Ano 9 - Edição 100 Maio de 2014
Edição
100 Artigos e colunas especiais em comemoração à 100ª edição * Pesquisa avalia mercado de equipamentos para distribuição de energia * Redes subterrâneas no Brasil * Qualidade da energia e a Copa do Mundo * Segurança cibernética
Sumário
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atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico Hilton Moreno Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Hilton Moreno, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Alfeu Sguarezi Filho, André Luis Zago de Grandi, Geraldo Rocha, Jaqueline Gomes Cardoso, Luiz Felipe Costa, Manuel de Jesus Botelho, Marcelo Paulino, Marcos Herrera, Marcus Possi, Maria Jovita Vilela Siqueira, Natanael Pereira, Nunziante Graziano, Paulo Lima, Ronaldo José da Silva. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Impressão - IBEP Gráfica Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Reportagem – Redes subterrâneas 72 Ante a crescente demanda que as distribuidoras estão sofrendo da sociedade para o enterramento das atuais redes aéreas, a Aneel vem estudando a possibilidade de criar uma regulamentação, buscando desenvolver as redes subterrâneas no país.
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Painel de notícias 10
Aula prática – Barramentos blindados – Parte 3
Instalação da Infraero recebe primeira certificação com selo Inmetro; Unicoba fornece equipamentos para iluminação da avenida 23 de maio; Aneel aprova modelo de edital para contratação de energia em sistemas isolados; MME publica portaria que define sistemática para os leilões A-5; Coel comemora 60 anos de atividade no Brasil; ABB apresenta sistema com tecnologia de segurança cibernética.
Como selecionar elementos de proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Evento 1 – Hannover Fair 30
Nesta coluna especial, Hilton Moreno faz uma volta ao passado para mostrar o que se passou no mundo desde a criação da revista O Setor Elétrico até hoje.
A convite da Rittal, a revista O Setor Elétrico visitou uma das principais feiras industriais do mundo e conheceu de perto as instalações da empresa na Alemanha.
Espaço Guia de Normas 142 Consideração sobre o item 10.3 da NR 10, especialmente dedicado aos aspectos de segurança nos projetos elétricos.
Coluna do consultor 144
Colunistas
Fascículos 41
Michel Epelbaum – Energia sustentável 146 Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação eficiente148 Luis Fernando Arruda – Instalação MT 149 Jobson Modena – Proteção contra raios 150 João Barrico – NR 10 151 José Starosta – Energia com qualidade 152
Edição 100 82
Dicas de instalação 154
Conheça a história da revista O Setor Elétrico, suas conquistas até aqui e confira o que representantes de instituições e empresas do setor pensam sobre a publicação.
Orientações para a escolha de luminárias para áreas classificadas.
Evento 2 – Expolux 2014 34 Evento recebeu 21 mil visitantes e foi palco para seminário que debateu, entre outros assuntos, a responsabilidade pelos ativos da iluminação pública no país.
Segurança 92 Requisitos de blindagem da CPU aplicados em processos críticos - turbocompressores, em plataformas e refinarias de petróleo e turbogeradores em usinas térmicas e hidrelétricas.
Pesquisa – 98 Equipamento para distribuição de energia Grande parte das empresas consumidoras de produtos deste segmento entrevistadas pela revista está otimista, classificando o mercado brasileiro de equipamentos para distribuição de energia como um setor em ascensão.
QEE 130 Estudo analisa a influência na qualidade da energia elétrica da transmissão do último capítulo da novela “Avenida Brasil” comparada à transmissão da final do Mundial de Clubes da Fifa de 2012.
Referências técnicas 158 Condutividade e resistividade elétrica.
Espaço IEE 160 Tipos de conversores e geradores usados atualmente no segmento de energia eólica.
Espaço Cigré 162 A evolução da energia eólica no Brasil e a contribuição da ONS – 2ª parte.
Ponto de vista 166 Como o urbanismo pode contribuir para o sucesso da “Década da energia”.
Agenda 168 Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.
What’s wrong here 170 Identifique o que existe de errado na instalação.
Editorial
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O Setor Elétrico / Maio de 2014 Capa ed 100_A.pdf
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5/25/14
8:41 PM
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Ano 9 - Edição 100 Maio de 2014
Edição
100 Artigos e colunas especiais em comemoração à 100ª edição * Pesquisa avalia mercado de equipamentos para distribuição de energia * Redes subterrâneas no Brasil * Qualidade da energia e a Copa do Mundo * Segurança cibernética
O Setor Elétrico - Ano 9 - Edição 100 – Maio de 2014
A número 100
Edição 100
Editora desta revista há 75 edições, posso dizer que acompanhei muito de perto a sua evolução, tendo também
contribuído para a sua história. Lembro que, ao ser convidada para cuidar da revista, achei que seria fácil, afinal, por ser uma revista técnica, era só organizar os artigos, selecionar os principais assuntos do mês e tcharam: revista pronta! Mas o caso é que fazer uma revista é muito mais complexo do que se imagina. É preciso ter em mente as necessidades dos leitores e avaliar as pautas com parcimônia; há ainda que administrar a difícil relação comercial x editorial; e selecionar os artigos técnicos que sejam inovadores e que, ao mesmo tempo, atendam ao critério de viabilidade. Isto sem contar os prazos, cada vez mais curtos! Enfim, são inúmeras as etapas do processo de elaboração de uma publicação e, sem dúvida, uma equipe comprometida é fundamental para que todos os meses uma nova revista seja produzida.
Sem anúncios, sem revista. Logo, o departamento comercial é de extrema importância para levar o nosso conceito até
as empresas do mercado brasileiro de elétrica, as quais têm não só nos apoiado comercialmente, mas enviado sugestões de pautas e de artigos, ou seja, desejando também contribuir editorialmente. Da mesma maneira, o departamento de circulação e pesquisa é fundamental para fazer com que a revista chegue às mãos dos leitores em tempo hábil, sendo responsável também pela elaboração das pesquisas setoriais mensais, que trazem um recorte do mercado de produtos e serviços específicos da área elétrica. Esse tipo de levantamento – com análise de mercado, gráficos ilustrativos e informações mais detalhadas sobre as empresas (como número de funcionários, certificações, serviços de atendimento ao cliente, produtos e serviços oferecidos) – é único e exclusivo da revista O Setor Elétrico. O objetivo é fornecer para o leitor, que atua em empresas do segmento, alguma percepção de mercado sobre nichos específicos do setor elétrico.
Mas todo o trabalho é recompensado quando recebemos uma ligação, um e-mail ou uma mensagem
no Facebook, seja comentando um ar tigo, discordando de uma repor tagem ou tirando dúvidas de uma pesquisa. O carinho dos leitores e, mais do que isso, ver a revista ser utilizada no dia a dia dos profissionais é a recompensa mais gratificante de se fazer revista.
E nessas 100 edições, muitas notícias importantes foram veiculadas por aqui. Algumas delas levaram anos
para acontecer, como é o caso da recente publicação da Portaria 51, do Inmetro, que institui os critérios para a certificação voluntária das instalações elétricas de baixa tensão. A revista vem acompanhando ainda o processo de revisão da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419), que deve sair em breve. Também noticiamos a publicação da IT 41, segundo a qual, desde maio de 2011, sempre que solicitado ou renovado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a inspeção visual das instalações elétricas de baixa tensão é obrigatória. A transferência dos ativos da iluminação pública para as prefeituras; o boom da eólica nos leilões de energia; as discussões envolvendo Belo Monte; novas regras de comercialização; e inúmeras novas normas técnicas são exemplos de notícias aqui veiculadas.
Esperamos continuar por mais 100, 200, 1.000 edições, sempre contando com o apoio e com o retorno dos leitores,
para quem a revista é feita. Sendo assim, uma ótima leitura e espero que apreciem mais esta edição, que é especial! Abraços,
flavia@atitudeeditorial.com.br Redes sociais Acesse o Facebook e o Twitter da revista O Setor
Elétrico e fique por dentro das notícias da área elétrica!
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Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Instalação da Infraero recebe primeira certificação com selo Inmetro O certificado, obtido de acordo com a portaria nº 51 do instituto, atesta conformidade com as normas técnicas em vigor das instalações elétricas BT do sistema indicador de rampa de aproximação de precisão
O dia 2 de maio de 2014 entrou para a história
da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e também do setor elétrico do país. Isto porque a companhia obteve o primeiro certificado de instalações elétricas de baixa tensão com selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), conforme a portaria nº 51 do instituto, publicada em 30 de janeiro deste ano.
O certificado diz respeito às instalações elétricas
BT do sistema indicador de rampa de aproximação de precisão, mais conhecido como Papi, do inglês
Pertencente ao segundo lote, o aeroporto de São José dos Campos (SP) também receberá um sistema indicador de rampa de aproximação de precisão.
Precision Approach Path Indicator. Tratam-se de caixas óticas que ficam instaladas na lateral da cabeceira da pista de pouso e auxiliam a aeronave a aterrissar.
De acordo com o engenheiro eletricista da Gerência de Projetos de Navegação Aérea da Infraero, Sidney
Barbosa, o processo para obtenção deste certificado teve início com edital publicado em julho de 2010, visando contratar empresas para fornecimento, instalação e colocação em operação de 28 Papis em 22 aeroportos do Brasil. Barbosa explica que, posteriormente, mais três aeroportos foram acrescentados a essa lista, o que deve aumentar o número de sistemas instalados.
Neste edital, homologado em agosto de 2011, a Infraero exigiu que as instalações em baixa tensão (BT)
destes equipamentos tivessem certificação por órgão acreditado pelo Inmetro. O engenheiro conta que esta sempre foi uma preocupação da Infraero, mesmo antes da publicação da portaria do instituto que fornece as diretrizes para a certificação voluntária das instalações BT. A empresa instaladora que ganhou o processo de licitação foi a RSA Engenharia Ltda. e o Organismo Certificador de Instalação (OCI) contratado foi a IEX.
Barbosa, que foi autor do projeto básico apresentado no edital e fiscal da contratação, conta que
a instalação dos Papis foi dividida em três lotes. O primeiro lote, já finalizado, previu a colocação dos equipamentos nos aeroportos do Bacacheri, em Curitiba (PR); de Boa Vista (RR); de Carlos Prates, em Belo Horizonte (MG); de Ilhéus e de Salvador, na Bahia; de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ); e de Joinville (SC).
O segundo lote, que está em processo de homologação, prevê a instalação nos aeroportos de Campina
Grande (PB); Maceió (AL); São José dos Campos (SP); Montes Claros e Uberaba, em Minas Gerais; Pelotas (RS); Curitiba (PR); e Ponta Porã (MS). E o terceiro lote, que está em processo de levantamento, irá abranger os aeroportos de Bagé e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; Florianópolis (SC); São Luís (MA); Parnaíba (PI); Paulo Afonso (BA); Campo de Marte, em São Paulo (SP); Uberlândia (MG); Vitória (ES); e Porto Velho (RO).
Desde 2003, quando realizou o curso de certificação de conformidade na Barreto Engenharia, Barbosa
vem trabalhando para que a Infraero exija em suas licitações a certificação por organismo acreditado pelo Inmetro. Na época, segundo o engenheiro eletricista, a empresa achava que só o comissionamento já bastava. De acordo com Barbosa, foi um trabalho árduo para mostrar que comissionamento – testes operacionais do sistema – tem o foco mais voltado para a área de operação, diferentemente da certificação, que está mais relacionada à performance.
Painel de mercado L+B Por Juliana Iwashita*
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Inovações da Light+Building Controle da luz foi um dos grandes destaques da principal feira mundial voltada para tecnologias de iluminação e automação
Entre os dias 30 de março e 4 de abril,
ocorreu em Frankfur t, na Alemanha, a Light+Building, principal feira de iluminação do mundo. O evento reuniu cerca de 2.458 expositores de inúmeros países e milhares de visitantes, incluindo arquitetos, arquitetos de iluminação, designers, engenheiros, comerciantes e indústrias de todos os continentes.
A cada dois anos, a feira apresenta as
mais recentes inovações para as áreas de iluminação, engenharia elétrica, automação predial, residencial e software para a indústria de construção. E o tema principal desta edição da Light+Building foi eficiência energética.
Com dez pavilhões de exposição, a feira
reuniu inovações tecnológicas em todos os
Light+Building quebra mais um recorde ao receber 211.500 visitantes oriundos de 161 diferentes países.
segmentos de atuação: iluminação decorativa, corporativa, urbana, pública, automação
residencial e predial, componentes, Leds,
de controle de iluminação foram o grande
Nesta edição da Light+Building, os sistemas
ser controladas, dimerizadas, mudar de cor e interagir com o usuário por meio de celulares e
equipamentos de medições, softwares, entre
destaque. Luminárias com tecnologia Led já
tablets.
outros. Os seis dias de exposição foram
eram esperadas, como nas últimas feiras, mas o
insuficientes para percorrer com tranquilidade
controle destas através de sistemas interativos
e acompanhar seu deslocamento em um local
todos os pavilhões da feira, tamanha a
foi o que se destacou. Com controles wi-fi
através da posição de luminárias em aplicativos
quantidade de empresas e inovações expostas.
individualizados, as luminárias podem agora
para tablets ou a iluminação ser programada
Imagine ser possível localizar uma pessoa
Painel de mercado L+B
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
2458 expositores apresentaram suas novidades em iluminação, automação e eficiência energética. A próxima edição da feira já tem data marcada: de 13 a 18 de março de 2016.
para nos desper tar ou para avisar que a comida
solução para sua instalação.
foram apresentadas como: geração
está pronta. Imagine luminárias ou lâmpadas
fotovoltaica e eólica para alimentação de
mudarem de cor conforme a vontade do usuário
nalidade defende também o consórcio
sistemas de iluminação urbana, telegestão
com um simples controle em um aplicativo de
Zhaga em sistemas com tecnologia a Led. O
para luminárias públicas, medição inteligente
celular ou o foco de luminárias direcionáveis de
Zhaga teve destaque na feira em diversas
do consumo de energia e smar t grids.
Led se mover sem a luminária se mexer. Tudo
empresas de componentes de luminárias com
A feira destacou que a combinação de
isso já é possível com tecnologias de controle.
Leds, mostrando uma tendência ou busca
sistemas eficientes de iluminação e de redes
Em relação à automação predial, várias
Semelhante conceito de interoperacio
de padronização de algumas tipologias de
de tecnologia de serviços possibilitam um
empresas destacaram o protocolo aber to
componentes. Seminários foram oferecidos
espectro integrado de produtos e serviços
KNX, mostrando uma for te tendência de
durante a feira pelo Zhaga para disseminação
que fazem uma contribuição decisiva para a
controle e automação não proprietária. O KNX
do conceito e das vantagens.
exploração do potencial máximo de economia
for taleceu-se também como associação com a
de energia de edifícios.
par ticipação de vários países. Atualmente, no
à tecnologia Oled (Led orgânico). Várias
mercado mundial, mais de 300 fabricantes em
empresas destacaram a tecnologia em
tecnologias chegarão ao mercado brasileiro
33 países fabricam produtos para o protocolo
luminárias com designs inovadores para os
e como serão absorvidas. As inovações e
KNX. Isto possibilita a interoperacionalidade de
sistemas convencionais de iluminação. Aliadas
possibilidades foram apresentadas. Falta agora
diferentes marcas e produtos em uma mesma
a controles, as luminárias dimerizavam ou
serem disseminadas e viabilizadas.
instalação, garantindo para o proprietário
até mesmo se moviam automaticamente,
do edifício ou gestor de manutenção uma
configurando formas diferentes de disposição.
*Juliana Iwashita é arquiteta e
flexibilidade e até mesmo continuidade de
colunista da revista O Setor Elétrico.
Outro destaque impor tante foi dado
Outras soluções para eficiência energética
Basta agora saber quando essas
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Caixa de junção para atmosferas explosivas
Termovisores
www.alpha-ex.com.br
www.flir.com.br
A Alpha Equipamentos Elétricos
A mais nova linha de câmeras térmicas da Flir é indicada para
apresenta a sua mais nova família
soluções de problemas elétricos, para manutenção industrial e
de caixas de junção para atmosferas
gerenciamento de instalações. Trata-se da Série E de termovisores:
explosivas. A série é composta por
Flir E4, E5, E6 e E8. Segundo a empresa, os equipamentos são
29 caixas destinadas para utilização
ideais para verificações e varreduras
em ambientes com gases e vapores
rápidas de “pontos quentes“, sendo
inflamáveis e poeiras combustíveis.
mais eficazes do que os termômetros
Os produtos são cer tificados para Zonas 1, 2, 21 e 22, grupos IIC e IIIC, classe de temperatura T6 e grau de proteção IP 66W.
As caixas, produzidas na planta
infravermelhos IR. As caixas da Alpha são indicadas para ambientes com gases, poeiras e vapores inflamáveis.
Os termovisores são compactos
e destinados aos profissionais das áreas de energia, manutenção preditiva, gestão de instalações,
industrial da empresa em São Paulo,
inspeção de edifícios e mercados
são fabricadas em liga de alumínio fundido copper free,
de ventilação e de ar condicionado,
apresentando alta resistência mecânica e à corrosão.
entre outros.
Os produtos contam com cer tificado TUV 13.1081, em
conformidade com a Por taria 179 do Inmetro e atendem às
LCD colorido de 3”, lentes grande
normas ABNT NBR IEC 60079-0, ABNT NBR IEC 60079-7, ABNT
angular sem foco, controles intuitivos,
NBR IEC 60079-31 e ABNT NBR IEC 60529.
câmera digital de 640x480 pixels e a
A nova série conta com display
tecnologia MSX, que funde imagens térmicas e fotos digitais para criar imagens térmicas mais nítidas.
Os termovisores são fornecidos com cartão SD de memória com adaptador, bateria recarregável, fonte de alimentação, cabo USB, cabo de vídeo, alça de mão, tampa da lente, maleta rígida e software Flir Tools.
Medição e localização de descargas parciais www.baur.at
A Baur Prüf-und Messtechnik GmbH anunciou o lançamento do “liona“, um equipamento por tátil para
medição e localização online de descargas parciais em operação. Segundo a empresa, com o produto, é possível submeter cabos de média e alta tensão, assim como quadros de distribuição, a um teste rápido quanto a descargas parciais, sem grande dispêndio e sem desligamentos. Para a medição na rede energizada, junto com o instrumento de medição, são fornecidas pinças de corrente de alta frequência especiais. Elas permitem o desacoplamento do sinal de descarga parcial na blindagem do cabo.
Para obter informações conclusivas apesar da operação de rede ativada, o software do equipamento
distingue os sinais de interferência (por exemplo causados por procedimentos de manobra) das descargas parciais a serem medidas. Esta distinção é possível com o algoritmo DeCIFer®, da IPEC Ltd., como elemento-chave do software.
As medições são exibidas automaticamente por meio de um gráfico de visualização, que fornece
O equipamento é fornecido com acopladores capacitivos, aplicados, por exemplo, em medições em quadros de distribuição.
informações sobre o valor e o tipo das descargas parciais. Com um gerador de pulsos iPD opcional é possível localizar com precisão as descargas parciais e determinar o comprimento do cabo – também durante a operação. Para isso, o gerador de pulsos é acoplado ao segmento de cabo por meio de um HFCT na outra extremidade do segmento de cabo.
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Disjuntores www.rockwellautomation.com.br
A Rockwell Automation acaba de lançar uma linha
global de disjuntores em caixa moldada. A nova linha atende às normas de cer tificação globais, como CE, CSA, CE e CCC. Todos os produtos estão em conformidade com a norma RoHS e apresentam redução de materiais nocivos ao meio ambiente. Entre as vantagens da globalização, estão a simplificação da compra e a redução dos prazos de entrega.
Os disjuntores Allen-Bradley 140G em caixa moldada
De acordo com a Rockwell, boa parte dos produtos é compatível com a norma IEC.
protegem contra condições de sobrecarga, curto-circuito e falha à terra. Os oito tamanhos cobrem uma faixa de corrente de 15 A a 3.000 A e uma faixa de tensão entre 200 V a 690 V. Todos os tamanhos estão disponíveis nas versões de três e quatro polos. A linha apresenta maior proteção contra curto-circuito com coordenação, disponível para motores de 0,1 kW a 630 kW, correntes de falha até 150 kA e tensões de operação até 690 V.
A família de minidisjuntores Allen-Bradley oferece proteção de ramais de circuitos, proteção suplementar e de fuga à terra. Este por tfólio expandido
de circuitos de controle e proteção de carga apresenta grau de proteção IP20 (segurança para os dedos), oferece uma ampla variedade de acessórios e apresenta um projeto versátil de terminais em gaiola dupla. Os disjuntores 1489-M e 1492-SPM têm corrente nominal entre 0,5 A e 63 A e oferecem conexões reversíveis para a rede e para as cargas. O disjuntor miniatura 1489-M proporciona proteção de circuito de ramais com limitação de corrente e é adequado para condições extremas. Já o modelo 1492-SPM protege equipamentos, sistemas e cabos por meio de uma interrupção rápida. O disjuntor miniatura 1492-RCDA detecta e interrompe fuga à terra para proteção de equipamentos.
Painel de normas
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.
Aneel aprova modelo de edital para contratação de energia em sistemas isolados Conforme o novo padrão, fica a cargo das distribuidoras destes sistemas a realização de leilões em suas áreas de atuação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de sua diretoria, aprovou no dia
20 de maio o modelo de edital para a contratação de energia elétrica e potência associada nos sistemas isolados. De acordo com a agência, esta medida foi deliberada em reunião pública ocorrida em sua sede com o objetivo de atender ao decreto nº 7246/2010.
Conforme este modelo de edital, fica a cargo das distribuidoras dos sistemas isolados a
realização de leilões em suas áreas de atuação. O documento estipula também que a Comissão Especial de Licitações (CEL) da Aneel seja a responsável pelo repasse dos parâmetros específicos de cada cer tame às respectivas concessionárias e pela orientação a estas empresas na época do lançamento dos editais.
O modelo de edital ficou em audiência pública de 31 de maio até 15 de agosto de 2013 e
recebeu 109 contribuições de oito agentes do setor.
MME publica portaria que define sistemática para os leilões A-5 Certames terão uma primeira fase para a disputa pela concessão de usinas hidrelétricas com potência superior a 50 MW e uma segunda fase com disputa simultânea de três produtos com fontes e, eventualmente, prazos distintos
A sistemática para os leilões
A-5, os leilões de compra de energia elétrica de novos empreendimentos de geração, foi definida pelo Ministério de Minas e Energia (MME) por meio da Por taria nº 203, publicada em 19 de maio, no Diário Oficial da União (DOU).
Conforme o MME, os leilões A-5
terão uma primeira fase para a disputa pela concessão de usinas hidrelétricas com potência superior a 50 MW e uma segunda fase com a disputa simultânea de três produtos, com fontes e, eventualmente, prazos distintos.
São eles: produto quantidade, para empreendimentos hidrelétricos, contratados na modalidade
por quantidade de energia elétrica; produto disponibilidade termoelétrica, para empreendimentos termoelétricos, como usinas a carvão, a gás natural e a biomassa, contratados na modalidade por disponibilidade de energia elétrica; e produto disponibilidade eólica e solar, para empreendimentos de fonte eólica e solar, contratados na modalidade por disponibilidade de energia elétrica.
Painel de normas
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Cinco projetos de revisão estão em consulta pública no site da ABNT • Isoladores para linhas aéreas
Permanece em consulta nacional no site da ABNT (www.abnt.org.br), até o próximo dia 13 de
junho, o 2º projeto de norma da ABNT NBR 5032, intitulada Isoladores para linhas aéreas com tensões acima de 1.000 V – Isoladores de porcelana ou vidro para sistemas de corrente alternada. A última reunião para a elaboração do projeto havia acontecido em dezembro de 2013.
O objetivo desta norma é definir os termos utilizados; estabelecer as características dos
isoladores e as condições sob as quais os valores especificados para tais características devem ser verificados; estabelecer procedimentos de ensaio; e estabelecer critérios de aprovação.
O escopo do projeto informa que a norma também se aplica aos isoladores para sistemas de
tração elétrica em corrente contínua; e às unidades de isoladores para cadeias, isoladores rígidos para linhas aéreas e a isoladores de projeto similar, quando utilizados em subestações.
• Material isolante elétrico
Desde o final de 2011, a Comissão de Estudos de Isoladores para Linhas Aéreas e Subestações
(CE-03:030.01) do CB-03 trabalha no projeto da norma ABNT NBR 10296. Agora, em abril de 2014, a norma, que trata da avaliação da resistência ao trilhamento e erosão sob condições ambientais severas do material isolante elétrico, ficou pronta e está em consulta pública até 27 de junho.
O escopo do projeto informa que a nova norma estabelece os métodos para avaliação da
resistência ao trilhamento e à erosão de material isolante elétrico para uso sob severas condições ambientais, com frequências industriais (48 Hz a 62 Hz), usando um líquido contaminante e corpos de prova em plano inclinado.
• Cabos não halogenados
Também em consulta pública até 27 de junho deste ano, o projeto de revisão da norma ABNT
NBR 13428, elaborado pela Comissão de Estudos de Cabos Isolados (CE-03:020.03) do CB-03, especifica os requisitos de desempenho exigíveis para cabos de potência e condutores isolados sem cober tura, não halogenados e com baixa emissão de fumaça, para instalações fixas e tensões até 1 kV. O escopo informa ainda que estes cabos devem ser utilizados em locais com alta densidade de ocupação e/ou com condições de fuga difíceis, conforme a ABNT NBR 5410.
• Isolador tipo castanha e isolador tipo roldana de porcelana ou de vidro
A Comissão de Estudo de Isoladores para Linhas Aéreas e Subestações (CE-03:036.01) do
CB-03 elaborou dois projetos de revisão de norma que estão atualmente em consulta pública no site da ABNT e lá devem permanecer até 13 de julho deste ano.
O projeto ABNT NBR 6248 especifica as dimensões, as características mínimas exigíveis e os
ensaios para isoladores tipo castanha, com dielétrico de porcelana, para utilização em sistemas de corrente alternada, com tensão nominal superior a 1.000 V e frequência abaixo de 100 Hz, para uso externo.
Já o projeto ABNT NBR 6249 especifica as dimensões, as características mínimas exigíveis e
os ensaios para isoladores tipo roldana, com dielétrico de porcelana ou vidro, para utilização em sistemas de corrente alternada, com tensão nominal superior a 1.000 V e frequência abaixo de 100 Hz, para uso externo.
Unitron 1 1/3
Unitron 1 1/3
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Avenida 23 de maio recebe nova iluminação a Led A brasileira Unicoba venceu concorrência da prefeitura para ser a fornecedora das luminárias do projeto de modernização da importante via da capital paulista
Um dos principais corredores de São Paulo,
a avenida 23 de maio, acaba de passar por um processo de modernização de sua iluminação. O Gurpo Unicoba, que atua nos segmentos de energia elétrica, eletrônica, informática e serviços, foi uma das empresas que participou do projeto, tendo vencido a concorrência da prefeitura para fornecer as luminárias de Leds.
A empresa forneceu 774 luminárias com
tecnologia de Led, com potência nominal de 280 W e alta eficiência energética. Estão dispostas em mais de dez quilômetros da via, cobrindo o corredor norte-sul, desde a Avenida Washington Luís até a região do aeroporto de Congonhas.
As luminárias de Led substituíram os antigos
equipamentos a vapor de sódio, com potência nominal de 400 W, existentes na via. Conforme o diretor da divisão de eficiência energética da
As novas luminárias, com potência nominal de 280 W e alta eficiência energética, estão dispostas em mais de dez quilômetros de via.
Unicoba, Custódio Neto, os novos equipamentos
qualidade e estabilidade de luz e visão branca, não
como fornecedora das luminárias, o diretor
propiciaram uma redução significativa de energia,
diminui apenar o risco de acidente com condutores,
esclarece que a administração da iluminação
contudo, o projeto do qual participou a Unicoba
mas também de pedestres. Isso porque a iluminação
pública da cidade de São Paulo fica a cargo do
não diz respeito apenas à eficiência energética.
de Led valoriza as chamadas vias pedonais
Departamento de Iluminação Pública (Ilume),
Trata-se também, segundo Neto, de um projeto
(calçadões), onde se encontram os pedestres.
atrelado à Secretaria Municipal de Serviços, que
de valorização do espaço urbano. Nesse sentido,
Neto explica que a iluminação viária não se resume
terceiriza parte de sua responsabilidade, no caso,
as luminárias de Led preservaram um conceito da
apenas à rua em que circulam os veículos, mas
manutenção do dia-a-dia para o mercado. O
cidade conhecido como “corredor branco”, que
também às calçadas. “E, para esse projeto, toda a
consórcio que, na atualidade, é responsável por
tem a avenida 23 de maio agora como uma de suas
via ficou iluminada e valorizada: o canteiro central,
este serviço é a SP Luz, que, por sua vez, tem
expressões. “O que havia lá era vapor de sódio,
todas as faixas e mais a pedonal”, completa.
expansões dos equipamentos de iluminação pública
que dava uma cor mais amarelada. O intuito foi
previstas no contrato.
preservar o conceito que se queria valorizar e lá
da empresa destaca ainda a característica de o
realmente virou um corredor”, explica o diretor.
produto estar preparado para suportar oscilações
produtos e submetê-los a avaliações para que
A questão de segurança também é contemplada
de tensão na rede sem prejuízo para a iluminação.
posteriormente seja feita a aquisição. Foi o que
neste projeto. De acordo com o gerente de produtos
“Isso é extremamente importante. Na rede do país,
o consórcio fez neste caso da modernização da
Led da divisão de eficiência energética da Unicoba,
de maneira geral, a qualidade de energia é baixa.
iluminação na Avenida 23 de maio. Junto com
Rodrigo Ricardi, quando há a transformação de
E ter um produto que consiga suportar isso sem
diversas outras empresas da área, a Unicoba
iluminação de uma via, principalmente, via rápida,
prejudicar a emissão e preservando a vida útil é
participou da concorrência, passando por algumas
como é a 23 de maio, de vapor de sódio, que
fundamental”, diz Neto, sublinhando que a vida útil
etapas.
emite uma luz amarela, relativamente pobre em
das luminárias é de 50 mil horas.
O diretor da divisão de eficiência energética
Longo caminho percorrido
parte, os profissionais do Ilume fizeram uma análise criteriosa de documentos, visando verificar se os
de visualização dos automóveis que estiverem trafegando na via, reduzindo acidentes.
concorrência que levou à contratação da Unicoba
Uma via mais bem iluminada, com mais
A primeira, segundo Neto, foi o processo de
homologação, que durou cerca de um ano. Nesta
termos de reprodução de cor, para Led, que emite uma luz mais rica, aumenta-se o nível de distância
Cabe, então, à SP Luz fazer as seleções de
Antes de explicar em detalhes o processo de
equipamentos estavam qualificados para atender aos critérios normativos desejados pela prefeitura.
As luminárias de Led preservaram um conceito da cidade conhecido como corredor branco, que tem a avenida 23 de maio agora como uma de suas expressões.
Conforme o diretor, o produto da Unicoba foi o primeiro a ser homologado.
Logo em seguida, deu-se a segunda etapa
do processo: a de projeto. Nesta fase, que durou cerca de três meses, avaliou-se qual seria o comportamento das curvas de determinada luminária, dentro de um projeto, tendo como critério fundamental que a posteação não fosse modificada nem em termos de altura e nem de distância. Isso, segundo Neto, foi um grande desafio porque, normalmente, é necessário fazer um ajuste, ou em termos de altura ou de distanciamento para obter a curva desejada. “E a nossa luminária teve um comportamento no desenho que foi adequado para a realidade que enfrentamos no dia a dia do Brasil”, diz.
A terceira e última fase baseou-se em
critérios mais comerciais, avaliando-se o preço e a disponibilidade do produto. O diretor da divisão de eficiência energética conta que a exigência da prefeitura foi de que a implementação do projeto tivesse que ser feita bem antes da abertura do Copa do Mundo. O objetivo era que antes do dia 15 de maio as luminárias estivessem instaladas. “Nós entregamos isso em dias. Em quatro ou cinco dias após a assinatura do contrato, os produtos estavam entregues”, declara.
A fábrica da Unicoba está localizada em
Extrema, no Sul de Minas Gerais, município muito próximo não só do Estado de São Paulo, mas também da capital paulista, o que, segundo o diretor Neto, facilitou a entrega dos produtos. Isso talvez não tenha sido determinante no momento para a prefeitura escolher as luminárias da Unicoba, mas, depois, quando eles viram os produtos realmente chegaram no prazo determinado, Neto acredita que isso tenha feito a diferença.
Painel de empresas
24
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Coel comemora 60 anos de atividades no Brasil Empresa celebra bons resultados financeiros e almeja crescimento de até 30% para 2014
A fabricante de controladores para
automação industrial e refrigeração, Coel, reuniu, no mês de abril, a imprensa e seus colaboradores para celebrar o sexagenário da empresa. Na ocasião, o presidente do conselho de acionistas, Enrico Vezzani, falou sobre as conquistas e os novos projetos da Coel. Segundo ele, embora o crescimento da empresa em 2013 tenha sido elevado, de 33%, o número ficou abaixo do esperado. “Esperávamos incremento de 45% no faturamento de 2013 frente a 2012, especialmente por conta do novo mercado de atuação, o de refrigeração. A expectativa agora é que 2014 acompanhe o ritmo do ano passado e apresente crescimento entre 25% e 30%”, prevê.
A Coel foi fundada em 1954 com a proposta
de fabricar e comercializar painéis para automação industrial. Essa atividade, até então incipiente no Brasil, começou a ganhar mercado e, no lugar de ter os clientes como concorrentes, a empresa mudou seu foco e apostou na produção de componentes para painéis elétricos, área em que atua até hoje.
Especializada na produção de controles para
automação industrial, a Coel implantou sua fábrica na cidade de Manaus no ano 2000 e, dez anos depois, iniciou a fabricação de instrumentos para
Enrico Vezzani, presidente do conselho de acionistas da Coel.
pequena linha produtiva na cidade de São Paulo,
cerca de 5.000 m² e apresenta uma capacidade
onde também está localizada toda sua área
de produção de 60 mil produtos por mês. Nesta
comercial e administrativa, mas quase a totalidade
planta de Manaus, são produzidos os itens de maior
da sua linha de produtos é fabricada em Manaus
aceitação no mercado, como os modelos RTST 20,
(AM). Esta unidade industrial ocupa uma área de
BWT 40 e TLB30, entre outros.
refrigeração, segmento que ajudou a alavancar os negócios da empresa.
Vezzani conta que, no princípio, a produção de
instrumentos era artesanal para uso próprio, para serem usados dentro dos painéis. “Naquele tempo, o Brasil não tinha uma indústria de componentes para automação industrial e meu pai, fundador, começou a fabricá-los para não depender somente da importação e acabou criando uma demanda para esses produtos”, lembra.
Uma joint venture realizada no ano de 2010
com a italiana AsconTecnologic permitiu a troca de experiências, de tecnologias e novos investimentos em produtos. Assim, a Coel conta hoje com uma
Fábrica localizada em Manaus (AM) produz cerca de 60 mil produtos por mês.
Painel de empresas
26
O Setor Elétrico / Maio de 2014
ABB apresenta sistema com tecnologia de segurança cibernética Equipamento, que será lançado oficialmente em julho, tem como principal inovação dispositivos visando à proteção contra cyber ameaças
A ABB, empresa especializada em tecnologias de energia e automação, apresentou ao mercado
brasileiro em meados de abril, a sexta versão do seu Sistema de Controle Distribuído (SDCD), sistema 800xA. O equipamento, que será lançado oficialmente, no dia 1° de julho, tem basicamente a mesma estrutura das versões anteriores, consolidando processo, energia, segurança e telecomunicações em único sistema. A inovação está nos dispositivos visando a proteção contra cyber ameaças.
Nesse sentido, conforme a ABB, o SDCD 800xA irá fazer parte do portfólio da
companhia composto por recursos de segurança como controle avançado de acesso, listagem branca e os meios para monitorar e gerenciar a integridade de segurança e o sistema de controle, tais como: sistema operacional MS mais atual Windows MS 8.1/ servidor 2012 R2; sistema aprimorado que define automaticamente as políticas de simplificação e robustez do sistema; código de assinatura digital para certificar o código de legitimidade do software; e acesso mais rápido e imediato aos arquivos aprovados pelo antivírus.
O Sistema 800 x A da ABB apresenta mesa de colaboração, que proporciona uma visão 3D de indicadores de desempenho da planta, possibilitando novas formas de visualizar, corrigir e analisar dados.
Além destes dispositivos, a nova versão de SDCD da ABB apresenta roteadores wireless, que permitem a implantação segura de clientes do operador móvel,
manutenção de locais de trabalho e até mesmo controles de processo; mesa de colaboração, que proporciona uma visão 3D de indicadores de desempenho da planta, possibilitando novas formas de visualizar, corrigir e analisar dados. Além disso, uma nova plataforma de gerenciamento de informações aumenta a conectividade segura para que os dados possam ser recolhidos de forma segura e usados para a mineração e análise. O sistema, segundo o fabricante, oferece ainda melhorias da lista de tendências e alarmes, sistema de endereço público integrado e interface KNX que traz o ambiente do operador para solução global.
O sistema SDCD Sistema 800xA começou a ser produzido pela ABB há cerca de dez anos. Atualmente, são mais de dez mil sistemas deste tipo instalados em mais
de 100 países. A empresa decidiu, então, comemorar sua trajetória e o lançamento do produto com um tour de divulgação do produto, denominada Turnê Mundial de Controle. São Paulo foi a segunda cidade escolhida para a apresentação. A primeira foi Hannover, na Alemanha. Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, Vasteras, na Suécia, Lago Maggiore, na Itália, Guangzhou, na China, Essen, também na Alemanha, e Singapura, em Singapura, também já participaram do evento promovido pela ABB. As próximas cidades serão Calgary, no Canadá, e Houston, nos Estados Unidos.
Nexans lança cabo com “plástico verde” A novidade, chamada de Eco Afitox, é proveniente da cana-de-açúcar e emite menos CO2 durante seu processo de extração, sendo menos agressiva ao meio ambiente
A Nexans lançou oficialmente no último dia 6 de maio o seu mais novo cabo livre de halogênio, o Eco Afitox. O novo produto, continuação do já conhecido Afitox, possui
basicamente as mesmas características que seu antecessor – por ser não halogenado, apresenta baixa emissão de fumaça e não gera gases tóxicos. A diferença está na sua característica construtiva, uma vez que o novo cabo é produzido com o chamado “plástico verde” (biopolietileno), oriundo da cana-de-açúcar.
Conforme o gerente de produtos da Nexans, Leonel Rodrigues, a cana-de-açúcar é uma fonte renovável que emite menos CO2
durante seu processo de extração, o que faz com que o cabo Eco Afitox seja menos nocivo ao meio ambiente do que o cabo Afitox normal, cujo material produtivo é o polietileno comum, fabricado a partir de petróleo ou gás natural. Não obstante a diferença de matéria-prima, Rodrigues afirma que o novo produto manterá a mesma propriedade, desempenho e versatilidade de aplicações que o Afitox.
O novo condutor está sendo produzido nas cores preto, branca, azul, vermelha, verde, verde e amarelo, e amarelo, nas seções
de 1,5 mm² a 240 mm² e nas tensões de 450 V e 750 V. Rodrigues explica que os cabos em 750 V daqui em diante não serão mais produzidos em tecnologia Afitox, que continuará a ser fabricado somente para cabos com tensões de 1 KV.
Durante o lançamento oficial do produto, realizada em São Paulo, o engenheiro eletricista, superintendente da Associação Brasileira
Não obstante a diferença de matéria-prima, o novo produto manterá a mesma propriedade, desempenho e versatilidade de aplicações que o Afitox.
de Certificação de Instalações Elétricas (Certiel Brasil), Eduardo Daniel, ministrou uma palestra em que falou um pouco sobre o trabalho da associação criada em 2008 com o intuito de oferecer o serviço de certificação técnica de instalações elétricas de acordo com a norma ABNT 5410 e outras áreas específicas.
No evento, comentando a respeito do cabo Eco Afitox e da preocupação da Nexans com a questão ambiental, Daniel declarou que o aspecto da sustentabilidade ainda não é
requisito de normas, sejam elas brasileiras ou internacionais, mas que pode ser em breve. Conforme o superintendente, as normas IEC de produtos já estão saindo com um anexo, por enquanto informativo, tratando de aspetos relacionados à sustentabilidade. Nesse sentido, a Nexans estaria se adiantando ante um possível requerimento de norma.
Painel de empresas
28
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Nova fabricante de grupos geradores chega ao Brasil Com investimento inicial de R$ 10 milhões, Himoinsa do Brasil é instalada em Contagem (MG) com capacidade de produção de duas mil unidades por ano
Com o objetivo de alavancar sua marca e conquistar o mercado
brasileiro, a espanhola Himoinsa chega ao Brasil com a proposta de produzir cerca de dois mil grupos geradores por ano. Com planta industrial instalada na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a Himoinsa do Brasil recebeu investimento inicial de R$ 10 milhões, atingindo os R$ 40 milhões em uma segunda etapa.
Os produtos fabricados no Brasil são grupos geradores de 25 kVA a 750
kVA (standby) e torres de iluminação. A par tir de 750 kVA, o produto será impor tado da sede do Grupo Himoinsa, localizada na Espanha.
A empresa oferece ao Brasil uma ampla gama de produtos para
diferentes mercados, como setores de mineração, construção, serviços, agricultura, residencial, telecomunicações, entre outros, oferecendo energia tanto para operação em emergência como para operação contínua.
Para isso, a empresa está trabalhando na criação de uma rede de distribuição no país. Conforme explica o diretor de vendas, Eder Rodrigues, “a
intenção da empresa é investir no desenvolvimento de uma sólida rede de distribuidores e na promoção da marca, a fim de posicionar a Himoinsa no mercado brasileiro, como tem feito nos demais mercados internacionais”.
Atualmente, a Himoinsa é considerada a maior fabricante de unidades geradoras de energia da Espanha, a terceira na Europa e uma das cinco
maiores em todo o mundo. A multinacional tem 12 subsidiárias em Cingapura, Dubai, Angola, Itália, Por tugal, Alemanha, Polônia, Reino Unido, México, Panamá, Argentina e República Dominicana, além de oito centros de produção na Espanha, China, França, Índia, Estados Unidos e Brasil. Possui também uma ampla rede de distribuidores, que lhe permite estar presente em mais de 100 países dos cinco continentes.
Serão produzidos no Brasil grupos geradores de 25 kVA a 750 kVA.
Evento
30
Hannover
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Por Massimo Di Marco*
Rittal apresenta lançamentos na Hannover Fair A convite da Rittal, executivos de suas filiais em diversos países, empresários brasileiros e a revista O Setor Elétrico visitaram uma das principais feiras industriais do mundo e conheceram de perto as instalações da empresa na Alemanha
Entre 6 e 11 de abril, executivos de
foi recepcionada, na Alemanha, pelo diretor
Alemanha, cujo enfoque está na produção
diversas nacionalidades estiveram reunidos
presidente da unidade Brasil da Rittal, José
dos painéis TS8 – modelo de maior sucesso
para visitar as fábricas da Rittal nas cidades
Teixeira. Em seguida, a programação incluiu
mundial. São produzidos cerca de 2.400
de Rennerod, Rittershausen e Herborn, na
uma visita ao parque industrial da empresa
painéis por dia, incluindo os do tipo padrão e
Alemanha. A caravana, que incluiu a revista O
em Rennerod. Na ocasião, executivos da Rittal
customizados. O estoque tem capacidade para
Setor Elétrico, conseguiu conhecer de per to
declararam ser a única fabricante de sistemas
150 mil painéis, que são distribuídos para todo
a fabricação de produtos, como armários e
de ar condicionado no mundo a testar 100%
o mundo. No Brasil, o painel TS8 é o carro-
caixas para distribuição de energia, assim como
eletronicamente seus produtos com relatórios
chefe de vendas da empresa.
equipamentos para climatização, setor de óleo
online, bem como a realizar testes de “burn
e gás, bem como infraestrutura para Tecnologia
in” por amostragem, que visam analisar a vida
levados até a fábrica de Herborn, atual sede da
da Informação (TI). Além disso, o roteiro incluiu
útil do equipamento, garantindo, assim, mais
Rittal, que domicilia toda a equipe de vendas
visitas à Hannover Fair e à unidade industrial da
qualidade aos produtos.
e de marketing da empresa, sendo também
Volkswagen, em Wolfsburg, considerada o maior
responsável pela fabricação de caixas modelo
parque fabril do mundo.
a unidade industrial de Rittershausen,
AE. Esta produção, totalmente automatizada,
considerada a principal fábrica da Rittal na
manufatura cerca de 20 mil caixas por dia,
Com uma agenda movimentada, a caravana
A comitiva conheceu, no dia seguinte,
Neste mesmo dia, os convidados foram
31
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Comitiva viajou à Alemanha a convite da Rittal.
também encaminhadas para todo o mundo,
visitação à fábrica da Volkswagen, na cidade de
a maior fábrica automotiva, responsável pela
inclusive para o Brasil.
