O Setor Elétrico (Edição 109 - Fevereiro 2015)

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Ano 10 - Edição 109 Fe ve r e i r o d e 2 0 1 5

Aumenta participação do Led no segmento comercial Até 2023, a tecnologia representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit Apesar da crise, mercado de equipamentos para atmosferas explosivas espera crescimento de 11% para 2015 Nova norma promete aquecer mercado de tomadas industriais Acompanhe a revisão das normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5419 em colunas exclusivas



Sumário

3 atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br

Pesquisa de mercado – Equipamentos para atmosferas explosivas

Estudo realizado pela revista O Setor Elétrico traz informações sobre a publicação de novas normas IEC e ABNT para unidades marítimas móveis e fixas e divulga dados de mercado sobre o setor de equipamentos para áreas classificadas. Segmento espera crescimento médio de 11% para este ano.

Coluna do consultor

8

Espaço 5419

Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com

Uma reflexão sobre um ano novo marcado por notícias não tão boas.

Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187

Consumo de eletricidade em 2014 é o menor em cinco anos;

Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena

Painel de notícias

Abracopel celebra dez anos de atividades; Raios matam 98

Colunistas

pessoas em 2014; PL quer licença ambiental antes de licitação

Michel Epelbaum – Energia sustentável

em empreendimentos hidrelétricos; FLC muda centro de

Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação Eficiente

distribuição; Motores da ABB são certificados. Estas e outras

Luis Fernando Arruda – Instalação MT

notícias do setor elétrico brasileiro.

Cláudio Sérgio Mardegan – Análise de sistemas de potência

Fascículos

29

Reportagem

João Barrico – NR 10

iluminação comercial.

Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à

122

126

120

124

123

128 130

José Starosta – Energia com qualidade

60

aumentar. Até 2023, a tecnologia representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit voltados ao segmento de

Roberval Bulgarelli – Instalações Ex

Espaço 5410

134

Nesta segunda coluna, informações atualizadas sobre proteção contra efeitos térmicos e contra incêndios.

Artigo – Eficiência energética

70

Especialistas apresentam uma metodologia para melhor aproveitamento energético em uma instalação residencial.

Artigo – Energia solar

118

Jobson Modena – Proteção contra raios

Colaboradores desta edição: Adalton de Oliveira, Eduardo Daniel, Hélio Sueta, João Carlos Sanches, Leandro Oliveira, Manuel Luís Martinez, Murilo Sonegatti, Plínio Godoy, Rafael Jordão, Roberto Asano Júnior, Rodrigo Caputo, Rodrigo da Silva, Rodrigo Resende e Sérgio Feitoza.

Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.

Medidas de proteção da estrutura, das pessoas e dos atmosféricas.

Participação do Led em projetos de iluminação só tende a

Capa: Impressão - EGB Gráfica e Editora Distribuição - Correio

116

equipamentos contra os efeitos nocivos das descargas

10

Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento.

Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora.

82

96

Tendências em dimensionamento de sistemas de energia solar fotovoltaica.

Dicas de instalação

136

Recomendações para aplicação de pasta térmica em módulos de potência.

Espaço IEEE

140

Uma solução para a produção de energia elétrica e para o abastecimento de água.

Pesquisa – Mercado de tomadas 100 e interruptores

Ponto de vista

Publicada norma que fornece os requisitos gerais para tomadas

Falta de planejamento é o grande responsável pela crise hídrica.

industriais, o que deve aquecer este mercado no país. Confira

142

também pesquisa exclusiva com fabricantes e distribuidores

Agenda 144

desses produtos e saiba o que eles esperam para o ano de 2015.

Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos

Aula prática – Cabines primárias

112

meses.

Introdução a projeto, limites de fornecimento, construção,

What’s wrong here 146

operação e manutenção de cabines primárias.

Identifique o que existe de errado na instalação.




Editorial

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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

www.osetoreletrico.com.br

Ano 10 - Edição 109 Fe ve r e i r o d e 2 0 1 5

Aumenta participação do Led no segmento comercial O Setor Elétrico - Ano 10 - Edição 109 – Fevereiro de 2015

Até 2023, a tecnologia representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit Apesar da crise, mercado de equipamentos para atmosferas explosivas espera crescimento de 11% para 2015 Nova norma promete aquecer mercado de tomadas industriais Acompanhe a revisão das normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5419 em colunas exclusivas

Edição 109

Caminho sem volta

A revista O Setor Elétrico, assim como a maioria das publicações técnicas, trabalha com pautas anuais. Explico:

são definidos no fim de cada ano os principais temas a serem abordados mês a mês no ano seguinte. E, no início da produção desta edição, discutindo a pauta da reportagem deste mês, cujo tema era “iluminação comercial”, encontramos uma pesquisa internacional que revelou, entre outras conclusões, que até o ano de 2021, o Led representará 52% do mercado de iluminação comercial. Dessa maneira, a pauta foi desenvolvida a partir de uma repercussão desta informação e descobrimos, então, que teríamos, basicamente, uma reportagem sobre o Led – com o segmento comercial de cenário, claro. Ocorre que nos deparamos, algum tempo depois, com a pauta da edição de maio, que também prevê uma reportagem específica sobre o Led! Esta última pauta será trabalhada oportunamente e terá, certamente, outro enfoque, mas conto este episódio para ilustrar que é praticamente impossível falar em iluminação sem isso significar, automaticamente, falar sobre o Led.

Para quem acompanha este setor há algum tempo, causa certa estranheza perceber que o Led deixou de

ser uma simples fonte de luz utilizada para balizamento ou sinalização para ser uma das principais escolhas de qualquer projeto de iluminação, seja residencial, seja pública. Esta tecnologia ganha, em praticamente todos os aspectos – rendimento luminoso, economia de energia, durabilidade, etc. –, de qualquer outra fonte: incandescente, fluorescente ou lâmpada de descarga. A evolução da tecnologia foi tanta em tão pouco tempo que esta mesma pesquisa internacional prevê que as empresas dessa área (fabricantes e distribuidores) terão, num futuro próximo, que migrar suas atividades de fornecedoras de produtos para provedoras de serviços e soluções, se quiserem permanecer no mercado. Isso deverá acontecer, principalmente, por conta da elevada vida útil dos Leds.

De qualquer maneira, conceber um projeto de iluminação tendo o Led como principal elemento ainda significa,

na ponta do lápis, uma diferença financeira considerável, pelo menos nos gastos iniciais. Especialistas garantem, no entanto, que o investimento vale a pena, tendo em vista a pouca manutenção prevista e a longa duração do produto.

Em um momento em que praticamente todo o mundo se preocupa com o adequado uso dos recursos

energéticos, a eficiência energética é uma das melhores – se não, a melhor – maneira de se poupar energia elétrica. O Led, nesse sentido, executa um papel importante na iluminação, já que substitui tecnologias obsoletas e de baixa eficiência energética, como é o caso das lâmpadas incandescentes e das dicroicas, por exemplo.

Leia mais sobre este assunto na reportagem e no artigo técnico sobre eficiência energética em um projeto

residencial publicados nesta edição. Acesse nosso Facebook e Twitter (endereços abaixo) e fique por dentro das principais notícias do setor elétrico brasileiro.

Ótima leitura!

Abraços,

flavia@atitudeeditorial.com.br

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Coluna do consultor

Custo da energia nas alturas, reservatórios nas profundezas, acidente elétrico em carro alegórico, impostos... feliz ano novo! A nossa lição de casa parece pesada, daquelas difíceis de serem resolvidas mesmo que trabalhemos no mesmo grupo do “CDF” da classe. O choque de realidade nos atinge não talvez da mesma forma que atingiu as vítimas do acidente elétrico do carro alegórico em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, que perderam tragicamente suas vidas, mas muito suor será derramado para a conclusão desta tarefa. Os termos “racionamento”, “racionalização”, “contenção de gastos”, “inflação” e outros nos perseguirão como fantasmas por mais um bom tempo. O tema merece atenção e participação de toda a sociedade, pois tem proporções estratégicas e de segurança nacional. Mãos à obra e sem choradeira. Há muito o que deve ser feito e nós sabemos o que deve ser feito.

Voltando ao tema da morte dos foliões, será que alguém já parou para pensar no

estúpido risco que eles inocentemente correram? E que foi fatal! A explicação parece tecnicamente simples: “o carro alegórico encostou na fiação elétrica de alta tensão do veículo que era empurrado pelos acidentados”. De forma tragicômica, o local do acidente foi a Via Light, em frente ao inferninho Bossa Nova, conforme informações do site “O dia”.

Escrevo estas linhas na quarta-feira de cinzas, assistindo, inconformado, a mais uma

tragédia que poderia ser evitada ao bom estilo da boate Kiss.

Claramente, não temos nenhum regulamento ou normas técnicas, em especial,

a serem seguidas para aqueles que se aventuram por construir verdadeiras naves sobre pneus que encantam o mundo todo. Fico imaginando como aquelas gruas, guindastes, sistemas pneumáticos movidos por compressores, bombas e outras tantas traquitanas sobre as quais os carros alegóricos e trios elétricos são construídos operam adequadamente e, principalmente, conferem segurança àquela centena de operadores que fazem o espetáculo acontecer. Apenas por curiosidade, como seria o sistema de aterramento destes carros? Algum DR? Alguma ligação equipotencial? Algum EPI para a turma? As prefeituras teriam estudado os caminhos a serem traçados e percorridos pelos carros? A dirigibilidade dos carros é segura?

Quando mortes ocorrem, já pagamos um preço muito alto. É hora de agir e não

esperar as próximas. Somente uma normalização adequada nos ajudará a evitar a recorrência do erro.

Vamos derramar suor e não lágrimas.

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br



Painel de mercado

10

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Consumo de energia elétrica em 2014 é o menor em cinco anos A elevação foi de 2,2% no ano passado. Número só é menor do que o apresentado em 2009, quando o consumo decresceu em 1,1% em razão da crise global O consumo de energia elétrica em 2014 atingiu a marca de 473,4 TWh, o que representou um crescimento de 2,2% em comparação ao ano anterior. Esta elevação foi a menor desde 2009, quando o consumo total apresentou um decréscimo de 1,1% em razão da crise econômica global que estourou no final de 2008. As informações fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica nº 88 publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Conforme a EPE, o resultado apurado

no ano passado ficou abaixo das últimas

Fraco desempenho da indústria é o principal responsável pelo baixo crescimento do consumo.

previsões

anotada a taxa negativa de 5,4% nos últimos

setorial Comerc, estudo mensal que avalia os

principal responsável pelo baixo acréscimo

seis meses do ano.

dados de consumo de energia elétrica das

foram as indústrias, cujo desempenho

De acordo com o boletim mensal da

540 unidades sob administração da empresa

foi muito inferior ao previsto na época. A

EPE, o consumo industrial recuou 5,5% em

no mercado livre de energia, o consumo de

previsão era de que o consumo recuasse

dezembro de 2014. Estes números vão ao

energia elétrica no mercado livre em dezembro

no segundo semestre em relação ao mesmo

encontro do consumo de energia no mercado

de 2014 caiu 9,54% em comparação ao mês

período de 2013. Contudo, o recuo foi mais

livre, representado em sua maioria por grandes

anterior. Em relação ao mesmo mês de 2013,

acentuado do que o previsto, tendo sido

consumidores industriais. Conforme o Índice

também houve queda, de 1,83%.

realizadas

pela

empresa.

A



Painel de mercado

12

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

Abracopel comemora dez anos de atividades Durante esta década de existência, entidade realizou mais de 500 ações a favor da eletricidade segura, tais como seminários, workshops, prêmios de jornalismo e participação em normalização e legislações

A Associação Brasileira de Cons­ ci­ e ntização

para

os

Perigos

da

Eletricidade (Abracopel) completou dez anos de existência no dia 2 de fevereiro de 2015. Para celebrar esta importante data, a entidade realizou no dia 24 do último mês de fevereiro um jantar no qual estiveram presentes representantes das empresas apoiadoras, entidades e amigos. A

entidade,

que

apresenta

atualmente cerca de 100 associados, surgiu, segundo o engenheiro eletricista e diretor-executivo da Abracopel, Edson Martinho, da necessidade de se realizar ações de mudança de cultura em assuntos relacionados à eletricidade. Neste sentido, foram realizadas durante estes dez anos mais de 500 ações em prol da eletricidade segura, tais como seminários,

palestras,

Abracopel ofereceu um jantar aos amigos e colaboradores em comemoração aos dez anos da entidade.

workshops,

concursos de redação e desenhos, prêmios de jornalismos e participação em normalizações e legislações, que influenciam quase 20 mil profissionais do setor. Estas ações, conforme Martinho, levaram a Abracopel a ter a certeza de ter evitado inúmeros acidentes com eletricidade, mas que infelizmente ainda são muitos. O

diretor

fundação

da

afirma

que

entidade

desde

era

a

sabido

que a luta seria muito árdua. “Mudar uma cultura, ou até neste caso criar uma cultura da segurança é algo que demanda um grande esforço”, diz o engenheiro eletricista, destacando que, apesar disso, vontade nunca faltou aos profissionais

da

entidade.

“Tivemos

muitas vitórias, mas cada acidente é uma derrota. Os objetivos para uma década foram alcançados, mas queremos muito

Livro, que conta a história da Abracopel, foi lançado como parte das celebrações.


13

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

mais. Temos uma missão para continuar”,

com

eletricidade

afirma.

depoimentos de profissionais que, de

Como parte das festividades, a

alguma maneira, contribuíram com os

associação lançou o livro Abracopel

esforços da associação.

– Uma década de conscientização,

Para os próximos anos, o plano

proteção e reconhecimento, publicação

da

que conta um pouco da história da

informações a todos os locais do país,

eletricidade no mundo e no Brasil, traz

“usando todos os meios e caminhos que

a história dos dez anos da Abracopel,

nos for permitido, dentro das limitações

divulga dados estatísticos de acidentes

que houver”, conclui Martinho.

Abracopel

é

e

exibe

continuar

ainda

levando

Acidentes com eletricidade em 2014

Única entidade a divulgar dados estatísticos sobre acidentes com eletricidade,

a Abracopel apresentou, recentemente, os números de 2014. De acordo com a entidade, houve um aumento de 17,7% no número total de acidentes envolvendo eletricidade com relação ao ano de 2013. Foram, ao todo, 1.222 acidentes no ano passado contra 1.038 em 2013. A associação contabiliza os acidentes ocorridos por choque elétrico, incêndios provocados por curtos-circuitos e ocorrências envolvendo descargas atmosféricas.

O total de acidentes com choques elétricos foi de 822, sendo 627 fatais.

Incidentes envolvendo curtos-circuitos totalizaram 311 casos, dos quais 295 evoluíram para incêndio, resultando em 20 mortes.

A Abracopel apurou ainda que a maior parte dos acidentes ocorre em ambiente

residencial, cenário para 180 das mortes registradas em 2014. Para se ter uma ideia, 89 dos acidentes fatais foram em decorrência do mau uso de extensões, benjamins e tomadas.

Mortes por choque elétrico Manuseio ou conserto de chuveiro elétrico

3

Manuseio ou conserto de cortador de grama

6

Manuseio ou conserto de eletrodomésticos

15

Manuseio de extensões, benjamins, tomadas ou afins

89

Toque em condutor partido ou sem isolação em ambiente interno

45


Painel de mercado

14

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Setor eletroeletrônico registra em 2014 queda de 4,9% em sua produção física O mês de dezembro de 2014 foi o que apresentou o pior resultado se comparado com o mesmo período de 2013: decréscimo de 13,3% A

produção

setor

comparado a dezembro de 2013,

boas vendas dos mercados de tablets

eletroeletrônico apresentou queda de

a indústria elétrica registrou queda

e smartphones. Já a fabricação de

4,9% em 2014 ante o ano anterior,

de 5,2% e a indústria eletrônica

aparelhos de recepção, reprodução,

segundo dados do Instituto Brasileiro

retraiu-se 22,3%. No acumulado do

gravação e amplificação de áudio e

de Geografia e Estatística (IBGE)

ano, ambos os setores apresentaram

vídeo e de componentes eletrônicos

agregados pela Associação Brasileira da

Indústria

(Abinee).

O

física

do

queda, embora o desempenho da

apresentaram queda de 4,6% e 24,5%,

e

Eletrônica

área eletrônica tenha se mostrado um

respectivamente.

resultado

Elétrica

negativo

pouco superior ao da área elétrica. A

No

para o ano foi superior à queda de

indústria eletrônica fechou 2014 com

elétrica, houve retração em todos os

2%

esperada

pela

associação.

O

que

se

refere

à

indústria

queda de 2,4% e a indústria elétrica se

segmentos. Com ênfase na produção

mês de dezembro de 2014 foi o

retraiu 7,2%.

de

que apresentou o pior resultado se

Em

comparado com o mesmo período de

à

notou-se

registrou queda de 16,9%. Conforme

2013: um decréscimo de 13,3%.

crescimento de 3,3% na produção

a Abinee, este número é explicado pela

Separadamente,

de equipamentos de informática e

falta de encomendas no segmento de

bons

periférico e de 4,2% nos equipamentos

distribuição, verificada durante todo o

resultados. Em dezembro deste ano,

de comunicação, impulsionados pelas

ano passado

também

não

os

segmentos

apresentaram

relação

indústria

especificamente

eletrônica,

equipamentos

para

controle

e

distribuição de energia elétrica, que



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Raios são responsáveis por 98 vítimas fatais em 2014 Foram registrados em todo o país 98 óbitos, um a menos do que em 2013. Dados são do Grupo de Eletricidade (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Só no Estado de São Paulo, foram 17 mortes por raios.

O número de mortes causadas

Os

por descargas atmosféricas teve uma

levantamento

dados

fazem

modesta queda em 2014 no Brasil.

publicado pelo Grupo de Eletricidade

Foram 98 óbitos, um a menos do que

(Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas

em 2013. Os estados que apresentaram

Espaciais

mais vítimas fatais foram São Paulo, com

baseado em informações da imprensa,

17 mortes, Maranhão (16), Piauí (sete),

Defesa Civil e Ministério da Saúde.

Amazonas e Pará, com seis mortes cada.

Conforme o coordenador do Elat,

As cidades que tiveram o maior

Osmar Pinto Júnior, entre 2010 e 2015,

número de vítimas no ano que passou

apenas em um ano o número de mortes

foram: São Paulo, capital, com cinco

foi maior do que 100. Estes números

vítimas; Praia Grande (SP), com quatro

sugerem uma redução nas mortes por

vítimas; Pauini (AM), Wanderley (BA) e

raios no Brasil, possivelmente devido

Igarapé Grande (MA), com duas vítimas

ao

fatais cada.

prevenção”, destaca.

anual

(Inpe).

aumento

de

O

parte

sobre

do

o

tema

documento

informações

é

sobre


17

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Abraceel pede que correção monetária e taxa Selic sejam aplicadas na dívida das distribuidoras Para o presidente da associação, o valor deve ser corrigido pela Selic porque se trata de um empréstimo que os credores da CCEE estão fazendo às concessionárias

A

Associação

Brasileira

dos

Comercializadores de Energia (Abraceel) solicitou que sejam aplicadas a correção monetária e a taxa de juros Selic na dívida de R$ 2,56 bilhões das distribuidoras de eletricidade no mercado de curto prazo. Desse montante, R$ 1,086 bilhão refere-se a operações de novembro e R$ 1,474 bilhão a operações de dezembro. Tais valores estão registrados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Para

o

presidente

da

Abraceel,

Reginaldo Medeiros, o valor deve ser corrigido pela Selic porque se trata de um empréstimo que os credores da CCEE estão fazendo às distribuidoras. “Então é importante que haja uma remuneração de capital e uma correção monetária do dinheiro”, afirma.

A expectativa da Abraceel é de que

os valores devidos fossem pagos no dia 9 de fevereiro, data da última liquidação no mercado. Contudo, para isso ocorrer, era necessário que o empréstimo de R$ 2,5 bilhões às distribuidoras relativo às suas dívidas fosse aprovado em fevereiro, o que não aconteceu. Conforme a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a transação deve ocorrer no início de março. O

prazo

para

liquidação

dessas

operações de novembro e dezembro no mercado de curto prazo foi estendido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para até 31 de março.


Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Controladores www.wago.com.br

Os controladores da linha PFC200, lançados recentemente

pela Wago, destacam-se por oferecer mais memória, mais velocidade de processamento e maior capacidade de integração com protocolos de comunicação. Foram desenvolvidos justamente para controlar aplicações de grande porte, com I/O (módulo de entrada e saída) distribuído.

A nova série conta com processador Cortex A8 e pode ser

configurada por meio de uma interface WEB (Web Based Management) e programada por Codesys (IEC61113) ou mesmo por um editor Linux, sistema operacional residente nos controladores da linha. Os PFC200 também possuem o recurso do WebVisu, no qual as telas da aplicação são desenvolvidas no mesmo ambiente de programação da lógica de controle. E a visualização é feita em qualquer browser de mercado: Internet Explorer, Mozila, Chrome, entre outros.

São cinco modelos – 750-8202; 750-8203; 750-8204; 750-

8206 e 750-8204. Este último habilitado a trabalhar nos protocolos de energia IEC61850, 61870-103 e 104. Todos possuem 256 MB de memória RAM, 16 MB de memória de programa, 64 MB de memória de dados, 96KB de memória retentiva e mais 32 GB de memória flash (externa). Contam, ainda, com certificados UL, GL e CE.

Modernização de gavetas de partidas de motores www.abb.com.br

A nova solução “plug and play” da ABB para a modernização

de gavetas de partidas de motores foi elaborada a partir da impossibilidade de o cliente realizar paradas muito longas. De acordo com a empresa, o objetivo dessa solução é melhorar a confiabilidade do sistema elétrico, evitando desgastes dos componentes (exemplo motores) e, principalmente, proporcionar maior segurança nas instalações para as equipes de manutenção e operação. Essa solução é voltada para parques industriais antigos com painéis que necessitem

de

modernização

ou

estejam no fim do ciclo de vida. A solução oferece flexibilidade para que os motores sejam desligados individualmente, de forma que, se uma gaveta de partida de motor for danificada não afetará as demais, devido à segregação entre elas mesmas. O conceito “plug and play” possibilita a substituição das gavetas de partida em menos de cinco minutos. Também se destaca a questão da segurança operacional, que possibilita à equipe de manutenção o acesso individual da

A nova família de controladores é indicada para máquinas em geral e pode ainda ser aplicada em processos e projetos de energia limpa.

gaveta danificada, evitando-se o risco de choques por contatos acidentais.

O desenvolvimento desta solução se deu a partir da necessidade de um cliente que precisava de solução rápida e eficaz para painéis antigos.


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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Nova geração de contatores

Cabo de controle

www.weg.net

www.cobrecom.com.br

A Weg apresenta sua linha CWB, uma nova geração de

O cabo de controle, da Cobrecom, é indicado

contatores, uma solução mais compacta de até 38 A, com

para circuitos de comando e controle de instalações

45 mm de largura. Nos modelos CWB9, CWB12, CWB18,

elétricas industriais e comerciais, sendo empregado

CWB25, CWB32 e CWB38, os contatores apresentam

para acionar equipamentos industriais e painéis, por

contatos auxiliares 1NA + 1NF já incorporados e bobinas em

meio de sinais ou alimentação em instalações fixas.

corrente contínua de baixo consumo (5,8 W), o que permite

Pode ser aplicado em circuitos automatizados e

acionamento direto dos contatores via CLPs, saídas de

tem como diferencial sua flexibilidade que facilita

inversores ou soft-starters, sem o uso de interfaces a relé.

sua instalação.

O produto permite montagens de partidas de motores

Um dos destaques da empresa durante a

mais compactas e foi desenvolvido de acordo com as normas

Feicon Batimat 2015, o cabo de controle é formado

internacionais IEC 60947 e UL508. Entre os acessórios,

por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole,

destacam-se

os

blocos

encordoamento classe 4 (flexível), isolado com

supressores

de

surto,

PVC tipo PVC/A que suporta até 70 °C, sendo

que foram desenvolvidos

recomendado para tensões nominais de até 0,6/1

com tecnologia plug in,

kV. Sua cobertura é feita com policloreto de vinila.

permitindo

encaixe,

um

não

espaço ao

contator.

melhor

produto está disponível nas versões com 5, 7, 10,

adicional

12, 16, 20 e 25 condutores com seções nominais

o

de 0,5 mm²; 0,75 mm²; 1,0 mm²; 1,5 mm² e 2,5

intertravamento mecânico espaço

“zero”

Em conformidade com a ABNT NBR 7289, o

ocupando

mm².

permite

montagem lado a lado, possibilitando

melhor

aproveitamento de espaço em painéis elétricos. Sua instalação não necessita de ferramentas.

Os contatores são fabricados com materiais de baixo impacto ao meio ambiente e de acordo com os requisitos internacionais RoHs.

O cabo de controle é encontrado em rolos de 100 metros ou em bobinas de madeira com 500 metros.


Painel de normas

20

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.

PL prevê licença ambiental antes de licitações em empreendimentos hidrelétricos e LTs O Projeto de Lei 8129/14 quer tornar obrigatória a apresentação da licença prévia e também sugere a ampliação no prazo para implantação de novos empreendimentos de geração de energia Pode se tornar obrigatória a obtenção de licença prévia ambiental às empresas que quiserem participar de licitações promovidas pelo governo federal para empreendimentos de geração hidrelétrica e de transmissão de energia elétrica. Tudo depende da aprovação do Projeto de Lei (PL) 8.129/14, do Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), que altera as leis 10.487 e 10.848, de 15 de março de 2004, e está em tramitação na Câmara. Segundo o projeto, em licitações para empreendimentos de geração hidrelétrica, além da licença prévia ambiental, será necessária a apresentação da

Projeto de Lei também sugere a ampliação do prazo para implantação de novos empreendimentos de geração de energia.

declaração de disponibilidade hídrica.

e Energia (CME). O texto deverá ser avaliado

que impediu a energia produzida por diversos

O texto sugere também a ampliação

também na Comissão de Constituição e

parques eólicos da região Nordeste do país

no prazo para implantação de novos

Justiça e de Cidadania.

de ser escoada para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

empreendimentos de geração de energia, que deixam de ser obrigados a prestarem serviço

Proposta de fiscalização e controle

Conforme o relatório final da PFC, o setor

elétrico apresenta muitos descompassos

a partir do terceiro ou quinto ano pós-licitação, e podem introduzir o serviço a partir do quinto

O

PL

8129/14

como

nos cronogramas de implantação desses

ou sétimo ano. Para os empreendimentos

consequência

novos que dispensam processo licitatório,

de

serviços, prevalecendo o atraso, o que acaba

Fiscalização e Controle (PFC) de 2014, da

por prejudicar a vida do consumidor final de

o prazo se manteve em três anos. O prazo

Comissão de Minas e Energia, feita pelo

energia. Neste sentido, Rosado chegou à

de suprimento não foi modificado e deve

ex-deputado Bentinho Rosado. Ele investigou

conclusão em sua proposta de que seria

continuar entre 15 anos e 35 anos.

os motivos do atraso da Companhia Hidro

necessária a ampliação dos prazos, assim

Atualmente, o projeto de lei aguarda a

Elétrica do São Francisco (Chesf) na

como a necessidade de apresentação de

designação do Relator na Comissão de Minas

implantação de linhas de transmissão (LTs) e

licenças prévias antes das licitações.

de

uma

nasceu Proposta

ABNT publica duas normas em fevereiro Cabos e cordões flexíveis Foi publicada no dia 5 de fevereiro a norma ABNT NBR 14633:2014, intitulada “Cabos e cordões flexíveis com isolação extrudada de polietileno clorosssulfonado (CSP) para tensões até 500 V - Requisito de desempenho”. O texto, que contém 25 páginas, especifica as condições exigíveis para cordões flexíveis de dois condutores, para tensões até 300 V e cabos flexíveis de dois ou três condutores, para tensões até 500 V, com isolação de polietileno clorossulfonado (CSP) ou polímeros similares, utilizados em aparelhos eletrodomésticos térmicos, particularmente em ferro de passar roupa.

