O Setor Elétrico (Edição 102 - Julho 2014)

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Ano 9 - Edição 102 Julho de 2014

Engenharia e instalação no Brasil Projetos de infraestrutura alavancaram setor, mas desaceleração da economia ameaça crescimento desses mercados

Canteiros de obras Instalações provisórias sofrem por não receber mesmo tratamento que as construções definitivas

Tragédia no futebol e nas instalações Ex Cogeração em instalações comerciais




Sumário

4 atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br

Reportagem – Instalações em canteiro de obras 70 Não é incomum que instalações em canteiros de obras, por se tratarem de construções temporárias, recebam tratamento inferior quando comparadas às instalações definitivas.

Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br

Painel de notícias 12

Colunistas

Crise no setor elétrico é debatida em evento sobre eficiência

Michel Epelbaum – Energia sustentável

energética; Consumo de energia elétrica apresenta expansão

Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação eficiente

no primeiro semestre de 2014; Revisão da ABNT NBR 5410

Luis Fernando Arruda – Instalação MT

152

Institutos Lactec e Feergs lançam espaçador de fios inovador.

156 Jobson Modena – Proteção contra raios 158 João Barrico – NR 10 160 José Starosta – Energia com qualidade 162 Roberval Bulgarelli – Instalações Ex 164

Fascículos 35

Dicas de instalação 166

começa a aquecer; Projeto de lei multiplica por quatro ônus de concessionária que fizer cobrança indevida a consumidor; Cummins consegue reduzir consumo de energia em suas plantas;

Atmosferas explosivas 82 Tragédias em ambientes de atmosferas explosivas e o que deve ser feito para minimizá-las.

Pesquisa – Empresas de engenharia, 92 de instalação e de GTD

154

Conceito, topologia e novas aplicações de cabeamento estruturado.

Referências técnicas 168 Esquemas de aterramento para instalações de baixa tensão.

Espaço IEEE 170

Levantamento realizado com empresas de engenharia,

Operações de redes de energia elétrica em regime permanente

instalação e de serviços para GTD identificou desânimo com

com geradores eólicos.

esses mercados.

Aula prática – Geração distribuída 140 Soluções de sistemas de geração distribuída de energia elétrica como alternativa ao fornecimento convencional.

Espaço Guia de Normas 148 Como devem ser montados os diversos componentes das

Espaço Cigré 172 Uma breve história sobre os 30 anos de Itaipu.

Ponto de vista 174 Aneel regulamenta cessão de excedentes de energia, mas peca ao seguir cegamente as determinações ministeriais.

instalações elétricas, com o intuito de que não apresentem

Agenda 176

perigo de incêndio para os materiais vizinhos.

Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos

Coluna do consultor 150

Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós

meses.

O relato de um caso curioso: condutores de energia nas cores

What’s wrong here 178

preta e branca em um quarto de motel com o tema “Corinthians”.

Identifique o que existe de errado na instalação

Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico Hilton Moreno Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Hilton Moreno, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Bruno José Rodrigues dos Santos, Estellito Rangel Junior, Gabriel Rodrigues de Souza, Igor Cavalheiro Nobre, José Luiz De Martini, Luiz Felipe Costa, Marcelo Barboza, Marcelo Paulino, Marcus Possi, Paulo Fernandes Costa, Rodrigo Machado M. Santos, Rosane Menezes Lohbauer, Saulo Cisneiros Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: stockphoto mania | Shutterstock Impressão - IBEP Gráfica Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

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Editorial

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8/2/14

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Ano 9 - Edição 102 Julho de 2014

Engenharia e instalação no Brasil Projetos de infraestrutura alavancaram setor, mas desaceleração da economia ameaça crescimento desses mercados

O Setor Elétrico - Ano 9 - Edição 102 – Julho de 2014

Tragédia no futebol e nas instalações Ex Cogeração em instalações comerciais

Edição 102

De volta à rotina

Canteiros de obras Instalações provisórias sofrem por não receber mesmo tratamento que as construções definitivas

Apesar das discussões sobre o aspecto político e partidário do Mundial de Futebol, fato é que teve Copa! E a vinda

desse grande evento esportivo para o Brasil, embora tenha entristecido o coração do brasileiro com uma derrota considerada vexaminosa, trouxe um legado positivo para o mercado da construção civil no país, atingindo diretamente o setor da engenharia elétrica, tanto de projeto, quanto de instalação.

Em diversas reportagens e artigos publicados nesta revista, não raramente, as perspectivas de crescimento de

empresários e de especialistas apoiavam-se nos investimentos direcionados para os projetos de infraestrutura prometidos ou já em andamento para respaldar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O primeiro, com um alcance ainda maior, visto que envolveu diversas capitais brasileiras, agitou sobremaneira o mercado de engenharia e de instalação elétrica. Construção e reforma de arenas e de aeroportos, além de investimentos em melhorias do transporte e outras obras visando “arrumar a casa” para receber o Mundial agitaram estes mercados e a receita de muitas empresas aumentou consideravelmente nos últimos anos por conta disso. Para se ter uma ideia, em 2010, o governo anunciou que o evento atrairia investimentos de R$ 23,5 bilhões em 83 projetos de mobilidade urbana, estádios, aeroportos e portos.

Na pesquisa setorial desta edição, percebe-se, no entanto, certo desânimo das empresas deste segmento. A pergunta

que parece estar no ar é: acabou a Copa e agora? As Olimpíadas demandam algumas obras, mas tratam-se de projetos locais (apenas no Rio de Janeiro). Sobre isso, há quem respire aliviado pelo país voltar à sua rotina de negócios. Outros, no entanto, sentem a carência de investimentos em novos projetos de infraestrutura.

De acordo com a Abinee, em estudo realizado com suas associadas no mês de junho de 2014, as empresas já

estavam programadas para atuarem em ritmo menor de atividade, tanto que, apesar da queda de vendas, os estoques de componentes, matérias-primas e de produtos finais tenderam à normalidade. Segundo a associação, continuam as preocupações dos investidores, e também dos consumidores, com o ambiente político-econômico, manutenção do alto índice de inflação, baixo crescimento do PIB, redução do emprego e incertezas quanto às eleições. Já no que se refere à geração, transmissão e distribuição de energia (GTD), o mercado está mais aquecido em decorrência das encomendas provenientes dos últimos leilões realizados.

Para muitos especialistas, este ano de 2014 já estava condenado à pouca produtividade – ano de Copa do Mundo

e de eleições. No entanto, as perspectivas otimistas começam a vislumbrar 2015 e 2016 como anos de recuperação. Segundo um estudo elaborado pela LCA Consultores para o Sebrae-SP, “os ajustes fiscais esperados para 2015 deverão contribuir para uma desaceleração adicional, mas a partir de 2016 a redução da incerteza deverá permitir uma reaceleração”. Vamos torcer para isso.

Boa leitura!

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Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

Consumo de energia elétrica é maior no primeiro semestre de 2014 Residências e comércios consumiram cerca de 8.011 GWh a mais no primeiro semestre de 2014 em comparação ao mesmo período de 2013

Os segmentos residencial e comercial obtiveram um consumo superior

neste semestre em comparação ao mesmo período de 2013. De acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o incremento dos dois setores juntos foi de 8.011 GWh em relação ao primeiro semestre do ano anterior e é decorrente das mudanças estruturais recentes, sobretudo, no que diz relação ao peso do uso dos aparelhos de climatização sobre o consumo de eletricidade, especialmente no verão.

Conforme a EPE, a maior par te (68%) deste acréscimo ocorreu

no primeiro trimestre deste ano, por causa do for te calor que ocorreu na época. Para se ter uma ideia, o consumo das residências e dos estabelecimentos comerciais aumentou 9,9% e 10,6%, respectivamente, neste período. Já no segundo trimestre, com as temperaturas mais baixas, não foi necessário o uso de equipamentos de climatização, o que ocasionou um crescimento menor do consumo, em patamares razoáveis com a média dos últimos anos: 4,2% no residencial e 6,3% no comercial.

O aumento de consumo apresentado neste semestre foi encabeçado

pelos mercados das regiões Sul e Sudeste, que concentraram a maior influência da temperatura no primeiro trimestre. Por outro lado, a região Nordeste apresentou um consumo menor neste semestre em relação ao ano passado. Enquanto em 2014, o consumo residencial e comercial aumentou 6,7% e 6% respectivamente, em 2013, cresceu 11,4% e 8,2%.

No que diz respeito ao consumo industrial, a tendência é de queda,

segundo a EPE. Se no primeiro trimestre houve uma variação positiva do consumo de 0,7% ante o mesmo período do ano passado, a queda no segundo trimestre foi de 4%, contabilizando um decréscimo de 1,7% no acumulado do ano, ou seja, até junho.

De acordo com a resenha, a baixa do consumo se dá pelo

desaquecimento da atividade industrial, principalmente nos setores eletrointensivos, tais como metalurgia, petroquímica e produção de veículos. Segundo a EPE, o segmento de metalurgia de alumínio é o que vem trazendo os impactos negativos mais relevantes ao consumo, justamente porque as empresas deste segmento continuam reduzindo a produção ao enfrentar um contexto internacional de baixos preços da commodity aliados à sobre ofer ta mundial deste produto.



Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Crise no setor elétrico é debatida em 11ª edição do Cobee Diante da escassez hídrica e, consequentemente, do aumento do preço de energia, teria sido mais benéfico ao país ter investido em eficiência energética

Evento reuniu, em São Paulo, especialistas do setor para discutir eficiência energética.

A Medida Provisória nº 579/2012 mais uma vez é ápice dos debates de um evento do setor elétrico. Durante o 11º

Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee), ocorrido entre 21 e 22 de julho, na cidade de São Paulo, o assunto permeou diversas palestras, entre as quais a realizada pelo economista e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. O especialista declarou que o Governo Federal, por meio da MP, de um sinal equivocado para o consumidor, reduzindo as tarifas em um momento que o preço da energia estava aumentando por conta da baixa hidrológica e consequente escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Pires destacou a situação precária em que se encontram as distribuidoras de energia elétrica na atualidade. Lembrou

que elas ficaram descontratadas porque nenhuma geradora se interessou em comprar energia nos leilões pelo preço estar muito abaixo do mercado. Além disso, salientou que o governo impediu as distribuidoras de repassarem a energia comprada da térmica para as tarifas, o que acabou onerando as concessionárias. Visando melhorar a situação financeiras destas o governo fez empréstimos a bancos e a dívida já chega R$ 60 bilhões, segundo Pires.

Conforme o diretor do CBIE, fatalmente, esta conta será paga pelo cidadão brasileiro, seja via tarifas, que deverão

aumentar, ou via tributos. Nesse sentido, Pires questionou os presentes se não seria melhor negócio, desde o início, ter investido em práticas de eficiência energética (EE), que, de acordo com o economista, é a maneira mais barata e melhor, ambientalmente falando, de se gerar energia.

A solução, para o economista, não estaria na diminuição de tarifas, descoladas com a realidade do aumento do preço

da energia, mas sim com a modernização do setor elétrico, visando mecanismos que tornassem o consumo energético mais eficiente. Entre eles: a adoção de políticas mais descentralizadas para o desenvolvimento energético do país; leilões regionais de energia elétrica; incentivo a processo de cogeração; e campanhas de conscientização da população a respeito da importância de se economizar energia.

“O Brasil tem um potencial enorme no que se refere à EE, mas está muito atrasado nas políticas (de eficiência) em

relação aos outros países”, disse o diretor da CBIE. Segundo ele, no ranking de eficiência energética, o Brasil aparece na antepenúltima posição, na frente somente de Canadá e Rússia. A fim de mudar isso, seria preciso, por exemplo, estabelecer uma legislação específica visando a proibição da comercialização de equipamentos menos eficientes; alterar licitações públicas, incluindo a questão de eficiência energética como critério; e incrementar as linhas de financiamentos para empreendimento de eficiência energética.


15 Eficiência energética

A nova regulamentação por parte da agência dos

Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (Propee) também foi destaque na 11ª edição do Cobee. O superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética da Aneel, Máximo Luiz Ponpermayer, participou do evento e elencou as principais mudanças ocorridas no documento.

Entre elas, estão a realização de chamada pública; a

inserção de projetos com ações de EE no uso final e adição de geração proveniente de fonte incentivada de energia elétrica; o incentivo a realização de contratos de desempenho, em que o beneficiado pelo projeto de EE paga os investimentos realizados através da economia gerada; e o incentivo ao compartilhamento de custos, por meio de bônus e da contrapartida financeira por parte do consumidor.

No que se refere à chamada pública especificamente,

Ponpermayer declarou que por meio dela a Aneel objetiva dar maior transparência ao processo decisório; maior envolvimento e participação da sociedade; fornecimento de critérios mais objetivos na seleção dos projetos; maios divulgação do PEE e compreensão de seus alvos; e maior abrangência e efetividade de ações realizadas. Os desafios, segundo o superintendente, dizem respeito à divulgação da chamada pública (que ela seja realmente pública); apresentação de propostas confiáveis; existência de Escos em todo o território nacional; e aperfeiçoamento de critérios.

O assessor da diretoria da Associação Brasileira de

Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), José Gabino Matias dos Santos, que participou do mesmo painel de debates que Ponpermayer, declarou que o mercado do segmento elétrico não está preparado para o novo modelo do Propee. Segundo ele, as regras de avaliação de projetos ainda não foram bem assimiladas pelos agentes. Além disso, as distribuidoras enxergam que os altos custos de medição e verificação podem ser um fator de desmotivação e que as exigências de garantia podem inviabilizar muitos projetos.

O PEE tem como objetivo promover o uso eficiente

e racional de energia elétrica em todos os setores da economia por meio de projetos que demonstrem a importância e a viabilidade econômica de ações de combate ao desperdício e de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia. Segundo legislação específica, em particular a Lei no 9.991/2000, estabelece que esse programa deve ser custeado pelas distribuidoras, através de um percentual mínimo de sua receita operacional líquida (ROL).


Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Municípios, estados e União arrecadam R$ 1,1 bilhão em compensação financeira Montante é proveniente de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos para a geração de energia elétrica e também de royalties pagos por Itaipu

Municípios, estados e União

arrecadaram, entre janeiro e junho deste ano, R$ 1,1 bilhão de recursos provenientes de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (CFURH) para geração de energia elétrica. A quantia inclui também royalties – compensação financeira devida pela Usina de Itaipu. No total, R$ 896, 6 milhões foram distribuídos a título de CFURH e R$ 295, 9 milhões em royalties.

Os valores foram arrecadados de 96

empresas pagadoras, responsáveis por 179 usinas hidrelétricas e 190 reservatórios e distribuídas da seguinte forma: 698 municípios de 21 estados receberam a CFURH e 347 municípios de seis estados

Royalties pagos por Itaipu totalizaram R$ 295,9 milhões.

receberam os royalties. O Distrito Federal e a União foram beneficiados por ambos os instrumentos compensatórios.

Dessa quantia, 45% vão para os municípios, outros 45% para os estados, e os 10% restantes são destinados à União. No que diz respeito aos

estados e municípios, o dinheiro pode ser empregado em programas de saúde, educação e segurança, mas não pode ser utilizado para abater dívidas, a não ser que o credor seja a União, e nem para o pagamento de funcionários.

Já o montante recebido pela União é dividido entre o Ministério de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Amazônia Legal (3%); o Ministério de Minas e

Energia (3%); e para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (4%), administrado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

A arrecadação e a distribuição da compensação e dos royalties são responsabilidades da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).



Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Novo catálogo

Novos minidisjuntores

www.realperfil.com.br

www.siemens.com.br/protecao

Especializada em perfilados, eletrocalhas, leitos e dutos para instalações

A nova linha de minidisjuntores 5SL3 foi projetada especificamente para

elétricas, a Real Perfil apresenta seu mais novo catálogo, com informações

utilização em instalações residenciais de médio porte e, principalmente, em

detalhadas sobre todo o seu portfólio, composto por produtos utilizados

instalações comerciais e de infraestrutura, as quais requerem uma capacidade de

em diversos desdobramentos da construção civil, como indústrias, hotéis,

interrupção de corrente de curto-circuito de até 4,5 kA em redes de 380 V / 220V.

hospitais, montadoras, aviação, naval, bancos, etc.

Bilíngue, o catálogo traz em suas primeiras páginas particularidades

nas execuções monopolar (1P), monopolar + neutro (1P+N), bipolar (2P),

sobre o funcionamento dos processos de galvanização a fogo, galvanização

tripolar (3P) e tripolar + neutro (3P+N), de acordo com as curvas B e C da

eletrolítica e pré-galvanização. Em seguida,

norma ABNT NBR NM 60898-1.

Os produtos estão disponíveis nas correntes nominais de 0,3 A até 63 A

fornece os dados técnicos, assim como

ilustrações, de toda a sua linha de produtos,

diversas funcionalidades, além de uma ampla gama de acessórios, como bloco de

que conta com abraçadeiras metálicas,

contatos auxiliares, blocos de contatos de alarme, bloqueio de segurança, etc.

Para atender a outras exigências dos projetos, os minidisjuntores 5SL3 oferecem

eletrocalhas, leitos para cabos, caixas de passagem, tomadas e dutos para piso, leitos aramados e navais, entre outros. A publicação fornece ainda tabelas teóricas e informativas sobre distribuição de cabos em leitos.

Para solicitar o catálogo, entre em contato com

a empresa pelo e-mail vendas@realperfil.com.br

Em 114 páginas, o novo catálogo da Real Perfil traz detalhes técnicos de toda a sua linha de produtos.

Os novos minidisjuntores, da Siemens, podem ser encontrados nas correntes nominais de 0,3 A a 63 A.

Simulador de sistemas de potência

Quadro de tomadas

www.tagpower.com.br

www.mabitec.com.br

A OPAL-RT, representada pela Tag, oferece um sistema de entrada que

Responsável pela fabricação e manutenção de painéis elétricos de baixa

combina alto desempenho, flexibilidade e baixo custo. De acordo com a Tag,

tensão nas mais diversas áreas de atuação, a Mabitec apresenta o seu quadro

a integração dos processadores multicore high-end Intel com a Xilinx FPGA

de tomadas padrão, indicado para aplicações em canteiros de obras, em

permite maior poder de simulação e passo de integração na simulação

plantas industriais, em instalações comerciais e prediais.

de submicrossegundo com vistas a maximizar a precisão para sistemas

eletrônicos de chaveamento rápido.

SAE 1008/1010 com espessura que varia de 1,2 mm a 1,9 mm e pintura

eletrostática na cor cinza (RAL 7032). A placa de montagem também é

O simulador OP4500 oferece um dos melhores custo-benefício,

A caixa e a porta dos quadros são construídas em chapa de aço carbono

considerando Controle Rápido de Prototipagem (RCP) e Hardware in the

produzida em chapa de aço carbono SAE

loop (HIL). Trata-se de um equipamento compacto com 96 canais I/O

1008/1010, mas com espessura que

rápidos com condicionamento de sinal, fibra óticas e totalmente integrado

varia de 1,2 mm a 2,25 mm e pintura

com o Simulink, com o SimPowerSystem, com o SimScape e com o OPAL-RT

eletrostática na cor laranja (RAL 2004).

EHS FPGA.

Todos os quadros contam com

implementação do disjuntor diferencial residual (DR), em atendimento à norma ABNT NBR 5410, e são ainda projetados e ensaiados em conformidade com a ABNT NBR IEC 62208. Os quadros contam com grau Todos os simuladores apresentam design modular e flexível, podendo ser customizados para atingir requisitos específicos de entrada/saída.

de proteção IP 54.

Os quadros de tomadas padrão Mabitec são fornecidos com DR e grau de proteção IP 54.


O Setor Elétrico / Julho de 2014

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CLP www.wago.com.br

A alemã Wago, especializada em

conexões elétricas e automação, traz para o Brasil a nova linha 750 XTR (eXTReme), de Controlador Lógico Programável (CLP) e I/O remoto (módulos de entrada e saída).

De acordo com a empresa, os

componentes da linha 750 XTR supor tam temperatura de operação que variam de -40°C a 70°C. Com essa característica, o sistema pode ser instalado em painéis sem o uso de ar-condicionado ou mesmo aquecimento, propiciando, assim, a redução dos custos de aquisição e manutenção.

A linha 750 XTR supor ta tensão de

isolação de até 5 KV, de acordo com a norma EN 60870-2-1, e sua estrutura tem alta imunidade a interferência eletromagnética, garantindo operação segura e confiável mesmo em condições ambientais mais extremas.

Em condições de vibração mais

agressivas, como acionamento de grandes motores, a nova série pode trabalhar com até 5 g (aceleração de 50 m/s2), baseada no padrão EN 60068-2-6. No quesito resistência a choque, os limites são 15g (150 m/s2), de acordo com a norma EN60068-2-7, e 25 g (250 m/s2), em linha com a EN 60068-2-29. Os controladores da linha XTR trabalham com os protocolos MODBUS TCP e com aqueles voltados para as aplicações de energia, como IEC 60870-5-101/103/104, IEC 61850 e IEC 61400-25.

A linha 750 XTR pode ser aplicada em altitudes de até 5.000 metros.


Painel de normas

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.

Revisão da ABNT NBR 5410 começa a aquecer Comissão que analisa a norma já se reúne desde março de 2012. Somente neste ano, após a eleição do novo coordenador, que o processo de revisão foi agilizado com reuniões mensalmente

No início do ano, atendendo a um item

obrigatório do estatuto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os participantes da CE – 03:064.01: Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão, responsável pela revisão da ABNT NBR 5410, elegeram o novo coordenador da comissão: o engenheiro eletricista, superintendente da Certiel Brasil, Eduardo Daniel. Na época, a CE 03:064.01 já vinha se reunindo há cerca de dois anos. O primeiro encontro acontecera em março de 2012 e, desde então, pouco havia sido feito, o que se deve, inclusive, às poucas reuniões realizadas –

O engenheiro Eduardo Daniel, superintendente da Certiel Brasil, assumiu, no início deste ano, a coordenação da comissão que estuda a revisão da ABNT NBR 5410.

apenas quatro até o momento da eleição.

Segundo o novo coordenador da comissão, desde que assumiu o cargo, as reuniões estão ocorrendo

mensalmente, sendo a mais recente tendo sido realizada no dia 15 de julho. Contudo, mesmo aumentando o ritmo dos encontros, a previsão é de que o documento seja entregue à ABNT somente no fim de 2015 e que esteja finalizada e pronta para a publicação apenas no começo de 2016.

A relativa demora se deverá, em grande parte, à complexidade da ABNT NBR 5410 e também da norma

internacional IEC 60364, que sempre serviu de base para elaboração da norma brasileira e que, em um de seus processos recentes de revisão, foi dividida em sete partes, inclusive mudando sua estrutura. A norma brasileira foi revisada pela última vez em 2004.

Conforme Eduardo Daniel, a comissão não pretende nesta revisão dividir a NBR 5410 em partes. “Por

enquanto, estamos analisando o conteúdo e depois vamos ver se dividimos. Esta não é a parte mais crítica”, diz o superintendente, destacando que os participantes da comissão já conseguiram produzir 60 páginas de conteúdo, estando atualmente revisando o item 4 da ABNT NBR 5410, que trata dos “Princípios fundamentais e determinação das características gerais”. Para agilizar o processo, conta o coordenador, a comissão vem trabalhando com dois projetores: um que contém a norma IEC em comparação com a NBR 5410 e outro com o texto produzido atualmente.

Em relação a itens novos que podem ser acrescentados à norma, Daniel informa que serão poucos.

Somente dois relacionados a harmônicas de tensão. Outras modificações que estão sendo aventadas, mas que provavelmente não serão realizadas agora dizem respeito a itens referentes a questões importantes da atualidade, como eficiência energética, sustentabilidade e qualidade de energia. “Uma das propostas é a de que quando chegar a hora, colocaremos na nota como referência”, diz o coordenador, salientando que essas questões entrariam como um anexo informativo e não normativo.

Por fim, o novo coordenador da CE 03:064.01 salientou que a comissão trabalha agora com um plano

de comunicação, em que os resultados serão transmitidos ao público – e as entrevistas com os meios de comunicação fazem parte disso – ao longo do processo de revisão. “Não vamos discutir a norma e deixar para divulgar à sociedade somente no final”, diz. O objetivo, segundo Daniel, é dar transparência e deixar claro que não é uma norma de um pequeno grupo sem grande representatividade.



Painel de normas

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Aneel abre consulta pública para discutir descontos na tarifa Proposta é debater as motivações da distribuidora para se conceder descontos a certos segmentos de consumidores

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública para discutir uma

eventual regulamentação de critérios para a concessão de descontos na tarifa de acordo com o princípio da isonomia. Os interessados podem enviar contribuições até o dia 22 de setembro pelo e-mail: cp007_2014@aneel.gov.br, pelo fax (61) 2192-8839 ou para o endereço da Agência (SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-100), em Brasília-DF.

A consulta pública vai ao encontro da Resolução Normativa nº 414 da Aneel, que trata

dos direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica. Ela estabeleceu a possibilidade de a distribuidora aplicar descontos sobre as tarifas homologadas pela agência, desde que as reduções não impliquem pleitos compensatórios posteriores quanto à recuperação do equilíbrio econômico-financeiro e seja observada a isonomia.

Neste sentido, a proposta da consulta é debater as motivações da distribuidora para se

conceder descontos a cer tos segmentos de consumidores, em que condições eles seriam dados e quais benefícios poderiam ser esperados. Segundo a Aneel, a ideia também é verificar se há interesse de as distribuidoras concederem descontos, uma vez que não haverá o repasse para as tarifas dessas eventuais diferenças.

Projeto de Lei multiplica por quatro ônus de concessionária que fizer cobrança indevida a consumidor Legislação atual prevê devolução dos valores em dobro. Autor do projeto acredita que tal penalidade não é suficiente para que as concessionárias sanem suas cobranças indevidas

Apresentado em abril deste ano no Senado Federal, e, no momento, aguardando a

distribuição a um relator, enquanto tramita na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 143/2014 prevê que empresas e fornecedores de produtos e serviços essenciais devolvam ao consumidor os valores cobrados indevidamente multiplicados por quatro. O projeto estabelece uma alteração no texto do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), que prevê a devolução dos valores em dobro.

O autor do PLS 143, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), acredita que a devolução

em dobro prevista pela lei atual não é suficiente para que os fornecedores não se preocupem em sanar as cobranças indevidas. Dessa maneira, o aumento do valor do pagamento poderá ajudar a coibir as práticas das empresas, consideradas abusivas por Valadares.

De acordo com o projeto, a devolução dos valores indevidos multiplicados por quatro

será obrigatória no caso de fornecimento de energia elétrica água canalizada, gás canalizado, captação de esgoto e telecomunicações.



Painel de normas

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Quatro projetos de normas estão em consulta pública na ABNT • Cabos de controle não halogenados

Em consulta nacional até 28 de agosto de 2014, o Projeto 03:020.03-037, intitulado

“Cabos de controle não halogenados e com baixa emissão de fumaça para tensões até 1kV – Requisitos de desempenho”, como o próprio título diz, especifica as condições mínimas exigíveis para cabos de controle não halogenados e com baixa emissão de fumaça.

Os cabos previstos para este novo documento normativo são destinados às instalações fixas

e são utilizados em locais com alta densidade de ocupação e/ou com condições de fuga difíceis, conforme a ABNT NBR 5410.

A ABNT explica que cabos que preveem blindagem metálica possuem uma construção que

objetiva minimizar induções de origem eletromagnética causadas por circuitos de potência. Conforme a associação, estes cabos podem exigir projetos especiais, devendo, nestes casos, ser consultado o fabricante.

• Isolador polimérico tipo pino

Os projetos 03:036.03-071/1 e 03:036.03-071/2 referem-se ao isolador polimérico tipo

pino para redes com cabos cober tos fixados em espaçadores, para tensões acima de 1.000 V.

Sendo o primeiro a par te 1 do documento, que traz as características elétricas e mecânicas

de isoladores poliméricos tipo pino e os métodos de ensaio para verificar estas características, e o segundo a par te 2, que fornece os valores numéricos das características elétricas e mecânicas dos isoladores poliméricos tipo pino e indica as dimensões necessárias para a sua intercambiabilidade. Os referidos documentos não se aplicam aos isoladores tipo pino com pino integrante.

Ambos os projetos, que ficam em consulta pública até o dia 20 de setembro deste ano,

foram elaborados pela Comissão de Estudo de Isoladores para Linhas Aéreas e Subestações (CE-03:036.01) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03)

• Isoladores compostos poliméricos

Também realizado pela Comissão de Estudo de Isoladores para Linhas Aéreas e

Subestações, o projeto 03:036.01-075, intitulado “Diretrizes para produção, ensaio e diagnóstico de isoladores compostos com respeito à fratura frágil do material do núcleo”, apresenta uma análise do risco representado pelos fatores que influenciam na formação de uma fratura frágil em isoladores compostos poliméricos que na maior par te operam carregados no modo de tração (isoladores de suspensão e de ancoragem). Neste sentido, fornece também diretrizes para reduzir o risco de fratura frágil quando em serviço.

A ABNT explica que a fratura frágil é um evento limitado a isoladores de suspensão e

de ancoragem. Contudo, a informação geral apresentada, indicando a impor tância de vários parâmetros, pode ser utilizada como um guia para o projeto e produção de qualquer tipo de isolador composto.

O projeto de norma fica em consulta pública até 20 de setembro de 2014.



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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

Institutos Lactec e Feergs lançam espaçador de fios Equipamento, cujo objetivo é manter a distância segura entre cabos de energia nas redes de distribuição, não necessita de veículo, pode ser instalado do chão e utiliza um único eletricista para sua instalação

Em parceria com a empresa Ferramentas

e Equipamento Elétrico Ltda. (Feergs), os Institutos Lactec desenvolveram um novo regulador de fases de baixa tensão (REGBT), também conhecido como espaçador de fios. O equipamento, que tem como objetivo manter a distância segura entre os cabos de energia na rede de distribuição, tem como sua inovação a engenharia do produto, a pesquisa de materiais isolantes e as técnicas de trabalho.

Quando a Feergs procurou o Institutos

Lactec, no final dos anos 2000, ela propôs o desafio de desenvolver um regulador de fases que não necessitasse de veículo, pudesse ser instalado do chão e utilizasse um único eletricista. Já que, atualmente, para se instalar um espaçador, as distribuidoras de energia elétrica precisam mobilizar ao menos dois técnicos eletricista e um caminhão.

Para que o REGBT pudesse ser desenvolvido,

Novo equipamento tem o propósito de manter uma distância segura entre os cabos de energia da rede de distribuição.

o Lactec firmou parceria em 2009 com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), de quem recebeu investimentos de R$ 788 mil. Outro aporte, de aproximadamente R$ 40 mil, veio da própria Feergs, parceira industrial do projeto. O instituto foi responsável pela realização da pesquisa, que terminou em março deste ano.

De acordo com o coordenador do projeto e pesquisador dos Institutos Lactec, Edemir Kowalski, todos os

desafios propostos foram superados, até o de reduzir o tempo de instalação de cada unidade, de 16 minutos para pouco mais de dois minutos.

O valor de custo do espaçador, no entanto, foi algo que inicialmente pareceu inviabilizar o lançamento

comercial do produto, isto porque enquanto o modelo atual custa R$ 4 a unidade, o espaço desenvolvido pelo Lactec custa R$15,80. Contudo, um estudo da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) concluiu que o produto de R$ 4 devido à complexidade dos equipamentos utilizados, acabava tendo um custo final de R$ 29. Já o espaçador de R$ 15,80, que dispensava caminhão e pelo menos um eletricista, sai por R$ 21 com a instalação.

Constatada a viabilidade econômica do espaçador, a Feergs produziu um lote de 10 mil unidades que

está sendo enviado às concessionárias de energia para homologação. Já receberam os equipamentos: a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a AES Sul, do Rio Grande do Sul, a AES Eletropaulo (SP); e a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), de São Paulo; a Companhia Elétrica de Santa Catarina – (Celesc); e a Companhia Elétrica da Bahia, (Coelba).

Segundo o presidente da Feergs, Alexandre Müller da Silva, a perspectiva é de que em dois anos os

novos espaçadores estejam sendo utilizados pelas concessionárias. Até o momento, nenhum produto foi comercializado.



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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Panduit e Comercial Elétrica DW incrementam parceria A DW, que já trabalhava a linha elétrica de segurança industrial da Panduit, agora distribuirá as soluções da companhia para infraestrutura de rede A Panduit e a distribuidora de materiais elétricos Comercial Elétrica DW, que tem forte presença na região Sul do país, expandiram a parceria que havia entre elas. A empresa que já trabalhava a linha elétrica de segurança industrial da Panduit, agora passará a distribuir também os produtos da companhia voltados para infraestrutura de rede. O diretor regional da Panduit, Fábio Henrique, acredita que a parceria servirá para fortalecer a presença da empresa na região sul. “Além de passar a ter soluções para data centers, redes corporativas e automação industrial comercializadas com mais força, ganhamos maior capilaridade no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”, diz o diretor. O executivo destaca que a região Sul é economicamente muito forte, pois conta com uma vasta base industrial e também com importantes empresas na área de serviços. O diretor regional explica que a Panduit vem observando o aquecimento da demanda local, principal no que diz respeito à linha para data centers, há algum tempo, e nesse sentido a expansão da parceria com a DW foi natural. Para o diretor comercial da DW, o mercado está aquecido com muitas indústrias e empresas aproveitando os incentivos fiscais para se instalar na região Sul e como são empresas de grande porte, elas sempre procuram produtos chancelados no mercado internacional, como os produtos da Panduit. Neste sentido, a expansão da parceria será muito proveitosa à distribuidora.

Cummins consegue reduzir consumo de energia em suas plantas Por meio do Desafio Unplugged Challenge, lançado em abril deste ano, a empresa obteve economia de R$ 199 mil reais por mês A Cummins Power Generation já colhe resultados de sua campanha mundial Desafio Unplugged Challenge, lançada em abril deste ano. A empresa conseguiu, em abril e maio deste ano, baixar o consumo de energia em todas as suas plantas para R$ 8,43 por hora trabalhada. Trata-se de uma redução de R$ 1, que representa, em média, uma economia de R$199 mil reais por mês. A campanha lançada pela Cummins tem âmbito global e é realizada em Linha de produção de grupos geradores da planta industrial todas as unidades de negócios da de Guarulhos (SP). empresa, consistindo em introduzir novos hábitos ao cotidiano dos funcionários. Nesse sentido, foram estimuladas iniciativas como retirar da tomada os equipamentos que não estão em uso; desligar computadores e motores, após serem utilizados; apagar as luzes ao deixar os ambientes, entre outras práticas. De acordo com a Cummins, estes resultados comprovam que pequenas ações e mudanças de hábito podem realmente gerar impacto na conta de energia. A companhia espera que esses resultados motivem ainda mais os funcionários para que a redução do consumo de energia elétrica seja maior nos próximos meses.



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Osram inaugura fábrica de Leds na China Unidade fabril, aberta oficialmente na cidade de Wuxi, terá cerca de 100 mil m² e será capaz de produzir bilhões de Leds por ano

Com o intuito de expandir a sua marca em esfera global e atuar com mais força

em um segmento tecnológico que vem avançando vertiginosamente nos últimos anos, a Osram inaugurou uma nova fábrica de Leds na China, mais especificamente na cidade de Wuxi. A planta possui área de aproximadamente 100 mil m² e deverá abrigar mais de dois mil empregados até 2017.

De acordo com o diretor do departamento de Opto Semicondutores da Osram,

Aldo Kamper, a unidade fabril de Wuxi será capaz de produzir bilhões de Leds por ano. “A Osram, cada vez mais, tem se esforçado para avançar nas descobertas e no aprimoramento tecnológico para oferecer aos clientes de todo o mundo produtos cada vez mais vantajosos”, declarou o executivo.

A unidade fabril chinesa é a segunda pertencente à Osram, onde chips de Led

são transformados em fontes de luz. A primeira é a fábrica de Penang, na Malásia. Ainda no âmbito da tecnologia Led, a Osram produz chips semicondutores na cidade de Regensburg, na Alemanha. Esta unidade é considerada a sede da Osram no que se

Nova planta industrial da Osram, na China, deve contar com dois mil funcionários.

refere à fabricação deste tipo de tecnologia.

A Osram atua na produção de semicondutores há mais de 40 anos e atualmente desenvolve e fabrica componentes de Led para aplicações diversas, que incluem

indústrias, entretenimento, setor automotivo e iluminação geral.



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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Cemig inaugura microusinas solares fotovoltaicas em Sete Lagoas Iniciativa faz parte do Projeto Cidades do Futuro, cujo objetivo é implantar a arquitetura smart grid nas regiões atendidas pela companhia energética mineira

Os módulos de silício cristalino foram instalados em telhados das casas do Asilo Vila Vicentina e do Centro Universitário Sete Lagoas (Unifemm)

Em iniciativa que faz parte do Projeto Cidades do Futuro – programa que visa à implantação de

arquitetura smart grid –, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) inaugurou recentemente quatro microusinas solares fotovoltaicas no município de Sete Lagoas (MG). Três dos quatro empreendimentos têm potência de 3 kW um deles de 5 kW.

Os módulos de silício monocristalino, componentes essenciais para este tipo de usinas, foram instalados

em telhados das casas do Asilo Vila Vicentina e do Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm). Estas instituições serão as beneficiadas com as microusinas, sendo que a Unifemm utilizará também o sistema como laboratório para atividades de pesquisa.

O projeto foi realizado pela Cemig em parceria com a Effitech Engenharia, empresa especializada em

soluções na área de energias renováveis e eficiência energética. E o investimento desse bloco de pesquisa dentro do projeto Cidades do Futuro veio do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) realizado entre Cemig e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Microusinas solares fotovoltaicas são fruto de projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da Cemig.


O Setor Elétrico / Julho de 2014

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Religadores da Noja Power forneceram energia para estádios da Copa do Mundo Equipamentos foram instalados, por exemplo, no Estádio do Castelão, em Fortaleza (CE), que abrigou seis jogos do evento, entre os quais, Brasil x México, na primeira fase

A Copa do Mundo realizada no Brasil não teve situações emergenciais. A

iluminação dos estádios do evento, por exemplo, funcionou adequadamente. A Noja Power teve uma parcela de responsabilidade nesse aspecto, já que a empresa, natural de Campinas (SP), ganhou um contrato multimilionário na reta final das obras de infraestrutura da Copa do Mundo. Forneceu energia às arenas por meio de seus religadores automáticos de média tensão.

Dois religadores foram instalados, por exemplo, no Estádio Castelão, em

Fortaleza (CE), palco de seis jogos da Copa, incluindo Brasil x México e também uma partida das quartas de final. Os equipamentos também forneceram proteção elétrica no centro de treinamento da Itália, perto do Rio de Janeiro, assim como para outros diversos estádios em Belo Horizonte (MG) usados para treinamento pela Argentina, Uruguai e Chile durante as partidas de grupo.

Segundo o diretor geral da Noja Power no Brasil, Bruno Kimura, para um

país que sediou um evento internacional de grande porte tal como a Copa do Mundo, era vital que as suas instalações desportivas fossem vistas como sendo de “classe mundial”. “Obviamente uma parte importante disto é uma fonte de energia confiável, permitindo que jogadores e fãs apreciassem o espetáculo sem interrupções”, destaca.

Sistemas de energia de arenas da Copa do Mundo contaram com equipamentos da Noja Power.


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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Brasil é 10º em ranking de atratividade de investimentos em energia renovável O país subiu duas posições desde o último Renewable Energy Country Attractiveness Index, ranking trimestral da empresa Ernest & Young (EY), que analisa o mercado de fontes limpas em 40 países

O Renewable Energy Country Attractiveness Index, ranking trimestral da empresa Ernest & Young (EY),

que analisa o mercado de fontes limpas em 40 países, colocou o Brasil na 10ª posição – duas acima do último ranking – no índice de atratividade de investimentos em energia renovável. Estados Unidos, China, Alemanha e Japão seguem como os quatro primeiros colocados no índice de atratividade da EY.

Segundo o levantamento da empresa de auditoria, consultoria, e transações corporativas, os leilões

que aconteceram e os ainda previstos para este ano foram os responsáveis para o Brasil alcançar esta posição pela primeira vez. O diretor executivo de consultoria em sustentabilidade da EY, Mário Lima, explica que a existência de normas para os leilões de energias renováveis são pontos importantes para atrair mais investimentos no País. “Investidores gostam de regras claras”, enfatiza.

A expectativa do mercado, de acordo com Lima, é de que a energia eólica lidere novamente os

investimentos no Brasil, seguida pela energia solar, cujo interesse por parte dos agentes vem crescendo rapidamente com as novas previsões de capacidade de geração.

A respeito da energia solar, o diretor executivo de consultoria em sustentabilidade da EY, Mário Lima,

explica que um dos grandes obstáculos para o desenvolvimento deste tipo de fonte no país é a exigência de elevado conteúdo local para a concessão de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na atualidade, 60% dos equipamentos para a produção de energia solar devem ser fabricados no Brasil. “A redução atrairia fabricantes para o mercado”, diz Lima.

O ranking da EY ainda apresentou as posições que os países ocupam no que diz respeito à atração de

investimentos para parques eólicos construído em terra, para usinas termossolares e para usinas solares fotovoltaicas. O Brasil se encontra em 7º, 10º e 15º lugares respectivamente.

Segundo o levantamento, a expectativa é de que a energia eólica continue liderando os investimentos no Brasil.


Apoio

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CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE POTÊNCIA Luiz Felipe Costa

36

Capitulo VII – Filosofias construtivas

• Definição • Arranjos construtivos típicos aplicáveis a um conjunto de manobra e controle de baixa tensão • Unidade funcional • Posições de uma unidade funcional removível ou extraível • Classificação das conexões elétricas

INSPEÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Gabriel Rodrigues de Souza, Igor Cavalheiro Nobre e Marcus Possi

46

Capítulo VII – Ensaios termográficos

• Breve histórico da termografia no Brasil • Anomalias mais comuns nas instalações elétricas • Termograma e relatório simplificado de anomalias • Custo do ensaio x custo da inspeção

MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES Marcelo Paulino Capítulo VII – Ensaios de resistência de isolamento e de rigidez dielétrica

56

• Ensaio de resistência de isolamento

• Critérios de avaliação • Considerações sobre resistência de isolamento • Ensaio de rigidez dielétrica

ATERRAMENTO DO NEUTRO Paulo Fernandes Costa Capítulo I – Escolha do tipo de resistor de aterramento do neutro em sistemas elétricos industriais

• Tipo de resistores para aterramento do neutro • Princípios que orientam a especificação dos resistores de aterramento do neutro • Avaliação da corrente capacitiva

62

Fascículos

• Procedimentos de teste


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

36

Capítulo VII Filosofias construtivas Por Luiz Felipe Costa*

A ABNT NBR IEC 60439-1 define conjunto

V. Pode ser conectado diretamente ao transformador

de manobra e controle de baixa tensão como

por um trecho muito curto de condutores, normalmente

sendo a “combinação de um ou mais dispositivos

barras com links flexíveis, constituindo uma estrutura

e equipamentos de manobra, controle, medição,

única, que a cultura norte-americana chama de

sinalização, proteção, regulação etc., em baixa tensão,

subestação unitária secundária (aquela cuja tensão

completamente montados, com todas as interconexões

inferior do transformador é menor que 1.000 V

internas elétricas e mecânicas, e partes estruturais, sob

eficazes entre fases). No caso de os transformadores se

a responsabilidade do fabricante”. A IEC 61439-2,

encontrarem fora da sala onde o conjunto está instalado,

como já mencionada anteriormente, esclarece que

podem ser feitas conexões por trechos de duto de barras

os conjuntos servem para a distribuição e controle

ou lances de cabos de força. Estes equipamentos são

de todos os tipos de cargas em aplicações industriais,

dimensionados para lidar com concentrações altas

comerciais e similares em baixa tensão (BT).

de carga, geralmente associadas a correntes nominais

Dentro deste contexto, em que se permite a

elevadas de regime e de curto-circuito. É muito comum

combinação de elementos de manobra com os de

nas estruturas baseadas em projetos norte-americanos

controle, torna-se possível compreender por que a

se observar o uso de colunas ditas de “alta densidade

cultura europeia, a princípio, não faz distinção entre

de correntes”, ou seja, aquelas que possuem de 3 a 4

os “tipos construtivos” CDC (Centro de Distribuição

disjuntores de potência extraíveis de BT (respeitando-se,

de Cargas) e CCM (Centro de Controle de Motores),

logicamente, a condução permanente de corrente e a

diferentemente do que é apresentado pela IEEE Std

elevação de temperatura aplicáveis aos componentes

C37.20.1 (IEEE Standard for Metal-Enclosed Low-

e a coluna). No Brasil, as tensões nominais trifásicas

Voltage Power Circuit Breaker Switchgear) e pela

mais observadas para esta aplicação são 480 V, como

NEMA Standard Publication No. ICS 18 (Motor

mencionado anteriormente, e 380 V, que se enquadra

Control Centers). Ou seja, a IEC aceita a integração de

na faixa de aplicação do novo padrão IEC de 400 V.

unidades de distribuição de potência e de controle de

motores em uma única estrutura.

Tensão (CCM de BT), exemplificados na Figura 2, é uma

Um Centro de Controle de Motores em Baixa

Um Centro de Distribuição de Cargas em Baixa

estrutura em invólucro metálico com compartimentos

Tensão (CDC de BT), exemplificados na Figura 1,

dedicados à manobra, proteção e acionamento de

conforme as definições encontradas no contexto ANSI

motores de BT. Este equipamento pode ser ligado ao

/ IEEE / NEMA / UL, é um equipamento em invólucro

secundário de um transformador de distribuição ou

metálico com disjuntores de potência de BT, usados

a um circuito de alimentação dedicado, o qual, na

na distribuição de energia elétrica, normalmente,

maioria das vezes, se origina em um CDC. Ele pode ter,

alimentada pelo secundário de um transformador de

no Brasil, uma tensão nominal de operação de 380 V (ou

potência com tensão nominal de 240 V, 480 V ou 600

400 V), 480 V e 600 V (ou 660 V). Estes equipamentos


Apoio

37

são dimensionados para lidar com concentrações de cargas rotóricas

curta duração (Icw): 1 s, salvo indicação em contrário, conforme

trifásicas, geralmente, associadas a correntes nominais de regime e

o item 4.3 da ABNT NBR IEC 60439-1. Esta é uma condição mais

de curto-circuito menores, se comparados a um CDC. Apesar de

rigorosa se comparado com o que é apresentado pela Nema ICS 18,

não ser uma orientação normativa, é comum se ter neste tipo de

a qual fala em um tempo de 3 ciclos (o que, para uma frequência

estrutura partidas para motores trifásicos “limitados” a uma faixa de

de 60 Hz, corresponde a 50 ms) e a IEEE C37.20.1, que solicita um

110 kW a 150 kW. Este valor está relacionado com as dimensões e

desempenho satisfatório para o valor de 0,5 s aplicado por duas

pesos associados a unidade funcional responsável pela alimentação

vezes consecutivas, com um intervalo de 15 s entre cada aplicação.

do circuito, principalmente no caso de uso de unidades extraíveis.

