Lençóis Paulista Março de 2013
REVISTA A Serviço da Comunidade.
R$ 5,00 Ano 3 Edição Nº 45
l a i r c e e h p l Es Mu
Valéria, Eliane e Izabela são
As Damas da Capa
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Especial Mulher
Lençóis Paulista Março de 2013
Menina e
mulher A empresária Shalize Boaventura é nova, mas, madura e responsável; ela encara os desafios com serenidade e força A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.
Léon Tolstoi
Foto: Revista O Comércio
A jovem empresária tem qualidades no superlativo e as clientes atestam: é eficientíssima em seu atendimento
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assar o dia em um SPA para relaxar e repor as energias. É esse o presente que Shalize Parizoto Bispo Boaventura gostaria de ganhar hoje, no Dia Internacional da Mulher. E quem convive com a jovem empresária, de apenas de 28 anos, faz coro para dizer que ela realmente merece esse mimo. A história da comerciante é de uma vencedora, assim como da maioria das histórias contadas neste caderno. Há nove meses e à frente da Menina Mulher, loja destinada ao público feminino de todas as idades, orgulha-se, porém, com dose de humildade diz: “tenho muito que conquistar ainda, mas já me considero uma vitoriosa por tudo que consegui construir até hoje”.
Aqueles, ou melhor, aquelas acostumadas a passear de loja em loja pelo comércio de Lençóis Paulista, provavelmente, já se depararam com o sorriso de Shalize Boaventura; sorriso que contrastam com seus os olhos castanhos claros e também que se fechm ao sorrir. Aliás, marcante é o sorriso largo, que permanece estampado no rosto, principalmente, quando conta sobre sua conquista. “Desde sempre trabalhei em loja de roupa e tinha o sonho de ter meu próprio negócio. Em julho de 2011, consegui realizar. É muita a satisfação quando as clientes compram as peças e saem da loja felizes com as suas aquisições”. Comunicativa, batalhadora, persistente, detentora de todos os adjetivos super-
lativos de uma aquariana, a eficientíssima Shalize Boaventura cumpre sua rotina que começa em todos os dias às seis horas da manhã. “Costumo dizer que tenho dois turnos. Um na loja e outro em casa”. O segundo é quando ela, ao invés de cuidar de peças e clientes, trata do marido, da casa e dos dois filhos, um menino de 9 e uma menina de 2 anos. Para tanto, a comerciante inspira-se em uma mulher, que segundo ela é a mulher, com M maiúsculo: dona Jacira, sua mãe. “Ela é batalhadora, sempre cuidou dos filhos e ainda ajuda a cuidar dos netos. É um exemplo em todos os sentidos pra mim”. Com essa fonte de inspirações, Shalize Boaventura – com muita certeza – caminha para um futuro de sucesso.
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Na antessala
do poder A assessora de gabinete da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista avalia que as mulheres conquistam mais espaços
Foto: Revista O Comércio
Trabalhar com uma mulher tão especial quanto a prefeita Izabel Lorenzetti é orgulho e responsabilidade
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pesar do intenso e, certamente, desgastante trabalho – a assessora de gabinete da prefeitura municipal, Juliana Machado Gonçales, 48, mantém a tez jovial, bem longe da idade cronológica. E a jornada diária se estende com afazeres domésticos, do dia a dia do lar e, também, da condição de mãe e esposa. Casada com Robson, representante comercial da Frigol, é mãe de um casal de filhos: Veridiana, 28, engenheira de produção e Eduardo, 26 anos, veterinário. Viver, ser humano e ser mulher, certamente, é trabalhoso, mas, não reclama, pois, como diz: “Quando se faz com paixão o que gosta, tudo dá certo!”. Cada vez mais, mulheres ocupam espaços os mais variados no mercado de trabalho e todos de importância, por mais simples que possam ser as atividades. Nossa entrevistada é graduada em secretariado bilíngue (português e inglês) pela Universidade do
Sagrado Coração – USC, de Bauru, conquista obtida recentemente. Ela considera que os estudos, cada vez mais, ajudam a diferenciar os profissionais, “e isso vale para ambos os sexos, mas, é especialmente, decisivo às mulheres”. Há quatro anos, atua diretamente com a prefeita, como sua assessora, e isso significa dizer que suas atribuições vão desde a formatação da agenda de compromissos locais e externos até o acompanhamento das ações em São Paulo ou Brasília e, ainda, a triagem de pedidos de reunião “com vistas ao encaminhamento para a resolução de problemas dos cidadãos”. Em sua opinião, a consolidação da conquista de espaço da mulher no âmbito profissional “representa o reconhecimento de uma geração de mulheres corajosas e audaciosas; que não se intimidaram com os obstáculos e os desafios que tiveram que enfrentar e que mesmo nas adversidades,
se mostraram competentes e determinadas”. Ela não acredita que a ocupação de espaço, cause algum tipo de desconforto ao relacionamento de um casal, pois, relativamente ao dela sempre teve o apoio incondicional de seu meu marido, quem sempre a incentivou a crescer profissionalmente. “Tenho a certeza de que ele tem orgulho da mulher que sou!”, diz convicta. “As mulheres tiveram muitas conquistas profissionais e aquelas que fazem a opção de se dedicarem ao trabalho, inevitavelmente, sofrem com a cobrança da ausência familiar”, avalia ela, porém, esse é um dos sinais dos novos tempos que ainda precisa de adequação. Bem e então o que ela espera, em termos de valorização da mulher, à sua filha? “Acredito que a geração da minha filha, Veridiana, é mais valorizada e respeitada, pois as mulheres estão ganhando cada vez mais seu espaço na sociedade, na política e na economia.”
É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem. Somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.
Simone de Beauvoir
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Sou uma mulher madura / Que às vezes anda de balanço / Sou uma criança insegura / Que às vezes usa salto alto / Sou uma mulher que balança / Sou uma criança que atura.
