O Setor Elétrico (Edição 127 - Agosto 2016)

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Ano 11 - Edição 127 Agosto de 2016

A polêmica NR 12

Norma que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos é criticada pela indústria. Especialistas defendem o regulamento

Iluminação sem crise

Fabricantes, distribuidores e projetistas cresceram mais do que o esperado em 2015 e estão otimistas para fechamento de 2016 Barramentos blindados: influência do aquecimento na resistência elétrica

Renováveis

Eólica alcança 10 GW de capacidade instalada Como fica a PDA de sistemas fotovoltaicos?




4

Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br

Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação e pesquisa Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br

Suplemento Renováveis

Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br

67

Quarta edição de Renováveis – Energias complementares traz uma entrevista especial com a presidente executiva da

Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Carla Kos Duboc - carla@atitudeeditorial.com.br Sidnei Vargas – vargas@atitudeeditorial.com.br

Abeeólica, Elbia Gannoum, que fala sobre as conquistas da energia eólica e os desafios pela frente. E um artigo exclusivo traz detalhes técnicos sobre a instalação de proteção contra descargas atmosféricas em sistemas fotovoltaicos.

Coluna do consultor Painel de notícias

8

10

Pesquisa – Equipamentos para

84

iluminação Setor parece ter sentido pouco a crise econômica

Schréder revitaliza cidade do Rio de Janeiro; FLC

que assola o país. Fabricantes e distribuidores

muda identidade visual de seus materiais de ponto de

cresceram, em média, 15% em 2015 e

venda; Indústria eletroeletrônica apresenta queda nas

projetistas consideram este mercado maduro

exportações; Tramontina Eletrik completa 40 anos;

profissionalmente. Confira.

do setor elétrico brasileiro. Evento - Expolux

20

Evento consolidou a tecnologia Led e debateu iluminação pública e industrial em simpósio técnico. Fascículos

25

Espaço 5419

100

Telhas metálicas como elemento captor do SPDA.

Colunistas Jobson Modena – Proteção contra raios 102 João José Barrico – NR 10

104

José Starosta – Energia com qualidade 106 Roberval Bulgarelli – Instalações Ex

Reportagem

54

Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento.

Weidmüller Conexel faz evento para distribuidores. Estas e outras notícias sobre empresas, mercado e produtos

Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187

108

110

Publicada em 2010, NR 12 é contestada pela indústria e

Ponto de vista

especialistas defendem o regulamento.

A importância da infraestrutura de TI para

Colaboradores desta edição: Claudio Mardegan, Eugenio Pedrozo, Hédio Tatizawa, Hélio Eiji Sueta, José Barbosa de Oliveira, Leonardo Barros, Luís Eduardo Caires, Luis Zucatto, Nunziante Graziano, Silvio J. van Dijk, Tania Nunes, Vicente Scopacasa e Wagner Barbosa. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Shutterstock | Vadim Ratnikov Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio

distribuidores, atacadistas e revendedores. Aula prática

60

Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.

114

A primeira parte de um artigo técnico que trata da

Agenda

influência do aquecimento na resistência elétrica de

Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos

barramentos blindados.

próximos meses.

Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à



Editorial

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O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Capa ed 127_H.pdf

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8/25/16

4:15 PM

www.osetoreletrico.com.br

Ano 11 - Edição 127 Agosto de 2016

A polêmica NR 12

Norma que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos é criticada pela indústria. Especialistas defendem o regulamento

O Setor Elétrico - Ano 11 - Edição 127 – Agosto de 2016

Iluminação sem crise Barramentos blindados: influência do aquecimento na resistência elétrica

Renováveis

Eólica alcança 10 GW de capacidade instalada Como fica a PDA de sistemas fotovoltaicos?

Edição 127

Vento e luz

Fabricantes, distribuidores e projetistas cresceram mais do que o esperado em 2015 e estão otimistas para fechamento de 2016

Esta edição traz duas notícias muito acalentadoras para o coração dos profissionais que atuam no setor

elétrico brasileiro. A primeira diz respeito à marca histórica dos 10 GW de capacidade instalada que a fonte eólica acaba de alcançar neste final do mês de agosto. A segunda refere-se ao setor de iluminação que revelou crescimento expressivo em 2015, em meio a um cenário econômico negativo, e mantem projeções otimistas para o fechamento deste ano.

Esta última notícia foi constatada na pesquisa setorial realizada pela revista O Setor Elétrico com cerca de 150

companhias do segmento de iluminação, entre fabricantes, distribuidores e empresas de projetos. Para se ter uma ideia, nesta mesma pesquisa realizada no ano passado, as empresas projetaram crescimento, em média, de 8% em 2015, no entanto, o acréscimo registrado no ano passado, conforme registrado no estudo deste ano, foi de 17%. Para 2016, a estimativa é que as empresas apresentem crescimento médio de 15%. Ótimas previsões para um ano como este! A pesquisa na íntegra pode ser consultada nesta edição, a partir da página 84.

No tocante à eólica, uma das fontes renováveis mais promissoras do país, chegar à marca de 10 GW de

capacidade instalada em tão pouco tempo é uma surpresa e uma vitória ao mesmo tempo. Surpresa porque há exatos dez anos, a fonte apresentava 235 MW de capacidade instalada e, desde então, a energia dos ventos vem crescendo vertiginosamente, chegando hoje a representar 7,5% da matriz elétrica nacional. E o sucesso deveu-se a diversos fatores, como políticas nacionais e internacionais de fomento às fontes renováveis, tendo em vista, por exemplo, a relação da produção de energia elétrica com as mudanças climáticas; iniciativas governamentais – como a organização dos leilões de reserva a partir de 2009 –; e, claro, o grande potencial brasileiro.

Nosso potencial estimado é de cerca de 500 GW, cerca de três vezes superior à demanda atual do país.

Estamos comemorando a marca dos primeiros 10 GW. A meta é dobrar esta capacidade instalada nos próximos quatro anos e ainda há muito potencial a ser explorado. Em entrevista exclusiva ao caderno RENOVÁVEIS – Energias complementares, publicado nesta edição, a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, fala um pouco sobre esse avanço da energia eólica no país, desafios a serem superados e expectativas para a fonte no país.

A energia eólica foi a que mais cresceu no mundo todo nos últimos anos. A China é o país com maior

capacidade instalada, seguida dos Estados Unidos e da Alemanha. Em 2014, a energia eólica representou 2% de toda a geração de eletricidade brasileira e, em termos de investimentos anuais, o país ocupou a 4ª posição do mundo. Em 2015, recebeu investimentos de R$ 20 bilhões e gerou 41 mil empregos. Se continuarmos assim, estaremos no caminho certo para a construção de uma matriz cada vez mais limpa e sustentável.

Boa leitura!

Abraços,

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Coluna do consultor

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DeinfraFiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Espírito olímpico na engenharia é possível?

No início destes nossos jogos olímpicos nos deparamos com a grotesca situação

dos prédios que deveriam abrigar as delegações, os quais estavam efetivamente não concluídos. Valeu a máxima que “obra não se conclui, obra se abandona”. Agora, então, “se abandona e se esquece”. O espetáculo foi ainda incrementado com as justificativas dos responsáveis pela “obra” corroboradas, vejam só, até por ministros de estado que se uniram às estúpidas justificativas sobre os fatos relatados e ironizados, nada menos, pelo próprio prefeito do Rio.

Fato é que olhando os acontecimentos pelo ângulo sério da engenharia, a

situação nos deixa incrédulos, já que todas as normas nacionais recomendam as etapas de testes e verificações, incluindo a de desempenho das edificações. A nossa ABNT NBR 5410 apresenta um capítulo específico sobre as verificações finais que, evidentemente, também não foi atendido. Vamos esperar que ninguém seja vítima de eletrocussão e que equipamentos não sejam danificados, afinal “ELE” é brasileiro. Será que ainda é? Veremos.

No mundo real, o Circuito Nacional do Setor Elétrico (Cinase), etapa Salvador,

nos traz esperanças para dias melhores, com um congresso denso em que o grau de interesse foi crescente. Foram mais de 500 profissionais trocando experiências em uma nova viagem pelas instalações elétricas. Congressistas, patrocinadores e organizadores saíram bastante motivados para repetir o fato em Curitiba, em outubro.

A nossa economia deu alguns poucos sinais de recuperação, ao menos, a

percepção de progresso é melhor do que a de alguns meses atrás. Teremos que ter paciência e muito trabalho para levantar este moribundo atacado sem dó por inescrupulosos e execráveis personagens da nossa história.

Vivemos ainda um interessante momento de discussão de fontes de energia

sem esquecer, é claro, que os atuais custos baixos decorrem de desequilíbrio entre oferta e demanda, em função da recessão e que a energia fotovoltaica é uma opção complementar e não uma fonte principal. Um sistema elétrico de bom desempenho depende ainda de boa potência de curto-circuito. Por maior que seja nosso espírito olímpico, as placas sozinhas em nossos telhados não serão capazes de suprirem a energia demandada por todas as nossas cargas. Um bom planejamento de geração e, principalmente, de uso de energia é sempre fundamental e o congresso brasileiro de eficiência energética (Cobee), realizado no final de agosto, em São Paulo, é sempre uma boa oportunidade para estas discussões, fundamentalmente, com boas práticas de engenharia.



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

EPE lança portal Webmap Ferramenta coloca em um único local na internet informações sob responsabilidade de diversos departamentos, com o intuito de facilitar a geração e a compreensão de mapas e estudos críticos do setor elétrico brasileiro

Com o objetivo de facilitar a geração e

a compreensão de mapas e estudos críticos do setor elétrico em todo o território nacional, integrando informações sob responsabilidade de diversos departamentos em um único local na internet, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou recentemente o portal Webmap EPE, que contém informações georreferenciadas a respeito do sistema energético existente. A ferramenta já está disponível no site da EPE – www.epe.gov.br.

O projeto quer também simplificar o grande

volume de informações do setor energético, a fim de disponibilizá-lo à população, atendendo à Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011, regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.724/2012). Além do Webmap EPE, o Plano Decenal de Expansão de Energia e o Plano Nacional de Energia fazem parte desta iniciativa da EPE em atender a esta legislação.

hidrelétricas, termelétricas, eólicas e solares,

70% do market share global de Sistemas de

Através do portal Webmap EPE, o

as linhas de transmissão e subestações, os

Informação Geográfica (GIS) e representada

cidadão comum poderá fazer consultas,

campos de petróleo e gás, os gasodutos e

no Brasil pela Imagem. Conforme o analista de

visualizar com detalhes a cadeia de geração

as unidades de biocombustíveis espalhadas

Pesquisa Energética da Superintendência de

e de transmissão de energia no país, assim

pelo território nacional.

Meio Ambiente, Rodrigo Vellardo Guimarães,

como o andamento dos empreendimentos de

O Webmap EPE foi implantado sobre a

a EPE utiliza esta plataforma desde 2006,

energia. Será possível ainda localizar as usinas

plataforma ArcGIS, da Esri, companhia com

mas apenas para uso interno e não integrado.



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Indústria eletroeletrônica apresenta queda das exportações no mês de julho A venda de produtos elétricos e eletrônicos ao exterior caiu 22% em comparação a julho de 2015. Queda pode ser explica pela baixa do dólar, segundo Abinee O mês de julho não trouxe boas notícias

e baixos, as empresas do setor enfrentam

patamar cambial. As companhias projetam

para um segmento da indústria nacional.

dificuldades para traçar planos de médio e

reduzir, em média, 35% do total previsto.

De acordo com a Associação Brasileira

longo prazo, pois os contratos de exportação

da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee),

não são negócios pontuais”, explica Barbato.

2016 também registraram queda em relação

as exportações de produtos elétricos e

Conforme o presidente da Abinee, o setor

a julho de 2015. Passaram de US$ 2,7

eletrônicos caíram 22% em relação a julho do

eletroeletrônico é um dos mais dependentes

bilhões no ano passado para US$ 2 bilhões

ano passado, saindo de US$ 553,3 milhões

de insumos importados e também afetado

neste ano, representando um decréscimo de

para US$ 431,8 milhões. Em comparação a

pela volatilidade do câmbio na formação

23,5%. Comparado a junho, as importações

junho deste ano, as exportações registraram

de preços de seus produtos no mercado

recuaram 20% e, no que se refere aos sete

decréscimo, de 4,6%. E no que se refere aos

interno, onde as margens são apertadas. “A

primeiros meses do ano, registram queda de

primeiros sete meses do ano, o recuo das

indústria não consegue conviver com tanta

30,6% entre 2015 e 2016.

exportações foi de 2,7%, entre 2015 e 2016.

instabilidade cambial”, diz.

O déficit da balança comercial de

De acordo com o presidente da

Em sondagem realizada no início de

produtos elétricos e eletrônicos, porém,

Abinee, Humberto Barbato, a queda das

agosto junto às suas associadas, a Abinee

diminuiu em relação a igual período do ano

exportações pode ser explicada pela falta de

apurou que 24% das empresas consultadas

passado. Se em 2015, foi registrada uma

confiança das empresas face à instabilidade

já diminuíram suas projeções para vendas ao

defasagem de US$ 17,08 bilhões, em 2016,

do real frente ao dólar. “Com tantos altos

exterior no ano de 2016 em razão do novo

este déficit passou para US$ 10,9 bilhões.

As importações para o mês de julho de



Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

Schréder fornece soluções de iluminação para revitalizar a cidade do Rio de Janeiro Por conta das Olimpíadas, diversas regiões da capital fluminense foram revitalizadas. A Schréder garantiu produtos ao Parque Olímpico, Museu do Amanhã, Arena Maracanã e Porto Maravilha

Em razão dos Jogos Olímpicos de 2016,

a prefeitura do Rio de Janeiro reurbanizou a região portuária da cidade, o Porto Maravilha, e outras regiões da capital fluminense. A Schréder, empresa do segmento de iluminação pública, participou das melhorias, oferecendo soluções de iluminação para diversos locais da cidade e instalações, que foram parte integrante das Olimpíadas no

A luminária Yoa foi escolhida para iluminar a região do Porto Maravilha, com o objetivo de tornar mais seguro o trânsito dos visitantes e residentes pelo local.

Rio, tais como o Parque Olímpico, o Parque Madureira, o Museu do Amanhã, a Arena Maracanã, além do próprio Porto Maravilha.

segurança para o público em geral. A Akila

durante a noite.

Na Arena Maracanã, a Schréder forneceu

Olímpica é uma releitura da luminária Akila e

soluções de iluminação Led de baixo custo

contou com design desenvolvido pelo escritório

noite a imponente arquitetura do Museu

Com o intuito de destacar durante a

para melhorar a paisagem ao redor do estádio

Índio da Costa especialmente para os Jogos.

do Amanhã, a empresa instalou neste novo

e garantir o mais alto nível de segurança para

A luminária Yoa foi escolhida para iluminar

marco arquitetônico da cidade do Rio de

os visitantes que entram e saem do local.

a região do Porto Maravilha, com o objetivo

Janeiro o projeto BaroLed. A instalação

A Schréder também iluminou a fachada da

de tornar mais segura o trânsito dos visitantes

conquistou a certificação Leed. Já no Parque

arena, tornando o ambiente mais propício a

e residentes pelo local. Mais de 1.400

Madureira, terceiro maior parque da cidade,

eventos festivos.

luminárias Yoa foram instaladas em toda a área

com 103.000 m², a Schréder entregou 600

No Parque Olímpico, a Schréder instalou

com diferentes configurações (topo de poste,

luminárias, gerando economia de energia

mil unidades da luminária Akila Olímpica

braço simples e suporte duplo) para atender

para que os moradores possam se beneficiar

nos diversos espaços esportivos do Parque

aos requisitos de iluminação nas diversas

das diversas instalações de dia e à noite.

Olímpico, como o Parque Esportivo Maria

áreas em harmonia com a arquitetura local.

Além disso, a Schréder forneceu soluções de

Lejnk, a Arena do Futuro, o Parque Deodoro

De acordo com a Schréder, a Yoa possui

iluminação Led sustentáveis para o Aeroporto

e o Velódromo Olímpico. As luminárias

design simples, que integra harmonicamente

Galeão e Túnel Martim de Sá, com o intuito

proporcionaram

e

a paisagemcv durante o dia e fornece uma luz

de facilitar o trajeto de entrada e saída da

resplandecente, com o objetivo de garantir

clara e suave, criando um ambiente acolhedor

cidade.

uma

iluminação

clara


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Weidmüller Conexel promove evento para distribuidores CRealizado em São Paulo, o Top Distribution 2016 recebeu empresas de todo o Brasil e foi marcado pela apresentação da nova estratégia de distribuição da companhia

Participantes do Top Distribution 2016.

No último dia 13 de julho de 2016, a

Weidmüller Conexel realizou, no Jockey Club de São Paulo, o evento Top Distribution 2016, um encontro voltado para os seus principais parceiros de distribuição e que reuniu empresas do setor elétrico de todo o país. Nesta

ocasião,

foi

apresentada

a

estratégia global de distribuição do Grupo Weidmüller e o foco da Weidmüller Brasil para este segmento. De acordo com o diretor geral da companhia, Deodato Vicente, nos últimos anos, está ocorrendo uma mudança cultural muito grande na Weidmüller Brasil e o fortalecimento da parceria com a rede de distribuição é fundamental para a organização, cujo objetivo é alcançar cada vez mais um maior número de clientes finais através de parceiros distribuidores dedicados à venda não só de produtos, mas de soluções para os seus clientes. Por isso, também foi ressaltada a importância de se antecipar às tendências tecnológicas e de mercado que estão surgindo, como é o caso do segmento de energia solar fotovoltaica e da chamada Indústria 4.0.

Além de negócios, o evento contou ainda

com um momento de confraternização e uma premiação para os distribuidores que se destacaram nas categorias Distribuidor Parceiro Platina e Ouro.


Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Tramontina Eletrik completa 40 anos Ciente de que uma das maiores preocupações do mundo na atualidade é o meio ambiente, a empresa vem desenvolvendo diversas ações ecologicamente sustentáveis em sua unidade fabril A Tramontina Eletrik completa 40 anos de

sustentáveis, a companhia auxilia também a

existência neste ano de 2016 ciente de que

comunidade vizinha à sua fábrica situada na

uma das maiores preocupações do mundo na

cidade de Carlos Barbosa, no Rio Grande do

atualidade é o meio ambiente. Neste sentido, a

Sul, tratando a água utilizada na planta fabril

empresa vem desenvolvendo diversas ações

e reutilizando praticamente toda a matéria-

ecologicamente sustentáveis. Recentemente,

prima.

a companhia implantou em suas instalações

um sistema de energia solar fotovoltaico

fabricar peças de alumínio para redes de

interligado à rede elétrica regional, com o

transmissão de energia, a empresa está

intuito de complementar a capacidade de

hoje consolidada no mercado de materiais

geração. Conforme a Tramontina Eletrik,

elétricos. A companhia atua em três divisões

este sistema possibilita à empresa utilizar

diferentes. Além do carro-chefe materiais

uma quantidade menor de energia vinda da

elétricos, a Tramontina Eletrik comercializa

distribuidora, gerando economia financeira

equipamentos para atmosferas explosivas e

e de recursos hídricos. Através de práticas

peças injetadas de alumínio.

Nascida em 1976, com o objetivo de

GE fornece sistemas de proteção, distribuição e backup para Olimpíadas 2016 Ao todo, a empresa forneceu mais de três mil nobreaks, 65 transformadores de energia e uma série de equipamentos de distribuição elétrica

A GE, por meio da GE Energy Connections,

instalou os sistemas de proteção e de distribuição de energia e sistemas de backup nas arenas que sediaram as competições do Jogos Olímpicos Rio 2016. Com base nas lições aprendidas nas últimas cinco Olimpíadas, incluindo os Jogos Olímpicos de Inverno, a empresa implementou uma série de processos “fast track” (simultâneos) para ajudar a ampliar o fornecimento de energia

Ao todo, a empresa forneceu mais de 3 mil sistemas de fornecimento de energia ininterrupta – nobreaks – trifásicos e monofásicos.

para mais de 32 locais e instalações olímpicas. Ao todo, a empresa forneceu mais

“A GE tem uma longa história de

de três mil sistemas de fornecimento de

fornecimento de soluções de segurança para

energia ininterrupta – nobreaks – trifásicos

o suprimento energético nos Jogos Olímpicos,

e monofásicos, 65 transformadores de

tendo fornecido sistemas de UPS para todas

energia, e uma série de equipamentos de

as edições, desde a Olimpíadas de Inverno

distribuição elétrica, desde painéis de baixa

de Turim, em 2006. Desde então, a GE tem

tensão até cubículos de média tensão. Toda

aprendido algumas lições valiosas sobre como

a aparelhagem foi entregue, instalada, testada

implantar sistemas de energia completos em

e conectada a um centro de monitoramento

diversos locais e instalações esportivas em

de energia centralizado em tempo para a

um cronograma altamente apertado”, afirmou

Cerimônia de Abertura, ocorrida no dia 5 de

o diretor geral para o negócio de Energy

agosto.

Connections da GE, Rohan Kelkar.





Evento

20

Expolux

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Consolidação do Led e seminários técnicos marcam Expolux 2016 15ª edição da Feira Internacional da Indústria de Iluminação consolidou a tecnologia Led, presente em praticamente todos os estandes, e inovou ao reestruturar os seminários do tradicional Simpolux, sendo um deles organizado pela revista O Setor Elétrico

Quem visitou a Feira Internacional da

e controle da luz para as mais diversas

cima. Tudo indica que a recuperação dos

Indústria de Iluminação da América Latina

aplicações: residencial, comercial e pública.

negócios no segundo semestre permitirá ao

(Expolux) deste ano percebeu a presença

De acordo com o diretor do evento,

segmento repetir o desempenho alcançado

constante e marcante do Led, tecnologia

Alexandre Brown, a Expolux mostrou-se um

em 2015, quando faturou R$ 3,9 bilhões”,

altamente eficiente, que permite designs

excelente termômetro para o setor que vinha

lembra o executivo.

inovadores e aplicações que superam

trabalhando com uma queda de 7% nas

as expectativas do setor. Expositores se

suas vendas em 2016 quando comparada

de 2016, foram, no total, 380 expositores,

reinventaram

soluções

a 2015. “As perspectivas pós-Expolux

que lançaram cerca de 600 produtos e

com uso do Led aliado a gerenciamento

levaram a Abilux a rever estes números para

tecnologias, que puderam ser vistos de

e

apresentaram

Entre os dias 28 de junho e 1º de julho


21

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

perto pelos 22.320 visitantes do Brasil

menor para a Intral, mas ainda assim muito

e do exterior que passaram pelo evento.

proveitosa. “Cerca de 80% dos contatos

“Registramos

realizados aqui serão transformados em

aumento

de

5,26%

em

relação à edição anterior com uma audiência

negócios futuros”, afirmou.

qualificada que incluiu arquitetos, designers

Vale acrescentar que, no segundo

de interiores, construtores, engenheiros e

dia da Expolux, foram realizadas rodas de

lojistas”, comemorou o gerente do evento,

negócios, que contaram com a participação

Ivan Romão.

de 14 expositores, 36 compradores e 84

“Não estávamos esperando receber

reuniões. “Os encontros geraram negócios

um grande público na Expolux por conta do

declarados pelos compradores da ordem

cenário econômico do país no momento.

de R$ 9 milhões”, revelou Brown.

No entanto, os contatos realizados foram

Já para a Taschibra, o aumento no

ótimos e, com certeza, irão se transformar

número de visitantes que passou pelo seu

em

avaliou

estande foi impulsionado pela apresentação

Joice Carvalho, responsável pela área de

de novidades em Leds e decoração.

marketing da Aureon.

“Trabalhamos para apresentar o que há de

Da mesma maneira, o coordenador

mais moderno. Neste ano, por exemplo,

de marketing da Intral, Sandro Neves,

trouxemos a Linha Energia Solar Led,

conta que foi para a Expolux com três

que reúne duas importantes tendências,

lançamentos e com expectativa baixa, mas

a solar e a do Led. Acreditamos que isto

ficou surpreso com a movimentação da feira,

tenha contribuído para que mais visitantes

que, na comparação às outras edições, foi

conhecessem o estande da Taschibra,

contratos/vendas

futuras”,

Espaço Design contou com 13 ambientes assinados por arquitetos e designers de interiores dedicados à apresentação de produtos e sistemas de iluminação.


Evento

22

Expolux

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

um resultado muito positivo até mesmo em comparação com edições anteriores”, considerou a diretora da empresa, Natalie Schreiber Felippi. A Expolux 2016 proporcionou aos visitantes a oportunidade de conhecer em primeira mão tendências em produtos e tecnologias que marcarão o setor de iluminação não apenas neste segundo semestre, como no decorrer do próximo ano. Leds com alta qualidade de reprodução, conjuntos óticos com avançada tecnologia em materiais e em qualidade técnica, designs contemporâneos e produtos com eficiência energética e alto desempenho marcaram a feira deste ano. Para a próxima edição, mais novidades são esperadas. A 16ª edição da Expolux será realizada também em São Paulo, na Expo Center Norte, entre os dias 24 e 28 de abril de 2018.

Arena do Conhecimento Téc Simpolux

Paralelamente à exposição da Expolux,

aconteceram alguns eventos paralelos, como

as

Arenas

do

Conhecimento

Simpolux Decor e TEC e o Espaço Design – uma área de 1.161 metros quadrados composta com 13 ambientes assinados por arquitetos e designers de interiores dedicados integralmente à apresentação de produtos de iluminação que se destacam

Arena do Conhecimento TEC Simpolux recebeu, ao longo dos quatro dias de evento, cerca de 700 participantes.



Evento

24

Expolux

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

pelo design, tecnologia e sustentabilidade.

Destaque para a Arena do Conhecimento

TÉC Simpolux, uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), que contou com o apoio da revista O Setor Elétrico como parceira de conteúdo. Foram quatro dias de intensos debates sobre os temais técnicos, polêmicos e mais importantes que envolvem os setores da iluminação pública e industrial.

No total, foram 23 palestras realizadas por

importantes agentes desse setor, incluindo acadêmicos, consultores, representantes do governo, consultores, lighting designers e especialistas da indústria.

Uma das palestras que mais atraiu a

atenção do público foi a proferida pelo engenheiro Luciano Rosito, que falou sobre

Arena do Conhecimento TEC Simpolux foi constituída por 23 palestras sobre iluminação pública e industrial e contou com a revista O Setor Elétrico como parceira de conteúdo.

as novidades da nova norma ABNT NBR IEC 62722-2-1 – Requisitos particulares

público e atualizar os ali presentes sobre

Karin Marins.

para

a transferência dos ativos de iluminação

Gestão

coordenador da comissão que revisou esta

pública para os municípios brasileiros.

pública,

norma sanou dúvidas a respeito de prazos

Este último tema foi ainda amplamente

tecnologias para ambientes industriais,

e dos métodos de ensaios para demonstrar

discutido por outros especialistas, como

Led na iluminação pública, embelezamento

conformidade com o documento normativo.

o pesquisador do Instituto de Pesquisas

urbano e outros assuntos importantes

luminárias

Led.

Na

ocasião,

o

do

serviço

eficiência

de

iluminação

energética,

novas

Ainda no âmbito da regulamentação,

Tecnológicas de São Paulo (IPT), Oswaldo

fizeram parte da grade do seminário que

o superintendente da Agência Nacional

Sanchez Junior, que tratou ainda a respeito

recebeu, ao longo dos quatro dias de

de Energia Elétrica (Aneel), Carlos Mattar,

do papel da iluminação pública nas cidades

palestras, cerca de 700 participantes. A

abrilhantou

inteligentes;

Wladimir

programação completa pode ser acessada

tema “Regulação da gestão de iluminação

Antonio Ribeiro, da Manesco Advogados;

nesta reportagem em sua versão online, que

pública”, o que incluiu discutir a atuação da

e também pela professora da Escola

ficará disponível em: www.osetoreletrico.

Aneel no sentido de defender o interesse

Politécnica da Universidade de São Paulo,

com.br

os

debates,

abordando

o

pelo

advogado


Fascículos

Apoio

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Luis Carlos Zucatto, Tania Nunes da Silva e Eugenio Pedrozo

26

Capítulo VIII – A contribuição da GD para a eletrificação rural • Mini e microgeração distribuída de energia elétrica nas áreas rurais • Lógica de cadeias de suprimentos curtas • Intercooperação

IEC 61439 – QUADROS, PAINÉIS E BARRAMENTOS BT Nunziante Graziano

34

Capítulo VIII – Métodos de conexão externa e requisitos de desempenho • Propriedades dielétricas • Limites de elevação de temperatura • Proteção contra os curtos-circuitos

LED – EVOLUÇÃO E INOVAÇÃO Vicente Scopacasa

40

Capítulo VIII – Gerenciamento elétrico • Leds do tipo single chip • Leds do tipo MJT

CURTO-CIRCUITO PARA A SELETIVIDADE Cláudio Mardegan Capítulo VIII – Aterramento híbrido para geradores e fatores de influência na escolha do tipo de aterramento • Aterramento híbrido para geradores • Fatores de influência na escolha do aterramento • Criação de uma referência de terra em um sistema não aterrado

46


Apoio

Geração distribuída

26

Capítulo VIII A contribuição da GD para a eletrificação rural: o caso das cooperativas gaúchas de eletrificação rural

Fascículo

Por Luis Carlos Zucatto; Tania Nunes da Silva; Eugenio Ávila Pedrozo*

A mini e a microgeração distribuída

fotovoltaica é a de maior destaque, com

dos 36 meses vigentes anteriormente;

de energia elétrica são inovações que

3.494 conexões, seguida pela energia

Autoconsumo remoto: Outra novidade é

favorecem

pois

eólica, com 37 novas conexões. Em

que o consumidor poderá usar os créditos

asseguram a base da triple bottom line,

a

sustentabilidade,

termos de capacidade total instalada, a

para abater a fatura de outros imóveis,

uma vez que contribuem para a ampliação

energia gerada pelo sol também lidera,

cuja fatura esteja sob sua titularidade,

da base de beneficiários pela geração

com 24,1 MW (mais de 80% do total),

mesmo em outros locais, desde que

de energia elétrica, um serviço que se

acompanhada pela energia hidráulica,

estejam na área de atendimento da

tornou oneroso no Brasil; possibilitam

com 2,5 MW. Em terceiro, o biogás, que

mesma distribuidora. Esse tipo de

significativas reduções de custos e por

soma 1,6 MW instalados.

utilização dos créditos foi denominado

outro lado, eventuais receitas, portanto,

É importante destacar que o ambiente

com impacto econômico e financeiro

regulatório para a GD, além do fomento

Condomínios: Outra inovação da norma

para os indivíduos, pequenas empresas,

via recursos alavancados pelo ProGD,

diz respeito à possibilidade de instalação

propriedades

rurais;

e,

“autoconsumo remoto”;

apresentam

que até 2030 deverão somar R$ 100

de geração distribuída em condomínios

reduzidos efeitos adversos ao meio

bilhões (MME, 2016), tem favorecido

(empreendimentos de múltiplas unidades

ambiente.

o expressivo crescimento desse tipo

consumidoras).