Wolfsburg. Esta unidade é considerada o maior
produção de um milhão de veículos por ano,
parque fabril do mundo, assim como também
número equivalente a 25% da produção total
Um dos pontos altos da programação foi a
Evento
32
Hannover
anual de automóveis no Brasil. Para isso, são
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Rittal na Hannover Fair
empregados cinco mil robôs, quantidade duas vezes maior que o número de robôs em operação
no Brasil. A visita teve um motivo: a unidade utiliza
irmãs, Eplan, Cideon e Kiesling, levou para a
painéis elétricos fabricados pela anfitriã Rittal.
Hannover Fair algumas soluções para cadeias
A Rittal, juntamente com suas empresas-
de valor integradas na montagem de painéis
Hannover Fair
elétricos, as quais foram apresentadas em um estande de cerca de 2.000 m², sob o lema “Next
Considerada a maior feira industrial do
Level for Industry” (em português “próximo nível
mundo, a Hannover Fair atrai milhares de
para a indústria”).
visitantes de diversos países. Vitrine das
principais tecnologias dos setores elétrico,
Gonçalves, explicou que o conceito adotado para o
eletrônico e automação, o evento dita tendências.
lema tem em vista a denominada “Indústria 4.0”,
Para se ter uma ideia, a edição deste ano ocupou
que trata de uma nova revolução industrial, em
uma área de mais de 240 mil m² e contou com
que o chão de fábrica, os produtos e a internet
a participação de mais de 510 expositores,
se comunicam de forma avançada. Este conceito
provenientes de 60 países, sendo a Holanda o
pode ser observado tanto na visitação das
país parceiro convidado deste ano. O público
fábricas, quanto no evento. Segundo o executivo,
superou as expectativas dos organizadores:
este conceito também será levado ao Brasil e
de energia compacta podem ser facilmente
foram cerca de 250 mil visitantes, dos quais
trabalhado junto aos clientes, começando pela
implementados em aplicações industriais e na
aproximadamente 1.000 eram brasileiros.
divulgação da ideia até a aplicação dos produtos
construção civil.
Rittal. A empresa investiu dois milhões de euros na
feira teve como meta estimular a busca contínua
sua participação na Hannover Fair.
painéis baseado em uma norma americana, a
pela eficiência, segurança e sustentabilidade
De acordo com o vice-presidente executivo
Rittal teve como objetivo facilitar a instalação
dos recursos na produção e na logística, com
da Rittal para Gestão de Produtos, Uwe Scharf,
de disjuntores em painéis. O sistema está em
uma cober tura abrangente das principais
mesmo que ainda leve alguns anos antes da
conformidade com a NR 10, pois impede a
tecnologias industriais. Nesta edição, o evento
visão da indústria 4.0 ser implementada, algumas
aber tura não só da coluna onde está instalado
reuniu sete segmentos, como se agrupasse
abordagens promissoras já foram alcançadas
o disjuntor, mas também de todo o conjunto
sete feiras em um mesmo lugar: automação
pela empresa. “Padronização consistente e
de painéis acoplados, quando estiverem
industrial, energia, MobiliTec, fábrica digital,
modelos abrangentes de informações de produtos,
energizados
abastecimento industrial, indústria verde, além
armazenamento de dados consistente, processos
de pesquisa e desenvolvimento.
coordenados em toda a engenharia, bem como
a nova engenharia mecânica automatizada, são
Com a temática “Indústria integrada”, a
“Como se poderia esperar de uma das
O gerente de produtos da Rittal, Fabrício
mais impor tantes feiras de tecnologia industrial
pré-requisitos essenciais para a implementação da
do mundo, neste ano, a Hannover Fair focou
Indústria 4.0", acrescentou.
na principal tendência que molda a paisagem
industrial hoje – a integração e as tecnologias
durante o evento foram as ferramentas de
que a impulsionam. Além disso, os visitantes
software conectadas (Eplan Electric P8 ,
puderam ver uma gama de soluções para
EPLAN Pro Panel, Rittal Therm e Rittal Power
os desafios industriais do futuro, por meio
Engineering), assim como a tecnologia de
de componentes individuais para linhas de
máquinas automatizadas da Kiesling, e o robô para
produção totalmente funcionais e inteligentes”,
fiação Averex, que já está pronto para produção
declarou Marc Siemering, vice-presidente sênior
em série.
da Messe, responsável pelo evento.
sua plataforma Ri4Power com a adição de um
A próxima edição da Hannover Fair será
A ampliação de plataforma Ri4Power foi um dos destaques da empresa durante o evento.
Com o novo sistema de inter travamento de
Uma das soluções exibidas pela empresa
Em termos de produtos, a Rittal ampliou
realizada entre os dias 13 e 17 de abril de
sistema de barramento recém-desenvolvido de
2015.
185 mm. Desta forma, os sistemas de distribuição
Sistema de intertravamentos facilita a instalação dos dispositivos.
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
A Rittal no Brasil
Com exclusividade, o diretor presidente da unidade Brasil da Rittal, José Teixeira, falou à revista
O Setor Elétrico sobre mercado brasileiro, logística e investimentos. Acompanhe os principais pontos abordados pelo executivo durante a entrevista:
Mercado brasileiro A Rittal está focada hoje em três mercados, por conta do potencial que eles apresentam. São eles: Brasil, China e Estados Unidos. A Rússia também vem conquistando espaço nesta prioridade. No caso do Brasil, as maiores oportunidades estão na infraestrutura, principalmente, nas áreas de energias renováveis, óleo e gás, alimentos e bebidas, e automotiva. Os investimentos estão canalizados na qualificação profissional e no aumento da capacidade produtiva.
Preço Por conta do aumento de volume de vendas conquistado nos últimos anos, somado à qualidade no processo produtivo, hoje, a Rittal consegue aplicar uma relação custo/benefício significativa e, consequentemente, ser bastante competitiva. Para manter a liderança existe um grande volume de investimentos em tecnologia de ponta e isso precisa ser considerado pelo cliente na hora de optar por uma solução Rittal.
Logística A Rittal está aumentando o seu pool de agentes (vendas diretas) em todo o Brasil. Isto se faz necessário para não prejudicar a entrega. Ao mesmo tempo, a Rittal desenvolve seus montadores e integradores warehouse remotos, conseguindo, assim, criar estoques de produtos standards a serem customizados no local. Outra novidade implementada foi um acordo assinado com os Correios, por meio do qual, peças pequenas, com até 1 m de diâmetro, nas três dimensões, pesando até 30 quilos, serão entregues via Sedex, agilizando a entrega de acessórios e, ao mesmo tempo, diminuindo perdas.
Investimentos A diretoria alemã, em 2013, já aprovou a implementação de uma nova fábrica no Brasil. A fábrica atual será expandida em 2.400 m², onde será instalada uma cabine de pintura a pó. Esta expansão visa aumentar a área de logística de produção e provavelmente dará início à fabricação de caixas AE, que, atualmente, são importadas da Alemanha. A expectativa é que a expansão da fábrica ocorra em 2015 por conta do crescimento de vendas alcançado nos últimos três anos.
José Teixeira, diretor presidente da Rittal no Brasil.
*Massimo Di Marco é diretor da Atitude Editorial e viajou à Alemanha a convite da Rittal.
Evento Por Bruno Moreira
34
Expolux
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Expolux dita tendências e discute iluminação pública em São Paulo
Evento recebeu 21 mil visitantes e foi palco para seminário que discutiu, entre outros assuntos, a responsabilidade pelos ativos da iluminação pública no país peculiaridades. Conforme o diretor, na hora
pagar e parte vou dar uma contraprestação, eu
Internacional da Indústria da Iluminação (Expolux
de avaliar o melhor modelo os municípios têm
tenho que olhar o remédio certo para o problema
2014), realizada entre os dias 22 e 26 de
que levar em conta os possíveis ganhos com
certo. E olhar no projeto, a estrutura de negócio,
abril, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP),
eficiência energética, que podem ser menores,
ganhar junto para não perder sozinho”, diz
ocorreu o Seminário de Iluminação Pública, cujo
iguais ou maiores que a taxa interna de retorno
Krichanã, destacando que, além dos ganhos em
objetivo foi debater os rumos deste segmento
do projeto.
eficiência, os municípios podem usar para custear
no Brasil. A discussão teve como princípio a
determinado projeto as receitas acessórias que
resolução 414, de 2010, da Agência Nacional
cogitação e a concessão comum em que a
podem ser criadas com a iluminação pública.
de Energia Elétrica (Aneel), que instituiu que
receita vem toda do setor privado (que recebe
a distribuidora deve transferir os ativos de
o investimento de volta via tarifa) é a melhor
foi realizada pelo advogado especialista no
iluminação aos municípios. O evento, ocorrido no
saída. Se forem iguais, a melhor opção será uma
segmento de iluminação pública, Alfredo Gioelli,
dia 23 de abril, teve como um de seus destaques
concessão patrocinada, na qual há uma divisão
que falou sobre o impasse envolvendo alguns
a apresentação do diretor da SK Estruturação
de custos entre o setor público e setor privado.
municípios do Estado de São Paulo e a Aneel, em
de Concessões e Parcerias Público Privadas
Agora, se os ganhos com eficiência energética
relação à resolução 414 de 2010. O advogado
Ltda., Saulo Krichanã Rodrigues, que dissertou
forem menores, a opção mais viável é a PPP em
voltou a falar que a agência não tem qualidade
sobre o melhor modelo de contrato, visando o
regime de concessão administrativa, em que a
jurídica para determinar via resolução que os
investimento em projetos de iluminação pública
receita fornecida à empresa vem toda do poder
munícipios se tornem os responsáveis pelo
no país.
público.
gerenciamento do parque de iluminação. Para
“Quando eu vejo qualquer projeto de
Gioelli, tal decisão só cabe ao Ministério de Minas
entre o regime de concessão e Parcerias Público
investimento, seja de natureza econômica com
e Energia (MME), que poderia muito resolver essa
Privadas (PPPs), porque cada modelo tem suas
tarifa paga, seja um investimento, parte eu vou
pendência mediante portaria, mas não o faz.
Paralelamente à 15ª edição da Feira
Para Krichanã, não se trata de escolher
Se forem maiores, uma PPP está fora de
Outra apresentação de destaque do seminário
O Setor Elétrico / Maio de 2014
35
Segundo o advogado, esta é a tese que está
prevalecendo no Estado de São Paulo e que já acarretou em 52 ações judiciais movidas pelos municípios com o intuito de não receber os ativos de iluminação pública das concessionárias. Gioelli informou durante sua apresentação que, destas ações, 41 já tiveram liminares deferidas em primeira instância e confirmadas no tribunal regional federal da 2ª região; seis liminares foram indeferidas e mantidas pelo Tribunal Regional Federal (TRF) e cinco liminares foram indeferidas, mas estão em grau de recursos, aguardando a solução.
Participaram ainda do evento o coordenador
do Portal PPP Brasil, Bruno Pereira, que falou sobre a situação atual do mercado brasileiro no que concerne às PPPs; o diretor do departamento de iluminação pública da cidade de Curitiba (PR), Rodinei Caetano, que falou sobre os projetos da prefeitura municipal em relação à iluminação pública; o lighting designer e consultor da Godoy Luminotecnia, Plinio Godoy, que dissertou um pouco sobre projetos de iluminação urbana e a respeito da tecnologia Led; o gerente de venda no segmento de iluminação pública e governo da GE, Luciano Rosito, que fez uma apresentação sobre eficiência energética e as normas ABNT para o setor de iluminação pública; entre outros.
Aumento do número de expositores
A 14ª Expolux teve a participação –
considerada recorde pelos organizadores – de 300 expositores, número 40% maior do que o evento realizado em 2012, segundo o gerente de evento da Alcântara Machado, empresa responsável pela feira, Ivan Romão. Para atender o maior número de expositores, sua área de exposição também aumentou, passando de 22 mil metros quadrados em 2012, para 37.500 neste ano. Além disso, o evento teve a participação de mais de 21 mil visitantes, que puderam travar contato com mais de 600 lançamentos apresentados durante os cinco dias de feira, voltados em sua maioria para tecnologias como Led.
De acordo com os organizadores do
Evento
36
Expolux
Produtos lançados durante a Expolux 2014 Projetor de alta performance em Led www.wetzel.com.br
Lançamento da Wetzel na
Expolux 2014, o projetor de alta performance em Led, M01, possui como uma de suas principais características o baixo consumo de energia: 70% menor em relação às lâmpadas convencionais. O equipamento apresenta vida útil de 50 mil horas, driver acoplado e visor em Seminário teve como um de seus destaques palestra sobre o melhor modelo de contrato, visando o investimento em projetos de iluminação pública no país.
evento, a expectativa da indústria é de que os
Prêmio de design
negócios gerados durante a Expolux deste ano
sejam fundamentais para garantir ao setor de
realizada a edição 2014 do Prêmio Abilux Design
iluminação crescimento de 4% em 2014 quando
de Luminárias. O evento, que completou 20
comparado a 2013, que apresentou faturamento
anos, recebeu 97 inscrições de produtos, das
de R$ 4 bilhões. O presidente da Associação
quais foram selecionadas 24, que concorreram
Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux),
nas seguintes categorias: iluminação residencial;
Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, destaca que
comercial; industrial; pública; e monumental. Além
muitas indústrias que expuseram no evento
disso, houve uma categoria especial denominada
estão estimando crescimento até superior,
“conservação de energia”.
principalmente as que apostaram na inserção
de novas tecnologias em seus produtos, no
foi a luminária de teto, Dual Mix, da empresa
desenvolvimento de um design exclusivo e nas
Utiluz (Vertex), que teve como designer, João
exportações.
Francisco Adams Tcacenco. A Utiluz (Vertex), em
conjunto com Tcacenco e equipe técnica, também
Para continuar incentivando os participantes
Durante a Expolux, no dia 22 de abril, foi
Na categoria residencial, o produto vencedor
a realizarem negócios é que a Alcântara Machado
produziu a luminária de teto Slim Led, campeã
pretende incrementar ainda mais a Expolux na
na categoria comercial. Na categoria industrial,
sua versão 2016. Romão informa que objetivo
o primeiro lugar ficou com a luminária de teto
é aumentar novamente o espaço de exposição
Ágata, que foi produzida pela equipe de design
do evento, que continuará sendo realizado no
da Intral. Para iluminação pública e monumental,
Expo Center Norte, mas que abrangerá, além dos
a grande vencedora foi a luminária de mesa ST3
pavilhões branco e verde, parte do vermelho.
– Linha Street, desenvolvida pelos designers da
Cold Led Light. O prêmio especial de conservação
“Além disso, em 2016, há a ideia de setorizar a
feira em parte: decorativa, pública, cênica, comercial
de energia foi dado para o departamento de
e industrial”, diz Romão, revelando a vontade da
engenharia da empresa Trópico e seu produto TP
empresa de eventos em investir também em mais
8007 – Future.
conteúdo técnico e educacional, com a criação de
“hot spots” na feira, com exposições rápidas, para
receberam um certificado e um selo Abilux. Os
que a empresa fale de novidades e lançamentos e
segundos e terceiros lugares de cada categoria
de um congresso de design.
foram premiados apenas com o certificado e o selo.
Além de troféu, os primeiros colocados
policarbonato ou vidro. Com IP 65, é ideal para uso externo, podendo ser aplicado em fachadas, exposições, estacionamentos, campos esportivos, praças, etc.
Luminárias de Led www.intral.com.br
As luminárias de
Led Ágata e Nácar, para atender aos segmentos industrial e comercial, foram os grandes destaques da Intral. A luminária Ágata foi desenvolvida pensando em ambientes com elevada altura de montagem. Já a luminária Nacar para iluminar postos de combustíveis Ambas têm expectativa de vida de 70 mil horas e foram fabricadas para substituir os atuais sistemas que utilizam lâmpadas de multivapor metálico ou de vapor de sódio de 250W.
Spot www.startecimport.com.br
Os spots Cob Super Led, nos
formatos quadrado e redondo, e na cor branca, foram destaque da Startec na Expolux 2014. Os equipamentos, com potência de 12 W, apresentam, entre suas características técnicas, temperatura de cor de 6000 K; vida útil de duas mil horas; fluxo luminoso de 240 lm; eficiência de 80 lm por watt; e economia de até 90% em relação à luminárias convencionais.
Produtos lançados durante a Expolux 2014 Luminárias a Led de uso externo
Tubulares www.lampadasgolden.com.br
As novidades
luminária é montada com módulo de Leds e driver de alta eficiência, com IRC de 80 e disponível nas
Expolux 2014 incluem
temperaturas de cor 3000 K e 4000 K. O IP do
o lançamento da linha
produto é 40.
foi desenvolvido para diversos tipos de aplicação,
Luminária de embutir com difusor acrílico
sendo melhor e mais aplicado, no entanto, para
www.interlight.com.br
a tubular HO. Com potência de 48 W, o equipamento
luminárias a Led, da Lumicenter, é voltada para uso
iluminação geral de áreas maiores. O item apresenta
externo. Nesse sentido, apresenta opções para
economia de até 60% de energia elétrica frente
instalação em paredes ou postes. O produto pode
às fluorescentes tubulares convencionais, com a
ser encontrado em versões com uma a quatro
vantagem de não ser agressivo ao meio ambiente.
pétalas, com dois, três, ou quatro módulos de Led
aço com pintura eletrostática cor branca Ral-
da Golden para a
Ultraled. Um dos produtos de destaque desta linha é
Com grau de proteção IP 67, a Lex, família de
laterais. O equipamento é fabricado em chapa de 9003 e apresenta difusor em acrílico piramidal. A
www.lumicenter.com
O Setor Elétrico / Maio de 2014
cada e em opcionais sem poste ou com poste de
Luminária indoor
três a seis metros. Apresentando temperatura
www.eletroterrivel.com.br
A Skyled, luminária de embutir com
de cor de 5300 K e IRC 70, as luminárias são
difusor de acrílico, da Interlight, é fabricada
fabricadas com corpo em alumínio e pintura em
em alumínio com pintura eletrostática
preto fosco.
poliéster e está disponível nas cores branca microtexturizada, preta microtexturizada e
Iluminação profissional www.avantled.com.br
marrom cor ten. As cores do Led são branco
A Eletroterrível, revendedora de produtos
quente (3000 K) e branco neutro (3000 K) e
de iluminação, estava presente na Expolux 2014,
o fluxo luminoso dos itens varia de 760 lumens
Durante
divulgando as marcas de diversas empresas do
a 3600 lumens, com IRC de 80. O equipamento
a Expolux
setor, dentre elas, a GE Lighting. Desta empresa,
possui também driver bivolt incorporado e
2014, a Avant
um dos produtos de grande destaque na feira foi
autonomia de 25 mil horas.
realizou o
a luminária indoor GE Led Albeo, vencedora do
lançamento de
prêmio Next Generation Luminaires 2013 de Design
Luminárias tubulares de Led
diversos itens
em Iluminação de Estado Sólido. De acordo com a
www.nanoled.com.br
de iluminação
fabricante, esta luminária oferece maior segurança
de Led, de alta
no espaço de trabalho, melhoria na produtividade,
Produto
durabilidade
redução de erros e nas taxas de rejeição.
divulgado
e elevada intensidade de luz. Entre eles, destaque para a luminária High Bay Led, indicada para substituição das luminárias prismáticas com lâmpadas de descarga, para ser utilizada em
pela Nanoled
Luminária Led de embutir
na Expolux
www.guarilux.com.br
deste ano, as tubulares de Led
galpões, centros de distribuição, indústrias e demais
apresentam IP 41.
ambientes com pé direito de até 12 metros. A
A potência dos equipamento vai de 8 W a 23 W, seu
luminária é desenvolvida em liga de alumínio e Led
fluxo luminoso varia entre 1090 lm e 3120 lm e sua
de alta potência, o que permite aproveitamento total
tensão de entrada é de 85V-265V. A temperatura de
do fluxo luminoso e baixa emissão de calor. Possui temperatura de cor branca de 6000 K e índice de reprodução de cor IRC > 75.
Com moldura quadrada ou retangular, a
luminária Led de embutir, da Guarilux, é apropriada para ser colocada em forro gesso, fixa por molas
cor das lâmpadas Led das luminárias abrange a faixa de 2700 K a 6.000 K e sua carcaça é de alumínio, o que garante maior dissipação de calor.
39
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Luminárias de sobrepor www.taschibra.com.br
condomínios, entre outros; projetor, para fachadas, prédios históricos, pontes, etc.; e pública, para
Luminárias de embutir www.bonin.com.br
calçadas, vias, praças e túneis. O produto apresenta Especialmente
corpo reforçado em alumínio injetado, fluxo luminoso
desenvolvidas para
de 4.800 lúmens, driver interno de alto rendimento
frame é uma
iluminação de interiores,
(85%) e lentes e difusor anti-ofuscamento em
série de
as luminárias TA 51,
vidro temperado 4 mm, policarbonato ou acrílico
luminárias de
da Taschibra, são uma
texturizado.
embutir no
linha econômica própria para ser utilizada com lâmpadas fluorescentes ou
Sinalizadores em Led
Led. São fabricadas na cor branca, em chapa de aço
www.fortlight.com.br
com pintura eletrostática em pó poliéster e possuem
A Step
formato quadrado, da Bonin, e foi desenvolvida para a utilização de lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas. Os produtos apresentam molduras em perfil de alumínio com recuo de 45° e desenho
refletor em alumínio de alto rendimento. Bivolts,
empregam lâmpadas de 54 W.
na Expolux 2014, os
valorizando o espaço arquitetônico, segundo o
sinalizadores em Led, Giroled,
fabricante. Com pintura eletrostática poliéster, as
são montados em luminárias
luminárias podem ser encontradas nas cores: branca,
para uso em ambientes
branca microtexturizada, branca fosca e preta.
Refletor e tubulares www.penzel.com.br
Lançamento da Fortlight
escalonado, o que proporciona um design moderno,
hostis, com gases inflamáveis
ou poeiras combustíveis. Trata-se de conjunto fabricado
Luminária de embutir www.bronzearte.com.br
em alumínio injetado e vidro borosilicato. É fornecido
com: prensa-cabo interno,
2014, o destaque
que dispensa o uso de unidades seladoras; caixa
da Bronzearte foi a
A Penzel aproveitou a Expolux deste ano para
de derivação; ponto para aterramento externo;
luminária de embutir
divulgar sua linha de iluminação Led, Luz Max. Entre
conjunto de derivação; ponto para aterramento
Solution Led, com 30 mil horas de vida útil. Encontrada
os produtos desta linha que foram ressaltados pela
externo; conjunto de 128 Leds de alta durabilidade,
no mercado nos formatos redondo e quadrado, o
empresa estão os refletores e as tubulares. Os
com seis tipos de programação, nas tensões de 12
equipamento é feito de alumínio injetado com pintura
equipamentos refletores apresentam potência de 10
Vcc ou 24 Vcc, 120 Vca, 220 Vca ou bivolt.
epóxi microgranulada branca e difusor acrílico. A
W a 50 W e cor de temperatura de 5500 K e 6000 K. Já as luminárias tubulares, cujo tamanho varia de
Coleção de luminárias
60 cm a 2,4 m, podem ser encontradas nas versões
www.revoluz.com.br
fabricadas com tubo em alumínio e policarbonato e aparência leitosa e translúcida, variando também
A Zist é a coleção de
sua temperatura de cor entre 5500 K e 6000 K.
luminárias da Revoluz e
Na Expolux
Solution Led pode ser empregada tanto em ambientes residenciais quando ambientes corporativos.
Lâmpadas refletoras www.brilia.com.br
foi destaque na Expolux
2014. A coleção é
sustentáveis e versáteis, a linha
composta por pendentes,
expert foi um dos lançamentos da
luminárias de sobrepor
Brilia na feira Expolux deste ano.
e embutidos, que têm
Dentro da linha, destaque para
Utiluz na feira Expolux
como seu diferencial o difusor Revopillow, fabricado
as lâmpadas refletoras AR 111
2014, o refletor
em acrílico PMMA, que produz uma iluminação com
e AR 70, cuja função é projetar fachos de luz sem
industrial modelo
conforto visual e garante elevada durabilidade aos
ofuscamento de 8° e 24°, respectivamente, sendo
Ind-50 modular está disponível em três versões:
equipamentos, segundo o fabricante. As luminárias
que a AR 111 possui a vantagem de ser dimerizável.
luminária, para pavilhões comerciais, industriais,
apresentam corpo em alumínio, o que produz um
Ambas podem ser aplicadas tanto em ambientes
conjunto leve, com acabamento de alto nível.
comerciais quanto residenciais.
Refletor industrial www.utiluz.com
Destaque da
Com lâmpadas econômicas,
Produtos lançados durante a Expolux 2014 Luminária industrial www.mokay.com.br
redução de consumo de energia elétrica em até 90%; evitam acidentes com queimaduras, pois
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Bloco autônomo com Leds www.aureon.com.br
têm aquecimento mínimo; não contêm mercúrio e chumbo que contaminam o meio ambiente; e sua vida útil é 30 vezes maior que a dos outros equipamentos, conforme o fabricante. Os projetores são produzidos em alumínio fundido sob pressão e revestidos eletrostaticamente em
A Mokay aproveitou a Expolux deste ano
para apresentar seu catálogo de produtos edição 2014. Na relação, a empresa apresentou a linha QL-HBL02 de luminárias industriais, com destaque para as luminárias de 50W e 100W, para uso em minas ou subsolos. Ambos os produtos são fabricados em alumínio e apresentam Led de alta potência, temperatura de cor de 2700 K a 6500 K e IP 20.
Luminária de teto painel www.ecolediluminacao.com.br
Fabricada para
substituir a luminária com lâmpadas fluorescentes, a luminária de teto painel da Ecoled tem acabamento em alumínio e está disponível nas cores: preto, branco e natural. Seu tipo de fixação é pendente ou por mola e sua temperatura de cor varia entre 3000 K e 6000 K. O produto pode ser encontrado nas potências de 12 W a 80 W e seu fluxo luminoso vai de 1100 lm a 5500 lm.
Refletores de Led www.tecnolamp.com.br
Ideais para iluminação de fachadas,
vitrines, pátios, jardins, etc., os refletores de Led JB Light da Tecnolamp do Brasil são ecologicamente corretos, já que: apresentam
cores exclusivas, tais como: verde, azul, amarelo
e vermelho.
sistemas de iluminação de emergência, estão os
Sistema de telegestão www.ilumatic.com.br
Entre os modelos da Aureon, especialista em
blocos autônomos com Leds. Com base e moldura na cor branca em ABS autoextinguível de alto impacto, o modelo Led-FLX apresenta difusor em policarbonato transparente, translúcido ou
Composto por
leitoso, para aclaramento e opções de película
equipamentos que podem
para balizamento. Com grau de proteção IP 66
ser incorporados em
(opcional), os módulos apresentam consumo de
qualquer modelo de
4 W, 15 W e 18 W e autonomia de uma ou duas
luminária, o sistema de
horas – dependendo do modelo. Pode funcionar
telegestão em iluminação
como só emergência, normal e emergência, normal
pública foi destaque da
e emergência com sensor de presença.
Ilumatic na edição da deste ano da Expolux. Conforme a empresa, com este
Sistema modular www.repume.com.br
sistema, é possível programar a hora de ligar e dimerizar as luminárias, fazendo com que se tenha
uma redução significativa no consumo de energia e
também de emissões de CO2, que pode chegar até
70%.
Arandela www.idealiluminacao.com.br
A linha de luminárias de Led Versatii, da
Lançamento
Repume, apresenta sistema modular e versátil de
da Ideal Iluminação
montagem, podendo ser constituída por dois a oito
na Expolux 2014,
módulos. Indicadas para iluminação externa, as
a arandela 988-TA
luminárias possuem grau de proteção IP 66 para
é recomendada
o corpo ótico através do conjunto do módulo de
para uso em áreas
Leds e IP 67 nos drivers. O corpo das luminárias
externas e possui
é fabricado em liga de alumínio injetado com alta
proteção interna
resistência mecânica. Já os drivers são montados
para a lâmpada.
em um compartimento individual em liga de alumínio
Fabricado em
injetado, fixado ao conjunto da luminária, garantindo
alumínio, o produto recebe pintura eletrostática nas
melhor equilíbrio térmico e maior eficiência
cores branca e preta e possui soquete G9 para uso
operacional. São fornecidas com temperatura de cor
com lâmpada Halopin 60 W.
de 3000 K a 6500 K.
Apoio
41
PROTEÇÃO DE GERADORES Geraldo Rocha e Paulo Lima
42
Capítulo V – Proteção de perda de campo
• Proteções de perda de campo • Proteção de perda de campo com offset positivo da zona 2
CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE POTÊNCIA Luiz Felipe Costa
46
Capítulo V – Ensaio de tipo e de rotina
• Arranjos construtivos típicos • Conclusões
INSPEÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Marcus Possi
56
Capítulo V – Ferramentas
• Elementos do documento • Preenchimento dos documentos: eletrônicos versus impresso • Determinação das ferramentas
• Tratamento das informações • Uma análise sintética das vantagens e desvantagens no preenchimento eletrônico e impresso
MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES Marcelo Paulino Capítulo V – Polaridade e relação em transformadores de potência
• Introdução • Polaridade de um transformador • Métodos de ensaios para determinação de polaridade • Relação de transformação • Determinação da relação de transformação
68
Fascículos
• Criação do formulário
Proteção de geradores
Apoio
42
Capítulo V Proteção de perda de campo Por Geraldo Rocha e Paulo Lima*
O elemento da proteção de perda do campo
tensão induzida no estator, os efeitos variam de
(40) monitora a tensão e a corrente no circuito
acordo com a condição, por exemplo, quando
do estator visando detectar uma redução no
o enrolamento do campo está aberto, a corrente
campo magnético do enrolamento do rotor.
no campo cai a zero, assim como a tensão
induzida.
A perda do campo ocorre quando o campo
magnético
produzido
pelos
enrolamentos
Todavia, quando o enrolamento do campo
do rotor sofre uma redução repentina. Isso
está curto-circuitado, existe alguma corrente
ocorre quando há redução da corrente DC nos
induzida nos enrolamentos do rotor. A tensão
enrolamentos do rotor, normalmente causada
induzida no estator decresce, mas não cai a
por uma abertura do circuito do campo,
zero.
curto-circuito no campo, trip acidental do
disjuntor de campo, etc.
condição em que consome potência reativa e
gera uma pequena quantidade de potência ativa.
Quando há uma redução no campo e na
Figura 1 – Proteção de perda de campo – ANSI 40.
Na maioria dos casos, o gerador atinge uma
Apoio
43
As correntes parasitas induzidas no rotor sobreaquecem
esta parte da máquina. Como a máquina se comporta como um curto-circuito com uma pequena reatância (X’d), as correntes elevadas que surgem nos enrolamentos do estator podem causar danos térmicos severos na isolação dos enrolamentos.
Para o sistema elétrico de potência, a perda do suporte
de potência reativa pode gerar oscilações de potência no sistema, causando trip das linhas de transmissão.
Proteções de perda de campo A Figura 2 mostra como um elemento offset mho pode detectar uma situação de perda do campo. Quando a máquina perde a corrente de campo, o traçado da
Figura 2 – Respostas à perda de campo.
impedância aparente, inicialmente localizado no ponto marcado “0 segundo”, se move para o quarto quadrante.
máquina sem a corrente de excitação não tem nenhuma
A impedância aparente para num ponto localizado perto
tensão de excitação no estator e o sistema “vê” a máquina
do ponto correspondente ao valor negativo da reatância
como uma simples reatância similar a X’d.
transitória da máquina X’d. Isso ocorre em aproximadamente
Observe que um elemento mho pode detectar a
2 segundos.
condição se este tiver sido ajustado corretamente com a
direcionalidade para a máquina.
Isso está de acordo com o raciocínio físico, pois a
Proteção de geradores
Apoio
44
O offset da Zona 1 é ajustado com valor negativo da
reatância transitória dividido por dois (-X’d / 2). O diâmetro, Z1, é ajustado de forma que o alcance tenha o valor de 1,1 vezes a reatância síncrona de eixo direto (Xd). Isto garante que condições severas de perda do campo produzam impedâncias aparentes localizadas dentro da região delimitada pela Zona 1.
Figura 3 – Elemento de proteção de perda do campo.
Proteção de perda de campo com offset positivo da zona 2
operadores sobre a existência de uma situação não grave de
A Figura 3 mostra um dos esquemas mais usados para
baixa excitação que pode ser controlada manualmente. A
detecção de perda do campo. O esquema consiste de um
Figura 4 mostra o critério típico de ajuste recomendado para
elemento de subtensão, um elemento direcional e dois
o esquema de perda do campo. Note que cada zona tem dois
elementos mho. O primeiro elemento mho, Zona 1, dá trip na
ajustes: um offset e um diâmetro.
máquina após uma pequena temporização (normalmente 0,2
segundo). O segundo elemento mho, Zona 2, com alcance
elemento da Zona 1 do método descrito anteriormente.
maior, emite um alarme após 30 segundos de operação,
Observe que para o diâmetro da Zona 1 é explicitamente
exceto se houver uma condição de subtensão. Se ocorrer uma
recomendado que o ajuste seja igual a 1.0 p.u. da
condição de subtensão, o elemento da Zona 2 deve dar trip no
impedância de base do gerador, que é dada por Zbase =
gerador dentro de 0,25 s a 1 s.
KV^2 / MVA. Este ajuste é menor do que o do método
O alarme após 30 segundos serve para alertar os
anterior. No presente método, a Zona 1 deve dar trip em
Figura 4 – Ajustes da proteção de perda de campo com offset positivo da Zona 2.
Os ajustes da Zona 1 são similares aos usados no
Apoio
45
valor igual ou ligeiramente maior do que a reatância de eixo direto em regime do gerador (Xd) e o offset é ajustado com valor similar ao da Zona 1, ou seja (- X’d / 2). A temporização do trip da Zona 2 deve ser entre 0,5 s e 0,6 s. Esta temporização evita operações para oscilações normais.
Estabelecido que o máximo offset da Zona 2 é zero (é
zero ou um número negativo), então, a Zona 2 não pode ser ajustada para detectar perda parcial do campo da mesma forma que foi efetuado no método apresentado anteriormente. Alguns engenheiros veem isto como uma desvantagem do método negativo da Zona 2. *Geraldo Rocha é engenheiro eletricista e especialista em Proteção de Sistemas Elétricas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É atualmente gerente de Marketing e Engenharia de Aplicação na Schweitzer Engineering Laboratories e professor titular do curso P4 - Filosofias de Proteção de Geradores da Universidade SEL.
Figura 5 – Ajustes da proteção de perda de campo com offset negativo da Zona 2.
um tempo muito curto, uma vez que detectará condições muito severas de perda do campo.
O diâmetro do elemento da Zona 2 é ajustado com um
PAULO LIMA é graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Itajubá, com ênfase em Sistemas Elétricos. Atua na SEL como engenheiro de aplicação e suporte técnico para clientes nos serviços e soluções para controle, automação e proteção nas áreas de geração, transmissão, distribuição. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
46
Capítulo V Ensaios de tipo e de rotina Por Luiz Felipe Costa*
Além de todos os cuidados mencionados em
1.5. Verificação da operação satisfatória dos
capítulos anteriores quanto a interação de um
dispositivos de manobra e partes removíveis;
equipamento com o sistema elétrico, em que ele
1.6. Verificação do grau de proteção (testes
vai ser instalado, toda e qualquer aplicação de um
para o primeiro numeral e uma possível letra
Conjunto de Manobra e Controle (CMC) de média
adicional para segurança humana).
tensão (MT) demanda que este produto tenha todos os ensaios de tipo, conforme as normas
2 - Obrigatórios, onde aplicáveis:
aplicáveis; devendo estar em consonância com as
2.1. Verificação da proteção de pessoas contra
condições existentes na aplicação.
efeitos elétricos perigosos;
2.2. Verificação dos compartimentos preenchidos
Para a norma IEC 62271-200 e sua NBR
equivalente, a lista de ensaios de tipo requeridos
a gás quanto a sua resistência mecânica;
é a seguinte:
2.3. Verificação dos compartimentos preenchidos a gás quanto a sua estanqueidade;
1 - Obrigatórios:
2.4. Avaliação dos efeitos de um arco devido a
1.1. Verificação do nível de isolamento;
uma falha interna (classificação IAC);
1.2. Verificação da elevação de temperatura das
2.5. Ensaios de compatibilidade eletromagnética
diversas partes e medição da resistência dos
(EMC).
circuitos; 1.3. Verificação da suportabilidade dos circuitos principal e de aterramento à corrente de curta
3 - Opcionais (sujeitos a acordo entre o fabricante e o usuário):
duração nominal e seu respectivo valor de pico;
3.1. Verificação da proteção contra os efeitos
1.4.
externos devido a intempéries;
Verificação
da
capacidade
de
estabelecimento e interrupção dos dispositivos
3.2. Verificação da proteção contra impacto
de manobra;
mecânico;
Apoio
47
3.3. Verificação do nível de descargas parciais;
h. Ensaios de pressão de compartimentos preenchidos a gás
3.4. Ensaios de poluição artificial;
(quando aplicável);
3.5. Ensaios dielétricos para permitir teste com os cabos de
i. Verificação dos dispositivos auxiliares (bomba de
força conectados.
óleo, solenoide de mecanismo de operação de chave de aterramento, etc.) elétricos, pneumáticos e hidráulicos;
Para estas normas, a lista de ensaios de rotina é a
j. Ensaios depois de montagem no local de uso: deve-se
seguinte:
verificar a operação correta do CMC e efetuar ensaio de
a. Ensaio dielétrico no circuito principal;
tensão aplicada no circuito principal (com valor limitado a
b. Ensaios em circuitos auxiliares e de controle (a inspeção
80% do aplicado em fábrica). Nos casos aplicáveis, deve-se
e a verificação de conformidade com os diagramas de
verificar a estanqueidade e medir a condição do fluido após
circuitos e de fiação, testes funcionais, a verificação da
o preenchimento.
continuidade elétrica das partes metálicas aterradas e
ensaios de tensão aplicada à frequência industrial – 1 kV /
requeridos é a seguinte:
Pela norma ANSI / IEEE C.37.20.2, a lista de ensaios
60 Hz / 1 s); c. Medição da resistência ôhmica do circuito principal (este
1 - Ensaios de tipo:
ensaio está sujeito a acordo entre fabricante e usuário);
1.1. Testes dielétricos;
d. Ensaio de estanqueidade (quando aplicável);
1.2.
e. Verificações visuais e de projeto;
temperatura);
f. Medição de descargas parciais (este ensaio está sujeito a
1.3. Suportabilidade à corrente momentânea;
acordo entre fabricante e usuário);
1.4. Suportabilidade à corrente de curta duração;
g. Ensaios de operação mecânica (pelo menos cinco
1.5. Suportabilidade à corrente momentânea do sistema
operações ou tentativas em cada direção);
de desconexão das partes auxiliares removíveis (gavetas de
Corrente
nominal
permanente
(elevação
de
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
48
transformadores de potencial e transformadores auxiliares
para aplicações em salas elétricas com pouco espaço no
de controle);
sentido da profundidade das seções dos conjuntos de
1.6. Operação mecânica;
manobra e controle, ela apresenta problemas relativos ao
1.7. Materiais isolantes do barramento principal;
comprimento do arranjo (por exemplo, um painel para 40
1.8. Resistência à chama do isolamento aplicado a
kA e 2.500 A em 13,8 kV, com 10 colunas, precisaria de um
barramentos;
local com pelo menos 11 metros de comprimento). Além
1.9. Teste de qualificação da pintura;
disso, dependendo do arranjo físico de um possível duto
1.10. Teste de chuva para equipamentos para uso externo.
Para esta norma ANSI, a relação dos testes que são feitos
na produção (ensaios de rotina) é a seguinte: a. Teste dielétrico (valor de tensão suportável, aplicada à frequência industrial) no circuito principal; b. Testes de operação mecânica; c. Medição da resistência ôhmica do circuito principal (este ensaio está sujeito a acordo entre fabricante e usuário); d. Teste de verificação do aterramento das carcaças metálicas dos transformadores de instrumento; e. Testes de fiação de controle e operação elétrica (verificação da continuidade da fiação de controle, verificação da isolação da fiação, verificação de polaridade e teste de operação sequencial).
A ANSI C37.20.2 apresenta algumas recomendações
para o caso de se realizar testes dielétricos em campo nos circuitos principais (limitar o valor de ensaio a 75% do que é solicitado para o teste em fábrica).
Arranjos construtivos típicos
Comum na cultura IEC, pode-se observar na Figura 1 uma
exemplificação do arranjo típico dos compartimentos e dos componentes usados numa coluna com padrão construtivo utilizando um só disjuntor, montado no compartimento intermediário da parte frontal (também conhecido como arranjo “single-tier” ou “mid-high” ou “one-high”: um elemento de manobra por coluna vertical).
Na Figura 2, podemos ver uma exemplificação da
“escola” ANSI com o arranjo típico dos compartimentos e dos componentes usados em uma coluna com padrão construtivo utilizando dois disjuntores, montado nos compartimentos da
Legenda: 1. Compartimento de controle (BT).
parte frontal (também conhecido como arranjo “two-high”:
2. Dispositivos de alívio de pressão.
dois elementos de manobra por coluna vertical).
4. Compartimento de elemento principal de manobra.
6. Transformadores de corrente (TCs).
O arranjo da Figura 1 permite o uso de montagens
com a parte traseira das colunas próxima à parede, pois disponibiliza acesso frontal aos pontos de conexão dos cabos de potência. Apesar de ser uma forma interessante
3. Compartimento de barras. 5. Disjuntor extraível. 7. Compartimento de cabos. 8. Chave de aterramento. 9. Guilhotinas (“shutters”) metálicas (ver os detalhes, mostrando-as nas posições: “fechada” e “aberta”).
Figura 1 – Conjunto de manobra de MT com um disjuntor por coluna (arranjo “One-high” ou “Mid-high”).
Apoio
49
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
50
de barras para a conexão ao disjuntor de entrada, podem
o elemento mais próximo (uma parede, por exemplo) para
existir problemas com a acessibilidade para a instalação e
que se possa permitir o acesso aos cabos de potência. A
manutenção do sistema. Outro ponto de preocupação é a
vantagem deste arranjo surge quando existem limitações
seção reta dos cabos e sua quantidade por fase, tanto nas
no comprimento da sala e com a necessidade de grandes
saídas quanto na entrada (caso não se use duto de barras).
quantidades de cabos de conexão ou a instalação de dutos
Deve-se ter cuidado com o raio de curvatura dos cabos e
de barras. Possui também um maior espaço para a instalação
com a dimensão mínima para a terminação dos cabos e
de outros dispositivos como: capacitores e supressores de
sua passagem por dentro da janela de um possível TC para
surto, muflas terminais em corpo cerâmico, TC toroidal
proteção contra correntes de sequência zero.
para proteção contra falhas de sequência zero (“Ground
Sensor”), capacitores para correção de fator de potência
A opção pelo arranjo da Figura 2 (cultura “ANSI”) exige
a presença de espaço entre a parte traseira das colunas e
nas saídas para motores, chaves de aterramento, etc.
