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Embaixada ao lado do brasileiro
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Clima de Copa
Encantos da Grécia aos olhos dos brasileiros
Irlanda Foto: Jerry McCarthy Modelo: Pamela Silva
Aprender e se divertir
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A escolha certa
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Fabio Teberga +353 899752092 Skype - juridicoyeahbrasil juridico@revistanewsbrazil.com
Conteúdo
4 Palavra do editor
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Especial
Do lado de cá
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intercâmbio legal Do lado de cá
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ARTIGO
Do lado de cá
saúde
Profissões
22 Do lado de cá
26 30
Turismo
Dicas
32 ACONTECE 34 Variedades
Equipe
Palavra do editor
Julho 2013
Equipe Diretor Raffael Abarca
Revista Yeah!Brasill é uma publicação da DMP - Dreams Media Producers
raffa@revistanewsbrazil.com
Sub-edição Aldy Coelho
Endereço: 7, Segundo andar, Gardiner Row, Dublin 1, Telefone: 018726597 Dublin, Ireland.
Editor online Gelson Pereira
www.yeahbrasil.com Email: info@ revistanewsbrazil.com yeahbrazilmagazine@ gmail.com
Colaboradores
Todos os conteúdos da Revista YeahBrasil são apenas para informação geral e / ou utilização. Tais conteúdos não constituem aconselhamento e não devem ser usados na tomada (ou deixar de fazer) qualquer decisão. Algum conselho específico ou respostas a consultas em qualquer parte da revista é / são a opinião pessoal de tais peritos / consultores / pessoas e não são subscritas pela Revista YeahBrasil.
Cintia Tanno Jornalista Karen Lemos Jornalista Lidya Bigley Colaboradora Mariam Durrani Planejamento executivo Servane Baldy Business Development Sofia Sunden Jornalista Contribuições
- Kristen Elguero Medina - Pamela Silva - Miren Maialen - Marcos Bonfim
- Pedro H. Yacubian - Peter O’Neill - Denisa Gherghina - Denver Pelluchi - Monica Manzzi
- Jerry McCarthy - Márcia Brentano - Jaqueline Soares de Moraes - Sabrina Auler
Informação com qualidade e respeito Com o compromisso permanente de levar conteúdos atualizados e reportagens de qualidade aos nossos leitores, a edição de julho da Revista Yeah!Brasil está imperdível! Pensando em fornecer informações relevantes aos brasileiros que estão morando na Irlanda ou que desejam vir para cá, entrevistamos o embaixador brasileiro na Irlanda, Pedro Fernando Brêtas Bastos, que nos falou sobre a função da embaixada em Dublin, os serviços oferecidos aos brasileiros e a relação entre a Irlanda e o Brasil. Por falar em Brasil, nosso país será o centro das atenções nas próximas semanas já que sediará a Copa das Confederações. Como não poderia ser diferente, fizemos uma matéria com todas as informações necessárias para você ficar por dentro desse torneio que antecede a Copa do Mundo de 2014. Nesta edição, você vai conhecer, também, a história de um brasileiro que vive em Dublin há cinco anos e está em tratamento contra um câncer no intestino. Diagnosticado com a doença há 1 ano, o estudante está em uma luta diária pela vida, longe do amparo da família e contando com a solidariedade dos amigos. Falando em estudantes, a partir de agora eles terão um lugar na revista. Abrimos espaço para que eles nos contem como está sendo a experiência de estudar e morar na Irlanda. São histórias divertidas e emocionantes que refletem como é a vida deles por aqui. E não para por aí! Com o verão se aproximando, preparamos uma matéria sobre um dos destinos mais procurados entre os viajantes que querem desfrutar de dias ensolarados em um local repleto de história e beleza: a capital grega Atenas. Listamos os lugares indispensáveis em uma visita a capital da Grécia com dicas especiais que vão te ajudar muito em sua viagem a Atenas. Já percebeu que esta edição está repleta de matérias especiais. Pois então, para melhorar ainda mais convidamos você, leitor, para que nos escreva e contribua com sugestões, dicas e críticas. Dessa forma, poderemos aprimorar nosso conteúdo e fazer a Yeah!Brasil do jeito que você quer!
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Obrigado e tenha uma ótima leitura!
Angelo Tedeschi
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Pontos de
distribuição Fortaleza Av.Santos Dumont,1789/812
Campo Grande Rua Euclides da Cunha 1342/07
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São José do Rio Preto Rua Cel. Spínola de Castro, 3635/144 Ribeirão Preto Av. Antônio Diederichsen, 400/507 5º andar Juiz de Fora Av. Barão do Rio Branco, 3925/04 - 1º andar São Carlos Rua Passeio dos Ipês, 350/1 Maringá Av. São Paulo, 1061/803
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Embaixada
Como a embaixada
Pode ajudar? Por Angelo Tedeschi e Raffael Abarca
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ara explicar quais são os serviços e suporte oferecidos pela embaixada brasileira na Irlanda, conversamos com o embaixador do Brasil no país, Pedro Fernando Brêtas Bastos. Durante a entrevista, Bastos falou sobre pontos importantes que envolvem o trabalho re-
NB: Para começar nossa entrevista, nós gostaríamos de saber se a embaixada tem uma estimativa de quantos brasileiros vivem atualmente na Irlanda e quantos desses são estudantes? Esse número está aumentando a cada ano? Bastos: A Embaixada trabalha com uma estimativa de 15 a 18 mil brasileiros, a maioria estudantes de língua inglesa. Estes vêm atraídos tanto pelo desejo de melhor habilitar-se para o mercado de trabalho como pela possibilidade de trabalhar enquanto estudam. Há uma clara mudança no perfil do brasileiro aqui na Irlanda: enquanto antes a maioria dos imigrantes brasileiros vinha à
alizado pela embaixada brasileira na Irlanda e as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países. “O Setor Consular da Embaixada realiza diversos serviços para os brasileiros, como a emissão de passaportes, registros de casamento e nascimento, procurações, alistamentos eleitoral
e militar, legalizações, entre outros. Além desses serviços, existe a assistência consular, serviço disponibilizado para os brasileiros que encontrem problemas aqui na Irlanda” explica o embaixador. Leia, abaixo, a íntegra da entrevista:
Irlanda para trabalhar, sobretudo nos frigoríficos, agora a maioria vem para estudar. Isso reflete as mudanças no Brasil, com uma nova classe média ascendente, com mais recursos e disposta a investir na educação dos jovens. Nesse sentido, o número tem aumentado sim. Não posso dizer em números, mas tem aumentado. É só caminhar pelo centro de Dublin para perceber a quantidade de jovens falando português.
problemas aqui na Irlanda. Esses problemas podem ser variados, desde brigas até problemas mais graves, como o tráfico de pessoas. O brasileiro que tenha problemas na Irlanda deve imediatamente contatar a Embaixada para que seja avaliada a ocorrência e possam ser tomadas as devidas providências. A Embaixada tem o contato de advogados para orientação legal e funcionários habilitados para encaminhar as questões.