E da mesma forma, pode-se ver, a nível mundial, que a cultura

Graças à forte influência norte-americana na cultura

IEC vem buscando novas abordagens a partir da filosofia ANSI.

eletrotécnica nacional, ao longo de boa parte do século XX,

Um exemplo típico para este caso é que além da tradicional

principalmente nos segmentos industriais associados aos setores

abordagem de se usar um único disjuntor de potência (também

petroquímicos, siderúrgicos e de mineração, o conceito associado a

denominado disjuntor do “tipo aberto” ou “a ar”), por coluna em

estruturas distintas para as funções de CDC e CCM tem prevalecido,

conjuntos de distribuição (configurando uma Unidade Funcional

ainda hoje, no mercado brasileiro. A principal vantagem desta

por seção), já se pode encontrar arranjos com mais de um disjuntor

abordagem é ter estruturas com níveis mais compatíveis de corrente

de potência em uma mesma coluna: a chamada configuração

nominais de regime e de curto-circuito, associadas ao tipo de carga

“com alta densidade de carga” (com duas ou mais unidades

e de função esperada para a aplicação.

funcionais com disjuntor de potência em uma mesma seção). Esta

exemplificação pode ser vista na Figura 3.

Cabe, entretanto, ressaltar o fato de que certas características

das normas IEC vem sendo agregadas no Brasil ao uso dos Centros

de Distribuição de Cargas (CDC) e Centros de Controle de Motores

partes de um conjunto de manobra e controle de baixa tensão é mostrada

(CCM), como definidos no IEEE e na Nema. Um exemplo claro é

na Figura 4. Estes componentes e partes são integrados em diferentes

o valor adotado para o tempo associado à corrente suportável de

arranjos construtivos, conforme são definidos na ABNT e na IEC.

Uma representação esquemática dos principais componentes e


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

38

ANSI / UL

IEC

Figura 1 – Exemplos de formas construtivas de CDC de BT, conforme “escolas” norte-americana e europeia.

NEMA / UL

Figura 4 – Visualização esquemática dos componentes e partes de um CMCP de BT.

IEC

Figura 2 – Exemplos de formas construtivas de CCM de BT, conforme “escolas” norte-americana e europeia.

Os arranjos construtivos típicos aplicáveis a um conjunto

de manobra e controle de baixa tensão, conforme a ABNT, são descritos na seção 2 da ABNT NBR IEC 60439-1 e são classificados como: aberto, aberto com proteção frontal, fechado (armário e multicolunas), mesas de comando e multimodular. Na Figura 5 são apresentadas ilustrações dos tipos enumerados por este documento.

Figura 5 – Tipos construtivos básicos de CMCP de BT, conforme a ABNT e IEC.

Dentro da ABNT NBR IEC 60439-1 se encontra, também,

o conceito de unidade funcional, como mostrado na Figura 6. Este termo é definido como sendo “parte de um conjunto Densidade padrão de cargas (1 UF por coluna)

Alta densidade de cargas (mais que 1 UF por coluna)

Figura 3 – Exemplos de CDC de BT com UFs equipadas com disjuntores de potência.

compreendendo todos os elementos elétricos e mecânicos que contribuem para a execução de uma mesma função”. Existem, basicamente, em relação à função de conexão


Apoio

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Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

40

dos alimentadores de energia, dois tipos de unidades

são divididos em barramento principal e barramento de

funcionais: de entrada, que é aquela “pela qual a energia

derivação, exemplificados, respectivamente, nas Figuras 7

elétrica é, normalmente, fornecida ao conjunto” (ver item

e 8.

2.1.6 da norma) e de saída, que é a “unidade funcional pela

qual a energia elétrica é normalmente fornecida para um ou

nas aplicações de baixa tensão como “gaveta”, pode ser

mais circuitos de saída” (ver item 2.1.7 da norma).

ainda classificada como fixa, removível ou extraível, como

Uma unidade funcional (UF), também conhecida

Os circuitos principais dentro de um CMCP de BT,

ilustrado na Figura 9. A definição básica de cada tipo é

como os barramentos de potência, podem ser constituídos

mostrada a seguir, junto com a referência do item original

por condutores nus ou isolados, montados de forma

da norma ABNT NBR IEC 60439-1:

a prevenir um curto-circuito interno, sob condições normais de operação. Porém, mesmo assim, eles devem

• Fixa: UF montada sobre um suporte comum e que é

ser dimensionados de forma a suportar, além da corrente

instalado de forma fixa (item 2.2.5);

nominal de regime, as possíveis correntes de curto-circuito

• Removível: UF que pode ser totalmente removida do

(corrente suportável de curta-duração ou, se for aplicável,

CMCP e ser substituída, mesmo com o circuito principal

a corrente de curto-circuito limitada por um dispositivo de

energizado (item 2.2.6); e

proteção no lado de alimentação dos barramentos).

• Extraível: UF removível capaz de estabelecer

uma distância de isolamento quando na posição

Os barramentos dentro do CMCP de BT, normalmente,

desconectada e/ou de teste, caso a tenha, enquanto ainda permanece, mecanicamente, fixada ao CMCP (item 2.2.7).

Em termos de custos, a versão extraível é mais cara

do que a removível e, esta, mais do que a fixa. Porém, indiscutivelmente, existem ganhos em segurança, nos Figura 6 – Exemplos de unidade funcional (“gaveta”) extraível para CMCP de BT.

requisitos de manutenção e quanto ao nível necessário de qualificação de pessoal, como ilustrado na Figura 10.

Com relação às posições que uma unidade funcional

removível ou extraível pode assumir em relação ao seu acoplamento ao CMCP, conforme a Figura 11, a ABNT NBR IEC 60439-1 apresenta as seguintes possibilidades: • Conectada (Figura 11 a): posição de uma parte removível ou extraível quando está completamente conectada (item 2.2.8); • De ensaio ou de teste (Figura 11 b): posição de uma Figura 7 – Barramento principal com montagem horizontal / superior.

parte extraível na qual os circuitos principais estão desligados da entrada, mas não obrigatoriamente isolados e os circuitos auxiliares estão ainda conectados (item 2.2.9); • Extraída (Figura 11 c): posição de uma parte extraível onde existe uma distância de isolamento nos circuitos principais e auxiliares, mas permanecendo mecanicamente fixada ao CMCP (item 2.2.10); e • Removida: posição de uma parte removível ou extraível, na qual a unidade está fora do CMCP, separada

Figura 8 – Barramento de derivação.

mecânica e eletricamente (item 2.2.11).


Apoio

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Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

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Figura 9 – Exemplos de unidades funcionais fixa, removível (“plug-in”) e extraível.

Figura 10 – Comparativo dos requisitos e características de operação e manutenção entre unidades funcionais fixas, removíveis e extraíveis para CMCP de BT.

Figura 11 – Posições de uma UF extraível: inserida, de ensaio e extraída.

As conexões elétricas para qualquer unidade funcional (UF)

• A 1ª letra identifica o tipo de conexão elétrica do circuito de

de um CMCP de BT, conforme o item 2.2.12 da ABNT NBR IEC

entrada principal (“força”);

60439-1, são classificadas como:

• A 2ª letra identifica o tipo de conexão elétrica do circuito de saída principal (“força”); e

• Fixa: aquela que é conectada ou desconectada por meio de

• A 3ª letra identifica o tipo de conexão elétrica dos circuitos

ferramenta;

auxiliares (“controle”).

• Desconectável: aquela que é conectada ou desconectada por manobra manual do meio de conexão, sem usar ferramenta; e

• Extraível: aquela que quando está conectada ou desconectada

letras:

Neste sistema de identificação, são utilizadas as seguintes

faz com que a UF fique na condição conectada ou desconectada. • F: conexões fixas;

O modo como são feitas as conexões elétricas de uma

unidade funcional é descrito no item 7.11 da norma. Os tipos de conexões são identificados por um código de três letras:

• D: conexões desconectáveis; e • W: conexões extraíveis.


Apoio

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Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

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A Figura 12 apresenta, de forma esquemática, uma vista

extraível numa instalação marítima. Este setor, principalmente

em corte de uma coluna de CCM com uma unidade funcional

dentro do segmento de óleo e gás, foi o que mais motivou a

(UF) extraível na posição conectada. Nesta imagem, é possível

adoção de colunas com o que o mercado costuma a chamar

identificar os compartimentos de cabos e o da UF propriamente

de “gavetas (UFs) totalmente extraíveis”. Este termo é, às vezes,

dita, em que se veem as conexões elétricas principais (circuitos

utilizado, para se referir a uma UF do tipo “W-W-W”, ou seja:

de força) de entrada e saída, além da conexão de controle

uma unidade com duplo seccionamento nos circuitos de força

(“tomada para os circuitos auxiliares”).

(entrada e saída) e dupla extração (tanto os circuitos de força

quanto os de controle).

Na Figura 13, pode-se ver, na parte traseira de uma UF

extraível, seguindo da esquerda para a direita, as conexões

de controle (circuitos auxiliares), saída de potência (circuito

ou removível, o apelo do uso de UF do tipo extraível (“gavetas”)

principal) e entrada de potência (circuito principal). Como

em CMC de BT nos setores petroquímico, siderúrgico, de

todos elas são extraíveis, a classificação, neste caso, seria:

mineração e de papel e celulose é forte devido à possibilidade

“W-W-W”.

de se ter uma rápida inspeção e, se necessário, a troca da gaveta

– seja ela uma partida (“demarradora”) ou um alimentador.

A Figura 14 traz um exemplo de aplicação de uma UF

Figura 12 – Vista esquemática de uma unidade funcional extraível.

Apesar de as unidades funcionais poderem ser do tipo fixa

Figura 13 – Vista de unidade funcional extraível, mostrando as suas conexões.

Figura 14 – Unidade Funcional (UF) tipo “W-W-W” (chamada, às vezes, de “gaveta totalmente extraível”).

*Luiz Felipe Costa é especialista sênior da Eaton. É formado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia da UFRJ e pós-graduado em Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade Federal de Itajubá. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br

Errata No capítulo anterior, na página 39, a norma IEC 61641 foi citada três vezes erroneamente. Na verdade, o autor se referia à IEC 60439.


Apoio

45


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

46

Capítulo VII Ensaios termográficos Por Gabriel Rodrigues de Souza, Igor Cavalheiro Nobre e Marcus Possi*

Breve histórico da termografia no Brasil

infravermelhos estaria provavelmente condenada. Isto apenas foi verdade até 1830, ano em que o cientista italiano Macedónio Melloni (1798 – 1854) fez a sua

A radiação infravermelha foi descoberta no ano

grande descoberta: o cloreto de sódio (sal-gema) de

de 1800 por Sir William Herschel, astrônomo real do

origem natural (disponível em cristais naturais), que é

Rei Jorge III da Inglaterra, já famoso por ter descoberto

um elemento transparente aos infravermelhos. Com

o planeta Urano. Ao testar várias amostras de vidro de

o resultado desta descoberta, o “sal-gema” tornou-se

cor que permitiam reduções do brilho emitido pelo

o principal material ótico de infravermelho e assim

Sol, ficou intrigado quando percebeu que algumas das

se manteve até os anos 1930, período em que foi

amostras deixavam passar pouco calor do Sol, enquanto

dominada a arte de criar cristais sintéticos. Já os

outras deixavam passar tanto calor que corriam o risco de

termômetros, utilizados como detectores de radiações,

sofrerem lesões se observadas por muito tempo. Assim,

mantiveram-se insubstituíveis até 1829, ano em que

Sir Herschel realizou uma experiência sistemática,

Nobili inventou o par termoelétrico; tendo um avanço

com o objetivo de descobrir um único material que

quando Melloni ligou vários pares termoelétricos

permitisse obter a redução do brilho pretendida, bem

em série para formar a primeira termopilha. O novo

como uma redução máxima do calor. Então iniciou o

dispositivo era pelo menos 40 vezes mais sensível

seu trabalho, repetindo a experiência de Newton sobre

que o melhor termômetro para detecção da radiação

o prisma, tentando, no entanto, estudar o efeito térmico

térmica, capaz de detectar o calor libertado pelo corpo

em vez da distribuição visual da intensidade no espectro.

de uma pessoa a uma distância de três metros.

Utilizando-se de um termômetro de mercúrio em vidro

sensível, como detector de radiações, procedeu ao

1840, resultado encontrado por Sir John Herschel, filho

teste do efeito térmico das várias cores do espectro

do descobridor dos infravermelhos. Baseando-se na

formado sobre a superfície de uma mesa e percebeu

evaporação diferencial de uma película fina de petróleo

que as leituras da temperatura registravam um aumento

quando exposta a um padrão térmico incidindo nela,

contínuo desde o violeta até ao vermelho.

era possível se ver a imagem térmica por meio da luz

Devido à utilização de vidro no prisma da sua

refletida, onde os efeitos de interferência da película

primeira experiência, Sir Herschel se envolveu em

de petróleo tornavam a imagem visível a olho nu. Sir

algumas controvérsias com os seus contemporâneos

John conseguiu ainda obter um registro rudimentar

acerca da existência real dos comprimentos de onda dos

da imagem térmica em papel, a que chamou de

infravermelhos. Em experiências posteriores, Sir Herschel

“termógrafo”.

realmente constatou as limitações na transparência

do vidro, sendo obrigado a concluir que a óptica de

de termografia, só começou a ser desenvolvido

A primeira imagem térmica tornou-se possível em

O primeiro sistema operativo, no sentido atual


Apoio

47

durante a Primeira Guerra Mundial, em que ambas as partes

na faixa entre um dos extremos da ultravioleta e, no outro extremo, os

possuíam programas de investigação para a exploração militar

nossos olhos não podem ver os infravermelhos.

dos infravermelhos. Durante esse período, as regras do sigilo

militar proibiam terminantemente a divulgação do estado de

termográfica, faz-se necessária a observação de alguns itens, desde

desenvolvimento da tecnologia da formação de imagens de

o conhecimento acadêmico e aplicação das normas existentes

infravermelhos. Em meados dos anos 1950, começaram finalmente

até o desenvolvimento final do produto (relatório de anomalias).

a estar à disposição das comunidades industrial e científica civil os

Para o desenvolvimento desse relatório, devemos ter como ponto

dispositivos apropriados de formação de imagens térmicas.

de partida a aplicação das normas brasileiras e, se necessário, as

normas internacionais.

Esse resumo e a base teórica tiveram como referência o livro 25

anos em termografia, de Alberto Caramalho.

Introdução

Para o desenvolvimento de um relatório de inspeção

Dentre elas, podemos citar: • ABNT NBR 15572:2013 – Ensaios não destrutivos – Termografia por infravermelha – Guia para inspeção de

A termografia é uma técnica que permite mapear uma região com

equipamentos elétricos e mecânico;

a utilização de um aparelho específico, conhecido como termógrafo,

• ABNT NBR 15424:2006 – Ensaios não destrutivos –

para distinguir diferentes temperaturas por meio da radiação

Termografia – Terminologia;

infravermelha naturalmente emitida pelos corpos, de modo que depois

• ABNT NBR 15763:2009 – Ensaios não destrutivos –

de feita a coleta de informação possa desenvolver uma análise técnica

Termografia – Critérios de definição de periodicidade de

das imagens obtidas pelo aparelho. A teoria da termografia diz que

inspeção em sistemas elétricos de potência;

qualquer corpo com temperatura acima do zero absoluto (0K = -273,15

• ABNT NBR 15866:2010 – Ensaio não destrutivo –

°C) emite uma radiação infravermelha, porém, o olho humano só pode

Termografia – Metodologia de avaliação de temperatura de

ver uma pequena parte do espectro eletromagnético, que se localiza

trabalho de equipamentos em sistemas elétricos;


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

48

Figura 1 – Espectro eletromagnético.

• ABNT NBR 15718:2009 – Ensaio não destrutivo –

Electrical Systems & Rotating Equipment;

Termografia – Guia para verificação de termovisores.

• Entre outras do International Training Center (ITC).

Ainda devem ser consideradas as práticas reconhecidas

internacionais como: • Infraspection Institute – Standard for Infrared Inspection of

A norma ABNT NBR 15572:13, na sua revisão mais atual,

define e qualifica os envolvidos na inspeção termográfica, onde no item 5 – responsabilidades de pessoas, descreve:


Apoio

49


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

50

• Inspetor termografista – pessoa responsável pela realização

Análise Termográfica

da inspeção e que tem conhecimentos dos equipamentos a

Equipamento:

serem inspecionados; que é capaz de executar e interpretar os

Disjuntor Tripolar - In=30A

Fabricante:

resultados; conhece a operação do termovisor; e obedece as

Problema Encontrado:

práticas e normas de segurança (NR 10) e da empresa. • Assistente qualificado – pessoa que tem conhecimento sobre a operação do equipamento a ser inspecionado e sobre os requisitos de segurança da NR 10.

Elevação da temperatura na fase B do disjuntor

Emissividade = 0,95

Emissividade = 0,21

Temp. Fase B = 43,3ºC

Temp. Fase B = 82,9ºC

• Usuário final – pessoa que assume a responsabilidade por consequências provenientes de ações tomadas, ou não, como os resultados obtidos da inspeção e designe um assistente qualificado para acompanhar o termografista.

Como citado, para execução de uma inspeção termográfica,

deve-se seguir procedimentos e conhecer as teorias nas quais serão baseadas para a produção do relatório final, dentre elas estão: • Conhecimentos básicos para a realização da inspeção; Prioridade da intervenção

• Tipos de termografia; • Requisitos e formação – A equipe deve ser formada por

Medidas corretivas na próxima manutenção periódica

profissionais com treinamentos específicos e reconhecimento formal por um organismo de certificações (item 4, ABNT NBR 15572:2013). Além disso, os profissionais envolvidos deverão possuir treinamento em NR 10 Básico e SEP, conforme

4

Prioridade da intervenção

1

Medidas corretivas necessárias imediatamente

Figura 2 – Exemplo de análise termográfica, com valor incorreto de emissividade.

determina o Ministério do Trabalho e Emprego (TEM);

negro, à mesma temperatura e comprimento de onda. A

• Máxima Temperatura Admissível (MTA) – O objetivo da

emissividade varia entre 0 a 1 (ABNT NBR 15424:2006);

inspeção termográfica é a detecção de pontos quentes,

 transmissividade – porção de energia incidente

sobreaquecimento em equipamento que normalmente não

sobre um corpo, que é transmitida por este, em um

apresenta essa diferença de temperatura quando comparados

dado comprimento de onda. Para um corpo opaco, a

em condições de operação normal. Essas anomalias por

transmissividade é igual a 0. Materiais transparentes

aquecimento são geradas por diversos motivos, dentre

possuem valores de transmissividade entre 0 e 1 (ABNT

eles conexões mal fixadas, curtos-circuitos, sobrecargas

NBR 15424:2006);

e desequilíbrios. Como já citado, o termografista deverá

 reflexibilidade – porção de energia incidente sobre uma

ter o conhecimento da temperatura máxima sob a qual o

superfície, que é refletida por esta, em dado comprimento

equipamento a ser inspecionado pode funcionar sem causar

de onda. Para um espelho perfeito, a refletividade é 1,0 e

nenhum transtorno ao próprio equipamento, e do sistema

para um corpo negro é 0 (ABNT NBR 15424:2006);

elétrico em que esse equipamento está operando. Para essas

 temperatura ambiente – temperatura do meio

informações é preciso, além de conhecer as normas brasileiras

circundante ao objeto (ABNT NBR 15424:2006);

e internacionais, consultar os manuais dos equipamentos;

 umidade do ar;

• Fatores que afetam a medição:

 clima.

 distância;

 foco;

da utilização do valor correto da emissividade. A seguir, está um

 faixa de temperatura (Range);

exemplo de utilização da emissividade incorreta. Observa-se que,

 emissividade – parâmetro adimensional que estabelece

na utilização da emissividade igual a 0,21, houve uma elevação da

a relação entre a quantidade de energia irradiada por

temperatura de aproximadamente 40 °C, modificando a análise e,

um corpo em estudo e a que seria emitida por um corpo

consequentemente, um erro na ação corretiva.

Dentre esses fatores, o item que se destaca é a importância


Apoio

51

• Procedimento do trabalho – De acordo com a ABNT NBR

entre o termovisor e o ponto a ser inspecionado,

15572:2013, item 9, em que descreve diversos procedimentos

entre outros;

para serem seguidos pelo envolvidos na inspeção, podemos

 Práticas de segurança: observar EPI e zona livre

citar:

para posicionamento do termografista, realizar uma inspeção visual verificando possíveis anomalias.

 Preparação dos equipamentos e materiais: câmera termográfica calibrada, termo-higroanômetro

• Grau de intervenção – A revisão mais recente da

calibrado, alicate amperímetro, entre outros;

ABNT NBR 15572:2013 menciona que: “a avaliação

 Práticas para inspeção: designação de assistente

da severidade da anomalia térmica deve ser realizada

qualificado pelo usuário final, informações sobre

seguindo os critérios próprios do usuário final,

a instalação (por exemplo: zonas de riscos e

requisitos normativos, quando eventualmente adotados,

controlada); efetuar os ajustes nos equipamentos

ou recomendações do fabricante”. Para a análise

(emissidade), observação do ângulo de inspeção

termográfica nos baseamos no critério retirado da Standard for Infrared Inspection of Electrical Systems & Rotating Equipment:

Tabela 1 – Critérios para avaliação da severidade da anomalia térmica Prioridade

Delta T

4

1 °C a 10 °C

Ação recomendada

Além disso, a norma ABNT NBR 15866:2010 descreve que

uma anomalia pode ser referenciada em relação a: Medidas corretivas devem ser tomadas no próximo período de manutenção

3

>10 °C a 20 °C Medidas corretivas com agendamento

2

>20 °C a 40 °C Medidas corretivas assim que possível

1

>40 °C

Medidas corretivas imediatas

Fonte: Standard for Infrared Inspection of Electrical Systems & Rotating Equipment.

i – um valor estabelecido pelo fabricante nas condições nominais (MTA); ii – um elemento similar adjacente (DELTA T); iii – um valor estabelecido pelo usuário final com base no histórico operacional;


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

52

Tabela 2 – Uso e definição do grau de prioridade Prioridade

Delta T

4

5ºC até 10ºC

MTA

Ação recomendada

> 60% da temperatura

Medidas corretivas devem ser tomadas na próxima manutenção periódica. As

máxima até 70%

temperaturas obtidas e as condições de serviço do equipamento não colocam

> 70% da temperatura

Medidas corretivas necessárias. As temperaturas obtidas e as condições de

máxima até 80%

serviço do equipamento já recomendam alguma atenção.

em risco a instalação. 3

>10ºC até 20ºC

2

> 20ºC até 40ºC

1

>40ºC

> 80% da temperatura máxima até 100%

Medidas corretivas necessárias o mais rápido possível. As temperaturas obtidas e as condições de serviço do equipamento colocam sérios riscos de incidente a um curto prazo.

> temperatura

Medidas corretivas necessárias imediatamente. As temperaturas obtidas e o

máxima

estado do equipamento indicam risco a qualquer momento.

iv – critérios definidos pelo responsável técnico da análise

condutores;

termográfica.

– Cabos enrolados; – Cabos próximos a fontes de calor intensas;

Com base nas experiências de vários trabalhos desenvolvidos

– Esteiras com cabos muito próximos uns dos outros;

na área para a análise de uma anomalia e seguindo a referência

– Outros.

dos itens “a” e “b”, descritos anteriormente, foi desenvolvida uma

• Barramento

tabela para uso e definição do grau de prioridade.

– Ligações incorretas;

• Periodicidade – O intervalo da inspeção termográfica para

– Junções com materiais diferentes;

sistemas elétricos de AT e BT, recomendada pela ABNT NBR

– Uniões ou emendas com apertos insuficientes;

15763, é de seis meses, não devendo ultrapassar 18 meses, caso

– Barras subdimensionadas para as intensidades de

haja a impossibilidade de cumprir o período. Essa periodicidade

corrente;

pode ser reavaliada devido ao histórico, importância crítica

– Isoladores de apoio com defeito;

ao processo produtivo, segurança. E em linhas de transmissão,

– Outros.

distribuição, subestações com fator de carga inferior a 50%, e

• Régua de bornes

outro sistema com estudo de confiabilidade, esse período pode

– Apertos incorretos;

ser maior.

– Borne com defeito ou mal instalado; – Borne com seção diferente da do cabo instalado;

Anomalias mais comuns nas instalações elétricas

– Isolamento do cabo errado, aumentando a resistência de contato; – Zona de contato de material diferente do cabo

Existem diversas anomalias encontradas no sistema elétrico. As causas que podem originar os sobreaquecimentos mais usualmente detectados nas inspeções termográficas para os determinados equipamentos são:

condutor; – Outros. • Disjuntor de baixa tensão – Contatos internos com defeito; – Folga nos contatos;

• Cabo condutor

– Terminais ou ponteiras mal cravados;

– Secção reduzida para a intensidade de corrente;

– Subdimensionados, em relação à intensidade de

– Em circuitos trifásicos, intensidades de corrente

corrente;

distintas;

– Isolamento de cabos condutores na zona de contato

– Folga nas emendas e uniões;

dos respectivos bornes;

– Terminais e ponteiras mal cravados;

– Outros.

– Terminais e ponteiras, de secção e/ou de material

• Contatoras

diferente;

– Contatos internos com defeito;

– Cortes que reduzam ou debilitem a sua seção dos

– Ligações incorretas;


Apoio

53


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

54

Termograma e relatório simplificado de anomalias

– Terminais ou ponteiras mal cravados; – Bobinas de comando com excesso de temperatura; – Outros. • Fusível

Ao final da inspeção termográfica, deverá ser emitido ao

– Maxilas com pressão insuficiente ou mal encaixadas;

responsável da instalação ou contratante, que tem a responsabilidade

– Ligações incorretas e terminais mal cravados;

legal sobre a instalação, um relatório técnico das anomalias

– Fusíveis com intensidades de corrente superiores;

encontradas. Durante a inspeção poderão ser encontrados

– Base fusível com defeito;

equipamentos com recomendação de intervenção imediata, de

– Defeitos internos;

forma a evitar algum problema na instalação, e deverá ser emitido um

– Outros.

Relatório Simplificado de Termografia ao final da inspeção do dia,

• Transformador – baixa tensão

para que imediatamente o responsável possa acionar a manutenção

– Núcleos e enrolamentos com defeito;

corretiva nesses equipamentos. Esse relatório deverá conter os

– Isolamento deficiente nos enrolamentos;

pontos críticos a serem feitas as manutenções imediatamente, com a

– Bornes de ligação com folga ou com defeito;

descrição das anomalias encontradas, seu grau de criticidade, testes

– Outros.

e ensaios necessários para melhor entendimento das causas dessas

• Baterias de corrente contínua

anomalias. Segue exemplo na Figura 3.

– Ligações incorretas;

– Defeitos internos;

o formato da empresa contratada para execução, deverá ser de fácil

– Cabos/shunts com defeito;

consulta e conter as informações dos equipamentos examinados que

– Outros.

apresentaram sobreaquecimento. Este relatório deverá ser entregue à

• Circuito de terra

Já o Relatório Termográfico, além de ser uma apresentação com

pessoa responsável no prazo acertado, porém, devido à necessidade

– Ligações defeituosas;

de intervenção em alguns equipamentos, estima-se um prazo de

– Soldas incorretas;

aproximadamente 15 dias a contar da inspeção. Além disso, todo

– Cabos elétricos com problemas de isolamento e

o formato e análise deverão ser seguidos de acordo com a norma

consequentes passagens à massa;

ABNT NBR 15572:2013 – Ensaios não destrutivos – Termografia por

– Eletrodos de terras com valores de resistências elevados;

infravermelha – Guia para inspeção de equipamentos elétricos e

– Outros.

mecânicos.

• Motores

Custo do ensaio x custo da inspeção

– Aquecimento excessivo na carcaça exterior com origem no rotor ou estator; – Ligações com folgas;

– Escovas com desgaste acentuado, provocando um

(termografista, conforme ABNT NBR 15572:2013) e o assistente

sobreaquecimento;

qualificado, autorizado pelo usuário final, que possui conhecimento

– Rolamentos com sobreaquecimento;

sobre a operação e histórico do equipamento, bem como a sua

– Polias e correias com excesso de temperatura;

localização, além do auxílio para a abertura e fechamentos dos

– Outros.

equipamentos a serem termografados.

No local deverão estar presentes o inspetor de termografia

Relatório simplificado de termografia Equipamento: Condutor - Disjuntor Tripolar Grau de criticidade 1 - medidas corretivas necessárias imediatamente

Problema Encontrado: Elevação da temperatura na fase C Possíveis Causas Folga nas emendas e uniões; condutor subdimensionado, em relação á intensidade de corrente Figura 3 – Exemplo de Relatório Simplificado de Termografia.


55

O tempo de trabalho de uma

termografia é muito variável devido ao tipo e às condições da instalação. Antes da execução deverá ser realizada uma visita ao local, para que se possa estimar o tempo, os limites e quais equipamentos deverão

ser

inspecionados.

Assim,

no dia agendado, a equipe que fará a inspeção já estará preparada para a perfeita execução, tendo preparado todo o material que precisará para a execução. O tempo de execução da inspeção pode variar de 5 minutos a 15 minutos, dependendo das condições do equipamento e do local. Para a produção do relatório, etapa que demandará mais tempo do que a etapa de inspeção deverá ser realizada com apoio dos meios, como normas aplicáveis, software de inspeção, modelos preparados para análises dos termogramas, dentre outros específicos de cada empresa, estimamos um tempo de cerca de 30 minutos para cada equipamento.

Ao final desse artigo podemos dizer

que a técnica apresentada e utilizada amplamente no mercado e sua utilização se deve ao seu valor comprovado e

atestado

pelos

profissionais

que

já utilizam destes meios para gerar um aumento de qualidade nas suas avaliações

e

na

manutenção

das

instalações elétricas. As ferramentas e práticas ainda se encontram em desenvolvimento, o que pode gerar grandes expectativas para este tipo de ensaio e na qualidade da avaliação para todos os profissionais.

*Marcus Possi é engenheiro eletricista, consultor e diretor da Ecthos Consultoria. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Manutenção de transformadores

Apoio

56

Capítulo VII Ensaios de resistência de isolamento e de rigidez dielétrica Por Marcelo Paulino*

A avaliação do sistema isolante consiste em

características, constata-se que é bastante útil para

uma das principais ferramentas para determinar a

a verificação de curtos-circuitos francos, ficando a

condição operacional dos equipamentos elétricos.

identificação dos defeitos menos pronunciados a

Assim, este texto analisa os aspectos conceituais

cargo dos ensaios com tensão alternada, de tensão

referentes à medida da resistência do isolamento,

aplicada e tensão induzida.

os procedimentos para executá-la e avaliar os

resultados obtidos. Em relação às propriedades

utiliza-se um instrumento denominado megôhmetro

elétricas de um fluido refrigerante e isolante, o

ou, popularmente, megger (o que, na realidade, é a

texto abordará o ensaio de rigidez dielétrica do

marca de um fabricante). Os megôhmetros atuais são

óleo do transformador.

analógicos ou digitais (motorizados ou eletrônicos),

Para a medição da resistência de isolamento

mas, também, podem ser manuais (ou seja, com um

Ensaio de resistência de isolamento

"cambito" ou "manivela").

A resistência de isolamento é a medida da

dificuldade oferecida à passagem de corrente pelos materiais isolantes. Seus valores se alteram com a umidade e com a sujeira – alterações da capacitância do isolamento, da resistência total, das perdas superficiais e da temperatura do material – constituindo-se em uma boa indicação da deterioração dos equipamentos elétricos provocada por estas causas. O ensaio consiste em aplicar no isolamento uma tensão em corrente contínua, com valores entre 500 V e 10.000 V. Isso provocará a circulação de um fluxo pequeno de corrente.

Deve-se observar, entretanto, que as várias

normas sobre este assunto estabelecem que este ensaio não se constitui em critério para aprovação ou rejeição do equipamento. Pelas suas

Figura 1 – Megôhmetro digital.


Apoio

57

A corrente de deslocamento ou de carga capacitiva (IC) é

aquela que surge no instante inicial da energização e possui a mesma função que uma corrente de carga de um capacitor devido ao efeito capacitivo existente entre condutores ou entre condutor e a terra. Dependendo do tipo e da forma do material isolante. Note-se que ela assume o valor máximo quando da energização e decresce rapidamente a um valor desprezível depois que a isolação foi carregada eletricamente por completo.

A corrente de absorção (IA) é aquela responsável pela

polarização dos dipolos elétricos que constituem a massa do dielétrico. Em equipamentos de baixa capacitância, a corrente é Figura 2 – Megôhmetro manual.

alta pelos primeiros segundos e decresce vagarosamente a quase

A resistência resultante medida neste ensaio é a soma da

zero. Ao ensaiar equipamentos de alta capacitância ou isolação

resistência interna do condutor (valor pequeno) mais a resistência

com teor de umidade elevado e contaminada, não haverá

de isolação, que é dividida em três componentes (subcorrentes)

decréscimo na corrente de absorção por um longo período. Um

independentes:

exemplo prático desse fenômeno é o ressurgimento de tensão nos terminais de um capacitor quando se retira o curto empregado para

a) Corrente de deslocamento ou corrente de carga capacitiva (IC);

descarregá-lo. Em função deste aspecto, é necessário observar que

b) Corrente de absorção (IA); e

ela também assume o seu valor máximo próximo à energização

c) Corrente de dispersão ou corrente de fuga por meio do

e decresce a valor desprezível em um intervalo variável entre dez

dielétrico (IL).

minutos e várias horas.


Apoio

58

Manutenção de transformadores

A corrente de dispersão ou de fuga (IL), por meio do dielétrico,

em álcool e anotar qualquer irregularidade constatada;

flui pela superfície e pelo interior da massa do dielétrico, entre

• Cuidar para que os cabos do megôhmetro não toquem

condutores ou de um condutor para a terra e é de caráter

em outras partes do equipamento, ou se toquem, para evitar

irreversível. Constitui-se no componente mais importante na

alteração na medida da resistência do isolamento;

medição do ensaio de isolamento em corrente contínua quando

se deseja avaliar o estado em que se encontra o isolamento. Tal

equipamento utilizado;

corrente não varia com o tempo de aplicação de tensão e, nestas

• Deve-se nivelar o megôhmetro, nos casos de medidores com

condições, se houver alguma elevação de seu nível é indicativo

indicador de ponteiros;

que o isolamento pode vir a falhar. A Figura 3 mostra a corrente

• Nos megôhmetros manuais é necessário manter invariável a

total com seus três componentes definidas anteriormente.

rotação do cambito na especificada pelo fabricante, para que a

Ajustar

o

megôhmetro

segundo

especificações

do

tensão aplicada seja constante; Resistência de Isolação (em Megohms)

Corrente Total (IA+IC+IL)

• Deve-se sempre observar cuidadosamente o ponteiro do megôhmetro quando em operação. Se ele apresenta oscilação excessiva é provável que haja mau contato, fugas intermitentes pela superfície do cabo de ligação ou influência de circuitos energizados nas proximidades; • Antes de começar a medição, aciona-se o megôhmetro, sem executar qualquer contato entre os terminais e ajustar o

Corrente (em μΑ)

ponteiro no “infinito”, girando o botão de ajuste para tal fim; 0

Tempo (em segundos)

Figura 3 – Componentes de corrente no ensaio de resistência do isolamento DC (CIGRE Brasil, GT A2.05, 2013).

• Deve ser obtida a temperatura dos enrolamentos; • Selecionar a tensão para teste de acordo com o equipamento a ser testado, segundo proposto na Tabela 1. Tabela 1 – Tensões de teste conforme a tensão nominal

Procedimentos de teste

do equipamento

A seguir são descritos procedimentos como exemplos para

Tensão do equipamento (V)

realização do teste de resistência de isolamento. Entretanto, tais procedimentos devem ser adequados aos instrumentos de teste utilizados, obedecendo suas características de uso e aos equipamentos a serem testados. Assim, para o ensaio de resistência de isolamento:

Tensão de teste (V)

< 1.000

500

1.000 a 2.500

500 a 1.000

2.501 a 5.000

1.000 a 2.500

5.001 a 12.000

2.500 a 5.000

> 12.000

10.000

• Deverão ser obedecidos todos os procedimentos relativos às

• De forma que as leituras não sofram influências de

recomendações de segurança, segundo as especificações da

resistências em paralelo com a que se está avaliando,

instalação ou da empresa.

deve-se utilizar do cabo "GUARDA". Assim, os terminais do

• Desenergizar o transformador;

megôhmetro deve ser aplicado como mostrado na Tabela 2

• Desconectar os cabos externos. Os ensaios de resistência

(exemplo utilizando transformador de dois enrolamentos).

de isolamento devem ser executados com todos os cabos do

transformador desconectados das buchas, inclusive o cabo da

de resistência entre os enrolamentos de alta e baixa tensão.

A Figura 4 mostra um esquema de conexão para medida

bucha de neutro; • Caso não seja possível a desconexão dos cabos, deve-se

Tabela 2 – Conexões para teste em transformador de dois enrolamentos

proceder a anotação detalhada do esquema de teste com respectiva descrição; • Curto-circuitar os terminais das buchas de um mesmo enrolamento para obter uma melhor distribuição do potencial; • O tanque do transformador deve ser aterrado; • Inspecionar e limpar as buchas com pano seco ou embebido

Circuitos conectados aos terminais Resistência entre

Line

Guard

Earth

AT – BT

AT

Carcaça

BT

AT – CARCAÇA

AT

BT

Carcaça

BT – CARCAÇA

BT

AT

Carcaça


Apoio

59


Manutenção de transformadores

Apoio

60

Tabela 3 – Tabela orientativa para o diagnóstico com os índices IP e IA

• O resultado das medidas deve ser corrigido para a temperatura de referência.

Condições de isolamento

Índice de absorção (R1min/R30s)

Índice de absorção (R10min/R1min)

Pobre

< 1,0

< 1,0

Duvidoso

1,0 a 1,4

1,0 a 2,0

Aceitável

1,4 a 1,6

2,0 a 4,0

Bom

> 1,6

> 4,0

Basicamente, a degradação do isolamento pode ser avaliada

por meio de testes ao longo do tempo com o ensaio de resistência de isolamento em CC, e também determinada a condição do Figura 4 – Conexões para medida de AT-BT em transformadores de dois enrolamentos.

existência de uma falha grave no isolamento, como um curtocircuito franco, é evidenciada. Caso contrário, a avaliação deve ser

Critérios de avaliação

isolamento como um teste “passa ou não passa”. Neste caso, a

A avaliação é realizada pela comparação dos valores de

resistência de isolamento obtidos ao longo do ensaio, sendo

realizada pelo ensaio de perdas em corrente alternada, ensaios de tensão aplicada e tensão induzida.

realizadas medidas em intervalos de 30 segundos a 1 minuto, com duração total de geralmente dez minutos. Além da interpretação da curva mostrada na Figura 5, a condição do Índice de Polarização e Índice de Absorção apontarão o estado do isolamento. Assim, na curva da Figura 5, um crescimento contínuo na resistência indica boa isolação, em contrapartida, uma curva uniforme ou decrescente indica isolação degradada. A Tabela 3 mostra a orientação para o diagnóstico com os índices.

Considerações sobre resistência de isolamento

Ensaio de rigidez dielétrica

A rigidez dielétrica é o máximo valor de campo elétrico que

pode ser aplicado a um material dielétrico sem que este perca suas propriedades isolantes. De outra forma, pode-se afirmar que após um valor de tensão, designada por tensão de ruptura, o material isolante passa a conduzir corrente. Assim, define-se rigidez dielétrica como a capacidade de resistir à tensão sem que haja a citada descarga, conforme a distância entre os dois pontos de aplicação. Este valor é dado em V/m.

Os resultados obtidos no ensaio de resistência de isolamento

não podem ser considerados um critério exato de avaliação das condições do isolamento do transformador e de sua capacidade operativa. Entretanto, os valores medidos podem ser usados como uma orientação sobre o seu estado, baseando-se na avaliação do histórico do equipamento.

A rigidez dielétrica dos isolantes não é constante para

cada material, pois depende fundamentalmente da espessura do isolante, da pureza do material, do tempo e do método de aplicação da tensão, da frequência da tensão aplicada e do tipo de solicitação ao qual o sistema dielétrico é submetido, da

boa

temperatura, da umidade, dentre outros fatores ambientais.

isolação

O óleo apresenta alta rigidez dielétrica se possuir baixo teor de

agua e baixo teor de partículas contaminantes. Água e partículas sólidas em níveis elevados tendem a migrar para regiões de tensão

Resistência (em Megohms)

elétrica elevada e reduzir dramaticamente a rigidez dielétrica. Portanto, a rigidez dielétrica indica a presença de contaminantes.

isolação

Um baixo valor da rigidez dielétrica pode indicar que uma ou

quebrada

ambas estão presentes. Entretanto, uma alta rigidez dielétrica não 0

Tempo (em minutos)

10 minutos

Figura 5 – Comportamento típico de ensaio de Resistência do Isolamento (CIGRE Brasil, GT A2.05, 2013).

indica necessariamente a ausência de todos os contaminantes.

Como o teste é realizado obtendo-se o valor de tensão

na qual ocorre uma ruptura do fluido entre dois eletrodos posicionados no interior de uma cuba de material isolante


Apoio

61

em condições preestabelecidas, o resultado dependerá das condições em que o teste foi realizado.

Os procedimentos mais utilizados no Brasil incluem o uso

de eletrodos e respectivos espaçamentos em milímetros de formatos ASTM (ou ANSI ou ABNT) e VDE. A Figura 6 mostra a cuba de medidor de rigidez dielétrica com eletrodos VDE.

Independentemente do tipo de teste a ser executado,

é importante que a cuba e os eletrodos estejam bem limpos e secos antes do enchimento do óleo. A Tabela 4 mostra os valores recomendados para transformadores segundo a ABNT NBR IEC 60156.

Tabela 4 – Valores recomendado para transformadores (método ABNT NBR IEC 60156 - CIGRE Brasil, GT A2.05, 2013) Tensão

Valores limites

≤ 72,5 kV

≥ 40 kV

> 72,45 / ≤ 242 kV

≥ 50 kV

> 242 kV

≥ 60 kV

Referências • ALMEIDA, A. T. L.; PAULINO M. E. C. Manutenção de transformadores de potência. Curso de Especialização em Manutenção de Sistemas Elétricos – UNIFEI, 2012. • MILASCH, M. Manutenção de transformadores em líquido isolante. São Paulo: Edgard Blucher, 1984. • GT A2.05. Guia de manutenção para transformadores de potência. CIGRE Brasil – Grupo de Trabalho A2.05, 2013. * Marcelo Eduardo de Carvalho eletricista e especialista em elétricos pela Escola Federal (EFEI). Atualmente, é gerente |mecpaulino@yahoo.com.br.

Figura 6 – Cuba de medidor de rigidez dielétrica com eletrodos VDE.

Paulino é engenheiro manutenção de sistemas de Engenharia de Itajubá técnico da Adimarco

Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Aterramento do neutro

Apoio

62

Novo!

Capítulo I

Escolha do tipo de resistor de aterramento do neutro em sistemas elétricos industriais Paulo Fernandes Costa*

A aplicação de resistores de aterramento do

As dificuldades de identificação do local do

neutro em sistemas industriais, tanto de média

curto – associadas à probabilidade de ocorrerem

quanto de baixa tensão, é uma prática bastante

sobretensões transitórias nos sistemas com neutro

disseminada no Brasil, nos Estados Unidos, no

isolado flutuante – e a incidência de arco elétrico

Canadá, assim como em muitos outros países

e altas correntes de curto-circuito fase-terra nos

do mundo.

sistemas com neutro solidamente aterrado justificam

A larga aplicação dos resistores encontra

a grande aplicação, nos dias atuais, dos sistemas

justificativas no fato de que mais de 85% dos

elétricos industriais com neutro aterrado por meio

curtos-circuitos nos sistemas industriais ocorrem

de resistores, tanto em baixa tensão quanto em

de fase para terra, e grandes partes dos curtos entre

média tensão.

fases resultam da evolução de um primeiro curto

à terra, onde existe a formação de arco elétrico. A

mais importantes relativos à escolha do tipo de

evolução decorre da ionização do ar no entorno

resistor para aterramento do neutro nos sistemas

do arco, o que propicia as condições de sua

elétricos industriais. Servirá de alicerce para outros

evolução para curto entre fases. O fenômeno é

cinco artigos que se seguirão, abordando este

especialmente notório em sistemas com o neutro

importante tema.

Neste artigo trataremos dos aspectos conceituais

solidamente aterrado.

Tipos de resistores para aterramento do neutro

Outra razão importante para aplicação dos

resistores no aterramento do neutro consiste na sua habilidade de controlar sobretensões transitórias

Existem basicamente dois tipos de resistores

factíveis de ocorrerem em sistemas com neutro

para aterramento do neutro, a saber: resistores de

isolado flutuante, isto é, neutro sem conexão

alto valor ôhmico e resistor de baixo valor ôhmico.

à terra. Nestes sistemas, a corrente de falta à

terra é em geral de pequeno valor e de natureza

limitam a corrente de falta à terra a valores baixos,

essencialmente capacitiva.

menores que 10 A, e para cuja aplicação não é

Os resistores de alto valor ôhmico são aqueles que


Apoio

63

necessário o desligamento do sistema durante a primeira falta à terra,

comportamento do sistema se aproxima de sistema

devido ao baixo valor de corrente e à inexistência de probabilidade

com neutro isolado e, portanto, pode ser submetido a

de evolução da falta à terra para faltas entre fases (ausência de arco

sobretensões transitórias, características destes sistemas, que

elétrico). Somente é possível aplicar esta tecnologia em sistemas de

ocasionam em geral o rompimento da isolação de motores,

baixa tensão (tensões menores ou iguais a 1.000 V).

transformadores, cabos e outros componentes.

Em princípio, os resistores de baixo valor ôhmico são

b) Quanto menor o valor do resistor de aterramento

resistores que limitam a corrente a valores maiores que 10

e, consequentemente, maior a corrente limitada, o

A, sendo que, para sua aplicação, é necessário desligar o

comportamento do sistema se aproxima do sistema

sistema durante a falta à terra, devido aos danos que a corrente

solidamente aterrado e, portanto, pode ser submetido a

ocasiona e à probabilidade do curto evoluir para curto entre

arcos elétricos e destruição de componentes associados aos

fases (presença de arco elétrico). A aplicação típica destes

sistemas com neutro solidamente aterrado.

resistores é nos sistemas de média tensão (tensões maiores que

c) O primeiro critério de dimensionamento de qualquer

1 kV e menores ou iguais a 69 kV).

resistor para aterramento do neutro é, portanto, o de eliminar sobretensões transitórias, que é, na realidade, a condição de

Princípios que orientam a especificação dos resistores de aterramento do neutro

sobrevivência do sistema elétrico durante faltas à terra.

A especificação dos resistores apropriados para aterramento

em milhares de aplicações, consiste em dimensionar o resistor

do neutro passa pela compreensão dos seguintes aspectos:

d) O critério de eliminar sobretensões transitórias, já provado no neutro de forma que, durante a falta à terra, seja criada neste resistor uma corrente maior ou igual à corrente capacitiva

a)

Quanto

maior

consequentemente,

o

valor

menor

ôhmico a

do

corrente

resistor

e,

do sistema. A corrente capacitiva pode ser entendida como

limitada,

o

a corrente que circula nas capacitâncias do sistema durante


Aterramento do neutro

Apoio

64

uma falta à terra com o neutro isolado flutuante. A Figura

A tarefa de substituir ou embaralhar o pacote magnético é

1 a seguir mostra as duas correntes referidas. Na figura, RN

trabalhosa, demorada e de alto custo, devendo ser evitada.

