REVISTA MARANHÃO TURISMO - SÃO JOÃO 2018

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FOTO: CHARLLES EDUARDO

Ano XXVIII São Luís - MA - Brasil Maio/Junho- 2018 R$ 15,00

São João do Maranhão Mergulhe nos encantos da nossa rica diversidade cultural

ÍNDIO DO BOI PIRILAMPO




FOTO: CHARLLES EDUARDO

ÍNDIA DO BOI DE AXIXÁ

08/32

A MAGIA DO BUMBA-MEU-BOI NOS FESTEJOS JUNINOS DO MARANHÃO

08/32

O TRADICIONAL ENCONTRO DE GRUPOS DE BUMBA-MEU-BOI NA CAPELA DE SÃO PEDRO

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O RITMO CONTAGIANTE DO CACURIÁ

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A MAGIA DO TAMBOR DE CRIOULA

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DANÇA DO LELÊ, PATRIMÔNIO CULTURAL DA REGIÃO DO MUNIM

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BETO PEREIRA NOS PALCOS DO SÃO JOÃO DO MARANHÃO



Quando chega o mês de junho um clima de magia se apodera do Maranhão, notadamente na capital do estado, São Luís, patrimônio cultural da humanidade. Ao longo do mês são cultivados os santos festeiros Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal, lembrados nos arraiais e terreiros da terra timbira. Dentre as dezenas de brincadeiras que são praticadas nesta época do ano, destacam-se o Bumba-Meu-Boi e o Tambor-de-Crioula (patrimônios culturais imateriais do Brasil), as quadrilhas, o cacuriá, a dança do coco, a dança do Lelê ou do Péla Porco, a dança portuguesa, dentre tantas outras manifestações culturais. Centenas de grupos cadastrados todos os anos contam com o apoio de órgãos públicos para sobreviverem, tanto estaduais quanto municipais, destacando-se o apoio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo - SECTUR. As brincadeiras se apresentam nas dezenas de arraiais espalhados pela cidade, sobretudo nos dias de Santo Antônio (o santo casamenteiro), de São João (com rituais de batismo dos bois), São Pedro (com procissão marítima) e São Marçal (grande encontro tradicional de bois de matraca no bairro do João Paulo, em São Luís), além dos eventuais Encontro de Clarins, o Encontro de Bois de Zabumba, no Monte Castelo (realizado na primeira quinzena de julho), dentre outros eventos. Na noite de São João, é comum se ver fogueiras iluminando a noite em vários pontos da cidade, herança de uma tradição que ainda perdura, sobretudo na periferia de São Luís em razão de uma antiga tradição católica. Segundo se sabe, acender fogueiras neste dia se relaciona com um acordo feito entre as primas Isabel (mãe de São João, chamado de Batista) e Maria, a mãe do Cristo Jesus. Isabel teria acendido uma fogueira na frente de sua casa, anunciando a Maria o nascimento de João, daí surgindo a tradição. A cultura é um fenômeno em constante mudança, e a cada ano muitas novidades são acrescentadas às brincadeiras, algumas boas e outras nem tanto. O que permanece, ainda bem, são as receitas das guloseimas servidas durante este período festivo, como o cuxá, peixe frito com farofa, mingau de milho, pamonha, vatapá, caruru, canjica, manuê, bolo de macaxeira. Esse é o momento do ano de se apreciar o repinicar das matracas dos Bois da Ilha, a magia do sotaque do Boi de Zabumba, o encantamento da dança do cacuriá, o mistério dos cazumbas e de seu bailado mágico e pleno de beleza rítmica, os grandes ritmos do Maranhão, e mergulhar nos encantos da nossa rica diversidade cultural.

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A RICA DIVERSIDADE DOS FESTEJOS JUNINOS DO MARANHÃO

Boa Leitura e até a próxima.

Léa Zacheu

ÍNDIOS DO BOI DE MORROS

Revista Maranhão Turismo Coordenação Editorial e Publicidade Léa Zacheu Administrativo Financeiro Sérgio Quirino Revisão Lara Zacheu Reportagem Léa Zacheu Paulo Melo Sousa Colaboradores Carol Gonçalves Renato Carvalho Diagramação Renê Caldas (renecaldas0@gmail.com) Foto Capa Charlles Eduardo Fotos Charlles Eduardo Daniel Soares Impressão Editora Lucena Tiragem 5.000 Exemplares

Av. Marechal Castelo Branco – Galeria 559-A Sala 106 – São Francisco – São Luís-MA – Brasil CEP – 65076-090 Fone: (98) 98152 0970 (Tim) / (98) 99607 3423 (Oi) (98) 98211 1426 (Tim) E-mail: revistamaturismo@gmail.com @revistamaturismo ARTICULISTA NACIONAL Paulo França paulo.franca@pfcint.com.br whatsapp/tim: (11) 94779 8404 *Os anunciantes são os únicos responsáveis por todos os conceitos, conteúdos, erros, falhas, incoerências, informações, imagens, ofertas, opções, propostas, textos e similares constantes das próprias matérias promocionais, peças publicitárias e semelhantes publicadas nesta edição.


São João é no Maranhão

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A magia do Bumba-Meu-Boi

nos festejos juninos do Maranhão Por: Paulo Melo Sousa • Fotos: Charlles Eduardo

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O Bumba-Meu-Boi é uma manifestação cultural que se faz presente em todas as regiões brasileiras, destacando-se o Boi-Bumbá de Parintins, no estado do Amazonas, e o Bumba-Meu-Boi do Maranhão, detentores de elementos ímpares no contexto da constituição de suas respectivas formatações. Atualmente, considerado como a manifestação de maior destaque no conjunto da cultura popular do Maranhão, historicamente o Bumba-Meu-Boi contou com passagens bastante tumultuadas ao longo da sua história. Essa manifestação cultural também é denominada de folguedo ou brincadeira.


