Edição especial nº1 / 2014
As Melhores
Matérias e Empresas 2014
Editorial Depois de três anos de Revista Nutrir+ podemos dizer que publicamos muitas matérias interessantes e fizemos muitos parceiros importantes. Diante disto decidimos publicar as matérias, que foram mais elogiadas e relevantes nesse tempo e reunir juntamente à essas as empresas que fizeram parte dessa história, ou ainda, pela primeira vez estão ao nosso lado. Assim, surgiu a Revista Nutrir+ EDIÇÃO ESPECIAL, com participação de autores referência no que escrevem como Denise Carreiro, Marcelo Rogero e Aline Schinaider, entre outros e empresas que estão ao lado do nutricionista par auxiliar seu trabalho.
Aqui você irá encontrar todas as seções da Nutrir+ com as matérias de Imunonutrição, Recomendações Nutricionais para Vegetarianos, Verde que alimenta na Seção Sustentável, Fertilidade e Alimentação, Diferença entre panelas e muito mais. Essa edição ESPECIAL foi feita para presentear os nutricionistas, esperamos que vocês gostem!! Boa leitura e obrigada!!!! Equipe Nutrir +
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sumário Expediente
redAÇÃO Diretora Editorial Juliana Rocha Barbosa Previato
10
Editores Juliana Rocha Barbosa Previato Juliana Tieko Kato
Nutrir + Brincando:
Jornalista Responsável Bruna Gonçalves
A Influência da Mídia na Alimentação Escolar
Revisora Bianca Agarie Webmaster ubick.com.br
puBLicidAde
08
Nutrir+ Indica: Uma Proposta Inteligente.
18
Nutrir+ Veg: Recomendações Nutricionais para Vegetarianos.
36
Nutrir+ Sustentável: Verde que Alimenta.
44
Nutrir+ Ciência no Prato: Diferença entre Panelas.
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Nutrir+ Estética: Nutracêuticos e Nutricosméticos, beleza e saúde de dentro para fora.
62
Nutrir+ Funcional: Relação entre Fertilidade e Alimentação.
70
Nutrir+ Esporte: Sistema Imunológico no Esporte: modulação nutricional sob foco científico.
78
Bate papo com o Especialista: Bulimia.
86
+ Leitor: Atitude Coach: uma abordagem diferente para a Consulta Nutricional.
104 Espaço do chef:
Nhoque de ricota com cebolinha.
96
Espaço Aberto: As aplicações da Crioterapia no Tratamento da Mucosite induzida pelo tratamento antineoplásico.
26
Diretora de Marketing Camila Carvalho Estagiário em Marketing Leonardo Sena Scalfo Equipe de Marketing Denise Maki Kunitake Sheila Mirtys da Silva Camila Ventura Diretora Executiva Juliana Tieko Kato Projeto gráfico ubick.com.br Editoração ubick.com.br Imagens Shutterstock Images Circulação/Assinaturas assinatura@revistanutrirmais.com.br Produção Gráfica Referência Gráfica A Revista Nutrir+ é uma publicação bimestral da Editora Chilli. Os anúncios publicados nesta revista são de inteira responsabilidade dos anunciantes. A Nutrir+ não se responsabiliza pelo conteúdo comercial.
Nutrir +
Imunonutrição: os imunonutrientes à favor do organismo
R. Maceió, 337 - sala 02 Barcelona - 09551-030 São Caetano do Sul - SP Tel: (11) 4221-1965
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SONJA SALLES
Nutrir+
indica
Uma Proposta Inteligente
N
os dias de hoje, preparar sua própria refeição parece uma missão impossível. A falta de tempo, os horários malucos e até mesmo a pouca habilidade com as panelas tornam o prazer de comer em um pesadelo para preparar, ainda mais quando estamos de dieta para perder peso, queremos alimentos saborosos e super leves e parece que o nível de dificuldade para prepará-los aumenta. É ai que recorremos aos alimentos light e diet congelados, prontinho para o nosso deleite. Mas, muitas vezes, quando provamos o cardápio o sabor não é bem aquele que imaginamos.
É neste campo que a Proposta Inteligente vem quebrando o tabu de alimento congelado light. O congelamento de seus produtos mantem o alimento o mais próximo do seu estado natural, preservando seu sabor original e suas propriedades nutritivas. Baseada no principio de que fazer dieta não é perder o prazer de comer, foi criada a Proposta Inteligente, fundamentada nas experiências pessoais de Maria Aline Pereira Lima, fundadora da marca. Com um atendimento personalizado e nutricionistas que oferecem suporte no momento da escolha do kit e no acompanhamento pós venda, a Proposta Inteligente apresenta um diferencial no mercado de alimentos congelados “Nossa função é orientar totalmente o cliente, passando por esclarecimentos 8
Média de preços Kit 800 kcal/dia com 5 refeições para 5 ou 7 dias. Kit 1050 kcal/dia com 5 refeições para 5 ou
nutricionais desde hábitos alimentares até pequenos detalhes como orientação de aquecimento do produto. Também estamos sempre interessados em obter um pós venda para que possamos avaliar os resultados”, conclui Daniella Pagani, nutricionista da empresa.
7 dias.
Dentre as opções:
As sacolas variam de R$ 100,00 a R$ 316,00.
Pratos: Risoto de Abóbora com Carne Seca e Couve Rasgada, Fetuccine ao Molho Bisque de Camarão e Rúcula, Tournedos com Damasco e Panquequinha de Agrião, Salmão Pot Pie e Filé de Frango Rolê com Ameixa e Arroz Integral.
Prato em média de 200g R$ 21,50
Lanchinhos: Dadinhos de Tapioca com Queijo Coalho, Crumble de Maçã e Bolinho Cremoso de Milho. Sobremesa: Semifredo com Calda de Morango, Creme de Iogurte com Calda de Mirtilo, Tarte Tartin de Maçã e Palha Italiana.
Os kits variam de R$ 262,00 a R$ 476,00. Sacola Inteligente, Sacola Protéica, Sacola sem Glúten e Lactose, Sacola do Mar, Tortas e Quiches.
Prato em média de 280g R$ 26,00 Sobremesa Light R$ 11,00 Sobremesa Diet R$ 12,00
Comemorando 18 anos no mercado light e diet, a Proposta Inteligente não tem a intenção e nem a pretensão de apresentar fórmulas mágicas e sim, mostrar caminhos para pessoas que buscam o tão desejado equilíbrio entre o bem estar físico e emocional.
Outras opções: Sopa, Sanduíches, Quiches, Bolinhos e Dieta Líquida Detox. Onde encontrar Os pedidos podem ser feitos pelo site www.propostainteligente.com.br Telefone: (11) 3721-1477 / 3721-2032 Diretamente na Proposta Inteligente Rua Antonio Mariani, 311 Butantã - São Paulo - SP.
Nutrir+
Brincando
A influência da
mídia na alimentação do escolar
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Refeições congeladas com ingredientes de qualidade e na quantidade certa
D
ados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2004) apontam que o brasileiro gasta em média mais de 20% do seu orçamento com alimentação, indicando que esse setor exerce um papel importante para o desenvolvimento das atividades econômicas do Brasil. Sabendo disso, as indústrias de alimentos investem muito alto em propaganda, e uma parte considerável delas - cerca de 30% - são destinadas às crianças, seguido pelas mães - 17,6% - que são consideradas como as compradoras primárias dos “desejos” dos seus filhos, de acordo com um estudo realizado no Brasil em 2007. As mães escolhem, compram, introduzem novos produtos na alimentação infantil e fazem o lanche escolar. Entretanto, muitas vezes são persuadidas pela publicidade de certos alimentos que os mostram como sendo ricos em nutrientes e saudáveis. Como atualmente as mães trabalham e frequentemente não acompanham de perto a alimentação de seus filhos, acabam escolhendo alimentos práticos ou satisfazendo todas as vontades das crianças. Acaba-se por confiar no que a publicidade introduz, acreditando que o consumo do alimento anunciado é
importante para a saúde de seu filho. “As indústrias investem pesadamente divulgando fast-food que são ricos em calorias e bebidas carbonatadas, alimentos que tendem a ser ricos em gorduras, açúcar e sal, bem como pobres em micronutrientes. Dadas as crescentes prevalências globais de obesidade e doenças crônicas, muitos especialistas têm sugerido que a propaganda e a publicidade de tais alimentos contribuem para um ambiente “obesogênico” que torna as escolhas saudáveis mais difíceis, especialmente para crianças”, explica a nutricionista Neila Camargo de Moura, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos (ESALQ/USP) e doutora em Energia Nuclear na Agricultura e no Ambiente (CENA/USP). Os meios de comunicação em geral influenciam consideravelmente o consumo de alimentos, saudáveis ou não, pois a alimentação não refere-se somente ao nutrir-se, mas também, de forma importante, envolve tanto a necessidade quanto o desejo do indivíduo. Na fase escolar, ocorrem mudanças em relação ao comportamento da criança como consumidor. “Um número bastante expressivo de crianças inicia suas atividades como telespectadores, quando ainda bebês. Após os dois anos de idade,
Nutrir+
Brincando grande parte das crianças permanecem cerca de 3 a 4 horas diárias diante de um aparelho de televisão. O fato da criança pequena ainda não ser alfabetizada, de responder inicialmente a sons e imagens e não à palavra escrita torna-a especialmente vulnerável. Pesquisas têm indicado que a criança pequena não necessita mais do que 20 a 30 exposições a um determinado comercial para assimilar a mensagem”, esclarece a nutricionista Neila.
Os meios de comunicação em geral influenciam consideravelmente o consumo de alimentos, saudáveis ou não.
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Neila cita que em 2001, Valkenburg e Cantor, propuseram o desenvolvimento do comportamento consumidor, destacando as principais características do comprador em cada fase: 0-2 anos: crianças com 4-5 meses de idade, já começam a desenvolver um interesse por programas de televisão. Programas e comerciais direcionados para esse público procuram chamar a atenção por meios audiovisuais, pois bebês são muito sensíveis a esse tipo de estímulo. Com 8 meses de idade, as crianças já conseguem se sentar sem apoio e são levadas nos carrinhos de supermercado, onde observam e admiram produtos coloridos e atrativos que são geralmente deliberadamente posicionados no nível de visão da criança. Após alguns meses de observação, as crianças se tornam capazes de apanhar produtos das prateleiras dos supermercados, e entre 18 e 24 meses, começam a pedir para seus pais comprarem certos produtos. Com a idade de 2 anos, crianças também começam a associar anúncios televisivos e produtos nas lojas onde acompanham seus pais; 2-5 anos: nessa faixa etária, as crianças ainda têm habilidades limitadas para distinguir o que é fantasia do que é realidade; frequentemente acreditam que os personagens e situações encontrados na mídia são reais. Também acreditam que a informação
dos comerciais é verdadeira, têm dificuldades em distinguir entre um programa e um comercial. Outra característica desse período é a centralização, ou seja, quando julgam um produto, centram sua atenção em uma característica marcante, prestando pouca atenção a detalhes e qualidade; 5-8 anos: nessa fase, ocorrem mudanças na forma de persuadir dos pais. À medida que a criança cresce, ela deixa de pedir, fazer manha, resmungar, demonstrar raiva e começa a superar sua dificuldade em lidar com o retardo da gratificação. Crianças mais velhas tendem a usar técnicas mais sofisticadas de persuasão, como negociação, e adulação; sua capacidade de atenção é maior, e começam a fazer gastos independentes; 8-12 anos: com a chegada da pré-adolescência, ocorre um aumento da influência da opinião dos colegas, atenção a detalhes e a qualidade; devido à sua lealdade a marcas e estratégias de negociação, a influência sobre as compras domésticas aumenta nesse período. Até a idade de 12 anos, uma criança já se familiarizou com todos os aspectos de seu perfil de consumidor. Em uma pesquisa brasileira, feita por Santos em 2005, com 840 propagandas de alimentos veiculadas no período de 30 dias constatou-se que: 47,3% pertenciam ao grupo de açúcares e doces; 19,3% pertenciam ao grupo de óleos e gorduras; 7,9% pertenciam ao grupo dos pães, cereais, raízes e tubérculos; 7,3% pertenciam ao grupo do leite e derivados; 1,8% pertenciam ao grupo das carnes.
Já fez a sua pausa no trabalho?
E absolutamente nenhuma propaganda veiculada era de frutas, verduras e legumes, a não ser propagandas de supermercados, ou estimulavam uma alimentação saudável. Há a Resolução Anvisa n° 24/2010 que dispõe sobre a oferta, propaganda, publicidade, informação e outras práticas correlatas cujo objetivo seja a divulgação e a promoção comercial de alimentos considerados com quantidades elevadas de açúcar de gordura saturada, de gordura trans, de sódio e de bebidas com baixo teor nutricional. “Essa resolução estabelece regras para a publicidade e a promoção comercial desses alimentos, que devem ser veiculadas com frases de advertência sobre os males à saúde que podem provocar quando consumidos em excesso. Ao se divulgar ou promover alguns alimentos é necessário veicular alertas sobre os perigos do consumo excessivo. Para os alimentos com muito açúcar, por exemplo, o alerta é “O (marca comercial) contém muito açúcar e, se consumido em grande quantidade, aumenta o risco de obesidade e de cárie dentária”. No caso dos alimentos sólidos, esse alerta deve ser veiculado quando houver mais de 15g de açúcar
em 100g de produto. Em relação aos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta deve ser obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml”, esclarece Neila. “A família, a escola e as indústrias devem contribuir para que a nossa sociedade seja mais saudável, buscando divulgar os benefícios de uma alimentação mais adequada às reais necessidades do organismo. É necessário resgatarmos a nossa cultura alimentar, valorizando os alimentos saudáveis da nossa região e resistindo aos apelos das propagandas”, enfatiza Neila. “Os pais podem contribuir incentivando o consumo de alimentos saudáveis, possuindo uma boa alimentação em casa, de forma que eles próprios tenham uma alimentação saudável, pois o exemplo é muito importante na formação de bons hábitos, quaisquer que sejam eles. O consumo de alimentos não saudáveis deve ser esporádico, eventual”, completa a nutricionista Ana Flávia de Oliveira, Doutora em Ciências e Mestre em Nutrição pela Unifesp, Especialista em Saúde, Nutrição e Alimentação Infantil, enfoque multidisciplinar, pela Unifesp.
