesar de muitas dúvidas, está otimista. “Alguém por acaso sabe algo realmente certo e verdadeiro sobre tudo isto? Nem os maiores cientistas têm uma resposta positiva! Como nós, festeiros de plantão, poderemos dar algo como certo e regra, para o próximo ano?”, questiona, para emendar: “O tempo será nosso único aliado. Calma, paciência e muito amor, para enfrentarmos esta crise”. “Alinhando a segurança da nossa saúde e a realização dos nossos sonhos, podemos celebrar a vida com amor e felicidade. Sou otimista em relação à vida! Isso tudo vai passar e, em breve, teremos a realização de festas e eventos cada vez mais grandiosos”, sentencia Renato.
Eventos despojados estão em alta; produções suntuosas ainda parecem distantes, pelo menos por enquanto
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turismo
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Afinal, quem é o novo turista?
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Por Diego Brigido
a minha opinião, não há resposta mais sensata para esta pergunta do que: teremos de descobrir! Apesar de haver muitas teorias sobre o perfil do turista no pós-pandemia, a maioria delas não passa de especulação, de hipóteses. Isso porque o comportamento daqueles que estiverem dispostos a viajar nos próximos meses estará, inevitavelmente, ligado a condições que ainda nem se mostraram. A descoberta da vacina, o índice de infectados (e de letalidade) e os protocolos adotados pelo destino que pre-
tende visitar serão aspectos preponderantes no comportamento do novo turista. Alguns fatores, no entanto, parecem evidentes, como a tendência por viagens de curto deslocamento; uma preocupação maior com as questões de higiene e sanitização; a
saúde e higienização; mais: 18% vão priorizar lugares que não são cheios. A boa notícia é que 46% dos entrevistados pretende viajar ainda em 2020 e outros 26% podem viajar se encontrarem boas promoções. Entre os pesquisados, ainda, 54% farão viagens domésticas e 39% vão preferir destinos de praia, 18% culturais e 13% ecoturismo e contemplação. Dos brasileiros pesquisados, 33% vão buscar opções de viagens na internet, enquanto 30% seguirão recomendações de amigos e 10% da Imprensa e jornalistas especializados. Mas, quanto tempo isso deve durar? O turismo passará por uma transformação definitiva? Destinos de massa estão com os dias contados? Novamente, teremos de descobrir! O que não dá é não fazer nada, porque, afinal, quatro meses de impactos precisam ser minimamente recuperados, ainda que pouco se pode fazer pelo que já se perdeu. Então, agora que boa parte dos destinos brasileiros começam a retomar as atividades gradativamente, é hora de arregaçarmos bem as mangas, já que não podemos dar as mãos. Eis alguns fatores que precisam ser levados em consideração com relação ao novo turista – e ao seu negócio ou destino no novo turismo:
Protocolos de segurança são a garantia para uma hospedagem tranquila
preferência por destinos e atrativos turísticos sem aglomeração e uma maior importância às experiências mais humanizadas e conectadas à natureza. Uma pesquisa encabeçada pela Interamerican Network, em parceria com o site Catraca Livre e outras associações da América Latina, na primeira quinzena de junho, identificou que 34% das pessoas têm como maior preocupação ao decidir uma viagem nos próximos meses as questões de segurança sanitária,
Adaptação aos novos tempos requer atenção e geram novas imagens
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turismo
Viagens de carro devem ser mais frequentes, para destinos mais próximos
Viagens de carro devem ser mais frequentes, para destinos mais próximos
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É preciso conhecer bem esse novo turista e, sim, discutir com ele quais são seus novos interesses e limites. Cuidado para não colocar todo mundo na mesma caixa, pois haverá pessoas dispostas a se aventurar mais e outras mais comedidas. Esteja aberto para ouvir e mais atento que nunca. A sensibilidade nunca foi tão importante ao receber alguém e agora o acolhimento precisa ser sentido pela expressão dos olhos, já que sorrisos estarão tapados pelas máscaras e o toque não é aconselhável. Sorria com os olhos e com o tom de voz! Os destinos e os negócios do turismo precisarão aprender a ser gentis. Árdua tarefa para muitos! Os protocolos de segurança, higiene e sanitização exigidos pelas autoridades e adotados pelos estabelecimentos trazem amparo racional ao turista, uma segurança já esperada, mas você precisará ampará-lo emocionalmente, para conquistar sua confiança e deixá-lo a vontade e tranquilo. Turismo é emoção, toque, sensação, experimentação e socialização. Boa parte disso não será possível por enquanto. Você terá que ser criativo e surpreender, com parcimônia. Sabe aquela tríplice que quase nunca sai dos discursos para a prática: poder público, iniciativa privada e terceiro setor trabalhando juntos, dia-
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logando e respeitando atribuições? Pois é… se não for agora, não será mais. É clichê, amigos, mas sim a união vai fazer a força dos destinos no ‘novo turismo’. Não importa se você é um resort ou uma pousada; um restaurante estrelado ou aquele quiosque na praia, um empresário ou um prefeito, a sua cidade ou o seu negócio não estavam preparados para isso. Então, seja humilde, busque informações, parcerias e capacitação. Talvez, de alguma forma, precisemos voltar ao que o turismo foi no passado: uma atividade de contemplação, até que tudo volte aos trilhos e o turismo de experimentação ganhe forças novamente. A experimentação não deixará de existir neste novo momento, mas ela deverá ser mais personalizada. E, por fim, um novo momento merece uma nova marca, com uma comunicação forte, coerente e honesta, que atraia o turista com argumentos racionais, mas o retenha com apelos emocionais; que promova a retomada da economia local, mas resguarde a saúde e a integridade dos profissionais, dos visitantes e da população.
Caros amigos, o novo turismo não cabe no velho formato. E você também não!
carreira
Vamos falar sobre carreira?
autoconhecimento, a clareza, o foco e aprimoramento de habilidades são itens fundamentais para quem quer progredir na carreira, ou mesmo para aqueles que buscam recolocação no mercado de trabalho. É preciso planejar e definir metas e objetivos, assim como etapas desse processo de desenvolvimento pessoal. Com isso, ampliamos perspectivas e, enfim, assumimos o protagonismo da carreira. Mas, é claro, o profissional deve estar atento às oportunidades e bem treinado para executar o trabalho. Muito tem se falado sobre a importância do desenvolvimento da carreira, porém a quantidade de trabalhadores comprometidos de fato com o progresso profissional não entra tanto em evidência. De outro lado, empresas continuam se queixando em relação ao desempenho de seus profissionais. “Meu convite é para que se reflita sobre o atual cargo e onde pretende chegar. Isso independe de sua posição hierárquica, seja você um auxiliar de limpeza, ou um diretor executivo; na verdade o diferencial não está necessariamente no cargo ocupado, mas sim no movimento que o profissional faz para se manter com eficiência onde se encontra e no empenho para seguir adiante”. Quem faz o desafio e a gestora de carreira Claudia
Deris, lembrando que há tempos a carreira do profissional vem sendo cuidada pelas empresas, através do plano de carreira. Graças a esta investida das organizações, muitos profissionais conseguiram se desenvolver e atingir os cargos almejados. Mas, vale observar que cabe a cada um cuidar de sua carreira e desenvolvê-la de acordo com suas próprias habilidades e competências. “O ponto de partida para alavancar a carreira é identificar suas habilidades; a área de atuação; o percurso a ser seguido em relação aos próximos cargos a serem ocupados; e o desenvolvimento das competências necessárias” explica Claudia. É comum profissionais atuarem em áreas que se identificam por anos e por fim, não reconhecerem suas próprias habilidades, ou não terem ideia de qual rota seguir, assim como há casos em que o profissional possui o conhecimento de suas habilidades e não sabe como aplicá-las em seu trabalho. A gestora de carreira reforça: “Antes de qualquer investimento voltado para conhecimento técnico e comportamental é interessante, primeiro, fazer um alinhamento entre o percurso que deseja seguir na carreira e as habilidades que precisam ser desenvolvidas ou reforçadas, para que assim possa ter maior eficiência na aquisição de novos conhecimentos em seus resultados”, finaliza Claudia Deris.
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O desenvolvimento da carreira é de total responsabilidade do profissional, diz especialista
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comportamento
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pela falta de engajamento dos colaboradores nas empresas Por Fábio Sartori (*)
É
muito comum quando um novo colaborador é admitido nas empresas, nos primeiros seis meses demonstrar um alto nível de engajamento e motivação, em virtude de nova oportunidade, do seu novo salário, seu novo ambiente e também pela sua nova liderança. Ocorre que, com o passar do tempo, as questões e decisões do dia a dia, fazem o colaborador aos poucos ir perdendo aquele gás inicial, aquele poder de fogo que ele tinha ao entrar e, aos poucos, ir se desengajando sem perceber, até que um belo dia alguém o comunica, “que ele não faz mais parte dos planos na empresa”.
Foto: Reprodução
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As oportunidades que existem
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27% dos colaboradores são engajados, ou seja, estão conectados racional e emocionalmente com aquela empresa e com a sua causa e performance acima da média;
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34% são os chamados envolvidos, que são aqueles que estão parcialmente engajados, entregam o que o cargo espera, mas são tipicamente conhecidos como os “batedores de cartão de ponto”, cinco minuots antes do horário de saída, já estão ao lado do relógio;
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26% são os classificados como descompromissados, que são aqueles colaboradores que têm baixo nível de engajamento, racional e principalmente o emocional, não se sentem parte da empresa (eu carinhosamente costumo chamá-los de “zumbis corporativos”;
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13% são considerados ativamente desengajados, conhecidos por falarem mal da empresa, do líder, dos equipamentos de trabalho, pelos corredores, nos horários estendidos de café, ou em qualquer conversa que ele consiga ter com um colega, para fazer valer a “sua razão” de que a empresa não presta.
O que particularmente me assusta aqui é que, se somarmos os descompro-
missados + os ativamente desengajados, temos um percentual de 39% de uma empresa improdutiva; isso reflete em 39% de postos de trabalho inválidos, e que acabam sobrecarregando o restante do quadro de colaboradores, E o mais grave ainda, 39% a menos de produtividade e receita. Acredito que, com a pandemia, esse número de desengajamento diminuiu sendo motivado “por dor” (medo de perder o emprego) e não “por prazer” (faço porque quero), mas é fato que ainda assim temos um número altíssimo de desengajamento nas empresas. A grande oportunidade é que você, profissional que cuida da sua carreira e da sua empregabilidade tem, é de estar muito à frente desse perfil, entregando mais, conquistando inclusive reajustes salariais e promoções de cargo, porque você estará à frente de 40% do seu departamento. Para isso é indispensável um processo intenso de autoconhecimento, para você saber o que pode potencializar e o que pode trabalhar em seu perfil. Se fizer isso por 12 meses, aposto com você que os resultados serão absurdamente altos. De posse dessa informação e dessa reflexão, agora a bola está com você… vai lá e faz. (*) Fabio Sartori é educador executivo e diretor do Grupo Sartori DHO
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A primeira atitude deste colaborador é de indignação e de ter a certeza que ele foi desligado “do nada”, mas, como todos sabemos, nada é do nada. Na verdade, ele começou a ser desligado há cinco meses, quando deixou de entregar algum trabalho com qualidade; quando não estava conectado emocional e racionalmente com a empresa, cargo e atuação; quando não estava mais engajado com ele mesmo,e até então recebia feedbacks que entravam por um ouvido e saía por outro, naquele momento restou apenas a comunicação da sua demissão,que começou la atrás. Isso não é algo fácil de se perceber, principalmente porque somos engolidos pelo dia a dia, deixamos a zona de conforto tomar conta da nossa rotina e aceitamos então a mesmice, o marasmo e perdemos a gestão da nossa carreira e consequentemente jogamos a nossa empregabilidade lá embaixo. Uma pesquisa do Instituto Gallup, demonstra que em todas as empresas, independente do porte e do tamanho, possuem quatro níveis de engajamento, se considerarmos os 100% de colaboradores existentes nela, são eles:
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Sinais de que você é um
workaholic
Foco. Talvez seja essa a palavra para o tema. Aquele estado de “não se deixar levar” por só mais um pouco de dedicação, esquecer compromissos familiares, buscar desculpas variadas - nem sempre inéditas para justificar ausências... e por aí vai. Pare tudo, reflita e vai chegar à conclusão: você pode ser (ou já é) um workaholic.
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bom senso diz que, para se obter qualidade de vida, sem estresse, é preciso desafiar-se ao equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Do contrário, você pode entrar no (nada seleto) rol dos viciados em... trabalho, os workaholics! E essa rotina pode trazer consequências desastrosas, manifestadas em um quadro de insônia, mau-humor, impotência sexual, atitudes agressivas em situações de pressão e depressão, entre alguns dos sintomas mais recorrentes. Certamente, em meio às regras e restrições trazidas pela inusitada situação de pandemia, é bem capaz que o leitor já tenha se dado conta, por exemplo, do quanto deixou passar ótimos momentos com a família nos últimos anos. Não sem antes, nas primeiras semanas ter se questionado - claro! - sobre o “tanto de trabalho” que estava deixando por fazer... (Pode confessar!) Autodesafio - A “competição” à qual um autêntico workaholic se dedica é consigo mesmo. É uma espécie de autodesafio permanente e interminável, seja por questão de ego - muitas vezes não declarado ou sutil - ou para tão somente buscar o reconhecimento profissional e um orgulho que nem sempre condizem com tanto esforço. Cair em si nesse caso representa quase uma derrota pessoal, sinal de fraqueza, aquele sentimento do tipo “o que
vão ficar pensando”. No livro “Muito trabalho e pouco stress”, o autor André Caldeira cria um personagem típico: alguém que mantém o foco exclusivamente na carreira profissional, em detrimento da vida pessoal. Isso representa expedientes arrastados no escritório ou empresa, como funcionário ou executivo, deixando o convívio familiar em casa em absoluto segundo plano. Prejuízo geral - Para Caldeira, o estresse acaba sendo um mal invisível para os profissionais, que prejudica a produtividade no trabalho e afeta diretamente sua qualidade de vida, o desenvolvimento pessoal e até espiritual. Para as empresas, ao “permitirem” exageros - inconscientes ou não - acabam trazendo prejuízos também, em forma de afastamentos temporários ou longas licenças por estresse; baixa da produtividade desejada, por substituições e os custos que isso pode representar; além de transtornos trabalhistas, entre outros reflexos. Em resumo, vamos à tal reflexão proposta no início da matéria? Então, responda: seu trabalho é a sua principal referência?; sua vida pessoal é constantemente posta de lado?; o expediente no trabalho parece não acabar nunca?; você se irrita com facilidade?; fica todo o tempo conectado com redes sociais?; e apresenta sintomas de insonia constante? Sinal de alerta! Agora é com você.
