O Setor Elétrico (Edição 104 - Setembro 2014)

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Ano 9 - Edição 104 S etembro de 2014

Norma para SPDA em consulta nacional Há quase dez anos em processo de revisão, norma ABNT NBR 5419 será publicada em 2015

Revenda e distribuição de materiais elétricos Setor projeta crescimento médio de 12% para este ano de 2014 Energia solar: legislação existente e desafios futuros Medição e verificação para melhor aproveitamento da eletricidade na indústria



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Sumário

atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187

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Pesquisa – Distribuidores e revendedores de materiais elétricos Empresas entrevistadas projetam crescimento inferior para 2014 do que obtiveram no ano passado. Distribuidoras e revendas apresentaram uma elevação de 16% em 2013. Neste ano, esperam subir 12%.

Painel de notícias 12

Colunistas

Balança comercial de eletroeletrônicos registra queda de

Michel Epelbaum – Energia sustentável

US$ 23, 24 bilhões; Projetos de norma para SPDA estão em consulta pública até dezembro; Entra em vigor portaria do Inmetro que aprova regulamento de qualidade de Led; Cummins amplia sua participação no mercado de geradores; ABB apresenta estratégia e metas financeiras para o

Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira

período 2015-2020; Estas e outras notícias do setor elétrico

Consultor técnico José Starosta

Fascículos 29

Colaborador técnico de normas Jobson Modena

brasileiro.

Reportagem – SPDA 66

134 Luis Fernando Arruda – Instalação MT 136 Jobson Modena – Proteção contra raios 138 João Barrico – NR 10 140 José Starosta – Energia com qualidade 142 Roberval Bulgarelli – Instalações Ex 146 Dicas de instalação 150 Análise dos resultados do teste de fator de potência.

Referências técnicas 154 Informações sobre materiais e ilustrações técnicas da carcaça de motores elétricos.

Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Hilton Moreno, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento.

Após dez anos, projeto de revisão da ABNT NBR 5419, norma concluído. Documento ficará em consulta pública até dezembro

Espaço IEEE 156

Colaboradores desta edição: Cyro Boccuzzi, Fernando Marafão, Gerdson Soares, Gustavo Alves, Jill Duplessis, Luciano Moraes, Luiz Felipe Costa, Marcelo Paulino, Marcelo Simões, Marcus Possi, Maria Emília Tostes, Osmar Pinto Jr, Paulo Fernandes Costa, Paulo Serni, Thiago Soares, Vitor Gardiman.

deste ano e deverá ser publicado nos primeiros meses de 2015.

A necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias para

Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Snvv|Shutterstock.com Impressão - Mundial Gráfica Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à

que trata da proteção contra descargas atmosféricas, é

Energia solar 72 Legislação, políticas públicas e desafios para a implantação de sistemas fotovoltaicos e termossolares.

Aula prática – Medição e verificação 122 Como um sistema de gestão de energia agregado a sistemas de controle e automação, que pode ser utilizado como ferramenta

o monitoramento de fenômenos naturais e ambientais, a fim de contribuir para a garantia da qualidade de fornecimento de energia.

Ponto de vista 158 O esgotamento do modelo atual das empresas de energia elétrica.

de gestão de eficiência energética, pode reduzir os custos e

Agenda 160

melhorar a produtividade, assim como a competitividade da

Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos

indústria.

meses.

Espaço Guia de normas 132

What’s wrong here 162

Planejamento dos serviços em instalações elétricas.

Identifique o que existe de errado na instalação.

Errata Esclarecemos que as imagens publicadas na página 76, que ilustram a reportagem sobre canteiros de obras, apenas exemplificam instalações em que disjuntores e outros dispositivos foram instalados de maneira equivocada. Ratificamos que não há qualquer problema com os equipamentos, especificamente os da marca Steck evidenciada nas fotos.






Editorial

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014 Capa ed 104_A.pdf

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10/2/14

5:13 PM

www.osetoreletrico.com.br

Ano 9 - Edição 104 S etembro de 2014

Norma para SPDA em consulta nacional Há quase dez anos em processo de revisão, norma ABNT NBR 5419 será publicada em 2015

O Setor Elétrico - Ano 9 - Edição 104 – Setembro de 2014

Revenda e distribuição de materiais elétricos Setor projeta crescimento médio de 12% para este ano de 2014 Energia solar: legislação existente e desafios futuros Medição e verificação para melhor aproveitamento da eletricidade na indústria

Edição 104

De cara nova

A produção de uma revista envolve uma série de complexidades e de cuidados para evitar o máximo possível

de erros e disseminação de conteúdo equivocado ou desatualizado. No caso de uma publicação técnica, o zelo deve ser ainda maior, considerando a quantidade de informação específica e que servirá de base para muitos trabalhos desenvolvidos pelos profissionais que se atualizam por meio do periódico.

Desde sempre, a revista O Setor Elétrico priorizou um importante critério: a disseminação de conteúdo técnico

de qualidade e de técnicas e tecnologias passíveis de serem aplicadas na prática. Dessa forma, o leitor tem acesso às informações mais atuais, corretas e viáveis à realidade brasileira. Para tanto, a figura de um consultor técnico sempre foi prioridade para esta publicação. É ele corresponsável por avaliar pautas, artigos e autores que aqui são mensalmente publicados. É dele o olhar técnico que autoriza ou desautoriza a veiculação de papers e artigos, tendo o seu crivo que ponderar diversos fatores – qualidade, viabilidade e adequação à linha editorial.

Nesse sentido, esta edição é especial por marcar o início do trabalho de um novo consultor técnico, a quem

agradecemos por ter aceito o convite e, de antemão, já avisamos: o trabalho é intenso, mas por demais gratificante. O engenheiro José Starosta, especializado em qualidade da energia elétrica e com larga experiência na área, é colunista e parceiro desta revista desde a primeira edição. Já foi presidente da Abesco (associação das empresas de conservação de energia), é membro da Fiesp e assume mais esta empreitada a partir deste mês.

Por outro lado, nos despedimos do engenheiro Hilton Moreno, a quem também agradecemos por toda sua

dedicação durante os anos em que esteve à frente da consultoria técnica da revista O Setor Elétrico.

Outra novidade é que o trabalho de consultoria técnica, a partir de agora, será auxiliado ainda pelo engenheiro

Jobson Modena, profissional especializado em proteção e aterramento (coordenador da comissão do CB-3/ABNT que revisa a ABNT NBR 5419) que nos ajudará nas questões envolvendo normas técnicas. Modena também mantém há alguns anos uma coluna técnica nesta publicação, na qual discorre, todos os meses, sobre proteção contra raios e assuntos correlatos.

Com isso, esperamos produzir uma revista cada vez melhor – mais técnica, mais confiável, mais séria e com

mais qualidade – para deleite dos nossos leitores, profissionais cada vez mais preocupados com sua formação e informação. E lembro ainda que nossos canais de comunicação continuam abertos: por meio do site (www. osetoreletrico.com.br) e dos nossos endereços eletrônicos. Sugestões e críticas são sempre bem-vindas.

A todos, uma ótima leitura.

Abraços,

flavia@atitudeeditorial.com.br Redes sociais Acesse o Facebook e o Twitter da revista O Setor

Elétrico e fique por dentro das notícias da área elétrica!

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Coluna do consultor

Novos ares

Apesar de ser integrante do time da revista “O Setor Elétrico”

desde a fase embrionária, fiquei honrado e até surpreso com o convite para assumir a consultoria técnica desta impor tante publicação, que cresce na medida em que o mercado e a qualidade dos projetos, serviços e equipamentos na área de instalações elétricas também o fazem.

As responsabilidades ora assumidas tratam do compromisso de

garantir que o conteúdo técnico continue sendo adequado e atraente àqueles que utilizam a revista como fonte de consulta, de divulgação, de troca de informações ou mesmo de atualização técnica. Ideias não faltam e motivação para direção e edição da revista também não. Aliás, assuntos também não faltam, tendo em vista que nossa área elétrica é bastante extensa e os temas merecem ser tratados com todo cuidado e sob todos os pontos de vista. Teremos muito barro para amassar e muita pedra para polir pela frente.

Desde já estamos à disposição de todos que fazem uso da revista

para recebimento de sugestões, comentários e críticas. Só assim vamos crescer juntos. O endereço eletrônico está disponibilizado para este fim.

Vamos fazer desta revista o veículo que todos consideram como

ideal, mesclando, de forma adequada, o conteúdo técnico em todas as áreas das instalações elétricas.

Apesar das expectativas negativas quanto ao futuro próximo

da economia brasileira, gostaria de lembrar que, por sor te, somos criativos e otimistas. Vamos construir o Brasil com amor e competência. Afinal de contas, somos BRASILEIROS!

Conto com o apoio de todos.

Abraços,

Eng. José Starosta Consultor da revista O Setor Elétrico consultor@osetoreletrico.com.br

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

Balança comercial de eletroeletrônicos registra queda de US$ 23, 24 bilhões Segundo levantamento da Abinee, este valor é 4% inferior ao déficit de US$ 24, 20 bilhões registrado entre janeiro e agosto de 2013

A balança comercial de produtos eletroeletrônicos registrou no acumulado janeiro-agosto de 2014 um

déficit de US$ 23,24 bilhões. O montante é 4% inferior ao do mesmo período do ano passado, quando foi apresentado um prejuízo de US$ 24, 20 bilhões. Estas informações fazem parte de levantamento sobre a Balança Comercial – Janeiro-Agosto/2014 de produtos elétricos e eletrônicos apresentados pela Associação Brasileia da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

A queda é explicada também porque tanto as exportações como as importações deste segmento

registraram decréscimo nos oito primeiros meses deste ano se comparados a igual período de 2013. No acumulado de 2014, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram R$ 4,46 bilhões, 6,5% abaixo dos US$ 4,77 bilhões apresentados no ano passado. Já as importações atingiram US$ 27, 7 bilhões este ano, número 4,4% menor do que o montante de US$ 28, 9 bilhões registrado em 2013.

No que diz respeito às exportações, destaque para os componentes elétricos e eletrônicos cujo venda

externa entre janeiro e agosto totalizou US$ 1,97 bilhões, 10,7% menor do que os US$ 2,2 bilhões anotados no mesmo período de 2013. A área de GTD, por sua vez, apresentou elevação de suas exportações no ano atual. O segmento alcançou US$ 577,9 milhões, 20,6% superior aos US$ 479, 1 milhões anotados em 2013.

Se a área de GTD apresentou um elevado acréscimo de suas exportações, no que se refere às

importações, foi o segmento que registrou a maior queda. Entre janeiro e agosto de 2013, alcançou a quantia de US$ 1,3 bilhões. No acumulado deste ano, o montante caiu para US$ 904, 7 milhões; uma queda de 28, 8%. A área de componentes elétricos e eletrônicos, por outro lado, foi a que registrou menor queda nas importações, 07%, saindo de US$ 16, 3 bilhões em 2013 para 16, 2 bilhões em 2014.

Mês de agosto

No que se refere especificamente a agosto, último mês contabilizado pelo levantamento da Abinee,

as exportações e importações de produtos eletroeletrônicos registraram forte baixa. As vendas externas somaram US$ 539,9 milhões, 18, 5% inferior aos US$ 662, 2 milhões registrados em agosto do ano passado. Conforme a Abinee, o montante exportado em agosto de 2014 foi o menor desde março deste ano, ficando acima apenas dos resultados de janeiro e fevereiro.

Já as importações totalizaram US$ 3,3 bilhões, montante 10, 9% menor do que US$ 3, 7 bilhões

contabilizados em 2013. A Abinee destaca que agosto foi o quinto mês consecutivo no qual as importações apresentaram resultados inferiores aos ocorridos no mesmo período do ano passado. Para associação, este acumulo de queda foi o responsável pela retração das importações entre janeiro e agosto deste ano, uma vez que no 1º trimestre de 2014 as importações estavam 7,9% acima das ocorridas no 1º trimestre de 2013. 28,97 35 20

27,69

Balança comercial de produtos eletroeletrónicos

USS bilhões

4,77

4,46

Saldo

5 -10 -25

Exportações

Jan-ago/13

Importações

Jan-ago/14

-24,20 -23,24



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Distribuidoras só deverão investir em novas tecnologias após superarem crise Durante o 7º Fórum Smart Grid, o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite, afirmou que depois de se equilibrarem financeiramente, concessionárias deverão planejar um modelo sustentável para o segmento

Os problemas que vêm sendo enfrentados pelas

distribuidoras de energia elétrica desde a instituição da Medida Provisória nº 579 foi um dos assuntos de destaque do 7º Fórum Latino-americano de Smart Grid, realizados entre 9 e 11 de setembro deste ano na cidade de São Paulo. Durante o evento, tratando sobre a modernização da rede elétrica das cidades, um dos pilares para a implementação do smart grid, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica de Energia Elétrica (Abradee),

Evento reuniu especialistas e interessados em smart grid para discutir tecnologias e políticas de incentivo às redes inteligentes.

Nelson Fonseca Leite, destacou que para implantar novas tecnologias é preciso ter recursos financeiros, que só existirão após a superação da crise do setor.

Nesse sentido, segundo Leite, após as distribuidoras conseguirem se equilibrar financeiramente, deve-se planejar

um modelo sustentável para o setor. Pensando nisso, o presidente da Abradee apresentou durante sua palestra uma agenda positiva e propositiva que será debatida com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outras instâncias do Governo Federal. Esta agenda é baseada em três pilares: estabelecimento de um plano de investimentos para renovação e modernização de ativos (incentivos diferenciados, tratamento das especificidades, etc.); garantias de sinais econômicos corretos (qualidade, perdas, base regulatória, riscos, estrutura tarifária, tributos, etc.); e estímulo à evolução do modelo de negócios (incentivos materiais para o desenvolvimento de outros serviços, eficiência energética, etc.).

Desses três pontos elencados, Leite salientou a importância de o governo fornecer sinais econômicos corretos

ao mercado. “Não esqueçam que para fazer inovação, implantar novas tecnologias, é preciso ter recursos financeiros. E não há recursos se não houver sinal econômico adequado”, alertou, destacando que a Abradee tem ciência de que para continuar evoluindo, atender às necessidades do país e responder as mudanças em curso na geração e consumo de energia, as distribuidoras precisam transformar-se.

Outra importante apresentação do Fórum Smart Grid foi realizada pela professora doutora da Faculdade Getúlio

Varas (FGV), Joisa Dutra, que destacou a pressão da sociedade pelo enterramento de redes elétricas e alto custo de sua implantação – de quatro a cinco vezes maior que o da rede convencional (aérea). Assim, a docente salientou a importância do compartilhamento da infraestrutura entre as diversas concessionárias (de energia, de gás natural, de telefonia e de água). Conforme Joisa, o compartilhamento é um aspecto fundamental desta questão e demanda uma regulação muita clara.

Tendo como perspectiva o compartilhamento da infraestrutura da rede elétrica, os organizadores do evento

buscaram ouvir todos os agentes envolvidos nesta atividade. O diretor de Inovação da distribuidora de energia EDP, João Brito Martins, abordou as tecnologias atuais, tais como veículos elétricos, iluminação Led, reengenharia de processos, sistemas de gestão de consumo, automação e sensores, e sublinhou que os “smart grids são fundamentais para gerencias todas essas novas tecnologias”.

presente, o diretor-executivo de Serviços Digitais da Telefonica/Vivo, Roberto Della Piazza Filho, afirmou que que

o smart grid aprofundará a relação das “utilities” (energia, água e gás) com o setor de telecomunicações e salientou a necessidade de parcerias entre telecom e as empresas de serviços públicos. Por sua vez, o diretor-presidente da Companhia de Gás de São Paulo (Comgas), Luiz Henrique Guimarães, que destacou a geração distribuída como forma de produção de energia bastante adequada às redes inteligentes. Guimarães afirmou ainda que em caso de investimentos em plantas de cogeração de gás natural, a quantidade de combustível não é problema. "A Comgas tem 1,2 MM m³/ dia para novos projetos", afirmou o executivo.



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Obras civis de Angra 3 voltarão ao ritmo normal Retomada das atividades foi garantida em ofício enviado pela construtora à Eletronuclear e envolve a recontratação de pessoal

A construtora Andrade Gutierrez –

responsável pela construção civil da usina nuclear Angra 3 – comprometeu-se, em ofício enviado à Eletronuclear, a retomar as suas atividades no canteiro de obras. No documento, a construtora reafirma seu interesse em dar continuidade ao contrato e, para tanto, informa já ter dado início ao processo de retomada de suas atividades, que envolve a recontratação de pessoal, inclusive.

A Andrade Gutierrez, desde maio deste

ano, decidiu suspender suas atividades no canteiro de obras, desmobilizando pessoal e equipamentos, antes mesmo que as negociações para repactuação das condições contratuais, ora em andamento com a Eletronuclear, fossem concluídas. Na ocasião,

O atual planejamento da Eletronuclear tem como meta a entrada em operação de Angra 3 em 2018.

a Eletronuclear manifestou estranheza quanto à decisão unilateral e, para se resguardar, instaurou processo administrativo contra a construtora.

No entanto, diante da retomada das negociações e do interesse de ambas as par tes de realizar um processo de repactuação contratual que garanta

adequadas condições de conclusão do empreendimento, a Eletronuclear, por sua vez, irá suspender o processo contra a construtora e suas decorrentes penalidades.

A expectativa da Eletronuclear é que, em breve, as obras voltem ao seu ritmo normal. Na última semana, o empreendimento Angra 3 também teve

outro avanço impor tante. As empresas integrantes dos consórcios vencedores da licitação da montagem eletromecânica assinaram os contratos de serviços.



Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Grupos geradores

Caixas de ligação

br.sdmo.com

www.tramontina.com.br

Os grupos geradores das linhas J e S são os produtos de destaque

A linha CEEx de caixas de ligação voltadas para áreas classificadas

da SDMO Maquigeral para o início de 2015. A linha J é o principal

da Tramontina Eletrik está disponível em duas opções: uma com caixas

produto do grupo na Europa para a faixa de 40 KVA a 250 KVA e

fabricadas em liga de alumínio copper-free e aço inox 316 L e outra

passou por oito meses de desenvolvimento visando adaptar-se ao

com caixas fabricadas em poliéster reforçado com fibra de vidro.

mercado nacional.

Por sua vez, a linha S, para aplicações de até 700 KVA, foi desenvolvida

com parafusos e junta de vedação de neoprene que assegura o

em conjunto pelas engenharias local e da França, sendo o Brasil o primeiro

grau de proteção IP 65. A segunda possui, entre suas características,

mercado a receber os novos

entradas de M16 a M50, acabamento preto (segurança aumentada)

geradores. Conforme a empresa

e azul (segurança intrínseca),

fabricante, os grupos geradores

bem como junta de vedação

terão melhor acabamento e

de silicone para assegurar o

componentes de primeira linha,

grau de proteção IP 65. Ambas

o que garantirá ao usuário

apresentam

mais facilidade na manipulação

em aço inox e chapa interior

dos equipamentos e maior

fabricada em polímero.

Os produtos da primeira contam com tampa fixada ao corpo

conexão

terra

durabilidade ao produto. Ambas as opções de caixas de ligação da linha CEEx apresentam conexão de terra em aço inox.

Os novos grupos geradores contam com melhor acabamento e componentes de primeira linha.

Cabos flexíveis

Câmera para monitoramento on-line de subestações e plantas críticas

www.sil.com.br

Novidade da Sil na Feicon Batimat Nordeste, realizada em outubro,

os cabos flexíveis AtoxSil multipolares, com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos, contam com dois, três e quatro condutores e podem ser encontrados nas seções de 2 mm² x 1,5 mm² ao 2 mm² x 16 mm²; 3 mm² x 1,5 mm² ao 3 mm² x 70 mm² e 4 mm² x 1,5mm² ao 4 mm² x 70 mm². A cobertura do cabo está disponível na cor preta, mas as cores das veias variam de acordo com cada versão do produto: com dois condutores (preto e azul claro); três condutores (preto, azul claro e branco); e quatro condutores (branco, vermelho, preto e azul claro). A novidade da Sil está disponível apenas para os cabos AtoxSil 0,6 kV/1 kV 90 ºC.

www.flir.com

As novas câmeras das séries A310f e A310pt da Flir Systems foram

desenvolvidas especialmente para monitoramento on-line de subestações e plantas críticas por meio de um sistema remoto que oferece extensas funções de análise térmica com conectividade Ethernet/IP.

Flir A310pt é um sistema com pan/tiltincorporado e duas caixas de

proteção, sendo uma para a câmera térmica e outra para uma câmera colorida dia/noite com zoom ótico de 36x. Já a Flir A310f é um sistema fixo de monitoramento de temperatura igualmente protegido por um invólucro com proteção ambiental IP 66. Ambos os sistemas oferecem medição de temperatura em tempo real, sem interrupções, com ferramentas de análise de deltas de temperatura e alarmes automáticos via e-mail e FTP.

Os cabos flexíveis AtoxSil multipolares contam com dois, três e quatro condutores.

Os sistemas oferecem medição de temperatura em tempo real, sem interrupções e com ferramentas de análise de deltas de temperatura.



Painel de normas

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.

Projetos de norma para SPDA estão em consulta pública até dezembro As partes 1 a 4 do Projeto 03: 064.10-100, que darão origem à norma ABNT NBR 5419, sobre proteção contra descargas atmosféricas, ficarão em consulta pública até dezembro

As partes 1 a 4 do Projeto 03:064.10-100, que trata da proteção contra descargas atmosféricas, estão

em consulta nacional do site da ABNT até o próximo dia 10 de dezembro. Os documentos, que entraram em consulta pública no mês de agosto, deveriam ficar abertos a sugestões até o dia 10 de outubro, mas tiveram o período de consulta prorrogado por mais 60 dias após solicitação da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE).

A parte 1 do projeto, denominada “Princípios gerais”, estabelece os requisitos para a determinação de

proteção contra descargas atmosféricas e fornece subsídios para o uso em projetos desta ordem. Intitulada “Gerenciamento de risco”, a parte 2 estabelece os requisitos para análise de risco em uma estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra e tem o propósito de fornecer um procedimento para a avaliação de tais riscos.

A terceira parte, “Danos físicos a estruturas e perigos à vida”, provê os requisitos para proteção de uma

estrutura contra danos físicos por meio de um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e para proteção de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA. Enfim, a parte 4, cujo o título é “Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura”, fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos – Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) – para reduzir o risco de danos permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (Lemp).

Todas as partes do projeto estão previstas para cancelar e substituir a ABNT NBR 5419:2005. Acesse os

projetos pelo site http://www.abntonline.com.br/consultanacional/

Entra em vigor portaria do Inmetro que aprova regulamento de qualidade de Led Regulamento estabelece os requisitos que devem ser atendidos pelas lâmpadas Led, visando sua eficiência energética, segurança e compatibilidade eletromagnética

Foi publicada recentemente, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 389 do Instituto Nacional

de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que aprova Regulamento Técnico de Qualidade (RTQ) de Qualidade de Lâmpadas Led. Com a publicação, a portaria entra imediatamente em vigor.

O objetivo do RTQ é estabelecer os requisitos que devem ser atendidos pelas lâmpadas Led, visando sua

eficiência energética, segurança e compatibilidade eletromagnética.

O regulamento se aplica às lâmpadas Led com dispositivo de controle integrado à base do corpo

constituindo uma peça única, não destacável, sendo destinadas para operação em rede de distribuição de corrente alternada de 60 Hz, para tensões nominais de 127 V e/ou 220 V, ou faixas de tensão que as englobem ou em corrente contínua (DC ou CC), com proteção contra surto, tensão de alimentação até 250 V, previstas para uso doméstico e similar.

Não estão contempladas neste regulamento as lâmpadas Led com dispositivo integrado à base, tais

como: lâmpadas com Leds coloridos, com lentes coloridas, que emitem luz colorida; RGB, que possuem invólucro coloridos e decorativas, e emitem luz colorida; lâmpadas de Led com dispositivo de controle incorporado que produzam intencionalmente luz colorida; e Oled (Organic Light Emitting Diode).



Painel de normas

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Projeto de Lei propõe que grandes consumidores tenham mais liberdade para contratar energia PLS 239/2014, que está em tramitação no Senado, objetiva que consumidores de grandes cargas elétricas possam consumir energia no regime de contratação livre mesmo que sejam alimentados por tensão abaixo de 69 kV

Está em tramitação na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal, o Projeto de Lei (PLS) nº 239/2014, de

Delcídio do Amaral (PT-MS), o qual propõe que grandes consumidores de energia tenham mais liberdade na hora de contratar serviços de fornecimento de energia elétrica. O projeto objetiva modificar a Lei 9.074/1995, que trata da concessão dos serviços de energia elétrica e obriga os consumidores de grandes cargas elétricas (iguais ou superiores a 100 KW) a contratar todo seu fornecimento energético com as distribuidoras de energia elétrica, a menos que transitem em níveis de tensão de 69 kV ou mais.

O PLS propõe que o consumidor não precise estar adequado ao nível mínimo de tensão para se tornar livre. Nesse sentido, mesmo trabalhando com uma tensão menor

do que a estipulada pela legislação atual, o grande consumidor de energia poderá contratar a geração, a transmissão e a distribuição de diferentes produtos, eliminando assim os custos com a intermediação das distribuidoras de energia elétrica.

O senador Delcídio encara a modificação como uma forma de trazer isonomia ao setor. Isto porque apenas os consumidores que se conectaram à rede antes de julho

de 1995 estão restritos pela faixa de tensão. Aqueles que se conectaram depois desta data podem comprar energia livremente. “Esse trabalho assimétrico entre agentes semelhantes precisa ser corrigido”, afirma. (Com informações da Agência Senado).

ABNT apresenta três novas normas Cabos de potência e condutores isolados Publicada em 16 de setembro, a ABNT NBR 13248:2014 especifica os requisitos de desempenho exigíveis para cabos de potência e condutores isolados sem cobertura, não halogenados e com baixa emissão de fumaça, direcionados a instalações, para funcionar em tensões de até 1 kV.

Aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo de água Com 98 páginas, a ABNT NBR 16305: 2014 fornece os requisitos de desempenho e segurança de aparelhos fixos de aquecimento instantâneo de água, de uso doméstico ou similar, destinados ao aquecimento da água à temperatura abaixo do seu ponto de ebulição. O documento normativo vale para aparelhos monofásicos, cuja tensão não seja superior a 220 V, e para outros aparelhos, cuja tensão seja de 380 V. A norma foi publicada no dia 1º de setembro.

Material isolante elétrico Intitulada “Material isolante elétrico – Avaliação da resistência ao trilhamento e erosão sob condições ambientais severas”, a norma ABNT NBR 10296:2014 entrou em vigor no último dia 25 de agosto. O objetivo do documento normativo é estabelecer os métodos para avaliação da resistência ao trilhamento e à erosão de material isolante elétrico para uso sob severas condições ambientais, em frequências industriais (48 Hz a 62 Hz), usando um líquido contaminante e corpos de prova em plano inclinado.



Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

Cummins amplia sua participação no mercado de geradores Empresa começou a fabricar nacionalmente o grupo gerador C600D6 para as faixas de potência de 600 kW (750 kVA). Até então, o equipamento era importado da Inglaterra

A Cummins Power Generation começará a produzir nacionalmente, em sua planta

de Guarulhos (SP), o grupo gerador modelo C600D6 para as faixas de potência de 600 kW (750 kVA), que atende a diversos segmentos do mercado, como indústrias, construção, área de mineração e hospitais. Segundo o diretor geral da Cummins Power Generation para América do Sul, Kip Schwimmer, o projeto demandou investimentos de cerca de US$ 500 mil em estudos e pessoas, em adequação da linha de montagem e na reestruturação da sala de teste.

A fabricação nacional do produto, antes importado da Inglaterra, propiciará à

empresa reduzir o tempo de entrega do equipamento aos clientes do país e diminuir o custo final. O vice-presidente da Cummins Inc., Luis Pasquotto, informa que a empresa disponibilizará para o mercado nacional “um produto bastante requisitado”. Na atualidade, são produzidas e comercializadas mais de 700 máquinas para a faixa de 750 kVA, com este investimento, a Cummins pretende se tornar a líder do mercado, fabricando mais de 200 máquinas por ano.

Além de atender ao mercado interno, o grupo gerador será exportado para países da América do Sul. Aliás, conforme Schwimmer, as vendas já foram iniciadas

para países como Colômbia, Venezuela e Equador, cuja frequência da rede elétrica é 60 Hz, a mesma do Brasil. Posteriormente, após uma adequação, os grupos geradores serão comercializados também para Argentina, Chile e Uruguai, que atuam na frequência de 50 Hz.

A Cummins iniciou a unidade de negócios de geração de energia no país no ano 2000. Agora, em 2014, mesmo com a economia brasileira em ritmo lento, a

empresa conseguiu aumentar em 27% sua produção de geradores no período que vai de agosto de 2013 a agosto de 2014. No primeiro semestre deste ano, o crescimento demonstrado também foi grande: de 29% em relação aos primeiros seis meses do ano anterior.

S&C inaugura unidade fabril em São José dos Pinhais (PR) Com 10 mil m², o dobro do tamanho da planta anterior que a empresa possuía no Brasil, fábrica abrigará a primeira linha de produção da chave de distribuição subterrânea fora dos Estados Unidos

A S&C Electric Company inaugurou uma fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná.

A instalação tem 10 mil m², o dobro do tamanho da planta anterior que a empresa possuía no Brasil, e abrigará a primeira linha de produção da chave de distribuição subterrânea fora dos Estados Unidos, onde fica situada a sede global da companhia. A nova unidade, que custou R$ 10 milhões, também possui operações para customizar e entregar outros produtos da empresa importados dos Estados Unidos.

De acordo com o gerente-geral da S&C Electric do Brasil, Diego Elizalde, a

inauguração da planta em São José dos Pinhais é parte de um processo de investimento contínuo da empresa no país, no qual a companhia realiza suas atividades há mais de 50 anos. "Inicialmente, a produção irá abastecer o mercado local e, eventualmente, se expandirá para suprir a crescente demanda por produtos de qualidade de comutação, proteção e controle na América do Sul", afirma Elizalde.

A nova planta da S&C possui atualmente 65 funcionários em vendas, engenharia,

administração e produção. E a nova unidade, além de dobrar o espaço fabril, quadruplica o espaço de engenharia e administrativo da organização.

Nova unidade industrial demandou investimentos da ordem de R$ 10 milhões.



Painel de empresas

26

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

ABB apresenta estratégia e metas financeiras para o período 2015-2020 Estratégia irá focar ações centradas na aceleração da dinâmica de crescimento orgânico e aumento de margem da empresa

A ABB apresentou em setembro sua estratégia Next Level e as metas

financeiras para o período 2015-2020, objetivando acelerar a criação de valor sustentável. A estratégia está estruturada em três áreas de foco da companhia: crescimento rentável, execução rigorosa e colaboração orientada para os negócios.

Segundo o CEO da ABB, Ulrich Spiesshofer, a estratégia Next Level irá focar nas

ações centradas na aceleração da dinâmica de crescimento orgânico e aumento de margem da ABB, e também melhorar a eficiência do capital para oferecer maior valor ao acionista. O executivo explica que a companhia está mudando seu centro de gravidade para segmentos de maior crescimento, ao mesmo tempo em que está reforçando a competitividade e a redução de risco, particularmente na divisão de sistemas de potência.

Não obstante, a ABB irá continuar se desenvolvendo com base no seu portfólio

de energia e automação. A partir de janeiro, contudo, a estrutura da empresa será simplificada para três regiões que serão responsáveis pela colaboração de clientes, pelos serviços compartilhados e pelos países relacionados. Conforme Spiesshofer, esses movimentos irão melhorar o foco no cliente, bem como a produtividade, resultar em clara responsabilidade e confiabilidade, e o direcionamento à colaboração orientada ao mercado. “Estamos aumentando o foco no cliente ao simplificar nossa organização, para assim termos mais agilidade e velocidade”, afirma o CEO.

Em relação às metas para o período 2015-2020, a companhia tem a expectativa de aumentar os ganhos operacionais por ação em uma taxa composta ao ano

entre 10% e 15%, entregando um retorno atrativo do caixa sobre o investimento. Pretende também aumentar as receitas em uma base comparativa de, em média, 4% a 7% ao ano, mais rápido do que o crescimento previsto do PIB e do mercado.

Durante o mesmo período, a ABB planeja aumentar, de forma constante, sua rentabilidade, agora medida em Ebitda operacional, dentro de uma faixa de 11% a

16%, com o intuito de, ao mesmo tempo, apresentar uma conversão média do fluxo de caixa livre anual acima de 90%. As novas metas financeiras entram em vigor em 1º de janeiro de 2015.

Projetos de eficiência da Celesc resultam em economia anual de 24,6 GWh/ano Parte do Programa de Eficiência Energética da concessionária, ação teve o apoio do Procobre e foi realizada com três empresas sediadas em Santa Catarina

As Centrais Elétricas de Santa Catarina

de emitir mais de dez mil toneladas de CO².

está presente nos motores de alto rendimento.

(Celesc), juntamente com o Instituto Brasileiro

Com 20% a mais de cobre que os motores

do Cobre, apresentaram em setembro deste

do programa uma economia de 5.284,98 MWh/

convencionais, o equipamento opera em uma

ano resultados da ação Indústria + Eficiente de

ano, equivalente a 11,7% do consumo anual

temperatura menor, reduzindo assim suas perdas

Programa de Eficiência Energética da empresa.

da empresa e a redução da demanda de ponta

energéticas.

Na ação, foram investidos R$ 25 milhões em

de 744,04 kW. Por sua vez, a Sadia – unidades

cinco projetos de eficiência de três empresas

de Chapecó e Concórdia, em Santa Catarina –

final de 2012. Na ocasião, a Celesc assinou

(Tigre, Sadia e Tupy), que resultou em uma

apresentou uma redução total de 8.710, 06

contratos de financiamento a custo zero com

economia anual de 24,6 GWh/ano. Conforme

MWh/ano, o equivalente de 2,85% em relação ao

as três empresas anteriormente mencionadas,

a Celesc, se o valor do projeto fosse investido

consumo total das instalações. E a Tupy passou

que durante o ano de 2013 executaram cinco

em expansão da capacidade de produção de

a economizar 10.641, 83 MWh/ano, o que

projetos voltados à eficiência energética.

energia, o volume de energia gerado seria de

representa 2,06% de seu consumo anual.

Estes projetos foram selecionados entre 25

apenas 17,8 GWh, o equivalente a 75% do total

apresentados via chamada pública e foram

economizado. A energia economizada com os

substituição de motores de baixo rendimento por

avaliados com base em cálculo sobre a energia

projetos é suficiente para atender a dez mil

de alto rendimento. A participação do Procobre

economizada, a redução de demanda e a relação

residências. Além disso, com a ação, deixou-se

nesta ação faz todo o sentido, porque o cobre

custo-benefício.

Mais especificamente, a Tigre obteve dentro

Os projetos consistiram basicamente na

A ação Indústria + Eficiente foi iniciada no


O Setor Elétrico / Setembro de 2014

27

Encontro Mineiro de Eletricistas reúne 1500 profissionais em BH Realizado em setembro pela Loja Elétrica, evento teve exposições com 50 empresas da área e palestras técnicas sobre temas como energia solar, utilização de DPS e medição e gerenciamento de energia

Mais de 1500 profissionais e 50 empresas da

área elétrica estiveram presentes no 3º Encontro Mineiro de Eletricistas, realizado pela Loja Elétrica em setembro deste ano, na cidade de Belo Horizonte (MG). Fabricantes como 3M, Bosch, GE, Hellermann, Legrand, Philips, Prysmian, Schneider e Weg apresentaram lançamentos, novas tecnologias e tendências no segmento elétrico, de iluminação, de segurança eletrônica e de eficiência energética. O evento contou ainda com a participação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Em nove auditórios foram realizadas também

palestras técnicas sobre energia solar fotovoltaica, utilização e aplicação do Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) em projetos elétricos, soluções para a construção civil e para a indústria, ferramentas de alta performance para a indústria, produtos para medição e gerenciamento de energia e pirataria de fios e cabos, entre outros.

Para o diretor do Grupo Loja Elétrica,

João Flávio de Matos, mais uma vez, o evento foi um grande sucesso, “servindo como “uma ótima oportunidade de atualização técnica e de crescimento profissional para os eletricistas, que, geralmente, ficam esquecidos e com pequeno acesso às novidades e transformações do setor”.


Painel de empresas

28

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Golden comemora 24 anos e inaugura centro de distribuição em Santa Catarina Empresa de iluminação investe em tecnologia Led e mantém projeção de crescimento anual em torno de 20%

A Lâmpadas Golden comemorou em agosto deste ano seu aniversário de 24 anos de existência. Para marcar esta data, a

empresa de iluminação inaugurou no estado de Santa Catarina um novo centro de distribuição, objetivando também melhorar o fluxo de entrega na região Sul do Brasil.

A inauguração é mais uma novidade da Golden, com o intuito de expandir a marca no mercado do varejo. Nestas mais

de duas décadas da empresa, muitas outras inovações aconteceram. A primeira ocorreu em 1993, quando a companhia retirou-se da posição de mera importadora e passou a contar com uma equipe de controle de qualidade junto aos fabricantes estrangeiros, apostando na diversificação de sua linha. Em 1994, juntamente com a marca Pila, a empresa montou uma operação de lâmpadas incandescentes, ação que deu visibilidade à Golden e deu início à ampliação de seu portfólio de produtos.

Outro grande passo, segundo a Golden, foi dado em 1998, quando ainda a sociedade não se preocupava muito com a

eficiência energética. Na ocasião, a empresa decidiu não fabricar mais a lâmpada incandescente. “Este fato é um marco para nós, pois antecipamos tendência e tivemos a ousadia de apostar em um novo tipo de produto, capaz de gerar luz com redução do consumo de energia, muito antes de o apagão levar o tema à tona”, afirma o presidente da Lâmpadas Golden, Álvaro Diniz.

Na atualidade, a empresa vem investindo na tecnologia Led – última grande inovação do setor –, que, conforme a

Golden, está se popularizando e alcançando preços cada vez mais acessíveis. Segundo o presidente da companhia, as vendas

Novo centro de distribuição, localizado em Santa Catarina, objetiva melhorar o fluxo de entrega na região Sul do Brasil.

de Led representam atualmente 21% dos negócios da empresa e devem chegar a 60% em 2017.

O pendor por mudanças e inovação surtiu efeito positivo na empresa, que vem apresentando desde 2005 um crescimento anual em torno de 20%. A meta da

companhia é manter este patamar mesmo com a conjuntura econômica desfavorável. “Embora o crescimento do setor de iluminação tenha aumentado no último ano cerca de um dígito percentual, a Golden trabalha com a meta institucional de 20% também para 2014”, afirma Diniz.


