Revista Mulheres - Edição Especial Japão

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MULHERES revista

Setembro 2012

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Ano 1

I

N.º 3

PAPO MULHER Akemi Higashi

CARREIRA Sushiman OLIMPÍADAS Hugo Hoyama ESPORTE Escalada Indoor VIAGEM MAIS Registro SAÚDE Massagem

www.revistamulheres.com.br

Distribuição gratuita

O CARA Japinha




SUMÁ 58

38 Ramalho da Construção

DESTAQUE

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ESPECIAL OLIMPÍADAS

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Caroline Kumahara

OLIMPÍADAS

16

Hugo Hoyama

SAÚDE

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Massagem para relaxar

PAPO MULHER

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Tatuagem com Akemi Higashi

ESPORTE

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Escalada Indoor


ÁRIO 24

08 CARREIRA

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Conheça a carreira de Sushiman

CULINÁRIA

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USUZUKURI

MODA

38

Fernanda Yamamoto

VIAGEM +

44

Cidade de Registro, SP

CULTURA

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Satoru Saito e banda Tontonmi

O CARA

58

Japinha CPM 22


Fundada em 1985 A Revista Mulheres é produzida pela Seimi ProArt www.seimiproart.com.br revista

MULHERES Fundada em 2012 Diretora Geral: Seico Mizoguchi Jornalista: Lívane Salles Shodji Mizoguchi Tito Neto Fotógrafo: Eric Seiiti Furuta Shodji Mizoguchi Foto capa: Alexandre Saraiva/divulgação Diagramação e Arte: SEIMI PROART www.seimiproart.com.br Web designer: Zendji Mizoguchi Produção de vídeo: SEIMI PROART www.seimiproart.com.br

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A

Revista Mulheres neste mês de setembro está recheada de matérias incríveis para você, Mulher do século XXI. No Papo Mulher, entrevistamos a renomada tatuadora Akemi Higashi, seu talento conquistou vários famosos e uma legião de fans, para se ter uma ideia, uma sessão com ela tem fila de espera que pode levar até quinze dias. Conheça o destaque dessa edição, Ramalho da Construção, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo Pra você sempre ficar antenada no mundo da moda, entrevistamos a estilista do São Paulo Fashion Week, Fernanda Yamamoto. Na matéria de saúde, o assunto é bem relaxante. Abordamos o tema “massagem”, e só de escutar a palavra “massagem”, já temos uma sensação de relaxamento. Se você está pensando em perder uns quilinhos e tonificar os músculos, nossa dica da “sessão esporte” é Escalada Indoor, e não se preocupe com medo de altura, pois é muito seguro. 2012 é o ano das Olimpíadas, esse ano foi sediado em Londres, e não deixamos passar em branco, entrevistamos os mesatenistas Hugo Hoyama e Caroline Kumahara. Quer seguir a carreira de Sushiman? na nossa sessão “carreira” você vai entender um pouco mais sobre essa profissão milenar. Enfim, para nosso delírio, “O Cara” dessa edição é o baterista do CPM 22 “Japinha”, ele vai revelar detalhes sobre carreira, mulheres e família. Um beijo e ótima leitura.

Equipe Revista Mulheres



[destaque]

RAMALHO DA CONSTRUÇÃO Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo “Lutar pelo trabalho decente é superar as situações de discriminação e diferenças inaceitáveis em qualquer circunstancias da convivência entre cidadãos livres numa sociedade democrática”.

A

ntonio de Sousa Ramalho nasceu na Paraíba, em 10 de maio de 1949, no município de Conceição do Piancó. De família humilde, numerosa e da lavoura, começou a trabalhar na roça aos oito anos de idade. Vida difícil. Precisava ajudar no sustento de seus dez irmãos menores. Apesar das dificuldades, conseguiu cursar o ensino fundamental trabalhando, em paralelo, no Cartório de Registro Civil da cidade, na Compa-

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nhia de Água e Esgoto da Paraíba e no sistema de Telefonia da cidade. Mudou-se para São Paulo em 1968. Nos tempos duros da ditadura, iniciou sua vida na construção civil como servente, na empresa Hidrasan -Engenharia Civil e Sanitária Ltda. Enquanto trabalhava, o paraibano fazia cursos de aperfeiçoamento. De simples lavrador, chegou a cursar a Faculdade de Engenharia Civil, na Universidade de Mogi das Cruzes. Abandonou no terceiro ano porque


Antonio de Sousa Ramalho Presidente do SINTRACON-SP

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não conseguia pagar as mensalidades. Em julho de 1990, após 22 anos como empregado da Hidrasan, Ramalho ingressou no meio sindical como 2º suplente da Diretoria. Em novembro de 1994, com a morte do Luiz José de Lima, assumiu o cargo de 2º Secretário na Executiva. Ainda em 1994, ele comandou a maior greve da história do setor. Foram 16 dias de paralisações,com vitória concedida pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) 2ª Região de São Paulo, que concedeu 5% de aumento de salário, pagamento dos dias parados e estabilidade de 90 dias para os grevistas. Lutou na defesa dos interesses dos trabalhadores. Enfrentou a intransigência dos empresários, coordenando greves em busca de melhores condições de vida à gente humilde da Construção Civil. E, mesmo assim, ainda encontrou tempo para aprimorar seus conhecimentos e colaborar na Federação Espírita do Estado de São Paulo. Trabalhou nas negociações para renovação da NR 18 (Norma Regulamentadora), a qual os trabalhadores passaram a ter direitos, alojamentos dignos e equipamentos previstos por Lei. Hoje, a Norma relaciona mais 1.300 itens. E, se fosse aplicada pelo empregador, não aconteceria nenhum tipo de acidente. Em 1995, bateu de frente com a Fe-

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deração Estadual dos Trabalhadores da Construção Civil, que pretendia calar a sua voz e excluir o Sindicato de uma efetiva participação na executiva. Comandou assembléia de desfiliação da Feticom-SP e, em outra oportunidade, convenceu o então presidente Décio Lopes e sua Diretoria a se filiar à Força Sindical. Nesse mesmo período se tornou Vice-Presidente da Força Sindical. Em 1998, com o apoio do corpo associativo e da diretoria, foi lançada a chapa encabeçada por Ramalho para disputar as eleições no Sindicato. A bandeira de luta? Renovação. A chapa, composta de companheiros novos, pela primeira vez na história, foi integrada por uma mulher. Eleita, a chapa começou uma autêntica revolução do Sindicato, preparando-o para uma nova relação entre capital e trabalho. O Sintracon-SP passou a ter grande influência no meio sindical sendo, hoje, extremamente conhecido e permanentemente consultado sobre os destinos da Nação. Afinal, trata-se de um dos maiores sindicatos da América Latina. Por seu trabalho, Ramalho ganhou notoriedade, a ponto de receber, o título de Cidadão Paulistano, motivo de orgulho e que coroa sua trajetória de lutas. Criador do sindicalismo cidadão, Ra-


Nas eleições para Deputado Estadual ocorridas no ano de 2006, Ramalho foi candidato e obteve 32.996 votos, sendo eleito 3º Suplente de Deputado. Já no pleito de 2010, com mais de 63 mil votos, elegeu-se 1º Suplente do PSDB. malho busca avanços significativos para as comunidades que integram a Capital paulista, facilitando acesso às autoridades na busca de melhoramentos sociais como água, esgoto, creches, escolas, canalização de córregos, segurança e saúde. Por sua batalha em prol da vida nos canteiros de obras, o paraibano de Conceição do Piancó foi homenageado pelo Sindicato dos Técnicos de Segurança do Estado de São Paulo (Sintesp), com o prêmio “Sindicalista Destaque de 2009 na Promoção da Segurança e Saúde do Trabalhador”.