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O que será o ‘novo normal’?
Como será a vida depois deste momento de pandemia
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s dúvidas são muiPara ela, é inspirador ver tas, diárias, permauma geração inteira apoiando nentes. Adaptada uns aos outros, as universidades ou não, a vida de dedicando-se ao estudo da docada um de nós foi ença, muitos médicos auxiliando diretamente impactada com a dena recuperação daqueles com o vastadora pandemia que assola vírus, empresas fazendo acordos o planeta. E não seria exagerado para manterem os negócios, vidizer que algum tipo de lição foi zinhos se ajudando. “Acabamos (ainda que duramente) aprendipercebendo que precisamos da, por conta do isolamento sode uns aos outros”, comenta a cial, pela perda de um ente queriprofissional, acrescentando que do, perda do emprego e renda ou muitas empresas tiveram que se de seu empreendimento. adequar ao modelo home office Para a economista e gestora e até pretendem continuar assim de carreira Penha Pereira, noo Penha Pereira, economista e gestora de carreira após o término da pandemia, entanto, alguns fatos que ocorrevários CEO’s tiveram que criar ram nos últimos meses, colocaram em xeque o apren- maneiras de tornarem suas equipes e diretorias coesas, dizado da humanidade, em cenas como a discussão de motivadas e treinadas para enfrentar a situação. atos racistas praticados, cidadãos mal-intencionados, Com certeza após tudo isso nada será o mesmo. Temanipulação de insumos pelos governos, disputas de mos a percepção que o ano terminou em 20 de março poder e afins. de 2020, com um novo iniciando com outros desafios e “Muitas chances foram dadas ao ser humano para que grandes adaptações; a vida, que antes poderia ser inele aprendesse e se tornasse melhor, mas depois de tantos dividualista e muito materialista, acabou. “Mas nós não anos, me parece que estamos regredindo. Ao mesmo tempo devemos ter medo de mudar, sendo que diante de toé muito emocionante ver uma parcela da sociedade ajudan- dos os novos e desconhecidos desafios é perfeitamendo-se neste momento”, reflete a também master coach. te normal ter medo, mas isso não irá nos parar”. conclui
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Barba bem feita
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tem lá seus segredos!
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Por Antonio Marques Fidalgo
ndependente do estilo preferido - e particulamentente em tempos de pandemia sanitária - barba pequena ou grande, o importante é que esteja bem cuidada. Até porque, basta olhar à sua volta para perceber que uma enorme parcela dos homens está se deixando levar pela comodidade, já que a obrigatoriedade do uso de máscara se encarrega de esconder eventuais imperfeições. Mas, e a vaidade, onde fica? Pensando nisso, Mais Influente Business foi a campo pesquisar dicas para uma barba bem feita. Definido o estilo de acordo com a sua personalidade, uma barba bem cuidada e crescida é sinal de estilo, impõe respeito, presença, cria marca pessoal. Mas, para mantê-la em dia precisa de cuidados especiais... e uma certa dose de paciência, debitada à autoestima que representa para muitos. Portanto, se o leitor está pensando em deixar a barba aparente, é preciso ficar atendo aos “segredos” que a missão exige. A primeira ação nesse sentido é lavar o rosto com sabonete neutro (para evitar irritações) algumas vezes durante o dia. É que, tal qual acontece com os cabelos, a área da barba acaba acumulando sujeira e oleosidade, às
vezes imperceptíeis. A água quente ajuda - e muito! - no momento de fazer a barba: abre os poros, deixa a pele e os pelos mais macios e facilita o barbear. Você pode aproveitar o banho, esquentar a água para lavar a barba, ou ainda usar uma toalha quente; produtos sem álcool ajudam a não irritar a pele e dão uma sensação de frescor. E não tenha pressa. A ação da espuma de barbear tem seu tempo próprio, para depois facilitar a passagem da lâmina no sentido de crescimento dos pelos, suavemente, sem pressão.
Os 7 segredos capitais Ter a pele do rosto lisa e livre de pelos é uma arte! Então, mãos à obra, ou melhor, à barba! O importante é fazê-la da forma correta, inclusive evitando que a pele do rosto fique irritada e com indesejáveis pelos encravados. Preparado? 1. Pele limpa Para afastar o risco de uma infecção ou irritação na pele, é preciso que ela esteja limpa e livre de impurezas (suor, poluição, poeira, resíduos de protetor solar ou cremes hidratantes); é recomendável o uso de um sabonete neutro; 2. Dilatação dos poros Se possível, aplique uma toalha quente no rosto antes de se barbear; ajuda na dilatação dos poros, tornando mais fácil o corte dos pelos, porque estarão mais expostos;
Definir o estilo do corte é fundamental: define a própria personalidade
4. Sentido do corte Tenha paciência na hora de fazer a barba; nunca comece cortando no sentido contrário, porque isso vai ferir seu rosto e provocar sangramentos por forçar a raiz. Inicie cortando no sentido do crescimento para diminuir o tamanho dos pelos e facilitar seu corte completo; depois de cortar todos os pelos nesse sentido aplique um pouco mais de produto e faça no sentido contrário ao crescimento; 5. Enxague em água fria Apesar de incômodo durante o Inverno, enxague o rosto com água fria; isso ajuda a fechar os poros, evitando impurezas na pele e ainda refresca seu rosto do atrito com a lâmina; 6. Tapinhas do bem Experimente, ainda com o rosto úmido, estapear-se (sim!) levemente - ou não, dependendo da sensabilidade de cada um - para auxiliar a irrigação sanguínea do rosto. A prática, ao longo do tempo, rejuvenesce e traz resultados inacreditáveis à expressão facial; 7. Utilize pós-barba Use um bom pós-barba (e não apenas um perfume pessoal), que contém substâncias que ajudam na cicatrização da pele, refrescam o rosto, evitam infecções e irritações, além de auxiliar a pele a se refazer das ‘agressões’ da lâmina.
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3. Produto certo Muitos homens utilizam sabonete para se barbear, mas o uso de espumas ou gel próprios para esse fim são fundamentais, já que facilitam que a lâmina deslize e ainda contém substâncias que previnem irritações e deixam a pele mais fresca;
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Hora do drink! No conforto de casa, que tal um drink virtual com os amigos?
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Acapulco
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Milk and honey
Apesar do Inverno, enquanto os dias mais frios não chegam, por que não um drink bem tropical? Anote os ingredientes:
Cremoso, saboroso. Assim é este drink preparado à base de uísque, leite e mel. Experimente! Veja os ingredientes:
- 1/2 dose de tequila - 1/2 dose de rum - 1 dose de suco de abacaxi - 1 dose de suco de laranja - Uma rodela de limão
- 2 copos (shot) de uísque - ½ copo (shot) de licor de mel - 1 e ½ copo (shot) de leite integral - 3 colheres (sopa) de mel - Noz-moscada para polvilhar
Preparar é simples: coloque tudo dentro de uma coqueteleira e misture bem; finalize com gelo.
Derreta o mel no leite e adicione o uísque e o licor; deixe apurar um pouco e sirva com noz-moscada por cima.
B-52
Tradicionalmente servido em chamas, o B-52 é um drink feito com a adição de três licores: de laranja, de café e creme irlandês (normalmente usa-se Contreau, Kahlua ou e Baileys. Em tempo: o licor de café pode ser substituído por licor de cacau. Fica ótimo!
Tequila Sunrise
A bebida é uma das mais famosas, junto com o ‘Sex On The Beach’. Ingredientes: - 1 dose de tequila dourada - 3 doses de suco de laranja (gelado) - 1 dash de Grenadine (substituível por groselha) - 1 colher de açúcar (ou não, depende do suco de laranja) Prepare colocando a tequila, o suco e o açúcar em um copo e misture. Depois coloque a Grenadine ou groselha. Gelo a gosto.
Fotos: Reprodução
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omo a ordem geral é ficar o mais tempo possível em casa, com segurança e cuidados mútuos entre os familiares, porque não brindar bons momentos com os amigos, ainda que de forma virtual, em meio à pandemia? O clima pede drinks adequados à estação e a equipe da Mais Influente Business foi a campo pesquisar receitas condizentes com o Inverno, que certamente vão impressionar por reunirem três pontos basicos: são saborosas, fáceis de preparar e causam grande efeito visual (capriche nos copos e taças!)! Então? Vais perder?
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Moda MASCULINA
Tons terrosos são tendência neste Inverno, em pleno período de pandemia. Mas, com a disseminação do home office, muitas teorias têm sido desbancadas pelo conceito ‘loungewear’, capaz de trazer aconchego, praticidade e prontidão para imprevisíveis chamadas de vídeo, por exemplo. É o seu caso? Acompanhe nossas dicas. Por Antonio Marques Fidalgo Vivemos uma época que nos foi imposta pela pandemia da Covid-19, sem pedir licença ou tempo hábil para mudar conceitos pré-estabelecidos para a (até então) “normalidade” do dia a dia. No campo da Moda - como em praticamente todos os demais setores - a princípio tudo parecia estar de ponta cabeça, já que a ordem geral do “fique em casa” tirava todos nós de circulação, não só das ruas, mas dos eventos sociais, dos escritórios, do mundo externo, enfim do mais frugal passeio que fosse. Então, “viva a liberdade da moda, porque cada um pode se ajustar ao que mais gosta, estar bem vestido e criar o seu estilo”, celebra Flávia Leal, consultora de Estilo. De uma hora para outra, adaptações foram surgindo, mesmo que cumprindo o tal mantra inicial do “fique em casa”. “Para o Inverno 2020, que se juntou à pandemia, aconteceu algo totalmente atípico, e tivemos que escolher a roupa de ficar em casa para o home office e as chamadas de vídeo repentinas. Isso exigiu investir em um look aconchegante, misturando os moletons, flanelas, tricôs de algodão e camisetas. É a moda ‘loungewear’, ou seja, roupa para uso em residência, sem ser o pijama, logicamente”, acrescenta a especialista. Mas a vida aos poucos foi voltando a determinadas rotinas, sair de casa - desde que atendendo todos os protocolos ditados pelas autoridades sanitárias - passou a ser permitido e, afinal, as tendências do vestir para os homens foram aparecendo aqui e ali. “Agora que as coisas começam a normalizar, é hora de falar do que usar e as tendências da Moda Masculina de Inverno 2020, buscando o que se gosta”, defende Flávia.
Moletinhos ou peças em tricô para se manter arrumado; no homeoffice, evite gola em V muito profunda
As cores
A consultora lembra que os tons terrosos, tão versáteis e que promovem inúmeras combinações, estão bem em alta, seja o marrom, o areia, caramelo, tons de cáqui, mostarda e o off white, por exemplo. “As jaquetas são super bem-vindas e, se tiverem pelo na gola ficam show”, diz, complementando que “isto vale para os casacos também, os super elegantes overcoats”. Marcam presença também as peças em tons bege, com um toque de amarelo, verde militar e marinho; e o preto, que sempre faz o contraponto.
Sobreposição de camisa com moletom e calça confortável, sem perder o estilo; a barra dobrada deixa o visual mais despojado
O moletom cai como uma luva para quem quer se sentir confortável; capuz é uma tentação para manter a cabeça aquecida, mas evite usá-lo em reuniões online
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As estampas e padrões
“O xadrez também estabelece seu espaço neste Inverno, levando mais para os tons escuros de fundo, inclusive o preto. Na onda das estampas está também o ‘face Print’, que como o nome mesmo diz é a estampa de rosto, seja de pessoas ou animais. Tenho visto muitas destas camisetas, inclusive em jaquetas jeans e moletons”, constata Flávia Leal. Segundo ela, estampas de animal print, as pintadas artisticamente e as no estilo tie dye também são opções para homens que curtem o estilo criativo, e que dão um toque diferenciado às calças jeans ou as jogger.
Off-white ou creme, mesmo sendo cores claras: é possível compor no Inverno, mas opte por peças mais escuras para finalizar
Pelo na gola pode ser encontrado facilmente nos casacos mais estruturados, como o couro ecológico, por exemplo
Jaqueta vai bem com qualquer composição; você pode usar a cor também como um ponto de luz, trazendo a cor para a parte de cima ou em baixo
Overcoat é uma opção de casaco para cidades mais frias e deixa qualquer homem elegante
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Os tecidos
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“Moletom é um tecido que tem a pegada do conforto e agasalha bem no frio; já é de longe o queridinho de muitos, compondo vários looks, seja de calças ou de blusões com zíper, capuz, enfim. O mesmo vale para o jeans que é uma opção nacional e pode ser visto em vários estilos. Já o algodão sobressai nas camisetas, por exemplo, e a sarja é perfeita para a alfaiataria”, avalia Flávia, que sentencia: “Lã e couro é uma dupla que não pode faltar no Inverno”. Aqui, usando o conceito animal print, exemplos de como é possível mesclar texturas e estampas
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O xadrez é atemporal; quem gosta da estampa, vale a pena usar sem medo
O conjunto de moletom é uma opção bem urbana para espantar o frio, a calça jogger, mostrada de forma discreta na foto, é encontra na maioria das vezes nesse tecido
A dupla lã e couro rústico
Gola alta e acessórios
Gola alta pode ser usada como uma segunda pele, para deixar o corpo mais aquecido ou como a peça principal
Gorro, chapéu, touca ou boina, cachecol, óculos de grau ou sol, pulseiras e relógios, são os acessórios preferidos do mundo masculino
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Ela não poderia ficar de lado, uma vez que agasalha e dá estilo, assim como os acessórios.
