Ano 9 - Edição 104 S etembro de 2014
Norma para SPDA em consulta nacional Há quase dez anos em processo de revisão, norma ABNT NBR 5419 será publicada em 2015
Revenda e distribuição de materiais elétricos Setor projeta crescimento médio de 12% para este ano de 2014 Energia solar: legislação existente e desafios futuros Medição e verificação para melhor aproveitamento da eletricidade na indústria
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Sumário
atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187
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Pesquisa – Distribuidores e revendedores de materiais elétricos Empresas entrevistadas projetam crescimento inferior para 2014 do que obtiveram no ano passado. Distribuidoras e revendas apresentaram uma elevação de 16% em 2013. Neste ano, esperam subir 12%.
Painel de notícias 12
Colunistas
Balança comercial de eletroeletrônicos registra queda de
Michel Epelbaum – Energia sustentável
US$ 23, 24 bilhões; Projetos de norma para SPDA estão em consulta pública até dezembro; Entra em vigor portaria do Inmetro que aprova regulamento de qualidade de Led; Cummins amplia sua participação no mercado de geradores; ABB apresenta estratégia e metas financeiras para o
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
período 2015-2020; Estas e outras notícias do setor elétrico
Consultor técnico José Starosta
Fascículos 29
Colaborador técnico de normas Jobson Modena
brasileiro.
Reportagem – SPDA 66
134 Luis Fernando Arruda – Instalação MT 136 Jobson Modena – Proteção contra raios 138 João Barrico – NR 10 140 José Starosta – Energia com qualidade 142 Roberval Bulgarelli – Instalações Ex 146 Dicas de instalação 150 Análise dos resultados do teste de fator de potência.
Referências técnicas 154 Informações sobre materiais e ilustrações técnicas da carcaça de motores elétricos.
Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Hilton Moreno, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento.
Após dez anos, projeto de revisão da ABNT NBR 5419, norma concluído. Documento ficará em consulta pública até dezembro
Espaço IEEE 156
Colaboradores desta edição: Cyro Boccuzzi, Fernando Marafão, Gerdson Soares, Gustavo Alves, Jill Duplessis, Luciano Moraes, Luiz Felipe Costa, Marcelo Paulino, Marcelo Simões, Marcus Possi, Maria Emília Tostes, Osmar Pinto Jr, Paulo Fernandes Costa, Paulo Serni, Thiago Soares, Vitor Gardiman.
deste ano e deverá ser publicado nos primeiros meses de 2015.
A necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias para
Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Snvv|Shutterstock.com Impressão - Mundial Gráfica Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
que trata da proteção contra descargas atmosféricas, é
Energia solar 72 Legislação, políticas públicas e desafios para a implantação de sistemas fotovoltaicos e termossolares.
Aula prática – Medição e verificação 122 Como um sistema de gestão de energia agregado a sistemas de controle e automação, que pode ser utilizado como ferramenta
o monitoramento de fenômenos naturais e ambientais, a fim de contribuir para a garantia da qualidade de fornecimento de energia.
Ponto de vista 158 O esgotamento do modelo atual das empresas de energia elétrica.
de gestão de eficiência energética, pode reduzir os custos e
Agenda 160
melhorar a produtividade, assim como a competitividade da
Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos
indústria.
meses.
Espaço Guia de normas 132
What’s wrong here 162
Planejamento dos serviços em instalações elétricas.
Identifique o que existe de errado na instalação.
Errata Esclarecemos que as imagens publicadas na página 76, que ilustram a reportagem sobre canteiros de obras, apenas exemplificam instalações em que disjuntores e outros dispositivos foram instalados de maneira equivocada. Ratificamos que não há qualquer problema com os equipamentos, especificamente os da marca Steck evidenciada nas fotos.
Editorial
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014 Capa ed 104_A.pdf
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10/2/14
5:13 PM
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Ano 9 - Edição 104 S etembro de 2014
Norma para SPDA em consulta nacional Há quase dez anos em processo de revisão, norma ABNT NBR 5419 será publicada em 2015
O Setor Elétrico - Ano 9 - Edição 104 – Setembro de 2014
Revenda e distribuição de materiais elétricos Setor projeta crescimento médio de 12% para este ano de 2014 Energia solar: legislação existente e desafios futuros Medição e verificação para melhor aproveitamento da eletricidade na indústria
Edição 104
De cara nova
A produção de uma revista envolve uma série de complexidades e de cuidados para evitar o máximo possível
de erros e disseminação de conteúdo equivocado ou desatualizado. No caso de uma publicação técnica, o zelo deve ser ainda maior, considerando a quantidade de informação específica e que servirá de base para muitos trabalhos desenvolvidos pelos profissionais que se atualizam por meio do periódico.
Desde sempre, a revista O Setor Elétrico priorizou um importante critério: a disseminação de conteúdo técnico
de qualidade e de técnicas e tecnologias passíveis de serem aplicadas na prática. Dessa forma, o leitor tem acesso às informações mais atuais, corretas e viáveis à realidade brasileira. Para tanto, a figura de um consultor técnico sempre foi prioridade para esta publicação. É ele corresponsável por avaliar pautas, artigos e autores que aqui são mensalmente publicados. É dele o olhar técnico que autoriza ou desautoriza a veiculação de papers e artigos, tendo o seu crivo que ponderar diversos fatores – qualidade, viabilidade e adequação à linha editorial.
Nesse sentido, esta edição é especial por marcar o início do trabalho de um novo consultor técnico, a quem
agradecemos por ter aceito o convite e, de antemão, já avisamos: o trabalho é intenso, mas por demais gratificante. O engenheiro José Starosta, especializado em qualidade da energia elétrica e com larga experiência na área, é colunista e parceiro desta revista desde a primeira edição. Já foi presidente da Abesco (associação das empresas de conservação de energia), é membro da Fiesp e assume mais esta empreitada a partir deste mês.
Por outro lado, nos despedimos do engenheiro Hilton Moreno, a quem também agradecemos por toda sua
dedicação durante os anos em que esteve à frente da consultoria técnica da revista O Setor Elétrico.
Outra novidade é que o trabalho de consultoria técnica, a partir de agora, será auxiliado ainda pelo engenheiro
Jobson Modena, profissional especializado em proteção e aterramento (coordenador da comissão do CB-3/ABNT que revisa a ABNT NBR 5419) que nos ajudará nas questões envolvendo normas técnicas. Modena também mantém há alguns anos uma coluna técnica nesta publicação, na qual discorre, todos os meses, sobre proteção contra raios e assuntos correlatos.
Com isso, esperamos produzir uma revista cada vez melhor – mais técnica, mais confiável, mais séria e com
mais qualidade – para deleite dos nossos leitores, profissionais cada vez mais preocupados com sua formação e informação. E lembro ainda que nossos canais de comunicação continuam abertos: por meio do site (www. osetoreletrico.com.br) e dos nossos endereços eletrônicos. Sugestões e críticas são sempre bem-vindas.
A todos, uma ótima leitura.
Abraços,
flavia@atitudeeditorial.com.br Redes sociais Acesse o Facebook e o Twitter da revista O Setor
Elétrico e fique por dentro das notícias da área elétrica!
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Coluna do consultor
Novos ares
Apesar de ser integrante do time da revista “O Setor Elétrico”
desde a fase embrionária, fiquei honrado e até surpreso com o convite para assumir a consultoria técnica desta impor tante publicação, que cresce na medida em que o mercado e a qualidade dos projetos, serviços e equipamentos na área de instalações elétricas também o fazem.
As responsabilidades ora assumidas tratam do compromisso de
garantir que o conteúdo técnico continue sendo adequado e atraente àqueles que utilizam a revista como fonte de consulta, de divulgação, de troca de informações ou mesmo de atualização técnica. Ideias não faltam e motivação para direção e edição da revista também não. Aliás, assuntos também não faltam, tendo em vista que nossa área elétrica é bastante extensa e os temas merecem ser tratados com todo cuidado e sob todos os pontos de vista. Teremos muito barro para amassar e muita pedra para polir pela frente.
Desde já estamos à disposição de todos que fazem uso da revista
para recebimento de sugestões, comentários e críticas. Só assim vamos crescer juntos. O endereço eletrônico está disponibilizado para este fim.
Vamos fazer desta revista o veículo que todos consideram como
ideal, mesclando, de forma adequada, o conteúdo técnico em todas as áreas das instalações elétricas.
Apesar das expectativas negativas quanto ao futuro próximo
da economia brasileira, gostaria de lembrar que, por sor te, somos criativos e otimistas. Vamos construir o Brasil com amor e competência. Afinal de contas, somos BRASILEIROS!
Conto com o apoio de todos.
Abraços,
Eng. José Starosta Consultor da revista O Setor Elétrico consultor@osetoreletrico.com.br
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Balança comercial de eletroeletrônicos registra queda de US$ 23, 24 bilhões Segundo levantamento da Abinee, este valor é 4% inferior ao déficit de US$ 24, 20 bilhões registrado entre janeiro e agosto de 2013
A balança comercial de produtos eletroeletrônicos registrou no acumulado janeiro-agosto de 2014 um
déficit de US$ 23,24 bilhões. O montante é 4% inferior ao do mesmo período do ano passado, quando foi apresentado um prejuízo de US$ 24, 20 bilhões. Estas informações fazem parte de levantamento sobre a Balança Comercial – Janeiro-Agosto/2014 de produtos elétricos e eletrônicos apresentados pela Associação Brasileia da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
A queda é explicada também porque tanto as exportações como as importações deste segmento
registraram decréscimo nos oito primeiros meses deste ano se comparados a igual período de 2013. No acumulado de 2014, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram R$ 4,46 bilhões, 6,5% abaixo dos US$ 4,77 bilhões apresentados no ano passado. Já as importações atingiram US$ 27, 7 bilhões este ano, número 4,4% menor do que o montante de US$ 28, 9 bilhões registrado em 2013.
No que diz respeito às exportações, destaque para os componentes elétricos e eletrônicos cujo venda
externa entre janeiro e agosto totalizou US$ 1,97 bilhões, 10,7% menor do que os US$ 2,2 bilhões anotados no mesmo período de 2013. A área de GTD, por sua vez, apresentou elevação de suas exportações no ano atual. O segmento alcançou US$ 577,9 milhões, 20,6% superior aos US$ 479, 1 milhões anotados em 2013.
Se a área de GTD apresentou um elevado acréscimo de suas exportações, no que se refere às
importações, foi o segmento que registrou a maior queda. Entre janeiro e agosto de 2013, alcançou a quantia de US$ 1,3 bilhões. No acumulado deste ano, o montante caiu para US$ 904, 7 milhões; uma queda de 28, 8%. A área de componentes elétricos e eletrônicos, por outro lado, foi a que registrou menor queda nas importações, 07%, saindo de US$ 16, 3 bilhões em 2013 para 16, 2 bilhões em 2014.
Mês de agosto
No que se refere especificamente a agosto, último mês contabilizado pelo levantamento da Abinee,
as exportações e importações de produtos eletroeletrônicos registraram forte baixa. As vendas externas somaram US$ 539,9 milhões, 18, 5% inferior aos US$ 662, 2 milhões registrados em agosto do ano passado. Conforme a Abinee, o montante exportado em agosto de 2014 foi o menor desde março deste ano, ficando acima apenas dos resultados de janeiro e fevereiro.
Já as importações totalizaram US$ 3,3 bilhões, montante 10, 9% menor do que US$ 3, 7 bilhões
contabilizados em 2013. A Abinee destaca que agosto foi o quinto mês consecutivo no qual as importações apresentaram resultados inferiores aos ocorridos no mesmo período do ano passado. Para associação, este acumulo de queda foi o responsável pela retração das importações entre janeiro e agosto deste ano, uma vez que no 1º trimestre de 2014 as importações estavam 7,9% acima das ocorridas no 1º trimestre de 2013. 28,97 35 20
27,69
Balança comercial de produtos eletroeletrónicos
USS bilhões
4,77
4,46
Saldo
5 -10 -25
Exportações
Jan-ago/13
Importações
Jan-ago/14
-24,20 -23,24
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Distribuidoras só deverão investir em novas tecnologias após superarem crise Durante o 7º Fórum Smart Grid, o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, afirmou que depois de se equilibrarem financeiramente, concessionárias deverão planejar um modelo sustentável para o segmento
Os problemas que vêm sendo enfrentados pelas
distribuidoras de energia elétrica desde a instituição da Medida Provisória nº 579 foi um dos assuntos de destaque do 7º Fórum Latino-americano de Smart Grid, realizados entre 9 e 11 de setembro deste ano na cidade de São Paulo. Durante o evento, tratando sobre a modernização da rede elétrica das cidades, um dos pilares para a implementação do smart grid, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica de Energia Elétrica (Abradee),
Evento reuniu especialistas e interessados em smart grid para discutir tecnologias e políticas de incentivo às redes inteligentes.
Nelson Fonseca Leite, destacou que para implantar novas tecnologias é preciso ter recursos financeiros, que só existirão após a superação da crise do setor.
Nesse sentido, segundo Leite, após as distribuidoras conseguirem se equilibrar financeiramente, deve-se planejar
um modelo sustentável para o setor. Pensando nisso, o presidente da Abradee apresentou durante sua palestra uma agenda positiva e propositiva que será debatida com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outras instâncias do Governo Federal. Esta agenda é baseada em três pilares: estabelecimento de um plano de investimentos para renovação e modernização de ativos (incentivos diferenciados, tratamento das especificidades, etc.); garantias de sinais econômicos corretos (qualidade, perdas, base regulatória, riscos, estrutura tarifária, tributos, etc.); e estímulo à evolução do modelo de negócios (incentivos materiais para o desenvolvimento de outros serviços, eficiência energética, etc.).
Desses três pontos elencados, Leite salientou a importância de o governo fornecer sinais econômicos corretos
ao mercado. “Não esqueçam que para fazer inovação, implantar novas tecnologias, é preciso ter recursos financeiros. E não há recursos se não houver sinal econômico adequado”, alertou, destacando que a Abradee tem ciência de que para continuar evoluindo, atender às necessidades do país e responder as mudanças em curso na geração e consumo de energia, as distribuidoras precisam transformar-se.
Outra importante apresentação do Fórum Smart Grid foi realizada pela professora doutora da Faculdade Getúlio
Varas (FGV), Joisa Dutra, que destacou a pressão da sociedade pelo enterramento de redes elétricas e alto custo de sua implantação – de quatro a cinco vezes maior que o da rede convencional (aérea). Assim, a docente salientou a importância do compartilhamento da infraestrutura entre as diversas concessionárias (de energia, de gás natural, de telefonia e de água). Conforme Joisa, o compartilhamento é um aspecto fundamental desta questão e demanda uma regulação muita clara.
Tendo como perspectiva o compartilhamento da infraestrutura da rede elétrica, os organizadores do evento
buscaram ouvir todos os agentes envolvidos nesta atividade. O diretor de Inovação da distribuidora de energia EDP, João Brito Martins, abordou as tecnologias atuais, tais como veículos elétricos, iluminação Led, reengenharia de processos, sistemas de gestão de consumo, automação e sensores, e sublinhou que os “smart grids são fundamentais para gerencias todas essas novas tecnologias”.
presente, o diretor-executivo de Serviços Digitais da Telefonica/Vivo, Roberto Della Piazza Filho, afirmou que que
o smart grid aprofundará a relação das “utilities” (energia, água e gás) com o setor de telecomunicações e salientou a necessidade de parcerias entre telecom e as empresas de serviços públicos. Por sua vez, o diretor-presidente da Companhia de Gás de São Paulo (Comgas), Luiz Henrique Guimarães, que destacou a geração distribuída como forma de produção de energia bastante adequada às redes inteligentes. Guimarães afirmou ainda que em caso de investimentos em plantas de cogeração de gás natural, a quantidade de combustível não é problema. "A Comgas tem 1,2 MM m³/ dia para novos projetos", afirmou o executivo.
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Obras civis de Angra 3 voltarão ao ritmo normal Retomada das atividades foi garantida em ofício enviado pela construtora à Eletronuclear e envolve a recontratação de pessoal
A construtora Andrade Gutierrez –
responsável pela construção civil da usina nuclear Angra 3 – comprometeu-se, em ofício enviado à Eletronuclear, a retomar as suas atividades no canteiro de obras. No documento, a construtora reafirma seu interesse em dar continuidade ao contrato e, para tanto, informa já ter dado início ao processo de retomada de suas atividades, que envolve a recontratação de pessoal, inclusive.
A Andrade Gutierrez, desde maio deste
ano, decidiu suspender suas atividades no canteiro de obras, desmobilizando pessoal e equipamentos, antes mesmo que as negociações para repactuação das condições contratuais, ora em andamento com a Eletronuclear, fossem concluídas. Na ocasião,
O atual planejamento da Eletronuclear tem como meta a entrada em operação de Angra 3 em 2018.
a Eletronuclear manifestou estranheza quanto à decisão unilateral e, para se resguardar, instaurou processo administrativo contra a construtora.
No entanto, diante da retomada das negociações e do interesse de ambas as par tes de realizar um processo de repactuação contratual que garanta
adequadas condições de conclusão do empreendimento, a Eletronuclear, por sua vez, irá suspender o processo contra a construtora e suas decorrentes penalidades.
A expectativa da Eletronuclear é que, em breve, as obras voltem ao seu ritmo normal. Na última semana, o empreendimento Angra 3 também teve
outro avanço impor tante. As empresas integrantes dos consórcios vencedores da licitação da montagem eletromecânica assinaram os contratos de serviços.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Grupos geradores
Caixas de ligação
br.sdmo.com
www.tramontina.com.br
Os grupos geradores das linhas J e S são os produtos de destaque
A linha CEEx de caixas de ligação voltadas para áreas classificadas
da SDMO Maquigeral para o início de 2015. A linha J é o principal
da Tramontina Eletrik está disponível em duas opções: uma com caixas
produto do grupo na Europa para a faixa de 40 KVA a 250 KVA e
fabricadas em liga de alumínio copper-free e aço inox 316 L e outra
passou por oito meses de desenvolvimento visando adaptar-se ao
com caixas fabricadas em poliéster reforçado com fibra de vidro.
mercado nacional.
Por sua vez, a linha S, para aplicações de até 700 KVA, foi desenvolvida
com parafusos e junta de vedação de neoprene que assegura o
em conjunto pelas engenharias local e da França, sendo o Brasil o primeiro
grau de proteção IP 65. A segunda possui, entre suas características,
mercado a receber os novos
entradas de M16 a M50, acabamento preto (segurança aumentada)
geradores. Conforme a empresa
e azul (segurança intrínseca),
fabricante, os grupos geradores
bem como junta de vedação
terão melhor acabamento e
de silicone para assegurar o
componentes de primeira linha,
grau de proteção IP 65. Ambas
o que garantirá ao usuário
apresentam
mais facilidade na manipulação
em aço inox e chapa interior
dos equipamentos e maior
fabricada em polímero.
Os produtos da primeira contam com tampa fixada ao corpo
conexão
terra
durabilidade ao produto. Ambas as opções de caixas de ligação da linha CEEx apresentam conexão de terra em aço inox.
Os novos grupos geradores contam com melhor acabamento e componentes de primeira linha.
Cabos flexíveis
Câmera para monitoramento on-line de subestações e plantas críticas
www.sil.com.br
Novidade da Sil na Feicon Batimat Nordeste, realizada em outubro,
os cabos flexíveis AtoxSil multipolares, com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos, contam com dois, três e quatro condutores e podem ser encontrados nas seções de 2 mm² x 1,5 mm² ao 2 mm² x 16 mm²; 3 mm² x 1,5 mm² ao 3 mm² x 70 mm² e 4 mm² x 1,5mm² ao 4 mm² x 70 mm². A cobertura do cabo está disponível na cor preta, mas as cores das veias variam de acordo com cada versão do produto: com dois condutores (preto e azul claro); três condutores (preto, azul claro e branco); e quatro condutores (branco, vermelho, preto e azul claro). A novidade da Sil está disponível apenas para os cabos AtoxSil 0,6 kV/1 kV 90 ºC.
www.flir.com
As novas câmeras das séries A310f e A310pt da Flir Systems foram
desenvolvidas especialmente para monitoramento on-line de subestações e plantas críticas por meio de um sistema remoto que oferece extensas funções de análise térmica com conectividade Ethernet/IP.
Flir A310pt é um sistema com pan/tiltincorporado e duas caixas de
proteção, sendo uma para a câmera térmica e outra para uma câmera colorida dia/noite com zoom ótico de 36x. Já a Flir A310f é um sistema fixo de monitoramento de temperatura igualmente protegido por um invólucro com proteção ambiental IP 66. Ambos os sistemas oferecem medição de temperatura em tempo real, sem interrupções, com ferramentas de análise de deltas de temperatura e alarmes automáticos via e-mail e FTP.
Os cabos flexíveis AtoxSil multipolares contam com dois, três e quatro condutores.
Os sistemas oferecem medição de temperatura em tempo real, sem interrupções e com ferramentas de análise de deltas de temperatura.
Painel de normas
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.
Projetos de norma para SPDA estão em consulta pública até dezembro As partes 1 a 4 do Projeto 03: 064.10-100, que darão origem à norma ABNT NBR 5419, sobre proteção contra descargas atmosféricas, ficarão em consulta pública até dezembro
As partes 1 a 4 do Projeto 03:064.10-100, que trata da proteção contra descargas atmosféricas, estão
em consulta nacional do site da ABNT até o próximo dia 10 de dezembro. Os documentos, que entraram em consulta pública no mês de agosto, deveriam ficar abertos a sugestões até o dia 10 de outubro, mas tiveram o período de consulta prorrogado por mais 60 dias após solicitação da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE).
A parte 1 do projeto, denominada “Princípios gerais”, estabelece os requisitos para a determinação de
proteção contra descargas atmosféricas e fornece subsídios para o uso em projetos desta ordem. Intitulada “Gerenciamento de risco”, a parte 2 estabelece os requisitos para análise de risco em uma estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra e tem o propósito de fornecer um procedimento para a avaliação de tais riscos.
A terceira parte, “Danos físicos a estruturas e perigos à vida”, provê os requisitos para proteção de uma
estrutura contra danos físicos por meio de um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e para proteção de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA. Enfim, a parte 4, cujo o título é “Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura”, fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos – Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) – para reduzir o risco de danos permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (Lemp).
Todas as partes do projeto estão previstas para cancelar e substituir a ABNT NBR 5419:2005. Acesse os
projetos pelo site http://www.abntonline.com.br/consultanacional/
Entra em vigor portaria do Inmetro que aprova regulamento de qualidade de Led Regulamento estabelece os requisitos que devem ser atendidos pelas lâmpadas Led, visando sua eficiência energética, segurança e compatibilidade eletromagnética
Foi publicada recentemente, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 389 do Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que aprova Regulamento Técnico de Qualidade (RTQ) de Qualidade de Lâmpadas Led. Com a publicação, a portaria entra imediatamente em vigor.
O objetivo do RTQ é estabelecer os requisitos que devem ser atendidos pelas lâmpadas Led, visando sua
eficiência energética, segurança e compatibilidade eletromagnética.
O regulamento se aplica às lâmpadas Led com dispositivo de controle integrado à base do corpo
constituindo uma peça única, não destacável, sendo destinadas para operação em rede de distribuição de corrente alternada de 60 Hz, para tensões nominais de 127 V e/ou 220 V, ou faixas de tensão que as englobem ou em corrente contínua (DC ou CC), com proteção contra surto, tensão de alimentação até 250 V, previstas para uso doméstico e similar.
Não estão contempladas neste regulamento as lâmpadas Led com dispositivo integrado à base, tais
como: lâmpadas com Leds coloridos, com lentes coloridas, que emitem luz colorida; RGB, que possuem invólucro coloridos e decorativas, e emitem luz colorida; lâmpadas de Led com dispositivo de controle incorporado que produzam intencionalmente luz colorida; e Oled (Organic Light Emitting Diode).
Painel de normas
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Projeto de Lei propõe que grandes consumidores tenham mais liberdade para contratar energia PLS 239/2014, que está em tramitação no Senado, objetiva que consumidores de grandes cargas elétricas possam consumir energia no regime de contratação livre mesmo que sejam alimentados por tensão abaixo de 69 kV
Está em tramitação na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal, o Projeto de Lei (PLS) nº 239/2014, de
Delcídio do Amaral (PT-MS), o qual propõe que grandes consumidores de energia tenham mais liberdade na hora de contratar serviços de fornecimento de energia elétrica. O projeto objetiva modificar a Lei 9.074/1995, que trata da concessão dos serviços de energia elétrica e obriga os consumidores de grandes cargas elétricas (iguais ou superiores a 100 KW) a contratar todo seu fornecimento energético com as distribuidoras de energia elétrica, a menos que transitem em níveis de tensão de 69 kV ou mais.
O PLS propõe que o consumidor não precise estar adequado ao nível mínimo de tensão para se tornar livre. Nesse sentido, mesmo trabalhando com uma tensão menor
do que a estipulada pela legislação atual, o grande consumidor de energia poderá contratar a geração, a transmissão e a distribuição de diferentes produtos, eliminando assim os custos com a intermediação das distribuidoras de energia elétrica.
O senador Delcídio encara a modificação como uma forma de trazer isonomia ao setor. Isto porque apenas os consumidores que se conectaram à rede antes de julho
de 1995 estão restritos pela faixa de tensão. Aqueles que se conectaram depois desta data podem comprar energia livremente. “Esse trabalho assimétrico entre agentes semelhantes precisa ser corrigido”, afirma. (Com informações da Agência Senado).
ABNT apresenta três novas normas Cabos de potência e condutores isolados Publicada em 16 de setembro, a ABNT NBR 13248:2014 especifica os requisitos de desempenho exigíveis para cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não halogenados e com baixa emissão de fumaça, direcionados a instalações, para funcionar em tensões de até 1 kV.
Aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo de água Com 98 páginas, a ABNT NBR 16305: 2014 fornece os requisitos de desempenho e segurança de aparelhos fixos de aquecimento instantâneo de água, de uso doméstico ou similar, destinados ao aquecimento da água à temperatura abaixo do seu ponto de ebulição. O documento normativo vale para aparelhos monofásicos, cuja tensão não seja superior a 220 V, e para outros aparelhos, cuja tensão seja de 380 V. A norma foi publicada no dia 1º de setembro.
Material isolante elétrico Intitulada “Material isolante elétrico – Avaliação da resistência ao trilhamento e erosão sob condições ambientais severas”, a norma ABNT NBR 10296:2014 entrou em vigor no último dia 25 de agosto. O objetivo do documento normativo é estabelecer os métodos para avaliação da resistência ao trilhamento e à erosão de material isolante elétrico para uso sob severas condições ambientais, em frequências industriais (48 Hz a 62 Hz), usando um líquido contaminante e corpos de prova em plano inclinado.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Cummins amplia sua participação no mercado de geradores Empresa começou a fabricar nacionalmente o grupo gerador C600D6 para as faixas de potência de 600 kW (750 kVA). Até então, o equipamento era importado da Inglaterra
A Cummins Power Generation começará a produzir nacionalmente, em sua planta
de Guarulhos (SP), o grupo gerador modelo C600D6 para as faixas de potência de 600 kW (750 kVA), que atende a diversos segmentos do mercado, como indústrias, construção, área de mineração e hospitais. Segundo o diretor geral da Cummins Power Generation para América do Sul, Kip Schwimmer, o projeto demandou investimentos de cerca de US$ 500 mil em estudos e pessoas, em adequação da linha de montagem e na reestruturação da sala de teste.
A fabricação nacional do produto, antes importado da Inglaterra, propiciará à
empresa reduzir o tempo de entrega do equipamento aos clientes do país e diminuir o custo final. O vice-presidente da Cummins Inc., Luis Pasquotto, informa que a empresa disponibilizará para o mercado nacional “um produto bastante requisitado”. Na atualidade, são produzidas e comercializadas mais de 700 máquinas para a faixa de 750 kVA, com este investimento, a Cummins pretende se tornar a líder do mercado, fabricando mais de 200 máquinas por ano.
Além de atender ao mercado interno, o grupo gerador será exportado para países da América do Sul. Aliás, conforme Schwimmer, as vendas já foram iniciadas
para países como Colômbia, Venezuela e Equador, cuja frequência da rede elétrica é 60 Hz, a mesma do Brasil. Posteriormente, após uma adequação, os grupos geradores serão comercializados também para Argentina, Chile e Uruguai, que atuam na frequência de 50 Hz.
A Cummins iniciou a unidade de negócios de geração de energia no país no ano 2000. Agora, em 2014, mesmo com a economia brasileira em ritmo lento, a
empresa conseguiu aumentar em 27% sua produção de geradores no período que vai de agosto de 2013 a agosto de 2014. No primeiro semestre deste ano, o crescimento demonstrado também foi grande: de 29% em relação aos primeiros seis meses do ano anterior.
S&C inaugura unidade fabril em São José dos Pinhais (PR) Com 10 mil m², o dobro do tamanho da planta anterior que a empresa possuía no Brasil, fábrica abrigará a primeira linha de produção da chave de distribuição subterrânea fora dos Estados Unidos
A S&C Electric Company inaugurou uma fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná.
A instalação tem 10 mil m², o dobro do tamanho da planta anterior que a empresa possuía no Brasil, e abrigará a primeira linha de produção da chave de distribuição subterrânea fora dos Estados Unidos, onde fica situada a sede global da companhia. A nova unidade, que custou R$ 10 milhões, também possui operações para customizar e entregar outros produtos da empresa importados dos Estados Unidos.
De acordo com o gerente-geral da S&C Electric do Brasil, Diego Elizalde, a
inauguração da planta em São José dos Pinhais é parte de um processo de investimento contínuo da empresa no país, no qual a companhia realiza suas atividades há mais de 50 anos. "Inicialmente, a produção irá abastecer o mercado local e, eventualmente, se expandirá para suprir a crescente demanda por produtos de qualidade de comutação, proteção e controle na América do Sul", afirma Elizalde.
A nova planta da S&C possui atualmente 65 funcionários em vendas, engenharia,
administração e produção. E a nova unidade, além de dobrar o espaço fabril, quadruplica o espaço de engenharia e administrativo da organização.
Nova unidade industrial demandou investimentos da ordem de R$ 10 milhões.
Painel de empresas
26
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
ABB apresenta estratégia e metas financeiras para o período 2015-2020 Estratégia irá focar ações centradas na aceleração da dinâmica de crescimento orgânico e aumento de margem da empresa
A ABB apresentou em setembro sua estratégia Next Level e as metas
financeiras para o período 2015-2020, objetivando acelerar a criação de valor sustentável. A estratégia está estruturada em três áreas de foco da companhia: crescimento rentável, execução rigorosa e colaboração orientada para os negócios.
Segundo o CEO da ABB, Ulrich Spiesshofer, a estratégia Next Level irá focar nas
ações centradas na aceleração da dinâmica de crescimento orgânico e aumento de margem da ABB, e também melhorar a eficiência do capital para oferecer maior valor ao acionista. O executivo explica que a companhia está mudando seu centro de gravidade para segmentos de maior crescimento, ao mesmo tempo em que está reforçando a competitividade e a redução de risco, particularmente na divisão de sistemas de potência.
Não obstante, a ABB irá continuar se desenvolvendo com base no seu portfólio
de energia e automação. A partir de janeiro, contudo, a estrutura da empresa será simplificada para três regiões que serão responsáveis pela colaboração de clientes, pelos serviços compartilhados e pelos países relacionados. Conforme Spiesshofer, esses movimentos irão melhorar o foco no cliente, bem como a produtividade, resultar em clara responsabilidade e confiabilidade, e o direcionamento à colaboração orientada ao mercado. “Estamos aumentando o foco no cliente ao simplificar nossa organização, para assim termos mais agilidade e velocidade”, afirma o CEO.
Em relação às metas para o período 2015-2020, a companhia tem a expectativa de aumentar os ganhos operacionais por ação em uma taxa composta ao ano
entre 10% e 15%, entregando um retorno atrativo do caixa sobre o investimento. Pretende também aumentar as receitas em uma base comparativa de, em média, 4% a 7% ao ano, mais rápido do que o crescimento previsto do PIB e do mercado.
Durante o mesmo período, a ABB planeja aumentar, de forma constante, sua rentabilidade, agora medida em Ebitda operacional, dentro de uma faixa de 11% a
16%, com o intuito de, ao mesmo tempo, apresentar uma conversão média do fluxo de caixa livre anual acima de 90%. As novas metas financeiras entram em vigor em 1º de janeiro de 2015.
Projetos de eficiência da Celesc resultam em economia anual de 24,6 GWh/ano Parte do Programa de Eficiência Energética da concessionária, ação teve o apoio do Procobre e foi realizada com três empresas sediadas em Santa Catarina
As Centrais Elétricas de Santa Catarina
de emitir mais de dez mil toneladas de CO².
está presente nos motores de alto rendimento.
(Celesc), juntamente com o Instituto Brasileiro
Com 20% a mais de cobre que os motores
do Cobre, apresentaram em setembro deste
do programa uma economia de 5.284,98 MWh/
convencionais, o equipamento opera em uma
ano resultados da ação Indústria + Eficiente de
ano, equivalente a 11,7% do consumo anual
temperatura menor, reduzindo assim suas perdas
Programa de Eficiência Energética da empresa.
da empresa e a redução da demanda de ponta
energéticas.
Na ação, foram investidos R$ 25 milhões em
de 744,04 kW. Por sua vez, a Sadia – unidades
cinco projetos de eficiência de três empresas
de Chapecó e Concórdia, em Santa Catarina –
final de 2012. Na ocasião, a Celesc assinou
(Tigre, Sadia e Tupy), que resultou em uma
apresentou uma redução total de 8.710, 06
contratos de financiamento a custo zero com
economia anual de 24,6 GWh/ano. Conforme
MWh/ano, o equivalente de 2,85% em relação ao
as três empresas anteriormente mencionadas,
a Celesc, se o valor do projeto fosse investido
consumo total das instalações. E a Tupy passou
que durante o ano de 2013 executaram cinco
em expansão da capacidade de produção de
a economizar 10.641, 83 MWh/ano, o que
projetos voltados à eficiência energética.
energia, o volume de energia gerado seria de
representa 2,06% de seu consumo anual.
Estes projetos foram selecionados entre 25
apenas 17,8 GWh, o equivalente a 75% do total
apresentados via chamada pública e foram
economizado. A energia economizada com os
substituição de motores de baixo rendimento por
avaliados com base em cálculo sobre a energia
projetos é suficiente para atender a dez mil
de alto rendimento. A participação do Procobre
economizada, a redução de demanda e a relação
residências. Além disso, com a ação, deixou-se
nesta ação faz todo o sentido, porque o cobre
custo-benefício.
Mais especificamente, a Tigre obteve dentro
Os projetos consistiram basicamente na
A ação Indústria + Eficiente foi iniciada no
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
27
Encontro Mineiro de Eletricistas reúne 1500 profissionais em BH Realizado em setembro pela Loja Elétrica, evento teve exposições com 50 empresas da área e palestras técnicas sobre temas como energia solar, utilização de DPS e medição e gerenciamento de energia
Mais de 1500 profissionais e 50 empresas da
área elétrica estiveram presentes no 3º Encontro Mineiro de Eletricistas, realizado pela Loja Elétrica em setembro deste ano, na cidade de Belo Horizonte (MG). Fabricantes como 3M, Bosch, GE, Hellermann, Legrand, Philips, Prysmian, Schneider e Weg apresentaram lançamentos, novas tecnologias e tendências no segmento elétrico, de iluminação, de segurança eletrônica e de eficiência energética. O evento contou ainda com a participação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Em nove auditórios foram realizadas também
palestras técnicas sobre energia solar fotovoltaica, utilização e aplicação do Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) em projetos elétricos, soluções para a construção civil e para a indústria, ferramentas de alta performance para a indústria, produtos para medição e gerenciamento de energia e pirataria de fios e cabos, entre outros.
Para o diretor do Grupo Loja Elétrica,
João Flávio de Matos, mais uma vez, o evento foi um grande sucesso, “servindo como “uma ótima oportunidade de atualização técnica e de crescimento profissional para os eletricistas, que, geralmente, ficam esquecidos e com pequeno acesso às novidades e transformações do setor”.
Painel de empresas
28
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Golden comemora 24 anos e inaugura centro de distribuição em Santa Catarina Empresa de iluminação investe em tecnologia Led e mantém projeção de crescimento anual em torno de 20%
A Lâmpadas Golden comemorou em agosto deste ano seu aniversário de 24 anos de existência. Para marcar esta data, a
empresa de iluminação inaugurou no estado de Santa Catarina um novo centro de distribuição, objetivando também melhorar o fluxo de entrega na região Sul do Brasil.
A inauguração é mais uma novidade da Golden, com o intuito de expandir a marca no mercado do varejo. Nestas mais
de duas décadas da empresa, muitas outras inovações aconteceram. A primeira ocorreu em 1993, quando a companhia retirou-se da posição de mera importadora e passou a contar com uma equipe de controle de qualidade junto aos fabricantes estrangeiros, apostando na diversificação de sua linha. Em 1994, juntamente com a marca Pila, a empresa montou uma operação de lâmpadas incandescentes, ação que deu visibilidade à Golden e deu início à ampliação de seu portfólio de produtos.
Outro grande passo, segundo a Golden, foi dado em 1998, quando ainda a sociedade não se preocupava muito com a
eficiência energética. Na ocasião, a empresa decidiu não fabricar mais a lâmpada incandescente. “Este fato é um marco para nós, pois antecipamos tendência e tivemos a ousadia de apostar em um novo tipo de produto, capaz de gerar luz com redução do consumo de energia, muito antes de o apagão levar o tema à tona”, afirma o presidente da Lâmpadas Golden, Álvaro Diniz.
Na atualidade, a empresa vem investindo na tecnologia Led – última grande inovação do setor –, que, conforme a
Golden, está se popularizando e alcançando preços cada vez mais acessíveis. Segundo o presidente da companhia, as vendas
Novo centro de distribuição, localizado em Santa Catarina, objetiva melhorar o fluxo de entrega na região Sul do Brasil.
de Led representam atualmente 21% dos negócios da empresa e devem chegar a 60% em 2017.
O pendor por mudanças e inovação surtiu efeito positivo na empresa, que vem apresentando desde 2005 um crescimento anual em torno de 20%. A meta da
companhia é manter este patamar mesmo com a conjuntura econômica desfavorável. “Embora o crescimento do setor de iluminação tenha aumentado no último ano cerca de um dígito percentual, a Golden trabalha com a meta institucional de 20% também para 2014”, afirma Diniz.