Martha Medeiros
Atenção
conquista Não há nada melhor do que ser bem acolhida! É assim que se sente Adriana Tameiros na Farmácia Multidrogas Foto: Revista O Comércio
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lguém já disse que ser bem recebido é sempre bom. Essa deve ser também a máxima para quem recepciona! Neste caso, a frase é verdadeira, pois, o que conquistou Adriana Rodrigues da Silva Tameiros, 35, como cliente da Farmácia Multidrogas foi “a atenção que me foi e é desde sempre dispensada”. Ela é cliente do estabelecimento desde 2006, ano no qual se mudou para a cidade e, desde então, pode comprovar que “o melhor da farmácia é mesmo a dedicação e atenção com o cliente!” Por outro lado, a proprietária Mara Almeida, frisa que “a clientela sempre é muito bem atendida e volta sempre que precisa”. Adriana Tameiros é de Campo Grande (Estado do Mato Grosso do Sul), e se autoavalia - nas características pessoais - como batalhadora e protetora. Sua atuação profissional é na área de recursos humana na empresa Frigol (Frigorífico Lençóis). É romântica e o presente que adoraria ganhar neste Dia Internacional da Mulher na verdade é no plural, presentes: flores e perfumes. Sua mãe é a sua fonte de inspiração, pois, tanto quanto ela, é apaixonada pela família e batalhadora, muito do que é ser mulher, pois, “é viver intensamente cada dia com dedicação, lutar e sair sempre vencedora – sem pedir nada em troca.” Quem é que não gosta de atenção? A empresária proprie-
Cliente desde 2006, Adriana Tameiros foi conquistada pela atenção
tária da Farmácia Multidrogas, Mara Almeida, em reverência e comemoração ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, transmite a todas as clientes, funcionárias/colegas de trabalho e amigas votos de parabenização. “Os parabéns são para todas nós, mulheres, por nosso dia - em especial
às funcionárias Multidrogas - clientes, fornecedoras e colaboradoras. Quero deixar uma palavra a essas pessoas tão especiais e batalhadoras: viva a vida com fé, trabalhe com perseverança e desfrute do amor, pois, esses três ingredientes, juntos, fazem a vida valer a pena. Um abraço. Mara Almeida”. Foto: arquivo pessoal
Para a Mara o que faz a vida valer a pena é o trabalho, a fé e o amor
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Mulheres
de visão Simples, donas de casa, cuidadoras dos filhos, da família, guerreiras e de visão sobre a sua importância no mundo
Foto: Revista O Comércio
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ssim é Sueli Picoli, 48 anos, que cuida da casa, do marido e dos dois filhos. Para essa cliente das Óticas Guarany há 18 anos, ser mulher é “ser guerreira, batalhadora e ter muito jogo de cintura”. Sua rotina é puxada, pois, acorda bem cedo (às cinco horas da manha) para “preparar o almoço dos meninos e outros afazeres domésticos”. Ela diz que é preciso cuidar da casa, deixá-la organizada. Seu trabalho, além do doméstico, é o de revendedora de produtos de beleza, ocupação de que praticamente toma todo o seu tempo durante o dia. “A atividade nos ajuda no orçamento da casa, além de que é preciso ter uma ocupação até como uma forma de solidariedade e exemplo aos filhos”, diz ela, que, escolheu a Ótica Guarany há quase duas décadas. “Faço os meus óculos, pelo menos um por ano, nessa loja desde que a Ana Lúcia assumiu. Não me canso de dizer que neste estabelecimento a gente encontra atendimento simpático e atencioso e a confiança na qualidade dos produtos”, elogia Picoli, lembrando que as atendentes não são apenas vendedoras, mas, pessoas que entendem do que fazem e também, amigas que “conversam sobre tudo e é por isso que, mesmo quando não preciso de nada de produtos, passo pela loja para dar um abraço nas meninas”. Outra cliente que é exemplo de mulher ativa e presente no dia a dia da família, é a paranaense de nascimento, mas, lençonse de coração, Inês Felix Zeferino, 39, que Fez o seu primeiro óculos aos 15 anos, e muitos outros na Ótica Guarany, “da querida Ana Maria”. Inês Zeferino diz que os óculos são sua ferramenta
Inês Zeferino também tem várias jornadas, porém dá conta de tudo
A rotina de Sueli Picoli é intensa mas permite também ser revendedora
A mulher ou ama, ou odeia; com ela não há uma terceira hipótese.
Sêneca
inseparável, em especial porque a ajuda na hora de colocar em prática seus dons artísticos da pintura. Ela também tem uma rotina com várias jornadas, começa por volta das cinco horas da manhã. “Acordo as filhas às 6h30, tomamos café e eu já vou para a padaria (ela é panificadora e também tem comércio de papelaria).” Resolve problemas administrativos de ambos e sempre passa par dar um oi para as meninas da ótica. Vai buscar as filhas na escola, faz o almoço. As duas horas da tarde está de volta na loja, as seis horas na
padaria, fica até as sete, vai para casa, todo dia essa correria. De segunda a sábado. Mesmo com o dia intenso de trabalho externo como comerciante e de dona de casa, ela ainda é “mãe dedicada e esposa amorosa”. Outros adjetivos para qualificá-la? É simpática e extrovertida e ótima companhia para pescaria ou para um bom filme, pois, conforme diz, “é cinéfila”. E um presente para o Dia Internacional da Mulher? “Ah, um dia num SPA para relaxar, mas, com as duas filhas em um final de semana!”. Fica a dica ao marido apaixonado.
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Lençóis Paulista Março de 2013 Foto: Revista O Comércio
Dona Cléo, paulistana, mulher de fibra que adora cozinhar para esposo e filhas, usa produtos Duraci
Paulistana
e lençoense A Duraci comemora 63 anos neste ano e festeja, pela qualidade, a conquista de clientes em Lençóis e na região
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as refeições na casa de Cleonice Amaral de Almeida Arantes, conhecida como Cléo, não pode faltar feijão e farofa. A mistura típica brasileira fica ainda melhor quando utiliza os produtos Duraci. “O feijão não fica duro. Até tentei usar outras marcas, mas não adianta, o da Duraci é o melhor! E a farofa é soltinha, não sei explicar, mas o gosto é incomparável”. A marca lençoense conquistou de fato a servidora pública aposentada. Em 1951 pelo Sr. Duílio Radicchi e Ettore Cavassutti era fundada a empresa Duraci - que começou como um armazém de secos e molhados em Lençóis Paulista. Quatro anos depois, em São Paulo, nascia Cléo, filha de pai militar e mãe enfermeira. Mesmo morando na grande metrópole até os 42 anos, conhecia a cidade antes “boca do sertão” e suas delícias, pois a família por parte de mãe sempre morou em Lençóis Paulista. “Quando era ado-
lescente e jovem vinha passar as férias aqui”. Em 1997, Cleonice decidiu se mudar para Lençóis junto com o marido e as duas filhas e há 16 anos, comemora o Dia Internacional da Mulher em solo lençoense. Ela é uma ‘mistura’ boa do interior com a capital, assim como, é boa a mistura do milho para pipoca Duraci e uma panela com óleo; estoura, alegra e dá sabor por onde passa. Aos 58 anos de idade, vive os privilégios da aposentadoria. “Por 30 anos trabalhei na loucura de São Paulo e tinha que cronometrar, me planejar para fazer minhas coisas. Hoje tenho tempo para cuidar de mim, passear no shopping, relaxar na piscina, ler a bíblia, ficar com meus cachorros, com minhas filhas, meu marido. Tudo, sem precisar me preocupar com horário para cumprir. É uma benção”. Buscando acompanhar as exigências do mercado moderno, a cerealista Du-
raci investe na modernização de sua estrutura física. Enquanto isso, Cléo também investe na modernização da decoração de sua casa e do seu guardarroupa. Atualmente, a cerealista atinge 15 cidades da região e pretende ampliar essa área nos próximos anos. Sempre preocupada em atender com a máxima qualidade, a Duraci está dentro de todas as normas de controle de qualidade. A paulistana também é preocupada em atender com máxima qualidade as pessoas em seu convívio, sejam amigas ou não. Ela sempre tem palavras de vitórias, positivas, de incentivo que passam pelo controle de qualidade dos ouvintes. Ela aproveita para lançar algumas à todas as mulheres. “Que possam ser sábias para edificar o trabalho e, principalmente, os lares que hoje são destruídos por tão pouco. E que sempre agradeçam a Deus pelo dom divino que é ser mulher”.
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.
Cora Coralina
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Na mulher interessante a beleza é secundária, irrelevante e até mesmo desnecessária. A beleza morre nos primeiros quinze dias, num insuportável tédio visual. Era preciso que alguém fosse de mulher em mulher anunciando: ser bonita não interessa, seja interessante!
