Editorial
E o futuro? Ainda esperamos por ele?
A
inda é tempo para acreditar no Amapá como um estado de potencial da Federação Brasileira. Comemoramos neste dia 13 de setembro apenas 68 anos da criação do Território Federal do Amapá e 23 anos da transformação em Estado. Um estado jovem nesta cronologia. Em 2011 o Amapá festeja 111 anos da assinatura do Laudo Suíço, ocorrido dia 1º de dezembro de 1900, com a vitória diplomática do Barão do Rio Branco, garantindo definitivamente as terras do Amapá ao território brasileiro. E no dia 1º de junho, com a interligação da ponte da integração entre Oiapoque e São Jorge, o Brasil e a França reatam os laços do intercâmbio, abrindo a porteira para o comércio, turismo e laços culturais. É um novo tempo que começa com uma crise econômica sem precedentes na história do Amapá, fruto amargo pendurado no fio da penúria. O reflexo desta crise afeta os setores essenciais: saúde, educação, segurança e desemprego, deixando o governo encurralado numa camisa de força, com manifestantes nas ruas protestando e exigindo os direitos. Prática contumaz do então deputado estadual e atual governador Camilo Capiberibe, preocupado com o telhado de vidro, que agora é dele. Acreditamos que é possível reverter este quadro com trabalho, confiança, criatividade e muita seriedade. O Japão soergueu-se depois de destroçado por duas bombas atômicas e hoje é a emergente e potencial economia tecnológica do planeta. Só os mais ousados garantem essas mudanças. Os marqueteiros ensinam que é na crise que a publicidade deve ser fortalecida. E ao invés de aumentar os impostos, investir na pequena e média empresa, que vem recompensar com geração de emprego, renda e impostos, além de reduzir o número de leitos nos hospitais e na penitenciária. Nesta nova e delicada tarefa todos devemos estar envolvidos nesta proposta. É por isso que acreditamos no sucesso do Estado e na capacidade do governador mais jovem deste País, que deve aliar-se à juventude das ideias para encontrar formas para reverter este quadro.
Et le futur ? L’attendons-nous toujours ?
I
l est encore temps de croire en l’Amapá en tant qu’état à potentiel de la Fédération Brésilienne. En ce 13 septembre, nous fêtons les 68 ans seulement de la création du Territoire Fédéral de l’Amapá et les 23 ans de sa transformation en Etat. Un état jeune dans cette chronologie. En 2011 l’Amapá fête les 111 ans de la signature du Laudo Suiço, du 1er décembre 1900, et la victoire diplomatique du Barão do Rio Branco, qui garantit définitivement les terres de l’Amapá au territoire brésilien. Et le 1er juin, avec la liaison d’Oiapoque et de Saint-Georges par le pont de l’intégration, le Brésil et la France renouent les liens de l’échange, ouvrant le portail pour le commerce, le tourisme et les liens culturels. De nouveaux temps commencent avec une crise économique sans précédent dans l’histoire de l’Amapá, fruit amer pendu au fil de la pénurie. Les réflexes de cette crise affectent les secteurs essentiels : santé, éducation, sécurité et chômage, laissant le gouvernement coincé dans une camisole de force, avec des manifestants dans la rue protestant et exigeant leurs droits. Pratique coutumière du alors député de l’état et actuel gouverneur Camilo Capiberibe, préoccupé par le toit de verre qui est à présent le sien. Nous voulons croire qu’il est possible de renverser la situation par le travail, la confiance, la créativité et beaucoup de sérieux. Le Japon s’est relevé après avoir été détruit par deux bombes atomiques et aujourd’hui est l’émergente et potentielle économie technologique de la planète. Seuls les plus audacieux garantissent ces changements. Les spécialistes de marketting nous enseignent que c’est pendant la crise que la publicité doit être renforcée et que, au lieu d’augmenter les impôts, il faut investir dans les petites et moyennes entreprises, qui viennent récompenser par la création d’emploi, de revenu, d’impôts, et réduit le nombre de lits dans les hôpitaux et les prisons. Durant cette nouvelle et délicate tâche, nous devons tous être engagés dans cette proposition. C’est pour cela que nous croyons au succès de l’Etat et aux capacités du gouverneur le plus jeune de ce pays, qui doit s’allier à la jeunesse des idées afin de trouver des façons de renverser la situation.
Nesta Edição
Raimundo Costa de Souza Superintentende
06 | Entrevista Antônio Feijão
Sebastião Barreiro Crisanto Diretor de Jornalismo REG-MTB 145/DRT/PA
08 | As estatísticas e o trânsito
Marcio Bezerra Diretor Comercial
10 | Dep. Paulo José: O diplomata das Relações Exteriores do Amapá
12 | Caçoene: Um município em expansão à
sombra da história
aniversário do Amapá
convênio com AL do Amapá
20 | Solenidade do Senado homenageia 68º
Elpidio Amanajás Diretor Corporativo e Correspondete em Brasília REG.MTB 8468/DF Edi Prado Editor Chefe REG.MTB 16137 DRT/RJ Colaboradores: Lívia Andrade, Wagner Ribeiro, Raul Tabajara, Paulo Araujo Oliveira, Sabrina Miranda
21 | Universidade do Senado Federal firma
Foto da capa: Hélida Pennafort
24 | Perfil: Sônia Maria Rezende Pinheiro
Tradução: Marco Poli
28 | Portos Turísticos: o caminho da redenção
30
econômica | Ampliação e modernização do Trapiche Eliezer Levi
31 | O porto de Fazendinha
32 | Informações históricas sobre Macapá 33 | Coral do TJAP comemora aniversário com
Recital “Folcloreando”
SESSÕES
09 - Mirando 18 - Olhar Social 22 - Estados da Amazônia 22 - Dos 80 para mais de 100 34 - Artigo Édi Prado 4 | Setembro 2011 | Olhar Amazônico
Produtora de Arte: Érika Bezerra Circulação BRASIL: Amapá, Pará, Amazonas, Acre, Maranhão,Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Brasília GUIANA FRANCESA: Caiena e Georgetown PANAMARIBO: Suriname Conceitos emitidos em artigos são de responsabilidade dos autores, não refletem a opinião desta revista. Contato reportagens: ediprado@amapaditigal.net (96) 9974-0465 / (96) 8129-2066 Contato comercial: amapadigital@amapadigital.net (96) 8124-9796
Uma publicação
CNPJ: 05.018.654/0001-66 Revista Olhar Amazônico Fone: (96) 3224-1406 Rua Eliezer Levy, 2322 - Centro CEP.: 68.900-140 Macapá - Amapá
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09 | Equinócio, uma atração emocionante
Entrevista:
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Antônio Feijão
por Barreiro Crisanto
O Amapá, estado mais preservado do Brasil, não consegue implantar as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do agronegócio, dos setores de biocombustíveis, aquicultura, ecoturismo, logística e da importante indústria florestal
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O Secretário do Meio Ambiente, Antônio da Justa Feijão, é formado em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Pós-graduado em Gestão Ambiental pelo IBPEX do Paraná e Perito e Auditor Ambiental (MBA) pela Fundação Osvaldo Cruz. A mídia global costuma criminalizar no atacado, a existência das economias inscritas nos diversos cenários amazônicos? Este é uma grande ação orquestrada planetariamente e visa a “antartização” da floresta e a intocabilidade de grande parte das incomensuráveis riquezas. Num futuro muito próximo seremos separados: de um lado as florestas e do outro, cidades e economias agrárias. As Sociedades Caboclas Amazônicas ainda viverão sob o manto da ignorância tecnológica por algumas dezenas de anos. O Brasil de hoje já é um adjetivo: a Amazônia. Nem o futebol, Pelé ou o Samba superam essa marca global. Precisamos destituir da “Grande Mídia Nacional e Planetária, que
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nossas sociedades residentes e imemoriais não são mais uma turba social invasora. Somos, juntamente com essa imensa “Hiléia de Humbold”, um grande e harmonioso planeta sociocultural e ambiental. O que fazer para equilibrar essas relações entre homem, trabalho e meio ambiente? A Amazônia é muito mais vista e falada pelo verde do que pelas necessidades das sociedades. O desencontro dessas realidades e dos mundos culturais com o grande arcabouço legal que o Brasil, quase sempre, impõe à Amazônia – é o grande fator do desequilíbrio geossocial. O Prof. Armando Mendes, num debate no Senado, defi-
niu com a profunda maestria semântica: “A Amazônia é muito mais que natura. É essencialmente cultura”. O Ministro Mangabeira Unger, logo após sentir e adotar essas desesperanças socioeconômicas e culturais no discurso foi rapidamente satanizado no governo Lula e ambientalistas gravitacionais. Ele, inquisitoriamente foi sentenciado, por defender que, sem legalizar as realidades agrárias fundiárias da Amazônia, não existiria equação de equilíbrio para o meio ambiente . Não há equilíbrio socioambiental sem equidade jurídica. Em sua opinião, a “preocupação” ambiental sobre a Amazônia é menos ecológica e muito mais econômica? A Amazônia tem que ser a prioridade na
agenda Nacional como agente planetário climático. Mas também como cenário socioeconômico global. Não há prioridade na agenda nacional tão relevante para o futuro do Brasil e do mundo que chegue perto da importância do uso sustentável de nossa Grande Floresta. A agricultura e a agroindústria no Sul, Sudeste e Centro Oeste já não têm mais escala para grandes projetos nacionais. Somente a Amazônia tem escala e insumos ambientais, que podem de forma sustentável suprir boa parte das necessidades e demanda através de um projeto nacional, com forte projeção e governança mundial. A nossa região será solução para resolver a pobreza social que atingirá o fluxo urbanizador que atinge as médias e as cidades brasileiras. A Amazônia tem que ser vista com uma grande solução nacional e global e nunca como uma chaga ambiental planetária. A implantação de nova ordem jurídica compatível com nossas realidades poderá mudar os cenários rurais e urbanos de nosso Amapá? Há dois grandes desafios amazônicos para serem enfrentados. A qualidade de vida de nossas cidades e um amplo programa de ordenamento ambiental e espacial das economias na Amazônia Legal, com forte atenção e ação na regularização fundiária. Para se entender um pouco da dimensão dessas dificuldades, produzidas pela falta de títulos de propriedade de terra rural. O Amapá, estado mais preservado do Brasil, não consegue implantar as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do agronegócio, especialmente o setor de biocombustíveis, aquicultura, ecoturismo, logística e da importante indústria florestal. Há reconhecimento do Governo Federal e da sociedade planetária sobre nosso sacrifício de sermos o estado mais preservado do Brasil? Não. O mundo capital e os cientistas das grandes nações navegam em um grande mar de hipocrisia. Em minhas andanças em conferências pelo Brasil, apresento dados estatísticos oficiais onde o Amapá, sustenta quase 98% das coberturas florestais preservadas, além de Roraima e Acre, estados tipificados por economias tidas de florestania ou de sustentabilidade ambiental. Quando comparamos os dados e índices econômicos e de qualidade de vida, constatamos que os estados mais preservados ambientalmente são os mais empobrecidos socialmente. Não haverá desenvolvimento sustentável sem incorporar