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Divulgação/ND
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RICARDO BELLINO O tempo que o tempo tem
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Por Antonio Marques Fidalgo
e você tem uma grande ideia, não importa o tanto de trabalho que terá; mãos à obra! Com esse conceito em mente, desde sempre, o empresário Ricardo Bellino perseguiu seu sonho como empreendedor nato que é, tornando-se um dos exemplos mais bem-sucedidos de altruísmo. Há mais de 20 anos, com pouco mais de 21 de idade, ele largou a faculdade de Economia e partiu para os Estados Unidos, com o objetivo de trazer para o Brasil a mega agência Elite Models, fundada por John Casablancas, de quem se tornou amigo pessoal. E isso sem falar inglês e sem um tostão no bolso. Um de seus primeiros feitos foi trazer para o País a campanha das camisetas de alerta para o câncer de mama, colocando o famoso símbolo do alvo no peito de milhões de brasileiras (e brasileiros também). Em 2003, aos 38 anos, encarou seu maior desafio: vender uma ideia ao hoje presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que marcaria sua vida para sempre. Apenas três minutos frente a frente com Trump (então “só” um megaempresário bilionário americano), que lhe renderam um vínculo com o poder no mundo dos negócios. “Eu brinco que foi um ‘play date’, com um final feliz”, diz. O que para muitos pode parecer ímpeto, arroubo, apenas um insight, para Bellino funciona como start para realização de algum novo projeto. “Minha vida é montar quebra-cabeças, cada vez maiores, mais complexos, desafiadores”, costuma definir sua busca incessante para colocar em prática boas ideias, destemido de medos que as interrompam já no nascedouro. Com vários livros publicados (“O Poder das Ideias”, “Sopa de Pedra”, “3 Minutos para o Sucesso”, “Midas e Sadim” e “Escola da Vida”, entre outros), aos 55 anos, o carioca de Petrópolis criado no Rio mora hoje em Sintra, Portugal. E ensina: “Basicamente, tempo vale mais do que dinheiro, porque se você ficar sem dinheiro pode recomeçar. Mas, se seu tempo se esgotar, você não terá como começar de novo”. Está dado o recado.
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Ricardo, você é considerado no meio empresarial como uma das pessoas mais criativas e empreendedoras, fazendo tudo ‘bem feito’... Ser muito detalhista lhe traz problemas ou facilidades? Eu sempre acreditei que o diabo está nos detalhes. Então, se alguma coisa pode dar errado, já dizia um antigo sócio meu, que foi um grande mentor, na época uma pessoa muito inspiradora - Daniel Dantas, do Banco Opportunity de Investimento - é que se alguma coisa pode dar errado, ela dará errado. Você tem que ter um grau de observação, preocupação quase paranóica nos detalhes, porque são nos detalhes que você faz uma ideia dar certo ou dar errado.
busca do caminho de uma solução consistente, profunda, é que você consegue desenvolver um projeto que vai se perpeturar. E são nas crises que as grandes oportunidades acontecem, já diziam os chineses nas seus conceitos milenares, que estão mais atuais do que nunca. Você se considera uma pessoa destemida? Já arriscou fichas em algum projeto ousado que não se revelou interessante depois, a ponto de ser descartado? Se existe uma marca registrada na minha trajetória, e se eu posso dizer que eu tenho um sobrenome é o atrevimento. Ser atrevido, ser destemido, ser taxado como louco, todas as minhas iniciativas foram interpretadas assim num primeiro momento. E não por força de uma crítica ou várias críticas, um não ou vários nãos eu desisti das minhas ideias. Eu sempre acreditei que o vencedor, na verdade, é um sonhador que não desiste nunca. Dentro desse exercício, muitos acertos e muitos erros ocorreram nessa jornada e eu sempre tirei um aprendizado muito grande desses insucessos, dessas ideias que não aconteceram como eu imaginava, ou que até mesmo não saíram do papel. Isso já aconteceu comigo algumas vezes e eu, não por conta disso deixei de continuar me atrevendo, criando, empreendendo. Sempre acreditei numa grande máxima, que compartilho do pensamento de meu amigo querido e meu sócio, Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional: ‘Não importa quanto vai dar certo, o que importa é você trabalhar, incansavelmente, até dar certo’.
São nas crises que as grandes oportunidades acontecem
Qual foi o conceito que o norteou no início? Continua com ele, reformulou? O que norteia a minha trajetória como empreendedor é uma observação permanente de oportunidades. Eu digo que eu adoro crise. Não posso ver uma notícia sobre crise, uma manchete sobre crise, que eu vou entender qual é a dor daquele momento e qual é o melhor remédio para curar aquela dor. Mas não um analgésico para passar a dor de cabeça, algo superficial. Mas sim para curar definitivamente a dor; porque é nessa observação, na
Motivação para novos empresários e empreendedores: palestras mundo afora
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Você é daqueles que anota tudo quando as ideias aparecem, ou confia na ‘memória interna’? Algum projeto já foi fruto de mera observação, pura intuição, assertividade? Todos os meus projetos vem de uma observação, de um contexto. Eu sempre acesso muito essa minha memória intuitiva, que é muito forte, mas gosto de tomar notas, fazer anotações, não de uma maneira organizada, mas pelo exercício do pensamento descontruído, para que eu possa continuar com os meus ‘quebra-cabeças’. Sou uma eterna criança que tem um hábito incansável de montar quebra-cabeças; minha vida é montar ‘quebra-cabeças’, cada vez maiores, mais complexos, desafiadores. Então, eu anoto na mi-
Como foi lidar com Donald Trump? ‘Vendeu’ a ele ou ‘comprou’ dele ideias? Afinal, os dois sabem como valorizar o tempo... A minha experiência com Donald Trump foi realmente algo singular. Marcou minha vida. Eu consegui transformar um episódio que tinha tudo para dar errado, quando fui recebido com aquela quase ameaça de que eu tinha apenas três minutos para vender minha ideia para ele; não me curvei àquela circusntância, mas enfrentei o desafio e entreguei em três minutos não as respostas que ele queria ouvir, mas as perCom Donald guntas que ele não tinha respostas Trump, para me dar. Aprendi na minha eshá duas cola da vida que, mais importância décadas: do que ter a resposta certa na ponta três minutos da lingua é saber fazer uma rápida valiosos pergunta, ou um conjunto de perguntas, para muitas vezes mudar o estado mental das pessoas. Nesse caso aconteceu exatamente isso: uma sequência de perguntas e ele não sabia nenhuma das respostas. Ao mesmo tempo eu providenciei as respostas e aquilo, naquele momento, criou uma conexão mágica, uma empatia muito grande, pelo meu atrevimento e pela forma como eu consegui mudar o seu estado mental, que estava depressivo, no momento com muitos conflitos e muitos problemas a serem resolvidos. Consegui quebrar aquela inércia mental e ali desenvolvi aqueles três minutos de amor à primeira vista (risos). Eu brinco que foi um encontro - um ‘play date’ - com um final feliz. E esses três minutos já duram quase 20 anos. Nós construimos uma história publicada em vários artigos da mídia internacional, em vários livros; no meu livro que se tornou um best seller - “Três minutos para o sucesso” publicado em mais de 13 países; e em quatro ou cinco livros que ele escreveu após esse nosso encontro (entre eles ‘Como ficar rico’, ‘Pense como um bilionário’, ‘Pen-
Posso dizer que eu tenho um sobrenome: é o atrevimento
se e haja como um campeão’). Enfim, uma alegria gigantesca ter a minha história registrada na biografia desse homem, que é um construtor de sonhos, um homem que não aceita limites, que aceita e enfrenta os seus desafios e quebrou todas as objeções até atingir o posto máximo do poder mundial, ao assumir a cadeira de CEO dos Estados Unidos. Nós dois realmente compartilhamos desse grande valor que damos ao tempo e conseguimos perpetuar o tempo, na medida em que cristalizamos - em três minutos - uma relação de respeito e amizade que dura quase duas décadas. Seus livros são festejados e considerados inspiradores para a maioria dos que os leem. É uma forma de disseminar conhecimento? Qual a proposta que tem em mente a cada novo título? Certamente os meus livros são esse exercício de projeção, de revisitar experiências do passado para inspirar pessoas a enxergarem um novo futuro e agirem no presente com uma nova atitude. Co certeza os meus livros são essa ferramenta que me enchem de orgulho e alegria em poder receber críticas, comentários, aplausos, enfim, reconhecimento de pessoas desconhecidas, anônimas, de quanto essas histórias de atrevimento, sequenciais, seriais, possam inspirá-las a mudar o estado mental. E mudar a sua atitude, ver o mundo de uma forma diferente, pensar grande, pensar como rico, entender que
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nha memória intuitiva, mas nada que um bloco de notas não me ajude a continuar na construção e no relembrar dessas ideias; e também do follow up, que é tão importante quanto ter uma ideia e acompanhá-la até a sua execução.
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riqueza não se define ou se limita pelo saldo na conta bancária e, principalmente, colocar a felicidade em primeiro lugar. A minha grande lição de vida, que eu exercito todos os dias é que a felicidade precede o sucesso. Essa minha crença está impressa em cada palavra nos meus livros. Esse é o meu legado: construir uma biografia, deixar uma biblioteca de exaltação à felicidade. Não uma felicidade utópica, poliana, mas uma felicidade consistente, real, que motiva e que nos leva a nos mover, saindo da zona de conforto e assumindo que, muitas vezes, temos que enfrentar uma zona de confronto. Em termos de empreendedorismo, como você observa esta geração em relação à sua, lá atrás, quando começou a expandir suas ideias? Eu, como curioso que sou, observo esses movimentos de empreendedorismo. Na minha época era uma palavra muito restrita, muito limitada, poucas pessoas conheciam, nem no dicionário estava. Hoje, empreendedorismo virou moda, e teóricos e filósofos, que nunca empreenderam nada, se tornaram evangelizadores, promotores desse movimento, sem ter em si uma bagagem que valide isso, que tenha verdade no que fazem. Hoje temos uma quantidade enorme de jovens que vive numa corrida desesperada por um sucesso fácil, que buscam fórmulas mágicas de sucesso, muitas vezes induzidos pelo erro por pessoas de má-fé, que tentam vender soluções milagrosas para enriquecimento fácil e rápido na internet, como se isso fosse algo para se orgulhar. Isso simplesmente só serve para enriquecer alguns mal-intencionados, que também nunca empreenderam nada, a não ser criar uma poção mágica para iludir pessoas, cuja repercussão e os efeitos colaterais são depressão, frustração, medo e insegurança. Eu acho que isso é uma grande pena, que a gente tem que saber dis-
Bellino: corrida desesperada por sucesso é alvo fácil de pessoas de má-fé
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Minha vida é montar quebracabeças, cada vez maiores, mais complexos, desafiadores cernir e buscar inspiração e orientação de quem de fato fez, faz e quem está comprometido com o entregar e com o fazer, e não simplesmente em encurtar caminhos, ajudar você a sair do zero ao milhão, do zero ao bilhão, e ficar rico do dia para a noite. Isso é uma mentira. É um bom produto de vender, inquestionavelmente, porque as pessoas estão desesperadas e estão buscando uma solução para resovler como pagar a sua fatura do cartão de crédito na semana que vem. Isso não existe. Então as pessoas vão ter que sofrer para aprender e, aprendendo, para não repetir o mesmo erro. Mas esse engodo, esse autoengano de uma indústria de autoajuda feita baseada em má-fé, em utilizar da boa-fé alheia com uma má-fé oculta para enriquecer poucos a partir da boa-fé de muitos, tende a distorcer toda uma geração desses supostos empreendedores que são levados ao engano todos os dias. Por outro lado existem, com certeza, iniciativas muitos sérias. Eu pessoalmente sou um promotor ávido, entusiasta desse empreendorismo real, que faz por merecer, que ensina por mérito, que lidera por exemplo e por experiências próprias. Sou um feliz e grande defensor e promotor do empreendedorismo e também participo hoje de um projeto fantástico, criado pelo meu amigo e sócio Janguiê Diniz, que é o Instituto Êxito de Empreendedorismo das Américas, do qual sou co-fundador. Ali não tem empreendedor de palco, que vende fórmula mágica; se apa-
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“Se há alguém que sabe o quanto eu valorizo o tempo, esse alguém é Ricardo Bellino. Eu lhe dei um deadline, ele o cumpriu e fim de conversa. Nós nos tornamos parceiros de negócios”. Donald Trump Presidente dos Estados Unidos Chairman and CEO - Trump Organization
Que ‘toque’ pode deixar para visionários com 21 anos (ou mais), como você lá atrás, para ter sucesso na carreira profissional? Alguma fórmula pessoal? Aqui em Portugal, onde eu vivo hoje, tive a grata surpresa de conhecer um amigo, que o pai, aos 104 anos, assumiu que ‘it’s never too late’ nunca é tarde demais - e lançou uma belíssima vinícola, um projeto extraordinário aqui na Serra de Sintra, que tive o prazer de conhecer e desfruto com frequência. Então, o toque que eu posso dar para os ‘visionários’ de 21 anos, de 20 anos, 19, 18, 17, 16, de 15 ou de 22 - e por que não de 32, 42, 52, 62 ou até de 72? - é o seguinte: empreenda com verdade, com paixão, com o comprometimento em fazer a coisa certa, com o entusiasmo que vai ‘engravidar’ outras pessoas para darem a luz às suas ideias. Você só consegue transformar sua ideia em um negócio de sucesso se conseguir contaminar outras pessoas com o vírus do bem,
com o vírus da ética, do amor, da amizade e confiança. Às vezes, as ideias não dão certo; não tem problema. Você vai se tornar uma pessoa maior e melhor, uma versão melhor de você mesmo e isso vai te abrir portas num próximo exercício. Nunca deixe de tentar. O risco de dar errado é a grande recompensa do empreendedor; caia com dignidade, levante com o mesmo entusiasmo, a mesma alegria e continue lutando. É assim que você vai construir resiliência, a melhor virtude de um empreendedor. Exercite a sua resiliência todos os dias; aceite que o erro e o fracasso são parte da cultura do seu aprendizado, e que na escola da vida esse processo de aprendizado contínuo não lhe dará um diploma no final. O seu diploma só vai ser lembrado e emitido depois que não estiver mais nesta vida, e for lembrado pelo legado que construiu. Não se preocupe com diploma para pendurar na parede, mas com aquilo que fizer as pessoas lembrarem de você, se inspirarem pelos seus exemplos e para fazer da sua vida uma vida melhor.