Tati Bernardi
Ponto de encontro Padaria é o ponto de encontro, rápido ou mais prolongado, de pessoas que começam o dia de forma deliciosa
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uem é que não gosta de um pão fresquinho, quentinho, cheiroso, crocante, com manteiga, presunto e queijo, requeijão, geléia ou ainda outro recheio, bem como café puro ou com leite para começar bem o dia? As padarias, em muitas das cidades em nosso País, tem se tornado verdadeiros centros de refeição e estão muito além das tradicionais fábricas de pãezinhos. Nas padarias, encontram-se produtos à alimentação como bolos, salgados, sucos. Muitas pessoas até preferem tomar o seu café da manhã na própria padaria. Em todos os dias, às 06h10, dona Cecília Ribeiro Vieira busca na padaria Pão e Opção cinco bengalinhas para o café da manhã junto com alguns netos À tarde, se precisar, retorna, e compra mais dois pãezinhos. Ela mora ao lado da padaria, e é cliente fiel desde quando o estabelecimento foi inaugurado. “Além das coisas gostosas, como as roscas, o atendimento é ótimo, as meninas são muito boazinhas. Elas me chamam de vó”. A relação entre cliente e padaria é de extrema confiança. Ela, acredita na qualidade dos produtos, e eles (os administradores da Pão e Opção) em sua integridade, tanto, que alugaram a garagem de dona Cecília para guardar os carros da empresa.
Dona Cecília
É a mãe de cinco filhos, avó de dez netos e bisavó de cinco crianças. Morou grande parte de sua vida em sítio, por isso ama a vida no campo. “Com oito anos comecei a trabalhar, carpir, tirar leite de vaca, cuidar da horta.
A vovó Cecília acredita que ser mulher é, sobretudo, ter fé e paciência e crer em Deus que tudo dá certo A escolha de Ana Maria pela padaria Pão e Opção é porque o atendimento em casa ou no balcão é muito bom
Amava”. Casada há 57 anos, ensina a receita para fazer com que o amor perdure. Para ela, ser mulher é “ter muita paciência e fé em Deus, pois, só com Ele é que tudo dá certo”. É com carinho que a padaria Pão e Opção homenageia “sua vózinha”, querida de 77 anos.
Ana Maria
Também uma cliente desde quando a padaria foi inaugurada, Ana Maria da Silva Duarte, 56 anos, diariamente, vai à padaria para comprar pães e as vezes também tomar café. “Vou na Pão e Opção porque o atendimento tanto do balcão quanto de entrega em casa é muito bom”, afirma ela, que é professora aposentada e ativa como comerciante em sua loja de roupa. “Trabalhei durante 30 anos e continuo também como dona de casa.
Não consigo ficar parada!” E para ela, que valoriza o Dia da Mulher, ser mulher é participar ativamente da vida dos filhos, do marido. “Na minha idade, atingi alguns objetivos e me aposentei, mas, criei meus filhos e, atualmente, contribuo com a família, com minhas duas filhas e netos. E curto muito essa fase de avó. E como pessoa, sempre disposta a aprender, procuro ver o lado bom das pessoas, e, assim, me inspiro no lado positivo de cada uma que passa pela minha vida”, ensina a professora. O dia a dia é composto também pela leitura e, “atualmente, com essa maravilha do computador, fica bastante na internet, onde encontro a agenda de cinema, que gosto muito, livros, muita diversão. E ainda tenho um temo para a ginástica”.
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Sonho compartilhado Apoia todos os sonhos do marido e ajuda executá-los; Nilva Franco além de mulher modelo, é companheira de fato!
Foto: Revista O Comércio
O tempo de Nilva Franco é priorizado ao negócio que é o local de trabalho, mas, também, de interação
Não ligo de viver no mundo dos homens, desde que eu possa ser uma mulher nele.
Marilyn Monroe
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onforme o livro dos livros dos cristãos, a Bíblia, quando Deus criou a mulher da costela do homem e, ao que tudo indica, foi com a intenção de ter uma auxiliadora, uma companheira, alguém para dividir as tarefas e atribuições impostas pela própria vida não para ser mandada ou mandar. A comerciante Nilva Aparecida Horácio Franco é um exemplo do propósito divino, pois, desde que conheceu o marido, Edson, passou a apoiá-lo em todos seus projetos. “Os sonhos dele, são os meus sonhos, são os nossos sonhos”, afirma categoricamente, destacando que “sonho que se sonha junto, é sonho que constrói de forma coletiva”. Natural de Vanglória, distrito de Pederneiras e localizado nas proximidades dessa cidade, começou a trabalhar com 12 anos em uma empresa, onde perma-
neceu até se casar. Daquele momento em diante, conheceu, além do verdadeiro amor, o mundo comercial e a sua nova e inesperada profissão. “Era tímida, me escondia atrás do balcão. Comerciante mesmo era meu esposo”. Junto com o marido, então, começou um negócio em Areiópolis: uma loja de roupas. Quando se mudou para Lençóis Paulista, decidiu trocar de ramo, comercializar sapatos e abrir a loja Calçados Franco. A mudança deu certo e já dura 15 anos. Entre os sapatos de saltos, baixos, fechados, abertos, básicos e chiques, encontra-se a mulher antes tímida, hoje (aos 47 anos) comunicativa e que resolve praticamente todos os problemas da loja. “A timidez passou e realmente o que mais gosto no meu trabalho é conversar com os clientes”. A esposa dedicada, mãe
de três filhos (todos homens) pode ser considerada uma workaholic, termo usado para definir pessoas que adoram o trabalho e que não conseguem ficar paradas. Quando Nilva para, é para iniciar outra atividade, importante para o negócio: ler e se informar das tendências da moda, mas, “também tem um pouco de diversão, pois, além de saber e ficar por dentro do que está em moda, me divirto ao assistir televisão. Otimizo meu tempo, pois, realmente não o tenho de sobra. Quando vou ao cabeleireiro é tudo cronometrado, passo bastante tempo na loja, mas quer saber? Eu gosto”. E ensina. “Ser mulher é cuidar da casa, dos filhos, da família, do trabalho, de tudo ao mesmo tempo, e ainda com muito amor, o sentimento que move o mundo, logo as mulheres movem o mundo”.
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Lençóis Paulista Março de 2013 Foto: Revista O Comércio
Ser mulher é ter o dom de conciliar o trabalho de casa e externo com a grande prioridade: Deus e a família
Talento
descoberto Crescimento profissional com dedicação e respeito. É assim que a cabelereira Shirley Prandini consolida espaço
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m 1962, pela atuação no filme Duas Mulheres, a atriz italiana Sophia Loren recebeu o Oscar e ganhou fama. Em 1999, Shirley Aparecida da Silva Prandini, começou a trilhar também o caminho da fama quando abriu seu salão de beleza. O que as duas mulheres tem em comum? O sucesso. Shirley confessa que a atriz é o tipo de mulher que a inspira. Se Sophia tivesse a oportunidade de conhecer Shirley, a admiração seria recíproca. A lençoense começou aos 15 anos trabalhar no grupo Zilor. Logo após o nascimento dos filhos, decidiu ficar em casa para ser uma mãe mais presente, porém, fez cursos profissionalizantes como: costura, pintura, manicure para ajudar no orçamento doméstico. “Dava para conciliar família e trabalho com harmonia”. Quando levava os filhos
para cortar o cabelo, percebeu que talvez pudesse fazer o serviço, “foi quando comprei uma máquina de cortar cabelo e uma fita de vídeo contendo as instruções do uso. Passei a praticar”. A paixão foi tanta que decidiu se aperfeiçoar, abrir um salão em casa e seguir carreira. “Participei do curso de cabeleireiro na Casa da Cultura por um ano e já consegui conquistar algumas clientes. Por mais um ano, cursei Senac. Em seguida fiz o curso de especialização na academia Magno Alves”. Casada há 27 anos, mãe de dois meninos, com quem gosta de passar os finais de semana, Shirley destaca o apoio do marido. “Ele sempre me ajudou, até nas tarefas de casa, então com a ajuda dele completo 14 anos de profissão. Conto também com três colaboradoras, a Juliana que me acompanha há anos, a Amanda e a Lica”.