Nas eleições para deputado estadual ocorridas no ano de 2006, Ramalho foi candidato e obteve 32.996 votos, sendo eleito 3º Suplente de Deputado. Apesar de tantas lutas e vitórias o Ramalho confessa que a maior de todas foi contra o câncer nos períodos de 2007 a 2009. Hoje, 100% curado, ele continua empenhando esforços para melhor distribuição de renda, emprego com carteira assinada, moradia digna, transporte, educação, segurança, saúde e lazer. M

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[especial OlimpĂ­adas Londres 2012] Caroline Kumahara Mesatenista representante do Brasil nas OlimpĂ­adas de Londres

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CAROLINE KUMAHARA

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aroline Kumahara é a segunda mais jovem atleta da delegação basileira nas Olimpíadas de Londres, completou 17 anos exatamente no dia que marcou a abertura oficial dos Jogos Olimpícos. Ansiosa com sua primeira participação em Olimpíada, a jovem atleta representou o Brasil no tênis de mesa e fez uma excelente estreia, com uma vitória arrasadora sobre a atleta de Djibuti, país do nordeste da África, Yasmin Hassan Farah por 4 sets a 0. Mas na fase seguinte, Caroline foi eliminada pela britânica Joanna Parker e não conseguiu trazer medalhas para o Brasil.

A jovem paulistana já segue a carreira de mesatenista, e não é por menos, perguntado sobre a importância do tênis de mesa em sua vida, ela não pensa duas vezes: “tudo, é a minha vida e a minha maior paixão”. Toda essa paixão começou em casa, quando o pai comprou uma mesa de tênis para a área de lazer depois de se mudarem de um apartamente para casa. Quando o pai percebeu que a filha levava jeito para o esporte, levou para a escolinha ACREPA na Pauliceia, bairro onde ele trabalha. Aos 12 anos, ainda com idade para ser mirim, surpreendeu a todos ao conquistar o título do Ranking Paulista no Infantil e desde então não parou mais de colecionar títulos.

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TÍTULOS Bi-campeã Sul Americana Infantil (2009 e 2010) Campea Latino Americana Infantil 2009 Campeã Latino Americana juvenil 2010 Campeã Circuito Mundial Infantil - Guatemala 2009; Campeã Circuito Mundial Infantil e Juvenil - Venezuela 2010 Campeã Circuito Mundial Juvenil - Argentina 2010 3º lugar Circuito Mundial Juvenil - Espanha 2011 Campeã Circuito Mundial Juvenil - Argentina 2012; Campeã da Copa Latino Americana Adulto - Costa Rica 2012

ÍDOLOS Hugo Hanashiro (ex atleta olimpíco da seleção brasileira de tênis de mesa) maior exemplo de pessoa, com quem pude aprender muito em pouco tempo, a pessoa mais esforçada que já conheci, e admiro muito o esforço. Emeus técnicos Francisco Arado e Monica Doti (com quem comecei treinar e me deu toda a base).

Caroline é uma atleta de sorte, todos os técnicos que trabalharam ou trabalham com ela, sempre foram muito profissionais e jamais faltou o apoio da família. Mas não pensem que ela joga apenas tênis de mesa, Caroline também

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gosta de futsal e joga bem, mas não pratica com tanta frequencia por correr o risco de se machucar e deixar de treinar. E não é atoa que a atleta se preocupa tanto, sua rotina de treino é bem intensa, “sempre treino no meu limite, no máximo de intensidade”, complementa Caroline. O primeiro treino do dia começa cedo, das 9h a 12h, em seguida, 20 minutos de treino físico rápido, com movimentação de perna e treino de cordenação. Após o primeiro treino, uma pausa para almoço e descanso. As 14h45, Caroline inicia seu segundo treino


do dia, que vai até as 18h. E não pense que o treino acaba por aí, de segunda, terça e quinta-feira, após o término do treino, a atleta vai para academia e faz 1h30 de preparo fisico com o treinador. Nas vésperas de campeonato, Caroline não diminui a intensidade dos treinos, “o único jeito de explicar isso é que sempre treinei e treino para melhorar meu nível, por isso nao aumen-

to nem diminuo a carga do treino por causa de um campeonato”. É por esse motivo que a jovem atleta olimpíca está sempre preparada para os campeonatos. “ Corra atrás do seu sonho, por mais difícil que pareça ser, com muito esforco, tudo é posíivel”, essa é a mensagem de Carolina Kumahara para todas as leitoras da revista. M

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Hugo Hoyama Mesatenista

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HUGO HOYAMA

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mesatenista Hugo Hoyama nasceu em 9 de maio de 1969, na cidade de São Bernardo do Campo. Durante 35 anos de carreira conquistou várias medalhas em eventos individuais, duplas e de equipe se tornando recordista de medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos e participação em Olimpíadas. Recentemente o veterano campeão participou das Olimpíadas de Londres, consagrando a marca de 6 participações em Olimpíadas, mas não conseguiu trazer medalhas. Desde 1992, participou de todas as edições dos Jogos Olímpicos. Tudo começou como uma brincadeira aos 7 anos de idade, Hugo jogava tênis de mesa durante os intervalos das aulas na escola japonesa que estudava em São Bernardo do Campo. A partir desse momento não parou mais, e o que começou como uma brincadeira se tornou uma profissão. Mas seguir a carreira de mesatenista foi uma decisão difícil, pois naquela época o tênis de mesa não era tão conhecido.

Seu treinador Maurício Kobayashi, que dois anos mais tarde tornou-se treinador da Seleção Brasileira de Tênis de Mesa, foi um treinador muito rígido e disciplinar. Logo no início Kobayashi percebeu que Hugo era talentoso e rápido para aprender e jogar, e por ser um canhoto tinha uma grande vantagem sobre os adversários. Seus pais, o treinador Kobayashi e o próprio Hoyama apostaram que poderia dar certo, e assim que terminou o ensino médio, iniciou a carreira no tênis de mesa. Os primeiros resultados vieram quando venceu seu primeiro torneio aos dez anos de idade, e desde então ele começou a ganhar os grandes torneios brasileiros e o Campeonato Latino-Americano. Nem a falta de patrocinadores como principal dificuldade no começo da carreira fez com ele desistisse, “nunca pensei em desistir, pois sabia que seria recompensado no futuro”, e hoje podemos dizer que realmente o veterano campeão foi recompensado e nos orgulha por representar o Brasil no tênis de mesa. Hoyama quebrou o recorde brasilei-

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ro de medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Foi sua nona medalha superando o recorde existente, o nadador Gustavo Borges. Nos jogos Pan-Americanos de 2011 em Guadalajara (México), Hoyama foi escolhido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a ser o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. Na sua sétima participação, foi novamente campeão por equipes conquistando a sua décima medalha de ouro, recorde que seria superado pelo nadador Thiago Pereira ainda em Guadalajara. Em Olimpíadas, seu melhor resultado olímpico foi o 9º lugar nos Jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta (vitória sobre o campeão mundial Jorgen Persson, da Suécia). De acordo com o veterano, o título mais importante de sua carreira foi o 1º título individual em Jogos Pan-Americanos, conquistado em 1991 em Havana (Cuba), onde venceu Claudio Kano na final. Recentemente, Hoyama criou o Instituto Hugo Hoyama, onde sua missão é promover o tênis de mesa como esporte e de seus princípios contribuir para a qualidade educacional, cultural e de vida para crianças e adolescentes. Qual foi o momento mais marcante da sua carreira? Sempre que volto pra casa com bons resultados, vejo a alegria da minha família, esse é o momento mais marcante pra mim. Vai jogar até quando? Uma pergunta muito difícil pra eu

responder (risadas). O que você acha da nova geração de mesatenistas do Brasil? Muito boa, talentosa, eles colocando a cabeça no lugar, com certeza poderão dar muitas alegrias aos torcedores brasileiros. Já está preparando um sucessor? Existem muito atletas que podem me suceder, e espero que eles ganhem muito mais do que eu já ganhei. Pensa em disputar a próxima Olimpíada? Outra pergunta difícil de responder (risos). Qual o segredo para se manter no topo por tanto tempo? Não há segredo, e sim dedicação, determinação, disciplina, paciência e confiança. Pratica outro esporte além do tênis de mesa? Quando posso, jogo meu futebolzinho society, com amigos. Planos futuros? Continuar no tênis de mesa e trabalhar no meu instituto, ajudando as crianças com trabalhos para que mais praticantes iniciem no esporte. Deixe uma ensagem para as leitoras da Revista Mulheres. Muito obrigado pela torcida, e que continuem acreditando no nosso esporte. Eu sempre me dedicarei ao máximo para que possa dar muitas alegrias a todas. M

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[saúde]

MASSAGEM

Quem é que nunca se sentiu cansada e irritada no trabalho?