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Nutrir+
Brincando
Brindes associados a alimentos não saudáveis A oferta de brindes possui grande potencial de persuasão, uma vez que a criança se sente recebendo alguma bonificação, um prêmio, ao consumir tal produto. Além disto, na maioria das vezes, os brindes são colecionáveis, estimulando um consumo maior e o desejo de inclusão das crianças num perfil socialmente compartilhado, ou seja, se os colegas e amigos possuem aquele produto, as crianças tendem a persuadir ainda mais os pais para adquiri-los. Soma-se a isto o fato de que, em geral, a população desconhece e os estabelecimentos de comercialização não divul14
gam a obrigatoriedade da venda não casada dos brindes que são comercializados ou distribuídos a um preço mais baixo, conjugados à compra de produtos alimentícios. A Assembleia Legislativa Paulista (Alesp) aprovou dois projetos de lei que restringem a publicidade de alimentos a crianças e proíbem a venda de lanches com brindes ou brinquedos. Para entrar em vigor, as normas têm de ser sancionadas pelo governador (O Estado de S. Paulo, 20/12/2012). Projetos para limitar a oferta de brindes na venda de lanches infantis tramitam na Alesp pelo menos desde 2007. Um dos aprovados, o PL 1.096 de 2011, proíbe a venda de alimentos com brinquedos ou brindes. E prevê multa, em valor a ser
definido (O Estado de S. Paulo, 20/12/2012). O PL 193 de 2008 impede o uso de personagens e celebridades infantis na propaganda e brindes associados à compra. E restringe os horários para propaganda no rádio e na TV de alimentos e bebidas “pobres em nutrientes, com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio”. Eles ficariam impedidos de serem veiculados das 6 às 21 horas. E totalmente proibidos em escolas (O Estado de S. Paulo, 20/12/2012). “Na minha prática, relata Ana Flávia, vi muitas crianças comprarem o alimento com brinde, brincarem com o brinde e deixarem de lado o alimento”.
Fonte: Neila Camargo de Moura.
Nutrir+
veg
Recomendações O
vegetarianismo é uma escolha alimentar que vem crescendo bastante nos últimos anos. No Brasil, segundo pesquisa do Ibope, dentre o brasileiros com mais de 18 anos, 10% dos homens e 9% das mulheres são vegetarianos. Segundo a sociedade vegetariana brasileira, é considerado vegetariano “todo aquele que exclui da sua alimentação todos os tipos de carne, aves e peixes e seus derivados, podendo ou não utilizar ovos e laticínios.” As pessoas se tornam vegetarianas por muitos motivos, mas segundo o guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos (Sociedade Brasileira Vegetariana, 2012), oito são os principais motivos: 1- Ética: não quer ser responsável ou participante pelo sofrimento dos animais em seu abate para diversos fins e não só alimentar; 18
2- Saúde: diversos estudos apontam a dieta vegetariana como mais saudável; 3- Meio ambiente: a pecuária causa a erosão do solo e contaminação de mananciais, além da produção de gases contribuindo para o efeito estufa; 4- Familiares: a influência da família que segue esse tipo de dieta; 5- Espirituais e religiosos: muitas religiões preconizam e incentivam a alimentação vegetariana; 6- Ioga: muitos praticantes de ioga seguem a dieta vegetariana com base em princípios energéticos, éticos ou de saúde; 7- Filosofia: diversos indivíduos, por diversos motivos filosóficos, optam por não consumir carne;
Nutricionais
para vegetarianos 8- Paladar: não são raros os casos de pessoas que não comem carne por não aceitarem o sabor. Um estudo realizado em consultório particular entre 2008 e 2010, na cidade de São Paulo, mostrou que a maioria das pessoas decide se tornar vegetariana pela ética, ou seja, por não aceitar que os animais sejam sacrificados em favor da alimentação do ser humano. A saúde como principal motivo para essa mudança alimentar aparece em segundo lugar. Assim, por esses e outros motivos, as pessoas decidem deixar de comer carne e seguir uma dieta vegetariana, da mesma forma muitas tomam essa decisão por conta própria, mudando sua rotina alimentar, sem o acompanhamento ou orientação de um profissional que pode adequar a ausência
da carne com a utilização de alimentos que suprem a necessidade do nosso organismo pelos nutrientes presentes em alimentos de origem animal. O nutricionista precisa estar preparado para atender o vegetariano, e não há motivos para esse profissional ir contra essa escolha alimentar que, de acordo com diversos estudos, promove saúde e previne doenças. Um dos detalhes importantes que deve ser observado pelo especialista é que o vegetarianismo não causa magreza excessiva, a não ser se houver erros alimentares ou quando o anoréxico usa o vegetarianismo como desculpa para sua pouca ou nenhuma alimentação. A adequação da dieta deve ser feita de forma que o vegetariano possa consumir todos os nutrientes necessários. Para macronutrientes o nutricionista
deve levar em consideração das DRIs com a proporção de: Macronutrientes Recomendação Carboidrato
45 – 65%
Lipídios
25 – 35%
Proteínas
10 – 35%
A quantidade de proteínas comumente utilizada é de 10% – 15%, podendo chegar até 20%. O valor de 35% utilizado pelas DRIs é utilizado para complementar o 100% do valor calórico total (VCT), após o calculo de carboidratos e lipídios em diferentes idades. Diferente do que se pensa, o vegetariano não consome mais carboidrato do que os onívoros. Estudos mostram que indivíduos vegetarianos consomem de 51% – 62% de carboidratos, enquanto os onívoros consumiam entre 43% – 58% do VCT deste nutriente. 19
Nutrir+
veg Em relação às gorduras, sua qualidade é melhor na alimentação vegetariana. Estudos mostram que estes indivíduos consomem menos gordura saturada e mais poli-insaturada. Para a recomendação de gorduras, o nutricionista deve se atentar ao ômega 3. As DRIs indicam que deve ser prescrito o dobro de ômega 3 para vegetarianos em relação aos onívoros como segue a tabela: Sexo (idade)
Diversos estudos apontam que os vegetarianos não consomem menos proteínas que os onívoros, impossibilitando assim, a desnutrição proteica.
Onívoros
4- Os métodos usados para determinar as necessidades proteicas em seres humanos são baseadas em animais, e esses métodos costumam subestimar a qualidade das proteínas; 5- A digestibilidade da proteína vegetal se torna ótima quando a fonte e o preparo são bem escolhidos, podendo se tornar tão alta quanto a animal;
Vegetarianos
Homens (acima de 14 anos)
1,6 g
3,2 g
Mulheres (acima de 14 anos)
1,1 g
2,2 g
No entanto, como a alimentação habitual do brasileiro não fornece boas fontes de ômega 3, a adequação de onívoros e vegetarianos é muito parecida (saiba mais sobre ômega 3 e vegetarianismo na 11ª edição da Nutrir+). Dentre os macronutrientes, o que mais preocupa o profissional é a adequação do consumo proteico e sua qualidade ou valor biológico. Diversos estudos apontam que os vegetarianos não consomem menos proteínas que os onívoros, impossibilitando assim, a desnutrição proteica. Por esse motivo, diante a diversas dúvidas e mitos em relação ao consumo de proteína vegetal, o guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos enumera 8 pontos que o nutricionista precisa saber a respeito desse tipo de proteína: 1- A proteína vegetal, quando bem combinada, fornece todos os aminoácidos em quantidade adequada; 2- A qualidade das proteínas vegetais pode ser melhor ou igual a animal, se bem prescrita;
20
3- Os aminoácidos não precisam ser ingeridos todos na mesma refeição;
6- As necessidades de aminoácidos essenciais podem ser facilmente atingidas se forem bem combinadas; 7- Não há nenhuma evidência que o balanço de aminoácidos seja importante e sim que suas quantidades sejam atingidas no decorrer do dia; 8- Todos os aminoácidos essenciais são encontrados nos alimentos vegetais. Um aminoácido que deve ser tratado com mais atenção é a lisina, que está menos presente nos cereais, principalmente nos integrais. Assim, como medida de segurança deve ser prescrito para os vegetarianos duas porções de feijões por dia (4 colheres de sopa de grãos cozidos), que fornecem maior teor de lisina. Já para os micronutrientes vamos falar de dois: ferro e cálcio. Estes são os que mais causam dúvidas em relação ao seu consumo por vegetarianos. Em relação à vitamina B12 você pode saber mais na 1ª edição da Revista Nutrir+. Ferro: o ferro não-heme, encontrado em fontes vegetais, é considerado um mineral de baixa absorção, que pode ser potencializado pelo consumo de vitamina C e ácidos orgânicos. Assim, ao elaborar o cardápio o nutricionista deve levar em consideração os fatores
que aumentam e inibem a absorção de ferro, como mostra a tabela ao lado: Cálcio: de acordo com as recomendações, não há diferença na prescrição de cálcio para vegetarianos. Um ponto a se atentar é o consumo do ácido oxálico, principal fator antinutricional que pode inibir a absorção de cálcio. Este ácido pode ser encontrado: no espinafre, acelga, folhas de beterraba e cacau e não devem ser consumidos nas refeições ricas em cálcio, pois métodos culinários não bastam para reduzi-los. Outro fator importante é a biodisponibilidade deste nutriente, essa deve ser considerada na prescrição nutricional e será melhor quanto menor for a quantidade de ácido oxálico. A biodisponibilidade de alguns alimentos pode ser vista no quadro abaixo: Alimento
Biodisponibilidade (%)
Brócolis
61,3
Repolho chinês
53,8
Couve
49,3
Mostarda chinesa
40,2
Leite
32,1
Iogurte
32,1
Queijo cheddar
31,2
Tofu com cálcio
31,0
Feijão azuki
24,4
Batata doce
22,2
Feijão branco
21,8
Fatores que estimulam a absorção de ferro não-heme
Fatores que inibem a absorção de ferro não-heme
Fator carne (aminoácidos sulfurados também encontrados nos feijões)
Cálcio (inibe a absorção de ferro heme e não-heme)
Vitamina C (o uso de 75 mg aumenta a absorção de ferro de três a quatro vezes)
Caseíno-fosfopeptídeos (proteínas presentes em ovos, leites e queijos)
Ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico)
Ácido fítico
Vitamina A e beta caroteno (efeito questionável)
Polifenóis (taninos, catequinas) – diversos chás, café e vinho
Frutooligosacarídeos (pela flora acidófila em cólon)
Redução da acidez gástrica
Baixo estoque de ferro (aumenta absorção Estado inflamatório aumentado em 10 a 15 vezes) (aumento da expressão da hepcidina) Podemos perceber que a prescrição nutricional na dieta vegetariana requer alguns cuidados, e que o profissional deve se atualizar para atender da melhor forma esse público que vem crescendo cada vez mais. E por que não incentivar uma alimentação balanceada, rica em hortaliças, frutas, brotos, sementes, oleaginosas e outras fontes vegetais e pobre ou ausente de carne e seus derivados. Pense nisso!
Fonte: Buzinaro, E.F., R.N. Almeida, and G.M. Mazeto, Bioavailability of dietary calcium. Arq Bras Endocrinol Metabol 50(5): 852-61, 2006.
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Nutrir+
IMUNON
os imunonutriente
P
acientes críticos apresentam inflamação sistêmica, comprometimento da imunocompetência e alterações metabólicas, que resultam em hipermetabolismo. A incapacidade de manter adequado fornecimento de nutrientes durante essas condições hipercatabólicas favorece a ocorrência de deficiências nutricionais, 26
as quais podem aumentar o risco de infecção, falência de órgãos e mortalidade. O potencial para modular a atividade do sistema imune por meio de intervenções com nutrientes específicos tem sido denominado imunonutrição, que combina a intervenção farmacológica e a nutrição clínica. A imunonutrição tem sido principalmente associada à tentativa de
Matéria elaborada por: Dr. Marcelo Macedo Rogero, nutricionista formado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – USP; especialista em Nutrição em Esporte pela Associação Brasileira de Nutrição – Asbran; mestre em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; doutor em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; pós-doutorado em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; pós-doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Southampton, Inglaterra; professor doutor do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
NUTRIÇÃO
es à favor do organismo melhorar o quadro clínico de pacientes submetidos à cirurgias e de pacientes gravemente enfermos, os quais frequentemente necessitam de fornecimento exógeno de nutrientes por meio de nutrição parenteral ou enteral. Dentre os imunonutrientes mais frequentemente estudados, destacam-se os ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) ômega-3
(ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosaexaenoico (DHA)), a glutamina, a arginina, os aminoácidos de cadeia ramificada e os nucleotídeos (Quadro 1). A combinação de alguns ou de todos esses nutrientes está presente em fórmulas enterais e parenterais disponíveis comercialmente.
