Revista OM Brasil - Ano 1 - Nº 1 Inverno - 2013 www.OMBRASIL.org.com OM Brasil Diretor executivo: Vitor Christovam Depto Comunicação: Vera R. Silva Editora e Jornalista responsável: Helen Schmidt Projeto Gráfico - Rafa Santino FOTOS: meubancodeimagens.com
e arquivo OM Brasil. A publicação de matéria contida na revista requer prévia autorização por escrito. As matérias sem assinatura são de autoria da redatora ou da equipe da revista. Circulação OnLine exclusivamente;
O
lá! Obrigado por acessar a nossa revista! A OM (Operação Mobilização) Brasil tem vivido um período de transição de liderança, e quero dizer que sou grato a Deus pelos líderes que por aqui passaram. Queremos continuar escrevendo a história da OM no nosso país, e que ela influencie positivamente, tanto na vida da igreja brasileira quanto na própria história da OM Internacional. Nosso objetivo é ajudar muitas pessoas a chegarem até os confins da terra, para que lá com muito trabalho que se escreve uma bela história. E é assim que eu tenho visto a OM (Operação Mobilização) e os inúmeros OMers que ao redor do mundo têm batalhado pela causa do Evangelho e deixado suas pegadas ao longo do caminho. É, em função deste trabalho missionário sério e comprometido com a salvação de vidas, que surgiu a primeira revista online da OM Brasil. Um projeto que visa informar, servir e propor mudanças! Afinal, notícias que não mobilizam não cumprem seu papel! Em se tratando de transformações trazemos como matéria de capa desta edição inaugural um pouco sobre a história da OM. Conhecer as motivações
É
elas sejam bênção, frutifiquem e glorifiquem o nome do Senhor Jesus Cristo. “Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita.” João 4:35 Qual é a sua parte nessa missão? É tempo de colheita! Peça ao Senhor que te oriente sobre o que você deve fazer, e certamente Ele te responderá. Grande abraço, (Diretor Executivo OM Brasil)
daqueles que um dia sonharam em evangelizar o mundo de maneira estratégica e destemida é , certamente, inspirador para qualquer cristão. Falamos também sobre missões de curto-período, ministério Freedom Climb e também damos início a diversas pautas que estão longe de serem conclusivas, como os conflitos no Egito por exemplo. Convidamos você, leitor, a nos acompanhar a cada trimestre e interagir conosco para que juntos possamos servir a comunidade cristã e os inúmeros missionários espalhados pelo globo. Boa leitura! Relações Públicas e Jornalista.
para 2014. Ela explica que o minisReunir anualmente adolescentes de diferentes partes do Brasil, cada um com sua individualidade regional, denominação cristã e realizar mais do que um
tério “faz uso de material criativo com uma linguagem própria e dinâmica específica para a idade deles
grande evento, não é tarefa simples, mas também não impossível. Desde 2004 o casal Weslley e Eloá Silva, missionários da agência OM (Operação Mobilização), e uma equipe de voluntários têm trabalhado para oferecer ferramentas e motivar adolescentes e jovens
e busca não só o desenvolvimento dos adolescentes, mas também equipar os líderes das igrejas e capacitá-los para uma liderança contextualizada”. O Congresso já não é
cristãos a desenvolver uma real amizade com Jesus para influenciar sua geração. Eles explicam que desejam “ser um referencial quando o assunto é ter uma
privilégio só do estado Paraná, no ano passado cerca de 400 participantes estiveram no Nordesteen,
amizade verdadeira com Jesus e refleti-lo diariamente
em Salvador, Bahia.
no cotidiano”. O trabalho é interdenominacional, por isso, reúnem adolescentes e jovens de diferentes igrejas de todos os cantos do Brasil para o Congresso que é realizado normalmente no mês de janeiro na cidade de Maringá, no estado do Paraná. A agenda do ministério vai além de um programa ou grande acampamento de jovens e adolescentes. A estratégia ou o diferencial são os pequenos grupos, o que eles chamam de Redes, que visam “conhecer e influenciar bem de perto cada participante”, explicou Weslley. Teenstreet é o “braço jovem” da OM e a responsável por organizar caravanas que partem de São José dos Campos para o congresso é Neuci Santos, que já iniciou o trabalho de inscrições
A estratégia que o Teenstreet chama de REDE visa reunir em grupos de oito adolescentes liderados por um jovem com mais de 19 anos, recomendado por sua igreja local, autorizado pelo seu pastor e treinado por nossa equipe para a semana de ministração no congresso. O líder de Rede também acaba por ter a experiência de conduzir, liderar, tomar decisões, resolver conflitos, ser criativo e discipular este grupo de adolescentes. Por fim todos crescem espiritualmente e quem ganha com isso é a igreja local!
O alvo são os adolescentes a partir de 13 anos, mas em alguns casos existem exceções para os mais novos, tudo feito com a autorização dos pais, é claro! No entanto, jovens acima de 19 anos também podem ter a oportunidade de ser impactados com o trabalho desenvolvido por este grupo de missionários. Neste caso, a estratégia é capacitá-los para serem os líderes que influenciarão os mais novos. Outra maneira de incluí-los é dando a eles trabalhos voluntários
O Teenstreet é um ministério da Operação Mobilização. Começou numa pizzaria na Holanda, em setembro de 1992. Quatro pessoas sentaram-se ao redor de uma pizza e sonharam com um congresso internacional para adolescentes, com o propósito de dar alimento e renovo espiritual aos filhos dos missionários da Operação Mobilização. O nome Teenstreet veio do desejo de mostrar aos adolescentes um caminho para andar, um estilo de vida. A Alemanha foi o país que acolheu e deu início a este ministério.
nos congressos e eventos, em áreas como atendimento, saúde, socorro, segurança, montagem e desmontagem de equipamentos, e outras atividades que somadas chegam a 30 oportunidades de voluntariado.
