O Setor Elétrico (Edição 100 - Maio 2014)

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Ano 9 - Edição 100 Maio de 2014

Edição

100 Artigos e colunas especiais em comemoração à 100ª edição * Pesquisa avalia mercado de equipamentos para distribuição de energia * Redes subterrâneas no Brasil * Qualidade da energia e a Copa do Mundo * Segurança cibernética



Sumário

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atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico Hilton Moreno Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Hilton Moreno, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Alfeu Sguarezi Filho, André Luis Zago de Grandi, Geraldo Rocha, Jaqueline Gomes Cardoso, Luiz Felipe Costa, Manuel de Jesus Botelho, Marcelo Paulino, Marcos Herrera, Marcus Possi, Maria Jovita Vilela Siqueira, Natanael Pereira, Nunziante Graziano, Paulo Lima, Ronaldo José da Silva. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Impressão - IBEP Gráfica Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à

Reportagem – Redes subterrâneas 72 Ante a crescente demanda que as distribuidoras estão sofrendo da sociedade para o enterramento das atuais redes aéreas, a Aneel vem estudando a possibilidade de criar uma regulamentação, buscando desenvolver as redes subterrâneas no país.

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Painel de notícias 10

Aula prática – Barramentos blindados – Parte 3

Instalação da Infraero recebe primeira certificação com selo Inmetro; Unicoba fornece equipamentos para iluminação da avenida 23 de maio; Aneel aprova modelo de edital para contratação de energia em sistemas isolados; MME publica portaria que define sistemática para os leilões A-5; Coel comemora 60 anos de atividade no Brasil; ABB apresenta sistema com tecnologia de segurança cibernética.

Como selecionar elementos de proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos.

Evento 1 – Hannover Fair 30

Nesta coluna especial, Hilton Moreno faz uma volta ao passado para mostrar o que se passou no mundo desde a criação da revista O Setor Elétrico até hoje.

A convite da Rittal, a revista O Setor Elétrico visitou uma das principais feiras industriais do mundo e conheceu de perto as instalações da empresa na Alemanha.

Espaço Guia de Normas 142 Consideração sobre o item 10.3 da NR 10, especialmente dedicado aos aspectos de segurança nos projetos elétricos.

Coluna do consultor 144

Colunistas

Fascículos 41

Michel Epelbaum – Energia sustentável 146 Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação eficiente148 Luis Fernando Arruda – Instalação MT 149 Jobson Modena – Proteção contra raios 150 João Barrico – NR 10 151 José Starosta – Energia com qualidade 152

Edição 100 82

Dicas de instalação 154

Conheça a história da revista O Setor Elétrico, suas conquistas até aqui e confira o que representantes de instituições e empresas do setor pensam sobre a publicação.

Orientações para a escolha de luminárias para áreas classificadas.

Evento 2 – Expolux 2014 34 Evento recebeu 21 mil visitantes e foi palco para seminário que debateu, entre outros assuntos, a responsabilidade pelos ativos da iluminação pública no país.

Segurança 92 Requisitos de blindagem da CPU aplicados em processos críticos - turbocompressores, em plataformas e refinarias de petróleo e turbogeradores em usinas térmicas e hidrelétricas.

Pesquisa – 98 Equipamento para distribuição de energia Grande parte das empresas consumidoras de produtos deste segmento entrevistadas pela revista está otimista, classificando o mercado brasileiro de equipamentos para distribuição de energia como um setor em ascensão.

QEE 130 Estudo analisa a influência na qualidade da energia elétrica da transmissão do último capítulo da novela “Avenida Brasil” comparada à transmissão da final do Mundial de Clubes da Fifa de 2012.

Referências técnicas 158 Condutividade e resistividade elétrica.

Espaço IEE 160 Tipos de conversores e geradores usados atualmente no segmento de energia eólica.

Espaço Cigré 162 A evolução da energia eólica no Brasil e a contribuição da ONS – 2ª parte.

Ponto de vista 166 Como o urbanismo pode contribuir para o sucesso da “Década da energia”.

Agenda 168 Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.

What’s wrong here 170 Identifique o que existe de errado na instalação.






Editorial

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O Setor Elétrico / Maio de 2014 Capa ed 100_A.pdf

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Ano 9 - Edição 100 Maio de 2014

Edição

100 Artigos e colunas especiais em comemoração à 100ª edição * Pesquisa avalia mercado de equipamentos para distribuição de energia * Redes subterrâneas no Brasil * Qualidade da energia e a Copa do Mundo * Segurança cibernética

O Setor Elétrico - Ano 9 - Edição 100 – Maio de 2014

A número 100

Edição 100

Editora desta revista há 75 edições, posso dizer que acompanhei muito de perto a sua evolução, tendo também

contribuído para a sua história. Lembro que, ao ser convidada para cuidar da revista, achei que seria fácil, afinal, por ser uma revista técnica, era só organizar os artigos, selecionar os principais assuntos do mês e tcharam: revista pronta! Mas o caso é que fazer uma revista é muito mais complexo do que se imagina. É preciso ter em mente as necessidades dos leitores e avaliar as pautas com parcimônia; há ainda que administrar a difícil relação comercial x editorial; e selecionar os artigos técnicos que sejam inovadores e que, ao mesmo tempo, atendam ao critério de viabilidade. Isto sem contar os prazos, cada vez mais curtos! Enfim, são inúmeras as etapas do processo de elaboração de uma publicação e, sem dúvida, uma equipe comprometida é fundamental para que todos os meses uma nova revista seja produzida.

Sem anúncios, sem revista. Logo, o departamento comercial é de extrema importância para levar o nosso conceito até

as empresas do mercado brasileiro de elétrica, as quais têm não só nos apoiado comercialmente, mas enviado sugestões de pautas e de artigos, ou seja, desejando também contribuir editorialmente. Da mesma maneira, o departamento de circulação e pesquisa é fundamental para fazer com que a revista chegue às mãos dos leitores em tempo hábil, sendo responsável também pela elaboração das pesquisas setoriais mensais, que trazem um recorte do mercado de produtos e serviços específicos da área elétrica. Esse tipo de levantamento – com análise de mercado, gráficos ilustrativos e informações mais detalhadas sobre as empresas (como número de funcionários, certificações, serviços de atendimento ao cliente, produtos e serviços oferecidos) – é único e exclusivo da revista O Setor Elétrico. O objetivo é fornecer para o leitor, que atua em empresas do segmento, alguma percepção de mercado sobre nichos específicos do setor elétrico.

Mas todo o trabalho é recompensado quando recebemos uma ligação, um e-mail ou uma mensagem

no Facebook, seja comentando um ar tigo, discordando de uma repor tagem ou tirando dúvidas de uma pesquisa. O carinho dos leitores e, mais do que isso, ver a revista ser utilizada no dia a dia dos profissionais é a recompensa mais gratificante de se fazer revista.

E nessas 100 edições, muitas notícias importantes foram veiculadas por aqui. Algumas delas levaram anos

para acontecer, como é o caso da recente publicação da Portaria 51, do Inmetro, que institui os critérios para a certificação voluntária das instalações elétricas de baixa tensão. A revista vem acompanhando ainda o processo de revisão da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419), que deve sair em breve. Também noticiamos a publicação da IT 41, segundo a qual, desde maio de 2011, sempre que solicitado ou renovado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a inspeção visual das instalações elétricas de baixa tensão é obrigatória. A transferência dos ativos da iluminação pública para as prefeituras; o boom da eólica nos leilões de energia; as discussões envolvendo Belo Monte; novas regras de comercialização; e inúmeras novas normas técnicas são exemplos de notícias aqui veiculadas.

Esperamos continuar por mais 100, 200, 1.000 edições, sempre contando com o apoio e com o retorno dos leitores,

para quem a revista é feita. Sendo assim, uma ótima leitura e espero que apreciem mais esta edição, que é especial! Abraços,

flavia@atitudeeditorial.com.br Redes sociais Acesse o Facebook e o Twitter da revista O Setor

Elétrico e fique por dentro das notícias da área elétrica!

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Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Maio de 2014

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

Instalação da Infraero recebe primeira certificação com selo Inmetro O certificado, obtido de acordo com a portaria nº 51 do instituto, atesta conformidade com as normas técnicas em vigor das instalações elétricas BT do sistema indicador de rampa de aproximação de precisão

O dia 2 de maio de 2014 entrou para a história

da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e também do setor elétrico do país. Isto porque a companhia obteve o primeiro certificado de instalações elétricas de baixa tensão com selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), conforme a portaria nº 51 do instituto, publicada em 30 de janeiro deste ano.

O certificado diz respeito às instalações elétricas

BT do sistema indicador de rampa de aproximação de precisão, mais conhecido como Papi, do inglês

Pertencente ao segundo lote, o aeroporto de São José dos Campos (SP) também receberá um sistema indicador de rampa de aproximação de precisão.

Precision Approach Path Indicator. Tratam-se de caixas óticas que ficam instaladas na lateral da cabeceira da pista de pouso e auxiliam a aeronave a aterrissar.

De acordo com o engenheiro eletricista da Gerência de Projetos de Navegação Aérea da Infraero, Sidney

Barbosa, o processo para obtenção deste certificado teve início com edital publicado em julho de 2010, visando contratar empresas para fornecimento, instalação e colocação em operação de 28 Papis em 22 aeroportos do Brasil. Barbosa explica que, posteriormente, mais três aeroportos foram acrescentados a essa lista, o que deve aumentar o número de sistemas instalados.

Neste edital, homologado em agosto de 2011, a Infraero exigiu que as instalações em baixa tensão (BT)

destes equipamentos tivessem certificação por órgão acreditado pelo Inmetro. O engenheiro conta que esta sempre foi uma preocupação da Infraero, mesmo antes da publicação da portaria do instituto que fornece as diretrizes para a certificação voluntária das instalações BT. A empresa instaladora que ganhou o processo de licitação foi a RSA Engenharia Ltda. e o Organismo Certificador de Instalação (OCI) contratado foi a IEX.

Barbosa, que foi autor do projeto básico apresentado no edital e fiscal da contratação, conta que

a instalação dos Papis foi dividida em três lotes. O primeiro lote, já finalizado, previu a colocação dos equipamentos nos aeroportos do Bacacheri, em Curitiba (PR); de Boa Vista (RR); de Carlos Prates, em Belo Horizonte (MG); de Ilhéus e de Salvador, na Bahia; de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ); e de Joinville (SC).

O segundo lote, que está em processo de homologação, prevê a instalação nos aeroportos de Campina

Grande (PB); Maceió (AL); São José dos Campos (SP); Montes Claros e Uberaba, em Minas Gerais; Pelotas (RS); Curitiba (PR); e Ponta Porã (MS). E o terceiro lote, que está em processo de levantamento, irá abranger os aeroportos de Bagé e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; Florianópolis (SC); São Luís (MA); Parnaíba (PI); Paulo Afonso (BA); Campo de Marte, em São Paulo (SP); Uberlândia (MG); Vitória (ES); e Porto Velho (RO).

Desde 2003, quando realizou o curso de certificação de conformidade na Barreto Engenharia, Barbosa

vem trabalhando para que a Infraero exija em suas licitações a certificação por organismo acreditado pelo Inmetro. Na época, segundo o engenheiro eletricista, a empresa achava que só o comissionamento já bastava. De acordo com Barbosa, foi um trabalho árduo para mostrar que comissionamento – testes operacionais do sistema – tem o foco mais voltado para a área de operação, diferentemente da certificação, que está mais relacionada à performance.



Painel de mercado L+B Por Juliana Iwashita*

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Inovações da Light+Building Controle da luz foi um dos grandes destaques da principal feira mundial voltada para tecnologias de iluminação e automação

Entre os dias 30 de março e 4 de abril,

ocorreu em Frankfur t, na Alemanha, a Light+Building, principal feira de iluminação do mundo. O evento reuniu cerca de 2.458 expositores de inúmeros países e milhares de visitantes, incluindo arquitetos, arquitetos de iluminação, designers, engenheiros, comerciantes e indústrias de todos os continentes.

A cada dois anos, a feira apresenta as

mais recentes inovações para as áreas de iluminação, engenharia elétrica, automação predial, residencial e software para a indústria de construção. E o tema principal desta edição da Light+Building foi eficiência energética.

Com dez pavilhões de exposição, a feira

reuniu inovações tecnológicas em todos os

Light+Building quebra mais um recorde ao receber 211.500 visitantes oriundos de 161 diferentes países.

segmentos de atuação: iluminação decorativa, corporativa, urbana, pública, automação

residencial e predial, componentes, Leds,

de controle de iluminação foram o grande

Nesta edição da Light+Building, os sistemas

ser controladas, dimerizadas, mudar de cor e interagir com o usuário por meio de celulares e

equipamentos de medições, softwares, entre

destaque. Luminárias com tecnologia Led já

tablets.

outros. Os seis dias de exposição foram

eram esperadas, como nas últimas feiras, mas o

insuficientes para percorrer com tranquilidade

controle destas através de sistemas interativos

e acompanhar seu deslocamento em um local

todos os pavilhões da feira, tamanha a

foi o que se destacou. Com controles wi-fi

através da posição de luminárias em aplicativos

quantidade de empresas e inovações expostas.

individualizados, as luminárias podem agora

para tablets ou a iluminação ser programada

Imagine ser possível localizar uma pessoa



Painel de mercado L+B

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O Setor Elétrico / Maio de 2014

2458 expositores apresentaram suas novidades em iluminação, automação e eficiência energética. A próxima edição da feira já tem data marcada: de 13 a 18 de março de 2016.

para nos desper tar ou para avisar que a comida

solução para sua instalação.

foram apresentadas como: geração

está pronta. Imagine luminárias ou lâmpadas

fotovoltaica e eólica para alimentação de

mudarem de cor conforme a vontade do usuário

nalidade defende também o consórcio

sistemas de iluminação urbana, telegestão

com um simples controle em um aplicativo de

Zhaga em sistemas com tecnologia a Led. O

para luminárias públicas, medição inteligente

celular ou o foco de luminárias direcionáveis de

Zhaga teve destaque na feira em diversas

do consumo de energia e smar t grids.

Led se mover sem a luminária se mexer. Tudo

empresas de componentes de luminárias com

A feira destacou que a combinação de

isso já é possível com tecnologias de controle.

Leds, mostrando uma tendência ou busca

sistemas eficientes de iluminação e de redes

Em relação à automação predial, várias

Semelhante conceito de interoperacio­

de padronização de algumas tipologias de

de tecnologia de serviços possibilitam um

empresas destacaram o protocolo aber to

componentes. Seminários foram oferecidos

espectro integrado de produtos e serviços

KNX, mostrando uma for te tendência de

durante a feira pelo Zhaga para disseminação

que fazem uma contribuição decisiva para a

controle e automação não proprietária. O KNX

do conceito e das vantagens.

exploração do potencial máximo de economia

for taleceu-se também como associação com a

de energia de edifícios.

par ticipação de vários países. Atualmente, no

à tecnologia Oled (Led orgânico). Várias

mercado mundial, mais de 300 fabricantes em

empresas destacaram a tecnologia em

tecnologias chegarão ao mercado brasileiro

33 países fabricam produtos para o protocolo

luminárias com designs inovadores para os

e como serão absorvidas. As inovações e

KNX. Isto possibilita a interoperacionalidade de

sistemas convencionais de iluminação. Aliadas

possibilidades foram apresentadas. Falta agora

diferentes marcas e produtos em uma mesma

a controles, as luminárias dimerizavam ou

serem disseminadas e viabilizadas.

instalação, garantindo para o proprietário

até mesmo se moviam automaticamente,

do edifício ou gestor de manutenção uma

configurando formas diferentes de disposição.

*Juliana Iwashita é arquiteta e

flexibilidade e até mesmo continuidade de

colunista da revista O Setor Elétrico.

Outro destaque impor tante foi dado

Outras soluções para eficiência energética

Basta agora saber quando essas



Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Maio de 2014

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Caixa de junção para atmosferas explosivas

Termovisores

www.alpha-ex.com.br

www.flir.com.br

A Alpha Equipamentos Elétricos

A mais nova linha de câmeras térmicas da Flir é indicada para

apresenta a sua mais nova família

soluções de problemas elétricos, para manutenção industrial e

de caixas de junção para atmosferas

gerenciamento de instalações. Trata-se da Série E de termovisores:

explosivas. A série é composta por

Flir E4, E5, E6 e E8. Segundo a empresa, os equipamentos são

29 caixas destinadas para utilização

ideais para verificações e varreduras

em ambientes com gases e vapores

rápidas de “pontos quentes“, sendo

inflamáveis e poeiras combustíveis.

mais eficazes do que os termômetros

Os produtos são cer tificados para Zonas 1, 2, 21 e 22, grupos IIC e IIIC, classe de temperatura T6 e grau de proteção IP 66W.

As caixas, produzidas na planta

infravermelhos IR. As caixas da Alpha são indicadas para ambientes com gases, poeiras e vapores inflamáveis.

Os termovisores são compactos

e destinados aos profissionais das áreas de energia, manutenção preditiva, gestão de instalações,

industrial da empresa em São Paulo,

inspeção de edifícios e mercados

são fabricadas em liga de alumínio fundido copper free,

de ventilação e de ar condicionado,

apresentando alta resistência mecânica e à corrosão.

entre outros.

Os produtos contam com cer tificado TUV 13.1081, em

conformidade com a Por taria 179 do Inmetro e atendem às

LCD colorido de 3”, lentes grande

normas ABNT NBR IEC 60079-0, ABNT NBR IEC 60079-7, ABNT

angular sem foco, controles intuitivos,

NBR IEC 60079-31 e ABNT NBR IEC 60529.

câmera digital de 640x480 pixels e a

A nova série conta com display

tecnologia MSX, que funde imagens térmicas e fotos digitais para criar imagens térmicas mais nítidas.

Os termovisores são fornecidos com cartão SD de memória com adaptador, bateria recarregável, fonte de alimentação, cabo USB, cabo de vídeo, alça de mão, tampa da lente, maleta rígida e software Flir Tools.

Medição e localização de descargas parciais www.baur.at

A Baur Prüf-und Messtechnik GmbH anunciou o lançamento do “liona“, um equipamento por tátil para

medição e localização online de descargas parciais em operação. Segundo a empresa, com o produto, é possível submeter cabos de média e alta tensão, assim como quadros de distribuição, a um teste rápido quanto a descargas parciais, sem grande dispêndio e sem desligamentos. Para a medição na rede energizada, junto com o instrumento de medição, são fornecidas pinças de corrente de alta frequência especiais. Elas permitem o desacoplamento do sinal de descarga parcial na blindagem do cabo.

Para obter informações conclusivas apesar da operação de rede ativada, o software do equipamento

distingue os sinais de interferência (por exemplo causados por procedimentos de manobra) das descargas parciais a serem medidas. Esta distinção é possível com o algoritmo DeCIFer®, da IPEC Ltd., como elemento-chave do software.

As medições são exibidas automaticamente por meio de um gráfico de visualização, que fornece

O equipamento é fornecido com acopladores capacitivos, aplicados, por exemplo, em medições em quadros de distribuição.

informações sobre o valor e o tipo das descargas parciais. Com um gerador de pulsos iPD opcional é possível localizar com precisão as descargas parciais e determinar o comprimento do cabo – também durante a operação. Para isso, o gerador de pulsos é acoplado ao segmento de cabo por meio de um HFCT na outra extremidade do segmento de cabo.


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O Setor Elétrico / Maio de 2014

Disjuntores www.rockwellautomation.com.br

A Rockwell Automation acaba de lançar uma linha

global de disjuntores em caixa moldada. A nova linha atende às normas de cer tificação globais, como CE, CSA, CE e CCC. Todos os produtos estão em conformidade com a norma RoHS e apresentam redução de materiais nocivos ao meio ambiente. Entre as vantagens da globalização, estão a simplificação da compra e a redução dos prazos de entrega.

Os disjuntores Allen-Bradley 140G em caixa moldada

De acordo com a Rockwell, boa parte dos produtos é compatível com a norma IEC.

protegem contra condições de sobrecarga, curto-circuito e falha à terra. Os oito tamanhos cobrem uma faixa de corrente de 15 A a 3.000 A e uma faixa de tensão entre 200 V a 690 V. Todos os tamanhos estão disponíveis nas versões de três e quatro polos. A linha apresenta maior proteção contra curto-circuito com coordenação, disponível para motores de 0,1 kW a 630 kW, correntes de falha até 150 kA e tensões de operação até 690 V.

A família de minidisjuntores Allen-Bradley oferece proteção de ramais de circuitos, proteção suplementar e de fuga à terra. Este por tfólio expandido

de circuitos de controle e proteção de carga apresenta grau de proteção IP20 (segurança para os dedos), oferece uma ampla variedade de acessórios e apresenta um projeto versátil de terminais em gaiola dupla. Os disjuntores 1489-M e 1492-SPM têm corrente nominal entre 0,5 A e 63 A e oferecem conexões reversíveis para a rede e para as cargas. O disjuntor miniatura 1489-M proporciona proteção de circuito de ramais com limitação de corrente e é adequado para condições extremas. Já o modelo 1492-SPM protege equipamentos, sistemas e cabos por meio de uma interrupção rápida. O disjuntor miniatura 1492-RCDA detecta e interrompe fuga à terra para proteção de equipamentos.


Painel de normas

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O Setor Elétrico / Maio de 2014

Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.

Aneel aprova modelo de edital para contratação de energia em sistemas isolados Conforme o novo padrão, fica a cargo das distribuidoras destes sistemas a realização de leilões em suas áreas de atuação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio de sua diretoria, aprovou no dia

20 de maio o modelo de edital para a contratação de energia elétrica e potência associada nos sistemas isolados. De acordo com a agência, esta medida foi deliberada em reunião pública ocorrida em sua sede com o objetivo de atender ao decreto nº 7246/2010.

Conforme este modelo de edital, fica a cargo das distribuidoras dos sistemas isolados a

realização de leilões em suas áreas de atuação. O documento estipula também que a Comissão Especial de Licitações (CEL) da Aneel seja a responsável pelo repasse dos parâmetros específicos de cada cer tame às respectivas concessionárias e pela orientação a estas empresas na época do lançamento dos editais.

O modelo de edital ficou em audiência pública de 31 de maio até 15 de agosto de 2013 e

recebeu 109 contribuições de oito agentes do setor.

MME publica portaria que define sistemática para os leilões A-5 Certames terão uma primeira fase para a disputa pela concessão de usinas hidrelétricas com potência superior a 50 MW e uma segunda fase com disputa simultânea de três produtos com fontes e, eventualmente, prazos distintos

A sistemática para os leilões

A-5, os leilões de compra de energia elétrica de novos empreendimentos de geração, foi definida pelo Ministério de Minas e Energia (MME) por meio da Por taria nº 203, publicada em 19 de maio, no Diário Oficial da União (DOU).

Conforme o MME, os leilões A-5

terão uma primeira fase para a disputa pela concessão de usinas hidrelétricas com potência superior a 50 MW e uma segunda fase com a disputa simultânea de três produtos, com fontes e, eventualmente, prazos distintos.

São eles: produto quantidade, para empreendimentos hidrelétricos, contratados na modalidade

por quantidade de energia elétrica; produto disponibilidade termoelétrica, para empreendimentos termoelétricos, como usinas a carvão, a gás natural e a biomassa, contratados na modalidade por disponibilidade de energia elétrica; e produto disponibilidade eólica e solar, para empreendimentos de fonte eólica e solar, contratados na modalidade por disponibilidade de energia elétrica.



Painel de normas

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O Setor Elétrico / Maio de 2014

Cinco projetos de revisão estão em consulta pública no site da ABNT • Isoladores para linhas aéreas

Permanece em consulta nacional no site da ABNT (www.abnt.org.br), até o próximo dia 13 de

junho, o 2º projeto de norma da ABNT NBR 5032, intitulada Isoladores para linhas aéreas com tensões acima de 1.000 V – Isoladores de porcelana ou vidro para sistemas de corrente alternada. A última reunião para a elaboração do projeto havia acontecido em dezembro de 2013.

O objetivo desta norma é definir os termos utilizados; estabelecer as características dos

isoladores e as condições sob as quais os valores especificados para tais características devem ser verificados; estabelecer procedimentos de ensaio; e estabelecer critérios de aprovação.

O escopo do projeto informa que a norma também se aplica aos isoladores para sistemas de

tração elétrica em corrente contínua; e às unidades de isoladores para cadeias, isoladores rígidos para linhas aéreas e a isoladores de projeto similar, quando utilizados em subestações.

• Material isolante elétrico

Desde o final de 2011, a Comissão de Estudos de Isoladores para Linhas Aéreas e Subestações

(CE-03:030.01) do CB-03 trabalha no projeto da norma ABNT NBR 10296. Agora, em abril de 2014, a norma, que trata da avaliação da resistência ao trilhamento e erosão sob condições ambientais severas do material isolante elétrico, ficou pronta e está em consulta pública até 27 de junho.

O escopo do projeto informa que a nova norma estabelece os métodos para avaliação da

resistência ao trilhamento e à erosão de material isolante elétrico para uso sob severas condições ambientais, com frequências industriais (48 Hz a 62 Hz), usando um líquido contaminante e corpos de prova em plano inclinado.

• Cabos não halogenados

Também em consulta pública até 27 de junho deste ano, o projeto de revisão da norma ABNT

NBR 13428, elaborado pela Comissão de Estudos de Cabos Isolados (CE-03:020.03) do CB-03, especifica os requisitos de desempenho exigíveis para cabos de potência e condutores isolados sem cober tura, não halogenados e com baixa emissão de fumaça, para instalações fixas e tensões até 1 kV. O escopo informa ainda que estes cabos devem ser utilizados em locais com alta densidade de ocupação e/ou com condições de fuga difíceis, conforme a ABNT NBR 5410.

• Isolador tipo castanha e isolador tipo roldana de porcelana ou de vidro

A Comissão de Estudo de Isoladores para Linhas Aéreas e Subestações (CE-03:036.01) do

CB-03 elaborou dois projetos de revisão de norma que estão atualmente em consulta pública no site da ABNT e lá devem permanecer até 13 de julho deste ano.

O projeto ABNT NBR 6248 especifica as dimensões, as características mínimas exigíveis e os

ensaios para isoladores tipo castanha, com dielétrico de porcelana, para utilização em sistemas de corrente alternada, com tensão nominal superior a 1.000 V e frequência abaixo de 100 Hz, para uso externo.

Já o projeto ABNT NBR 6249 especifica as dimensões, as características mínimas exigíveis e

os ensaios para isoladores tipo roldana, com dielétrico de porcelana ou vidro, para utilização em sistemas de corrente alternada, com tensão nominal superior a 1.000 V e frequência abaixo de 100 Hz, para uso externo.

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Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Maio de 2014

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

Avenida 23 de maio recebe nova iluminação a Led A brasileira Unicoba venceu concorrência da prefeitura para ser a fornecedora das luminárias do projeto de modernização da importante via da capital paulista

Um dos principais corredores de São Paulo,

a avenida 23 de maio, acaba de passar por um processo de modernização de sua iluminação. O Gurpo Unicoba, que atua nos segmentos de energia elétrica, eletrônica, informática e serviços, foi uma das empresas que participou do projeto, tendo vencido a concorrência da prefeitura para fornecer as luminárias de Leds.

A empresa forneceu 774 luminárias com

tecnologia de Led, com potência nominal de 280 W e alta eficiência energética. Estão dispostas em mais de dez quilômetros da via, cobrindo o corredor norte-sul, desde a Avenida Washington Luís até a região do aeroporto de Congonhas.

As luminárias de Led substituíram os antigos

equipamentos a vapor de sódio, com potência nominal de 400 W, existentes na via. Conforme o diretor da divisão de eficiência energética da

As novas luminárias, com potência nominal de 280 W e alta eficiência energética, estão dispostas em mais de dez quilômetros de via.

Unicoba, Custódio Neto, os novos equipamentos

qualidade e estabilidade de luz e visão branca, não

como fornecedora das luminárias, o diretor

propiciaram uma redução significativa de energia,

diminui apenar o risco de acidente com condutores,

esclarece que a administração da iluminação

contudo, o projeto do qual participou a Unicoba

mas também de pedestres. Isso porque a iluminação

pública da cidade de São Paulo fica a cargo do

não diz respeito apenas à eficiência energética.

de Led valoriza as chamadas vias pedonais

Departamento de Iluminação Pública (Ilume),

Trata-se também, segundo Neto, de um projeto

(calçadões), onde se encontram os pedestres.

atrelado à Secretaria Municipal de Serviços, que

de valorização do espaço urbano. Nesse sentido,

Neto explica que a iluminação viária não se resume

terceiriza parte de sua responsabilidade, no caso,

as luminárias de Led preservaram um conceito da

apenas à rua em que circulam os veículos, mas

manutenção do dia-a-dia para o mercado. O

cidade conhecido como “corredor branco”, que

também às calçadas. “E, para esse projeto, toda a

consórcio que, na atualidade, é responsável por

tem a avenida 23 de maio agora como uma de suas

via ficou iluminada e valorizada: o canteiro central,

este serviço é a SP Luz, que, por sua vez, tem

expressões. “O que havia lá era vapor de sódio,

todas as faixas e mais a pedonal”, completa.

expansões dos equipamentos de iluminação pública

que dava uma cor mais amarelada. O intuito foi

previstas no contrato.

preservar o conceito que se queria valorizar e lá

da empresa destaca ainda a característica de o

realmente virou um corredor”, explica o diretor.

produto estar preparado para suportar oscilações

produtos e submetê-los a avaliações para que

A questão de segurança também é contemplada

de tensão na rede sem prejuízo para a iluminação.

posteriormente seja feita a aquisição. Foi o que

neste projeto. De acordo com o gerente de produtos

“Isso é extremamente importante. Na rede do país,

o consórcio fez neste caso da modernização da

Led da divisão de eficiência energética da Unicoba,

de maneira geral, a qualidade de energia é baixa.

iluminação na Avenida 23 de maio. Junto com

Rodrigo Ricardi, quando há a transformação de

E ter um produto que consiga suportar isso sem

diversas outras empresas da área, a Unicoba

iluminação de uma via, principalmente, via rápida,

prejudicar a emissão e preservando a vida útil é

participou da concorrência, passando por algumas

como é a 23 de maio, de vapor de sódio, que

fundamental”, diz Neto, sublinhando que a vida útil

etapas.

emite uma luz amarela, relativamente pobre em

das luminárias é de 50 mil horas.

O diretor da divisão de eficiência energética

Longo caminho percorrido

parte, os profissionais do Ilume fizeram uma análise criteriosa de documentos, visando verificar se os

de visualização dos automóveis que estiverem trafegando na via, reduzindo acidentes.

concorrência que levou à contratação da Unicoba

Uma via mais bem iluminada, com mais

A primeira, segundo Neto, foi o processo de

homologação, que durou cerca de um ano. Nesta

termos de reprodução de cor, para Led, que emite uma luz mais rica, aumenta-se o nível de distância

Cabe, então, à SP Luz fazer as seleções de

Antes de explicar em detalhes o processo de

equipamentos estavam qualificados para atender aos critérios normativos desejados pela prefeitura.


As luminárias de Led preservaram um conceito da cidade conhecido como corredor branco, que tem a avenida 23 de maio agora como uma de suas expressões.

Conforme o diretor, o produto da Unicoba foi o primeiro a ser homologado.

Logo em seguida, deu-se a segunda etapa

do processo: a de projeto. Nesta fase, que durou cerca de três meses, avaliou-se qual seria o comportamento das curvas de determinada luminária, dentro de um projeto, tendo como critério fundamental que a posteação não fosse modificada nem em termos de altura e nem de distância. Isso, segundo Neto, foi um grande desafio porque, normalmente, é necessário fazer um ajuste, ou em termos de altura ou de distanciamento para obter a curva desejada. “E a nossa luminária teve um comportamento no desenho que foi adequado para a realidade que enfrentamos no dia a dia do Brasil”, diz.

A terceira e última fase baseou-se em

critérios mais comerciais, avaliando-se o preço e a disponibilidade do produto. O diretor da divisão de eficiência energética conta que a exigência da prefeitura foi de que a implementação do projeto tivesse que ser feita bem antes da abertura do Copa do Mundo. O objetivo era que antes do dia 15 de maio as luminárias estivessem instaladas. “Nós entregamos isso em dias. Em quatro ou cinco dias após a assinatura do contrato, os produtos estavam entregues”, declara.

A fábrica da Unicoba está localizada em

Extrema, no Sul de Minas Gerais, município muito próximo não só do Estado de São Paulo, mas também da capital paulista, o que, segundo o diretor Neto, facilitou a entrega dos produtos. Isso talvez não tenha sido determinante no momento para a prefeitura escolher as luminárias da Unicoba, mas, depois, quando eles viram os produtos realmente chegaram no prazo determinado, Neto acredita que isso tenha feito a diferença.


Painel de empresas

24

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Coel comemora 60 anos de atividades no Brasil Empresa celebra bons resultados financeiros e almeja crescimento de até 30% para 2014

A fabricante de controladores para

automação industrial e refrigeração, Coel, reuniu, no mês de abril, a imprensa e seus colaboradores para celebrar o sexagenário da empresa. Na ocasião, o presidente do conselho de acionistas, Enrico Vezzani, falou sobre as conquistas e os novos projetos da Coel. Segundo ele, embora o crescimento da empresa em 2013 tenha sido elevado, de 33%, o número ficou abaixo do esperado. “Esperávamos incremento de 45% no faturamento de 2013 frente a 2012, especialmente por conta do novo mercado de atuação, o de refrigeração. A expectativa agora é que 2014 acompanhe o ritmo do ano passado e apresente crescimento entre 25% e 30%”, prevê.

A Coel foi fundada em 1954 com a proposta

de fabricar e comercializar painéis para automação industrial. Essa atividade, até então incipiente no Brasil, começou a ganhar mercado e, no lugar de ter os clientes como concorrentes, a empresa mudou seu foco e apostou na produção de componentes para painéis elétricos, área em que atua até hoje.

Especializada na produção de controles para

automação industrial, a Coel implantou sua fábrica na cidade de Manaus no ano 2000 e, dez anos depois, iniciou a fabricação de instrumentos para

Enrico Vezzani, presidente do conselho de acionistas da Coel.

pequena linha produtiva na cidade de São Paulo,

cerca de 5.000 m² e apresenta uma capacidade

onde também está localizada toda sua área

de produção de 60 mil produtos por mês. Nesta

comercial e administrativa, mas quase a totalidade

planta de Manaus, são produzidos os itens de maior

da sua linha de produtos é fabricada em Manaus

aceitação no mercado, como os modelos RTST 20,

(AM). Esta unidade industrial ocupa uma área de

BWT 40 e TLB30, entre outros.

refrigeração, segmento que ajudou a alavancar os negócios da empresa.

Vezzani conta que, no princípio, a produção de

instrumentos era artesanal para uso próprio, para serem usados dentro dos painéis. “Naquele tempo, o Brasil não tinha uma indústria de componentes para automação industrial e meu pai, fundador, começou a fabricá-los para não depender somente da importação e acabou criando uma demanda para esses produtos”, lembra.

Uma joint venture realizada no ano de 2010

com a italiana AsconTecnologic permitiu a troca de experiências, de tecnologias e novos investimentos em produtos. Assim, a Coel conta hoje com uma

Fábrica localizada em Manaus (AM) produz cerca de 60 mil produtos por mês.



Painel de empresas

26

O Setor Elétrico / Maio de 2014

ABB apresenta sistema com tecnologia de segurança cibernética Equipamento, que será lançado oficialmente em julho, tem como principal inovação dispositivos visando à proteção contra cyber ameaças

A ABB, empresa especializada em tecnologias de energia e automação, apresentou ao mercado

brasileiro em meados de abril, a sexta versão do seu Sistema de Controle Distribuído (SDCD), sistema 800xA. O equipamento, que será lançado oficialmente, no dia 1° de julho, tem basicamente a mesma estrutura das versões anteriores, consolidando processo, energia, segurança e telecomunicações em único sistema. A inovação está nos dispositivos visando a proteção contra cyber ameaças.

Nesse sentido, conforme a ABB, o SDCD 800xA irá fazer parte do portfólio da

companhia composto por recursos de segurança como controle avançado de acesso, listagem branca e os meios para monitorar e gerenciar a integridade de segurança e o sistema de controle, tais como: sistema operacional MS mais atual Windows MS 8.1/ servidor 2012 R2; sistema aprimorado que define automaticamente as políticas de simplificação e robustez do sistema; código de assinatura digital para certificar o código de legitimidade do software; e acesso mais rápido e imediato aos arquivos aprovados pelo antivírus.

O Sistema 800 x A da ABB apresenta mesa de colaboração, que proporciona uma visão 3D de indicadores de desempenho da planta, possibilitando novas formas de visualizar, corrigir e analisar dados.

Além destes dispositivos, a nova versão de SDCD da ABB apresenta roteadores wireless, que permitem a implantação segura de clientes do operador móvel,

manutenção de locais de trabalho e até mesmo controles de processo; mesa de colaboração, que proporciona uma visão 3D de indicadores de desempenho da planta, possibilitando novas formas de visualizar, corrigir e analisar dados. Além disso, uma nova plataforma de gerenciamento de informações aumenta a conectividade segura para que os dados possam ser recolhidos de forma segura e usados para a mineração e análise. O sistema, segundo o fabricante, oferece ainda melhorias da lista de tendências e alarmes, sistema de endereço público integrado e interface KNX que traz o ambiente do operador para solução global.

O sistema SDCD Sistema 800xA começou a ser produzido pela ABB há cerca de dez anos. Atualmente, são mais de dez mil sistemas deste tipo instalados em mais

de 100 países. A empresa decidiu, então, comemorar sua trajetória e o lançamento do produto com um tour de divulgação do produto, denominada Turnê Mundial de Controle. São Paulo foi a segunda cidade escolhida para a apresentação. A primeira foi Hannover, na Alemanha. Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, Vasteras, na Suécia, Lago Maggiore, na Itália, Guangzhou, na China, Essen, também na Alemanha, e Singapura, em Singapura, também já participaram do evento promovido pela ABB. As próximas cidades serão Calgary, no Canadá, e Houston, nos Estados Unidos.

Nexans lança cabo com “plástico verde” A novidade, chamada de Eco Afitox, é proveniente da cana-de-açúcar e emite menos CO2 durante seu processo de extração, sendo menos agressiva ao meio ambiente

A Nexans lançou oficialmente no último dia 6 de maio o seu mais novo cabo livre de halogênio, o Eco Afitox. O novo produto, continuação do já conhecido Afitox, possui

basicamente as mesmas características que seu antecessor – por ser não halogenado, apresenta baixa emissão de fumaça e não gera gases tóxicos. A diferença está na sua característica construtiva, uma vez que o novo cabo é produzido com o chamado “plástico verde” (biopolietileno), oriundo da cana-de-açúcar.

Conforme o gerente de produtos da Nexans, Leonel Rodrigues, a cana-de-açúcar é uma fonte renovável que emite menos CO2

durante seu processo de extração, o que faz com que o cabo Eco Afitox seja menos nocivo ao meio ambiente do que o cabo Afitox normal, cujo material produtivo é o polietileno comum, fabricado a partir de petróleo ou gás natural. Não obstante a diferença de matéria-prima, Rodrigues afirma que o novo produto manterá a mesma propriedade, desempenho e versatilidade de aplicações que o Afitox.

O novo condutor está sendo produzido nas cores preto, branca, azul, vermelha, verde, verde e amarelo, e amarelo, nas seções

de 1,5 mm² a 240 mm² e nas tensões de 450 V e 750 V. Rodrigues explica que os cabos em 750 V daqui em diante não serão mais produzidos em tecnologia Afitox, que continuará a ser fabricado somente para cabos com tensões de 1 KV.

Durante o lançamento oficial do produto, realizada em São Paulo, o engenheiro eletricista, superintendente da Associação Brasileira

Não obstante a diferença de matéria-prima, o novo produto manterá a mesma propriedade, desempenho e versatilidade de aplicações que o Afitox.

de Certificação de Instalações Elétricas (Certiel Brasil), Eduardo Daniel, ministrou uma palestra em que falou um pouco sobre o trabalho da associação criada em 2008 com o intuito de oferecer o serviço de certificação técnica de instalações elétricas de acordo com a norma ABNT 5410 e outras áreas específicas.

No evento, comentando a respeito do cabo Eco Afitox e da preocupação da Nexans com a questão ambiental, Daniel declarou que o aspecto da sustentabilidade ainda não é

requisito de normas, sejam elas brasileiras ou internacionais, mas que pode ser em breve. Conforme o superintendente, as normas IEC de produtos já estão saindo com um anexo, por enquanto informativo, tratando de aspetos relacionados à sustentabilidade. Nesse sentido, a Nexans estaria se adiantando ante um possível requerimento de norma.



Painel de empresas

28

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Nova fabricante de grupos geradores chega ao Brasil Com investimento inicial de R$ 10 milhões, Himoinsa do Brasil é instalada em Contagem (MG) com capacidade de produção de duas mil unidades por ano

Com o objetivo de alavancar sua marca e conquistar o mercado

brasileiro, a espanhola Himoinsa chega ao Brasil com a proposta de produzir cerca de dois mil grupos geradores por ano. Com planta industrial instalada na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a Himoinsa do Brasil recebeu investimento inicial de R$ 10 milhões, atingindo os R$ 40 milhões em uma segunda etapa.

Os produtos fabricados no Brasil são grupos geradores de 25 kVA a 750

kVA (standby) e torres de iluminação. A par tir de 750 kVA, o produto será impor tado da sede do Grupo Himoinsa, localizada na Espanha.

A empresa oferece ao Brasil uma ampla gama de produtos para

diferentes mercados, como setores de mineração, construção, serviços, agricultura, residencial, telecomunicações, entre outros, oferecendo energia tanto para operação em emergência como para operação contínua.

Para isso, a empresa está trabalhando na criação de uma rede de distribuição no país. Conforme explica o diretor de vendas, Eder Rodrigues, “a

intenção da empresa é investir no desenvolvimento de uma sólida rede de distribuidores e na promoção da marca, a fim de posicionar a Himoinsa no mercado brasileiro, como tem feito nos demais mercados internacionais”.

Atualmente, a Himoinsa é considerada a maior fabricante de unidades geradoras de energia da Espanha, a terceira na Europa e uma das cinco

maiores em todo o mundo. A multinacional tem 12 subsidiárias em Cingapura, Dubai, Angola, Itália, Por tugal, Alemanha, Polônia, Reino Unido, México, Panamá, Argentina e República Dominicana, além de oito centros de produção na Espanha, China, França, Índia, Estados Unidos e Brasil. Possui também uma ampla rede de distribuidores, que lhe permite estar presente em mais de 100 países dos cinco continentes.

Serão produzidos no Brasil grupos geradores de 25 kVA a 750 kVA.



Evento

30

Hannover

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Por Massimo Di Marco*

Rittal apresenta lançamentos na Hannover Fair A convite da Rittal, executivos de suas filiais em diversos países, empresários brasileiros e a revista O Setor Elétrico visitaram uma das principais feiras industriais do mundo e conheceram de perto as instalações da empresa na Alemanha

Entre 6 e 11 de abril, executivos de

foi recepcionada, na Alemanha, pelo diretor

Alemanha, cujo enfoque está na produção

diversas nacionalidades estiveram reunidos

presidente da unidade Brasil da Rittal, José

dos painéis TS8 – modelo de maior sucesso

para visitar as fábricas da Rittal nas cidades

Teixeira. Em seguida, a programação incluiu

mundial. São produzidos cerca de 2.400

de Rennerod, Rittershausen e Herborn, na

uma visita ao parque industrial da empresa

painéis por dia, incluindo os do tipo padrão e

Alemanha. A caravana, que incluiu a revista O

em Rennerod. Na ocasião, executivos da Rittal

customizados. O estoque tem capacidade para

Setor Elétrico, conseguiu conhecer de per to

declararam ser a única fabricante de sistemas

150 mil painéis, que são distribuídos para todo

a fabricação de produtos, como armários e

de ar condicionado no mundo a testar 100%

o mundo. No Brasil, o painel TS8 é o carro-

caixas para distribuição de energia, assim como

eletronicamente seus produtos com relatórios

chefe de vendas da empresa.

equipamentos para climatização, setor de óleo

online, bem como a realizar testes de “burn

e gás, bem como infraestrutura para Tecnologia

in” por amostragem, que visam analisar a vida

levados até a fábrica de Herborn, atual sede da

da Informação (TI). Além disso, o roteiro incluiu

útil do equipamento, garantindo, assim, mais

Rittal, que domicilia toda a equipe de vendas

visitas à Hannover Fair e à unidade industrial da

qualidade aos produtos.

e de marketing da empresa, sendo também

Volkswagen, em Wolfsburg, considerada o maior

responsável pela fabricação de caixas modelo

parque fabril do mundo.

a unidade industrial de Rittershausen,

AE. Esta produção, totalmente automatizada,

considerada a principal fábrica da Rittal na

manufatura cerca de 20 mil caixas por dia,

Com uma agenda movimentada, a caravana

A comitiva conheceu, no dia seguinte,

Neste mesmo dia, os convidados foram


31

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Comitiva viajou à Alemanha a convite da Rittal.

também encaminhadas para todo o mundo,

visitação à fábrica da Volkswagen, na cidade de

a maior fábrica automotiva, responsável pela

inclusive para o Brasil.