A imunonutrição tem sido principalmente associada à tentativa de melhorar o quadro clínico de pacientes. 27
Nutrir+
Quadro 1. Imunonutrientes comumente utilizados e suas funções principais
Nutriente
Comentários
Funções Principais ou Efeitos
Arginina
Síntese endógena é diminuída em indivíduos com sepse ou traumas.
Precursor de poliaminas, ácidos nucleicos, aminoácidos envolvidos na síntese de tecido conectivo e óxido nítrico. Secretagogo para os hormônios insulina, prolactina e GH. Aumenta o número e a funcionalidade de linfócitos T. Melhora o processo de cicatrização.
Glutamina
Aminoácido livre mais prevalente no corpo humano. Sintetizado principalmente no músculo esquelético. Condições catabólicas estão associadas a significativo declínio das concentrações plasmática e muscular de glutamina.
Precursor de glutationa, purinas, pirimidinas, nucleotídeos e aminoaçúcares. Principal combustível metabólico para enterócitos e células do sistema imune. Mais relevante substrato para amoniagênese renal Protege a integridade estrutural e funcional da mucosa intestinal. Mantém ou aumenta a função imune, especialmente aquela associada à imunidade mediada por células.
Aminoácidos de Cadeia Ramificada
Aminoácidos indispensáveis na dieta de humanos.
Precursor de glutationa.
Ácidos Graxos Ômega 3
Prontamente incorporados em membranas celulares, frequentemente à custa do ácido araquidônico (ômega 6). Suscetível à peroxidação devido ao alto grau de insaturação (portanto, é relevante manter um adequado estado nutricional relativo a antioxidantes).
Anti-inflamatório. Antagoniza a síntese de eicosanoides pró-inflamatórios a partir do ácido araquidônico (ômega 6). Precursor de uma família alternativa de eicosanoides que frequentemente apresentam efeitos biológicos fracos. Pode prevenir imunossupressão em algumas situações.
Nucleotídeos
Síntese de novo é prejudicada em estados catabólicos.
Precursores de RNA e DNA. Protege a integridade estrutural e funcional da mucosa intestinal. Mantém ou aumenta a função imune, especialmente aquela associada à imunidade mediada por células.
GLUTAMINA A glutamina é o mais abundante aminoácido livre no músculo e no plasma humanos, sendo também encontrada em concentrações relativamente altas em vários tecidos humanos. No músculo, seu conteúdo intracelular corresponde a 50%-60% do total de aminoácidos livres. No plasma, a glutamina constitui aproximadamente 20% do total de aminoácidos livres, sendo que após um jejum noturno, a concentração plasmática encontra-se entre 500 e 750 µmol/L, sendo esta dependente do balanço entre a liberação e captação de glutamina pelos vários órgãos e tecidos do corpo. Quantitativamente, o principal te28
cido de síntese, estoque e liberação de glutamina é o tecido muscular, o qual é capaz de aumentar a taxa de síntese e de liberação de glutamina em resposta ao aumento da demanda por outros órgãos e tecidos do corpo. As concentrações plasmática e tecidual de glutamina estão diminuídas em situações clínicas e catabólicas, como: trauma, queimaduras, sepse, pós-operatório e diabetes não controlado. Essas situações estão associadas ao aumento da susceptibilidade a infecções, sendo sugerido que isso pode ocorrer parcialmente devido à diminuição do fornecimento de glutamina para células imunocompetentes, como macrófagos e linfócitos.
Pacientes com câncer apresentam risco elevado de desenvolver infecções devido aos efeitos imunossupressivos da quimioterapia, radiação e cirurgia. Além disso, estudos com modelos animais demonstraram que as defesas imunes que combatem o câncer declinam progressivamente com o tumor. Muitos tumores apresentam elevada atividade da enzima glutaminase e utilizam grandes quantidades de glutamina como um substrato metabólico, o que poderia levar à conclusão que a suplementação com glutamina estimularia o crescimento tumoral. Entretanto, estudos não têm provado essa hipótese, uma vez que muitas pesquisas evidenciam os benefícios sem qualquer consequência negativa da suplementação com glutamina em pacientes com câncer ou em animais com tumores. Dentre os efeitos benéficos da suplementação com glutamina sobre a imunocompetência incluem-se: redução do crescimento tumoral; melhora da funcionalidade de células T; aumento da função imune do trato gastrintestinal; melhor tolerância às terapias; e aumento da sensibilidade de células tumorais à radiação e à quimioterapia. Cirurgias e traumas resultam em dimi-
nuição da massa corporal, balanço nitrogenado negativo e diferentes graus de disfunção da resposta imune, o que aumenta a susceptibilidade desses pacientes a doenças infecciosas. Estudos em modelos animais de cirurgia e trauma sustentam os benefícios imunológicos e clínicos do fornecimento de glutamina para prevenção ou tratamento de infecções. Além disso, estudos clínicos têm sugerido que doses farmacológicas de glutamina melhoram a resposta imune e reduzem o período de permanência hospitalar. Numerosos estudos clínicos avaliaram o uso de glutamina enteral e parenteral em pacientes gravemente enfermos. A partir de uma metanálise, que examinou 21 estudos envolvendo 1.564 pacientes, constatou-se que a suplementação parenteral e enteral de glutamina promoveu redução significativa da mortalidade e de complicações infecciosas. O uso de glutamina enteral em pacientes gravemente queimados reduz a taxa de infecções e melhora a função intestinal. A Sociedade Americana de Nutrição Enteral e Parenteral (ASPEN) recomenda o uso de glutamina enteral em pacientes com trauma e queimados. A efetividade do uso de glutamina com nutrição parenteral nos diferentes subgrupos de pacientes gravemente enfermos ainda não está determinada, contudo, o seu uso está recomendado em pacientes com nutrição parenteral.
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Em modelos experimentais, o óleo de peixe demonstra ser efetivo em reduzir a geração de eicosanoides com propriedades próinflamatórias e em atenuar a lesão do órgão.
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resposta fisiopatológica para endotoxinas e exerce um efeito modulatório relevante sobre a biologia de citocinas e eicosanoides. A mais comumente via pela qual lipídios podem modular a biologia de citocinas pró-inflamatórias é pela alteração da composição de ácidos graxos da membrana celular. Como consequência dessa alteração dois fenômenos inter-relacionados podem ocorrer: a alteração da fluidez da membrana e a alteração nos produtos que surgem a partir da hidrólise dos fosfolípides de membrana. Além disso, o EPA e o DHA participam da regulação da expressão de genes envolvidos com a resposta inflamatória, sendo que muito de seus efeitos ocorrem via receptor nuclear designado PPAR, uma vez que esses ácidos graxos são agonistas naturais do PPAR. Tal efeito dos ácidos graxos EPA e DHA promove redução da ativação da via de sinalização do fator de transcrição NF-κB e, consequentemente, redução da expressão de genes que codificam proteínas com ação pró-inflamatória, como o fator de necrose tumoral-α e a interleucina-1β. EPA e DHA também induzem efeitos anti-inflamatórios por atuarem como ligantes do receptor de membrana designado GPR120, cujo fato promove redução da ativação da via de sinalização dos fatores de transcrição NF-κB e AP-1, os quais estão envolvidos com ativação da resposta inflamatória. A suplementação com AGPI ômega 3 provoca competição entre o EPA e o ácido araquidônico (ômega-6) como precursores da síntese de eicosanoides. Essa competição favorece a síntese de prostaglandinas e trombo-
xanos da série 3 e leucotrienos da série 5, em detrimento de prostaglandinas e tromboxanos da série 2 e leucotrienos da série 4, que têm propriedades pró-inflamatórias. Portanto, o ácido araquidônico é potencialmente pró-inflamatório, enquanto a presença de AGPI ômega-3 limita esse efeito, uma vez que prostaglandinas e tromboxanos da série 3 e leucotrienos da série 5 apresentam reduzido potencial pró-inflamatório. Cabe ressaltar que a imunomodulação exercida por AGPI é dependente da razão AGPI ômega 3:AGPI ômega 6 presentes em emulsões lipídicas. Uma balanceada razão AGPI ômega 3:AGPI ômega 6 de 1:2 não prejudica a resposta imune, enquanto uma elevada quantidade de AGPI ômega-3 ou de AGPI ômega 6 exerce efeitos imunossupressivos. Mediadores lipídicos e citocinas estão envolvidos no desenvolvimento de lesões crônicas observadas na doença de Crohn e na colite ulcerativa. Em modelos experimentais, o óleo de peixe demonstra ser efetivo em reduzir a geração de eicosanoides com propriedades pró-inflamatórias e em atenuar a lesão do órgão. Em um modelo de infusão intravenosa, a emulsão lipídica rica em ácido α-linolênico diminuiu a geração de leucotrieno B4 e reduziu a lesão macroscópica da parede do cólon. Pacientes com artrite reumatoide — doença inflamatória com etiologia idiopática, que envolve múltiplas articulações sinoviais — apresentam redução da progressão e da gravidade dos sintomas e menor concentração sérica da interleucina (IL)-1β quando suplementados com óleo de peixe.
Uma metanálise com 340 pacientes gravemente enfermos evidenciou redução significativa no tempo de permanência hospitalar e de ventilação mecânica em pacientes tratados com AGPI ômega 3 em comparação ao uso de uma dieta padrão. Um recente estudo clínico com 106 pacientes com sepse que associou AGPI ômega 3 e antioxidantes por via enteral demonstrou significativa redução na gravidade do quadro de sepse e da falência respiratória e cardiovascular em comparação ao grupo controle, apesar
da ausência de diferença significativa no tocante à mortalidade entre os grupos. O uso de AGPI ômega 3 em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo parece diminuir as taxas de mortalidade. Tais resultados acarretaram na recomendação pela ASPEN de inclusão de AGPI ômega 3 (com antioxidantes) em dietas enterais para pacientes com lesão pulmonar aguda e síndrome do desconforto respiratório agudo. Todavia, a formulação, a dosagem e a duração da suplementação ainda são controversas.
O uso de AGPI ômega 3 em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo parece diminuir as taxas de mortalidade.
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ARGININA
De modo geral, os resultados sugerem que a maioria dos pacientes em unidade de tratamento intensivo e pacientes com cirurgias eletivas pode ser beneficiada com a suplementação de arginina devido redução de risco de infecções.
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A arginina apresenta funções relevantes no metabolismo proteico relacionadas com a síntese proteica, no metabolismo do ciclo da ureia, na síntese de óxido nítrico, de creatina e de poliaminas e na estimulação da secreção do hormônio de crescimento. A arginina também apresenta capacidade imunoestimulatória e timotrófica. Esse aminoácido é precursor de prolina e hidroxiprolina, que são necessárias para a síntese de colágeno, cujo fato é relevante no processo de cicatrização. Cabe ressaltar que em estados hipermetabólicos e condições de aumento do turnover proteico torna-se necessário o fornecimento exógeno de arginina, fato este que caracteriza a arginina como um aminoácido condicionalmente indispensável. Duas vias do metabolismo da arginina têm sido identificadas como críticas para as ações imunomodulatórias desse aminoácido in vivo. Primeiro, a via da arginase, na qual a arginina é convertida em ureia e ornitina, que gera poliaminas por meio da ação da enzima ornitina descarboxilase. Essa via de síntese de poliaminas pode ser o mecanismo pelo qual o linfócito aumenta a sua mitogênese. Além disso, poliaminas parecem exercer um papel-chave na divisão celular, replicação de DNA e regulação do ciclo celular. Segundo, a arginina é o único substrato para a síntese de óxido nítrico (NO) em sistemas biológicos. A arginina atua como substrato na reação catalisada pela enzima NO sintase, resultando na formação de NO e citrulina. O NO é uma molécula ubíqua, com funções relevantes na manutenção do tônus vascular, no sistema da coagulação, no sistema imune e no trato digestório. Em relação ao sistema imune, verifica-se que o NO apresenta um relevante papel na regulação da inflamação e da imunidade. Durante processos inflamatórios, a enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) – presente em macrófagos e neutrófilos
– forma NO a partir da arginina, o que caracteriza esse aminoácido como um nutriente imunomodulador. Além disso, a suplementação com arginina melhora a cicatrização e a resposta imune celular; reduz a disfunção de células T induzida pelo trauma e reduz crescimento bacteriano; e aumenta a fagocitose e a citotoxicidade de células natural killer e células killer ativadas por linfocinas. A partir de 5 metanálises relacionadas aos resultados clínicos oriundos da suplementação de arginina, constata-se que esta intervenção nutricional promove redução de complicações infecciosas, uso de ventilação mecânica e do tempo de permanência hospitalar. De modo geral, os resultados sugerem que a maioria dos pacientes em unidade de tratamento intensivo e pacientes com cirurgias eletivas pode ser beneficiada com a suplementação de arginina devido redução de risco de infecções. Por outro lado, uma recomendação altamente controversa refere-se ao uso de arginina em pacientes com sepse grave devido ao potencial prejudicial desta intervenção nutricional em provocar aumento da concentração sanguínea de NO. Além disso, pacientes hemodinamicamente instáveis em unidade de tratamento intensivo não devem receber suplementação de arginina. CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudos sobre imunonutrição indicam diversos efeitos clínicos benefícios, particularmente em pacientes submetidos a cirurgias. Todavia, dúvidas permanecem sobre a eficácia dessa intervenção em pacientes gravemente enfermos. Sendo assim, a utilização de imunonutrientes deve ser realizada de maneira cautelosa na grande maioria de pacientes gravemente enfermos. Estudos futuros devem definir os mais efetivos imunonutrientes e a formulação, dosagem e duração adequada da suplementação em diferentes grupos de pacientes.
anuncio nutrir set 2014 quinta-feira, 18 de setembro de 2014 09:21:32
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SUSTENTÁVEL
Verde que alimenta
Matéria elaborada pela Equipe da Revista Nutrir+ e pela nutricionista Celma Muniz Martins, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), nutricionista do ambulatório de infectologia e doenças parasitárias da Unifesp e do ambulatório de lípides, aterosclerose e biologia vascular da Unifesp.