E

ssas situações de tensão acontecem frequentemente na vida de todos nós. E não é por menos, congestionamentos, excesso de trabalho, preocupações em casa, falta de tempo para fazer diversas coisas. Tudo isso e muitos ou-

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tros fatores, com certeza, deixam qualquer mulher estressada. E para aliviar essa tensão, nada melhor do que relaxar com uma boa massagem. E só de escutar a palavra “massagem”, já temos uma sensação de relaxamento.


Elizabeth Mizutani Massoterapeuta

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Segundo a massoterapeuta Elisabeth Mizutani, qualquer pessoa pode receber massagem, independente da idade, “desde que o médico libere, não há restrições, os únicos cuidados devem ser tomados com quem está em período pós-operatório e gestantes”. Além de livrar os músculos das tensões e provocar uma ótima sensação de relaxamento, a massagem ajuda também a amenizar alguns desequilíbrios como dores musculares, fadiga e má postura. “Quando a pessoa está muito ir-

ritada, cansada, não tem o mesmo rendimento no trabalho, ela vem receber massagem”, afirma Elisabeth. E complementa, “depois da massagem as pessoas ficam com a cabeça e o corpo tão bom que voltam ao trabalho rendendo muito mais, além de dormirem bem, por isso geralmente as pessoas voltam para receber novamente a massagem”. Percebendo isso, as pessoas voltam não só para relaxar, mas para manter o equilíbrio físico e mental, além de afastar o cansaço decorrente dos fatores estressantes.

Benefícios da massagem: Estimula a circulação sanguínea de uma forma geral Ajuda a controlar o estresse, as tensões, a irritabilidade e ansiedade Alivia e ajuda a combater as dores musculares Ajuda a normalizar as funções fisiológicas Contribui para o fortalecimento do sistema imunológico Promove o bem-estar e uma melhor qualidade de vida Contribui para a eliminação de resíduos metabólicos no corpo De acordo com Elizabeth, uma sessão de uma hora de massagem 2 vezes por semana já é o suficiente para relaxar o corpo e manter o estresse bem longe. Se você ainda não recebeu uma boa massagem e está cansada e estressada, a massagista afirma que em até 10 sessões, duas vezes por semana, você já vai se

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sentir livre do cansaço e preparada para o trabalho. Elizabeth também aconselha que é muito importante voltar ao massagista uma vez por semana, isso vai manter você livre dos efeitos do corre-corre e descreve 4 tipos de massagem que vão ajudar você:


SHIATSU Técnica oriental milenar que utiliza os dedos e a palma das mãos para fazer pressão sobre a pele, atingindo os pontos trabalhados na acupuntura. Mais do que uma massagem, o shiatsu faz parte da medicina chinesa e tem como benefícios relaxamento, energização, liberação dos pontos de tensão muscular e melhora da função dos órgãos internos.

ANMA

Combina a pressão em pontos do corpo com deslizamento e amassamento dos músculos. É mais suave que o shiatsu, o que a torna interessante para pessoas muito sensíveis à dor, que podem se incomodar com a pressão em pontos doloridos.

MASSAGEM RELAXANTE

É uma técnica mais suave que utiliza movimentos deslizantes e leves, com uso de óleos aromáticos, proporcionando uma sensação de conforto e descanso, provocando a calma e um relaxamento mental. Segundo Elizabeth, essa massagem é indicada para o melhor relaxamento, efeito anti-estresse, combate à irritabilidade, falta de concentração e má circulação sanguínea.

MASSAGEM ESPORTIVA

Adapta a velocidade e a força das manobras clássicas para momentos diferentes da atividade física. Antes do exercício é rápida e superficial, para “despertar” o músculo. No intervalo é mais lenta para soltar a musculatura e ajudar a eliminação de toxinas como o ácido lático. Quando o exercício termina é mais profunda. Serve para atletas em treinamento intenso ou em competição, e não para quem faz exercícios moderadamente. E lembre-se, antes de marcar uma sessão de massagem, entre em contato com seu médico. Ele

vai avaliar qual é o tipo de massagem indicado para o seu caso em específico. M

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[papo mulher]

AKEMI HIGASHI

Nunca deixem que o machismo e preconceito apaguem o brilho que vocês tem ao serem autênticas e fazerem o que gostam de verdade.

H

á muito tempo, a tatuagem deixou de ser sinônimo de algo marginalizado ou expressão de rebeldia. Hoje está mais para um adorno descolado, uma forma de expressão e é aceito em variados círculos sociais. Atualmente há uma centena de tatuadores na capital paulistana. Entre as pioneiras, o nome que se destaca no momento é o da paulistana Akemi Higashi, estrela do Led’s Tattoo, em Moema, um dos lugares mais conceituados dessa área no país. Akemi iniciou sua carreira há 12 anos atrás em Sertãozinho, cidade do interior de São Paulo, onde morou durante alguns anos e teve seus

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2 filhos. Na época Akemi era vendedora e já tinha algumas tatuagens pelo corpo. Resolveu juntar dinheiro para comprar o material de tatuagem e quando conseguiu o suficiente, foi para São Paulo comprar os equipamentos e começou tatuando alguns amigos em casa. O que era para ser apenas um hobby se tornou sua profissão, algo que ela nem imaginava. Seu talento conquistou vários famosos e uma legião de fans, para se ter uma ideia, uma sessão com ela tem fila de espera que pode levar até quinze dias. Conheça um pouca mais dessa renomada tatuadora.


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Foto divulgação: Alexandre Saraiva


Qual sua relação de parentesco oriental? Fui criada pelos meus avós japoneses, sou sansei. Quando era criança falava em japonês, comia basicamente comida japonesa e tive uma influência muito grande na minha formação. Sou uma pessoa regrada e disciplinada, principalmente no meu trabalho. Admiro a honestidade dos orientais . Houve dificuldades no início? Todas as dificuldades possíveis. Não tinha muitas pessoas dispostas a ensinar algo no interior. O material era caro, não tinha acesso a internet como hoje, várias vezes dava algum problema no meio da tatuagem e eu não sabia o que fazer. Quebrei muito a cabeça até conseguir pegar alguma técnica. Acho que só entendi algumas coisas de verdade quando fui trabalhar no Led’s Tattoo, e continuo aprendendo muito. Quantas tatuagens você tem? Acho que tenho uma média de 40 tatuagens, uma vez para uma gravação no Faustão, tentaram contar e foi mais ou menos isso. Qual sua especialidade na tatuagem? Gosto de Old School, Traditional Japones. Qual é a região do corpo mais tatuado pelas mulheres? As regiões do corpo são os pulsos, costas, costela, tornozelo, para as tatuagens delicadas.

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Quais são as contra-indicações para fazer a tatuagem? Diabetes não controlada, Vitiligo e Hemofilia são as principais contra-indicações. Quais são os cuidados que o tatuado tem de ter após a tatuagem? Antes é bom evitar sol excessivo. Depois o cuidado principal é passar a pomada cicatrizante, evitar sol, mar e piscina durante 20 dias. Após esse período, passar protetor solar fator 50 ou acima para evitar que a tattoo desbote fácil. Quando o corpo muda, a tatuagem também sofre com as mudanças? Se a mudança for muito grande, como a barriga durante a gravidez e alterações de peso acima ou abaixo de 20 quilos, com certeza prejudicara a tatuagem, necessitando retoque depois. O que você aconselharia as pessoas não tatuarem? Não aconselho menores de idade a se tatuarem, é contra a lei e o jovem não sabe se isso prejudicará no futuro. Também não aconselho jovens a fazerem fechamentos logo na primeira tattoo, melhor ir com calma para evitar. Não aconselho tatuar nomes e tatuagens minúsculas, pois viram um “borrão” com o passar do tempo. O que a pessoa pode fazer para sentir menos dor na hora de se tatuar? O ideal é ter tranquilidade na hora,


Você acha que mesmo nos dias de hoje existe preconceito com mulheres tatuadas? Existem dois lados, muitos julgam e depreciam, principalmente os mais velhos e conservadores. Acho normal, é relativamente dessa geração ser bem tatuado que a próxima geração de velhinhos terá muita gente tatuada. Acho que as pessoas deveriam em geral respeitar todas as maneiras de ser. Para mim isso é relevante, nunca deixei de trabalhar, ter acesso as pessoas, ter oportunidades por causa de tattoo, pelo contrário, elas sempre me ajudaram. O que importa é ser autêntico, trabalhar muito e fazer as coisas certas. Ouvi esses dias de um amigo, que no Facebook separam as mulheres tatuadas das não tatuadas, e no das tatuadas é sempre mais cheio de fans do que a das não tatuadas. Isso prova que as tattoos fazem as mulheres serem mais admiradas e as tornam muito sexys.