Em 2013 esse número esteve em torno de 1.500 participantes, sendo 1.100 adolescentes. Sobretudo, o grupo explica que o foco maior são os relacionamentos que são construídos, tanto entre os participantes
A equipe missionária do Teenstreet enfatiza que tem sido direcionada por
quanto deles para com o Criador. E, por fim, o ministério conta que
três conceitos principais em parceria com
o objetivo maior não é entretenimen-
a igreja. Primeiramente, não desejam so-
to, mas capacitar cada adolescente
mente entusiasmar os participantes, mas
para uma vida de intimidade e com-
impactar cada adolescente e jovem com
promisso com Deus.
a Palavra de Deus. Também não focam
Entre os diversos testemunhos
em números, e talvez por isso o grupo
dos participantes é comum frases
tem experimentado um crescimento con-
como “Sempre vou me lembrar desta
tínuo do número de participantes em ca-
semana como a semana em que
da ano. Em 2004, o primeiro Congresso
Deus falou comigo e mudou minha
contou com 170 inscritos, cinco anos de-
vida para sempre.” Mateus Sideri-
pois já eram 1.200 que se reuniam.
coudes, 18 anos. “Abri meus olhos
O primeiro Congresso foi realizado em 1993, com a participação de 56 adolescentes. Atualmente, mais de 3500 jovens e adolescentes se reúnem todos os anos na Alemanha para o Teenstreet Europa, reunindo ali mais de 25 nacionalidades. O impacto do ministério logo mostrou a necessidade de expandir para outras regiões e países do mundo. Hoje, o Teenstreet acontece em diversos lugares, tais como: Uruguai, Brasil, África do Sul, Malásia, Índia, Austrália e outros países da América Latina e Ásia.
Muitas programações estão sendo elaboradas pela equipe de Weslley, mas destacamos o Treinamento de Líderes para Jovens e Adolescentes, que é realizado anualmente no mês de setembro, em Maringá. E, é claro, o próximo Congresso Teenstreet Brasil, que acontecerá entre os dias 20 a 25 de janeiro de 2014. As inscrições podem ser feitas no site, onde é possível encontrar todos os detalhes referentes a agenda e normas de conduta do evento, além de informações gerais sobre o ministé-
para enxergar a vida da maneira como
rio. O custo para Teens é de
Deus vê”, disse Nathalia Giovana de
R$250,00 ou 4 parcelas de R$70,00.
16 anos. “Aprendi a dar mais valor a
Lideres e staffs pagam R$150,00 ou
tudo o que eu tenho e, principalmente,
4 parcelas de R$40,00.
ao Senhor Jesus”, Mariana Puerta de Oliveira, 14 anos.
EMBARQUE NA CARAVANA OM BRASIL
O site do ministério reúne vários
Para quem deseja ir com os jovens e ado-
testemunhos e relatos de experiências
lescentes que sairão da base da OM Brasil
marcantes daqueles que não mediram
em São José dos Campos o custo da viagem
esforços para participarem do Teens-
é R$250,00 ida e volta e este valor deverá
treet. Para o grupo não basta oferecer
ser pago até 10 de janeiro. Neuci, que é res-
uma programação de qualidade se a
ponsável por essas caravanas pode ser con-
igreja não estiver plenamente envolvi-
tatada pelo telefone (12) 3945-0040 ou pelo
da com o projeto. “Não existiria o
e-mail neuci.santos@om.org.
Teenstreet se não existisse a igreja”,
Ela conta que não somente os teens que
disse o responsável pelo ministério no
já viveram a experiência Teenstreet são pro-
Brasil, Weslley Silva. “A parceria é to-
va do sucesso deste trabalho, mas o teste-
tal. O Teenstreet Brasil trabalha com a
munho de pais e líderes que viram de perto a
igreja e pela igreja, pois é ali que os
transformação de seus adolescentes, “isto é
adolescentes são continuamente pas-
certamente a maior publicidade que o minis-
toreados e discipulados".
tério possui!”■
ma grande montanha, 45 mulheres de mais de 7 países diferentes. Um total de 16 noites e 17 dias de escalada de 18,192 ft de altitude. São esses alguns números que têm feito parte da vida da mineira de Coronel Fabriciano, Gildélia Vieira Moromisato, e da catarinense de Criciúma, Ana Lucia B. Luz, que em abril estarão no Nepal compondo a equipe que subirá as gélidas trilhas do monte Kala Patthar, no Everest. Mas esses números são poucos e menos expressivos quando comparados às estatísticas que mobilizaram este grupo para este desafio. São, na verdade, os alarmantes dados e informações sobre o tráfico humano que tem movido essas corajosas a lutarem pelo projeto intitulado Freedom Climb, que trabalha o resgate e a reabilitação de mulheres e crianças vítimas do tráfico, escravidão, exploração e opressão ao redor do mundo. O propósito da escalada é ampliar a conscientização global, oração e captação de recursos para esta causa, sendo uma voz para os que não têm voz. O ato é simbólico e representa a difícil luta pela liberdade daquele que foi vítima do tráfico humano e do abuso. "Queremos propor uma maior conscientização a respeito do assunto e pressionar ainda mais aqueles que são os opressores, levando também mais conhecimento a todos, a fim de prevenir o crescimento deste crime, que segundo a ONU já é o terceiro maior crime internacional", informou Gildélia.
O envolvimento desta mineira com esta causa é resultado de uma de suas viagens missionárias com seu esposo a Índia. "Estas questões relacionadas ao sofrimento de mulheres e crianças sempre mexeram muito comigo e depois de participar da primeira Conferência Anual do Freedom Climb, no Colorado, no ano passado, percebi que não precisava criar nada novo, era só me unir àqueles que já estão abraçando esta causa", disse ela. O projeto é, na verdade, um dos diversos ministérios e trabalhos humanitários desenvolvidos pela Agência Missionária Interdenominacional OM-Operação Mobilização, que possui base em diferentes países, inclusive o Brasil. Segundo ela, a ação também visa mobilizar pessoas com o compromisso de orar por esta causa, além de levantar recursos para os projetos que lutam contra a desumanidade, as injustiças e os diferentes abusos vividos por mulheres e crianças pelo mundo. "Esperamos que, através dos recursos levantados na escalada deste ano, cada mulher alcance o alvo de 10.000 dólares para que mais de 10.000 vítimas sejam resgatadas da triste situação em que estão vivendo". A ideia de escalar uma montanha já mostrou ser uma maneira inteligente e eficaz de ganhar a atenção para o tema, despertando mídias, governos, lideranças políticas, religiosas, comunitárias e pessoas comuns. Por duas vezes representantes do projeto foram entrevistadas pelo canal Fox News, que assim como outros veículos de comunicação perceberam a importância e a seriedade do projeto
Mineira e catarinense representarão o Brasil em escalada no Everest. Com o intuito de chamar a atenção para o problema do tráfico humano, mulheres de diferentes partes do mundo enfrentarão os desafios de uma escalada real. O grupo explica que nem todos podem participar da escalada, mas todos podem contribuir de alguma maneira. "Precisamos de pessoas que divulguem em suas redes sociais, blog, facebook, twitter, etc, e entre amigos a respeito do Freedom Climb e da situação de opressão, escravidão, exploração e tráfico vivido por mulheres e crianças ao redor do mundo", explicou a brasileira. Segundo ela, outra maneira de contribuir é através da oração individual ou de grupos de intercessão que batalhem por esta causa. A contribuição financeira é também uma forma de envolvimento importante para que diversas atividades de reabilitação dessas vítimas sejam efetuadas, levando dignidade, educação, justiça e esperança a essas pessoas. O Freedom Climb realiza diferentes projetos nos países em que está inserido, e cada um deles possui uma estratégia prática para resgatar e reinserir cada mulher ou criança a uma vida digna e justa.