uma escala compatível com o mercado e a necessária inclusão social. O Desenvolvimento Sustentável tem que ser, inexoravelmente, socialmente includente e com escala mínima regional. O Estado como instrumento normatizador e incentivador poderá promover o verdadeiro desenvolvimento sustentável includente? O formato de desembarque e colonização da doutrina de Desenvolvimento Sustentável vindo da Europa, no início dos anos 90, para os países do hemisfério Sul ou em desenvolvimento, foi um estelionato ecológi-
“O Desenvolvimento Sustentável vindo da Europa no início dos anos 90 para os países do hemisfério Sul ou em desenvolvimento, foi um estelionato ecológico, com amplos prejuízos socioambientais às sociedades desses países” co, com amplos prejuízos socioambientais às sociedades desses países. No passado o Amapá foi vítima dessa enganação. Nosso estado precisa incentivar novos consórcios econômicos, onde as empresas aqui instaladas possam implantar uma equação consorciada de crescimento econômico com uma ampla e consistente base de responsabilidade socioambiental. Algumas delas já iniciaram a construir esse novo caminho; outras estão procurando diálogo com o governo do estado numa concreta sinalização de que o Amapá priorizará as concessões de uso e beneficiamento de insumos ambientais e logísticos, aquelas que priorizarem a Responsabilidade Empresarial Socioambiental. Governo e Assembléia terão que preparar um consistente e confiável arcabouço legal regulatório para que dentro dele, os novos e atuais empresários encontrem segurança e motivos para se instalarem ou verticalizarem os negócios aqui
já instalados ou em fase de implantação. O mundo global já colonizou as nossas riquezas e já alterou os nossos destinos? Tenho grandes preocupações sobre a nossa capacidade de proteger e decidir o destino do Amapá e das incalculáveis riquezas. Não está claro, por exemplo, de que maneira a sociedade planetária poderá exigir os direitos sobre os recursos naturais sem violar a soberania de nosso país e sem tolher nosso próprio futuro. E nem como e por quem os direitos sobre os bens e serviços ambientais serão exercidos, numa nova ordem planetária de Governança Global, sem ferir os direitos das sociedades locais que conservam e protegem esses bens ambientais. Recentemente houve uma audiência pública na Justiça Federal para tratar da questão das contrapartidas da criação do PARNA Tucumucumaque. Lamentavelmente o próprio Ministério Público Federal e a Advocacia Geral da União não estiveram presentes. Parece que nesse desfile ecológico o povo é um adereço que dá os primeiros passos da avenida. Não somos contra compartilharmos os nossos recursos naturais, nossa importância nos sistemas geoclimáticos, mas queremos essencialmente globalizar nossa realidade social e dividirmos com o País e a humanidade, o direito de termos uma verdadeira cidadania planetária. Não se pode ter a Amazônia como Colônia Ambiental Planetária ou uma Antártica Tropical, sem nos ter juntado a ela e com todos os nossos problemas e realidades. Especialmente nossa pobreza social urbana. Não tem como nos descolonizar de nossa própria existência e história. A preservação em demasia poderá num futuro próximo, ensejar a cobiça bélica de nossos territórios ambientais por nações como a China e o próprio USA. É tempo de lembrar o Oriente e da nova colonização bélica da OTAN. O Brasil pode mudar a forma de governar a Amazônia? O Estado Nacional precisa debater mais seriamente tanto no Congresso Nacional quanto em escala mundial, o valor e o respeito a nossa existência e construir conosco uma política de desenvolvimento e conservação ambiental para a Floresta Amazônica, com a criação de mecanismos permanentes de compensações econômicas locais, regionais e globais, em face de nosso esforço de ceder ao Brasil e ao mundo, grandes espaços territoriais preservados. É hora pensar localmente e agir globalmente. Olhar Amazônico | Setembro 2011 | 7
Equinócio
Uma atração emocionante
Obra que todos veem
Quando é tempo de mudanças é preciso que essa mudança se efetive. Há séculos que os políticos perpetuam a frase: água e esgoto são obras enterradas que ninguém vê. Até cego vê quando toma banho, faz a barba, cozinha, rega o jardim, bebe água e após o uso sanitário dá a descarga. E ainda ninguém vê? Tira esses serviços essenciais e aí os políticos vão ver o que é bom para guariba. O que falta é divulgar os benefícios dos serviços de água tratada e esgoto para ser lembrados e ‘vistos’ a todo instante.
Estacionamentos
A situação está a cada dia mais dramático. Não existe estacionamento nas zonas operacionais e residenciais no centro da cidade. E a cada dia surgem novos espigões sem que a prefeitura, CREA e outros setores ligados à construção civil, para que só liberem obras quando no projeto estiver incluído o estacionamento. Um prédio com 100 apartamentos deve ter no mínimo 200 vagas. Não existe lugar para 200 carros no meio da rua, sem segurança e sem estreitar ainda mais os espaços para o pedestre e outros veículos. O ser humano continua sendo a ‘peça’ mais importante numa cidade.
Vagas cativas
Está virando moda, inclusive em Tribunais e órgãos de Justiça, que deveriam ser exemplos, reservar vagas com cones para os senhores juristas. A praça, ruas, avenidas e todas as vias públicas, são públicas. Que direito eles têm em assegurar espaços em lugares públicos? A Constituição garante que todos são iguais perante a Lei e porque eles querem ser mais iguais que os outros? A cidade precisa ser pensada como um todo e os órgãos públicos devem ser os exemplos. Está na hora de fazer as adequações necessárias.
Insegurança
A situação está numa espiral crescente. Pelos cálculos dos economistas 15 mil pessoas tiveram o contrato de trabalho vencido neste governo. Cada família com no mínimo cinco pessoas, são 75 mil pessoas desesperadas em busca de sobrevivência. E sem trabalho e sem condições de gerar renda, geram assaltantes, traficantes e outros profissionais nada qualificados para uma convivência pacífica. Não adianta ampliar o presídio. É mais prudente criar frentes de trabalho e qualificar a juventude e depois contar com a mãozinha do governo para que novos empreendedores possam encontrar uma saída neste beco obscuro.
Equinócio é uma palavra que deriva do latim (aequinoctium), e significa “noite igual”, e refere-se ao momento do ano em que a duração do dia é igual à da noite sobre toda a Terra. Astronomicamente isto se dá quando a Terra atinge uma posição em sua órbita onde o Sol parece estar situado exatamente na intersecção do círculo do Equador Celeste com o círculo da Eclíptica; ou seja, instante em que o Sol no seu movimento anual aparente pela Eclíptica, corta o Equador Celeste, apresentando declinação de 0º. Equinócio Vernal (21/03), assinala a entrada da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. É especialmente considerado pelos Astrólogos, pois este “Ponto Vernal”, marca o início do Signo de Áries, a entrada do Sol no Signo de Áries, que marca o início do Zodíaco. É quando o Sol, no seu movimento aparente, passa do hemisfério sul para o hemisfério norte. O Equinócio Outonal (23/09), marca a entrada do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul, chamado também de “Ponto de Libra”; instante em que o Sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul. Na figura abaixo, veja uma representação da insolação terrestre relativa a este Equinócio. Neste período a Terra recebe em ambos hemisférios a mesma intensidade de luz solar.
SOS Caesa
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Ligue Caesa. Pode até existir este número para informar sobre vazamento de água tratada ou nos raros esgotos em via púbica. Mas o serviço não existe. Dá para imaginar uma empresa, que assume ter 70% de água tratada perdida em termos de faturamento e ainda jogar fora outro expressivo percentual com a água que se esparram pelos canos por falta de manutenção ou acidente, enquanto muitos clamam por uma gota? Nenhum ser vive sem água. Nenhum. E a expressão vende como água é a mais precisa e nem precisa de publicidade e o governo ainda tem que bancar mensalmente mais de R$ 1 milhão para cobrir os prejuízos? Tem muita coisa errada nestes canos. Olhar Amazônico | Setembro 2011 |
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Deputado Paulo José
O diplomada das Relações Exteriores do Amapá por Édi Prado
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fotos Raiz Tribal
udo começou há cinco anos quando as Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa e de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, foram acionadas pelos deputados da Assembleia Legislativa do Amapá, propondo audiência pública para tratar do caso da brasileira morta dia 19 de abril de 2008, na fronteira com a Guiana, quando era deportaTortura e morte - A brasileira Nerize Dias de Oliveira, 36 anos, foi morta dia 19 de abril, quando esta sendo deportada para o Brasil. O marido de Nerize afirma que ela foi jogada no rio Maná pela polícia francesa. Além de não retornar para o resgate proibiu qualquer ação dos demais brasileiros à bordo da catraia. A versão da polícia francesa é que Nerize teria caído na água devido a uma manobra da embarcação. O corpo foi encontrado no dia 26, pelo marido, que fez o resgate por conta própria. No laudo pós mortem não consta a causa. Ela foi sepultada na Guiana. Nerize tinha um corte profundo na cabeça, indicando que, provavelmente, foi atingida pela hélice do barco que deportava os brasileiros.
