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SOBREVIVENTES

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FOCUS

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VENCENDO

ELES FORAM ACOMETIDOS PELO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19), TIVERAM COMPLICAÇÕES E QUASE NÃO RESISTIRAM. MAS A FÉ E O TRABALHO INCANSÁVEL DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE TROUXERAM DE VOLTA A ESPERANÇA, QUE LOGO SE TRANSFORMOU EM REALIDADE.

THIAGO HENRIQUE TUDIÇAKI

“Fiz o teste rápido em uma das unidades de saúde no dia 09 de junho deste ano e o resultado foi positivo. Precisei do amparo médico no dia 11 do mesmo mês, pois me sentia cansado, com febre, calafrios, dor no corpo. A minha saturação foi a 88 e, após a tomografi a, foi verifi cado que o meu pulmão estava comprometido em 35%. Com isso, a Dra. Geovana achou melhor eu ser internado e, assim, ter melhores cuidados. No primeiro momento fi quei na enfermaria, utilizando o cateter de oxigênio (e medicações). Achei que estava dando resultado, no entanto, na madrugada do dia 13 de junho para o dia 14 de junho, meu estado de saúde piorou.

No dia 14 de junho, acharam que era melhor eu ir para UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nesse momento, fi quei muito nervoso, pois logo quando cheguei na UTI acharam melhor fazer o processo de intubação. Os médicos e enfermeiros falavam que eu estava muito cansado e ofegante. Posso dizer que esse foi um dos piores momentos, pois quando você recebe a notícia que vai ser entubado, é porque você não está bem. Foram dois dias até que fui extubado, mas mesmo assim eu estava com o pulmão 90% comprometido. A ideia inicial seria entubar novamente, no entanto, resolveram apenas fazer uso do aparelho de alto fl uxo, junto com a troca da medicação e com isso comecei a apresentar melhoras.

“Quando olho para trás e vejo o que eu e minha família passamos, o quanto sofremos, que foram 17 dias de sofrimento, angústia, é muita alegria. Como diz a Dra. Geovana, hoje tenho duas datas de aniversário: 14 de dezembro, quando nasci, e 28 de junho, quando renasci, tive alta e sai curado do hospital”.

A COVID-19

CARLOS ALBERTO PINTO GUEDES

“No dia 16 de dezembro de 2020, me senti um pouco incomodado à noite ao dormir e, como estavam todos falando dos sintomas da Covid-19, decidi pedir ao meu fi lho que me levasse à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para passar com um médico. Avisei a minha esposa e minha enteada que eu estava descendo e elas, preocupadas, foram lá também. Pouco tempo depois, o meu resultado positivo saiu e fui direto para a internação, porque estava com a saturação baixa e difi culdades para respirar.

Fiquei internado durante uma semana no Hospital Nossa Senhora da Piedade e devido a complicações, tive que ser transferido para o Hospital Carlos Fernando Malzone, da cidade de Matão. Foram aproximadamente 38 dias de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), tempo este que não me lembro de nada, pois estava totalmente sedado.

Tenho uma imensa gratidão primeiramente a Deus, também à Dra. Geovana, Dr. Heitor, Dr. Murilo, Danilo Breda (fi sioterapeuta) e Simone Torres (enfermeira que cuidou de mim em casa). Também agradeço a todos os meus familiares, bem como amigos que não se cansaram de rezar pela minha recuperação”.

SABRINA AMOEDO DOS SANTOS

Minha História com a Covid-19 começa no início da segunda quinzena do mês de maio deste ano, quando o meu marido começou com os sintomas e procurou atendimento médico. Ele testou positivo na época. Diante disso, como protocolo, também procurei a Central Covid e solicitei consulta e teste por estar com o marido positivado. Neste dia, não testei positivo. Mesmo, fazendo isolamentos em casa, após três dias do teste negativo, eu comecei a ter sintomas gripais. Voltei ao atendimento da Central Covid o teste resultou em positivo.

Fui medicada e comecei a quarentena em casa, sob observações e com vários remédios já prescritos. Minha oxigenação esteve controlada por oito dias. No nono dia da minha quarentena, comecei a ter novos sintomas, muita dor no corpo e fraqueza. Procurei neste momento, atendimento médico com a Dra. Giovana. Eu já estava sem controle nos índices de oxigenação. Fui internada imediatamente na ala de enfermaria da Covid-19 do Hospital Nossa Senhora da Piedade no dia 01 de junho, data esta que começou a mudar muita coisa na minha vida. As dores aumentaram, a falta de ar também, e não me lembro mais nada, por estranho que pareça. Minhas lembranças, são de um médico chegar ao lado de minha cama e dizer: ‘você fi cou entubada por cinco dias e tenha a certeza que será curada. Calma, tudo fi cará bem’.

Ao todo foram 20 dias internada, 20 dias de muito sofrimento de toda a minha família e amigos. Digo hoje que fui salva pelo poder da oração e pela competência e insistência dos profissionais da saúde, que tanto lutaram para salvar as vidas que por lá passaram. Sou e serei eternamente grata a todos que me acompanharam de diferentes formas. Não somos donos de nada. Apenas conquistamos e convivemos, sem saber realmente o que será do amanhã”.

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