Transformador de corrente Também publicada no dia 5 de fevereiro, a norma ABNT NBR 6856:2015 estabelece as características de desempenho de transformadores de corrente (TC) destinados a serviços de medição, controle e proteção. Os requisitos específicos para transformadores de corrente para uso em laboratórios e transdutores ópticos não estão incluídos no texto. O documento normativo tem 111 páginas.


21

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Decreto do Estado de São Paulo altera regulamento do ICMS que incide no Led Com a nova lei, empresas do segmento terão diferido o imposto relativo à matéria-prima e itens intermediários empregados na fabricação dos equipamentos com Led

No último dia 22 de janeiro entrou em vigor o Decreto nº 60.063, assinado pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e publicado no Diário Oficial do Estado. Ele altera o regulamento do

Imposto

sobre

a

Circulação

de

Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre os produtos com tecnologia Led, estabelecendo benefícios tributários. As empresas do segmento terão diferido o imposto relativo à matériaprima e itens intermediários empregados na fabricação dos equipamentos com Led. Assim, o ICMS deverá ser recolhido somente

na

saída

do

produto

final

resultante do processo industrial. Além disso, o decreto suspende o lançamento do imposto que incide no desembaraço aduaneiro de matéria-prima e produto intermediário para o momento no qual ocorrer a saída do produto final.

Com a medida do governo do Estado

de São Paulo, o setor de fabricação de produtos Led faz parte das atividades abrangidas pelo disposto no artigo 29 das Disposições Transitórias do Regulamento do ICMS, que concede benefícios para a aquisição de bens para o ativo imobilizado.


Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

Consórcio fornecerá soluções em smart grid para seis estados do Norte e Nordeste Ação faz parte do Projeto + Energia da Eletrobras e consistirá na implantação da tecnologia AMI (Infraestrutura de Medição Avançada) para leitura e monitoramento do consumo em unidades consumidoras de média e baixa tensão O

Smart,

consumidoras de média e baixa tensão.

a Agência Nacional de Energia Elétrica

formado pelas empresas Siemens, Itron

consórcio

Energia

+

Elas fornecerão medidores inteligentes,

(Aneel), as regiões Norte e Nordeste,

Soluções para Energia e Água e Telemont

realizarão

e

que serão contempladas pelas ações do

Engenharia de Telecomunicações, venceu

manutenção; desenvolverão a infraestrutura

consórcio, apresentam, respectivamente,

concorrência para fornecer soluções em

de comunicação e implantarão o sistema e

22% e 10% de perdas não técnicas,

smart grid para seis estados do Norte e

o centro de gerenciamento da medição.

considerados os maiores índices do Brasil.

Nordeste – Acre, Alagoas, Amazonas,

Conforme o diretor de distribuição

Além

Piauí, Rondônia e Roraima – no âmbito do

da Eletrobras, Marcos Aurelio Madureira

o desempenho de seis distribuidoras:

Projeto Energia + da Eletrobras. O contrato

da Silva, as ações de monitoramento a

Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras

com o consórcio vencedor foi assinado no

distância serão realizadas por um Centro

Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição

dia 9 de fevereiro na sede da Eletrobras, no

de Inteligência da Medição, instalado

Acre, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras

Rio de Janeiro.

em Brasília, que ficará permanentemente

Distribuição

As empresas receberão cerca de

interligado com seis centros de supervisão

Distribuição Roraima. Assim que o projeto for

226 milhões – obtidos pela Eletrobras via

nos

concluído, a Eletrobras deverá aumentar suas

empréstimo junto ao Banco Mundial - ao

localmente para detectar irregularidades.

taxas de arrecadação por conta da redução

implantar a tecnologia AMI (Infraestrutura

Um dos objetivos do projeto é reduzir

de perdas totais na rede de distribuição e

de Medição Avançada) para leitura e

de modo sustentável o nível de perdas não

melhorar a qualidade dos serviços prestados

monitoramento do consumo em unidades

comerciais das concessionárias. Conforme

aos consumidores.

serviços

estados.

Esses

de

instalação

centros

atuarão

disso,

as

ações

Rondônia

e

melhorarão

Eletrobras



24

Painel de empresas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Motores da ABB recebem certificação de qualidade O Certificado de Conformidade Nacional, emitido pelo Organismo de Certificação de Produtos BVC, foi baseado em análises efetuadas sobre os relatórios de ensaios do IECEx emitidos pelo Laboratório de Ensaio VTT, da Finlândia

ABB faz acordo com Hitachi para projeto de HDVC no Japão

Os motores de indução trifásicos

diferenciado, que atende às mais exigentes

de alta tensão das linhas HXR e AMI

certificações do mercado.

com tipo de proteção não centelhante

da ABB, produzidos na unidade de

e média tensão são projetados para atender

Sorocaba (SP), receberam Certificado de

aos requisitos de diferentes aplicações. As

acordo com a Hitachi, para consolidar

Conformidade Nacional. Para a obtenção

linhas HXR e AMI apresentam longa vida

um

deste selo, a instalação do fabricante é

útil, baixo nível de ruído e menor custo

soluções de sistemas para HDVC no

avaliada no que diz respeito à gestão de

operacional e ainda auxiliam na redução

Japão. O empreendimento, com sede

qualidade, devendo o produto atender aos

dos impactos ambientais. Para a linha HXR,

em

requisitos de segurança, desempenho e

os produtos são constituídos de carcaça

projeto,

confiabilidade, indicados pelas normas

de ferro fundido aletada, com método de

e

técnicas internacionais.

A ABB explica que seus motores de alta A ABB anunciou a realização de um empreendimento

Tóquio,

será

conjunto

responsável

engenharia,

serviços

pós-venda

para

pelo

fornecimento relacionados

resfriamento IC411. Já os equipamentos

ao sistema de corrente contínua de

resultado

certificados da linha AMI são constituídos

projetos de HVDC.

evidencia que os critérios utilizados na

de carcaça de chapa de aço soldada, com

A iniciativa conjunta irá combinar a

fabricação dos produtos da empresa

método de resfriamento IC611 (trocador

rede de vendas, a experiência em gestão

estão em conformidade com as normas

de calor ar/ar) ou IC81W (trocador de

de projetos, os processos de garantia de

vigentes e mostra que eles obedecem aos

calor ar/água).

qualidade e os registros de desempenho

mais rigorosos parâmetros de qualidade,

O

Conformidade

de entrega da Hitachi com tecnologias

durabilidade e eficiência. O gerente da

Nacional, emitido pelo Organismo de

HVDC de última geração da ABB. A

unidade de motores e geradores da

Certificação de Produtos BVC (Bureau

Hitachi terá participação acionária de 51%

empresa, Giovanni Pedrinoni, destaca

Veritas Certification), foi baseado em

e a ABB de 49%.

que a ABB é pioneira no desenvolvimento

análises efetuadas sobre os Relatórios de

de tecnologias inovadoras e oferece um

Ensaios (ExTR) do IECEx emitidos pelo

a transmissão de eletricidade entre dois

sistema de gestão de qualidade contínuo e

Laboratório de Ensaio VTT, da Finlândia.

sistemas de rede elétrica.

Conforme

a

ABB,

o

Certificado

de

HVDC é uma tecnologia utilizada para



Painel de empresas

26

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

ONGs têm até 19 de março para se inscreverem em chamada do Nexans Foundation Chamada é direcionada a organizações brasileiras que possuam boas iniciativas de acesso à energia elétrica em comunidades carentes

Está aberta até o dia 19 de março a

terceira chamada da Nexans Foundation para ONGs brasileiras que tenham boas iniciativas de acesso à energia elétrica em comunidades carentes. Os interessados devem se inscrever no site da fundação: http://foundationnexans. com/en/. No endereço também estão disponíveis os regulamentos e os demais critérios do processo seletivo. Os projetos escolhidos receberão subsídio da entidade de aproximadamente 300 mil euros, o equivalente a cerca de

A Nexans Brasil espera que nesta chamada a América do Sul tenha o seu primeiro projeto inscrito.

1 milhão de reais. O montante poderá ser dividido entre os projetos vencedores

com base em suas proporções e em

2013, na França, com o objetivo de

critérios estabelecidos pela comissão

apoiar projetos sociais que almejam

julgadora. Um dos principais critérios

levar eletricidade para comunidades

de seleção é o impacto gerado para as

carentes em todo mundo, promovendo

comunidades beneficiadas conforme suas

a responsabilidade e o desenvolvimento

necessidades.

social.

A Nexans Foundation foi criada em

FLC transfere centro de distribuição para agilizar entrega de produtos Instalação, que ficava localizada na cidade de São Paulo, agora está em Arujá (SP), cobrindo uma área de 5.300 metros quadrados A

do

em pleno crescimento e agilizar a entrega

mercado de lâmpadas eletrônicas, acaba

FLC,

importante

empresa

de produtos sem perder a qualidade de

de transferir o seu centro de distribuição

seus produtos.

da capital de São Paulo para a cidade de Arujá (SP). A nova instalação conta com 5.300 metros quadrados e faz parte da política de inovação da empresa e de seus investimentos permanentes em logística.

Com o novo centro, a empresa muda

o modelo de estoque descentralizado para uma infraestrutura mais moderna, em um único local. Tal mudança, destaca o diretor logístico da companhia, Wagner Professiori, permitirá à FLC ampliar a distribuição, atender à demanda que está

Novo centro de distribuição conta com infraestrutura mais moderna e estoque descentralizado.


27

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Cemig e Vale criam nova empresa de energia Aliança Geração já nasce com capacidade de 1.158 MW em operação, em Minas Gerais

Foi concluída, no dia 27 de fevereiro,

a

associação

entre

a

Companhia

Energética de Minas Gerais Geração e Transmissão (Cemig GT) e a Vale para a criação da empresa de energia Aliança Geração, cujos sócios já contam com participações societárias nos seguintes ativos de geração: as usinas Porto Estrela, Igarapava, Funil, Capim Branco I, Capim Branco II, Aimorés e Candonga, localizadas em Minas Gerais.

A Aliança, com sede em Belo Horizonte,

apresenta, então, a capacidade instalada de 1.158 MW em operação, sendo que a Vale e a Cemig passam a deter, respectivamente, 55% e 45% do seu capital total. Como resultado, a Cemig eleva o seu potencial de gerar novos negócios e maximizar resultados, em virtude da combinação das experiências em gestão operacional, financeira e de projetos.

A Cemig informa que a integralização

dos ativos de energia em operação depende ainda, até 19 de junho, da conclusão da aquisição de 49% da participação da Vale na Norte Energia S/A,

empresa

responsável

pela

construção, operação e exploração da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Caso a operação não ocorra até essa data, a Vale poderá requerer a anulação da integralização dos ativos à Aliança, no prazo máximo de 60 dias.

De acordo com o diretor de Relações

Institucionais e Comunicação da Cemig, Luiz Fernando Rolla, o objetivo do Grupo Cemig é crescer no mercado de energia elétrica brasileiro, expandir suas operações para outros países e aumentar seu parque gerador que já alcança 84 usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e eólicas.


Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Eletrosul inaugura empreendimento eólico no Rio Grande do Sul O Parque Geribatu acrescentará 258 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com mais duas outras usinas, o parque compõe o Complexo Eólico Campos Neurais, de 538 MW, o maior da América Latina A Eletrosul inaugurou no fim de

compõem o Complexo Eólico Campos

Litorânea de Energia (TSLE), implantou

fevereiro o Parque Eólico Geribatu,

Neutrais, de 583 MW e, também, o maior

cerca de 470 quilômetros de linhas de

localizado em Santa Vitória do Palmar

em operação no Rio Grande do Sul. O

estra-alta tensão (525 kV). O sistema

(RS), que acrescentará 258 MW ao

parque reúne 129 aerogeradores, com 2

contém ainda três subestações (Santa

Sistema

(SIN).

MW de potência cada, distribuídos em

Vitoria do Palmar, Marmeleiro e Povo

Agora, o estado do Rio Grande do

dez usinas, que ocupam uma área de 47,5

Novo) e a ampliação da subestação Nova

Sul, que já apresenta uma das maiores

km². Junto dos outros dois parques, Chuí

Santa Rita. Os investimentos foram de

capacidades

geração

(144 MW) e Hermenegildo (181 MW),

aproximadamente R$ 900 milhões.

eólica no país, com 1082 MW, teve um

nos quais estão sendo investidos R$ 1,7

acréscimo de 30%. Conforme a Eletrosul,

bilhão, forma o maior complexo eólico da

Eurides Mescolotto, com a entrega

o parque eólico mais os sistemas de

América Latina, projetando o setor elétrico

em operação do Parque Geribatu, a

transmissão associados custaram R$

gaúcho no mercado internacional de

companhia

2,1 bilhões. A FIP Rio Bravo Energia I é

energia.

cerca de 40% da atual capacidade de

parceira no empreendimento.

Para transmitir a energia produzida

geração eólica do Rio Grande do Sul.

O

Interligado

Parque

Nacional

instaladas

Eólico

de

passa

a

responder

por

tem

pelo parque até o SIN, a Eletrosul, em

Mescolotto recorda que outros 144

capacidade para atender ao consumo

conjunto com a companhia Estadual de

MW do Complexo Eólico Cerro Chato,

de

de

Geração e Transmissão de Energia Elétrica

em Sant'Ana do Livramento, na fronteira

habitantes, é o maior dos três parques que

(CEEE-GT), sócias na Transmissora Sul

oeste do estado, já estão em operação.

aproximadamente

Geribatu

Conforme o presidente da Eletrosul,

1,5

milhão


Fascículos

Apoio

ILUMINAÇÃO PÚBLICA E URBANA Plinio Godoy

30

Capitulo II – Conceitos de iluminação urbana • Classificação da distribuição das intensidades das luminárias • Classificação das luminárias em relação à distribuição transversal das intensidades luminosas • Requisitos luminotécnicos • Perfil de manutenção

ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA E APLICAÇÕES Manuel Luís Barreira Martinez

40

Capítulo II – Agrupamento de cargas e definições complementares • Demanda diversificada • Curva de permanência de carga • Fator de diversidade • Fator de utilização • Diversidade de carga

EQUIPAMENOS PARA SUBESTAÇÕES DE T&D Sergio Feitoza Costa

46

Capítulo II – Curtos-circuitos, ampacidades, sobrecargas e contatos elétricos • Termos, conceitos e definições • Geradores, linhas de transmissão e cargas supridas pelo sistema de distribuição • Parâmetros que afetam o resultado dos ensaios de elevação de temperatura • Parâmetros que afetam o resultado dos ensaios de esforços eletrodinâmicos

QUALIDADE NAS INSTALAÇÕES BT Eduardo Daniel Capítulo II – Alimentação e previsão de carga • Previsão de carga • Alimentações • Serviços de segurança • Divisão da instalação

56


Apoio

Iluminação pública e urbana

30

Capítulo II

Conceitos de iluminação urbana Por Plinio Godoy*

Neste capítulo, são apresentados

Como

alguns conceitos fundamentais para o

iluminação de uma via? A primeira

iniciar

Saber as características da via é

bom entendimento das questões relativas

informação

fundamental para a definição das soluções.

à Iluminação urbana.

a largura do leito carroçável (w). A

que

um

projeto

devemos

buscar

de é

A partir de uma instalação típica

segunda informação importante que

de iluminação pública, vamos entender

precisamos definir é a categoria da

como os diversos dados se relacionam e

via e, por consequência, os índices

como interpretá-los para a definição da

luminotécnicos que temos de atender.

correta solução para seus projetos.

Esses índices são encontrados na norma

Volume de tráfego da via Tabela 1 – Tráfego motorizado Classificação

Volume de tráfego noturno a de veículos por hora, em ambos os sentidos b, em pista única

Level (L)

150 a 500

Médio (M)

501 a 1.200

Intenso (I)

Acima de 1.200

Valor máximo das médias horárias obtidas nos períodos compreendidos entre 18 e 21 h. b Valores para velocidads regulamentadas por lei. a

Nota: Para vias com tráfego menor do que 150 veículos por hora, consideram-se as exigências mínimas do grupo leve (L) e, para vias com tráfego muito intenso, superior a 2.400 veículos por hora, consideram-se as exigências máximas do grupo de tráfego intenso (I).

Tabela 2 – Tráfego de pedestres a

a

Classificação

Pedestre cruzando vias com tráfego motorizado.

Sem tráfego (S)

Como nas vias arteriais

Level (L)

Como nas vias residenciais médias

Médio (M)

Como nas vias comerciais secundárias

Intenso (I)

Como nas vias comerciais principais

O projetista deve levar em conta esta tabela, para fins de elaboração do projeto.

ABNT NBR 5101-2012:

Classificação da distribuição das intensidades das luminárias

Esta classificação é necessária para

definição do tipo de fotometria que devemos utilizar para aproveitar ao máximo a luz emitida, proporcionando conforto aos pedestres e motoristas. Conforme

a

norma

ABNT

NBR

apropriada

das

5101/2012: “A

distribuição

intensidades luminosas das luminárias é um dos fatores essenciais de iluminação eficiente

em

vias.

As

intensidades

emitidas pelas luminárias são controladas direcionalmente e distribuídas de acordo com a necessidade para visibilidade adequada (rápida, precisa e confortável). Distribuições

de

intensidades

são,

geralmente, projetadas para uma faixa típica de condições, as quais incluem altura de montagem de luminárias, posição transversal espaçamento,

de

luminárias

posicionamento,

(avanço), largura


Apoio

das vias a serem efetivamente iluminadas,

b) Distribuição média:

porcentagem do fluxo luminoso na pista e

Quando

áreas adjacentes, mantida a eficiência do

intensidade luminosa encontra-se na

sistema.”

região “M” do sistema de coordenadas,

b) Tipo II

isto é, entre 2,25 AM LTV e 3,75 AM LTV.

Quando a linha de meia intensidade

A

distribuição

das

o

seu

ponto

três tipos de distribuição vertical (curta, de

máxima

intensidades

média e longa, conforme Figura 1);

máxima fica compreendida entre a LLV

luminosas da luminária em relação à via

c) Distribuição longa:

é classificada de acordo com três critérios:

Quando

1,75 AM e a linha de referência na área máxima

dos três tipos de distribuição vertical

intensidade luminosa encontra-se na

(curta, média e longa, conforme Figura

• Distribuição longitudinal (em plano

região “L” do sistema de coordenadas,

1);

vertical);

isto é, entre 3,75 AM LTV e 6,0 AM LTV.

• Distribuição transversal; • Distribuição da emissão de luz para o céu. As

distribuições

longitudinais

verticais das intensidades luminosas

o

seu

ponto

de

Classificação das luminárias em relação à distribuição transversal das intensidades luminosas

dividem-se em três grupos:

c) Tipo III Quando a linha de meia intensidade máxima ultrapassa parcial ou totalmente a LLV 1,75 AM, porém não ultrapassa a LLV 2,75 AM na área dos três tipos de distribuição vertical (curta, média e

a) Tipo I: a) Distribuição curta:

longa, conforme Figura 1);

Quando a linha de meia intensidade máxima

máxima não ultrapassa as linhas LLV

d) Tipo IV

intensidade luminosa encontra-se na

1,0 AM, tanto do “lado das casas” como

Quando parte da linha de meia intensidade

região “C” do sistema de coordenadas,

do “lado da via”, caindo em ambos os

máxima ultrapassa parcial ou totalmente a

isto é, entre 1,0 AM LTV e 2,25 AM LTV.

lados da linha de referência na área dos

LLV 2,75 AM (ver Figura 1).

Quando

o

seu

ponto

de

31


Apoio

32

Toda essa classificação é necessária

Iluminação pública e urbana

para saber qual a fotometria que melhor atenderá a situação da via a ser projetada em função da largura da via e da distribuição da luz.

Figura 1 – Diagrama mostrando a relação das LTV e LLV na via e na esfera imaginária, cujo centro é ocupado pela luminária.

Figura 2 – Vista em planta de uma via com os diferentes tipos de luminárias.

Figura 3 – Tipos de distribuição de iluminação externa, de acordo com a IESNA.


Apoio

33


Apoio

Iluminação pública e urbana

34

A distribuição de luz para o céu pode

ser mais precisamente definida como:

Controle de distribuição de intensidade luminosa no espaço acima dos cones de 80° e 90° (cujo vértice coincide com o centro ótico da luminária)

a) Distribuição totalmente limitada (full

luminosa acima de 80° não excede 10%

cut-off)

dos lúmens nominais da fonte luminosa

Quando a intensidade luminosa acima

empregada. Isso se aplica a todos os

de 90° é nula e a intensidade luminosa

ângulos verticais em torno da luminária.

acima de 80° não excede 10% dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada.

c) Distribuição semilimitada (semi cut-

Isso se aplica a todos os ângulos verticais

off)

em torno da luminária.

Quando a intensidade luminosa acima de 90° não excede 5% e a intensidade luminosa

b) Distribuição limitada (cut-off)

acima de 80° não excede 20% dos lumens

intensidade luminosa é dividido em quatro

Quando a intensidade luminosa acima

nominais da fonte luminosa empregada.

categorias, como segue:

de 90° não excede 2,5% e a intensidade

Isso se aplica a todos os ângulos verticais

Este

controle

de

distribuição

de

em torno da luminária.

Tabela 3 – Classes de iluminação para cada tipo de via Classe de iluminação

Descrição da via Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem

d) Distribuição não limitada (non cutoff) Quando não há limitação de intensidade

cruzamentos em nível e com controle de acesso; vias de trânsito rápido em geral; Auto-

luminosa na zona acima da máxima

estradas Volume de tráfego intenso

V1

Volume de tráfego médio

V2

intensidade luminosa.

Requisitos luminotécnicos

Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas; vias de mão dupla, com cruzamentos e travessias de pedestres em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiro ou obstáculo Volume de tráfego intenso

V1

Volume de tráfego médio

V2

– via de trânsito rápido, arterial, coletora

Classe de iluminação

Descrição da via

Com a informação da tipologia da via

Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre

e local – é preciso consultar as tabelas 3 e 4 (respectivamente, as tabelas 4 e 5 da ABNTNBR 5101/2012). Estes valores são estabelecidos para as partes retas das vias.

bairros, com tráfego elevado Volume de tráfego intenso

V2

Volume de tráfego médio

V3

Volume de tráfego leve

V4

Situações distintas devem ser encontradas no capítulo 6 da mesma ABNT NBR 5101/2012.

Vias locais; vias de conexão menos importante; vias de acesso residencial Volume de tráfego médio

V4

Volume de tráfego leve

V5

Conhecendo a classe de iluminação,

é preciso consultar os índices na Tabela 3 (tabela 5 da ABNT NBR 5101/2012):

Tabela 4 – Iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação

Conhecendo a classe de iluminação,

Classe de iluminação

Iluminância média mínima emed,min lux

Fator de uniformidade mínimo u=e min/ emed

V1

30

0,4

V2

20

0,3

V3

15

0,2

Note que os valores apresentados

V4

10

0,2

referem-se à média mínima (Eméd,min),

V5

5

0,2

o que significa que é preciso considerar

Vias de uso noturno intenso por pedestres (por exemplo, calçadões, passeios de zonas comerciais)

(tabela 5 da ABNT NBR 5101/2012):

a depreciação do sistema, a depreciação

Tabela 5 – Classes de iluminação para cada tipo de via Descrição da via

é preciso consultar os índices na Tabela 3

Classe de iluminação

da fonte de luz (lâmpada ou Led),

P1

componentes elétricos (reator ou drivers).

Vias de grande tráfego noturno de pedestres (por exemplo, passeios de avenidas, praças, área de lazer)

P2

Vias de uso noturno moderado por pedestres (por exemplo, passeios, acostamentos)

P3

Vias de pouco uso por pedestres (por exemplo, passeios de bairros residenciais)

P4

a

depreciação

da

luminária

e

dos

Uma classificação semelhante deve ser feita para vias de pedestres (pedonais) utilizando-se as tabelas 5 e 6 (tabelas 6 e 7 da norma ABNT NBR 5101/2012).


Apoio

a lâmpada ou o reator falham e, assim,

Tabela 6 – Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação

o ponto é acessado pelas equipes de

Classe de iluminação

Iluminância horizontal média emed lux

Fator de uniformidade mínimo u=e min/ emed

P1

20

0,3

P2

10

0,25

P3

5

0,2

desenvolvidos para uma depreciação

P4

3

0,2

de 30%, porém, há soluções que já

manutenção. Com a adoção do Led, podemos definir

equipamentos

que

são

apresentam menor depreciação para

Tabela 7 – Requisitos de

luminância e uniformidade

a limpeza do conjunto. A recomendação da

uma determinada quantidade de horas

ABNT NBR 5101/2012 é que a depreciação

de operação, como 10%, por exemplo.

Classe de iluminação

Lmed

U0 ≥

Ul ≤

TI %

SR

máxima admitida seja igual a 30%, isto é,

V1

2,00

0,40

0,70

10

0,5

quando os níveis luminotécnicos mantidos

maior depreciação com um custo menor

V2

1,50

0,40

0,70

10

0,5

atingirem 70% dos índices iniciais, deve-se

ou um sistema com menor depreciação

V3

1,0

0,40

0,70

10

0,5

adotar o procedimento de manutenção com

V4

0,75

0,40

0,60

15

-

com um custo inicial maior. Cada solução

V5

0,50

0,40

0,60

15

-

a limpeza da luminária e troca da fonte de

pode se adaptar melhor dependendo do

luz.

retorno do investimento.

Assim, podemos ter um sistema com

Com a utilização tradicional das

Perfil de manutenção

lâmpadas,

é

comum

estabelecer

a

Encontrando a solução

manutenção do sistema quando este Um detalhe importante que deve ser

atingir os 30% de depreciação, porém,

considerado é a previsão de manutenção do

na prática, o que ocorre é a manutenção

algumas possibilidades de instalação das

sistema, ou seja, qual o período previsto para

quando ocorre uma falha do sistema, ou

luminárias:

Considerando a largura da via, temos

35


Apoio

Iluminação pública e urbana

36

com canteiro central estreito. Em vias largas não é aconselhável este tipo de montagem, dado que o fluxo luminoso incidente sobre as fachadas dos prédios frontais se torna disperso, tal como potencia a maior possibilidade de colisão entre viaturas e as colunas.

Figura 4 – Disposição das luminárias.

Unilateral (U) Este tipo de posicionamento das luminárias é normalmente utilizado

Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.

quando as distâncias entre fachadas

Figura 8 – Disposição central dupla

forem menores do que 15 m ou a distância entre guias for inferior a 10 m. O sistema unilateral deverá prevalecer sobre os demais indicados, a não ser que a sua instalação seja totalmente inadequada.

Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.

Figura 6 – Posicionamento bilateral com centros alternados

• Sabemos a classificação da via – v3

• Definimos o tipo de montagem –

Este tipo de posicionamento, com

é normalmente utilizado quando a distância entre fachadas é superior a 18 m ou em locais em que as distâncias Figura 5 – Posicionamento unilateral

Bilateral com centros alternados (B-A)

• Sabemos a largura da via – 8,0 m

Bilateral com centros opostos (B-O)

as luminárias uma em frente a outra,

Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.