De terça a sábado se divide em trabalho, casa, e cuidados pessoais. No salão tem o prazer de ver clientes, que muitas vezes chegam depressivas, saírem felizes; em casa tem a oportunidade de passar os momentos mais agradáveis e importantes da vida ao lado do marido e filhos; e enquanto malha ou nada, relaxa para repor as energias. Por isso, afirma: “sou realizada”, mas completa: “sempre busco aprender mais”. Organizada, sempre planeja tudo, principalmente, sonhos. O próximo da lista, se fosse possível, gostaria de ganhar de presente hoje: “um salão novo”. Para ela, ser mulher é ser mãe, “que é a melhor realização”. E concluiu: “Percebi que Deus tinha me dado um talento e precisava colocar em prática, por isso sempre O coloco em primeiro lugar na minha vida. Sou muito feliz com tudo que tenho”.
Estou na caridade da evolução do meu ser. Quero ser menina, encontro-me mulher. Quero ser mulher, vejo-me menina.
Ferreira Gullar
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Quem não sabe aceitar as pequenas falhas das mulheres não aproveitará suas grandes virtudes.
Khalil Gibran
Fé e garra! Foi-se a época na qual a mulher era dependente do homem. Preta é a antítese de que não existe sexo frágil Foto: Revista O Comércio
Conforme diz o adágio popular: Deus ajuda quem cedo madruga. Preta continua com o mesmo pique do início
A paranaense de nascimento e lençoense de coração, Nardina Aparecida Martins, carinhosamente conhecida por Preta (apelido de infância dado pelo pai) tem uma história de vitória para contar. Hoje, dia 8 de março de 2013, comemora o 42º aniversário, e festeja as conquistas alcançadas ao longo da vida. A Revista O Comércio, celebra com ela. “Por tudo que passei e o lugar que consegui chegar, me considero uma vencedora. Agradeço muito a Deus, pois a fé Nele é que me sustentou”. Seu empreendimento, a Padaria Nativa, já completou aniversário de cinco anos. Na época em que abriu, estava casada e contou com o apoio do marido (que um tempo depois faleceu). “O começo foi muito difícil, tive que me adaptar, não tinha noção de na-
da. O que me fortaleceu foi o apoio do meu marido que já tinha tido contato com esse ramo. Nada tirava da minha cabeça de ter como negócio a padaria”. Até então, Preta nunca havia experienciado as rotinas e desafios do ramo comercial. Aos 15 anos, tomou a decisão que considera a mais radical de sua vida: largar os estudos para trabalhar e casar. “Fui morar na colônia da usina e comecei a trabalhar na roça, no corte de cana. Na vida temos opções, eu tive várias, mas optei por essa”. Novamente, por opção e oportunidade, largou a lavoura para cuidar da casa e dos filhos. Quando se casou com seu falecido marido começou nascer a ideia de um empreendimento próprio. “Quando me casei novamente trabalhei co-
mo promotora de vendas em um mercado da cidade, mas, como tinha que viajar bastante, ficava longe dos meus filhos. Então saí, e junto com meu marido, decidi fazer curso de panificação”. Em alguns momentos, Preta confessa que para prosseguir, se agarrou com fé em Deus e nos cinco filhos, três meninos e duas meninas. “Só assim consegui ficar forte”. A força e disposição são características da empresária, por isso não combina com a ideia da mulher ser o sexo frágil e submissa. Realmente, uma mulher que acorda 4h para fazer pão, entregas, cuida da parte burocrática e atender balcão não combina com essa teoria. “Ser mulher é estar a frente de tudo, é uma conquista em um mundo ainda machista. Amo ser mulher”.
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Unidad fe
A cumplicidade das três irm
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s irmãs Eliane Damasceno Cavalheiro, Valéria Damasceno Paschoalini e Izabela Damasceno e Souza cresceram vivenciando as rotinas administrativas e aprendendo atender aos clientes da loja Casa Primavera, de propriedade da mãe, Dona Didi. Quando não estavam na escola, estavam ajudando na loja. “Por, pelo menos meio
período a loja da Dona ra, mas e resolve estabele pouco d pas para e criança mesa e b tos. Mes e enten cio, as ir
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EDITORA RESPONSÁVEL: Gazeta Paulista Empreendimentos Editoriais Ltda. | CNPJ: 01.782.039/0001-70. COMERCIALIZAÇÃO E PRODUÇÃO: Bistrô Serviços de Publicidade Ltda. - ME. Rua 13 de Maio, Nº 1.347, Centro, Lençóis Paulista, CE Antonio do Carmo (MTB 18.993/SP). REVISTA O COMÉRCIO: (14) 3264-8187 e 3263-6886 | ocomercio@revistaocomercio.com.br | www.revistaocomercio.com.br. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, portanto, podem c
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Fotos: Cíntia Fotografias
de eminina
mãs Damasceno é que resultou no nome da loja: Cúmplice
o, a gente se dedicava a família”. a Didi era costureis gostava de vendas eu abrir uma loja. O ecimento vendia um de tudo. “Tinha roua homens, mulheres as. Roupas de cama, banho e até aviamensmo que gostassem ndessem do comérrmãs buscaram uma
formação profissional diferente. Eliane é fonoaudióloga. Valéria é professora e Izabela, fisioterapeuta. Entretanto, juntas, elas comandam a loja que em abril completa 42 anos de existência. Uma família de mulheres fortes, dedicadas ao trabalho, ajudou a escrever a história da Casa Primavera, a qual, posteriormente, viria a se tornar a Loja Cúmpli-
ce, especializada em moda masculina, feminina e adulta. A história das duas lojas soma 40 anos. O nome da empresa é uma referência à cumplicidade existente entre as irmãs. A fórmula do sucesso, para elas, está nos laços familiares. “Somos três personalidades diferentes, mas, que se completam. Fundamentamos nossas vidas no amor!”.
As belas e simpáticas Valéria, Eliane e Izabela posaram nos estúdios Cíntia Fotografias e apresentaram a nova coleção outuno-inverno 2013 que já está disponível na Cúmplice. Paulinha Maciel, que há muitos anos, atende as irmãs, foi responsável pela produção de cabelo e maquiagem das meninas
ernacional da Mulher
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IENTE
EP: 18683-370, CNPJ: 10.744.028/0001-97. TIRAGEM: 5.000 exemplares. CIRCULAÇÃO: Agudos, Borebi, Lençóis Paulista e Macatuba. DIRETORES: Anderson Prado de Lima e Breno Medola. EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL: Alcimir corresponder ou não à opinião desta revista.
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Quando olho para o meu passado, encontro uma mulher bem parecida comigo - por acaso, eu mesma - porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções.