NB: Em relação às atribuições da embaixada brasileira na Irlanda, qual suporte é oferecido aos brasileiros que residem no país? Bastos: O Setor Consular da Embaixada realiza diversos serviços para os brasileiros, como a emissão de passaportes, registros de casamento e nascimento, procurações, alistamentos eleitoral e militar, legalizações, entre outros. Todas essas informações estão no nosso sítio na internet, http:// dublin.itamaraty.gov.br. É muito importante que os brasileiros acessem a página antes de virem à Embaixada, pois lá está toda a informação necessária para a obtenção dos documentos. Além desses serviços, existe a assistência consular, serviço disponibilizado para os brasileiros que encontrem
NB: Quantos brasileiros procuram a embaixada diariamente e quais são as demandas mais comuns? Bastos: Cerca de 50 por dia, em média. A grande maioria vem para fazer os serviços de praxe, como emissão de Passaporte, registro de casamento/nascimento, procuração etc. NB: Qual é a posição da embaixada com relação aos brasileiros que tem o pedido de entrada no país recusado? É oferecido algum tipo de assistência aos brasileiros nesses casos ou se trata de uma questão na qual a embaixada não pode se envolver? Bastos: O Governo irlandês tem o direito de permitir ou não a
Divulgação/NB
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Julho 2013
entrada de um brasileiro. Ainda que a Irlanda não exija o visto, ao chegar ao país, o oficial de imigração tem plenos poderes para permitir ou não a entrada de um imigrante. Ele é a lei naquele momento e sua decisão é soberana. Porém, podem existir problemas em alguns casos, e a Embaixada poderá intervir caso haja abusos. A Embaixada pode sim sempre se envolver, mas não na decisão irlandesa. Depois que o oficial de imigração tomou a decisão, é muito difícil que ela seja revertida. A Embaixada pode apoiar o nacional após a recusa para que a experiência de ser recusado num país seja a menos traumática possível. Um problema que acontece na Irlanda é o envio de pessoas que tiveram sua entrada recusada à prisão, para esperar o voo de regresso, o que geralmente acontece no dia seguinte à recusa. Em diversas ocasiões, eu pedi ao Governo irlandês que
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disponibilizasse uma sala especial, no aeroporto, para que os recusados passassem a noite à espera do voo de regresso. O Governo brasileiro considera que um recusado não é um criminoso e, portanto, não pode ser enviado à cadeia. É uma questão de direito humano importante. Os irlandeses, em muitos níveis do Governo, são receptivos à nossa demanda, mas brasileiros recusados ainda são enviados a delegacias. Temos que lembrar que a Irlanda, até a década de 90, quase não recebia imigrantes. Isto tudo é relativamente novo para eles, e eles ainda estão se adaptando a essa nova realidade. Confio que este problema específico será solucionado em breve. NB: Como o senhor avalia a relação entre Brasil e Irlanda nesses últimos anos com a chegada cada vez maior de
brasileiros ao país? Bastos: A vinda de brasileiros para a Irlanda é muito positiva. Em todas as ocasiões em que mantenho contatos com oficiais de imigração e autoridades do Governo, eles expressam o apreço que têm pelos brasileiros, o quanto eles são parecidos com os irlandeses, e o quanto eles têm interesse em participar da sociedade irlandesa. Muitos nacionais casam-se com irlandeses, o que não acontece com outras comunidades de imigrantes, que ficam mais restritas a eles. Os irlandeses querem os brasileiros na Irlanda. Recentemente, em visita do Presidente Michael D. Higgins ao Brasil (outubro de 2012), foram disponibilizadas mais de 4000 vagas em Universidades de ponta para alunos brasileiros, no contexto do programa Ciência sem Fronteiras. Esse compromisso demonstra como as relações entre nossos países
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têm-se adensado, e isto deve muito à vinda dos brasileiros para cá na última década. NB: No âmbito comercial, de que forma o Brasil está buscando estreitar relações com o Governo Irlandês? Bastos: O Setor Econômico e de Promoção Comercial da Embaixada exerce a função de facilitador dos contatos e subsequentes transações entre empresários brasileiros e irlandeses. Nesse sentido, o Setor atende consultas de importadores irlandeses e exportadores brasileiros, fornecendo-lhes dados sobre comércio ou potencial de
mercado para produtos de interesse dos empresários, dados sobre a legislação aplicável à importação/ exportação de produtos, política comercial do Brasil e da Irlanda e outras informações de interesse do meio empresarial. O Setor Comercial conta com banco de dados, o Brasil Global Net, como fonte de informação sobre a oferta exportadora do Brasil e alimenta o mesmo sistema com informações obtidas na Irlanda sobre o interesse de empresários irlandeses. O trabalho do Setor é focado, ainda, na formação de parcerias entre empresas dos dois países, sobretudo para a produção de bens que
envolvam tecnologia para o setor produtivo nacional. Nesse enfoque de propiciar as oportunidades de transferência de tecnologia, o Setor ainda desenvolve trabalho de acompanhamento de tecnologias de inovação na Irlanda e de cooperação entre Universidades e Centros de Pesquisa em setores inovadores como nanotecnologia, novos materiais, software, tecnologia da informação e eletrônica fina. Cabe ressaltar que, no ano passado, pela primeira vez, a balança comercial entre o Brasil e a Irlanda ultrapassou 1 bilhão de dólares, e a tendência é de que esse número continue a crescer.
Brasileiros nas ruas
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s brasileiros residentes na Irlanda fizeram um manifesto pacífico no domingo, dia 16 de junho, em apoio aos recentes protestos ocorridos em diversas cidades brasileiras e que têm gerado uma comoção total no país. De acordo com
Gelson Pereira
os dados da Garda, a polícia local irlandesa, cerca de duas mil pessoas estiveram presentes em frente ao principal monumento no centro de Dublin, o ‘The Spire’. Por duas horas, os brasileiros entoaram o Hino Nacional, empunha-
ram cartazes e gritaram palavras de ordem, seguindo o mesmo molde dos protestos brasileiros e utilizando como tema principal a luta pelo fim da corrupção, o abuso no aumento dos transportes públicos e contra a PEC37.
Do lado de cá Divulgação/NB
Muito além do inglês Por Karen Lemos
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urante os quatro meses que está estudando na Irlanda, Heicmat Ghandur já fez vários planos que vão além do curso básico de inglês. Aproveitando a variedade de cursos na grade curricular do Eden College (www.edencollege.ie), ele pretende se profissionalizar antes de voltar ao Brasil em busca de um bom emprego. “Acho que aprender inglês acaba sendo uma consequência, porque você aprende tanta coisa conhecendo outras culturas como, por exemplo, a respeitar outros modos de pensar e de agir”, explica o estudante que está pensando em fazer um dos cursos técnicos que a instituição oferece, como, por exemplo, nas áreas de Business, Computação, Turismo ou Saúde. Outro ponto positivo são os eventos que semanalmente o Eden College organiza de olho na interação de seus alunos. “O diferencial da escola está nas atividades oferecidas fora da sala de aula. Toda semana são organizados passeios e eventos, como festas em algum típico pub irlandês. Isso é muito importante já que é uma forma de praticarmos o que estamos aprendendo na sala de aula”, conta.
Heicmat Ghandur
Henrique Azevedo Por Karen Lemos
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necessidade de aprimorar o inglês, a possibilidade de trabalhar sendo estudante e a facilidade de viajar pela Europa fizeram da Irlanda a escolha perfeita de intercâmbio para Henrique Azevedo, que há três meses mora na capital Dublin. “Tive ótimas surpresas que me deixaram mais maduro. Você só sente o que é intercâmbio quando vivencia isso de fato. Com certeza voltarei muito mais independente para o Brasil e com boas experiências para a vida. Estou fazendo um grande investimento, vivendo um momento único e curtindo o quanto posso o meu tempo aqui”, avalia o estudante. Entre a rotina de estudos, Azevedo tenta aproveitar ao máximo as vantagens que Dublin tem a ofe-
recer, principalmente para aqueles que gostam da vida cultural das grandes cidades. “Ainda estou na fase de adaptação, mas com a documentação resolvida, casa para morar e tempo para organizar minha vida aqui, estou começando a curtir mais o lugar. Gosto de ir a peças de teatro, cinema, pubs e clubes”, destaca. Morar em um país, onde a cultura e as pessoas são diferentes pode parecer estranho ou até mesmo amedrontar os estrangeiros, mas, para o brasileiro é só uma questão de tempo para se acostumar com a nova realidade. “O intercambista tem que vir com a cabeça aberta e ser organizado. Dá para aproveitar muito se você souber planejar o seu tempo. Só assim você vai conseguir alcançar suas metas” explica.
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Gelson Pereira
Vivendo um momento único
Gelson Pereira
Do lado de cá
Na alegria e no Intercâmbio Por Karen Lemos
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uitos casais decidem em fazer intercâmbio juntos pensando nas facilidades que podem ter vivendo a dois em um país desconhecido. Essa foi a ideia de Alex Almeida e Gabriela Silva que há três meses trocaram a rotina em São Paulo pela vida de estudante de inglês na Irlanda. “É sempre vantajoso ter alguém com quem podemos contar, confiar e dividir as despesas mesmo que, em contrapartida, sozinho você conheça mais gente. Temos que nos forçar a estar com outras pessoas e ter outros ciclos de amizade”, conta Gabriela. Para Almeida, apesar das vantagens, o casal tem que ficar atento quando o assunto é estudar inglês. “Nós dois nos policiamos muito para estudar. Quando você viaja em casal, tem que tomar cuidado para não falar português a todo o momento”, diz o estudante. Foi por esse motivo que eles optaram por fazer o curso de língua inglesa em escolas diferentes. “Essa decisão foi tomada para que cada um pudesse ter uma rotina individual. Já é uma experiência nova morarmos juntos, então é mais saudável que cada um estude em uma escola e conheça pessoas diferentes. E o bom é que, mesmo estando no mesmo nível de inglês, nós compartilhamos o que aprendemos de diferente em sala de aula”, explica o jovem. Para aqueles que pensam em seguir o mesmo caminho, Silva deixa uma dica. “Como intercambistas, os dois precisam ter o mesmo foco. Não adianta chegar aqui e os objetivos serem diferentes. Enquanto um está querendo estudar e aprender inglês, o outro tem que pensar da mesma forma. Sem isso, não há equilíbrio e nada funciona”, recomenda a estudante.