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Dep. Paulo José com autoridades locais na Guiana Francesa
Deputado Paulo José Sem eco - A audiência pública no Aclamado - O Dep. Paulo José, Senado foi acertada, pelo então dehabilidoso e diplomático advogado, putado estadual Camilo Capiberibe preenchia os requisitos essenciais para (PSB/AP), presidente da Comissão presidir esta comissão. Alegou não sade Direitos Humanos e Minorias da ber o idioma francês e outras desculAssembléia Legislativa do Amapá, pas para livrar-se desse perigoso desacom o Senador Paulo Paim (PT/RS), fio. Tudo inútil. Foi empossado. Isso presidente da Comissão de Direitos. na gestão do então presidente da AL, O episódio ganhou destaque nacional Jorge Amanajás. De acordo com o art. e internacional. Mas as soluções para 37 do regimento interno da AL, a misresolver este impasse foram ficando são consiste em defender os interesses para depois. O então deputado estainstitucionais com o platô das guianas dual e atual senador Randolfe RodriFrancesas, Paramaribo e Suriname. gues, propôs a criação da Comissão de PJ em Paris – O Dep. Paulo José, Relações Exteriores e Defesa do o PJ, viajou para Lion, na França em Estado, nos moldes da comissão do dezembro de 2009, para um estudo sosenador federal, para tratar dos consbre os avanços e recuos nessa relação. tantes conflitos envolvendo brasileiDessa viagem nasce a necessidade do ros nas guianas. 1º Encontro Internacional Transfron-
teiriço, realizado nos dias 3 e 4 de junho de 2009, envolvendo o Platô das guianas e autoridades francesas, vindas de Paris. O garimpo ilegal foi o tema principal. Na época quase 40 mil brasileiros estavam ilegais naquela região. Em 2008 quando o presidente Nicolas Sarkozy esteve no Amapá, juntamente com o presidente Lula ele foi enfático em dizer que seria implacável e inflexível com os brasileiros ilegais. Por pouco ele não provocou um novo abalo nessa relação diplomática. O presidente Lula teve jogo de cintura para não aquecer o debate. Sarkozi convoca os deputados para uma visita de cordialidade a Guiana. A meta era reduzir o índice e a forma cruel de deportação e expulsão de brasileiros. Pelos cálculos havia em média 30% de brasileiros com mais de cinco anos na ilegalidade, sem a carta de Séjou. PJ conseguiu a inédita redução de 80% desses conflitos e deportações. Foi colocado à disposição dos
brasileiros e familiares, telefone 08000967542 como um SOS vida para que eles tivessem um canal de acesso ao socorro, orientação e ajuda em todas as situações envolvendo brasileiros, inclusive o translado de corpos para o Brasil. A meta é instalar um escritório regional , por meio do Ministério de Relações Exteriores ,em Oiapoque para atender essa demanda. Ponte de Integração - PJ acompanhou desde a elaboração do projeto até agora. “A ponte é de integração e não pode nem deve ser transformada num novo muro de Berlim. E sim num instrumento de interesses entre os países”, enfatiza PJ. A parte física do lado francês, como a construção da aduana, postos fiscais e de saúde estão concluídos. Do lado brasileiro nem a cabeceira da ponte está aterrada. “Falta tudo”, lamenta o deputado. Ele diz que a intriga entre empreiteiros tem causado este embaraço para a conclusão das obras. Reconhece a falência social e eco-
nômica de Oiapoque. Os problemas persistem na fronteira. Existem 109 brasileiros presos, entre eles 10 mulheres, envolvidos em pequenos furtos, uso de drogas e tráfico de pessoas, causando problema de ordem social nos departamentos ultramarinos de Guiana, Guadalupe e Martinica. O senador Randolfe e o deputado federal, Bala estão empenhados em solucionar esses problemas. O 2º Encontro está marcado para os dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro em Guiana . Temas: banda larga, saneamento, energia elétrica, saúde pública envolvendo as doenças tropicais, controle de endemias e outras doenças, aduaneira, tecnologia e segurança fronteiriça, além de reforçar a Lei de reciprocidade: os franceses também terão que entrar no País legalizados. Como o Brasil não faz parte do Mercosul, somente ao Projeto Courrou é preciso rever esse cenário de relações internacionais de comércio, reforça PJ.
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Especial
Especial
Calçoene
Um município em expansão à sombra da história por Édi Prado
A
prefeita Maria Lucimar da Silva Lima confessa que está vivenciando fases antagônicas para gerenciar o município. Embora se sinta parcialmente realizada por remover Calçoene do barranco político e administrativo em que se encontrava, às vezes sente-se inquieta e impotente diante de tantas burocracias, o que a obriga a afastar-se com frequência do município, para resolver os entraves na busca permanente de recursos junto ao governo estadual e federal.
Luta sem trégua - “Ser prefei-ta num município com uma econo-mia insípida e que precisa de investimentos para alavancar esta economia e ficar dependente de solução é um exercício que exige além de paciência e sacrifícios”, revela a prefeita Lucimar Lima. Sente-se também fortalecida com o reconhecimento da população pelo empenho que tem feito para transformar Calçoene num município habitável. “Quando assumi
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a prefeitura, entrada da cidade mais parecia um convite para retornar. Um lamaçal esburacado no inverno e muita poeira no verão. Agora tanto os moradores quanto os visitantes estão sendo recepcionados com uma via urbanizada, com calçadas e arborização”, orgulha-se.
Roupa nova - Ela diz que está refazendo pelo menos a sede do município, sem deixar de lado as comunidades do interior. Restaurar prédios públicos como escolas, postos médicos e até a sede da prefeitura, além de quitar débitos eoutras preocupações emergenciais têm sido a rotina dela. “Calçoene, que era o patinho feio do Estado e que agora desperta o desejo sedutor de candidatos. É como e menina feia que ninguém quer, mas após um banho de loja e adquirir alta estima, passa a ser a mais paquera- da do lugar, compara” Lucimar Lima. Ela admite que ainda tenha que enfrentar muitos
desafios, mas sente-se orgulhosa por ter provada para ela mesma, que está dando conta do recado e vem sendo reconhecida pelo trabalho que está sendo realizado.
Praia de Goiabal - É a única praia estruturada e banhada pelo Oceano Atlântico do Estado do Amapá. Está localizada a 14 km de distância da sede de Calçoene. O percurso é feito por meio de uma estrada de terra totalmente trafegável, para chegar a quase intocada praia do Goiabal, que começa atrair visitantes de todo o Estado e dos turistas do Platô das Guianas: Guiana Francesa, Paramaribo e Guiana Holandesa. Mesmo ainda com a aparência barrenta, típica dos rios amazônicos, a água é salgada. A praia tem aproximadamente 70 km de extensão. BR asfaltada - A BR 156 encontra-se totalmente pavimentada de Macapá a Calçoene. O tempo estimado de
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viagem é de 3:30 h. No local além da estrutura viária em ótimas condições composta de malocas, 36 banheiros, chuveiros, iluminação elétrica, pousadas e restaurante, gerenciado pelos simpático casal Jairo Edgar e Carla Lopes. O local é atraente e reina a paz. Outra grande atração é a revoada de pássaros e patos selvagens colorindo a paisagem.
Pioneiro - Almerindo Soares Lisboa, 90 anos, o morador mais antigo da região, que nasceu naquele recanto paradisíaco, mas se criou no Pará, levado pelos avós. Mas depois que ficou ‘taludo’, diz ele, retornou para tornar-se um produtor agropecuário. E para não ficar totalmente ocioso, devido à idade, gerencia um pequeno comércio, onde ele é atração principal. Os turistas adoram ouvir as histórias que ele narra do lugar. Ele conta que o então governador Nova da Costa foi quem abriu a picada para Goiabal, encurtando a distância até a sede do município, que antes era um dia, inteiro tanto por terra quanto de embarcação e hoje se faz “num instantinho”, graças ao empenho e preocupação da prefeita Lucimar Lima, que tem feito muito coisa por nós, declara ‘Seo’ Almerindo. Fatos históricos - A história de Calçoene começa em 1893 , com a descoberta de ouro no leito do rio Calçoene, pelos brasileiros Germano e Firmino Ribeiro, naturais de Curuçá (no Pará). Nesse tempo, um morador da Guiana Francesa de nome Clemente Tamba, também encontrou bastante ouro. Essas descobertas levaram os franceses a ocupar a região, reacendendo a questão do Contestado Franco-Brasileiro. Fato que gerou vários conflitos envolvendo brasileiros do Amapá e franceses de Caiena, culminando com a vitória diplomática de Barão do Rio Branco, assegurando aos brasileiros e a anexação da área ao Estado do Pará, em 1º de dezembro de 1900, com a assinatura do Laudo Suíço.
INFORMAÇÕES n Nome oficial: Município de Calçoene n Lei de criação: Nº 3.056, de 22 de dezembro de 1956 n Limites: Norte: Oceano Atlântico Sul: Amapá e Pracuúba Leste: Oceano Atlântico Oeste: Oiapoque e Serra do Navio n Área: 14.269 km2 n População (IBGE 2010): 9.000 habitantes n Comunidades principais: Calafate, Carnot, Cunani, Goiabal e Lourenço. n Distância da Capital: 384 km n Produção: Mineração, pecuária, lavoura de subsistência e a pesca. n Transporte: Rodoviário, fluvial e aéreo Possui um aeroporto e várias pistas de pouso para garimpo n Clima: Tropical super úmido n Atração turística: Lagos, igarapés e pesca esportiva Divisões Fisiográficas n Clima: Tropical chuvoso. n Temperatura: Média: 30 °C Máxima: 34º C Mínima: 21º C As chuvas ocorrem com maior frequência nos meses de janeiro a julho, chegando a atingir 3 mil metros. O verão vai de setembro a dezembro. n Relevo: Constituído de planície pluvial de superfície erosiva. n Vegetação: Formada por serrados (savanas) e floresta tropical densa. n Hidrografia: Rio Amapá Grande, Rio Calçoene, Rio Cassiporé e Rio Cunani, Cultura, Lazer e Turismo.