Wolfsburg. Esta unidade é considerada o maior

produção de um milhão de veículos por ano,

parque fabril do mundo, assim como também

número equivalente a 25% da produção total

Um dos pontos altos da programação foi a


Evento

32

Hannover

anual de automóveis no Brasil. Para isso, são

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Rittal na Hannover Fair

empregados cinco mil robôs, quantidade duas vezes maior que o número de robôs em operação

no Brasil. A visita teve um motivo: a unidade utiliza

irmãs, Eplan, Cideon e Kiesling, levou para a

painéis elétricos fabricados pela anfitriã Rittal.

Hannover Fair algumas soluções para cadeias

A Rittal, juntamente com suas empresas-

de valor integradas na montagem de painéis

Hannover Fair

elétricos, as quais foram apresentadas em um estande de cerca de 2.000 m², sob o lema “Next

Considerada a maior feira industrial do

Level for Industry” (em português “próximo nível

mundo, a Hannover Fair atrai milhares de

para a indústria”).

visitantes de diversos países. Vitrine das

principais tecnologias dos setores elétrico,

Gonçalves, explicou que o conceito adotado para o

eletrônico e automação, o evento dita tendências.

lema tem em vista a denominada “Indústria 4.0”,

Para se ter uma ideia, a edição deste ano ocupou

que trata de uma nova revolução industrial, em

uma área de mais de 240 mil m² e contou com

que o chão de fábrica, os produtos e a internet

a participação de mais de 510 expositores,

se comunicam de forma avançada. Este conceito

provenientes de 60 países, sendo a Holanda o

pode ser observado tanto na visitação das

país parceiro convidado deste ano. O público

fábricas, quanto no evento. Segundo o executivo,

superou as expectativas dos organizadores:

este conceito também será levado ao Brasil e

de energia compacta podem ser facilmente

foram cerca de 250 mil visitantes, dos quais

trabalhado junto aos clientes, começando pela

implementados em aplicações industriais e na

aproximadamente 1.000 eram brasileiros.

divulgação da ideia até a aplicação dos produtos

construção civil.

Rittal. A empresa investiu dois milhões de euros na

feira teve como meta estimular a busca contínua

sua participação na Hannover Fair.

painéis baseado em uma norma americana, a

pela eficiência, segurança e sustentabilidade

De acordo com o vice-presidente executivo

Rittal teve como objetivo facilitar a instalação

dos recursos na produção e na logística, com

da Rittal para Gestão de Produtos, Uwe Scharf,

de disjuntores em painéis. O sistema está em

uma cober tura abrangente das principais

mesmo que ainda leve alguns anos antes da

conformidade com a NR 10, pois impede a

tecnologias industriais. Nesta edição, o evento

visão da indústria 4.0 ser implementada, algumas

aber tura não só da coluna onde está instalado

reuniu sete segmentos, como se agrupasse

abordagens promissoras já foram alcançadas

o disjuntor, mas também de todo o conjunto

sete feiras em um mesmo lugar: automação

pela empresa. “Padronização consistente e

de painéis acoplados, quando estiverem

industrial, energia, MobiliTec, fábrica digital,

modelos abrangentes de informações de produtos,

energizados

abastecimento industrial, indústria verde, além

armazenamento de dados consistente, processos

de pesquisa e desenvolvimento.

coordenados em toda a engenharia, bem como

a nova engenharia mecânica automatizada, são

Com a temática “Indústria integrada”, a

“Como se poderia esperar de uma das

O gerente de produtos da Rittal, Fabrício

mais impor tantes feiras de tecnologia industrial

pré-requisitos essenciais para a implementação da

do mundo, neste ano, a Hannover Fair focou

Indústria 4.0", acrescentou.

na principal tendência que molda a paisagem

industrial hoje – a integração e as tecnologias

durante o evento foram as ferramentas de

que a impulsionam. Além disso, os visitantes

software conectadas (Eplan Electric P8 ,

puderam ver uma gama de soluções para

EPLAN Pro Panel, Rittal Therm e Rittal Power

os desafios industriais do futuro, por meio

Engineering), assim como a tecnologia de

de componentes individuais para linhas de

máquinas automatizadas da Kiesling, e o robô para

produção totalmente funcionais e inteligentes”,

fiação Averex, que já está pronto para produção

declarou Marc Siemering, vice-presidente sênior

em série.

da Messe, responsável pelo evento.

sua plataforma Ri4Power com a adição de um

A próxima edição da Hannover Fair será

A ampliação de plataforma Ri4Power foi um dos destaques da empresa durante o evento.

Com o novo sistema de inter travamento de

Uma das soluções exibidas pela empresa

Em termos de produtos, a Rittal ampliou

realizada entre os dias 13 e 17 de abril de

sistema de barramento recém-desenvolvido de

2015.

185 mm. Desta forma, os sistemas de distribuição

Sistema de intertravamentos facilita a instalação dos dispositivos.


33

O Setor Elétrico / Maio de 2014

A Rittal no Brasil

Com exclusividade, o diretor presidente da unidade Brasil da Rittal, José Teixeira, falou à revista

O Setor Elétrico sobre mercado brasileiro, logística e investimentos. Acompanhe os principais pontos abordados pelo executivo durante a entrevista:

Mercado brasileiro A Rittal está focada hoje em três mercados, por conta do potencial que eles apresentam. São eles: Brasil, China e Estados Unidos. A Rússia também vem conquistando espaço nesta prioridade. No caso do Brasil, as maiores oportunidades estão na infraestrutura, principalmente, nas áreas de energias renováveis, óleo e gás, alimentos e bebidas, e automotiva. Os investimentos estão canalizados na qualificação profissional e no aumento da capacidade produtiva.

Preço Por conta do aumento de volume de vendas conquistado nos últimos anos, somado à qualidade no processo produtivo, hoje, a Rittal consegue aplicar uma relação custo/benefício significativa e, consequentemente, ser bastante competitiva. Para manter a liderança existe um grande volume de investimentos em tecnologia de ponta e isso precisa ser considerado pelo cliente na hora de optar por uma solução Rittal.

Logística A Rittal está aumentando o seu pool de agentes (vendas diretas) em todo o Brasil. Isto se faz necessário para não prejudicar a entrega. Ao mesmo tempo, a Rittal desenvolve seus montadores e integradores warehouse remotos, conseguindo, assim, criar estoques de produtos standards a serem customizados no local. Outra novidade implementada foi um acordo assinado com os Correios, por meio do qual, peças pequenas, com até 1 m de diâmetro, nas três dimensões, pesando até 30 quilos, serão entregues via Sedex, agilizando a entrega de acessórios e, ao mesmo tempo, diminuindo perdas.

Investimentos A diretoria alemã, em 2013, já aprovou a implementação de uma nova fábrica no Brasil. A fábrica atual será expandida em 2.400 m², onde será instalada uma cabine de pintura a pó. Esta expansão visa aumentar a área de logística de produção e provavelmente dará início à fabricação de caixas AE, que, atualmente, são importadas da Alemanha. A expectativa é que a expansão da fábrica ocorra em 2015 por conta do crescimento de vendas alcançado nos últimos três anos.

José Teixeira, diretor presidente da Rittal no Brasil.

*Massimo Di Marco é diretor da Atitude Editorial e viajou à Alemanha a convite da Rittal.


Evento Por Bruno Moreira

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Expolux

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Expolux dita tendências e discute iluminação pública em São Paulo

Evento recebeu 21 mil visitantes e foi palco para seminário que discutiu, entre outros assuntos, a responsabilidade pelos ativos da iluminação pública no país peculiaridades. Conforme o diretor, na hora

pagar e parte vou dar uma contraprestação, eu

Internacional da Indústria da Iluminação (Expolux

de avaliar o melhor modelo os municípios têm

tenho que olhar o remédio certo para o problema

2014), realizada entre os dias 22 e 26 de

que levar em conta os possíveis ganhos com

certo. E olhar no projeto, a estrutura de negócio,

abril, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP),

eficiência energética, que podem ser menores,

ganhar junto para não perder sozinho”, diz

ocorreu o Seminário de Iluminação Pública, cujo

iguais ou maiores que a taxa interna de retorno

Krichanã, destacando que, além dos ganhos em

objetivo foi debater os rumos deste segmento

do projeto.

eficiência, os municípios podem usar para custear

no Brasil. A discussão teve como princípio a

determinado projeto as receitas acessórias que

resolução 414, de 2010, da Agência Nacional

cogitação e a concessão comum em que a

podem ser criadas com a iluminação pública.

de Energia Elétrica (Aneel), que instituiu que

receita vem toda do setor privado (que recebe

a distribuidora deve transferir os ativos de

o investimento de volta via tarifa) é a melhor

foi realizada pelo advogado especialista no

iluminação aos municípios. O evento, ocorrido no

saída. Se forem iguais, a melhor opção será uma

segmento de iluminação pública, Alfredo Gioelli,

dia 23 de abril, teve como um de seus destaques

concessão patrocinada, na qual há uma divisão

que falou sobre o impasse envolvendo alguns

a apresentação do diretor da SK Estruturação

de custos entre o setor público e setor privado.

municípios do Estado de São Paulo e a Aneel, em

de Concessões e Parcerias Público Privadas

Agora, se os ganhos com eficiência energética

relação à resolução 414 de 2010. O advogado

Ltda., Saulo Krichanã Rodrigues, que dissertou

forem menores, a opção mais viável é a PPP em

voltou a falar que a agência não tem qualidade

sobre o melhor modelo de contrato, visando o

regime de concessão administrativa, em que a

jurídica para determinar via resolução que os

investimento em projetos de iluminação pública

receita fornecida à empresa vem toda do poder

munícipios se tornem os responsáveis pelo

no país.

público.

gerenciamento do parque de iluminação. Para

“Quando eu vejo qualquer projeto de

Gioelli, tal decisão só cabe ao Ministério de Minas

entre o regime de concessão e Parcerias Público

investimento, seja de natureza econômica com

e Energia (MME), que poderia muito resolver essa

Privadas (PPPs), porque cada modelo tem suas

tarifa paga, seja um investimento, parte eu vou

pendência mediante portaria, mas não o faz.

Paralelamente à 15ª edição da Feira

Para Krichanã, não se trata de escolher

Se forem maiores, uma PPP está fora de

Outra apresentação de destaque do seminário


O Setor Elétrico / Maio de 2014

35

Segundo o advogado, esta é a tese que está

prevalecendo no Estado de São Paulo e que já acarretou em 52 ações judiciais movidas pelos municípios com o intuito de não receber os ativos de iluminação pública das concessionárias. Gioelli informou durante sua apresentação que, destas ações, 41 já tiveram liminares deferidas em primeira instância e confirmadas no tribunal regional federal da 2ª região; seis liminares foram indeferidas e mantidas pelo Tribunal Regional Federal (TRF) e cinco liminares foram indeferidas, mas estão em grau de recursos, aguardando a solução.

Participaram ainda do evento o coordenador

do Portal PPP Brasil, Bruno Pereira, que falou sobre a situação atual do mercado brasileiro no que concerne às PPPs; o diretor do departamento de iluminação pública da cidade de Curitiba (PR), Rodinei Caetano, que falou sobre os projetos da prefeitura municipal em relação à iluminação pública; o lighting designer e consultor da Godoy Luminotecnia, Plinio Godoy, que dissertou um pouco sobre projetos de iluminação urbana e a respeito da tecnologia Led; o gerente de venda no segmento de iluminação pública e governo da GE, Luciano Rosito, que fez uma apresentação sobre eficiência energética e as normas ABNT para o setor de iluminação pública; entre outros.

Aumento do número de expositores

A 14ª Expolux teve a participação –

considerada recorde pelos organizadores – de 300 expositores, número 40% maior do que o evento realizado em 2012, segundo o gerente de evento da Alcântara Machado, empresa responsável pela feira, Ivan Romão. Para atender o maior número de expositores, sua área de exposição também aumentou, passando de 22 mil metros quadrados em 2012, para 37.500 neste ano. Além disso, o evento teve a participação de mais de 21 mil visitantes, que puderam travar contato com mais de 600 lançamentos apresentados durante os cinco dias de feira, voltados em sua maioria para tecnologias como Led.

De acordo com os organizadores do


Evento

36

Expolux

Produtos lançados durante a Expolux 2014 Projetor de alta performance em Led www.wetzel.com.br

Lançamento da Wetzel na

Expolux 2014, o projetor de alta performance em Led, M01, possui como uma de suas principais características o baixo consumo de energia: 70% menor em relação às lâmpadas convencionais. O equipamento apresenta vida útil de 50 mil horas, driver acoplado e visor em Seminário teve como um de seus destaques palestra sobre o melhor modelo de contrato, visando o investimento em projetos de iluminação pública no país.

evento, a expectativa da indústria é de que os

Prêmio de design

negócios gerados durante a Expolux deste ano

sejam fundamentais para garantir ao setor de

realizada a edição 2014 do Prêmio Abilux Design

iluminação crescimento de 4% em 2014 quando

de Luminárias. O evento, que completou 20

comparado a 2013, que apresentou faturamento

anos, recebeu 97 inscrições de produtos, das

de R$ 4 bilhões. O presidente da Associação

quais foram selecionadas 24, que concorreram

Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux),

nas seguintes categorias: iluminação residencial;

Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, destaca que

comercial; industrial; pública; e monumental. Além

muitas indústrias que expuseram no evento

disso, houve uma categoria especial denominada

estão estimando crescimento até superior,

“conservação de energia”.

principalmente as que apostaram na inserção

de novas tecnologias em seus produtos, no

foi a luminária de teto, Dual Mix, da empresa

desenvolvimento de um design exclusivo e nas

Utiluz (Vertex), que teve como designer, João

exportações.

Francisco Adams Tcacenco. A Utiluz (Vertex), em

conjunto com Tcacenco e equipe técnica, também

Para continuar incentivando os participantes

Durante a Expolux, no dia 22 de abril, foi

Na categoria residencial, o produto vencedor

a realizarem negócios é que a Alcântara Machado

produziu a luminária de teto Slim Led, campeã

pretende incrementar ainda mais a Expolux na

na categoria comercial. Na categoria industrial,

sua versão 2016. Romão informa que objetivo

o primeiro lugar ficou com a luminária de teto

é aumentar novamente o espaço de exposição

Ágata, que foi produzida pela equipe de design

do evento, que continuará sendo realizado no

da Intral. Para iluminação pública e monumental,

Expo Center Norte, mas que abrangerá, além dos

a grande vencedora foi a luminária de mesa ST3

pavilhões branco e verde, parte do vermelho.

– Linha Street, desenvolvida pelos designers da

Cold Led Light. O prêmio especial de conservação

“Além disso, em 2016, há a ideia de setorizar a

feira em parte: decorativa, pública, cênica, comercial

de energia foi dado para o departamento de

e industrial”, diz Romão, revelando a vontade da

engenharia da empresa Trópico e seu produto TP

empresa de eventos em investir também em mais

8007 – Future.

conteúdo técnico e educacional, com a criação de

“hot spots” na feira, com exposições rápidas, para

receberam um certificado e um selo Abilux. Os

que a empresa fale de novidades e lançamentos e

segundos e terceiros lugares de cada categoria

de um congresso de design.

foram premiados apenas com o certificado e o selo.

Além de troféu, os primeiros colocados

policarbonato ou vidro. Com IP 65, é ideal para uso externo, podendo ser aplicado em fachadas, exposições, estacionamentos, campos esportivos, praças, etc.

Luminárias de Led www.intral.com.br

As luminárias de

Led Ágata e Nácar, para atender aos segmentos industrial e comercial, foram os grandes destaques da Intral. A luminária Ágata foi desenvolvida pensando em ambientes com elevada altura de montagem. Já a luminária Nacar para iluminar postos de combustíveis Ambas têm expectativa de vida de 70 mil horas e foram fabricadas para substituir os atuais sistemas que utilizam lâmpadas de multivapor metálico ou de vapor de sódio de 250W.

Spot www.startecimport.com.br

Os spots Cob Super Led, nos

formatos quadrado e redondo, e na cor branca, foram destaque da Startec na Expolux 2014. Os equipamentos, com potência de 12 W, apresentam, entre suas características técnicas, temperatura de cor de 6000 K; vida útil de duas mil horas; fluxo luminoso de 240 lm; eficiência de 80 lm por watt; e economia de até 90% em relação à luminárias convencionais.



Produtos lançados durante a Expolux 2014 Luminárias a Led de uso externo

Tubulares www.lampadasgolden.com.br

As novidades

luminária é montada com módulo de Leds e driver de alta eficiência, com IRC de 80 e disponível nas

Expolux 2014 incluem

temperaturas de cor 3000 K e 4000 K. O IP do

o lançamento da linha

produto é 40.

foi desenvolvido para diversos tipos de aplicação,

Luminária de embutir com difusor acrílico

sendo melhor e mais aplicado, no entanto, para

www.interlight.com.br

a tubular HO. Com potência de 48 W, o equipamento

luminárias a Led, da Lumicenter, é voltada para uso

iluminação geral de áreas maiores. O item apresenta

externo. Nesse sentido, apresenta opções para

economia de até 60% de energia elétrica frente

instalação em paredes ou postes. O produto pode

às fluorescentes tubulares convencionais, com a

ser encontrado em versões com uma a quatro

vantagem de não ser agressivo ao meio ambiente.

pétalas, com dois, três, ou quatro módulos de Led

aço com pintura eletrostática cor branca Ral-

da Golden para a

Ultraled. Um dos produtos de destaque desta linha é

Com grau de proteção IP 67, a Lex, família de

laterais. O equipamento é fabricado em chapa de 9003 e apresenta difusor em acrílico piramidal. A

www.lumicenter.com

O Setor Elétrico / Maio de 2014

cada e em opcionais sem poste ou com poste de

Luminária indoor

três a seis metros. Apresentando temperatura

www.eletroterrivel.com.br

A Skyled, luminária de embutir com

de cor de 5300 K e IRC 70, as luminárias são

difusor de acrílico, da Interlight, é fabricada

fabricadas com corpo em alumínio e pintura em

em alumínio com pintura eletrostática

preto fosco.

poliéster e está disponível nas cores branca microtexturizada, preta microtexturizada e

Iluminação profissional www.avantled.com.br

marrom cor ten. As cores do Led são branco

A Eletroterrível, revendedora de produtos

quente (3000 K) e branco neutro (3000 K) e

de iluminação, estava presente na Expolux 2014,

o fluxo luminoso dos itens varia de 760 lumens

Durante

divulgando as marcas de diversas empresas do

a 3600 lumens, com IRC de 80. O equipamento

a Expolux

setor, dentre elas, a GE Lighting. Desta empresa,

possui também driver bivolt incorporado e

2014, a Avant

um dos produtos de grande destaque na feira foi

autonomia de 25 mil horas.

realizou o

a luminária indoor GE Led Albeo, vencedora do

lançamento de

prêmio Next Generation Luminaires 2013 de Design

Luminárias tubulares de Led

diversos itens

em Iluminação de Estado Sólido. De acordo com a

www.nanoled.com.br

de iluminação

fabricante, esta luminária oferece maior segurança

de Led, de alta

no espaço de trabalho, melhoria na produtividade,

Produto

durabilidade

redução de erros e nas taxas de rejeição.

divulgado

e elevada intensidade de luz. Entre eles, destaque para a luminária High Bay Led, indicada para substituição das luminárias prismáticas com lâmpadas de descarga, para ser utilizada em

pela Nanoled

Luminária Led de embutir

na Expolux

www.guarilux.com.br

deste ano, as tubulares de Led

galpões, centros de distribuição, indústrias e demais

apresentam IP 41.

ambientes com pé direito de até 12 metros. A

A potência dos equipamento vai de 8 W a 23 W, seu

luminária é desenvolvida em liga de alumínio e Led

fluxo luminoso varia entre 1090 lm e 3120 lm e sua

de alta potência, o que permite aproveitamento total

tensão de entrada é de 85V-265V. A temperatura de

do fluxo luminoso e baixa emissão de calor. Possui temperatura de cor branca de 6000 K e índice de reprodução de cor IRC > 75.

Com moldura quadrada ou retangular, a

luminária Led de embutir, da Guarilux, é apropriada para ser colocada em forro gesso, fixa por molas

cor das lâmpadas Led das luminárias abrange a faixa de 2700 K a 6.000 K e sua carcaça é de alumínio, o que garante maior dissipação de calor.


39

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Luminárias de sobrepor www.taschibra.com.br

condomínios, entre outros; projetor, para fachadas, prédios históricos, pontes, etc.; e pública, para

Luminárias de embutir www.bonin.com.br

calçadas, vias, praças e túneis. O produto apresenta Especialmente

corpo reforçado em alumínio injetado, fluxo luminoso

desenvolvidas para

de 4.800 lúmens, driver interno de alto rendimento

frame é uma

iluminação de interiores,

(85%) e lentes e difusor anti-ofuscamento em

série de

as luminárias TA 51,

vidro temperado 4 mm, policarbonato ou acrílico

luminárias de

da Taschibra, são uma

texturizado.

embutir no

linha econômica própria para ser utilizada com lâmpadas fluorescentes ou

Sinalizadores em Led

Led. São fabricadas na cor branca, em chapa de aço

www.fortlight.com.br

com pintura eletrostática em pó poliéster e possuem

A Step

formato quadrado, da Bonin, e foi desenvolvida para a utilização de lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas. Os produtos apresentam molduras em perfil de alumínio com recuo de 45° e desenho

refletor em alumínio de alto rendimento. Bivolts,

empregam lâmpadas de 54 W.

na Expolux 2014, os

valorizando o espaço arquitetônico, segundo o

sinalizadores em Led, Giroled,

fabricante. Com pintura eletrostática poliéster, as

são montados em luminárias

luminárias podem ser encontradas nas cores: branca,

para uso em ambientes

branca microtexturizada, branca fosca e preta.

Refletor e tubulares www.penzel.com.br

Lançamento da Fortlight

escalonado, o que proporciona um design moderno,

hostis, com gases inflamáveis

ou poeiras combustíveis. Trata-se de conjunto fabricado

Luminária de embutir www.bronzearte.com.br

em alumínio injetado e vidro borosilicato. É fornecido

com: prensa-cabo interno,

2014, o destaque

que dispensa o uso de unidades seladoras; caixa

da Bronzearte foi a

A Penzel aproveitou a Expolux deste ano para

de derivação; ponto para aterramento externo;

luminária de embutir

divulgar sua linha de iluminação Led, Luz Max. Entre

conjunto de derivação; ponto para aterramento

Solution Led, com 30 mil horas de vida útil. Encontrada

os produtos desta linha que foram ressaltados pela

externo; conjunto de 128 Leds de alta durabilidade,

no mercado nos formatos redondo e quadrado, o

empresa estão os refletores e as tubulares. Os

com seis tipos de programação, nas tensões de 12

equipamento é feito de alumínio injetado com pintura

equipamentos refletores apresentam potência de 10

Vcc ou 24 Vcc, 120 Vca, 220 Vca ou bivolt.

epóxi microgranulada branca e difusor acrílico. A

W a 50 W e cor de temperatura de 5500 K e 6000 K. Já as luminárias tubulares, cujo tamanho varia de

Coleção de luminárias

60 cm a 2,4 m, podem ser encontradas nas versões

www.revoluz.com.br

fabricadas com tubo em alumínio e policarbonato e aparência leitosa e translúcida, variando também

A Zist é a coleção de

sua temperatura de cor entre 5500 K e 6000 K.

luminárias da Revoluz e

Na Expolux

Solution Led pode ser empregada tanto em ambientes residenciais quando ambientes corporativos.

Lâmpadas refletoras www.brilia.com.br

foi destaque na Expolux

2014. A coleção é

sustentáveis e versáteis, a linha

composta por pendentes,

expert foi um dos lançamentos da

luminárias de sobrepor

Brilia na feira Expolux deste ano.

e embutidos, que têm

Dentro da linha, destaque para

Utiluz na feira Expolux

como seu diferencial o difusor Revopillow, fabricado

as lâmpadas refletoras AR 111

2014, o refletor

em acrílico PMMA, que produz uma iluminação com

e AR 70, cuja função é projetar fachos de luz sem

industrial modelo

conforto visual e garante elevada durabilidade aos

ofuscamento de 8° e 24°, respectivamente, sendo

Ind-50 modular está disponível em três versões:

equipamentos, segundo o fabricante. As luminárias

que a AR 111 possui a vantagem de ser dimerizável.

luminária, para pavilhões comerciais, industriais,

apresentam corpo em alumínio, o que produz um

Ambas podem ser aplicadas tanto em ambientes

conjunto leve, com acabamento de alto nível.

comerciais quanto residenciais.

Refletor industrial www.utiluz.com

Destaque da

Com lâmpadas econômicas,


Produtos lançados durante a Expolux 2014 Luminária industrial www.mokay.com.br

redução de consumo de energia elétrica em até 90%; evitam acidentes com queimaduras, pois

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Bloco autônomo com Leds www.aureon.com.br

têm aquecimento mínimo; não contêm mercúrio e chumbo que contaminam o meio ambiente; e sua vida útil é 30 vezes maior que a dos outros equipamentos, conforme o fabricante. Os projetores são produzidos em alumínio fundido sob pressão e revestidos eletrostaticamente em

A Mokay aproveitou a Expolux deste ano

para apresentar seu catálogo de produtos edição 2014. Na relação, a empresa apresentou a linha QL-HBL02 de luminárias industriais, com destaque para as luminárias de 50W e 100W, para uso em minas ou subsolos. Ambos os produtos são fabricados em alumínio e apresentam Led de alta potência, temperatura de cor de 2700 K a 6500 K e IP 20.

Luminária de teto painel www.ecolediluminacao.com.br

Fabricada para

substituir a luminária com lâmpadas fluorescentes, a luminária de teto painel da Ecoled tem acabamento em alumínio e está disponível nas cores: preto, branco e natural. Seu tipo de fixação é pendente ou por mola e sua temperatura de cor varia entre 3000 K e 6000 K. O produto pode ser encontrado nas potências de 12 W a 80 W e seu fluxo luminoso vai de 1100 lm a 5500 lm.

Refletores de Led www.tecnolamp.com.br

Ideais para iluminação de fachadas,

vitrines, pátios, jardins, etc., os refletores de Led JB Light da Tecnolamp do Brasil são ecologicamente corretos, já que: apresentam

cores exclusivas, tais como: verde, azul, amarelo

e vermelho.

sistemas de iluminação de emergência, estão os

Sistema de telegestão www.ilumatic.com.br

Entre os modelos da Aureon, especialista em

blocos autônomos com Leds. Com base e moldura na cor branca em ABS autoextinguível de alto impacto, o modelo Led-FLX apresenta difusor em policarbonato transparente, translúcido ou

Composto por

leitoso, para aclaramento e opções de película

equipamentos que podem

para balizamento. Com grau de proteção IP 66

ser incorporados em

(opcional), os módulos apresentam consumo de

qualquer modelo de

4 W, 15 W e 18 W e autonomia de uma ou duas

luminária, o sistema de

horas – dependendo do modelo. Pode funcionar

telegestão em iluminação

como só emergência, normal e emergência, normal

pública foi destaque da

e emergência com sensor de presença.

Ilumatic na edição da deste ano da Expolux. Conforme a empresa, com este

Sistema modular www.repume.com.br

sistema, é possível programar a hora de ligar e dimerizar as luminárias, fazendo com que se tenha

uma redução significativa no consumo de energia e

também de emissões de CO2, que pode chegar até

70%.

Arandela www.idealiluminacao.com.br

A linha de luminárias de Led Versatii, da

Lançamento

Repume, apresenta sistema modular e versátil de

da Ideal Iluminação

montagem, podendo ser constituída por dois a oito

na Expolux 2014,

módulos. Indicadas para iluminação externa, as

a arandela 988-TA

luminárias possuem grau de proteção IP 66 para

é recomendada

o corpo ótico através do conjunto do módulo de

para uso em áreas

Leds e IP 67 nos drivers. O corpo das luminárias

externas e possui

é fabricado em liga de alumínio injetado com alta

proteção interna

resistência mecânica. Já os drivers são montados

para a lâmpada.

em um compartimento individual em liga de alumínio

Fabricado em

injetado, fixado ao conjunto da luminária, garantindo

alumínio, o produto recebe pintura eletrostática nas

melhor equilíbrio térmico e maior eficiência

cores branca e preta e possui soquete G9 para uso

operacional. São fornecidas com temperatura de cor

com lâmpada Halopin 60 W.

de 3000 K a 6500 K.


Apoio

41

PROTEÇÃO DE GERADORES Geraldo Rocha e Paulo Lima

42

Capítulo V – Proteção de perda de campo

• Proteções de perda de campo • Proteção de perda de campo com offset positivo da zona 2

CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE POTÊNCIA Luiz Felipe Costa

46

Capítulo V – Ensaio de tipo e de rotina

• Arranjos construtivos típicos • Conclusões

INSPEÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Marcus Possi

56

Capítulo V – Ferramentas

• Elementos do documento • Preenchimento dos documentos: eletrônicos versus impresso • Determinação das ferramentas

• Tratamento das informações • Uma análise sintética das vantagens e desvantagens no preenchimento eletrônico e impresso

MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES Marcelo Paulino Capítulo V – Polaridade e relação em transformadores de potência

• Introdução • Polaridade de um transformador • Métodos de ensaios para determinação de polaridade • Relação de transformação • Determinação da relação de transformação

68

Fascículos

• Criação do formulário


Proteção de geradores

Apoio

42

Capítulo V Proteção de perda de campo Por Geraldo Rocha e Paulo Lima*

O elemento da proteção de perda do campo

tensão induzida no estator, os efeitos variam de

(40) monitora a tensão e a corrente no circuito

acordo com a condição, por exemplo, quando

do estator visando detectar uma redução no

o enrolamento do campo está aberto, a corrente

campo magnético do enrolamento do rotor.

no campo cai a zero, assim como a tensão

induzida.

A perda do campo ocorre quando o campo

magnético

produzido

pelos

enrolamentos

Todavia, quando o enrolamento do campo

do rotor sofre uma redução repentina. Isso

está curto-circuitado, existe alguma corrente

ocorre quando há redução da corrente DC nos

induzida nos enrolamentos do rotor. A tensão

enrolamentos do rotor, normalmente causada

induzida no estator decresce, mas não cai a

por uma abertura do circuito do campo,

zero.

curto-circuito no campo, trip acidental do

disjuntor de campo, etc.

condição em que consome potência reativa e

gera uma pequena quantidade de potência ativa.

Quando há uma redução no campo e na

Figura 1 – Proteção de perda de campo – ANSI 40.

Na maioria dos casos, o gerador atinge uma


Apoio

43

As correntes parasitas induzidas no rotor sobreaquecem

esta parte da máquina. Como a máquina se comporta como um curto-circuito com uma pequena reatância (X’d), as correntes elevadas que surgem nos enrolamentos do estator podem causar danos térmicos severos na isolação dos enrolamentos.

Para o sistema elétrico de potência, a perda do suporte

de potência reativa pode gerar oscilações de potência no sistema, causando trip das linhas de transmissão.

Proteções de perda de campo A Figura 2 mostra como um elemento offset mho pode detectar uma situação de perda do campo. Quando a máquina perde a corrente de campo, o traçado da

Figura 2 – Respostas à perda de campo.

impedância aparente, inicialmente localizado no ponto marcado “0 segundo”, se move para o quarto quadrante.

máquina sem a corrente de excitação não tem nenhuma

A impedância aparente para num ponto localizado perto

tensão de excitação no estator e o sistema “vê” a máquina

do ponto correspondente ao valor negativo da reatância

como uma simples reatância similar a X’d.

transitória da máquina X’d. Isso ocorre em aproximadamente

Observe que um elemento mho pode detectar a

2 segundos.

condição se este tiver sido ajustado corretamente com a

direcionalidade para a máquina.

Isso está de acordo com o raciocínio físico, pois a


Proteção de geradores

Apoio

44

O offset da Zona 1 é ajustado com valor negativo da

reatância transitória dividido por dois (-X’d / 2). O diâmetro, Z1, é ajustado de forma que o alcance tenha o valor de 1,1 vezes a reatância síncrona de eixo direto (Xd). Isto garante que condições severas de perda do campo produzam impedâncias aparentes localizadas dentro da região delimitada pela Zona 1.

Figura 3 – Elemento de proteção de perda do campo.

Proteção de perda de campo com offset positivo da zona 2

operadores sobre a existência de uma situação não grave de

A Figura 3 mostra um dos esquemas mais usados para

baixa excitação que pode ser controlada manualmente. A

detecção de perda do campo. O esquema consiste de um

Figura 4 mostra o critério típico de ajuste recomendado para

elemento de subtensão, um elemento direcional e dois

o esquema de perda do campo. Note que cada zona tem dois

elementos mho. O primeiro elemento mho, Zona 1, dá trip na

ajustes: um offset e um diâmetro.

máquina após uma pequena temporização (normalmente 0,2

segundo). O segundo elemento mho, Zona 2, com alcance

elemento da Zona 1 do método descrito anteriormente.

maior, emite um alarme após 30 segundos de operação,

Observe que para o diâmetro da Zona 1 é explicitamente

exceto se houver uma condição de subtensão. Se ocorrer uma

recomendado que o ajuste seja igual a 1.0 p.u. da

condição de subtensão, o elemento da Zona 2 deve dar trip no

impedância de base do gerador, que é dada por Zbase =

gerador dentro de 0,25 s a 1 s.

KV^2 / MVA. Este ajuste é menor do que o do método

O alarme após 30 segundos serve para alertar os

anterior. No presente método, a Zona 1 deve dar trip em

Figura 4 – Ajustes da proteção de perda de campo com offset positivo da Zona 2.

Os ajustes da Zona 1 são similares aos usados no


Apoio

45

valor igual ou ligeiramente maior do que a reatância de eixo direto em regime do gerador (Xd) e o offset é ajustado com valor similar ao da Zona 1, ou seja (- X’d / 2). A temporização do trip da Zona 2 deve ser entre 0,5 s e 0,6 s. Esta temporização evita operações para oscilações normais.

Estabelecido que o máximo offset da Zona 2 é zero (é

zero ou um número negativo), então, a Zona 2 não pode ser ajustada para detectar perda parcial do campo da mesma forma que foi efetuado no método apresentado anteriormente. Alguns engenheiros veem isto como uma desvantagem do método negativo da Zona 2. *Geraldo Rocha é engenheiro eletricista e especialista em Proteção de Sistemas Elétricas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É atualmente gerente de Marketing e Engenharia de Aplicação na Schweitzer Engineering Laboratories e professor titular do curso P4 - Filosofias de Proteção de Geradores da Universidade SEL.

Figura 5 – Ajustes da proteção de perda de campo com offset negativo da Zona 2.

um tempo muito curto, uma vez que detectará condições muito severas de perda do campo.

O diâmetro do elemento da Zona 2 é ajustado com um

PAULO LIMA é graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Itajubá, com ênfase em Sistemas Elétricos. Atua na SEL como engenheiro de aplicação e suporte técnico para clientes nos serviços e soluções para controle, automação e proteção nas áreas de geração, transmissão, distribuição. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

46

Capítulo V Ensaios de tipo e de rotina Por Luiz Felipe Costa*

Além de todos os cuidados mencionados em

1.5. Verificação da operação satisfatória dos

capítulos anteriores quanto a interação de um

dispositivos de manobra e partes removíveis;

equipamento com o sistema elétrico, em que ele

1.6. Verificação do grau de proteção (testes

vai ser instalado, toda e qualquer aplicação de um

para o primeiro numeral e uma possível letra

Conjunto de Manobra e Controle (CMC) de média

adicional para segurança humana).

tensão (MT) demanda que este produto tenha todos os ensaios de tipo, conforme as normas

2 - Obrigatórios, onde aplicáveis:

aplicáveis; devendo estar em consonância com as

2.1. Verificação da proteção de pessoas contra

condições existentes na aplicação.

efeitos elétricos perigosos;

2.2. Verificação dos compartimentos preenchidos

Para a norma IEC 62271-200 e sua NBR

equivalente, a lista de ensaios de tipo requeridos

a gás quanto a sua resistência mecânica;

é a seguinte:

2.3. Verificação dos compartimentos preenchidos a gás quanto a sua estanqueidade;

1 - Obrigatórios:

2.4. Avaliação dos efeitos de um arco devido a

1.1. Verificação do nível de isolamento;

uma falha interna (classificação IAC);

1.2. Verificação da elevação de temperatura das

2.5. Ensaios de compatibilidade eletromagnética

diversas partes e medição da resistência dos

(EMC).

circuitos; 1.3. Verificação da suportabilidade dos circuitos principal e de aterramento à corrente de curta

3 - Opcionais (sujeitos a acordo entre o fabricante e o usuário):

duração nominal e seu respectivo valor de pico;

3.1. Verificação da proteção contra os efeitos

1.4.

externos devido a intempéries;

Verificação

da

capacidade

de

estabelecimento e interrupção dos dispositivos

3.2. Verificação da proteção contra impacto

de manobra;

mecânico;


Apoio

47

3.3. Verificação do nível de descargas parciais;

h. Ensaios de pressão de compartimentos preenchidos a gás

3.4. Ensaios de poluição artificial;

(quando aplicável);

3.5. Ensaios dielétricos para permitir teste com os cabos de

i. Verificação dos dispositivos auxiliares (bomba de

força conectados.

óleo, solenoide de mecanismo de operação de chave de aterramento, etc.) elétricos, pneumáticos e hidráulicos;

Para estas normas, a lista de ensaios de rotina é a

j. Ensaios depois de montagem no local de uso: deve-se

seguinte:

verificar a operação correta do CMC e efetuar ensaio de

a. Ensaio dielétrico no circuito principal;

tensão aplicada no circuito principal (com valor limitado a

b. Ensaios em circuitos auxiliares e de controle (a inspeção

80% do aplicado em fábrica). Nos casos aplicáveis, deve-se

e a verificação de conformidade com os diagramas de

verificar a estanqueidade e medir a condição do fluido após

circuitos e de fiação, testes funcionais, a verificação da

o preenchimento.

continuidade elétrica das partes metálicas aterradas e

ensaios de tensão aplicada à frequência industrial – 1 kV /

requeridos é a seguinte:

Pela norma ANSI / IEEE C.37.20.2, a lista de ensaios

60 Hz / 1 s); c. Medição da resistência ôhmica do circuito principal (este

1 - Ensaios de tipo:

ensaio está sujeito a acordo entre fabricante e usuário);

1.1. Testes dielétricos;

d. Ensaio de estanqueidade (quando aplicável);

1.2.

e. Verificações visuais e de projeto;

temperatura);

f. Medição de descargas parciais (este ensaio está sujeito a

1.3. Suportabilidade à corrente momentânea;

acordo entre fabricante e usuário);

1.4. Suportabilidade à corrente de curta duração;

g. Ensaios de operação mecânica (pelo menos cinco

1.5. Suportabilidade à corrente momentânea do sistema

operações ou tentativas em cada direção);

de desconexão das partes auxiliares removíveis (gavetas de

Corrente

nominal

permanente

(elevação

de


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

48

transformadores de potencial e transformadores auxiliares

para aplicações em salas elétricas com pouco espaço no

de controle);

sentido da profundidade das seções dos conjuntos de

1.6. Operação mecânica;

manobra e controle, ela apresenta problemas relativos ao

1.7. Materiais isolantes do barramento principal;

comprimento do arranjo (por exemplo, um painel para 40

1.8. Resistência à chama do isolamento aplicado a

kA e 2.500 A em 13,8 kV, com 10 colunas, precisaria de um

barramentos;

local com pelo menos 11 metros de comprimento). Além

1.9. Teste de qualificação da pintura;

disso, dependendo do arranjo físico de um possível duto

1.10. Teste de chuva para equipamentos para uso externo.

Para esta norma ANSI, a relação dos testes que são feitos

na produção (ensaios de rotina) é a seguinte: a. Teste dielétrico (valor de tensão suportável, aplicada à frequência industrial) no circuito principal; b. Testes de operação mecânica; c. Medição da resistência ôhmica do circuito principal (este ensaio está sujeito a acordo entre fabricante e usuário); d. Teste de verificação do aterramento das carcaças metálicas dos transformadores de instrumento; e. Testes de fiação de controle e operação elétrica (verificação da continuidade da fiação de controle, verificação da isolação da fiação, verificação de polaridade e teste de operação sequencial).

A ANSI C37.20.2 apresenta algumas recomendações

para o caso de se realizar testes dielétricos em campo nos circuitos principais (limitar o valor de ensaio a 75% do que é solicitado para o teste em fábrica).

Arranjos construtivos típicos

Comum na cultura IEC, pode-se observar na Figura 1 uma

exemplificação do arranjo típico dos compartimentos e dos componentes usados numa coluna com padrão construtivo utilizando um só disjuntor, montado no compartimento intermediário da parte frontal (também conhecido como arranjo “single-tier” ou “mid-high” ou “one-high”: um elemento de manobra por coluna vertical).

Na Figura 2, podemos ver uma exemplificação da

“escola” ANSI com o arranjo típico dos compartimentos e dos componentes usados em uma coluna com padrão construtivo utilizando dois disjuntores, montado nos compartimentos da

Legenda: 1. Compartimento de controle (BT).

parte frontal (também conhecido como arranjo “two-high”:

2. Dispositivos de alívio de pressão.

dois elementos de manobra por coluna vertical).

4. Compartimento de elemento principal de manobra.

6. Transformadores de corrente (TCs).

O arranjo da Figura 1 permite o uso de montagens

com a parte traseira das colunas próxima à parede, pois disponibiliza acesso frontal aos pontos de conexão dos cabos de potência. Apesar de ser uma forma interessante

3. Compartimento de barras. 5. Disjuntor extraível. 7. Compartimento de cabos. 8. Chave de aterramento. 9. Guilhotinas (“shutters”) metálicas (ver os detalhes, mostrando-as nas posições: “fechada” e “aberta”).

Figura 1 – Conjunto de manobra de MT com um disjuntor por coluna (arranjo “One-high” ou “Mid-high”).


Apoio

49


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

50

de barras para a conexão ao disjuntor de entrada, podem

o elemento mais próximo (uma parede, por exemplo) para

existir problemas com a acessibilidade para a instalação e

que se possa permitir o acesso aos cabos de potência. A

manutenção do sistema. Outro ponto de preocupação é a

vantagem deste arranjo surge quando existem limitações

seção reta dos cabos e sua quantidade por fase, tanto nas

no comprimento da sala e com a necessidade de grandes

saídas quanto na entrada (caso não se use duto de barras).

quantidades de cabos de conexão ou a instalação de dutos

Deve-se ter cuidado com o raio de curvatura dos cabos e

de barras. Possui também um maior espaço para a instalação

com a dimensão mínima para a terminação dos cabos e

de outros dispositivos como: capacitores e supressores de

sua passagem por dentro da janela de um possível TC para

surto, muflas terminais em corpo cerâmico, TC toroidal

proteção contra correntes de sequência zero.

para proteção contra falhas de sequência zero (“Ground

Sensor”), capacitores para correção de fator de potência

A opção pelo arranjo da Figura 2 (cultura “ANSI”) exige

a presença de espaço entre a parte traseira das colunas e

nas saídas para motores, chaves de aterramento, etc.

Além do contexto dos diferentes tipos construtivos já

mencionados, existe também uma discussão atual quanto à filosofia de montagem a ser adotada para os elementos de manobra: fixo ou extraível. Ambos os conceitos são seguros e possuem vantagens e desvantagens quanto à sua adoção. De fato, a escolha final recai sobre as filosofias adotadas pelo usuário para a operação e manutenção da sua instalação.

A filosofia de elementos de manobra fixos demanda o

uso de chave seccionadora ou equivalente para garantir o seccionamento entre o elemento e rede elétrica. Já, no caso de uso de elementos extraíveis, é eliminada a necessidade de presença de chave seccionadora, desde que o sistema de movimentação do carro extraível e as guilhotinas associadas garantam a distância requerida para o seccionamento.

O uso de guilhotinas metálicas para os tipos extraíveis

permite a segregação dos condutores (uso de barreira metálica aterrada entre partes energizadas, de forma que qualquer ocorrência de uma descarga elétrica só possa ocorrer para a terra) no ponto de seccionamento. Já nos sistemas com elementos fixos, a adoção da segregação de condutores só é possível com a instalação de uma chapa metálica temporária entre os contatos abertos da chave seccionadora. Outra vantagem no uso de elementos extraíveis com guilhotinas metálicas é a possibilidade de se conseguir, também, a segregação dos circuitos de saída. No caso de elementos fixos, existe a necessidade de uso Legenda: 1. Compartimento de controle (BT). 2. Dispositivos de alívio de pressão. 3. Compartimento de barras. 4. Compartimento de elemento principal de manobra. 5. Disjuntor extraível. 6. Transformadores de corrente (TCs), montados sobre as tulipas (campânulas) dos contatos fixos do disjuntor. 7. Compartimento de cabos. 8. Chave de aterramento. 9. Guilhotinas (“shutters”) metálicas. (ver os detalhes, mostrando-as nas posições: “fechada” e “aberta”).

de mais uma chave seccionadora e outra chapa metálica (para uso temporário entre os contatos da chave), a fim de se poder garantir a segregação. Porém, esta condição não se faz sempre necessária.