De acordo com o Ministério de

de geração de energia elétrica no País.

a energia gerada pode ser repartida

Minas e Energia (MME, 2016), até maio

Nesse âmbito, especialmente por meio

entre os condôminos em porcentagens

deste ano (2016), a Agência Nacional

da Resolução Normativa Nº 482, que

definidas pelos próprios consumidores;

de Energia Elétrica (Aneel) já havia

entrou em vigor em 1º de março de 2016,

registrado 3.565 conexões de geração

a GD se torna mais atrativa, em aspectos

Consórcios: A nova resolução criará

distribuída (GD). Somente neste ano, de

como:

ainda a figura da “geração compartilhada”,

janeiro a maio, foram feitas 1.781 novas

Nessa

configuração,

possibilitando que diversos interessados

conexões, montante 6,5 vezes superior ao

Prazo: Pela nova regra, quando a

se unam em um consórcio ou em uma

mesmo período de 2015, quando foram

quantidade

cooperativa,

feitas 272 conexões. Assim, com estas

determinado

à

geração distribuída e utilizem a energia

novas conexões, o Brasil já contabiliza,

energia consumida naquele período, o

gerada para redução das faturas dos

por meio da GD, 29,7 megawatts (MW).

consumidor terá um prazo maior para

consorciados ou cooperados, como se

No que tange ao tipo de fonte, a energia

utilizar os créditos – 60 meses, em vez

fossem um único consumidor;

de

energia

mês

for

gerada superior

em

instalem

sistemas

de


27

Isenção de ICMS: Um dos principais pilares para a expansão da energia distribuída é a isenção da cobrança de ICMS sobre a energia inserida pelo consumidor na rede da distribuidora. O consumidor será tributado com o ICMS apenas sobre o saldo da energia que ele receber da distribuidora e não conseguir compensar; Isenção de PIS/Cofins: Além de não pagar ICMS, também ficará isenta do PIS/Pasep e da Cofins a energia injetada pelo consumidor na rede elétrica e não compensada; Redução do Imposto de Importação: Até 31 de dezembro de 2016, está reduzida de 14% para 2% a alíquota do Imposto de Importação incidente sobre bens de capital destinados à produção de equipamentos de geração solar fotovoltaica e até 31 de dezembro de 2015, foi reduzida de 14% para 2% o tributo incidente sobre importação de módulos fotovoltaicos; Apoio do BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi autorizado pela Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015, a apoiar com recursos a taxas diferenciadas projetos de eficiência energética e de geração distribuída por fontes renováveis em escolas e hospitais públicos (MME, 2015). A Aneel não divulga o número de pessoas, empresas ou propriedades rurais beneficiadas com essas iniciativas. Há de se supor, contudo, que se em média houver 0,5 MW de geração em cada iniciativa, a energia elétrica destes empreendimentos equivale a 2% da capacidade de geração da Itaipu Binacional, que demandou elevadíssimos investimentos e com impactos ambientais, que foram amplamente discutidos. Se comparada à capacidade da Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, que tem gerado debates intensos sobre a eficiência e sobre os impactos ambientais e sociais, os empreendimentos de micro e minigeração no País equivaleriam a 7,5% da geração total desta CHE. Entretanto, a mini e a microgeração são dispersas, com elevada capilaridade, gerando a energia elétrica junto, ou próxima, ao consumo, evitando problemas de perdas na transmissão e distribuição, assim como elevadíssimos custos de transmissão e vulnerabilidade do Sistema Integrado Nacional (SIN). Por outro lado, nas áreas rurais de um país vasto como o Brasil, a distribuição de energia elétrica ainda carece de melhorias, especialmente no que tange à estabilidade do fornecimento, tensão nas redes e reposição do serviço quando há quedas provocadas por intempéries. No Rio Grande do Sul, a eletrificação rural foi desencadeada por meio de Cooperativas de Eletrificação Rural (CERs), que foram criadas com este


Apoio

Geração distribuída

28

intuito.

Hoje,

essas

organizações

estratégia diferente daquela que, de

defende que: “Esta peculiaridade é de

respondem pela distribuição de energia

maneira geral, se adota nos trabalhos

grande relevância, pois minimiza perdas

elétrica em 50% da área rural do RS

acadêmicos:

a

durante o transporte e pode evitar

(Fecoergs, 2015). Porém, as CERs não

base teórica e após os resultados, para

a necessidade de extensas linhas de

só distribuem a energia elétrica, como

serem, então, discutidos à luz daquele

transmissão”. À perspectiva deste autor

significativa parte delas tem iniciativas

embasamento teórico. Se tem ciência do

pode-se acrescentar o fato de que, no

de geração, sendo que algumas destas

risco das críticas e se consideram, até,

caso de PCHs, por estarem localizadas de

iniciativas podem ser caracterizadas

pertinentes eventuais críticas. Porém,

maneira capilarizada nas áreas de atuação

como de microgeração, uma vez que a

dada a natureza do evento, acredita-se

das

potência instalada é de 1 MW ou menor.

que essa nova proposta possa trazer

rurais e permitem que se sustente a

A partir desse contexto, se estabelece

alguma contribuição no sentido de se

tensão da energia na “ponta do sistema”.

como objetivo deste estudo discutir a

romper com alguns paradigmas. Como

Nesse sentido, um dos entrevistados

geração distribuída de energia elétrica e

abordagens teóricas, são discutidas a

disse que a microgeração na ponta

sua contribuição para a distribuição de

mini e a micro geração distribuídas,

estabiliza o sistema. Afirmou também

energia elétrica nas áreas rurais sob a

as cadeias de fornecimentos curtas e

que “essa pequena parcela, perante o

lógica da sustentabilidade.

a

Caminho metodológico No que tange à coleta dos dados, foram em

realizadas

profundidade

organizações de

28 com

entrevistas gestores

cooperativas,

estruturas

de

primeiro

apresentar

representação,

líder de classe de trabalhadores e

predominantemente

intercooperação,

nas

perspectivas

sistema, não é insignificante porque

do

movimento

aqui na ponta, em momentos de pico

cooperativo e da competição, com as

de consumo, permite que se mantenha a

respectivas apresentação e discussão

tensão. Por isso, não tivemos queda ou

dos resultados, concomitantemente ao

interrupção no fornecimento quando

embasamento teórico.

caiu o Sistema Interligado (Entrevistado GC4). Essa perspectiva é reforçada

Mini e microgeração distribuída de energia elétrica nas áreas rurais

por outros entrevistados, que afirmam ser necessário gerar energia elétrica próximo ao consumo, pois essa geração,

especialistas em cooperativismo e em

Fascículo

são

ideológico-filosófica

de

gestores

CERs,

apesar de parecer “modesta”, tem efeitos

distribuição de energia elétrica em

A mini e a microgeração de energia

substanciais no sistema, especialmente

áreas rurais. Para analisar os dados,

elétrica distribuída estão regulamentadas

aqui na “ponta”, como se referem às áreas

foram definidas, a priori, as categorias

no Brasil desde 2012, por meio da

rurais gaúchas (Entrevistados GCER2,

de análise a partir do embasamento

Resolução

482/2012,

GCER3, GCER7, GCER15, GOC2, EX11).

teórico. Em relação às categorias de

a qual prevê que “[...] o consumidor

Para distribuir energia elétrica nas áreas

análise, Bardin (2004) explica que estas

brasileiro pode gerar sua própria energia

rurais, os agentes têm como principiais

são ‘caixas’ em que o pesquisador, no

elétrica a partir de fontes renováveis e

desafios populações remotas e dispersão

processo de categorização dos dados,

inclusive fornecer o excedente para a

geográfica dos consumidores, baixo

organiza as unidades de análise. Depois

rede de distribuição de sua localidade”

consumo médio por unidade, elevados

de

(Aneel,

categorizados,

os

dados

foram

Normativa

a

custos de manutenção, instabilidade

interpretados sob a lógica interpretativo-

Aneel define os parâmetros de até 100

na renda dos consumidores rurais, que

analítica. Para Silva, Gobbi e Simão

KW para microgeração e de mais de

acabam por ter dificuldades para pagar

(2004), “o papel de interpretação da

100 KW até 1 MW para minigeração.

as tarifas (Reiche, Covarrubia e Martinot,

realidade social configura ao método

Porém, em maio de 2015, esse órgão

2000; Hirmer e Cruickshank, 2014). Já,

de análise de conteúdo um importante

regulador propôs que se ampliassem

Lahimer et al., (2013) acrescentam ainda:

papel como ferramenta de análise na

esses

considerando-se

crescimento populacional em declínio,

pesquisa qualitativa nas ciências sociais

como microgeração a partir de 75 KW

escassez de fornecimento e elevada

aplicadas”.

e a minigeração, podendo atingir 3

dependência de subsídios dos governos.

MW para empreendimentos de fonte

Como alternativa a esses desafios para

hidráulica e 5 MW para outras fontes

a distribuição de energia elétrica nas

(Aneel, 2015). Ao comentar o fato de que

áreas rurais, a mini e a microgeração

na mini e microgeração distribuídas de

distribuída se apresentam como uma

energia elétrica, produção e consumo

possibilidade

estão próximos, Miranda (2013, p. 4)

complementaridade

Teoria de base ao estudo, apresentação e discussão dos resultados Neste estudo, se optou por uma

2012).

Nesta

parâmetros,

Resolução,

importante, entre

pois

a

diferentes


Apoio

29


Apoio

Geração distribuída

30

fontes, como PCHs, eólica, fotovoltaica

elétrica, mesmo que não gerem efeitos

de vida e desenvolvimento de áreas

e

podem

ou impactos sobre o volume de oferta de

rurais, em alternativa a um sistema

proporcionar estabilidade na oferta de

de

biomassa

e

biogás,

energia no sistema como um todo, são

complexo, caro e vulnerável a uma

energia e também redução nos custos.

importantes para as economias locais.

série de fatores. Pode-se pensar nessas

Porém, dada a regulamentação vigente

Nesse sentido, o entrevistado GC3 disse

cadeias não só para áreas que ainda

no país e os custos dos equipamentos,

que a PCH que a CER tem no Município de

não disponham de acesso à energia

especialmente no caso da geração eólica

Inhacorá (RS), cuja capacidade é de 1,36

elétrica, mas também para aquelas que já

e fotovoltaica, essas alternativas ainda

MW/h, em termos de Valor Adicionado

disponham do serviço, mas que poderá

não se consolidaram no país.

Bruto (VAB) gera para este município,

paulatinamente ser complementado ou, quiçá, paulatinamente substituído.

Outro aspecto que conspira a favor

aproximadamente, 1 milhão de reais por

dessas fontes é a proximidade entre

ano, sendo a segunda maior empresa

geração e consumo, isto é, baseiam-se

em VAB nesse município. As cadeias

na lógica de cadeias curtas. As questões

de fornecimento de energia elétrica

pertinentes a essa lógica são apresentadas

curtas também podem se constituir em

e discutidas na próxima seção.

estratégias de mitigação de efeitos a

Fascículo

Fornecimento de energia elétrica baseada na lógica de cadeias de suprimentos curtas

que estão sujeitos os “linhões”, como as

A intercooperação como forma de viabilizar empreendimentos de mini e microgeração distribuída de energia elétrica

perdas na transmissão, vulnerabilidades em relação a questões climáticas e de

A intercooperação é o sexto dos sete

dispêndios para construção, operação

princípios do movimento cooperativo

e manutenção. Obviamente, a grande

e, de acordo com a International

geração sustenta o sistema, porém

Co-Operative Alliance (ICA, 2015),

As cadeias de suprimentos curtas,

apresenta gargalos e riscos, tanto no

as organizações cooperativas servem

segundo Migliore, Schifani e Cembalo

que diz respeito à eficiência, como no

mais efetivamente a seus membros e

(2015), por sua natureza, têm efeitos

que tange à segurança e à estabilidade

fortalecem o movimento cooperativo,

positivos sobre o meio ambiente e na

do fornecimento de energia elétrica.

quando

trabalham

economia local. Os consumidores de

Ainda se tem um sistema extremamente

baseadas

em

produtos e serviços parecem confiar

dependente

geração

internacionais. Para o Ministério da

mais em cadeias de suprimento curtas,

centralizada porque não se vislumbrava

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

pois as têm próxima e a ciência de que

a necessidade de se capilarizar a geração

(MAPA, 2013), “[...] a intercooperação

o fornecimento é local lhes torna mais

de energia elétrica, por meio de PCHs,

é o esforço conjunto das cooperativas

propensos a confiar no suprimento.

fontes eólicas, fotovoltaicas, de biomassa

para

Na visão de Renting, Marsden e Banks

e biogás.

atuação no mercado fazendo com que

da

grande

conjuntamente,

locais,

fortalecer

sua

regionais

capacidade

e

de

(2003), as cadeias curtas somente se

As cadeias de fornecimento de

os cooperados sejam atendidos de

sustentarão se houver o reconhecimento

energia elétrica curtas também podem

forma eficaz em suas necessidades”.

de que as pequenas comunidades são

assumir a perspectivas de (pequenos)

Já, na lógica de Baggio (2009), além de

importantes para a manutenção da base

sistemas

autônomos,

ser uma base filosófica do movimento

econômica e social dos territórios, uma

especialmente para aquelas localidades

cooperativo, a intercooperação é uma

vez que estes se constituem no locus das

distantes, para as quais a conexão ao

forma

relações que possibilitam a sobrevivência

SIN se torne deveras onerosa, pelos

as

e reprodução dos grupos sociais. Vallejo

motivos já elencados. Assim, além de

objetivos são de assegurar os interesses

(2002, p. 8) amplia esta perspectiva sobre

favorecer

dessas

dos associados e das comunidades em

território, dizendo que “[...] é o espaço

regiões, a disponibilidade desse serviço

que essas organizações atuam. Ações

geográfico em que se vive e que requer

poderá

de intercooperação favorecem trocas

administração para o bem dos indivíduos

pequenas

e do conjunto da comunidade”. A partir

negócios que dependem desse insumo.

gerando benefícios mútuos. E, neste

dessas concepções acerca de cadeias

Em face a esses aspectos, as cadeias de

sentido, Braga (2010, p. 13) defende

curtas, território e das implicações das

fornecimento de energia elétrica curtas

que as ações podem ser de diferentes

cadeias curtas para a economia local

apresentam-se como uma importante

naturezas:

“a

e meio ambiente, pode-se considerar

estratégia para assegurar o acesso a um

acontecer

simplesmente

que a mini e a microgeração de energia

serviço fundamental para a qualidade

trocas de informações e experiências, ou

locais,

o

mais

desenvolvimento

atrair

investimentos

agroindústrias

e

como outros

de

mútua

organizações

entre

as

cooperação

entre

cooperativas,

cujos

organizações

cooperativas,

intercooperação através

pode de


Apoio

ainda através da compra e/ou vendas em

disseram que as obras demandam elevado

apresentam riscos, ao se unirem, as

comum”.

aporte de recursos e que nenhuma das

CERs envolvidas diluem o risco. Além

quatro CERs, isoladamente, conseguiria

destes relatos, existem outras iniciativas

nasceram com o objetivo de construir

oferecer

à

no campo gaúcho em que a energia

redes para distribuição de energia elétrica

obtenção de financiamento para tanto.

elétrica chega por meio da ação dessas

e, hoje, são 15 dessas organizações

A saída foi formar uma cooperativa

organizações cooperativas. É importante

cooperativas

energia

em que as quatro CERs ofereceram

destacar que essas organizações já foram

elétrica para 50% da área rural gaúcha

garantias e o agente financiador aloca os

em número maior, porém, algumas

(Fecoergs, 2015). No entanto, algumas

recursos proporcionalmente às garantias

foram incorporadas por outras ou se

dessas CERs optaram por gerar energia

de cada participante na Coogerva.

autoliquidaram, dando espaço a outros

elétrica, por meio de PCHs, aproveitando

Outra iniciativa de intercooperação, de

agentes para suprir esse serviço. No

recursos hídricos em suas áreas de

acordo com o entrevistado GC2, foi a

entanto, essas organizações cooperativas

atuação. Nessa perspectiva, podem-se

implementação da Cooperventos Giruá

estão promovendo avanços significativos

relatar ações que a Creluz desenvolve,

S.A, com a finalidade de fazer inventário

no contexto da microgeração distribuída

como é o caso da Cooperativa de

eólico no município de Giruá. Essa

de energia elétrica, uma vez que têm

Geração do Rio da Várzea (Coogerva),

iniciativa tem a participação de três

elevado número de projetos aguardando

a qual é uma iniciativa desta CER mais

CERs: Certhil, Creluz e Ceriluz, além

licenciamento ambiental que somariam

a Cooperluz, Coprel e Certel para a

de uma empresa de capital privado. Este

R$ 1 bilhão de investimentos em todo o

construção de duas PCHs no Rio da

entrevistado afirmava que, após 24 meses

RS. Esses projetos, em sua maior parte,

Várzea: PCH Linha Aparecida e PCH

de medição, os dados apontavam para

são de PCHs, porém, há também na área

Linha Jacinto, ambas no município de

viabilidade de um campo com dez torres

da energia eólica e de biomassa, como é o

Rodeio Bonito (RS) (Creluz, 2015).

com capacidade total de 2 MW/h cada.

caso da Creral, que está em fase final de

Como iniciativas desta natureza, por

um projeto de microgeração a partir da

exigirem

queima da casca de arroz.

No Rio Grande do Sul, as CERs

que

fornecem

Em relação a esta iniciativa, os entrevistados GC4, GC7, GC10 e GC15

as

garantias

investimentos

necessárias

significativos

31


Apoio

Geração distribuída

32

Considerações finais

vulnerabilidades, com pontos críticos de

food quality in the short supply chain: effects

elevado ônus para sustentá-lo. Sabe-se que

of conventions of quality on consumer choice.

Entende-se que, nas áreas rurais, a

essa substituição implica em alterações no

Foode Quality and Preference, v. 39, p. 141-

micro e a minigeração distribuída de

Marco Regulatório e pode gerar embates

156, 2015.

energia elétrica são um desafio maior do

em vista do interesse dos agentes. Porém,

• Miranda, Raul F. C. Análise da inserção

que nas áreas urbanas, uma vez que os

o interesse social deve prescindir de outros

de geração distribuída de energia solar

consumidores são mais distantes, alguns

interesses.

fotovoltaica no setor residencial brasileiro.

com baixo consumo per capita. Por conta desses desafios, a oferta desse serviço

291f. Dissertação. Mestrado em Planejamento Energético. (Programa de Pós-Graduação em Planejamento Energético). Universidade

nessas áreas nem sempre é de qualidade satisfatória e depende de agentes que não

• Agência Nacional de Energia Elétrica

Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2013.

são orientados somente pelo retorno do

(ANEEL). (2012). Informações técnicas.

• Reiche, Kilian; Covarrubia, Alvaro; Martinot,

investimento, mas também por outras

• Aneel. Revisão da norma que trata da micro e

Eric. (2000). Expanding electricity access to

lógicas, além de depender de subsídios

da minigeração distribuída está em audiência.

remote areas: off-grid rural electrification in

dos governos. Entretanto, ainda se tem

• Baggio, Adelar F. Estratégias de cooperação e

developing countries.

um sistema (SIN) que é baseado na lógica

relações associativistas. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009.

• Renting, Henk; Marsden, Terry K.; Banks,

da eficiência, orientado pela modicidade

• Bardin, Lawrence. Análise de conteúdo.

Jo. Understanding alternative food networks:

tarifária e que, por ser complexo e de

Lisboa: Edições 70, 2004.

exploring the role of short food supply chains in

grandes dimensões, é vulnerável, e que

• Braga, Marcel J. Redes, alianças estratégicas e

rural development. Environment and Planning

ultimamente tem apresentado problemas de

intercooperação: o caso da cadeia produtiva de

A, v. 35, n. 3, p. 393-411, 2003.

sustentação econômica, ambiental, social e

carne bovina. Revista Brasileira de Zootecnia,

• Silva, Cristiane R.; Gobbi, Beatriz C.; Simão,

tecnológica.

v.39, p.11-16, 2010.

Ana A. O uso da análise de conteúdo como

• Federação das Cooperativas de Energia,

uma ferramenta para a pesquisa qualitativa:

dar

Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio

descrição e aplicação do método. Organizações

respostas mais satisfatórias, especialmente,

Grande do Sul (FECOERGS). (2015). Pequenas

Rurais Agroindustriais, v. 7, n. 1, p. 70-81,

aos problemas da distribuição de energia

centrais hidrelétricas em operação.

2005.

elétrica nas áreas rurais, comparativamente

• Hirmer, Stephanie; Cruickshank, Heather.

• Vallejo, Luiz R. Unidades de conservação:

aos demais agentes. Essas organizações

The user-value of rural electrification: an

uma discussão teórica à luz dos conceitos de

cooperativas também têm inciativas de

analysis an adoption of existing models and

território e de políticas públicas. Geographia,

microgeração

theories. Renewable and Sustainable Energy

v.4, n.8, p. 51-72, 2002

Por outro lado, as CERs, apesar de interligadas

Fascículo

Referências

ao

SIN,

conseguem

distribuída

de

energia

elétrica, isto é, geram e “jogam” na

Reviews, v. 34, p. 145-154, June, 2014.

rede de distribuição já próximo ao

• International Co-Operative Alliance. (2015).

empreendimento de geração, normalmente,

Co-operative identiy, values & principles.

PCHs. Assim, quanto à contribuição para a

• Lahimer, A. A.; Alghoul, M. A.; Yousif, F.;

geração de energia elétrica sob a lógica da

Razikov, T. M.; Amin, N. E Sopian, K. Research

sustentabilidade, as CERs têm se destacado

and development aspects on decentralized

por

social,

electrification options for rural household.

ambiental e econômica. A perspectiva

Renewable and Sustainable Energy Reviews, v.

social, sobretudo, por empreendimentos

24, August, p. 314-324, 2013.

de PCHs, que não requerem a remoção

• Ministério da Agricultura, Pecuária e

de agricultores por alagamento de suas

Abastecimento. (2014). Cooperativismo e

terras, é uma escolha dessas organizações

associativismo.

cooperativas para viabilizar a permanência

• Ministério de Minas e Energia. (2015). Brasil

dos associados em suas propriedades.

lança Programa de Geração Distribuída com

Por fim, entende-se que seja necessária a

destaque para energia solar.

complementação e, em algumas regiões,

• Ministério de Minas e Energia. (2016). Brasil

a substituição paulatina do atual sistema

registra 3.565 conexões de geração distribuída

de geração, transmissão e distribuição

até maio.

de energia elétrica, pois tem apresentado

• Migliore, Giuseppina; Schifani, Giorgio;

observar

as

perspectivas

Cembalo, Luigi. Opening the black box of

*Professor Dr. Luis Carlos Zucatto é Professor da Universidade Federal de Santa Maria, Chefe do Departamento de Administração do Campus Palmeira das Missões da UFSM e professor do Mestrado Profissional em Gestão de Organizações Públicas da UFSM. Professora Dra. Tania Nunes da Silva é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Dr. Eugenio Avila Pedrozo é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

33


Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

34

Capítulo VIII Métodos de conexão externa e requisitos de desempenho Por Nunziante Graziano*

Prezado leitor, este fascículo pretende apresentar em detalhes o projeto de revisão

elétricos e os métodos de incorporação de

contra choques elétricos.

dispositivos de manobra e de componentes

da norma brasileira para construção de

No capítulo sexto, analisamos as

conjuntos. Na última edição, abordamos

quadros elétricos e barramentos blindados

condições para proteção contra choques

os circuitos elétricos internos, as conexões

de baixa tensão. No capítulo inicial deste fascículo

Tabela 1 – Seção de condutores de cobre adequadas para conexão aos terminais para condutores externos

apresentamos ao leitor os objetivos deste trabalho, que contemplou a apresentação do panorama atual da ABNT NBR IEC 60439 vigente no Brasil, suas subdivisões, principais pontos de interesse, como a classificação dos painéis em TTA e PTTA, suas interpretações e seus abusos. No segundo capítulo, iniciamos a análise das principais definições e dos termos usuais. No seguinte, continuamos a análise das principais definições, condições de instalação, características de isolamento, proteção contra os choques elétricos e

Fascículo

distâncias de isolação e escoamento, proteção

características nominais. No quarto capítulo, finalizamos a apresentação de todas as características construtivas,

requisitos

de

marcação,

condições da instalação dos conjuntos e iniciamos os requisitos de construção, apresentando resistência dos materiais e das partes, verificação dos materiais no tocante à corrosão, entre outras propriedades. No quinto capítulo da série, analisamos as principais condições de verificação, construção e performance, quais sejam: grau de proteção,

Condutores sólidos ou encordoados

Condutores flexíveis

Seções

Seções

Corrente nominal mínima A

máxima mm

mínima

máxima mm

2

2

6

0,75

1,5

0,5

1,5

8

1

2,5

0,75

2,5

10

1

2,5

0,75

2,5

13

1

2,5

0,75

2,5

16

1,5

4

1

4

20

1,5

6

1

4

25

2,5

6

1,5

4

32

2,5

10

1,5

6

40

4

16

2,5

10

63

6

25

6

16

80

10

35

10

25

100

16

50

16

35

125

25

70

25

50

160

35

95

35

70

200

50

120

50

95

250

70

150

70

120

315

95

240

95

185

Se os condutores externos são conectados diretamente aos dispositivos incorporados, as seções indicadas nas especificações pertinentes são válidas. Nos casos em que é necessário utilizar condutores de seções diferentes dos especificados na tabela, um acordo especial deve ser firmado entre o fabricante de conjunto e o usuário.


Apoio

e a refrigeração e este capítulo tratará das

indicado e, no caso de cabos com múltiplos

de fechamento, etc., devem ser projetadas

conexões externas e iniciará o debate sobre

condutores, acomodar adequadamente os

de tal forma que, quando os cabos são

a avaliação dos requisitos de desempenho.

condutores, pois os condutores não podem

instalados corretamente, as medidas de

ser submetidos a esforços que podem

proteção especificadas contra contato e grau

reduzir sua expectativa de vida normal.

de proteção devem ser obtidas. Isto implica

O

montador

do

conjunto

deve

indicar se os bornes são apropriados para conexão de condutores de cobre

Salvo acordo em contrário entre o

na seleção de meios de entrada apropriados

ou de alumínio, ou ambos. Os bornes

montador do conjunto e o usuário, em

para a aplicação, como especificado pelo

devem ser de tal modo que os condutores

circuitos trifásicos e com neutro, os bornes

montador do conjunto.

externos possam ser conectados por meios

do condutor neutro devem permitir a

Os bornes para condutores de proteção

(parafusos, conectores, etc.) que assegurem

conexão de condutores de cobre que têm

externos devem ser marcados de acordo com

que a pressão de contato necessária

uma seção mínima igual à metade da seção

a IEC 60445. Como um exemplo, ver símbolo

correspondente à corrente nominal e a

do condutor de fase, com um mínimo de 16

gráfico Nº 5019 da IEC 60417. Este símbolo

corrente de curto-circuito do dispositivo

mm2, se a seção do condutor de fase excede

não é requerido onde é pretendido que o

ao circuito sejam mantidos. Na ausência de

16 mm2, ou igual à seção do condutor de

condutor de proteção externo seja conectado

um acordo especial entre o montador do

fase, se a seção do último for menor ou

a um condutor de proteção interno, que é

conjunto e o usuário, os bornes devem ser

igual a 16 mm .

claramente identificado com as cores verde ou

2

capazes de acomodar condutores da menor

Para certas aplicações, as quais levam

verde e amarelo. Os bornes para condutores

à maior seção correspondente à corrente

a altos valores de harmônicas de sequência

de proteção externos (PE, PEN) e blindagem

nominal.

zero (por exemplo, as harmônicas de 3ª

de metal de cabos de conexão (eletroduto de

A utilização de condutores de alumínio,

ordem), maiores seções do condutor de N

aço, etc.) devem, onde exigido, ser nus e, salvo

o tipo, as dimensões e o método de

podem ser necessárias na medida em que

especificação em contrário, apropriados para

terminação dos condutores devem estar

essas harmônicas de fases são adicionadas no

a conexão de condutores de cobre. Um borne

conforme acordado entre o montador

condutor de N e resultam em uma alta corrente

separado de tamanho adequado deve ser

do conjunto e o usuário. No caso em que

às frequências mais elevadas. Esses requisitos

provido para o(s) condutor(es) de proteção de

os condutores externos para circuitos

são submetidos a um acordo particular entre o

saída de cada circuito.

eletrônicos com baixos níveis de correntes e

fabricante do conjunto e o usuário.

Exceto acordo em contrário entre o

tensões (menos que 1 A e menos de 50 Vca

Se forem providos meios de conexão de

montador do conjunto e o usuário, os

ou 120 Vcc) tenham que ser conectados a

neutro de entrada e de saída, de condutores

bornes para condutores de proteção devem

um conjunto, a tabela 1 não se aplica.

de proteção e de condutores PEN, eles

permitir a conexão de condutores de cobre

devem ser dispostos próximos dos bornes

que têm uma seção que depende da seção

dos condutores de fase correspondentes.

dos condutores de fase correspondentes de

O espaço disponível para ligações elétricas deve permitir conexão adequada dos condutores externos do material

Aberturas para cabos de entrada, placas

acordo com a Tabela 2.

35


Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

36

correspondente no Anexo G para a tensão

Tabela 2 – Capacidade mínima para condutores de proteção de cobre (PE, PEN) (8.8) Seção dos condutores fase S

nominal do sistema de alimentação do

Seção mínima do condutor

circuito no ponto em que o conjunto deve

de proteção correspondente (PE, PEN) Sp a mm2

mm2

S ≤ 16

S

16 < S ≤ 35

16

35 < S ≤ 400

S/2

400 < S ≤ 800

200

800 < S

S/4

ser utilizado e a categoria de sobretensão apropriada. Tensões de impulso suportável de circuitos auxiliares - Os circuitos auxiliares que são conectados ao circuito principal e que funcionam à tensão nominal de utilização

No caso de invólucros e condutores

se comprovar que a performance declarada

de alumínio ou liga de alumínio, deve ser

pelo fabricante realmente será obtida pelo

dada consideração particular ao perigo de

produto em questão. O leitor verá que

corrosão eletrolítica. Os meios de conexão

essas características de performance são

para assegurar a continuidade das partes

os nossos velhos conhecidos “ensaios de

condutivas com condutores de proteção

tipo”, com o codinome de requisitos de

externos não devem ter nenhuma outra

performance. Então, vejamos:

construção, passaremos agora à parte

circuito

do

conjunto

deve

mais importante da revisão da ABNT

ser capaz de suportar as sobretensões

NBR IEC 60439, o polêmico assunto

temporárias e transitórias a que se pode

TTA. Uma das principais razões da

submeter o conjunto em serviço.

atualização e modernização da norma foi

A

capacidade

para

suportar

as

o uso inadequado e, por vezes, impróprio

sobretensões temporárias e a integridade

dos conceitos de TTA e PTTA. Na versão

de isolação sólida são verificadas pela

vigente no Brasil, um TTA só é obtido

tensão suportável à frequência industrial e

quando se realizam os sete ensaios de

a capacidade para suportar as sobretensões

tipo em um determinado corpo de prova,

transitórias é verificada pela tensão de

assim como um PTTA será obtido por

impulso suportável.

variações significativas em um TTA, mas

Fascículo

requisitos do circuito principal, enquanto os circuitos auxiliares que não são conectados ao circuito principal podem ter uma capacidade de suportar sobretensões diferentes daquela do circuito principal. As CA ou CC devem ser capazes de resistir à

• Propriedades dielétricas Cada

das sobretensões, devem atender aos

distâncias de isolamento destes circuitos

função. Analisados todos os conceitos de

sem qualquer dispositivo para redução

que não o desconfigure por completo.