Nos séculos XVIII e XIX, principalmente, e ainda no século XX, a brincadeira sofria com o preconceito, sendo até proibida a sua representação em vários locais do estado. Tido como coisa de negros ou de desocupados, era continuamente combatido. Posteriormente, no início dos anos 60 do século passado, a apresentação dos grupos foi aos poucos sendo absorvida pela sociedade maranhense, a princípio para as áreas suburbanas da capital do Maranhão, não se estendendo ao centro da cidade onde, nessa época, residiam as famílias mais ricas e tradicionais, que consideravam o Bumba-Meu-Boi uma brincadeira indecente, afastando, dessa forma, toda a possibilidade de aproximação dos brincantes com os integrantes das classes mais abastadas.


Surgido numa época na qual havia forte tensão social, e lançando mão de um santo que batizou o próprio Cristo Jesus como protetor, a maior parte dos grupos de Bumba-Meu-Boi procura se ligar diretamente ao sagrado, sem intermediação da Igreja. Os participantes também se unem a entidades espirituais dos terreiros de Tambor de Mina e de Umbanda, tais como caboclos, voduns e outros aos quaisMarçal pedemnoproteção e bênçãos. São João Paulo 12 Maranhão Turismo


Com forte embasamento na matriz religiosa, o Bumba-Meu-Boi do Maranhão ainda cultiva um lado místico e, ao longo de sua existência, esteve intrinsecamente ligado ao ato de se fazer e de se pagar promessas. A brincadeira existe no seu tempo específico, como se o São João maranhense não existisse sem o Bumba-Meu-Boi e este não existisse sem o São João, muito embora essa conotação esteja sendo modificada nos últimos anos, em razão da exploração turística dessa manifestação cultural. Maranhão Turismo 13


No Bumba-Meu-Boi maranhense pode-se observar forte influência indígena no que diz respeito aos ritmos, às vestes, nas quais se verifica a presença de indumentárias coloridas e brilhantes e, na dança, a ocorrência de passos ritmados e repetitivos. Do negro, a brincadeira herdou uma grande variedade de instrumentos, além do gingado sensual. E do branco, alguns elementos que completam a essência do Bumba-Meu-Boi do Maranhão, como os instrumentos do sotaque Boi Barrica além dos adereços. de orquestra, 14 Maranhão Turismo


A ordem tradicional da brincadeira obedece à seguinte sequencia: Guarnicê (preparação do Boi), Lá Vai (aviso de chegada), Toadas de Cordão, Pique, o Auto (comédia do Boi), Urrou (hora que o Boi ressuscita) e Despedida (momento de ir embora do terreiro com promessa de voltar). Após as apresentações nos arraiais da cidade, o público geralmente é convidado para se misturar aos grupos e dançar com os brincantes e com o Boi. Maranhão Turismo 15


OS SOTAQUES A música é um componente essencial no folguedo do Bumba-Meu-Boi, onde o canto é realizado de forma coletiva, acompanhado de instrumentos musicais de percussão e, nos últimos tempos, de corda e de sopro também.Seu ritmo próprio é conhecido como sotaque e diferencia-se de um grupo para outro variando conforme a concepção, organização e formas de apresentação características de cada localidade. No Maranhão são cinco os sotaques do Bumba-Meu-Boi: Matraca (ou Sotaque da Ilha), Baixada (Pindaré ou Pandeirões), Zabumba (ou Guimarães), Costa de Mão (ou Cururupu), e Orquestra.

Sotaque de Matraca ou Sotaque da Ilha

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No sotaque de matraca o ritmo é repetitivo e vigoroso. Predominante da Ilha de São Luís, também é conhecido como sotaque da llha. Mesmo utilizando instrumentos como pandeirões e tambor-onça e maracá, a predominância maior é do som das matracas, pedaços de madeira em forma de sarrafos, que são percutidos uns contra os outros, gerando um som estridente, seco e alto. Também são usados os pandeirões, instrumentos circulares, com cerca de um metro de diâmetro, cobertos com pele de animal de couro, geralmente de bode ou cabra; tambor-onça, um tipo de cuíca com som mais grave, imitando o urro de uma onça.

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Uma observação interessante é a abertura do grupo dada ao público para que tenha participação na dança. Geralmente os grupos de Bumba-Meu-Boi que se apresentam hoje em São Luís com sotaque de matraca arrastam multidões de apresentação em apresentação, devido à receptividade do público e pelo fato de que qualquer pessoa que tenha uma matraca pode participar da brincadeira, que acontece em círculo ao redor do Boi. Dos grupos de Bumba-Meu-Boi de matraca, destacam-se, na Ilha de São Luís, os bois da Maioba, de São José de Ribamar, do Maracanã, da Pindoba, dentre outros.

Personagens do Bumba-Meu-Boi, Pai Francisco e Catirina


O sotaque da Baixada (Pindaré ou Pandeirões) possui um ritmo menos acelerado e agressivo, mais festivo, porém com poucos movimentos de bailados. Os gestos bruscos, rápidos e curtos lembram as danças indígenas; o ritmo é arrastado, as matracas não estalam com força, parecem mais escorregar uma contra a outra. Utilizam os mesmos instrumentos do Sotaque de Matraca, com a presença de pandeiros pequenos. Destaca-se neste sotaque o Bumba-Meu-Boi de Pindaré.