Apoio

29

CONJUNTOS DE MANOBRA E CONTROLE DE POTÊNCIA Luiz Felipe Costa

30

Capítulo IX – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Desafios relacionados à especificação e ao uso

• Valores de fator nominal de diversidade • Valores do fator de potência • Bobinas de Rogowski

INSPEÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Marcus Possi

40

Capítulo IX – Resultados – Parte I

• Carta de apresentação • Relatório técnico de inspeções (RTI) • Plano de ações corretivas • Plano de ações de contingenciamento • Problemas encontrados no ato da implantação

MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES Marcelo Paulino

48

Capítulo IX – Análise de resposta em frequência

• Definições • Detecção de falhas no transformador • Algoritmos para análise

ATERRAMENTO DO NEUTRO Paulo Fernandes Costa Capítulo III – Avanços na especificação e na aplicação dos resistores de aterramento do neutro dos sistemas elétricos industriais em baixa tensão

• Vantagens da aplicação dos resistores de alto valor ôhmico • Avanços na tecnologia e especificação dos resistores de alto valor ôhmico • Resumo dos principais aspectos • Conclusão

56

Fascículos

• Introdução


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

30

Capítulo IX Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão em invólucros metálicos Desafios relacionados à especificação e ao uso Por Luiz Felipe Costa*

É sempre preciso estar alerta para as situações

consideração é importante para o dimensionamento

que apresentem desvios dos valores considerados

térmico e a configuração física que será adotada

como padrões nas normas para aplicação dos

para o CMC. A norma ABNT NBR IEC 60439-1

equipamentos, tais como: temperatura ambiente,

sugere, na falta de mais informações do usuário e,

condições atmosféricas (abrigado ou ao tempo),

até mesmo, do fabricante do conjunto, a adoção

grau de poluição, altitude ou condições especiais

dos valores típicos da tabela “1” da seção “4.7”

de serviço.

(reproduzida na Tabela 1). Estes valores para o fator

As quantidades de unidades funcionais e de

nominal de diversidade de um conjunto ou de sua

circuitos principais em um conjunto de manobra e

parte representam a relação entre a máxima soma

controle podem ser altas, logo, um ponto relevante

das correntes de operação dos circuitos principais,

na definição de um Conjuntos de Manobra e

em qualquer instante do período de operação do

Controle de Potência (CMCP) de baixa tensão é

conjunto, e a soma de todas as correntes nominais

máxima corrente que irá circular no barramento

dos circuitos principais envolvidos, seja no CMC

principal e nos barramentos de derivação. Esta

ou na parte selecionada do conjunto.

informação, junto com a quantidade e tipo de

Tabela 1 – Valores de fator nominal de diversidade, segundo a ABNT NBR IEC 60439-1

cargas (UFs) associadas é fundamental para garantirmos um desempenho térmico adequado

Número de circuitos principais

Fator nominal de diversidade

circular no equipamento.

2e3

0,9

4e5

0,8

6 a 9 (inclusive)

0,7

10 (e acima)

0,6

na condição de máximo regime de corrente a A fim de otimizar o dimensionamento dos

barramentos principais e derivação, a IEC sugere, caso o fabricante não defina, valores usuais para se estabelecer a quantidade de elementos que estarão energizados em um mesmo momento

No caso de equipamentos de baixa tensão, a

(fator de diversidade). Este valor representa,

relação entre o valor de pico da maior alternância no

numericamente, a relação entre a quantidade

primeiro semiciclo e o valor eficaz de uma corrente

de circuitos energizados e o total instalado. Esta

de curto-circuito presumida é conhecida como fator


31

“n”. A IEC estabeleceu valores baseados nos níveis de corrente e nos fatores de potência dos curtos-circuitos observados nos tipos mais comuns de sistemas de BT, como os exemplificados nas vistas parciais dos diagramas unifilares das Figuras 1 e 2. Na Tabela 2 estão listados os valores constantes da “Tabela 7” da ABNT NBR IEC 60439-1 (“Valores normalizados para o fator n”). Tabela 2 – Valores do fator de potência, relação X/R associada e “n” para as faixas de correntes de curto-circuito em BT, segundo a IEC

do fator

Corrente de curto-circuito kA (valor eficaz)

cos ϕ p.u.

X/R

n p.u.

I[5

0,7

1,02

1,5

5 < I [ 10

0,5

1,73

1,7

10 < I [ 20

0,3

3,18

2,0

20 < I [ 50

0,25

3,87

2,1

50 < I

0,2

4,90

2,2

Figura 1 – Parte de DU com a possibilidade de paralelismo com geração própria.

Figura 2 – Parte de um DU com a possibilidade de paralelismo de transformadores.


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

32

Deve-se atentar para o fato de que o uso de TCs e relés

secundários, em vez de disparadores incorporados aos disjuntores de potência, pode dificultar o atendimento ao tipo de forma de separação interna requerida para o conjunto. Os tipos de forma de separação permitem que o usuário escolha o arranjo que melhor atende aos seus requisitos de segurança e continuidade de serviço, conforme a instalação existente.

No caso de aplicação dos disjuntores de potência de BT,

é interessante salientar que os sistemas de proteção, quando incorporados a eles, têm evoluído muito ao longo dos anos. Nos últimos anos, todos os fabricantes tradicionais deste tipo de equipamento têm incorporado aos seus produtos o uso de bobinas de “Rogowski” em substituição aos já tradicionais

Figura 3 – Exemplo de bobina de Rogowski.

e consagrados sensores de corrente (transformadores de corrente com valores secundários na ordem de miliampères). Isso permitiu uma melhoria do desempenho das unidades microprocessadas utilizadas como elementos de proteção de sobrecorrente. A antiga solução já tinha demonstrado alta confiabilidade com o casamento entre os sensores de corrente e as unidades de disparos, graças ao correto encaminhamento dos cabos entre sensor e disparador, e o casamento da carga à capacidade dos sensores (TCs) utilizados. Mas a indústria buscava um novo patamar, em que um único sensor pudesse cobrir, com confiabilidade, uma faixa maior de atuação, permitindo que um único dispositivo atendesse, sem saturação, às necessidades de unidades microprocessadas para disjuntores de 630 A a 6.300 A.

As bobinas de “Rogowski”, exemplificada na Figura 3,

Figura 4 – Redução da energia incidente pela alteração dos ajustes da proteção durante uma intervenção.

para uso em conjunto com disparadores microprocessados

Apesar destas abordagens inovadoras, tem sido observada,

já são uma realidade nos novos disjuntores de potência

em alguns casos, em fornecimentos mais recentes, a solicitação,

de BT. Associadas a elas, existe também a adição de novas

por parte dos clientes finais, de se adotar proteção secundária

características aos disparadores microprocessados. Além

para os disjuntores de potência de BT, ou seja, o uso de TCs

das já clássicas funções de medição de grandezas elétricas

externos associados a um relé de proteção. Este arranjo tem sido

(corrente, demanda, energias ativas e reativas, fator de

empregado em conjuntos de manobra de BT, do tipo Centro de

potência, etc.) e de informações de qualidade de energia

Distribuição de Cargas (CDC), com base em duas premissas:

(quantificação das harmônicas, níveis de distorção, etc.), têm sido acrescidas funções que permitem a redução de níveis

• Em caso de necessidade de troca de um disjuntor, não existe

de energia incidente no ponto de instalação do disjuntor

a obrigatoriedade de se verificar a adequação dos ajustes da

graças à possibilidade de alteração temporária dos ajustes das

unidade de disparo ou, caso seja preciso, reprogramá-la;

proteções. Esta nova abordagem é baseada no uso de grupos de

• Os relés secundários de corrente, diferentes das unidades de

ajustes memorizados na unidade microprocessada, conforme

disparos incorporados (as quais trabalham com protocolos do

mostrado na Figura 4, na qual se pode ver, além do frontal da

tipo proprietário ou outros disseminados mundialmente, como

unidade de disparo com o seletor de ajustes preestabelecidos,

o Modbus ou o Profibus), permitem a adoção de sistemas de

um comparativo de resposta (níveis de energia incidente) do

comunicação com base na norma IEC 61850. E este tem sido a

sistema de proteção em relação aos níveis das correntes de

nova referência para os sistemas supervisórios e de controle dos

curto-circuito.

sistemas de potência.


Apoio

33


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

34

Este tipo de enfoque, exemplificado na Figura 5, mesmo que

pela tabela de escolha da capacidade de serviço em relação

tenha os seus méritos, implica em outros pontos que podem

ao percentual da capacidade máxima segundo o tipo de

se tornar críticos. A necessidade de adequar os TCs a níveis

seletividade, conforme mostrado na Tabela 3.

de corrente nominal e de curto-circuito pode levar ao uso de

transformadores com maior relação ou exatidão (capacidade

de seletividade:

Os disjuntores podem ser classificados em duas categorias

de lidar com maior carga secundária – maior “Burden”). Isso é similar ao que já foi descrito para os CMCP de MT, porém,

• A: são os disjuntores para os quais não se prever seletividade,

neste caso, o problema não é relativo aos riscos de alteração

em condições de curto-circuito, com os dispositivos (SCPD) a

no arranjo espacial dos campos elétricos e o surgimento de

jusante. Eles não possuem valores para ajustes de

novos gradientes. Aqui muitas vezes se encontram problemas

curto-retardamento e nem a capacidade de corrente suportável

puramente de espaço físico disponível, quando não ocorrem

de curta-duração (Icw);

implicações piores, como a limitação de troca de calor para

• B: são os disjuntores que conseguem ter seletividade, em

dissipação térmica da parte interna do CMC de BT devido a

condições de curto-circuito, com os dispositivos (SCPD) a jusante.

dificuldades de circulação de ar (convecção) ou da radiação de

Eles possuem ajustes para o curto-retardamento e, também, a

pontos de partes condutoras.

capacidade de corrente suportável de curta-duração (Icw). Tabela 3 – Valores da relação entre Ics e Icu Categoria de seletividade: A % de Icu

Categoria de seletividade: B % de Icu

25

--

50

50

75

75

100

100

Além disso, os disjuntores apresentam duas capacidades de

interrupção: • Ics: Capacidade de Interrupção de Serviço – corresponde ao Figura 5 – CMCP-BT com forma de separação “4b" e proteção secundária.

valor da corrente de curto-circuito, expresso em porcentagem

nominal de operação; sendo que, após este evento, o mesmo

Deve-se atentar, também, para o fato de que o uso de TCs

do valor de Icu, que um disjuntor pode interromper na sua tensão

e relés secundários, em vez de disparadores incorporados

ainda deve poder conduzir a sua corrente nominal de regime.

aos disjuntores de potência de BT, podem vir a dificultar o

• Icu: Capacidade de Interrupção Máxima – corresponde ao

atendimento do tipo de forma de separação interna requerida

valor eficaz da corrente de curto-circuito que um disjuntor

para o conjunto.

pode interromper na sua tensão nominal de operação; sendo

que, após este evento, não precisa ser capaz de conduzir a sua

Além dos pontos mencionados nos parágrafos anteriores,

existem três outros fatores interessantes dentro do contexto dos

corrente nominal de regime.

desafios encontrados na aplicação de CMCP de BT. Os dois primeiros estão relacionados diretamente ao uso de disjuntores,

Apesar da condição de um disjuntor apresentar o valor

conforme descrito na IEC 60947-2 (“Low-voltage switchgear

de Ics igual ao de Icu representar uma situação ótima, ela não

and controlgear – Part 2: Circuit-brearkes”). Um se refere à

é obrigatória e pode, dependendo da aplicação e do sistema

capacidade de suportar um valor de corrente de curta-duração

em questão, até ser uma solução mais onerosa: o projeto do

(Icw) por um tempo definido, fato este que está, diretamente,

dispositivo precisaria ser “sobredimensionado”.

associado à forma como o equipamento irá se comportar num

esquema seletivo de proteção. E o outro estabelece os níveis de

com contatores do tipo eletromecânico, conforme a IEC

O terceiro ponto está relacionado com o uso de partidas

capacidade de interrupção, tanto em serviço quanto máximo,

60947-4-1 (“Low-voltage switchgear and controlgear – Part 4-1:

para o disjuntor. Esta última relação é associada à primeira

Contactors and motor-starters – Electromechanical contactors


Apoio

35

and motor-starters”). Uma “partida” (combinação de todos os

partidas).

dispositivos e conexões necessárias para manobrar um motor,

É óbvio que uma partida protegida com coordenação

com proteção contra sobrecargas inclusa) protegida (partida

tipo 2 permite uma maior continuidade de serviço e um nível

que possui um dispositivo de proteção contra curto-circuito –

menor de manutenção, especialmente quando associada ao

SCPD) pode apresentar dois tipos de coordenação entre os seus

uso de disjuntores como SCPD, em vez de fusíveis (o disparo

elementos.

por curto-circuito não obriga a troca dos elementos fusíveis).

Porém, dependendo do projeto dos componentes e as suas

Os tipos de coordenação para partidas protegidas são:

capacidades de suportabilidade térmica e dinâmica, pode • Tipo 1: a partida, sob condições de curto-circuito, não

haver a necessidade de aumento de seu tamanho (estrutura),

deve causar perigo às pessoas ou instalações e pode, após

do volume ocupado pela UF ou o incremento nos custos da

a interrupção da falta, não estar apta a serviços futuros sem

solução. Este tipo de característica tem sido constantemente

reparos ou substituição de peças;

solicitado nas aplicações de CCM de BT para plataformas

• Tipo 2: a partida, sob condições de curto-circuito, não deve

marítimas, como exemplificada na Figura 5.

causar perigo às pessoas ou instalações e tem de, após a

Vale chamar a atenção para o fato de o CCM mostrado na

interrupção da falta, estar apta a serviços futuros. É aceitável

Figura 6 possuir um reator limitador de corrente na entrada,

o risco de soldagem dos contatos principais do contator (neste

garantindo que o nível de curto-circuito disponível no ponto

caso, o fabricante deve informar os procedimentos adequados

ficasse limitado a 18 kA eficazes, conforme definições de projeto

de manutenção).

do cliente final. Esta solução foi adotada como forma de reduzir

Estes tipos de coordenação estão associados à categoria

aumento da segurança operacional. Claro que, como em todas as

de uso AC-3 (manobra de motores de indução com rotor em

soluções adotadas em engenharia, houve alguns compromissos:

curto-circuito) para os contatores (e, respectivamente, para as

• Estudo de fluxo de carga e avaliação da queda de tensão no

os níveis de energia incidente no ponto da instalação, visando um


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

36

Figura 6 – CCM de BT típico do setor marítimo. Na coluna de entrada do conjunto (a primeira à direita), tem-se um reator limitador de corrente trifásico (atentar para as venezianas de ventilação).

Conclusões

caso de partidas rotóricas diretas; • Com base nos dados do item anterior, foram definidos limites menores de potência das gavetas com partida direta

Como discutido nos tópicos anteriores, o uso de

(inclusive, na terceira coluna, contando-se da direita para a

Conjuntos de Manobra e Controle de Potência (CMCP) de

esquerda, houve a aplicação de uma unidade eletrônica para

baixa tensão em sistemas elétricos industriais, comerciais e

partida suave – “Soft-starter”, para adequação da máquina a

de infraestrutura requer sempre um conhecimento detalhado

capacidade do sistema em garantir uma partida sem queda de

da aplicação final dos equipamentos e das condições, físicas

tensão excessiva).

e elétricas, do local da instalação. Não existe uma regra

Para auxiliar no levantamento das necessidades para a

a filosofia construtiva a ser adotada. Os pontos cruciais e

definição dos principais requisitos construtivos de um projeto

inegociáveis foram e sempre serão a segurança humana e

específico, pode-se usar a Tabela 4.

patrimonial.

única e nem um modelo mestre para se definir a forma e

O que se pode sugerir é, sempre que possível e

Tabela 4 – Requisitos específicos de projeto Hz

V

Tensão e frequência de alimentação

A

Capacidade de corrente (barramentos)

s

kA

Nível de curto-circuito do sistema

C

Temperatura ambiente, se acima de 35 °C

C

%

Umidade se acima de 50% @ 40C Outras condições especiais da Instalação Classificação IP

Externo

IP

Interno

Forma construtiva

Fixa

Extraível

Acessibilidade da instalação

Frontal

Traseira

Entrada / Saída para instalação dos cabos

Superior

Inferior

Acessibilidade para manutenção

Frontal

Traseira

Forma de separação

Forma

IP


Apoio

37


Conjuntos de manobra e controle de potência

Apoio

38

economicamente viável, seguir algumas premissas que

• Definição das características nominais;

devem ser validadas conforme cada caso. Estas podem ser

• Conhecimento das condições ambientais e espaciais do

listadas como:

local da instalação; • Consolidação dos estudos de engenharia elétricas

• Adotar soluções que possuam os relatórios de ensaios

necessários;

aplicáveis que comprovem sua adequação à aplicação;

• Conhecer as filosofias de operação e manutenção que

• Adotar estruturas construtivas que minimizem os riscos de

serão adotadas.

choques elétricos e exposições a arcos elétricos:  Em aplicações de potência, dar preferência por tipos

construtivos

aumentar a confiabilidade, a disponibilidade e a segurança,

do

tipo

“armário”,

“multicolunas”

ou

Listar características adicionais que possam vir a

“multimodular”;

tanto humana quanto patrimonial, conforme a experiência,

 Formas construtivas 3b e 4b, quando for necessário

tanto da equipe responsável pelo projeto quanto do usuário

acesso com sistema energizado;

final.

 Unidades funcionais extraíveis ou removíveis;

 Partidas rotóricas com elementos com coordenação tipo 2;

sendo desenvolvido, no Brasil, pela Comissão de Estudos

 Escolha de componentes adequados para a real

C 17.02, da ABNT, e que se encontra bem adiantado, no

condição de uso (por exemplo, não aplicar, diretamente,

sentido de termos, se possível ainda neste ano, a publicação

um disjuntor de 2.500 A, que foi ensaiado conforme

das duas primeiras normas baseadas na série IEC 61439

a IEC 60947-2, em um circuito de mesma corrente de

(partes 1 e 2).

Para finalizar, é importante salientar o trabalho que está

regime, sem saber se ele está adequado para condições de temperatura e poluição do ambiente interno do painel

Referências

– às vezes, se faz necessário o uso de fatores de redução

• ABNT NBR IEC 60439-1. Conjuntos de manobra e controle

de capacidade de condução de corrente permanente ao

de baixa tensão – Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo

elemento de manobra, obrigando o projetista a adotar, por

totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo

exemplo, um disjuntor de 3.200 A);

parcialmente testados (PTTA). ABNT, maio 2003.

 Escolher a categoria de sobretensão correta, conforme

• IEC 61439-1. Low-voltage switchgear and controlgear

a tensão nominal do circuito e o local da instalação (nível

assemblies – Part 1: General rules. IEC; 2nd. Edition, 2011.

de exposição a sobretensão. Consultar a tabela G.1 da

• IEC 61439-2. Low-voltage switchgear and controlgear

ABNT NBR IEC 60439-1;

assemblies – Part 2: Power switchgear and controlgear

 Sistemas inteligentes que permitam a supervisão,

assemblies. IEC; 2nd. Edition, 2011.

operação, medição, monitoramento e intervenções remotas;

• IEEE Std C37.20.1 – 2002: IEEE Standard for Metal-Enclosed

 Adotar soluções de engenharia que minimizem,

Low-Voltage Power Circuit Breaker Switchgear.

conforme cada caso, os riscos associados aos níveis de

• NR 10: Norma regulamentadora Número 10: Segurança em

energia incidente (escolha do aterramento do neutro, uso

instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho

de seletividade lógica, sistemas de redução de níveis de

e Emprego – Governo Federal do Brasil, 2004.

energia para serviços de intervenção, etc.);

• Electrical Safety Requirements for Employee Workplaces,

 Escolher o grau de proteção adequado ao local da

NFPA 70E, 2009.

instalação;

• IEEE Guide for Perfoming Arc-Flahs Harzard Calculations,

 Para situações de exposição contínua de operadores

IEEE Std 1584, 2002.

ao local da instalação, buscar soluções quanto a riscos oriundos de um arco interno, sejam do tipo ditas “ativas” ou “reativas”.

Da mesma forma como comentado sobre a aplicação

de conjuntos em média tensão, aqui se aplicam as mesmas diretrizes básicas:

*Luiz Felipe Costa é especialista sênior da Eaton. É formado em engenharia elétrica pela Escola de Engenharia da UFRJ e pós-graduado em Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade Federal de Itajubá. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

39


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

40

Capítulo IX Resultados – Parte I Por Marcus Possi*

O objetivo deste artigo é finalizar o processo

dentro das melhores práticas e técnicas existentes

de trabalho da inspeção nas instalações elétricas,

– as normas técnicas. No caso do relatório técnico

apresentando os resultados, não apenas relatórios

de inspeção ou RTI, o resultado é sempre expresso

ou fotografias. Os resultados principais são aqueles

em termos de conformidade. Os itens escolhidos

que foram de fato comprados ou demandados pelo

para a inspeção são apresentados sempre como

cliente, mas há também os resultados marginais que

“conforme”

muito contribuem para o melhor enquadramento das

comentários adicionais são adequados e muitas

ações corretivas, eliminação de não conformidades

vezes essenciais para o desenvolvimento do plano

graves e que não acrescentam de fato custo ao

de ação corretiva. Esse relatório é um documento

contratado para obtê-los.

técnico de alto valor e por vezes de muitas folhas e

e

“não

conforme”,

sendo

que

dados.

Carta de apresentação

Trata-se de um documento corporativo que visa

como ferramentas são essenciais para sua montagem

introduzir o assunto, de forma sucinta e objetiva,

e, consequentemente, para a sua correção local. Ele

ressaltando em um parágrafo o estado geral das

deve ser estruturado como algo fácil de entender

instalações elétricas inspecionadas, sem emissão

e que não deixe de reforçar elementos essenciais

de juízo de valor. Essa carta deve listar todos os

como o “escopo” do que foi verificado e os motivos

outros documentos a seguir que farão parte do

ou razões para definições de “não conformidades”.

As listas de verificação que já apresentamos

conjunto de resultados alcançado. Nessa carta é

Citamos as normas e elas sozinhas, por vezes,

possível registrar também o número de anexos que

não são suficientes. Há regulamentações, leis e

o relatório contém, trazendo um certo destaque para

referências legais que devem ser invocadas sempre

aquilo que o cliente recebeu ao longo do trabalho de

que pertinentes e identificadas na etapa inicial

inspeção, aqui chamado de “resultados marginais”.

de nossa atividade de inspeção. Este momento é

Um reforço no objetivo da inspeção é sempre

chamado neste trabalho de “entendimento das

conveniente para resgatar o compromisso inicial e

instalações, seus contextos e equipamentos”.

eliminar falsas expectativas de quem recebe. Vamos

ver que temos quatro elementos a seguir: RTI, PAC,

resultados marginais, é muito conveniente, pois

PAC contingencial e implantação.

agrega valor ao resultado final e é oportuno para

Colocar um item para os ganhos marginais, ou

a retirada de pendências ou “não conformidades”

Relatório técnico de inspeções (RTI)

encontradas ainda em tempo de análise de

Um relatório técnico é isento de julgamento de

documentações e equipamentos. O relatório é

valor e os seus resultados sempre são estruturados

dividido inicialmente em cinco partes: introdução,


41

avaliação de prontuário, avaliação das instalações, resultados marginais e conclusão. Pode-se dizer ainda, sem juízo de valor, o nível de classificação em que a instalação elétrica se encontra. Nesse caso uma atenção especial deve ser dada à conclusão. Introdução • Apresentação do escopo do trabalho • Proposta do trabalho – Plano de inspeção • Metodologia utilizada • Procedimentos adotados • Procedimentos para inspeção • Equipamentos de proteção individual utilizados para a inspeção • Premissas e condições para o trabalho • Anexos Avaliação do prontuário • Justificativa e apresentação do escopo do trabalho • Procedimento do trabalho • Metodologia utilizada • Procedimentos adotados • Resultados • Anexos - checklists Avaliação das instalações • Justificativa e apresentação do escopo do trabalho • Responsáveis, pontos e temas • Introdução • Resultados • Avaliação geral • Anexos - checklists Resultados marginais • Apresentações e origem de sua existência • Vantagens e forma de uso • Uso no plano de ações e contingências Conclusão • Apresentação de números e informações compiladas • Apresentação de classificação de prioridades de forma aplicável • Classificação das instalações em A, B ou C

Plano de ações corretivas

É prevista na NR 10 a emissão de um plano de ação

corretiva, mais precisamente um cronograma de trabalho


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

42

que feche o resultado dos trabalhos da inspeção. Esse plano

adequação e programação de acertos necessários à segurança e

de ação nada mais é do que as orientações técnicas para o

saúde dos trabalhadores que trabalham direta ou indiretamente

restabelecimento das condições mínimas necessárias para a

com eletricidade. A estrutura básica para esse plano de ação

garantia da segurança dos trabalhadores.

também prevê apresentação de metodologia e considerações técnicas de gestão, uma vez que ele será montado para o

Introdução

atendimento ao restabelecimento das condições de segurança

Os critérios e montagem do plano de ação corretiva das

com a organização em funcionamento. Isso ficou claro nos itens

inspeções foram estabelecidos dentro dos seguintes princípios:

apresentados anteriormente. Esse plano de ações corretivas tem de possuir um tempo definido e finito para a sua conclusão

• Utilização de um aplicativo informatizado, ou ferramenta,

e é um dos pontos a serem considerados para a garantia do

para incluir e cadastrar todos os equipamentos e instalações

restabelecimento das condições mínimas de segurança. A

listados e contidos nos relatórios de inspeção, e no plano de

existência de um prazo para a recuperação de condições

inspeção;

seguras não significa que as instalações estejam liberadas

• Inclusão de todas as ações corretivas necessárias por

para o trabalho, significa sim dizer que medidas adicionais de

equipamento à sua adequação à NR 10, eliminando aquelas

proteção deverão ser tomadas enquanto os acertos apontados

que não foram possíveis de se estimar;

no plano não estão concluídos. Essas medidas adicionais de

• Realizar a estimativa dos prazos para a realização das

proteção fazem, de alguma forma, parte do plano de ação.

atividades de correção;

Os valores financeiros estão sujeitos a revisões e a reduções

• Classificar as prioridades para permitir o agendamento das

significativas, considerando que a proposta apresentada é para

datas de início e término;

a adequação de cada não conformidade de forma individual,

• Emitir cronograma de trabalho para apresentação aos

sendo também considerado um calendário comercial para a

envolvido no processo;

sua realização.

• A priorização das ações corretivas dentro dos critérios

estabelecidos de geografia, operação, disponibilidade ou

outra mídia portátil, com as fotografias agrupadas por critérios

outros de consenso entre as partes.

previamente acordados:

Como complemento não obrigatório podemos sempre incluir:

O relatório fotográfico deve vir em forma de DVD ou

• Critério 1 – Local ou unidade da organização; • Critério 2 – Parte ou equipamento inspecionado;

• Atribuição de recursos humanos e materiais sempre que

• Critério 3 – Número + Profissional que tirou as fotos.

possível para apoio às estimativas das ações corretivas como se cada ação fosse feita individualmente; • Estimativa de custo básico de cada insumo de produção ou de produção de uma das atividades corretivas/preventivas; • Atribuição de valores estimados de mercado para pagamento desses recursos atribuídos; • Criação de uma força tarefa (equipe de trabalho) composta por equipes (por exemplo, quatro ajudantes e/ou quatro eletricistas) por unidade ou prédio; • Nivelamento e distribuição automática e otimizada desses recursos (equipe) em trabalho, dando prioridade àquelas que forem urgentes, seguidos de essenciais melhorias; • Definição de um plano de trabalho no tempo (cronograma) e de desembolso financeiro (orçamento) para cada unidade ou prédio.

Esse plano de trabalho é um dos itens que a NR 10 prevê para

Figura 1 – Modelo de relatório com fotografias agrupadas por critérios previamente definidos.


Apoio

43


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

44

O ícone ao lado deve aparecer em cada relatório individual

horário comercial, enquanto a(s) ação(ões) corretiva(s)

para melhor assessorar a pesquisa.

não é(são) concluída(s) e validada(s).

Outra forma de apoiar e facilitar a localização das fotografias

é por meio da criação de índices eletrônicos de acesso imediato

Implantação do PAC

ou busca. O uso intenso de “tablets” permite até a recuperação

dessa informação de modo cômodo, rápido e portátil. O uso de

e gerenciamento de projetos, assim a implantação desses

hospedagem em sites de internet também apoia essa opção.

O plano de ação segue as melhores práticas de administração

serviços de “reparos” e prevenções também deve zelar pelas práticas adequadas de trabalho. Ressalte-se aqui que alguns

Plano de ações de contingenciamento

pontos são essenciais para uma boa gestão dos serviços a

Destaque-se aqui mais uma vez: “a existência de um prazo

serem realizados em campo, seja com mão de obra própria

para a recuperação de condições seguras não significa que

ou contratada. Destaca-se, entre as principais, a comunicação.

as instalações estejam liberadas para o trabalho, significa sim

Essa deve ser amparada por meios que facilitem o seu acesso e

dizer que medidas adicionais de proteção deverão ser tomadas

o cadastro.

enquanto os acertos apontados no plano não estão concluídos.”

Os documentos, mapas de trabalho, cronogramas mais

Isso significa dizer que as infrações ou não conformidades

particularmente, são essenciais para que as equipes sigam as

que foram detectadas no RTI, listadas em ações corretivas

programações pré-estabelecidas e tenham de modo comum

no plano de ação que atingem níveis críticos de segurança,

todo o entendimento necessário para a realização dos trabalhos

ou ainda outras que a critério e julgamento do profissional

e verificação de metas e suas alterações. Para esse propósito,

habilitado pelas instalações e gestores de segurança do local

temos, em um primeiro momento, de criar um centro de

tragam de fato riscos aos trabalhadores, não podem ficar

informações de acesso rápido, seguro e fácil, capaz de interagir

apenas na programação futura para acertos. Elas devem possuir

com diversos dispositivos de comunicação e armazenar

medidas de contingenciamento que no mínimo transformem a

diversas mídias. Para isso temos os recursos da informática e

condição de acesso ou trabalho perigoso (nível de criticidade 4)

das telecomunicações. Meios de comunicação sem restrições

em condição de trabalho ou acesso seguro, independentemente

ou limites é o segundo passo, pois de nada adianta um sistema

dos prazos ou datas de seus acertos.

maduro e completo se o acesso é limitado.

Aliando então o plano de ação aos meios informatizados já

 Uma instalação que não possui condição de

conhecidos, aos sistemas de informação de acesso restrito e ao

acesso e toque garantidamente seguros por falta de

acesso irrestrito, podemos definir o termo “portal de acesso” como

equipotencialização às massas ou por falta de condutores

elemento básico de trabalho para a implantação e gerenciamento

de proteção deverá ter como procedimento de acesso ou

do “Plano de Ações Corretivas”, que é nosso objeto aqui. Esse portal

trabalho o uso intensivo de EPI e EPCs, mesmo que para

de acesso pode e deve ser integrado à web de modo a garantir o

simples manobras, enquanto a(s) ação(ões) corretiva(s)

acesso comentado. Outro ponto de importância para a garantia

não é(são) concluída(s) e validada(s);

de resultados nessa “implantação” é a equipe de supervisão e de

 Uma instalação que não possui condição de acesso e toque garantidamente seguros por falta de barreiras ou placas isolantes, deverá ter como procedimento de acesso ou trabalho o uso intensivo de EPI e EPCs, mesmo que para simples manobras, enquanto a(s) ação(ões) corretiva(s) não é(são) concluída(s) e validada(s);  Uma instalação que não possui identificação clara de circuitos e alimentadores, origem e destinos claros dando segurança ao trabalho de desligamentos parciais da instalação deverá ter como procedimento de manobras a condição de desligamento total com o uso intensivo de EPI e EPCs, mesmo que prejudicando a operação ou colocando a equipe em condição de trabalho fora de

Figura 2 – Modelo de centro de informações com fácil interação com outros dispositivos de comunicação.


Apoio

45

• Disponibilidade de tempo dos profissionais para

trabalho. A equipe de supervisão deve ser madura tanto no quesito

acompanhamento da equipe de inspeção;

gestão de obras e projetos, como também no quesito técnico aplicado, de segurança e de trabalhos em campo, reciclagens e

Devido à demanda natural dos serviços que as equipes

treinamentos específicos. Além da gestão da comunicação, e da

de manutenção ou a supervisão que a empresa possui, o

qualidade e expertise da equipe, temos, por fim, a quantidade e

acompanhamento de “novos” serviços, se não previsto o

especificidade dos relatórios de resultados e acompanhamentos

aumento da equipe, torna-se difícil e comprometido, com

periódicos. Esses, fechando o conjunto da boa implantação,

dificuldade muito grande em acompanhar ou realizar as

devem ser produzidos contra padrões pré-estabelecidos, conteúdo

inspeções. Isso é aumentado quando os serviços de acertos

acordado entre os envolvidos e respaldados por atas, relatórios

são contratados fora. Faz-se necessário o acompanhamento

outros e quaisquer outros documentos que sejam produzidos

dos contratados, pois é de suma importância o conhecimento

durante o processo de “implantação” do plano de ação corretivo/

da instalação por parte das equipes locais, bem como o

preventivo. Esse conjunto citado, ainda que de forma muito

conhecimento da localização dos equipamentos e alguns fatos

resumida, deve ser a base do processo de implantação para que os

ocorridos que podem agregar valores na análise realizada.

resultados sejam adequados e precisos.

Esse problema é resolvido com um acerto entre as partes,

adequando o melhor dia e horário junto com o planejamento

Problemas encontrados no ato da implantação

entre as equipes envolvidas. • Falta de cultura na utilização de equipamentos de

Existem também ocorrências que aqui chamamos de

proteção e capacitação em segurança;

problemas e que atrapalham o bom andamento de qualquer serviço. Isso também acontece nas atividades de inspeção.

É possível, porém desmotivador, haver resistências na

Apresentam-se aqui alguns deles:

utilização dos equipamentos de proteção (EPIs e EPCs)


Inspeção de instalações elétricas

Apoio

46

pelos profissionais que apoiam essa atividade, direta ou

são partes a serem consideradas.

indiretamente. A norma NR10 é clara em seu item 10.2.9.1:

Importante ressaltar que no item 10.7.4: “Todo trabalho em

“Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de

instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas

proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes

que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante

para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos

ordem de serviço específica para data e local, assinada por

de proteção individual específicos e adequados às atividades

superior responsável pela área”.

desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6”.

• Acesso às áreas restritas;

A capacitação em treinamentos e reciclagem com cursos

para todos empregados se tornam a chave ou solução devido à

necessidade de manter a equipe ciente dos riscos do serviço em

com possíveis acesso às áreas restritas, um planejamento

instalações elétricas energizadas.

prévio junto com as equipes envolvidas, seja de manutenção,

Para que no momento da inspeção não ocorram problemas

construção, própria ou contratada, faz-se necessário para que

• Falta de autorização para serviços;

se estabeleça uma rota de inspeção e sua liberação formal.

Todo o serviço realizado nas instalações elétricas tem a

Somente assim é possível manter o cumprimento das metas de

obrigatoriedade, autorização ou acompanhamento formal de um profissional legalmente habilitado. A falta da autorização, ou documentação correlata, impossibilita que a inspeção seja realizada. O documento (Ordem de Serviço) devidamente preenchido com data, horário e local, autoriza o trabalhador a executar o serviço para o início da execução. Não se deve esquecer que a análise de risco e os procedimentos de trabalhos

produção. *MARCUS POSSI é engenheiro eletricista, consultor e diretor da Ecthos Consultoria. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


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Manutenção de transformadores

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48

Capítulo IX Análise de resposta em frequência Diagnóstico de transformadores de potência utilizando análise de resposta em frequência e impedância terminal Por Marcelo Paulino*

Este texto descreve os conceitos e princípios

objeto em teste diante da variação de frequência.

da aplicação da análise de resposta em frequência

e impedância terminal. Mostra a diferença entre

avaliar transformadores de potência, por meio da

as duas definições (função de transferência e

função de transferência, ou seja, da relação das

impedância

terminal).

Comumente

esses

A indústria elétrica usa essa técnica para

dois

tensões de entrada e saída do objeto em teste e

elementos são confundidos e tratados erroneamente

por sua impedância terminal. Análise de resposta

como sendo um único elemento. O trabalho

em frequência, geralmente conhecida dentro da

também descreve os princípios de avaliação e os

indústria como FRA, é uma técnica de teste de

algoritmos utilizados como ferramenta que fornece

diagnóstico poderosa. Consiste em medir a função

uma referência numérica e ajuda a equipe de teste

de transferência, também conhecida como resposta

na tomada de decisão, eliminando erros na análise

em frequência, e a impedância dos enrolamentos.

do resultado. Assim aumenta-se consideravelmente

Essas medidas podem ser usadas como um método

a confiabilidade do ensaio.

de diagnóstico para a detecção de defeitos elétricos e mecânicos do transformador em cima de uma

Introdução

larga escala de frequências. Para tal é realizada

Da eletrônica temos a designação de análise da

a comparação entre a função de transferência

resposta em frequência como o estudo da relação

obtida com assinaturas de referência. Diferenças

entre dois sinais alternados com a variação da

podem indicar dano ao transformador que pode ser

frequência. Sua representação é realizada em

investigado usando outras técnicas ou um exame

notação polar, definindo as funções amplitude e

interno.

fase da resposta em frequência, evidenciando a

Os

relação existente entre as amplitudes e a diferença

essenciais em sistemas de transmissão e distribuição

entre as fases dos sinais de entrada e saída no objeto

de energia elétrica. Na ocorrência de uma falta no

em teste. As representações gráficas das funções

sistema, descarga atmosférica ou uma falta dentro

amplitude e fase da resposta em frequência, em

do transformador, podem ser geradas altas correntes

escala logarítmica, representam as assinaturas do

circulantes nas bobinas e/ou uma alta tensão

transformadores

são

equipamentos


Apoio

49

sobre estas. Consequentemente ocasionam danos estruturais,

diferenças entre duas assinaturas do FRA. Uma mudança na

deformações nas bobinas e/ou de isolação do equipamento,

função de transferência pode ser interpretada como uma

fechando-se curto-circuito entre espiras, entre bobinas ou

deformação no enrolamento com relativa facilidade. Entretanto,

destas para a carcaça (ponto de terra).