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Restaurantes
e
bares
sustentáveis surgem como uma opção ecologicamente correta, com ações que envolvem não só a produção do alimento, mas também a reciclagem e o próprio projeto arquitetônico.
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uito se tem falado na imprensa, em redes sociais e conversas informais sobre desenvolvimento sustentável, mas poucos conhecem de fato o significado desse conceito e como ele deve ser aplicado no dia a dia. A sustentabilidade consiste em aliar o avanço econômico à preservação ambiental e hoje está presente em fábricas, lojas, casas, prédios e até em restaurantes. Profissionais denominados ecochefs entram no mercado e criam estabelecimentos alinhados a esta nova demanda, desde o projeto arquitetônico até reciclagem do lixo e utilização de alimentos orgânicos. A alta gastronomia está ganhando, nos últimos tempos, um novo estilo culinário que une a cozinha, o respeito ao meio ambiente, o compromisso com a produção local e a consciência ecológica. Dessa forma, o cliente é servido de um prato fresco, sem alimentos industrializados, fertilizantes químicos e outros componentes que agridem a natureza. Uma prática incomum em
residências também pode colaborar intensamente: a reciclagem do óleo por empresas especializadas na área. Chefs com consciência ecológica contribuem para a criação de um restaurante ou um bar sustentável, com a utilização de alimentos orgânicos (sem agrotóxicos), mas há outros aspectos a serem levados em conta. O projeto arquitetônico também deve cumprir exigências, como ser construído com materiais verdes (materiais recicláveis, por exemplo) e que tenham certificado de procedência. É importante investir em fontes alternativas de energia, como a solar, e em um sistema de aproveitamento da água da chuva, com o objetivo de diminuir o consumo de água potável. O lixo produzido pelo restaurante deve ganhar uma atenção especial, pois os depósitos de grandes centros urbanos já não comportam mais a quantidade de resíduos, além desses materiais também serem responsáveis pelo efeito estufa. A reciclagem,
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SUSTENTÁVEL portanto, se coloca como uma saída fundamental, assim como uma área reservada para a compostagem. Os produtos de limpeza, grandes inimigos do meio ambiente, devem ser biodegradáveis e, mesmo assim, aplicados em pequenas quantidades. Todos esses pré-requisitos, exigidos para se criar um restaurante sustentável, torna-se um alto investimento para os empresários do ramo e, consequentemente, pode pesar no bolso do consumidor.
O primeiro restaurante brasileiro a se enquadrar nesta categoria é o Eco House, que possui teto verde, horta própria e trabalha com produtos orgânicos.
Aderir ao conceito resulta em uma mudança com certas restrições, por exemplo, a safra das frutas. A população de grandes metrópoles está habituada a contar com qualquer alimento em qualquer época do ano. Para quem estiver disposto a se unir ao movimento, no site da Ceagesp ( www.ceagesp.gov.br ) é possível baixar uma tabela de produtos de época. A exemplo da ONG norte-americana The Green Restaurant Association e da associação londrina Sustainable Restaurant Association, foi criada em São Paulo a Oficina Ambiental, que visa certificar restaurantes e bares sustentáveis. A empresa concede o selo “Restaurante Sustentável” a estabelecimentos que cumprirem, ao menos, três exigências de sua lista. Alguns tópicos requeridos são:
• Evitar o uso de peixes ameaçados de extinção no cardápio; • Servir aos clientes água filtrada
na jarra para evitar as garrafas plásticas;
• Reciclar o lixo seco e separar os resíduos orgânicos para compostagem e; 38
• Disponibilizar uma área de descanso aos funcionários. Dadas as dificuldades, por enquanto apenas cinco bares e restaurantes da capital paulista já possuem o selo “Restaurante Sustentável”. São eles: Brasil a Gosto, D’olivino, Le Manjue Bistrô, Olea Mozzarella Bar e Zena Caffè. “Por enquanto, devido ao tamanho da empresa, conseguimos atender apenas os estabelecimentos da cidade de São Paulo, mas esperamos poder expandir a iniciativa para outros lugares do Brasil. Tudo vai depender da aceitação do público e da repercussão do selo”, afirma Carolina Japiassu, criadora da Oficina Ambiental. Já as empresas que não conseguirem sozinhas implantar as primeiras iniciativas sustentáveis para ganhar o selo ou que ainda estiverem em fase de construção, podem contratar os serviços de consultoria da Oficina Ambiental, que montará um plano de ação sustentável para o estabelecimento. Ao final do projeto, a empresa recebe, automaticamente, a certificação. A Fundação Vanzolini também promove uma certificação semelhante por meio do Processo AQUA, uma adaptação do projeto Démarque HQE, desenvolvido na França, que analisa a Qualidade Ambiental do Edifício. O primeiro restaurante brasileiro a se enquadrar nesta categoria é o Eco House, que possui teto verde, horta própria e trabalha com produtos orgânicos. Algumas iniciativas surgem isoladas, com boas intenções, mas sem cumprir o projeto de sustentabilidade por completo. A rede Mc Donald’s abriu na Riviera São Lourenço, distrito de Bertioga, litoral norte de São Paulo, o primeiro restaurante fast food “ecologicamente
correto” da América Latina. A construção reúne tecnologias que reduzem o impacto ao meio ambiente, como o manejo sustentável da água e materiais como bambu e madeira certificada. No entanto, foi mantido o padrão na parte alimentar, ou seja, nenhum alimento orgânico nem produção local. Ser sustentável é ampliar as ações para os estabelecimentos como um todo. A adoção de certos hábitos garante, a médio e longo prazo, um planeta em boas condições para o desenvolvimento de diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos e oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.
Características de uma empresa sustentável! Explorar recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário; Explorar recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento; Preservar totalmente áreas verdes não destinadas à exploração econômica; Visar à produção e o consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza e são benéficos à saúde humana; Usar fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis; Reciclar resíduos sólidos a fim de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo.
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Ciência no Prato
Diferenças Entre Panela Matéria elaborada por: Adriana Tavolaro Negri; pós graduada em nutrição aplicada ao exercício físico pela Universidade São Paulo (USP). Graduada em Nutrição pela Universidade do Grande ABC. Formada Técnica em Nutrição pela Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas. Desenvolveu trabalho na Sociedade Beneficente São Caetano do Sul (Hospital São Caetano), PID - Programa de Internação Domiciliar de Santo André, Sociedade Esportiva Palmeiras, Projetos de Ciências da Escola do Futuro da USP, Pesquisa em campo pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Atualmente participa do desenvolvimento de Projetos junto ao Grupo de Alimentação Fundação Mokiti Okada, Nutricionista da Academia Arena, Rede de Academia Brasil Company, Veneza Grill e Lanches, Restaurante Natural Jardim, Clinica de Dependentes Químicos Ressurgir e Coordenadora da De’Gusto Assessoria Nutricional. 44
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esenvolver um alimento de qualidade, sob o ponto de vista nutricional, vai muito além dos nutrientes contidos no alimento. Há muitas variáveis envolvidas e, entre elas, tem grande importância o recipiente e o modo de preparo. A panela que se cozinha, por exemplo, pode afetar o sabor, odor e cor dos alimentos, sobretudo a saúde das pessoas. Grande parte dos nutricionistas já ouviu a pergunta: “Cozinhar em panela de alumínio dá Alzheimer?” ou ainda “Panela de ferro é boa para tratar anemia ferropriva?” Atualmente há tantas panelas fabricadas com materiais diferentes que
muitas vezes o profissional fica confuso em qual indicar para seus pacientes. Na verdade não existe nenhuma panela perfeita a ser indicada. Todas elas têm seus prós e contras. O ponto principal de atenção é o impacto que ela pode proporcionar à saúde. Algumas panelas eliminam resíduos tóxicos nos alimentos. O consumo diário dessas substâncias podem acarretar em prejuízos a longo prazo a saúde. Neste momento é provável que pensemos: "então, qual panela traz menor prejuízo à saúde?". No texto encontram-se comentários importantes para que o leitor possa tirar as próprias conclusões.
as VANTAGENS E DESVANTAGENS das panelas: ALUMÍNIO Panelas de alumínio são as de menor custo e as que maior levantam discussões, porque os alimentos nela preparados absorvem maiores quantidades de metais tóxicos durante o cozimento. Estudos apontam que indivíduos com Alzheimer têm maior concentração de alumínio no cérebro. Outros estudos, ainda, mostram que o vapor proveniente desse material pode causar distúrbios nos pulmões, além de desencadear processos inflamatórios. Em pesquisa realizada na Escola de Engenharia de São Carlos, da Universi-
dade São Paulo (USP), foram observadas quantidades excessivas de alumínio no arroz e feijão. Isso ocorre devido a esse recipiente proporcionar maior transferência do alumínio para a água, e consequentemente para o alimento. Eles verificaram que grande quantidade de sal e o pH (potencial hidrogeniônico) mais básico potencializam a transferência do alumínio para a água e o alimento. Apesar de ser apontada por eliminar substâncias prejudiciais a saúde, a panela de alumínio é liberada para o uso. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em relatório publicado em 2003, cita que esse material é seguro nas aplicações culinárias. A fim de evitar que o revestimento da
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Ciência no Prato observou que a panela de inox não contaminou com níquel os alimentos nela preparados. Este fato pode estar relacionado com o tempo de uso da panela. Uma vantagem deste tipo de panela é que não oxidam com facilidade. Além disso, o calor é distribuído de maneira uniforme na superfície, resiste a variações bruscas de temperatura e o material é resistente. É indicado lavar essa panela com esponja macia, pois a palha de aço facilita a liberação do níquel. ANTIADERENTE panela seja retirado, existem certas restrições, como não usar de palha de aço na remoção de sujidades; não utilizar produtos considerados limpa alumínio e evitar passar objetos e utensílios que risquem o fundo e laterais da panela.
Panelas de alumínio, as de inox eliminam metais tóxicos nos alimentos.
Vale ressaltar que alimentos preparados nas panelas de alumínio, em especial compotas e geleias, podem ter o sabor e cor alterados. INOX Assim como as panelas de alumínio, as de inox também eliminam metais tóxicos nos alimentos. Entre os metais, destaca-se o níquel que se desprende da panela ao longo do uso. Estudos mostram que esse metal é liberado em pequenas quantidades, mas não se tem entre os pesquisadores um consenso sobre o nível de toxicidade do metal. Uma pesquisa feita em 2007, por Jacob Pontoppidan Thyssen e equipe, foi verificada que a exposição ao níquel em doses pequenas por longos períodos pode causar alergias e auxiliar o desenvolvimento de câncer. Em sua pesquisa, o grupo da Escola de Engenharia de São Carlos, da USP,
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Esse é o tipo de panela mais controverso que há no mercado. O ácido perfluoro-octanóico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE), presentes em sua composição, são extremamente tóxicos. Estudos desenvolvidos nos Estados Unidos mostram que o PFOA pode auxiliar no desenvolvimento de distúrbios da tireoide, câncer de fígado e rim e problemas cardíacos. Já o PTFE libera gases tóxicos (fluorocarbonos) quando exposto à altas temperaturas. Essas substâncias levam a intoxicação do fígado e também podem propiciar sintomas similares aos da gripe. Pesquisas recentes apontam o PFOA e o PTFE como obesogênicos potentes. Esse tipo de material risca com muita facilidade, assim sendo o ideal é evitar utilizar utensílios rígidos durante o uso da panela e não lavá-las com esponjas abrasivas. Caso haja riscos ou o material antiaderente estiver se desprendendo, é indicado o descarte imediato. Um ponto positivo é que pelo fato do alimento não grudar na panela, a quantidade de óleo utilizada na preparação é menor. O cozimento deve ser feito em fogo baixo, pois o material antiaderente quando exposto por tempo prolongado a altas temperaturas pode se decompor.