A diferença deste sotaque em relação ao do boi de matraca é a riqueza e a grandiosidade dos chapéus e das vestimentas, além da ocorrência de um personagem sui generis, os cazumbas (personagem que mistura elementos humanos e sobrenaturais), que se apresentam vestidos com batas compridas, coloridas, com máscaras impressionantemente grandes, feitas de papel maché ou de isopor, algumas com lâmpadas piscantes. Usam no traseiro um cofo coberto pelas batas, que dão a eles um rebolado peculiar, típico de seus movimentos únicos.


O sotaque de zabumba, por sua vez, surgiu na região do Litoral Ocidental Maranhense, mais especificamente no município de Guimarães, e tem seu nome derivado do principal instrumento musical de percussão que é usado nas suas apresentações, um tambor de couro, cilíndrico, com boca ampla, feito de troncos de madeira escavada (pau de mangue) ou de metal, geralmente um tonel cortado ao meio. O instrumento é tocado usando-se uma baqueta com cabeça grossa, produzindo um som agudo.


A participação africana é mais acentuada no boi de Zabumba, considerado por alguns pesquisadores como o ritmo original do Bumba-Meu-Boi. Este sotaque é marcado pelas batidas fortes do instrumento principal, porém, outros instrumentos também são utilizados neste sotaque, dentre eles o tamborinho (parecido com os tamborins presentes nas escolas de samba, e que produzem um som grave), os maracás e os chocalhos (usados pelos Caboclos de Fita ou Rajados, marcadores do ritmo), o tambor-onça e o tambor de fogo. Seu ritmo fogoso e vibrante, parecido com samba e macumba. Indumentária da Índia Tradicional 22 Maranhão Turismo


Sua dança se apresenta como um bailado circular dirigido para o centro, com passos firmes e decididos, bem parecidos com os utilizados no Tambor-de-Crioula e no Tambor de Mina, também de ascendência africana, porém, os movimentos são bem específicos deste Boi. No sotaque de zabumba, os rajados ou caboclos de fita são personagens que se apresentam vestidos com saiotes bordados com canutilhos, paetês e miçangas, pregados por cima das calças. São bastante conhecidos vários grupos de Bumba-Meu-Boi de zabumba dos municípios de Guimarães, Cedral e São Luís. Maranhão Turismo 23


O Boi de Costa-de-Mão só é encontrado no município de Cururupu e em nada se assemelha aos sotaques já citados. Os instrumentos utilizados são: maracá, tambor-onça, caixa grande de zabumba e pandeiros pequenos, batidos com as costas das mãos. Não possui coreografia ensaiada ou organização de evolução. E as roupas consistem em trajes de príncipes toda bordada.

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Encerramento do Ciclo

Neste ano, o governo do Maranhão, através do São João de Todos, irá valorizar este sotaque, que está enfraquecido no estado, através de uma campanha de salvaguarda. De acordo com levantamento feito pelo IPHAN, apenas seis grupos de Bois de Costa de Mão ainda se encontram ativos, o que aponta para o perigo da extinção do sotaque. Dessa forma, o governo, através da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo - SECTUR, irá realizar, ao longo de todo o ano, ações de valorização do Boi de Costa de Mão, através de inúmeros eventos, tais como rodas de conversas, oficinas formativas, além de ampla divulgação dessa brincadeira. Maranhão Turismo 25


O sotaque de Orquestra surgiu provavelmente entre os anos 40 e 50. Possui ritmo bem diferenciado, sendo considerado por muitos como uma adaptação de escolas de samba. No entanto, a sonoridade é faceira, sacudida e brincalhona, com grande poder de comunicação que contagia a todos os presentes. Os movimentos lembram dança de salão onde seus brincantes dançam em duas filas, uma de frente para a outra com roupas coloridas e ricas com predominância de bordados, miçangas, canutilhos e paetês. Há uma maior predominância do branco no Boi de orquestra, que utiliza instrumentos como o banjo, o saxofone, o clarinete, o piston, o tarol, a zabumba e os maracás.

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A MEMÓRIA DOS “AUTOS” Essa manifestação cultural é marcante em todo o Maranhão, rica em sua diversidade, sendo recentemente considerada como patrimônio cultural imaterial brasileiro. No seu escopo se localiza a presença da religiosidade, do misticismo, da festa, da dança, do entretenimento e do drama, contando no passado com a presença de uma representação teatral denominada de Auto do Bumba-Meu-Boi. Praticamente desaparecido das apresentações realizadas nos arraiais e terreiros da capital maranhense, o auto do Bumba-Meu-Boi era tido, anteriormente, como de suma importância na brincadeira. Em vários municípios do Maranhão (como por exemplo, Mirinzal, Bequimão, Alcântara, Guimarães), a denominação auto é desconhecida, sendo essa palavra substituída pelas designações de matanças, comédias ou palhaçadas.

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Comumente, a representação cômica do Bumba-Meu-Boi que é denominada pelos pesquisadores como auto, varia de região para região, sendo encontradas várias versões da mesma, assentada, contudo, no eixo básico que se encontra em todas as representações. Integrando um vasto conjunto de outras contribuições da herança da oralidade inerente à brincadeira, a história mais famosa tem como personagens principais Catirina, uma escrava que tem o desejo, por estar grávida, de comer a língua do Boi mais valioso da fazenda de seus patrões; um negro vaqueiro, marido de Catirina, conhecido como Pai Francisco, um homem branco dono da fazenda e o Boi. A história começa quando Catirina tem o desejo de comer a língua do Boi, que não pode ser qualquer Boi, mas um Boi muito bonito e especial que sabe dançar, o preferido do dono da fazenda. Maranhão Turismo 29


Para realizar o desejo de sua mulher grávida, o esposo de Catirina resolve furtá-lo. O Boi é morto e a escrava tem seu desejo atendido. O vaqueiro da fazenda, dando falta do Boi, comunica o ocorrido ao patrão, que manda achá-lo de qualquer jeito. O Boi não é encontrado, então, o vaqueiro retorna à fazenda dizendo que há alguns dias havia uma escrava grávida desejando comer a língua do Boi. O casal Catirina e Francisco é então procurado, submetido a interrogatório e, após admitirem a culpa pela morte do Boi, recebem ameaças do senhor da fazenda.