Calculando a solução (exemplo)

entre guias é superior a 13 m, ou, excepcionalmente, em ruas de grande movimento.

• Sabemos os índices luminotécnicos para a via – Eméd,min = 15 Lux, U=20% Unilateral • Definimos a altura de montagem – 8,0 m • Definimos o recuo

Softwares de auxílio Softwares gratuitos ou fornecidos por fabricantes podem auxiliar a obter as definições.

Este tipo de posicionamento, com as

Um software gratuito disponível para

luminárias em ambos os lados da via em

download é o DiaLux e pode ser baixado

um sistema alternado, é normalmente

no

utilizado nos locais em que as distâncias

dial.de/DIAL/en/dialux-international-

entre 10 m a 13 m, ou excepcionalmente em ruas de grande movimento.

Esta disposição, apesar de um custo

endereço:

http://www.

download/portugues.html

entre fachadas é de 15 m a 18 m ou a distância entre guias esteja compreendida

seguinte

Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.

Figura 7 – Posicionamento bilateral com centros opostos

Outro

software

muito

utilizado,

independemente de fabricantes, é o AGI32 (www.agi32.com).

Central dupla (C-D) Assim, para uma via:

mais elevado, permite uma melhor uniformidade da iluminância, sendo

aconselhada em vias de tráfego médio ou

duas luminárias instaladas em um único

• Largura:

intenso.

apoio, é normalmente usado em vias

• Classificação:

Este tipo de posicionamento, com V3

W = 8,0 m


Apoio

37


Apoio

Iluminação pública e urbana

38

• Iluminância:

Eméd,min =

- largura da via

- Tipo de piso (r3)

15 Lux - U(Emin/Eméd) = 20%

- Índices luminotécnicos requeridos

- Tipo de montagem unilateral, duas

• Luminância :

Lmed = 1,0

- Padrão ABNT NBR 5101/2012

vias, mão simples

• Disposição:

Unilateral

• Montagem:

H = 8,0 m

• Recuo da calçada:

0,5 m

• Faixas: 02 • Inclinação:

5,0 graus

Figura 11 – Resultados.

Figura 9 – Softwares gratuitos de iluminação.

Utilizando

uma

luminária

Led

com potência de 150 W e fotometria conforme a curva fotométrica a seguir:

Cálculo da iluminância média e mínima

Figura 10 – Curva fotométrica da luminária com Led do exemplo dado.

Considerando os dados de instalação

e requerimentos: - Altura de montagem - Comprimento do braço


39

Apoio

Os

resultados,

muitas

vezes,

não atendem a todos os requisitos e demandarão ajustes na montagem ou no tipo da luminária e fotometria. Analisar outras soluções é importante, pois, como há muitas opções de fotometrias entre os fabricantes, alguma pode ser mais adequada para seu caso específico.

Termo para licitação Uma vez desenvolvida a solução, é importante a definição detalhada do produto a ser adquirido em suas características: - mecânicas; - elétricas; -

apresentando

os

resultados

luminotécnicos desejados; - montagem desejada; - temperatura média e ventos médios da região.

Estas informações são importantes

balizadores para que os proponentes estejam

cientes

das

condições

de

utilização. Sugere-se, então, desenvolver um processo de homologação. Nos

próximos

capítulos,

serão

abordados mais detalhes dos processos de cálculo, luminárias, fontes de luz e qualidade da iluminação.

* Plinio Godoy é engenheiro eletricista especializado em lighting design. É consultor e lighting designer sênior da CityLights. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

Análise de consumo de energia e aplicações

40

Capítulo II Agrupamento de cargas e definições complementares Por Manuel Luís Barreira Martinez*

De modo geral, as cargas são agrupadas

em baixa tensão ou ainda por um único

em um transformador de distribuição, que,

transformador de distribuição, a soma

desse modo, passa a fornecer energia para

das quatro demandas em kW, a cada

vários consumidores. Cada consumidor

intervalo de tempo, no caso 15 minutos, é

apresenta uma curva de demanda similar

a Demanda Diversificada para esse grupo

à mostrada na Figura 2. No entanto, os

de consumidores, que, para o período de

picos, os vales e as demandas máximas são,

24 horas, é mostrada na Figura 4.

em geral, diferentes entre si. As Figuras 3,

4 e 5 mostram curvas de demanda para

de demanda diversificada se apresenta

três outros consumidores conectados à

de forma mais suave, ou seja, já não

rede ou ao transformador que alimenta o consumidor #1. As curvas de carga para os quatro consumidores mostram que

Figura 1 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas do consumidor #2.

cada um apresenta uma característica

É conveniente notar como a curva

ocorrem tantas variações bruscas como as verificadas em algumas curvas para os consumidores individuais.

Máxima demanda diversificada

própria e independente de carregamento, em função de seus hábitos de consumo. Como se observa, a demanda máxima individual em kW dos consumidores ocorre

A

em momentos diferentes do dia, o que é

agrupamento de cargas mostrado na

razoavelmente óbvio. O consumidor #3 é o

Figura 6 demonstra como as cargas dos

único que possui um fator de carga alto, fato

consumidores

de extremo interesse para os responsáveis

a suavizar as mudanças extremas das

pelo suprimento de energia.

cargas individuais.

Um resumo das cargas individuais

é mostrado na Tabela 1, e, conforme escolhidos, esses consumidores demonstram que pode existir uma grande diversidade entre as cargas individuais agrupadas e as conectadas a um transformador.

Demanda diversificada

Supondo que os quatro consumidores

são alimentados por uma rede comum

Figura 2 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas do consumidor #3.

curva

de

demanda

combinadas

para

o

começam

Nesse caso, a demanda em kW a cada

15 minutos excede 16 kW duas vezes. A maior delas é a máxima demanda

Tabela 1 – Características individuais da carga dos consumidores – Exemplo Consumidor #1

Consumidor #2

Consumidor #3

Consumidor #4

Consumo de energia [KWH]

63,18

40,46

97,45

43,00

Demanda máxima [KW]

6,34

6,97

4,95

6,96

Instante da demanda máxima

13h15

11h30

6h45

20h30

Demanda média [KW]

2,63

1,68

4,06

1,79

Fator de carga

0,415

0,240

0,802

0,257

Instalação em 60Hz


Apoio

41

Figura 3 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas do consumidor #4.

Figura 4 – Curva de demanda diversificada em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas para o grupo de quatro consumidores.

Figura 5 – Curva de permanência de carga – base para demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas para o grupo de quatro consumidores.

diversificada em kW a cada 15 minutos

Curva de permanência de carga

demanda, no exemplo em kW a cada 15

exemplo, ela ocorre às 17h30 e apresenta o

Uma curva de permanência de

em que o agrupamento consome valores

valor de 19,14 kW. É conveniente notar que

carga pode ser desenvolvida para o

acima de uma demanda especificada.

a máxima demanda diversificada, em geral,

– DMD do transformador. No presente

minutos, versus a porcentagem de tempo

agrupamento dos consumidores. No

Por

não tem por que ocorrer no mesmo instante

presente caso, é obtida a característica

permanência de carga mostrada na Figura 5

exemplo,

a

característica

de

de nenhuma das máximas demandas

mostrada na Figura 3. As características

indica que o agrupamento de consumidores

individuais e nem é igual à sua soma.

de permanência de carga fornecem a

apresenta uma demanda em kW a cada 15


Apoio

Análise de consumo de energia e aplicações

42

minutos de 12 kW, ou mais, por cerca de

de tempo para o qual a área que está

25% do seu tempo de operação.

suprindo a carga seja equivalente à área

complementar para a qual é assumido

A rigor, para alguma utilidade prática,

essa característica deve ser transformada

As Equações 1 ou 2 podem ser

que

em uma relação que forneça a potência

aplicadas repetitivamente, e a Figura 7

fornecendo a sua Demanda de Ponta

aparente em kVA.

mostra esse resultado para dois limites de

(DP).

Desse modo, esses dados podem

tempo de demanda de ponta, convertida

escolher o tempo a partir do qual a

ser

utilizados

Alternativamente,

permanece é

possível

de

em kVA, sendo assumido um fator de

demanda fornecida pelo transfomador

potência de 0,91, indutivo. Esse modelo

ultrapassa a sua potência nominal. No

constantes genéricas, por exemplo, se um

de curva e método pode ser aplicado, por

presente exemplo, por acaso, como

transformador precisa ser substituído,

exemplo, na verificação dos limites de

mostrado na Figura 6, os critérios

devido a uma condição de sobrecarga

carregamento de transformadores.

praticamente coincidem.

ou,

superior

ao

determinar,

transformador

modo rápido e baseado em algumas

ainda,

para

o

apresente

carregamento

nominal

suportável.

Nesse caso, como mostra a Figura

7, um transformador com potência

Em geral, as curvas de permanência

nominal

permitem definir de modo rápido e

monofásico, apesar de não ser esta uma

confiável características de carga em dois

limitação, opera com uma potência

patamares, como se pode inferir pela

acima da nominal de 1,40 p.u. pelos

observação da Figura 5 e mostrado na

períodos de 1h45 ou 4h. Nesses casos,

Figura 6, em que a questão de ordenação

os valores de Demanda para o Patamar

física temporal é apenas subjetiva.

de Tempo Remanescente (DB) são

de

15

kVA,

a

princípio,

O valor de Demanda de Ponta (DP), por

respectivamente de 0,69 p.u. e 0,61 p.u.

praxe, é considerado como o da demanda

Finalmente, a definição de operação em

máxima, conforme obtido na curva de

sobrecarga é associada à sua condição

permanência de carga. O Tempo da Ponta

térmica, que necessita ser verificada por

(TP) é escolhido para prover um bom

meio de modelos adequados ao grau de

ajuste na forma das duas características: a

detalhamento que se necessita obter.

Figura 7 – Curva de permanência de carga – base demanda em kVA a cada 15 minutos – curvas de carga a dois patamares.

Demanda máxima não coincidente

real e a representativa. Desse modo, o valor de Demanda para o patamar de tempo remanescente (DB) é calculado conforme mostrado nas Equações 1 ou 2.

A demanda máxima não coincidente

para determinado período é a soma das demandas máximas individuais dos consumidores, que ocorrem em (1)

tempos diversos ao logo do período de levantamento dos dados. No exemplo em questão, a cada 15 minutos e em kW,

(2)

para o período de 24 horas, conforme mostrado na Tabela 1, esse valor é:

Para o caso mostrado na Figura 5, tem-se que os parâmetros para o modelo em dois patamares da curva de permanência de carga são:

Com o auxílio da Equação 2, obtém-se:

Figura 6 – Curva de permanência de carga – base demanda em kW a cada 15 minutos – correspondente à curva de carga a dois patamares.

Fator de diversidade

A Figura 7 pode suscitar pelo

menos uma pegunta: qual é o Tempo

de Diversidade (FDV) é a razão entre a

da Ponta (TP) a ser escolhido para essa

demanda máxima não coincidente de um

modelagem? Esta é uma decisão de

grupo de consumidores pela Demanda

engenharia e bom senso. Nesses casos,

Máxima Diversificada (DMD) apresentada

recomenda-se escolher um intervalo

pelo grupo.

Conforme mostra a Equação 3, o Fator


Apoio

43


Apoio

Análise de consumo de energia e aplicações

44

(3)

Para o exemplo em questão, ou seja,

o agrupamento dos quatro consumidores é

obtido

pelo

seguinte

Fator

de

Diversidade (FDV):

O fator de diversidade permite calcular a máxima demanda diversificada de um grupo de consumidores a partir dos valores das demandas máximas individuais. Esse conceito considera que o Fator de Diversidade (FDV) é uma

Figura 8 – Fator de diversidade FDV para até 70 consumidores.

função do número de consumidores.

pela existência de quatro consumidores

os dados para determinado grupo de

Assim, o valor 1,318 se aplica para a

e condições que levam em conta a região

consumidores devem ser utilizados com

condição

e os consumidores avaliados. Em geral,

reservas.

definida,

especificamente,

A Tabela 2 é um exemplo dos

Tabela 2 – Fatores de diversidade (FDV)

valores que podem assumir os fatores de diversidade quando se considera

NC

FDV

FDV-1

NC

FDV

FDV-1

NC

FDV

FDV-1

NC

FDV

FDV-1

1

1.00

1.000

21

2.90

0.345

41

3.13

0.319

61

3.18

0.314

entre 1 e 70. Nesse ponto, é conveniente

2

1.60

0.625

22

2.92

0.342

42

3.13

0.319

62

3.18

0.314

ressaltar que essa tabela foi elaborada

3

1.80

0.556

23

2.94

0.340

43

3.14

0.318

63

3.18

0.314

com dados reais, mas distintos dos

4

2.10

0.476

24

2.96

0.338

44

3.14

0.318

64

3.19

0.313

5

2.20

0.455

25

2.98

0.336

45

3.14

0.318

65

3.19

0.313

6

2.30

0.434

26

3.00

0.334

46

3.14

0.318

66

3.19

0.313

7

2.40

0.417

27

3.01

0.332

47

3.15

0.317

67

3.19

0.313

na Figura 8, o fator de diversidade se

8

2.55

0.392

28

3.02

0.331

48

3.15

0.317

68

3.19

0.313

mantém praticamente constante quando

9

2.60

0.385

29

3.04

0.329

49

3.15

0.317

69

3.20

0.312

10

2.65

0.377

30

3.05

0.328

50

3.15

0.317

70

3.20

0.312

11

2.67

0.375

31

3.05

0.328

51

3.15

0.317

sistema utilizado como base, que os

12

2.70

0.370

32

3.08

0.325

52

3.15

0.317

valores para os fatores de diversidade

13

2.74

0.365

33

3.09

0.324

53

3.16

0.316

14

2.78

0.360

34

3.10

0.323

54

3.16

0.316

15

2.80

0.357

35

3.10

0.323

55

3.16

0.316

pois significa, pelo menos para o

16

2.82

0.355

36

3.11

0.322

56

3.17

0.315

sistema utilizado como base, que os

17

2.84

0.352

37

3.12

0.320

57

3.17

0.315

valores para os fatores de diversidade

18

2.86

0.350

38

3.12

0.320

58

3.17

0.315

19

2.88

0.347

39

3.12

0.320

59

3.18

0.314

20

2.90

0.345

40

3.13

0.319

60

3.18

0.314

que o número de consumidores varia

anteriormente utilizados e discutidos. Uma representação gráfica dos fatores de diversidade é mostrada na Figura 8. Conforme se observa na Tabela 2 e

o número de consumidores alcança 70.

Essa é uma importante observação,

pois significa, pelo menos para o

permanecem constantes, no caso, após 70 consumidores.

Essa é uma importante observação,

permanecem constantes, no caso, após 70 consumidores.

Em resumo, tendo como ponto de

observação a subestação de distribuição,


Apoio

O fator de demanda fornece uma

Nota:

Neste

ponto,

é

interessante

a máxima demanda diversificada de

qualquer dos seus alimentadores pode

indicação da porcentagem da carga

estabelecer de modo formal a diferença,

ser calculada com base na demanda

total de um consumidor que está

sútil, que existe entre sobrecargas (níveis

máxima não coincidente total de todos

conectado no instante em que ocorre a

de carregamento que resultam em perda de

os consumidores conectados divido por

demanda máxima. Em geral, os fatores

vida útil técnica superior ao considerado

3.20, neste caso específico.

de demanda devem ser calculados

adequado) e carregamentos superiores

para consumidores individuais, e não

ao nominal (níveis de carregamento que

diversidade

para transformadores de distribuição

resultam em perda de vida útil até o

refletem o comportamento próprio dos

ou alimentadores. No entanto, esses

limite do adequado). Em geral, no jargão

consumidores, os seus hábitos de consumo

conceitos podem ser cuidadosamente

técnico, esses dois conceitos são assumidos

e finalmente o seu agrupamento. Logo,

estendidos, sem mais prejuízos, desde

como equivalentes, o que não é correto

assumem valores distintos entre regiões

que sejam devidamente considerados e,

no estrito senso da palavra e pode, como

e países. Assim, o valor 3.20 acima

desse modo, evitados erros comuns de

regra, resultar em erros de aplicação, uma

definido,

conceito.

vez que conceitos são sobrepostos, o que,

Nota:

Os

fatores

ou

de

ainda

qualquer

outro

que seja tomado como base, é típico e peculiar a este texto. Pode ser aplicado

via de regra, termina em sobrecustos,

Fator de utilização

como de praxe, onerando os consumidores conectados.

de modo a orientar decisões. No entanto, é conveniente sempre determiná-lo de

O

modo apropriado por meio de medições

calculado conforme a Equação 5,

de campo e de técnicas estatísticas.

fornece uma indicação de como a

Fator de demanda

Fator

de

Utilização

(FU),

Diversidade de carga

capacidade de um equipamento está

A Diversidade de carga (DVC), calculada

sendo utilizada.

pela Equação 6, é definida pela diferença

O Fator de Demanda (FD) é definido

entre a demanda máxima não coincidente

como a razão entre a Demanda Máxima

e a máxima demanda diversificada.

(DMáxima) e a Carga Total Conectada

(5)

(CTotal) de um consumidor. Assim, qual

(6)

o fator de demanda para o consumidor #1? Nesse caso, como mostra a Tabela 1, a demanda máxima em kW, a cada 15 minutos para o período de 24 horas, é de 6,34 kW. Falta, portanto, conhecer qual a CTotal conectada do consumidor, que é igual à soma das potências nominais de todos os equipamentos elétricos instalados. Considerando, neste caso, que esse total, o qual faz parte do quadro declarado de cargas quando do pedido formal de conexão do consumidor, é de 35 kW, calcula-se o fator de demanda por meio da Equação 4.

Por exemplo, a potência de um no presente momento, sem levar em conta a expansão do agrupamento das quatro cargas sob análise neste texto é de 15 kVA. Assumindo que o valor da máxima demanda diversificada é de 19,14 kW, conforme mostra a Figura 4 e considerando que o agrupamento apresenta um fator de potência de 0.9, vem que a demanda em kVA a cada 15 minutos do transformador é calculada a

máxima

demanda

diversificada de 19,14 kW pelo fator de potência, o que resulta em 21,27 kVA. No caso sob análise:

diversidade de carga é:

transformador padrão capaz de suprir,

dividindo-se (4)

Para o agrupamento em questão, a

Logo, com a Equação 5, obtém-se:

*Manuel Luís Barreira Martinez possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em equipamentos, materiais elétricos, distribuição de energia elétrica e técnicas em alta tensão. É autor e coautor de 350 artigos em revistas e seminários, associados a trabalhos de engenharia e 45 orientações de mestrado e doutorado. Atua, principalmente, nos seguintes segmentos: métodos de ensaios, ensaios dielétricos, para-raios para sistemas de média e alta tensão e equipamentos elétricos.” Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br

45


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

46

Capítulo II Curtos-circuitos, ampacidades, sobrecargas e contatos elétricos Por Sérgio Feitoza Costa*

No capítulo anterior, foram abordados

aspectos

dos

estudos

mais caro.

sistema

aos requisitos da concessionária, deve ter

Utilizamos

elétrico que servem de base para as

um ângulo de fase próximo de zero (por

corrente eficazes (138 kVef e 40 kAef),

especificações técnicas dos equipamentos

exemplo, fator de potência > 0,92). Na

assim como o termo corrente instantânea

para

e

carga, o consumidor deve, se necessário,

(2,5 x 40 kAef = 100 kAcr na primeira

distribuição de energia elétrica. Este

colocar capacitores em paralelo com as

crista de uma corrente de curto-circuito)

capítulo

curtos-circuitos,

indutâncias, por exemplo, de motores

da forma como mostrado na Figura 2.

ampacidades, sobrecargas e contatos

para que a reatância seja mínima e o

Uma típica situação de subestação

elétricos – fundamentos do projeto para

fator de potência seja atendido. Na linha

é como na Figura 3. Em regime

elevação de temperatura, forças e tensões

de transmissão, a concessionaria deve

normal, uma corrente menor ou igual à

eletrodinâmicas

curto-circuito,

fazer o necessário para que as perdas

corrente nominal (IN) chega às cargas

tensões transitórias de restabelecimento e

sejam mínimas e a potência produzida no

alimentadas (XL e RL, em que XL <<

processos de interrupção.

gerador chegue, quase toda, na carga.

RL). Quando ocorre um curto-circuito

subestações tratará

de de

do

por exemplo, 87°. Já a carga, para atender

transmissão

no

Alguns termos, conceitos e definições Um sistema elétrico em geral é formado

por

geradores,

linhas

e

perto da subestação, a tensão da fonte passa a alimentar apenas as reatâncias e

maior precisaria ser a tensão do gerador

resistências da fonte (Xf e Rf onde Xf >>

para fazer circular o mesmo 1 A na carga.

Rf) e, por este motivo, a corrente cresce

Ter-se-ia, neste caso, um gerador maior e

muito. Uma típica corrente de curto-

de

apenas para mostrar a relação entre cada parte, colocamos um gerador que produz V e impedâncias

do sistema que somam Ω (uma reatância de 1 Ω e uma resistência de 1 Ω). Por este circuito circularia uma corrente da fonte para a carga de 1 A. Em um sistema elétrico, a linha de

transmissão corresponde a uma reatância muito grande e uma resistência dos cabos muito pequena em relação à reatância. O ângulo de fase entre a reatância e a resistência da linha é algo próximo de 90°,

tensão

Ainda na Figura 1, quanto mais baixo

de distribuição. No exemplo da Figura 1,

termos

o fator de potência da carga (<0,92)

transmissão e cargas supridas pelo sistema

uma tensão eficaz de

os

Figura 1 – Sistema elétrico simplificado.


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controle. Os sincronizadores agregam um certo custo ao disjuntor, mas produzem benefícios muito maiores que este custo. Nas subestações de tensões superiores a 245 kV, eles são muito utilizados. Nas redes de alta tensão de 138 kV, 69 kV e menos são pouco utilizados devido à visão incorreta de que encarecem o disjuntor. Nos países desenvolvidos, em que a cultura de economia e mais forte e os desperdícios muito menores a utilização é maior. Em países de baixo nível médio de educação como o Brasil, é muito

Figura 2 – Ângulo de fechamento de curto-circuito.

difícil falar seriamente de economias,

circuito varia entre 4 e 25 vezes a corrente

de sincronizadores, que permitem fazer

otimizações, planejamento e eficiência

nominal.

certas operações de fechamento e abertura

energética porque os desperdícios técnicos

No momento em que ocorre um

de disjuntores de subestação segundo um

e não técnicos são muito grandes. De que

curto-circuito causado, por exemplo,

ângulo controlado.

adianta ficar anos planejando e fazendo

por um galho de árvore tocando um dos

Ao se controlar estes ângulos de

estudos de viabilidade econômica para a

cabos, a onda de tensão (Figura 4) pode

fechamento ou abertura pode forçar que

escolha da próxima usina mais econômica

estar passando por qualquer ponto da

as sobretensões ou sobrecorrentes de

se depois, no mundo real, aquele gasto

onda de tensão (ângulo de fechamento

uma determinada operação de manobra

estimado vai ser quatro ou mais vezes

Ø). Existem equipamentos chamados

sejam inferiores às que ocorreriam sem

maior?

47


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

48

disjuntores, religadores e fusíveis é a tensão de restabelecimento transitória (TRT). Quando ocorre um curto-circuito na rede, que pode até mesmo originar um apagão, temos uma disputa entre o disjuntor tentando abrir o circuito o mais rápido possível e a chamada TRT, que é uma reação provocada pelas indutâncias, capacitâncias e resistências do sistema tentando manter a situação anterior.

O processo é mostrado na Figura 6.

A linha vermelha é a suportabilidade Figura 3 – Típica subestação, correntes nominais e de curto-circuito.

do disjuntor à TRT, no período após a tentativa de interrupção no zero de corrente. Quanto mais o tempo passa e os contatos se afastam, maior torna-se a suportabilidade dielétrica até que chegue ao fim do curso e a linha fique horizontal. A linha oscilante preta é a TRT que depende

das

características

elétricas

do sistema e (quase) não depende do disjuntor a menos que este tenha resistores ou capacitores especiais que se somam aos valores da rede para facilitar a interrupção. Se a linha preta passa a ficar acima da linha vermelha, o disjuntor não consegue mais isolar a falta e ocorre uma reignição, restabelecendo-se a corrente de Figura 4 – Ângulo de fechamento e corrente instantânea de curto-circuito.

curto-circuito.

O formato das máximas TRTs que

O ângulo de fechamento sobre a

transitórias e subtransitórias são bem

podem ser produzidas pelo sistema está

onda de tensão no momento do curto-

menores do que as de regime permanente.

descrito nas normas da Internacional

circuito afeta o valor da primeira crista

Um fator crítico na especificação

Electrotechnical Commission (IEC) e

de corrente que vai acontecer. Os valores

de dispositivos de interrupção como

normas nacionais delas derivadas. Estes

de reatâncias e resistências mostrados na equação da Figura 4 fazem que a primeira crista de corrente, quando não estamos muito próximos a geradores, seja da ordem de 2,5 a 2,6 vezes o valor da corrente eficaz. A título de exemplo, é comum ver a seguinte especificação de um disjuntor 145 kVef para corrente de curto-circuito simétrica 40 kAef e primeira crista da corrente 2,5x40 = 100 kAcr de crista. Quando

o

curto-circuito

ocorre

próximo a geradores, o chamado fator de assimetria pode ter valores bem maiores que 2,6 (Figura 5). Isso ocorre porque nos momentos iniciais do curto, as reatâncias

Figura 5 – Corrente de curto-circuito perto ou longe de geradores.


Apoio

49


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Equipamentos para subestações de T&D

50

valores são estabelecidos pela IEC a partir de enquetes feitas, em geral, nos grupos de trabalho do International Council on Large Electric Systems (Cigré). Nestas enquetes são consultados países de todo o mundo. As formas de onda da TRT têm frequências

e

amplitudes

diferentes

dependendo do maior ou menor valor da corrente interrompida (Figura 7). Se o curto-circuito ocorre mais próximo ou mais distante do disjuntor são diferentes as capacitâncias e as indutâncias e estas afetam o valor da corrente e forma de onda da TRT. Figura 6 – Tensão de restabelecimento transitório.

Nas normas, as formas de onda da

TRT são representadas a dois parâmetros (Figura 8) ou a quatro parâmetros dependendo do nível de tensão do sistema. A representação a quatro parâmetros é utilizada por disjuntores acima da faixa de 245 kV e é uma representação mais refinada da forma de onda. Outro fator necessário na especificação é o fator de primeiro polo (Figura 9). Este fator é relacionado ao fato de que as correntes de curto-circuito em cada uma das três fases estão defasadas em 120 graus. Portanto, a interrupção em uma das fases acontece antes da interrupção simultânea nas outras duas. Pode-se mostrar por calculo que a tensão na primeira fase a Figura 7 – Interrupção de correntes baixas e elevadas.

interromper é algo da ordem de 1,4 a 1,6 vezes a que ocorrerá nas duas seguintes.

Para os disjuntores de maior potência,

digamos acima de 8.000 MVA (por exemplo, 145 kV – 40kAef) mesmo os maiores do mundo não podem ensaiar as três fases simultaneamente. O ensaio é feito em apenas um polo com a corrente de curto-circuito plena e uma tensão na interrupção igual atenção fase terra vezes o fator de primeiro polo.