é complicado estimar o correspondente grau de deformação

Danos de transporte também podem ocorrer se os

do enrolamento e identificar qual a extensão da variação das

procedimentos forem inadequados, podendo conduzir ao

medidas do FRA é aceitável para operação do transformador

movimento do enrolamento e núcleo. O circuito equivalente

sem falhas.

de um transformador é complexo e composto de resistências, indutâncias e capacitâncias provenientes dos enrolamentos,

Definições

assim como capacitâncias parasitas entre espiras, entre bobinas

Análise de resposta de frequência (Frequency Response Analysis – FRA)

e destas para o tanque. Este circuito possui características únicas de resposta em frequência para cada transformador, funcionando

como uma impressão digital. Qualquer tipo de dano na sua

de FRA, é uma técnica de diagnóstico utilizada para detectar

estrutura interna, tanto na parte ativa (enrolamentos e núcleo)

alterações nas características da estrutura de transformadores

como na parte passiva (estrutura, suportes, tanque etc.), afeta

de potência, principalmente deformações nas bobinas. Essas

diretamente os parâmetros deste circuito equivalente, o que

modificações podem ser resultados de diversos tipos de

altera sensivelmente a resposta em frequência deste circuito, que

problemas elétricos ou mecânicos (danos durante o transporte,

comparado à sua resposta original pode claramente evidenciar

a perda de fixação de partes internas, esforços mecânicos

a falha. Um problema da análise de resposta em frequência é a

causados por curto-circuito, etc.) O teste não é destrutivo e

falta de procedimento padronizado internacional para que seja

pode ser usado tanto como uma ferramenta para detectar danos

feita a comparação das análises dos resultados.

de enrolamento, quanto uma ferramenta de diagnóstico para

estudo de defeitos observados em outros testes (por exemplo, o

Assim, o problema a ser resolvido é a interpretação das

Análise de resposta de frequência, comumente chamada


Apoio

50

Manutenção de transformadores

fator de potência do isolamento, análise de gases dissolvidos, impedância de curto-circuito, etc.). FRA consiste na medida da função de transferência e na medida da impedância terminal vista pelo sistema de medida. A medição é feita por uma ampla gama de frequências e os resultados são comparados à

Em que:

assinatura de referência ou "impressão digital" do enrolamento

• A(dB): amplitude, em [dB]

para obtenção de um diagnóstico.

• Vout: tensão de entrada • Vin: tensão de saída

Método de varredura de frequência (Sweep Frequency Method)

Fase da função de transferência

Consiste na medida direta de uma resposta de frequência

por meio da injeção de um sinal de frequência variável. Este

sinal é injetado em um terminal de entrada e medida a resposta

injetado em função da frequência.

A mudança de ângulo de fase da resposta relativa ao sinal

no terminal de saída. Também designado por análise de Impedância terminal (função impedância)

resposta em frequência por varredura (SFRA – Sweep Frequency Response Analysis).

Consiste na representação gráfica da impedância própria

de uma bobina ou da impedância vista pelo sistema de

Método de impulso de tensão (Impulse Voltage Method)

medida, apresentando a relação entre o sinal de tensão

Consiste na medida indireta de uma resposta de frequência,

de entrada e o sinal de corrente de entrada em função da

realizada pela injeção de um ou mais sinais de impulso de

frequência, obtendo-se a Função Impedância Ui/Ii (f) e

tensão em um terminal de entrada e medida a resposta no

Função Admitância Ii/Ui (f). Sua representação pode ser

terminal de saída. Se mais do que um impulso é utilizado,

realizada em forma gráfica como parte real e parte imaginária

as formas de onda são diferentes, de modo a proporcionar

ou como módulo e ângulo.

uma densidade mais uniforme do espectro para calcular os Autoadmitância do enrolamento

resultados. As medidas, realizadas no domínio do tempo, são transformadas para o domínio de frequência.

Quando um transformador é posto à prova por um teste de

resposta em frequência, as conexões são configuradas de tal Amplitude da função de transferência

maneira que quatro terminais são usados. Estes quatro terminais

A amplitude da resposta relativa ao sinal injetado determina

podem ser divididos em dois pares originais, em um par para

a função de transferência de tensão, geralmente expresso em

a entrada e em outro par para a saída. Estes terminais podem

dB. O resultado corresponde à medida sobre a admitância

ser modelados em um par de terminais duplos ou em uma

testada, com a relação entre a tensão de entrada e a tensão de

configuração como uma rede de duas portas. A Figura 2 mostra

saída, calculado como:

esse modelo.

Figura 1 – Esquemas básicos de conexão: (a) Conexão para medida da função de transferência (b) Conexão para medida da impedância terminal.


Apoio

51


Manutenção de transformadores

Apoio

52

Z(jω) deste elemento. A grande maioria dos instrumentos de medida e arranjos de ensaio não fornece a medida da impedância, eles o calculam em função de uma impedância de referência. Quando o instrumento utilizado não é capaz de medir a impedância, utiliza-se o recurso de substituir uma corrente pela tensão de saída. Os arranjos de teste são Figura 2 – Representação do quadripolo

baseados no circuito apresentado pela Figura 3b, em que Vfonte é o sinal injetado e Ventrada e Vsaída são as medidas da tensão de referência e de teste. Zfonte é a impedância interna do gerador de sinais ou do analisador de redes e

Na diagonal da matriz [Y], Yii é a autoadmitância do nó

i, ou seja, é a soma de todas as admitâncias conectadas ao nó i. Na prática, esta é a admitância medida pela aplicação de uma tensão a uma extremidade de um enrolamento e da medição da corrente por meio da outra extremidade do

Z(jω) é a impedância do enrolamento. Uma impedância Zfonte é definida como 50 Ω, por exemplo, e incorporada em H(jω). As equações 3 e 4 mostram o relacionamento de Z(jω) a H(jω), com a representação das tensões no domínio da frequência.

enrolamento. Esses resultados são obtidos por meio das medidas de impedância terminal do transformador sob teste. Admitância entre os enrolamentos

Segundo (2), Yij é a admitância entre enrolamentos ou a

admitância de acoplamento entre os nós i e j. Representação da impedância do elemento em teste

Detecção de falhas no transformador

pela função de transferência

A impedância do transformador é, principalmente, um

Não se trata da medida de impedância terminal, mas

valor combinado da composição do enrolamento (resistências,

apenas da representação gráfica relativa à impedância

reatância de fuga e capacitâncias) e os componentes de

vista pelo sistema de medida, segundo os resultados

excitação (condutância, susceptância e capacitância). Os

obtidos pela função de transferência. Quando é realizada

componentes indutivos (L) e capacitivo (C) são responsáveis

a medida da função de transferência H(jω), não é medida

pela característica transitória e pelas de ressonâncias, em que a

a impedância do elemento em teste, ou seja, obtém-se a

reatância indutiva é igual a reatância capacitiva. A frequência

relação das tensões de entrada e saída e não a impedância

de ressonância fr é dada por (5).

Figura 3 – (a) Princípio básico de conexão para medida do SFRA. (b) Circuito básico para teste.


Apoio

53

medidas do FRA é aceitável para operação do transformador sem falhas. As análises são feitas por pessoas capacitadas, porém, há o risco de serem julgadas de maneira subjetiva.

Conforme descrito, as técnicas de análise de resposta

em frequência são capazes de detectar diversos pontos de ressonância. Portanto, é possível estimar as localizações das alterações locais que não puderam ser detectados por meio de técnicas de diagnóstico convencionais.

Algoritmos para análise Um problema da análise de resposta em frequência é a falta de procedimento padronizado internacional para que seja feita a comparação das análises dos resultados. Assim, o problema a ser resolvido é a interpretação das diferenças entre duas assinaturas do FRA. Uma mudança na função de

Por isso, a necessidade de um algoritmo que permita a determinação qualitativa e quantitativa de duas assinaturas de FRA relacionadas com uma determinada faixa de frequência. Para iniciarmos a discussão sobre os modelos matemáticos aplicados a análise de falha nos testes de reposta em frequência, definimos FT como função de transferência. Desvio entre funções de transferência

O cálculo do desvio ou erro entre uma FT de referência

e uma FT de teste é o método mais fácil de mostrar as diferenças. Chamaremos essa diferença de função erro representada por Δ0(f).

transferência pode ser interpretada como uma deformação no enrolamento com relativa facilidade. Entretanto, é complicado estimar o correspondente grau de deformação

A desvantagem deste método é que a função erro

do enrolamento e identificar qual extensão da variação das

é calculada de maneira não uniforme pela faixa de


Manutenção de transformadores

Apoio

54

frequência. É necessário realizar uma normalização da

cepp.com.cn da empresa China Electric Power Publishing

função erro para ficar independente da resposta da função

Co. O algoritmo avalia a similaridade de duas respostas

erro aplicada às funções de transferências consideradas.

em frequência de enrolamentos de transformadores (duas

Uma possibilidade é padronizar o valor médio da FT de

assinaturas) pelo cálculo dos fatores RLF, RMF e RHF (ver

referência, |FTRef(f)| como mostrado em (5). Com isto,

Tabela 1 – Fatores de avaliação de enrolamentos de acordo

o peso da função erro é o mesmo em toda a faixa de

com a norma DL/T911-2004). Para entendimento básico do

frequência. A esperança E[Δ1(f)] descreve o erro relativo

cálculo que envolve esse algoritmo, o cálculo dos fatores é

médio da FT de teste. Se a FT de teste e a FT de referência

mostrado a seguir.

forem idênticas seu valor será zero. Também se Δ0(f) for zero, isso significará apenas ruído.

O desvio padrão é uma medida da variação do erro que

significa a distribuição estatística dos valores da função erro, dada pela raiz quadrada positiva da variância. O desvio padrão é zero para uma diferença constante entre as funções de transferências.

Fator de correlação cruzada

O fator de correlação é a medida da similaridade entre duas

curvas. No caso de variáveis discretas aleatórias, é definida como o quociente entre a covariância (Cov) e o desvio padrão (σ) dessas variáveis.

Em que X(k) e Y(k) são sequências comparáveis da

resposta em frequência com comprimento N. O fator Rxy avalia em diferentes valores das escalas os fatores de avaliação do enrolamento, conforme os dados mostrados na Tabela 1. Usando os fatores de avaliação do enrolamento apresentados, as condições de deformação do enrolamento do transformador são definidas na Tabela 2.

O fator de correlação pode assumir valores apenas entre

-1 e +1. Uma completa correlação linear positiva (negativa) de duas variáveis aleatórias é dada por um valor de +1(-1) e uma correlação não linear é dada pelo valor do fator de correlação igual a zero. O fator descreve o nível de dependência linear entre duas variáveis aleatórias. Se duas variáveis aleatórias são consideradas como dois vetores

Tabela 1 – Fatores de avaliação de enrolamentos de acordo com a norma DL/T911-2004 Fator de avaliação do enrolamento

Escala de frequência

RLF

1 kHz ..... 100 kHz

RMF

100 kHz ..... 600 kHz

RHF

600 kHz ..... 1 MHz

N-dimensionais, o fator de correlação pode ser interpretado como o cosseno do ângulo entre os dois vetores. Padrão chinês de análise do FRA – Norma DL/T9112004

DL/T911-2004 é uma norma para análise da resposta

em frequência usada na República Popular da China. Para maiores detalhes o usuário pode visitar o website www.

Tabela 2 – Avaliação de enrolamentos de acordo com a norma DL/ T911-2004 Grau de Deformação do Fator de Avaliação do Enrolamento Enrolamento Enrolamento normal (Normal winding)

RLF ≥ 2,0 E RMF ≥ 1,0 E RHF ≥ 0,6

Deformação leve (Slight deformation)

2,0 > RLF ≥ 1,0 OU 0,6 ≤ RMF < 1,0

Deformação óbvia (Obvious deformation)

1,0 > RLF ≥ 0,6 OU RMF < 0,6

Deformação severa (Severe deformation)

RLF < 0,6


55

A norma chinesa mostra-se uma boa tentativa para

apoiar as avaliações de ensaios de resposta em frequência, mas atualmente não podemos assegurar sua plena utilização sem a análise do testador. Uma possível solução seria a integração de vários algoritmos.

Referências • PAULINO, M. E. C. Diagnóstico de Transformadores e Comparações entre Algoritmos para Análise de Resposta em Frequência. V WORKSPOT- International Workshop on Power Transformers, Belém, PA, Brasil, 2008. • CIGRÉ Report 342 WG A2.26. Mechanical condition assessment of transformer windings: Guidance Technical Brochure CIGRE Study Committee A2 – Work Group A2.26, 2008. • PAULINO, M. E. C. et al. Aplicações de Análise de Resposta em Frequência e Impedância Terminal para Diagnóstico de Transformadores. XIII ERIAC – Décimo Terceiro Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ , Foz do Iguaçu, Argentina, 2009. • SANO, T. K. M. Influence of Measurement Parameters on FRA Characteristics of Power Transformers” Proceedings of the 2008 International Conference on Condition Monitoring and Diagnosis. Beijing, China, April 21-24, 2008. • Frequency Response Analysis on Winding Deformation of Power Transformers, The Electric Power Industry Standard of People´s Republic of China, Std. DL/T911-2004, ICS27.100, F24, 2005. • IEEE PC57.149/D6, Draft Trial Use Guide for the Application and Interpretation of Frequency Response Analysis for Oil Immersed Transformers, april 2009.

* Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino é engenheiro eletricista e especialista em manutenção de sistemas elétricos pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI). Atualmente, é gerente técnico da Adimarco |mecpaulino@yahoo.com.br. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


Aterramento do neutro

Apoio

56

Capítulo III Avanços na especificação e aplicação dos resistores de aterramento do neutro dos sistemas elétricos industriais em baixa tensão Paulo Fernandes Costa*

Este é o terceiro artigo, de uma série de seis,

que 10 A, e o sistema não é desligado imediatamente,

sobre aterramento do neutro em sistemas elétricos

permanecendo com o curto fase terra durante

industriais. O primeiro artigo tratou dos aspectos

um período suficiente (recomendado máximo

conceituais mais importantes que dizem respeito

de 12 horas) para sua identificação e tomada de

à escolha do tipo de resistor para a aplicação em

medidas auxiliares que reduzem o tempo de parada

questão. Foi mostrado que em sistemas elétricos

para substituição do equipamento defeituoso. A

industriais de baixa tensão aplica-se resistor de

aplicação é recomendada para sistemas de baixa

alto valor ôhmico, que não exige o desligamento

tensão, com aplicação bem restrita em média

imediato do sistema na ocorrência de uma falta à

tensão.

terra, enquanto, na maioria dos sistemas de média

As vantagens da aplicação deste sistema de

tensão, deve ser aplicado resistor de baixo valor

aterramento do neutro podem se resumidas da

ôhmico, que, ao contrário, exige o desligamento

seguinte forma.

imediato do sistema na ocorrência da falta à terra. No segundo artigo foram discutidos os critérios de

• As correntes devidas aos curtos fase terra são

especificação dos resistores para sistemas elétricos

baixas e não existem danos e estresses no sistema

industriais de média tensão, isto é, os resistores de

elétrico.

baixo valor ôhmico. Neste artigo serão discutidos os

critérios de especificação dos resistores de alto valor

significativamente a possibilidade de choque

ôhmico, aplicados em sistemas elétricos de baixa

elétrico, principalmente devido às tensões de passo

tensão.

e toque.

As

baixas

correntes

fase

terra

reduzem

• Durante curtos fase terra, tanto o arco elétrico

Principais vantagens da aplicação dos resistores de alto valor ôhmico

como a sua evolução são eliminados, evitando desta

para pessoas e equipamentos.

Na aplicação de resistores de alto valor ôhmico,

a corrente fase terra é limitada em valores menores

forma as consequências severas deste fenômeno, • De forma semelhante, as sobretensões transitórias


Apoio

57

causadas por faltas à terra são eliminadas, preservando a

isolação dos equipamentos e, consequentemente, aumentando

pulso que consiste em, após a ocorrência da falta fase terra e a

sua vida útil.

constatação de sua existência pelo sistema de detecção, aumentar

• A continuidade operacional do sistema durante faltas à terra

controladamente seu nível por curto espaço de tempo, emitindo

é mantida, evitando-se paralisações onerosas.

pulsos que podem ser facilmente detectados por amperímetro

• Como os afundamentos de tensão durante as faltas à terra

portátil de pinça de grande diâmetro. A Figura 1 ilustra tal método.

Esta dificuldade foi superada pela introdução do sistema de

são evitados, devido ao reduzido valor da corrente, limitada pelo resistor de alto valor ôhmico, existe uma significativa contribuição para a qualidade de energia do sistema elétrico.

Principais avanços na tecnologia e especificação dos resistores de alto valor ôhmico

Para executar as funções descritas anteriormente, a

tecnologia dos resistores de alto valor ôhmico desenvolveu-se superando várias etapas importantes até atingir o nível atual, que a situa como uma das mais relevantes dentre todas aquelas aplicadas nos sistemas elétricos de baixa tensão. As principais etapas vencidas foram as seguintes: • Dificuldades de identificar o local da falta à terra (ou equipamento no qual ocorreu a falta).

Figura 1 – Processo atual de identificação do curto fase-terra utilizando sistema de pulso e amperímetro alicate (questionado atualmente por questões de segurança NR 10).


Aterramento do neutro

Apoio

58

• Atualmente são disponíveis sistemas de detecção fixos de

• Deve-se informar também aos fornecedores dos inversores

baixo custo, instalados nos alimentadores, os quais evitam o

quanto à aplicação dos resistores de alto valor ôhmico para

risco do contato com os cabos isolados energizados, o que é

que adaptem os seus filtros de ruído com conexão à terra para

necessário quando se utiliza o amperímetro de pinça. Evitar o

sistemas com neutro isolado.

risco está dentro do propósito da norma brasileira NR 10, que

• Ainda com relação à aplicação dos resistores de alto valor

tem sido evocada na situação descrita, e, portanto, favorece a

ôhmico em sistemas com inversores de frequência, existe a

aplicação dos sistemas de detecção inteligentes, fixos. A Figura

necessidade de identificar se a falta à terra ocorre antes do

2 ilustra tal sistema.

inversor (sistema de 60 Hz), na barra Vc.c. do mesmo ou no lado da carga alimentada por ele (lado de tensão/frequência variável). Este recurso é altamente significativo para as equipes de manutenção e deve estar presente nos modernos equipamentos que abrigam os resistores de alto valor ôhmico. A Figura 4 ilustra os pontos anteriormente descritos.

Figura 2 – Sistema inteligente de pesquisa on-line do local em que ocorre uma falta fase-terra limitada por meio de resistores de alto valor ôhmico (atende completamente a NR 10).

Figura 4 – Sistema elétrico com inversores – Pontos com probabilidade de ocorrer curto fase-terra.

• Um aspecto importante, moderno, diz respeito à convivência

• A verificação da continuidade do circuito neutro – resistor –

entre os resistores de alto valor ôhmico e os acionamentos

terra, e não somente do resistor, recomendada para os resistores

de velocidade variável (inversores) que atualmente possuem

de baixo valor ôhmico aplicáveis aos sistemas de média tensão,

larga aplicação. Para esta situação, os resistores devem ser

possui a mesma importância para os resistores de alto valor

sobredimensionados tendo em vista a circulação de corrente

ôhmico, e deve ser incorporada igualmente nestes últimos,

permanente nos mesmos, originada pelo chaveamento dos

como mostrado na Figura 5.

dispositivos de controle dos inversores e deve-se efetuar a previsão de filtros com a finalidade de evitar alarmes falsos e impedir a necessidade de dessensibilizar o sistema de detecção com prejuízos para a operação do mesmo. A Figura 3 mostra a circulação destas correntes.

Figura 5 – Supervisão do circuito neutro-resistor-terra e não somente do resistor.

• É necessário que os resistores de alto valor ôhmico Figura 3 – Circulação de corrente permanente pelo resistor de alto valor ôhmico devido ao chaveamento dos dispositivos eletrônicos do inversor (a corrente passa pelas capacitâncias dos cabos do motor para a terra e capacitâncias do próprio motor para a terra).

incorporem o recurso de medição da corrente capacitiva do sistema elétrico, a qualquer momento que se queira, sem que seja necessário desligá-lo. O recurso é desejável tanto para


Apoio

59


Aterramento do neutro

Apoio

60

aferir se o resistor está bem dimensionado após sua instalação, bem como para verificar se continua adequado no caso de se realizar expansões no sistema elétrico.

Figura 7 – Operação dos relés térmicos em sistemas de baixa tensão que empregam resistores de alto valor ôhmico.

Figura 6 – Forma de medição em campo da corrente capacitiva não mais aplicável a sistemas que empregam resistor de alto valor ôhmico, pois exige desligamento do sistema. Nos novos equipamentos, a medição está incorporada no próprio resistor, com medição on-line.

• Um aspecto muito importante, e algumas vezes esquecido na aplicação de resistores de alto valor ôhmico é relativo à operação dos relés térmicos de pequenos motores trifásicos durante curtos fase terra. Esta operação ocorre devido ao acréscimo da corrente criada pelo resistor, corrente esta que

A Figura 8 mostra o “sistema de confinamento do curto

fase terra” idealizado pelo autor, em que pode ser notado que, ao ocorrer um curto de uma fase terra em um equipamento no campo, por exemplo, em um motor, é provocado instantaneamente um novo curto fase terra, na mesma fase, dentro do sistema de limitação. Como este circuito apresenta, por construção, impedância bem menor que o circuito de fase terra do curto externo, a corrente fase terra circula prioritariamente por ele.

se superpõe à corrente de carga do motor, e que passa pelo relé térmico da fase sob falta. De fato, na tensão de 460 V se a corrente é limitada em 3 A motores até 10 HP são desligados, e se a corrente é limitada em 5 A motores até 15 HP são desligados. • Dessa forma, para estes motores, não é possível manter a continuidade operacional com o emprego da tecnologia em questão. Se estes motores, geralmente motores auxiliares de equipamentos importantes (ventiladores de transformadores e inversores, por exemplo) são desligados, todo o processo pode ser comprometido. Esta discussão mostra o quão importante é limitar a corrente em valores mais baixos possíveis. No entanto,

Figura 8 – Forma operacional do sistema de confinamento.

esta situação pode ser contornada por uma técnica denominada

• Outra questão que deve ser levada em conta no planejamento

“confinamento do curto fase terra”, desenvolvida pelo autor,

de sistemas que empregam resistor de alto valor ôhmico é a

técnica esta que desvia a corrente de falta à terra para dentro do

definição das proteções de falta à terra no caso de, existindo

painel do resistor, na ocorrência do curto fase terra. A técnica é

uma primeira falta à terra limitada convenientemente, ocorrer

mostrada na Figura 8.

uma segunda falta à terra em fase diferente daquela em que ocorreu a primeira, em outro alimentador. Embora esta situação

A Figura 7 mostra como, se não for utilizada a técnica

seja rara de ocorrer ela deve ser considerada, uma vez que a

descrita, o relé térmico de um motor trifásico de 1 hp, 460 V,

existência de duplo curto à terra em fases e pontos diferentes do

opera para um curto fase terra em uma das fases, quando o curto

sistema caracteriza falta fase-fase pelo sistema de aterramento.

se localiza após o relé térmico. As correntes do motor e do curto

Esta situação é mostrada na Figura 9, onde pode ser verificado

fase terra foram adicionadas algebricamente, sem se levar em

que, na ocorrência de curtos fase terra simultâneos, em fases

conta o ângulo de defasagem.

diferentes, a corrente não é limitada pelo resistor.


Apoio

61

Figura 9 – Duplo curto à terra em fases diferentes.

• A solução para o inconveniente do duplo curto à terra

nos disjuntores de baixa tensão dos ramais ou nos

simultâneo, em fases diferentes, consiste na instalação de

“disjuntores motores” empregados atualmente em larga

conjuntos de proteção de falta à terra do tipo “ground-sensor”,

escala nos ramais de alimentação dos motores de baixa

formados por transformadores de corrente toroidais associados

tensão dos sistemas elétricos industriais.

a relés de terra instantâneos, conjuntos estes que devem ser

• Deve ser notado que não existe necessidade de prover

posicionados nos diversos alimentadores do sistema elétrico

seletividade neste tipo de proteção, pois o duplo curto

onde se aplica o Resistor de Alto Valor Ôhmico.

à terra sempre envolverá dois circuitos que devem ser

• As proteções referidas podem também ser incorporadas

desligados instantaneamente.


Aterramento do neutro

Apoio

62

Resumo dos principais aspectos para especificação dos resistores de alto valor ôhmico

falta fase terra convenientemente limitada, ocorrer uma

desligados instantaneamente pelo sistema de proteção fase

Tendo em vista o item anterior podemos resumir da

seguinte forma os principais aspectos de especificação dos

eventual segunda falta à terra, em fase e alimentador diferentes do primeiro curto, os dois alimentadores sejam terra especialmente projetado para esta situação.

resistores de alto valor ôhmico avançados:

Conclusão • O valor do resistor deve ser padronizado no menor valor

Neste artigo, que é o terceiro de uma série de seis, foram

que atende aos critérios de dimensionamento estabelecidos

apresentadas as mais recentes inovações introduzidas na

para eliminar as sobretensões transitórias e garanta

tecnologia dos resistores de alto valor ôhmico, tecnologia

expansão do sistema elétrico. Em geral, o valor de 3 A é

esta empregada largamente nos sistemas de baixa tensão.

suficiente para a maioria dos sistemas de baixa tensão (ver

Observa-se que as inovações apresentadas já estão ou

capítulo 1 deste fascículo).

deverão estar presentes nos melhores fornecedores do

• Devem-se evitar tapes (derivações) nos resistores, a fim de

mercado. O autor se sente feliz por divulgar e contribuir

torná-los mais simples e baratos.

para o desenvolvimento desta importante tecnologia de

• Deve-se efetuar a pesquisa do local da falta fase terra

aterramento do neutro aqui discutida.

através de sistema de pesquisa inteligente “on-line”, em atendimento à NR 10. O sistema de pesquisa por meio

Referências

de pulsos e amperímetro alicate pode ficar como reserva

[1] COSTA, P. F. “Capitulo I – Aspectos importantes da

eventual.

escolha do tipo de resistor de aterramento do neutro nos

• Os filtros de ruído dos inversores de frequência da planta

sistemas elétricos industriais” Revista O Setor Elétrico, jul.

devem ser próprios para aplicação em sistemas com neutro

2014.

isolado.

[2] Catálogos Técnicos Limitador de Corrente de Falta à Terra

• O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor

com Alta Tecnologia via Resistores de Alto Valor Ôhmico em

Ôhmico deve apresentar meios de identificação do local

BT – Sistema Limiter Geração MC3 e Limitador de Corrente

da falta fase terra nos inversores de frequência (antes do

de Falta à Terra Tradicional via Resistores de Alto Valor

inversor, barra V.c.c. ou no lado de carga).

Ôhmico em BT Sistema Limiter Geração MC4. Disponível

• O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor

em: <http://www.seniorequipamentos.com.br>.

Ôhmico deve apresentar meios para supervisionar a

[3] COSTA, P. F.; BOREL, J. E. V.; NASCIMENTO, M. T. A.

continuidade do circuito neutro – resistor – terra, e não

“Inovações tecnológicas no aterramento do neutro através

somente do resistor.

de resistores em sistemas elétricos industriais BT e MT”, V

• O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor

IEEE PCIC BR-2014 (26/27-08-2014, RJ).

Ôhmico deve apresentar meios para medição da corrente capacitiva a qualquer momento que seja desejado sem necessidade de desligar o sistema elétrico. • O sistema de monitoramento do Resistor de Alto Valor Ôhmico deve apresentar meios para evitar o desligamento dos motores de pequena potencia pela corrente do resistor. • O resistor de alto valor ôhmico deve ser sobredimensionado quando existem inversores de frequência nos sistemas de baixa tensão. • O sistema elétrico de baixa tensão deve ser planejado de tal forma que, se durante a permanência de uma primeira

*Paulo Fernandes Costa é Engenheiro Eletricista e Msc pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor aposentado dos cursos de engenharia elétrica da UFMG e CEFET-MG e diretor da Senior Engenharia e Serviços LTDA, Belo Horizonte-MG. É palestrante e autor de vários artigos na área de aterramento, proteção, segurança, qualidade de energia e sistemas elétricos industriais em geral. Atua como consultor, bem como na área de desenvolvimento tecnológico, com experiência de mais de 40 anos. E-mail: pcosta@seniorengenharia.com.br. Continua na próxima edição Confira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para o e-mail redacao@atitudeeditorial.com.br


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63




66

Reportagem

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Por Bruno Moreira

Nova norma para SPDA sai em 2015 Iniciado em 2005, projeto de revisão da ABNT NBR 5419, norma que trata da proteção contra descargas atmosféricas, chega finalmente à consulta nacional. Publicação deve ocorrer no meio do ano que vem


67

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Após cerca de nove anos de reuniões periódicas e muito

trabalho, a revisão da norma ABNT NBR 5419, que trata da proteção contra descargas atmosféricas, está praticamente finalizada. O documento normativo entrou em consulta

necessário fazer algumas adaptações para atender à realidade brasileira”, destaca.

Partes 2

e

3 – Tropicalização

pública no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) no último mês de agosto, onde permanecerá até o

dia 10 de dezembro para o recebimento de sugestões. A ideia

anexo a mais com os mapas do Brasil e de cada região brasileira,

inicial era que o projeto de revisão ficasse em consulta até o

desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

dia 10 de outubro, mas devido a um pedido da Associação

(Inpe), com a densidade de descargas atmosféricas para

Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE), que foi enviado

terra. Na parte 3, de acordo com Sueta, outra tropicalização

ao Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação

da norma refere-se à “adequação da bitola de alguns cabos

e Telecomunicações (Cobei), o prazo foi estendido por mais

de cobre a serem utilizados nos subsistemas de captores

60 dias pela Comissão de Estudos (CE) 64.10, que elaborou

e de descidas conforme a prática usual do país”, explica o

o projeto de revisão da norma. De acordo com o secretário

secretário da comissão de estudos. Isso porque a norma atual

da Comissão, o engenheiro eletricista e especialista da

estabelece a medida de 35 mm² para os captores e 16 mm²

divisão científica de energia e meio ambiente do Instituto de

para os condutores de descida, mas a IEC revisada estipulou a

Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/

medida de 50 mm² para ambos os cabos. Durante as reuniões

USP), Helio Sueta, se tudo correr como o planejado, a norma

para a elaboração da nova versão da NBR 5419, foi decidido

será finalmente publicada no início de 2015.

que pelas características nacionais não era preciso seguir a

orientação da norma internacional, sendo estabelecida a

O longo tempo utilizado pelos membros da CE 64.10 para

A parte 2 do texto do documento, por exemplo, terá um

a confecção do projeto de revisão tem um motivo: a ABNT

medida de 35 mm² para os dois casos.

NBR 5419 passou por uma pequena revolução, aumentando

o seu conteúdo de 42 páginas para 344 páginas, por meio

mais tem correspondência com o texto compreendido pela

de um aprofundamento dos assuntos tratados no documento

versão em vigor. Neste sentido, é o trecho que mais conta

anterior, que receberam, segundo o gerente de vendas da Obo

com alterações. “A maior delas é a retirada total de um anexo

Bettermann do Brasil e engenheiro eletricista especializado

informativo referente ao guia para projeto, construção,

na proteção de equipamentos e sistemas eletrônicos, Sergio

manutenção e inspeção do SPDA”, diz o especialista do IEE/

Roberto Santos, um maior detalhamento e mais recomendações

USP.

em cada tópico. “Foram quase nove anos de um trabalho que

demandou disciplina e paciência. Sem as pessoas certas jamais

outras modificações. De acordo com o engenheiro eletricista,

teríamos conseguido atingir este estágio tão importante que é a

a proteção ficará mais “apertada”. Por exemplo, na utilização

colocação do projeto de norma em consulta pública”, completa

de método das malhas (Faraday), as dimensões de cada malha

o engenheiro eletricista Jobson Modena, coordenador da CE

serão menores: para nível I, ao invés de 5 m x 10 m, a medida

64.10.

será de 5 m x 5 m; para nível II, de 10 m x 20 m passará a 10

O novo documento normativo toma como base a segunda

m x 10 m; para nível III, de 10 m x 20 m irá para 15 m x 15

versão da norma IEC 62305 – Lightning Protection, que

m; e para nível IV, de até 20 m x 40 m, diminuirá para 20 m x

agrupou assuntos de várias outras normas e permitiu organizar

20 m.

as regras para Sistemas de Proteção contra Descargas

Atmosférica (SPDA). Neste sentido, o documento internacional

definição do ângulo de proteção, a tabela que existe na versão

foi divido em quatro partes, da seguinte forma: a parte 1 traz

atual do documento normativo será substituída por curvas

os “Princípios Gerais”; a parte 2 trata de “Gerenciamento de

para cada nível de proteção em função da altura da edificação.

Risco”; a parte 3 diz respeito aos “Danos Físicos às Estruturas

Essa mudança deverá revitalizar comercialmente o emprego

e Perigo à Vida”; e a parte 4 aborda a proteção em “Sistemas

deste método, que até o momento vem sendo deixado de lado

Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura”.

pela comunidade técnica em função da pouca flexibilidade na

Segundo o engenheiro civil e diretor técnico da

utilização dos ângulos de proteção.

Termotécnica Para-raios, Normando Alves, a maior parte

do texto da nova norma sobre proteção contra descargas

do espaçamento médio entre descidas, cujo valor foi diminuído

atmosféricas foi fiel ao texto da IEC que toma como base

para os níveis II, III e IV, aumentando nestes casos a quantidade

especialmente as partes 1 e 4. “Porém, em dados momentos, foi

de descidas. “Em relação ao aterramento, a versão brasileira

A terceira parte do documento normativo, aliás, é a que

Ainda sobre a terceira parte da norma, Sueta destaca

No que diz respeito ao Método de Franklin, visando à

Sueta salienta ainda como alteração importante a redução


68

Reportagem

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

retirou o arranjo tipo A, ficando apenas com o arranjo tipo

própria. Conforme o especialista em proteção contra descargas

B (em anel). Outra novidade é a retirada do valor de 10 Ohm

atmosféricas, após muita discussão, em que se contrapôs a

como indicativo principal para um bom aterramento”, afirma.

teoria e a prática relativas à matéria, foi acrescentada a

Resumidamente, o engenheiro eletricista e gerente da

definição do termo equipotencialização. “Acho que ficou

Termotécnica Para-raios, José Barbosa de Oliveira, afirma que

muito boa”, diz.

a principal mudança trazida pela parte 3 da ABNT NBR 5419

A parte 4 como um todo também é destacada pelo

será o aumento da eficiência dos subsistemas de captação,

engenheiro eletricista Sérgio Santos, que, durante as reuniões

descida e aterramento, o que demandará mais elementos

da CE-64.10, esteve mais envolvido com confecção desse

(materiais e serviços) a fim de atender às exigências mínimas

trecho do documento normativo. Para ele, existe apenas

da revisão.

uma lacuna com relação à proteção dos sistemas elétricos e

Não obstante as grandes alterações realizadas nesta

eletrônicos no interior da estrutura, que não é suficientemente

parte do texto normativo, o especialista da divisão científica

tratado nem na versão atual da ABNT NBR 5419 e nem na

de energia e meio ambiente do IEE/USP, que participou da

ABNT NBR 5410.

confecção das quatro partes da norma, destaca a parte 2

como a maior novidade desta revisão. Isso porque, segundo

interna contra surtos serão baseados no conceito de Zona de

ele, enquanto o documento atual possui um anexo que

Proteção contra Raios (ZPR), em que cada zona demandará

apenas indica se o SPDA é necessário ou não para uma

um tipo de proteção. São três Zonas: Zona 0, dividida em A

determinada estrutura, a futura norma, por meio de sua

e B, Zona 1 e Zona 2. A Zona 0 representa a área externa

segunda parte, traz uma análise que direciona as medidas

do edifício, sendo que a parte A diz respeito a áreas fora

de proteção para que os riscos envolvidos fiquem com

do volume de proteção imposto pelo SPDA e a parte B é

valores inferiores aos toleráveis.

referente à área dentro desse volume de proteção. Por sua

“Nesta análise, diversos tipos de descargas que possam

vez, a Zona 1 representa áreas internas ao prédio e a Zona 2

influenciar a proteção da estrutura são considerados, tais como

a salas blindadas dentro do prédio, tais como equipamentos

descargas que atingem diretamente a estrutura, mas também

e cubículo.

as que atingem sua proximidade, as redes e as áreas próximas

das redes que adentram às estruturas, além das que atingem as

em outras normas e na IEC, mas será uma inovação no

estruturas conectadas à estrutura sob estudo”, explica Sueta.

documento normativo brasileiro. Por meio da ZPR, é esperado

P artes 1

e

4

Nesta parte, o procedimento e a utilização da proteção

Este conceito de zonas de proteção já é bastante empregado

que haja um refinamento da proteção interna, beneficiando principalmente os ambientes internos com equipamentos eletrônicos sensíveis.

Ambas as partes não possuem nenhuma referência à versão

atual da ABNT NBR 5419. O engenheiro eletricista, especialista

Após

a publicação da norma

em proteção contra descargas atmosféricas, José Claudio de Oliveira e Silva, que participou mais profundamente da

elaboração da primeira parte da nova norma, informa que

5419, a expectativa é de que haja um impacto positivo no setor

se trata de um trecho mais conceitual. “Além de conceitos,

elétrico de maneira geral, levando a mudanças no mercado de

ela apresenta os parâmetros das correntes das descargas

equipamentos de proteção contra descargas atmosféricas, no

atmosféricas que formam a base das regras de proteção,

comportamento dos profissionais e na vida das edificações e

dimensionamento de componentes, etc.”, explica.

de seus usuários.

O fato de a versão atual da norma da ABNT não conter

Com a entrada em vigor da nova versão da ABNT NBR

Para o gerente da Termotécnica Para-raios, José Barbosa

praticamente nada desse tipo de informação faz com que

de Oliveira, o principal impacto será o volume maior de

seja uma das partes com a tradução mais próxima da IEC

elementos (materiais e serviços) para a implantação de

62305. Isso e, também, de acordo com Silva, porque se trata

novos sistemas e a necessidade de atualização dos projetos

de uma parte conceitual. “Ou seja, não existem muitas razões

existentes. De acordo com o engenheiro Normando Alves,

para adaptar conceitos, não é mesmo? A menos, talvez, que

haverá o reaquecimento desse setor a partir de novas

existam algumas diferenças nas distribuições estatísticas dos

auditorias que constatem a necessidade de adaptação ao

parâmetros das descargas, mas não temos estes dados ainda”,

novo texto normativo. Sem falar que os fabricantes de peças

declara o engenheiro eletricista.

e acessórios terão novas oportunidades para desenvolver e

Não por isso a norma brasileira não tem sua marca

atender a algumas exigências da norma.