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Alex Almeida e Gabriela Silva
Divulgação/NB
Do lado de cá Dierica Kojo
Experiência para a vida Por Karen Lemos
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ogo na primeira semana de aula na Irish Business School Dublin (www.irishbusinessschooldublin.com), a estudante Dierica Kojo percebeu a qualidade da instituição. “Eu estudava em uma escola cheia de brasileiros e que não tinha muita estrutura. Um amigo me indicou aqui e gostei muito porque somos em sete na sala e apenas três são brasileiros”, conta. Esse é o segundo ano da estudante na Irlanda, que retornou para aprimorar ainda mais o inglês. “Acho que melhorei bastante. Cheguei à Irlanda pela
primeira vez sabendo pouca coisa e nesse tempo que fiquei aqui subi vários níveis. Cresci muito. Esse tipo de experiência abre sua mente e te faz valorizar mais a vida”, avalia. Ainda que aluna recente, Dierica já está aproveitando as vantagens que a instituição tem a oferecer aos seus estudantes. “Comecei essa semana e já vi que eles organizam diversos encontros entre os alunos e caso você tenha alguma dúvida ou alguma ideia diferente, é só ir à secretaria que eles estão sempre dispostos a te ouvir”, enfatiza a estudante.
Suporte para o bem-estar William Galvão
Por Karen Lemos
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illiam Galvão foi muito bem recebido na Academic Bridge College (www.abcollege.ie) em seus primeiros dias na Irlanda. Sabendo que a adaptação em outro país talvez seja uma das maiores dificuldades que o intercambista enfrenta, ele aprovou toda a estrutura oferecida pela instituição de ensino. “Aqui eles estão dando todo o suporte que preciso para organizar viagens, formular currículos para procurar trabalho e tirar toda a documentação necessária. Basta o aluno querer saber e perguntar que eles sempre aju-
Divulgação/NB
dam”, conta. O programa social da Academic Bridge College também chamou a atenção do estudante que diz sempre aproveitar as oportunidades que a escola oferece. “Nós temos aulas extras como, por exemplo, conversação após as aulas e visitas a lugares turísticos e históricos. É um ponto positivo poder conhecer a cultura irlandesa. Se dependesse de mim, eu não iria à maioria desses lugares por falta de conhecimento. Agradeço a escola por me proporcionar isso”, conclui o estudante.
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Intercâmbio legal Por Fábio Teberga
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uitas são as dúvidas que pairam na cabeça dos brasileiros quando decidem fazer um curso no exterior. Desde como escolher o melhor destino, onde encontrar a melhor agência, e o principal, quais os direitos a nós reservados. Pensando nisso, nós da Revista Yeah!Brasil vamos publicar uma série de informações referentes ao procedimento legal para realização de seu intercâmbio nas terras da Ilha Esmeralda. Nossas dicas caminharão desde o início do processo de retirada do passaporte até a sua estada em território Irlandês. Portanto, acompanhe com a gente, em cada edição, uma nova informação sobre toda legalidade exigida para se tornar um intercambista legal na Irlanda. Inicialmente vamos tratar de uma tarefa burocrática, porém não muito difícil, que é a retirada do passaporte, sendo que este consiste em seu documento de identidade em terras estrangeiras, pois sem ele você sequer embarcará no aeroporto. Antes de fechar qualquer pacote de intercâmbio, você terá que observar que há alguns países que exigem um período mínimo de posse do passaporte, como por exemplo, os Estados Unidos da América, que exigem no mínimo seis meses de posse. Logo, você deverá providenciar o passaporte assim que decidir realizar um intercâmbio. Como dito, o procedimento é burocrático, mas não há muita dificuldade em se realizar, como veremos:
1 – Primeiramente acesse o sítio da Polícia Federal (www.dpf.gov.br) e confira se você possui todos os documentos originais exigidos para emissão do Passaporte, segundo o Decreto nº 1.983, de 14 de agosto de 1996. 2 – O segundo passo será solicitar o pedido via internet através do preenchimento do formulário que se encontra no endereço eletrônico abaixo. 3 – Concluído, no terceiro passo você deverá pagar a Guia de Receita da União no valor de R$ 156, 07, respeitando sua data de vencimento, pois se o prazo expirar você terá que iniciar o procedimento novamente. 4 – Em seguida, você acessará o endereço eletrônico e realizará o agendamento de sua ida ao Departamento da Polícia Federal de sua escolha. 5 – Compareça ao posto do Departamento da Polícia Federal munido da documentação original exigida (vide item 1), GRU paga e protocolo da solicitação. Observe que não é necessário levar fotografia, pois a mesma será coletada no momento do atendimento. Realizado esses simples passos corretamente você poderá retirar seu passaporte facilmente, porém fique atento, pois o passaporte será entregue pessoalmente a seu titular, mediante apresentação de documento de identidade e assinatura de recibo. Lembrando ainda que, ao escolher pelo estudo no exterior, você deverá deixar o jeitinho brasileiro no Brasil, uma vez que ele não funciona na Europa, seja um Intercambista Legal e aproveite cada momento.
Dr. Fábio Teberga (advogado brasileiro desde 2008, pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista). Se você tem alguma dúvida ou sugestão, entre em contato pelo nosso e-mail juridico@revistanewsbrazil.com . Será um prazer esclarecer a sua dúvida!
Mistura que apaixona
Divulgação/NB
Do lado de cá Daniela dos Santos Rocha
Por Angelo Tedeschi
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or gostar muito da língua inglesa e pela necessidade profissional, a mineira Daniela dos Santos Rocha decidiu deixar a vida no Brasil e embarcou em uma viagem de intercâmbio. O país escolhido pela jovem foi à Irlanda, destino de muitos brasileiros que querem estudar inglês fora do Brasil. Formada em contabilidade, Rocha acredita que estar em contato em todos os momentos do dia com a língua inglesa torna o aprendizado mais rápido e eficaz. “Estudar inglês em um país no qual o idioma oficial é o inglês facilita muito o processo de aprendizagem. Aqui estamos aprendendo dentro e fora da sala de aula”, avalia a contadora. Outro motivo que a fez escolher a Irlanda foi pela riqueza cultural e histórica do país. “É um país mui-
to bonito, cheio de histórias e bem localizado. Morando aqui tenho a oportunidade também de conhecer outros países da Europa”, explica. A estudante revela que somente ao chegar a Dublin pode perceber as diferenças em relação ao Brasil. “O clima, a cultura, a comida, as roupas, as músicas, é tudo diferente aqui. Mas o mais interessante é a grande mistura de nacionalidades. É muito divertido no intervalo da aula observar cada grupo de amigos falando um idioma diferente”, conta. Apesar de todas essas diferenças, o que mais pesa nos momentos difíceis é a saudade. “Tenho saudade da minha família e dos meus amigos, mas tudo vale a pena, pois estou conquistando muitas coisas e fazendo muitos amigos que acabam se tornando parte da minha família”, diz.
Diversão e aprendizado juntos Por Karen Lemos
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e aproveitar a sala de jogos e computadores localizada próximo à cantina. “Lá é um bom lugar para fazer amizades. Além disso, os professores sem-
pre organizam passeios para outras cidades da Irlanda, ou seja, estamos sempre juntos”, finaliza o estudante Lucas Mello.
Monica Manzzi
esmo com a saudade da família, dos amigos e da vida que tinha no Brasil, Lucas Mello, estudante do Eden College (www. edencollege.ie), está aproveitando bem sua estadia na Irlanda. Com a estrutura oferecida pela escola, ele pode se divertir enquanto estuda inglês e enriquecer ainda mais o currículo. “Eu jogo no time de futsal do Eden College. Acaba sendo uma terapia, porque me distrai bastante”, explica e continua. “Acho ótimo que a escola ofereça essa estrutura para a prática de esportes. Quando você se vê sozinho em outro país, longe de sua família, é ótimo pode ter a chance de praticar um esporte e se divertir”. Falando em estrutura, a área recreacional do Eden College também chamou a atenção do jovem. Durante os intervalos ou após as aulas, os estudantes podem jogar sinuca, ping pong
Lucas Mello
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Artigo
Jogos Olímpicos e a
Copa do Mundo no Brasil Pedro Kirilos/Riotur
Despejos à força
Por Sofia Sunden
Pesquisadora e mestre em Política International e Política Europeia
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o artigo anterior, nós vimos que o conceito de legado no que diz respeito à organização de megaeventos esportivos têm sido positivo e negativo. Considerando o investimento maciço na infraestrutura necessária para os dois próximos megaeventos, os organizadores e as autoridades brasileiras parecem convencidos de que os ganhos serão ainda maiores em termos de aumento da atividade econômica e a possibilidade de uma reputação maior no mundo. Uma questão importante é discutir os despejos à força que já
começaram no Brasil e parecem ter se tornado habitual entre os organizadores de megaeventos esportivos. China e África do Sul são exemplos de países que fizeram seus eventos utilizando os despejos à força como parte de seus preparativos para os jogos e como plano de desenvolvimento urbano. A Organização das Nações Unidas (ONU) já deu uma série de instruções para o Brasil, pedindo para que os despejos à força parem de ocorrer como parte dos seus planos de desenvolvimento para os eventos.