COBRE As panelas de cobre são boas condutoras de calor. Por tal motivo sua superfície aquece de maneira uniforme e o calor é retido por mais tempo. Em contrapartida, não são indicadas para cozinhar todos os tipos de alimentos, pois em contato com alimentos ácidos e cloreto de sódio, eliminam cobre. O cobre contido no utensílio, por sua vez é tóxico, podendo acarretar distúrbios gastrointestinais, dores abdominais, náuseas e em longo prazo propiciam problemas hepáticos e renais. FERRO Panelas de ferro são apontadas como aliadas ao tratamento de anemia ferropriva, pois quando aquecida o mineral presente nela é transferido para o alimento. Estudos realizados na Unicamp constataram que o ferro presente na superfície dessas panelas podem auxiliar no tratamento de anemia. Vale salientar que o excesso deste metal pode ser tóxico e prejudicial ao sistema digestivo. Quanto maior o tempo de contato do alimento com a panela, maior a transferência do nutriente. Por tal motivo não é ideal deixar a comida exposta neste tipo de recipiente por muito tempo. Alguns pesquisadores da área questionam até que ponto o ferro contido na fundição da panela é igual ao contido nos alimentos, por isso pedem cautela na utilização. Um grande problema dessa panela é que enferruja com facilidade. E o ferrugem é altamente prejudicial à saúde hu-
mana. Para evitar isso é indicado higienizar com água e sabão, secar no fogo e finalizar com uma película de óleo de cozinha. CERÂMICA A cerâmica é um ótimo conservador de calor. Este tipo de panela é de fácil higienização e são antiaderrentes. Uma desvantagem é que demoram muito para aquecer. Uma pesquisa realizada em Israel, em 2011, apontou a presença de cádmio e chumbo em panelas de cerâmicas que não tinham certificações de órgãos competentes. Esses metais são tóxicos ao corpo e auxiliam no desenvolvimento de vários distúrbios. Por esse motivo, é de grande importância observar no momento da aquisição das panelas se existe alguma certificação que aponte que as tintas contidas no revestimento da panela são atóxicas. BARRO Assim como as panelas de cerâmica, as de barro conservam o calor por muito mais tempo e levam um longo período para aquecer. Por ser porosa, auxilia no acúmulo de resíduos de alimentos no seu interior, propiciando o desenvolvimento de microrganismos. O cuidado na higienização é indispensável, sendo ideal lavar em sua totalidade com esponja, água e sabão. É necessário esfregar com cautela e secar em fogo, evitando assim a proliferação bacteriana.
VIDRO A panela de vidro é a mais indicada pelos especialistas como sendo segura para a saúde humana, por não liberar metais ou resíduos nos alimentos. Porém é muito difícil encontrar para comprar e o seu custo é elevado.
Ao indicar uma panela leve em consideração a funcionalidade, praticidade e a saúde do indivíduo, por exemplo, não indicar panelas que eliminem substâncias tóxicas a pacientes alérgicos ou com distúrbio hepático, nervoso e renal.
Cozinhar nesta panela requer muita cautela, pois quando aquece retém o calor com muita facilidade, propiciando a queima do alimento. É de fácil higienização, porém pede cuidado na manipulação pelo fato de ser pesada e frágil, podendo quebrar-se ao cair no chão. PEDRA-SABÃO Panelas de pedra-sabão, assim como as de barro, são porosas, sendo indispensável cuidado na higienização para evitar o desenvolvimento de microrganismos. Alguns estudos apontam a presença de níquel nesse tipo de panela. Por tal motivo é indicado, que antes de usar pela primeira vez, untar com óleo vegetal na parte externa e interna, encher de água e aquecer em forno médio por aproximadamente duas horas. Acredita-se que esse tipo de procedimento impede a passagem do níquel para o alimento. É ideal para o preparo de ensopados, caldos e moquecas. Não é muito indicada para frituras.
ESMALTADA É revestida por uma camada de substância esmaltada especial. Pesquisas apontam que o esmalte utilizado pode conter chumbo ou cádmio entre outros elementos tóxicos. Esses metais podem causar intoxicação, afetar o sistema respiratório, digestivo, nervoso e circulatório. Não é aconselhada a utilização de panelas de cerâmica e esmaltadas fabricadas antes de 1980, por conter quantidades consideráveis de chumbo. Indicada para cozinhar alimentos líquidos. Frituras devem ser evitadas, pois este tipo de recipiente mantém o calor em sua superfície, o que propicia o aquecimento do óleo a temperaturas muito elevadas, acarretando no aparecimento de substâncias tóxicas. Ideal higienizá-la com esponja macia água e sabão. Para finalizar é muito importante evitar guardar sobras de alimentos em panelas. O ideal é guardar em potes de vidro sob refrigeração. Não há panelas proibidas, se utilizadas da maneira indicada. Ao indicar uma panela leve em consideração a funcionalidade, praticidade e a saúde do indivíduo, por exemplo, não indicar panelas que eliminem substâncias tóxicas a pacientes alérgicos ou com distúrbio hepático, nervoso e renal. Para um vegetariano em alguns casos a panela de ferro pode ser indicada. Já para outro com níveis de ferritina alterado, melhor evitar. Trabalhar educação nutricional com os pacientes é indispensável para o resultado positivo do tratamento. Não deixe de explicar aspectos importantes que circundam a alimentação, como o impacto à saúde que os utensílios utilizados no preparo dos alimentos podem proporcionar.
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Estética
Nutricosmétic
e Nutra
Beleza e Saúde de d Entendimento sobre Nutracêuticos: Matéria elaborada por: Aline Petter Schneider, nutricionista; doutora em Ciências da Saúde – ênfase em Clínica Médica – pela PUCRS; mestre em agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); especialista em Administração Hospitalar e Negócios em Saúde pela PUCRS; docente e pesquisadora do Curso de Nutrição da UFRGS. Introdutora da Nutrição Estética no Brasil e autora do primeiro livro sobre o
Stephen DeFelice definiu o termo nutracêutico como “um alimento ou parte de alimentos que proporciona benefícios médicos para a saúde incluindo a prevenção e/ou tratamento de doença. Tais produtos podem variar desde nutrientes isolados, suplementos dietéticos e dietas, até alimentos geneticamente modificados, alimentos funcionais, produtos herbais e alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas”.
tema no país, publicado em 2009, pela editora Atheneu, intitulado “Nutrição Estética”. Sócia-fundadora do iPGS - Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde, instituto que promove cursos e consultorias sobre temas ligados à saúde, a nutrição e estética em todo o Brasil. 54
Estudos apontam que a revolução nutracêutica começou nos anos 80, ocasionada pelos estudos clínicos publicados em jornais médicos comprovando os benefícios da ingestão de cálcio, fibras e óleo de peixe. A partir de então, outros estudos foram conduzidos a fim de relatar os benefícios potenciais de
alguns compostos, como por exemplo, o uso de betacaroteno na prevenção de alguns tipos de câncer de pulmão; niacina para prevenir ataques cardíacos recorrentes; piridoxina para tratar e prevenir a depressão; suco de cranberry para prevenir infecções do sistema urinário e antioxidantes para reduzir os danos causados por ataques cardíacos, entre outros. Entendimento sobre Nutricosméticos: Observa-se o crescente aumento da procura do público em geral e interesse dos profissionais acerca dos chamados nutricosméticos. Diante disso, a indústria cosmética busca, de forma emergente, por produtos comprovadamente efetivos cujo objetivo é reduzir o envelhecimento cutâneo e melhorar os aspectos estéticos. De primeira forma, indústrias estrangeiras começaram a
cos
acêuticos:
dentro para fora! lançar suplementos em cápsulas para a beleza no mercado mundial e que invadiu as prateleiras brasileiras. Atualmente o mercado compõe-se de diversas categorias de suplementos alimentares desenvolvidas e direcionadas a diferentes necessidades da pele, ambas dermocosméticas e dermatológicas. Pesquisas constatam que a indústria de cosméticos além dos tratamentos tópicos usuais para o tratamento da pele, estão associando também tratamentos orais. Essa associação para o tratamento da pele é baseada no efeito sinérgico das substâncias aplicadas localmente, onde o problema ocorre, e outras que atuam a nível interno corrigindo e restaurando danos celulares ou para apoiar os sistemas endógenos de defesa natural. A pele necessita de nutrientes e metabólitos que um produto tópico não pode fornecer por si só.
Em 2008 durante um congresso, a apresentação intitulada Nutricosmetics, Deconding the Convergence of Beauty and Healthcare definiu nutricosméticos como “produtos para administração oral, formulados e comercializados especificamente para propósitos de beleza”, podendo ser apresentados na forma de pílulas, alimentos, líquidos ou comprimidos. Também conhecidos pelo conceito de “beleza de dentro para fora”, eles são caracterizados pelo uso de dieta e de suplementos orais para produzir benefícios na aparência física. A apresentação localiza os nutricosméticos na intersecção das indústrias de cosméticos e de alimentos. Outras áreas de intersecção são apresentadas,
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Estética como os cosmecêuticos, formados pelas indústrias de cosméticos e medicamentos, e os nutracêuticos, resultado da convergência das indústrias de medicamentos e alimentos, este último abordado anteriormente.
O uso de nutricosméticos, apesar de ser algo benéfico para a saúde e para a beleza, pode ser usado juntamente com cosméticos tópicos para potencializar o efeito, sendo estes últimos prescritos somente por médicos.
Embora a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não classifique ou registre nenhum produto como nutricosmético, a comunidade científica reforça que o conceito de “beleza de dentro para fora” aumenta consideravelmente. Com a perspectiva desse registro, percebe-se um crescente aumento de estudos clínicos envolvendo componentes nutracêuticos com o propósito de auxiliar na beleza, ou seja, da aparência física a fim de consolidar as prescrições. Esses produtos são tomados por via oral, quer na forma de comprimidos ou líquidos. Têm ingredientes ativos, que oferecem uma ligação vital entre a saúde e as propriedades cosméticas de ingredientes nutricionais. Os principais ingredientes utilizados atualmente em nutricosméticos são: as isoflavonas de soja, luteína, licopeno, vitaminas, selênio, zinco, ômega-3, óleo de prímula, óleo de borragem, β-caroteno, polifenóis, colágeno e coenzima Q10. Podemos apontar alguns produtos com a devida ação nutricosmética existentes no mercado:
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• Suplemento Esportivo de whey protein com colágeno;
• Suplementos capilares com biotina, taurina, zinco, catequinas; • Águas com aroma, sabor e nutrientes antienvelhecimento; • Barras de cereal com colágeno; • Suplementos para pele com vitamina C, zinco, vitamina A, isoflavonas, silício; • Suplementos fotoprotetores; • Suplementos para celulite com chá verde, glucosamina, casca pinheiro, cálcio;
• Chocolate da beleza com antioxidantes e colágeno; • Iogurte funcional e da juventude. O uso de nutricosméticos, apesar de ser algo benéfico para a saúde e para a beleza, pode ser usado juntamente com cosméticos tópicos para potencializar o efeito, sendo estes últimos prescritos somente por médicos. Devem ainda ser usados com acompanhamento de um profissional qualificado, na prevenção de problemas como intoxicações, reações alérgicas ou superdosagem. Com o surgimento desse novo conceito de suplemento, as pessoas estão descobrindo que não só os cosméticos e procedimentos estéticos favorecem a beleza.
TERMO
DEFINIÇÃO
FOCO
Nutracêutico
Alimento ou parte de alimentos que SAÚDE proporciona benefícios médicos para a saúde incluindo a prevenção e/ou tratamento de doença.
Nutricosmético
Produtos para administração oral, formulados e comercializados especificamente para propósitos de beleza.
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funcional
Relação entre
Fertilidade e Alimentação O
Matéria elaborada por: Denise Madi Carreiro, nutricionista, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional; Atendimento nutricional em consultório próprio desde 1991, autora de vários livros de nutrição entre eles “Mães Saudáveis têm Filhos Saudáveis”. 62
ser humano, assim como outros animais, possui necessidades primárias que não exigem reflexão para serem executadas. A alimentação, a necessidade de repouso, de sobrevivência e de reprodução, são essenciais para perpetuação da sua espécie. Atingimos nossa maturidade quando alcançamos a fase reprodutiva, e a senescência quando perdemos a capacidade de nos reproduzir.
brepuseram à razão alimentar e à nossa necessidade orgânica, que deveria preceder a qualquer outro comportamento.
Estamos nos alimentando cada vez mais e nos nutrindo cada vez menos.
A constatação pura, simples e natural de que somos feitos de nutrientes obtidos através da ingestão dos alimentos e, que esses nutrientes executam todas as funções do nosso organismo, atualmente é negligenciada. Existe um aumento das taxas de infertilidade feminina e masculina, assim como do número de abortos espontâneos, partos prematuros e crianças que nascem alérgicas. Não existe uma cultura nutricional adequada quanto ao período anterior à gravidez, ignorando-se a sua importância para o sucesso da fertilidade e da concepção.
Nos últimos anos, a prática de bons hábitos alimentares foi subvertida por falsos conceitos alimentares que desestimularam o consumo regular de alimentos naturais para promover a substituição desses por produtos alimentícios, pouco nutritivos, desenvolvidos para oferecer sabores intensos, de curta duração que oferecem prazer fugaz e criam uma dependência lúdica. A desinformação, a disponibilidade, a praticidade e a atratividade das refeições prontas se so-
Sabemos que a nutrição adequada é determinante desde a fertilização até a formação de indivíduos saudáveis para dar continuidade às próximas gerações, evitando o seu comprometimento e ainda garantindo uma longevidade com qualidade de vida.