Tensão suportável à frequência industrial

Uma outra interpretação errada do PTTA

– Os circuitos do conjunto devem ser

muito utilizada foi a de se realizar alguns

capazes de suportar a tensão suportável à

ensaios de tipo em um corpo de prova e

frequência industrial dada nas Tabelas 8 e 9

chamá-lo de parcialmente testado, o que é

da norma (ver 10.9.2.1). A tensão nominal

uma falácia, visto que a norma é taxativa em

de isolamento de qualquer circuito do

dizer que para que exista um PTTA, antes

conjunto deve ser igual ou superior à sua

existiu um TTA.

tensão máxima de utilização.

Para tentar frear esses abusos sem

Tensões de impulso suportável de circuitos

perder o grande serviço prestado pela

principais - A distância de isolamento entre

ABNT NBR IEC 60439, que é conscientizar

as partes vivas e suas partes condutivas

sobre a importância da certificação de

expostas, assim como entre as partes vivas

painéis de baixa tensão, a norma inovou

de potencial diferente, deve ser capaz

na forma de se abordar o que pode

de suportar a tensão de ensaio indicada

ser exigido para que se caracterize um

na Tabela 10 da norma em função da

painel em conformidade coma a norma.

tensão nominal de impulso suportável.

Assim, são abordadas as características de

A tensão nominal de impulso suportável

desempenho, que só podem ser garantidas

para uma determinada tensão nominal de

se ensaios forem realizados com o intuito de

utilização não deve ser menor do que o

tensão de impulso suportável estabelecida na norma, cuja tabela de tensões está presente no anexo G da publicação. Proteção de dispositivos de proteção contra surto – Quando as condições de sobretensão requerem dispositivos de proteção contra surto (DPS) para serem conectados aos circuitos principais, os DPS devem ser protegidos para prevenir condições de curto-circuito conforme especificado pelo fabricante do DPS. • Limites de elevação de temperatura O conjunto e os seus circuitos devem ser capazes de conduzir suas correntes nominais nas condições especificadas como corrente nominal do conjunto (InA), corrente nominal de um circuito (Inc) e corrente nominal de pico admissível (Ipk), levando-se em conta as características dos componentes, a sua disposição e aplicação, sem exceder os limites indicados na Tabela 6 da referida norma, quando são verificados em conformidade com os limites de elevação estabelecidos. Esses limites de elevação de temperatura indicados na Tabela 6 aplicam-se à temperatura média do ar ambiente inferior ou igual a 35 °C. A elevação de temperatura de um elemento ou parte é a diferença entre a temperatura deste elemento ou da parte medida e a temperatura do ar ambiente fora


Apoio

37


Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

38

do conjunto. Termopares ou termômetros

presumindo que a sobretemperatura de

montador do conjunto podem substituir

devem ser utilizados para medições de

cada componente ou dispositivo seja

tal acordo. Se as condições de serviço

temperatura. Para enrolamentos, o método

proporcional à potência dissipada gerada

requerem uma máxima continuidade de

de medição da temperatura por variação da

neste componente.

alimentação, o ajuste ou a seleção dos

resistência deve, geralmente, ser utilizado.

dispositivos de proteção contra curto-

Os termômetros ou termopares devem ser

• Proteção contra os curtos-circuitos e

circuito no interior do conjunto deve,

protegidos contra as correntes de ar e a

suportabilidade aos curtos-circuitos.

onde possível, ser coordenado de tal forma

radiação de calor.

Os conjuntos devem ser capazes de

que a ocorrência de curto-circuito em

medida

suportar os esforços dinâmicos e térmicos,

qualquer circuito de saída seja eliminada

em todos os pontos em que um limite

resultantes de correntes de curto-circuito

pelo dispositivo de manobra instalado no

de elevação de temperatura deve ser

não excedendo os valores nominais. É

circuito defeituoso, sem afetar os outros

observado. Uma atenção particular deve ser

importante salientar que corrente de

circuitos de saída, assegurando, assim, a

prestada nas junções de condutores e bornes

curto-circuito pode ser reduzida pelo uso

seletividade do sistema de proteção.

dos circuitos principais. Para a medição da

de dispositivos limitadores de corrente, por

temperatura do ar no interior do conjunto,

exemplo, indutância, fusíveis limitadores

contra os curtos-circuitos são ligados

devem ser dispostos vários dispositivos de

de corrente ou outros dispositivos de

em série e previstos para funcionarem

medição em locais apropriados.

manobra limitadores de corrente.

simultaneamente para atingir a capacidade

A

temperatura

deve

ser

Quando os dispositivos de proteção

Se a temperatura média do ar ambiente

Os conjuntos devem ser protegidos

de interrupção de curto-circuito requerido

é superior a 35 ºC, então, os limites de

contra as correntes de curto-circuito por

(isto é, proteção de retaguarda), o

elevação

ser

meio de, por exemplo, disjuntores, fusíveis

montador do conjunto deve informar

adaptados para essa condição especial de

de

temperatura

devem

ou combinação de ambos, que podem ser

ao usuário (por exemplo, por uma

serviço, de forma que a soma da temperatura

incorporados no conjunto ou podem ser

etiqueta de advertência no conjunto ou

ambiente e os limites de elevação individuais

dispostos fora dele.

nas instruções de funcionamento) que

permaneçam idênticos. Se a temperatura

nenhum dos dispositivos de proteção

média do ar ambiente é inferior a 35ºC, a

Relação entre corrente de pico e corrente

pode ser substituído por outro dispositivo

mesma adaptação dos limites de elevação de

de curta duração – Para determinar o

que não seja do tipo e de características

temperatura é admitida sujeito a um acordo

esforço eletrodinâmico, o valor da corrente

nominais idênticas, a menos que tenha

entre o usuário e o fabricante do conjunto.

de pico deve ser obtido multiplicando o

sido submetido a ensaio e validado

A elevação de temperatura não pode

valor eficaz da corrente de curto-circuito

conjuntamente com os dispositivos de

causar danos para as partes condutoras de

pelo fator n. Os valores do fator n e o fator

retaguarda. Caso contrário, a capacidade

corrente ou partes adjacentes do conjunto.

de potência correspondente são dados na

de

Em particular, para materiais isolantes,

Tabela 3.

dispositivos pode ser comprometida.

conformidade por referência ao índice de

Coordenação dos dispositivos de proteção

Compatibilidade eletromagnética (EMC)

temperatura de isolação (determinado,

- A coordenação dos dispositivos de

- Para a maior parte das aplicações de

por exemplo, pelos métodos definidos na

proteção no interior do conjunto com

conjuntos que entram no escopo desta

IEC 60216) ou por conformidade com

aqueles a serem utilizados externamente

norma, são considerados dois conjuntos

a IEC 60085. Se os limites de elevação

ao conjunto deve ser objeto de acordo

de condições ambientais e são designados

de

entre o montador do conjunto e o usuário.

como Ambiente A e Ambiente B. Ambiente

Informações

A refere-se a uma rede de potência

interrupção

da

combinação

dos

Fascículo

o fabricante original deve demonstrar a

temperatura

forem

modificados

para cobrir uma temperatura ambiente

dadas

no

catálogo

do

diferente, em consequência, pode ser necessário modificar a corrente nominal

Tabela 3 – Valores para o fator n a

de todos os barramentos, todas as unidades

Valor eficaz da corrente

funcionais, etc. É conveniente que o fabricante original indique as medidas a serem tomadas, se necessário, a fim de assegurar a conformidade com os limites de temperatura. Para as temperaturas ambientes inferiores ou iguais a 50 ºC, isso pode ser realizado através de cálculo,

cos ϕ

n

I ≤5

0,7

1,5

5 <I ≤ 10

0,5

1,7

de curto-circuito kA

10 <I ≤ 20

0,3

2

20 < I ≤ 50

0,25

2,1

50 < I

0,2

2,2


Apoio

alimentada por um transformador de alta

Este ambiente aplica-se também aos

comerciais ou levemente industriais.

ou média tensão, dedicada à alimentação

dispositivos que funcionam através de

de uma instalação de uma unidade fabril ou

baterias ou alimentados por uma rede de

o qual o conjunto é apropriado deve ser

planta similar, e destinada a funcionar no

distribuição de energia de baixa tensão não

indicado pelo montador do conjunto.

interior ou próximo de uma área industrial,

pública e não industrial, se os dispositivos

como descrito a seguir. Esta norma

são destinados a serem utilizados em

continuaremos a análise da IEC 61439-1

aplica-se também aos dispositivos que

locais descritos abaixo. Os referidos

em seus requisitos de verificação de

funcionam através de baterias e destinados

ambientes são os locais residenciais,

projeto, mais uma inovação em relação à

a serem utilizados em áreas industriais. Os

comerciais e levemente industriais, de

versão atual. Até lá!

referidos ambientes são do tipo industrial,

uso interno e uso externo. A seguinte

interno ou externo. As áreas industriais são

lista, ainda que não exaustiva, dá uma

caracterizadas pela existência de um ou

indicação sobre os locais que são incluídos:

mais dos seguintes exemplos: dispositivos

propriedades residenciais, por exemplo,

industriais,

médicos,

casas, apartamentos; pontos de venda

manobras frequentes de cargas indutivas

ao varejo, como lojas, supermercados;

ou capacitivas elevadas e correntes e

escritórios,

campos magnéticos associados elevados.

salão de dança, postos de combustíveis,

Já o Ambiente B refere-se a redes

estacionamentos para veículos, parque de

públicas

dos

diversões e centros esportivos, oficinas,

dispositivos conectados a uma fonte de

laboratórios, centros de serviços. Os locais

corrente contínua dedicada destinada a

caracterizados pela alimentação direta em

assegurar a interface entre o dispositivo

baixa tensão provenientes da rede pública

e a rede pública de baixa tensão.

são

de

científicos

baixa

ou

tensão

ou

bancos,

considerados

cinemas,

como

bares,

residenciais,

A condição ambiental A e/ou B para

No próximo capítulo deste fascículo

*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro da ABNT/CB-003/CE 003 121 002 – Conjuntos de Manobra e Comando de Baixa Tensão e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br

39


Apoio

Led – Evolução e inovação

40

Capítulo VIII Gerenciamento elétrico Por Vicente Scopacasa*

Este artigo tratará dos aspectos elétricos

na oferta de opções de componentes Leds,

disponibilizado por todos os fabricantes.

do Led, das diversas possibilidades hoje

temos hoje a oferta de Leds com tensão

Normalmente, são encontrados na faixa

disponíveis em termos de tensão direta

direta maior, em que destacamos os Leds

de baixa e média potência, como também

e, principalmente, das várias formas

com o a tecnologia MJT (Multi junction

no início da faixa de alta potência de até

que temos para polarizar o Led com a

technology), além de Leds do tipo arrays,

6 watts, dependendo do fabricante. Neste

corrente correta e necessária para o melhor

como os produtos com dois ou mais chips

caso, estamos falando de Leds de 3 volts

desempenho, além de garantir a longa vida

dentro do mesmo encapsulamento – os

de tensão direta típica. Neste tipo de Led,

útil que esta tecnologia disponibiliza.

CoB (chip on board) que contêm grandes

o gráfico que apresenta o valor da tensão

Leds

quantidades de chips montados dentro do

direta em função da corrente direta está

eram, basicamente, disponibilizados em

mesmo encapsulamento e que apresentam

representado na Figura 1.

encapsulamentos com um único chip

altos valores de tensão direta.

Até

alguns

anos

atrás,

os

semicondutor com uma única junção do tipo p-n, o que resulta em valor de tensão

Leds do tipo single chip

direta da ordem de 3 volts. Como sabemos,

Além disso, alguns fabricantes costumam também apresentar o valor da tensão direta para vários valores de corrente direta e de temperatura (geralmente 25 °C e 85 °C), o

esta junção do tipo p-n caracteriza um

Trata-se de um encapsulamento que

que facilita em muito a tarefa do projetista.

diodo e, em função dos materiais utilizados

contém um único chip semicondutor.

No caso de termos um arranjo com vários

(no caso normalmente InGaN – Indium,

Este tipo de Led é comum e muito

Leds deste tipo, temos que decidir qual

galium, nitride), obtemos valores de tensão

Fascículo

direta da ordem de 3 volts típicos com uma pequena variação tanto para cima como para baixo deste valor. Os

fabricantes

de

componentes

Leds costumam especificar este valor, normalmente, através do valor típico e os limites de variação. Em geral, estes limites vão de 2,70 V a 3,30 V e muitos deles dividem esta faixa em faixas de menor variação, conhecidos como binning, possibilitando que o projetista possa escolher variações menores no caso de projetos mais críticos. Com o avanço da tecnologia e o aumento

Figura 1 – Curva da tensão direta pela corrente direta de um Led com uma única junção p-n.


Apoio

41

topologia iremos utilizar, ou seja, como é que vamos interligar os Leds para que tenhamos compatibilidade com o controlador de corrente a ser utilizado no projeto. Como exemplo, vamos considerar que nossa fonte de luz utilizará oito Leds do tipo single chip

Figura – 2A

e, portanto, temos várias opções de arranjo. Para facilitar, vamos considerar duas topologias, sendo a primeira com todos os oito Leds associados em série (Figura 2a) e a segunda com dois grupos de quatro Leds em duas séries associadas em paralelo (Figura 2b). Com o arranjo da Figura 2a,

Figura – 2B Figura – 2A – Arranjo com os oito Leds em série. 2B – Dois ramos de quatro Leds em paralelo.

considerando a tensão direta de 3 V por Led, teremos uma tensão total de 24 V e

Concluímos, então, que a potência

no circuito da Figura 2a, a corrente de 1a será

a corrente será igual em todos os Leds da

total dos dois arranjos será a mesma (24

a mesma em todos os Leds do circuito, ao

série. Assumindo uma corrente de 1A,

W), porém, a especificação do controlador

passo que, no caso da Figura 2b, não temos

a potência total do circuito será igual a

(driver) será diferente, já que, no primeiro

essa garantia, pois, dependendo da variação

24 W. Considerando agora o arranjo da

caso, iremos precisar de um driver de

da tensão direta individual de cada Led,

Figura 2b, a tensão total será de 12 V e, se

corrente fixa de 1 A e com range de tensão de

podemos ter correntes diferentes circulando

considerarmos a corrente por ramo igual

24 V e, no segundo caso, precisaremos de um

nos dois ramos, o que pode representar um

a 1 A, como no exemplo anterior, teremos

driver de corrente fixa de 2 A e com range

problema a menos, já que temos a garantia

uma corrente total de 2 A e a potência total

de tensão de 12 V. Além disso, devemos

de que todos os LEDs fazem parte do mesmo

será também igual a 24 W.

também levar em consideração o fato de que,

grupo (bin) de tensão.


Apoio

Led – Evolução e inovação

42

LEDs do tipo MJT (Multi Junction Technology)

de um Led do tipo multi junction ou

controle tanto do flicker, como do fator

high voltage, em que notamos que

de potência e da distorção harmônica. A

existem várias junções entre os pontos

figura 4 exibe um circuito de controle,

Diferentemente dos Leds com um

P e N, compreendidas em uma área

conforme indicado.

único chip com uma junção p-n, os Leds

de, aproximadamente, 1,82 mm2 (1.3

Como pode ser observado no circuito

conhecidos como MJT (Multi Junction

x 1.4mm) e todas estas junções estão

da Figura 4, é possível a utilização de

Technology) também apresentam um único

interligadas em série, o que faz com que

um driver relativamente simples e de

chip, mas com várias junções internas.

tenhamos a soma das quedas de tensão,

baixo custo, porém, de baixa eficiência

Como todas estas junções p-n internas

resultando em um Led de alta tensão.

e sem controle de flicker. Obviamente,

ao chip estão em série, a tensão direta

Quando temos somente uma junção entre

dependendo do produto, da aplicação e do

resultante é a soma de todas elas e, com

os pontos P e N, estamos nos referindo

nível de potência envolvidos, esta solução

isso, temos Leds com tensões altas. Estes

a um Led comum de 3 volts de queda de

pode vir a ser uma opção viável.

Leds também são conhecidos com high

tensão.

voltage Leds e têm uma grande variedade

Esta simplificação dá-se, principal­

de Leds com tecnologia multi junction de

de aplicações, principalmente, com a

mente, pelo fato de que, quanto maior for

alta tensão e também em decorrência do

simplificação

(driver)

a tensão dos Leds, mais fácil será adaptá-

número crescente de opções de produtos

em função de operarem em tensões mais

los às condições da rede elétrica. Por outro

com várias tensões disponíveis, tem-se

altas e, portanto, mais próximas às tensões

lado, os “Leds AC” apresentam alguns

observado o surgimento de vários tipos

usualmente encontradas na rede elétrica.

inconvenientes, como a geração de flicker,

de chips semicondutores dedicados para

Uma outra característica destes Leds

fenômeno conhecido como flutuação de

aplicação em drivers. Esses chips oferecem

é o fato de utilizarem baixas correntes de

tensão que causa cintilação luminosa;

melhor desempenho, maior controle e,

operação, o que simplifica mais ainda o

maior distorção harmônica, que é a

acima de tudo, possibilidade de anular

projeto do driver. Estes Leds podem ser

deformação da onda de tensão ou corrente;

o efeito flicker, tornando os Leds de alta

encontrados em várias tensões de trabalho

menor fator de potência; e, finalmente,

tensão uma opção viável e, acima de tudo,

desde 12 V até 220 V. Como comentário

menor eficácia (relação lúmen/watt).

confiável.

do

controlador

adicional, estes Leds são comumente

Constatamos, então, que precisamos

conhecidos como “Leds AC” ou de corrente

modificar as condições da rede elétrica

fabricado

alternada, o que não é correto, pois o Led

para que possamos utilizar os Leds

projetado para ser ligado diretamente

é, por natureza, um componente DC. O

adequadamente. O que normalmente

à rede elétrica e possibilita alcançar

termo “Led AC” deve-se ao fato de que ele

fazemos

driver

eficiências da ordem de 90% e fator de

pode ser ligado diretamente à rede elétrica,

relativamente simples onde incluímos

potência da ordem de 0.95 a 0.97. Por

porém, o Led já vem montado em uma

uma

alguns

se tratar de um chip com alto nível de

placa de circuito impresso juntamente com

resistores para o controle da corrente

integração, a montagem do driver pode ser

um driver muito simples, portanto, o Led

nos

que,

feita na mesma placa dos Leds, reduzindo

do tipo MJT ou high voltage não é ligado

como estamos operando em correntes

o custo total da solução. A eliminação do

à rede elétrica diretamente e sim com o

relativamente baixas, podemos fazer

flicker é possível através de uma simples

auxílio de um driver.

este

modificação no circuito.

A Figura 3 apresenta um esquema

Fascículo

Com o constante aumento na oferta

Figura 3 – Estrutura de um chip multi junction.

é

projetar

ponte Leds.

um

retificadora Convém

controle

com

e

salientar

resistores

com

moderada estabilização, porém, sem

Como exemplo, temos o CI MAP9000, pela

Magnachip,

que

foi

Um exemplo de aplicação típica é

Figura 4 – Exemplo de um driver simples para Leds de alta tensão (multi junction).


Apoio

43


Apoio

Led – Evolução e inovação

44

Figura 5 – Exemplo de um circuito de driver com o MAP9000.

Figura 6 – Operação básica do MAP9000.

apresentado na Figura 5 e o modo de

fabrica e comercializa Leds de alta tensão,

sem nenhum outro tipo de componente.

funcionamento é representado na Figura

chamado de Acrich 2. Trata-se de um chip

Obviamente, podemos sofisticar um pouco

6, em que os Leds são divididos em grupos

com alto nível de integração incluindo a

mais o circuito adicionando componentes

e cada grupo é acionado pela tensão

ponte retificadora e demais componentes

de proteção ou de controle tornando a

excedente e na sequência de 1 a 4 em

passivos. Também é diretamente ligado à

solução mais robusta e completa. Um

sintonia com a corrente. Com a inclusão

rede elétrica e fornece as condições ideais

ponto a mais a ser destacado é que essas

de

de funcionamento para o arranjo de Leds

soluções somente podem ser utilizadas

do circuito.

com tensão de rede fixa, ou seja, o projeto

alguns

componentes

periféricos

podem-se obter várias opções de circuitos

Fascículo

dependendo da aplicação.

A Figura 7 apresenta um exemplo

tem que ser desenvolvido para 127 V ou

Uma outra alternativa viável para

de circuito com Leds de alta tensão

220 V, não admitindo que o produto seja

ser utilizada em conjunto com Leds de

alimentados pelo chip Acrich 2. Nota-se

do tipo full range.

alta tensão é o chip fabricado pela Seoul

que o chip foi montado na própria placa

Concluindo, podemos dizer que os

Semicondutores, empresa que também

de circuito impresso onde estão os Leds e

Leds com a tecnologia multi junction são

Figura 7 – Exemplo de circuito utilizando o Acrich 2 da Seoul Semiconductor.


Apoio

45 opções viáveis em que se busca menor

montados em um único encapsulamento,

custo da solução, porém, os devidos

gerando algo como 15.000 lúmens de fluxo

cuidados deverão ser tomados a fim de

luminoso.

Referências 1. CLD-DS139 Rev 0 – Cree® XLamp® XP-G3

que os produtos tenham bom desempenho

Como temos vários chips montados

e estejam de acordo com as normas e

dentro de um único encapsulamento,

Magnachip.

práticas usuais do mercado.

podemos ter vários tipos de arranjos

3. Application note “Designing with

Leds do tipo multi chip ou arrays – São

resultando em diversas capacidades de

Acrich 2” from Seoul Semiconductor.

muito comuns no dia de hoje e cada vez

correntes e tensões, fato este que temos que

mais são difundidos no mercado. São Leds

levar em consideração, quando da escolha

que comportam vários chips no mesmo

do controlador (driver) a ser utilizado

encapsulamento

disponíveis

com os Leds. As especificações do driver

em potências elétricas que vão desde

e

estão

devem estar de acordo com os valores de

alguns miliwatts até 150 W. Dois bons

tensão e corrente, e, consequentemente da

exemplos são os Leds conhecidos como

potência, totais do arranjo para garantir o

“super midpowers”, os quais basicamente

perfeito funcionamento do circuito.

consistem de vários chips contidos em um

No próximo capítulo, iremos abordar

encapsulamento típico de Leds midpower,

mais aspectos do driver, como rendimento,

gerando fluxo luminoso da ordem de 500

fator de potência, distorção harmônica,

lúmens a 700 lúmens. Outro bom exemplo

assim como formas de polarização dos

são os Leds COB (Chip on Board), em

Leds, dimerização e também um pouco

que quantidades de até 300 chips são

sobre os efeitos de ripple e flicker.

2. MAP9000 Application note from

*Vicente Scopacasa é engenheiro eletrônico com pós-graduação em administração de marketing. Tem sólida experiência em semicondutores, tendo trabalhado em empresas do setor por mais de 40 anos. Especificamente em Leds, atuou por mais de 30 anos em empresas líderes na fabricação de componentes, tanto no Brasil como no exterior. Atua hoje como consultor na área de iluminação de estado sólido e como professor em cursos de especialização e de pós-graduação. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

46

Capítulo VIII Aterramento híbrido para geradores e fatores de influência na escolha do tipo de aterramento Por Cláudio Mardegan*

Aterramento híbrido para geradores

de um sistema aterrado por resistência de baixo valor com um

Historicamente, o aterramento de turbo-geradores através de

sistema aterrado por resistência de alto valor. Obviamente, nesta

resistência de alto valor era a maneira mais confiável. Entretanto,

condição, o sistema é aterrado por resistência de baixo valor, pois

registros de ocorrências relataram que muitos geradores queimavam

na associação em paralelo de duas impedâncias, a impedância

o rotor para faltas à terra quando o curto-circuito ocorria entre

resultante será menor que a menor delas, que no caso é a resistência

o gerador e o primeiro disjuntor após o gerador e quando a falta

de baixo valor. Quando ocorre um curto-circuito entre o gerador e

à terra era limitada a um valor acima de 10 A. Essas observações

o disjuntor, a proteção diferencial de terra 87 GN irá promover o

foram realizadas pelo meu amigo e engenheiro americano David

desligamento instantâneo do disjuntor do gerador, porém, o curto-

Shipp, o qual é o Chairman do Grupo de Trabalho sobre aterramento

circuito fase-terra não é eliminado até que a máquina primária

híbrido para geradores.

(turbina, motor) desligue o sistema. É neste intervalo que o rotor

A Figura 1 seguinte ilustra o princípio de funcionamento deste tipo de aterramento.

Fascículo

O aterramento híbrido é composto pela associação em paralelo

Figura 1 – Aterramento híbrido de gerador.

das máquinas queimava. Neste esquema, a proteção 87 GN, além de desligar o disjuntor, desliga também o contator que fica em série


Apoio

com o resistor de baixo valor, ou seja, o sistema fica apenas com o

 Níveis de danos toleráveis devido às faltas;

aterramento de alto valor, limitando o curto-circuito fase-terra em

 Efeitos dos afundamentos de tensão durante as faltas.

10 A, evitando, desta maneira, a queima do rotor. Este sistema tem a

Para um aprofundamento no assunto, recomenda-se consultar IEEE

vantagem, também, de ficar mais sensível para faltas mais distantes

Std 142.

do gerador, uma vez que a contribuição do gerador para uma corrente de falta à terra à frente do disjuntor do gerador terá valor

Resumo

maior, no entanto, limitado pelo resistor de baixo valor do gerador.

Fatores de influência na escolha do tipo de aterramento

(a) Sistema solidamente aterrado Este método é utilizado em sistemas de distribuição, pois além facilitar a localização da falta, não diminui o valor da corrente de falta à terra.

Nenhum dos métodos é perfeito e os fatores que interferem na escolha são:

(b) Sistema aterrado por resistência de baixo valor

 Nível de tensão do sistema;

nível de tensão e assim, num curto entre-espiras, a energia liberada

 Possibilidades de tensões transitórias;

não afeta a chaparia das máquinas. É usado também em média

 Tipos de equipamentos instalados no sistema;

tensão para a proteção da blindagem dos cabos, na ocorrência de

 Continuidade operacional;

uma falta à terra.

Este método é utilizado quando existem máquinas girantes no

 Métodos utilizados no sistema existente;  Disponibilidade de ponto de aterramento conveniente;  Prescrições normativas;

(c) Sistema aterrado por resistência de alto valor É utilizado este método quando se deseja um alto grau de

 Custo dos equipamentos (incluindo manutenção e dispositivos de

confiabilidade, ou seja, disponibilidade de energia. É importante

proteção);

frisar que valores de resistência de aterramento muito elevados

 Segurança (incluindo risco de choque e incêndio);

(corrente limitada a 50 A ou menos), em média tensão, dificulta

47


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

48

Tabela 1 – Definição dos diversos sistemas de aterramento

Relações de Parâmetros de Corrente de Falta Fase-Terra Classes de Formas de Aterramento A - Efetivamente (Nota4)

Componentes Simétricas

(%)

Transitória PU

(Nota 1)

(Nota 2)

(Nota 3)

Referência

Xo/X1

Ro/X1

Ro/Xo

1 - Efetivamente

0a3

0a1

-

> 60

≤2

2 - Muito Efetivamente

0a1

0 a 0.1

-

> 95

< 1.5

0a1

-

> 25

<2.3

B3

<2

< 25

≤ 2.73

B3

B3

B - Não Efetivamente

1- Indutância

Baixa Indutância

3 a 10

Alta Indutância

> 10

2 - Resistência

Baixa Resistência

Alta Resistência (Nota 8)

3 - Indutância e Resistência

4 - Ressonante (Nota 5)

5 - Capacitância não aterrada

0 a 10 > 10

≥2

< 25

<2.5

>100

≤ (-1)

<1

≤ 2.73

-

>2

< 10

≤ 2.73

-

-

<1

≤ 2.73

B7, B17

Faixa A (Nota 6)

-∞ a -40

-

-

<8

≤3

B6, B20

Faixa B (Nota 7)

-40 a 0

-

-

>8

>3

B6, B20

Notas:

1 - Na referência [126] são apresentadas os valores do COG para várias relações diferentes de R1/X1. O COG afeta a especificação dos Pára-raios. 2 - Corrente de falta fase-terra em porcento do valor da corrente de curto-circuito trifásica. 3 - Tensão transitória fase-terra, que ocorre logo após uma falta, em pu de crista da tensão de operação pré-falta fase-terra. 4 - Em circuitos lineares, a Classe A1 limita o valor da tensão fase-terra fundamental nas fases sãs a 138% da tensão pré-falta. Na classe A2 estão limitadas a menos de 110%. 5 - Veja Willheim e Waters e as precauções prescritas no IEEE Std C62.92.2-1989, C6292;.3-1993, C62.92.4-1991 e C62.92.5-1992. 6 - Sistema com neutro normalmente isolado (não aterrado), para o qual a reatância de sequência zero é capacitiva (negativa). 7 - Refira ao item 7.6 da norma IEEE Std C62.92.1. Cada caso deve ser avaliado individualmente. 8 - Em sistemas aterrados por resistência de alto valor, os valores de Rs, Xs e Xn são desprezíveis comparados com Rn e Xcg.

muito a seletividade cronológica. É usado também em média tensão

terra entre o gerador e o primeiro disjuntor, neste caso, a corrente é

para a proteção da blindagem dos cabos, na ocorrência de uma falta

limitada a 10 A para garantir a proteção do gerador.

à terra.

A definição dos diversos tipos de sistemas de aterramento em função dos parâmetros dos circuitos de sequência, segundo a

(d) Sistema de aterramento híbrido para geradores

norma Americana IEEE Std C62.92.1, é apresentada na Tabela 1.

Este método é normalmente utilizado para máquinas de

Para uma melhor visualização dos tipos de sistemas de

potência a partir de 5 MVA devido ao seu valor. O sistema funciona

aterramento em função dos parâmetros dos circuitos de sequência,

como um sistema aterrado por resistência de baixo valor (LRG)

veja a Figura 2.

para faltas à terra a partir do disjuntor do gerador e funciona como um sistema aterrado por resistor de alto valor (HRG) para faltas à

Criação de uma referência de terra em um sistema não aterrado

Fascículo

Quando se deseja criar uma referência de terra em um sistema não aterrado, as duas formas mais comumente utilizadas são: (a) Utilização de um autotransformador zigue-zague de aterramento e (b) Utilização de um transformador com o primário em estrela com neutro acessível. (a) Autotransformador de aterramento Zigue-zague Emprego O autotransformador de aterramento destina-se unicamente para conduzir a corrente de sequência zero para a terra, objetivando diminuir o deslocamento de neutro através da diminuição da Figura 2 - Definição gráfica dos vários sistemas de aterramento.

impedância de sequência zero como também o fornecimento de


Apoio

49


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

50

uma referência de terra em sistemas não aterrados. Princípio de funcionamento O autotransformador de aterramento Zigue-zague possui dois enrolamentos em cada perna do núcleo, no entanto, apenas um enrolamento de cada fase fica em uma perna e o outro fica em outra perna do núcleo. A Figura 3 ilustra o exposto.