Os valores para investimento são especificados em cada um dos projetos, facilitando a participação de todos nesta grande rede humanitária. Com isso, a grande montanha da desinformação e do distanciamento sobre o assunto vai aos poucos sendo vencida. Os desafios reais de uma montanha, como o frio e desgaste físico e emocional, são incomparáveis aos de uma escalada pela liberdade daqueles que são vítimas do abuso, da escravidão e da opressão. Mas, passo a passo, numa trilha aplainada por voluntários, intercessores e investidores de todo o mundo, a montanha do desespero, desesperança e pobreza vai sendo conquistada. Aos poucos, diariamente, mulheres e crianças guerreiras têm subido até o topo deste monte e, motivadas pelo amor salvador de Deus, têm declarado liberdade e nova vida!
O Freedom Climb é um dos projetos da agência missionária OM – Operação Mobilização, e começou como um sonho de algo tangível que pudesse ser feito para aumentar a conscientização e dar voz às vítimas do tráfico humano. Em 11 de janeiro de 2012, quarenta e oito mulheres de sete países diferentes se reuniram na Tanzânia para subirem o monte Kilimanjaro. A partir de então, anualmente, o desafio aumenta e as estatísticas do caos diminuem. Atualmente 30 projetos compõem o Freedom Climb e cada um deles propõe soluções reais para cada realidade de cada país. Por exemplo, em países como Zâmbia a estratégia de reabilitação de mulheres são as aulas de corte e costura onde mulheres que foram vítimas da exploração sexual ou que são alvo do tráfico podem aprender uma profissão rentável que garante a elas independência financeira e autonomia. Conforme essas mulheres são atraídas ao projeto elas vão recebendo o amor de Deus através do discipulado e amizade dos voluntários envolvidos. Para conhecer mais sobre o Freedom Climb e seus projetos visite o site (em inglês) thefreedomclimb.net. Em português, visite o site da agência OM no Brasil, om.org.br/. As contribuições podem ser feitas na página om.org.br/, ou através de depósito identificado na conta da OM Brasil: Banco Bradesco – Agência 0225-9 / Conta Corrente 20.310-6 (o depósito precisa ser identificado ou é necessário enviar um e-mail para designar o recurso para o Freedom Climb no e-mail finance.br@om.org). Saiba mais sobre o tema também através do facebook do Freedom Climb e envolva-se com esta causa!■
Operação Mobilização. Levando a luz de esperança aos povos e tribos da Terra.
D
efinitivamente a oração de um justo pode muito em seus efeitos. Muito dos efeitos da oração de Dorothea Clapp e de sua família podemos ver ainda hoje. Joelhos que no início dos anos 50 se dobraram pelos adolescentes e jovens de uma escola. E o clamor daquela mulher pela ação de Deus no mundo através daqueles jovens foi ouvido! A Palavra foi semeada entre aqueles jovens através da distribuição de livretos do Evangelho de João. A Semente ger-
foram presos pela polícia russa, acusados de espionagem. Mas, foi nesta “aventura”, depois de muitas orações, sendo transportado naquela “viatura” russa que nasceu o nome: Operação Mobilização – ou seja, a ideia de mobilizar pessoas pela Europa para espalhar o Evangelho dentro das nações ainda não alcançadas. Mas como fariam isso? Em viaturas? Navios? Por que não? Depois deste episódio, livres destas cadeias, estes jovens realizariam a primeira Conferência Missionária da Operação Mobilização, em Madri, com o objetivo de mobilizar jovens europeus, equipá-los e enviá-los a vários
“DEUS FUNDOU A OM PARA CUMPRIR UMA TAREFA BEM DEFINIDA: CONCLAMAR OS JOVENS A ENVOLVER-SE COM MISSÕES” (GEORGE VEWER) minou naquela noite, Deus despertou aquele jovem de 16 anos que se entregou àquele chamado e ao Deus de todas as nações. Assim, a semente de Deus foi cada vez mais sendo lançada naquela escola, alcançando outros jovens e outros desafios. Desafios que extrapolariam aqueles muros em 1957, após o término de seus cursos, movendo três jovens (George Verwer, Walter Borchard e Dale Rhoton) e uma kombi repleta de literatura cristã à ir além das fronteiras norte americanas – ao México. A missão era levar a Palavra de Deus, e muitos foram alcançados pelas ótimas notícias do evangelho e o trabalho se expandia. Em 1958, o primeiro ponto de distribuição de literatura cristã e outros ministérios se efetivaram no México, e todo aquele trabalho foi se tornando ascendente e constante. Baldemar Aguilar foi o primeiro “omer” (termo usado para se referir aos missionários da OM) de tempo integral. Foi em 1959, após uma reunião fervorosa de oração, em Chicago, que se tornaria claro “os portos” a serem alcançados por este grandioso e ousado ministério: os Povos não-alcançados, em especial no Mundo comunista e no Mundo Muçulmano. A partir de então, as férias daqueles jovens nunca mais foram as mesmas, as muitas vidas espalhadas pelo México que o digam! Em 1960, George Verwer se casa com Drena Knecht e o sonho de proclamar o Evangelho aos quatro cantos da Terra crescia ainda mais. As fronteiras se estendiam à vista daqueles jovens, aquelas mochilas com bíblias agora chegariam à Europa – à Espanha. O trabalho crescia, os campos também. Os limites geográficos pareciam tão tênues, porém passar pela cortina de ferro não foi tão simples como George Verwer e Roger Malstead pensavam e, em 1961, ambos
países, em especial, naquele momento, a Turquia. Foi assim que, em 1962, uma equipe de 200 jovens deixaria mais uma conferência com nada mais nada menos do que 25 milhões de literaturas cristãs em vários idiomas e sairiam a semear e, de acordo com os incríveis resultados, todos tinham certeza que Deus estava a abrir caminhos. Até a campanha de verão de 1963, a OM já tinha mobilizado aproximadamente 2000 jovens e as famosas kombis agora passavam de 100 unidades prontas para transportar missionários e livros. As dimensões desse trabalho de Deus, seguindo os conselhos bíblicos de Jetro, organizava-se chegando à Índia e a Israel. Até o ano de 1965, campanha após campanha, viajando por vários países lançando a Semente, a OM já havia recrutado mais de 100.000 jovens ao redor do mundo, vivendo missões de curto prazo. Então, em 1966, num simples ato de observar os mapas e globos aqueles jovens desejosos de percorrer o mundo para proclamar o Evangelho perceberam que o desafio físico para entrar nas nações eram os mares, então surgiu e a ideia do navio. Mesmo sem qualquer recurso havia um Deus que criou os céus e a terra e que expandia a sua obra através da OM–germinando em vários países “fechados”, inclusive Rússia e Turquia.