é a resistência do neutro, XCO é a reatância capacitiva de

Ao mesmo tempo, a corrente de falta à terra não deve manter

sequência zero de cada fase do sistema para terra, 3ICO é a

arco elétrico no seu ponto de ocorrência, o que levaria à

corrente capacitiva, IR é a corrente no resistor, IF é a corrente

destruição de componentes ou de equipamentos e à possível

total de falta à terra, sendo a soma vetorial de IR e 3ICO. ELN é

evolução do curto fase-terra para curto entre fases. A presença

a tensão fase-neutro do sistema, devendo ser observado que

do arco elétrico, mesmo de pequena intensidade, nas

a corrente no resistor está em fase com a mesma e a corrente

ranhuras é o que provoca a destruição da chapa magnética,

capacitiva está noventa graus adiantada.

e a sua presença em conjuntos de manobra oferece riscos

Se o valor de RN foi dimensionado de tal forma que os módulos de IR e de 3ICO sejam iguais, então a corrente total no ponto de falta será igual a IF =

.

severos para pessoas e equipamentos. Com os conhecimentos atuais, podemos afirmar que, em baixa tensão (tensões menores ou iguais a 1.000 V), o

e) Outro conceito importante para aplicação de resistores

valor 10 A é o valor que atende aos quesitos anteriormente

no neutro está associado ao entendimento do valor máximo

estabelecidos, isto é, evita todos os inconvenientes apontados.

de corrente que pode circular durante uma falta à terra sem

Em média tensão (tensões maiores que 1 kV e menores ou

que seja necessário desligar o sistema. Esta corrente não

iguais a 69 kV), os limites de corrente para não se manter o

deve ocasionar danos nas chapas magnéticas dos motores,

arco são menores que 10 A. Por exemplo, para as tensões de

geradores e transformadores, que são partes essenciais

2.400 V, 4.160 V e 13.800 V, os valores de corrente para não

destes equipamentos. Danos em chapas magnéticas obrigam

se manter o arco são os indicados na Tabela 1. Observa-se

em geral à substituição de parte do pacote magnético ou ao

que quando se aplica resistor no neutro, estes valores

seu baralhamento para que seja reduzida a possibilidade de

correspondem ao valor da corrente final no ponto de falta

existência de pontos quentes no funcionamento pós-reparo.

(valor de IF na Figura 1). Reduzindo-se a tensão entre fases do sistema de média tensão, as distâncias de isolamento, principalmente em quadros de manobra, são também reduzidas, e o arco se mantém para correntes também menores. Até 13.800 V, a corrente fase-terra com arco é mantida para valores inferiores a 10 A, o que significa que este valor não pode ser utilizado como referência para não se desligar o sistema durante uma fase-terra em sistemas de média tensão. A “regra dos 10 A” não se aplica a sistemas de média tensão com tensão entre fases até 13.800 V. Para sistemas industriais com tensões entre fases maiores que 13.800 V, onde ainda são construídos conjuntos de manobra (24.000 V, 36.000 V, por exemplo), não existem ainda estudos práticos que permitam definir quais são os limites de corrente para o arco ser mantido. Tabela 1 – Valores da tensão e da corrente para não manter o arco Valor da tensão entre fases (média tensão)

Valor máximo da corrente faseterra para não se manter o arco

2.400 V

1,8 A

4160 V

4,6 A

13.800 V

7,4 A

f) Outro fator importante para dimensionamento do resistor é o conhecimento das correntes capacitivas do sistema que Figura 1 – Corrente capacitiva e no resistor.

definem o menor valor de corrente que pode circular no


Apoio

65


Aterramento do neutro

Apoio

66

resistor para controle das sobretensões transitórias. A Tabela

corrente em 3 A seria suficiente. Não é necessário especificar

2 mostra a ordem de grandeza destas correntes.

derivações (tapes) para tal resistor; isto encareceria a sua construção desnecessariamente. Para uma planta industrial

Como comentário dos valores da Tabela 2, observa-se que,

alimentada em 440 V, podemos padronizar todos os

em baixa tensão, os cabos isolados não possuem blindagem

resistores de aterramento do neutro limitando a corrente

e as suas capacitâncias são baixas, levando a altas reatâncias

em 3 A, sem utilizar derivações nos mesmos, reduzindo

capacitivas e baixas correntes capacitivas do sistema. Já na média

significativamente os custos do fornecimento.

tensão, os cabos são blindados, possuem alta capacitância, baixa

• No entanto, para os sistemas de média tensão, a corrente

reatância capacitiva e alta corrente capacitiva. A partir de 6.900 V,

capacitiva é maior e o arco se mantém para correntes baixas,

as correntes capacitivas variam muito com os comprimentos e

com alta probabilidade de evolução para curtos entre fases.

montantes dos cabos isolados, que, por sua vez, variam com a

Neste caso, é necessária a aplicação de resistores de baixo

potência do sistema. Dessa forma, não é possível estabelecer

valor ôhmico, limitando a corrente em valores superiores a

valores típicos da corrente capacitiva para sistemas de média

10 A, e não é possível manter a operação do sistema durante

tensão a partir de 6.900 V, devendo ser avaliada caso a caso.

uma falta à terra, sendo obrigatório o desligamento.

Na maioria dos sistemas industriais de média tensão de porte

• A aplicação de resistores de alto valor ôhmico somente é

elevado, as correntes capacitivas superam o valor de 10 A.

possível para sistemas de média tensão, em que a corrente

Quanto à corrente capacitiva adicional devida a conjuntos

capacitiva é muito pequena, permitindo aplicar um resistor,

de proteção de surto, observa-se que se trata dos conjuntos

no qual circule uma corrente que, somada vetorialmente

que são utilizados para proteção de transitórios rápidos em

com a corrente capacitiva, seja menor que os valores

máquinas rotativas (grandes motores de indução ou síncronos e

indicados na Tabela 1.

geradores), sendo que existe uma aplicação mais recente para

• Em sistemas de média tensão, uma vez definida a aplicação

proteção de transformadores secos.

de resistores de baixo valor ôhmico e, consequentemente, desligar o sistema durante uma falta à terra, a corrente

g) Se combinarmos os critérios de eliminação da sobretensão

escolhida para limitação, além de atender ao critério de ser

transitória com o de destruição das chapas magnéticas/

superior à corrente capacitiva, deve atender ainda a outro

manutenção do arco, podemos afirmar, diante dos dados

critério que é o de fornecer corrente suficiente para operação

anteriores, que:

segura da proteção de falta à terra.

• Nos sistemas de baixa tensão, a corrente capacitiva é de

• Até a entrada em operação dos relés digitais modernos, há mais

baixo valor inferior a 10 A, exigindo um resistor que limite a

de uma década, utilizavam-se relés de proteção eletromecânicos

corrente também a valores baixos para eliminar sobretensões

para proteção de falta à terra. Estes relés possuíam alto consumo,

transitórias. Além disso, nestes sistemas, o arco não se

não sendo possível utilizar transformadores de corrente toroidais

mantém para correntes inferiores a 10 A. Podemos, portanto,

de baixa relação de transformação para sua alimentação. A

aplicar resistores de alto valor ôhmico, não sendo necessário

solução era aumentar a corrente de falta à terra, o que possibilitava

desligar o sistema na ocorrência da primeira falta à terra.

também aumentar a relação dos TCs toroidais, aumentando sua

Por exemplo, para um transformador trifásico de 440 V, com

relação e, por conseguinte, sua potência.

5 MVA de potência nominal (já no extremo de potência para

• Até esta época, os valores de limitação eram bastante

aplicação de 440 V), a corrente capacitiva possui valor em

elevados, sendo padrão os valores de 400 A, 600 A, 800 A,

torno de 2,5 A. Um resistor de alto valor ôhmico que limite a

1.000 A e maiores.

Tabela 2 – Ordem de grandeza das correntes Tensão entre fases do sistema

Corrente capacitiva por 1.000 kVA de potência instalada

Corrente capacitiva adicional por conjunto de capacitor de surto típico utilizado

600 V

0,5 A

0,40 A (1 μF/ fase)

2.400 V

0,7 A

0,78 A (0.5μF/ fase)

4.160 V

1,0 A

1,35 A (0.5μF/ fase)

6.900 V

Não é possível fixar

2,25 A (0.5μF/ fase)

13.800 V

Não é possível fixar

2,25 A (0.25 μF/ fase)


Apoio

67

• Atualmente, a situação se modificou, os relés digitais

sistemas com resistor de baixo valor ôhmico. Como a rapidez

possuem baixíssimo consumo, permitindo utilizar TCs

da evolução depende do valor da corrente de arco, limitar

toroidais de baixa relação, com baixa potência. Com

o curto em valores mais baixos auxilia significativamente

esta solução, pode-se utilizar atualmente níveis de

no processo de evitar a referida evolução. Se o valor da

limitação reduzidos, desde que atendam aos quesitos de

corrente de limitação for elevado e a evolução ocorrer, por

dimensionamento estipulados anteriormente. Os valores

exemplo, dentro de um quadro de manobras, mesmo com o

mais utilizados na atualidade são: 25 A, geralmente, aplicado

desligamento rápido podem ocorrer paralisações necessárias

em sistemas de mineração e para sistemas industriais os

para limpeza dos isoladores e alguns reparos.

valores de 50 A, 100 A, 150 A, 200 A e 300 A.

Avaliação da corrente capacitiva

• Ao substituir um resistor de 400 A por outro de 50 A, com atendimento dos critérios de dimensionamento, a corrente

de falta à terra é reduzida oito vezes e os efeitos térmicos

depende fundamentalmente da avaliação da corrente capacitiva

A aplicação de resistores no neutro dos sistemas industriais

e dinâmicos que variam com o quadrado da corrente são

do sistema, como foi tratado anteriormente. Dependendo se o

reduzidos 64 vezes.

sistema é existente ou está em fase projeto, pode-se avaliar a

• Com a utilização de recursos modernos, como o emprego

corrente capacitiva das seguintes formas:

de relés digitais que permitem utilizar a seletividade

1)

lógica, e ainda com a aplicação de relés de sobrecorrente

elétrico, com as seções e comprimentos dos cabos de todos

associados a relés/sistemas de detecção de arco, recursos

alimentadores,

estes que permitem reduzir significativamente o tempo de

geradores e capacitores de surto (se existentes), pode-se

desligamento do sistema durante faltas à terra, é possível

proceder ao cálculo da corrente capacitiva.

evitar a evolução da falta à terra para faltas entres fases, em

2) Em sistemas elétricos existentes, em que não se dispõe

Dispondo-se

do

potências

projeto dos

detalhado

motores,

do

sistema

transformadores,


Aterramento do neutro

Apoio

68

Figura 2 – Teste direto para medição da corrente capacitiva.

do projeto detalhado, pode-se proceder ao teste direto para

baixo valor ôhmico. Uma vez definido o tipo de resistor é necessário

medição da corrente capacitiva (ver referência [4]). Para

especificá-lo para aquisição. Os critérios de especificação de ambos

segurança, o sistema elétrico deve ser desligado para montagem

os tipos serão fornecidos nos próximos artigos.

de uma fonte auxiliar que permite artificialmente deslocar o neutro e, dessa forma, provocar a circulação de uma corrente

Referências

de sequência zero por meio das capacitâncias do sistema. A

[1] BEEMAN, D. “Industrial Power System Handbook-First

Figura 2, diretamente extraída da referência anterior, mostra

Edition”, McGraw-Hill, 1955.

o esquema proposto que, se for utilizado na prática, deve ser

[2] COSTA, P. F. “Redução dos riscos proporcionados pelos arcos

atualizado em termos de proteção e tecnologia.

elétricos”, Eletricidade Moderna, dez. 2009.

A partir do teste, a corrente capacitiva do sistema pode ser

avaliada através da expressão seguinte (equação 1), em que IC é a corrente capacitiva do sistema a ser avaliada em Ampères, VFF é a tensão entre fases do sistema em Volts, Ia é a corrente que foi medida em Ampères, e V é a tensão aplicada no teste em Volts para fazer Ia circular.

[3] BAKER, D. S. “Charging Current Data for Guesswork-Free Design of High-Resistance Grounded Systems”. IEEE Transactions onIndustry Applications, v. IA-I 5, n. 2, mar./abr. 1979. [4] JR, B. B. “High-Resistance Grounding”, IEEE Transactions on Industry Applications, v. IA-19, n. 1, jan./fev. 1983. [5] Catálogos Técnicos: Limitador de Corrente de Falta à Terra com Alta Tecnologia via Resistores de Alto Valor Ôhmico em BT – Sistema Limiter Geração MC3 e Limitador de Corrente de

(Equação 1)

Falta à Terra Tradicional via Resistores de Alto Valor Ôhmico em BT. Sistema Limiter Geração MC4. Disponível em: <www.

3) Os equipamentos atuais de aterramento do neutro,

principalmente os resistores de alto valor ôhmico modernos, devem possuir este recurso de avaliação da corrente capacitiva

seniorequipamentos.com.br>. *Paulo Fernandes Costa é Engenheiro Eletricista e Msc pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor

disponível no mesmo, que pode ser utilizado a qualquer

aposentado dos cursos de engenharia elétrica da UFMG

momento, até pelo sistema supervisório e com o sistema em

e CEFET-MG e diretor da Senior Engenharia e Serviços

operação normal.

LTDA, Belo Horizonte-MG. É palestrante e autor de vários artigos na área de aterramento, proteção, segurança,

Conclusão

O artigo tratou dos aspectos conceituais mais importantes que

dizem respeito à escolha do tipo de resistor a ser aplicado no neutro dos sistemas elétricos industriais. Foi mostrado que em sistemas de baixa tensão aplica-se resistor de alto valor ôhmico, enquanto, na maioria dos sistemas de média tensão, deve ser aplicado resistor de

qualidade de energia e sistemas elétricos industriais em geral. Atua como consultor, bem como na área de desenvolvimento tecnológico, com experiência de mais de 40 anos. E-mail: pcosta@seniorengenharia.com.br. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

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70

Reportagem Por Bruno Moreira

O Setor ElĂŠtrico / Julho de 2014


71

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Canteiros precários Urgência faz com que empresas contratem profissionais não capacitados que ignoram as normas do setor. O resultado são instalações elétricas repletas de não conformidades e que colocam em risco a vida dos operários

Para a realização de obras da construção civil, sejam elas

o devido comprometimento com a qualidade e a segurança

edifícios comerciais e residenciais e plantas industriais, sejam

requeridas são encontrados com frequência nesse tipo de

grandes obras de infraestrutura, como usinas hidrelétricas,

construção. Sobre isso, o diretor técnico comercial da empresa

estradas, portos e aeroportos, é necessária a utilização de

JBLF Projetos Elétricos, Instalações e Consultoria, Joselito

grande variedade de materiais, como concreto, tijolos, cimento,

Boudoux, explica que a Norma Regulamentadora nº 10 (que

areia, ferro, aço, fibra de carbono, fibra de vidro, plástico e cal.

trata da segurança em instalações e serviços com eletricidade)

Mas não só isso. A fim de que a obra realmente saia do papel,

não traz termos que diferenciem uma instalação elétrica

torna-se imprescindível o emprego da energia elétrica. Será

definitiva, pertencente a uma residência, por exemplo, de uma

ela a responsável pela iluminação na área externa e interna

instalação provisória, típica de canteiro de obras.

do canteiro de obras, visando conforto e melhor qualidade

de trabalho para os operários. Será ela a responsável também

mesmos requisitos e condições mínimas na implementação

por acionar os diversos equipamentos elétricos – elevadores

de medidas de controle e sistemas preventivos, a fim de

para os operários se deslocarem até os andares mais altos

garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta

da construção, britadeiras, furadeiras, bombas de sucção,

ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços

betoneiras, esmerilhadeiras, motores, compressores e máquinas

com eletricidade. E não somente isso. Ambas as instalações

de solda – sem os quais a construção poderia até ocorrer, mas

devem respeitar ainda os mesmos requisitos de projeto e

em um ritmo muito mais lento.

montagem estabelecidos pela norma técnica de baixa tensão,

a ABNT NBR 5410.

Diante da importância da energia elétrica no canteiro de

obras, deve-se ficar atento também à qualidade da instalação montada neste tipo de local, já que ela alimentará os

Ou seja, para ambas as instalações devem-se obedecer aos

Principais

não conformidades

equipamentos elétricos ali presentes com o objetivo de que a obra progrida. O cuidado com a instalação elétrica se faz

necessário tendo em vista igualmente a segurança do operário.

adequada às normas existentes para o setor visando à

Qualquer montagem malfeita na instalação pode acarretar em

segurança dos trabalhadores, o que mais se vê em canteiros de

risco de acidentes fatais ao trabalhador.

obras são irregularidades. Joselito Boudoux elenca uma série

Ocorre que, na prática, não é incomum que instalações

de não conformidades vistas por ele em diversas instalações

em canteiros de obras, por se tratarem de construções

elétricas de canteiros de obras do país inteiro. Segundo ele,

temporárias, recebam tratamento inferior quando comparadas

um dos principais erros ocorridos diz respeito aos quadros

às instalações definitivas. Projetos elaborados às pressas e sem

elétricos. “Normalmente, são utilizados quadros elétricos

Não obstante a importância de uma instalação elétrica


72

Reportagem

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Principais não conformidades encontradas em instalações elétricas em canteiro de obras: 1 – Disjuntores superdimensionados; 2 – Quadros sem sinalização; 3 – Ausência de DR; 4 – Quadros sem diagramas unifilares; 5 – Excesso de condutores por borne do disjuntor; 6 – Padrão de cor não corresponde ao preconizado em norma; 7 – Quadro elétrico sem aterramento; 8 – Quadro elétrico danificado; 9 – Disjuntor sem fixação adequada; 10 – Condutores sem o devido acondicionamento; 11 – Quadro elétrico superdimensionado e sem proteção nos espaços em que não existem disjuntores,

facilitando assim a entrada de pequenos animais assim como o contato acidental com as partes energizadas;

12 – Ausência de quadro geral de distribuição (QGBT), redes aéreas e provenientes diretamente dos geradores; 13 – Ausência de projeto “as built”. Fonte: levantamento do diretor técnico/comercial da JBLF Projetos Elétricos, Instalações e Consultoria, Joselito Boudoux.

residenciais, que não são os mais indicados para obras, por

canteiros de obras. Conforme Boudoux, os eletricistas

não terem proteções adequadas”, destaca.

responsáveis costumam colocar a haste de aterramento e

Outro problema recorrente é a utilização inadequada do

ligá-la diretamente aos equipamentos, sem se preocupar

Disjuntor Diferencial Residual (DR), imprescindível para a

com a equipotencialização, por exemplo. Outro problema

proteção das pessoas contra choques elétricos, pois permite

diz respeito aos fios condutores, que não recebem isolação

desligar um circuito sempre que for detectada uma corrente de

e proteção apropriadas, como eletrodutos e eletrocalhas. “Os

fuga superior ao valor nominal. O dispositivo, que é obrigatório

fios costumam ficar todos expostos”, alerta o diretor técnico.

desde a versão de 1997 da ABNT NBR 5410, é muitas vezes

desconhecido por parte dos eletricistas responsáveis pelas

suas visitas e consultorias é composta também por problemas

instalações nos canteiros, que os utilizam apenas como

relacionados aos procedimentos visando à manutenção da

“enfeite no quadro”, sem ligação nenhuma com os condutores

instalação elétrica. Segundo o diretor técnico, um erro muito

de energia elétrica.

comum encontrado em canteiros de obra é a ausência de

Ainda relacionado à má utilização de dispositivos

bloqueio para que os quadros desenergizados não sofram uma

de proteção, Boudoux afirma ser corriqueiro nas obras o

reenergização acidental. Isso, se ocorrer, pode ser fatal.

superdimensionamento dos disjuntores. “Já vi casos de um

condutor de 6 mm ligado a um disjuntor de 100 A”, declara.

o engenheiro eletricista e diretor executivo da Associação

Ou seja, a fim de que o disjuntor não seja acionado sempre que

Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade

uma corrente exceder o limite de capacidade daquele condutor,

(Abracopel), Edson Martinho, estabelece uma diferença entre

os responsáveis pela instalação colocam um dispositivo com

os erros encontrados em canteiros de obras de maior e menor

uma capacidade bem superior. Tal conduta – que em um

porte. Para ele, em canteiros realizados por empresas grandes,

primeiro momento pode parecer benéfica, afinal a energia

há os problemas tradicionais, como condutores desencapados,

elétrica não será desligada a todo momento e portanto não

falta de dispositivos de proteção em alguns circuitos e

interromperá o funcionamento dos equipamentos e da obra

falta de condutor de proteção em equipamentos. “Mas em

– acaba por prejudicar a instalação. Assim, a sobrecorrente

canteiros menores, o descaso é enorme com fios sem proteção

não aciona o disjuntor, que foi desenvolvido para realizar o

passando pelo chão, pela água, betoneiras sem aterramento,

seccionamento apenas com correntes maiores e, ao longo do

fios pendurados, ausência de dispositivos como DR, tomadas

tempo, isso acarreta em superaquecimento do fio, posterior

danificadas ou improvisadas. É um caos”, assevera.

2

derretimento e até possível queima do equipamento conectado à instalação.

O condutor de proteção instalado de forma inadequada

é mais uma não conformidade muito encontrada nos

A lista de não conformidades encontradas por Boudoux em

Resumindo as não conformidades elencadas por Boudoux,

Pressa

e incompetência

Para Boudoux, todos os erros e gambiarras encontrados


73


74

Reportagem

O Setor Elétrico / Julho de 2014

nas instalações de canteiros são decorrentes da falta de um

grande montante de dinheiro para se adequar à norma, gasto

profissional adequado e competente para a realização de tal

que, segundo Boudoux, poderia ter sido minimizado, caso a

tarefa na obra. “De todos os canteiros que eu visitei, não

instalação tivesse sido projetada e executada inicialmente de

encontrei um que tivesse engenheiro eletricista responsável

acordo com as normas NR 10 e ABNT NBR 5410.

pelo projeto e execução da instalação. Normalmente, o

Lado a lado com o custo da obra, o que leva as

responsável é o engenheiro civil, mesmo em obras grandes e

construtoras a não investirem em profissionais adequados é

de infraestrutura”, diz o diretor.

o que o diretor técnico comercial da JBLF chama de urgência.

Se o problema relacionado às não conformidades das

“A grande questão em um canteiro de obras é a urgência. Há

instalações elétricas pode estar na qualificação dos responsáveis

a obrigatoriedade e a necessidade de se fazer um projeto de

por tais instalações, por que não resolvê-lo contratando uma

instalação antes da sua execução, mas os responsáveis pela

equipe ciente do que pedem as normas da área e com mais

obra não fazem e vão direto à execução”, explica Boudoux.

condições para colocá-las em prática? Tal resposta pode estar

Isso acontece muito em razão da pressa, o que faz também que

no custo que tais profissionais acarretariam à obra, que nem

eles não contratem profissionais capacitados.

sempre é pequeno.

A pressa interfere também no andamento do próprio

Boudoux conta que sua empresa foi chamada para fazer

trabalho do profissional responsável pela execução da

orçamento da instalação elétrica do canteiro de obras de

instalação, que, muitas vezes, até quer agir de acordo com

uma das arenas da Copa do Mundo e que não houve negócio

as normas, mas não consegue devido à pressão da empresa

justamente pelo preço, considerado muito alto em se tratando

contratante por resultados mais rápidos. Boudoux conta que

de uma instalação elétrica para canteiro de obra. De acordo

os eletricistas acabam não tendo respaldo da diretoria, que

com o diretor técnico, a empresa responsável pela obra acabou

pensam apenas nos resultados e não se interessam por saber

optando por uma equipe de eletricistas, sem qualificação

como será feito. “Eles querem que funcione e rápido, e, por

técnica e sem discernimento das normas. “Ficamos sabendo há

isso, não tomam os cuidados necessário”, diz. Neste sentido,

pouco tempo que um dos eletricistas tomou um choque porque

vê-se muita emenda de fio, cabos expostos, aterramento

a instalação do condutor de proteção foi feita de maneira

malfeito, etc.

inadequada”, conta Boudoux, salientando que o trabalhador

não chegou ao óbito.

se tornou até um nicho de mercado. “A nossa empresa, por

A saída encontrada para se ter uma obra mais barata

exemplo, especializou-se em corrigir instalações elétricas

pode acabar saindo mais caro, não apenas para a saúde

em canteiro de obras”, diz o diretor, contando que em suas

dos trabalhadores envolvidos, mas também para o próprio

consultorias consegue ajudar os responsáveis pelas instalações

orçamento da obra. O diretor relata que em certa ocasião foi

orientando-os a elaborar o Prontuário das Instalações

contratado por uma grande empresa para fazer um laudo a

Elétricas. O documento, que é pedido pela NR 10, deve conter,

respeito da instalação elétrica de um canteiro de obras. A ideia

entre outras informações, a apresentação de todos os projetos

era verificar se a instalação estava de acordo com as normas

e diagramas unifilares atualizados; a apresentação de todos

do setor. Foram, então, verificadas muitas irregularidades e

os programas de trabalho; e a lista de não conformidades

o canteiro, que estava a poucos dias de ser desmontado em

existentes na instalação.

razão do final da obra, teve que ser refeito.

Ante as inconformidades, a empresa responsável pela

os funcionários do Ministério do Trabalho em uma possível

obra teve que refazer toda a sua instalação, dispendendo um

fiscalização possam ser avisados, pelo prontuário, de que os

T abela

Segundo Boudoux, a situação é tão corriqueira que já

A elaboração do prontuário é imprescindível até para que

sobre acidentes em canteiro de obras de

Sem

2008

a

2012

afastamento

Afastamento até 15 dias

Afastamento maior que 15dias

Incapacidade Permanente

Óbitos

TOTAL

2008

7.871

21.385

23.988

1.117

384

54.745

2009

7.679

23.679

24.749

1.316

407

57.830

2010

7.145

25.667

23.526

1.288

456

58.082

2011

8.075

26.908

25.850

1.486

492

62.811

2012

9.665

27.363

26.175

1.448

450

65.101

Total

40.435

125.002

124.288

6.655

2.189

298.569

Média

8.087

25.000

24.858

1.331

438

59.714


75

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Não

conformidades encontradas em canteiros de obras

Ponta do captor do para-raio solta.

responsáveis pela obra estão cientes de algum problema e que

já estão tomando as atitudes necessárias para saná-lo.

acordo com Seidler, é a contratação de mais auditores fiscais

A principal punição imposta pelo MTE é a multa. No caso

do trabalho. O funcionário do MTE lembra que os poucos

de risco iminente de lesões ou adoecimento grave, o MTE

concursos públicos dos últimos dez anos ocuparam menos

pode embargar a obra ou interditar máquinas e equipamentos,

vagas do que as aposentadorias do período e, antes disso, a

paralisando as atividades até que a situação seja adequada.

inspeção havia ficado vários anos sem concursos. “Apesar

Essa medida não é considerada punição, mas sim uma medida

dos recursos tecnológicos e de informática, que aumentam a

de proteção dos trabalhadores. A responsabilidade é sempre

produtividade, a inspeção em segurança e saúde jamais pode

do empregador, o dono da obra. Os responsáveis técnicos

prescindir da etapa presencial, na qual se verifica a realidade

pela obra e os profissionais de segurança e saúde no trabalho

das condições do trabalho em um ou mais dias normais de

podem ser responsabilizados em determinadas situações,

produção. Portanto, o déficit de Auditores Fiscais do Trabalho

mas isso só acontece na Justiça. As medidas administrativas

é muito significativo”, diz o funcionário do MTE.

como multas, notificações, embargos e interdições são sempre

Seidler admite as limitações do MTE e afirma que,

impostas exclusivamente ao empregador, que é o responsável

apesar de a construção ser uma das prioridades e receber

por arcar com os riscos da atividade e, portanto, responsável

atenção especial do ministério, boa parte das obras fica sem

por garantir ambiente e processos de trabalho seguros e

fiscalização. Contudo, segundo ele, é preciso levar em conta

saudáveis.

que em nenhum país do mundo a inspeção do trabalho fiscaliza

Boudoux alerta também para o baixo índice de fiscalização,

todas as obras. “É muito importante que fique entendido que

resultante, segundo ele, do efetivo insuficiente do Ministério

o cumprimento de requisitos de segurança e saúde no trabalho

do Trabalho para a realização de tal função. Situação,

não pode e não deve depender da fiscalização”, diz o chefe do

que, de acordo com o chefe do Serviço de Planejamento e

Serviço de Planejamento e Acompanhamento de Projetos.

Acompanhamento de Projetos do Ministério do Trabalho,

Jeferson Seidler, é muito preocupante. O Ministério tem

mudar essa cultura.

atualmente 2.767 auditores em atividade para atender a todo o

condições de segurança é o dono da obra, da fábrica, da loja,

país, número inferior ao que tinha na década de 1980, quando

do escritório, em qualquer atividade. “A fiscalização deveria

a população e a economia eram bem menores. Além disso,

servir para fazer ajustes e melhorar a qualidade da gestão dos

desse montante nem todos se dedicam à inspeção de normas

riscos”, argumenta, exortando toda a sociedade a fazer um

de segurança e saúde no trabalho.

esforço, visando “uma verdadeira mudança de cultura para

reduzir essa absurda quantidade de mortes e lesões graves no

Mesmo assim, segundo Seidler, nos últimos cinco anos, o

No entanto, a medida mais importante e necessária, de

De acordo com o funcionário do ministério, é preciso Para ele, o grande responsável pelas

MTE inspecionou em média 32 mil canteiros de obra por ano.

trabalho”.

Além disso, foi criado o Grupo Móvel de Auditorias em Obras

de Infraestrutura (GMAI), exclusivo para inspecionar obras

JBLF, para quem uma das formas de melhorar a qualidade

como ferrovias, rodovias, hidrelétricas, termelétricas, linhas

das instalações elétricas existentes nos canteiros de obras

de transmissão, etc. “Com isso, alcançamos grandes obras

seria a reeducação e a conscientização de todos os envolvidos.

que não conseguíamos inspecionar adequadamente antes da

“Deveria ser quebrado um paradigma no Brasil. Porque eles

criação do grupo”, explica.

veem que dá certo desse jeito e continuam fazendo”, afirma.

Do mesmo modo pensa o diretor técnico e comercial da


76

Reportagem

O Setor Elétrico / Julho de 2014

N ão

conformidades encontradas em canteiros de obras

Espaços vazios sem proteção e disjuntor geral superdimensionado.

Boudoux chegou inclusive a elaborar um manual de canteiro de obras para os operários de uma grande construtora, a fim de que eles pudessem seguir os procedimentos assim como prescrevem as normas NBR 5410 e a NR 10. Boudoux conta que o documento foi distribuído para todos no canteiro, mas que, em uma visita posterior ao canteiro, verificou-se que os procedimentos não haviam mudado e que os operários não seguiram o manual.

Falta

de atenção

A pressa por parte das empresas construtoras e a incompetência dos operários foram apontadas por Boudoux como as principais razões que levam à execução de instalações elétricas repletas de não conformidades e, consequentemente, a acidentes elétricos envolvendo os trabalhadores em canteiros de obras. Contudo, se se levar em conta o ambiente do canteiro

N ão

conformidades encontradas em canteiros de obras

DRs instalados de maneira inadequada e, mesmo assim, desligados. Além disso, o disjuntor foi superdimensionado, com capacidade de 200 A, quando o cabo é de 68 A.


77

O Setor Elétrico / Julho de 2014

de obra de um modo geral, o grande vilão pode ser outro: a

setembro deste ano. “E estamos programando outras fases

falta de atenção do operário. Pelo menos foi o que apontou

que devem acontecer a cada dois anos”, afirmou, salientando

pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores da

que as novas etapas servirão para verificar se a percepção dos

Construção Civil de São Paulo (Sintrancon-SP) e realizada

trabalhadores continua a mesma, mas também para enriquecer

pelo Instituto de Ensino e Cultura (IEC) no ano de 2009 junto

o levantamento com novas informações.

a 659 operários. No levantamento realizado em 2009, os operários entrevistados afirmaram que aproximadamente 74% dos acidentes ocorridos durante a obra têm como causa a falta de atenção do trabalhador. Na época da apresentação do estudo, o presidente do Sintracon-SP, Antonio de Souza Ramalho, declarou que ainda era preciso investigar o que ocasionava essa falta de atenção. Tal investigação foi feita, e o sindicato

Consumo

2009, a Organização Internacional de Saúde (OIT) divulgou um estudo afirmando que 20% dos acidentes de trabalho no mundo são ocasionados pela ingestão de bebidas alcóolicas e de drogas ilícitas. A pesquisa diz

principais. primeira

transporte. com

o

De

é

respeito

o

assola

Nunes, os trabalhadores horas

de

dentro

em todo o globo

um

também está pre­ sente nos can­

lares até o local da obra e

teiros de obras

já chegam fatigados. “Já

do Brasil.

começam o dia cansado

A afirmação

e esse cansaço gera falta

é

de atenção”, explica. A do celular, que pode atrapalhar bastante, por exemplo, se o operário estiver fazendo algum alturas

autoconfiança

exagerada por parte do trabalhador é o terceiro motivo. Ele acha que não precisa usar o equipamento, pois não acontecerá nada. Essa autossuficiência gera distração e por consequência acidentes. O quarto agente responsável pelos acidentes em canteiro de obras é o consumo de drogas, principalmente bebida alcoólica. O operário bebe na hora do almoço e volta para trabalhar, embriagado, displicente, e mais suscetível a acidentes.

A pesquisa é relativamente antiga, mas os números ainda

servem de parâmetro, até porque nenhum outro levantamento deste tipo foi realizado desde então pelo sindicato. Conforme o consultor Nunes, uma segunda etapa da pesquisa, nos mesmos moldes que a primeira, deve ocorrer entre agosto e

de

segurança

do

Sindicato

da

Indústria

da

Construção

Civil do Oeste do

elevadas. A

corroborada

pe­lo engenheiro

segunda razão é o uso

em

diversos

t r a b a­l h a d o r e s

ônibus no trajeto de seus

serviço

entre­

tan­to, o mal que

Sintracon-SP, Francisco demorar

um mais

amplo,

da

costumam

a

universo

acordo

consultor

Dentre as razões motivadoras de acidentes em canteiro

de obras, o consumo de drogas merece um destaque. Em

chegou a quatro razões A

de drogas

Paraná

(SindusconOeste PR), Agnaldo Mantovani. Ele diz não possuir nenhum levantamento sobre acidentes em canteiro de obras envolvendo entorpecentes, mas que, por sua experiência na área e por investigações feitas, levando em conta a observação em campo, e mesmo depoimento de colegas, acaba chegando à conclusão de que o operário vitimado (às vezes fatalmente) estava embriagado na hora do acidente. “Já tirei fotografias com canteiros de obras abarrotados de garrafas vazias de pinga”, revela.

Para o engenheiro de segurança, o problema do consumo

de drogas em canteiros de obras se estabelece, em primeiro lugar, pelas próprias características estruturais de uma obra de construção civil. O ambiente é mais hostil que diversos outros


78

Reportagem

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Não

conformidades encontradas em canteiros de obras

Identificada fuga de tensão da ordem de 155V no quadro elétrico localizado ao lado do quadro elétrico dos chuveiros

locais de trabalho, segundo Mantovani. Um canteiro apresenta a parte de fundação, subsolo, locais com pouca iluminação, que facilitam o uso de drogas às escondidas.

durante o trabalho, o desfecho acaba sendo a demissão.

Fiscalização

e educação

Outro fator é o fácil acesso a determinados tipos de drogas.

“A pinga, por exemplo, é barata e fácil de comprar”, diz o

engenheiro do Sinduscon-Oeste PR. Deve-se levar em conta

falta de atenção e de consciência do operário em relação aos

também a dificuldade em se realizar o sistema de gestão. “Não é

cuidados que deve ter para não sofrer acidentes, o sindicato

fácil controlar. Em um canteiro de obras, por sua complexidade,

está ciente que contribuem para os acidentes no canteiro de

nem sempre se sabe onde está um operário”, destaca Mantovani.

obras também: a falta de educação voltada para a prevenção;

Por último, mas não menos importante, o engenheiro de

a falta de investimentos por parte do empresariado; e a falta

segurança destaca a falta de educação formal dos operários.

de fiscalização. Neste sentido, o sindicato realiza, em parceria

De acordo com Mantovani, normalmente, os trabalhadores do

com a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e o Ministério

canteiro de obras têm baixa escolaridade e desconhecem o mal

do Trabalho e Emprego (MTE), trabalhos com as empresas

que pode ocasionar o consumo de drogas em um ambiente

voltados para a fiscalização do canteiro de obras.

como o da construção civil.

Com o objetivo de diminuir o consumo de bebidas

cartazes, revistas e cartilhas educativas. “Todos os conteúdos

alcoólicas e outras drogas no canteiro de obras, o Sinduscon-

têm o objetivo de despertar a consciência das pessoas, não

Oeste PR realiza palestras específicas sobre o tema com

só do operário, mas de todos que estão envolvidos com esta

profissionais especializados. Costuma-se fazer os eventos na

atividade, a respeito da importância da segurança no trabalho”.

sede do sindicato mesmo, mas se for o desejo da empresa, o

Encontro e cursos de prevenção também são realizados com

Sinduscon também oferece este tipo de palestra diretamente

certa frequência. “Precisa ser in loco, na obra, porque só na

no canteiro de obras. O comparecimento dos operários é

teoria não resolve. É necessário mostrar para o operário tudo

sempre obrigatório.

aquilo que está sendo ensinado com ações práticas”, diz.

Além das palestras, o Sinduscon do Oeste do Paraná faz

De acordo com o consultor do Sintracon-SP, além da

No que se refere à esfera educacional, o sindicato investe em

Assim como a Sintracon-SP, a Abracopel costuma realizar

um trabalho regular de conscientização durante os programas

ações educativas em canteiro de obras visando à segurança dos

de treinamento admissionais e periódicos dos operários.

trabalhadores Segundo o engenheiro eletricista e diretor técnico

“Nestes treinamentos, temos um tópico em que abordamos a

da entidade, Edson Martinho, entre 2010 e 2011, a associação

proibição de álcool e outro tipo de droga no canteiro, assim

colocou em prática, em seus encontros periódicos, uma

como os males que tais drogas causam à saúde do usuário e

abordagem para a construção civil da NR 10, pois chegaram a

no seu desempenho profissional”, diz Mantovani.

um consenso que este tema era pouco tratado nestes ambientes.

Quando o caso é mais grave, por exemplo, e se percebe

Atualmente, a Abracopel está tentando um trabalho de

que o operário vem ingerindo drogas no ambiente de trabalho,

conscientização junto às distribuidoras de energia, haja visto,

a política do Sinduscon é conversar individualmente com

conforme Martinho, que muitos dos acidentes nas redes de

cada trabalhador. Conforme Mantovani, deve-se avisar o

energia têm sido causados por profissionais da construção,

Departamento de Recursos Humanos (RH), que tem como

como pedreiros e pintores. “No entanto, é provável que

procedimento habitual encaminhar o operário com problema

este projeto só seja implantado em 2015”, diz o engenheiro

para tratamento. Caso torne-se uma constante e, mesmo após

eletricista, ponderando que talvez um “piloto” seja feito ainda

ser advertido, o trabalhador continuar consumindo drogas

neste ano.


79

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Sobre a procura de empresas do ramo da

construção civil pelos cursos oferecidos pela Abracopel, Martinho declara que ela simplesmente não existe. “Nós nunca fomos procurados, mas creio que, como na maioria das empresas, estes temas sejam tratados apenas quando há algum acidente ou quando são realizadas as famosas Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipats)”, diz. O Sinduscon-SP também desenvolve ações fiscalizatórias e educacionais com os trabalhadores da construção civil. Além de palestras sobre o tema da segurança no trabalho, o sindicato realiza, dentro do Programa de Segurança e Saúde no Trabalho (PSST), visitas a canteiros de obras, com o intuito de inteirar os operários a respeito da Norma Regulamentadora (NR) 18, que trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

O vice-presidente de Relações Capital-

trabalho do Sinduscon-SP, Haruo Ishikawa, conta que são 11 técnicos de segurança que visitam canteiro de obras em todo o Estado de São Paulo, explicando em detalhes desde o primeiro até o último item da referida norma. Na visita, os técnicos ainda fazem um check-list de todas as atividades realizada no canteiro. É feito um diagnóstico e, se forem verificadas anomalias, chama-se o mestre de obras para que elas sejam corrigidas. Paralelamente, o Sinduscon-SP também realiza palestras sobre o tema.

Segundo Ishikawa, um dos empecilhos

visando

a

um

maior

controle

e

a

consequentemente melhoria do trabalho dos operários no canteiro de obras é a informalidade; obras que são realizadas por empresas que sequer possuem um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Dessa maneira, fica impossível verificar até se os trabalhadores estão capacitados para a realização das atividades no canteiro de obras e difícil cobrar também a fidelidade às normas. Os canteiros visitados pela equipe do Sinduscon, por exemplo, são normalmente de empresas associadas ao sindicato, todas regularizadas, detentoras de CNPJ.




Atmosferas explosivas

82

As tragédias não acontecem apenas com os outros Por Estellito Rangel Junior*

O Setor Elétrico / Julho de 2014


83

O Setor Elétrico / Julho de 2014

no setor de petróleo dos Estados Unidos

No futebol e na indústria

foi a explosão da refinaria Texas City, da Recentemente,

foram

British Petroleum, que causou a morte de

tomados por sentimentos de decepção e

15 pessoas, feriu mais de 200 e acarretou

incredulidade, quando nossa seleção de

um prejuízo de mais de US$ 1,5 bilhão

futebol foi implacavelmente goleada por 7 x 1

em 23 de março de 2005. Naquela data, a

na Copa do Mundo. Não só pelo alijamento de

unidade de isomerização da refinaria Texas

nossas pretensões de chegar a disputar a final

City preparava-se para voltar à operação

da Copa, mas pelo placar completamente fora

após um período de parada de manutenção,

de qualquer previsão mais pessimista, o jogo

e

foi marcado como uma verdadeira tragédia,

irregularidades como: instrumentos que

talvez até maior que a ocorrida na decisão da

mediam o nível de líquido da torre não

Copa de 1950, pois além daquele placar ter

operaram a contento; a sala de controle

sido modesto, na oportunidade estávamos

chegou a ficar apenas com um operador

disputando a final.

para cuidar de três unidades da refinaria, e a

Segundo

os

brasileiros

declarações

da

durante

este

processo

ocorreram

comissão

passagem de serviço do pessoal do turno foi

técnica, o problema foi apenas “os seis

feita de forma resumida, omitindo detalhes

minutos de apagão” (uma alusão às

de anormalidades e das ações realizadas

situações de pane no setor elétrico), mas

para normalização da planta.

uma análise mais cuidadosa aponta para

deficiências sutis e que há algum tempo

do Chemical Safety Board, que foi concluído

estavam presentes, porém como estavam

após dois anos de intenso trabalho, apontou

“camufladas” pelos resultados até então

dentre outros fatores que contribuíram

obtidos, passaram despercebidas.

para o acidente, os seguintes:

O relatório da Comissão de Investigação

Apesar de os jogadores brasileiros terem sido os protagonistas, eles não

- que a BP havia cortado investimentos

foram considerados os principais culpados,

destinados à segurança dos processos;

pois uma análise mais ampla passou a

- as refinarias americanas da BP não

considerar que a derrota deles ocorreu

cumpriam com as diretrizes de segurança;

bem antes dos “seis minutos de apagão”,

- a BP avaliava a segurança com base apenas

como consequência da superioridade da

nos acidentes com afastamento, e não em

preparação do time vencedor que, dentre

métricas específicas para a segurança dos

as várias particularidades, contou com uma

processos;

equipe de psicólogos que acompanhava

- os gerentes da refinaria não investigavam a

os jogadores desde as categorias de base,

fundo os acidentes;

objetivando

superar

- não havia uma análise de risco para definir

eventuais situações adversas e obter o

a locação de escritórios das contratadas

melhor desempenho da equipe. Uma

durante os serviços de manutenção na

estrutura

realidade

unidade (na ocasião havia cerca de 1.000

brasileira, em que a convocação de uma

contratados trabalhando na parada e

psicóloga foi feita às pressas, dias após o

a explosão varreu diversos containers-

time extravasar emoções de uma forma

escritório que estavam ao lado da unidade

considerada excessiva, que sem dúvida foi

de isomerização).

prepará-los

bem

para

diferente

da

um sinal de alarme.

Mas no que este exemplo de “tragédia”

Dessa forma, a tragédia da Texas City

no futebol pode contribuir com a segurança

não foi devida a um “apagão momentâneo”

em

de

instalações

elétricas

em

áreas

instrumentos

ou

operadores,

mas

classificadas?

consequência

Uma das maiores tragédias ocorridas

diversas diretrizes de segurança durante a

do

descumprimento

de


Atmosferas explosivas

84

O Setor Elétrico / Julho de 2014

operação da refinaria, ou voltando ao linguajar

todos os segmentos da administração e ser

do futebol, quando o “time estava ganhando”.

liderada pela alta gerência da empresa. A alta

gerência deve definir, documentar e endossar

Um paralelo entre as duas tragédias pode

ser traçado com relação aos protagonistas.

a sua política de segurança relacionada às

Na refinaria os operadores passam primeiro

instalações em atmosferas explosivas, da mesma

por um programa de treinamento, mas sem o apoio

forma com que conduz as políticas de qualidade

de uma política de segurança consistente, em pouco

e administração. Algumas não conformidades

tempo pode haver uma situação que propicie o

devidas a posturas gerenciais são:

aparecimento de uma cultura em que pequenas não conformidades passem a ser toleradas,

- Não conscientizar que as instalações em

subestimadas, e chegar ao ponto em que o mais

áreas classificadas estão em partes essenciais

experiente dos operadores fique sem condições

na produção;

de aplicar os procedimentos de segurança.

- Não destinar os recursos adequados para

a manutenção das instalações em áreas

Antes da Copa de 2014, quando foram

anunciados os jogadores brasileiros convocados,

classificadas.

a imprensa foi unânime em concordar que eram

A documentação inconsistente

os melhores. Porém, declarações que “seríamos campeões” e que “estávamos com uma mão na

taça” denunciavam que o ambiente emocional seria

informações sobre as áreas classificadas são

tenso. De forma similar ao ambiente industrial,

muito importantes, uma vez que a partir deles

mesmo os melhores jogadores não conseguem

são especificados os equipamentos especiais

produzir adequadamente se a ambiência e

para uso seguro.

o padrão de jogo definido pelo técnico não

oferecerem as condições para tal. Somando-se a

de áreas começa com a identificação das

isto os bons resultados obtidos com adversários

substâncias inflamáveis, pressões, vazões de

mais fracos pode ter havido o surgimento de uma

cada processo e é finalizado com a identificação

cultura de subestimação dos riscos, o que no

das áreas classificadas em Zonas (0, 1 e 2),

ambiente industrial leva às tragédias.

conforme as diretrizes da norma ABNT NBR

IEC 60079-10-1.