Eu tinha apenas três minutos para vender minha ideia para ele (Trump)
Quem é Ricardo Bellino na primeira pessoa? Muito prazer. Sou Ricardo Bellino, um cozinheiro de sopas de pedra. Alguém que acredita que tudo na vida começa com uma ideia, uma pedra, uma inspiração, muita paixão e determinação para fazer com que outras pessoas possam compartilhar da sua ideia, do seu sonho, contribuir com outros ingredientes e, no final, poder permitir que a gente compartilhe esse resultado. Ricardo Bellino é um sonhador que acredita nos seus sonhos, tanto que ele se convence deles. É um sonhador que entende que o sucesso vem, primeiro de atingir um estado de felicidade e, segundo, de que nunca você deve desistir do seu sonho. E que tem que pensar grande, acreditar no seu sonho, e não se permitir que as melhores ou as pessoas em que mais confie consigam destruir os seus sonhos. Não são seus inimigos que vão destruí-los, são seus melhores amigos... Então, aprenda a correr o risco de assumir suas ideias e colocá-las em prática, mesmo quando a maioria das pessoas taxar você de louco, e que suas ideias estão condenadas ao fracasso. Fracasse por si só, mas tenha o prazer e não a frustração de tentar até que a ideia dê certo.
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receu algum já foi eliminado. As pessoas precisam ter o discernimento, de saber de que fonte querem beber a água, porque às vezes essa água pode estar contaminada, e o vírus dessa contaminação pode comprometer a sua saúde emocional para o resto da vida.
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Atual sede da Bauhaus, em Dessau, na Alemanha. Sua fachada em pano de vidro virou a principal referência desse estilo de elemento arquitetônico
Bauhaus Repare à sua volta, você conhece este estilo
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esultado de uma das escolas de arte modernista festejadas em todo o mundo, o estilo Bauhaus influencia arquitetos e designers há mais de um século. A abordagem de ensino e maneira de compreender a relação entre arte, sociedade e tecnologia provocou grande impacto, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, espalhando o conceito e o movimento, interdis-
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Linhas retas, limpas e funcionais são características do estilo Bauhaus
ciplinar por todo o planeta. O pioneirismo da escola Bauhaus revelou a interação harmônica entre a estética sóbria do Modernismo e a produção industrial, criando funcionalidade, particularmente na concepção de elementos e objetos do dia a dia, do mobiliário aos utensílios domésticos. Na arquitetura, os traços do estilo continuam atualíssimos, influenciando gerações de profissionais.
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decoração
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Projetos despojados continuam como tendência até hoje na decoração de ambientes
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A famosa cadeira modelo B32, de 1928. Material: estrutura de aço tubular cromado, assento e costas em palhinha.
Fotos: Reprodução/Acervo Casa Bauhaus
A criação da Bauhaus é fruto da insatisfação relacionada aos rumos da indústria criativa no mundo pós-conflitos mundiais. Era março de 1919 quando o alemão Walter Gropius inaugurou a Escola Bauhaus na cidade de Weimar, no leste da Alemanha. Em pouco tempo o lugar ficou conhecido como uma grande fábrica de ideias, muito à frente de seu tempo. Em seu manifesto, criado e publicado no ano da inauguração, pregava-se a liberdade criativa. A premissa foi levada às últimas consequências pelos formandos. Quando abriu as portas pela primeira vez, ainda não era uma faculdade de Arquitetura, e sim uma oficina. Só seis anos depois, quando o governo alemão cortou as verbas para a escola, obrigando-a a mudar de cidade, que a faculdade foi inaugurada. A “fábrica” migraria para Dessau - também no leste alemão - e assim foi criada a Universidade de Bauhaus. Em 1932, em função da perseguição nazista, o local foi fechado; com o término da guerra (e com ela o nazismo) os criadores da escola voltaram às atividades. Começava então a disseminação definitiva das ideias de Bauhaus pelo mundo.
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negócios
Rentabilidade e qualidade. Vantagens da
transmissão ao vivo MAISINFLUENTE/BUSINESS
Quanto mais se investe em uma boa execução, maiores serão seus lucros
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Por Silvia Barreto
e um lado, o autor da iniciativa, seja ela de entretenimento, comercial, esportiva, religiosa, enfim, as áreas são infinitas. Na outra ponta, o consumidor/receptor do que é oferecido nessa transmissão. Para interligar ambos, ao vivo, com qualidade e sem interrupções, é necessário uma ferramenta: o streaming, ou melhor, o live streaming, que integra este mercado em ascensão e que já registra um crescimento de 30% este ano, em relação ao ano passado. Essa é uma forma de transmissão de som e imagem através de uma rede de computadores, criado para não ser necessário efetuar downloads de arquivos que consumam áudio e vídeo no computador. Com esta tecnolo-
gia, a máquina recebe as informações ao mesmo tempo em que as repassa ao usuário. Além de tempo, o que de melhor essa alternativa proporciona é a redução de custos com infraestrutura e o maior poder de alcance dos internautas. A empresa VirtualTV, com sede no Rio de Janeiro, atua há mais de cinco anos nessa atividade com a captação e transmissão de eventos ao vivo. A qualidade investida em sua plataforma consegue ampliar o potencial de alcance de qualquer tipo de evento. “Imagine que o seu evento físico tenha capacidade para 200 pessoas. Ele poderia ter a capacidade de alcançar mais de 20.000 pessoas? Até poderia, mas pense o custo de preparar um evento para essa quantidade de participantes. Quando você transmite
A live é algo que acontece naquele instante, é mutável e quem está do outro lado da tela pode fazer parte disso, sendo inclusive um canal de interação com o público, ao receber e responder as mensagens que chegam a todo instante. Além disso é possível acompanhar os acessos, em tempo real, com gráficos que demonstram a participação dos expectadores, sendo possível também oferecer ao vivo uma bonificação ou um desconto exclusivo, para as primeiras pessoas que interagirem de alguma forma com seu evento. Outra alternativa de retorno positivo com a realização deste tipo de transmissão, e que é desenvolvido pela VirtualTV, é atingir pessoas no momento em que tudo acontece. Ao compartilhar o link da live, pessoas dos mais variados universos recebem essa conexão e, por consequência, descobrem seu evento ainda em tempo de vivenciar aquilo. “Como costumamos dizer, a transmissão ao vivo é o mais próximo do teletransporte que a tecnologia permite hoje. Transporta as pessoas do conforto da casa delas direto para seu evento”, analisa Rodrigo. Diferencial - Para cada evento é necessário planejar. Especialistas da VirtualTV fazem a projeção do trabalho que será desenvolvido, com foco no conhecimento do local; público-alvo e infraestrutura necessária. Diante desse levantamento prepara-se uma plataforma customizada, que prevê a personalizacão da página do evento, venda de ingressos e a estruturação para a transmissão ao vivo, seja a atividade paga ou não, de acordo com o formato exigido pelo cliente. Toda essa atuação tem vários públicos a serem atingidos, como estudantes e professores de cursos de Educação à Distância (EAD); área da Medicina, com transmissões de cirurgias ao vivo; shows dos mais variados artistas, tendo com foco as lives realizadas em plataformas como Youtube ou Facebook; social na realização de casamentos, festas e até velórios, bem como eventos corporativos que vão desde o discurso do presidente da República, até a realização de palestras e workshops. Um dos setores bastante específicos da VirtualTV é a plataforma de transmissão de shows. Rodrigo Thome conta que está sendo criada uma plataforma única para eventos, onde irão centralizar todos os eventos e direitos. “Além da plataforma, fazemos a captação e transmissão com nossos equipamentos de ponta e muita tecnologia de áudio e video. Mas, se o cliente ja possui alguma empresa de confiança, ou até mesmo seus próprios equipamentos, podemos centralizar a distribuição e controle pela nossa plataforma. Também entregamos o sinal para onde o cliente desejar como o Facebook, Youtube, ou ponto a ponRodrigo Thome é CEO da VirtualTV, com sede no Rio to”, detalha.
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ao vivo, não impõe limites à sua capacidade de alcance e os custos se reduzem muito”, explica Rodrigo Thome, CEO da VirtualTV, que há 20 anos atua nesse mercado e conhece a fundo a importância e os resultados positivos de uma transmissão de qualidade. Tudo que é produzido ao vivo, tem a enorme capacidade de viralizar nas redes sociais, pois há uma conexão direta e em tempo real com o público. Uma das grandes vantagens deste ramo é, sem dúvida, a redução de custos com espaços físicos e infraestrutura. Quanto maior o evento, maiores são os valores a serem investidos em espaço, bufê, mão de obra e preparativos. Muitas vezes, o budget disponível não é suficiente para realizar o evento com o alcance esperado. “Logo, a carta na manga das empresas e produtoras está sendo a transmissão ao vivo. Com esta tecnologia é possível driblar a barreira de custo para criar um evento de alto impacto e qualidade de imagem”, define. Diversas marcas, dos mais variados setores, apostam nesse tipo de exposição, com a certeza de que irá render excelentes frutos, como o aumento de seguidores e retorno rápido do investimento já realizado. O CEO da VirtualTV esclarece que é possível, através deste tipo de plataforma, capturar cadastros do público interessado em assistir ao seu evento. “As pessoas que se interessam pelo seu conteúdo são muito mais propensas a adquirir seus produtos, ou mesmo, estar presencialmente em seu próximo evento depois dessa experiência. E por que não aproveitar e usar esses leads para envio de newsletter, e segmentação de sua base para envio de promoções de produtos correlatos?”, sugere. Qualidade - Importante lembrar, que não é somente ligar um aparelho celular, ou mesmo, o computador para que a transmissão tenha início e seja um sucesso. Para garantir que o engajamento, ao vivo, seja 10 vezes superior à gravada, é necessário ter um suporte que mantenha essa conexão ativa e ininterrupta.
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Seu produto pode ser ainda mais rentável
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A VirtualTV está em fase de lançamento de uma plataforma bastante atraente para esse crescente mercado. Ao contratar a sua estrutura, o cliente terá à disposição - além de todo o suporte de qualidade na prestação dos serviços já elencados - a possibilidade de gerar renda com atuações pontuais e que foram desenvolvidas pelos especialistas. A primeira ação é a possibilidade da venda de ingressos online, além da cobrança por acesso de usuário e o estímulo à venda de produtos. O objetivo dessa iniciativa é criar um canal rentável de ganho para seus clientes. Para se ter ideia do projeto, durante a realização da live o cliente poderá receber o link de compra do produto pelo qual se interessou e, assim, facilitar sua aquisição, de forma rápida e segura. “Temos uma plataforma especifica e customizada com a cara do seu evento, nela podemos monetizar ou simplesmente liberar o acesso, tudo de forma simples e prática. Estamos com nosso novo módulo que ainda está em fase de finalização. Em breve estará funcional e
pronto para testar www.virtualtv.com.br (será um ingresso.com dos eventos). Queremos centralizar todos os eventos que acontecem na cidade para divulgação, ou o cliente pode optar por uma página exclusiva”, explica. Mesmo no pós-pandemia Rodrigo acredita que esse mercado continuará fortalecido e em crescimento, pois grandes eventos por um longo tempo não irão acontecer, mas a transmissão feita com qualidade e responsabilidade representa fonte de renda para quem oferece e quem contrata. Ambos, certamente são beneficiados. “Na nossa opinião, principalmente no mercado da música, essa tecnologia não substituirá os shows presenciais, pois de certa foma, o clima que o show traz, a qualidade do som, o encontro com os amigos, tudo isso ainda se perdurará por muitos anos. Queremos agregar nos lançamentos de álbuns e músicas, pois não haverá lançamento de DVD e sim as lives, onde todo acervo ficará na página do artista e no canal do YouTube para fomentação de acessos”, projeta.
Foto: Reprodução
negócios
De executivo empreendedor a empreendedor executivo ão é um jogo de palavras, é mais uma questão imposta pelo, sempre mutante, mercado de trabalho. As grandes empresas, cada vez mais envolvidas com fusões ou aquisições, também se tornam “exterminadoras” de executivos e executivas. Não há espaço para todos e o desligamento no alto escalão é um ato contínuo a consolidação nos setores. É neste momento que a metamorfose consciente deve acontecer; o empreendedor precisa surgir e garantir a mutação. Foi assim comigo. Devo afirmar que este processo leva algum tempo, e dói. Mas a desconstrução é necessária e saudável, foi o período mais transformador que vivi em mais de 32 anos de carreira. Tornar-se um empreendedor mostra os riscos que você acredita, equivocadamente, que não há na sua “versão” executivo. O risco sempre esteve comigo, é um companheiro permanente na jornada profissional e o melhor a fazer, é conhecê-lo tão bem, a ponto de ter intimidade com ele. Mas, o que é libertador, é entender
a grande diferença entre o executivo e o empreendedor; que, em geral, um rasteja e o outro voa. Me refiro à inevitável carga protocolar e burocrática que as megaempresas impõe aos seus líderes, que os mantém limitados, lentos, frustrados, quando suas mentes lhes mostram que poderiam estar voando. Mas quando você empreende, aqui fora, os limites podem até ser outros: recursos financeiros e humanos, mas a liberdade, a leveza, a autonomia, compensam. Imaginem o tamanho do esforço da lagarta quando se transforma na borboleta; agora, pensem na recompensa que vem junto, alçando o voo que mudará sua maneira de olhar o mundo e ampliar a sua capacidade de realizar. Estou convencido que, no final, “vence” - em todas as dimensões - quem realiza, os que fazem acontecer, depois das suas tentativas, erros, reparos e a dose certa de resiliência. As ideias estão no ar, nos sites de buscas, nos concorrentes, em todos os lugares, mas a energia para realizar, a teimosa determinação é uma virtude rara e mais comum aos empreendedores.