Mensagem para as leitoras da Revista Mulheres. Pesquisem bem antes de fazer uma tattoo para evitar arrependimentos. Nunca deixem que o machismo e preconceito apaguem o brilho que vocês tem ao serem autênticas e fazerem o que gostam de verdade. Se cuidem muito, tomem muita

Foto divulgação: Alexandre Saraiva

respirar, manter a calma e não se concentrar na dor. Não aconselho uso de anestésicos e nem medicamentos, muito menos bebidas alcoólicas, estar consciente é fundamental nessa hora.

água, comam alimentos saudáveis e estejam sempre bonitas. Uma mulher bem cuidada é sinônimo de felicidade para ela mesma e para os que estão em volta. Fiquem com Deus! M

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[esporte]

ESCALADA

D

INDOOR

erivada do alpinismo clássico, a escalada indoor como o próprio nome diz, é feito em ginásios, escolas e academias. Praticada em paredões de concreto ou madeira repletos de pontos de apoio de diversos tamanhos e formas, a escalada deixou de ser uma aventura para poucos e se tornou um esporte que conta a cada dia com um número maior de praticantes, principalmente de mulheres. A escalada indoor é dividida em três modalidades:

Escalada Boulder

Praticada em estruturas que normalmente não passam de 5 metros de altura, o escalador não utiliza corda, apenas a sapatilha e o saquinho de magnésio. As quedas são protegidas por colchões de densidade mais firme e pelo companheiro que fica embaixo para empurrar o escalador em cima desses colchões em caso de queda.

Top-Hope

Esta escalada é ideal para iniciantes e intermediários, pois o escalador pode se concentrar nos movimentos da escalada, sem se preocupar com o manuseio da corda ou com eventuais quedas. A segurança é feita com a corda passando por um ponto de ancoragem no fim da via, que fica no topo. O escalador permanece o tempo todo preso na corda.

Escalada Guiada

Nessa modalidade, o escalador passa a corda em mosquetões fixados à estrutura dos paredões. O companheiro que fica embaixo libera a corda progressivamente no decorrer da escalada. No caso de queda, a corda é travada pelo freio auto-blocante e o escalador fica pendurado no último mosquetão em que foi passado a corda. A Escalada Guiada simula as condições mais comuns encontradas no alpinismo clássico.

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Thais Makino Atleta de escalada profissional

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Equipamentos necessários para sua segurança

Cadeirinha É o “cinto” que o escalador veste para fixar-se de forma confortável e segura à corda. Feito geralmente de fitas de nailon, pode ou não, ter regulagens nas pernas e cintura através de fivelas.

Freios

Na academia, o único freio usado e permitido é o GRI-GRI por tratar-se de um freio auto-blocante, ou seja, mesmo num descuido do segurador ele travará automaticamente no caso de uma queda.

Cordas

É feita com perlón e uma capa de nailon, suas características são elasticidade e resistência: presa à cadeirinha do escalador e passada no freio do segurador torna-se o único link de segurança entre a dupla.

Saco para magnésio

É um saquinho de tecido com Carbonato de Magnésio, que preso à cintura, serve para secar as mãos e dar mais aderência às agarras durante a escalada.

Sapatilhas Calçado com solado de borracha extremamente aderente. Deve ser utilizado preferencialmente, bem justo aos pés para bom suporte do calcanhar e firmeza na ponta do pé, permitindo desta forma o suporte em agarras lisas e pequenas.

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Praticar escalada indoor traz vários benefícios, tanto fisicamente quanto mentalmente, pois é um esporte que exige uma certa quantidade de força, queima muitas calorias, tonifica o corpo e exige muita concentração, o escalador tem de pensar em como se movimentar para passar certos lances da via e desviar de obstáculos. A escalada indoor não é considerada um exercício monótono pelos praticantes, não há repetições, cada escalada se difere da outra, “é mais divertido que a musculação, vejo as pessoas se dedicando muito mais, além de deixar a pessoa mais tranquila e feliz, e é uma ótima maneira de fazer amigos”, comenta Thais Makina, 24 anos, atleta de escalada indoor profissional, vice-campeã no Campeonato Brasileiro de Vias em 2011 e campeã em três etapas do Campeonato Brasileiro de Boulder de 2012. Costas, ombros, antebraços, abdomem e panturrilha são os músculos mais utilizados na escalada, se está pensando em tonificar o corpo e perder uns quilinhos, esse é o esporte ideal, “desde o físico que são bem visíveis, que são ganho de força, e para quem quiser perder peso, com certeza vai perder, porque é um exercício forte”, complementa Thais. Para praticar a escalada é necessário ter um paceiro de treino, que vai fazer a segurança no chão, recolhendo ou liberando a corda dependendo da necessidade. Caso você não tenha um companheiro para os treinos, há instrutores nas academias e outras pessoas que também não tem parceiro de treino. De acordo com o instrutor de escalada, Rafael Veloso, depende de quanto tempo a pessoa vai se dedicar, treinando 3 vezes por semana, em torno de 3 meses, já estará escalando em um nível bem legal. Na escalada indoor, não tem uma quantidade exata de tempo para praticar por dia, “vai depender do seu condicionamento, geralmente quem está iniciando consegue ficar em média 2 horas, porque você não fica o tempo inteiro escalando, você escala uma via e depois reveza com o seu companheiro que estava fazendo sua segurança. Quem está mais treinado, fica durante 4 horas, mas não que precise, se você treinar com foco, as vezes um treino de 1 hora já está ótimo”, afirma Rafael. Medo de altura e receio em praticar não vão te impedir de praticar esse esporte, a escalada é segura, na academia você tem todo o apoio de instrutores, “e se fizer com disciplina e foco não tem perigo nenhum”, completa Thais. M

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[carreira]

“O

[carreira]

SUSHIMAN

Sushiman é o profissional que se dedica à preparação de pratos tradicionais da culinária japonesa, como o sushi e o sashimi. Existe um grande número de restaurantes de gastronomia japonesa no Brasil. É uma culinária que se popularizou com grande sucesso

no país e no mundo todo. Por conta disso, há uma carência de mão de obra bem qualificada e o sushiman passou a ser um profissional muito disputado.

cursos

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Existem cursos voltados para a culinária japonesa em diversos lugares do mundo e alguns deles oferecem o certificado de sushiman, como a faculdade Senac. Nesses cursos você aprende a rotina de um restaurante. Adquire conhecimento profundo sobre peixes e frutos do mar, identificando sua aparência, cor, textura e frescor. Aprende também a forma correta de manipular, limpar e cortar os alimentos, a melhor aplicação para cada variedade como fritar, assar e cozinhar. São ensinadas também a preparação de verduras, legumes e frutas, bem como de molhos e temperos. A parte estética também faz

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parte da grade curricular que ensina a forma mais apropriada de decorar, servir e degustar um prato. O tempo de duração do curso de Sushiman depende do local onde o curso está sendo ministrado. A maioria dura cerca de três meses. Não existe um curso superior para ser sushiman especificamente. O que existe é o ensino superior em gastronomia, que ensina técnicas importantes como base de molhos e cortes, por exemplo. Um amplo conhecimento, que pode auxiliar muito no futuro. A partir daí, os interessados podem se especializar em cursos de sushiman registrados e que oferecem certificados.


estágio

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Além dos estágios em cozinhas de restaurantes, o Brasil e o Japão possuem um acordo de intercâmbio. O governo japonês financia um curso específico de culinária japo-

nesa para o aluno que quer focar no aprendizado dessa arte no Japão. O estágio em outros países é sempre importante, vivenciar outras culturas, em qualquer profissão é de extrema importância.

hierarquia

salário

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O salário costuma variar bastante e tem relação direta com a qualifi-

que recebe treinamento para se tornar um sushiman. Depois vem o auxiliar de cozinha, que é responsável pelo makimono. Em outros lugares, normalmente, começa por quem está no sashimi, depois nigiri e por último makimono.

cação do profissional. No início R$ 1.500, podendo chegar a altos salários.