Apoio
29
CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE POTÊNCIA Luiz Felipe Costa
30
Capítulo IX – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Desafios relacionados à especificação e ao uso
• Valores de fator nominal de diversidade • Valores do fator de potência • Bobinas de Rogowski
INSPEÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Marcus Possi
40
Capítulo IX – Resultados – Parte I
• Carta de apresentação • Relatório técnico de inspeções (RTI) • Plano de ações corretivas • Plano de ações de contingenciamento • Problemas encontrados no ato da implantação
MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES Marcelo Paulino
48
Capítulo IX – Análise de resposta em frequência
• Definições • Detecção de falhas no transformador • Algoritmos para análise
ATERRAMENTO DO NEUTRO Paulo Fernandes Costa Capítulo III – Avanços na especificação e na aplicação dos resistores de aterramento do neutro dos sistemas elétricos industriais em baixa tensão
• Vantagens da aplicação dos resistores de alto valor ôhmico • Avanços na tecnologia e especificação dos resistores de alto valor ôhmico • Resumo dos principais aspectos • Conclusão
56
Fascículos
• Introdução
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
30
Capítulo IX Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão em invólucros metálicos Desafios relacionados à especificação e ao uso Por Luiz Felipe Costa*
É sempre preciso estar alerta para as situações
consideração é importante para o dimensionamento
que apresentem desvios dos valores considerados
térmico e a configuração física que será adotada
como padrões nas normas para aplicação dos
para o CMC. A norma ABNT NBR IEC 60439-1
equipamentos, tais como: temperatura ambiente,
sugere, na falta de mais informações do usuário e,
condições atmosféricas (abrigado ou ao tempo),
até mesmo, do fabricante do conjunto, a adoção
grau de poluição, altitude ou condições especiais
dos valores típicos da tabela “1” da seção “4.7”
de serviço.
(reproduzida na Tabela 1). Estes valores para o fator
As quantidades de unidades funcionais e de
nominal de diversidade de um conjunto ou de sua
circuitos principais em um conjunto de manobra e
parte representam a relação entre a máxima soma
controle podem ser altas, logo, um ponto relevante
das correntes de operação dos circuitos principais,
na definição de um Conjuntos de Manobra e
em qualquer instante do período de operação do
Controle de Potência (CMCP) de baixa tensão é
conjunto, e a soma de todas as correntes nominais
máxima corrente que irá circular no barramento
dos circuitos principais envolvidos, seja no CMC
principal e nos barramentos de derivação. Esta
ou na parte selecionada do conjunto.
informação, junto com a quantidade e tipo de
Tabela 1 – Valores de fator nominal de diversidade, segundo a ABNT NBR IEC 60439-1
cargas (UFs) associadas é fundamental para garantirmos um desempenho térmico adequado
Número de circuitos principais
Fator nominal de diversidade
circular no equipamento.
2e3
0,9
4e5
0,8
6 a 9 (inclusive)
0,7
10 (e acima)
0,6
na condição de máximo regime de corrente a A fim de otimizar o dimensionamento dos
barramentos principais e derivação, a IEC sugere, caso o fabricante não defina, valores usuais para se estabelecer a quantidade de elementos que estarão energizados em um mesmo momento
No caso de equipamentos de baixa tensão, a
(fator de diversidade). Este valor representa,
relação entre o valor de pico da maior alternância no
numericamente, a relação entre a quantidade
primeiro semiciclo e o valor eficaz de uma corrente
de circuitos energizados e o total instalado. Esta
de curto-circuito presumida é conhecida como fator
31
“n”. A IEC estabeleceu valores baseados nos níveis de corrente e nos fatores de potência dos curtos-circuitos observados nos tipos mais comuns de sistemas de BT, como os exemplificados nas vistas parciais dos diagramas unifilares das Figuras 1 e 2. Na Tabela 2 estão listados os valores constantes da “Tabela 7” da ABNT NBR IEC 60439-1 (“Valores normalizados para o fator n”). Tabela 2 – Valores do fator de potência, relação X/R associada e “n” para as faixas de correntes de curto-circuito em BT, segundo a IEC
do fator
Corrente de curto-circuito kA (valor eficaz)
cos ϕ p.u.
X/R
n p.u.
I[5
0,7
1,02
1,5
5 < I [ 10
0,5
1,73
1,7
10 < I [ 20
0,3
3,18
2,0
20 < I [ 50
0,25
3,87
2,1
50 < I
0,2
4,90
2,2
Figura 1 – Parte de DU com a possibilidade de paralelismo com geração própria.
Figura 2 – Parte de um DU com a possibilidade de paralelismo de transformadores.
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
32
Deve-se atentar para o fato de que o uso de TCs e relés
secundários, em vez de disparadores incorporados aos disjuntores de potência, pode dificultar o atendimento ao tipo de forma de separação interna requerida para o conjunto. Os tipos de forma de separação permitem que o usuário escolha o arranjo que melhor atende aos seus requisitos de segurança e continuidade de serviço, conforme a instalação existente.
No caso de aplicação dos disjuntores de potência de BT,
é interessante salientar que os sistemas de proteção, quando incorporados a eles, têm evoluído muito ao longo dos anos. Nos últimos anos, todos os fabricantes tradicionais deste tipo de equipamento têm incorporado aos seus produtos o uso de bobinas de “Rogowski” em substituição aos já tradicionais
Figura 3 – Exemplo de bobina de Rogowski.
e consagrados sensores de corrente (transformadores de corrente com valores secundários na ordem de miliampères). Isso permitiu uma melhoria do desempenho das unidades microprocessadas utilizadas como elementos de proteção de sobrecorrente. A antiga solução já tinha demonstrado alta confiabilidade com o casamento entre os sensores de corrente e as unidades de disparos, graças ao correto encaminhamento dos cabos entre sensor e disparador, e o casamento da carga à capacidade dos sensores (TCs) utilizados. Mas a indústria buscava um novo patamar, em que um único sensor pudesse cobrir, com confiabilidade, uma faixa maior de atuação, permitindo que um único dispositivo atendesse, sem saturação, às necessidades de unidades microprocessadas para disjuntores de 630 A a 6.300 A.
As bobinas de “Rogowski”, exemplificada na Figura 3,
Figura 4 – Redução da energia incidente pela alteração dos ajustes da proteção durante uma intervenção.
para uso em conjunto com disparadores microprocessados
Apesar destas abordagens inovadoras, tem sido observada,
já são uma realidade nos novos disjuntores de potência
em alguns casos, em fornecimentos mais recentes, a solicitação,
de BT. Associadas a elas, existe também a adição de novas
por parte dos clientes finais, de se adotar proteção secundária
características aos disparadores microprocessados. Além
para os disjuntores de potência de BT, ou seja, o uso de TCs
das já clássicas funções de medição de grandezas elétricas
externos associados a um relé de proteção. Este arranjo tem sido
(corrente, demanda, energias ativas e reativas, fator de
empregado em conjuntos de manobra de BT, do tipo Centro de
potência, etc.) e de informações de qualidade de energia
Distribuição de Cargas (CDC), com base em duas premissas:
(quantificação das harmônicas, níveis de distorção, etc.), têm sido acrescidas funções que permitem a redução de níveis
• Em caso de necessidade de troca de um disjuntor, não existe
de energia incidente no ponto de instalação do disjuntor
a obrigatoriedade de se verificar a adequação dos ajustes da
graças à possibilidade de alteração temporária dos ajustes das
unidade de disparo ou, caso seja preciso, reprogramá-la;
proteções. Esta nova abordagem é baseada no uso de grupos de
• Os relés secundários de corrente, diferentes das unidades de
ajustes memorizados na unidade microprocessada, conforme
disparos incorporados (as quais trabalham com protocolos do
mostrado na Figura 4, na qual se pode ver, além do frontal da
tipo proprietário ou outros disseminados mundialmente, como
unidade de disparo com o seletor de ajustes preestabelecidos,
o Modbus ou o Profibus), permitem a adoção de sistemas de
um comparativo de resposta (níveis de energia incidente) do
comunicação com base na norma IEC 61850. E este tem sido a
sistema de proteção em relação aos níveis das correntes de
nova referência para os sistemas supervisórios e de controle dos
curto-circuito.
sistemas de potência.
Apoio
33
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
34
Este tipo de enfoque, exemplificado na Figura 5, mesmo que
pela tabela de escolha da capacidade de serviço em relação
tenha os seus méritos, implica em outros pontos que podem
ao percentual da capacidade máxima segundo o tipo de
se tornar críticos. A necessidade de adequar os TCs a níveis
seletividade, conforme mostrado na Tabela 3.
de corrente nominal e de curto-circuito pode levar ao uso de
transformadores com maior relação ou exatidão (capacidade
de seletividade:
Os disjuntores podem ser classificados em duas categorias
de lidar com maior carga secundária – maior “Burden”). Isso é similar ao que já foi descrito para os CMCP de MT, porém,
• A: são os disjuntores para os quais não se prever seletividade,
neste caso, o problema não é relativo aos riscos de alteração
em condições de curto-circuito, com os dispositivos (SCPD) a
no arranjo espacial dos campos elétricos e o surgimento de
jusante. Eles não possuem valores para ajustes de
novos gradientes. Aqui muitas vezes se encontram problemas
curto-retardamento e nem a capacidade de corrente suportável
puramente de espaço físico disponível, quando não ocorrem
de curta-duração (Icw);
implicações piores, como a limitação de troca de calor para
• B: são os disjuntores que conseguem ter seletividade, em
dissipação térmica da parte interna do CMC de BT devido a
condições de curto-circuito, com os dispositivos (SCPD) a jusante.
dificuldades de circulação de ar (convecção) ou da radiação de
Eles possuem ajustes para o curto-retardamento e, também, a
pontos de partes condutoras.
capacidade de corrente suportável de curta-duração (Icw). Tabela 3 – Valores da relação entre Ics e Icu Categoria de seletividade: A % de Icu
Categoria de seletividade: B % de Icu
25
--
50
50
75
75
100
100
Além disso, os disjuntores apresentam duas capacidades de
interrupção: • Ics: Capacidade de Interrupção de Serviço – corresponde ao Figura 5 – CMCP-BT com forma de separação “4b" e proteção secundária.
valor da corrente de curto-circuito, expresso em porcentagem
nominal de operação; sendo que, após este evento, o mesmo
Deve-se atentar, também, para o fato de que o uso de TCs
do valor de Icu, que um disjuntor pode interromper na sua tensão
e relés secundários, em vez de disparadores incorporados
ainda deve poder conduzir a sua corrente nominal de regime.
aos disjuntores de potência de BT, podem vir a dificultar o
• Icu: Capacidade de Interrupção Máxima – corresponde ao
atendimento do tipo de forma de separação interna requerida
valor eficaz da corrente de curto-circuito que um disjuntor
para o conjunto.
pode interromper na sua tensão nominal de operação; sendo
que, após este evento, não precisa ser capaz de conduzir a sua
Além dos pontos mencionados nos parágrafos anteriores,
existem três outros fatores interessantes dentro do contexto dos
corrente nominal de regime.
desafios encontrados na aplicação de CMCP de BT. Os dois primeiros estão relacionados diretamente ao uso de disjuntores,
Apesar da condição de um disjuntor apresentar o valor
conforme descrito na IEC 60947-2 (“Low-voltage switchgear
de Ics igual ao de Icu representar uma situação ótima, ela não
and controlgear – Part 2: Circuit-brearkes”). Um se refere à
é obrigatória e pode, dependendo da aplicação e do sistema
capacidade de suportar um valor de corrente de curta-duração
em questão, até ser uma solução mais onerosa: o projeto do
(Icw) por um tempo definido, fato este que está, diretamente,
dispositivo precisaria ser “sobredimensionado”.
associado à forma como o equipamento irá se comportar num
esquema seletivo de proteção. E o outro estabelece os níveis de
com contatores do tipo eletromecânico, conforme a IEC
O terceiro ponto está relacionado com o uso de partidas
capacidade de interrupção, tanto em serviço quanto máximo,
60947-4-1 (“Low-voltage switchgear and controlgear – Part 4-1:
para o disjuntor. Esta última relação é associada à primeira
Contactors and motor-starters – Electromechanical contactors
Apoio
35
and motor-starters”). Uma “partida” (combinação de todos os
partidas).
dispositivos e conexões necessárias para manobrar um motor,
É óbvio que uma partida protegida com coordenação
com proteção contra sobrecargas inclusa) protegida (partida
tipo 2 permite uma maior continuidade de serviço e um nível
que possui um dispositivo de proteção contra curto-circuito –
menor de manutenção, especialmente quando associada ao
SCPD) pode apresentar dois tipos de coordenação entre os seus
uso de disjuntores como SCPD, em vez de fusíveis (o disparo
elementos.
por curto-circuito não obriga a troca dos elementos fusíveis).
Porém, dependendo do projeto dos componentes e as suas
Os tipos de coordenação para partidas protegidas são:
capacidades de suportabilidade térmica e dinâmica, pode • Tipo 1: a partida, sob condições de curto-circuito, não
haver a necessidade de aumento de seu tamanho (estrutura),
deve causar perigo às pessoas ou instalações e pode, após
do volume ocupado pela UF ou o incremento nos custos da
a interrupção da falta, não estar apta a serviços futuros sem
solução. Este tipo de característica tem sido constantemente
reparos ou substituição de peças;
solicitado nas aplicações de CCM de BT para plataformas
• Tipo 2: a partida, sob condições de curto-circuito, não deve
marítimas, como exemplificada na Figura 5.
causar perigo às pessoas ou instalações e tem de, após a
Vale chamar a atenção para o fato de o CCM mostrado na
interrupção da falta, estar apta a serviços futuros. É aceitável
Figura 6 possuir um reator limitador de corrente na entrada,
o risco de soldagem dos contatos principais do contator (neste
garantindo que o nível de curto-circuito disponível no ponto
caso, o fabricante deve informar os procedimentos adequados
ficasse limitado a 18 kA eficazes, conforme definições de projeto
de manutenção).
do cliente final. Esta solução foi adotada como forma de reduzir
Estes tipos de coordenação estão associados à categoria
aumento da segurança operacional. Claro que, como em todas as
de uso AC-3 (manobra de motores de indução com rotor em
soluções adotadas em engenharia, houve alguns compromissos:
curto-circuito) para os contatores (e, respectivamente, para as
• Estudo de fluxo de carga e avaliação da queda de tensão no
os níveis de energia incidente no ponto da instalação, visando um
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
36
Figura 6 – CCM de BT típico do setor marítimo. Na coluna de entrada do conjunto (a primeira à direita), tem-se um reator limitador de corrente trifásico (atentar para as venezianas de ventilação).
Conclusões
caso de partidas rotóricas diretas; • Com base nos dados do item anterior, foram definidos limites menores de potência das gavetas com partida direta
Como discutido nos tópicos anteriores, o uso de
(inclusive, na terceira coluna, contando-se da direita para a
Conjuntos de Manobra e Controle de Potência (CMCP) de
esquerda, houve a aplicação de uma unidade eletrônica para
baixa tensão em sistemas elétricos industriais, comerciais e
partida suave – “Soft-starter”, para adequação da máquina a
de infraestrutura requer sempre um conhecimento detalhado
capacidade do sistema em garantir uma partida sem queda de
da aplicação final dos equipamentos e das condições, físicas
tensão excessiva).
e elétricas, do local da instalação. Não existe uma regra
Para auxiliar no levantamento das necessidades para a
a filosofia construtiva a ser adotada. Os pontos cruciais e
definição dos principais requisitos construtivos de um projeto
inegociáveis foram e sempre serão a segurança humana e
específico, pode-se usar a Tabela 4.
patrimonial.
única e nem um modelo mestre para se definir a forma e
O que se pode sugerir é, sempre que possível e
Tabela 4 – Requisitos específicos de projeto Hz
V
Tensão e frequência de alimentação
A
Capacidade de corrente (barramentos)
s
kA
Nível de curto-circuito do sistema
C
Temperatura ambiente, se acima de 35 °C
C
%
Umidade se acima de 50% @ 40C Outras condições especiais da Instalação Classificação IP
Externo
IP
Interno
Forma construtiva
Fixa
Extraível
Acessibilidade da instalação
Frontal
Traseira
Entrada / Saída para instalação dos cabos
Superior
Inferior
Acessibilidade para manutenção
Frontal
Traseira
Forma de separação
Forma
IP
Apoio
37
Conjuntos de manobra e controle de potência
Apoio
38
economicamente viável, seguir algumas premissas que
• Definição das características nominais;
devem ser validadas conforme cada caso. Estas podem ser
• Conhecimento das condições ambientais e espaciais do
listadas como:
local da instalação; • Consolidação dos estudos de engenharia elétricas
• Adotar soluções que possuam os relatórios de ensaios
necessários;
aplicáveis que comprovem sua adequação à aplicação;
• Conhecer as filosofias de operação e manutenção que
• Adotar estruturas construtivas que minimizem os riscos de
serão adotadas.
choques elétricos e exposições a arcos elétricos: Em aplicações de potência, dar preferência por tipos
construtivos
aumentar a confiabilidade, a disponibilidade e a segurança,
do
tipo
“armário”,
“multicolunas”
ou
Listar características adicionais que possam vir a
“multimodular”;
tanto humana quanto patrimonial, conforme a experiência,
Formas construtivas 3b e 4b, quando for necessário
tanto da equipe responsável pelo projeto quanto do usuário
acesso com sistema energizado;
final.
Unidades funcionais extraíveis ou removíveis;
Partidas rotóricas com elementos com coordenação tipo 2;
sendo desenvolvido, no Brasil, pela Comissão de Estudos
Escolha de componentes adequados para a real
C 17.02, da ABNT, e que se encontra bem adiantado, no
condição de uso (por exemplo, não aplicar, diretamente,
sentido de termos, se possível ainda neste ano, a publicação
um disjuntor de 2.500 A, que foi ensaiado conforme
das duas primeiras normas baseadas na série IEC 61439
a IEC 60947-2, em um circuito de mesma corrente de
(partes 1 e 2).
Para finalizar, é importante salientar o trabalho que está
regime, sem saber se ele está adequado para condições de temperatura e poluição do ambiente interno do painel
Referências
– às vezes, se faz necessário o uso de fatores de redução
• ABNT NBR IEC 60439-1. Conjuntos de manobra e controle
de capacidade de condução de corrente permanente ao
de baixa tensão – Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo
elemento de manobra, obrigando o projetista a adotar, por
totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo
exemplo, um disjuntor de 3.200 A);
parcialmente testados (PTTA). ABNT, maio 2003.
Escolher a categoria de sobretensão correta, conforme
• IEC 61439-1. Low-voltage switchgear and controlgear
a tensão nominal do circuito e o local da instalação (nível
assemblies – Part 1: General rules. IEC; 2nd. Edition, 2011.
de exposição a sobretensão. Consultar a tabela G.1 da
• IEC 61439-2. Low-voltage switchgear and controlgear
ABNT NBR IEC 60439-1;
assemblies – Part 2: Power switchgear and controlgear
Sistemas inteligentes que permitam a supervisão,
assemblies. IEC; 2nd. Edition, 2011.
operação, medição, monitoramento e intervenções remotas;
• IEEE Std C37.20.1 – 2002: IEEE Standard for Metal-Enclosed
Adotar soluções de engenharia que minimizem,
Low-Voltage Power Circuit Breaker Switchgear.
conforme cada caso, os riscos associados aos níveis de
• NR 10: Norma regulamentadora Número 10: Segurança em
energia incidente (escolha do aterramento do neutro, uso
instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho
de seletividade lógica, sistemas de redução de níveis de
e Emprego – Governo Federal do Brasil, 2004.
energia para serviços de intervenção, etc.);
• Electrical Safety Requirements for Employee Workplaces,
Escolher o grau de proteção adequado ao local da
NFPA 70E, 2009.
instalação;
• IEEE Guide for Perfoming Arc-Flahs Harzard Calculations,
Para situações de exposição contínua de operadores
IEEE Std 1584, 2002.
ao local da instalação, buscar soluções quanto a riscos oriundos de um arco interno, sejam do tipo ditas “ativas” ou “reativas”.
Da mesma forma como comentado sobre a aplicação
de conjuntos em média tensão, aqui se aplicam as mesmas diretrizes básicas:
*Luiz Felipe Costa é especialista sênior da Eaton. É formado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia da UFRJ e pós-graduado em Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade Federal de Itajubá. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
39
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
40
Capítulo IX Resultados – Parte I Por Marcus Possi*
O objetivo deste artigo é finalizar o processo
dentro das melhores práticas e técnicas existentes
de trabalho da inspeção nas instalações elétricas,
– as normas técnicas. No caso do relatório técnico
apresentando os resultados, não apenas relatórios
de inspeção ou RTI, o resultado é sempre expresso
ou fotografias. Os resultados principais são aqueles
em termos de conformidade. Os itens escolhidos
que foram de fato comprados ou demandados pelo
para a inspeção são apresentados sempre como
cliente, mas há também os resultados marginais que
“conforme”
muito contribuem para o melhor enquadramento das
comentários adicionais são adequados e muitas
ações corretivas, eliminação de não conformidades
vezes essenciais para o desenvolvimento do plano
graves e que não acrescentam de fato custo ao
de ação corretiva. Esse relatório é um documento
contratado para obtê-los.
técnico de alto valor e por vezes de muitas folhas e
e
“não
conforme”,
sendo
que
dados.
Carta de apresentação
Trata-se de um documento corporativo que visa
como ferramentas são essenciais para sua montagem
introduzir o assunto, de forma sucinta e objetiva,
e, consequentemente, para a sua correção local. Ele
ressaltando em um parágrafo o estado geral das
deve ser estruturado como algo fácil de entender
instalações elétricas inspecionadas, sem emissão
e que não deixe de reforçar elementos essenciais
de juízo de valor. Essa carta deve listar todos os
como o “escopo” do que foi verificado e os motivos
outros documentos a seguir que farão parte do
ou razões para definições de “não conformidades”.
As listas de verificação que já apresentamos
conjunto de resultados alcançado. Nessa carta é
Citamos as normas e elas sozinhas, por vezes,
possível registrar também o número de anexos que
não são suficientes. Há regulamentações, leis e
o relatório contém, trazendo um certo destaque para
referências legais que devem ser invocadas sempre
aquilo que o cliente recebeu ao longo do trabalho de
que pertinentes e identificadas na etapa inicial
inspeção, aqui chamado de “resultados marginais”.
de nossa atividade de inspeção. Este momento é
Um reforço no objetivo da inspeção é sempre
chamado neste trabalho de “entendimento das
conveniente para resgatar o compromisso inicial e
instalações, seus contextos e equipamentos”.
eliminar falsas expectativas de quem recebe. Vamos
ver que temos quatro elementos a seguir: RTI, PAC,
resultados marginais, é muito conveniente, pois
PAC contingencial e implantação.
agrega valor ao resultado final e é oportuno para
Colocar um item para os ganhos marginais, ou
a retirada de pendências ou “não conformidades”
Relatório técnico de inspeções (RTI)
encontradas ainda em tempo de análise de
Um relatório técnico é isento de julgamento de
documentações e equipamentos. O relatório é
valor e os seus resultados sempre são estruturados
dividido inicialmente em cinco partes: introdução,
41
avaliação de prontuário, avaliação das instalações, resultados marginais e conclusão. Pode-se dizer ainda, sem juízo de valor, o nível de classificação em que a instalação elétrica se encontra. Nesse caso uma atenção especial deve ser dada à conclusão. Introdução • Apresentação do escopo do trabalho • Proposta do trabalho – Plano de inspeção • Metodologia utilizada • Procedimentos adotados • Procedimentos para inspeção • Equipamentos de proteção individual utilizados para a inspeção • Premissas e condições para o trabalho • Anexos Avaliação do prontuário • Justificativa e apresentação do escopo do trabalho • Procedimento do trabalho • Metodologia utilizada • Procedimentos adotados • Resultados • Anexos - checklists Avaliação das instalações • Justificativa e apresentação do escopo do trabalho • Responsáveis, pontos e temas • Introdução • Resultados • Avaliação geral • Anexos - checklists Resultados marginais • Apresentações e origem de sua existência • Vantagens e forma de uso • Uso no plano de ações e contingências Conclusão • Apresentação de números e informações compiladas • Apresentação de classificação de prioridades de forma aplicável • Classificação das instalações em A, B ou C
Plano de ações corretivas
É prevista na NR 10 a emissão de um plano de ação
corretiva, mais precisamente um cronograma de trabalho
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
42
que feche o resultado dos trabalhos da inspeção. Esse plano
adequação e programação de acertos necessários à segurança e
de ação nada mais é do que as orientações técnicas para o
saúde dos trabalhadores que trabalham direta ou indiretamente
restabelecimento das condições mínimas necessárias para a
com eletricidade. A estrutura básica para esse plano de ação
garantia da segurança dos trabalhadores.
também prevê apresentação de metodologia e considerações técnicas de gestão, uma vez que ele será montado para o
Introdução
atendimento ao restabelecimento das condições de segurança
Os critérios e montagem do plano de ação corretiva das
com a organização em funcionamento. Isso ficou claro nos itens
inspeções foram estabelecidos dentro dos seguintes princípios:
apresentados anteriormente. Esse plano de ações corretivas tem de possuir um tempo definido e finito para a sua conclusão
• Utilização de um aplicativo informatizado, ou ferramenta,
e é um dos pontos a serem considerados para a garantia do
para incluir e cadastrar todos os equipamentos e instalações
restabelecimento das condições mínimas de segurança. A
listados e contidos nos relatórios de inspeção, e no plano de
existência de um prazo para a recuperação de condições
inspeção;
seguras não significa que as instalações estejam liberadas
• Inclusão de todas as ações corretivas necessárias por
para o trabalho, significa sim dizer que medidas adicionais de
equipamento à sua adequação à NR 10, eliminando aquelas
proteção deverão ser tomadas enquanto os acertos apontados
que não foram possíveis de se estimar;
no plano não estão concluídos. Essas medidas adicionais de
• Realizar a estimativa dos prazos para a realização das
proteção fazem, de alguma forma, parte do plano de ação.
atividades de correção;
Os valores financeiros estão sujeitos a revisões e a reduções
• Classificar as prioridades para permitir o agendamento das
significativas, considerando que a proposta apresentada é para
datas de início e término;
a adequação de cada não conformidade de forma individual,
• Emitir cronograma de trabalho para apresentação aos
sendo também considerado um calendário comercial para a
envolvido no processo;
sua realização.
• A priorização das ações corretivas dentro dos critérios
estabelecidos de geografia, operação, disponibilidade ou
outra mídia portátil, com as fotografias agrupadas por critérios
outros de consenso entre as partes.
previamente acordados:
Como complemento não obrigatório podemos sempre incluir:
O relatório fotográfico deve vir em forma de DVD ou
• Critério 1 – Local ou unidade da organização; • Critério 2 – Parte ou equipamento inspecionado;
• Atribuição de recursos humanos e materiais sempre que
• Critério 3 – Número + Profissional que tirou as fotos.
possível para apoio às estimativas das ações corretivas como se cada ação fosse feita individualmente; • Estimativa de custo básico de cada insumo de produção ou de produção de uma das atividades corretivas/preventivas; • Atribuição de valores estimados de mercado para pagamento desses recursos atribuídos; • Criação de uma força tarefa (equipe de trabalho) composta por equipes (por exemplo, quatro ajudantes e/ou quatro eletricistas) por unidade ou prédio; • Nivelamento e distribuição automática e otimizada desses recursos (equipe) em trabalho, dando prioridade àquelas que forem urgentes, seguidos de essenciais melhorias; • Definição de um plano de trabalho no tempo (cronograma) e de desembolso financeiro (orçamento) para cada unidade ou prédio.
Esse plano de trabalho é um dos itens que a NR 10 prevê para
Figura 1 – Modelo de relatório com fotografias agrupadas por critérios previamente definidos.
Apoio
43
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
44
O ícone ao lado deve aparecer em cada relatório individual
horário comercial, enquanto a(s) ação(ões) corretiva(s)
para melhor assessorar a pesquisa.
não é(são) concluída(s) e validada(s).
Outra forma de apoiar e facilitar a localização das fotografias
é por meio da criação de índices eletrônicos de acesso imediato
Implantação do PAC
ou busca. O uso intenso de “tablets” permite até a recuperação
dessa informação de modo cômodo, rápido e portátil. O uso de
e gerenciamento de projetos, assim a implantação desses
hospedagem em sites de internet também apoia essa opção.
O plano de ação segue as melhores práticas de administração
serviços de “reparos” e prevenções também deve zelar pelas práticas adequadas de trabalho. Ressalte-se aqui que alguns
Plano de ações de contingenciamento
pontos são essenciais para uma boa gestão dos serviços a
Destaque-se aqui mais uma vez: “a existência de um prazo
serem realizados em campo, seja com mão de obra própria
para a recuperação de condições seguras não significa que
ou contratada. Destaca-se, entre as principais, a comunicação.
as instalações estejam liberadas para o trabalho, significa sim
Essa deve ser amparada por meios que facilitem o seu acesso e
dizer que medidas adicionais de proteção deverão ser tomadas
o cadastro.
enquanto os acertos apontados no plano não estão concluídos.”
Os documentos, mapas de trabalho, cronogramas mais
Isso significa dizer que as infrações ou não conformidades
particularmente, são essenciais para que as equipes sigam as
que foram detectadas no RTI, listadas em ações corretivas
programações pré-estabelecidas e tenham de modo comum
no plano de ação que atingem níveis críticos de segurança,
todo o entendimento necessário para a realização dos trabalhos
ou ainda outras que a critério e julgamento do profissional
e verificação de metas e suas alterações. Para esse propósito,
habilitado pelas instalações e gestores de segurança do local
temos, em um primeiro momento, de criar um centro de
tragam de fato riscos aos trabalhadores, não podem ficar
informações de acesso rápido, seguro e fácil, capaz de interagir
apenas na programação futura para acertos. Elas devem possuir
com diversos dispositivos de comunicação e armazenar
medidas de contingenciamento que no mínimo transformem a
diversas mídias. Para isso temos os recursos da informática e
condição de acesso ou trabalho perigoso (nível de criticidade 4)
das telecomunicações. Meios de comunicação sem restrições
em condição de trabalho ou acesso seguro, independentemente
ou limites é o segundo passo, pois de nada adianta um sistema
dos prazos ou datas de seus acertos.
maduro e completo se o acesso é limitado.
Aliando então o plano de ação aos meios informatizados já
Uma instalação que não possui condição de
conhecidos, aos sistemas de informação de acesso restrito e ao
acesso e toque garantidamente seguros por falta de
acesso irrestrito, podemos definir o termo “portal de acesso” como
equipotencialização às massas ou por falta de condutores
elemento básico de trabalho para a implantação e gerenciamento
de proteção deverá ter como procedimento de acesso ou
do “Plano de Ações Corretivas”, que é nosso objeto aqui. Esse portal
trabalho o uso intensivo de EPI e EPCs, mesmo que para
de acesso pode e deve ser integrado à web de modo a garantir o
simples manobras, enquanto a(s) ação(ões) corretiva(s)
acesso comentado. Outro ponto de importância para a garantia
não é(são) concluída(s) e validada(s);
de resultados nessa “implantação” é a equipe de supervisão e de
Uma instalação que não possui condição de acesso e toque garantidamente seguros por falta de barreiras ou placas isolantes, deverá ter como procedimento de acesso ou trabalho o uso intensivo de EPI e EPCs, mesmo que para simples manobras, enquanto a(s) ação(ões) corretiva(s) não é(são) concluída(s) e validada(s); Uma instalação que não possui identificação clara de circuitos e alimentadores, origem e destinos claros dando segurança ao trabalho de desligamentos parciais da instalação deverá ter como procedimento de manobras a condição de desligamento total com o uso intensivo de EPI e EPCs, mesmo que prejudicando a operação ou colocando a equipe em condição de trabalho fora de
Figura 2 – Modelo de centro de informações com fácil interação com outros dispositivos de comunicação.
Apoio
45
• Disponibilidade de tempo dos profissionais para
trabalho. A equipe de supervisão deve ser madura tanto no quesito
acompanhamento da equipe de inspeção;
gestão de obras e projetos, como também no quesito técnico aplicado, de segurança e de trabalhos em campo, reciclagens e
Devido à demanda natural dos serviços que as equipes
treinamentos específicos. Além da gestão da comunicação, e da
de manutenção ou a supervisão que a empresa possui, o
qualidade e expertise da equipe, temos, por fim, a quantidade e
acompanhamento de “novos” serviços, se não previsto o
especificidade dos relatórios de resultados e acompanhamentos
aumento da equipe, torna-se difícil e comprometido, com
periódicos. Esses, fechando o conjunto da boa implantação,
dificuldade muito grande em acompanhar ou realizar as
devem ser produzidos contra padrões pré-estabelecidos, conteúdo
inspeções. Isso é aumentado quando os serviços de acertos
acordado entre os envolvidos e respaldados por atas, relatórios
são contratados fora. Faz-se necessário o acompanhamento
outros e quaisquer outros documentos que sejam produzidos
dos contratados, pois é de suma importância o conhecimento
durante o processo de “implantação” do plano de ação corretivo/
da instalação por parte das equipes locais, bem como o
preventivo. Esse conjunto citado, ainda que de forma muito
conhecimento da localização dos equipamentos e alguns fatos
resumida, deve ser a base do processo de implantação para que os
ocorridos que podem agregar valores na análise realizada.
resultados sejam adequados e precisos.
Esse problema é resolvido com um acerto entre as partes,
adequando o melhor dia e horário junto com o planejamento
Problemas encontrados no ato da implantação
entre as equipes envolvidas. • Falta de cultura na utilização de equipamentos de
Existem também ocorrências que aqui chamamos de
proteção e capacitação em segurança;
problemas e que atrapalham o bom andamento de qualquer serviço. Isso também acontece nas atividades de inspeção.
É possível, porém desmotivador, haver resistências na
Apresentam-se aqui alguns deles:
utilização dos equipamentos de proteção (EPIs e EPCs)
Inspeção de instalações elétricas
Apoio
46
pelos profissionais que apoiam essa atividade, direta ou
são partes a serem consideradas.
indiretamente. A norma NR10 é clara em seu item 10.2.9.1:
Importante ressaltar que no item 10.7.4: “Todo trabalho em
“Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de
instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas
proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes
que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante
para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos
ordem de serviço específica para data e local, assinada por
de proteção individual específicos e adequados às atividades
superior responsável pela área”.
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6”.
• Acesso às áreas restritas;
A capacitação em treinamentos e reciclagem com cursos
para todos empregados se tornam a chave ou solução devido à
necessidade de manter a equipe ciente dos riscos do serviço em
com possíveis acesso às áreas restritas, um planejamento
instalações elétricas energizadas.
prévio junto com as equipes envolvidas, seja de manutenção,
Para que no momento da inspeção não ocorram problemas
construção, própria ou contratada, faz-se necessário para que
• Falta de autorização para serviços;
se estabeleça uma rota de inspeção e sua liberação formal.
Todo o serviço realizado nas instalações elétricas tem a
Somente assim é possível manter o cumprimento das metas de
obrigatoriedade, autorização ou acompanhamento formal de um profissional legalmente habilitado. A falta da autorização, ou documentação correlata, impossibilita que a inspeção seja realizada. O documento (Ordem de Serviço) devidamente preenchido com data, horário e local, autoriza o trabalhador a executar o serviço para o início da execução. Não se deve esquecer que a análise de risco e os procedimentos de trabalhos
produção. *MARCUS POSSI é engenheiro eletricista, consultor e diretor da Ecthos Consultoria. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
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Manutenção de transformadores
Apoio
48
Capítulo IX Análise de resposta em frequência Diagnóstico de transformadores de potência utilizando análise de resposta em frequência e impedância terminal Por Marcelo Paulino*
Este texto descreve os conceitos e princípios
objeto em teste diante da variação de frequência.
da aplicação da análise de resposta em frequência
e impedância terminal. Mostra a diferença entre
avaliar transformadores de potência, por meio da
as duas definições (função de transferência e
função de transferência, ou seja, da relação das
impedância
terminal).
Comumente
esses
A indústria elétrica usa essa técnica para
dois
tensões de entrada e saída do objeto em teste e
elementos são confundidos e tratados erroneamente
por sua impedância terminal. Análise de resposta
como sendo um único elemento. O trabalho
em frequência, geralmente conhecida dentro da
também descreve os princípios de avaliação e os
indústria como FRA, é uma técnica de teste de
algoritmos utilizados como ferramenta que fornece
diagnóstico poderosa. Consiste em medir a função
uma referência numérica e ajuda a equipe de teste
de transferência, também conhecida como resposta
na tomada de decisão, eliminando erros na análise
em frequência, e a impedância dos enrolamentos.
do resultado. Assim aumenta-se consideravelmente
Essas medidas podem ser usadas como um método
a confiabilidade do ensaio.
de diagnóstico para a detecção de defeitos elétricos e mecânicos do transformador em cima de uma
Introdução
larga escala de frequências. Para tal é realizada
Da eletrônica temos a designação de análise da
a comparação entre a função de transferência
resposta em frequência como o estudo da relação
obtida com assinaturas de referência. Diferenças
entre dois sinais alternados com a variação da
podem indicar dano ao transformador que pode ser
frequência. Sua representação é realizada em
investigado usando outras técnicas ou um exame
notação polar, definindo as funções amplitude e
interno.
fase da resposta em frequência, evidenciando a
Os
relação existente entre as amplitudes e a diferença
essenciais em sistemas de transmissão e distribuição
entre as fases dos sinais de entrada e saída no objeto
de energia elétrica. Na ocorrência de uma falta no
em teste. As representações gráficas das funções
sistema, descarga atmosférica ou uma falta dentro
amplitude e fase da resposta em frequência, em
do transformador, podem ser geradas altas correntes
escala logarítmica, representam as assinaturas do
circulantes nas bobinas e/ou uma alta tensão
transformadores
são
equipamentos
Apoio
49
sobre estas. Consequentemente ocasionam danos estruturais,
diferenças entre duas assinaturas do FRA. Uma mudança na
deformações nas bobinas e/ou de isolação do equipamento,
função de transferência pode ser interpretada como uma
fechando-se curto-circuito entre espiras, entre bobinas ou
deformação no enrolamento com relativa facilidade. Entretanto,
destas para a carcaça (ponto de terra).