Transformação e violação do direito internacional
A
transformação do Brasil, em especial do Rio de Janeiro, está levando muitos cidadãos a terem suas vidas transformadas por estes jogos. Sob pressão, muitos estão sendo forçados a deixar suas casas ou receberem uma compensação baixa para deixar suas casas. De acordo com uma pesquisa do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas a estimativa é de que 7.185 famílias estão ameaçadas de remoção em 24 comunidades. Considerando que as famílias têm aproximadamente 4,5 membros cada (que é
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igual a 32.300 habitantes), 0,5% do total da população do Rio de Janeiro terá que deixar suas casas. Mais de 1.860 famílias já foram removidas para dar lugar a novas instalações desportivas ou melhorias de infraestrutura turística. O que está acontecendo no Rio de Janeiro é muito parecido com o que aconteceu na China e África do Sul, onde, como parte da preparação das Olimpíadas de Pequim e a Copa do Mundo na África do Sul, soube-se que as áreas de favelas foram demolidas e milhares de pessoas forçadas a deixar suas casas como
parte do planejamento urbano de embelezamento. É preocupante que estes comportamentos ilegais e ilícitos estejam acontecendo no Brasil e ainda mais sabendo que as autoridades brasileiras estão ignorando a lei federal que estabelece os direitos dos cidadãos a sua habitação e a responsabilidade das autoridades de proteger esse direito dos cidadãos. As atuais violações destas leis têm sido reconhecidas internacionalmente, tanto que a ONU têm feito uma série de resoluções sobre essa questão. Julho 2013
Resolução da ONU
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á 1 ano, membros do Conselho de Estado dos Direitos Humanos da ONU recomendaram ao Brasil que as obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, não gerassem expulsões forçadas de moradores. A menção de recomendação da aplicação sobre as obras pode
afetar, por exemplo, a comunidade indígena que vive em uma aldeia vizinha ao Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Lá, cerca de 30 índios que ocuparam o local do antigo museu indígena estão tendo que conviver com o medo diário de despejo. Esta recomendação não tem
sido aplicada desde que em março deste ano, quase exatamente um ano após a recomendação da ONU, autoridades brasileiras invadiram a aldeia Maracanã. O extraordinário uso da violência e spray de pimenta colocou este evento nas manchetes dos jornais na Europa, bem como nos EUA (BBC e NY Times).
Despejos à força – uma parte dos preparativos dos megaeventos esportivos?
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Brasil não é o primeiro país a violar os direitos humanos na sua preparação para megaeventos esportivos. Esta parece ser uma questão tão repetida que, em 2010, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução sobre direitos de habitação, no qual ele incentivou os Estados Membros para promoverem o direito à moradia adequada e criar um legado de habitação sustentável no contexto dos megaeventos esportivos. Em março deste ano, o relator especial da ONU sobre o direito à moradia adequada, a brasileira Raquel Rolnik, apresentou ao Conselho de
Direitos Humanos da ONU seu novo relatório. Rolnik confirmou uma crise global de insegurança de posse, que se manifesta de várias maneiras, como, por exemplo, despejos à força e deslocamento causado por uma série de razões, incluindo desastres naturais e - preparações para megaeventos esportivos. Outra que se manifestou sobre o assunto no Conselho dos Direitos do Homem da ONU foi brasileira Giselle Tanaka, do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas. Ela fez uma declaração sobre as remoções forçadas no contexto da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Tanaka confirmou que o Comitê pedirá ao governo
brasileiro para parar imediatamente as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, criar um plano nacional para reparos. Estima-se que pelo menos 170 mil pessoas em todo o Brasil estão enfrentando despejos relacionados aos megaeventos, número equivalente a quase um em cada mil brasileiros. Estes são exemplos do legado que também está acompanhando os preparativos dos jogos. Para os cidadãos ameaçados de despejo e remoção de suas casas, sem dúvida, eles experimentarão um legado duradouro, infelizmente não inteiramente no espírito da alegria que é a marca do esporte.
Divulgação/Riotur
www.yeahbrasil.com
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Do lado de cá
A escolha certa Divulgação/NB
Jaqueline Soares de Moraes
Por Angelo Tedeschi
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uando decidiu fazer intercâmbio, a advogada baiana Jacqueline Soares de Moraes ficou em dúvida entre o Canadá e a Irlanda. “Acabei optando pelo país europeu já que o inverno canadense é extremamente difícil para nós brasileiros, especialmente no meu caso que moro em uma cidade quente como Salvador”, conta. Escolhido o país, o próximo passo foi tomar uma decisão não menos importante: em qual escola estudar. “A agência de viagem me mostrou algumas escolas e dentre elas estava a Grafton College (www.graftoncollege. ie). Como sou advogada, pedi que a agente me enviasse a minuta do contrato da escola com o estudante e, ao analisar todos os pontos, decidi
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pela Grafton”, explica. Ao chegar à Irlanda, a jovem advogada aprovou a escolha. “A Grafton é uma escola muito boa, há uma preocupação do professor em individualizar o ensino e compreender a necessidade do aluno. As instalações são boas, as recepcionistas extremamente prestativas, e o diretor é muito atencioso com os problemas de cada aluno”, avalia. Embora a escola seja muito importante, a estudante diz que o contato com o idioma inglês durante todo o dia é essencial para o aprendizado. “Eu sempre estudei inglês no Brasil, mas é muito diferente você viajar para estudar e falar diariamente o idioma. Geralmente saímos dos cursos no Brasil com uma noção ra-
zoável de gramática e o conhecimento de palavras e expressões muito superficiais do inglês. Isso acontece porque depois de uma hora de aula de inglês no Brasil, você sai da escola e passa todo o restante do tempo falando português. Aqui não, você inevitavelmente sai da aula e fala em inglês com um colega de sala, com os professores, nos restaurantes, pubs”, analisa. A brasileira dá uma dica para quem quer aprimorar o inglês com mais rapidez. “Eu, por exemplo, estou morando com um sul coreano, um paquistanês, um chileno e dois brasileiros, isso me possibilita treinar diariamente o inglês e, também, praticar o espanhol”, finaliza a advogada.
Do lado de cá
Outras possibilidades Gelson Pereira
Por Karen Lemos
D
epois de concluir o curso de inglês, Natália Nunes de Oliveira ficou tão apaixonada pela Irlanda que resolveu ficar mais um tempo no país e se inscreveu em um curso de Business para aprimorar ainda mais o currículo. “Meu inglês já é suficiente e para ficar mais um ano eu queria estudar algo que tivesse a ver com a minha formação”, diz a estudante graduada em relações internacionais. “Aqui eu tenho outra perspectiva do mercado de trabalho. Estudar algo além do inglês vai me ajudar a encontrar bons empregos quando eu voltar ao Brasil. É um peso maior no currículo e um ponto positivo profissionalmente”, ressalta. Fazer um curso técnico fora do país é uma vantagem para quem quer ir além do
inglês e a Irlanda é um dos países que melhor oferece essa opção. “A área de tecnologia da informação, por exemplo, tem crescido bastante por aqui. Quem vier para atuar nessa área tem grandes chances já que boa parte das empresas irlandesas está procurando por esses profissionais”, reitera. Trabalhando como garçonete em um restaurante em Dublin para pagar o curso, Natália já está bem adaptada à rotina irlandesa e vem somando muitas conquistas durante essa experiência. “Em um ano que estou aqui, aprendi a lidar com as pessoas, dar valor as coisas que tenho como, por exemplo, a minha família. Só estando longe você valoriza coisas que normalmente não percebemos no dia a dia”, pontua a estudante.