Assim, durante aqueles anos, as provisões de Deus foram chegando de várias formas, de vários corações. As campanhas moviam pessoas desejosas de viverem missões em suas férias inesquecíveis - por um ou dois anos proclamando a salvação àqueles que ainda não a conheciam. E, em outubro de 1970, Deus surpreendeu a todos possibilitando que a OM adquirisse o navio Logos. Um ministério bem sucedido até hoje e que é conhecido por suas feiras de livros flutuantes e pelas doações de livros a escolas, bibliotecas, faculdades, igrejas e universidades dos países em desenvolvimento têm tido um impacto positivo. Deus é maravilhoso e faz muito mais do que qualquer neurônio pode sequer cogitar. A proclamação da Palavra ecoava pelo mundo, a OM chegaria ao Sul da Ásia (1971), a Bangladesh (1972), ao Egito, Sudão e Cingapura (1975) e em muitos outros países através do Logos. E, de “todas as tribos, povos e raças”, muitos ainda viriam (e virão) a louvar a Deus! Mas como para Deus não há limites, em 1977, a OM adquiriu seu o segundo navio, o Doulos, que nos seus últimos 27 anos recebeu a visita de mais de 16 milhões de pessoas, visitou mais de 260 portos e passou por mais de 90 países. Inclusive, por nosso adorável Brasil, em 1979, quando levou 11 brasileiros, entre eles aqueles que iriam iniciar a mobilização da OM no Brasil: Humberto Aragão e Décio de Alcântara. A Argentina também estava naquela grande equipe sul-americana, sendo este o primeiro país da América Latina a germinar um campo OM, em 1980 com Luiz Perfetti. Os navios Doulos, Logos e Logos II, ainda retornariam à América Latina em muitas outras vezes, pois dela se ecoava pelo mundo o amor latino pelas almas e a OM tinha consciência disto. Mas os desafios nunca terminam e no trabalho missionário não é diferente. E foi nas costas chilenas, em Tierra Del Fuego, que em 1988 o navio Logos deu seu último testemunho ultramar, vindo a naufragar tendo, pela graça de Deus, toda a sua tripulação salva. Pois seu poder e glória não são facilmente submergidos.
Naquele mesmo ano, no dia 21 de outubro, a OM adquire o navio Antônio Lazaro, o qual aos 74 anos de idade ressuscita nos oceanos como o Logos II. Na década de 90, praticamente 30 anos depois da ousada e abençoada decisão daqueles três jovens, milhares de missionários se espalharam destemidamente por quase todos os continentes levando a Palavra de Deus, tanto através dos navios Logos II e Doulos como através das bases da Operação Mobilização se disseminando transculturalmente em mais de 80 países. Além dos navios os demais ministérios se diversificavam no ritmo pós-moderno da globalização mundial, assim testemunhamos na gélida Alemanha, em 1993, o 1º Teenstreet com 56 adolescentes e que em 2003, em sua 11ª edição, delirou com mais de 3500 teens vivendo missões nas “streets” da Europa, exalando o suave aroma de Deus numa linguagem contextualizada à esta geração. E surgiram muitas outras multiformes e pioneiras ações ministeriais da OM com a missão de mobilizar vidas às transculturas – as tribos, povos e raças – inconscientes da esperança de Deus: Love Europe, Teens in Mission, Globals Challenge, SportsLinks, Young Hope, Teenstreet etc. OM BRASIL – UMA HISTÓRIA DE SUCESSO Foi em 1986, que se iniciou oficialmente o trabalho da OM nos solos brasileiros. Em 1999, tivemos a última visita de um navio da OM ao Brasil, o Logos II e agora aguardamos ansiosamente a vinda do Logos Hope. Não há dúvidas de que a mão de Deus tem guiado esta organização entre as nações do mundo. Mas há muitos mares e terras a serem cruzados ainda pelos 6.100 missionários (omers) que de mãos dadas ao atual líder internacional da OM, Lawrence Tong, e com os olhos visionários de George Verwer, desejam cumprir a missão de continuar indo por todo o mundo pregando o evangelho em todas as nações, ensinando-as o real sentido da vida, que é cumprir a vontade de Deus seja qual for o preço a ser pago. Este é o desafio que a OM Brasil tem reafirmado através de seu novo líder nacional, Vitor Christovam, que com intrepidez e foco bem definido tem avançado e desafiado brasileiros de todos os cantos de nosso país a serem parte desta bela história de amor, resgate e salvação ensinada por Jesus e corajosamente vivida por homens e mulheres que denominamos missionários. E você o que está esperando? ■
FOTO DA EQUIPE OM BRASIL 2013 – DIA DE CONFRATERNIZAÇÃO
Como um time que se junta antes da batalha ficamos com as mãos sobrepostas, em oração. A África era o nosso alvo. Em nossa mente estava a imagem daqueles que conhecemos ali naquelas
veis para serem usadas em missões. De acordo com a coordenadora deste ministério da OM Brasil, Simone Aragão, missões de curto período possibilitam que todo o cristão se conecte ao trabalho missionário no
vilas e comunidades. Nossos olhos, mesmo fechados, viam esperança em meio a miséria e fé em meio ao caos. Nossas mãos pareciam se apertar conforme críamos e declarávamos salvação sobre aquele continente. Sabemos que a fé é a certeza daquilo que não podemos ver e por isso, ao término daquele momento de intercessão, esperávamos abrir os olhos com mais convicção, com sorrisos e alguns aleluias ou manifestações deste tipo. Mas a presença do Deus imprevisível e sua sutileza para dizer que Ele se fazia presente ali e nos ouvia foi muito além do que alguns poucos jargões ao final de uma oração. Era como se Suas mãos estivessem ali, unida às nossas enquanto orávamos. E realmente estavam! Representadas na delicadeza e sensibilidade de um pequeno garoto africano que se espremeu em nosso meio e sem que percebêssemos havia somado suas mãozinhas sofridas às nossas. Um ato tão motivador quanto um treinador que se rebaixa ao sair do posto de liderança e se uni ao time para um grito de guerra. Um gesto aparentemente simples, mas revelador! Viagens missionárias de curto período reservam surpresas. E o relato acima foi experimentado pelos 11 participantes da recente viagem de 17 dias para a Zâmbia, no continente africano. Líderes, pastores, profissionais da área de saúde, musicistas e pessoas comuns que se colocaram disponí-