Quanto à capacidade dos equipamentos

da subestação de conduzir as correntes normais (ampacidades), o principal fator a considerar são as temperaturas de certas partes do equipamento que não podem ser excedidas em regime permanente Figura 8 – Representação da TRT a dois parâmetros.

sob o risco de provocar envelhecimento


Apoio

prematura ou danos imediatos.

anos seria preciso comprar três contatos

digamos, uns 1.800 A, a elevação de

Como mencionamos no fascículo

ao invés de apenas um.

temperatura em todos os seus pontos

anterior,

partes

Os principais vilões provocadores

seria algo da ordem de 30 K acima do

condutoras ou isolantes não pode ir

das altas temperaturas são os inevitáveis

ar ambiente. Se, entretanto, serrássemos

além dos limites de suportabilidade dos

contatos e conexões elétricas. Imagine

a

materiais. Estes limites são especificados

que tivéssemos uma barra de cobre com

aparafusada no ponto de corte, a elevação

nas

serem

10 metros de comprimentos e nenhuma

de temperatura próxima a esta conexão

utilizados nos ensaios de elevação de

emenda. Ao passar uma corrente de,

passaria a ser da ordem de 40 K.

a

normas

temperatura

técnicas

de

para

temperatura. São limites aplicáveis a contatos, terminais, conexões, soldas e isolantes. Por exemplo, a elevação de temperatura de uma conexão prateada, medida no ensaio não pode ir além de 75 K. Imaginando que a temperatura do ar ambiente envolvendo esta conexão fosse de 40 °C, o que a norma quer dizer é que a temperatura média de trabalho em longos períodos não pode ser superior a 40 + 75 = 115 °C. Os métodos de cálculo mostrados no documento IEC 60943 permitem estimar que, se um contato trabalha com uma temperatura de 10 °C acima do limite, sua vida útil será reduzida em 67%. Por exemplo, em um período de dez

Figura 9 – Fator de primeiro polo na interrupção.

barra

e

fizéssemos

uma

união

51


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

52

• Velocidade do fluido, tipo e área de ventilação; • Seção reta e posição geométrica das barras (vertical, horizontal); •

Materiais

das

barras

e

seus

revestimentos; •

Interligações

do

fluido

entre

compartimentos.

As normas IEC não tratam da relação

entre os ensaios de elevação e de arco interno e não explicitam tudo que deve ser registrado nos relatórios de ensaios. Figura 10 – Elevação de temperatura próxima a um contato elétrico (ver IEC 60943).

Por exemplo, as normas de painéis de média e de baixa tensão deveriam pedir - mas não pedem - para registrar no relatório de ensaios os fatores acima. No que diz respeito aos esforços eletrodinâmicos que ocorrem durante um curto-circuito, na Figura 12 são mostrados Quando um

os circula

condutor,

conceitos uma é

principais.

corrente

por

produzido

um

campo magnético que atua sobre os condutores vizinhos produzindo forças nos condutores, tendendo a dobrálos (Referência [1]). Estas forças serão transmitidas a isoladores e suportes. A Figura 11 – Cálculo da resistência de um contato elétrico (ver IEC 60943).

As

resistências

de

contato,

de

o resultado dos ensaios de elevação de

IEC 61117 mostra detalhadamente um método de cálculo. Este método consiste em:

conexões e de junções de barramentos

temperatura são:

podem ser calculadas a partir de

• As resistências de contatos e conexões

expressões como a mostrada na Figura

(e não apenas a resistência total por

estáticas pelas equações;

11. A IEC 60943 mostra uma série de

fase);

• Converter forças estáticas em “dinâmicas”;

particularidades sobre este tema. Para transformadores, os conceitos são de mesma natureza e os limites de elevação de

temperatura

seguem

princípios

similares. O foco neste caso está em que não sejam ultrapassadas as temperaturas que

provocariam

envelhecimento

acelerado do papel isolante ou que poderiam

iniciar

um

processo

de

deterioração e formação de bolhas no óleo isolante. Isso se aplica inclusive nos pedidos das sobrecargas dos horários de ponta. Os principais parâmetros que afetam

Figura 12 – Esforços eletrodinâmicos.

Calcular

distribuições

de

forças


Apoio

53


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

54

Figura 13 – Cálculo de forças nos isoladores e tensões mecânicas nos condutores.

• Calcular forças nos isoladores, forças

que, para o cobre, devem permanecer

cortantes e diagrama de momentos

inferiores a um valor da ordem de 250

fletores;

N/mm2.

Calcular

tensões

mecânicas

nos

Referências

condutores (momento fletor / momento resistente). Os principais parâmetros que afetam o resultado dos ensaios de esforços eletrodinâmicos são: • Geometria e distâncias entre fases; • Materiais utilizados e suas propriedades elétricas e mecânicas; • Valores das correntes de curto-circuito e sua assimetria; • Suportabilidade (tração, compressão e flexão) e distância entre isoladores.

A Figura 13 exibe uma típica folha

de resultados de análise de esforços eletrodinâmicos para projeto de painéis e

barramento

(SwitchgearDesign).

Na parte superior, estão as forças nos isoladores que não podem superar os valores limites especificados pelo fabricante do isolador. Na parte inferior da figura aparecem as tensões mecânicas

[1] Livro “Painéis, barramentos e secionadores e equipamentos de subestações de transmissão e distribuição”. Autor: Sergio Feitoza Costa. Disponível em: http://www.cognitor.com.br/Book_ SE_SW_2013_POR.pdf. [2] IEC/TR 60943: Guidance concerning the permissible temperature rise for parts of electrical equipment, in particular for terminais. [3] IEC 61117: Method for assessing the short-circuit withstand strength of partially type-tested assemblies (PTTA). [4] N. Uzelac, (US) M. Glinkowski, (US), L. del Rio (ES), M. Kriegelr (CH), J. Douchin (FR), E. Dullni (DE), S. Feitoza Costa (BR), E. Fjeld (NO), H-K. Kim (KR), J. Lopez-Roldan (AU), R. Pater (CA), G. Pietsch (DE), T. Reiher (DE), G. Schoonenberg (NL), S. Singh (DE), R. Smeets (NL), T. Uchii (JP), L. Van der

Sluis (NL), P. Vinson (FR), D. Yos hida (JP) ***** CIGRE WG A3.24 ****Brochure 602 / 2014: “Tools for the simulation of the effects of the internal arc in transmission and distribution switchgear” [5] Proposal for IEC Guidelines for the use of simulations and calculations to replace some tests specified in international standards". Autor Sergio Feitoza Costa. Este documento é referenciado na Brochure 602 / 2014 indicada acima. [6] M. Kriegel, X. Zhu, H. Digard, S. Feitoza Costa, M. Glinkowski, A. Grund, H.K. Kim, J. Lopez-Roldan, P. RobinJouan, L. Van der Sluis, R.P.P. Smeets, T. Uchil, D. Yoshida, ***** Simulations and calculations as verification tools for design and performance of high-voltage equipment, CIGRE WG A3.20, CIGRE session Paris, paper A3.210, 2008. *Sergio Feitoza Costa é engenheiro eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


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Qualidade nas instalações BT

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Capítulo II Alimentação e previsão de carga Por Eduardo Daniel*

A análise da alimentação e a previsão de carga de uma instalação de baixa tensão são tratadas pela Norma ABNT NBR 5410:2004 em sua seção 4.2 – Determinação de características gerais. A determinação da potência de alimentação é essencial para garantir os aspectos econômicos e de segurança de uma instalação elétrica, dentro de limites adequados de máxima elevação de temperatura permitida e de queda de tensão. Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte dela devem ser considerados os equipamentos a serem alimentados, com suas respectivas potências nominais, assim como devem ser levadas em conta as possibilidades de nãosimultaneidade de funcionamento destes equipamentos (com seus respectivos fatores), bem como capacidade de reserva para futuras ampliações. É importante ressaltar que a capacidade de reserva pode parecer um investimento desnecessário no momento do projeto, porém, a sua adequação, em longo prazo, evita obras adicionais e surpresas por falta de alimentação suficiente.

Previsão de carga A previsão de carga de uma instalação deve ser feita obedecendo-se às prescrições de 4.2.1.2.1 a 4.2.1.2.3 da Norma ABNT NBR 5410:2004. De maneira geral, a carga a ser considerada para um equipamento de utilização é a potência nominal por ele absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência. Nos

casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência de saída), e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência do equipamento. No caso dos circuitos de iluminação, as cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da aplicação da ABNT NBR 5413 – Iluminância de interiores – Procedimento. Para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a potência nominal a ser considerada deve incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares. O item 9.5.2.1 da Norma ABNT NBR 5410 fixa os critérios mínimos para pontos de iluminação em locais de habitação. Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor. Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede. Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que seja de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente. Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da ABNT NBR 5413, conforme prescrito na alínea (a) do item 4.2.1.2.2 da norma ABNT NBR 5410:2004, pode ser adotado o seguinte critério: a) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, deve ser prevista uma

carga mínima de 100 VA; b) Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros. Os valores calculados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos e, não necessariamente, à potência nominal das lâmpadas. Um ponto de tomada é um ponto de utilização de energia elétrica em que a conexão dos equipamentos a serem alimentados é feita pela tomada de corrente. Um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente (Figura 4). No caso de tomadas, o número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios: a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas as restrições dos locais contendo banheira ou chuveiro; b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que, acima da bancada da pia, devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos; c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; admite-se que o ponto de


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tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 0,80 m. d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível; particularmente, no caso de salas de estar, deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, com a quantidade de tomadas julgada mais adequada, sem a previsão de utilização de dispositivos do tipo “benjamins” ou extensões; e) Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos: • Um ponto de tomada se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m2; admite-se que esse ponto seja posicionado

externamente ao cômodo ou dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso; • Um ponto de tomada se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m2 e igual ou inferior a 6 m2; • Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m2, devendo esses pontos serem espaçados tão uniformemente quanto possível. Quanto à disposição das tomadas em um cômodo ou dependência de unidade residencial ou acomodação de hotel, motel ou similar, cabe observar que, no caso de layout prefixado para móveis e/ou equipamentos de utilização estacionários, as distâncias mínimas entre tomadas podem não ser atendidas, devendo-se, no entanto, observar a quantidade mínima prescrita. Em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados e dimensionados de acordo com o item 9.5.2.2 da norma ABNT NBR 5410:2004. Em halls de serviço, salas de manutenção

e salas de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA. Quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos seguintes critérios: a) Potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a alimentar; ou b) Potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito respectivo; c) Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto previsto para a localização do equipamento a ser alimentado;

57


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Qualidade nas instalações BT

58

d) Os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com a quantidade adequada de tomadas. De modo geral, a potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar. Caso não sejam conhecidas as potências dos equipamentos, a norma então estabelece os seguintes valores mínimos: Em banheiros, cozinhas, copas, copascozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, deve-se atribuir no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes separadamente. Quando o total de tomadas, no conjunto desses ambientes, for superior a 6 pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de, no mínimo, 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente.

Alimentações Devem ser determinadas as seguintes características das fontes de suprimento de energia com as quais a instalação for provida: • Natureza da corrente e frequência; • Valor da tensão nominal; • Valor da corrente de curto-circuito presumida no ponto de suprimento; • Possibilidade de atendimento aos requisitos da instalação, incluindo a demanda de potência. As faixas de tensão em corrente alternada ou contínua em que devem ser classificadas as instalações, conforme a tensão nominal, são dadas no anexo informativo A da Norma ABNT NBR 5410:2004, considerando ainda sistemas diretamente enterrados e sistemas não diretamente enterrados. No caso de sistemas não diretamente enterrados, se o neutro ou compensador for distribuído, os equipamentos alimentados entre fase e neutro ou entre polo e compensador devem ser escolhidos de forma que sua isolação corresponda à tensão entre fases (ou entre polos).

As características relacionadas acima devem ser obtidas junto à empresa distribuidora de energia elétrica, no que se refere ao suprimento via rede pública de distribuição, e devem ser determinadas, quando se tratar de fonte própria.

Serviços de segurança Quando for imposta a necessidade de serviços de segurança, as fontes de alimentação para tais serviços devem possuir capacidade, confiabilidade e disponibilidade adequadas ao funcionamento especificado. No item 6.6 da ABNT NBR 5410:2004 são apresentadas prescrições para a alimentação de serviços de segurança. No caso de serviços que não os de segurança, suas prescrições específicas para alimentações de reserva devem ser determinadas.

Divisão da instalação A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito. A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às seguintes exigências: a) Segurança — por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área; b) Conservação de energia — por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na medida das necessidades; c) Funcionais — por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.; d) De produção — por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência; e) De manutenção — por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo. Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros (por

exemplo, circuitos de supervisão predial). Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras, assim como tratado anteriormente no caso de reservas. As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição. Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos respectivos equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada. As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível, sem a sobrecarga de nenhum circuito em particular e sua operação normal em temperaturas diferentes. Quando a instalação comportar mais de uma alimentação (rede pública, geração local, etc.), a distribuição associada especificamente a cada uma delas deve ser disposta separadamente e de forma claramente diferenciada das demais. Em particular, não se admite que componentes vinculados especificamente a uma determinada alimentação compartilhem, com elementos de outra alimentação, quadros de distribuição e linhas, incluindo as caixas dessas linhas, salvo as seguintes exceções: a) Circuitos de sinalização e comando, no interior de quadros; b) Conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes de alimentação; c) Linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra alimentação sejam adequadamente identificados. * *Eduardo Daniel é engenheiro eletricista, pós-graduado em sistemas de potência, mestre em Energia pelo PPGE do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP. É consultor da MDJ Assessoria e Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel Brasil e coordenador da Comissão de Estudos 03:64001 do CB3 da ABNT, que revisa a norma de instalações elétricas de baixa tensão. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


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60

Reportagem

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Por Bruno Moreira

Led conquista mercado no Brasil e no mundo Até 2023, o Led representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit voltados ao segmento de iluminação comercial. Preço do produto, que ainda é um obstáculo, cai vertiginosamente a cada ano

H

á pouco menos de 20 anos o seg­

(halógenas, fluorescentes compactas e

lâmpadas de Led. Número respeitável,

mento de iluminação vem passando por

tubulares, a vapor metálico, de sódio e

mas ainda pouco representativo, ante

uma intensa mudança impulsionada pelo

mercúrio), nascidas após a incandescente,

o consumo de halógenas (85 milhões),

uso mais difundido do Diodo Emissor de

serviram apenas como escada e ponte

tubulares (100 milhões), incandescentes

Luz, o Led, tecnologia que ilumina com alto

para o Led.

(150 milhões) e fluorescentes compactas

índice de qualidade e é bem mais eficiente

(250 milhões).

do que as demais lâmpadas existentes no

tipo Led estão cada vez mais presentes nas

Na área comercial, por exemplo,

mercado. A transformação acarretada

instalações, se comparadas ao início de

mercado

por esta “nova” tecnologia é comparada

sua utilização. Contudo, ainda perdem e

oportunidades para eficientização de

à que ocorreu após o surgimento da

muito para outras tecnologias. Para se ter

energia, segundo levantamento realizado

lâmpada incandescente inventada por

uma ideia, no Brasil, de uma forma geral,

pelo

Thomas Edison em 1879, ao ponto de

segundo dados da Associação Brasileira

Research, a participação da tecnologia

alguns especialistas do setor afirmarem

da Indústria de Iluminação (Abilux), em

no mercado mundial de iluminação

que todos os outros tipos de lâmpadas

2014 foram consumidas 20 milhões de

ainda é muito baixa, mas deve aumentar

Atualmente, luminárias e lâmpadas do

muito

Instituto

profícuo

internacional

em

Navigant


61

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

consideravelmente na próxima década.

halógenas e “roubará” uma boa parte

Georges Blum, salienta que o preço vem

A pesquisa informa que as vendas de

do mercado de lâmpadas um pouco mais

caindo cerca de 50% a cada ano. “Então,

lâmpadas e luminárias Led devem se tornar

eficientes, como fluorescentes tubulares

em pouco tempo, acho que em dois ou

mais aquecidas em razão dos projetos

T8 e T5 e fluorescentes compactas.

três anos, a lâmpada vai começar a ser

de retrofit, que estimularão as trocas de

bem popular”, diz.

lâmpadas antigas por equipamentos mais

quantidade do Led é seu preço que, no

Mesmo ainda mais cara, tendo em

eficientes. Conforme o levantamento,

entanto, conforme o especialista em

vista o investimento inicial, a tecnologia

a

O que impede ainda o uso em maior

na

iluminação e diretor-técnico da Abilux, Isac

se

comercialização de produto para este

Roizenblatt, vem caindo vertiginosamente

economicamente, por conta do seu

fim ainda é relativamente pequena, de

ao longo dos anos. Reiterando as palavras

baixo consumo energético. De acordo

apenas 15%, mas irá se elevar bastante

de seu colega de área, o engenheiro de

com a associação, os produtos, que

até 2023, saltando para 74%. Dessa

produção

proporcionam

forma, paulatinamente, o Led eliminará

Associação Brasileira de Importadores

e muitas vezes mais qualidade de luz,

tecnologias

de Produtos de Iluminação (Abilumi),

consomem cerca de 85% menos energia

participação

como

da

tecnologia

incandescentes

e

e

presidente-executivo

da

mostra

bastante

a

mesma

competitiva

quantidade


62

Reportagem

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

que as lâmpadas incandescentes, 70%

em média, custa o dobro de lâmpada

da Abilux. Um corredor de hotel, por

a menos que as fontes a vapor de

fluorescente. Mas, em razão de todos os

exemplo, fica aceso 24 horas por dia, o

mercúrio, 65% menos que as fluorescentes

outros quesitos mencionados, trata-se de

que dá um pouco mais 8.700 horas por

compactadas,

as

um investimento que acaba se pagando,

ano. Levando em conta os cálculos feitos

lâmpadas a vapor de sódio, e 40% menos

mais cedo ou mais tarde, segundo o

anteriormente, o retorno se dá oito vezes

do que as fluorescentes tubulares comuns.

diretor-técnico da Abilux. “Trata-se de um

mais rápido do que em uma residência, ou

jogo de ganha-ganha em todos os casos”,

seja, em vez de 15 meses, em dois, três

casos, a iluminação tipo Led em um negócio

afirma o especialista.

meses, no máximo.

menos dispendioso do que a iluminação

Conforme Roizenblatt, o investimento

Além disso, tem a durabilidade da

tradicional é a maior durabilidade de

é sempre vantajoso. “A lâmpada é cara,

lâmpada Led, que é maior do que as

seus

segundo

mas há retorno”, diz. Como exemplo, o

usuais. No caso de um Led com vida útil

Roizenblatt, o Led apresenta vida útil de

especialista recorre ao seguinte cenário:

de 25 mil horas, o retorno financeiro em

25 mil a 30 mil horas, podendo chegar até

uma residência com dez pontos de luz, na

uma residência perdurará por mais de 20

a 50 mil horas. E em um futuro próximo,

qual serão substituídas quatro lâmpadas

anos. Já no caso do corredor do hotel –

poderá chegar a 100 mil horas. Uma

incandescentes de 60 W e seis lâmpadas

que funciona 24 horas diariamente – os

lâmpada incandescente, por exemplo,

fluorescentes compactas de 15 W, por 10

ganhos durarão por mais dois anos e meio

50%

menos

que

Outro fator que transforma, em muitos

produtos.

Atualmente,

até a substituição de lâmpada.

Os Leds consomem cerca de 85% menos energia que as lâmpadas incandescentes,

Nesse sentido, destaca Roizenblatt, o nicho de iluminação comercial é o que anda com mais rapidez a fim de substituir as lâmpadas convencionais por Led. “Seja

70% a menos que as fontes a vapor de

no segmento comercial ou industrial,

mercúrio, 65% menos que as fluorescentes

capital investido retorna. Por que mais

compactas, 50% menos que as lâmpadas

apresentam mais horas de uso”, explica o

a vapor de sódio, e 40% menos do que as fluorescentes tubulares comuns.

investe-se mais porque rapidamente o rapidamente retorna o capital? Porque especialista em iluminação. O presidente-executivo da Abilumi, Georges

Blum,

destaca

também

o

crescimento da procura de consumidores comerciais por lâmpadas Led. Conforme o engenheiro, ao contrário das residências,

dura mil horas, uma halógena 2 mil horas,

lâmpadas Led de 6 W. Tendo em vista,

boa parte das empresas já fizeram a

e uma fluorescente compacta tem a vida

conforme o diretor da Abilux, que cada

substituição de lâmpadas incandescentes

útil de 8 mil horas. A eficiência luminosa

lâmpada custa em torno de R$ 20,00, o

por fluorescentes tubulares, em busca de

também conta a favor do Led. Enquanto

investimento inicial será de R$ 200,00.

mais eficiência energética. E também,

este apresenta uma eficiência de 200

Trabalhando com um quilowatt-hora de

almejando isso, é que, possivelmente,

lúmens/Watt, a lâmpada fluorescente, a

R$ 0,60, no primeiro ano de uso haverá

trocarão as tubulares fluorescentes pelas

mais utilizada em empresas, apresenta

uma economia de R$ 162,00. Ou seja, em

lâmpadas Led. O engenheiro relata que

eficiência luminosa de 70 lúmens/Watt.

14/15 meses, o consumidor já recebe de

a importância de tubulares com Leds vem

Fundamentado

volta o dinheiro que gastou no Led.

aumentando muito nos últimos anos.

percebe-se que o Led é extremamente

Isso em uma residência, cujas luzes

Roizenblatt, por sua vez, chama a

vantajoso em comparação aos demais

ficam acesas em média três horas por dia.

atenção para o fato de que, mesmo no

tipos de lâmpadas. A tecnologia é mais

No caso de um estabelecimento comercial,

segmento comercial, o Led se encontra

econômica, apresenta maior durabilidade

em que a iluminação elétrica costuma

difundido

e é mais eficiente. Como dito, o único

funcionar por mais horas, o retorno do

estabelecimentos do que em outros. Em

empecilho inicial atualmente é o preço

investimento inicial costuma vir em menos

lojas de shoppings centers, por exemplo,

do produto. Uma lâmpada tipo Led,

tempo, de acordo com o diretor-técnico

as lâmpadas dicroicas, as chamadas

nestes

números,

mais

em

determinados



64

Reportagem

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

MR 16, são os equipamentos que mais

Para o especialista em iluminação, a

realizam a manutenção dos equipamentos

rapidamente estão sendo substituídos

explicação está na falta de cálculos mais

nas empresas. Nestas situações, conforme

por Leds. Já em escritórios localizados em

acurados por determinados empresários,

Roizenblatt, o profissional apenas obedece às ordens do proprietário e não pensa que pode beneficiá-lo, sugerindo a troca

Fabricantes e distribuidores brasileiros aguardam, ansiosamente, pela certificação compulsória que o Inmetro deverá implementar para lâmpadas do tipo

da lâmpada tradicional por Led. Assim, apenas substitui o produto por um outro igual. “Como eletricista, talvez ele não tenha esta cultura”, comenta Roizenblatt.

A participação do Led aumenta, as vendas diminuem...

Led. A medida deve trazer melhoria significativa nos produtos comercializados e retirar do mercado as lâmpadas com baixa qualidade.

O

levantamento

Navigant

Research

realizado aponta

pela

também

uma série de transformações que deve edifícios empresariais isso não acontece.

no sentido de verificar que, em longo

acontecer na indústria de iluminação

“Nos prédios novos eventualmente sim,

prazo, o Led é mais eficiente, mas também

em

mas nos antigos não”, diz.

na falta de iniciativa dos eletricistas que

participação do Led no mercado. Uma

consequência

do

aumento

da


O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

das principais diz respeito à queda de venda do número de produtos deste segmento, explicada pela maior vida útil da tecnologia. Ela reduzirá sensivelmente a troca de lâmpadas antigas por novas, como acontece nos dias atuais com os equipamentos tradicionais.

De acordo com a pesquisa, a expectativa do mercado é de

que a receita referente às lâmpadas Led se eleve bastante no período 2014-2023, com uma taxa composta de crescimento anual de 8,8%. Não obstante, neste mesmo período, a taxa composta de crescimento anual relativa ao universo total de lâmpadas deve cair em 4,4%. O diretor-técnico da Abilux acredita que em um momento inicial, com o crescimento da participação do Led no mercado, o faturamento da indústria deverá crescer, seguido, no entanto, por um decréscimo, justamente em razão da extensa vida útil do produto. “O consumidor não trocará a fonte de luz porque ela queimou, mas sim porque ela saiu de moda”, afirma.

Forçada pela queda nas vendas, muitos fabricantes da

área de iluminação irão, segundo o documento do Navigant Research, diversificar suas atividades, a fim de substituir a receita perdida. Irão se tornar prestadores de serviços de iluminação, além de produtores; se tornarão provedores de soluções completas de iluminação e não apenas de elementos físicos que emitem luz. Muitas empresas, inclusive, conforme o levantamento, já expandiram seus negócios, incluindo ao seu portfólio controles e sistemas de controles, a fim de incrementar sua produção de luminárias e lâmpadas, principalmente a de Leds, ao permitir a capacidade de dimerizar a luz e ajustar sua cor.

A pesquisa prevê também que o Led poderá ser

responsável por uma mudança fundamental na maneira como a iluminação será fornecida a espaços comerciais. De acordo com o documento, o tradicional modelo lâmpadaluminária seria substituído por produtos que integrariam os dois dispositivos. Até o conceito de fornecer luz por meio de luminárias fixadas no teto poderia se tornar obsoleto, já que, mais planos e flexíveis, os Leds permitiriam desenhos mais criativos que poderiam ser incorporados em outros materiais de construção e instalados em posições menos convencionais.

Certificação compulsória para Leds

Um dos grandes obstáculos para o mercado de iluminação,

no que diz respeito às luminárias e às lâmpadas do tipo Led, está atrelado à baixa qualidade de alguns dos produtos fabricados. Conforme Roizenblatt, esta baixa qualidade pode ser responsável por diminuir a vida útil dos equipamentos e, consequentemente, não tornar efetiva a economia financeira


66

Reportagem

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

prometida pelo uso a longo prazo da

Receita dos mercados mundiais de lâmpadas (2014 a 2023)

tecnologia.

Como se sabe, a imensa maioria dos

produtos com tecnologia Led fabricados no mundo vem da China. Isso, por si só, não é um problema, como destaca Georges Blum, da Abilumi, haja vista que há Leds de boa qualidade no país asiático. A grande questão encontra-se na ponta consumidora, ou seja, alguns importadores

que

parecem

estar

preocupados apenas com o preço baixo. “Quem determina a qualidade dos produtos é quem vai comprar”, garante o presidente-executivo da associação.

aqui no Brasil ainda apresentam baixa

qualidade.

ao produtor um custo adicional, pois

Led no Brasil. Em 2013, a Associação

A esperança de fabricantes e distri­

será necessária a realização de ensaios

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

buidores brasileiros está depositada na

e testes a fim de avaliar se as lâmpadas

publicou diversos documentos com o

certificação compulsória que o Instituto

estão conforme às normas estabelecidas

objetivo de fornecer índices mínimos de

Nacional de Metrologia, Qualidade e

pela ABNT. Para Blum, no entanto, esta

qualidade referentes a diversos tipos de

Tecnologia (Inmetro) irá implementar.

elevação no custo se trata de um “mal

Led. Entre estas normas estão: a ABNT

Uma

necessário”, no sentido de “colocar

NBR IEC/ TS 65204, que traz termos

proposta de Requisitos de Avaliação da

ordem” neste mercado.

e definições para Leds e os módulos

Conformidade (RAC) para a certificação

de Led; a ABNT NBR 62560, que

compulsória de lâmpadas Led ficou em

em dezembro de 2014 uma importante

Já há diversas normas vigentes para

portaria

que

disponibiliza

a

A exigência da certificação acarretará

Nesse sentido, já foi implementada

iniciativa: a incorporação das lâmpadas

O Led será responsável por algumas transformações na indústria da iluminação.