Figura 5 - Autotransformador de aterramento Zigue-zague sob falta.

Figura 3 – Autotransformador de aterramento: princípio de funcionamento.

Em condições normais de operação, a única corrente que flui pelo transformador é a corrente de magnetização, necessária para manter as tensões, como indicado na Figura 4. Em outras palavras, a impedância de sequência positiva e negativa são iguais à impedância de magnetização, e em condições normais são muito maiores que as impedâncias do sistema. No diagrama de sequência positiva e negativa, estas impedâncias são, desta forma, consideradas como sendo infinitas.

Conforme observado na Figura 5, somente a corrente de sequência zero encontra caminho através do autotransformador de aterramento. A corrente de falta será: IF = Iao + Ia1 + Ia2 Sabe-se ainda que para a condição de falta à terra: |Iao| = |Ia1| = |Ia2| As componentes de corrente de sequência positiva e negativa têm seu caminho através do sistema e anulam nas fases sem defeito.

Fascículo

Nas fases sem defeito: Ib=0

Ib = Ibo + Ib1 + Ib2 = 0

Ib1+Ib2 = -Ibo = -Iao

Ic=0

Ic = Ico + Ic1 + Ic2 = 0

Ic1+Ic2 = -Ico = -Iao

Cálculo da corrente de falta à terra com autotransformador de aterramento O valor da corrente de falta à terra com o autotransformador aterramento é feito utilizando-se a equação a seguir. Figura 4 – Diagrama vetorial das tensões de sequência num autotransformador Zigue-zague em regime.

Em condições de falta à terra (uma das fases vai à terra), a corrente de sequência zero será igual e contrária em cada um dos enrolamentos de uma mesma perna e, assim, aparecerá uma impedância de dispersão entre cada dois enrolamentos de uma mesma perna. Veja a Figura 5.

IF =

3E Z1S + Z1S + Z0

Em que: IF = Corrente de falta à terra; E = Tensão fase-terra do sistema; Z1S = Impedância de sequência positiva do sistema; Z2S = Impedância de sequência negativa do sistema;


Apoio

Z0S = Impedância de sequência zero do sistema; Z0T = Impedância de sequência zero do autotransformador ziguezague; RG = Resistência do neutro do autotransformador zigue-zague. Condições particulares de Z0 a1) Sistemas não aterrados  Z0 = Z0T a2) Sistemas aterrados

 Z0 = (Z0S x Z0T) / (Z0S + Z0T)

a3) Resistência no neutro do autotransformador de aterramento  Z0 = 3.RG + j X0T

Para a especificação do autotransformador de aterramento,

ZF

51

-2 x Z1S

a2) Nível máximo de sobretensão nas fases sem defeito Para esta condição, a sobretensão máxima na fase sem defeito é obtida da equação abaixo: VFT =

VFF √3

x FS

FS = ( 1 + K - 1 )2 + 3 2 K+2 4 K=

Especificação do autotransformador de aterramento Zigue-zague

3E

Z0T =

X0 X1

Tabela 2 – Fatores de sobretensão em função da relação Xo/X1

K = (Xo/X1)

FS

1

*

1.0000

2

*

1.1456

a2) Nível máximo de sobretensão nas fases sem defeito

3

*

1.2490

4

1.3229

Especificação da impedância de sequência zero do

10

1.5207

20

1.6154

INFINITO

1.7321

duas informações são necessárias: a1) Corrente de curto-circuito fase-terra desejada

autotransformador de aterramento a1) Corrente de curto-circuito fase-terra desejada

* Sistema eficazmente aterrado, desde que: Ro/R1 ≤ 1

Assim, a partir do fator de sobretensão, acha-se K. Como se A impedância Z0T sai da equação abaixo:

conhece X1, obtém-se Xo.


Apoio

52

A norma ABNT NBR 5119 indica a Tabela 4, a qual não

Especificação básica do autotransformador

diferencia, nem o nível de tensão, nem a conexão e nem se o reator é trifásico ou banco composto de unidades monofásicas

Z 0T = Impedância do transformador expressa em Ω / fase; I 0 = Corrente de sequência zero do autotransformador de aterramento, expresso em A/fase, lembrando que I0 = IF / 3;

Tabela 4 – Corrente nominal em função do tempo de funcionamento nominal

RG = Resistência de aterramento autotransformador expressa

Tempo de

em Ω;

Corrente nominal, em regime

funcionamento nominal contínuo, em porcentagem da corrente

kVACC = Potência de curto-circuito do autotransformador

nominal de curta duração

zigue-zague, sendo:

10s 1 minuto

7

10 minutos

30

tempo prolongado

30

KVACC = √3 x E x I0 KVACC = 3 x EFT x I0 KVACC = EFT x IF

3

kVA = Potência nominal equivalente do autotransformador

O método do Transmission and Distribution Reference

de aterramento. Esta potência faz a equivalência do

Book é mais conservativo do que o método da ABNT NBR

autotransformador de aterramento com os transformadores de

5119, para 10 s e para 1 min em unidades trifásicas. A norma é

dois enrolamentos comuns. Como os autotransformadores de

mais conservativa para 1 min em unidades monofásicas. Para

aterramento são construídos para suportarem a condição de

os demais tempos não se pode traçar um paralelo.

curto-circuito por curto período de tempo (de dez segundos a cinco minutos), os kVAs nominais do autotransformador não

Exemplo

precisam ser iguais ou próximos aos kVAcc.

Especificar

um

autotransformador

zigue-zague

de

aterramento para um sistema de 13.8 kV, cuja corrente de curto-circuito seja de 21 kA, para que mantenha uma

kVA = k3 x KVACC (autotransformador • zig-zag • trifásico)

sobretensão fase-terra nas fases sem defeito de, no máximo,

kVA = k1 x KVACC (banco de transformadores • zig-zag • monofásico)

1.6 vezes a tensão nominal fase terra. O autotransformador de aterramento deverá suportar a falta por 10 segundos. Solução

Apresentam-se na Tabela 3 os valores de k1 e k3.

O valor da impedância de sequência positiva será: Tabela 3 – Fatores k3 e k1 para a determinação dos kVAs para transformadores de aterramento

k3 para Unidades Trifásicas

Fascículo

Tempo Especificado

Conexão

Conexão ZIG-ZAG

YD

2.4 a 13.8kV

23 a 34.5kV

46kV

69kV

92kV

10s

-

0.064

0.076

0.08

0.085

0.092

1 minuto

0.17

0.104

0.11

0.113

0.118

0.122

2 minutos

0.24

0.139

0.153

0.16

0.167

0.174

3 minutos

0.295

0.17

0.187

0.196

0.204

0.212

4 minutos

0.34

0.196

0.216

0.225

0.235

0.245

5 minutos

0.38

0.22

0.242

0.253

0.264

0.275

k1 para Unidades Monofásicas 1 minuto

0.057

0.033

0.037

0.04

0.043

0.046

2 minutos

0.08

0.046

0.051

0.055

0.06

0.064

3 minutos

0.098

0.057

0.064

0.068

0.074

0.08

4 minutos

0.113

0.065

0.073

0.078

0.084

0.091

5 minutos

0.127

0.073

0.082

0.088

0.095

0.102

Nota: Os valores da tabela acima foram calculados tomando-se como base uma temperatura inicial não superiror a 75º C, que as perdas de carga estão todas armazenadas no transformador e que a temperatura final não irá exceder o máximo permitido pelas normas.


Apoio

13.8 Z1S = X1S = √3 21

KVACC = √3 x 13.8 x 1082.8 = 25880 [kVA] = 0.3794Ω

X2S = X1S = 0.3794Ω

k3 = 0.064 (13.8kv - 10s) kVA = k3 x kVACC = 0.064 x 25880 = 1656 kVA A especificação do autotransformador de aterramento será:

K = X0T / X1S Para um fator de sobretensão de 1.6 o valor de K = 17.395, logo: X0T = K x X1S = 6.5997 Ω A corrente de falta à terra será: A partir da corrente de sequência zero podem-se calcular os kVAcc.

3 x 13800 3E √3 IF = X1S = = = 23902.3 = 3248.3A Z1S + Z1S + Z0 0.3794 + 03794 + 6.5997 7.3585

I I0 = X1S = F = 3248.3 = 1082.8A 3 3

X0T = 6.6 Ω / fase I0 = 1083 A / fase kVACC = 25880 A kVAN = 1656 kVA t = 10 segundos VN = 13.8 kV (entre fases) *Cláudio Sérgio Mardegan é diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. É engenheiro eletricista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia, com experiência de mais de 35 anos nesta área. É autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas Elétricos Industriais”, patrocinado pela Schneider, e coautor do “Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras”. É membro sênior do IEEE e participa também dos Working Groups do IEEE que elaboram os “Color Books”. É Chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Fault Protection e também participa de Forensics. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br

53


54

Reportagem

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Por Bruno Moreira

NR 12 divide opiniões N

Publicada no final de 2010, norma relativa à segurança

o final de 2010, tornou-se vigente a

no trabalho em máquinas e equipamentos é criticada por

12 (NR 12), relativa à segurança no trabalho em

nova versão da Norma Regulamentadora Nº

Conselho Nacional das Indústrias (CNI). Especialistas do setor

máquinas e equipamentos. Especificamente,

elogiam regulamento

publicado em 17 de dezembro do referido

o documento normativo e seus 12 anexos, ano, pelo Ministério do Trabalho e Educação (MTE), definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. Regulamenta ainda a sua fabricação, importação,

comercialização,

exposição

e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas.

O engenheiro de segurança e consultor

na área, José Carlos Freitas, que participou da elaboração da revisão da NR 12, conta que o novo documento começou a ser redigido em 2008, três décadas depois de sua última revisão, ocorrida em 1978. A versão antiga, criada para preencher um vácuo no que se referia a regras para estabelecer a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, continha apenas seis páginas. Neste sentido, a versão atualizada, que conta com mais de 100 páginas, tornou mais complexos e completos os requisitos que devem ser obedecidos para que se previnam acidentes e doenças do trabalho. Para se ter uma ideia da importância e do que se esperava com a empreitada, foi montada uma aliança tripartite, composta por Governo, empregados e empresários, com o objetivo de debater, elaborar e redigir a nova versão da NR 12.

Entretanto, nem todo este zelo por

parte do MTE, impediu que a Confederação


55

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Nacional de Indústrias (CNI) demonstrasse

O engenheiro de segurança participante

conta que, recentemente, analisou um texto

insatisfação após a entrada em vigor da

na elaboração da NR 12, José Carlos

elaborado pela confederação a respeito da NR

NR 12, propondo modificações no texto

Freitas, não encara de forma muito positiva

12 e verificou nele uma série de erros técnicos.

normativo. Em nota enviada à revista O Setor

as reclamações da CNI. Não obstante as

“Eles não sabem do que estão falando.

Elétrico, a entidade afirma trabalhar pelo

exigências distintas entre a norma brasileira e

Para fazer algo deste gênero, é preciso de

aprimoramento da NR 12, a fim de que esta

europeia, o engenheiro destaca ser impossível

um corpo técnico adequado”, afirma o

seja uma norma “técnica e financeiramente

comparar a situação nacional com a do

engenheiro, enfatizando que todo o debate

exequível” para as empresas do país. Nesse

continente europeu, no que diz respeito ao

para a elaboração da NR 12 foi realizado com

sentido, a CNI sugere, entre outras medidas,

parque de máquinas e equipamentos, e ao

maioria de técnicos e engenheiros. “Havia

a criação de uma linha de corte temporal para

modo como as máquinas e os equipamentos

representação sindical, que falava da parte

que a norma não retroaja ao parque industrial

são tratados. “Hoje na Europa, eles estão

prática, mas na hora da discussão técnica eles

instalado antes de sua publicação e adquirido

bem mais avançados que nós. As máquinas

não se intrometiam”, lembra.

em total conformidade com a lei vigente à

não são tão velhas e o nível de exigência de

época. “É preciso ressaltar que a indústria

segurança dos seus equipamentos é bem

que a NR 12 tem foco no risco, objetivando

Por fim, o consultor faz questão de destacar

brasileira não abre mão da máxima proteção e

maior do que o dos brasileiros”, diz. No Brasil,

sua mitigação, independentemente se as

segurança do trabalhador, mas não considera

ao contrário, boa parte do parque industrial

máquinas são novas ou usadas. Por essa

razoável que uma norma retroaja, tornando

é sucateada, segundo Freitas. “Eu fui fazer

razão, o documento normativo cita a ABNT

irregular todo o parque industrial instalado

vistorias em máquinas que não cumpriam nem

NBR ISO 12100, norma que especifica a

antes de 2010”, declara.

os requisitos da norma NR 10 (segurança em

terminologia básica, os princípios e uma

instalações e serviços em eletricidade), cuja

metodologia para obtenção da segurança em

12 contrariou a boa prática internacional ao

última atualização ocorreu em 2004”, relata.

projetos de máquinas. “A grande dificuldade que eu vejo é o pessoal do mercado ter esse

A Confederação argumenta que a NR

abarcar todo o parque industrial, exigindo

alteração em centenas de milhares de

nacional, algo que não existe na legislação

Com relação à retroatividade da norma

máquinas usadas país afora. Conforme

europeia, Freitas explica que tal peculiaridade

a entidade, a nova NR 12 extrapolou as

não significa que a máquina usada do parque

entendimento”, diz Freitas.

Dificuldades para adequação

normas de segurança da União Europeia,

industrial europeu não seja tratada de maneira

consideradas como referência internacional, e

distinta em comparação à máquina nova. “O

nas quais o texto brasileiro fundamentou-se.

fabricante, ciente de que existe uma nova

as empresas ajustassem suas máquinas e

Isto porque, segundo a entidade, a legislação

norma de segurança, comunica o usuário

equipamentos à NR 12 já terminaram. Em

europeia, em vigor desde 2006, foi aplicada

sobre isso, deixando para ele a decisão de

teoria, todo o parque de máquinas brasileiro já

apenas a máquinas novas, excluindo as que já

atualizar ou não sua máquina usada”, explica.

teria que estar adequado à nova norma, mas

se encontravam na linha de produção.

Freitas questiona ainda sobre a demora

essa não é a realidade, afirma o engenheiro

da entidade em realizar estas reclamações. “A

eletricista e pós-graduado em segurança no

Além disso, a norma brasileira difere de

Atualmente, todos os prazos para que

sua referência internacional em relação ao

revisão da NR 12 foi publicada em 2010 e as

trabalho, Robélio Lopes da Silva. Gerente

prazo para adequação e à forma como as

reclamações só começaram em 2012. Antes

de projetos da Arteseg, empresa que atua

empresas deveriam agir para se adaptar às

de ser publicada, a norma foi colocada em

desde a elaboração de laudo técnicos até a

novas regras. Conforme a CNI, na Europa,

consulta pública. Por que ninguém reclamou

implementação de medidas de segurança

as empresas receberam dos órgãos de

na época? ”, indaga o consultor, relembrando

para máquinas e sistemas elétricos, Silva relata

fiscalização três anos para se adequarem, já,

que as reinvindicações da CNI em relação à

que muitas empresas ainda têm procurado

no Brasil, foi definido um cronograma com

retroatividade da norma começaram a ocorrer

a Arteseg para adequarem suas máquinas.

131 prazos diferentes, sendo que algumas

por conta das padarias do Rio de Janeiro,

“A demanda esteve muito maior em 2014 e

empresas tiveram de cumprir vários prazos

cujas máquinas panificadoras estariam em sua

2015”, conta o gerente, explicando que, na

ao mesmo tempo. No que se refere a

maioria obsoletas e inseguras.

virada do ano, houve uma freada de pedidos

como as empresas deveriam se adaptar, no

em razão da crise econômica e política.

continente europeu, coube a cada fabricante

em relação ao pleito da CNI não se resumem

a definição de como se adaptar às regras.

apenas à demora da confederação para fazer

avaliados pela Arteseg, o gerente de projetos

As críticas do engenheiro de segurança

Em relação ao estado dos equipamentos

Já em solo brasileiro, foi a regra que definiu

as reclamações e à comparação, considerada

afirma ter presenciado uma variedade de

quais dispositivos de segurança a indústria

descabida por ele, entre a situação das

condições. Segundo ele, há empresas em

precisou instalar em cada equipamento,

máquinas brasileiras e europeias. A falta de

que o parque de máquinas é incrivelmente

alguns dos quais, de acordo com a entidade,

conhecimento técnico das reivindicações

novo, limpo, com sinalização correta, etc. “Em

se mostraram tecnicamente inviáveis.

também é citada pelo engenheiro. Freitas

contrapartida, já vi empresas com máquinas


56

Reportagem

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

antigas, até meio sucateadas, onde não existe

Experiência da Terex

nada de adequação, nenhuma cultura visando à NR 12”, diz. De uma maneira geral, no entanto, segundo Silva, as empresas estão cientes de que é preciso haver uma modificação.

Fabricante global de uma ampla gama de produtos, tais como plataformas

aéreas de trabalho, guindastes e utilities, no que diz respeito a equipamentos de guindar para elevação de pessoas, a Terex produz em solo brasileiro somente equipamentos do tipo cesta aérea isolados e não isolados.

Na América Latina, a Terex oferece equipamentos nos seguintes segmentos:

Plataformas Aéreas de Trabalho, Guindastes, Construção de Estradas, Construção, Utilities e Processamento de Materiais. Conforme o gerente técnico de produtos da Terex Latin America, Carlos Perdigão Gomes, apesar de os equipamentos produzidos pela empresa atenderem a boa parte dos requisitos do Anexo XI da NR 12, ainda assim, “alguns elementos precisaram ser incorporados às máquinas para torná-las mais seguras”.

Ao todo, para adequar seus equipamentos ao Anexo XII, a Terex desenvolveu

e implementou: um sistema de operação de emergência que permite a rotação da torre em caso de pane; o sistema Interlock, que impede a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço móvel para uma posição segura de transporte; o reposicionamento dos comandos das sapatas estabilizadoras a fim de possibilitar a visualização dos movimentos das sapatas estabilizadoras durante a operação; e a instalação de indicadores de inclinação para permitir que o operador visualize se o equipamento está posicionado dentro dos limites de inclinação lateral permitidos. Na atualidade, todos os equipamentos da companhia já estão em conformidade com a norma.

Gomes destaca dois fatores que foram preponderantes para que a Terex

passasse pelo processo de adequação de seus produtos sem enfrentar grandes dificuldades: a participação ativa da empresa do Grupo Técnico responsável pela elaboração do Anexo XII da NR 12 e o fato de “ser uma empresa globalizada que já possuía todo o conhecimento para a implementação dos requisitos do anexo”.

O gerente técnico de produtos da Terex Latin America avalia o Anexo XII

como “extremamente importante para garantir a segurança dos usuários de cestas aéreas”, e as exigência do MTE como “razoáveis e factíveis”. Gomes concorda também com o fato de a norma se aplicar também aos equipamentos fabricados antes de sua publicação, destacando que nem todos os equipamentos produzidos até a data da publicação do Anexo XII apresentavam condições seguras de operação”, afirma. “Na nossa visão, equipamentos que não oferecem condições seguras de trabalho devem ser adequados ou retirados de operação”, conclui.

O gerente explica que a procura das

empresas pela Arteseg, no sentido de analisar e adequar suas máquinas e equipamentos, acontece normalmente após as companhias terem sido notificadas pelos fiscais do Ministério do Trabalho. Neste contato com os fabricantes, o fiscal solicita o inventário de máquinas – a análise de riscos, ou seja, a classificação do risco da máquina – e o cronograma para a adequação dos equipamentos que foram apontados como não conformes.

Para quantificar os riscos do equipamento/

processo e a severidade dos mesmos, emprega-se

a

técnica

Hazard

Rating

Number (HRN), em que são respondidas numericamente as seguintes questões: Qual a probabilidade de alguém se ferir? Qual o grau de risco? Quantas pessoas trabalham na máquina? Qual a frequência de exposição a esse risco? Cada item receberá uma nota, que, somadas, gerarão o HRN, ou seja, a grandeza do risco do equipamento/processo. Um HRN de 100, por exemplo, é considerado um risco grave. Ante esta taxa, o órgão fiscalizador já solicita que a empresa informe o que deve ser realizado para a diminuição do índice. “Inicialmente apontado o risco, já é preciso dar a solução”, diz.

A fiscalização, no entanto, segundo o

gerente de projetos, já foi sentida como mais dura pelas empresas que contratam os serviços da Arteseg. Baseando-se em sua experiência, Silva afirma que, a partir de 2013, os fiscais partiram a campo cobrando o cumprimento da norma com muito rigor, chegando até, em determinada ocasião, a parar a produção de uma planta industrial de uma grande empresa multinacional para analisar as máquinas. Atualmente, porém, neste momento de crise no país, o trabalho dos órgãos fiscalizadores está mais consciencioso, de acordo com o engenheiro eletricista. Mesmo se a empresa não se adequar rapidamente, mas estiver seguindo de maneira correta o cronograma de trabalhado apresentado para adequação


57

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

das máquinas e equipamentos, os fiscais do

Anexo XII da NR 12, Engº Hélio Domingos R.

utilizados no Brasil eram importados de lá –

Ministério do Trabalho enxergarão isso com

Carvalho, o Anexo XII foi gerado e elaborado

sempre possuíram sistema de nivelamento.

“bons olhos”. Neste sentido, de acordo com

com o objetivo de estabelecer um patamar

Depois, começaram a surgir algumas cestas

Silva, os agentes fiscalizadores verificarão

tecnológico

e

aéreas fabricadas no Brasil com nivelamento

principalmente se foram adequados, em

utilização de cestas aéreas, cestos acoplados

por gravidade, que é muito mais inseguro.

primeiro,

em guindastes e cestos suspensos, tendo em

O Anexo XII veio corrigir algumas dessas

lugar

os

equipamentos

que

mínimo

para

construção

vista a existência de equipamentos inseguros

distorções, oferecendo a padronização de

e a utilização de adaptações improvisadas

itens de segurança.

e até bizarras. Carvalho destaca que um

dos principais motivos, no entanto, foi o

suspensos, Carvalho explica que só pode ser

cesto acoplado em guindastes, usualmente

feita em situações excepcionais, quando não

empregado de maneira irregular.

houver realmente a possibilidade de emprego

O especialista da Cemig explica que o

de equipamentos como cestas aéreas ou

e equipamentos normalmente necessitam de

guindaste tem como função principal elevar

guindastes com cestos acoplados ou ainda

eletricidade para funcionar. Contudo, há uma

cargas, foi desenvolvido para isso, mas que

de uma Plataforma de Trabalho Aéreo

parte da norma que se relaciona de forma

as empresas passaram ao longo do tempo a

(PTA). Para o emprego do cesto suspenso, é

mais direta com o setor: trata-se do Anexo XII,

utilizá-lo também para elevar pessoas, usando

preciso que a inviabilidade técnica dos outros

publicado em dezembro de 2011 pelo MTE,

cestos acoplados. “Não existia nenhuma

equipamentos seja comprovada por laudo

que dispõe sobre equipamentos de guindar

normalização permitindo o uso destes cestos,

técnico elaborado por profissional legalmente

para elevação de pessoas e realização de

então, cada empresa fazia do jeito que

habilitado e mediante emissão de respectiva

trabalho em altura. O anexo traz dezenas de

achava melhor. Começou a virar uma prática

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

exigências de requisitos técnicos e de gestão

de mercado sem nenhuma regulamentação,

para fabricação e utilização de equipamentos

gerando muitas soluções, algumas muito

precária dos equipamentos antes da nova

tipo cestas aéreas e cestos acoplados em

inseguras”, diz. Assim, o MTE resolveu

regulamentação,

guindautos/guindastes e cestos suspensos,

regulamentar e aproveitou para incluir cestos

a cestos suspensos e acoplados. Entre as

apresentam um risco mais alto ao usuário.

Equipamentos de guindar para elevação de pessoas

A área elétrica permeia a NR 12 como

um todo, isto é inegável, já que as máquinas

No que se refere à utilização de cestos

O

coordenador

reitera

a

principalmente

situação relativa

que são amplamente utilizados em todo país,

aéreos e cestos suspensos nesta norma.

mudanças apresentadas pelo Anexo XII,

com mais intensidade pelas concessionárias

A situação dos cestos aéreos não era tão

Carvalho destaca: a obrigatoriedade de

de energia elétrica e suas contratadas,

grave, conforme relata o coordenador de

sistema de nivelamento ativo e automático; a

nas atividades de construção, operação e

Engenharia de Ferramentas e Equipamentos

padronização da caçamba na qual o operador

manutenção das redes de energia elétrica.

da

coisas

fica alojado; e a obrigatoriedade do comando

Cemig,

mas

havia

algumas

Segundo o coordenador da Área de

inseguras. Por exemplo, os equipamentos

dentro da caçamba, já que, anteriormente,

Engenharia de Ferramentas e Equipamentos

de cestas aéreas que vinham dos Estados

se tratava de um cesto normal, em que o

da Cemig e membro do Grupo Técnico do

Unidos – historicamente, os equipamentos

trabalhador não possuía nenhum controle.




60

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

A influência do aquecimento na resistência elétrica de barramentos blindados parte 1

E

Por Luís Eduardo Caires, Hédio Tatizawa, Hélio Eiji Sueta e Silvio J. van Dijk*

ntre as muitas variáveis que influenciam o

determinados para estas condições de

e, assim, corrigir o valor da queda de tensão

valor da resistência elétrica de um barramento

carregamento e de temperatura. A partir

calculada, obtendo-se um valor mais próximo

blindado, encontra-se a temperatura atingida

destes valores, são calculadas as quedas

da realidade.

pelo condutor no equilíbrio térmico. Esta, por

de tensão de um sistema alimentado por

sua vez, é função da temperatura ambiente

barramento blindado.

na qual o barramento se encontra e do valor

da corrente elétrica ao qual o condutor é

para correntes inferiores ao ensaiado tende a

As normas relativas a barramentos

submetido.

diminuir o valor da resistência elétrica. Além

blindados, ABNT NBR IEC 60439-2 e IEC

Os ensaios de elevação de temperatura

disso, nem sempre a temperatura ambiente

61439-6, nas quais estão definidos os

em barramentos blindados são realizados

na qual o sistema será instalado condiz com

procedimentos

para a corrente nominal informada pelo

a temperatura observada no momento do

expressões

fabricante, a uma temperatura ambiente

ensaio.

efetuar as correções da resistência em

dependente

das

condições

climáticas

Fundamentos teóricos

A utilização de um barramento blindado

de

ensaio,

matemáticas

que

apresentam permitem

Em função dessas variáveis, passa a

função das temperaturas e dos valores

observadas no momento do ensaio. Os

ser importante a adequação do valor da

obtidos no ensaio, no equilíbrio térmico.

dados de resistência elétrica obtidos são

resistência elétrica às condições de instalação

Essas expressões podem ser utilizadas, em


61

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

A variação da resistência elétrica com

a temperatura é frequentemente utilizada para medir mudanças de temperatura.

No caso da aplicação em ensaios de

barramentos, a norma IEC 61439-6 isola a resistência Rt2 que passa a ser chamada de Rθ. A temperatura ambiente de referência é 20 °C, posto que a resistividade dos materiais Figura 1 – Variação da resistência com a temperatura.

normalizados

é

determinada

para essa temperatura. Dessa forma, Rt1 é equivalente à R20 da norma.

princípio, para calcular a queda de tensão

mas –T0 °C é a temperatura na qual a

A forma encontrada na norma para

corrigida em função da carga na linha

resistência seria zero se a taxa de decaimento

descrever a reta da variação da resistência

pré-fabricada em diferentes temperaturas

entre 100 °C e 0 °C fosse mantida constante

com a temperatura é do tipo Y=α.X+β, com

ambiente, porém, somente na condição de

em todas as temperaturas. Por similaridade

α e β sendo os coeficientes angular e linear.

corrente nominal. No entanto, para correntes

de triângulos da figura anterior, tem-se:

Utilizando-se do gráfico da Figura 1

diferentes da nominal, é preciso conhecer a

e fazendo-se as devidas adequações da

temperatura de estabilização do condutor

nomenclatura, pode-se equacionar a reta,

em função da corrente aplicada e isso é

cuja equação passa a ser:

função das características de dissipação da

montagem do barramento.

quaisquer em graus centígrados [°C], e Rt1

Em que t1 e t2 são duas temperaturas

De uma forma geral, a resistência elétrica

e Rt2 as respectivas resistências. Portanto,

de um material muda com sua temperatura.

se a resistência Rt1 for conhecida na

Para todos os metais puros, a resistência

temperatura t1, a resistência Rt2 pode ser

aumenta com a temperatura. Se a resistência

calculada para qualquer outra temperatura

de qualquer metal puro for traçada em função

t2, por meio da expressão anterior, desde

da temperatura, observa-se que, na faixa de

que se conheça o valor de T0 para um

0 °C a 100 °C, o gráfico é praticamente uma

determinado material. Para o cobre T0 =

linha reta, como exibido na Figura 1.

234,5 °C e para o alumínio T0 = 236,4 °C.

Se uma linha reta for traçada, esta cortará

Para temperaturas muito altas ou muito

Em que o coeficiente α é dado pela

expressão:

Dessa forma, como os valores para T0

são

conhecidos,

pode-se

calcular

α para o cobre e para o alumínio, cujos valores são 0,003929273 e 0,003900156,

o eixo da temperatura no valor –T0 °C. Isso

baixas, fora da faixa de 0 °C a 100 °C, a

respectivamente.

não significa que a resistência elétrica do

precisão dada pela utilização da expressão

[1] passa a ficar comprometida.

diretamente àquela encontrada na norma,

material seja realmente zero neste ponto,

A

expressão

[2]

não

corresponde


62

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

em que a temperatura θ aparece em função

cortar os termos envolvendo o coeficiente α.

da temperatura ambiente θa, registrada no

Se a resistência térmica se mantivesse

momento do ensaio, somada à elevação

constante, os termos RTH poderiam ser

de temperatura Δθ (θ = θa + Δθ). Assim, a

simplificados. Para se chegar a valores

expressão [2] pode ser reescrita da seguinte

precisos

forma:

necessário

da

relação

estudar

o

RTH1/RTH

faz-se

comportamento

térmico do barramento.

O coeficiente α

adotado na norma

assume o valor 0,004:

O estudo teórico envolveria a melhor

elaboração

do

modelo

e

consumiria

muito tempo para análise e validação dos parâmetros, pois, não dispensa a

Esse valor genérico pode ser utilizado

para os dois materiais (cobre e alumínio), segundo a aplicação da norma.

A potência dissipada pelo barramento

pode ser calculada em função do quadrado do valor da corrente multiplicado pelo valor da resistência correspondente.

confirmação empírica.