Além do contexto dos diferentes tipos construtivos já
mencionados, existe também uma discussão atual quanto à filosofia de montagem a ser adotada para os elementos de manobra: fixo ou extraível. Ambos os conceitos são seguros e possuem vantagens e desvantagens quanto à sua adoção. De fato, a escolha final recai sobre as filosofias adotadas pelo usuário para a operação e manutenção da sua instalação.
A filosofia de elementos de manobra fixos demanda o
uso de chave seccionadora ou equivalente para garantir o seccionamento entre o elemento e rede elétrica. Já, no caso de uso de elementos extraíveis, é eliminada a necessidade de presença de chave seccionadora, desde que o sistema de movimentação do carro extraível e as guilhotinas associadas garantam a distância requerida para o seccionamento.
O uso de guilhotinas metálicas para os tipos extraíveis
permite a segregação dos condutores (uso de barreira metálica aterrada entre partes energizadas, de forma que qualquer ocorrência de uma descarga elétrica só possa ocorrer para a terra) no ponto de seccionamento. Já nos sistemas com elementos fixos, a adoção da segregação de condutores só é possível com a instalação de uma chapa metálica temporária entre os contatos abertos da chave seccionadora. Outra vantagem no uso de elementos extraíveis com guilhotinas metálicas é a possibilidade de se conseguir, também, a segregação dos circuitos de saída. No caso de elementos fixos, existe a necessidade de uso Legenda: 1. Compartimento de controle (BT). 2. Dispositivos de alívio de pressão. 3. Compartimento de barras. 4. Compartimento de elemento principal de manobra. 5. Disjuntor extraível. 6. Transformadores de corrente (TCs), montados sobre as tulipas (campânulas) dos contatos fixos do disjuntor. 7. Compartimento de cabos. 8. Chave de aterramento. 9. Guilhotinas (“shutters”) metálicas. (ver os detalhes, mostrando-as nas posições: “fechada” e “aberta”).
de mais uma chave seccionadora e outra chapa metálica (para uso temporário entre os contatos da chave), a fim de se poder garantir a segregação. Porém, esta condição não se faz sempre necessária.
Tanto o sistema fixo para montagem de elementos de
manobra quanto o extraível demandam intertravamentos de segurança. Estes dispositivos exigem inspeções e testes
Figura 2 – Conjunto de manobra e controle de média tensão com dois disjuntores por coluna (arranjo “Two-high”).
periódicos.
Apoio
51
Figura 3 – Possibilidades de montagem do elemento principal de manobra (neste caso, disjuntor).
Outra discussão relativa ao tópico do uso de elemento
“extraível” versus “fixo” é a preocupação quanto ao uso de contatos móveis. Esta condição existe tanto no caso de elementos extraíveis (contatos das garras principais, fixa e móvel) quanto no caso de fixos (contatos principais do seccionador e os pontos de transferência de corrente na ligação entre a parte móvel e fixa da lâmina).
Em aplicações que usavam tecnologias de interrupção
com base no uso do “sopro magnético” ou de “câmaras com jato controlado de óleo mineral” (PVO – Pequeno Volume de
Figura 4 – Representações das condições de estado de um elemento de manobra fixo (neste caso, interruptor).
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
52
Óleo) era necessário um rápido e fácil acesso para inspeção e manutenção dos polos e das câmaras de extinção, visto que estes tipos de equipamento apresentavam um número limitado de ciclos de operação entre inspeções sucessivas. Logo era imperativo o uso de sistemas de extração para as unidades de manobra, de modo a reduzir o tempo de serviço nas intervenções. Hoje em dia, tal condição se modificou diante das novas tecnologias de interrupção de arco elétrico. Isto é bem relevante no caso de interruptores a vácuo, cujo atual estado de desenvolvimento, associado à baixa energia mecânica necessária para se manobrar os contatos entre as pequenas distâncias de isolamento presentes na condição “aberta”.
Disjuntores com interruptores a vácuo com contatos
de liga Cu – Cr (Cobre – Cromo), usando sistema AMF (“Axial Magnetic Field”), têm apresentado uma capacidade de manobra superior a 10.000 ciclos de operação em regime normal. Tais condições têm levado a classificar, normalmente, dos disjuntores a vácuo como sendo de categoria E2 e M2, segundo as definições e testes da norma internacional IEC 62271-100.
Porém, nos casos em que ainda se faz necessária uma
rápida troca do elemento principal de manobra, seja por motivos de falha ou de uma manutenção programada, a solução com elemento extraível é a mais eficiente. Estas
Figura 5 – Representações das posições de operação de um elemento de manobra fixo (neste caso, interruptor).
são condições típicas nos casos de grandes instalações
c. Guilhotinas (“shutters”): parte da cela que pode ser
industriais
de
movida de uma posição, dita “aberta”, onde os contatos
concessionárias de energia. Já nas situações em que a
fixos estão expostos e podem, então, serem conectados
corrente de regime associada ao elemento de manobra
às respectivas partes móveis; para uma outra posição
é relativamente baixa e se tem uma baixa periodicidade
(“fechada”), onde elas, então, segregam os contatos fixos;
(quantidade de operações de seccionamento), a solução
se tornando, assim, uma partição interna ou parte do
“fixa” é muito confiável tecnicamente e bem viável em
invólucro externo.
termos econômicos, fato comum em centros comerciais ou
d Pinças: contatos do tipo “fêmea”, normalmente da parte
grandes prédios de escritórios.
móvel de um sistema extraível, cujas garras são montadas
numa
ou
das
subestações
de
distribuição
Em um arranjo do tipo extraível, existem elementos
configuração
de
“dedos
paralelos”
(conforme
básicos que compõem as partes fixa e móvel da unidade
mostrado na Figura 27 – a).
funcional (UF), conforme exemplificado na Figura 6.
e. Tulipas: contatos do tipo “fêmea”, normalmente da parte móvel de um sistema extraível, cujas garras são montadas
a. Cela (“module”): também chamado de berço, é o
numa configuração de “coroa” (conforme mostrado na
subconjunto de montagem do sistema extraível, a ser fixado
Figura 27 – b).
na UF.
f. Barra: contato do tipo “macho”, normalmente da parte
b. Campânula (“spout”): bucha isolante, montada na cela,
fixa de um sistema extraível, com a forma de barra chata,
com o contato fixo que permite a interligação elétrica entre
que trabalha com os contatos do tipo “pinça”.
o elemento extraível e as barras condutoras da UF. No
g. Pino: contato do tipo “macho”, normalmente da parte
caso trifásico, existem seis peças: uma para cada ponto de
fixa de um sistema extraível, com a forma cilíndrica, que
acoplamento (entrada / saída) de cada polo (fase).
trabalha com os contatos do tipo “tulipa”.
Apoio
53
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
54
móvel: o arranjo de tulipa está, usualmente, associado ao uso de tubos ou cilindros como elementos condutores, os quais têm, em geral, um desempenho melhor quanto às solicitações dielétricas e à facilidade na aplicação de possíveis coberturas isolantes.
Conclusões
A indústria, de um modo geral, vem ampliando os
requisitos do uso de conjuntos de manobra e controle de média tensão de forma a estes equipamentos propiciarem cada vez mais um serviço confiável e uma operação segura, tanto do ponto de vista do sistema elétrico quanto, principalmente, pelo lado do ser humano. Estes requisitos têm sido cada vez mais rigorosos e precisam ser considerados e incluídos nos novos projetos.
Neste contexto, tem-se observado, nas indústrias com
instalações e equipamentos elétricos baseados nas normas ABNT e IEC, uma tendência à solicitação de conjuntos Figura 6 – Exemplos de um sistema extraível.
A escolha, pelo fabricante, tipo de configuração de
contatos, pinça ou tulipa, depende de fatores como: níveis esperados para a corrente de regime permanente ou de curto-circuito. Alguns fabricantes preferem usar, basicamente, o tipo tulipa para todas as faixas, enquanto outros usam o tipo pinça até o nível de 2.000 A. Outro fator considerado nesta seleção está relacionado à forma da interligação entre o elemento interruptor e o contato
de manobra e controle de média tensão com as seguintes características: • UF com interruptor montado a meia altura da coluna (seção): um elemento por coluna; • Classe de perda de continuidade de serviço e a categoria de partição: LSC2B – PM para CDC e LSC2A – PI para CCM; • Compartimento de disjuntor ou demarrador (contator mais
fusíveis
limitadores)
com
acessibilidade
por
intertravamento; • Compartimento de cabos com acessibilidade por intertravamento ou por procedimento; • Compartimento de barras principais: não acessível ou com acesso especial (uso de ferramentas).
É importante, também, incorporar as boas práticas e
lições aprendidas pelo uso consolidado de conjuntos de manobra e controle em instalações com históricos positivos de segurança, confiabilidade, disponibilidade e continuidade. A aplicação e o uso de conjuntos de manobra e controle de média tensão demandam análise criteriosa que deve levar em conta os requisitos de sistemas cada vez mais complexos. Neste contexto, devem ser estabelecidas algumas diretrizes básicas:
Figura 7 – Tipo de contatos móveis.
• Definir as características nominais necessárias para uma
Apoio
55
operação confiável e segura;
• IEC 62271-1. High-voltage switchgear and controlgear –
• Identificar as condições requeridas para o local da
Part 1: Common specifications. IEC, 2007.
instalação: ambientais (temperatura, altitude, umidade,
• IEC 62271-100. High-voltage switchgear and controlgear
poluentes, etc.) e espaciais (área e altura disponíveis,
– Part 100: Alternating-current circuit-breakers. IEC, 2008.
acessibilidade, etc.);
• IEEE Std C37.20.2 – 1999, IEEE Standard for Metal-Clad
• Efetuar os estudos de engenharia necessários e de
Switchgear.
forma completa e consistente (fluxo de carga, queda
• NR 10: Norma regulamentadora Número 10: Segurança
de tensão, curto-circuito, coordenação e seletividade,
em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do
energia incidente, aterramento do sistema e transitórios
Trabalho e Emprego – Governo Federal do Brasil, 2004.
eletromagnéticos);
• Electrical Safety Requirements for Employee Workplaces,
• Definir as filosofias de operação e manutenção;
NFPA 70E-2009.
• Estabelecer os requisitos construtivos adicionais que
• IEEE Guide for Perfoming Arc-Flahs Harzard Calculations,
permitam o aumento da confiabilidade e da disponibilidade
IEEE Std 1584 – 2002.
da instalação e, principalmente, a segurança humana e a operacional.
Referências • IEC 62271-200. High-voltage switchgear and controlgear – Part 200: AC metal-enclosed switchgear and controlgear for voltages above 1 kV and up to and including 52 kV. IEC, 2003.
*Luiz Felipe Costa é especialista sênior da Eaton. É formado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia da UFRJ e pós-graduado em Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade Federal de Itajubá. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
56
Capítulo V Ferramentas Por Marcus Possi*
O objetivo deste artigo é mostrar que, por
Como todo processo, a inspeção também
mais que se desenvolva a arte da inspeção ou da
é
alavancada
e
possui
sua
produtividade
conferência, a ferramenta de trabalho não muda.
aumentada quando utilizamos procedimentos
Ela, ainda que de forma eletrônica ou em papel,
de trabalho bem desenvolvidos e ferramentas de
automatizada ou com a percepção de análise
apoio à produção adequadas. O ensaio e análise
ao preenchimento pelo operador, sempre se
termográfica ainda não são ensaios obrigatórios
resumirá no “check list” ou “lista de verificação”.
por recomendação de norma técnica de baixa ou
Quando bem administrado esse processo, a
de media tensão, mas são itens de grande valor
ferramenta apontada aqui é extremamente útil
por permitir o reconhecimento de anomalias de
para a manutenção da vida do prontuário das
consequências gravíssimas. Não podemos deixar
instalações elétricas, às equipes de manutenção
de enaltecer a importância dessa informação para
e aos seus resultados. Ela contribui para o
os setores de produção e de manutenção na área
trinômio “rápido, preciso e impessoal”, que foi
elétrica, junto ao advento das certificações de
citado no artigo anterior e ainda deve permitir a
treinamentos online promovidos por instituições
incorporação de novas práticas como a tomada
reconhecidas no exterior e a queda no valor
de termogramas.
dos equipamentos desses ensaios. O presente
Assim como um remédio, esta ferramenta deve
trabalho inclui as referências necessárias aos
ser dosada, tanto na sua montagem como na sua
ensaios termográficos e seus resultados nos
aplicação em campo. Integrante do planejamento
nossos relatórios, assim como a quantificação
tático do trabalho de inspeção em campo, a lista
percentual de custo no total.
de verificação reduz o esforço das equipes, seu
Lista de verificação
tempo de atuação e custo do serviço. Sendo algo tão importante, sua montagem requer técnicas,
A produção da lista de verificação obedece
pessoal qualificado e experiente.
a um modelo muito simples: tomar a diretriz
Apoio
57
definida pela equipe de trabalho inicial, que define
os itens de referência para os quais a lista será criada. Por
o propósito da inspeção. A inspeção pode atender a
vezes, e para otimização de processo, elaboramos planilhas
diversas demandas isolada ou concomitantemente. A sua
e listas padrões com o objetivo de atender ao maior número
abrangência e contexto serão o tom do desenvolvimento
de equipamentos possíveis no trabalho da inspeção. Assim,
desse checklist: definir o equipamento, parte, ou conjunto
quando alguns itens forem inadequados ou não aplicáveis a
a ser inspecionado; definir o padrão a ser seguido; elencar
um equipamento, devemos prever uma caixa de marcação
os pontos e requisitos principais ou essenciais para o
“Extra Não Aplicável”. Este recurso não aplicável não
atendimento ao modelo, listar na forma de planilha com
deve exceder a 15% de preenchimento nos formulários
caixas de marcação “Sim - Não”, adaptar ao modelo de
ou não deve ocorrer em mais do que 40% dos formulários
formulário de preenchimento; e o conjunto de justificativas
preenchidos. Isso é justificável por conta de vício de criação
para mais tarde validar tecnicamente esse conteúdo.
de formulários muito genéricos ao invés da criação dos
No caso do nosso trabalho e com o auxílio das
mais adequados e específicos caso a caso. A seguir, nesse
informações colhidas na etapa inicial de nosso processo
trabalho, será apresentado um exemplo dessa transformação
de inspeção, a instalação elétrica deve então ser dividida
e produção a partir de um caso simples, com a contribuição
ou classificada de modo a otimizar os trabalhos a serem
de elementos corporativos e das regulamentações em vigor.
realizados. As instalações são então divididas em partes
É muito conveniente utilizar como dicas de produção: o
menores, atendendo a interesses específicos e definindo os
tempo verbal adequado, a construção de orações simples e
elementos a serem inspecionados. Com foco na segurança
o não uso de “não há...” ou “não existe...”. Incluem-se aqui
das instalações elétricas, imediatamente, reconhecemos os
os eletrônicos ou digitais.
itens de segurança que vêm da NR 10 e, por consequência,
das normas brasileiras ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419
e entendimento dos padrões utilizados para a inspeção, são
e ABNT NBR 14039. Com esses padrões é possível definir
redigidos os itens que vão compor as listas de verificação.
A partir dos itens de referência, conseguidos pela leitura
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
58
Para isso, apontamos aqui como melhores práticas já
referências legais e precisão e assertividade técnica não
identificadas:
podem ser sequer “boas”. Tem que ser “muito boas”. Cada item escolhido deve ser garantido por demanda de norma
1 – O item da lista deve ser assertivo, não dando entendimento duplo ou duvidoso;
técnica, regulamentação ou legislação em vigor. Lista de verificação para equipamentos elétricos
2 – O item da lista deve gerar sempre uma afirmação de “SIM”, ou seja, “sim, atende ao item”, “está conforme”, “foi encontrado”; 3 – O item deve gerar uma expressão ou questão curta que possa ser colocada na forma interrogativa ao ser trabalhada no campo; 4 – O item deve evitar ser específico ou se reportar a referências que tragam a necessidade de consultas ou memorizações. 5 – No caso de atendimento a respostas de ações para retirada de não conformidades, essas devem ser previamente estudadas, sempre que possível, para acelerar o preenchimento e as análises objetivas locais; 6 – O item quando genérico para o tipo de aplicação, mas não necessariamente obrigatório para todas as inspeções, deve possuir um campo de “NÃO SE APLICA” claro para destaque e marcação; 7 – O item deve ser numerado para pertencer a um conjunto maior e ser identificado de forma clara; 8 – O item, sempre que possível, deve ser agrupado em categorias, equipamentos ou locais geográficos dentro das listas para facilitar o trabalho de entendimento; 9 – A sequência dos itens deve, sempre que possível, trazer uma correlação com a lógica da vistoria/inspeção, com o
Figura 1 – Modelo de planilha para lista de verificação de um equipamento.
objetivo de acelerar o trabalho e o consequente aumento de produtividade;
Por serem os quadros elétricos de distribuição os
10 – Todos os itens devem possuir justificativa para serem
equipamentos mais frequentes em instalações de baixa
utilizados e estarem dentro da lista de verificação e essas
tensão, será dado aqui um destaque e comentários
justificativas devem estar disponíveis para consulta.
detalhados para esse equipamento, mas o processo de montagem desses documentos de inspeção segue um
Essas práticas ajudam a melhorar o entendimento e a
apresentação da lista de verificação, sem esquecer que a condição de produtividade é significativamente ampliada. O último item, considerado pelo autor o mais importante, dá o respaldo técnico necessário ao profissional que elaborará o relatório técnico final, ou eventualmente até um laudo ou parecer. Uma vez que esse documento, o
padrão semelhante para qualquer equipamento elétrico. A partir de uma planilha existente (Figura 1), desenvolvida para exemplificar um quadro de distribuição de energia elétrica, analisaremos os itens e a sua aderência à NR 10 e às normas brasileiras. Os itens listados e a serem trabalhados compõem um conjunto que se enquadra
Relatório Técnico de Inspeção (RTI), seja assinado por um
nos seguintes princípios: identificação do documento,
profissional habilitado, será guardado para fins de futura
documentação, componentes e procedimentos.
comprovação, e eventualmente poderá ser reutilizado
A cada um desses elementos referenciaremos um
para justificar decisões em nível judicial. Sua garantia às
valor de impacto nas instalações no quesito segurança,
Apoio
59
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
60
a referência encontrada na NR 10 de infração e a ação
• Condutores de proteção (aterramento) – também
corretiva prevista.
considerados elementos da instalação ou do equipamento
O valor de impacto aqui é, de certa forma, subjetivo
sob inspeção merecem atenção de destaque por serem os
e a caráter do inspetor ou do grupo de inspeção. Assim,
elementos primários da proteção e enquadrados dentro
para fins de exemplo, criamos aqui algumas categorias, as
das “Seis leis de ouro”, ou “DTMAIS”, que traduzem
quais podem seguir padrões já apresentados em trabalhos
o “desligar, travar, medir, aterrar, isolar, sinalizar” da
produzidos por associações, institutos, e grupos técnicos,
segurança, outro ponto importante na NR 10;
mas vale lembrar que a única referência sólida que garante
• Disjuntores – sendo os elementos de proteção mais
uma integridade nacional é aquelas dispostas nas normas
difundidos e com mais recursos apresentados em duas
regulamentadoras NR 10 e NR 28, representadas pelos
normas distintas, sendo uma delas em apoio às instalações
“Is”, de infração de I4 a I1.
comuns e outra às instalações industriais de maior potência, devem ser verificados de forma particular;
Elementos do documento
• Fusíveis – embora não tão comuns, ainda são possíveis
• Identificação do documento – o documento que leva
de se encontrar no mercado e em uso na proteção de
os profissionais a praticarem com sucesso a inspeção
alguns circuitos especiais, outro ponto importante na NR
dos equipamentos servirá, é claro, para o registro
10;
formal dessa atividade. A identificação do documento
• DPS – muitas vezes esquecidos pela sua função de
é composta de duas partes principais: a identificação
proteção e coordenação de isolamento nas instalações,
das responsabilidades e a identificação dos objetos
esses elementos presentes nos quadros de distribuição
inspecionados. Na primeira, temos que identificar o
de energia trazem aos circuitos e àqueles que o operam
profissional e/ou equipe que é responsável pela realização
segurança contra sobtensões diversas. As normas ABNT
do serviço; na segunda, as informações que caracterizam
NBR 5410 e outras fazem referências diretas a eles como
o equipamento, as fotos, a data e o local de instalação e
participantes de projeto;
sua posição no projeto executivo;
• Dispositivos DR – os dispositivos diferenciais e residuais
• Documentação – atendendo à NR 10 e melhores
frequentemente ignorados por projetos e instaladores
práticas, esse item prevê a existência de documentação
possuem a função de proteção contra choques diretos,
do equipamento, instalação ou dispositivo sob inspeção.
outro ponto importante e considerado tanto na NR 10
Projetos e desenhos, catálogos ou manuais específicos são
como na ABNT NBR 5410;
seus objetos principais;
• Procedimentos – atendendo à NR 10, os procedimentos de
• Identificação – a existência de correlação entre os
operação ou manutenção específicos desses equipamentos
equipamentos e suas posições elétricas nos desenhos
são essenciais para a composição do prontuário. No caso
e projetos é essencial para a segurança e deve ser
da obrigatoriedade da existência desses elementos, aí
encontrada. Ponto importante na NR 10;
ficam anotadas as suas considerações;
• Componentes – a lista das partes que formam o todo
• Segurança de acesso – nesse item é observada a
do objeto sob inspeção deve estar clara e pelo princípio
condição de facilidades e oportunidades de acesso às
da construção deve contemplar todos os elementos
partes energizadas pelos trabalhadores e usuários do
importantes e que tragam a noção de perigo aos
quadro de distribuição;
trabalhadores;
• Operação & Manutenção – observada a condição de
• Condutores de energia – embora considerados também
facilidades e oportunidades de acesso e manuseio do
como elementos da instalação ou do equipamento sob
equipamento. A posição e local de instalação devem ser
inspeção, esses merecem atenção específica para conduzir
verificados, assim como os meios de acesso e trabalho
o entendimento de seção quadrada e de limites de corrente
junto a ele.
elétrica e suas proteções associadas;
Apoio
61
Nota: um exemplo, passo a passo, da produção de uma
C – Substituir componente ou equipamento de forma
lista de verificação a partir de um padrão de referência
a atender ao documento técnico
(uma norma técnica, por exemplo) será apresentado no
De
acordo
com
o
projeto,
um
determinado
próximo capítulo.
equipamento está presente, porém fora de especificação ou dimensionamento.
Preenchimento de ações corretivas
D – Promover meios para garantir as condições
As ações corretivas podem e devem ser classificadas
necessárias apontadas
de forma genérica para agilizar os trabalhos durante as inspeções. Essas ações corretivas devem ser escolhidas e anotadas etapa
ainda
de
Uma condição para a operação ou manutenção não está presente;
na
inspeção
Objetos est ra
local, sendo, é claro,
nhos
impedem
as
refinadas e repensadas
condições de opera
na etapa de elaboração
ção ou manut enção.
do plano de adequação para
a
dos
E – Reparar ou
produção
refazer algum
“resultados”
já
serviço não
descritos
anteriormente.
caracterizado
A
concluído
definição de códigos para
O
caracterizá-las
encontrado
torna o processo de
no
anotação mais rápido
de acordo com as
e
quando
melhores
pelas
adotadas;
preciso
realizado equipes A
no
ações
O
campo.
seguir
não
está
práticas serviço
instalação
algumas
ou
apar enta
não estar devidamente
corretivas
generalizadas
local
concluído.
por
conta dos problemas F – Adequar ao proposto nas normas de segurança
mais comumente encontrados no dia a dia das inspeções.
em vigor
A – Elaborar documentação técnica
Novas
No caso de falta de projetos, sua desatualização ou
norma regulamentadora NR 10; Suplementam as normas
de
segurança
apresentadas
na
brasileiras.
não aplicação;
condições
G – Não foi possível identificar por conta de
No caso da ausência de relatórios de ensaios ou de
bloqueios visuais (Requerendo a intervenção no
inspeções previas.
equipamento ou dispositivo para a sua verificação). B – Instalar equipamento necessário e inexistente De
acordo
com
as
normas,
um
determinado
A partir das não conformidades encontradas podemos
marcar pela tabela a seguir.
equipamento deveria estar presente;
As vantagens do preenchimento desses dados em
tempo de inspeção de campo dá uma visão ao eletricista
De acordo com o projeto, um determinado equipamento
deveria estar presente.
ou inspetor de maior abrangência do problema, assim
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
62
como o coloca a pensar na solução desse problema,
Deve-se entender que essa classificação como proposta
caracterizando que de fato há uma anomalia, gerando
acima em exemplo se torna útil quando na montagem
por vezes um debate local saudável, na forma técnica, de
do plano de correções ou o "plano de ação corretiva".
grande valor à formação da equipe, colocando-a sempre
A classificação das ações ajuda mais tarde a empresa
em reciclagem.
contratante a entender o nível de despesas e investimentos nas rubricas organizacionais que buscaram justificativas
Ações corretivas elencadas para esse padrão modelo (Quadros de distribuição)
Opções
Opção básica1
de recursos para a solução dos problemas levantados. Lembramos aqui, que não é atribuição do técnico prover
1
Elaborar projeto
AaG
A
tais considerações, mas que as classificações apresentadas
2
Instalar condutor de aterramento – alimentador
AaG
B
3
Instalar barra de terra
AaG
B
não oneram os serviços do fornecedor, mas apoiam com
4
Acertar condutores de terra
AaG
C
grande valor os resultados.
5
Instalar condutor de aterramento nos circuitos
AaG
B
6
Equipotencializar barra de terra e quadro
AaG
C
7
Acertar aterramento indevido
AaG
E
8
Acertar circuitos
AaG
E
9
Instalar seccionamento mecânico
AaG
B
10
Elaborar projeto
AaG
A
11
Instalar condutor alimentador
AaG
B
12
Acertar isolamento de barras de energia
AaG
C
13
Acertar condutores neutros
AaG
C
14
Acertar fiação interna
AaG
E
15
Instalar dispositivo automático de seccionamento
AaG
B
16
Instalar identificação do quadro
AaG
B
17
Instalar identificação dos circuitos
AaG
B
O
18
Instalar identificação dos condutores
AaG
B
verificação” ocorre ao longo da inspeção do equipamento,
19
Elaborar projeto
AaG
A
e é juntamente com as fotografias do objeto, o registro
20
Acertar os vícios – proteções
AaG
E
do resultado deste trabalho. Assim, terminada a inspeção,
21
Instalar DR
AaG
B
22
Substituir os disjuntores
AaG
C
23
Instalar DPS
AaG
B
entendidos e documentados.
24
Acertar DPS
AaG
E
25
Acertar dispositivos de proteção
É
26
Elaborar projeto
AaG
A
27
Acertar vícios – fusíveis
AaG
E
28
Acertar vícios – fusíveis
AaG
E
do
29
Acertar vícios – fusíveis
AaG
E
se utilizem para preparar e preencher o formulário,
30
Instalar bloqueios de contato direto
AaG
B
registrar de forma clara cada uma dessas áreas é de suma
31
Instalar seccionadores
AaG
B
importância para a sequência do processo de inspeção,
32
Liberar acesso à operação
33
Elaborar procedimentos
AaG
A
34
Promover meios de bloqueio a circuitos
AaG
D
35
Acertar o quadro a normas
AaG
C
36
Elaborar procedimentos
AaG
A
37
Acertar nível de iluminação
AaG
B
38
Acertar marcas
AaG
F
de formulários é a preparação de um modelo em editor
39
Elaborar projeto situacional
AaG
A
40
Elaborar projeto do quadro
AaG
A
41
Realizar ensaios
AaG
A
da inspeção. Esta opção não requer conhecimento
42
Realizar ensaios
AaG
A
especializado e, uma vez que o modelo é definido, pode
Isso será desenvolvido no plano de ação, objeto de
artigo futuro. A classificação dos itens desse documento apoia também a priorização das ações corretivas, sem, no entanto “dar um atestado de completa conformidade para uso” ou “adequado para trabalho com segurança”, tendo em vista que esse será também um assunto a ser apresentado no próximo artigo.
Preenchimento dos documentos: eletrônico versus impresso preenchimento
do
“checklist”
ou
“lista
de
todos os itens do formulário devem estar preenchidos, possível
identificar
quatro
áreas
importantes
nos formulários: informações do equipamento, não conformidades e ações corretivas, anotações e assinatura habilitado.
Independentemente
dos
meios
que
que ocorre com o processamento e organização dos dados para criação do Relatório Técnico de Inspeção (RTI) e do Plano de Ações Corretivas (PAC). Certamente, a forma mais simples e corriqueira de uso
de texto ou de planilhas eletrônicas, impressão de várias cópias em papel e preenchimento manual no momento
Apoio
63
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
64
Disponibilização do formulário no tablet
ser posto em ação com muita agilidade. No entanto, com a popularização da internet em todos os níveis sociais, e mais recentemente com o advento dos “tablets”, é possível
preparar e preencher os checklists em formato eletrônico.
a ser atendido nesta etapa. Ao se selecionar sua forma,
A inspeção via tablet passa por cinco etapas:
é imprescindível a participação dos membros da equipe
determinação das ferramentas, criação do formulário,
responsáveis pelo trabalho e campo, uma vez que estes
disponibilização do formulário no “tablet”, preenchimento
conhecem as particularidades do serviço.
e envio das informações e tratamento das informações.
Podemos classificar as formas de disponibilização
Para melhor apresentar o tema, trataremos cada um desses
dos formulários no tablet quanto à necessidade de
passos, de forma resumida, para em seguida tratar das
conexão. As mais simples são as soluções online, nas
vantagens e desvantagens do uso de recursos eletrônicos
quais o usuário deve fazer uso da internet para acessar
nas nossas inspeções.
websites ou aplicativos, mas na maioria dos casos elas
A facilidade de preenchimento é o principal requisito
não são recomendadas, devido à fragilidade da conexão
Determinação das ferramentas
dos dispositivos móveis, o que pesa negativamente à
Existem diversas opções no mercado para viabilizar o
confiabilidade.
trabalho de inspeção com “tablets”, desde os modelos dos
aparelhos, passando pelos aplicativos (“apps”) e outros
offlines, em que as respostas ficam armazenadas na
softwares e apoio. Para a definição do que melhor atenda
memória do dispositivo, devendo posteriormente ser
às suas necessidades, a equipe deve levar em consideração
resgatadas por cartões de memória, conexão via cabo ou
seus conhecimentos de informática, recursos financeiros e
equivalentes. Aqui perdemos um dos pontos fortes desta
tempo disponível para preparação do formulário.
metodologia, que é a agilidade da geração e tratamento
Do lado oposto encontramos as soluções exclusivamente
das informações coletadas no campo.
Criação do formulário
Definimos como a melhor solução aquelas híbridas,
Visando uma maior produtividade, iniciamos este trabalho
que
no computador, no qual poderemos editar e configurar
arquivamento das respostas de modo offline, de forma
os formulários que nos servirão de checklists, com maior
a não limitar a área de atuação da equipe de inspeção,
agilidade. Nesta etapa todo o levantamento, estudo e
mas que permita o envio das respostas para algum sistema
construção técnica dos checklists devem estar prontos,
online de armazenamento, tão logo uma conexão à internet
bastando-nos criar sua versão digital.
esteja disponível, mesmo que via serviços de telefonia
permitem
o
preenchimento
dos
formulários
e
móvel. Se faz imprescindível a adoção de procedimentos
Para escolha da ferramenta de criação dos formulários,
de backups e outras garantias de manutenção dos dados.
identificamos as seguintes necessidades.
Preenchimento e envio das informações • Facilidade de uso no tablet;
• Simplicidade de uso;
muito natural e simples, aproveitando as telas sensíveis ao
• Variedade para definição das perguntas;
toque destes dispositivos. Os responsáveis pela inspeção
• Armazenamento online de informações;
devem se preocupar em alocar profissionais acostumados
• Compatibilidade com softwares de análise de dados;
a lidar com esta tecnologia e que reconheçam o valor
• Suporte a multiusuários;
e fragilidades mecânicas destes dispositivos para estas
• Registro de revisões e alterações.
atividades.
Como exemplo de solução gratuita que cumpre estes
requisitos, citamos o aplicativo online “Google Drive”.
O preenchimento dos formulários deve ocorrer de forma
Reafirmamos a necessidade de definição de padrões
de trabalho em que o envio das informações se dê de
65
tal forma que não seja possível a perda das informações por falha de comunicação. Em situações nas quais o resultado parcial das inspeções deve ser conhecido o mais breve possível, pelo uso dos formulários eletrônicos,
pode-se
fornecê-lo
quase em tempo real, já que não é necessário que a equipe de campo retorne da atividade de inspeção para que as respostas do formulário sejam conhecidas. Caso fosse optado pelo uso dos formulários impressos, seria
difícil
estimar
este
tempo,
pois se teria o tempo de chegada da equipe de inspeção no escritório e a passagem dos formulários para meio digital, além do próprio envio para os envolvidos.
Tratamento das informações O resultado final da inspeção, como será apresentado nos próximos capítulos, dá-se em relatório e plano de ações corretivas. Dessa forma, em algum momento do projeto de inspeção, a equipe deverá recolher os dados do checklist para que estes fomentem
os
resultados
citados.
Quando os dados da inspeção já são colhidos em formato digital, por meio dos formulários, a análise além de mais simples pode se dar em formas antes não exploradas. Com o resultado das inspeções tabulados, já saberemos a soma dos
equipamentos
quantidade
e
conformidades,
inspecionados,
tipos
de
quantidades
não e
tipos de ações corretivas, e quase sem
esforço
podemos
construir
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
66
indicadores que totalizem, agrupem e transformem em
atuações periódicas futuras.
gráfico os dados da inspeção. • Inspeção de campo – nessa fase foi possível preencher
Vantagens
os
Como vimos, os benefícios percebidos passam pela
iluminação adequada e ergonomia visual em comparação
agilidade no preenchimento dos formulários, permitindo
aos formulários impressos, assim como a transmissão de
mais equipamentos sendo inspecionados em menos tempo
dados para um lugar seguro e fora do local de trabalho,
e um consequente aumento da produtividade; facilidade
contra o manuseio de formulários e folhas em pranchetas
no processamento dos dados após a inspeção, que já
e fixação para preenchimento gráfico e anotações. A
estarão em formato digital, reduzindo consideravelmente
inclusão de fotos digitais não foi incorporada nesse
os custos de mão de obra operacional da inspeção; e
avanço, mas quando isso acontecer os ganhos serão mais
confiabilidade das informações. Essa confiabilidade é
notáveis;
visível quando é reduzida em muito a chance de erros ao
• Produção de relatórios – a qualidade do relatório de
se passar o conteúdo do formulário impresso e preenchido
campo, preenchido a mão e sujeito a pequenas correções,
no campo, para o banco de dados a ser utilizado no RTI e
assim como a transcrição das anotações para arquivos
PAC.
digitais, teve a sua qualidade aumentada e o seu tempo
formulários
eletrônicos
com
mais
comodidade,
de tramitação eliminado ao ser passado do arquivo digital
Desvantagens
enviado remotamente, quase que de forma simultânea ao
Temos no maior tempo de preparo a principal
prosseguimento das inspeções, na emissão de documentos
desvantagem do apoio eletrônico às inspeções, uma vez
tipo PDF. Outra vantagem foi a assinatura identificada
que para garantia do procedimento, todos os sistemas e
dos documentos, uma vez que, por classificação, cada
programas utilizados devem ser revistos e conferidos, se
formulário já é emitido com o nome de quem inspecionou
não desenvolvidos, antes do início do trabalho. Citamos
e com o habilitado responsável pelo feito, evitando assim
também o aumento da complexidade dos procedimentos
confusões e esquecimentos.
de trabalho, o que requer mais atenção e preparo dos
•Manutenção de dados e acertos – por vezes, na
responsáveis pelo projeto de inspeção. O investimento
conferência de documentos originais, ainda que rasurados,
financeiro
acertos devem ser feitos, fotos em seus números corrigidas.
e
em
pessoal
deve
ser
analisado
para
determinação da viabilidade econômica desta escolha.
Isso é muito facilitado pelo uso dos arquivos digitais.
Assim, o investimento não se apresenta como desvantagem.
Foi verificado ainda que, por conta do custo em hora
Uma análise sintética das vantagens e desvantagens no preenchimento eletrônico e impresso
da mão de obra alocada no processo mencionado, a
Em todo processo de trabalho, desde que feito com
repasse desse ganho ao valor final ofertado pelo serviço.
técnicas e estudos, há a possibilidade da aplicação do
Em inspeções mais rigorosas, o custo da termografia dos
ciclo PDCA – ferramenta da qualidade. Assim, aplicando
equipamentos e sua análise também deve compensar na
os procedimentos de inspeção por formulários, eletrônico
mesma ordem a valoração dos resultados.
redução de tempo se deu na ordem de 40% e os custos na ordem de 30% a 40%, o que torna muito interessante o
versus impresso, apresentado anteriormente foi possível desenvolver estudos de processos que justificam o investimento no procedimento eletrônico de inspeção. Foi verificado que as etapas mais otimizadas foram as etapas de inspeção de campo, de produção de relatórios e sua assinatura, e a manutenção de dados e acertos, para
*Marcus Possi é engenheiro eletricista, consultor e diretor da Ecthos Consultoria. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
67
Manutenção de transformadores
Apoio
68
Capítulo V Polaridade e relação em transformadores de potência Por Marcelo Paulino*
O objetivo deste capítulo é apresentar os
da
conceitos de polaridade e defasamento angular de
promovendo uma atuação indevida da proteção
transformadores e as metodologias para a medição
ou leitura enganosa, principalmente em circuitos
da relação de transformação de transformadores
de medição de energia.
trifásicos (considerando-se todas as conexões
No
padronizadas), a partir do conhecimento prévio
apenas o conceito de polaridade é insuficiente
de seu defasamento angular.
corrente
caso
de
circulação
de
no
secundário,
transformadores
trifásicos,
para apresentar uma relação definida entre as tensões induzidas nos enrolamentos primário e
Introdução
secundário. Isso se deve aos diversos tipos de
O conceito sobre polaridade de transformadores
conexões dos enrolamentos (delta, estrela ou
deve ser estabelecido como base para o entendimento
ziguezague), como será abordado neste texto.
do funcionamento do transformador, pois, com
Nestes casos, utiliza-se a diferença de fases
a instalação de dois ou mais transformadores em
(defasamento) ou deslocamento angular entre as
paralelo, as conexões dos secundários formarão
tensões dos terminais de tensão inferior e tensão
uma
superior.
malha.
Se
todos
possuírem
a
mesma
polaridade, as forças eletromotrizes anulam-se,
ou seja, a tensão resultante será zero. Quando a
de espiras dos enrolamentos do transformador, o
soma das forças eletromotrizes resultarem em um
mantenedor disporá de um recurso valioso para
No caso da verificação da relação do número
valor diferente de zero, surgirá uma corrente de
se verificar a existência de espiras em curto-
circulação com valores elevados, pois é limitada
circuito, de falhas em comutadores de derivação
apenas pelas impedâncias secundárias. Assim,
em carga e ligações erradas de derivações.
tem-se que umas das principais condições para
Para
estabelecer o paralelismo de transformadores é a
transformador, podem ser utilizados diversos
de possuírem a mesma polaridade.
métodos para execução do teste de relação
Nos circuitos de medição e proteção são
de espiras ou relação de tensões, sendo que
utilizados transformadores de corrente (TC) e
o método do transformador de referência de
transformadores de potencial (TP). A inversão da
relação variável, conhecido como TTR, é o mais
polaridade nesses circuitos ocasionará a inversão
comum.
determinar
a
correta
relação
do
69
Polaridade de um transformador
A polaridade de um transformador é a marcação existente
nos terminais dos enrolamentos dos transformadores, indicando o sentido da circulação de corrente em um determinado instante em consequência do sentido do fluxo produzido. Em outras palavras, a polaridade é uma referência determinada pelo projetista, fabricante ou usuário para determinar a marcação da polaridade dos terminais dos enrolamentos e a condição dos enrolamentos conforme sua disposição, isto é, a relação entre os sentidos momentâneos das forças eletromotrizes nos enrolamentos primário e secundário.
Portanto, a polaridade depende de como são enroladas as
espiras que formam os enrolamentos primário e secundário. O sentido da queda de tensão (força eletromotriz) será determinado pelo sentido do enrolamento e pela marcação realizada.
A Figura 1 mostra duas situações distintas para as tensões
induzidas em um transformador monofásico. Na primeira figura, as tensões induzidas U1 e U2 dirigem-se para os bornes adjacentes H1 e X1. Na outra figura, a marcação é feita de maneira contrária, sendo as tensões induzidas dirigidas para os bornes invertidos. Nota-se também que, na Figura 1a, as tensões possuem mesmo sentido (estão em fase) ou “mesma polaridade instantânea”. Na outra, elas estão em oposição (defasadas de 180o) ou com polaridades opostas.
Figura 1 – Sentidos instantâneos nos terminais do enrolamento de um transformador monofásico.
Manutenção de transformadores
Apoio
70
Pelo exposto, a polaridade refere-se ao sentido relativo entre as
nas buchas de BT.
tensões induzidas nos enrolamentos secundários e primários, ou
Relação de transformação
à maneira como seus terminais são marcados. Quando ambos os enrolamentos possuem a mesma polaridade, o transformador é de
A medida da relação de transformação de um transformador
polaridade subtrativa e, em caso contrário, polaridade aditiva.
é padronizada como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção preventiva em transformadores
Métodos de ensaios para determinação de polaridade
reparados
De acordo com a ABNT NBR 5380, os métodos de ensaio
comissionamento das unidades.
ou
usados para a determinação da polaridade de transformadores
monofásicos são:
obtenção são:
submetidos
a
reformas
ou,
ainda,
no
Os métodos mais frequentemente empregados para a sua
• Método do golpe indutivo com corrente contínua;
• Método do voltímetro – medida da relação de tensões entre
• Método da corrente alternada;
os enrolamentos de AT e BT, obedecendo-se o fechamento
• Método do transformador padrão;
do transformador;
• Método do transformador de referência variável.
• Método do TTR – medida da relação de espiras por meio de um equipamento construído especificamente para este fim.
A disponibilidade de um instrumento de teste moderno que
possibilite a medida do defasamento angular entre as tensões
Qualquer
primárias e secundárias já possibilita a determinação da polaridade
suficientemente precisos para que seja válido. Para avaliar um
do transformador testado.
transformador, os resultados do teste, independentemente do
Descreveremos o método do golpe indutivo devido à sua
método aplicado ou dos instrumentos de medição utilizados,
maior aplicabilidade. O esquema de ligações para o método é
devem possibilitar medidas com variação máxima admissível é
indicado na Figura 2.
± 0,5%, em todos os tapes de comutação.
método
utilizado
deve
oferecer
valores
O erro percentual é calculado em função da relação medida
e da relação nominal do transformador, sendo:
Em que: • E% é o erro percentual; • Rmed é a relação medida, ou seja, o resultado do teste; • Rnom é a relação teórica ou relação nominal do transformador. Figura 2 – Determinação da polaridade pelo método do golpe indutivo.
Observe que os terminais de tensão superior são ligados
Relação de transformação (tensões) e relação de espiras
Conforme já descrito em capítulos anteriores, a relação do
a uma fonte de corrente contínua. Instala-se um voltímetro de
número de espiras (KN) e a de transformação ou de tensões (K)
corrente contínua entre esses terminais, de modo a se obter uma
nos transformadores monofásicos são iguais numericamente,
deflexão positiva ao se ligar a fonte CC, ou seja, a polaridade
em termos práticos.
positiva do voltímetro ligado no positivo da fonte e esses em H1.
Entretanto, nos transformadores trifásicos podem diferir
Em seguida, insere-se o positivo do voltímetro em X1 e o
conforme as conexões dos enrolamentos envolvidas, ou seja,
negativo em X2. A chave é fechada, observando-se o sentido
como mostrado na Tabela 1.
de deflexão do voltímetro. Quando as duas deflexões são em
sentidos opostos, a polaridade é aditiva. Quando no mesmo
se obter a de transformação nos transformadores trifásicos deve
sentido, é subtrativa. Tais conclusões baseiam-se na lei de Lenz.
considerar tais valores.