70

Reportagem

Em contrapartida, segundo Barbosa de Oliveira, o setor

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Silva.

elétrico terá sistemas de proteção contra raios capazes de

atender às necessidades de instalações cada vez mais sensíveis

ambiente do IEE/USP, Helio Sueta, reitera a afirmação de seu

“pela evolução natural da tecnologia e por estarem em um país

colega e crê que, após a publicação da revisão, o país estará

continental, onde há uma variação enorme da quantidade de

sim atualizado em relação à proteção das estruturas contra

ocorrências de raios”. Conforme Santos, da Obbo Bettermann,

os efeitos das descargas atmosféricas. Contudo, de acordo

com utilização maciça das novas regras, será inconcebível,

com ele, ainda faltará se atualizar a respeito dos materiais

após uma tempestade, os equipamentos eletrônicos da

e componentes a serem utilizados nos sistemas. “A IEC já

edificação estarem danificados.

publicou diversas normas de componentes (por volta de

oito documentos) que ainda não estão sendo estudados no

No que se refere à atualização dos projetistas, o secretário

O especialista da divisão científica de energia e meio

do CE 64.10, Helio Sueta, acredita que, por ser um texto mais

Brasil”, conta.

extenso e um pouco mais técnico, será necessário treinar

mais e melhor os profissionais que utilizarão os documentos

ao documento internacional que lhe serviu como base, novas

normativos. Opinião corroborada pelo diretor técnico da

modificações não deverão acontecer em breve, conforme

Termotécnica Para-raios, Normando Alves. “Os profissionais

os especialistas do setor. “Não vejo lacunas nesta norma

desta área deverão correr atrás para se informar e realinhar

que somente seriam resolvidas com uma revisão”, afirma

as ferramentas de trabalho a fim de que seus novos projetos

Alves, que, no entanto, acredita na evolução das técnicas

atendam às novas solicitações da norma”, destaca.

que certamente demandarão alterações futuras, a serem

“Inicialmente acho que veremos muita dificuldade e,

realizadas tanto no texto da IEC quanto no da ABNT.

talvez, reclamações para a aplicação da nova versão da

norma”, diz o especialista em proteção contra descargas

atmosféricas ainda não é plenamente conhecida e que, se

atmosféricas, José Claudio de Oliveira e Silva, pois se trata

novos modelos que tratem os mecanismos de conexão

de “um salto grande de requerimento de conhecimento ou

das descargas com as estruturas forem desenvolvidos, “de

entendimento sobre o assunto por parte dos técnicos deste

maneira razoável para se lidar em uma norma, estes devem

país”. Na opinião de Silva, a parte 2 do novo texto, que trata

ser introduzidos”.

de gerenciamento de risco, será a que vai dar mais trabalho

visando a uma aplicação correta. No entanto, de acordo com

outras também podem ser exigidos, conforme o especialista

o engenheiro eletricista, o conteúdo básico relativo a este

em proteção contra descargas atmosféricas, haja visto que

tema vem de versões da IEC da década de 1990 (séries IEC

os equipamentos e as tecnologias de interconexões entre

61024, IEC 61312 e IEC 61662) e o Brasil não deve continuar

equipamentos dentro das estruturas a serem protegidas estão

tão defasado assim. “É importante para o setor se não

em constante modificação.

quisermos ficar muito para trás”, diz.

Enfim,

Agora que a norma brasileira se equiparou em conteúdo

Por exemplo, Silva destaca que a física das descargas

A adoção de novas medidas de proteções e o abandono de

Outras alterações podem ocorrer nos dados de frequência

de descargas para terra. “Eles também podem ser atualizados

atualizados

em versões futuras à medida que tivermos conjuntos maiores de dados dos sistemas de localização de descargas

Quando em 2005, era publicada a quarta revisão da ABNT

atmosféricas em operação no Brasil”, declara Silva.

NBR 5419, os engenheiros eletricistas Helio Sueta e Jobson

Modena – que já atuavam como representantes brasileiros

começar a ocorrer agora. O secretário do CE 64.10, Helio Sueta,

junto à IEC – estavam a par da nova versão da IEC 62305,

revela que, segundo informações de grupos permanentes da

que sairia pela primeira vez com a formatação de quatro

IEC que se reúnem periodicamente para revisão das normas,

partes. Dessa forma, nem bem terminado um trabalho de

a próxima versão da IEC 62305-1-4 será publicada apenas

revisão, a CE já começava outro.

em 2018, isto devido às muitas transformações que foram

realizadas na última revisão.

Desde então, a IEC 62305-1-4 foi publicada em 2006 e

Mudanças possíveis, mas que, como dito, não deverão

revisada em 2010. Os responsáveis pela revisão da versão

“Ainda não temos motivo para comemorar, mas já

brasileira continuaram seu trabalho. Agora, finalmente,

estivemos muito mais longe da porta da festa”, afirma Jobson

o documento normativo brasileiro alcançará o texto

Modena, que encerra parabenizando todos os membros da

internacional. “Quando a nova versão da NBR 5419 entrar

comissão que contribuíram para que o trabalho fosse feito de

em vigor, teremos uma norma muito próxima da IEC. Pode-

forma a minimizar custos, mas sem esquecer as boas práticas

se dizer que estaremos atualizados com relação à IEC”, afirma

da engenharia.


O Setor ElĂŠtrico / Setembro de 2014

71


Energia solar

72

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Energia solar no Brasil Por Gustavo Alves, Luciano Moraes, Fernando Marafão, Paulo Serni e Marcelo Simões*

Legislação, políticas públicas e desafios para a instalação de sistemas fotovoltaicos e termossolares


73

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Devido à crescente demanda por energia

elétrica

nas

últimas

podemos citar a energia solar. Estudos de

décadas, tornou-se

casos internacionais indicam que tal fonte de

importante considerar os impactos ambientais

energia e as tecnologias envolvidas seriam

causados pela produção e distribuição da

muito promissoras para a matriz energética

energia, bem como a sustentabilidade dos

brasileira, onde tem sido explorada há poucos

sistemas envolvidos. No Brasil, ainda que grande

anos.

parte da geração seja proveniente de fontes

limpas (hidroelétricas), sua complementação

Energia Elétrica (Aneel) publicou em 2012

com outras formas de geração, que causem

duas resoluções que vêm permitindo os

menores impactos ambientais e sociais do que

primeiros passos no sentido de utilização de

o alagamento de grandes áreas, é fundamental.

sistemas de geração de energia, por meio de

No cenário internacional, o uso contínuo

equipamentos de geração de pequeno porte. A

de fontes convencionais (especialmente óleo,

Resolução 482/2012 estabelece as condições

gás e carvão) para suprir a crescente demanda

gerais para o acesso de micro e minigeração

contribui para o aquecimento global, que é

distribuída aos sistemas de distribuição de

apontado como um dos possíveis causadores

energia elétrica, além de fazer menção ao

das mudanças climáticas em todo o planeta.

sistema de compensação de energia elétrica. A

Uma alternativa concreta para redução

Resolução 502/2012 regulamenta os sistemas

dos problemas e impactos gerados é o uso

de medição de energia elétrica de unidades

de fontes renováveis, as quais podem ser

consumidoras do Grupo B.

utilizadas de forma complementar a geração

hidroelétrica. Tais

demonstram-se

laboratório SWERA (Solar and Wind Energy

interessantes pelo fato de causarem menores

Resource Assessment), pode-se constatar que

(ou nenhuma) emissões de gases, os quais são

o Brasil tem um potencial anual de geração

associados ao aumento do efeito estufa. Estas

fotoelétrica de 24.993 TWh. No entanto, de

fontes são capazes de utilizar a energia contida

acordo com os dados do Banco de Informações

na movimentação das marés, nos ventos ou

de Geração da Aneel (BIG), tem-se que o país

na luz solar, de forma a aproveitar a energia

possui uma potência outorgada de 15,12 MW,

proveniente de fontes limpas, renováveis e de

com um valor de potência fiscalizada de apenas

baixo impacto ambiental ou social, quando

11,12 MW. Isto representa 0,01% da potência

comparadas à queima de combustíveis fósseis

elétrica gerada no país.

fontes

Nesse contexto, a Agência Nacional de

De acordo com os dados levantados pelo

ou ao alagamento necessário para a instalação

Legislação vigente no Brasil e no exterior

de usinas hidrelétricas.

Analisando-se a matriz elétrica brasileira,

nota-se que esta é uma das mais limpas do

mundo, pois cerca de 75% da matriz elétrica é

apontadas para o pequeno aproveitamento da

de fontes renováveis e 64% da energia elétrica

energia solar no Brasil é a questão normativa,

produzida vem de fonte hidráulica, o que é um

pois as normas referentes aos sistemas

percentual quatro vezes maior do que a média

fotovoltaicos e termossolares são recentes.

mundial.

Dessa forma, verifica-se que o Brasil possui

leitor quanto às principais legislações vigentes,

um cenário muito interessante do ponto de

no Brasil e no exterior, serão indicadas a

vista de geração de energia elétrica "limpa",

seguir algumas das normas referentes à

podendo se destacar ainda mais no contexto

utilização e implementação de sistemas de

de geração e consumo de energia com baixo

geração de energia elétrica ou aquecimento

impacto ambiental. Portanto, ressalta-se a

de água, através de sistemas fotovoltaicos e

importância em se avaliar detalhadamente

termossolares.

a utilização das energias renováveis na

Tais

matriz energética nacional, dentre as quais

desenvolvimento dos sistemas de geração de

Uma das possíveis razões que poderiam ser

Assim, com o objetivo de contextualizar o

normas

estabelecem

desde

o


Energia solar

74

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

energia por meio fotovoltaico, até a instalação

terrestres de geração de energia fotovoltaica,

distribuída

de sistemas termossolares.

além de apresentar um quadro detalhado

normas vigentes de regulamentação são as

de

energia. No

entanto, as

com padrões de desempenho de sistemas de

provenientes da Associação Brasileira de

Normas internacionais – sistemas

energia fotovoltaica;

Normas Técnicas (ABNT) apresentadas a

fotovoltaicos

• IEEE Std 929 (1988): Traz recomendações

seguir:

• IEC 60364-7-712 (2002): Traz especificações

que asseguram a compatibilidade de operação

relativas às instalações elétricas de edificações,

de sistemas fotovoltaicos, além de abordar

• ABNT NBR 11704 (2008): Classifica os

fazendo referência a instalação de sistemas de

questões de segurança pessoal e qualidade da

sistemas de conversão fotovoltaica de energia

fornecimento de energia solar fotovoltaica;

energia;

solar em elétrica, quanto a sua configuração

• IEC 62109-1 (2010):Aplica-se a equipamentos

• IEEE Std 1374 (1998): Faz referência ao

(puros, só utilizam gerador fotovoltaico ou

de conversão de energia para uso em sistemas

projeto, aplicabilidade de equipamentos e

híbridos, utilizam gerador fotovoltaico com

fotovoltaicos. Esta norma define as exigências

instalações de equipamentos de segurança,

outros tipos de geradores de energia elétrica)

mínimas para o projeto e fabricação de

em sistemas isolados ou conectados à rede,

e, quanto a sua interligação com o sistema

equipamentos de conversão, para que tenham

para sistemas fotovoltaicos operando com

público de fornecimento de energia elétrica

proteção contra descarga elétrica, fogo,

potência de saída inferior à 50 kW. Traz

(podendo ser isolados ou conectados à rede

impactos mecânicos, entre outros;

também uma breve discussão sobre sistemas

elétrica);

• IEC 62109-2 (2011): Aborda especificamente

de armazenamento e outros equipamentos de

• ABNT NBR 11876 (2010): Especifica os

a segurança de produtos com conversores

geração;

requisitos e os critérios para aceitação de

CC-CA e CC-CC, assim como produtos que

• IEEE Std 1562 (2007): Especifica o tamanho do

módulos fotovoltaicos para uso terrestre,

atuam ou funcionam com inversores.

arranjo de baterias de sistemas fotovoltaicos,

de construção plana e sem concentradores,

com o objetivo de melhorar a eficiência, custo

que

efetivo e tempo de vida de sistemas isolados;

como componentes ativos, para converter

podem interagir com a rede, serem isolados,

• IEEE Std 1547 (2008): Discute as várias

diretamente a energia solar radiante em

estarem ligados a baterias ou outras formas

tecnologias de geração distribuída e os

elétrica;

de armazenamento de energia, podendo

problemas associados à interconexão de

• ABNT NBR IEC 62116 (2012): Fornece

ser abastecidos por um ou vários módulos

geradores na rede elétrica.

um procedimento de ensaio para avaliar o

Em sistemas fotovoltaicos, tais conversores

das

dispositivos

fotovoltaicos

desempenho das medidas de prevenção de

fotovoltaicos. Além

utilizem

normas

europeias

IEC,

Normas brasileiras fotovoltaicas

ilhamento utilizadas em sistemas fotovoltaicos

destacam-se as recomendações do IEEE que

Os Procedimentos de Distribuição de

conectados à rede elétrica;

fazem referência aos sistemas e equipamentos

Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional

• ABNT NBR 16149 (2013): Estabelece as

fotovoltaicos e termossolares:

(Prodist), da Aneel, trazem em seus módulos 1

recomendações específicas para a interface

• IEEE Std 928 (1986): Especifica critérios

e 3 referências quanto à utilização de sistemas

de conexão entre os sistemas fotovoltaicos

para a análise de desempenho de sistemas

solares, como sistemas de microgeração

e a rede de distribuição de energia elétrica e



Energia solar

76

estabelece seus requisitos;

as quais especificam os requisitos do sistema

• ABNT NBR 16150 (2013): Especifica os

de geração de energia por meio fotovoltaico,

procedimentos de ensaio para verificar se

conclui-se que a resolução do IEEE apresenta

os equipamentos utilizados na interface de

um

conexão entre o sistema fotovoltaico e a

os sistemas, além de abordar critérios de

rede de distribuição de energia estão em

interconexão. Já a norma brasileira está mais

conformidade com os requisitos da ABNT

voltada à caracterização de manutenção e

NBR 16149;

instalação de componentes do sistema.

• ABNT NBR 16274 (2014): Estabelece as

informações e a documentação mínimas

desde 2002 existe a preocupação quanto à

que devem ser compiladas após a instalação

instalação e utilização de sistemas de geração

de um sistema fotovoltaico conectado à

fotovoltaica na Europa, enquanto no Brasil essa

rede. Também descreve a documentação, os

mesma preocupação tenha aparecido através

ensaios de comissionamento e os critérios de

das portarias nº 61 e 217, ambas de 2008, que

inspeção necessários para avaliar a segurança

possibilitavam o uso da energia solar em obras

da instalação e a correta operação do sistema.

públicas. Nota-se que essa conscientização de

maior

detalhamento

ao

especificar

A norma IEC 60364-7-712 evidencia que

instalação tornou-se mais evidente a partir das

Normas brasileiras termossolares

resoluções normativas da Aneel 482 e 502, em 2012. Isso indica o quanto estamos atrasados

• ABNT NBR 15569 (2008): Estabelece os

com relação à utilização da tecnologia

requisitos necessários para se implementar

fotovoltaica.

um sistema de aquecimento solar (SAS),

considerando

concepção,

ressaltado é a IEEE 929-1988 apresentar uma

hidráulico,

preocupação quanto à qualidade da energia

aspectos

dimensionamento,

de

arranjo

Outro ponto interessante que pode ser

instalação e manutenção, em que o fluido de

elétrica

transporte é a água;

fotovoltaicos. Tal preocupação tem sido

fornecida

através

dos

sistemas

• ABNT NBR 15747-1 (2009): Especifica

alvo de inúmeros estudos na comunidade

os requisitos de durabilidade (incluindo

internacional e ainda é pouco abordada na

resistência mecânica), confiabilidade, segurança

legislação nacional.

e desempenho térmico dos coletores solares

Ressalta-se que existem muitas normas

de aquecimento de líquidos. Também inclui

internacionais voltadas para os sistemas de

disposições para a avaliação das conformidades

armazenamento da energia gerada pelos

com esses requisitos;

sistemas fotovoltaicos, o que ainda não é

• ABNT NBR 15747-2 (2009): Especifica

encontrado nas normas brasileiras.

os métodos de ensaio para a validação dos requisitos

de

durabilidade, confiabilidade,

segurança

e

desempenho

térmico

dos

Cenário internacional

Desde o início dos anos de 1990, o Japão

coletores solares de aquecimento de líquidos,

tem feito a integração da energia gerada por

conforme ABNT NBR 15747-1.

"telhados fotovoltaicos", além de iniciar a implementação de uma política de subsídio

Comparativo entre as normas

governamental. O subsídio inicial (até 2006)

nacionais e internacionais

era de 70% do custo do sistema fotovoltaico, o

Algumas normas internacionais estão

que não só fez do Japão o maior país produtor

em vigência há muito mais tempo do que as

solar do mundo por um grande período (sendo

normas brasileiras, devido ao fato da matriz

superado em 2007 pela Europa), como também

energética brasileira ainda ser fortemente

o transformou no país com maior mercado

hidráulica.

fotovoltaico do mundo (sendo superado pela

Ao se comparar a norma ABNT NBR 11876

Alemanha em 2006). Recentemente, o Japão

com a recomendação normativa IEEE 1547,

retomou a política de subsídio, sendo um bom


77 exemplo de como políticas governamentais

redução de custos da rede têm estabelecido

programas de incentivos em diversos países

podem promover o desenvolvimento da

na Alemanha, gradualmente, um sistema

tem acelerado o ritmo de produção de células

geração de energia elétrica através de sistemas

de energia sustentável. Com tal motivação,

fotovoltaicas no mundo. A revista Photon

fotovoltaicos.

leis semelhantes vêm sendo aplicadas em

International estimou em 37,2 GW a produção

No caso da Alemanha, esta promulgou e

inúmeros países pelo mundo chegando a mais

de células fotovoltaicas em 2011, sendo que

implementou a "renawable energy net pricing

de 40 países, dentre eles Bélgica, Grécia, Itália,

este valor era 36% superior à produção do

law". Como resultado dessa política, houve

Portugal, Espanha, Korea e algumas cidades dos

ano anterior e cerca de 130 vezes a produção

um rápido desenvolvimento da indústria

Estados Unidos.

do ano 2000. Isso tem feito com que o preço

fotovoltaica no país. De 2000 a 2007, o

dos módulos decline a cada ano, como pode

investimento para a construção de instalações

renováveis de energia e a proliferação de

Assim, a crescente demanda por fontes

ser visto na Figura 1.

fotovoltaicas foi superior a 15 bilhões de euros, o que fez com que a Alemanha superasse o Japão em crescimento de mercado. Além disso, observou-se um rápido declínio no custo da geração de energia fotovoltaica no país (cerca de 20% em três anos).

A lei promulgada, que garante a compra

da energia gerada por micro e minigeradores, estabeleceu uma enorme demanda no mercado fotovoltaico, tornando a construção destes sistemas de geração uma das indústrias mais atrativas do país. O rápido desenvolvimento da

indústria

fotovoltaica

e

a

contínua

Figura 1 – Preço médio em dólar (para cada watt de pico produzido) dos módulos fotovoltaicos.


Energia solar

78

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Cenário nacional

sul de São Paulo, também apresentam a maior

Potencial brasileiro

variabilidade média anual, o que poderia indicar

Como se pode verificar através do mapa

que a produção energética através de sistemas

brasileiro de irradiação solar (Figura 2), os maiores

fotovoltaicos nessas regiões não fosse muito

valores são observados no vale do rio São

atraente.

Francisco, na Bahia e na divisa entre os Estados de

São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

anual no país varia entre 4 kWh/m² e 6,5 kWh/

De forma geral, a irradiação solar é

m² por dia, enquanto é sabido que na Alemanha o

consideravelmente distribuída entre as regiões

valor máximo é de 3,4 kWh/m² por dia.

centrais do país. No entanto, as áreas mais

densamente povoadas, do litoral leste do Rio

média anual apresenta valores significativamente

Grande do Sul até o recôncavo baiano e a região

superiores à Alemanha que já utiliza a energia

norte do país, apresentam os menores índices de

solar há bastante tempo.

Na Figura 3 verifica-se que a radiação média

Através de tal análise, nota-se que a irradiação

irradiação verificados. A região Nordeste apresenta os maiores

Fatos que envolvem a utilização da

valores de irradiação (de 5 kWh/m² a 6 kWh/

energia solar no país

m²), apresentando a maior média e a menor

variabilidade anual entre as regiões geográficas.

o país a repensar e ampliar a participação de

A crise energética ocorrida em 2001 levou

Os valores máximos de irradiação solar são

outras fontes energéticas na matriz nacional, bem

observados na região centro-oeste do Estado da

como levou a ações de redução de consumo

Bahia e noroeste de Minas Gerais. Nota-se nesta

que reduzissem a dependência das usinas

região, que as condições climáticas conferem

hidroelétricas.

um regime estável, de baixa nebulosidade e alta

Dentre

incidência de irradiação solar.

propostas, destaca-se a Lei nº 10.295 de 2001,

Na região Sul encontram-se os menores

a qual estabeleceu uma Política Nacional de

valores de irradiação global (de 4 kWh/m² a 5

Conservação e Uso Racional de Energia, com

kWh/m²), notadamente na costa norte do Estado

o objetivo central de reduzir a necessidade de

de Santa Catarina, litoral do Paraná e litoral

investimentos para a ampliação da capacidade de

as

alternativas

governamentais

Figura 2 – Irradiação solar direta por regiões do Brasil. Dados em kW/h/dia.


79

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Figura 3 – Média anual da radiação solar direta no Brasil.

geração do sistema elétrico. Muito tempo depois,

2014 a realização de um novo leilão de energia

vieram as medidas e as propostas no sentido

elétrica A-5, o qual trata de empreendimentos

de ampliação da geração, especialmente aquelas

de geração de fontes hidrelétrica, eólica, solar

ligadas a fontes renováveis de energia.

e termelétrica (a biomassa, a carvão ou a gás

Recentemente,

governamentais,

natural em ciclo combinado), os quais devem

como a publicação das resoluções citadas (482

ser entregues em até cinco anos. Com algumas

e 502/2012), vêm criando mecanismos para

alterações nas regras do leilão, especialmente de

a expansão do uso da energia solar no Brasil.

forma a evitar que empreendimentos de fontes

No entanto, é necessário avançar em diversos

distintas compitam entre si, as expectativas são

aspectos, entre eles o regulatório. Destaca-se, por

muito positivas de que desta vez a contratação

exemplo, um projeto de lei que tramita desde 2009

de grandes empreendimentos de geração

na Câmara Federal, o qual trata de detalhes sobre

fotovoltaica seja efetivada. O preço máximo para

a tarifação a ser praticada entre concessionárias,

os empreendimentos de geração eólica e solar foi

permissionárias e autorizadas do serviço público

definido em R$ 137 por megawatt-hora (MWh).

de distribuição com o consumidor.

Para as usinas hidrelétricas, o valor máximo

foi definido em R$ 158 por MWh e para as

ações

No entanto, ainda que em um cenário de

custos elevados e regulações incompletas ou

termelétricas em R$ 197.

pouco detalhadas, no dia 18 de novembro de

Vale também destacar os incentivos do

2013 a Aneel realizou o Leilão de Energia A-3

BNDS, através do Fundo Clima – Energias

para contratação de energia elétrica de novos

Renováveis, o qual permite o financiamento de

empreendimentos de geração de fontes eólicas,

empreendimentos de médio e grande porte

solar e termelétrica a biomassa ou gás natural.

(investimentos superiores a R$ 3 milhões), com

taxas de juros e risco bastante interessantes.

No caso da energia solar o leilão não teve

sucesso, não tendo sido contratado nenhum

empreendimento.

Já com relação aos sistemas termossolares,

insucesso

embora não represente uma política pública

provavelmente se deu em virtude dos elevados

muito abrangente, também vale ressaltar que

custos de implementação das instalações, bem

iniciativas de instalação de aquecedores solares

como as incertezas regulatórias. No entanto,

em casas do projeto Minha Casa Minha Vida vêm

espera-se que assim como ocorreu com a

sendo implementadas nos últimos anos.

geração eólica, o preço caia nos próximos anos e

Ações como estas poderiam ser ainda mais

o interesse por tais leilões aumente.

efetivas se leis municipais, estaduais ou federais

exigissem a instalação ou preparação para a

A

causa

do

A Aneel prevê para o segundo semestre de


Energia solar

80

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

instalação de coletores solares nas construções

no cenário internacional (Figura 1), um dos fatores

e/ou reformas de edificações residenciais e

que tem contribuído para a pouca utilização

comerciais. Neste contexto, pode-se citar o caso

deste sistema no Brasil é o custo de instalação do

da cidade de São Paulo, que possui essa exigência

sistema.

através do decreto nº 49148/2008, o qual torna

obrigatória a instalação de sistema termossolar de

de geração diária de 6 kWh, capaz de suprir

uso residencial, em edificações com mais de quatro

as necessidades de uma casa com consumo

banheiros e torna obrigatória a instalação em toda

mensal médio de 184 kWh, ter-se-ia um custo

edificação comercial ou de serviços que possua

de instalação de cerca de R$17.000 (valor de

demanda elevada de consumo diário de água.

mercado em 2014), conforme apresentado na

Para se instalar um sistema com capacidade

Sem ações como esta e como os sistemas

Tabela 1. Ressaltando que o projeto realizado

termossolares ainda apresentam um custo de

considerou uma localização com irradiação média

instalação significante, muitas pessoas e empresas

solar de 5 KWh/m2.

continuam por optar em não utilizar tal sistema.

Para se calcular o tempo de retorno do

Disto conclui-se que o Brasil ainda carece

investimento, consideraram-se quatro situações

de um incentivo governamental efetivo que seja

de economia financeira na conta de energia

capaz de impulsionar empresas e consumidores

elétrica:

no sentido de utilizar, em ampla escala, sistemas de

• Considerou-se que o custo do kWh na cidade

geração de energia ou aquecimento de água solar.

do estudo se manteria constante ao longo dos

Um bom exemplo neste sentido vem da cidade

anos;

de Barcelona (Espanha), que depois de tornar

• Considerou-se um custo médio nacional do

obrigatória, em agosto de 2000, a instalação de

valor do kWh (visto que este apresenta diferenças

coletores termossolares em novas edificações

em algumas regiões) e este custo também seria

ou reformas, viu a instalação destes sistemas

constante ao longo dos anos);

saltar de 1,1 m²/1000 habitantes para 13 m²/1000

• Considerou-se que o custo do kWh na

habitantes em pouco mais de três anos.

cidade do estudo sofreria elevação (de 5% ao

No caso de sistemas fotovoltaicos tem-se

ano) ao longo dos anos (situação real), além de

um cenário um pouco mais complicado, pois,

considerar uma taxa de retorno do investimento

além da necessidade de maiores áreas para sua

(considerando-se que o dinheiro economizado

instalação, de modo que estes apresentem uma

com a tarifa de energia elétrica seria aplicado em

boa capacidade de geração, ainda existe uma forte

poupança com rendimento de 6% ao ano);

dependência de tecnologia estrangeira (o que

• Considerou-se que o custo médio nacional do

eleva consideravelmente o custo de sua instalação),

kWh sofreria elevação ao longo dos anos, além de

visto que o Brasil não possui fabricantes de muitos

considerar uma taxa de retorno do investimento.

dos componentes eletrônicos utilizados.

Na Figura 4 pode-se verificar que na situação

Principais desafios

em que o custo do kWh se manteria constante ao

Políticas públicas e tarifárias

longo dos anos, o retorno de investimento estaria

Ainda que o custo do kWh do painel

próximo de 19 anos, agora se considerarmos uma

fotovoltaico venha reduzindo consideravelmente

situação real, em que o custo do kWh tende a

Tabela 1 – Custo do sistema projetado


81

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Figura 4 – Economia financeira ao longo dos anos.

Tabela 2 – Custo do sistema projetado

Figura 5 – Economia financeira ao longo dos anos.

aumentar ao longo dos anos, teríamos um retorno

que em muitas regiões brasileiras, o retorno de

próximo de 13 anos.

investimento estaria em torno de dez anos.

Em contrapartida, muitas regiões brasileiras

Já para sistemas termossolares, a instalação

apresentam um custo superior aos R$ 0,27

de um sistema capaz de suprir um consumo de

cobrados pela concessionária da região do

quatro banhos diários (consumo aproximado

estudo. Ao se verificar nos indicadores da Aneel,

de 320 litros de água aquecida) teria um custo

verifica-se que muitas regiões têm um custo

de cerca de R$ 4.000, conforme apresentado na

próximo da média levantada, de cerca de R$

Tabela 2.

0,33 por kWh. Desse modo, pode-se verificar

Fazendo-se as mesmas considerações


Energia solar

82

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

realizadas para o sistema fotovoltaico, seria

que, graças às resoluções 482 e 502 da Aneel, o

verificado

país vem caminhando rumo à utilização destes

um

retorno

de

investimento

de aproximadamente três anos, conforme

sistemas de geração de energia elétrica.

apresentado na Figura 5.

Nota-se que é necessário planejar melhor

de

os investimentos para a utilização dos recursos

investimento dos sistemas fotovoltaicos ainda

energéticos do país, através de incentivos

seja significativo, nota-se que grande parte da

públicos que alavanquem o desenvolvimento, a

população não possui poder financeiro para

produção e a comercialização em larga escala

fazer uso de sistemas fotovoltaicos.

dos sistemas envolvidos.

Embora

o

tempo

de

retorno

Com relação aos sistemas termossolares,

Além disso, ressalta-se a importância de

nota-se que uma maior parcela da população

uma conscientização mais efetiva da sociedade,

tem acesso a tais sistemas, no entanto, caso

de modo que esta entenda a importância

houvessem incentivos governamentais este

da utilização de sistemas termossolares e

número poderia ser muito mais expressivo.

fotovoltaicos, seja para o meio ambiente, seja

para a economia (familiar e empresarial) em

Conclui-se que a redução desses custos

seria uma questão fundamental para que

médio e longo prazo.

mais pessoas e empresas fizessem uso desses sistemas no país. Incentivos públicos através de redução de tarifas, normas, projetos de lei ou financiamentos com longos prazos de carência e/ou amortização de custos, juntamente com uma mudança de consciência da população, fariam com que mais sistemas fotovoltaicos e termossolares fossem instalados.

Além disso, ressalta-se que os incentivos

financeiros deveriam vir não apenas para a instalação dos sistemas, mas também para a pesquisa e desenvolvimento, bem como para a fabricação dos diversos dispositivos envolvidos, especialmente aqueles ainda não fabricados em larga escala no Brasil. Nesse contexto, podem-se destacar algumas ações recentes, através de editais do CNPq ou da Finep. No entanto, considera-se que tais investimentos deveriam ser ampliados significativamente, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da indústria nacional na área.

Considerações finais

Diante da realidade nacional, que possui

um grande potencial solar, não se pode deixar de lado o uso dessa fonte limpa e renovável de energia. Enquanto o país necessita de energia para crescer e se desenvolver, faz-se necessário olhar para o território brasileiro e identificar os recursos que podem ser melhor aproveitados, de forma limpa e renovável.

Embora o país ainda esteja bem atrasado na

utilização de sistemas fotovoltaicos, verifica-se

Referências bibliográficas [1] J. Marques, "Turbinas eólicas: modelo, análise e controle do gerador de indução com dupla alimentação," dissertação de Mestrado, Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004. [2] Banco de Informação de Geração. (2014, Jan.). Fontes de energia explorada no Brasil, ANEEL. [Online]. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/ aplicacoes/capacidadebrasil/FontesEnergia.asp?. [3] Confederação Nacional da Indústria. Matriz Energética e Emissão de Gases de Efeito Estufa. Brasília, DF, (2008). [4] SWERA. Solar Irradiation. Renewable Energy Data Exploration. Disponível em: < http://en.openei. org/apps/SWERA/>. Acesso em: 31 outubro 2013. [5] INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. International Standard 603647-712: requirements for special installations or locations - solar photovoltaic power supply systems. 2002. 6p. 97 [6] INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. International Standard. 62109-1: general requirements. 2010. 14p. [7] INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION. International Standard. 62109-2: particular requirements for inverters. 2011. 16p. [8] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 928-1986: recommended criteria for terrestrial photovoltaic power systems. 1984. 15p. [9] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 929-1988: recommended practice for utility interface of photovoltaic systems. 1986. 32p. [10] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 1374-1998: guide for terrestrial photovoltaic power system


83

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

safety. 1998. 64p. [11] INSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 1562-2007: guide for array and battery sizing in stand-alone photovoltaic systems. 2008. 34p. [12] NSTITUTE OF ELECTRICAL AND ELECTRONICS ENGINEERS. Standard 1547.22008: standard for interconnecting distributed resources with electric power systems. 2009. 219p. [13] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11704:2008: classificação de sistemas fotovoltaicos. 2008. 4p. [14] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11876:2010: especificações de módulos fotovoltaicos . 2010. 11p. [15] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 62116:2012: procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. 2012. 21p. [16] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16149:2013: características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição de sistemas fotovoltaicos. 2014. 12p. [17] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16150:2013: sistemas fotovoltaicos - características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição e procedimento de ensaio de conformidade. 2013. 24p. [18] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16274:2014: requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. 2014. 52p. [19] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15569:2008: projeto e instalação de sistemas de aquecimento solar de água em circuito direto. 2008. 36p. [20] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15747-1:2009: sistemas solares térmicos e seus componentes- Coletores. 2009. 11p. [21] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15747-2:2009: métodos de ensaio de sistemas solares térmicos e seus componentes. 2009. 122p. [22] SILVA, H. G. e AFONSO M. Energia Solar Fotovoltaica: Contributo para um Roadmapping do seu Desenvolvimento Tecnológico. 2009. 55p. Trabalho realizado em disciplina do curso de Mestrado em Engenharia Elétrica - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Portugal, 2009. [23] COGEN,Associação da Indústria de Cogeração de Energia. Inserção da Energia Solar no Brasil. São Paulo, 2012. 79p. [24] BRASIL. Projeto de Lei n. 1859, de13 de julho de 2011. Dispõe sobre incentivos à utilização da energia solar e dá nova redação ao artigo 82 da

Lei n. 11.977, de 7 de julho de 2009. Disponível em: < http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ fichadetramitacao?idProposicao=512620>. Acesso em: 20 jun. 2013. [25] LEIAJA.COM. Primeiro leilão de energia solar no país é realizado em PE. Disponível em: <http:// pernambuco.ig.com.br/noticias/2013/12/27/ primeiro-leilao-de-energia-solar-no-pais-e-realizadoem-pe/>. Acesso em: 15 jan. 2014. [26] CORREIO BRAZILIENSE. Mais de 183 mil casas do Minha Casa Minha Vida têm aquecimento solar. Lugar Certo.com.br. Disponível em: <http:// correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ ultimas/2013/09/25/interna_ultimas,47415/maisde-183-mil-casas-do-minha-casa-minha-vida-temaquecimento-solar.shtml>. Acesso em: 19 out. 2013. 95 [27] D. I. Brandão, F. P. Marafão, H. K. M. Paredes, e A. Costabeber, "Inverter control strategy for DC systems based on the conservative power theory," in Proc. 2013 IEEE Energy Conversion Congress and Exposition. GUSTAVO HENRIQUE ALVES é engenheiro de controle e automação pela UNESP, com mestrado em Engenharia Elétrica pela UNESP. Ingressou em 2014 como professor temporário no Campus de Sorocaba da UNESP, onde participa do Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI). FERNANDO PINHABEL MARAFÃO é engenheiro eletricista (1998) pela UNESP, com mestrado (2000) e doutorado (2004) em Engenharia Elétrica pela UNICAMP. Desde 2005, é professor no Campus de Sorocaba da UNESP, onde liderou o Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI) de 2007 a 2011 e coordenou o curso de Engenharia de Controle e Automação de 2010 a 2012. LUCIANO CARDOSO DE MORAIS é engenheiro de produção pela FEI, mestrando em Engenharia Elétrica pela UNESP. Desde 2003, é servidor público na Secretaria de Administração da Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. PAULO JOSÉ AMARAL SERNI é engenheiro eletricista, mestre (1992) e Doutor em Engenharia Elétrica (1999) pela Unicamp. É professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desde 1987 e docente do Curso de Engenharia de Controle e Automação – UNESP/Sorocaba desde 2012. MARCELO GODOY SIMÕES é engenheiro eletrônico (1985) e mestre (1990) pela USP, com doutorado (1995) pela Universidade do Tennessee (EUA). É professor da Colorado School of Mines (EUA) desde 2000, onde coordena o grupo de controle avançado de sistemas de energia.


Pesquisa

84

Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Distribuição e revenda de materiais elétricos

Na média, empresas deste segmento projetam para 2014 um crescimento de 12% em comparação a 2013. Ano passado, o acréscimo médio apresentado ante 2012 foi superior, de 16%


85

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

As revendedoras e distribuidoras de materiais

os registrados em levantamento feito pela Associação

elétricos do país não estão muito otimistas em relação

Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), que prevê

ao crescimento de suas empresas em 2014. Pesquisa

um crescimento do mercado de materiais elétricos de

realizada pela revista O Setor Elétrico, com 297

apenas 6% para este ano. De acordo com a associação,

empresas do segmento no mês de setembro, mostrou

os números fracos estão relacionados com os fabricantes

que as distribuidoras – dividas por regiões do país –

de materiais elétricos, que continuam com os negócios

apresentaram um crescimento superior em 2013 do

aquém do esperado, ressentindo-se principalmente do

que almejam obter em 2014. As empresas obtiveram

fraco desempenho da construção civil.

uma elevação média de 16% no ano passado.

As companhias da região Centro-Oeste foram

os fatores que devem impactar, positivamente ou

as que se mostraram mais positivas; elas esperam

negativamente, o crescimento do mercado de materiais

crescer 13% este ano em relação a 2013. Mesmo

elétricos este ano, as revendedoras entrevistadas

assim, este acréscimo é bem inferior se comparado

destacaram os incentivos por força da legislação ou

ao apresentado em 2013 ante 2012. Na ocasião, as

normalização, a falta de legislação ou normalização

revendedoras desta região indicaram crescimento

e os programas de incentivos governamentais, que

de 19%. As empresas da região Norte, por sua vez,

foram apontados, respectivamente, por 18%, 17% e

são as que mais se revelaram pessimistas para este

16% das empresas pesquisadas. O bom momento da

ano. As revendedoras da parte de cima do país, que

economia brasileira foi o quesito menos considerado

em 2013 apresentaram crescimento de 20%, em

pelas distribuidoras de materiais elétricos. Somente

2014, projetam um aumento de apenas 11%. Já as

2% das companhias disseram que seria este o fator

empresas da capital paulista e das demais cidades

de maior influência.

do estado praticamente se mantiveram na média. Em

2013, revelaram acréscimo de 15% e, para este ano,

com revendedores e distribuidores de materiais

esperam uma elevação de 13%.

elétricos, contendo, por exemplo, informações sobre

No que diz respeito ao crescimento do mercado

os principais segmentos de meio de captação de

de materiais elétricos por região, para o ano de 2014,

clientes, os principais produtos comercializados e o

a projeção de elevação da maioria das revendedoras

uso de certificações ISO, além de uma tabela final com

gira em torno de 10% e 12%. Os únicos prognósticos

a relação de todas as participantes.

Por sua vez, na pesquisa desta edição, entre

Confira a seguir, na íntegra, a pesquisa setorial

que destoam são das empresas da região Norte, que projetam um crescimento de 16%, bem superior à

Mercado brasileiro de distribuidores de

média, e das distribuidoras da região Sudeste do país,

materiais elétricos

que têm a expectativa de uma elevação inferior, de 9% apenas para seu mercado.

O

Mesmo com a perspectiva de uma elevação inferior do

revendedores e distribuidores de materiais elétricos

que a registrada no ano passado, os números apresentados

continua sendo o industrial, o que foi apontado por

pelas empresas nesta pesquisa são mais otimistas do que

87% dos entrevistados.

principal

segmento

Principais segmentos de atuação

48%

Residencial

68%

Comercial

87%

Industrial

de

atuação

dos


Pesquisa

86

Distribuição e revenda de materiais elétricos

Assim como foi levantado na pesquisa do ano passado, a indústria em geral ainda é o

Material elétrico de baixa tensão, material de iluminação (lâmpadas, luminárias

principal cliente das empresas deste segmento. Concessionárias de energia elétrica foram

e reatores) e automação industrial foram apontados por 85%, 81% e 75%,

as menos apontadas. Somente 36% das revendas e distribuidoras disseram comercializar

respectivamente, das empresas pesquisadas como os principais produtos por elas

seus produtos com as distribuidoras. Neste ano, as companhias entrevistadas

vendidos.

esperam um crescimento de somente 12% em comparação a 2013.