Led ao selo do Programa Nacional de Conservação de Energia (Selo Procel), da Eletrobras. Nela, são contemplados com o selo apenas os produtos que

Uma das principais diz respeito à queda

atenderem a critérios específicos de

de venda do número de produtos deste

exemplo, devem apresentar um valor de

segmento, explicada pela maior vida útil da tecnologia.

segurança, qualidade e desempenho. Por eficiência energética medida e declarada de no mínimo 80 lm/W.

A iniciativa contempla também que

o fabricante, que tenha recebido o selo, reavalie anualmente, nos laboratórios

especifica os requisitos de segurança e

consulta pública até novembro de 2014.

indicados, seus produtos para checar

intercambialidade para lâmpadas Led

Em 10 de fevereiro deste ano, houve no

se as características de desempenho e

com dispositivo de controle incorporado

Inmetro mais uma reunião para debater a

segurança elétrica permanecem válidas.

para serviços de iluminação geral para

RAC das lâmpadas Led e a expectativa é

Somente assim poderá ser mantida a

tensão maior que 50 V; e a ABNT NBR

de que a portaria seja publicada o mais

autorização do uso da certificação. Além

16205, partes 1 e 2, que especifica

breve possível, talvez em março. De

disso, o Procel exige que os produtos

requisitos de segurança e desempenho

acordo com o presidente da Abilumi, tal

tenham garantia mínima de três anos

para lâmpadas Led sem dispositivo de

medida deverá acarretar em uma melhora

e as lâmpadas Led são a 38ª categoria

controle incorporado na base única.

nas lâmpadas tipo Led do país e retirar do

de equipamentos que recebe o Selo

Contudo,

mercado os produtos de qualidade baixa.

Procel.

alguns

produtos

vendidos





70

Eficiência energética

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Por Adalton de Oliveira, Rafael Jordão, Rodrigo Resende, Rodrigo Caputo e Rodrigo da Silva*

Projeto de residência com melhor aproveitamento energético Diferentes medidas relativas ao aproveitamento energético em residências, utilizando como base uma planta baixa para questões referentes ao projeto elétrico, estrutural e hidráulico


71

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

N

os últimos anos, o mundo tem

existentes

no

meio

residencial,

e

buscado, por meio de pesquisas em

demonstrar por meio de aplicações

diversos setores, uma maior efetividade

práticas o custo-benefício de certas

em todos os processos do nosso

ações.

cotidiano. É com base nesse intuito que

algumas

unir

efetividade

empresas com

procuram

comodidade.

A eficiência energética residencial

No setor residencial, é fácil notar as intensas novidades de paredes feitas

Investir em fontes renováveis não

de materiais que absorvem melhor a

quer dizer esquecer a conservação de

energia térmica e até torneiras com

energia, pois é por meio da eficiência

sensores para melhor racionamento de

energética

água.

necessidade

No setor elétrico residencial, tem-se

prazo. Sendo eficientes em relação

o crescente número de residências

ao consumo de energia, contribui-se

com painéis solares, a fim de utilizar

para o desenvolvimento sustentável

a energia térmica advinda do sol ao

do país. Com o intuito de desenvolver

invés de energia elétrica convencional

ações concretas no sentido de alcançar

durante os banhos.

eficiência

que de

no

se

pode

geração

consumo

evitar no

de

a

curto

energia

Museu

elétrica, no consumo racional da água

da Cemig situado em Lavras, uma

e na utilização dos condicionantes

geladeira de décadas atrás consome

bioclimáticos, novas tecnologias estão

no mês o que uma família de quatro

sendo desenvolvidas para a diminuição

pessoas gasta, em média, no mesmo

desse consumo.

período, o que demonstra uma incrível

A Eletrosul, em parceria com a

melhora por meio, principalmente, da

Universidade Federal de Santa Catarina

certificação para mostrar a eficiência

e a Eletrobras, construiu no pátio de sua

energética dos equipamentos.

sede a Casa Eficiente, com o objetivo de

Assim, o objetivo principal do artigo

servir como laboratório para edificações

é mostrar medidas que buscam um

eficientes e contribuir para a divulgação

melhor aproveitamento das energias

dos conceitos nela aplicados.

Além

disso,

segundo

o

Figura 1 – Etiqueta de eficiência energética. Fonte: Labeee.


72

Eficiência energética

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Estrutura física (alvenaria)

Tabela 2 – Propriedades térmicas dos materiais construtivos utilizados para as paredes

Propriedades térmicas

MATERIAL

O bom rendimento e economia de

Densidade de

Condutividade

Calor específico

energia dependem muito da absorção

massa aparente (ρ)

térmica (λ)

(c)

e reflexão de calor e radiação de luz,

[kg/m³]

[W/(m.K)]

[J/(kg.K)]

2.000

1,15

1,00

2.400

1,75

1,00

em que ambas são absorvidas e/ou

Argamassa de

refletidas pelos materiais que compõem

assentamento

a edificação em diferentes níveis. Em

Concreto

locais quentes, é desejável que a radiação

(bloco e parede)

solar seja refletida durante o dia. Uma

Reboco

2.000

1,15

1,00

possibilidade para que isso possa ser

Tijolo cerâmico

1.600

0,90

0,92

alcançado é utilizando paredes externas

Fonte: ABNT (2005).

com cores claras (a melhor opção é a

Tabela 3 – Propriedades térmicas dos materiais construtivos utilizados para as coberturas

branca). Há também tintas especiais que refletem uma boa quantidade da radiação.

Argamassa de

Tabela 1 – Refletância das cores básicas

Densidade de

Condutividade

Calor específico

massa aparente (ρ)

térmica (λ)

(c)

2.000

1,15

1,00

reboco

Cores

Refletância

Cerâmica

2.000

1,05

0,92

Branco

70% a 80%

Concreto (laje)

2.200

1,75

1,00

Amarelo

50% a 70%

Fibrocimento

1.900

0,95

0,84

Cinza

20% a 50%

Gesso

750

0,35

0,84

Preto

3% a 7%

Madeira

600

0,15

1,34

PVC

1.300

0,20

0,96

Telha metálica

7.800

55

0,46

Fonte: Lumicenter. 2006.

Propriedades térmicas

MATERIAL

para serem utilizadas em coberturas

As cores escuras absorvem grande

de aço

parte da energia solar e contribuem para o aumento da temperatura da parede,

Fonte: ABNT (2005).

transmitindo, assim, mais calor para

com acabamento fosco, porém, para

de calor tem capacidades diferentes

o interior dos ambientes. O resultado

economia de energia, deve-se priorizar

em diferentes tipos de materiais, e

é que o consumo de energia elétrica

a iluminação natural e a ventilação

alguns possuem grande capacidade

acaba sendo maior, devido ao uso de

adequada.

de armazenamento, como o tijolo e o

ar condicionado e de ventiladores.

concreto.

As paredes externas, sendo pintadas

do exterior para o interior e vice-versa

Tabela 1 – Refletância das cores básicas

com cores claras, que absorvem pouca

pode ser reduzido com isolamentos

radiação

solar,

Tipo de material

Refletância

acúmulo

de

poderiam

O isolamento do fluxo de calor vindo

reduzir

o

nas paredes ou na cobertura e deve ser

minimizando

a

montado em seu lado frio. Isolamento

necessidade de refrigeração artificial.

eficaz pode, em princípio, ser obtido por

Nesse caso, a cor branca absorve cerca

materiais porosos, como madeira, painéis

de 20% do calor solar, seguida da

feitos de fibra de vidro ou fibras naturais,

pérola (28%), marfim (28%), palha (30%),

poliuretano, tijolos, betão poroso, etc.

branco gelo (33%) e azul-claro (35%). O

Materiais de coberturas ou paredes

Para haver um clima confortável

tipo de acabamento da tinta utilizada

armazenam certa quantidade do calor e

dentro da casa, é preciso ter uma

também interfere na quantidade de calor

da radiação solar, ou pela transmissão do

combinação da temperatura do ar,

absorvida pelas superfícies pintadas

ar quente pelas paredes e coberturas. O

umidade, fluxo do ar e a temperatura

com uma mesma cor: as tintas acrílicas

calor armazenado passa para o ambiente

da superfície das paredes, piso e teto.

com acabamento semibrilho absorvem

com menor temperatura depois de um

Portanto, para que uma cobertura

mais calor solar do que as acrílicas

período de tempo. A armazenagem

reflita a radiação e que seja bem isolada

calor,

Madeira

70% a 80%

Concreto

3% a 7%

Tijolo

20% a 50%

Rocha

50% a 70%

Fonte: casadatelha.com.br



74

Eficiência energética

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

podem ser perigosos se não forem tomadas as devidas precauções. Ao manusear tais fibras, deve-se utilizar vestuário de proteção e máscara para proteção respiratória. Figura 2 – Isolamentos para paredes. Fonte: isolamentos.net.

A utilização de mantas térmicas de

alumínio para isolação de coberturas é uma ótima solução a ser adotada. A camada de ar entre a telha e a manta garante que o calor seja dissipado e sua colocação de baixo para cima, transpassada, forma uma subcobertura contra

infiltrações.

A

manta

deve

ser posicionada entre os caibros e as Figura 3 – Isolamentos para paredes. Fonte: isolamentos.net

ripas, sendo indicado o uso de contra caibros para aumentar sua eficiência. No

verão,

isola

termicamente

a

irradiação de calor proveniente das telhas, proporcionando um agradável conforto. Já no inverno, mantém o calor gerado no ambiente interno, mantendo o ambiente agradável. Figura 4 – Isolamento para coberturas. Fonte: casadatelha.com.br

Estrutura hidráulica

(paredes com reflexão da radiação solar), é necessário lembrar que a

cobertura e as paredes são as maiores

eficientes para reduzir o consumo

áreas de insolação durante o dia,

de água em uma residência está

contribuindo para o armazenamento de

vinculado

calor e a liberação desse calor durante

usos finais de água. A partir deste

a noite.

conhecimento, é possível avaliar os

Para

o

isolamento

acabadas

considerar

o

de

existentes, uso

de

O desenvolvimento de estratégias

à

caracterização

dos

paredes

principais componentes responsáveis

pode-se

pelo

espuma

de

uso

da

água

desenvolvimento

e

de

priorizar

o

tecnologias

isolamento a granel ou pulverizada.

para se gerar uma maior economia

Estes dois tipos de isolamento podem

efetiva. As análises de consumo de

ser adicionados sem muita perturbação

água

às áreas acabadas da sua casa.

limitações e especificidades locais,

O isolamento de preenchimento

sazonais e relativas aos hábitos dos

solto consiste em pequenas fibras que

consumidores. Além dessas limitações,

podem ser vertidas ou pulverizadas

dependem ainda da metodologia e da

para uma cavidade de parede ou outro

confiabilidade da coleta de dados.

espaço fechado. Este método é ideal

onde o acesso é limitado ou em paredes

mundial com a escassez dos recursos

que estão parcialmente concluídas. Os

hídricos, a adoção de componentes

materiais utilizados no isolamento de

economizadores de água em edifícios

preenchimento solto incluem fibra de

públicos,

vidro, celulose ou fibras minerais, que

residenciais vem aumentando cada vez

em

residências

apresentam

No contexto atual de preocupação

industriais,

comerciais

e


75

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

mais. Componentes economizadores

desempenho

de água têm como objetivo contribuir

necessária adequada especificação e

elétrica.

para a redução do consumo.

compreensão do funcionamento dos

Alguns independem da ação do usuário

componentes, das atividades e usuários

essa

ou da mudança de seu comportamento,

envolvidos. Não menos importante é a

componentes que propiciam economia de

enquanto outros facilitam a diminuição

correta calibragem destes componentes,

água vem crescendo de forma mais lenta

do

estes

assim como a correta operação destes

que nos setores públicos e comerciais.

componentes devem manter o conforto

componentes e, ainda, a sensibilização

Ressaltam-se

e a segurança sanitária das instalações.

dos usuários para o uso eficiente da

economizadores de água devem ser

Os

economizadores

água. As especificações técnicas dos

escolhidos adequadamente de acordo

podem ser adotados facilmente em

componentes economizadores de água

com o padrão de uso. Assim, alguns

fase de projeto. Já em edificações

devem ser realizadas considerando-se as

componentes que são recomendados

existentes e ocupadas, a substituição

seguintes questões: pressão hidráulica

para uso público não são adequados para

de

por

disponível nos pontos de utilização;

uso residencial.

componentes economizadores de água

conforto do usuário; higiene; atividade do

pode apresentar dificuldades técnicas e

usuário; risco de contaminação; facilidade

o consumo de água é proporcional

ser mais onerosa.

de manutenção; facilidade de instalação.

à sua vazão de funcionamento e ao

Assim, deve-se observar a viabilidade

Tendo em vista a adequação do

tempo de utilização, assim, podem-se

técnica e econômica da substituição

sistema, avaliação técnico-econômica e

utilizar

destes equipamentos, de acordo com

utilização de componentes antivandalismo

economizadores de água, os quais

o consumo verificado em estudos de

no caso de locais públicos (ANATEL.

visam controlar a vazão e dispersão

usos finais de água. Ressalta-se que a

al., 2005), a adoção de componentes

do

economia monetária não deve ser o único

hidráulicos economizadores de água no

e

aspecto a ser verificado na adoção de

Brasil vem crescendo de forma acelerada,

economizadores comumente utilizados

componentes economizadores.

especialmente em prédios de uso público,

em torneiras residenciais, disponíveis

Os

economizadores

principalmente porque o seu emprego

no mercado. Existem também torneiras

de água devem ser adotados de acordo

associa estes espaços à sustentabilidade

hidromecânicas

com a finalidade a que são destinados

das construções, proporciona redução

sensor (eletrônicas), as quais são mais

e com os usuários que irão utilizá-

das despesas na conta de água e esgoto,

adequadas ao padrão de uso comercial

los. Para identificar os requisitos de

bem como em alguns locais propicia,

e público.

consumo,

mas

componentes

equipamentos

todos

convencionais

componentes

a

serem

atendidos,

é

também, redução na conta de energia No caso das edificações residenciais, tendência

de

que

utilização

os

de

componentes

No caso das torneiras convencionais,

torneiras

jato.

com

Arejadores,

prolongadores

pulverizadores

são

e

componentes

componentes

torneiras

com


76

Eficiência energética

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

energético de eletrodomésticos, como refrigeradores, condicionadores de ar, televisores, máquinas de lavar roupa, etc. Outra

solução

que

tem

sido

muito adotada é a substituição das usuais lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas que

geram

uma

diminuição

no

consumo de energia em torno de 70% e com a evolução tecnológica já está começando a ser utilizada a iluminação de Led (Diodo emissor de luz), que reduz ainda em pouco

Figura 5 – Torneiras econômicas. Fonte: ABNT.

mais de 50% em relação ao consumo

A instalação de um arejador na

próxima do nível A possível.

das lâmpadas fluorescentes, como

extremidade de saída da torneira

Hoje, com a evolução dos estudos

pode ser demonstrado na tabela a

poderá

substancialmente

nesse setor, tem-se criado soluções

seguir, considerando uma residência

a vazão de água para a mesma

para diminuir o consumo dos aparelhos

com vinte pontos de iluminação

abertura. Observa-se, em condições

elétricos e eletroeletrônicos de maior

sendo dez acesas durante seis horas

reais de uso, que uma torneira dotada

acessibilidade à população e melhorar

diárias.

de

modificar

a eficiência durante sua utilização.

quantidade de água consumida em

Dentre

pode-se

trando a porcentagem de consumo por

lavatórios. Isso ocorre porque este

citar

consumo

tipo de equipamento considerando os

arejador

proporciona

menor

essas a

soluções,

diminuição

do

A seguir, tem-se um gráfico demons­

dispositivo promove o direcionamento do fluxo, com incorporação de ar e água.

De acordo com a ABNT NBR 10281,

uma

torneira

dotada

de

arejador

deve apresentar vazão mínima de 0,05 litros/s, nas mesmas condições de alimentação estabelecidas para o ensaio sem arejador, ou seja, o uso do arejador traz uma redução de cerca de 50% do valor da vazão nas mesmas condições de uso (ABNT, 2003).

Estrutura elétrica Um dos grandes vilões para se melhorar a eficiência energética em uma residência é a energia elétrica, e a melhor forma de se melhorar o seu consumo é o uso consciente dos aparelhos e equipamentos elétricos e a utilização preferencialmente de equipamentos com selo de eficiência energética

com

qualificação

mais

Figura 6 – Consumo médio residencial. Fonte: LabEEE.


77

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

mais utilizados no dia a dia.

gás), o custo mensal para essa família

o uso do sistema híbrido, que utiliza

Apesar do que pode ser notado pelo

e o desperdício de água até atingir a

um coletor solar com um chuveiro

gráfico da Figura 6, em que o chuveiro

temperatura ideal para banho.

elétrico na extremidade. Os outros

elétrico é responsável por 24% do

De acordo com esse estudo, o

sistemas se tornam inviáveis devido

consumo de energia elétrica em uma

único sistema mais viável do que

ao alto consumo médio de água como

residência,

exclusivamente o chuveiro elétrico é

mostrado nas tabelas a seguir.

segundo

pesquisa

do

Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA/USP), não justifica a sua substituição por um sistema exclusivamente solar ou a gás para aquecimento da água para banho. A

pesquisa

toma

como

base

uma família de quatro pessoas, em que cada uma toma um banho com duração de oito minutos por dia. Analisa também o custo de aquisição e instalação de cada um dos sistemas utilizados para este fim, o consumo médio de água por minuto de cada sistema, o custo total de cada banho (envolvendo água, energia elétrica e

Tabela 5 – Comparativo custo/benefício da iluminação

Comparativo custo-benefício Iluminação Residencial Itens Avaliados

Lâmpada

Lâmpada

Incandescente 60 W Fluorescente 18 W

Lâmpada Circular de Led 8 W

Investimento inicial

R$ 36,00

R$ 700,00

R$ 1.500,00

Potência média de

60

18

8

6.480

1.945

1.080

110

14

0

consumo (W) Consumo no período de 5 anos (KWh) Lâmpadas substituídas no período Gasto com energia

R$ 4.053,56

R$ 1.216,07

R$ 675,59

Gasto com lâmpadas

R$ 195,00

R$ 140,00

R$ 0,00

Gasto total

R$ 4.248,56

R$ 1.356,07

R$ 675,59

de consumo


78

Eficiência energética

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Tabela 6 – Comparativo do sistema de aquecimento de água para banho

Solar Híbrido

Solar Chuveiro Elétrico

Sistema de

Convencional

Boiler

(coletor solar +

Aquecedor a gás

chuveiro elétrico)

(Coletor solar +

aquecimento de água

boiler elétrico) Custo total

R$ 31,00

R$ 4.045,00

R$ 945,00

R$ 888,00

R$ 1.855,00

-

12.948%

2.948%

2.765%

5.584%

(Aquisição + instalação) Variação em relação ao chuveiro elétrico Consumo de água (l/m)

4,2

8,4

8,7

4,1

8,5

Variação em relação

-

200%

207%

-2,30%

205%

Custo por banho (R$)

R$ 0,30

R$ 0,46

R$ 0,59

R$ 0,27

R$ 1,04

Variação em relação

-

53,3%

96,6%

-10%

246,6%

Custo mensal (R$)

R$ 36,00

R$ 55,20

R$ 70,80

R$ 32,40

R$ 124,80

Variação em relação

-

19,2%

34,8%

-3,6%

88,8%

ao chuveiro elétrico

ao chuveiro elétrico

ao chuveiro elétrico Fonte: Site ABINEE - Estudo CIRRA/USP

Certificações

Tabela 7 – Desperdício de água

Perda de água (litros)

Sistema de aquecimento de água

Um dia

Um mês

Um ano

Solar convencional ou

20

600

7.200

As primeiras etiquetas de eficiência

energética para projetos de habitação brasileiros foram concedidas no dia 29 de

boiler elétrico Gás

18

540

6.480

novembro de 2010, durante a cerimônia de lançamento da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências e edifícios multifamiliares, promovida pela Eletrobras e pelo Inmetro, no Hotel Transamérica, em São Paulo.

A exemplo da etiqueta para edifícios

comerciais, de serviços e públicos e da etiqueta para os eletrodomésticos, a etiqueta para habitações também é concedida dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelas duas instituições.

O documento em que se baseia a

etiquetagem – Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) – foi desenvolvido pela Secretaria Técnica de Edificações, coordenada pelo Procel Edifica, da Eletrobras, e pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que conta ainda Figura 7 – Etiqueta habitacional. Fonte: LabEEE.

com a participação de especialistas


79

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

de diversas universidades brasileiras e

por universidades federais pensados

representantes de instituições do setor

na realidade brasileira, focando nas

da construção civil.

diversidades

clima, tipologia e sistema construtivo

Os regulamentos RTQ-C e RTQ-R

do

país,

tais

como

para etiquetagem foram desenvolvidos

encontrados em nosso território.

a partir de estudos de mais de seis anos

Eles são avaliados pelo nível de

Gesso interno (0,2cm) Bloco cerâmico (14,0 x 19,0 x 29,0cm) Argamassa externa (2,5cm) Pintura externa ( α )

U [W/(m K)] 2

1,85

CT

α

[kJ/m K] 2

105

[–]

FCS [–]

0,2

1,5

0,4

3,0

0,8

5,9

Figura 8 – Parede mais eficiente. Fonte: LabEEE.

Laje pré-moldada 12cm (concreto 4cm + EPS 7cm + argamassa 1cm) Câmara de ar (>5,0cm) Telha metálica 0,06cm

U [W/(m2K)] 1,54

CT

[kJ/m2K] 134

α [–]

FCS [–]

0,2

1,2

0,4

2,5

0,8

4,9

Figura 9 – Laje mais eficiente. Fonte:LabEEE.


80

Eficiência energética

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

eficiência energética de edificações, de

de eficiência energética de edificações

serviço e público (regulamento técnico

residenciais (regulamento técnico da

da qualidade - RTQ-C) e quanto ao nível

qualidade - RTQ-R).

Conclusão De

acordo

com

o

que

foi

apresentado, é possível concluir que

Sistema de captação de água para reaproveitamento

são inúmeros os meios de se obter um aproveitamento energético em todos os setores das residências. Existe também a questão da conscientização, que

torna

possível

a

economia

de muitos dos recursos utilizados diariamente, como água e energia elétrica.

As torneiras atuais, com sensores ou

temporizadores, são um investimento interessante em residências, as quais têm uma frequência alta de utilização. O sistema de captação e reutilização de águas pluviais para fins em que não exija água filtrada e tratada é uma maneira também bastante eficaz, a fim de alcançar a eficiência. Figura 10 - Sistema de reaproveitamento de água.

Painéis solares

Os painéis solares em conjunto com o chuveiro elétrico tradicional, como

foram

apresentados,

é,

do

ponto de vista da eficiência, a melhor combinação, ao se considerar também o custo de implantação, aquisição e instalação em relação ao gasto diário médio proporcionado. No entanto, é possível melhorar ainda o aproveitamento energético, principalmente do ponto de vista térmico,

utilizando-se

de

paredes,

pinturas e acabamentos que isolem o ambiente de fontes externas de calor, como o Sol, e mantenham o ambiente interno refrigerado a uma temperatura ideal. A Figura 12 mostra como seria a casa mais efetiva na questão de eficiência e aproveitamento de energia e recursos.

Referências • Santa Catarina (Estado) Universidade Federal de Santa Catarina – Depto. Engenharia Civil - LabEEE. Figura 11 – Sistema de aquecimento solar de água. Fonte: Site da Universidade de Brasília.

• Catálogo de Propriedades Térmicas de


81

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Acesso em: 20 out. 2012. •

VIA

EPTV

Residencial: lançam

Eficiência

Inmetro

etiqueta

e

para

Energética Eletrobras

avaliar

novas

edificações. Disponível em: <http://www. terradagente.com.br/NOT,0,0,325794,E ficiencia+energetica+residencial.aspx>. Acesso em: 02 nov. 2012. •

LABEEE

-

EFICIÊNCIA

LABORATÓRIO ENERGÉTICA

DE EM

EDIFICAÇÕES. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br/>. Acessado em: 10 nov. 2012. • SECRETARIA DE ENERGIA – GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Eficiência Energética. Disponível em: <http://www. energia.sp.gov.br/portal.php/energiaeletrica_eficiencia>. Acesso em: 21 out.

Figura 12 – Casa ideal. Fonte: LabEEE.

2012. •

ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA

Paredes e Coberturas (v.5), 2011, 14 p.

(MME) - Empresa de Pesquisa Energética

• Distrito Federal (Estado) Universidade

(EPE). Nota Técnica DEA 14/10 – Eficiência

de Brasília – Faculdade de Arquitetura

Energética nas Indústrias e Residências.

e Urbanismo. Etiquetagem de Eficiência

2010. 46 p.

Energética de Edifícios. 2012. 72 p.

• Santa Catarina (Estado) Universidade

EFICIÊNCIA

Federal de Santa Catarina – Laboratório

EDIFICAÇÕES. UFSC - Universidade

Adalton F. de Oliveira, Rafael V. Jordão,

de Eficiência Energética em Edificações

Federal de Santa Catarina. Etiquetagem

Rodrigo B. Resende, Rodrigo C. Caputo

- LabEEE. Eficiência Energética em

Residencial. Disponível em: <http://

e Rodrigo C. da Silva são estudantes do

Habitações de Interesse Social. 2009. 9 p.

w w w. l a b e e e . u f s c . b r / p ro j e t o s /

curso de Engenharia Elétrica do Centro

• MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

e t i q u e t a g e m / re s i d e n c i a l / e n c e s > .

Universitário do Sul de Minas (Unis-MG).

LABEEE

LABORATÓRIO ENERGÉTICA

DE EM

DA

INDÚSTRIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA (ABINEE).

Estudo

do

CIRRA/USP.

Disponível em: <http://www.abinee.org. br/noticias/com70.htm>. Acesso em: 25 out. 2012.


82

Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Novas normas IEC e ABNT para equipamentos Ex Partes das normas IEC 61892 (internacional) e NBR IEC 61892 (brasileira) são revisadas e alteram requisitos técnicos para unidades marítimas fixas e móveis. Pesquisa com este setor traz impressões de fabricantes e de consumidores de equipamentos Ex


83

O O Setor Setor Elétrico Elétrico // Fevereiro Fevereiro de de 2015 2015

Quando se pensa em normalização

para

instalações

com

marítimas

móveis,

para

utilização

processamento

armazenamento.

atmosferas

durante transferência de produtos de

A

explosivas, é automático se lembrar

um local para outro e para utilização

03:018.01

da série NBR IEC 60079. As diversas

durante as etapas de exploração e

pelo acompanhamento dessa norma

partes que compõem este conjunto de

exploração de poços de petróleo. Ainda

internacional, iniciou os trabalhos de

normas tratam dos requisitos técnicos

sem equivalente na ABNT, a parte 5 da

revisão e de atualização da respectiva

de equipamentos e sistemas destinados

IEC 61892 é adequada para instalações

norma brasileira equivalente, a NBR

a esse tipo de instalação, no entanto,

elétricas

NBR IEC 61892-7, publicada pela

outros documentos normativos também

transportáveis ou manuais de até 35

ABNT em 2012.

devem ser levados em consideração em

kVca ou 1,5 kVcc.