é complicado estimar o correspondente grau de deformação
Danos de transporte também podem ocorrer se os
do enrolamento e identificar qual a extensão da variação das
procedimentos forem inadequados, podendo conduzir ao
medidas do FRA é aceitável para operação do transformador
movimento do enrolamento e núcleo. O circuito equivalente
sem falhas.
de um transformador é complexo e composto de resistências, indutâncias e capacitâncias provenientes dos enrolamentos,
Definições
assim como capacitâncias parasitas entre espiras, entre bobinas
Análise de resposta de frequência (Frequency Response Analysis – FRA)
e destas para o tanque. Este circuito possui características únicas de resposta em frequência para cada transformador, funcionando
como uma impressão digital. Qualquer tipo de dano na sua
de FRA, é uma técnica de diagnóstico utilizada para detectar
estrutura interna, tanto na parte ativa (enrolamentos e núcleo)
alterações nas características da estrutura de transformadores
como na parte passiva (estrutura, suportes, tanque etc.), afeta
de potência, principalmente deformações nas bobinas. Essas
diretamente os parâmetros deste circuito equivalente, o que
modificações podem ser resultados de diversos tipos de
altera sensivelmente a resposta em frequência deste circuito, que
problemas elétricos ou mecânicos (danos durante o transporte,
comparado à sua resposta original pode claramente evidenciar
a perda de fixação de partes internas, esforços mecânicos
a falha. Um problema da análise de resposta em frequência é a
causados por curto-circuito, etc.) O teste não é destrutivo e
falta de procedimento padronizado internacional para que seja
pode ser usado tanto como uma ferramenta para detectar danos
feita a comparação das análises dos resultados.
de enrolamento, quanto uma ferramenta de diagnóstico para
estudo de defeitos observados em outros testes (por exemplo, o
Assim, o problema a ser resolvido é a interpretação das
Análise de resposta de frequência, comumente chamada
Apoio
50
Manutenção de transformadores
fator de potência do isolamento, análise de gases dissolvidos, impedância de curto-circuito, etc.). FRA consiste na medida da função de transferência e na medida da impedância terminal vista pelo sistema de medida. A medição é feita por uma ampla gama de frequências e os resultados são comparados à
Em que:
assinatura de referência ou "impressão digital" do enrolamento
• A(dB): amplitude, em [dB]
para obtenção de um diagnóstico.
• Vout: tensão de entrada • Vin: tensão de saída
Método de varredura de frequência (Sweep Frequency Method)
Fase da função de transferência
Consiste na medida direta de uma resposta de frequência
por meio da injeção de um sinal de frequência variável. Este
sinal é injetado em um terminal de entrada e medida a resposta
injetado em função da frequência.
A mudança de ângulo de fase da resposta relativa ao sinal
no terminal de saída. Também designado por análise de Impedância terminal (função impedância)
resposta em frequência por varredura (SFRA – Sweep Frequency Response Analysis).
Consiste na representação gráfica da impedância própria
de uma bobina ou da impedância vista pelo sistema de
Método de impulso de tensão (Impulse Voltage Method)
medida, apresentando a relação entre o sinal de tensão
Consiste na medida indireta de uma resposta de frequência,
de entrada e o sinal de corrente de entrada em função da
realizada pela injeção de um ou mais sinais de impulso de
frequência, obtendo-se a Função Impedância Ui/Ii (f) e
tensão em um terminal de entrada e medida a resposta no
Função Admitância Ii/Ui (f). Sua representação pode ser
terminal de saída. Se mais do que um impulso é utilizado,
realizada em forma gráfica como parte real e parte imaginária
as formas de onda são diferentes, de modo a proporcionar
ou como módulo e ângulo.
uma densidade mais uniforme do espectro para calcular os Autoadmitância do enrolamento
resultados. As medidas, realizadas no domínio do tempo, são transformadas para o domínio de frequência.
Quando um transformador é posto à prova por um teste de
resposta em frequência, as conexões são configuradas de tal Amplitude da função de transferência
maneira que quatro terminais são usados. Estes quatro terminais
A amplitude da resposta relativa ao sinal injetado determina
podem ser divididos em dois pares originais, em um par para
a função de transferência de tensão, geralmente expresso em
a entrada e em outro par para a saída. Estes terminais podem
dB. O resultado corresponde à medida sobre a admitância
ser modelados em um par de terminais duplos ou em uma
testada, com a relação entre a tensão de entrada e a tensão de
configuração como uma rede de duas portas. A Figura 2 mostra
saída, calculado como:
esse modelo.
Figura 1 – Esquemas básicos de conexão: (a) Conexão para medida da função de transferência (b) Conexão para medida da impedância terminal.
Apoio
51
Manutenção de transformadores
Apoio
52
Z(jω) deste elemento. A grande maioria dos instrumentos de medida e arranjos de ensaio não fornece a medida da impedância, eles o calculam em função de uma impedância de referência. Quando o instrumento utilizado não é capaz de medir a impedância, utiliza-se o recurso de substituir uma corrente pela tensão de saída. Os arranjos de teste são Figura 2 – Representação do quadripolo
baseados no circuito apresentado pela Figura 3b, em que Vfonte é o sinal injetado e Ventrada e Vsaída são as medidas da tensão de referência e de teste. Zfonte é a impedância interna do gerador de sinais ou do analisador de redes e
Na diagonal da matriz [Y], Yii é a autoadmitância do nó
i, ou seja, é a soma de todas as admitâncias conectadas ao nó i. Na prática, esta é a admitância medida pela aplicação de uma tensão a uma extremidade de um enrolamento e da medição da corrente por meio da outra extremidade do
Z(jω) é a impedância do enrolamento. Uma impedância Zfonte é definida como 50 Ω, por exemplo, e incorporada em H(jω). As equações 3 e 4 mostram o relacionamento de Z(jω) a H(jω), com a representação das tensões no domínio da frequência.
enrolamento. Esses resultados são obtidos por meio das medidas de impedância terminal do transformador sob teste. Admitância entre os enrolamentos
Segundo (2), Yij é a admitância entre enrolamentos ou a
admitância de acoplamento entre os nós i e j. Representação da impedância do elemento em teste
Detecção de falhas no transformador
pela função de transferência
A impedância do transformador é, principalmente, um
Não se trata da medida de impedância terminal, mas
valor combinado da composição do enrolamento (resistências,
apenas da representação gráfica relativa à impedância
reatância de fuga e capacitâncias) e os componentes de
vista pelo sistema de medida, segundo os resultados
excitação (condutância, susceptância e capacitância). Os
obtidos pela função de transferência. Quando é realizada
componentes indutivos (L) e capacitivo (C) são responsáveis
a medida da função de transferência H(jω), não é medida
pela característica transitória e pelas de ressonâncias, em que a
a impedância do elemento em teste, ou seja, obtém-se a
reatância indutiva é igual a reatância capacitiva. A frequência
relação das tensões de entrada e saída e não a impedância
de ressonância fr é dada por (5).
Figura 3 – (a) Princípio básico de conexão para medida do SFRA. (b) Circuito básico para teste.
Apoio
53
medidas do FRA é aceitável para operação do transformador sem falhas. As análises são feitas por pessoas capacitadas, porém, há o risco de serem julgadas de maneira subjetiva.
Conforme descrito, as técnicas de análise de resposta
em frequência são capazes de detectar diversos pontos de ressonância. Portanto, é possível estimar as localizações das alterações locais que não puderam ser detectados por meio de técnicas de diagnóstico convencionais.
Algoritmos para análise Um problema da análise de resposta em frequência é a falta de procedimento padronizado internacional para que seja feita a comparação das análises dos resultados. Assim, o problema a ser resolvido é a interpretação das diferenças entre duas assinaturas do FRA. Uma mudança na função de
Por isso, a necessidade de um algoritmo que permita a determinação qualitativa e quantitativa de duas assinaturas de FRA relacionadas com uma determinada faixa de frequência. Para iniciarmos a discussão sobre os modelos matemáticos aplicados a análise de falha nos testes de reposta em frequência, definimos FT como função de transferência. Desvio entre funções de transferência
O cálculo do desvio ou erro entre uma FT de referência
e uma FT de teste é o método mais fácil de mostrar as diferenças. Chamaremos essa diferença de função erro representada por Δ0(f).
transferência pode ser interpretada como uma deformação no enrolamento com relativa facilidade. Entretanto, é complicado estimar o correspondente grau de deformação
A desvantagem deste método é que a função erro
do enrolamento e identificar qual extensão da variação das
é calculada de maneira não uniforme pela faixa de
Manutenção de transformadores
Apoio
54
frequência. É necessário realizar uma normalização da
cepp.com.cn da empresa China Electric Power Publishing
função erro para ficar independente da resposta da função
Co. O algoritmo avalia a similaridade de duas respostas
erro aplicada às funções de transferências consideradas.
em frequência de enrolamentos de transformadores (duas
Uma possibilidade é padronizar o valor médio da FT de
assinaturas) pelo cálculo dos fatores RLF, RMF e RHF (ver
referência, |FTRef(f)| como mostrado em (5). Com isto,
Tabela 1 – Fatores de avaliação de enrolamentos de acordo
o peso da função erro é o mesmo em toda a faixa de
com a norma DL/T911-2004). Para entendimento básico do
frequência. A esperança E[Δ1(f)] descreve o erro relativo
cálculo que envolve esse algoritmo, o cálculo dos fatores é
médio da FT de teste. Se a FT de teste e a FT de referência
mostrado a seguir.
forem idênticas seu valor será zero. Também se Δ0(f) for zero, isso significará apenas ruído.
O desvio padrão é uma medida da variação do erro que
significa a distribuição estatística dos valores da função erro, dada pela raiz quadrada positiva da variância. O desvio padrão é zero para uma diferença constante entre as funções de transferências.
Fator de correlação cruzada
O fator de correlação é a medida da similaridade entre duas
curvas. No caso de variáveis discretas aleatórias, é definida como o quociente entre a covariância (Cov) e o desvio padrão (σ) dessas variáveis.
Em que X(k) e Y(k) são sequências comparáveis da
resposta em frequência com comprimento N. O fator Rxy avalia em diferentes valores das escalas os fatores de avaliação do enrolamento, conforme os dados mostrados na Tabela 1. Usando os fatores de avaliação do enrolamento apresentados, as condições de deformação do enrolamento do transformador são definidas na Tabela 2.
O fator de correlação pode assumir valores apenas entre
-1 e +1. Uma completa correlação linear positiva (negativa) de duas variáveis aleatórias é dada por um valor de +1(-1) e uma correlação não linear é dada pelo valor do fator de correlação igual a zero. O fator descreve o nível de dependência linear entre duas variáveis aleatórias. Se duas variáveis aleatórias são consideradas como dois vetores
Tabela 1 – Fatores de avaliação de enrolamentos de acordo com a norma DL/T911-2004 Fator de avaliação do enrolamento
Escala de frequência
RLF
1 kHz ..... 100 kHz
RMF
100 kHz ..... 600 kHz
RHF
600 kHz ..... 1 MHz
N-dimensionais, o fator de correlação pode ser interpretado como o cosseno do ângulo entre os dois vetores. Padrão chinês de análise do FRA – Norma DL/T9112004
DL/T911-2004 é uma norma para análise da resposta
em frequência usada na República Popular da China. Para maiores detalhes o usuário pode visitar o website www.
Tabela 2 – Avaliação de enrolamentos de acordo com a norma DL/ T911-2004 Grau de Deformação do Fator de Avaliação do Enrolamento Enrolamento Enrolamento normal (Normal winding)
RLF ≥ 2,0 E RMF ≥ 1,0 E RHF ≥ 0,6
Deformação leve (Slight deformation)
2,0 > RLF ≥ 1,0 OU 0,6 ≤ RMF < 1,0
Deformação óbvia (Obvious deformation)
1,0 > RLF ≥ 0,6 OU RMF < 0,6
Deformação severa (Severe deformation)
RLF < 0,6
55
A norma chinesa mostra-se uma boa tentativa para
apoiar as avaliações de ensaios de resposta em frequência, mas atualmente não podemos assegurar sua plena utilização sem a análise do testador. Uma possível solução seria a integração de vários algoritmos.
Referências • PAULINO, M. E. C. Diagnóstico de Transformadores e Comparações entre Algoritmos para Análise de Resposta em Frequência. V WORKSPOT- International Workshop on Power Transformers, Belém, PA, Brasil, 2008. • CIGRÉ Report 342 WG A2.26. Mechanical condition assessment of transformer windings: Guidance Technical Brochure CIGRE Study Committee A2 – Work Group A2.26, 2008. • PAULINO, M. E. C. et al. Aplicações de Análise de Resposta em Frequência e Impedância Terminal para Diagnóstico de Transformadores. XIII ERIAC – Décimo Terceiro Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ , Foz do Iguaçu, Argentina, 2009. • SANO, T. K. M. Influence of Measurement Parameters on FRA Characteristics of Power Transformers” Proceedings of the 2008 International Conference on Condition Monitoring and Diagnosis. Beijing, China, April 21-24, 2008. • Frequency Response Analysis on Winding Deformation of Power Transformers, The Electric Power Industry Standard of People´s Republic of China, Std. DL/T911-2004, ICS27.100, F24, 2005. • IEEE PC57.149/D6, Draft Trial Use Guide for the Application and Interpretation of Frequency Response Analysis for Oil Immersed Transformers, april 2009.
* Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino é engenheiro eletricista e especialista em manutenção de sistemas elétricos pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI). Atualmente, é gerente técnico da Adimarco |mecpaulino@yahoo.com.br. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
Aterramento do neutro
Apoio
56
Capítulo III Avanços na especificação e aplicação dos resistores de aterramento do neutro dos sistemas elétricos industriais em baixa tensão Paulo Fernandes Costa*
Este é o terceiro artigo, de uma série de seis,
que 10 A, e o sistema não é desligado imediatamente,
sobre aterramento do neutro em sistemas elétricos
permanecendo com o curto fase terra durante
industriais. O primeiro artigo tratou dos aspectos
um período suficiente (recomendado máximo
conceituais mais importantes que dizem respeito
de 12 horas) para sua identificação e tomada de
à escolha do tipo de resistor para a aplicação em
medidas auxiliares que reduzem o tempo de parada
questão. Foi mostrado que em sistemas elétricos
para substituição do equipamento defeituoso. A
industriais de baixa tensão aplica-se resistor de
aplicação é recomendada para sistemas de baixa
alto valor ôhmico, que não exige o desligamento
tensão, com aplicação bem restrita em média
imediato do sistema na ocorrência de uma falta à
tensão.
terra, enquanto, na maioria dos sistemas de média
As vantagens da aplicação deste sistema de
tensão, deve ser aplicado resistor de baixo valor
aterramento do neutro podem se resumidas da
ôhmico, que, ao contrário, exige o desligamento
seguinte forma.
imediato do sistema na ocorrência da falta à terra. No segundo artigo foram discutidos os critérios de
• As correntes devidas aos curtos fase terra são
especificação dos resistores para sistemas elétricos
baixas e não existem danos e estresses no sistema
industriais de média tensão, isto é, os resistores de
elétrico.
baixo valor ôhmico. Neste artigo serão discutidos os
•
critérios de especificação dos resistores de alto valor
significativamente a possibilidade de choque
ôhmico, aplicados em sistemas elétricos de baixa
elétrico, principalmente devido às tensões de passo
tensão.
e toque.
As
baixas
correntes
fase
terra
reduzem
• Durante curtos fase terra, tanto o arco elétrico
Principais vantagens da aplicação dos resistores de alto valor ôhmico
como a sua evolução são eliminados, evitando desta
para pessoas e equipamentos.
Na aplicação de resistores de alto valor ôhmico,
a corrente fase terra é limitada em valores menores
forma as consequências severas deste fenômeno, • De forma semelhante, as sobretensões transitórias
Apoio
57
causadas por faltas à terra são eliminadas, preservando a
isolação dos equipamentos e, consequentemente, aumentando
pulso que consiste em, após a ocorrência da falta fase terra e a
sua vida útil.
constatação de sua existência pelo sistema de detecção, aumentar
• A continuidade operacional do sistema durante faltas à terra
controladamente seu nível por curto espaço de tempo, emitindo
é mantida, evitando-se paralisações onerosas.
pulsos que podem ser facilmente detectados por amperímetro
• Como os afundamentos de tensão durante as faltas à terra
portátil de pinça de grande diâmetro. A Figura 1 ilustra tal método.
Esta dificuldade foi superada pela introdução do sistema de
são evitados, devido ao reduzido valor da corrente, limitada pelo resistor de alto valor ôhmico, existe uma significativa contribuição para a qualidade de energia do sistema elétrico.
Principais avanços na tecnologia e especificação dos resistores de alto valor ôhmico
Para executar as funções descritas anteriormente, a
tecnologia dos resistores de alto valor ôhmico desenvolveu-se superando várias etapas importantes até atingir o nível atual, que a situa como uma das mais relevantes dentre todas aquelas aplicadas nos sistemas elétricos de baixa tensão. As principais etapas vencidas foram as seguintes: • Dificuldades de identificar o local da falta à terra (ou equipamento no qual ocorreu a falta).
Figura 1 – Processo atual de identificação do curto fase-terra utilizando sistema de pulso e amperímetro alicate (questionado atualmente por questões de segurança NR 10).
Aterramento do neutro
Apoio
58
• Atualmente são disponíveis sistemas de detecção fixos de
• Deve-se informar também aos fornecedores dos inversores
baixo custo, instalados nos alimentadores, os quais evitam o
quanto à aplicação dos resistores de alto valor ôhmico para
risco do contato com os cabos isolados energizados, o que é
que adaptem os seus filtros de ruído com conexão à terra para
necessário quando se utiliza o amperímetro de pinça. Evitar o
sistemas com neutro isolado.
risco está dentro do propósito da norma brasileira NR 10, que
• Ainda com relação à aplicação dos resistores de alto valor
tem sido evocada na situação descrita, e, portanto, favorece a
ôhmico em sistemas com inversores de frequência, existe a
aplicação dos sistemas de detecção inteligentes, fixos. A Figura
necessidade de identificar se a falta à terra ocorre antes do
2 ilustra tal sistema.
inversor (sistema de 60 Hz), na barra Vc.c. do mesmo ou no lado da carga alimentada por ele (lado de tensão/frequência variável). Este recurso é altamente significativo para as equipes de manutenção e deve estar presente nos modernos equipamentos que abrigam os resistores de alto valor ôhmico. A Figura 4 ilustra os pontos anteriormente descritos.
Figura 2 – Sistema inteligente de pesquisa on-line do local em que ocorre uma falta fase-terra limitada por meio de resistores de alto valor ôhmico (atende completamente a NR 10).
Figura 4 – Sistema elétrico com inversores – Pontos com probabilidade de ocorrer curto fase-terra.
• Um aspecto importante, moderno, diz respeito à convivência
• A verificação da continuidade do circuito neutro – resistor –
entre os resistores de alto valor ôhmico e os acionamentos
terra, e não somente do resistor, recomendada para os resistores
de velocidade variável (inversores) que atualmente possuem
de baixo valor ôhmico aplicáveis aos sistemas de média tensão,
larga aplicação. Para esta situação, os resistores devem ser
possui a mesma importância para os resistores de alto valor
sobredimensionados tendo em vista a circulação de corrente
ôhmico, e deve ser incorporada igualmente nestes últimos,
permanente nos mesmos, originada pelo chaveamento dos
como mostrado na Figura 5.
dispositivos de controle dos inversores e deve-se efetuar a previsão de filtros com a finalidade de evitar alarmes falsos e impedir a necessidade de dessensibilizar o sistema de detecção com prejuízos para a operação do mesmo. A Figura 3 mostra a circulação destas correntes.
Figura 5 – Supervisão do circuito neutro-resistor-terra e não somente do resistor.
• É necessário que os resistores de alto valor ôhmico Figura 3 – Circulação de corrente permanente pelo resistor de alto valor ôhmico devido ao chaveamento dos dispositivos eletrônicos do inversor (a corrente passa pelas capacitâncias dos cabos do motor para a terra e capacitâncias do próprio motor para a terra).
incorporem o recurso de medição da corrente capacitiva do sistema elétrico, a qualquer momento que se queira, sem que seja necessário desligá-lo. O recurso é desejável tanto para
Apoio
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Aterramento do neutro
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60
aferir se o resistor está bem dimensionado após sua instalação, bem como para verificar se continua adequado no caso de se realizar expansões no sistema elétrico.
Figura 7 – Operação dos relés térmicos em sistemas de baixa tensão que empregam resistores de alto valor ôhmico.
Figura 6 – Forma de medição em campo da corrente capacitiva não mais aplicável a sistemas que empregam resistor de alto valor ôhmico, pois exige desligamento do sistema. Nos novos equipamentos, a medição está incorporada no próprio resistor, com medição on-line.
• Um aspecto muito importante, e algumas vezes esquecido na aplicação de resistores de alto valor ôhmico é relativo à operação dos relés térmicos de pequenos motores trifásicos durante curtos fase terra. Esta operação ocorre devido ao acréscimo da corrente criada pelo resistor, corrente esta que
A Figura 8 mostra o “sistema de confinamento do curto
fase terra” idealizado pelo autor, em que pode ser notado que, ao ocorrer um curto de uma fase terra em um equipamento no campo, por exemplo, em um motor, é provocado instantaneamente um novo curto fase terra, na mesma fase, dentro do sistema de limitação. Como este circuito apresenta, por construção, impedância bem menor que o circuito de fase terra do curto externo, a corrente fase terra circula prioritariamente por ele.
se superpõe à corrente de carga do motor, e que passa pelo relé térmico da fase sob falta. De fato, na tensão de 460 V se a corrente é limitada em 3 A motores até 10 HP são desligados, e se a corrente é limitada em 5 A motores até 15 HP são desligados. • Dessa forma, para estes motores, não é possível manter a continuidade operacional com o emprego da tecnologia em questão. Se estes motores, geralmente motores auxiliares de equipamentos importantes (ventiladores de transformadores e inversores, por exemplo) são desligados, todo o processo pode ser comprometido. Esta discussão mostra o quão importante é limitar a corrente em valores mais baixos possíveis. No entanto,
Figura 8 – Forma operacional do sistema de confinamento.
esta situação pode ser contornada por uma técnica denominada
• Outra questão que deve ser levada em conta no planejamento
“confinamento do curto fase terra”, desenvolvida pelo autor,
de sistemas que empregam resistor de alto valor ôhmico é a
técnica esta que desvia a corrente de falta à terra para dentro do
definição das proteções de falta à terra no caso de, existindo
painel do resistor, na ocorrência do curto fase terra. A técnica é
uma primeira falta à terra limitada convenientemente, ocorrer
mostrada na Figura 8.
uma segunda falta à terra em fase diferente daquela em que ocorreu a primeira, em outro alimentador. Embora esta situação
A Figura 7 mostra como, se não for utilizada a técnica
seja rara de ocorrer ela deve ser considerada, uma vez que a
descrita, o relé térmico de um motor trifásico de 1 hp, 460 V,
existência de duplo curto à terra em fases e pontos diferentes do
opera para um curto fase terra em uma das fases, quando o curto
sistema caracteriza falta fase-fase pelo sistema de aterramento.
se localiza após o relé térmico. As correntes do motor e do curto
Esta situação é mostrada na Figura 9, onde pode ser verificado
fase terra foram adicionadas algebricamente, sem se levar em
que, na ocorrência de curtos fase terra simultâneos, em fases
conta o ângulo de defasagem.
diferentes, a corrente não é limitada pelo resistor.
Apoio
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Figura 9 – Duplo curto à terra em fases diferentes.
• A solução para o inconveniente do duplo curto à terra
nos disjuntores de baixa tensão dos ramais ou nos
simultâneo, em fases diferentes, consiste na instalação de
“disjuntores motores” empregados atualmente em larga
conjuntos de proteção de falta à terra do tipo “ground-sensor”,
escala nos ramais de alimentação dos motores de baixa
formados por transformadores de corrente toroidais associados
tensão dos sistemas elétricos industriais.
a relés de terra instantâneos, conjuntos estes que devem ser
• Deve ser notado que não existe necessidade de prover
posicionados nos diversos alimentadores do sistema elétrico
seletividade neste tipo de proteção, pois o duplo curto
onde se aplica o Resistor de Alto Valor Ôhmico.
à terra sempre envolverá dois circuitos que devem ser
• As proteções referidas podem também ser incorporadas
desligados instantaneamente.
Aterramento do neutro
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62
Resumo dos principais aspectos para especificação dos resistores de alto valor ôhmico
falta fase terra convenientemente limitada, ocorrer uma
desligados instantaneamente pelo sistema de proteção fase
Tendo em vista o item anterior podemos resumir da
seguinte forma os principais aspectos de especificação dos
eventual segunda falta à terra, em fase e alimentador diferentes do primeiro curto, os dois alimentadores sejam terra especialmente projetado para esta situação.
resistores de alto valor ôhmico avançados:
Conclusão • O valor do resistor deve ser padronizado no menor valor
Neste artigo, que é o terceiro de uma série de seis, foram
que atende aos critérios de dimensionamento estabelecidos
apresentadas as mais recentes inovações introduzidas na
para eliminar as sobretensões transitórias e garanta
tecnologia dos resistores de alto valor ôhmico, tecnologia
expansão do sistema elétrico. Em geral, o valor de 3 A é
esta empregada largamente nos sistemas de baixa tensão.
suficiente para a maioria dos sistemas de baixa tensão (ver
Observa-se que as inovações apresentadas já estão ou
capítulo 1 deste fascículo).
deverão estar presentes nos melhores fornecedores do
• Devem-se evitar tapes (derivações) nos resistores, a fim de
mercado. O autor se sente feliz por divulgar e contribuir
torná-los mais simples e baratos.
para o desenvolvimento desta importante tecnologia de
• Deve-se efetuar a pesquisa do local da falta fase terra
aterramento do neutro aqui discutida.
através de sistema de pesquisa inteligente “on-line”, em atendimento à NR 10. O sistema de pesquisa por meio
Referências
de pulsos e amperímetro alicate pode ficar como reserva
[1] COSTA, P. F. “Capitulo I – Aspectos importantes da
eventual.
escolha do tipo de resistor de aterramento do neutro nos
• Os filtros de ruído dos inversores de frequência da planta
sistemas elétricos industriais” Revista O Setor Elétrico, jul.
devem ser próprios para aplicação em sistemas com neutro
2014.
isolado.
[2] Catálogos Técnicos Limitador de Corrente de Falta à Terra
• O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor
com Alta Tecnologia via Resistores de Alto Valor Ôhmico em
Ôhmico deve apresentar meios de identificação do local
BT – Sistema Limiter Geração MC3 e Limitador de Corrente
da falta fase terra nos inversores de frequência (antes do
de Falta à Terra Tradicional via Resistores de Alto Valor
inversor, barra V.c.c. ou no lado de carga).
Ôhmico em BT Sistema Limiter Geração MC4. Disponível
• O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor
em: <http://www.seniorequipamentos.com.br>.
Ôhmico deve apresentar meios para supervisionar a
[3] COSTA, P. F.; BOREL, J. E. V.; NASCIMENTO, M. T. A.
continuidade do circuito neutro – resistor – terra, e não
“Inovações tecnológicas no aterramento do neutro através
somente do resistor.
de resistores em sistemas elétricos industriais BT e MT”, V
• O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor
IEEE PCIC BR-2014 (26/27-08-2014, RJ).
Ôhmico deve apresentar meios para medição da corrente capacitiva a qualquer momento que seja desejado sem necessidade de desligar o sistema elétrico. • O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor Ôhmico deve apresentar meios para evitar o desligamento dos motores de pequena potencia pela corrente do resistor. • O resistor de alto valor ôhmico deve ser sobredimensionado quando existem inversores de frequência nos sistemas de baixa tensão. • O sistema elétrico de baixa tensão deve ser planejado de tal forma que, se durante a permanência de uma primeira
*Paulo Fernandes Costa é Engenheiro Eletricista e Msc pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor aposentado dos cursos de engenharia elétrica da UFMG e CEFET-MG e diretor da Senior Engenharia e Serviços LTDA, Belo Horizonte-MG. É palestrante e autor de vários artigos na área de aterramento, proteção, segurança, qualidade de energia e sistemas elétricos industriais em geral. Atua como consultor, bem como na área de desenvolvimento tecnológico, com experiência de mais de 40 anos. E-mail: pcosta@seniorengenharia.com.br. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br
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Reportagem
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Por Bruno Moreira
Nova norma para SPDA sai em 2015 Iniciado em 2005, projeto de revisão da ABNT NBR 5419, norma que trata da proteção contra descargas atmosféricas, chega finalmente à consulta nacional. Publicação deve ocorrer no meio do ano que vem
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Após cerca de nove anos de reuniões periódicas e muito
trabalho, a revisão da norma ABNT NBR 5419, que trata da proteção contra descargas atmosféricas, está praticamente finalizada. O documento normativo entrou em consulta
necessário fazer algumas adaptações para atender à realidade brasileira”, destaca.
Partes 2
e
3 – Tropicalização
pública no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) no último mês de agosto, onde permanecerá até o
dia 10 de dezembro para o recebimento de sugestões. A ideia
anexo a mais com os mapas do Brasil e de cada região brasileira,
inicial era que o projeto de revisão ficasse em consulta até o
desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
dia 10 de outubro, mas devido a um pedido da Associação
(Inpe), com a densidade de descargas atmosféricas para
Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE), que foi enviado
terra. Na parte 3, de acordo com Sueta, outra tropicalização
ao Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação
da norma refere-se à “adequação da bitola de alguns cabos
e Telecomunicações (Cobei), o prazo foi estendido por mais
de cobre a serem utilizados nos subsistemas de captores
60 dias pela Comissão de Estudos (CE) 64.10, que elaborou
e de descidas conforme a prática usual do país”, explica o
o projeto de revisão da norma. De acordo com o secretário
secretário da comissão de estudos. Isso porque a norma atual
da Comissão, o engenheiro eletricista e especialista da
estabelece a medida de 35 mm² para os captores e 16 mm²
divisão científica de energia e meio ambiente do Instituto de
para os condutores de descida, mas a IEC revisada estipulou a
Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/
medida de 50 mm² para ambos os cabos. Durante as reuniões
USP), Helio Sueta, se tudo correr como o planejado, a norma
para a elaboração da nova versão da NBR 5419, foi decidido
será finalmente publicada no início de 2015.
que pelas características nacionais não era preciso seguir a
orientação da norma internacional, sendo estabelecida a
O longo tempo utilizado pelos membros da CE 64.10 para
A parte 2 do texto do documento, por exemplo, terá um
a confecção do projeto de revisão tem um motivo: a ABNT
medida de 35 mm² para os dois casos.
NBR 5419 passou por uma pequena revolução, aumentando
o seu conteúdo de 42 páginas para 344 páginas, por meio
mais tem correspondência com o texto compreendido pela
de um aprofundamento dos assuntos tratados no documento
versão em vigor. Neste sentido, é o trecho que mais conta
anterior, que receberam, segundo o gerente de vendas da Obo
com alterações. “A maior delas é a retirada total de um anexo
Bettermann do Brasil e engenheiro eletricista especializado
informativo referente ao guia para projeto, construção,
na proteção de equipamentos e sistemas eletrônicos, Sergio
manutenção e inspeção do SPDA”, diz o especialista do IEE/
Roberto Santos, um maior detalhamento e mais recomendações
USP.
em cada tópico. “Foram quase nove anos de um trabalho que
demandou disciplina e paciência. Sem as pessoas certas jamais
outras modificações. De acordo com o engenheiro eletricista,
teríamos conseguido atingir este estágio tão importante que é a
a proteção ficará mais “apertada”. Por exemplo, na utilização
colocação do projeto de norma em consulta pública”, completa
de método das malhas (Faraday), as dimensões de cada malha
o engenheiro eletricista Jobson Modena, coordenador da CE
serão menores: para nível I, ao invés de 5 m x 10 m, a medida
64.10.
será de 5 m x 5 m; para nível II, de 10 m x 20 m passará a 10
O novo documento normativo toma como base a segunda
m x 10 m; para nível III, de 10 m x 20 m irá para 15 m x 15
versão da norma IEC 62305 – Lightning Protection, que
m; e para nível IV, de até 20 m x 40 m, diminuirá para 20 m x
agrupou assuntos de várias outras normas e permitiu organizar
20 m.
as regras para Sistemas de Proteção contra Descargas
Atmosférica (SPDA). Neste sentido, o documento internacional
definição do ângulo de proteção, a tabela que existe na versão
foi divido em quatro partes, da seguinte forma: a parte 1 traz
atual do documento normativo será substituída por curvas
os “Princípios Gerais”; a parte 2 trata de “Gerenciamento de
para cada nível de proteção em função da altura da edificação.
Risco”; a parte 3 diz respeito aos “Danos Físicos às Estruturas
Essa mudança deverá revitalizar comercialmente o emprego
e Perigo à Vida”; e a parte 4 aborda a proteção em “Sistemas
deste método, que até o momento vem sendo deixado de lado
Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura”.
pela comunidade técnica em função da pouca flexibilidade na
Segundo o engenheiro civil e diretor técnico da
utilização dos ângulos de proteção.
Termotécnica Para-raios, Normando Alves, a maior parte
do texto da nova norma sobre proteção contra descargas
do espaçamento médio entre descidas, cujo valor foi diminuído
atmosféricas foi fiel ao texto da IEC que toma como base
para os níveis II, III e IV, aumentando nestes casos a quantidade
especialmente as partes 1 e 4. “Porém, em dados momentos, foi
de descidas. “Em relação ao aterramento, a versão brasileira
A terceira parte do documento normativo, aliás, é a que
Ainda sobre a terceira parte da norma, Sueta destaca
No que diz respeito ao Método de Franklin, visando à
Sueta salienta ainda como alteração importante a redução
68
Reportagem
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
retirou o arranjo tipo A, ficando apenas com o arranjo tipo
própria. Conforme o especialista em proteção contra descargas
B (em anel). Outra novidade é a retirada do valor de 10 Ohm
atmosféricas, após muita discussão, em que se contrapôs a
como indicativo principal para um bom aterramento”, afirma.
teoria e a prática relativas à matéria, foi acrescentada a
Resumidamente, o engenheiro eletricista e gerente da
definição do termo equipotencialização. “Acho que ficou
Termotécnica Para-raios, José Barbosa de Oliveira, afirma que
muito boa”, diz.
a principal mudança trazida pela parte 3 da ABNT NBR 5419
A parte 4 como um todo também é destacada pelo
será o aumento da eficiência dos subsistemas de captação,
engenheiro eletricista Sérgio Santos, que, durante as reuniões
descida e aterramento, o que demandará mais elementos
da CE-64.10, esteve mais envolvido com confecção desse
(materiais e serviços) a fim de atender às exigências mínimas
trecho do documento normativo. Para ele, existe apenas
da revisão.
uma lacuna com relação à proteção dos sistemas elétricos e
Não obstante as grandes alterações realizadas nesta
eletrônicos no interior da estrutura, que não é suficientemente
parte do texto normativo, o especialista da divisão científica
tratado nem na versão atual da ABNT NBR 5419 e nem na
de energia e meio ambiente do IEE/USP, que participou da
ABNT NBR 5410.
confecção das quatro partes da norma, destaca a parte 2
como a maior novidade desta revisão. Isso porque, segundo
interna contra surtos serão baseados no conceito de Zona de
ele, enquanto o documento atual possui um anexo que
Proteção contra Raios (ZPR), em que cada zona demandará
apenas indica se o SPDA é necessário ou não para uma
um tipo de proteção. São três Zonas: Zona 0, dividida em A
determinada estrutura, a futura norma, por meio de sua
e B, Zona 1 e Zona 2. A Zona 0 representa a área externa
segunda parte, traz uma análise que direciona as medidas
do edifício, sendo que a parte A diz respeito a áreas fora
de proteção para que os riscos envolvidos fiquem com
do volume de proteção imposto pelo SPDA e a parte B é
valores inferiores aos toleráveis.
referente à área dentro desse volume de proteção. Por sua
“Nesta análise, diversos tipos de descargas que possam
vez, a Zona 1 representa áreas internas ao prédio e a Zona 2
influenciar a proteção da estrutura são considerados, tais como
a salas blindadas dentro do prédio, tais como equipamentos
descargas que atingem diretamente a estrutura, mas também
e cubículo.
as que atingem sua proximidade, as redes e as áreas próximas
das redes que adentram às estruturas, além das que atingem as
em outras normas e na IEC, mas será uma inovação no
estruturas conectadas à estrutura sob estudo”, explica Sueta.
documento normativo brasileiro. Por meio da ZPR, é esperado
P artes 1
e
4
Nesta parte, o procedimento e a utilização da proteção
Este conceito de zonas de proteção já é bastante empregado
que haja um refinamento da proteção interna, beneficiando principalmente os ambientes internos com equipamentos eletrônicos sensíveis.
Ambas as partes não possuem nenhuma referência à versão
atual da ABNT NBR 5419. O engenheiro eletricista, especialista
Após
a publicação da norma
em proteção contra descargas atmosféricas, José Claudio de Oliveira e Silva, que participou mais profundamente da
elaboração da primeira parte da nova norma, informa que
5419, a expectativa é de que haja um impacto positivo no setor
se trata de um trecho mais conceitual. “Além de conceitos,
elétrico de maneira geral, levando a mudanças no mercado de
ela apresenta os parâmetros das correntes das descargas
equipamentos de proteção contra descargas atmosféricas, no
atmosféricas que formam a base das regras de proteção,
comportamento dos profissionais e na vida das edificações e
dimensionamento de componentes, etc.”, explica.
de seus usuários.
O fato de a versão atual da norma da ABNT não conter
Com a entrada em vigor da nova versão da ABNT NBR
Para o gerente da Termotécnica Para-raios, José Barbosa
praticamente nada desse tipo de informação faz com que
de Oliveira, o principal impacto será o volume maior de
seja uma das partes com a tradução mais próxima da IEC
elementos (materiais e serviços) para a implantação de
62305. Isso e, também, de acordo com Silva, porque se trata
novos sistemas e a necessidade de atualização dos projetos
de uma parte conceitual. “Ou seja, não existem muitas razões
existentes. De acordo com o engenheiro Normando Alves,
para adaptar conceitos, não é mesmo? A menos, talvez, que
haverá o reaquecimento desse setor a partir de novas
existam algumas diferenças nas distribuições estatísticas dos
auditorias que constatem a necessidade de adaptação ao
parâmetros das descargas, mas não temos estes dados ainda”,
novo texto normativo. Sem falar que os fabricantes de peças
declara o engenheiro eletricista.
e acessórios terão novas oportunidades para desenvolver e
Não por isso a norma brasileira não tem sua marca
atender a algumas exigências da norma.
