REVISTA MAIS SANTOS ONLINE - 25/02/2018

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Armando Gomes

O INEXORĂ VEL

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João Villela

Design galery

Produtos que duram muito

U

m dos pilares da sustentabilidade é evitar o descarte de produtos. Pensando nisso, alguns fabricantes desenvolveram itens de extrema utilidade e durabilidade. Como exemplo, a nova lixeira Tramontina com pedal em aço inox,

projetada para resistir a mais de um milhão de ciclos (abertura e fechamento). Também da mesma marca, o jogo de panelas em aço inox solar, que tem garantia de 25 anos contra defeitos de fabricação.

Por fim, as facas century, as únicas fabricadas com aço inox cirúrgico alemão, desenvolvidas para durar um século. Mesmo com toda essa qualidade, ainda tem um preço muito competitivo.


CAPA

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a voz mais marcante

da baixada santista

Q

uando falamos de radialistas dentro da Baixada Santista, temos alguns grandes nomes como por exemplo Pedro de Paulo Neto, Orlando José, Ernani Franco e claro Armando Gomes. Todos naturais de Santos, Armando é o único que continua vivo e fazendo o que mais ama, jornalismo. Vindo de uma família de radialistas, Armando transitou entre faculdades de medicina, educação física até se encontrar no rádio. Com um passado, presente e futuro presos ao time de coração, o jornalista sempre mostrou o seu lado profissional ao falar do Santos Futebol Clube. Expondo todo o seu lado de narrador, Armando Gomes Vieira Filho demonstra que até hoje, mesmo mais velho, nunca se esqueceu de como é a sensação de fazer jornalismo. Ele sabe que a sua verdadeira companheira de carreia nunca irá se separar... à voz. Pode nos contar um pouco como começou a carreira no Jornalismo? A carreira começou porque minha mãe, Iracema Gomes já era de rádio. Então, foi quase uma sequência, ou uma consequência. Porque minha mãe trabalhava como locutora e rádio atriz da Rádio Atlântica de Santos. E, eu ainda garoto sempre vivi esse meio artís-

tico, porque também tinha primas - Norma Árias e Cisa Árias-, que foram grandes rádio atrizes, locutoras. Então, eu sou de uma família de rádio. Mas, profissionalmente mesmo eu comecei 1962, na Copa do Mundo do Chile, eu estava na Rádio Clube de Santos na época. O senhor passou por todas as Rádios AM e duas FMs, sempre focado no Santos Futebol Clube. Como foi a transição do AM para a FM? O AM tem mais recursos, enquanto o FM, só agora é que está galgando uma tecnologia mais moderna do AM. Mas, antigamente não havia FM e para mim é indiferente narrar pelo AM ou FM. Diferente um pouco só quando narro pela televisão, ai sim da uma diferença devido ao ritmo, cadência e até de chavão. Mas no que diz respeito a mudança de um para o outro não existe nenhuma, porque a embocadura precisa ser a mesma. O locutor precisa ser inteligente e rápido, então não muda nada. Na Rádio Atlântica, o senhor trabalhou com um dos maiores radialistas da cidade, o Ernani Franco. Quando Ernani estava para se aposentar, ele o chamou e

deu a notícia que iria narrar Santos e Vasco no Maracanã. Como se sentiu ao receber essa notícia? É um negócio que eu vou lembrar até o final da minha vida. Talvez eu até esqueça o milésimo gol do Pelé, mas eu nunca vou esquecer esse ‘lance’ que aconteceu comigo. Ele me chamou na sala, e antes eu havia feito um comentário e pensei que iria tomar alguma bronca. Ele me mandou sentar - eu estava certo que seria uma bronca -, e me disse que eu iria para o Rio narrar o milésimo gol do Pelé, caso saísse. Eu falei “perfeito”, mas não acreditei. Eu realmente fui para o Rio e fiz pela Rádio Atlântica de Santos o milésimo gol do Pelé, coisa que nem eu acreditava que pudesse fazer. O senhor em 1978, foi trabalhar Rádio Gazeta e, acabou sendo convidado para participar do programa “Futebol é com 11”. Como foi essa mudança de sair de Santos e se mudar para a capital? Eu estava aqui em Santos, quando soube que a Gazeta estava contratando um repórter que fosse narrador também. O Peirão de Castro, que também é daqui de Santos, que me avisou que eu precisaria a me sujeitar a um teste. Eu disse que não havia problema. Porque naquela época era muito difícil trabalhar

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em São Paulo, as portas eram quase fechadas. Eu disse que estava tudo bem e faria o teste. No meio de uns 30/40, ficaram três, eu e mais dois. O Roberto Petri – que era o chefe-, optou por mim. Mas, eu fui levado para a Gazeta, fundação Cásper Líbero, pelo saudoso Peirão de Castro, que também trabalhou na Rádio Atlântica. Foi ele quem me levou para a TV Gazeta, onde fiquei sete anos. Por que o senhor voltou a Santos, em 1983, para trabalhar na Rádio “A Tribuna AM”? Eu voltei pra Santos, eu até estava bem em São Paulo. Ganhava um ordenado alto na época e estava muito bem. Acontece o seguinte, eu já não aguentava mais pegar ônibus aqui em Santos, descer no Jabaquara. Do Jabaquara pegar o metrô e descer no Paraíso. Do Paraíso pegar a Interligação que era o ônibus para a Avenida Paulista. Você faz isso durante um, dois, três anos. Eu fiz isso durante seis anos e meio, e não aguentava mais. Você podia até dizer assim “bom, mas agora o metrô vai até a Paulista”, mas naquela época não tinha, ela ia até o Paraíso. O meu bilhete era Interligação, que me dava direito de pegar o ônibus. Eu fiz isso durante muito tempo, mas fiquei cansado e decidi voltar. Com isso, surgiu o convite da Tribuna, através de um amigo meu que me avisou que se eu quisesse assumir a chefia do Departamento Esportivo da Tribuna – desde que eu voltasse à Santos -, eu topei e fiquei na Tribuna um bom tempo. Em 1993, o senhor criou o seu programa atual, o Esporte por Esporte. Na época, foi o primeiro programa de esportes da Baixada Santista. Como surgiu essa ideia da criação do programa? Essa ideia também devesse muito ao Cláudio Mussi, o antigo dono da Rádio e TV Litoral. Ele quis fazer o programa e me convidou. Entretanto, seria o primeiro programa da primeira TV, porque não havia