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Por Alfieri Casalecchi
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Empresários lançam orientação para donos de negócios no Brasil Por Bettina Chateaubriand
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justar o mindset, repensar o capital humano, acelerar a estratégia digital, desenvolver um playbook do propósito para os clientes, e até criar um ecossistema de negócios são ações fundamentais que proporcionam a construção de relações de valor, para evoluir processos e maximizar o desempenho corporativo. No Brasil, devido a diversidade e os desafios impostos pelo mercado às empresas, é necessária uma rigorosa análise estratégica caso a caso, conhecimento especializado, experiência na área e visão de dono. E o investimento para implementar tudo isso costuma ficar acima do que o empresário pretende ou pode arcar. Pensando nisso, os sócios Julian Tonioli, Marco França, Fabian Valverde, Bruno Ruy e Rogério Vargas lançam, a partir da segunda quinzena de julho, o Auddas onDemand, uma orientação ao alcance das empresas, segmentada e sob medida nas áreas de Governança, Planejamento Estratégico, Plano de Negócios, Valuation, M&A, Investimentos, Captação de recursos, Dados Financeiros, Modelo de Gestão e Revisão de Estruturas de Operação e Vendas, Estratégia Digital e Tecnologia. “Desde o dia 1 da Auddas, sempre acreditamos que o mercado de consultoria precisava de uma oxigenada. Os modelos de trabalho e engajamen-
to tinham pouco foco no cliente e em sua necessidade e não privilegiavam um engajamento baseado na entrega de valor rápida e continuada. Por que não adotar os métodos ágeis também em gestão, em consultoria e estratégia? Isso que nos levou a pensar e desenvolver o modelo do onDemand”, diz Julian Tonioli um dos fundadores da Auddas. Por outro lado, a vida do empreendedor e do empresário é solitária às vezes. “Por que não contar com a ajuda e a orientação especializada de forma flexível e acessível do jeito que quiser e precisar, quando e onde necessário?”, pondera Marco França, também sócio fundador da Auddas. Serão dois formatos de trabalho e o dono do negócio pode escolher o grau de engajamento e o nível de acompanhamento que espera receber. No Auddas NOW, o empresário tem acesso ao time Auddas para endereçar dúvidas, necessidades pontuais e obter orientação imediata sobre seu negócio. Serão 30min/semana de video call, troca de mensagens ilimitada e acesso ao Knowledge Base Auddas. Já o Auddas Virtual Board é mais completo e voltado aos que precisam ir mais longe. Nele, o empresário terá 1h/semana de video call e mentoria em conjunto com seu time, além de 2h mensais para acompanhamento estratégico. Neste formato também estarão disponíveis as trocas ilimitadas de mensagem com o time Auddas e acesso a seu Knowledge Base. Rogério Vargas, que prestou consultoria para mais de 500 sócios e gestores com cerca de 20 mil pessoas impactadas, explica que o cliente pode escolher uma ou mais áreas elencadas no próprio site da Auddas onDemand. “Se ele optar, por exemplo, pelo Plano de Negócios, terá a avaliação e a revisão dos planos estratégicos da empresa, propostas de melhorias e o acompanhamento do desenvolvimento adicional”, completa ele. Dentre as empresas às quais prestou consultoria
Bruno Ruy
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Fabian Valverde
destacam-se o Grupo Capemisa (Salutar), AXA e First Data Grupo PAN, Instituto Tecnologia Eldorado, Óticas Carol e Penalty. Olhando pela perspectiva do mundo digital, o uso de dados, associado à tecnologia, é o caminho para ganhar relevância perante os seus consumidores. “Muitos que ainda não haviam atentado à necessidade de adaptação e ao uso de tecnologias como meios para se diferenciar foram forçados, em meio a pandemia, a se reinventar com pouco ou sem planejamento. No caso do Auddas onDemand, podemos auxiliá-lo nesse aspecto. Afinal, ‘data is the new Oil’.”, completa Bruno Ruy, um dos líderes da frente digital, com mais de 10 anos de experiência em modelagens de negócios digitais, além de casos de sucesso no lançamento de estratégia de Go to Market em múltiplas indústrias. Como gestores, investidores e conselheiros em diversas companhias, eles compreendem as dificuldades e as dores do processo de gestão e asseguram que os resultados já aparecem desde a primeira interação. “Nos últimos anos, nosso grupo teve a oportunidade de fundar algumas empresas e atuar como investidor em diferentes iniciativas. São mais de 16 empresas no nosso portfólio, incluindo empresas criadas do zero, que hoje são referências em seus setores. Queremos dividir parte do nosso conhecimento com o ecossistema e ajudar os donos de empresas a pôr em prática suas visões. Debater sobre temas amplos como captação de investidores, estratégias de escala de negócios e uso intensivo de tecnologia faz parte da nossa rotina há 15 anos”, afirma Fabian Valverde, que também é CEO da Paketá Crédito, e foi pioneiro em projetos de mobile banking no País. Para contratar e obter mais detalhes de como funciona o serviço, basta acessar o site: www.auddas.com/ ondemand.
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Fotos: Reprodução
lives
Uma apresentação funcional requer planejamento prévio
‘LIVES’ Essa rotina veio para ficar
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efinitivamente, nestes (novos) tempos com tantas restrições de locomoção e indicação de isolamento social - sempre que possível - as lives ganharam mais e mais adeptos, importância e popularidade acelerada, já que disseminar ideias pelas redes sociais vinha ganhando espaço. Mas é preciso que o empreendedor se prepare para realizar uma transmissão com excelência, atraindo e atingindo com eficácia o público-alvo para o qual foi pensada. Na verdade, não interessa a plataforma eleita para a live, mas sim a prática e planejamento de quem vai transmiti-la. Assim, o Youtube, as chamadas salas de conferências, o Facebook ou o Instagram viraram canais para expor conteúdos nas mais inimagináveis situações até então. Uma rotina absolutamente incorporada para aqueles que buscavam pretextos para adquirir conhecimento, diversão ou simplesmente “passar o tempo” durante a quarentena. A clientela é vasta e democrática: de donas de casa a executivos, de estudantes a aposentados em busca de novas experiências e atualização. Já é possível dizer que esse hábito veio para ficar, mesmo no (futuro e, esperamos, rápido retorno à norma-
Sirley Maciel é analista comportamental, terapeuta e escritora
Foto: Divulgação/Toda Comunicação
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Por Antonio Marques Fidalgo
definido o assunto, o objetivo, o tema, o público, o tempo, os tópicos principais e a estratégia de apresentação. “Já na estrutura, você distribui o tempo e conteúdo em itens como a introdução, o desenvolvimento e a conclusão”. Em uma live, o tempo da audiência é muito curto, assim é importante ter em mente que em sete segundos deve-se gerar uma primeira impressão positiva e fazer as pessoas permanecerem atentas à apresentação. “Depois, em 30 segundos, deve ser apresentada uma abordagem eficiente, clara e objetiva, que convença as pessoas sobre a importância do que será exposto”, diz a analista, para emendar: “Por fim, é preciso convencer as pessoas dentro de três minutos; capturar a atenção, lembrando que, por ser em redes sociais, você nunca sabe em que momento alguém vai entrar. Como é possível visualizar quem acaba de entrar, nessa hora, quando possível, falando ou escrevendo, é bom dar atenção às pessoas”. Equipamentos - Sirley Maciel lembra que o aspecto técnico nas lives é fundamental para uma boa transmissão e passar confiança, credibilidade e profissionalismo. Isso equivale dizer a necessidade de um excelente sinal de internet, bons equipamentos de captação e transmissão (que pode ser um computador, celular e/ou webcam) e eficientes instrumentos de som e luz. No instituto presidido por ela são ministrados treinamentos básicos que têm como objetivo preparar, organizar e executar a sua primeira live. O nome do programa é, no mínimo, sugestivo: “A primeira live a gente não esquece”. Desafiador, não?
No Instagram, com poucos cliques você se comunica ao vivo
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Foto: Reprodução/Klickpages
lidade) pós-pandemia. E para todo tipo de necessidade: seja ela de conteúdo hard, de notícias, pronunciamentos e entretenimento em geral. Características - As pessoas buscam nas lives a atenção de sua audiência e isso está totalmente associado ao seu poder de criatividade, confiança, credibilidade e no conhecimento de suas inserções. “A live possui duas características: primeira, ela é uma transmissão ao vivo nas redes sociais e, portanto, não há ensaios e nem cortes; e, segunda, ela deve conter uma estrutura simples, clara e direta, que exige do seu executor(a) uma boa capacidade de comunicação, oratória assertiva e conhecimento sobre o que vai ser falado”, acentua Sirley Machado Maciel, professora de Oratória, palestrante e analista comportamental. Sirley (que também é presidente do Instituto de Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento do Ser, com sede em Curitiba) apresenta algumas dicas fundamentais para que todos possam ir se familiarizando de vez com a linguagem e, principalmente, com as técnicas de elaboração, organização e estruturação de lives. Passo a passo - “A divulgação da live é o primeiro passo. Portanto, é necessário caprichar nessa fase. Algumas opções como confeccionar um post criativo, que apresente o tema, horário, onde será transmitida; fazer alguns stories contando sobre o que vai ser falado e chamando o público para participar”, ensina Sirley. A professora aponta como segundo passo o planejamento e a estrutura da live. No planejamento deve ser
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saúde
Va mos f alar d e
fibromialgia
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ertamente, em algum momento da vida, você já sentiu dores por todo o corpo, às vezes de forma severa e sem explicação sobre como e onde surgiram. Como parte do ‘pacote’ - na verdade, sofrimento - sinais de cansaço, fadiga, distúrbios do sono, e ansiedade ou depressão. Típicos sintomas da fibromialgia, que só no Brasil registra mais de quatro milhões de atendimentos por ano; no mundo, as vítimas ultrapassam 150 milhões de pessoas. A fibromialgia ainda é uma doença incógnita para a maioria dos profissionais de saúde, já que a causa não foi encontrada e não há exames que a comprovam, apenas diagnóstico clínico. A prevalência se dá entre as mulheres, conforme estatísticas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença causa dor crônica disseminada por vários pontos do corpo, especialmente tendões e articulações; as causas incluiriam ainda gatilhos ambientais, psiquiátricos e até virais. Segundo especialistas, medicamentos, psicoterapia e redução do estresse podem ajudar no controle dos sin-
tomas. Mas já existem também tratamentos alternativos. “Como não há razão física comprovada, muitos afirmam que a causa da fibromialgia pode ser psicológica, afinal, o emocional e subconsciente costuma refletir no corpo seus problemas”, explica a hipnoterapeuta e gestora de carreira Madalena Feliciano. Segundo ela, apesar de estar relacionada a outros problemas como doenças reumáticas, a fibromialgia também está ligada ao sistema nervoso central, o que poderia levar à conclusão de sobrecarga emocional sendo fisicamente manifestada. A hipnoterapia acumula casos de sucesso para clientes que apresentam sintomas da doença, a partir de sessões de hipnose, que trabalham na reeducação do subconsciente. A terapia é utilizada como auxílio para o tratamento de transtornos emocionais, físicos, psicológicos, hábitos e emoções indesejadas. “Ao estudar todo o histórico daquele que sofre de fibromialgia, é comum encontrar traumas, culpas e medos que poderiam causá-la. Realizando uma reprogramação e mudança de mindset, grande parte da dor - senão inteira - desaparece”, finaliza Madalena.