O estudo empírico da dissipação

dos barramentos demandaria um tempo considerável de laboratório para os testes das diversas configurações que podem ser encontradas no mercado. Dessa forma, para uma primeira aproximação mais bem dirigida, buscou-se na literatura estudos que fossem aplicáveis, a fim de adiantar o

Os resultados são válidos para o

processo.

valor da resistência correspondente à

corrente aplicada, na temperatura de

(http://www.cda.org.uk/megab2/ elecapps/

estabilização, determinando uma elevação

pub22/sec3. htm) traz a seguinte expressão

da temperatura Δθ.

simplificada:

Um

texto

encontrado

na

Internet

O calor gerado pela energia elétrica no

processo é dissipado na forma de um fluxo energético. Para efeitos práticos pode-se

empregar a seguinte expressão:

confirmação da sua validade, pois foi obtido

Esse modelo simples e útil carece da

da literatura assim como está, ao contrário das expressões [1] a [8], deduzidas de um Em que Δθ é a elevação de temperatura

modelo mais básico. Tem-se, portanto,

e RTH é a resistência térmica do objeto que

de um lado, um modelo melhor definido

mantém a diferença de temperaturas entre

teoricamente, mas que carece da definição

o ponto mais quente e o ambiente, ou seja,

dos parâmetros de dissipação e, de outro,

dificulta o fluxo de calor do ponto mais

um modelo, possivelmente empírico, no

quente para o mais frio.

qual a influência desses parâmetros já foi

equacionada, tendo como produto final

Analisando-se a relação entre duas

situações, na qual, em uma situação

uma expressão simples, mas que carece de

específica, um barramento blindado é

determinação precisa de sua origem.

submetido a uma corrente I1 e as respectivas

resistências elétrica e térmica, R1 e RTH1,

É necessário determinar empiricamente

qual a melhor expressão matemática para

determinam uma elevação de temperatura

explicar o comportamento térmico do objeto

Δθ1 e a situação genérica, chega-se ao

testado. Para isso, seria necessário executar

seguinte equacionamento:

ensaios em diversos níveis de corrente a fim de se obter a melhor aproximação.

Do ponto de vista prático, isso seria

complicado, visto que o ensaio prescrito

Caso a temperatura se eleve dentro de

pelas normas somente é executado na

certos limites e a variação da resistência

condição nominal.

elétrica seja pequena de modo a poder

Embora cada fabricante possa realizar


63

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

testes em outros níveis de corrente a

de estabilização em função do nível de

no qual o barramento blindado encontra-se

fim de obter o modelo matemático para

corrente aplicada.

instalado.

seu produto, isso consumiria um tempo

considerável em laboratório e os resultados

em mais de um modelo de barramento com

seriam restritos devido ao segredo industrial.

o propósito de se ampliar o universo de

resistência, dada em mΩ/m, pode ser

É fundamental o acesso a um laboratório de

aplicação.

aplicada a seguinte equação:

Além disso, é importante a verificação

ensaio capaz de realizar essas medições.

e práticos para a variação da temperatura,

Independentemente

da

aproximação

Para se calcular a queda de tensão,

em mV, relacionada ao valor da nova

Uma vez verificados os valores teóricos

adotada, pode-se inferir, a partir da ideia de

podem-se

variação da resistência térmica, que há uma

correção do valor da resistência elétrica do

utilizar

os

resultados

na

dinâmica na dissipação de potência, ou seja,

barramento blindado, quando submetido

determinado pela soma das características

ela não permanece constante, levando-se à

a carregamentos parciais. Para isso, é

da carga do sistema e do barramento

necessidade de estudar melhor esse processo

necessário aplicar a correção do valor da

blindado. Nos ensaios de laboratório,

Em que cosϕ é o fator de potência

para se obter melhores resultados em função

elevação de temperatura (Δθ) na equação [5]

em que não há uma carga específica, o

da configuração do objeto testado.

para a nova corrente de referência:

fator de potência é determinado somente

pelas

Para se alcançar os objetivos em tempo

características

do

barramento

blindado. Nestes casos, como o valor

hábil, pode-se partir da consideração de que a expressão [9] é uma boa aproximação

da reatância indutiva X é constante e

para os propósitos iniciais. Objetivamente, a

o valor da resistência varia em função

validade dessa premissa precisa ser provada

Em que a elevação de temperatura Δθ e

do carregamento, o fator de potência é

empiricamente. A maneira mais simples

a corrente I são valores nominais, extraídos

diferente para cada situação analisada e

de se verificar a validade da expressão no

do relatório de ensaio; I1 é a corrente para

o mesmo deve ser corrigido para efeito

laboratório é realizar um grupo de ensaios

a qual se deseja calcular o novo valor de

de comparação com os valores obtidos

para acompanhar a variação da temperatura

resistência R1; e θa a temperatura ambiente

na prática. Isso pode ser feito através da


64

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

utilização da equação 12, em que o valor

O presente estudo pode vir a sugerir

da resistência deve ser atualizado:

melhorias para a realização dos ensaios de elevação de temperatura em laboratório, complementando o procedimento descrito nas normas ABNT NBR IEC 60439-2 e IEC 61439-6.

Objetivos Objetos ensaiados

A aplicação final deste estudo visa

determinar o comportamento térmico dos

barramentos a fim de utilizar esse parâmetro

ramentos blindados:

Foram ensaiados os seguintes bar­

no cálculo do valor da resistência elétrica desses elementos e a queda de tensão

1 - Barra colada, In 2500A, IP55, 1 condutor

associada. Além disso, o modelo proposto

por fase;

tem por premissa ser o mais abrangente

2 - Barra distanciada, In 2000A, IP31, 2

possível, com elevado grau de precisão,

condutores por fase;

evitando expor informações críticas e sigilosas

3 - Barra distanciada, In 1000A, IP31, 1

de projetos dos fabricantes.

condutor por fase;

A

metodologia

a

ser

abordada

é

4 - Barra distanciada, In 630A, IP54, 1

fundamental para a padronização de um

condutor por fase;

equacionamento matemático que seja válido

5 - Barra distanciada, In 700A, IP31, 1

e equitativo para os fabricantes, permitindo

condutor por fase;

obter

6 - Barra distanciada, In 500A, IP54, 1

resultados

confiáveis,

reduzindo

custos associados à aplicação em projetos

condutor por fase.

de instalação e a aprovação destes junto às concessionárias.

Metodologia

Para tanto, é necessário realizar medições

da resistência, reatância indutiva e impedância

Os sistemas de barramento blindado

de barramentos blindados das versões barra

utilizados nos ensaios foram formados por,

colada e barra distanciada, no equilíbrio

pelo menos, dois elementos retos e dois

térmico, quando submetidos a ensaios de

elementos de junção e submetidos ao ensaio

elevação de temperatura, para diversos

de elevação de temperatura nas condições

valores de carregamento, variando de frações

determinadas pela IEC 61439-1/6 para valores

de corrente até a nominal.

diferentes de corrente.

A cada etapa deve ser medido o valor

Foram realizadas as seguintes medições:

da resistência RDC a frio e na temperatura de estabilização. Os valores encontrados,

- Temperatura do condutor em diferentes

tanto da resistência quanto da temperatura

pontos;

de estabilização para as respectivas correntes

- Temperatura do invólucro em diferentes

aplicadas, devem ser confrontados com o

pontos;

estudo teórico e verificada a viabilidade de se

- Temperatura das junções;

aplicar a correção do valor da resistência em

- Temperatura ambiente em dois pontos

função do carregamento.

distintos;

- Corrente no equilíbrio térmico;

Por fim, usar esta correção e, aliado ao

fator da temperatura ambiente, aplicar os

- Parâmetros para determinação das

resultados no equacionamento para o cálculo

características do condutor;

de queda de tensão [11] em que estas variáveis

- Queda de tensão englobando dois

são levadas em consideração, utilizando-se os

elementos retos e duas junções;

valores nominais extraídos dos relatórios de

- Medição da resistência elétrica (corrente

ensaio. Comparar os valores calculados com

contínua) RDC na temperatura ambiente

os valores da queda de tensão medidos na

inicial e na temperatura estabilizada do

prática.

barramento, ao final da etapa.



66

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

As imagens a seguir ilustram as montagens dos ensaios realizados no laboratório:

Figura 2 – Vista geral da montagem do modelo barra colada.

Figura 3 – Vista geral da montagem do modelo barra distanciada.

Foram colocados sensores de temperatura (termopares) em pontos específicos, conforme

ilustram as Figuras 4 e 5:

Figura 4 – Detalhe dos pontos de medição de temperatura no teste do modelo barra colada.

Figura 5 – Detalhe dos pontos de medição de temperatura no teste do modelo barra distanciada.

Agradecimentos a Marcus Eduardo Piffer Amaral, do IEE/USP; a Francisco H. Kameyama, do IEE/ USP; e a Márcio Almeida da Silva, da AES Eletropaulo. *Luis Eduardo Caires é engenheiro, com mestrado em engenharia elétrica e supervisor do Serviço Técnico de Altas Potências do IEE/USP; Hélio Eiji Sueta é doutor em Engenharia Elétrica e chefe da Divisão Científica de Planejamento, Análise e Desenvolvimento Energético do IEE/USP; Hédio Tatizawa é doutor em Engenharia Elétrica e professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP; Silvio J. van Dijk é engenheiro eletricista, gerente industrial e de projetos da Holec Barras. Colaborador: Roberto Barrotte, da Barrotte Ortega e Cia Ltda (BOR). Continua na Próxima edição


Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES

Ano 1 - Edição 4 / Agosto de 2016

Os primeiros 10 GW

Em entrevista exclusiva, presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, fala sobre as conquistas da energia eólica no país e os desafios para que a fonte dobre a sua capacidade instalada até 2020

Proteção

Como proteger um sistema de geração fotovoltaico contra descargas atmosféricas *Notícias selecionadas sobre o mundo das energias renováveis complementares eólica e solar* APOIO


Eólica

68

Artigo

Parques eólicos registram maior grau de eficiência no Rio Grande do Norte

Os parques eólicos Eurus II e Renascença alcançaram, em junho deste ano, 61% do fator de capacidade, o maior do Estado Atlantic atingiu 61%, o mais

contratos e licenciamentos

são mais intensos, resultando

foi destaque para dois projetos

alto do Estado. Nos últimos 12

de projetos da empresa. Ele

em maior produção de energia

eólicos da Atlantic Energias

meses um fator de capacidade

explica que outra condição que

elétrica dos parques eólicos.

Renováveis que operam no Rio

de 55,2% foi registrado, 9,7%

afeta diretamente o fator de

Em períodos mais úmidos, a

Grande do Norte: Eurus II, no

acima do previsto.

capacidade de um projeto é o

produção é menor, pois não há

município de João Câmara, e

regime dos ventos, que muda de

muita incidência de ventos.

Renascença V, em Parazinho.

a relação da energia elétrica

acordo com as estações do ano.

De acordo com dados do

produzida com a energia elétrica

“Chamamos de sazonalidade a

entraram em operação em

Boletim Mensal de Geração

nominal, ou seja, um índice que

forma que a produção do projeto

janeiro de 2015 e somam

Eólica (junho/2016), organizados

indica o grau de eficiência do

varia ao longo do ano”, diz.

60 megawatts de potência

pelo Operador Nacional do

parque eólico”, ressalta Eduardo

instalada, suficiente para

Sistema Elétrico (ONS), o fator

Dias, Coordenador Regulatório

segundo semestre é um período

abastecer cerca de 20 mil

de capacidade do conjunto da

da Atlantic, responsável por

mais seco e, por isso, os ventos

residências.

O mês de junho de 2016

“O fator de capacidade é

No Rio Grande do Norte, o

Eurus II e Renascença V

Usinas eólicas e seus impactos

Energia produzida a partir da força dos ventos é limpa e renovável; mas, para também ser sustentável, os aerogeradores não podem se sobrepor a áreas de alta relevância ecológica, especialmente unidades de conservação e rotas de aves migratórias ambiental é tão grande quanto

de Conservação (UC) Federal.

da força dos ventos ganha força

pesquisadora da Universidade de

a potência dos ventos que

no Brasil e no mundo, sendo uma

Passo Fundo (UPF), do Projeto

sopram na área, fazendo com

de Vida Silvestre dos Campos de

importante alternativa para reduzir

Charão e membro da RECN, a

que ambientalistas e empresas

Palmas, localizado nos municípios

o uso das fontes energéticas

energia eólica representa um avanço

de energias alternativas dividam

de Palmas e General Carneiro.

tradicionais baseadas na queima dos

em temos de sustentabilidade,

opiniões. Em Santa Catarina, o

Criado em 2006 para a proteção

combustíveis fósseis – que emitem

mas, para que seja ambientalmente

mesmo aconteceu nas cidades

integral da fauna e da flora local,

gases de efeito estufa na atmosfera

correta, deve ser bem planejada.

de Urupema e Urubici, onde há

abriga mais de 200 espécies de

e contribuem para a intensificação

“É evidente que necessitamos de

grande incidência do papagaio-

aves, o que é considerado uma

da mudança global do clima. No

opções energéticas com fontes

charão (Amazona pretrei) e do

alta diversidade. “A instalação de

entanto, o fato de ser uma fonte

renováveis, mas é imprescindível

papagaio-do-peito-roxo (Amazona

usinas eólicas na região seria um

de energia limpa e renovável não

posicionar as usinas eólicas em locais

vinacea), espécies ameaçadas de

impacto direto para essa espécie,

significa que o impacto ambiental da

onde seu impacto seja mínimo”,

extinção e cujas rotas migratórias

que requer muita atenção e

eólica seja nulo.

defende. Ela complementa:

coincidem com locais propostos

cuidados”, argumenta a bióloga

“Do contrário, haverá danos

inicialmente para a instalação de

Nêmora. “A escolha do local de

executivo do Observatório do

injustificáveis; e o prejuízo é ainda

parques eólicos.

implantação de usinas eólicas

Clima e membro da Rede de

maior quando os parques eólicos

O Estado do Paraná, por

pode e deve ser bem planejada,

Especialistas em Conservação

estão perto de locais de pouso ou

exemplo, abriga um parque eólico

de forma aproveitar ao máximo

da Natureza (RECN), Carlos

repouso de aves migratórias que

composto por cinco geradores

o potencial dos ventos, mas sem

Rittl, energia limpa não é

voam em grupos compactos”.

de 25 metros cada um. Agora,

prejudicar áreas reconhecidamente

necessariamente sinônimo de

um consórcio privado planeja

importantes para a conservação da

energia sustentável. “Qualquer

corrobora questionamentos sobre

aumentar o potencial energético

natureza”, afirma.

empreendimento que gere

propostas de implantação de

paranaense com a instalação de

impactos deve ser avaliado de

parques eólicos em áreas que se

três novos parques eólicos na

Palmas aguarda a determinação

forma adequada e eficiente. Só

sobrepõem a regiões brasileiras

região de Palmas, na divisa com

das competências pelo

pode ser considerado sustentável

de alta relevância ecológica. Por

Santa Catarina. O problema é que

licenciamento ambiental, que deve

se houver mitigação de impactos

exemplo, na região conhecida

o local planejado para uma dessas

ser realizado pelo Ibama, após

associada à compensação do que

como Boqueirão da Onça, no

construções – o parque eólico

ouvido o Instituto Chico Mendes

não se pode evitar”, analisa.

sertão nordestino, a diversidade

Água Santa – fica em uma Unidade

de Biodiversidade (ICMBio).

A energia produzida a partir

Na opinião do secretário

Para Nêmora Prestes,

O alerta de Carlos e Nêmora

A UC em questão é o Refúgio

O empreendimento em


Artigo

Eólica

Grupo Nordex instala 66 MW em parque eólico no Brasil Serão 22 turbinas fornecidas para o parque Ventos da Bahia a partir do terceiro trimestre deste ano

O Grupo Nordex deverá

instalar, ainda neste ano, 22 turbinas eólicas no parque Ventos da Bahia, desenvolvido pela Sowitec. A negociação foi feita ainda pela Acciona Windpower, antes da fusão com a Nordex. O projeto foi registrado como uma proposta firme em junho de 2016 e considerado no relatório do primeiro semestre do ano.

Localizado na Bahia, o parque

receberá dez turbinas modelo AW125/3000, com torres de 120 metros em concreto e doze torres

total, o parque terá capacidade

produção no Brasil: duas fábricas

a "Ventos da Bahia I", serão

com 100 metros também em

instalada de 66 MW.

de torres em concreto e uma de

construídos outros nove parques

concreto. A produção das torres e

fabricação de naceles. A sede

eólicos no Brasil com uma

a entrega das turbinas começará

Windpower, o Grupo Nordex

da empresa está localizada em

capacidade total de 1,185 MW

no final do terceiro trimestre. No

opera três unidades de

São Paulo. Depois de finalizada

de energia renovável.

Após fusão com a Acciona

69


70

Eólica

Entrevista

Por Flávia Lima

A energia eólica é hoje a fonte de maior

competitividade no país, tendo em vista o seu preço atrativo e a ausência de investimentos em grandes projetos hidrelétricos atualmente. Nos últimos anos, cerca de 50% dos contratos oriundos dos leilões de energia foram provenientes da fonte eólica e a expectativa é de que os certames continuem favorecendo a energia dos ventos somados ao aumento da demanda em consequência da retomada do crescimento econômico.

O Brasil já é um dos maiores produtores

de energia eólica do mundo. De acordo com o relatório anual divulgado pelo Global World Energy Council (GWEC), a capacidade instalada brasileira de energia eólica tem apresentado crescimentos que se destacam na América Latina e também no ranking mundial da instituição. O 2015 Global Wind Market Report, divulgado em abril deste ano, mostrou que, em 2015, foram adicionados 2,75 GW de energia eólica à produção do país, com novas 1.373 turbinas distribuídas em 111 parques eólicos, superando a marca dos 2,5 GW instalados em 2014.

No aspecto mundial, o documento afirma

que 2015 foi “um ano sem precedente para a indústria eólica, já que as instalações do ano passaram a marca de 60 GW pela primeira vez na história”. O último recorde havia sido em 2014, quando 51 GW foram instalados no

Os primeiros 10 GW

mundo todo.

A fonte eólica, que engatinhava em meados dos anos 2000, com uma capacidade instalada modesta de 27 MW, alcançou números surpreendentes na década seguinte. Práticas de fomento à fonte, especialmente a organização dos leilões de energia, além do desenvolvimento da tecnologia no país, permitiram o crescimento da sua participação na matriz elétrica nacional, que chega a 7,5% no final do mês de agosto de 2016 com a marca histórica de 10 GW de capacidade instalada.

quebrado por produzir 10% da demanda

O Brasil tem alguns dos melhores ventos

do mundo, três vezes superior à necessidade de eletricidade do país. No ano de 2015, o recorde de geração eólica do Brasil foi nacional de energia no dia 2 de novembro, evidenciando ótima performance operacional. Outra marca importante alcançada foi o registro de mais um recorde diário, quando o Sistema Interligado Nacional (SIN) computou a produção de 4.877 MWmédios no último dia 30 de junho. Nesse mesmo dia, a energia eólica na região Nordeste do Brasil registrava o maior valor do ano, com 4.606 MWmédios, sendo 353 MWmédios acima do recorde anterior, verificado um dia antes.


Entrevista

Eólica

71

Para se ter uma ideia, em 2015, foram investidos US$ 286 bilhões em energias renováveis no

mundo. As fontes que mais cresceram foram eólica – com acréscimo de 63 GW de energia eólica à capacidade de geração total – e solar – com incremento de 47 GW.

No Brasil, apenas a energia eólica, no ano passado, abasteceu uma população equivalente

a toda a região Sul do país, recebeu investimentos da ordem de R$ 20 bilhões e gerou 41 mil empregos.

Estas e outras informações foram ratificadas pela presidente executiva da Associação

Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, que, em entrevista exclusiva ao suplemento RENOVÁVEIS – Energias complementares, afirmou que a capacidade instalada eólica no país alcance 20 GW até o ano de 2020. Na ocasião da entrevista, a energia eólica batia os 9,9 GW com a segurança de chegar aos 10 GW até o final do mês de agosto de 2016, distribuídos em cerca de 400 parques eólicos pelo país.

Gostaria de começar a entrevista com uma

Assim como está acontecendo com a

boa notícia: já alcançamos os 10 GW de

fonte solar, a eólica, também no seu

capacidade instalada?

início, enfrentou problemas de preço,

especialmente, por conta dos equipamentos

Estamos, atualmente, perto de 9,9 GW de

capacidade instaladaem 399 parques eólicos,

importados. Qual o cenário atual? Já

mas devemos alcançar este número de 10 GW

contamos com uma indústria nacional

próximo ao final do mês, por volta do dia 29 ou

significativa de peças e componentes para

30 de agosto.

este mercado?

Na realidade, o contexto da energia eólica

Qual a estimativa mais realista da Abeeólica

é muito diferente do cenário vivido pela solar.

para os próximos anos?

O primeiro leilão de eólica ocorreu em 2009,

então, desde essa data, os fabricantes já se

De toda a energia que já foi contratada

por meio dos leilões até 2015, chegaremos a

preocuparam em produzir nacionalmente os

2019 com 18,5 GW de capacidade instalada.

equipamentos para atender à necessidade

Isto é real e está em contrato. Em se tratando

das usinas eólicas. Além disso, o índice de

de estimativa, devemos alcançar 20 GW em

nacionalização requerido para financiamento

2020. Temos um leilão ainda neste ano e outro

era de 60% e o dólar estava baixo, logo,

em 2019 e os resultados desses certames

se precisássemos, era possível comprar

podem muito bem superar esta estimativa.

equipamentos importados com mais tranquilidade. Hoje, a situação é outra. O BNDES

Existe crise para o setor eólico brasileiro?

exige 80% de nacionalidade dos equipamentos

e com o câmbio alto, a indústria nacional é mais

Ainda não existe crise para o setor eólico

porque este setor está vivendo as decisões

competitiva com relação à importação.

tomadas há três, quatro anos, e que estão sendo concretizadas agora. Neste ano de 2016,

Como fonte complementar, você acredita

já sentimos um pouco mais de dificuldades pelo

que a fonte eólica (com ajuda da solar)

resultado das decisões de 2015. Agora, o país já

pode substituir plenamente as térmicas em

está em processo de retomada, de recuperação

períodos de estiagem?

econômica, logo, poderemos passar pela crise

sem senti-la efetivamente.

continuar por um longo tempo e o conceito de

O conceito de complementaridade vai


Eólica

72

Entrevista

tão rápido. Ao longo do caminho, fomos

colocar os leilões em dia para atender aos

descobrindo questões importantes que nos

parques eólicos, isso porque, atualmente, é

proporcionaram esse crescimento tão acelerado

o projeto que, às vezes ainda fica no papel

e nos dão expectativa de mais crescimento

aguardando e não mais a construção em si.

ainda. Estamos falando em cinco, seis anos de rápida evolução para representarmos hoje

Tendo em vista o cenário econômico atual,

7,5% da matriz nacional com os 10 GW de

como você avalia o comportamento dos

capacidade instalada e a estimativa é de que

investidores nesse setor? As condições de

sejamos a segunda principal fonte do país a

financiamento são a principal dificuldade

partir de 2020 com os 20 GW.

ou o setor se esbarra também na falta de

confiança dos investidores?

Com o custo de produção muito

competitivo, a fonte eólica passou a ter o

maior potencial do Brasil. Enquanto a fonte

uma correção da expectativa desfavorável

hidrelétrica possui 260 GW, a eólica tem 500

que apresentávamos no começo do ano.

GW de potencial. Atualmente, o país tem 160

Se o país não cresce, logo, a demanda por

GW instalados, ou seja, temos, em potencial

energia também não cresce. Por este motivo,

eólico, três vezes, em média, a necessidade do

inclusive, é que a contratação deste ano será

Brasil.

menor do que a do ano passado, por conta do

alternativo nunca deveria ter sido usado, no

No caso da mini e microgeração, a fonte

cenário econômico. Com a portaria do leilão,

sentido de colocar uma coisa em detrimento de

solar destaca-se pela sua facilidade de ser

os investidores já mudaram de opinião e se

outra. As fontes renováveis têm um potencial

instalada sobre telhados, por exemplo. Com

mostram mais otimistas. Estamos trabalhando

muito grande de crescimento justamente

a eólica, é mais difícil ser autoprodutor.

para vender 2 GW neste ano no leilão. Além

porque os recursos hídricos estão se esgotando

Você acha que a eólica pode também crescer

disso, estive com o BNDES recentemente

e elas são altamente competitivas em relação

nesse ambiente?

e as políticas continuam as mesmas. O

às outras fontes. Mas elas não vão substituir,

banco continuará apoiando as empresas de

mas sim trabalhar em complementaridade.

grande especialmente para solar. O grande

energia porque entende que as renováveis são

potencial da energia eólica está em projetos

prioridades para o país.

A microgeração tem um potencial muito

Agora, com o leilão agendado, está havendo

Quais conquistas tributárias importantes

de grande porte, com grande escala. A solar

já foram alcançadas pelo setor? E qual

é mais competitiva na mini e microgeração.

Por fim, o setor eólico é um grande gerador

o trabalho da Abeeolica no sentido de

O vento ideal não é encontrado em qualquer

de empregos. Quais são os números

impulsionar a fonte?

lugar, diferente do sol, que pode ser encontrado

de empregos criados? E como anda a

em todo lugar. Mas isso não impede que, em

qualificação da mão de obra neste setor?

isenção de ICMS, PIS e Cofins para alguns casos,

algumas situações, você consiga fazer eólica de

não necessariamente para a eólica. O que ocorre

pequeno porte.

gera muito emprego. Considerando que a cada

O Brasil tem políticas industriais, como

A fonte eólica possui uma indústria que

1 GW são gerados 15 mil postos de trabalho

é que o setor tem buscado essas isenções, que já existem, também para a indústria eólica.

A transmissão chegou a ser um dos grandes

e nossa estimativa é instalar 2,5 GW por ano,

O conceito de regulação para a eólica é muito

obstáculos para o setor eólico. Como está

esses números correspondem a 40 mil novos

novo. A nossa competitividade não é resultado

essa situação hoje? Ainda existem parques

empregos a cada ano, desde a fabricação

de uma política específica porque ela, por si só,

eólicos sem conexão?

de equipamentos à instalação, operação e

é competitiva, sustentável e abundante. Não faz

manutenção. A capacitação é diferente em

sentido buscar subsídios o tempo todo.

ser desafio. A transmissão é bem mais lenta do

cada momento da cadeia. Tivemos alguma

que a construção dos parques e, por isso, desde

dificuldade com mão de obra no início, mas

A energia eólica cresceu muito rapidamente.

2013, os regulamentos foram refeitos de modo

à medida que foi se criando uma demanda, o

Você imaginava que esse avanço seria tão

que a transmissão fosse leiloada primeiro.

mercado foi se qualificando. Para isso, também

rápido?

Desses 10 GW, temos apenas 300 MW

foram estabelecidos convênios com entidades,

resultantes ainda desse modelo anterior. Hoje,

como o Senai, CTGAS-ER (no Rio Grande do

a transmissão é um desafio porque precisamos

Norte) e outras.

Tínhamos certeza do crescimento, mas

não imaginávamos que isso fosse acontecer

A transmissão já foi gargalo, agora passou a



Solar

74

notícias

Startup curitibana oferece energia solar por assinatura O serviço já está disponível na capital paranaense, com planos a partir de R$ 19,90, e em breve estará disponível em outras regiões do país

da fatura.

energia solar doméstica no

captar recursos e atender todo

Nacional de Energia Elétrica

Uma das alternativas

Brasil, que gera, em média,

o Brasil. Para Reinaldo Cardoso,

(Aneel) garante a possibilidade

mais viáveis é a geração

uma economia de R$ 40,00

um dos fundadores da startup,

de micro e minigeração

de energia por meio de

por mês na conta de luz. Ao

a tecnologia tem um grande

doméstica de energia por meio

painéis solares fotovoltaicos

invés de vender e instalar os

potencial de expansão. “De

da resolução normativa nº 482.

instalados nos telhados das

equipamentos, eles optaram

acordo com a Aneel, até 2024

Ou seja, ela permite que o

residências. Embora o retorno

pela comercialização do

teremos mais 1,2 milhões de

consumidor instale pequenos

seja garantido, os custos

serviço e adotaram um

sistemas fotovoltaicos instalados

geradores, tais como painéis

para compra e instalação dos

sistema similar aos planos de

em telhados por todo o Brasil.

solares ou microturbinas

mecanismos ainda são altos.

TV por assinatura, no qual o

Temos certeza de que os

eólicas, em suas residências ou

Este impasse foi o estímulo

equipamento fica na casa do

brasileiros irão abraçar essa

comércio. Considerando que

encontrado pela startup

cliente em comodato, com

causa assim que conhecerem o

no atual sistema de energia

curitibana Renova Green para

planos comerciais e residenciais

nosso sistema”, detalha.

elétrica os consumidores são

criar o seu recém-lançado

a partir de R$ 19,90 (taxa de

totalmente dependentes

modelo de negócio.

instalação: R$ 199,00).

do projeto, em um país que,

apesar de possuir um dos

Desde 2012, a Agência

Inspirados pelo case

Apoiados pela aceleradora

Segundo o idealizador

das distribuidoras locais,

que são as responsáveis por

de sucesso da empresa

ISAE Business, programa

maiores potenciais de energia

todo o processo de compra e

norte americana Solar City,

do Instituto Superior de

solar do planeta, gera quase

instalação, a oportunidade de

maior instaladora de painéis

Administração e Economia

toda sua eletricidade por

gerar sua própria eletricidade

fotovoltaicos dos Estados

(ISAE), de Curitiba, a empresa

meio das usinas hidrelétricas,

pode significar uma

Unidos, a startup decidiu

pretende se firmar no mercado

a iniciativa representa uma

considerável redução no valor

operacionalizar a geração de

local para posteriormente

transformação no setor.


Solar

notícias

Phoenix Contact promove encontro sobre energia solar Consultor internacional da companhia falou a um grupo seleto de profissionais e colaboradores da empresa sobre conceitos e novas soluções para aplicação no mercado solar fotovoltaico A Phoenix Contact reuniu clientes e fornecedores, no último dia 28 de junho, para apresentar suas soluções de monitoramento e proteção para o mercado solar fotovoltaico, setor em franca expansão no Brasil e no mundo. Para isso, a empresa trouxe para o país o consultor da empresa na Alemanha, Torsten Sieker, que falou sobre o mercado de modo geral e apresentou a linha de produtos da Phoenix Contact para os presentes. De uma forma bem clara, o especialista apresentou a cadeia completa deste setor e mostrou caminhos para atuação neste mercado. A empresa pode auxiliar as empresas de engenharia em projetos, na especificação e definição de uma plataforma de

monitoramento e aquisição de dados. Já os instaladores puderam observar a praticidade de trabalhar com esses novos produtos e a eficiência que pode ser gerada nas instalações em campo. O consultor Torsten Sieker aproveitou a visita ainda para treinar toda a equipe de engenharia da Phoenix Contact do Brasil. Entre os produtos da empresa para o mercado solar, destacam-se as string boxes, caixas de poliéster que contam com o conceito de montar e ligar, ou seja, o cliente fará, unicamente, a conexão de dois cabos de força, um cabo terra e um cabo de rede, na parte interna. Todas as demais conexões já estão prontas pelo lado externo da caixa, o que resulta em redução de tempo de montagem

Consultor da Phoenix Contact Alemanha apresentou as novidades da empresa para a indústria solar.

no campo e em qualidade das conexões internas do painel. A Phoenix Contact entende que a energia solar fotovoltaica é uma realidade e terá sua base muito ampliada, seja por políticas governamentais, seja por pressão

do aumento da demanda. Com a implantação de fabricantes locais de insumos para este mercado, ela se torna, a cada dia, mais competitiva e é, com certeza, uma tendência positiva para o futuro.