Produtos mais comercializados

Principais clientes

90% 84% 82% 80% 73% 70% 47% 36%

Indústria em geral Instaladoras

Construtoras Empresas de engenharia

85%

Material elétrico de baixa tensão

81%

Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores

75%

Empresas de manutenção Consumidor final

67%

Quadros e painéis Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV)

63%

Empresas públicas

60%

Concessionárias de energia elétrica

50% 38%

A porcentagem de empresas que utilizam certificação ISO aumentou um pouco

em relação ao levantamento anterior. Em 2013, 39% e 1% dos entrevistados

31%

respectivamente. Neste ano, os valores subiram para 41% e 4%.

Automação comercial Automação residencial

Equipamentos de proteção individual e coletiva

42%

disseram possuir a ISO 9001 (qualidade) e ISO 14001 (gestão ambiental),

Automação industrial

Ferramentas

Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)

Certificações Iso

4%

ISO 14001

41%

ISO 9001

O vendedor externo é ainda o principal meio de captação de clientes de uma

maneira geral, seguido por indicação/especialização do mercado e telemarketing.


87

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Formato de captação de clientes

44% 47%

Rede de relacionamentos Balcão

61% 65% 43%

Vendedores externos

Administração de contatos

60%

Indicação / especialização de mercado

Telemarketing

Cada região do país prioriza uma forma de captar clientes. Na região Nordeste, por exemplo, o telemarketing

é a principal maneira de captação de clientes, mas na região Sudeste é o vendedor externo. Confira cada caso: Captação de Clientes SP

14%

Rede de relacionamentos

20%

Telemarketing

12%

12%

Balcão

Administração de contatos

22%

Indicação / especialização de mercado

20%

Vendedores externos

Captação de Clientes Sudeste (exceto SP)

14%

Rede de relacionamentos

16%

Telemarketing

15%

Balcão

18%

Indicação / especialização de mercado

14%

Administração de contatos

23%

Vendedores externos


Pesquisa

88

Distribuição e revenda de materiais elétricos

Captação de Clientes Sul

Captação de Clientes Nordeste

11%

13%

Rede de relacionamentos

Rede de relacionamentos

18%

Telemarketing

19%

Balcão

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

12%

Administração de contatos

19%

Telemarketing

17%

Balcão

18%

Administração de contatos 16%

Indicação / especialização de mercado

18% 22%

Indicação / especialização de mercado

Vendedores externos

Captação de Clientes Norte

Captação de Clientes Centro Oeste

18%

Rede de relacionamentos

22%

Telemarketing

18%

Rede de relacionamentos

8%

Balcão

Administração de contatos 12%

Vendedores externos

16%

Administração de contatos

20%

Indicação / especialização de mercado

20%

Telemarketing

11%

Balcão

20%

17%

Vendedores externos

22%

Indicação / especialização de mercado

13%

Vendedores externos


89

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Se na pesquisa do ano passado, a maioria dos entrevistados (23%) afirmou faturar mais de R$ 200

milhões, neste ano o número de empresas que disseram ganhar acima deste valor caiu para 20%. Faturamento bruto anual das empresas - Média total

20%

20%

Até R$ 3 milhões

Acima de R$ 200 milhões

6%

9%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

11%

6%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

7%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões

21%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

Nos gráficos a seguir, é apresentado o faturamento bruto anual das empresas separado por região do país.

Enquanto no Sul, a maior parte das distribuidoras (26%) diz faturar acima de R$ 200 milhões, no Centro-Oeste, 60% dos pesquisados afirmam ter faturamento de até R$ 3 milhões. Faturamento bruto anual das empresas - São Paulo

12% 19%

Acima de R$ 200 milhões

Até R$ 3 milhões

11%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

9%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

5%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

15%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

19%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

10%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões Faturamento bruto anual das empresas - Sudeste

22%

24%

Acima de R$ 200 milhões

Até R$ 3 milhões

2% 10%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

9%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

9%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

9% 15%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões


Pesquisa

90

Distribuição e revenda de materiais elétricos

Faturamento bruto anual das empresas - Sul

Faturamento bruto anual das empresas - Nordeste

14%

15%

Até R$ 3 milhões

Até R$ 3 milhões

26%

Acima de R$ 200 milhões

4%

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

5%

24%

Acima de R$ 200 milhões

9%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 5%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões

6%

5%

5%

9%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 19%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões 19%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

Faturamento bruto anual das empresas - Centro Oeste

Faturamento bruto anual das empresas - Norte

Acima de R$ 200 milhões

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 35% De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

20%

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

40%

Até R$ 3 milhões

30%

Acima de R$ 200 milhões

10%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

20%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 10% 10%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

60%

Até R$ 3 milhões



Pesquisa

92

Distribuição e revenda de materiais elétricos

Se as empresas da região Sudeste foram as que apresentaram maior crescimento em 2012 comparado ao

ano anterior (18%), na comparação entre o ano de 2013 e 2012, a maior elevação foi da região Norte (20%). Crescimento, por região, das empresas em 2013 comparado ao ano anterior

Região Nordeste

15%

Região Norte

20% Região Centro- Oeste

19% Região Sul

14%

Região Sudeste RJ, MG, ES

15%

São Paulo e Interior

15%

Nos gráficos seguintes, acompanhe as perspectivas de crescimento – por região – das empresas e

do mercado para 2014. Na média, as empresas apontam elevação média de 12% para seus respectivos faturamentos e também para o mercado. Previsão de crescimento das empresas para 2014

Região Nordeste

12% Região Norte

11%

Região Centro- Oeste

13% Região Sul

11% 12%

Região Sudeste RJ, MG, ES São Paulo e Interior

13%


93

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Previsão de crescimento do mercado para 2014

Região Nordeste

12%

Região Norte

16% 12%

Região Sul

10% 9%

Região Centro- Oeste

Região Sudeste RJ, MG, ES São Paulo e Interior

11%

Nos gráficos seguintes, acompanhe as perspectivas de crescimento – por região – das empresas e

do mercado para 2014. Na média, as empresas apontam elevação média de 12% para seus respectivos faturamentos e também para o mercado. Fatores que devem influenciar o mercado de materiais elétricos em 2014

2%

Bom momento econômico do país 7%

Setor da construção civil aquecido 7%

Desaceleração da economia brasileira

18%

Incentivos por força de legislação ou normalização 17%

Falta de normalização e/ou legislação

11%

Crise internacional 16% 11%

Projetos de infraestrutura

Programas de incentivo do governo 11%

Setor da construção civil desaquecido


Distribuição e revenda de materiais elétricos

x x x x x x

x x x

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

x

x x x x

x x x x

x x x x x

x x x x x

Regional

Certificado ISO 14001

Certificado ISO 9001: 2000

Rede de Relacionamento

Balcão

x x

x x

x

x x x x

x

x

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x x x x x x x x x x x

x x x

x

Centro Oeste

x

x x x x x x x x x x x x x x x x

x x x x x

x x x x x x x x x x x

Norte

x

x x x

x x

Nordeste

x x x x x

x x x x x x x x

Sul

x x x

x

x x x

Principal região de atendimento

Sudeste

x x

Cobertura de atendimento

Nacional

SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP

Indicação/especialização de mercado

UF

Vendedores externos

Guarulhos Santo André São Paulo Santos São Paulo Campinas São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Sorocaba São Bernardo do Campo São Paulo São Paulo Indaiatuba Itú Monte Mor Salto Osasco São Paulo Barueri Jundiaí São Paulo Jundiaí São Paulo São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Leme Pindamonhangaba Barueri

Administração de contratos

Cidade

www.acabine.com.br www.allwattsonline.com.br www.alphamarktec.com.br www.andra.com.br www.andra.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.apscomponentes.com.br www.atseletrica.com.br www.atseletrica.com.br www.berteleletrica.com.br www.brasiliamaqfer.com.br www.capricornioeletrica.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.casadosfusiveis.com.br www.casaferreira.com.br www.ceavil.com.br www.cetti.com.br www.comercialgoncalves.com.br www.comesp.com.br www.comesp.com.br www.connectwell.com.br www.cppautomacao.com.br www.crossfoxeletrica.com.br www.dlight.com.br www.darozeletricidade.com.br www.dbtec.com.br www.dimensional.com.br

Possui loja(s) in-company

Site

(11)2842-5252 (11)4455-3399 (11)2782-3200 (13)3040-7000 (11)3855-7000 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (11)5645-0800 (11)2645-4196 (15)3329-8615 (11)2198-0800 (11)2797-8500 (11)3716-1470 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (11)3599-3031 (11)3324-3099 (11)4199-4400 (11)4527-4500 (11)3229-4044 (11)3379-5500 (11)2137-7500 (11)5844-2010 (19)3278-0755 (11)2902-1070 (11)2937-4650 (19)3573-6900 (12)3642-9006 (19)2106-9400

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Telefone

A CABINE ALLWATTS ALPHA MARKTEC ANDRA ANDRA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APS ATS ELÉTRICA ATS ELÉTRICA BERTEL BRASILIA CAPRICÓRNIO ELÉTRICA CAROTTI CAROTTI CAROTTI CAROTTI CASA DOS FUSIVEIS CASA FERREIRA CEAVIL CETTI COMERCIAL GONÇALVES COMESP COMESP CONNECTWELL CPP CROSSFOX D´LIGHT DA ROZ DBTEC DIMENSIONAL

Residencial

EMPRESA

Comercial

SP Interior

Industrial

e

Revendedora (varejista)

São Paulo

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Local

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Telemarketing

Pesquisa

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95

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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x

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Regional

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Certificado ISO 14001

Certificado ISO 9001: 2000

Rede de Relacionamento

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Balcão

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Indicação/especialização de mercado

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Centro Oeste

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Nordeste

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Sul

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Principal região de atendimento

Sudeste

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Cobertura de atendimento

Nacional

www.elefio.com.br www.eletricacopeli.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricapj.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletrostarcomercial.com.br www.embramataltatensao.com.br www.emd.com.br www.enercom.com.br www.etil.com.br www.eurocabos.com.br www.everestnet.com.br www.everestnet.com.br

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Vendedores externos

SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP

Administração de contratos

UF

Bauru Jundiaí Limeira São Paulo Campinas São Paulo São Paulo São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo Vargem Grande Paulista São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Diadema Campinas São Paulo

Telemarketing

Cidade

www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com

Possui loja(s) in-company

Site

(19)2106-9400 (11)4815-4004 (19)3446-7400 (11)3835-6996 (19)3322-0000 (11)5018-1030 (11)4508-0090 (11)2888-5000 (11)3538-0450 (11)3393-2500 (11)3649-9800 (11)2106-3633 (11)4159-9900 (11)5642-1919 (11)2098-0371 (11)3832-7575 (11)2919-0911 (11)3616-6666 (11)4092-9292 (19)3772-4500 (11)2902-4700

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Telefone

DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIWALI ELEFIO ELÉTRICA COPELI ELETRICA DW ELETRICA PJ ELETRO LUMINAR ELETRO LUMINAR ELETROSTAR EMBRAMAT EMD DO BRASIL ENERCOM ETIL EUROCABOS EVEREST EVEREST

Residencial

EMPRESA

Comercial

SP Interior

Industrial

e

Revendedora (varejista)

São Paulo

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

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Nordeste

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Sul

Regional

Certificado ISO 14001

Certificado ISO 9001: 2000

Rede de Relacionamento

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Balcão

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Centro Oeste

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Norte

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Sudeste

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Principal região de atendimento

Nacional

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Indicação/especialização de mercado

UF SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP

Vendedores externos

São Paulo Itú São Jose do Rio Preto São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Santos Diadema São Paulo Indaiatuba Barueri São Paulo São Paulo Jaboticabal São Paulo Cravinhos Fernandópolis São José do Rio Preto Votuporanga São Paulo São Caetano do Sul Sorocaba São José dos Campos Campinas São Paulo Terra Preta - Mairipora São Paulo Santo André Guarulhos Porto Ferreira

Telemarketing

Cidade

www.fecva.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.ficael.com www.fortlight.com.br www.galassosantos.com.br www.globoex.net.br www.histeccomercial.com.br www.industrialbr.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.instrutemp.com.br www.intereng.com.br www.itapeti.com.br www.itapuaeletro.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.kotek.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ledluz.com.br www.litecdobrasil.com.br www.lugo.com.br www.mastercabos.com.br www.maxel.com.br www.mediatensao.com.br www.mutter.com.br

Possui loja(s) in-company

Site

(11)2915-7744 (11)4813-8744 (17)2139-5700 (11)2131-7500 (19)3273-5869 (11)3201-2000 (11)2087-6000 (13)3326-2568 (11)4072-5252 (11)3018-0500 (19)3834-5792 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)3488-0200 (16)3209-1700 (11)2652-2099 (16)3951-2195 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (11)3017-8797 (11)4224-0350 (15)3224-2410 (12)3935-3000 (19)2514-6989 (11)3393-7225 (11)4486-8400 (11)2341-3686 (11)4972-9000 (11)2384-0155 (19)3589-1220

Cobertura de atendimento

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Telefone

FECVA FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL FICAEL FORTLIGHT GALASSO GLOBOEX HISTEC INDUSTRIAL BR INOVELUX INOVELUX INSTRUTEMP INTERENG ITAPETI ITAPUÃ KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR KOTEK LADDER LADDER LADDER LED LUZ LITEC LUGO MASTERCABOS MAXEL MÉDIA TENSÃO MUTTER

Residencial

EMPRESA

Comercial

SP Interior

Industrial

e

Revendedora (varejista)

São Paulo

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Local

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Administração de contratos

Pesquisa

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Certificado ISO 14001

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Certificado ISO 9001: 2000

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Centro Oeste

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Rede de Relacionamento

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Indicação/especialização de mercado

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Nordeste

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Sudeste

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Principal região de atendimento

Nacional

SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP

Vendedores externos

UF

Administração de contratos

São Paulo Campinas Santo André São Paulo Mogi-Guaçu Ribeirão Preto São Paulo São Paulo São Paulo Limeira Piracicaba São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Limeira Campinas São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Birigui São Paulo São Paulo São Paulo Sumaré São Paulo

Telemarketing

Cidade

www.neblina.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.omicronservice.com.br www.pandaeletrica.com.br www.paraklin.com.br www.peu.com.br www.peu.com.br www.portaleletrica.com.br www.proautomacao.com.br www.proluz.com.br www.provitel.com.br www.provolt.com.br www.rile.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.siro.com.br www.sob-brasil.com www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.supereletrica.com.br www.tecaut.com.br www.tecnolamp.com.br www.telbra.com.br www.sensorestenet.com.br www.tormel.com.br www.wgr.com.br

Possui loja(s) in-company

Site

(11)3619-1600 (19)2102-7700 (11)4428-7300 (11)3728-3000 (19)2115-7700 (16)2101-7700 (11)5061-8566 (11)5525-3320 (11)3948-0042 (19)3404-3660 (19)3437-3030 (11)2067-4700 (15)3031-7400 (11)3221-2599 (11)2239-1484 (19)3713-9115 (19)3252-3811 (11)3998-3000 (11)3695-9000 (11)3616-5000 (11)3879-6100 (11)5090-0030 (11)2165-8243 (11)5641-7288 (11)3931-0522 (18)3643-1200 (11)3217-2900 (11)2946-4646 (11)2098-4500 (19)3803-1800 (11)2155-5500

Possuem filiais

Telefone

NEBLINA NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL OMICRON SERVICE PANDA PARAKLIN PEU ELETRICIDADE PEU ELETRICIDADE PORTAL PROAUTO PROLUZ PROVITEL PROVOLT RILE SANTIL SANTIL SANTIL SIRO SOB SCHURTER SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SUPERELETRICA TECAUT TECNOLAMP TELBRA EX TENET TORMEL WGR IGNITRON

Residencial

EMPRESA

Comercial

SP Interior

Cobertura de atendimento

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Industrial

e

Revendedora (varejista)

São Paulo

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Outros

Consumidor final

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Empresas públicas

Guarulhos Santo André São Paulo Santos São Paulo Campinas São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Sorocaba São Bernardo do Campo São Paulo São Paulo Indaiatuba Itú Monte Mor Salto Osasco São Paulo Barueri Jundiaí São Paulo Jundiaí São Paulo São Paulo Campinas São Paulo Guarulhos Leme Pindamonhangaba Barueri

Empresas de manutenção

Cidade

www.acabine.com.br www.allwattsonline.com.br www.alphamarktec.com.br www.andra.com.br www.andra.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.aplicengenharia.com.br www.apscomponentes.com.br www.atseletrica.com.br www.atseletrica.com.br www.berteleletrica.com.br www.brasiliamaqfer.com.br www.capricornioeletrica.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.carotti.com.br www.casadosfusiveis.com.br www.casaferreira.com.br www.ceavil.com.br www.cetti.com.br www.comercialgoncalves.com.br www.comesp.com.br www.comesp.com.br www.connectwell.com.br www.cppautomacao.com.br www.crossfoxeletrica.com.br www.dlight.com.br www.darozeletricidade.com.br www.dbtec.com.br www.dimensional.com.br

Construtoras

Site

(11)2842-5252 (11)4455-3399 (11)2782-3200 (13)3040-7000 (11)3855-7000 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (19)3241-0051 (11)5645-0800 (11)2645-4196 (15)3329-8615 (11)2198-0800 (11)2797-8500 (11)3716-1470 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (19)3875-8282 (11)3599-3031 (11)3324-3099 (11)4199-4400 (11)4527-4500 (11)3229-4044 (11)3379-5500 (11)2137-7500 (11)5844-2010 (19)3278-0755 (11)2902-1070 (11)2937-4650 (19)3573-6900 (12)3642-9006 (19)2106-9400

Indústria em geral

Telefone

A CABINE ALLWATTS ALPHA MARKTEC ANDRA ANDRA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APLIC ENGENHARIA APS ATS ELÉTRICA ATS ELÉTRICA BERTEL BRASILIA CAPRICÓRNIO ELÉTRICA CAROTTI CAROTTI CAROTTI CAROTTI CASA DOS FUSIVEIS CASA FERREIRA CEAVIL CETTI COMERCIAL GONÇALVES COMESP COMESP CONNECTWELL CPP CROSSFOX D´LIGHT DA ROZ DBTEC DIMENSIONAL

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Empresa

Automação industrial

SP Interior

Automação comercial

e

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

São Paulo

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de engenharia

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Instaladoras

Pesquisa

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

www.elefio.com.br www.eletricacopeli.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricapj.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletroluminar.com.br www.eletrostarcomercial.com.br www.embramataltatensao.com.br www.emd.com.br www.enercom.com.br www.etil.com.br www.eurocabos.com.br www.everestnet.com.br www.everestnet.com.br

Bauru Jundiaí Limeira São Paulo Campinas São Paulo São Paulo São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo Vargem Grande Paulista São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Diadema Campinas São Paulo

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Consumidor final

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Empresas públicas

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Empresas de manutenção

UF

Empresas de engenharia

Cidade

Instaladoras

www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com

Construtoras

Site

(19)2106-9400 (11)4815-4004 (19)3446-7400 (11)3835-6996 (19)3322-0000 (11)5018-1030 (11)4508-0090 (11)2888-5000 (11)3538-0450 (11)3393-2500 (11)3649-9800 (11)2106-3633 (11)4159-9900 (11)5642-1919 (11)2098-0371 (11)3832-7575 (11)2919-0911 (11)3616-6666 (11)4092-9292 (19)3772-4500 (11)2902-4700

Indústria em geral

Telefone

DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIWALI ELEFIO ELÉTRICA COPELI ELETRICA DW ELETRICA PJ ELETRO LUMINAR ELETRO LUMINAR ELETROSTAR EMBRAMAT EMD DO BRASIL ENERCOM ETIL EUROCABOS EVEREST EVEREST

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Empresa

Automação industrial

SP Interior

Automação comercial

e

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

São Paulo

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Empresas de manutenção

Cidade

www.fecva.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.ficael.com www.fortlight.com.br www.galassosantos.com.br www.globoex.net.br www.histeccomercial.com.br www.industrialbr.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.instrutemp.com.br www.intereng.com.br www.itapeti.com.br www.itapuaeletro.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.kotek.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ladder.com.br www.ledluz.com.br www.litecdobrasil.com.br www.lugo.com.br www.mastercabos.com.br www.maxel.com.br www.mediatensao.com.br www.mutter.com.br

Construtoras

Site

(11)2915-7744 (11)4813-8744 (17)2139-5700 (11)2131-7500 (19)3273-5869 (11)3201-2000 (11)2087-6000 (13)3326-2568 (11)4072-5252 (11)3018-0500 (19)3834-5792 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)3488-0200 (16)3209-1700 (11)2652-2099 (16)3951-2195 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (11)3017-8797 (11)4224-0350 (15)3224-2410 (12)3935-3000 (19)2514-6989 (11)3393-7225 (11)4486-8400 (11)2341-3686 (11)4972-9000 (11)2384-0155 (19)3589-1220

Indústria em geral

Telefone

FECVA FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL FICAEL FORTLIGHT GALASSO GLOBOEX HISTEC INDUSTRIAL BR INOVELUX INOVELUX INSTRUTEMP INTERENG ITAPETI ITAPUÃ KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR KOTEK LADDER LADDER LADDER LED LUZ LITEC LUGO MASTERCABOS MAXEL MÉDIA TENSÃO MUTTER

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Empresa

Automação industrial

SP Interior

Automação comercial

e

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

São Paulo

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de engenharia

100

Instaladoras

Pesquisa

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Outros

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Consumidor final

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Empresas públicas

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Empresas de manutenção

UF

Empresas de engenharia

São Paulo Campinas Santo André São Paulo Mogi-Guaçu Ribeirão Preto São Paulo São Paulo São Paulo Limeira Piracicaba São Paulo Sorocaba São Paulo São Paulo Limeira Campinas São Paulo Osasco São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Birigui São Paulo São Paulo São Paulo Sumaré São Paulo

Instaladoras

Cidade

www.neblina.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.omicronservice.com.br www.pandaeletrica.com.br www.paraklin.com.br www.peu.com.br www.peu.com.br www.portaleletrica.com.br www.proautomacao.com.br www.proluz.com.br www.provitel.com.br www.provolt.com.br www.rile.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.santil.com.br www.siro.com.br www.sob-brasil.com www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.supereletrica.com.br www.tecaut.com.br www.tecnolamp.com.br www.telbra.com.br www.sensorestenet.com.br www.tormel.com.br www.wgr.com.br

Construtoras

Site

(11)3619-1600 (19)2102-7700 (11)4428-7300 (11)3728-3000 (19)2115-7700 (16)2101-7700 (11)5061-8566 (11)5525-3320 (11)3948-0042 (19)3404-3660 (19)3437-3030 (11)2067-4700 (15)3031-7400 (11)3221-2599 (11)2239-1484 (19)3713-9115 (19)3252-3811 (11)3998-3000 (11)3695-9000 (11)3616-5000 (11)3879-6100 (11)5090-0030 (11)2165-8243 (11)5641-7288 (11)3931-0522 (18)3643-1200 (11)3217-2900 (11)2946-4646 (11)2098-4500 (19)3803-1800 (11)2155-5500

Indústria em geral

Telefone

NEBLINA NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL NORTEL OMICRON SERVICE PANDA PARAKLIN PEU ELETRICIDADE PEU ELETRICIDADE PORTAL PROAUTO PROLUZ PROVITEL PROVOLT RILE SANTIL SANTIL SANTIL SIRO SOB SCHURTER SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SUPERELETRICA TECAUT TECNOLAMP TELBRA EX TENET TORMEL WGR IGNITRON

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Empresa

Automação industrial

SP Interior

Automação comercial

e

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

São Paulo

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

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Sudeste

Nacional

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Regional

Local

Certificado ISO 14001

Certificado ISO 9001: 2000

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Centro Oeste

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Norte

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Rede de Relacionamento

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Principal região de atendimento

Nordeste

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Cobertura de atendimento

Sul

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Balcão

MG ES MG RJ ES RJ RJ RJ RJ MG RJ MG MG MG MG MG ES MG MG RJ

Indicação/especialização de mercado

UF

João Pinheiro Serra Belo Horizonte Rio de Janeiro Vitória Itaguai Macaé Rio de Janeiro Volta Redonda Belo Horizonte Rio de Janeiro Ipatinga Ipatinga Itabira Belo Horizonte Contagem Serra São Francisco Belo Horizonte Cachambi

Vendedores externos

Cidade

www.albernazelectric.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centraliluminacao.com.br www.coloniallustres.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com

Possui loja(s) in-company

Site

(38)3561-4522 (27)3064-8100 (31)3477-7004 (21)2210-3191 (27)2123-5700 (21)3782-9700 (22)2105-9000 (21)2195-9200 (24)3076-9650 (31)3429-8500 (21)3860-2688 (31)3801-2022 (31)3801-2015 (31)3831-3848 (31)3036-0660 (31)3036-0660 (27)3421-1000 (31)3448-0300 (31)3448-0300 (21)3174-2201

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Telefone

ALBERNAZ ELECTRIC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTRAL ILUMINAÇÃO COLONIAL LUSTRES DAMATEL DAMATEL DAMATEL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIMEX DIMEX DIMEX

Residencial

EMPRESA

Comercial

RJ)

Industrial

e

Revendedora (varejista)

Região Sudeste ( ES, MG

Distribuidora (atacadista)

segmento A empresa é Principal de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Administração de contratos

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Telemarketing

Pesquisa

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

www.eletricapj.com.br www.eletrofasemg.com.br www.eletrotil.com.br www.exponencialmg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.egom.ind.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.ladder.com.br www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br

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Centro Oeste

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Nordeste

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Certificado ISO 14001

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Certificado ISO 9001: 2000

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Rede de Relacionamento

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Balcão

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Indicação/especialização de mercado

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Sul

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Principal região de atendimento

Sudeste

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Cobertura de atendimento

Nacional

www.edilsoneletrica.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricadw.com.br

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Vendedores externos

RJ MG MG MG MG MG RJ MG MG MG ES MG MG RJ ES MG MG RJ RJ MG MG

Administração de contratos

UF

Rio de Janeiro Ouro Branco Juíz de Fora Uberlândia Uberlândia Arcos Rio de Janeiro Poços de Caldas Coronel Fabriciano Ituiutaba Linhares Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Vila Velha Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Rio de Janeiro Belo Horizonte Contagem

Telemarketing

Cidade

www.direl.com.br

Possui loja(s) in-company

Site

(21)3339-2252 (31)3742-2503 (32)3215-4473 (34)3256-4944 (34)4009-3800 (37)3351-1611 (21)3534-8600 (35)3714-2098 (31)3865-1300 (34)3268-2033 (27)3371-0531 (31)3317-5150 (31)3359-3200 (21)2526-0957 (27)99929-6334 (31)3486-1166 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (21)2153-1360 (31)3218-8190 (31)3559-9000

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Telefone

DIREL DISKMATEL EDILSON ELETRICA ELÉTRICA CIDADE ELETRICA DW ELETRICA LUMATEL ELETRICA PJ ELETRO CHOQUE ELETROFASE ELETROTIL EMATEL EXPONENCIAL FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GPENG GRUPO EGOM INOVELUX INOVELUX LADDER LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA

Residencial

EMPRESA

Comercial

RJ)

Industrial

e

Revendedora (varejista)

Região Sudeste ( ES, MG

Distribuidora (atacadista)

segmento A empresa é Principal de atuação

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

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Regional

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Certificado ISO 14001

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Certificado ISO 9001: 2000

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Centro Oeste

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Rede de Relacionamento

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Nordeste

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Principal região de atendimento

Sudeste

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Cobertura de atendimento

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Balcão

MG MG ES MG MG MG RJ RJ RJ RJ MG RJ RJ MG MG MG MG MG MG RJ

Indicação/especialização de mercado

UF

Ipatinga Uberlandia Serra Belo Horizonte Ipatinga Belo Horizonte RIO DE JANEIRO Serra Macaé Rio de Janeiro Juiz de Fora Rio de Janeiro Rio de Janeiro Poços de Caldas Juiz de Fora Sete Lagoas Belo Horizonte Viçosa Minas Gerais Rio de Janeiro

Vendedores externos

Cidade

www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www. othondecarvalho.com.br www.petrocam.com.br www.petrocam.com.br www.polarmacae.com.br www.proexrio.com.br www.reimatel.com.br www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.sulminasfiosecabos.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.vetorial.eng.br www.walcenter.com.br www.walcenter.com.br

Possui loja(s) in-company

Site

(31)3828-1800 (34)3293-8800 (27)2125-7700 (31)3555-8577 (31)3821-6162 (31)2103-3000 (21)2195-7676 (27)3378-8400 (22)2105-7777 (21)2195-9244 (32)3215-6292 (21)2209-2329 (21)3866-0055 (35)3714-2660 (31)3071-3234 (31)3071-3233 (31)3071-3232 (31)3892-7882 (21)2560-3546 (21)4009-7171

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Telefone

LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA NORTEL NORTEL NORTEL OTHO DE CARVALHO PETROCAM PETROCAM POLAR PROEX COMPONENTES ELETRICOS REI MATERIAIS SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SULMINAS UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO VETORIAL WCT 2010 WCT 2010

Residencial

EMPRESA

Comercial

RJ)

Industrial

e

Revendedora (varejista)

Região Sudeste ( ES, MG

Distribuidora (atacadista)

segmento A empresa é Principal de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Administração de contratos

104

Telemarketing

Pesquisa



Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Consumidor final

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Empresas públicas

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Instaladoras

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Construtoras

MG ES MG RJ ES RJ RJ RJ RJ MG RJ MG MG MG MG MG ES MG MG RJ

Indústria em geral

UF

João Pinheiro Serra Belo Horizonte Rio de Janeiro Vitória Itaguai Macaé Rio de Janeiro Volta Redonda Belo Horizonte Rio de Janeiro Ipatinga Ipatinga Itabira Belo Horizonte Contagem Serra São Francisco Belo Horizonte Cachambi

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Cidade

www.albernazelectric.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.alphamarktec.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centraliluminacao.com.br www.coloniallustres.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.damatel.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com www.dimexbr.com

RJ)

Automação industrial

Site

(38)3561-4522 (27)3064-8100 (31)3477-7004 (21)2210-3191 (27)2123-5700 (21)3782-9700 (22)2105-9000 (21)2195-9200 (24)3076-9650 (31)3429-8500 (21)3860-2688 (31)3801-2022 (31)3801-2015 (31)3831-3848 (31)3036-0660 (31)3036-0660 (27)3421-1000 (31)3448-0300 (31)3448-0300 (21)3174-2201

e

Automação comercial

Telefone

ALBERNAZ ELECTRIC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC ALPHA MARKTEC CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTELHA CENTRAL ILUMINAÇÃO COLONIAL LUSTRES DAMATEL DAMATEL DAMATEL DIMENSIONAL DIMENSIONAL DIMEX DIMEX DIMEX DIMEX

Região Sudeste ( ES, MG

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Empresa

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de manutenção

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Empresas de engenharia

Pesquisa

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

www.eletrofasemg.com.br www.eletrotil.com.br www.exponencialmg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.egom.ind.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.ladder.com.br www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br

RJ MG MG MG MG MG RJ MG MG MG ES MG MG RJ ES MG MG RJ RJ MG MG

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Outros

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Construtoras

UF

Consumidor final

www.eletricapj.com.br

Rio de Janeiro Ouro Branco Juíz de Fora Uberlândia Uberlândia Arcos Rio de Janeiro Poços de Caldas Coronel Fabriciano Ituiutaba Linhares Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Vila Velha Belo Horizonte Belo Horizonte Rio de Janeiro Rio de Janeiro Belo Horizonte Contagem

Empresas públicas

www.edilsoneletrica.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricadw.com.br

Cidade

Indústria em geral

www.direl.com.br

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Site

(21)3339-2252 (31)3742-2503 (32)3215-4473 (34)3256-4944 (34)4009-3800 (37)3351-1611 (21)3534-8600 (35)3714-2098 (31)3865-1300 (34)3268-2033 (27)3371-0531 (31)3317-5150 (31)3359-3200 (21)2526-0957 (27)99929-6334 (31)3486-1166 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (21)2153-1360 (31)3218-8190 (31)3559-9000

Automação industrial

Telefone

DIREL DISKMATEL EDILSON ELETRICA ELÉTRICA CIDADE ELETRICA DW ELETRICA LUMATEL ELETRICA PJ ELETRO CHOQUE ELETROFASE ELETROTIL EMATEL EXPONENCIAL FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GPENG GRUPO EGOM INOVELUX INOVELUX LADDER LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA

RJ)

Automação comercial

Empresa

e

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Região Sudeste ( ES, MG

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

MG MG ES MG MG MG RJ RJ RJ RJ MG RJ RJ MG MG MG MG MG MG RJ

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Outros

UF

Consumidor final

Ipatinga Uberlandia Serra Belo Horizonte Ipatinga Belo Horizonte RIO DE JANEIRO Serra Macaé Rio de Janeiro Juiz de Fora Rio de Janeiro Rio de Janeiro Poços de Caldas Juiz de Fora Sete Lagoas Belo Horizonte Viçosa Minas Gerais Rio de Janeiro

Empresas públicas

Cidade

Empresas de manutenção

www.lojaeletrica.com.br www.lojaeletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www. othondecarvalho.com.br www.petrocam.com.br www.petrocam.com.br www.polarmacae.com.br www.proexrio.com.br www.reimatel.com.br www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.sulminasfiosecabos.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.universoeletrico.com.br www.vetorial.eng.br www.walcenter.com.br www.walcenter.com.br

Construtoras

Site

(31)3828-1800 (34)3293-8800 (27)2125-7700 (31)3555-8577 (31)3821-6162 (31)2103-3000 (21)2195-7676 (27)3378-8400 (22)2105-7777 (21)2195-9244 (32)3215-6292 (21)2209-2329 (21)3866-0055 (35)3714-2660 (31)3071-3234 (31)3071-3233 (31)3071-3232 (31)3892-7882 (21)2560-3546 (21)4009-7171

Indústria em geral

Telefone

LOJA ELETRICA LOJA ELETRICA NORTEL NORTEL NORTEL OTHO DE CARVALHO PETROCAM PETROCAM POLAR PROEX COMPONENTES ELETRICOS REI MATERIAIS SONEPAR SUL DISTRIBUIDORA SULMINAS UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO UNIVERSO ELETRICO VETORIAL WCT 2010 WCT 2010

Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Empresa

Automação industrial

RJ)

Principais clientes

Automação comercial

e

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Região Sudeste ( ES, MG

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de engenharia

108

Instaladoras

Pesquisa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

www.decorlux.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricazata.com.br www.eletricanoas.com.br www.eletrojo.com.br www.eletrojo.com.br www.eletropainel.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br

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Centro Oeste

Norte

Nordeste

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Principal região de atendimento

Sudeste

Nacional

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Regional

Certificado ISO 14001

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Cobertura de atendimento

Certificado ISO 9001: 2000

Rede de Relacionamento

Balcão

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Indicação/especialização de mercado

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Vendedores externos

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Administração de contratos

PR PR SC PR SC PR PR RS RS SC SC RS PR PR RS PR PR PR RS RS SC SC SC SC RS SC SC PR PR PR PR PR

Possui loja(s) in-company

UF

Curitiba Curitiba Criciúma Curitiba Joinville Curitiba Maringá Porto Alegre Caxias do Sul Florianópolis Lages Bento Gonçalves Curitiba Curitiba Novo Hamburgo Curitiba Maringá Ponta Grossa Caxias do Sul Porto Alegre Blumenau Chapecó Joinville Blumenau Canoas Braço do Norte Orleans Maringá Cornélio Procópio Guarapuava Londrina Pato Branco

Possuem filiais

Cidade

www.2a.com.br www.irmaosabage.com.br www.agpr5.com www.andra.com.br www.andra.com.br www.comueller.com.br www.comueller.com.br www.cigame.com.br www.coisarada.net www.coisarada.net www.coisarada.net

Residencial

Site

(41)3019-5050 (41)3371-5656 (48)3462-3900 (41)3778-7000 (47)3419-7000 (41)3888-1200 (44)3032-5400 (51)3356-5555 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (54)3453-3036 (41)3029-1144 (41)2104-8200 (51)3332-6070 (41)3245-0111 (44)3261-7100 (42)3219-6800 (54)3224-9200 (51)3326-4000 (47)3321-7500 (49)2049-7300 (47)3177-2000 (47)3323-2888 (51)3031-3130 (48)3658-3202 (48)3466-3202 (44)3027-9868 (43)3520-5000 (42)3629-9800 (43)3294-5000 (46)3225-5555

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Comercial

Telefone

2A MATERIAIS ABAGE AGPR5 ANDRA ANDRA C.O.MUELLER C.O.MUELLER CIGAME COISARADA COISARADA COISARADA DE BACCO DECORLUX DIMENSIONAL DIMENSIONAL ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELÉTRICA ZATA ELETRICANOAS ELETRO-JO ELETRO-JO ELETROPAINEL ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO

Industrial

EMPRESA

Revendedora (varejista)

Região Sul

Distribuidora (atacadista)

segmento A empresa é Principal de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Local

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Telemarketing

Pesquisa

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Nordeste

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Regional

Local

Certificado ISO 14001

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Certificado ISO 9001: 2000

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Rede de Relacionamento

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Vendedores externos

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Administração de contratos

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Centro Oeste

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Norte

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Principal região de atendimento

Sudeste

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Balcão

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Indicação/especialização de mercado

PR SC PR PR RS RS SC PR PR RS RS PR RS SC PR SC RS RS RS SC PR SC

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Cobertura de atendimento

Nacional

www.lojainstaladora.com.br www.magnani.com.br www.magnani.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.onixcd.com.br www.provolt.com.br

Telêmaco Borba Joinville Curitiba Curitiba Caxias do Sul Porto Alegre Joinville Curitiba Curitiba Porto Alegre Porto Alegre Curitiba Porto Alegre Florianópolis Maringá Itajaí Caxias do Sul Torres Canoas Joinville Mandaguari Blumenau

Telemarketing

www.eletrotrafo.com.br www.eurocabos.com.br www.everestnet.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.ficael.com www.grupogeralux.com.br www.santaclaradistribuidora.com.br www.gruposul.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com

Possui loja(s) in-company

(42)3273-7000 (47)9122-1466 (41)3071-7100 (41)3316-4100 (54)3209-5353 (51)3358-1077 (47)3431-8000 (41)3267-8793 (41)3153-7800 (51)3062-1004 (51)3357-3400 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (44)3222-8834 (47)3348-3044 (54)4009-5255 (51)3626-9600 (51)3052-2500 (47)3801-7700 (44)3233-8500 (47)3036-9666

UF

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

ELETROTRAFO EUROCABOS EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GERALUX GRUPO SANTA CLARA GRUPOSUL INOVELUX INOVELUX INOVELUX INSTALADORA MARINGÁ LOJA INSTALADORA MAGNANI MAGNANI NORTEL NORTEL ONIX PROVOLT