Tanto o sistema fixo para montagem de elementos de

manobra quanto o extraível demandam intertravamentos de segurança. Estes dispositivos exigem inspeções e testes

Figura 2 – Conjunto de manobra e controle de média tensão com dois disjuntores por coluna (arranjo “Two-high”).

periódicos.


Apoio

51

Figura 3 – Possibilidades de montagem do elemento principal de manobra (neste caso, disjuntor).

Outra discussão relativa ao tópico do uso de elemento

“extraível” versus “fixo” é a preocupação quanto ao uso de contatos móveis. Esta condição existe tanto no caso de elementos extraíveis (contatos das garras principais, fixa e móvel) quanto no caso de fixos (contatos principais do seccionador e os pontos de transferência de corrente na ligação entre a parte móvel e fixa da lâmina).

Em aplicações que usavam tecnologias de interrupção

com base no uso do “sopro magnético” ou de “câmaras com jato controlado de óleo mineral” (PVO – Pequeno Volume de

Figura 4 – Representações das condições de estado de um elemento de manobra fixo (neste caso, interruptor).


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

52

Óleo) era necessário um rápido e fácil acesso para inspeção e manutenção dos polos e das câmaras de extinção, visto que estes tipos de equipamento apresentavam um número limitado de ciclos de operação entre inspeções sucessivas. Logo era imperativo o uso de sistemas de extração para as unidades de manobra, de modo a reduzir o tempo de serviço nas intervenções. Hoje em dia, tal condição se modificou diante das novas tecnologias de interrupção de arco elétrico. Isto é bem relevante no caso de interruptores a vácuo, cujo atual estado de desenvolvimento, associado à baixa energia mecânica necessária para se manobrar os contatos entre as pequenas distâncias de isolamento presentes na condição “aberta”.

Disjuntores com interruptores a vácuo com contatos

de liga Cu – Cr (Cobre – Cromo), usando sistema AMF (“Axial Magnetic Field”), têm apresentado uma capacidade de manobra superior a 10.000 ciclos de operação em regime normal. Tais condições têm levado a classificar, normalmente, dos disjuntores a vácuo como sendo de categoria E2 e M2, segundo as definições e testes da norma internacional IEC 62271-100.

Porém, nos casos em que ainda se faz necessária uma

rápida troca do elemento principal de manobra, seja por motivos de falha ou de uma manutenção programada, a solução com elemento extraível é a mais eficiente. Estas

Figura 5 – Representações das posições de operação de um elemento de manobra fixo (neste caso, interruptor).

são condições típicas nos casos de grandes instalações

c. Guilhotinas (“shutters”): parte da cela que pode ser

industriais

de

movida de uma posição, dita “aberta”, onde os contatos

concessionárias de energia. Já nas situações em que a

fixos estão expostos e podem, então, serem conectados

corrente de regime associada ao elemento de manobra

às respectivas partes móveis; para uma outra posição

é relativamente baixa e se tem uma baixa periodicidade

(“fechada”), onde elas, então, segregam os contatos fixos;

(quantidade de operações de seccionamento), a solução

se tornando, assim, uma partição interna ou parte do

“fixa” é muito confiável tecnicamente e bem viável em

invólucro externo.

termos econômicos, fato comum em centros comerciais ou

d Pinças: contatos do tipo “fêmea”, normalmente da parte

grandes prédios de escritórios.

móvel de um sistema extraível, cujas garras são montadas

numa

ou

das

subestações

de

distribuição

Em um arranjo do tipo extraível, existem elementos

configuração

de

“dedos

paralelos”

(conforme

básicos que compõem as partes fixa e móvel da unidade

mostrado na Figura 27 – a).

funcional (UF), conforme exemplificado na Figura 6.

e. Tulipas: contatos do tipo “fêmea”, normalmente da parte móvel de um sistema extraível, cujas garras são montadas

a. Cela (“module”): também chamado de berço, é o

numa configuração de “coroa” (conforme mostrado na

subconjunto de montagem do sistema extraível, a ser fixado

Figura 27 – b).

na UF.

f. Barra: contato do tipo “macho”, normalmente da parte

b. Campânula (“spout”): bucha isolante, montada na cela,

fixa de um sistema extraível, com a forma de barra chata,

com o contato fixo que permite a interligação elétrica entre

que trabalha com os contatos do tipo “pinça”.

o elemento extraível e as barras condutoras da UF. No

g. Pino: contato do tipo “macho”, normalmente da parte

caso trifásico, existem seis peças: uma para cada ponto de

fixa de um sistema extraível, com a forma cilíndrica, que

acoplamento (entrada / saída) de cada polo (fase).

trabalha com os contatos do tipo “tulipa”.


Apoio

53


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

54

móvel: o arranjo de tulipa está, usualmente, associado ao uso de tubos ou cilindros como elementos condutores, os quais têm, em geral, um desempenho melhor quanto às solicitações dielétricas e à facilidade na aplicação de possíveis coberturas isolantes.

Conclusões

A indústria, de um modo geral, vem ampliando os

requisitos do uso de conjuntos de manobra e controle de média tensão de forma a estes equipamentos propiciarem cada vez mais um serviço confiável e uma operação segura, tanto do ponto de vista do sistema elétrico quanto, principalmente, pelo lado do ser humano. Estes requisitos têm sido cada vez mais rigorosos e precisam ser considerados e incluídos nos novos projetos.

Neste contexto, tem-se observado, nas indústrias com

instalações e equipamentos elétricos baseados nas normas ABNT e IEC, uma tendência à solicitação de conjuntos Figura 6 – Exemplos de um sistema extraível.

A escolha, pelo fabricante, tipo de configuração de

contatos, pinça ou tulipa, depende de fatores como: níveis esperados para a corrente de regime permanente ou de curto-circuito. Alguns fabricantes preferem usar, basicamente, o tipo tulipa para todas as faixas, enquanto outros usam o tipo pinça até o nível de 2.000 A. Outro fator considerado nesta seleção está relacionado à forma da interligação entre o elemento interruptor e o contato

de manobra e controle de média tensão com as seguintes características: • UF com interruptor montado a meia altura da coluna (seção): um elemento por coluna; • Classe de perda de continuidade de serviço e a categoria de partição: LSC2B – PM para CDC e LSC2A – PI para CCM; • Compartimento de disjuntor ou demarrador (contator mais

fusíveis

limitadores)

com

acessibilidade

por

intertravamento; • Compartimento de cabos com acessibilidade por intertravamento ou por procedimento; • Compartimento de barras principais: não acessível ou com acesso especial (uso de ferramentas).

É importante, também, incorporar as boas práticas e

lições aprendidas pelo uso consolidado de conjuntos de manobra e controle em instalações com históricos positivos de segurança, confiabilidade, disponibilidade e continuidade. A aplicação e o uso de conjuntos de manobra e controle de média tensão demandam análise criteriosa que deve levar em conta os requisitos de sistemas cada vez mais complexos. Neste contexto, devem ser estabelecidas algumas diretrizes básicas:

Figura 7 – Tipo de contatos móveis.

• Definir as características nominais necessárias para uma


Apoio

55

operação confiável e segura;

• IEC 62271-1. High-voltage switchgear and controlgear –

• Identificar as condições requeridas para o local da

Part 1: Common specifications. IEC, 2007.

instalação: ambientais (temperatura, altitude, umidade,

• IEC 62271-100. High-voltage switchgear and controlgear

poluentes, etc.) e espaciais (área e altura disponíveis,

– Part 100: Alternating-current circuit-breakers. IEC, 2008.

acessibilidade, etc.);

• IEEE Std C37.20.2 – 1999, IEEE Standard for Metal-Clad

• Efetuar os estudos de engenharia necessários e de

Switchgear.

forma completa e consistente (fluxo de carga, queda

• NR 10: Norma regulamentadora Número 10: Segurança

de tensão, curto-circuito, coordenação e seletividade,

em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do

energia incidente, aterramento do sistema e transitórios

Trabalho e Emprego – Governo Federal do Brasil, 2004.

eletromagnéticos);

• Electrical Safety Requirements for Employee Workplaces,

• Definir as filosofias de operação e manutenção;

NFPA 70E-2009.

• Estabelecer os requisitos construtivos adicionais que

• IEEE Guide for Perfoming Arc-Flahs Harzard Calculations,

permitam o aumento da confiabilidade e da disponibilidade

IEEE Std 1584 – 2002.

da instalação e, principalmente, a segurança humana e a operacional.

Referências • IEC 62271-200. High-voltage switchgear and controlgear – Part 200: AC metal-enclosed switchgear and controlgear for voltages above 1 kV and up to and including 52 kV. IEC, 2003.

*Luiz Felipe Costa é especialista sênior da Eaton. É formado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia da UFRJ e pós-graduado em Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade Federal de Itajubá. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

56

Capítulo V Ferramentas Por Marcus Possi*

O objetivo deste artigo é mostrar que, por

Como todo processo, a inspeção também

mais que se desenvolva a arte da inspeção ou da

é

alavancada

e

possui

sua

produtividade

conferência, a ferramenta de trabalho não muda.

aumentada quando utilizamos procedimentos

Ela, ainda que de forma eletrônica ou em papel,

de trabalho bem desenvolvidos e ferramentas de

automatizada ou com a percepção de análise

apoio à produção adequadas. O ensaio e análise

ao preenchimento pelo operador, sempre se

termográfica ainda não são ensaios obrigatórios

resumirá no “check list” ou “lista de verificação”.

por recomendação de norma técnica de baixa ou

Quando bem administrado esse processo, a

de media tensão, mas são itens de grande valor

ferramenta apontada aqui é extremamente útil

por permitir o reconhecimento de anomalias de

para a manutenção da vida do prontuário das

consequências gravíssimas. Não podemos deixar

instalações elétricas, às equipes de manutenção

de enaltecer a importância dessa informação para

e aos seus resultados. Ela contribui para o

os setores de produção e de manutenção na área

trinômio “rápido, preciso e impessoal”, que foi

elétrica, junto ao advento das certificações de

citado no artigo anterior e ainda deve permitir a

treinamentos online promovidos por instituições

incorporação de novas práticas como a tomada

reconhecidas no exterior e a queda no valor

de termogramas.

dos equipamentos desses ensaios. O presente

Assim como um remédio, esta ferramenta deve

trabalho inclui as referências necessárias aos

ser dosada, tanto na sua montagem como na sua

ensaios termográficos e seus resultados nos

aplicação em campo. Integrante do planejamento

nossos relatórios, assim como a quantificação

tático do trabalho de inspeção em campo, a lista

percentual de custo no total.

de verificação reduz o esforço das equipes, seu

Lista de verificação

tempo de atuação e custo do serviço. Sendo algo tão importante, sua montagem requer técnicas,

A produção da lista de verificação obedece

pessoal qualificado e experiente.

a um modelo muito simples: tomar a diretriz


Apoio

57

definida pela equipe de trabalho inicial, que define

os itens de referência para os quais a lista será criada. Por

o propósito da inspeção. A inspeção pode atender a

vezes, e para otimização de processo, elaboramos planilhas

diversas demandas isolada ou concomitantemente. A sua

e listas padrões com o objetivo de atender ao maior número

abrangência e contexto serão o tom do desenvolvimento

de equipamentos possíveis no trabalho da inspeção. Assim,

desse checklist: definir o equipamento, parte, ou conjunto

quando alguns itens forem inadequados ou não aplicáveis a

a ser inspecionado; definir o padrão a ser seguido; elencar

um equipamento, devemos prever uma caixa de marcação

os pontos e requisitos principais ou essenciais para o

“Extra Não Aplicável”. Este recurso não aplicável não

atendimento ao modelo, listar na forma de planilha com

deve exceder a 15% de preenchimento nos formulários

caixas de marcação “Sim - Não”, adaptar ao modelo de

ou não deve ocorrer em mais do que 40% dos formulários

formulário de preenchimento; e o conjunto de justificativas

preenchidos. Isso é justificável por conta de vício de criação

para mais tarde validar tecnicamente esse conteúdo.

de formulários muito genéricos ao invés da criação dos

No caso do nosso trabalho e com o auxílio das

mais adequados e específicos caso a caso. A seguir, nesse

informações colhidas na etapa inicial de nosso processo

trabalho, será apresentado um exemplo dessa transformação

de inspeção, a instalação elétrica deve então ser dividida

e produção a partir de um caso simples, com a contribuição

ou classificada de modo a otimizar os trabalhos a serem

de elementos corporativos e das regulamentações em vigor.

realizados. As instalações são então divididas em partes

É muito conveniente utilizar como dicas de produção: o

menores, atendendo a interesses específicos e definindo os

tempo verbal adequado, a construção de orações simples e

elementos a serem inspecionados. Com foco na segurança

o não uso de “não há...” ou “não existe...”. Incluem-se aqui

das instalações elétricas, imediatamente, reconhecemos os

os eletrônicos ou digitais.

itens de segurança que vêm da NR 10 e, por consequência,

das normas brasileiras ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419

e entendimento dos padrões utilizados para a inspeção, são

e ABNT NBR 14039. Com esses padrões é possível definir

redigidos os itens que vão compor as listas de verificação.

A partir dos itens de referência, conseguidos pela leitura


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

58

Para isso, apontamos aqui como melhores práticas já

referências legais e precisão e assertividade técnica não

identificadas:

podem ser sequer “boas”. Tem que ser “muito boas”. Cada item escolhido deve ser garantido por demanda de norma

1 – O item da lista deve ser assertivo, não dando entendimento duplo ou duvidoso;

técnica, regulamentação ou legislação em vigor. Lista de verificação para equipamentos elétricos

2 – O item da lista deve gerar sempre uma afirmação de “SIM”, ou seja, “sim, atende ao item”, “está conforme”, “foi encontrado”; 3 – O item deve gerar uma expressão ou questão curta que possa ser colocada na forma interrogativa ao ser trabalhada no campo; 4 – O item deve evitar ser específico ou se reportar a referências que tragam a necessidade de consultas ou memorizações. 5 – No caso de atendimento a respostas de ações para retirada de não conformidades, essas devem ser previamente estudadas, sempre que possível, para acelerar o preenchimento e as análises objetivas locais; 6 – O item quando genérico para o tipo de aplicação, mas não necessariamente obrigatório para todas as inspeções, deve possuir um campo de “NÃO SE APLICA” claro para destaque e marcação; 7 – O item deve ser numerado para pertencer a um conjunto maior e ser identificado de forma clara; 8 – O item, sempre que possível, deve ser agrupado em categorias, equipamentos ou locais geográficos dentro das listas para facilitar o trabalho de entendimento; 9 – A sequência dos itens deve, sempre que possível, trazer uma correlação com a lógica da vistoria/inspeção, com o

Figura 1 – Modelo de planilha para lista de verificação de um equipamento.

objetivo de acelerar o trabalho e o consequente aumento de produtividade;

Por serem os quadros elétricos de distribuição os

10 – Todos os itens devem possuir justificativa para serem

equipamentos mais frequentes em instalações de baixa

utilizados e estarem dentro da lista de verificação e essas

tensão, será dado aqui um destaque e comentários

justificativas devem estar disponíveis para consulta.

detalhados para esse equipamento, mas o processo de montagem desses documentos de inspeção segue um

Essas práticas ajudam a melhorar o entendimento e a

apresentação da lista de verificação, sem esquecer que a condição de produtividade é significativamente ampliada. O último item, considerado pelo autor o mais importante, dá o respaldo técnico necessário ao profissional que elaborará o relatório técnico final, ou eventualmente até um laudo ou parecer. Uma vez que esse documento, o

padrão semelhante para qualquer equipamento elétrico. A partir de uma planilha existente (Figura 1), desenvolvida para exemplificar um quadro de distribuição de energia elétrica, analisaremos os itens e a sua aderência à NR 10 e às normas brasileiras. Os itens listados e a serem trabalhados compõem um conjunto que se enquadra

Relatório Técnico de Inspeção (RTI), seja assinado por um

nos seguintes princípios: identificação do documento,

profissional habilitado, será guardado para fins de futura

documentação, componentes e procedimentos.

comprovação, e eventualmente poderá ser reutilizado

A cada um desses elementos referenciaremos um

para justificar decisões em nível judicial. Sua garantia às

valor de impacto nas instalações no quesito segurança,


Apoio

59


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

60

a referência encontrada na NR 10 de infração e a ação

• Condutores de proteção (aterramento) – também

corretiva prevista.

considerados elementos da instalação ou do equipamento

O valor de impacto aqui é, de certa forma, subjetivo

sob inspeção merecem atenção de destaque por serem os

e a caráter do inspetor ou do grupo de inspeção. Assim,

elementos primários da proteção e enquadrados dentro

para fins de exemplo, criamos aqui algumas categorias, as

das “Seis leis de ouro”, ou “DTMAIS”, que traduzem

quais podem seguir padrões já apresentados em trabalhos

o “desligar, travar, medir, aterrar, isolar, sinalizar” da

produzidos por associações, institutos, e grupos técnicos,

segurança, outro ponto importante na NR 10;

mas vale lembrar que a única referência sólida que garante

• Disjuntores – sendo os elementos de proteção mais

uma integridade nacional é aquelas dispostas nas normas

difundidos e com mais recursos apresentados em duas

regulamentadoras NR 10 e NR 28, representadas pelos

normas distintas, sendo uma delas em apoio às instalações

“Is”, de infração de I4 a I1.

comuns e outra às instalações industriais de maior potência, devem ser verificados de forma particular;

Elementos do documento

• Fusíveis – embora não tão comuns, ainda são possíveis

• Identificação do documento – o documento que leva

de se encontrar no mercado e em uso na proteção de

os profissionais a praticarem com sucesso a inspeção

alguns circuitos especiais, outro ponto importante na NR

dos equipamentos servirá, é claro, para o registro

10;

formal dessa atividade. A identificação do documento

• DPS – muitas vezes esquecidos pela sua função de

é composta de duas partes principais: a identificação

proteção e coordenação de isolamento nas instalações,

das responsabilidades e a identificação dos objetos

esses elementos presentes nos quadros de distribuição

inspecionados. Na primeira, temos que identificar o

de energia trazem aos circuitos e àqueles que o operam

profissional e/ou equipe que é responsável pela realização

segurança contra sobtensões diversas. As normas ABNT

do serviço; na segunda, as informações que caracterizam

NBR 5410 e outras fazem referências diretas a eles como

o equipamento, as fotos, a data e o local de instalação e

participantes de projeto;

sua posição no projeto executivo;

• Dispositivos DR – os dispositivos diferenciais e residuais

• Documentação – atendendo à NR 10 e melhores

frequentemente ignorados por projetos e instaladores

práticas, esse item prevê a existência de documentação

possuem a função de proteção contra choques diretos,

do equipamento, instalação ou dispositivo sob inspeção.

outro ponto importante e considerado tanto na NR 10

Projetos e desenhos, catálogos ou manuais específicos são

como na ABNT NBR 5410;

seus objetos principais;

• Procedimentos – atendendo à NR 10, os procedimentos de

• Identificação – a existência de correlação entre os

operação ou manutenção específicos desses equipamentos

equipamentos e suas posições elétricas nos desenhos

são essenciais para a composição do prontuário. No caso

e projetos é essencial para a segurança e deve ser

da obrigatoriedade da existência desses elementos, aí

encontrada. Ponto importante na NR 10;

ficam anotadas as suas considerações;

• Componentes – a lista das partes que formam o todo

• Segurança de acesso – nesse item é observada a

do objeto sob inspeção deve estar clara e pelo princípio

condição de facilidades e oportunidades de acesso às

da construção deve contemplar todos os elementos

partes energizadas pelos trabalhadores e usuários do

importantes e que tragam a noção de perigo aos

quadro de distribuição;

trabalhadores;

• Operação & Manutenção – observada a condição de

• Condutores de energia – embora considerados também

facilidades e oportunidades de acesso e manuseio do

como elementos da instalação ou do equipamento sob

equipamento. A posição e local de instalação devem ser

inspeção, esses merecem atenção específica para conduzir

verificados, assim como os meios de acesso e trabalho

o entendimento de seção quadrada e de limites de corrente

junto a ele.

elétrica e suas proteções associadas;


Apoio

61

Nota: um exemplo, passo a passo, da produção de uma

C – Substituir componente ou equipamento de forma

lista de verificação a partir de um padrão de referência

a atender ao documento técnico

(uma norma técnica, por exemplo) será apresentado no

De

acordo

com

o

projeto,

um

determinado

próximo capítulo.

equipamento está presente, porém fora de especificação ou dimensionamento.

Preenchimento de ações corretivas

D – Promover meios para garantir as condições

As ações corretivas podem e devem ser classificadas

necessárias apontadas

de forma genérica para agilizar os trabalhos durante as inspeções. Essas ações corretivas devem ser escolhidas e anotadas etapa

ainda

de

Uma condição para a operação ou manutenção não está presente;

na

inspeção

Objetos es­t ra­

local, sendo, é claro,

nhos

impedem

as

refinadas e repensadas

condições de opera­

na etapa de elaboração

ção ou manu­t enção.

do plano de adequação para

a

dos

E – Reparar ou

produção

refazer algum

“resultados”

serviço não

descritos

anteriormente.

caracterizado

A

concluído

definição de códigos para

O

caracterizá-las

encontrado

torna o processo de

no

anotação mais rápido

de acordo com as

e

quando

melhores

pelas

adotadas;

preciso

realizado equipes A

no

ações

O

campo.

seguir

não

está

práticas serviço

instalação

algumas

ou

apa­r enta

não estar devidamente

corretivas

generalizadas

local

concluído.

por

conta dos problemas F – Adequar ao proposto nas normas de segurança

mais comumente encontrados no dia a dia das inspeções.

em vigor

A – Elaborar documentação técnica

Novas

No caso de falta de projetos, sua desatualização ou

norma regulamentadora NR 10; Suplementam as normas

de

segurança

apresentadas

na

brasileiras.

não aplicação;

condições

G – Não foi possível identificar por conta de

No caso da ausência de relatórios de ensaios ou de

bloqueios visuais (Requerendo a intervenção no

inspeções previas.

equipamento ou dispositivo para a sua verificação). B – Instalar equipamento necessário e inexistente De

acordo

com

as

normas,

um

determinado

A partir das não conformidades encontradas podemos

marcar pela tabela a seguir.

equipamento deveria estar presente;

As vantagens do preenchimento desses dados em

tempo de inspeção de campo dá uma visão ao eletricista

De acordo com o projeto, um determinado equipamento

deveria estar presente.

ou inspetor de maior abrangência do problema, assim


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

62

como o coloca a pensar na solução desse problema,

Deve-se entender que essa classificação como proposta

caracterizando que de fato há uma anomalia, gerando

acima em exemplo se torna útil quando na montagem

por vezes um debate local saudável, na forma técnica, de

do plano de correções ou o "plano de ação corretiva".

grande valor à formação da equipe, colocando-a sempre

A classificação das ações ajuda mais tarde a empresa

em reciclagem.

contratante a entender o nível de despesas e investimentos nas rubricas organizacionais que buscaram justificativas

Ações corretivas elencadas para esse padrão modelo (Quadros de distribuição)

Opções

Opção básica1

de recursos para a solução dos problemas levantados. Lembramos aqui, que não é atribuição do técnico prover

1

Elaborar projeto

AaG

A

tais considerações, mas que as classificações apresentadas

2

Instalar condutor de aterramento – alimentador

AaG

B

3

Instalar barra de terra

AaG

B

não oneram os serviços do fornecedor, mas apoiam com

4

Acertar condutores de terra

AaG

C

grande valor os resultados.

5

Instalar condutor de aterramento nos circuitos

AaG

B

6

Equipotencializar barra de terra e quadro

AaG

C

7

Acertar aterramento indevido

AaG

E

8

Acertar circuitos

AaG

E

9

Instalar seccionamento mecânico

AaG

B

10

Elaborar projeto

AaG

A

11

Instalar condutor alimentador

AaG

B

12

Acertar isolamento de barras de energia

AaG

C

13

Acertar condutores neutros

AaG

C

14

Acertar fiação interna

AaG

E

15

Instalar dispositivo automático de seccionamento

AaG

B

16

Instalar identificação do quadro

AaG

B

17

Instalar identificação dos circuitos

AaG

B

O

18

Instalar identificação dos condutores

AaG

B

verificação” ocorre ao longo da inspeção do equipamento,

19

Elaborar projeto

AaG

A

e é juntamente com as fotografias do objeto, o registro

20

Acertar os vícios – proteções

AaG

E

do resultado deste trabalho. Assim, terminada a inspeção,

21

Instalar DR

AaG

B

22

Substituir os disjuntores

AaG

C

23

Instalar DPS

AaG

B

entendidos e documentados.

24

Acertar DPS

AaG

E

25

Acertar dispositivos de proteção

É

26

Elaborar projeto

AaG

A

27

Acertar vícios – fusíveis

AaG

E

28

Acertar vícios – fusíveis

AaG

E

do

29

Acertar vícios – fusíveis

AaG

E

se utilizem para preparar e preencher o formulário,

30

Instalar bloqueios de contato direto

AaG

B

registrar de forma clara cada uma dessas áreas é de suma

31

Instalar seccionadores

AaG

B

importância para a sequência do processo de inspeção,

32

Liberar acesso à operação

33

Elaborar procedimentos

AaG

A

34

Promover meios de bloqueio a circuitos

AaG

D

35

Acertar o quadro a normas

AaG

C

36

Elaborar procedimentos

AaG

A

37

Acertar nível de iluminação

AaG

B

38

Acertar marcas

AaG

F

de formulários é a preparação de um modelo em editor

39

Elaborar projeto situacional

AaG

A

40

Elaborar projeto do quadro

AaG

A

41

Realizar ensaios

AaG

A

da inspeção. Esta opção não requer conhecimento

42

Realizar ensaios

AaG

A

especializado e, uma vez que o modelo é definido, pode

Isso será desenvolvido no plano de ação, objeto de

artigo futuro. A classificação dos itens desse documento apoia também a priorização das ações corretivas, sem, no entanto “dar um atestado de completa conformidade para uso” ou “adequado para trabalho com segurança”, tendo em vista que esse será também um assunto a ser apresentado no próximo artigo.

Preenchimento dos documentos: eletrônico versus impresso preenchimento

do

“checklist”

ou

“lista

de

todos os itens do formulário devem estar preenchidos, possível

identificar

quatro

áreas

importantes

nos formulários: informações do equipamento, não conformidades e ações corretivas, anotações e assinatura habilitado.

Independentemente

dos

meios

que

que ocorre com o processamento e organização dos dados para criação do Relatório Técnico de Inspeção (RTI) e do Plano de Ações Corretivas (PAC). Certamente, a forma mais simples e corriqueira de uso

de texto ou de planilhas eletrônicas, impressão de várias cópias em papel e preenchimento manual no momento


Apoio

63


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

64

Disponibilização do formulário no tablet

ser posto em ação com muita agilidade. No entanto, com a popularização da internet em todos os níveis sociais, e mais recentemente com o advento dos “tablets”, é possível

preparar e preencher os checklists em formato eletrônico.

a ser atendido nesta etapa. Ao se selecionar sua forma,

A inspeção via tablet passa por cinco etapas:

é imprescindível a participação dos membros da equipe

determinação das ferramentas, criação do formulário,

responsáveis pelo trabalho e campo, uma vez que estes

disponibilização do formulário no “tablet”, preenchimento

conhecem as particularidades do serviço.

e envio das informações e tratamento das informações.

Podemos classificar as formas de disponibilização

Para melhor apresentar o tema, trataremos cada um desses

dos formulários no tablet quanto à necessidade de

passos, de forma resumida, para em seguida tratar das

conexão. As mais simples são as soluções online, nas

vantagens e desvantagens do uso de recursos eletrônicos

quais o usuário deve fazer uso da internet para acessar

nas nossas inspeções.

websites ou aplicativos, mas na maioria dos casos elas

A facilidade de preenchimento é o principal requisito

não são recomendadas, devido à fragilidade da conexão

Determinação das ferramentas

dos dispositivos móveis, o que pesa negativamente à

Existem diversas opções no mercado para viabilizar o

confiabilidade.

trabalho de inspeção com “tablets”, desde os modelos dos

aparelhos, passando pelos aplicativos (“apps”) e outros

offlines, em que as respostas ficam armazenadas na

softwares e apoio. Para a definição do que melhor atenda

memória do dispositivo, devendo posteriormente ser

às suas necessidades, a equipe deve levar em consideração

resgatadas por cartões de memória, conexão via cabo ou

seus conhecimentos de informática, recursos financeiros e

equivalentes. Aqui perdemos um dos pontos fortes desta

tempo disponível para preparação do formulário.

metodologia, que é a agilidade da geração e tratamento

Do lado oposto encontramos as soluções exclusivamente

das informações coletadas no campo.

Criação do formulário

Definimos como a melhor solução aquelas híbridas,

Visando uma maior produtividade, iniciamos este trabalho

que

no computador, no qual poderemos editar e configurar

arquivamento das respostas de modo offline, de forma

os formulários que nos servirão de checklists, com maior

a não limitar a área de atuação da equipe de inspeção,

agilidade. Nesta etapa todo o levantamento, estudo e

mas que permita o envio das respostas para algum sistema

construção técnica dos checklists devem estar prontos,

online de armazenamento, tão logo uma conexão à internet

bastando-nos criar sua versão digital.

esteja disponível, mesmo que via serviços de telefonia

permitem

o

preenchimento

dos

formulários

e

móvel. Se faz imprescindível a adoção de procedimentos

Para escolha da ferramenta de criação dos formulários,

de backups e outras garantias de manutenção dos dados.

identificamos as seguintes necessidades.

Preenchimento e envio das informações • Facilidade de uso no tablet;

• Simplicidade de uso;

muito natural e simples, aproveitando as telas sensíveis ao

• Variedade para definição das perguntas;

toque destes dispositivos. Os responsáveis pela inspeção

• Armazenamento online de informações;

devem se preocupar em alocar profissionais acostumados

• Compatibilidade com softwares de análise de dados;

a lidar com esta tecnologia e que reconheçam o valor

• Suporte a multiusuários;

e fragilidades mecânicas destes dispositivos para estas

• Registro de revisões e alterações.

atividades.

Como exemplo de solução gratuita que cumpre estes

requisitos, citamos o aplicativo online “Google Drive”.

O preenchimento dos formulários deve ocorrer de forma

Reafirmamos a necessidade de definição de padrões

de trabalho em que o envio das informações se dê de


65

tal forma que não seja possível a perda das informações por falha de comunicação. Em situações nas quais o resultado parcial das inspeções deve ser conhecido o mais breve possível, pelo uso dos formulários eletrônicos,

pode-se

fornecê-lo

quase em tempo real, já que não é necessário que a equipe de campo retorne da atividade de inspeção para que as respostas do formulário sejam conhecidas. Caso fosse optado pelo uso dos formulários impressos, seria

difícil

estimar

este

tempo,

pois se teria o tempo de chegada da equipe de inspeção no escritório e a passagem dos formulários para meio digital, além do próprio envio para os envolvidos.

Tratamento das informações O resultado final da inspeção, como será apresentado nos próximos capítulos, dá-se em relatório e plano de ações corretivas. Dessa forma, em algum momento do projeto de inspeção, a equipe deverá recolher os dados do checklist para que estes fomentem

os

resultados

citados.

Quando os dados da inspeção já são colhidos em formato digital, por meio dos formulários, a análise além de mais simples pode se dar em formas antes não exploradas. Com o resultado das inspeções tabulados, já saberemos a soma dos

equipamentos

quantidade

e

conformidades,

inspecionados,

tipos

de

quantidades

não e

tipos de ações corretivas, e quase sem

esforço

podemos

construir


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

66

indicadores que totalizem, agrupem e transformem em

atuações periódicas futuras.

gráfico os dados da inspeção. • Inspeção de campo – nessa fase foi possível preencher

Vantagens

os

Como vimos, os benefícios percebidos passam pela

iluminação adequada e ergonomia visual em comparação

agilidade no preenchimento dos formulários, permitindo

aos formulários impressos, assim como a transmissão de

mais equipamentos sendo inspecionados em menos tempo

dados para um lugar seguro e fora do local de trabalho,

e um consequente aumento da produtividade; facilidade

contra o manuseio de formulários e folhas em pranchetas

no processamento dos dados após a inspeção, que já

e fixação para preenchimento gráfico e anotações. A

estarão em formato digital, reduzindo consideravelmente

inclusão de fotos digitais não foi incorporada nesse

os custos de mão de obra operacional da inspeção; e

avanço, mas quando isso acontecer os ganhos serão mais

confiabilidade das informações. Essa confiabilidade é

notáveis;

visível quando é reduzida em muito a chance de erros ao

• Produção de relatórios – a qualidade do relatório de

se passar o conteúdo do formulário impresso e preenchido

campo, preenchido a mão e sujeito a pequenas correções,

no campo, para o banco de dados a ser utilizado no RTI e

assim como a transcrição das anotações para arquivos

PAC.

digitais, teve a sua qualidade aumentada e o seu tempo

formulários

eletrônicos

com

mais

comodidade,

de tramitação eliminado ao ser passado do arquivo digital

Desvantagens

enviado remotamente, quase que de forma simultânea ao

Temos no maior tempo de preparo a principal

prosseguimento das inspeções, na emissão de documentos

desvantagem do apoio eletrônico às inspeções, uma vez

tipo PDF. Outra vantagem foi a assinatura identificada

que para garantia do procedimento, todos os sistemas e

dos documentos, uma vez que, por classificação, cada

programas utilizados devem ser revistos e conferidos, se

formulário já é emitido com o nome de quem inspecionou

não desenvolvidos, antes do início do trabalho. Citamos

e com o habilitado responsável pelo feito, evitando assim

também o aumento da complexidade dos procedimentos

confusões e esquecimentos.

de trabalho, o que requer mais atenção e preparo dos

•Manutenção de dados e acertos – por vezes, na

responsáveis pelo projeto de inspeção. O investimento

conferência de documentos originais, ainda que rasurados,

financeiro

acertos devem ser feitos, fotos em seus números corrigidas.

e

em

pessoal

deve

ser

analisado

para

determinação da viabilidade econômica desta escolha.

Isso é muito facilitado pelo uso dos arquivos digitais.

Assim, o investimento não se apresenta como desvantagem.

Foi verificado ainda que, por conta do custo em hora

Uma análise sintética das vantagens e desvantagens no preenchimento eletrônico e impresso

da mão de obra alocada no processo mencionado, a

Em todo processo de trabalho, desde que feito com

repasse desse ganho ao valor final ofertado pelo serviço.

técnicas e estudos, há a possibilidade da aplicação do

Em inspeções mais rigorosas, o custo da termografia dos

ciclo PDCA – ferramenta da qualidade. Assim, aplicando

equipamentos e sua análise também deve compensar na

os procedimentos de inspeção por formulários, eletrônico

mesma ordem a valoração dos resultados.

redução de tempo se deu na ordem de 40% e os custos na ordem de 30% a 40%, o que torna muito interessante o

versus impresso, apresentado anteriormente foi possível desenvolver estudos de processos que justificam o investimento no procedimento eletrônico de inspeção. Foi verificado que as etapas mais otimizadas foram as etapas de inspeção de campo, de produção de relatórios e sua assinatura, e a manutenção de dados e acertos, para

*Marcus Possi é engenheiro eletricista, consultor e diretor da Ecthos Consultoria. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

67


Manutenção de transformadores

Apoio

68

Capítulo V Polaridade e relação em transformadores de potência Por Marcelo Paulino*

O objetivo deste capítulo é apresentar os

da

conceitos de polaridade e defasamento angular de

promovendo uma atuação indevida da proteção

transformadores e as metodologias para a medição

ou leitura enganosa, principalmente em circuitos

da relação de transformação de transformadores

de medição de energia.

trifásicos (considerando-se todas as conexões

No

padronizadas), a partir do conhecimento prévio

apenas o conceito de polaridade é insuficiente

de seu defasamento angular.

corrente

caso

de

circulação

de

no

secundário,

transformadores

trifásicos,

para apresentar uma relação definida entre as tensões induzidas nos enrolamentos primário e

Introdução

secundário. Isso se deve aos diversos tipos de

O conceito sobre polaridade de transformadores

conexões dos enrolamentos (delta, estrela ou

deve ser estabelecido como base para o entendimento

ziguezague), como será abordado neste texto.

do funcionamento do transformador, pois, com

Nestes casos, utiliza-se a diferença de fases

a instalação de dois ou mais transformadores em

(defasamento) ou deslocamento angular entre as

paralelo, as conexões dos secundários formarão

tensões dos terminais de tensão inferior e tensão

uma

superior.

malha.

Se

todos

possuírem

a

mesma

polaridade, as forças eletromotrizes anulam-se,

ou seja, a tensão resultante será zero. Quando a

de espiras dos enrolamentos do transformador, o

soma das forças eletromotrizes resultarem em um

mantenedor disporá de um recurso valioso para

No caso da verificação da relação do número

valor diferente de zero, surgirá uma corrente de

se verificar a existência de espiras em curto-

circulação com valores elevados, pois é limitada

circuito, de falhas em comutadores de derivação

apenas pelas impedâncias secundárias. Assim,

em carga e ligações erradas de derivações.

tem-se que umas das principais condições para

Para

estabelecer o paralelismo de transformadores é a

transformador, podem ser utilizados diversos

de possuírem a mesma polaridade.

métodos para execução do teste de relação

Nos circuitos de medição e proteção são

de espiras ou relação de tensões, sendo que

utilizados transformadores de corrente (TC) e

o método do transformador de referência de

transformadores de potencial (TP). A inversão da

relação variável, conhecido como TTR, é o mais

polaridade nesses circuitos ocasionará a inversão

comum.

determinar

a

correta

relação

do


69

Polaridade de um transformador

A polaridade de um transformador é a marcação existente

nos terminais dos enrolamentos dos transformadores, indicando o sentido da circulação de corrente em um determinado instante em consequência do sentido do fluxo produzido. Em outras palavras, a polaridade é uma referência determinada pelo projetista, fabricante ou usuário para determinar a marcação da polaridade dos terminais dos enrolamentos e a condição dos enrolamentos conforme sua disposição, isto é, a relação entre os sentidos momentâneos das forças eletromotrizes nos enrolamentos primário e secundário.

Portanto, a polaridade depende de como são enroladas as

espiras que formam os enrolamentos primário e secundário. O sentido da queda de tensão (força eletromotriz) será determinado pelo sentido do enrolamento e pela marcação realizada.

A Figura 1 mostra duas situações distintas para as tensões

induzidas em um transformador monofásico. Na primeira figura, as tensões induzidas U1 e U2 dirigem-se para os bornes adjacentes H1 e X1. Na outra figura, a marcação é feita de maneira contrária, sendo as tensões induzidas dirigidas para os bornes invertidos. Nota-se também que, na Figura 1a, as tensões possuem mesmo sentido (estão em fase) ou “mesma polaridade instantânea”. Na outra, elas estão em oposição (defasadas de 180o) ou com polaridades opostas.

Figura 1 – Sentidos instantâneos nos terminais do enrolamento de um transformador monofásico.


Manutenção de transformadores

Apoio

70

Pelo exposto, a polaridade refere-se ao sentido relativo entre as

nas buchas de BT.

tensões induzidas nos enrolamentos secundários e primários, ou

Relação de transformação

à maneira como seus terminais são marcados. Quando ambos os enrolamentos possuem a mesma polaridade, o transformador é de

A medida da relação de transformação de um transformador

polaridade subtrativa e, em caso contrário, polaridade aditiva.

é padronizada como ensaio de rotina e como teste básico em programas de manutenção preventiva em transformadores

Métodos de ensaios para determinação de polaridade

reparados

De acordo com a ABNT NBR 5380, os métodos de ensaio

comissionamento das unidades.

ou

usados para a determinação da polaridade de transformadores

monofásicos são:

obtenção são:

submetidos

a

reformas

ou,

ainda,

no

Os métodos mais frequentemente empregados para a sua

• Método do golpe indutivo com corrente contínua;

• Método do voltímetro – medida da relação de tensões entre

• Método da corrente alternada;

os enrolamentos de AT e BT, obedecendo-se o fechamento

• Método do transformador padrão;

do transformador;

• Método do transformador de referência variável.

• Método do TTR – medida da relação de espiras por meio de um equipamento construído especificamente para este fim.

A disponibilidade de um instrumento de teste moderno que

possibilite a medida do defasamento angular entre as tensões

Qualquer

primárias e secundárias já possibilita a determinação da polaridade

suficientemente precisos para que seja válido. Para avaliar um

do transformador testado.

transformador, os resultados do teste, independentemente do

Descreveremos o método do golpe indutivo devido à sua

método aplicado ou dos instrumentos de medição utilizados,

maior aplicabilidade. O esquema de ligações para o método é

devem possibilitar medidas com variação máxima admissível é

indicado na Figura 2.

± 0,5%, em todos os tapes de comutação.

método

utilizado

deve

oferecer

valores

O erro percentual é calculado em função da relação medida

e da relação nominal do transformador, sendo:

Em que: • E% é o erro percentual; • Rmed é a relação medida, ou seja, o resultado do teste; • Rnom é a relação teórica ou relação nominal do transformador. Figura 2 – Determinação da polaridade pelo método do golpe indutivo.

Observe que os terminais de tensão superior são ligados

Relação de transformação (tensões) e relação de espiras

Conforme já descrito em capítulos anteriores, a relação do

a uma fonte de corrente contínua. Instala-se um voltímetro de

número de espiras (KN) e a de transformação ou de tensões (K)

corrente contínua entre esses terminais, de modo a se obter uma

nos transformadores monofásicos são iguais numericamente,

deflexão positiva ao se ligar a fonte CC, ou seja, a polaridade

em termos práticos.

positiva do voltímetro ligado no positivo da fonte e esses em H1.

Entretanto, nos transformadores trifásicos podem diferir

Em seguida, insere-se o positivo do voltímetro em X1 e o

conforme as conexões dos enrolamentos envolvidas, ou seja,

negativo em X2. A chave é fechada, observando-se o sentido

como mostrado na Tabela 1.

de deflexão do voltímetro. Quando as duas deflexões são em

sentidos opostos, a polaridade é aditiva. Quando no mesmo

se obter a de transformação nos transformadores trifásicos deve

sentido, é subtrativa. Tais conclusões baseiam-se na lei de Lenz.

considerar tais valores.

Assim, qualquer medição da relação do número de espiras para

O mesmo procedimento é aplicado a transformadores Determinação da relação de transformação

trifásicos, observando-se os terminais de conexão da fonte nos enrolamentos de AT e analisando-se os resultados observadas

O ensaio de relação de tensões realiza-se aplicando a um dos


Apoio

71


Manutenção de transformadores

Apoio

72

Tabela 1 – Valores de K em função de KN para as diversas conexões

Ligação

Dd

K=

KN

Dy

Dz

KN

2

3

3

enrolamentos uma tensão igual ou menor que a sua tensão nominal,

KN

Yy

Yd

KN

3K

Yz 2 3

N

KN

a saber:

bem como a frequência igual ou maior que a nominal.

Para transformadores trifásicos, apresentando fases independentes

• A fonte, em grande parte dos casos, apresenta tensões

e com terminais acessíveis, opera-se indiferentemente, usando-se

desequilibradas, mascarando os resultados das medições;

corrente monofásica ou trifásica. No caso da utilização de um teste

• Se aplicados, por exemplo, três níveis distintos de tensões, mesmo

com correntes monofásicas, o fechamento do transformador deve

balanceadas, podem resultar em três valores diferentes de relação

ser observado para realização das conexões de teste, conforme já

de transformação.

exposto.

Os métodos usados para o ensaio de relação de tensões são:

Em ambas as situações, os erros e as incertezas descaracterizam

os objetivos de se medir a relação de transformação. • Método do voltímetro;

Atualmente,

• Método do transformador padrão;

têm oferecido soluções adequadas para o teste de relação de

equipamentos

de

teste

microprocessados

• Método do resistor potenciométrico;

transformação, com tensões estabilizadas e medidas precisas.

• Método do transformador de referência de relação variável.

Entretanto, cabe ao mantenedor e responsável pelo teste a avaliação de tal instrumentação, antes da realização dos ensaios.

A ABNT NBR 5356 estabelece que este ensaio deve ser

A Figura 3 mostra uma aplicação com um equipamento

realizado em todas as derivações, o que se constitui uma boa

microprocessado multifuncional (CPC100 Omicron), realizando

prática, principalmente na recepção do transformador. Observa-se

um ensaio de relação de transformação utilizando uma fonte de

que as tensões deverão ser sempre dadas para o transformador em

tensão alternada e um voltímetro. Adicionalmente, a corrente de

vazio.

excitação é medida em amplitude. Também é obtida a diferença de

fase entre as tensões primária e secundária.

