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LÍVIA HUEB
PEQUENOS GUERREIROS
PEDIATRA LÍVIA HUEB FALA DAS REAÇÕES DAS CRIANÇAS AO NOVO CORONAVÍRUS; PARA ELA, MESMO COM A VITÓRIA CONTRA A DOENÇA CADA VEZ MAIS PRÓXIMA, CUIDADOS DEVEM PERMANECER
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Você sabia que, felizmente, estudos indicam que as crianças são menos suscetíveis à infecção pelo novo coronavírus (Covid-19)? É isso mesmo! Sem contar que os sintomas da doença são, na maioria das vezes, ausentes ou inexistentes. Segundo médica a pediatra e neonatologista, Dra. Lívia Hueb, isso se deve provavelmente a uma resposta imunológica mais rápida e mais efi caz contra o vírus.
“Durante esse período, todas as crianças que tiveram a doença apresentaram uma recuperação por completo. Não trabalho diretamente na enfermaria de Covid-19, portanto, meu contato é reduzido, mas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, os casos foram raros e todos tiveram alta”, lembra a médica. O trabalho dos profi ssionais da saúde, principalmente nos piores momentos da pandemia, também foi, é e continuará sendo essencial para que tanto os pequenos quanto os adultos possam, fi nalmente, se ver livres do vírus. “Profi ssionais da limpeza, enfermagem, administrativo, médicos, enfi m, muitos arriscaram suas vidas por um salário, muitas vezes, baixíssimo”.
Apesar do clima de otimismo, é sempre bom reforçar que os protocolos de prevenção à doença devem continuar. No caso das crianças, a regra é a mesma. “Acredito que ainda é necessário manter os cuidados de isolamento e higiene das mãos até que tudo esteja superado. Uma coisa que me chama muito atenção é a resiliência, a responsabilidade e a adaptação que as crianças tiveram com o uso da máscara. Isso também foi muito importante para a baixa disseminação do vírus”. Tudo isso, é claro, aliado ao avanço da vacinação. “Vacinas precisam de tempo para serem testadas, e essa população de crianças foi a última a ser estudada. Acredito que, em pouco tempo, teremos várias marcas de vacinas para serem utilizadas”.
Para fi nalizar, Dra. Lívia fala das lições que a pandemia tem deixado à toda população. “Para mim, a grande lição que fi cou disso tudo é a fragilidade do ser humano. Avançamos tanto em tecnologia e fi camos perdidos e derrotados por um vírus. Mas, acredito que tudo na vida tem um propósito. E se passamos por tantas perdas, por tanto sofrimento, devemos tirar algum aprendizado disso tudo”.