Assim, qualquer medição da relação do número de espiras para
O mesmo procedimento é aplicado a transformadores Determinação da relação de transformação
trifásicos, observando-se os terminais de conexão da fonte nos enrolamentos de AT e analisando-se os resultados observadas
O ensaio de relação de tensões realiza-se aplicando a um dos
Apoio
71
Manutenção de transformadores
Apoio
72
Tabela 1 – Valores de K em função de KN para as diversas conexões
Ligação
Dd
K=
KN
Dy
Dz
KN
2
3
3
enrolamentos uma tensão igual ou menor que a sua tensão nominal,
KN
Yy
Yd
KN
3K
Yz 2 3
N
KN
a saber:
bem como a frequência igual ou maior que a nominal.
Para transformadores trifásicos, apresentando fases independentes
• A fonte, em grande parte dos casos, apresenta tensões
e com terminais acessíveis, opera-se indiferentemente, usando-se
desequilibradas, mascarando os resultados das medições;
corrente monofásica ou trifásica. No caso da utilização de um teste
• Se aplicados, por exemplo, três níveis distintos de tensões, mesmo
com correntes monofásicas, o fechamento do transformador deve
balanceadas, podem resultar em três valores diferentes de relação
ser observado para realização das conexões de teste, conforme já
de transformação.
exposto.
Os métodos usados para o ensaio de relação de tensões são:
Em ambas as situações, os erros e as incertezas descaracterizam
os objetivos de se medir a relação de transformação. • Método do voltímetro;
Atualmente,
• Método do transformador padrão;
têm oferecido soluções adequadas para o teste de relação de
equipamentos
de
teste
microprocessados
• Método do resistor potenciométrico;
transformação, com tensões estabilizadas e medidas precisas.
• Método do transformador de referência de relação variável.
Entretanto, cabe ao mantenedor e responsável pelo teste a avaliação de tal instrumentação, antes da realização dos ensaios.
A ABNT NBR 5356 estabelece que este ensaio deve ser
A Figura 3 mostra uma aplicação com um equipamento
realizado em todas as derivações, o que se constitui uma boa
microprocessado multifuncional (CPC100 Omicron), realizando
prática, principalmente na recepção do transformador. Observa-se
um ensaio de relação de transformação utilizando uma fonte de
que as tensões deverão ser sempre dadas para o transformador em
tensão alternada e um voltímetro. Adicionalmente, a corrente de
vazio.
excitação é medida em amplitude. Também é obtida a diferença de
fase entre as tensões primária e secundária.
A citada norma admite uma tolerância igual ao menor valor
entre 10% da tensão de curto-circuito ou TTR
± 0,5% do valor da tensão nominal dos diversos enrolamentos, se aplicada tensão nominal no primário.
A siglaTTR (iniciais deTransformerTurn Ratio) tornou-se sinônimo
A seguir são apresentados os métodos do voltímetro e do
de equipamentos para medição da relação de transformação. Em
transformador de referência de relação variável, por serem os mais
sua concepção original, incorpora um transformador monofásico
utilizados.
padrão com número de espiras variáveis, que é posto em paralelo com o que se quer medir. Na atualidade, esse modelo tradicional
Método do voltímetro
O princípio deste método é alimentar o transformador com
certa tensão e medi-la juntamente com a induzida no secundário. A leitura deve ser feita de forma simultânea com dois voltímetros. Se necessário devem-se utilizar transformadores de potencial. No caso do uso de instrumentação manual, sem automatismos, recomenda-se que se faça um grupo de leituras, permutando-se os instrumentos visando compensar seus eventuais erros. A média das relações obtidas desta forma é considerada como a do transformador.
Observe que, em geral, por facilidade e segurança, a alimentação
do transformador é feita pelo lado de AT com níveis reduzidos de tensão em relação nominal do tap considerado.
Tal prática, entretanto, resulta em dois problemas fundamentais,
Figura 3 – Medida da relação de tensões com CPC100 Omicron.
73
Figura 4 – TTR, (a) analógico monofásico (MEGGER), (b) trifásico digital (RAYTECH).
é chamado de TTR “monofásico”, pois existem os “trifásicos” e os eletrônicos.
No TTR monofásico, quando a relação de seu transformador
monofásico com número de espiras variáveis se iguala à do que se quer medir, não há diferença de potencial em seus secundários, nem corrente de circulação. Assim, o valor correto pode ser verificado em um indicador (microamperímetro) nulo.
A conexão do equipamento às buchas do transformador a ser
testado é executada por meio de quatro conectores, sendo dois conectores, normalmente do tipo “sargento” para serem ligados aos enrolamentos de baixa tensão e dois conectores do tipo “jacaré” para serem ligados aos enrolamentos de alta tensão. As polaridades destas bobinas possuem grande importância, pois, se estiverem invertidas, o TTR não fornecerá leitura.
Apesar de a finalidade básica do TTR ser a de fornecer a relação
do número de espiras (KN) com precisão, pode ser empregado para a obtenção da relação de tensões dos transformadores trifásicos. Nesse caso, como nem sempre K e KN são iguais, é necessário que se aplique os fatores da Tabela 1.
REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. T. L.; PAULINO, M. E. C. Manutenção de transformadores de potência. Curso de Especialização em Manutenção de Sistemas Elétricos – Unifei, 2012.
* Marcelo Eduardo de Carvalho eletricista e especialista em elétricos pela Escola Federal (EFEI). Atualmente, é gerente |mecpaulino@yahoo.com.br.
Paulino é engenheiro manutenção de sistemas de Engenharia de Itajubá técnico da Adimarco
Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
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Reportagem Por Bruno Moreira
O Setor ElĂŠtrico / Maio de 2014
75
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Em busca de incentivos Falta de política pública inviabiliza crescimento de redes subterrâneas de distribuição no país. A criação de regulamentação para este modelo está prevista na agenda da Aneel, mas distribuidoras têm autonomia para escolher seus padrões construtivos
A maioria das redes de distribuição de energia elétrica do
revertidos às distribuidoras, não pelo menos ao ponto de elas
Brasil é aérea. De fato, menos de 1% dos fios, cabos e demais
assumirem, sozinhas, os investimentos neste tipo de obra.
equipamentos que compõem uma rede de distribuição é
O engenheiro eletricista e consultor em projetos de
enterrado, ou seja, subterrâneo. Tremendo desnível reflete
distribuição de energia elétrica para redes de distribuição
no que vemos quando saímos às ruas. A cada metro, um
subterrânea, João José dos Santos Oliveira, explica que o
poste, dificultando o tráfego pela calçada; e fios e mais fios
desconforto das concessionárias para investir em projetos de
emaranhados tornam menos agradável a visão da cidade.
redes subterrâneas acontece por causa do modelo tarifário
Não apenas sob o ponto de vista estético e de bem-
brasileiro, que é o de modicidade tarifária. Conforme o
estar pode-se reclamar da grande quantidade de redes
engenheiro, as concessionárias devem investir tendo em vista
aéreas nas cidades do país, mas tendo em vista o meio
o menor custo possível aos usuários e, nesse caso, o retorno
ambiente, um poste a menos poderia se converter em uma
financeiro se daria em um prazo de 25 anos, considerado
árvore a mais. Além disso, fios e cabos ao ar livre têm mais
muito longo pelas empresas, especialmente, quando se faz
chances de causarem acidentes e se romperem, podendo ser
um investimento grande, como é normalmente o das redes
mais facilmente furtados e utilizados como instrumentos
subterrâneas.
de ligações clandestinas. Tais ocorrências podem causar
apagões e prejuízos não somente às concessionárias, mas,
sofrendo da sociedade para o enterramento das atuais redes
principalmente, aos próprios usuários.
aéreas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem
Contudo, mesmo com estes possíveis prejuízos, as
estudando a possibilidade de criar uma regulamentação,
distribuidoras de energia elétrica não se mostram tão
buscando desenvolver as redes subterrâneas no país. Nesse
animadas em arcar com os altos custos de implantação de
sentido, a agência realizou em setembro do ano passado,
redes subterrâneas, alegando que estes não são contemplados
em Brasília, um seminário para debater aspectos técnicos,
em curto prazo pelas tarifas. Ou seja, os benefícios que são
econômicos e regulatórios dos sistemas subterrâneos de
gerados à sociedade pelo enterramento de redes não são
distribuição.
Ante a crescente demanda que as distribuidoras estão
76
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2014
O assunto é complexo, envolve muitos pontos a se considerar, por isso a Aneel, em sua agenda regulatória indicativa 2014/2015 (disponível no site da agência reguladora), a atividade 28, dedicada ao aprimoramento da regulamentação de análise de investimentos das distribuidoras, já prevê a avaliação da expansão dos sistemas subterrâneos de distribuição, identificando a eventual necessidade de regulamentação do tema e as interfaces com os processos tarifários.
Segundo o especialista da Superintendência de Regulação
da Distribuição da Aneel, Diego Luis Brancher, de acordo com a agenda regulatória, está prevista uma audiência ou consulta pública a respeito do tema já para o segundo semestre de 2014. “Convém destacar que tal assunto não se
O financiamento por parte de lojistas, assim como aconteceu na rua Oscar Freire, é uma das formas de se levar a cabo projetos de redes subterrâneas.
encerrará com esta audiência ou consulta pública devido à
leis municipais que determinam o enterramento das redes
complexidade e à interconectividade com os demais setores
de energia. Diego Brancher, da Aneel, comenta que há
públicos e privados”, adianta Brancher.
alguns Projetos de Lei que também tratam a matéria com
Apesar da inclinação por parte da Aneel em implementar
motivações distintas para todas as distribuidoras do Brasil,
uma regulamentação, o especialista frisa que, de acordo com
mas ainda em tramitação – PL nº 37/2011, PL nº 798/2011 e
os contratos de concessão do serviço público de distribuição
PL nº 6743/2013.
de energia elétrica, a concessionária tem ampla liberdade na
direção de seus negócios, investimentos pessoais e tecnologia.
2005, a Lei 14.023, obrigando as concessionárias – não
Ou seja, uma possível regulamentação não obrigará as
apenas de distribuição elétrica, mas as de cabos telefônicos,
concessionárias a investir mais em redes subterrâneas, pois
tevê a cabo e assemelhados – a enterrarem 100% da rede área
elas possuem autonomia para escolher qualquer padrão
municipal.
construtivo a ser utilizado, desde que ele atenda aos requisitos
de qualidade e confiabilidade de atendimento estabelecidos
um prazo de cinco anos a partir da promulgação da lei para
pelo poder concedente.
que as empresas fizessem o enterramento da rede existente.
Brancher esclarece ainda que já existe arcabouço
Contudo, este limite foi vetado e não é contemplado na
regulatório voltado para redes subterrâneas para duas
nova legislação. Um dos motivos alegados é que o prazo era
situações: quando a distribuidora, por razões técnicas e
inviável, pois a cidade possuía 180 mil km de redes aéreas e
econômicas, opta por sistemas subterrâneos de distribuição,
para alcançar tal meta seria necessário o enterramento de 100
tal investimento deve ser remunerado por todos os
km de redes por dia. Na ocasião, os responsáveis pelo veto
consumidores por meio da tarifa de energia elétrica; e quando
recordaram a obra de implementação de rede subterrânea
a mudança para rede subterrânea ocorre por razões estéticas
na Avenida Rebouças, que durou 12 meses para enterrar
ou nível de qualidade diferenciado. Esta solicitação deve ser
somente 4 km de cabos.
feita pelo consumidor, que arcará com todos os custos de
Segundo Denise Teixeira, colaboradora do Centro de
investimento.
Estudos em Regulação e Infraestrutura da Faculdade Getúlio
A cidade de São Paulo, por exemplo, promulgou, em
A lei teve como base a PL 248/2011, que estabelecia ainda
Vergas (Ceri/FGV), instituição contratada pela AES Eletropaulo
Legislação
em
São Paulo
para estudar e encontrar uma solução para as obrigações previstas na Lei 14.023/2005, na realidade, o veto quanto ao
Enquanto não se cria um ambiente regulatório adequado
prazo de cinco anos não se justifica exatamente por ser curto.
para a implementação de projetos em redes subterrâneas,
“Se fosse assim, teria sido proposto um prazo mais adequado,
alguns municípios brasileiros se viram como podem e
mas ninguém sugeriu 10 ou 20 anos para enterrar toda a
instituem leis, tentando fazer com que este sistema de
rede aérea. Na versão final, a lei saiu sem qualquer prazo,
distribuição de energia se torne mais frequente no país.
porque em uma cidade como São Paulo não é viável propor a
É o caso de São Paulo e Rio de Janeiro, que contam com
conversão de 100% das redes aéreas”, afirma.
O Setor ElĂŠtrico / Maio de 2014
77
78
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2014
avaliar impactos nas tarifas e na carga de tributos”, explica a colaboradora, destacando que tudo isso deverá estar considerado nos três aspectos da política pública: abrangência, gestão e custeio.
O gerente de redes subterrâneas da AES Eletropaulo,
Nilson Baroni Jr, faz eco às ideias de Denise. Ele afirma que a AES Eletropaulo é a favor de um programa estruturado de enterramento de redes, desde que sejam também estruturadas políticas públicas, definindo claramente as fontes de custeio de tal programa, dado que tais custos não deveriam ser repassados às tarifas de energia elétrica.
Uma política pública ainda não foi definida, mas em
abril de 2013 foi proposta uma alteração na lei municipal existente, visando melhorar a viabilidade econômica da implantação de redes subterrâneas. O PL 40/2013, que está em apreciação na Câmara Municipal de São Paulo, A Avenida Paulista é uma das vias de São Paulo que teve sua rede de distribuição de energia elétrica enterrada
propõe que somente os cabos sejam enterrados, podendo os transformadores e demais equipamentos serem colocados em um cubículo externo. Segundo a colaboradora, dessa forma,
Para o engenheiro eletricista e coordenador técnico do
tenciona-se reduzir custos com equipamentos e com obras
IEEE ESW Brasil, Estellito Rangel Júnior, é tecnicamente
civis, além de se obter receita com exploração publicitária
possível enterrar a totalidade das redes de uma cidade como
nos cubículos.
São Paulo. “Basta lembrar que estas cidades possuem metrô,
o que exige um volume de escavações e rearranjo de redes
lei se torna uma solução aos altos custos não porque indica
bem mais complexo”, declara. Se é tecnicamente possível,
a utilização dos cubículos externos, já que eles não estavam
talvez não seja economicamente para as concessionárias.
proibidos na versão original, mas sim porque determina os
Segundo Denise, um volume de investimentos dessa
cubículos como parte do mobiliário urbano, o que faz com
proporção não pode ser suportado exclusivamente por uma
que eles sejam custeados pelo próprio município, podendo a
empresa operadora de redes, já que 1 km de rede subterrânea
receita originada com a exploração publicitária ser destinada
pode ser até 10 vezes mais caro que uma rede convencional
a investimentos nas obras civis do enterramento da rede
aérea.
elétrica. “Essa destinação não está clara no corpo do projeto
Além disso, conforme a colaboradora do Ceri/FGV,
de lei, apenas na justificativa, mas, de toda forma, é claro o
o enterramento de todos os cabos e fios de distribuição,
avanço em relação à posição anterior, em que o município
como está prevista na lei paulistana, não é necessário.
não arcava com absolutamente nada”, afirma Denise.
Denise assevera que a seleção das áreas nas quais os cabos
devem ser subterrâneos deve ser sustentada por critérios
que o enterramento total da rede na cidade de São Paulo não
técnicos e econômicos, além de considerar aspectos sociais
é essencial. Segundo ela, devemos nos perguntar se este é o
e ambientais. “Por isso o ideal é que exista um método para
tipo de investimento que o consumidor realmente precisa.
criar uma política pública com essa natureza”, destaca.
“Certamente a conversão de 100% das redes não é desejável,
não é viável e teria impactos tarifários elevadíssimos”, diz.
Para Denise, uma política pública bem feita deve ser
A colaboradora do Ceri/FGV esclarece que o projeto de
Mesmo com essa facilitação, a colaboradora ainda enfatiza
calcada em métodos que conciliam os objetivos do município
Em locais onde houver alta concentração de carga,
com os custos que podem ser suportados. “Em síntese, a
como uma avenida com diversos prédios altos é certo que
política deve tratar das sinergias, observando, por exemplo,
redes subterrâneas são necessárias. Mesmo porque vias
as intervenções urbanísticas previstas no Plano Diretor da
assim, segundo Estellito Rangel, exigirão a colocação de
Cidade, o plano de renovação das redes e equipamentos,
grandes transformadores, que, por suas dimensões e peso,
compartilhamento da infraestrutura entre as distintas
não serão viáveis de serem fixados aos postes. Do mesmo
operadoras de redes, articular a definição das prioridades,
modo, os cabos secundários também necessitarão ter seções
79
O Setor Elétrico / Maio de 2014
transversais maiores, tornando sua sustentação nos postes
Parceria entre prefeituras e concessionárias, visando
mais difícil.
converter a rede de uma praça, por exemplo, é outra forma de se
As redes podem ser enterradas nos mais variados locais
levar a cabo projetos deste tipo. Assim como o financiamento
de uma cidade e com os mais diversos propósitos, por
por parte de lojistas, a fim de revitalizar uma rua comercial,
exemplo, para a melhoria da paisagem urbana, para valorizar
como ocorreu na Oscar Freire, em São Paulo, via que reúne
áreas históricas, visando atrair o turismo, ou para diminuir
lojas luxuosas, quando a associação de lojistas da rua, a
riscos, em áreas em que a rede é exposta à tempestade e há
prefeitura e um patrocinador custearam o enterramento de
forte fluxo de pedestres. Desde que, segundo Denise, haja
9 km de cabos elétricos e dez transformadores, equivalente a
uma orientação resultante de uma avaliação. “A ponderação
750 m de extensão da via.
de diversos fatores é que indicará quais regiões devem estar
contempladas num programa de conversão de redes aéreas”,
uma diretriz específica de obrigatoriedade de enterramento
destaca.
das redes de distribuição de serviço. Conforme Oliveira,
Em relação ao respeito por parte da AES Eletropaulo à
nos Estados Unidos, por exemplo, comunidades locais, em
Lei 14.023/2005, Baroni destaca que a legislação municipal
conjunto com os governos municipais e as entidades de
propõe uma meta de enterramento de 250 km/ano de toda
regulação de serviços públicos, têm chegado a diversas
a fiação aérea (iluminação pública, telefonia, TV a cabo
soluções para arcar com o alto custo de implantação de redes
e energia) da cidade de São Paulo. “Para isso, deve ser
subterrâneas.
elaborado, pela prefeitura, um Programa de Enterramento da
Rede Aérea (PERA), que definirá quando, como e onde deve
comunicações para subterrânea à segurança pública e ao
ser feito esse enterramento por cada empresa que atualmente
bem-estar do interesse público, o Estado de Washington
ocupa a rede”, explica.
permitiu a cada cidade do seu estado a realização do
O consultor em projetos de distribuição de energia
procedimento quando as instalações são ou não propriedade
elétrica para redes de distribuição subterrânea, João José dos
ou operadas pela prefeitura. Para tanto, as cidades detêm o
Santos Oliveira, defende que haja um entendimento entre
poder de contratar os serviços de conversão das instalações
os envolvidos – concessionárias e prefeituras – a fim de
aéreas para subterrâneas e de arrecadar fundos para pagar
que mais redes subterrâneas sejam implantadas no Brasil.
parte ou a integralidade dos custos, o que pode ser feito por
Assim, caberia às prefeituras estabelecerem formas de uso do
meio da criação de distritos com melhorias e pela cobrança
subsolo, fazendo o ordenamento deste uso, deixando claro
de contribuições dos imóveis que foram beneficiados pela
quais as áreas que elas têm interesse em enterrar a rede. Em
obra.
contrapartida, ficaria a cargo das concessionárias mostrar
à prefeitura seus planos de expansão de forma a conciliar
número de pedidos das comunidades para a conversão de
situações que possam ser exploradas por ambos os lados.
redes, a concessionária local aprovou uma regulamentação
Assim como o Brasil, muitos outros países não apresentam
Declarando a conversão de redes aéreas de eletricidade
No Estado do Novo México, impulsionada pelo grande
criando uma tarifa específica para ser paga somente pelas
Alternativas
do exterior
comunidades que se beneficiarem diretamente das redes subterrâneas.
No Brasil, a implementação de redes subterrâneas
Já na Califórnia, a solução encontrada pelo agente
de distribuição de energia elétrica é realizada pelas
regulador local foi estabelecer uma contribuição por parte
concessionárias, tendo como base um dos principais critérios
da concessionária, variando entre 1% e 2% da receita
técnicos para a execução de tal tipo de obra, que é a
bruta anual da empresa. Esta quantia deve ser depositada
concentração de carga. Neste sentido, é que Baroni afirma
em um fundo para o enterramento de redes a ser utilizado
que a rede subterrânea existente na cidade de São Paulo (6%
pelos municípios, que em contrapartida devem estabelecer
da rede total da AES Eletropaulo) atende às necessidades
via decreto as áreas nas quais serão implantadas as redes
locais. Posteriormente à execução da obra, os custos obtidos
subterrâneas.
são repassados pela distribuidora em um processo de revisão
Para receber estes recursos, ao menos 70% dos
tarifária, sendo que a Aneel, que regula as atividades da
proprietários de imóveis dos municípios devem concordar em
concessionária, só permite o repasse se o investimento for
participar do projeto. Além disso, eles precisam arcar com os
considerado prudente.
custos de conexão ao sistema subterrâneo, do enterramento
80
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Em alguns projetos de transformação da rede área em rede subterrânea, apenas os cabos são enterrados, podendo os transformadores e demais equipamentos serem colocados em um cubículo externo.
das instalações em suas propriedades e do sistema de
podem tornar seu uso mais oneroso e arriscado.
iluminação pública nova ou de substituição.
Um caso diferente ocorreu no Estado de Maryland,
vêm convivendo com um problema peculiar, que tende a
onde os habitantes da cidade de Ocean City resolveram
assustar seus habitantes: a explosão de bueiros. As notícias
agir em regime de cooperativa para bancar todos os custos
veiculadas na mídia a respeito dos acidentes dão como causa
da implantação. Nesse caso, a cidade administra desde a
a ocorrência de defeitos nos cabos secundários, que levam
obtenção de servidores visando à conversão das redes, até a
a eventos de fumaça, fogo e explosões. Contudo, segundo o
coordenação com todos os serviços públicos, proprietários de
engenheiro e especialista no assunto, Estellito Rangel Júnior,
imóveis e agências reguladoras.
tais transtornos significam que a rede está funcionando sob
Há anos, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo
forte estresse.
Redes
explosivas
Conforme Rangel, tanto nas instalações de uma casa,
quanto nas redes de uma concessionária, a fumaça é
As redes subterrâneas apresentam algumas vantagens
ocasionada por sobrecarga, com a diferença de que na
em relação às redes aéreas, tais como o confinamento dos
residência há um disjuntor que teria o objetivo de proteger
equipamentos energizados, que impossibilita o usuário
a instalação contra esses riscos, mas que muitas vezes
de tomar choques elétricos e que protege estes mesmos
demora a abrir, por estar defeituoso ou sobredimensionado.
equipamentos contra impactos mecânicos que possam
O engenheiro eletricista explica que o secundário da rede
danificá-los. Contudo, além do relativo alto custo de
subterrânea é desprovido de proteção, o que, no sistema
implantação, elas podem apresentar alguns defeitos que
reticulado – o mais utilizado pelas concessionárias brasileiras
81
O Setor Elétrico / Maio de 2014
–, é chamado de sistema queima livre. “A única proteção é o
pode continuar sendo distribuída por outros trechos sadios,
‘protector network’, que apenas isola defeitos na alta tensão
incidentes como fogo, fumaça e explosões acabam não
por meio de um relé”, diz.
sendo levados como critério para uma avaliação futura
Dessa forma, esclarece o engenheiro eletricista, se
por parte da Aneel a respeito dos serviços prestados pela
houver um curto-circuito na rede de baixa tensão, o que
concessionária.
vai funcionar como fusível e interromper a corrente de
falta é a queima, ou melhor, o derretimento dos cabos.
resolver o problema das explosões, Rangel afirma que a
“Muito engenhoso, muito barato, mas a enorme quantidade
questão prioritária deve ser a identificação das causas, para
de energia liberada nos casos de defeito causa riscos à
que aí sejam aplicadas medidas para eliminá-las e seja
população e até leva a situações em que mesmo após o
implementado um programa de verificação da eficácia das
cabo ter rompido, a corrente de falta continue”, declara o
medidas. Segundo o especialista, na gestão de qualidade,
especialista.
este processo é chamado de Deming ou PDCA (Plan – Do –
Check – Act), em português (Planeje, Faça, Cheque, Haja).
O engenheiro explica ainda que deixar o cabo queimar é um
A respeito da ineficiência dos agentes competentes para
expediente aplicável aos casos de curto-circuito e tal estratégia
não funciona para proteger a rede contra sobrecargas. Estas,
ocorrer, é porque a fase C (cheque) não foi aplicada. Ou seja,
ao continuar deteriorando o isolamento dos cabos ao longo
se faz necessário reavaliar as medidas adotadas, efetuando-
do tempo, acabam fornecendo as condições para um curto-
se modificações na fase A, para novamente colocar em
circuito se estabelecer. Está configurado, então, o cenário
prática o PDCA. “Desta forma, podemos dizer que estas
propício a explosões. Isto porque, durante a deterioração do
entidades estão errando porque implantaram medidas que
isolamento dos cabos, são liberados gases inflamáveis que
apenas acreditavam ser eficazes; elas não se preocupam em
enchem os dutos. Por sua vez, o curto-circuito fornece a
primeiramente identificar as reais causas”, assevera.
ignição que detonará a explosão.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, em que os
não condizem com a realidade. Por exemplo, afirmaram que
acidentes envolvendo explosão de bueiros (ou câmaras
as explosões ocorreram porque a rede da Light é velha, mas
transformadoras) chamou mais a atenção da mídia, a
foram registrados incidentes em várias épocas, inclusive
prefeitura da cidade, a Light e a Companhia Distribuidora
quando a rede já estava modernizada. Outra razão seria
de Gás do Rio de Janeiro (CEG) tomaram medidas visando
o gás canalizado que estaria vazando nos dutos da Light.
solucionar o problema em questão. Entre as quais, a previsão
No entanto, de acordo com Rangel, na grande maioria dos
de multas em caso de explosão que houver danos materiais
casos não foi identificado o aromatizante adicionado ao gás
ou pessoais; mapeamento digital da rede subterrânea no
encanado, e desta forma ele não teria sido o causador da
centro da cidade; medição de gases no bueiro; divulgação
explosão no bueiro.
de lista contendo as ruas com maior risco de explosão;
Para Rangel, as causas das explosões e as medidas
modernização da rede de gás no centro e no bairro de
tomadas para solucioná-las não foram definidas através de
Copacabana; e perfuração das caixas de inspeção.
uma análise de engenharia conduzida por especialistas, mas
Contudo, mesmo com essas medidas, as explosões
por palpites que se cristalizaram no imaginário popular ao
e outros incidentes, como fogo e fumaça, continuam
longo dos mais de 100 anos de ocorrências de explosões
ocorrendo nos bueiros da cidade, o que mostra, para
de bueiros. Neste sentido, segundo o coordenador, faz-
Rangel, que as medidas encontradas para sanar o problema
se necessária a intervenção de empresas especializadas
foram inócuas. Mas onde prefeitura e concessionárias estão
do Brasil ou do exterior para que os problemas sejam
errando?
detectados e soluções efetivas sejam realizadas.
De acordo com Rangel, se as explosões continuam a
As causas aventadas, segundo o coordenador técnico,
Antes de apontar as causas do erro, porém, o coordenador
técnico do IEEE ESW Brasil explica que as redes de energia do país funcionam tendo como fundamento o conceito de confiabilidade atrelado à continuidade operacional, ou
Pesquisa www.aneel.gov.br Artigo “Experiências no exterior – quem paga o enterramento
seja, o foco é no fornecimento ininterrupto ao consumidor.
de redes de distribuição de energia elétrica”, publicado na
Como o sistema é constituído de uma forma que mesmo
edição 90, Julho de 2013, da revista O Setor Elétrico.
um trecho da rede sofrendo um defeito a energia elétrica
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
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83
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Passaram-se oito anos, 100 edições, 13.088 páginas,
460 colunas escritas por especialistas de grande renome em suas áreas de atuação e mais de 500 artigos técnicos
publicados. A promessa de uma publicação voltada
exclusivamente para a formação continuada e técnica dos profissionais da engenharia elétrica foi cumprida e a revista O Setor Elétrico chega à sua 100ª edição com reconhecimento dos seus leitores, colaboradores, amigos e parceiros.
Constituída em 2006, a revista O Setor Elétrico nasceu
de uma proposta idealizada pelo seu fundador, Adolfo Vaiser. “O conceito da nova publicação era resgatar o
trabalho feito com muita competência pela extinta revista Mundo Elétrico, que foi, por muitos anos, especialmente na década de 1980, o principal veículo de comunicação da
área elétrica”, conta. Assim, com a colaboração de alguns
amigos especialistas na área elétrica e com o suporte dos primeiros apoiadores publicitários – alguns desses
fabricantes são contínuos parceiros da revista até hoje – a edição número 1 foi publicada em fevereiro de 2006.
É o caso da RDI Bender, que apoia a publicação desde
o começo. “Desde a primeira edição tenho compartilhado o belíssimo trabalho realizado com muita garra e profissionalismo da equipe. Com um conteúdo empolgante
e cativante, a leitura dos mais diversos artigos expõe com muita clareza os desafios na área elétrica bem como apresenta novidades tecnológicas existentes”, declarou o sócio-diretor da empresa, Ricardo Bender.
Outro anunciante de peso para a revista concorda:
“Desde a primeira edição, a SEL percebeu que a parceria
com a O Setor Elétrico viria para ficar. A revista oferece
uma proposta de trabalho inovadora, na qual identificou-se características muito semelhante àquelas presentes na
SEL, como inovação, valorização de conhecimento técnico, promoção de eventos de valor para o mercado em que
atua, dentre outros. Isto criou um vínculo muito forte
entre ambas as empresas”, avaliou o diretor geral da SEL Brasil, Fernando Ayello.
Assim, a revista nasceu com alguns pontos fortes,
que foram os grandes responsáveis pelo seu crescimento. Talvez o principal deles tenha sido contar sempre com uma consultoria técnica especializada. No princípio, o saudoso
engenheiro Sérgio Bogomoltz foi peça fundamental para o
aprimoramento técnico da revista, tendo sido responsável não apenas por uma revisão técnica de todo o conteúdo
Edição 100 a ser publicado, como também de todo
temas como segurança do trabalho, qualidade da energia,
pautas, prezando pela disseminação de
média tensão.
o processo criativo de elaboração de informações práticas e de qualidade para os leitores. Esse papel vem sendo desempenhado, há quatro anos, com
muito
comprometimento
engenheiro,
consultor
e
Hilton Moreno.
da
pelo
professor
No que diz respeito à estrutura publicação,
um
grande
acerto
foi a criação da seção Fascículos,
considerada o “coração” da revista e
que foi uma ideia inspirada na antiga “Mundo
Elétrico”. A
proposta
dos
fascículos é publicar, continuamente, trabalhos técnicos que vão ganhando profundidade
constituem-se apostilas
a
sobre
interesse
do
cada
mês,
assim,
temas
de
grande
em
público
verdadeiras
leitor.
Com
escritos
por
duração de seis, 12 ou mais capítulos, os
fascículos
são
profissionais altamente qualificados em seus segmentos de atuação. Com eles, a revista torna-se a única publicação realmente colecionável do setor.
Outro ponto a favor da publicação
foi apostar nos especialistas mais
destacados em suas áreas de atuação com o intuito de oferecer aos leitores conteúdo técnica
e
da
mais
alta
atualização
qualidade
profissional
contínua. Dessa maneira, desde as
primeiras edições, a revista conta com colunistas fixos mensais, que atuam fortemente em suas áreas, participam de comissões normativas nacionais e
internacionais,
e
compartilham
seus conhecimentos com os leitores de
O
Setor
de
colunistas
Elétrico. Atualmente,
sete especialistas compõem o time da
publicação,
os
quais discorrem mensalmente sobre
sustentabilidade, iluminação, proteção e instalações de baixa e
Uma das prioridades da revista foi ainda buscar o apoio
de instituições importantes do setor e, assim, ajudar a disseminar informações relevantes sobre desenvolvimento de
ideias, normas e novas técnicas e tecnologias. Dessa maneira, organizações como a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ABNT), Instituto Internacional de Engenheiros Eletricistas e
Eletrônicos (IEEE) e Comitê Nacional Brasileiro de Produção
e Transmissão de Energia Elétrica (Cigré) sempre estiveram presentes na publicação. As duas últimas contam, inclusive,
com colunas fixas, espaços que são utilizados para divulgação de pesquisa e ciência.
O Espaço IEEE é um exemplo disso. Nesse sentido, o representante Aléssio Borelli, da Seção Sul Brasil, declarou
que “O Setor Elétrico, desde o início das suas publicações, tem demonstrado que veio para ficar, pois tem procurado atender a uma gama muito grande de leitores não somente aos profissionais do setor como também os da área acadêmica”. Outras
diversas
associações,
como Abinee
(indústria
eletroeletrônica), Abilux (indústria da iluminação), Abracopel
(contra os perigos da eletricidade), Abilumi (importadoras de equipamentos para iluminação), Abesco (empresas de
conservação de energia), além de inúmeras outras instituições,
são recorrentes na publicação e não haveria de ser diferente,
já que são elas as verdadeiras promotoras de diversas ações de fomento aos segmentos que representam.
É importante lembrar que outra inovação promovida pela
revista O Setor Elétrico foi o modelo de pesquisa setorial
publicado em todas as edições. Alguns segmentos específicos da área elétrica são pesquisados qualitativamente durante o ano. São enviadas às empresas da área algumas questões sobre a sua atuação e sobre o mercado de modo geral. Os
números são apurados e, por meio de uma análise e gráficos ilustrativos, as informações são transmitidas aos leitores de
forma agrupada e compilada. “Esses dados funcionam como uma bússola para o leitor, para os departamentos comercial
e de marketing das empresas, tendo em vista a carência de pesquisas e informações de mercados segmentados neste
setor”, completa o diretor Adolfo Vaiser. O objetivo é oferecer para a sociedade, especialmente para o leitor, um trabalho diferenciado, mais objetivo, claro e detalhado sobre cada um dos nichos de mercado estudado.
Edição 100 CAPA ed 2 FINAL.pdf
31.07.08
21:54:25
CAPA ed 3.pdf
23.10.08
CAPA ed 4.pdf
23:21:12
08.12.08
11:58:59
As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas
As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas
As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas
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As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas
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Volume 2
Volume 3
Volume 4
Projetos complementares
brasileiras. O Cinase consistia em congressos técnicos e
Tratava-se de um evento itinerante e multidisciplinar nas áreas
Com o crescimento da revista, que nasceu com 68 páginas
e pulou para mais de 100 algumas edições depois, a editora se especializou e lançou alguns produtos complementares. As coleções Elétrica e Energia – lançadas, respectivamente, em
2008 e em 2009, por exemplo, objetivaram contar a história
do mundo da engenharia elétrica. A primeira, mais focada em
Brasil, abordou a chegada da engenharia no país e como ela
se desenvolveu por aqui. Já a Coleção Energia surgiu a partir da oportunidade de informar os profissionais do setor quanto à história do advento da energia elétrica e as transformações
por ela ocasionadas. Mais do que divulgar informações
sobre datas e fatos históricos relativos à eletricidade e à
sua utilização, a ideia do projeto foi fornecer uma visão das
mudanças e das revoluções provocadas na sociedade com a sua chegada. Mudanças de comportamento, transformação de
cidades, novos hábitos foram alguns dos fenômenos estudados. Em 2010, nasceram os eventos do Circuito Nacional do
Setor Elétrico (Cinase), que circularam pelas principais capitais
I Circuito NACIONAL de Sistemas DE ILUMINAÇÃO
exposição de produtos e serviços voltados para a área elétrica. de iluminação, baixa tensão, média tensão e automação. Foram, ao todo, cerca de 15 eventos realizados durante os anos de 2010 a 2013.
No ano de 2011, um dos projetos de grande sucesso da
editora, complementar à revista, foi o Guia O Setor Elétrico
de Normas Brasileiras. Nessa publicação, dez profissionais rigorosamente selecionados detalharam e comentaram quatro das principais normas do setor elétrico brasileiro: a ABNT 5410
(instalações de baixa tensão), a ABNT NBR 14039 (instalações
de média tensão), a ABNT NBR 5419 (proteção contra descargas
atmosféricas) e a NR 10 (segurança do trabalho). O Guia de
Normas é uma leitura de cabeceira até hoje dos profissionais que lidam diariamente com estes tipos de instalações, em que
seguir as normas é condição indispensável para um trabalho seguro e de qualidade.
Lançado em 2013 e com a proposta de ser um trabalho
contínuo, o Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras
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21/09/09
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CAPA FINAL.pdf
A evolução da aplicação da energia elétrica e suas consequências para
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A evolução da aplicação da energia elétrica e suas consequências para
a sociedade
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Volume 1
outra
ideia
empreendedora
Apoio
Realização Promoção
Volume 2
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arrojada
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Coleção Energia - Volume 3
Apoio
Coleção Energia - Volume 2
Coleção Energia - Volume 1
Coleção Energia - Volume 4
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A evolução da aplicação da energia elétrica e suas consequências para
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Apoio
Realização Promoção
Volume 3
Volume 4
editora.
a qualquer hora. Basta procurar por “revista O Setor Elétrico”
das normas que compõem alguns setores da área elétrica e
o download das revistas que desejar. Dessa maneira, a revista
Fundamentalmente, o anuário é constituído pela relação
por artigos e reportagens que discorrem sobre as últimas atualizações normativas da área elétrica. Não traz o conteúdo
das normas, mas indica quais documentos normativos (número e sinopse) devem ser obedecidos pelas seguintes áreas de
atuação: aterramento; atmosferas explosivas; automação; condicionamento de energia; dispositivos elétricos; fios, cabos
e acessórios; fontes alternativas de energia; iluminação; linhas elétricas; quadros e painéis; segurança do trabalho; testes e medição; transmissão e distribuição. Interatividade virtual
Buscando estar mais perto do leitor e objetivando facilitar
a sua leitura, a revista O Setor Elétrico inovou ao ser a
primeira publicação do setor a estar disponível em aplicativo
para smartphones e tablets (plataformas Android e iOS). Assim, a revista pode ser lida na íntegra em qualquer lugar e
em qualquer uma das plataformas, baixar o aplicativo e fazer poderá ser lida a qualquer momento, mesmo off-line.
Na opinião do diretor da Atitude Editorial, Massimo Di Marco, as novas tecnologias de informação e de comunicação
abrem novas perspectivas à sociedade do presente e do futuro. “A internet possibilita hoje uma difusão rápida e permite o aperfeiçoamento da divulgação das informações técnicas, além de ser uma oportunidade de novos produtos e serviços
oferecidos pela revista. Estar na internet, nas redes sociais, nos aplicativos de smartphones e tablets é fundamental para aumentar o diálogo com os leitores, que manifestam a sua preferência pelo impresso ou virtual”, avalia.
Além disso, desde 2010, a revista pode ser folheada
virtualmente na sua página na internet (www.osetoreletrico.com.
br). Todo o seu conteúdo está disponível no site, assim como é
possível fazer o download dos artigos publicados nos fascículos, em formato PDF. Para aqueles que desejarem colecionar os artigos, esta ferramenta é um grande facilitador.
Edição 100
O q u e dize m so bre a rev i s ta É para nós do Cigré-Brasil uma grande honra e satisfação termos um espaço na revista O Setor Elétrico para
publicação de artigos e matérias técnicas de interesse para a comunidade de engenharia. Trata-se de uma revista que contempla temas multidisciplinares nas diversas áreas de atuação, com níveis de profundidade
e abrangência adequados para cada assunto abordado. Ela conta com colaboradores, empresas e organismos de competência reconhecida nesta comunidade, como é o caso do Cigré-Brasil e de seus associados, o que se caracteriza como uma marca e conquista da revista. É pois com imenso prazer que registramos o nosso depoimento em fazer parte desta importante publicação técnica de engenharia.
Saulo Cisneiros é segundo vice-presidente do Cigré-Brasil.
A revista O Setor Elétrico vem se destacando como um veículo de referência dentro de sua área de atuação.
Com seu reconhecido conteúdo técnico, trata dos temas de interesse da indústria eletroeletrônica e contribui
para reverberar as ações e atividades da nossa entidade, fazendo chegar ao conhecimento de toda a sociedade. Por isso, parabenizamos toda a equipe da revista por este representativo marco.
Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Somos anunciantes da revista desde a primeira edição. Por ser um veículo que prioriza os temas técnicos, entendemos que seja lido por profissionais dos mais variados segmentos do setor elétrico. Parabéns a toda a equipe da revista, afinal não é fácil chegar aos “100" em plena fase de crescimento.
Uriel H. Silva, gerente de vendas da Pextron.
Com grande satisfação comemoramos a centésima edição de O Setor Elétrico, pois é muito difícil em um país como Brasil a sobrevivência de revista técnica para uma área altamente especializada. OSE tem se renovado
permanentemente e recentemente, com o Espaço IEEE, os membros do IEEE têm publicados diversos artigos
de interesse dos leitores com assuntos atuais que vêm sendo desenvolvidos na área de elétrica e eletrônica. Desejo que a revista continue da mesma forma que tem feito, isto é, se renovando sempre, procurando apoiar as associações de profissionais e com toda certeza terá um futuro de muito sucesso. Alessio Bento Borelli, IEEE Seção Sul Brasil
Ao chegar à centésima edição, a revista O Setor Elétrico solidifica sua experiência em colaborar para a disseminação do conhecimento aos profissionais, planejadores, estudantes e correlatos no âmbito das instalações
elétricas. A publicação contribui destacadamente ao simplificar, em sua forma de comunicação, a difusão de
assuntos técnicos, tornando-os palatáveis a um público mais amplo. Sua forma de organização em séries, módulos e aulas práticas é um diferencial importante em relação às demais publicações da área, auxiliando na compreensão dos temas que compõem a vastidão dos assuntos em eletricidade. Parabéns pelo lançamento do
nº 100 e que este marco seja mais um impulso na continuidade dos bons serviços prestados ao setor elétrico.
Breno de Assis Oliveira, presidente da Abrasip-MG
A revista O Setor elétrico é uma publicação de perfil moderno, atualizada com os meios tecnológicos, mas
que preza pela excelência técnica, com consultores qualificados que representam a boa técnica nacional,
privilegiando em suas edições as matérias escritas pelo corpo técnico brasileiro, com temas que interessam ao corpo técnico brasileiro. Parabenizo portanto, a Atitude Editorial, seus editores, consultores e toda a equipe pela publicação da centésima edição.
Nunziante Graziano, diretor da Gimi.
Agradecemos à revista O Setor Elétrico por chegar à 100ª edição de informações e prestação de serviços.
Nós da Paratec, que iniciamos esta parceria há quase 100 edições, vimos uma oportunidade de participar de um projeto arrojado e promissor que, com o tempo, se mostrou eficiente e inovador, preenchendo uma lacuna em nosso país de novas oportunidades e alternativas para discussões e debates no setor. Esperamos que esta realidade possa ter vida longa para que possamos continuar a receber estes benefícios. Ricardo Clarassot, diretor da Paratec.
Os 60 anos da Kron, completados em 2014, são a comprovação da competência, visão e principalmente das
parcerias estabelecidas ao longo desses anos. Uma das mais relevantes foi realizada com a revista O Setor
Elétrico , que é hoje a mais importante publicação do segmento em que atuamos. Sinto-me honrado em
participar de uma equipe vencedora. Parabéns pelo número 100.
Nelson Milani, gerente comercial da Kron Medidores.