Martha Medeiros
Primeira
e única
Desde sempre, Maria Elisa Giacoia trabalha como vendedora. Antes para uma única loja e hoje para si unicamente Foto: Revista O Comércio
Ser vendedora é uma paixão que Maria Elisa carrega consigo até hoje e ensina à filha Camila de 19 anos
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proprietária da Elisa Baby teve seu primeiro emprego como vendedora, ou como ela ressalta, “com muito orgulho, minha primeira e única profissão”. E gostou tanto, mas, tanto, que permaneceu por 15 anos na mesma loja. Por adorar fazer o que faz e até hoje, resolveu montar sua própria loja. E embora não fique longe o tempo que deixou a cidade Natal, São Manuel, relembra com um misto de nostalgia e ansiedade que “no começo, quando vim trabalhar em uma cidade na qual não conhecia ninguém, não foi nada fácil”, mas, como ela própria diz: tirou de letra, porque, logo já se sentiu “em casa, porque Lençóis Paulista uma excelente cidade, com um povo maravilhoso e hospitaleiro”.
E ela que adora a família que tem e curte reuni-los para um gostoso churrasco, afirma que se sente mesmo em casa, afinal, “seis anos em Lençóis Paulista já é um tempo onde as amizades e a clientela constituídas é para não trocar a cidade por nenhuma outra mesmo!” Maria Elisa tem um traço forte, de mulher batalhadora, a típica perseverante! “Os obstáculos estão aí mesmo que é para a gente ficar ainda mais forte”, diz ela, que é lutadora, trabalhadora, rigorosa consigo mesma, mas, também, sociável e que, adora “reforçar o vínculo familiar. Já disse que meu maior prazer é estar com minha família, é juntá-la em torno de uma mesa. Isso não tem preço, independentemente do que possam pensar”. Bem, ela gosta dos pa-
rentes, mas, também, e especialmente, de si mesma e, por isso, não se faz de rogada quando o assunto é compras de modo geral, de roupas e de maquiagem. Também, não dispensa a boa forma física, a malhação, porque “isso é saúde!”. Nesta época da comemoração do Dia Internacional da Mulher, ela entende que “ser mulher é estar em mil lugares de uma só vez, é fazer mil papéis ao mesmo tempo, é ser forte e fingir que é frágil!”. E ela vai mais longe na sua avaliação sobre essa dádiva de cuidar, sobretudo de pequenos seres, pois, “ser pai e mãe ao mesmo tempo, sendo mulher, é mesmo uma bênção divina!”. E o que gostaria de ganhar como presente por ser a mulher que é? “O melhor e mais caro presente é continuar a ter saúde e paz!”
Especial Mulher
Lençóis Paulista Março de 2013
Carinhosamente
retratadas A empresa de Isabela Salvador Galassi Cochi e a advogada Cilmara Corrêa de Lima Fante estão sempre bem nas fotos Isabela Cochi conta sobre a experiência de transformar sua vida em doce chocolate Fotos: Cíntia Fotografias
A advogada Cilmara Fante elogia o profissionalismo de Cíntia Fotografias e de sua equipe de profissionais
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hocolates são bem vindos em todas as estações do ano, em todos os momentos como, também, os direitos dos cidadãos. Chocolate e respeito aos direitos não fazem mal a ninguém! Brilhantes trajetórias marcam histórias pessoal e empresarial em imagens as quais, certamente, estão guardadas na memória e também em retratos. E esses retratos são da lavra artística de Cíntia Fotografias. A história da fábrica de chocolates Bella’s Trufas, sob a batuta de Isabela Cochi, começou devido a uma dificuldade financeira que se apresentou próxima da Páscoa e a levou a produzir os ovos para presentear os parentes e amigos. “Fabricamos tudo em casa mesmo e como sobraram algumas unidades de trufas as levei no colégio para começar a vender e o pessoal gostou bastante do produto. Nessa época morávamos em Penápolis. Anos depois, retornamos para Lençóis Paulista e começamos a fabricar os produtos para vender aos conhecidos”, conta Isabela Cochi. Num retrospecto, diz, ainda: “fiz faculdade de
administração de empresas na USC e todos conheciam os meus produtos e sabiam que eu vendia na faculdade para ajudar nas despesas. Por isso, me convidaram para mostrar a “ideia” na semana do Empreendedor que o SEBRAE. No final da palestra que ministrei, os consultores disseram que eu deveria investigar a respeito de um ponto comercial, que os produtos iriam ficar mais rapidamente conhecidos, foi então que decidi abrir a Bella’s Trufas. A fotografia, o registro de imagem, é presença em vários momentos da vida da advogada Cilmara Corrêa de Lima Fante, que destaca: “a Cíntia e o Fabrício são muito queridos para mim e minha família. Além de registrar casamentos, batizados, aniversários de toda família, especificamente registraram momentos especiais da minha vida como meu casamento e as fotos de minha querida filha Laura.” Cilmara Fante não se cansa de elogiar – e indicar os serviços de Cíntia Fotografias – “porque o atendimento é impecável, sua equipe é composta de pro-
fissionais competentes e dedicados que buscam sempre eternizar através da fotografia momentos tão especiais de seus clientes.”. Advogada, Formação em Direito pela Faculdade de Direito de São Carlos, Cilmara Fante se especializou em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 1998, ingressou no escritório Machado, Lara Campos como estagiária, Assessora Jurídica e Advogada até o ano de 2006. Em novembro de 2006, abriu seu próprio escritório em parceria com outros advogados, buscando otimizar ao máximo as operações jurídicas, garantindo agilidade e segurança nos procedimentos. “Atuamos de forma preventiva, evitando litígios e riscos, buscando a melhor solução para nossos clientes atuando no consultivo e contencioso” , diz a advogada, chamando a atenção para que todas as mulheres tenham respeito e amor por si próprias e que no decorrer da caminhada não se esqueçam de que “sempre que carregamos o dom supremo de gerar vida no qual Deus nos confiou!”.
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Lençóis Paulista Março de 2013 Foto: Revista O Comércio
Visionária, a empresária aposta em estampas clássicas e tendências
Tecer, tear,
batalhar Entre tecidos para festas e roupas está a araçatubense rumo a grandes realizações em território lençoense Todo dia é dia da mulher de todo dia, de todas as horas, minutos, segundos.
B
atalhadora, personalidade forte, séria, firme, taurina. Casada com o Edson, mãe da Fernanda e do Guilherme. Dona do Empório do Tecido. Essa é Aline Ferreira de Oliveira França, a mulher que não desiste. Até tentaram induzí-la a desistir do projeto de vender a casa que morava em Araçatuba para investir em tecidos. Isso mesmo, seu plano, que pode ser chamado de sonho, era pegar o capital arrecadado com a venda do imóvel e aplicar em estofo, pano, trama. Loucura não?! Mas a loucura deu certo e o sonho já completa três anos. O sucesso de França como empresária era uma certeza. Também pudera: desde os 13 anos, na legião mirim de Araçatuba, sua cidade natal, trabalhou no comércio. “Comecei em
uma loja de roupa infantil. Completei a maioridade e continuei atuando no mesmo lugar. Só saí quando ganhei meu primeiro filho”. À convite de uma amiga foi trabalhar em uma loja de tecido. A paixão foi tamanha que resolveu junto com o marido abrir um empreendimento com o mesmo conceito. “Minha amiga nos deu grande ajuda. Acho que também foi a única, tamanha era a loucura”, brinca. Foi, então, que descobriu Lençóis. Ou melhor, Lençóis recebeu o talento de França. “Meu cunhado morava em Agudos e sempre falava de Lençóis, que o comércio era bom, era forte, quando viemos visitar a cidade, gostamos, achamos o ponto bom e tudo foi dando certo, se encaixando”. A adaptação no universo dos tecidos não foi
tão difícil, pois a mãe de França é costureira, então “sempre estive ligada com tecidos, já entendia bem do assunto”. A aceitação do povo lençoense também foi imediata “é um povo muito acolhedor”. Na rotina, ela enfrenta a batalha da maioria das mulheres brasileiras: conciliar trabalho com família. “É uma luta diária, que dá maior satisfação e orgulho quando superada. E só a mulherada mesmo que consegue tal feito”. Realizada, França nunca imaginou ter o que tem hoje, e com a teimosia boa de toda taurina, acredita que com muito trabalho pode galgar degraus acima, mas se conscientiza a todo instante. “Perto do que tínhamos, o pouco que tenho hoje já pode ser considerado muito. Por isso, só tenho a agradecer”.