A citada norma admite uma tolerância igual ao menor valor

entre 10% da tensão de curto-circuito ou TTR

± 0,5% do valor da tensão nominal dos diversos enrolamentos, se aplicada tensão nominal no primário.

A siglaTTR (iniciais deTransformerTurn Ratio) tornou-se sinônimo

A seguir são apresentados os métodos do voltímetro e do

de equipamentos para medição da relação de transformação. Em

transformador de referência de relação variável, por serem os mais

sua concepção original, incorpora um transformador monofásico

utilizados.

padrão com número de espiras variáveis, que é posto em paralelo com o que se quer medir. Na atualidade, esse modelo tradicional

Método do voltímetro

O princípio deste método é alimentar o transformador com

certa tensão e medi-la juntamente com a induzida no secundário. A leitura deve ser feita de forma simultânea com dois voltímetros. Se necessário devem-se utilizar transformadores de potencial. No caso do uso de instrumentação manual, sem automatismos, recomenda-se que se faça um grupo de leituras, permutando-se os instrumentos visando compensar seus eventuais erros. A média das relações obtidas desta forma é considerada como a do transformador.

Observe que, em geral, por facilidade e segurança, a alimentação

do transformador é feita pelo lado de AT com níveis reduzidos de tensão em relação nominal do tap considerado.

Tal prática, entretanto, resulta em dois problemas fundamentais,

Figura 3 – Medida da relação de tensões com CPC100 Omicron.


73

Figura 4 – TTR, (a) analógico monofásico (MEGGER), (b) trifásico digital (RAYTECH).

é chamado de TTR “monofásico”, pois existem os “trifásicos” e os eletrônicos.

No TTR monofásico, quando a relação de seu transformador

monofásico com número de espiras variáveis se iguala à do que se quer medir, não há diferença de potencial em seus secundários, nem corrente de circulação. Assim, o valor correto pode ser verificado em um indicador (microamperímetro) nulo.

A conexão do equipamento às buchas do transformador a ser

testado é executada por meio de quatro conectores, sendo dois conectores, normalmente do tipo “sargento” para serem ligados aos enrolamentos de baixa tensão e dois conectores do tipo “jacaré” para serem ligados aos enrolamentos de alta tensão. As polaridades destas bobinas possuem grande importância, pois, se estiverem invertidas, o TTR não fornecerá leitura.

Apesar de a finalidade básica do TTR ser a de fornecer a relação

do número de espiras (KN) com precisão, pode ser empregado para a obtenção da relação de tensões dos transformadores trifásicos. Nesse caso, como nem sempre K e KN são iguais, é necessário que se aplique os fatores da Tabela 1.

REFERÊNCIAS ALMEIDA, A. T. L.; PAULINO, M. E. C. Manutenção de transformadores de potência. Curso de Especialização em Manutenção de Sistemas Elétricos – Unifei, 2012.

* Marcelo Eduardo de Carvalho eletricista e especialista em elétricos pela Escola Federal (EFEI). Atualmente, é gerente |mecpaulino@yahoo.com.br.

Paulino é engenheiro manutenção de sistemas de Engenharia de Itajubá técnico da Adimarco

Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


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Reportagem Por Bruno Moreira

O Setor ElĂŠtrico / Maio de 2014


75

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Em busca de incentivos Falta de política pública inviabiliza crescimento de redes subterrâneas de distribuição no país. A criação de regulamentação para este modelo está prevista na agenda da Aneel, mas distribuidoras têm autonomia para escolher seus padrões construtivos

A maioria das redes de distribuição de energia elétrica do

revertidos às distribuidoras, não pelo menos ao ponto de elas

Brasil é aérea. De fato, menos de 1% dos fios, cabos e demais

assumirem, sozinhas, os investimentos neste tipo de obra.

equipamentos que compõem uma rede de distribuição é

O engenheiro eletricista e consultor em projetos de

enterrado, ou seja, subterrâneo. Tremendo desnível reflete

distribuição de energia elétrica para redes de distribuição

no que vemos quando saímos às ruas. A cada metro, um

subterrânea, João José dos Santos Oliveira, explica que o

poste, dificultando o tráfego pela calçada; e fios e mais fios

desconforto das concessionárias para investir em projetos de

emaranhados tornam menos agradável a visão da cidade.

redes subterrâneas acontece por causa do modelo tarifário

Não apenas sob o ponto de vista estético e de bem-

brasileiro, que é o de modicidade tarifária. Conforme o

estar pode-se reclamar da grande quantidade de redes

engenheiro, as concessionárias devem investir tendo em vista

aéreas nas cidades do país, mas tendo em vista o meio

o menor custo possível aos usuários e, nesse caso, o retorno

ambiente, um poste a menos poderia se converter em uma

financeiro se daria em um prazo de 25 anos, considerado

árvore a mais. Além disso, fios e cabos ao ar livre têm mais

muito longo pelas empresas, especialmente, quando se faz

chances de causarem acidentes e se romperem, podendo ser

um investimento grande, como é normalmente o das redes

mais facilmente furtados e utilizados como instrumentos

subterrâneas.

de ligações clandestinas. Tais ocorrências podem causar

apagões e prejuízos não somente às concessionárias, mas,

sofrendo da sociedade para o enterramento das atuais redes

principalmente, aos próprios usuários.

aéreas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem

Contudo, mesmo com estes possíveis prejuízos, as

estudando a possibilidade de criar uma regulamentação,

distribuidoras de energia elétrica não se mostram tão

buscando desenvolver as redes subterrâneas no país. Nesse

animadas em arcar com os altos custos de implantação de

sentido, a agência realizou em setembro do ano passado,

redes subterrâneas, alegando que estes não são contemplados

em Brasília, um seminário para debater aspectos técnicos,

em curto prazo pelas tarifas. Ou seja, os benefícios que são

econômicos e regulatórios dos sistemas subterrâneos de

gerados à sociedade pelo enterramento de redes não são

distribuição.

Ante a crescente demanda que as distribuidoras estão


76

Reportagem

O Setor Elétrico / Maio de 2014

O assunto é complexo, envolve muitos pontos a se considerar, por isso a Aneel, em sua agenda regulatória indicativa 2014/2015 (disponível no site da agência reguladora), a atividade 28, dedicada ao aprimoramento da regulamentação de análise de investimentos das distribuidoras, já prevê a avaliação da expansão dos sistemas subterrâneos de distribuição, identificando a eventual necessidade de regulamentação do tema e as interfaces com os processos tarifários.

Segundo o especialista da Superintendência de Regulação

da Distribuição da Aneel, Diego Luis Brancher, de acordo com a agenda regulatória, está prevista uma audiência ou consulta pública a respeito do tema já para o segundo semestre de 2014. “Convém destacar que tal assunto não se

O financiamento por parte de lojistas, assim como aconteceu na rua Oscar Freire, é uma das formas de se levar a cabo projetos de redes subterrâneas.

encerrará com esta audiência ou consulta pública devido à

leis municipais que determinam o enterramento das redes

complexidade e à interconectividade com os demais setores

de energia. Diego Brancher, da Aneel, comenta que há

públicos e privados”, adianta Brancher.

alguns Projetos de Lei que também tratam a matéria com

Apesar da inclinação por parte da Aneel em implementar

motivações distintas para todas as distribuidoras do Brasil,

uma regulamentação, o especialista frisa que, de acordo com

mas ainda em tramitação – PL nº 37/2011, PL nº 798/2011 e

os contratos de concessão do serviço público de distribuição

PL nº 6743/2013.

de energia elétrica, a concessionária tem ampla liberdade na

direção de seus negócios, investimentos pessoais e tecnologia.

2005, a Lei 14.023, obrigando as concessionárias – não

Ou seja, uma possível regulamentação não obrigará as

apenas de distribuição elétrica, mas as de cabos telefônicos,

concessionárias a investir mais em redes subterrâneas, pois

tevê a cabo e assemelhados – a enterrarem 100% da rede área

elas possuem autonomia para escolher qualquer padrão

municipal.

construtivo a ser utilizado, desde que ele atenda aos requisitos

de qualidade e confiabilidade de atendimento estabelecidos

um prazo de cinco anos a partir da promulgação da lei para

pelo poder concedente.

que as empresas fizessem o enterramento da rede existente.

Brancher esclarece ainda que já existe arcabouço

Contudo, este limite foi vetado e não é contemplado na

regulatório voltado para redes subterrâneas para duas

nova legislação. Um dos motivos alegados é que o prazo era

situações: quando a distribuidora, por razões técnicas e

inviável, pois a cidade possuía 180 mil km de redes aéreas e

econômicas, opta por sistemas subterrâneos de distribuição,

para alcançar tal meta seria necessário o enterramento de 100

tal investimento deve ser remunerado por todos os

km de redes por dia. Na ocasião, os responsáveis pelo veto

consumidores por meio da tarifa de energia elétrica; e quando

recordaram a obra de implementação de rede subterrânea

a mudança para rede subterrânea ocorre por razões estéticas

na Avenida Rebouças, que durou 12 meses para enterrar

ou nível de qualidade diferenciado. Esta solicitação deve ser

somente 4 km de cabos.

feita pelo consumidor, que arcará com todos os custos de

Segundo Denise Teixeira, colaboradora do Centro de

investimento.

Estudos em Regulação e Infraestrutura da Faculdade Getúlio

A cidade de São Paulo, por exemplo, promulgou, em

A lei teve como base a PL 248/2011, que estabelecia ainda

Vergas (Ceri/FGV), instituição contratada pela AES Eletropaulo

Legislação

em

São Paulo

para estudar e encontrar uma solução para as obrigações previstas na Lei 14.023/2005, na realidade, o veto quanto ao

Enquanto não se cria um ambiente regulatório adequado

prazo de cinco anos não se justifica exatamente por ser curto.

para a implementação de projetos em redes subterrâneas,

“Se fosse assim, teria sido proposto um prazo mais adequado,

alguns municípios brasileiros se viram como podem e

mas ninguém sugeriu 10 ou 20 anos para enterrar toda a

instituem leis, tentando fazer com que este sistema de

rede aérea. Na versão final, a lei saiu sem qualquer prazo,

distribuição de energia se torne mais frequente no país.

porque em uma cidade como São Paulo não é viável propor a

É o caso de São Paulo e Rio de Janeiro, que contam com

conversão de 100% das redes aéreas”, afirma.


O Setor ElĂŠtrico / Maio de 2014

77


78

Reportagem

O Setor Elétrico / Maio de 2014

avaliar impactos nas tarifas e na carga de tributos”, explica a colaboradora, destacando que tudo isso deverá estar considerado nos três aspectos da política pública: abrangência, gestão e custeio.

O gerente de redes subterrâneas da AES Eletropaulo,

Nilson Baroni Jr, faz eco às ideias de Denise. Ele afirma que a AES Eletropaulo é a favor de um programa estruturado de enterramento de redes, desde que sejam também estruturadas políticas públicas, definindo claramente as fontes de custeio de tal programa, dado que tais custos não deveriam ser repassados às tarifas de energia elétrica.

Uma política pública ainda não foi definida, mas em

abril de 2013 foi proposta uma alteração na lei municipal existente, visando melhorar a viabilidade econômica da implantação de redes subterrâneas. O PL 40/2013, que está em apreciação na Câmara Municipal de São Paulo, A Avenida Paulista é uma das vias de São Paulo que teve sua rede de distribuição de energia elétrica enterrada

propõe que somente os cabos sejam enterrados, podendo os transformadores e demais equipamentos serem colocados em um cubículo externo. Segundo a colaboradora, dessa forma,

Para o engenheiro eletricista e coordenador técnico do

tenciona-se reduzir custos com equipamentos e com obras

IEEE ESW Brasil, Estellito Rangel Júnior, é tecnicamente

civis, além de se obter receita com exploração publicitária

possível enterrar a totalidade das redes de uma cidade como

nos cubículos.

São Paulo. “Basta lembrar que estas cidades possuem metrô,

o que exige um volume de escavações e rearranjo de redes

lei se torna uma solução aos altos custos não porque indica

bem mais complexo”, declara. Se é tecnicamente possível,

a utilização dos cubículos externos, já que eles não estavam

talvez não seja economicamente para as concessionárias.

proibidos na versão original, mas sim porque determina os

Segundo Denise, um volume de investimentos dessa

cubículos como parte do mobiliário urbano, o que faz com

proporção não pode ser suportado exclusivamente por uma

que eles sejam custeados pelo próprio município, podendo a

empresa operadora de redes, já que 1 km de rede subterrânea

receita originada com a exploração publicitária ser destinada

pode ser até 10 vezes mais caro que uma rede convencional

a investimentos nas obras civis do enterramento da rede

aérea.

elétrica. “Essa destinação não está clara no corpo do projeto

Além disso, conforme a colaboradora do Ceri/FGV,

de lei, apenas na justificativa, mas, de toda forma, é claro o

o enterramento de todos os cabos e fios de distribuição,

avanço em relação à posição anterior, em que o município

como está prevista na lei paulistana, não é necessário.

não arcava com absolutamente nada”, afirma Denise.

Denise assevera que a seleção das áreas nas quais os cabos

devem ser subterrâneos deve ser sustentada por critérios

que o enterramento total da rede na cidade de São Paulo não

técnicos e econômicos, além de considerar aspectos sociais

é essencial. Segundo ela, devemos nos perguntar se este é o

e ambientais. “Por isso o ideal é que exista um método para

tipo de investimento que o consumidor realmente precisa.

criar uma política pública com essa natureza”, destaca.

“Certamente a conversão de 100% das redes não é desejável,

não é viável e teria impactos tarifários elevadíssimos”, diz.

Para Denise, uma política pública bem feita deve ser

A colaboradora do Ceri/FGV esclarece que o projeto de

Mesmo com essa facilitação, a colaboradora ainda enfatiza

calcada em métodos que conciliam os objetivos do município

Em locais onde houver alta concentração de carga,

com os custos que podem ser suportados. “Em síntese, a

como uma avenida com diversos prédios altos é certo que

política deve tratar das sinergias, observando, por exemplo,

redes subterrâneas são necessárias. Mesmo porque vias

as intervenções urbanísticas previstas no Plano Diretor da

assim, segundo Estellito Rangel, exigirão a colocação de

Cidade, o plano de renovação das redes e equipamentos,

grandes transformadores, que, por suas dimensões e peso,

compartilhamento da infraestrutura entre as distintas

não serão viáveis de serem fixados aos postes. Do mesmo

operadoras de redes, articular a definição das prioridades,

modo, os cabos secundários também necessitarão ter seções


79

O Setor Elétrico / Maio de 2014

transversais maiores, tornando sua sustentação nos postes

Parceria entre prefeituras e concessionárias, visando

mais difícil.

converter a rede de uma praça, por exemplo, é outra forma de se

As redes podem ser enterradas nos mais variados locais

levar a cabo projetos deste tipo. Assim como o financiamento

de uma cidade e com os mais diversos propósitos, por

por parte de lojistas, a fim de revitalizar uma rua comercial,

exemplo, para a melhoria da paisagem urbana, para valorizar

como ocorreu na Oscar Freire, em São Paulo, via que reúne

áreas históricas, visando atrair o turismo, ou para diminuir

lojas luxuosas, quando a associação de lojistas da rua, a

riscos, em áreas em que a rede é exposta à tempestade e há

prefeitura e um patrocinador custearam o enterramento de

forte fluxo de pedestres. Desde que, segundo Denise, haja

9 km de cabos elétricos e dez transformadores, equivalente a

uma orientação resultante de uma avaliação. “A ponderação

750 m de extensão da via.

de diversos fatores é que indicará quais regiões devem estar

contempladas num programa de conversão de redes aéreas”,

uma diretriz específica de obrigatoriedade de enterramento

destaca.

das redes de distribuição de serviço. Conforme Oliveira,

Em relação ao respeito por parte da AES Eletropaulo à

nos Estados Unidos, por exemplo, comunidades locais, em

Lei 14.023/2005, Baroni destaca que a legislação municipal

conjunto com os governos municipais e as entidades de

propõe uma meta de enterramento de 250 km/ano de toda

regulação de serviços públicos, têm chegado a diversas

a fiação aérea (iluminação pública, telefonia, TV a cabo

soluções para arcar com o alto custo de implantação de redes

e energia) da cidade de São Paulo. “Para isso, deve ser

subterrâneas.

elaborado, pela prefeitura, um Programa de Enterramento da

Rede Aérea (PERA), que definirá quando, como e onde deve

comunicações para subterrânea à segurança pública e ao

ser feito esse enterramento por cada empresa que atualmente

bem-estar do interesse público, o Estado de Washington

ocupa a rede”, explica.

permitiu a cada cidade do seu estado a realização do

O consultor em projetos de distribuição de energia

procedimento quando as instalações são ou não propriedade

elétrica para redes de distribuição subterrânea, João José dos

ou operadas pela prefeitura. Para tanto, as cidades detêm o

Santos Oliveira, defende que haja um entendimento entre

poder de contratar os serviços de conversão das instalações

os envolvidos – concessionárias e prefeituras – a fim de

aéreas para subterrâneas e de arrecadar fundos para pagar

que mais redes subterrâneas sejam implantadas no Brasil.

parte ou a integralidade dos custos, o que pode ser feito por

Assim, caberia às prefeituras estabelecerem formas de uso do

meio da criação de distritos com melhorias e pela cobrança

subsolo, fazendo o ordenamento deste uso, deixando claro

de contribuições dos imóveis que foram beneficiados pela

quais as áreas que elas têm interesse em enterrar a rede. Em

obra.

contrapartida, ficaria a cargo das concessionárias mostrar

à prefeitura seus planos de expansão de forma a conciliar

número de pedidos das comunidades para a conversão de

situações que possam ser exploradas por ambos os lados.

redes, a concessionária local aprovou uma regulamentação

Assim como o Brasil, muitos outros países não apresentam

Declarando a conversão de redes aéreas de eletricidade

No Estado do Novo México, impulsionada pelo grande

criando uma tarifa específica para ser paga somente pelas

Alternativas

do exterior

comunidades que se beneficiarem diretamente das redes subterrâneas.

No Brasil, a implementação de redes subterrâneas

Já na Califórnia, a solução encontrada pelo agente

de distribuição de energia elétrica é realizada pelas

regulador local foi estabelecer uma contribuição por parte

concessionárias, tendo como base um dos principais critérios

da concessionária, variando entre 1% e 2% da receita

técnicos para a execução de tal tipo de obra, que é a

bruta anual da empresa. Esta quantia deve ser depositada

concentração de carga. Neste sentido, é que Baroni afirma

em um fundo para o enterramento de redes a ser utilizado

que a rede subterrânea existente na cidade de São Paulo (6%

pelos municípios, que em contrapartida devem estabelecer

da rede total da AES Eletropaulo) atende às necessidades

via decreto as áreas nas quais serão implantadas as redes

locais. Posteriormente à execução da obra, os custos obtidos

subterrâneas.

são repassados pela distribuidora em um processo de revisão

Para receber estes recursos, ao menos 70% dos

tarifária, sendo que a Aneel, que regula as atividades da

proprietários de imóveis dos municípios devem concordar em

concessionária, só permite o repasse se o investimento for

participar do projeto. Além disso, eles precisam arcar com os

considerado prudente.

custos de conexão ao sistema subterrâneo, do enterramento


80

Reportagem

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Em alguns projetos de transformação da rede área em rede subterrânea, apenas os cabos são enterrados, podendo os transformadores e demais equipamentos serem colocados em um cubículo externo.

das instalações em suas propriedades e do sistema de

podem tornar seu uso mais oneroso e arriscado.

iluminação pública nova ou de substituição.

Um caso diferente ocorreu no Estado de Maryland,

vêm convivendo com um problema peculiar, que tende a

onde os habitantes da cidade de Ocean City resolveram

assustar seus habitantes: a explosão de bueiros. As notícias

agir em regime de cooperativa para bancar todos os custos

veiculadas na mídia a respeito dos acidentes dão como causa

da implantação. Nesse caso, a cidade administra desde a

a ocorrência de defeitos nos cabos secundários, que levam

obtenção de servidores visando à conversão das redes, até a

a eventos de fumaça, fogo e explosões. Contudo, segundo o

coordenação com todos os serviços públicos, proprietários de

engenheiro e especialista no assunto, Estellito Rangel Júnior,

imóveis e agências reguladoras.

tais transtornos significam que a rede está funcionando sob

Há anos, as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo

forte estresse.

Redes

explosivas

Conforme Rangel, tanto nas instalações de uma casa,

quanto nas redes de uma concessionária, a fumaça é

As redes subterrâneas apresentam algumas vantagens

ocasionada por sobrecarga, com a diferença de que na

em relação às redes aéreas, tais como o confinamento dos

residência há um disjuntor que teria o objetivo de proteger

equipamentos energizados, que impossibilita o usuário

a instalação contra esses riscos, mas que muitas vezes

de tomar choques elétricos e que protege estes mesmos

demora a abrir, por estar defeituoso ou sobredimensionado.

equipamentos contra impactos mecânicos que possam

O engenheiro eletricista explica que o secundário da rede

danificá-los. Contudo, além do relativo alto custo de

subterrânea é desprovido de proteção, o que, no sistema

implantação, elas podem apresentar alguns defeitos que

reticulado – o mais utilizado pelas concessionárias brasileiras


81

O Setor Elétrico / Maio de 2014

–, é chamado de sistema queima livre. “A única proteção é o

pode continuar sendo distribuída por outros trechos sadios,

‘protector network’, que apenas isola defeitos na alta tensão

incidentes como fogo, fumaça e explosões acabam não

por meio de um relé”, diz.

sendo levados como critério para uma avaliação futura

Dessa forma, esclarece o engenheiro eletricista, se

por parte da Aneel a respeito dos serviços prestados pela

houver um curto-circuito na rede de baixa tensão, o que

concessionária.

vai funcionar como fusível e interromper a corrente de

falta é a queima, ou melhor, o derretimento dos cabos.

resolver o problema das explosões, Rangel afirma que a

“Muito engenhoso, muito barato, mas a enorme quantidade

questão prioritária deve ser a identificação das causas, para

de energia liberada nos casos de defeito causa riscos à

que aí sejam aplicadas medidas para eliminá-las e seja

população e até leva a situações em que mesmo após o

implementado um programa de verificação da eficácia das

cabo ter rompido, a corrente de falta continue”, declara o

medidas. Segundo o especialista, na gestão de qualidade,

especialista.

este processo é chamado de Deming ou PDCA (Plan – Do –

Check – Act), em português (Planeje, Faça, Cheque, Haja).

O engenheiro explica ainda que deixar o cabo queimar é um

A respeito da ineficiência dos agentes competentes para

expediente aplicável aos casos de curto-circuito e tal estratégia

não funciona para proteger a rede contra sobrecargas. Estas,

ocorrer, é porque a fase C (cheque) não foi aplicada. Ou seja,

ao continuar deteriorando o isolamento dos cabos ao longo

se faz necessário reavaliar as medidas adotadas, efetuando-

do tempo, acabam fornecendo as condições para um curto-

se modificações na fase A, para novamente colocar em

circuito se estabelecer. Está configurado, então, o cenário

prática o PDCA. “Desta forma, podemos dizer que estas

propício a explosões. Isto porque, durante a deterioração do

entidades estão errando porque implantaram medidas que

isolamento dos cabos, são liberados gases inflamáveis que

apenas acreditavam ser eficazes; elas não se preocupam em

enchem os dutos. Por sua vez, o curto-circuito fornece a

primeiramente identificar as reais causas”, assevera.

ignição que detonará a explosão.

Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, em que os

não condizem com a realidade. Por exemplo, afirmaram que

acidentes envolvendo explosão de bueiros (ou câmaras

as explosões ocorreram porque a rede da Light é velha, mas

transformadoras) chamou mais a atenção da mídia, a

foram registrados incidentes em várias épocas, inclusive

prefeitura da cidade, a Light e a Companhia Distribuidora

quando a rede já estava modernizada. Outra razão seria

de Gás do Rio de Janeiro (CEG) tomaram medidas visando

o gás canalizado que estaria vazando nos dutos da Light.

solucionar o problema em questão. Entre as quais, a previsão

No entanto, de acordo com Rangel, na grande maioria dos

de multas em caso de explosão que houver danos materiais

casos não foi identificado o aromatizante adicionado ao gás

ou pessoais; mapeamento digital da rede subterrânea no

encanado, e desta forma ele não teria sido o causador da

centro da cidade; medição de gases no bueiro; divulgação

explosão no bueiro.

de lista contendo as ruas com maior risco de explosão;

Para Rangel, as causas das explosões e as medidas

modernização da rede de gás no centro e no bairro de

tomadas para solucioná-las não foram definidas através de

Copacabana; e perfuração das caixas de inspeção.

uma análise de engenharia conduzida por especialistas, mas

Contudo, mesmo com essas medidas, as explosões

por palpites que se cristalizaram no imaginário popular ao

e outros incidentes, como fogo e fumaça, continuam

longo dos mais de 100 anos de ocorrências de explosões

ocorrendo nos bueiros da cidade, o que mostra, para

de bueiros. Neste sentido, segundo o coordenador, faz-

Rangel, que as medidas encontradas para sanar o problema

se necessária a intervenção de empresas especializadas

foram inócuas. Mas onde prefeitura e concessionárias estão

do Brasil ou do exterior para que os problemas sejam

errando?

detectados e soluções efetivas sejam realizadas.

De acordo com Rangel, se as explosões continuam a

As causas aventadas, segundo o coordenador técnico,

Antes de apontar as causas do erro, porém, o coordenador

técnico do IEEE ESW Brasil explica que as redes de energia do país funcionam tendo como fundamento o conceito de confiabilidade atrelado à continuidade operacional, ou

Pesquisa www.aneel.gov.br Artigo “Experiências no exterior – quem paga o enterramento

seja, o foco é no fornecimento ininterrupto ao consumidor.

de redes de distribuição de energia elétrica”, publicado na

Como o sistema é constituído de uma forma que mesmo

edição 90, Julho de 2013, da revista O Setor Elétrico.

um trecho da rede sofrendo um defeito a energia elétrica


82

O Setor Elétrico / Maio de 2014

E d i ç ã o 1 00

13.08 8 88 pá gi na n a s p ub li c a d a s

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5 00 500

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c o lu nas

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por

espec ialista s ren omados reno


83

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Passaram-se oito anos, 100 edições, 13.088 páginas,

460 colunas escritas por especialistas de grande renome em suas áreas de atuação e mais de 500 artigos técnicos

publicados. A promessa de uma publicação voltada

exclusivamente para a formação continuada e técnica dos profissionais da engenharia elétrica foi cumprida e a revista O Setor Elétrico chega à sua 100ª edição com reconhecimento dos seus leitores, colaboradores, amigos e parceiros.

Constituída em 2006, a revista O Setor Elétrico nasceu

de uma proposta idealizada pelo seu fundador, Adolfo Vaiser. “O conceito da nova publicação era resgatar o

trabalho feito com muita competência pela extinta revista Mundo Elétrico, que foi, por muitos anos, especialmente na década de 1980, o principal veículo de comunicação da

área elétrica”, conta. Assim, com a colaboração de alguns

amigos especialistas na área elétrica e com o suporte dos primeiros apoiadores publicitários – alguns desses

fabricantes são contínuos parceiros da revista até hoje – a edição número 1 foi publicada em fevereiro de 2006.

É o caso da RDI Bender, que apoia a publicação desde

o começo. “Desde a primeira edição tenho compartilhado o belíssimo trabalho realizado com muita garra e profissionalismo da equipe. Com um conteúdo empolgante

e cativante, a leitura dos mais diversos artigos expõe com muita clareza os desafios na área elétrica bem como apresenta novidades tecnológicas existentes”, declarou o sócio-diretor da empresa, Ricardo Bender.

Outro anunciante de peso para a revista concorda:

“Desde a primeira edição, a SEL percebeu que a parceria

com a O Setor Elétrico viria para ficar. A revista oferece

uma proposta de trabalho inovadora, na qual identificou-se características muito semelhante àquelas presentes na

SEL, como inovação, valorização de conhecimento técnico, promoção de eventos de valor para o mercado em que

atua, dentre outros. Isto criou um vínculo muito forte

entre ambas as empresas”, avaliou o diretor geral da SEL Brasil, Fernando Ayello.

Assim, a revista nasceu com alguns pontos fortes,

que foram os grandes responsáveis pelo seu crescimento. Talvez o principal deles tenha sido contar sempre com uma consultoria técnica especializada. No princípio, o saudoso

engenheiro Sérgio Bogomoltz foi peça fundamental para o

aprimoramento técnico da revista, tendo sido responsável não apenas por uma revisão técnica de todo o conteúdo


Edição 100 a ser publicado, como também de todo

temas como segurança do trabalho, qualidade da energia,

pautas, prezando pela disseminação de

média tensão.

o processo criativo de elaboração de informações práticas e de qualidade para os leitores. Esse papel vem sendo desempenhado, há quatro anos, com

muito

comprometimento

engenheiro,

consultor

e

Hilton Moreno.

da

pelo

professor

No que diz respeito à estrutura publicação,

um

grande

acerto

foi a criação da seção Fascículos,

considerada o “coração” da revista e

que foi uma ideia inspirada na antiga “Mundo

Elétrico”. A

proposta

dos

fascículos é publicar, continuamente, trabalhos técnicos que vão ganhando profundidade

constituem-se apostilas

a

sobre

interesse

do

cada

mês,

assim,

temas

de

grande

em

público

verdadeiras

leitor.

Com

escritos

por

duração de seis, 12 ou mais capítulos, os

fascículos

são

profissionais altamente qualificados em seus segmentos de atuação. Com eles, a revista torna-se a única publicação realmente colecionável do setor.

Outro ponto a favor da publicação

foi apostar nos especialistas mais

destacados em suas áreas de atuação com o intuito de oferecer aos leitores conteúdo técnica

e

da

mais

alta

atualização

qualidade

profissional

contínua. Dessa maneira, desde as

primeiras edições, a revista conta com colunistas fixos mensais, que atuam fortemente em suas áreas, participam de comissões normativas nacionais e

internacionais,

e

compartilham

seus conhecimentos com os leitores de

O

Setor

de

colunistas

Elétrico. Atualmente,

sete especialistas compõem o time da

publicação,

os

quais discorrem mensalmente sobre

sustentabilidade, iluminação, proteção e instalações de baixa e

Uma das prioridades da revista foi ainda buscar o apoio

de instituições importantes do setor e, assim, ajudar a disseminar informações relevantes sobre desenvolvimento de

ideias, normas e novas técnicas e tecnologias. Dessa maneira, organizações como a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ABNT), Instituto Internacional de Engenheiros Eletricistas e

Eletrônicos (IEEE) e Comitê Nacional Brasileiro de Produção

e Transmissão de Energia Elétrica (Cigré) sempre estiveram presentes na publicação. As duas últimas contam, inclusive,

com colunas fixas, espaços que são utilizados para divulgação de pesquisa e ciência.

O Espaço IEEE é um exemplo disso. Nesse sentido, o representante Aléssio Borelli, da Seção Sul Brasil, declarou

que “O Setor Elétrico, desde o início das suas publicações, tem demonstrado que veio para ficar, pois tem procurado atender a uma gama muito grande de leitores não somente aos profissionais do setor como também os da área acadêmica”. Outras

diversas

associações,

como Abinee

(indústria

eletroeletrônica), Abilux (indústria da iluminação), Abracopel

(contra os perigos da eletricidade), Abilumi (importadoras de equipamentos para iluminação), Abesco (empresas de

conservação de energia), além de inúmeras outras instituições,

são recorrentes na publicação e não haveria de ser diferente,

já que são elas as verdadeiras promotoras de diversas ações de fomento aos segmentos que representam.

É importante lembrar que outra inovação promovida pela

revista O Setor Elétrico foi o modelo de pesquisa setorial

publicado em todas as edições. Alguns segmentos específicos da área elétrica são pesquisados qualitativamente durante o ano. São enviadas às empresas da área algumas questões sobre a sua atuação e sobre o mercado de modo geral. Os

números são apurados e, por meio de uma análise e gráficos ilustrativos, as informações são transmitidas aos leitores de

forma agrupada e compilada. “Esses dados funcionam como uma bússola para o leitor, para os departamentos comercial

e de marketing das empresas, tendo em vista a carência de pesquisas e informações de mercados segmentados neste

setor”, completa o diretor Adolfo Vaiser. O objetivo é oferecer para a sociedade, especialmente para o leitor, um trabalho diferenciado, mais objetivo, claro e detalhado sobre cada um dos nichos de mercado estudado.



Edição 100 CAPA ed 2 FINAL.pdf

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CAPA ed 3.pdf

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08.12.08

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As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas

As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas

As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas

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As histórias e os personagens do mundo das instalações elétricas

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Volume 2

Volume 3

Volume 4

Projetos complementares

brasileiras. O Cinase consistia em congressos técnicos e

Tratava-se de um evento itinerante e multidisciplinar nas áreas

Com o crescimento da revista, que nasceu com 68 páginas

e pulou para mais de 100 algumas edições depois, a editora se especializou e lançou alguns produtos complementares. As coleções Elétrica e Energia – lançadas, respectivamente, em

2008 e em 2009, por exemplo, objetivaram contar a história

do mundo da engenharia elétrica. A primeira, mais focada em

Brasil, abordou a chegada da engenharia no país e como ela

se desenvolveu por aqui. Já a Coleção Energia surgiu a partir da oportunidade de informar os profissionais do setor quanto à história do advento da energia elétrica e as transformações

por ela ocasionadas. Mais do que divulgar informações

sobre datas e fatos históricos relativos à eletricidade e à

sua utilização, a ideia do projeto foi fornecer uma visão das

mudanças e das revoluções provocadas na sociedade com a sua chegada. Mudanças de comportamento, transformação de

cidades, novos hábitos foram alguns dos fenômenos estudados. Em 2010, nasceram os eventos do Circuito Nacional do

Setor Elétrico (Cinase), que circularam pelas principais capitais

I Circuito NACIONAL de Sistemas DE ILUMINAÇÃO

exposição de produtos e serviços voltados para a área elétrica. de iluminação, baixa tensão, média tensão e automação. Foram, ao todo, cerca de 15 eventos realizados durante os anos de 2010 a 2013.

No ano de 2011, um dos projetos de grande sucesso da

editora, complementar à revista, foi o Guia O Setor Elétrico

de Normas Brasileiras. Nessa publicação, dez profissionais rigorosamente selecionados detalharam e comentaram quatro das principais normas do setor elétrico brasileiro: a ABNT 5410

(instalações de baixa tensão), a ABNT NBR 14039 (instalações

de média tensão), a ABNT NBR 5419 (proteção contra descargas

atmosféricas) e a NR 10 (segurança do trabalho). O Guia de

Normas é uma leitura de cabeceira até hoje dos profissionais que lidam diariamente com estes tipos de instalações, em que

seguir as normas é condição indispensável para um trabalho seguro e de qualidade.

Lançado em 2013 e com a proposta de ser um trabalho

contínuo, o Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras


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A evolução da aplicação da energia elétrica e suas consequências para

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a sociedade

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A evolução da aplicação da energia elétrica e suas consequências para

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a sociedade

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Realização Promoção

Volume 1

outra

ideia

empreendedora

Apoio

Realização Promoção

Volume 2

e

arrojada

da

Coleção Energia - Volume 3

Apoio

Coleção Energia - Volume 2

Coleção Energia - Volume 1

Coleção Energia - Volume 4

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A evolução da aplicação da energia elétrica e suas consequências para

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Apoio

Realização Promoção

Volume 3

Volume 4

editora.

a qualquer hora. Basta procurar por “revista O Setor Elétrico”

das normas que compõem alguns setores da área elétrica e

o download das revistas que desejar. Dessa maneira, a revista

Fundamentalmente, o anuário é constituído pela relação

por artigos e reportagens que discorrem sobre as últimas atualizações normativas da área elétrica. Não traz o conteúdo

das normas, mas indica quais documentos normativos (número e sinopse) devem ser obedecidos pelas seguintes áreas de

atuação: aterramento; atmosferas explosivas; automação; condicionamento de energia; dispositivos elétricos; fios, cabos

e acessórios; fontes alternativas de energia; iluminação; linhas elétricas; quadros e painéis; segurança do trabalho; testes e medição; transmissão e distribuição. Interatividade virtual

Buscando estar mais perto do leitor e objetivando facilitar

a sua leitura, a revista O Setor Elétrico inovou ao ser a

primeira publicação do setor a estar disponível em aplicativo

para smartphones e tablets (plataformas Android e iOS). Assim, a revista pode ser lida na íntegra em qualquer lugar e

em qualquer uma das plataformas, baixar o aplicativo e fazer poderá ser lida a qualquer momento, mesmo off-line.

Na opinião do diretor da Atitude Editorial, Massimo Di Marco, as novas tecnologias de informação e de comunicação

abrem novas perspectivas à sociedade do presente e do futuro. “A internet possibilita hoje uma difusão rápida e permite o aperfeiçoamento da divulgação das informações técnicas, além de ser uma oportunidade de novos produtos e serviços

oferecidos pela revista. Estar na internet, nas redes sociais, nos aplicativos de smartphones e tablets é fundamental para aumentar o diálogo com os leitores, que manifestam a sua preferência pelo impresso ou virtual”, avalia.

Além disso, desde 2010, a revista pode ser folheada

virtualmente na sua página na internet (www.osetoreletrico.com.

br). Todo o seu conteúdo está disponível no site, assim como é

possível fazer o download dos artigos publicados nos fascículos, em formato PDF. Para aqueles que desejarem colecionar os artigos, esta ferramenta é um grande facilitador.


Edição 100

O q u e dize m so bre a rev i s ta É para nós do Cigré-Brasil uma grande honra e satisfação termos um espaço na revista O Setor Elétrico para

publicação de artigos e matérias técnicas de interesse para a comunidade de engenharia. Trata-se de uma revista que contempla temas multidisciplinares nas diversas áreas de atuação, com níveis de profundidade

e abrangência adequados para cada assunto abordado. Ela conta com colaboradores, empresas e organismos de competência reconhecida nesta comunidade, como é o caso do Cigré-Brasil e de seus associados, o que se caracteriza como uma marca e conquista da revista. É pois com imenso prazer que registramos o nosso depoimento em fazer parte desta importante publicação técnica de engenharia.

Saulo Cisneiros é segundo vice-presidente do Cigré-Brasil.

A revista O Setor Elétrico vem se destacando como um veículo de referência dentro de sua área de atuação.

Com seu reconhecido conteúdo técnico, trata dos temas de interesse da indústria eletroeletrônica e contribui

para reverberar as ações e atividades da nossa entidade, fazendo chegar ao conhecimento de toda a sociedade. Por isso, parabenizamos toda a equipe da revista por este representativo marco.

Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Somos anunciantes da revista desde a primeira edição. Por ser um veículo que prioriza os temas técnicos, entendemos que seja lido por profissionais dos mais variados segmentos do setor elétrico. Parabéns a toda a equipe da revista, afinal não é fácil chegar aos “100" em plena fase de crescimento.

Uriel H. Silva, gerente de vendas da Pextron.

Com grande satisfação comemoramos a centésima edição de O Setor Elétrico, pois é muito difícil em um país como Brasil a sobrevivência de revista técnica para uma área altamente especializada. OSE tem se renovado

permanentemente e recentemente, com o Espaço IEEE, os membros do IEEE têm publicados diversos artigos

de interesse dos leitores com assuntos atuais que vêm sendo desenvolvidos na área de elétrica e eletrônica. Desejo que a revista continue da mesma forma que tem feito, isto é, se renovando sempre, procurando apoiar as associações de profissionais e com toda certeza terá um futuro de muito sucesso. Alessio Bento Borelli, IEEE Seção Sul Brasil


Ao chegar à centésima edição, a revista O Setor Elétrico solidifica sua experiência em colaborar para a disseminação do conhecimento aos profissionais, planejadores, estudantes e correlatos no âmbito das instalações

elétricas. A publicação contribui destacadamente ao simplificar, em sua forma de comunicação, a difusão de

assuntos técnicos, tornando-os palatáveis a um público mais amplo. Sua forma de organização em séries, módulos e aulas práticas é um diferencial importante em relação às demais publicações da área, auxiliando na compreensão dos temas que compõem a vastidão dos assuntos em eletricidade. Parabéns pelo lançamento do

nº 100 e que este marco seja mais um impulso na continuidade dos bons serviços prestados ao setor elétrico.

Breno de Assis Oliveira, presidente da Abrasip-MG

A revista O Setor elétrico é uma publicação de perfil moderno, atualizada com os meios tecnológicos, mas

que preza pela excelência técnica, com consultores qualificados que representam a boa técnica nacional,

privilegiando em suas edições as matérias escritas pelo corpo técnico brasileiro, com temas que interessam ao corpo técnico brasileiro. Parabenizo portanto, a Atitude Editorial, seus editores, consultores e toda a equipe pela publicação da centésima edição.

Nunziante Graziano, diretor da Gimi.

Agradecemos à revista O Setor Elétrico por chegar à 100ª edição de informações e prestação de serviços.

Nós da Paratec, que iniciamos esta parceria há quase 100 edições, vimos uma oportunidade de participar de um projeto arrojado e promissor que, com o tempo, se mostrou eficiente e inovador, preenchendo uma lacuna em nosso país de novas oportunidades e alternativas para discussões e debates no setor. Esperamos que esta realidade possa ter vida longa para que possamos continuar a receber estes benefícios. Ricardo Clarassot, diretor da Paratec.

Os 60 anos da Kron, completados em 2014, são a comprovação da competência, visão e principalmente das

parcerias estabelecidas ao longo desses anos. Uma das mais relevantes foi realizada com a revista O Setor

Elétrico , que é hoje a mais importante publicação do segmento em que atuamos. Sinto-me honrado em

participar de uma equipe vencedora. Parabéns pelo número 100.

Nelson Milani, gerente comercial da Kron Medidores.

A revista OSE, desde a sua fundação, é extremamente importante para o setor elétrico nacional, pois traz informações

relevantes sobre cursos, material didático, entrevistas, pontos de vista, etc., relativas a profissionais de renome

no cenário nacional. É uma revista que deve ser conhecida e acessada por engenheiros e técnicos de empresas concessionárias, regulatórias, industriais e universidades que atuam na área, pois apresenta uma linguagem de fácil

entendimento. Através dela, vários relacionamentos entre engenheiros, técnicos e alunos são gerados, o que, de fato, proporciona uma interação de conhecimentos que traz um crescimento e melhoria do setor elétrico nacional.

Fernando Nunes Belchior, presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE).


Edição 100 Para a EFE Semitrans, com 64 anos existência, é uma grande satisfação cumprimentar O Setor Elétrico pela

sua 100ª edição. Como anunciante desde o 1º número, confiamos na publicação como um elemento novo e importante na difusão dos nossos produtos por suas iniciativas sempre inovadoras. Trata-se de um veículo repleto de competência e pioneirismo. Parabéns.

Antonio de Carvalho, diretor geral da EFE Semitrans. Considerando que a norma técnica é destinada a toda sociedade brasileira e que a sua divulgação é

bastante complexa, constatamos que a revista O Setor Elétrico tem complementado este importante trabalho

de divulgação da norma técnica assim como da inovação tecnológica no setor da eletricidade. Que a sua 100ª edição seja mais um incentivo a todos os envolvidos com o setor elétrico a participar ativamente da normalização técnica em nosso país. O Cobei parabeniza a revista O Setor Elétrico e espera continuar contando com esta inestimável colaboração.

Sebastião Viel, superintendente do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei - CB-03/ABNT).

É com grande satisfação que compartilho com a equipe de O Setor Elétrico o prazer de ver concretizado um

sonho que teve início há oito anos e que, graças ao trabalho e à dedicação dos seus profissionais, chega madura e consistente à sua 100ª edição. Desde a sua criação tenho sido testemunha da evolução porque passou. A cada nova

edição nos surpreendemos com a abordagem de matérias que são trabalhadas criteriosamente e que analisam, em profundidade, temas de interesse dos segmentos a que se dirige. Cumprimento, em nome da indústria de iluminação

e em meu nome, a todos os que trabalham com dedicação e competência para nos manter atualizados e informados. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação ( Abilux).

Mais do que parabenizar O Setor Elétrico por sua centésima edição, queremos agradecer pela parceria que

temos tido ao longo destas 100 edições. Com matérias escritas por profissionais de reconhecida competência,

O Setor Elétrico é mais do que uma revista, é um meio de difusão de conhecimento técnico. Isto tornou O

Setor Elétrico uma rica fonte de pesquisa para os profissionais da área. Alexandre Fábio Prato, gerente geral da OBO Bettermann do Brasil.

Um novo tempo! É desta forma que definimos a contribuição da revista O Setor Elétrico para o nosso setor.