A análise das tragédias, tanto no ambiente

Os

documentos

que

fornecem

as

Podemos dizer que o estudo de classificação

industrial quanto no futebolístico, usualmente

aponta para causas bem anteriores ao fato, o

em plantas industriais que processam inflamáveis

que destaca a necessidade de um processo de

é a baixa confiabilidade dos desenhos de

gestão de segurança. No caso das indústrias

classificação de áreas, que comumente não passam

que processam inflamáveis, a Gestão de

de meras reproduções de figuras-exemplo de

Segurança tem a missão de promover o devido

normas americanas, em especial a API RP-505.

controle do risco de explosão, pois pode

bastar a primeira explosão para que o negócio

uma “norma”, a API RP -505 traz diversas figuras-

se encerre tamanhos os prejuízos materiais e

exemplo de forma genérica, sem especificar

pessoais daí decorrentes.

que substâncias, pressões ou vazões levaram

Uma constatação nas auditorias executadas

Por ser uma “prática recomendada” e não

As auditorias periódicas nos sistemas

às distâncias mostradas para aquelas áreas

de gestão de segurança das indústrias que

classificadas. Isto é devidamente explicitado em

processam inflamáveis ajudam a identificar

notas sob as figuras-exemplo, como “As distâncias

graves não conformidades, algumas das quais

dadas são para instalações típicas de petróleo:

são abordadas a seguir:

elas devem ser usadas com critério, considerando todos os fatores abordados no texto”.

A displicência na cultura de segurança

A gestão de segurança nas indústrias com

grandezas do processo real é que devem

atmosferas explosivas deve estar integrada com

definir até que distâncias das fontes de risco a

Fica claro que tais figuras não podem

ser mecanicamente copiadas, pois que as



Atmosferas explosivas

86

O Setor Elétrico / Julho de 2014

liberação possuirá uma concentração acima de seu LIE, considerando-se a ventilação local.

Desta forma, todos os desenhos de

classificação de áreas obtidos, por mera reprodução daquelas figuras, não possuem qualquer

credibilidade,

o

que

acarreta

problemas na especificação dos equipamentos elétricos e eletrônicos especiais e também nos procedimentos de segurança para execução de serviços naquelas regiões.

As auditorias realizadas em empresas da Figura 1 – Figura-exemplo da API RP-505, comumente copiada até mesmo em instalações fora da indústria de petróleo, o que denuncia uma classificação de áreas não confiável (dimensões em metros).

indústria do petróleo também têm apontado plantas de classificação de áreas que foram obtidas por reprodução de figuras da NFPA

de um plano de classificação de áreas é

497, outra “prática recomendada” que possui

considerada uma não conformidade grave em

por consulta a catálogos, como as conhecidas

em seu texto restrições à cópia de suas figuras.

empresas que processam inflamáveis.

séries “pense” e “perigo”. Porém, tais placas

Muitas empresas compram placas de alerta

seguem um leiaute americano, que não

Em seu item 5.7.1, ela alerta não ser aplicável às

A inexistência da sinalização

instalações de petróleo, e mesmo para estudos

atende às recomendações ISO de não haver textos nas placas de alerta, pois um símbolo

de classificação de áreas em unidades da indústria química, a NFPA 497 alerta, em 5.7.4, que suas

A NR 10 exige a liberação formal para

permite identificação mais rápida e pode ser

figuras não podem ser simplesmente copiadas.

execução de serviços em áreas classificadas

compreendido até por trabalhadores que não

Deve ser enfatizado que não basta a

e sua sinalização, que é importante para

falam português.

apresentação dos desenhos de classificação

informar tanto aos empregados da planta

de áreas, pois o memorial descritivo – que

quanto aos prestadores de serviços, que

classificadas e mostra de forma clara e objetiva

contém todas as justificativas para as extensões

a região exige precauções especiais, como

a classificação da área, o grupo do gás e a

apontadas – é indispensável para consultas e

expresso em 10.4.2 da NR-10. Porém, a

classe de temperatura dos equipamentos Ex

futuras atualizações.

maioria das empresas ainda não sinaliza suas

permitidos para uso no local. Adicionalmente

A placa da Figura 2 é específica para áreas

Uma vez que a Norma Regulamentadora

áreas classificadas. O modelo de sinalização

pode ser acrescentado logo abaixo destas

10, do Ministério do Trabalho e Emprego, em

para áreas classificadas é adotado em diversas

informações o número do desenho de

seu item 10.1.2, chama implicitamente a norma

empresas brasileiras e está harmonizado com

classificação de áreas da região, facilitando a

ABNT NBR IEC 60079-10-1, a inexistência

as exigências ISO e ABNT está na Figura 2.

completa visualização.


87

O Setor Elétrico / Julho de 2014

exigência legal estabelecida pela NR 10.

trabalhador, porém, têm sido encontrados

Em áreas classificadas, as permissões de

casos onde eletricistas com “curso de NR

trabalho devem ser prioritariamente emitidas

10” (como é chamado o curso básico de

para equipamentos e sistemas desenergizados.

segurança em eletricidade com duração de

Situações especiais que exijam a execução

40h previsto na NR 10), executam serviços

do serviço com equipamentos energizados

Ex, o que caracteriza uma grave não

necessitam estar amparadas em procedimentos

conformidade.

escritos que definam a condição de ausência

de atmosfera explosiva, durante todo o tempo

para uso em áreas classificadas, além de

de execução do serviço, conforme item 10.9.5

possuírem compulsoriamente a certificação

Os equipamentos elétricos e eletrônicos

da NR 10.

de conformidade instituída pelo Inmetro,

Figura 2 – Placa de sinalização das áreas classificadas.

Cabe ressaltar que vários serviços não

necessitam ser corretamente instalados e

elétricos são realizados em áreas classificadas,

mantidos. E isto apenas é conseguido pelo

Todas as áreas classificadas da unidade

como pintura, solda, limpeza, e até mesmo

treinamento adequado dos executantes.

industrial devem estar devidamente sinalizadas,

corte de grama. Estes serviços muitas vezes

atendendo ao item 10.13.2 da NR 10, bem

são executados com ferramentas elétricas

autorizados a executar serviços em áreas

como à NR 26.

que produzem faíscas, e, portanto, tais riscos

classificadas os que tiverem recebido os

devem ser avaliados na permissão de trabalho.

devidos treinamentos técnicos, estiverem

formalmente

As intervenções informais

A exigência de permissão de trabalho

Dessa

forma,

apenas

autorizados

podem

e

ser

ostentem

formalizada para serviços em áreas classificadas

uma identificação que permita a qualquer

Uma irregularidade perigosa em unidades

é dada na NR 10 em seu item 10.9.5. Antes

momento a verificação da abrangência da

industriais que processam inflamáveis é a

da emissão das permissões de trabalho, uma

autorização.

execução de serviços em áreas classificadas

análise de risco deverá ser realizada, e as

sem qualquer procedimento ou permissão de

medidas de controle adequadas a cada situação

eletricista ser designado para executar

trabalho.

deverão estar descritas na permissão.

qualquer serviço de eletricidade, desde

Antes

da

NR

10, era

comum

o

trocar uma lâmpada do escritório até

Devemos enfatizar que os serviços em

A falta de capacitação

áreas classificadas devem ser realizados de

reparar o disjuntor de alta tensão. Como tal prática foi considerada responsável

acordo com as instruções escritas emitidas pelo empregador e apenas pelos executantes

O treinamento técnico dos empregados

por várias mortes e, portanto, inaceitável,

formalmente autorizados, mediante a emissão

que prestam serviços em áreas classificadas

a NR 10 estabeleceu a necessidade de

de uma permissão de trabalho. Esta é uma

é que embasa o escopo da autorização do

autorização formal, ou seja, de um grupo


Atmosferas explosivas

88

O Setor Elétrico / Julho de 2014

programa de gestão de segurança em áreas classificadas é necessária a coordenação de um profissional experiente, conhecedor não só das normas como também dos procedimentos de segurança e requisitos legais,

para

oferecer

um

relatório

abrangente e estabelecer um cronograma exequível de eliminação das pendências.

Conclusões

Todas as medidas para evitar tragédias

devem ser implantadas quando “o time está ganhando”, ou seja, agora. No ambiente Figura 3 – A falta de capacitação é responsável por não conformidades graves nas instalações Ex.

industrial com áreas classificadas, esperar para colocar tranca nas portas depois “da

de

dez

eletricistas, é

possível

cinco

Como a planta pode ter equipamentos

casa arrombada”, será tarde demais.

estarem autorizados a trabalhar apenas nas

Ex importados, o sistema de gestão de

instalações do escritório, dois no escritório

segurança em áreas classificadas deverá

das explosões ocorridas nos últimos anos

e nos painéis de distribuição, e três no

garantir que o setor de compras apenas

em indústrias que processavam inflamáveis,

escritório e nas instalações em áreas

faça aquisição de tais equipamentos Ex com

diversos países – incluindo o Brasil –

classificadas – tudo conforme a capacitação

o respectivo certificado de conformidade

estabeleceram

individual devidamente comprovada.

brasileiro, emitido por um Organismo de

aumentar a segurança das instalações e dos

certificação credenciado pelo Inmetro.

profissionais que desempenham serviços de

haver não conformidades na instalação,

importado,

eletricidade em áreas classificadas. Neste

pois o risco é de explosão. Assim, apenas

comprado apenas com o certificado do país

contexto cabe ao empregador implantar um

empregados devidamente treinados podem

de origem, é uma não conformidade legal

sistema de gestão de segurança que garanta

ser formalmente autorizados a intervir.

(por não atender à disposição do Inmetro)

aos trabalhadores – fixos e temporários –

Este é um requisito técnico e legal, já que

e também técnica, já que suas instruções

condições para execução segura de seus

a NR 10 estabeleceu em seu item 10.8.8.4

de segurança (se fornecidas) estarão em

serviços.

que apenas poderão ser autorizados para

outro idioma, acarretando possíveis não

executar serviços em áreas classificadas, os

conformidades na instalação.

um novo time pode ser convocado e o

Nas

áreas

classificadas

não

pode

Um

equipamento

Ex

trabalhadores que tiverem certificado de

Considerando as tristes consequências

exigências

legais

para

A tragédia no futebol pode ser suportada:

próximo campeonato pode ser ganho; já

A inexistência de auditorias periódicas

treinamento em instalações elétricas em atmosferas explosivas, ressaltando-se que o histórico de treinamento dos profissionais

na indústria, uma explosão pode acarretar o encerramento das atividades, e pôr fim a centenas de vidas.

deve estar relacionado no Prontuário da

Instalação Elétrica.

determinar se as atividades e os resultados

para as instalações em áreas classificadas

estão em conformidade com as disposições

por todos da organização, uma vez que o

administrativas planejadas. Além disso, avalia

risco é de explosão, que pode acarretar

se essas disposições estão implementadas

grandes prejuízos pessoais e materiais.

As compras ilegais

Tendo em vista que há risco de

A auditoria é um processo destinado a

É, então, imprescindível a conscientização

eficazmente e se estão apropriadas à

explosão que pode, inclusive, afetar as

realização

da

que está ganhando temos que mexer para

comunidades vizinhas, o Brasil instituiu a

organização. Dessa maneira, foi percebido

ele continuar ganhando; por outro lado, as

certificação de conformidade compulsória

que

executam

indústrias com áreas classificadas que não

para todos os equipamentos elétricos e

auditorias nas áreas classificadas são as que

registram ocorrências de explosão, têm que

eletrônicos destinados à instalação em

apresentam maiores e mais perigosas não

implementar a melhoria contínua em sua

áreas classificadas e a manteve hoje pela

conformidades.

gestão de segurança para que nunca ocorra

Portaria Inmetro 89/2012.

a primeira explosão.

as

da

política

empresas

que

e

objetivos não

Para execução de uma auditoria no

Já aprendemos que em time de futebol


89

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Referências [1]

NBR

IEC

60079-10-1,

Atmosferas

explosivas – Parte 10-1: Classificação de áreas – Atmosferas explosivas de gás. ABNT: 2009. 63 p. [2] NFPA 497, Recommended practice for the classification of flammable liquids, gases, or vapors and of hazardous (classified) locations for electrical installations in chemical process areas. NFPA: 2012. 70 p. [3] RANGEL JR., Estellito. Riscos devidos a práticas inadequadas de manutenção em áreas classificadas. II ESW Brasil – Seminário Internacional

de

Engenharia

Elétrica

na

Segurança do Trabalho. São Paulo, IEEE, 2005. [4] API RP 505, Recommended practice for classification of locations for electrical installations at petroleum facilities classified as Class I, Zone 0, Zone 1, and Zone 2. API: 2013. 154 p. [5] RANGEL JR., Estellito. “A gestão de segurança

nas

instalações

em

áreas

classificadas”. Revista O Setor Elétrico edição 21, out. 2007, p. 36-40. [6] Norma Regulamentadora 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Portaria MTE 598 de 07/12/2004. [7] TOMIYOSHI, Luiz. "Segurança em áreas classificadas". Revista Proteção, 2005. [8]

RANGEL

JR., Estellito. “Classification

of hazardous areas: Standard, theory and practice”. Ex Magazine ed. 42, Alemanha, p. 15-21, 2010. [9] Portaria INMETRO 89/2012, 23 de fevereiro de 2012, MDIC. [10] Investigation Report NO. 2005-04-I-TX. Refinery explosion and fire. U.S. Chemical Safety and Hazard Investigation Board, 2007. [11] RANGEL JR., Estellito. “Safety in electrical installations in petroleum industry”. I Petroleum And Chemical Industry Committee, México, 2013. *Estellito Rangel Junior é engenheiro eletricista e representante da ABNT no Technical Committee 31 da IEC – Atmosferas explosivas.




Pesquisa

92

Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Empresas de engenharia e de instalação sentem mercado desaquecido Com final da Copa do Mundo, projetos de infraestrutura devem sofrer baixa, o que vem desanimando setores da engenharia. Previsão de crescimento ainda continua alta, segundo a pesquisa publicada a seguir, mas desaceleração da economia é apontada como principal entrave a melhores resultados

O já finalizado Mundial de 2014 e as Olimpíadas,

tendo projetado crescimento de 12% para estes

Embora, as companhias indiquem um refreamento

que ainda estão por vir, sem dúvida, levantaram os

mercados em 2014. As companhias paulistas e do

da economia brasileira, as projeções não são tão

ânimos dos mercados de construção e da engenharia

Centro-oeste esperam incremento de 7% para este

ruins. Em média, as empresas consultadas esperam

de forma geral. Inúmeros projetos de infraestrutura,

mesmo segmento. A maior parte das entrevistadas,

crescimento de 15% para 2014.

por conta desses grandes eventos esportivos,

nas áreas de engenharia e de consultoria, apontam

aqueceram esses mercados e muitas empresas

a desaceleração da economia como um importante

GTD

apostaram fortemente nesses investimentos para

entrave ao sucesso dos negócios neste ano. A

ampliarem seus resultados. A receita funcionou por

mesma opinião é compartilhada pelas companhias

de poucos investimentos e consequentemente

algum tempo, mas, segundo a pesquisa feita pela

das áreas de instalação e manutenção e também

de baixo crescimento. Em abril de 2014, em

revista O Setor Elétrico com empresas de engenharia,

pelas prestadoras de serviço na área de Geração,

levantamento realizado pela Associação Brasileira

de instalação e de serviços para GTD, as expectativas

Transmissão e Distribuição de Energia (GTD).

da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) com seus

já não se mostram mais tão otimistas.

Em todos os mercados, identificou-se que as

associados, constatou-se que o faturamento do setor

De acordo com o levantamento, no tocante

pesquisadas são constituídas, em sua maioria, por

havia crescido 6% de 2013 para 2012. As projeções

à engenharia e consultoria, as empresas mais

empresas que faturam até R$ 3 milhões por ano.

feitas pelo diretor da área de GTD da associação,

otimistas estão nas regiões Norte e Nordeste,

As perspectivas de crescimento são bem distintas.

Newton Duarte era de que o acréscimo moderado

O segmento de GTD continua em uma situação


93

O Setor Elétrico / Julho de 2014

no faturamento se manteria entre o ano passado e o

último leilão, realizado no dia 9 de maio deste ano,

ano corrente.

foram arrematados 13 lotes, com empreendimentos

Na avaliação setorial para o primeiro

licitados que irão demandar investimento da ordem de

trimestre de 2014, a associação constatou que,

R$ 4,3 bilhões. E no setor de geração, ocorreu um

na comparação com o primeiro trimestre de

Leilão de Energia A-3, em 6 de junho, com início em de

2013, o faturamento real do setor de GTD variou

suprimento em 1º de janeiro de 2017, com contratos

negativamente em 2,4%. Conforme a associação,

que durarão 20 anos. Além disso, está previsto outro

o faturamento das indústrias da área sentiu

leilão, dessa vez A-5 para o dia 12 de setembro.

os reflexos da redução de equipamentos de

distribuição de energia, face a falta de recursos

a Abinee, apresenta uma situação muito mais difícil,

das distribuidoras para investimentos devido aos

como mostrado pelo IBGE, haja visto que a falta

aumentos de custos de energia para a distribuição.

de recursos das distribuidoras, ocasionadas pela

Esta redução dos equipamentos pode ser

Medida Provisória (MP) 579, continua prejudicando

constatada em pesquisa feita pelo Instituto

os investimentos, que continuam parados.

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

a respeito da produção física da indústria

traz informações de mercado separadas por

eletroeletrônica. Enquanto a produção física de

segmento – Engenharia, Instalação e GTD – para

geradores, transformadores e motores elétricos

facilitar a consulta.

Já o segmento de distribuição, de acordo com

A pesquisa, publicada na íntegra, a seguir,

cresceu 7,1% de maio de 2013 para maio de 2014 e 3,5%, levando em conta o período de

Análise do mercado brasileiro de

janeiro a maio dos respectivos anos, a fabricação

engenharia e consultoria

de equipamentos para distribuição e controle de energia constatou uma queda de 16% e 21,3% nos

Assim como na pesquisa realizada no ano

mesmos períodos comparados.

passado, baixa e média tensão são os principais

Analisando os números informados pelo IBGE,

segmentos de atuação indicados pelas empresas

a Abinee afirma que, dentro do setor de GTD, os

de engenharia e consultoria que participaram da

segmentos de geração e transmissão estão um pouco

pesquisa. Se, em 2013, 87% dos pesquisados

mais aquecidos, pois continuam contando com as

disseram trabalhar com baixa tensão e 81% com

encomendas decorrentes dos leilões realizados nos

média tensão, em 2014, este número cresceu para

últimos anos. Na área de transmissão por exemplo, no

89% e 86%, respectivamente

Áreas de atuação

Outras

22%

Telecomunicações

28% 31%

Instrumentação e controle Cabeamento estruturado

37% 41%

Alta tensão

49%

Automação Média tensão

86% 89%

Baixa tensão


Pesquisa

94

Empresas de engenharia e consultoria

Repetindo os dados levantados em 2012 e 2013, indústrias em geral (24%) e construtoras (20%) continuam sendo os principais clientes das empresas que participaram da pesquisa. Empresas de manutenção (7%) e fabricantes de produtos e equipamentos elétricos (8%) estão entre os clientes com menor participação nos negócios das empresas de engenharia. Principais clientes

do mercado brasileiro de engenharia e consultoria Tamanho anual do mercado de engenharia e consultoria em 2013 (SÃO PAULO) 15%

Até R$ 10 milhões

33%

8%

Acima de R$ 500 milhões

6%

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

7%

Opinião das empresas, por região, sobre o tamanho anual total

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

24%

Indústrias em geral

Empresas de manutenção 7%

12%

Outros

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

9% 15%

Concessionárias de energia elétrica

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

20%

11%

Construtoras

Instaladoras

17%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Tamanho anual do mercado de Engenharia e Consultoria no setor elétrico no ano passado (SUDESTE) 9%

16%

Até R$ 10 milhões

Outras empresas de engenharia

55%

Se a adesão à certificação ISO já se mostrava baixa na pesquisa de 2013, com somente 30% afirmando ter a ISO 9001 e 12% declarando ter a ISO 14001, os números da pesquisa deste ano são ainda mais alarmantes. Das empresas de engenharia e consultoria entrevistadas, apenas 19% disseram possuir o certificado ISO 9001 e 5% afirmaram ter o certificado ISO 14001.

Acima de R$ 500 milhões

5%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

2%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

7%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 10%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Certificados ISO

12%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

5%

ISO 14001 (ambiental)

Tamanho anual do mercado de Engenharia e Consultoria no setor elétrico no ano passado (SUL)

19%

ISO 9001 (qualidade)

9% 36%

Acima de R$ 500 milhões

Foi muito positiva a percepção das empresas entrevistadas a respeito do tamanho anual total do mercado de engenharia e consultoria em 2013. A maioria deles (37%) disse que o faturamento do mercado está acima de R$ 500 milhões e 26% afirmaram que as empresas do setor faturam entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões. Tamanho anual do mercado de engenharia e consultoria no setor elétrico em 2013

7%

37%

Acima de R$ 500 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

19%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

12%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

13%

8% 41%

Acima de R$ 500 milhões

14%

Os gráficos a seguir ilustram as percepções das empresas, por região, quanto ao faturamento total do mercado de engenharia e consultoria no país.

7%

11%

12%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Até R$ 10 milhões 11% De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

10%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Tamanho anual do mercado de Engenharia e Consultoria no setor elétrico no ano passado (NORTE E NORDESTE)

7%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

5%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

10%

Até R$ 10 milhões

Até R$ 10 milhões 9% De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 15%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

7%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões



Pesquisa

96

Empresas de engenharia e consultoria

Tamanho anual do mercado de Engenharia e Consultoria no setor elétrico no ano passado (CENTRO-OESTE)

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (SUDESTE)

8%

2%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

33%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

8%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Acima de R$ 500 milhões

O Setor Elétrico / Julho de 2014

2%

4%

Acima de R$ 100 milhões

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões 4%

34%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

17%

De R$ 100 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 18%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 61%

Até R$ 3 milhões

9%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

Assim como na pesquisa realizada há um ano, em todas as regiões, a maioria das empresas consultadas e que respondeu ao levantamento disse faturar até R$ 3 milhões.

Faturamento bruto anual (em milhões) das empresas de engenharia e consultoria – por região

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (SUL) 4%

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (SÃO PAULO) 2%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões De R$ 20 milhões 6% a R$ 50 milhões De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 6%

4%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

3%

Acima de R$ 200 milhões

4%

Acima de R$ 200 milhões

5%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões 11%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 7%

13%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 7%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

63%

Até R$ 3 milhões

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 9%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

56%

Até R$ 3 milhões



Pesquisa

98

Empresas de engenharia e consultoria

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (NORTE E NORDESTE) 4%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 20%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões 76%

Até R$ 3 milhões

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (CENTRO-OESTE) 18%

Acima de R$ 100 milhões 9%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

64%

9%

Até R$ 3 milhões

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

As empresas mais otimistas estão nas regiões Norte e Nordeste, Sul e Sudeste, que projetam um crescimento do mercado de 12%, 10% e 9% em 2014, respectivamente. Os menos otimistas são as companhias da região Centro-Oeste que estimam um crescimento de somente 7%. Previsão de crescimento do tamanho anual total do mercado para 2014 – por região

7% 7%

SÃO PAULO CENTRO-OESTE

9% 10%

SUDESTE SUL

12%

NORTE E NORDESTE

No que diz respeito ao crescimento das próprias empresas no ano corrente, as empresas de engenharia das regiões Norte e Nordeste, Sul e Centro-Oeste projetam crescimento de 18%. Já a região Sudeste e o Estado de São Paulo estimam um crescimento de 17% e 12%, respectivamente. Previsão de crescimento das empresas para 2014 – por região

12%

SÃO PAULO SUDESTE

17% 18% 18% 18%

CENTRO-OESTE SUL NORTE E NORDESTE


99

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Já em relação ao crescimento das empresas em 2013 comparado a 2012, os entrevistados disseram que cresceram em média 17,5%. Número bem superior à elevação de 11% de 2011 para 2012, conforme declararam as empresas entrevistadas na pesquisa do ano passado. Percentual de crescimento das empresas em 2013 comparado ao ano anterior

14%

SÃO PAULO CENTRO-OESTE

17% SUDESTE 18% SUL 19% NORTE E NORDESTE 20%

As opiniões ficaram bem divididas, mas, no geral, a desaceleração da economia brasileira, com 23%, e novos projetos de infraestrutura, com 17%, foram os fatores mais citados pelas empresas Fatores que justificam a previsão de crescimento (negativo ou positivo) para o mercado 2014 9% 10%

Programas de incentivo do governo

Outros

9%

Falta de normalização e/ou legislação

5%

Bom momento econômico do país

10%

Incentivos por força de legislação ou normalização 5%

23%

Crise internacional

Desaceleração da economia brasileira

17%

12%

Projetos de infraestrutura

Setor da construção civil desaquecido

Análise do mercado brasileiro de instaladoras Da mesma forma que as empresas de engenharia e consultorias, as instaladoras que participaram do levantamento afirmaram estar mais presentes nos segmentos de baixa (91%) e média tensão (83%). Áreas de atuação

91% Baixa tensão 83% Média tensão

46% Automação 43% Cabeamento estruturado 34% Alta tensão 32% Instrumentação e controle 28% Telecomunicações 20% Outras


Pesquisa

100

Empresas de instalação e manutenção

Os principais clientes apontados pelas empresas de instalação elétrica são as indústrias em geral (29%) e as construtoras (23%), seguidas pelas empresas de engenharia (18%). Principais clientes 8% 9%

Concessionárias de energia elétrica

Outros 13%

Empresas de manutenção 29%

Indústrias em geral

18%

Empresas de engenharia

23%

Construtoras

No que diz respeito à certificação ISO, enquanto 19% afirmaram possuir o certificado ISO 9001, de gestão de qualidade, outras 7% disseram ter o certificado ISO 14001, de gestão ambiental. Certificados ISO

7%

ISO 14001 (ambiental)

13%

ISO 9001 (qualidade)

A respeito do faturamento registrado por este setor no ano passado, a avaliação dos entrevistados foi tão positiva quanto a das empresas de engenharia elétrica e consultoria questionadas pela revista. Boa parte das companhias de instalação e manutenção elétricas (33%) afirmou que o mercado faturou acima de R$ 50 milhões no ano passado. Tamanho anual do mercado de INSTALAÇÃO E MANUNTENÇÃO ELÉTRICAS em 2013 17%

Até R$ 10 milhões 33%

Acima de R$ 500 milhões

3%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 6%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 15% 16%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 10%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

A maioria das empresas entrevistadas da região Sudeste (40%) acredita que o mercado local fature acima de R$ 50 milhões. As companhias da região Centro-Oeste não se mostraram tão otimistas e viram o seu mercado faturando entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões. Confira a opinião das empresas de todas as regiões brasileiras sobre o tamanho total deste mercado.


101

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Opinião das empresas, por região, sobre o tamanho anual total do mercado brasileiro de instalação e manutenção elétricas Tamanho anual do mercado de INSTALAÇÃO E MANUNTENÇÃO ELÉTRICAS em 2013 (SÃO PAULO) 19%

Até R$ 10 milhões

31%

Acima de R$ 500 milhões

6%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 6%

14%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 8%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 16%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Tamanho anual do mercado de INSTALAÇÃO E MANUNTENÇÃO ELÉTRICAS em 2013 (SUDESTE) 25%

Até R$ 10 milhões

42%

Acima de R$ 500 milhões

4%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 9%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 4% 8%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 50 milhões 8% a R$ 100 milhões De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Tamanho anual do mercado de INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICAS em 2013 (SUL) 14%

Até R$ 10 milhões

29%

Acima de R$ 500 milhões 24%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

19%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

14%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Tamanho anual do mercado de INSTALAÇÃO E MANUNTENÇÃO ELÉTRICAS em 2013 (NORTE E NORDESTE) 10%

Até R$ 10 milhões 42%

Acima de R$ 500 milhões

5%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 11%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 16%

16%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões


Pesquisa

102

Empresas de instalação e manutenção

Tamanho anual do mercado de INSTALAÇÃO E MANUNTENÇÃO ELÉTRICAS em 2013 (CENTRO-OESTE) 20%

Acima de R$ 500 milhões

20%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

40%

20%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Do mesmo modo que as empresas de engenharia e consultoria, a maioria das empresas de instalação e manutenção elétricas, em todas as regiões, afirmou faturar até R$ 3 milhões.

Faturamento bruto anual (em milhões) das empresas de instalação e manutenção elétricas – por região Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (SÃO PAULO) 2% 2%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões 8%

10%

Acima de R$ 100 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 58%

9%

Até R$ 3 milhões

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 11%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (SUDESTE) 5%

4% 14%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões

Acima de R$ 50 milhões

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 50%

Até R$ 3 milhões 27%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (SUL 9% 17%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 52%

13%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 9%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

Até R$ 3 milhões


103

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (NORTE E NORDESTE) 6%

5%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

22%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

67%

Até R$ 3 milhões

Faturamento bruto anual em milhões no ano passado (CENTRO-OESTE) 20%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

80%

Até R$ 3 milhões

O crescimento médio projetado do mercado para 2014 foi de 9%, sendo a previsão feita pelas companhias da região Sudeste a mais pessimista (2%) e a da região Centro-Oeste a mais otimista (12%). Previsão de crescimento do tamanho anual total do mercado para 2014 – por região

12%

9% 2%

SUDESTE

11%

SUL

11%

NORTE E NORDESTE

SÃO PAULO

CENTRO-OESTE

As empresas entrevistadas projetam para este ano um crescimento médio de pouco mais de 20%. Este número é muito superior à média estimada para 2013, que foi de 10%. Previsão de crescimento das empresas para 2014 – por região

28% 25% 22% 14% 13%

SUDESTE SÃO PAULO

SUL

CENTRO-OESTE

NORTE E NORDESTE


Pesquisa

104

Empresas de serviços para GTD

O Setor Elétrico / Julho de 2014

O percentual médio de crescimento das empresas em 2013, ante 2012, foi de 21,5%. O número foi puxado pela região Norte e Nordeste, que apresentou elevação de 36%.

Neste segmento, apenas 29% das empresas disseram contar com a ISO 9001 e 18% com a certificação voltada para gestão ambiental.

Crescimento das empresas em 2013 comparado ao ano anterior

Certificações ISO

36% 23%

NORTE E NORDESTE

18%

CENTRO-OESTE

29%

17% SUDESTE 16% SUL 15% SÃO PAULO Mais uma vez, a opinião dos entrevistados se dividiu, sendo a desaceleração da economia brasileira apontada pela maioria (21%) como o fator que mais deve influenciar (negativamente) o crescimento do mercado em 2014.

Faturamento bruto anual em 2013 3% 13%

8%

Programas de incentivo do governo

Outros

8%

Falta de normalização e/ou legislação

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 9%

Bom momento econômico do país 21%

7%

Desaceleração da economia brasileira

Incentivos por força de legislação ou normalização

ISO 9001 (qualidade)

A maior parte das empresas (40%) informou ter faturado até R$ 3 milhões no ano passado. Apenas 3% informou faturamento superior aos R$ 100 milhões.

Fatores que justificam o previsão de crescimento (negativo ou positivo) para o mercado 2014 13%

ISO 14001 (ambiental)

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

7%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

40%

Até R$ 3 milhões

7%

De R$ 10 milhões a R$ 20 ilhões 13%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

7%

Crise internacional

17%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

12%

15%

Projetos de infraestrutura

Setor da construção civil desaquecido

Análise do mercado brasileiro de GTD Diferentemente da pesquisa realizada no ano anterior, o segmento de GTD foi analisado separadamente nesta edição. A seguir, os principais clientes destacados por empresas de engenharia, instalação e consultoria voltadas para o mercado de geração, transmissão e distribuição de energia:

A seguir, estão os gráficos que representam a opinião das empresas quanto ao faturamento anual total relativo aos serviços de geração, transmissão e distribuição, separadamente. Em todos esses mercados, a estimativa das empresas é que esses serviços totalizem faturamentos acima dos R$ 300 milhões anuais. Tamanho anual do mercado de SERVIÇOS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

PRINCIPAIS CLIENTES 10%

Outros 10%

Empresas de manutenção de redes

13%

10%

Empresas geradoras de energia elétrica

Até R$ 50 milhões 13%

12%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Empresas transmissoras de energia elétrica

16%

De R$ 100 milhões a R$ 300 milhões

18%

Empresas de engenharia 8%

Empresas de montagem de redes de transmissão

17%

Empresas distribuidoras de energia elétrica 12%

Empresas de montagem de redes de distribuição

61%

Acima de R$ 300 milhões



Pesquisa

106

Empresas de serviços para GTD

Tamanho anual do mercado de SERVIÇOS PARA TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Previsão de crescimento das empresas para 2014

7%

Até R$ 50 milhões

10%

25%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

18% 13%

CENTRO-OESTE

SÃO PAULO

SUDESTE

7% SUL 5% NORTE E NORDESTE

50%

Acima de R$ 300 milhões

33%

De R$ 100 milhões a R$ 300 milhões Crescimento registrado em 2013 com relação a 2012

Tamanho anual do mercado de SERVIÇOS PARA DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

22%

7%

Até R$ 50 milhões

16%

13%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

10%

50%

Acima de R$ 300 milhões

SUDESTE

CENTRO-OESTE

13% 7%

SUL

SÃO PAULO

NORTE E NORDESTE

30%

De R$ 100 milhões a R$ 300 milhões

Com relação às previsões de crescimento, no geral, as empresas mostram-se otimistas. Os gráficos a seguir evidenciam as projeções das companhias segmentadas por região. Com relação a 2014, no que diz respeito tanto ao mercado quanto às empresas, São Paulo parece mais otimista. As empresas das regiões Norte e Nordeste, por exemplo, indicaram crescimento de 22% em 2013, quando comparado a 2012. Veja os números

As empresas apontaram diversos fatores como propulsores e moderadores do crescimento do mercado de GTD para 2014. Por um lado, destaque para desaceleração da economia do país, por outro lado, evidência para os projetos de infraestrutura que ainda estão em progresso. Confira as opiniões: Previsão de crescimento do tamanho anual total do mercado para 2014

5% Previsão de crescimento do tamanho anual total do mercado para 2014

Falta de normalização e/ou legislação 10%

16% 15% 3% CENTRO-OESTE SUL 29% 29% NORTE E NORDESTE

SUDESTE SÃO PAULO

Incentivos por força de legislação ou normalização 5%

Crise internacional

14%

Outros

16%

Programas de incentivo do governo 4%

Bom momento econômico do país

19%

Desaceleração da economia brasileira

17%

Projetos de infraestrutura

10%

Setor da construção civil desaquecido



Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

X

AÇÃO ENGENHARIA

11 3883 6050 www.acaoenge.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

ACTIVAENG

11 99352 2597

São Paulo

SP

X

X

X

ADS

19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br

Mogi Mirim

SP

AFAP

19 3464 5650 www.afap.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

X

X

ALLIANCE

19 3406 8060 www.allianceimoveis.com

Americana

SP

X

X

X

X

ALTERCON

19 2108 7000 www.altercon.com.br

Americana

SP

X

X

ANDRADE & CANELLAS

11 2122 0400 www.andradecanellas.com.br

São Paulo

SP

X

APEL

11 2894 6873 www.apelengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

APLIC

19 3241 0051 www.aplicengenharia.com.br

Campinas

SP

X

X

X

X

X

X

ARANATECH

16 99787 0151 www.aranatech.com.br

São Carlos

SP

X

X

X

X

X

X

AT SERVICE

11 4798 2562 www.atservice.com.br

Mogi das Cruzes

SP

ATS ENGENHARIA

11 2645 4196 www.atseng.com.br

São Paulo

SP

AYAP ENGENHARIA

11 2819 7784 www.ayapengenharia.com.br

Suzano

SP

BASE ENERGIA

19 3837 5067 www.baseenergia.com.br

Jaguariúna

SP

CERTIEL BRASIL

11 3569 6321 www.certielbrasil.org.br

São Paulo

SP

CIVITEC

11 5072 2043 www.civitecengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

CONCEITO AMBIENTAL

11 2765 2525 www.conceitoempresarial.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

CONCREAW

11 2021 2022 www.concreaw.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

DALO ELETROTÉCNICA

11 2081 8130 www.dalo.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

DENISE LAMEZA ENGENHARIA

11 2598 6559 www.dlameza.eng.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

DHAYOW PROJETOS

15 3217 9500

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

DIAGNERG

16 3945 1223 www.diagnerg.com.br

Sertãozinho

SP

X

X

X

X

X

X

DIMENSIONAL

19 3446 7400 www.dimensional.com.br

Limeira

SP

X

DUBLIN

11 4442 1379 www.eletrodublin.com.br

Caieiras

SP

X

X

X

X

DUTRA LACROIX

11 5573 2327 www.dutralacroix.com.br

São Paulo

X

X X

X

X

X

X

X

X

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X

X

X

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X

SP

X

X

X

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X

X

SP

X

X

X

X

X

X

EFACEC

11 5491 1999 www.efacec.pt

São Paulo

SP

X

ELECTRAKED

11 5082 4927 www.electraked.com.br

São Paulo

SP

X

ELETRICA URANIO

11 99177 9418 www.eletricauranio.com.br

Jundiaí

SP

X

X

X

X

ELETROTÉCNICA VERA CRUZ

11 4941 0251 www.eletrotecnicaveracruz.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

X

EMERGE

11 4657 4461 www.emerge.eng.br

São Paulo

SP

X

X

ENERENGE

11 3744 7853 www.enerenge.com.br

São Paulo

SP

X

X

ENERGESP

11 2738 8720 www.energesp.com.br

São Paulo

SP

ENERTEC

11 3259 0509

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

ENGCAD

19 99576 9979 www.engcadprojetos.com.br

Americana

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

ENGEMATEC

19 3242 9176 www.engematec.com.br

Campinas

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

ENGENERG

11 3688 1999 www.engenerg.com.br

Osasco

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

ENGEPOWER

11 3579 8777 www.engepower.com

Osasco

SP

X

X

X

X

X

X

X

ENGEST

14 3301 0596

Marília

SP

ENPREL

11 3729 7099 www.enprel.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

EXPERTISE

19 3289 3435 www.expertise-eng.com.br

Campinas

SP

X

X

X

X

FE PROJETOS ELETRICOS

11 3825 3511

São Paulo

SP

FIGENER

11 3256 6999 www.figener.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

FOCUS ENGENHARIA

19 3873 5768 www.focusengenharia.eng.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

X

X

GESTAL

11 5084 8200 www.gestal.com

São Paulo

SP

X

GSI SERVICE

19 3037 1647 www.gsiservice.com.br

Campinas

SP

X

GUISMO ENGENARIA

11 2443 0353 www.guismoengenharia.com.br

Guarulhos

SP

X

HENRIQUES MARQUES

11 2062 1656 www.henriquesmarques.com.br

São Paulo

SP

X

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X

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X

X

EA - ENGENHEIROS ASSOCIADOS 11 4327 3147 www.engenheirosassociados.com.br São Paulo

X

X

X

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X

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X X

X X

X

X

X

X X

Outros

SP

X

Telecomunicações

São Paulo

X

Cabeamento estruturado

11 3744 0023 www.acpower.com.br

X X

Alta tensão

AC POWER

X

Média tensão

X

Baixa tensão

X

Outro

X

Execução de obras

X

X

Direção de obras

X

SP

Fiscalização de obras

Análises

X

Santos

Pesquisa, Experimentação e ensaios

Consultoria

X

13 3221 6572 www.aifbrasil.com.br

Áreas de atuação

Ensino

Projetos

SP

A&F BRASIL

Pareceres

Estado

São Paulo

Site

Perícias

Cidade

11 2533 1190 www.aeletrica.com.br

Vistorias

Telefone

A ELETRICA

Avaliações

EMPRESA

Estudos

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Divulgação técnica

Tipos de serviços

Instrumentação e controle

108

Automação

Pesquisa

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X

X

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X X

X X


109

O Setor Elétrico / Julho de 2014

São Paulo

SP

X

X

16 3826 1411 www.intellistorm.com.br

Orlandia

SP

X

J.C. PASSERINI

11 4175 2020 www.jcpasserini.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

LAMBDA CONSULTORIA

11 4456 3609 www.lambdaconsultoria.com.br

Salto

SP

X

X

X

LATC ENGENHARIA

18 3271 4556

Presidente Venceslau

SP

X

X

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

LUMIX ENGENHARIA

11 2461 0224 www.lumixbrasil.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

MA2 PROJETOS

11 5579 0660 www.ma2.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

MAEX ENGENHARIA

19 3455 5266 www.maex.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

X

MCPAR ENGENHARIA

19 3254 7699 www.mcpar.eng.br

Campinas

SP

X

X

X

MDJ ASSESSORIA E ENGENHARIA

11 5531 7654 www.mdj.com.br

São Paulo

SP

X

ME TECNOLOGIA

11 3088 6389 www.metecnologia.com.br

São Paulo

SP

X

X

MEGAENERGIA

17 3305 6604 www.megaenergia.com.br

São José do Rio Preto

SP

X

X

X

MEGATECH

19 99283 0439 www.megtc.com.br

Americana

SP

X

X

X

X

MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

11 3864 3755 www.mgd.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

MOINO

11 2261 1730

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X X

X X

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X

X

X

X

X X

X

Outros

11 3312 0200 www.infraengenharia.com.br

INTELLI STORM

X

Telecomunicações

INFRA ENGENHARIA

X

Cabeamento estruturado

X

Instrumentação e controle

X

X

X

Automação

X

X

Alta tensão

SP

Média tensão

São Paulo

X

X

Baixa tensão

11 3287 0622 www.idealengenharia.com.br

X

Outro

IDEAL ENGENHARIA

X

Execução de obras

X

X

Direção de obras

X

Fiscalização de obras

X

Ensino

SP

Divulgação técnica

Campinas

Pareceres

Vistorias

19 3233 6233 www.hpfengenharia.com

Estado SP X

Análises

HPF ENGENHARIA

EMPRESA

Perícias

Avaliações

X

Cidade São Caetano do Sul

Projetos

X

HILTON MORENO CONSULTING

Telefone Site 11 4229 1173 www.hiltonmoreno.com.br

Estudos

Consultoria

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios

Tipos de serviços

X

X

X

X

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X

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X

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X

X

X

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X

X

X


Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

X

X

SP

PAIOL ENGENHARIA

19 3844 8399 www.paiolengenharia.com.br

Paulinia

SP

PHE

11 5574 6477 www.pheprojetos.com.br

São Paulo

SP

POLUX TECNOLOGIA

11 97619 2235 www.poluxtec.com.br

Bom Jesus dos Perdões

SP

X

X

X

PROELCO

19 99112 0110

Campinas

SP

X

X

X

X

PROJETOS INTELIGENTES

11 5182 7816 www.projetosinteligentes.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

PROLUX

11 5549 6533 www.proluxeng.com.br

São Paulo

SP

X

X

REVIMAQ

11 4531 8181 www.revimaq.com

Jundiaí

SP

REWALD

11 5070 3799 www.rewald.com.br

São Paulo

SP

RIBEIRO & FAGUNDES

11 4533 2029 www.ribeirofagundes.com.br

Jundiaí

SP

SANARDI

17 3228 2555 www.sanardi.com.br

São José do Rio Preto

SP

X

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 728 9110 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

X

SDMO-MAQUIGERAL

11 3789 6000 br.sdmo.com

São Paulo

SP

X

SEL

19 3515 2000 www.selinc.com.br

Campinas

SP

X

X

SELGI

11 2958 6743

São Paulo

SP

X

X

SEMIKRON

11 4186 9500 www.semikron.com

Carapicuíba

SP

SINPOWER

11 3655 2777 www.sinpower.com.br

Osasco

SP

X

SISTEMA SOLUÇÕES ENERGETICAS

19 3423 1381 www.sistemaenergetica.com.br

Piracicaba

SP

X

X

SMART SERVICES

11 2894 4436 www.smartservices.eng.br

São Paulo

SP

X

SOENG

11 3031 8555 www.soeng.com.br

São Paulo

SP

STDE

11 3757 5757 www.stde.com.br

Guarulhos

SP

TARGET

11 5641 4655 www.target.com.br

São Paulo

SP

TORMEL

19 3828 9500 www.tormel.com.br

Sumaré

TREETECH

11 4413 5787 www.treetech.com.br

TREXCON ZETTATECCK

X

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X

SP

X

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X

X

X

X

Atibaia

SP

X

X

X

X

X

X

11 3855 3360 www.trexcon.com.br

São Paulo

SP

19 3321 8400 www.zettatecck.com.br

Araras

SP

X

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X X

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X

X

X

X

Outros

SP

São Paulo

X

X

Telecomunicações

Bragança Paulista

11 3331 2001 www.nvengenharia.com.br

X

Cabeamento estruturado

11 4033 1066 www.nleme.com.br

NV ENGENHARIA

X

Alta tensão

NLEME ENGENHARIA

X

Média tensão

X

X

Baixa tensão

X

Outro

X

Execução de obras

SP

Direção de obras

Limeira

Fiscalização de obras

19 3713 3239 www.mpaeletricidade.com.br

Pesquisa, Experimentação e ensaios

SP

MPA ENGENHARIA

Áreas de atuação

Ensino

São Paulo

Site

Pareceres

Estado

11 3763 3939 www.monab.com.br

Perícias

Avaliações

Cidade

MONAB

Vistorias

Análises

X

Telefone

Projetos

X

EMPRESA

Estudos

Consultoria

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Divulgação técnica

Tipos de serviços

Instrumentação e controle

110

Automação

Pesquisa

X

X

X

X

X X X X

X

X

X



Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Instaladoras

Outras Empresas de engenharia

Empresas de manutenção

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

AC POWER

11 3744 0023 www.acpower.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

AÇÃO ENGENHARIA

11 3883 6050 www.acaoenge.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

ACTIVAENG

11 99352 2597

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

ADS

19 3804 1119 www.adsdisjuntores.com.br

Mogi Mirim

SP

X

X

X

X

AFAP

19 3464 5650 www.afap.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

X

X

ALLIANCE

19 3406 8060 www.allianceimoveis.com

Americana

SP

X

X

ALTERCON

19 2108 7000 www.altercon.com.br

Americana

SP

ANDRADE & CANELLAS

11 2122 0400 www.andradecanellas.com.br

São Paulo

SP

APEL

11 2894 6873 www.apelengenharia.com.br

São Paulo

SP

APLIC

19 3241 0051 www.aplicengenharia.com.br

Campinas

SP

ARANATECH

16 99787 0151 www.aranatech.com.br

São Carlos

SP

AT SERVICE

11 4798 2562 www.atservice.com.br

Mogi das Cruzes

SP

ATS ENGENHARIA

11 2645 4196 www.atseng.com.br

São Paulo

SP

AYAP ENGENHARIA

11 2819 7784 www.ayapengenharia.com.br

Suzano

SP

BASE ENERGIA

19 3837 5067 www.baseenergia.com.br

Jaguariúna

SP

CERTIEL BRASIL

11 3569 6321 www.certielbrasil.org.br

São Paulo

SP

CIVITEC

11 5072 2043 www.civitecengenharia.com.br

São Paulo

CONCEITO AMBIENTAL

11 2765 2525 www.conceitoempresarial.com.br

CONCREAW

X

Outros

Residencial

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SP

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X

São Paulo

SP

X

X

X

X

11 2021 2022 www.concreaw.com.br

São Paulo

SP

X

X

DALO ELETROTÉCNICA

11 2081 8130 www.dalo.com.br

São Paulo

SP

DENISE LAMEZA ENGENHARIA

11 2598 6559 www.dlameza.eng.br

São Bernardo do Campo

SP

DHAYOW PROJETOS

15 3217 9500

São Paulo

SP

DIAGNERG

16 3945 1223 www.diagnerg.com.br

Sertãozinho

DIMENSIONAL

19 3446 7400 www.dimensional.com.br

DUBLIN DUTRA LACROIX

X

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X

X

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X

SP

X

X

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X

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Limeira

SP

X

X

X

11 4442 1379 www.eletrodublin.com.br

Caieiras

SP

X

X

11 5573 2327 www.dutralacroix.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