Natália Nunes de Oliveira
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Saúde Divulgação/NB
Ele venceu
a luta C
Carlos está impedido de trabalhar por causa do tratamento e precisa de ajuda para comprar os medicamentos
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Por Angelo Tedeschi
arlos Eduardo do Amaral, de 28 anos, é um brasileiro que mora em Dublin desde 2008. Como muitos brasileiros, Amaral chegou à Irlanda com o objetivo de conseguir fluência no inglês, recuperar o dinheiro investido no intercâmbio e conhecer a maior quantidade possível de países. Tudo estava indo muito bem até Julho do ano passado, quando começou a sentir dores na região abdominal e teve sangramento anal. Preocupado com a situação, ele procurou ajuda médica e após realizar uma série de exames em um hospital de Dublin, os médicos constataram que ele estava com um estágio avançado de câncer no intestino. “As primeiras dores começaram em fevereiro de 2012, mas eu só fui procurar ajuda em julho, quando as dores ficaram mais fortes e iniciou o sangramento”, conta Amaral. Por a doença estar em um estágio avançado, ele teve que tomar uma decisão muito difícil: continuar o tratamento na Irlanda ou retornar para o Brasil para se tratar. “Em um curto espaço de tempo tive que fazer essa escolha e por não ter um plano de saúde no Brasil e já ter iniciado o tratamento decidi ficar em Dublin”, explica. Tomada a decisão, o brasileiro iniciou outra série de exames para que
os médicos pudessem avaliar qual procedimento cirúrgico seria realizado primeiro. Com os resultados dos exames, os médicos optaram por fazer uma cirurgia para desbloquear o intestino e colocar uma bolsa intestinal. Após a cirurgia ter sido realizada com sucesso, Amaral iniciou o tratamento de quimioterapia e radioterapia. “A quimioterapia eu fazia quinzenalmente, já a radioterapia acontecia de segunda a sexta. Passei a viver praticamente dentro do hospital”, conta. Em fevereiro deste ano, o brasileiro passou pela segunda e mais complicada cirurgia. Os médicos tiveram que remover o tumor que estava alojado no intestino, a próstata, a bexiga, as vesículas seminais e parte do reto. “Essa segunda cirurgia também foi considerada um sucesso principalmente pela retirada total do tumor, embora ainda exista a possibilidade de o tumor voltar”, explica. Depois desta intervenção cirúrgica, ele retomou o tratamento de quimioterapia e está sendo monitorado de perto pelo corpo clínico. “Vou ao hospital para realizar a quimioterapia a cada quinze dias e tenho acompanhamento de vários médicos como, por exemplo, Urologista, Psicólogo, Oncologista, Endocrinologista e Clínico Geral”, diz.
Julho 2013
Uma nova rotina
C
om a descoberta da doença no ano passado, Amaral teve que mudar radicalmente sua rotina na Irlanda. Foi necessário parar de estudar e abandonar o emprego de garçom que tinha em um restaurante. “Precisei me adaptar a essa nova realidade muito rápido e, por orientação médica, passei a cuidar exclusivamente da minha saúde”, conta. Por ter que deixar o emprego, Amaral ficou sem ter nenhuma fonte de renda e passou a contar com a ajuda de amigos para continuar o tratamento em Dublin. “Estou morando de favor na casa de uma amiga que, além de me dar moradia, me ajuda com alimentação e todo suporte que preciso”, revela. Além disso, o jovem descobriu durante o tratamento que o seguro saúde que ele possui não cobre nenhum tipo de tratamento de câncer e doenças pré-existentes. “Quando fui informado pelos médicos dessa cláusula contratual no meu seguro saúde fiquei sem saber o que fazer. Foi então que eles me disseram que isso não impediria que eu continuas-
se o tratamento, já que o pagamento pelos serviços não precisava ser feito agora, podendo ser realizado quando eu tiver condições de arcar com as despesas”, explica. Apesar de ainda não precisar pagar pelo tratamento, uma coisa ele não pode deixar para pagar depois: os medicamentos. Em decorrência do tratamento pelo qual está sendo submetido, o brasileiro tem que comprar vários remédios todo mês. “Tenho um gasto mensal em torno de 400 euros com medicamentos que não posso deixar de tomar. A compra desses remédios é minha maior dificuldade, já que não posso trabalhar e minha família no Brasil não tem condições de me enviar essa quantia”, conta. Para conseguir comprar os medicamentos necessários, Amaral conta com a ajuda de amigos e pessoas que ele nem conhece. “Meus amigos têm me ajudado muito, principalmente com a compra dos remédios que eu preciso. Além disso, tenho recebido a ajuda de amigos dos meus amigos, pessoas que eu nem conhecia”, diz o jovem.
“Precisei me adaptar a essa nova realidade muito rápido”
Família e futuro
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lém da questão financeira, outra dificuldade enfrentada pelo brasileiro está sendo ter que suportar a distância da família nessa fase difícil. “É muito complicado ter que passar por tudo isso sem ter a minha família por perto. Apesar de conversar com eles dia-
Como ajudar Quem tiver interesse em ajudá-lo pode entrar em contato diretamente com ele pelo e-mail educaler@ig.com. br ou pelo telefone (353) 0871706-860.
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riamente pela internet, a saudade é muito grande, mas sei que eles estão junto comigo nessa batalha e que vou conseguir me recuperar e voltar a ter uma vida normal em breve”, diz o jovem. A previsão é que ainda este ano Amaral possa ter uma vida normal novamente, embora mesmo com o fim do tratamento ele ainda vai ter acompanhamento médico de perto pelos próximos cinco anos. “Estou ansioso para retomar minha vida e otimista quanto ao futuro. Tenho certeza que o pior eu já superei ”, finaliza.
Câncer no intestino Este tipo de câncer é um dos mais frequentes e, na maioria dos casos, está associado ao sedentarismo, obesidade, tabagismo, predisposição genética, dieta rica em carnes vermelhas, e possivelmente, uma dieta pobre em fibras. Aproximadamente 655 mil pessoas por ano morrem por causa deste tipo de câncer, sendo a terceira forma de câncer mais comum e a segunda maior causa de morte no mundo ocidental. Sintomas • Mudanças no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre); • Presença de sangue nas fezes; • Vontade frequente de ir ao banheiro; • Sangramento anal; • Dor ou desconforto abdominal (gases e/ou cólicas); • Perda de peso sem razão aparente; • Cansaço, fraqueza e anemia. Prevenção • Faça uma dieta balanceada; • Mantenha um peso saudável; • Faça exercícios; - Aprenda sobre a história médica da sua família; • Fale com seu médico sobre os seus antecedentes médicos; • Não fume; • Procure um médico se você apresenta qualquer sintoma que leve a suspeitar de câncer de intestino. Em estágios avançados pode causar diarreia, prisão de ventre, cólicas na barriga, sangue nas fezes e perda de peso. Fontes: Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino e Instituto Nacional de Câncer.
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Profissões
É possível!
Trabalhar na área de formação está se tornando cada vez mais frequente para os estudantes brasileiros que vem à Irlanda aprender Inglês
Por Angelo Tedeschi
T
rabalhar no país em que se está fazendo intercâmbio é o objetivo de grande parte dos estudantes estrangeiros. Em alguns lugares isso não é possível por conta da legislação do país que não permite ao estudante trabalhar no período em que está fazendo o intercâmbio. Nos países em que a legislação ad-
mite ao estudante estrangeiro trabalhar, como é o caso da Irlanda, as oportunidades de emprego são, na maioria dos casos, oferecidas no setor braçal como, por exemplo, auxiliar de cozinha, faxineiro, ajudante de supermercado, etc. Mas, essa realidade tem apresentado exceções. É o caso do paulista
Osmar Escada Rodrigues Junior, que deixou São Caetano do Sul há um ano para aprender inglês na Irlanda. Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Junior veio sabendo que seria difícil arrumar um emprego em sua área de formação, mas acreditando que isso poderia acontecer.
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Julho 2013
“Eu vim com o pensamento de trabalhar no serviço braçal, pois sabia que não era fácil encontrar um emprego na área. Mas, como sempre trabalhei com vendas no Brasil e já era formado, encaminhei meu currículo para concorrer a uma vaga em minha área e fui chamado para uma entrevista, em que acabei sendo contratado”, conta. Há 11 meses, Junior trabalha na empresa que ele contratou o serviço de intercâmbio e que atende estudantes brasileiros que estão querendo estudar na Irlanda. O publicitário explica que exerce uma série de tarefas relacionadas à imagem da empresa nas mídias sociais.
“No Brasil eu pegava um trânsito de 2 horas para chegar à empresa que trabalhava”
exercício físico diário, mas, também, posso admirar as maravilhosas paisagens que a cidade tem a nos oferecer” comenta. O publicitário pretende ficar mais 1 ano na Irlanda para aprimorar o inglês e, só depois desse período, voltar para o Brasil. “Esse intercâmbio está superando minhas expectativas, pois eu só vinha para estudar e chegando aqui consegui trabalhar na minha área e vi a facilidade que temos em conhecer outros países, além de ter a chance de morar com pessoas de outras nacionalidades e aprender sobre suas culturas e costumes. Voltarei para o Brasil muito mais preparado para encarar novos desafios”, avalia.