Plenamente normalizado, o setor

casos específicos. É o caso da série

Já a ABNT NBR IEC 61892-6 –

de instalações elétricas em ambientes

IEC 61892, que traz determinações

Unidades marítimas fixas e móveis

com atmosferas explosivas é o foco da

normativas para instalações elétricas em

– Instalações elétricas – Parte 6:

pesquisa de mercado desta edição. De

unidades marítimas fixas e móveis.

Instalação,

acordo com fabricantes e distribuidores

Recentemente,

no

passado,

publicadas

foram

final

do

permanentes,

publicada

temporárias,

em

18

de

ano

dezembro de 2014 pela ABNT, contém

de

Comissão

e

do

de

Estudo

Cobei,

equipamentos

CE

responsável

voltados

para

novas

disposições relativas às instalações

este segmento, apesar das notícias

edições das partes 5, 6 e 7 da IEC

elétricas em unidades marítimas fixas e

desfavoráveis envolvendo a Petrobras,

61892, dedicada a unidades móveis. O

móveis, utilizadas na indústria oceânica

principal

engenheiro especializado em atmosferas

de

de

mercado deve continuar crescendo. A

explosivas, Roberval Bulgarelli, explica

perfuração, produção, processamento e

expectativa é que o crescimento seja

que esta série tem o objetivo de garantir

armazenamento.

da ordem de 11% para o mercado de

a segurança no projeto, seleção de

Por fim, a IEC 61892-7 estabelece

equipamentos Ex neste ano. Além disso,

equipamentos, instalação, manutenção

requisitos para a realização de uma

as empresas pesquisadas declararam

e utilização de equipamentos elétricos

classificação de áreas e seleção de

ter apresentado crescimento médio de

para

equipamentos para utilização nestas

16% no ano de 2014 e esperam crescer

distribuição e utilização de energia

áreas

unidades

outros 16% em 2015. Corrobora com

elétrica para todas as finalidades em

marítimas fixas e móveis, incluindo

essa estimativa o fato de que elas

unidades marítimas que são utilizadas

tubulações, estações de bombeamento,

pretendem incrementar seu quadro de

para a exploração e o aproveitamento

estações de lançamento ou recebimento

funcionários. Segundo as empresas

dos recursos do petróleo.

de pigs, estações de compressão e

que responderam à pesquisa, deve

A IEC 61892-5 tem por escopo

monoboias de ancoragem utilizadas

haver um aumento médio de 13% nas

especificar

as

para

na indústria marítima de petróleo, com

contratações.

instalações

elétricas

unidades

a finalidade de perfuração, produção,

A segunda parte da pesquisa foi

geração,

armazenamento,

características em

petróleo,

com

classificadas

a

finalidade

em

expoente

deste

setor,

o


84

Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

realizada com empresas consumidoras de equipamentos para

atmosferas explosivas. Segundo elas, alguns fatores são muito

80% das empresas afirmaram ter a ISO 9001 (gestão de processos),

importantes na hora de comprar ou especificar esses produtos.

enquanto 11% disseram possuir a ISO 14001 (gestão ambiental).

Disponibilidade de informações técnicas do produto (site,

Certificações ISO

Neste ano, a média de adesão às certificações ISO foi mantida.

catálogo, etc.), garantia do fabricante e prazo de entrega são, nessa ordem, os pontos mais considerados na hora da compra. No entanto, segundo os mesmos consumidores, treinamento

11% 14.001 (ambiental)

oferecido pelo fabricante, local de fabricação (nacional ou importado) e preço são os menos considerados.

Números do mercado de equipamentos para atmosferas explosivas

80%

Confira a pesquisa na íntegra nas páginas a seguir.

A pesquisa identificou, mais uma vez, que o segmento

industrial é o de maior destaque. 98% dos fabricantes e distribuidores apontaram a indústria como o perfil de cliente

9001 (qualidade)

No tocante à participação nos mercados nacional e internacional,

o mercado doméstico predomina. 95% do volume das vendas é negociado dentro do País, índice exatamente igual ao registrado no ano passado. Balança comercial

mais atendido. Principais segmentos de atuação

5%

Exportação Mercado nacional

95%

9% Residencial 20%

Comercial Industrial

98%

Sobre os produtos mais comercializados do segmento, a pesquisa apurou que produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação foram os mais apontados pelas empresas como principais produtos fabricados e/ou distribuídos. Em seguida, aparecem outros produtos e quadros e painéis.

Diferentemente do que apurou esta mesma pesquisa realizada

Produtos para áreas classificadas mais comercializados

há um ano, em que as vendas realizadas por meio de revendas e varejistas foram priorizadas, tendo sido apontadas por 84% das pesquisadas, nesta edição, a maioria (93%) indicou que o principal canal de venda é diretamente com o cliente final. Confira.

Motores elétricos

13%

Cabos elétricos e seus acessórios

20%

Principais canais de vendas

43% 20% 20%

Materiais e acessórios em geral para montagem Plugues e Tomadas

46%

Telemarketing

Luminárias / Projetores

52%

Internet

50% 57%

Distribuidores / Atacadistas Revendas / Varejistas

93%

Venda direta ao cliente final

54% 57%

Invólucros Painéis e quadros elétricos Outros

61% 61%

Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação



86

Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Cabos elétricos e seus acessórios

Percepção sobre o tamanho anual total dos mercados de produtos específicos para áreas classificadas

Os gráficos a seguir ilustram a percepção dos fabricantes e

distribuidores de equipamentos para áreas classificadas a respeito do tamanho do mercado de nichos específicos do segmento em que

6%

Acima de R$ 500 milhões 6% De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 13%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

atuam. A maioria das empresas acredita, por exemplo, que o mercado de motores elétricos fatura anualmente entre R$ 30 milhões e R$ 50

13%

milhões. Já a metade das empresas pesquisadas considera que o

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

mercado de plugues e tomadas para este setor alcance resultados

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

acerca destes e de outros mercados:

16%

Acima de R$ 500 milhões

4%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Invólucros 5%

Acima de R$ 500 milhões

12%

Até R$ 10 milhões

9%

20%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

14%

27%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Luminárias / Projetores

Painéis e quadros elétricos

5%

13%

13% 5%

Até R$ 10 milhões

13%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

18%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

28%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Acima de R$ 500 milhões

18%

Até R$ 10 milhões

9%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

20%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

31%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

19%

entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões por ano. Confira as opiniões Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação (comando, controle, sinalização, alarme, etc.)

12%

Até R$ 10 milhões

22%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Acima de R$ 500 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

10%

25%

Até R$ 10 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 15%

13% 15%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

26%

25%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões Plugues e Tomadas

Motores elétricos

4%

13%

Acima de R$ 500 milhões

13%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

9%

27% 14%

23%

Até R$ 10 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

50% 47%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões


87

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

O estudo do ano anterior apurou que as empresas esperavam crescer 19% no ano de 2014. A pesquisa deste mês constatou que o crescimento médio efetivo das empresas deste segmento em 2014 foi de 16%. Para o mercado como um todo, a expectativa é que o crescimento seja da ordem de 11% neste ano de 2015. Novidade nesta pesquisa, perguntamos às companhias se pretendem realizar contratações neste ano. Segundo elas, a contratação de funcionários em 2015 deve aumentar em torno de 13%. Previsões de crescimento

11% 13%

Crescimento médio do mercado de equipamentos Ex em 2015 Percentual médio de contratação de funcionários em 2015

16% 16%

Crescimento médio das empresas em 2015 Crescimento médio das empresas em 2014 comparado a 2013

A desaceleração da economia foi apontada como principal fator

a influenciar (negativamente) os negócios nessa área. Confira as opiniões. Fatores que devem influenciar o crescimento deste mercado

9%

Programas de incentivo do governo 2%

16%

Falta de normalização e/ou legislação

Bom momento econômico do país 30%

10%

Desaceleração da economia brasileira

Incentivos por força de legislação ou normalização 9%

Crise internacional 2%

16%

Projetos de infraestrutura

Setor da construção civil desaquecido 6%

Setor da construção civil desaquecido


88

Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas Avaliação dos consumidores de equipamentos para atmosferas explosivas

Neste ano, quem lidera a pesquisa são os projetistas. 33%

dos consumidores que responderam esta pesquisa são empresas

Entre os critérios de compra e de especificação de produtos,

os consumidores afirmaram que garantia, prazo e disponibilidade de informações técnicas (catálogos e sites) são os itens mais observados. Os critérios são exatamente os mesmos registrados na pesquisa do ano passado

de projeto, seguidos por empresas de instalação, consultoria,

Fatores que mais influenciam o comprador e/ou especificador de equipamentos Ex

manutenção, revendas e usuários finais Perfil das empresas pesquisadas

Garantia

4%

11% 19%

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Consumidora de produtos

Revendedora de produtos

33%

Nota de 6 a 7 42%

33%

Nota 10

Projetista

Atua em consultoria

14%

Atua em manutenção

19%

25%

Instaladora

Nota de 8 a 9

Prazo de entrega

Diferentemente do que apontaram as empresas que participaram

8%

da primeira parte desta pesquisa, os seus consumidores indicam

Nota 10

8%

Nota de 1 a 5

que os painéis e quadros elétricos, assim como as luminárias e projetores são os mais comprados e/ou especificados. Plugues e tomadas aparecem em seguida. 34%

Pricipais produtos comprados e/ou especificados

Nota de 8 a 9 50%

Nota de 6 a 7

Outros

25%

Invólucros

42%

Disponibilidade de informações técnicas (catálogo, site, etc.)

Motores elétricos

58%

Cabos elétricos e seus acessórios

67%

8%

Nota de 1 a 5

Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação

67%

17%

Nota de 6 a 7

Materiais e acessórios em geral para montagem

75%

50%

Nota 10

Plugues e Tomadas

83% 92% 92%

Painéis e quadros elétricos

25%

Nota de 8 a 9

Luminárias / Projetores

Por sua vez, os critérios que menos pesam na hora da compra

e/ou especificação de equipamentos Ex são, segundo os mesmos consumidores, treinamento oferecido pelo fabricante, local de fabricação (nacional ou importado) e preço – nessa ordem.



90

Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas Fatores que mais influenciam o comprador e/ou especificador de equipamentos Ex

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

De modo geral, os consumidores mostram-se satisfeitos com

a qualidade dos produtos direcionados para áreas classificadas disponíveis no mercado brasileiro. 67% deles avaliaram este

Local de fabricação do produto (nacional ou importado)

quesito com notas 8 e 9. Grau de satisfação com a qualidade dos produtos Ex disponíveis no mercado

17%

Nota 10

16%

Nota de 1 a 5

17%

17%

Nota de 8 a 9

Nota 10

16%

Nota de 6 a 7

50%

Nota de 6 a 7

Preço 67%

Nota de 8 a 9 8%

Nota 10

17%

Nota de 1 a 5

Os usuários afirmaram ainda que devem investir, em sua

maioria, até R$ 1 milhão na compra (e/ou na especificação) de produtos para áreas classificadas em 2015. Apenas 8% pretendem direcionar mais de R$ 5 milhões neste mercado. 42%

33%

Nota de 8 a 9

Nota de 6 a 7

Estimativa de compra e/ou especificação de produtos Ex

8%

Acima de R$ 5 milhões 17%

Treinamento oferecido pelo fabricante

De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões

8%

Nota 10 25% 17%

Nota de 1 a 5

Nota de 8 a 9

75%

Até R$ 1 milhão 50%

Nota de 6 a 7



Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas

X

X

ADELCO

(11) 4199-7500

www.adelco.com.br

Barueri

SP

X

X

ALPHA

(11) 3933-7533

www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

X

X

ASELCO

(11) 3017-3131

www.aselco.com,br

São Paulo

SP

X

AUREON

(11) 3966-6211

www.aureon.com.br

São Paulo

SP

X

X

BS&B

(11) 2084-4800

www.bsbbrasil.com

São Paulo

SP

X

X

CENTRAL EX

(19) 3708-9200

www.central-ex.com.br

Campinas

SP

X

X

X

CONEX

(11) 2331-0303

www.conex.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

CONNECTWELL

(11) 5844-2010

www.connectwell.com.br

São Paulo

SP

X

X

DIALIGHT

(11) 4431-4300

www.dialight.com

Jundiaí

SP

X

X

DNV GL

(11) 3305-3343

www.dnvba.com.br

São Paulo

SP

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

Cornélio Procópio

PR

FIELD TECH

(19) 3935-4911

www.fieldtech.com.br

Indaiatuba

SP

X

X

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

X

X

FLOWTEC/FT

(11) 3231-4333

www.ft.com.br

São Paulo

SP

FORTLIGHT

(11) 2087-6000

www.fortlight.com.br

Guarulhos

SP

X

HAWSER

(11) 4056-7047

www.hawser.com.br

Diadema

SP

HUMMEL

(15) 3322-7000

www.hummel.com.br

Tatuí

SP

LUMENS

(11) 4075-4524

www.lumens.com.br

Sorocaba

SP

X

MACCOMEVAP

(21) 2687-4162

www.maccomevap.com.br

Itaguai

RJ

X

MAEX

(19) 3455-5266

www.maex.com.br

Santa Bárbara D'Oeste

SP

X

X

MAGNANI

(54) 4009-5255

www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

X

X

MELFEX

(11) 4072-1933

www.melfex.com.br

Diadema

SP

X

X

MSA

(11) 4070-5999

www.msasafety.com

Diadema

SP

X

X

NAVILLE

(11) 2431-4500

www.naville.com.br

Guarulhos

SP

X

X

NUTSTEEL

(11) 2122-5777

www.nutsteel.com.br

São Paulo

SP

X

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OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

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Possui certificado ISO 14001

SP

Possui certificado ISO 9001

Boituva

Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

www.schmersal.com.br

Outros

(15) 3263-9800

Internet

SP

ACE SCHMERSAL

Telemarketing

Estado

São Paulo

Venda direta ao cliente final

Cidade

www.abpex.com.br

Revendas/Varejistas

Site

(11) 5071-1324

Principal canal de vendas

Distribuidores/Atacadistas

Telefone

ABPEX

Residencial

EMPRESA

Comercial

Principal segmento de atuação

Industrial

Distribuidora

Fabricante

Empresa

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

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Possui programas na área de responsabilidade social

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Macaé

RJ

PROAUTO

(15) 3031-7410

www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

PROEX RIO

(21) 2195-9244

www.proexrio.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X

PROJECT-EXPLO

(11) 5589-4332

www.project-explo.com.br

São Paulo

SP

X

X

PROTEGO

(21) 2112-5705

www.protego.com

Rio de Janeiro

RJ

X

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X

R. STAHL

(11) 3637-0557

www.rstahl.com.br

São Paulo

SP

X

X

REEME

(11) 3525-3290

www.reeme.com.br

São Paulo

SP

X

X

RENETEC

(11) 4991-1999

www.renetec.com.br

Santo André

SP

X

X

RITTAL

(11) 3622-2377

www.rittal.com.br

São Paulo

SP

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X

S.P.T.F.

(11) 2065-3800

www.sptf.com.br

São Paulo

SP

X

X

SENSE

(11) 2145-0400

www.sense.com.br

São Paulo

SP

X

SERMATEX GRÜN

(11) 3933-7100

www.sermatex.com.br

São Paulo

SP

X

TELBRA EX

(11) 2946-4646

www.telbra.com.br

São Paulo

SP

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X

TRAMONTINA ELETRIK

(54) 3461-6200

www.tramontina.com

Carlos Barbosa

RS

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VARIXX

(19) 3301-6900

www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

X

VEXTROM

(11) 3672-0506

www.vextrom.com.br

São Paulo

SP

VIRTUS

(11) 2463-4040

www.virtusdistribuidora.com.br

Guarulhos

SP

WEIDMÜLER CONEXEL

(11) 4366-9610

www.weidmueller.com.br

Diadema

SP

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X

Possui programas na área de responsabilidade social

X

Cidade

www.polarmacae.com.br

Estado

Possui certificado ISO 14001

X

X

Site

(22) 2105-7777

Possui certificado ISO 9001

X

X

Telefone

Outros

X

X

EMPRESA POLAR

Internet

Telemarketing

X X

Revendas/Varejistas

Venda direta ao cliente final

Principal canal de vendas

Distribuidores/Atacadistas

Residencial

Comercial

Principal segmento de atuação

Industrial

Distribuidora

Fabricante

Empresa

Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

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94

Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

(15) 3263-9800

www.schmersal.com.br

Boituva

SP

X

X

ADELCO

(11) 4199-7500

www.adelco.com.br

Barueri

SP

X

ALPHA

(11) 3933-7533

www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

X

ASELCO

(11) 3017-3131

www.aselco.com,br

São Paulo

SP

AUREON

(11) 3966-6211

www.aureon.com.br

São Paulo

SP

BS&B

(11) 2084-4800

www.bsbbrasil.com

São Paulo

SP

X

CENTRAL EX

(19) 3708-9200

www.central-ex.com.br

Campinas

SP

X

CONEX

(11) 2331-0303

www.conex.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X

CONNECTWELL

(11) 5844-2010

www.connectwell.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

DIALIGHT

(11) 4431-4300

www.dialight.com

Jundiaí

SP

X

X

X

X

DNV GL

(11) 3305-3343

www.dnvba.com.br

São Paulo

SP

X

X

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

Cornélio Procópio

PR

X

X

FIELD TECH

(19) 3935-4911

www.fieldtech.com.br

Indaiatuba

SP

X

X

X

X

X

X

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

X

X

X

X

X

FLOWTEC/FT

(11) 3231-4333

www.ft.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

FORTLIGHT

(11) 2087-6000

www.fortlight.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

X

HAWSER

(11) 4056-7047

www.hawser.com.br

Diadema

SP

X

X

HUMMEL

(15) 3322-7000

www.hummel.com.br

Tatuí

SP

X

X

X

X

LUMENS

(11) 4075-4524

www.lumens.com.br

Sorocaba

SP

X

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X

X

X

X

X

X

MACCOMEVAP

(21) 2687-4162

www.maccomevap.com.br

Itaguai

RJ

X

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X

X

X

X

X

MAEX

(19) 3455-5266

www.maex.com.br

Santa Bárbara D'Oeste

SP

X

X

X

X

X

X

MAGNANI

(54) 4009-5255

www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

X

X

X

X

X

MELFEX

(11) 4072-1933

www.melfex.com.br

Diadema

SP

X

X

MSA

(11) 4070-5999

www.msasafety.com

Diadema

SP

X

X

X

X

X

NAVILLE

(11) 2431-4500

www.naville.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

NUTSTEEL

(11) 2122-5777

www.nutsteel.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

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Outros

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ACE SCHMERSAL

Luminárias / Projetores

São Paulo

Invólucros

Estado

www.abpex.com.br

Motores elétricos

Cidade

(11) 5071-1324

Materiais e acessórios em geral para montagem

X

Site

ABPEX

Plugues e Tomadas

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Cabos elétricos e seus acessórios

Painéis e quadros elétricos

X

Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação

Oferece treinamento técnico para os clientes

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Telefone

Importa produtos acabados

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EMPRESA

Exporta produtos acabados

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

Produtos para Instalaçãoes para areas classificadas (EX)

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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Sorocaba

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PROEX RIO

(21) 2195-9244

www.proexrio.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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PROJECT-EXPLO

(11) 5589-4332

www.project-explo.com.br

São Paulo

SP

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PROTEGO

(21) 2112-5705

www.protego.com

Rio de Janeiro

RJ

X

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X

R. STAHL

(11) 3637-0557

www.rstahl.com.br

São Paulo

SP

X

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X

REEME

(11) 3525-3290

www.reeme.com.br

São Paulo

SP

RENETEC

(11) 4991-1999

www.renetec.com.br

Santo André

SP

RITTAL

(11) 3622-2377

www.rittal.com.br

São Paulo

SP

X

S.P.T.F.

(11) 2065-3800

www.sptf.com.br

São Paulo

SP

X

SENSE

(11) 2145-0400

www.sense.com.br

São Paulo

SP

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X

SERMATEX GRÜN

(11) 3933-7100

www.sermatex.com.br

São Paulo

SP

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TELBRA EX

(11) 2946-4646

www.telbra.com.br

São Paulo

SP

X

TRAMONTINA ELETRIK

(54) 3461-6200

www.tramontina.com

Carlos Barbosa

RS

X

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VARIXX

(19) 3301-6900

www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

X

VEXTROM

(11) 3672-0506

www.vextrom.com.br

São Paulo

SP

VIRTUS

(11) 2463-4040

www.virtusdistribuidora.com.br

Guarulhos

SP

WEIDMÜLER CONEXEL

(11) 4366-9610

www.weidmueller.com.br

Diadema

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Outros

www.proautomacao.com.br

Materiais e acessórios em geral para montagem

X

(15) 3031-7410

Plugues e Tomadas

RJ

PROAUTO

Estado

Luminárias / Projetores

Macaé

Invólucros

Cidade

www.polarmacae.com.br

Cabos elétricos e seus acessórios

Site

(22) 2105-7777

Motores elétricos

Telefone

Painéis e quadros elétricos

EMPRESA POLAR

Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação

Oferece treinamento técnico para os clientes

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

Importa produtos acabados

Exporta produtos acabados

Produtos para Instalaçãoes para areas classificadas (EX)

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96

Energia solar

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Por Emanuel Rholden e Paulo Marcelo T. Pinto*

Tendências em dimensionamento de sistemas solares

C

om a queda acentuada de preços da

são dados de entrada fundamentais para o

de 2017. Além disso, existe também a

tecnologia solar fotovoltaica, existe uma

correto dimensionamento elétrico de uma

vantagem destes empreendimentos serem

tendência em sobredimensionar a potência

usina solar fotovoltaica. Um sistema solar

enquadrados na apuração pelo regime de

instalada dos painéis solares em relação à

bem dimensionado garantirá menos tempo

lucro presumido.

potência nominal dos inversores visando

de paradas para manutenções corretivas

No

à otimização da produção energética

e

consequentemente,

escolhidas propositadamente de maneira a

total dos sistemas solares, avaliados em

proporcionará a geração de maiores

analisar-se o comportamento de produção

diferentes

receitas para a usina.

energética e de sobredimensionamento

ambiente e irradiação solar.

Assim, começa a aparecer uma forte

em diferentes regiões brasileiras. Ver Figura

Na última década, os custos dos módulos

tendência de sobredimensionamento das

1.

solares chegaram a representar 80% do

usinas solares, ou seja, a potência instalada

Este estudo é apresentado em um

investimento total para a construção de

ou potência pico dos módulos solares

momento de euforia do setor solar brasileiro

uma planta solar. Neste cenário, inversores

sendo maior que a potência nominal

motivado por leilões exclusivos da fonte em

solares,

e

dos inversores e dos transformadores

esferas estaduais e federais. O Governo

cabos elétricos eram dimensionados da

elevadores de tensão. No entanto, o

Federal sinaliza certames exclusivos para a

forma mais otimizada possível em relação

desafio nestes casos é como determinar o

fonte nos próximos quatro anos com uma

à potência dos módulos solares, visando

ponto ótimo de equilíbrio.

capacidade a ser instalada de geração de

minimizar ao máximo as perdas do sistema

Um

e assim amortizar mais rapidamente o

coeficiente DC/AC e das perdas de

investimento financeiro.

sobredimensionamento em oito projetos

fomentar o desenvolvimento da indústria

Devido à conjuntura mundial dos

de usinas solares com potência padronizada

solar nacional, o Banco Nacional de

últimos anos, os subsídios que estimularam

de 30 MW, situadas nas localidades de

Desenvolvimento

o crescimento do mercado solar foram

Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Carolina

(BNDES) lançará uma linha de financiamento

sendo reduzidos e, em alguns casos,

(MA), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus

exclusiva para empreendimentos solares.

completamente cortados. Assim, para

(AM), Petrolina (PE) e São Paulo (SP), será

Para

sobreviver, a indústria solar teve de se tornar

apresentado a seguir:

adotou-se que a disposição física dos

mais competitiva e os custos de materiais

Usinas solares de 30 MW ou complexos

módulos solares fosse projetada de forma

e serviços para a implantação de uma

solares modulados em 30 MW serão

a otimizar as perdas de sombreamento

usina solar tornaram-se cada vez menores,

práticas comuns no mercado nacional, já

entre os módulos solares adjacentes

sobretudo, o custo dos módulos solares

que as empresas do setor adotarão esse

e utilizou-se sempre Azimute de 0% e

que devido à produção em escala da

modelo de negócio de forma estratégica

ângulo de inclinação ótimo em função

China e uma oferta excedente no mercado

para aproveitar a Resolução Normativa da

da latitude da localização do projeto. Os

mundial, hoje representam em torno de

Aneel (RN77/2004) que oferece desconto

dados meteorológicos utilizados foram do

50% a 60% do investimento total da usina.

de 50% na Tarifa de Uso do Sistema de

Meteonorm.

Condições climáticas como temperatura

Distribuição e de Transmissão (Tusd e Tust)

ambiente, irradiação solar e altitude, além

para empreendimentos de geração de até

instalada de 30 MWp (Coeficiente DC/AC

de características elétricas dos módulos

30 MW. Este desconto poderá chegar até

= 1,0) até 42,24 MWp (Coeficiente DC/AC

solares e da rede elétrica, como fator de

80% para empreendimentos que entrarem

= 1,4) para se observar o comportamento

potência, variação de tensão e freqüência,

em operação comercial até 31 de dezembro

de produção energética das usinas solares

condições

de

transformadores,

temperatura

proteções

preventivas

e,

estudo

comparativo

do

estudo,

estas

cidades

foram

energia solar de até 3,5 GW. Com o objetivo de estimular o setor e

a

Econômico

realização

deste

e

Social

estudo

Além disso, variou-se a potência


O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

97

Figura 1 – Mapa com oito cidades (Google Maps). A – Belo Horizonte / B – Brasília / C – Carolina / D- Cuiabá / E – Fortaleza / F – Manaus / G – Petrolina / H – São Paulo.

e as eventuais perdas do sistema. Note-se também que as perdas apresentadas a seguir correspondem somente às perdas de sobredimensionamento do inversor, sendo que perdas de eficiência ou de faixa de tensão DC no inversor assim como perdas em cabos e transformadores não foram contempladas no estudo.

No gráfico da Figura 2, percebe-se claramente o aumento

das perdas de sobredimensiomento devido ao aumento gradativo do índice DC/AC. Nota-se também que não há um padrão entre as perdas com o índice de sobredimensionamento e as diferentes localidades. A conclusão é de que o índice de sobredimensionamento deverá ser menor em regiões de maior produção energética, consequentemente, regiões mais ensolaradas e, melhor ainda, se aliadas a temperaturas amenas.

Percebe-se também que as cidades de Carolina (MA) e

Cuiabá (MT), apesar de estarem em regiões bastante afastadas, mas por possuírem médias de irradiação solar e temperaturas similares, por consequência, possuem perfis de produção energética similares. A seguir, compara-se o comportamento das duas localidades mais distintas em termos de sobredimensionamento de acordo com a Figura 2, ou seja, Petrolina (PE) e Cuiabá (MT). Efetivamente, para o índice DC/AC constante e igual a 1,4, as perdas variam de 1,36% em Cuiabá a 2,82% em Petrolina. Esta diferença corresponde a 1056 MWh anuais, o equivalente ao consumo médio anual de 578 residências brasileiras. (Considerando uma média de consumo de 152,2kWh mês por residência).