Cunani CALÇOENE Goiabal Lourenço
MACAPÁ
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Especial
Especial
Sítio arqueológico desperta interesse da comunidade científica mundial Pesquisador do Observatório Nacional afirma ter encontrado “Stonehenge brasileiro”
O Origem da palavra – Etimologicamente a palavra Calçoene significa Cunha do Norte. O nome nasceu da nomenclatura, formada pela Fazenda Nacional, no início do século, para designar as área de garimpo do Amapá. Foram concebidas quadro áreas: Calço N (de Norte), Calço S (de Sul), Calço O (de Oeste) e Calço L (de Leste). As minas de Daniel e Firmino, que deram origem ao município de Calçoene, ficavam exatamente no Calço N. Localiza-se na parte centro-nordeste do Amapá, e limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Sul com os municípios de Amapá e Pracuúba, a Leste com o Oceano Atlântico e a Oeste com Oiapoque e Serra do Navio. Economia - Em 14 /03/1, um grupo empresarial uruguaio Sanza se instala em Calçoene, com uma unidade de produção de 87 mil hectares, para produção de óleo de dendê. O grupo promete fazer, neste município, o maior viveiro de dendê da América Latina, com 2,1 milhões de mudas. Foram investidos R$ 3,5 milhões até 2001. O sonho acabou por falta de investimento e incentivo do governo estadual e o projeto se transformou num campo abandonado 14 | Setembro 2011 | Olhar Amazônico
(Portal Amazônia, 14.03.2001).
A realidade em 2011
- Atualmente as principais atividades produtivas do município são a Agropecuária, a silvicultura, o extrativismo, o comércio e serviços. A garimpagem e a pesca são ocu-
rios públicos são os que mais contri buem para a economia do município.
Festividades - No mês de junho
organiza-se o Festival do Caranguejo, e em dezembro, festividades em louvor à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Conceição.
sítio arqueológico de Calçoene, no norte do Estado do Amapá, distante 384 km da capital Macapá, na latitude de +2 graus 37’ (hemisfério Norte), tem várias pedras monolíticas que estão fincadas no solo, algumas com até quatro metros de altura. Interpretações - São classificadas como menires (pedras) e do tipo cromeleque (em formato circular), encontrados em outros locais do mundo. O local está no alto de uma colina, e as pedras possuem pequena inclinação, relacionada com o movimento do Sol no céu, em um círculo de 30 metros de diâmetros. As pedras maiores estão num círculo de 20 metros. Relatos históricos - Segundo dados do Instituto de Pesquisas Científica e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), o local foi descoberto por Emilio Goeldi em 1905, e data de 1.500 a 2.000 anos, sendo depois estudado pelo etnólogo alemão Curt Niemandaju, no início da década de 20. Na década de 50, o casal de arqueólogos norte-americanos Cliffords Evans e Betty Meggers também estive estudando o local, que fica distante 14 km do centro da cidade de Calçoene.Mas tudo isso ficou no esquecimento por muito tempo e até muitos dos moradores nunca tinham ouvido falar do local. Só a partir de 2005/2006 é que o sítio arqueológico, que já está conhecido como “stonehenge brasileiro”, e por interesse do Governo do Estado do Amapá, passou a ser estudado com detalhes pelos arqueólogos
Mariana Petry Cabral e João Darcy Moura Santana, do Iepa. Descobertas - O sítio foi catalogado pelo Iphan como Sítio Megalítico AP-CA-18. Segundo os dois arquelógos, foi encontrada a relação de algumas pedras monolíticas com o solstício de inverno (hemisfério Norte). Nos dias 4 a 6 de dezembro (2006), o físico Marcomede Rangel, do Observatório Nacional, um dos institutos do Ministério da Ciência e Tecnologia, foi ao local pela segunda vez e descobriu nova relação dessas pedras monolíticas com o fenômeno do equinócio. É o dia em que o Sol caminha perfeitamente na linha do Equador. Nasce a leste e se deita a oeste. O dia tema a mesma duração da noite. É nesse ponto que o Sol passa de um hemisfério geográfico para outro, determinando o início das estações, que pode ser primavera ou outono, se o local estiver a norte ou a sul. Os povos antigos marcaram a data para suas atividades, um calendário, como época de plantar, colher etc, e até os períodos de chuva e seca. Mapeamento - Com o uso de teodolito, GPS, bússolas, trena e cartas magnéticas, Marcomede mapeou o local, com ajuda de estudantes do curso de turismo do Centro de Educação Profissional do Amapá (Cepa), na chamada Expedição Calçoene, que integrou o Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT), instituído pela Unesco. Ele já havia visitado o local em setembro passado, em
companhia de Paulo de Tarso Gurgel, professor do Cepa, que esteve também nessa expedição, um dia antes do Equinócio, em 22 de setembro/06. Com o uso de uma bússola de precisão e correção da declinação magnética, o pesquisador notou a relação com o Equinócio. Pediu, então, que Ulisses Silva, da Prefeitura Municipal de Calçoene, e Leilson Carmelo da Silva, conhecido como Garrafinha, capataz do sítio, observassem no pôr do Sol a luz penetrar numa pedra, com um buraco tendo o diâmetro de um palmo, e projetar a bola de luz, provocada pela luz solar, numa outra pedra, distante uns 15 metros, e inclinada. O resultado foi positivo. Novas pesquisas - Agora, nas medidas com o teodolito Kern DKM2-A, foi confirmado que nessas duas pedras passa a linha Leste-Oeste - a linha do Equador terrestre, que o Sol percorre nos Equinócios. Assim, segundo Marcomede Rangel, além do Solstício do inverno (hemisfério Norte), que é quando o Sol tem seu afastamento máximo da linha do Equador, também existe no sítio megalítico de Calçoene uma relação com os equinócios. Com os dados obtidos será confeccionado um mapa do céu para identificar outras relações com estrelas brilhantes e a Lua, da mesma maneira como acontece com o conhecido Stonehenge, no Sul da Inglaterra. Fonte: DHI/UEM - Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá..
Prefeita de Calçoene, Lucimar Lima, e o pioneiro Almerindo Lisboa
pações ainda predominantes. No setor primário utiliza-se a cultura da mandioca, a criação de gado (bovino, bubalino e suíno), bem como a pesca, o artesanato e a garimpagem. No setor terciário existem algumas marcenarias, hotéis e cartório de registro. Os funcioná-
As principais atrações turísticas são a vila histórica de Cunani, que já foi ‘república por’ duas vezes Também a Cachoeira Grande, na divisa entre Calçoene e Amapá, assim como a praia do Goiabal (a única de água salgada) são bastante frequentadas pela população e por turistas. Olhar Amazônico | Setembro 2011 |
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Especial
República de Cunani Um sonho alucinógeno
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República do Cunani foi uma efêmera e caricata república surgida em Calçoene, localizada em região fronteiriça ao departamento francês da Guiana. Por duas vezes houve a tentativa de estabelecer uma república independente na região - uma por Jules Gross, em 1885, e a outra por Adolph Brezet em 1902. A Primeira bandeira da República de Cunani, data de 1886-1887.
1º República de Jules Gros – A área do Estado do Amapá que se estende do Rio Amazonas ao Oiapoque e a parte entre os rios Oiapoque e Araguari era a contestada pela França. Enquanto o Brasil e a França não chegavam a um acordo na disputa territorial sobre a região, aventureiros e comerciantes de várias nacionalidades passam a explorá-la e afinal ali fundaram, em 1885, a República do Cunani, exatamente na região
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contestada pela França. A capital era a Vila de Cunani, que na época era habitada por 300 pessoas. O termo Cunani vem do tupi. Era como os índios chamam o tucunaré, um peixe nobre da região Amazônica.
2º República de Adolph Brezet- Em 1902, houve outra tentativa
de separação, desta vez promovida pelo francês naturalizado brasileiro Adolph Brezet, que tentou restaurar a República do Cunani. Começou a encaminhar ofícios à região de Cunani, comunicando uma nova proclamação, e as nomeações de Félix Antonio de Souza, Antonio Napoleão da Costa e João Lopes Pereira para o ministério. O francês Jules Gros, integrante da Sociedade de Geografia Comercial de Paris, foi nomeado presidente vitalício de Cunani. O governo de Cunani, assim como o ministério, funcionava em Paris. Da
França emitiu selos e cunhou moedas, hoje raridades, muito procuradas por colecionadores. A República tinha Bandeira, Brasão da república e até a condecoração Ordem da Cavalaria Estrela de Cunani, para premiar os simpáticos à causa. A concessão de tal ordem era vendida, sob a justificativa de arrecadar fundos para a nova república, o que rendeu bons proventos financeiros a Jules Gros, que tentou obter o apoio do governo francês, que resolveu acabar com a brincadeira 2 de setembro de 1887. A vila hoje se resume a 50 pessoas. Possui uma escola, posto de saúde e um posto de telecomunicações. O pequeno comércio é abastecido com mercadoria trazida de Calçoene ou comprada a bordo de barcos regatões. Um povoado esquecido na imensidão da floresta.