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Mãe Catirina e Pai Francisco pensam numa maneira de ressuscitar o animal. O casal chama o médico que tenta trazer de volta à vida o animal, sem sucesso; o padre também é acionado, mas também fracassa; então apelam para o pajé, que faz seus rituais xamanísticos, conseguindo como num passe de mágica trazer o Boi especial de volta à vida. Depois da ressurreição do Boi, é dada uma grande festa que reúne todos os moradores da fazenda e das redondezas Tal história é a mais conhecida dentre os brincantes de Bumba-Meu-Boi da capital, bem como da população em geral. Admite-se que tenha sido cristalizada, ou seja, que essa história, pelo fato de ser a mais conhecida e difundida, seja considerada por muitos como sendo a única, a original. A maioria dos brincantes de grupos de Bumba-Meu-Boi do interior do estado, contudo, desconhece o significado da palavra auto.

Zé Olhinho, Amo do Boi de Santa Fé

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Como fenômeno cultural dinâmico e, portanto, em permanente transformação, o Bumba-Meu-Boi sofre com as modificações que frequentemente são introduzidas na brincadeira por seus integrantes, acumulando acréscimos e perdas, sendo que o auto praticamente desapareceu das apresentações dos grupos realizadas na capital do estado. Em vários municípios, contudo, sobretudo em alguns grupos localizados em povoados distantes, as matanças ainda sobrevivem, graças à presença dos palhaços, verdadeiros guardiães de uma tradição secular e que vem encantando cada vez mais os amantes da vigorosa cultura popular brasileira. 32 Maranhão Turismo


O TRADICIONAL ENCONTRO DE GRUPOS DE BUMBA-MEU-BOI NA CAPELA DE SÃO PEDRO

Na Capela de São Pedro, localizada no bairro da Madre Deus, em São Luís, acontece anualmente o tradicional festejo de São Pedro, o protetor dos pescadores. Mais de uma centena de grupos de Bumba-Meu-Boi amanhecem no local ao som das matracas e dos pandeirões nesse grande encontro que une cultura e religiosidade. Após o término de suas apresentações nos arraiais espalhados pela cidade, os grupos se dirigem ao longo da virada do dia 28 para 29 até à pequena capela para render homenagens ao santo, pedindo bênçãos, proteção ou simplesmente pagando promessas ou agradecendo graças alcançadas. A tradição já está com quase 80 anos de existência. Durante o dia acontece, pela manhã, a procissão marítima, que parte da Rampa Campos Melo, na Praia Grande, segue em direção do Genipapeiro, passa pela Ponta d’areia, adentra o rio Bacanga até a barragem e retorna ao local de partida. Os barcos, canoas, catamarãs, dentre outras embarcações, são enfeitadas e o cortejo completa o percurso ao estrépito dos foguetes. Na parte da tarde, a partir das 17 horas, é a vez da procissão terrestre, que parte da capela do santo e percorre as ruas de São Pantaleão, rua do Passeio, Praça da Saudade, Avenida Rui Barbosa, com retorno para a capela, na qual é realizada missa campal. A tradição reúne batalhões de Bumba-Meu-Boi nos diversos sotaques: zabumba, matraca, num ritual que é sagrado para os brincantes, sob pena de não conseguirem as graças pedidas ao santo. Barracas vendem comidas típicas e bebidas para a grande quantidade de pessoas que se deslocam até o local para amanhecerem juntos com os brincantes, sob as toadas e a música contagiante das matracas e pandeirões. Maranhão Turismo 33


O RITMO CONTAGIA

Segundo os relatos mais dignos de crédito, o Cacuriá teria surgido a partir de um pedido feito ao senhor Alauriano Campos de Almeida (mais conhecido como seu Lauro) pela pesquisadora e folclorista maranhense Zelinda Lima, em 1972, para que o mesmo criasse uma brincadeira nova nos festejos juninos do Maranhão, que servisse como alternativas aos grupos de Bumba-Meu-Boi, Tambor de Crioula e quadrilhas. Atendendo ao pedido, seu Lauro fez uma rápida visita ao município de Guimarães e de lá trouxe a novidade, inspirado numa brincadeira já existente, conhecida como Carimbó de Caixas ou Baile de Caixas, dança de roda realizada ao toque das caixeiras do Divino Espírito Santo. A brincadeira teve inspiração em conhecida prática das caixeiras que, após o término do festejo, com o derrubamento do mastro do Divino, se reuniam para se divertirem com essa dança, então conhecida como Carimbó das Caixeiras, Bambaê de Caixas, dentre várias outras denominações, de acordo com a localidade na qual a manifestação se apresenta. Essa origem da brincadeira remete aos pesquisadores Eric Hobsbawn e Terence Ranger, autores do livro “A Invenção das Tradições”, o que indica que o Cacuriá é uma tradição inventada. No ritual de derrubamento do mastro, as caixeiras iam serrando o mastro e cantando, entoando versos de duplo sentido, e dançando de forma contagiante, com rebolado. 34 Maranhão Turismo