70
Reportagem
Em contrapartida, segundo Barbosa de Oliveira, o setor
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Silva.
elétrico terá sistemas de proteção contra raios capazes de
atender às necessidades de instalações cada vez mais sensíveis
ambiente do IEE/USP, Helio Sueta, reitera a afirmação de seu
“pela evolução natural da tecnologia e por estarem em um país
colega e crê que, após a publicação da revisão, o país estará
continental, onde há uma variação enorme da quantidade de
sim atualizado em relação à proteção das estruturas contra
ocorrências de raios”. Conforme Santos, da Obbo Bettermann,
os efeitos das descargas atmosféricas. Contudo, de acordo
com utilização maciça das novas regras, será inconcebível,
com ele, ainda faltará se atualizar a respeito dos materiais
após uma tempestade, os equipamentos eletrônicos da
e componentes a serem utilizados nos sistemas. “A IEC já
edificação estarem danificados.
publicou diversas normas de componentes (por volta de
oito documentos) que ainda não estão sendo estudados no
No que se refere à atualização dos projetistas, o secretário
O especialista da divisão científica de energia e meio
do CE 64.10, Helio Sueta, acredita que, por ser um texto mais
Brasil”, conta.
extenso e um pouco mais técnico, será necessário treinar
mais e melhor os profissionais que utilizarão os documentos
ao documento internacional que lhe serviu como base, novas
normativos. Opinião corroborada pelo diretor técnico da
modificações não deverão acontecer em breve, conforme
Termotécnica Para-raios, Normando Alves. “Os profissionais
os especialistas do setor. “Não vejo lacunas nesta norma
desta área deverão correr atrás para se informar e realinhar
que somente seriam resolvidas com uma revisão”, afirma
as ferramentas de trabalho a fim de que seus novos projetos
Alves, que, no entanto, acredita na evolução das técnicas
atendam às novas solicitações da norma”, destaca.
que certamente demandarão alterações futuras, a serem
“Inicialmente acho que veremos muita dificuldade e,
realizadas tanto no texto da IEC quanto no da ABNT.
talvez, reclamações para a aplicação da nova versão da
norma”, diz o especialista em proteção contra descargas
atmosféricas ainda não é plenamente conhecida e que, se
atmosféricas, José Claudio de Oliveira e Silva, pois se trata
novos modelos que tratem os mecanismos de conexão
de “um salto grande de requerimento de conhecimento ou
das descargas com as estruturas forem desenvolvidos, “de
entendimento sobre o assunto por parte dos técnicos deste
maneira razoável para se lidar em uma norma, estes devem
país”. Na opinião de Silva, a parte 2 do novo texto, que trata
ser introduzidos”.
de gerenciamento de risco, será a que vai dar mais trabalho
visando a uma aplicação correta. No entanto, de acordo com
outras também podem ser exigidos, conforme o especialista
o engenheiro eletricista, o conteúdo básico relativo a este
em proteção contra descargas atmosféricas, haja visto que
tema vem de versões da IEC da década de 1990 (séries IEC
os equipamentos e as tecnologias de interconexões entre
61024, IEC 61312 e IEC 61662) e o Brasil não deve continuar
equipamentos dentro das estruturas a serem protegidas estão
tão defasado assim. “É importante para o setor se não
em constante modificação.
quisermos ficar muito para trás”, diz.
Enfim,
Agora que a norma brasileira se equiparou em conteúdo
Por exemplo, Silva destaca que a física das descargas
A adoção de novas medidas de proteções e o abandono de
Outras alterações podem ocorrer nos dados de frequência
de descargas para terra. “Eles também podem ser atualizados
atualizados
em versões futuras à medida que tivermos conjuntos maiores de dados dos sistemas de localização de descargas
Quando em 2005, era publicada a quarta revisão da ABNT
atmosféricas em operação no Brasil”, declara Silva.
NBR 5419, os engenheiros eletricistas Helio Sueta e Jobson
Modena – que já atuavam como representantes brasileiros
começar a ocorrer agora. O secretário do CE 64.10, Helio Sueta,
junto à IEC – estavam a par da nova versão da IEC 62305,
revela que, segundo informações de grupos permanentes da
que sairia pela primeira vez com a formatação de quatro
IEC que se reúnem periodicamente para revisão das normas,
partes. Dessa forma, nem bem terminado um trabalho de
a próxima versão da IEC 62305-1-4 será publicada apenas
revisão, a CE já começava outro.
em 2018, isto devido às muitas transformações que foram
realizadas na última revisão.
Desde então, a IEC 62305-1-4 foi publicada em 2006 e
Mudanças possíveis, mas que, como dito, não deverão
revisada em 2010. Os responsáveis pela revisão da versão
“Ainda não temos motivo para comemorar, mas já
brasileira continuaram seu trabalho. Agora, finalmente,
estivemos muito mais longe da porta da festa”, afirma Jobson
o documento normativo brasileiro alcançará o texto
Modena, que encerra parabenizando todos os membros da
internacional. “Quando a nova versão da NBR 5419 entrar
comissão que contribuíram para que o trabalho fosse feito de
em vigor, teremos uma norma muito próxima da IEC. Pode-
forma a minimizar custos, mas sem esquecer as boas práticas
se dizer que estaremos atualizados com relação à IEC”, afirma
da engenharia.
O Setor ElĂŠtrico / Setembro de 2014
71
Energia solar
72
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Energia solar no Brasil Por Gustavo Alves, Luciano Moraes, Fernando Marafão, Paulo Serni e Marcelo Simões*
Legislação, políticas públicas e desafios para a instalação de sistemas fotovoltaicos e termossolares
73
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Devido à crescente demanda por energia
elétrica
nas
últimas
podemos citar a energia solar. Estudos de
décadas, tornou-se
casos internacionais indicam que tal fonte de
importante considerar os impactos ambientais
energia e as tecnologias envolvidas seriam
causados pela produção e distribuição da
muito promissoras para a matriz energética
energia, bem como a sustentabilidade dos
brasileira, onde tem sido explorada há poucos
sistemas envolvidos. No Brasil, ainda que grande
anos.
parte da geração seja proveniente de fontes
limpas (hidroelétricas), sua complementação
Energia Elétrica (Aneel) publicou em 2012
com outras formas de geração, que causem
duas resoluções que vêm permitindo os
menores impactos ambientais e sociais do que
primeiros passos no sentido de utilização de
o alagamento de grandes áreas, é fundamental.
sistemas de geração de energia, por meio de
No cenário internacional, o uso contínuo
equipamentos de geração de pequeno porte. A
de fontes convencionais (especialmente óleo,
Resolução 482/2012 estabelece as condições
gás e carvão) para suprir a crescente demanda
gerais para o acesso de micro e minigeração
contribui para o aquecimento global, que é
distribuída aos sistemas de distribuição de
apontado como um dos possíveis causadores
energia elétrica, além de fazer menção ao
das mudanças climáticas em todo o planeta.
sistema de compensação de energia elétrica. A
Uma alternativa concreta para redução
Resolução 502/2012 regulamenta os sistemas
dos problemas e impactos gerados é o uso
de medição de energia elétrica de unidades
de fontes renováveis, as quais podem ser
consumidoras do Grupo B.
utilizadas de forma complementar a geração
hidroelétrica. Tais
demonstram-se
laboratório SWERA (Solar and Wind Energy
interessantes pelo fato de causarem menores
Resource Assessment), pode-se constatar que
(ou nenhuma) emissões de gases, os quais são
o Brasil tem um potencial anual de geração
associados ao aumento do efeito estufa. Estas
fotoelétrica de 24.993 TWh. No entanto, de
fontes são capazes de utilizar a energia contida
acordo com os dados do Banco de Informações
na movimentação das marés, nos ventos ou
de Geração da Aneel (BIG), tem-se que o país
na luz solar, de forma a aproveitar a energia
possui uma potência outorgada de 15,12 MW,
proveniente de fontes limpas, renováveis e de
com um valor de potência fiscalizada de apenas
baixo impacto ambiental ou social, quando
11,12 MW. Isto representa 0,01% da potência
comparadas à queima de combustíveis fósseis
elétrica gerada no país.
fontes
Nesse contexto, a Agência Nacional de
De acordo com os dados levantados pelo
ou ao alagamento necessário para a instalação
Legislação vigente no Brasil e no exterior
de usinas hidrelétricas.
Analisando-se a matriz elétrica brasileira,
nota-se que esta é uma das mais limpas do
mundo, pois cerca de 75% da matriz elétrica é
apontadas para o pequeno aproveitamento da
de fontes renováveis e 64% da energia elétrica
energia solar no Brasil é a questão normativa,
produzida vem de fonte hidráulica, o que é um
pois as normas referentes aos sistemas
percentual quatro vezes maior do que a média
fotovoltaicos e termossolares são recentes.
mundial.
Dessa forma, verifica-se que o Brasil possui
leitor quanto às principais legislações vigentes,
um cenário muito interessante do ponto de
no Brasil e no exterior, serão indicadas a
vista de geração de energia elétrica "limpa",
seguir algumas das normas referentes à
podendo se destacar ainda mais no contexto
utilização e implementação de sistemas de
de geração e consumo de energia com baixo
geração de energia elétrica ou aquecimento
impacto ambiental. Portanto, ressalta-se a
de água, através de sistemas fotovoltaicos e
importância em se avaliar detalhadamente
termossolares.
a utilização das energias renováveis na
Tais
matriz energética nacional, dentre as quais
desenvolvimento dos sistemas de geração de
Uma das possíveis razões que poderiam ser
Assim, com o objetivo de contextualizar o
normas
estabelecem
desde
o
Energia solar
74
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
energia por meio fotovoltaico, até a instalação
terrestres de geração de energia fotovoltaica,
distribuída
de sistemas termossolares.
além de apresentar um quadro detalhado
normas vigentes de regulamentação são as
de
energia. No
entanto, as
com padrões de desempenho de sistemas de
provenientes da Associação Brasileira de
Normas internacionais – sistemas
energia fotovoltaica;
Normas Técnicas (ABNT) apresentadas a
fotovoltaicos
• IEEE Std 929 (1988): Traz recomendações
seguir:
• IEC 60364-7-712 (2002): Traz especificações
que asseguram a compatibilidade de operação
relativas às instalações elétricas de edificações,
de sistemas fotovoltaicos, além de abordar
• ABNT NBR 11704 (2008): Classifica os
fazendo referência a instalação de sistemas de
questões de segurança pessoal e qualidade da
sistemas de conversão fotovoltaica de energia
fornecimento de energia solar fotovoltaica;
energia;
solar em elétrica, quanto a sua configuração
• IEC 62109-1 (2010):Aplica-se a equipamentos
• IEEE Std 1374 (1998): Faz referência ao
(puros, só utilizam gerador fotovoltaico ou
de conversão de energia para uso em sistemas
projeto, aplicabilidade de equipamentos e
híbridos, utilizam gerador fotovoltaico com
fotovoltaicos. Esta norma define as exigências
instalações de equipamentos de segurança,
outros tipos de geradores de energia elétrica)
mínimas para o projeto e fabricação de
em sistemas isolados ou conectados à rede,
e, quanto a sua interligação com o sistema
equipamentos de conversão, para que tenham
para sistemas fotovoltaicos operando com
público de fornecimento de energia elétrica
proteção contra descarga elétrica, fogo,
potência de saída inferior à 50 kW. Traz
(podendo ser isolados ou conectados à rede
impactos mecânicos, entre outros;
também uma breve discussão sobre sistemas
elétrica);
• IEC 62109-2 (2011): Aborda especificamente
de armazenamento e outros equipamentos de
• ABNT NBR 11876 (2010): Especifica os
a segurança de produtos com conversores
geração;
requisitos e os critérios para aceitação de
CC-CA e CC-CC, assim como produtos que
• IEEE Std 1562 (2007): Especifica o tamanho do
módulos fotovoltaicos para uso terrestre,
atuam ou funcionam com inversores.
arranjo de baterias de sistemas fotovoltaicos,
de construção plana e sem concentradores,
com o objetivo de melhorar a eficiência, custo
que
efetivo e tempo de vida de sistemas isolados;
como componentes ativos, para converter
podem interagir com a rede, serem isolados,
• IEEE Std 1547 (2008): Discute as várias
diretamente a energia solar radiante em
estarem ligados a baterias ou outras formas
tecnologias de geração distribuída e os
elétrica;
de armazenamento de energia, podendo
problemas associados à interconexão de
• ABNT NBR IEC 62116 (2012): Fornece
ser abastecidos por um ou vários módulos
geradores na rede elétrica.
um procedimento de ensaio para avaliar o
Em sistemas fotovoltaicos, tais conversores
das
dispositivos
fotovoltaicos
desempenho das medidas de prevenção de
fotovoltaicos. Além
utilizem
normas
europeias
IEC,
Normas brasileiras fotovoltaicas
ilhamento utilizadas em sistemas fotovoltaicos
destacam-se as recomendações do IEEE que
Os Procedimentos de Distribuição de
conectados à rede elétrica;
fazem referência aos sistemas e equipamentos
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional
• ABNT NBR 16149 (2013): Estabelece as
fotovoltaicos e termossolares:
(Prodist), da Aneel, trazem em seus módulos 1
recomendações específicas para a interface
• IEEE Std 928 (1986): Especifica critérios
e 3 referências quanto à utilização de sistemas
de conexão entre os sistemas fotovoltaicos
para a análise de desempenho de sistemas
solares, como sistemas de microgeração
e a rede de distribuição de energia elétrica e
Energia solar
76
estabelece seus requisitos;
as quais especificam os requisitos do sistema
• ABNT NBR 16150 (2013): Especifica os
de geração de energia por meio fotovoltaico,
procedimentos de ensaio para verificar se
conclui-se que a resolução do IEEE apresenta
os equipamentos utilizados na interface de
um
conexão entre o sistema fotovoltaico e a
os sistemas, além de abordar critérios de
rede de distribuição de energia estão em
interconexão. Já a norma brasileira está mais
conformidade com os requisitos da ABNT
voltada à caracterização de manutenção e
NBR 16149;
instalação de componentes do sistema.
• ABNT NBR 16274 (2014): Estabelece as
informações e a documentação mínimas
desde 2002 existe a preocupação quanto à
que devem ser compiladas após a instalação
instalação e utilização de sistemas de geração
de um sistema fotovoltaico conectado à
fotovoltaica na Europa, enquanto no Brasil essa
rede. Também descreve a documentação, os
mesma preocupação tenha aparecido através
ensaios de comissionamento e os critérios de
das portarias nº 61 e 217, ambas de 2008, que
inspeção necessários para avaliar a segurança
possibilitavam o uso da energia solar em obras
da instalação e a correta operação do sistema.
públicas. Nota-se que essa conscientização de
maior
detalhamento
ao
especificar
A norma IEC 60364-7-712 evidencia que
instalação tornou-se mais evidente a partir das
Normas brasileiras termossolares
resoluções normativas da Aneel 482 e 502, em 2012. Isso indica o quanto estamos atrasados
• ABNT NBR 15569 (2008): Estabelece os
com relação à utilização da tecnologia
requisitos necessários para se implementar
fotovoltaica.
um sistema de aquecimento solar (SAS),
considerando
concepção,
ressaltado é a IEEE 929-1988 apresentar uma
hidráulico,
preocupação quanto à qualidade da energia
aspectos
dimensionamento,
de
arranjo
Outro ponto interessante que pode ser
instalação e manutenção, em que o fluido de
elétrica
transporte é a água;
fotovoltaicos. Tal preocupação tem sido
fornecida
através
dos
sistemas
• ABNT NBR 15747-1 (2009): Especifica
alvo de inúmeros estudos na comunidade
os requisitos de durabilidade (incluindo
internacional e ainda é pouco abordada na
resistência mecânica), confiabilidade, segurança
legislação nacional.
e desempenho térmico dos coletores solares
Ressalta-se que existem muitas normas
de aquecimento de líquidos. Também inclui
internacionais voltadas para os sistemas de
disposições para a avaliação das conformidades
armazenamento da energia gerada pelos
com esses requisitos;
sistemas fotovoltaicos, o que ainda não é
• ABNT NBR 15747-2 (2009): Especifica
encontrado nas normas brasileiras.
os métodos de ensaio para a validação dos requisitos
de
durabilidade, confiabilidade,
segurança
e
desempenho
térmico
dos
Cenário internacional
Desde o início dos anos de 1990, o Japão
coletores solares de aquecimento de líquidos,
tem feito a integração da energia gerada por
conforme ABNT NBR 15747-1.
"telhados fotovoltaicos", além de iniciar a implementação de uma política de subsídio
Comparativo entre as normas
governamental. O subsídio inicial (até 2006)
nacionais e internacionais
era de 70% do custo do sistema fotovoltaico, o
Algumas normas internacionais estão
que não só fez do Japão o maior país produtor
em vigência há muito mais tempo do que as
solar do mundo por um grande período (sendo
normas brasileiras, devido ao fato da matriz
superado em 2007 pela Europa), como também
energética brasileira ainda ser fortemente
o transformou no país com maior mercado
hidráulica.
fotovoltaico do mundo (sendo superado pela
Ao se comparar a norma ABNT NBR 11876
Alemanha em 2006). Recentemente, o Japão
com a recomendação normativa IEEE 1547,
retomou a política de subsídio, sendo um bom
77 exemplo de como políticas governamentais
redução de custos da rede têm estabelecido
programas de incentivos em diversos países
podem promover o desenvolvimento da
na Alemanha, gradualmente, um sistema
tem acelerado o ritmo de produção de células
geração de energia elétrica através de sistemas
de energia sustentável. Com tal motivação,
fotovoltaicas no mundo. A revista Photon
fotovoltaicos.
leis semelhantes vêm sendo aplicadas em
International estimou em 37,2 GW a produção
No caso da Alemanha, esta promulgou e
inúmeros países pelo mundo chegando a mais
de células fotovoltaicas em 2011, sendo que
implementou a "renawable energy net pricing
de 40 países, dentre eles Bélgica, Grécia, Itália,
este valor era 36% superior à produção do
law". Como resultado dessa política, houve
Portugal, Espanha, Korea e algumas cidades dos
ano anterior e cerca de 130 vezes a produção
um rápido desenvolvimento da indústria
Estados Unidos.
do ano 2000. Isso tem feito com que o preço
fotovoltaica no país. De 2000 a 2007, o
dos módulos decline a cada ano, como pode
investimento para a construção de instalações
renováveis de energia e a proliferação de
Assim, a crescente demanda por fontes
ser visto na Figura 1.
fotovoltaicas foi superior a 15 bilhões de euros, o que fez com que a Alemanha superasse o Japão em crescimento de mercado. Além disso, observou-se um rápido declínio no custo da geração de energia fotovoltaica no país (cerca de 20% em três anos).
A lei promulgada, que garante a compra
da energia gerada por micro e minigeradores, estabeleceu uma enorme demanda no mercado fotovoltaico, tornando a construção destes sistemas de geração uma das indústrias mais atrativas do país. O rápido desenvolvimento da
indústria
fotovoltaica
e
a
contínua
Figura 1 – Preço médio em dólar (para cada watt de pico produzido) dos módulos fotovoltaicos.
Energia solar
78
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Cenário nacional
sul de São Paulo, também apresentam a maior
Potencial brasileiro
variabilidade média anual, o que poderia indicar
Como se pode verificar através do mapa
que a produção energética através de sistemas
brasileiro de irradiação solar (Figura 2), os maiores
fotovoltaicos nessas regiões não fosse muito
valores são observados no vale do rio São
atraente.
Francisco, na Bahia e na divisa entre os Estados de
São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
anual no país varia entre 4 kWh/m² e 6,5 kWh/
De forma geral, a irradiação solar é
m² por dia, enquanto é sabido que na Alemanha o
consideravelmente distribuída entre as regiões
valor máximo é de 3,4 kWh/m² por dia.
centrais do país. No entanto, as áreas mais
densamente povoadas, do litoral leste do Rio
média anual apresenta valores significativamente
Grande do Sul até o recôncavo baiano e a região
superiores à Alemanha que já utiliza a energia
norte do país, apresentam os menores índices de
solar há bastante tempo.
Na Figura 3 verifica-se que a radiação média
Através de tal análise, nota-se que a irradiação
irradiação verificados. A região Nordeste apresenta os maiores
Fatos que envolvem a utilização da
valores de irradiação (de 5 kWh/m² a 6 kWh/
energia solar no país
m²), apresentando a maior média e a menor
variabilidade anual entre as regiões geográficas.
o país a repensar e ampliar a participação de
A crise energética ocorrida em 2001 levou
Os valores máximos de irradiação solar são
outras fontes energéticas na matriz nacional, bem
observados na região centro-oeste do Estado da
como levou a ações de redução de consumo
Bahia e noroeste de Minas Gerais. Nota-se nesta
que reduzissem a dependência das usinas
região, que as condições climáticas conferem
hidroelétricas.
um regime estável, de baixa nebulosidade e alta
Dentre
incidência de irradiação solar.
propostas, destaca-se a Lei nº 10.295 de 2001,
Na região Sul encontram-se os menores
a qual estabeleceu uma Política Nacional de
valores de irradiação global (de 4 kWh/m² a 5
Conservação e Uso Racional de Energia, com
kWh/m²), notadamente na costa norte do Estado
o objetivo central de reduzir a necessidade de
de Santa Catarina, litoral do Paraná e litoral
investimentos para a ampliação da capacidade de
as
alternativas
governamentais
Figura 2 – Irradiação solar direta por regiões do Brasil. Dados em kW/h/dia.
79
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Figura 3 – Média anual da radiação solar direta no Brasil.
geração do sistema elétrico. Muito tempo depois,
2014 a realização de um novo leilão de energia
vieram as medidas e as propostas no sentido
elétrica A-5, o qual trata de empreendimentos
de ampliação da geração, especialmente aquelas
de geração de fontes hidrelétrica, eólica, solar
ligadas a fontes renováveis de energia.
e termelétrica (a biomassa, a carvão ou a gás
Recentemente,
governamentais,
natural em ciclo combinado), os quais devem
como a publicação das resoluções citadas (482
ser entregues em até cinco anos. Com algumas
e 502/2012), vêm criando mecanismos para
alterações nas regras do leilão, especialmente de
a expansão do uso da energia solar no Brasil.
forma a evitar que empreendimentos de fontes
No entanto, é necessário avançar em diversos
distintas compitam entre si, as expectativas são
aspectos, entre eles o regulatório. Destaca-se, por
muito positivas de que desta vez a contratação
exemplo, um projeto de lei que tramita desde 2009
de grandes empreendimentos de geração
na Câmara Federal, o qual trata de detalhes sobre
fotovoltaica seja efetivada. O preço máximo para
a tarifação a ser praticada entre concessionárias,
os empreendimentos de geração eólica e solar foi
permissionárias e autorizadas do serviço público
definido em R$ 137 por megawatt-hora (MWh).
de distribuição com o consumidor.
Para as usinas hidrelétricas, o valor máximo
foi definido em R$ 158 por MWh e para as
ações
No entanto, ainda que em um cenário de
custos elevados e regulações incompletas ou
termelétricas em R$ 197.
pouco detalhadas, no dia 18 de novembro de
Vale também destacar os incentivos do
2013 a Aneel realizou o Leilão de Energia A-3
BNDS, através do Fundo Clima – Energias
para contratação de energia elétrica de novos
Renováveis, o qual permite o financiamento de
empreendimentos de geração de fontes eólicas,
empreendimentos de médio e grande porte
solar e termelétrica a biomassa ou gás natural.
(investimentos superiores a R$ 3 milhões), com
taxas de juros e risco bastante interessantes.
No caso da energia solar o leilão não teve
sucesso, não tendo sido contratado nenhum
empreendimento.
Já com relação aos sistemas termossolares,
insucesso
embora não represente uma política pública
provavelmente se deu em virtude dos elevados
muito abrangente, também vale ressaltar que
custos de implementação das instalações, bem
iniciativas de instalação de aquecedores solares
como as incertezas regulatórias. No entanto,
em casas do projeto Minha Casa Minha Vida vêm
espera-se que assim como ocorreu com a
sendo implementadas nos últimos anos.
geração eólica, o preço caia nos próximos anos e
Ações como estas poderiam ser ainda mais
o interesse por tais leilões aumente.
efetivas se leis municipais, estaduais ou federais
exigissem a instalação ou preparação para a
A
causa
do
A Aneel prevê para o segundo semestre de
Energia solar
80
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
instalação de coletores solares nas construções
no cenário internacional (Figura 1), um dos fatores
e/ou reformas de edificações residenciais e
que tem contribuído para a pouca utilização
comerciais. Neste contexto, pode-se citar o caso
deste sistema no Brasil é o custo de instalação do
da cidade de São Paulo, que possui essa exigência
sistema.
através do decreto nº 49148/2008, o qual torna
obrigatória a instalação de sistema termossolar de
de geração diária de 6 kWh, capaz de suprir
uso residencial, em edificações com mais de quatro
as necessidades de uma casa com consumo
banheiros e torna obrigatória a instalação em toda
mensal médio de 184 kWh, ter-se-ia um custo
edificação comercial ou de serviços que possua
de instalação de cerca de R$17.000 (valor de
demanda elevada de consumo diário de água.
mercado em 2014), conforme apresentado na
Para se instalar um sistema com capacidade
Sem ações como esta e como os sistemas
Tabela 1. Ressaltando que o projeto realizado
termossolares ainda apresentam um custo de
considerou uma localização com irradiação média
instalação significante, muitas pessoas e empresas
solar de 5 KWh/m2.
continuam por optar em não utilizar tal sistema.
Para se calcular o tempo de retorno do
Disto conclui-se que o Brasil ainda carece
investimento, consideraram-se quatro situações
de um incentivo governamental efetivo que seja
de economia financeira na conta de energia
capaz de impulsionar empresas e consumidores
elétrica:
no sentido de utilizar, em ampla escala, sistemas de
• Considerou-se que o custo do kWh na cidade
geração de energia ou aquecimento de água solar.
do estudo se manteria constante ao longo dos
Um bom exemplo neste sentido vem da cidade
anos;
de Barcelona (Espanha), que depois de tornar
• Considerou-se um custo médio nacional do
obrigatória, em agosto de 2000, a instalação de
valor do kWh (visto que este apresenta diferenças
coletores termossolares em novas edificações
em algumas regiões) e este custo também seria
ou reformas, viu a instalação destes sistemas
constante ao longo dos anos);
saltar de 1,1 m²/1000 habitantes para 13 m²/1000
• Considerou-se que o custo do kWh na
habitantes em pouco mais de três anos.
cidade do estudo sofreria elevação (de 5% ao
No caso de sistemas fotovoltaicos tem-se
ano) ao longo dos anos (situação real), além de
um cenário um pouco mais complicado, pois,
considerar uma taxa de retorno do investimento
além da necessidade de maiores áreas para sua
(considerando-se que o dinheiro economizado
instalação, de modo que estes apresentem uma
com a tarifa de energia elétrica seria aplicado em
boa capacidade de geração, ainda existe uma forte
poupança com rendimento de 6% ao ano);
dependência de tecnologia estrangeira (o que
• Considerou-se que o custo médio nacional do
eleva consideravelmente o custo de sua instalação),
kWh sofreria elevação ao longo dos anos, além de
visto que o Brasil não possui fabricantes de muitos
considerar uma taxa de retorno do investimento.
dos componentes eletrônicos utilizados.
Na Figura 4 pode-se verificar que na situação
Principais desafios
em que o custo do kWh se manteria constante ao
Políticas públicas e tarifárias
longo dos anos, o retorno de investimento estaria
Ainda que o custo do kWh do painel
próximo de 19 anos, agora se considerarmos uma
fotovoltaico venha reduzindo consideravelmente
situação real, em que o custo do kWh tende a
Tabela 1 – Custo do sistema projetado
81
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Figura 4 – Economia financeira ao longo dos anos.
Tabela 2 – Custo do sistema projetado
Figura 5 – Economia financeira ao longo dos anos.
aumentar ao longo dos anos, teríamos um retorno
que em muitas regiões brasileiras, o retorno de
próximo de 13 anos.
investimento estaria em torno de dez anos.
Em contrapartida, muitas regiões brasileiras
Já para sistemas termossolares, a instalação
apresentam um custo superior aos R$ 0,27
de um sistema capaz de suprir um consumo de
cobrados pela concessionária da região do
quatro banhos diários (consumo aproximado
estudo. Ao se verificar nos indicadores da Aneel,
de 320 litros de água aquecida) teria um custo
verifica-se que muitas regiões têm um custo
de cerca de R$ 4.000, conforme apresentado na
próximo da média levantada, de cerca de R$
Tabela 2.
0,33 por kWh. Desse modo, pode-se verificar
Fazendo-se as mesmas considerações
Energia solar
82
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
realizadas para o sistema fotovoltaico, seria
que, graças às resoluções 482 e 502 da Aneel, o
verificado
país vem caminhando rumo à utilização destes
um
retorno
de
investimento
de aproximadamente três anos, conforme
sistemas de geração de energia elétrica.
apresentado na Figura 5.
Nota-se que é necessário planejar melhor
de
os investimentos para a utilização dos recursos
investimento dos sistemas fotovoltaicos ainda
energéticos do país, através de incentivos
seja significativo, nota-se que grande parte da
públicos que alavanquem o desenvolvimento, a
população não possui poder financeiro para
produção e a comercialização em larga escala
fazer uso de sistemas fotovoltaicos.
dos sistemas envolvidos.
Embora
o
tempo
de
retorno
Com relação aos sistemas termossolares,
Além disso, ressalta-se a importância de
nota-se que uma maior parcela da população
uma conscientização mais efetiva da sociedade,
tem acesso a tais sistemas, no entanto, caso
de modo que esta entenda a importância
houvessem incentivos governamentais este
da utilização de sistemas termossolares e
número poderia ser muito mais expressivo.
fotovoltaicos, seja para o meio ambiente, seja
para a economia (familiar e empresarial) em
Conclui-se que a redução desses custos
seria uma questão fundamental para que
médio e longo prazo.
mais pessoas e empresas fizessem uso desses sistemas no país. Incentivos públicos através de redução de tarifas, normas, projetos de lei ou financiamentos com longos prazos de carência e/ou amortização de custos, juntamente com uma mudança de consciência da população, fariam com que mais sistemas fotovoltaicos e termossolares fossem instalados.
Além disso, ressalta-se que os incentivos
financeiros deveriam vir não apenas para a instalação dos sistemas, mas também para a pesquisa e desenvolvimento, bem como para a fabricação dos diversos dispositivos envolvidos, especialmente aqueles ainda não fabricados em larga escala no Brasil. Nesse contexto, podem-se destacar algumas ações recentes, através de editais do CNPq ou da Finep. No entanto, considera-se que tais investimentos deveriam ser ampliados significativamente, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da indústria nacional na área.
Considerações finais
Diante da realidade nacional, que possui
um grande potencial solar, não se pode deixar de lado o uso dessa fonte limpa e renovável de energia. Enquanto o país necessita de energia para crescer e se desenvolver, faz-se necessário olhar para o território brasileiro e identificar os recursos que podem ser melhor aproveitados, de forma limpa e renovável.
Embora o país ainda esteja bem atrasado na
utilização de sistemas fotovoltaicos, verifica-se
Referências bibliográficas [1] J. Marques, "Turbinas eólicas: modelo, análise e controle do gerador de indução com dupla alimentação," dissertação de Mestrado, Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004. [2] Banco de Informação de Geração. (2014, Jan.). Fontes de energia explorada no Brasil, ANEEL. [Online]. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/ aplicacoes/capacidadebrasil/FontesEnergia.asp?. [3] Confederação Nacional da Indústria. Matriz Energética e Emissão de Gases de Efeito Estufa. Brasília, DF, (2008). [4] SWERA. Solar Irradiation. Renewable Energy Data Exploration. Disponível em: < http://en.openei. org/apps/SWERA/>. Acesso em: 31 outubro 2013. [5] INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. International Standard 603647-712: requirements for special installations or locations - solar photovoltaic power supply systems. 2002. 6p. 97 [6] INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. International Standard. 62109-1: general requirements. 2010. 14p. [7] INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. International Standard. 62109-2: particular requirements for inverters. 2011. 16p. [8] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 928-1986: recommended criteria for terrestrial photovoltaic power systems. 1984. 15p. [9] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 929-1988: recommended practice for utility interface of photovoltaic systems. 1986. 32p. [10] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 1374-1998: guide for terrestrial photovoltaic power system
83
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
safety. 1998. 64p. [11] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 1562-2007: guide for array and battery sizing in stand-alone photovoltaic systems. 2008. 34p. [12] NSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 1547.22008: standard for interconnecting distributed resources with electric power systems. 2009. 219p. [13] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11704:2008: classificação de sistemas fotovoltaicos. 2008. 4p. [14] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11876:2010: especificações de módulos fotovoltaicos . 2010. 11p. [15] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 62116:2012: procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. 2012. 21p. [16] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16149:2013: características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição de sistemas fotovoltaicos. 2014. 12p. [17] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16150:2013: sistemas fotovoltaicos - características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição e procedimento de ensaio de conformidade. 2013. 24p. [18] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16274:2014: requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. 2014. 52p. [19] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15569:2008: projeto e instalação de sistemas de aquecimento solar de água em circuito direto. 2008. 36p. [20] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15747-1:2009: sistemas solares térmicos e seus componentes- Coletores. 2009. 11p. [21] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15747-2:2009: métodos de ensaio de sistemas solares térmicos e seus componentes. 2009. 122p. [22] SILVA, H. G. e AFONSO M. Energia Solar Fotovoltaica: Contributo para um Roadmapping do seu Desenvolvimento Tecnológico. 2009. 55p. Trabalho realizado em disciplina do curso de Mestrado em Engenharia Elétrica - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Portugal, 2009. [23] COGEN,Associação da Indústria de Cogeração de Energia. Inserção da Energia Solar no Brasil. São Paulo, 2012. 79p. [24] BRASIL. Projeto de Lei n. 1859, de13 de julho de 2011. Dispõe sobre incentivos à utilização da energia solar e dá nova redação ao artigo 82 da
Lei n. 11.977, de 7 de julho de 2009. Disponível em: < http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ fichadetramitacao?idProposicao=512620>. Acesso em: 20 jun. 2013. [25] LEIAJA.COM. Primeiro leilão de energia solar no país é realizado em PE. Disponível em: <http:// pernambuco.ig.com.br/noticias/2013/12/27/ primeiro-leilao-de-energia-solar-no-pais-e-realizadoem-pe/>. Acesso em: 15 jan. 2014. [26] CORREIO BRAZILIENSE. Mais de 183 mil casas do Minha Casa Minha Vida têm aquecimento solar. Lugar Certo.com.br. Disponível em: <http:// correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ ultimas/2013/09/25/interna_ultimas,47415/maisde-183-mil-casas-do-minha-casa-minha-vida-temaquecimento-solar.shtml>. Acesso em: 19 out. 2013. 95 [27] D. I. Brandão, F. P. Marafão, H. K. M. Paredes, e A. Costabeber, "Inverter control strategy for DC systems based on the conservative power theory," in Proc. 2013 IEEE Energy Conversion Congress and Exposition. GUSTAVO HENRIQUE ALVES é engenheiro de controle e automação pela UNESP, com mestrado em Engenharia Elétrica pela UNESP. Ingressou em 2014 como professor temporário no Campus de Sorocaba da UNESP, onde participa do Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI). FERNANDO PINHABEL MARAFÃO é engenheiro eletricista (1998) pela UNESP, com mestrado (2000) e doutorado (2004) em Engenharia Elétrica pela UNICAMP. Desde 2005, é professor no Campus de Sorocaba da UNESP, onde liderou o Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI) de 2007 a 2011 e coordenou o curso de Engenharia de Controle e Automação de 2010 a 2012. LUCIANO CARDOSO DE MORAIS é engenheiro de produção pela FEI, mestrando em Engenharia Elétrica pela UNESP. Desde 2003, é servidor público na Secretaria de Administração da Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. PAULO JOSÉ AMARAL SERNI é engenheiro eletricista, mestre (1992) e Doutor em Engenharia Elétrica (1999) pela Unicamp. É professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desde 1987 e docente do Curso de Engenharia de Controle e Automação – UNESP/Sorocaba desde 2012. MARCELO GODOY SIMÕES é engenheiro eletrônico (1985) e mestre (1990) pela USP, com doutorado (1995) pela Universidade do Tennessee (EUA). É professor da Colorado School of Mines (EUA) desde 2000, onde coordena o grupo de controle avançado de sistemas de energia.
Pesquisa
84
Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Distribuição e revenda de materiais elétricos
Na média, empresas deste segmento projetam para 2014 um crescimento de 12% em comparação a 2013. Ano passado, o acréscimo médio apresentado ante 2012 foi superior, de 16%
85
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
As revendedoras e distribuidoras de materiais
os registrados em levantamento feito pela Associação
elétricos do país não estão muito otimistas em relação
Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), que prevê
ao crescimento de suas empresas em 2014. Pesquisa
um crescimento do mercado de materiais elétricos de
realizada pela revista O Setor Elétrico, com 297
apenas 6% para este ano. De acordo com a associação,
empresas do segmento no mês de setembro, mostrou
os números fracos estão relacionados com os fabricantes
que as distribuidoras – dividas por regiões do país –
de materiais elétricos, que continuam com os negócios
apresentaram um crescimento superior em 2013 do
aquém do esperado, ressentindo-se principalmente do
que almejam obter em 2014. As empresas obtiveram
fraco desempenho da construção civil.
uma elevação média de 16% no ano passado.
As companhias da região Centro-Oeste foram
os fatores que devem impactar, positivamente ou
as que se mostraram mais positivas; elas esperam
negativamente, o crescimento do mercado de materiais
crescer 13% este ano em relação a 2013. Mesmo
elétricos este ano, as revendedoras entrevistadas
assim, este acréscimo é bem inferior se comparado
destacaram os incentivos por força da legislação ou
ao apresentado em 2013 ante 2012. Na ocasião, as
normalização, a falta de legislação ou normalização
revendedoras desta região indicaram crescimento
e os programas de incentivos governamentais, que
de 19%. As empresas da região Norte, por sua vez,
foram apontados, respectivamente, por 18%, 17% e
são as que mais se revelaram pessimistas para este
16% das empresas pesquisadas. O bom momento da
ano. As revendedoras da parte de cima do país, que
economia brasileira foi o quesito menos considerado
em 2013 apresentaram crescimento de 20%, em
pelas distribuidoras de materiais elétricos. Somente
2014, projetam um aumento de apenas 11%. Já as
2% das companhias disseram que seria este o fator
empresas da capital paulista e das demais cidades
de maior influência.
do estado praticamente se mantiveram na média. Em
2013, revelaram acréscimo de 15% e, para este ano,
com revendedores e distribuidores de materiais
esperam uma elevação de 13%.
elétricos, contendo, por exemplo, informações sobre
No que diz respeito ao crescimento do mercado
os principais segmentos de meio de captação de
de materiais elétricos por região, para o ano de 2014,
clientes, os principais produtos comercializados e o
a projeção de elevação da maioria das revendedoras
uso de certificações ISO, além de uma tabela final com
gira em torno de 10% e 12%. Os únicos prognósticos
a relação de todas as participantes.
Por sua vez, na pesquisa desta edição, entre
Confira a seguir, na íntegra, a pesquisa setorial
que destoam são das empresas da região Norte, que projetam um crescimento de 16%, bem superior à
Mercado brasileiro de distribuidores de
média, e das distribuidoras da região Sudeste do país,
materiais elétricos
que têm a expectativa de uma elevação inferior, de 9% apenas para seu mercado.