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A cozinha é um lugar com uma hierarquia marcante, mas que muda de ambiente para ambiente. No restaurante Kinu, por exemplo, funciona da seguinte maneira: em primeiro lugar o Chef de Partie - Sushiman, seguido pelo cozinheiro

O Sushiman é o profissional que se dedica à preparação de pratos tradicionais da culinária japonesa

Onde você pode trabalhar

Em vários países onde a culinária japonesa mostra seu toque requintado. Além de restaurantes, outros espaços que estão ganhando grande destaque atualmente são as cozinhas de hotéis, navios e área de eventos.

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Foto divulgação: Departamento de Marketing-Comunicação do Grand Hyatt São Paulo

Kazuo Harada Chef do Kinu

À frente da cozinha do restaurante japonês Kinu está o jovem chef Kazuo Harada, que faz parte da equipe de cozinha do Grand Hyatt São Paulo desde 2003. Kazuo, que também é conhecido como Kaká, chegou a cursar Nutrição e Hotelaria, mas por fim enveredou de vez na gastronomia. Trabalhando na área desde os 17 anos, Kazuo teve passagens pelo Day, Boo e Nagayama, onde trabalhou com o sushiman Miura, responsável pela formação de grandes chefs japoneses da atualidade no Brasil. Em 2003, após retornar de uma viagem de um ano ao Japão, onde estagiou em restaurantes em Hiroshima, começou no Kinu ao lado do chef Yasuo Asai. Trabalhou como sous chef de Adriano Kanashiro e em 2010, assumiu a cozinha do Kinu como chef de cuisine.

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Falar outra língua é importante? Em qualquer profissão é importante falar outra língua. A gastronomia é a moda da vez e muitos querem estudar para ser um chef de cozinha. Com isso, várias portas estão se abrindo. No ano passado participei de um festival gastronômico em Buenos Aires e a comunicação era feita em inglês. Atualmente no Kinu, 50% dos clientes são estrangeiros e inclusive, o chef executivo do Grand Hyatt São Paulo é francês. Consegue imaginar a importância que o inglês tem? Como escolher um ótimo curso de sushiman? É importante escolher bons cursos. Geralmente indico boas faculdade como Senac ou Anhembi. Porém, não é um curso de 3 meses ou um certificado que vai conceituar você como sushiman. Eu tenho 13 anos de carreira, comecei ouvindo histórias sobre culinária japonesa e fui tomando gosto. Entrei em um restaurante renomado em São Paulo trabalhando de auxiliar de cozinha, depois achei que estava na hora de fazer um estágio no Japão. Encarei o desafio e voltei para o Brasil com um bom conhecimento do idioma, cultura e gastronomia. A busca contínua pelo conhecimento e aprimoramento é necessária para ser um profissional de excelência. No Japão, existem pessoas que estão há 20 anos trabalhando forte e ainda não são considerados sushiman. Eu me considero um eterno aprendiz da culinária japonesa, respeitando sempre as pessoas que tiveram a boa vontade e o entusiasmo de me ensinar, como Adriano Kanashiro e Yasuo Assai. Está satisfeito com o atual momento da carreira? Posso me considerar feliz com minha carreira. Assumi um restaurante japonês renomado em São Paulo, o Kinu, localizado no Grand Hyatt São Paulo, um hotel de luxo que faz parte da importante e reconhecida rede Hyatt. Tudo isso foi conquistado com muito trabalho, perseverança e paixão pelo que faço. Tenho 29 anos e minhas metas não estão nem no começo, não quero ser simplesmente mais um chef no mercado de trabalho e sim o melhor ou um dos melhores! Satisfeito acho que nunca vou estar. No dia em que sentir essa sensação, acho que estará na hora de dobrar o avental e guardá-lo na gaveta! Qual o segredo para ser um grande sushiman? Eu sempre busquei por conhecimento. Meus chefs até me chamavam de chato porque eu sempre perguntava e queria entender tudo, experimentava de tudo! Enquanto outras pessoas achavam isso ruim, eu adorava. Outro segredo é um estágio no Japão. Acho que essa experiência é fundamental, além do aprendizado das técnicas, o principal é aprender e vivenciar a doutrina japonesa, o respeito, a sabedoria, a humildade e o trabalho em equipe que lá é muito marcante. Dicas para quem está escolhendo a carreira de sushiman. Seja persistente! As oportunidades aparecerão e cabe a você saber o momento certo de segurá-las. M

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[culinária]

USUZUKURI INGREDIENTES 300g de pargo 10g de pimenta verde 5g de nabo ralado 5g de cebolinha

MOLHO PONZU 100ml de suco de laranja 100ml de suco de limão 80ml de água 60ml de shoyu 5og de katsuobushi (flocos de peixe Bonito)

MOLHO PONZU corte o robalo bem fininho e coloque em forma de leque bem separado no prato. orte a pimenta verde em rodelas finas e coloque em cima de cada fatia de peixe. colocar 3 ovas de salmão em cima da pimenta para fazer o molho é só misturar tudo e coar o katsuobushi. misture o nabo e a cebolinha bem picada no molho ponzu, enrole a fatia de peixe junto com a pimenta e mergulhe no molho ponzu para comer.

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Foto divulgação: Departamento de Marketing-Comunicação do Grand Hyatt São Paulo


[moda]

FERNANDA

YAMAMOTO

As roupas que eu faço elas são uma extensão da minha personalidade, daquilo que eu penso, as vezes sou mais contida, mas acabo demonstrando esse outro lado através da roupa.

A

estilista paulistana Fernanda Yamamoto, 31 anos, reconhecida pelo trabalho de construção de formas, é formada em Administração de Empresas pela FGV-SP, com honras em Moda pela Parsons de Nova Iorque, e pós-graduada em Direção de Criação em Moda pela FAAP- SP. Fez estágios nas marcas Tufi Duek e Calvin Klein, desenvolveu produtos com Alexandre Herchcovitch e assinou coleção para a Rosset Têxtil, além de ser assistente de Jum Nakao em diversos projetos. Em 2008 criou a marca que leva o seu nome e foi escolhida 4 vezes consecutivas pelo Prêmio Rio Moda Hype, tendo assim a oportunidade de desfilar no Fashion Rio. Em 2009 foi finalista na categoria novos talentos do prêmio TOPXXI - Mercado Design, uma premiação além da moda, que valoriza o melhor do design brasileiro. Ainda em 2009 teve seu processo criativo documentado na série Peça Piloto exibida pelo canal de televisão GNT. Inaugurou em novembro de 2009

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sua primeira loja na Rua AspicueltaVila Madalena, em que comercializa, além de sua marca, alguns dos nomes mais promissores e talentosos da moda brasileira. Em 2010, a convite de Paulo Borges, estreou no São Paulo Fashion Week, o maior e mais importante semana de moda da América Latina, e entrou para o seleto grupo de designers brasileiros que fazem parte do line-up do evento. O interesse pela moda começou por influência da avó e dos pais, depois se formar em administração, Fernanda foi trabalhar na confecção dos pais, e hoje são pessoas que apoiam muito e participam de todo o processo, eles não trabalham na área criativa, mas tem muita influência. As primeiras coleções foram inspiradas na foto do casamento dos bisavós no Japão, uma foto supertradicional, onde as mulheres estão vestidas de kimonos e os homens com os tradicionais trajes japoneses. A cultura japonesa está sempre presente nos trabalhos da estilista, mesmo que seja de uma forma in-


Fernanda Yamamoto Estilista

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tuitiva, “essa questão das raízes aparecem no meu trabalho, as pessoas ainda remetem um pouco as formas de origami, que é uma coisa que eu trabalho bastante, essa questão de uma roupa bem construída, da inteligência por traz da construção das peças”. Mas não pensem que o início de carreira foi fácil, “foi um caminho muito árduo, muito trabalho mesmo, as pessoas enxergam mais essa questão do glamour do dia de hoje e não vê todo o trabalho que existe por trás, é um trabalho que tem muita transpiração, eu falo que 99% é transpiração e 1% inspiração”.