mundo e disponha suas habilidades para este fim, sem comprometer sua carreira profissional. “Todos podem se envolver com missões de maneira prática e impactante, levando pessoas a um relacionamento restaurador com Deus e transformando vidas e comunidades”. Segundo ela, esse tipo de trabalho missionário mostra a diversidade do Corpo de Cristo, onde nos complementamos e servimos a Deus com nossos diferentes dons e serviços. Como já é de se esperar, aqueles que vão para servir também são profundamente ensinados por Deus. E nesta viagem para a Zâmbia os relatos de vidas transformadas foram muitos, tantos dos africanos que receberam o grupo, quanto do grupo que pôs o pé na estrada. A cada vilarejo, ruazinha, comunidade, casa e pessoa. Por onde passava este grupo o impacto era certo. A grande marca, ou o grande atrativo usado por eles foi a música. Quase todos os integrantes tinham alguma habilidade musical então por diversas vezes o louvor foi o responsável por quebrar as barreiras culturais e linguísticas, já que a língua local é o Bemba, mas muitos falam “um inglês” carregado de sotaque e regionalismo. Simone, que já esteve neste continente por três vezes, conta que na viagem anterior a esta percebeu o quanto as crianças da África são apaixonadas por música. No entanto, qualquer instrumento musical é para elas um objeto de luxo, ou um sonho inatingível. O comum é vê-las batendo em galões de água e tirando dali mais que um som, mas musicalidade. Partindo desta necessidade surgiu a ideia de levar algumas flautas doces para serem distribuídas. Mas o Deus que promete infinitamente mais ampliou a ideia e juntamente com este grupo que
esteve na Zâmbia, enviou a professora de canto Nádia de Souza Paula, do Rio de Janeiro. Nádia contou à equipe da Revista OM Brasil que não sabia ao certo como poderia servir a Deus na África, mas logo entendeu sua missão. “Dar aulas e treinar um jovem de 17 anos, chamado Kelvin, da comunidade de Makululu, me fez entender que o pouco que sabemos pode ser muito para quem nada tem”. O tempo que Nádia investiu ensinando música para aquele jovem teve resultados rápidos e emocionantes. O grupo contou que antes mesmo de voltar para casa foram surpreendidos com um momento em que Kelvin, diante de dezenas de pessoas, tocou uma música inteira com sua flauta doce lendo as notas da partitura que Nádia lhe ensinara. Missão cumprida? Neste caso sim, pois o garoto de Makululu – que é a segunda maior favela da África – será o professor de música de inúmeras outras crianças que também foram presenteadas com o instrumento distribuído pelos missionários. Diversas outras experiências marcaram cada participante desta viagem missionária de curto período. Entre elas, vale destacar o belo trabalho de missionários locais que serviram de inspiração para esses participantes. Simone conta que a OM na África possui um ministério chamado Bethesda que, em parceria com
um hospital local, tem levado esperança e mobilidade a deficientes físicos. Ela lembra que no ano passado conheceu uma garota chamada Jane com sérias deformidades nos pés. “Aquela garota não andava e parecia mais um entre tantos outros casos difíceis de serem solucionados. Mas Deus é mesmo maravilhoso e para minha surpresa quem veio me recepcionar naquela vila que visitei no ano passado? Ela mesma, a pequena Jane! Mas desta vez não mais sentada e presa a uma cadeirinha, ela veio andando em minha direção! Foi inesquecível!”, relembrou Simone. Uma missionária local brasileira que compõe a equipe da OM na África e que merece destaque é Núbia Gonçalves que tem influenciado milhares de
crianças na favela de Makululu. No entanto, esses e outros missionários locais sabem que há muito trabalho a ser feito, por isso a importância do trabalho de curto período, onde as pessoas conseguem focar esforços e gerar motivação e até resultados que serão colhidos mais tarde. Um exemplo disso foi o trabalho de Mariana Campos, que é biomédica e esteve entre o grupo que visitou a Zâmbia. “O tempo na Zâmbia foi muito abençoado, cheio de experiências marcantes, porém, algo específico me chamou a atenção, a população zambiana acredita que quem tem HIV/AIDS recebeu uma maldição e quando as esposas são infectas, por mais que tenham recebido este vírus do esposo, elas são colocadas para fora de casa e isto me marcou muito”, desabafou a biomédica. Ela também informou que eles acreditam que a cura da AIDS só é possível através da relação sexual com um cachorro, o que levam as pessoas a cometerem essa aberração, inclusive as crianças. “Isso me comoveu demais e ficou muito claro pra mim que temos muito trabalho a fazer”. Mariana também frisou a importância do voluntariado desses profissionais lembrando que existem muitas pessoas que não sabem como se prevenir das doenças e nem como buscar tratamento. “Elas precisam de orientação e de pessoas capacitadas que possam ajudálas, por isso eu gostaria de incentivar os profissionais da área de saúde a escutarem a voz de Deus e não hesitarem em fazer aquilo que Deus está chamando, pois há muito que ser feito!” A OM Brasil tem promovido diversas oportunidades de trabalho de curto período e frequentemente levado grupos para diversas regiões do mundo, oferecendo não somente apoio assistencial, mas acima de tudo apresentando o Evangelho verdadeiro de Jesus que por si só é capaz de libertar, curar e salvar. A pequena mão daquele garoto africano que se uniu ao grupo que estava orando na Zâmbia surpreendeu e marcou todos os que ali estavam, que bom que isso pôde ser registrado por uma máquina fotográfica! Então, que isso sirva para nos lembrar do trabalho dos inúmeros missionários que estão batalhando pelo continente africano e dos milhares que, frequentemente, tem disponibilizado seus dons e talentos para a grande África! Afinal, aquela pequena mãozinha talvez tenha se erguido para registrar o incansável clamor por ajuda daqueles que parecem não ser vistos. ■