O
Mesmo com a perspectiva de uma elevação inferior do
revendedores e distribuidores de materiais elétricos
que a registrada no ano passado, os números apresentados
continua sendo o industrial, o que foi apontado por
pelas empresas nesta pesquisa são mais otimistas do que
87% dos entrevistados.
principal
segmento
Principais segmentos de atuação
48%
Residencial
68%
Comercial
87%
Industrial
de
atuação
dos
Pesquisa
86
Distribuição e revenda de materiais elétricos
Assim como foi levantado na pesquisa do ano passado, a indústria em geral ainda é o
Material elétrico de baixa tensão, material de iluminação (lâmpadas, luminárias
principal cliente das empresas deste segmento. Concessionárias de energia elétrica foram
e reatores) e automação industrial foram apontados por 85%, 81% e 75%,
as menos apontadas. Somente 36% das revendas e distribuidoras disseram comercializar
respectivamente, das empresas pesquisadas como os principais produtos por elas
seus produtos com as distribuidoras. Neste ano, as companhias entrevistadas
vendidos.
esperam um crescimento de somente 12% em comparação a 2013.
Produtos mais comercializados
Principais clientes
90% 84% 82% 80% 73% 70% 47% 36%
Indústria em geral Instaladoras
Construtoras Empresas de engenharia
85%
Material elétrico de baixa tensão
81%
Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores
75%
Empresas de manutenção Consumidor final
67%
Quadros e painéis Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV)
63%
Empresas públicas
60%
Concessionárias de energia elétrica
50% 38%
A porcentagem de empresas que utilizam certificação ISO aumentou um pouco
em relação ao levantamento anterior. Em 2013, 39% e 1% dos entrevistados
31%
respectivamente. Neste ano, os valores subiram para 41% e 4%.
Automação comercial Automação residencial
Equipamentos de proteção individual e coletiva
42%
disseram possuir a ISO 9001 (qualidade) e ISO 14001 (gestão ambiental),
Automação industrial
Ferramentas
Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)
Certificações Iso
4%
ISO 14001
41%
ISO 9001
O vendedor externo é ainda o principal meio de captação de clientes de uma
maneira geral, seguido por indicação/especialização do mercado e telemarketing.
87
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Formato de captação de clientes
44% 47%
Rede de relacionamentos Balcão
61% 65% 43%
Vendedores externos
Administração de contatos
60%
Indicação / especialização de mercado
Telemarketing
Cada região do país prioriza uma forma de captar clientes. Na região Nordeste, por exemplo, o telemarketing
é a principal maneira de captação de clientes, mas na região Sudeste é o vendedor externo. Confira cada caso: Captação de Clientes SP
14%
Rede de relacionamentos
20%
Telemarketing
12%
12%
Balcão
Administração de contatos
22%
Indicação / especialização de mercado
20%
Vendedores externos
Captação de Clientes Sudeste (exceto SP)
14%
Rede de relacionamentos
16%
Telemarketing
15%
Balcão
18%
Indicação / especialização de mercado
14%
Administração de contatos
23%
Vendedores externos
Pesquisa
88
Distribuição e revenda de materiais elétricos
Captação de Clientes Sul
Captação de Clientes Nordeste
11%
13%
Rede de relacionamentos
Rede de relacionamentos
18%
Telemarketing
19%
Balcão
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
12%
Administração de contatos
19%
Telemarketing
17%
Balcão
18%
Administração de contatos 16%
Indicação / especialização de mercado
18% 22%
Indicação / especialização de mercado
Vendedores externos
Captação de Clientes Norte
Captação de Clientes Centro Oeste
18%
Rede de relacionamentos
22%
Telemarketing
18%
Rede de relacionamentos
8%
Balcão
Administração de contatos 12%
Vendedores externos
16%
Administração de contatos
20%
Indicação / especialização de mercado
20%
Telemarketing
11%
Balcão
20%
17%
Vendedores externos
22%
Indicação / especialização de mercado
13%
Vendedores externos
89
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Se na pesquisa do ano passado, a maioria dos entrevistados (23%) afirmou faturar mais de R$ 200
milhões, neste ano o número de empresas que disseram ganhar acima deste valor caiu para 20%. Faturamento bruto anual das empresas - Média total
20%
20%
Até R$ 3 milhões
Acima de R$ 200 milhões
6%
9%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
11%
6%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
7%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
21%
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
Nos gráficos a seguir, é apresentado o faturamento bruto anual das empresas separado por região do país.
Enquanto no Sul, a maior parte das distribuidoras (26%) diz faturar acima de R$ 200 milhões, no Centro-Oeste, 60% dos pesquisados afirmam ter faturamento de até R$ 3 milhões. Faturamento bruto anual das empresas - São Paulo
12% 19%
Acima de R$ 200 milhões
Até R$ 3 milhões
11%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
9%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
5%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
15%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
19%
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
10%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões Faturamento bruto anual das empresas - Sudeste
22%
24%
Acima de R$ 200 milhões
Até R$ 3 milhões
2% 10%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
9%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
9%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
9% 15%
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
Pesquisa
90
Distribuição e revenda de materiais elétricos
Faturamento bruto anual das empresas - Sul
Faturamento bruto anual das empresas - Nordeste
14%
15%
Até R$ 3 milhões
Até R$ 3 milhões
26%
Acima de R$ 200 milhões
4%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
5%
24%
Acima de R$ 200 milhões
9%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 5%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
6%
5%
5%
9%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 19%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 19%
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
Faturamento bruto anual das empresas - Centro Oeste
Faturamento bruto anual das empresas - Norte
Acima de R$ 200 milhões
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 35% De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
20%
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
40%
Até R$ 3 milhões
30%
Acima de R$ 200 milhões
10%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
20%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 10% 10%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
60%
Até R$ 3 milhões
Pesquisa
92
Distribuição e revenda de materiais elétricos
Se as empresas da região Sudeste foram as que apresentaram maior crescimento em 2012 comparado ao
ano anterior (18%), na comparação entre o ano de 2013 e 2012, a maior elevação foi da região Norte (20%). Crescimento, por região, das empresas em 2013 comparado ao ano anterior
Região Nordeste
15%
Região Norte
20% Região Centro- Oeste
19% Região Sul
14%
Região Sudeste RJ, MG, ES
15%
São Paulo e Interior
15%
Nos gráficos seguintes, acompanhe as perspectivas de crescimento – por região – das empresas e
do mercado para 2014. Na média, as empresas apontam elevação média de 12% para seus respectivos faturamentos e também para o mercado. Previsão de crescimento das empresas para 2014
Região Nordeste
12% Região Norte
11%
Região Centro- Oeste
13% Região Sul
11% 12%
Região Sudeste RJ, MG, ES São Paulo e Interior
13%
93
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Previsão de crescimento do mercado para 2014
Região Nordeste
12%
Região Norte
16% 12%
Região Sul
10% 9%
Região Centro- Oeste
Região Sudeste RJ, MG, ES São Paulo e Interior
11%
Nos gráficos seguintes, acompanhe as perspectivas de crescimento – por região – das empresas e
do mercado para 2014. Na média, as empresas apontam elevação média de 12% para seus respectivos faturamentos e também para o mercado. Fatores que devem influenciar o mercado de materiais elétricos em 2014
2%
Bom momento econômico do país 7%
Setor da construção civil aquecido 7%
Desaceleração da economia brasileira
18%
Incentivos por força de legislação ou normalização 17%
Falta de normalização e/ou legislação
11%
Crise internacional 16% 11%
Projetos de infraestrutura
Programas de incentivo do governo 11%
Setor da construção civil desaquecido
Distribuição e revenda de materiais elétricos
x x x x x x
x x x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x
x x x x
x x x x
x x x x x
x x x x x
Regional
Certificado ISO 14001
Certificado ISO 9001: 2000
Rede de Relacionamento
Balcão
x x
x x
x
x x x x
x
x
x x x x
x x
x x
x
x x
x x x x
x
x
x
x
x
x
x x x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x
x
x
x
x x x
x x x
x x
x x
x
x
x
x
x x x x
x x x
x x x
x x x
x x x
x
x
x
x
x
x x x
x
x
x
x
x x x x x x
x x x
x x x x x
x x x x
x x x x
x x x x x x x x x
x
x x x x
x
x
x x x x x
x
x x
x x
x x
x x x
x x x x
x x
x x x x x x x x
x x x x
x x x
x
x x
x x x x
x x x x x x x x x x x
x x x
x
Centro Oeste
x
x x x x x x x x x x x x x x x x
x x x x x
x x x x x x x x x x x
Norte
x
x x x
x x
Nordeste
x x x x x
x x x x x x x x
Sul
x x x
x
x x x
Principal região de atendimento
Sudeste
x x
Cobertura de atendimento
Nacional
SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP
Indicação/especialização de mercado
UF
Vendedores externos
Guarulhos Santo André São Paulo Santos São Paulo Campinas São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Sorocaba São Bernardo do Campo São Paulo São Paulo Indaiatuba Itú Monte Mor Salto Osasco São Paulo Barueri Jundiaí São Paulo Jundiaí São Paulo São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Leme Pindamonhangaba Barueri
Administração de contratos
Cidade
www.acabine.com.br www.allwattsonline.com.br www.alphamarktec.com.br www.andra.com.br www.andra.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.apscomponentes.com.br www.atseletrica.com.br www.atseletrica.com.br www.berteleletrica.com.br www.brasiliamaqfer.com.br www.capricornioeletrica.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.casadosfusiveis.com.br www.casaferreira.com.br www.ceavil.com.br www.cetti.com.br www.comercialgoncalves.com.br www.comesp.com.br www.comesp.com.br www.connectwell.com.br www.cppautomacao.com.br www.crossfoxeletrica.com.br www.dlight.com.br www.darozeletricidade.com.br www.dbtec.com.br www.dimensional.com.br
Possui loja(s) in-company
Site
(11)2842-5252 (11)4455-3399 (11)2782-3200 (13)3040-7000 (11)3855-7000 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (11)5645-0800 (11)2645-4196 (15)3329-8615 (11)2198-0800 (11)2797-8500 (11)3716-1470 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (11)3599-3031 (11)3324-3099 (11)4199-4400 (11)4527-4500 (11)3229-4044 (11)3379-5500 (11)2137-7500 (11)5844-2010 (19)3278-0755 (11)2902-1070 (11)2937-4650 (19)3573-6900 (12)3642-9006 (19)2106-9400
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Telefone
A CABINE ALLWATTS ALPHA MARKTEC ANDRA ANDRA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APS ATS ELÉTRICA ATS ELÉTRICA BERTEL BRASILIA CAPRICÓRNIO ELÉTRICA CAROTTI CAROTTI CAROTTI CAROTTI CASA DOS FUSIVEIS CASA FERREIRA CEAVIL CETTI COMERCIAL GONÇALVES COMESP COMESP CONNECTWELL CPP CROSSFOX D´LIGHT DA ROZ DBTEC DIMENSIONAL
Residencial
EMPRESA
Comercial
SP Interior
Industrial
e
Revendedora (varejista)
São Paulo
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Local
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Telemarketing
Pesquisa
x x
x x
x x
95
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
x x x
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x
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x x
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Regional
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Certificado ISO 14001
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Rede de Relacionamento
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Balcão
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Indicação/especialização de mercado
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Centro Oeste
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Nordeste
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Principal região de atendimento
Sudeste
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Cobertura de atendimento
Nacional
www.elefio.com.br www.eletricacopeli.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricapj.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletrostarcomercial.com.br www.embramataltatensao.com.br www.emd.com.br www.enercom.com.br www.etil.com.br www.eurocabos.com.br www.everestnet.com.br www.everestnet.com.br
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Vendedores externos
SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP
Administração de contratos
UF
Bauru Jundiaí Limeira São Paulo Campinas São Paulo São Paulo São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo Vargem Grande Paulista São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Diadema Campinas São Paulo
Telemarketing
Cidade
www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com
Possui loja(s) in-company
Site
(19)2106-9400 (11)4815-4004 (19)3446-7400 (11)3835-6996 (19)3322-0000 (11)5018-1030 (11)4508-0090 (11)2888-5000 (11)3538-0450 (11)3393-2500 (11)3649-9800 (11)2106-3633 (11)4159-9900 (11)5642-1919 (11)2098-0371 (11)3832-7575 (11)2919-0911 (11)3616-6666 (11)4092-9292 (19)3772-4500 (11)2902-4700
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Telefone
DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIWALI ELEFIO ELÉTRICA COPELI ELETRICA DW ELETRICA PJ ELETRO LUMINAR ELETRO LUMINAR ELETROSTAR EMBRAMAT EMD DO BRASIL ENERCOM ETIL EUROCABOS EVEREST EVEREST
Residencial
EMPRESA
Comercial
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Industrial
e
Revendedora (varejista)
São Paulo
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
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Sul
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Centro Oeste
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Indicação/especialização de mercado
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Vendedores externos
São Paulo Itú São Jose do Rio Preto São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Santos Diadema São Paulo Indaiatuba Barueri São Paulo São Paulo Jaboticabal São Paulo Cravinhos Fernandópolis São José do Rio Preto Votuporanga São Paulo São Caetano do Sul Sorocaba São José dos Campos Campinas São Paulo Terra Preta - Mairipora São Paulo Santo André Guarulhos Porto Ferreira
Telemarketing
Cidade
www.fecva.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.ficael.com www.fortlight.com.br www.galassosantos.com.br www.globoex.net.br www.histeccomercial.com.br www.industrialbr.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.instrutemp.com.br www.intereng.com.br www.itapeti.com.br www.itapuaeletro.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.kotek.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ledluz.com.br www.litecdobrasil.com.br www.lugo.com.br www.mastercabos.com.br www.maxel.com.br www.mediatensao.com.br www.mutter.com.br
Possui loja(s) in-company
Site
(11)2915-7744 (11)4813-8744 (17)2139-5700 (11)2131-7500 (19)3273-5869 (11)3201-2000 (11)2087-6000 (13)3326-2568 (11)4072-5252 (11)3018-0500 (19)3834-5792 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)3488-0200 (16)3209-1700 (11)2652-2099 (16)3951-2195 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (11)3017-8797 (11)4224-0350 (15)3224-2410 (12)3935-3000 (19)2514-6989 (11)3393-7225 (11)4486-8400 (11)2341-3686 (11)4972-9000 (11)2384-0155 (19)3589-1220
Cobertura de atendimento
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Telefone
FECVA FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL FICAEL FORTLIGHT GALASSO GLOBOEX HISTEC INDUSTRIAL BR INOVELUX INOVELUX INSTRUTEMP INTERENG ITAPETI ITAPUÃ KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR KOTEK LADDER LADDER LADDER LED LUZ LITEC LUGO MASTERCABOS MAXEL MÉDIA TENSÃO MUTTER
Residencial
EMPRESA
Comercial
SP Interior
Industrial
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Revendedora (varejista)
São Paulo
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Local
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Administração de contratos
Pesquisa
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Regional
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Certificado ISO 14001
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Certificado ISO 9001: 2000
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Centro Oeste
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Rede de Relacionamento
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Balcão
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Indicação/especialização de mercado
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Norte
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Nordeste
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Sul
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Sudeste
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Principal região de atendimento
Nacional
SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP
Vendedores externos
UF
Administração de contratos
São Paulo Campinas Santo André São Paulo Mogi-Guaçu Ribeirão Preto São Paulo São Paulo São Paulo Limeira Piracicaba São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Limeira Campinas São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Birigui São Paulo São Paulo São Paulo Sumaré São Paulo
Telemarketing
Cidade
www.neblina.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.omicronservice.com.br www.pandaeletrica.com.br www.paraklin.com.br www.peu.com.br www.peu.com.br www.portaleletrica.com.br www.proautomacao.com.br www.proluz.com.br www.provitel.com.br www.provolt.com.br www.rile.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.siro.com.br www.sob-brasil.com www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.supereletrica.com.br www.tecaut.com.br www.tecnolamp.com.br www.telbra.com.br www.sensorestenet.com.br www.tormel.com.br www.wgr.com.br
Possui loja(s) in-company
Site
(11)3619-1600 (19)2102-7700 (11)4428-7300 (11)3728-3000 (19)2115-7700 (16)2101-7700 (11)5061-8566 (11)5525-3320 (11)3948-0042 (19)3404-3660 (19)3437-3030 (11)2067-4700 (15)3031-7400 (11)3221-2599 (11)2239-1484 (19)3713-9115 (19)3252-3811 (11)3998-3000 (11)3695-9000 (11)3616-5000 (11)3879-6100 (11)5090-0030 (11)2165-8243 (11)5641-7288 (11)3931-0522 (18)3643-1200 (11)3217-2900 (11)2946-4646 (11)2098-4500 (19)3803-1800 (11)2155-5500
Possuem filiais
Telefone
NEBLINA NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL OMICRON SERVICE PANDA PARAKLIN PEU ELETRICIDADE PEU ELETRICIDADE PORTAL PROAUTO PROLUZ PROVITEL PROVOLT RILE SANTIL SANTIL SANTIL SIRO SOB SCHURTER SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SUPERELETRICA TECAUT TECNOLAMP TELBRA EX TENET TORMEL WGR IGNITRON
Residencial
EMPRESA
Comercial
SP Interior
Cobertura de atendimento
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Industrial
e
Revendedora (varejista)
São Paulo
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP
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Outros
Consumidor final
UF
Empresas públicas
Guarulhos Santo André São Paulo Santos São Paulo Campinas São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Sorocaba São Bernardo do Campo São Paulo São Paulo Indaiatuba Itú Monte Mor Salto Osasco São Paulo Barueri Jundiaí São Paulo Jundiaí São Paulo São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Leme Pindamonhangaba Barueri
Empresas de manutenção
Cidade
www.acabine.com.br www.allwattsonline.com.br www.alphamarktec.com.br www.andra.com.br www.andra.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.apscomponentes.com.br www.atseletrica.com.br www.atseletrica.com.br www.berteleletrica.com.br www.brasiliamaqfer.com.br www.capricornioeletrica.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.casadosfusiveis.com.br www.casaferreira.com.br www.ceavil.com.br www.cetti.com.br www.comercialgoncalves.com.br www.comesp.com.br www.comesp.com.br www.connectwell.com.br www.cppautomacao.com.br www.crossfoxeletrica.com.br www.dlight.com.br www.darozeletricidade.com.br www.dbtec.com.br www.dimensional.com.br
Construtoras
Site
(11)2842-5252 (11)4455-3399 (11)2782-3200 (13)3040-7000 (11)3855-7000 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (11)5645-0800 (11)2645-4196 (15)3329-8615 (11)2198-0800 (11)2797-8500 (11)3716-1470 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (11)3599-3031 (11)3324-3099 (11)4199-4400 (11)4527-4500 (11)3229-4044 (11)3379-5500 (11)2137-7500 (11)5844-2010 (19)3278-0755 (11)2902-1070 (11)2937-4650 (19)3573-6900 (12)3642-9006 (19)2106-9400
Indústria em geral
Telefone
A CABINE ALLWATTS ALPHA MARKTEC ANDRA ANDRA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APS ATS ELÉTRICA ATS ELÉTRICA BERTEL BRASILIA CAPRICÓRNIO ELÉTRICA CAROTTI CAROTTI CAROTTI CAROTTI CASA DOS FUSIVEIS CASA FERREIRA CEAVIL CETTI COMERCIAL GONÇALVES COMESP COMESP CONNECTWELL CPP CROSSFOX D´LIGHT DA ROZ DBTEC DIMENSIONAL
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Empresa
Automação industrial
SP Interior
Automação comercial
e
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
São Paulo
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de engenharia
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Instaladoras
Pesquisa
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
www.elefio.com.br www.eletricacopeli.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricapj.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletrostarcomercial.com.br www.embramataltatensao.com.br www.emd.com.br www.enercom.com.br www.etil.com.br www.eurocabos.com.br www.everestnet.com.br www.everestnet.com.br
Bauru Jundiaí Limeira São Paulo Campinas São Paulo São Paulo São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo Vargem Grande Paulista São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Diadema Campinas São Paulo
SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP
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Outros
Consumidor final
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Empresas públicas
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Empresas de manutenção
UF
Empresas de engenharia
Cidade
Instaladoras
www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com
Construtoras
Site
(19)2106-9400 (11)4815-4004 (19)3446-7400 (11)3835-6996 (19)3322-0000 (11)5018-1030 (11)4508-0090 (11)2888-5000 (11)3538-0450 (11)3393-2500 (11)3649-9800 (11)2106-3633 (11)4159-9900 (11)5642-1919 (11)2098-0371 (11)3832-7575 (11)2919-0911 (11)3616-6666 (11)4092-9292 (19)3772-4500 (11)2902-4700
Indústria em geral
Telefone
DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIWALI ELEFIO ELÉTRICA COPELI ELETRICA DW ELETRICA PJ ELETRO LUMINAR ELETRO LUMINAR ELETROSTAR EMBRAMAT EMD DO BRASIL ENERCOM ETIL EUROCABOS EVEREST EVEREST
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Empresa
Automação industrial
SP Interior
Automação comercial
e
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
São Paulo
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
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Outros
Consumidor final
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Empresas públicas
São Paulo Itú São Jose do Rio Preto São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Santos Diadema São Paulo Indaiatuba Barueri São Paulo São Paulo Jaboticabal São Paulo Cravinhos Fernandópolis São José do Rio Preto Votuporanga São Paulo São Caetano do Sul Sorocaba São José dos Campos Campinas São Paulo Terra Preta - Mairipora São Paulo Santo André Guarulhos Porto Ferreira
Empresas de manutenção
Cidade
www.fecva.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.ficael.com www.fortlight.com.br www.galassosantos.com.br www.globoex.net.br www.histeccomercial.com.br www.industrialbr.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.instrutemp.com.br www.intereng.com.br www.itapeti.com.br www.itapuaeletro.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.kotek.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ledluz.com.br www.litecdobrasil.com.br www.lugo.com.br www.mastercabos.com.br www.maxel.com.br www.mediatensao.com.br www.mutter.com.br
Construtoras
Site
(11)2915-7744 (11)4813-8744 (17)2139-5700 (11)2131-7500 (19)3273-5869 (11)3201-2000 (11)2087-6000 (13)3326-2568 (11)4072-5252 (11)3018-0500 (19)3834-5792 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)3488-0200 (16)3209-1700 (11)2652-2099 (16)3951-2195 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (11)3017-8797 (11)4224-0350 (15)3224-2410 (12)3935-3000 (19)2514-6989 (11)3393-7225 (11)4486-8400 (11)2341-3686 (11)4972-9000 (11)2384-0155 (19)3589-1220
Indústria em geral
Telefone
FECVA FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL FICAEL FORTLIGHT GALASSO GLOBOEX HISTEC INDUSTRIAL BR INOVELUX INOVELUX INSTRUTEMP INTERENG ITAPETI ITAPUÃ KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR KOTEK LADDER LADDER LADDER LED LUZ LITEC LUGO MASTERCABOS MAXEL MÉDIA TENSÃO MUTTER
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Empresa
Automação industrial
SP Interior
Automação comercial
e
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
São Paulo
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de engenharia
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Instaladoras
Pesquisa
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Outros
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Consumidor final
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Empresas públicas
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Empresas de manutenção
UF
Empresas de engenharia
São Paulo Campinas Santo André São Paulo Mogi-Guaçu Ribeirão Preto São Paulo São Paulo São Paulo Limeira Piracicaba São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Limeira Campinas São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Birigui São Paulo São Paulo São Paulo Sumaré São Paulo
Instaladoras
Cidade
www.neblina.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.omicronservice.com.br www.pandaeletrica.com.br www.paraklin.com.br www.peu.com.br www.peu.com.br www.portaleletrica.com.br www.proautomacao.com.br www.proluz.com.br www.provitel.com.br www.provolt.com.br www.rile.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.siro.com.br www.sob-brasil.com www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.supereletrica.com.br www.tecaut.com.br www.tecnolamp.com.br www.telbra.com.br www.sensorestenet.com.br www.tormel.com.br www.wgr.com.br
Construtoras
Site
(11)3619-1600 (19)2102-7700 (11)4428-7300 (11)3728-3000 (19)2115-7700 (16)2101-7700 (11)5061-8566 (11)5525-3320 (11)3948-0042 (19)3404-3660 (19)3437-3030 (11)2067-4700 (15)3031-7400 (11)3221-2599 (11)2239-1484 (19)3713-9115 (19)3252-3811 (11)3998-3000 (11)3695-9000 (11)3616-5000 (11)3879-6100 (11)5090-0030 (11)2165-8243 (11)5641-7288 (11)3931-0522 (18)3643-1200 (11)3217-2900 (11)2946-4646 (11)2098-4500 (19)3803-1800 (11)2155-5500
Indústria em geral
Telefone
NEBLINA NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL OMICRON SERVICE PANDA PARAKLIN PEU ELETRICIDADE PEU ELETRICIDADE PORTAL PROAUTO PROLUZ PROVITEL PROVOLT RILE SANTIL SANTIL SANTIL SIRO SOB SCHURTER SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SUPERELETRICA TECAUT TECNOLAMP TELBRA EX TENET TORMEL WGR IGNITRON
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Empresa
Automação industrial
SP Interior
Automação comercial
e
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
São Paulo
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
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Sudeste
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Certificado ISO 14001
Certificado ISO 9001: 2000
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Centro Oeste
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Rede de Relacionamento
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Principal região de atendimento
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Cobertura de atendimento
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Balcão
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Indicação/especialização de mercado
UF
João Pinheiro Serra Belo Horizonte Rio de Janeiro Vitória Itaguai Macaé Rio de Janeiro Volta Redonda Belo Horizonte Rio de Janeiro Ipatinga Ipatinga Itabira Belo Horizonte Contagem Serra São Francisco Belo Horizonte Cachambi
Vendedores externos
Cidade
www.albernazelectric.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centraliluminacao.com.br www.coloniallustres.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com
Possui loja(s) in-company
Site
(38)3561-4522 (27)3064-8100 (31)3477-7004 (21)2210-3191 (27)2123-5700 (21)3782-9700 (22)2105-9000 (21)2195-9200 (24)3076-9650 (31)3429-8500 (21)3860-2688 (31)3801-2022 (31)3801-2015 (31)3831-3848 (31)3036-0660 (31)3036-0660 (27)3421-1000 (31)3448-0300 (31)3448-0300 (21)3174-2201
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Telefone
ALBERNAZ ELECTRIC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTRAL ILUMINAÇÃO COLONIAL LUSTRES DAMATEL DAMATEL DAMATEL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIMEX DIMEX DIMEX
Residencial
EMPRESA
Comercial
RJ)
Industrial
e
Revendedora (varejista)
Região Sudeste ( ES, MG
Distribuidora (atacadista)
segmento A empresa é Principal de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Administração de contratos
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Telemarketing
Pesquisa
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
www.eletricapj.com.br www.eletrofasemg.com.br www.eletrotil.com.br www.exponencialmg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.egom.ind.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.ladder.com.br www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br
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Indicação/especialização de mercado
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Sul
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Principal região de atendimento
Sudeste
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Cobertura de atendimento
Nacional
www.edilsoneletrica.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricadw.com.br
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Vendedores externos
RJ MG MG MG MG MG RJ MG MG MG ES MG MG RJ ES MG MG RJ RJ MG MG
Administração de contratos
UF
Rio de Janeiro Ouro Branco Juíz de Fora Uberlândia Uberlândia Arcos Rio de Janeiro Poços de Caldas Coronel Fabriciano Ituiutaba Linhares Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Vila Velha Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Rio de Janeiro Belo Horizonte Contagem
Telemarketing
Cidade
www.direl.com.br
Possui loja(s) in-company
Site
(21)3339-2252 (31)3742-2503 (32)3215-4473 (34)3256-4944 (34)4009-3800 (37)3351-1611 (21)3534-8600 (35)3714-2098 (31)3865-1300 (34)3268-2033 (27)3371-0531 (31)3317-5150 (31)3359-3200 (21)2526-0957 (27)99929-6334 (31)3486-1166 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (21)2153-1360 (31)3218-8190 (31)3559-9000
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Telefone
DIREL DISKMATEL EDILSON ELETRICA ELÉTRICA CIDADE ELETRICA DW ELETRICA LUMATEL ELETRICA PJ ELETRO CHOQUE ELETROFASE ELETROTIL EMATEL EXPONENCIAL FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GPENG GRUPO EGOM INOVELUX INOVELUX LADDER LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA
Residencial
EMPRESA
Comercial
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Industrial
e
Revendedora (varejista)
Região Sudeste ( ES, MG
Distribuidora (atacadista)
segmento A empresa é Principal de atuação
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Rede de Relacionamento
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Principal região de atendimento
Sudeste
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Cobertura de atendimento
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Balcão
MG MG ES MG MG MG RJ RJ RJ RJ MG RJ RJ MG MG MG MG MG MG RJ
Indicação/especialização de mercado
UF
Ipatinga Uberlandia Serra Belo Horizonte Ipatinga Belo Horizonte RIO DE JANEIRO Serra Macaé Rio de Janeiro Juiz de Fora Rio de Janeiro Rio de Janeiro Poços de Caldas Juiz de Fora Sete Lagoas Belo Horizonte Viçosa Minas Gerais Rio de Janeiro
Vendedores externos
Cidade
www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www. othondecarvalho.com.br www.petrocam.com.br www.petrocam.com.br www.polarmacae.com.br www.proexrio.com.br www.reimatel.com.br www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.sulminasfiosecabos.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.vetorial.eng.br www.walcenter.com.br www.walcenter.com.br
Possui loja(s) in-company
Site
(31)3828-1800 (34)3293-8800 (27)2125-7700 (31)3555-8577 (31)3821-6162 (31)2103-3000 (21)2195-7676 (27)3378-8400 (22)2105-7777 (21)2195-9244 (32)3215-6292 (21)2209-2329 (21)3866-0055 (35)3714-2660 (31)3071-3234 (31)3071-3233 (31)3071-3232 (31)3892-7882 (21)2560-3546 (21)4009-7171
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Telefone
LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA NORTEL NORTEL NORTEL OTHO DE CARVALHO PETROCAM PETROCAM POLAR PROEX COMPONENTES ELETRICOS REI MATERIAIS SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SULMINAS UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO VETORIAL WCT 2010 WCT 2010
Residencial
EMPRESA
Comercial
RJ)
Industrial
e
Revendedora (varejista)
Região Sudeste ( ES, MG
Distribuidora (atacadista)
segmento A empresa é Principal de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Administração de contratos
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Telemarketing
Pesquisa
Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
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Construtoras
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Indústria em geral
UF
João Pinheiro Serra Belo Horizonte Rio de Janeiro Vitória Itaguai Macaé Rio de Janeiro Volta Redonda Belo Horizonte Rio de Janeiro Ipatinga Ipatinga Itabira Belo Horizonte Contagem Serra São Francisco Belo Horizonte Cachambi
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Cidade
www.albernazelectric.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centraliluminacao.com.br www.coloniallustres.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com
RJ)
Automação industrial
Site
(38)3561-4522 (27)3064-8100 (31)3477-7004 (21)2210-3191 (27)2123-5700 (21)3782-9700 (22)2105-9000 (21)2195-9200 (24)3076-9650 (31)3429-8500 (21)3860-2688 (31)3801-2022 (31)3801-2015 (31)3831-3848 (31)3036-0660 (31)3036-0660 (27)3421-1000 (31)3448-0300 (31)3448-0300 (21)3174-2201
e
Automação comercial
Telefone
ALBERNAZ ELECTRIC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTRAL ILUMINAÇÃO COLONIAL LUSTRES DAMATEL DAMATEL DAMATEL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIMEX DIMEX DIMEX
Região Sudeste ( ES, MG
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Empresa
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de manutenção
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Empresas de engenharia
Pesquisa
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
www.eletrofasemg.com.br www.eletrotil.com.br www.exponencialmg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.egom.ind.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.ladder.com.br www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br
RJ MG MG MG MG MG RJ MG MG MG ES MG MG RJ ES MG MG RJ RJ MG MG
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Construtoras
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Consumidor final
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Rio de Janeiro Ouro Branco Juíz de Fora Uberlândia Uberlândia Arcos Rio de Janeiro Poços de Caldas Coronel Fabriciano Ituiutaba Linhares Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Vila Velha Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Rio de Janeiro Belo Horizonte Contagem
Empresas públicas
www.edilsoneletrica.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricadw.com.br
Cidade
Indústria em geral
www.direl.com.br
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Site
(21)3339-2252 (31)3742-2503 (32)3215-4473 (34)3256-4944 (34)4009-3800 (37)3351-1611 (21)3534-8600 (35)3714-2098 (31)3865-1300 (34)3268-2033 (27)3371-0531 (31)3317-5150 (31)3359-3200 (21)2526-0957 (27)99929-6334 (31)3486-1166 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (21)2153-1360 (31)3218-8190 (31)3559-9000
Automação industrial
Telefone
DIREL DISKMATEL EDILSON ELETRICA ELÉTRICA CIDADE ELETRICA DW ELETRICA LUMATEL ELETRICA PJ ELETRO CHOQUE ELETROFASE ELETROTIL EMATEL EXPONENCIAL FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GPENG GRUPO EGOM INOVELUX INOVELUX LADDER LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA
RJ)
Automação comercial
Empresa
e
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Região Sudeste ( ES, MG
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
MG MG ES MG MG MG RJ RJ RJ RJ MG RJ RJ MG MG MG MG MG MG RJ
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Outros
UF
Consumidor final
Ipatinga Uberlandia Serra Belo Horizonte Ipatinga Belo Horizonte RIO DE JANEIRO Serra Macaé Rio de Janeiro Juiz de Fora Rio de Janeiro Rio de Janeiro Poços de Caldas Juiz de Fora Sete Lagoas Belo Horizonte Viçosa Minas Gerais Rio de Janeiro
Empresas públicas
Cidade
Empresas de manutenção
www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www. othondecarvalho.com.br www.petrocam.com.br www.petrocam.com.br www.polarmacae.com.br www.proexrio.com.br www.reimatel.com.br www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.sulminasfiosecabos.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.vetorial.eng.br www.walcenter.com.br www.walcenter.com.br
Construtoras
Site
(31)3828-1800 (34)3293-8800 (27)2125-7700 (31)3555-8577 (31)3821-6162 (31)2103-3000 (21)2195-7676 (27)3378-8400 (22)2105-7777 (21)2195-9244 (32)3215-6292 (21)2209-2329 (21)3866-0055 (35)3714-2660 (31)3071-3234 (31)3071-3233 (31)3071-3232 (31)3892-7882 (21)2560-3546 (21)4009-7171
Indústria em geral
Telefone
LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA NORTEL NORTEL NORTEL OTHO DE CARVALHO PETROCAM PETROCAM POLAR PROEX COMPONENTES ELETRICOS REI MATERIAIS SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SULMINAS UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO VETORIAL WCT 2010 WCT 2010
Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Empresa
Automação industrial
RJ)
Principais clientes
Automação comercial
e
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Região Sudeste ( ES, MG
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de engenharia
108
Instaladoras
Pesquisa
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
www.decorlux.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricazata.com.br www.eletricanoas.com.br www.eletrojo.com.br www.eletrojo.com.br www.eletropainel.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br
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Centro Oeste
Norte
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Principal região de atendimento
Sudeste
Nacional
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Regional
Certificado ISO 14001
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Cobertura de atendimento
Certificado ISO 9001: 2000
Rede de Relacionamento
Balcão
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Indicação/especialização de mercado
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Vendedores externos
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Administração de contratos
PR PR SC PR SC PR PR RS RS SC SC RS PR PR RS PR PR PR RS RS SC SC SC SC RS SC SC PR PR PR PR PR
Possui loja(s) in-company
UF
Curitiba Curitiba Criciúma Curitiba Joinville Curitiba Maringá Porto Alegre Caxias do Sul Florianópolis Lages Bento Gonçalves Curitiba Curitiba Novo Hamburgo Curitiba Maringá Ponta Grossa Caxias do Sul Porto Alegre Blumenau Chapecó Joinville Blumenau Canoas Braço do Norte Orleans Maringá Cornélio Procópio Guarapuava Londrina Pato Branco
Possuem filiais
Cidade
www.2a.com.br www.irmaosabage.com.br www.agpr5.com www.andra.com.br www.andra.com.br www.comueller.com.br www.comueller.com.br www.cigame.com.br www.coisarada.net www.coisarada.net www.coisarada.net
Residencial
Site
(41)3019-5050 (41)3371-5656 (48)3462-3900 (41)3778-7000 (47)3419-7000 (41)3888-1200 (44)3032-5400 (51)3356-5555 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (54)3453-3036 (41)3029-1144 (41)2104-8200 (51)3332-6070 (41)3245-0111 (44)3261-7100 (42)3219-6800 (54)3224-9200 (51)3326-4000 (47)3321-7500 (49)2049-7300 (47)3177-2000 (47)3323-2888 (51)3031-3130 (48)3658-3202 (48)3466-3202 (44)3027-9868 (43)3520-5000 (42)3629-9800 (43)3294-5000 (46)3225-5555
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Comercial
Telefone
2A MATERIAIS ABAGE AGPR5 ANDRA ANDRA C.O.MUELLER C.O.MUELLER CIGAME COISARADA COISARADA COISARADA DE BACCO DECORLUX DIMENSIONAL DIMENSIONAL ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELÉTRICA ZATA ELETRICANOAS ELETRO-JO ELETRO-JO ELETROPAINEL ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO
Industrial
EMPRESA
Revendedora (varejista)
Região Sul
Distribuidora (atacadista)
segmento A empresa é Principal de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Local
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Telemarketing
Pesquisa
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
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Nordeste
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Regional
Local
Certificado ISO 14001
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Certificado ISO 9001: 2000
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Rede de Relacionamento
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Vendedores externos
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Administração de contratos
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Centro Oeste
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Norte
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Principal região de atendimento