Doença pode ter fundo emocional e a hipnoterapia surge como opção de tratamento
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reflexão
Refletindo sobre a vida
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Por Fernanda Leitão (*)
andemia, isolamento social e lockdown, entre outros, são temas recentes que têm saturado nossas mentes de apreensões e temores. Por outro lado, é importante atentar para um aprendizado que a devastação provocada pela Covid-19 tem proporcionado a quase todos nós: pensar sobre a morte de uma forma mais real e natural, como um evento inevitável a ser considerado no planejamento do futuro de nossos entes queridos. Conquanto tenhamos a consciência de que a única certeza na vida é a de que um dia vamos morrer, aspectos culturais nos desestimulam a falar e a tomar providências que estejam ligadas à nossa finitude, como se o simples fato de encarar a realidade pudesse trazer má sorte a quem não foge do assunto. Este é um tabu que vem sendo derrubado pelo novo coronavírus, dia a dia. Pela TV, pelos jornais e pelas mídias sociais, assistimos a notícias de mortes de pessoas de todas as idades, o que nos leva a refletir sobre o óbvio: a linha que nos liga à vida é tênue. Ninguém sabe quando o relógio biológico vai parar. A propósito, sobre o
Centro Rua do Ouvidor, 89 - Centro Centro - Rio de Janeiro, RJ De segunda a sexta das 08h às 18h Contato:3233-2600 / 99002-2475 (WhatsApp) Barra Av. das Américas, 500 – Bloco 11 – Loja 106 Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, RJ De segunda a sexta das 08h às 18h Sábado das 09h às 15h Contato: (21) 3154 - 7161 / 99002-2475 (WhatsApp) faleconosco@cartorio15.com.br
tema, cito a comédia francesa “Novíssimo Testamento”, na qual todas as pessoas do mundo foram notificadas do dia da sua morte. Desnecessário dizer que foi o caos. A reflexão provocada pelo vírus devastador tem trazido muitas pessoas jovens, de meia e da terceira idades, ao nosso Cartório. Elas vêm fazer escrituras de união estável, legalizar relações ou registrar testamentos visando à proteção familiar, além de muitas procurações para evitar que idosos tenham que sair de casa. Todos esses atos foram motivados por duas razões. A primeira é a tomada de consciência de que um dia vamos morrer, e a segunda é o amor que nutrimos pelos nossos entes e familiares motivando a vontade de protegê-los. A mensagem que eu gostaria de deixar é que, após a pandemia, quando não mais formos assombrados pelo coronavírus, deveríamos manter essa consciência de finitude. Todos devem planejar o futuro de maneira tranquila, não premidos pela ameaça de morte iminente. (*) Tabeliã do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro
Por ANDRÉIA REPSOLD
SHELL #WECARE
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Conversei com Rodrigo Ferreira Gerente de Desenvolvimento Organizacional e Treinamento da SHELL Brasil sobre o inovador projeto #WeCare – “Na Shell a gente cuida de quem cuida da gente” que teve início em março 2020 como uma resposta da empresa à crise mundial que se instalava no nosso país. As lideranças estavam questionando a nova realidade que se apresentava com todos no mundo precisando permanecer dentro de suas casas. A preocupação da empresa era o que poderiam fazer para manter o equilíbrio da equipe naquele momento, tendo como foco proporcionar bem-estar dos funcionários e seus familiares bem como o papel social da organização. O conceito: proporcionar mais qualidade de vida para os funcionários da Shell, com diversas ações de bem-estar físico, mental e social. Com foco em 3 grandes grupos: Empregados e seus familiares, Lideranças e Sociedade surgiu o projeto #WeCare incluindo bem-estar físico (conforto, prevenção, comodidade, condicionamento físico, relaxamento), bem-estar mental (cuidado, concentração, equilíbrio, descanso, transparência) e bem-estar social (lazer, happy hour, diversão, diversidade e inclusão, apoio, oportunidade). Ações imediatas foram realizadas para conscientizar sobre o momento
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Rodrigo Ferreira
além de disponibilizar ferramentas para melhor conexão e condições de trabalho. A empresa define como uma oportunidade de ampliar o aprendizado sobre melhor forma de apoiar e manter o seu principal ativo: cuidar de quem cuida. Grupos interdisciplinares com 40 participantes foram criados, juntando expertise e voluntários, redes de afinidades internas de funcionários, com o intuito de mobilizar e criar conteúdo relevante. A motivação é feita através de uma newsletter semanal “Queremos Diálogos” e sessões de conversas virtuais sobre temas variados. Os conteúdos são feitos por voluntários, fornecedores e parceiros. No início foram temas mais práticos tipo ergonomia, dicas de nutrição, sessões sobre o bem-estar físico e mental tais como massagens, ioga, pilates, meditação, mindfulness. Também abordam questões mais complexas como stress, ansiedade, medo, distúrbios do sono, segurança em casa, violência doméstica. Assuntos mais pessoais como entretenimento de crianças, como cuidar do pet e melhor produtividade no trabalho também fazem parte das conversas. A periodicidade é semanal, e a participação voluntária. Os eventos ficam gravados e os colaboradores podem ver no momento que desejarem nas suas pausas do trabalho. O feedback tem sido muito positivo porque o conteúdo é participativo. A preocupação permanente da liderança da Shell é definir boas práticas, onde e como ajudar melhor. As rodas de conversas do projeto #WeCare passaram a ser divulgadas em uma campanha de comunicação externa no LinkedIn e trouxe ótimos resultados de imagem com tráfego muito positivo nas redes sociais. Outro foco importante tem sido diversidade e inclusão (equidade de gênero e racial, papel da mulher, pai, mãe, famílias diversas, LGBTQI+, acessibilidade para pessoas com deficiência entre outros). Também contempla diversão e entretenimento com atividades como happy hours e uma festa junina virtual para toda a grande família Shell. O projeto já ultrapassou 17 semanas e mais de 20 parceiros contribuíram para cerca de 50 horas de conteúdo, 80 sessões e mais de 2.500 participantes. A mobilização na empresa é geral. Soluções como disponibilizar equipamentos de TI e cadeiras para melhorar o trabalho remoto e a ergonomia, consultoria individual sobre como organizar seu ambiente residencial para facilitar o home office tem sido destaque. Seguem trabalhando com os grupos como deverá ser o retorno, previsto para o fim do ano, preservando o cuidado com as pessoas e seus familiares. O programa é um sucesso não só pelo desafio e amplo engajamento, mas também porque tem baixo custo por se tratar de profissionais prestigiando profissionais. Valores como integração, pertencimento e aprendizagem conjunta valorizam essa ótima iniciativa da Shell. Exemplo a ser seguido!
Por ANDRÉIA REPSOLD
LIDE TALKS
Roberto Ardenghy - Diretor Executivo de Relacionamento Institucional da Petrobras O mercado de óleo e gás apresenta grande volatilidade e tem como estratégia a resiliência. A Petrobras está enfrentando a realidade de uma maneira altamente preparada. Há um grande choque de demanda e oferta durante a pandemia. O setor de óleo e gás no Brasil gerou 1,4 trilhão de reais em tributos nos últimos 11 anos. O petróleo é o primeiro em arrecadação de impostos do setor industrial. No que diz respeito aos empregos, até 2022, o trabalho no setor pode aumentar 110%, chegando a 873 mil empregos. A Petrobras trabalha com cinco pilares estratégicos: maximização do retorno do capital empregado, redução de custo capital, busca incessante por custos baixos e eficiência, meritocracia e segurança, respeito às pessoas e ao meio ambiente. Tem como foco maior geração de valor para os acionistas: - Segurança como prioridade - Redução de dívida e disciplina de capital - Resiliência a baixos preços de petróleo - Gestão ativa de portfólio - Transformação digital - Transição para uma economia de baixo carbono. A Petrobras adotou diversas medidas para enfrentar a crise e proteger os colaboradores, com foco em prevenção e saúde. Para reforçar a solidez financeira, a empresa tem uma gestão focada em custos, produtividade e eficiência para assegurar nova resiliência. Existe um cronograma das novas plataformas, com revisão em andamento, com foco na geração de valor. Sobre a meta sustentável de emissão zero, reforçou o compromisso da Petrobras com dois fatores no pré-sal. 1º A Petrobras reinjeta todo o gás carbônico produzido. 2º O petróleo que tem sido produzido tem baixo teor de enxofre.
“A Petrobras vai superar este momento desafiador do mercado com foco e resiliência e ficará mais forte e eficiente cumprindo seu papel no desenvolvimento do Brasil.” Roberto Ardenghy
Marcelo Araujo CEO Petróleo Ipiranga A indústria de energia e petróleo no Brasil é protagonista no mundo. As empresas no Brasil têm como desafio transformar o mercado em competitivo. Nesse quesito, a Petrobras tem feito um excelente trabalho, mas ainda há muito a ser feito. O país precisa de planejamento e investimento para exploração do mercado de gás. No setor, o Brasil é o 9º maior produtor do mundo e em 5 ou 6 anos deve atingir a 5ª posição. Ainda não é possível saber se a COVID-19 vai acelerar ou não a transição para uma economia de baixo carbono, mas é fato que essa discussão tem sido debatida durante a pandemia. Sabemos que essa crise trouxe uma série de dificuldades econômicas para essa transição. Cabe ao setor privado se preparar para apoiar essa cadeia de produção e exploração de petróleo Afirmou que o biocombustível é uma força da economia brasileira.
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O LIDE TALKS ENERGIA RIO DE JANEIRO reúne grandes nomes do setor para debate, atualização e networking entre empresários. O último encontro contou com Roberto Ardenghy, Marcelo Araujo e Adriano Pires para tratar da “Petrobras e o novo paradigma do setor de óleo e gás”.
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Por ANDRÉIA REPSOLD Adriano Pires Sócio-Fundador e Diretor do CBIE Reiterou que a Petrobras tem passado bem pela maior crise de imagem de sua história e tem sido corajosa nos últimos anos, seguindo as tendências do mercado internacional. Na pandemia, o preço e o consumo caíram, fato inédito no mercado. O maior desafio da Petrobras é a venda das refinarias. O mundo pós-pandemia vai trazer inúmeras surpresas, surpresas essas que não conseguimos prever no momento, mas afirmou que o Brasil e a Petrobras estão indo na direção certa para encarar os desafios.
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Confira os principais insights sobre as transformações e novos formatos no entretenimento
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- Brasil é o terceiro produtor de musical do mundo, algo impensável há 12 anos. Arte, espetáculo e música têm muito trabalho envolvido e não há povo no mundo mais conectado com arte e especialmente a música do que o brasileiro. - AMPRO (Associação de Marketing Promocional) fez um trabalho para que as empresas adiem os eventos, não cancelem. Várias companhias estão aos poucos se adequando. É importante trabalhar com que é possível, se adaptar e buscar inovação. O processo de transformação foi acelerado, mas será possível fazer a mesma entrega. - O caminho para fazer frente a este momento exige inovação. O Cenário é de extrema dificuldade, mas é preciso encontrar caminhos e a economia criativa está encontrando. - A pandemia aprofundou interesse por arte e cultura. As pessoas descobriram que apreciam e podem ter acesso. - Está acontecendo uma grande transformação nas
TVs abertas, potenciais produtoras de conteúdo. O que mudará é a maneira de como as marcas se relacionarão com seu público. Irão surgir novos formatos, multiplataformas, especializadas em conteúdos. - Marcas estão mais atentas para definir sua participação nos diversos conteúdos, tais como novelas, shows ou no seu próprio canal. Para ganhar audiência, Youtube acaba sendo atualização do que é TV a cabo. As receitas estão mais diluídas. Conteúdo segue sendo ferramenta importante de marketing. - As lives começaram grátis, mas esta fase já está mudando, há uma adaptação e precisam ser reinventadas, com melhor conteúdo. Sozinhas não se sustentam mais com a frequência e quantidade que estão acontecendo. - Muitos acreditam que o consumidor de entretenimento, pós-pandemia, voltará a sair de casa para ir a eventos e shows porque o brasileiro é ávido pelo contato, por estar perto, faz parte do seu DNA. Mas tudo dependerá de como será a experiência e o conteúdo oferecidos. O entretenimento está se reinventando, como outros setores conseguiram se reinventar.
Por ANDRÉIA REPSOLD
Empreendedorismo carioca lide futuro Rio de Janeiro
Conversa com Matheus Vasconcelos VP da Império Dúctil, Head de Vendas e Fundraising do Contaí e Membro do Conselho do LIDE FUTURO RIO DE JANEIRO.
Qual a sua trajetória até aqui? Sou graduado em Engenharia Mecânica pela PUC-Rio e trabalhei 6 anos na engenharia da RIOgaleão, tendo atuado em diversos setores. Atualmente sou Head de Vendas e Fundraising na FINTECH Contaí. Ano passado aceitei esse novo desafio como Vice-Presidente na Império Ductil com foco na pavimentação digital da empresa, com processos mais ágeis, flexíveis, automatizados e adequados à nova realidade Qual o formato da empresa? Somos distribuidores de material de ferro fundido para água e esgoto. Temos um extenso portfólio de produtos, e trabalhamos em todo o território nacional. Nossa central de distribuição estrategicamente localizada facilita a logística, e permite atendimento rápido 24h/dia inclusive sábados, domingos e feriados a todos os clientes.
Qual o grande diferencial? Nosso grande diferencial é prestar um serviço garantido pela qualidade certificada e assim contribuir para o sucesso de nossos clientes. Nós acreditamos que produtos com excelência de engenharia e um atendimento técnico, ágil e humanizado contribuem para o sucesso das empresas que nos contratam e parceiros. Água e esgoto trazem impactos financeiro, ambiental e social. Tubos, conexões e válvulas muitas vezes não são visíveis, estão ocultos em ruas, prédios, empresas e acima deles tem vidas que precisam ser cuidadas. Água limpa e esgoto tratado são serviços básicos que todo cidadão tem direito. Como fornecedores de concessionárias de água e esgoto, aeroportos, construção civil, priorizamos a qualidade dos nossos produtos, além de estarmos aptos a atendê-los, pois emergências não têm hora marcada. Cases de sucesso: A pandemia tem apresentado grandes desafios e ao mesmo tempo oportunidades. A logística durante esse período está sendo um deles. Nosso grande case na quarentena foi uma grande entrega em Novo Progresso (PA) que fica no sudoeste do estado, próximo à divisa com Mato Grosso e 1700 km de estrada de Belém. Outro obstáculo tem sido o aumento nos preços de diversos insumos de produção. Conseguimos nos manter competitivos revisando nossos processos. Seguimos com sucesso em nossa missão de produtos de melhor qualidade, durabilidade, confiabilidade e preço. Site: imperioductil.com.br LinkedIn: imperioductil
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Como surgiu a Império Dúctil? Fundada em 1993, pela atual Presidente e Cofundadora Sylvania Marcia Tavares, a IMPÉRIO DUCTIL é hoje uma empresa sólida e com extensa atuação na área de Comércio e Distribuição, Saneamento Básico, Construção Civil, Indústria. Desde seu início, a IMPÉRIO DUCTIL participa significativamente da melhoria da qualidade de vida, com a distribuição de uma linha de materiais para redes de água e esgoto, com padrão de qualidade e rigor tecnológico. Ao longo desses anos trabalhamos em todos os estados da federação, inclusive nas cidades mais remotas no país.