Perguntando sobre esse 1% de inspiração, ela responde que vem da vida, de um trabalho que conheceu, de uma pessoa, não existe uma forma pronta. Fernanda é uma estilista que não se preocupa com essa questão de tendência, “tento trazer um trabalho que vem de dentro mesmo, que tem significado, de uma vontade do momento, por esse motivo acabo não seguindo tendências”. As criações de Fernanda são super originais e modernas, tanto é que ela mesma veste suas próprias criações.

Qual é a coleção que você mais gostou de fazer? Essa de agora, o Sâo Paulo Fashion Week - Verão 2013, acho que é sempre a última que acaba sendo a melhor (risos). Hobby? Gosto de viajar, é um dinheiro mais bem investido, gosto de teatro, cinema e exposições. Como é sua vida hoje? Acho que não mudou muita coisa, continuo trabalhando bastante, batalhando muito, acho que tem que gostar muito do que se faz, porque é uma satisfação, um privilégio estar aqui. Quais são seus projetos futuros? Eu quero crescer, preciso amadurecer meu trabalho, ainda sou um bebezinho, estou com a marca há 3 anos, esse é meu quinto desfile, então ainda não é nada, tenho um longo caminho pela frente. Dicas para as mulheres se vestirem bem? Não tenha medo de ousar, se conheça, ouse, experimente, pode dar errado, mas é melhor do que deixar de vestir uma roupa porque acha vai ficar de mais. E usar mais vestido, porque é uma coisa super feminina, deixa qualquer mulher mais bonita, geralmente as mulheres usam muito calça jeans com blusinha, elas têm que usar mais vestido. M

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Sapato Masqué para Fernanda Yamamoto R$ 498,00

Foto divulgação: Ze Takahashi/Agência Fotosite

Vestido tule amarelo bordado dobradura R$ 2.000,00

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Blusa malha quadrados aplicados R$ 261,00

Sapato Masqué para Fernanda Yamamoto R$ 498,00

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Foto divulgação: Ze Takahashi/Agência Fotosite

Mini saia envelope R$ 350,00


Sapato Masqué para Fernanda Yamamoto R$ 498,00

Foto divulgação: Ze Takahashi/Agência Fotosite

Vestido quadrados recortados R$ 2.000,00

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[viagem +]

CIDADE DE

REGISTRO COMEMORA O CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA EM

P

orto de Registro, assim era denominada a cidade de Registro. Um povoado às margens do Rio Ribeira de Iguape e comarca de Iguape. O Município de Registro, situado no Vale do Ribeira, surgiu como um pequeno povoado à margem do Rio Ribeira de Iguape. Na época, explorava-se ouro no Alto Ribeira que era transportado pelo rio até o porto de Iguape, porém antes de seguir à Iguape todas as mercadorias eram registradas por um agente de Portugal para cobrar o dízimo destinado à Coroa Portuguesa. Daí originou-se o nome Registro. Ainda como povoado pertencente à Iguape, Registro começou a crescer à partir da che-

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2013

gada dos primeiros colonizadores japoneses, em 1913, sendo que neste período Registro era o maior produtor de arroz do Estado de São Paulo. A emancipação político-administrativo da cidade aconteceu em 30 de novembro de 1944, através do decreto Lei número 14.334 e a instalação do município em 1º de janeiro de 1945. Durante o século, o rio foi a única alternativa de acesso a Registro. Com a abertura da Rodovia BR 116 a cidade alcançou seu pleno desenvolvimento, chegando a ser, hoje, a Capital do Vale do Ribeira. Registro conta com cerca de 60 mil habitantes, é considerado o maior polo comercial da região, e também


pode ser considerada uma cidade com ótimas univesidades, já que conta com um campus da UNESP, e as faculdades UNISEPE, antiga Scelisul. A atividade agrícola também é desenvolvida com o cultivo da banana, chá, maracujá, hortaliças, ervas medicinais, pupunha, plantas ornamentais e junco. O município também tem outra importante atividade econômica, a pecuária representada pela criação de bois e de búfalos, na produção de carne, leite e derivados. Registro é a maior criadora da espécie bubalina da região e do Estado de São Paulo. Registro também conta com um Parque Industrial que abriga empresas de laticínios, purê de banana,

roupas, janelas, entre outras. A cidade também oferece uma grande malha hoteleira, ótimos restaurantes, inclusive com a comida típica japonesa e espaços para eventos culturais, de lazer e de turismo. Registro também tem título de produzir o melhor Arroz Moti. Quem gosta de ecoturismo e turismo cultural vai se interessar em conhecer Registro, a cidade possui a maior região de mata atlântica do estado de São Paulo que abriga a famosa Caverna do Diabo, além de carregar toda história de 100 anos de imigração japonesa. Em 2006, Registro recebeu o título de “Marco da Colonização Japonesa” e em 2008, Iguape recebe o título de ”Berço da Colonização Japonesa”.

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Sede do Bunkyo de Registro Em 2013 comemora-se o Centenário da Imigração Japonesa no Vale do Ribeira. Essa festa será comemorada entre as cidades de Registro, Iguape e Sete Barras. Diferente dos imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil em 1908, a comunidade que se estabeleceu em Iguape, mais tarde dividida entre duas outras cidades: Registro e Sete Barras, atracaram no porto de Santos em 1913, para colonizar a região do Vale do Ribeira. Isso porque houve um acordo firmado entre o governo paulista e o Sindicato Tóquio, o compromisso brasileiro foi doar uma vasta extensão de terra no Vale do Ribeira, além de isenção fiscal, em contrapartida, a instituição japonesa deveria introduzir duas mil famílias na região em um período de quatro anos.

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Esse contrato foi repassado pelo Sindicato para a Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha – KKKK, maior engenho de beneficiamento de arroz da América Latina, que construiria uma sede em Registro em 1922, com o objetivo de dar apoio a essas 2 mil famílias de imigrantes, dando um novo impulso à agricultura e ao comércio na região do Vale do Ribeira. O objetivo desses imigrantes não eram conseguir dinheiro e voltar para o Japão, e sim adquirir a própria terra e viver toda a vida nessa região. Desde então, os imigrantes japoneses que se instalaram na região nunca mais saíram. Trouxeram na bagagem sua cultura, cujos reflexos podem ser encontrados não só na arquitetura, como também nos costumes e tradições das cidades da


Kuniei Kaneko Presidente do Bunkyo de Registro

região. No ano de 2013, os descendentes de japoneses da região comemorarão o seu centenário de imigração. As quase 3 mil famílias de japoneses que vivem no Vale do Ribeira prometem uma grande celebração. O Bunkyo em parceria com a prefeitura de Registro estão organizando as comemorações do centenário, Kuniei Kaneko, Presidente da Associação Cultural Nipo Brasileira de Registro, fala sobre a importância do Bunkyo na cidade, “a finalidade do Bunkyo é manter e divulgar a cultura japonesa, dessa maneira temos um departamento de Ikebana, de Radio Taiso, Wadaiko, Raikai - poesia japonesa e escola de língua japonesa, curso de arte culinária. Nós temos quase 300 associados e a atual prefeita e ex-prefeitos também

são associados do Bunkyo, por isso a prefeitura colabora muito”. O Bunkyo também organiza grandes eventos em Registro, como a Festa do Sushi, Bon Odori e Toru Nagashi, ajudando a difundir a cultura japonesa entre os brasileiros. De acordo com Kaneko, o evento maior será o campeonato de tênis de mesa intercolonial, a previsão é a participação de mais de mil atletas de todo o Brasil, esse evento está programado para ser em janeiro de 2013. Também será realizado em escala maior para o centenário as tradicionais Festa do Sushi, Bon Odori e Toru Nagashi. Não deixe de ir prestigiar as comemorações do centenário da imigração japonesa em Registro. M

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HOTEL VALLE SUL

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Estacionamento para 100 veículos, ônibus e caminhões Água aquecimento central a gás Salão de reunião. Cozinha Moderna e Higiênica Restaurante Amplo e Ventilado Bar Aconchegante Piscina em Área Privê Lavanderia Loja de Conveniência Quartos com Frigo Bar, Telefone, TV e Ar Condicionado Sala de Espera

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KUNIHIKO TAKAHASHI

K

unihiko Takahashi, 52 anos, é engenheiro civil, formado na faculdade de Itajuba, sul de Minas Gerais. Nasceu no Japão na província de Fukuoka, chegou em 11 dezembro de 1960 no Brasil, com apenas 6 anos de idade. Participou e construiu grandes obras na cidade de Registro, em São Paulo. Podemos dizer que Registro tem um toque refinado das mãos de Kunihiko.