Cidade

Residencial

Site

Comercial

Telefone

Industrial

EMPRESA

Revendedora (varejista)

Região Sul

Distribuidora (atacadista)

segmento A empresa é Principal de atuação


Distribuição e revenda de materiais elétricos

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Centro Oeste

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Nordeste

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Sul

Sudeste

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Principal região de atendimento

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Nacional

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Regional

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Certificado ISO 14001

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Cobertura de atendimento

Certificado ISO 9001: 2000

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Rede de Relacionamento

x

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Balcão

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Vendedores externos

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Indicação/especialização de mercado

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Telemarketing

RS RS RS RS SC PR PR PR SC SC SC RS SC SC SC SC SC SC SC SC SC PR PR RS RS RS

Possui loja(s) in-company

UF

Bento Gonçalves Caxias do Sul Novo Hamburgo Porto Alegre Itajaí Curitiba Curitiba Maringá Blumenau Balneário Camboriú Itapema Porto Alegre Florianópolis Campinas Florianópolis Florianópolis Joinville Palhoça São José Tijucas Blumenau Curitiba Londrina Caxias do Sul Porto Alegre Rio Grande

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Cidade

www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.reymaster.com.br www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.rossimateriaiseletricos.com.br www.rossimateriaiseletricos.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.sobretensao.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br

Residencial

Site

(54)3449-5000 (54)3534-4400 (51)3553-5700 (51)3363-4700 (47)3045-5900 (41)3021-5000 (41)3014-1800 (44)3028-1800 (47)3037-8585 (47)3367-2788 (47)3368-2929 (51)3337-6400 (48)4002-4600 (48)3240-5440 (48)3271-5000 (48)3225-1600 (47)3431-2800 (48)3342-8100 (48)3241-9100 (48)3263-0352 (47)3338-4484 (41)3217-1900 (43)3026-8080 (54)3220-3800 (51)3314-8000 (53)3931-0000

Comercial

Telefone

REALCENTER REALCENTER REALCENTER REALCENTER REALCENTER REYMASTER RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES ROSSI MATERIAIS ROSSI MATERIAIS SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SOBRETENSÃO SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR

Industrial

EMPRESA

Revendedora (varejista)

Região Sul

Distribuidora (atacadista)

segmento A empresa é Principal de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Local

112

Administração de contratos

Pesquisa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

www.decorlux.com.br www.dimensional.com.br www.dimensional.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricazata.com.br www.eletricanoas.com.br www.eletrojo.com.br www.eletrojo.com.br www.eletropainel.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eletrotrafo.com.br www.eurocabos.com.br

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Outros

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Consumidor final

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Empresas públicas

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Construtoras

UF PR PR SC PR SC PR PR RS RS SC SC RS PR PR RS PR PR PR RS RS SC SC SC SC RS SC SC PR PR PR PR PR PR SC

Indústria em geral

Cidade Curitiba Curitiba Criciúma Curitiba Joinville Curitiba Maringá Porto Alegre Caxias do Sul Florianópolis Lages Bento Gonçalves Curitiba Curitiba Novo Hamburgo Curitiba Maringá Ponta Grossa Caxias do Sul Porto Alegre Blumenau Chapecó Joinville Blumenau Canoas Braço do Norte Orleans Maringá Cornélio Procópio Guarapuava Londrina Pato Branco Telêmaco Borba Joinville

Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Site www.2a.com.br www.irmaosabage.com.br www.agpr5.com www.andra.com.br www.andra.com.br www.comueller.com.br www.comueller.com.br www.cigame.com.br www.coisarada.net www.coisarada.net www.coisarada.net

Automação industrial

Telefone (41)3019-5050 (41)3371-5656 (48)3462-3900 (41)3778-7000 (47)3419-7000 (41)3888-1200 (44)3032-5400 (51)3356-5555 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (49)3251-9000 (54)3453-3036 (41)3029-1144 (41)2104-8200 (51)3332-6070 (41)3245-0111 (44)3261-7100 (42)3219-6800 (54)3224-9200 (51)3326-4000 (47)3321-7500 (49)2049-7300 (47)3177-2000 (47)3323-2888 (51)3031-3130 (48)3658-3202 (48)3466-3202 (44)3027-9868 (43)3520-5000 (42)3629-9800 (43)3294-5000 (46)3225-5555 (42)3273-7000 (47)9122-1466

Principais clientes

Empresas de manutenção

2A MATERIAIS ABAGE AGPR5 ANDRA ANDRA C.O.MUELLER C.O.MUELLER CIGAME COISARADA COISARADA COISARADA DE BACCO DECORLUX DIMENSIONAL DIMENSIONAL ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELETRICA DW ELÉTRICA ZATA ELETRICANOAS ELETRO-JO ELETRO-JO ELETROPAINEL ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO ELETROTRAFO EUROCABOS

Automação comercial

Empresa

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Região Sul

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de engenharia

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Instaladoras

Pesquisa

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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Outros

Consumidor final

Empresas públicas

Empresas de manutenção

Empresas de engenharia

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Instaladoras

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Construtoras

UF PR PR RS RS SC PR PR RS RS PR RS SC PR SC RS RS RS SC PR SC RS RS RS

Indústria em geral

Site Cidade www.everestnet.com.br Curitiba www.fg.com.br Curitiba www.fg.com.br Caxias do Sul www.fg.com.br Porto Alegre www.fg.com.br Joinville www.ficael.com Curitiba www.grupogeralux.com.br Curitiba www.santaclaradistribuidora.com.br Porto Alegre www.gruposul.com.br Porto Alegre www.i9lux.com Curitiba www.i9lux.com Porto Alegre www.i9lux.com Florianópolis Maringá www.lojainstaladora.com.br Itajaí www.magnani.com.br Caxias do Sul www.magnani.com.br Torres www.nortel.com.br Canoas www.nortel.com.br Joinville www.onixcd.com.br Mandaguari www.provolt.com.br Blumenau www.realcenter.com.br Bento Gonçalves www.realcenter.com.br Caxias do Sul www.realcenter.com.br Novo Hamburgo

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Telefone (41)3071-7100 (41)3316-4100 (54)3209-5353 (51)3358-1077 (47)3431-8000 (41)3267-8793 (41)3153-7800 (51)3062-1004 (51)3357-3400 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (44)3222-8834 (47)3348-3044 (54)4009-5255 (51)3626-9600 (51)3052-2500 (47)3801-7700 (44)3233-8500 (47)3036-9666 (54)3449-5000 (54)3534-4400 (51)3553-5700

Automação industrial

EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS FICAEL GERALUX GRUPO SANTA CLARA GRUPOSUL INOVELUX INOVELUX INOVELUX INSTALADORA MARINGÁ LOJA INSTALADORA MAGNANI MAGNANI NORTEL NORTEL ONIX PROVOLT REALCENTER REALCENTER REALCENTER

Automação comercial

Empresa

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Região Sul

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

RS SC PR PR PR SC SC SC RS SC SC SC SC SC SC SC SC SC PR PR RS RS RS

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Outros

Consumidor final

Empresas públicas

Empresas de manutenção

UF

Construtoras

Porto Alegre Itajaí Curitiba Curitiba Maringá Blumenau Balneário Camboriú Itapema Porto Alegre Florianópolis Campinas Florianópolis Florianópolis Joinville Palhoça São José Tijucas Blumenau Curitiba Londrina Caxias do Sul Porto Alegre Rio Grande

Indústria em geral

Cidade

www.realcenter.com.br www.realcenter.com.br www.reymaster.com.br www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.ribeirorepresentacoes.com www.rossimateriaiseletricos.com.br www.rossimateriaiseletricos.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.sobretensao.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br www.sonepar.com.br

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Site

(51)3363-4700 (47)3045-5900 (41)3021-5000 (41)3014-1800 (44)3028-1800 (47)3037-8585 (47)3367-2788 (47)3368-2929 (51)3337-6400 (48)4002-4600 (48)3240-5440 (48)3271-5000 (48)3225-1600 (47)3431-2800 (48)3342-8100 (48)3241-9100 (48)3263-0352 (47)3338-4484 (41)3217-1900 (43)3026-8080 (54)3220-3800 (51)3314-8000 (53)3931-0000

Automação industrial

Telefone

REALCENTER REALCENTER REYMASTER RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES RIBEIRO REPRESENTAÇÕES ROSSI MATERIAIS ROSSI MATERIAIS SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA SOBRETENSÃO SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR SONEPAR

Automação comercial

Empresa

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Região Sul

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de engenharia

116

Instaladoras

Pesquisa



Distribuição e revenda de materiais elétricos

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Telemarketing

GO MT MS DF MS MS MS GO DF DF MT

Possui loja(s) in-company

UF

Rio Verde Cuiabá Cuiabá Brasília Aparecida do Taboado Paranaíba Três Lagoas Goiânia Brasília Brasília Cuiabá

Possuem filiais

Cidade

www.eletricadw.com.br www.eletrotartari.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.eletricarocco.com.br www.tecluz.com.br

Residencial

Site

(64)3624-1800 (65)3637-8000 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (62)4013-7770 (61)2103-7770 (61)3403-0200 (65)3624-5801

Comercial

Telefone

ELETRICA DW ELETRO TARTARI INOVELUX INOVELUX KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR NORTEL NORTEL ROCCO TEC LUZ

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Nordeste

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Centro Oeste

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Principal região de atendimento

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Centro Oeste

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Cobertura de atendimento

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Nordeste

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Norte

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Nacional

Sudeste

Nacional

Certificado ISO 14001

Certificado ISO 9001: 2000

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Local

Certificado ISO 14001

Rede de Relacionamento

Certificado ISO 9001: 2000

Balcão

Vendedores externos

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Principal região de atendimento

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Principal formato na captação de clientes/atendimento

Industrial

EMPRESA

Revendedora (varejista)

Região Centro-Oeste

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

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Cobertura de atendimento

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Centro Oeste

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Norte

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Nordeste

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Sudeste

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Certificado ISO 14001

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Certificado ISO 9001: 2000

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Rede de Relacionamento

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Rede de Relacionamento

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Balcão

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Balcão

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Indicação/especialização de mercado

BA CE BA PE MA PE BA BA PE BA BA PE PE BA CE PE CE CE BA PE BA

Possui loja(s) in-company

UF

Luiz Eduardo Magalhaes Fortaleza Salvador Recife São Luís Recife Feira de Santana Salvador Jaboatão dos Guararapes Salvador Salvador Recife Recife Salvador Fortaleza Recife Fortaleza Fortaleza Lauro de Freitas Jaboatão dos Guararapes Salvador

x x

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Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Cidade

www.2a.com.br www.carmehil.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centroeletrico.com www.dimexbr.com www.cohimeletricista.com.br www.eletricabahiana.com.br www.eletricapj.com.br www.everestnet.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.imelmaterialeletrico.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.iseletrica.com.br www.iseletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.provolt.com.br

Residencial

Site

Comercial

Telefone (77)3628-8777 (85)4008-6666 (71)3186-3666 (81)3087-3450 (98)2106-6464 (81)2123-2300 (75)3487-2854 (71)3496-3111 (81)3479-7100 (71)3311-4500 (71)3293-8400 (81)2121-7500 (81)3320-2130 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (85)3535-7177 (85)3535-7177 (71)3616-7700 (81)2137-7700 (71)3082-5500

Industrial

EMPRESA 2A MATERIAIS CARMEHIL CENTELHA CENTELHA CENTRO ELÉTRICO DIMEX DISK ELETRICISTA ELÉTRICA BAHIANA ELETRICA PJ EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS IMEL INOVELUX INOVELUX INOVELUX ISELÉTRICA LINSELETRICA NORTEL NORTEL PROVOLT

Revendedora (varejista)

Região Nordeste

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

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Principal região de atendimento

Nacional

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Regional

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Indicação/especialização de mercado

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Regional

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Indicação/especialização de mercado

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Cobertura de atendimento

Local

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Administração de contratos

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Vendedores externos

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Vendedores externos

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Telemarketing

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Administração de contratos

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Administração de contratos

AM PA PA AC AM PA TO PA PA AM

Possui loja(s) in-company

UF

Manaus Altamira Parauapebas Porto Velho Manaus Belém Palmas Belém Parauapebas Manaus

Principal formato na captação de clientes/atendimento

Possuem filiais

Cidade

www.baeletrica.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.marellinet.com.br www.nortel.com.br www.rolapecas.com.br

Residencial

Site

(92)2125-8000 (93)2122-0100 (94)3356-1278 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (91)3223-4266 (94)3346-3212 (92)2101-8000

Comercial

Telefone

BA ELETRICA CENTELHA DIMEX INOVELUX INOVELUX INOVELUX INOVELUX MARELLI NORTEL ROLAPEÇAS

Industrial

EMPRESA

Revendedora (varejista)

Região Norte

Distribuidora (atacadista)

A empresa é Principal segmento de atuação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Local

118

Telemarketing

Pesquisa

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Distribuição e revenda de materiais elétricos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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BA CE BA PE MA PE BA BA PE BA BA PE PE BA CE PE CE CE BA PE BA

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Construtoras

UF

Luiz Eduardo Magalhaes Fortaleza Salvador Recife São Luís Recife Feira de Santana Salvador Jaboatão dos Guararapes Salvador Salvador Recife Recife Salvador Fortaleza Recife Fortaleza Fortaleza Lauro de Freitas Jaboatão dos Guararapes Salvador

Indústria em geral

Cidade

www.2a.com.br www.carmehil.com.br www.centelhario.com.br www.centelhario.com.br www.centroeletrico.com www.dimexbr.com www.cohimeletricista.com.br www.eletricabahiana.com.br www.eletricapj.com.br www.everestnet.com.br www.fg.com.br www.fg.com.br www.imelmaterialeletrico.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.iseletrica.com.br www.iseletrica.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.provolt.com.br

Outros

Consumidor final

Empresas de manutenção

Empresas públicas

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Principais clientes

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Empresas públicas

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Empresas de manutenção

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Empresas de engenharia

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Instaladoras

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Construtoras

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Indústria em geral

GO MT MS DF MS MS MS GO DF DF MT

Empresas de engenharia

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Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

UF

Rio Verde Cuiabá Cuiabá Brasília Aparecida do Taboado Paranaíba Três Lagoas Goiânia Brasília Brasília Cuiabá

Automação industrial

Cidade

www.eletricadw.com.br www.eletrotartari.com.br www.i9lux.com www.i9lux.com www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.klarimar.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.eletricarocco.com.br www.tecluz.com.br

Automação comercial

Site

(64)3624-1800 (65)3637-8000 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (17)3421-7667 (62)4013-7770 (61)2103-7770 (61)3403-0200 (65)3624-5801

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Telefone

ELETRICA DW ELETRO TARTARI INOVELUX INOVELUX KLARIMAR KLARIMAR KLARIMAR NORTEL NORTEL ROCCO TEC LUZ

Material elétrico de Baixa Tensão

Empresa

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Principais produtos que comercializa

RRegião egiãoCC entro entro -O -Oeste este

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Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Site

(77)3628-8777 (85)4008-6666 (71)3186-3666 (81)3087-3450 (98)2106-6464 (81)2123-2300 (75)3487-2854 (71)3496-3111 (81)3479-7100 (71)3311-4500 (71)3293-8400 (81)2121-7500 (81)3320-2130 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (85)3535-7177 (85)3535-7177 (71)3616-7700 (81)2137-7700 (71)3082-5500

Automação industrial

Telefone

2A MATERIAIS CARMEHIL CENTELHA CENTELHA CENTRO ELÉTRICO DIMEX DISK ELETRICISTA ELÉTRICA BAHIANA ELETRICA PJ EVEREST FERRAMENTAS GERAIS FERRAMENTAS GERAIS IMEL INOVELUX INOVELUX INOVELUX ISELÉTRICA LINSELETRICA NORTEL NORTEL PROVOLT

Automação comercial

Empresa

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

RRegião egiãoNN ordeste ordeste

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

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Outros

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Outros

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Consumidor final

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Empresas públicas

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Empresas de manutenção

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Instaladoras

AM PA PA AC AM PA TO PA PA AM

Construtoras

UF

Manaus Altamira Parauapebas Porto Velho Manaus Belém Palmas Belém Parauapebas Manaus

Indústria em geral

Cidade

www.baeletrica.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.i9lux.com www.marellinet.com.br www.nortel.com.br www.rolapecas.com.br

Principais clientes Ferramentas Equipamentos de proteção individual e coletiva Importações diretas de produtos Corpo técnico especializado para suporte ao cliente Treinamento técnico para os clientes Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc Concessionárias de energia elétrica

Site

(92)2125-8000 (93)2122-0100 (94)3356-1278 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (11)4163-1296 (91)3223-4266 (94)3346-3212 (92)2101-8000

Automação industrial

Telefone

BA ELETRICA CENTELHA DIMEX INOVELUX INOVELUX INOVELUX INOVELUX MARELLI NORTEL ROLAPEÇAS

Automação comercial

Empresa

Quadros & Painéis Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV) Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV) Automação residencial

Região Norte

Material elétrico de Baixa Tensão

Principais produtos que comercializa

Empresas de engenharia

120

Instaladoras

Pesquisa

x x x x x x x x x x x x



Aula prática

122

Medição e verificação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Melhor aproveitamento da energia elétrica na indústria Sistemas de gerenciamento de energia, medição e verificação como ferramentas de eficiência energética Por Gerdson Soares, Maria Emília Tostes e Thiago Soares*

energética

Brasil. Na indústria, o consumo de energia

de eficiência energética de 13 setores

pode ser definido como um conjunto de

elétrica representa um dos custos mais

industriais, o custo médio do MW/h

elementos interligados ou de interação

elevados para o processo de produção e,

economizado foi de R$ 79,00 MW/h.

de uma organização para estabelecer a

diante deste cenário, a economia de energia

Considerando o custo marginal de expansão

política energética para atingir as metas

obtida em ações de eficiência energética no

do sistema de energia elétrica estimado pela

propostas. O setor industrial responde

setor industrial gera benefícios para toda

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em

por 35,1% de toda a energia consumida no

a sociedade. Na análise de 217 projetos

R$ 138/MWh, conforme o Plano Decenal

Um

sistema

de

gestão


123

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

2007/2016, a diferença entre estes dois valores é o ganho médio dos projetos. A economia obtida possibilita ao governo e ao empresário direcionar recursos para outras prioridades. Ações de eficiência energética agregam importantes ganhos sociais, ambientais e de competitividade para a indústria.

O uso adequado e eficiente dessa energia deve se fazer presente

no planejamento das indústrias. Muito tem sido abordado sobre programas de eficiência energética, porém, pouco se conhece sobre como um sistema de gestão de energia agregado a sistemas de controle e automação, que pode ser utilizado como ferramenta de gestão de eficiência energética, pode reduzir os custos e melhorar a produtividade, assim como a competitividade da indústria. Além da redução dos custos operacionais, um sistema de gerenciamento integrado de energia pelo lado da demanda possibilita que a indústria tenha uma atitude responsável e econômica no processo produtivo. Em virtude da grande variedade de ramos de atividades das indústrias existentes no polo industrial de Manaus, há uma série de ações que pode ser adotada para melhorar o aproveitamento do uso da energia elétrica.

De acordo com o manual de eficiência energética na indústria

elaborado pela Copel, com o uso eficiente da energia elétrica, a indústria terá uma melhor utilização das instalações e equipamentos elétricos, uma redução no consumo de energia e consequente economia

nas

despesas

com

eletricidade. Com

o

melhor

aproveitamento da energia, conseguirá um aumento de produtividade e um padrão de qualidade no produto acabado, isso tudo, mantendo o nível de segurança e diminuindo o tempo de parada das máquinas para a realização de manutenção. Além dessas vantagens para a indústria, a sociedade em geral terá uma “redução dos investimentos para a construção de usinas e redes elétricas e consequente redução dos custos da eletricidade, redução dos preços de produtos e serviços e maior garantia de fornecimento de energia”. Hoje, uma redução de consumo de energia afeta toda a cadeia produtiva, incluindo os consumidores finais, que perceberão um reflexo positivo no preço do produto acabado. Neste cenário, o objetivo do presente artigo é propor um sistema de gerenciamento de energia elétrica com a implementação de medidas de baixo custo para o setor industrial, pela utilização de dispositivos de medição, de registro e de controle, e automação e sua integração com sistemas de gerenciamento de dados. É propor também algumas medidas comuns a qualquer tipo de indústria que são básicas e de baixo custo, e que podem proporcionar um grande beneficio, tornando-se uma ferramenta de grande importância para um programa de eficiência energética e esboçando alguns planos de consumo eficiente de energia que podem ser adotados por indústrias advindas dos mais variados ramos de atuação. Uma metodologia chamada de medição e verificação (M&V) para avaliar o percentual efetivo de economia obtido após a implantação das ações de eficiência energética é também analisada.


Aula prática

124

Medição e verificação

Figura 1 – Integralização dos setores de consumo da indústria ao gerenciamento de eficiência energética.

principais aplicações: eliminação de desperdícios;

tempo real e armazená-las para análises que

aumento da eficiência; mudança nos padrões de

potencializem o uso eficiente da energia elétrica.

Gerenciador de eficiência energética

consumo; monitoramento das concessionárias de

Dentre as grandezas/eventos que podem ser

energia; elaboração de rateios com alta precisão;

armazenadas, podemos citar: corrente; tensão;

O gerenciador de eficiência energética na

controle de cargas; controle do fator de potência;

consumo de energia ativa; consumo de energia

indústria tem por objetivo a visualização de forma

conhecimento das sazonalidades do consumo;

reativa; demanda; fator de carga (FC = demanda

macro do consumo de energia elétrica de todas as

determinação do custo e consumo específicos e

média / demanda máxima); fator de utilização (FU

áreas responsáveis pelo funcionamento produtivo

custo de produção (por setores e períodos).

= demanda média / demanda contratada); fator de

da planta, proporcionando:

Os sistemas de gerenciamento de energia

potência; demanda máxima; produção (unidades

são implantados basicamente para monitorar

produzidas pela atividade-fim da empresa);

• a integração dos vários setores de consumo na

as grandezas elétricas e acompanhar o perfil

consumo específico (consumo de energia/

indústria, conforme ilustra a Figura 1;

histórico de medições de energia de uma unidade

unidades produzidas); afundamentos de tensão;

• o apontamento, pela coleta de dados de medição

consumidora. Sua instalação, muitas vezes, é motivada

elevações momentâneas de tensão; transientes;

e verificação, os setores responsáveis por um

pela necessidade de reduzir custos ocasionados

distorção harmônica de V e I; interrupções de

maior consumo de energia na planta, propondo

por multas de ultrapassagem de demanda e fator

energia da concessionária; interrupções de energia

ações de controle e eliminação do desperdício de

de potência, de eficientizar o uso da energia e,

em alimentadores internos; data/hora das cargas

consumo de energia;

consequentemente, diminuir o valor das contas, além

retiradas por atuação do controle de demanda e

• Identificação das principais áreas de desperdícios

de propiciar ganhos de produtividade, pois se trata

fator de potência.

de energia;

de uma ferramenta que facilita a manutenção e a

Este

• mostrar a importância do planejamento

operação das plantas industriais.

implementação do sistema proposto nas centrais

estratégico de produção como ferramenta de

Segundo o Balanço Energético Nacional

de refrigeração que corresponde a uma primeira

redução do desperdício e melhor aproveitamento

(BEN), “o gerenciamento e a conservação de

etapa no trabalho.

da energia;

energia elétrica têm destaque crescente, em

• propor ações de combate as perdas e ao

progressão geométrica, por razões específicas:

desperdício;

crescente rigidez nos critérios de faturamento e

O estudo de caso mostra os resultados

nas tarifas de energia elétrica, e sua aplicação à

obtidos por meio da utilização do gerenciamento

quase que totalidade dos processos industriais”.

de energia como ferramenta de eficiência

Já de acordo com o Procel Indústria, pode-se

energética. O estudo foi realizado em uma

Gerenciadores de energia

verificar que “a importância do gerenciamento

indústria de plásticos para produtos alimentícios

mostrar

economia

alcançada

após

a

implementação das ações.

artigo

apresenta

resultados

da

Estudo de caso – Centrais de ar

Gerenciador de energia é um equipamento ou

vem crescendo também dada a sua potencialidade

localizada no polo industrial de Manaus (AM). Pela

sistema que realiza o monitoramento e o controle

de facilitar a manutenção e a operação das plantas,

aquisição de dados proposta pelo gerenciador de

de processos buscando otimizar o consumo

trazendo ganhos de produtividade, em termos

energia, identificou-se a oportunidade de se fazer

dos insumos energéticos e utilidades de forma

de manutenção e vida útil de equipamentos e

a eficiência energética, a partir da observação de

automática sem interrupção de produção ou prejuízo

sistemas”. Por um sistema de gerenciamento

que, aos domingos, quando a planta da fábrica não

no conforto ambiental. Podem-se citar como as

é possível monitorar uma série de variáveis em

estava produzindo, havia um grande desperdício de


125

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

reativa, corrente elétrica, consumo ativo, etc. Os dados registrados são transmitidos por uma rede Modbus RS-485 e coletados por um software de gerenciamento.

Para a realização do estudo de caso foram

utilizados os seguintes dispositivos: • Para coleta e registro dos dados de temperatura do salão da produção: um controlador de temperatura; um CONV32 – Conversor de RS485 para USB; um notebook; um software Sitrad; • Coleta e registro do consumo de potência ativa: sistema de gerenciamento de energia elétrica (Figura 2); Interface Gate C, Interface Gate M; Figura 2 – Diagrama em bloco do sistema de gerenciamento de energia elétrica.

Medidores de energia.

energia nos setores de injeção plástica e extrusão

sistema de gerenciamento de energia elétrica

A coleta dos dados do perfil de temperatura

plástica, pois os sistemas de ar condicionado,

da indústria, na qual se realizou o estudo de

do salão da produção dos setores de injeção

responsável por manter o salão de produção

caso. O sistema gerenciador é composto por

plástica e extrusão ocorreu pelo esquema de

climatizado, permaneciam em funcionamento

um conjunto de medidores de energia fixos nos

ligação ilustrado na Figura 3, que, basicamente,

constante aos domingos, mesmo sem nenhuma

quadros geral dentro de cada subestação 13,8 kV.

é a interligação do controlador de temperatura

atividade produtiva na fábrica.

Este conjunto é responsável pelas medições das

à interface de conversão, interligada a um PC,

A Figura 2 mostra o diagrama geral do

grandezas elétricas, como potência ativa, potência

armazenando os dados pelo software Sitrad:


Aula prática

126

Medição e verificação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Figura 3 – Esquema de ligação do registrador de temperatura.

referentes aos registros de temperatura

calculou-se:

obtidos:

temperaturas = 6,35 °C; Diferença máxima

diferença mínima entre as temperaturas = 5,57

entre as temperaturas = 8,97 °C; Diferença

°C; diferença máxima entre as temperaturas =

média entre as temperaturas = 7,57 °C; Desvio

7,45 °C; diferença média entre as temperaturas

padrão = 0,84; Coeficiente de variação = 0,09.

= 6,35 °C; desvio padrão = 0,49; coeficiente de

Registros e medições no setor “Injeção Plástica” – Situação antes

Analisando

o

gráfico

diferença

da

Figura

4,

mínima

entre

as

Figura 5 – Comparativo da temperatura no setor “Extrusão”.

A seguir são apresentados os dados

Analisando o gráfico da Figura 5, calculou-se:

variação = 0,13;

1º Período de supervisão: 19/05/2013 8h

até 20/05/2013 7h

O registro do consumo de potência ativa

 Tempo de registro: 24h

foi realizado em paralelo ao registro e à coleta

 Mínimo = 17,46 °C

dos dados de temperatura, pelo gerenciado

 Máximo = 19,52 °C

de energia elétrica conforme ilustra a Figura

 Média = 18,04 °C

2. A Figura 6 mostra o perfil de consumo

 Desvio padrão = 0,63

de potência ativa antes da implementação

 Coeficiente de variação = 0,29

Figura 4 – Comparativo da temperatura do setor “Injeção Plástica”.

das alterações. Observa-se que a média do consumo ativo chega a 709,36 kW/h e na

O mesmo procedimento foi realizado no

Figura 7 está o registro do perfil de consumo

registrada, conforme ilustra a Figura 4 (antes),

setor “Extrusão”, conforme ilustra a Figura 5

de potência ativa após as alterações no setpoint

com média de 18,04 °C no período de 24h

para o perfil de temperatura antes e depois

das centrais de ar condicionado dos setores de

de registro observa-se que a temperatura está

das alterações do Setpoint.

“Injeção Plástica” e de “Extrusão”. Este perfil de

Analisando

o

perfil

de

temperatura

consumo se repetiu por vários domingos com

abaixo do valor estipulado pelo processo do setor de injeção plástica que é de 23 °C com desvio de +/- 1 °C durante a produção, e nos

Registros e medições no setor “Extrusão” – Situação antes

a média de 476,26 kW/h. Esta ação simples de

1º Período de supervisão: 19/05/2013 8h

de 709,36 kW/h para 476,26 kW/h.

finais de semana o valor de processo é de 26

°C com desvio de +/- 1 °C.

até 20/05/2013 7h

Na sequência é realizado a alteração do

 Tempo de Registro = 24h

eficiência energética reduziu o consumo médio

Consumo de energia – Antes da

Setpoint manualmente para 26°C e novamente

 Mínimo = 18,34 °C

é realizado o registro do perfil de temperatura

 Máximo = 20,97 °C

 Tempo de Registro = 24h

conforme ilustrado na Figura 4 (depois).

 Médio = 19,54 °C

 Mínimo = 638,40 kW/h

 Desvio padrão = 0,84

 Máximo = 768,60 kW/h

 Coeficiente de variação = 0,23

 Médio = 709,36 kW/h

Registros e medições no setor “Injeção Plástica” – Após alterações do Setpoint

implementação

 Desvio padrão = 29

Registros e medições no setor “Extrusão” – Situação depois

2º Período de supervisão: 26/05/2013 8h até 27/05/2013 7h – Após a mudança do

Setpoint.

27/05/2013 7h – Após a mudança do setpoint

 Coeficiente de variação = 0,24

2º Período de supervisão: 26/05/2013 8h até

 Tempo de Registro = 24h

 Tempo de Registro = 24hrs

 Mínimo = 23,90 °C

 Mínimo = 24.54 °C

 Máximo = 27,34 °C

 Máximo = 26,86 °C

 Médio = 25,61°C

 Médio = 25,89 °C

 Desvio Padrão = 1,12

 Desvio Padrão = 0,73

 Coeficiente de Variação = 0,23

 Coeficiente de Variação = 0,35

Figura 6 – Consumo de energia antes das intervenções.


127

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Consumo de energia – Após as alterações

 Tempo de Registro = 24h  Mínimo = 428,40 kW/h  Máximo = 522,90 kW/h  Médio = 476,26 kW/h  Desvio padrão = 26,31  Coeficiente de variação = 0,18

Figura 7 – Consumo de energia após as alterações.

C omparativo

do consumo de

energia

A Figura 8 mostra o gráfico comparativo

de energia consumida antes das implemen­ tações e a energia consumida depois das implementações, sendo possível calcular e

obter:

diferença

mínima

entre

as

temperaturas = 5,57 °C; diferença máxima entre as temperaturas = 7,45 °C; diferença média entre as temperaturas = 6,35 °C; desvio padrão = 0,49; coeficiente de variação = 0,13.

Figura 8 – Comparativo da temperatura do setor “Extrusão”.

A Tabela 1 mostra de forma resumida os

registros e os dados coletados de temperatura e consumo de energia nos períodos antes e após as implementações.


Aula prática

Medição e verificação

128

Tabela 1 – Registro das medições de energia consumida e das temperaturas ENERGIA CONSUMIDA

INJEÇÃO

EXTRUSÃO

ANTES

DEPOIS

ANTES

DEPOIS

ANTES

DEPOIS

KW/h

KW/h

°C

°C

°C

°C

°C

°C

8:00

659,40

453,60

17,70

24,36

6,66

18,60

26,05

7,45

9:00

638,40

428,40

17,82

24,80

6,98

19,03

26,23

7,20

10:00

672,00

438,90

18,01

25,23

7,22

19,60

25,77

6,17

11:00

701,40

493,50

18,64

25,88

7,25

20,01

26,05

6,05

12:00

709,80

506,10

19,12

26,64

7,52

20,31

26,45

6,14

13:00

722,40

504,00

19,15

26,71

7,56

20,19

26,56

6,37

14:00

739,20

522,90

19,52

26,62

7,10

20,65

26,51

5,86

15:00

737,10

522,90

19,21

27,29

8,08

20,96

26,75

5,80

16:00

735,00

504,00

18,68

27,34

8,66

20,97

26,86

5,89

17:00

730,80

495,60

18,20

27,16

8,97

20,92

26,49

5,57

18:00

672,00

483,00

17,81

26,72

8,91

20,33

26,12

5,79

19:00

739,20

497,70

17,74

26,45

8,71

19,84

26,03

6,19

20:00

735,00

491,40

17,58

26,28

8,71

19,59

26,11

6,52

21:00

724,50

495,60

17,59

26,17

8,58

19,51

26,47

6,96

22:00

722,40

478,80

17,66

25,93

8,27

19,49

26,45

6,96

23:00

722,40

468,30

17,73

25,66

7,93

19,47

26,11

6,65

0:00

711,90

459,90

17,76

25,41

7,65

19,20

26,52

7,33

1:00

705,60

459,90

17,60

24,97

7,37

19,07

25,44

6,37

2:00

693,00

455,70

17,70

24,52

6,81

18,88

25,10

6,22

3:00

705,60

455,70

17,59

24,29

6,71

18,71

24,91

6,20

4:00

701,40

457,80

17,46

24,25

6,79

18,53

24,77

6,25

5:00

686,70

449,40

17,54

24,16

6,62

18,41

24,62

6,21

6:00

690,90

441,00

17,55

23,90

6,35

18,34

24,54

6,19

7:00

768,60

466,20

17,52

23,90

6,37

18,34

24,54

6,19

A Tabela 1 mostra de forma resumida os

energia consumida da indústria é representado

registros e os dados coletados de temperatura

matematicamente pela equação (1), e está

e consumo de energia nos períodos antes e

mostrado na Figura 9.

após as implementações.

Resultados No presente estudo, aplicou-se uma metodologia chamada de medição e verificação (M&V) para avaliar o percentual efetivo de

Econsumida = 25,77xTE – 9,70xTI + 385,32 Em que: Econsumida é a energia consumida (kWh); TÉ - É a temperatura do setor de extrusão (°C); TI - É a temperatura do setor de injeção (°C).

economia obtido após a implantação das ações de eficiência energética mencionadas anteriormente.

No presente plano de M&V, considerou-se

a opção B do Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP), que estabelece que a avaliação das ações de eficiência energética será realizada tendo como base somente medições. Além disso, o período da linha de base (período utilizado na regressão linear) considerado foi das 8h

Figura 9 – Regressão linear múltipla.

do dia 19/05/2013 às 7h do dia 20/05/2013. Este modelo que relaciona a temperatura do

setor de injeção e do setor de extrusão com a

modelo mostrado na Figura 9, observou-se

Realizando-se uma análise de variância do



Aula prática

130

Medição e verificação

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

comportamento da planta com foco na eficiência

Tabela 2 – Evolução tarifária de energia do cliente A e B

energética, possibilitando o gerenciamento macro de todos os setores de consumo de energia, proporcionando as seguintes vantagens: • Melhor controle de demanda e de fator de potência; • Disponibilizando dados para estudo e analises; • Melhor vantagem competitiva; • Evitando perdas ao aproveitar a energia gerada e não usada diminuindo pico de consumo; • Aumentando consumo em horários de menor volume de energia no sistema; • Melhorando aproveitamento da rede física instalada. • Análise do perfil do consumo das máquinas e equipamentos industriais; • Calcular o valor economizado; que o modelo é um modelo válido, uma vez

Utilizando os resultados da Tabela 1 e a

• Propor alterações e ações de redução aos

que apresentou um valor F de 30,76, ou seja,

composição tarifária da Tabela 2, foi calculada

desperdícios.

um valor maior que 4,45, segundo a tabela de

a economia estimada dos custos com energia

distribuição de FISHER-SNEDECOR. Além

aos domingos na planta da fábrica, chegando a

disso, este modelo apresentou um R2 de

uma economia de R$ 39.941,29 por ano, apenas

confirmar a importância para a indústria do uso

0,65, o que mostra que o modelo se ajustou à

com consumo de energia aos domingos (Tabela

do gerenciador de energia como ferramenta

amostra de dados de forma satisfatória.

3). Com os estudos realizados neste trabalho,

de eficiência energética, pois pelos dados e

Com base neste modelo, obteve-se o

demonstraram-se os avanços a partir da inserção

informações obtidas é possível reduzir os custos,

gráfico mostrado na Figura 10, que ilustra a

prática do gerenciamento pelo lado do consumo

as perdas e otimizar o consumo de energia na

energia medida antes e depois das ações de

nas indústrias como ferramenta de eficiência

planta da indústria.

eficiência energética, assim como a economia

energética.

Com o estudo de caso apresentado, é possível

Por meio das análises dos dados registrados,

foi possível obter informações importantes,

obtida.

Conclusão

como as temperaturas registradas nos setores de de

injeção e de extrusão aos domingos, que estavam

gerenciamento de energia permite ao consumidor

em média respectivamente mais de 7,57 °C e

industrial utilizá-los como ferramenta de gestão de

6,35°C abaixo do valor estipulado pelo processo

eficiência energética, com o acompanhamento do

produtivo em ambos os setores, representando

A

implementação

de

sistemas

Tabela 3 – Cálculo dos custos Consumo Energia ANTES

Figura 10 – Gráfico da energia consumida antes e depois das ações de eficiência energética.

Analisando o gráfico da Figura 10, pode-se

verificar que a economia efetiva obtida com as ações de eficiência energética foi, em média, de 35,5%, o que corresponde a R$ 0,06 sobre a tarifa para o período seco e R$ 0,05 para o período úmido, conforme cálculo realizado baseado na Tabela 2.

DEPOIS

Diferença

KW/h

KW/h

(KW/h)

Mínima

638,40

428,40

189,00

Máxima

768,60

522,90

302,40

Media

709,36

476,26

233,10

Acumulado Dia

17024,70

11430,30

5594,40

Desvio Padrão

29,00

26,31

22,70

Coef. de Variação

24,46

18,10

10,27

Calculo Custo Cosumo Mês (KW/h)

68098,8

45721,2

22377,6

Custo Mês Seco

R$ 10.785,02

R$ 7.241,01

R$ 3.544,01

Custo Mês Umido

R$ 9.210,58

R$ 6.183,94

R$ 3.026,64

Custo Ano

R$ 121.548,08

R$ 81.606,78

R$ 39.941,29


O Setor Elétrico / Setembro de 2014

131

um desperdício médio de energia elétrica de 233 kW/h. Essa informação levou à implementação de ações de controle para corrigir a defasagem de temperatura nos setores e otimizar a temperatura das duas áreas produtivas e, consequentemente, otimizar o consumo de energia, resultando em uma economia de quase R$ 40.000,00/ano, além de proporcionar os seguintes benefícios para as centrais de ar condicionados: • Aumento da vida útil do equipamento; • Redução do tempo de funcionamento dos compressores em carga; • Redução das horas trabalhadas das centrais; • Redução dos custos com manutenção; • Redução dos custos com materiais de limpeza das centrais de ar, etc.