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direito
Doenças psicossociais e o ambiente de trabalho
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s doenças psicológicas ligadas diretamente ao exercício e ambiente de trabalho, infelizmente estão em crescente e acelerada ascensão. O excesso de trabalho, a falta de recursos estruturais e pessoais para responder a demanda, relações tensas, cobranças excessivas, cobrança de metas, impossibilidade de progredir/ascender, exposição ao perigo, falta de fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI), são algumas situações que propiciam o desenvolvimento de doenças psicológicas laborais, psicossociais . O esgotamento físico e mental (intensos), a falta de atenção, a falta de concentração, lapsos de memória, irritação frequente, desinteresse pelo trabalho, são alguns sintomas característicos da Síndrome de Burnout, síndrome do esgotamento profissional. Além da síndrome de Burnout, existem outras doenças psicossociais, ainda pouco conhecidas no mundo do trabalho, não porque elas não existam, mas porque são difíceis de serem diagnosticadas, com absoluta conexão ao trabalho realizado pelo profissional acometido, como por exemplo a Karoshi, a síndrome que advém da palavra japonesa que significa morte súbita por sobrecarga de trabalho ou excesso de trabalho. As categorias mais especialmente atingidas, mais predispostas às síndromes psicossociais, são aquelas que lidam com pessoas e se expõe ao sofrimento humano, aquelas que convivem com a dor do outro, como por exemplo: médicos, advogados, assistentes
sociais, psicólogos, oficiais de Justiça. E como prevenir? Muitas empresas já estão implementando medidas preventivas, buscando conscientizar, educar e instruir os seus colaboradores a fim de que entendam: quais são, como são, como ocorrem e quando ocorrem, situações de assédio ou condutas/comportamentos que propiciem lesões psicológicas nos seus pares. Além da conscientização, as empresas também tem implementado regramentos próprios, através do código de conduta e regulamentos internos, cuja repercussão tem sido bastante positiva no que tange ao respeito as suas diretrizes, refletindo em uma mudança positiva de comportamento dos trabalhadores. O canal de denúncias é outra medida positiva, pois ajuda de forma muito eficaz na identificação e constatação de atos ilícitos praticados na maioria das vezes de forma velada. A saúde da empresa depende da saúde de seus colaboradores. Por isso, o investimento na área da educação, prevenção e proteção a favor da saúde laboral é o caminho mais satisfatório para evitar responsabilizações indevidas, que certamente terão reflexos econômicos, midiáticos, fiscais e ainda previdenciários. (*) Advogada especialista em Direito do Trabalho; sócia do escritório João Freitas Advogados Associados Instagram: @julianecavalini Linkedin: julianecavalini
Foto: Reprodução
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Por Juliane Cavalini (*)
economia
2020... Metade já foi!
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Por Joana Lima
hegamos ao fim do primeiro semestre de 2020. Um semestre inesquecível. Nele, o inimaginável e o imponderável se fizerem presentes. Marcaram a vida da humanidade com tinta nanquim. Um vírus nos mostrou como somos frágeis. Temos até hoje mais de 13 milhões de infectados pelo novo coronavírus pelo mundo e cerca de 600 mil mortes. O Brasil passou a metade de julho com a marca de dois milhões de infectados e mais de 75 mil mortes, ou seja, neste caso mais de 12,5% dos números totais. O que preocupa agora é a segunda onda de contágio e seu potencial de destruição. Se tomarmos como exemplo o que vem ocorrendo nos EUA, os jovens estão sendo mais contaminados agora, há achatamento da curva de fatalidades, o que reduz risco de novos lockdowns. A contração econômica foi avassaladora em praticamente todos os países. Aqui se projeta queda de mais de 8% do PIB. Para voltarmos ao nível pré-crise levaremos alguns anos. Em termos de atividade, a projeção é de retorno em 2022. Muitas empresas ficarão pelo caminho, principalmente as pequenas e médias. A crise tende a ser oligopolista. Entretanto, descolado da economia real quase catastrófica, anda o mercado financeiro. Terminamos junho em alta de mais de 6% do índice da bolsa brasileira. No ano, ainda está 17% negativo, mas olhando
Joana Lima Sócia / Assessora de Investimentos +55 21 99765-8979 | joana@capitaleprivato.com.br +55 21 4042-1752 | www.capitaleprivato.com.br R. Sete de Setembro, 43, sala 1.201 Rio de Janeiro - RJ – 20050-003
para o segundo semestre a alta foi de mais de 30%. No exterior não foi diferente. As altas foram ainda mais expressivas. As ações de tecnologia surpreendem dia a dia: Microsoft apresenta mais de 40% de ganho no ano e Amazon outros 50%. O questionamento é: até quando? Até quando o mercado financeiro vai andar mesmo com economias claudicantes e vulneráveis? A resposta mais simples (e verdadeira) é: até quando houver injeção de liquidez por parte dos bancos centrais. Acredito que já tenha mencionado sobre isso em texto anterior. Isso não mudou de lá para cá. Continuamos a ver os bancos centrais injetando dinheiro para recuperação econômica. Governos igualmente engajados. Então isso é apenas para segurar os mercados financeiros? Negativo! A política econômica expansionista é altamente relevante para indivíduos e empresas, a chamada economia real como disse acima. O mercado financeiro apenas responde antes. Percebe os sinais e antecipa os movimentos. O que isso significa? Projeta crescimento, receitas e lucros e precifica os papeis de acordo com essas premissas, o P/E. Investir a longo prazo, escolher boas empresas e diversificar. Sempre diversificar. Com isso em mente seremos capazes de enfrentar crises e sermos fortes diante de qualquer desafio.
economia
O ouro e as armadilhas no processo de M&A
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Brasil está aquecido para M&A (Mergers and Acquisitions), mas o empresário deve estar atento. Nas últimas duas semanas de junho, houve 29 negociações, movimentando cerca de R$ 9 bilhões, envolvendo hotelaria, restaurantes e o setor varejista, dentre outros. A retomada econômica esperada para o segundo semestre de 2020 dobrará as oportunidades de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) como forma de crescimento e exploração de novos mercados e oportunidades. O mercado de Private Equity, que atua na compra de participação em empresas, enxerga o processo de fusão e aquisição como uma ferramenta de expansão estratégica e de captura de valor. Inúmeras oportunidades surgirão para os fundos e empresas consolidadoras aproveitarem ativos muito prejudicados pela pandemia da Covid-19 e, por isso, adquiri-los fará parte do plano de retomada acelerada. No hercúleo processo de adivinhar o futuro, percebemos alguns movimentos baseados em evidência e prática no mundo do M&A. O empresário interessado em navegar nesses mares deve ficar atento às oportunidades e armadilhas do processo. O lado positivo é que o processo em si ficou mais barato, dada a comoditização, seguida de queda dos preços de serviços jurídicos, banalização dos modelos de contrato e conhecimento de regras de proteção a compradores e vendedores. Se compararmos com as transações concluídas no final dos anos 1990, o custo jurídico caiu de cinco a 10 vezes para uma transação equivalente. Uma onda semelhante vai ocorrer com a auditoria, na medida em que processos de Inteligência Artificial e Machine Learning deverão encurtar os ciclos de “due diligence” e, consequentemente, o total de horas trabalhadas. Atualmente, o período de diligência responde por seis meses ou pela metade do período total da transação de fusões e aquisições, um ano aproximadamente, envolvendo um grupo de profissionais considerável. A
etapa de diligência deve encurtar de seis meses para um mês, no espaço de cinco anos, segundo pesquisas norte-americanas. Outros tópicos da transação de M&A- leia-se estratégia de venda, análise normalizada de performance da empresa (“Quality of Earnings”) e negociação- precisam de senioridade combinada com insight. Dificilmente estas etapas serão automatizadas na mesma velocidade e grandeza. O conhecimento profundo do negócio do cliente vai determinar a capacidade de insight que a consultoria de M&A vai conseguir emplacar na etapa fundamental do Quality of Earnings. Para os menos versados no assunto, isto nada mais é do que o regime de cruzeiro de um determinado negócio, sem catástrofes e ganhos de “Megasena”. Ou seja, o resultado financeiro esperado, sem soluços do ambiente interno e externo. Como as empresas são vendidas por múltiplos de lucro líquido ou EBITDA, isso implica em ordens de grandeza que definirão o sucesso ou não da transação no aspecto econômico. Um milhão de reais a mais no lucro líquido ajustado pode, por exemplo, definir de oito a 15 vezes mais no valor final da empresa e, consequentemente, no bolso do empresário num processo de venda integral. Muitas vezes, o gestor acaba tendo surpresas, pois não conhece a real rentabilidade e a geração de caixa do seu negócio, agravado eventualmente pela promiscuidade do caixa da pessoa física comunicado com o da pessoa jurídica. M&A é uma combinação de arte, negociação, compilação de dados, método e regulação. Cada uma destas etapas será afetada pela automação no futuro de forma distinta - estejam os atores atuais preparados ou não. Selecionar corretamente quem maximiza em cada etapa será um esforço adicional aos fundos e aos empresários envolvidos. (*) Marco França é engenheiro pela PUC Rio, com MBA pela Coppead (UFRJ) e sócio-diretor da Auddas, empresa de gestão de negócio
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Por Marco França (*)
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Como a
pandemia
mudou sua vida pessoal?
“A impressão que tenho é que neste momento cada um está construindo sua própria perspectiva. É uma situação desafiadora. Parece que a única previsão possível é que o mundo será profundamente impactado e não será o mesmo daqui para a frente. E isso nos obriga a repensar antigos conceitos. A Justiça e a advocacia, por exemplo, se adaptaram ao isolamento. A experiência nos mostrou que muita coisa pode ser feita de forma remota, sem prejuízo da qualidade. A maioria de nossos advogados continua trabalhando em home office. Pois se há algo que o isolamento nos deu foi tempo para dar mais valor à vida. Sabemos para onde queremos ir, salvar vidas e minimizar os danos à economia. E é nessa direção que devemos caminhar, preservando nossos valores, mas com chance de repensar todos os nossos conceitos. Há, sem dúvida, um mundo novo lá fora”. Como a pandemia mudou a sua vida profissional? “A restrição à circulação de pessoas, principal orientação das autoridades sanitárias globais, tem como efeito a diminuição do consumo e disponibilidade de recursos financeiros no mercado, com grave crise de liquidez, provocando o fechamento de empresas, demissões e rompimento da cadeia de produção, em um ciclo vicioso cujas consequências ainda são incertas. Como reação a este tenebroso cenário, nossas lideranças econômicas e políticas têm apresentado medidas para preservar empresas e empregos. Temos, todavia, um ponto relevante que não está sendo objeto da devida atenção pelo poder público, que é o ligado aos meios de coerção para pagamento de dívidas. Ora, por óbvio a disponibilidade de crédito em favor das empresas é essencial para que a atividade econômica seja preservada, durante a fase mais aguda da crise, mas de pouco adiantará se não vier acompanhada da proteção de devedores da enxurrada de cobranças, protestos e pedidos de falência que já começam a se vislumbrar em cenários de curtíssimo prazo. Por isso, entendo que é preciso urgentemente de um plano jurídico, em ação governamental coordenada, de preservação de empresas por meio da suspensão temporária de medidas de coerção processual e extraprocessual. Isso, na minha opinião, é fundamental”.
Nelson Wilians tem 49 anos. É fundador e CEO do NWADV — Nelson Wilians & Advogados Associados, maior escritório de advocacia do País, com representação na América Latina, Ásia, Europa e filiais em todas as capitais brasileiras. Desde 2014, o NWADV figura no ranking da revista Análise da Advocacia 500, entre os escritórios mais admirados do Brasil pelas maiores empresas. Atualmente, a maioria das organizações que respondem por expressiva parcela do PIB brasileiro é assessorada pelos profissionais do NWADV, nas mais diversas áreas do mercado.
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Nelson Wilians
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Kiki Moretti
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“Minha vida pessoal e profissional se misturam... Minha rotina incluía muitas viagens semanais, dividia meu tempo entre Rio, São Paulo e Brasília, ficando dois ou três dias por semana fora de casa, o que me impedia de manter uma rotina saudável. Alimentação, sono, exercícios eram atrapalhados pela agenda intensa e corrida. Tinha sempre uma sensação de FOMO - sigla para “Fear of Missing Out”, ou medo de estar perdendo algo - que me gerava muita angústia. Faltava flexibilidade para equilibrar vida pessoal. A pandemia me trouxe a possibilidade de estabelecer uma rotina saudável, passei a ter horários para alimentação, exercícios, trabalho e a ter oito horas diárias de sono. Afinal são menos compromissos, menos eventos sociais, mais tempo, permitindo mais foco. No meu caso, tenho o privilégio de ter uma casa com áreas abertas e ar livre onde posso ter minha família perto. Faz muita diferença. Minha família direta está comigo. Marido, mãe, filha. Falta meu filho que mora fora do Brasil”.