Os gráficos (a) e (b) nos mostram as curvas de potência geradas

em um dia padrão em função dos índices de sobredimensionamento de 20% e de 40% para cada uma das duas localidades.


98

Energia solar

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Nota-se que a área 1 (acima da linha

de máxima potência) corresponde à energia perdida durante a limitação de potência, que é a potência máxima de saída fornecida pelos inversores. A área 2 corresponde ao ganho de energia ocasionado pelo sobredimensionamento. Assim, para uma determinada planta solar, se a área 2 for maior que a área 1 quer dizer que a planta foi bem dimensionada, com uma curva mais aberta no seu início e final e um corte no meio do dia. No entanto, este não é um exercício tão Figura 2 – Gráfico coeficiente DC/AC x perdas.

simples de ser realizado quando se trata de uma fonte intermitente de energia como a solar. Dessa forma, a utilização de dados meteorológicos disponíveis para simular diversos cenários é sempre recomendável. Deve-se lembrar também que haverá uma degradação de potência dos módulos solares com o passar do tempo, fato benéfico para os sistemas sobredimensionados, já que a parcela de energia perdida por limitação de potência tenderá a diminuir com o tempo de operação do sistema. Além das características climáticas e de

elétricas

citadas

fundamental

inicialmente,

importância

é

para

o

dimensionamento adequado das usinas solares a geografia do terreno e a avaliação da

existência

de

interferências

que

possam gerar sombras. As limitações de construção impostas pelo plano diretor de cada município também são dados que têm de ser levados em consideração no dimensionamento da usina solar. Espera-se que esta análise seja de grande auxílio a pessoas e empresas envolvidas neste mercado emergente e de grande potencial. *Emanuel Rholden é gerente de contas estratégicas da área de Geração Centralizada da Schneider Electric. Paulo Marcelo Frugis T. Pinto é gerente de produtos da área de Geração Distribuída da Schneider Electric. Figura 3 – Gráficos mostram comportamento das cidades de Petrolina (PE) e Cuiabá (MT).

Gerente de Produto – Geração Distribuida



100

Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Nova norma promete aquecer mercado de tomadas industriais ABNT NBR IEC 60309-1:2015, que traz os requisitos gerais para estes tipos de equipamento, harmoniza texto brasileiro com o do exterior e deve facilitar a comercialização entre Brasil e países estrangeiros


O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

101

O ano de 2015 começou com uma ótima notícia para o mercado

de plugues e tomadas voltadas ao uso industrial. Foi publicada em 6 de janeiro último a norma ABNT NBR IEC 60309-1:2015, que traz os requisitos gerais para estes tipos de equipamento. Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o documento normativo aplica-se aos plugues e tomadas, aos conjuntos acopladores de cabo e aos conjuntos conectores do equipamento, com tensão nominal de funcionamento não superior a 1.000 V em corrente contínua ou corrente alternada, com frequência não superior a 500 Hz em corrente alternada, e corrente nominal não superior a 800 A, destinados principalmente para uso industrial, interno ou externo.

A última revisão deste documento havia sido publicada em 2005

e era idêntica à versão da respectiva norma IEC, de 1999. Esta, por sua vez, foi revisada e publicada em 2012. A versão atual da norma brasileira está em dia com este documento internacional. Esta atualização e, consequentemente, harmonização com norma IEC, é estratégica para os fabricantes brasileiros, pois torna possível que uma tomada industrial fabricada no país, em conformidade, receba o plugue de um equipamento produzido no exterior, desde que também esteja de acordo com as normas. Tal compatibilidade facilita as transações comerciais das empresas brasileiras e as do exterior. Outras partes desta norma ainda devem ser publicadas em breve pela ABNT. A parte 2, que fornece os requisitos de intercambialidade dimensional para acessório com pinos e contatos tubulares, está em fase de formatação final para envio à Consulta Nacional. E a parte 4, para tomadas e tomadas móveis com dispositivo de interrupção, com ou sem dispositivo de intertravamento, está em fase de elaboração. Ambas estão sendo realizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) 6, plugues e tomadas industriais, que pertence ao CE-03:023.02, uma das comissões de estudo do Comitê Brasileiro de Eletricidade CB-03.

Ainda sob o impacto da primeira parte da ABNT NBR IEC

60309:2015 e aguardando a publicação das outras partes do documento normativo, as empresas da área de tomadas e interruptores industriais foram entrevistadas para a pesquisa da revista O Setor Elétrico sobre o tema, publicada na íntegra a seguir. No levantamento, disseram, entre outras coisas, que esperam um crescimento médio em 2015 de 12% e acreditam que o mercado de tomadas e interruptores irá crescer 8% neste ano. A maioria dos fabricantes entrevistados (26%) declarou ter faturamento médio anual entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. No que diz respeito aos fatores que devem influenciar o crescimento do mercado em 2015, a desaceleração da economia brasileira foi o item mais votado, por 27%. Em segundo lugar, ficou o setor da construção desaquecido, com 17% dos votos. A pesquisa traz ainda informações sobre o faturamento de tomadas e interruptores especificados por tipo de uso, principais canais de vendas e aplicação de certificações ambiental e de qualidade.


102

Pesquisa

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Números do mercado de tomadas e interruptores industriais e prediais

Os setores comercial e industrial continuam sendo os principais clientes dos fabricantes

de tomadas e interruptores. O primeiro foi apontado por 74%, como o segmento de atuação mais importante, e o segundo foi indicado por 67% dos entrevistados. Principais segmentos de atuação

74%

Comercial

67%

Industrial

55%

Residencial

Em relação aos principais canais de vendas, os distribuidores e atacadistas continuam

sendo os meios mais procurados. Se no levantamento do ano passado, 89% das empresas pesquisadas disseram isso, neste ano, 79% fizeram tal afirmação. Principais canais de vendas

29%

Telemarketing

57%

Venda direta ao cliente final Revendas / Varejistas 74%

79%

Distribuidores / Atacadistas

A ISO 9001 (qualidade) continua sendo a mais citada pelos entrevistados. Na pesquisa deste ano, 69% afirmaram possuir este tipo de certificado. Quanto à ISO 14001 (ambiental), 21% atestaram ter esta certificação. Certificações ISO

21%

14.001 (ambiental)

69%

9001 (qualidade)

Interruptores para uso interno em residências e análogos (62%), minuterias (60%) e

sensores de presença (60%) foram apontados pelas empresas pesquisadas como os itens mais vendidos. Os interruptores por cartão, por exemplo, para uso em hotéis, foram os menos vendidos, sendo indicados por apenas 21% dos fabricantes.


103

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Interruptores e outros dispositivos mais comercializados

21%

Interruptores por cartão (por exemplo, para uso em hotéis)

21%

Interruptores para áreas classificadas

29%

Pulsadores para uso hospitalar

36%

Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo)

43%

Controles para ventilador

45%

Temporizadores

45%

Pulsadores para uso geral

45%

Interruptores para uso industrial Variadores de luminosidade (dimmer)

52%

60%

Sensores de presença

60%

Minuterias Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno

62%

As caixas para interruptores e tomadas, que no levantamento de 2014 foram citadas

por 40% dos entrevistados, ficando em sexto lugar entre os itens mais vendidos, ficaram na pesquisa deste ano em primeiro lugar, sendo que 64% das empresas fizeram tal afirmação. No que se refere ao produto menos comercializado, o lugar coube às tomadas para áreas classificadas, que foram mencionadas por apenas 21%. Tomadas e outros dispositivos mais comercializados

64% 62% 60% 57% 55% 45% 45% 40%

Caixas para interruptores e tomadas Tomadas para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso interno Tomadas para telefonia

Tomadas para sinal em geral (dados, internet, etc.) Placas para interruptores e tomadas

Outros produtos Tomadas para uso industrial (NBR IEC 60309-1) Multitomadas (réguas de tomadas, extensões - NBR 14136)

Tomadas para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo) Tomadas para uso residencial e análogo (NBR 14136) - com dispositivo antichoque (trava de segurança)

33% 29% 21%

Tomadas para áreas classificadas


104

Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais

As empresas da área apresentaram opiniões bem divididas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Interruptores para áreas classificadas

sobre o tamanho de seus mercados. A maioria dos fabricantes do segmento de interruptores, para uso externo em residências,

6%

interruptores para área classificada e minuterias, declarou faturar até

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

R$ 10 milhões por ano. Já as empresas que produzem interruptores 29%

para uso residencial interno, interruptores industriais e sensores de

41%

Até R$ 10 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

presença afirmaram faturar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.

Percepção sobre o tamanho anual total dos mercados de interruptores Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno 24% 14%

Acima de R$ 500 milhões

14%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Até R$ 10 milhões 9%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 4%

Minuterias

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

18%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

5%

Acima de R$ 500 milhões

23 %

18%

16%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

47%

Até R$ 10 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 11%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo) 5%

5%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

21%

Acima de R$ 500 milhões

10%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

50%

Até R$ 10 milhões Sensores de presença

20%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

15%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

10%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

15%

Até R$ 10 milhões 20%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Interruptores para uso industrial

25%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

25%

Até R$ 10 milhões

25%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

25%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 10%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 30%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

O segmento de tomadas cujas empresas disseram apresentar

menor faturamento anual foi o de tomada para uso residencial externo;

10%

39% das empresas pesquisadas deste mercado disseram faturar R$

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

10 milhões por ano. Já os fabricantes de tomadas para uso industrial foram os que disseram apresentar resultados melhores; 39% deles atestaram ter faturamento anual entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.



106

Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais Percepção sobre o tamanho anual total dos mercados de tomadas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Tomadas para áreas classificadas

6% Tomadas para uso residencial e análogo (ABNT NBR 14136) - uso interno

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 6%

44%

De R$ 50 milhões a R$100 milhões

Até R$ 10 milhões

19%

15%

Acima de R$ 500 milhões 20%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

20%

Até R$ 10 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

10%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 25%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

20 %

15%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Caixas para interruptores e tomadas

5%

Tomadas para uso residencial e análogo (ABNT NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo) 11%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

6%

11%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

21%

Até R$ 10 milhões

5%

Acima de R$ 500 milhões

5%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 39%

Até R$ 10 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 37%

21%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

11%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

28%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Em relação ao faturamento bruto anual das empresas que

participaram desta pesquisa, a maioria (28%) se encontra na faixa entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. Faturamento bruto anual das empresas

Tomadas para uso industrial (ABNT NBR IEC 60309-1)

12%

5%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 17%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Acima de R$ 200 milhões

11%

Até R$ 10 milhões

8% 11%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 8%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

16%

Até R$ 3 milhões 12%

De R$ 3 milhões a R$ 10 milhões

17% 39%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

28%

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

16%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões


107

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

A balança comercial referente a tomadas e interruptores

continua pendendo bastante para o mercado interno. Segundo os pesquisados, este mercado representa 95% dos produtos comercializados. Balança comercial

4,9%

Exportação

95,1%

Mercado nacional

No levantamento de 2014, os fabricantes previam um crescimento médio de 18%. Efetivamente, as empresas obtiveram um acréscimo de 12%. Na pesquisa deste ano se mostraram menos otimistas, apostando em um crescimento também de 12% em relação ao ano passado. Previsões de crescimento

8%

Percentual médio contratação de 17% de funcionários em 2015 Crescimento médio do mercado de tomadas e interruptores em 2015

12%

Crescimento médio das empresas em 2015

12%

Crescimento médio das empresas em 2014 comparado a 2013

Entre os itens que mais devem impactar o crescimento do mercado

de tomadas e interruptores no ano de 2015, a maioria das empresas entrevistadas (17%) apontou a desaceleração da economia brasileira. Fatores que devem influenciar este mercado em 2015

8%

Falta de normalização e/ou legislação

6%

Incentivos por força de legislação ou normalização 10%

6%

Programas de incentivo do governo

27%

Desaceleração da economia brasileira

Crise internacional 12%

Projetos de infraestrutura 17%

Setor da construção civil desaquecido

14%

Setor da construção civil aquecido


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ALUMBRA

(11) 4393-9300

www.alumbra.com.br

São Bernado do Campo

SP

X

X X X

X X

APOIO

(11) 3386-7402

www.apoio.ind.br

São Paulo

SP

X

X X X

X X

AVANT

(11) 3355-2230

www.avantsp.com.br

Joinville

SC

X

X X

X X

B-LUX

(11) 2621-4811

www.blux.ind.br

São Paulo

SP

X

X X

X X

COMSYSTEL

(11) 4158-8440

www.comsystel.com.br

Vargem Grande Paulista

SP

X

X

CONEX

(11) 2331-0303

www.conex.com.br

São Bernado do Campo

SP

X

X

DECORLUX

(41) 3029-1144

www.decorlux.com.br

Curitiba

PR

X

X X

X X

DNI-KEY WEST

(11) 3933-2120

www.dni.com.br

São Paulo

SP

X

X X

X X

DUTOPLAST

(11) 2524-9055

www.dutoplast.com.br

São Paulo

SP

X

X X X

ENERBRAS

0800 645 3052

www.enerbras.com.br

Campo Largo

PR

X

X X X

ENGEDUTO

(21) 3325-0406

www.engeduto.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

X X X

EXATRON

0800 541 3310

www.exatron.com.br

Porto Alegre

RS

X

X X

X X

FAME

(11) 3478-5600

www.fame.com.br

São Paulo

SP

X

X X X

X X

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

X

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FORTLIGHT

(11) 2087-6000

www.fortlight.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

GRUPO FOXLUX

(41) 3302-8100

www.foxlux.com.br

Pinhais

PR

X

HAGER ELETROMAR

0800 724 2437

www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

X

HELLERMANNTYTON

(11) 2136-9000

www.hellermanntyton.com.br

Jundiaí

SP

X

ILUMI

(19) 3572-2299

www.ilumi.com.br

Leme

SP

X

IRMÃOS ABAGE

(41) 3371-5600

www.irmaosabage.com.br

Curitiba

PR

LED ROVIMATIC

(11) 3816-4040

www.rovimatic.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

LOJÃO A ELETRICIDADE

(79) 2107-2600

www.alvesbarreto.com.br

Aracajú

SE

X

X X X

X

MAGNANI

(54) 4009-5255

www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

X

X X X

X

MARGIRIUS

0800 707 3262

www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

X

X X X

MICROKEY

(11) 5514-6314

www.microkeylimit.com.br

São Paulo

SP

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X X

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X

Interruptores para uso industrial

X

Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo)

SP

X

Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno

X X

São Paulo

Oferece treinamento técnico para os clientes

X X X

www.alpha-ex.com.br

Interruptores e outros dispositivos de comando e controle

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

X

(11) 3933-7533

Importa produtos acabados

SP

ALPHA

Estado

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Exporta produtos acabados

Osasco

Possui programas na área de responsabilidade social

Cidade

www.abb.com.br

Possui certificado ISO 14001

Site

0800 014 9111

Possui certificado ISO 9001

Telefone

ABB

Outros

EMPRESA

Telemarketing

Venda direta ao cliente final

Revendas/Varejistas

Principal canal de vendas

Distribuidores/Atacadistas

Residencial

Comercial

Principal segmento de atuação

Industrial

Distribuidora

Fabricante

Empresa

Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais

Interruptores para áreas classificadas

108

X

X

X X

X X

X

X

X

X

X


109

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

(11) 3796-9343

www.parcus.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

PEESA

(11) 3313-4455

www.peesa.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

PIAL LEGRAND

0800 11 8007

www.piallegrand.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

POLAR COMPONENTES

(22) 2105-7777

www.polarmacae.com.br

Macaé

RJ

X

X

X

X X

X

X

PROAUTO

(15) 3031-7400

www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X X

X

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 701 5400

www.schneider-eletric.com

São Paulo

SP

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

SICA

(11) 3822-5211

www.sicaeletric.com.br

São Paulo

SP

SIEMENS IRIEL

(51) 3478-9000

www.iriel.com.br

Canoas

RS

SIMON

(31) 2566-6766

www.simonbrasil.com.br

Contagem

MG

X

SOB BRASIL

(11) 5090-0030

www.sob-brasil.com

São Paulo

SP

SOPRANO

(54) 2109-6000

www.soprano.com.br

Farroupilha

RS

X

STECK I

(11) 2248-7000

www.steck.com.br

São Paulo

SP

X

STRAHL

(11) 2818-3838

www.strahl.com

São Paulo

SP

X

X

SWITERM

(11) 2591-2421

www.switerm.com.br

São Paulo

SP

X

X

WEG

(47) 3276-4000

www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

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Interruptores para áreas classificadas

PARCUS DESIGN

X

Interruptores para uso industrial

X

Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo)

X

Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno

SP

Oferece treinamento técnico para os clientes

X X

São Paulo

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

X

www.nutsteel.com.br

Importa produtos acabados

X X

(11) 2122-5777

Exporta produtos acabados

SP

NUTSTEEL

Possui programas na área de responsabilidade social

São Paulo

Possui certificado ISO 14001

Possui certificado ISO 9001

Cidade

www.multiwayrod.com.br

Outros

X

X

Site

(11) 3437-5600

Telemarketing

X

Venda direta ao cliente final

X

X

Revendas/Varejistas

X

X

Distribuidores/Atacadistas

X

X

Telefone

MULTIWAY

Estado

X

X

EMPRESA

Interruptores e outros dispositivos de comando e controle

Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Principal canal de vendas

Comercial

Residencial

Principal segmento de atuação

Industrial

Distribuidora

Fabricante

Empresa

X

X X

X


Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Interruptores e outros dispositivos de comando e controle

Temporizadores

Outros produtos

Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso interno

Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo)

Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - com dispositivo antichoque (trava de segurança)

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X

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X

São Paulo

SP

ALUMBRA

(11) 4393-9300

www.alumbra.com.br

São Bernado do Campo

SP

APOIO

(11) 3386-7402

www.apoio.ind.br

São Paulo

SP

AVANT

(11) 3355-2230

www.avantsp.com.br

Joinville

SC

B-LUX

(11) 2621-4811

www.blux.ind.br

São Paulo

SP

COMSYSTEL

(11) 4158-8440

www.comsystel.com.br

Vargem Grande Paulista

SP

CONEX

(11) 2331-0303

www.conex.com.br

São Bernado do Campo

SP

DECORLUX

(41) 3029-1144

www.decorlux.com.br

Curitiba

PR

DNI-KEY WEST

(11) 3933-2120

www.dni.com.br

São Paulo

SP

DUTOPLAST

(11) 2524-9055

www.dutoplast.com.br

São Paulo

SP

ENERBRAS

0800 645 3052

www.enerbras.com.br

Campo Largo

PR

ENGEDUTO

(21) 3325-0406

www.engeduto.com.br

Rio de Janeiro

RJ

EXATRON

0800 541 3310

www.exatron.com.br

Porto Alegre

RS

FAME

(11) 3478-5600

www.fame.com.br

São Paulo

SP

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

FORTLIGHT

(11) 2087-6000

www.fortlight.com.br

Guarulhos

SP

GRUPO FOXLUX

(41) 3302-8100

www.foxlux.com.br

Pinhais

PR

HAGER ELETROMAR

0800 724 2437

www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

HELLERMANNTYTON

(11) 2136-9000

www.hellermanntyton.com.br

Jundiaí

SP

ILUMI

(19) 3572-2299

www.ilumi.com.br

Leme

SP

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X

IRMÃOS ABAGE

(41) 3371-5600

www.irmaosabage.com.br

Curitiba

PR

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X

X

X

X

X

LED ROVIMATIC

(11) 3816-4040

www.rovimatic.com.br

São Paulo

SP

LOJÃO A ELETRICIDADE

(79) 2107-2600

www.alvesbarreto.com.br

Aracajú

SE

X

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X

X

MAGNANI

(54) 4009-5255

www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

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X

X

X

X

X

MARGIRIUS

0800 707 3262

www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

X

X

X

X

X

X

MICROKEY

(11) 5514-6314

www.microkeylimit.com.br

São Paulo

SP

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Outros produtos

Sensores de presença

X

www.alpha-ex.com.br

Placas para interruptores e tomadas

Controles para ventilador

X

(11) 3933-7533

Caixas para interruptores e tomadas

Variadores de luminosidade (dimmer)

X

SP

ALPHA

Para sinal em geral (dados, internet, etc.)

Minuterias

X

Cidade Osasco

Para telefonia

Pulsadores para uso hospitalar

X

Site www.abb.com.br

Para áreas classificadas

Pulsadores para uso geral

X

Telefone 0800 014 9111

Multitomadas (réguas de tomadas, extensões - NBR 14136)

Interruptores por cartão (por exemplo, para uso em hotéis)

X

EMPRESA ABB

Estado

Tomadas Para uso industrial (NBR IEC 60309-1)

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111

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

www.piallegrand.com.br

São Paulo

SP

(22) 2105-7777

www.polarmacae.com.br

Macaé

RJ

PROAUTO

(15) 3031-7400

www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

SCHNEIDER ELECTRIC

0800 701 5400

www.schneider-eletric.com

São Paulo

SP

X

SICA

(11) 3822-5211

www.sicaeletric.com.br

São Paulo

SP

X

SIEMENS IRIEL

(51) 3478-9000

www.iriel.com.br

Canoas

RS

SIMON

(31) 2566-6766

www.simonbrasil.com.br

Contagem

MG

SOB BRASIL

(11) 5090-0030

www.sob-brasil.com

São Paulo

SP

SOPRANO

(54) 2109-6000

www.soprano.com.br

Farroupilha

RS

STECK I

(11) 2248-7000

www.steck.com.br

São Paulo

SP

STRAHL

(11) 2818-3838

www.strahl.com

São Paulo

SP

SWITERM

(11) 2591-2421

www.switerm.com.br

São Paulo

SP

WEG

(47) 3276-4000

www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

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X X

X

Outros produtos

0800 11 8007

POLAR COMPONENTES

X

Placas para interruptores e tomadas

PIAL LEGRAND

X

Caixas para interruptores e tomadas

SP

X

Para sinal em geral (dados, internet, etc.)

SP

São Paulo

X

Para telefonia

São Paulo

www.peesa.com.br

X

Para áreas classificadas

www.parcus.com.br

(11) 3313-4455

Para uso industrial (NBR IEC 60309-1)

(11) 3796-9343

PEESA

Multitomadas (réguas de tomadas, extensões - NBR 14136)

PARCUS DESIGN

X

Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - com dispositivo antichoque (trava de segurança)

SP

Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo)

São Paulo

Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso interno

www.nutsteel.com.br

Tomadas

Outros produtos

(11) 2122-5777

Temporizadores

SP

NUTSTEEL

Estado

Sensores de presença

São Paulo

Controles para ventilador

Cidade

www.multiwayrod.com.br

Variadores de luminosidade (dimmer)

Site

(11) 3437-5600

Minuterias

Telefone

Pulsadores para uso hospitalar

EMPRESA MULTIWAY

Pulsadores para uso geral

Interruptores por cartão (por exemplo, para uso em hotéis)

Interruptores e outros dispositivos de comando e controle

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112

Aula prática

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Por João Carlos Sanches*

Cabines primárias Introdução a projetos, limites de fornecimento, construção, operação e manutenção de subestações de entrada


113

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

E

“cabine primária”.

que diminuem a tensão para ser então

de forma genérica, ressaltando, porém,

Particularmente, considero a deno­

distribuída em áreas urbanas ou rural em

os aspectos mais importantes sobre o

minação da norma ABNT NBR 14039

média tensão.

tema. As normas ABNT citadas neste

bastante adequada.

ste artigo visa abordar o assunto

é dada por: P = V.I, ou seja, a potência

trabalho, assim como as prescrições

Conceitos básicos

das concessionárias de energia elétrica,

é diretamente proporcional ao produto da tensão do sistema e à corrente do

trazem os detalhes técnicos necessários para um entendimento mais abrangente.

Genericamente, a potência elétrica

Por que precisamos de uma cabine

sistema.

primária ou subestação de entrada?

Para transportarmos uma determi­

A resposta vem do aspecto técnico e

nada quantidade de energia, é melhor

econômico da condição de transportar a

ter tensões mais elevadas para obter

São várias as denominações para

energia com menores perdas possíveis,

correntes mais baixas, as quais implicam

cabines

de forma segura, econômica e na melhor

em menores perdas por efeito joule

NBR 14039, de dezembro de 2003,

condição.

e implicam também em bitolas de

denominada

Nomenclatura

primárias.

A

norma

ABNT

A energia é gerada normalmente em

cabos menores. Existem outras várias

tensão de 1,0 a 36,2 kV”, em seu

locais distantes dos maiores centros de

considerações sobre perdas, mas este

parágrafo 3.6, menciona cabine primária

consumo na tensão de 13,8 KV (média

é o conceito fundamental para todas as

como

“Instalações

de

média

de

tensão), a tensão é elevada para os níveis

etapas.

concessionárias

de tensão de transmissão (alta tensão) e

utilizam a denominação “posto primário”.

então a energia elétrica é transportada

de entrada e às demais subestações,

No entanto, muitos consumidores e

por meio de linhas de transmissão. Em

incluindo-se a distribuição em baixa

fornecedores de equipamentos utilizam

locais estratégicos, existem subestações

tensão.

“subestação

energia”.

Algumas

de

entrada

Este conceito se aplica à subestação


114

Aula prática

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

quantidades, especificidades); • Localização do centro de cargas e posicionamento estratégico da subes­ tação de entrada (cabine primária) e subestação transformadora; • Previsões futuras de cargas; • Normas da concessionária que atende a região e os respectivos padrões e diretrizes.

Os padrões das concessionárias e as

normas ABNT indicam, geralmente, as condições mínimas para vários aspectos, no entanto, o projeto pode ir mais adiante e avaliar a possibilidade de se ter equipamentos mais robustos, mais Figura 1 – Rede de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia.

automatizados e mais inteligentes. O projeto elétrico, incluindo-se o

Quando uma subestação de entrada é

Atualmente, a economia existente nesse

memorial descritivo, deve ser elaborado

implantada, devemos definir a localização

processo é muito pequena, pois a tarifa

por profissional habilitado e devidamente

da subestação transformadora para então

de energia em baixa tensão e em média

registrado no CREA.

analisar o centro de cargas e fazer a

tensão são iguais. Apenas o custo da

análise técnica e econômica da bitola dos

distribuição (o chamado fio) é menor.

Limites de fornecimento

cabos em média tensão até a subestação

Projeto

transformadora e as bitolas da baixa tensão até as cargas. Há

alguns

anos

um

em

consumidor

baixa em

tocante

fornecimento, tínhamos

uma

economia tarifária ao migrar de um consumidor

No

tensão média

O projeto de uma subestação deve

considerar os seguintes aspectos:

para

tensão.

aos

como

limites

de

exemplo

são

citados os limites estipulados pela AES Eletropaulo, que são iguais às demais empresas no Brasil:

• Característica das cargas (natureza,

“O fornecimento é feito em tensão


115

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

primária de distribuição quando, em

de média tensão e desligar o sistema de

unidades consumidoras individuais, a carga

subestação primária. O reconhecimento

total instalada for superior a 75 kW ou a

sobre qual tipo de ocorrência houve, se

demanda a ser contratada pelo interessado

interno ou externo, tem de ser feito por

for igual ou inferior a 2.500 kW.

profissional experiente e habilitado.