A revista OSE, desde a sua fundação, é extremamente importante para o setor elétrico nacional, pois traz informações
relevantes sobre cursos, material didático, entrevistas, pontos de vista, etc., relativas a profissionais de renome
no cenário nacional. É uma revista que deve ser conhecida e acessada por engenheiros e técnicos de empresas concessionárias, regulatórias, industriais e universidades que atuam na área, pois apresenta uma linguagem de fácil
entendimento. Através dela, vários relacionamentos entre engenheiros, técnicos e alunos são gerados, o que, de fato, proporciona uma interação de conhecimentos que traz um crescimento e melhoria do setor elétrico nacional.
Fernando Nunes Belchior, presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE).
Edição 100 Para a EFE Semitrans, com 64 anos existência, é uma grande satisfação cumprimentar O Setor Elétrico pela
sua 100ª edição. Como anunciante desde o 1º número, confiamos na publicação como um elemento novo e importante na difusão dos nossos produtos por suas iniciativas sempre inovadoras. Trata-se de um veículo repleto de competência e pioneirismo. Parabéns.
Antonio de Carvalho, diretor geral da EFE Semitrans. Considerando que a norma técnica é destinada a toda sociedade brasileira e que a sua divulgação é
bastante complexa, constatamos que a revista O Setor Elétrico tem complementado este importante trabalho
de divulgação da norma técnica assim como da inovação tecnológica no setor da eletricidade. Que a sua 100ª edição seja mais um incentivo a todos os envolvidos com o setor elétrico a participar ativamente da normalização técnica em nosso país. O Cobei parabeniza a revista O Setor Elétrico e espera continuar contando com esta inestimável colaboração.
Sebastião Viel, superintendente do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei - CB-03/ABNT).
É com grande satisfação que compartilho com a equipe de O Setor Elétrico o prazer de ver concretizado um
sonho que teve início há oito anos e que, graças ao trabalho e à dedicação dos seus profissionais, chega madura e consistente à sua 100ª edição. Desde a sua criação tenho sido testemunha da evolução porque passou. A cada nova
edição nos surpreendemos com a abordagem de matérias que são trabalhadas criteriosamente e que analisam, em profundidade, temas de interesse dos segmentos a que se dirige. Cumprimento, em nome da indústria de iluminação
e em meu nome, a todos os que trabalham com dedicação e competência para nos manter atualizados e informados. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação ( Abilux).
Mais do que parabenizar O Setor Elétrico por sua centésima edição, queremos agradecer pela parceria que
temos tido ao longo destas 100 edições. Com matérias escritas por profissionais de reconhecida competência,
O Setor Elétrico é mais do que uma revista, é um meio de difusão de conhecimento técnico. Isto tornou O
Setor Elétrico uma rica fonte de pesquisa para os profissionais da área. Alexandre Fábio Prato, gerente geral da OBO Bettermann do Brasil.
Um novo tempo! É desta forma que definimos a contribuição da revista O Setor Elétrico para o nosso setor.
Qualificação técnica, qualidade editorial e uma excelente distribuição geográfica que os credencia como um dos principais veículos do setor. Fazer parte desta história de sucesso demonstra que os objetivos foram atingidos. Luciano Camargo, gerente comercial da Média Tensão.
Fizemos nosso primeiro anúncio na quinta edição da revista, acreditando em um novo projeto e formato de revista, que busca uma maior participação dos anunciantes com sugestões e opiniões, nunca interferindo nos rumos da revista, é claro. Desde então esta parceria vem sendo de grande valia pra nossa empresa. A Novemp cresceu muito no mercado
brasileiro ao longo destes oito anos e, com certeza, a participação da revista na divulgação a nossos clientes foi de
extrema importância neste processo. A revista chega à sua centésima edição e ficamos muito satisfeitos em saber que fazermos parte desde o início desta curta, porém, grande história de crescimento com qualidade. Anício Moreira Cabral, diretor da Novemp.
Tratar de assuntos técnicos, principalmente daquilo que não se enxerga, de uma forma clara, gostosa e exata, não é uma tarefa para qualquer um. A proposta de O Setor Elétrico penso que foi essa. Mas também não se chega a 100 edições sem competência,
determinação e muito trabalho. Poder colaborar com a equipe em algumas dessas edições foi uma grande satisfação pessoal e as opiniões de colegas desse setor complicado demonstram a importância que o veículo tem hoje. A nossa bandeira da qualidade das instalações elétricas, entre tantos outros temas, sem dúvida ganhou muito com a colaboração da revista. Seriedade,
novidades e referência de informações que fazem com que eu espere curioso a próxima edição. Ao completar a 100ª edição, a
revista O Setor Elétrico nos dá a certeza de sua grande importância para o mercado de energia elétrica. Com suas inovações,
artigos técnicos e opiniões, garante aos estudantes e profissionais da área uma importante referência de análise e debate, dentro daquilo que só uma equipe de profissionais sérios e competentes pode criar numa revista. Roberto Dornellas, Gerente de Planejamento & Marketing do Grupo Intelli. É uma satisfação para mim, como diretor da Sultech Sistemas Eletrônicos, participar da história vitoriosa da revista O Setor Elétrico . A revista é, há muitos anos, a única em que anunciamos. Isto se dá pela qualidade da publicação, voltada para o público brasileiro, com artigos técnicos de autores nacionais e assuntos que estão na
ordem do dia no país. Com estas qualidades, a distribuição qualificada fica garantida e nos coloca em contato com nosso público alvo. Além disso, temos o atendimento diferenciado da equipe da editora, que leva ao pé da
letra a máxima de que o cliente está em primeiro lugar. Sempre tive todo o apoio da revista bem como noto a preocupação com a inovação da OSE como empresa de mídia para o segmento elétrico brasileiro. Ângelo Scomazzon, diretor da Sultech Sistemas Eletrônicos Ltda.
A IFG Eletromecânica felicita a revista O Setor Elétrico e seus colaboradores pela sua centésima edição,
desejando que possamos comemorar outras centenas delas, sempre com esta qualidade e vontade de auxiliar seus leitores e anunciantes.
Adriana Costa Gonçalves, IFG Eletromecânica Ltda. A revista O Setor Elétrico trouxe para o setor ainda mais informação técnica de qualidade.
Trata-se de um canal estreito de relacionamento e troca de informações, além de ser um excelente veículo publicitário devido ao público atingido. Destaca-se ainda por promover e sempre apoiar os diversos eventos do setor. Tatiana Carlos, supervisora de marketing da Hager Eletromar.
Segurança
92
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Controladores digitais com segurança cibernética Requisitos de blindagem da CPU aplicados em processos críticos – turbocompressores em plataformas e refinarias de petróleo e turbogeradores em usinas térmicas e hidrelétricas Por Ronaldo José da Silva*
93
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Após os ataques terroristas de 11
ocorridos em 2013 e a suspeita da ação de
Os primeiros relatos de terrorismo
de
Unidos, o
hackers em alguns desses episódios, bem
cibernético ou guerra cibernética datam
governo americano adotou uma série
como um caso notório ocorrido há pouco
da década de 1970, especificamente no
de novas medidas para proteger o país
mais de seis anos no Espírito Santo de
auge da Guerra Fria. Satélites e linhas de
contra potenciais novos ataques. Uma
blecaute energético (desarme de turbinas
comunicação americanas e soviéticas eram
das vertentes dessas medidas trata da
e linhas de transmissão), tendo sido
utilizadas, ainda que em escala reduzida,
defesa contra o terrorismo cibernético
mencionado pelo presidente dos Estados
para penetrar em sistemas informatizados
ou guerra cibernética (também chamado
Unidos dois anos depois como resultado
civis e militares de um e do outro, no
por alguns como a “guerra do futuro”),
de uma ação de hackers. Na ocasião,
intuito de roubar dados sensíveis ou causar
em que a presença humana é dispensada
ataques deixaram cidades às escuras em
danos, especialmente queda nos sistemas
setembro
nos
Estados
para execução de uma ação
de telecomunicações ou
terrorista ou militar.
sistemas de telecomando
Instalações
(como
como
industriais, refinarias,
linhas
de
transmissão de energia),
petroquímicas, plataformas
por
de petróleo e usinas de
específicos
geração
pelos
(termoelétricas
meio
de
meios
manipulados “hackers”
e hidroelétricas), além de
americanos e soviéticos
estações
daquela ocasião.
de
tratamento
de água, entre outras, são
Atualmente,
consideradas áreas sensíveis,
mundo
de
totalmente
infraestrutura
logo, no
uma
crítica,
por
interrupção
fornecimento
com
o
globalizado
e
interligado
meio
da
internet
e de outros meios de
pode
prejudicar todo o país.
comunicação, o raio de
alcance para uma ação
Este artigo irá destacar
o papel dos controladores
terrorista
ou
digitais neste novo cenário,
cibernética
é
as
as
de vezes maior que no
tradicionais
passado, o que demanda
diferenças
arquiteturas
entre
de
militar milhares
de proteção cibernética e
sistemas
proteção
as mais adequadas nos dias
adequados a esta nova
atuais, além de abordar a importância de
outros países (conforme anunciou Barack
concepção (como firewalls e gateways
a indústria e os governos passarem a se
Obama em novembro de 2009), ainda que
dedicados).
preocupar seriamente com esse problema.
as autoridades brasileiras não tenham
Isso tendo em vista os casos de blecautes
admitindo os casos.
de proteção cibernética, falando especi
Ocorre que as arquiteturas tradicionais
ficamente do meio industrial, por meio do emprego de software e hardware dedicados sistemas
(é
o
caso
operacionais
de
senhas
de
com
níveis
de
acesso e proteção privilegiada específica, firewalls físicos e virtuais, gateways, etc.) encontram-se em certa medida defasadas e não garantem uma proteção 100% confiável, além de focar apenas a proteção externa e Figura 1 – Exemplo de controladores digitais providos de CPUs blindadas e certificadas por entidade internacional especializada em segurança cibernética – Certificação Internacional Achilles.
não interna ou ambas, o que seria o ideal.
No Brasil, a situação atual de boa parte
Segurança
94
O Setor Elétrico / Maio de 2014
das instalações industriais providas de controladores digitais é bem preocupante, no que se refere à proteção cibernética.
Arquitetura tradicional de proteção cibernética de controladores digitais
Basicamente, as arquiteturas tradicionais
de proteção cibernética nas instalações industriais
providas
de
controladores
digitais fazem o emprego de sistemas firewalls (físicos e/ou virtuais e gateways) que são instalados em algum ponto das redes de comunicação. Estes sistemas garantem a proteção dos controladores digitais contra ataques de “hackers externos”, que se utilizam da infraestrutura universal de comunicação para tentar acessos não autorizados às instalações protegidas. Estes sistemas de proteção também permitem a introdução de
níveis
de
acessos
privilegiados
e
reservados somente ao pessoal autorizado da instalação, por meio de senhas de software (repetindo: senhas de software). Mesmo assim, estes sistemas não são uma garantia de 100% em termos de proteção contra os “hackers externos”.
No entanto, as arquiteturas tradicionais
Figura 2 – Exemplo de arquitetura típica de proteção cibernética pelo emprego de firewall em instalação provida de controladores digitais (Plant A – Control zone).
de proteção não garantem uma real proteção
contra
o
“hacker
interno”,
somente garantem proteção contra o “hacker externo”, como já mencionado no parágrafo anterior. Figura 3 – Exemplo de sistema firewall externo – gateway de mercado.
É aí que reside um dos grandes problemas. Mas quem é o “hacker interno”?
O “hacker interno” geralmente é algum
profissional de dentro da instalação (mas
eventual insatisfação.
não limitado a este), que passa a figurar
da
uma hidroelétrica ou termoelétrica. Como
(ocultamente)
alguma
organização seria o acesso direto aos
o controlador digital não possui blindagem
insatisfação. Ele é, muitas vezes, mais
controladores digitais (acesso pós-firewall),
da CPU, o “hacker interno” sente-se à
nocivo à organização do que o “hacker
algo impossível para um “hacker externo”,
vontade e livre para sua incursão, já que não
externo”, pelo simples fato de conhecer
provocando
deixará rastros, além dos danos externos
profundamente a instalação e poder utilizar
do
estes conhecimentos para prejudicar sua
a
organização como forma de compensar sua
refinaria ou TRIP de um turbogerador,
por
motivo
de
Um
exemplo
um
interrompendo a produção de energia em de
TRIP
turbocompressor, produção
de
sabotagem
ou
shutdown
interrompendo
combustível
em
uma
da eventual sabotagem. Outros tipos de “hackers internos” também
podem
ser
fornecedores
Segurança frequentes
96
da
O Setor Elétrico / Maio de 2014
instalação, terceirizados,
Entretanto, para se chegar a este nível, um
uma série de requerimentos CIP (Critical
espiões industriais, civis e até militares,
longo caminho é percorrido pelo fabricante
Infrastruture Protection – Níveis 2 a 9),
entre outros tipos e situações.
do controlador digital, por se tratar de um
considerada para a obtenção da Certificação
verdadeiro upgrade do produto.
Achilles pelo fabricante do controlador
O que muda com a blindagem da CPU do controlador digital?
Uma
série
de
pesados
ensaios
e
digital.
procedimentos é exigida para que o
Benefícios da blindagem de CPU em controladores digitais – Certificação Achilles
equipamento possa ser certificado em nível de CPU por entidade especializada
De maneira resumida, a nova CPU
em segurança cibernética de equipamentos
blindada passa a ter integrada em sua
digitais. Trata-se da “Certificação Achilles”.
estrutura um firewall interno embarcado,
Para isso, a North American Electric
o que não ocorre nas CPUs tradicionais.
Reliability Corporation (Nerc) determina
1 - Comunicação encriptada; 2 - Autenticação via password diretamente sobre a CPU blindada,
S red d SO cu wor e ns ss U pa o N
Ap Un pM PC se an pa cu age ssw red r or d
isto é, a senha fica armazenada no firewall embarcado da CPU; 3 - Senhas reforçadas e com possibilidade de emprego de caracteres especiais; 4 - Porta simples para comunicação
SOS Unsecured No password
MicroNet Plus
AppManager Unsecured PC password
SSH (Secure Shell Communication) dedicada e segura; 5 - Logs e atualizações de dados de acesso através de comunicação
Telnet Unsecured Clear text password
rd P d FT cure swo s se pa Un ext rt lea
C
O U P No nse C H pa cur MI ssw ed or d
segura; 6 - Risco de penetração praticamente reduzido a 0% para usuários não autorizados, mesmo em caso de tentativa de acesso pós-firewall externo; 7 - Proteção contra o “hacker interno”;
Figura 4 – Controlador digital – CPU sem blindagem (antes).
8 - Elevado aumento da confiabilidade da arquitetura de proteção cibernética como um todo,
Ap SO
pM
an
S
OP
Firewall
ag
er
C
externo.
MicroNet Plus
ell
Cyber Security
cu
Custo
Sh
TP
proteção contra os hackers interno e
re
sF
ao firewall externo poderá garantir
I
SSH Encrypted Connection Username / password
Se
já que o firewall interno somado
HM
(within CPU)
Figura 5 – Controlador digital – CPU com blindagem (depois) – Upgrade.
Atualmente, poucos
fabricantes
de
controladores digitais (todos estrangeiros, nenhum
nacional
conseguiram
obter
internacional
Achilles
por a para
enquanto) certificação segurança
97
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Figura 6 – Exemplo real de certificação internacional Achilles para controlador digital.
cibernética da CPU. Aqueles que possuem
de retrofits a necessidade urgente de
essa certificação em seu portfólio, por
especificar
hora, têm oferecido ao mercado as versões
possuam
anteriores de seus controladores digitais
Achilles para garantia da blindagem da CPU
sem a blindagem da CPU e versões dos
do equipamento.
mesmos controladores com a blindagem da
CPU, mas a custos distintos.
usuário poderá enfim ter a tranquilidade
No entanto, a tendência para os
esperada no quesito segurança cibernética
próximos anos é que os fabricantes que
e compreendido que apenas os firewalls e
possuam versões blindadas das CPUs de
gateways externos tradicionais de mercado
seus controladores padronizem apenas
não são a garantia plena de proteção
essa versão, deixando de comercializar as
dos ativos instalados contra acessos não
antigas.
autorizados, evitando sabotagens.
Conclusão
controladores a
certificação
digitais
que
internacional
Somente com esta blindagem é que o
Referências bibliográficas - Cyber Security Enhancements for MicroNet
Fica demonstrada aos usuários de
PLUS – Klammer, Troy – Woodward Industrial
controladores processos
digitais
críticos,
aplicados
em
Controls – Fort Collins – CO / USA – March
especialmente
aos
31th, 2011
ligados a abastecimento e fornecimento
- NERC – CIP 002 to 009 Requirements –
energético no Brasil, a importância da
Achilles Certification
necessidade de se preocupar seriamente com a segurança cibernética das arquiteturas de automação de suas instalações, passando a considerar em seus projetos novos e
*Ronaldo José da Silva é engenheiro mecatrônico. Atualmente, é gerente de contas da Woodward.
Pesquisa
98
Equipamentos para distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Cenário positivo Consumidores de equipamentos para distribuição de energia consideram que este mercado está em franco crescimento. Fabricantes apostam nos projetos de infraestrutura como alavanca de crescimento para 2014
Em pesquisa publicada nas páginas a
pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
par te, ao pouco otimismo na recuperação das
seguir, foram entrevistados fabricantes de
Eletrônica (Abinee) sobre os dados da indústria
inversões na distribuição de energia elétrica.
produtos de distribuição de energia elétrica,
do setor em 2013 e perspectivas em relação a
assim como projetistas, instaladores, empresas
2014.
fabricantes mostram-se otimistas. O levantamento
de manutenção, consultorias, revendedoras
Conforme avaliou o diretor da associação,
da revista O Setor Elétrico constatou que as
e empresas consumidoras. De acordo com o
Newton Duar te, o crescimento da área de
empresas do segmento cresceram 17% em
levantamento, a maior par te dos consumidores
GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de
2013 em comparação com 2012. O crescimento
entrevistados (31%) classificou o mercado
energia) no ano passado foi de 5% em relação
previsto pelos fabricantes para 2014 é um pouco
brasileiro de equipamentos para distribuição
a 2012 e, para 2014, a situação deve se manter
menor (15%) do que o verificado para o ano
de energia como em franco crescimento.
a mesma. De acordo com estudo da associação,
passado, mas, mesmo assim, é mais otimista do
Constatação que vai de encontro à análise feita
o acréscimo moderado deve-se, em grande
que o prognóstico da Abinee.
Assim como avaliaram os consumidores, os
99
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Por exemplo, 19% das empresas consumidoras pesquisadas pela revista afirmaram que o mercado brasileiro de equipamentos sofre com deficiências técnicas nos quesitos referentes à assistência e supor te e 6% disseram ser um mercado desatualizado.
No tocante à especificação e/ou compra de
produtos para distribuição de energia elétrica, as estimativas também não são muito alentadoras, com a maioria das companhias consumidoras pesquisadas (71%) afirmando gastar até R$ 5 milhões na aquisição de produtos, com 15% declarando consumir entre R$ 5 milhões e R$ 50 milhões e com somente 14%¨dizendo investir acima de R$ 100 milhões. Durante
a
pesquisa,
as
empresas
consumidoras avaliaram ainda os diferentes fatores que influenciam suas decisões no momento de especificar e/ou comprar produtos de distribuição de energia elétrica. 52% das empresas entrevistadas avaliaram entre 8 e 10 (notas consideradas altas) a impor tância dos preços na hora de decidir que produto levar. A atribuição de selo Inmetro no produto também foi considerada impor tante pela maioria (57%) dos pesquisados, assim como o treinamento ao fabricante, já que 57% disseram ser decisivo este item.
O grau de satisfação com a qualidade de
produtos para distribuição de energia elétrica disponíveis do mercado também foi considerado pelo levantamento. A opinião dos entrevistados se dividiu, mas 52% das companhias consumidoras entrevistadas deram notas entre 8 e 10. Veja na sequência a pesquisa na íntegra: Já a previsão do crescimento para o
Números do mercado de equipamentos
mercado neste ano é mais ponderada, somente
para distribuição de energia elétrica
de 10%. Uma das razões para esta projeção não tão otimista por par te das empresas é a
desaceleração da economia brasileira. 19%
em que os distribuidores foram considerados
Diferentemente da pesquisa do ano passado,
dos fabricantes entrevistados apontaram este
pela maioria das empresas (68%) como o
fator como de grande influência no crescimento
principal canal de vendas destes equipamentos,
do mercado de equipamentos de distribuição
o levantamento desta edição chegou à conclusão
elétrica.
de que as vendas diretas aos clientes finais é
No entanto, nem tudo é positivo no
o primeiro canal empregado, conforme declarou
resultado obtido pelo levantamento da revista.
88% dos entrevistados.
Pesquisa
100
Equipamentos para distribuição de energia
Principais canais de vendas
Certificados ISO
Licitações
65% 88% 63% 61%
O Setor Elétrico / Maio de 2014
20%
14001 (ambiental)
68%
Vendas diretas ao cliente final
9001 (qualidade)
Revendas Distribuidores
Em relação aos principais clientes atendidos, 77% das empresas fabricantes entrevistadas disseram ser as empresas de engenharia. Em segundo lugar, ficaram as distribuidoras de energia, apontadas por 70% das empresas. Principais Clientes
Nos gráficos a seguir, destacamos alguns equipamentos para mostrar a sua representatividade no mercado. Assim como em 2013, dentro das subestações de média tensão, as subestações convencionais foram apontadas como as mais vendidas. No ano passado, 25% dos entrevistados disseram isso. Este ano, o número cresceu para 30%. No que diz respeito aos fusíveis, também os números foram bem similares. Em 2013, 36% disseram ser os fusíveis de uso interno os mais vendidos, número que neste ano subiu para 38%. Confira estes e outros dados: Subestações de média tensão mais comercializadas 13%
30%
Móveis Empresas de
77% engenharia de 70% Distribuidoras energia elétrica de 66% Montadoras equipamentos de redes de 56% Montagem distribuição
Covencionais
16%
Isoladores a SF6 27%
14%
Isoladores a vácuo
Compactas
Transmissoras de energia elétrica
48% 39% Manutenção de redes 33% Montagem de redes de transmissão
Fusíveis mais comercializados 13%
Supressor de arco
38%
Fusíveis uso interno
25%
A porcentagem de empresas que afirmaram possuir a ISO 9001 aumentou consideravelmente do levantamento do ano passado para este ano de 50% para 68%. Já em relação a ISO 14001, a porcentagem diminuiu de 36% para 20%.
Limitadores de Corrente
24%
Fusíveis uso externo
Pesquisa
102
Equipamentos para distribuição de energia
Transformadores de potência mais comercializados 14%
Selados 17%
Especiais
16%
Em líquido isolante 23%
Secos
12%
Em pedestal 8%
Submersíveis
10%
Subterrâneos
Veja nos próximos gráficos a percepção das empresas quanto ao tamanho total anual dos mercados de alguns equipamentos. Na maioria dos casos apresentados, a maior parte das empresas acredita que estes setores faturam até R$ 30 milhões. Os casos que destoam são de cabos aéreos, em que a maioria dos entrevistados estima um faturamento de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões e os de cabos subterrâneos e transformadores de líquido isolante, em que a maior parte das companhias pesquisadas acredita em um faturamento acima de R$ 500 milhões.
Percepção de faturamento por mercados de equipamentos específicos Subestações de média tensão convencionais 17%
Acima de R$ 500 milhões
10%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
17%
Até R$ 10 milhões 11%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
14%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 14%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
17%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Religadores 5%
Acima de R$ 500 milhões
11%
37%
Até R$ 10 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
32%
10%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Painéis à prova de arco interno 5% 11%
Acima de R$ 500 milhões
21%
Até R$ 10 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 16%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
32% 10%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Conectores 8%
Acima de R$ 500 milhões 12% De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
23%
Até R$ 10 milhões
15%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 23%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
19%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Pesquisa
104
Equipamentos para distribuição de energia
Isolador polimérico 5%
Acima de R$ 500 milhões De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%
16%
21%
Até R$ 10 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 37%
16%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Transformadores de líquido isolante 32%
27%
Acima de R$ 500 milhões
Até R$ 10 milhões
5%
4%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
9%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
9%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
14%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Subestações de média tensão compactas 8%
Acima de R$ 500 milhões
12%
Até R$ 10 milhões
16%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 16%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 4%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
20%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 24%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Disjuntores para uso interno 18%
Acima de R$ 500 milhões 14%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 18%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
18%
Até R$ 10 milhões 14%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 9%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
9%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Transformadores a Seco 13%
Acima de R$ 500 milhões
17%
Até R$ 10 milhões
8%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 8%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 8%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
29%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 17%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
105
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Distribuição SCADA 15%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
31%
Até R$ 10 milhões
23%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 23%
8%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões Fusíveis uso interno 4%
Acima de R$ 500 milhões 4% De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 9%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%
52%
Até R$ 10 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 13%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
13%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Cabos aéreos 10%
Até R$ 10 milhões 5%
25%
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 15%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
15%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
5%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
25%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões Automação de subestações 11%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
11%
28%
Até R$ 10 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 17%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 17%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
16%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Cabos subterrâneos 6%
Até R$ 10 milhões
33%
Acima de R$ 500 milhões
11%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 22%
6%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 11%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 11%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Pesquisa
106
O Setor Elétrico / Maio de 2014
A grande maioria dos produtos (91%) é voltada para o mercado nacional. O índice é quase o mesmo de 2013, quando foi registrado o número de 90%. BALANÇA COMERCIAL
9%
Exportação
91%
Mercado Nacional
Em 2013, a previsão de crescimento das empresas foi de 12%. O resultado apresentado foi bem melhor. De acordo com os entrevistados, as empresas da área de distribuição apresentaram um crescimento de 17% em relação a 2012. PREVISÕES DE CRESCIMENTO
10%
Previsão de crescimento do mercado para 2014
15%
Previsão de crescimento das empresas em 2014
17%
Percentual de crescimento das empresas em 2013 comparado ao ano anterior
No que se refere aos fatores que devem contribuir ou não para o crescimento do mercado em 2014, o resultado ficou bem dividido, mas a maior parte dos pesquisados (25%) disse acreditar que os projetos de infraestrutura devem ser o ponto mais importante almejando um mercado mais aquecido. Fatores que devem influenciar o crescimento do mercado de equipamentos para distribuição de energia em 2014
5%
10%
Falta de normalização e/ou legislação
Incentivos por força de legislação ou normalização 6%
14%
Programas de incentivo do governo 4%
Bom momento econômico do país
Crise internacional 19%
Desaceleração da economia brasileira
25%
Projetos de infraestrutura 4%
Setor da construção civil desaquecido
13%
Setor da construção civil aquecido
Pesquisa
108
Equipamentos para distribuição de energia
O que pensam os consumidores de equipamentos para distribuição de energia elétrica Constituem o perfil dos consumidores que participaram desta pesquisa, empresas: distribuidoras de energia elétrica, de montagem de redes de distribuição e transmissão, de engenharia, de manutenção de redes, e de montadoras de equipamentos. Perfil dos pesquisados 5%
Empresas distribuidoras de energia elétrica
28%
Outros
5%
Empresas de montagem de redes de distribuição 6%
Empresas de montagem de redes de transmissão 17%
Empresas montadoras de equipamentos
33%
Empresas de engenharia
6%
Empresas de manutenção de redes
A disponibilidade técnica de informações e a assistência técnica são os fatores que mais influenciam os consumidores na hora da compra de produtos deste segmento, seguido de prazo de entrega. Disponibilidade de informações técnicas (catálogo, site, etc.) 5%
Nota de 6 a 7 48%
Nota 10 47%
Nota de 8 a 9
Assistência técnica 9%
Nota de 1 a 5 5% Nota de 6 a 7 48%
Nota 10
38%
Nota de 8 a 9
Prazo de entrega 9%
Nota de 1 a 5 10% Nota de 6 a 7 48%
Nota 10
33%
Nota de 8 a 9
O preço e o local de fabricação do produto (nacional ou impor tado) são os fatores menos considerados relevantes.
Pesquisa
110
Equipamentos para distribuição de energia
Preço
Estimativa de especificação e/ou compra de produtos para distribuição de energia elétrica
14%
Acima de R$ 50 milhões
14%
Nota de 1 a 5
29%
Nota 10
38%
Até R$ 1 milhão
5%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
24%
Nota de 6 a 7
10%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
33%
33%
Nota de 8 a 9
De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões
Local de fabricação do produto (nacional ou importado)
Classificação do mercado brasileiro de equipamentos para distribuição de energia
9%
Nota 10
A avaliação dos consumidores a respeito do mercado brasileiro de equipamentos de distribuição foi positiva, com 31% dos entrevistados classificando o mercado como em franco crescimento e 17% avaliando os produtos do segmento como de boa qualidade técnica.
29%
3%
Nota de 1 a 5
Oferece bom respaldo técnico 19%
43%
Nota de 8 a 9
19%
Com deficiências técnicas (assistência e suporte)
Nota de 6 a 7 6%
Desatualizado
5%
Mercado maduro ce responsável 11%
Produtos com pouca qualidade técnica 17%
Produtos de boa qualidade técnica
8%
Atento às tendências internacionais
Mais de 70% das empresas entrevistadas estimam que seja investido, individualmente, até R$ 5 milhões na aquisição e especificação de produtos para distribuição de energia elétrica.
31%
Mercado em franco crescimento
112
Equipamentos para distribuição de energia
Subestações de Média Tensão
Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno
Para uso externo
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
X X X X X X
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X
X X X X X X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
0800 014 9111 www.abb.com.br
Osasco
SP
X
ACABINE
11 2842 5252 www.acabine.com.br
Guarulhos
SP
ADELBRAS
19 4009 7722 www.adelbras.com/tech
Vinhedo
SP
X
ADELCO
11 4199 7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
ADIMARCO
21 2494 7140 www.adimarco.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ADS DISJUNTORES
19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi Mirim
SP
X
AEPI DO BRASIL
11 4143 9600 www.aepi.com.br
Itapevi
SP
X
X X X X X X X X X X X
X
X
X
AFAP
19 3464 5650 www.afap.com.br
Santa Bárbara D'Oeste
SP
X
X X
X
X
X X
X
ALGE TRANSFORMADORES
16 3361 1062 www.alge.com.br
São Carlos
SP
X
X
X
X
X
ALUBAR
91 3754-7100 www.alubar.net
BARCARENA
PR
X
X
X X
X
ÁPICE SISTEMAS
19 3754 5000 www.apice.com.br
Campinas
SP
ARTECHE EDC
41 2106 1899 www.arteche.com
Curitiba
PR
ATS ELÉTRICA
11 2645 4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
X
BA ELETRICA LTDA
92 2125 8000 www.baeletrica.com.br
Manaus
AM
X X
BALESTRO
19 3814 9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
X
BALTEAU
35 3629 5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
BCM AUTOMAÇÃO
51 3374 3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
RS
BEGHIM
11 2942 4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X
BELCABOS
54 3217 3000 www.belcabos.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
BLUTRAFOS
47 3036 3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
X
X X X X
BRASFORMER BRASPEL
11 2969 2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
BUILDING
11 2621 4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
X
X X X
BURNDY
11 5515 7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
X
X X X X X X X X X X X X X
CABELAUTO
35 3629 2514 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
X
CARGILL
11 5099 3311 www.cargill.com.br
São Paulo
SP
X
X
CEBEL
11 2804 4000 www.cebel.com.br
São Paulo
SP
X
X X
CERÂMICA SÃO JOSÉ
19 3852 9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
X
X
COMSYSTEL
11 4158 8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
X
Outros
SP
ABB
Licitações
Sumaré
Revendas
Estado
0800 013 2333 www.3m.com.br
X X X X X X X X X X X X X
X
X X X
X
X
X
X X
X X
X X
X
X
X
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X
X
X
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X
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X
X
X
X
X
X X X
X
X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X
X X X
X
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X
X
X
X X X X
X
X
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo
X X
X
Engenharia
X
X X
Telefone
3M
Cidade
X X
X
X
X X
X X
X
X
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X
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X X X X X X X X
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X
X
X X
X X X
X X X X X X X
X X
Chaves Seccionadoras
X X X X X X X
EMPRESA
Site
Importa produtos acabados
Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)
Manutenção de redes
Montagem de redes de transmissão
Transmissoras de energia elétrica
Principais clientes
Distribuidoras de energia elétrica
Venda direta ao cliente final
Distribuidores
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Fabricante
Distribuidora de produtos
Empresa Principal canal de vendas
Montagem de redes de distribuição
Pesquisa
X
X X
X
X
X
X
X X X X
X X X X X
X X
113
O Setor Elétrico / Maio de 2014
11 2937 4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DELTA P
11 2154 0666 www.deltapltda.com.b
São Paulo
SP
X X X X
DENSITEL
11 4143 7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
X
DUTOPLAST
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X X X X X X
X
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X
X
X X X X X X
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X X
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X
X
X X X X X X X X
X X X
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X
X
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X
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X
X
X X X X X X X X X X
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X X X X
X
X
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X
X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X X X
11 2524 9055 www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
X
X X
EATON'S COOPER POWER SYSTEMS 15 3481 9130 www.cooperpower.com
Porto Feliz
SP
X
X
EDWARDS
11 3952 5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
X
EFACEC DO BRASIL
11 5591 1999 www.efacec.com
São Paulo
SP
X
ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X
X X
ELETROPOLL
47 3375 6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
X
X X
X
ELOS
41 3383 9290 www.elos.com.br
São Jose dos Pinhais
PR
X
X
X
ENERCOM
11 2919 0911 www.enercom.com,br
São Paulo
SP
X
X X X
X
EPHOXAL
11 4138 9347 www.ephoxal.com.br
Taboão da Serra
SP
X
FACILIT
11 4447 1881 www.calhasfacilit.com.br
Cajamar
SP
X
FASTWELD
11 2425 7180 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X X X
FINDER
11 4223 1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
FOCKINK
55 3375 9500 www.fockink.ind.br
Panambi
RS
X
GENERAL CABLE
11 3457 0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
X
GIMI
11 4752 9900 www.gimi.com.br
Suzano
SP
X
X
X X X
GRAMEYER
47 3374 6300 www.grameyer.com.br
Schroeder
SC
X
X X X
X X
X
GRUPO AEL
34 3313 9222 www.grupoael.com.br
Uberaba
MG
X
X X X X
X X X
X X X X X
GRUPO CEI
31 3389 6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
HUNTSMAN
0800 17 0850 www.huntsman.com
São Paulo
SP
X
X
IBT
11 4398 6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
ICR RELÉS
11 2949 4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
X X X X X
IGUAÇUMEC
43 3401 1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X X X X X X
X X X X
X X X
X X X X
X X X
X
X
X X
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X
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X X X
X X X X X X X X X
X X X
X X
X X X X X
X X X X X X X
X X
X
Para uso externo
D´LIGHT
X
Chaves Seccionadoras
Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno
X X X X X
X
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo
X
SP
X X
Importa produtos acabados
SP
Campinas
X X X
X
Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Olímpia
0800 772 1777 www.crimper.com.br
X
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
0800 701 3701 www.condumax.com.br
CRIMPER
X
Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)
CONDUMAX
X X X X X X X X
Manutenção de redes
X
Engenharia
SP
Montagem de redes de transmissão
São Paulo
Montagem de redes de distribuição
X
11 3273 9040 www.comtral.com.br
Transmissoras de energia elétrica
PR
COMTRAL
Cidade
Subestações de Média Tensão
Principais clientes
Distribuidoras de energia elétrica
Cornélio Procópio
Site
Outros
Estado
43 3520 4300 www.comtrafo.com.br
Revendas
Telefone
COMTRAFO
Licitações
Venda direta ao cliente final
Distribuidores
EMPRESA
Fabricante
Distribuidora de produtos
Empresa Principal canal de vendas
X X X X X
X X X
X X X X
X X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X
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X
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X
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X X X X X X X X X X X X X X
X
X X
X
X X X X X
X
X X
X X
X X X
X
X
X
X
X
X X X X X X X X X X X X X X X
X
X
X
X X
X
X X
X
Equipamentos para distribuição de energia
RS
X
X X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
INCESA
17 3279 2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
X
X X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
INDEL BAURU
14 3281 7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
X
X
X
X
X
INDUSCABOS
11 4636 2211 www.induscabos.com.br
Poá
SP
X
X X X X
X
INDUSUL
47 3379 1562 www.indusul.com
Massaranduba
SC
X
X X
X
INSTRUMENTI
11 5641 1105 www.instrumenti.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X X X X
INTELLI
16 3820 1500 www.grupointelli.com
Orlândia
SP
X
X X X X
ISOLET
11 2118 3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
X
ITAIPU TRANSFORMADORES
16 3263 9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
CE
X
X X X X
X
ITB
18 3643 8000 www.itb.ind.br
Birigui
SP
X
X X
X
X
X
KIT ACESSORIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
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X
X
KRJ CONECTORES
11 2971 2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
KRON
11 5525 2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X X X X X
KVA TRANSFORMADORES
49 3442 5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
X
LEGRAND
0800 11 8008 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X
LPENG ENGENHARIA
11 2901 7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
LSIS BRASIL
11 3833 0559 www.lsisbrasil.com.br
São Paulo
SP
MAG
19 3414 2300 www.magtrafo.com.br
Piracicaba
SP
MAGNANI
54 4009 5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAGNET
11 4176 7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
MAXIDUTOS
47 3334 5899 www.maxidutos.com
Blumenau
SC
X
MÉDIA TENSÃO
11 2384 0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
MERSEN
11 2348 2366 www.ep.mersen.com
Cabreuva
SP
X X X X X X X X X X X X X X X
METALTEX
11 5683 5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X
MINUZZI
19 3272 6380 www.minuzzi.ind.br
Campinas
SP
X
X X X
NOJA POWER
19 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
X
ONIX
44 3233 8500 www.onixcd.com.br
Mandaguari
PR
OPUS SISTEMAS
11 2605 6206 www.opussistemas.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X
ORMAZABAL
11 5070 2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
X
Cidade
Outros
Estado
Porto Alegre
Site
Licitações
Telefone
51 3382 2300 www.ims.ind.br
Revendas
EMPRESA IMS POWER QUALITY
X
X X
X X
X
X
X
X
X
X
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X X
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X
Chaves Seccionadoras
Para uso externo
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo
Importa produtos acabados
Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)
Manutenção de redes
Engenharia
Montagem de redes de transmissão
Transmissoras de energia elétrica
Distribuidoras de energia elétrica
Venda direta ao cliente final
Distribuidores
Subestações de Média Tensão
Principais clientes
Fabricante
Distribuidora de produtos
Empresa Principal canal de vendas
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno
114
Montagem de redes de distribuição
Pesquisa
X X
X X X
X X X X
115
SP
X X X
PARAKLIN
11 3948 0042 www.paraklin.com.br
São Paulo
SP
X
X X
PEXTRON
11 5543 2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X
PHOENIX CONTACT
11 3871 6400 www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
X
PLP
11 4448 8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
X
X X X X X X X X X
POLIMETAL
31 3361 8575 www.polimetal.com.br
Contagem
MG
X
X X X X X X X X X X X X X
PROAUTO
15 3031 7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X X
PROVOLT
47 3030 9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
REHTOM
19 3818 5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
X
X X X
RENZ
11 4034 3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
X X X
RM ENERGY
11 2268 2935 www.rmenergy.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
RMS
51 3337 9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
S&C ELECTRIC
41 3382 6481 www.sandc.com
São Jose dos Pinhais
PR
X
X
SAREL
11 4072 1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
X
X X X X
SASSI
11 4138 5122 www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra
SP
X X X X X X
SCHNEIDER ELECTRIC
11 3468 5791 www.schneider-electric.com
São Paulo
SP
X
SEL
19 3515 2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
X
SERTA
31 2102 4800 www.sertatransformadores.com.br Santa Luzia
MG
X
X X
X
SIEMENS
11 3908-2211 www.siemens.com.br
SP
X
X X X X
X
São Paulo
X
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X X X X X
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X
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo
Estado
São Paulo
Site
Importa produtos acabados
Cidade
11 3613 2353 www.panduit.com
Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Telefone
PANDUIT
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)
Manutenção de redes
Engenharia
Montagem de redes de transmissão
Montagem de redes de distribuição
Transmissoras de energia elétrica
EMPRESA
X X
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X X X X X X
X
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X X N/A