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Qual a principal mudança na sua vida profissional? “Hoje, trabalhar muito segue sendo minha realidade .mas agora com foco e mais qualidade. Esse aspecto é muito positivo por ser mais produtivo. O fato das reuniões serem virtuais faz com que as pessoas não se atrasem, respeitem os horários de duração, suas falas estão mais assertivas, a escuta mais atenta… entendemos a importância de ouvir e falar nas horas corretas com objetividade. As questões são melhor apresentadas e se resolvem de forma rápida e eficiente. As nossas rotinas de gestão foram simplificadas e atendem melhor ao negócio. Criamos fóruns essenciais para colocar foco nos temas relevantes. O Comitê Executivo passou a olhar mais para índices financeiros e temos reuniões semanais de estratégia para finanças, fluxo de caixa e novos negócios. Sem precisar investir meu tempo em deslocamentos e viagens, tenho a possibilidade de olhar mais de perto o meu negócio, com calma, tranquilidade e muito foco. No momento, estou atenta às questões da saúde mental dos nossos times, estudando protocolos de retorno das pessoas e da operação. Conseguimos maior integração entre nossas agências e departamentos, maior união e liderança de times. Criamos um Comitê de Oportunidade onde cada agência do grupo apresenta melhores práticas, fala de produtos e serviços com maior aderência para o momento. Nossa gestão ficou mais ágil e integrada, gerando bons resultados A parte negativa é não ter o contato direto entre as pessoas, o que faz muita falta. Também as horas de trabalho ficaram mais “elásticas” e algumas rotinas pessoais estão muito mais pesadas, principalmente para mulheres que estão sobrecarregadas com responsabilidade em casa, incluindo filhos, conflitos familiares, violência doméstica, pressão externa. A tudo isso se soma um cenário econômico e político de indefinição. As perspec-
tivas da economia são incertas, falta unidade de governança para a gestão da pandemia, o que muitas vezes paralisa, leva ao “burn out” ou seja um esgotamento físico, mental e psíquico do indivíduo, que pode acarretar depressão e consequente paralisação. Atentos a isso, a nossa comunicação da liderança ficou mais próxima das pessoas. Ouvir os colaboradores é uma das práticas mais poderosas que podemos aplicar para fortalecer a nossa cultura interna e o nível de compromisso da organização. Para fortalecer a nossa presença junto aos colaboradores e garantir que a comunicação está fluindo direto do topo para toda a organização, implementamos os town halls (conselhos ou assembleias, em português) todas as semanas. A escuta organizacional é indispensável no contexto atual do nosso grupo, é onde a nossa força de trabalho encontra espaços, iniciativas e ferramentas para canalizar seu feedback à sua liderança. Pessoalmente, como CEO do Grupo, criei um canal de comunicação direta com o time. Faço um email semanal que denominei “E a vida continua...” com temas palpitantes do nosso dia a dia pessoal, profissional e até espiritual. A resposta tem sido muito positiva. Recebo vários e-mails e mensagens de retorno. Além disso procuro
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O que mudou no seu planejamento para o futuro? “Adorava a minha vida corporativa mas não quero ela de volta… Aprendi que posso ser muito mais feliz e fazer mais pela empresa com paz e serenidade, e posso viver onde eu quiser. Estou mais próxima do meu negócio estando parada em um lugar. Já tinha sentido esta sensação boa em algumas temporadas que passei em Portugal. Agora, tenho a certeza de que consigo trabalhar bem e posso morar onde eu quiser, com uma qualidade de vida incrível. Minha rotina pessoal atual está me permitindo ler mais, me dedicando à leitura da Bíblia, às minhas aulas na Igreja Presbiteriana - que agora são online e ficaram muito melhores - pude me aprofundar nos estudos, meus alunos estão mais engajados e participativos. Encontrei uma maior paz interior seguindo horários e rotinas. Os inúmeros deslocamentos me tiravam do eixo. Amo a paz que estou conseguindo ter. Descobri que não preciso estar em tantos lugares. Meu papel é garantir a cultura e a estratégia da empresa que criei, dirigir e inspirar pessoas, com serenidade, paz e segurança. Olhando “de cima” minha organização, consigo fazer as intervenções necessárias, transmitir a palavra certa, incentivo, direcionamento e correção de rotas. Estou mais feliz e certa de que minha volta será mais equilibrada, com menos viagens de trabalho, mais centrada e com mais equilíbrio na vida pessoal e profissional”. Kiki Moretti é CEO do Grupo In Press, holding de agências globais de relações públicas e serviços especializados; jornalista, começou a empreender no mercado de Comunicação em 1988, quando fundou a In Press. Hoje, está à frente de um grupo de mais de 550 pessoas, com 75% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, em escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Eleita uma das sete Women to Watch 2017, pelo grupo Meio & Mensagem, principal publicação da área, a executiva assinou participação no Women’s Empowerment Principles, tornando o Grupo In Press signatário do Pacto de Igualdade de Gênero da ONU e único grupo de RP parceiro estratégico do ONU Mulheres no Brasil. Integrante do board da Women in Leadership in Latin America – WILL, rede global de liderança feminina, também foi escolhida pela Omnicom, sócia internacional do Grupo In Press, para liderar o capítulo brasileiro do Omniwomen, programa que incentiva a maior presença feminina em cargos de liderança dentro das agências da holding.
Carlos Felipe de Carvalho “Na vida pessoal, esse momento de isolamento aumentou muito a proximidade com a família. Passamos a ter uma melhor percepção do privilégio de uma boa resi-
dência. Temos um bom espaço e estamos usando muito mais e melhor a nossa estrutura. O meu lado pessoal melhorou muito; consegui perder peso, com rotinas de exercícios e alimentação. Aproveito mais os fins de semana. Na rotina do home office, me senti bem e bastante focado, e minha produção maior e com mais qualidade porque, não perdendo tempo com deslocamentos, tive mais tempo e consegui distribuir melhor minhas rotinas. Como ficamos em reuniões às vezes até mais tarde, minhas pausas para almoço puderam ser maiores para estar mais com minha mulher e minhas filhas. Concilio bem minha atenção as filhas, ajudo nos deveres escolares, elas gostam se saber que estou perto. Em razão de tudo que tem acontecido, o dia a dia tem sido muito intenso. Gostaria de ter mais tempo para livre para por exemplo assistir lives. Vários assuntos me interessam, são importantes para acompanhar tendências, mas não vejo no momento possibilidade de simplificar minha vida pessoal. Sigo com uma série de restrições; na parte social interação somente o absolutamente necessário. Sinto não estar tendo contato com meu pai (Dr. Carlos Fernando de Carvalho, fundador e Presidente); afastamento total, nos encontramos de forma virtual. Ele se adapta muito bem às situações, estou surpreso como ele tem lidado bem com a tecnologia da qual ele andava um pouco afastado. Creio que estamos voltando ao normal, com restrições...” Como a pandemia mudou a sua vida profissional? “O distanciamento entre as pessoas obrigou as conversas a serem mais conclusivas e com menos perda de tempo, o ambiente digital te obriga a ser mais frio e objetivo, houve ganho de produtividade e foco em alguns pontos. A equipe reagiu bem e muito se adaptaram. O perfil da empresa é muito próprio, nossa gestão é concentrada e familiar. Há necessidade do corpo a corpo no modelo da empresa. Algumas áreas têm mais demanda de presencial, mas as pessoas ficaram confortáveis no modelo de home office. As áreas menos estratégicas e mais operacionais têm funcionado bem em home office. As pessoas mais serenas e conseguem ser bem produtivas. Fizemos uma redução de quadro nas áreas voltadas à produção, que estavam um pouco inchadas, porque acreditávamos que o Rio teria uma retomada de crescimento no mercado um pouco mais rápida e acabou sendo postergada com a pandemia. Já retornamos com 1/3 do escritório, com todo cuidado e atenção, sempre testando o melhor formato de funcionamento. Não percebi alteração na minha liderança, seguimos interagindo de forma habitual, uma comunicação direta com os times. Eu tenho ido normalmente na empresa. A diretoria e a gerência também já estão no escritório, com exceção das pessoas que fazem parte do grupo de risco. Seguimos todos os protocolos de segurança. O operacional está revezando as equipes para mantermos o distanciamento e cumprindo os protocolos. Percebemos um sentimento de vulnerabilidade dos líderes; houve uma preocupação em escutar cada pes-
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ligar para pessoas dos mais variados setores para saber como estão. Faço uma lista semanal para conseguir atingir o maior número de profissionais”.
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soa e temos tido muito cuidado com nossos times em relação ao retorno das atividades no escritório. Fizemos uma pesquisa, um grupo quis retornar, achando desnecessário a manutenção do home office, e constatando inclusive baixa na produção. Outro grupo com familiares e parentes com comorbidades demonstrou preocupação em retornar, para não expor a riscos. Para resolver esse impasse fizemos um híbrido, respeitamos as pessoas que não se sentiram confortáveis em voltar a rotina do escritório, com justificativas, e proporcionamos as ferramentas para que pudessem trabalhar de casa, e tem funcionado bem. Temos colaboradores com filhos e que estão percebendo a necessidade de estar em casa, se sentindo melhor e mais motivados e performando bem, pela proximidade com a família. Teremos que seguir avaliando o impacto dessa mudança de rotina do profissional, mas não é tarefa fácil. Está cedo ainda para o diagnóstico final. No RH da empresa percebemos que houve um aumento na atenção para essas mudanças. Identificamos que alguns profissionais não precisam estar todos os dias no escritório, as demandas conseguem ser resolvidas com home office, e com uma produção igual ou melhor. Estamos focados nas necessidades individuais para adequação da implantação do sistema. Acreditamos que vamos manter esse modelo híbrido dos colaboradores e pretendemos manter cerca de 20% da empresa em home office, depois da pandemia. Tudo aconteceu muito rápido. E temos um longo caminho a percorrer com todas as mudanças. De certa forma a empresa estava preparada para esse momento, tiveram que implementar algumas mudanças para adequar a essa nova realidade. Já vínhamos nos preparando para uma realidade mais digital nos últimos anos, não estávamos ainda na melhor forma para isso, mas me surpreendi porque alguns recursos já estavam disponíveis e não estavam sendo usados e nos adequamos e pusemos em prática. Na parte de comercialização, o mundo digital já vinha num ritmo intenso e houve uma intensificação na mudança causada pela pandemia, que acelerou o processo. Notamos que devemos estar cada vez mais alinhados com toda tecnologia fundamental para as nossas vendas. Estamos em constante mudança, para que as visitas virtuais aos imóveis estejam cada vez melhores; nunca nos sentimos plenamente satisfeitos, sempre buscando excelência. O mercado imobiliário melhorou, as pessoas estão procurando imóveis maiores e melhores. O consumidor ficou mais exigente em relação ao perfil. O valor permanece o mesmo, com previsão de alta. A demanda está maior por imóveis com melhor padrão. O consumidor mudou, está em busca de espaço, pois acredita que poderá ter que seguir em home office estabelecido pelas suas empresas e quer ter melhor qualidade de vida. O impacto na moradia é grande, pois todos os moradores da casa ficavam fora de casa o dia todo, e agora a realidade é outra. Houve uma mudança também em nossa comunicação com os consumidores; anúncios das unidades maiores estão em destaque. Mas não significa
ainda que melhorou, que houve aumento nas vendas, somente o foco está diferente. No que se refere a opinar com exatidão sobre quando voltaremos ao normal não tenho uma resposta. O meu dia a dia tem sido muito intenso, não estou conseguindo acompanhar os noticiários sobre vacinas, mas sei que ainda estão inconclusivos. Complicado ter uma estimativa de tempo, mas a impressão que me dá é que em janeiro ou fevereiro de 2021 voltaremos ao normal. Tudo aconteceu muito rápido. E temos um longo caminho a percorrer com todas as mudanças”. Carlos Felipe Andrade de Carvalho tem 42 anos, é advogado e vice-presidente da Carvalho Hosken S/A Engenharia e Construções. Sua atuação no mercado imobiliário do Rio de Janeiro é marcada ao longo do tempo pelo total apoio à empresa na indução do desenvolvimento urbano da Barra da Tijuca, implementando os conceitos de excelência dos bairros planejados da empresa, como o RIO 2, Península, Cidade Jardim, Centro Metropolitano e, mais recentemente, Ilha Pura. Participa ativamente da condução institucional da empresa junto às Associações de Moradores dos seus bairros, realizado inúmeros trabalhos que visam à qualidade de vida, valorização patrimonial de todos e à preservação am-
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Sheila Wakswazer “A maior mudança que percebi foi na organização do meu tempo. Como moro em São Paulo, meu planejamento de agenda incluía os deslocamentos mais os possíveis imprevistos diários no trânsito. Eu levava de 30 a 40 minutos para chegar na agência. Precisava acordar muito cedo para conseguir fazer exercícios, cuidar da casa e chegar a tempo no trabalho. Além disso permanecia longas horas no escritório por conta da dinâmica da agência, sempre havia uma conversa a mais, uma campanha para aprovar, assuntos pendentes... Outras vezes alongava meu trabalho para evitar ter que enfrentar os engarrafamentos no trânsito no retorno para casa. O início do home office foi mais difícil. Eram muitas novidades para todos. Havia muita insegurança principalmente porque cuido da área financeira que deman-
da foco e nossa prática era presencial. Estar em casa acompanhando por uma tela parecia tenso, mal parava para almoçar... As ferramentas digitais ajudam muito e em pouco tempo tudo se ajustou e descobri a importância da qualidade do tempo. Posso fazer minha atividade física com tranquilidade e, no máximo, às 9h30 estou trabalhando. Obtive mais qualidade de vida e administro melhor minha agenda pessoal. Além disso pude voltar a estudar, fazer cursos do meu interesse pessoal, capacitação, estou estudando francês. Hoje, administro muito bem essa qualidade de vida com flexibilidade de tempo, sem comprometer minha performance profissional e isso permanecerá pós-pandemia. Meu planejamento é ter pelo menos dois dias por semana em teletrabalho. Outro fator importante foi o resgate de relações pessoais, voltei a me conectar com pessoas que não via havia muito tempo, pude reforçar relações de amizade. Estamos todos em período de experimentação”. O que a pandemia mudou na sua vida profissional? “Todo o nosso setor está se reinventando. A mídia tradicional deixou de ser preponderante; o foco está em como ser relevante sem as grandes campanhas tradicionais. A comunicação ficou mais direta e houve quebra de paradigmas na relação com o consumidor. Com isso o perfil dos profissionais está sendo revisto, vamos priorizar os mais analíticos. O papel do atendimento da agência será focado em estratégias e negócios. A rotina da empresa vai mudar, revisamos nosso formato de gestão. Toda a operação se resolve com tecnologia e softwares, as reuniões de estratégia voltarão a ser presenciais mas haverá mudança no modelo. Na área financeira, a contabilidade tinha uma rotina presencial, mas encontramos as mesmas facilidades de gerenciamento e controles sem a necessidade de estar pessoalmente. O retorno das equipes será em etapas. Em setembro, 25% dos nossos profissionais estarão de volta ao escritório, mas em dias alterados. O teletrabalho veio para ficar, mas o modelo ainda está em desenvolvimento, seguimos em fase de testagem. O normal não volta, as mudanças neste período foram muito significativas”. Sheila Wakswaser é CFO e sócia TBWA Brasil. Com formação superior em Economia, pela UFRJ, e pós-graduação em Administração de Agências, pela Babson School de Boston, possui mais de 35 anos de experiência na área financeira, dos quais 12 anos em bancos internacionais (Chase Manhattan e Lloyds Bank) e sete anos como tesoureira da América Latina do grupo WPP. Há 21 anos está no grupo Omnicom tendo, inclusive, participado de vários processos de aquisição de agências no Brasil. Diretora financeira experiente, com uma história comprovada de trabalho no setor de Marketing e Publicidade. Hábil em estratégia digital, orçamento, planejamento de negócios, publicidade e marketing integrado. A Lew’Lara pertence à rede TBWA, que é a empresa do Disruption® ideias disruptivas.
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biental das áreas da empresa. Identificando e implementando importantes ações estratégicas, ajuda a empresa a se destacar no mercado imobiliário nacional contribuindo decisivamente para a melhoria da qualidade de vida da Cidade do Rio de Janeiro, notadamente fazendo da Barra da Tijuca uma nova cidade sustentável.
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