“Esse intercâmbio está superando minhas expectativas, pois eu só vinha para estudar e chegando aqui consegui trabalhar na minha área”
“Hoje eu trabalho na empresa que contratei o meu serviço de Intercâmbio, a Intercâmbio BFA. Eu cuido do planejamento estratégico da empresa nas mídias sociais. Junto com minha equipe, produzimos conteúdos relevantes e criativos para as diversas mídias sociais em que buscamos atingir o nosso público alvo. Além disso, monitoro se o que estamos postando na internet está atingindo o nosso público e verifico o resultado em nossas mídias”, descreve. Além de trabalhar na área de formação, outro ponto positivo para Junior é a facilidade de locomoção existente em Dublin. “No Brasil eu pegava um trânsito de 2 horas para chegar à empresa que trabalhava e sempre chegava cansado. Aqui eu levo 35 minutos de bicicleta da minha casa até meu serviço. Isso me possibilita não só fazer um Divulgação/NB
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Diversidade que ajuda
Silvia Dantas
Divulgação/NB
Do lado de cá
Por Karen Lemos
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ocalizada em uma região bem centralizada de Dublin, a Irish Business School Dublin (www.irishbusinessschooldublin.com) atraiu Silvia Dantas por conta de sua diversidade de alunos. “Eles não tem tanto brasileiros na sala de aula e a escola sempre tenta misturar os alunos brasileiros com de outras nacionalidades”, explica a estudante que mora na Irlanda há cerca de três anos. Para se ter uma ideia da diversidade, Dantas conta que em sua sala há alunos de várias partes do mundo. “Na minha sala tem estudantes do Japão, da França e do Nepal”, exemplifica.
No entanto, alguns brasileiros trabalham entre os funcionários da escola, o que facilita quando os estudantes precisam de alguma ajuda em sua nova rotina morando em outro país. “A equipe brasileira que trabalha aqui na Irish Business School sempre nos ajuda muito quando precisamos”, comenta. Além da boa localização, os eventos organizados com frequência pela instituição de ensino são outro ponto positivo para ela. “A escola sempre organiza eventos e festas para confraternização dos alunos. Eles não se acomodam e se esforçam muito para melhorar a cada dia”, finaliza.
Inglês não só na sala de aula Por Karen Lemos
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studante da Academic Bridge College (www.abcollege.ie), Wagner Guimarães sentiu a diferença de aprender inglês em outro país logo em seus primeiros dias de intercâmbio na Irlanda. A começar pelas aulas, que são lecionadas por professores cuja língua nativa é o inglês. “Quando você tem uma dúvida, os professores não vão traduzir ao pé da letra. Eles te explicam até que você entenda, usando sinônimos e outras palavras do inglês”, explica. Localizada em uma região bem centralizada da capital Dublin, a Academic Bridge College se destaca pela sua diversidade de programas sociais após as aulas. “Às vezes não temos tempo de explorar o país que
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estamos morando, então como a escola organiza alguns eventos para os estudantes, fica tudo mais fácil”, aponta o estudante, que há dois meses mora na Irlanda. “Recentemente tivemos uma aula sobre como fazer viagens para outros países aqui da Europa. Eles nos forneceram informações sobre hotéis baratos e outros dados importantes”, conta. A escola ainda dispõe de outros cursos, como Business e Contabilidade, o que acaba sendo um diferencial para os estudantes. “Eu tenho interesse em fazer curso de Business, mas primeiro eu preciso terminar o curso de inglês, para depois me aprofundar”, finaliza Guimarães.
Divulgação/NB
Wagner Guimarães
Do lado de cá
Atraído pelos benefícios Por Angelo Tedeschi
O
baiano Moisés Santana, de 19 anos, escolheu a Irlanda para fazer o intercâmbio depois de compará-la com outros países e ver a quantidade de vantagens que ela oferece em relação aos demais. “Aqui é mais fácil conseguir o visto de permanência, existe a possibilidade de se trabalhar durante o período de estudo e os custos e as despesas são menores”, explica. Outro ponto importante que influenciou o estudante foi a localização geográfica da Irlanda. “Por ser um país europeu a facilidade de se viajar para outros países do continente gastando pouco dinheiro é muito grande. Isso com certeza ajudou na escolha pela capital irlandesa como meu destino”, conta o baiano. Já adaptado ao país, Santana não descarta ampliar a estadia em Dublin caso consiga cursar o ensino superior em alguma universidade irlandesa. “No momento estou sendo encoraja-
do pela minha família a tentar entrar em uma universidade daqui, o que sei não se tratar de algo fácil para os brasileiros. Caso isso não dê certo, gostaria de passar um tempo na Espanha para aperfeiçoar uma outra língua”, avalia. Por ser uma cidade com muitas opções de lazer e entretenimento, Dublin possui vários pubs e casas noturnas famosas que recebem diariamente muitos brasileiros. Foi em uma dessas casas que Santana viveu uma situação inusitada. “Assim que todo brasileiro chega aqui, ele ouve logo falar sobre a Dicey’s, uma das casas noturnas mais famosas de Dublin. Em uma segunda feira, quando eu e alguns amigos estávamos saindo de casa para ir à Dicey’s, dois deles que já estavam no local nos ligaram e disseram para nós desistimos porque o segurança não estava deixando ninguém entrar dizendo estar lotado. Foi então que,
Precisa de ajuda para planejar seu intercâmbio?
Moisés Santana
Divulgação/NB
antes de sair de casa, um dos meus amigos colocou uma corrente grossa no pescoço e se vestiu exatamente como um jogador de futebol. Como tínhamos alugado um carro de luxo naquela semana, fomos com ele e paramos em frente a entrada da festa. Não deu outra, recebemos tratamento VIP dos funcionários da casa, com direito a foto com várias irlandesas e muita risada. Foi uma experiência inesquecível que vou guardar por toda a vida”, conclui o estudante.
A revista do
estudante
brasileiro
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no exterior
Do lado de cá
Idioma e cultura na bagagem
Divulgação/NB
André Luis de Oliveira Rocha
A
ndré Luis Rocha de Oliveira, de 26 anos, está fazendo intercâmbio em Dublin há quatro meses. Nascido em Brotas, interior de São Paulo, Oliveira escolheu a Irlanda pela facilidade em se conseguir o visto de permanência no país e por ser um investimento mais barato em relação aos outros países de língua inglesa que ele pesquisou. “Analisei todas as opções e cheguei à conclusão que a melhor escolha, levando em consideração a relação custo-benefício, era a Irlanda”, explica o estudante. Graduado em Engenharia Mecânica pela Faculdade Educacional Inaciana (FEI), em São Bernardo do Campo-SP, Oliveira diz que a necessidade de aprender o inglês foi o fator principal que o trouxe à Irlanda, mas que outros fatores também foram levados em conta. ”Vim com o objetivo principal de aprender o idioma, mas também estou aproveitando para conhecer vários países, pessoas e cultu-
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ras diferentes”, conta. Adaptado ao país, o estudante revela que a maior dificuldade no início foi com o clima. “Saí do Brasil no auge do verão e cheguei à Irlanda com os
“Analisei todas as opções e cheguei à conclusão que a melhor escolha, levando em consideração o custo-benefício, era a Irlanda” termômetros beirando zero grau. E, por ventar bastante aqui, a sensação de frio era ainda pior”, revela.
Mas o que mais o impressionou nesses quatro meses foi a generosidade do povo irlandês diante de uma situação complicada que ele teve que passar. “Eu estava de bicicleta com uma sacola cheia de comida em uma das avenidas mais movimentadas de Dublin. De repente a sacola estourou e rolou cebola para um lado, laranja para o outro e eu não sabia o que fazer. Foi aí que uma senhora irlandesa, vendo minha situação, me ofereceu uma sacola que ela tinha e me ajudou a recolher minhas coisas que estavam espalhadas pela avenida. Posso dizer que ela me salvou aquele dia”, brinca. Oliveira pretende ficar até setembro na Irlanda e depois retornar ao Brasil para dar sequência à carreira. “Estou aproveitando ao máximo essa experiência única de vida e, quando voltar para o Brasil, sei que estarei muito melhor preparado para os desafios que vou encontrar”, finaliza o estudante.
Do lado de cá
A
Egali (www.egali.com.br) é uma empresa de intercâmbio do Grupo Victoria que conta com mais de 40 unidades próprias no Brasil além de bases em Londres (Inglaterra), Dublin (Irlanda), Sydney (Austrália) e Vancouver (Canadá). Com matriz em Porto Alegre (RS), a empresa conta com uma equipe especializada que trabalha para que o intercambista tenha todo o suporte necessário durante o período do intercâmbio. O estudante Arthur Araújo, de 19 anos, é um exemplo do sucesso no serviço prestado pela empresa. Mineiro de Belo Horizonte, Araújo está fazendo intercâmbio em Dublin há quatro meses e a realização do sonho de estudar inglês na Europa só foi possível graças ao suporte oferecido pela Egali. “Quando comecei a pesquisar sobre intercâmbio na Europa fiquei um pouco perdido sem saber onde obter as informações que eu precisava. Foi aí que um amigo me indicou a Egali e, após entrar em contato a empresa, todo o suporte que eu necessitava foi disponibilizado por eles”, conta o estudante. Uma das coisas que mais chamou a atenção do jovem e que contribuiu para que ele escolhesse a Egali foi o fato de a empresa possuir um escritório em Dublin. “Acho muito interessante a empresa ter uma base na cidade em que eu estou fazendo o intercâmbio. Me sinto bem amparado e sempre que preciso de alguma coisa eles me ajudam imediatamente. Com isso, posso aproveitar melhor o intercâmbio e ficar focado nos estudos”, explica. Depois de terminar os seis meses de curso, o estudante pretende viajar pela Europa e retornar ao Brasil para iniciar um curso de graduação. “Iniciar um curso superior com o inglês fluente é um dos meus objetivos. Agradeço a Egali por ter me ajudado a realizar esse sonho e possibilitado essa experiência na minha vida”, finaliza.