Chaves Seccionadoras
Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno
Subestações de Média Tensão
Principais clientes
Distribuidoras de energia elétrica
Outros
Licitações
Venda direta ao cliente final
Revendas
Distribuidores
Distribuidora de produtos
Fabricante
Empresa Principal canal de vendas
Para uso externo
O Setor Elétrico / Maio de 2014
X
X
X X
X X
X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X
Equipamentos para distribuição de energia
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo
Importa produtos acabados
Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)
Manutenção de redes
Engenharia
Montagem de redes de transmissão
Transmissoras de energia elétrica
EMPRESA
Telefone
SOLANO TRANSKAV
11 3026 9655 www.stkv.com.br
Osasco
SP
SOLTRAN
11 2813 6222 www.soltran.com.br
São Paulo
SP
X
STECK
11 2248 7000 www.steck.com.br
São Paulo
SP
X X X X
X
STRAHL
11-2818-3838 www.strahl.com
São Paulo
SP
X X X X X X
X X X X X X X X
SULMINAS
35 3714 2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas
MG
X X X X X
X X X X X X
X
X
SUPER WATTS
19 3806 2736 www.superwatts.com.br
Mogi Mirim
SP
X X X X
X
X X X X
X
X
X
T&D BRASIL
71 3311 3050 www.tedbrasil.com.br
Salvador
BA
X
X X X
X X
X X
X
X
X
X
TE CONNECTIVITY
11 2103 6000 www.te.com./energy
São Paulo
SP
X
X X X X
TRAEL
65 3611 6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
X X X X X X
TRAFOMIL
11 4815 6444 www.trafomil.com.br
Jundiaí
SP
X
TRAMONTINA ELETRIK
54 3461 8200 www.tramontina.com
Carlos Barbosa
RS
X
TRANSFORMADORES JUNDIAÍ
11 4585 6116 www.transformadoresjundiai.com.br Jundiaí
SP
X X
TRANSFORMADORES UNIÃO
11 2023 9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
X
X X X X X X
TREETECH
11 4413 5787 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
X
X X
URKRAFT
11 3662 0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X X
VICENTINOS
44 3232 0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
BA
X
X X X
X
WABE CONECTORES
11 4484 4147 www.wabe.com.br
Mairiporã
SP
X
X X
X X
WEG
47 3276 4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
ZILMER
11 2148 7121 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
Z-WAVE
11 3871 2777 www.zwave.com.br
São Paulo
SP
X
X
Site
Cidade
X
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X X X X X X X
X X X X X X X
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X
X X X X X X X X X X X
X
X X
Chaves Seccionadoras
Para uso externo
Subestações de Média Tensão
Principais clientes
Distribuidoras de energia elétrica
Outros
Licitações
Venda direta ao cliente final
Revendas
Distribuidores
Distribuidora de produtos
Estado
Fabricante
Empresa Principal canal de vendas
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno
116
Montagem de redes de distribuição
Pesquisa
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X X
X X X X X X X X X X
X X X X
Equipamentos para distribuição de energia
Vinhedo
SP
11 4199 7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
ADIMARCO
21 2494 7140 www.adimarco.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ADS DISJUNTORES
19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi Mirim
SP
AEPI DO BRASIL
11 4143 9600 www.aepi.com.br
Itapevi
SP
AFAP
19 3464 5650 www.afap.com.br
Santa Bárbara D'Oeste
SP
ALGE TRANSFORMADORES
16 3361 1062 www.alge.com.br
São Carlos
SP
ALUBAR
91 3754-7100 www.alubar.net
Barcarena
PA
ÁPICE SISTEMAS
19 3754 5000 www.apice.com.br
Campinas
SP
ARTECHE EDC
41 2106 1899 www.arteche.com
Curitiba
PR
X X
ATS ELÉTRICA
11 2645 4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
X X X X X
BA ELETRICA
92 2125 8000 www.baeletrica.com.br
Manaus
AM
X X X X X X X X
BALESTRO
19 3814 9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
X
BALTEAU
35 3629 5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
BCM AUTOMAÇÃO
51 3374 3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
RS
BEGHIM
11 2942 4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
BELCABOS
54 3217 3000 www.belcabos.com.br
Caxias do Sul
RS
BLUTRAFOS
47 3036 3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
BRASFORMER BRASPEL
11 2969 2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
BUILDING
11 2621 4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
BURNDY
11 5515 7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
CABELAUTO
35 3629 2514 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
CARGILL
11 5099 3311 www.cargill.com.br
São Paulo
SP
CEBEL
11 2804 4000 www.cebel.com.br
São Paulo
SP
CERÂMICA SÃO JOSÉ
19 3852 9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
COMSYSTEL
11 4158 8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
A SF6
19 4009 7722 www.adelbras.com/tech
ADELCO
A vácuo
ADELBRAS
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X
A óleo
X X X X X X X X
Interruptores
A ar
SP
Encapsulados
Guarulhos
Com isolador polimérico
X X X X X X X X X X X X X
11 2842 5252 www.acabine.com.br
Pára-raios
Outros
SP
ACABINE
À prova de arco interno
Osasco
TTA/PTTA
0800 014 9111 www.abb.com.br
Painéis
Supressor de arco
SP
ABB
Cidade
Limitadores de corrente
Sumaré
Site
Uso externo
0800 013 2333 www.3m.com.br
Uso interno
Telefone
3M
Automação de subestações
EMPRESA
Fusíveis
Registradores de oscilografia
Distribuição SCADA
Contatores
Relés eletromecânicos
Relés de estado sólido
Transdutores
Proteção contra arco
Automação de estações
Automação, Proteção e Controle
Anunciador de alarme
Disjuntores
Para uso externo
Religadora
Com abertura sob carga
Estado
Sem abertura em carga
Chave fusível
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Com isoladores de porcelana
118
Para uso interno
Pesquisa
X X X X X
X X
X
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X X
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X
X X X
X X X X X
X X X
X X X
X X
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X X X X X
X X
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X X X
X X X
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X X X
X
X X X X X X X
X X X X
X
X X X X X
X X
X X X X X X X
X X X X
X X X
X X
X
X X X X
119
Porto Feliz
SP
EDWARDS
11 3952 5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
EFACEC DO BRASIL
11 5591 1999 www.efacec.com
São Paulo
SP
ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ELETROPOLL
47 3375 6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELOS
41 3383 9290 www.elos.com.br
São Jose dos Pinhais
PR
ENERCOM
11 2919 0911 www.enercom.com,br
São Paulo
SP
EPHOXAL
11 4138 9347 www.ephoxal.com.br
Taboão da Serra
SP
FACILIT
11 4447 1881 www.calhasfacilit.com.br
Cajamar
SP
FASTWELD
11 2425 7180 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
FINDER
11 4223 1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
FOCKINK
55 3375 9500 www.fockink.ind.br
Panambi
RS
GENERAL CABLE
11 3457 0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
GIMI
11 4752 9900 www.gimi.com.br
Suzano
SP
GRAMEYER
47 3374 6300 www.grameyer.com.br
Schroeder
SC
GRUPO AEL
34 3313 9222 www.grupoael.com.br
Uberaba
MG
GRUPO CEI
31 3389 6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
MG
HUNTSMAN
0800 17 0850 www.huntsman.com
São Paulo
SP
IBT
11 4398 6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ICR RELÉS
11 2949 4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
IGUAÇUMEC
43 3401 1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
X X X X X
X X
X X X X X
X X X X X
X
X
X
X
X
X X X X
X X X
X X
X
X
A SF6
SP
EATON'S COOPER POWER SYSTEMS 15 3481 9130 www.cooperpower.com
A vácuo
SP
São Paulo
Interruptores
A ar
Itapevi
11 2524 9055 www.dutoplast.com.br
X X
Encapsulados
11 4143 7800 www.densitel.com.br
DUTOPLAST
X X
X
X X X X
X X X X
Com isolador polimérico
DENSITEL
Outros
X
Pára-raios
Com isoladores de porcelana
SP
TTA/PTTA
São Paulo
X X X
X
À prova de arco interno
X X
11 2154 0666 www.deltapltda.com.b
Painéis
Supressor de arco
SP
DELTA P
Limitadores de corrente
Guarulhos
Uso externo
11 2937 4650 www.dlight.com.br
Uso interno
SP
D´LIGHT
Automação de subestações
SP
Campinas
Fusíveis
Registradores de oscilografia
Olímpia
0800 772 1777 www.crimper.com.br
Distribuição SCADA
0800 701 3701 www.condumax.com.br
CRIMPER
Contatores
CONDUMAX
X X
Relés eletromecânicos
SP
Relés de estado sólido
São Paulo
Transdutores
11 3273 9040 www.comtral.com.br
Proteção contra arco
PR
COMTRAL
Cidade
Automação, Proteção e Controle
Automação de estações
Cornélio Procópio
Site
Anunciador de alarme
43 3520 4300 www.comtrafo.com.br
Para uso externo
Telefone
COMTRAFO
Disjuntores
Para uso interno
EMPRESA
Religadora
Com abertura sob carga
Estado
Sem abertura em carga
Chave fusível
A óleo
O Setor Elétrico / Maio de 2014
X
X X
X X X X
X X X X X X
X X X X
X
X X X X X X X X
X X X
X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X X X X X
X
X X
X X
X X X X X X
X
X X
X X X
X X X X
X
Equipamentos para distribuição de energia
Orlândia
SP
ISOLET
11 2118 3000 www.isolet.com.br
Itu
ITAIPU TRANSFORMADORES
16 3263 9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
CE
ITB
18 3643 8000 www.itb.ind.br
Birigui
SP
KIT ACESSORIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
KRJ CONECTORES
11 2971 2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
KRON
11 5525 2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
KVA TRANSFORMADORES
49 3442 5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
LEGRAND
0800 11 8008 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
LPENG ENGENHARIA
11 2901 7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
LSIS BRASIL
11 3833 0559 www.lsisbrasil.com.br
São Paulo
SP
MAG
19 3414 2300 www.magtrafo.com.br
Piracicaba
SP
MAGNANI
54 4009 5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAGNET
11 4176 7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
MAXIDUTOS
47 3334 5899 www.maxidutos.com
Blumenau
SC
MÉDIA TENSÃO
11 2384 0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
MERSEN
11 2348 2366 www.ep.mersen.com
METALTEX MINUZZI
A SF6
16 3820 1500 www.grupointelli.com
A vácuo
INTELLI
A óleo
SP
A ar
SC
São Paulo
Interruptores
Encapsulados
Massaranduba
11 5641 1105 www.instrumenti.com.br
Com isolador polimérico
47 3379 1562 www.indusul.com
INSTRUMENTI
Pára-raios
Outros
INDUSUL
TTA/PTTA
SP
À prova de arco interno
Poá
Painéis
Supressor de arco
11 4636 2211 www.induscabos.com.br
Limitadores de corrente
INDUSCABOS
Uso externo
X
Uso interno
SP
Automação de subestações
Bauru
Fusíveis
Registradores de oscilografia
14 3281 7070 www.indelbauru.com.br
Distribuição SCADA
INDEL BAURU
Contatores
X X
Relés eletromecânicos
SP
Relés de estado sólido
Olímpia
Transdutores
17 3279 2600 www.incesa.com.br
Proteção contra arco
RS
INCESA
Cidade
Automação de estações
Porto Alegre
Site
Automação, Proteção e Controle
Anunciador de alarme
Telefone
51 3382 2300 www.ims.ind.br
Disjuntores
Para uso interno
EMPRESA IMS POWER QUALITY
Religadora
Com abertura sob carga
Estado
Sem abertura em carga
Chave fusível
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Com isoladores de porcelana
120
Para uso externo
Pesquisa
X X X
X
X X X
SP
X X
X
X X X X
X
X
X X
X
X X X
X X
X
X
X
X X X X
X X
X X X
SP
X X
X
Cabreuva
SP
X X
11 5683 5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
19 3272 6380 www.minuzzi.ind.br
Campinas
SP
NOJA POWER
19 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
ONIX
44 3233 8500 www.onixcd.com.br
Mandaguari
PR
X X X X X
OPUS SISTEMAS
11 2605 6206 www.opussistemas.com.br
São Paulo
SP
X X
X
X
ORMAZABAL
11 5070 2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
X
X
X
X X
X X
X
X
X
X
X X X X X
X X X X
X
X X X
X
X X X X
X X X X X X
X X X
X
X X
X X X X X
X
X X X X X X
X X X X
X
121
POLIMETAL
31 3361 8575 www.polimetal.com.br
Contagem
MG
PROAUTO
15 3031 7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
PROVOLT
47 3030 9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
REHTOM
19 3818 5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
RENZ
11 4034 3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
RM ENERGY
11 2268 2935 www.rmenergy.com.br
São Bernardo do Campo
SP
RMS
51 3337 9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
S&C ELECTRIC
41 3382 6481 www.sandc.com
São Jose dos Pinhais
PR
X X X
SAREL
11 4072 1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
X X
SASSI
11 4138 5122 www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra
SP
SCHNEIDER ELECTRIC
11 3468 5791 www.schneider-electric.com
São Paulo
SP
SEL
19 3515 2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
SERTA
31 2102 4800 www.sertatransformadores.com.br Santa Luzia
MG
SIEMENS
11 3908-2211 www.siemens.com.br
SP
São Paulo
A SF6
X
SP
A vácuo
SP
Cajamar
Interruptores
A ar
São Paulo
11 4448 8000 www.plp.com.br
Encapsulados
11 3871 6400 www.phoenixcontact.com.br
PLP
Com isolador polimérico
PHOENIX CONTACT
Outros
X X X X
Pára-raios
Com isoladores de porcelana
SP
TTA/PTTA
São Paulo
À prova de arco interno
11 5543 2199 www.pextron.com.br
Painéis
Supressor de arco
SP
PEXTRON
Limitadores de corrente
São Paulo
Uso externo
11 3948 0042 www.paraklin.com.br
Uso interno
SP
PARAKLIN
Automação de subestações
Estado
São Paulo
Site
Fusíveis
Registradores de oscilografia
Cidade
11 3613 2353 www.panduit.com
Distribuição SCADA
Telefone
PANDUIT
Contatores
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Relés de estado sólido
Transdutores
Proteção contra arco
Automação, Proteção e Controle
Automação de estações
Anunciador de alarme
Para uso externo
Disjuntores
Para uso interno
Religadora
Com abertura sob carga
Sem abertura em carga
Chave fusível
A óleo
O Setor Elétrico / Maio de 2014
X X X X X
X
X X
X X X X
X X
X X X
X X X X X X X X
X
X X
X X X
X
X
X
X X X X
X
X X
X
X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X
X X X X X
X X X X
X
X X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
Equipamentos para distribuição de energia
Salvador
BA
TE CONNECTIVITY
11 2103 6000 www.te.com./energy
São Paulo
SP
TRAEL
65 3611 6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
TRAFOMIL
11 4815 6444 www.trafomil.com.br
Jundiaí
SP
TRAMONTINA ELETRIK
54 3461 8200 www.tramontina.com
Carlos Barbosa
TRANSFORMADORES JUNDIAÍ
11 4585 6116 www.transformadoresjundiai.com.br Jundiaí
SP
TRANSFORMADORES UNIÃO
11 2023 9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
TREETECH
11 4413 5787 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
URKRAFT
11 3662 0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
VICENTINOS
44 3232 0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
BA
WABE CONECTORES
11 4484 4147 www.wabe.com.br
Mairiporã
SP
WEG
47 3276 4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
ZILMER
11 2148 7121 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
Z-WAVE
11 3871 2777 www.zwave.com.br
São Paulo
SP
A SF6
71 3311 3050 www.tedbrasil.com.br
A vácuo
T&D BRASIL
A óleo
SP
Interruptores
A ar
Mogi Mirim
Encapsulados
19 3806 2736 www.superwatts.com.br
Com isolador polimérico
SUPER WATTS
X
Pára-raios
Outros
MG
TTA/PTTA
35 3714 2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas
À prova de arco interno
SULMINAS
X
Painéis
Supressor de arco
X X
Limitadores de corrente
X
SP
X
Uso externo
SP
São Paulo
X
Uso interno
São Paulo
11-2818-3838 www.strahl.com
Automação de subestações
11 2248 7000 www.steck.com.br
STRAHL
Fusíveis
Registradores de oscilografia
STECK
X X
X X
Distribuição SCADA
SP
Contatores
São Paulo
Relés eletromecânicos
11 2813 6222 www.soltran.com.br
Relés de estado sólido
SP
SOLTRAN
Cidade
Transdutores
Osasco
Site
Proteção contra arco
Telefone
11 3026 9655 www.stkv.com.br
Automação de estações
EMPRESA SOLANO TRANSKAV
Automação, Proteção e Controle
Anunciador de alarme
Disjuntores
Para uso externo
Religadora
Com abertura sob carga
Estado
Sem abertura em carga
Chave fusível
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Com isoladores de porcelana
122
Para uso interno
Pesquisa
X
X X X X
X X
X X X X
X
X
X X
X
X X X
X
X
RS X X X X X X X X
X X X
X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X
X
X X
X
X
X X
X X X X
X X
X X X
X X X
X
X
Equipamentos para distribuição de energia
19 4009 7722 www.adelbras.com/tech
Vinhedo
SP
ADELCO
11 4199 7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
ADIMARCO
21 2494 7140 www.adimarco.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ADS DISJUNTORES
19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi Mirim
SP
AEPI DO BRASIL
11 4143 9600 www.aepi.com.br
Itapevi
SP
AFAP
19 3464 5650 www.afap.com.br
Santa Bárbara D'Oeste
SP
ALGE TRANSFORMADORES
16 3361 1062 www.alge.com.br
São Carlos
SP
ALUBAR
91 3754-7100 www.alubar.net
Barcarena
PA
ÁPICE SISTEMAS
19 3754 5000 www.apice.com.br
Campinas
SP
ARTECHE EDC
41 2106 1899 www.arteche.com
Curitiba
PR
X
ATS ELÉTRICA
11 2645 4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
X
BA ELETRICA
92 2125 8000 www.baeletrica.com.br
Manaus
AM
BALESTRO
19 3814 9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
BALTEAU
35 3629 5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
BCM AUTOMAÇÃO
51 3374 3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
RS
BEGHIM
11 2942 4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
BELCABOS
54 3217 3000 www.belcabos.com.br
Caxias do Sul
RS
BLUTRAFOS
47 3036 3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
BRASFORMER BRASPEL
11 2969 2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
BUILDING
11 2621 4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
BURNDY
11 5515 7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
CABELAUTO
35 3629 2514 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
CARGILL
11 5099 3311 www.cargill.com.br
São Paulo
SP
CEBEL
11 2804 4000 www.cebel.com.br
São Paulo
SP
CERÂMICA SÃO JOSÉ
19 3852 9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
COMSYSTEL
11 4158 8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X X
X
Filtro de harmônicas
ADELBRAS
X
X X
Compensação em tempo real
X
X
Compensação Paralela
X
X
Reativos
Compensação Serial
X
X
Isoladores
Cerâmica
SP
X
Terminações
Guarulhos
X
Emendas
11 2842 5252 www.acabine.com.br
X
Conectores
ACABINE
X
Cabos submarinos
X
Cabos subterrâneos
X
Cabos aéreos
X
Indicadores de tensão
X
Componentes, materiais e acessórios para Transformadores
SP
De potencial
Subterrâneos
Osasco
De corrente
Secos
0800 014 9111 www.abb.com.br
Estado
Selados
Em líquido isolante
SP
ABB
Cidade
Especiais
Religadores
Sumaré
Site
Em pedestal
Telefone
0800 013 2333 www.3m.com.br
Submersíveis
EMPRESA
Acessórios para cabos elétricos
Cabos elétricos
Poliméricos
Transformadores de instrumentação
Transformadores de potência
3M
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Espaçadores
124
Reguladores de Tensão
Pesquisa
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X X
X
X
X
X
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X
X X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X X
X X
X X
X
X
X
X
X X
X X X X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
125
O Setor Elétrico / Maio de 2014
SP
Campinas
SP
D´LIGHT
11 2937 4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DELTA P
11 2154 0666 www.deltapltda.com.b
São Paulo
SP
DENSITEL
11 4143 7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
DUTOPLAST
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
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X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Filtro de harmônicas
Olímpia
0800 772 1777 www.crimper.com.br
X
Compensação em tempo real
0800 701 3701 www.condumax.com.br
CRIMPER
X
Compensação Paralela
CONDUMAX
X
Reativos
Compensação Serial
X
Cerâmica
X
Poliméricos
De potencial
X
Isoladores
Espaçadores
De corrente
X
Emendas
Selados
X
X
Conectores
Especiais
X
X
Cabos submarinos
Em pedestal
X
SP
Cabos subterrâneos
Submersíveis
X
São Paulo
Cabos aéreos
Subterrâneos
X
11 3273 9040 www.comtral.com.br
Estado
Indicadores de tensão
Secos
PR
COMTRAL
Cidade
Reguladores de Tensão
Em líquido isolante
Cornélio Procópio
Site
Componentes, materiais e acessórios para Transformadores
Telefone
43 3520 4300 www.comtrafo.com.br
Religadores
EMPRESA COMTRAFO
Acessórios para cabos elétricos
Cabos elétricos
Terminações
Transformadores de instrumentação
Transformadores de potência
X X
11 2524 9055 www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
EATON'S COOPER POWER SYSTEMS 15 3481 9130 www.cooperpower.com
Porto Feliz
SP
EDWARDS
11 3952 5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
EFACEC DO BRASIL
11 5591 1999 www.efacec.com
São Paulo
SP
ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ELETROPOLL
47 3375 6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELOS
41 3383 9290 www.elos.com.br
São Jose dos Pinhais
PR
ENERCOM
11 2919 0911 www.enercom.com,br
São Paulo
SP
EPHOXAL
11 4138 9347 www.ephoxal.com.br
Taboão da Serra
SP
FACILIT
11 4447 1881 www.calhasfacilit.com.br
Cajamar
SP
X
FASTWELD
11 2425 7180 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X
FINDER
11 4223 1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
FOCKINK
55 3375 9500 www.fockink.ind.br
Panambi
RS
GENERAL CABLE
11 3457 0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
GIMI
11 4752 9900 www.gimi.com.br
Suzano
SP
GRAMEYER
47 3374 6300 www.grameyer.com.br
Schroeder
SC
GRUPO AEL
34 3313 9222 www.grupoael.com.br
Uberaba
MG
GRUPO CEI
31 3389 6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
MG
HUNTSMAN
0800 17 0850 www.huntsman.com
São Paulo
SP
IBT
11 4398 6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ICR RELÉS
11 2949 4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
IGUAÇUMEC
43 3401 1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X
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X
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X
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X X
X X
X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X X
X
X
Equipamentos para distribuição de energia
17 3279 2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
INDEL BAURU
14 3281 7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
INDUSCABOS
11 4636 2211 www.induscabos.com.br
Poá
SP
INDUSUL
47 3379 1562 www.indusul.com
Massaranduba
SC
X
INSTRUMENTI
11 5641 1105 www.instrumenti.com.br
São Paulo
SP
X
INTELLI
16 3820 1500 www.grupointelli.com
Orlândia
SP
ISOLET
11 2118 3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
ITAIPU TRANSFORMADORES
16 3263 9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
CE
X
X
X
ITB
18 3643 8000 www.itb.ind.br
Birigui
SP
X
X
X
KIT ACESSORIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
KRJ CONECTORES
11 2971 2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
X
X
KRON
11 5525 2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
KVA TRANSFORMADORES
49 3442 5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
X
LEGRAND
0800 11 8008 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
LPENG ENGENHARIA
11 2901 7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
LSIS BRASIL
11 3833 0559 www.lsisbrasil.com.br
São Paulo
SP
MAG
19 3414 2300 www.magtrafo.com.br
Piracicaba
SP
MAGNANI
54 4009 5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAGNET
11 4176 7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
MAXIDUTOS
47 3334 5899 www.maxidutos.com
Blumenau
SC
MÉDIA TENSÃO
11 2384 0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
MERSEN
11 2348 2366 www.ep.mersen.com
Cabreuva
SP
METALTEX
11 5683 5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
MINUZZI
19 3272 6380 www.minuzzi.ind.br
Campinas
SP
NOJA POWER
19 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
ONIX
44 3233 8500 www.onixcd.com.br
Mandaguari
PR
OPUS SISTEMAS
11 2605 6206 www.opussistemas.com.br
São Paulo
SP
ORMAZABAL
11 5070 2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
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X
X
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X
X
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X
X
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X
Filtro de harmônicas
Espaçadores
X
RS
INCESA
Cidade
Compensação em tempo real
Terminações
X
Porto Alegre
Reativos
Compensação Serial
Emendas
X
Telefone
51 3382 2300 www.ims.ind.br
Cerâmica
Conectores
Cabos submarinos
Cabos subterrâneos
Cabos aéreos
Indicadores de tensão
Reguladores de Tensão
X
EMPRESA IMS POWER QUALITY
Site
Isoladores
Compensação Paralela
Acessórios para cabos elétricos
Cabos elétricos Componentes, materiais e acessórios para Transformadores
Selados
Especiais
Em pedestal
Submersíveis
Subterrâneos
Secos
Em líquido isolante
Religadores
De potencial
Transformadores de instrumentação
Transformadores de potência
Estado
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Poliméricos
126
De corrente
Pesquisa
X
X
X
X
X
127
O Setor Elétrico / Maio de 2014
15 3031 7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
PROVOLT
47 3030 9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
REHTOM
19 3818 5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
RENZ
11 4034 3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
RM ENERGY
11 2268 2935 www.rmenergy.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
RMS
51 3337 9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
S&C ELECTRIC
41 3382 6481 www.sandc.com
São Jose dos Pinhais
PR
SAREL
11 4072 1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SASSI
11 4138 5122 www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra
SP
SCHNEIDER ELECTRIC
11 3468 5791 www.schneider-electric.com
São Paulo
SP
SEL
19 3515 2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
SERTA
31 2102 4800 www.sertatransformadores.com.br Santa Luzia
MG
SIEMENS
11 3908-2211 www.siemens.com.br
SP
São Paulo
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Filtro de harmônicas
PROAUTO
Compensação em tempo real
MG
Compensação Paralela
Contagem
X
Reativos
Compensação Serial
31 3361 8575 www.polimetal.com.br
Cerâmica
POLIMETAL
X
Poliméricos
SP
Espaçadores
SP
Cajamar
Isoladores
X
X X
Terminações
São Paulo
11 4448 8000 www.plp.com.br
Emendas
11 3871 6400 www.phoenixcontact.com.br
PLP
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X X
X X
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O Setor Elétrico / Maio de 2014
Espaçadores
128
Componentes, materiais e acessórios para Transformadores
Pesquisa
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X
X X
X
X
X X
X X
X
QEE
130
O Setor Elétrico / Maio de 2014
O impacto da audiência na QEE Por André Luis De Grandi, Maria Jovita Siqueira e Natanael Pereira*
Estudo analisa a influência na qualidade da energia elétrica da transmissão do último capítulo da novela “Avenida Brasil” comparada à transmissão da final do Mundial de Clubes da Fifa de 2012
131
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Eventos televisivos que despertam grande
interesse popular, tais como futebol e telenovela, são alvos de atenção especial por parte das distribuidoras e transmissoras de energia elétrica no país, inclusive do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Destacamos que, em 2012, os jogos das
finais da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes da Fifa, os quais tinham como finalista um clube com uma das maiores torcidas do país e participando pela primeira vez em toda sua história das finais destes campeonatos: o Sport Clube Corinthians Paulista. Outro evento de grande repercussão nacional que causou preocupação, inclusive ao ONS, divulgada na mídia falada e escrita, foi o último capítulo da telenovela da Rede Globo de Televisão “Avenida Brasil”. Telenovela esta que teve uma das maiores audiências dos últimos anos, especialmente por retratar a classe C, e que na exibição do último capítulo chegou a ter anúncios de 30 segundos a um preço de R$ 800 mil.
Já é de conhecimento que eventos, como
jogos da seleção brasileira de futebol, causam impacto para a qualidade da energia elétrica. Vamos avaliar como o sistema de distribuição se comportou frente a estes relevantes eventos destacados em 2012.
Visando permitir a monitoração contínua
dos parâmetros de Qualidade da Energia Elétrica
(QEE),
os
registradores
foram
instalados de forma fixa no secundário dos transformadores de força da subestação e/ou na saída dos alimentadores primários. Neste caso específico, a medição de qualidade foi realizada na saída do alimentador 1 de 13,8 kV, conforme indicado na Figura 1, localizado na região do Alto Tietê no Estado de São Paulo com cargas predominantemente residenciais, 92%. O medidor de qualidade utilizado nesta campanha permanente de aferição encontra-se homologado pela Universidade Federal de Uberlândia e é recomendado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
QEE
132
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Alimentador 1
Medidor QEE Alimentador 2
88 kV Alimentador 3 13,8 kV
Figura 1 – Diagrama unifilar do sistema monitorado.
das
Os resultados obtidos, para cada uma grandezas
elétricas
os jogos da 1ª e 2ª finais da Libertadores
monitoradas,
ocorridos nos dias 27/06/12 e 04/07/12,
encontram-se destacados a seguir.
com início por volta das 21h00, com duração aproximada de 90 minutos, durante o final
Resultado das medições
da novela ‘Avenida Brasil’ no dia 19/10/12
A primeira grandeza avaliada foi a
com o início por volta das 21h30 com
tensão em regime permanente, a qual
duração de duas horas, aproximadamente,
se encontrava em conformidade com os
e durante o jogo da final do Mundial de
limites de tensão adequados previstos no
Clubes da FIFA no dia 16/12/12 com início
Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica
por volta das 08h00 com duração de 100
dos Procedimentos de Distribuição de
minutos de transmissão aproximadamente.
Energia
Elétrico
Os comportamentos registrados foram
Nacional (Prodist). Pode-se visualizar que,
comparados com medições durante o
para cada um dos dias estudados, a tensão
respectivo dia da semana registrado em
em nenhum momento ultrapassou a faixa
um dia normal que antecedeu cada um
de tensão precária ou crítica.
destes eventos, visando identificar qual
deles foi mais significativo para o sistema
Elétrica
no
Sistema
A Figura 3 ilustra o comportamento
da corrente fundamental (60 Hz) durante
de distribuição. Faixa de tensão precária Faixa de tensão adequada Faixa de tensão crítica
Quarta-feira
Quarta-feira
0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00
0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00
Tensão em regime permanente
27/06/12
04/07/12
Sexta-feira
Domingo
1,08
Tensão (pu)
1,06 1,03 1,01 0,98 0,96 0,93 0,91
1º J. Final Libertadores 2º J. Final Libertadores
0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00 23:00
0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00
0,88
19/16/12
16/12/12
Final Avenida Brasil
Final Mundial de Clubes
Figura 2 – Tensão em regime permanente. Dia evento Dia sem evento
450
Comportamento da Carga Dia Evento X Dia Sem Evento
400 350 250 200 150 100
0:20 2:40 5:00 7:20 9:40 12:00 14:20 16:40 19:00 21:20 23:40
1:00 3:20 5:40 8:00 10:20 12:40 15:00 17:20 19:40 22:00
0
1:40 4:00 6:20 8:40 11:00 13:20 15:40 18:00 20:20 22:40
50 0:00 2:20 4:40 7:00 9:20 11:40 14:00 16:20 18:40 21:00 23:20
[A ]
300
27/06/12
04/07/12
19/16/12
16/12/12
1º J. Final Libertadores
2º J. Final Libertadores
Final Avenida Brasil
Final Mundial de Clubes
Quarta-feira
Quarta-feira
Sexta-feira
Domingo
Figura 3 – Comportamento da corrente fundamental (60 Hz).
133
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Na Figura 4 pode-se observar, em média, que
grandes eventos televisivos como, por exemplo,
houve uma redução da corrente fundamental em
no término da novela Avenida Brasil.
torno de 15% durante a transmissão do último
capítulo da novela, com picos de até 22% de
tratar de um domingo atípico em função da
redução. Entretanto, a maior preocupação com
transmissão da final do mundial de clubes da FIFA,
a estabilidade do sistema elétrico é em função
o crescimento da carga ocorreu durante todo o
da rápida retomada de carga após o fim dos
dia ao invés de somente no horário do jogo.
20
No dia 16 de dezembro de 2012, por se
% Variação da Carga - Dia Evento X Dia Sem Evento
15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 0:30 3:00 5:00 5:30 8:00 10:30 13:00 15:30 18:00 20:30 23:00
2:00 4:30 7:00 9:30 12:00 12:40 14:30 17:00 19:30 22:00
1:00 3:30 6:00 8:40 8:30 11:00 16:00 18:30 21:00 23:30
0:00 2:30 5:00 7:30 10:00 12:30 15:00 17:30 20:00 22:30
-25
27/06/12
04/07/12
19/16/12
16/12/12
1º J. Final Libertadores
2º J. Final Libertadores
Final Avenida Brasil
Final Mundial de Clubes
Quarta-feira
Quarta-feira
Sexta-feira
Domingo
Figura 4 – Variação % da carga – Dias evento x Dias sem evento. Dia evento Dia sem evento
Comportamento da Carga - Dia Evento X Dia Sem Evento
400 350 300 250 200 150 100
0
0:00 0:40 1:20 2:00 2:40 3:20 4:00 4:40 5:20 6:00 6:40 7:20 8:00 8:40 9:20 10:00 10:40 11:20 12:00 12:40 13:20 14:00 15:20 16:00 16:40 17:20 18:00 18:40 19:20 20:00 20:40 21:20 22:00 22:40 23:20
50
19/16/12 Final Avenida Brasil Sexta-feira
Figura 5 – Corrente fundamental (60 Hz) – Final da novela Avenida Brasil. % Variação da Carga - Dia Evento X Dia Sem Evento Variação 25% 15 10 5 0 -5 -10 -15
-25
0:00 0:40 1:20 2:00 2:40 3:20 4:00 4:40 5:20 6:00 6:40 7:20 8:00 8:40 9:20 10:00 10:40 11:20 12:00 12:40 13:20 14:00 15:20 16:00 16:40 17:20 18:00 18:40 19:20 20:00 20:40 21:20 22:00 22:40 23:20
-20
19/16/12 Final Avenida Brasil Sexta-feira
Figura 6 – Variação % da carga – Dia evento x Dia sem evento.
QEE
134
O Setor Elétrico / Maio de 2014
detalhes o comportamento da carga no dia do
da população. Esta acentuada retomada de carga
final da Avenida Brasil (19-10-2012) comparado a
denominada “rampa de carga” é a principal
um dia de semana típico correspondente.
preocupação das distribuidoras, transmissoras e
do Operador Nacional do Sistema (ONS).
O maior pico de carga deste dia ocorreu
durante o final da novela, com duração de duas
A terceira e quarta grandezas a serem
horas.
analisadas foram, respectivamente, a Distorção
A concentração do consumo nos primeiros
Total de Tensão (DTT%) e a Distorção Total
minutos depois do capítulo final de “Avenida
de Corrente (DTI%). As Figuras 7 e 8 ilustram
Brasil” requereu um rápido equilíbrio entre
o comportamento da DTT%, ao longo dos
a demanda e a carga de energia. O rápido
quatro eventos, na linha do tempo. Os valores
crescimento de consumo de energia em um
registrados encontraram-se em conformidade
curto período de tempo causou sensibilidade ao
com o valor adequado recomendado no módulo
sistema de transmissão. De acordo com o ONS, a
8 do Prodist (DTT = 8%), não ultrapassando em
novela "Avenida Brasil" já atingiu a carga de 4,4 mil
nenhum momento os limites.
megawatts, em julho, o que significou um aumento
de consumo equivalente ao Estado do Paraná ou
final do mundial de clubes da FIFA com picos de até
Esta mudança de comportamento da
à cidade do Rio de Janeiro. "É como se a cidade
30%, comparados ao final da Avenida Brasil, de 20%.
população ocorreu em função de estar envolvido
inteira do Rio de Janeiro se acendesse de uma só
Entretanto, esta variação ainda é inferior à registrada
um clube de grande torcida no país, o Sport
vez", explicou o ONS. Os resultados de medição
nos jogos da Copa de 2010 no Brasil, de 40%.
Clube Corinthians Paulista. A variação máxima
confirmaram a previsão do Operador. De acordo
da corrente fundamental, nesta data, atingiu 22%,
com a Figura 6, houve um acréscimo de 25% no
(DTI%) para os quatro eventos são ilustradas
conforme mostra a Figura 4.
crescimento de carga em apenas dez minutos
nas Figuras 9 e 10, de forma de indicador e de
decorrente da retomada das atividades rotineiras
variação percentual, respectivamente.
Na Figura 5 pode-se observar com mais Dia evento
A maior variação do DTT% foi registrada no
As variações da Distorção Total de Corrente
Distorção Total de Tensão (DTT%)
Dia sem evento
2,5 2
DTT [%]
1,5 1 2,0 1,5
27/06/12
04/07/12
19/10/12
16/12/12
1º J. Final Libertadores
2º J. Final Libertadores
Final Avenida Brasil
Final Mundial de Clubes
Quarta-feira
Quarta-feira
Sexta-feira
Domingo
1:50 4:00 6:10 8:20 10:30 12:40 14:50 17:00 19:10 21:20 23:30
1:40 3:50 6:00 8:10 10:20 12:30 14:40 14:40 16:50 19:00 21:10 23:20
0:00 2:10 4:40 6:30 8:40 13:00 15:10 17:20 19:30 21:40 23:50
0
2:00 4:10 5:00 6:20 8:30 10:40 12:50 15:00 17:10 19:20 21:30 23:40
0,5
Figura 7 – Gráfico de Distorção Total de Tensão (DTT%). Variação % DTT - Dia Evento x Dia sem Evento 40% 30% 20% 10% 0 -10% -20% 27/06/12
04/07/12
19/10/12
16/12/12
1º J. Final Libertadores
2º J. Final Libertadores
Final Avenida Brasil
Final Mundial de Clubes
Quarta-feira
Quarta-feira
Sexta-feira
Domingo
0:00 2:20 4:40 7:00 9:20 11:40 14:00 16:20 18:40 21:00 23:20
1:40 4:00 6:20 8:40 11:00 13:20 15:40 18:00 20:20 22:40
1:00 3:20 5:40 8:00 10:20 12:40 15:00 17:20 19:40 22:00
0:20 2:40 5:00 7:20 9:40 12:00 14:20 16:40 19:00 21:20 23:40
-30%
Figura 8 – Variação % de DTT (%).
135
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Dia evento
Distorção Total de Corrente (DTI%)
A Figura 10 apresenta o respectivo
resultado de medição, no qual se pode
Dia sem evento
até 40% durante o domingo da Final do
8
Mundial de Clubes, quando comparadas a
6
um dia útil normal, sem transmissão dos
4
eventos.
2
0
Individuais de Tensão (DIT3%, DIT5% e
1:20 3:10 5:00 6:50 8:40 10:30 14:40 14:10 16:00 17:50 19:40 21:30 23:20
10
1:30 3:20 5:10 7:00 8:50 10:40 12:30 14:20 16:10 18:00 19:50 21:40 23:30
durante o final de Avenida Brasil e de
1:40 3:30 5:20 7:10 9:00 10:50 12:40 14:30 16:20 18:10 20:00 21:50 23:40
12
0:00 1:50 3:40 5:30 7:20 9:10 11:00 12:50 14:40 16:30 18:20 20:10 22:00 23:50
observar uma variação na DTI% de 35%
27/06/2012
04/07/2012
19/10/2012
16/12/2012
1º J. Final Libertadores
2º J. Final Libertadores
Final Avenida Brasil
Final Mundial de Clubes
Quarta-feira
Quarta-feira
Sexta-feira
Domingo
DIT7%) durante a final do Mundial de Clubes, em que se pode observar que a harmônica de quinta ordem é a mais
Figura 9 – Comportamento da DTI (%).
afetada nestas ocasiões, como já era de
Variação % DTI - Dia Evento x Dia sem Evento
se esperar devido à grande quantidade
50 40 30 20 10 0 -10
de
televisores
ligados
no
mesmo
horário. Entretanto, os valores aferidos encontraram-se em conformidade com 0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
os limites adequados recomendados pelo 0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
-20 -30 -40 -50
A Figura 11 apresenta as Distorções
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
DTI [%]
14
Módulo 8 do Prodist, ou seja, inferior a
27/06/2012 1º J. Final Libertadores Quarta-feira
04/07/2012 2º J. Final Libertadores Quarta-feira
19/10/2012 Final Avenida Brasil Sexta-feira
16/12/2012 Final Mundial de Clubes Domingo
6% (3ª e 5ª harmônica) e de 5% para a 7
Figura 10 – Comportamento da DTI (%) – Variação %.
harmônica.
QEE
136
O Setor Elétrico / Maio de 2014
A análise nos traz a reflexão sobre as
ações preventivas que devemos vislumbrar Dia Evento DIT 3%
Dia sem Evento DIT 3%
Dia Evento DIT 5%
Dia sem Evento DIT 5%
Dia Evento DIT 7%
Dia sem Evento DIT 7%
considerando os próximos eventos de grande repercussão que estão por vir nos anos
3,5
seguintes, a Copa do Mundo FIFA do Brasil, as
3,0
5ª
Olimpíadas do Brasil e outros.
DITh [%]
2,5
Referências
2,0
• MACEDO Jr, J. R.; GRANDI, A. L. Z.; SIQUEIRA,
1,5 1
M. J. V.; CARNEIRO, J. R. V.; RIBEIRO, P. F. “Impacto
3ª
da transmissão da Copa do Mundo 2010 para
0,5
7ª 0:00 1:40 3:20 5:00 6:40 8:20 10:00 11:40 13:20 15:00 16:40 18:20 20:00 21:40 23:20
1:00 2:40 4:20 6:00 7:40 9:20 12:40 14:20 16:00 17:40 19:20 21:00 22:40
0:20 2:00 3:40 5:20 7:00 8:40 10:20 12:00 13:40 15:20 17:00 18:40 20:20 22:00 23:40
1:20 3:00 4:40 6:20 8:00 9:40 11:20 13:00 14:40 16:20 18:00 19:40 21:20 23:00
0
27/06/2012 1º J. Final Libertadores Quarta-feira
04/07/2012 2º J. Final Libertadores Quarta-feira
19/10/2012 Final Avenida Brasil Sexta-feira
16/12/2012 Final Mundial de Clubes Domingo
a qualidade da energia elétrica nos sistemas de distribuição”. IX CBQEE, 2011. • Sitio G1, “ONS reforça sistema elétrico para final de Avenida Brasil”, http://g1.globo. com/economia/noticia/2012/10/ons-reforcasistemaeletrico-
Figura 11 – Comportamento da DITh (%).
para-final-de-avenida-brasil.html,
acesso
em
26/01/2013 às 18:06 h, 2013.
Variação % DIT 5% 40%
• Sitio Veja, “Avenida Brasil faturou 1 bilhão de
30%
reais em anúncios”, http://veja.abril.com.br/
20%
noticia/celebridades/avenida-brasil-faturou-
10% 0 -10%
1-bilhao-de-reais-em-anuncios,
acesso
em
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
• ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica,
-40%
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
26/01/2013 as 18:06 h, 2013.
-30% 0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00
-20%
“Procedimentos de Distribuição – PRODIST”, Módulo 8, Qualidade da Energia Elétrica.
Figura 12 – Variação % da DIT 5%.
A Figura 12 ilustra a variação % da
de indicadores de qualidade, estiveram nos
Distorção Individual de Tensão (DIT5%)
jogos e nos finais da novela. O evento em que
durante a exibição dos eventos. Percebe-se,
houve a maior repercussão nos indicadores
que durante o jogo da final Mundial de Clubes,
DTT% e DTI% foi a final do mundial de
a DIT5% teve variações de 33% em relação a
clubes da FIFA de 2012, ocorrido em um
um domingo típico.
domingo de dezembro. Os valores atingidos estão próximos aos registrados em jogos da
Observações finais
seleção brasileira na Copa do mundo FIFA de 2010. A telenovela Avenida Brasil teve um
Notadamente,
a
preocupação
com
impressionante acréscimo de carga após o seu
eventos televisivos de grande repercussão
término, em que houve uma variação de 25%
tem aumentado nos últimos anos e, conforme
em apenas dez minutos, devido ao retorno
a análise técnica deste trabalho, se justifica
das atividades rotineiras da população, como
quando olhamos para os efeitos registrados.
abrir geladeira, tomar banho, etc. Para o evento
Neste trabalho avaliamos quatro eventos
do último capítulo da novela Avenida Brasil, o
televisivos de grande movimentação popular
Operador Nacional do Sistema tomou como
ocorridos em 2012 e percebeu-se que as
medida preventiva trabalhar com folgas nas
maiores variações, tanto de carga quanto
unidades de geração.
• GRANDI, L. Z.; CARNEIRO, J. R.V. Caracterização das distorções harmônicas de tensão em circuitos secundários de distribuição, VIII CBQEE, 2009. *André Luis Zago de Grandi é engenheiro eletricista, mestre em Distribuição de Energia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É engenheiro eletricista da EDP Bandeirante Energia. Maria Jovita Vilela Siqueira é engenheira eletricista com especialização em conservação de energia elétrica na indústria e em sistemas de energia, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. É engenheira da área de qualidade da EDP Bandeirante Energia. Natanael Pereira é engenheiro eletricista, pós-graduado em Qualidade da Energia em Sistemas Elétricos. Atualmente, é engenheiro eletricista de estudos e projetos da EDP Bandeirante Energia.
Aula prática
138
Barramentos blindados
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Barramentos blindados: assim a eletricidade viaja por uma autoestrada Parte 3 – Como selecionar elementos de proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos Por Nunziante Graziano*
O Setor Elétrico / Maio de 2014
139
Para a proteção de barramentos blindados contra sobrecargas,
podem-se adotar soluções diferentes. A solução clássica é a de utilizar disjuntores nos quadros alimentadores, individualizados, para a proteção de cada uma das linhas. Ou seja, para proteção eficaz, basta: Ib > Ip Em que: Ib – Capacidade nominal de corrente do barramento blindado; Ip – Corrente nominal do disjuntor de proteção do barramento blindado.
A segunda solução pode ser implementada protegendo-se individualmente
cada saída ou derivação plug-in, neste caso, contudo, é necessário assegurar que a soma de todas as correntes nominais de tais dispositivos de proteção não exceda a corrente nominal do barramento localizado à montante.
Uma terceira solução prevê a proteção contra sobrecargas para
mais de uma linha de barramento blindado colocadas em paralelo sobre a saída de um único disjuntor. No entanto, esta solução é viável somente se a corrente nominal do interruptor não for maior do que a capacidade de cada uma das linhas, o que torna esta técnica pouco atraente, porque ela não permite que você tire proveito da corrente nominal total de cada uma das linhas de barramento.
Nas linhas de barramentos que alimentam exclusivamente cargas
de iluminação, a proteção contra sobrecargas pode ser omitida, o que resulta em uma notável simplificação do sistema.
Em consequência das características técnicas dos barramentos
blindados, notadamente impedâncias, as correntes de curto-circuito são particularmente elevadas. Assim sendo, para proteção contra curtoscircuitos, é necessário considerar: - Cálculo da corrente presumida de curto-circuito no sistema; - Proteção contra as solicitações eletrodinâmicas decorrentes do defeito; - Proteção contra sobreaquecimento.
Para avaliar a corrente de curto-circuito é necessário conhecer a
impedância dos elementos. Este parâmetro é definido pela relação:
ZCB = L • � r2 + x2 Em que: L: é o comprimento do trecho de barramento em metros (m); r: é a resistência por unidade de comprimento [W/m]; x: é a reatância específica por unidade de comprimento [W/m].