BRASIL
GLOBAL CHALLENGE 2013 em Santos
E
sses são alguns relatos dos participantes do mais recente Global Challenge realizado em Santos no mês de julho, na Igreja Cristo é a Resposta, liderada pelo pastor Natalino Gabriel. O evento, que é realizado todos os anos em diferentes estados e igrejas pelo Brasil visa mobilizar, inspirar e envolver cada cristão participante a conhecer mais profundamente a importância do trabalho missionário e também apresentar a ele o que tem sido feito ao redor do mundo encorajando-o a compartilhar o conhecimento de Je-
sus, além de levá-lo a experimentar o poder transformador do Evangelho em sua própria vida. Durante a programação em Santos, os participantes puderam aprender mais sobre missões e ter a oportunidade de colocar em prática seus dons e talentos numa campanha missionária realizada pela região. A Conferência é dividida em duas partes. Primeiro são realizados workshops que expõem a realidade de diferentes lugares do mundo e as estratégias que têm sido usadas para que todos os povos possam ouvir a mensagem salvadora de Jesus. A segunda parte é uma campanha missionária, onde os participantes podem colocar em prática o que aprenderam sobre evangelismo e missões, disponibilizando seus dons e talentos. Este ano todos puderam ser encorajados com palavras do preletor visitante Mark Knight (UK), que é um dos líderes no navio Logos Hope. Sua experiência de 30 anos no trabalho missionário tem impactado muitas vidas e, durante o evento, Knight falou sobre a importância de um relacionamento diário com o Mestre Jesus. Segundo ele, ser chamado de amigo é privilégio daqueles que investem tempo nesse relacionamento através de uma vida de oração e busca. “Afinal, ele não nos chamou para trabalharmos para Ele, mas para trabalharmos com Ele”, enfatizou o preletor. Entre os workshops oferecidos, os inscritos puderam aprender sobre O Futuro do Evangelismo; Alcan-
çando os Muçulmanos; Ministérios Urbanos; Evangelismo Criativo; Arte na Igreja; Ministério Freedom Climb; Missão Para Aqueles Que Ficam, entre outros. Em parceria com a igreja Batista Vila Jóquei, localizada em São Vicente, o grupo que permaneceu para a segunda parte do Global Challenge saiu das quatro paredes da igreja para impactar aquela região. Enquanto alguns ensinavam histórias bíblicas para as crianças, outros se preparavam para uma encenação teatral. Alguns puderam liderar um momento de oração, outros, liderar o louvor. Diferentes dons e muito trabalho a ser feito, mas o que tinham em comum era o desejo de expressar o amor de Deus, nas ruas e de porta em porta, compartilhando um testemunho ou lendo uma devocional bíblica. De acordo com cada participante todo o tempo foi bem investido, e os que se doaram confirmaram que foram tão enriquecidos quanto os que receberam! De acordo com Mariana Berbet Gonçalves Campos, os quinze dias de trabalho missionário na IBVJ, em São Vicente foram dias inesquecíveis. “Deus nos mostrou de diversas maneiras como alcançarmos as pessoas para Ele”. Mariana contou que uma das experiências
marcantes foi o envolvimento no trabalho que esta igreja tem feito na comunidade Dique do Caxeta. Segundo ela, através do futebol, meninos que moram nesta região têm sido evangelizados e a Palavra de Deus tem chegado a diversas famílias. “Mesmo diante do receio de entrar numa favela, fomos confiantes, pois Deus estava conosco o tempo todo. Tivemos um tempo incrível com aquelas famílias, falamos do amor de Deus, louvamos junto com elas, e algumas pessoas aceitaram a Jesus como o seu único e suficiente Salvador”, testemunhou Mariana. O próximo Global Challenge ainda não tem data marcada, mas em 2014 a liderança do ministério garante que estará aproveitando a visibilidade mundial da Copa do Mundo para focar esforços evangelísticos e gerar ainda mais consciência missionária em cristãos e igrejas pelo Brasil. ■
A
s ruas já não são mais as mesmas e graças a Deus por isso! Nações inteiras tem percebido que elas não foram feitas somente “pra ver a banda passar cantando coisas de amor”. Atualmente elas têm sido palco de sociedades que almejam transformações efetivas no âmbito social e político. E isso não é privilégio só do Brasil. Na verdade, países como Turquia, Espanha, Egito, Tunísia e tantos outros tem vivido dias de grande mobilização. De acordo com muitos missionários que estão nesses países que tem vivenciado dias de conflito, essas ambições vão muito além da busca por mudanças ou melhorias em suas realidades, o desejo maior dessas sociedades é por um reino de justiça e paz. E, lembrando que cristãos e missionários são os embaixadores deste Reino, a Revista OM Brasil destaca nesta 1ª edição o Egito e os missionários que lá estão. Este país vivenciou, a cerca de dois meses, um golpe militar, tirando depois de 30 anos no poder, o ditador Mohamed Morsi. Vale ressaltar que os protestos para a saída do presidente duraram 18 dias de violentos manifestos nas ruas, deixando mais de 300 mortos e 5 mil feridos. Em vista disso, convidamos você, leitor, a acompanhar os relatos de missionários que vivem nessas sociedades em profunda transformação e são testemunhas oculares dos impactos que esses protestos têm causado na propagação do evangelho de Cristo. “Acredito que esses movimentos que têm acontecido em diferentes países serão motivos de estudos para muitos anos ainda, trata-se de um processo de amadurecimento político dessas sociedades. Como cristãos, precisamos perceber que, claramente, as pedras estão clamando!” (Flor de Baobá). Flor de Baobá é seu nome fictício. Ela está no Egito trabalhando diretamente com jovens muçulmanos e lembra que os temas dos cartazes e faixas nas manifestações, tanto no Brasil quanto no Egito, apontam para inclusão e justiça social. “