Qualificação técnica, qualidade editorial e uma excelente distribuição geográfica que os credencia como um dos principais veículos do setor. Fazer parte desta história de sucesso demonstra que os objetivos foram atingidos. Luciano Camargo, gerente comercial da Média Tensão.


Fizemos nosso primeiro anúncio na quinta edição da revista, acreditando em um novo projeto e formato de revista, que busca uma maior participação dos anunciantes com sugestões e opiniões, nunca interferindo nos rumos da revista, é claro. Desde então esta parceria vem sendo de grande valia pra nossa empresa. A Novemp cresceu muito no mercado

brasileiro ao longo destes oito anos e, com certeza, a participação da revista na divulgação a nossos clientes foi de

extrema importância neste processo. A revista chega à sua centésima edição e ficamos muito satisfeitos em saber que fazermos parte desde o início desta curta, porém, grande história de crescimento com qualidade. Anício Moreira Cabral, diretor da Novemp.

Tratar de assuntos técnicos, principalmente daquilo que não se enxerga, de uma forma clara, gostosa e exata, não é uma tarefa para qualquer um. A proposta de O Setor Elétrico penso que foi essa. Mas também não se chega a 100 edições sem competência,

determinação e muito trabalho. Poder colaborar com a equipe em algumas dessas edições foi uma grande satisfação pessoal e as opiniões de colegas desse setor complicado demonstram a importância que o veículo tem hoje. A nossa bandeira da qualidade das instalações elétricas, entre tantos outros temas, sem dúvida ganhou muito com a colaboração da revista. Seriedade,

novidades e referência de informações que fazem com que eu espere curioso a próxima edição. Ao completar a 100ª edição, a

revista O Setor Elétrico nos dá a certeza de sua grande importância para o mercado de energia elétrica. Com suas inovações,

artigos técnicos e opiniões, garante aos estudantes e profissionais da área uma importante referência de análise e debate, dentro daquilo que só uma equipe de profissionais sérios e competentes pode criar numa revista. Roberto Dornellas, Gerente de Planejamento & Marketing do Grupo Intelli. É uma satisfação para mim, como diretor da Sultech Sistemas Eletrônicos, participar da história vitoriosa da revista O Setor Elétrico . A revista é, há muitos anos, a única em que anunciamos. Isto se dá pela qualidade da publicação, voltada para o público brasileiro, com artigos técnicos de autores nacionais e assuntos que estão na

ordem do dia no país. Com estas qualidades, a distribuição qualificada fica garantida e nos coloca em contato com nosso público alvo. Além disso, temos o atendimento diferenciado da equipe da editora, que leva ao pé da

letra a máxima de que o cliente está em primeiro lugar. Sempre tive todo o apoio da revista bem como noto a preocupação com a inovação da OSE como empresa de mídia para o segmento elétrico brasileiro. Ângelo Scomazzon, diretor da Sultech Sistemas Eletrônicos Ltda.

A IFG Eletromecânica felicita a revista O Setor Elétrico e seus colaboradores pela sua centésima edição,

desejando que possamos comemorar outras centenas delas, sempre com esta qualidade e vontade de auxiliar seus leitores e anunciantes.

Adriana Costa Gonçalves, IFG Eletromecânica Ltda. A revista O Setor Elétrico trouxe para o setor ainda mais informação técnica de qualidade.

Trata-se de um canal estreito de relacionamento e troca de informações, além de ser um excelente veículo publicitário devido ao público atingido. Destaca-se ainda por promover e sempre apoiar os diversos eventos do setor. Tatiana Carlos, supervisora de marketing da Hager Eletromar.


Segurança

92

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Controladores digitais com segurança cibernética Requisitos de blindagem da CPU aplicados em processos críticos – turbocompressores em plataformas e refinarias de petróleo e turbogeradores em usinas térmicas e hidrelétricas Por Ronaldo José da Silva*


93

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Após os ataques terroristas de 11

ocorridos em 2013 e a suspeita da ação de

Os primeiros relatos de terrorismo

de

Unidos, o

hackers em alguns desses episódios, bem

cibernético ou guerra cibernética datam

governo americano adotou uma série

como um caso notório ocorrido há pouco

da década de 1970, especificamente no

de novas medidas para proteger o país

mais de seis anos no Espírito Santo de

auge da Guerra Fria. Satélites e linhas de

contra potenciais novos ataques. Uma

blecaute energético (desarme de turbinas

comunicação americanas e soviéticas eram

das vertentes dessas medidas trata da

e linhas de transmissão), tendo sido

utilizadas, ainda que em escala reduzida,

defesa contra o terrorismo cibernético

mencionado pelo presidente dos Estados

para penetrar em sistemas informatizados

ou guerra cibernética (também chamado

Unidos dois anos depois como resultado

civis e militares de um e do outro, no

por alguns como a “guerra do futuro”),

de uma ação de hackers. Na ocasião,

intuito de roubar dados sensíveis ou causar

em que a presença humana é dispensada

ataques deixaram cidades às escuras em

danos, especialmente queda nos sistemas

setembro

nos

Estados

para execução de uma ação

de telecomunicações ou

terrorista ou militar.

sistemas de telecomando

Instalações

(como

como

industriais, refinarias,

linhas

de

transmissão de energia),

petroquímicas, plataformas

por

de petróleo e usinas de

específicos

geração

pelos

(termoelétricas

meio

de

meios

manipulados “hackers”

e hidroelétricas), além de

americanos e soviéticos

estações

daquela ocasião.

de

tratamento

de água, entre outras, são

Atualmente,

consideradas áreas sensíveis,

mundo

de

totalmente

infraestrutura

logo, no

uma

crítica,

por

interrupção

fornecimento

com

o

globalizado

e

interligado

meio

da

internet

e de outros meios de

pode

prejudicar todo o país.

comunicação, o raio de

alcance para uma ação

Este artigo irá destacar

o papel dos controladores

terrorista

ou

digitais neste novo cenário,

cibernética

é

as

as

de vezes maior que no

tradicionais

passado, o que demanda

diferenças

arquiteturas

entre

de

militar milhares

de proteção cibernética e

sistemas

proteção

as mais adequadas nos dias

adequados a esta nova

atuais, além de abordar a importância de

outros países (conforme anunciou Barack

concepção (como firewalls e gateways

a indústria e os governos passarem a se

Obama em novembro de 2009), ainda que

dedicados).

preocupar seriamente com esse problema.

as autoridades brasileiras não tenham

Isso tendo em vista os casos de blecautes

admitindo os casos.

de proteção cibernética, falando especi­

Ocorre que as arquiteturas tradicionais

ficamente do meio industrial, por meio do emprego de software e hardware dedicados sistemas

o

caso

operacionais

de

senhas

de

com

níveis

de

acesso e proteção privilegiada específica, firewalls físicos e virtuais, gateways, etc.) encontram-se em certa medida defasadas e não garantem uma proteção 100% confiável, além de focar apenas a proteção externa e Figura 1 – Exemplo de controladores digitais providos de CPUs blindadas e certificadas por entidade internacional especializada em segurança cibernética – Certificação Internacional Achilles.

não interna ou ambas, o que seria o ideal.

No Brasil, a situação atual de boa parte


Segurança

94

O Setor Elétrico / Maio de 2014

das instalações industriais providas de controladores digitais é bem preocupante, no que se refere à proteção cibernética.

Arquitetura tradicional de proteção cibernética de controladores digitais

Basicamente, as arquiteturas tradicionais

de proteção cibernética nas instalações industriais

providas

de

controladores

digitais fazem o emprego de sistemas firewalls (físicos e/ou virtuais e gateways) que são instalados em algum ponto das redes de comunicação. Estes sistemas garantem a proteção dos controladores digitais contra ataques de “hackers externos”, que se utilizam da infraestrutura universal de comunicação para tentar acessos não autorizados às instalações protegidas. Estes sistemas de proteção também permitem a introdução de

níveis

de

acessos

privilegiados

e

reservados somente ao pessoal autorizado da instalação, por meio de senhas de software (repetindo: senhas de software). Mesmo assim, estes sistemas não são uma garantia de 100% em termos de proteção contra os “hackers externos”.

No entanto, as arquiteturas tradicionais

Figura 2 – Exemplo de arquitetura típica de proteção cibernética pelo emprego de firewall em instalação provida de controladores digitais (Plant A – Control zone).

de proteção não garantem uma real proteção

contra

o

“hacker

interno”,

somente garantem proteção contra o “hacker externo”, como já mencionado no parágrafo anterior. Figura 3 – Exemplo de sistema firewall externo – gateway de mercado.

É aí que reside um dos grandes problemas. Mas quem é o “hacker interno”?

O “hacker interno” geralmente é algum

profissional de dentro da instalação (mas

eventual insatisfação.

não limitado a este), que passa a figurar

da

uma hidroelétrica ou termoelétrica. Como

(ocultamente)

alguma

organização seria o acesso direto aos

o controlador digital não possui blindagem

insatisfação. Ele é, muitas vezes, mais

controladores digitais (acesso pós-firewall),

da CPU, o “hacker interno” sente-se à

nocivo à organização do que o “hacker

algo impossível para um “hacker externo”,

vontade e livre para sua incursão, já que não

externo”, pelo simples fato de conhecer

provocando

deixará rastros, além dos danos externos

profundamente a instalação e poder utilizar

do

estes conhecimentos para prejudicar sua

a

organização como forma de compensar sua

refinaria ou TRIP de um turbogerador,

por

motivo

de

Um

exemplo

um

interrompendo a produção de energia em de

TRIP

turbocompressor, produção

de

sabotagem

ou

shutdown

interrompendo

combustível

em

uma

da eventual sabotagem. Outros tipos de “hackers internos” também

podem

ser

fornecedores



Segurança frequentes

96

da

O Setor Elétrico / Maio de 2014

instalação, terceirizados,

Entretanto, para se chegar a este nível, um

uma série de requerimentos CIP (Critical

espiões industriais, civis e até militares,

longo caminho é percorrido pelo fabricante

Infrastruture Protection – Níveis 2 a 9),

entre outros tipos e situações.

do controlador digital, por se tratar de um

considerada para a obtenção da Certificação

verdadeiro upgrade do produto.

Achilles pelo fabricante do controlador

O que muda com a blindagem da CPU do controlador digital?

Uma

série

de

pesados

ensaios

e

digital.

procedimentos é exigida para que o

Benefícios da blindagem de CPU em controladores digitais – Certificação Achilles

equipamento possa ser certificado em nível de CPU por entidade especializada

De maneira resumida, a nova CPU

em segurança cibernética de equipamentos

blindada passa a ter integrada em sua

digitais. Trata-se da “Certificação Achilles”.

estrutura um firewall interno embarcado,

Para isso, a North American Electric

o que não ocorre nas CPUs tradicionais.

Reliability Corporation (Nerc) determina

1 - Comunicação encriptada; 2 - Autenticação via password diretamente sobre a CPU blindada,

S red d SO cu wor e ns ss U pa o N

Ap Un pM PC se an pa cu age ssw red r or d

isto é, a senha fica armazenada no firewall embarcado da CPU; 3 - Senhas reforçadas e com possibilidade de emprego de caracteres especiais; 4 - Porta simples para comunicação

SOS Unsecured No password

MicroNet Plus

AppManager Unsecured PC password

SSH (Secure Shell Communication) dedicada e segura; 5 - Logs e atualizações de dados de acesso através de comunicação

Telnet Unsecured Clear text password

rd P d FT cure swo s se pa Un ext rt lea

C

O U P No nse C H pa cur MI ssw ed or d

segura; 6 - Risco de penetração praticamente reduzido a 0% para usuários não autorizados, mesmo em caso de tentativa de acesso pós-firewall externo; 7 - Proteção contra o “hacker interno”;

Figura 4 – Controlador digital – CPU sem blindagem (antes).

8 - Elevado aumento da confiabilidade da arquitetura de proteção cibernética como um todo,

Ap SO

pM

an

S

OP

Firewall

ag

er

C

externo.

MicroNet Plus

ell

Cyber Security

cu

Custo

Sh

TP

proteção contra os hackers interno e

re

sF

ao firewall externo poderá garantir

I

SSH Encrypted Connection Username / password

Se

já que o firewall interno somado

HM

(within CPU)

Figura 5 – Controlador digital – CPU com blindagem (depois) – Upgrade.

Atualmente, poucos

fabricantes

de

controladores digitais (todos estrangeiros, nenhum

nacional

conseguiram

obter

internacional

Achilles

por a para

enquanto) certificação segurança


97

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Figura 6 – Exemplo real de certificação internacional Achilles para controlador digital.

cibernética da CPU. Aqueles que possuem

de retrofits a necessidade urgente de

essa certificação em seu portfólio, por

especificar

hora, têm oferecido ao mercado as versões

possuam

anteriores de seus controladores digitais

Achilles para garantia da blindagem da CPU

sem a blindagem da CPU e versões dos

do equipamento.

mesmos controladores com a blindagem da

CPU, mas a custos distintos.

usuário poderá enfim ter a tranquilidade

No entanto, a tendência para os

esperada no quesito segurança cibernética

próximos anos é que os fabricantes que

e compreendido que apenas os firewalls e

possuam versões blindadas das CPUs de

gateways externos tradicionais de mercado

seus controladores padronizem apenas

não são a garantia plena de proteção

essa versão, deixando de comercializar as

dos ativos instalados contra acessos não

antigas.

autorizados, evitando sabotagens.

Conclusão

controladores a

certificação

digitais

que

internacional

Somente com esta blindagem é que o

Referências bibliográficas - Cyber Security Enhancements for MicroNet

Fica demonstrada aos usuários de

PLUS – Klammer, Troy – Woodward Industrial

controladores processos

digitais

críticos,

aplicados

em

Controls – Fort Collins – CO / USA – March

especialmente

aos

31th, 2011

ligados a abastecimento e fornecimento

- NERC – CIP 002 to 009 Requirements –

energético no Brasil, a importância da

Achilles Certification

necessidade de se preocupar seriamente com a segurança cibernética das arquiteturas de automação de suas instalações, passando a considerar em seus projetos novos e

*Ronaldo José da Silva é engenheiro mecatrônico. Atualmente, é gerente de contas da Woodward.


Pesquisa

98

Equipamentos para distribuição de energia

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Cenário positivo Consumidores de equipamentos para distribuição de energia consideram que este mercado está em franco crescimento. Fabricantes apostam nos projetos de infraestrutura como alavanca de crescimento para 2014

Em pesquisa publicada nas páginas a

pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e

par te, ao pouco otimismo na recuperação das

seguir, foram entrevistados fabricantes de

Eletrônica (Abinee) sobre os dados da indústria

inversões na distribuição de energia elétrica.

produtos de distribuição de energia elétrica,

do setor em 2013 e perspectivas em relação a

assim como projetistas, instaladores, empresas

2014.

fabricantes mostram-se otimistas. O levantamento

de manutenção, consultorias, revendedoras

Conforme avaliou o diretor da associação,

da revista O Setor Elétrico constatou que as

e empresas consumidoras. De acordo com o

Newton Duar te, o crescimento da área de

empresas do segmento cresceram 17% em

levantamento, a maior par te dos consumidores

GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de

2013 em comparação com 2012. O crescimento

entrevistados (31%) classificou o mercado

energia) no ano passado foi de 5% em relação

previsto pelos fabricantes para 2014 é um pouco

brasileiro de equipamentos para distribuição

a 2012 e, para 2014, a situação deve se manter

menor (15%) do que o verificado para o ano

de energia como em franco crescimento.

a mesma. De acordo com estudo da associação,

passado, mas, mesmo assim, é mais otimista do

Constatação que vai de encontro à análise feita

o acréscimo moderado deve-se, em grande

que o prognóstico da Abinee.

Assim como avaliaram os consumidores, os


99

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Por exemplo, 19% das empresas consumidoras pesquisadas pela revista afirmaram que o mercado brasileiro de equipamentos sofre com deficiências técnicas nos quesitos referentes à assistência e supor te e 6% disseram ser um mercado desatualizado.

No tocante à especificação e/ou compra de

produtos para distribuição de energia elétrica, as estimativas também não são muito alentadoras, com a maioria das companhias consumidoras pesquisadas (71%) afirmando gastar até R$ 5 milhões na aquisição de produtos, com 15% declarando consumir entre R$ 5 milhões e R$ 50 milhões e com somente 14%¨dizendo investir acima de R$ 100 milhões. Durante

a

pesquisa,

as

empresas

consumidoras avaliaram ainda os diferentes fatores que influenciam suas decisões no momento de especificar e/ou comprar produtos de distribuição de energia elétrica. 52% das empresas entrevistadas avaliaram entre 8 e 10 (notas consideradas altas) a impor tância dos preços na hora de decidir que produto levar. A atribuição de selo Inmetro no produto também foi considerada impor tante pela maioria (57%) dos pesquisados, assim como o treinamento ao fabricante, já que 57% disseram ser decisivo este item.

O grau de satisfação com a qualidade de

produtos para distribuição de energia elétrica disponíveis do mercado também foi considerado pelo levantamento. A opinião dos entrevistados se dividiu, mas 52% das companhias consumidoras entrevistadas deram notas entre 8 e 10. Veja na sequência a pesquisa na íntegra: Já a previsão do crescimento para o

Números do mercado de equipamentos

mercado neste ano é mais ponderada, somente

para distribuição de energia elétrica

de 10%. Uma das razões para esta projeção não tão otimista por par te das empresas é a

desaceleração da economia brasileira. 19%

em que os distribuidores foram considerados

Diferentemente da pesquisa do ano passado,

dos fabricantes entrevistados apontaram este

pela maioria das empresas (68%) como o

fator como de grande influência no crescimento

principal canal de vendas destes equipamentos,

do mercado de equipamentos de distribuição

o levantamento desta edição chegou à conclusão

elétrica.

de que as vendas diretas aos clientes finais é

No entanto, nem tudo é positivo no

o primeiro canal empregado, conforme declarou

resultado obtido pelo levantamento da revista.

88% dos entrevistados.


Pesquisa

100

Equipamentos para distribuição de energia

Principais canais de vendas

Certificados ISO

Licitações

65% 88% 63% 61%

O Setor Elétrico / Maio de 2014

20%

14001 (ambiental)

68%

Vendas diretas ao cliente final

9001 (qualidade)

Revendas Distribuidores

Em relação aos principais clientes atendidos, 77% das empresas fabricantes entrevistadas disseram ser as empresas de engenharia. Em segundo lugar, ficaram as distribuidoras de energia, apontadas por 70% das empresas. Principais Clientes

Nos gráficos a seguir, destacamos alguns equipamentos para mostrar a sua representatividade no mercado. Assim como em 2013, dentro das subestações de média tensão, as subestações convencionais foram apontadas como as mais vendidas. No ano passado, 25% dos entrevistados disseram isso. Este ano, o número cresceu para 30%. No que diz respeito aos fusíveis, também os números foram bem similares. Em 2013, 36% disseram ser os fusíveis de uso interno os mais vendidos, número que neste ano subiu para 38%. Confira estes e outros dados: Subestações de média tensão mais comercializadas 13%

30%

Móveis Empresas de

77% engenharia de 70% Distribuidoras energia elétrica de 66% Montadoras equipamentos de redes de 56% Montagem distribuição

Covencionais

16%

Isoladores a SF6 27%

14%

Isoladores a vácuo

Compactas

Transmissoras de energia elétrica

48% 39% Manutenção de redes 33% Montagem de redes de transmissão

Fusíveis mais comercializados 13%

Supressor de arco

38%

Fusíveis uso interno

25%

A porcentagem de empresas que afirmaram possuir a ISO 9001 aumentou consideravelmente do levantamento do ano passado para este ano de 50% para 68%. Já em relação a ISO 14001, a porcentagem diminuiu de 36% para 20%.

Limitadores de Corrente

24%

Fusíveis uso externo



Pesquisa

102

Equipamentos para distribuição de energia

Transformadores de potência mais comercializados 14%

Selados 17%

Especiais

16%

Em líquido isolante 23%

Secos

12%

Em pedestal 8%

Submersíveis

10%

Subterrâneos

Veja nos próximos gráficos a percepção das empresas quanto ao tamanho total anual dos mercados de alguns equipamentos. Na maioria dos casos apresentados, a maior parte das empresas acredita que estes setores faturam até R$ 30 milhões. Os casos que destoam são de cabos aéreos, em que a maioria dos entrevistados estima um faturamento de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões e os de cabos subterrâneos e transformadores de líquido isolante, em que a maior parte das companhias pesquisadas acredita em um faturamento acima de R$ 500 milhões.

Percepção de faturamento por mercados de equipamentos específicos Subestações de média tensão convencionais 17%

Acima de R$ 500 milhões

10%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

17%

Até R$ 10 milhões 11%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

14%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 14%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

17%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Religadores 5%

Acima de R$ 500 milhões

11%

37%

Até R$ 10 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

32%

10%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Painéis à prova de arco interno 5% 11%

Acima de R$ 500 milhões

21%

Até R$ 10 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 16%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

32% 10%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Conectores 8%

Acima de R$ 500 milhões 12% De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

23%

Até R$ 10 milhões

15%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 23%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

19%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões



Pesquisa

104

Equipamentos para distribuição de energia

Isolador polimérico 5%

Acima de R$ 500 milhões De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%

16%

21%

Até R$ 10 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 37%

16%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Transformadores de líquido isolante 32%

27%

Acima de R$ 500 milhões

Até R$ 10 milhões

5%

4%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

9%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

9%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

14%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Subestações de média tensão compactas 8%

Acima de R$ 500 milhões

12%

Até R$ 10 milhões

16%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 16%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 4%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

20%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 24%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Disjuntores para uso interno 18%

Acima de R$ 500 milhões 14%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 18%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

18%

Até R$ 10 milhões 14%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 9%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

9%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Transformadores a Seco 13%

Acima de R$ 500 milhões

17%

Até R$ 10 milhões

8%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 8%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 8%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

29%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 17%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões


105

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Distribuição SCADA 15%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

31%

Até R$ 10 milhões

23%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 23%

8%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões Fusíveis uso interno 4%

Acima de R$ 500 milhões 4% De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 9%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 5%

52%

Até R$ 10 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 13%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

13%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Cabos aéreos 10%

Até R$ 10 milhões 5%

25%

Acima de R$ 500 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 15%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

15%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

5%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

25%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões Automação de subestações 11%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

11%

28%

Até R$ 10 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 17%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 17%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

16%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Cabos subterrâneos 6%

Até R$ 10 milhões

33%

Acima de R$ 500 milhões

11%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 22%

6%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 11%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 11%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões


Pesquisa

106

O Setor Elétrico / Maio de 2014

A grande maioria dos produtos (91%) é voltada para o mercado nacional. O índice é quase o mesmo de 2013, quando foi registrado o número de 90%. BALANÇA COMERCIAL

9%

Exportação

91%

Mercado Nacional

Em 2013, a previsão de crescimento das empresas foi de 12%. O resultado apresentado foi bem melhor. De acordo com os entrevistados, as empresas da área de distribuição apresentaram um crescimento de 17% em relação a 2012. PREVISÕES DE CRESCIMENTO

10%

Previsão de crescimento do mercado para 2014

15%

Previsão de crescimento das empresas em 2014

17%

Percentual de crescimento das empresas em 2013 comparado ao ano anterior

No que se refere aos fatores que devem contribuir ou não para o crescimento do mercado em 2014, o resultado ficou bem dividido, mas a maior parte dos pesquisados (25%) disse acreditar que os projetos de infraestrutura devem ser o ponto mais importante almejando um mercado mais aquecido. Fatores que devem influenciar o crescimento do mercado de equipamentos para distribuição de energia em 2014

5%

10%

Falta de normalização e/ou legislação

Incentivos por força de legislação ou normalização 6%

14%

Programas de incentivo do governo 4%

Bom momento econômico do país

Crise internacional 19%

Desaceleração da economia brasileira

25%

Projetos de infraestrutura 4%

Setor da construção civil desaquecido

13%

Setor da construção civil aquecido



Pesquisa

108

Equipamentos para distribuição de energia

O que pensam os consumidores de equipamentos para distribuição de energia elétrica Constituem o perfil dos consumidores que participaram desta pesquisa, empresas: distribuidoras de energia elétrica, de montagem de redes de distribuição e transmissão, de engenharia, de manutenção de redes, e de montadoras de equipamentos. Perfil dos pesquisados 5%

Empresas distribuidoras de energia elétrica

28%

Outros

5%

Empresas de montagem de redes de distribuição 6%

Empresas de montagem de redes de transmissão 17%

Empresas montadoras de equipamentos

33%

Empresas de engenharia

6%

Empresas de manutenção de redes

A disponibilidade técnica de informações e a assistência técnica são os fatores que mais influenciam os consumidores na hora da compra de produtos deste segmento, seguido de prazo de entrega. Disponibilidade de informações técnicas (catálogo, site, etc.) 5%

Nota de 6 a 7 48%

Nota 10 47%

Nota de 8 a 9

Assistência técnica 9%

Nota de 1 a 5 5% Nota de 6 a 7 48%

Nota 10

38%

Nota de 8 a 9

Prazo de entrega 9%

Nota de 1 a 5 10% Nota de 6 a 7 48%

Nota 10

33%

Nota de 8 a 9

O preço e o local de fabricação do produto (nacional ou impor tado) são os fatores menos considerados relevantes.



Pesquisa

110

Equipamentos para distribuição de energia

Preço

Estimativa de especificação e/ou compra de produtos para distribuição de energia elétrica

14%

Acima de R$ 50 milhões

14%

Nota de 1 a 5

29%

Nota 10

38%

Até R$ 1 milhão

5%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões

24%

Nota de 6 a 7

10%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

33%

33%

Nota de 8 a 9

De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões

Local de fabricação do produto (nacional ou importado)

Classificação do mercado brasileiro de equipamentos para distribuição de energia

9%

Nota 10

A avaliação dos consumidores a respeito do mercado brasileiro de equipamentos de distribuição foi positiva, com 31% dos entrevistados classificando o mercado como em franco crescimento e 17% avaliando os produtos do segmento como de boa qualidade técnica.

29%

3%

Nota de 1 a 5

Oferece bom respaldo técnico 19%

43%

Nota de 8 a 9

19%

Com deficiências técnicas (assistência e suporte)

Nota de 6 a 7 6%

Desatualizado

5%

Mercado maduro ce responsável 11%

Produtos com pouca qualidade técnica 17%

Produtos de boa qualidade técnica

8%

Atento às tendências internacionais

Mais de 70% das empresas entrevistadas estimam que seja investido, individualmente, até R$ 5 milhões na aquisição e especificação de produtos para distribuição de energia elétrica.

31%

Mercado em franco crescimento



112

Equipamentos para distribuição de energia

Subestações de Média Tensão

Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno

Para uso externo

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X

X

X

X

X

X

0800 014 9111 www.abb.com.br

Osasco

SP

X

ACABINE

11 2842 5252 www.acabine.com.br

Guarulhos

SP

ADELBRAS

19 4009 7722 www.adelbras.com/tech

Vinhedo

SP

X

ADELCO

11 4199 7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

X

ADIMARCO

21 2494 7140 www.adimarco.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ADS DISJUNTORES

19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br

Mogi Mirim

SP

X

AEPI DO BRASIL

11 4143 9600 www.aepi.com.br

Itapevi

SP

X

X X X X X X X X X X X

X

X

X

AFAP

19 3464 5650 www.afap.com.br

Santa Bárbara D'Oeste

SP

X

X X

X

X

X X

X

ALGE TRANSFORMADORES

16 3361 1062 www.alge.com.br

São Carlos

SP

X

X

X

X

X

ALUBAR

91 3754-7100 www.alubar.net

BARCARENA

PR

X

X

X X

X

ÁPICE SISTEMAS

19 3754 5000 www.apice.com.br

Campinas

SP

ARTECHE EDC

41 2106 1899 www.arteche.com

Curitiba

PR

ATS ELÉTRICA

11 2645 4196 www.atseletrica.com.br

Sorocaba

SP

X

BA ELETRICA LTDA

92 2125 8000 www.baeletrica.com.br

Manaus

AM

X X

BALESTRO

19 3814 9000 www.balestro.com.br

Mogi Mirim

SP

X

BALTEAU

35 3629 5500 www.balteau.com.br

Itajubá

MG

BCM AUTOMAÇÃO

51 3374 3899 www.bcmautomacao.com.br

Porto Alegre

RS

BEGHIM

11 2942 4500 www.beghim.com.br

São Paulo

SP

X

X X X X

BELCABOS

54 3217 3000 www.belcabos.com.br

Caxias do Sul

RS

X

X

BLUTRAFOS

47 3036 3000 www.blutrafos.com.br

Blumenau

SC

X

X X X X

BRASFORMER BRASPEL

11 2969 2244 www.braspel.com.br

São Paulo

SP

X

X X X

BUILDING

11 2621 4811 www.building.ind.br

São Paulo

SP

X

X X X

BURNDY

11 5515 7225 www.burndy.com

São Paulo

SP

X

X X X X X X X X X X X X X

CABELAUTO

35 3629 2514 www.cabelauto.com.br

Itajubá

MG

X

CARGILL

11 5099 3311 www.cargill.com.br

São Paulo

SP

X

X

CEBEL

11 2804 4000 www.cebel.com.br

São Paulo

SP

X

X X

CERÂMICA SÃO JOSÉ

19 3852 9555 www.ceramicasaojose.com.br

Pedreira

SP

X

X

COMSYSTEL

11 4158 8440 www.comsystel.com.br

Vargem Grande Paulista

SP

X

Outros

SP

ABB

Licitações

Sumaré

Revendas

Estado

0800 013 2333 www.3m.com.br

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X

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo

X X

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Engenharia

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Telefone

3M

Cidade

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Chaves Seccionadoras

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EMPRESA

Site

Importa produtos acabados

Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)

Manutenção de redes

Montagem de redes de transmissão

Transmissoras de energia elétrica

Principais clientes

Distribuidoras de energia elétrica

Venda direta ao cliente final

Distribuidores

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Fabricante

Distribuidora de produtos

Empresa Principal canal de vendas

Montagem de redes de distribuição

Pesquisa

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113

O Setor Elétrico / Maio de 2014

11 2937 4650 www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

DELTA P

11 2154 0666 www.deltapltda.com.b

São Paulo

SP

X X X X

DENSITEL

11 4143 7800 www.densitel.com.br

Itapevi

SP

X

DUTOPLAST

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11 2524 9055 www.dutoplast.com.br

São Paulo

SP

X

X X

EATON'S COOPER POWER SYSTEMS 15 3481 9130 www.cooperpower.com

Porto Feliz

SP

X

X

EDWARDS

11 3952 5000 www.edwardsvacuum.com

São Paulo

SP

X

EFACEC DO BRASIL

11 5591 1999 www.efacec.com

São Paulo

SP

X

ELETROMAR

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X X

X X

ELETROPOLL

47 3375 6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

X

X X

X

ELOS

41 3383 9290 www.elos.com.br

São Jose dos Pinhais

PR

X

X

X

ENERCOM

11 2919 0911 www.enercom.com,br

São Paulo

SP

X

X X X

X

EPHOXAL

11 4138 9347 www.ephoxal.com.br

Taboão da Serra

SP

X

FACILIT

11 4447 1881 www.calhasfacilit.com.br

Cajamar

SP

X

FASTWELD

11 2425 7180 www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

X X X

FINDER

11 4223 1550 www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

X

FOCKINK

55 3375 9500 www.fockink.ind.br

Panambi

RS

X

GENERAL CABLE

11 3457 0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

X

GIMI

11 4752 9900 www.gimi.com.br

Suzano

SP

X

X

X X X

GRAMEYER

47 3374 6300 www.grameyer.com.br

Schroeder

SC

X

X X X

X X

X

GRUPO AEL

34 3313 9222 www.grupoael.com.br

Uberaba

MG

X

X X X X

X X X

X X X X X

GRUPO CEI

31 3389 6500 www.grupocei.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

HUNTSMAN

0800 17 0850 www.huntsman.com

São Paulo

SP

X

X

IBT

11 4398 6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

ICR RELÉS

11 2949 4265 www.icr-reles.com.br

São Paulo

SP

X X X X X

IGUAÇUMEC

43 3401 1000 www.iguacumec.com.br

Cornélio Procópio

PR

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Para uso externo

D´LIGHT

X

Chaves Seccionadoras

Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno

X X X X X

X

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo

X

SP

X X

Importa produtos acabados

SP

Campinas

X X X

X

Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Olímpia

0800 772 1777 www.crimper.com.br

X

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

0800 701 3701 www.condumax.com.br

CRIMPER

X

Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)

CONDUMAX

X X X X X X X X

Manutenção de redes

X

Engenharia

SP

Montagem de redes de transmissão

São Paulo

Montagem de redes de distribuição

X

11 3273 9040 www.comtral.com.br

Transmissoras de energia elétrica

PR

COMTRAL

Cidade

Subestações de Média Tensão

Principais clientes

Distribuidoras de energia elétrica

Cornélio Procópio

Site

Outros

Estado

43 3520 4300 www.comtrafo.com.br

Revendas

Telefone

COMTRAFO

Licitações

Venda direta ao cliente final

Distribuidores

EMPRESA

Fabricante

Distribuidora de produtos

Empresa Principal canal de vendas

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Equipamentos para distribuição de energia

RS

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INCESA

17 3279 2600 www.incesa.com.br

Olímpia

SP

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X

INDEL BAURU

14 3281 7070 www.indelbauru.com.br

Bauru

SP

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X

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X

X

INDUSCABOS

11 4636 2211 www.induscabos.com.br

Poá

SP

X

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X

INDUSUL

47 3379 1562 www.indusul.com

Massaranduba

SC

X

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X

INSTRUMENTI

11 5641 1105 www.instrumenti.com.br

São Paulo

SP

X

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INTELLI

16 3820 1500 www.grupointelli.com

Orlândia

SP

X

X X X X

ISOLET

11 2118 3000 www.isolet.com.br

Itu

SP

X

ITAIPU TRANSFORMADORES

16 3263 9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

CE

X

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X

ITB

18 3643 8000 www.itb.ind.br

Birigui

SP

X

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KIT ACESSORIOS

0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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X

KRJ CONECTORES

11 2971 2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

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X

KRON

11 5525 2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

X

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KVA TRANSFORMADORES

49 3442 5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia

SC

X

LEGRAND

0800 11 8008 www.legrand.com.br

São Paulo

SP

X

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

LSIS BRASIL

11 3833 0559 www.lsisbrasil.com.br

São Paulo

SP

MAG

19 3414 2300 www.magtrafo.com.br

Piracicaba

SP

MAGNANI

54 4009 5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

MAGNET

11 4176 7878 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

MAXIDUTOS

47 3334 5899 www.maxidutos.com

Blumenau

SC

X

MÉDIA TENSÃO

11 2384 0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

MERSEN

11 2348 2366 www.ep.mersen.com

Cabreuva

SP

X X X X X X X X X X X X X X X

METALTEX

11 5683 5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

X

X X X X

MINUZZI

19 3272 6380 www.minuzzi.ind.br

Campinas

SP

X

X X X

NOJA POWER

19 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

X

ONIX

44 3233 8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

OPUS SISTEMAS

11 2605 6206 www.opussistemas.com.br

São Paulo

SP

X X X X X X

ORMAZABAL

11 5070 2900 www.ormazabal.com

São Paulo

SP

X

Cidade

Outros

Estado

Porto Alegre

Site

Licitações

Telefone

51 3382 2300 www.ims.ind.br

Revendas

EMPRESA IMS POWER QUALITY

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X

Chaves Seccionadoras

Para uso externo

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo

Importa produtos acabados

Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)

Manutenção de redes

Engenharia

Montagem de redes de transmissão

Transmissoras de energia elétrica

Distribuidoras de energia elétrica

Venda direta ao cliente final

Distribuidores

Subestações de Média Tensão

Principais clientes

Fabricante

Distribuidora de produtos

Empresa Principal canal de vendas

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno

114

Montagem de redes de distribuição

Pesquisa

X X

X X X

X X X X


115

SP

X X X

PARAKLIN

11 3948 0042 www.paraklin.com.br

São Paulo

SP

X

X X

PEXTRON

11 5543 2199 www.pextron.com.br

São Paulo

SP

X

X X X X

PHOENIX CONTACT

11 3871 6400 www.phoenixcontact.com.br

São Paulo

SP

X

X

PLP

11 4448 8000 www.plp.com.br

Cajamar

SP

X

X X X X X X X X X

POLIMETAL

31 3361 8575 www.polimetal.com.br

Contagem

MG

X

X X X X X X X X X X X X X

PROAUTO

15 3031 7400 www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X X

PROVOLT

47 3030 9666 www.provolt.com.br

Blumenau

SC

X

REHTOM

19 3818 5858 www.rehtom.com.br

Mogi Guaçu

SP

X

X X X

RENZ

11 4034 3655 www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

X

X X X

RM ENERGY

11 2268 2935 www.rmenergy.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

RMS

51 3337 9500 www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

X

S&C ELECTRIC

41 3382 6481 www.sandc.com

São Jose dos Pinhais

PR

X

X

SAREL

11 4072 1722 www.sarel.com.br

Diadema

SP

X

X X X X

SASSI

11 4138 5122 www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra

SP

X X X X X X

SCHNEIDER ELECTRIC

11 3468 5791 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

X

SEL

19 3515 2000 www.selinc.com.br

Campinas

SP

X

SERTA

31 2102 4800 www.sertatransformadores.com.br Santa Luzia

MG

X

X X

X

SIEMENS

11 3908-2211 www.siemens.com.br

SP

X

X X X X

X

São Paulo

X

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X

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X

X

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo

Estado

São Paulo

Site

Importa produtos acabados

Cidade

11 3613 2353 www.panduit.com

Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Telefone

PANDUIT

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)

Manutenção de redes

Engenharia

Montagem de redes de transmissão

Montagem de redes de distribuição

Transmissoras de energia elétrica

EMPRESA

X X

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X

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X

X X N/A

Chaves Seccionadoras

Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno

Subestações de Média Tensão

Principais clientes

Distribuidoras de energia elétrica

Outros

Licitações

Venda direta ao cliente final

Revendas

Distribuidores

Distribuidora de produtos

Fabricante

Empresa Principal canal de vendas

Para uso externo

O Setor Elétrico / Maio de 2014

X

X

X X

X X

X

X X X X X X X X

X X X X X X

X X X X X X

X X X X X X X


Equipamentos para distribuição de energia

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes Convencionais Compactas Isoladas a vácuo

Importa produtos acabados

Possui programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

Montadoras de equipamentos Outros Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet Possui certificado ISO 9001 (qualidade)

Manutenção de redes

Engenharia

Montagem de redes de transmissão

Transmissoras de energia elétrica

EMPRESA

Telefone

SOLANO TRANSKAV

11 3026 9655 www.stkv.com.br

Osasco

SP

SOLTRAN

11 2813 6222 www.soltran.com.br

São Paulo

SP

X

STECK

11 2248 7000 www.steck.com.br

São Paulo

SP

X X X X

X

STRAHL

11-2818-3838 www.strahl.com

São Paulo

SP

X X X X X X

X X X X X X X X

SULMINAS

35 3714 2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

MG

X X X X X

X X X X X X

X

X

SUPER WATTS

19 3806 2736 www.superwatts.com.br

Mogi Mirim

SP

X X X X

X

X X X X

X

X

X

T&D BRASIL

71 3311 3050 www.tedbrasil.com.br

Salvador

BA

X

X X X

X X

X X

X

X

X

X

TE CONNECTIVITY

11 2103 6000 www.te.com./energy

São Paulo

SP

X

X X X X

TRAEL

65 3611 6500 www.trael.com.br

Cuiabá

MT

X

X X X X X X

TRAFOMIL

11 4815 6444 www.trafomil.com.br

Jundiaí

SP

X

TRAMONTINA ELETRIK

54 3461 8200 www.tramontina.com

Carlos Barbosa

RS

X

TRANSFORMADORES JUNDIAÍ

11 4585 6116 www.transformadoresjundiai.com.br Jundiaí

SP

X X

TRANSFORMADORES UNIÃO

11 2023 9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo

SP

X

X X X X X X

TREETECH

11 4413 5787 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

X

X X

URKRAFT

11 3662 0115 www.urkraft.com.br

São Paulo

SP

X

X X X X X

VICENTINOS

44 3232 0101 www.vicentinos.com.br

Marialva

BA

X

X X X

X

WABE CONECTORES

11 4484 4147 www.wabe.com.br

Mairiporã

SP

X

X X

X X

WEG

47 3276 4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

X

ZILMER

11 2148 7121 www.zilmer.com.br

São Paulo

SP

X

X X X

Z-WAVE

11 3871 2777 www.zwave.com.br

São Paulo

SP

X

X

Site

Cidade

X

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X

X X

Chaves Seccionadoras

Para uso externo

Subestações de Média Tensão

Principais clientes

Distribuidoras de energia elétrica

Outros

Licitações

Venda direta ao cliente final

Revendas

Distribuidores

Distribuidora de produtos

Estado

Fabricante

Empresa Principal canal de vendas

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Isoladas a SF6 Móveis Para uso interno

116

Montagem de redes de distribuição

Pesquisa

X

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X

X

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Equipamentos para distribuição de energia

Vinhedo

SP

11 4199 7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

ADIMARCO

21 2494 7140 www.adimarco.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ADS DISJUNTORES