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História Veio para o Brasil acompanhado dos pais nos últimos navios de imigração, o Brasil Maru. Assim que desembarcou no Brasil foi direto para a cidade de Registro, “assim que desembarcamos no porto de Santos, viemos de trem até Juquiá e em seguida de caminhão, atravessamos o rio Ribeira de balsa, naquela ponte ainda não existia a ponta da BR”. Ao chegar, já tinham um lugar para


ficar, era uma fazenda de chá e café no Ribeirão Vermelho, da família Ota. E a vida não foi fácil, começou a trabalhar na lavoura desde os 6 anos de idade junto com os pais e outros muitos emigrantes. Apesar de não ter muito tempo para estudar, gostava de matemática, física e desenho, “vimos uma profissão que usava essas três matérias e o professor falou pra seguir carreira na Engenharia Civil, que trabalhava muito com essas matérias”. Kunihiko foi para Minas Gerais, na cidade de Itajuba, onde iniciou os estudos, “no começo trabalhava e estudava, meu pai era lavrador e não tinha condições de mandar dinheiro, então fazia bico de fotografo, cozinheiro, mecânico na oficina, comecei dar aula na própria escola, porque eu era monitor e me pagava com isso, nas férias vinha trabalhar em Registro para ajudar meus pais que sempre trabalharam na lavoura, e acabei indo bem na escola e graças a Deus conclui a faculdade”. Depois de se formar na faculdade em 1980, trabalhou na prefeitura de Itajuba durante três anos, e em 1983, através da irmã que reside no Japão, foi fazer um estágio de 2 anos na construtora Takenaka, uma das maiores construtoras do Japão. Ao concluir o estágio, Kunihiko voltou para Registro com o objetivo de cuidar dos pais, “hoje meu pai tem 96 e minha mãe 94 anos de idade, os dois estão fortes”. Apesar de ter boas propostas de emprego tanto no Japão, São Paulo e Minas, decidiu ficar em Registro para cuidar dos pais, porque eles não queriam sair da cidade, dessa maneira acabou fincando suas raízes em Registro, “trabalhei muito e acabei conquistando bastante clien-

tes, como a rede Graal do Vale do Ribeira, Hotel Vale Sul, desenvolvi vários projetos de hospitais, comércio e indústria”, sempre colocando traços orientais em suas obras. Paralelamente faz o trabalho de cidadania, é voluntário do Bunkyo de Registro e presidente da Associação da Cidade Irmã Nagatsugawa. Registro tem o título de cidade irmã de Nagatsugawa, no Japão. E em homenagem a essa irmandade, Registro tem uma praça e rua chamada Nagatsugawa, e na cidade japonesa também tem uma praça e rua chamada Registro. Atualmente Kunihiko é casado com uma brasileira e tem 5 filhos, mas depois de muito sucesso em sua empreitada, o engenheiro não se acomodou e continua trabalhando bastante, “agora tenho 5 filhos para sustentar”, (risos). Um dos projetos de Kunihiko junto com o Bunkyo, é transformar Registro na cidade mais japonesa do Brasil, para fazer juz ao título da cidade. Kunihiko construiu diversas obras, “a que mais marcou foi a construção do prédio do Bunkyo de Registro”. Também trabalhou na ampliação do Hotel Vale Sul, desenvolveu vários prédios comerciais, motéis, hotéis, postos de combustível, restaurantes, o prédio do ambulatório AME, o hospital São João e praças.

Obras e monumentos

Em 2008, no ano do centenário da imigração japonesa no Brasil, desenvolveu várias obras junto com o artista Yutaka Toyota, criando a parte de base e localização dos monumentos, o Portal de Registro, o Portal da rodoviária, a Construção da Praça Nagatsugawa e o Monumento da Imigração Japonesa no Brasil de Registro. M

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[cultura]

SATORU SAITO

A

mor pela arte e talento, é o que podemos encontrar no jovem bailarino Satoru Saito, atualmente considerado um dos maiores ícones da dança de “Ryukyu Buyu” no Brasil. O interesse pela dança foi despertado com apenas 4 anos de idade, quando a avó de Satoru era professora de música folclórica de Okinawa e sempre levava o neto nos ensaios e apresentações. A partir desse momento Satoru começou aprender a dança através de vídeos, assistindo e imitando os movimentos. A primeira apresentação aconteceu aos 5 anos de idade no Okinawa Kenjinkai, desde então não parou mais. Aos 7 anos foi pela primeira vez para Okinawa à convite da tv local para apresentar a dança. Nessa época Satoru se matriculou na escola de dança de Okinawa, sempre retornando ao Japão a cada 3 anos nas férias escolares para estudar a dança. Em 2006 recebeu licença para dar aula de “Ryukyu Buyu “ e se formou ano passado, quando foi duas ve-

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zes para Okinawa, a primeira para o concurso de dança e a última para a formatura, pois para se formar, o aluno tem de passar por vários concursos de dança e sobe de nível, até se tornar um mestre da dança. Desde que iniciou a carreira, Satoru não parou mais, montou sua própria escola de dança no Brasil (afiliada da escola de dança de Okinawa), e há 22 anos vive apenas da dança sempre movido pelo amor que tem pela arte de seus antepassados.

Ryukyu Buyu O “Ryukyu Buyu” surgiu para homenagear os deuses bem como os reis, além de serem formas de entretenimento às delegações diplomáticas chinesas que constantemente visitavam o Reino de Ryukyo, antigo nome do arquipélago de Okinawa, situado no oeste do Pacífico e ao sul das principais ilhas japonesas, foi um reino independente até a Restauração de Meiji, em 1868. Com os trajes vistosos, ricas em cores, maquiagem, expressões e movimentos corporais sutis e cheio de detalhes, a dança de Okinawa ex-


Satoru Saito Bailarino e core贸grafo

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Satoru Saito Apresentando danรงa clรกssica feminina

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pressa a história de um povo alegre. O Ryukyu Buyo divide-se em clássico, popular e moderna. As danças clássicas eram as apresentadas aos nobres, retratava a história da época, os sentimentos, paixão, sofrimento pelo amor e a história dos samurais. A dança popular, foi criada no período após a abolição do Reino de Ryukyu, os samurais encarregados de receber os chineses e apresentar as danças ficaram desempregados e começaram apresentar a dança em portos em troca de comida e dinheiro, retratando mais o cotidiano do povo, falando sobre camponeses, pescadores e prostitutas. As coreografias modernas, por sua vez, foram criadas no período do pós-guerra, incentivadas pelo crescente número de concursos e festivais artísticos, onde o bailarino implementa passos de Ryukyo Buyu com música moderna. Mas é extremamente fundamental aprender a dança clássica, pois é a base de todas.