O sonho foi realizado Divulgação/NB
Egali: Referência quando se trata de intercâmbio
Arthur Araújo
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Turismo
Encantos em tONS TURQUESA Viagem dos sonhos para muitos brasileiros, a Grécia se tornou um destino acessível para todos que moram na Europa e querem ver de perto toda a beleza e mitologia que antes ficavam apenas nos livros de História
A
lém de encantar por sua história milenar e pelas belezas naturais de suas ilhas que encontram a perfeição no azul turquesa de suas águas, a Grécia é um dos maiores berços culturais da antiguidade e da democracia. O país deu origem às Olimpíadas e ainda carrega o legado de Sócrates, Aristóteles, Platão e Pitágoras, pais da filosofia. É difícil nomear outro destino que trace tão bem como foi a formação da sociedade e que tenha se tornado em um incrível museu a céu aberto . Nenhuma outra viagem provocaria tantos suspiros, especialmente no verão, quando turistas do mundo inteiro vão em busca de mais conhe-
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cimento e diversão. Ao visitar cada canto de Atenas, o resgate do passado que foi ensinado através dos livros não deixa ninguém impassível diante de tanta história. O mesmo acontece quando a viagem se estende para uma das três mil ilhas de pura beleza cinematográfica, que podem ser traduzidas como sinônimos do paraíso no Mediterrâneo. Atenas não pode ser vista apenas como uma ponte para as ilhas gregas. Uma viagem até a Grécia deve co-
meçar ou terminar em Atenas, com tempo suficiente para se perder na metrópole e desfrutar das inúmeras melhorias que a cidade ganhou, especialmente depois das Olimpíadas de 2004.
Julho 2013
Fotos: Divulgação/NB
Por Cíntia Tanno
Atenas
N
ão importa quanto tempo de férias na Grécia você tenha, nunca vai ser o suficiente para aproveitar tudo que o país oferece, especialmente falando da capital grega, que é a mistura da atmosfera cosmopolita, mitologia e de tesouros arqueológicos. Há quem se decepcione com a primeira impressão de Atenas. A cidade não é composta apenas de monumentos arqueológicos e talvez não possua o charme de muitas capitais europeias, mas como a cultura e economia sempre pertenceram a outra realidade, não é difícil se deixar surpreender com a contemporaneidade contrastando com a antiguidade da cidade. Nunca vai ser demais tirar mais uma foto ao avistar o Parthenon de algum canto da nova Atenas. Para quem tem mais tempo de férias e pode ficar entre dois ou três dias na cidade, vai ter tempo de sobra para passear entre as vielas de Atenas, desvendando novos restaurantes e pequenos bares que com certeza oferecerão o melhor da culinária mediterrânea. Além de poder se perder pela cidade, quem tem mais tempo pode também conhecer o Museu da Acrópole, Museu Arqueológico Nacional ou Mu-
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seu Benaki, todos localizados no centro da cidade e com acesso fácil, não só pelo metrô, mas também a pé para quem prefere desvendar a cidade sem usar o transporte público. O estádio Kalimarmaro também deve ser visitado, sendo o primeiro estádio a receber os jogos Olímpicos da Antiguidade, assim como o Panathinakon ou Estádio de Atenas, que recebeu os jogos Olímpicos de 1896. Para quem tem menos tempo, geralmente turistas que vão para a Grécia por apenas uma semana, deixam apenas um dia reservado para Atenas, não precisam se preocupar. Os principais pontos turísticos da cidade estão localizados na região central, e de rápido acesso, mesmo para aqueles que não querem usar nenhum tipo de transporte. A melhor experiência em Atenas vai ser com certeza circular pelos bairros a pé, seguir toda a maré de turistas e se deixar surpreender por um museu a céu aberto.
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Comece cedo
O
passeio pela capital grega pode começar logo cedo pela principal atração da cidade, e uma das maravilhas do mundo, o Parthenon. Localizado cerca de cem metros acima do nível de Atenas, no topo da colina da Acrópole, é símbolo da civilização grega e foi construído em homenagem à deusa protetora Atena. Depois de realmente se sentir na Grécia, ao visitar a Acrópole, a Ágora Antiga é parada obrigatória para quem está descendo a colina em direção ao centro da cidade. A Ágora é um lindo complexo onde se pode visitar a praça em que ficava o mercado antigo de Atenas e o povo se reunia em assembleias. Antes de se perder pelo centro antigo da capital, o Templo de Zeus Olímpico, que está localizado ao lado de uma das principais avenidas da cidade, a Amalias, é uma ótima parada antes de procurar um lugar para um típico almoço grego no bairro de Monastiraki ou Plaka.
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Souvenirs
P
ara quem esperava o momento de comprar souvenirs, vai achar em Plaka as melhores lojas para levar para casa as típicas sandálias de couro, olhos gregos, azeite de oliva, artesanato, o famoso Ouzo, licor típico grego, e muita prataria. Com a maioria das ruas abertas apenas para pedestres, é um ótimo lugar para as compras e para apreciar um
pouco da culinária grega. Para quem começou a viagem por Atenas, a Plaka é o melhor lugar para comprar todos os souvenirs. O bairro de Monastiráki, também famoso por suas inúmeras lojas, é conhecido por ser o mercado das pulgas de Atenas, onde pode se encontrar absolutamente de tudo. Também oferece ótimas opções de
restaurantes, muitas vezes com preços bem mais razoáveis e não menos saborosos. É um ótimo pedido para quem quer jantar por lá, pois os monumentos iluminados deixam o bairro com um ar muito mais charmoso. O Gyros, ou famoso churrasco grego conhecido pelos brasileiros, é uma barata opção para quem não quer gastar muito em restaurantes.
Parlamento
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dia em Atenas pode terminar com um passeio pela Praça Sintagma, hoje sede do Parlamento grego, ou para quem ainda tem fôlego, no bairro de Psiri. Bairro boêmio localizado entre Plaka e Monastiráki, Psiri é destino noturno para turistas e também muitos atenienses. Vale a pena lembrar que para quem é estudante, é muito importante ter sempre junto a carteirinha de estudante internacional. Todas as atrações oferecem grandes descontos ou até entradas gratuitas. Os melhores bairros para se hospedar são Monastiráki, Plaka ou lugares próximos da praça Sintagma. Evitar áreas próximas da praça Omonia é importante, agitada durante o dia, não é uma área muito convidativa e um pouco perigosa para turistas durante a noite.
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Dicas
Como se virar
na irlanda Por Lydia Bigley Bem-vindo à Irlanda! Parabéns, você tomou a decisão de estudar no exterior e terá algumas experiências fantásticas no caminho. Abaixo há algumas dicas importantes para lhe ajudar a aproveitar o tempo da melhor maneira possível na Irlanda.
Abrindo uma conta Adquira as bancária para estudantes melhores omo o dinheiro do estudante oferecem contas gratuitas e transaofertas em estrangeiros na maioria das ções bancárias on-line. Os principais vezes está contado, o modo bancos que oferecem contas banmais fácil para orçar e manter um cárias para estudantes são: Bank of transporte olho em seu dinheiro é abrir uma Ireland http://roi.mystudentbank. conta bancária para estudantes de- com/, AIB www.aib.ie, Ulster Bank público pois que você chegar à Irlanda. http://www.ulsterbank.ie, e Perma-
C
Se você planeja transferir dinheiro para o Brasil este também será o modo mais barato e mais conveniente para fazer isto. Todos os bancos
nent TSB www.permanenttsb.ie. Não se esqueça de verificar antes para ver quais contas são mais adaptadas para você.