Este trabalho foi desenvolvido com o apoio do Governo do Estado

do Amazonas por meio Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), com a concessão de bolsa de estudo e as pertinentes contribuições do Instituto Tecnologia Galileo da Amazônia (ITEGAM), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Microservice Tecnologia Digital da Amazônia Ltda.

Referências • ISO 50.001 – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2013. Disponível em: <https://www.abnt.org.br>.Acesso em: 25 ago. 2013. • BEN – Balanço Energético Nacional, 2013. Disponível em: <https://ben.epe. gov.br>.Acesso em: 01 set. 2013. • PROCEL Indústria – Eficiência Energética na Indústria, 2013. Disponível em: <https:\\www.cni.org.br>.Acesso em: 01 sep,. 2013. • COPEL – Manual de Eficiência Energética na Industrial. • MAGALHÃES, Marcos Nascimento; LIMA,Antônio Carlos Pedroso. Noções de Probabilidade e Estatística. EDUSP. 2002. • EVO. Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance. Conceitos e Opções para Determinação de economias de Energia e de Água. Volume 1. 2012. • ANEEL. Evolução Tarifária de energia elétrica do Grupo “A” e “B”. Resolução 1.454 de 24/01/13,Vigência 24/01/2013. *Gerdson Tanaka Soares é engenheiro de controle e automação e mestrando em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente, é coordenador de manutenção industrial da Microservice Tecnologia Digial da Amazônia. Maria Emília de Lima Tostes é engenheira eletricista e doutora em engenharia elétrica. É professora do curso de graduação e de pós-graduação em engenharia elétrica da Universidade Federal do Pará (UFPA). Thiago Mota Soares é engenheiro eletricista e mestre em engenharia elétrica. É engenheiro eletricista da Universidade Federal do Pará (UFPA). Este trabalho foi originalmente apresentado durante o V Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos, realizado entre os dias 22 e 25 de abril, em Foz do Iguaçu (PR).


ESPAÇO GUIA DE NORMAS

Esclarecimentos, recomendações e orientações quanto à aplicação técnica das normas ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 14039 e NR 10, baseados no Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras. Todos os meses uma dica de como bem utilizar as normas técnicas brasileiras para garantir o sucesso e a segurança da instalação elétrica.

Planejamento dos serviços em instalações elétricas

Antes do início do serviço, os trabalhadores autorizados,

em conjunto com os superiores e demais envolvidos, devem

desenvolver o planejamento dos serviços nas instalações elétricas (Figura 1).

O planejamento é a ferramenta para prever, pensar, compreender as certezas e as incertezas dos serviços,

132

considerando as emergências e contingências, entendendo cada

uma das possibilidades de realização, de forma a possibilitar a

análise de suas respectivas vantagens e desvantagens. A partir

daí, pode-se organizar estratégias, procedimentos ou condições

que eliminam ou reduzem as incertezas e transponham as dificuldades possíveis na obtenção de um resultado esperado dentro de condições satisfatórias.

Nessa fase, pressupõe-se que já tenha sido dado o primeiro

passo, ou seja, a análise de risco padronizada na empresa tenha sido elaborada. Então, em conformidade com o item 10.11.7, passa-se à avaliação prévia e ao planejamento de ações para

realizar os serviços em instalações elétricas, considerando-se

• Definição clara dos resultados a que se quer chegar contendo prazos, qualidade dos serviços e meios disponíveis;

• Inspeção no ambiente, diagnosticando-se a realidade no local do serviço, identificando-se e analisando-se os riscos envolvidos:

- edificações (invólucros seguros, aterramento elétrico, seccionamento automático, uso do DR, etc.);

- layout (disposição dos equipamentos, espaços seguros, etc.); -

riscos

adicionais

(altura,

confinamento,

explosivas, umidade, fauna, flora, etc.).

atmosferas

• Organizar e inspecionar os equipamentos, ferramental, componentes e materiais: - estado de uso;

- testes de isolamento;

- dispositivos que permitam o travamento dos componentes de manobra.

• Verificar, reciclar e relembrar:

Planejamento de serviço eletrico

DEFINIÇÕES

PESSOAL RESPONSÁVEL

APLICAÇÃO

administradores/mantenedores

Planejamento

projetista/construtores operadores/auditores

Gestão efetiva de segurança em serviços elétricos

as seguintes questões:

APR Procedimentos AMBIENTES (Edificações, lay out, espaços, riscos adicionais...) ORGANIZAÇÃO (procedimentos, métodos e processos, ritmo de trabalho. OPERAÇÃO (Ferramentas, equipamentos, reações e perda de controle Trabalhador (Conhecimento treinamento personalidade atitudes EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (calçado, capacete3, luvas...)

Figura 1 – Planejamento do serviço em instalações elétricas

Fatores de risco em

segurança com eletricidade


ESPAÇO GUIA DE NORMAS

- normas;

• Prever a necessidade de equipamentos de avaliação

- diagramas unifilares;

tensão);

- projeto;

- procedimentos e instruções de segurança. • Conferir nos trabalhadores autorizados: - conhecimento; - treinamento;

- personalidade; - atitudes.

• Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI):

(explosímetro, medidor de umidade, terrômetro e detectores de • Coordenar as atividades conjuntas com outras equipes ou profissionais;

• Estudar a viabilidade da aplicação das medidas de segurança recomendadas, quer no procedimento quer na APR;

• Considerar emergências (reações e perda de controle);

• Analisar o grau de dificuldade para a realização das operações propostas e sua viabilidade.

- cestos aéreos;

De fato, a falta de planejamento das ações conduz,

- escadas e andaimes isolados;

que produzem precariedade e inconsistências, promovendo

- varas de manobra;

- calçado de segurança;

- vestimenta de proteção;

invariavelmente, às improvisações sistemáticas e indesejáveis dificuldades na obtenção de resultados satisfatórios (Figura 2).

- capacete; - luvas;

- outros equipamentos em função dos riscos adicionais verificados.

• Prever os materiais de sinalização e advertência (cones,

cavaletes, fitas, placas, etiquetas e outros equipamentos de sinalização e de advertência);

Figura 33 – Exemplos de materiais que devem ser ensaiados dieletricamente

Colaboraram com esta seção: Autores: João Barrico, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, diretor da Diretor da Engeletric Serviços de Eletricidade. Joaquim Pereira, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, coordenador técnico da atualização da NR 10.

133


Energia sustentável

134

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.

Metas mundiais de sustentabilidade: balanço e propostas

A partir de 1º de janeiro de 2016, as

- Quase eliminação das disparidades de

conseguiram acesso a saneamento básico, mas

Metas do Milênio da Organização das Nações

gênero nas matrículas escolares nos países em

ainda há 2,5 bilhões com acesso a instalações

Unidas (ONU), definidas no início do século

desenvolvimento.

sanitárias simples e 1 bilhão que defecam a

XXI, serão substituídas pelos objetivos e

céu aberto.

metas globais do desenvolvimento sustentável

recém-divulgadas.

necessários para atingir as metas:

Houve evolução, porém mais esforços são

Antes de falar sobre as novas metas,

- 90% das crianças em 2012 estavam matriculadas na escola primária, mas ainda há 58 milhões que devem ser inseridas na

vamos ver os resultados divulgados no último

- A fome segue diminuindo, porém, é

relatório das metas vigentes publicado pela

necessário realizar esforços adicionais para

ONU em julho deste ano.

alcançar as metas;

Apesar de alguma melhoria, as metas

- O percentual de crianças até cinco anos

estão longe de ser atingidas:

Evolução no atingimento das metas:

educação.

com atrasos de crescimento por deficiência nutricional se reduziu de 40% (1990) para

- Em 2011, as emissões globais de CO2 foram

- Redução pela metade da pobreza extrema;

25% (2012), mas ainda há 162 milhões de

quase 50% mais altas do que em 1990;

- Redução das mortes por malária e

crianças com este problema;

- A perda de biodiversidade continua alta ano a ano;

tuberculose;

- O percentual de mães que morrem no parto

- As fontes renováveis de água estão cada vez

- Redução pela metade do percentual de

foi reduzido em 45% desde 1990 a 2013, mas

mais escassas (sabemos disso aqui no Brasil).

pessoas sem acesso a água de boa qualidade

ainda ocorrem quase 300 mil mortes evitáveis;

foi atingida em 2010;

- de 1990 a 2012 quase 2 bilhões de pessoas

A Minuta Zero dos Objetivos e Metas Globais


135

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

do Desenvolvimento Sustentável, apresentada

sustentável da água e saneamento;

prover acesso à justiça e construir instituições

à Assembleia Geral da ONU no último mês

7. Assegurar acesso a energia com preço

efetivas, responsáveis e inclusivas;

de julho (ver http://sustainabledevelopment.

aceitável, confiável, sustentável e moderna;

17. Fortalecer meios de implantação e

un.org/focussdgs.html), prevê 17 objetivos e

8.

revitalizar a parceria global.

169 metas nas dimensões econômica, social e

sustentado, inclusivo e sustentável, emprego

ambiental, com 15 anos para serem cumpridas.

pleno e produtivo e trabalho decente;

O documento é fruto de processo global de

9.

diálogo encerrado em 31 de agosto deste ano,

promover

incluindo o Brasil (por exemplo: evento com

sustentável e ampliar a inovação criativa;

Além disso, o objetivo 7, diretamente

setor empresarial em 27/08/14 em São Paulo).

10. Reduzir desigualdades dentro e entre países;

relacionado à energia e ao setor elétrico,

Os objetivos propostos são:

11. Tornar as cidades e assentamentos

contém oportunidades de negócios associadas

humanos inclusivos, seguros e sustentáveis;

às metas quantitativas até 2030:

Promover

Construir

crescimento

econômico

infraestrutura

industrialização

resiliente,

inclusiva

e

O setor elétrico será afetado diretamente

por vários dos objetivos (por exemplo: igualdade de gênero, mudanças climáticas).

1. Eliminar a pobreza;

12.

2. Eliminar a fome, atingir segurança

consumo e produção;

7.1 Assegurar acesso universal a serviços

alimentar e melhoria nutricional e promover

13. Tomar ações urgentes para combate às

de

a agricultura sustentável;

mudanças climáticas e seus impactos;

sustentáveis e confiáveis;

3. Assegurar vidas sadias e promover o bem-estar;

14. Conservar e usar de forma sustentável os

7.2 Dobrar a participação das energias

4. Assegurar educação inclusiva, equitativa e

oceanos, mares e os recursos marinhos;

renováveis no planeta;

de qualidade, e promover oportunidades de

15. Promover o manejo sustentável dos

7.3 Dobrar a taxa global de melhoria da

aprendizado ao longo da vida;

ecossistemas terrestres e das florestas, reverter

eficiência energética.

5. Atingir igualdade de gênero e dar poder às

a desertificação, degradação do solo e perda

mulheres e meninas;

de biodiversidade;

6. Assegurar a disponibilidade e gestão

16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas,

as oportunidades também!

Assegurar

padrões

sustentáveis

de energia

financeiramente

acessíveis,

As necessidades estão colocadas na mesa e


Instalações MT

136

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.

Políticas públicas e energia limpa estamos

o processo junto às concessionárias é muito

simples incineração de lixo.

presenciando o debate de vários candidatos e, de

burocrático, fazendo com que muitos conectem sua

vez em quando, fala-se em incentivo para as fontes

geração contando apenas com a compensação que

hora de investirmos de forma eficaz em eficiência

de energia limpa.

naturalmente o medidor eletromecânico faz ao se

energética, área que permite economizar pelo menos

inverter fonte e carga.

8% do que se consome hoje no país. Outro ponto

políticas públicas que venham, verdadeiramente,

Precisamos criar condições para que os fabricantes

importante é a eliminação das perdas de origem

incentivar investimentos e afastar os fantasmas

de painéis fotovoltaicos e auxiliares se sintam em

não técnica, que sempre remetem à ineficiência e à

trazidos pela MP 579 / 2012 transformada em lei

condições de investir em instalações fabris de maior

ausência de ações do estado para garantir condições

nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013. Caso isso

porte, pois hoje temos uma capacidade de produção

mínimas de urbanização.

ocorra, podemos imaginar que o governo faça

quase insignificante, contando, basicamente, com

algo para devolver a confiança aos investidores do

importações. Isso precisa ser mudado para que o

a tarefa de entregar eletricidade com segurança e

setor de forma mais ampla (isso comprometeu

país se beneficie integralmente da nova cadeia de

rentabilidade em locais onde o Estado é totalmente

investimentos de longo prazo em geral).

investimentos que precisa ser criada. Para isso, são

ausente como se fosse parte da responsabilidade

Neste

rico

período

eleitoral

Suponhamos que isso se transforme de fato em

Além das novas fontes, também já passou da

Hoje se deposita nas distribuidoras de energia

necessárias políticas que garantam continuidade dos

destas empresas arcar com os problemas de toda a

e não adianta focar apenas em alguns elos.

processos e, portanto, de tempo para ter o necessário

sociedade. Os investidores pagam por isso, o que

Há que se incentivar toda a cadeia do processo

retorno sobre o investimento.

torna este negócio não mais tão atrativo como

que incentiva a mini e microgeração de energia,

deveria ser, de forma a garantir os investimentos

democratizando o acesso à condição de energia.

limpa a viabilização de outras fontes energéticas,

necessários.

Técnica e comercialmente perfeita, faltou fechar a

tais como biodigestores a partir de material

questão com a receita de taxar qualquer coisa! Seria

orgânico e geração a partir de resíduos sólidos

os nossos governantes se comportem com mais

tarefa do governo como política pública.

urbanos que não sejam recicláveis – ninguém

responsabilidade e tomem medidas para melhorar

minimamente inteligente pode concordar com a

nosso futuro e limpar nossa matriz energética.

Como exemplo, temos a RN 482 / 2012,

Além disso, principalmente para a minigeração,

Deve ser abordado neste quesito de energia

Vamos torcer para, passada as eleições, que



138

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena

SPDA em prédios de alvenaria estrutural – tem gente fazendo isso muito errado!

Estou desenvolvendo um trabalho de verificação

com que o sistema de proteção contra descargas

de continuidade elétrica em vergalhões de aço

atmosféricas seja o vilão da história e aumente o risco

embutidos nas paredes de prédios construídos com

de dano com possível queda da edificação?

alvenaria estrutural, que terão a função de condutores

Salvo melhor entendimento, acredito que,

de descida do SPDA – sistema de proteção contra

mesmo sendo confiável, uma edificação construída

descargas atmosféricas. Serão mais de 100 unidades

com alvenaria estrutural é bem mais frágil do que

distribuídas em seis empreendimentos diferentes,

aquelas que possuem pilares e vigas de concreto

localizados no estado de São Paulo.

armado em seu esqueleto. Nelas, determinadas

Fiz uma breve pesquisa no site da ABNT

negligências de projeto e instalação (como não

<http://www.abntcatalogo.com.br> e encontrei 14

projetar anéis intermediários a cada 20 m de

normas técnicas regulamentando a construção de

altura a partir do piso, condutores de descida em

edificações em alvenaria estruturada, os materiais

número suficiente, anel de aterramento contínuo

e os ensaios necessários (resistência mecânica

e um subsistema de captação que proporcione

de componentes, vedação e etc.), justificando a

um volume de proteção abrangente para toda a

importância de se manter este tipo de edificação em

edificação) acabam sendo minimizadas pela robustez

perfeitas condições de uso e praticamente com “risco

da estrutura. Isto também não é aceitável, pois

zero” de comprometimento da estrutura. Questionei

pode-se provocar um acidente com os estilhaços de

os engenheiros residentes, de cada obra que estive,

material que o raio desprender da edificação, porém

se aquelas edificações respeitavam as citadas normas

dificilmente o prédio irá cair, pelo menos não há

e tive 100% de respostas positivas, “senão o prédio

notícias de ocorrências nesse sentido, mas o que

cai”, disseram os mesmos.

acontecerá se um canto de parede de mais ou menos

Os resultados dos primeiros 19 ensaios de

0,5 m do prédio feito com alvenaria estrutural for

continuidade elétrica mostraram que não há a

arrancado pelo efeito da corrente de um raio?

mesma preocupação com a integridade física das

É fácil entender a gravidade da questão e a

edificações no quesito SPDA, ou há um grande

responsabilidade que envolve um “simples” projeto

desconhecimento do assunto por parte das pessoas

de SPDA em um prédio residencial nas condições

que projetaram e instalaram os vergalhões nas

mencionadas. Vejam que não considerei neste texto os

edificações. Foram encontrados resultados de

locais permitidos para execução da furação de fixação da

continuidade elétrica variando o valor entre 50 e 200

parte do sistema que não estiver embutida na alvenaria.

vezes acima do que a ABNT NBR 5419 determina

como limite máximo para validação dos vergalhões

desse tipo de sistema entendam melhor os requisitos

como elementos do SPDA.

e os conceitos do fenômeno para prédios construídos

Nesse contexto fica a questão: de que adianta tanta

com alvenaria estrutural, para que detalhem melhor

preocupação com a parte estrutural se ao se projetar o

seus projetos e, finalmente, recomendem que todos

SPDA, na grande maioria dos casos, a ABNT NBR

os SPDA sejam ensaiados corretamente antes da

5419 é negligenciada, ou mal interpretada, fazendo

ocupação do edifício.

Ficam o alerta e a sugestão para que os projetistas



NR 10

140

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

NR 12, a engenharia por decreto Nesta e na próxima coluna, serão divulgados

além do fardamento e das armas; equipagem, o

- Uma ferramenta que o ser humano utiliza para

os estudos do professor João Roberto Cogo, que

conjunto de tudo aquilo que serve para equipar,

realizar alguma tarefa.

traz uma visão muito apropriada do que significa

prover, abastecer.

o impacto de uma norma regulamentadora,

- Máquina: aparelho ou instrumento próprio

Por

quando sai dos trilhos e resolve aparecer como

para comunicar movimento ou para aproveitar,

equipamento de trabalho qualquer máquina,

norma de especificação técnica.

por em ação, ou transformar uma energia ou

aparelho, ferramenta ou instalação utilizada no

um agente natural; motor: máquina a vapor,

trabalho. E assim sucessivamente uma serie de

Ao criar uma regulamentação genérica

máquina elétrica. Esta referência relaciona

definições.

que não diferencia equipamento

uma série de máquinas, tais como: máquina

de máquina, o que também é uma

alternativa;

dificuldade no meio, cria o legislador

compositora; máquina continua; máquina

- Máquina é todo dispositivo mecânico ou

uma dificuldade jurídica, em que a não

de costura; máquina de escrever; máquina de

orgânico que executa ou ajuda no desempenho

aplicação da regulamentação provoca,

filmar; máquina rotativa, etc.

das tarefas, dependendo para isto de uma

máquina

de

papel;

máquina

outro

lado,

entende-se

como

Máquinas:

fonte de energia. Na física, é todo e qualquer

por desconhecimento, um contencioso judicial que não serve para ninguém

Nota: No glossário da NR 12, o legislador

dispositivo que muda o sentido ou a intensidade

e cria uma dificuldade ao cidadão

não definiu o que seria máquina e o que seria

de uma força;

empreendedor, posto que qualquer

equipamento, contando apenas:

- Aparelho próprio para transmitir movimento ou para utilizar e pôr em ação uma fonte natural

dificuldade encontrada poderá levar a multas por desconhecer e não ter como

Equipamento tracionado: equipamento que

aplicar a regulamentação.

desenvolve a atividade para a qual foi projetado, deslocando-se por meio do sistema de propulsão

de energia.

De acordo com a NR 12:

Nomenclatura e definições

de outra máquina que o conduz.

Máquina e equipamento: para fins de aplicação

Item 12.1 da NR 12: Esta Norma Regulamen­

Norma

desta norma, o conceito inclui somente máquina

tadora e seus anexos definem referências

Regulamentadora nº 12 – Segurança no

e equipamento de uso não doméstico e movido

técnicas, princípios fundamentais e medidas de

trabalho em máquinas e equipamentos, não

por força não humana.

proteção para garantir a saúde e a integridade

As definições de máquinas e equipamentos,

largamente

empregadas

na

constam na NBR correspondente à eletricidade

física dos trabalhadores e estabelece requisitos

geral, terminologia. Estas definições acabam

Em outras publicações, também se observam

mínimos para a prevenção de acidentes e

sendo feitas por documentos não técnicos,

as seguintes definições para equipamentos e

doenças do trabalho nas fases de projeto e de

como dicionários, entre outros. De modo geral,

máquinas:

utilização de máquinas e equipamentos de todos

são de uso corrente as seguintes definições:

os tipos, e ainda à sua fabricação, importação,

Equipamentos:

comercialização, exposição e cessão a qualquer

- Equipamento: ato de equipar-se, tudo aquilo

- Conjunto de meios materiais necessários a

título, em todas as atividades econômicas, sem

que o militar necessita para entrar em serviço,

determinada atividade;

prejuízo da observância do disposto nas demais


141

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Tabela 1 – Distribuição dos motores de indução trifásicos no mercado brasileiro

valor médio de potência consumida como sendo

Faixa em CV

Distribuição em %

Potencia adotada

Porcentagem adotada

Até 1

32 a 36

0, 75

35

1 a 10

54 a 59

5

56

10 a 40

6a8

15

7,5

40 a 100

0,5 a 1

50

0,7

100 a 300

0,4 a 0,5

200

0,5

ou na média algo da ordem de 1.234.692.451

Acima de 300

Menor que 0,4

500

0,3

motores. Isto quer dizer que, no sistema

de 57,60 GW e, considerando que os motores de indução trifásicos representam 27% deste consumo, verifica-se que um número estimado entre 3.861.957.498 a 890.589.074 de motores

industrial brasileiro, precisam ser modificados, Normas Regulamentadoras - NR aprovadas

elétrica para mecânica, dentro da abrangência

no mínimo, 1,2 bilhão de acionamentos elétricos

pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978,

da NR 12. O que pode parecer é que daqui para

– número inexequível para ser realizado no

nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou

frente uma simples furadeira deverá ter duas

período proposto pela NR 12.

omissão destas, nas normas internacionais

versões, uma para uso doméstico e outra para o

aplicáveis;

industrial, o que é um contrassenso. No caso de instalações industriais, os

Este assunto continua na próxima edição.

Referências bibliográficas

Item 12.1.1 da NR 12: Entende-se como

motores são acionados localmente no painel

fase de utilização a construção, transporte,

de campo, no painel elétrico correspondente

• Ministério do Trabalho e Emprego: Norma

montagem,

ou ainda no sistema de comando e controle

regulamentadora número 12 (NR 12) Máquinas

limpeza, manutenção, inspeção, desativação e

computadorizado

e equipamentos;

desmonte da máquina ou equipamento;

operações.

instalação,

ajuste,

operação,

existente

Considerando

nas apenas

salas a

de parte

• Associação Brasileira de Normas Técnicas

industrial, os motores de indução trifásicos

(ABNT): Eletricidade Geral, Terminologia, NBR

Item 12.2 da NR 12: As disposições desta

tipicamente estão distribuídos nas faixas

5456;

norma referem-se a máquinas e a equipamentos

indicadas na Tabela 1.

• Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Novo

novos e usados, exceto nos itens em que houver

Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Editor

menção específica quanto à sua aplicabilidade;

Sistema Elétrico (ONS), os valores médios mês

Positivo, 4 Edição, 2009;

a mês da carga de energia, no período de janeiro

• Cogo, J.R.; Sá, J.S.; Simões, N.W.B.; Burgoa,

Item 12.3 da NR 12: O empregador deve

de 2010 a março de 2012, conforme a evolução

J.A.: Análise do Desempenho de Motores Trifásicos

adotar medidas de proteção para o trabalho em

mensal no Sistema Interligado Nacional (SIN),

Nacionais - Revista Eletricidade Moderna - Ano

máquinas e equipamentos, capazes de garantir

são indicados na Tabela 2.

XXI, no 227 - fevereiro 1993, páginas 26 a 39;

a saúde e a integridade física dos trabalhadores,

Desde 1980 são comercializados no Brasil

• Cogo, J. R. e Outros: - Relatório Técnico Final

e medidas apropriadas sempre que houver

algo em torno de 440.000 motores por ano e

Referente a Avaliação do Desempenho dos Motores

pessoas com deficiência envolvidas direta ou

estima-se que os motores elétricos na indústria

Elétricos Trifásicos - Convênio EFEI / FUPAI /

indiretamente no trabalho.

brasileira consumam o equivalente a 60%

ELETROBRÁS / CEMIG / PROCEL. - 1990;

da eletricidade no setor secundário e 27%

• Garcia, A.G.P., Impacto da Lei de Eficiência

Portanto, a NR 12, de acordo com sua

do consumo brasileiro, porém, também são

Energética para Motores Elétricos no Potencial

abrangência, verifica-se a aplicação desde uma

utilizados nos outros setores, o que eleva a sua

de Conservação de Energia na Indústria, RJ,

furadeira, uma geladeira, uma máquina de

participação no mercado energético.

Dezembro de 2003;

lavar roupa, etc., que esteja fora do ambiente

Na Tabela 2 observa-se que o valor mínimo

• Neto, M.M., Análise dos Movimentos de

residencial

nas

do consumo médio no SIN foi de 54,503

Inovação Tecnológica e Regulamentação Aplicada

definições mais complexas em instalações

MW e no máximo de 63,694 MW, no período

a Motores Elétricos para Melhoria da Eficiência

industriais, havendo a conversão de energia

analisado. Adotando-se como base de cálculo o

Energética no Brasil, Revista Engenho, Jundiaí - SP.

(doméstico),

sem

entrar

De acordo com o Operador Nacional do

Tabela 2 – Evolução da potência média no SIN entre 2010 e 2012

Mês (em [MW] médios) Ano

Jan.

Fev.

Mar.

2012

59.551

62.811

63.694

2011

58.377

61.050

2010

55.572

58.333

Abr.

Mai.

Jun.

Jul.

Ago.

Set.

Out.

Nov.

Dez.

58.783

57.986

56.653

55.910

56.516

58.441

58.430

58.416

58.694

59.086

58.532

55.752

55.261

54.503

55.010

55.326

56.669

56.253

57.244

57.709


Energia com qualidade

142

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Quando “as coisas” partem Parte 3B – A velocidade de manobra

Além da isenção de transientes (tratado na edição anterior), outro

tema que merece atenção é a velocidade de manobra dos capacitores. Considerando-se que a velocidade de manobra das cargas pode ser extremamente rápida, é de se esperar que ocorram flutuações de tensão durante os instantes de variação da carga, em outras palavras, a tensão irá flutuar em função da solicitação da carga à rede em que está conectada.

Quando compensadores de energia reativa estão ligados a sistemas

Figura 1a – Esquema de ligação de TCs em loop fechado. Fonte: Elspec.

em que grupos de cargas rápidas e variáveis estão conectadas, por conta da potência de curto-circuito das fontes, os resultados podem ser amplificados em função das variáveis envolvidas (comportamento da carga, do compensador e capacidade da fonte). Sob o ponto de vista da qualidade da energia, deve-se priorizar a regulação da tensão, que será melhor à medida que estiver mais próxima da nominal, independentemente do comportamento da carga.

Nesta situação, a energia reativa consumida pela carga deveria ser

injetada (compensada pelos capacitores) na mesma proporção. Além da preocupação apresentada no artigo anterior, relacionada aos transientes causados por sistemas de compensação durante os instantes de manobra (conexão e desconexão), outro ponto deve ser considerado: o tempo de injeção de energia reativa após a conexão da carga e principalmente de desconexão após a saída da carga.

Sistemas estáticos de compensação de energia reativa possuem,

em função de suas concepções de construção e mesmo de algoritmos de controle, condições diversas de operação. Há de se considerar o sistema de controle em “loop fechado”, situação em que o controle é efetuado pelo TC de leitura de cargas e capacitores, ou em “loop aberto”, situação em que o controle é feito pelo TC ligado na carga exclusivamente. Ver ilustração nas Figuras 1a e 1b.

Nessas situações, os TCs alimentam o sistema de controle que

efetua o controle da injeção de potência reativa. Ensaios desenvolvidos em laboratório e que simularam uma situação típica nos ajudam a interpretar os efeitos. Como exposto, a situação resultante será

Figura 1b – Esquema de ligação de TCs em loop aberto. Fonte: Elspec.

diferente “caso a caso” em função do tipo da instalação (potencia de curto circuito), comportamento da carga e manobra dos capacitores.

Os ensaios desenvolvidos em laboratório (com controle em loop

fechado) consideraram a inserção e desligamentos de uma carga com consumo de reativo específico e compensação de energia reativa por três sistemas estáticos distintos com tempos de manobra de: a) 1,8 segundos b) 100 milissegundos c) 16 milissegundos


O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Os resultados seguem nos gráficos que se seguem e o comportamento

da carga segue na Figura 1.

Sem compensação reativa, o afundamento de tensão depende

totalmente do comportamento da carga, no instante em que o reativo é consumido pela carga, a tensão chega a apresentar um afundamento superior a 10%.

O primeiro sistema a ser avaliado é um sistema considerado como

lento com resposta plena em 1,8 segundo com manobra dos capacitores grupo a grupo (manobra não simultânea). As figuras que se seguem detalham “zoom” de início e final da operação da carga.

143


Energia com qualidade

144

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Da análise detalhada dos períodos em que as cargas são inseridas e

Apesar da resposta mais rápida, observa-se, durante três ciclos,

desligadas, observa-se:

a ocorrência de sobretensão que pode ser importante em função da

- No instante de início de operação da carga, observa-se que a tensão

sensibilidade das cargas ligadas aos barramentos.

somente se estabiliza quando todos os grupos são inseridos, existe uma

clara dependência da tensão com a falta de compensação reativa;

c) e as que se seguem com detalhes.

A compensação em um ciclo otimiza a operação conforme a figura

- Já no instante do desligamento da carga, o atraso do desligamento do sistema de compensação causará sobretensão em função das relações citadas (potência de curto e reativo injetado sem consumo de reativo pela carga);

A compensação em cinco ciclos e manobra também não simultânea

têm um comportamento mais favorável que o anterior.

A compensação em um ciclo permite que o sistema se estabilize neste

período. Adicionalmente, os grupos de capacitores são manobrados simultaneamente em função da característica própria do controle deste compensador.

O ensaio efetuado confirma as previsões iniciais e serve como

subsídio para especificações de sistemas de compensação reativa, não só a manobra estática ao controle, mas também a capacidade do sistema de manobrar os grupos simultaneamente, em qual intervalo de tempo a manobra é efetuada, quais são os efeitos na tensão do sistema e onde fontes, cargas e compensadores estão conectados.



Instalações Ex

146

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

IECEx realiza reuniões na Holanda sobre os sistemas de certificação abrangendo todo o ciclo de vida das instalações “Ex” Foram realizadas na cidade de Haia, na

Sistemas internacionais de certificação do IECEx com a abordagem do ciclo total de vida das instalações “Ex” (com base em normas internacionais ISO e IEC)

Holanda, em agosto deste ano, as reuniões plenárias do IECEx – IEC System for Certification to Standards relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres. Estas reuniões contaram no total com a presença de 144 delegados, representantes dos seguintes 29 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Estados Unidos, Federação Russa, Finlândia, França, Holanda, Hungria, Israel, Itália, Japão, Malásia, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia e Suíça. Os delegados presentes nestas reuniões representam organismos de certificação de pessoas, organismos de certificação de produtos, provedores de treinamento, laboratórios de ensaios, centros de pesquisas, fabricantes de equipamentos “Ex”, empresas usuárias de serviços e equipamentos “Ex” dos setores químico, petroquímico e de petróleo (marítimo e terrestre), oficinas de serviços de reparos de equipamentos para atmosferas explosivas e instituições de ensino.

Foram discutidos nestas reuniões diversos

assuntos referentes à atualização dos sistemas internacionais de certificação de empresas de prestação de serviços, de competências pessoais e equipamentos “Ex”, com destaque para o ciclo total de vida das instalações contendo atmosferas explosivas.

Estes certificação

sistemas de

visam

fornecer

conformidade

uma única,

Dentre os objetivos do IECEx estão também

a

aceitação

mundial

de

uma IEC

única

base as normas técnicas da IEC elaboradas

elaborada pelo TC-31, uma única marcação

pelo Comitê Técnico TC-31 – Equipment for

internacional para os equipamentos “Ex” e

Explosive Atmospheres.

um único certificado de conformidade para

a competência das pessoas, das empresas de

O IECEx tem por objetivo atender às

normalização

internacional

reconhecida internacionalmente, tendo como

necessidades do mercado da certificação não

prestação de serviços e equipamentos “Ex”.

somente de produtos “Ex”, mas também

O IECEx é caracterizado por possuir

de empresas de prestação de serviços para

sistemas de certificação na área “Ex” totalmente

atmosferas explosivas, tais como empresas

baseados em normas internacionais da série

projetistas, de montagem, de inspeção, de

IEC 60079, elaboradas pelo TC-31 da IEC –

manutenção e de reparos, bem como um

Equipment for Explosive Atmospheres, onde

sistema de certificação de competências

o Brasil ocupa a posição de membro do tipo

pessoais para trabalhos em áreas classificadas.

“P” (participante).


147

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Sistemas IECEx para certificação empresas de prestação de serviços para atmosferas explosivas, com as respectivas normas técnicas e as unidades de competências pessoais “Ex” aplicáveis

Outra característica importante do IECEx

Estes

documentos

operacionais

em

é que os sistemas de certificação abrangem

português foram elaborados pelo Subcomitê

todo o ciclo total de vida das plantas

SC IECEx BR do Cobei e se encontram

industriais que possuem áreas classificadas,

disponíveis no site do IECEx para acesso

incluindo a certificação das competências

público.

das pessoas que nela trabalham, bem como

Em

a certificação das empresas prestadoras de

operacionais do IECEx escritos em português

serviços para este tipo de instalações, como

foi incluída uma nota sobre a referência às

os serviços de classificação de áreas, projeto,

normas brasileiras NBR IEC e NBR ISO,

montagem, inspeção, manutenção e as oficinas

publicadas pela ABNT, transcrita a seguir:

cada

um

destes

documentos

de serviços de reparos de equipamentos "Ex".

Foi anunciada nesta reunião do IECEx

NOTA: Ao longo deste documento

na Holanda que a UL do Brasil efetuou sua

operacional IECEx, escrito em português,

inscrição como organismo de certificação de

as normas IEC ou ISO referenciadas são

produtos “Ex” e de competências pessoais

indicadas como normas NBR IEC ou NBR

“Ex”.

ISO. Isso se deve ao fato de que tais normas

O Brasil é um país-membro do IECEx

são também escritas em português e são

desde 2009 e possui um Organismo de

idênticas, em conteúdo técnico, forma e

Certificação

apresentação, sem desvios nacionais, em

de

Produtos

“Ex”

(ExCB)

acreditado para a emissão de certificados

relação às respectivas normas internacionais

internacionais dentro do sistema IECEx de

IEC ou ISO.

certificação de equipamentos desde 2011. Foram destacados pelo Secretário do

Estes

IECEx, durante as reuniões realizadas na

português, idênticos em conteúdo técnico,

Holanda, os trabalhos realizados pelo Brasil,

formato e apresentação em relação aos

na

respectivos

elaboração

de

diversos

documentos

documentos

operacionais

documentos

em

operacionais

operacionais, escritos em português, sobre

originais em inglês, encontram-se disponíveis

a certificação de empresas de prestação

na página dos documentos operacionais do

de serviços “Ex” (incluindo serviços de

IECEx, no seguinte endereço: http://www.

projeto, instalação, inspeção, manutenção e

iecex.com/operational.htm.

também as oficinas de serviços de reparo de

equipamentos “Ex”) e sobre a certificação de

"Ex" estabelecidas no documento operacional

competências pessoais “Ex”.

IECEx OD 504 são as seguintes:

As dez unidades de competências pessoais


Instalações Ex Unidade de

148

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Atividade abrangida pela unidade de competência Ex

Competência Ex Ex 001

Aplicação dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas

Ex 002

Execução de estudos de classificação de áreas

Ex 003

Instalação de equipamentos com tipos de proteção “Ex” e respectivos sistemas de fiação

Ex 004

Manutenção de equipamentos em atmosferas explosivas

Ex 005

Reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “Ex”

Ex 006

Ensaios de equipamentos e instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas

Ex 007

Execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos e instalações em, ou associadas a atmosferas explosivas

Ex 008

Execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas

Ex 009

Projeto de instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas

Ex 010

Execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas

Durante as reuniões do IECEx, foi

apresentado pela ONU um seminário sobre a

“Marco

Foi divulgado que o trabalho intitulado

aplicação dos sistemas de certificação elaborados

Equipamentos Utilizados em Ambientes de

pelo IECEx, os quais incorporam as melhores

Atmosferas Explosivas”, elaborado pela ONU

• É um dos objetivos da normalização “Ex”

práticas internacionais sobre certificação de

em 2011, encontra-se agora disponível em

do Brasil e da IEC, bem como os sistemas

empresas de prestação de serviços em áreas

diversas línguas, incluindo português, espanhol,

de certificação do IECEx, a contribuição

classificadas, de competências pessoais em

francês, inglês, árabe, chinês e russo.

para a melhoria na qualidade de vida, pela

atmosferas explosivas e de equipamentos “Ex”.

Este documento encontra-se disponível

contribuição para a elevação dos níveis de

Regulatório

Comum

para

reuniões gerais e plenárias do IECEx realizadas na Holanda em 2014:

A ONU tem trabalhado em conjunto com

em português no site da IEC → Brochures →

segurança industrial, para a saúde e para a

o IECEx e com a IEC no sentido de promover,

Conformity Assessment: http://www.iec.ch/

proteção dos trabalhadores e do meio ambiente;

entre todos os países-membros, a harmonização

about/brochures/pdf/conformity_assessment/

• A existência de programas internacionais de

e o alinhamento dos diversos regulamentos

IEC_A%20Common%20Regulator y%20

certificação elaborados pelo IECEx abrangendo

nacionais existentes, com os requisitos dos

Framework_UN_Pt.pdf

o ciclo total de vida das instalações, tais como de

sistemas de certificação do IECEx, os quais tem como abordagem principal a segurança durante

empresas de serviços e de competências pessoais Conclusões

e

considerações

sobre

as

“Ex”, servem para preencher uma grande

todo o ciclo de vida das instalações contendo atmosferas explosivas.

Estes esforços, que possuem como base a

elevação dos níveis de qualidade de vida e de segurança das pessoas e instalações “Ex”, devem também buscar a redução de barreiras comerciais e legais, na medida em que os diversos países busquem reduzir os requisitos específicos e particulares, referentes aos processos nacionais para a certificação de equipamentos “Ex”. Foi destacado, neste seminário, o apoio dado pela ONU aos sistemas de certificação do IECEx, na aplicação dos sistemas de certificação de equipamentos “Ex”, oficinas de serviços de reparos e de competências pessoais para atmosferas explosivas, abrangendo todo o ciclo de vida das instalações “Ex”.