19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br

Mogi Mirim

SP

AEPI DO BRASIL

11 4143 9600 www.aepi.com.br

Itapevi

SP

AFAP

19 3464 5650 www.afap.com.br

Santa Bárbara D'Oeste

SP

ALGE TRANSFORMADORES

16 3361 1062 www.alge.com.br

São Carlos

SP

ALUBAR

91 3754-7100 www.alubar.net

Barcarena

PA

ÁPICE SISTEMAS

19 3754 5000 www.apice.com.br

Campinas

SP

ARTECHE EDC

41 2106 1899 www.arteche.com

Curitiba

PR

X X

ATS ELÉTRICA

11 2645 4196 www.atseletrica.com.br

Sorocaba

SP

X X X X X

BA ELETRICA

92 2125 8000 www.baeletrica.com.br

Manaus

AM

X X X X X X X X

BALESTRO

19 3814 9000 www.balestro.com.br

Mogi Mirim

SP

X

BALTEAU

35 3629 5500 www.balteau.com.br

Itajubá

MG

BCM AUTOMAÇÃO

51 3374 3899 www.bcmautomacao.com.br

Porto Alegre

RS

BEGHIM

11 2942 4500 www.beghim.com.br

São Paulo

SP

BELCABOS

54 3217 3000 www.belcabos.com.br

Caxias do Sul

RS

BLUTRAFOS

47 3036 3000 www.blutrafos.com.br

Blumenau

SC

BRASFORMER BRASPEL

11 2969 2244 www.braspel.com.br

São Paulo

SP

BUILDING

11 2621 4811 www.building.ind.br

São Paulo

SP

BURNDY

11 5515 7225 www.burndy.com

São Paulo

SP

CABELAUTO

35 3629 2514 www.cabelauto.com.br

Itajubá

MG

CARGILL

11 5099 3311 www.cargill.com.br

São Paulo

SP

CEBEL

11 2804 4000 www.cebel.com.br

São Paulo

SP

CERÂMICA SÃO JOSÉ

19 3852 9555 www.ceramicasaojose.com.br

Pedreira

SP

COMSYSTEL

11 4158 8440 www.comsystel.com.br

Vargem Grande Paulista

SP

A SF6

19 4009 7722 www.adelbras.com/tech

ADELCO

A vácuo

ADELBRAS

X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X X X X X

A óleo

X X X X X X X X

Interruptores

A ar

SP

Encapsulados

Guarulhos

Com isolador polimérico

X X X X X X X X X X X X X

11 2842 5252 www.acabine.com.br

Pára-raios

Outros

SP

ACABINE

À prova de arco interno

Osasco

TTA/PTTA

0800 014 9111 www.abb.com.br

Painéis

Supressor de arco

SP

ABB

Cidade

Limitadores de corrente

Sumaré

Site

Uso externo

0800 013 2333 www.3m.com.br

Uso interno

Telefone

3M

Automação de subestações

EMPRESA

Fusíveis

Registradores de oscilografia

Distribuição SCADA

Contatores

Relés eletromecânicos

Relés de estado sólido

Transdutores

Proteção contra arco

Automação de estações

Automação, Proteção e Controle

Anunciador de alarme

Disjuntores

Para uso externo

Religadora

Com abertura sob carga

Estado

Sem abertura em carga

Chave fusível

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Com isoladores de porcelana

118

Para uso interno

Pesquisa

X X X X X

X X

X

X

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X X X

X X X X X

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X X X X X

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X X X X X X X

X X X X

X X X

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X

X X X X


119

Porto Feliz

SP

EDWARDS

11 3952 5000 www.edwardsvacuum.com

São Paulo

SP

EFACEC DO BRASIL

11 5591 1999 www.efacec.com

São Paulo

SP

ELETROMAR

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ELETROPOLL

47 3375 6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

ELOS

41 3383 9290 www.elos.com.br

São Jose dos Pinhais

PR

ENERCOM

11 2919 0911 www.enercom.com,br

São Paulo

SP

EPHOXAL

11 4138 9347 www.ephoxal.com.br

Taboão da Serra

SP

FACILIT

11 4447 1881 www.calhasfacilit.com.br

Cajamar

SP

FASTWELD

11 2425 7180 www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

FINDER

11 4223 1550 www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

FOCKINK

55 3375 9500 www.fockink.ind.br

Panambi

RS

GENERAL CABLE

11 3457 0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

GIMI

11 4752 9900 www.gimi.com.br

Suzano

SP

GRAMEYER

47 3374 6300 www.grameyer.com.br

Schroeder

SC

GRUPO AEL

34 3313 9222 www.grupoael.com.br

Uberaba

MG

GRUPO CEI

31 3389 6500 www.grupocei.com.br

Belo Horizonte

MG

HUNTSMAN

0800 17 0850 www.huntsman.com

São Paulo

SP

IBT

11 4398 6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

ICR RELÉS

11 2949 4265 www.icr-reles.com.br

São Paulo

SP

IGUAÇUMEC

43 3401 1000 www.iguacumec.com.br

Cornélio Procópio

PR

X X X X X

X X

X X X X X

X X X X X

X

X

X

X

X

X X X X

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X X

X

X

A SF6

SP

EATON'S COOPER POWER SYSTEMS 15 3481 9130 www.cooperpower.com

A vácuo

SP

São Paulo

Interruptores

A ar

Itapevi

11 2524 9055 www.dutoplast.com.br

X X

Encapsulados

11 4143 7800 www.densitel.com.br

DUTOPLAST

X X

X

X X X X

X X X X

Com isolador polimérico

DENSITEL

Outros

X

Pára-raios

Com isoladores de porcelana

SP

TTA/PTTA

São Paulo

X X X

X

À prova de arco interno

X X

11 2154 0666 www.deltapltda.com.b

Painéis

Supressor de arco

SP

DELTA P

Limitadores de corrente

Guarulhos

Uso externo

11 2937 4650 www.dlight.com.br

Uso interno

SP

D´LIGHT

Automação de subestações

SP

Campinas

Fusíveis

Registradores de oscilografia

Olímpia

0800 772 1777 www.crimper.com.br

Distribuição SCADA

0800 701 3701 www.condumax.com.br

CRIMPER

Contatores

CONDUMAX

X X

Relés eletromecânicos

SP

Relés de estado sólido

São Paulo

Transdutores

11 3273 9040 www.comtral.com.br

Proteção contra arco

PR

COMTRAL

Cidade

Automação, Proteção e Controle

Automação de estações

Cornélio Procópio

Site

Anunciador de alarme

43 3520 4300 www.comtrafo.com.br

Para uso externo

Telefone

COMTRAFO

Disjuntores

Para uso interno

EMPRESA

Religadora

Com abertura sob carga

Estado

Sem abertura em carga

Chave fusível

A óleo

O Setor Elétrico / Maio de 2014

X

X X

X X X X

X X X X X X

X X X X

X

X X X X X X X X

X X X

X X X X X

X X X X X

X X X X X X X X X X X X

X

X X

X X

X X X X X X

X

X X

X X X

X X X X

X


Equipamentos para distribuição de energia

Orlândia

SP

ISOLET

11 2118 3000 www.isolet.com.br

Itu

ITAIPU TRANSFORMADORES

16 3263 9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

CE

ITB

18 3643 8000 www.itb.ind.br

Birigui

SP

KIT ACESSORIOS

0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br

Rio de Janeiro

RJ

KRJ CONECTORES

11 2971 2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

KRON

11 5525 2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

KVA TRANSFORMADORES

49 3442 5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia

SC

LEGRAND

0800 11 8008 www.legrand.com.br

São Paulo

SP

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

LSIS BRASIL

11 3833 0559 www.lsisbrasil.com.br

São Paulo

SP

MAG

19 3414 2300 www.magtrafo.com.br

Piracicaba

SP

MAGNANI

54 4009 5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

MAGNET

11 4176 7878 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

MAXIDUTOS

47 3334 5899 www.maxidutos.com

Blumenau

SC

MÉDIA TENSÃO

11 2384 0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

MERSEN

11 2348 2366 www.ep.mersen.com

METALTEX MINUZZI

A SF6

16 3820 1500 www.grupointelli.com

A vácuo

INTELLI

A óleo

SP

A ar

SC

São Paulo

Interruptores

Encapsulados

Massaranduba

11 5641 1105 www.instrumenti.com.br

Com isolador polimérico

47 3379 1562 www.indusul.com

INSTRUMENTI

Pára-raios

Outros

INDUSUL

TTA/PTTA

SP

À prova de arco interno

Poá

Painéis

Supressor de arco

11 4636 2211 www.induscabos.com.br

Limitadores de corrente

INDUSCABOS

Uso externo

X

Uso interno

SP

Automação de subestações

Bauru

Fusíveis

Registradores de oscilografia

14 3281 7070 www.indelbauru.com.br

Distribuição SCADA

INDEL BAURU

Contatores

X X

Relés eletromecânicos

SP

Relés de estado sólido

Olímpia

Transdutores

17 3279 2600 www.incesa.com.br

Proteção contra arco

RS

INCESA

Cidade

Automação de estações

Porto Alegre

Site

Automação, Proteção e Controle

Anunciador de alarme

Telefone

51 3382 2300 www.ims.ind.br

Disjuntores

Para uso interno

EMPRESA IMS POWER QUALITY

Religadora

Com abertura sob carga

Estado

Sem abertura em carga

Chave fusível

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Com isoladores de porcelana

120

Para uso externo

Pesquisa

X X X

X

X X X

SP

X X

X

X X X X

X

X

X X

X

X X X

X X

X

X

X

X X X X

X X

X X X

SP

X X

X

Cabreuva

SP

X X

11 5683 5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

19 3272 6380 www.minuzzi.ind.br

Campinas

SP

NOJA POWER

19 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

ONIX

44 3233 8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

X X X X X

OPUS SISTEMAS

11 2605 6206 www.opussistemas.com.br

São Paulo

SP

X X

X

X

ORMAZABAL

11 5070 2900 www.ormazabal.com

São Paulo

SP

X

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X

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X

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X X X X

X


121

POLIMETAL

31 3361 8575 www.polimetal.com.br

Contagem

MG

PROAUTO

15 3031 7400 www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

PROVOLT

47 3030 9666 www.provolt.com.br

Blumenau

SC

REHTOM

19 3818 5858 www.rehtom.com.br

Mogi Guaçu

SP

RENZ

11 4034 3655 www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

RM ENERGY

11 2268 2935 www.rmenergy.com.br

São Bernardo do Campo

SP

RMS

51 3337 9500 www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

S&C ELECTRIC

41 3382 6481 www.sandc.com

São Jose dos Pinhais

PR

X X X

SAREL

11 4072 1722 www.sarel.com.br

Diadema

SP

X X

SASSI

11 4138 5122 www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra

SP

SCHNEIDER ELECTRIC

11 3468 5791 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

SEL

19 3515 2000 www.selinc.com.br

Campinas

SP

SERTA

31 2102 4800 www.sertatransformadores.com.br Santa Luzia

MG

SIEMENS

11 3908-2211 www.siemens.com.br

SP

São Paulo

A SF6

X

SP

A vácuo

SP

Cajamar

Interruptores

A ar

São Paulo

11 4448 8000 www.plp.com.br

Encapsulados

11 3871 6400 www.phoenixcontact.com.br

PLP

Com isolador polimérico

PHOENIX CONTACT

Outros

X X X X

Pára-raios

Com isoladores de porcelana

SP

TTA/PTTA

São Paulo

À prova de arco interno

11 5543 2199 www.pextron.com.br

Painéis

Supressor de arco

SP

PEXTRON

Limitadores de corrente

São Paulo

Uso externo

11 3948 0042 www.paraklin.com.br

Uso interno

SP

PARAKLIN

Automação de subestações

Estado

São Paulo

Site

Fusíveis

Registradores de oscilografia

Cidade

11 3613 2353 www.panduit.com

Distribuição SCADA

Telefone

PANDUIT

Contatores

EMPRESA

Relés eletromecânicos

Relés de estado sólido

Transdutores

Proteção contra arco

Automação, Proteção e Controle

Automação de estações

Anunciador de alarme

Para uso externo

Disjuntores

Para uso interno

Religadora

Com abertura sob carga

Sem abertura em carga

Chave fusível

A óleo

O Setor Elétrico / Maio de 2014

X X X X X

X

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X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X


Equipamentos para distribuição de energia

Salvador

BA

TE CONNECTIVITY

11 2103 6000 www.te.com./energy

São Paulo

SP

TRAEL

65 3611 6500 www.trael.com.br

Cuiabá

MT

TRAFOMIL

11 4815 6444 www.trafomil.com.br

Jundiaí

SP

TRAMONTINA ELETRIK

54 3461 8200 www.tramontina.com

Carlos Barbosa

TRANSFORMADORES JUNDIAÍ

11 4585 6116 www.transformadoresjundiai.com.br Jundiaí

SP

TRANSFORMADORES UNIÃO

11 2023 9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo

SP

TREETECH

11 4413 5787 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

URKRAFT

11 3662 0115 www.urkraft.com.br

São Paulo

SP

VICENTINOS

44 3232 0101 www.vicentinos.com.br

Marialva

BA

WABE CONECTORES

11 4484 4147 www.wabe.com.br

Mairiporã

SP

WEG

47 3276 4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

ZILMER

11 2148 7121 www.zilmer.com.br

São Paulo

SP

Z-WAVE

11 3871 2777 www.zwave.com.br

São Paulo

SP

A SF6

71 3311 3050 www.tedbrasil.com.br

A vácuo

T&D BRASIL

A óleo

SP

Interruptores

A ar

Mogi Mirim

Encapsulados

19 3806 2736 www.superwatts.com.br

Com isolador polimérico

SUPER WATTS

X

Pára-raios

Outros

MG

TTA/PTTA

35 3714 2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

À prova de arco interno

SULMINAS

X

Painéis

Supressor de arco

X X

Limitadores de corrente

X

SP

X

Uso externo

SP

São Paulo

X

Uso interno

São Paulo

11-2818-3838 www.strahl.com

Automação de subestações

11 2248 7000 www.steck.com.br

STRAHL

Fusíveis

Registradores de oscilografia

STECK

X X

X X

Distribuição SCADA

SP

Contatores

São Paulo

Relés eletromecânicos

11 2813 6222 www.soltran.com.br

Relés de estado sólido

SP

SOLTRAN

Cidade

Transdutores

Osasco

Site

Proteção contra arco

Telefone

11 3026 9655 www.stkv.com.br

Automação de estações

EMPRESA SOLANO TRANSKAV

Automação, Proteção e Controle

Anunciador de alarme

Disjuntores

Para uso externo

Religadora

Com abertura sob carga

Estado

Sem abertura em carga

Chave fusível

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Com isoladores de porcelana

122

Para uso interno

Pesquisa

X

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X X X X

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RS X X X X X X X X

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X X X

X

X



Equipamentos para distribuição de energia

19 4009 7722 www.adelbras.com/tech

Vinhedo

SP

ADELCO

11 4199 7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

ADIMARCO

21 2494 7140 www.adimarco.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ADS DISJUNTORES

19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br

Mogi Mirim

SP

AEPI DO BRASIL

11 4143 9600 www.aepi.com.br

Itapevi

SP

AFAP

19 3464 5650 www.afap.com.br

Santa Bárbara D'Oeste

SP

ALGE TRANSFORMADORES

16 3361 1062 www.alge.com.br

São Carlos

SP

ALUBAR

91 3754-7100 www.alubar.net

Barcarena

PA

ÁPICE SISTEMAS

19 3754 5000 www.apice.com.br

Campinas

SP

ARTECHE EDC

41 2106 1899 www.arteche.com

Curitiba

PR

X

ATS ELÉTRICA

11 2645 4196 www.atseletrica.com.br

Sorocaba

SP

X

BA ELETRICA

92 2125 8000 www.baeletrica.com.br

Manaus

AM

BALESTRO

19 3814 9000 www.balestro.com.br

Mogi Mirim

SP

BALTEAU

35 3629 5500 www.balteau.com.br

Itajubá

MG

BCM AUTOMAÇÃO

51 3374 3899 www.bcmautomacao.com.br

Porto Alegre

RS

BEGHIM

11 2942 4500 www.beghim.com.br

São Paulo

SP

BELCABOS

54 3217 3000 www.belcabos.com.br

Caxias do Sul

RS

BLUTRAFOS

47 3036 3000 www.blutrafos.com.br

Blumenau

SC

BRASFORMER BRASPEL

11 2969 2244 www.braspel.com.br

São Paulo

SP

BUILDING

11 2621 4811 www.building.ind.br

São Paulo

SP

BURNDY

11 5515 7225 www.burndy.com

São Paulo

SP

CABELAUTO

35 3629 2514 www.cabelauto.com.br

Itajubá

MG

CARGILL

11 5099 3311 www.cargill.com.br

São Paulo

SP

CEBEL

11 2804 4000 www.cebel.com.br

São Paulo

SP

CERÂMICA SÃO JOSÉ

19 3852 9555 www.ceramicasaojose.com.br

Pedreira

SP

COMSYSTEL

11 4158 8440 www.comsystel.com.br

Vargem Grande Paulista

SP

X

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X

Filtro de harmônicas

ADELBRAS

X

X X

Compensação em tempo real

X

X

Compensação Paralela

X

X

Reativos

Compensação Serial

X

X

Isoladores

Cerâmica

SP

X

Terminações

Guarulhos

X

Emendas

11 2842 5252 www.acabine.com.br

X

Conectores

ACABINE

X

Cabos submarinos

X

Cabos subterrâneos

X

Cabos aéreos

X

Indicadores de tensão

X

Componentes, materiais e acessórios para Transformadores

SP

De potencial

Subterrâneos

Osasco

De corrente

Secos

0800 014 9111 www.abb.com.br

Estado

Selados

Em líquido isolante

SP

ABB

Cidade

Especiais

Religadores

Sumaré

Site

Em pedestal

Telefone

0800 013 2333 www.3m.com.br

Submersíveis

EMPRESA

Acessórios para cabos elétricos

Cabos elétricos

Poliméricos

Transfor­madores de instru­mentação

Transformadores de potência

3M

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Espaçadores

124

Reguladores de Tensão

Pesquisa

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X

X

X X X


125

O Setor Elétrico / Maio de 2014

SP

Campinas

SP

D´LIGHT

11 2937 4650 www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

DELTA P

11 2154 0666 www.deltapltda.com.b

São Paulo

SP

DENSITEL

11 4143 7800 www.densitel.com.br

Itapevi

SP

DUTOPLAST

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X

Filtro de harmônicas

Olímpia

0800 772 1777 www.crimper.com.br

X

Compensação em tempo real

0800 701 3701 www.condumax.com.br

CRIMPER

X

Compensação Paralela

CONDUMAX

X

Reativos

Compensação Serial

X

Cerâmica

X

Poliméricos

De potencial

X

Isoladores

Espaçadores

De corrente

X

Emendas

Selados

X

X

Conectores

Especiais

X

X

Cabos submarinos

Em pedestal

X

SP

Cabos subterrâneos

Submersíveis

X

São Paulo

Cabos aéreos

Subterrâneos

X

11 3273 9040 www.comtral.com.br

Estado

Indicadores de tensão

Secos

PR

COMTRAL

Cidade

Reguladores de Tensão

Em líquido isolante

Cornélio Procópio

Site

Componentes, materiais e acessórios para Transformadores

Telefone

43 3520 4300 www.comtrafo.com.br

Religadores

EMPRESA COMTRAFO

Acessórios para cabos elétricos

Cabos elétricos

Terminações

Transfor­madores de instru­mentação

Transformadores de potência

X X

11 2524 9055 www.dutoplast.com.br

São Paulo

SP

EATON'S COOPER POWER SYSTEMS 15 3481 9130 www.cooperpower.com

Porto Feliz

SP

EDWARDS

11 3952 5000 www.edwardsvacuum.com

São Paulo

SP

EFACEC DO BRASIL

11 5591 1999 www.efacec.com

São Paulo

SP

ELETROMAR

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ELETROPOLL

47 3375 6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

ELOS

41 3383 9290 www.elos.com.br

São Jose dos Pinhais

PR

ENERCOM

11 2919 0911 www.enercom.com,br

São Paulo

SP

EPHOXAL

11 4138 9347 www.ephoxal.com.br

Taboão da Serra

SP

FACILIT

11 4447 1881 www.calhasfacilit.com.br

Cajamar

SP

X

FASTWELD

11 2425 7180 www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

X

FINDER

11 4223 1550 www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

FOCKINK

55 3375 9500 www.fockink.ind.br

Panambi

RS

GENERAL CABLE

11 3457 0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

GIMI

11 4752 9900 www.gimi.com.br

Suzano

SP

GRAMEYER

47 3374 6300 www.grameyer.com.br

Schroeder

SC

GRUPO AEL

34 3313 9222 www.grupoael.com.br

Uberaba

MG

GRUPO CEI

31 3389 6500 www.grupocei.com.br

Belo Horizonte

MG

HUNTSMAN

0800 17 0850 www.huntsman.com

São Paulo

SP

IBT

11 4398 6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

ICR RELÉS

11 2949 4265 www.icr-reles.com.br

São Paulo

SP

IGUAÇUMEC

43 3401 1000 www.iguacumec.com.br

Cornélio Procópio

PR

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X


Equipamentos para distribuição de energia

17 3279 2600 www.incesa.com.br

Olímpia

SP

INDEL BAURU

14 3281 7070 www.indelbauru.com.br

Bauru

SP

INDUSCABOS

11 4636 2211 www.induscabos.com.br

Poá

SP

INDUSUL

47 3379 1562 www.indusul.com

Massaranduba

SC

X

INSTRUMENTI

11 5641 1105 www.instrumenti.com.br

São Paulo

SP

X

INTELLI

16 3820 1500 www.grupointelli.com

Orlândia

SP

ISOLET

11 2118 3000 www.isolet.com.br

Itu

SP

ITAIPU TRANSFORMADORES

16 3263 9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

CE

X

X

X

ITB

18 3643 8000 www.itb.ind.br

Birigui

SP

X

X

X

KIT ACESSORIOS

0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

KRJ CONECTORES

11 2971 2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

X

X

KRON

11 5525 2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

KVA TRANSFORMADORES

49 3442 5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia

SC

X

LEGRAND

0800 11 8008 www.legrand.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

LSIS BRASIL

11 3833 0559 www.lsisbrasil.com.br

São Paulo

SP

MAG

19 3414 2300 www.magtrafo.com.br

Piracicaba

SP

MAGNANI

54 4009 5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

MAGNET

11 4176 7878 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

MAXIDUTOS

47 3334 5899 www.maxidutos.com

Blumenau

SC

MÉDIA TENSÃO

11 2384 0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

MERSEN

11 2348 2366 www.ep.mersen.com

Cabreuva

SP

METALTEX

11 5683 5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

MINUZZI

19 3272 6380 www.minuzzi.ind.br

Campinas

SP

NOJA POWER

19 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

ONIX

44 3233 8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

OPUS SISTEMAS

11 2605 6206 www.opussistemas.com.br

São Paulo

SP

ORMAZABAL

11 5070 2900 www.ormazabal.com

São Paulo

SP

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X

Filtro de harmônicas

Espaçadores

X

RS

INCESA

Cidade

Compensação em tempo real

Terminações

X

Porto Alegre

Reativos

Compensação Serial

Emendas

X

Telefone

51 3382 2300 www.ims.ind.br

Cerâmica

Conectores

Cabos submarinos

Cabos subterrâneos

Cabos aéreos

Indicadores de tensão

Reguladores de Tensão

X

EMPRESA IMS POWER QUALITY

Site

Isoladores

Compensação Paralela

Acessórios para cabos elétricos

Cabos elétricos Componentes, materiais e acessórios para Transformadores

Selados

Especiais

Em pedestal

Submersíveis

Subterrâneos

Secos

Em líquido isolante

Religadores

De potencial

Transfor­madores de instru­mentação

Transformadores de potência

Estado

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Poliméricos

126

De corrente

Pesquisa

X

X

X

X

X


127

O Setor Elétrico / Maio de 2014

15 3031 7400 www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

PROVOLT

47 3030 9666 www.provolt.com.br

Blumenau

SC

REHTOM

19 3818 5858 www.rehtom.com.br

Mogi Guaçu

SP

RENZ

11 4034 3655 www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

X

RM ENERGY

11 2268 2935 www.rmenergy.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

RMS

51 3337 9500 www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

S&C ELECTRIC

41 3382 6481 www.sandc.com

São Jose dos Pinhais

PR

SAREL

11 4072 1722 www.sarel.com.br

Diadema

SP

SASSI

11 4138 5122 www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra

SP

SCHNEIDER ELECTRIC

11 3468 5791 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

SEL

19 3515 2000 www.selinc.com.br

Campinas

SP

SERTA

31 2102 4800 www.sertatransformadores.com.br Santa Luzia

MG

SIEMENS

11 3908-2211 www.siemens.com.br

SP

São Paulo

X

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X

Filtro de harmônicas

PROAUTO

Compensação em tempo real

MG

Compensação Paralela

Contagem

X

Reativos

Compensação Serial

31 3361 8575 www.polimetal.com.br

Cerâmica

POLIMETAL

X

Poliméricos

SP

Espaçadores

SP

Cajamar

Isoladores

X

X X

Terminações

São Paulo

11 4448 8000 www.plp.com.br

Emendas

11 3871 6400 www.phoenixcontact.com.br

PLP

X

Conectores

PHOENIX CONTACT

X

Cabos submarinos

SP

Cabos subterrâneos

São Paulo

Cabos aéreos

11 5543 2199 www.pextron.com.br

Indicadores de tensão

PEXTRON

Reguladores de Tensão

SP

Acessórios para cabos elétricos

Cabos elétricos Componentes, materiais e acessórios para Transformadores

São Paulo

De potencial

11 3948 0042 www.paraklin.com.br

Selados

SP

PARAKLIN

Especiais

Estado

Em pedestal

Cidade São Paulo

Site

Submersíveis

Telefone

11 3613 2353 www.panduit.com

Subterrâneos

Secos

Em líquido isolante

Religadores

EMPRESA PANDUIT

De corrente

Transfor­madores de instru­mentação

Transformadores de potência

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X


Equipamentos para distribuição de energia

T&D BRASIL

71 3311 3050 www.tedbrasil.com.br

Salvador

BA

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TE CONNECTIVITY

11 2103 6000 www.te.com./energy

São Paulo

SP

TRAEL

65 3611 6500 www.trael.com.br

Cuiabá

MT

X

TRAFOMIL

11 4815 6444 www.trafomil.com.br

Jundiaí

SP

X

TRAMONTINA ELETRIK

54 3461 8200 www.tramontina.com

Carlos Barbosa

RS

TRANSFORMADORES JUNDIAÍ

11 4585 6116 www.transformadoresjundiai.com.br Jundiaí

SP

TRANSFORMADORES UNIÃO

11 2023 9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo

SP

TREETECH

11 4413 5787 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

URKRAFT

11 3662 0115 www.urkraft.com.br

São Paulo

SP

VICENTINOS

44 3232 0101 www.vicentinos.com.br

Marialva

BA

WABE CONECTORES

11 4484 4147 www.wabe.com.br

Mairiporã

SP

WEG

47 3276 4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

ZILMER

11 2148 7121 www.zilmer.com.br

São Paulo

SP

Z-WAVE

11 3871 2777 www.zwave.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

Filtro de harmônicas

X

Compensação em tempo real

SP

X

Compensação Paralela

Mogi Mirim

X

Reativos

Compensação Serial

MG

19 3806 2736 www.superwatts.com.br

X

Cerâmica

35 3714 2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

SUPER WATTS

Isoladores

Poliméricos

SULMINAS

Terminações

SP

X

Conectores

SP

São Paulo

X

X

Cabos submarinos

São Paulo

11-2818-3838 www.strahl.com

X

Cabos subterrâneos

11 2248 7000 www.steck.com.br

STRAHL

X

Cabos aéreos

STECK

X

Indicadores de tensão

SP

Reguladores de Tensão

X

São Paulo

De potencial

X

X

11 2813 6222 www.soltran.com.br

De corrente

Especiais

X

X

SP

SOLTRAN

Cidade

Selados

Em pedestal

X

X

Osasco

Site

Submersíveis

Secos

X

Telefone

11 3026 9655 www.stkv.com.br

Subterrâneos

Em líquido isolante

Religadores

Estado

EMPRESA

Acessórios para cabos elétricos

Cabos elétricos

Emendas

Transfor­madores de instru­mentação

Transformadores de potência

SOLANO TRANSKAV

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Espaçadores

128

Componentes, materiais e acessórios para Transformadores

Pesquisa

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X X X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X X

X X

X

X

X X

X X

X



QEE

130

O Setor Elétrico / Maio de 2014

O impacto da audiência na QEE Por André Luis De Grandi, Maria Jovita Siqueira e Natanael Pereira*

Estudo analisa a influência na qualidade da energia elétrica da transmissão do último capítulo da novela “Avenida Brasil” comparada à transmissão da final do Mundial de Clubes da Fifa de 2012


131

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Eventos televisivos que despertam grande

interesse popular, tais como futebol e telenovela, são alvos de atenção especial por parte das distribuidoras e transmissoras de energia elétrica no país, inclusive do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Destacamos que, em 2012, os jogos das

finais da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes da Fifa, os quais tinham como finalista um clube com uma das maiores torcidas do país e participando pela primeira vez em toda sua história das finais destes campeonatos: o Sport Clube Corinthians Paulista. Outro evento de grande repercussão nacional que causou preocupação, inclusive ao ONS, divulgada na mídia falada e escrita, foi o último capítulo da telenovela da Rede Globo de Televisão “Avenida Brasil”. Telenovela esta que teve uma das maiores audiências dos últimos anos, especialmente por retratar a classe C, e que na exibição do último capítulo chegou a ter anúncios de 30 segundos a um preço de R$ 800 mil.

Já é de conhecimento que eventos, como

jogos da seleção brasileira de futebol, causam impacto para a qualidade da energia elétrica. Vamos avaliar como o sistema de distribuição se comportou frente a estes relevantes eventos destacados em 2012.

Visando permitir a monitoração contínua

dos parâmetros de Qualidade da Energia Elétrica

(QEE),

os

registradores

foram

instalados de forma fixa no secundário dos transformadores de força da subestação e/ou na saída dos alimentadores primários. Neste caso específico, a medição de qualidade foi realizada na saída do alimentador 1 de 13,8 kV, conforme indicado na Figura 1, localizado na região do Alto Tietê no Estado de São Paulo com cargas predominantemente residenciais, 92%. O medidor de qualidade utilizado nesta campanha permanente de aferição encontra-se homologado pela Universidade Federal de Uberlândia e é recomendado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).


QEE

132

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Alimentador 1

Medidor QEE Alimentador 2

88 kV Alimentador 3 13,8 kV

Figura 1 – Diagrama unifilar do sistema monitorado.

das

Os resultados obtidos, para cada uma grandezas

elétricas

os jogos da 1ª e 2ª finais da Libertadores

monitoradas,

ocorridos nos dias 27/06/12 e 04/07/12,

encontram-se destacados a seguir.

com início por volta das 21h00, com duração aproximada de 90 minutos, durante o final

Resultado das medições

da novela ‘Avenida Brasil’ no dia 19/10/12

A primeira grandeza avaliada foi a

com o início por volta das 21h30 com

tensão em regime permanente, a qual

duração de duas horas, aproximadamente,

se encontrava em conformidade com os

e durante o jogo da final do Mundial de

limites de tensão adequados previstos no

Clubes da FIFA no dia 16/12/12 com início

Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica

por volta das 08h00 com duração de 100

dos Procedimentos de Distribuição de

minutos de transmissão aproximadamente.

Energia

Elétrico

Os comportamentos registrados foram

Nacional (Prodist). Pode-se visualizar que,

comparados com medições durante o

para cada um dos dias estudados, a tensão

respectivo dia da semana registrado em

em nenhum momento ultrapassou a faixa

um dia normal que antecedeu cada um

de tensão precária ou crítica.

destes eventos, visando identificar qual

deles foi mais significativo para o sistema

Elétrica

no

Sistema

A Figura 3 ilustra o comportamento

da corrente fundamental (60 Hz) durante

de distribuição. Faixa de tensão precária Faixa de tensão adequada Faixa de tensão crítica

Quarta-feira

Quarta-feira

0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00

0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00

Tensão em regime permanente

27/06/12

04/07/12

Sexta-feira

Domingo

1,08

Tensão (pu)

1,06 1,03 1,01 0,98 0,96 0,93 0,91

1º J. Final Libertadores 2º J. Final Libertadores

0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00 23:00

0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00

0,88

19/16/12

16/12/12

Final Avenida Brasil

Final Mundial de Clubes

Figura 2 – Tensão em regime permanente. Dia evento Dia sem evento

450

Comportamento da Carga Dia Evento X Dia Sem Evento

400 350 250 200 150 100

0:20 2:40 5:00 7:20 9:40 12:00 14:20 16:40 19:00 21:20 23:40

1:00 3:20 5:40 8:00 10:20 12:40 15:00 17:20 19:40 22:00

0

1:40 4:00 6:20 8:40 11:00 13:20 15:40 18:00 20:20 22:40

50 0:00 2:20 4:40 7:00 9:20 11:40 14:00 16:20 18:40 21:00 23:20

[A ]

300

27/06/12

04/07/12

19/16/12

16/12/12

1º J. Final Libertadores

2º J. Final Libertadores

Final Avenida Brasil

Final Mundial de Clubes

Quarta-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

Domingo

Figura 3 – Comportamento da corrente fundamental (60 Hz).


133

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Na Figura 4 pode-se observar, em média, que

grandes eventos televisivos como, por exemplo,

houve uma redução da corrente fundamental em

no término da novela Avenida Brasil.

torno de 15% durante a transmissão do último

capítulo da novela, com picos de até 22% de

tratar de um domingo atípico em função da

redução. Entretanto, a maior preocupação com

transmissão da final do mundial de clubes da FIFA,

a estabilidade do sistema elétrico é em função

o crescimento da carga ocorreu durante todo o

da rápida retomada de carga após o fim dos

dia ao invés de somente no horário do jogo.

20

No dia 16 de dezembro de 2012, por se

% Variação da Carga - Dia Evento X Dia Sem Evento

15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 0:30 3:00 5:00 5:30 8:00 10:30 13:00 15:30 18:00 20:30 23:00

2:00 4:30 7:00 9:30 12:00 12:40 14:30 17:00 19:30 22:00

1:00 3:30 6:00 8:40 8:30 11:00 16:00 18:30 21:00 23:30

0:00 2:30 5:00 7:30 10:00 12:30 15:00 17:30 20:00 22:30

-25

27/06/12

04/07/12

19/16/12

16/12/12

1º J. Final Libertadores

2º J. Final Libertadores

Final Avenida Brasil

Final Mundial de Clubes

Quarta-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

Domingo

Figura 4 – Variação % da carga – Dias evento x Dias sem evento. Dia evento Dia sem evento

Comportamento da Carga - Dia Evento X Dia Sem Evento

400 350 300 250 200 150 100

0

0:00 0:40 1:20 2:00 2:40 3:20 4:00 4:40 5:20 6:00 6:40 7:20 8:00 8:40 9:20 10:00 10:40 11:20 12:00 12:40 13:20 14:00 15:20 16:00 16:40 17:20 18:00 18:40 19:20 20:00 20:40 21:20 22:00 22:40 23:20

50

19/16/12 Final Avenida Brasil Sexta-feira

Figura 5 – Corrente fundamental (60 Hz) – Final da novela Avenida Brasil. % Variação da Carga - Dia Evento X Dia Sem Evento Variação 25% 15 10 5 0 -5 -10 -15

-25

0:00 0:40 1:20 2:00 2:40 3:20 4:00 4:40 5:20 6:00 6:40 7:20 8:00 8:40 9:20 10:00 10:40 11:20 12:00 12:40 13:20 14:00 15:20 16:00 16:40 17:20 18:00 18:40 19:20 20:00 20:40 21:20 22:00 22:40 23:20

-20

19/16/12 Final Avenida Brasil Sexta-feira

Figura 6 – Variação % da carga – Dia evento x Dia sem evento.


QEE

134

O Setor Elétrico / Maio de 2014

detalhes o comportamento da carga no dia do

da população. Esta acentuada retomada de carga

final da Avenida Brasil (19-10-2012) comparado a

denominada “rampa de carga” é a principal

um dia de semana típico correspondente.

preocupação das distribuidoras, transmissoras e

do Operador Nacional do Sistema (ONS).

O maior pico de carga deste dia ocorreu

durante o final da novela, com duração de duas

A terceira e quarta grandezas a serem

horas.

analisadas foram, respectivamente, a Distorção

A concentração do consumo nos primeiros

Total de Tensão (DTT%) e a Distorção Total

minutos depois do capítulo final de “Avenida

de Corrente (DTI%). As Figuras 7 e 8 ilustram

Brasil” requereu um rápido equilíbrio entre

o comportamento da DTT%, ao longo dos

a demanda e a carga de energia. O rápido

quatro eventos, na linha do tempo. Os valores

crescimento de consumo de energia em um

registrados encontraram-se em conformidade

curto período de tempo causou sensibilidade ao

com o valor adequado recomendado no módulo

sistema de transmissão. De acordo com o ONS, a

8 do Prodist (DTT = 8%), não ultrapassando em

novela "Avenida Brasil" já atingiu a carga de 4,4 mil

nenhum momento os limites.

megawatts, em julho, o que significou um aumento

de consumo equivalente ao Estado do Paraná ou

final do mundial de clubes da FIFA com picos de até

Esta mudança de comportamento da

à cidade do Rio de Janeiro. "É como se a cidade

30%, comparados ao final da Avenida Brasil, de 20%.

população ocorreu em função de estar envolvido

inteira do Rio de Janeiro se acendesse de uma só

Entretanto, esta variação ainda é inferior à registrada

um clube de grande torcida no país, o Sport

vez", explicou o ONS. Os resultados de medição

nos jogos da Copa de 2010 no Brasil, de 40%.

Clube Corinthians Paulista. A variação máxima

confirmaram a previsão do Operador. De acordo

da corrente fundamental, nesta data, atingiu 22%,

com a Figura 6, houve um acréscimo de 25% no

(DTI%) para os quatro eventos são ilustradas

conforme mostra a Figura 4.

crescimento de carga em apenas dez minutos

nas Figuras 9 e 10, de forma de indicador e de

decorrente da retomada das atividades rotineiras

variação percentual, respectivamente.

Na Figura 5 pode-se observar com mais Dia evento

A maior variação do DTT% foi registrada no

As variações da Distorção Total de Corrente

Distorção Total de Tensão (DTT%)

Dia sem evento

2,5 2

DTT [%]

1,5 1 2,0 1,5

27/06/12

04/07/12

19/10/12

16/12/12

1º J. Final Libertadores

2º J. Final Libertadores

Final Avenida Brasil

Final Mundial de Clubes

Quarta-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

Domingo

1:50 4:00 6:10 8:20 10:30 12:40 14:50 17:00 19:10 21:20 23:30

1:40 3:50 6:00 8:10 10:20 12:30 14:40 14:40 16:50 19:00 21:10 23:20

0:00 2:10 4:40 6:30 8:40 13:00 15:10 17:20 19:30 21:40 23:50

0

2:00 4:10 5:00 6:20 8:30 10:40 12:50 15:00 17:10 19:20 21:30 23:40

0,5

Figura 7 – Gráfico de Distorção Total de Tensão (DTT%). Variação % DTT - Dia Evento x Dia sem Evento 40% 30% 20% 10% 0 -10% -20% 27/06/12

04/07/12

19/10/12

16/12/12

1º J. Final Libertadores

2º J. Final Libertadores

Final Avenida Brasil

Final Mundial de Clubes

Quarta-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

Domingo

0:00 2:20 4:40 7:00 9:20 11:40 14:00 16:20 18:40 21:00 23:20

1:40 4:00 6:20 8:40 11:00 13:20 15:40 18:00 20:20 22:40

1:00 3:20 5:40 8:00 10:20 12:40 15:00 17:20 19:40 22:00

0:20 2:40 5:00 7:20 9:40 12:00 14:20 16:40 19:00 21:20 23:40

-30%

Figura 8 – Variação % de DTT (%).


135

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Dia evento

Distorção Total de Corrente (DTI%)

A Figura 10 apresenta o respectivo

resultado de medição, no qual se pode

Dia sem evento

até 40% durante o domingo da Final do

8

Mundial de Clubes, quando comparadas a

6

um dia útil normal, sem transmissão dos

4

eventos.

2

0

Individuais de Tensão (DIT3%, DIT5% e

1:20 3:10 5:00 6:50 8:40 10:30 14:40 14:10 16:00 17:50 19:40 21:30 23:20

10

1:30 3:20 5:10 7:00 8:50 10:40 12:30 14:20 16:10 18:00 19:50 21:40 23:30

durante o final de Avenida Brasil e de

1:40 3:30 5:20 7:10 9:00 10:50 12:40 14:30 16:20 18:10 20:00 21:50 23:40

12

0:00 1:50 3:40 5:30 7:20 9:10 11:00 12:50 14:40 16:30 18:20 20:10 22:00 23:50

observar uma variação na DTI% de 35%

27/06/2012

04/07/2012

19/10/2012

16/12/2012

1º J. Final Libertadores

2º J. Final Libertadores

Final Avenida Brasil

Final Mundial de Clubes

Quarta-feira

Quarta-feira

Sexta-feira

Domingo

DIT7%) durante a final do Mundial de Clubes, em que se pode observar que a harmônica de quinta ordem é a mais

Figura 9 – Comportamento da DTI (%).

afetada nestas ocasiões, como já era de

Variação % DTI - Dia Evento x Dia sem Evento

se esperar devido à grande quantidade

50 40 30 20 10 0 -10

de

televisores

ligados

no

mesmo

horário. Entretanto, os valores aferidos encontraram-se em conformidade com 0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

os limites adequados recomendados pelo 0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

-20 -30 -40 -50

A Figura 11 apresenta as Distorções

0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

DTI [%]

14

Módulo 8 do Prodist, ou seja, inferior a

27/06/2012 1º J. Final Libertadores Quarta-feira

04/07/2012 2º J. Final Libertadores Quarta-feira

19/10/2012 Final Avenida Brasil Sexta-feira

16/12/2012 Final Mundial de Clubes Domingo

6% (3ª e 5ª harmônica) e de 5% para a 7

Figura 10 – Comportamento da DTI (%) – Variação %.

harmônica.


QEE

136

O Setor Elétrico / Maio de 2014

A análise nos traz a reflexão sobre as

ações preventivas que devemos vislumbrar Dia Evento DIT 3%

Dia sem Evento DIT 3%

Dia Evento DIT 5%

Dia sem Evento DIT 5%

Dia Evento DIT 7%

Dia sem Evento DIT 7%

considerando os próximos eventos de grande repercussão que estão por vir nos anos

3,5

seguintes, a Copa do Mundo FIFA do Brasil, as

3,0

Olimpíadas do Brasil e outros.

DITh [%]

2,5

Referências

2,0

• MACEDO Jr, J. R.; GRANDI, A. L. Z.; SIQUEIRA,

1,5 1

M. J. V.; CARNEIRO, J. R. V.; RIBEIRO, P. F. “Impacto

da transmissão da Copa do Mundo 2010 para

0,5

7ª 0:00 1:40 3:20 5:00 6:40 8:20 10:00 11:40 13:20 15:00 16:40 18:20 20:00 21:40 23:20

1:00 2:40 4:20 6:00 7:40 9:20 12:40 14:20 16:00 17:40 19:20 21:00 22:40

0:20 2:00 3:40 5:20 7:00 8:40 10:20 12:00 13:40 15:20 17:00 18:40 20:20 22:00 23:40

1:20 3:00 4:40 6:20 8:00 9:40 11:20 13:00 14:40 16:20 18:00 19:40 21:20 23:00

0

27/06/2012 1º J. Final Libertadores Quarta-feira

04/07/2012 2º J. Final Libertadores Quarta-feira

19/10/2012 Final Avenida Brasil Sexta-feira

16/12/2012 Final Mundial de Clubes Domingo

a qualidade da energia elétrica nos sistemas de distribuição”. IX CBQEE, 2011. • Sitio G1, “ONS reforça sistema elétrico para final de Avenida Brasil”, http://g1.globo. com/economia/noticia/2012/10/ons-reforcasistemaeletrico-

Figura 11 – Comportamento da DITh (%).

para-final-de-avenida-brasil.html,

acesso

em

26/01/2013 às 18:06 h, 2013.

Variação % DIT 5% 40%

• Sitio Veja, “Avenida Brasil faturou 1 bilhão de

30%

reais em anúncios”, http://veja.abril.com.br/

20%

noticia/celebridades/avenida-brasil-faturou-

10% 0 -10%

1-bilhao-de-reais-em-anuncios,

acesso

em

0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

• ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica,

-40%

0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

26/01/2013 as 18:06 h, 2013.

-30% 0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00

-20%

“Procedimentos de Distribuição – PRODIST”, Módulo 8, Qualidade da Energia Elétrica.

Figura 12 – Variação % da DIT 5%.

A Figura 12 ilustra a variação % da

de indicadores de qualidade, estiveram nos

Distorção Individual de Tensão (DIT5%)

jogos e nos finais da novela. O evento em que

durante a exibição dos eventos. Percebe-se,

houve a maior repercussão nos indicadores

que durante o jogo da final Mundial de Clubes,

DTT% e DTI% foi a final do mundial de

a DIT5% teve variações de 33% em relação a

clubes da FIFA de 2012, ocorrido em um

um domingo típico.

domingo de dezembro. Os valores atingidos estão próximos aos registrados em jogos da

Observações finais

seleção brasileira na Copa do mundo FIFA de 2010. A telenovela Avenida Brasil teve um

Notadamente,

a

preocupação

com

impressionante acréscimo de carga após o seu

eventos televisivos de grande repercussão

término, em que houve uma variação de 25%

tem aumentado nos últimos anos e, conforme

em apenas dez minutos, devido ao retorno

a análise técnica deste trabalho, se justifica

das atividades rotineiras da população, como

quando olhamos para os efeitos registrados.

abrir geladeira, tomar banho, etc. Para o evento

Neste trabalho avaliamos quatro eventos

do último capítulo da novela Avenida Brasil, o

televisivos de grande movimentação popular

Operador Nacional do Sistema tomou como

ocorridos em 2012 e percebeu-se que as

medida preventiva trabalhar com folgas nas

maiores variações, tanto de carga quanto

unidades de geração.

• GRANDI, L. Z.; CARNEIRO, J. R.V. Caracterização das distorções harmônicas de tensão em circuitos secundários de distribuição, VIII CBQEE, 2009. *André Luis Zago de Grandi é engenheiro eletricista, mestre em Distribuição de Energia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É engenheiro eletricista da EDP Bandeirante Energia. Maria Jovita Vilela Siqueira é engenheira eletricista com especialização em conservação de energia elétrica na indústria e em sistemas de energia, com MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. É engenheira da área de qualidade da EDP Bandeirante Energia. Natanael Pereira é engenheiro eletricista, pós-graduado em Qualidade da Energia em Sistemas Elétricos. Atualmente, é engenheiro eletricista de estudos e projetos da EDP Bandeirante Energia.



Aula prática

138

Barramentos blindados

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Barramentos blindados: assim a eletricidade viaja por uma autoestrada Parte 3 – Como selecionar elementos de proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos Por Nunziante Graziano*


O Setor Elétrico / Maio de 2014

139

Para a proteção de barramentos blindados contra sobrecargas,

podem-se adotar soluções diferentes. A solução clássica é a de utilizar disjuntores nos quadros alimentadores, individualizados, para a proteção de cada uma das linhas. Ou seja, para proteção eficaz, basta: Ib > Ip Em que: Ib – Capacidade nominal de corrente do barramento blindado; Ip – Corrente nominal do disjuntor de proteção do barramento blindado.

A segunda solução pode ser implementada protegendo-se individualmente

cada saída ou derivação plug-in, neste caso, contudo, é necessário assegurar que a soma de todas as correntes nominais de tais dispositivos de proteção não exceda a corrente nominal do barramento localizado à montante.

Uma terceira solução prevê a proteção contra sobrecargas para

mais de uma linha de barramento blindado colocadas em paralelo sobre a saída de um único disjuntor. No entanto, esta solução é viável somente se a corrente nominal do interruptor não for maior do que a capacidade de cada uma das linhas, o que torna esta técnica pouco atraente, porque ela não permite que você tire proveito da corrente nominal total de cada uma das linhas de barramento.

Nas linhas de barramentos que alimentam exclusivamente cargas

de iluminação, a proteção contra sobrecargas pode ser omitida, o que resulta em uma notável simplificação do sistema.