ANTE DO CACURIÁ

Em São Luís o Cacuriá de seu Lauro era o único até o ano de 1986, quando dona Teté, que era integrante do grupo de seu Lauro, juntou-se ao grupo do Laboratório de Expressões Artísticas - Laborarte e, a convite do então diretor e ator de teatro, Nélson Brito, criaram o já tradicional Cacuriá de dona Teté, que teve sucesso cada vez crescente desde então, servindo como inspiração para o surgimento de vários outros grupos que adotam a mesma dança e ritmo. Novos instrumentos foram adicionados às caixas, tais como o banjo, a flauta, o cavaquinho, o baixo, percussão, o violão, e houve incremento da teatralidade das performances, aliada a um aprimoramento do figurino. A dança é sensual, com rebolado, e a alegria dos brincantes se transmite á assistência, que vibra com as apresentações. A música da brincadeira se utiliza de toques do Divino, dança do Caroço, valsa, carimbó e baião. As caixeiras puxam os versos, que são respondidos pelos dançarinos ao executarem suas eróticas coreografias. Geralmente, o público engrossa o coro e o Cacuriá atinge seu ponto de maior expressão, levando os integrantes e o público ao êxtase, numa envolvente simbiose artística, como na música Chapéu de Lenha: “Ê lelê chapéu de lenha / quem não pode não emprenha / Ê lelê chapéu de lenha / Quem não pode não emprenha / Cacuriá vem do Divino / faz o povo se alegrar / vai chegando vai chamando /a galera pra dançar / Adeus, que eu já vou embora / a costa já vou virando / não sei quem fica pra trás / que meus olhos vão chorando / gente, eu já vou embora / eu não posso mais ficar / porque não tem uma catuaba / pra Tetezinha tomar”. Maranhão Turismo 35


A magia do Tambor de Crioula A manifestação cultural do Tambor de Crioula é uma das mais significativas do Maranhão. De origem africana, a brincadeira é praticada durante o ano inteiro em muitos municípios maranhenses, notadamente na época do carnaval ou durante os festejos juninos, e ainda como pagamento de promessa, festas de aniversário, despedida de amigos ou de parentes ou em louvor do santo padroeiro associada a essa manifestação, São Benedito. O Tambor de Crioula também é praticado em terreiros de Tambor de Mina e similares, possuindo caráter religioso. Antigamente, os brincantes se apresentavam com a roupa do corpo. Há cerca de 50 anos atrás, foi “inventada” uma indumentária. As mulheres são chamadas de coreiras e se trajam com saias rodadas, geralmente de chita, e usam blusas brancas ou rendadas, com adornos de flores na cabeça. Usam colares, brincos, pulseiras e geralmente um torço branco na cabeça. Os homens são denominados de coreiros e usam calça comum, camisas estampadas e chapéu de palha. São utilizados três tambores, a princípio feitos de madeira (mangue ou pau d’arco, maçaranduba, dentre outras), de acordo com a região na qual a manifestação existe. A esse conjunto de tambores os brincantes denominam de parelha. O menor dos tambores é chamado de crivador ou pererengue, o tambor médio e denominado de meião, tambor do meio ou chamador, enquanto que o maior de todos é conhecido como roncador ou rufador, que, com a ajuda de duas baquetas, percutidas contra o corpo do tambor, complementa a marcação sonora, acompanhada por composições geralmente já prontas ou improvisadas na hora da apresentação, chamadas de toadas, que também são repetidas pelas coreiras.

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O Tambor de Crioula é uma dança circular. Após o início do toque dos tambores, uma mulher de cada vez sai do círculo em volta dos tambores e dança na frente dos tocadores numa apresentação solo que mostra o seu estilo ao dançar. Atrás deles ficam outros tocadores e acompanhantes que se revezam no toque dos tambores, engrossando o coro das toadas e tocando palmas. Cada toque recebe o nome de marcha. Uma particularidade interessante da dança se chama punga ou umbigada, um toque dos ventres de duas mulheres dançantes, um sinal para que a mulher que está dançando saia do centro, cedendo espaço àquela que saiu da roda e se apresentará em seguida. O Tambor de Crioula é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira desde o ano de 2007. Manifestação cultural muito reverenciada em todo o Maranhão, a Lei de nº 13.248, de 12 de janeiro de 2016 instituiu o dia 18 de junho como o Dia Nacional do Tambor de Crioula. Maranhão Turismo 37


DANÇA DO LELÊ

A dança do Lelê, também conhecida como Péla Porco, teria suas raízes fincadas nas danças de salão europeias, tendo sido introduzida no Maranhão no final do século XIX, com nuances espanholas, portuguesas e francesas. Desenvolveu-se, sobretudo, na região do Munim, no município de Rosário, notadamente no povoado de São Simão, e no município de Axixá. De cunho profano, a dança folclórica, no entanto, é executada em louvor de determinados santos, obedecendo ao calendário católico, e é realizada durante o ano todo, não se fixando em determinado período, e pode ser feita em pagamento de promessas. Dotada de uma coreografia espontânea e diversificada, a dança é acompanhada por músicas e por uma cantoria cadenciada, contagiante, lento e repetitivo, com versos geralmente improvisados, o que leva ao transe tanto para quem dança como para que assiste à manifestação. Os instrumentos presentes são o violão, cavaquinho ou banjo, flauta, rabeca, pandeiro, e as castanholas, o que denuncia as influências espanholas. A dança é comandada por um mandante (responsável pela coordenação das coreografias), que orienta os pares de dançarinos que executam as coreografias. São duas filas, uma de homens e outra de mulheres, geralmente pessoas na faixa da terceira idade (por isso a dança também é conhecida como Dança dos Velhos), embora seja dançada também por jovens. O primeiro par é chamado de cabeceira de cima e o último par, cabeceira de baixo. 38 Maranhão Turismo