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Solenidade no Senado homenageia 68º aniversário do Amapá por Paulo Araujo Oliveira
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Universidade do Senado Federal firma convênio com AL do Amapá fonte www.senado.gov.br/ILB
foto Agência do Senado
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foto Elpídio Amanajás
O
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Desembargador Mário Gurtyev de Queiroz, participou, em Brasília, na última terça-feira (13), da solenidade promovida pelo Senado da República em comemoração aos 68 anos de fundação do Amapá, desde a criação do Território Federal, desmembrado do Estado do Pará. A mesa dos trabalhos, presidida pelo SenadorJosé Sarney, foi formada pelo Presidente do Tribunal de Justiça, Des. Mário Gurtyev de Queiroz; pelo Gov. Camilo Capiberibe; pelo Presidente da AL, Dep. Moisés Souza; pela coordenadora da bancada federal do Estado, Dep. Dalva Figueiredo; pelos senadores Randolfe Rodrigues e Geovani Borges; pela viúva do Governador Janary Nunes, senhora Alice Dea Carvão Nunes e pelo ex-governador Jorge Nova da Costa. No plenário, estavam outros integrantes do Judiciário amapaense como o Des. Dôglas Ramos e o juiz Décio Rufino. O autor do requerimento de homenagem foi o Senador Randolfe Rodrigues, que detalhou a história da região, desde a chegada de Pinzón; a transformação do “Cabo do Norte” em capitania hereditária; os conflitos com os franceses para determinar qual era o rio alcançado pelo navegador espanhol; o domínio português, com a construção de várias fortificações na região e a fundação de cidades como Macapá; e a disputa com a França na fronteira entre Amapá e Guiana Francesa, com fronteiras determinadas, posteriormente, pelo Barão de Rio Branco, no fim do século XIX. O presidente do Senado, Senador José Sarney, citou os municípios criados por ele quando presidente da República, em 1987: Santana, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes e Laranjal do Jari. Mas, disse que a maior mudança foi a transformação do Território emEstado pela Constituição de 1988.
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Desembargador Mário Gurtyev
“Fixado em mais de quatro séculos como parte estratégica do Brasil, o Amapá se fez por seus homens, optando, quando foi pressionado pela França, por ser brasileiro, e essa ideia é a força que conduz o antigo Território, agora Estado, em pé de igualdade com os demais Estados brasileiros”, enalteceu. Para o presidente do TJAP, Desembargador Mário Gutyev, a criação dos Territórios Federais, transformados, posteriormente, nos Estados de Rondônia, Roraima e Amapá, foi essencial para desenvolver e ocupar a faixa de fronteira da Região Norte. Lembrou também que essa integração vem desde a criação do Território do Acre, pelo Presidente Rodrigues Alves, em 1903, transformado em Estado em 1961. “Em grandes áreas, onde havia apenas pequenas vilas, hoje, há quase uma centena de municípios que abrigam uma população da ordem de 3,5 milhões de habitantes, os quais dispõem
de todos os serviços públicos, inclusive, os jurisdicionais”, enfatizou. Em seu discurso, o Des. prestou homenagem ao primeiro Governador do Território do Amapá, Coronel Janary Nunes, a quem chamou de desbravador, sem esquecer os últimos gestores da Unidade Federada: Jorge Nova da Costa e Gilton Garcia. Em seguida, falou da instalação do novo Estado, transformado pela Constituição Federal, cujo primeiro governador eleito foi “o saudoso Comandante Annibal Barcellos”, frisou. O magistrado encerrou o discurso dizendo que, como milhares de pessoas que moram no Amapá, há 25 anos optou em ser amapaense, mesmo tendo nascido na Bahia. “Sou testemunha da evolução da Região, razão pela qual, em nome de todos os integrantes do nosso Judiciário, com esta breve saudação, também comemoro este 68º aniversário de criação do Território Fedral do Amapá”, comemorou.
Deputados Charles Marques, Michel KJ, Kaká Barbosa, Presidente Moisés Sousa, e o Reitor do ILB Carlos Roberto Stucket
A
Universidade do Legislativo Brasileiro (Unilegis) é uma faculdade interna do senado federal que atende servidores, senadores e comissionados que trabalham nos gabinetes do senado e departamentos do congresso nacional. A instituição reativou o convênio com a Assembleia Legislativa do Amapá para oferecer cursos aos servidores do legislativo estadual amapaense. O diferencial da Unilegis das demais instituições de ensino superior publicas é que na grade de cursos também existem, além de graduação e pós, os cursos técnicos voltados a setores específicos. O Presidente da Assembleia Legislativa do Amapá Deputado Moisés Sousa acompanhado dos parlamentares Mi-
chel JK, Kaká Barbosa e Charles Marques estiveram reunidos recentemente com o reitor e diretor executivo da instituição Dr. Carlos Roberto Stuckert que apresentou aos parlamentares amapaenses toda a estrutura física e de pessoal que a Unilegis dispõe e poderá oferecer a deputados, servidores e assessores da assembléia. “Temos uma gama de cursos desde a área técnica a pós graduação, esses que podem ser pela internet e também presencial onde nossos professores vão até o Amapá para ministrá-los tudo sem custo, e no final receberão diplomas que tem a mesma validade de uma universidade federal e ainda sem vestibular” disse o reitor. O Presidente da Assembleia Legisla-
tiva, Moisés Sousa, durante o encontro ressaltou que a parceria com a universidade do senado vai dar mais dinamismo e qualificar ainda mais os servidores da casa, sejam do quadro efetivo ou comissionado. “Estou muito contente com tudo o que foi explanado nesta reunião, a Unilegis será um grande braço para o aperfeiçoamento de todos os nossos servidores e sintonizado com a nossa escola do legislativo que esta sendo aparelhada faremos um grande trabalho” frisou o presidente. Técnicos da escola do legislativo da Assembléia Legislativa do Amapá viajam ate Brasília para uma reunião técnica com a Unilegis para preparar a grade de cursos e iniciar as inscrições na segunda quinzena de outubro.
Amazônia Estados da
fonte: www.portaldaamazonia.net
Amazonas
Ministério Público recorre à Justiça para manter tombamento provisório do Encontro das Águas
Sem o tombamento, parte da área poderá ser atingida pela construção de um porto O Ministério Público Federal no Amazonas entrou na Justiça com um recurso contra a decisão que suspendeu o tombamento provisório do Encontro das Águas – a famosa confluência dos rios Negro e Solimões, em Manaus. Sem o tombamento, parte da área poderá ser atingida pela construção de um porto.O tombamento provisório foi anulado por decisão da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária
do Amazonas. A União e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também pedem a anulação da decisão, que consideram “grave lesão à ordem administrativa”. O MPF avalia que o tombamento
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provisório estava garantindo a preservação do Encontro das Águas até a conclusão do processo de tombamento definitivo.O projeto do Porto das Lajes prevê a instalação do terminal de 597 mil metros quadrados na margem direita do encontro entre os dois rios. Para o procurador da República no Amazonas Athayde Costa, a obra poderá provocar “degradante interferência na paisagem, afetando a
leitura do fenômeno nos seus aspectos cultural, estético, paisagístico, arqueológico e histórico”.O pedido de suspensão da decisão será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Acre
Sipam discute seca do rio Acre O evento contou com representantes do Sistema de Proteção da Amazônia de Porto Velho
A seca registrada em 2011 no rio Acre será tema do Painel de Especialistas “Eventos Extremos na Amazônia: um foco para o rio Acre”. Promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, o evento contará com a participação de representantes do Sistema de Proteção da Amazônia de Porto Velho e de órgãos integrantes da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais. A coordenadora de operações do Sipam-Porto Velho, Ana Cristina Strava, contribuirá para o debate com dados sobre o comportamento histórico do rio e o meteorologista Luiz Alves apresentará um levantamento sobre eventos extremos no estado sob a ótica da Meteorologia. Reunidos com os demais especialistas, os profissionais pretendem analisar a situação da vazante desse ano e discutir previsões para o início da cheia. Segundo Vera Reis, coordenadora do Painel, o tema tem grande relevância para os acreanos e, por isso, o evento estará aberto à comunidade.O evento ocorreu no dia 23 de setembro, na Biblioteca Pública, em Rio Branco.
Mato Grosso
Turismo no Pantanal já sente os efeitos positivos da Copo de 2014 Mato Grosso está na rota da Copa do Mundo do Brasil e, por isso, em algumas pousadas do Pantanal não tem mais vaga para 2014. Por lá, o que se encontra é uma paisagem fascinante. Às margens do Rio Cuiabá, no Mato Grosso, um vídeo mostra uma cena rara: um casal de onças pintadas namorando tranquilamente. As imagens foram feitas no início desse mês pelo guia de turismo Bráulio Carlos. Nesta época do ano as onças vão para a beira do rio para procurar alimento. Jacarés e capivaras são o almoço preferido. “No acasalamento, como todo felino, eles fazem um corte prénupcial, onde brincam”, conta o guia. A observação de onças é um dos atrativos do Pantanal, que oferece muitas outras opções. O acasalamento da arara azul, por exemplo, é uma raridade também. No período de estiagem, que dura pouco mais de três meses e vai do final de julho até o fim do mês de outubro, animais e pássaros podem ser vistos ao montes. As trilhas de caminhada levam os turistas aos ninhais, que deixam quem chega perto encantado. Algumas pousadas oferecem torres montadas na copa das árvores. Lá do alto, é possível ter uma observação privilegiada. Este paraíso fica a 120 km de Cuiabá. O turista sai da capital de Mato Gros
so e vai até Poconé por um caminho asfaltado. Depois disso, pega a rodovia sem pavimentação. Na Transpantaneira a natureza se apresenta para os turistas. No trecho de 149 km até o Rio Cuiabá existem 17 pousadas e fazendas voltadas para o turismo. São ambientes confortáveis, com piscina e área de lazer, que oferecem ao visitante o jeito de viver do pantaneiro. Quem quiser também pode pagar hospedagem por um dia. Na diária estão incluídas taxas de uso da pousada, piscina e uma refeição: o preço varia de R$ 39 a R$ 65. A hospedagem com café da manhã, almoço, janta e um passeio, que pode ser de barco ou a cavalo,
fica entre R$ 280 e R$ 400 por casal. O turismo no Pantanal já sentem os efeitos positivos da copa de 2014. Algumas pousadas já estão com reservas feitas para o período do mundial. Uma delas já está com todos os apartamentos reservados. “Não só aqui na nossa pousada, mas também em duas outras”, explica a dona da pousada, Achila Krusic.Nas pousadas, os animais passeiam bem pertinho dos turistas. A poucos metros dos hóspedes está o refúgio dos jacarés. Eles são enormes e nem se importam com a aproximação dos turistas, mas é preciso ter cuidado.