Em consequência das características técnicas dos barramentos

blindados, notadamente impedâncias, as correntes de curto-circuito são particularmente elevadas. Assim sendo, para proteção contra curtoscircuitos, é necessário considerar: - Cálculo da corrente presumida de curto-circuito no sistema; - Proteção contra as solicitações eletrodinâmicas decorrentes do defeito; - Proteção contra sobreaquecimento.

Para avaliar a corrente de curto-circuito é necessário conhecer a

impedância dos elementos. Este parâmetro é definido pela relação:

ZCB = L • � r2 + x2 Em que: L: é o comprimento do trecho de barramento em metros (m); r: é a resistência por unidade de comprimento [W/m]; x: é a reatância específica por unidade de comprimento [W/m].

Em casos em que há um ou mais condutores à montante ou à

jusante do trecho de barramentos, é necessário efetuar a soma de suas resistências e reatâncias separadas:

ZCC = � (�iRi)2 + (�iXi)2


Aula prática

QEE

140

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Para o cálculo da corrente de curto-circuito

Tabela1: Relação entre a corrente de crista Ipk e a presumida de curto-circuito Icc

de defeito fase-terra e fase-N, é aplicado um procedimento

equivalente, em

que

Icc [kA] (eficaz)

ICC ≤ 5

5 ≤ ICC ≤ 10

10 ≤ ICC ≤ 20

20 ≤ ICC ≤ 50

50 ≤ ICC

Cos ф

0,7

0,5

0,3

0,25

0,2

N

1,5

1,7

2,0

2,1

2,2

serão

considerados os valores da resistência e reatância por metro de comprimento do circuito faseterra e fase-N, fornecido pelo fabricante. Para barramentos blindados, os valores nominais de resistência e reatância são referidos a uma

Nota: Os valores na tabela representam a maioria das aplicações. Em situações particulares, por exemplo, na proximidade de transformadores ou geradores, o fator de potência pode assumir valores inferiores e, nestes casos, o valor máximo da corrente de crista presumida pode tornar-se o fator limitante, ao invés do valor eficaz da corrente de curto-circuito.

Tabela 2

temperatura de equilíbrio térmico. Em condições

Curto-circuito

de curto-circuito, a temperatura das barras pode

Tipo de proteção

alcançar valores próximos a 130 °C / 160 °C,

Solicitações

Sobrecarga

Solicitações térmicas

eletromecânicas

valores que são muito mais elevados do que a temperatura alcançada nas condições nominais de serviço. Como consequência, a resistência de fase em um barramento sob condições de curto-

Disjuntor padrão

In ≤ Inom

Ip ≤ Ipk

A²s ≤ I²cw . t

Disjuntor limitador de

barramento

n . Icc ≤ Ipk

I²cc . (t r+ 0,001) ≤

corrente

In ≤ Inom

circuito terá um valor maior que em condições

I²cw . t

barramento

nominais e o cálculo das impedâncias será consideravelmente arredondado para baixo. A corrente de curto-circuito real será,

corrente de curto-circuito Icc presumida;

corrente (considerando Icw referido a um tempo

por conseguinte, menor do que a presumida

Ipk: corrente de crista admissível do barramento.

genérico t), implica a seguinte mudança na relação anterior:

e calculada, o que fornece uma boa margem de segurança. No entanto, por meio de apropriada

A importância desta condição reside no

majoração, pode-se favorecer o cálculo da real

fato de que a corrente de crista determina, no

corrente mínima de defeito fase-terra (Ig) e, por

período subtransitório, a extensão dos esforços

conseguinte, é possível avaliar se o disjuntor de

eletrodinâmicos nos isoladores. Daqui resulta que

Em que:

proteção da linha é capaz de intervir dentro de

deve ser igual Ipk ou superior (mas não inferior)

tr: tempo de retardo imposto ao disjuntor

0,4 segundo (no caso de linhas que compreendam

para a corrente crista. A corrente de crista pode

limitador de corrente [s].

derivações plug-in terminais fornecidos), ou 5

ser facilmente calculada multiplicando a corrente

segundos (em caso de anel constituído por apenas

presumida de curto-circuito (Icc) por um fator

condutores principais).

adequado n.

de barramentos blindados contra sobrecorrentes

I²cc . (tr + 0,001) ≤ I²cw . t

A Tabela 2 resume as condições de proteção

inerentes a sobrecargas e curtos-circuitos.

Solicitações térmicas nos barramentos sob curto-circuito

Solicitações eletrodinâmicas nos barramentos sob curto-circuito

O próximo artigo abordará como devem ser

selecionados os elementos de proteção contra sobrecargas e curto-circuito nos elementos

Para a contenção das solicitações térmicas

terminais (derivações plug-in) e nas reduções de

disjuntores tipo seletivo automático (que não

nos barramentos sob condição de curto-circuito,

capacidade nominal em linhas longas, além de

exercem qualquer limitação de corrente de crista

a seguinte relação deve ser satisfeita:

apresentar algumas particularidades de montagem,

Quando a proteção é realizada com

instalação e colocação em serviço.

ou energia térmica), a capacidade de suportar o curto-circuito deve ser cuidadosamente considerada.

No

tocante

aos

A²s ≤ I²cw . t (em que geralmente t = 1 s)

esforços

eletrodinâmicos, deve ser satisfeita em primeiro

Assim:

lugar a seguinte relação:

- A²s: energia específica passante por meio de dispositivo de proteção;

Ip ≤ Ipk

- Icw: corrente suportável nominal de curta

Ip: corrente de crista limitada pelo disjuntor na

A presença de disjuntores limitadores de

duração do barramento blindado.

Em que:

*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em Energia pelo Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/ USP), pós-graduado em Política e Estratégia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra ADESG-SP. É membro da ABNT/ CB-3/CE:03:17.03 – Conjunto de Manobra e Controle em Invólucro Metálico para tensões acima de 1 kV até e, inclusive, 36,2 kV; e membro do conselho diretor do IEE/USP. Atualmente, é diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Indústria e Comércio de Barramentos Blindados.



ESPAÇO GUIA DE NORMAS

Esclarecimentos, recomendações e orientações quanto à aplicação técnica das normas ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 14039 e NR 10, baseados no Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras. Todos os meses uma dica de como bem utilizar as normas técnicas brasileiras para garantir o sucesso e a segurança da instalação elétrica.

Segurança em projetos

142

O item 10.3 da NR 10 é especialmente dedicado aos aspectos de segurança nos projetos elétricos e indica o entendimento maior de que a segurança nas instalações elétricas começa pelos estudos e levantamentos iniciais e se concretiza na sua concepção: “o projeto”. É fundamental que o projeto elétrico especifique equipamentos e dispositivos que já incorporam ou permitam a aplicação dos recursos determinados na NR 10, tais como: • Prever bloqueios e travamentos em dispositivos que impeçam manobras não autorizadas; • Prever ponto e dispositivos para a fixação de sinalização e advertências; • Prever dispositivo de seccionamento de ação simultânea em todos os condutores de um circuito; • Dotar de ambientes, quadros e dispositivos de manobra com espaço seguro para o serviço; • Localizar os componentes de forma a adequar às influências ambientais previstas, físicas e químicas (chuva, poeira, materiais inflamáveis ou explosivos, substâncias corrosivas, etc.); • Projetar a separação de circuitos com finalidades

diferentes (telefonia, circuitos de BT, circuitos de AT, circuitos de TI, etc.); • Determinar o esquema de aterramento definido de acordo com o que estabelece as normas técnicas (TN, TT, IT); • Prever dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado; • Prever pontos para o aterramento temporário. O item 10.3.7 determina ainda que o projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. Outro ponto importante é o item 10.3.8, que impõe que o projetista conheça previamente as exigências regulamentares de segurança e saúde para que as aplique, onde couber, nas especificações constantes de seu trabalho de elaboração do projeto elétrico. Esta exigência presta-se para que o trabalhador, ao fazer alterações, reparos ou ampliações, atue conforme as especificações e limitações determinadas pelas condições iniciais do projeto. Há interferências de outras normas regulamentadoras,


ESPAÇO GUIA DE NORMAS

143

além da NR 10, que devem ser consideradas na fase de projeto, tais como aspectos ergonômicos (tratados na NR 17), de sinalização (tratados na NR 26), dentre outras. Em seu item 10.3.9, a NR 10 determina a obrigatoriedade de que seja organizado o memorial descritivo do projeto, contendo, no mínimo: • a especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; • a indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos (Verde – “D”, desligado e Vermelho – “L”, ligado);

• a descrição do sistema de identificação dos circuitos elétricos e equipamentos; • as recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; • as precauções aplicáveis diante das influências externas; • o princípio funcional dos dispositivos de proteção destinados à segurança das pessoas; • a descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

Colaboraram com esta seção: Autores: João Barrico, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, diretor da Engeletric Serviços de Eletricidade. Joaquim Pereira, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, coordenador técnico da atualização da NR 10. Edição: Hilton Moreno, engenheiro eletricista, professor, consultor.


Coluna do consultor

144

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Por Hilton Moreno, especialista em instalações elétricas e consultor técnico da revista O Setor Elétrico

O que aconteceu durante os 100 números da revista O Setor Elétrico

Esta edição da revista O Setor Elétrico é

muito especial, pois são completadas cem edições. Isso significa, portanto, que o primeiro número foi publicado no início do “distante” ano de 2006. E o que aconteceu daquela época até hoje?

Em 2006, o primeiro (e único) astronauta

brasileiro foi ao espaço.

Na Alemanha, o Brasil jogou muito mal

e foi eliminado pela França de Zidane nas quartas de final. E aí, os italianos foram tetra. Para completar a tristeza brasileira, o humorista Bussunda morreu durante a Copa. Além disso, o Santos foi campeão do Paulistão; o São Paulo foi campeão do Brasileirão e o São Caetano foi rebaixado para a série B; e o Flamengo ganhou a Copa do Brasil. Haja notícias ruins no futebol!

Enquanto isso, no Mato Grosso do Sul

Aquele ano terminou sem que uma solução

ameaças de terroristas ao Papa Bento XVI,

e em Porto Alegre, irmãs siamesas foram

fosse encontrada para resolver o problema

que renunciaria poucos anos depois.

separadas e, na Inglaterra, houve o nascimento

que, por sinal, não foi resolvido até hoje.

de gêmeos de cores diferentes. Tem marido

Para alegrar um pouco o ambiente em

a IT-41 do Corpo de Bombeiros do Estado de

que não gostou dessa!

terras brasileiras, em 2006, os Rolling Stones

São Paulo assim como a Portaria 51 do Inmetro,

Ainda em 2006, os presidentes Lula

se apresentaram para mais de um milhão de

ambas tratando da inspeção das instalações

(apesar do “mensalão”), Hugo Chávez e

pessoas na praia de Copacabana. Pena que eu

elétricas. Nessa época, o número de produtos

Alvaro Uribe foram reeleitos. Já no Chile,

moro em São Paulo!

elétricos com certificação compulsória era

Michele Bachelet se tornou a primeira mulher

apenas um terço do que é hoje.

a comandar o país (seria reeleita em 2014).

George W. Bush terminou o ano de 2006

Neste mesmo ano, um grave acidente

enfraquecido com a derrota dos republicanos

NBR 5410 tinha apenas dois anos de vida no

envolveu um Boeing da Gol e um jato Legacy,

e a má campanha das tropas americanas no

mercado e os profissionais ainda começavam

resultando na morte de 154 pessoas. E, como

Iraque. O resultado disso nós já sabemos:

a conhecer suas novidades. Dentre elas, o

se o tempo não tivesse passado até hoje,

Obama tornou-se o novo presidente. Em

uso quase que obrigatório de dispositivos

milhares de passageiros sofreram em 2006 nos

paralelo a isso tudo, a população em geral

DPS nas instalações elétricas de qualquer

aeroportos com voos cancelados e atrasados.

se assustava com novos testes nucleares e

tipo e a predominância do conceito de

No cenário internacional, o presidente

Na área elétrica, em 2006 ainda não existia

Em 2006, a edição em vigor da ABNT


145

O Setor Elétrico / Maio de 2014

“equipotencialização” sobre o “aterramento” (tanto é que o antigo TAP = Terminal de Aterramento Principal foi substituído pelo BEP = Barramento de Equipotencialização Principal). Além disso, em 2004, a ferragem da fundação foi eleita o eletrodo de aterramento preferencial da norma e o mercado ainda se acostumava com essa “novidade” (que é usada há décadas em outros países). De 2006 até hoje, os conceitos de eficiência

energética

das

edificações

e

qualidade da energia elétrica ganharam força. Prova disso são os diferentes “selos” energéticos,

tais

Certificação

Leed,

como

Procel

Certificação

Edifica, Aqua

e

por aí vai. Da mesma forma, educava-se o mercado para reconhecer a importância do dimensionamento econômico e ambiental de circuitos elétricos, o que culminou, cinco anos depois, com a publicação da ABNT NBR 15920.

Em 2006, as lâmpadas e luminárias com

Leds para aplicações residenciais, comerciais, industriais e públicas ainda eram tratadas como novidade com bom potencial, porém as lâmpadas de descarga de alta eficiência eram vistas como o futuro concreto do setor. Quanta reviravolta no assunto! Energia

fotovoltaica

e

eólica

para

consumidores em baixa e média tensão eram assuntos que apenas engatinhavam sob o ponto de vista técnico e regulatório no Brasil quando da edição número 1 da revista.

Dessa forma, são inúmeros fatos marcantes

que aconteceram de 2006 até hoje na área eletroeletrônica, automação, iluminação, etc. E todos eles foram sempre acompanhados e destacados pela revista O Setor Elétrico. Numa estimativa simplista, considerando uma média de cem páginas por edição, lá se foram 10 mil páginas (!) dedicadas a informar e educar os profissionais da área.

Parabéns para toda a equipe da revista O

Setor Elétrico que muito contribuiu e muito ainda contribuirá para atualizar, informar e melhorar o conhecimento dos profissionais do setor. Que venham mais cem vezes cem edições!


Energia sustentável

146

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.

Memórias das Copas do Mundo de um colunista e seu neto

Aproveitando a proximidade da Copa do

– Vô, o que é racionamento?

para a revista tornou–se um momento bacana

Mundo de 2042, conversei com meu neto de

– Racionamento é quando a água ou

para pesquisar novos assuntos, dar forma a

oito anos sobre as memórias de Copas que ele

energia não é suficiente para todo mundo e as

ideias e exemplos específicos para atingir os

não viu nem ouviu.

pessoas têm que gastar menos.

leitores.

– Legal, vô, mas e esta crise, o que

– Rodrigo, vi que você está colecionando

– Mas então é parecido com o que acabou

hologramas sobre os craques e times da

de aparecer no “Online News” da minha

aconteceu na Copa, deu problema?

Copa. Na minha época e na de seu pai, nós

camiseta eletrônica?

colecionávamos figurinhas em um álbum

brasileiro?

de papel. As pessoas se reuniam para trocar

nem tanto assim, não é? Sobre este assunto,

e bater figurinhas. Era uma febre para

não tem mágica: o mundo cresce e cada vez

pessoal falar assim. Mas o que quer dizer isto?

completar o álbum. Eu era criança na Copa

precisa de mais energia e água. Se não cuidar

de 1970 e de 1974. As figurinhas carimbadas

bem, falta. Você sabe que em muitos países

tem sorte e as coisas vão acontecendo, os

eram do Pelé, Rivelino. Em 1970, o Brasil foi

só tem água tirada do oceano? Lembro–

problemas passam, mesmo quando a gente

tricampeão, o melhor time do mundo. Mas o

me da sensação no mês anterior à Copa de

não faz o que precisa.

seu pai tinha a sua idade quando aconteceu a

2014, com a possibilidade de problemas na

Copa do Mundo no Brasil! Você imagina isso?

competição, das manifestações, e tinha eleição

vamos ter a avaliação tridimensional e não

– Vô, já teve Copa do Mundo no Brasil?

para presidente e para governadores naquele

estão muito preparados, mas vão assim

– Sim, Rodrigo, não uma, mas duas! Na

ano, ninguém queria “sair mal no filme”. Era

mesmo, e na última hora eles adiam por outro

primeira eu não era nem projeto de gente,

uma torcida para o adversário se dar mal.

motivo qualquer.

mas a segunda eu acompanhei de perto.

Lembro–me também de estar escrevendo para

– E como foi, vô?

– É, meu neto, as coisas mudam, mas

– Você já ouviu alguém falar que Deus é – Já, na escola virtual, vi algumas vezes o – Quer dizer que parece que o Brasil

– Ah, entendi, é o que acontece quando

– Pois é, Rodrigo, você tem de aprender

uma revista sobre o setor elétrico...

isso: querer colher sem plantar não dá. Tem

– Sabe a Arena que fomos no ano

de se esforçar e fazer o que precisa.

passado? Ela foi construída para a Copa de

– Não bem do jeito que você está

2014. Assim como outros 11 estádios. Foi

pensando. Eu era um técnico que escrevia

Brasil era bom nesta Copa?

um período bem agitado e bagunçado. Muita

sobre sustentabilidade e energia. Orgulhava–

gente saiu às ruas para reclamar: do muito

me de explicar, conscientizar e comentar

de ser o melhor que já tivemos. Tínhamos

dinheiro que foi gasto e roubado, dos preços

mensalmente sobre este assunto no qual

um time razoável e o Neymar, a sensação

do ônibus, da confusão nos aeroportos. Até

trabalhei toda a minha vida. Na época,

brasileira do momento, mas uma andorinha

decretaram feriados nos dias de jogos para

sustentabilidade era uma palavra muito

só não faz verão.

não ter trânsito.

usada, mas o seu significado.... Não é como

– Vô, o que é ônibus?

hoje, que todos conhecem e praticam no dia

com o time? Mas vô, o senhor falou, falou, e

– É verdade, não tem mais, é como se

a dia. Escrevi várias colunas sobre esportes e

quem ganhou a Copa afinal?

fosse o “teletransporte magnético” de hoje.

a Copa no Brasil: Olímpiadas de Londres em

Mas, voltando à época, você imagina um dia

2012, construção sustentável dos estádios,

conversa “videofônica telepresencial”. Já vai

seu sem água e energia? Pois é, então imagina

crise de água e energia às vésperas do grande

começar a abertura da Copa e o jogo entre os

um evento tão importante, o maior do mundo

encontro. Desde adolescente sempre gostei

destaques deste ano: Serra Leoa e Paquistão.

no futebol, com ameaça de racionamento?

de escrever e, para mim, escrever nestes anos

Um beijão!

– Vô, o senhor era escritor?

– Vamos mudar de assunto, vô. O time do – Bom, vamos dizer que estava longe

– Como é? O que tem a andorinha a ver

– Este é um assunto para a nossa próxima



Iluminação eficiente

148

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da Comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei e diretora da EXPER Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.

Parabéns O Setor Elétrico!

Nesta edição comemorativa gostaria de

Não posso negar que escrever para O

as matérias da revista no site e teve um

parabenizar à equipe da Atitude Editorial

Setor Elétrico, às vezes, é bastante difícil! A

alcance

pelo belíssimo trabalho que vem realizando

correria do dia a dia é muito intensa e não

solitários, sem feedback. Mas uma ocasião

para todo o setor elétrico. Sempre obstinada

tenho uma programação definida do que

me marcou bastante em 2011, quando fiz

em

de

escrever em cada mês. Escrever para esta

uma das primeiras palestras do CINASE,

relevância para o segmento, a revista inovou

coluna da revista, porém, tornou-se para

em Fortaleza. Nessa ocasião o evento

em

colecionáveis

mim uma oportunidade de estar sempre

juntou um público de mais de 500

com os Fascículos e informações técnicas

sintonizada com o que está acontecendo

pessoas e lembro-me de que, no final da

atualizadas sob o olhar de especialistas de

no setor, pois sempre busco me atualizar

apresentação, um grupo de estudantes veio

diversas áreas da engenharia elétrica por

para poder escrever as matérias. Assim,

com a revista em mãos pedindo autógrafos.

meio das colunas especializadas.

obrigo-me

as

Naquela ocasião tive a percepção de como

Tive a oportunidade de participar

informações da área de iluminação, que

a informação que geramos pode influenciar

das

Fascículo

sempre estão em constante evolução com

positivamente as pessoas.

janeiro

produzir

informações

fornecer

duas

conteúdos

seções,

Luminotécnica

com

técnicas

o

Aplicada,

de

a

estar

atualizada

com

maior,

ainda

permanecemos

as novas tecnologias, tendências e revisões

a dezembro de 2008, e com a coluna

normativas.

quando reencontrei uma pessoa a quem

Iluminação

Escrever é uma atividade muitas vezes

tenho muita consideração, um grande

de 2011. Foram até agora 52 edições

solitária, pois não temos um feedback dos

mestre e inspirador até os dias de hoje,

escrevendo para o público desta revista.

leitores, não conhecemos quem nos lê e o

que me disse que lia todos os textos dessa

Público

formado

que acharam do que leram. Não temos a

coluna, recortava e os colecionava. Leitores,

por engenheiros, o que para mim, que

percepção de quantas pessoas estão tendo

vocês fazem com que valha a pena o trabalho

tenho formação em arquitetura, é um

acesso ao que escrevemos e se estamos

dessa coluna. Espero que este espaço seja

motivo

eficiente,

este

ainda

desde

essencialmente

mais

janeiro

gratificante

pelo

Recentemente, fiquei muito lisonjeada

agregando informações relevantes para elas.

realmente útil e coloco-me à disposição

reconhecimento dos leitores.

Por muito tempo tive essa percepção.

para contatos pessoais caso necessitem.

A iluminação é um tema que permite

Embora soubesse que a revista tem

Parabéns

que engenheiros e arquitetos conversem

uma tiragem de mais de 10 mil exemplares

excelente trabalho que vem realizando

com a mesma linguagem técnica e se

por mês e que muitas vezes cada revista

com a revista O Setor Elétrico e todos

complementem profissionalmente. Exige

circula para mais de uma pessoa na mesma

os produtos que vêm possibilitando um

sensibilidade e, ao mesmo tempo, técnica,

empresa, não tinha a percepção do que isso

crescimento técnico do setor. Agradeço a

fazendo com que pessoas de diversos perfis

representava.

confiança e a oportunidade de participar

tenham interesse pelo tema.

desse time por todos esses anos.

Quando a Atitude inovou em publicar

Atitude

Editorial

pelo


Instalações MT

149

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela UNIFEI e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em FURNAS. Representa a IURPA no Brasil e hoje atua como consultor independente.

Não faltam motivos para comemorar

Nesta edição histórica muitas reflexões vem à

Interessante notar também os pontos comuns

mente e todas muito prazerosas!

que temos com leitores eventuais ou não; muitas

Nos meus 35 anos de engenharia tive a

vezes recebo comentários que exploram com

oportunidade de trabalhar em muitas empresas,

mais detalhes pontos apenas pincelados e, não

muitos lugares diferentes e, portanto, conviver

raro, ganho o presente de exemplos e até fotos

com profissionais do Brasil inteiro e muitos da

que mostram questões abordadas.

América Latina, Estados Unidos e Europa.

Portanto, a chance que tenho de fazer

Nas

quais

parte desta equipe vitoriosa, convidado pelo

passei, sempre houve grande rotatividade,

empresas

privadas

pelas

meu amigo e mestre Hilton Moreno, tem me

diferentemente do que pude observar naquelas

trazido, além de conhecimento e oportunidade

públicas ou estatais, portanto, a quantidade de

de estudar, a chance de interagir com pessoas, o

ex-colegas é enorme. E, até uns tempos atrás,

que sempre é muito engrandecedor.

sem as facilidades da internet e do celular, manter

contato com todos era tarefa impossível.

saudáveis e muito bem-vindas. Sem elas, como

Os reencontros eram, portanto, ao acaso e

conhecer nossos limites, o contraditório, o

a gente tentava tecer a teia dos conhecidos em

reconhecimento de ter falhado muitas vezes. Aí

comum e ter notícias dos amigos dos “bons

é prosseguir, tentando acertar e lembrar sempre

tempos que ficaram na memória”.

que “errar é privilégio dos que tentam construir

alguma coisa”.

A oportunidade que tenho de fazer parte

As críticas que recebo também são muito

deste time vitorioso tem trazido também o prazer

de reencontrar amigos e colegas que ficaram pelo

outras pessoas algumas coisas que a vida me

caminho destas três décadas e meia. Sempre

ensinou e receber de volta muita informação tem

recebo e-mails que me conectam a este tempo

se parecido cada vez mais com outra profissão

e me dão o prazer de ter notícias da “turma”. E

que abraço com muita satisfação e que foi o

como é bom saber que estão bem, produtivos,

início de toda a minha experiência: dar aulas.

cheios de esperança de ver um país melhor e

ajudando a construir este futuro a despeito de

mais do que ensina.

adversidades que sempre nos afrontam.

Fazer parte do time de colunistas é outro

Parabéns e o meu sincero agradecimento e

ponto que me traz muita alegria e, todos os

admiração a todos que criaram e trouxeram este

meses, quando recebo a revista, “devoro” o

veículo até aqui (vocês são realmente bons no

conteúdo da revista rapidinho e, confesso, releio

que fazem), mas tenham em mente que há muito

algumas partes para fixar e entender bem alguns

mais a fazer, pois tenho muita coisa ainda por

conceitos; aprendizado tranquilo, prático e útil.

aprender!

Assim, este exercício de escrever e levar a

E é sempre assim: a gente no final aprende Que venham então mais centenas de edições!


150

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena

Parabéns OSE

Há alguns anos quando fomos convidados

A existência desta coluna proporcionou

para desenvolver uma coluna com o objetivo

o desenvolvimento de vários assuntos ligados

de informar o leitor sobre o tema “Proteção

direta ou indiretamente ao tema principal,

contra raios”, vimos uma oportunidade de

sempre visando mostrar ao seu leitor a boa

aproximar a comunidade técnica (carente

prática da engenharia.

desse tipo de informação) do assunto e, dessa

forma, minimizar os devastadores efeitos do

a oportunidade de agradecer publicamente,

“achismo” que há muito reinavam em nosso

compartilharam sua experiência nesta coluna

país.

com análises de caso e muito material técnico,

que foi exposto de forma didática, informal,

Desde então houve grande contribuição

Alguns convidados, a quem agora temos

para mudar a ideia de que para-raio pode ser

quase intimista em prol da compreensão.

comprado em supermercado e instalado como

Após assistirmos a tantas publicações

se fosse uma antena de TV, com o condutor de

técnicas

aterramento passando por fora da estrutura e

caminho ao longo desses oito anos há que

sendo aterrado por uma haste de aço revestida

se parabenizar a revista “O Setor Elétrico”

com cobre. Cada vez é maior o número de

na publicação de seu centésimo exemplar.

pessoas que entendem o amplo conceito da

Manter-se nos trilhos levando informação de

proteção contra descargas atmosféricas tanto

qualidade aos interessados é fruto do trabalho

no sentido de proteger as estruturas quanto

sério e árduo de profissionais competentes,

pessoas, instalações elétricas e equipamentos

despidos de ego e compromissados com a

que nela estejam.

verdade.

simplesmente

desviarem-se

do


NR 10

151

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

Subitem 10.100

A NR 10 tem mesmo 99 subitens, dois

polêmicos, é extremamente gratificante e,

assuntos de interesse de toda a gama de leitores.

anexos e um glossário, e já tratamos disso aqui,

confesso, alimenta a nossa vaidade.

Percebe-se, no entanto, a procura por selecionar

de uma considerável quantidade de assuntos

10.100.3 – Receber um e-mail concordando

artigos (além das colunas) que tratem de temas

dentro dos 99.

ou discordando, colaborando ou acrescentando

práticos, aplicáveis à realidade. E nesta seleção

Neste mês, no entanto, vou tomar a liberdade

um ponto de vista ou aspecto diferente, é muito

está um dos grandes diferenciais.

de criar o subitem 100 como uma forma de

bom, cria motivos para expandir as ideias e as

10.100.6 – Olhando as revistas na prateleira,

comemorar a centésima edição da revista O

propostas, bem como para divulgar a um público

consigo ver que, a cada edição, elas estão “mais

Setor Elétrico, que abriga essa nossa coluna, e

interessado os questionamentos do leitor, seleto

fortinhas”, com mais folhas e mais conteúdo,

ao mesmo tempo, comentar aspectos que os 99

e qualificado, que dessa forma participa da

indicando que por trás desse crescimento existe

subitens não abarcam.

evolução do tema, no caso, a segurança com

um grupo de pessoas que não escreve artigos,

eletricidade.

não escreve colunas, que nem mesmo tem espaço

10.100.1 – Estar incluído entre os colaboradores

10.100.4 – Mencionar no currículo “colunista

na revista, mas é responsável direto pelo sucesso

da revista é, sem dúvida, uma honra. Acabamos

da revista O Setor Elétrico” faz uma diferença

alcançado.

formando uma comunidade de amigos e,

(mesmo para quem já se aposentou e não está

10.100.7 – A todos os envolvidos, nossos

mesmo sem nos ver frequentemente, sentimos

procurando emprego). É cartão de visita.

leitores, que dedicam seu tempo para nos

a presença positiva dos demais, reunidos mensal

10.100.5 – Nas 99 edições antecedentes, é difícil

ler,

e impreterivelmente pela editora, com seus

encontrar um assunto menos interessante ou

viabilizar a revista, editoração, coordenações,

e-mails, cobrando nossos artigos (e aceitando

menos importante, até porque a revista, mesmo

administração,

nossas desculpas).

sem perder seu foco, dirigindo-se a um público

anônimos e também à direção que coordena

10.100.2 – Ser reconhecido pela leitura da

seleto, opera em um campo extremamente

toda a máquina, é hora de receber nossos

coluna, mesmo tratando assuntos por vezes

vasto e tem como objetivo abordar os vários

parabéns pela edição número 100.

a

grande

estrutura

necessária

apoiadores,

para

anunciantes,


Energia com qualidade

152

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DEINFRA-FIESP. FIESP | jstarosta@acaoenge.com.br

Cem! Sem dúvidas Quando o Adolfo (diretor da Atitude

o debate à tona, o que é muito bom! Discutir

Editorial), com o seu habitual entusiasmo,

os temas relacionados a esta nossa fantástica

me falou do seu projeto para o lançamento

engenharia elétrica é sempre um prazer, fazer

de uma nova revista voltada à eletricidade,

parte do rol daqueles que se divertem com o

fiquei impressionado, sobretudo pela coragem

trabalho é um privilégio.

e motivação dele para o novo projeto. Pensei

comigo: “este cara está louco!”. Mas, por outro

mas também as participações nos guias

lado, se a publicação focar em desenvolvimento

técnicos, entrevistas, palpites e outros temas

e divulgação técnica, o grande vencedor seria

tratados pela revista, como os Cinases

o nosso mercado de engenharia elétrica, que

(eventos promovidos pela Atitude Editorial),

teria mais uma fonte de consulta, de exposição

além, é claro, das pequenas encrencas que

de “cases” e, fundamentalmente, de discussões

apareceram, como uma matéria que foi

técnicas. Expressei minha opinião a ele: “se a

publicada em um “caderno técnico” e que

revista não for mais um “catálogo de produtos”,

continha uma figura que foi equivocadamente

me parece que será bem aceita”. Isso hoje me

impressa em uma posição “rotacionada” em

parece claro, a pluralidade e a divulgação de

90°; era preciso “virar” a revista para tentar

opiniões fortalecem nossos profissionais e

entender a figura. Um amigo me aconselhou,

abre a todos oportunidades e caminhos para

“não fique chateado, basta pedir ao leitor

busca de referências; um mesmo tema descrito

que aplique o operador ‘j’”!!!! A expressão

e abordado por modos distintos favorece sua

da Flávia (editora) naquele dia não me sai da

sedimentação.

cabeça! Sorry, Flávia.

Na sequência, ele me convidou para

tomar conta de uma coluna da nova revista,

de revista, da figura ímpar e carismática

abordando os pontos de vista dos temas que

do saudoso Sergião – o Sérgio Bogomoltz

tratamos em nossas atividades profissionais.

(consultor técnico da revista) – uma usina de

Não tem sido difícil, pois as atividades de

ideias e de otimismo. Brigar com o Sergião

engenharia elétrica exigem uma boa dose

era uma delícia e, sobretudo, uma “terapia”.

de pesquisa e estas pesquisas nos inspiram

Este cara faz muita falta.

a desenvolver alguma temática que poderia

interessar aos colegas. E assim tem sido;

e, mesmo, pertencer a este time, que apesar

os temas surgem em nossas atividades e,

das naturais dificuldades luta com dignidade

decorrentes das pesquisas para as soluções,

e atinge seus objetivos com ética, respeito

os artigos vão saindo do forno. Se as colunas

e

são lidas ou aproveitadas pelos leitores eu não

simples que garantem para a publicação um

tenho muita certeza, mas pelo menos (ainda)

futuro brilhante. Que vocês possam continuar

não fui vaiado. Aliás, algumas vezes os amigos

merecedores do crédito e confiança do mercado.

comentam sobre um ou outro artigo, trazendo

E que assim seja. Sucesso e saúde a todos.

Não foram apenas as colunas mensais,

Não dá para não lembrar, nestes anos

Particularmente, fico feliz em contribuir

reconhecimento

profissional,

atributos



Dicas de instalação

154

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Luminárias para áreas classificadas Por Marcos Herrera*

Tipos de proteções em função da zona

A escolha de luminárias para instalação em áreas classificadas deve ser

efetuada de forma criteriosa, já que a temperatura da superfície externa da luminária pode afetar a segurança dependendo da classificação da área, assim como devem ser consideradas todas as influências externas que

ZONA

Tipo de proteção permitida

0

Segurança intrínseca Ex ia e alguns com proteção Ex s Invólucro à prova de explosão (Ex d)

possam afetar negativamente o tipo de proteção.

As luminárias para áreas classificadas podem ser fabricadas com diversos

tipos de proteções, que dependem principalmente de sua aplicação. Por

Segurança aumentada (Ex e) 1

Pressurizados (Ex p) Encapsulados (Ex m)

exemplo, para uma cabine de pintura, uma luminária com tipo de proteção Ex d “à prova de explosão” é a mais indicada; já quando a necessidade é ter menos peso em uma embarcação por exemplo, a luminária fluorescente

Preenchidos com areia (Ex q) 2

Todos os anteriores Não acendível (Ex n)

com tipo de proteção Ex e “segurança aumentada” é a mais apropriada.

Outra consideração que deve ser avaliada é o tipo de Zona (0,

1 ou 2 para áreas classificadas com gases) Zona (20, 21 ou 22 para áreas classificadas com poeiras), além da classe de temperatura da

ZONA

Tipo de proteção permitida

20

Segurança intrínseca Ex ta ou ia Invólucro (Ex ta; tb; tc)

classificação da área, para áreas classificadas como Zona 2, podem ser instaladas luminárias com tipo de proteção Ex n “não acendíveis” normalmente luminárias de construção mais simples portanto com

Invólucro à prova de explosão (Ex d + Ex tb + IP65) 21

Segurança aumentada (Ex e + Ex t) Pressurizados (Ex p)

menor valor agregado.

Para instalações em áreas classificadas com poeiras, o grau de proteção

Encapsulados (Ex ma; mb ou mc) 22

Todos os anteriores

deve ser avaliado, assim como a classe de temperatura, e a certificação

Não acendível (Ex n + Ex t)

destes equipamentos deve ser apropriada para uso em áreas classificadas com poeiras (Zona 20, 21 ou 22).

Estes são escolhidos em uma base de risco, levando em consideração

as consequências de uma ignição, o que possibilitará requerer um

A escolha de um equipamento elétrico para uso em áreas classificadas

deve ser efetuado analisando o nível de ptoteção do equipamento (EPL). EPL

Ga

equipamento com EPL maior ou menor.

Tipo de proteção

Código

De acordo com

Intrinsecamente seguro

ia

ABNT NBR IEC 60079-11

Encapsulamento

ma

ABNT NBR IEC 60079-18

Dois tipos de proteção independentes, cada um atendendo ao EPL Gb

ABNT NBR IEC 60079-26

Proteção de equipamento e sistemas de transmissão utilizando radiação ótica Invólucro à prova de explosão

Gb

IEC 60079-28 d

ABNT NBR IEC 60079-1

Segurança aumentada

e

ABNT NBR IEC 60079-7

Intrinsecamente seguro

ib

ABNT NBR IEC 60079-11

Encapsulamento

m ou mb

ABNT NBR IEC 60079-18

Imersão em óleo

o

ABNT NBR IEC 60079-6

Invólucros pressurizados

p, px ou py

ABNT NBR IEC 60079-2

Imersão em areia

q

ABNT NBR IEC 60079-5

Conceito Fieldbus intrinsecamente seguro (FISCO)

ABNT NBR IEC 60079-27

Proteção de equipamento e sistemas de transmissão utilizando radiação ótica

IEC 60079-028

Intrinsecamente seguro

Ic

ABNT NBR IEC 60079-11

Encapsulamento

mc

ABNT NBR IEC 60079-18

Não acendível

n ou nA

ABNT NBR IEC 60079-15


155

O Setor Elétrico / Maio de 2014

EPL

Tipo de proteção

Código

De acordo com

Respiração restrita

nR

ABNT NBR IEC 60079-15

Limitação de energia

nL

ABNT NBR IEC 60079-15

Equipamento centelhante

nc

ABNT NBR IEC 60079-15

Invólucros pressurizados

pz

Gc

Conceito Fieldbus intrinsecamente seguro (FISCO) Proteção de equipamento e sistemas de transmissão utilizando radiação ótica

IEC 60079-028

Intrinsecamente seguro

iD

ABNT NBR IEC 60079-11

Encapsulamento

mD

ABNT NBR IEC 60079-18

Proteção por invólucro

tD

ABNT NBR IEC 60079-31

Intrinsecamente seguro

iD

ABNT NBR IEC 60079-11

Encapsulamento

mD

ABNT NBR IEC 60079-18

Proteção por invólucro

tD

ABNT NBR IEC 60079-31

Invólucros pressurizados

pD

IEC 61241-4

Intrinsecamente seguro

iD

ABNT NBR IEC 60079-11

Encapsulamento

mD

ABNT NBR IEC 60079-18

Proteção por invólucro

tD

ABNT NBR IEC 60079-31

Invólucros pressurizados

pD

IEC 61241-4

Da

Db

Db

ABNT NBR IEC 60079-2 ABNT NBR IEC 60079-27

Para uma correta especificação de luminárias é necessário obter as

presente no local);

seguintes informações:

c) Cálculo luminotécnico com a luminária e lâmpada escolhida.

a) Classificação de área onde o equipamento será instalado (Exemplo: Zona

1, grupo IIB T3, nível de segurança EPL);

ambiente específica de -20 °C a + 40 °C. Outros valores devem constar na

b) Classe de temperatura (temperatura de ignição da substância inflamável

marcação da luminária.

Normalmente, as luminárias são ensaiadas para uma faixa de temperatura


Dicas de instalação

156

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Requisitos específicos para instalação de luminárias Ex d

Para luminárias pendentes, é aconselhado que um dispositivo adicional seja

instalado para garantir um possível deslocamento lateral.

As instalações de luminárias Ex d podem ser efetuadas através do uso de

unidades seladoras e eletrodutos metálicos rígidos de aço carbono conforme a ABNT NBR 5597 ou ABNT NBR 5598, ou por prensa-cabos, conforme orienta Máxima temperatura superficial

ABNT / IEC

permitida (equipamentos) °C

450

T1

300

T2

200

T3

135

T4

100

T5

85

T6

a ABNT NBR IEC 60079 1.

IIC podem ser utilizadas para grupo IIB e IIA; as luminárias para o grupo IIB podem ser utilizadas para o grupo IIA, assim como luminárias certificadas para temperatura T4 podem ser utilizadas para T3, T2 e T1. Luminárias certificadas para Pode ser utilizada em áreas classificadas com classe de temperaturas classe de temperatura

de mercúrio, vapor metálico, módulos de Led. Não são permitidas lâmpadas contendo sódio metálico livre e lâmpada a vapor de sódio de baixa pressão. Algumas luminárias, antes de sua abertura, necessitam de um tempo

especificado na marcação. Este tempo é necessário para que o conjunto quando for aberto não interfira na classe de temperatura da área classificada, ou seja, é o tempo necessário para o esfriamento do equipamento, que, em

Classe de temperatura do equipamento elétrico

classificação da área. Luminárias com tipo de proteção Ex e “segurança aumentada” têm suas

limitações de aplicação em função da temperatura da lâmpada, assim, a maioria das aplicações é para luminárias com lâmpadas fluorescentes, as quais devem ainda passar pelo ensaio de vibração. Outro requisito que limita o uso deste tipo de proteção é a distância da lâmpada e do vidro / refrator de proteção.

Distância mínima entre a lâmpada e o vidro de proteção

Classificação da área em função da temperatura do gás T1

T2

T3

T4

T5

T6

T1 (450 °C) T2 (300 °C) T3 (200 °C) T4 (135 °C) T5 (100 °C) T6 (85 °C)

muitos casos, pode ter uma temperatura interna superior à temperatura da

T6; T5; T4; T3; T2; T1 T5; T4; T3; T2; T1 T4; T3; T2; T1 T3; T2; T1 T2; T1 T1

T6 T5 T4 T3 T2 T1

É permitido o uso das seguintes lâmpadas: fluorescentes, fluorescentes

compactas, lâmpadas Led, incandescentes, mistas, sódio de alta pressão, vapor

Devem ser observados os requisitos de instalações em áreas classificadas,

conforme a ABNT NBR IEC 60079 14. As luminárias marcadas para o grupo

Nas Zonas 0, 1, 2, 20, 21 ou 22 só podem ser instalados equipamentos

com certificados de conformidade, conforme a Portaria 179 e seu respectivo Regulamento de Avaliação de Conformidade (RAC) de equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas, nas condições de gases,

Potência da lâmpada, P

Distância mínima

(W)

(mm)

P ≤ 60

3

60 < P ≤ 100

5

uso de Leds de alta intensidade, assim como luminárias com utilização de

100< P ≤ 200

10

lâmpadas de indução e luminárias apropriadas para utilização em Zona 0

200 < P ≤ 500

20

(pressurizadas e utilização de fibra ótica).

500 < P

30

vapores inflamáveis e/ou poeiras combustíveis. Atualmente, há luminárias para áreas classificadas desenvolvidas com o

Para luminárias portatéis, os requisitos diferem um pouco, já que há

outras considerações adicionais, como por exemplo, ensaio de queda e

Para luminárias com tipo de proteção Ex n, há requisitos específicos de montagem

ensaios específicos para luminárias portáteis autônomas.

para luminárias com respiração restrita (Ex nR). É necessário realizar o ensaio de rotina. É necessário que o fabricante projete a luminária com ponto para ensaio.

O ensaio de rotina consiste em, sob as condições de temperatura constante,

que o intervalo de tempo requerido para uma subpressão interna de 0,3 kPa (30 mm coluna de água abaixo da pressão atmosférica) mudar para 0,15 kPa (15 mm coluna de água abaixo da atmosférica) não seja inferior a 90 s. Este ensaio pode ser dispensado se o tempo for de 360 s.

Para o tipo de proteção Ex n, podemos encontrar no mercado luminárias

com as seguintes marcações: Ex nA; Ex nR; Ex nAR ou Ex nC. Em Zona 1 não é permitido o uso de luminária com tipo de proteção Ex n.

Bibliografia

ABNT NBR IEC 60079-0 Requisitos Gerais ABNT NBR IEC 60079-1 Tipo de proteção Ex d “à prova de explosão” ABNT NBR IEC 60079-7 Tipo de proteção Ex e “segurança aumentada” ABNT NBR IEC 60079-14 Projeto, seleção e montagens de instalações elétricas ABNT NBR IEC 60079-15 Tipo de proteção Ex n “não acendíveis” ABNT NBR IEC 60079-31 Proteção de equipamentos contra ignição de poeiras por invólucros “t” Marcos Herrera, artigo técnico, Revista O Setor Elétrico, 2008.

*Marcos Herrera é engenheiro eletricista, especialista em instalações com áreas classificadas. Atualmente, é engenheiro da Fortlight.



Referências técnicas

158

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Escalas, unidades e medidas empregadas no dia a dia do engenheiro eletricista.

Condutividade elétrica

No início do século XIX, os físicos já

conseguiam produzir e detectar as correntes elétricas e uma das mais importantes características elétricas de um material sólido é a facilidade com que ele transmite a corrente elétrica. Em 1827, o físico alemão Georg Simon

Peso Símbolo químico:

Alumínio (99,9%)

Al

13

2,580

657

0,0284

-

-

2,703

658

0,0288

Alumínio temperado

Número atômico:

específico em grama por cm

2

:

Ponto

Resistividade

Material (metais, ligas metálicas, semicondutores e isolantes):

de fusão em

°C:

em ohms x

/m 20 °C:

mm2 a

Ohm formulou a lei que leva seu sobrenome, que

Alumínio

-

-

2,699

660

0,0278

relaciona a diferença de potencial (V), a resistência

Antimônio

Sb

51

6,691

631

0,4170

elétrica (R) e a corrente elétrica (i):V = Ri

Arsênio

As

33

5,727

817

0,3000

Bismuto

Bi

83

9,780

271

1,3000

Berílio

Be

4

1,848

1287

0,0400

Borracha

-

-

-

-

1017

Boro

B

5

2,460

2076

1,8 x 1018

Bromo

Br

35

3,120

-7,2

1024

A resistência depende do material e da

geometria do condutor. Basicamente, “os elétrons livres que fluem ao longo do fio ou cabo elétrico têm de passar por entre os átomos que o compõem, chocando-se constantemente com eles. Desse modo, o fluxo

Bronze-Alumínio (Cu 90% – Al 10%)

-

-

7,600

1050

0,1259

Cádmio

Cd

48

8,65

321

0,0700 0,0340

Cálcio

Ca

20

1,550

842

átomos opõem à sua passagem”.