Em casos em que há um ou mais condutores à montante ou à
jusante do trecho de barramentos, é necessário efetuar a soma de suas resistências e reatâncias separadas:
ZCC = � (�iRi)2 + (�iXi)2
Aula prática
QEE
140
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Para o cálculo da corrente de curto-circuito
Tabela1: Relação entre a corrente de crista Ipk e a presumida de curto-circuito Icc
de defeito fase-terra e fase-N, é aplicado um procedimento
equivalente, em
que
Icc [kA] (eficaz)
ICC ≤ 5
5 ≤ ICC ≤ 10
10 ≤ ICC ≤ 20
20 ≤ ICC ≤ 50
50 ≤ ICC
Cos ф
0,7
0,5
0,3
0,25
0,2
N
1,5
1,7
2,0
2,1
2,2
serão
considerados os valores da resistência e reatância por metro de comprimento do circuito faseterra e fase-N, fornecido pelo fabricante. Para barramentos blindados, os valores nominais de resistência e reatância são referidos a uma
Nota: Os valores na tabela representam a maioria das aplicações. Em situações particulares, por exemplo, na proximidade de transformadores ou geradores, o fator de potência pode assumir valores inferiores e, nestes casos, o valor máximo da corrente de crista presumida pode tornar-se o fator limitante, ao invés do valor eficaz da corrente de curto-circuito.
Tabela 2
temperatura de equilíbrio térmico. Em condições
Curto-circuito
de curto-circuito, a temperatura das barras pode
Tipo de proteção
alcançar valores próximos a 130 °C / 160 °C,
Solicitações
Sobrecarga
Solicitações térmicas
eletromecânicas
valores que são muito mais elevados do que a temperatura alcançada nas condições nominais de serviço. Como consequência, a resistência de fase em um barramento sob condições de curto-
Disjuntor padrão
In ≤ Inom
Ip ≤ Ipk
A²s ≤ I²cw . t
Disjuntor limitador de
barramento
n . Icc ≤ Ipk
I²cc . (t r+ 0,001) ≤
corrente
In ≤ Inom
circuito terá um valor maior que em condições
I²cw . t
barramento
nominais e o cálculo das impedâncias será consideravelmente arredondado para baixo. A corrente de curto-circuito real será,
corrente de curto-circuito Icc presumida;
corrente (considerando Icw referido a um tempo
por conseguinte, menor do que a presumida
Ipk: corrente de crista admissível do barramento.
genérico t), implica a seguinte mudança na relação anterior:
e calculada, o que fornece uma boa margem de segurança. No entanto, por meio de apropriada
A importância desta condição reside no
majoração, pode-se favorecer o cálculo da real
fato de que a corrente de crista determina, no
corrente mínima de defeito fase-terra (Ig) e, por
período subtransitório, a extensão dos esforços
conseguinte, é possível avaliar se o disjuntor de
eletrodinâmicos nos isoladores. Daqui resulta que
Em que:
proteção da linha é capaz de intervir dentro de
deve ser igual Ipk ou superior (mas não inferior)
tr: tempo de retardo imposto ao disjuntor
0,4 segundo (no caso de linhas que compreendam
para a corrente crista. A corrente de crista pode
limitador de corrente [s].
derivações plug-in terminais fornecidos), ou 5
ser facilmente calculada multiplicando a corrente
segundos (em caso de anel constituído por apenas
presumida de curto-circuito (Icc) por um fator
condutores principais).
adequado n.
de barramentos blindados contra sobrecorrentes
I²cc . (tr + 0,001) ≤ I²cw . t
A Tabela 2 resume as condições de proteção
inerentes a sobrecargas e curtos-circuitos.
Solicitações térmicas nos barramentos sob curto-circuito
Solicitações eletrodinâmicas nos barramentos sob curto-circuito
O próximo artigo abordará como devem ser
selecionados os elementos de proteção contra sobrecargas e curto-circuito nos elementos
Para a contenção das solicitações térmicas
terminais (derivações plug-in) e nas reduções de
disjuntores tipo seletivo automático (que não
nos barramentos sob condição de curto-circuito,
capacidade nominal em linhas longas, além de
exercem qualquer limitação de corrente de crista
a seguinte relação deve ser satisfeita:
apresentar algumas particularidades de montagem,
Quando a proteção é realizada com
instalação e colocação em serviço.
ou energia térmica), a capacidade de suportar o curto-circuito deve ser cuidadosamente considerada.
No
tocante
aos
A²s ≤ I²cw . t (em que geralmente t = 1 s)
esforços
eletrodinâmicos, deve ser satisfeita em primeiro
Assim:
lugar a seguinte relação:
- A²s: energia específica passante por meio de dispositivo de proteção;
Ip ≤ Ipk
- Icw: corrente suportável nominal de curta
Ip: corrente de crista limitada pelo disjuntor na
A presença de disjuntores limitadores de
duração do barramento blindado.
Em que:
*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em Energia pelo Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/ USP), pós-graduado em Política e Estratégia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra ADESG-SP. É membro da ABNT/ CB-3/CE:03:17.03 – Conjunto de Manobra e Controle em Invólucro Metálico para tensões acima de 1 kV até e, inclusive, 36,2 kV; e membro do conselho diretor do IEE/USP. Atualmente, é diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Indústria e Comércio de Barramentos Blindados.
ESPAÇO GUIA DE NORMAS
Esclarecimentos, recomendações e orientações quanto à aplicação técnica das normas ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 14039 e NR 10, baseados no Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras. Todos os meses uma dica de como bem utilizar as normas técnicas brasileiras para garantir o sucesso e a segurança da instalação elétrica.
Segurança em projetos
142
O item 10.3 da NR 10 é especialmente dedicado aos aspectos de segurança nos projetos elétricos e indica o entendimento maior de que a segurança nas instalações elétricas começa pelos estudos e levantamentos iniciais e se concretiza na sua concepção: “o projeto”. É fundamental que o projeto elétrico especifique equipamentos e dispositivos que já incorporam ou permitam a aplicação dos recursos determinados na NR 10, tais como: • Prever bloqueios e travamentos em dispositivos que impeçam manobras não autorizadas; • Prever ponto e dispositivos para a fixação de sinalização e advertências; • Prever dispositivo de seccionamento de ação simultânea em todos os condutores de um circuito; • Dotar de ambientes, quadros e dispositivos de manobra com espaço seguro para o serviço; • Localizar os componentes de forma a adequar às influências ambientais previstas, físicas e químicas (chuva, poeira, materiais inflamáveis ou explosivos, substâncias corrosivas, etc.); • Projetar a separação de circuitos com finalidades
diferentes (telefonia, circuitos de BT, circuitos de AT, circuitos de TI, etc.); • Determinar o esquema de aterramento definido de acordo com o que estabelece as normas técnicas (TN, TT, IT); • Prever dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado; • Prever pontos para o aterramento temporário. O item 10.3.7 determina ainda que o projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. Outro ponto importante é o item 10.3.8, que impõe que o projetista conheça previamente as exigências regulamentares de segurança e saúde para que as aplique, onde couber, nas especificações constantes de seu trabalho de elaboração do projeto elétrico. Esta exigência presta-se para que o trabalhador, ao fazer alterações, reparos ou ampliações, atue conforme as especificações e limitações determinadas pelas condições iniciais do projeto. Há interferências de outras normas regulamentadoras,
ESPAÇO GUIA DE NORMAS
143
além da NR 10, que devem ser consideradas na fase de projeto, tais como aspectos ergonômicos (tratados na NR 17), de sinalização (tratados na NR 26), dentre outras. Em seu item 10.3.9, a NR 10 determina a obrigatoriedade de que seja organizado o memorial descritivo do projeto, contendo, no mínimo: • a especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; • a indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos (Verde – “D”, desligado e Vermelho – “L”, ligado);
• a descrição do sistema de identificação dos circuitos elétricos e equipamentos; • as recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; • as precauções aplicáveis diante das influências externas; • o princípio funcional dos dispositivos de proteção destinados à segurança das pessoas; • a descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.
Colaboraram com esta seção: Autores: João Barrico, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, diretor da Engeletric Serviços de Eletricidade. Joaquim Pereira, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, coordenador técnico da atualização da NR 10. Edição: Hilton Moreno, engenheiro eletricista, professor, consultor.
Coluna do consultor
144
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Por Hilton Moreno, especialista em instalações elétricas e consultor técnico da revista O Setor Elétrico
O que aconteceu durante os 100 números da revista O Setor Elétrico
Esta edição da revista O Setor Elétrico é
muito especial, pois são completadas cem edições. Isso significa, portanto, que o primeiro número foi publicado no início do “distante” ano de 2006. E o que aconteceu daquela época até hoje?
Em 2006, o primeiro (e único) astronauta
brasileiro foi ao espaço.
Na Alemanha, o Brasil jogou muito mal
e foi eliminado pela França de Zidane nas quartas de final. E aí, os italianos foram tetra. Para completar a tristeza brasileira, o humorista Bussunda morreu durante a Copa. Além disso, o Santos foi campeão do Paulistão; o São Paulo foi campeão do Brasileirão e o São Caetano foi rebaixado para a série B; e o Flamengo ganhou a Copa do Brasil. Haja notícias ruins no futebol!
Enquanto isso, no Mato Grosso do Sul
Aquele ano terminou sem que uma solução
ameaças de terroristas ao Papa Bento XVI,
e em Porto Alegre, irmãs siamesas foram
fosse encontrada para resolver o problema
que renunciaria poucos anos depois.
separadas e, na Inglaterra, houve o nascimento
que, por sinal, não foi resolvido até hoje.
de gêmeos de cores diferentes. Tem marido
Para alegrar um pouco o ambiente em
a IT-41 do Corpo de Bombeiros do Estado de
que não gostou dessa!
terras brasileiras, em 2006, os Rolling Stones
São Paulo assim como a Portaria 51 do Inmetro,
Ainda em 2006, os presidentes Lula
se apresentaram para mais de um milhão de
ambas tratando da inspeção das instalações
(apesar do “mensalão”), Hugo Chávez e
pessoas na praia de Copacabana. Pena que eu
elétricas. Nessa época, o número de produtos
Alvaro Uribe foram reeleitos. Já no Chile,
moro em São Paulo!
elétricos com certificação compulsória era
Michele Bachelet se tornou a primeira mulher
apenas um terço do que é hoje.
a comandar o país (seria reeleita em 2014).
George W. Bush terminou o ano de 2006
Neste mesmo ano, um grave acidente
enfraquecido com a derrota dos republicanos
NBR 5410 tinha apenas dois anos de vida no
envolveu um Boeing da Gol e um jato Legacy,
e a má campanha das tropas americanas no
mercado e os profissionais ainda começavam
resultando na morte de 154 pessoas. E, como
Iraque. O resultado disso nós já sabemos:
a conhecer suas novidades. Dentre elas, o
se o tempo não tivesse passado até hoje,
Obama tornou-se o novo presidente. Em
uso quase que obrigatório de dispositivos
milhares de passageiros sofreram em 2006 nos
paralelo a isso tudo, a população em geral
DPS nas instalações elétricas de qualquer
aeroportos com voos cancelados e atrasados.
se assustava com novos testes nucleares e
tipo e a predominância do conceito de
No cenário internacional, o presidente
Na área elétrica, em 2006 ainda não existia
Em 2006, a edição em vigor da ABNT
145
O Setor Elétrico / Maio de 2014
“equipotencialização” sobre o “aterramento” (tanto é que o antigo TAP = Terminal de Aterramento Principal foi substituído pelo BEP = Barramento de Equipotencialização Principal). Além disso, em 2004, a ferragem da fundação foi eleita o eletrodo de aterramento preferencial da norma e o mercado ainda se acostumava com essa “novidade” (que é usada há décadas em outros países). De 2006 até hoje, os conceitos de eficiência
energética
das
edificações
e
qualidade da energia elétrica ganharam força. Prova disso são os diferentes “selos” energéticos,
tais
Certificação
Leed,
como
Procel
Certificação
Edifica, Aqua
e
por aí vai. Da mesma forma, educava-se o mercado para reconhecer a importância do dimensionamento econômico e ambiental de circuitos elétricos, o que culminou, cinco anos depois, com a publicação da ABNT NBR 15920.
Em 2006, as lâmpadas e luminárias com
Leds para aplicações residenciais, comerciais, industriais e públicas ainda eram tratadas como novidade com bom potencial, porém as lâmpadas de descarga de alta eficiência eram vistas como o futuro concreto do setor. Quanta reviravolta no assunto! Energia
fotovoltaica
e
eólica
para
consumidores em baixa e média tensão eram assuntos que apenas engatinhavam sob o ponto de vista técnico e regulatório no Brasil quando da edição número 1 da revista.
Dessa forma, são inúmeros fatos marcantes
que aconteceram de 2006 até hoje na área eletroeletrônica, automação, iluminação, etc. E todos eles foram sempre acompanhados e destacados pela revista O Setor Elétrico. Numa estimativa simplista, considerando uma média de cem páginas por edição, lá se foram 10 mil páginas (!) dedicadas a informar e educar os profissionais da área.
Parabéns para toda a equipe da revista O
Setor Elétrico que muito contribuiu e muito ainda contribuirá para atualizar, informar e melhorar o conhecimento dos profissionais do setor. Que venham mais cem vezes cem edições!
Energia sustentável
146
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.
Memórias das Copas do Mundo de um colunista e seu neto
Aproveitando a proximidade da Copa do
– Vô, o que é racionamento?
para a revista tornou–se um momento bacana
Mundo de 2042, conversei com meu neto de
– Racionamento é quando a água ou
para pesquisar novos assuntos, dar forma a
oito anos sobre as memórias de Copas que ele
energia não é suficiente para todo mundo e as
ideias e exemplos específicos para atingir os
não viu nem ouviu.
pessoas têm que gastar menos.
leitores.
– Legal, vô, mas e esta crise, o que
– Rodrigo, vi que você está colecionando
– Mas então é parecido com o que acabou
hologramas sobre os craques e times da
de aparecer no “Online News” da minha
aconteceu na Copa, deu problema?
Copa. Na minha época e na de seu pai, nós
camiseta eletrônica?
colecionávamos figurinhas em um álbum
brasileiro?
de papel. As pessoas se reuniam para trocar
nem tanto assim, não é? Sobre este assunto,
e bater figurinhas. Era uma febre para
não tem mágica: o mundo cresce e cada vez
pessoal falar assim. Mas o que quer dizer isto?
completar o álbum. Eu era criança na Copa
precisa de mais energia e água. Se não cuidar
de 1970 e de 1974. As figurinhas carimbadas
bem, falta. Você sabe que em muitos países
tem sorte e as coisas vão acontecendo, os
eram do Pelé, Rivelino. Em 1970, o Brasil foi
só tem água tirada do oceano? Lembro–
problemas passam, mesmo quando a gente
tricampeão, o melhor time do mundo. Mas o
me da sensação no mês anterior à Copa de
não faz o que precisa.
seu pai tinha a sua idade quando aconteceu a
2014, com a possibilidade de problemas na
Copa do Mundo no Brasil! Você imagina isso?
competição, das manifestações, e tinha eleição
vamos ter a avaliação tridimensional e não
– Vô, já teve Copa do Mundo no Brasil?
para presidente e para governadores naquele
estão muito preparados, mas vão assim
– Sim, Rodrigo, não uma, mas duas! Na
ano, ninguém queria “sair mal no filme”. Era
mesmo, e na última hora eles adiam por outro
primeira eu não era nem projeto de gente,
uma torcida para o adversário se dar mal.
motivo qualquer.
mas a segunda eu acompanhei de perto.
Lembro–me também de estar escrevendo para
– E como foi, vô?
– É, meu neto, as coisas mudam, mas
– Você já ouviu alguém falar que Deus é – Já, na escola virtual, vi algumas vezes o – Quer dizer que parece que o Brasil
– Ah, entendi, é o que acontece quando
– Pois é, Rodrigo, você tem de aprender
uma revista sobre o setor elétrico...
isso: querer colher sem plantar não dá. Tem
– Sabe a Arena que fomos no ano
de se esforçar e fazer o que precisa.
passado? Ela foi construída para a Copa de
– Não bem do jeito que você está
2014. Assim como outros 11 estádios. Foi
pensando. Eu era um técnico que escrevia
Brasil era bom nesta Copa?
um período bem agitado e bagunçado. Muita
sobre sustentabilidade e energia. Orgulhava–
gente saiu às ruas para reclamar: do muito
me de explicar, conscientizar e comentar
de ser o melhor que já tivemos. Tínhamos
dinheiro que foi gasto e roubado, dos preços
mensalmente sobre este assunto no qual
um time razoável e o Neymar, a sensação
do ônibus, da confusão nos aeroportos. Até
trabalhei toda a minha vida. Na época,
brasileira do momento, mas uma andorinha
decretaram feriados nos dias de jogos para
sustentabilidade era uma palavra muito
só não faz verão.
não ter trânsito.
usada, mas o seu significado.... Não é como
– Vô, o que é ônibus?
hoje, que todos conhecem e praticam no dia
com o time? Mas vô, o senhor falou, falou, e
– É verdade, não tem mais, é como se
a dia. Escrevi várias colunas sobre esportes e
quem ganhou a Copa afinal?
fosse o “teletransporte magnético” de hoje.
a Copa no Brasil: Olímpiadas de Londres em
Mas, voltando à época, você imagina um dia
2012, construção sustentável dos estádios,
conversa “videofônica telepresencial”. Já vai
seu sem água e energia? Pois é, então imagina
crise de água e energia às vésperas do grande
começar a abertura da Copa e o jogo entre os
um evento tão importante, o maior do mundo
encontro. Desde adolescente sempre gostei
destaques deste ano: Serra Leoa e Paquistão.
no futebol, com ameaça de racionamento?
de escrever e, para mim, escrever nestes anos
Um beijão!
– Vô, o senhor era escritor?
– Vamos mudar de assunto, vô. O time do – Bom, vamos dizer que estava longe
– Como é? O que tem a andorinha a ver
– Este é um assunto para a nossa próxima
Iluminação eficiente
148
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da Comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei e diretora da EXPER Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.
Parabéns O Setor Elétrico!
Nesta edição comemorativa gostaria de
Não posso negar que escrever para O
as matérias da revista no site e teve um
parabenizar à equipe da Atitude Editorial
Setor Elétrico, às vezes, é bastante difícil! A
alcance
pelo belíssimo trabalho que vem realizando
correria do dia a dia é muito intensa e não
solitários, sem feedback. Mas uma ocasião
para todo o setor elétrico. Sempre obstinada
tenho uma programação definida do que
me marcou bastante em 2011, quando fiz
em
de
escrever em cada mês. Escrever para esta
uma das primeiras palestras do CINASE,
relevância para o segmento, a revista inovou
coluna da revista, porém, tornou-se para
em Fortaleza. Nessa ocasião o evento
em
colecionáveis
mim uma oportunidade de estar sempre
juntou um público de mais de 500
com os Fascículos e informações técnicas
sintonizada com o que está acontecendo
pessoas e lembro-me de que, no final da
atualizadas sob o olhar de especialistas de
no setor, pois sempre busco me atualizar
apresentação, um grupo de estudantes veio
diversas áreas da engenharia elétrica por
para poder escrever as matérias. Assim,
com a revista em mãos pedindo autógrafos.
meio das colunas especializadas.
obrigo-me
as
Naquela ocasião tive a percepção de como
Tive a oportunidade de participar
informações da área de iluminação, que
a informação que geramos pode influenciar
das
Fascículo
sempre estão em constante evolução com
positivamente as pessoas.
janeiro
produzir
informações
fornecer
duas
conteúdos
seções,
Luminotécnica
com
técnicas
o
Aplicada,
de
a
estar
atualizada
com
maior,
ainda
permanecemos
as novas tecnologias, tendências e revisões
a dezembro de 2008, e com a coluna
normativas.
quando reencontrei uma pessoa a quem
Iluminação
Escrever é uma atividade muitas vezes
tenho muita consideração, um grande
de 2011. Foram até agora 52 edições
solitária, pois não temos um feedback dos
mestre e inspirador até os dias de hoje,
escrevendo para o público desta revista.
leitores, não conhecemos quem nos lê e o
que me disse que lia todos os textos dessa
Público
formado
que acharam do que leram. Não temos a
coluna, recortava e os colecionava. Leitores,
por engenheiros, o que para mim, que
percepção de quantas pessoas estão tendo
vocês fazem com que valha a pena o trabalho
tenho formação em arquitetura, é um
acesso ao que escrevemos e se estamos
dessa coluna. Espero que este espaço seja
motivo
eficiente,
este
ainda
desde
essencialmente
mais
janeiro
gratificante
pelo
Recentemente, fiquei muito lisonjeada
agregando informações relevantes para elas.
realmente útil e coloco-me à disposição
reconhecimento dos leitores.
Por muito tempo tive essa percepção.
para contatos pessoais caso necessitem.
A iluminação é um tema que permite
Embora soubesse que a revista tem
Parabéns
que engenheiros e arquitetos conversem
uma tiragem de mais de 10 mil exemplares
excelente trabalho que vem realizando
com a mesma linguagem técnica e se
por mês e que muitas vezes cada revista
com a revista O Setor Elétrico e todos
complementem profissionalmente. Exige
circula para mais de uma pessoa na mesma
os produtos que vêm possibilitando um
sensibilidade e, ao mesmo tempo, técnica,
empresa, não tinha a percepção do que isso
crescimento técnico do setor. Agradeço a
fazendo com que pessoas de diversos perfis
representava.
confiança e a oportunidade de participar
tenham interesse pelo tema.
desse time por todos esses anos.
Quando a Atitude inovou em publicar
Atitude
Editorial
pelo
Instalações MT
149
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela UNIFEI e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em FURNAS. Representa a IURPA no Brasil e hoje atua como consultor independente.
Não faltam motivos para comemorar
Nesta edição histórica muitas reflexões vem à
Interessante notar também os pontos comuns
mente e todas muito prazerosas!
que temos com leitores eventuais ou não; muitas
Nos meus 35 anos de engenharia tive a
vezes recebo comentários que exploram com
oportunidade de trabalhar em muitas empresas,
mais detalhes pontos apenas pincelados e, não
muitos lugares diferentes e, portanto, conviver
raro, ganho o presente de exemplos e até fotos
com profissionais do Brasil inteiro e muitos da
que mostram questões abordadas.
América Latina, Estados Unidos e Europa.
Portanto, a chance que tenho de fazer
Nas
quais
parte desta equipe vitoriosa, convidado pelo
passei, sempre houve grande rotatividade,
empresas
privadas
pelas
meu amigo e mestre Hilton Moreno, tem me
diferentemente do que pude observar naquelas
trazido, além de conhecimento e oportunidade
públicas ou estatais, portanto, a quantidade de
de estudar, a chance de interagir com pessoas, o
ex-colegas é enorme. E, até uns tempos atrás,
que sempre é muito engrandecedor.
sem as facilidades da internet e do celular, manter
contato com todos era tarefa impossível.
saudáveis e muito bem-vindas. Sem elas, como
Os reencontros eram, portanto, ao acaso e
conhecer nossos limites, o contraditório, o
a gente tentava tecer a teia dos conhecidos em
reconhecimento de ter falhado muitas vezes. Aí
comum e ter notícias dos amigos dos “bons
é prosseguir, tentando acertar e lembrar sempre
tempos que ficaram na memória”.
que “errar é privilégio dos que tentam construir
alguma coisa”.
A oportunidade que tenho de fazer parte
As críticas que recebo também são muito
deste time vitorioso tem trazido também o prazer
de reencontrar amigos e colegas que ficaram pelo
outras pessoas algumas coisas que a vida me
caminho destas três décadas e meia. Sempre
ensinou e receber de volta muita informação tem
recebo e-mails que me conectam a este tempo
se parecido cada vez mais com outra profissão
e me dão o prazer de ter notícias da “turma”. E
que abraço com muita satisfação e que foi o
como é bom saber que estão bem, produtivos,
início de toda a minha experiência: dar aulas.
cheios de esperança de ver um país melhor e
ajudando a construir este futuro a despeito de
mais do que ensina.
adversidades que sempre nos afrontam.
Fazer parte do time de colunistas é outro
Parabéns e o meu sincero agradecimento e
ponto que me traz muita alegria e, todos os
admiração a todos que criaram e trouxeram este
meses, quando recebo a revista, “devoro” o
veículo até aqui (vocês são realmente bons no
conteúdo da revista rapidinho e, confesso, releio
que fazem), mas tenham em mente que há muito
algumas partes para fixar e entender bem alguns
mais a fazer, pois tenho muita coisa ainda por
conceitos; aprendizado tranquilo, prático e útil.
aprender!
Assim, este exercício de escrever e levar a
E é sempre assim: a gente no final aprende Que venham então mais centenas de edições!
150
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena
Parabéns OSE
Há alguns anos quando fomos convidados
A existência desta coluna proporcionou
para desenvolver uma coluna com o objetivo
o desenvolvimento de vários assuntos ligados
de informar o leitor sobre o tema “Proteção
direta ou indiretamente ao tema principal,
contra raios”, vimos uma oportunidade de
sempre visando mostrar ao seu leitor a boa
aproximar a comunidade técnica (carente
prática da engenharia.
desse tipo de informação) do assunto e, dessa
forma, minimizar os devastadores efeitos do
a oportunidade de agradecer publicamente,
“achismo” que há muito reinavam em nosso
compartilharam sua experiência nesta coluna
país.
com análises de caso e muito material técnico,
que foi exposto de forma didática, informal,
Desde então houve grande contribuição
Alguns convidados, a quem agora temos
para mudar a ideia de que para-raio pode ser
quase intimista em prol da compreensão.
comprado em supermercado e instalado como
Após assistirmos a tantas publicações
se fosse uma antena de TV, com o condutor de
técnicas
aterramento passando por fora da estrutura e
caminho ao longo desses oito anos há que
sendo aterrado por uma haste de aço revestida
se parabenizar a revista “O Setor Elétrico”
com cobre. Cada vez é maior o número de
na publicação de seu centésimo exemplar.
pessoas que entendem o amplo conceito da
Manter-se nos trilhos levando informação de
proteção contra descargas atmosféricas tanto
qualidade aos interessados é fruto do trabalho
no sentido de proteger as estruturas quanto
sério e árduo de profissionais competentes,
pessoas, instalações elétricas e equipamentos
despidos de ego e compromissados com a
que nela estejam.
verdade.
simplesmente
desviarem-se
do
NR 10
151
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Subitem 10.100
A NR 10 tem mesmo 99 subitens, dois
polêmicos, é extremamente gratificante e,
assuntos de interesse de toda a gama de leitores.
anexos e um glossário, e já tratamos disso aqui,
confesso, alimenta a nossa vaidade.
Percebe-se, no entanto, a procura por selecionar
de uma considerável quantidade de assuntos
10.100.3 – Receber um e-mail concordando
artigos (além das colunas) que tratem de temas
dentro dos 99.
ou discordando, colaborando ou acrescentando
práticos, aplicáveis à realidade. E nesta seleção
Neste mês, no entanto, vou tomar a liberdade
um ponto de vista ou aspecto diferente, é muito
está um dos grandes diferenciais.
de criar o subitem 100 como uma forma de
bom, cria motivos para expandir as ideias e as
10.100.6 – Olhando as revistas na prateleira,
comemorar a centésima edição da revista O
propostas, bem como para divulgar a um público
consigo ver que, a cada edição, elas estão “mais
Setor Elétrico, que abriga essa nossa coluna, e
interessado os questionamentos do leitor, seleto
fortinhas”, com mais folhas e mais conteúdo,
ao mesmo tempo, comentar aspectos que os 99
e qualificado, que dessa forma participa da
indicando que por trás desse crescimento existe
subitens não abarcam.
evolução do tema, no caso, a segurança com
um grupo de pessoas que não escreve artigos,
eletricidade.
não escreve colunas, que nem mesmo tem espaço
10.100.1 – Estar incluído entre os colaboradores
10.100.4 – Mencionar no currículo “colunista
na revista, mas é responsável direto pelo sucesso
da revista é, sem dúvida, uma honra. Acabamos
da revista O Setor Elétrico” faz uma diferença
alcançado.
formando uma comunidade de amigos e,
(mesmo para quem já se aposentou e não está
10.100.7 – A todos os envolvidos, nossos
mesmo sem nos ver frequentemente, sentimos
procurando emprego). É cartão de visita.
leitores, que dedicam seu tempo para nos
a presença positiva dos demais, reunidos mensal
10.100.5 – Nas 99 edições antecedentes, é difícil
ler,
e impreterivelmente pela editora, com seus
encontrar um assunto menos interessante ou
viabilizar a revista, editoração, coordenações,
e-mails, cobrando nossos artigos (e aceitando
menos importante, até porque a revista, mesmo
administração,
nossas desculpas).
sem perder seu foco, dirigindo-se a um público
anônimos e também à direção que coordena
10.100.2 – Ser reconhecido pela leitura da
seleto, opera em um campo extremamente
toda a máquina, é hora de receber nossos
coluna, mesmo tratando assuntos por vezes
vasto e tem como objetivo abordar os vários
parabéns pela edição número 100.
a
grande
estrutura
necessária
apoiadores,
para
anunciantes,
Energia com qualidade
152
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DEINFRA-FIESP. FIESP | jstarosta@acaoenge.com.br
Cem! Sem dúvidas Quando o Adolfo (diretor da Atitude
o debate à tona, o que é muito bom! Discutir
Editorial), com o seu habitual entusiasmo,
os temas relacionados a esta nossa fantástica
me falou do seu projeto para o lançamento
engenharia elétrica é sempre um prazer, fazer
de uma nova revista voltada à eletricidade,
parte do rol daqueles que se divertem com o
fiquei impressionado, sobretudo pela coragem
trabalho é um privilégio.
e motivação dele para o novo projeto. Pensei
comigo: “este cara está louco!”. Mas, por outro
mas também as participações nos guias
lado, se a publicação focar em desenvolvimento
técnicos, entrevistas, palpites e outros temas
e divulgação técnica, o grande vencedor seria
tratados pela revista, como os Cinases
o nosso mercado de engenharia elétrica, que
(eventos promovidos pela Atitude Editorial),
teria mais uma fonte de consulta, de exposição
além, é claro, das pequenas encrencas que
de “cases” e, fundamentalmente, de discussões
apareceram, como uma matéria que foi
técnicas. Expressei minha opinião a ele: “se a
publicada em um “caderno técnico” e que
revista não for mais um “catálogo de produtos”,
continha uma figura que foi equivocadamente
me parece que será bem aceita”. Isso hoje me
impressa em uma posição “rotacionada” em
parece claro, a pluralidade e a divulgação de
90°; era preciso “virar” a revista para tentar
opiniões fortalecem nossos profissionais e
entender a figura. Um amigo me aconselhou,
abre a todos oportunidades e caminhos para
“não fique chateado, basta pedir ao leitor
busca de referências; um mesmo tema descrito
que aplique o operador ‘j’”!!!! A expressão
e abordado por modos distintos favorece sua
da Flávia (editora) naquele dia não me sai da
sedimentação.
cabeça! Sorry, Flávia.
Na sequência, ele me convidou para
tomar conta de uma coluna da nova revista,
de revista, da figura ímpar e carismática
abordando os pontos de vista dos temas que
do saudoso Sergião – o Sérgio Bogomoltz
tratamos em nossas atividades profissionais.
(consultor técnico da revista) – uma usina de
Não tem sido difícil, pois as atividades de
ideias e de otimismo. Brigar com o Sergião
engenharia elétrica exigem uma boa dose
era uma delícia e, sobretudo, uma “terapia”.
de pesquisa e estas pesquisas nos inspiram
Este cara faz muita falta.
a desenvolver alguma temática que poderia
interessar aos colegas. E assim tem sido;
e, mesmo, pertencer a este time, que apesar
os temas surgem em nossas atividades e,
das naturais dificuldades luta com dignidade
decorrentes das pesquisas para as soluções,
e atinge seus objetivos com ética, respeito
os artigos vão saindo do forno. Se as colunas
e
são lidas ou aproveitadas pelos leitores eu não
simples que garantem para a publicação um
tenho muita certeza, mas pelo menos (ainda)
futuro brilhante. Que vocês possam continuar
não fui vaiado. Aliás, algumas vezes os amigos
merecedores do crédito e confiança do mercado.
comentam sobre um ou outro artigo, trazendo
E que assim seja. Sucesso e saúde a todos.
Não foram apenas as colunas mensais,
Não dá para não lembrar, nestes anos
Particularmente, fico feliz em contribuir
reconhecimento
profissional,
atributos
Dicas de instalação
154
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Luminárias para áreas classificadas Por Marcos Herrera*
Tipos de proteções em função da zona
A escolha de luminárias para instalação em áreas classificadas deve ser
efetuada de forma criteriosa, já que a temperatura da superfície externa da luminária pode afetar a segurança dependendo da classificação da área, assim como devem ser consideradas todas as influências externas que
ZONA
Tipo de proteção permitida
0
Segurança intrínseca Ex ia e alguns com proteção Ex s Invólucro à prova de explosão (Ex d)
possam afetar negativamente o tipo de proteção.
As luminárias para áreas classificadas podem ser fabricadas com diversos
tipos de proteções, que dependem principalmente de sua aplicação. Por
Segurança aumentada (Ex e) 1
Pressurizados (Ex p) Encapsulados (Ex m)
exemplo, para uma cabine de pintura, uma luminária com tipo de proteção Ex d “à prova de explosão” é a mais indicada; já quando a necessidade é ter menos peso em uma embarcação por exemplo, a luminária fluorescente
Preenchidos com areia (Ex q) 2
Todos os anteriores Não acendível (Ex n)
com tipo de proteção Ex e “segurança aumentada” é a mais apropriada.
Outra consideração que deve ser avaliada é o tipo de Zona (0,
1 ou 2 para áreas classificadas com gases) Zona (20, 21 ou 22 para áreas classificadas com poeiras), além da classe de temperatura da
ZONA
Tipo de proteção permitida
20
Segurança intrínseca Ex ta ou ia Invólucro (Ex ta; tb; tc)
classificação da área, para áreas classificadas como Zona 2, podem ser instaladas luminárias com tipo de proteção Ex n “não acendíveis” normalmente luminárias de construção mais simples portanto com
Invólucro à prova de explosão (Ex d + Ex tb + IP65) 21
Segurança aumentada (Ex e + Ex t) Pressurizados (Ex p)
menor valor agregado.
Para instalações em áreas classificadas com poeiras, o grau de proteção
Encapsulados (Ex ma; mb ou mc) 22
Todos os anteriores
deve ser avaliado, assim como a classe de temperatura, e a certificação
Não acendível (Ex n + Ex t)
destes equipamentos deve ser apropriada para uso em áreas classificadas com poeiras (Zona 20, 21 ou 22).
Estes são escolhidos em uma base de risco, levando em consideração
as consequências de uma ignição, o que possibilitará requerer um
A escolha de um equipamento elétrico para uso em áreas classificadas
deve ser efetuado analisando o nível de ptoteção do equipamento (EPL). EPL
Ga
equipamento com EPL maior ou menor.
Tipo de proteção
Código
De acordo com
Intrinsecamente seguro
ia
ABNT NBR IEC 60079-11
Encapsulamento
ma
ABNT NBR IEC 60079-18
Dois tipos de proteção independentes, cada um atendendo ao EPL Gb
ABNT NBR IEC 60079-26
Proteção de equipamento e sistemas de transmissão utilizando radiação ótica Invólucro à prova de explosão
Gb
IEC 60079-28 d
ABNT NBR IEC 60079-1
Segurança aumentada
e
ABNT NBR IEC 60079-7
Intrinsecamente seguro
ib
ABNT NBR IEC 60079-11
Encapsulamento
m ou mb
ABNT NBR IEC 60079-18
Imersão em óleo
o
ABNT NBR IEC 60079-6
Invólucros pressurizados
p, px ou py
ABNT NBR IEC 60079-2
Imersão em areia
q
ABNT NBR IEC 60079-5
Conceito Fieldbus intrinsecamente seguro (FISCO)
ABNT NBR IEC 60079-27
Proteção de equipamento e sistemas de transmissão utilizando radiação ótica
IEC 60079-028
Intrinsecamente seguro
Ic
ABNT NBR IEC 60079-11
Encapsulamento
mc
ABNT NBR IEC 60079-18
Não acendível
n ou nA
ABNT NBR IEC 60079-15
155
O Setor Elétrico / Maio de 2014
EPL
Tipo de proteção
Código
De acordo com
Respiração restrita
nR
ABNT NBR IEC 60079-15
Limitação de energia
nL
ABNT NBR IEC 60079-15
Equipamento centelhante
nc
ABNT NBR IEC 60079-15
Invólucros pressurizados
pz
Gc
Conceito Fieldbus intrinsecamente seguro (FISCO) Proteção de equipamento e sistemas de transmissão utilizando radiação ótica
IEC 60079-028
Intrinsecamente seguro
iD
ABNT NBR IEC 60079-11
Encapsulamento
mD
ABNT NBR IEC 60079-18
Proteção por invólucro
tD
ABNT NBR IEC 60079-31
Intrinsecamente seguro
iD
ABNT NBR IEC 60079-11
Encapsulamento
mD
ABNT NBR IEC 60079-18
Proteção por invólucro
tD
ABNT NBR IEC 60079-31
Invólucros pressurizados
pD
IEC 61241-4
Intrinsecamente seguro
iD
ABNT NBR IEC 60079-11
Encapsulamento
mD
ABNT NBR IEC 60079-18
Proteção por invólucro
tD
ABNT NBR IEC 60079-31
Invólucros pressurizados
pD
IEC 61241-4
Da
Db
Db
ABNT NBR IEC 60079-2 ABNT NBR IEC 60079-27
Para uma correta especificação de luminárias é necessário obter as
presente no local);
seguintes informações:
c) Cálculo luminotécnico com a luminária e lâmpada escolhida.
a) Classificação de área onde o equipamento será instalado (Exemplo: Zona
1, grupo IIB T3, nível de segurança EPL);
ambiente específica de -20 °C a + 40 °C. Outros valores devem constar na
b) Classe de temperatura (temperatura de ignição da substância inflamável
marcação da luminária.
Normalmente, as luminárias são ensaiadas para uma faixa de temperatura
Dicas de instalação
156
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Requisitos específicos para instalação de luminárias Ex d
Para luminárias pendentes, é aconselhado que um dispositivo adicional seja
instalado para garantir um possível deslocamento lateral.
As instalações de luminárias Ex d podem ser efetuadas através do uso de
unidades seladoras e eletrodutos metálicos rígidos de aço carbono conforme a ABNT NBR 5597 ou ABNT NBR 5598, ou por prensa-cabos, conforme orienta Máxima temperatura superficial
ABNT / IEC
permitida (equipamentos) °C
450
T1
300
T2
200
T3
135
T4
100
T5
85
T6
a ABNT NBR IEC 60079 1.
IIC podem ser utilizadas para grupo IIB e IIA; as luminárias para o grupo IIB podem ser utilizadas para o grupo IIA, assim como luminárias certificadas para temperatura T4 podem ser utilizadas para T3, T2 e T1. Luminárias certificadas para Pode ser utilizada em áreas classificadas com classe de temperaturas classe de temperatura
de mercúrio, vapor metálico, módulos de Led. Não são permitidas lâmpadas contendo sódio metálico livre e lâmpada a vapor de sódio de baixa pressão. Algumas luminárias, antes de sua abertura, necessitam de um tempo
especificado na marcação. Este tempo é necessário para que o conjunto quando for aberto não interfira na classe de temperatura da área classificada, ou seja, é o tempo necessário para o esfriamento do equipamento, que, em
Classe de temperatura do equipamento elétrico
classificação da área. Luminárias com tipo de proteção Ex e “segurança aumentada” têm suas
limitações de aplicação em função da temperatura da lâmpada, assim, a maioria das aplicações é para luminárias com lâmpadas fluorescentes, as quais devem ainda passar pelo ensaio de vibração. Outro requisito que limita o uso deste tipo de proteção é a distância da lâmpada e do vidro / refrator de proteção.
Distância mínima entre a lâmpada e o vidro de proteção
Classificação da área em função da temperatura do gás T1
T2
T3
T4
T5
T6
T1 (450 °C) T2 (300 °C) T3 (200 °C) T4 (135 °C) T5 (100 °C) T6 (85 °C)
muitos casos, pode ter uma temperatura interna superior à temperatura da
T6; T5; T4; T3; T2; T1 T5; T4; T3; T2; T1 T4; T3; T2; T1 T3; T2; T1 T2; T1 T1
T6 T5 T4 T3 T2 T1
É permitido o uso das seguintes lâmpadas: fluorescentes, fluorescentes
compactas, lâmpadas Led, incandescentes, mistas, sódio de alta pressão, vapor
Devem ser observados os requisitos de instalações em áreas classificadas,
conforme a ABNT NBR IEC 60079 14. As luminárias marcadas para o grupo
Nas Zonas 0, 1, 2, 20, 21 ou 22 só podem ser instalados equipamentos
com certificados de conformidade, conforme a Portaria 179 e seu respectivo Regulamento de Avaliação de Conformidade (RAC) de equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas, nas condições de gases,
Potência da lâmpada, P
Distância mínima
(W)
(mm)
P ≤ 60
3
60 < P ≤ 100
5
uso de Leds de alta intensidade, assim como luminárias com utilização de
100< P ≤ 200
10
lâmpadas de indução e luminárias apropriadas para utilização em Zona 0
200 < P ≤ 500
20
(pressurizadas e utilização de fibra ótica).
500 < P
30
vapores inflamáveis e/ou poeiras combustíveis. Atualmente, há luminárias para áreas classificadas desenvolvidas com o
Para luminárias portatéis, os requisitos diferem um pouco, já que há
outras considerações adicionais, como por exemplo, ensaio de queda e
Para luminárias com tipo de proteção Ex n, há requisitos específicos de montagem
ensaios específicos para luminárias portáteis autônomas.
para luminárias com respiração restrita (Ex nR). É necessário realizar o ensaio de rotina. É necessário que o fabricante projete a luminária com ponto para ensaio.
O ensaio de rotina consiste em, sob as condições de temperatura constante,
que o intervalo de tempo requerido para uma subpressão interna de 0,3 kPa (30 mm coluna de água abaixo da pressão atmosférica) mudar para 0,15 kPa (15 mm coluna de água abaixo da atmosférica) não seja inferior a 90 s. Este ensaio pode ser dispensado se o tempo for de 360 s.
Para o tipo de proteção Ex n, podemos encontrar no mercado luminárias
com as seguintes marcações: Ex nA; Ex nR; Ex nAR ou Ex nC. Em Zona 1 não é permitido o uso de luminária com tipo de proteção Ex n.
Bibliografia
ABNT NBR IEC 60079-0 Requisitos Gerais ABNT NBR IEC 60079-1 Tipo de proteção Ex d “à prova de explosão” ABNT NBR IEC 60079-7 Tipo de proteção Ex e “segurança aumentada” ABNT NBR IEC 60079-14 Projeto, seleção e montagens de instalações elétricas ABNT NBR IEC 60079-15 Tipo de proteção Ex n “não acendíveis” ABNT NBR IEC 60079-31 Proteção de equipamentos contra ignição de poeiras por invólucros “t” Marcos Herrera, artigo técnico, Revista O Setor Elétrico, 2008.
*Marcos Herrera é engenheiro eletricista, especialista em instalações com áreas classificadas. Atualmente, é engenheiro da Fortlight.
Referências técnicas
158
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Escalas, unidades e medidas empregadas no dia a dia do engenheiro eletricista.
Condutividade elétrica
No início do século XIX, os físicos já
conseguiam produzir e detectar as correntes elétricas e uma das mais importantes características elétricas de um material sólido é a facilidade com que ele transmite a corrente elétrica. Em 1827, o físico alemão Georg Simon
Peso Símbolo químico:
Alumínio (99,9%)
Al
13
2,580
657
0,0284
-
-
2,703
658
0,0288
Alumínio temperado
Número atômico:
específico em grama por cm
2
:
Ponto
Resistividade
Material (metais, ligas metálicas, semicondutores e isolantes):
de fusão em
°C:
em ohms x
/m 20 °C:
mm2 a
Ohm formulou a lei que leva seu sobrenome, que
Alumínio
-
-
2,699
660
0,0278
relaciona a diferença de potencial (V), a resistência
Antimônio
Sb
51
6,691
631
0,4170
elétrica (R) e a corrente elétrica (i):V = Ri
Arsênio
As
33
5,727
817
0,3000
Bismuto
Bi
83
9,780
271
1,3000
Berílio
Be
4
1,848
1287
0,0400
Borracha
-
-
-
-
1017
Boro
B
5
2,460
2076
1,8 x 1018
Bromo
Br
35
3,120
-7,2
1024
A resistência depende do material e da
geometria do condutor. Basicamente, “os elétrons livres que fluem ao longo do fio ou cabo elétrico têm de passar por entre os átomos que o compõem, chocando-se constantemente com eles. Desse modo, o fluxo
Bronze-Alumínio (Cu 90% – Al 10%)
-
-
7,600
1050
0,1259
Cádmio
Cd
48
8,65
321
0,0700 0,0340
Cálcio
Ca
20
1,550
842
átomos opõem à sua passagem”.