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Perfil
A Solidariedade Plural de Sônia Maria Rezende Pinheiro Idealista, intrépida, incansável, solidária, na luta cotidianizada tem feito essa maranhense de Grajaú lutar, com outro propósito que não o de hastear uma bandeira, sobretudo, filantrópica de amor incondicional pelo ser humano.
Vivencia cotidianamente várias atividades simultaneamente, movida por uma infinita sinceridade de propósitos, espontaneidade de ações e com entrega e paixão totais nos gestos de apoio e de incentivo, Sônia é a personificação de que só o amor realmente constrói e efetivamente sublima, porque nos eleva a Deus.
por Lívia Abreu Portao do Servidor - Senado Federel
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Eu tenho a horna de trabalhar na equipe do Presidente José Sarney, sinto-me parte efetiva dessa transformação histórica que vivemos.
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hegou a Brasília em 1978, vinda de Goiânia/GO, ocasião em que o marido, Arnaldo Xavier, veio transferido para a Direção-Geral do Banco do Brasil. Em 1983 Sônia foi requisitada pela Câmara dos Deputados da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (CODEG), funcionária concursada que era desse Órgão. Pelos idos de 1990, começou a trabalhar no Gabinete do Senador José Sarney, onde permanece atualmente É uma questão de foro íntimo, da consciência que a norteia, da legítima vocação sentimental que a governa. Bem-humorada, gentil e com uma densidade emotiva admirável, Sônia tomou posse de sua nobre missão de servir, mitigar a dor ou sofrimento do seu semelhante. “Aqui no gabinete atendendo as pessoas que buscam orientação e amparo para resolver suas demandas pessoais, muitas vezes desamparadas no atendimento médico hospitalar de gran-
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de complexidade, oriundas dos mais diversos rincões do Brasil, sobretudo, do Amapá e Maranhão.” “ O meu trabalho serve para balizar a esperança de uma solução na maratona de idas e vindas na estrutura deficitária do Sistema Único de Saúde, buscando diminuir os custos do sofrimento e acendendo a confiança da voz do Parlamento na vida de todos que batem na porta do Congresso Nacional. Aqui não fazemos distinção de origem, de raça, de religião, partido político ou qualquer parâmetro que possamos construir nesse mundo de modernidade.’” “Agradeço a Deus pela oportunidade que ele me concedeu de trabalhar no Gabinete do Senador José Sarney, pessoa pela qual tenho grande estima, forte admiração pelo agradecimento pelo acolhimento aos meus pedidos, a fim de resolver ou amenizar a dor do nosso próximo, buscando dentro dos limites das possibilidades, a solução alusiva aos grandes problemas que afligem a saú-
gico que a preocupação com o futuro é real, mais também tenho a certeza que os ensinamentos transmitidos aos meus queridosfilhos projetam a confiança no amanhã. Ser mãe é viver, participar e amar todos os dias os passos dos seus frutos, independente do seu desenvolvimento temporal e profissional.”
A luta altruística e desprendida dessa notável mulher de uma presença carinhosa envolvente, já é o melhor dos processos curativos! Para quem se relaciona com a mulher contemporânea, mistura de conscência política com verdade existencial, é um
verdadeiro privilégio a riqueza desse convívio diuturno com o Senador Sarney motiva a todos a apreciar a boa Música, as Artes e a Literatura, pois dessa forma fortalece a sensibilidade necessária para construir a sinergia das soluções possíveis no cotidiano dos trabalhos no gabinete.”
espécie de “Assistente Social” quintessenciada, instinto maternal sem limites, majestaticamente vestida de humanidade e cuja expressão de um coração amigo confere a ela uma aura inigualável da Vida em sua variedade, pluralidade, imanência, transcendência e grandeza!
“O sentido da vida está fundamentado na vertente espiritual, em Deus na oportunidade de trabalhar pelo próximo, na busca da fraternidade e do amor. É lógico que o ganho existencial preocupa o meu lado humano, embora saiba que o Senhor Deus sempre disponibilizará o recurso necessário para implementar a manutenção do meu conforto, projetado no desenvolvimento tecnológico con quistado pela sociedade. Com essa certeza na fé, alimento diariamente a minha vontade de servir ao próximo, pois me proporciona o convívio com pessoas lendárias da história de minha terra, fazendo com que o meu trabalho valorize também a trajetória da vida.
“A felicidade é poder ser útil a todos, na sinergia dos dias de nossas vidas e saber que o amor é a ferramenta da facilidade e a família é a razão da busca da felicidade. Tendo a sensibilidade que felicidade se constrói com o pensamento no próximo, com amor, aceitando os defeitos e as virtudes.”.
”Essa extraordinária criatura é uma
A doadora de paz, acolhimento, carinho, conforto pelo alcance das necessidades e carências do próximo, é um exemplar modelo do Eu Superior. A solidariedade plural de Sônia Maria Rezende Pinheiro sabe aonde quer chegar e vai trilhando o labiríntico problema do sofrimento humano e trabalhando no que gosta pelo sentimento de plenitude transcendente da condição humana.
Sônia Maria Rezende Pinheiro
de o brasileiro de maneira geral e amparada na legalidade, de acordo com a orientação e sensibilidade do Senador.” “Não podemos perder essa oportunidade histórica de trabalhar pelo cidadão, pois os valores e as aspirações trazidaspelos homens de boa vontade motiva a nossa caminhada, para superar os obstáculos burocráticos e logísticos da atividade, alimentando a nossa fé no futuro dessa terra e dessa gente humilde.” E segue expondo sua opinião sobre essa Casa Legislativa, “na minha visão o Senado Federal, Casa Revisora de Leis, que busca constantemente adequação às novas realidades da sociedade. Sendo o agente moderador das transformações brasileiras centrada na democracia e destinada a servir a comunidade, com foco no crescimento econômico e fortalecendo o Estado Democrático Brasileiro.” “A família é a minha grande paixão, vivo sonhando com os netos. LóOlhar Amazônico | Setembro 2011 |
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Ag. AmapaDigital.net / 8124-9796
O caminho da redenção econômica
por Sabrina Miranda e Wagner Ribeiro
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Estado do Amapá é um dos mais preciosos patrimônios ecológicos do planeta. Localizado as margens do Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume d’água. É conhecido mundialmente como o Estado mais preservado em biodiversidade e riquezas naturais do Brasil. O Amapá possui 143.454 km² de encantos esculpidos nas mais diversas paisagens, uma verdadeira réplica de toda a Amazônia.
Festival de encantos - Possui ri-
quezas exclusivas: a Pororoca, a maior onda de rio do mundo no Rio Araguari; o monumento Marco Zero, é o ícone do meio do mundo cortado pela linha imaginária do equador; a Fortaleza de São José de Macapá, o maior forte da América Latina e também maior fortificação militar do mundo, construída pelos portugueses e eleita a 7ª Maravilha do Brasil, além de ser o único Estado brasileiro que faz fronteira com com um departamento francês através da Guiana Francesa. Tem uma cultura diversificada com raízes afro-indígenas que é apresentada através do Marabaixo, dança típica do Amapá de origem africana, gastronomia, música, artesanato e teatro.
Espaços ociosos - Com tanta po-
tencialidade, no Amapá a atividade turística é pouco explorada. O forte apelo turístico em virtude dos pontos turísticos exige melhor infraestrutura e capacitação aos profissionais do setor, que refletem diretamente na economia do Estado. O turismo na Amazônia ecoa como uma das alternativas de desenvolvimento sustentável. Quando bem planejado, além de minimizar impactos ambientais, 28 | Setembro 2011 | Olhar Amazônico
pode oferecer um potencial multiplicador na geração de renda, emprego e economia.
Um novo olhar - Segundo Wag-
ner Ribeiro, acadêmico do curso de arquitetura, a visão de desenvolver o turismo na Amazônia não é equivocada. Mas no Amapá esses mecanismos são distorcidos na ótica da ati
“O Amapá possui uma cultura diversifi-cada com raízes afro-indígenas que é apresentada da dança, gastronomia, música, artesanato e teatro.” vidade turística. “No Amapá temos as mais diversas opções de desenvolver essas atividades e não fazemos. Somos realmente privilegiados em todos os sentidos. Temos a melhor matéria prima do mundo. O que nos falta é preparar o Estado para desenvolver esta indústria”, ressalta. Para muitos o produto turístico do Amapá caracteriza-se por oferecer tanto ao turista brasileiro quanto ao estrangeiro uma gama diversificada de opções, com destaque aos atrativos naturais e histórico-culturais.
Transatlânticos - O Amapá está definitivamente incluído no roteiro turístico dos grandes transatlânticos estrangeiros. Turistas oriundos de várias nacionalidades já puderam conhecer o Amapá e vislumbrar com as belezas naturais da capital morena.
Só no ano passado 19 transatlânticos visitaram o Estado. Tal crescimento do setor turístico tem colocado o Amapá em uma posição privilegiada, especialmente pela posição geográfica e pelo próprio calado do Rio amazonas, permitindo o acesso a navios de grande porte.
Falta receptivo – Os turistas, pas-
sageiros dos transatlânticos que ancoraram em terras Tucujus, ficam literalmente a ver navios pela ausência de uma infraestrutura adequada para receber turistas. As docas de Santana, porto de embarque e desembarque de cargas, continua sendo o único para receber esses transatlânticos, mas sem adequação para abrigar os passageiros. A carência de um porto específico e apropriado para passageiros dificulta o desenvolvimento do Estado, gerando transtornos e constrangimentos aos visitantes do Brasil e estrangeiros. “Quando mais o setor turístico desponta como uma grande atração e geração da economia, menos o Amapá investe no setor” adverte a turismóloga, Emanuela Moraes. Ela narra a experiência ao acompanhar a visita de um grupo de estrangeiros aos pontos turísticos de Macapá. Eles ficavam empolgados com a sensação de estar pisando na linha imaginária do equador e maravilhados em ver a imensidão do Rio Amazonas. Mas só isso não atrai turistas nem os motiva a retornar. Existe um filão para ser explorado que está sendo negligenciado.