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televisão em Santos. O programa foi um sucesso tremendo, tinha eu, Vanir Alberto Matteo, Sérgio de Oliveira e alguns amigos que já faleceram como Pedro de Paulo Neto, Orlando José. Mas foi uma época muito boa, porque era uma novidade. Ou seja, era um jornalismo esportivo praticado em um programa de televisão. Nós éramos três na bancada, começou com 30 minutos e depois a própria produção aumento, devido ao sucesso do programa.

como conselheiro efetivo. Eu não dependo de eleição, ganhe quem ganhar, eu continuo conselheiro. Também é muito grande, porque meu sentimento é Santos, eu nunca neguei que era santista. Consegui conhecer 27 países através do time. Alguns, eu fui particularmente, mas 80% eu fui com essas viagens pelo Santos e com o Santos. Então, essa afinidade é muito grande. O Santos é a minha vida. Eu e o Santos somos umbilicalmente ligados, não dá para separar.

O programa chegou a sofrer um “boicote” dos jogadores do Santos. Eles não estavam mais concedendo entrevistas para vocês. Por qual motivo isso aconteceu e como vocês contornaram a situação? Eu não contornei o problema. O problema era o seguinte. Os jogadores do Santos fizeram um “boicote” que não daria mais entrevistas para a minha equipe – no caso a TV Litoral -, e também para a Rádio Cultura, porque o Vitor Moran era comentarista da Cultura e do programa Esporte por Esporte. Nós fizemos algumas críticas e eles boicotaram. O técnico na época era o Cabralzinho e o capitão era o Galo. Também estavam o Edinho, Marcos Adriano, entre outros. Eles boicotaram, mas tudo bem porque eu preciso deles quanto eles precisam de mim. Só que eu digo um dia esse boicote vai acabar e iria começar o meu, eu sempre disse isso. Tanto é verdade, que alguns deles são técnicos de futebol, Galo e o Edinho eram um deles. Muitos precisaram voltar ao programa, quer dizer, eu não esqueci. Porque tem uma frase do John Kennedy, que ele diz o seguinte. “Perdoe os inimigos, mas não esqueça seus nomes”, acho que não preciso falar mais nada, né?

Em 2015, vocês perderam dois ótimos jornalistas, o Pedro de Paula Neto e o Orlando José. O senhor, pensou em algum momento encerrar as atividades do programa? Pensei. Foi muito curta a diferença de um falecimento para o outros. Foi mais ou menos dois meses, se não me engano. Aquilo foi uma pancada muito grande, você fica meio grogue. Pensei sim em terminar o programa, como as vezes me dá essa vontade de acabar. Mas, eu quero chamar atenção que tem uma pessoa que todos acham que ele é meu chefe, mas o Marcelo Teixeira é meu grande amigo. O Marcelo não permitiu que o programa saísse do ar, fruto da insistência dele, que além de tudo foi Presidente do Santos. Então, nós continuamos até hoje com o programa com a graça de Deus.

Desde os seus nove anos de idade, o senhor é sócio do Santos. Como é a sua relação com a Instituição Santos Futebol Clube? É muito grande, porque eu estou no Santos desde 1952. Então, estou a 65 anos como sócio, e mais de 40

O senhor gostaria de deixar algum recado para essa nova safra de jornalistas? Um conselho que posso dar para todos esses jornalistas que me ouvem, leiam ou tomem conhecimento dessa matéria têm que entender o seguinte. O Jornalismo, quando você trabalha com a verdade, pode ser uma pancada e te dar alguns processos – eu já tive 15 processos. Mas se for verdade fique seguro de uma coisa, essa verdade no começo pode ser contra você, mas com o passar do tempo, por ser verdade, ela vai se tornar ao seu favor. Portanto, use sempre a verdade em qualquer matéria que fizer.


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POR Liberado Junior FOTOS Silvia Barreto

ECOS da noite TROPICAL

4 1 - Renee Lawant, Lilian Wakil, Márcia Atik e Fernanda Alarcon reunem beleza e muito energia boa

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2 - Roberto Stocco e Mariana Nastasi curtiram muito o encontro com amigos 3 - Walkiria Sanches em close especial para a coluna 4 - Beleza única de Rafaella Kleinpaul 5 - Cristina e Murilo Barletta foram prestigiar o encontro tropical 6 - Ivana Disaró e seu esposo José Eduardo Moraes

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7 - Ruth Aparício, Lúcia Costa e Sandra Leal em bate papo descontraído

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