Se (como igreja) estivéssemos vivendo a implantação do Reino de Deus de forma eficiente, esta seria uma característica bem marcante destas sociedades”, destaca a missionária. VENDO ALÉM DO HORIZONTE Para todos os efeitos, Braz Xavier (também nome fictício), está no Egito a trabalho. Para ele, se fizermos uma análise superficial dos impactos dos protestos no trabalho que os missionários locais têm desenvolvido, o saldo poderá parecer negativo em primeira instância. “Esta é a primeira impressão” diz ele, “pois os manifestos também promovem mais restrições para os missionários”. No entanto, Xavier diz que numa visão mais ampla é possível perceber o povo desapontado com o desempenho da Irmandade Muçulmana e começando a questionar a aplicação da religião e até mesmo a sua veracidade. “Eles estão mais abertos a uma mútua convivência com outras religiões, e mais dispostos a ouvir a respeito de outra Verdade. Muitas vezes a situação de falta de esperança anuncia a chegada da verdadeira resposta”. Xavier conta que atualmente tem sido possível perceber a Igreja de Cristo mais confiante, assumindo um papel maior na composição desta parte da história. Mas, a liberdade de escolha da religião ainda é uma necessidade de oração por lá, garante o missionário. ORE PELO EGITO! Missionários que estão no Egito não cessam suas atividades, ainda que os desafios aumentem. Sobretudo, a segurança é um fator importante e são frequentes os relatos de cristãos que têm cancelado compromissos importantes para permanecerem em locais seguros. Ore Pela Segurança Daqueles Que Estão Neste Campo Missionário. Flor de Baobá conta que a igreja egípcia tem uma resistência muito grande à pressão do Islamismo. Segundo ela, a igreja aprendeu a se manter firme e contrária ao processo de islamização do País. “Esta postura da igreja fez com que ela se concentrasse somente em si e enxergasse os muçulmanos como inimigos”. Por isso, ore pelo despertar da igreja! Ore Para Que Ela Cumpra Seu Papel De Alcançar os Perdidos Seja Ele Quem For.
OS CONFLITOS NO EGITO O Egito é um país com características muito peculiares em relação aos demais países que compõem o mundo árabe. Historicamente, ele tem uma cultura riquíssima, uma sociedade muito receptiva e pacífica. Esses fatores colaboraram para a construção de uma cultura islâmica sunita, menos radical. O Resultado dessa resistência são as Revoluções de 2011 e a que está em desenvolvimento. Os egípcios, mesmo os muçulmanos, não aceitam a imposição dos Militares em estabelecer a Sharia (Conjunto de leis islâmicas) como constituição federal do País. Depois da revolução de 2011, eles elegeram a Irmandade Muçulmana como o Partido da Presidência, e esses nada fizeram para o desenvolvimento do País, além de iniciarem um novo processo de islamização. Atualmente a insatisfação com a Irmandade se reflete também em uma insatisfação com a religião, o que tem feito muitos, principalmente os jovens, repensarem suas convicções e se permitirem ouvir e experimentar outra Verdade. ■
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erta ocasião Jesus perguntou a um jovem rico: "Queres mesmo me seguir? Vai vende tudo o que tens, dá aos pobres e depois vem e segueme". Foi com esta passagem das escrituras que o missionário *Joabe foi profundamente desafiado por Deus. "Não foi fácil, mas senti que precisava mudar, mudar de atitude, mudar meus valores, meus sonhos, meu estilo de vida e caráter e seguir os sonhos de Deus para minha vida", contou. Joabe, sua esposa *Rebeca e a pequena filha do casal são missionários em Bangladesh e explicam que, como família, têm sido canal de Deus para o contato com famílias locais neste país fechado para o Evangelho. Para eles, a convivência e o dia a dia são as melhores estratégias para testemunharem o amor do Pai para este povo. "No Brasil são diversas conversões por dia, enquanto que aqui precisamos investir tempo com as pessoas e só depois de andar algumas milhas juntos é que temos a oportunidade de falar do amor de Deus. Isso pode durar anos", explicou Joabe. Antes de servir ao Senhor no Sul Asiático, o missionário diz que sempre se emocionou quando ouvia falar de Missões na igreja. Mas após uma semana tudo acabava sendo esquecido e os desafios normais da vida ganhavam mais atenção e esforço. Aos 23 anos já possuía seu próprio negócio e parecia ser alguém bem sucedido. Mas o surpreendente estava por vir. Durante as férias, de forma inesperada ele, definitivamente, aceitou o chamado
do Pai e lembra que o verso que marcou sua vida foi: "Persuadiste-me Senhor, e persuadido fiquei, mais forte foste do que eu e prevaleceste." Jeremias 20:7 "Se tivesse que tomar uma decisão hoje, sem medo de errar, minha resposta seria: Sim! sim Senhor, eisme aqui, envia-me! Antes nunca vivi tantas experiências pessoais e com Deus como nesses 16 anos passados. Por isso, encorajo você, leitor, a se desprender e dizer sim ao propósito do Pai para sua vida. Não existe nada melhor do que estar no propósito de Deus e fazer a Sua vontade", concluiu. ■
* foram usados nomes fictícios na matéria para preservar a integridade do missionário.