PATRIMÔNIO CULTURAL DA REGIÃO DO MUNIM

Outra denominação da brincadeira, Dança do Péla Porco, se deve ao fato de, durante a realização da dança, os organizadores se reunirem para matar galinhas e pelar porcos para servir aos convidados das festas nas quais as festas são feitas. A dança obedece a uma divisão em quatro partes. Os homens dançam de uma forma mais afoita, com pulos, sapateados, aos gritos de Péla ou Lelelê, enquanto que as mulheres se mostram mais contidas. A primeira parte da dança se chama de Chorado. Trata-se do início da apresentação, onde os pares são formados. A plateia é saudada, os cantores e músicos se apresentam e é feito a todos um convite à festa. Logo em seguida acontece a Dança Grande, parte mais demorada do Lelê, na qual os brincantes se cortejam, versos satíricos são entoados em forma de estrofes de quatro versos. O terceiro momento da dança é a Talavera. Esta parte atravessa a madrugada, os brincantes dança de braços dados e em estrofes de quatro versos a temática é de cunho romântico. A derradeira componente da dança se chama Cajueiro. Nesse momento, que antecede o encerramento da brincadeira, os músicos são saudados, bem como os donos da casa na qual se realiza a dança, e a plateia. A coreografia é bem diversificada. Chegou a hora de “ajuntar castanha e entregar o caju”, como costumam dizer os brincantes, e esta parte coincide com o nascer do dia.


BETO PEREIRA NOS PALCOS DO SÃO JOÃO DO MARANHÃO

Considerado um dos mais expressivos representantes da Música Popular Brasileira produzida no Maranhão, Betto Pereira tem trinta e cinco anos de carreira. Já esteve ao lado de grandes nomes da MPB, como Gilberto Gil, que fez uma participação especial no show de Betto, no Circo Voador, Rio de Janeiro (RJ). Quem também já participou de shows do artista, foi cantora e amiga Alcione, no Teatro Rival e João Caetano (RJ). Betto Pereira já acompanhou como músico instrumentista osartistas: João do Vale, Amelinha, Dona Ivone Lara, Miucha, Zeca Baleiro, Cristina Buarque, Ana Buarque entre outros.

Betto Pereira é um dos mais representativos artistas do Maranhão atual. Não apenas pelo amplo reconhecimento do público e de seus pares em torno do seu trabalho musical, mas, também, pela multiplicidade do seu talento, gerador de interfaces com outras artes, sobretudo com a pintura, onde revela-se um sensível alquimista das cores. Além disso, Betto Pereira possui um inquieto espírito aglutinador, que o torna um constante difusor da cultura maranhense através da mídia. O seu último CD “Samba que é bom”, tem a participação do cantor e compositor Zeca Baleiro, no repertório, um trabalho autoral com parcerias com

outros compositores daí a riqueza e a diversidade musical desse artista multe facetado e inquieto, assim é Betto Pereira! A divulgação nacional veio através do Programa Legal – Rede Globo, Vídeo Show – Rede Globo, Xuxa Hits – Rede Globo, Verão Vivo – Rede Bandeirantes, Som Brasil – Rede Globo, Rítmo Brasil – Rede TV. Radicado no Rio de Janeiro desde 2014, o artista continua sua trajetória sempre inovando em suas apresentações, seja em show ou pocket show Betto apresenta ao público um delicioso passeio em um repertório cultural de suas composições.

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O SÃO JOÃO DE TODOS 2018 HOMENAGEARÁ A BELEZA E A SINGULARIDADE DO ESTILO BUMBA MEU COSTA DE MÃO

Os festejos juninos deste ano, promovidos pelo Governo do Maranhão em parceria com a Prefeitura de São Luís, terão como grande homenageado um dos mais peculiares sotaques de Bumba-meu-boi, o Costa de Mão. A ideia é valorizar esses grupos que têm um estilo único, conhecido pela batida do pandeiro que é feita com as costas das mãos e um ritmo cadenciado marcado por instrumentos de percussão. Na programação do São João de Todos 2018, os grupos de Bumba-meu boi Costa de Mão foram contemplados com apresentação de abertura em todos os arraiais oficiais. A ideia é dar maior visibilidade a esse estilo de Bumba-meu-boi, levando toda a magia e brilho para o público. Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Diego Galdino, valorizar os Bois Costa de Mão significa valorizar todo o conjunto cultural do Bumba-meu40 Maranhão Turismo

-boi do Maranhão. “É preciso manter viva esta brincadeira, com sua diversidade de estilos e riqueza de expressões. Este ano esperamos repetir o sucesso que é o São João de Todos, uma festa democrática com um maior número de brincadeiras, feita para encantar o público com tradição e diversidade cultural”, ressaltou Galdino. Conforme levantamento feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan), de um total de 18 grupos identificados no estado, de 2001 a 2017, apenas seis ainda estão em atividade e destes, somente quatro fizeram apresentações públicas em 2017. O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Neto de Azile, afirmou que a campanha pela valorização dos bois de Costa de Mão é fundamental por se tratar de um bem cultural em risco. “A ideia é

dar visibilidade e assegurar o reconhecimento da expressão como parte do conjunto de sotaques do Bumba-meu-boi. A extinção de um sotaque pode inclusive comprometer a revalidação do título de patrimônio cultural brasileiro atribuído ao Bumba-meu-boi”, alertou. Os grupos de Bumba-meu-boi, sotaque Costa de Mão são originários da região do Litoral Ocidental Maranhense, tendo como berço o município de Cururupu. Tem um ritmo cadenciado marcado por instrumentos de percussão, como caixa, maracá e pandeiro. A indumentária é caracterizada pela riqueza dos bordados em calças, casacos e chapéus. São originários de grupos dos municípios de Cururupu, Serrano do Maranhão, Bacuri e São Luís. Na cultura popular maranhense, representam, com o sotaque de Zabumba, a identidade do povo negro dentro do Bumba-meu-boi.