Porto Turístico - O porto turístico é uma ideia que precisa ser materializada, despertando esta nova mentalidade. O sonho pode ser uma realidade aliada a real necessidade que o
Qualificar o mercado - De acordo com Wagner Ribeiro, no Amapá há um movimento intenso de estrangeiros e o mercado para este setor está escasso e desqualificado. “Temos que ser criativos e construir
uma obra que venha atrair os turistas e criar politicas públicas para que o turismo não seja exclusivamente uma atividade para técnicos e turismólogos, mas que estudantes da rede pública também possam desfrutar de cursos de capacitação e especialização em línguas estrangeiras, para se ter uma boa comunicação com os estrangeiros”, complementa. Para a Amazônia em geral, o porto turístico seria uma válvula de escape que colocaria o Amapá num patamar diferenciado, comparado a outros Estados brasileiros. O Amapá tem motivos de sobras para atrair empresários ligados ao setor e a população local, que também desfrutaria de passeios turísticos pelo Rio Amazonas.
Ag. AmapaDigital.net / 8124-9796
Portos Turísticos
Estado tem para alavancar o setor. O grandioso projeto visa receber o turista pela porta de entrada, ou seja, pela frente da cidade. A ideia do porto seria que ele pudesse recepcionar, num amplo espaço onde o turista com amostras de artesanato local, pintura, lojas de conveniências, produtos náuticos e a culinária local. Seria um ambiente criado para que o turista além de consumir os produtos pudesse despertar o desejo de conhecer os pontos turísticos e a cultura amapaense.
Aventuras amazônicas - Qualquer turista que chegue a uma terra desconhecida é despertado a apreciar a cultura e os costumes daquele povo. Tudo é novidade. No imaginário do estrangeiro, principalmente os que têm vontade de conhecer a Amazônia, imagina a natureza. Só a conhecem de fotos e filmes. Mas quando tem a oportunidade de conhecer, vem à frustração ao perceber que nem tudo é como imaginava. Desapontamentos - O turista que vem o Amapá deseja ver uma cidade mais organizada e preparada para receber esse público. Embora o governo brasileiro esteja concentrando esforços em políticas públicas para desenvolver o turismo no país, procurando baratear o deslocamento interno, desenvolvendo infraestrutura turística e capacitando mão de obra para o setor, no Amapá essa realidade está distante. Os turistas que chegam nos transatlânticos ao Estado são recepcionados em um porto de carga. Não existe um porto voltado para passageiros. Os guias locais não estão adequadamente qualificados em idiomas estrangeiros e outras exigências do mercado.Pensar na 3ª idade Sem contar que 80% dos turistas que embarcam em excursões pelo mundo são idosos. Não existe a infraestrutura nos pontos turísticos e na cidade, que facilite à locomoção em visitação aos ‘cartões postais’. “Já houve casos em que uma estrangeira quebrou o pé, por ter tropeçado no trajeto rústico da histórica estrutura da fortaleza de São José de Macapá, por falta de sinalização e orientação do condutor turístico”, afirma a turismóloga. A criação de um porto turístico é uma proposta arrojada que tem como objetivo principal explorar o potencial e assim poder transformar Macapá em uma cidade turística, possibilitando ao estrangeiro acesso a ambientes seguros com pessoas capacitadas para atender as necessidades dos visitantes. A proposta inovadora vem somar com o desenvolvimento do turismo e na geração de emprego e renda ao Estado, além que contribuir para a economia local e valorização dos artistas locais. Olhar Amazônico | Setembro 2011 | 29
Ampliação e modernização do Trapiche Eliezer Levi
O porto de Fazendinha
por Wagner Ribeiro
por Édi Prado
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desenho Wagner Ribeiro
O
empresário Raimundo Costa de Souza, o Lulu, há quase meio século atuando em vários segmentos do comércio em Macapá é um visionário. E desde muito tempo vem sonhando poder um dia também atracar no futuro porto de Fazendinha, que ele deseja ver construído pelo poder público ou até mesmo pela rede privada.
O
Trapiche Eliezer Levi tornou-se parte da memória do povo amapaense. No final da década de 90 o governo construiu um novo trapiche. Avaliamos um resultado positivo pela beleza e funcionalidade, mas, provocou estranheza na diminuição do comprimento da obra deixando dúvidas na cabeça do “caboclo Tucujú.” Imaginamos que o governo deveria repensar e trazer de volta o comprimento original do trapiche. Antes da reforma, ele tinha o tamanho que ia até o canal, permitindo o atracamento de embarcações de pequeno e médio porte. Saudosismo e referência - Na década de 80 o trapiche Eliezer Levi era o principal atracadouro dos navios Comandante Solon, Comandante Idalino, Comandante Pedro Seabra e outros barcos de madeira de carga e passageiros que faziam viagens constantes de Macapá para Belém. Em 2010, segundo informações, passaram pela frente de nossa cidade, 19 transatlânticos com destino a Manaus e Santarém, somente 3 desses navios desembarcaram seus passageiros precariamente em Santana e na praticagem da Fazendinha, em 2011 esse número deverá dobrar. Dar uns passos a mais - A ideia é refazer a outra parte do trapiche. Dar continuidade na extensão construir
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uma nova cabeceira, com investimentos em restaurantes, lanchonetes, lojas de náutica, artesanato, variedades e um belo mirante para que os grandes navios possam atracar e ter uma boa impressão do primeiro contato com a nossa cidade, movimentando o comércio local durante essas visitas. Porta da frente - Esse tipo de turismo cresce a cada ano na Amazônia e se fizermos um pouco melhor que Manaus e Santarém, com certeza levaremos uma fatia significante desse mercado. Com esses investimentos poderíamos colocar o Amapá num programa turístico nacional e internacional com acesso também pela frente da cidade através do rio Amazonas. Nossa maior vocação são os passeios fluviais, por estarmos às margens do maior rio do mundo com os afluentes. O rio Matapí, o mais próximo da capital, oferece condições de navegação e de observação da paisagem amazônica, é comum ver movimentações de embarcações típicas da região, a característica da vida ribeirinha e um paisagismo bem original. Os abraços do Amazonas - Os rios existem também o rio Vila Nova, rio Pedreira, rio Mazagão e o rio Preto. O governo deveria dar incentivo prioritário a essas atividades. A escuna Dico Batista, um empresário local, foi cons-
truída com o intuito de praticar esses passeios, mas segundo informações, foi desestimulado pela burocracia e a falta de um porto adequado. Hoje ela se encontra sem atividades na rampa do bairro Santa Inês. O único movimento de passeios fluviais acontece nessas rampas na frente da cidade, no período do festival do camarão em Afuá, um evento das ilhas do Pará que atrai milhares de pessoas, principalmente amapaenses estimulando o turismo que não é nosso. Praticar o turismo externo Quem quiser ter certeza é só visitar o festival e dar uma olhada no evento que acontece no período das férias de julho. Na fazendinha existem também dois estaleiros improvisados, próximo a praticagem, que constroem alguns navios de ferro com a finalidade de atender os amapaenses que deixam fortunas durante essa festividade o que não é nada interessante em termos econômico para o Amapá. A cidade de Afuá denominada “Veneza da Amazônia”, tem atrativos de beleza natural e excentricidade local. Mas fica no Pará e no Amapá temos espaço tão ou mais belos, que podem tornar-se atração, envolvendo os mesmos atrativos das viagens de barcos, banhos de rio e de mar e uma rica e diversificada culinária.
Investimento seguro - O porto, segundo pesquisas e avaliação baseadas na também experiência marítima, poderia ser construído às proximidades do cais da praticagem e do estaleiro naval em Fazendinha. “ Naquele lugar, que já tem um estrutura mínima é o espaço ideal por ter um calado (profundidade do rio) ideal para atracação de barcos de passageiros de todo tipo. E nesse porto equipado com bares, lan-
chonetes, restaurantes, mirante para apreciação da natureza e amplo estacionamento, proporcionaria ao visitan
“Este porto vem desafogar o de Santa Inês e proporcionar mais segurança e conforto aos proprietários de barcos e passageiros que chegam a Macapá” te um cenário amazônico e uma boa impressão ao turista e outra alternativa para quem gosta de desfrutar da beleza
do Rio amazonas nas horas de lazer”, projeta Lulu.
Uma nova atração - Na avaliação
do empresário, o Porto de Fazendinha que fica entre Macapá e Santana, vem desafogar o píer de Santa Inês e Santana, usados mais como embarque e desembarque de cargas, será bem mais vantajoso tanto quem vem para Macapá quanto para Santana, que podem usar as rodovias para chegar via terrestre aos destino. Ainda pretendo levar esta ideia ao governador e ao prefeito para sugerir uma parceria com o setor privado. Ele garante que o porto poderá ser autossustentável e Macapá não é mais uma província e precisa se adequar às necessidades de mercado, gerando emprego, renda e atraindo investidores, avalia.
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Informações Históricas sobre Macapá por Édi Prado
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Brasil foi descoberto pelo Amapá, bem antes de Pedro Álvares Cabral, aportar na Bahia. Na famosa carta de Américo Vespúcio, navegador italiano, endereçada a Lorenzo di Píer Francesco de Médici, cujo original encontra-se na Biblioteca Pública de Nova York, registra a passagem do navegador nos meses de julho e agosto de 1499.
No piso e nas paredes da Igreja São José, estão depositados restos mortais de várias personalidades históricas da cidade. Jovino Dinoá, que empresta o nome a umas principais avenidas de Macapá, era tenente-coronel da Guarda Nacional, Coletor Federal e fundador dos Correios de Macapá. Ele também foi editor e criador do segundo Jornal do Amapá.
Vicente Yanez Pinzon, outro navegador espanhol, faria o mesmo percurso em janeiro de 1500? E que Pedro Álvares Cabral só chegou ao litoral baiano em 22 de abril de 1500? A cópia desta carta encontra-se no livro: Informações sobre a História do Amapá, de autoria do Professor Estácio Vidal Picanço, publicado pela Imprensa Oficial do ex-Território Federal, em 1981.