75


Solar

76

Artigo

Por Wagner Barbosa*

Proteção contra descargas atmosféricas em sistema de geração fotovoltaico Sistema de pequeno porte

A Figura 1 mostra o arranjo básico de um sistema de geração solar

queima e danos, protegendo, assim, o investimento realizado no sistema

fotovoltaico de pequeno porte interligado na rede de distribuição de

fotovoltaico.

energia elétrica.

Como solução, faz-se necessária a utilização de protetores contra

surtos elétricos (DPS) apropriados para mitigação desses riscos de

A seleção e a instalação de DPS em sistemas fotovoltaicos

dependerão de vários fatores, conforme a seguir: • Densidade de descargas para a terra – NG (raios/km2/ano) do local; • Características do sistema de energia de baixa tensão (por exemplo, linhas aéreas ou subterrâneas) e do equipamento a ser protegido; • Suportabilidade dos equipamentos frente a sobretensões; • Se o painel fotovoltaico precisa ser protegido contra descargas diretas.

Do ponto de vista da suportabilidade dos equipamentos instalados

nas linhas de corrente contínua, os DPSs devem possuir nível de proteção inferior à suportabilidade dos equipamentos.

A Tabela 1 mostra os valores de suportabilidade a tensões

impulsivas para equipamentos que compõem o sistema de geração Figura 1 – Esquema de geração fotovoltaica grid tie.

Os sistemas fotovoltaicos estão diretamente expostos a surtos

provocados por descargas atmosféricas ou por chaveamento nas linhas de energia. Estes surtos podem reduzir a vida útil, ou até mesmo danificar os módulos fotovoltaicos e os inversores, situações que certamente terão impacto nos custos de manutenção e consequente aumento do tempo de amortização.

Várias ocorrências podem causar sobretensões em um sistema

fotovoltaico, conforme: • Descarga direta no SPDA externo da instalação; • Descargas próximas à instalação; • Descargas diretas ou próximas à rede de distribuição de energia da concessionária de energia; • Sobretensões oriundas da rede de distribuição de energia em função de faltas, chaveamentos (operações de comutação).

fotovoltaica, em que Uoc max representa a máxima tensão do sistema fotovoltaico em corrente contínua e Uw representa a suportabilidade dos equipamentos a sobretensões impulsivas. Tabela 1 – Suportabilidade a tensões impulsivas de equipamentos que compõem o sistema de geração fotovoltaica


Artigo

Solar

Proteção contra descargas atmosféricas indiretas

A localização e o tipo dos DPS, no caso de indução provocada por

descargas atmosféricas próximas, devem ser conforme mostra a Figura 2

Figura 2 – Diagrama esquemático da localização dos DPS.

O DPS 2, mostrado na Figura 2, não será necessário se a distância

entre o quadro de destruição de circuitos e o inversor for menor do que 10 m. O DPS 4 não será necessário se a distância entre o inversor

Figura 4 – Localização do DPS no caso de descarga direta e painéis isolados do para-raios.

e o painel fotovoltaico for menor do que 10 m (Figura 3) e o nível de proteção Up do DPS1 menor ou igual a 0,8Uw, se a tensão impulsiva suportável pelo painel ou se o nível de proteção do DPS 1 for menor ou igual a 0,5Uw, conforme mostra a Tabela 1. As distâncias L1 e L2 devem ter comprimento total menor que 0,5 m.

Figura 5 – Diagrama esquemático localização dos DPSs.

Figura 3 – Esquema de conexão de DPS.

Instalação de painéis fotovoltaicos em estrutura com SPDA externo conectado aos painéis fotovoltaicos

Proteção contra descargas diretas

quanto os de corrente contínua, estarão em paralelo com os condutores de

Duas situações serão analisadas, arranjos onde o SPDA é isolado do sistema

fotovoltaica e arranjos onde o SPDA é interligado no sistema fotovoltaico.

Nesta situação, os condutores de alimentação, tanto em corrente alternada

aterramento, portanto, sujeitos a receber uma parcela da corrente de descarga.

Instalação de painéis fotovoltaicos em edificação com SPDA externo isolado do sistema fotovoltaico.

Mesmo com a separação entre o sistema de captação e o sistema de

geração fotovoltaica, uma parcela da corrente do raio será distribuída via linhas de alimentação elétrica. Neste caso, deve-se utilizar DPS classe I, ou seja, com capacidade para drenar uma parcela da corrente do raio, conforme mostra a Figura 5, DPS 3.

O DPS 2 não será necessário se o inversor estiver localizado junto ao

quadro de distribuição de circuitos, conectado à mesma barra de terra do quadro, com comprimento de cabo menor que 0,5 m. O DPS 4 não será necessário se a distância entre o inversor e o painel fotovoltaico for menor do que 10 m e o nível de proteção Up do DPS1 menor ou igual a 0,8Uw, tensão impulsiva suportável pelo painel ou se o nível de proteção Up do DPS 1 for menor ou igual a 0,5Uw, conforme Tabela 1.

Figura 6 – Localização do DPS.

77


Solar

78

A parcela da corrente que será drenada via DPS dependerá:

Artigo Tabela 2 - Valores estimados de In e Iimp para DPS tipo limitador de tensão para instalação na linha de corrente contínua

- Do nível de proteção do sistema de proteção de descargas atmosféricas, conforme estabelecido na ABNT NBR 5419; - Da resistência de aterramento; - Do número de condutores de descida do para raios; - Da distância entre os painéis e o inversor e barra de aterramento local; - Da impedância do DPS (curto-circuitante ou limitador de tensão).

A Figura 7 mostra um exemplo de distribuição de corrente em

instalação com duas descidas.

Como os condutores estarão em paralelo com os condutores de

aterramento, os DPS devem ser classe I, conforme mostra a Figura 8.

Figura 8 – Diagrama esquemático localização dos DPSs.

O DPS 2 não será necessário se o inversor estiver localizado

Figura 7 – Diagrama esquemático da instalação do DPS.

junto ao quadro de distribuição de circuitos, conectado à mesma

Em que:

que 0,5 m. O DPS 4 deve ser instalado o mais próximo possível do

Z A1 ...ZA2: Impedância dos condutores de descida;

painel fotovoltaico.

ZPE: Impedância da ligação equipotencial; TAL: Barra de equipotencialização local;

barra de terra do quadro, com comprimento total de cabo menor

Planta de geração fotovoltaica de grande porte

Z 1...Z2: Impedância dos condutores em corrente contínua; I 1..I2: corrente de descarga na linha de corrente contínua drenada

pelos DPS – 1,2;

múltiplos aterramentos e malhas (mesh), reduzindo os valores

I Total: corrente de descarga total drenada pelo pelo DPS 3;

da corrente de descarga a serem drenados pelos DPS em corrente

Uma planta de geração fotovoltaica é caracterizada por

I4...I7: corrente de descarga drenada pelo DPS instalados nas linhas

contínua.

de energia em corrente alternada.

- Do nível de proteção do SPDA;

A Tabela 2 exibe os valores mínimos para corrente nominal - I n e

A corrente parcial de descarga dependerá:

corrente de impulso - I imp para DPS tipo limitador de tensão a serem

- Da resistência de aterramento. Resistência de aterramento

instalados nas linhas de corrente contínua. O número de descidas

elevada resultará em correntes mais elevadas para os DPS

da edificação influenciará na parcela da corrente que será desviada

instalados nas linhas de corrente contínua;

via condutores do sistema de geração fotovoltaica.

- Da dimensão da malha (mesh);

- Da impedância do DPS;

Por exemplo, para uma instalação com SPDA nível III, deve-se

utilizar DPS nos cabos de corrente contínua com corrente de

- Do tipo de inversor utilizado: centralizado ou distribuído. No

impulso I imp mínima de 5kA e corrente nominal de descarga I n de

caso de sistema centralizado, a corrente parcial de descarga será

8,5 kA.

drenada pelo DPS instalado na linha de corrente contínua. No caso


Artigo

Solar

79

de sistema com inversores distribuídos, a corrente parcial será drenada pelos DPS instalados nas linhas de corrente alternada.

A Figura 9 mostra, de forma simplificada, uma planta de

geração com vários painéis interligados.

Figura 9 – Planta de geração fotovoltaica.

A Tabela 3 mostra valores mínimos para corrente nominal - In e

corrente de impulso - Iimp, tanto para DPS tipo limitador de tensão, quanto para tipo comutador de tensão a serem instalados nas linhas de corrente contínua. Tabela 3 - Valores estimados de In e Iimp para DPS tipo limitador

de tensão ou tipo comutador de tensão para instalação na linha de corrente contínua

Tipos de conexões Sistemas isolados

Três tipos de conexão são utilizados em sistemas isolados:

• Conexão tipo estrela; • Conexão tipo delta; • Conexão em modo comum. Os três tipos de conexão serão descritos a seguir.

Para aplicação de DPS em sistema de geração fotovoltaica com


Solar

80

Artigo

tensões em corrente contínua entre 100 VDC e 1000 VDC, a prática recomenda a utilização de combinação de DPSs vligados em série. Na Figura 10 é detalhada uma ligação tipo estrela, em que os DPS 1, DPS 2 e DPS 3 devem ser iguais no que se refere à tensão nominal e à capacidade de corrente nominal de surto. A soma das tensões nominais dos DPS 1 e DPS 2, DPS 1 e DPS 3, DPS 2 e DPS 3 deve ser superior à tensão máxima do sistema – Uoc max entre positivo e negativo. A Figura 11 traz um exemplo de produto adequado para instalação em sistema fotovoltaico de 1000 VDC. Figura 12 – Conexão em delta.

Figura 13 – Conexão em modo comum.

Sistemas aterrados Figura 10 – Conexão tipo estrela.

Em sistema com um dos polos aterrados, deve ser previsto um DPS

entre o polo positivo e negativo, DPS 1 e outro, entre polo aterrado e a barra de aterramento da instalação, DPS 2, conforme detalhado na Figura 14. O DPS 2 poderá ser suprimido se a conexão do DPS 1 for executada na mesma barra de aterramento do polo, ou se a distância (L) for inferior a 1 m. O DPS 1, conectado em modo transversal, deve possuir tensão nominal superior à tensão máxima do sistema – Uoc max entre os polos positivo e negativo. O DPS 2, quando necessário, poderá ter tensão nominal inferior à tensão entre os polos positivo e negativo.

Figura 11 - Exemplo de produto com circuito preparado para conexão tipo estrela - VCL SP 1000 VDC.

A conexão em delta, detalhada na Figura 12, representa a conexão

clássica utilizada para proteção em modo comum, ou seja, entre linha e terra e modo transversal, entre linhas. Os DPS 1, DPS 2 e DPS 3 devem ser iguais no que se refere à tensão nominal e à capacidade de corrente nominal. O DPS 1, conectado em modo transversal, deve possuir tensão nominal superior à tensão máxima do sistema – Uoc max entre o polo positivo e negativo.

Na conexão em modo comum detalhada na Figura 13, deve ser

levada em consideração a suportabilidade dos equipamentos às sobretensões (ver Tabela 1), uma vez que a tensão residual a ser estabelecida entre os polos positivo e negativo, quando da operação dos DPS, será a soma das tensões residuais dos DPS 1 e DPS 2.

Figura 14 – Conexão em sistema aterrado.

*Wagner Barbosa é engenheiro eletricista com MBA em Gestão de Empresas e Negócios. É diretor técnico industrial na Clamper Indústria e Comércio, empresa especialista em dispositivos de proteção contra descargas atmosféricas. É membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (CB3/Cobei) e membro do Conselho Diretor da P&D Brasil, Associação de empresas de base tecnológica nacional.



APOIO



84

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Onde está a crise?

Na contramão de outros mercados do segmento elétrico, as empresas da área de iluminação quebraram expectativas, crescendo mais em 2015 do que previam Ao contrário de outros nichos do setor elétrico, o mercado

como também foram os números referentes ao quadro de funcionários

de iluminação vem atravessando com certa tranquilidade a crise

e ao tamanho anual total do mercado. No estudo realizado em 2015, as

econômica e política que assola o Brasil nos últimos anos. Isto é o

empresas projetaram um crescimento do mercado da ordem de 3%. No

que nos informa a Pesquisa de Produtos e Sistemas de Iluminação

levantamento de 2016, elas acreditam que o mercado de iluminação

realizada recentemente pela revista O Setor Elétrico com mais de

irá elevar-se em 10%; uma diferença de sete pontos percentuais, o

150 fabricantes, distribuidores e projetistas deste segmento. Em

que denota confiança dos distribuidores e fabricantes de que a força

levantamento similar feito no ano passado, as empresas da área

do segmento irá sobrepujar o declínio da economia brasileira. No que

(fabricantes e distribuidoras) afirmaram ter crescido 10% em 2014 na

diz respeito ao quadro de funcionários das empresas, em 2015, as

comparação com o ano anterior. Contudo, temerosas pelo que já se

companhias almejavam aumentar em 4% o número de empregados.

delineava na economia do país foram conservadoras e previram um

Em 2016, a expetativa é de que haja um acréscimo de 8%.

crescimento percentual para suas empresas, em média, de apenas 8%

em 2015. O acréscimo, no entanto, registrado no estudo deste ano,

mercados parecem se destacar, são eles o de iluminação pública e

foi bem superior: 17%. Tal resultado fez os distribuidores e fabricantes

o de Leds. Os dois apresentam uma expressiva camada faturando

se mostrarem mais otimistas, mas nem tanto, afinal, a crise econômica

acima de R$ 1 bilhão ao ano, segundo opinião das pesquisadas. Ao

ainda assusta. Assim, para 2016, estimam elevação média de 15%

todo, 21% do mercado de luminárias públicas fatura este valor. No

para suas empresas.

caso do mercado específico para Led, este número é um pouco menos

A situação político-econômica incerta do Brasil quase não afetou

expressivo, mas ainda considerável: 14%. Para se ter uma ideia, em

mesmo as empresas do ramo de iluminação, isto porque não apenas

outros mercados, como o de luminárias comerciais e para atmosferas

os dados relativos ao crescimento percentual para cada empresa

explosivas, apenas 6% e 3%, respectivamente, faturam mais de R$ 1

foram superiores aos apresentados no levantamento do ano passado,

bilhão, conforme manifestaram as companhias pesquisadas.

Diante deste bom momento do segmento de iluminação, dois


85

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Não obstante o prognóstico otimista dos fabricantes e distribuidores

Principais segmentos de atuação

de produtos e sistemas de iluminação, ainda mais se comparado a outras empresas de outros segmentos que participaram de levantamentos

Público

anteriores feitos por O Setor Elétrico, a avaliação das companhias agora

46%

entrevistadas no que se refere aos fatores que influenciam negativamente o seu mercado de atuação é muito parecida. A maioria dos entrevistados,

56%

24%, acredita que a desaceleração da economia é o principal componente influenciador do crescimento do mercado em 2016. Em segundo lugar,

Comercial

78%

com 15% dos votos vem a desconfiança dos investidores.

Industrial

82%

Projetistas

Residencial

O levantamento deste ano também considerou a opinião dos

projetistas de iluminação, que corroboram o otimismo dos fabricantes e distribuidores no que se refere ao mercado. Isto porque, a maioria dos entrevistados (39%) define o mercado de iluminação como em franco crescimento. Nem tudo, porém, parece ser positivo neste segmento. Uma parcela significativa dos projetistas pesquisados (25%) ainda vê o mercado como tendo produtos de baixa qualidade técnica. Impressão que se espera reduzir com a consolidação da norma do Inmetro para

A adesão às certificações ISO continua pouco significativa: 12%

revelaram possuir a certificação de gestão ambiental ISO 14001 e 39% contam com a ISO 9001. No ano passado, os índices eram de 17% e 43%, respectivamente. Certificações ISO

lâmpadas Led.

Confira a seguir, na íntegra, a pesquisa feita com fabricantes e

distribuidores de produtos e sistemas de iluminação e o levantamento

12%

realizado com os projetistas da área.

Assim como foi identificado na pesquisa realizada com este mesmo

ISO 9001

39%

Números do mercado brasileiro de produtos e sistemas de iluminação

ISO 14001

Sendo a indústria o principal segmento de atuação dessas empresas,

setor no ano passado, a indústria e o comércio são os principais clientes

é natural que as luminárias industriais estejam entre as mais ofertadas

dos fabricantes e distribuidores de produtos e sistemas de iluminação.

deste mercado. 72% das empresas comercializam este tipo de produto.

82% dos pesquisados apontaram a indústria como principal segmento

As comerciais, consequentemente, são o segundo tipo de luminárias mais

de atuação.

presentes nas prateleiras do mercado de iluminação.


86

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

Luminárias mais comercializadas

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Entre os acessórios, os reatores continuam liderando. 40% das

pesquisadas apontaram reatores e ignitores como os mais procurados. Em seguida, aparecem os sensores e os porta-lâmpadas. Confira.

Especiais

30%

Acessórios para iluminação mais utilizados

Refletores

67% 61% 49%

Específicas para Leds

28%

De Sinalização (saídas, heliportos, aeroportos, etc.) De Emergência

38%

49%

Interruptores

40% Comerciais

67%

Variadores de intensidade (dimmers)

32%

Para Atmosferas Explosivas

21%

36%

Sensores para iluminação

Relés fotoelétricos

Públicas

72%

Reatores e/ou ignitores

44%

Industriais

38%

Sistemas de controle automático de iluminação

36%

Decorativas

50% 16%

Projetores

Porta lâmpadas (soquetes) e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

Em ascendência, os Leds estão cada vez mais presentes no mercado

brasileiro de iluminação. No ano passado, 66% das empresas trabalhavam com este tipo de produto. Neste ano, 73% das companhias, entre fabricantes

Os gráficos a seguir demonstram a opinião dos fabricantes e

e distribuidores, apresentam o Led em seu portfólio. As incandescentes, por

distribuidores entrevistados no que diz respeito ao tamanho total do

sua vez, são cada vez menos encontradas.

mercado das cinco luminárias mais representativas do setor. O mercado de

Lâmpadas mais comercializadas

luminárias públicas é o que mais fatura. Segundo as empresas entrevistadas, 40% deste mercado ganha mais de R$ 500 milhões por ano. Já o mercado de luminárias para atmosferas explosivas, segundo 49% das empresas, apresenta faturamento anual de até R$ 10 milhões por ano. A estimativa é

11% Especiais

de que o mercado de luminárias específicas para Leds também esteja bem,

Miniaturas

14%

27%

faturando acima de R$ 500 milhões anuais.

Decorativas

73% 4%

Indução

Leds

Percepção do tamanho anual do mercado de luminárias Industriais

Vapor metálico

41% 31% Vapor de mercúrio

23% Halógenas 20% Dicróicas 32% Fluorescentes compactas 33% 21% Mistas 10%

9% 9%

Acima de R$ 1 bilhão

De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão 13%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

22%

Até R$ 10 milhões

10%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões

Fluorescentes tubulares

Incandescentes

23%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

14%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões


87

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Públicas

para atmosferas explosivas

3%

14%

7%

Até R$ 10 milhões

21%

7%

Acima de R$ 1 bilhão

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões 10%

19%

De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão 19%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 10%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Comerciais

Acima de R$ 1 bilhão De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão 3% De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

13%

De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão 14%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

17%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Até R$ 10 milhões

6%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 7%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 25%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões Específicas para Leds

6

Acima de R$ 1 bilhão

49%

14%

Acima de R$ 1 bilhão

24%

20%

Até R$ 10 milhões

Até R$ 10 milhões 24% 9%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões 17%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

7%

De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões

11%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

17% 7%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões


88

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

A maioria das empresas que participou deste levantamento (51%) diz

ter faturado até R$ 10 milhões no ano passado. Uma outra grande parcela

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Fatores que justificam as previsões de crescimento para este mercado em 2016

dos entrevistados (29%) faturou entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões em

5%

2015. E somente 1% dos fabricantes e distribuidores pesquisados faturou

Programas de incentivo do governo

8%

acima de R$ 1 bilhão.

Desvalorização da moeda brasileira

Faturamento bruto anual das empresas em 2015

4%

Bom momento econômico do país 24%

1% 15%

1%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Falta de confiança de investidores

Acima de R$ 1 bilhão

5%

Desaceleração da economia brasileira

13%

7%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Falta de normalização e/ou legislação

2%

Setor da construção civil aquecido

6%

Incentivos por força de legislação ou normalização 29%

51%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões

Até R$ 10 milhões

14%

Setor da construção civil desaquecido

7%

Crise internacional 8%

De acordo com o levantamento, os fabricantes e distribuidores de

produtos e sistemas de iluminação apresentaram um crescimento de 17% em 2015 em relação a 2014. Uma boa notícia para as empresas, que almejavam crescer apenas 8% no ano passado. A previsão de crescimento

Projetos de infraestrutura

Análise do mercado de projetistas

para 2016% é de 15%. A principal área de atuação das empresas de projeto de iluminação são as indústrias, segmento que foi indicado por 67% dos Previsões de crescimento

entrevistados. Em segundo lugar, vem a área de escritórios e edifícios comerciais, com 63% das indicações. Shopping centers, iluminação pública, e residências dividem o terceiro lugar como principal área de atuação dos projetos, com 35% de votos cada segmento.

17% 15% 10% 8%

Crescimento das empresas em 2015 comparado ao ano anterior

Previsão de crescimento percentual em 2016

Crescimento do tamanho anual total do mercado para 2016

Acréscimo ao quadro de funcionário da empresa em 2016

Os fatores que mais afetam e continuarão afetando o crescimento

do mercado de iluminação em 2016 são: a desaceleração da economia brasileira e a falta de confiança dos investidores, que receberam 24% e 15% dos votos, respectivamente. Também foi considerado um item com grande influência, o setor da construção civil desaquecido, recebendo 14% dos votos. Desvalorização da moeda brasileira e projetos de infraestrutura, ambas com 8% dos votos, também tiveram votações expressivas.

Principais áreas de atuação das empresas

12% Outros 35% Iluminação pública 14% Hotéis 6% Monumentos, edifícios históricos e xilares 35% Shopping centers e lojas em geral 4% Hospitalar 10% Esportiva 67% Industrial Escritórios, Edifícios

63% corporativos / públicos 35% Residencial


89

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

O emprego de sistemas de controle e gerenciamento de iluminação baixou

relevantes no momento de o projetista especificar e/ou comprar

drasticamente nos dois últimos anos, segundo os projetistas pesquisados. No

produtos e sistemas de iluminação. Treinamento oferecido pelo

último levantamento deste segmento, realizado pela revista, em 2014, 58%

fabricante e o fornecedor ter ISO 9001 e/ou 14001 são os itens

das empresas de projetos pesquisadas afirmaram conseguir utilizar conceitos

menos considerados, conforme o levantamento.

e soluções eficientes entre 75% e 100% de seus projetos luminotécnicos.

No estudo deste ano, apenas 14% disseram aplicar sistemas de controle e

ou comprar até R$ 500 mil em produtos de iluminação neste ano de

gerenciamento em 75% e 100% de seus projetos. A grande maioria (49%)

2016. Somente 2% dos projetistas estima especificar e/ou comprar

disse utilizar estes conceitos em apenas 25% de seus trabalhos.

acima de R$ 500 milhões em produtos deste segmento.

A maioria das empresas entrevistadas pretende especificar e/

Aplicação de sistemas de controle e gerenciamento de iluminação

14%

49%

Entre 75% e 100% dos projetos

Estimativa para 2016 de especificação e/ou compra de produtos de iluminação

Menos de 25% dos projetos

13%

2%

Entre 50% e 75% dos projetos

6%

11%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões 43%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

Entre 25% e 50% dos projetos

Acima de R$ 50 milhões

2%

Até R$ 500 mil

18%

A principal evolução tecnológica da área de iluminação nos últimos

anos, o Led, tende a ser dominante em pouco tempo. De acordo com 65% dos projetistas de iluminação que participaram desta pesquisa, demorará apenas cinco anos para o Led se tornar a principal fonte luminosa do mercado. Em pesquisa feita no ano passado, 50% dos

De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões 29%

De R$ 500 mil a R$ 1 milhão

consumidores de produtos de iluminação acreditavam que essa tecnologia se tornaria dominante neste período. Tempo para os Leds serem a principal fonte luminosa do país

8%

A opinião dos projetistas sobre o mercado brasileiro de produtos de iluminação é, na média, positiva. 39% dos

De 11 a 20 anos 29%

63%

entrevistados avaliam este mercado como em franco crescimento.

Em até 5 anos

Concomitantemente, no entanto, 25% ainda enxergam neste

De 6 a 10 anos

segmento produtos com baixa qualidade técnica e 10% acreditam ser um mercado desatualizado.

Garantia, assistência técnica do fabricantes e disponibilidade

Classificação do mercado brasileiro de produtos e sistemas de iluminação

de informações técnicas (catálogos, site, etc.) são os fatores mais

5e6

4%

2%

4% 14% 8%

4% 10% 16% 0%

0%

O fornecedor ter ISO 9001 e/ou 14001

Disponibilidade de informações técnicas

2% 12% 4%

Prazo de entrega

Assistência técnica do fabricante

Local de fabricação do produto (nacional ou importado)

Garantia

Treinamento oferecido pelo fabricante

Preço

1a4

Marca (fabricante)

Notas

Possuir selo do Inmetro

Nota para cada um dos fatores que envolvem a decisão de especificação e/ou compra de PRODUTOS E SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO

2% 4%

Oferece bom respaldo técnico

Com deficiencias tecni­­cas (assistência e suporte) 10%

Desatualizado 4%

7 e 8 43% 20% 33% 27% 29% 24% 31% 27% 37% 20% 9 e 10 51% 58% 47% 69% 69% 66% 37% 43% 55% 42%

6%

Maduro e responsável 25%

Apresenta produtos com pouca qualidade técnica

Atento às tendências internacionais 8%

2% 14%

6% 18% 22% 6% 24%

2%

Outro

39%

Em franco crescimento

Produtos de boa qualidade técnica


Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

(11) 3265-6760 www.alper.com.br

São Paulo

SP

Alpha Equipamentos Elétricos

(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

Alpha Marktec Materiais Eletricos

(11) 2782-3200 www.alphamarktec.com.br

São Paulo

SP

Alumbra

(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br

São Bernardo do Campo

SP

Anolight

(31) 3476-6144 www.anolight.com.br

Indaial

SC

ArchiLumi Iluminação e Automação

(65) 3025-2725 www.archilumi.com

Cuiabá

MT

ARM Iluminação

(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br

São Paulo

SP

x

x

Artiere Eletrônica

(41) 3018-4444 www.artiere.com.br

Curitiba

PR

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Aureon

(11) 3966-6211 www.aureon.com.br

São Paulo

SP

x

Avant Lux

(11) 3355-2220 www.avantlux.com.br

São Paulo

SP

Barsotti

(21) 2501-5971 www.barsotti.ind.br

Rio de Janeiro

RJ

Baxton

(11) 2227-5600 www.baxton.com.br

São Paulo

SP

x

Beta Controles

(11) 2837-5466 www.betasistemas.com.br

São Paulo

SP

x

Blest Iluminação

(41) 3274-4472 www.blest.com.br

Curitiba

PR

x

Boho Studio Fellix Satto

(27) 99800-3423 www.fellixsatto.com.br

Vitória

ES

Borchardt Engenharia

(47) 3029-3902 www.borchardt.net.br

Joinville

SC

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Claritek

(31) 3286-7551 www.claritek.com.br

Varginha

MG

x

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Coel

(11) 2066-3211 www.coel.com.br

São Paulo

SP

x

x

Coisarada

(49) 3251-9000 www.coisarada.net

Lages

SC

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Coman-Tech Instalações Elétricas

(54) 9673-1444 www.comantech.com.br

Passo Fundo

RS

x

x x

x

Condumax

(17) 3279-3700 www.condumax.com.br

Olimpia

SP

x

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x

x

Conexled

(11) 2334-9393 www.conexled.com.br

São Bernardo do Campo

SP

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D´Light

(11) 2937-4650 www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

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x

x

Decorlux

(41) 3029-1144 www.decorlux.com.br

Curitiba

PR

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Demape

(11) 4894-8800 www.demape.com.br

Itatiba

SP

Diallight

(19) 3113-4300 www.dialight.com

Indaiatuba

SP

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Dinatel

(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br

São Paulo

SP

x

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Diwali Iluminação

(11) 4508-0090

São Paulo

SP

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São Paulo

SP

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São Paulo

SP

Dubai manutenção de sis. Elétricos (11) 98603-4613 Eletro Terrível

(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br

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De Emergência

SP

Alper

Públicas

Estado

São Paulo

Comerciais

Cidade

(11) 3257-2160 4bprojetos@uol.com.br

Luminárias

Industriais

Telefone Site

4B Projetos

Oferece treinamento técnico para os clientes Fornece projetos de iluminação

EMPRESA

Importa produtos acabados

Certificado ISO 14.001 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Certificado ISO 9001

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Outros

Internet

Venda direta ao cliente final Telemarketing

Revendas/varejistas

Canal de vendas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Fabricante e distribuidora

Distribuidora

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

90

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91

Fineline Brasil

(11) 95707-7750 www.fineline-global.com

São Bernardo do Campo

SP

FN Iluminação

(11) 3763-5565 www.fatornobre.com.br

São Paulo

SP

Fortlight

(11) 2087-6000 www.fortilight.com.br

Guarulhos

SP

Foxlux

(41) 3302-8100 www.foxlux.com.br

Pinhais

PR

Frontec

(51) 3201-2477 www.frontec.com.br

São Leopoldo

RS

x

Ge Lighting

(11) 3614-1900 www.gelighting.com

São Paulo

SP

x

Glolani

(11) 2294-1133 www.glolani.com.br

São Paulo

SP

Guarilux

(11) 4035-1552 www.guarilux.com.br

Bragança Paulista

SP

Gubro

(21) 2592-0190 www.gubro.com.br

Rio de Janeiro

RJ

Hager Brasil Ltda

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

x

HDA Iluminação LED

(54) 3298-2100 www.hda.ind.br

Nova Petrópolis

RS

x

Ideal Iluminação

(19) 3756-6744 www.idealiluminacao.com.br

Campinas

SP

Ideal Industries

(11) 4314-9930 www.idealindustries.com.br

São Bernardo do Campo

Ilumatic

(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br

São Paulo

Ilumi

(19) 3572-2299 www.ilumi.com.br

Leme

Imperial Luminárias Incesa

(47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau (17) 3279-2600 www.incesa.com.br Olimpia

IntegraHaus

(11) 4349-6261 integrahaus.com.br

São Paulo

SP

Intral S.A

(54) 3209-1300 www.intral.com.br

Caxias do Sul

RS

x

Itaim Iluminação

(11) 4785-1010 www.itaimiluminacao.com.br

Embu das Artes

SP

x

KDL Iluminação

(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br

Cotia

SP

Kian

(21) 2702-4500 www.kian.com.br

São Gonçalo

RJ

x

Lalux

(31) 3476-6144 www.lalux.com.br

Belo Horizonte

MG

x

Lâmpadas Golden

(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br

São Paulo

SP

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De Emergência

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Públicas

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Comerciais

São Caetano do Sul

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Luminárias

Industriais

(11) 2147-1550 www.findernet.com

x

Oferece treinamento técnico para os clientes Fornece projetos de iluminação

Finder

x x x x x x x x x x x x x x x

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

x

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x

MG

Importa produtos acabados

RS

x x

Certificado ISO 14.001 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Porto Alegre

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

(51) 3357-5000 www.exatron.com.br

x x

Al SP x

Certificado ISO 9001

(35) 99178-8108 www.facebook.com/samuelprediais Extrema

Exatron

Outros

Equipe SIEP

Internet

PR

Venda direta ao cliente final Telemarketing

PR

Campo Largo

Revendas/varejistas

São José dos Pinhais

(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br

Canal de vendas

Distribuidores/atacadistas

(41) 3021-3500 www.empalux.com.br

Enerbrás Materiais Elétricos Ltda

Público

Empalux

Residencial

(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo

Comercial

Embramat

Industrial

Estado

Fabricante e distribuidora

Telefone Site (82) 2126-0020 www.eletroluz-al.com

Distribuidora

Eletroluz

EMPRESA

Cidade Maceio

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

x

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x


Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

x

Light Tool

(15) 3489-8313 www.lighttool.com.br

Iperó

SP

x

Lorenzetti S.A

(11) 2065-7200 www.lorenzetti.com.br

São Paulo

SP

x

Lucchi

(11) 3704-3737 www.lucchi.com.br

São Paulo

SP

Lumavi

(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br

São José do Rio Preto

SP

x

Lumicenter Lighting

(41) 2103-2750 www.lumicenter.com.br

são José dos Pinhais

PR

x

Lumiluz Iluminação

(12) 3978-2270 www.lumiluziluminacao.com.br Jambeiro

SP

x

Luminárias Projeto

(11) 2946-8200 www.luminariasprojeto.com.br São Paulo

SP

x

Luminárias Sun way

(21) 3860-2688 www.coloniallustres.com.br

Rio de Janeiro

RJ

Lúmit Personalizados para Ilum.