25 ANOS DO GRUPO PIAÇABA O Grupo Piaçaba Danças e Ritmos Populares do Maranhão foi criado no tradicional bairro da Madre Deus, em 04 de abril de 1993, com objetivo precípuo de difundir as manifestações artísticas populares do Estado, através de um processo de estudos de pesquisas dos ritmos e coreografias dos nossos mais significativos folguedos, com especial destaque às áreas dc dança e música, buscando uma efetiva divulgação dessas produções, com vistas ao seu conhecimento e revalorização pela sociedade, bem como oportunizando o próprio trabalho artístico dos seus dançarinos, compositores, músicos e artesões.

Após diversas viagens de pesquisa a alguns municípios maranhenses, como Rosário, Axixá e Morros, o Grupo decidiu-se por trabalhar a divulgação das Danças do Lelê, Dança do Caroço e Tambor de Crioula, os sotaques de bumba-meu-boi da Ilha, de Zabumba e Pindaré, como elementos principais, em que destacam os espetáculos, com composições e coreografias próprias, em que se destacam os compositores Silvério Júnior, Juca do Bolo, César Teixeira, Erivaldo Gomes, Adler São Luís, Durval Rodrigues, Antonio Dantas, Wellington Reis, Francisco Macedo, Lázaro Pereira, Joãozinho Ribeiro e Raimundo Macarrão. Maranhão Turismo 41


O GRANDE ENCONTRO DOS BATALHÕES DE BUMBA-MEU-BOI NO DIA DE SÃO MARÇAL

Um dos espetáculos mais significativos dos festejos juninos do Maranhão acontece anualmente no dia 30 de junho, no bairro do João Paulo, em São Luís do Maranhão. Dezenas de grupos de Bumba-Meu-Boi, sotaque de matraca, convergem para o bairro, ocupando a artéria principal durante todo o dia 30 de junho na avenida São Marçal, que homenageia o santo festejado pelos grupos folclóricos nesse dia. Neste ano acontecerá a 91ª edição do evento, que reúne centenas de milhares de participantes que se deslocam até o local para prestigiarem a grande manifestação cultural dos chamados Bois da Ilha. A data, além de celebrar São Marçal, comemora também o Dia Municipal do Brincante de Bumba-meu-Boi, instituído pela Lei Municipal nº 4544, de 23 de novembro de 2005. No ano seguinte, a Prefeitura de São Luís atribuiu o título de bem cultural imaterial à festa de São Marçal, através da Lei nº 4626, de 14 de julho de 2006. 42 Maranhão Turismo

Historicamente, o primeiro encontro de grupos de Bumba-Meu-Boi no João Paulo aconteceu no 29 de junho de 1928, quando os grupos do Boi do Lugar dos Índios (do povoado São José dos Índios, município de São José de Ribamar), do Sítio do Apicum e, ainda, do Boi da Maioba se apresentaram no local da atual Praça Ivar Saldanha, por solicitação feita pelo senhor José Pacífico de Moraes, comerciante, que gostava de cultura popular. A ideia deu certo e de lá pra cá o evento mudou de lugar e a participação popular se tornou cada vez mais vigorosa até os dias atuais.


ARRAIAL DA FEIRINHA SÃO LUÍS ARRASTA PÚBLICO AOS DOMINGOS Feirinha São Luís abriu a temporada junina na cidade, arrastando os amantes de um bom arraial com grande variedade de comidas típicas e brincadeiras regionais da temporada. Durante todo o mês de junho a Feirinha São Luís leva aos domingos de 7h às 15h, para o palco da Praça Benedito Leite uma programação cultural recheada com as atrações mais representativas do folclore junino maranhense, inspiradas na lenda de Catirina e Pai Francisco, que deram origem ao bumba-meu-boi.

O secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Ivaldo Rodrigues, avalia positivamente a evolução da Feirinha a cada edição. “Desde que foi planejado e aprovado pelo prefeito Edivaldo, esse programa foi pensado para beneficiar um público vasto. A Feirinha hoje é uma ação que favorece produtores, artesãos, comerciantes da área, turistas e famílias ludovicenses. É muito bom observar que esse é um projeto que vem crescendo e se consolidando a cada edição”, enfatizou o titular da Semapa.

O secretário municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Ivaldo Rodrigues

A iniciativa do Programa Feirinha São Luís é da Prefeitura de São Luís, realizada por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), tornou-se ponto de compras, bons encontros, lazer e diversão das famílias, amigos e turistas que visitam a capital maranhense e tem como objetivo principal fomentar a agricultura familiar de São Luís, agregando ainda artesanato, artes plásticas, gastronomia variada, cultura e literatura. Durante o primeiro ano, a Feirinha São Luís movimentou mais de 20 toneladas de produtos e subprodutos da agricultura local. Cerca de 240 mil pessoas já estiveram no evento que gerou um capital circulante de quase R$ 12 milhões, além de renda nos mais de 120 pontos de comercialização dentro e no entorno da Praça, por onde já se apresentaram 300 atrações. Maranhão Turismo 43


9°EDIÇÃO DO GRANDE ARRAIAL BY CLAUDIO CARVALHO A 9° Edição do Grande Arraial By Claudio Carvalho foi uma verdadeira lacracão. Conhecido pelos seus seguidores nas redes sociais com os bordões lacração e destruição, e, aceita ou chora, o design de sapatos e empresário

Claudio Carvalho comandou a 9° edição do seu arraial no último dia 9 nos salões do Palácio Luís XIII. O evento contou com a participação de várias bandas e apresentações culturais locais como o Boi de Nina Rodrigues. A festa foi marcada pelas presenças Vips

que deram todo o glamour este ano. A ex BBB e Ex Fazenda (ultima edição) Monique Amin e o ator maranhense Deo Garcez estiveram na edição mais "lacradora" produzida em todos esses anos. A apresentadora Paulinha Lobão foi a grande madrinha do Arraial.