Após a desativação do 1º Jornal, O Pinsonia, Jovino lançou o Jornal Correio de Macapá, em 1916. Alexandre Vaz Tavares, que tem nome de uma Escola, no Bairro do Trem, nasceu em Macapá em 8 de agosto de 1858. Foi substituto do tio dele, o também médico, Acelino de Leão, imortalizado com o nome em rua, escola e logradouros desta cidade. Vaz Tavares assumiu a Cadeira Cativa do tio, no Instituto Paraense de Medicina.
Em 1748, o Rei de Portugal, D. João V criou a Província dos Tucujus, abrangendo as áreas pertences aos municípios de Macapá, Mazagão e Amapá. O objetivo era estabelecer um povoamento definitivo, o que só veio a ocorrer de fato, em 1751, quando Mendonça Furtado trouxe os primeiros colonos das Ilhas dos Açores.
A professora Cora de Carvalho Pena Rola, também com nome de uma avenida, foi professora e Mestra de Acelino de Leão. Alexandre Vaz Tavares era médico, professor, educador, poeta, tribuno, político, republicano histórico, prefeito de Macapá, deputado constituinte paraense de 1891 e um inveterado pesquisador sobre as coisas do Amapá.
A primeira Câmara Municipal de Macapá, como o nome de Intendência, foi fundada no dia 02 de fevereiro de 1758. Dois dias antes de Mendonça Furtado transformar o povoado em Vila de São José de Macapá. Macapá é talvez a única cidade do mundo onde foi criado primeiro o Poder Judiciário antes do Executivo. A Igreja de São José de Macapá foi inaugurada em 06 de setembro de 1761, três anos após a instalação da Vila. Em 06 de setembro de 1856, pela Lei Provincial nº 281, recebeu foros de cidade. A Comarca de Macapá foi criada em 30 de abril de 1884, pelo Decreto Lei Imperial nº 87. E pelo Decreto Lei Federal nº 6.550 de 31.05.1944, foi criada a capital Macapá, do então Território Federal do Amapá. 32| Setembro 2011 | Olhar Amazônico
Vista do prédio da antiga Intendência que serviu de estúdio para a Rádio Difusora de Macapá, em 1945
Dos 80 para mais de 100
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oda edição vamos publicar uma foto com o perfil biográfico de uma personalidade, com mais de 80 e pra lá dos 100, anunciando a matéria especial na edição seguinte.
É uma forma carinhosa de prestigiar quem está superando a barreira do tempo e nos ensinando os segredo da longevidade e da doçura na arte de viver. Inaugurando essa deliciosa seção, vamos apresentar D. Eulice de Souza Smith. Ela nasceu no dia 02/03/1911 e está a caminho dos 101 anos. Ela é uma das pioneiras da educação no Amapá. É a minha madrinha de batismo e esta será uma homenagem muito especial em forma de reconhecimento por tudo que fez pelo Amapá.
Foto ao lado: Édi Prado e Eulice de Souza Smith, com 100 anos
Coral do TJAP comemora aniversário com Recital “Folcloreando”
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Teatro do Sesi foi palco do Recital “Folcloreando”, realizado pelo Coral do TJAP. Composto por 35 pessoas: 13 sopranos, 11 contraltos, seis tenores e seis baixos. O coral foi regido pela maestrina, Leandra Lúcia Valério, regente do coral do TJ e professora de música da Escola Walkyria Lima. Contou ainda com a participação de percussionistas do Corpo de Bombeiros do Estado. “O coral adequa-se à orquestra, não o contrário”, é um ensinamento da profesorra. Magistrados, serventuários e familiares prestigiaram o recital que teve como tema: O Folclore 26 àAspectos 29 de outubro de 2011 eDeos Histórico-culturais Brasileiros. Começando com a Vinheta
do Coral, o que seguiu-se foi uma Vaz Vidal. O coral infanto-juvenil fez viagem do sul ao norte do Brasil, com parte do elenco do evento, cantando músicas sobre as danças, as comidas músicas infantis, como Escravos de típicas e as lendas do país, sempre Jó e Palhaçada, de Telma Chan. Este acompanhadas pelos percussionistas e recital também foi uma alusão aos 16 pelo pianista Edilson Dutra, também anos do coral, criado em 1995 sob da Escola Walkyria Lima. a presidência do Desembardadodr Houve, também, uma encenação Mário Gurtyev. de caboclas durante as músicas Para o magistrado e para os Lenda do Boto, de Wilson Fonseca integrantes do Coral, o êxito da e Uirapuru, de Valdemar Henrique. apresentação deve-se, também, aos A participação especial da cantora músicos do Corpo de Bombeiros Vera Velúcio nas músicas Igarapé das do Estado do Amapá, à solista Vera Mulheres, de Osmar Júnior e Sereia Velúcio e ao pianista Edilson Dutra. marcou a apresentação. O projeto de recital se faz Em seguida, houve uma exibição relevante e imprescindível para o de Marabaixo, e, pouco depois da desenvolvimento da qualidade musical Vinheta, o recital da Canção do Exílio, IV FEIRA do coral”, acrescentou o presidente. escrito em 1843 por Gonçalves EMPREENDEDOR Dias (Assessoria de Comunicação Social feita pelo coralista Manuel Ambrósio do TJAP). Olhar Amazônico | Setembro 2011 |
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Aumentou a passagem do ônibus? Foi para R$ 2,20. Informava um cliente no Bar do Abreu. “seo” Zé Mineiro vibrava: Viva! Até que enfim. Ele estava com o jornal aberto na página e mostrava a todos a notícia. Ele estava eufórico. Deixou o jornal no balcão e sacou do bolso uma trena, uma fita métrica usada na construção civil. E foi logo puxando a fita: Segura aqui, moço, segura aqui. O rapaz segurou na ponta do metro e ele esticou a fita no balcão até atingir a marca de 2,20. - Olha aqui. Olha aqui, mostrava apontando de onde começa a fita até onde ele estava segurando na marca de 2,20. -Viu? Agora sim. Dá pra armar umas três roletas aí, dizia orgulhoso como se o mérito fosse dele. - Agora não tem essa de ficar esperando para passar por uma só roleta. Agora é de três em três. Ninguém estava entendendo nada. O rapaz soltou a ponta da fita e zaap! Retornou veloz para o carretel preto em forma de bola de futebol. - É assim que se faz. É assim que deve ser feito, comemorava. Pediu uma cerveja. O primeiro gole foi de copo cheio e rápido e seguida de uma estalada de beiço. Ele passou a ser o alvo, a atração do balcão. Quando se ‘tocou’ cercado de olhos por todos os lados. O repórter que estava no lugar certo na hora certa, aproveitou a ocasião para registrar a opinião dele sobre o aumento da passagem dos ônibus. O repórter disse que queria fazer uma entrevista para saber a opinião dele sobre o aumento da passagem dos ônibus. - Tu querias fazer o quê comigo? Ocê não quer mais? Perguntou desapontado o ‘seo’ Zé. - Quero. - Quero fazer umas perguntas. Só uma pergunta, respondeu o repórter. - Então faz, respondeu decidido. Mas ocê vai fazer umas perguntas ou uma pergunta? Seu Zé o que o senhor acha de aumentar os ônibus? Achar eu não acho nada. Mas aumentar os ônibus é bom. Muito bom. - Mas por que, Seu Zé? - Porque esses ônibus são muito pequenos. Cabe pouca gente e fica muito passageiro em pé. Se aumentar os ônibus, vai caber mais gente e viajar sentado é muito mais confortável. - Não é isso não, Seu Zé. Subir os ônibus? - Bom. Muito bom. - Mas por que, Seu Zé? 34 | Setembro 2011 | Olhar Amazônico
- É que esses ônibus são muito baixinho, num sabe? Se subirem mais um pouquinho, a mode de dar mais ventilação, os passageiros vão viajar mais confortáveis, né? - Não é isso não, Seu Zé. Falo de aumentar a passagem do ônibus? - Bom. Muito bom. - Mas por que, Seu Zé? - É por causa de quê essas passagens são muito miúdas, estreitinhas, apertadas. Uma gestante passa um sacrifício para passar por ela. Gente gorda, então sofre. Se aumentar a passagem, os passageiros, gestantes, gordo, magro, de qualquer jeito, vão poder passar sem problema, né? - Não é isso não, Seu Zé. Qual a sua opinião sobre aumentar os preços dos ônibus? - Aaaah! Sim. Eu não gosto nem desgosto. Pra mim tanto faz. - Mas por que, Seu Zé? O senhor não anda de ônibus? - Ando, não. Viajo nos ônibus. - Tá bom, Seu Zé. Mas o senhor é a favor de aumentar os preços dos ônibus? - Bom. Muito bom. Se aumentarem os preços dos ônibus, eles devem vir bem melhor do que essas carroças né? E depois, pra quê que vou me preocupar com os preços de ônibus, se eu não vou comprar nenhum? O repórter saiu meio desconfiado de que Seu Zé é meio doido, mesmo. E ‘Seo’ ficou desconfiado de que o repórter é que era meio doido, mesmo. Foi quando um companheiro do balcão explicou que o repórter estava querendo saber a opinião dele a respeito do aumento da tarifa dos ônibus, tabelada em R$ 2,20 E eu pensando e festejando o aumento da passagem dos ônibus, explicou o já não tão eufórico “seo” Zé. - Passar pela coisa “estreitin”... Era só que faltava... E o seu Zé continuou bebendo a “cervejin” dele. Apanha o jornal de volta do balcão e num gesto brusco, dá uma “palmadin” com as costas da mão no caderno de Polícia e aponta a manchete do jornal que dizia: O estudante foi morto com uma facada no peito na altura do pescoço. -Taí, taí. Olha aqui. Olha aqui. Esse rapaz morreu por causa de quê ele era mal talhado. Ele tinha o peito lá no alto, na altura do pescoço. Olha aqui, olha aqui e mostrava a manchete.
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Aumentou a passagem dos ônibus?