Especial Mulher
Lençóis Paulista Março de 2013
Do mundo
da moda Atendimento e organização nas duas lojas da Ok Modas são aprimorados pela juventude de duas mulheres Cíntia é comunicativa e independente, porém, moderna à moda antiga
Bruna é calma, reservada, mas, está sempre conectada às novidades fashion Fotos: Revista O Comércio
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s duas gerentes da loja Ok Modas são jovens, bonitas e promissoras. Há cinco anos na gerência da loja 1, Bruna Torres Varavallo, 28, é despojada, descolada e moderna. Enquanto que a gerente da loja 2, Cíntia Graciela dos Santos, 29, é independente e moderna. “Sou inquieta e atenta”. A carreira profissional das duas é bem parecida. Bruna sempre trabalhou no comércio, sendo que há onze anos está na Ok. Já Cíntia completa cinco anos de loja e quatro na gerência, mas, desde sempre, atua no ramo comercial. O que também une as duas jovens mulheres é o interesse pela moda. “Se bem que me considero mais uma consumista do que uma ‘fashionista’, mas sou fascinada por moda”, declara Cíntia. “Costumo ficar na internet sempre ligada nas últimas tendências”, confessa Bruna. O que difere uma da outra é a forma como conduzem a rotina de oito horas diárias de loja. Uma, a animação em pessoa, enquanto outra, é mais reservada. Cíntia é ligada
O que fizeste para a mulher, isso ela pode esquecer, mas nunca esquecerá aquilo que para ela não fizeste.
André Maurois
nos 220 volts. “Não paro, sou uma pessoa muito ativa, é uma loucura”. Bruna, mais calma, mantém-se serena até mesmo quando a loja está cheia. As duas concordam que os melhores momentos que uma mulher passa é ao lado das pessoas que ama, por isso, sair a noite com namorado e amigos é o hobby preferido das duas. “Toda mulher procura ser completa. Quando estou com minha família, meu namorado e amigos, me sinto totalmente satisfeita”, diz Bruna. “Ao mesmo tempo em que sou independente, sou muito apegada a minha
família e as pessoas queridas. É maravilhoso estar junto”, expressa Cíntia. Inspiração para Bruna é a apresentadora, publicitária, blogueira, Julia Petit, referência no mundo da moda. Dona Maria Benedita, mãe de Cíntia é quem inspira a gerente. “É meu grande exemplo”. As duas concordam que ser mulher é uma dádiva divina e que é preciso ser guerreira para cumprir o chamado. “Ser mulher é fazer de tudo um pouco, conciliar família, emprego e relacionamentos da melhor forma possível. Ser mulher é ser tudo”.
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Carinho e
dedicação As lençoenses Eliane Araújo e Elisangela de Barros Silva têm prazer em cozinhar com produtos Safra Sul
Fotos: Revista O Comércio
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oi com a mãe Maria das Graças que Eliane Cristina Araújo Pereira, 27, aprendeu a cozinhar e que no cardápio diário é indispensável na mesa o famoso feijão. Ela garante que só mesmo o feijão Ubirama dá o diferencial no sabor de uma boa feijoada, no tutu ou no virado à paulista. “Ele é realmente excelente”. Eliane é super-moderna, adora variar seu cardápio e levou para sua casa esse gostinho bem brasileiro. Sempre com sorriso no rosto, Eliane Pereira é do tipo de mulher que nunca se abate. Nas reuniões de família sempre está presente e disposta a cozinhar sua famosa feijoada. “Sou daquelas que conquista pelo estômago. É minha arma secreta”, brinca. Há quarenta dias, a auxiliar de escritório, vivencia a maior alegria que uma mulher pode ter: a de ser mãe. Casada há seis anos, deu a luz a Kamila Vitória.
“Para preparar o feijão é preciso dedicação”, diz Eliane Pereira
As mulheres são feitas para serem amadas, não para serem compreendidas.
Oscar Wilde
“Agora, sim, me sinto completa e realizada”. E ela deseja para aquelas que assim
como ela tem o imenso prazer de ser mulher “passos firmes e escolhas sábias”.
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ozinheira de mão cheia. É assim que Elisangela de Barros Silva é conhecida por aqueles que já tiveram o prazer de experimentar sua comida. Há três anos trabalha como cozinheira do Buffet Lopes e tanto em casa quanto no trabalho usa o arroz Safra Sul. “Ele rende mais, fica soltinho, no ponto”. Nascida em Recife, Elisângela Silva se mudou para Lençóis com um ano de idade, com o pai e mãe, a responsável pelos ensinos culinários. “Tive a melhor professora, minha mãe, que é uma excelente cozinheira”. Talvez por isso, é que a pernambucana é o grande sucesso na cozinha. Casada e mãe de cinco filhos, passa também para as filhas o aprendizado que teve com a matriarca. “Minha filha casada também cozinha bem e só usa arroz Safra Sul”. Extremamente
Tanto em casa quanto no trabalho, Elisângela Silva usa o arroz Safra Sul
apegada à prole, Elisângela confessa controlá-los por celular. “Como tenho uma rotina com horários difíceis, trabalho praticamente todo final de semana, fico no celular perguntando se estudaram, escovaram os dentes, entre outras coisas”. Ela se orgulha por conquistar as pessoas, como diz o adágio popular ‘pelo
estômago’. “A sogra da minha irmã que tinha mania de dar comida para as pessoas que estavam tristes. Eu dava risada, mas é verdade. É uma satisfação tanto para quem está comendo, quanto para quem prepara a comida. Amo quando passo cinco horas cozinhando, e em apenas cinco minutos devoram tudo”.