Sudeste
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Balcão
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Indicação/especialização de mercado
PR SC PR PR RS RS SC PR PR RS RS PR RS SC PR SC RS RS RS SC PR SC
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Cobertura de atendimento
Nacional
www.lojainstaladora.com.br www.magnani.com.br www.magnani.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.onixcd.com.br www.provolt.com.br
Telêmaco Borba Joinville Curitiba Curitiba Caxias do Sul Porto Alegre Joinville Curitiba Curitiba Porto Alegre Porto Alegre Curitiba Porto Alegre Florianópolis Maringá Itajaí Caxias do Sul Torres Canoas Joinville Mandaguari Blumenau
Telemarketing
www.eletrotrafo.com.br www.eurocabos.com.br www.everestnet.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.grupogeralux.com.br www.santaclaradistribuidora.com.br www.gruposul.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com
Possui loja(s) in-company
(42)3273-7000 (47)9122-1466 (41)3071-7100 (41)3316-4100 (54)3209-5353 (51)3358-1077 (47)3431-8000 (41)3267-8793 (41)3153-7800 (51)3062-1004 (51)3357-3400 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (44)3222-8834 (47)3348-3044 (54)4009-5255 (51)3626-9600 (51)3052-2500 (47)3801-7700 (44)3233-8500 (47)3036-9666
UF
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
ELETROTRAFO EUROCABOS EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GERALUX GRUPO SANTA CLARA GRUPOSUL INOVELUX INOVELUX INOVELUX INSTALADORA MARINGÁ LOJA INSTALADORA MAGNANI MAGNANI NORTEL NORTEL ONIX PROVOLT
Cidade
Residencial
Site
Comercial
Telefone
Industrial
EMPRESA
Revendedora (varejista)
Região Sul
Distribuidora (atacadista)
segmento A empresa é Principal de atuação
Distribuição e revenda de materiais elétricos
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Centro Oeste
Norte
Nordeste
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Sul
Sudeste
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Principal região de atendimento
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Nacional
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Regional
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Certificado ISO 14001
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Cobertura de atendimento
Certificado ISO 9001: 2000
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Rede de Relacionamento
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Balcão
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Vendedores externos
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Indicação/especialização de mercado
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Telemarketing
RS RS RS RS SC PR PR PR SC SC SC RS SC SC SC SC SC SC SC SC SC PR PR RS RS RS
Possui loja(s) in-company
UF
Bento Gonçalves Caxias do Sul Novo Hamburgo Porto Alegre Itajaí Curitiba Curitiba Maringá Blumenau Balneário Camboriú Itapema Porto Alegre Florianópolis Campinas Florianópolis Florianópolis Joinville Palhoça São José Tijucas Blumenau Curitiba Londrina Caxias do Sul Porto Alegre Rio Grande
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Cidade
www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.reymaster.com.br www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.rossimateriaiseletricos.com.br www.rossimateriaiseletricos.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.sobretensao.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br
Residencial
Site
(54)3449-5000 (54)3534-4400 (51)3553-5700 (51)3363-4700 (47)3045-5900 (41)3021-5000 (41)3014-1800 (44)3028-1800 (47)3037-8585 (47)3367-2788 (47)3368-2929 (51)3337-6400 (48)4002-4600 (48)3240-5440 (48)3271-5000 (48)3225-1600 (47)3431-2800 (48)3342-8100 (48)3241-9100 (48)3263-0352 (47)3338-4484 (41)3217-1900 (43)3026-8080 (54)3220-3800 (51)3314-8000 (53)3931-0000
Comercial
Telefone
REALCENTER REALCENTER REALCENTER REALCENTER REALCENTER REYMASTER RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES ROSSI MATERIAIS ROSSI MATERIAIS SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SOBRETENSÃO SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR
Industrial
EMPRESA
Revendedora (varejista)
Região Sul
Distribuidora (atacadista)
segmento A empresa é Principal de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Local
112
Administração de contratos
Pesquisa
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
www.decorlux.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricazata.com.br www.eletricanoas.com.br www.eletrojo.com.br www.eletrojo.com.br www.eletropainel.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eurocabos.com.br
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Consumidor final
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Empresas públicas
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Construtoras
UF PR PR SC PR SC PR PR RS RS SC SC RS PR PR RS PR PR PR RS RS SC SC SC SC RS SC SC PR PR PR PR PR PR SC
Indústria em geral
Cidade Curitiba Curitiba Criciúma Curitiba Joinville Curitiba Maringá Porto Alegre Caxias do Sul Florianópolis Lages Bento Gonçalves Curitiba Curitiba Novo Hamburgo Curitiba Maringá Ponta Grossa Caxias do Sul Porto Alegre Blumenau Chapecó Joinville Blumenau Canoas Braço do Norte Orleans Maringá Cornélio Procópio Guarapuava Londrina Pato Branco Telêmaco Borba Joinville
Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Site www.2a.com.br www.irmaosabage.com.br www.agpr5.com www.andra.com.br www.andra.com.br www.comueller.com.br www.comueller.com.br www.cigame.com.br www.coisarada.net www.coisarada.net www.coisarada.net
Automação industrial
Telefone (41)3019-5050 (41)3371-5656 (48)3462-3900 (41)3778-7000 (47)3419-7000 (41)3888-1200 (44)3032-5400 (51)3356-5555 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (54)3453-3036 (41)3029-1144 (41)2104-8200 (51)3332-6070 (41)3245-0111 (44)3261-7100 (42)3219-6800 (54)3224-9200 (51)3326-4000 (47)3321-7500 (49)2049-7300 (47)3177-2000 (47)3323-2888 (51)3031-3130 (48)3658-3202 (48)3466-3202 (44)3027-9868 (43)3520-5000 (42)3629-9800 (43)3294-5000 (46)3225-5555 (42)3273-7000 (47)9122-1466
Principais clientes
Empresas de manutenção
2A MATERIAIS ABAGE AGPR5 ANDRA ANDRA C.O.MUELLER C.O.MUELLER CIGAME COISARADA COISARADA COISARADA DE BACCO DECORLUX DIMENSIONAL DIMENSIONAL ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELÉTRICA ZATA ELETRICANOAS ELETRO-JO ELETRO-JO ELETROPAINEL ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO EUROCABOS
Automação comercial
Empresa
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Região Sul
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de engenharia
114
Instaladoras
Pesquisa
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
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Outros
Consumidor final
Empresas públicas
Empresas de manutenção
Empresas de engenharia
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Instaladoras
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Construtoras
UF PR PR RS RS SC PR PR RS RS PR RS SC PR SC RS RS RS SC PR SC RS RS RS
Indústria em geral
Site Cidade www.everestnet.com.br Curitiba www.fg.com.br Curitiba www.fg.com.br Caxias do Sul www.fg.com.br Porto Alegre www.fg.com.br Joinville www.ficael.com Curitiba www.grupogeralux.com.br Curitiba www.santaclaradistribuidora.com.br Porto Alegre www.gruposul.com.br Porto Alegre www.i9lux.com Curitiba www.i9lux.com Porto Alegre www.i9lux.com Florianópolis Maringá www.lojainstaladora.com.br Itajaí www.magnani.com.br Caxias do Sul www.magnani.com.br Torres www.nortel.com.br Canoas www.nortel.com.br Joinville www.onixcd.com.br Mandaguari www.provolt.com.br Blumenau www.realcenter.com.br Bento Gonçalves www.realcenter.com.br Caxias do Sul www.realcenter.com.br Novo Hamburgo
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Telefone (41)3071-7100 (41)3316-4100 (54)3209-5353 (51)3358-1077 (47)3431-8000 (41)3267-8793 (41)3153-7800 (51)3062-1004 (51)3357-3400 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (44)3222-8834 (47)3348-3044 (54)4009-5255 (51)3626-9600 (51)3052-2500 (47)3801-7700 (44)3233-8500 (47)3036-9666 (54)3449-5000 (54)3534-4400 (51)3553-5700
Automação industrial
EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GERALUX GRUPO SANTA CLARA GRUPOSUL INOVELUX INOVELUX INOVELUX INSTALADORA MARINGÁ LOJA INSTALADORA MAGNANI MAGNANI NORTEL NORTEL ONIX PROVOLT REALCENTER REALCENTER REALCENTER
Automação comercial
Empresa
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Região Sul
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
RS SC PR PR PR SC SC SC RS SC SC SC SC SC SC SC SC SC PR PR RS RS RS
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Outros
Consumidor final
Empresas públicas
Empresas de manutenção
UF
Construtoras
Porto Alegre Itajaí Curitiba Curitiba Maringá Blumenau Balneário Camboriú Itapema Porto Alegre Florianópolis Campinas Florianópolis Florianópolis Joinville Palhoça São José Tijucas Blumenau Curitiba Londrina Caxias do Sul Porto Alegre Rio Grande
Indústria em geral
Cidade
www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.reymaster.com.br www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.rossimateriaiseletricos.com.br www.rossimateriaiseletricos.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.sobretensao.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Site
(51)3363-4700 (47)3045-5900 (41)3021-5000 (41)3014-1800 (44)3028-1800 (47)3037-8585 (47)3367-2788 (47)3368-2929 (51)3337-6400 (48)4002-4600 (48)3240-5440 (48)3271-5000 (48)3225-1600 (47)3431-2800 (48)3342-8100 (48)3241-9100 (48)3263-0352 (47)3338-4484 (41)3217-1900 (43)3026-8080 (54)3220-3800 (51)3314-8000 (53)3931-0000
Automação industrial
Telefone
REALCENTER REALCENTER REYMASTER RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES ROSSI MATERIAIS ROSSI MATERIAIS SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SOBRETENSÃO SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR
Automação comercial
Empresa
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Região Sul
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de engenharia
116
Instaladoras
Pesquisa
Distribuição e revenda de materiais elétricos
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Telemarketing
GO MT MS DF MS MS MS GO DF DF MT
Possui loja(s) in-company
UF
Rio Verde Cuiabá Cuiabá Brasília Aparecida do Taboado Paranaíba Três Lagoas Goiânia Brasília Brasília Cuiabá
Possuem filiais
Cidade
www.eletricadw.com.br www.eletrotartari.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.eletricarocco.com.br www.tecluz.com.br
Residencial
Site
(64)3624-1800 (65)3637-8000 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (62)4013-7770 (61)2103-7770 (61)3403-0200 (65)3624-5801
Comercial
Telefone
ELETRICA DW ELETRO TARTARI INOVELUX INOVELUX KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR NORTEL NORTEL ROCCO TEC LUZ
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Nordeste
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Norte
Centro Oeste
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Principal região de atendimento
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Centro Oeste
Sul
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Cobertura de atendimento
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Nordeste
Sul
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Norte
Sudeste
Regional
Nacional
Sudeste
Nacional
Certificado ISO 14001
Certificado ISO 9001: 2000
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Local
Certificado ISO 14001
Rede de Relacionamento
Certificado ISO 9001: 2000
Balcão
Vendedores externos
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Principal região de atendimento
x x
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Industrial
EMPRESA
Revendedora (varejista)
Região Centro-Oeste
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
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Cobertura de atendimento
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Centro Oeste
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Norte
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Nordeste
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Sul
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Sudeste
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Certificado ISO 14001
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Certificado ISO 9001: 2000
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Rede de Relacionamento
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Rede de Relacionamento
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Balcão
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Balcão
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Indicação/especialização de mercado
BA CE BA PE MA PE BA BA PE BA BA PE PE BA CE PE CE CE BA PE BA
Possui loja(s) in-company
UF
Luiz Eduardo Magalhaes Fortaleza Salvador Recife São Luís Recife Feira de Santana Salvador Jaboatão dos Guararapes Salvador Salvador Recife Recife Salvador Fortaleza Recife Fortaleza Fortaleza Lauro de Freitas Jaboatão dos Guararapes Salvador
x x
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Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Cidade
www.2a.com.br www.carmehil.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centroeletrico.com www.dimexbr.com www.cohimeletricista.com.br www.eletricabahiana.com.br www.eletricapj.com.br www.everestnet.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.imelmaterialeletrico.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.iseletrica.com.br www.iseletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.provolt.com.br
Residencial
Site
Comercial
Telefone (77)3628-8777 (85)4008-6666 (71)3186-3666 (81)3087-3450 (98)2106-6464 (81)2123-2300 (75)3487-2854 (71)3496-3111 (81)3479-7100 (71)3311-4500 (71)3293-8400 (81)2121-7500 (81)3320-2130 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (85)3535-7177 (85)3535-7177 (71)3616-7700 (81)2137-7700 (71)3082-5500
Industrial
EMPRESA 2A MATERIAIS CARMEHIL CENTELHA CENTELHA CENTRO ELÉTRICO DIMEX DISK ELETRICISTA ELÉTRICA BAHIANA ELETRICA PJ EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS IMEL INOVELUX INOVELUX INOVELUX ISELÉTRICA LINSELETRICA NORTEL NORTEL PROVOLT
Revendedora (varejista)
Região Nordeste
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
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Principal região de atendimento
Nacional
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Regional
x
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Indicação/especialização de mercado
x
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Regional
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x
Indicação/especialização de mercado
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Cobertura de atendimento
Local
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Administração de contratos
x x
Vendedores externos
x
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Vendedores externos
x x
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Telemarketing
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Administração de contratos
x x x x x x
Administração de contratos
AM PA PA AC AM PA TO PA PA AM
Possui loja(s) in-company
UF
Manaus Altamira Parauapebas Porto Velho Manaus Belém Palmas Belém Parauapebas Manaus
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possuem filiais
Cidade
www.baeletrica.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.marellinet.com.br www.nortel.com.br www.rolapecas.com.br
Residencial
Site
(92)2125-8000 (93)2122-0100 (94)3356-1278 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (91)3223-4266 (94)3346-3212 (92)2101-8000
Comercial
Telefone
BA ELETRICA CENTELHA DIMEX INOVELUX INOVELUX INOVELUX INOVELUX MARELLI NORTEL ROLAPEÇAS
Industrial
EMPRESA
Revendedora (varejista)
Região Norte
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Local
118
Telemarketing
Pesquisa
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Distribuição e revenda de materiais elétricos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
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BA CE BA PE MA PE BA BA PE BA BA PE PE BA CE PE CE CE BA PE BA
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Construtoras
UF
Luiz Eduardo Magalhaes Fortaleza Salvador Recife São Luís Recife Feira de Santana Salvador Jaboatão dos Guararapes Salvador Salvador Recife Recife Salvador Fortaleza Recife Fortaleza Fortaleza Lauro de Freitas Jaboatão dos Guararapes Salvador
Indústria em geral
Cidade
www.2a.com.br www.carmehil.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centroeletrico.com www.dimexbr.com www.cohimeletricista.com.br www.eletricabahiana.com.br www.eletricapj.com.br www.everestnet.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.imelmaterialeletrico.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.iseletrica.com.br www.iseletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.provolt.com.br
Outros
Consumidor final
Empresas de manutenção
Empresas públicas
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Principais clientes
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Empresas públicas
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Empresas de manutenção
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Empresas de engenharia
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Instaladoras
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Construtoras
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Indústria em geral
GO MT MS DF MS MS MS GO DF DF MT
Empresas de engenharia
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Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
UF
Rio Verde Cuiabá Cuiabá Brasília Aparecida do Taboado Paranaíba Três Lagoas Goiânia Brasília Brasília Cuiabá
Automação industrial
Cidade
www.eletricadw.com.br www.eletrotartari.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.eletricarocco.com.br www.tecluz.com.br
Automação comercial
Site
(64)3624-1800 (65)3637-8000 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (62)4013-7770 (61)2103-7770 (61)3403-0200 (65)3624-5801
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Telefone
ELETRICA DW ELETRO TARTARI INOVELUX INOVELUX KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR NORTEL NORTEL ROCCO TEC LUZ
Material elétrico de Baixa Tensão
Empresa
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Principais produtos que comercializa
RRegião egiãoCC entro entro -O -Oeste este
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Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Site
(77)3628-8777 (85)4008-6666 (71)3186-3666 (81)3087-3450 (98)2106-6464 (81)2123-2300 (75)3487-2854 (71)3496-3111 (81)3479-7100 (71)3311-4500 (71)3293-8400 (81)2121-7500 (81)3320-2130 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (85)3535-7177 (85)3535-7177 (71)3616-7700 (81)2137-7700 (71)3082-5500
Automação industrial
Telefone
2A MATERIAIS CARMEHIL CENTELHA CENTELHA CENTRO ELÉTRICO DIMEX DISK ELETRICISTA ELÉTRICA BAHIANA ELETRICA PJ EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS IMEL INOVELUX INOVELUX INOVELUX ISELÉTRICA LINSELETRICA NORTEL NORTEL PROVOLT
Automação comercial
Empresa
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
RRegião egiãoNN ordeste ordeste
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
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Outros
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Outros
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Consumidor final
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Empresas públicas
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Empresas de manutenção
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Instaladoras
AM PA PA AC AM PA TO PA PA AM
Construtoras
UF
Manaus Altamira Parauapebas Porto Velho Manaus Belém Palmas Belém Parauapebas Manaus
Indústria em geral
Cidade
www.baeletrica.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.marellinet.com.br www.nortel.com.br www.rolapecas.com.br
Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica
Site
(92)2125-8000 (93)2122-0100 (94)3356-1278 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (91)3223-4266 (94)3346-3212 (92)2101-8000
Automação industrial
Telefone
BA ELETRICA CENTELHA DIMEX INOVELUX INOVELUX INOVELUX INOVELUX MARELLI NORTEL ROLAPEÇAS
Automação comercial
Empresa
Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial
Região Norte
Material elétrico de Baixa Tensão
Principais produtos que comercializa
Empresas de engenharia
120
Instaladoras
Pesquisa
x x x x x x x x x x x x
Aula prática
122
Medição e verificação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Melhor aproveitamento da energia elétrica na indústria Sistemas de gerenciamento de energia, medição e verificação como ferramentas de eficiência energética Por Gerdson Soares, Maria Emília Tostes e Thiago Soares*
energética
Brasil. Na indústria, o consumo de energia
de eficiência energética de 13 setores
pode ser definido como um conjunto de
elétrica representa um dos custos mais
industriais, o custo médio do MW/h
elementos interligados ou de interação
elevados para o processo de produção e,
economizado foi de R$ 79,00 MW/h.
de uma organização para estabelecer a
diante deste cenário, a economia de energia
Considerando o custo marginal de expansão
política energética para atingir as metas
obtida em ações de eficiência energética no
do sistema de energia elétrica estimado pela
propostas. O setor industrial responde
setor industrial gera benefícios para toda
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em
por 35,1% de toda a energia consumida no
a sociedade. Na análise de 217 projetos
R$ 138/MWh, conforme o Plano Decenal
Um
sistema
de
gestão
123
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
2007/2016, a diferença entre estes dois valores é o ganho médio dos projetos. A economia obtida possibilita ao governo e ao empresário direcionar recursos para outras prioridades. Ações de eficiência energética agregam importantes ganhos sociais, ambientais e de competitividade para a indústria.
O uso adequado e eficiente dessa energia deve se fazer presente
no planejamento das indústrias. Muito tem sido abordado sobre programas de eficiência energética, porém, pouco se conhece sobre como um sistema de gestão de energia agregado a sistemas de controle e automação, que pode ser utilizado como ferramenta de gestão de eficiência energética, pode reduzir os custos e melhorar a produtividade, assim como a competitividade da indústria. Além da redução dos custos operacionais, um sistema de gerenciamento integrado de energia pelo lado da demanda possibilita que a indústria tenha uma atitude responsável e econômica no processo produtivo. Em virtude da grande variedade de ramos de atividades das indústrias existentes no polo industrial de Manaus, há uma série de ações que pode ser adotada para melhorar o aproveitamento do uso da energia elétrica.
De acordo com o manual de eficiência energética na indústria
elaborado pela Copel, com o uso eficiente da energia elétrica, a indústria terá uma melhor utilização das instalações e equipamentos elétricos, uma redução no consumo de energia e consequente economia
nas
despesas
com
eletricidade. Com
o
melhor
aproveitamento da energia, conseguirá um aumento de produtividade e um padrão de qualidade no produto acabado, isso tudo, mantendo o nível de segurança e diminuindo o tempo de parada das máquinas para a realização de manutenção. Além dessas vantagens para a indústria, a sociedade em geral terá uma “redução dos investimentos para a construção de usinas e redes elétricas e consequente redução dos custos da eletricidade, redução dos preços de produtos e serviços e maior garantia de fornecimento de energia”. Hoje, uma redução de consumo de energia afeta toda a cadeia produtiva, incluindo os consumidores finais, que perceberão um reflexo positivo no preço do produto acabado. Neste cenário, o objetivo do presente artigo é propor um sistema de gerenciamento de energia elétrica com a implementação de medidas de baixo custo para o setor industrial, pela utilização de dispositivos de medição, de registro e de controle, e automação e sua integração com sistemas de gerenciamento de dados. É propor também algumas medidas comuns a qualquer tipo de indústria que são básicas e de baixo custo, e que podem proporcionar um grande beneficio, tornando-se uma ferramenta de grande importância para um programa de eficiência energética e esboçando alguns planos de consumo eficiente de energia que podem ser adotados por indústrias advindas dos mais variados ramos de atuação. Uma metodologia chamada de medição e verificação (M&V) para avaliar o percentual efetivo de economia obtido após a implantação das ações de eficiência energética é também analisada.
Aula prática
124
Medição e verificação
Figura 1 – Integralização dos setores de consumo da indústria ao gerenciamento de eficiência energética.
principais aplicações: eliminação de desperdícios;
tempo real e armazená-las para análises que
aumento da eficiência; mudança nos padrões de
potencializem o uso eficiente da energia elétrica.
Gerenciador de eficiência energética
consumo; monitoramento das concessionárias de
Dentre as grandezas/eventos que podem ser
energia; elaboração de rateios com alta precisão;
armazenadas, podemos citar: corrente; tensão;
O gerenciador de eficiência energética na
controle de cargas; controle do fator de potência;
consumo de energia ativa; consumo de energia
indústria tem por objetivo a visualização de forma
conhecimento das sazonalidades do consumo;
reativa; demanda; fator de carga (FC = demanda
macro do consumo de energia elétrica de todas as
determinação do custo e consumo específicos e
média / demanda máxima); fator de utilização (FU
áreas responsáveis pelo funcionamento produtivo
custo de produção (por setores e períodos).
= demanda média / demanda contratada); fator de
da planta, proporcionando:
Os sistemas de gerenciamento de energia
potência; demanda máxima; produção (unidades
são implantados basicamente para monitorar
produzidas pela atividade-fim da empresa);
• a integração dos vários setores de consumo na
as grandezas elétricas e acompanhar o perfil
consumo específico (consumo de energia/
indústria, conforme ilustra a Figura 1;
histórico de medições de energia de uma unidade
unidades produzidas); afundamentos de tensão;
• o apontamento, pela coleta de dados de medição
consumidora. Sua instalação, muitas vezes, é motivada
elevações momentâneas de tensão; transientes;
e verificação, os setores responsáveis por um
pela necessidade de reduzir custos ocasionados
distorção harmônica de V e I; interrupções de
maior consumo de energia na planta, propondo
por multas de ultrapassagem de demanda e fator
energia da concessionária; interrupções de energia
ações de controle e eliminação do desperdício de
de potência, de eficientizar o uso da energia e,
em alimentadores internos; data/hora das cargas
consumo de energia;
consequentemente, diminuir o valor das contas, além
retiradas por atuação do controle de demanda e
• Identificação das principais áreas de desperdícios
de propiciar ganhos de produtividade, pois se trata
fator de potência.
de energia;
de uma ferramenta que facilita a manutenção e a
Este
• mostrar a importância do planejamento
operação das plantas industriais.
implementação do sistema proposto nas centrais
estratégico de produção como ferramenta de
Segundo o Balanço Energético Nacional
de refrigeração que corresponde a uma primeira
redução do desperdício e melhor aproveitamento
(BEN), “o gerenciamento e a conservação de
etapa no trabalho.
da energia;
energia elétrica têm destaque crescente, em
• propor ações de combate as perdas e ao
progressão geométrica, por razões específicas:
desperdício;
crescente rigidez nos critérios de faturamento e
O estudo de caso mostra os resultados
nas tarifas de energia elétrica, e sua aplicação à
obtidos por meio da utilização do gerenciamento
quase que totalidade dos processos industriais”.
de energia como ferramenta de eficiência
Já de acordo com o Procel Indústria, pode-se
energética. O estudo foi realizado em uma
Gerenciadores de energia
verificar que “a importância do gerenciamento
indústria de plásticos para produtos alimentícios
•
mostrar
economia
alcançada
após
a
implementação das ações.
artigo
apresenta
resultados
da
Estudo de caso – Centrais de ar
Gerenciador de energia é um equipamento ou
vem crescendo também dada a sua potencialidade
localizada no polo industrial de Manaus (AM). Pela
sistema que realiza o monitoramento e o controle
de facilitar a manutenção e a operação das plantas,
aquisição de dados proposta pelo gerenciador de
de processos buscando otimizar o consumo
trazendo ganhos de produtividade, em termos
energia, identificou-se a oportunidade de se fazer
dos insumos energéticos e utilidades de forma
de manutenção e vida útil de equipamentos e
a eficiência energética, a partir da observação de
automática sem interrupção de produção ou prejuízo
sistemas”. Por um sistema de gerenciamento
que, aos domingos, quando a planta da fábrica não
no conforto ambiental. Podem-se citar como as
é possível monitorar uma série de variáveis em
estava produzindo, havia um grande desperdício de
125
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
reativa, corrente elétrica, consumo ativo, etc. Os dados registrados são transmitidos por uma rede Modbus RS-485 e coletados por um software de gerenciamento.
Para a realização do estudo de caso foram
utilizados os seguintes dispositivos: • Para coleta e registro dos dados de temperatura do salão da produção: um controlador de temperatura; um CONV32 – Conversor de RS485 para USB; um notebook; um software Sitrad; • Coleta e registro do consumo de potência ativa: sistema de gerenciamento de energia elétrica (Figura 2); Interface Gate C, Interface Gate M; Figura 2 – Diagrama em bloco do sistema de gerenciamento de energia elétrica.
Medidores de energia.
energia nos setores de injeção plástica e extrusão
sistema de gerenciamento de energia elétrica
A coleta dos dados do perfil de temperatura
plástica, pois os sistemas de ar condicionado,
da indústria, na qual se realizou o estudo de
do salão da produção dos setores de injeção
responsável por manter o salão de produção
caso. O sistema gerenciador é composto por
plástica e extrusão ocorreu pelo esquema de
climatizado, permaneciam em funcionamento
um conjunto de medidores de energia fixos nos
ligação ilustrado na Figura 3, que, basicamente,
constante aos domingos, mesmo sem nenhuma
quadros geral dentro de cada subestação 13,8 kV.
é a interligação do controlador de temperatura
atividade produtiva na fábrica.
Este conjunto é responsável pelas medições das
à interface de conversão, interligada a um PC,
A Figura 2 mostra o diagrama geral do
grandezas elétricas, como potência ativa, potência
armazenando os dados pelo software Sitrad:
Aula prática
126
Medição e verificação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Figura 3 – Esquema de ligação do registrador de temperatura.
referentes aos registros de temperatura
calculou-se:
obtidos:
temperaturas = 6,35 °C; Diferença máxima
diferença mínima entre as temperaturas = 5,57
entre as temperaturas = 8,97 °C; Diferença
°C; diferença máxima entre as temperaturas =
média entre as temperaturas = 7,57 °C; Desvio
7,45 °C; diferença média entre as temperaturas
padrão = 0,84; Coeficiente de variação = 0,09.
= 6,35 °C; desvio padrão = 0,49; coeficiente de
Registros e medições no setor “Injeção Plástica” – Situação antes
Analisando
o
gráfico
diferença
da
Figura
4,
mínima
entre
as
Figura 5 – Comparativo da temperatura no setor “Extrusão”.
A seguir são apresentados os dados
Analisando o gráfico da Figura 5, calculou-se:
variação = 0,13;
1º Período de supervisão: 19/05/2013 8h
até 20/05/2013 7h
O registro do consumo de potência ativa
Tempo de registro: 24h
foi realizado em paralelo ao registro e à coleta
Mínimo = 17,46 °C
dos dados de temperatura, pelo gerenciado
Máximo = 19,52 °C
de energia elétrica conforme ilustra a Figura
Média = 18,04 °C
2. A Figura 6 mostra o perfil de consumo
Desvio padrão = 0,63
de potência ativa antes da implementação
Coeficiente de variação = 0,29
Figura 4 – Comparativo da temperatura do setor “Injeção Plástica”.
das alterações. Observa-se que a média do consumo ativo chega a 709,36 kW/h e na
O mesmo procedimento foi realizado no
Figura 7 está o registro do perfil de consumo
registrada, conforme ilustra a Figura 4 (antes),
setor “Extrusão”, conforme ilustra a Figura 5
de potência ativa após as alterações no setpoint
com média de 18,04 °C no período de 24h
para o perfil de temperatura antes e depois
das centrais de ar condicionado dos setores de
de registro observa-se que a temperatura está
das alterações do Setpoint.
“Injeção Plástica” e de “Extrusão”. Este perfil de
Analisando
o
perfil
de
temperatura
consumo se repetiu por vários domingos com
abaixo do valor estipulado pelo processo do setor de injeção plástica que é de 23 °C com desvio de +/- 1 °C durante a produção, e nos
Registros e medições no setor “Extrusão” – Situação antes
a média de 476,26 kW/h. Esta ação simples de
1º Período de supervisão: 19/05/2013 8h
de 709,36 kW/h para 476,26 kW/h.
finais de semana o valor de processo é de 26
°C com desvio de +/- 1 °C.
até 20/05/2013 7h
Na sequência é realizado a alteração do
Tempo de Registro = 24h
eficiência energética reduziu o consumo médio
Consumo de energia – Antes da
Setpoint manualmente para 26°C e novamente
Mínimo = 18,34 °C
é realizado o registro do perfil de temperatura
Máximo = 20,97 °C
Tempo de Registro = 24h
conforme ilustrado na Figura 4 (depois).
Médio = 19,54 °C
Mínimo = 638,40 kW/h
Desvio padrão = 0,84
Máximo = 768,60 kW/h
Coeficiente de variação = 0,23
Médio = 709,36 kW/h
Registros e medições no setor “Injeção Plástica” – Após alterações do Setpoint
implementação
Desvio padrão = 29
Registros e medições no setor “Extrusão” – Situação depois
2º Período de supervisão: 26/05/2013 8h até 27/05/2013 7h – Após a mudança do
Setpoint.
27/05/2013 7h – Após a mudança do setpoint
Coeficiente de variação = 0,24
2º Período de supervisão: 26/05/2013 8h até
Tempo de Registro = 24h
Tempo de Registro = 24hrs
Mínimo = 23,90 °C
Mínimo = 24.54 °C
Máximo = 27,34 °C
Máximo = 26,86 °C
Médio = 25,61°C
Médio = 25,89 °C
Desvio Padrão = 1,12
Desvio Padrão = 0,73
Coeficiente de Variação = 0,23
Coeficiente de Variação = 0,35
Figura 6 – Consumo de energia antes das intervenções.
127
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Consumo de energia – Após as alterações
Tempo de Registro = 24h Mínimo = 428,40 kW/h Máximo = 522,90 kW/h Médio = 476,26 kW/h Desvio padrão = 26,31 Coeficiente de variação = 0,18
Figura 7 – Consumo de energia após as alterações.
C omparativo
do consumo de
energia
A Figura 8 mostra o gráfico comparativo
de energia consumida antes das implemen tações e a energia consumida depois das implementações, sendo possível calcular e
obter:
diferença
mínima
entre
as
temperaturas = 5,57 °C; diferença máxima entre as temperaturas = 7,45 °C; diferença média entre as temperaturas = 6,35 °C; desvio padrão = 0,49; coeficiente de variação = 0,13.
Figura 8 – Comparativo da temperatura do setor “Extrusão”.
A Tabela 1 mostra de forma resumida os
registros e os dados coletados de temperatura e consumo de energia nos períodos antes e após as implementações.
Aula prática
Medição e verificação
128
Tabela 1 – Registro das medições de energia consumida e das temperaturas ENERGIA CONSUMIDA
INJEÇÃO
EXTRUSÃO
ANTES
DEPOIS
ANTES
DEPOIS
≠
ANTES
DEPOIS
≠
KW/h
KW/h
°C
°C
°C
°C
°C
°C
8:00
659,40
453,60
17,70
24,36
6,66
18,60
26,05
7,45
9:00
638,40
428,40
17,82
24,80
6,98
19,03
26,23
7,20
10:00
672,00
438,90
18,01
25,23
7,22
19,60
25,77
6,17
11:00
701,40
493,50
18,64
25,88
7,25
20,01
26,05
6,05
12:00
709,80
506,10
19,12
26,64
7,52
20,31
26,45
6,14
13:00
722,40
504,00
19,15
26,71
7,56
20,19
26,56
6,37
14:00
739,20
522,90
19,52
26,62
7,10
20,65
26,51
5,86
15:00
737,10
522,90
19,21
27,29
8,08
20,96
26,75
5,80
16:00
735,00
504,00
18,68
27,34
8,66
20,97
26,86
5,89
17:00
730,80
495,60
18,20
27,16
8,97
20,92
26,49
5,57
18:00
672,00
483,00
17,81
26,72
8,91
20,33
26,12
5,79
19:00
739,20
497,70
17,74
26,45
8,71
19,84
26,03
6,19
20:00
735,00
491,40
17,58
26,28
8,71
19,59
26,11
6,52
21:00
724,50
495,60
17,59
26,17
8,58
19,51
26,47
6,96
22:00
722,40
478,80
17,66
25,93
8,27
19,49
26,45
6,96
23:00
722,40
468,30
17,73
25,66
7,93
19,47
26,11
6,65
0:00
711,90
459,90
17,76
25,41
7,65
19,20
26,52
7,33
1:00
705,60
459,90
17,60
24,97
7,37
19,07
25,44
6,37
2:00
693,00
455,70
17,70
24,52
6,81
18,88
25,10
6,22
3:00
705,60
455,70
17,59
24,29
6,71
18,71
24,91
6,20
4:00
701,40
457,80
17,46
24,25
6,79
18,53
24,77
6,25
5:00
686,70
449,40
17,54
24,16
6,62
18,41
24,62
6,21
6:00
690,90
441,00
17,55
23,90
6,35
18,34
24,54
6,19
7:00
768,60
466,20
17,52
23,90
6,37
18,34
24,54
6,19
A Tabela 1 mostra de forma resumida os
energia consumida da indústria é representado
registros e os dados coletados de temperatura
matematicamente pela equação (1), e está
e consumo de energia nos períodos antes e
mostrado na Figura 9.
após as implementações.
Resultados No presente estudo, aplicou-se uma metodologia chamada de medição e verificação (M&V) para avaliar o percentual efetivo de
Econsumida = 25,77xTE – 9,70xTI + 385,32 Em que: Econsumida é a energia consumida (kWh); TÉ - É a temperatura do setor de extrusão (°C); TI - É a temperatura do setor de injeção (°C).
economia obtido após a implantação das ações de eficiência energética mencionadas anteriormente.
No presente plano de M&V, considerou-se
a opção B do Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP), que estabelece que a avaliação das ações de eficiência energética será realizada tendo como base somente medições. Além disso, o período da linha de base (período utilizado na regressão linear) considerado foi das 8h
Figura 9 – Regressão linear múltipla.
do dia 19/05/2013 às 7h do dia 20/05/2013. Este modelo que relaciona a temperatura do
setor de injeção e do setor de extrusão com a
modelo mostrado na Figura 9, observou-se
Realizando-se uma análise de variância do
Aula prática
130
Medição e verificação
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
comportamento da planta com foco na eficiência
Tabela 2 – Evolução tarifária de energia do cliente A e B
energética, possibilitando o gerenciamento macro de todos os setores de consumo de energia, proporcionando as seguintes vantagens: • Melhor controle de demanda e de fator de potência; • Disponibilizando dados para estudo e analises; • Melhor vantagem competitiva; • Evitando perdas ao aproveitar a energia gerada e não usada diminuindo pico de consumo; • Aumentando consumo em horários de menor volume de energia no sistema; • Melhorando aproveitamento da rede física instalada. • Análise do perfil do consumo das máquinas e equipamentos industriais; • Calcular o valor economizado; que o modelo é um modelo válido, uma vez
Utilizando os resultados da Tabela 1 e a
• Propor alterações e ações de redução aos
que apresentou um valor F de 30,76, ou seja,
composição tarifária da Tabela 2, foi calculada
desperdícios.
um valor maior que 4,45, segundo a tabela de
a economia estimada dos custos com energia
distribuição de FISHER-SNEDECOR. Além
aos domingos na planta da fábrica, chegando a
disso, este modelo apresentou um R2 de
uma economia de R$ 39.941,29 por ano, apenas
confirmar a importância para a indústria do uso
0,65, o que mostra que o modelo se ajustou à
com consumo de energia aos domingos (Tabela
do gerenciador de energia como ferramenta
amostra de dados de forma satisfatória.
3). Com os estudos realizados neste trabalho,
de eficiência energética, pois pelos dados e
Com base neste modelo, obteve-se o
demonstraram-se os avanços a partir da inserção
informações obtidas é possível reduzir os custos,
gráfico mostrado na Figura 10, que ilustra a
prática do gerenciamento pelo lado do consumo
as perdas e otimizar o consumo de energia na
energia medida antes e depois das ações de
nas indústrias como ferramenta de eficiência
planta da indústria.
eficiência energética, assim como a economia
energética.
Com o estudo de caso apresentado, é possível
Por meio das análises dos dados registrados,
foi possível obter informações importantes,
obtida.
Conclusão
como as temperaturas registradas nos setores de de
injeção e de extrusão aos domingos, que estavam
gerenciamento de energia permite ao consumidor
em média respectivamente mais de 7,57 °C e
industrial utilizá-los como ferramenta de gestão de
6,35°C abaixo do valor estipulado pelo processo
eficiência energética, com o acompanhamento do
produtivo em ambos os setores, representando
A
implementação
de
sistemas
Tabela 3 – Cálculo dos custos Consumo Energia ANTES
Figura 10 – Gráfico da energia consumida antes e depois das ações de eficiência energética.
Analisando o gráfico da Figura 10, pode-se
verificar que a economia efetiva obtida com as ações de eficiência energética foi, em média, de 35,5%, o que corresponde a R$ 0,06 sobre a tarifa para o período seco e R$ 0,05 para o período úmido, conforme cálculo realizado baseado na Tabela 2.
DEPOIS
Diferença
KW/h
KW/h
(KW/h)
Mínima
638,40
428,40
189,00
Máxima
768,60
522,90
302,40
Media
709,36
476,26
233,10
Acumulado Dia
17024,70
11430,30
5594,40
Desvio Padrão
29,00
26,31
22,70
Coef. de Variação
24,46
18,10
10,27
Calculo Custo Cosumo Mês (KW/h)
68098,8
45721,2
22377,6
Custo Mês Seco
R$ 10.785,02
R$ 7.241,01
R$ 3.544,01
Custo Mês Umido
R$ 9.210,58
R$ 6.183,94
R$ 3.026,64
Custo Ano
R$ 121.548,08
R$ 81.606,78
R$ 39.941,29
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
131
um desperdício médio de energia elétrica de 233 kW/h. Essa informação levou à implementação de ações de controle para corrigir a defasagem de temperatura nos setores e otimizar a temperatura das duas áreas produtivas e, consequentemente, otimizar o consumo de energia, resultando em uma economia de quase R$ 40.000,00/ano, além de proporcionar os seguintes benefícios para as centrais de ar condicionados: • Aumento da vida útil do equipamento; • Redução do tempo de funcionamento dos compressores em carga; • Redução das horas trabalhadas das centrais; • Redução dos custos com manutenção; • Redução dos custos com materiais de limpeza das centrais de ar, etc.