AGENDA Para você que tem entre 13 e 18 anos e deseja viver momentos inesquecíveis de amizades, esportes, capacitação, discipulado, intimidade com Deus, louvor, adoração. Faça suas férias valerem à pena fazendo a sua inscrição agora mesmo! Venha conferir o que preparamos e pensamos para vocês. Preço Oficial: R$350,00 Preço Promocional à vista: R$280,00 Preço Promocional (Boleto): 3x R$100,00 = R$300,00
Contagem regressiva para a primeira conferência da OM Brasil no Vale do Paraíba. Dias 18 e 19 de outubro serão dias intensos e marcantes para a cidade de São José dos Campos, que sediará o evento. "Igreja, instrumento para alcançar as Nações" é o tema da conferência, que contará com a presença do diretor da OM Uruguai, pastor Alejandro Las. A programação do evento contará com momentos de louvor, oficinas, workshops e mensagens práticas sobre o tema. Não fique de for a desta programação inspiradora e marcante! O Amor & Vida é um ministério que busca demonstrar de forma prática e pessoal o amor de Cristo, através do atendimento à população carente com o auxílio de profissionais voluntários das mais variadas áreas como médicos, dentistas, enfermeiros, advogados, pedagogos, professores de artesanato, cabeleireiros e outros. Dirce Aragão Coord.Ministério
AGENDA E CONTATOS»
Tel:(12)3945-0047//(12)3945-0040 http://ommav.blogspot.com.br/
Você irá receber um treinamento que irá equipá-lo nas questões básicas a respeito da doutrina muçulmana e como apresentar o Evangelho. Você também participará da vida em equipe, tendo oportunidades para cozinhar, limpar, orar e adorar a Deus juntos. As equipes serão acomodadas em diferentes igrejas. Uma excelente oportunidade para alcançar pessoas de diferentes grupos étnicos! De 14 a 23 de Dezembro de 2013 Categorias: Distribuição de literatura & vídeos, alcançando pessoas de outras religiões. Custo: US$ 360,00
Esta é uma grande oportunidade para pessoas que tem um coração voltado para o Japão e usar seus dons para abençoar os japoneses através de distribuição de literatura e ministérios criativos. É também um ótimo tempo para encontrar com outros missionários que estão no Japão e ouvir o que Deus tem feito neste país. Venha para iluminar a cidade natalina do Japão, Karuizawa, e compartilhar a verdadeira história de Jesus! De 25 de Novembro a 05 de Dezembro de 2013 Categorias: Oração, evangelismo por amizade, distribuição de literatura & vídeo. Custo:US$ 780,00
BOOKSELLER GOTAS DE UMA TORNEIRA QUEBRADA A vida é uma tremenda mistura de vitórias e derrotas, sucessos e falhas, alegrias e dores, paz e batalhas, felicidade e quebrantamento. Mas a vida em Jesus assegura a vitória final sobre todas estas coisas. Gotas de uma torneira quebrada descreve com transparência e beleza como vidas comprometidas com Jesus podem avançar em Seus propósitos, mesmo apresentando falhas e limitações. Histórias emocionantes irão inspirar seu coração e desafiá-lo a, uma vez mais, consagrar tudo para a glória de Deus. Autor: George Verwer ///R$ 20,00 O DESPERTAR DA GRAÇA NA LIDERANÇA A maneira como George Verwer aborda a liderança é bíblica, honesta e real. Autor de vários livros, sua literatura inspira, prepara e encoraja os leitores a abraçarem novos desafios. O Despertar da Graça na Liderança é um clamor para que uma nova geração de líderes seja formada, onde o leitor será atraído para dentro da Palavra de Deus numa busca para entender melhor sobre liderança. Autor: George Verwer //// R$ 2,00
IRÃ 30 Trinta anos de Revolução Islâmica transformaram o povo iraniano nos muçulmanos mais receptivos a Jesus em todo o mundo. E só o Evangelho poderá trazer paz para os iranianos e para todo o Oriente Médio. Mas, para que o Evangelho seja ensinado com poder é preciso haver oração. R$ 3,00
QUATRO TESTEMUNHAS NO TRIBUNAL Este livro tem sido a base das mensagens que Jack Rendel tem pregado no Brasil e em muitos outros países, abordando quatro tipos diferentes de testemunhas: * Testemunha silenciosa * Testemunha que abandona a Jesus * Falsa Testemunha * Testemunha que nega a Jesus Autor: Jack Rendel /// R$ 6,00
VERDADEIRA CORAGEM Mulheres que enfrentam o mundo por amor a Deus
Um despertamento para as crises que as mulheres enfrentam ao redor do mundo contado através de histórias emocionantes de nove mulheres corajosas, junto com estatísticas chocantes. Este livro relata aventuras reais e inspiradoras de nove mulheres comuns que estão fazendo a diferença em lugares como o Tadjiquistão, Índia e Líbano. Autora: Deborah Meroff /// R$ 25,00
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or muito tempo ciência e fé eram assuntos que não poderiam estar em uma mesma conversa. Acreditar em um era o mesmo que anular o outro. Hoje muitos estudiosos têm provado que ciência e fé podem caminhar juntas sim. Um exemplo disso é o ministério “NA CIÊNCIA” que a OMer brasileira e farmacêutica Débora Gonçalves tem desenvolvido junto às adolescentes de uma comunidade muçulmana na Inglaterra. Através de experimentos científicos ela tem ensinado princípios e valores bíblicos como perdão, obediência, domínio próprio, entre outros. De uma forma criativa ela tem levado as meninas a repensarem seus atos e comportamentos sob uma perspectiva cristã. “Elas ficaram maravilhadas. E eu espero sinceramente que isso continue no coração delas quando fizerem algo parecido na escola. Que possam se lembrar disso. Esse é o motivo de estar trabalhando com ciências: que elas possam enxergar além - Jesus Cristo.” - disse Débora a respeito de sua última experiência científica com as meninas. Que por intermédio desse projeto a vida dessas meninas possam ser transformadas e que elas possam ver Jesus agindo através de todas as coisas que as cercam, inclusive a ciência. E que Deus possa dar mais criatividade a todos que trabalham nesse projeto. ■
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or a long time science and Faith were issues that could not be in the same conversation. Believe in one was the same as canceling the other. Today many scientists have proved that science and faith can come together. An example of it is the ministry “NA CIÊNCIA” (IN SCIENCE) which the Brazilian OMer and chemist Débora Gonçalves has been developing with the teenagers from a Muslim community in England. Through scientific experiments she has been teaching Biblical principles and values such as forgiveness, obedience, self-control and others. In a creative way she has been leading the girls to rethink about their acts and behavior under a Christian outlook. “They were amazed. And I sincerely hope that it will continue in their hearts when they do something like that in the school. May they can remember that. That is the reason I am working with science: they can see beyond – Jesus Christ.” – said Débora about her last experiment with the girls. Through this project the girls’ life can be transformed and they can see Jesus working through all thing that surround them, including science. And may God give more creativity to all who work on this project. ■
BRASIL
O Ministério dos Navios da OM teve início em 1970 e surgiu como uma estratégia para a evangelização mundial. Ele também serve como base para o treinamento de milhares de jovens vocacionados para missões. Desde então os navios da OM já visitaram mais de 500 portos em 160 países e recepcionaram mais de 40 milhões de visitantes a bordo. Te convidamos a visitar o link abaixo e contribuir para que este ministério continue levando conhecimento, ajuda e esperança aos povos do mundo!