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Alunas exemplares Alunas do Instituto Ana Nery, Camila Rosa Gomes,19 e Lucélia Fátima Lino, 42 buscam realizar seus sonhos
Fotos: Revista O Comércio
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jovem e extrovertida, Camila Rosa Gomes, está de bem com a vida. Assim é que se mostra porque sempre brincalhona e, ao mesmo tempo, ansiosa, porém, meiga. Ela estuda química há um ano no Instituto Ana Nery, mas, já sonha com a universidade na mesma área e, claro, quer “ser bem sucedida profissional e pessoalmente, constituir uma família. Enfim, ser feliz”. E o que é ser mulher? De pronto, diz: “é poder usufruir de tudo o que já foi conquistado, por nossas ancestrais, com muita luta, para podermos ter um lugar de valor dentro da sociedade. É ter charme, paixão pela vida, gerar um filho, ter garra, para ser mãe, namorada, esposa, amiga, trabalhadora e ainda carregar um belo sorriso no final do dia!”. Bem, mas, nem tudo é luta, batalha e a guerra do dia a dia, e ela diz: “amo comprar sapatos, roupas, perfumes, adoro me maquiar, sair com os amigos e o namorado nos finais de semana, dançar, assistir filmes.” E o presente do Dia da Mulher? “Gostaria que todos os meus sonhos se realizassem!” Mais madura, porém com espírito jovial, Lucélia Fátima Lino, cursa técnica em enfermagem há dois anos no Ana Nery – já tendo ali realizado o curso de auxiliar de enfermagem já de posse do devido registro profissional (Coren). “Para mim, estudar no Ana Nery foi uma forma de buscar minha formação, que, claro não foi nada fácil no começo” diz Fátima Lino. O instituto, afirma foi o seu alicerce e, por isso, recomenda-o a quem quer estudar e aprender de verdade. “Nem terminei o curso, me sinto respeitada e a minha família tem orgulho de mim”, diz Fátima Lino, emocionada,
Camila sonha com o curso de engenharia química e com o avanço das mulheres
Lucélia estudou e é auxiliar de enfermagem, mas ela quer mais, muito mais
O coração de uma mulher deve estar tão escondido em Deus, que o homem deve procurar a Deus a fim de encontrá-lo.
Max Lucado
e que não se cansa de dizer que ama o que faz! Em sua sala de aula, “todos estão trabalhando na área de técnico de enfermagem” informa ela, ressaltando que, como enfermeira particular, já ajudou, com seus procedimentos profissionais, na recuperação de muitos enfermos. Ser mulher? “É ser guerreira, lutar pelo que quero e conseguir concretizar seus desejos e sonhos. Eu consegui o meu com muita luta e sacrifício. Ser mulher é ser tudo, é ser mãe”. E ela não se descuida da família, que ama, especialmente, as filhas Tamires, 24 e Juliana, 18. Lucé-
lia Lino é uma vencedora! A vida é de jornada extenuante, e só tem folgas nos domingos. Ela entra às sete da manhã e sai as cinco da tarde, depois, tem a escola. E aos sábados? Bem, aí é hora de diversão, pois, sai com as amigas, gosta de conversar e de assistir a um bom filme. “Ir ao shopping em Bauru, curtir a vida, tem que ter um espaço para nós mesmas” e, claro, isso só foi possível com a melhoria financeira advindas da formação. Próximo sonho? “Gostaria de fazer minha faculdade de enfermagem e continuar sempre em busca do conhecimento!”
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Finesse e beleza A trajetória de Eunice Dalbem, proprietária do instituto de beleza Fino Trato é digna de nota e elogios
Foto: Revista O Comércio
Determinada, batalhadora, elegante e mulher que construiu seus próprios espaços: físico e conceitual
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o longo de 35 anos, a empresária da área de beleza, relembra como tudo começou: “eu ainda era menina e minha mãe acabou que por me inspirar o dom pela profissão. Era vaidosa, toda semana frequentava salão para arrumar as unhas e cabelos. Eu tinha 15 anos e, certo dia, ela pediu para que eu enrolasse o seu cabelo com bobs, pois adorava encrespá-lo para dar volume”. Ainda conforme Eunice Dalbem, “os cabelos eram compostos de fios finos e dessa forma ficavam mais bonitos. Naquela época alguns salões enrolavam os cabelos das clientes com cerveja, pois não existiam fixadores, depois é que inventaram o laque”, lembra-se. Bem, de tanto acompanhar a mãe, sua musa inspiradora, resolveu ingressar em um curso de manicure e já começou trabalhar e foi assim que foi conquistando clientes que gostavam de seu trabalho. E há clientes desde a sua época de 15 anos até hoje e muitas delas, são também grandes amigas. “Passados alguns
A natureza feminina é complexa e rica, é mãe natureza, é mulher fortaleza.
Luís Alves
anos, tive outro sonho realizado: o de ser professora! Conclui o magistério e o curso para pré-primário, lecionei por quase 3 anos e continuava trabalhando como manicure”, lembra-se, com detalhes. De lá para cá, conta, teve oportunidade em trabalhar em duas grandes empresas, experiência como recepcionista, operadora de telex (não existia computador), auxiliar de escritório e secretaria. Ela considera essas passagens, como “experiências ótimas para crescimento amadurecimento” que lhe acrescentou muito como ser humano. Contudo, o que ela queria mesmo, era poder “trabalhar com a autoestima das pessoas e foi assim que surgiu essa oportunidade maravilhosa de trabalhar com uma amiga que já era cabelereira
na época. Foram oito anos juntas”. Em abril de 1999, abriu o próprio salão com o nome Fino Trato Instituto de Beleza. “Hoje consegui formar uma equipe com colaboradoras para cabelo e manicure, após anos de dedicação, recebi o reconhecimento público em 2011, por causa de nossos serviços de qualidade e com preços acessíveis. Amo minha profissão. E acho gratificante ver a clientela satisfeita, depois de cada serviço executado”, diz Eunice Dalbem, que, ainda, opina: “ser mulher, vejo por mim, tem que ser forte, batalhadora, equilibrada, senão não consegue ter jogo de cintura!”. Ela agradece, “a Deus, em primeiro lugar e também aos amigos e clientes pela preferência e porque sempre me incentivaram e acreditaram no meu trabalho”.
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Firme e sublime Tânia Orsi defende que a força da mulher está em sua feminilidade e na sensibilidade, mas, também, na firmeza
Não ligo de viver no mundo dos homens, desde que eu possa ser uma mulher nele.
Marilyn Monroe
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ma mulher de verdade sabe ser feminina e sensível, mas, também, tem que ser firme, rígida e consegue ser mais racional que emocional quando necessário. Consegue ser esposa, mãe, amiga e profissional, mesmo aos tropeços, mas sem desistir, administrando os problemas e, ainda, apoiando outras pessoas em sua vida. E tudo isso sem deixar de ser mulher, de ser cuidadora, de ser sensível às situações em sua volta”, diz a jornalista de 31 anos, com especialização em Comunicação Organizacional e que, no dia a dia, trabalha como gerente de comunicação coorporativa no Santa Catarina Supermercados. Ainda segundo ela, mulher de verdade vive a vida real e não se decepciona quando percebe que não é igual aquela super mulher das novelas e do comercial e que, além de dar conta de tudo, está sempre linda, cheirosa e de bom humor. Sim, as mulheres sonham em ser perfeitas... Isso é muito difícil. “Nesse sentido, admiro muito minha mãe que até hoje é o arrimo de nossa família e que, mesmo com os filhos criados e aposentada, continua ajudando os filhos, os netos, os parentes a ainda arruma tempo pra trabalhos voluntários”, orgulha-se. Ela reconhece que hoje em dia as mulheres não tem mais essa mesma fibra de mães e avós, porém, em favor da nova geração,
“
Mulher de verdade vive a vida real e não se decepciona com a ficção
há o mundo rápido, corrido, conectado. Fica difícil ter energia para tudo isso. Os desafios são outros, mas ainda diz gostar de pensar que um dia conseguirá fazer tudo o que sua mãe faz com a mesma maestria! Sobre conquista de espaço profissional e político, Tânia Orsi, diz acreditar que sempre há o que se conquistar. “A mulher realmente se desvencilhou de vários tabus, ganhou espaço e conquistou direitos. Tudo isso foi válido. Entretanto, atualmente, tem mulher perdendo sua feminilidade e querendo competir com os homens. Não acho isso saudável. Homens e mulheres tem, sim, os mesmos direitos, mas, são essencialmente diferentes e cada um tem sua função na vida social. Acho que esses valores estão se perdendo, o que tem trazido tristezas e confusões na vida de ambos.” Relativamente, a questão religiosa, em especial com o processo de escolha do novo papa, por que não a escolha de uma papiza?