Facilite a sua vida com a melhor transação de telefone móvel
P
ara que seus amigos e sua família consigam entrar em contato com você facilmente, a melhor maneira para fazer isto é adquirir um chip irlandês para seu celular. Se você vai ficar por até 1 ano provavelmente será mais barato e mais fácil usar um ‘Pay as you Go’ cartão de sim em seu telefone móvel. Verifique se seu telefone precisa ser desbloqueado para usar um sim diferente. Se seu telefone não pode ser desbloqueado ou só funciona em seu país, você pode comprar um aparelho de telefone móvel básico barato em
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qualquer loja telefônica. Os principais provedores de telefone móveis na Irlanda são: www. o2.ie, www.vodafone.ie, www.meteor.ie, www.three.ie, e www.emobile. ie. O2 e Vodafone são os dois provedores mais usados na Irlanda e possuem cobertura boa em todo o país. Porém outros provedores podem oferecer opções mais baratas que se adaptam melhor as suas necessidades. A rede de supermercado Tesco oferece um serviço de telefone móvel com taxas muito boas para chamadas internacionais. Verifique www.tescomobile.ie para mais informações.
E
studantes em tempo integral podem adquirir descontos excelentes em ingressos para transporte público. Se você está estudando em Dublin, o novo cartão de transporte integrado da cidade ‘the Leap Card’ ainda não lhe permite semanalmente ou mensalmente pôr cartões de estudante neles. Até que isto seja introduzido, é mais barato comprar semanalmente ou mensalmente ingressos de viagem com descontos para estudantes. Estes ingressos podem ser comprados em bancas de jornal ou online no site www.dublinbus.ie. Para poder comprar os ingressos de estudante com descontos, você precisa solicitar um Cartão de Viagem para estudantes separado. Isto lhe permite comprar os ingressos do Dublin Bus, Irish Rail (companhia ferroviária irlandesa), DARDT, LUAS e ingressos de Bus Éireann como também terá descontos em mais de 200 pontos ao redor do país. Para informações adicionais acesse: www.studenttravelcard.ie. Julho 2013
Não tenha nenhum medo de pedir desconto
U
ma boa ideia é adquirir um Cartão de Identidade de Estudante Internacional. Com esse cartão, você vai conseguir descontos em lojas de varejo, restaurante, clubes e em alguns serviços. Se você planeja fazer alguma viagem o cartão é reconhe-
cido em todo o mundo. A maioria dos lugares anuncia que oferecem descontos para estudantes, mas até mesmo se eles não fazem, não tenha nenhum medo de pedir um. Você pode poupar pelo menos 10% do preço regular. www.isiccard.ie
Socialize com estudantes irlandeses
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e você realmente quer aproveitar o tempo da melhor maneira na Irlanda é uma boa ideia tentar conhecer alguns estudantes irlandeses. Eles poderão ajudar com informações sobre a vida do estudan-
te na Irlanda e o que fazer enquanto você está aqui. Se seu primeiro idioma não for inglês, eles também podem ajudar a praticar o idioma, normalmente enquanto desfrutam uma cerveja em um Pub.
Frequente Sociedades de Estudante e Clubes
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ma boa maneira para conhecer os estudantes irlandeses é ingressar em algumas de suas Sociedades de Estudantes de faculdades e Clubes de Esporte, melhor conhecido como Clubs & Socs. Todas as uni-
versidades irlandesas principais e faculdades têm uma gama grande de Clubes e Socs, para todos os gostos. Verifique o site de sua faculdade e fique atento as notificações ao redor de campus para ver o que está acontecendo.
Conheça a irlanda
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Irlanda é um país pequeno e fácil de visitar usando o transporte público. Mesmo que você esteja estudando aqui durante só alguns meses você terá bastante tempo para visitar outras partes do país. Se você está estudando em Dublin, por que não visitar outras cidades irlandesas? Cork, Galway e Limerick, são excelentes opções e tem muito para oferecer aos visitantes. Se é a Irlanda dos panfletos turísticos que você está buscando, dirija-se ao oeste para Clare, Connemara (Galway), Mayo ou Donegal. Para mais informação sobre o que visitar acesse: www.discoverireland.ie. Para saber como chegar lá: www.irishrail.ie e www.buseireann.ie.
Se divirta!
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laro que o conselho mais importante de todos é aproveitar seu tempo aqui. Sendo um estudante você terá uma experiência única no país e muitas recordações para levar com você. Aproveite o tempo da melhor maneira possível, saia e conheça pessoas novas. É uma oportunidade única na vida!
Gelson Pereira
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Acontece Divulgação/NB
Gelson Pereira
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Entre os dias 18 e 23 de maio esteve atracado em Dublin o veleiro brasileiro Cisne Branco, que participa do Tall Ship Races 2013, evento europeu que incentiva jovens marinheiros aos conhecimentos náuticos. O navio, construído em 1999 e que participou da Travessia dos 500 Anos, em 2000, tem 74 metros de altura e foi construído em um estaleiro holandês, em Amsterdã. O mastro principal apresenta 46,4 metros de altura e seu peso é estimado em mais de mil toneladas.
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Com o objetivo de arrecadar fundos para uma entidade beneficente irlandesa que apoia a educação musical para crianças e jovens, foi realizado no Merrion Square Garden, entre os dias 23 e 26 de maio, o Dublin City Soul Festival 2013. Foram quatro dias do evento com diversas atrações musicais e outras variedades de eventos artísticos e culturais, como sessões de cinema exclusivas, exposições de arte e fotografia.
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Humor
O trabalho de au pair é comum entre as brasileiras que estão estudando inglês na Irlanda. Assim que cheguei na ilha comecei a buscar vagas de trabalho nesta área, pois meu objetivo era melhorar o listening, já que tinha muita dificuldade de entender o sotaque dos irlandeses. No segundo mês vivendo em Dublin, já estava trabalhando com uma família. Cuidava de duas crianças part-time, no entanto, não morava com eles. Todos os dias, quando a mãe chegava a casa, antes de me liberar, conversamos sobre o que havia acontecido durante o dia. Ela queria saber se as crianças tinham se comportado, se o tema de casa (homework) estava feito e se haviam jantado. Um dia de inverno, tinha muita roupa acumulada para lavar. Resolvi lavar tudo e liguei os aquecedores da casa para ajudar a secar. Quando a mãe chegou do trabalho, algumas peças estavam espalhadas próximas aos aquecedores para secarem mais rápido. Ela chegou atrasada e eu precisava correr para pegar o trem e voltar para minha casa. Como eu estava com pressa, falei rápido: - I think I washed a lot of clothes today, but don’t worry I will tidy tomorrow. Ela me olhou espantada e perguntou: - Are you tired? Foi neste momento que percebi que ela havia entendido: - Eu acho que lavei muita roupa hoje, mas não se preocupe amanhã vou estar cansada! Demorei mais alguns minutinhos para explicar que não eu não estava reclamando do trabalho, que estava tudo bem, e que no outro dia eu iria organizar (tidy) as roupas... hehehe.
Variedades Você sabia? > O Brasil é o maior consumidor de perfumes do mundo. O gasto anual dos brasileiros com o produto chega a seis bilhões de dólares por ano, passando os americanos que gastam em média 5 bilhões de dólares. Entre os queridos das brasileiras estão em sua maioria os perfumes nacionais com 94% da preferencia. (Dados do sindicato das indústrias de perfumaria e cosméticos)
> No Morro doa Barbosas, em São Vicente, litoral de São Paulo, está hasteada a maior bandeira Brasileira no território nacional. Um mastro com 630 m² e 60 metros de altura, sustenta a bandeira, que mede 31m x 20m e pesa 110 kg. (Dados do site patriotismo.org.br) > O Primeiro jogo de futebol
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televisionado em cores no país, foi transmitido ao vivo em 19 de fevereiro de 1972. A partida aconteceu em Porto Alegre – RS, entre os times gaúchos Caxias do Sul e Grêmio. O amistoso fez tanto sucesso que teve que ser retransmitido pela TV Rio, no Rio de Janeiro e em Brasília, e pela TV Record, em São Paulo. (Dados do Rankbrasil)
> Entre as cidades mineiras, São João Del Rei e Tiradentes, circula a mais antiga Maria-Fumaça do mundo, que está em funcionamento desde 28 de agosto de 1881. O percurso da locomotiva é de 12 quilômetros, e tem cerca de 30 minutos de duração. Atualmente é possível fazer esse passeio, que é uma das atrações oferecidas aos turistas.
Charadas
Um médico inventou um remédio que cura dores de cabeça antes delas acontecerem. Qual é o nome do filme ? R: O extermina-a-dor do futuro (O exterminador do futuro)
Um sujeito tinha como profissão cuidar de ursos. Certo dia, ele abandonou a profissão. Qual é o nome do filme ? R: O ex-ursista (O Exorcista) Um homem aceitou um desafio de beber 1.000 latinhas de Coca-Cola de uma vez, ele tomou 999 latas e não agüentava mais. Qual é o nome do filme? R: Mil são impossível (Missão Impossível)
Reflexão
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Por Daiani Silveira
Você já pagou algum mico aprendendo inglês? Se sim, escreva para editor@revistanewsbrazil.com e conte a sua história.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” (Cora Coralina)
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