Carbono

C

6

2,267

3527

3000

Chumbo

Pb

82

11,30

327

0,2114

Cobalto

Co

27

8,900

1495

0,0600

Cobre eletrolítico

Cu

29

9,050

1080

0,0167

8,890

1085

0,0173

de elétrons é brecado pela resistência que os A resistividade elétrica (ρ) é uma

propriedade do material e está relacionada à resistência elétrica da seguinte maneira:

Cobre recozido normal

-

-

Constantan (Cu 60% – Ni 40%)

-

-

8,400

1240

0,5000

Cromo

Cr

24

7,140

1907

0,1270

Ebonite

-

-

-

-

1013

frequentemente expressada em Ωcm.

Enxofre

S

16

1,960

115

1021

A condutividade elétrica indica a facilidade

Estanho

Sn

50

7,30

231

0,1195

com que um material conduz corrente elétrica e é

Ferro puro comercial

Fe

26

7,85

1538

0,0970

Ferro fundido

-

-

7,874

1500

0,9200

Ferro-níquel

-

-

8,100

1500

0,8126

Fósforo

P

15

1,823

44,2

0,1000

Gálio

Ga

31

5,904

29,8

0,1400

Germânio

Ge

32

5,323

938

46 x 104

Índio

In

49

7,310

156

0,0800

Iodo

I

53

4,940

114

1,3 x 1021

ρ=R

A

l Sua unidade oficial é Ωm, mas é

o inverso da resistividade. Em função dos valores de condutividade ou de resistividade, os materiais podem ser classificados como: condutores, semicondutores e isolantes.Veja, na tabela, a seguir, a resistividade elétrica de alguns materiais.

Pesquisa: http://www.edufer.com.br http://www.sofisica.com.br http://www.fisica.ufmg.br Libardi, Rodolfo. “Ciência e engenharia dos materiais”, Unimep. 2009.

Irídio

Ir

77

22,650

2466

0,0470

Latão (Cu 60% – Zn 40%)

-

-

-

-

0,0818

Lítio

Li

3

0,535

180

0,094

Maillechort (Cu 60% – Ni 15% – Zn 25%)

-

-

8,600

1500

0,0534

Magnésio

Mg

12

1,738

650

0,0440

Manganês

Mn

25

7,470

1246

1,6000


159

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Material (metais,

ligas metálicas,

semicondutores e isolantes):

Símbolo químico:

Número atômico:

Peso específico em grama por cm2:

Ponto de fusão em °C:

Resistividade / a 20 °C:

em ohms x mm2

Manganina (Cu 84% – Mn 12% – Ni 4%)

-

-

8,30

-

0,4200

Mercúrio

Hg

80

13,55

-38,3

0,9567

Mica

-

-

-

-

1015

Molibdênio

Mo

42

10,28

2623

0,0500

Nióbio

Nb

41

8,570

2477

0,1500 0,0780

Níquel

Ni

28

8,70

1452

Níquel-Cromo (Cu 60% – Cr 12% – Fe 28%)

-

-

-

-

1,3700

Niquelina (Cu 62% – Ni 18% – Zn 20%)

-

-

-

-

0,3320

Niquelina (Cu 55% – Ni 25% – Zn 20%)

-

-

-

-

0,4527

Ósmio

Os

76

22,5

3033

0,0949

Ouro

Au

79

19,3

1064

0,022

Parafina

-

-

-

-

1023

PET

-

-

-

-

1026 0,1184

Platina

Pt

78

21,5

1768

Polônio

Po

84

9,196

254

0,4300

Porcelana

-

-

-

-

1015

Potássio

K

19

0,856

63,4

0,0700

Prata

Ag

47

10,49

962

0,0158

Quartzo (fundido)

-

-

-

-

7,5 x 1023

Selênio

Se

34

4,819

221

0,1200

Silício

Si

14

2,330

1414

64 x 107

Sódio

Na

11

0,968

97,8

0,0470

Tálio

Tl

81

11,850

303

0,1500

Tântalo

Ta

73

16,65

3017

0,3361

Teflon

-

-

-

-

1028 a 1030

Telúrio

Te

52

6,240

449

1010

Titânio

Ti

22

4,507

1668

0,4000

Tungstênio

W

74

19,250

3422

0,0710

Vanádio

V

23

6,110

1910

0,2000

-

1016 a 1020

Vidro

-

-

-

Zinco

Zn

30

2,33

67,6

0,765

Zircônio

Zr

40

1,85

84,4

0,612

m


Espaço IEEE

160

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Energia eólica: tipos de geradores e conversores usados atualmente Por Alfeu Sguarezi Filho e Jaqueline Gomes Cardoso* Com o conceito de sustentabilidade e

Apenas na última década a capacidade eólica

os avanços tecnológicos, o uso de fontes

global instalada cresceu aproximadamente

energia, o desenvovimento de novas tecnologias e

renováveis

Para garantir o crescimento dessa fonte de

uma

dez vezes e há uma previsão de que a

investimentos são essenciais. Nos parques eólicos

realidade. O seu uso está cada vez mais

capacidade global total instalada atualmente

atuais, os geradores mais utilizados são os geradores

inserido na sociedade, levando-se em conta os

seja duplicada até 2017.

de indução trifásico gaiola de esquilo (GIGE),

ganhos ambientais que elas proporcionam e

No Brasil, a produção de eletricidade a

de indução com rotor bobinado (GIRB), de

seu aumento de competitividade no mercado,

partir da fonte eólica alcançou 5.050 GWh

relutância variável e síncronos (GS). Os sistemas

tornando viável a sua utilização.

em 2012. Isto representa um aumento de

de conversão de energia eólica são compostos pela

O Brasil é um país exemplo de uso

86,7% em relação ao ano anterior, quando se

turbina eólica, um gerador elétrico, um conversor

de fontes renováveis. No ano de 2012,

alcançou 2.705 GWh. Em 2012, a potência

eletrônico de potência e o sistema de controle

apresentou 42,4% de participação dessas

instalada para geração eólica no país expandiu

correspondente. Existem diferentes configurações

fontes na sua matriz energética, mantendo-se

32,6%. Segundo o Banco de Informações

possíveis com base na utilização de geradores

entre as mais elevadas do mundo. Para os

da Geração (BIG), da Agência Nacional de

síncronos e ou assíncronos.

países desenvolvidos, utilizar fontes de energia

Energia Elétrica (Aneel), o parque eólico

Um dos desafios mais importantes do

menos poluentes na matriz energética é um

nacional cresceu 463 MW, alcançando 1.886

sistema eólico é atingir a máxima transferência

desafio. A Europa, por exemplo, apresenta

MW ao final de 2012.

de energia a partir do vento, conforme a

apenas 8% de participação de renováveis em

O atlas de potencial eólico brasileiro

sua variação de velocidade, controlando a

sua matriz energética.

indica que ainda há grandes oportunidades

velocidade do rotor da turbina. Isto pode

de

energia

tornou-se

A energia eólica é uma fonte renovável e

de expansão dos parques eólicos. O potencial

ser realizado com emprego de conversores

limpa para a produção de energia elétrica. A

estimado é da ordem de 143 GW, o

eletrônicos de potência que aplicam no

sua utilização está em crescimento no mundo.

equivalente a 11 usinas de Itaipu.

gerador tensões que possibilitam a conexão


161

O Setor Elétrico / Maio de 2014

com a rede elétrica, a qual opera com tensão e

Um outro tipo de máquina é o gerador

vetorial. Apesar do baixo custo de construção

frequência de magnitude constantes.

de indução (GI) com rotor gaiola de esquilo,

e manutenção do gerador, o conversor deve

O conversor eletrônico de potência permite

que pode ser conectado diretamente à rede

processar a potência total do gerador, o que

ao gerador operar com controle de velocidade

de alimentação. O gerador de indução

eleva o custo do sistema de geração.

variável e tem papel importante nos sistemas

trifásico com rotor em gaiola, apesar do

Atualmente, a tecnologia mais comum

de conversão de energia eólica. Os conversores

baixo custo e manutenção simples, apresenta

nas turbinas eólicas de alta potência instaladas

utilizados na geração eólica são empregados

como desvantagens a falta de possibilidade

é o gerador de indução de dupla alimentação.

de acordo com o tipo de máquina usada no

de regulação de tensão e de frequência, bem

Os geradores de indução de gaiola de esquilo

sistema de geração de energia.

como a operação apenas em velocidade fixada

velocidade fixa são comumente usados em parques

No caso dos geradores síncronos (GS) a

pela frequência da rede. Para possibilitar

eólicos de potência mais baixa. Em aplicações em

imã permanente, os conversores podem ser

o controle de potências do GI, são usados

potências mais baixas, há a possibilidade de geração

retificadores não controlados conectados ao

conversores (CA-CA). Estes conversores são

descentralizada de energia, aproveitando recursos

estator do gerador que compartilham o mesmo

compostos, geralmente, por duas pontes

locais, uma solução mais adequada e, muitas vezes,

elo de corrente contínua com um inversor

trifásicas de dois níveis, controladas por chaves

de menor custo global. A instalação de usinas eólicas

trifásico conectado à rede ou ainda entre esses

semicondutoras de potência do tipo IGBT

próximas a pequenos centros de carga, diminui as

dois conversores há mais um estágio, no qual

que compartilham o mesmo elo de corrente

perdas elétricas na transmissão e sub-transmissão e

é inserido um conversor elevador/abaixador

contínua. Este conversor também é conhecido

aumenta a confiabilidade da região.

de tensão. O gerador síncrono tem como

com a denominação “back to back”.

desvantagens seu alto custo devido aos imãs

permanentes, altas temperaturas de operação,

operação do gerador em velocidade variável

há ainda a possibilidade de picos de correntes

e também o controle de conversor conectado

ou curtos-circuitos desmagnetizarem o imã

ao gerador é flexibilizado. Para tal objetivo,

e os conversores devem processar a potência

podem ser empregadas técnicas de controle

total do gerador.

de fluxo constante (Volts/Hertz) ou controle

O emprego deste conversor possibilita a

*Alfeu Sguarezi Filho é engenheiro eletricista, mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp. Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal do ABC (UFABC). Jaqueline Gomes Cardoso é engenheira de energia pela Universidade Federal do ABC (UFABC).


Espaço Cigré

162

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Projetos de geração eólica Parte 2 Por Saulo José Nascimento Cisneiros e Manoel de Jesus Botelho*

Em continuidade à coluna publicada na

das questões relacionadas à modelagem

• Estabelecer testes de comissionamento para

edição anterior, será retratada aqui a evolução dos

matemática de aerogeradores e seus controles

integração de geração eólica ao SIN.

projetos de geração eólica em desenvolvimento

associados;

pelo Operador Nacional do Setor Elétrico

• Estabelecer um fórum para o intercâmbio de

Força-tarefa de Requisitos Técnicos para

(ONS).

conhecimentos e experiências no âmbito da

Estudos de Estabilidade Dinâmica e de Tensão

O GT Eólicas é um grupo de trabalho

modelagem de parques eólicos para estudos de

(FT-Eólicas-EDT)

composto por diversas forças-tarefas, que

sistemas de potência;

• Estabelecer ações a serem desenvolvidas pelo

desenvolvem os trabalhos referentes aos temas

• Desenvolver, descrever e validar modelos de

ONS, no sentido de aprofundar o tratamento

específicos, com as respectivas atribuições.

parques eólicos;

das questões relacionadas aos aspectos de

Todos os assuntos que estão sendo tratados são

padronizados,

estabilidade dinâmica e de tensão decorrentes

relevantes, cada um dentro do contexto dos

independente de fabricante, para os tipos mais

da presença das eólicas, incluindo, entre

temas específicos abordados por cada força-

comuns de arranjos de aerogeradores visando

outros, avaliação dos impactos destas fontes

tarefa:

o compartilhamento sem restrições;

na estabilidade dinâmica e de tensão local e

• Definir e implantar um banco de dados

sistêmica, assim como os impactos dinâmicos

comum para testes de aerogeradores e modelos

de perturbações e manobras no sistema sobre

de parques eólicos com a finalidade de

as usinas eólicas;

assegurar a qualidade dos modelos.

• Avaliar a resposta dos controles existentes

Força-tarefa

de

Requisitos

Técnicos

de

Aerogeradores (FT-Eólicas-RT) • Aprimorar os requisitos técnicos funcionais

Desenvolver

modelos

para a conexão de geradores eólicos, tendo em

quanto à rapidez e flexibilidade diante das

conta a evolução nesta tecnologia de geração e

Força-tarefa de Requisitos Técnicos para

variações impostas pela geração eólica;

o grande volume previsto para ser integrado ao

Estudos de Transitórios Eletromagnéticos

• Estabelecer critérios e metodologia para

Sistema Interligado Nacional (SIN);

(FT-Eólicas-TEM)

quantificação e alocação da reserva de potência

• Avaliar a necessidade de revisão dos requisitos

• Estabelecer ações a serem desenvolvidas pelo

operativa do SIN, considerando a geração

do submódulo 3.6 e dados solicitados pelo

ONS, em parceria com agentes e fabricantes,

eólica;

submódulo 3.4 dos Procedimentos de Rede

no sentido de aprofundar o tratamento

• Definir soluções estruturais robustas para

por ocasião do acesso, considerando inclusive

das questões relacionadas aos aspectos de

fazer frente à perda de grandes montantes de

os subsídios das demais forças-tarefas deste

transitórios eletromagnéticos decorrentes da

geração com mínimo impacto na frequência e

GT.

presença das eólicas;

tensões da rede;

• Avaliar os impactos da integração das eólicas

• Avaliar com a participação de produtores e

Força-tarefa de Modelos de Aerogeradores

quanto aos transitórios eletromagnéticos,

fabricantes a necessidade de estabelecer novos

(FT-Eólicas-M)

considerando

parâmetros e ajustes para os controles de cada

as

particularidades

das

• Estabelecer ações a serem desenvolvidas pelo

tecnologias empregadas;

central e/ou grupo, para garantir a operação

ONS, em parceria com agentes e fabricantes,

• Definir escopo dos estudos quanto aos

coordenada das centrais conectadas no mesmo

no sentido de aprofundar o tratamento

transitórios eletromagnéticos;

ponto,

objetivando

um

comportamento


163

O Setor Elétrico / Maio de 2014

adequado do perfil de tensão no ponto de

Eólica (FT-Eólicas-EST)

conexão;

• Estruturar o tratamento, consistência

• Avaliar o desempenho do conjunto de

e validação dos dados adquiridos pelos

parques eólicos em locais de baixa potência

centros de operação, que já estão na Base de

de

possíveis

Dados Técnicos (BDT) do ONS, utilizando

interações entre parques e meios de mitigação

curto-circuito,

investigando

as ferramentas de tratamento estatístico

(estruturais e/ou de controles) para evitar

disponíveis;

interações indesejáveis.

• Avaliar a inclusão de novas usinas que não são despachadas centralizadamente pelo ONS

Força-tarefa de Previsão de Geração Eólica

na base de dados de geração eólica;

(FT-Eólicas-PREV)

• Estruturar relatórios estatísticos de resultados

• Aplicar a metodologia desenvolvida pela

da geração eólica, incluindo análise dos valores

UFPE/FADE para os parques eólicos das

previstos e realizados, bem como curvas (MW

regiões Nordeste e Sul;

x tempo (h)), evidenciando a produção das

e

eólicas de forma contínua ao longo da jornada

aprimoramento do Sistema de Geração

Dar

continuidade

à

evolução

diária, para cada ponto de conexão com a rede

Eólica (SGE), plataforma desenvolvida pelo

básica ou de uma Instalação de Conexão de

Ministério de Minas e Energia (MME) em

Geração (ICG).

2011, que contempla dados observados e previstos de geração de parques eólicos e seus

Força-tarefa de Requisitos Técnicos para

agrupamentos, com o objetivo de subsidiar a

estudos de Qualidade de Energia (FT-Eólicas-

programação diária de geração e a consolidação

QUALI)

da validação elétrica;

• Aprimorar os requisitos relativos à qualidade

• Definir metodologia para a previsão de

de energia, particularmente a distorção

geração eólica por usina em patamares de

harmônica no ponto de conexão das centrais

meia hora pelos seguintes métodos: média

eólicas, revendo, se necessário, a metodologia

ponderada; PrevEol (projeto UFPE/FADE);

e os critérios de simulação e de medição destes

curva de potência versus velocidade; e previsão

fenômenos;

dos agentes eólicos;

• Discutir a metodologia para obtenção dos

• Estruturar e desenvolver o Sistema de Dados

indicadores de distorção harmônica no Ponto

Eólicos (SDE), com interface para acesso a

de Acoplamento Comum (PAC) e os meios

grandezas supervisionadas pelos centros de

para controle em caso de violação desses

operação; base de dados da EPE e CCEE; e

limites, com a participação e cooperação

base de dados da programação energética

da Associação Brasileira de Energia Eólica

do ONS. Este sistema possibilitará a pré-

(Abeeólica) e de seus associados.

consistência dos dados supervisionados; acesso

• Levantar as práticas internacionais a respeito

às informações para diversos modelos de

destes pontos, considerando as particularidades

previsão de geração eólica; armazenamento

das redes elétricas;

de previsões de geração eólica dos agentes; e

• Realizar levantamento de tecnologias

elaboração de relatórios e análises estatísticas;

disponíveis de transformador de potencial ou

• Definir parâmetros para os patamares

divisores de tensão, assim como dos medidores

de geração eólica, que serão utilizados nos

e respectivos sistemas de aquisição de dados

diversos estudos do ONS;

para a realização de medições de harmônicos

• Avaliar a necessidade de adequar as

em alta tensão (69 kV, 138 kV, 230 kV e 500

ferramentas e procedimentos atuais para a

kV), com vistas a subsidiar a definição de

consolidação da carga para a programação

requisitos mínimos para o monitoramento

diária da operação em redes de distribuição

permanente do PAC;

com elevada inserção eólica sem a supervisão

• Com base nos resultados obtidos nos itens

do ONS.

anteriores, adaptar os processos de verificação da conformidade de instalações do tipo usinas

Força-tarefa de Estatística e Dados da Geração

eólicas.


Espaço Cigré

164

O Setor Elétrico / Maio de 2014

do GO-15;

centros de operação; base de dados de outras

• Elaboração de relatório sobre aspectos

entidades, tais como Empresa de Pesquisa

Como se trata do desenvolvimento de

específicos vinculados à segurança com a

Energética (EPE) e Câmara de Comercialização

atividades pioneiras no Brasil e até mesmo em

visão consolidada no âmbito do GO-15

de Energia Elétrica (CCEE); e outras bases

nível internacional, em função do ineditismo

a respeito dos seguintes tópicos: controle

de dados do ONS. Este sistema possibilita a

da geração eólica no Brasil, as referências do

carga-frequência e controle de tensão nas

pré-consistência dos dados supervisionados;

ONS são a participação dos seus profissionais

proximidades das plantas eólicas; contribuição

acesso às informações para diversos modelos

em fóruns internacionais, especialmente, o

da geração eólica para a estabilidade transitória

de previsão de geração eólica; armazenamento

GO-15 (ex-Very Large Power Grid Operators),

e dinâmica do sistema elétrico; e grau de

de previsões de geração eólica dos Agentes; e

ENTSO-E (European Network of Transmission

penetração adequado tendo em vista as

elaboração de relatórios e análises estatísticas;

System Operators for Electricity), CIGRE

características do sistema elétrico;

• Definição de parâmetros para os patamares

(International

• Elaboração de relatório com recomendações

de geração eólica por condição de carga, que

Systems), DEMSEE (International Conference

aplicáveis

Rede

serão utilizados nos estudos de ampliações

on Deregulated Electricity Market Issues in South

especificando os requisitos mínimos para a

e reforços, bem como de planejamento e

Eastern Europe), bem como o suporte técnico de

integração de fontes eólicas com atenção aos

programação da operação realizados pelo

consultores internacionais do INESC/Porto e de

critérios de segurança operativa do SIN.

NOS;

Referências do ONS sobre o tema

Council

on

Large

Electric

aos

Procedimentos

de

consultores nacionais da UFPE (Universidade Federal de PE) e UPE (Universidade de PE).

• Estruturação do tratamento, consistência No que se refere aos Procedimentos de Rede

e validação dos dados adquiridos pelos

Recentemente, o ONS estabeleceu um acordo

• Aprimoramento de requisitos de conexão

centros de operação, que já estão na Base de

de cooperação com a Red Eléctrica de España

de geradores eólicos no SIN e testes de

Dados Técnicos (BDT) do ONS, utilizando

(REE), que é o operador do sistema daquele país.

comissionamento para integração da geração

as ferramentas de tratamento estatístico

eólica ao SIN, cujos resultados subsidiaram

disponíveis nos próprios centros.

Resultados já obtidos

Os seguintes resultados concretos já foram

obtidos:

propostas de alteração nos procedimentos de rede;

No que se refere a ações em campo

• Detalhamento sobre os aprimoramentos

• Realização de ensaios em campo com registro

nos requisitos de conexão (Submódulo 3.6) e

de manobras na Área Sudoeste do Nordeste –

No que se refere às parcerias técnicas e

informações solicitadas (Submódulo 3.4);

Complexo Eólico Desenvix Bahia (CEDB),

institucionais

• Elaboração de relatório com recomendações

na Área Leste do Nordeste – CGEs Alegria I

• Estabelecimento de parceria com agentes

aplicáveis

& II, e na Área Norte do Nordeste – CGEs

e fabricantes, no sentido de aprofundar

especificando os requisitos mínimos para a

conectadas na ICG Acaraú II;

o tratamento das questões relacionadas à

integração de fontes eólicas com atenção aos

• Programação de ensaios de campo com

modelagem matemática de aerogeradores

critérios de segurança operativa do SIN.

registro de manobras nas Áreas Sul e litoral

aos

Procedimentos

de

Rede,

e seus controles associados e aos aspectos de transitórios eletromagnéticos decorrentes da

Norte do Estado do Rio Grande do Sul No que se refere a metodologias e modelos

(complexos Eólicos de Cerro Chato e

presença das eólicas;

• Desenvolvimento e calibração de modelo

Atlântica);

• Estreitamento do relacionamento com

de previsão de geração eólica (PrevEOL,

• Realização de medição de harmônicos

a ABEEólica e associados, com agentes de

por meio de projeto com a UFPE, para os

em subestações da rede básica no ponto de

transmissão e de distribuição, e com fabricantes

Parques Eólicos das regiões Nordeste e Sul,

acoplamento comum para alimentação de

para tratativas de questões de interesse para

contemplando definição de metodologia para

parques eólicos.

todos os envolvidos;

a previsão de geração eólica por usina em

• Elaboração de Consulta Internacional aos

patamares de meia hora;

representantes dos 11 Operadores de Sistema

• Evolução e aprimoramento do Sistema

participantes do GO-15, tendo em vista o

de

levantamento de uma amostra da experiência

desenvolvida em 2011, que contempla dados

• Definição de equivalentes para parques

internacional sobre tópicos associados à

observados e previstos de geração de parques

eólicos aplicados a estudos de transitórios

segurança em cenários de elevada penetração

eólicos e seus agrupamentos, com o objetivo

eletromagnéticos, fazendo uso do programa

de fontes eólicas;

de subsidiar a programação diária de geração e

ATP;

• Elaboração de relatório sobre a experiência

a consolidação da validação elétrica;

• Definição de equivalentes para parques

internacional com a compilação das respostas

• Estruturação e desenvolvimento do Sistema

eólicos aplicados a estudos de estabilidade

ao questionário distribuído aos representantes

de Dados Eólicos (SDE), com interface para

dinâmica fazendo uso do programa ANATEM;

dos 11 Operadores de Sistema participantes

acesso a grandezas supervisionadas pelos

• Realização de estudo comparativo entre

Geração

Eólica

(SGE),

plataforma

Ações previstas Sobre modelos


165

O Setor Elétrico / Maio de 2014

modelos

implementados

em

PSCAD/

parques eólicos.

para os parques eólicos em operação;

EMTDC e ATP, contemplando a validação de modelos em ATP, rede reduzida/equivalentes,

do modelo que apresente o melhor resultado

Sobre reserva de potência

• Aprimoramento dos modelos de previsão, em

fazendo uso de modelos “black box” em

• Definição de critérios para quantificação

todos os horizontes temporais, com a melhor

PSCAD/EMTDC.

e alocação de reserva de potência regional e

qualidade dos seus resultados, de forma a se

Sobre estudos e requisitos para integração

nacional em decorrência do grau de penetração

obter o suporte necessário às diversas atividades

• Definição de processo de integração de

de fontes intermitentes e suas incorporações

relacionadas com a gestão e programação do

usinas eólicas, contemplando: abrangência

aos Procedimentos de Rede.

despacho de geração de energia do sistema

dos

estudos

e

eletromagnéticos;

análises

de

elétrico, visando à segurança energética e

transitórios

responsabilidades

na

Sobre previsão de geração

elétrica do Sistema Interligado Nacional;

execução e análises de proposta de inclusão nos

• Continuidade do desenvolvimento com a

• Estruturação e evolução dos relatórios

Procedimentos de Rede e nos Procedimentos

Universidade de Pernambuco de um modelo

estatísticos de resultados da geração eólica,

de Distribuição (Prodist) da Aneel;

autocalibrável “Neuro_Eólica” para previsão

incluindo análise dos valores previstos e

de

de geração eólica também baseado na técnica

realizados, bem como curvas (MW x tempo) e

parques eólicos que não são despachados

de redes neurais, que tem como principal

evidenciando a produção das eólicas de forma

centralizadamente para serem supervisionados

característica seu rápido treinamento. O

contínua ao longo da jornada diária, para cada

pelo ONS e a inclusão dessas usinas na base de

modelo pode ser utilizado facilmente para

ponto de conexão com a rede básica ou ICG.

dados de geração eólica;

qualquer parque eólico sem necessidade de

• Aprimoramento dos requisitos técnicos para

modificação de seus parâmetros e se encontra

*Saulo José Nascimento Cisneiros

os estudos de qualidade de energia;

em fase de testes;

e Manoel de Jesus Botelho são

• Continuidade da medição de harmônicos

• Desenvolvimento de um sistema de suporte

coordenadores do Grupo de Trabalho de

em subestações da rede básica no ponto de

à decisão, que venha subsidiar a previsão de

Geração Eólica criado pelo Operador

acoplamento comum para alimentação de

geração eólica por meio da seleção automática

Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Definição

da

potência

mínima


Ponto de vista

166

O Setor Elétrico / Maio de 2014

Urbanismo pode contribuir para o sucesso da “Década da Energia”

A Década da Energia Sustentável para Todos (2014-

frequentar a escola e ter acesso ao lazer.

2024), instituída pela Organização das Nações Unidas

(ONU) e que acaba de ser lançada para o meio empresarial

de Notícias, informações sobre interessante pesquisa

Sobre essa questão, encontrei, na Agência USP

em um grande evento em Nova York, suscita uma

realizada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

abordagem sobre a maneira como o adequado planejamento

(FAU) da Universidade de São Paulo. O estudo

urbano poderia contribuir para o enfrentamento de um

resultou em metodologia para o planejamento

dos maiores desafios contemporâneos da humanidade:

energético de cidades, levando em conta estratégias e

atender à demanda de eletricidade e combustíveis, em um

soluções urbanísticas, arquitetônicas, de transportes e

planeta a caminho do esgotamento das jazidas petrolíferas e

de tecnologias de geração e distribuição de energia. O

dos aproveitamentos hidrelétricos.

resultado da realização dos processos recomendados

Com certeza, a exploração de fontes alternativas,

são áreas urbanas mais estruturadas, equilibradas e com

em especial as renováveis, de origem vegetal, como os

melhores níveis de eficiência energética. O trabalho

brasileiríssimos etanol e biodiesel, e também a solar e eólica,

foi desenvolvido pela urbanista Karin Regina de

é parte importante da solução do complexo problema.

Casas Castro Marins, atual professora PhD na Escola

Segundo o Plano Decenal 2013-2022, divulgado pelo

Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP),

Governo Federal, serão investidos, nesse período, R$ 122

para sua tese de doutorado, defendida sob a orientação

bilhões, sendo 61% em hidrelétricas, 38% para fontes

do professor Marcelo Romero.

não renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, biomassa

e eólica) e 1% para termelétricas. O destaque é a energia

Água Branca, na Zona Oeste da cidade de São Paulo.

eólica, cuja participação na matriz energética brasileira

Demonstrou existir um potencial de redução do consumo

pulará de 1,5%, em 2013, para 9,5%, em 2022. Porém,

de energia entre 15% e 17%, em comparação com o que

não basta mudar o foco para a produção de uma energia

se tem hoje planejado para a região. A estimativa considera

mais limpa no país. Tão relevante quanto é racionalizar o

a implantação de edifícios comerciais e residenciais com

seu consumo. Nesse sentido, é fundamental equacionar

eficiência energética, mas, principalmente, prioriza o uso

a questão sob o conceito do planejamento urbano, pois

dos modos coletivos de transporte de média (ônibus) e

há modelos de cidades nos quais os gastos de energia são

alta capacidades (metrô e trem).

muito menores.

Independentemente da real aplicabilidade do

Alguns fatores práticos explicam melhor a ideia: se os

estudo da urbanista Karin Regina em espaços urba­

cerca de 11 milhões de habitantes de uma cidade como São

nos brasileiros, fica claro que políticas corretas de

Paulo, por exemplo, usarem maciçamente os transportes

planejamento e desenvolvimento urbano são essenciais

coletivos, irá se gastar muito menos combustível do que se

para o sucesso no cumprimento das metas preconizadas

grande parcela da população continuar se locomovendo

pela ONU ao instituir a Década da Energia Sustentável

com automóveis particulares (isso tem grande impacto

para Todos: garantir acesso universal a serviços

no consumo de energia por passageiro transportado);

energéticos modernos; dobrar a eficiência global no

espaços urbanos adensados consomem, per capita, menos

uso de combustíveis e eletricidade; e ampliar as fontes

eletricidade para iluminação pública do que outros

renováveis no quadro de produção mundial até 2030.

A pesquisadora aplicou a metodologia na área da

de baixa densidade; cerca de 60% da energia elétrica consumida no Planeta é referente ao uso e operação de edifícios residenciais e comerciais.

Deduz-se facilmente, portanto, que seria muito

mais econômica do ponto de vista energético uma cidade bem planejada, rigorosa quanto à arquitetura das edificações, com adequado adensamento populacional e transportes coletivos de qualidade, bem como com empresas e serviços devidamente distribuídos geograficamente para evitar que as pessoas tenham de fazer longos percursos para trabalhar, ir ao médico,

Por Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora.



Agenda

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21 a 24 de julho

Cursos

Acionamentos controlados de motores de corrente alternada

Descrição

Informações

Fornecer subsídios para o perfeito entendimento do funcionamento e aplicações de acionamentos elétricos visando a partida e o controle de velocidade de motores de indução e síncronos. Este é o objetivo do curso promovido pela Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria (Fupai) e que é voltado para técnicos e engenheiros de indústrias e concessionárias. As aulas terão como conteúdo os conceitos básicos sobre motores elétricos; motores de indução trifásicos; motores síncronos; características dos motores CA; partida de motores CA; entre outros temas.

Local:

25 e 26 de julho

Itajubá (MG) Contato: (35) 3629-3500 fupai@fupai.com.br

Luminotécnica básica

Descrição

Informações

A proposta do curso é apresentar aos seus participantes os principais conceitos referentes à iluminação artificial, assim como suas variáveis e aplicações. A programação do curso contemplará, entre outros assuntos, introdução à iluminação; introdução à normalização e certificação; noções básicas de elétrica; introdução aos cálculos luminotécnicos; e sistemas de iluminação. As aulas são direcionadas para arquitetos, engenheiros, designers de interiores e de luminárias, estudantes dessas áreas e interessados em geral.

Local:

29 e 30 de julho

São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br

SPDA

Descrição

Informações

Promovido pela Termotécnica Para-raios, o curso tem como objetivo capacitar profissionais e outros interessados a desenvolver laudos e projetos em Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Durante os dois dias de aula, os alunos aprenderão, entre outras coisas, como fazer laudos de SPDA, com entrega de modelo exclusivo; avaliar a necessidade de SPDA em uma edificação; métodos de captação do raio; e como fazer medição da resistência de aterramento.

Local:

4 a 8 de agosto

Porto Alegre (RS) Contato: (31) 3308-7029 eventos@tel.com.br

Diagnósticos e ensaios em transformadores

Descrição

Informações

O Instituto Lactec oferecerá os procedimentos e critérios para ensaios convencionais e especiais em transformadores de potência, reatores de derivação e em transformadores para instrumentos. As aulas seguirão metodologia com abordagem teórica e prática. Na parte teórica, os alunos tomarão conhecimento das características dos ensaios em CC e CA; requisitos de segurança; operação dos instrumentos de ensaio; entre outros temas. Nas aulas práticas, serão utilizados instrumentos analógicos (didáticos) e também os mais modernos instrumentos disponíveis no mercado.

Local:

16 a 18 de julho

Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6276 cursos@lactec.org.br

EnerSolar + Brasil

Descrição

Informações

O EnerSolar tem como intuito reunir em um só espaço representantes da indústria de produtos, serviços e soluções de tecnologias solar e térmica, visando a promoção das oportunidades nesta indústria da América do Sul. No total, a feira comportará 250 expositores nacionais e internacionais, de países como Itália, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e China, que apresentarão novidades nas áreas industriais e civis, de energia térmica solar e fotovoltaica, e de outras energias renováveis.

Local:

21 e 22 de julho

Eventos

O Setor Elétrico / Maio de 2014

São Paulo (SP) Contato: (11) 5585-4355 www.feiraecoenergy.com.br

Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e Expoeficiência (Cobee)

Descrição

Informações

Promovido anualmente pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o Cobee chega à sua 11ª edição em 2014, reunindo profissionais para debater e realizar negócios referentes a tecnologias e serviços voltados para usos racional de energia e água. O evento é focado na melhoria da competitividade das empresas e no aperfeiçoamento de ações de sustentabilidade e políticas socioambientais que contribuem para minimizar o impacto da ação do homem na natureza.

Local:

22 a 25 de julho

São Paulo (SP) Contato: (11) 3549-4525 eventos@abesco.com.br

Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (MEC Show)

Descrição

Informações

Lançamentos, inovações da indústria de bens de capital e capacitação profissional serão os temas da sétima edição da Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (Mec Show). O evento será realizado no Estado do Espírito Santo, reconhecido nacionalmente como importante centro de desenvolvimento do setor metalmecânico, e reunirá empresas, fornecedoras e compradoras dos principais setores da indústria deste segmento.

Local:

25 a 27 de agosto

Serra (ES) Contato: (27) 3434-0600 mecshow@milanezmilaneze.com.br

V Petroleum and Chemical Industry Conference Brasil (PCIC BR)

Descrição

Informações

O objetivo deste evento promovido pelo IEEE é abastecer os profissionais da área com um ambiente adequado ao intercâmbio de experiências e conhecimento do estado da arte das tecnologias de sistemas elétricos, instrumentação e automação aplicadas nos segmentos industriais de petróleo, química e gás. O evento serve para divulgar o know-how brasileiro e contribuir para atualizar os profissionais. O V PCIC BR terá apresentação de trabalhos técnicos com foco nas soluções implantadas em instalações dos segmentos de petróleo, química e gás, onshore e offshore.

Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2539-1214 pcicbr@cmeventos.com.br


Índice de anunciantes

O Setor Elétrico / Maio de 2014

3M 116 0800-0132333 www.3meletricos.com.br Alubar 122 (91) 3754-7100 cabos@alubar.net www. alubar.net Anuário O Setor Elétrico 157 (11) 3872-4404 publicidade@atitudeeditorial.com.br www.osetoreletrico.com.br Aselco 73 falecom@aselco.com.br www.aselco.com.br Balestro 120 (19) 3814-9000 balestrovendas@balestro.com.br www.balestro.com.br Beghim 6 e 7 www.beghim.com.br BHS Eletrônica 153 (11) 2291-1598 comercial3se@bhseletronica.com.br www.bhseletronica.com.br Brasformer Braspel 18 (11) 2969-2244 brasformer@braspel.com.br www.braspel.com.br

Crimper 43 (11) 3834-0422 / 0800 7721 777 vendassp@crimper.com.br www.crimper.com.br Crouse-Hinds by Eaton 14 (15) 3353-7070 vendaschbrasil@eaton.com www.crouse-hinds.com.br D’Light 123 (11) 2937-4650 vendas@dlight.com.br www.dlight.com.br Daisa 47 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br Dutoplast 53 (11) 2524-9055 vendas@dutoplast.com.br www.dutoplast.com.br Eaton 13 (11) 4525-7100 www.eaton.com.br Efe-Semitrans 9 (21) 2501-1522 / (11) 5686-1515 adm@efesemitrans.com.br sp.vendas@efesemitrans.com.br www.efesemitrans.com.br

BTM 106 (11) 2431-4955 vendas@grupobtm.com.br www.grupobtm.com.br

Elos 147 (41) 3383-9290 elos@elos.com.br www.elos.com.br

Cabelauto 125 (35) 3629-2514/2500 comercial@cabelauto.com.br www.cabelauto.com.br

Enercon 63 (11) 2919-0911 vendas@enercon.com.br www.enercon.com.br

Cablena 35 (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br

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Clamper Fascículo (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicação@clamper.com.br www. clamper.com.br

EngePower 114 (11) 3579-8777 www.easypower.com/demo

Cobrecom 101 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br Cofibam 127 (11) 4182-8500 vendas@cofibam.com.br www.cofibam.com.br Con-Fio 124 (21) 2495-4298 contato@con-fio.com www.con-fio.com

Facilit 163 (11) 4447-1881 vendas@faciliteletrocalhas.com.br www.faciliteletrocalhas.com.br Fastweld 4ª capa (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br Fupai 31 (35) 3629-3500 fupai@fupai.com.br www.fupai.com.br

Huntsman 69 0800 170 850 www.huntsman.com/power IBT 71 (11) 4398-6634 www.ibt.com.br IFG 166 (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br Ilumatic 37 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br Induscabos 145 (11) 4636-2211 spvendas@induscabus.com.br www.induscabos.com.br Incesa 57 0800 700 3228 www.incesa.com.br Instrumenti 8 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br Instrutemp 113 (11)3488-0200 vendas@instrutemp.com.br www.instrutemp.com.br Intelli 107 (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br Itaim Iluminação 2ª capa (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br J Antunes 165 (11) 4426-5977 jantunes@jantunes.com.br www.jantunes.com.br Kanaflex 126 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br Kienzle 132 (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br

169

Luminotech 167 (11) 3872-4404 publicidade@atitudeeditorial.com.br www.osetoreletrico.com.br

Real Perfil 95 (11) 2134-0002 vendas@realperfil.com.br www.realperfil.com.br

Magnet 134 e 135 (11) 4176-7877 magnet@mmmagnet.com.br www.mmmagnet.com.br

Romagnole 103 (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br

Média Tensão 141 (11) 2384-0155 vendas@mediatensao.com.br www.mediatensao.com.br

Sarel 104 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br

Megabrás 152 (11) 3254-8111 ati@megabras.com.br www.megabras.com

Sassi Medidores 159 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br

Melfex 10 (11) 4072-1933 vendas@melfex.com.br www.melfex.com.br

SEL Engenharia 93 (19) 3515-2040 engenharia@selinc.com www.selinc.com.br

Montal 133 (31) 3476-7675 vendas@montal.com.br www.montal.com.br

Siemens 15 e 19 www.siemens.com.br/protecao

Mon-Ter 110 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br Naville 51 (11) 2431-4500 vendas@naville.com.br www.naville.com.br Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br Novemp 49 e Fascículo (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br Nutsteel 111 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br Obo Bettermann 99 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br Paratec 150 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br

KRC 118 (11) 4543-6034 comercial@krcequipamentos.com.br www.krcequipamentos.com.br

Patola 161 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br

LEDSTAR – Unicoba 4 e 5 (11) 5078-1914 comercial@ledstar.com.br www.ledstar.com.br

Perfil Líder 11 (11) 2412-7787 vendas@perfillider.com.br www.perfillider.com.br

Legrand 59 0800 11 8008 cst.brasil@legrand.com.br www.legrand.com.br

Peveduto 61 (11) 2713 4122 comercial@peveduto.com.br www.peveduto.com.br

Líder Rio 117 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com

Pextron 77 (11) 5543-2199 vendas@pextron.com.br www.pextron.com.br

Logmaster 119 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br

Poleoduto 155 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br

Sindustrial Engenharia 149 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br Strahl 105 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com TE Connectivity 102 (11) 2103-6000 te.energia@te.com www.energy.te.com Telbra 109 (11) 2946-4646 www.telbra.com.br Termotécnica 65 (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br Tigre Tubos e Conexões 29 (47) 3441-5000 / 0800 707 4700 teletigre@tigre.com.br www.tigre.com.br Trael 108 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Trafomil 33 (11) 4815-6444 vendas@trafomil.com.br www.trafomil.com.br Transformadores União 23 (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br www.transformadoresuniao.com.br

Conex 25 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br

General Cable 129 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com

Construfios Fios e Cabos 17 (11) 5053-8383 construfios@ construfios.com.br www.construfios.com.br

Gimi 12 (11) 4752-9900 vendas@gimi.com.br www.gimi.com.br

Contactus Consultoria 139 (21) 3593-5001 comercial@contactus.net.br www.contactus.net.br

Grameyer Soluções Energia 165 (47) 3374-6300 vendas@grameyer.com.br www.grameyer.com.br

Copper 100 137 (11) 3478-6900 contato@copper100.com.br www.copper100.com.br

Hellermann Tyton 115 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermann.com.br

Luminárias Sun Way Rio 112 (21) 3860-2688 coloniallustres@coloniallustres.com.br www.luminariassunway.com.br

Press Mat 45 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br

Walcenter 128 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br

Cordeiro 67 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br

Histec 97 (11) 3018-0500 histec@histeccomercial.com.br www.histeccomercial.com.br

Luminárias Projeto 55 (11) 2946-8200 vendas@luminariasprojeto.com.br www.luminariasprojeto.com.br

RDI Bender 27 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br

Wetzel 100 0800 474016 eletrotecnica@wetzel.com.br www.wetzel.com.br

Unitron 20 e 21 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br Utiluz 160 (54) 3218-5200 utiluz@utiluz.com www.utiluz.com VR Painéis Elétricos 121 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br


What’s wrong here?

170

O Setor Elétrico / Maio de 2014

O que há de errado?

ação Ilustr

: Ma

. uro Jr

Observe a imagem e identifique os problemas de acordo com as prescrições da ABNT NBR 5410 – norma de instalações elétricas de baixa tensão. A foto foi registrada pelo leitor Jamil Cavalcante Kerbage.

Resposta da edição 98 (Março/2014)

PREMIAÇÃO O leitor que mandar

O

leitor

AKIYOSHI

YOSHIOKA

identificou

corretamente os erros da instalação ilustrada ao lado, conforme orienta a norma de instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 5410. A vencedora receberá, como premiação, um exemplar do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras e uma inscrição gratuita em um curso a distância da Hilton Moreno Consulting.

Parabéns a todos os leitores que mandaram suas respostas e continuem participando!

Confira a resposta correta:

a melhor resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada, de acordo com a normamãe das instalações elétricas de baixa tensão, a ABNT NBR 5410, será recompensado. O acertador ganhará um exemplar do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, publicação

Embora trate-se de uma instalação provisória, ela deve atender à ABNT NBR 5410. Dessa forma, as principais não conformidades são as seguintes:

que traz as principais atualizações normativas do setor no último ano e ainda uma inscrição em um dos cursos a distância da Hilton Moreno. Não perca tempo!

• Ausência de dispositivo DR; • Falta de condutor de proteção na linha elétrica que está ligada à tomada 220 V; • Condutores isolados fora de condutos fechados; • Uso incorreto da cor verde para condutores vivos; • Grau de proteção da montagem inadequado para sólidos e água.

Interatividade Se você encontrou alguma atrocidade elétrica e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.

Mande a sua resposta para interativo@ atitudeeditorial.com.br ou acesse www. osetoreletrico.com.br e mande já a sua opinião! Hilton Moreno é engenheiro eletricista, consultor, professor universitário e membro de comissões de estudo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

@

Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br




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