Este trabalho foi desenvolvido com o apoio do Governo do Estado
do Amazonas por meio Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), com a concessão de bolsa de estudo e as pertinentes contribuições do Instituto Tecnologia Galileo da Amazônia (ITEGAM), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Microservice Tecnologia Digital da Amazônia Ltda.
Referências • ISO 50.001 – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2013. Disponível em: <https://www.abnt.org.br>.Acesso em: 25 ago. 2013. • BEN – Balanço Energético Nacional, 2013. Disponível em: <https://ben.epe. gov.br>.Acesso em: 01 set. 2013. • PROCEL Indústria – Eficiência Energética na Indústria, 2013. Disponível em: <https:\\www.cni.org.br>.Acesso em: 01 sep,. 2013. • COPEL – Manual de Eficiência Energética na Industrial. • MAGALHÃES, Marcos Nascimento; LIMA,Antônio Carlos Pedroso. Noções de Probabilidade e Estatística. EDUSP. 2002. • EVO. Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance. Conceitos e Opções para Determinação de economias de Energia e de Água. Volume 1. 2012. • ANEEL. Evolução Tarifária de energia elétrica do Grupo “A” e “B”. Resolução 1.454 de 24/01/13,Vigência 24/01/2013. *Gerdson Tanaka Soares é engenheiro de controle e automação e mestrando em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente, é coordenador de manutenção industrial da Microservice Tecnologia Digial da Amazônia. Maria Emília de Lima Tostes é engenheira eletricista e doutora em engenharia elétrica. É professora do curso de graduação e de pós-graduação em engenharia elétrica da Universidade Federal do Pará (UFPA). Thiago Mota Soares é engenheiro eletricista e mestre em engenharia elétrica. É engenheiro eletricista da Universidade Federal do Pará (UFPA). Este trabalho foi originalmente apresentado durante o V Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos, realizado entre os dias 22 e 25 de abril, em Foz do Iguaçu (PR).
ESPAÇO GUIA DE NORMAS
Esclarecimentos, recomendações e orientações quanto à aplicação técnica das normas ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 14039 e NR 10, baseados no Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras. Todos os meses uma dica de como bem utilizar as normas técnicas brasileiras para garantir o sucesso e a segurança da instalação elétrica.
Planejamento dos serviços em instalações elétricas
Antes do início do serviço, os trabalhadores autorizados,
em conjunto com os superiores e demais envolvidos, devem
desenvolver o planejamento dos serviços nas instalações elétricas (Figura 1).
O planejamento é a ferramenta para prever, pensar, compreender as certezas e as incertezas dos serviços,
132
considerando as emergências e contingências, entendendo cada
uma das possibilidades de realização, de forma a possibilitar a
análise de suas respectivas vantagens e desvantagens. A partir
daí, pode-se organizar estratégias, procedimentos ou condições
que eliminam ou reduzem as incertezas e transponham as dificuldades possíveis na obtenção de um resultado esperado dentro de condições satisfatórias.
Nessa fase, pressupõe-se que já tenha sido dado o primeiro
passo, ou seja, a análise de risco padronizada na empresa tenha sido elaborada. Então, em conformidade com o item 10.11.7, passa-se à avaliação prévia e ao planejamento de ações para
realizar os serviços em instalações elétricas, considerando-se
• Definição clara dos resultados a que se quer chegar contendo prazos, qualidade dos serviços e meios disponíveis;
• Inspeção no ambiente, diagnosticando-se a realidade no local do serviço, identificando-se e analisando-se os riscos envolvidos:
- edificações (invólucros seguros, aterramento elétrico, seccionamento automático, uso do DR, etc.);
- layout (disposição dos equipamentos, espaços seguros, etc.); -
riscos
adicionais
(altura,
confinamento,
explosivas, umidade, fauna, flora, etc.).
atmosferas
• Organizar e inspecionar os equipamentos, ferramental, componentes e materiais: - estado de uso;
- testes de isolamento;
- dispositivos que permitam o travamento dos componentes de manobra.
• Verificar, reciclar e relembrar:
Planejamento de serviço eletrico
DEFINIÇÕES
PESSOAL RESPONSÁVEL
APLICAÇÃO
administradores/mantenedores
Planejamento
projetista/construtores operadores/auditores
Gestão efetiva de segurança em serviços elétricos
as seguintes questões:
APR Procedimentos AMBIENTES (Edificações, lay out, espaços, riscos adicionais...) ORGANIZAÇÃO (procedimentos, métodos e processos, ritmo de trabalho. OPERAÇÃO (Ferramentas, equipamentos, reações e perda de controle Trabalhador (Conhecimento treinamento personalidade atitudes EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (calçado, capacete3, luvas...)
Figura 1 – Planejamento do serviço em instalações elétricas
Fatores de risco em
segurança com eletricidade
ESPAÇO GUIA DE NORMAS
- normas;
• Prever a necessidade de equipamentos de avaliação
- diagramas unifilares;
tensão);
- projeto;
- procedimentos e instruções de segurança. • Conferir nos trabalhadores autorizados: - conhecimento; - treinamento;
- personalidade; - atitudes.
• Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI):
(explosímetro, medidor de umidade, terrômetro e detectores de • Coordenar as atividades conjuntas com outras equipes ou profissionais;
• Estudar a viabilidade da aplicação das medidas de segurança recomendadas, quer no procedimento quer na APR;
• Considerar emergências (reações e perda de controle);
• Analisar o grau de dificuldade para a realização das operações propostas e sua viabilidade.
- cestos aéreos;
De fato, a falta de planejamento das ações conduz,
- escadas e andaimes isolados;
que produzem precariedade e inconsistências, promovendo
- varas de manobra;
- calçado de segurança;
- vestimenta de proteção;
invariavelmente, às improvisações sistemáticas e indesejáveis dificuldades na obtenção de resultados satisfatórios (Figura 2).
- capacete; - luvas;
- outros equipamentos em função dos riscos adicionais verificados.
• Prever os materiais de sinalização e advertência (cones,
cavaletes, fitas, placas, etiquetas e outros equipamentos de sinalização e de advertência);
Figura 33 – Exemplos de materiais que devem ser ensaiados dieletricamente
Colaboraram com esta seção: Autores: João Barrico, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, diretor da Diretor da Engeletric Serviços de Eletricidade. Joaquim Pereira, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, coordenador técnico da atualização da NR 10.
133
Energia sustentável
134
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.
Metas mundiais de sustentabilidade: balanço e propostas
A partir de 1º de janeiro de 2016, as
- Quase eliminação das disparidades de
conseguiram acesso a saneamento básico, mas
Metas do Milênio da Organização das Nações
gênero nas matrículas escolares nos países em
ainda há 2,5 bilhões com acesso a instalações
Unidas (ONU), definidas no início do século
desenvolvimento.
sanitárias simples e 1 bilhão que defecam a
XXI, serão substituídas pelos objetivos e
céu aberto.
metas globais do desenvolvimento sustentável
recém-divulgadas.
necessários para atingir as metas:
Houve evolução, porém mais esforços são
Antes de falar sobre as novas metas,
- 90% das crianças em 2012 estavam matriculadas na escola primária, mas ainda há 58 milhões que devem ser inseridas na
vamos ver os resultados divulgados no último
- A fome segue diminuindo, porém, é
relatório das metas vigentes publicado pela
necessário realizar esforços adicionais para
ONU em julho deste ano.
alcançar as metas;
Apesar de alguma melhoria, as metas
- O percentual de crianças até cinco anos
estão longe de ser atingidas:
Evolução no atingimento das metas:
educação.
com atrasos de crescimento por deficiência nutricional se reduziu de 40% (1990) para
- Em 2011, as emissões globais de CO2 foram
- Redução pela metade da pobreza extrema;
25% (2012), mas ainda há 162 milhões de
quase 50% mais altas do que em 1990;
- Redução das mortes por malária e
crianças com este problema;
- A perda de biodiversidade continua alta ano a ano;
tuberculose;
- O percentual de mães que morrem no parto
- As fontes renováveis de água estão cada vez
- Redução pela metade do percentual de
foi reduzido em 45% desde 1990 a 2013, mas
mais escassas (sabemos disso aqui no Brasil).
pessoas sem acesso a água de boa qualidade
ainda ocorrem quase 300 mil mortes evitáveis;
foi atingida em 2010;
- de 1990 a 2012 quase 2 bilhões de pessoas
A Minuta Zero dos Objetivos e Metas Globais
135
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
do Desenvolvimento Sustentável, apresentada
sustentável da água e saneamento;
prover acesso à justiça e construir instituições
à Assembleia Geral da ONU no último mês
7. Assegurar acesso a energia com preço
efetivas, responsáveis e inclusivas;
de julho (ver http://sustainabledevelopment.
aceitável, confiável, sustentável e moderna;
17. Fortalecer meios de implantação e
un.org/focussdgs.html), prevê 17 objetivos e
8.
revitalizar a parceria global.
169 metas nas dimensões econômica, social e
sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
ambiental, com 15 anos para serem cumpridas.
pleno e produtivo e trabalho decente;
O documento é fruto de processo global de
9.
diálogo encerrado em 31 de agosto deste ano,
promover
incluindo o Brasil (por exemplo: evento com
sustentável e ampliar a inovação criativa;
Além disso, o objetivo 7, diretamente
setor empresarial em 27/08/14 em São Paulo).
10. Reduzir desigualdades dentro e entre países;
relacionado à energia e ao setor elétrico,
Os objetivos propostos são:
11. Tornar as cidades e assentamentos
contém oportunidades de negócios associadas
humanos inclusivos, seguros e sustentáveis;
às metas quantitativas até 2030:
Promover
Construir
crescimento
econômico
infraestrutura
industrialização
resiliente,
inclusiva
e
O setor elétrico será afetado diretamente
por vários dos objetivos (por exemplo: igualdade de gênero, mudanças climáticas).
1. Eliminar a pobreza;
12.
2. Eliminar a fome, atingir segurança
consumo e produção;
7.1 Assegurar acesso universal a serviços
alimentar e melhoria nutricional e promover
13. Tomar ações urgentes para combate às
de
a agricultura sustentável;
mudanças climáticas e seus impactos;
sustentáveis e confiáveis;
3. Assegurar vidas sadias e promover o bem-estar;
14. Conservar e usar de forma sustentável os
7.2 Dobrar a participação das energias
4. Assegurar educação inclusiva, equitativa e
oceanos, mares e os recursos marinhos;
renováveis no planeta;
de qualidade, e promover oportunidades de
15. Promover o manejo sustentável dos
7.3 Dobrar a taxa global de melhoria da
aprendizado ao longo da vida;
ecossistemas terrestres e das florestas, reverter
eficiência energética.
5. Atingir igualdade de gênero e dar poder às
a desertificação, degradação do solo e perda
mulheres e meninas;
de biodiversidade;
6. Assegurar a disponibilidade e gestão
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas,
as oportunidades também!
Assegurar
padrões
sustentáveis
de energia
financeiramente
acessíveis,
As necessidades estão colocadas na mesa e
Instalações MT
136
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.
Políticas públicas e energia limpa estamos
o processo junto às concessionárias é muito
simples incineração de lixo.
presenciando o debate de vários candidatos e, de
burocrático, fazendo com que muitos conectem sua
vez em quando, fala-se em incentivo para as fontes
geração contando apenas com a compensação que
hora de investirmos de forma eficaz em eficiência
de energia limpa.
naturalmente o medidor eletromecânico faz ao se
energética, área que permite economizar pelo menos
inverter fonte e carga.
8% do que se consome hoje no país. Outro ponto
políticas públicas que venham, verdadeiramente,
Precisamos criar condições para que os fabricantes
importante é a eliminação das perdas de origem
incentivar investimentos e afastar os fantasmas
de painéis fotovoltaicos e auxiliares se sintam em
não técnica, que sempre remetem à ineficiência e à
trazidos pela MP 579 / 2012 transformada em lei
condições de investir em instalações fabris de maior
ausência de ações do estado para garantir condições
nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013. Caso isso
porte, pois hoje temos uma capacidade de produção
mínimas de urbanização.
ocorra, podemos imaginar que o governo faça
quase insignificante, contando, basicamente, com
algo para devolver a confiança aos investidores do
importações. Isso precisa ser mudado para que o
a tarefa de entregar eletricidade com segurança e
setor de forma mais ampla (isso comprometeu
país se beneficie integralmente da nova cadeia de
rentabilidade em locais onde o Estado é totalmente
investimentos de longo prazo em geral).
investimentos que precisa ser criada. Para isso, são
ausente como se fosse parte da responsabilidade
Neste
rico
período
eleitoral
Suponhamos que isso se transforme de fato em
Além das novas fontes, também já passou da
Hoje se deposita nas distribuidoras de energia
necessárias políticas que garantam continuidade dos
destas empresas arcar com os problemas de toda a
e não adianta focar apenas em alguns elos.
processos e, portanto, de tempo para ter o necessário
sociedade. Os investidores pagam por isso, o que
Há que se incentivar toda a cadeia do processo
retorno sobre o investimento.
torna este negócio não mais tão atrativo como
que incentiva a mini e microgeração de energia,
deveria ser, de forma a garantir os investimentos
democratizando o acesso à condição de energia.
limpa a viabilização de outras fontes energéticas,
necessários.
Técnica e comercialmente perfeita, faltou fechar a
tais como biodigestores a partir de material
questão com a receita de taxar qualquer coisa! Seria
orgânico e geração a partir de resíduos sólidos
os nossos governantes se comportem com mais
tarefa do governo como política pública.
urbanos que não sejam recicláveis – ninguém
responsabilidade e tomem medidas para melhorar
minimamente inteligente pode concordar com a
nosso futuro e limpar nossa matriz energética.
Como exemplo, temos a RN 482 / 2012,
Além disso, principalmente para a minigeração,
Deve ser abordado neste quesito de energia
Vamos torcer para, passada as eleições, que
138
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena
SPDA em prédios de alvenaria estrutural – tem gente fazendo isso muito errado!
Estou desenvolvendo um trabalho de verificação
com que o sistema de proteção contra descargas
de continuidade elétrica em vergalhões de aço
atmosféricas seja o vilão da história e aumente o risco
embutidos nas paredes de prédios construídos com
de dano com possível queda da edificação?
alvenaria estrutural, que terão a função de condutores
Salvo melhor entendimento, acredito que,
de descida do SPDA – sistema de proteção contra
mesmo sendo confiável, uma edificação construída
descargas atmosféricas. Serão mais de 100 unidades
com alvenaria estrutural é bem mais frágil do que
distribuídas em seis empreendimentos diferentes,
aquelas que possuem pilares e vigas de concreto
localizados no estado de São Paulo.
armado em seu esqueleto. Nelas, determinadas
Fiz uma breve pesquisa no site da ABNT
negligências de projeto e instalação (como não
<http://www.abntcatalogo.com.br> e encontrei 14
projetar anéis intermediários a cada 20 m de
normas técnicas regulamentando a construção de
altura a partir do piso, condutores de descida em
edificações em alvenaria estruturada, os materiais
número suficiente, anel de aterramento contínuo
e os ensaios necessários (resistência mecânica
e um subsistema de captação que proporcione
de componentes, vedação e etc.), justificando a
um volume de proteção abrangente para toda a
importância de se manter este tipo de edificação em
edificação) acabam sendo minimizadas pela robustez
perfeitas condições de uso e praticamente com “risco
da estrutura. Isto também não é aceitável, pois
zero” de comprometimento da estrutura. Questionei
pode-se provocar um acidente com os estilhaços de
os engenheiros residentes, de cada obra que estive,
material que o raio desprender da edificação, porém
se aquelas edificações respeitavam as citadas normas
dificilmente o prédio irá cair, pelo menos não há
e tive 100% de respostas positivas, “senão o prédio
notícias de ocorrências nesse sentido, mas o que
cai”, disseram os mesmos.
acontecerá se um canto de parede de mais ou menos
Os resultados dos primeiros 19 ensaios de
0,5 m do prédio feito com alvenaria estrutural for
continuidade elétrica mostraram que não há a
arrancado pelo efeito da corrente de um raio?
mesma preocupação com a integridade física das
É fácil entender a gravidade da questão e a
edificações no quesito SPDA, ou há um grande
responsabilidade que envolve um “simples” projeto
desconhecimento do assunto por parte das pessoas
de SPDA em um prédio residencial nas condições
que projetaram e instalaram os vergalhões nas
mencionadas. Vejam que não considerei neste texto os
edificações. Foram encontrados resultados de
locais permitidos para execução da furação de fixação da
continuidade elétrica variando o valor entre 50 e 200
parte do sistema que não estiver embutida na alvenaria.
vezes acima do que a ABNT NBR 5419 determina
como limite máximo para validação dos vergalhões
desse tipo de sistema entendam melhor os requisitos
como elementos do SPDA.
e os conceitos do fenômeno para prédios construídos
Nesse contexto fica a questão: de que adianta tanta
com alvenaria estrutural, para que detalhem melhor
preocupação com a parte estrutural se ao se projetar o
seus projetos e, finalmente, recomendem que todos
SPDA, na grande maioria dos casos, a ABNT NBR
os SPDA sejam ensaiados corretamente antes da
5419 é negligenciada, ou mal interpretada, fazendo
ocupação do edifício.
Ficam o alerta e a sugestão para que os projetistas
NR 10
140
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
NR 12, a engenharia por decreto Nesta e na próxima coluna, serão divulgados
além do fardamento e das armas; equipagem, o
- Uma ferramenta que o ser humano utiliza para
os estudos do professor João Roberto Cogo, que
conjunto de tudo aquilo que serve para equipar,
realizar alguma tarefa.
traz uma visão muito apropriada do que significa
prover, abastecer.
o impacto de uma norma regulamentadora,
- Máquina: aparelho ou instrumento próprio
Por
quando sai dos trilhos e resolve aparecer como
para comunicar movimento ou para aproveitar,
equipamento de trabalho qualquer máquina,
norma de especificação técnica.
por em ação, ou transformar uma energia ou
aparelho, ferramenta ou instalação utilizada no
um agente natural; motor: máquina a vapor,
trabalho. E assim sucessivamente uma serie de
Ao criar uma regulamentação genérica
máquina elétrica. Esta referência relaciona
definições.
que não diferencia equipamento
uma série de máquinas, tais como: máquina
de máquina, o que também é uma
alternativa;
dificuldade no meio, cria o legislador
compositora; máquina continua; máquina
- Máquina é todo dispositivo mecânico ou
uma dificuldade jurídica, em que a não
de costura; máquina de escrever; máquina de
orgânico que executa ou ajuda no desempenho
aplicação da regulamentação provoca,
filmar; máquina rotativa, etc.
das tarefas, dependendo para isto de uma
máquina
de
papel;
máquina
outro
lado,
entende-se
como
Máquinas:
fonte de energia. Na física, é todo e qualquer
por desconhecimento, um contencioso judicial que não serve para ninguém
Nota: No glossário da NR 12, o legislador
dispositivo que muda o sentido ou a intensidade
e cria uma dificuldade ao cidadão
não definiu o que seria máquina e o que seria
de uma força;
empreendedor, posto que qualquer
equipamento, contando apenas:
- Aparelho próprio para transmitir movimento ou para utilizar e pôr em ação uma fonte natural
dificuldade encontrada poderá levar a multas por desconhecer e não ter como
Equipamento tracionado: equipamento que
aplicar a regulamentação.
desenvolve a atividade para a qual foi projetado, deslocando-se por meio do sistema de propulsão
de energia.
De acordo com a NR 12:
Nomenclatura e definições
de outra máquina que o conduz.
Máquina e equipamento: para fins de aplicação
Item 12.1 da NR 12: Esta Norma Regulamen
Norma
desta norma, o conceito inclui somente máquina
tadora e seus anexos definem referências
Regulamentadora nº 12 – Segurança no
e equipamento de uso não doméstico e movido
técnicas, princípios fundamentais e medidas de
trabalho em máquinas e equipamentos, não
por força não humana.
proteção para garantir a saúde e a integridade
As definições de máquinas e equipamentos,
largamente
empregadas
na
constam na NBR correspondente à eletricidade
física dos trabalhadores e estabelece requisitos
geral, terminologia. Estas definições acabam
Em outras publicações, também se observam
mínimos para a prevenção de acidentes e
sendo feitas por documentos não técnicos,
as seguintes definições para equipamentos e
doenças do trabalho nas fases de projeto e de
como dicionários, entre outros. De modo geral,
máquinas:
utilização de máquinas e equipamentos de todos
são de uso corrente as seguintes definições:
os tipos, e ainda à sua fabricação, importação,
Equipamentos:
comercialização, exposição e cessão a qualquer
- Equipamento: ato de equipar-se, tudo aquilo
- Conjunto de meios materiais necessários a
título, em todas as atividades econômicas, sem
que o militar necessita para entrar em serviço,
determinada atividade;
prejuízo da observância do disposto nas demais
141
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Tabela 1 – Distribuição dos motores de indução trifásicos no mercado brasileiro
valor médio de potência consumida como sendo
Faixa em CV
Distribuição em %
Potencia adotada
Porcentagem adotada
Até 1
32 a 36
0, 75
35
1 a 10
54 a 59
5
56
10 a 40
6a8
15
7,5
40 a 100
0,5 a 1
50
0,7
100 a 300
0,4 a 0,5
200
0,5
ou na média algo da ordem de 1.234.692.451
Acima de 300
Menor que 0,4
500
0,3
motores. Isto quer dizer que, no sistema
de 57,60 GW e, considerando que os motores de indução trifásicos representam 27% deste consumo, verifica-se que um número estimado entre 3.861.957.498 a 890.589.074 de motores
industrial brasileiro, precisam ser modificados, Normas Regulamentadoras - NR aprovadas
elétrica para mecânica, dentro da abrangência
no mínimo, 1,2 bilhão de acionamentos elétricos
pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978,
da NR 12. O que pode parecer é que daqui para
– número inexequível para ser realizado no
nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou
frente uma simples furadeira deverá ter duas
período proposto pela NR 12.
omissão destas, nas normas internacionais
versões, uma para uso doméstico e outra para o
aplicáveis;
industrial, o que é um contrassenso. No caso de instalações industriais, os
Este assunto continua na próxima edição.
Referências bibliográficas
Item 12.1.1 da NR 12: Entende-se como
motores são acionados localmente no painel
fase de utilização a construção, transporte,
de campo, no painel elétrico correspondente
• Ministério do Trabalho e Emprego: Norma
montagem,
ou ainda no sistema de comando e controle
regulamentadora número 12 (NR 12) Máquinas
limpeza, manutenção, inspeção, desativação e
computadorizado
e equipamentos;
desmonte da máquina ou equipamento;
operações.
instalação,
ajuste,
operação,
existente
Considerando
nas apenas
salas a
de parte
• Associação Brasileira de Normas Técnicas
industrial, os motores de indução trifásicos
(ABNT): Eletricidade Geral, Terminologia, NBR
Item 12.2 da NR 12: As disposições desta
tipicamente estão distribuídos nas faixas
5456;
norma referem-se a máquinas e a equipamentos
indicadas na Tabela 1.
• Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Novo
novos e usados, exceto nos itens em que houver
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Editor
menção específica quanto à sua aplicabilidade;
Sistema Elétrico (ONS), os valores médios mês
Positivo, 4 Edição, 2009;
a mês da carga de energia, no período de janeiro
• Cogo, J.R.; Sá, J.S.; Simões, N.W.B.; Burgoa,
Item 12.3 da NR 12: O empregador deve
de 2010 a março de 2012, conforme a evolução
J.A.: Análise do Desempenho de Motores Trifásicos
adotar medidas de proteção para o trabalho em
mensal no Sistema Interligado Nacional (SIN),
Nacionais - Revista Eletricidade Moderna - Ano
máquinas e equipamentos, capazes de garantir
são indicados na Tabela 2.
XXI, no 227 - fevereiro 1993, páginas 26 a 39;
a saúde e a integridade física dos trabalhadores,
Desde 1980 são comercializados no Brasil
• Cogo, J. R. e Outros: - Relatório Técnico Final
e medidas apropriadas sempre que houver
algo em torno de 440.000 motores por ano e
Referente a Avaliação do Desempenho dos Motores
pessoas com deficiência envolvidas direta ou
estima-se que os motores elétricos na indústria
Elétricos Trifásicos - Convênio EFEI / FUPAI /
indiretamente no trabalho.
brasileira consumam o equivalente a 60%
ELETROBRÁS / CEMIG / PROCEL. - 1990;
da eletricidade no setor secundário e 27%
• Garcia, A.G.P., Impacto da Lei de Eficiência
Portanto, a NR 12, de acordo com sua
do consumo brasileiro, porém, também são
Energética para Motores Elétricos no Potencial
abrangência, verifica-se a aplicação desde uma
utilizados nos outros setores, o que eleva a sua
de Conservação de Energia na Indústria, RJ,
furadeira, uma geladeira, uma máquina de
participação no mercado energético.
Dezembro de 2003;
lavar roupa, etc., que esteja fora do ambiente
Na Tabela 2 observa-se que o valor mínimo
• Neto, M.M., Análise dos Movimentos de
residencial
nas
do consumo médio no SIN foi de 54,503
Inovação Tecnológica e Regulamentação Aplicada
definições mais complexas em instalações
MW e no máximo de 63,694 MW, no período
a Motores Elétricos para Melhoria da Eficiência
industriais, havendo a conversão de energia
analisado. Adotando-se como base de cálculo o
Energética no Brasil, Revista Engenho, Jundiaí - SP.
(doméstico),
sem
entrar
De acordo com o Operador Nacional do
Tabela 2 – Evolução da potência média no SIN entre 2010 e 2012
Mês (em [MW] médios) Ano
Jan.
Fev.
Mar.
2012
59.551
62.811
63.694
2011
58.377
61.050
2010
55.572
58.333
Abr.
Mai.
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
58.783
57.986
56.653
55.910
56.516
58.441
58.430
58.416
58.694
59.086
58.532
55.752
55.261
54.503
55.010
55.326
56.669
56.253
57.244
57.709
Energia com qualidade
142
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Quando “as coisas” partem Parte 3B – A velocidade de manobra
Além da isenção de transientes (tratado na edição anterior), outro
tema que merece atenção é a velocidade de manobra dos capacitores. Considerando-se que a velocidade de manobra das cargas pode ser extremamente rápida, é de se esperar que ocorram flutuações de tensão durante os instantes de variação da carga, em outras palavras, a tensão irá flutuar em função da solicitação da carga à rede em que está conectada.
Quando compensadores de energia reativa estão ligados a sistemas
Figura 1a – Esquema de ligação de TCs em loop fechado. Fonte: Elspec.
em que grupos de cargas rápidas e variáveis estão conectadas, por conta da potência de curto-circuito das fontes, os resultados podem ser amplificados em função das variáveis envolvidas (comportamento da carga, do compensador e capacidade da fonte). Sob o ponto de vista da qualidade da energia, deve-se priorizar a regulação da tensão, que será melhor à medida que estiver mais próxima da nominal, independentemente do comportamento da carga.
Nesta situação, a energia reativa consumida pela carga deveria ser
injetada (compensada pelos capacitores) na mesma proporção. Além da preocupação apresentada no artigo anterior, relacionada aos transientes causados por sistemas de compensação durante os instantes de manobra (conexão e desconexão), outro ponto deve ser considerado: o tempo de injeção de energia reativa após a conexão da carga e principalmente de desconexão após a saída da carga.
Sistemas estáticos de compensação de energia reativa possuem,
em função de suas concepções de construção e mesmo de algoritmos de controle, condições diversas de operação. Há de se considerar o sistema de controle em “loop fechado”, situação em que o controle é efetuado pelo TC de leitura de cargas e capacitores, ou em “loop aberto”, situação em que o controle é feito pelo TC ligado na carga exclusivamente. Ver ilustração nas Figuras 1a e 1b.
Nessas situações, os TCs alimentam o sistema de controle que
efetua o controle da injeção de potência reativa. Ensaios desenvolvidos em laboratório e que simularam uma situação típica nos ajudam a interpretar os efeitos. Como exposto, a situação resultante será
Figura 1b – Esquema de ligação de TCs em loop aberto. Fonte: Elspec.
diferente “caso a caso” em função do tipo da instalação (potencia de curto circuito), comportamento da carga e manobra dos capacitores.
Os ensaios desenvolvidos em laboratório (com controle em loop
fechado) consideraram a inserção e desligamentos de uma carga com consumo de reativo específico e compensação de energia reativa por três sistemas estáticos distintos com tempos de manobra de: a) 1,8 segundos b) 100 milissegundos c) 16 milissegundos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Os resultados seguem nos gráficos que se seguem e o comportamento
da carga segue na Figura 1.
Sem compensação reativa, o afundamento de tensão depende
totalmente do comportamento da carga, no instante em que o reativo é consumido pela carga, a tensão chega a apresentar um afundamento superior a 10%.
O primeiro sistema a ser avaliado é um sistema considerado como
lento com resposta plena em 1,8 segundo com manobra dos capacitores grupo a grupo (manobra não simultânea). As figuras que se seguem detalham “zoom” de início e final da operação da carga.
143
Energia com qualidade
144
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Da análise detalhada dos períodos em que as cargas são inseridas e
Apesar da resposta mais rápida, observa-se, durante três ciclos,
desligadas, observa-se:
a ocorrência de sobretensão que pode ser importante em função da
- No instante de início de operação da carga, observa-se que a tensão
sensibilidade das cargas ligadas aos barramentos.
somente se estabiliza quando todos os grupos são inseridos, existe uma
clara dependência da tensão com a falta de compensação reativa;
c) e as que se seguem com detalhes.
A compensação em um ciclo otimiza a operação conforme a figura
- Já no instante do desligamento da carga, o atraso do desligamento do sistema de compensação causará sobretensão em função das relações citadas (potência de curto e reativo injetado sem consumo de reativo pela carga);
A compensação em cinco ciclos e manobra também não simultânea
têm um comportamento mais favorável que o anterior.
A compensação em um ciclo permite que o sistema se estabilize neste
período. Adicionalmente, os grupos de capacitores são manobrados simultaneamente em função da característica própria do controle deste compensador.
O ensaio efetuado confirma as previsões iniciais e serve como
subsídio para especificações de sistemas de compensação reativa, não só a manobra estática ao controle, mas também a capacidade do sistema de manobrar os grupos simultaneamente, em qual intervalo de tempo a manobra é efetuada, quais são os efeitos na tensão do sistema e onde fontes, cargas e compensadores estão conectados.
Instalações Ex
146
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
IECEx realiza reuniões na Holanda sobre os sistemas de certificação abrangendo todo o ciclo de vida das instalações “Ex” Foram realizadas na cidade de Haia, na
Sistemas internacionais de certificação do IECEx com a abordagem do ciclo total de vida das instalações “Ex” (com base em normas internacionais ISO e IEC)
Holanda, em agosto deste ano, as reuniões plenárias do IECEx – IEC System for Certification to Standards relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres. Estas reuniões contaram no total com a presença de 144 delegados, representantes dos seguintes 29 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Estados Unidos, Federação Russa, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Israel, Itália, Japão, Malásia, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia e Suíça. Os delegados presentes nestas reuniões representam organismos de certificação de pessoas, organismos de certificação de produtos, provedores de treinamento, laboratórios de ensaios, centros de pesquisas, fabricantes de equipamentos “Ex”, empresas usuárias de serviços e equipamentos “Ex” dos setores químico, petroquímico e de petróleo (marítimo e terrestre), oficinas de serviços de reparos de equipamentos para atmosferas explosivas e instituições de ensino.
Foram discutidos nestas reuniões diversos
assuntos referentes à atualização dos sistemas internacionais de certificação de empresas de prestação de serviços, de competências pessoais e equipamentos “Ex”, com destaque para o ciclo total de vida das instalações contendo atmosferas explosivas.
Estes certificação
sistemas de
visam
fornecer
conformidade
uma única,
Dentre os objetivos do IECEx estão também
a
aceitação
mundial
de
uma IEC
única
base as normas técnicas da IEC elaboradas
elaborada pelo TC-31, uma única marcação
pelo Comitê Técnico TC-31 – Equipment for
internacional para os equipamentos “Ex” e
Explosive Atmospheres.
um único certificado de conformidade para
a competência das pessoas, das empresas de
O IECEx tem por objetivo atender às
normalização
internacional
reconhecida internacionalmente, tendo como
necessidades do mercado da certificação não
prestação de serviços e equipamentos “Ex”.
somente de produtos “Ex”, mas também
O IECEx é caracterizado por possuir
de empresas de prestação de serviços para
sistemas de certificação na área “Ex” totalmente
atmosferas explosivas, tais como empresas
baseados em normas internacionais da série
projetistas, de montagem, de inspeção, de
IEC 60079, elaboradas pelo TC-31 da IEC –
manutenção e de reparos, bem como um
Equipment for Explosive Atmospheres, onde
sistema de certificação de competências
o Brasil ocupa a posição de membro do tipo
pessoais para trabalhos em áreas classificadas.
“P” (participante).
147
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Sistemas IECEx para certificação empresas de prestação de serviços para atmosferas explosivas, com as respectivas normas técnicas e as unidades de competências pessoais “Ex” aplicáveis
Outra característica importante do IECEx
Estes
documentos
operacionais
em
é que os sistemas de certificação abrangem
português foram elaborados pelo Subcomitê
todo o ciclo total de vida das plantas
SC IECEx BR do Cobei e se encontram
industriais que possuem áreas classificadas,
disponíveis no site do IECEx para acesso
incluindo a certificação das competências
público.
das pessoas que nela trabalham, bem como
Em
a certificação das empresas prestadoras de
operacionais do IECEx escritos em português
serviços para este tipo de instalações, como
foi incluída uma nota sobre a referência às
os serviços de classificação de áreas, projeto,
normas brasileiras NBR IEC e NBR ISO,
montagem, inspeção, manutenção e as oficinas
publicadas pela ABNT, transcrita a seguir:
cada
um
destes
documentos
de serviços de reparos de equipamentos "Ex".
Foi anunciada nesta reunião do IECEx
NOTA: Ao longo deste documento
na Holanda que a UL do Brasil efetuou sua
operacional IECEx, escrito em português,
inscrição como organismo de certificação de
as normas IEC ou ISO referenciadas são
produtos “Ex” e de competências pessoais
indicadas como normas NBR IEC ou NBR
“Ex”.
ISO. Isso se deve ao fato de que tais normas
O Brasil é um país-membro do IECEx
são também escritas em português e são
desde 2009 e possui um Organismo de
idênticas, em conteúdo técnico, forma e
Certificação
apresentação, sem desvios nacionais, em
de
Produtos
“Ex”
(ExCB)
acreditado para a emissão de certificados
relação às respectivas normas internacionais
internacionais dentro do sistema IECEx de
IEC ou ISO.
certificação de equipamentos desde 2011. Foram destacados pelo Secretário do
Estes
IECEx, durante as reuniões realizadas na
português, idênticos em conteúdo técnico,
Holanda, os trabalhos realizados pelo Brasil,
formato e apresentação em relação aos
na
respectivos
elaboração
de
diversos
documentos
documentos
operacionais
documentos
em
operacionais
operacionais, escritos em português, sobre
originais em inglês, encontram-se disponíveis
a certificação de empresas de prestação
na página dos documentos operacionais do
de serviços “Ex” (incluindo serviços de
IECEx, no seguinte endereço: http://www.
projeto, instalação, inspeção, manutenção e
iecex.com/operational.htm.
também as oficinas de serviços de reparo de
equipamentos “Ex”) e sobre a certificação de
"Ex" estabelecidas no documento operacional
competências pessoais “Ex”.
IECEx OD 504 são as seguintes:
As dez unidades de competências pessoais
Instalações Ex Unidade de
148
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Atividade abrangida pela unidade de competência Ex
Competência Ex Ex 001
Aplicação dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas
Ex 002
Execução de estudos de classificação de áreas
Ex 003
Instalação de equipamentos com tipos de proteção “Ex” e respectivos sistemas de fiação
Ex 004
Manutenção de equipamentos em atmosferas explosivas
Ex 005
Reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “Ex”
Ex 006
Ensaios de equipamentos e instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
Ex 007
Execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos e instalações em, ou associadas a atmosferas explosivas
Ex 008
Execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
Ex 009
Projeto de instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
Ex 010
Execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
Durante as reuniões do IECEx, foi
apresentado pela ONU um seminário sobre a
“Marco
Foi divulgado que o trabalho intitulado
aplicação dos sistemas de certificação elaborados
Equipamentos Utilizados em Ambientes de
pelo IECEx, os quais incorporam as melhores
Atmosferas Explosivas”, elaborado pela ONU
• É um dos objetivos da normalização “Ex”
práticas internacionais sobre certificação de
em 2011, encontra-se agora disponível em
do Brasil e da IEC, bem como os sistemas
empresas de prestação de serviços em áreas
diversas línguas, incluindo português, espanhol,
de certificação do IECEx, a contribuição
classificadas, de competências pessoais em
francês, inglês, árabe, chinês e russo.
para a melhoria na qualidade de vida, pela
atmosferas explosivas e de equipamentos “Ex”.
Este documento encontra-se disponível
contribuição para a elevação dos níveis de
Regulatório
Comum
para
reuniões gerais e plenárias do IECEx realizadas na Holanda em 2014:
A ONU tem trabalhado em conjunto com
em português no site da IEC → Brochures →
segurança industrial, para a saúde e para a
o IECEx e com a IEC no sentido de promover,
Conformity Assessment: http://www.iec.ch/
proteção dos trabalhadores e do meio ambiente;
entre todos os países-membros, a harmonização
about/brochures/pdf/conformity_assessment/
• A existência de programas internacionais de
e o alinhamento dos diversos regulamentos
IEC_A%20Common%20Regulator y%20
certificação elaborados pelo IECEx abrangendo
nacionais existentes, com os requisitos dos
Framework_UN_Pt.pdf
o ciclo total de vida das instalações, tais como de
sistemas de certificação do IECEx, os quais tem como abordagem principal a segurança durante
empresas de serviços e de competências pessoais Conclusões
e
considerações
sobre
as
“Ex”, servem para preencher uma grande
todo o ciclo de vida das instalações contendo atmosferas explosivas.
Estes esforços, que possuem como base a
elevação dos níveis de qualidade de vida e de segurança das pessoas e instalações “Ex”, devem também buscar a redução de barreiras comerciais e legais, na medida em que os diversos países busquem reduzir os requisitos específicos e particulares, referentes aos processos nacionais para a certificação de equipamentos “Ex”. Foi destacado, neste seminário, o apoio dado pela ONU aos sistemas de certificação do IECEx, na aplicação dos sistemas de certificação de equipamentos “Ex”, oficinas de serviços de reparos e de competências pessoais para atmosferas explosivas, abrangendo todo o ciclo de vida das instalações “Ex”.