EA - ENGENHEIROS ASSOCIADOS 11 4327 3147 www.engenheirosassociados.com.br São Paulo

SP

X

X

X

EFACEC

11 5491 1999 www.efacec.pt

São Paulo

SP

X

X

ELECTRAKED

11 5082 4927 www.electraked.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

ELETRICA URANIO

11 99177 9418 www.eletricauranio.com.br

Jundiaí

SP

X

X

X

X

ELETROTÉCNICA VERA CRUZ

11 4941 0251 www.eletrotecnicaveracruz.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

EMERGE

11 4657 4461 www.emerge.eng.br

São Paulo

SP

X

X

X

ENERENGE

11 3744 7853 www.enerenge.com.br

São Paulo

SP

X

X

ENERGESP

11 2738 8720 www.energesp.com.br

São Paulo

SP

X

X

ENERTEC

11 3259 0509

São Paulo

SP

X

X

ENGCAD

19 99576 9979 www.engcadprojetos.com.br

Americana

SP

ENGEMATEC

19 3242 9176 www.engematec.com.br

Campinas

SP

X

X

ENGENERG

11 3688 1999 www.engenerg.com.br

Osasco

SP

X

X

ENGEPOWER

11 3579 8777 www.engepower.com

Osasco

SP

X

X

ENGEST

14 3301 0596

Marília

SP

X

X

ENPREL

11 3729 7099 www.enprel.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

EXPERTISE

19 3289 3435 www.expertise-eng.com.br

Campinas

SP

X

X

FE PROJETOS ELETRICOS

11 3825 3511

São Paulo

SP

FIGENER

11 3256 6999 www.figener.com.br

São Paulo

SP

FOCUS ENGENHARIA

19 3873 5768 www.focusengenharia.eng.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

GESTAL

11 5084 8200 www.gestal.com

São Paulo

SP

X

X

GSI SERVICE

19 3037 1647 www.gsiservice.com.br

Campinas

SP

X

X

GUISMO ENGENARIA

11 2443 0353 www.guismoengenharia.com.br

Guarulhos

SP

HENRIQUES MARQUES

11 2062 1656 www.henriquesmarques.com.br

São Paulo

SP

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2006

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2010

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2009

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1997

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2007

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1980 2003

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2014

X

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2003

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2014

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1989

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1990

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1980

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1985

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1999

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1995

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1994

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2009

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1992

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1990

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1997

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2008

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1988 X

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2001

X X

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1995

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2006

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1991

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2009 X

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2011

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2000

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1993 2013

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1980

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2009

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1994 X

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2001

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2008 X

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X

Ano de início de atividades da empresa

Construtoras

X

SP

Possuem programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

Indústria em geral

X

Santos

Possuem certificação ISO 14000

Serviços

X

13 3221 6572 www.aifbrasil.com.br

> 30

Industrial

SP

A&F BRASIL

De 5 a 10

Estado

São Paulo

Site

Até 5

Cidade

11 2533 1190 www.aeletrica.com.br

Outros

Telefone

A ELETRICA

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

EMPRESA

Comercial

Número de funcionários

De 20 a 30

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

Possuem certificação ISO 9001

112

De 10 a 20

Pesquisa

X X

1995 X

2011


113

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

IDEAL ENGENHARIA

11 3287 0622

www.idealengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

11 3312 0200

www.infraengenharia.com.br

São Paulo

SP

16 3826 1411

www.intellistorm.com.br

Orlandia

SP

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SP

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SP

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X

J.C. PASSERINI LAMBDA CONSULTORIA LATC ENGENHARIA LPENG ENGENHARIA LUMIX ENGENHARIA

11 4175 2020 11 4456 3609

www.jcpasserini.com.br www.lambdaconsultoria.com.br

18 3271 4556 11 2901 7033 11 2461 0224

São Paulo Salto Presidente Venceslau

www.lpeng.com.br www.lumixbrasil.com.br

São Paulo Guarulhos

SP SP

MA2 PROJETOS

11 5579 0660

www.ma2.com.br

São Paulo

SP

MAEX ENGENHARIA

19 3455 5266

www.maex.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

MCPAR ENGENHARIA

19 3254 7699

www.mcpar.eng.br

Campinas

SP

MDJ ASSESSORIA E ENGENHARIA

11 5531 7654

www.mdj.com.br

São Paulo

SP

ME TECNOLOGIA

11 3088 6389

www.metecnologia.com.br

São Paulo

SP

MEGAENERGIA

17 3305 6604

www.megaenergia.com.br

São José do Rio Preto

MEGATECH

19 99283 0439 www.megtc.com.br

MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

11 3864 3755

MOINO

11 2261 1730

www.mgd.com.br

X

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SP

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Americana

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São Paulo

SP

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São Paulo

SP

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2014

X

1989

X

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2004 1996

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1995

X

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2001

X

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1995

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1999 X

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2001

X

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2004

X

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1983

1892

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1980

X

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X X

INTELLI STORM

X

1980

X

INFRA ENGENHARIA

X

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X X

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Ano de início de atividades da empresa

X

Possuem programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

X

Possuem certificação ISO 14000

X

X

Possuem certificação ISO 9001

X

X

> 30

X

SP

De 20 a 30

X

Campinas

De 10 a 20

Instaladoras

X

www.hpfengenharia.com

De 5 a 10

Construtoras

X

19 3233 6233

Até 5

Serviços

SP

HPF ENGENHARIA

Outros

Industrial

São Caetano do Sul

Número de funcionários

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

Comercial

www.hiltonmoreno.com.br

Telefone

Empresas de manutenção

Estado

11 4229 1173

EMPRESA

Outras Empresas de engenharia

Cidade

HILTON MORENO CONSULTING

Outros

Site

Residencial

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Indústria em geral

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

X

2003 2001

X

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1993

X

X

1993


Empresas de engenharia e consultoria Paulo

São Paulo

SP

X

PAIOL ENGENHARIA

19 3844 8399 www.paiolengenharia.com.br

Paulinia

SP

PHE

11 5574 6477 www.pheprojetos.com.br

São Paulo

SP

POLUX TECNOLOGIA

11 97619 2235 www.poluxtec.com.br

Bom Jesus dos Perdões

SP

PROELCO

19 99112 0110

Campinas

SP

PROJETOS INTELIGENTES

11 5182 7816 www.projetosinteligentes.com.br

São Paulo

SP

PROLUX

11 5549 6533 www.proluxeng.com.br

São Paulo

SP

REVIMAQ

11 4531 8181 www.revimaq.com

Jundiaí

SP

REWALD

11 5070 3799 www.rewald.com.br

São Paulo

SP

RIBEIRO & FAGUNDES

11 4533 2029 www.ribeirofagundes.com.br

Jundiaí

SANARDI

17 3228 2555 www.sanardi.com.br

SCHNEIDER ELECTRIC

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São José do Rio Preto

SP

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0800 728 9110 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

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SDMO-MAQUIGERAL

11 3789 6000 br.sdmo.com

São Paulo

SP

X

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SEL

19 3515 2000 www.selinc.com.br

Campinas

SP

X

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X

SELGI

11 2958 6743

São Paulo

SP

SEMIKRON

11 4186 9500 www.semikron.com

Carapicuíba

SP

SINPOWER

11 3655 2777 www.sinpower.com.br

X

SP

Piracicaba

SP

SMART SERVICES

11 2894 4436 www.smartservices.eng.br

São Paulo

SP

X

X

SOENG

11 3031 8555 www.soeng.com.br

São Paulo

SP

X

X

STDE

11 3757 5757 www.stde.com.br

Guarulhos

SP

TARGET

11 5641 4655 www.target.com.br

São Paulo

SP

TORMEL

19 3828 9500 www.tormel.com.br

Sumaré

SP

TREETECH

11 4413 5787 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

X

TREXCON

11 3855 3360 www.trexcon.com.br

São Paulo

SP

X

ZETTATECCK

19 3321 8400 www.zettatecck.com.br

Araras

SP

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2001 1993

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1992

1977 X

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1979 1980

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1996

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1998

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2011

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1997

X

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1980

2012

X

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1980

X

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2003

X X

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1994

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2009

X

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2006

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1987

X

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X

Osasco

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X

SISTEMA SOLUÇÕES ENERGETICAS 19 3423 1381 www.sistemaenergetica.com.br

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X

Ano de início de atividades da empresa

11 3331 2001 www.nvengenharia.com.br

Possuem programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

NV ENGENHARIA

Possuem certificação ISO 14000

X

> 30

SP

De 20 a 30

Bragança Paulista

X

De 10 a 20

11 4033 1066 www.nleme.com.br

X

De 5 a 10

NLEME ENGENHARIA

X

Até 5

SP

Outros

Limeira

Número de funcionários

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

19 3713 3239 www.mpaeletricidade.com.br

Construtoras

SP

MPA ENGENHARIA

Indústria em geral

Estado

Outros

Cidade São Paulo

Site

Serviços

Telefone

11 3763 3939 www.monab.com.br

Industrial

EMPRESA MONAB

Comercial

Residencial

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Concessionárias de energia elétrica

Principais clientes

Empresas de manutenção

de São

Segmentos de mercado

Outras Empresas de engenharia

Estado

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Possuem certificação ISO 9001

114

Instaladoras

Pesquisa

1980 X

1999

X

2004

X

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1986

X

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1995

X

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2000

X

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2014

X



Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Baixa tensão

Média tensão

Automação

Instrumentação e controle

Cabeamento estruturado

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X

Execução de obras

X

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Direção de obras

X

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Fiscalização de obras

X

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X

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X

31 3481 1890 www.abacoprojetos.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

ALBERNAZ ELECTRIC

38 3561 4522 www.albernazelectric.com.br

João Pinhero

MG

X

X

X

X

BARBOSA & ANDRADE

31 3551 2061 www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

BELUT

34 3210 0342 www.belut.com.br

Uberlândia

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

CEGEN

37 3241 1605 www.cegen.com.br

Itaúna

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

COBRAPI

31 3349 1400 www.cobrapi.com.br

Belo Horizonte

MG

X

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X

X

X

X

X

X

X

X

DATUM CONSULTORIA

21 2553 4414 www.datum.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

ELÉTRICA ENGENHARIA

31 3286 8090 www.eletricaengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

ELETROGEN

31 9775 6140 www.eletrogenengenharia.com.br

Congonhas

MG

X

X

X

ENGEPARC

31 3295 5211 www.engeparc.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

ENGETEC

27 99917 2314

Linhares

ES

X

X

X

X

X

X

X

X

ETELBRA

21 3392 8106 www.etelbra.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

EXCENGE

21 2610 0826 www.excenge.com.br

Niterói

RJ

X

X

X

GPENG

27 99929 6334

Vila Velha

ES

X

X

X

GRUPO ITCE

32 3313 3500 www.grupoitce.eng.br

Juiz de Fora

MG

X

X

X

HTE SERVIÇOS TÉCNICOS

21 2252 9165 www.hteservicostecnicos.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

L & G ENGENHARIA

31 3643 5153 www.legengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

LEME ENGENHARIA

31 3249 7600 www.leme.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

LEME ENGENHARIA

21 2199 8800 www.leme.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

LUMENS ENGENHARIA

31 3286 0681 www.lumensengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

MAGNA

31 2515 6655 www.magna.eng.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

X

MASALUPRI

21 3496 0644 www.masalupri.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

MBA

34 3271 7700 www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X

X

X

X

X

X

X

MONTAL PARA-RAIOS

31 3476 7675 www.montal.com.br

Belo Horizonte

MG

MPMG

31 3330 8410 www.mpmg.mp.br

Belo Horizonte

MG

X

X

PETHRAS ENGENHARIA

21 2508 6711 www.pethras.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

X

PETRA ENGENHARIA

27 3395 3272 www.petraengenharia.com.br

Vitória

ES

X

X

X

X

X

X

X

PONTO ENGENHARIA

22 9203 3225 www.pontoengenharia.com.br

Rio das Ostras

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

POWER & LIGHT

24 2453 7883 www.plengenharia.com.br

Valença

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

POWERTECH

27 3337 2300 www.powertech.eng.br

Vitória

ES

X

X

X

X

X

X

PROERG

31 3372 4555 www.proerg.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

X

PROJETEC

35 3421 5444 www.projetec.eng.br

Pouso Alegre

MG

X

X

X

X

X

X

X

X

QEMC

21 98111 6661 www.qemc.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

RANGEL & ASSOCIADOS

21 2636 9537 www.rangeleassociados.com.br

Maricá

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

SAGE CONSULTORIA

21 2532 0054 www.gruposage.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

SENIOR ENGENHARIA

31 2105 9800 www.empresassenior.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

X

X

SETROMEC

31 3567 0001 www.setromec.eng.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

X

SIGEEL

27 3373 3530

Linhares

ES

X

X

X

X

STROM

21 2524 7114 www.strom.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

SWELL

21 4107 3075 www.swellengenharia.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

TEREME

27 3328 2412 www.tereme.com.br

Serra

ES

X

X

TERMOTECNICA

31 3308 7000 www.tel.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

TESE PROJETOS

31 3254 8000 www.teseprojetos.com.br

Belo Horizonte

MG

X

TRANSFORLUZ

22 2664 2174 www.transforluz.com.br

Araruama

RJ

X

TRISTAO

27 3218 3270 www.tristaoengenharia.com.br

Serra

ES

X

X

TWOENG

21 3412 3549 www.twoeng.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

VETORIAL

31 3892 7882 www.vetorial.eng.br

Viçosa

MG

X

X

X

VIABILE

31 3324 2702 www.viabile.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

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X

X

VOGA

27 4042 2222 www.vogaengenharia.com.br

Vitória

ES

X

X

X

X

X

X

W2 BRISON PROJETOS

35 3332 2018 w2brison@ig.com.br

São Lourenço

MG

X

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Site

Cidade

X

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Alta tensão

ÁBACO PROJETOS

Perícias

Vistorias

Ensino

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X

X

Avaliações

Divulgação técnica

X

X

Análises

X

Estado

Consultoria

X

Telefone

Projetos

X

EMPRESA

Estudos

Pareceres

Região Sudeste

Outro

Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios

Tipos de serviços

Outros

116

Telecomunicações

Pesquisa

X

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X



Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

BARBOSA & ANDRADE

31 3551 2061 www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X

X

X X

BELUT

34 3210 0342 www.belut.com.br

Uberlândia

MG

X

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X X

CEGEN

37 3241 1605 www.cegen.com.br

Itaúna

MG

COBRAPI

31 3349 1400 www.cobrapi.com.br

Belo Horizonte

MG

DATUM CONSULTORIA

21 2553 4414 www.datum.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

ELÉTRICA ENGENHARIA

31 3286 8090 www.eletricaengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

ELETROGEN

31 9775 6140 www.eletrogenengenharia.com.br

Congonhas

MG

X

ENGEPARC

31 3295 5211 www.engeparc.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X X

X X

X X X

ENGETEC

27 99917 2314

Linhares

ES

X

X X

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X X

ETELBRA

21 3392 8106 www.etelbra.com.br

Rio de Janeiro

RJ

EXCENGE

21 2610 0826 www.excenge.com.br

Niterói

RJ

X

X X

GPENG

27 99929 6334

Vila Velha

ES

X

X X

GRUPO ITCE

32 3313 3500 www.grupoitce.eng.br

Juiz de Fora

MG

X

HTE SERVIÇOS TÉCNICOS

21 2252 9165 www.hteservicostecnicos.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

L & G ENGENHARIA

31 3643 5153 www.legengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X X

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X X

LEME ENGENHARIA

31 3249 7600 www.leme.com.br

Belo Horizonte

MG

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X X X

LEME ENGENHARIA

21 2199 8800 www.leme.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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LUMENS ENGENHARIA

31 3286 0681 www.lumensengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

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X X

X X

MAGNA

31 2515 6655 www.magna.eng.br

Belo Horizonte

MG

X

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X

MASALUPRI

21 3496 0644 www.masalupri.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

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X X

MBA

34 3271 7700 www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X

X X

MONTAL PARA-RAIOS

31 3476 7675 www.montal.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

MPMG

31 3330 8410 www.mpmg.mp.br

Belo Horizonte

MG

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X

PETHRAS ENGENHARIA

21 2508 6711 www.pethras.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

PETRA ENGENHARIA

27 3395 3272 www.petraengenharia.com.br

Vitória

ES

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X X

X X

PONTO ENGENHARIA

22 9203 3225 www.pontoengenharia.com.br

Rio das Ostras

RJ

X

X X

POWER & LIGHT

24 2453 7883 www.plengenharia.com.br

Valença

RJ

POWERTECH

27 3337 2300 www.powertech.eng.br

Vitória

ES

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X X

PROERG

31 3372 4555 www.proerg.com.br

Belo Horizonte

MG

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PROJETEC

35 3421 5444 www.projetec.eng.br

Pouso Alegre

MG

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QEMC

21 98111 6661 www.qemc.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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X X

RANGEL & ASSOCIADOS

21 2636 9537 www.rangeleassociados.com.br

Maricá

RJ

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X X

SAGE CONSULTORIA

21 2532 0054 www.gruposage.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X X

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X

SENIOR ENGENHARIA

31 2105 9800 www.empresassenior.com.br

Belo Horizonte

MG

X

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X

SETROMEC

31 3567 0001 www.setromec.eng.br

Belo Horizonte

MG

SIGEEL

27 3373 3530

Linhares

ES

STROM

21 2524 7114 www.strom.com.br

Rio de Janeiro

RJ

SWELL

21 4107 3075 www.swellengenharia.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

TEREME

27 3328 2412 www.tereme.com.br

Serra

ES

TERMOTECNICA

31 3308 7000 www.tel.com.br

Belo Horizonte

MG

TESE PROJETOS

31 3254 8000 www.teseprojetos.com.br

Belo Horizonte

MG

TRANSFORLUZ

22 2664 2174 www.transforluz.com.br

Araruama

RJ

TRISTAO

27 3218 3270 www.tristaoengenharia.com.br

Serra

ES

TWOENG

21 3412 3549 www.twoeng.com.br

Rio de Janeiro

RJ

VETORIAL

31 3892 7882 www.vetorial.eng.br

Viçosa

MG

VIABILE

31 3324 2702 www.viabile.com.br

Belo Horizonte

MG

VOGA

27 4042 2222 www.vogaengenharia.com.br

Vitória

ES

W2 BRISON PROJETOS

35 3332 2018 w2brison@ig.com.br

São Lourenço

MG

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X 2000

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1973

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2000

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X 1988

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1998

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1985 1977

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X 1947

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X 1982

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X 1992

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1980

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X 1994

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X 1965

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X 2001

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X 1998

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X 1997

X 2005 X

X X X

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X 1986

X 2009

X X

2001

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1990

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1995

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X 1981

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X 1983

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X 1988 X

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1995 X 1973

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X X X

Ano de início de atividades da empresa

X

X X

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

X

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

X

> 30

MG

De 5 a 10

João Pinhero

Até 5

38 3561 4522 www.albernazelectric.com.br

Estado

Outros

MG

ALBERNAZ ELECTRIC

Cidade

Outros

Belo Horizonte

Site

Serviços

31 3481 1890 www.abacoprojetos.com.br

Industrial

Telefone

ÁBACO PROJETOS

Possuem programas na área de responsabilidade social

Possuem certificação ISO 14000

De 20 a 30

De 10 a 20

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

Empresas de manutenção

Outras Empresas de engenharia

Construtoras

X

EMPRESA

Comercial

X

Número de funcionários

Residencial

Região Sudeste

Concessionárias de energia elétrica

Principais clientes

Indústria em geral

Segmentos de mercado

Possuem certificação ISO 9001

118

Instaladoras

Pesquisa

X

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X X

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X X

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X



Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

X

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X

ARTIERE

41 3018 4444 www.artiere.com.br

Curitiba

PR

X

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X

BOL ENGENHARIA

43 3322 5199 www.bolengenharia.com.br

Londrina

PR

X

X

CAVALARI ENGENHARIA

45 3055 4540 www.cavalariengenharia.com.br

Toledo

PR

X

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X

X

X

X

CONSERWATT

41 3262 3332 www.conserwatt.com.br

Curitiba

PR

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X

X

CORRÊA MATERIAIS ELÉTRICOS

47 3036 1800 www.correamateriaiseletricos.com.br Blumenau

SC

X

X

X

X

X

X

CORREIA & MIRANDA

41 3069 0732

Curitiba

PR

X

X

DMS

51 3451 0151 www.dmseng.com.br

Sapucaia do Sul

RS

X

X

X

DVIX

43 4101 0688 www.dvixbrasil.com.br

Londrina

PR

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X

X

X

EFFICIENZA

41 3292 5603 www.efficienza.eng.br

Campo Largo

PR

X

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X

ELECTRIC SERVICE

51 3338 5544 www.electricservice.com.br

Porto Alegre

RS

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X

ELETROTRAFO

43 3520 5000 www.eletrotrafo.com.br

Cornélio Procópio

PR

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ENERGYMAX

51 3723 6569 www.energymax.com.br

Cachoeira do Sul

RS

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ENGEBRAZIL

43 3323 1228 www.engebrazil.com.br

Londrina

PR

X

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X

ENSISTE

41 3322 1418 www.ensiste.com.br

Curitiba

PR

X

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X

FELIX

44 3222 1250 www.felixengenharia.com.br

Maringá

PR

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GERALUX

41 3153 7800 www.grupogeralux.com.br

Curitiba

PR

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X

GRANTEL

41 3393 2122 www.grantelequipamentos.com.br

Campo Largo

PR

INSTITUTOS LACTEC

41 3361 6200 www.institutoslactec.org.br

Curitiba

PR

X

IOCH ENGENHARIA

47 3028 7770 www.ioch.com.br

Joinville

SC

X

LED ENGENHARIA

49 9921 5336 www.ledengenharia.com.br

Xanxerê

SC

X

LEFT ENGENHARIA

41 3205 9653 www.leftengenharia.com.br

Curitiba

PR

LEME ENGENHARIA

48 2108-8000 www.leme.com.br

Florianópolis

SC

MONTEBRAS

54 3341 3678 www.montebras.com.br

Getulio Vargas

RS

MSE ENGENHARIA

43 3031 0500 www.mseengenharia.com.br

Londrina

PR

NORD ELECTRIC

49 3361 3900 www.nord.eng.br

Chapecó

SC

X

X

X

X

O3 ENGENHARIA

48 3025 4742 www.engenhariao3.com.br

Florianópolis

SC

X

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OMS ENGENHARIA

41 3364 7000 www.omsengenharia.com.br

Curitiba

PR

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Outros

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Telecomunicações

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Cabeamento estruturado

X

Alta tensão

X

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Média tensão

X

Baixa tensão

SC

Outro

Criciúma

Execução de obras

48 3462 3900 www.agpr5.com

Direção de obras

Perícias

SC

AGPR5

Ensino

Vistorias

Divulgação técnica

Estado

Pareceres

Cidade Florianópolis

Análises

Site

48 3269 5559 www.acrtecnologia.srv.br

Projetos

Telefone

ACR TECNOLOGIA

Estudos

EMPRESA

Avaliações

Consultoria

Região Sul

Fiscalização de obras

Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios

Tipos de serviços

Instrumentação e controle

120

Automação

Pesquisa

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121

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

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PÁRA-RAIOS TRANSIENTE

51 3587 2587 www.transiente.com.br

Novo Hamburgo

RS

PERONDI ENGENHARIA

47 3026 2222 www.perondiengenharia.com.br

Joinville

SC

PLUS ENGENHARIA

42 3522 8294 www.plusvendas.com.br

Porto União

SC

PROVOLT

47 3036 9666 www.provolt.com.br

Blumenau

SC

QUANTUM

48 3271 0200 www.quantumengenharia.net.br

Florianópolis

SC

X

RAMOS PROJETOS

47 3437 6092 www.ramosprojetos.com.br

Joinville

SC

REATIVA SERVICE

42 3222 3500 www.reativa.com.br

Ponta Grossa

SADENCO

48 3028 2222 www.sadenco.com.br

Florianópolis

SDS AUTOMAÇÃO

47 2106 3300 www.sdsautomacao.com.br

Jaraguá do Sul

SC

SICLO

51 3337 7677 www.siclo.com.br

Porto Alegre

RS

X

SINERGIA

47 3521 8203 www.sinergiaengenharia.com

Rio do Sul

SC

X

SOBRETENSÃO

47 3338 4484 www.sobretensao.com.br

Blumenau

SC

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SOLFUS

41 3362 6201 www.solfus.com.br

Curitiba

PR

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START

54 3344 2139 www.startrs.com.br

Tapejara

RS

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SUL ENGENHARIA

51 3339 4136 www.sulenge.com.br

Porto Alegre

RS

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TK ENGENHARIA

41 3026 0722 www.tkengenharia.com.br

Curitiba

PR

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VIEIRA SANTOS

47 3366 0279 www.vieirasantos.com

Balneário Camboriú

SC

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ZENITH

54 3451 6898

Bento Gonçalves

RS

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Outros

Execução de obras

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Telecomunicações

Direção de obras

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SC

Cabeamento estruturado

Fiscalização de obras

X

X

Criciúma

Instrumentação e controle

Divulgação técnica

X

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48 3437 0707 www.padoin.eng.br

Automação

Pareceres

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SC

PADOIN

Cidade

Alta tensão

Perícias

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Blumenau

Site

Média tensão

Vistorias

X

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47 3333 8077 www.p3engenharia.com.br

Baixa tensão

Avaliações

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Estado

P3 ENGENHARIA

Ensino

Análises

X

Telefone

Projetos

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EMPRESA

Estudos

Consultoria

Região Sul

Outro

Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios

Tipos de serviços

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Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X X X

ARTIERE

41 3018 4444 www.artiere.com.br

Curitiba

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BOL ENGENHARIA

43 3322 5199 www.bolengenharia.com.br

Londrina

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CAVALARI ENGENHARIA

45 3055 4540 www.cavalariengenharia.com.br

Toledo

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CONSERWATT

41 3262 3332 www.conserwatt.com.br

Curitiba

PR

CORRÊA MATERIAIS ELÉTRICOS

47 3036 1800 www.correamateriaiseletricos.com.br Blumenau

SC

CORREIA & MIRANDA

41 3069 0732

Curitiba

PR

DMS

51 3451 0151 www.dmseng.com.br

Sapucaia do Sul

RS

DVIX

43 4101 0688 www.dvixbrasil.com.br

Londrina

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EFFICIENZA

41 3292 5603 www.efficienza.eng.br

Campo Largo

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ELECTRIC SERVICE

51 3338 5544 www.electricservice.com.br

Porto Alegre

RS

ELETROTRAFO

43 3520 5000 www.eletrotrafo.com.br

Cornélio Procópio

PR

ENERGYMAX

51 3723 6569 www.energymax.com.br

Cachoeira do Sul

RS

ENGEBRAZIL

43 3323 1228 www.engebrazil.com.br

Londrina

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ENSISTE

41 3322 1418 www.ensiste.com.br

Curitiba

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FELIX

44 3222 1250 www.felixengenharia.com.br

Maringá

PR

GERALUX

41 3153 7800 www.grupogeralux.com.br

Curitiba

GRANTEL

41 3393 2122 www.grantelequipamentos.com.br

Campo Largo

INSTITUTOS LACTEC

41 3361 6200 www.institutoslactec.org.br

Curitiba

PR

IOCH ENGENHARIA

47 3028 7770 www.ioch.com.br

Joinville

SC

X

LED ENGENHARIA

49 9921 5336 www.ledengenharia.com.br

Xanxerê

SC

X

LEFT ENGENHARIA

41 3205 9653 www.leftengenharia.com.br

Curitiba

LEME ENGENHARIA

48 2108-8000 www.leme.com.br

Florianópolis

MONTEBRAS

54 3341 3678 www.montebras.com.br

MSE ENGENHARIA NORD ELECTRIC

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X 1998

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X 2002

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Ano de início de atividades da empresa

X X

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

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Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

X X

Possuem programas na área de responsabilidade social

X

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Possuem certificação ISO 14000

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De 20 a 30

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Criciúma

De 10 a 20

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48 3462 3900 www.agpr5.com

Até 5

SC

AGPR5

Outros

Estado

De 5 a 10

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

Empresas de manutenção

Outras Empresas de engenharia

Cidade Florianópolis

Outros

Site

48 3269 5559 www.acrtecnologia.srv.br

Serviços

Telefone

ACR TECNOLOGIA

Industrial

EMPRESA

Comercial

Construtoras

Número de funcionários

Residencial

Região Sul

Concessionárias de energia elétrica

Principais clientes

Indústria em geral

Segmentos de mercado

Possuem certificação ISO 9001

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Instaladoras

Pesquisa

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Getulio Vargas

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Londrina

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49 3361 3900 www.nord.eng.br

Chapecó

SC

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O3 ENGENHARIA

48 3025 4742 www.engenhariao3.com.br

Florianópolis

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OMS ENGENHARIA

41 3364 7000 www.omsengenharia.com.br

Curitiba

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

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PERONDI ENGENHARIA

47 3026 2222 www.perondiengenharia.com.br

Joinville

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PLUS ENGENHARIA

42 3522 8294 www.plusvendas.com.br

Porto União

SC

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PROVOLT

47 3036 9666 www.provolt.com.br

Blumenau

SC

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QUANTUM

48 3271 0200 www.quantumengenharia.net.br

Florianópolis

SC

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RAMOS PROJETOS

47 3437 6092 www.ramosprojetos.com.br

Joinville

SC

REATIVA SERVICE

42 3222 3500 www.reativa.com.br

Ponta Grossa

PR

SADENCO

48 3028 2222 www.sadenco.com.br

Florianópolis

SC

SDS AUTOMAÇÃO

47 2106 3300 www.sdsautomacao.com.br

Jaraguá do Sul

SC

SICLO

51 3337 7677 www.siclo.com.br

Porto Alegre

RS

SINERGIA

47 3521 8203 www.sinergiaengenharia.com

Rio do Sul

SC

SOBRETENSÃO

47 3338 4484 www.sobretensao.com.br

Blumenau

SC

SOLFUS

41 3362 6201 www.solfus.com.br

Curitiba

PR

START

54 3344 2139 www.startrs.com.br

Tapejara

RS

SUL ENGENHARIA

51 3339 4136 www.sulenge.com.br

Porto Alegre

RS

TK ENGENHARIA

41 3026 0722 www.tkengenharia.com.br

Curitiba

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VIEIRA SANTOS

47 3366 0279 www.vieirasantos.com

Balneário Camboriú

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ZENITH

54 3451 6898

Bento Gonçalves

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X 2006

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Ano de início de atividades da empresa

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Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

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Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

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Possuem programas na área de responsabilidade social

RS

X

Possuem certificação ISO 14000

Novo Hamburgo

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Possuem certificação ISO 9001

51 3587 2587 www.transiente.com.br

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PÁRA-RAIOS TRANSIENTE

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De 20 a 30

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De 10 a 20

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De 5 a 10

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Até 5

SC

Outros

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Criciúma

Número de funcionários

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

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48 3437 0707 www.padoin.eng.br

Estado

Empresas de manutenção

SC

PADOIN

Cidade

Outras Empresas de engenharia

Blumenau

Site

Instaladoras

Construtoras

Industrial

47 3333 8077 www.p3engenharia.com.br

Outros

Telefone

P3 ENGENHARIA

Serviços

EMPRESA

Comercial

Residencial

Região Sul

Concessionárias de energia elétrica

Principais clientes

Indústria em geral

Segmentos de mercado

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X 1999

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Empresas de engenharia e consultoria

O Setor Elétrico / Julho de 2014

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GO

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EMEP

62 3249 6477

www.emep.eng.br

Goiânia

GO

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X

X

X

FOX

61 2103 9555

www.foxengenharia.com.br

Brasília

DF

HERTZ TECNOLOGIA

67 3422 5182

www.hertztecnologia.com.br

Dourados

MS

X

X

X

X

X

LEME ENGENHARIA

61 3327 9634

www.leme.com.br

Brasília

DF

LUMO ENGENHARIA

67 3522 3455

www.lumoengenharia.com.br

Três Lagoas

MS

LUZ ENGENHARIA

62 3311 7551

www.luzengenharia.com.br

Anápolis

GO

X

X

MAX SUNNNDER

65 8415 2938

Cuiabá

MT

X

X

X

MULTIPLA

62 3278 2591

www.mea.eng.br

Goiânia

GO

X

X

X

TORRE FORTE

67 3461 2278

www.torreforteengenharia.com.br Naviraí

MS

X

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X

Alta tensão

MT

Porangatu

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X X X X X X X X X

Média tensão

Cuiabá

www.eletrotec.eng.br

X X

Baixa tensão

www.e4engenharia.com.br

62 3362 1990

X

Outro

65 3665 1648

ELETROTEC

X X

Execução de obras

E4

MT

Direção de obras

Cuiabá

Fiscalização de obras

www.complexx.com.br

Pesquisa, Experimentação e ensaios

65 2128 9700

Ensino

COMPLEXX

Divulgação técnica

Cidade Brasília

Pareceres

Site www.caoenergia.com.br

Perícias

Vistorias

Avaliações

Análises

Consultoria

Projetos

Estado DF

Estudos

Telefone 61 3447 8714

X

X

X

Áreas de atuação

Região Centro Oeste

CAO ENERGIA INTELIGENTE

X X

Outros

X X X X X X X X X X X X X

Tipos de serviços

EMPRESA

Outros

Telecomunicações

X X X X X X X

Cabeamento estruturado

X X X X X

Instrumentação e controle

X X X

Automação

X X X

Alta tensão

Outro

Execução de obras

Direção de obras

X

Média tensão

X X

Telecomunicações

X X X X

X

Cabeamento estruturado

X X X X X

X

Baixa tensão

X X

Ensino

X

X X X

X X X

X X X

Divulgação técnica

X X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Pareceres

X X

Perícias

Estado BA MA BA CE BA MA AM BA PE PE BA CE SE PE CE CE CE MA BA PE BA SE BA PE BA PE BA PB BA AC

Vistorias

Cidade

Avaliações

Salvador www.aguiarengenharia.com.br São Luis Irecê www.aspro.eng.br Fortaleza Santa Maria da Vitória www.eletrotech.eng.br São Luis www.engecrim.com.br Manaus www.engentecnica.com.br Itabuna www.enservengenharia.com.br Olinda www.esc.com.br Recife Jequié www.essenengenharialtda.blogspot.com.br Juazeiro do Norte www.fj.eng.br Aracaju www.foco-ecs.com.br Recife www.gpsengenharia.com Fortaleza www.hertz.eng.br Sobral www.lap.com.br Fortaleza Imperatriz www.maprotec.com.br Lauro de Freitas www.n2aengenharia.com.br Recife www.thalesazevedofilho.com.br Salvador Aracaju www.qualityltda.com.br Salvador www.rayotec.com.br Recife www.technovia.com.br Lauro de Freitas www.tecnix.com.br Recife www.teknergia.com.br Lauro de Freitas www.tempoengenharia.com Cabedelo www.prodenge.com.br Salvador www.vectramultiengenharia.com.br Rio Branco

Análises

Site

71 3353 8322 98 3227 0217 74 9961 6590 85 3264 0382 77 3483 1934 98 2108 8054 92 3642 3938 73 8892 0628 81 3312 3422 81 3974 7474 73 3525 3407 88 3572 1532 79 3227 4655 81 3052 4417 85 3217 3275 88 3613 1251 85 3494 5097 99 3523 2253 71 3362 6864 81 3454 0649 71 3332 0011 79 3211 9952 71 3341 1414 81 3453 8242 71 3024 5113 81 3213 2624 71 3342 9216 83 3248 1091 71 3332 0011 68 3228 5149

Consultoria

Telefone

ABELARDO BRANDÃO AGUIAR ENGENHARIA APEX ASPRO INSTALAÇÕES CONSTEC ELETROTECH ENGECRIM ENGENTÉCNICA ENSERV ESC ESO ESSEN FJ ENGENHARIA FOCO ENGENHARIA GRID POWER HERTZ LAP ENGENHARIA LUZ ENGSERV MAPROTEC ENGENHARIA N2A ENGENHARIA PRODENGE PROJECTO QUALITY ENGENHARIA RAYOTEC TECHNOVIA TECNIX TEKNERGIA TEMPO ENGENHARIA THALES DE AZEVEDO FILHO VECTRA

Projetos

EMPRESA

Estudos

Região Norte e Nordeste

Fiscalização de obras

Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios

Tipos de serviços

Instrumentação e controle

124

Automação

Pesquisa

X X

X X


125

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X X

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Industrial

Serviços

Indústria em geral

Construtoras

Outras Empresas de engenharia

Empresas de manutenção

Concessionárias de energia elétrica

Principais clientes

Comercial

62 3362 1990

www.eletrotec.eng.br

Porangatu

GO

X

X

EMEP

62 3249 6477

www.emep.eng.br

Goiânia

GO

X

X

FOX

61 2103 9555

www.foxengenharia.com.br

Brasília

DF

X

X

HERTZ TECNOLOGIA

67 3422 5182

www.hertztecnologia.com.br

Dourados

MS

X

X

LEME ENGENHARIA

61 3327 9634

www.leme.com.br

Brasília

DF

LUMO ENGENHARIA

67 3522 3455

www.lumoengenharia.com.br

Três Lagoas

MS

LUZ ENGENHARIA

62 3311 7551

www.luzengenharia.com.br

Anápolis

GO

MAX SUNNNDER

65 8415 2938

Cuiabá

MT

MULTIPLA

62 3278 2591

www.mea.eng.br

Goiânia

GO

TORRE FORTE

67 3461 2278

www.torreforteengenharia.com.br

Naviraí

MS

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1989

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1984

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1982

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2008

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1997

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1998

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1990 2000 2007 1991 1985 2003 1980 2014

2004 X

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2006 2009 2011 2012 1990 2000 2006 2007

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1999

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Ano de início de atividades da empresa

Possuem programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

Possuem certificação ISO 14000

> 30

De 20 a 30

De 10 a 20

De 5 a 10

Até 5

Possuem certificação ISO 9001

X X

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2004 2001 2014

Número de funcionários

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Outros

ELETROTEC

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Residencial

MT

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Cuiabá

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www.e4engenharia.com.br

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65 3665 1648

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E4

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MT

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Cuiabá

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www.complexx.com.br

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65 2128 9700

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DF

COMPLEXX

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Brasília

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Cidade

www.caoenergia.com.br

Outros

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Site

61 3447 8714

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

Empresas de manutenção

Outras Empresas de engenharia

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Telefone

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X

EMPRESA CAO ENERGIA INTELIGENTE

Estado

Instaladoras

X

Segmentos de mercado

Região Centro Oeste

X X

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Ano de início de atividades da empresa

X

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X X X X X X X X X X X

2003 2007 2001 2005

Possuem programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:

X

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X X X X X X X X X X X

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X X X X X

Possuem certificação ISO 14000

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Possuem certificação ISO 9001

X X

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> 30

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De 20 a 30

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De 10 a 20

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De 5 a 10

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Até 5

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Outros

X X X X X X X

Número de funcionários

Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos

BA MA BA CE BA MA AM BA PE PE BA CE SE PE CE CE CE MA BA PE BA SE BA PE BA PE BA PB BA AC

Construtoras

Estado

Instaladoras

Cidade

Outros

Salvador www.aguiarengenharia.com.br São Luis Irecê www.aspro.eng.br Fortaleza Santa Maria da Vitória www.eletrotech.eng.br São Luis www.engecrim.com.br Manaus www.engentecnica.com.br Itabuna www.enservengenharia.com.br Olinda www.esc.com.br Recife Jequié www.essenengenharialtda.blogspot.com.br Juazeiro do Norte www.fj.eng.br Aracaju www.foco-ecs.com.br Recife www.gpsengenharia.com Fortaleza www.hertz.eng.br Sobral www.lap.com.br Fortaleza Imperatriz www.maprotec.com.br Lauro de Freitas www.n2aengenharia.com.br Recife www.thalesazevedofilho.com.br Salvador Aracaju www.qualityltda.com.br Salvador www.rayotec.com.br Recife www.technovia.com.br Lauro de Freitas www.tecnix.com.br Recife www.teknergia.com.br Lauro de Freitas www.tempoengenharia.com Cabedelo www.prodenge.com.br Salvador www.vectramultiengenharia.com.br Rio Branco

Serviços

Site

71 3353 8322 98 3227 0217 74 9961 6590 85 3264 0382 77 3483 1934 98 2108 8054 92 3642 3938 73 8892 0628 81 3312 3422 81 3974 7474 73 3525 3407 88 3572 1532 79 3227 4655 81 3052 4417 85 3217 3275 88 3613 1251 85 3494 5097 99 3523 2253 71 3362 6864 81 3454 0649 71 3332 0011 79 3211 9952 71 3341 1414 81 3453 8242 71 3024 5113 81 3213 2624 71 3342 9216 83 3248 1091 71 3332 0011 68 3228 5149

Industrial

Telefone

ABELARDO BRANDÃO AGUIAR ENGENHARIA APEX ASPRO INSTALAÇÕES CONSTEC ELETROTECH ENGECRIM ENGENTÉCNICA ENSERV ESC ESO ESSEN FJ ENGENHARIA FOCO ENGENHARIA GRID POWER HERTZ LAP ENGENHARIA LUZ ENGSERV MAPROTEC ENGENHARIA N2A ENGENHARIA PRODENGE PROJECTO QUALITY ENGENHARIA RAYOTEC TECHNOVIA TECNIX TEKNERGIA TEMPO ENGENHARIA THALES DE AZEVEDO FILHO VECTRA

Comercial

EMPRESA

Residencial

Região Norte e Nordeste

Indústria em geral

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

1998

X

X

X

2006

X

X

X

2008

X

X

X

X

2009 X

1995


Empresas de instalação elétrica

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Baixa tensão

Média tensão

Alta tensão

11 2533 1190

www.aeletrica.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

ACABINE

11 2842 5252

www.acabine.com.br

Guarulhos

SP

ACTIVAENG

11 99352 2597

São Paulo

SP

X

X

X

AFAP

19 3464 5650

www.afap.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

X

ALLIANCE

19 3406 8060

www.allianceimoveis.com

Americana

SP

X

X

X

APEL

11 2894 6873

www.apelengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

APLIC

19 3241 0051

www.aplicengenharia.com.br

Campinas

SP

X

X

X

AREA ENGENHARIA

11 2325 1783

www.areaengenharia.com

São Paulo

SP

X

X

X

ARETÉ ENGENHARIA

11 3833 0164

www.areteengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

ASR SERVIÇOS

17 3834 1150

www.asrservicoseengenharia.com.br

Guarani D'Oeste

SP

X

X

X

X

X

X

X

AT SERVICE

11 4798 2562

www.atservice.com.br

Mogi das Cruzes

SP

X

X

X

X

X

X

ATS ENGENHARIA

11 2645 4196

www.atseng.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

BASE ENERGIA

19 3837 5067

www.baseenergia.com.br

Jaguariúna

SP

X

X

X

X

X

X

X

C & P ENGENHARIA

11 2696 0313

www.cepinstalacoes.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

CIVITEC

11 5072 2043

www.civitecengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

CONCEITO AMBIENTAL

11 2765 2525

www.conceitoempresarial.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

CPFL SERVIÇOS

19 3756 2755

www.solucoescpfl.com.br

Campinas

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

DALO ELETROTÉCNICA

11 2081 8130

www.dalo.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

DHAYOW PROJETOS

15 3217 9500

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

DUBLIN

11 4442 1379

www.eletrodublin.com.br

Caieiras

SP

X

X

X

X

X

X

DUTRA LACROIX

11 5573 2327

www.dutralacroix.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

ELETRENGE

11 3222 6111

www.eletrenge.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

ELETRICA URANIO

11 99177 9418

www.eletricauranio.com.br

Jundiaí

SP

X

X

X

X

X

ELETROTÉCNICA VERA CRUZ

11 4941 0251

www.eletrotecnicaveracruz.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

X

X

ELFON SERVICE

15 2102 4777

www.elfon.com.br

Sorocaba

SP

X

X

X

ENGELÉTRICA

11 2878 4646

www.engeletricaservicos.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

ENGENERG

11 3688 1999

www.engenerg.com.br

Osasco

SP

X

ENGEPOWER

11 3579 8777

www.engepower.com

Osasco

SP

FLAMMARION

11 2084 8644

www.flammarionenergia.com

São Paulo

SP

X

FOCUS ENGENHARIA

19 3873 5768

www.focusengenharia.eng.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

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X

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Automação

Vistorias

A ELETRICA

Outro

Estado

Manutenção

Direção de obra

Cidade

Operação

X

Site

Consultoria

X

Telefone

Instalação

X

EMPRESA

Projeto

Fiscalização de obra

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Outros

Áreas de atuação

Telecomunicações

Tipos de serviços

Cabeamento estruturado

126

Instrumentação e controle

Pesquisa

X

X X X

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X

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X

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X X


127

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Tipos de serviços

Áreas de atuação

X

X

X

X

X

X

X

X

X

www.gsiservice.com.br

Campinas

SP

HBI SERVICE

11 4432 3670

www.hbiservice.com.br

Santo André

SP

HENGESERV

11 2764 1864

www.hengeserv.com.br

São Paulo

SP

HENRIQUES MARQUES

11 2062 1656

www.henriquesmarques.com.br

São Paulo

SP

X

X

INEL COMERCIAL

11 3875 1317

www.ineleletrica.com.br

Indaiatuba

SP

X

X

JBS ENGENHARIA

11 2722 3082

www.jbsengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

JMA TECNOPROJ

11 4367 1792

www.jmatecnoproj.com.br

Santo André

SP

X

X

X

X

X

JTR ENGENHARIA

11 5054 1040

www.jtrengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033

www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

X

X

MAEX ENGENHARIA

19 3455 5266

www.maex.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

X

X

MCPAR ENGENHARIA

19 3254 7699

www.mcpar.eng.br

Campinas

SP

X

X

X

X

MCR ENGENHARIA

19 3834 2991

www.mcrengenharia.com.br

Indaiatuba

SP

X

X

X

X

X

ME TECNOLOGIA

11 3088 6389

www.metecnologia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

MEGABRAS

11 5641 8111

www.megabras.com

São Paulo

SP

MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

11 3864 3755

www.mgd.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

MOINO

11 2261 1730

São Paulo

SP

X

X

X

OMEGA

19 3645 9096

www.omegaportal.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

PERFITEC-ELETRICA

11 4356 2729

www.perfitec-eletrica.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

PROSERVINCOM

11 2975 3106

www.proservincom.com.br

São Paulo

SP

X

X

PXM

12 3622 1122

www.pxm.com.br

Taubaté

SP

X

X

REVIMAQ

11 4531 8181

www.revimaq.com

Jundiaí

SP

X

ROVIMATIC

11 3816 4040

www.rovimatic.com.br

São Paulo

SP

X

X

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 728 9110

www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

X

X

X

SDMO-MAQUIGERAL

11 3789 6000

br.sdmo.com

São Paulo

SP

X

X

X

SELGI

11 2958 6743

São Paulo

SP

X

X

X

SINPOWER

11 3655 2777

www.sinpower.com.br

Osasco

SP

STDE

11 3757 5757

www.stde.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

TELEL

19 3542 4164

www.telel.com.br

Araras

SP

X

X

X

TERWAN SOLUÇÕES

12 3132 2100

www.terwan.com.br

Guaratinguetá

SP

TORMEL

19 3828 9500

www.tormel.com.br

Sumaré

SP

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X X

X

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X

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X

X

X X

X X

X X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

Outros

Média tensão

X

X

X

19 3037 1647

Telecomunicações

Baixa tensão

X

SP

GSI SERVICE

Cabeamento estruturado

Direção de obra

X

Sorocaba

Instrumentação e controle

Fiscalização de obra

X

X

Estado

www.rumoengenharia.com.br

Automação

Vistorias

X

X

Cidade

15 3331 2300

Alta tensão

Manutenção

X

X

Site

GRUPO RUMO

Outro

Operação

X

Telefone

Instalação

X

EMPRESA

Projeto

Consultoria

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

X X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X


Empresas de instalação elétrica

X X X

X X

11 2842 5252

www.acabine.com.br

Guarulhos

SP

X X

X X X X X

ACTIVAENG

11 99352 2597

São Paulo

SP

X X X

X X

AFAP

19 3464 5650

www.afap.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X X X X

ALLIANCE

19 3406 8060

www.allianceimoveis.com

Americana

SP

X X X

X X

APEL

11 2894 6873

www.apelengenharia.com.br

São Paulo

SP

X X X X X

APLIC

19 3241 0051

www.aplicengenharia.com.br

Campinas

SP

X X

AREA ENGENHARIA

11 2325 1783

www.areaengenharia.com

São Paulo

SP

X X X

ARETÉ ENGENHARIA

11 3833 0164

www.areteengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

ASR SERVIÇOS

17 3834 1150

www.asrservicoseengenharia.com.br

Guarani D'Oeste

SP

AT SERVICE

11 4798 2562

www.atservice.com.br

Mogi das Cruzes

SP

X

ATS ENGENHARIA

11 2645 4196

www.atseng.com.br

São Paulo

SP

X X X

X X X X

X

BASE ENERGIA

19 3837 5067

www.baseenergia.com.br

Jaguariúna

SP

X X

X

X

C & P ENGENHARIA

11 2696 0313

www.cepinstalacoes.com.br

São Paulo

SP

X X X

CIVITEC

11 5072 2043

www.civitecengenharia.com.br

São Paulo

SP

X X X

CONCEITO AMBIENTAL

11 2765 2525

www.conceitoempresarial.com.br

São Paulo

SP

X X X X

CPFL SERVIÇOS

19 3756 2755

www.solucoescpfl.com.br

Campinas

SP

DALO ELETROTÉCNICA

11 2081 8130

www.dalo.com.br

São Paulo

SP

DHAYOW PROJETOS

15 3217 9500

São Paulo

SP

X X X

DUBLIN

11 4442 1379

www.eletrodublin.com.br

Caieiras

SP

X X

DUTRA LACROIX

11 5573 2327

www.dutralacroix.com.br

São Paulo

SP

X X X

ELETRENGE

11 3222 6111

www.eletrenge.com.br

São Paulo

SP

X X

X X X

ELETRICA URANIO

11 99177 9418

www.eletricauranio.com.br

Jundiaí

SP

X X X

X X X

ELETROTÉCNICA VERA CRUZ

11 4941 0251

www.eletrotecnicaveracruz.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X X

ELFON SERVICE

15 2102 4777

www.elfon.com.br

Sorocaba

SP

X X X X

ENGELÉTRICA

11 2878 4646

www.engeletricaservicos.com.br

São Paulo

SP

X X X X X X X X X X X

ENGENERG

11 3688 1999

www.engenerg.com.br

Osasco

SP

X X

ENGEPOWER

11 3579 8777

www.engepower.com

Osasco

SP

X X X X

FLAMMARION

11 2084 8644

www.flammarionenergia.com

São Paulo

SP

X X X X X

FOCUS ENGENHARIA

19 3873 5768

www.focusengenharia.eng.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

1991 1994

X

1980

X

X

X

1992

X X X X X X

X

X

2013

X X X

X

X

2006

X

X

2009

X

X

2006

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

2010

X

X

1996

X

X

1997

X

X

2007

X X

X

X X X

X

X

X

X

X

X X

X X

X X X X

X X X X X X X X X X

X X

X

2000

X

X X X

X

X

X

X

X

X

X

X

1973

X

X

X

1993

X X X X X

X

X

X

2000

X X X X X

X

X

X

1989

X

1980

X

X

1990

X

X

2014

X

X

X X X

X X X X X

X X X

X X

X

X

X

X

X

X X

X

Ano de inicio de atividades da empresa

SP

ACABINE

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

Estado

São Paulo

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

Cidade

www.aeletrica.com.br

Possuem certificação ISO 14000

Site

11 2533 1190

Possuem certificação ISO 9001

Telefone

A ELETRICA

> 30

EMPRESA

De 20 a 30

De 10 a 20

De 5 a 10

Até 5

Número de funcionários

Outros

Empresas de manutenção.