Ao pensar em gerar um filho, serão necessários 50% de contribuição da mãe e 50% do pai. A somatória desse óvulo com o espermatozóide vai determinar a formação do bebê. Quanto mais saudável e equilibrado nutricionalmente os dois estiverem, mais aumenta a hipótese de formar um bebê saudável. Um organismo desequilibrado nutricionalmente pode não ser estéril, porém pode ser “subfértil” e reduzir as chances de engravidar e/ou manter uma gravidez. Hoje, além do comportamento alimentar atual promover desequilíbrios nutricionais, é muito comum o uso frequente de medicamentos como antiácidos, antibióticos, anti-inflamatórios e, principalmente, anticoncepcionais que, muitas vezes, são utilizados para tratar, por exemplo: ovário policístico, TPM, acnes e espinhas, porém, gerando carências de vitaminas e minerais por aumento de demanda e/ou de excreção dos mesmos, ou ainda por causar dificuldade de absorção desses micronutrientes. Normalmente, os mesmos fatores que levam a carência de um micronutriente, também levam à carência dos outros. Os estudos sobre infertilidade falam em desequilíbrios hormonais, alterações genéticas, estresse, problemas emocionais, desequilíbrios imunológicos entre outros fatores, porém, os hormônios, os neurotransmissores, as células imunológicas, as enzimas antioxidantes e digestivas precisam de nutrientes para serem formados e conseguirem agir. Além disso, os nutrientes determinam a expressão dos genes. O estresse físico, mental e emocional aumentam a demanda desses mesmos nutrientes que também são necessários para gerenciar o estresse, levando à carência dos mesmos, gerando um círculo vicioso. Apesar da ênfase à infertilidade feminina, é importante da mesma forma
examinar o parceiro masculino. Homens e mulheres são responsáveis igualmente por 40% dos casos de infertilidade, ambos são responsáveis ou a causa é desconhecida. Vários fatores podem interferir na fertilidade, como aspectos físicos, emocionais, nutricionais, ambientais, comportamentais e socioeconômicos. Os ovários, por ocasião do nascimento, possuem entre 200.000 e 400.000 folículos (local nos ovários onde estão os óvulos). Esses folículos possuem o material necessário para produzir um óvulo maduro, pronto para fecundação. Entre outros fatores, sua fertilidade vai depender da saúde desses óvulos e dos seus órgãos reprodutores, bem como da sua capacidade de produzir o equilíbrio correto dos hormônios para “amadurecer” esses óvulos para que os mesmos estejam prontos para a ovulação em cada ciclo menstrual. Da mesma forma, é extremamente importante a formação adequada dos espermas, sua mobilidade, hiperatividade e a sua capacitação. Diferentemente das mulheres, os homens renovam seus espermatozóides a cada três ou quatro meses. Quando se avalia o espermatozóide no líquido seminal, são observadas sua forma e sua motilidade. Sabe-se ainda que ao entrar pelo útero e tubas, ele sofre uma série de modificações capazes de torná-lo apto para fertilizar o óvulo, sem as quais a fecundação não é possível. Essas modificações recebidas durante esse trajeto recebem o nome de capacitação espermática. Nutrientes como o colesterol, zinco, cálcio e magnésio serão determinantes nesse processo. Embora existam nutrientes que são diretamente relacionados com fertilidade, como zinco, vitaminas do complexo B, selênio, vitaminas E e A, colesterol, magnésio, ômega 3, entre outros, devemos lembrar que os nutrientes só agem
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funcional em conjunto. A carência ou excesso de qualquer nutriente irá interferir na ação dos outros, desequilibrando suas funções.
Para muitas pessoas o colesterol é considerado um problema. Porém, o colesterol é um nutriente, 70% produzido no organismo, e como todos os outros nutrientes, tanto a sua falta como o excesso podem prejudicar o funcionamento do organismo.
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Sabemos que os alimentos são a fonte natural dos nutrientes que formam nosso organismo e nos fazem funcionar em todos os níveis: físico, mental e emocional. Uma alimentação equilibrada em qualidade e quantidade, assim como a regularidade (comer a intervalos regulares de duas a três horas), ingestão de líquidos adequada, priorizando os alimentos naturais ao invés dos industrializados, são alguns dos fatores que podem aumentar a disponibilidade dos nutrientes que formam nossos hormônios (inclusive os sexuais), enzimas (digestivas e antioxidantes), neurotransmissores (que determinam nossas funções mentais e emocionais), células de defesa e toda a nossa parte estrutural. Também são esses nutrientes, principalmente os micronutrientes, que desempenham naturalmente no nosso organismo as ações anti-inflamatórias, antialérgicas, antioxidantes, desintoxicantes entre outras. Portanto, fatores que dificultam uma fertilidade adequada como alteração na formação e função de espermatozóides, óvulos, hormônios e aumento do estresse oxidativo, que é consequente do aumento da formação de radicais livres com a diminuição de nutrientes e enzimas antioxidantes, são ligados diretamente com desequilíbrios nutricionais, uma das maiores consequências do comportamento alimentar atual. A carência dos ácidos graxos essenciais, principalmente o ômega 3, comprovadamente tem uma relação direta com desequilíbrios hormonais. Esse nutriente também tem ação anti-inflamatória, anti-histamínica, modula nosso sistema imunológico e nossas funções cerebrais, ajudando a lidar com fatores estressantes. Uma das ações fundamentais do ômega 3 é a melhora da ação da insulina. Comprovadamente a resistência à insulina pode comprometer tanto a fertilidade masculina quanto a feminina. A insulinemia (aumento da insulina no sangue) pode alterar
a expressão genética dos hormônios, podendo desencadear diversas alterações, assim como pode impedir a ovulação, tornando impossível engravidar. A resistência à insulina também está relacionada com a resistência à leptina. Atualmente a leptina está sendo estudada pela possível ação da mesma na reprodução e, principalmente, pela sua ação na nidação, ou seja, a implantação do blastocisto no útero. O ovário é a maior fonte dos estrogênios, porém, cerca de 30% é produzido nas células adiposas. Para o processo de concepção, um balanço hormonal normal é essencial; não é surpresa que o excesso de peso, ou o baixo peso excessivo, podem contribuir para infertilidade. Níveis de gordura corporal de 10% - 15% acima do normal podem contribuir para infertilidade, com uma sobrecarga de estrogênios lançados no ciclo reprodutivo. Níveis de 10% a 15% abaixo do normal podem dificultar completamente o processo reprodutivo. Mulheres com distúrbios alimentares, como a anorexia nervosa ou bulimia, ou aquelas em regime de muito baixa caloria, são de risco, especialmente se as menstruações são irregulares. Mulheres totalmente vegetarianas também podem ter dificuldades se faltarem nutrientes importantes, como a vitamina B12, zinco, ferro e ácido fólico. Outra influência na alimentação é o consumo de gorduras trans que também tem sido associada à maior inflamação, infertilidade, resistência à insulina e o risco de diabetes tipo II. Para muitas pessoas o colesterol é considerado um problema. Porém, o colesterol é um nutriente, 70% produzido no organismo, e como todos os outros nutrientes, tanto a sua falta como o excesso podem prejudicar o funcionamento do organismo. Ele não seria produzido pelo organismo se não fosse fundamental para o seu funcionamento.
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funcional Para muitos cientistas, o colesterol não deve ser menor que 140mg/dl. Ele é a principal matéria-prima para a formação dos hormônios (feminino e masculino); é necessário para construir e manter as membranas celulares; regula a fluidez da membrana. Ele é o principal precursor para a síntese de vitamina D e de vários hormônios esteróides, entre eles os hormônios sexuais progesterona, estrogênios, testosterona e derivados.
As doenças autoimunes são doenças genéticas em que o sistema imunológico da pessoa ataca o próprio organismo.
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O consumo excessivo de fatores antinutricionais como álcool e cafeína, além de não trazer benefícios nutricionais, pode diminuir a absorção de micronutrientes e aumentar a sua excreção. Pesquisas demonstraram que mulheres que consumiam menos de cinco porções de álcool por semana, tinham de duas a quatro vezes mais probabilidade de engravidar no espaço de seis meses comparando com as que bebiam mais. Porém, vários especialistas na área relatam que até mesmo uma porção pode causar problema. Da mesma forma, outra pesquisa demonstrou que apenas uma xícara de café ao dia pode reduzir pela metade a probabilidade de engravidar. Acredito que encontraremos estudos para qualquer coisa que quisermos comprovar, porém, pela lógica do funcionamento do organismo, o fator mais importante é considerar a individualidade bioquímica e a somatória dos fatores prejudiciais e benéficos ao organismo, praticados pelo casal. Estamos expostos a um número cada vez maior de aditivos químicos e metais tóxicos que podem aumentar a infertilidade, abortos espontâneos, má formação congênita, entre outros fatores. Principalmente pelo desequilíbrio nutricional existente na maioria da população, fato esse que promove a carência de nutrientes necessários para evitar o acúmulo de metais tóxicos e promover a capacidade do organismo de eliminar as substâncias químicas tóxicas que entram, através da capacidade de destoxi-
ficação executada principalmente pelo fígado (60%) e intestino (20%). Os metais tóxicos mais comuns por causarem problemas no organismo são: mercúrio, cádmio, alumínio, chumbo e arsênico. Existem vários poluentes químicos presentes no nosso dia a dia como dioxinas, PCBs (bifenil policlorado), pesticidas (DDT), fitalatos, bisfenol, tolueno, percloroetileno, formaldeído, éter glicólico, solventes, cloridrato de hidrocarboneto e furans (diabenzofuranos policlorados), que podem causar desde infertilidade e abortos até alterações no desenvolvimento do feto e alterações no sistema imunológico. As doenças autoimunes são doenças genéticas em que o sistema imunológico da pessoa ataca o próprio organismo. Nesses casos, as secreções uterinas contêm um excesso de anticorpos que pode impedir a implantação. Um caso particular é o da mulher com anticorpos anti-espermatozóide, em que os anticorpos bloqueiam os espermatozóides, não os deixando fecundar o ovócito. A carência de vitamina D é considerada um fator causal de doenças autoimunes. Diferentes pesquisas mostram a importância dos seguintes antioxidantes na fertilidade: • Vitamina E, C e carotenóides podem manter a integridade genética das células dos espermatozóides; • Selênio e vitamina E melhoram a motilidade e a morfologia do espermatozóide; • Vitamina C e D, zinco e selênio são importantes para a qualidade do sêmen e para as funções reprodutivas; • Zinco tem importante papel no desenvolvimento testicular normal, na espermatogênese e na motilidade; • Folato e vitamina B12: estão envolvidos na síntese de RNA e DNA.
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imunoló Matéria elaborada por: Murilo Dattilo, nutricionista do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 70
ógico
no esporte:
Modulação nutricional sob foco científico
D
entre as múltiplas e complexas funções que o corpo tem capacidade de desempenhar, a de se proteger de agentes patogênicos é uma constância diária de qualquer indivíduo. O sistema imunológico, responsável por esse papel, está continuamente sofrendo estímulos e, como consequência, produzindo respostas de defesa, as quais dependem de diversos componentes, tais como: diferentes tipos de células, hormônios e inúmeras substâncias
que atuam como mediadoras de comunicação entre as células. Em contrapartida, muitos fatores podem “perturbar” a resposta imunológica perante determinado patógeno, promovendo então um quadro de redução da imunocompetência (ou imunossupressão ou imunodepressão), predispondo o indivíduo ao desenvolvimento de doenças. Claramente, a imunocompetência também está fortemente relacionada a questões genéticas, ao
As infecções do trato respiratório superior (ITRS) podem acometer cerca de 30% dos atletas ao longo das semanas subsequentes ao exercício físico de longa duração. 71
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Esporte
O exercício físico em intensidade e volume moderados possui propriedades imunoestimuladoras, enquanto que, conforme a intensidade e volume aumentam, o risco de quadros imunossupressores aumenta.
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padrão alimentar e nutricional, ao estresse físico, psicológico e ambiental, bem como rotina de sono, tanto em relação a quantidade de sono por noite quanto sua qualidade. O exercício físico, naturalmente considerado componente estressor, apresenta papel ambíguo na regulação do sistema imunológico; ou seja, o mesmo pode tanto estimular suas funções, prevenindo doenças, quanto depreciá-las, favorecendo o desenvolvimento de enfermidades. Para melhor compreensão, o exercício físico em intensidade e volume moderados possui propriedades imunoestimuladoras, enquanto que, conforme a intensidade e volume aumentam, o risco de quadros imunossupressores aumenta. Salienta-se também que essa dupla resposta passa a ser influenciada não somente por variáveis decorrentes do exercício físico, mas também pelo condicionamento físico e idade do indivíduo. Em especial, o principal quadro de acometimento observado é das vias respiratórias superiores. Em geral, treinamentos intensos, ou então modalidades esportivas de endurance ou ultraendurance, que são aquelas que apresentam duração superior a 2 ou 4 horas, respectivamente, são formas de estresse físico extremo que podem então induzir o quadro de imunossupressão. Como consequência desse processo, as rotinas de treinamento podem ser fortemente comprometidas, prejudicando os mecanismos de adaptação física e, também, os cronogramas de treinamento e competições. Alguns dados da literatura indicam que as infecções do trato respiratório superior (ITRS) podem acometer cerca de 30% dos atletas ao longo das semanas subsequentes ao exercício físico de longa duração, sendo as primeiras pesquisas datadas em meados da década de 80.
Do ponto de vista fisiológico, o comportamento imune após uma sessão de exercício físico extenuante apresenta uma série de pontos comuns ao resultante de uma infecção, caracterizando assim a chamada “Janela Aberta – Open Window”, que pode durar cerca de 3 a 72 horas. São estes:
• Produção
e função das células T diminuídas, ocasionadas pela alta concentração de hormônios estressores induzidos pelo exercício físico e pela alteração do balanço de citocinas pró/ anti-inflamatórias;
• Redução do burst oxidativo dos neutrófilos por horas após a prática.