Panorama geral dos sistemas de certificação do IECEx abrangendo empresas de prestação de serviços “Ex”, competências pessoais “Ex” e equipamentos para atmosferas explosivas
149
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Representantes do Brasil nas reuniões gerais do IECEx 2014 em Haia / Holanda.
“lacuna” existente no processo de certificação
de um sistema de certificação de competências
em atmosferas explosivas e certificação de
“Ex”. Estes processos complementares são
pessoais “Ex” totalmente com base nos
equipamentos “Ex” fazem com o que sejam
necessários para o aperfeiçoamento do processo
documentos operacionais do IECEx faz com
disponibilizados no Brasil, novos horizontes
de elevação dos níveis de segurança das
que sejam aplicados no Brasil os mesmos
para a certificação sob o enfoque do ciclo total
instalações industriais em áreas classificadas,
requisitos de avaliação de conhecimentos,
de vida das instalações industriais contendo
requeridos, por exemplo, por empresas das áreas
habilidades e experiências que são requeridos
atmosferas explosivas.
de petróleo, petroquímica, química, açúcar,
internacionalmente para a certificação de
etanol, farmacêutico, de alimentos, grãos e
competências pessoais “Ex”.
Mais informações sobre as reuniões do
postos de combustíveis.
• A inscrição, pela UL do Brasil, para o processo
IECEx na Holanda em 2014 podem ser
• O lançamento pela Associação Brasileira de
de acreditação pelo IECEx nos sistemas
encontradas
Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi)
de
thehague/meeting_documents.html
certificação
de
competências
pessoais
em:
http://www.iecex.com/
Dicas de instalação
150
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Análise dos resultados do teste de fator de potência Como as diretrizes adotadas pelo setor podem confundir o usuário Por Jill Duplessis*
Atualmente, a medição do fator de potência na
os enrolamentos (CHL) ficou contaminado de
exemplo) do sistema de isolamento. O grau de
frequência da rede é um dos testes de campo mais
forma geral e uniforme, ou se a maior parte do
contaminação não será detectado até atingir um
usados no setor elétrico para facilitar uma avaliação
sistema de isolamento, entre os enrolamentos, está
determinado nível e ser visível na linha de visão da
de rotina da condição dielétrica de um ativo de
funcionando adequadamente e uma área localizada
medição isolada do fator de potência na frequência
energia no campo.
está com contaminação extremamente elevada.
do sistema.
O fator de potência pode ser eficaz para
A segunda situação trata de um defeito
determinar, em um nível geral, se um sistema
localizado e uma condição mais séria que
Incapacidade de classificação do problema
de isolamento está limpo e seco, ou se não está
geralmente exige ação imediata, portanto, é vital
mais apresentando um desempenho eficiente ou
se ter a habilidade de diferenciar as duas situações
está mais desempenhando o teste adequadamente,
adequado. Mas será que o setor elétrico espera
(uma contaminação dispersa ou uma contaminação
é impossível diferenciar e caracterizar essas perdas,
muito dessa medição? Compreender as limitações
localizada.) Não é possível fazer isso com a medição
o que pode indicar umidade, envelhecimento,
dessa ferramenta de diagnóstico não só responde a
do fator de potência. Consequentemente, os
contaminação, condutividade do óleo isolante ou
essa pergunta, como também em conjunto com as
usuários têm sido advertidos de que é importante
alguma combinação desses fatores.
conclusões de um teste semelhante (o teste de fator
separar e testar a menor seção possível de um sistema
Quando essas limitações são consideradas
de potência de frequência variável) e mostra porque
de isolamento para minimizar uma influência
em conjunto com as abordagens disponíveis para
a abordagem normalmente usada para a análise dos
média, na qual os detalhes sobre a condição do
analisar os resultados do teste de fator de potência,
resultados do teste de fator de potência pode levar a
sistema de isolamento se perdem. Quanto menor o
o usuário começa a perceber que a avaliação do
decisões ruins e deve ser repensada.
componente de isolamento testado, maior é o nível
fator de potência não é simples. As ferramentas
de detalhamento obtido.
fornecidas para facilitar a tarefa (diretrizes, limites
Limitações
As limitações de uma medição isolada do fator
de potência na frequência da rede incluem:
Quando se determina que um sistema não
e banco de dados) podem confundir. O resultado Ponto cego
é que o usuário, em última análise, não está
sendo bem atendido pela ferramenta, na qual tem
A medição do fator de potência padrão na
frequência da rede possui algo semelhante a um
depositado plena confiança.
"ponto cego". Condição média
A medição do fator de potência representa a
há muito tempo, esse é um dos fatores mais
Para os profissionais que usam essa metodologia
condição média do isolamento total do sistema que
preocupantes da medição, especialmente quando
número que reflete a eficiência do dielétrico em
está sendo testado.
ele reflete em suas ramificações de longo alcance.
cumprir seu propósito de manter o isolamento
Entendendo o fator de potência De modo geral, o fator de potência é um
Essa é uma das limitações da medição do
Isso significa que um sistema de isolamento pode
elétrico entre pontos de diferentes potenciais em
fator de potência que é reconhecida há décadas.
estar contaminado com umidade, por exemplo,
um equipamento elétrico. O isolamento executa
Isso significa, por exemplo, que não há como ter
mas o nível de contaminação ainda não está
melhor sua função quando está limpo, seco e sem
certeza de que uma medição elevada de fator
"visível", então o resultado do fator de potência é
vácuo. Quando o isolamento fica contaminado
de potência de CHL (Condição de Isolamento
afetado. Consequentemente, a medição do fator
em um grau suficientemente grande, há uma
entre os enrolamentos de alta e baixa tensão) de
de potência permanece inalterada mesmo com
alteração no fator de potência na frequência da rede
0,6% indica se o sistema de isolamento entre
o aumento da contaminação de umidade (neste
(geralmente um aumento). Geralmente, um fator
151
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
de potência menor (por exemplo, perto de zero)
podem confundir o usuário, considere o seguinte.
representa um sistema de isolamento em melhores
Se uma medição geral do fator de potência para
condições.
CHL apresentar um resultado do teste de fator de
Três abordagens para análise do fator de potência
potência de 0,45%, isso seria considerado aceitável de acordo com as diretrizes gerais aceitas pelo setor. No entanto, se resultados de testes anteriores estiverem disponíveis e forem pesquisados, pode-se
Há diversas abordagens para a análise do fator
descobrir que o transformador foi testado no ano
de potência em prática no setor, incluindo:
anterior e que o resultado desse teste de CHL foi
1) Comparação com o nível de referência ou com
0,2%! Agora o resultado de 0,45% do teste mais
os resultados de testes anteriores. Quando há mais
recente se tornou preocupante.
de um resultado de teste anterior disponível, é
possível fazer a análise de tendências;
do teste com os resultados do teste de um
2) Comparação com os limites ou com as diretrizes
equipamento similar conforme encontrado no
gerais;
banco de dados. É importante observar que um
3) Comparação com um equipamento similar em
banco de dados, do qual os limites do fator de
um banco de dados.
potência fornecidos na Tabela 1 são casualmente
A terceira abordagem é comparar os resultados
derivados, também não é uma ferramenta Apesar das limitações de uma medição
totalmente confiável para avaliação dos resultados
isolada do fator de potência na frequência da rede
do teste de fator de potência, especialmente devido
como ferramenta de diagnóstico, enumeradas
ao ponto cego do fator de potência.
anteriormente, e apesar da abordagem analítica,
a abordagem mais confiável é a primeira – a
potência de frequência variável, o teste semelhante
comparação com o nível de referência ou com
para uma medição do fator de potência tradicional
os resultados de testes anteriores e a análise de
e a ferramenta que expõe o ponto cego a 60 Hz.
tendências.
A medição do fator de potência de frequência
Ao efetuar a comparação com os resultados de
variável é composta por oito medições individuais
um teste anterior, espera-se que não haja alteração
do fator de potência em frequências distintas entre
no fator de potência de um componente de
15 Hz e 400 Hz. A análise do fator de potência
isolamento. Uma alteração exigirá investigações
de frequência variável é baseada principalmente
adicionais para validar o resultado do teste de
na análise visual. Quando as perdas condutivas
fator de potência. Se identificado que a alteração
são insignificantes no sistema de isolamento de
representa o isolamento, será necessário executar
um transformador, o comportamento do fator de
mais testes dielétricos de busca, como o fator de
potência em comparação com a frequência é tal
potência de frequência variável ou medições da
que o fator de potência é menor a 15 Hz, aumenta
resposta dielétrica. Ainda assim, devido ao ponto
progressivamente e é maior a 400 Hz. O formato
cego, não é possível supor que, como não houve
da curva resultante é mostrado na Figura 1.
alteração no resultado do fator de potência,
também não houve alteração no estado do sistema
contaminado com perdas condutivas, o formato
de isolamento.
da curva do fator de potência de frequência variável
A segunda abordagem para avaliação dos
muda e fica no formato de um "anzol" virado para
resultados do teste de fator de potência é aplicar os
cima nas frequências mais baixas na faixa de 15 Hz
limites que compõem as diretrizes gerais fornecidas
a 400 Hz. Já na frequência do sistema, o fator de
na Tabela 1. É importante ressaltar que o uso e a
potência pode não apresentar nenhuma alteração.
aplicação dessas diretrizes podem resultar em uma
A Figura 2 exibe resultados de teste que
avaliação imprecisa, o que nos faz questionar se
exigem mais investigação e neste exemplo estavam
essas diretrizes mais ajudam ou atrapalham. As
associados a um transformador que apresentou
diretrizes fornecidas na Tabela 1 são da norma IEEE
posteriormente um conteúdo de água estimado de
62-1995; modificações nessa tabela estão previstas
3,4% em papel.
no futuro.
É importante observar que um outro
transformador idêntico ao transformador exibido
Como exemplo de como essas diretrizes gerais
Por exemplo, nos voltamos para o fator de
À medida que o sistema de isolamento fica
Dicas de instalação
152
Tabela 1 – Características de diagnóstico recomendadas (norma IEEE 62-1995)
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
na Figura 2 também foi testado. A Figura 3 fornece os resultados desses testes, complementando e sobrepondo os resultados já fornecidos na Figura 2. Apesar de o CHL ser 0,4% para os dois transformadores na frequência de 60 Hz, em um caso, a condição do sistema de isolamento de CHL é considerada aceitável (transformador B com um conteúdo de água posteriormente identificado como 1%) e no outro foi considerada inaceitável (transformador A com um conteúdo de água de 3,4%, conforme determinado anteriormente).
Esse é um exemplo convincente que ilustra
que, apesar de os resultados do teste de fator de potência de 60 Hz serem os mesmos para dois equipamentos separados, mas similares, isso não pode ser interpretado como um indicador confiável de que os ativos estão na mesma condição; mesmo assim, essa é a premissa sobre a qual o uso de um banco de dados funciona.
Portanto, assim como pode ser equivocado
confiar nas diretrizes fornecidas na Tabela 1 para uma análise, também pode ser equivocado confiar em uma comparação dos resultados do fator de potência de equipamentos similares como uma medição para provar que o resultado do teste de Figura 1 – Resultados aceitáveis do teste de fator de potência de frequência variável.
fator de potência de um equipamento é aceitável.
A esperança do mencionado anteriormente é
que isso aumente a consciência do usuário sobre as armadilhas ao analisar os resultados do teste de fator de potência. E para que o valor da medição padrão do fator de potência não se torne completamente minimizado, é importante mencionar que uma das vantagens da medição tradicional do fator de potência é que geralmente ela pode ser realizada em uma tensão de teste muito superior à tensão dos testes de fator de potência de frequência variável Figura 2 – Resultados inaceitáveis do teste de fator de potência de frequência variável.
e que alguns problemas dielétricos exigem uma tensão mais alta para serem identificados. Portanto, o autor não sugere que o diagnóstico de fator de potência seja substituído por medições de fator de potência variável, mas nenhuma das duas opções deve ser usada de forma isolada. Jill Duplessis é gerente de soluções de diagnósticos e testes para transformadores na Omicron. Possui mais de quinze anos de experiência na avaliação da condição de ativos de subestações e é considerada especialista em diagnósticos de transformadores de potência,
Figura 3 – Exemplo do "ponto cego" de uma medição tradicional do fator de potência.
incluindo novas tecnologias de teste.
Referências técnicas
154
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Escalas, unidades e medidas empregadas no dia a dia do engenheiro eletricista.
Motores elétricos Dados mecânicos A carcaça é a estrutura que tem a
Carcaças 63 a 132M/L
função de suporte do conjunto (feito de ferro fundido, aço ou alumínio injetado) e com aletas para refrigeração. Produzida de material robusto para dar sustentação e proteção ao motor, a carcaça tem sua fabricação baseada, principalmente,
na
sua
aplicação
e
exposição. De acordo com o professor Emerson Serafim, do Instituto Federal de
Carcaças 160M a 200L
Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, para motores de uso doméstico ou
cujo
equipamento
a
que
serão
acoplados provém proteção o suficiente, a carcaça não passa de um sustentáculo para as chapas do estator. “Em aplicações em que o motor ficará exposto a atmosferas agressivas ou mesmo explosivas, a proteção mecânica não é o suficiente e vedações e pintura diferenciada são usadas de modo
Carcaças 225S/M a 355M/L
a tornar a carcaça resistente às agressões que encontrará”. O
material
mais
comum
para
a
carcaça nos motores industriais é o ferro fundido, elemento que apresenta boa condutibilidade térmica, essencial para motores blindados.
As ilustrações técnicas a seguir, assim
como as duas tabelas, trazem informações essenciais para o especificador e para o projetista que atuam neste segmento. Os dados técnicos são baseados na série ABNT NBR 15623, que diz respeito a Máquinas elétricas girantes – Dimensões e séries de potências para máquinas elétricas girantes – padronizações
Carcaça 355A/B
155
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Tabelas de carcaças de motores
(*) Dimensão para 2 polos. Observação: Para as carcaças IEC, o prefixo “L” significa atender aos níveis de rendimento Premium. Essa diferenciação ocorre devido ao aumento do comprimento total do motor. Tabelas e ilustrações técnicas foram extraídas do catálogo técnico “W22 – Motor elétrico trifásico”, da Weg. Disponível em: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-w22motor-trifasico-tecnico-mercado-brasil-50023622-catalogo-portugues-br.pdf
Espaço IEEE
156
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Setor elétrico precisa de novas tecnologias para enfrentar fenômenos naturais e ambientais e evitar aumento dos “apagões Por Vitor Gardiman e Osmar Pinto Jr.*
Recentemente, o Tribunal de Contas da União
tendo como consequência corte de carga,
avaliação dos resultados referentes ao percentual
(TCU) divulgou estudo relativo à confiabilidade e
desligamento de outro componente, dano em
de
à continuidade do suprimento de energia elétrica
equipamento ou violação a limites operativos.
naturais, considerando esta causa como a causa-
na rede básica do sistema interligado (SIN), com
Em
de
raiz ou causa inicial da interrupção, assumindo
vistas a subsidiar futuras ações de controle. Este
perturbações registradas no SIN durante o
que possa haver causas secundárias associadas
artigo tem como objetivo fazer uma análise deste
período de estudo, o RE adota uma amostra
à propagação do evento. Estas interrupções
relatório, daqui para frente abreviado como RE,
de 46 perturbações com base em características
representam 13% dos casos identificados logo
visando mostrar a necessidade do desenvolvimento
qualitativas (região/estados atingidos, setores
após suas ocorrências e 17% quando as análises
de novas tecnologias para o monitoramento
envolvidos, época) e quantitativas (magnitude
são feitas posteriormente, com base nos Relatórios
de fenômenos naturais e ambientais, a fim
e tempo para recomposição) julgando que
de Análise de Perturbações (RAP). Tal número
de contribuir para a garantia da qualidade de
“pudesse representar com certa fidedignidade
deve ser visto como preocupante, ainda mais se
fornecimento de energia.
o comportamento existente no universo dos
levarmos em conta um possível aumento deste
virtude
do
grande
número
interrupções
causadas
por
fenômenos
Na sua preparação, o RE contou com a
eventos”. Exemplos de apagões incluídos na sub-
percentual à medida que a complexidade do SIN
participação do Ministério de Minas e Energia
amostra foram aqueles ocorridos no Nordeste em
tende a aumentar com a participação crescente
(MME), da Agência Nacional de Energia
setembro de 2012 e agosto de 2013, no Centro-
de fontes de energias renováveis, inserção das
Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do
Oeste e Sudeste em outubro e dezembro de 2012,
redes inteligentes, geração cada vez mais distante
Sistema Elétrico (ONS), e, indubitavelmente,
e o apagão associado ao sistema de transmissão
dos centros de carga, entre outros aspectos.
trata-se de uma iniciativa inovadora e meritória
de Itaipu, em novembro de 2009, que atingiu 18
Esta preocupação é consistente com as
que visa identificar questões relacionadas às
estados brasileiros.
considerações finais do RE, onde adverte-se que,
perturbações de grande porte verificadas na Rede
O RE apresenta um levantamento das
“Pelo exposto, se mostra patente um SIN que
Básica do SIN nos últimos oito anos (agosto de
causas das perturbações selecionadas e tem como
exigirá cada vez mais dos agentes, em termos de
2005 a agosto de 2013), denominados no RE
objetivo evitar ou minimizar a reincidência
mecanismos de investigação, nos casos de futuros
como “apagões”. Conforme mencionado no RE
dessas ocorrências, mitigando, com isso, as suas
blecautes. Em suma, as ferramentas de apuração
o termo “apagão” restringiu-se às perturbações
consequências. O RE destaca que são várias
das causas deverão evoluir num ritmo condizente
ocorridas na rede básica do SIN (tensão superior
as causas que podem levar aos apagões: falta
com o aumento da complexidade do SIN, a fim
a 230 kV) e, portanto, não contemplam
de investimentos em estrutura e tecnologia;
de evitar o desempenho insatisfatório aferido
as perturbações ocorridas no âmbito das
insuficiência de manutenção e de substituição de
no que tange, por exemplo, ao tempo médio de
concessionárias distribuidoras de energia elétrica.
equipamentos ultrapassados; ausência de sistemas
interrupção”.
O RE também destaca que, para o seu correto
de proteção da rede e de prevenção de variações
Outro aspecto relevante com respeito às
entendimento, é necessário que os apagões
na tensão; aparelhos fora do padrão; problemas
interrupções causadas por fenômenos naturais é
estudados “não devam ser confundidos com os
estruturais em subestações; falhas humanas; erros
que estes eventos em geral costumam ter maior
problemas advindos de questões associadas ao
de comando; fenômenos naturais, como vento,
magnitude – corte de carga maior que 1.000
risco de racionamento” e que uma perturbação
chuva, raios e incêndios na faixa de servidão,
MW) e maior tempo médio de recomposição do
seja compreendida como um desligamento
entre outros.
SIN (definido com a razão entre a energia não
forçado de um ou mais componentes do SIN,
Neste artigo, iremos nos concentrar na
suprida e a carga média interrompida. Isto é, os
157
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
fenômenos naturais tendem a provocar apagões
sua menor suportabilidade elétrica e mecânica.
com maior abrangência e mais prolongados,
Referência
Em consonância com os resultados e
[1] Relatório de Levantamento de auditoria Grupo
implicando
a
recomendações do RE, tem-se observado
I – Classe V – Plenário TC-029.389/2013-5.
sociedade. Embora não haja menção à tendência
nos últimos anos iniciativas voltadas para o
Confiabilidade e continuidade do suprimento de
crescente de ocorrência de eventos relacionados
desenvolvimento de novas tecnologias com
energia elétrica na rede básica do sistema interligado
a fenômenos naturais ou ambientais, tal aspecto
o objetivo de minimizar os impactos dos
– SIN. Informações com vistas a subsidiar ações de
é preocupante à medida que um número cada
fenômenos naturais e ambientais sobre o SIN e
controle futuras, agosto de 2014.
vez maior de evidências sugere que os eventos
o setor elétrico em geral. Tais desenvolvimentos,
meteorológicos extremos – passíveis de causar
na sua maior parte, tem o apoio do Programa
*Vitor Gardiman é engenheiro
interrupções devido a causas naturais, tais como
de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.
eletricista, autor de vários projetos
chuvas de grande intensidade, grande incidência
Como exemplo dessas iniciativas, existem
de inovação publicados na mídia.
de raios e vendavais – estão aumentando em
alguns projetos desenvolvidos pelo Grupo de
Foi diretor da EDP GRID Gestão de
nosso país. Esta última preocupação é de certa
Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe em
Redes Inteligentes de Distribuição,
forma compartilhada pelo RE, que sugere a
parceria com a EDP, Chesf, Coelba e o recente
presidente do Conselho de Diretores
necessidade de se buscar “investir cada vez mais
projeto estratégico “Gestão dos Impactos de
da UTCAL-Utilities Telecom Council
nos programas empregados para se antecipar a
Eventos Climáticos Severos no Setor de Energia
América Latina e membro do IEEE.
esses eventos com a tempestividade adequada
Elétrica” com o Grupo Energisa. Contudo, diante
Osmar Pinto Jr. é engenheiro
e, adicionalmente, projetar as contingências do
da evolução dos estudos científicos, tecnologias
eletricista, mestre e doutor pelo
SIN de maneira a minorar os efeitos negativos
dos equipamentos e softwares, muitas outras
dessas causas”. Além disso, esta tendência tem
iniciativas estão sendo idealizadas e, com certeza,
impactos mais graves se levarmos em conta que
serão necessárias para impedir um aumento dos
interrupções causadas por tais fenômenos afetam
apagões num cenário climático mais adverso e
mais as redes de média e baixa tensão, devido a
um SIN mais complexo que o futuro nos projeta.
em
maiores
inconvenientes
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), pós-doutor pela Universidade de Washington e Nasa.
Ponto de vista
158
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
O esgotamento do modelo atual das empresas de energia
Após mais de 100 anos estabelecida, a indústria
prosperidade da indústria de energia, vão buscar
simplesmente os Kwh entregues mensalmente pelas
de serviços de energia está sendo completamente
orientação apropriada, disponível em larga escala,
tradicionais empresas. Recente pesquisa realizada
reinventada e desafiada em nível mundial. Ao longo
sobre como reduzir seu consumo. Uma grande
pela Associação Brasileira dos Comercializadores de
desse tempo, ocupou papel fundamental e essencial
indústria de empresas e profissionais especializados
Energia (Abraceel) apontou que os clientes brasileiros
na criação da sociedade moderna, pelo alcance
se desenvolveu nessa área, e um número crescente
gostariam de ter essa mesma oportunidade já vivida
inclusivo e universal de seus serviços, sendo utilizada
de clientes estão descobrindo que estarão
em vários outros países.
por praticamente todas as pessoas em escala global.
desperdiçando dinheiro ao não contratar esse tipo
O velho modelo de desenvolvimento de
de assessoramento, por deixar de experimentar
param por aqui: os sistemas de produção local, em
pesadas infraestruturas, erguidas através de massivos
oportunidades de melhores contratos, melhor
pequena escala, da própria energia necessária para
investimentos, com base em concessões, está
gestão e oportunidades de aumento de eficiência e
edificações já estão virando uma realidade não só
rapidamente se esgotando e ficando ultrapassado, e
de redução de consumo.
técnica, mas principalmente economicamente
tem horizontes de tempo bastante limitados face ao
O crescimento dessa indústria e desse mercado
viável! Atualmente é possível uma casa ou qualquer
ciclo de vida tradicionais de seus ativos operacionais.
foi tão forte a ponto de viabilizar outra indústria
edificação produzir parte ou todo da energia de que
A
tecnológica
sofisticada, que vem até mesmo utilizando-se de
necessita, a custos competitivos no longo prazo.
experimentada nos últimos 10 anos tem feito os
meios ilícitos, como a realização de adulterações
Sistemas de energia solar fotovoltaica ou eólica,
clientes dessas empresas, e a sociedade em geral,
e de fraudes nos medidores das concessionárias,
em pequena escala, crescentemente ocuparão
deixarem de ter um papel absolutamente passivo
ou do furto estruturado de energia, por meio de
espaço na paisagem urbana, pois os preços de sua
de meros consumidores de energia, para passarem
construção de redes clandestinas. E engana-se quem
implementação têm caído vertiginosamente nos
a adotar um papel progressivamente mais ativo, que
pensa que esta indústria ilegal é de baixa tecnologia:
últimos anos. Além disso, já existem mecanismos
ainda tem muito espaço para evoluir.
existem fraudes e quadrilhas especializadas em
previstos na legislação do setor elétrico, inclusive
Relativamente recente, o efetivo advento
alterar os mais seguros e modernos medidores, até
no Brasil, para que os consumidores utilizem e
em escala econômica e a popularização de
mesmo os medidores inteligentes eletrônicos de
se beneficiem dessas novas tecnologias, através de
equipamentos que consomem menos energia,
última geração. Recentemente, foram detectadas
um mecanismo denominado de compensação de
como as novas gerações de lâmpadas eletrônicas e
milhares de alterações realizadas nas páginas fiscais
energia, onde a energia excedente e não utilizada
mais recentemente Leds, passou a trazer consciência
de medidores inteligentes, através da porta ótica.
que foi gerada por estes sistemas próprios, por
popular de que existem opções efetivas e de fácil
Infelizmente, esta indústria clandestina e ilegal
exemplo, durante o dia, seja injetada na rede pública
adoção para a redução do consumo de energia.
segue prosperando no mundo e especialmente no
de eletricidade e posteriormente compensada
Da mesma forma, governos de todo o
Brasil, trazendo perdas significativas e ônus a todos
durante a noite, quando as células solares não
mundo tem se mobilizado unanimemente para
os consumidores, na medida em que fazem com
podem produzir a energia necessária naquele
desenvolver programas de avaliação e etiquetagem
que investimentos realizados pela sociedade não
momento. Surgem, assim, os “prosumidores”,
de equipamentos em geral, visando melhor orientar
tenham a contrapartida da receita.
que são consumidores que não apenas consomem
os seus cidadãos para o uso de equipamentos
Mas retomando os fatos relativos aos profissionais
energia, mas também produzem parte do que
eficientes e que consomem menos energia que os
que usam mecanismos legalmente estabelecidos,
necessitam. Este fenômeno de uso cada vez maior
da geração anterior. A própria institucionalização
como a análise e recomendação de contratos mais
de geração própria nas edificações provocará uma
destes programas lançou uma verdadeira corrida
vantajosos aos seus clientes, se espera que o acesso
progressiva desintermediação do mercado cativo das
da indústria em buscar inovações para melhorar
ao mercado livre de energia deva seguir aumentando
concessionárias de energia, na medida em que reduz
as margens e trazer novas oportunidades de
progressivamente e de forma significativa, como já
a dependência de um maior número de clientes do
crescimento de mercado aos mais eficientes,
acontece em outras partes do mundo, onde clientes
suprimento exclusivo de sua concessionária.
inovadores e melhores.
de baixo consumo têm a opção de adquirir a sua
Os clientes de hoje, diferentemente daqueles
energia de fornecedores que atuam em um mercado
que realmente vai provocar o esgotamento final
que escreveram a história de crescimento e
competitivo, fornecendo mais serviços do que
dos modelos atuais da indústria de eletricidade: a
alucinante
evolução
Mas o avanço e as tendências de evolução não
Soma-se ao cenário outra evolução tecnológica
159
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
viabilização de sistemas, em escala econômica, para
fazer frente a estas realidades, que já hoje estão
aberta e moderna para reconhecer as mudanças
armazenamento de energia nas próprias edificações.
presentes e que deverão evoluir muito rapidamente.
apontadas. As tecnologias, a sociedade e o mundo
Espera-se um grande avanço tecnológico nessa
Infelizmente, no Brasil, o próprio governo
estão mudando e não reconhecer isso é condenar
área, escalando rapidamente capacidade, preço
recentemente desestruturou as tarifas de energia,
as empresas e o setor à rápida sucumbência e
e tecnologia dos atuais, tímidos, insuficientes
pela introdução de artificialismos e pesados
sucateamento.
e
de
subsídios de preços, tirando a sua representatividade
condicionamento, “nobreak” e armazenamento de
ambientalmente
incorretos
sistemas
como sinalizador econômico para estas novas
retaguarda. Hoje já é possível desfrutar de algum
tecnologias. Entretanto, setor de energia, um dos
nível de conforto, ainda que a preços relativamente
mais organizados e historicamente autossustentados
altos e não para a totalidade da instalação, de
pilares da economia, já iniciou uma trajetória de
sistemas de backup e armazenamento de energia
pesados aumentos de preços para recuperar, a duras
gerada por sistemas próprios, apenas para os pontos
penas, não somente as tarifas que deveriam estar
de consumo mais importantes. Por exemplo, em
sendo praticadas no passado recente, mas também
uma casa, é viável manter atualmente a geladeira
para pagar os pesados custos financeiros dessa
e alguma iluminação e conforto, como internet/
desorganização, mantida por conta de empréstimos
tv, suportados por sistemas viáveis em preço e
heterodoxos e encargos e subsídios. A economia de
tamanho. Em futuro próximo, entretanto, toda a
mercado deverá acelerar, portanto, no curto prazo,
energia excedente produzida poderá ser reutilizada
as evoluções mencionadas, com potencial efeito
em outro horário, no mesmo imóvel, ou ser
desastroso para as empresas que não se prepararem.
oferecida a imóveis vizinhos, como um serviço.
Em resumo, o cliente já mudou e vai continuar
tarifário a ser adotado para o 4º ciclo de revisão
Por Cyro Vicente Boccuzzi,
mudando ainda mais nos poucos próximos anos e os
tarifária das concessionárias de distribuição e, por
presidente do Fórum Latino-
modelos de negócio consolidados não mais podem
isso, é extremamente oportuna uma avaliação mais
Americano de Smart Grid.
Nesse momento, está em discussão o modelo
Agenda
160
3 a 6 de novembro
Instalações elétricas em atmosferas explosivas e classificação de áreas
Descrição
Informações
Os alunos deste curso irão se inteirar a respeito dos seguintes assuntos: características das substâncias inflamáveis; conceitos de classificação de áreas; grau de proteção de equipamentos (IP); classe de temperatura; tipos de equipamentos EX; nível de proteção de equipamentos (EPL); classificação de área segundo a visão americana; e classificação de área segundo a visão europeia. As aulas contemplarão também exercícios práticos e miniconsultoria, que consistirá na análise e discussão de casos trazidos pelos participantes.
Local:
7 e 8 de novembro
Cursos
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
Rio de Janeiro (RJ)) Contato: (21) 3325-9942 cursos@ntt.com.br
Iluminação artificial em ambientes comerciais
Descrição
Informações
Voltado a arquitetos, engenheiros, designers de interiores, eletricistas, instaladores e estudantes dessas áreas, o curso irá fornecer aos participantes uma noção geral de como iluminar adequadamente os diversos tipos de ambientes comerciais, como lojas, restaurantes e hotéis. Além disso, será ensinado como valorizar e diferenciar ambientes e produtos, por meio da luz, sem descuidar do conforto, da estética e do uso racional da energia. Para participar é necessário ter conhecimento básico de luminotécnica.
Local:
11 a 13 de novembro
São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br
Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutenção
Descrição
Informações
Durante as aulas serão apresentadas técnicas que possibilitem aos participantes projetarem adequadamente ou participarem
Local:
mais efetivamente de projetos, construções e manutenções de sistemas de aterramento. O curso é voltado para alunos de engenharia, engenheiros, técnicos e demais profissionais ligados ao tema.
Rio de Janeiro (RJ) Contato: (11) 2344-1722 cursos@abnt.org.br
25 a 27 de novembro Descrição
Informações
O curso tem como objetivo apresentar um panorama geral da proteção de geradores síncronos e de transformadores elevadores, alertando para os riscos inerentes a falhas de especificação ou ajuste. Faz parte do conteúdo programático das aulas: representação de sistemas elétricos de potência; valores em P.U.; curto-circuito em unidades geradoras; funções de proteção; e problemas de risco potencial.
Local:
8 a 13 de novembro
Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6276 cursos@lactec.org.br
Seminário Nacional de Distribuição (Sendi)
Descrição
Informações
A cidade de Santos (SP) sediará a 21ª edição do Seminário Nacional de Distribuição Elétrica (Sendi), evento cujo objetivo é compartilhar experiências, conhecer novas tecnologias, realizar negócios e aperfeiçoar e integrar os funcionários de todas as concessionárias do país ao universo da energia elétrica. Paralelamente ao evento, acontecerá o V Rodeio Nacional de Eletricistas, competição em que equipes técnicas simulam uma apresentação de como trabalham diariamente na rede aérea, dentro das normas técnicas regulamentadoras e de segurança.
Local:
12 de novembro
Eventos
Proteção de geradores
Santos (SP) Contato: (19) 3756 7348 sendi@cpfl.com.br
Painel Energia Eólica
Descrição
Informações
A ser realizado dentro da Feiplar Composites & Feipur 2014 – feiras de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, o Painel Energia Eólica é um evento técnico que tem como objetivo apresentar as tecnologias de destaque para a fabricação e manutenção de pás eólicas. Durante as palestras, serão mostrados também os avanços do setor e as perspectivas para os próximos anos, com a meta de orientar a indústria sobre os índices de crescimento previstos e as necessidades técnicas que serão solicitadas por esta indústria.
Local:
16 a 19 de novembro
São Paulo (SP) Contato: (11) 2899-6381 tabatha@artsim.com.br
Seminário Técnico de Proteção e Controle (STPC)
Descrição
Informações
A ser realizado no Rio de Janeiro (RJ), a 12ª edição do Seminário Técnico de Proteção e Controle (STPC) deverá abordar, além de temas tradicionais e recorrentes da área de proteção e controle, aspectos relacionados às técnicas de medição aplicadas a sistemas elétricos e a redes inteligentes. Promovido pelo Comitê de Proteção e Automação (CE B5) do CigréBrasil, o evento é destinado a profissionais das áreas de planejamento, engenharia, operação e manutenção envolvidos com proteção e controle local de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Local:
23 a 26 de novembro
Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2556-5929 eventos@cigre.org.br
VII Workspot
Descrição
Informações
Em sua sétima edição, o Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos, Subestações e Materiais (Workspot) se caracteriza por ser um encontro para debates, discussões técnicas, palestras e tutoriais. Durante quatro dias de evento, serão debatidos transformadores e reatores de potência, equipamentos de alta tensão, subestações e materiais e tecnologias emergentes, que são objetos do escopo dos Comitês de Estudos A2, A3, B3 e D1 do Cigré-Brasil, promotor do
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2556-5929 eventos@cigre.org.br
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O Setor Elétrico / Setembro de 2014
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Sarel 81 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br Sassi Medodores 100 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br Schneider Electric Encarte 0800 7289 110 call.center.br@br.schneider-electric.com www.schneider-electric.com.br Sendi 153 (19) 3756-7348 sendi@cpfl.com.br www.sendi.org.br Sicame 61 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br Siemens 25 www.siemens.com.br/protecao Sindustrial Engenharia 78 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br
Novemp 4, 5 e Fascículos (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br
Steck 17 0800 122022 / 11 6245-7000 vendas@steck.com.br www.steck.com.br
Nutsteel 55 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br
Strahl 109 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com
Obo Bettermann 14 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br Palmetal 45 (21) 2481-6453 palmetal@palmetal.com.br www.palmetal.com.br
TE Connectivity 128 (11) 2103-6000 te.energia@te.com www.energy.te.com
Paraeng Pára-Raios 157 (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br Paratec 139 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br Patola 46 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br
Telbra 39 (11) 2946-4646 www.telbra.com.br Termotécnica 93 (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br Trael 151 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Trafomil 83 (11) 4815-6444 vendas@trafomil.com.br www.trafomil.com.br
Pennwell Corporation 145 407-903-5000 Ext. 248 viviane@multimediausa.com
Transformadores União 127 (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br www.transformadoresuniao.com.br
Perfil Líder 105 (11) 2412-7787 vendas@perfillider.com.br www.perfillider.com.br
Unitron 75 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br
Luminárias Sun Way Rio 16 (21) 3860-2688 gruposunway@hotmail.com www.coloniallustres.com.br
Pfannenberg 49 (19) 3935-7187 info@pfannenberg.com.br www.pfannenberg.com.br
Utiluz 134 (54) 3218-5200 utiluz@utiluz.com www.utiluz.com
Luminárias Projeto 135 (11) 2946-8200 vendas@luminariasprojeto.com.br www.luminariasprojeto.com.br
Poleoduto 159 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br
VR Painéis Elétricos 77 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br
Maccomevap 147 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br
Press Mat 99 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br
Walcenter 10 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br
Líder Rio 21 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com Logmaster 86 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br
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What’s wrong here?
O Setor Elétrico / Setembro de 2014
O que há de errado?
ação Ilustr
: Ma
. uro Jr
Observe a imagem a seguir e identifique os problemas de acordo com as prescrições da ABNT NBR 5410 – norma de instalações elétricas de baixa tensão.
PREMIAÇÃO
Nesta edição, o leitor que mandar a
resposta mais completa, relatando as não
Resposta da edição 102 (Julho/2014) Diversos leitores identificaram os principais problemas da instalação ao lado, no entanto, o leitor JOSÉ MARIA AGUIAR apresentou a resposta mais completa com relação às não conformidades com a norma de instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 5410. O vencedor receberá os seguintes produtos da Ideal Industries: um alicate amperímetro, um alicate decapador e um pote com 500 conectores de torção.
Parabéns a todos os leitores que mandaram suas respostas e continuem
conformidades da instalação com relação às prescrições da ABNT NBR 5410, será contemplado com os seguintes produtos da Ideal Industries: • Alicate amperímetro TightSight 660ACA CAT IV, código 61-764; • Decapador para cabos subterrâneos (PP) 1,5 mm2 a 2,5 mm2, código 45-235. • Conector de torção Twister LT, código 30-640J (pote com 500 unidades).
participando!
Não perca tempo!
Mande a sua resposta para
Confira a resposta correta:
A foto apresenta algumas não conformidades em relação à ABNT NBR 5410, a saber: (a) aparentemente, a taxa de ocupação do eletroduto não foi obedecida (40% no máximo); (b) faltam identificações nos circuitos; (c) foram utilizados cabos paralelos conforme a ABNT NBR 13248, o que não é permitido em instalações fixas.
Interatividade Se você encontrou alguma atrocidade elétrica e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.
interativo@atitudeeditorial. com.br ou acesse www. osetoreletrico.com.br e mande já a sua opinião! Hilton Moreno é engenheiro eletricista, consultor, professor universitário e membro de comissões de estudo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br