Espetáculos Satoru realizou em 2007, o espetáculo “Sonhando com Okinawa”, na Associação Kenjinkai do Brasil. Em 2009, o espetáculo Kizuna, no Bunkyo e ano passado, o espetáculo Ryukyu Buyu, na Casa Verde em São Paulo. “Todas as apresentações foram im-

portantes pra mim, todos foram marcantes, abriram várias portas pra mim”. Além desses espetáculos, Satoru já se apresentou diversas vezes em Okinawa e no Brasil. Futuramente tem planos de se apresentar fora da comunidade nikkei. “Não podemos deixar essa cultura morrer porque faz parte de nosso sangue”, essa são as palavras do jovem dançarino, por esse motivo e somado ao amor pela arte milenar de seus descentes, Satoru transmite a dança para seus alunos, que são na maioria jovens na faixa dos 5 anos de idade; “Temos que dar continuidade a todas essas tradições que nosso antepassados trouxeram a 100 anos atrás e futuramente espero que elas dêem continuidade a essa tradição”. “Por ser dança tradicional, precisa de muita dedicação, tempo e dinheiro, é um hobby que não é fácil de manter, os kimonos, os acessórios e a maquiagem são todos importados do Japão. E para os alunos a dificuldade está no idioma, porque a dança está no dialeto de Okinawa, então são poucas pessoas que dominam essa língua”, comenta Satoru, que mesmo com as dificuldades vive da dança e transmite aos seu alunos todo o conhecimento adquirido nesses 22 anos de experiência, somente por amor a arte. M

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Cris

Tiemi Harumi

banda

TONTONMI

A

banda Tontonmi é formada por brasileiros, descendentes de famílias vindas de Okinawa, Ilha ao sul do Japão e tem como objetivo preservar e divulgar as tradições e a cultura oriental através da música. Tontonmi é o nome dado a um tipo exótico de peixe encontrado nas águas rasas e limpidas de Okinawa, e tem como caracteristica saltar para fora d’agua, representando muita energia e alegria, assim como o espirito da banda em seus shows. Formada inicialmente em 1993 pelo

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compositor, produtor e intérprete China Sadao, a banda Tontonmi se apresenta fundindo a musicalidade do estilo oriental com o ocidental, preservando e divulgando a cultura e tradições do Japão através da música da ilha de Okinawa. Com dois CDs lançados, Saudade de Uchina (1999) e Tontonmi (2005), a banda é formada por Tiemi (vocal e sanshin), Harumi (vocal e teclado), Kenji (vocal, guitarra e sanshin), Cris (baixo e backing vocal), Darcio (bateria), Xande (percursão) e Nil (violão e backing vocal).


Darcio Nil

Kenji

curiosidades A primeira formação do TONTONMI era composta inicialmente apenas por Tiemi, Harumi e Simone. Até hoje a banda ja passou por 8 formações. O vídeo clipe da música “Hoshino Paranku” produzida por China Sadao em 1993, teve como locação o bairro da Liberdade e o Parque do Carmo em São Paulo e, no Rio de Janeiro, a imagem do Cristo Redentor, Copacabana, Ipanema, Botafogo e o Morro da Portela.

Em 1997 Tiemi, Harumi e Simone foram convidadas a gravar um CD em Okinawa: o primeiro CD da banda “Saudade de Uchina”, que contou com a participação de artistas como Nenes, Alberto Shiroma da banda Diamantes, The Fere, entre outros... O segundo CD (Tontonmi - 2005), foi produzido por Nilson Ueti, que passou a integrar a banda em 2007. Em 2006 o grupo participou do grandioso “Champuru Festival” em Okinawa (Japão), representando o Brasil. M

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[o cara]

CA O RA

Ricardo Di Roberto “Japinha” Baterista

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Japinha

A

Baterista do CPM 22 revela detalhes sobre carreira, mulheres e família.

história da família de Ricardo Di Roberto, mais conhecido como Ricardo Japinha ou só Japinha nos leva ao começo do século passado, quando os bisavós chegaram do Japão de navio e, a partir de então, todos da família nasceram aqui no Brasil. A mãe casou com um brasileiro e dessa união nasceu o Ricardo. “Portanto, me considero bisneto de japoneses, mas com metade do sangue oriental genuíno”, ele define. Não dá pra negar que a cultura japonesa está no cotidiano do baterista da banda de hardcore CPM 22. “Gohan, entrar na casa descalço, disciplina, cumprimentos constantes têm sido cada vez mais presentes em minha vida hoje”, declara. A influência está também na disciplina, constância e determinação da raça, fatores que ele considera essenciais para perseverar na música e no rock no Brasil, o que não é uma tarefa simples. Isso tudo também me ajuda a manter o ritmo em uma música na bateria, ou seja, as características pessoais me influenciam na forma de ser disciplinado na constância de uma levada na bateria hoje, explica. Outra característica que o baterista confessa admirar na cultura japonesa é a arte gráfica. As pinturas são extremamente profundas, além de delicadas e passarem muita tranqüilidade. O capricho que os japoneses têm até para selar uma carta é incrí-

vel. As tradições de respeito, disciplina, educação e formalidades me encantam também hoje. A admiração pelos antepassados é tanta que ele cogita aprender a difícil língua japonesa, isso se conseguir conciliar com a agitada agenda. Estamos sempre produzindo algo novo, ou pelo menos pensando no próximo. O CPM 22 tem planos de lançar um acústico ano que vem e o Hateen de lançar um álbum em inglês. As turnês nunca param, toda semana tem show. É o que nos faz feliz, o que nos faz viver hoje.

Início

Como todo músico nato, Japinha desde cedo dava sinais do que seria quando crescesse. “Comecei perturbando minha mãe com 2 anos de idade, batendo tampas de panela no chão. Aos 10, pedi pra entrar em um curso de bateria. Formei-me

aos 14, comecei a tocar em banda aos 15. De lá pra cá, praticamente não parei, passando por diversas bandas de garagem e agora, profissionalmente”. Hoje, divide-se entre duas bandas: CPM 22 e Hateen. Mesmo assim, afirma que consegue se dedicar e cumprir todos os trabalhos. “Marco os compromissos com o Hateen nos dias que estou tranqüilo. Além disso, tenho um substituto que toca no meu lugar

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quando batem as agendas”. Mas o que considera a maior conquista profissional, além dos diversos prêmios que recebeu (só para citar alguns: três vezes melhor baterista da banda dos sonhos da MTV e Grammy Latino em 2008 ), “é poder viver da música, em especial de rock, em um país tão diversificado como o Brasil, onde estilos como o samba, axé, forró e funk imperam”. O mérito de se destacar no meio musical é visível: Japinha também é conhecido por compor muitas musicas de sucesso e fazer backing vocal.

Mulheres

Que o músico arranca suspiros do público feminino, não resta dúvida. Mas para conquistar o coração de Japinha, a candidata precisa misturar beleza, charme, simpatia e inteligência. “A feminilidade em si, a delicadeza, a forma como encantam os homens, seja com seus cabelos, perfumes, peles macias, vozes femininas ou mesmo com atributos físicos”. Muito exigente? Para facilitar, ele conta que ficou encantado com

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a doçura e a simplicidade da beleza oriental quando esteve no Japão no ano passado. Aliás, o primeiro namoro sério que teve foi com uma descendente de japoneses. Já a relação com as fãs é repleta de histórias inusitadas. Muitas fazem loucuras para chegar perto do ídolo. Mas ele conta que a mais marcante foi uma fã de Salvador. “Ela tinha uns 15 anos, atravessou o palco no meio de um show, driblou os seguranças e pulou por cima da bateria, me dando um ‘mata-leão’ com um beijo de língua super suado, do qual eu não consegui me desvencilhar. A música parou e ela só desgrudou quando um segurança a puxou pelo cabelo. Parecia um sonho louco” (risos). Então, para finalizar, só mesmo um recadinho especial para as fãs: “Quero deixar um grande abraço. Sou muito grato àquelas pessoas que apreciam meu trabalho, seja na bateria ou fora da música. É muito bacana poder falar com um público feminino desta forma”. Diante de tanta simpatia e carinho, nós é que agradecemos, é claro!


Curiosidades

Ele é vegetariano, mas revela: “gosto e muito da comida japonesa, mesmo sendo vegetariano. Especialmente de tempurá de legumes, missoshiro, gohan, sunomono, harumaki e udon” Foi eleito o melhor baterista do ano no VMB da MTV por 3 vezes Ainda na MTV, é conhecido como Pequeno Samurai no programa Rockgol, por ser um dos melhores jogadores O baterista tem o hábito de tocar bateria somente de meias. De acordo com Japinha, é uma forma que ele encontrou para ter melhor controle e perceber melhor os pedais. M

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