Nos dias atuais, é evidente a ampliação do conhecimento em torno dos mecanismos envolvidos na imunossupressão induzida pelo exercício físico, para que então, também seja possível determinar o papel de intervenções que visem a minimização de tais efeitos deletérios. Dessa forma, o fator alimentação surge com grande destaque, sendo que atualmente existem na literatura científica diversos trabalhos almejando identificar as estratégias nutricionais mais eficazes para o manejo imunológico. Basicamente, o padrão dietético deve apresentar os 4 pilares básicos estruturados, ou seja, fornecimento de energia, carboidrato e proteína adequados, bem como contornar deficiências de micronutrientes. Surgem também “fatores isolados” como grandes candidatos para complementação desses pilares, potencializando as respostas imunológicas. A participação do carboidrato nesse processo passou a ser explorada na década de 90, existindo grande corpo de evidências sugerindo que o mesmo é capaz de contornar uma série de prejuí-
zos ao sistema imunológico gerado pelo exercício físico extenuante, mas não na sua totalidade. Por exemplo, o consumo de carboidrato antes e/ou após o exercício físico prolongado atenua o aumento da contagem de neutrófilos e monócitos, das concentrações de cortisol e das citocinas anti e pró-inflamatórias. Por outro lado, poucas influências são observadas nas concentrações de IgA salivar e na função das células T e natural killer. Em outras palavras, o carboidrato possui ação sobre o perfil hormonal estressor e resposta inflamatória, mas pouco papel sobre na imunidade adaptativa ou inata. Considerando o panorama científico atual e o nível de evidência para sustentação, o carboidrato é considerado RECOMENDADO. Classicamente, outros candidatos também já foram explorados, enquanto que outros passaram a ser elencados mais recentemente, surgindo como grandes promessas no campo da imunonutrição. Em um primeiro momento, o conceito de que altas doses de vitaminas (principalmente C) e/ou minerais possam apresentar benefícios ao sistema imunológico ainda permanece inconsistente, existindo a mesma sustentação para glutamina e outros aminoácidos (como BCAAs), sendo todos esses estratégias NÃO RECOMENDADAS nos dias atuais. Elementos em ascensão, como probióticos, colostro bovino, β-glucana, flavonoides e polifenóis, como quercetina, resveratrol, curcumina e epigalocatequina-3-galato (EGCG), ácidos graxos ômega-3 e suplementos fitoterápicos têm gerado resultados nulos ou mistos, necessitando trabalhos com bom delineamento metodológico envolvendo atletas. Desses últimos citados, além do carboidrato, atualmente somente a quercetina é considerada RECOMENDADA para
utilização no manejo dos distúrbios do sistema imunológico induzidos pelo exercício físico extenuante. A quercetina, considerada um polifenol com amplo espectro de efeitos benéficos à saúde, principalmente em decorrência das suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, também passou a ser vista como coadjuvante ao treinamento físico, podendo proporcionar aumento da performance, controle da resposta inflamatória após o exercício físico, do estresse oxidativo, dos efeitos deletérios ao sistema imunológico e da frequência de desenvolvimento de doenças. De maneira isolada, a quercetina parece não influenciar muitos dos parâmetros imunológicos, mas pode proporcionar redução significante da incidência de ITRS. Entretanto, quando combinada com outros componentes, tais como quercetina, EGCG, isoquercetina e óleo de peixe, efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios são observados, somados ao aumento da função imune inata. As divergências de resultados nas pesquisas científicas para determinação da(s) melhor(es) estratégia(s) podem estar exatamente em função da imensa complexidade que envolve as resposta imunológicas. Portanto, cada vez mais cresce o conceito de que “uma única” substância pode não ser a melhor estratégia, e sim a combinação de vários elementos imunomoduladores, existindo grande potencial para amenização dos sintomas e frequências de DTRS. Essa afirmação pode ser extrapolada até mesmo para algumas substâncias que até o momento não possuem nível de sustentação satisfatório, em função de terem sido investigadas de maneira isolada.
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Matéria elaborada por: Luciana Kotaka, psicóloga clínica, especialista em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR, coaching de emagrecimento, coautora dos livros: Comportamento Magro com Saúde e Prazer e Estômago Magro versus Pensamento Gordo, colunista do Jornal e do Portal Bem Paraná e da revista Meu Sul e professora convidada do Instituto Ana Paula Pujol; Erika Checon Blandino Romano, nutricionista, mestre em Saúde Pública-USP, especialista em fisiologia do exercício – Unifesp e membro do Grupo Especializado em Nutrição e Transtornos Alimentares (Genta). 78
om o fortalecimento do culto ao corpo magro, os transtornos alimentares estão aparecendo com uma frequência alta e tem despertado a atenção dos profissionais da área da saúde. Quando fazemos dietas por conta própria sem orientação nutricional, acabamos por tentar um caminho mais curto, porém passando alguns dias ou meses, acabamos recuperando novamente o peso perdido. Além desse efeito sanfona que causa desânimo, o perigo está em desenvolver um quadro de obesidade maior ou mesmo transtornos alimentares, como bulimia, anorexia ou compulsão. É fundamental a decisão de se iniciar a reeducação alimentar, pois regimes e dietas são contraproducentes,
ou seja, podem ter efeitos contrários aos desejados. Além de não ajudar, as dietas restritivas podem levar a quadros de transtornos alimentares. Comer é para se nutrir e não para preencher um vazio ou um processo de ansiedade frente a outras situações a que o sujeito possa estar exposto diariamente. Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas que levam a grandes prejuízos sociais, psicológicos e biológicos, além do aumento da morbidade e mortalidade. Afetam, na sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino. A bulimia surgiu dos termos gregos bous (boi) ou bou (grande quantidade) e limus (fome), ou seja, uma fome intensa, suficiente para devorar um boi. Somente em 1979, Gerald Russell des-
creveu a Bulimia Nervosa (BN) como a conhecemos hoje. Vários nomes e definições surgiram no decorrer da história dos transtornos alimentares, cujo primeiro relato médico se deu em 1694 por Richard Morton. A característica principal da BN são os episódios bulímicos, descritos como uma grande ingestão de alimentos em um curto espaço de tempo, com a sensação de perda de controle, além das medidas compensatórias inadequadas para o controle de peso, como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, diuréticos ou inibidores de apetite, dietas restritivas e exercícios físicos. Pacientes com BN também apresentam grande preocupação com o peso e forma corporal. Outros sintomas psiquiátricos podem ser associados ao quadro clínico, tais como sintomas ansiosos e depressivos e abuso de álcool, além do maior risco de suicídio. Na BN a ingestão exacerbada de comida em um curto período de tempo é uns dos sinais que chamam a atenção, sendo que cada vez que uma pessoa se descontrola, vem acompanhada a sensação de completa perda de controle, com sentimentos de culpa e vergonha. Vários fatores podem disparar um episódio de voracidade como esse, mas o que nos chama a atenção é o que se refere aos períodos de jejum prolongados ou dieta muito restritiva, o que gera a perda de controle, e normalmente os familiares não têm a percepção do que está ocorrendo. O ciclo de comer e tentar compensar seja com os vômitos autoinduzidos, com o uso de laxantes, diuréticos ou a
prática de exercícios extenuantes, se torna uma rotina frustrada, levando as pessoas que utilizam esses recursos a sentirem-se humilhadas e, com isso, acabam recomeçando todo o ciclo novamente. Outro aspecto importante é a voracidade que apresenta nas suas relações interpessoais, em momentos pontuais, pela necessidade que sentem de obterem afeto, atenção e carinho. Porém, em outros momentos, preferem o distanciamento, o que evidencia a mesma dinâmica do comer e vomitar. Importante esclarecer que essa doença também pode levar ao óbito. Mesmo que a porcentagem seja baixa, várias situações estão envolvidas nesse processo, como o suicídio, pneumonia combinada com problemas cardíacos, reação hipertensiva decorrente da ingestão medicamentosa e o peso corpóreo. A prevalência da BN varia de 1 a 3% em adolescentes e mulheres no início da vida adulta, podendo chegar a 10% se forem considerados quadros parciais que não preenchem todas as características do critério diagnóstico. Não há uma causa específica responsável pelos transtornos alimentares. Acredita-se que o modelo multifatorial, que engloba fatores genéticos, biológicos, psicológicos, socioculturais e familiares, leve ao aparecimento da doença. É comum no discurso das pacientes a presença de alimentos que elas considerem “proibidos”, tais como doces, massas e gorduras. Pensamentos chamados dicotomizados, “tudo ou nada”, também são frequentes. Portanto, o
Bate papo com
especialista
Conceitos corretos sobre alimentação fazem o paciente entender porque e como o corpo responde a inanição, aos episódios de compulsão e purgação e/ou restrição alimentar.
ciclo da BN resume-se a: restrição alimentar que leva a compulsão alimentar que leva a purgação que leva a restrição. Como consequência desse ciclo poderemos ter dor abdominal, esofagite, sangramento, obstipação, prolapso retal, desidratação, hipocalemia, irregularidade menstrual, hipertrofia das glândulas parótidas, além de calosidade e lesão nas mãos (sinal de Russell). As metas do tratamento incluem a regularização do padrão alimentar, suspensão das práticas purgativas, restritivas e orientação nutricional, além do tratamento psicológico e psiquiátrico. Mudanças nos hábitos alimentares estão presentes na bulimia e um dos sinais mais visíveis são as idas frequentes ao banheiro. Os pais precisam estar atentos aos hábitos alimentares dos filhos e ao comportamento pós-refeição. Após desconfiarem que sua (seu) filha(o) pode estar com essa doença o recurso é procurar profissionais especializados para o atendimento. Sempre é importante cuidar dessas situações, pois muitos pais não acreditam que seus filhos podem estar doentes ou mesmo desprezam os sinais na tentativa de não encarar a situação. O papel da Nutrição está na intervenção e educação nutricional, em melhorar a relação do paciente com a alimentação, através da adequação dos padrões e comportamentos alimentares e rompimento do ciclo da BN. A terapia nutricional envolve o monitoramento do estado nutricional. O planejamento das refeições, em conjunto com o diário alimentar específico para esses casos - devidamente orientado pelo nutricionista especializado em transtornos alimentares, são fundamentais para o sucesso do tratamento.
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O diário alimentar simboliza a relação entre o nutricionista e o paciente.
O tratamento nutricional engloba toda história alimentar do paciente, com coleta de informações relevantes para que o profissional possa quantificar os padrões comportamentais de consumo de nutrientes, e identificar os efeitos desses comportamentos no estilo de vida e direcionar as metas e planos para os tratamentos. Estabelece-se uma relação de colaboração e confiança, a fim de possibilitar que o paciente fale de seus problemas e possa assim, superá-los. A definição de princípios e conceitos da ciência da nutrição é fundamental, já que os pacientes escutam vários tipos de dietas da moda e conceitos errôneos sobre nutrição, então cabe ao profissional capacitado explicar o que diz a ciência da nutrição, e desmitificar conhecimentos populares sobre alimentação. Conceitos corretos sobre alimentação fazem o paciente entender porque e como o corpo responde a inanição, aos episódios de compulsão e purgação e/ou restrição alimentar. Faz parte ainda do tratamento nutricional específico separar comportamentos relacionados com o alimento e com o peso de sentimentos e questões psicológicas, incrementar as mudanças de comportamentos alimentares até o padrão ser normalizado, aumentar ou diminuir o peso do paciente gradativamente, além de orientar a manutenção de um peso adequado. Os nutricionistas que trabalham com transtornos alimentares devem ser flexíveis e com amplo conhecimento da ciência da nutrição e devem trabalhar de modo colaborativo e não controlador, atentando-se aos medos do paciente em relação à alimentação e ao peso, deve fazer comentários sensíveis, ser paciente, cuidadoso, e otimista em relação à recuperação do paciente. Além do papel da nutrição, o tra-
tamento envolve obrigatoriamente equipe multidisciplinar, composta por psiquiatra, psicólogo, podendo envolver também enfermagem, terapeuta ocupacional, educador físico, entre outros. Muitas vezes a família e/ou pa-
ciente procuram apenas um profissional da equipe, é importante frisar que sem o atendimento multiprofissional o prognóstico é ruim. Portanto, a equipe multidisciplinar é fundamental pra a melhora de pacientes com transtornos alimentares.
Alguns comportamentos que levam a detectar a bulimia: Humor depressivo; Preocupação excessiva com o peso e corpo; Comer em excesso quando se sente angustiado; Dieta restritiva seguida de episódios de compulsão; Ter compulsões com alimentos calóricos e com doces; Sentir e expressar culpa ou vergonha por sua compulsão; Utilização de laxantes e vômitos para controle do peso; Após as refeições, usar o banheiro para seus vômitos secretos; Manter em segredo esses vômitos e as compulsões; Planejar as compulsões e as oportunidades para a realização e Sensação de perda de controle e desaparecimento após a refeição.