Panorama geral dos sistemas de certificação do IECEx abrangendo empresas de prestação de serviços “Ex”, competências pessoais “Ex” e equipamentos para atmosferas explosivas


149

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Representantes do Brasil nas reuniões gerais do IECEx 2014 em Haia / Holanda.

“lacuna” existente no processo de certificação

de um sistema de certificação de competências

em atmosferas explosivas e certificação de

“Ex”. Estes processos complementares são

pessoais “Ex” totalmente com base nos

equipamentos “Ex” fazem com o que sejam

necessários para o aperfeiçoamento do processo

documentos operacionais do IECEx faz com

disponibilizados no Brasil, novos horizontes

de elevação dos níveis de segurança das

que sejam aplicados no Brasil os mesmos

para a certificação sob o enfoque do ciclo total

instalações industriais em áreas classificadas,

requisitos de avaliação de conhecimentos,

de vida das instalações industriais contendo

requeridos, por exemplo, por empresas das áreas

habilidades e experiências que são requeridos

atmosferas explosivas.

de petróleo, petroquímica, química, açúcar,

internacionalmente para a certificação de

etanol, farmacêutico, de alimentos, grãos e

competências pessoais “Ex”.

Mais informações sobre as reuniões do

postos de combustíveis.

• A inscrição, pela UL do Brasil, para o processo

IECEx na Holanda em 2014 podem ser

• O lançamento pela Associação Brasileira de

de acreditação pelo IECEx nos sistemas

encontradas

Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi)

de

thehague/meeting_documents.html

certificação

de

competências

pessoais

em:

http://www.iecex.com/


Dicas de instalação

150

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Análise dos resultados do teste de fator de potência Como as diretrizes adotadas pelo setor podem confundir o usuário Por Jill Duplessis*

Atualmente, a medição do fator de potência na

os enrolamentos (CHL) ficou contaminado de

exemplo) do sistema de isolamento. O grau de

frequência da rede é um dos testes de campo mais

forma geral e uniforme, ou se a maior parte do

contaminação não será detectado até atingir um

usados no setor elétrico para facilitar uma avaliação

sistema de isolamento, entre os enrolamentos, está

determinado nível e ser visível na linha de visão da

de rotina da condição dielétrica de um ativo de

funcionando adequadamente e uma área localizada

medição isolada do fator de potência na frequência

energia no campo.

está com contaminação extremamente elevada.

do sistema.

O fator de potência pode ser eficaz para

A segunda situação trata de um defeito

determinar, em um nível geral, se um sistema

localizado e uma condição mais séria que

Incapacidade de classificação do problema

de isolamento está limpo e seco, ou se não está

geralmente exige ação imediata, portanto, é vital

mais apresentando um desempenho eficiente ou

se ter a habilidade de diferenciar as duas situações

está mais desempenhando o teste adequadamente,

adequado. Mas será que o setor elétrico espera

(uma contaminação dispersa ou uma contaminação

é impossível diferenciar e caracterizar essas perdas,

muito dessa medição? Compreender as limitações

localizada.) Não é possível fazer isso com a medição

o que pode indicar umidade, envelhecimento,

dessa ferramenta de diagnóstico não só responde a

do fator de potência. Consequentemente, os

contaminação, condutividade do óleo isolante ou

essa pergunta, como também em conjunto com as

usuários têm sido advertidos de que é importante

alguma combinação desses fatores.

conclusões de um teste semelhante (o teste de fator

separar e testar a menor seção possível de um sistema

Quando essas limitações são consideradas

de potência de frequência variável) e mostra porque

de isolamento para minimizar uma influência

em conjunto com as abordagens disponíveis para

a abordagem normalmente usada para a análise dos

média, na qual os detalhes sobre a condição do

analisar os resultados do teste de fator de potência,

resultados do teste de fator de potência pode levar a

sistema de isolamento se perdem. Quanto menor o

o usuário começa a perceber que a avaliação do

decisões ruins e deve ser repensada.

componente de isolamento testado, maior é o nível

fator de potência não é simples. As ferramentas

de detalhamento obtido.

fornecidas para facilitar a tarefa (diretrizes, limites

Limitações

As limitações de uma medição isolada do fator

de potência na frequência da rede incluem:

Quando se determina que um sistema não

e banco de dados) podem confundir. O resultado Ponto cego

é que o usuário, em última análise, não está

sendo bem atendido pela ferramenta, na qual tem

A medição do fator de potência padrão na

frequência da rede possui algo semelhante a um

depositado plena confiança.

"ponto cego". Condição média

A medição do fator de potência representa a

há muito tempo, esse é um dos fatores mais

Para os profissionais que usam essa metodologia

condição média do isolamento total do sistema que

preocupantes da medição, especialmente quando

número que reflete a eficiência do dielétrico em

está sendo testado.

ele reflete em suas ramificações de longo alcance.

cumprir seu propósito de manter o isolamento

Entendendo o fator de potência De modo geral, o fator de potência é um

Essa é uma das limitações da medição do

Isso significa que um sistema de isolamento pode

elétrico entre pontos de diferentes potenciais em

fator de potência que é reconhecida há décadas.

estar contaminado com umidade, por exemplo,

um equipamento elétrico. O isolamento executa

Isso significa, por exemplo, que não há como ter

mas o nível de contaminação ainda não está

melhor sua função quando está limpo, seco e sem

certeza de que uma medição elevada de fator

"visível", então o resultado do fator de potência é

vácuo. Quando o isolamento fica contaminado

de potência de CHL (Condição de Isolamento

afetado. Consequentemente, a medição do fator

em um grau suficientemente grande, há uma

entre os enrolamentos de alta e baixa tensão) de

de potência permanece inalterada mesmo com

alteração no fator de potência na frequência da rede

0,6% indica se o sistema de isolamento entre

o aumento da contaminação de umidade (neste

(geralmente um aumento). Geralmente, um fator


151

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

de potência menor (por exemplo, perto de zero)

podem confundir o usuário, considere o seguinte.

representa um sistema de isolamento em melhores

Se uma medição geral do fator de potência para

condições.

CHL apresentar um resultado do teste de fator de

Três abordagens para análise do fator de potência

potência de 0,45%, isso seria considerado aceitável de acordo com as diretrizes gerais aceitas pelo setor. No entanto, se resultados de testes anteriores estiverem disponíveis e forem pesquisados, pode-se

Há diversas abordagens para a análise do fator

descobrir que o transformador foi testado no ano

de potência em prática no setor, incluindo:

anterior e que o resultado desse teste de CHL foi

1) Comparação com o nível de referência ou com

0,2%! Agora o resultado de 0,45% do teste mais

os resultados de testes anteriores. Quando há mais

recente se tornou preocupante.

de um resultado de teste anterior disponível, é

possível fazer a análise de tendências;

do teste com os resultados do teste de um

2) Comparação com os limites ou com as diretrizes

equipamento similar conforme encontrado no

gerais;

banco de dados. É importante observar que um

3) Comparação com um equipamento similar em

banco de dados, do qual os limites do fator de

um banco de dados.

potência fornecidos na Tabela 1 são casualmente

A terceira abordagem é comparar os resultados

derivados, também não é uma ferramenta Apesar das limitações de uma medição

totalmente confiável para avaliação dos resultados

isolada do fator de potência na frequência da rede

do teste de fator de potência, especialmente devido

como ferramenta de diagnóstico, enumeradas

ao ponto cego do fator de potência.

anteriormente, e apesar da abordagem analítica,

a abordagem mais confiável é a primeira – a

potência de frequência variável, o teste semelhante

comparação com o nível de referência ou com

para uma medição do fator de potência tradicional

os resultados de testes anteriores e a análise de

e a ferramenta que expõe o ponto cego a 60 Hz.

tendências.

A medição do fator de potência de frequência

Ao efetuar a comparação com os resultados de

variável é composta por oito medições individuais

um teste anterior, espera-se que não haja alteração

do fator de potência em frequências distintas entre

no fator de potência de um componente de

15 Hz e 400 Hz. A análise do fator de potência

isolamento. Uma alteração exigirá investigações

de frequência variável é baseada principalmente

adicionais para validar o resultado do teste de

na análise visual. Quando as perdas condutivas

fator de potência. Se identificado que a alteração

são insignificantes no sistema de isolamento de

representa o isolamento, será necessário executar

um transformador, o comportamento do fator de

mais testes dielétricos de busca, como o fator de

potência em comparação com a frequência é tal

potência de frequência variável ou medições da

que o fator de potência é menor a 15 Hz, aumenta

resposta dielétrica. Ainda assim, devido ao ponto

progressivamente e é maior a 400 Hz. O formato

cego, não é possível supor que, como não houve

da curva resultante é mostrado na Figura 1.

alteração no resultado do fator de potência,

também não houve alteração no estado do sistema

contaminado com perdas condutivas, o formato

de isolamento.

da curva do fator de potência de frequência variável

A segunda abordagem para avaliação dos

muda e fica no formato de um "anzol" virado para

resultados do teste de fator de potência é aplicar os

cima nas frequências mais baixas na faixa de 15 Hz

limites que compõem as diretrizes gerais fornecidas

a 400 Hz. Já na frequência do sistema, o fator de

na Tabela 1. É importante ressaltar que o uso e a

potência pode não apresentar nenhuma alteração.

aplicação dessas diretrizes podem resultar em uma

A Figura 2 exibe resultados de teste que

avaliação imprecisa, o que nos faz questionar se

exigem mais investigação e neste exemplo estavam

essas diretrizes mais ajudam ou atrapalham. As

associados a um transformador que apresentou

diretrizes fornecidas na Tabela 1 são da norma IEEE

posteriormente um conteúdo de água estimado de

62-1995; modificações nessa tabela estão previstas

3,4% em papel.

no futuro.

É importante observar que um outro

transformador idêntico ao transformador exibido

Como exemplo de como essas diretrizes gerais

Por exemplo, nos voltamos para o fator de

À medida que o sistema de isolamento fica


Dicas de instalação

152

Tabela 1 – Características de diagnóstico recomendadas (norma IEEE 62-1995)

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

na Figura 2 também foi testado. A Figura 3 fornece os resultados desses testes, complementando e sobrepondo os resultados já fornecidos na Figura 2. Apesar de o CHL ser 0,4% para os dois transformadores na frequência de 60 Hz, em um caso, a condição do sistema de isolamento de CHL é considerada aceitável (transformador B com um conteúdo de água posteriormente identificado como 1%) e no outro foi considerada inaceitável (transformador A com um conteúdo de água de 3,4%, conforme determinado anteriormente).

Esse é um exemplo convincente que ilustra

que, apesar de os resultados do teste de fator de potência de 60 Hz serem os mesmos para dois equipamentos separados, mas similares, isso não pode ser interpretado como um indicador confiável de que os ativos estão na mesma condição; mesmo assim, essa é a premissa sobre a qual o uso de um banco de dados funciona.

Portanto, assim como pode ser equivocado

confiar nas diretrizes fornecidas na Tabela 1 para uma análise, também pode ser equivocado confiar em uma comparação dos resultados do fator de potência de equipamentos similares como uma medição para provar que o resultado do teste de Figura 1 – Resultados aceitáveis do teste de fator de potência de frequência variável.

fator de potência de um equipamento é aceitável.

A esperança do mencionado anteriormente é

que isso aumente a consciência do usuário sobre as armadilhas ao analisar os resultados do teste de fator de potência. E para que o valor da medição padrão do fator de potência não se torne completamente minimizado, é importante mencionar que uma das vantagens da medição tradicional do fator de potência é que geralmente ela pode ser realizada em uma tensão de teste muito superior à tensão dos testes de fator de potência de frequência variável Figura 2 – Resultados inaceitáveis do teste de fator de potência de frequência variável.

e que alguns problemas dielétricos exigem uma tensão mais alta para serem identificados. Portanto, o autor não sugere que o diagnóstico de fator de potência seja substituído por medições de fator de potência variável, mas nenhuma das duas opções deve ser usada de forma isolada. Jill Duplessis é gerente de soluções de diagnósticos e testes para transformadores na Omicron. Possui mais de quinze anos de experiência na avaliação da condição de ativos de subestações e é considerada especialista em diagnósticos de transformadores de potência,

Figura 3 – Exemplo do "ponto cego" de uma medição tradicional do fator de potência.

incluindo novas tecnologias de teste.



Referências técnicas

154

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Escalas, unidades e medidas empregadas no dia a dia do engenheiro eletricista.

Motores elétricos Dados mecânicos A carcaça é a estrutura que tem a

Carcaças 63 a 132M/L

função de suporte do conjunto (feito de ferro fundido, aço ou alumínio injetado) e com aletas para refrigeração. Produzida de material robusto para dar sustentação e proteção ao motor, a carcaça tem sua fabricação baseada, principalmente,

na

sua

aplicação

e

exposição. De acordo com o professor Emerson Serafim, do Instituto Federal de

Carcaças 160M a 200L

Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, para motores de uso doméstico ou

cujo

equipamento

a

que

serão

acoplados provém proteção o suficiente, a carcaça não passa de um sustentáculo para as chapas do estator. “Em aplicações em que o motor ficará exposto a atmosferas agressivas ou mesmo explosivas, a proteção mecânica não é o suficiente e vedações e pintura diferenciada são usadas de modo

Carcaças 225S/M a 355M/L

a tornar a carcaça resistente às agressões que encontrará”. O

material

mais

comum

para

a

carcaça nos motores industriais é o ferro fundido, elemento que apresenta boa condutibilidade térmica, essencial para motores blindados.

As ilustrações técnicas a seguir, assim

como as duas tabelas, trazem informações essenciais para o especificador e para o projetista que atuam neste segmento. Os dados técnicos são baseados na série ABNT NBR 15623, que diz respeito a Máquinas elétricas girantes – Dimensões e séries de potências para máquinas elétricas girantes – padronizações

Carcaça 355A/B


155

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Tabelas de carcaças de motores

(*) Dimensão para 2 polos. Observação: Para as carcaças IEC, o prefixo “L” significa atender aos níveis de rendimento Premium. Essa diferenciação ocorre devido ao aumento do comprimento total do motor. Tabelas e ilustrações técnicas foram extraídas do catálogo técnico “W22 – Motor elétrico trifásico”, da Weg. Disponível em: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-w22motor-trifasico-tecnico-mercado-brasil-50023622-catalogo-portugues-br.pdf


Espaço IEEE

156

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Setor elétrico precisa de novas tecnologias para enfrentar fenômenos naturais e ambientais e evitar aumento dos “apagões Por Vitor Gardiman e Osmar Pinto Jr.*

Recentemente, o Tribunal de Contas da União

tendo como consequência corte de carga,

avaliação dos resultados referentes ao percentual

(TCU) divulgou estudo relativo à confiabilidade e

desligamento de outro componente, dano em

de

à continuidade do suprimento de energia elétrica

equipamento ou violação a limites operativos.

naturais, considerando esta causa como a causa-

na rede básica do sistema interligado (SIN), com

Em

de

raiz ou causa inicial da interrupção, assumindo

vistas a subsidiar futuras ações de controle. Este

perturbações registradas no SIN durante o

que possa haver causas secundárias associadas

artigo tem como objetivo fazer uma análise deste

período de estudo, o RE adota uma amostra

à propagação do evento. Estas interrupções

relatório, daqui para frente abreviado como RE,

de 46 perturbações com base em características

representam 13% dos casos identificados logo

visando mostrar a necessidade do desenvolvimento

qualitativas (região/estados atingidos, setores

após suas ocorrências e 17% quando as análises

de novas tecnologias para o monitoramento

envolvidos, época) e quantitativas (magnitude

são feitas posteriormente, com base nos Relatórios

de fenômenos naturais e ambientais, a fim

e tempo para recomposição) julgando que

de Análise de Perturbações (RAP). Tal número

de contribuir para a garantia da qualidade de

“pudesse representar com certa fidedignidade

deve ser visto como preocupante, ainda mais se

fornecimento de energia.

o comportamento existente no universo dos

levarmos em conta um possível aumento deste

virtude

do

grande

número

interrupções

causadas

por

fenômenos

Na sua preparação, o RE contou com a

eventos”. Exemplos de apagões incluídos na sub-

percentual à medida que a complexidade do SIN

participação do Ministério de Minas e Energia

amostra foram aqueles ocorridos no Nordeste em

tende a aumentar com a participação crescente

(MME), da Agência Nacional de Energia

setembro de 2012 e agosto de 2013, no Centro-

de fontes de energias renováveis, inserção das

Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do

Oeste e Sudeste em outubro e dezembro de 2012,

redes inteligentes, geração cada vez mais distante

Sistema Elétrico (ONS), e, indubitavelmente,

e o apagão associado ao sistema de transmissão

dos centros de carga, entre outros aspectos.

trata-se de uma iniciativa inovadora e meritória

de Itaipu, em novembro de 2009, que atingiu 18

Esta preocupação é consistente com as

que visa identificar questões relacionadas às

estados brasileiros.

considerações finais do RE, onde adverte-se que,

perturbações de grande porte verificadas na Rede

O RE apresenta um levantamento das

“Pelo exposto, se mostra patente um SIN que

Básica do SIN nos últimos oito anos (agosto de

causas das perturbações selecionadas e tem como

exigirá cada vez mais dos agentes, em termos de

2005 a agosto de 2013), denominados no RE

objetivo evitar ou minimizar a reincidência

mecanismos de investigação, nos casos de futuros

como “apagões”. Conforme mencionado no RE

dessas ocorrências, mitigando, com isso, as suas

blecautes. Em suma, as ferramentas de apuração

o termo “apagão” restringiu-se às perturbações

consequências. O RE destaca que são várias

das causas deverão evoluir num ritmo condizente

ocorridas na rede básica do SIN (tensão superior

as causas que podem levar aos apagões: falta

com o aumento da complexidade do SIN, a fim

a 230 kV) e, portanto, não contemplam

de investimentos em estrutura e tecnologia;

de evitar o desempenho insatisfatório aferido

as perturbações ocorridas no âmbito das

insuficiência de manutenção e de substituição de

no que tange, por exemplo, ao tempo médio de

concessionárias distribuidoras de energia elétrica.

equipamentos ultrapassados; ausência de sistemas

interrupção”.

O RE também destaca que, para o seu correto

de proteção da rede e de prevenção de variações

Outro aspecto relevante com respeito às

entendimento, é necessário que os apagões

na tensão; aparelhos fora do padrão; problemas

interrupções causadas por fenômenos naturais é

estudados “não devam ser confundidos com os

estruturais em subestações; falhas humanas; erros

que estes eventos em geral costumam ter maior

problemas advindos de questões associadas ao

de comando; fenômenos naturais, como vento,

magnitude – corte de carga maior que 1.000

risco de racionamento” e que uma perturbação

chuva, raios e incêndios na faixa de servidão,

MW) e maior tempo médio de recomposição do

seja compreendida como um desligamento

entre outros.

SIN (definido com a razão entre a energia não

forçado de um ou mais componentes do SIN,

Neste artigo, iremos nos concentrar na

suprida e a carga média interrompida. Isto é, os


157

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

fenômenos naturais tendem a provocar apagões

sua menor suportabilidade elétrica e mecânica.

com maior abrangência e mais prolongados,

Referência

Em consonância com os resultados e

[1] Relatório de Levantamento de auditoria Grupo

implicando

a

recomendações do RE, tem-se observado

I – Classe V – Plenário TC-029.389/2013-5.

sociedade. Embora não haja menção à tendência

nos últimos anos iniciativas voltadas para o

Confiabilidade e continuidade do suprimento de

crescente de ocorrência de eventos relacionados

desenvolvimento de novas tecnologias com

energia elétrica na rede básica do sistema interligado

a fenômenos naturais ou ambientais, tal aspecto

o objetivo de minimizar os impactos dos

– SIN. Informações com vistas a subsidiar ações de

é preocupante à medida que um número cada

fenômenos naturais e ambientais sobre o SIN e

controle futuras, agosto de 2014.

vez maior de evidências sugere que os eventos

o setor elétrico em geral. Tais desenvolvimentos,

meteorológicos extremos – passíveis de causar

na sua maior parte, tem o apoio do Programa

*Vitor Gardiman é engenheiro

interrupções devido a causas naturais, tais como

de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel.

eletricista, autor de vários projetos

chuvas de grande intensidade, grande incidência

Como exemplo dessas iniciativas, existem

de inovação publicados na mídia.

de raios e vendavais – estão aumentando em

alguns projetos desenvolvidos pelo Grupo de

Foi diretor da EDP GRID Gestão de

nosso país. Esta última preocupação é de certa

Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe em

Redes Inteligentes de Distribuição,

forma compartilhada pelo RE, que sugere a

parceria com a EDP, Chesf, Coelba e o recente

presidente do Conselho de Diretores

necessidade de se buscar “investir cada vez mais

projeto estratégico “Gestão dos Impactos de

da UTCAL-Utilities Telecom Council

nos programas empregados para se antecipar a

Eventos Climáticos Severos no Setor de Energia

América Latina e membro do IEEE.

esses eventos com a tempestividade adequada

Elétrica” com o Grupo Energisa. Contudo, diante

Osmar Pinto Jr. é engenheiro

e, adicionalmente, projetar as contingências do

da evolução dos estudos científicos, tecnologias

eletricista, mestre e doutor pelo

SIN de maneira a minorar os efeitos negativos

dos equipamentos e softwares, muitas outras

dessas causas”. Além disso, esta tendência tem

iniciativas estão sendo idealizadas e, com certeza,

impactos mais graves se levarmos em conta que

serão necessárias para impedir um aumento dos

interrupções causadas por tais fenômenos afetam

apagões num cenário climático mais adverso e

mais as redes de média e baixa tensão, devido a

um SIN mais complexo que o futuro nos projeta.

em

maiores

inconvenientes

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), pós-doutor pela Universidade de Washington e Nasa.


Ponto de vista

158

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

O esgotamento do modelo atual das empresas de energia

Após mais de 100 anos estabelecida, a indústria

prosperidade da indústria de energia, vão buscar

simplesmente os Kwh entregues mensalmente pelas

de serviços de energia está sendo completamente

orientação apropriada, disponível em larga escala,

tradicionais empresas. Recente pesquisa realizada

reinventada e desafiada em nível mundial. Ao longo

sobre como reduzir seu consumo. Uma grande

pela Associação Brasileira dos Comercializadores de

desse tempo, ocupou papel fundamental e essencial

indústria de empresas e profissionais especializados

Energia (Abraceel) apontou que os clientes brasileiros

na criação da sociedade moderna, pelo alcance

se desenvolveu nessa área, e um número crescente

gostariam de ter essa mesma oportunidade já vivida

inclusivo e universal de seus serviços, sendo utilizada

de clientes estão descobrindo que estarão

em vários outros países.

por praticamente todas as pessoas em escala global.

desperdiçando dinheiro ao não contratar esse tipo

O velho modelo de desenvolvimento de

de assessoramento, por deixar de experimentar

param por aqui: os sistemas de produção local, em

pesadas infraestruturas, erguidas através de massivos

oportunidades de melhores contratos, melhor

pequena escala, da própria energia necessária para

investimentos, com base em concessões, está

gestão e oportunidades de aumento de eficiência e

edificações já estão virando uma realidade não só

rapidamente se esgotando e ficando ultrapassado, e

de redução de consumo.

técnica, mas principalmente economicamente

tem horizontes de tempo bastante limitados face ao

O crescimento dessa indústria e desse mercado

viável! Atualmente é possível uma casa ou qualquer

ciclo de vida tradicionais de seus ativos operacionais.

foi tão forte a ponto de viabilizar outra indústria

edificação produzir parte ou todo da energia de que

A

tecnológica

sofisticada, que vem até mesmo utilizando-se de

necessita, a custos competitivos no longo prazo.

experimentada nos últimos 10 anos tem feito os

meios ilícitos, como a realização de adulterações

Sistemas de energia solar fotovoltaica ou eólica,

clientes dessas empresas, e a sociedade em geral,

e de fraudes nos medidores das concessionárias,

em pequena escala, crescentemente ocuparão

deixarem de ter um papel absolutamente passivo

ou do furto estruturado de energia, por meio de

espaço na paisagem urbana, pois os preços de sua

de meros consumidores de energia, para passarem

construção de redes clandestinas. E engana-se quem

implementação têm caído vertiginosamente nos

a adotar um papel progressivamente mais ativo, que

pensa que esta indústria ilegal é de baixa tecnologia:

últimos anos. Além disso, já existem mecanismos

ainda tem muito espaço para evoluir.

existem fraudes e quadrilhas especializadas em

previstos na legislação do setor elétrico, inclusive

Relativamente recente, o efetivo advento

alterar os mais seguros e modernos medidores, até

no Brasil, para que os consumidores utilizem e

em escala econômica e a popularização de

mesmo os medidores inteligentes eletrônicos de

se beneficiem dessas novas tecnologias, através de

equipamentos que consomem menos energia,

última geração. Recentemente, foram detectadas

um mecanismo denominado de compensação de

como as novas gerações de lâmpadas eletrônicas e

milhares de alterações realizadas nas páginas fiscais

energia, onde a energia excedente e não utilizada

mais recentemente Leds, passou a trazer consciência

de medidores inteligentes, através da porta ótica.

que foi gerada por estes sistemas próprios, por

popular de que existem opções efetivas e de fácil

Infelizmente, esta indústria clandestina e ilegal

exemplo, durante o dia, seja injetada na rede pública

adoção para a redução do consumo de energia.

segue prosperando no mundo e especialmente no

de eletricidade e posteriormente compensada

Da mesma forma, governos de todo o

Brasil, trazendo perdas significativas e ônus a todos

durante a noite, quando as células solares não

mundo tem se mobilizado unanimemente para

os consumidores, na medida em que fazem com

podem produzir a energia necessária naquele

desenvolver programas de avaliação e etiquetagem

que investimentos realizados pela sociedade não

momento. Surgem, assim, os “prosumidores”,

de equipamentos em geral, visando melhor orientar

tenham a contrapartida da receita.

que são consumidores que não apenas consomem

os seus cidadãos para o uso de equipamentos

Mas retomando os fatos relativos aos profissionais

energia, mas também produzem parte do que

eficientes e que consomem menos energia que os

que usam mecanismos legalmente estabelecidos,

necessitam. Este fenômeno de uso cada vez maior

da geração anterior. A própria institucionalização

como a análise e recomendação de contratos mais

de geração própria nas edificações provocará uma

destes programas lançou uma verdadeira corrida

vantajosos aos seus clientes, se espera que o acesso

progressiva desintermediação do mercado cativo das

da indústria em buscar inovações para melhorar

ao mercado livre de energia deva seguir aumentando

concessionárias de energia, na medida em que reduz

as margens e trazer novas oportunidades de

progressivamente e de forma significativa, como já

a dependência de um maior número de clientes do

crescimento de mercado aos mais eficientes,

acontece em outras partes do mundo, onde clientes

suprimento exclusivo de sua concessionária.

inovadores e melhores.

de baixo consumo têm a opção de adquirir a sua

Os clientes de hoje, diferentemente daqueles

energia de fornecedores que atuam em um mercado

que realmente vai provocar o esgotamento final

que escreveram a história de crescimento e

competitivo, fornecendo mais serviços do que

dos modelos atuais da indústria de eletricidade: a

alucinante

evolução

Mas o avanço e as tendências de evolução não

Soma-se ao cenário outra evolução tecnológica


159

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

viabilização de sistemas, em escala econômica, para

fazer frente a estas realidades, que já hoje estão

aberta e moderna para reconhecer as mudanças

armazenamento de energia nas próprias edificações.

presentes e que deverão evoluir muito rapidamente.

apontadas. As tecnologias, a sociedade e o mundo

Espera-se um grande avanço tecnológico nessa

Infelizmente, no Brasil, o próprio governo

estão mudando e não reconhecer isso é condenar

área, escalando rapidamente capacidade, preço

recentemente desestruturou as tarifas de energia,

as empresas e o setor à rápida sucumbência e

e tecnologia dos atuais, tímidos, insuficientes

pela introdução de artificialismos e pesados

sucateamento.

e

de

subsídios de preços, tirando a sua representatividade

condicionamento, “nobreak” e armazenamento de

ambientalmente

incorretos

sistemas

como sinalizador econômico para estas novas

retaguarda. Hoje já é possível desfrutar de algum

tecnologias. Entretanto, setor de energia, um dos

nível de conforto, ainda que a preços relativamente

mais organizados e historicamente autossustentados

altos e não para a totalidade da instalação, de

pilares da economia, já iniciou uma trajetória de

sistemas de backup e armazenamento de energia

pesados aumentos de preços para recuperar, a duras

gerada por sistemas próprios, apenas para os pontos

penas, não somente as tarifas que deveriam estar

de consumo mais importantes. Por exemplo, em

sendo praticadas no passado recente, mas também

uma casa, é viável manter atualmente a geladeira

para pagar os pesados custos financeiros dessa

e alguma iluminação e conforto, como internet/

desorganização, mantida por conta de empréstimos

tv, suportados por sistemas viáveis em preço e

heterodoxos e encargos e subsídios. A economia de

tamanho. Em futuro próximo, entretanto, toda a

mercado deverá acelerar, portanto, no curto prazo,

energia excedente produzida poderá ser reutilizada

as evoluções mencionadas, com potencial efeito

em outro horário, no mesmo imóvel, ou ser

desastroso para as empresas que não se prepararem.

oferecida a imóveis vizinhos, como um serviço.

Em resumo, o cliente já mudou e vai continuar

tarifário a ser adotado para o 4º ciclo de revisão

Por Cyro Vicente Boccuzzi,

mudando ainda mais nos poucos próximos anos e os

tarifária das concessionárias de distribuição e, por

presidente do Fórum Latino-

modelos de negócio consolidados não mais podem

isso, é extremamente oportuna uma avaliação mais

Americano de Smart Grid.

Nesse momento, está em discussão o modelo


Agenda

160

3 a 6 de novembro

Instalações elétricas em atmosferas explosivas e classificação de áreas

Descrição

Informações

Os alunos deste curso irão se inteirar a respeito dos seguintes assuntos: características das substâncias inflamáveis; conceitos de classificação de áreas; grau de proteção de equipamentos (IP); classe de temperatura; tipos de equipamentos EX; nível de proteção de equipamentos (EPL); classificação de área segundo a visão americana; e classificação de área segundo a visão europeia. As aulas contemplarão também exercícios práticos e miniconsultoria, que consistirá na análise e discussão de casos trazidos pelos participantes.

Local:

7 e 8 de novembro

Cursos

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

Rio de Janeiro (RJ)) Contato: (21) 3325-9942 cursos@ntt.com.br

Iluminação artificial em ambientes comerciais

Descrição

Informações

Voltado a arquitetos, engenheiros, designers de interiores, eletricistas, instaladores e estudantes dessas áreas, o curso irá fornecer aos participantes uma noção geral de como iluminar adequadamente os diversos tipos de ambientes comerciais, como lojas, restaurantes e hotéis. Além disso, será ensinado como valorizar e diferenciar ambientes e produtos, por meio da luz, sem descuidar do conforto, da estética e do uso racional da energia. Para participar é necessário ter conhecimento básico de luminotécnica.

Local:

11 a 13 de novembro

São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br

Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutenção

Descrição

Informações

Durante as aulas serão apresentadas técnicas que possibilitem aos participantes projetarem adequadamente ou participarem

Local:

mais efetivamente de projetos, construções e manutenções de sistemas de aterramento. O curso é voltado para alunos de engenharia, engenheiros, técnicos e demais profissionais ligados ao tema.

Rio de Janeiro (RJ) Contato: (11) 2344-1722 cursos@abnt.org.br

25 a 27 de novembro Descrição

Informações

O curso tem como objetivo apresentar um panorama geral da proteção de geradores síncronos e de transformadores elevadores, alertando para os riscos inerentes a falhas de especificação ou ajuste. Faz parte do conteúdo programático das aulas: representação de sistemas elétricos de potência; valores em P.U.; curto-circuito em unidades geradoras; funções de proteção; e problemas de risco potencial.

Local:

8 a 13 de novembro

Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6276 cursos@lactec.org.br

Seminário Nacional de Distribuição (Sendi)

Descrição

Informações

A cidade de Santos (SP) sediará a 21ª edição do Seminário Nacional de Distribuição Elétrica (Sendi), evento cujo objetivo é compartilhar experiências, conhecer novas tecnologias, realizar negócios e aperfeiçoar e integrar os funcionários de todas as concessionárias do país ao universo da energia elétrica. Paralelamente ao evento, acontecerá o V Rodeio Nacional de Eletricistas, competição em que equipes técnicas simulam uma apresentação de como trabalham diariamente na rede aérea, dentro das normas técnicas regulamentadoras e de segurança.

Local:

12 de novembro

Eventos

Proteção de geradores

Santos (SP) Contato: (19) 3756 7348 sendi@cpfl.com.br

Painel Energia Eólica

Descrição

Informações

A ser realizado dentro da Feiplar Composites & Feipur 2014 – feiras de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, o Painel Energia Eólica é um evento técnico que tem como objetivo apresentar as tecnologias de destaque para a fabricação e manutenção de pás eólicas. Durante as palestras, serão mostrados também os avanços do setor e as perspectivas para os próximos anos, com a meta de orientar a indústria sobre os índices de crescimento previstos e as necessidades técnicas que serão solicitadas por esta indústria.

Local:

16 a 19 de novembro

São Paulo (SP) Contato: (11) 2899-6381 tabatha@artsim.com.br

Seminário Técnico de Proteção e Controle (STPC)

Descrição

Informações

A ser realizado no Rio de Janeiro (RJ), a 12ª edição do Seminário Técnico de Proteção e Controle (STPC) deverá abordar, além de temas tradicionais e recorrentes da área de proteção e controle, aspectos relacionados às técnicas de medição aplicadas a sistemas elétricos e a redes inteligentes. Promovido pelo Comitê de Proteção e Automação (CE B5) do CigréBrasil, o evento é destinado a profissionais das áreas de planejamento, engenharia, operação e manutenção envolvidos com proteção e controle local de sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.

Local:

23 a 26 de novembro

Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2556-5929 eventos@cigre.org.br

VII Workspot

Descrição

Informações

Em sua sétima edição, o Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos, Subestações e Materiais (Workspot) se caracteriza por ser um encontro para debates, discussões técnicas, palestras e tutoriais. Durante quatro dias de evento, serão debatidos transformadores e reatores de potência, equipamentos de alta tensão, subestações e materiais e tecnologias emergentes, que são objetos do escopo dos Comitês de Estudos A2, A3, B3 e D1 do Cigré-Brasil, promotor do

Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2556-5929 eventos@cigre.org.br


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O Setor Elétrico / Setembro de 2014

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Melfex 8 (11) 4072-1933 vendas@melfex.com.br www.melfex.com.br Montal 79 (31) 3476-7675 vendas@montal.com.br www.montal.com.br Mon-Ter 20 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br Naville 107 (11) 2431-4500 vendas@naville.com.br www.naville.com.br Newmax 136 (11) 3934-5000 vendas@newmax.com.br www.newmax.com.br Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br

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Sarel 81 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br Sassi Medodores 100 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br Schneider Electric Encarte 0800 7289 110 call.center.br@br.schneider-electric.com www.schneider-electric.com.br Sendi 153 (19) 3756-7348 sendi@cpfl.com.br www.sendi.org.br Sicame 61 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br Siemens 25 www.siemens.com.br/protecao Sindustrial Engenharia 78 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br

Novemp 4, 5 e Fascículos (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br

Steck 17 0800 122022 / 11 6245-7000 vendas@steck.com.br www.steck.com.br

Nutsteel 55 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br

Strahl 109 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com

Obo Bettermann 14 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br Palmetal 45 (21) 2481-6453 palmetal@palmetal.com.br www.palmetal.com.br

TE Connectivity 128 (11) 2103-6000 te.energia@te.com www.energy.te.com

Paraeng Pára-Raios 157 (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br Paratec 139 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br Patola 46 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br

Telbra 39 (11) 2946-4646 www.telbra.com.br Termotécnica 93 (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br Trael 151 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Trafomil 83 (11) 4815-6444 vendas@trafomil.com.br www.trafomil.com.br

Pennwell Corporation 145 407-903-5000 Ext. 248 viviane@multimediausa.com

Transformadores União 127 (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br www.transformadoresuniao.com.br

Perfil Líder 105 (11) 2412-7787 vendas@perfillider.com.br www.perfillider.com.br

Unitron 75 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br

Luminárias Sun Way Rio 16 (21) 3860-2688 gruposunway@hotmail.com www.coloniallustres.com.br

Pfannenberg 49 (19) 3935-7187 info@pfannenberg.com.br www.pfannenberg.com.br

Utiluz 134 (54) 3218-5200 utiluz@utiluz.com www.utiluz.com

Luminárias Projeto 135 (11) 2946-8200 vendas@luminariasprojeto.com.br www.luminariasprojeto.com.br

Poleoduto 159 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br

VR Painéis Elétricos 77 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br

Maccomevap 147 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br

Press Mat 99 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br

Walcenter 10 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br

Líder Rio 21 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com Logmaster 86 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br


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What’s wrong here?

O Setor Elétrico / Setembro de 2014

O que há de errado?

ação Ilustr

: Ma

. uro Jr

Observe a imagem a seguir e identifique os problemas de acordo com as prescrições da ABNT NBR 5410 – norma de instalações elétricas de baixa tensão.

PREMIAÇÃO

Nesta edição, o leitor que mandar a

resposta mais completa, relatando as não

Resposta da edição 102 (Julho/2014) Diversos leitores identificaram os principais problemas da instalação ao lado, no entanto, o leitor JOSÉ MARIA AGUIAR apresentou a resposta mais completa com relação às não conformidades com a norma de instalações elétricas de baixa tensão ABNT NBR 5410. O vencedor receberá os seguintes produtos da Ideal Industries: um alicate amperímetro, um alicate decapador e um pote com 500 conectores de torção.

Parabéns a todos os leitores que mandaram suas respostas e continuem

conformidades da instalação com relação às prescrições da ABNT NBR 5410, será contemplado com os seguintes produtos da Ideal Industries: • Alicate amperímetro TightSight 660ACA CAT IV, código 61-764; • Decapador para cabos subterrâneos (PP) 1,5 mm2 a 2,5 mm2, código 45-235. • Conector de torção Twister LT, código 30-640J (pote com 500 unidades).

participando!

Não perca tempo!

Mande a sua resposta para

Confira a resposta correta:

A foto apresenta algumas não conformidades em relação à ABNT NBR 5410, a saber: (a) aparentemente, a taxa de ocupação do eletroduto não foi obedecida (40% no máximo); (b) faltam identificações nos circuitos; (c) foram utilizados cabos paralelos conforme a ABNT NBR 13248, o que não é permitido em instalações fixas.

Interatividade Se você encontrou alguma atrocidade elétrica e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.

interativo@atitudeeditorial. com.br ou acesse www. osetoreletrico.com.br e mande já a sua opinião! Hilton Moreno é engenheiro eletricista, consultor, professor universitário e membro de comissões de estudo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

@

Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br




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