Empresas de engenharia

Outros

Serviços

Industrial

Comercial

Residencial

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

Programas na area de responsabilidade social

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Construtoras

128

Indústrias em geral

Pesquisa

X

X X

X

X X

X

X

X

1980

X X X X

X

X

X

2000

X

X

2010

X

X

X

1999

X

X

X X X

X

X

X

X X X X X X X

X X X X X X X X X

X

X X X X

X

1995

X

X

1999

X

X

1998


129

SP

X X X

HBI SERVICE

11 4432 3670

www.hbiservice.com.br

Santo André

SP

X X X

HENGESERV

11 2764 1864

www.hengeserv.com.br

São Paulo

SP

X X X X

HENRIQUES MARQUES

11 2062 1656

www.henriquesmarques.com.br

São Paulo

SP

X X X

INEL COMERCIAL

11 3875 1317

www.ineleletrica.com.br

Indaiatuba

SP

X X X

JBS ENGENHARIA

11 2722 3082

www.jbsengenharia.com.br

São Paulo

SP

X X X X

JMA TECNOPROJ

11 4367 1792

www.jmatecnoproj.com.br

Santo André

SP

X X X

JTR ENGENHARIA

11 5054 1040

www.jtrengenharia.com.br

São Paulo

SP

X X X X

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033

www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

MAEX ENGENHARIA

19 3455 5266

www.maex.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X X X X X X X X X X X X

MCPAR ENGENHARIA

19 3254 7699

www.mcpar.eng.br

Campinas

SP

X X

MCR ENGENHARIA

19 3834 2991

www.mcrengenharia.com.br

Indaiatuba

SP

X X X

ME TECNOLOGIA

11 3088 6389

www.metecnologia.com.br

São Paulo

SP

X X X

MEGABRAS

11 5641 8111

www.megabras.com

São Paulo

SP

X X

MGD EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

11 3864 3755

www.mgd.com.br

São Paulo

SP

X X X

MOINO

11 2261 1730

São Paulo

SP

X X X X

OMEGA

19 3645 9096

www.omegaportal.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X X X

X X X X X X X

PERFITEC-ELETRICA

11 4356 2729

www.perfitec-eletrica.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

PROSERVINCOM

11 2975 3106

www.proservincom.com.br

São Paulo

SP

X X

PXM

12 3622 1122

www.pxm.com.br

Taubaté

SP

X X

X X X X X X X

REVIMAQ

11 4531 8181

www.revimaq.com

Jundiaí

SP

X

ROVIMATIC

11 3816 4040

www.rovimatic.com.br

São Paulo

SP

X X X

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 728 9110

www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

X X X X

SDMO-MAQUIGERAL

11 3789 6000

br.sdmo.com

São Paulo

SP

SELGI

11 2958 6743

São Paulo

SP

SINPOWER

11 3655 2777

www.sinpower.com.br

Osasco

SP

STDE

11 3757 5757

www.stde.com.br

Guarulhos

SP

X

X

TELEL

19 3542 4164

www.telel.com.br

Araras

SP

X X

X X

TERWAN SOLUÇÕES

12 3132 2100

www.terwan.com.br

Guaratinguetá

SP

X X X

TORMEL

19 3828 9500

www.tormel.com.br

Sumaré

SP

X

X

X

2002

X

X

2008

X

X

1999

X

X

1996

X

X

2011

X

X

2014

X

X

2011

X

X

2007

X

X

2001

X

X

X

1989

X

X

X

1995

X

X

2001

X

X

1995

X X

X X X X X X X X

X

X X

X X

X X

X X X X X X X X X X X

X

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X

X

X

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X

X X X X X X X X X

X X X

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X

X

X

X

1982

X

X

1993

X

X

1992

X

X

2012

X

X

2003

X

X

1993

X

X

1998

X

X

X

1979

X

X

X

X

X

X

X X

X

X X

X X

X

X X X X

X

X X X X X X X X

X

X X

X X X X

X

X

X

1999

X X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X X

Ano de inicio de atividades da empresa

Campinas

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

www.gsiservice.com.br

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

X X

19 3037 1647

Possuem certificação ISO 14000

SP

GSI SERVICE

Estado

Possuem certificação ISO 9001

Sorocaba

> 30

Cidade

www.rumoengenharia.com.br

De 20 a 30

Site

15 3331 2300

De 10 a 20

Telefone

GRUPO RUMO

De 5 a 10

EMPRESA

Até 5

Número de funcionários

Outros

Empresas de manutenção.

Empresas de engenharia

Construtoras

Indústrias em geral

Outros

Serviços

Industrial

Comercial

Residencial

Estado de São Paulo (Interior e grande São Paulo)

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

Programas na area de responsabilidade social

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

X

1980

X

X

2011

X

X

1999

X

X

1995

X

X

X

X

1980

X X

X

X

X

1986


Empresas de instalação elétrica

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Média tensão

Automação

Instrumentação e controle

Cabeamento estruturado

Áreas de atuação

Baixa tensão

Tipos de serviços

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

Direção de obra

www.abacoprojetos.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

ALBERNAZ ELECTRIC

38 3561 4522

www.albernazelectric.com.br

João Pinhero

MG

X

X

ARAUJO ABREU

21 3865 2500

www.araujoabreu.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

BARBOSA & ANDRADE

31 3551 2061

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X

BCM ELETRICIDADE

37 3232 6788

www.bcmeletricidade.com.br

Para de Minas

MG

X

X

X

ELETROGEN

31 9775 6140

www.eletrogenengenharia.com.br

Congonhas

MG

X

X

X

ENGEPARC

31 3295 5211

www.engeparc.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

ENGETEC

27 99917 2314

Linhares

ES

X

X

X

ETELBRA

21 3392 8106

www.etelbra.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

FC ELETRICA

21 3259 7063

www.fceletrica.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

X

GPENG

27 99929 6334

Vila Velha

ES

X

X

X

Operação

Estado

31 3481 1890

X X

X

X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X X X

X

32 3313 3500

www.grupoitce.eng.br

Juiz de Fora

MG

X

X

X

L & G ENGENHARIA

31 3643 5153

www.legengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

MASALUPRI

21 3496 0644

www.masalupri.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

MBA

34 3271 7700

www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X

X

X

MONTAL PARA-RAIOS

31 3476 7675

www.montal.com.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

PETHRAS ENGENHARIA

21 2508 6711

www.pethras.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

POWER & LIGHT

24 2453 7883

www.plengenharia.com.br

Valença

RJ

RHBC

21 2622 5475

www.rhbcengenharia.com.br

Niterói

RJ

X

X

SELTEC

33 3521 1353

www.seltecminas.com.br

Teófilo Otoni

MG

X

X

SENIOR MONTAGENS

31 3662 8864

www.empresassenior.com.br

Pedro Leopoldo

MG

X

X

SETROMEC

31 3567 0001

www.setromec.eng.br

Belo Horizonte

MG

X

X

X

SIGEEL

27 3373 3530

Linhares

ES

X

X

X

TC MANUTENÇÃO

31 3621 7785

www.tcmanutencao.com.br

Vespasiano

MG

X

X

X

X

TEREME

27 3328 2412

www.tereme.com.br

Serra

ES

X

X

X

X

X

X

TWOENG

21 3412 3549

www.twoeng.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

X

X

W2 BRISON PROJETOS

35 3332 2018

www.w2brison@ig.com.br

São Lourenço

MG

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X X

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X X

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X X

X X

X

X

X

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X X

X

X

X

X

GRUPO ITCE

X

X

Alta tensão

Fiscalização de obra

X

Cidade

ÁBACO PROJETOS

Outro

Vistorias

X

Site

Consultoria

X

Telefone

Instalação

X

EMPRESA

Projeto

Manutenção

Região Sudeste

Outros

130

Telecomunicações

Pesquisa

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X


131

MG

X

ARAUJO ABREU

21 3865 2500

www.araujoabreu.com.br

Rio de Janeiro

RJ

BARBOSA & ANDRADE

31 3551 2061

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X X X X X X X X X

BCM ELETRICIDADE

37 3232 6788

www.bcmeletricidade.com.br

Para de Minas

MG

X X

ELETROGEN

31 9775 6140

www.eletrogenengenharia.com.br

Congonhas

MG

X X X X

X X

ENGEPARC

31 3295 5211

www.engeparc.com.br

Belo Horizonte

MG

X X X X

X X X X

ENGETEC

27 99917 2314

Linhares

ES

X X X X

ETELBRA

21 3392 8106

www.etelbra.com.br

Rio de Janeiro

RJ

FC ELETRICA

21 3259 7063

www.fceletrica.com.br

Rio de Janeiro

RJ

GPENG

27 99929 6334

Vila Velha

ES

X X X X

GRUPO ITCE

32 3313 3500

www.grupoitce.eng.br

Juiz de Fora

MG

X X X

L & G ENGENHARIA

31 3643 5153

www.legengenharia.com.br

Belo Horizonte

MG

X X X X

MASALUPRI

21 3496 0644

www.masalupri.com.br

Rio de Janeiro

RJ

MBA

34 3271 7700

www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X X

MONTAL PARA-RAIOS

31 3476 7675

www.montal.com.br

Belo Horizonte

MG

X X X X

PETHRAS ENGENHARIA

21 2508 6711

www.pethras.com.br

Rio de Janeiro

RJ

POWER & LIGHT

24 2453 7883

www.plengenharia.com.br

Valença

RJ

RHBC

21 2622 5475

www.rhbcengenharia.com.br

Niterói

RJ

X X X

SELTEC

33 3521 1353

www.seltecminas.com.br

Teófilo Otoni

MG

X X

SENIOR MONTAGENS

31 3662 8864

www.empresassenior.com.br

Pedro Leopoldo

MG

X

X

SETROMEC

31 3567 0001

www.setromec.eng.br

Belo Horizonte

MG

X X

X X

SIGEEL

27 3373 3530

Linhares

ES

X X X X

TC MANUTENÇÃO

31 3621 7785

www.tcmanutencao.com.br

Vespasiano

MG

X X

TEREME

27 3328 2412

www.tereme.com.br

Serra

ES

X X

TWOENG

21 3412 3549

www.twoeng.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X X

X X X X X

W2 BRISON PROJETOS

35 3332 2018

www.w2brison@ig.com.br

São Lourenço

MG

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X X X

X X X X

X

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X

X

1986

X

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2010

X

X

X

X

X

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1996

X

X

2003

X

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2013

X

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1990

X

X

2008

X

X

1997

X

X

2011

X

2002

X

X

X X

Ano de inicio de atividades da empresa

João Pinhero

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

www.albernazelectric.com.br

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

X X X

38 3561 4522

Possuem certificação ISO 14000

MG

ALBERNAZ ELECTRIC

Estado

Possuem certificação ISO 9001

Belo Horizonte

> 30

Cidade

www.abacoprojetos.com.br

De 20 a 30

Site

31 3481 1890

De 10 a 20

Telefone

ÁBACO PROJETOS

De 5 a 10

EMPRESA

Até 5

Número de funcionários

Outros

Empresas de manutenção.

Empresas de engenharia

Construtoras

Indústrias em geral

Outros

Serviços

Industrial

Comercial

Residencial

Região Sudeste

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

Programas na area de responsabilidade social

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

X

X

X

X X

X X

X

X X

X X X X X

X -

-

2007

X X X X X

X

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X

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-

X

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X

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X

2002

X

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X

2003

X

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X

X

X

1998

X

X

X

2007

X

X

X

X

X

2008

X

X

1988

X

2007

X

2012

X

1999

X

2008

X

1987

X

X X

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X

X -

-

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-

X

-

X

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X

X

X X

X X

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X

X

X X

X

X

X

X X

X


Empresas de instalação elétrica

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X

X

X

BOL ENGENHARIA

43 3322 5199

www.bolengenharia.com.br

Londrina

PR

X

X

X

CIGAME

51 3356 5555

www.cigame.com.br

Porto Alegre

RS

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

EFFICIENZA

41 3292 5603

www.efficienza.eng.br

Campo Largo

PR

ELOS

41 3383 9290

www.elos.com.br

Curitiba

PR

EXECPAR

41 3284 6702

www.execpar.com.br

Curitiba

PR

X

X

FELIX

44 3222 1250

www.felixengenharia.com.br

Maringá

PR

X

X

FILTROIL

41 3672 4924

www.filtroil.ind.br

Quatro Barras

PR

INSTALADORA MARINGÁ

44 3222 8834

Maringá

PR

LED ENGENHARIA

49 9921 5336

www.ledengenharia.com.br

Xanxerê

SC

LUZVILLE

47 3145 4600

www.luzville.com.br

Joinville

SC

MONTEBRAS

54 3341 3678

www.montebras.com.br

Getulio Vargas

RS

NORD ELECTRIC

49 3361 3900

www.nord.eng.br

Chapecó

SC

OMS ENGENHARIA

41 3364 7000

www.omsengenharia.com.br

Curitiba

PR

P3 ENGENHARIA

47 3333 8077

www.p3engenharia.com.br

Blumenau

SC

PADOIN

48 3437 0707

www.padoin.eng.br

Criciúma

SC

REATIVA SERVICE

42 3222 3500

www.reativa.com.br

Ponta Grossa

PR

X

SADENCO

48 3028 2222

www.sadenco.com.br

Florianópolis

SC

X

X

SDS AUTOMAÇÃO

47 2106 3300

www.sdsautomacao.com.br

Jaraguá do Sul

SC

X

X

SE SERVIÇOS ELÉTRICOS

44 3229 2658

Maringá

PR

X

X

SISTENGE INSTALAÇÕES

51 8452 1274

www.sistenge.com

Porto Alegre

RS

X

X

SOBRETENSÃO

47 3338 4484

www.sobretensao.com.br

Blumenau

SC

X

X

SOLUÇÃO INDUSTRIAL

42 3226 0445

Ponta Grossa

PR

X

X

SYSMONT

51 3592 0499

www.sysmont.com.br

São Leopoldo

RS

X

X

X

VIEIRA SANTOS

47 3366 0279

www.vieirasantos.com

Balneário Camboriú

SC

X

X

X X X X X X X

X

X

X

X X

X

X

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X

X

X

X

X X

Automação

SC

Alta tensão

X

Criciúma

Média tensão

X

www.agpr5.com

Baixa tensão

Consultoria

X

48 3462 3900

Outro

Instalação

SC

AGPR5

Direção de obra

Estado

Florianópolis

Fiscalização de obra

Cidade

www.acrtecnologia.srv.br

Vistorias

Site

48 3269 5559

Manutenção

Telefone

ACR TECNOLOGIA

Operação

EMPRESA

Projeto

Região Sul

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X

X

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X

X

X

X

X

X

X

X X

Outros

Áreas de atuação

Telecomunicações

Tipos de serviços

Cabeamento estruturado

132

Instrumentação e controle

Pesquisa

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X


133

X X

BOL ENGENHARIA

43 3322 5199

www.bolengenharia.com.br

Londrina

PR

X X

X X X X X

CIGAME

51 3356 5555

www.cigame.com.br

Porto Alegre

RS

X X X

X X X X X

EFFICIENZA

41 3292 5603

www.efficienza.eng.br

Campo Largo

PR

X X X

ELOS

41 3383 9290

www.elos.com.br

Curitiba

PR

X X

EXECPAR

41 3284 6702

www.execpar.com.br

Curitiba

PR

X X

FELIX

44 3222 1250

www.felixengenharia.com.br

Maringá

PR

X X X X

FILTROIL

41 3672 4924

www.filtroil.ind.br

Quatro Barras

PR

INSTALADORA MARINGÁ

44 3222 8834

Maringá

PR

X X X

LED ENGENHARIA

49 9921 5336

www.ledengenharia.com.br

Xanxerê

SC

X X X

LUZVILLE

47 3145 4600

www.luzville.com.br

Joinville

SC

MONTEBRAS

54 3341 3678

www.montebras.com.br

Getulio Vargas

RS

NORD ELECTRIC

49 3361 3900

www.nord.eng.br

Chapecó

SC

OMS ENGENHARIA

41 3364 7000

www.omsengenharia.com.br

Curitiba

P3 ENGENHARIA

47 3333 8077

www.p3engenharia.com.br

PADOIN

48 3437 0707

REATIVA SERVICE

X

X X

X X

X X

X

X

X

1998

X

X

2006

X

X

1984

X

X

1977

X

X

2013

X

X

1998

X

X

1994

X

X

X

1992

X

X

X

2014

X

X

2006

X

1991

X

X

2014

X

X

1994

X

X

1996

X

X

X

X

1993

X

X

1999

X

X

2009

X

X

2007

X

X X

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X X

X X X

X

PR

X X X

X X X

X

X

Blumenau

SC

X X X X

X X X X X

X

www.padoin.eng.br

Criciúma

SC

X

X

42 3222 3500

www.reativa.com.br

Ponta Grossa

PR

SADENCO

48 3028 2222

www.sadenco.com.br

Florianópolis

SC

X X X X X

SDS AUTOMAÇÃO

47 2106 3300

www.sdsautomacao.com.br

Jaraguá do Sul

SC

X X X

SE SERVIÇOS ELÉTRICOS

44 3229 2658

Maringá

PR

X X

SISTENGE INSTALAÇÕES

51 8452 1274

www.sistenge.com

Porto Alegre

RS

X X

SOBRETENSÃO

47 3338 4484

www.sobretensao.com.br

Blumenau

SC

SOLUÇÃO INDUSTRIAL

42 3226 0445

Ponta Grossa

PR

SYSMONT

51 3592 0499

www.sysmont.com.br

São Leopoldo

RS

VIEIRA SANTOS

47 3366 0279

www.vieirasantos.com

Balneário Camboriú

SC

X X X X X X X X X

X X X

X

X X

X

X X X

X

X

X

X

X

X

X

X X X

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2013

X

X

X

X X

2008

X

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X X

2006

X X

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2000

X

X X

X

X X X X

X

X

X X

X

X X

X X X

X

X

X X

X X

Ano de inicio de atividades da empresa

SC

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

Criciúma

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

www.agpr5.com

Possuem certificação ISO 14000

X X X X

48 3462 3900

Possuem certificação ISO 9001

SC

AGPR5

> 30

Estado

Florianópolis

De 20 a 30

Cidade

www.acrtecnologia.srv.br

De 10 a 20

Site

48 3269 5559

De 5 a 10

Telefone

ACR TECNOLOGIA

Até 5

EMPRESA

Número de funcionários

Outros

Empresas de manutenção.

Empresas de engenharia

Construtoras

Indústrias em geral

Outros

Serviços

Industrial

Comercial

Residencial

Região Sul

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

Programas na area de responsabilidade social

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X X

X X

X X X

X

X X

X

X

X

2003


Empresas de instalação elétrica

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Instrumentação e controle

Cabeamento estruturado

Telecomunicações

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Baixa tensão

Média tensão

MA

X

X

X

X

CCW ENGENHARIA

84 3223 1111

www.ccwengenharia.com.br

Natal

RN

X

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X

X

X

X

CONSTEC

77 3483 1934

Santa Maria da Vitória

BA

X

X

X

X

X

X

DISK ELETRICISTA

75 3487 2854

www.cohimeletricista.com.br

Feira de Santana

BA

X

X

X

X

ELO

82 3336 2727

www.eloengenharia.com

Maceió

AL

X

X

X

ENGENTÉCNICA

73 8892 0628

www.engentecnica.com.br

Itabuna

BA

X

X

X

ENIIL

81 3428 4040

www.eniil.com.br

Recife

X

X

X

ENSERV

81 3312 3422

www.enservengenharia.com.br

X

X

X

ESC

81 3974 7474

www.esc.com.br

X

X

ESO

73 3525 3407

FOCO ENGENHARIA

81 3052 4417

www.foco-ecs.com.br

GRID POWER

85 3217 3275

www.gpsengenharia.com

HERLEY

73 3046 2646

HERTZ

88 3613 1251

JBM

71 3304 4186

LUZ ENGSERV

99 3523 2253

PULSO

85 3032 4200

www.pulsoengenharia.com.br

RAYOTEC

81 3453 8242

www.rayotec.com.br

SENSOR ENERGIA

85 9981 8302

SEPEL

86 3211 6762

TECHNOVIA

X

X

X

X

PE

X

X

Olinda

PE

X

X

X

Recife

PE

X

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Jequié

BA

X

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Recife

PE

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Fortaleza

CE

X

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Jequié

BA

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Sobral

CE

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Salvador

BA

X

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Imperatriz

MA

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Fortaleza

CE

X

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Recife

PE

X

X

www.sensorenergia.com.br

Maranguape

CE

X

X

X

www.sepelprojetos.com.br

Teresina

PI

X

X

X

X

71 3024 5113

www.technovia.com.br

Lauro de Freitas

BA

X

X

X

X

TEKNERGIA

71 3342 9216

www.teknergia.com.br

Lauro de Freitas

BA

X

X

X

X

TEMPO ENGENHARIA

83 3248 1091

www.tempoengenharia.com

Cabedelo

PB

X

X

X

VECTRA

68 3228 5149

www.vectramultiengenharia.com.br

Rio Branco

AC

X

X

X

X X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

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X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

www.emep.eng.br

Goiânia

GO

X

X

X

INOVAR

62 3609 4158

www.inovareletrica.com.br

Goiânia

GO

X

X

LUMO ENGENHARIA

67 3522 3455

www.lumoengenharia.com.br

Três Lagoas

MS

X

X

X

MULTIPLA

62 3278 2591

www.mea.eng.br

Goiânia

GO

X

X

X

SOLAR

67 3422 2070

www.solarengenharia.com.br

Dourados

MS

X

X

X

X

X X

X X

X

X X X

X

X

X X

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X

X

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X

X

X

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X X

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X

X

X

X

X

X

Automação

62 3249 6477

X

X

X

Alta tensão

EMEP

Média tensão

X

Baixa tensão

Consultoria

X

Outro

Instalação

X

Direção de obra

Projeto

GO

Fiscalização de obra

Estado

Porangatu

X

Áreas de atuação

Vistorias

Cidade

www.eletrotec.eng.br

Manutenção

Site

62 3362 1990

Operação

Telefone

X

X

Região Centro Oeste

ELETROTEC

X

X

Tipos de serviços

EMPRESA

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

Outros

X

Telecomunicações

X

www.hertz.eng.br

Outro

Instalação

Direção de obra

Estado

São Luis

Vistorias

Cidade

www.aguiarengenharia.com.br

Manutenção

Site

98 3227 0217

Operação

Telefone

AGUIAR ENGENHARIA

Consultoria

EMPRESA

Projeto

Fiscalização de obra

Região Norte e Nordeste

Outros

Automação

Áreas de atuação

Alta tensão

Tipos de serviços

Cabeamento estruturado

134

Instrumentação e controle

Pesquisa

X X


135

CONSTEC

77 3483 1934

Santa Maria da Vitória

BA

DISK ELETRICISTA

75 3487 2854

www.cohimeletricista.com.br

Feira de Santana

BA

ELO

82 3336 2727

www.eloengenharia.com

Maceió

AL

X X X

ENGENTÉCNICA

73 8892 0628

www.engentecnica.com.br

Itabuna

BA

X X X X X

ENIIL

81 3428 4040

www.eniil.com.br

Recife

PE

ENSERV

81 3312 3422

www.enservengenharia.com.br

Olinda

PE

X X X X X X X

ESC

81 3974 7474

www.esc.com.br

Recife

PE

X X

ESO

73 3525 3407

Jequié

BA

X X

X X

FOCO ENGENHARIA

81 3052 4417

www.foco-ecs.com.br

Recife

PE

X X X

X X X

GRID POWER

85 3217 3275

www.gpsengenharia.com

Fortaleza

CE

X X X

X X X X

HERLEY

73 3046 2646

Jequié

BA

X X

X X X X

HERTZ

88 3613 1251

Sobral

CE

X X X

X X X

JBM

71 3304 4186

Salvador

BA

X X X

X X

LUZ ENGSERV

99 3523 2253

Imperatriz

MA

X X X

X X X X

PULSO

85 3032 4200

www.pulsoengenharia.com.br

Fortaleza

CE

X X X X

X X

RAYOTEC

81 3453 8242

www.rayotec.com.br

Recife

PE

X X X X

X X X X

SENSOR ENERGIA

85 9981 8302

www.sensorenergia.com.br

Maranguape

CE

X X

SEPEL

86 3211 6762

www.sepelprojetos.com.br

Teresina

PI

TECHNOVIA

71 3024 5113

www.technovia.com.br

Lauro de Freitas

BA

X

TEKNERGIA

71 3342 9216

www.teknergia.com.br

Lauro de Freitas

BA

X X X

TEMPO ENGENHARIA

83 3248 1091

www.tempoengenharia.com

Cabedelo

PB

X X X X X X X X

VECTRA

68 3228 5149

www.vectramultiengenharia.com.br

Rio Branco

AC

X X

X

X

X

2000

X

X

2003

X

X

2014

X

X

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1988

X

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2009

X

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2011

X

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2012

X X X X X

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X X

X X X X X

Estado

Porangatu

GO

X X X

X X

X

EMEP

62 3249 6477

www.emep.eng.br

Goiânia

GO

X X X X

X X X X

X

INOVAR

62 3609 4158

www.inovareletrica.com.br

Goiânia

GO

X X X

X X

X

LUMO ENGENHARIA

67 3522 3455

www.lumoengenharia.com.br

Três Lagoas

MS

MULTIPLA

62 3278 2591

www.mea.eng.br

Goiânia

GO

SOLAR

67 3422 2070

www.solarengenharia.com.br

Dourados

MS

X

X X X X X X X X

Possuem certificação ISO 14000

Cidade

www.eletrotec.eng.br

Possuem certificação ISO 9001

Site

62 3362 1990

De 20 a 30

De 10 a 20

De 5 a 10

Até 5

Outros

Empresas de manutenção.

Empresas de engenharia

Construtoras

Telefone

ELETROTEC

Programas na area de responsabilidade social

X

Número de funcionários

X X X X X X X X X X X

X

X X

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Outros

X X

X X

X X

Serviços

2012

X

1993

X

X

2000

X

X

2005

X

X

2014

X

X

1993

X

2002

X

X

2007

X

X

1985

X

X

2003

X

X

2004

X X

X

X X

X X

EMPRESA

X X

1999

X

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

X X

X

X

X X X X X X

Industrial

X

X

X X X

Região Centro Oeste

Comercial

X X X

X

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

X

Segmentos de mercado

Residencial

1998

X

> 30

X

X X

2007

X

X

Indústrias em geral

www.hertz.eng.br

X

X

X

X X

X

X

X X X

X X X X

Ano de inicio de atividades da empresa

X X X

X

X

2013

X

X

2012

X

X

2012

X

2005

X

1985

2012 X

X X

Ano de inicio de atividades da empresa

RN

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

Natal

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

www.ccwengenharia.com.br

Possuem certificação ISO 14000

X X

84 3223 1111

Possuem certificação ISO 9001

MA

CCW ENGENHARIA

Estado

> 30

São Luis

De 20 a 30

Cidade

www.aguiarengenharia.com.br

De 10 a 20

Site

98 3227 0217

De 5 a 10

Telefone

AGUIAR ENGENHARIA

Até 5

EMPRESA

Número de funcionários

Outros

Empresas de manutenção.

Empresas de engenharia

Construtoras

Indústrias em geral

Outros

Serviços

Industrial

Comercial

Residencial

Região Norte e Nordeste

Principais clientes Concessionárias de energia elétrica

Segmentos de mercado

Programas na area de responsabilidade social

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X


Prestadoras de serviços GTD

O Setor Elétrico / Julho de 2014

SC

ANDRADE & CANELLAS

11 2122 0400

www.andradecanellas.com.br

São Paulo

SP

APEL

11 2894 6873

www.apelengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

AREA ENGENHARIA

11 2325 1783

www.areaengenharia.com

São Paulo

SP

X

X

X

BALTEAU

35 3629 5500

www.balteau.com.br

Itajubá

MG

BARBOSA & ANDRADE

31 3551 2061

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X

X

X

CCW ENGENHARIA

84 3223 1111

www.ccwengenharia.com.br

Natal

RN

CORRÊA MATERIAIS ELÉTRICOS 47 3036 1800

www.correamateriaiseletricos.com.br Blumenau

SC

CPFL SERVIÇOS

19 3756 2755

www.solucoescpfl.com.br

Campinas

SP

EFACEC

11 5491 1999

www.efacec.pt

São Paulo

SP

EFFICIENZA

41 3292 5603

www.efficienza.eng.br

Campo Largo

PR

ELETRICA URANIO

11 99177 9418 www.eletricauranio.com.br

Jundiaí

SP

ENSERV

81 3312 3422

www.enservengenharia.com.br

Olinda

FEITEP

44 3029 4500

www.feitep.com.br

FOCUS ENGENHARIA

19 3873 5768

www.focusengenharia.eng.br

GRID POWER

85 3217 3275

IGUAÇUMEC

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Manutenção

SP

Criciúma

X

Operação

Santa Barbara D'Oeste

www.agpr5.com

X

Consultoria

www.afap.com.br

48 3462 3900

X

X

X

Instalação

19 3464 5650

AGPR5

X

X

X

Projeto

AFAP

X

Direção de obra

SC

X

Distribuição

Fiscalização de obra

SP

Florianópolis

Vistorias

Guarulhos

www.acrtecnologia.srv.br

X

Manutenção

www.acabine.com.br

48 3269 5559

X

Consultoria

11 2842 5252

ACR TECNOLOGIA

X

Instalação

ACABINE

X

Outros

MG

Estado

Projeto

Belo Horizonte

Direção de obra

Cidade

www.abacoprojetos.com.br

Fiscalização de obra

Site

31 3481 1890

Tipo de Serviços

Vistorias

Telefone

ÁBACO PROJETOS

Manutenção

EMPRESA

Operação

Consultoria

Instalação

Projeto

Geração

Outros

136

Operação

Pesquisa

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X X X

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X

PE

X

X

X

Maringá

PR

X

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

www.gpsengenharia.com

Fortaleza

CE

X

X

43 3401 1000

www.iguacumec.com.br

Cornélio Procópio

PR

X

X

INSTITUTOS LACTEC

41 3361 6200

www.institutoslactec.org.br

Curitiba

PR

X

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033

www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X

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X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X


137

O Setor Elétrico / Julho de 2014

GO

X

X

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

PETHRAS ENGENHARIA

21 2508 6711

www.pethras.com.br

Rio de Janeiro

RJ

PXM

12 3622 1122

www.pxm.com.br

Taubaté

SP

QUALITY ENGENHARIA

71 3341 1414

www.qualityltda.com.br

Salvador

BA

RAYOTEC

81 3453 8242

www.rayotec.com.br

Recife

PE

SADENCO

48 3028 2222

www.sadenco.com.br

Florianópolis

SC

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 728 9110 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

SEL

19 3515 2000

www.selinc.com.br

Campinas

SP

X

SUL ENGENHARIA

51 3339 4136

www.sulenge.com.br

Porto Alegre

RS

X

TEREME

27 3328 2412

tereme@tereme.com.br

Serra

ES

URKRAFT

11 3662 0115

www.urkraft.com.br

São Paulo

SP

VECTRA

68 3228 5149

www.vectramultiengenharia.com.br

Rio Branco

AC

X

X

X

X

X X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

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X X

X X

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X

X

X

X X

X

X X

X

X

X

Manutenção

Goiânia

www.omegaportal.com.br

X X

X

Operação

www.mea.eng.br

19 3645 9096

X

Consultoria

62 3278 2591

OMEGA

X

Instalação

MULTIPLA

X X

Outros

X

RJ

X

Projeto

X

Rio de Janeiro

Direção de obra

MA

www.masalupri.com.br

Distribuição

Fiscalização de obra

Imperatriz

21 3496 0644

Vistorias

99 3523 2253

MASALUPRI

Manutenção

LUZ ENGSERV

Operação

X

Consultoria

X

Instalação

MS

Outros

Três Lagoas

Projeto

Estado

www.lumoengenharia.com.br

Direção de obra

Cidade

67 3522 3455

Fiscalização de obra

Site

LUMO ENGENHARIA

Tipo de Serviços

Vistorias

Manutenção

Telefone

Instalação

Operação

EMPRESA

Projeto

Consultoria

Geração

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X


Prestadoras de serviços GTD

O Setor Elétrico / Julho de 2014

SP

X

X

Florianópolis

SC

AFAP

19 3464 5650

www.afap.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

AGPR5

48 3462 3900

www.agpr5.com

Criciúma

SC

ANDRADE & CANELLAS

11 2122 0400

www.andradecanellas.com.br

São Paulo

SP

APEL

11 2894 6873

www.apelengenharia.com.br

São Paulo

SP

X X X

AREA ENGENHARIA

11 2325 1783

www.areaengenharia.com

São Paulo

SP

X

BALTEAU

35 3629 5500

www.balteau.com.br

Itajubá

MG

BARBOSA & ANDRADE

31 3551 2061

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

CCW ENGENHARIA

84 3223 1111

www.ccwengenharia.com.br

Natal

RN

X

X X X

X X

X X

CORRÊA MATERIAIS ELÉTRICOS 47 3036 1800

www.correamateriaiseletricos.com.br Blumenau

SC

CPFL SERVIÇOS

19 3756 2755

www.solucoescpfl.com.br

Campinas

SP

EFACEC

11 5491 1999

www.efacec.pt

São Paulo

SP

EFFICIENZA

41 3292 5603

www.efficienza.eng.br

Campo Largo

PR

ELETRICA URANIO

11 99177 9418 www.eletricauranio.com.br

Jundiaí

SP

ENSERV

81 3312 3422

www.enservengenharia.com.br

Olinda

PE

FEITEP

44 3029 4500

www.feitep.com.br

Maringá

PR

FOCUS ENGENHARIA

19 3873 5768

www.focusengenharia.eng.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

X

GRID POWER

85 3217 3275

www.gpsengenharia.com

Fortaleza

CE

X

IGUAÇUMEC

43 3401 1000

www.iguacumec.com.br

Cornélio Procópio

PR

INSTITUTOS LACTEC

41 3361 6200

www.institutoslactec.org.br

Curitiba

PR

LPENG ENGENHARIA

11 2901 7033

www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

X

1986

X

X

X

1991

X

X

X

2000

X

X X X

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1980

X

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X X X

X X X

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2006

X

X X

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X X X X X

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X

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X X X X

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X

2013

X

X

2009

X

X

1996

X

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1998

2006

X

X X X

X

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X

1948

X

X

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2013

X

1990

X

X X X

X

X

X X

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X

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1993

X X X

X

X X

X

X

X

X

X

X X X

X

X

X

X X

X

Ano de inicio de atividades da empresa

Guarulhos

www.acrtecnologia.srv.br

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

www.acabine.com.br

48 3269 5559

X

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

11 2842 5252

ACR TECNOLOGIA

Possuem Certificado ISO 14001

ACABINE

> 30

X

Possuem Certificado ISO 9001

X X

De 20 a 30

MG

Estado

De 10 a 20

Belo Horizonte

De 5 a 10

Cidade

www.abacoprojetos.com.br

Até 5

Site

31 3481 1890

Outros

Telefone

ÁBACO PROJETOS

Empresas montadoras de equipamento

EMPRESA

Empresas de manutenção de redes

Empresas de engenharia

Empresas de montagem de redes de transmissão

Empresas distribuidoras de energia elétrica

Empresas transmissoras de energia elétrica

Outros

Número de funcionários

Principais Clientes

Empresas geradoras de energia elétrica

Fiscalização de obra

Vistorias

Distribuição

Programas na area de responsabilidade social

138

Empresas de montagem de redes de distribuição

Pesquisa

X X X

X X X X

X

X

X X

2010

X

X

1998

X

X

2011

X

X

1981

X

X

1997

X

X

1989


139

O Setor Elétrico / Julho de 2014

X X

62 3278 2591

www.mea.eng.br

Goiânia

GO

OMEGA

19 3645 9096

www.omegaportal.com.br

Santa Barbara D'Oeste

SP

PETHRAS ENGENHARIA

21 2508 6711

www.pethras.com.br

Rio de Janeiro

RJ

PXM

12 3622 1122

www.pxm.com.br

Taubaté

SP

QUALITY ENGENHARIA

71 3341 1414

www.qualityltda.com.br

Salvador

BA

RAYOTEC

81 3453 8242

www.rayotec.com.br

Recife

PE

SADENCO

48 3028 2222

www.sadenco.com.br

Florianópolis

SC

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 728 9110 www.schneider-electric.com

São Paulo

SP

SEL

19 3515 2000

www.selinc.com.br

Campinas

SP

SUL ENGENHARIA

51 3339 4136

www.sulenge.com.br

Porto Alegre

RS

TEREME

27 3328 2412

tereme@tereme.com.br

Serra

ES

X

URKRAFT

11 3662 0115

www.urkraft.com.br

São Paulo

SP

X

68 3228 5149

www.vectramultiengenharia.com.br

Rio Branco

AC

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

Compra produtos, equipamentos, componentes, etc

Ano de inicio de atividades da empresa

2000

X

2002 2005 2012

X X

X

X

X

1998

X

X

1998

X

1990

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

2004

X

X

2003

1994

X X X

X

X

X X X

X X

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X

X

X X X

X X X

X

X

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X

2012

X

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X

N/A

X X

X

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X

X X X

X

X

Possuem Certificado ISO 14001

X X X

Programas na area de responsabilidade social

X

X

> 30

X

X

Possuem Certificado ISO 9001

X

X

De 20 a 30

X

X

MULTIPLA

VECTRA

X

X

Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores

X

X

De 10 a 20

X X

X

De 5 a 10

X

RJ

X

Até 5

MA

Rio de Janeiro

www.masalupri.com.br

X

Outros

Imperatriz

21 3496 0644

Empresas montadoras de equipamento

99 3523 2253

MASALUPRI

Empresas de manutenção de redes

LUZ ENGSERV

X X X

Empresas de engenharia

MS

Empresas de montagem de redes de transmissão

Estado

Três Lagoas

Empresas de montagem de redes de distribuição

Cidade

www.lumoengenharia.com.br

Empresas distribuidoras de energia elétrica

Site

67 3522 3455

Empresas transmissoras de energia elétrica

Telefone

LUMO ENGENHARIA

Outros

EMPRESA

Número de funcionários

Principais Clientes

Empresas geradoras de energia elétrica

Fiscalização de obra

Vistorias

Distribuição

X

X

X X X X X

X

1998


Aula prática

140

Geração distribuída

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Plantas de cogeração em centros comerciais Por José Luiz De Martini*

Soluções de sistemas de geração distribuída de energia elétrica como alternativa ao fornecimento convencional


141

O Setor Elétrico / Julho de 2014

seja em termos de custos, seja em termos ambientais.

A geração distribuída, ou seja, as plantas

localizadas com os pontos de consumo, notadamente na condição de autoprodutor, podem representar alternativa econômica e estratégica e, neste aspecto, as instalações de missão crítica podem ser sim beneficiadas no incremento da disponibilidade e confiabilidade. Isso justifica a forte qualificação apontada pelo USGBC na certificação LEED® para empreendimentos que adotem soluções deste tipo, substituindo o consumo puro de energia elétrica importada por plantas de cogeração.

Outra condição é a posição de algumas

das concessionárias de limitar o fornecimento em tensão primária de distribuição no limite de 2.500 kW, conforme determina a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A solução com cogeração é uma alternativa em relação ao atendimento em tensão de subtransmissão e construção de subestação.

Plantas para geração distribuída

Tratam-se de plantas para produção

de energia elétrica na própria instalação consumidora, desde energia fotovoltaica até grandes plantas de cogeração. As fontes não gerenciáveis, como produção fotovoltaica ou eólica, não são tratadas neste artigo.

Assim, na geração distribuída de plena

capacidade, há a utilização de combustíveis fosseis ou eventualmente renováveis, como biomassa ou etanol, este sem adequada viabilidade econômica e mesmo técnica para

A visão corrente de que o Brasil possui um

edifícios comerciais.

dos maiores parques de energia hidrelétrica

Trataremos de modelos, utilizando o gás

do mundo nos afasta de uma realidade um

natural disponível comercialmente em distintas

pouco distante disso. Se, de fato, temos cerca

modalidades tarifárias para aplicações em

de 70% de nossa energia produzida em plantas

geração simples de energia e especificamente

hidráulicas, temos uma significativa parcela, da

para cogeração.

ordem de 15%, oriunda de plantas térmicas,

carvão, petróleo ou gás.

substituição ou backup, os motores a gás

Para operações de geração de segurança,

Como estas plantas são de baixa eficiência

natural, de ciclo Otto, não se comportam

somadas

transmissão,

adequadamente em função da lenta resposta

transformação e distribuição –, as alternativas

a variações de blocos de carga, devendo ser

de geração distribuída serão sempre bem-vistas,

utilizados motores a diesel.

as

perdas

em


Aula prática

Geração distribuída

142

Geração de ponta

A

energia

em

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Cogeração

horário

de

ponta

Balanceando utilidades em centros comerciais

A forma mais adequada de elevarmos o

(usualmente, dias úteis, das 17h30 às 20h30)

rendimento de uma planta é o aproveitamento

é bem mais onerosa. Dessa maneira, vários

do rejeito térmico dos motogeradores na

consumo se ajusta perfeitamente para uma

consumidores utilizam a capacidade de

produção de outra utilidade, daí o termo

planta

geração neste horário, propiciando uma

cogeração, que á a produção seriada de mais

motogeradores a gás natural, recuperação de

alternativa econômica.

de uma utilidade, usando o mesmo sistema e

calor e reaquecimento de água quente pelos

Normalmente, são usadas máquinas a

Neste tipo de aplicação, a relação de de

cogeração,

pois

empregando

insumo (combustível).

gases de escapamento, associado a chillers de

diesel, no entanto, máquinas a gás natural são

absorção, temos praticamente a mesma relação

economicamente mais viáveis e representam

para

menor impacto ambiental. Na prática, o

elétrica, calor na forma de água quente

frio.

melhor resultado se obtém combinando

ou vapor e ainda água gelada empregando

ambos os tipos de motores, propiciando uma

chillers

condicionado é decorrente do calor sensível

alternativa econômica real apesar do maior

compressores centrífugos acionados por

dissipado pelos servidores.

custo de aquisição das maquinas a gás.

turbinas a vapor. É possível, inclusive,

chegar à produção de gás carbônico para

participação da contribuição do calor sensível,

plantas de produção e engarrafamento de

iluminação natural e aparelhos, com maior

refrigerantes.

participação da contribuição latente, como ar

 Adotar solução mista de gás natural e

externo e dissipação dos habitantes.

diesel, pois:

artigo, podemos citar algumas aplicações:

Os cuidados com este tipo de projeto

são:

Uma planta de cogeração pode prover instalações

de

consumidoras

absorção,

ou

energia

mesmo

Nas instalações que são objeto deste

- Grupos a gás natural não respondem

em termos de produção de energia elétrica e

Isso porque a maior parcela do ar

Já em centros comerciais há menor

Assim, por exemplo, e sem maiores

detalhes, podemos atribuir a necessidade

adequadamente a variação de blocos de

- Centros administrativos: energia elétrica,

de aproximadamente 0,8 TR (tonelada de

carga quando operando isolados em ilha;

como complemento da concessionária,

refrigeração)

- Grupos a gás natural são de custo de

backup ou mesmo estabilização da rede.

entregue aos serviços. Esta relação não se

aquisição mais elevado e, como a variação

- Água gelada para sistema de ar

ajusta naturalmente para uma planta de

da demanda ao longo do período de ponto

condicionado por expansão indireta.

cogeração empregando motogeradores a gás

é fortemente decrescente (*), haveria

- Centros comerciais varejistas: energia

natural com recuperação de calor de jaqueta e

capacidade ociosa da planta dificultando

elétrica, como complemento da

reaquecimento de água quente pelos gases de

a remuneração do investimento.

concessionária e backup ou mesmo

escapamento, associado a chillers de absorção,

(*) Para centros administrativos, a demanda

estabilização da rede.

que pode produzir em torno de 0,25 TR / kWe.

média entre 17h30 e 20h30 é inferior

- Água gelada para sistema de ar

a 50% da demanda inicial do período,

condicionado por expansão indireta,

criterioso, avaliando:

fator agravado no horário de verão, com

mesmo que somente para áreas comuns,

deslocamento para 18h30 às 21h30. Isto

nos limites de capacidade da central de

- Central de água gelada combinando chillers

não ocorre em centros varejistas, como

cogeração.

de absorção (cogeração), chillers elétricos

shopping centers.