(12) 3863-2334 www.lumit.com.br

São Sebastião

SP

x

Lutron

(11) 3257-6745 www.lutron.com.br

São Paulo

SP

x

Maccomevap

(21) 2687-0070 www.maccomevap.com.br

Itaguai

RJ

x

Magnani Mat Elétricos

(54) 4009-5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

MarGirius

(19) 3589-5000 www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

x

x x x

Melfex

(11) 4072-1933 www.melfex.com.br

Diadema

SP

x

x

MGM Construções Elétricas Ltda

(49) 3433-8000 www.mgmconstrucoes.com.br Xanxere

SC

Microled

(11) 3199-7320 www.microled.ind.br

São Paulo

SP

x

Naville Iluminação

(11) 2431-4500 www.naville.com.br

Guarulhos

SP

x

NVC Lighting

(11) 4435-1603 www.nvc-lighting.com.br

São Paulo

SP

Obo Bettermann

(15) 3335-1382 www.obo.com.br

Sorocaba

SP

Odnumyar Engenharia Elétrica

(41) 3257-3823 www.odnumyar.com.br

Curitiba

PR

x

x x x

Onix

(44) 3233-8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

x

x

Onno Led

(19) 3424-4000 www.onnoled.com.br

Piracicaba

SP

x

Osram

(11) 3684-7490 www.osram.com.br

São Paulo

SP

x

Ourolux

(11) 2174-1000 www.ourolux.com.br

São Paulo

SP

x

x x x

Play Led

(11) 96396-3259 www.hsecbrasil.com.br

São Paulo

SP

x

Power Lume

(54) 3222-3515 www.powerlume.com.br

Caxias do Sul

RS

x x x x x x x x x

Projeluz

(44) 3447-8100 www.projeluz.com.br

Alto Paraná

PR

x

Prourbe

(44) 3447 3575 www.prourbe.com.br

Alto Paraná

PR

x

Reativa Service

(42) 3222-3500 www.reativa.com

Ponta Grossa

PR

Reeme Iluminação

(11) 3525-3290 www.reeme.com.br

São Paulo

SP

x

x x

Renetec Eletromecânica Ltda

(11) 4991-1999 www.renetec.com.br

Santo André

SP

x

x

Revoluz Iluminação

(11) 3474-1274 www.revoluz.com.br

Diadema

SP

x

x x

Rovimatic Led

(11) 3814-1143 www.rovimatic.com.br

Sao Paulo

SP

x

x x x

x

Save Iluminação eficaz

(21) 3349-0220 www.save.eng.br

Rio de Janeiro

RJ

x

Schreder

(19) 3517-9680 www.schreder.com.br

Vinhedo

SP

x

x x x x x x x

SCORPIUS

(11) 3207-8152 www.scorpiusiluminacao.com.br São Paulo

SP

x

Segurimax

(47) 3703-1888 www.segurimax.com.br

Gaspar

SC

x

Solelux

(11) 3815-3511 www.solelux.com.br

São Paulo

SP

x

Spotlux

(41) 3019-8090 www.spotlux.com.br

Curitiba

PR

Sr Led Light

(19) 3546-3767 www.ledlightsr.com.br

Cordeirópolis

SP

Sulminas Fios e Cabos Ltda

(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

MG

Sylvania

(11) 3133-2400 www.sylvania-americas.com

São Paulo

SP

Tasco

0800 770 3171 www.tasco.com.br

Boituva

SP

x

Trópico Industria e Comércio Ltda

(19) 3885 6428 www.tropico.com.br

Indaiatuba

SP

x

Umni arquitetura

(61) 98428-4496

Brasilia

DF

x

Uniled

(11) 3806-0156 www.uniled.com.br

São Paulo

SP

Unitron

(11) 3931-4744 www.unitron.com.br

São Paulo

SP

V3 Serviços e Instalações

(21) 3802-8630 www.vetres.com.br

Rio de Janeiro

RJ

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Varixx

(19) 3301-6900 www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

x

Vilux - Iluminação Led

(27) 3338-1545 www.vilux.com.br

Serra

ES

x

Walmonof

(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br

Guarulhos

SP

WEG

(47) 3276-4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

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x

De Emergência

SP

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Públicas

Ribeirão Preto

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Comerciais

(16) 3917-0076 www.ledtron.com.br

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Industriais

Ledtron Engenharia

x

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

SP

Luminárias

Importa produtos acabados

Limeira

Certificado ISO 14.001 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

(19) 3717-0069 www.lediniluminacao.com

Certificado ISO 9001

SP

Led-in Soluções em Iluminação

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Campinas

Outros

Telefone Site (19) 3291-1122 www.ledclass.com.br

Internet

Venda direta ao cliente final Telemarketing

Revendas/varejistas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Fabricante e distribuidora

Distribuidora

Estado

Canal de vendas

LedClass

EMPRESA

Cidade

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Oferece treinamento técnico para os clientes Fornece projetos de iluminação

92

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Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

EMPRESA

Telefone Site

Cidade

Estado

4B Projetos

(11) 3257-2160 4bprojetos@uol.com.br

São Paulo

SP

Alper

(11) 3265-6760 www.alper.com.br

São Paulo

SP

x

Alpha Equipamentos Elétricos

(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

x x

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x

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x

x x x x x

Alpha Marktec Materiais Eletricos

(11) 2782-3200 www.alphamarktec.com.br

São Paulo

SP

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x

x

x x x x

Alumbra

(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br

São Bernardo do Campo

SP

x

Anolight

(31) 3476-6144 www.anolight.com.br

Indaial

SC

ArchiLumi Iluminação e Automação

(65) 3025-2725 www.archilumi.com

Cuiabá

MT

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x x x x x

ARM Iluminação

(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br

São Paulo

SP

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x

x x

x

x

Artiere Eletrônica

(41) 3018-4444 www.artiere.com.br

Curitiba

PR

Aureon

(11) 3966-6211 www.aureon.com.br

São Paulo

SP

Avant Lux

(11) 3355-2220 www.avantlux.com.br

São Paulo

SP

x x x x

x x x x x x

x x x

Barsotti

(21) 2501-5971 www.barsotti.ind.br

Rio de Janeiro

RJ

x x x x

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x x x

Baxton

(11) 2227-5600 www.baxton.com.br

São Paulo

SP

x

Beta Controles

(11) 2837-5466 www.betasistemas.com.br

São Paulo

SP

x x

Blest Iluminação

(41) 3274-4472 www.blest.com.br

Curitiba

PR

x

Boho Studio Fellix Satto

(27) 99800-3423 www.fellixsatto.com.br

Vitória

ES

x x x x x

Borchardt Engenharia

(47) 3029-3902 www.borchardt.net.br

Joinville

SC

x x x x

Claritek

(31) 3286-7551 www.claritek.com.br

Varginha

MG

Coel

(11) 2066-3211 www.coel.com.br

São Paulo

SP

Coisarada

(49) 3251-9000 www.coisarada.net

Lages

SC

x x x x x

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x x

Coman-Tech Instalações Elétricas

(54) 9673-1444 www.comantech.com.br

Passo Fundo

RS

x

x

x x

x

Condumax

(17) 3279-3700 www.condumax.com.br

Olimpia

SP

Conexled

(11) 2334-9393 www.conexled.com.br

São Bernardo do Campo

SP

x

x x x x

D´Light

(11) 2937-4650 www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

x

x x x

Decorlux

(41) 3029-1144 www.decorlux.com.br

Curitiba

PR

Demape

(11) 4894-8800 www.demape.com.br

Itatiba

SP

Diallight

(19) 3113-4300 www.dialight.com

Indaiatuba

SP

Dinatel

(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br

São Paulo

SP

Diwali Iluminação

(11) 4508-0090

São Paulo

SP

Dubai manutenção de sis. Elétricos

(11) 98603-4613

SP

SP

x

Eletro Terrível

(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br

São Paulo

SP

x x x

Sistemas de controle automático de iluminação

Variadores de intensidade

Interruptores

Sensores para iluminação

Relés fotoelétricos

Reatores e/ou Ignitores

Especiais

Miniaturas

Decorativas

Leds

Acessórios

De Indução

Vapor metálico

Vapor de mercúrio

Halógenas

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Incandescentes

Refletores

Lâmpadas

Projetores

Específicas para Leds

Decorativas

Para Atmosferas Explosivas

De Sinalização

Luminárias

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

94

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95

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

(11) 95707-7750 www.fineline-global.com

São Bernardo do Campo

SP

FN Iluminação

(11) 3763-5565 www.fatornobre.com.br

São Paulo

SP

Fortlight

(11) 2087-6000 www.fortilight.com.br

Guarulhos

SP

Foxlux

(41) 3302-8100 www.foxlux.com.br

Pinhais

PR

Frontec

(51) 3201-2477 www.frontec.com.br

São Leopoldo

RS

Ge Lighting

(11) 3614-1900 www.gelighting.com

São Paulo

SP

Glolani

(11) 2294-1133 www.glolani.com.br

São Paulo

SP

x x

x x

Guarilux

(11) 4035-1552 www.guarilux.com.br

Bragança Paulista

SP

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Gubro

(21) 2592-0190 www.gubro.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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Hager Brasil Ltda

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

HDA Iluminação LED

(54) 3298-2100 www.hda.ind.br

Nova Petrópolis

RS

Ideal Iluminação

(19) 3756-6744 www.idealiluminacao.com.br

Campinas

SP

Ideal Industries

(11) 4314-9930 www.idealindustries.com.br

São Bernardo do Campo

SP

Ilumatic

(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br

São Paulo

SP

Ilumi

(19) 3572-2299 www.ilumi.com.br

Leme

SP

Imperial Luminárias Incesa

(47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau (17) 3279-2600 www.incesa.com.br Olimpia

SP

IntegraHaus

(11) 4349-6261 integrahaus.com.br

São Paulo

SP

Intral S.A

(54) 3209-1300 www.intral.com.br

Caxias do Sul

RS

Itaim Iluminação

(11) 4785-1010 www.itaimiluminacao.com.br

Embu das Artes

SP

KDL Iluminação

(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br

Cotia

SP

Kian

(21) 2702-4500 www.kian.com.br

São Gonçalo

RJ

Lalux

(31) 3476-6144 www.lalux.com.br

Belo Horizonte

MG

Lâmpadas Golden

(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br

São Paulo

SP

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Sistemas de controle automático de iluminação

Fineline Brasil

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x

Variadores de intensidade

SP

x

Interruptores

São Caetano do Sul

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Sensores para iluminação

(11) 2147-1550 www.findernet.com

x

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Relés fotoelétricos

Finder

RS

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x

Reatores e/ou Ignitores

MG

Exatron

(35) 99178-8108 www.facebook.com/samuelprediais Extrema (51) 3357-5000 www.exatron.com.br Porto Alegre

x x

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Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

Equipe SIEP

x

Especiais

PR

Miniaturas

PR

Campo Largo

Decorativas

São José dos Pinhais

(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br

x

Leds

(41) 3021-3500 www.empalux.com.br

Enerbrás Materiais Elétricos Ltda

x

De Indução

Empalux

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SP

Vapor metálico

(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo

Vapor de mercúrio

Embramat

Halógenas

Telefone Site (82) 2126-0020 www.eletroluz-al.com

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Incandescentes

Refletores

Projetores

x

Específicas para Leds

De Sinalização

Al

Decorativas

Estado

Acessórios

Lâmpadas

Eletroluz

EMPRESA

Cidade Maceio

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

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SC

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Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

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Ledtron Engenharia

(16) 3917-0076 www.ledtron.com.br

Ribeirão Preto

SP

x x

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x

Light Tool

(15) 3489-8313 www.lighttool.com.br

Iperó

SP

x x

x

Lorenzetti S.A

(11) 2065-7200 www.lorenzetti.com.br

São Paulo

SP

x

x

Lucchi

(11) 3704-3737 www.lucchi.com.br

São Paulo

SP

Lumavi

(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br

São José do Rio Preto

SP

x

x x

Lumicenter Lighting

(41) 2103-2750 www.lumicenter.com.br

são José dos Pinhais

PR

Lumiluz Iluminação

(12) 3978-2270 www.lumiluziluminacao.com.br Jambeiro

SP

x x x x x x x x x x

x x x x

Luminárias Projeto

(11) 2946-8200 www.luminariasprojeto.com.br SP

SP

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x

Luminárias Sun way

(21) 3860-2688 www.coloniallustres.com.br

Rio de Janeiro

RJ

x

x

Lúmit Personalizados para Ilum.

(12) 3863-2334 www.lumit.com.br

São Sebastião

SP

x x x

x x x x

Lutron

(11) 3257-6745 www.lutron.com.br

São Paulo

SP

Maccomevap

(21) 2687-0070 www.maccomevap.com.br

Itaguai

RJ

Magnani Mat Elétricos

(54) 4009-5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

MarGirius

(19) 3589-5000 www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

Melfex

(11) 4072-1933 www.melfex.com.br

Diadema

SP

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x

MGM Construções Elétricas Ltda

(49) 3433-8000 www.mgmconstrucoes.com.br Xanxere

SC

(11) 31997320 www.microled.ind.br

São Paulo

SP

x x

Naville Iluminação

(11) 2431-4500 www.naville.com.br

Guarulhos

SP

NVC Lighting

(11) 4435-1603 www.nvc-lighting.com.br

São Paulo

SP

x x x x x x x x x x

Obo Bettermann

(15) 3335-1382 www.obo.com.br

Sorocaba

SP

Odnumyar Engenharia Elétrica

(41) 3257-3823 www.odnumyar.com.br

Curitiba

PR

Onix

(44) 3233-8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

Onno Led

(19) 3424-4000 www.onnoled.com.br

Piracicaba

SP

Osram

(11) 3684-7490 www.osram.com.br

São Paulo

SP

x

Ourolux

(11) 2174-1000 www.ourolux.com.br

São Paulo

SP

Play Led

(11) 96396-3259 www.hsecbrasil.com.br

São Paulo

SP

Power Lume

(54) 3222-3515 www.powerlume.com.br

Caxias do Sul

RS

Projeluz

(44) 3447-8100 www.projeluz.com.br

Alto Paraná

PR

Prourbe

(44) 3447 3575 www.prourbe.com.br

Alto Paraná

PR

Reativa Service

(42) 3222-3500 www.reativa.com

Ponta Grossa

PR

Reeme Iluminação

(11) 3525-3290 www.reeme.com.br

São Paulo

SP

Renetec Eletromecânica Ltda

(11) 4991-1999 www.renetec.com.br

Santo André

SP

Revoluz Iluminação

(11) 3474-1274 www.revoluz.com.br

Diadema

SP

x x x x x

Rovimatic Led

(11) 3814-1143 www.rovimatic.com.br

Sao Paulo

SP

Save Iluminação eficaz

(21) 3349-0220 www.save.eng.br

Rio de Janeiro

RJ

Schreder

(19) 3517-9680 www.schreder.com.br

Vinhedo

SP

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SCORPIUS

(11) 3207-8152 www.scorpiusiluminacao.com.br São Paulo

SP

x x

Segurimax

(47) 3703-1888 www.segurimax.com.br

Gaspar

SC

Solelux

(11) 3815-3511 www.solelux.com.br

São Paulo

SP

Spotlux

(41) 3019-8090 www.spotlux.com.br

Curitiba

PR

Sr Led Light

(19) 3546-3767 www.ledlightsr.com.br

Cordeirópolis

Sulminas Fios e Cabos Ltda

(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

MG

Sylvania

(11) 3133-2400 www.sylvania-americas.com

São Paulo

SP

Tasco

0800 770 3171 www.tasco.com.br

Boituva

SP

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Indaiatuba

SP

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Brasilia

DF

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Uniled

(11) 3806-0156 www.uniled.com.br

São Paulo

SP

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x

Unitron

(11) 3931-4744 www.unitron.com.br

São Paulo

SP

V3 Serviços e Instalações

(21) 3802-8630 www.vetres.com.br

Rio de Janeiro

RJ

x

Varixx

(19) 3301-6900 www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

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Vilux - Iluminação Led

(27) 3338-1545 www.vilux.com.br

Serra

ES

x x x x x

x

Walmonof

(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br

Guarulhos

SP

WEG

(47) 3276-4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

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Trópico Industria e Comércio Ltda (19) 3885 6428 www.tropico.com.br (61) 98428-4496 Umni arquitetura

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Microled

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Sistemas de controle automático de iluminação

x

Variadores de intensidade

SP

Interruptores

Limeira

Sensores para iluminação

(19) 3717-0069 www.lediniluminacao.com

Relés fotoelétricos

Led-in Soluções em Iluminação

Reatores e/ou Ignitores

Cidade Campinas

Especiais

Telefone Site (19) 3291-1122 www.ledclass.com.br

Miniaturas

Decorativas

Leds

Acessórios

De Indução

Vapor metálico

Vapor de mercúrio

Halógenas

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Incandescentes

Refletores

Projetores

Específicas para Leds

Decorativas

De Sinalização

Lâmpadas

LedClass

EMPRESA

Estado SP

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

96

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Pesquisa - Projetistas de Iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Alpha Equipamentos Elétricos

(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

Alpha Marktec Mat. Eletricos LTDA (11) 2782-3200 www.alphamarktec.com.br

São Paulo

SP

Amper Energia Ltda

São José

SC

ArchiLumi Iluminação e Automação (65) 3025-2725 www.archilumi.com

Cuiabá

MT x

x

Artiere Eletrônica

(41) 3018-4444 www.artiere.com.br

Curitiba

PR x

x

x

Atmosfera Design

(21) 3471-9148 www.atmosferadesign.com.br Rio de Janeiro

RJ

x

x

Beta Controles

(11) 2837-5466 www.betasistemas.com.br

São Paulo

SP x

x

x

Cold Led Light

(62) 3248-2050 www.coldledlight.com.br

Goiania

GO

x x

Conciso

(84) 2030-4939 www.concisoti.com.br

Natal

RN

x

x x

Conexled

(11) 2334-9393 www.conexled.com.br

São Bernardo do Campo SP

x

x

Delis BR

(11) 3213-1025 www.delisbr.com

São Paulo

Delta Canaletas Diwali Iluminação

(48) 3286-6677 www.amperenergia.com.br

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(11) 4705-3133 www.deltaperfilados.com.br Santana de Parnaiba

SP x

x

(11) 4508-0090

São Paulo

SP x

x

eletro Terrível Ltda

(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br

São Paulo

SP

x

x

Embraluz

(11) 2488-0859 www.embraluz.com.br

São Paulo

SP

x

x

Empalux

(41) 3021-3500 www.empalux.com.br

Curitiba

PR x

x

Frontec

(51) 3201-2477 www.frontec.com.br

São Leopoldo

RS x

Hager Brasil

0800-7242437

Rio de Janeiro

RJ x

x

iBright Iluminação

(11) 99800-0000 www.ibright.com.br

São Paulo

SP

x

Ilumina Engenharia

(54) 9915-9339 www.iluminaenergia.com.br Passo Fundo

RS

x

Intral S.A

(54) 3209-1300 www.intral.com.br

Caxias do Sul

RS x

x

IRIS um olhar para o Futuro

(11) 99222-6616 www.silviacarneiro.com

São Paulo

SP

x

Lap Engenharia

(85) 3494-5097 www.lap.com.br

Fortaleza

CE

x

Ledpro

(54) 3313-0402 www.ledpro.com.br

Passo fundo

RS

x

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Melfex

(11) 4072-1933 www.melfex.com.br

Diadema

SP

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www.hager.com.br

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Entre 75% e 100%

BA x

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Entre 50% e 75 %

Salvador

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Aplicação de conceitos e soluções de iluminação energeticamente eficientes

Em relação ao uso de Leds em projetos luminotécnicos

Entre 25% e 50 %

(71) 3023-0889 www.allledbahia.com.br

x

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As vezes

All Led Iluminação

x

Não

SP

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Sim

(19) 99656-4444 www.alessandroazuos.com.br Campinas

x

As vezes

Alessandro Azuos Ilum. Cênica

x

Não

SC

Especifica Compra produtos, produtos, equipamentos, equipamentos, componentes, componentes, fornecedores etc

Sim

Criciúma

Não possui e não acho importante

(48) 3462-3900 www.agpr5.com

Não possui ainda, mais acho importante

SP

AGPR5

Sim

UF

São Paulo

Mais de 30

Cidade

(11) 3257-2160 4bprojetos@uol.com.br

De 10 a 20 De 20 a 30

Telefone

4B Projetos

De 5 a 10

Iluminação pública Outros

Hotéis

Monumentos e edifícios históricos

Hospitalar Shopping centers e lojas em geral

Industrial Esportiva

Site

Residencial Escritórios, Edifícios corporativos / Edifícios públicos

EMPRESA

Até 5

Número de funcionários Certificado das empresas ISO 9001

Principais áreas de atuação das empresas

Faz parte do dia a dia dos projetos de sua empresa Ocasionalmente é utilizada nos projetos de sua empresa Não é utilizada nos projetos de sua empresa Menos de 25%

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99

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

(43) 3025-2408 www.nbvengenhariaeletrica.com.br Londrina

PR

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O2 Led

(11) 2539-5199 www.o2led.com.br

São Paulo

SP x

x

x

Reativa Service

(42) 3222-3500 www.reativa.com

Ponta Grossa

PR

x

Reeme Iluminação

(11) 5562-1944 www.reeme.com.br

São Paulo

SP

x x

x

Renetec

(11) 4991-1999 www.renetec.com.br

Santo André

SP

x

x

Rovimatic Led

(11) 3814-1143 www.rovimatic.com.br

São Paulo

SP x

x

RRP Projetos de Instalações

(11) 2501-5804 www.rrpinstalacoes.com.br

São Paulo

SP x

x

Save Iluminação - Eng. e Com.

(21) 3349-0220 comercial@save.eng.br

Rio de Janeiro

RJ

x

x

Senzi Lighting Designer

(11) 5052-8752 www.senzilighting.com.br

São Paulo

SP

x

x x

Studio LD - Light & Dreams

(11) 4498-0109 www.studiold.com.br

Santana de Parnaiba

SP x

x

x

Trópico Industria e Comércio Ltda (19) 3885-6428 www.tropico.com.br

Indaiatuba

SP

x x

x

Varixx

(19) 3301-6900 www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

x

x

x

Vilux

(27) 3338-1545 www.vilux.com.br

Serra

ES

x

x

VNS-Iluminação

(51) 8183-9685

Charqueadas

RS x

Walmonof

(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br

Guarulhos

SP

Xa

(82) 3315-3821 www.maceio.al.gov.br/xa

Maceió

Al

Zettatecck

(19) 3321-8400 www.zettatecck.com.br

Araras

SP

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Entre 75% e 100%

Nbv engenharia elétrica

x

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Entre 50% e 75 %

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Aplicação de conceitos e soluções de iluminação energeticamente eficientes

Entre 25% e 50 %

SP

x

Em relação ao uso de Leds em projetos luminotécnicos

Faz parte do dia a dia dos projetos de sua empresa Ocasionalmente é utilizada nos projetos de sua empresa Não é utilizada nos projetos de sua empresa Menos de 25%

Guarulhos

x

x

As vezes

(11) 2431-4500 www.naville.com.br

x

Não

Naville Iluminação

x

Sim

x

As vezes

x

Não

SP

Especifica Compra produtos, produtos, equipamentos, equipamentos, componentes, componentes, fornecedores etc

Sim

x

Sorocaba

Não possui e não acho importante

x

(15) 3034-3566

Não possui ainda, mais acho importante

SP x

MVF Instalações e Manutenções

Sim

UF

São José do Rio Preto

Mais de 30

Cidade

(17) 3238-8777 www.mvba.com.br

De 10 a 20 De 20 a 30

Telefone

MVBA Instalações Elétrica

De 5 a 10

EMPRESA

Número de funcionários Certificado das empresas ISO 9001

Até 5

Iluminação pública Outros

Hotéis

Monumentos e edifícios históricos

Hospitalar Shopping centers e lojas em geral

Industrial Esportiva

Site

Residencial Escritórios, Edifícios corporativos / Edifícios públicos

Principais áreas de atuação das empresas

x

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Espaço 5419

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Por José Barbosa de Oliveira*

As telhas metálicas utilizadas como elemento captor do SPDA

O Sistema de Proteção conta Descargas

Atmosféricas

(SPDA)

inicia-se

pela

mesmo por elementos não metálicos, não atendendo mais à finalidade.

interceptação da descarga atmosférica. O

subsistema de captação desempenha um

elétrica não poder ser revestida por

Outra exigência é a continuidade

papel fundamental na dinâmica da eficiência

elementos isolantes e atender a uma

do sistema. Em uma primeira análise,

espessura mínima. As estruturas metálicas

sempre pensamos na adição de elementos

existentes devem ter continuidade elétrica

captores, como mastros, captores tipo

ao longo de toda sua extensão, através

Franklin, malhas de condutoras através

de conexões entre os diversos elementos,

de cabos ou barras. Porém, os sistemas

realizadas

com um maior desempenho começam

frisamento, costurado, aparafusado ou

com a análise dos elementos naturais

conectado por parafusos e porcas. O

e

por

solda,

caldeamento,

existentes

revestimento isolante não permitirá a

na edificação (de suporte, decoração,

utilização da estrutura como componente

segurança, como a estrutura metálica das

da captação, mas a ABNT NBR 5419:2015

das

estruturas

metálicas

coberturas, telhados, etc.).

permite uma camada de 1 mm de asfalto

ou 0,5 mm de PVC e pintura para proteger

A ABNT NBR 5419:2015 mais que

permite a utilização de estruturas metálicas

de corrosão ou estética.

existentes como parte integrante do SPDA.

A

espessura

mínima

para

que

Ela sugere que seja dada preferência por

se possa utilizar a estrutura metálica

tal solução. Além disso, atribui um valor de

existente como componente de captação

maior desempenho quando se necessita

é especialmente discutida quando da

reduzir os riscos de perdas causadas pelas

utilização de telhas metálicas e coberturas

descargas atmosféricas.

de tanques de combustível. No caso e

de telhados metálicos, usualmente, em

qualquer estrutura metálica como parte

galpões industriais, suportados ou não por

integrante do nosso SPDA? A resposta

estruturas metálicas, a sua utilização como

é não. A ABNT NBR 5419:2015 impõe

elemento captor propicia uma enorme

algumas exigências e características para

economia na implementação da solução

a utilização destas estruturas. De uma

e um maior desempenho, ponto de união

forma

de interesses entre projetista e investidor

Então,

podemos

geral,

utilizar

toda

independentemente

do

subsistema, a estrutura tem que ter um

/ proprietário. Porém, temos que vencer a

caráter permanente, definitivo. Não se

exigência da espessura mínima.

pode utilizar aquela estrutura que sofrerá

alterações, manutenções ou substituições.

tabela a seguir com os valores das espessuras

Estruturas,

guarda-corpo

mínimas para utilização de estruturas

trocadas

ou

metálicas como elementos captores de um

substituídas por outros compostos ou

SPDA. Ela pode ser utilizada para todas as

e

escadas,

como podem

rufo, ser

A ABNT NBR 5419:2015 apresenta a


101

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Material

Espessura t

Espessura t'

Porém, um grande número de telhas

Aço (inoxidável e

4

0,5

espessura. Mas, calma. Não desanime

Classe do SPDA

mm

mm

com isto. Há uma alternativa que atenderá

galvanizado a quente) I a IV

Cobre

0,5

às exigências, permitindo a dispensa

0,65

de captores convencionais, mesmo no

5

Alumínio

fabricadas atualmente não possui esta

7

caso de telhas com espessuras inferiores, classes de proteção do SPDA, ou melhor,

aço, temos 4 mm. Fica claro que a mesma

quando abaixo das telhas metálicas,

os valores de espessura por material são os

espessura é necessária se o objetivo for

sustentando-as, houver uma estrutura

mesmos, não dependendo das classes de

evitar a perfuração da estrutura.

metálica. Neste caso, as telhas metálicas,

proteção. Nesta tabela, encontramos uma

Já quando não se trata de ambientes

mesmo com espessuras inferiores, podem

coluna com os materiais que podem ser

em área classificada e quando a perfuração

ficar fora do volume de proteção (se não

utilizados, uma coluna com as espessuras

da estrutura não for um problema, as

for importante prevenir contra perfuração

“t” e outra com as espessuras “t’”.

espessuras “t’” podem ser adotas. É o

e não se tratar de área classificada).

Quando se deseja prevenir contra

caso de uma grande parte de galpões

Não considerando as telhas, a estrutura

perfurações e pontos quentes do lado

industriais. Assim, em um galpão cuja

metálica que as sustentam serão utilizadas como elemento natural de captação.

interno da estrutura, a espessura “t”

cobertura é composta por telhas metálicas

deve ser observada. Logo, caso haja área

com espessura maior ou igual a “t’”, não

classificada abaixo da cobertura metálica,

é um ambiente de área classificada, e

*José Barbosa de Oliveira é engenheiro

a opção de espessura deve ser maior ou

a perfuração é aceitável, podendo ser

eletricista e membro da comissão de estudos CE

igual a “t”. Conforme a tabela, no caso de

dispensados os captores convencionais.

03:64.10, do CB-3 da ABNT.