Cláudio Carvalho, Paulinha Lobão, o ator Deo Garcêz, Concita do Boi de Nina Rodrigues e Tatiana Lobão

O anfitrião com Suany e Gerlande Pears

Paulinha e Edinho Lobão

Cláudio Carvalho ladeado por Miguel e Sanaj Ribeiro

Nazaré Coelho, Teresinha Rodrigues, Léa Zacheu e Lusimar de Assis

O anfitrião e seu avô João Batista

Monique Amin , Cláudio carvalho e Paulinha Lobão

Chris Pereira, o anfitrião e Júlio César Pereira

Marcos Davi, Madalena Nobre, Fabiano Tajra, Ilze Rangel e o ator Deo Garcês

As índias do Boi de Nina Rodrigues

Roxana Ribeiro e Roseane Santos com Cláudio Carvalho

Cesar Boaes, Paulinha Lobão, Cláudio Carvalho e Tabita Cintra

Cláudio Carvalho e Karol Sampaio

Jasmyne Ricoly, o anfitrião, Janaína Ricoly e Joseph Fontes

O anfitrião com Liciane a moda de Lili

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O CRIME DA BARONESA, LANÇAMENTO DA 4º EDIÇÃO o Escritor e imortal José Eulálio Figueiredo de Almeida lançou no dia 11 de maio a quarta edição do seu livro “O Crime da Baronesa”, a edição faz parte da coleção literária e livresca de sua autoria, chamada casos criminais célebres do Maranhão. A familia e grande número de amigos, colegas de profissão, alunos da UFMA, profissionais do Direito, es-

critores, leitores, jornalistas, empresários, estiveram presentes. Professores e alunos da Escola de Música do Maranhão fizeram um belíssimo recital com músicas contemporâneas ao fato histórico de que trata o livro. A filha caçula do escritor, Emanuele Terças de Almeida tocou flauta transversal, Encantou a todos com sua apresentação ao seus 12 anos. “Foi um momento

de grande realização profissional na literatura , posto que essa obra cada dia mais conquista o status de best seller pela sua aceitação pelo público leitor e pela crítica literária. Em breve estaremos lançando a quinta edição. Obrigado a todos que prestigiaram o evento.”disse o Escritor. O Evento aconteceu na Livraria da AMEI no São Luis Shopping.

O escritor Eulálio Figueiredo e Família

O escritor com Sérgio Albuquerque, João Neto e Roberto Albuquerque

O escritor com colegas de trabalho

Eulálio com personagens da época a Baronesa e o Barão de Grajaú

O escritor com o Juiz Osmar Gomes Santos

O anfitrião com seus alunos da UFMA

Eulálio Figueiredo com Clóvis Viana

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DÉCIMA SEGUNDA PREMIAÇÃO

INSIDE BY FOFA

A premiação Inside By Fofa da colunista Ilze Rangel , foi realizada no dia 26 de Maio, no Salão Nobre do Espaço Gaia, Ponta D’areia. Em clima de alto astral e de muita confraternização entre os presentes. Em sua 12ª edição, o Prêmio “Inside by Fofa”, mais uma vez, reuniu convidados e homenageados para uma badalada noite festiva na capital maranhense. As homenagens foram entregues à cantores, empresários, jornalistas que se destacam pela atuação em suas áreas no cenário maranhense e de outros estados. A cada chamada dos homenageados, os convidados aplaudiam e parabenizavam a anfitriã pela festa e pelo evento. “Quem Assinou o cerimonial do Troféu Inside by Fofa foi Marcello Claudio. A premiação “Inside by Fofa” engloba diversas áreas como educação, cultura, comunicação e política.

Empresário Juninho Luang

Sr. Moreira River Refrigerante

Leonice e Vanio Azevedo, com Fofa e Jordevan - Ateliê Azevedo

Ex-BBB, Sol

Médico das Celebridades, Dr.Luciano Negreiros

Vice-Prefeito Júlio Pinheiro

Empresário e Líder Político, Márcio Honaiser, com seu filho, João Guilherme e Fofa

Cris Targino Bioclínica

Presidente da Febracos, Ovadia Saadia, com Fofa e Jordevan

BLOGUEIROS E INFLUENCIADORES DIGITAIS CONHECEM A ROTA DAS EMOÇÕES Profissionais que utilizam a rede mundial de computadores para comunicar ou vender algum produto, promover um destino, intitulados de youtubers, blogueiros ou influenciadores digitais estiveram no Maranhão, a convite do SEBRAE e trade turístico maranhense, para conhecer a Rota das Emoções e seus encantos. A ação, chamada de press trip, ou viagem de familiarização para imprensa, apresentou os atrativos e segmentos turísticos, a estrutura e as experiências que só a Rota das Emoções tem, com a intenção de mostrar a estes profissionais as muitas narrativas e emoções do roteiro. O objetivo final é a divulgação dos destinos nessa nova forma de comunicar nos diversos meios de comunicação e imprensa de alcance mundial. 46 Maranhão Turismo

O grupo de blogueiros em São Luís nas prévias do São João


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