- Hotéis: energia elétrica, como

de alta eficiência e ainda chillers de queima

para

cada

kW

de

energia

Com isso, o projeto deverá ser muito

complemento da concessionária e backup.

direta a gás para complemento da capacidade

 Não superdimensionar a usina, lembrando

- Água quente para uso industrial

em dias e horas de pico de calor.

que esta é uma opção econômica. Adotar

/ sanitário e/ou água quente para

- Utilização parcial de sistemas de expansão

solução

aquecimento de piscinas e climatização no

direta, notadamente de alta eficiência, do tipo

três a quatro máquinas, evitando que

inverno.

VRF.

individualmente nenhum motor opere abaixo

- Água gelada para o sistema de ar

de 75% de sua capacidade nominal.

condicionado, provavelmente associado a

modular,

com

pelo

menos

Uso de turbogeradores

tanque de armazenamento de frio. - Hospitais: mesmo não sendo objeto

limitado ao rendimento dos próprios grupos

deste artigo, as soluções similares a

derivadas de projetos aeroespaciais, oferece

motogeradores, não havendo praticamente

hotéis podem ser aplicadas aos centros

condições favoráveis para a recuperação de

aproveitamento de qualquer rejeito térmico.

hospitalares.

energia térmica. Normalmente possuem

O rendimento deste tipo de usina fica

A aplicação de turbinas, normalmente



Aula prática

144

Geração distribuída

menor eficiência na produção de energia

O Setor Elétrico / Julho de 2014

energia elétrica de 5 MW.

elétrica, mas permitem, em função da temperatura e concentração dos gases de

escape, eficiente recuperação de calor.

mercado

turbinas, capazes de atender de forma

Comparando as soluções temos:

Devemos destacar a existência no de

soluções

com

pequenas

balanceada à demanda elétrica de 60 kW

Consumo médio mensal na

ponta: 270.000 TRh

Consumo médio mensal fora de

ponta: 2.260.00 TRh

 Solução convencional: Fornecimento em tensão de

- motogeradores a gás natural com

com 110 TR de água gelada por módulo.

eficiência elétrica da ordem de até 42%

e produção de vapor da ordem de 0,9 t/

cogeração em um centro administrativo.

138 kV

hora/MWe;

Estação transformadora do consumidor

- turbo gerador com rendimento

solução, vamos estabelecer um modelo

com 2 x 10 MVA

elétrico da ordem de 32% e produção

considerando

Geração diesel de backup/emergia,

de vapor de até 2,5 t/hora de valor.

administrativo de grande porte com os

serviços essenciais: 3.000 kW

seguintes parâmetros básicos:

Central de água gelada, centrífugas de

Exemplo

de

aplicação:

planta

de

Para demonstrar a viabilidade desta um

centro

comercial

subtransmissão (alta tensão): 69 kV a

alto rendimento totalizando 8 x 1100 TR

O espaço requerido para instalações

com turbogeradores é bem mais reduzido

 Referências

do que com motogeradores, mas há

- Área total construída 400.000 m²

outros fatores a serem considerados. Essas

- Área útil locável 200.000 m².

Fornecimento em tensão primária de

virtudes qualificariam esta solução para

- Demandas:

distribuição (média tensão): 13,2 kW até

 Solução com planta de cogeração:

o limite de 2.500 kW

usinas de cogeração em centros comerciais, pois poderíamos atender praticamente a

Energia elétrica, excluindo a central

Planta de cogeração com quatro

toda a demanda de frio equilibrada com a

de água gelada:

motogeradores a gás natural de 2.200 kW

produção de energia elétrica. Entretanto, há

Demanda máxima: 10.000 kW

Planta de geração diesel com dois

dois fatos que afastam esta solução:

Consumo mensal na ponta:

motogeradores de 2.250 kW

- Turbinas devem operar de forma

347.200 kWh

Conjunto com quatro chillers de absorção

contínua. Seria adequado para Data

Consumo mensal fora de

de 400 TR/cada, totalizando 1.600 TR

Centers (operação 24x7), mas não para

ponta: 2.930.000 kWh

Conjunto com chillers elétricos, totalizando 3.500 TR

operação em horário comercial; - Não seriam economicamente viáveis

Água gelada

abaixo da capacidade de geração de

Demanda máxima: 7.600 TR

Conjunto com chillers de absorção por queima direta, totalizando 2.500 TR


145

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Resultados obtidos: planta de cogeração em um centro administrativo

é de difícil determinação pela condição de

e, para o usuário final, a disponibilidade

distância até a linha, derivação desta linha,

singela de energia nos padrões de qualidade

condição física de implantação em áreas

e continuidade da concessionária, sem fonte

urbanas, licenças ambientais e/ou municipais

alternativa.

quanto à passagem na via pública. Some-se

Consideramos o modelo acima e análise

Solução alternativa, com cogeração

ainda o risco quanto ao prazo demandado.

de mercado dos insumos, energia elétrica,

gás natural e água, bem como os custos

implantação da subestação (R$ 1.100 /

de operação e manutenção da planta e

kVA). Este custo será maior para potência

amortização plena do investimento em

instalada menor que 10 MVA, pois a maior

suprimento de energia em média tensão,

contrato de 15 anos (tarifas-base de maio e

parte dos equipamentos independe da

tipicamente entre 13,2 kV e 25 kV, no

julho de 2014, das respectivas companhias

potência instalada.

limite mínimo estabelecido pela Aneel em

de energia, gás e água).

Não há possibilidade e escalonamento

2.500 kW. Este limite pode, ou não, ser

Temos então o resultado comparando

do investimento, visto que praticamente

praticado pela concessionária, mas neste

solução convencional e a opção alternativa

todo o investimento na linha de transmissão

estudo consideramos de fato como teto de

com a planta de cogeração a seguir:

e na subestação deva ocorrer na primeira

fornecimento.

fase do empreendimento.

Finalmente, há o custo dos geradores

pela concessionária seria contratada na

a diesel de backup/emergência. Como

modalidade A4, verde, ou seja, não seria

vantagem,

Solução convencional, com suprimento em alta tensão e subestação transformadora

O custo inicial da linha de transmissão

Deve ser considerado o custo de

haverá

o

menor

Nesta

Nesta

análise,

tensão, a

consideramos

energia

o

fornecida

custo

utilizada em horário de ponta. Portanto,

operacional e como desvantagens o tempo

do montante total previsto fora de ponta

de implantação, o investimento inicial

(2.930.000 kWh), 660 horas x 2.500 kW =


Aula prática

146

Geração distribuída

1.650.000 kWh seriam da concessionária,

O Setor Elétrico / Julho de 2014

confiável e robusta.

Conclusão

sendo o restante produzido localmente.

Considerando o custo de implantação

O que determinará a adoção desta

O

objetivo

deste

trabalho

foi

com amortização em 15 anos e comparando

opção como solução é um conjunto de

apresentar um modelo tecnicamente viável

com a tarifa A4 verde, aplicada normalmente

fatores:

de utilização de sistema de geração de distribuída como alternativa às deficiências

no mercado de produtos imobiliários deste tipo, assim como custos usuais de

- Disponibilidade de energia da

de fornecimento de energia elétrica e que

manutenção e operação das plantas de ar

concessionária de energia elétrica,

seja economicamente viável nos padrões do

condicionado, teríamos:

já que isso implica custos e,

mercado.

eventualmente, longo prazo para

- Custo médio mensal, solução

instalação;

mesmo em região com baixo custo de

convencional: R$ 12,60/ m² de área útil

- Disponibilidade e confiabilidade de gás

energia elétrica, como a área de concessão

locada;

natural e eventual aporte financeiro de

da AES Eletropaulo e alto custo da água

- Custo médio mensal, solução

apoio ao projeto pela distribuidora de gás;

fornecida pela Sabesp. Dessa maneira, o

cogeração: R$ 14,20/m² de área útil

- Implantação em etapas do

projeto torna-se mais atrativo ainda em

locada (15 anos);

empreendimento;

regiões onde as tarifas de energia elétrica

- Custo médio mensal, após

- Relação entre as tarifas e tributos no

são mais onerosas.

amortização: R$ 10,20/m² de área útil

fornecimento de energia elétrica e gás

locada.

natural, além da disponibilidade e custo

Concluímos que o modelo é viável,

Referência

de água para condensação;

DE

- Possibilidade de contratação e

como alternativa aos desafios energéticos”.

operação da planta em regime

Disponível em: <www.cspi.com.br/cspi/coger-

anteriormente e pode variar favoravelmente

conhecido como B.O.T, em que uma

datacenters.pdf>.

em favor da solução de cogeração em

empresa especialista monta, aluga

empreendimentos de menor porte, abaixo

e opera a usina, com transferência

de 100.000 m² de área útil locada.

dos ativos ao contratante ao final do

contrato, este de longa duração, por

Esta comparação foi realizada para

empreendimento

de

porte

descrito

Como importante benefício adicional aos

usuários, o fornecimento de energia elétrica é

exemplo, 15 anos;

assegurado por meio da operação combinada da

- Valorização da necessidade

concessionária, geradores a gás natural e diesel.

operacional quanto a uma planta mais

MARTINI,

José

Luiz. “A

cogeração

*José Luiz de Martini é engenheiro eletricista da Engenharia Gerencial SS Ltda., desenvolvedor de soluções para Instalações de alto desempenho e confiabilidade para aplicações especiais de sistemas de energia e modelagem de soluções para grandes centros comerciais – jl-gerencial@uol.com.br



ESPAÇO GUIA DE NORMAS

Esclarecimentos, recomendações e orientações quanto à aplicação técnica das normas ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 14039 e NR 10, baseados no Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras. Todos os meses uma dica de como bem utilizar as normas técnicas brasileiras para garantir o sucesso e a segurança da instalação elétrica.

Proteção contra incêndios

148

Os componentes elétricos da instalação não devem apresentar perigo de incêndio para os materiais vizinhos. Para tanto, os componentes fixos, cujas superfícies externas possam atingir temperaturas que venham a causar perigo de incêndio a materiais adjacentes devem ser montados sobre materiais ou contidos no interior de materiais que suportem tais temperaturas e sejam de baixa condutância térmica, tais como invólucros metálicos (Figura 1). Outra alternativa é separar os componentes dos elementos da construção do prédio por materiais que suportem tais temperaturas e sejam de baixa condutância térmica. Ou, finalmente, os componentes da instalação devem ser montados, de modo a permitir a dissipação segura do calor, a uma distância segura de qualquer material em que tais temperaturas possam ter efeitos térmicos prejudiciais, sendo que qualquer meio de suporte deve ser de baixa condutância térmica. Além disso, os componentes fixos que apresentam efeitos de focalização ou concentração de calor devem estar a uma distância suficiente de qualquer objeto fixo ou elemento do prédio, de modo a não submetê-los, em condições normais, a uma elevação perigosa de temperatura. Os materiais dos invólucros que sejam dispostos em torno de componentes elétricos durante a instalação devem suportar a maior temperatura suscetível de ser produzida pelo componente. Materiais combustíveis não são adequados para a construção destes invólucros, a menos

que sejam tomadas medidas preventivas contra a ignição, tais como o revestimento com material incombustível ou de combustão difícil e de baixa condutância térmica. Para atender às prescrições anteriores, fica evidente que é fundamental conhecer previamente as temperaturas máximas atingidas pelos componentes, assim como as temperaturas suportadas pelos materiais e elementos adjacentes à instalação de baixa tensão. Além disso, é importante conhecer as características principais dos materiais combustíveis que possam estar adjacentes aos componentes elétricos, notadamente suas condutâncias térmicas. Os componentes da instalação que contenham líquidos inflamáveis em volume significativo (≥ 25 litros) devem ser objeto de precauções para evitar que, em caso de incêndio, o líquido inflamado, a fumaça e os gases tóxicos se propaguem para outras partes da edificação. Nestes casos, que seriam aplicáveis principalmente aos transformadores e aos grupos geradores, deve ser construído um fosso de drenagem, para coletar vazamentos do líquido e assegurar a extinção das chamas, em caso de incêndio (Figura 2). O local deve ter soleiras, ou outros meios, para evitar que o líquido inflamado se propague para outras partes da edificação. Os equipamentos também devem ser instalados num compartimento resistente ao fogo, ventilado apenas por atmosfera externa. Para volumes inferiores a 25 litros, é suficiente apenas que se evite o vazamento do líquido para áreas externas (soleira, por exemplo).


ESPAÇO GUIA DE NORMAS

Dique de contenção de óleo

Figura 1: Invólucro de material de baixa condutância térmica.

Figura 2: Tanque de contenção de óleo em sala de grupo gerador.

Colaborou com esta seção: Hilton Moreno, engenheiro eletricista, professor, consultor

149


Coluna do consultor

150

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Por Hilton Moreno, especialista em instalações elétricas e consultor técnico da revista O Setor Elétrico

Corinthians e a NBR 5410

Meu amigo e grande engenheiro eletricista Paulo Barreto enviou-me

dias atrás em tom de brincadeira uma notícia publicada em algum site que envolve duas das coisas mais importantes de nosso País: a ABNT NBR 5410 e o Corinthians.

Vamos à íntegra da notícia: Suíte temática do Corinthians no Classe A Única no país, decoração da suíte conta a história do time em Motel de SP Uma nova suíte inspirada no time do Corinthians foi criada pelo proprietário do Motel Classe A, situado na Mooca, em São Paulo. Segundo ele, após perceber o amor incondicional dos corintianos por seu time, decidiu criar um ambiente somente para eles, para que

possam explorar ainda mais essa paixão avassaladora pelo Timão.

preto e branco, como fica o atendimento ao item 6.1.5.3 da ABNT

Pois bem. E neste caso, em que somente foram utilizados condutores

“Pensei em unir as duas paixões em um só lugar: a paixão pelo

NBR 5410, que trata da identificação dos condutores? Como será que

Corinthians unida à paixão pelo parceiro(a). Vi que seria uma

o eletricista resolveu o assunto uma vez que é quase certo que algum

combinação explosiva”, declara entusiasmado.

circuito da suíte tenha condutor neutro (que seria identificado pela

Logo na garagem, ao estacionar o carro, o sensor dispara um grito

cor azul claro) e todos os circuitos deveriam ter condutor de proteção

da torcida do ‘bando de loucos’ e na parede da frente uma frase

(identificados pela cor verde ou verde-amarelo)?

de boas-vindas – eternamente dentro dos nossos corações – com o

símbolo do Timão. Ao entrar na suíte, acima da cama, tem um pôster

(e também para as demais torcidas), a saída é abrir mão da identificação

da torcida com a frase “Não para, não para, não para”, em referência

dos condutores pela cor e utilizar outros meios como, por exemplo, o

a um dos cantos mais populares da torcida alvinegra. Muitos espaços

uso de anilhas ou outras formas de marcação que indiquem a função do

são dedicados às curiosidades históricas do time.

condutor (fase, neutro, proteção, retorno). Será que o eletricista fez isso?

Marinho ressalta que tomou cuidado até com a fiação do quarto.

Sob o ponto de vista da aplicação de 6.1.5.3 na suíte do Corinthians

Somente uma inspeção “in loco” poderia sanar esta questão. Alguém se

“Exigi que toda a fiação elétrica do quarto fosse nas cores preto e

habilita?

branco, não há um só fio verde dentro da suíte”, comenta. (o destaque

em amarelo não consta da notícia original).

os cabos provavelmente serão todos verdes, o que reforça mais ainda

Imaginando o que vem pela frente, quando a suíte for do Palmeiras,

Com pôsteres e camisa oficial enquadrada, canais e cadeira

a necessidade do uso de outras formas de identificação que não

erótica, sauna, hidromassagem, som ambiente e muito charme em

exclusivamente por cores. Para são paulinos, a coisa complica, pois

toda a decoração, a suíte já conta com histórias interessantes: desde

vão ser misturados preto, branco e vermelho. E por aí seguem as cores

a camareira que se negou a entrar na suíte para arrumá-la (são

dos times embolando com as cores do condutor neutro, condutor de

paulina fanática) até um casal que discutiu na entrada, pois ela

proteção e condutor de fase conforme a ABNT NBR 5410.

(corintiana) queria ir à suíte temática e o namorado não. Mas,

no fim, ela acabou convencendo o parceiro, depois de uma longa

revisão, será que é o caso de fazer um levantamento das cores de todos

negociação, na qual ela se comprometeu a pagar a conta.

os times do Brasil? Claro que isso é uma brincadeira, só para descontrair

O sucesso é tanto que Marinho já iniciou projetos para a construção de outras suítes temáticas de outros times de futebol.

Tendo em vista que a norma ABNT NBR 5410 encontra-se em

depois do 7x1 de algumas semanas atrás.

Boa inspeção da suíte!



Energia sustentável

152

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.

E o legado da Copa do Mundo? A

de

contra a Alemanha e da baixa energia contra a

a ampliação dos aeroportos de várias cidades-

preocupação das pessoas durante o mês da

água

desapareceu

do

radar

Holanda), restando o seu legado, sobre o qual

sede.

Copa, apesar de ter piorado a situação: no

falaremos aqui.

início de julho, o nível da água do Sistema

Temos o legado (in)questionável dos

Muito se questionou sobre violações de

Cantareira estava em 18,5% (sem o volume

estádios. E sua certificação sustentável não

direitos humanos durante as manifestações

morto, o nível seria 0%) e do Alto Tietê em

é 100% como previsto: em 18 de junho, a

contra a Copa. O governo federal falou de

24%; diversas cidades da região de Campinas

FIFA e o Green Building Council (GBC)

programas sociais paralelos ao evento, mas

e Sorocaba estão com racionamento; o lago

anunciaram que somente metade das arenas

não parecem ser proporcionais à importância

da usina de Furnas está no nível mais baixo

recebeu a certificação LEED: Mineirão

do evento e dos gastos, para se tornar um

desde 2001, ano do “apagão”, e a “disputa a

(categoria Platinum - a mais alta), Maracanã,

legado efetivo. Chamou mais a atenção o

tapa” continua entre a água para gerar energia

Fonte

Arena

grande envolvimento da seleção alemã com

e para os demais usos.

Pernambuco (categoria Silver) e Castelão

a comunidade no sul da Bahia, deixando

Mesmo assim, tenho que me render aos

(certificação simples). Sobre as parcas obras

como legado um novo campo de futebol para

fatos e fazer a última coluna sobre a Copa,

viárias do entorno: serão úteis, mas longe

os moradores, doando recursos financeiros

que sumirá rapidamente dos noticiários

de serem um grande avanço na mobilidade

aos índios Pataxós de Coroa Vermelha para

(ainda mais depois do “apagão” do Brasil

urbana. Talvez um legado útil da Copa seja

aquisição de ambulância e para a Escola da

Nova,

Arena

Amazônia,

E no campo social, qual foi o legado?


153

Vila de Santo André por três anos.

Social e Promoção de Valores”. O projeto

técnicos, dirigentes e executivos dos clubes, e

Sobre o legado social, vale a pena passar

foi adotado pelo empresário mexicano Jorge

estimulando as empresas a usar o investimento

um relato feito pelo Instituto Ethos, em seu

Vergara (dono do Chivas México/EUA e da

social privado em projetos de futebol. Os

boletim de 27 de junho de 2014, sobre a

empresa Omnilife), que comprou o Saprissa

estádios estão sendo reformados conforme o

gestão sustentável e responsável do futebol

da Costa Rica no início dos anos 2000. A

“padrão Costa Rica”: segurança, equipamentos,

da Costa Rica, que nesta Copa fez história.

partir de então contratou somente jogadores

higiene e acessibilidade, sem luxo.

Começando pela base: aboliu o exército

costarriquenhos, fortaleceu e lançou marcas

em 1948 e direcionou as verbas militares

próprias do time, abriu escolinhas de futebol,

fundações de times de futebol, iniciando pelo

para o ecoturismo e manejo sustentável das

fez parceria com a Prefeitura da capital para

Saprissa, mobilizando a sociedade junto com

florestas; é o único país da América Latina

manutenção de campos e de equipes infantis/

ONGs e governos para projetos que beneficiem

na lista das 22 democracias mais antigas do

juvenis em bairros da periferia e fundou

jovens e setores carentes da população,

mundo, e está à frente do Brasil quanto ao

a escola e a universidade do futebol para

incentivo a trabalhos voluntários de torcedores,

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

capacitar profissionais.

inserindo jovens em risco social com o futebol,

e à sustentabilidade (considerado em 2012 o

O Saprissa venceu a Liga de Clubes

e operando centros comunitários de reciclagem

país com melhor desempenho ambiental do

Campeões da Concacaf em 2005 e participou

de resíduos sólidos.

continente americano e o quinto do mundo).

do Campeonato Mundial Interclubes, no

Espelhando-se no exemplo da Costa

Até os anos 1990, o futebol costarriquenho

Japão, influenciando a modernização dos

Rica, vamos sonhar com um legado além de

era um esporte semiamador, quando o

demais clubes e da federação de futebol

estádios e obras, e revolucionar a “indústria”

professor Roberto Artavia da Incae Business

do país. A primeira divisão hoje tem como

do futebol brasileiro e a inserção das

School, da Costa Rica, elaborou o projeto

objetivo específico promover a identidade

comunidades em um projeto sustentável de

“A Indústria do Futebol: Responsabilidade

comunitária e a coesão social, capacitando

longo prazo?

A Costa Rica também criou as primeiras


Iluminação eficiente

154

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.

Regulamentações para lâmpadas: uma saída para eficiência energética

Desde o dia 1º de julho, o varejo não poderá

com o Inmetro, responsável pelo Programa

comercializar lâmpadas incandescentes com

Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e também

etiquetagem voluntário nos Estados Unidos,

potências superiores a 60 W que não atendam

pelo controle de importações de produtos

o programa brasileiro deve iniciar em breve,

aos níveis mínimos de eficiência energética,

etiquetados, como as lâmpadas fluorescentes

de forma única e diferenciada. Nos Estados

definidos pelo Plano de Metas estabelecido

compactas e incandescentes.

Unidos, existem atualmente 4.400 lâmpadas

na Portaria interministerial nº 1007/2010.

Desde janeiro de 2007 e fevereiro de

com Selo Energy Star, porém, bem mais de

A partir de julho, também encerra-se a

2009, as lâmpadas fluorescentes compactas e

15.000 modelos de lâmpadas Led disponíveis

possibilidade de importação ou fabricação no

incandescentes, respectivamente, não podem ser

para compra no mercado. Isso mostra que

Brasil de lâmpadas incandescentes de potências

importadas ou fabricadas no Brasil sem atender

mesmo nos Estados Unidos a existência de

superiores a 40 W com eficiência inferior a

a requisitos estabelecidos nas Portarias do

produtos de qualidade não avaliada é muito

15,5 lm/W em 127 V e 13,0 lm/W em 220 V.

Inmetro, em consonância com o que determina

grande.

A regulamentação visa induzir que as

o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE),

lâmpadas incandescentes de uso comum

e devem ostentar na embalagem a Etiqueta

de Programas de Avaliação da Conformidade

atinjam níveis mínimos de eficiência mais

Nacional de Conservação de Energia (ENCE),

do Inmetro, o engenheiro Alexandre Paes

rigorosos que os atuais, ou consequentemente,

indicando a sua eficiência energética, fluxo

Leme, a regulamentação está prevista para

sejam substituídos por equipamentos com

luminoso e vida útil.

ser publicada em outubro deste ano, após

eficiências luminosas superiores, como lâmpadas

O que o mercado de iluminação aguarda

serem publicados os Requisitos Técnicos

halógenas, fluorescentes compactas e Leds.

ansiosamente, porém, é a regulamentação das

da Qualidade (RTQ) e o Regulamento da

Este processo resultará no banimento das

lâmpadas de Led que penetram cada vez mais

Avaliação da Conformidade (RAC), primeiro

lâmpadas incandescentes comuns, uma vez que

no mercado mundial. Com o banimento das

voluntária, mas posteriormente de forma

a tecnologia não deve apresentar uma evolução

lâmpadas incandescentes, a lâmpada Led para

compulsória.

de eficiência capaz de fazê-la permanecer

retrofit será uma das opções mais vantajosas em

Tal publicação deverá movimentar o

no mercado. O processo de fabricação /

função de seu menor consumo de energia, maior

mercado de iluminação como um todo, uma

importação de lâmpadas incandescentes deve

vida útil e diversas outras vantagens. O grande

vez que exigirá um desempenho mínimo

findar-se por completo em junho de 2016,

problema, entretanto, é a penetração de muitos

para as lâmpadas de Led comprovadamente

sendo permitida a comercialização destas

produtos de qualidade discutível no mercado.

por meio da certificação do produto. Com

lâmpadas por atacadistas e varejistas até 30 de

Um estudo recente, realizado pelo Cepel/

isso, futuramente, as lâmpadas Led para

junho de 2017.

Eletrobras, demonstrou que nenhuma lâmpada

serem comercializadas no Brasil deverão ser

Esta medida do governo foi elaborada pelo

Led coletada em 2011 para pesquisa passaria

testadas, certificadas e registradas no Inmetro,

Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de

nos requisitos que o Inmetro deverá lançar em

garantindo

Eficiência Energética (CGIEE) e coordenada

breve para regulamentação desses produtos. As

mínimas de desempenho e segurança. Com

pelos ministérios de Minas e Energia; Ciência,

maiores causas de reprovação foram a eficiência

isso, efetivamente teremos meios para seleção

Tecnologia e Inovação, e Desenvolvimento,

luminosa, a depreciação do fluxo luminoso e o

de produtos mais confiáveis e a garantia de uma

Indústria e Comércio Exterior, em parceria

índice de reprodução de cores.

maior eficiência energética para edificação.

Com base na Energy Star, programa de

Segundo o coordenador técnico da divisão

ao

consumidor

especificações



Instalações MT

156

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.

Perdas técnicas e não técnicas: por que não temos uma performance melhor? Tempos de adversidade trazem a necessidade de mudanças e de criatividade para serem navegados. Em meados de julho, a Fundação Coge (Funcoge) patrocinou um Workshop sobre perdas não técnicas e, durante dois dias, pudemos contar com a experiência de muitos renomados professores e profissionais que atuam de forma direta ou indireta com o tema. Para ir direto ao ponto (ainda sem passar pelas causas e tratamentos adequados), vamos falar dos números que expressam a questão das “perdas” no Brasil: • Perda total: 94,2 GWh / ano (base 2013), o que equivale a 17% de toda a energia requerida no Brasil; • Perda não técnica: 27,94 GWh / ano (deste montante, caso projetemos uma perda zero, um consumo próximo de 9 GWh / ano seria evitado). Dependendo dos valores considerados e se relativos a baixa ou média tensão, este valor passa dos R$ 6,5 bilhões por ano. • Perda na rede básica: 26,6 GWh / ano e com comportamento crescente. As perdas da rede básica não dependem de qualquer gestão das empresas de geração, transmissão e distribuição, já que cabe ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a gestão deste sistema. Nos últimos dez anos, o comportamento das perdas globais em termos percentuais vem se mantendo na casa dos 17%, com leve tendência de alta. Nota-se que as perdas não técnicas também vêm se mantendo estáveis (não obstante alguns excelentes resultados pontuais, devidamente apagados por outros de performance inadequada), o que mostra de forma clara que algumas coisas precisam ser alteradas.

Não há como combater perdas não técnicas apenas com inspeções em campo, pois isso, em algumas empresas, demandaria batalhões de inspetores – os quais, após reduzirem as perdas, seriam demitidos e participariam do mercado, mas no sentido inverso. Portanto, há consenso que precisamos de um “mix” de mão de obra e tecnologia (automação e redes que apresentem algum grau de dificuldade para serem acessadas para execução de ligações clandestinas). As redes “especiais” são necessárias, infelizmente, dado o elevado grau de problemas de urbanização e de ausência de atuação do Estado (desordem geral). A automação se faz necessária, pois com as redes com algum grau de blindagem, a medição tem de ser protegida de forma também a dificultar acesso a ela e a outros pontos de energia não medidos. O contraponto é que cada vez que se fala em automação, apenas a diminuição de perdas pode justificar os investimentos por parte das concessionárias de distribuição; e com a consequente redução das perdas, há a captura dos ganhos em prol da modicidade tarifária no processo de revisão que ocorre a cada período. Geralmente, esta compensação ocorre antes que haja tempo para o devido retorno sobre o investimento. Assim, o primeiro ponto de mudança nos parece ser exatamente este: garantir aos investidores (afinal, são eles que promovem mudanças e assumem riscos dentro de regras plausíveis e estáveis) o necessário tempo para amortizar os investimentos. Mesmo que seja projeto a projeto, empresa por empresa, mas precisamos sair do marasmo em que estamos se queremos que alguma coisa se altere em termos de energia jogada fora. Podemos dissecar um pouco mais estes números. Faremos isso no nosso próximo encontro.



158

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena

Proteção contra raios para os tanques que armazenam líquidos inflamáveis (continuação) Como proteger um tanque com teto de espessura superior a 4

• Uma alternativa mais econômica é instalar,

definitiva para as diferenças de potencial seria

com solda, por exemplo, captores verticais

o uso de fibra ótica para o tráfego de dados

mm e com respiros que deixam

diretamente sobre o teto, com distâncias

entre o campo e a sala de controle.

sair um vapor inflamável a baixa

calculadas pelo modelo eletrogeométrico,

velocidade

com esfera de raio igual a 20 m (nível 1).

Aterramento dos tanques

A justificativa é que os tetos finos poderão

Em torno da saída do respiro há uma área

conduzir bem as correntes dos raios, só não

Os tanques devem ser aterrados para

classificada padronizada sob a forma de esfera

poderão ser atingidos diretamente por eles,

escoamento das correntes impulsivas, bem

que, para a maioria dos produtos derivados do

para não produzir pontos quentes na face

como para evitar elevações de potencial que

petróleo, tem um raio de 1,5 m para a divisão

interna da chapa. Se houver pontos de saída

possam causar centelhamento. Um tanque é

1 (zona 1) e mais um metro para a divisão 2

de vapores, a proteção deverá ser feita como no

considerado aterrado pela ABNT NBR 5419

(zona 2), segundo a NFPA. A proteção consiste

item anterior, referente aos respiros.

se preencher as seguintes condições:

e distância entre elas tais que assegurem que

Análise dos sistemas de medição de

- Estar conectado a um subsistema de

o raio não ultrapasse o volume de proteção

nível e temperatura

aterramento que atende às exigências de 5.1.3

em instalar hastes verticais metálicas com altura

da ABNT NBR 5419;

criado, aumentando o risco. O cálculo deve ser feito para nível 1 de proteção, conforme o anexo

Apesar de um tanque estar protegido

- Se estiver acoplado eletromecanicamente

B da ABNT NBR 5419, e os captores devem ser

contra o impacto direto dos raios, é possível

a uma rede de tubulações eletricamente

soldados diretamente sobre o teto do tanque.

que o sistema de medição de temperatura ou

contínuas e aterradas;

do nível do líquido proporcione diferenças

- Se for cilíndrico vertical e estiver apoiado no

de potencial perigosas que venham a causar

solo ou sobre uma base de concreto enterrada e

acidentes de grandes proporções. É necessário

tiver, no mínimo, 6 m de diâmetro, ou estiver

que não haja contato entre os sensores e o

apoiado sobre revestimento betuminoso, mas

Há duas maneiras de proteger esses

líquido ou o vapor dentro do tanque. É possível

com diâmetro mínimo de 15 m.

tanques:

também que surjam diferenças de potencial

Como proteger um tanque com teto de espessura inferior a 4 mm

entre os instrumentos de medição e o sistema

Medidas

• Instalar em torno do tanque, e à distância

de aquisição de dados, pela falta de equalização

conforme item 6 da ABNT NBR 5419, e

superior a 2 metros dele, postes ou torres de

dos potenciais entre os sistemas de aterramento

corretiva são indispensáveis para manter a

aço galvanizado de modo que esferas fictícias de

do tanque e do sistema de aquisição de dados,

integridade física dos eletrodos, bem como sua

20 m de raio, apoiadas sobre sua extremidade

causando um mal funcionamento ou destruição

eficiência na dispersão das correntes impulsivas

fiquem com a tangente inferior a não menos de

de componentes mais sensíveis.

sem causar perturbações no solo que possam

2 m do ponto mais alto do teto. Isso garantirá

Medidas relacionadas à equipotencialização,

oferecer maiores riscos às instalações e,

uma proteção isolada no nível 1 de proteção,

blindagem e aterramento devem ser tomadas

principalmente, à vida das pessoas que

segundo o anexo B da ABNT NBR 5419.

no sentido de minimizar esses efeitos. A solução

trabalhem ou circulem pelo local.

de

manutenção

preventiva,



NR 10

160

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

NR 10 nas máquinas

Aproveitando o comentário recebido de

diretamente por um circuito comum de

da segurança sem interferir na decisão

um leitor desta coluna, decidi abrir o assunto.

distribuição

equipamentos

técnica do profissional de eletricidade ou

Em outras palavras, a dúvida em questão

(dependendo do porte), outras vezes por

de segurança, dando a eles a autoridade

se referia à inexistência de dispositivos de

circuitos individuais específicos, sendo as

de decisão, acompanhada da competente

proteção contra sobrecorrentes em quadros

proteções necessárias alojadas em quadros

responsabilidade.

de compressores.

(Centro de Controle de Motores – CCM).

Outras normas regulamentadoras, na

Pois bem, primeiro quanto à NR 10, de

Tanto uma quanto outra forma pode

verdade, saíram do foco da regulamentação

fato, ela não entra nos detalhes, mas foca

atender plenamente às exigências de proteção

e entraram pela veia da especificação,

na segurança dos trabalhadores, deixando

às pessoas, conforme preconiza a NR 10. De

trazendo verdadeiras "receitas de bolo", muita

para as normas técnicas ou outras normas as

fato, a análise de segurança para instalação,

polêmica e dificuldades fabulosas para o meio

exigências específicas.

operação e manutenção vai ter de ser feita e

industrial, sem permitir soluções alternativas,

Um compressor ou outra máquina acionada

aí é que entram a avaliação, a participação do

o que, de certa forma, congela e inviabiliza a

por equipamento elétrico deverá dispor de proteção

técnico, do engenheiro, do profissional de

criatividade e a produção técnica e intelectual.

contra sobrecargas, curtos-circuitos, sobretensões

segurança e do profissional da área elétrica.

e falta de fase (e até inversão em determinados

No fundo, essa não é uma omissão da

técnicas e estas são produzidas pela comunidade

casos), de acordo com as circunstâncias.

norma regulamentadora, mas sim uma linha

técnica, no Brasil, representada pela Associação

de conduta, tratando do fato específico

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Por vezes, as máquinas são alimentadas

para

vários

A especificação deve ser feita pelas normas



Energia com qualidade

162

O Setor Elétrico / Julho de 2014

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Quando as “coisas” partem Parte 2 Partidas de motores As correntes de partida em motores de corrente alternada são uma das mais “combatidas”

no

cotidiano

das

grandes

instalações e, historicamente, a tecnologia tem auxiliado no tratamento deste assunto. A razão principal é a importância direta destas correntes na qualidade da energia e nos afundamentos de tensão relativos. O principal ponto de consideração no tema é a limitação desta corrente de partida dos motores de forma que a rede elétrica não “sofra” e suporte a solicitação da partida em todo seu regime até que se atinja o regime síncrono (operação estável) com a minimização dos afundamentos e transientes decorrentes destas partidas. Porém, enquanto determinada carga tenta partir, outras se encontram em operação na mesma rede e a partida desta carga não pode interferir na operação plena das outras.

Várias foram as soluções encontradas em

corrente alternada para este fim em função da foram

tecnologia

disponível.

considerados

os

Inicialmente dispositivos

eletromecânicos, como chaves compensadoras, autotransformadores, chaves estrelas triângulo e outros dispositivos, que, por reduzirem a tensão na alimentação inicial, reduziam também as correntes de partida em valores consideráveis. Isso proporcionava menor impacto na qualidade da tensão, não só da carga que tentava partir, mas na operação normal de outras que já operavam no mesmo barramento, conforme já exposto anteriormente.

Figura 1 – Partida direta de motor – efeitos da corrente na tensão.

A fonte de alimentação sempre teve uma

seja energizada e a partida abortada.

participação importante no processo da partida.

Durante

as

Quanto mais alta (satisfatória) for a capacidade

desenvolvidos os dispositivos eletrônicos de

da potência de curto-circuito no barramento

partida que substituíram parcela importante

em que o motor está conectado, menores serão

dos dispositivos eletromecânicos citados que

os problemas e as consequências das partidas

se encontravam (e ainda estão) instalados e,

dos motores. De uma forma geral, a relação

principalmente, equiparam as novas instalações

entre a potência da fonte e potência do motor

e sistemas com a principal vantagem de estarem

que se deseja partir é um primeiro indicativo

integrados a eficientes sistemas de automação.

do regime e da qualidade da partida esperada.

Os

Caso clássico são os motores que operam

conhecidos no mercado como dispositivos

alimentados por duas fontes (rede e gerador)

de partida suave ou “soft-starters”, evoluíram

e que possuem bom comportamento quando

desde sua concepção e de uma forma geral

operando pela rede (transformador) e pioram o

controlam a alimentação do motor durante os

desempenho quando partindo pelo gerador que

ciclos de partida, de forma que o incremento da

normalmente possui potência de curto-circuito

corrente a cada ciclo (ou combinação) permita

menor. A Figura 1 apresenta a partida direta de

uma partida sem impactos na rede em que o

um motor e seu efeito na rede.

motor está conectado. Outras variáveis devem

então

últimas

“novos

décadas

foram

equipamentos”,

O que se observa na Figura 1 é o incremento

ser consideradas neste controle, como o torque

da corrente de partida em mais de dez vezes,

necessário para a partida, o que impossibilita, na

além de desequilíbrio da corrente de partida.

maior parte dos casos, uma partida totalmente

Como consequência nota-se o afundamento de

linear. Estes equipamentos possuem os ajustes

tensão de quase 10%, impedindo que a carga

necessários para a maximização da performance


163

O Setor Elétrico / Julho de 2014

afundamento de 8%.

Outra possibilidade para minimização das

correntes de partida é a injeção de potência reativa durante os primeiros ciclos de partida, reduzindo drasticamente a corrente de partida (que tem grande parcela de energia reativa), permitindo a manutenção da tensão da rede em níveis adequados. Esta discussão (compensação de afundamentos de tensão na partida de motores com uso de compensadores estáticos) foi o tema da edição de julho de 2011 e o gráfico da Figura 3 ilustra a situação da partida de grupo de motores com compensação reativa Figura 2 – Corrente com controle por soft-starter e consequência na tensão durante a partida.

adequada durante a partida. Esta situação pode

em função das variáveis envolvidas. A Figura 2

também operar como eficientes “partidores”

ainda ser encontrada em cargas localizadas

apresenta a partida de outro motor acionado

de motores, com resultados superiores aos dos

distantes das fontes por questões operacionais

por “soft-starter”.

“soft-starters” em função do maior número de

é o caso de plataformas de petróleo, com fontes

recursos que o primeiro.

de baixa potência de curto (geradores) e bombas

“soft-starters” são os inversores de frequência,

localizadas em distâncias consideráveis.

cujo principal objetivo não é exatamente efetuar

na Figura 2 que, devido à necessidade do

a partida dos motores, mas sim controlar sua

torque de partida, não se consegue linearizar a

deve considerar o estudo de todas as variáveis

velocidade em regime de operação normal. A

corrente de partida, o afundamento verificado

elétricas e operacionais envolvidas e não

variação de velocidade por meio da variação

na tensão de alimentação é apenas minimizado

somente os custos aparentes destas possíveis

digital da frequência, além de ser uma

e não totalmente eliminado. No caso da

soluções.

excepcional ferramenta de ganhos com eficiência

Figura 2, a corrente de partida é da ordem de

energética e automação dos processos, pode

4 a 5 vezes a corrente nominal, causando um

O que se pode considerar uma evolução dos

Apesar de todo o controle, pode-se observar

São várias as soluções e sua especificação

Continua na próxima edição.

Figura 3 – Partida bem-sucedida com compensação de energia reativa estática na partida.


Instalações Ex

164

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Sistema de Certificação da IEC (IECEx) Parte 2

A seguir, os três sistemas de certificação do IECEx:

Em continuidade à coluna anterior, em que

foi apresentado um breve histórico do Sistema de Certificação da IEC (IECEx), entre as principais características de operação do IECEx, podem ser indicadas as seguintes: • Todos os Relatórios de Ensaios (ExTR), avaliações do sistema da gestão da qualidade (QAR) e avaliações das competências pessoais (PCAR) são disponíveis no website do IECEx para todos os sistemas de certificação; • Os certificados de conformidade emitidos por todos os organismos de certificação de produtos ou de pessoas são localizados em um único website para todos os sistemas de certificação de empresas de prestação de serviços, competências pessoais e equipamentos; • Todos os organismos de certificação e laboratórios

Os certificados de conformidade são emitidos

• Todos os certificados emitidos por todos os

de ensaios são submetidos aos mesmos processos

diretamente pelos organismos de certificação

Organismos de Certificação de Sistemas e de Pessoas

de avaliação, qualificação e acreditação, os quais

acreditados, utilizando o sistema on-line elaborado

são disponibilizados em um único website. Pode

são realizados por equipes de auditores de pares

pelo IECEx;

ser afirmado que se um certificado IECEx não está

entre organismos de certificação e de laboratórios já

• Os organismos de certificação de produtos e de

disponível no website do sistema de certificação

acreditados pelo IECEx;

pessoas somente emitem certificados dentro do seu

on-line, então o certificado não foi emitido;

• Utilização de um formato comum e padronizado

escopo aprovado;

• Dados são protegidos contra perda (backup) nos

para certificados de conformidade para as empresas

• Equipe de secretaria técnica dedicada para lidar

servidores da sede da IEC, em Genebra;

de serviços, competências pessoais e equipamentos

com a operação diária do IECEx;

• Os certificados e os relatórios de avaliações podem

Ex, bem como de relatórios de ensaio e de relatório

• Procedimentos e regras comuns, válidas para todos

ser deletados somente pela Secretaria do IECEx.

de avaliação de competências pessoais, para todos

os organismos de certificação e laboratórios;

os Organismos de Certificação, com a colocação da

• Sistema autossustentável do ponto de vista

marca ou logotipo de cada entidade certificadora;

financeiro.

pessoais Ex é baseado nos requisitos da Norma

• As numerações dos certificados de conformidade

O sistema de certificação de competências

ABNT NBR ISO/IEC 17024 (Avaliação

e dos relatórios de avaliação são geradas

Dentre as principais características do sistema de

da conformidade – Requisitos gerais para

automaticamente pelo sistema de certificação

certificação on-line do IECEx podem ser destacadas

organismos que certificam pessoas), para a

on-line;

as seguintes:

acreditação dos Organismos de Certificação de

• A emissão dos certificados de conformidade não

Pessoas pelo IECEx.

é feita pelo IECEx, o qual não é um organismo de

• A versão master dos certificados é aquela disponível

As competências pessoais dos candidatos

certificação, mas sim um organismo de acreditação.

para acesso público no website;

à certificação são avaliadas de acordo com 10


165

O Setor Elétrico / Julho de 2014

unidades de competências, aplicáveis às diversas atividades e serviços que podem ser realizados em áreas classificadas ou associados a atmosferas explosivas, de acordo com os critérios a seguir. Unidades

de

competências

Ex

para

certificação das pessoas: • Ex 001: Aplicação dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas; • Ex 002: Execução de classificação de áreas; • Ex 003: Instalação de equipamentos com tipos

Figura 1 – Evolução da emissão de certificados de conformidade para equipamentos “Ex” pelos Organismos de Certificação de Produtos acreditados pelo IECEx.

de proteção “Ex” e respectivos sistemas de fiação; • Ex 004: Manutenção de equipamentos em atmosferas explosivas; • Ex 005: Reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “Ex”; • Ex 006: Ensaios de equipamentos e instalações elétricas e/ou associadas a atmosferas explosivas; • Ex 007: Execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos e instalações e/ou associadas a atmosferas explosivas; • Ex 008: Execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou instalações elétricas e/ou associadas a atmosferas explosivas;

Figura 2 – Evolução da emissão de certificados de conformidade para oficinas de serviços de reparo “Ex” pelos Organismos de Certificação de Sistemas acreditados pelo IECEx.

• Ex 009: Projeto de instalações elétricas e/ou associadas a atmosferas explosivas; • Ex 010: Execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das instalações elétricas e/ou associadas a atmosferas explosivas.

Os requisitos para avaliação teórica e prática

de cada uma destas unidades de competências pessoais são baseados nas respectivas normas aplicáveis da série IEC 60079, em especial, a Parte 10-1 (Classificação de áreas de gases inflamáveis),

Figura 3 – Evolução da emissão de certificados de conformidade para competências pessoais “Ex” pelos Organismos de Certificação de Pessoas acreditados pelo IECEx.

a Parte 10-2 (Classificação de áreas de poeiras combustíveis), a Parte 14 (Projeto, seleção de

nas atividades para as quais o certificado foi

equipamentos e montagem de instalações Ex), a

concedido.

ciclo total de vida das instalações em atmosferas

Parte 17 (Inspeção e manutenção de instalações

É indicado nas figuras a seguir a evolução

explosivas, leva em consideração que não somente

Ex) e a Parte 19 (Reparo, revisão e recuperação de

da emissão de certificados de conformidade,

os equipamentos elétricos podem representar

equipamentos Ex).

pelos Organismos de Certificação acreditados

fontes de ignição de atmosferas explosivas.