Carbono
C
6
2,267
3527
3000
Chumbo
Pb
82
11,30
327
0,2114
Cobalto
Co
27
8,900
1495
0,0600
Cobre eletrolítico
Cu
29
9,050
1080
0,0167
8,890
1085
0,0173
de elétrons é brecado pela resistência que os A resistividade elétrica (ρ) é uma
propriedade do material e está relacionada à resistência elétrica da seguinte maneira:
Cobre recozido normal
-
-
Constantan (Cu 60% – Ni 40%)
-
-
8,400
1240
0,5000
Cromo
Cr
24
7,140
1907
0,1270
Ebonite
-
-
-
-
1013
frequentemente expressada em Ωcm.
Enxofre
S
16
1,960
115
1021
A condutividade elétrica indica a facilidade
Estanho
Sn
50
7,30
231
0,1195
com que um material conduz corrente elétrica e é
Ferro puro comercial
Fe
26
7,85
1538
0,0970
Ferro fundido
-
-
7,874
1500
0,9200
Ferro-níquel
-
-
8,100
1500
0,8126
Fósforo
P
15
1,823
44,2
0,1000
Gálio
Ga
31
5,904
29,8
0,1400
Germânio
Ge
32
5,323
938
46 x 104
Índio
In
49
7,310
156
0,0800
Iodo
I
53
4,940
114
1,3 x 1021
ρ=R
A
l Sua unidade oficial é Ωm, mas é
o inverso da resistividade. Em função dos valores de condutividade ou de resistividade, os materiais podem ser classificados como: condutores, semicondutores e isolantes.Veja, na tabela, a seguir, a resistividade elétrica de alguns materiais.
Pesquisa: http://www.edufer.com.br http://www.sofisica.com.br http://www.fisica.ufmg.br Libardi, Rodolfo. “Ciência e engenharia dos materiais”, Unimep. 2009.
Irídio
Ir
77
22,650
2466
0,0470
Latão (Cu 60% – Zn 40%)
-
-
-
-
0,0818
Lítio
Li
3
0,535
180
0,094
Maillechort (Cu 60% – Ni 15% – Zn 25%)
-
-
8,600
1500
0,0534
Magnésio
Mg
12
1,738
650
0,0440
Manganês
Mn
25
7,470
1246
1,6000
159
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Material (metais,
ligas metálicas,
semicondutores e isolantes):
Símbolo químico:
Número atômico:
Peso específico em grama por cm2:
Ponto de fusão em °C:
Resistividade / a 20 °C:
em ohms x mm2
Manganina (Cu 84% – Mn 12% – Ni 4%)
-
-
8,30
-
0,4200
Mercúrio
Hg
80
13,55
-38,3
0,9567
Mica
-
-
-
-
1015
Molibdênio
Mo
42
10,28
2623
0,0500
Nióbio
Nb
41
8,570
2477
0,1500 0,0780
Níquel
Ni
28
8,70
1452
Níquel-Cromo (Cu 60% – Cr 12% – Fe 28%)
-
-
-
-
1,3700
Niquelina (Cu 62% – Ni 18% – Zn 20%)
-
-
-
-
0,3320
Niquelina (Cu 55% – Ni 25% – Zn 20%)
-
-
-
-
0,4527
Ósmio
Os
76
22,5
3033
0,0949
Ouro
Au
79
19,3
1064
0,022
Parafina
-
-
-
-
1023
PET
-
-
-
-
1026 0,1184
Platina
Pt
78
21,5
1768
Polônio
Po
84
9,196
254
0,4300
Porcelana
-
-
-
-
1015
Potássio
K
19
0,856
63,4
0,0700
Prata
Ag
47
10,49
962
0,0158
Quartzo (fundido)
-
-
-
-
7,5 x 1023
Selênio
Se
34
4,819
221
0,1200
Silício
Si
14
2,330
1414
64 x 107
Sódio
Na
11
0,968
97,8
0,0470
Tálio
Tl
81
11,850
303
0,1500
Tântalo
Ta
73
16,65
3017
0,3361
Teflon
-
-
-
-
1028 a 1030
Telúrio
Te
52
6,240
449
1010
Titânio
Ti
22
4,507
1668
0,4000
Tungstênio
W
74
19,250
3422
0,0710
Vanádio
V
23
6,110
1910
0,2000
-
1016 a 1020
Vidro
-
-
-
Zinco
Zn
30
2,33
67,6
0,765
Zircônio
Zr
40
1,85
84,4
0,612
m
Espaço IEEE
160
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Energia eólica: tipos de geradores e conversores usados atualmente Por Alfeu Sguarezi Filho e Jaqueline Gomes Cardoso* Com o conceito de sustentabilidade e
Apenas na última década a capacidade eólica
os avanços tecnológicos, o uso de fontes
global instalada cresceu aproximadamente
energia, o desenvovimento de novas tecnologias e
renováveis
Para garantir o crescimento dessa fonte de
uma
dez vezes e há uma previsão de que a
investimentos são essenciais. Nos parques eólicos
realidade. O seu uso está cada vez mais
capacidade global total instalada atualmente
atuais, os geradores mais utilizados são os geradores
inserido na sociedade, levando-se em conta os
seja duplicada até 2017.
de indução trifásico gaiola de esquilo (GIGE),
ganhos ambientais que elas proporcionam e
No Brasil, a produção de eletricidade a
de indução com rotor bobinado (GIRB), de
seu aumento de competitividade no mercado,
partir da fonte eólica alcançou 5.050 GWh
relutância variável e síncronos (GS). Os sistemas
tornando viável a sua utilização.
em 2012. Isto representa um aumento de
de conversão de energia eólica são compostos pela
O Brasil é um país exemplo de uso
86,7% em relação ao ano anterior, quando se
turbina eólica, um gerador elétrico, um conversor
de fontes renováveis. No ano de 2012,
alcançou 2.705 GWh. Em 2012, a potência
eletrônico de potência e o sistema de controle
apresentou 42,4% de participação dessas
instalada para geração eólica no país expandiu
correspondente. Existem diferentes configurações
fontes na sua matriz energética, mantendo-se
32,6%. Segundo o Banco de Informações
possíveis com base na utilização de geradores
entre as mais elevadas do mundo. Para os
da Geração (BIG), da Agência Nacional de
síncronos e ou assíncronos.
países desenvolvidos, utilizar fontes de energia
Energia Elétrica (Aneel), o parque eólico
Um dos desafios mais importantes do
menos poluentes na matriz energética é um
nacional cresceu 463 MW, alcançando 1.886
sistema eólico é atingir a máxima transferência
desafio. A Europa, por exemplo, apresenta
MW ao final de 2012.
de energia a partir do vento, conforme a
apenas 8% de participação de renováveis em
O atlas de potencial eólico brasileiro
sua variação de velocidade, controlando a
sua matriz energética.
indica que ainda há grandes oportunidades
velocidade do rotor da turbina. Isto pode
de
energia
tornou-se
A energia eólica é uma fonte renovável e
de expansão dos parques eólicos. O potencial
ser realizado com emprego de conversores
limpa para a produção de energia elétrica. A
estimado é da ordem de 143 GW, o
eletrônicos de potência que aplicam no
sua utilização está em crescimento no mundo.
equivalente a 11 usinas de Itaipu.
gerador tensões que possibilitam a conexão
161
O Setor Elétrico / Maio de 2014
com a rede elétrica, a qual opera com tensão e
Um outro tipo de máquina é o gerador
vetorial. Apesar do baixo custo de construção
frequência de magnitude constantes.
de indução (GI) com rotor gaiola de esquilo,
e manutenção do gerador, o conversor deve
O conversor eletrônico de potência permite
que pode ser conectado diretamente à rede
processar a potência total do gerador, o que
ao gerador operar com controle de velocidade
de alimentação. O gerador de indução
eleva o custo do sistema de geração.
variável e tem papel importante nos sistemas
trifásico com rotor em gaiola, apesar do
Atualmente, a tecnologia mais comum
de conversão de energia eólica. Os conversores
baixo custo e manutenção simples, apresenta
nas turbinas eólicas de alta potência instaladas
utilizados na geração eólica são empregados
como desvantagens a falta de possibilidade
é o gerador de indução de dupla alimentação.
de acordo com o tipo de máquina usada no
de regulação de tensão e de frequência, bem
Os geradores de indução de gaiola de esquilo
sistema de geração de energia.
como a operação apenas em velocidade fixada
velocidade fixa são comumente usados em parques
No caso dos geradores síncronos (GS) a
pela frequência da rede. Para possibilitar
eólicos de potência mais baixa. Em aplicações em
imã permanente, os conversores podem ser
o controle de potências do GI, são usados
potências mais baixas, há a possibilidade de geração
retificadores não controlados conectados ao
conversores (CA-CA). Estes conversores são
descentralizada de energia, aproveitando recursos
estator do gerador que compartilham o mesmo
compostos, geralmente, por duas pontes
locais, uma solução mais adequada e, muitas vezes,
elo de corrente contínua com um inversor
trifásicas de dois níveis, controladas por chaves
de menor custo global. A instalação de usinas eólicas
trifásico conectado à rede ou ainda entre esses
semicondutoras de potência do tipo IGBT
próximas a pequenos centros de carga, diminui as
dois conversores há mais um estágio, no qual
que compartilham o mesmo elo de corrente
perdas elétricas na transmissão e sub-transmissão e
é inserido um conversor elevador/abaixador
contínua. Este conversor também é conhecido
aumenta a confiabilidade da região.
de tensão. O gerador síncrono tem como
com a denominação “back to back”.
desvantagens seu alto custo devido aos imãs
permanentes, altas temperaturas de operação,
operação do gerador em velocidade variável
há ainda a possibilidade de picos de correntes
e também o controle de conversor conectado
ou curtos-circuitos desmagnetizarem o imã
ao gerador é flexibilizado. Para tal objetivo,
e os conversores devem processar a potência
podem ser empregadas técnicas de controle
total do gerador.
de fluxo constante (Volts/Hertz) ou controle
O emprego deste conversor possibilita a
*Alfeu Sguarezi Filho é engenheiro eletricista, mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp. Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal do ABC (UFABC). Jaqueline Gomes Cardoso é engenheira de energia pela Universidade Federal do ABC (UFABC).
Espaço Cigré
162
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Projetos de geração eólica Parte 2 Por Saulo José Nascimento Cisneiros e Manoel de Jesus Botelho*
Em continuidade à coluna publicada na
das questões relacionadas à modelagem
• Estabelecer testes de comissionamento para
edição anterior, será retratada aqui a evolução dos
matemática de aerogeradores e seus controles
integração de geração eólica ao SIN.
projetos de geração eólica em desenvolvimento
associados;
pelo Operador Nacional do Setor Elétrico
• Estabelecer um fórum para o intercâmbio de
Força-tarefa de Requisitos Técnicos para
(ONS).
conhecimentos e experiências no âmbito da
Estudos de Estabilidade Dinâmica e de Tensão
O GT Eólicas é um grupo de trabalho
modelagem de parques eólicos para estudos de
(FT-Eólicas-EDT)
composto por diversas forças-tarefas, que
sistemas de potência;
• Estabelecer ações a serem desenvolvidas pelo
desenvolvem os trabalhos referentes aos temas
• Desenvolver, descrever e validar modelos de
ONS, no sentido de aprofundar o tratamento
específicos, com as respectivas atribuições.
parques eólicos;
das questões relacionadas aos aspectos de
Todos os assuntos que estão sendo tratados são
•
padronizados,
estabilidade dinâmica e de tensão decorrentes
relevantes, cada um dentro do contexto dos
independente de fabricante, para os tipos mais
da presença das eólicas, incluindo, entre
temas específicos abordados por cada força-
comuns de arranjos de aerogeradores visando
outros, avaliação dos impactos destas fontes
tarefa:
o compartilhamento sem restrições;
na estabilidade dinâmica e de tensão local e
• Definir e implantar um banco de dados
sistêmica, assim como os impactos dinâmicos
comum para testes de aerogeradores e modelos
de perturbações e manobras no sistema sobre
de parques eólicos com a finalidade de
as usinas eólicas;
assegurar a qualidade dos modelos.
• Avaliar a resposta dos controles existentes
Força-tarefa
de
Requisitos
Técnicos
de
Aerogeradores (FT-Eólicas-RT) • Aprimorar os requisitos técnicos funcionais
Desenvolver
modelos
para a conexão de geradores eólicos, tendo em
quanto à rapidez e flexibilidade diante das
conta a evolução nesta tecnologia de geração e
Força-tarefa de Requisitos Técnicos para
variações impostas pela geração eólica;
o grande volume previsto para ser integrado ao
Estudos de Transitórios Eletromagnéticos
• Estabelecer critérios e metodologia para
Sistema Interligado Nacional (SIN);
(FT-Eólicas-TEM)
quantificação e alocação da reserva de potência
• Avaliar a necessidade de revisão dos requisitos
• Estabelecer ações a serem desenvolvidas pelo
operativa do SIN, considerando a geração
do submódulo 3.6 e dados solicitados pelo
ONS, em parceria com agentes e fabricantes,
eólica;
submódulo 3.4 dos Procedimentos de Rede
no sentido de aprofundar o tratamento
• Definir soluções estruturais robustas para
por ocasião do acesso, considerando inclusive
das questões relacionadas aos aspectos de
fazer frente à perda de grandes montantes de
os subsídios das demais forças-tarefas deste
transitórios eletromagnéticos decorrentes da
geração com mínimo impacto na frequência e
GT.
presença das eólicas;
tensões da rede;
• Avaliar os impactos da integração das eólicas
• Avaliar com a participação de produtores e
Força-tarefa de Modelos de Aerogeradores
quanto aos transitórios eletromagnéticos,
fabricantes a necessidade de estabelecer novos
(FT-Eólicas-M)
considerando
parâmetros e ajustes para os controles de cada
as
particularidades
das
• Estabelecer ações a serem desenvolvidas pelo
tecnologias empregadas;
central e/ou grupo, para garantir a operação
ONS, em parceria com agentes e fabricantes,
• Definir escopo dos estudos quanto aos
coordenada das centrais conectadas no mesmo
no sentido de aprofundar o tratamento
transitórios eletromagnéticos;
ponto,
objetivando
um
comportamento
163
O Setor Elétrico / Maio de 2014
adequado do perfil de tensão no ponto de
Eólica (FT-Eólicas-EST)
conexão;
• Estruturar o tratamento, consistência
• Avaliar o desempenho do conjunto de
e validação dos dados adquiridos pelos
parques eólicos em locais de baixa potência
centros de operação, que já estão na Base de
de
possíveis
Dados Técnicos (BDT) do ONS, utilizando
interações entre parques e meios de mitigação
curto-circuito,
investigando
as ferramentas de tratamento estatístico
(estruturais e/ou de controles) para evitar
disponíveis;
interações indesejáveis.
• Avaliar a inclusão de novas usinas que não são despachadas centralizadamente pelo ONS
Força-tarefa de Previsão de Geração Eólica
na base de dados de geração eólica;
(FT-Eólicas-PREV)
• Estruturar relatórios estatísticos de resultados
• Aplicar a metodologia desenvolvida pela
da geração eólica, incluindo análise dos valores
UFPE/FADE para os parques eólicos das
previstos e realizados, bem como curvas (MW
regiões Nordeste e Sul;
x tempo (h)), evidenciando a produção das
•
e
eólicas de forma contínua ao longo da jornada
aprimoramento do Sistema de Geração
Dar
continuidade
à
evolução
diária, para cada ponto de conexão com a rede
Eólica (SGE), plataforma desenvolvida pelo
básica ou de uma Instalação de Conexão de
Ministério de Minas e Energia (MME) em
Geração (ICG).
2011, que contempla dados observados e previstos de geração de parques eólicos e seus
Força-tarefa de Requisitos Técnicos para
agrupamentos, com o objetivo de subsidiar a
estudos de Qualidade de Energia (FT-Eólicas-
programação diária de geração e a consolidação
QUALI)
da validação elétrica;
• Aprimorar os requisitos relativos à qualidade
• Definir metodologia para a previsão de
de energia, particularmente a distorção
geração eólica por usina em patamares de
harmônica no ponto de conexão das centrais
meia hora pelos seguintes métodos: média
eólicas, revendo, se necessário, a metodologia
ponderada; PrevEol (projeto UFPE/FADE);
e os critérios de simulação e de medição destes
curva de potência versus velocidade; e previsão
fenômenos;
dos agentes eólicos;
• Discutir a metodologia para obtenção dos
• Estruturar e desenvolver o Sistema de Dados
indicadores de distorção harmônica no Ponto
Eólicos (SDE), com interface para acesso a
de Acoplamento Comum (PAC) e os meios
grandezas supervisionadas pelos centros de
para controle em caso de violação desses
operação; base de dados da EPE e CCEE; e
limites, com a participação e cooperação
base de dados da programação energética
da Associação Brasileira de Energia Eólica
do ONS. Este sistema possibilitará a pré-
(Abeeólica) e de seus associados.
consistência dos dados supervisionados; acesso
• Levantar as práticas internacionais a respeito
às informações para diversos modelos de
destes pontos, considerando as particularidades
previsão de geração eólica; armazenamento
das redes elétricas;
de previsões de geração eólica dos agentes; e
• Realizar levantamento de tecnologias
elaboração de relatórios e análises estatísticas;
disponíveis de transformador de potencial ou
• Definir parâmetros para os patamares
divisores de tensão, assim como dos medidores
de geração eólica, que serão utilizados nos
e respectivos sistemas de aquisição de dados
diversos estudos do ONS;
para a realização de medições de harmônicos
• Avaliar a necessidade de adequar as
em alta tensão (69 kV, 138 kV, 230 kV e 500
ferramentas e procedimentos atuais para a
kV), com vistas a subsidiar a definição de
consolidação da carga para a programação
requisitos mínimos para o monitoramento
diária da operação em redes de distribuição
permanente do PAC;
com elevada inserção eólica sem a supervisão
• Com base nos resultados obtidos nos itens
do ONS.
anteriores, adaptar os processos de verificação da conformidade de instalações do tipo usinas
Força-tarefa de Estatística e Dados da Geração
eólicas.
Espaço Cigré
164
O Setor Elétrico / Maio de 2014
do GO-15;
centros de operação; base de dados de outras
• Elaboração de relatório sobre aspectos
entidades, tais como Empresa de Pesquisa
Como se trata do desenvolvimento de
específicos vinculados à segurança com a
Energética (EPE) e Câmara de Comercialização
atividades pioneiras no Brasil e até mesmo em
visão consolidada no âmbito do GO-15
de Energia Elétrica (CCEE); e outras bases
nível internacional, em função do ineditismo
a respeito dos seguintes tópicos: controle
de dados do ONS. Este sistema possibilita a
da geração eólica no Brasil, as referências do
carga-frequência e controle de tensão nas
pré-consistência dos dados supervisionados;
ONS são a participação dos seus profissionais
proximidades das plantas eólicas; contribuição
acesso às informações para diversos modelos
em fóruns internacionais, especialmente, o
da geração eólica para a estabilidade transitória
de previsão de geração eólica; armazenamento
GO-15 (ex-Very Large Power Grid Operators),
e dinâmica do sistema elétrico; e grau de
de previsões de geração eólica dos Agentes; e
ENTSO-E (European Network of Transmission
penetração adequado tendo em vista as
elaboração de relatórios e análises estatísticas;
System Operators for Electricity), CIGRE
características do sistema elétrico;
• Definição de parâmetros para os patamares
(International
• Elaboração de relatório com recomendações
de geração eólica por condição de carga, que
Systems), DEMSEE (International Conference
aplicáveis
Rede
serão utilizados nos estudos de ampliações
on Deregulated Electricity Market Issues in South
especificando os requisitos mínimos para a
e reforços, bem como de planejamento e
Eastern Europe), bem como o suporte técnico de
integração de fontes eólicas com atenção aos
programação da operação realizados pelo
consultores internacionais do INESC/Porto e de
critérios de segurança operativa do SIN.
NOS;
Referências do ONS sobre o tema
Council
on
Large
Electric
aos
Procedimentos
de
consultores nacionais da UFPE (Universidade Federal de PE) e UPE (Universidade de PE).
• Estruturação do tratamento, consistência No que se refere aos Procedimentos de Rede
e validação dos dados adquiridos pelos
Recentemente, o ONS estabeleceu um acordo
• Aprimoramento de requisitos de conexão
centros de operação, que já estão na Base de
de cooperação com a Red Eléctrica de España
de geradores eólicos no SIN e testes de
Dados Técnicos (BDT) do ONS, utilizando
(REE), que é o operador do sistema daquele país.
comissionamento para integração da geração
as ferramentas de tratamento estatístico
eólica ao SIN, cujos resultados subsidiaram
disponíveis nos próprios centros.
Resultados já obtidos
Os seguintes resultados concretos já foram
obtidos:
propostas de alteração nos procedimentos de rede;
No que se refere a ações em campo
• Detalhamento sobre os aprimoramentos
• Realização de ensaios em campo com registro
nos requisitos de conexão (Submódulo 3.6) e
de manobras na Área Sudoeste do Nordeste –
No que se refere às parcerias técnicas e
informações solicitadas (Submódulo 3.4);
Complexo Eólico Desenvix Bahia (CEDB),
institucionais
• Elaboração de relatório com recomendações
na Área Leste do Nordeste – CGEs Alegria I
• Estabelecimento de parceria com agentes
aplicáveis
& II, e na Área Norte do Nordeste – CGEs
e fabricantes, no sentido de aprofundar
especificando os requisitos mínimos para a
conectadas na ICG Acaraú II;
o tratamento das questões relacionadas à
integração de fontes eólicas com atenção aos
• Programação de ensaios de campo com
modelagem matemática de aerogeradores
critérios de segurança operativa do SIN.
registro de manobras nas Áreas Sul e litoral
aos
Procedimentos
de
Rede,
e seus controles associados e aos aspectos de transitórios eletromagnéticos decorrentes da
Norte do Estado do Rio Grande do Sul No que se refere a metodologias e modelos
(complexos Eólicos de Cerro Chato e
presença das eólicas;
• Desenvolvimento e calibração de modelo
Atlântica);
• Estreitamento do relacionamento com
de previsão de geração eólica (PrevEOL,
• Realização de medição de harmônicos
a ABEEólica e associados, com agentes de
por meio de projeto com a UFPE, para os
em subestações da rede básica no ponto de
transmissão e de distribuição, e com fabricantes
Parques Eólicos das regiões Nordeste e Sul,
acoplamento comum para alimentação de
para tratativas de questões de interesse para
contemplando definição de metodologia para
parques eólicos.
todos os envolvidos;
a previsão de geração eólica por usina em
• Elaboração de Consulta Internacional aos
patamares de meia hora;
representantes dos 11 Operadores de Sistema
• Evolução e aprimoramento do Sistema
participantes do GO-15, tendo em vista o
de
levantamento de uma amostra da experiência
desenvolvida em 2011, que contempla dados
• Definição de equivalentes para parques
internacional sobre tópicos associados à
observados e previstos de geração de parques
eólicos aplicados a estudos de transitórios
segurança em cenários de elevada penetração
eólicos e seus agrupamentos, com o objetivo
eletromagnéticos, fazendo uso do programa
de fontes eólicas;
de subsidiar a programação diária de geração e
ATP;
• Elaboração de relatório sobre a experiência
a consolidação da validação elétrica;
• Definição de equivalentes para parques
internacional com a compilação das respostas
• Estruturação e desenvolvimento do Sistema
eólicos aplicados a estudos de estabilidade
ao questionário distribuído aos representantes
de Dados Eólicos (SDE), com interface para
dinâmica fazendo uso do programa ANATEM;
dos 11 Operadores de Sistema participantes
acesso a grandezas supervisionadas pelos
• Realização de estudo comparativo entre
Geração
Eólica
(SGE),
plataforma
Ações previstas Sobre modelos
165
O Setor Elétrico / Maio de 2014
modelos
implementados
em
PSCAD/
parques eólicos.
para os parques eólicos em operação;
EMTDC e ATP, contemplando a validação de modelos em ATP, rede reduzida/equivalentes,
do modelo que apresente o melhor resultado
Sobre reserva de potência
• Aprimoramento dos modelos de previsão, em
fazendo uso de modelos “black box” em
• Definição de critérios para quantificação
todos os horizontes temporais, com a melhor
PSCAD/EMTDC.
e alocação de reserva de potência regional e
qualidade dos seus resultados, de forma a se
Sobre estudos e requisitos para integração
nacional em decorrência do grau de penetração
obter o suporte necessário às diversas atividades
• Definição de processo de integração de
de fontes intermitentes e suas incorporações
relacionadas com a gestão e programação do
usinas eólicas, contemplando: abrangência
aos Procedimentos de Rede.
despacho de geração de energia do sistema
dos
estudos
e
eletromagnéticos;
análises
de
elétrico, visando à segurança energética e
transitórios
responsabilidades
na
Sobre previsão de geração
elétrica do Sistema Interligado Nacional;
execução e análises de proposta de inclusão nos
• Continuidade do desenvolvimento com a
• Estruturação e evolução dos relatórios
Procedimentos de Rede e nos Procedimentos
Universidade de Pernambuco de um modelo
estatísticos de resultados da geração eólica,
de Distribuição (Prodist) da Aneel;
autocalibrável “Neuro_Eólica” para previsão
incluindo análise dos valores previstos e
de
de geração eólica também baseado na técnica
realizados, bem como curvas (MW x tempo) e
parques eólicos que não são despachados
de redes neurais, que tem como principal
evidenciando a produção das eólicas de forma
centralizadamente para serem supervisionados
característica seu rápido treinamento. O
contínua ao longo da jornada diária, para cada
pelo ONS e a inclusão dessas usinas na base de
modelo pode ser utilizado facilmente para
ponto de conexão com a rede básica ou ICG.
dados de geração eólica;
qualquer parque eólico sem necessidade de
• Aprimoramento dos requisitos técnicos para
modificação de seus parâmetros e se encontra
*Saulo José Nascimento Cisneiros
os estudos de qualidade de energia;
em fase de testes;
e Manoel de Jesus Botelho são
• Continuidade da medição de harmônicos
• Desenvolvimento de um sistema de suporte
coordenadores do Grupo de Trabalho de
em subestações da rede básica no ponto de
à decisão, que venha subsidiar a previsão de
Geração Eólica criado pelo Operador
acoplamento comum para alimentação de
geração eólica por meio da seleção automática
Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
•
Definição
da
potência
mínima
Ponto de vista
166
O Setor Elétrico / Maio de 2014
Urbanismo pode contribuir para o sucesso da “Década da Energia”
A Década da Energia Sustentável para Todos (2014-
frequentar a escola e ter acesso ao lazer.
2024), instituída pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e que acaba de ser lançada para o meio empresarial
de Notícias, informações sobre interessante pesquisa
Sobre essa questão, encontrei, na Agência USP
em um grande evento em Nova York, suscita uma
realizada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
abordagem sobre a maneira como o adequado planejamento
(FAU) da Universidade de São Paulo. O estudo
urbano poderia contribuir para o enfrentamento de um
resultou em metodologia para o planejamento
dos maiores desafios contemporâneos da humanidade:
energético de cidades, levando em conta estratégias e
atender à demanda de eletricidade e combustíveis, em um
soluções urbanísticas, arquitetônicas, de transportes e
planeta a caminho do esgotamento das jazidas petrolíferas e
de tecnologias de geração e distribuição de energia. O
dos aproveitamentos hidrelétricos.
resultado da realização dos processos recomendados
Com certeza, a exploração de fontes alternativas,
são áreas urbanas mais estruturadas, equilibradas e com
em especial as renováveis, de origem vegetal, como os
melhores níveis de eficiência energética. O trabalho
brasileiríssimos etanol e biodiesel, e também a solar e eólica,
foi desenvolvido pela urbanista Karin Regina de
é parte importante da solução do complexo problema.
Casas Castro Marins, atual professora PhD na Escola
Segundo o Plano Decenal 2013-2022, divulgado pelo
Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP),
Governo Federal, serão investidos, nesse período, R$ 122
para sua tese de doutorado, defendida sob a orientação
bilhões, sendo 61% em hidrelétricas, 38% para fontes
do professor Marcelo Romero.
não renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, biomassa
e eólica) e 1% para termelétricas. O destaque é a energia
Água Branca, na Zona Oeste da cidade de São Paulo.
eólica, cuja participação na matriz energética brasileira
Demonstrou existir um potencial de redução do consumo
pulará de 1,5%, em 2013, para 9,5%, em 2022. Porém,
de energia entre 15% e 17%, em comparação com o que
não basta mudar o foco para a produção de uma energia
se tem hoje planejado para a região. A estimativa considera
mais limpa no país. Tão relevante quanto é racionalizar o
a implantação de edifícios comerciais e residenciais com
seu consumo. Nesse sentido, é fundamental equacionar
eficiência energética, mas, principalmente, prioriza o uso
a questão sob o conceito do planejamento urbano, pois
dos modos coletivos de transporte de média (ônibus) e
há modelos de cidades nos quais os gastos de energia são
alta capacidades (metrô e trem).
muito menores.
Independentemente da real aplicabilidade do
Alguns fatores práticos explicam melhor a ideia: se os
estudo da urbanista Karin Regina em espaços urba
cerca de 11 milhões de habitantes de uma cidade como São
nos brasileiros, fica claro que políticas corretas de
Paulo, por exemplo, usarem maciçamente os transportes
planejamento e desenvolvimento urbano são essenciais
coletivos, irá se gastar muito menos combustível do que se
para o sucesso no cumprimento das metas preconizadas
grande parcela da população continuar se locomovendo
pela ONU ao instituir a Década da Energia Sustentável
com automóveis particulares (isso tem grande impacto
para Todos: garantir acesso universal a serviços
no consumo de energia por passageiro transportado);
energéticos modernos; dobrar a eficiência global no
espaços urbanos adensados consomem, per capita, menos
uso de combustíveis e eletricidade; e ampliar as fontes
eletricidade para iluminação pública do que outros
renováveis no quadro de produção mundial até 2030.
A pesquisadora aplicou a metodologia na área da
de baixa densidade; cerca de 60% da energia elétrica consumida no Planeta é referente ao uso e operação de edifícios residenciais e comerciais.
Deduz-se facilmente, portanto, que seria muito
mais econômica do ponto de vista energético uma cidade bem planejada, rigorosa quanto à arquitetura das edificações, com adequado adensamento populacional e transportes coletivos de qualidade, bem como com empresas e serviços devidamente distribuídos geograficamente para evitar que as pessoas tenham de fazer longos percursos para trabalhar, ir ao médico,
Por Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora.
Agenda
168
21 a 24 de julho
Cursos
Acionamentos controlados de motores de corrente alternada
Descrição
Informações
Fornecer subsídios para o perfeito entendimento do funcionamento e aplicações de acionamentos elétricos visando a partida e o controle de velocidade de motores de indução e síncronos. Este é o objetivo do curso promovido pela Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria (Fupai) e que é voltado para técnicos e engenheiros de indústrias e concessionárias. As aulas terão como conteúdo os conceitos básicos sobre motores elétricos; motores de indução trifásicos; motores síncronos; características dos motores CA; partida de motores CA; entre outros temas.
Local:
25 e 26 de julho
Itajubá (MG) Contato: (35) 3629-3500 fupai@fupai.com.br
Luminotécnica básica
Descrição
Informações
A proposta do curso é apresentar aos seus participantes os principais conceitos referentes à iluminação artificial, assim como suas variáveis e aplicações. A programação do curso contemplará, entre outros assuntos, introdução à iluminação; introdução à normalização e certificação; noções básicas de elétrica; introdução aos cálculos luminotécnicos; e sistemas de iluminação. As aulas são direcionadas para arquitetos, engenheiros, designers de interiores e de luminárias, estudantes dessas áreas e interessados em geral.
Local:
29 e 30 de julho
São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br
SPDA
Descrição
Informações
Promovido pela Termotécnica Para-raios, o curso tem como objetivo capacitar profissionais e outros interessados a desenvolver laudos e projetos em Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Durante os dois dias de aula, os alunos aprenderão, entre outras coisas, como fazer laudos de SPDA, com entrega de modelo exclusivo; avaliar a necessidade de SPDA em uma edificação; métodos de captação do raio; e como fazer medição da resistência de aterramento.
Local:
4 a 8 de agosto
Porto Alegre (RS) Contato: (31) 3308-7029 eventos@tel.com.br
Diagnósticos e ensaios em transformadores
Descrição
Informações
O Instituto Lactec oferecerá os procedimentos e critérios para ensaios convencionais e especiais em transformadores de potência, reatores de derivação e em transformadores para instrumentos. As aulas seguirão metodologia com abordagem teórica e prática. Na parte teórica, os alunos tomarão conhecimento das características dos ensaios em CC e CA; requisitos de segurança; operação dos instrumentos de ensaio; entre outros temas. Nas aulas práticas, serão utilizados instrumentos analógicos (didáticos) e também os mais modernos instrumentos disponíveis no mercado.
Local:
16 a 18 de julho
Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6276 cursos@lactec.org.br
EnerSolar + Brasil
Descrição
Informações
O EnerSolar tem como intuito reunir em um só espaço representantes da indústria de produtos, serviços e soluções de tecnologias solar e térmica, visando a promoção das oportunidades nesta indústria da América do Sul. No total, a feira comportará 250 expositores nacionais e internacionais, de países como Itália, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e China, que apresentarão novidades nas áreas industriais e civis, de energia térmica solar e fotovoltaica, e de outras energias renováveis.
Local:
21 e 22 de julho
Eventos
O Setor Elétrico / Maio de 2014
São Paulo (SP) Contato: (11) 5585-4355 www.feiraecoenergy.com.br
Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e Expoeficiência (Cobee)
Descrição
Informações
Promovido anualmente pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o Cobee chega à sua 11ª edição em 2014, reunindo profissionais para debater e realizar negócios referentes a tecnologias e serviços voltados para usos racional de energia e água. O evento é focado na melhoria da competitividade das empresas e no aperfeiçoamento de ações de sustentabilidade e políticas socioambientais que contribuem para minimizar o impacto da ação do homem na natureza.
Local:
22 a 25 de julho
São Paulo (SP) Contato: (11) 3549-4525 eventos@abesco.com.br
Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (MEC Show)
Descrição
Informações
Lançamentos, inovações da indústria de bens de capital e capacitação profissional serão os temas da sétima edição da Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (Mec Show). O evento será realizado no Estado do Espírito Santo, reconhecido nacionalmente como importante centro de desenvolvimento do setor metalmecânico, e reunirá empresas, fornecedoras e compradoras dos principais setores da indústria deste segmento.
Local:
25 a 27 de agosto
Serra (ES) Contato: (27) 3434-0600 mecshow@milanezmilaneze.com.br
V Petroleum and Chemical Industry Conference Brasil (PCIC BR)
Descrição
Informações
O objetivo deste evento promovido pelo IEEE é abastecer os profissionais da área com um ambiente adequado ao intercâmbio de experiências e conhecimento do estado da arte das tecnologias de sistemas elétricos, instrumentação e automação aplicadas nos segmentos industriais de petróleo, química e gás. O evento serve para divulgar o know-how brasileiro e contribuir para atualizar os profissionais. O V PCIC BR terá apresentação de trabalhos técnicos com foco nas soluções implantadas em instalações dos segmentos de petróleo, química e gás, onshore e offshore.
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2539-1214 pcicbr@cmeventos.com.br
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Maio de 2014
3M 116 0800-0132333 www.3meletricos.com.br Alubar 122 (91) 3754-7100 cabos@alubar.net www. alubar.net Anuário O Setor Elétrico 157 (11) 3872-4404 publicidade@atitudeeditorial.com.br www.osetoreletrico.com.br Aselco 73 falecom@aselco.com.br www.aselco.com.br Balestro 120 (19) 3814-9000 balestrovendas@balestro.com.br www.balestro.com.br Beghim 6 e 7 www.beghim.com.br BHS Eletrônica 153 (11) 2291-1598 comercial3se@bhseletronica.com.br www.bhseletronica.com.br Brasformer Braspel 18 (11) 2969-2244 brasformer@braspel.com.br www.braspel.com.br
Crimper 43 (11) 3834-0422 / 0800 7721 777 vendassp@crimper.com.br www.crimper.com.br Crouse-Hinds by Eaton 14 (15) 3353-7070 vendaschbrasil@eaton.com www.crouse-hinds.com.br D’Light 123 (11) 2937-4650 vendas@dlight.com.br www.dlight.com.br Daisa 47 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br Dutoplast 53 (11) 2524-9055 vendas@dutoplast.com.br www.dutoplast.com.br Eaton 13 (11) 4525-7100 www.eaton.com.br Efe-Semitrans 9 (21) 2501-1522 / (11) 5686-1515 adm@efesemitrans.com.br sp.vendas@efesemitrans.com.br www.efesemitrans.com.br
BTM 106 (11) 2431-4955 vendas@grupobtm.com.br www.grupobtm.com.br
Elos 147 (41) 3383-9290 elos@elos.com.br www.elos.com.br
Cabelauto 125 (35) 3629-2514/2500 comercial@cabelauto.com.br www.cabelauto.com.br
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Cablena 35 (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br
ERG 151 (16) 3942-1880 vendas@erglojanr10.com.br www.erglojanr10.com.br
Clamper Fascículo (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicação@clamper.com.br www. clamper.com.br
EngePower 114 (11) 3579-8777 www.easypower.com/demo
Cobrecom 101 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br Cofibam 127 (11) 4182-8500 vendas@cofibam.com.br www.cofibam.com.br Con-Fio 124 (21) 2495-4298 contato@con-fio.com www.con-fio.com
Facilit 163 (11) 4447-1881 vendas@faciliteletrocalhas.com.br www.faciliteletrocalhas.com.br Fastweld 4ª capa (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br Fupai 31 (35) 3629-3500 fupai@fupai.com.br www.fupai.com.br
Huntsman 69 0800 170 850 www.huntsman.com/power IBT 71 (11) 4398-6634 www.ibt.com.br IFG 166 (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br Ilumatic 37 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br Induscabos 145 (11) 4636-2211 spvendas@induscabus.com.br www.induscabos.com.br Incesa 57 0800 700 3228 www.incesa.com.br Instrumenti 8 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br Instrutemp 113 (11)3488-0200 vendas@instrutemp.com.br www.instrutemp.com.br Intelli 107 (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br Itaim Iluminação 2ª capa (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br J Antunes 165 (11) 4426-5977 jantunes@jantunes.com.br www.jantunes.com.br Kanaflex 126 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br Kienzle 132 (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br
169
Luminotech 167 (11) 3872-4404 publicidade@atitudeeditorial.com.br www.osetoreletrico.com.br
Real Perfil 95 (11) 2134-0002 vendas@realperfil.com.br www.realperfil.com.br
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SEL Engenharia 93 (19) 3515-2040 engenharia@selinc.com www.selinc.com.br
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KRC 118 (11) 4543-6034 comercial@krcequipamentos.com.br www.krcequipamentos.com.br
Patola 161 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br
LEDSTAR – Unicoba 4 e 5 (11) 5078-1914 comercial@ledstar.com.br www.ledstar.com.br
Perfil Líder 11 (11) 2412-7787 vendas@perfillider.com.br www.perfillider.com.br
Legrand 59 0800 11 8008 cst.brasil@legrand.com.br www.legrand.com.br
Peveduto 61 (11) 2713 4122 comercial@peveduto.com.br www.peveduto.com.br
Líder Rio 117 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com
Pextron 77 (11) 5543-2199 vendas@pextron.com.br www.pextron.com.br
Logmaster 119 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br
Poleoduto 155 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br
Sindustrial Engenharia 149 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br Strahl 105 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com TE Connectivity 102 (11) 2103-6000 te.energia@te.com www.energy.te.com Telbra 109 (11) 2946-4646 www.telbra.com.br Termotécnica 65 (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br Tigre Tubos e Conexões 29 (47) 3441-5000 / 0800 707 4700 teletigre@tigre.com.br www.tigre.com.br Trael 108 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Trafomil 33 (11) 4815-6444 vendas@trafomil.com.br www.trafomil.com.br Transformadores União 23 (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br www.transformadoresuniao.com.br
Conex 25 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br
General Cable 129 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com
Construfios Fios e Cabos 17 (11) 5053-8383 construfios@ construfios.com.br www.construfios.com.br
Gimi 12 (11) 4752-9900 vendas@gimi.com.br www.gimi.com.br
Contactus Consultoria 139 (21) 3593-5001 comercial@contactus.net.br www.contactus.net.br
Grameyer Soluções Energia 165 (47) 3374-6300 vendas@grameyer.com.br www.grameyer.com.br
Copper 100 137 (11) 3478-6900 contato@copper100.com.br www.copper100.com.br
Hellermann Tyton 115 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermann.com.br
Luminárias Sun Way Rio 112 (21) 3860-2688 coloniallustres@coloniallustres.com.br www.luminariassunway.com.br
Press Mat 45 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br
Walcenter 128 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br
Cordeiro 67 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br
Histec 97 (11) 3018-0500 histec@histeccomercial.com.br www.histeccomercial.com.br
Luminárias Projeto 55 (11) 2946-8200 vendas@luminariasprojeto.com.br www.luminariasprojeto.com.br
RDI Bender 27 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br
Wetzel 100 0800 474016 eletrotecnica@wetzel.com.br www.wetzel.com.br
Unitron 20 e 21 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br Utiluz 160 (54) 3218-5200 utiluz@utiluz.com www.utiluz.com VR Painéis Elétricos 121 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br
What’s wrong here?
170
O Setor Elétrico / Maio de 2014
O que há de errado?
ação Ilustr
: Ma
. uro Jr
Observe a imagem e identifique os problemas de acordo com as prescrições da ABNT NBR 5410 – norma de instalações elétricas de baixa tensão. A foto foi registrada pelo leitor Jamil Cavalcante Kerbage.
Resposta da edição 98 (Março/2014)
PREMIAÇÃO O leitor que mandar
O
leitor
AKIYOSHI
YOSHIOKA
identificou
corretamente os erros da instalação ilustrada ao lado, conforme orienta a norma de instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 5410. A vencedora receberá, como premiação, um exemplar do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras e uma inscrição gratuita em um curso a distância da Hilton Moreno Consulting.
Parabéns a todos os leitores que mandaram suas respostas e continuem participando!
Confira a resposta correta:
a melhor resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada, de acordo com a normamãe das instalações elétricas de baixa tensão, a ABNT NBR 5410, será recompensado. O acertador ganhará um exemplar do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, publicação
Embora trate-se de uma instalação provisória, ela deve atender à ABNT NBR 5410. Dessa forma, as principais não conformidades são as seguintes:
que traz as principais atualizações normativas do setor no último ano e ainda uma inscrição em um dos cursos a distância da Hilton Moreno. Não perca tempo!
• Ausência de dispositivo DR; • Falta de condutor de proteção na linha elétrica que está ligada à tomada 220 V; • Condutores isolados fora de condutos fechados; • Uso incorreto da cor verde para condutores vivos; • Grau de proteção da montagem inadequado para sólidos e água.
Interatividade Se você encontrou alguma atrocidade elétrica e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.
Mande a sua resposta para interativo@ atitudeeditorial.com.br ou acesse www. osetoreletrico.com.br e mande já a sua opinião! Hilton Moreno é engenheiro eletricista, consultor, professor universitário e membro de comissões de estudo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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