102

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br

Reativação da CE-003:064.010 - Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA) A comissão de estudos (CE) 003:064.010

- Revisão da ABNT NBR 5419:2015 –

será reativada em setembro deste ano,

Proteção contra descargas atmosféricas, Parte

tendo como escopo a normalização que visa

1: Princípios gerais, Parte 2: Gerenciamento

diminuir os riscos no campo de proteção

de risco, Parte 3: Danos físicos a estruturas e

contra os efeitos diretos e indiretos causados

perigos à vida, e Parte 4: Sistemas elétricos e

pelas descargas atmosféricas em estruturas,

eletrônicos internos na estrutura. Este tópico não

edificações e pessoas no que concerne à

deve ser motivo de qualquer sentimento negativo

conduta, terminologia, documentação, requisitos,

por parte do leitor, basta comparar o tempo

procedimentos e ensaios.

desde o inicio da revisão do texto da versão

Os principais objetivos da reativação

da 5419:2005, em 2006, até a publicação da

são a oficialização de algumas normas e

versão atual, ou seja, mesmo com este assunto

procedimentos que constam do acervo da IEC

em pauta, não há sequer uma previsão longínqua

e também da eventual correção de algum desvio

para publicação de nova versão.

que a utilização da ABNT NBR 5419:2015 mostrou necessário executar.

Embora a participação em uma CE

Após definição do coordenador e secretário,

seja aberta a qualquer cidadão brasileiro,

praxe no processo de reativação de qualquer CE,

acredita-se que a mesma desperte o interesse

serão propostos o tratamento e a observância

nos profissionais voltados à área, tais como,

dos seguintes assuntos:

universidades,

fabricantes

e

fornecedores

de materiais, sensores de raio, acessórios, - Alteração junto à IEC do comitê a que a CE

instaladores, projetistas e consultores nos mais

está vinculada para que fique oficialmente

variados níveis, bem como profissionais da

configurado o status “espelho” junto ao TC 081

construção civil, institutos de pesquisa, órgãos

da IEC;

governamentais e reguladores, associações,

- Esclarecimento do posicionamento oficial da

sindicatos, etc.

CE, Cobei e ABNT junto aos órgãos públicos

Dessa forma, espera-se novidade até o

quanto aos captores não convencionais, também

final deste ano para os três primeiros itens

conhecidos como ionizantes ou com emissão

mencionados na lista anterior e, para 2018, para

antecipada de líder;

o quarto item, ou seja, a prioridade da CE será

- Criação do texto base para projeto de

minimizar riscos em áreas abertas.

norma

003:064.010.101

-

Procedimentos

Caso haja interesse em participar, basta

de segurança para redução do risco fora de

enviar um e-mail para cobei@cobei.org.br e

uma estrutura, baseado no documento IEC

solicitar que seu nome seja incluído na comissão.

62713:2013;

De nossa parte, contamos com sua

- Criação do texto base para projeto de norma

experiência, consistência, disciplina, bom senso

003:064.010.102 - Proteção contra Descargas

e força de vontade, fatores indispensáveis para

atmosféricas - Sistemas de alerta de trovoada,

um membro participativo de uma comissão de

baseado no documento IEC 62793:2016;

estudos.



104

NR 10

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

“Não precisa prática, tampouco habilidade. Qualquer criança pode manusear o aparelho”

Era com essa afirmação que os

entregar serviços de eletricidade, próprios

mascates, que chamávamos marreteiros,

de profissionais qualificados, a pessoas

atraiam a atenção das pessoas para vender

“ligeiramente informadas” sobre como

descascador de laranja, abridor de latas e

aplicar este ou aquele produto, ainda que

outras bugigangas. Mas o que isso tem a

essencialmente elétrico.

ver com a eletricidade? Nada!

Não é senão a motivação para aumentar

extra-baixa

as vendas de tal produto ou criar uma

tensão não é para leigos. Não se vê, não

clientela cativa que se cria um trabalhador

tem cheiro e nem cor, mas tem potencial

iludido que entende de eletricidade e

para causar danos e, por isso, exige

que tão pouco entende que acaba por se

respeito e conhecimento específico.

considerar um especialista.

Já tratamos desse assunto nesta

coluna, mas, ao que parece, é necessário

mais capaz que seja na sua profissão, as

repetir porque ainda tem muita gente

responsabilidades por instalar e montar

argumentando que, por falta de mão de

equipamentos elétricos, sem que ele tenha as

obra qualificada no mercado, é justo e lícito

bases mínimas necessárias para o exercício

Eletricidade

acima

de

Não se pode atribuir ao pedreiro, por


105

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

da profissão de eletricista e essas bases quem

elétrica, quiçá um “eletropedreiro”.

excelente manual explicativo, de forma que

estabelece é o Sistema Oficial de Ensino.

qualquer pessoa (alfabetizada) pudesse

Para agravar, a “moda pegou” e agravou.

aplicar o equipamento.

no

Fabricantes já se propõe a formar e a

comércio verdadeiras instalações “prêt-a-

instruir clientes para empregar os produtos

porter”. Desde kits para alarme a “padrões”

de sua fabricação. Seria ótimo e louvável

de entrada compostos de poste, caixa,

se tivessem o mínimo critério e bom senso

chave geral, eletrodutos e condutores já

de instruir apenas os profissionais da área

Voltemos ao nosso caso:

enfiados, com isolador na ponta do poste.

elétrica e não pedreiros e leigos, somente

Somente

De lambuja, vem um metro de cantoneira de

para vender seus produtos e criar clientela.

podem se envolver com instalações e

chapa dobrada, levemente galvanizada e um

serviços com eletricidade. É Lei - artigo 180

pedaço de cabo para fazer o aterramento.

“kits” de primeiros socorros, obrigatórios

da CLT.

Inicialmente,

nos

Atualmente,

são

eram

encontradas

apenas

entradas

Ainda temos na lembrança a história dos veículos.

Então,

foi

eliminada

a

Aplicação de injeção é tão simples. Pode?

trabalhadores

qualificados

O ensino – transmissão de conhecimento

individuais. A coisa agradou e agora

obrigatoriedade

risco

– é uma atividade de grande nobreza,

temos

porque

era

um

com

adicional e só tinha gaze, tesourinha,

mas não pode ser um meio informal e

barramentos e montagens mais complexas,

esparadrapo e outros apetrechos, mas o kit

irresponsável de conferir atribuições.

com barramentos e seccionadoras que não

não tinha o principal, o profissional de saúde

Na área elétrica, assim como nas

podem ser confiadas a leigos.

qualificado para prestar o atendimento.

demais

entradas

coletivas,

caixas

áreas

técnicas,

as

atividades

Em lojas e depósitos de materiais

que,

devem ser realizadas e/ou supervisionadas

de

diligentes

preocupados com a falta de médicos

por profissionais legalmente habilitados

recomendam, dimensionam, tiram dúvidas,

nos locais mais remotos de nossa terra,

que estão obrigados a registrar no órgão

informam, instruem, dão dicas para o pedreiro

os

cirúrgicos

fiscalizador do exercício profissional a sua

e, pronto, foi criado um eletricista, o que meu

montassem kits para pequenas cirurgias,

responsabilidade técnica pela execução,

amigo Joaquim chamaria de “pedreirista”.

a de apêndice (apendkit), para extração

condução e supervisão dos serviços, na

Um trabalhador que se julga capaz na área

de dentes (dentkit), acompanhados de um

forma da Lei.

construção,

balconistas

para

fabricantes

ilustrar,

de

imaginemos

materiais


106

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Aspectos de operação e premissas de filtros de harmônicas em aplicações industriais – Parte 2

Filtros ativos

portanto, com menor distorção. Quanto melhor

correntes

harmônicas

produzidas

pelas

for este processo, maiores serão a eficiência

cargas, o filtro ativo deve operar referenciado

Uma das definições clássicas de filtro ativo é

e a competência do filtro. Normalmente, os

a um sinal por ele emitido na rede com

aquela que considera que: “o filtro ativo é um

filtros ativos possuem funções específicas de

frequência da ordem de 1 kHz a 10 kHz;

equipamento que deve ser capaz de injetar

controle, como a seleção de quais harmônicas

• Este sinal de alta frequência (em relação

(ou absorver) correntes harmônicas que,

serão mitigadas, e mesmos aspectos de

aos 60 Hz) e de baixa amplitude pode causar

somadas às correntes da carga, produza uma

equilíbrio de correntes fundamentais e fator

impactos não esperados no barramento de

corrente com menor conteúdo de correntes

de potência na componente fundamental em

conexão AC em função da existência do

harmônicas na rede”. Uma outra definição

60 Hz.

capacitor no link DC e efeitos de ressonância

seria: “o filtro deve ser capaz de neutralizar as

Alguns cuidados aplicam-se quando

harmônica em função do comportamento da

correntes harmônicas produzidas pela carga,

filtros ativos são definidos como solução de

impedância do capacitor com a mencionada

de forma a produzir uma corrente com menor

mitigação da distorção de tensão, devido à

alta frequência. Como consequência, o que

conteúdo harmônico na rede”. De forma geral,

redução das correntes harmônicas.

se espera neste caso é uma redução da vida útil do capacitor do link DC em médio prazo,

o filtro ativo deve ser construído com circuito digital de alta velocidade, de forma que, tanto

• Para que seja possível a mitigação das

caso não se insiram reatâncias neste link DC

a geração das correntes harmônicas pelas cargas, como a compensação pelo filtro ocorra no menor instante possível e de forma sincronizada, caso contrário, o filtro não seria efetivo em cargas rápidas e passaria a ser mais uma fonte de corrente harmônica, não para cancelar, mas para se somar àquelas geradas pelas cargas. A Figura 1 apresenta o princípio de operação e conexão do filtro ativo ao sistema elétrico. O filtro ativo [3] (da mesma forma que o passivo) é conectado ao circuito em ligação tipo “shunt”.

As correntes “geradas” (ou absorvidas)

pelo filtro se somam (ou neutralizam) àquelas da carga, originando na fonte uma corrente mais próxima da forma de onda senoidal,

Figura 1 – Circuito típico de aplicação de filtro ativo. Fonte: Danfoss [3].


107

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

ou na entrada do inversor. A solução para

ocorrência de ressonância provocada pelos

Motor;

o efeito indesejável apontado, portanto, é a

capacitores sem reatores [6];

[2]S. M. Deckmann e J. A. Pomilio -

instalação de reatores como anteriormente

• Cada sistema possui seus prós e contras

Condicionamento de Energia Elétrica e

comentado (“2b” na referencia [1]);

para aplicações e deve ser avaliado antes da

Dispositivos FACTS;

• As cargas devem operar com regime

especificação e da instalação.

[3] Danfoss- Instruções de Utilização VLTR

conhecido e controlado, pois se no decorrer do

período

de

operação

se

verificar

incremento da carga em relação ao previsto no

dimensionamento

do

filtro,

Active Filter AAF006;

Agradecimentos ao colega Eng. Henrique

Rizzo pela revisão do texto.

poderá

haver aumento da distorção de tensão no

[4] SENAI – Escola Senai “Mariano Ferraz"conversores de frequência – apostila; [5] – Danfoss – Apresentação sobre

Referências:

barramento;

harmônicas; [6] – Starosta,J. – Apresentação –

• A compensação reativa, se efetuada em

[1] Lenze – AC tech- When to Use a Line

distorções harmônicas;

conjunto com o uso de filtros ativos, deve

or Load Reactor- Protecting the Drive or the

[7] - Mitsubishi inverter – option catalog.

considerar o uso de reatores antirressonantes, evitando ressonância harmônica em situação de não operação adequada do filtro. Neste caso, os inversores de frequência também devem estar equipados com reatores na entrada.

Sínteses e conclusões Em suma, filtros são aplicados para adequação das distorções de tensão dos barramentos de alimentação de cargas que prescindem de tensões não distorcidas e atendem a algumas premissas: • Filtros passivos compensam energia reativa e fator de potência e também podem filtrar as correntes harmônicas, enquanto filtros ativos filtram as harmônicas e também podem compensar o fator de potência; • Reatores na entrada de inversores mitigam harmônicas, distúrbios de qualidade de energia e podem ser aplicados na redução de correntes de curto-circuito. Também são necessários na instalação de filtros ativos ou passivos ressonantes e antirressonantes; • A especificação dos filtros passivos é normalmente feita pela potência reativa (kvar) e a dos filtros ativos em corrente (A); • Solução econômica: uso misto, com compensação de energia reativa efetuada com o uso de filtros passivos (reatores antirressonantes) e filtros ativos aplicado às correntes harmônicas. Uso de reatores antirressonantes (filtros antirressonante) na compensação reativa deve ser aplicado, uma vez que, caso o filtro ativo venha a falhar por alguma razão, o sistema estaria sujeito à


108

Instalações Ex

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Novos requisitos para classificação de áreas contendo poeiras combustíveis – Parte 2

Grupos de poeiras combustíveis (Grupo III)

Os equipamentos “Ex” para instalação

e produtos químicos em geral, como o

de temperatura de ignição podem ser

enxofre.

citados apenas como valores de referência.

Podem ser citados como exemplo

Dependendo

de produtos classificados no Grupo IIIB

são

da

fonte

apresentados

de

diversos

consulta, resultados,

carvão

poeiras combustíveis não condutivas com

influenciados também pelo método de

devem ser adequados para o Grupo I.

resistividade acima de 103 ohm.m, tais

ensaio em laboratório adotado para esta

Os equipamentos “Ex” para instalação

como produtos com base no carbono,

medição. Os métodos e procedimentos

em áreas contendo gases ou líquidos

como, por exemplo, poeiras de carvão

para a determinação da temperatura de

inflamáveis devem ser adequados para

vegetal, carvão mineral, coque de petróleo

ignição das poeiras combustíveis são

o Grupo II. Os equipamentos “Ex” para

e negro de fumo.

indicados na norma ISO/IEC 80079-20-2 -

instalação em áreas classificadas contendo

Podem ser citados como exemplos

Explosive atmospheres - Part 20-2: Material

poeiras combustíveis devem ser adequados

de produtos classificados no Grupo IIIC

characteristics - Combustible dusts test

para o Grupo III.

poeiras

methods, publicada em 02/2016.

em

minas

subterrâneas

de

combustíveis

condutivas

com

resistividade abaixo de 103 ohm.m, tais

III são destinados para instalação ou

como

alumínio,

áreas tem também por finalidade mapear e

utilização em locais com uma atmosfera

magnésio e suas ligas. Poeiras condutivas

determinar as extensões e a abrangência

explosiva de poeiras diferentes daquelas

são poeiras que podem apresentar riscos de

das áreas que podem conter misturas

encontradas em minas suscetíveis a grisu.

ocasionar curtos-circuitos, dependendo do

explosivas e, consequentemente, permitir

Estes equipamentos “Ex” são subdivididos

nível de tensão presente nos equipamentos

a posterior especificação adequada de

de acordo com a natureza da atmosfera

elétricos.

equipamentos e sistemas “Ex” a serem

explosiva de poeira para o qual ele é

Os equipamentos “Ex” marcados IIIB

instalados ou utilizados para cada tipo

destinado.

são também adequados para aplicações

de área classificada mapeada por estes

O Grupo III possui as seguintes subdivisões:

que requerem equipamentos “Ex” do Grupo

estudos, levando em conta as respectivas

Grupo IIIA (Fibras combustíveis), Grupo

IIIA.

“Ex”

zonas, grupos, classes de temperatura ou,

IIIB (Poeiras não condutivas) e Grupo IIIC

marcados IIIC são também adequados para

se indicados, o EPL (Equipment Protection

(Poeiras condutivas).

aplicações que requerem equipamentos

Level) requerido dos equipamentos “Ex”.

Os

equipamentos

“Ex”

do

Grupo

poeiras

metálicas

Similarmente,

de

equipamentos

Esta documentação de classificação de

“Ex” do Grupo IIIA ou IIIB.

Desta

produtos classificados no Grupo IIIA as

Como a temperatura de ignição das

classificação de áreas constitui a base para

fibras combustíveis, tais como trigo, soja,

poeiras combustíveis varia grandemente

a especificação técnica dos equipamentos

cevada, cacau, milho, leite, algodão, linho,

com a variação da granulometria e do

“Ex” a serem utilizados nestas áreas de risco

juta, serragem, grãos, materiais plásticos

teor de umidade, os valores indicados

de explosão, tanto em casos de projetos

Podem ser citados como exemplo de

forma,

a

documentação

de


109

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

novos, como nos casos de atividades de manutenção ou reparos, possibilitando a especificação do EPL requerido para cada equipamento “Ex”, dependendo do local da instalação (Da, Db ou Dc), bem como o tipo de proteção a ser utilizado nos equipamentos “Ex”, como Ex “i”, Ex “p”, Ex “op”, Ex “t”, Ex “m”, Ex “c”, Ex “b”, Ex “k” ou Ex “s”.

Ao se instalar equipamentos ou sistemas

elétricos, de instrumentação, de automação, de telecomunicações ou mecânicos em uma planta de processamento onde possam estar presentes atmosferas explosivas, os tipos de proteção dos equipamentos “Ex” e o os níveis de proteção dos equipamentos “Ex”

(EPL)

proporcionados

dependem

do risco potencial envolvido, identificado e

mapeado

nesta

documentação

de

classificação de áreas.

A documentação de classificação de

áreas deve ser também frequentemente consultada para a execução das atividades rotineiras

de

emissão

de

Permissões

de Trabalho, onde é verificado o tipo de classificação das áreas dos locais da

realização

dos

trabalhos,

sendo

determinados os requisitos de segurança aplicáveis. Esta documentação de classificação de áreas deve também ser utilizada durante as atividades de inspeções periódicas (nas instalações “Ex”, a serem realizadas no intervalo máximo a cada três anos). Tendo como base as informações indicadas na documentação de classificação de áreas, é necessário verificar se os equipamentos elétricos, eletrônicos, de automação, de telecomunicações

ou

mecânicos

“Ex”

encontram-se adequadamente instalados, de acordo com os requisitos de zona, grupo, classe de temperatura e EPL dos respectivos locais de instalação.

Os dados resumidos da nova edição de

2016 da ABNT NBR IEC 60079-10-2 são apresentados no site da ABNT Catálogo: http://www.abntcatalogo.com.br/norma. aspx?ID=357345.


110

Ponto de vista

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Por que o distribuidor precisa dar mais atenção à infraestrutura de TI?

A máxima “o Brasil que dá certo”

execrar o espírito provinciano e se dar

as informações serem o patrimônio mais

poderia ser facilmente aplicada ao mercado

conta de que há um tráfego intenso de

importante de uma empresa.

atacado distribuidor. Com um crescimento

volume de dados percorrendo no mercado

de 50,6% no ano passado, conforme

em que atua, seja devido à grande

segmento são desafiados e pressionados

aponta a pesquisa Ranking ABAD Nielsen

variedade de produtos comercializados,

pela

2016, o segmento nada contra a maré do

mau

A cada ano que passa, os negócios do entrega

com

mais

agilidade,

às milhares de entregas efetuadas ou à

qualidade, escalabilidade e, não menos

dos

principais

alta movimentação de consumidores que

importante, mantendo a disponibilidade e

economia

desempenho

brasileira,

compram das prateleiras de seus clientes.

resiliência das tecnologias já existentes.

criando condições para empresários do

Ao longo dos anos, a tecnologia

Quando a crise estancar, o distribuidor

setor investirem em melhorias que visam

tem avançado cada vez mais rápido,

que estiver pronto, com a casa arrumada,

manter a competitividade e o crescimento

softwares complexos e que atendem a

terá uma grande vantagem competitiva

de suas operações.

muitos departamentos trazem redução

diante da concorrência, graças à ordem

A hora de crescer é agora. Mesmo

de custo com mão de obra, mas, em

apoiada pela TI. Quem avisa, amigo é.

com certa instabilidade econômica, as

contrapartida, necessitam de soluções

métricas não deixam de ser positivas.

mais avançadas em termos de estrutura,

Porém, convido você, caro leitor, a fazer

sejam

uma linha de raciocínio vitalícia. Vamos

de dados, ou equipamentos. Muito se

lá. A empresa cresce, seu número de

fala sobre boas soluções focadas em

funcionários aumenta junto com o de

produtividade, em mais assertividade nas

clientes, necessidades ganham força e

decisões, em diminuição de erros e em

você se esquece de um “pequeno detalhe”

análises mais precisas. O que não deixa de

que permite que a empresa funcione

ser uma verdade, mas tudo isso necessita

corretamente: a infraestrutura de TI. Então,

de investimentos frequentes em tecnologia

eu pergunto: será que a sua empresa está

para não haver perda de faturamento, falta

preparada para suportar tudo isso, sem

de segurança das informações e outros

precisar repensar no seu atual ambiente

itens que colaboram para o insucesso dos

de tecnologia?

negócios.

indicadores

da

Quando

uma

de

não

maneira

computadores

empresa sustentável,

antigos,

complementares,

a

infraestrutura

como

de

banco

cresce

Com

usando

dia é possível vislumbrar aumento de

TI

em

tecnologias

produtividade, pois um ambiente bem

ultrapassadas, programas piratas, conexão

dimensionado e bem assistido contribui

de internet caseira, falta de uma estratégia

para que a empresa nunca pare. Sem

de telefonia, servidor e de planejamento

contar a redução de custos, uma vez que

de redes e conexões de internet, ela paga

minimiza a necessidade constante de mão

Por Leonardo Barros, diretor executivo

o preço por isso, seja em curto ou médio

de obra com reparos. Soma-se tudo isso à

da Reposit, provedora de soluções em

prazo. É hora de o empresário racionalizar,

segurança dos dados, pelo simples fato de

gerenciamento de dados.



112

Agenda 17 e 18 de outubro

Cursos

Proteção de transformador SR745

Descrição

Informações

Direcionado a engenheiros eletricistas e técnicos eletrotécnicos e eletrônicos, a formação técnica terá seu conteúdo programático dividido em: teoria básica sobre a aplicação do relé; hardware, ensinando, por exemplo, sobre disposição e identificação de terminais de conexão, acesso, display, IHM, etc.; software, aulas sobre obtenção e armazenamento de eventos e oscilografia do relé; e módulos práticos, com parametrização online/ offline e testes de proteção. Para participar do curso, é desejável conhecimentos em circuitos elétricos e sistemas elétricos de potência.

Local: Cotia (SP) Contato: (11) 2626-2453 treinamentos@protcontrol.com

17 a 19 de outubro

Harmônicos em redes elétricas

Descrição

Informações

De interesse de técnico e engenheiros que trabalham com operação, medições de harmônicos e de qualidade de energia e estudos elétricos, o curso pretende discutir como são gerados os harmônicos, estudar como modelar as cargas não lineares e ensinar a calcular e aplicar os filtros para resolver os problemas de harmônicos nas instalações elétricas. Durante as aulas serão apresentados exemplos medidos em campo e simulados em microcomputador.

Local: Uberlândia (MG) Contato: (34) 3218-6800 conprove@conprove.com.br

17 a 21 de outubro

Mercado, tarifas e formação do preço da energia

Descrição

Informações

Os alunos que participarem deste curso aprenderão, entre outros assuntos, a respeito de planejamento de operação; Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL); Preço de Liquidação das Diferenças (PLD); e leilões de energia elétrica. As aulas são voltadas para profissionais de engenharia elétrica, engenharia da produção, engenharia civil, matemática e estatística; além de profissionais da área de mercado de energia elétrica, pesquisadores e estudantes de pós-graduação.

Local: Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6276 cursos@lactec.org.br

20 e 21 de outubro

Sistemas fotovoltaicos com baterias e híbridos

Descrição

Informações

O curso abarcará dos fundamentos ao dimensionamento dos vários componentes, arquiteturas de sistemas, normas, regulamentações, aspectos comerciais e suas aplicações para sistemas fotovoltaicos. Entre os temas que serão debatidos durante as aulas estão: aplicações e objetivos dos sistemas com baterias; sistemas híbridos com geradores e aerogeradores de pequeno porte; minirrede em locais isolados; e backup para sistemas conectados à rede.

Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: cursos@solarize.com.br www.solarize.com.br

27 e 28 de setembro

Encontro Nacional de Consumidores Livres

Descrição

Informações

O objetivo do evento anual é fornecer informações de cunho comercial, financeiro, de eficiência e gestão energética para consumidores de energia livre e com potencial para adentrar a este mercado. Em 2016 será realizada a quarta edição do encontro. No ano passado, o evento reuniu mais de 200 participantes, sendo mais de 80 consumidores livres, interessados nas boas prática do mercado livre.

Local: São Paulo (SP) Contato: (21) 3154-9400 www.encontroconsumidoreslivres.com.br

16 a 19 de outubro

17 th International Conference on Harmonics and Quality of Power – ICHQP

Descrição

Informações

Organizada pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a conferência apresenta o trabalho de excelência acadêmica e técnica de pesquisa na área de qualidade de energia. Compõem o evento sessões especiais e tutoriais conduzidas por peritos internacionais.

Local: Belo Horizonte (MG) Contato: pfribeiro@ieee.org www.ichqp2016.org

19 a 21 de outubro

Eventos

O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Feicon Batimat Nordeste

Descrição

Informações

Importante plataforma de relacionamento e inovações para o setor, a feira atua como vitrine para empresas que desejam ampliar seus negócios. O evento, que entra em sua quarta edição neste ano, é composto também por um congresso que traz atualização profissional e uma mostra de decoração com padrão internacional. Os organizadores esperam para esta edição a presença de mais de dez mil visitantes/compradores qualificados.

Local: Olinda (PE) Contato: (11) 3060-4717 atendimento@reedalcantara.com.br

26 e 27 de outubro

XXII Simpósio Jurídico ABCE

Descrição

Informações

Fomentar a discussão de temas atuais, relevantes e que estão na agenda das empresas e dos agentes deste setor. Este é o objetivo do Simpósio Jurídico da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), que, em 2016, terá a sua 22ª edição. O evento é direcionado a profissionais do direito especializados no setor elétrico; juízes e promotores com interesse no setor; dirigentes e executivos de empresas públicas e privadas das áreas jurídica, contábil, de controladoria e finanças, de meio ambiente, entre outros.

Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3089-8800 abce@abce.org.br



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Índice de anunciantes

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O Setor Elétrico / Agosto de 2016

Conexled (11) 2334-9393 www.conexled.com.br

4ª capa

ICE Cabos Especiais 87 (11) 4677-3132 www.icecabos.com.br

D’Light 18, 19 e Fascículos (11) 2937- 4650 vendas@dlight.com.br www.dlight.com.br

Ilumatic 41 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br

Embrata 94 (11) 4513-8665 embratarui@terra.com.br www.embrata.com.br

Induma 10 (47) 3411-0099 vendas1@induma.com.br www.induma.com.br

Enerbrás 43 0800 645 3052 sac@enerbras.com.br www.enerbras.com.br

Intelli (16) 3820-1614 ricardo@intelli.com.br www.grupointelli.com.br

Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans.brazil@nexans.com www.nexans.com.br

Enmac 31 (11) 2489-5200 enmac@enmac.com.br www.enmac.com.br

Itaim Iluminação 2ª capa e 3 (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br

Novemp Fascículos e Encarte (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br

BRVal (21) 3812-3100 vendas@brval.com.br www.brval.com.br

Fastweld 71 (11) 2425-7180 fastweld@fastweld.com.br www.fastweld.com.br

Instrumenti 104 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br

Palmetal 12 (21) 2481-6453 palmetal@palmetal.com.br www.palmetal.com.br

Cablena 109 (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br

FLIR Brasil 107 (15) 3238-8075 flir@flir.com.br www.flir.com.br

Itaipu Transformadores 15 (16) 3263-9400 comercial@itaiputransformadores.com.br www.itaiputransformadores.com.br

Paratec 102 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br

Cinase 23 (11) 3872-4404 www.cinase.com.br/2016

Fluke 9 (11)3741-1300 info@fluke.com.br www.fluke.com.br

ABB 0800 014 9111 abb.atende@br.abb.com www.abb.com.br Alpha Ex 24 (11) 3933-7533 vendas@alpha-ex.com.br www.alpha-ex.com.br Alubar 29 (91) 3754-7100 comercial.cabos@alubar.net www.alubar.net.br Balestro 98 (19) 3814-9000 balestrovendas@balestro.com.br www.balestro.com.br Brametal 75 (27) 2103-9400 comercial@brametal.com.br www.brametal.com.br 27

Chardon Group 6 (11) 4033-2210 wvalentim@chardongroup.com.br www.chardongroup.com.br Clamper Fascículos e 69 (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicacao@clamper.com.br www. clamper.com.br Cobrecom 13 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br

General Cable 73 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com

ComSol 5 (41) 3156 9100 info@br.comsol.com www.br.comsol.com Condumax 79 0800 701 3701 www.condumax.com.br

Kian Brasil 58 (21) 2702-4575 sac@kianbrasil.com.br www.kianbrasil.com.br 90

KRC (11) 4543-6034 comercial@krcequipamentos.com.br www.krcequipamentos.com.br

Renetec 53 (11) 4991-1999 vendas@renetec.com.br www.renetec.com.br

Mon-Ter 85 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br Nambei Fios e Cabos 105 (11) 5056-8900/ 0800 161819 vendas@nambei.com.br www.nambei.com.br

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Sarel (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br Sassi Medidores 91 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br Sendi 111 www.sendi.org.br Sil 101 (11) 3377-3333 vendas@sil.com.br www.sil.com.br 16

THS (11) 5666-5550 vendas@fuses.com.br www.fuses.com.br

Pliz 39 (11) 4126-7290 vendas@pilz.com.br www.pilz.com.br

Tigre Tubos e Conexões 17 (47) 3441-5000 / 0800 707 4700 teletigre@tigre.com.br www.tigre.com.br

Polar Macaé 8 (22) 2105-7777 vendas@polarmacae.com.br www.polarmacae.com.br

Latin American 113 www.latin-american-utility-week.com

Helllerman Tyton 95 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermanntyton.com.br

LedClass 93 (19) 3291-0123 contato@ledclass.com.br www.ledclass.com.br

Holec 61 (11) 4191-3144 vendas@holec.com.br www.holecbarras.com.br

Maccomevap 45 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br

Press Mat 37 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br

Huntsman 66 0800 170 850 www.huntsman.com/power

Magnet 57 (11) 4176-7878 www.mmmagnet.com.br

Protcrontrol 14 (11) 2626-2453 www.protcontrol.com

Hyva Guindastes 83 (54) 3209 3400 guindastes@hyva.com.br www.hyva.com.br

Megabarre 7 (11) 4525-6700 vendas@megabarre.com.br www.megabarre.com.br

QT EQUIPAMENTOS/DUTOTEC (51) 3470-6080 dutotec@dutotec.com.br www.dutotec.com.br

35

Rittal (11) 3622-2377 info@rittal.com.br www.rittal.com.br Romagnole 47 (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br

Patola 63 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br

Gimi Pogliano 99 (11) 4752-9900 www.gimipogliano.com.br

65

Cobremack (11) 4156-5531 SP (71) 3594-5565 BA contato@cobremack.com.br www.cobremack.com.br

103

Melfex 21 (11) 4072-1933 contato@melfex.com.br www.melfex.com.br

Trael 62 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br

Poleoduto 51 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br

Te Connectivity 64 (11) 2103-6095 te.energia@te.com www.te.com/energy 81 e 97

Unitron (11) 3931-4744 vendas@unitron.com.br www.unitron.com.br 22

WEG 33 (47) 3276-4000 faleconosco@weg.net www.weg.net




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