Os certificados de competências pessoais

pelo IECEx, para os sistemas de certificação de

indicam as unidades de competências para

equipamentos “Ex”, competências pessoais “Ex”

e explosões ocorridos ao longo da história são

as quais a pessoa foi certificada, bem como

e de empresas de prestação de serviços “Ex”.

também causados por falhas em equipamentos

as respectivas normas técnicas aplicáveis. Os

Para o processo de evolução dos sistemas de

mecânicos instalados em atmosferas explosivas,

certificados possuem um período de validade de

certificação do IECEx, é previsto o lançamento

tais como bombas, compressores, ventiladores,

três anos, de forma que as pessoas certificadas

de um novo sistema de certificação para

caixas de engrenagens.

necessitam

ao

equipamento não elétricos (mecânicos) “Ex”,

organismo de certificação de pessoas que

baseado nas normas técnicas da Série ISO/

incluindo os sistemas on-line de certificação,

continuam atualizados com relação aos recentes

IEC 80079, que se encontram em processo de

estão disponíveis no seguinte endereço: www.

requisitos normativos, assim como atuando

elaboração pelo TC-31 da IEC.

iecex.com.

periodicamente

evidenciar

Este novo sistema, também com foco no

É também verificado que muitos acidentes

Mais informações sobre o sistema IECEx,


Dicas de instalação

166

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Cabeamento estruturado Por Marcelo Barboza*

História O conceito de cabeamento estruturado surgiu em meados dos anos 1980 com o intuito de realizar as convergências das mídias de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) das corporações. Na época, cada aplicação de TIC – como telefonia, redes de microcomputadores, redes de terminais de mainframes, câmeras de CFTV, automação predial, etc. – utilizava seus próprios tipos de cabos (coaxiais, pares trançados, cabos paralelos e fios singelos, dentre outros), cada qual com sua própria topologia de ligação (estrela, barramento, anel, mista). Tal profusão de mídias e topologias aumentava a complexidade dos sistemas e encarecia muito a implantação e a manutenção. O início dos anos 1990 viu surgir as primeiras normas para cabeamento estruturado, como as primeiras versões das normas ANSI/TIA-568 e ISO/IEC 11801. Tais normas visavam a criação de uma topologia comum para todas as aplicações de TIC, com poucos e padronizados tipos de mídias que pudessem ser projetados antes da ocupação da edificação ou até mesmo antes da definição das marcas e modelos dos equipamentos de dados, voz e imagens. Atualmente, o Brasil conta com duas normas próprias e atualizadas para o projeto de sistemas de cabeamento estruturado, a ABNT NBR 14565:2013 – Cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers e a ABNT NBR 16264:2014 – Cabeamento estruturado residencial.

Conceito Um sistema de cabeamento estruturado é composto por determinados tipos de cabos e conectores, juntamente com a respectiva infraestrutura de suporte, projetados e instalados conforme uma certa topologia e de acordo com as normas nacionais e internacionais. Os cabos devem ser de par trançado ou de fibra ótica. Os conectores para os cabos de par trançado devem ser modulares de oito posições, conhecidos popularmente como RJ-45. Para fibra ótica, diversos tipos de conectores são permitidos, como SC, LC e MPO, dentre outros. As normas definem também as características físicas e de desempenho dos cabos, como bitola dos fios, quantidade de pares ou fibras e desempenho de transmissão. Com relação ao desempenho, os cabos de par trançado são classificados em relação à sua

frequência máxima de transmissão: • Categoria 3 (Classe C): 16 MHz • Categoria 5e (Classe D): 100 MHz • Categoria 6 (Classe E): 250 MHz • Categoria 6A (Classe EA): 500 MHz • Categoria 7 (Classe F): 600 MHz • Categoria 7A (Classe FA): 1.000 MHz (este não se encontra ainda definido na norma nacional) A categoria (ou classe) do cabo deve ser escolhida com base nas aplicações mais exigentes previstas a serem implantadas. Por exemplo, se é prevista a utilização do Ethernet a 10 Gb/s (10GBASE-T), deve-se utilizar no mínimo a categoria 6A. Os conectores e demais elementos constituintes dos canais de transmissão devem seguir a mesma classe de desempenho. Os links de cabos de par trançado, devido à sua atenuação característica, devem ser limitados a no máximo 100 metros. As fibras óticas são classificadas quanto à sua largura de banda e algumas outras características físicas e óticas: • Multimodo: OM1 a OM4 • Monomodo: OS1 e OS2 De forma semelhante ao par trançado, devem-se escolher a fibra e demais componentes óticos conforme as aplicações a serem suportadas. Fibras óticas podem suportar distâncias de centenas ou milhares de metros, dependendo de seu tipo e da aplicação.

Topologia Os cabos devem ser sempre implantados em topologia estrela, partindo de distribuidores localizados em racks apropriados. Os cabos distribuídos por um determinado pavimento para atendimento às aplicações de usuários – como telefones, computadores e impressoras – são chamados de “horizontais”. Eles devem ser lançados sem emendas, ponto a ponto, desde o distribuidor do piso (FD) até cada tomada de telecomunicações RJ-45 (TO) de cada usuário, limitando-se a lances de até 90 metros. A conexão entre o distribuidor, a tomada e os respectivos equipamentos deve ser feita com patch cords – cabos dotados de conetores em ambas as extremidades –, em um total de até 10 metros por link. Deve haver um distribuidor central no

edifício (CD) que interliga, também em estrela, os distribuidores dos pisos (FDs). Os cabos que fazem tais interligações são conhecidos como “backbones”. Usualmente, os backbones são compostos por cabos de fibra ótica, devido ao seu alto desempenho, suporte a grandes distâncias e imunidade à interferência eletromagnética (EMI).

Caminhos e espaços Os distribuidores de cabeamento (FD e CD) devem ser alocados em salas ou espaços especialmente projetados para essa finalidade, com acesso ao pessoal da área de TIC. Devem ser dotados de recursos técnicos, como energia elétrica – de preferência ininterrupta –, climatização, segurança de acesso e demais requisitos pertinentes. As salas ou espaços destinados aos distribuidores podem ter os nomes de Sala de Telecomunicações (TR) ou Sala de Equipamentos (ER). Tais espaços devem ter seu projeto como parte integrante do projeto civil da edificação. A construção desses espaços após a inauguração ou a ocupação do prédio é muito mais custosa e traumática, podendo até impactar negativamente na funcionalidade dos sistemas de TIC do usuário. Os espaços ocupados pelos usuários de aplicações de TIC da edificação são denominados Áreas de Trabalho (WA). É na WA que são instaladas as tomadas do cabeamento (TO), de preferência próximas às tomadas elétricas. Os cabos horizontais e backbones devem ser lançados por caminhos apropriados, também conhecidos como infraestrutura de suporte. Tais caminhos devem: • Proteger os cabos contra danos físicos, EMI e contaminantes (como água, por exemplo); • Prover segregação da rede elétrica; • Prever espaço para expansão e recursos para manutenção. Os caminhos devem ser projetados juntamente com a edificação, de forma a proverem interligação entre as salas/espaços (como TRs e ERs), as áreas de trabalho (horizontal) e entre si (backbone). Existe um projeto de lei, de n° 5013-2013, atualmente em apreciação no Senado Federal, que, se ratificado, determinará que “a construção de edifício público ou privado destinado ao uso coletivo deverá ser executada de modo a dispor de dutos, condutos,


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O Setor Elétrico / Julho de 2014

caixas de passagem e outras infraestruturas que permitam a passagem de cabos e fibras óticas para a instalação de redes de telecomunicações, nos termos das normas técnicas de edificação”. Atualmente está sendo elaborada justamente a norma NBR para o dimensionamento dos caminhos e espaços para o cabeamento estruturado, e que dará suporte a esse projeto de lei. Ela está sendo baseada nas normas correspondentes da ISO e deverá ser publicada em meados de 2015 ou início de 2016.

Novas aplicações Além das tradicionais aplicações de voz (telefonia) e dados que já usufruíam do cabeamento estruturado, uma série de novas aplicações tem impulsionado a adoção de sistemas mais complexos e modernos de cabeamento. A gradativa substituição das antigas redes de telefonia pela tecnologia Voz Sobre IP (VoIP) tem requerido um maior cuidado com a aplicação do cabeamento estruturado, pois, ao contrário dos antigos telefones, que funcionavam com cabos muito inferiores aos cabos categorizados, os telefones IP requerem um mínimo de Categoria 5e. Outra aplicação que tem migrado dos cabos coaxiais ao sistema estruturado, e com vantagens, é o sistema de Circuito Fechado de TV (CFTV), com a adoção das câmeras IP. De forma similar, os sistemas de controle de acesso têm realizado o mesmo caminho. Paradoxalmente, o sucesso das redes sem fio (wireless) tem, em muitos casos, ampliado a demanda por cabos, pois cada ponto de acesso Wi-Fi precisa de conexão à rede via cabo de par trançado. Mais ainda, o novo padrão wireless IEEE 802.11ac promete tal velocidade que seus pontos de acesso deverão ser conectados a cabos Categoria 6A, no mínimo, para suportar taxas agregadas de até 6,9 Gb/s.

O sistema de CFTV e os pontos de acesso Wi-Fi, por sua natureza, são instalados junto ao forro ou teto. Portanto, não se deve esquecer do projeto do caminho de cabos por meio do teto, que concorrerá diretamente com os sistemas de iluminação e climatização, já tradicionais ocupantes do forro. Outra tecnologia que já vem somando às vantagens do cabeamento estruturado é a alimentação remota via cabo de par trançado, ou Power Over Ethernet (PoE). Switches de dados PoE são capazes de alimentar eletricamente dispositivos – como telefones VoIP, CFTV IP e pontos de acesso Wi-Fi – pelo cabo de dados, não necessitando mais de rede elétrica para tais equipamentos. Além de seguro – o cabo de par trançado com PoE não dá choque mesmo desencapado –, o PoE evita a distribuição de pequenas fontes de alimentação (que vivem queimando) e provê alimentação ininterrupta aos dispositivos atendidos por um único nobreak centralizado na TR. A tecnologia PoE, que nasceu com capacidade para alimentar dispositivos de até 12,95 W, hoje tem capacidade para 25,5 W (PoE+). Mas não vai parar por aí, o comitê já está se reunindo para dar um upgrade à tecnologia, estendendo a alimentação para até 49 W por dispositivo. É bom não esquecer que já existem tecnologias proprietárias que já entregam 60 W pelo cabo de par trançado. Uma outra aplicação que promete quebrar paradigmas é a iluminação de interiores, principalmente em edifícios comerciais. O cabeamento elétrico tradicional deixaria de existir para a iluminação. Um novo sistema utiliza o cabeamento estruturado em par trançado para alimentar e controlar toda a iluminação do edifício, por meio de uma rede de luminárias Led de alto desempenho e de sensores. O sistema se parece

muito com uma rede de dados: um “switch” central (instalado em espaços como as TRs) controla e energiza as luminárias; um cabo por luminária, em topologia estrela; energia DC e controle pelo mesmo cabo Categoria 5e ou superior. E o melhor: promete economias de pelo menos 70% na energia gasta com iluminação em relação aos sistemas tradicionais com lâmpadas fluorescentes. Isso não é futurologia, ele já se encontra instalado em diversas corporações e data centers norte-americanos, e está prestes a desembarcar no Brasil.

Conclusão O cabeamento estruturado veio para ficar e está rapidamente ampliando seu leque de aplicações e funcionalidades. Já faz bastante tempo que é uma necessidade indiscutível nos ambientes modernos comerciais e residenciais, mas novas normas e tecnologias não param de surgir. O projeto de um moderno sistema de cabeamento estruturado deve ser parte integrante da tradicional gama de disciplinas de engenharia envolvidas na concepção de um edifício moderno, como civil, elétrica, hidráulica e outras. Este projeto deve ser integrado aos demais subsistemas do prédio ainda em sua concepção, e jamais agregado posteriormente, sob o risco de ele já nascer tecnologicamente ultrapassado. *Marcelo Barboza é analista de sistemas, certificado como RCDD e NTS pela BICSI, ATS pelo Uptime Institute e membro da Comissão de Estudos CB-03/CE-03:046.05 da ABNT, sobre cabeamento estruturado. Atualmente, é diretor técnico da Apogee Consultoria.


Referências técnicas

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O Setor Elétrico / Julho de 2014

Escalas, unidades e medidas empregadas no dia a dia do engenheiro eletricista.

Esquemas de aterramento Fonte: ABNT NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão.

De acordo com a ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa

tensão, há cinco tipos de esquemas de aterramento. São eles:TN-S,TN-C-S, TN-C,TT e IT.

Para a classificação dos esquemas de aterramento, pode-se usar as

seguintes simbologias: • Considerando a primeira letra como indicativo da situação da alimentação em relação à Terra T = um ponto diretamente aterrado; I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de impedância. Figura 1 – Esquema TN-S.

• Considerando a segunda letra como indicativo da situação elétrica em relação à terra: T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentação; N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é normalmente o ponto neutro). • Considerando outras letras (eventuais) como disposição do condutor neutro e do condutor de proteção: S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos; C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN).

Figura 2 – Esquema TN-C-S.

Esquema TN

O esquema TN possui um ponto da alimentação diretamente aterrado,

sendo as massas ligadas a esse ponto por meio de condutores de proteção. Este modelo conta com três derivações: • Esquema TN-S – em que o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos; • Esquema TN-C-S – em que as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor; • Esquema TN-C – em que as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor, na totalidade do esquema.

Figura 3 – Esquema TN-C.


169

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Esquema TT

O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da

instalação ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação.

Figura 4 – Esquema TT.

Esquema IT

Neste modelo, todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é

aterrado através de impedância.

1)

1)

Impedância

A

1)

1)

1)

Impedância

Impedância

Impedância

B.1

B.2

O neutro pode ser ou não distribuído: A = sem aterramento da alimentação; B = alimentação aterrada através de impedância; B.1 = massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de aterramento da alimentação; B.2 = massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de aterramento da alimentação; B.3 = massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação.

Figura 5 – Esquema IT.

B.3


Espaço IEEE

170

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Operação de redes de energia elétrica em regime permanente com geradores eólicos Por Bruno José Rodrigues dos Santos*

Considera-se o uso de sistemas eólicos em

basicamente três tipos de aplicações: sistemas isolados, sistemas híbridos e sistemas conectados à rede elétrica. Os sistemas isolados, como o próprio nome diz, são projetados para operar isoladamente e geralmente são utilizados para armazenar energia por meio de bancos de baterias. Os sistemas híbridos são aqueles que não são diretamente conectados à rede elétrica, mas utilizados com outros meios de geração de energia, como microcentrais hidrelétricas e painéis solares fotovoltaicos. Este tipo de sistema é bem mais complexo e exige a otimização do uso de cada uma dessas fontes, Figura 1 – Modelo de gerador de indução do tipo DFIG.

geralmente empregando-se controles eficientes para que não haja comprometimento da disponibilidade da energia entregue ao usuário. Os sistemas híbridos

aproveitamento da energia disponível nos ventos

prever com absoluta certeza o quanto de carga

costumam ser utilizados em sistemas de médio

pelo fenômeno conhecido como “escorregamento”.

será requerido em um sistema de transmissão.

e grande porte, que buscam atender a um maior

Os geradores de indução necessitam de análises

Com isso, não se pode afirmar que uma barra,

número de usuários. Os sistemas conectados à rede

especiais em sua operação e, por isso, faz-se adequado

representando uma cidade ou uma indústria,

(interligados) são aqueles que utilizam geradores de

desenvolver estudos criteriosos que os envolvam

tenha uma impedância determinada e que esta

grande porte ou grupos de geradores que formam

nas análises de redes de energia elétrica em regime

seja constante em diversas situações operativas

parques eólicos. Estes sistemas constituem uma

permanente e verifiquem o seu comportamento

da rede. Usualmente, considera-se a potência

forma complementar de geração de energia elétrica

quanto ao fluxo de carga estabelecido para simular

complexa constante dentro de certas flutuações da

e quase sempre são entregues na forma de corrente

a correta operação de parques eólicos.

rede. Sendo esta o resultado do produto fasorial de

alternada diretamente na rede elétrica por meio de

Deve-se implementar programas de fluxo de

tensões e correntes, surge a característica de não

inversores.

carga nas redes com geração eólica para que se possa

linearidade do fluxo de carga e deve o sistema ser

Os geradores utilizados em turbinas eólicas

analisar o estado de operação, as características e

solucionado por métodos iterativos, como o de

possuem o vento como fonte primária de energia e

suas restrições, assim como os impactos causados

Newton-Raphson, também conhecido como o

estão sujeitos à flutuação da geração de potência de

pela presença dos aerogeradores. Normalmente, na

“método das tangentes”.

acordo com o regime característico. Nestes sistemas,

solução de circuitos elétricos em regime permanente

Para o caso das turbinas eólicas que se

são geralmente utilizados geradores de indução com

e independente da fonte aplicada, utilizam-se

utilizam de geradores de indução, existem ainda

rotor em gaiola de esquilo e geradores de indução

modelos de impedâncias fixas e determinadas.

mais variáveis, pois a oscilação da velocidade

duplamente alimentados – DFIG (ver Figura 1),

No caso de um problema de fluxo de potência,

incidente dos ventos causa afundamentos de tensão

possibilitando que a velocidade de acionamento

isso não ocorre, pois as impedâncias para a terra,

elétrica nas barras de conexão e por consequência

(cut-in) possa ser levemente diferente da freqüência

representadas pelas barras de carga, não são

nas barras adjacentes. Este fenômeno deve ser

de tensão gerada, criando a possibilidade de maior

conhecidas a priori, uma vez que não se pode

instantaneamente controlado por sistemas de


171

O Setor Elétrico / Julho de 2014

regulação de fator de potência, dados por bancos de capacitores em derivação para que o consumo de reativos possibilite a normalização dos parâmetros de saída. A variação regular das tensões fornecidas pelos aerogeradores por si só já causa fenômenos indesejáveis, tais como o flicker, que são responsáveis pela redução da qualidade da energia e pela desconfiança nos sistemas eólicos. Para as reduções de tensão nas barras decorrentes do fluxo de carga, podem ainda ser aplicados equipamentos reguladores de potência, como os StaticVAr. Os

geradores

eólicos

possuem

certas

características em sua estrutura que lhes permite atuar em determinadas faixas de velocidade. A

Figura 2 – Curva de velocidade dos ventos (m/s) x potência (kW).

potência gerada é dada pela velocidade do vento incidente e então conhecida como potência

representa a Figura 2. A partir dessa velocidade,

que procuram reduzir os efeitos da variação da

nominal. Estas turbinas possuem a necessidade de

controles são acionados movimentando o ângulo

velocidade dos ventos e manter a potência entregue

um mínimo de velocidade de vento para iniciar a

de passo das pás, reduzindo a superfície de contato

adequada com as necessidades dos consumidores.

operação, velocidade esta denominada “velocidade

destas com o vento e, consequentemente, sua

de acionamento” (cut-in). Esta velocidade situa-se

velocidade, procurando manter a geração de

*Bruno José Rodrigues dos Santos é

normalmente entre 3 m/s e 4 m/s. Por outro lado,

potência em níveis constantes. Cada fabricante é

engenheiro de energia, modalidade de

a “velocidade de corte” (cut-out) é a velocidade

responsável por fornecer a relação entre velocidade

sistemas de potência. É líder técnico

limite em que um gerador pode operar sem causar

do vento incidente pela potência gerada e a

de projetos da divisão Power Systems

danos à sua estrutura mecânica e elétrica conforme

aplicação fica a cargo de empresas especializadas

Substations da ABB.


Espaço Cigré

172

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Itaipu completou 30 anos de geração de energia com alta performance Por Saulo Cisneiros*

A usina de Itaipu completou, no dia 5 de

Dez anos depois de constituída, entrou em

eletricidade, a usina superou os 90 milhões de

maio, 30 anos de geração de energia, e no dia 17

operação efetiva sua primeira unidade geradora.

MWh, sendo 93,4 milhões em 2000.

comemorou 40 anos de criação. Hoje, sem essa

Exatamente às 12h40 do dia 5 de maio de 1984 foi

A marca de 90 milhões seria superada

usina, nem o Brasil nem o Paraguai teriam como

feita a primeira interligação com o sistema elétrico

novamente em 2006 e 2007, ano em que foram

sustentar o crescimento de suas economias. A Itaipu

do Paraguai, país sócio do empreendimento. A

inauguradas suas duas últimas unidades de 700

Binacional tornou-se estratégica para os dois países

energia de Itaipu chegou ao Brasil um pouco mais

megawatts, completando, assim, as 20 previstas no

e responde atualmente por 17% do consumo de

tarde porque o sistema de transmissão, de Furnas,

projeto inicial. Em 2012 e 2013, novos recordes

energia elétrica do mercado brasileiro e 75% do

ainda não estava concluído. A usina fechou 1984

mundiais, sendo gerados 98,6 milhões de MWh.

paraguaio. A capacidade instalada de Itaipu é de 14

com duas unidades instaladas, que geraram 277 mil

Do ponto de vista da eficiência em geração de

mil MW com 20 unidades geradoras de capacidade

MWh.

energia limpa e renovável, Itaipu é um caso de

nominal de 700 MW.

No ano seguinte, quando teve início a

sucesso sem paralelo no mundo, motivo de orgulho

Itaipu tem a incumbência de entregar a energia

venda efetiva da energia gerada por Itaipu, já

para brasileiros e paraguaios. Há bons motivos,

produzida na usina até os pontos de conexão com

com três unidades geradoras instaladas, a usina

portanto, para comemorar em 2014 os 40 anos

os sistemas interligados do Brasil e do Paraguai. No

produziu 6.327 MWh. A produção foi crescendo

de criação de Itaipu e 30 anos do início de sua

lado brasileiro, a conexão é localizada na subestação

gradualmente, com a entrada em operação de

operação. Do início da entrada em operação da

de Foz do Iguaçu, de propriedade de Furnas, e no

novas unidades geradoras. A 18ª foi instalada em

primeira unidade geradora até 5 de maio de 2014,

lado paraguaio, a conexão é feita na subestação

1991. Em 1995, quando a energia de Itaipu já era

a usina de Itaipu gerou um total de 2,16 bilhões

Margem Direita, situada na área da usina de Itaipu.

importante para garantir o abastecimento do Brasil,

de MWh. Essa energia toda seria suficiente para

A transmissão da energia até os centros de consumo

Itaipu superou pela primeira vez os 75 milhões de

abastecer o mundo inteiro por 38 dias. A produção

é de responsabilidade de Furnas Centrais Elétricas,

MWh de energia garantida previstos no Tratado

acumulada de Itaipu seria suficiente para suprir o

no Brasil, e da Ande (Administración Nacional de

que deu origem à hidrelétrica. E nos anos de 1999

consumo do Brasil por quatro anos e oito meses e

Electricidad), no Paraguai.

e 2000, quando o Brasil enfrentou uma crise de

do Paraguai por 176 anos e 9 meses.


173

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Mesmo com a entrada em operação da usina

impulsionando o desenvolvimento sustentável e

profissionais da Itaipu, assim como das empresas

chinesa de Três Gargantas, com maior capacidade

a integração regional. O maior desafio daqui para

parceiras, como Eletrobras, Ande, Operador

instalada (22.400 MW contra os 14 mil MW

frente, sem dúvida, é o de manter a excelência na

Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Furnas e

de Itaipu), a usina de Itaipu mantém o título de

produção da usina. Para isso, como os equipamentos

Cepel.

maior produtora de energia elétrica do mundo.

da usina completam 30 anos de operação

Os principais fatores que explicam este bom

ininterrupta, com inquestionável confiabilidade, é

o grande desafio, depois de 30 anos, é preservá-la.

desempenho estão na excelente regularização

preciso garantir sua disponibilidade para os anos

O sucesso de Itaipu é resultado da atuação de

do Rio Paraná, na alta disponibilidade das

que virão. Isso pode ser feito com investimentos na

profissionais altamente comprometidos com os

unidades geradoras e dos sistemas de transmissão

atualização tecnológica, onde for possível, e com

resultados, alinhados aos objetivos estratégicos e

associados à usina e no trabalho de coordenação da

a manutenção dos equipamentos, de forma que

sensíveis à atual conjuntura econômica de ambos

disponibilidade desses recursos aliado às demandas

eles permaneçam no estado da arte e continuem

os países. Uma contextualização dos desafios

crescentes do consumo de energia do Paraguai e

operando com alta confiabilidade.

do passado, do presente e do futuro para a usina

do Brasil. O resultado é energia na quantidade e

Quando a Itaipu estabeleceu de forma inédita

continuar com índices invejáveis de produtividade

na hora certa, com um índice de aproveitamento

dois recordes mundiais consecutivos, no biênio

sustentável evidencia as seguintes constatações:

energético acima dos 95%.

2012-2013, com as marcas de 98,3 e 98,6 milhões

inicialmente, o desafio era viabilizar Itaipu, o

Essa eficiência na produção é uma conquista e

Nos dois últimos anos, o recorde mundial de

de MWh, respectivamente, ocorreram dois fatos

que significava superar obstáculos diplomáticos,

geração de energia ficou com Itaipu. Em 2013, o

significativos. O primeiro foi o valor absoluto da

financeiros e técnicos, e todos foram superados

marco histórico foi de 98.630.035 MWh. Ainda

produção de energia; o segundo foi a produtividade

com louvor; hoje, além de produzir muita energia

assim, a área técnica de Itaipu tem como meta

e a eficiência que a usina atingiu, como resultado do

com eficiência e custo compatível com o mercado,

atingir os 100 milhões de MWh nos próximos anos.

aprendizado e aperfeiçoamento ao longo desses 30

deve-se colocar a empresa como indutora do

A visão definida no seu planejamento estratégico

anos de produção. O desempenho em 2012 e 2013

desenvolvimento e da integração regional; no

estabelece que, até 2020, a Itaipu Binacional se

mostra um aproveitamento dos recursos hídricos

futuro, o objetivo é aprimorar o presente.

consolidará como a geradora de energia limpa e

superior a 95%, o que é realmente um grande

renovável com melhor desempenho operativo e as

diferencial. E as ações necessárias para isso foram

*Saulo José Nascimento Cisneiros é

melhores práticas de sustentabilidade do mundo,

aprendidas ao longo dos anos com a ajuda dos

segundo vice-presidente do Cigré-Brasil.


Ponto de vista

174

O Setor Elétrico / Julho de 2014

Aneel regulamenta cessão de excedentes de energia, mas peca ao seguir cegamente as determinações ministeriais Por Rosane Menezes Lohbauer e Rodrigo Machado M. Santos*

Após longa espera, a Agência Nacional de

normativa no Código Civil. Dessa feita, não se

normas, a Portaria 455 vem na contramão desse

Energia Elétrica (Aneel) traçou as regras para cessão

vislumbra a necessidade de limitar o contrato de

processo, por mais que seja defensável do ponto de

de excedentes de energia e potência no Ambiente

cessão de energia com o prazo do contrato de compra

vista técnico o registro ex-ante, estando inclusive

de Contratação Livre (ACL). A Resolução nº 611,

pelo consumidor. De toda forma, é um grande

defendido em Notas Técnicas feitas pelo Ministério

de 8 de abril de 2014, tratou de regulamentar as

avanço, como já destacado.

de Minas e Energia (MME).

Portarias nº 185 e 455 do MME, sendo que as

regras referentes à última tiveram a eficácia suspensa,

Portaria nº 455 do MME, que prevê a obrigatoriedade

alterações no mercado, determinando que, a partir

devido à liminar conferida pelo Poder Judiciário

de registro semanal ex-ante de Contratos de Compra

de dezembro de 2012, os registros de novos contratos

à Associação Brasileira dos Comercializadores de

e Venda de energia do ACL, e cuja eficácia foi

fossem feitos de forma ex-ante, ou seja, antes do

Energia Elétrica (Abraceel).

sucessivamente adiada, encontrando-se em discussão

início do período de fornecimento. Até então, os

Recorda-se que a Portaria MME nº 185/2013

também no Poder Judiciário (principalmente pelo

contratos podiam ser registrados posteriormente ao

estabeleceu as diretrizes para a cessão de montantes

fato do MME ter usurpado o poder normativo que

mês de consumo, ou ex-post, o que permitia aos

de energia e de potência contratados no ACL por

seria, a princípio, da Aneel).

consumidores adquirir energia complementar caso

consumidores livres e especiais, que sejam objeto de

Como já é de amplo conhecimento, tal norma

o montante de algum mês viesse a ser superior ao já

contratos de compra e venda de energia registrados e

determina que a contabilização dos contratos de

contratado no longo prazo. Já para os geradores de

validados na CCEE. Essa possibilidade foi autorizada pelo

energia elétrica no âmbito da CCEE, até então

energia, a venda ex-post permitia negociar eventuais

art. 25 da Lei nº 12.783/2013 e, sem dúvidas, aumenta

realizada mensalmente, passe a ser realizada

excedentes de geração, ao invés de ter que liquidá-los

a flexibilidade e a desenvoltura do Mercado Livre,

em

no mercado de curto prazo da CCEE, ao valor do

viabilizando contratos de longo prazo nesse segmento.

aparentemente simples, traz dificuldades aos agentes.

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).

Com isso, o ACL poderá, potencialmente, contribuir de

A própria Superintendência de Estudos de Mercado

forma mais expressiva para a expansão do parque gerador

(SEM) da Aneel teceu severas críticas à norma, por

a eficácia dessa norma está suspensa por um despacho

com seus próprios “Leilões de Energia”, por exemplo.

meio de Nota Técnica (Nota Técnica no 161/2013-

da Diretoria publicado juntamente com a Resolução.

Dentre as diretrizes da norma, pode-se

SEM/Aneel, de 18/12/2013) feita à época da

A questão que se impõe é: por que então regular “a

mencionar que a cessão não alterará direitos e

Audiência Pública AP 121/2013, que recebeu

força” uma matéria tão relevante ao invés de repensar

obrigações estabelecidos entre os agentes vendedores

contribuições à presente Resolução.

a imposição diante da clara aversão apresentada pelo

e compradores nos contratos originais de compra e

mercado? Infelizmente, não temos uma resposta a

venda, e deverá ser formalizada mediante Contrato

NT, recomendando à diretoria “que delibere

essa pergunta.

Bilateral de Cessão e ser registrada e validada na

manifestando-se pela inviabilidade do registro de

CCEE e, por fim, estará limitada à quantidade e ao

preços e pela possibilidade de registro/validação de

de críticas pontuais a alguns dispositivos da norma, a

prazo final do contrato original de compra e venda de

montantes de energia elétrica ex-post, este último a ser

nova resolução permitirá um melhor funcionamento

energia registrado e validado. Esse ponto nos parece

cumprido por meio da expedição de Procedimento

ACL, principalmente quanto a cessão de montantes.

falho, dado que os consumidores ficam limitados em

de Comercialização por esta Superintendência”.

Quanto a parte referente a portaria 455, resta

sua negociação de energia.

Recomendação essa que foi simplesmente ignorada

aos agentes acompanhar os desdobramentos dos

pela diretoria da agência.

processos judiciais, que podem resultar em não

o próprio funcionamento do mercado de energia –

Em tempos que a própria Aneel empenha

eficácia da norma.

permitiria a composição de diferentes contratos para

grande esforço para desenvolver a “Avaliação de

a comprovação de lastro nessa operação de cessão.

Impacto Regulatório” que, apesar de sabidamente

Lembra-se, por oportuno, que a cessão comentada

complexa e dificilmente padronizável, permita

não guarda relação com a “cessão de contratos”

avaliar o custo-benefício para o estabelecimento de

Sem dúvida alguma, a matriz legal vigente – e

A segunda parte da norma trata da tão polêmica

periodicidade

semanal.

Essa

mudança,

A SEM foi taxativa na conclusão da mencionada

A Portaria já tinha introduzido significativas

No entanto, como mencionado anteriormente,

Diante do exposto, pode-se perceber que apesar

* Rosane Menezes Lohbauer e Rodrigo Machado M. Santos são, respectivamente, sócia e associado do Madrona Hong Mazzuco - Sociedade de Advogados (MHM).



Agenda

176

1º a 4 de setembro

Cursos

Energia Solar II – Dimensionamento de sistemas termossolares

Descrição

Informações

Destinado a engenheiros, profissionais do setor industrial e de serviços, professores, estudantes de engenharia e áreas afins, o curso abordará os conceitos básicos e fundamentais sobre o uso da energia solar e seu dimensionamento como fonte alternativa de energia para consumo e distribuição. Serão 32 horas de aulas teóricas de fundamentos, de exercícios e estudo de caso em sala de aula.

Local:

15 a 19 de setembro

Itajubá (MG) Contato: (35) 3629-3500 fupai@fupai.com.br

Sistemas de aterramento

Descrição

Informações

Promovido pela Lactec em parceria com a MCQ, o curso tem como objetivo o estudo dos conceitos e técnicas aplicadas no projeto, na caracterização de parâmetros e na avaliação do estado de malhas de terra novas e em operação. Por meio de aulas teóricas e práticas, em campo e em estudos de casos reais, serão detalhadas técnicas de medição de resistência de aterramento, normalizadas e em desenvolvimento.

Local:

19 e 20 de setembro

Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6276 cursos@lactec.org.br

Cálculo de iluminação artificial com software Dialux

Descrição

Informações

O objetivo do curso é ensinar o aluno a comandar o software comercial Dialux, para que ele seja empregado no auxílio ao desenvolvimento de projetos de iluminação artificial voltados a áreas externas, tais como fachadas, monumentos, praças e quadras. Os alunos aprenderão, por meio do software, a alcançar os níveis médios de iluminância (lux), definindo a quantidade ideal de luminárias a serem utilizadas e sua distribuição no ambiente, favorecendo o uso racional da energia elétrica. O software será distribuído como material de trabalho.

Local:

23 a 26 de setembro

São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br

Subestações: conceitos, equipamentos, manutenção e operação

Descrição

Informações

Propiciar aos participantes realizarem manutenções preventivas e fornecer informações relativas a operação e proteção de subestações é o objetivo do curso promovido pela Engepower. Direcionadas a engenheiros técnicos e eletricistas, as aulas terão como conteúdo programático conceitos básicos, tipos de subestações, principais equipamentos de pátio, principais equipamentos da casa de comando, manutenção e operação de subestações, entre outros.

Local:

4 a 6 de setembro

São Paulo (SP) Contato: (11) 3579-8768 treinamentos@engepower.com

VE Latino-Americano

Descrição

Informações

O Salão Latino-Americano Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias (VE Latino-Americano) divulga e promove o desenvolvimento, a demonstração e a utilização de veículos elétricos na América Latina, assim como a atualização e disseminação deste segmento. O evento é composto por feira e congresso. A feira apresentará produtos e serviços que compõem todos os setores da cadeia produtiva de um veículo elétrico, além de suas inovações. O congresso abordará temas relevantes do setor, propiciando a troca de experiências e atualizações tecnológicas por meio de debates.

Local:

15 a 18 de setembro

Eventos

O Setor Elétrico / Julho de 2014

São Paulo (SP) Contato: (11) 3893.1302 robson.caldas@clarionevents.com

Rio, Oil & Gas

Descrição

Informações

Realizada bienalmente, desde 1982, o Rio Oil & Gas é um dos mais importantes eventos do setor de petróleo e gás da América Latina, que apresenta, além de exposição, sessões técnicas, painéis e plenárias. A programação do congresso para esta edição, cujo tema principal é o “Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios”, foi dividida em blocos temáticos, tais como: Exploração & Produção; Gás Natural e Energia; Abastecimento e Petroquímica; e Biocombustíveis.

Local:

16 a 19 de setembro

Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2112-9000 eventos@ibp.org.br

Powergrid Brasil

Descrição

Informações

A Powergrid Brasil ocorrerá este ano concomitante à feira Metalurgia 2014, unindo-se ao principal setor consumidor de energia que investe maciçamente em tecnologia, infraestrutura e eficiência energética. No evento, que está em sua terceira edição, o participante tem a oportunidade de negociar com grandes segmentos consumidores de energia do país, além do metalúrgico, tais como plástico, metalmecânico, portuário, hospitalar, hoteleiro, entre outros.

Local:

24 a 27 de setembro

Joinville (SC) Contato: (47) 3451-3000 feiras@messebrasil.com.br

Expomac/Eletron

Descrição

Informações

A 20ª edição da Expomac acontecerá a partir deste ano em paralelo à Feira Elétrica, Eletrônica e Automação Industrial (Eletron). Conforme os organizadores, a união dos setores é uma reivindicação do mercado e segue uma tendência mundial de agregar segmentos complementares, oferecendo inúmeras vantagens como: concentrar em único local os nomes mais destacados da indústria e prestador de serviços; otimizar recursos, promover intercâmbio de informações e capacitação profissional; incentivar parcerias e exibir sua marca e produtos a um público profissional mais abrangente.

Local: Pinhais (PR) Contato: (41) 3075-1100 diretriz@diretriz.com.br


Índice de anunciantes

O Setor Elétrico / Julho de 2014

3M 63 0800-0132333 www.3meletricos.com.br Ação Engenharia 161 (11) 3883-6050 orcamento@acaoenge.com.br www.acaoenge.com.br Agpr5 - Abirush Automação 48 e Sistemas (48) 3462-3900 comercial@a5group.com.br www.a5group.com.br

Construfios Fios e Cabos 149 (11) 5053-8383 construfios@construfios.com.br www.construfios.com.br

Histec 34 (11) 3018-0500 histec@histeccomercial.com.br www.histeccomercial.com.br

Copper 100 119 (11) 3478-6900 contato@copper100.com.br www.copper100.com.br

Huntsman 12 0800 170 850 www.huntsman.com/power

Cordeiro 43 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br

Alpha 16 (11) 3933-7533 vendas@alpha-ex.com.br www. alpha-ex.com.br

Corfio 105 (47) 3561-3777 corfio@corfio.com.br www.corfio.com.br

Altus 30 (51) 3589 9500 www.altus.com.br

Crouse-Hinds by Eaton 127 (15) 3353-7070 vendaschbrasil@eaton.com www.crouse-hinds.com.br

Alubar 137 (91) 3754-7100 cabos@alubar.net www. alubar.net Aselco 33 falecom@aselco.com.br www.aselco.com.br Balestro 136 (19) 3814-9000 balestrovendas@balestro.com.br www.balestro.com.br BHS Eletrônica 143 (11) 2291-1598 comercial3se@bhseletronica.com.br www.bhseletronica.com.br BRVal 10 (21) 3837-4646 vendas@brval.com.br www.brval.com.br Brazil Windpower 159 (21) 3154-9410 deny@canalenergia.com.br www.brazilwindpower.org Brasformer Braspel 28 (11) 2969-2244 brasformer@braspel.com.br www.braspel.com.br Cabelauto 120 (35) 3629-2514/2500 comercial@cabelauto.com.br www.cabelauto.com.br Cablena 19 (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br

D’Light 90 e 91 (11) 2937-4650 vendas@dlight.com.br www.dlight.com.br Daisa 67 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br Delta Colors 172 (11) 4159-1700 mkt@deltacolors.com.br www.deltacolors.com.br Diagnerg 160 (16) 3945-1223 www.diagnerg.com.br Dutoplast 49 (11) 2524-9055 vendas@dutoplast.com.br www.dutoplast.com.br Dutotec 131 (51) 2117-6600 dutotec@dutotec.com.br www.dutotec.com.br

Ideal Industries What’s wrong 11 4314-9930 ideal_brazil@idealindustries.com www.idealindustries.com.br IBT 69 (11) 4398-6634 www.ibt.com.br IFG 84 (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br Iguaçumec 103 (43) 3401-1000 iguacumec@iguacu.com.br www.iguacumec.com.br Ilumatic 145 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br Induscabos 89 (11) 4636-2211 spvendas@inducabos.com.br www.induscabos.com.br Instrumenti 99 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br Instrutemp 129 (11)3488-0200 vendas@instrutemp.com.br www.instrutemp.com.br Intelli 115 (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br

Eaton 39 (11) 4525-7100 www.eaton.com.br

Itaim Iluminação 2ª capa e 3 (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br

Efe-Semitrans 47 (21) 2501-1522 / (11) 5686-1515 adm@efesemitrans.com.br sp.vendas@efesemitrans.com.br www.efesemitrans.com.br

J Antunes 156 (11) 4426-5977 jantunes@jantunes.com.br www.jantunes.com.br

Eletromar 109 0800 7242 437 www.hager.com.br

Kanaflex 130 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br

Chint 31 (11) 3266-7654 lywei@chint.com www.chint.com

Elos 32 (41) 3383-9290 elos@elos.com.br www.elos.com.br

Kienzle 147 (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br

Clamper Fascículo (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicação@clamper.com.br www. clamper.com.br Cobrecom 8 e 9 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br

Embramat 17 (11) 2098-0371 embramat@embramataltatensao.com.br www.embramataltatensao.com.br

KRC 126 (11) 4543-6034 comercial@krcequipamentos.com.br www.krcequipamentos.com.br

Enerbras 107 (41) 2111-3000 sac@enerbras.com.br www.enerbras.com.br

LEDSTAR – Unicoba 155 (11) 5078-1914 comercial@ledstar.com.br www.ledstar.com.br

Cobremaq 45 (11) 4156-5531 SP (71) 3594-1400 BA contato@cobremack.com.br www.cobremack.com.br

EngePower 96 (11) 3579-8777 www.easypower.com/demo

Legrand 65 0800 11 8008 cst.brasil@legrand.com.br www.legrand.com.br

Cofibam 113 (11) 4182-8500 vendas@cofibam.com.br www.cofibam.com.br Con-Fio 110 (21) 2495-4298 contato@con-fio.com www.con-fio.com

Exponencial 14 (31) 3317-5150 comercial@exponencialmg.com.br www.exponencialmg.com.br Facilit 100 (11) 4447-1881 vendas@faciliteletrocalhas.com.br www.faciliteletrocalhas.com.br

Líder Rio 111 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com Logmaster 128 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br

Fastweld 4ª capa (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br

Luminárias Sun Way Rio 152 (21) 3860-2688 coloniallustres@coloniallustres.com.br www.luminariassunway.com.br

Conex 21 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br

General Cable 157 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com

Luminárias Projeto 173 (11) 2946-8200 vendas@luminariasprojeto.com.br www.luminariasprojeto.com.br

Conprove 146 (34) 3218-6800 vendas@conprove.com.br www.conprove.com.br

Gimi 114 (11) 4752-9900 vendas@gimi.com.br www.gimi.com.br

Mabitec 171 (11) 2337-1491 mabitec@mabitec.com.br www.mabitec.com.br

Condumax 57 0800 701 3701 www.condumax.com.br

Magnet 6 e 7 (11) 4176-7877 magnet@mmmagnet.com.br www.mmmagnet.com.br Média Tensão 29 (11) 2384-0155 vendas@mediatensao.com.br www.mediatensao.com.br Megabrás 26 (11) 3254-8111 ati@megabras.com.br www.megabras.com Melfex 79 (11) 4072-1933 vendas@melfex.com.br www.melfex.com.br Montal 98 (31) 3476-7675 vendas@montal.com.br www.montal.com.br Mon-Ter 144 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br Naville 123 (11) 2431-4500 vendas@naville.com.br www.naville.com.br Newmax 132 (11) 3934-5000 vendas@newmax.com.br www.newmax.com.br Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br Novemp Fascículo (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br Nutsteel 85 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br Obo Bettermann 55 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br Omicron 27 info.latam@omicronusa.com www.omicronusa.com Paratec 20 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br Patola 61 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br Perfil Líder 41 (11) 2412-7787 vendas@perfillider.com.br www.perfillider.com.br Pfannenberg 51 (19) 3935-7187 info@pfannenberg.com.br www.pfannenberg.com.br Press Mat 151 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br RDI Bender 5 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br Real Perfil 95 (11) 2134-0002 vendas@realperfil.com.br www.realperfil.com.br RM Sarel 37 (11) 2268-2935 contato@rmenergy.com.br www.rmenergy.com.br Romagnole 121 (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br Sarel 93 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br

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Sassi Medodores 138 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br SEL Engenharia 77 (19) 3515-2040 engenharia@selinc.com www.selinc.com.br Sendi 175 (19) 3756-7348 sendi@cpfl.com.br www.sendi.org.br Sicame 11 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br 25 Siemens www.siemens.com.br/sivacons4 www.siemens.com.br/approvedpartner Sil 153 (11) 3377-3333 vendas@sil.com.br www.sil.com.br Sindustrial Engenharia 24 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br Steck 59 0800 122022 / 11 6245-7000 vendas@steck.com.br www.steck.com.br Strahl 73 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com Sultech 133 (51) 3013-0333 vendas@sultech.com.br www.sultech.com.br 13 TAG Power / OPAL - RT (11) 3368-1029 tagpower@tagpower.com.br www.tagpower.com.br 169 TE Connectivity (11) 2103-6000 te.energia@te.com www.energy.te.com 97 Telbra (11) 2946-4646 www.telbra.com.br 141 Termotécnica (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br 102 Trael (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br 101 Trafomil (11) 4815-6444 vendas@trafomil.com.br www.trafomil.com.br 15 Transformadores União (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br www.transformadoresuniao.com.br Unitron 22 e 23 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br Utiluz 167 (54) 3218-5200 utiluz@utiluz.com www.utiluz.com VR Painéis Elétricos 117 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br Walcenter 139 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br WEG 53 (47)3276-4000 faleconosco@weg.net www.weg.net Wetzel 122 0800 474016 eletrotecnica@wetzel.com.br www.wetzel.com.br


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Patrocínio

What’s wrong here?

O Setor Elétrico / Julho de 2014

O que há de errado?

ação Ilustr

: Ma

. uro Jr

Observe a imagem a seguir e identifique os problemas de acordo com as prescrições da ABNT NBR 5410 – norma de instalações elétricas de baixa tensão.

PREMIAÇÃO

Resposta da edição 100 (Maio/2014) Diversos leitores identificaram os principais

Nesta edição, o leitor que mandar a

resposta mais completa, relatando as não conformidades da instalação com relação às prescrições da ABNT NBR 5410, será contemplado com os seguintes produtos da Ideal Industries:

problemas da instalação ao lado, no entanto, o leitor

• Alicate amperímetro TightSight

ALBERTO OLIVEIRA DA PEDRA apresentou

660ACA CAT IV, código 61-764;

a resposta mais completa com relação às não conformidades com a norma de instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 5410. A vencedora receberá, como premiação, um exemplar do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras e uma inscrição gratuita em um curso a distância da Hilton Moreno Consulting.

Parabéns a todos os leitores que mandaram suas respostas e continuem participando!

Confira a resposta correta:

• Alicate decapador Stripmaster Métrico 0,75 a 6,00 mm², código 45-092-341; • Conector de torção Twister LT, código 30-640J (pote com 500 unidades).

Não perca tempo!

Mande a sua resposta para interativo@atitudeeditorial. com.br ou acesse www. osetoreletrico.com.br e

A foto mostra duas não conformidades, sendo que primeira deu origem à segunda: (1)

mande já a sua opinião!

conforme 9.5.2.3, nas instalações residências a conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser direta, sem uso de tomada de corrente; (2) de acordo com 9.1.4.3.1, nenhum dispositivo de proteção, seccionamento ou comando, incluindo tomadas de corrente, pode ser instalado nos volumes 0, 1 e 2 (no caso da foto, a tomada está no volume 1).

Interatividade Se você encontrou alguma atrocidade elétrica e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.

Hilton Moreno é engenheiro eletricista, consultor, professor universitário e membro de comissões de estudo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

@

Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br




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