“Se isso não fosse contra os dogmas católicos, mas, isso exigiria mudanças na Igreja Católica e sobre as quais não sou apta para comentar. Deixando religião de lado, acredito que homens e mulheres são igualmente capazes de assumir as mais diversas funções. Como mulher posso, atestar que temos uma característica que pode ser bem útil: a capacidade de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, sem ficar totalmente maluca. Se for bem usada, essa capacidade feminina nata pode ser uma vantagem quando assumimos um cargo de liderança.” E um cargo ou função mais rude, ou, ainda, é preciso que fiquem em funções que não exijam tanto esforço físico? “O homem, geralmente, tem mais capacidade física que a mulher. Entretanto, não vejo problema de uma mulher assumir funções que exigem mais esforço físico, se ela tiver capacidade física para isso e se sentir a vontade!”
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Lençóis Paulista Março de 2013 Foto: Revista O Comércio
As mulheres da loja, batalhadoras homenageadas: Deane, Fabiana e Cristiane
Antenadas Atentas diuturnamente, especialmente no trabalho e em casa nos cuidados aos filhos e aos seus maridos parceiros Toda mulher tem no seu íntimo uma magia própria de fazer acontecer, de dar um jeito, de dar o peito, dar um colo, de fazer bem feito.
Caroline Salcides
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ssim são os dias de três lençoenses atuantes, casadas, dedicadas ao trabalho e ligadas ao ritmo moderno e tecnológico do mundo do trabalho de também de suas casas, família, no dia a dia das atribuições sociais. Elas são as eficientes colaboradoras da loja de equipamentos e dos serviços de telefonia Vivo, segmento que tem se destacado pela qualidade de produtos, serviços e do especial atendimento ao cliente. Fabiana Cândido, 32, é a gerente, adora o seu dia a dia no trabalho, mas, tem uma segunda jornada, em casa, no cuidado à família, composta de esposo e uma filha. Para ela, ser mulher é todo esse contexto de atuações, é também lutar junto com marido para conseguir ter bens materiais e imateriais de inestimável valor, como, por exemplo, “o de uma boa educação para a filha”. Mas para guerreiras como ela, é preciso, “sobretudo, ser forte e independente”. Outra lutadora, que
também cumpre as várias jornadas e os desafios que a vida – e também ela a si própria – impõe é Deane Rocha, 34 anos. E dentre esses desafios estão os de, “a cada dia, aperfeiçoar os conhecimentos sobre o trabalho, saber o que o cliente busca para poder lhe oferecer o melhor e mais eficiente por custo adequado”. Ela tem duas filhas e desafios e sonhos a concretizar. Profissionalmente, sempre, “é manter-me atualizada sobre o que de mais eficiente e moderno a empresa tem a oferecer aos seus clientes, seus planos de minutos, custos, quantidade de tempo adequada, enfim, fazer com que o usuário de nossos produtos e serviços sintam-se satisfeitos”. No campo pessoal e, especialmente, “como mulher e esposa, construir um caminho a dois, com tudo de bom que a parceria oferece e proporciona ao casal”. Cristiane Santos, 39, tem, praticamente, a mesma visão de mundo de suas colegas de trabalho, as quais, em comum, além
de ser mulheres e casadas, tem a jornada extra profissional, ou seja, a casa e a família própria e os parentes. No aspecto profissional, ela diz que está fascinada com “esse universo tecnológico e de comunicação tão necessário quanto indispensável. Ninguém mais hoje pode viver sem uma ferramenta como o telefone celular e muitos dos serviços que a telefonia disponibiliza”. Todas as entrevistadas são unânimes no pensamento de que é as mulheres tem conquistado o seu merecido espaço na sociedade brasileira e não sem ter empreendido muita luta e dedicação. O Dia Internacional da Mulher, para elas, é uma data especial na qual as mulheres do mundo devem elevar seus pensamentos para que a humanidade pense que é preciso garantir a paz, pois, só ela conseguirá fazer com que valores como a família, o trabalho, a saúde e fraternidade estejam sempre presente e na vida de todos!
Lençóis Paulista Março de 2013
Decisiva Ex-aluna de um curso técnico, em passado não muito distante, se qualifica e se credencia como dona de escola
Fotos: Revista O Comércio
Natália Neves Rosa tem 22 anos, e tem negócio em área tão exigente quanto concorrida: cursos de qualificação profissional! É diretora da Qualifica Profissões, em Macatuba, que oferece cursos de informática, inglês, administração, atendente de farmácia e drogaria, técnico em açúcar e álcool, hardware e redes. “Comecei dois cursos universitários mas desisti porque queria poder ajudar a formar as pessoas a ter profissão que o mercado necessita”, diz ela, lembrando-se, com saudades, de seu tempo de “estudante de curso técnico de informática”, quando, teve “excelentes mestras que me fizeram tê-las como espelho”. A referência e o seu maior norte é mesmo a sua mãe, Rosemeire, “uma
O que mais me fascinou foi a maneira que as mestras nos ensinava
guerreira, batalhadora e quem sempre me disse para não desistir de meus sonhos!”. No Dia Internacional da Mulher, ela faz questão de mencionar como exemplos, não a si própria, mas,
as ex-alunas Maísa Malavasi e Bruna Benjamim, monitoras nos cursos às crianças. Para finalizar, a diretora Natália da Qualifica Profissões, chama a atenção para a necessidade da qualificação!
Feminilidade Arlete Camargo é a inspiração às mulheres para manter autoestima elevada quando o assunto é beleza
Em prol da feminilidade é que trabalha Arlete Machado Camargo. “Acho que hoje as mulheres confundem que o fato de ter independência e disputar cargos profissionais com homens está relacionado com a perda da feminilidade. Sou a favor de nunca esquecermos que somos frágeis e femininas, a única característica que é própria nossa”. Aos 43 anos, se divide em ser esposa, mãe e empresária. Ela atende noivas e madrinhas na Realce Noivas e todas as personalidades do sexo feminino em seu salão, o moderno e chiquérrimo La Femme. O sangue de comerciante circula em suas veias, pois desde pequena ficava no comércio do pai - quando ainda residia em Mauá, São Paulo. A relação com o mundo da beleza começou há oito anos quando começou desenvolver penteados e maquiagens para festas, porém, “as clientes tinham
Sempre elegante, a empresária trabalha no ramo da beleza há oito anos
a necessidade de um espaço maior, pois queriam preparação total como hidratação, depilação, manicure, pedicure. Ela se considera uma mulher apaixonada; amante do
seu trabalho e de sua família. “Sou casada há 25 anos, tenho três filhas maravilhosas e uma família linda. Não me vejo sem eles, vivo por eles. Talvez se não fosse mulher, não seria tão realizada”.
As mulheres fazem habitualmente da confiança a primeira necessidade da amizade.
Madame de Stael
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