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uma abordagem diferente para a consulta nutricional
Matéria elaborada por Vanessa Lemos, Coach (ICI e Pró-Fit), economista (FEA-USP) e MBA Executivo em Marketing (ESPM). Há dois anos e meio é sócia da Pratique Coaching e Desenvolvimento (www.pratique.me) onde ministra palestras e cursos sobre a Aplicação da atitude-coach, como ferramenta para aumentar a adesão e resultado dos clientes, em diferentes profissões e presta serviços de coaching para empresas e pessoa física. 86
A
tualmente, há uma forte preocupação entre os nutricionistas com relação à baixa adesão de seus clientes ao tratamento. Por outro lado, os clientes ou pacientes estão cada vez mais exigentes e vêm demonstrando necessidades e formas de pensar e agir bem diferentes entre si, dificultando o trabalho deste profissional da saúde. O desempenho da nutrição baseia-se em conhecimentos técnicos e aprofundados das questões ligadas ao “o quê” e ao “por que”. Porém, no exercício diário da profissão, o “como fazer” assume importância fundamental para seu êxito, principalmente quando se trata de incentivar pessoas a seguir um tratamento nutricional. Você já parou pra pensar se todos os clientes que buscam perder peso querem medir seus resultados por meio da porcentagem de gordura? Ou se toda pessoa que entra no consultório dizendo que será difícil seguir o tratamento, realmente é preguiçosa ou tem falta de vontade? O objetivo desse artigo não é de forma alguma julgar a forma como as consultas nutricionais têm sido conduzidas nos últimos anos, mas sim, proporcionar novas ferramentas que auxiliem os nutricionistas a aumentar tanto a adesão do cliente ao tratamento, quanto o resultado obtido por meio dele, quebrando alguns paradigmas. Para isso, busquei a fundo as razões do sucesso do coaching no mundo corporativo e traduzi em estratégias que possam ser usadas no dia a dia da nutrição. O coaching é uma conversa estruturada, dotada de técnica e metodologia, que leva o cliente a atingir seu objetivo por meio da definição de metas claras, análises aprofundadas e implementação de planos de ação detalhados. É um trabalho de autoconhecimento e autoconsciência, em que o mais importante não é o coach
“Não quero subir na balança. Também não quero que meçam minha porcentagem de gordura”. “Muitas vezes, meus clientes não voltam na consulta. Raros são os que terminam o tratamento”. Vocês devem estar se perguntando: O que esses pensamentos têm em comum?
Tudo.
saber mais sobre o cliente e sim, o cliente saber mais sobre ele mesmo e tomar melhores decisões. Coach é o profissional que conduz o coaching e o cliente também é chamado de coachee. Para que o trabalho de coaching realmente tenha efeito a longo prazo é preciso que o profissional desenvolva competências e atitudes específicas e as aplique durante suas reuniões. O papel dele é o de facilitar, estimular, questionar e gerar novos pensamentos para que o cliente se conheça melhor, assuma responsabilidade sobre sua vida e atinja resultados mais efetivos. Se pararmos pra pensar, não é esse o papel do nutricionista? Acredito que sim e tenho visto resultados incríveis com os profissionais que usufruem dessas técnicas, após terem participado dos cursos que tenho ministrado com a nutricionista Nicole Trevisan. Dividi em quatro, as estratégias usadas pelo coach durante as reuniões com
+ Leitor ouviu mais do que seguir questionários prontos. Acreditar que todo cliente tem potencial de atingir seus resultados e respeitar o fato de cada cliente ter uma forma e uma velocidade de pensamento e ação. Entender que a metodologia usada para um, não serve necessariamente para outro e deixar o cliente fazer suas próprias escolhas são fatores essenciais para criar essa confiança e buscar resultados mais efetivos. Precisamos compreender e absorver o fato de que o resultado é do cliente e não do profissional. Quanto mais presos estivermos ao processo, ao protocolo e às nossas expectativas em relação ao resultado dos clientes, menor a chance de sucesso do mesmo. 2) Autoconsciência
seus clientes. E convido você a despir-se de julgamento, processos e protocolos, e a olhar essas estratégias como ferramentas adicionais a serem utilizadas em suas consultas. 1) Confiança
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Para que o cliente se abra, conte sobre seus objetivos, preocupações e se envolva no processo até o final. É fundamental que o coach gere e cultive a confiança reunião a reunião. A dica aqui é ficar atento a quatro aspectos: expectativas claras, postura, atenção e respeito. O cliente precisa saber o que esperar e o que não esperar dessas reuniões. Parece óbvio, mas conversar com o cliente olhando nos seus olhos, ouvi-lo com muita atenção, sem fazer julgamentos prévios, sem interrompê-lo e fazer perguntas com base no que
Estar consciente é saber o que está acontecendo a sua volta. Quanto maior autoconsciência o cliente adquirir, mais controle terá da sua vida, melhor decisão tomará e consequentemente terá resultados mais satisfatórios. Para gerar mais consciência e autoconsciência, o coach usa e abusa de perguntas abertas e investigativas. Perguntas abertas são aquelas que fazem o cliente parar para pensar antes de responder. São perguntas cujas respostas não podem ser “sim” e “não”, precisam ser elaboradas e geralmente começam com: o que, qual, como, onde, quando, etc. Evita-se ao máximo o uso do “por que”, já que o cliente se sente julgado e pode inibir uma resposta verdadeira. Nesse caso, substitui-se a pergunta por quais razões, quais critérios, etc. Aparentemente, focar em perguntas que exijam respostas longas e elaboradas passa a sensação de que a consulta vai demorar mais do que o esperado, mas
com o tempo, aprendemos a fazer as perguntas certas e percebe-se que elas eliminam várias etapas do processo e facilitam muito as reuniões. 3) Aprendizado Aprendizado gera maior consciência e, portanto, aumenta a performance do cliente, como vimos no parágrafo anterior. Segundo pesquisa feita por Edgar Dale, educador norte-americano, as pessoas tendem a lembrar, após duas semanas, apenas 20% do que ouvem, mas lembram de 90% do que ouvem, falam e fazem. Por isso, no coaching, além de estimular que o coachee descreva situações em detalhes e responda a pergun-
tas abertas e investigativas, o profissional delega ao cliente a responsabilidade pela escrita do seu plano de ação e por praticar as atitudes relacionadas ao plano durante a semana entre as reuniões. Muitas vezes, o coach apresenta materiais áudio visuais e discute sobre eles com o cliente, permitindo que o mesmo absorva melhor o conteúdo. 4) Responsabilidade Acredito que, de todas as estratégias, essa é a mais difícil de ser implementada, porém é a mais eficiente em termos de adesão dos clientes e resultados. As pessoas se comprometem mui-
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to mais com algo que elas ajudam a construir, do que com ideias, receitas e fórmulas prontas. Com isso, o coach estimula o cliente a trazer à tona os prós e contras de todas as opções de escolha que o levem a atingir seus objetivos. Respeite sua escolha e incentive o cliente a montar planos de ação factíveis e muito detalhados, considerando sempre a sua forma de pensar e agir. Quando o cliente tem a opção de fazer do seu jeito, cria responsabilidade sobre o plano, aderindo ao mesmo. Portanto, seu empenho e desempenho aumentam e a chance do resultado ser positivo também. Voltando a primeira frase desse artigo, pergunto: será que todos os clientes ou pacientes querem e precisam se pesar em uma consulta nutricional? Se essa pessoa se sentir obrigada a fazê-lo,
será que voltará a consulta? Quantos clientes aceitam a dieta oferecida sem questioná-la, mas no fundo não tem coragem de dizer que não vão cumpri-la por ser muito radical? E quantos realmente contam a verdade durante a consulta, sem medo de serem julgados? O pensamento que gostaria de deixar é: devemos continuar presos a processos, regras e conceitos somente porque “sempre foi feito assim”? Ou está na hora de tomarmos a responsabilidade e buscarmos o sucesso através de um olhar mais profundo sobre as reais necessidades e motivações de nossos clientes? Para saber mais acesse: www.pratique.me
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As Aplicações da Crioterapia no
Tratamento de Muco Matéria
elaborada
por:
pelo Tratamento
Luciana Trindade Teixeira Rezende; nutricionista; mestre em nutrição pela Unifesp –EPM; especialista em nutrição clinica pela Asbran; docente do Centro Universitário São Camilo e supervisora de estágio em nutrição clínica. Renata Candido Tsutsumi; nutricionista; especializada em nutrição em oncologia pediátrica e nutricionista pleno do Graacc. Priscila dos Santos Maia Lemos; nutricionista; doutora; coordenadora de nutrição clínica no Graacc. E estudantes do 8º semes-
A
neoplasia é uma doença caracterizada pelo crescimento de novas células anormais. Essas células neoplásicas têm por característica o crescimento desordenado podendo acometer os tecidos e órgãos. No Brasil, estima-se que no ano de 2030 ocorrerão 27 milhões de casos de câncer. Além disso, esse processo patológico gera um desvio energético dos nutrientes do organismo.
tre do curso de nutrição do Centro Universitário São Camilo: Mirelli Dantas Andrade, Vanessa Zucari, Aline Matos Ferreira e Gustavo Luis Paulino de Aguiar. 96
O tratamento inclui a radioterapia de forma isolada ou combinada com a cirurgia, com a quimioterapia ou com ambas. Essas terapias são efetivas para diversas
neoplasias malignas e apresentam taxas de sobrevida altas no tratamento do câncer em estágios I e II. Entretanto, os efeitos colaterais são inúmeros, sendo várias as manifestações na cavidade oral. Estudos referem que quanto mais jovem for o paciente, maior a possibilidade de a quimioterapia acometer a cavidade oral. Enquanto cerca de 40% de todos os pacientes submetidos à quimioterapia apresentam efeitos colaterais na boca, nas crianças com menos de 12 anos de idade, a prevalência corresponde a 90%, podendo ser justificada pelo elevado índice mitótico na cavidade nessa faixa etária.
osite Induzida Antineoplásico A mucosite tem maior incidência nas doenças malignas do sangue (leucemia e linfoma), que causam supressão da medula óssea, do que em tumores sólidos. A alta taxa de renovação celular e a baixa imunidade agem nas células da mucosa da cavidade oral, faringe e laringe, levando a uma resposta precoce aos efeitos tóxicos a que estão expostos. Seus sinais e sintomas iniciais incluem eritema, edema, sensação de ardência, sensibilidade aumentada a alimentos quentes ou ácidos, ulcerações dolorosas recobertas por exsudado fibrinoso de coloração esbranquiçada que levam à má nutrição e à desidratação.
O sistema de classificação da mucosite pela Organização Mundial de Saúde (OMS) varia entre os graus zero e cinco (desde a ausência da mucosite até os sintomas severos em que o paciente poderá necessitar da via de administração alimentar enteral ou parenteral). Entretanto, a prevenção e o tratamento da mucosite oral ainda são bastante controversos, mas de extrema importância para melhorar o estado nutricional, a hidratação e a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, sua prevenção e controle são fundamentais para o
Espaço
aberto
prognóstico oncológico, uma vez que pode limitar ou interromper o tratamento, comprometendo o controle da doença.
A crioterapia vem sendo utilizada durante a infusão de quimioterapia com agentes que possuem meia-vida
A crioterapia, ou também citada como terapia com o frio, se caracteriza pela aplicação de gelo na cavidade oral ou pela realização de bochechos com água gelada durante a administração de fármacos quimioterápicos. O arrefecimento da temperatura da mucosa oral conduz à vasoconstrição e, consequentemente, a diminuição da circulação do fármaco na mucosa oral. Dessa forma, impede que o agente quimioterápico chegue aos tecidos bucais em grandes quantidades, reduzindo a toxicidade local e a gravidade do dano da mucosa. Os efeitos benéficos da crioterapia ocorrem pela redução da função metabólica basal causada pelo frio aplicado às células epiteliais da mucosa, ocorrendo limitação do edema pela diminuição da liberação de histamina e, consequentemente diminuição da ativação de neutrófilos, da ação da colagenase e leucócitos sinoviais obtendo maior drenagem linfática pela menor pressão no líquido extravascular. O fluxo sanguíneo diminui durante a aplicação de gelo por 25 minutos e o efeito permanece por cerca de até 20 minutos. Este tratamento deve seguir acompanhado de exercício terapêutico para a reabilita-
ção. Com a diminuição do metabolismo ocorre menor necessidade de oxigênio e a velocidade de perfusão de líquidos fisiológicos pode ser reduzida entre 1/5 a 1/3 em relação a temperaturas normais. Além disso, a hipotermia aumenta a solubilidade do oxigênio, leva a uma diminuição da circulação, agindo consequentemente na resposta inflamatória. Nos casos de inflamação, a crioterapia atua na prevenção do extravasamento sanguíneo, com uma menor quantidade de fibrinas e uma menor síntese de colágeno, o que minimiza a aderência. A crioterapia vem sendo utilizada durante a infusão de quimioterapia com agentes que possuem meia-vida curtas tais como melfalano, 5-fluoruracil (5-FLU), fludarabina. A utilização desse mecanismo é simples, isento de efeitos adversos e com bons resultados. Os estudos são controversos e ainda não há um consenso claro na literatura sobre o tempo mínimo e máximo necessário para a aplicação da crioterapia. Porém, pode-se dizer que é um tratamento profilático da mucosite oral, age na redução da dor e na incidência dessas lesões. É também um recurso prático, de fácil acesso, baixo custo e de simples utilização. Assim, são necessários novos estudos clínicos bem estruturados que possam elucidar a prática do uso da crioterapia em suplementos ou bebidas, favorecendo a nutrição do paciente oncológico e propiciando melhoria na qualidade de vida desses pacientes.
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Modo de preparo: Coloque a ricota, os ovos, a farinha, a cebolinha e o sal em uma tigela. Misture bem até a massa ficar homogênea. Sugestão: algumas folhas de sálvia ou manjericão podem ser adicionados. Leve ao fogo em uma panela grande com água e abaixe para fogo brando quando levantar fervura. Faça bolinhas da mistura e mergulhe-as na água. Cozinhe por quatro ou cinco minutos ou até as bolinhas subirem a superfície. Retire e escorra sobre papel toalha. Repetir com o restante da mistura, aos poucos, evitando encher demais a panela. Arrume os nhoques em um recipiente refratário raso, untado. Cubra com o molho de sua preferência. Servir quente, polvilhado com cebolinha picada por cima, com uma salada verde de acompanhamento.
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