A tensão primária de distribuição

será igual a 69 kV quando a demanda a

ser feito em sequências de operações

ser contratada pelo interessado, para o

bem definidas.

fornecimento, for superior a 2.500 kW.

Unidade consumidora com demanda

mais seguras e flexíveis se o projeto e a

acima de 2.500 kW terá seu atendimento

construção da subestação considerarem

avaliado em tensão de distribuição inferior

as várias circunstâncias operativas e não

a 69 kV e pode ser atendida desde que:

somente privilegiar o menor custo.

• Haja conveniência técnica e econômica

O religamento das subestações deve

A operação e a manobra podem ser

Podemos citar alguns exemplos:

para o subsistema elétrico da distribuidora; • Tenha a anuência do consumidor;

• Um disjuntor motorizado permite

• O subsistema de distribuição existente

operações a distância contribuindo com

no local comporte a nova carga.”

a segurança; • Um relé de proteção com função “79”

Construção

permite operar o religamento de uma subestação;

A execução da instalação deve ser

• Podemos ter relés de proteção com

feita em estrita concordância com o

oscilografia, que permite registros de

projeto

oscilações de tensão, curtos-circuitos,

aprovado

Recomenda-se

que

na

concessionária.

os

materiais

e

falta de fase ou desequilíbrios de fases;

equipamentos sejam adquiridos após a

• Quando temos, por exemplo, duas

liberação da concessionária.

saídas de linha de uma subestação primária e se, nestas saídas, existir disjuntores ao

Operação e manutenção

invés de chaves seccionadoras, então podemos ligar ou desligar os circuitos

A operação das subestações não

sem precisar desenergizar o sistema;

requer cuidados diários em condições

• A

normais. Deve-se ter um programa de

inspeção em pontos estratégicos de

inspeções e de manutenção visando

cubículos blindados permite a inspeção

preservar a operação de forma segura e

termográfica;

confiável.

• A inclusão de um cabo reserva em um

A

alimentação

de

janelas

de

mesmo

circuito pode, em certas casos, diminuir

em média tensão, está sujeita a certas

muito o tempo de parada de um sistema

variações de tensão devido à própria

elétrico quando ocorrer um acidente com

condição

cabos;

operativa

elétrica,

implantação

das

linhas

de

distribuição e também devido aos curtos-

• Chaves seccionadoras com função de

circuitos ao longo das linhas por conta

abrir o circuito e aterrá-lo na sequência

de acidentes e também de galhos de

aumentam a segurança pessoal.

árvores. Podem ocorrer problemas internos

*João Carlos Sanches é engenheiro eletricista e

aos sistemas dos consumidores, que

pós-graduado em Administração. Atualmente, é

podem provocar a atuação das proteções

diretor da LPEng Engenharia.


Espaço 5419

116

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

O gerenciamento de risco segundo a Parte 2 da ABNT NBR 5419

A Parte 2 da ABNT NBR 5419/2015

deveria haver uma justificativa técnica para

traz, com certeza, as maiores mudanças na

a não implantação de um SPDA.

proteção de estruturas contra as descargas

atmosféricas. Nesta parte, o estudo de

utilizava uma tabela fornecida pela norma

diversos parâmetros da estrutura, seus

em função da classificação das estruturas

arredores e das linhas elétricas ligadas a

ou a curva de eficiência do SPDA, também

ela indicará as medidas de proteção da

fornecida pela norma.

estrutura, das pessoas e dos equipamentos

contra os efeitos nocivos das descargas

o estudo é bem mais abrangente, iniciando

atmosféricas para que os riscos fiquem

pelas fontes de danos em que são

dentro de valores toleráveis.

consideradas as descargas atmosféricas que

O usuário da versão anterior, a ABNT

atingem diretamente a estrutura e as linhas

NBR 5419:2005, para saber se a estrutura

elétricas interligadas com elas e também

necessitava ou não de um Sistema de

as descargas que atingem áreas próximas

Proteção contra Descargas Atmosféricas

às estruturas e às linhas. São considerados

(SPDA), fazia um estudo simples em que

três tipos de danos: os ferimentos aos seres

calculava a área de exposição equivalente -

vivos, os danos físicos às estruturas e as

Ae (que por sinal mudou nesta nova versão),

falhas nos sistemas elétricos e eletrônicos.

verificava o índice cerâunico da região

Com isso, são considerados os seguintes

para calcular a densidade de descargas

tipos de perdas: perda de vidas humanas;

atmosféricas para terra - Ng e avaliava cinco

perda de instalação de serviço ao público;

índices de ponderação (tipo de ocupação,

perda de memória cultural; e perda de

de construção, o conteúdo e os efeitos

valor econômico (estrutura e seu conteúdo,

indiretos das descargas, a localização da

instalação de serviço e perda de atividade).

estrutura e a topografia da região).

Com estes parâmetros, o usuário

em uma estrutura são: R1 - risco de perda

conseguia fazer uma avaliação final, obtendo

de vida humana; R2 - risco de perda de

a frequência média anual ponderada

instalação de serviço ao público; R3 - risco

prevista para edificação, e assim comparar

de perda de memória cultural e R4 - risco

com os valores de 10 (resultado igual ou

de perda de valor econômico.

acima deste, a implantação de um SPDA

Entende-se como risco o valor de

seria obrigatória) e 10-5 (resultado igual ou

uma provável perda média anual (vida e

inferior a este, o SPDA não seria obrigatório)

bens) devido às descargas atmosféricas,

e estando dentro da faixa intermediária,

em relação ao valor total (vida e bens)

-3

Para a definição do nível de proteção,

Na parte 2 da ABNT NBR 5419:2015,

Dessa forma, os riscos a serem avaliados


117

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

do objeto a ser protegido. Estes riscos

ponto de entrada da linha na estrutura)

dependem do número anual de descargas

devido à corrente da descarga atmosférica

atmosféricas que influenciam a estrutura,

transmitida ao longo das linhas; RW –

da probabilidade de dano por uma das

R3: Risco de perdas de patrimônio cultural: R3 = RB3 + RV3

Componente relativo a falhas de sistemas

descargas atmosféricas que influenciam

internos

esta estrutura e da quantidade média das

induzidas nas linhas que entram na estrutura

perdas causadas.

e transmitidas a esta; RZ – Componente

causados

por

sobretensões

R4: Risco de perdas de valor econômico: R4 = RA4b) + RB4 + RC4 + RM4 + RU4b) + RV4 + RW4 + RZ4

Uma vez calculados estes riscos, os

relativo a falhas de sistemas internos

valores são comparados aos valores típicos

causados por sobretensões induzidas nas

toleráveis indicados na norma: perda de

linhas que entram na estrutura e transmitidas

vida humana ou ferimentos permanentes =

a esta, geralmente em estrutura com risco

10–5; perda de serviço ao público = 10–3 e

de explosão, hospitais e outras com riscos

perda de patrimônio cultural = 10 . Caso

de vida por falha de sistemas internos.

se forem feitos à mão. Em vista disso, alguns

algum valor de risco ultrapasse o valor

Cada uma destas componentes de

softwares e planilhas foram desenvolvidas

tolerável, as medidas de proteção devem

risco pode ser calculada por meio de uma

no exterior (com base na IEC 62305-

ser alteradas de forma que o risco fique

expressão geral:

2:2010) e também no Brasil, que facilitam

–4

b) Somente para propriedades nas quais animais possam ser perdidos. Estes cálculos são bastante trabalhosos

a obtenção das medidas de proteção

dentro do valor tolerável. RX = NX × PX × LX

necessárias para que os riscos estejam com

risco, vários componentes de risco devem

Em que:

valores toleráveis.

ser avaliados: RA - componente relativo a

NX é o número de eventos perigosos por

No Brasil, o Instituto Nacional de

Para o cálculo de um determinado

ferimentos aos seres vivos causados por choque elétrico devido a tensões de passo

ano;

Pesquisas Espaciais (Inpe) disponibilizou

PX é a probabilidade de dano à estrutura;

um mapa do Brasil e mais cinco mapas

LX é a perda consequente.

das regiões brasileiras nos quais se pode

relativo a danos físicos causados por

A parte 2 da ABNT NBR 5419:2015

descargas atmosféricas para terra por km2

centelhamentos

da

apresenta diversos anexos, nos quais

por ano). Este número poderá (assim que

estrutura iniciando incêndio ou explosão,

podem ser obtidos ou calculados estes

a norma for publicada) ser obtido também

os quais podem também colocar em perigo

parâmetros para cada componente.

no seguinte link: <http://www.inpe.br/

o meio ambiente; RC - componente devido

O cálculo dos riscos é feito pela

webelat/ABNT_NBR5419_Ng>.

à falha de sistemas internos causados por

somatória de algumas componentes, como

parâmetro é fundamental para o cálculo

LEMPs (pulsos eletromagnéticos devido aos

a seguir:

de N que é utilizado na obtenção de todos

e de toque em distâncias de até 3 m do lado de fora da estrutura; RB - componente perigosos

dentro

obter diretamente o Ng (número de

Este

os riscos.

raios) por conta de descargas que atingem a estrutura; RM - Falha de sistemas internos

R1: Risco de perda de vida humana:

causada por LEMP devido às descargas

R1 = RA1 + RB1 + RC1a) + RM1a) + RU1 + RV1 +

tais como o nível de proteção (I, II, III ou

que atingem áreas perto da estrutura; RU componente relativo a ferimentos aos seres

RW1a) + RZ1a)

Dessa forma, as medidas de proteção,

IV), as classes dos DPSs (Dispositivos de Proteção contra Surtos, classe 1, 2 ou 3),

a) Somente para estruturas com risco de explosão e para hospitais com equipamentos elétricos para salvar vidas ou outras estruturas quando a falha dos sistemas internos imediatamente possa colocar em perigo a vida humana.

as formas para redução de incêndio, as

centelhamentos perigosos entre instalações

R2: Risco de perdas de serviço ao público:

Por Hélio Eiji Sueta, doutor em Engenharia

externas e partes metálicas geralmente no

R2 = RB2 + RC2 + RM2 + RV2 + RW2 + RZ2

vivos causados por choque elétrico por causa das tensões de toque e passo dentro da estrutura ocasionadas por descargas que atingiram a linha elétrica conectada a estrutura; RV - Componente relativo a danos

medidas para redução de tensões de toque e passo e as formas de cabeamento e blindagens serão definidas pela análise de risco da estrutura sob estudo.

físicos (incêndio ou explosão iniciados por Elétrica e secretário da CE-003.064-10.


118

Energia sustentável

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.

A água e a energia do Carnaval

Está difícil não escrever novamente sobre

na bacia do Rio Paraíba do Sul. Mesmo que

intrinsecamente ligada ao uso da água,

as indústrias do setor elétrico não sejam

fortemente no Brasil, o que foi reafirmado

intensivas em água, serão afetadas também.

no relatório do Fórum Econômico Mundial

- do ano mais quente já registrado na história

- O número de casos de dengue no país cresceu

2015 supracitado: o nexo causal entre

do planeta;

57% em janeiro/15, diante de janeiro/14,

alimentos,

- da maior nevasca da história de Nova York;

segundo o Ministério da Saúde (metade dos

climática foi identificado pelo Conselho de

- da maior crise hídrica da história do Brasil;

casos na região Sudeste), o que pode ser

Inteligência americano como uma das quatro

- da enxurrada de aumentos da energia

consequência também da crise hídrica.

megatendências que moldarão o mundo em

água e energia depois:

elétrica e da bandeira tarifária, gasolina, água,

água,

energia

e

mudança

2030; a Agência Internacional de Energia

transportes;

As manchetes na mídia definem mais

projeta um aumento do consumo de água de

- de chegarmos à beira de um racionamento

adequadamente a situação: crise da água. O

85% até 2035 para atender às necessidades

de energia.

Fórum Econômico Mundial de 2015 considera

de geração e produção de energia.

a crise da água como um dos maiores riscos

Nota-se uma grande similaridade na

É curioso observar que um dos maiores

globais há anos, sendo o de maior impacto

gestão de energia no país, comparada

jornais do país usualmente endereça matérias

em 2015 (fonte: Global Risks 2015 – World

à água: a negação do problema, a falta

sobre água em seções ligadas ao cotidiano ou

Economic Forum, http://www3.weforum.org/

de transparência, a falta de medidas de

cidades, enquanto as questões energéticas são

docs/WEF_Global_Risks_2015_Report15.pdf).

eficiência/preventivas, o “apagão” em vários

tratadas na seção de economia. A Conferência

Até pouco tempo atrás, os governos

estados no último dia 19/01. O Ministro

Internacional de Água e Meio Ambiente

negavam a existência do problema e de

das Minas e Energia afirmou que medidas

em Dublin reconheceu a água como bem

racionamento

de

econômico em 1992, mas no Brasil ela era

futuras

encarada como um bem público, abundante,

transparência e participação dos afetados.

caíssem abaixo de 10% de sua capacidade

que todos poderiam usar e gastar sem limites.

O legislativo está se movimentando

(o que já aconteceu na Região Sudeste). No

Mas parece que isso mudou nos últimos meses.

lentamente. É o caso, por exemplo, da

início de fevereiro, o Comitê de Monitoramento

As consequências da falta de água são altas,

Câmara Municipal de São Paulo, que aprovou

do Setor Elétrico aumentou para 7,3% o

relatadas diariamente na mídia, como:

recentemente em primeira votação dez

risco de falta de energia elétrica na Região

projetos de lei sobre água, tais como multa

Sudeste/Centro Oeste, acima do limite de 5%

- O PIB pode cair 2% se houver racionamento

para quem lavar a calçada/carro com água da

considerado aceitável. Lá vem mais um plano

de água e energia. Indústrias pararam a

Sabesp; desconto no IPTU para imóveis que

emergencial?

produção pela falta de água. A Resolução

fizerem captação de água de chuva e reuso

Conjunta ANA/DAEE 50/15 determinou

de água; instalações sanitárias econômicas e

ano e dos governos atuais somente pelo

a redução em 30% do consumo diário

arquitetura sustentável em novas construções.

costumeiro humor carnavalesco (a marchinha

outorgado de água das indústrias que captam

O racionamento (presente ou futuro) em

do bloco paulistano “Nóis Trupica Mais não

das bacias dos rios Jaguari, Camanducaia

algumas regiões já assustou a população

Cai” para 2015 é “Sereia do Cantareira”, assim

e Atibaia quando o volume útil do Sistema

e as indústrias e parece que “caiu a ficha”:

como a “Lata D’Água na Cabeça” de 1952

Cantareira cair abaixo de 5%, sob pena de

aquisição de caixas d’água, adoção de

foi resgatada em 2015)? Ou como marco da

multa (o que ocorreu em 2015). No Rio de

mecanismos e práticas para economizar, etc.

mudança da forma de gestão e das atitudes

Janeiro, haverá redução gradual da vazão

para resolver a crise e evitar que se repita?

informal.

medidas

Agora,

discutem

emergenciais,

sem

Sabemos que a gestão de energia está

racionamento/racionalização

seriam

necessárias caso os níveis das hidrelétricas

Será que meus netos se lembrarão do



120

Iluminação eficiente

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.

Estamos esperando o quê? Acabar a água? informados

20% do consumo indiscriminadamente

e lâmpadas eficientes e de longa vida

sobre os níveis das represas e sobre o

como tivemos de fazer no apagão de 2001.

instalado;

provável racionamento de água, porém,

4 – Tornar o Programa Brasileiro de

relativamente pouco se fala sobre possíveis

consciência

A

Etiquetagem de Edificações compulsório

racionamentos de energia. Será que já não

iluminação representa aproximadamente

para edifícios a serem construídos e em

era hora de o governo começar a agir e

20% de todo o consumo de energia,

reforma;

não apenas aumentar as tarifas? Segundo

portanto, tem um grande papel nesse

5 – Tornar obrigatória para governos a

a Câmara de Comercialização de Energia

cenário e hoje dispomos de tecnologias

compra de produtos com o selo Procel ou

(CCEE), a produção de energia acumulada

muito mais eficientes que podem reduzir

a etiqueta do Inmetro "A" que garantem

no mês até o dia 17 de fevereiro desse ano

significativamente o consumo. A tecnologia

um mínimo de eficiência, desempenho e

foi 12,8% inferior ao acumulado no mesmo

Led está disponível e cada vez mais

segurança;

período do ano passado. Reflexo do

acessível, assim como diversos sistemas

6 – Estabelecer prazo de quatro anos para

problema hídrico, isso impacta diretamente

de controle da iluminação.

que todos os edifícios federais estaduais e

nas contas de energia, uma vez que as

Medidas governamentais mais eficazes,

municipais façam uma auditoria energética

termoelétricas estão sendo utilizadas a

porém, necessitam ser implantadas de

e modernizem seus equipamentos de

todo vapor para tentar contrabalancear a

forma consistente. A seguir são elencadas

iluminação;

redução da geração hídrica.

dez medidas sugeridas pela Associação

7 – Tornar obsoletas até 2020 as lâmpadas

A partir de março, aumentos da ordem

Brasileira da Indústria da Iluminação

a vapor de mercúrio, de luz mista e de

de 50% são esperados nas contas de

(Abilux) ao governo, que impactariam

indução magnética e, desde já, aumentar a

energia das indústrias no Estado de São

positivamente o cenário energético, rumo à

alíquota de impostos destes modelos;

Paulo e isso, com certeza, impactará toda

conservação de energia:

8 – Tornar obsoletos os reatores magné­

Diariamente,

somos

Creio que já é tempo de tomarmos e

agir

proativamente.

ticos para lâmpadas fluorescentes, pois os

a cadeia produtiva e a nós consumidores. Mas então por que não começar a promover

1 – Troca dos cinco milhões de pontos

eletrônicos economizam cerca de 70% de

ações mitigadoras para antecipar os

de iluminação pública existentes com

energia;

problemas? Seria uma decisão tão difícil

lâmpadas a vapor de mercúrio (50

9 – Criação de linhas de financiamento a

assim para o governo? Agir efetivamente

lúmens por watt) por luminárias modernas

produtos e projetos de iluminação eficiente

sobre a conservação de energia poderá

com Leds (>100 lúmens por watt) com

para as cidades para iluminação pública,

gerar impactos ainda mais negativos na

controles inteligentes;

prédios públicos e edificações em geral;

economia brasileira?

2 – Mudança no programa de subsídios ou

10 – Reduzir a carga tributária em todos os

Observa-se que o consumo de energia

gratuidade na substituição de lâmpadas

níveis de produtos que utilizem Leds como

per capita no Brasil continua a crescer

incandescentes (14 lúmens por watt)

lâmpada, módulos e luminárias, assim

enquanto nos Estados Unidos observamos

com a entrega de lâmpadas fluorescentes

como drivers e controles para Leds.

uma redução. E isto por quê? Porque

compactas (50/60 lúmens por watt) por

promovem ações de conservação de

lâmpadas Led (80/100 lúmens por watt);

Será

energia e políticas rígidas de incentivo

3 – Entrega de casas do programa Minha

sentido? Ou estarão esperando as águas

ao uso de equipamentos e construções

Casa Minha Vida e programas similares

das represas acabarem para termos de

eficientes. Este é o caminho. Não cortar

já com o ponto de luz com luminárias

apagar as luzes também?

que

caminharemos

nesse



122

Instalações MT

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.

Geração distribuída e tarifa verde na média tensão – socorro ao SIN

Irônico pensar que nosso ambiente

consumidoras, o fato é que ninguém

operar somente três horas por dia. O

regulatório reluta em aplicar uma tarifa

sabe ao certo qual o valor total desta

preço deste combustível teria de ser

compulsória variável nas horas do dia

possível contribuição. Alguns utilizam

diferido também e isso poderia ser feito

para o segmento de baixa tensão (BT),

o vale de demanda no horário de pico

via incentivo na fatura de energia (há

sendo que o setor de média tensão (MT)

e chegam a estratosféricos 8 GW, mas

proporcionalidade entre KWh gerado e

já convive há muitos anos com este tipo

se esquecem que muitas unidades

óleo consumido).

de tarifa (verde e azul). E é o segmento de

consumidoras

simplesmente

Vai ser uma decisão que exige

MT que vai socorrer o sistema interligado

deixam de consumir e não transferem

coragem e bom preparo físico caso se

nacional (SIN) exatamente por conta da

carga para a geração a diesel.

permita injeção de potência nas redes

tarifa chamada “verde”.

Assim, dentro do que se sabe, em

de distribuição, mas, para pacientes

(UC)

Ou seja, por mais duro que possa

algumas distribuidoras mais organizadas,

terminais, nem sempre é possível evitar

parecer, ser parte de um ambiente realista

este valor talvez seja algo próximo de 4

uma boa “transfusão”. Viver pressupõe

é sempre melhor do que se esconder

GW a 5 GW, o que não é pouco. Estamos

correr e gerenciar riscos!

como nesta famigerada “tarifa branca”,

falando de quatro usinas hidrelétricas de

Quanto

instituída para a BT, que não decola de

Furnas ou 1/3 de uma Itaipu, distribuídas,

enfrentar a crise, maiores são os riscos.

jeito algum (ainda bem, pois é o melhor

e que parte disso pode, inclusive, ser

Se

exemplo de perda que conheço!).

colocada em paralelo como o sistema

ambientes de negócio mais propícios a

de

unidades

uma automação menos incipiente (na

o tema da insegurança energética que o

consumidoras têm os dispositivos de

distribuição, mas também na transmissão

Brasil enfrentava e já sugeríamos que se

proteção e controle necessários).

e nas subestações há muito o que

ampliassem os benefícios da tarifa verde,

A

fazer) nos sistemas de distribuição via

de forma a dar um refresco na situação.

consumidoras já permite leitura nos

regulação

Desde o início de 2014 abordamos

distribuição

medição

(muitas

dessas

unidades

mais

também

menos

demorarmos tivéssemos

restritiva

e

para tido

mais

Nada foi feito e a coisa está ficando

quatro quadrantes e, portanto, é possível

realista e avançada, agora poderíamos

fora de controle, e isso, agora, está na

fazer qualquer tipo de compensação

controlar a iluminação pública e evitar

ordem do dia. Lembro que, se tivéssemos

de energia entregue ao sistema da

aquela loucura de ir de poste em

iniciado ações no ano passado, hoje este

concessionária. A fatura ficará mais

poste desligando lâmpadas e reatores.

sistema de compensação estaria mais

complicada, mas, de forma geral, as

Poderíamos também ampliar vantagens

maduro e teríamos mais consciência do

distribuidoras já têm isso preparado por

da tarifa de BT e baixar picos de energia

quanto ele pode ajudar e dos riscos que

conta da RN 482/2012 da Aneel.

causados pelas residências!

traz.

A questão da logística do óleo

Agora é tarde e vamos ter mesmo

A despeito de uma portaria antiga

combustível tem que ser pensada, pois

de usar o conceito ATP (arranjo técnico

da Aneel que obriga a registrar toda

a maior parte das UCs possui pequena

provisório), nome pomposo para o que é

geração a diesel existente nas unidades

capacidade

chamado vulgarmente de “gambiarra”.

de

armazenamento

para


AnĂĄlise de sistemas de potĂŞncia

123

*ClĂĄudio SĂŠrgio Mardegan ĂŠ engenheiro eletricista e diretor da EngePower Engenharia e ComĂŠrcio Ltda. É consultor, membro sĂŞnior do IEEE, autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas ElĂŠtricos Industriaisâ€? e coautor do “Guia O Setor ElĂŠtrico de Normas Brasileirasâ€?.

A importância dos protetores de surto (snubbers) para a proteção dos transformadores – Parte I

Dados histĂłricos: tem ocorrido a queima de

uma grande quantidade de transformadores nos Ăşltimos anos, principalmente transformadores secos. Isso nĂŁo significa necessariamente que o transformador ĂŠ de mĂĄ qualidade. Mesmo transformadores de fabricantes considerados de primeira linha tambĂŠm tĂŞm queimado. A maior parte destas queimas ĂŠ gerada por

Figura 1 – Exemplares de transformadores queimados em casos reais.

sobretensþes de manobra. Apenas com os registros que chegaram atÊ mim, nos últimos dois anos no Brasil, registraram-se 19 ocorrências. Isso levou à instalação de mais 100 conjuntos de snubbers, apenas nos processos em que participei. Na AmÊrica do Norte, o maior especialista no mundo instalou mais de 2.000 snubbers. Este fenômeno ainda

Figura 2 – Unifilar simplificado.

ĂŠ pouco conhecido na comunidade tĂŠcnica

energia, que no indutor Ê igual a ½ Li2 e no

nacional e mesmo mundial.

đ?œ”=1LC ou f =12Ď€1đ??żđ??ś

capacitor Ê igual a ½ CV2. Todo equipamento

Qual a causa da queima dos transformadores?

elÊtrico jå nasce com uma capacitância

intrínseca a ele conhecida como capacitância

costuma-se situar na faixa entre 10 kHz e

parasita, capacitância própria ou capacitância

1 Mhz, conforme indicado na Tabela 1 da

de charging. É sabido que todo chaveamento

referĂŞncia [01]. Em outras palavras, a energia

curto-circuito

gera sobretensĂŁo. Esta sobretensĂŁo carrega as

armazenada nas capacitâncias irå trocar

entre espiras ou entre duas camadas de

capacitâncias do sistema com uma energia ½

energia com a indutância do transformador.

espiras, originadas por elevada magnitude

CV2. Ao interromper o circuito, a capacitância

Neste ponto, podemos ter quatro situaçþes

da sobretensĂŁo, taxa de crescimento da

ficarå trocando energia com a indutância do

diferentes: valor elevado de tensĂŁo (que pode

sobretensão (dV/dt), ressonância paralela

sistema, tendo como elemento atenuador

inclusive superar o BIL do equipamento), ter

ou ressonância sÊrie. Veja Figura 1.

desta energia a resistĂŞncia. Veja Figura 2.

um elevado dv/dt, ter uma ressonância paralela

ou uma ressonância sÊrie com o transformador.

A causa da queima Ê falha de isolação,

gerando

normalmente

O fenĂ´meno

SerĂĄ explanado aqui o processo da abertura

Em sistemas de potĂŞncia esta frequĂŞncia

do disjuntor. Neste caso, a sobretensão de chaveamento carrega as capacitâncias (Ceq e

ReferĂŞncia

O elemento de circuito resistĂŞncia (R)

Ccabo) e ao abrir o disjuntor esta sobretensĂŁo

ĂŠ um dissipador de energia (por efeito Joule

irå oscilar com uma frequência ω do lado do

Ri2). Os elementos de circuito indutância (L)

transformador (lado da carga). Esta frequĂŞncia

e capacitância (C) são armazenadores de

Ê dada pela equação:

[01] Documento CigrĂŠ 39 – “REPRESENTATION OF NETWORK ELEMENTS WHEN CALCULATING TRANSIENTSâ€? - Working Group 02 (Internal overvoltages) Of Study Committee 33 (Overvoltages and Insulation Coordination).


124

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena

ABNT NBR 5419:2015

Na terça-feira do dia 10.02.2015, em

que a inserção do voto no texto fosse

adaptação (carência) desde a publicação

reunião plenária especial para análise de

pertinente.

da ABNT NBR 5419:2015, mas essa

contribuições, com a presença de mais

decisão cabe exclusivamente à ABNT, bem

de quarenta participantes, finalmente, a

colaborou na análise final do texto estava

como o dia da publicação.

CE-64.10 encerrou os trabalhos de revisão

presente na reunião e foi dado a todas elas

Caso o prazo seja acatado nesse

do texto da ABNT NBR 5419.

o direito de se manifestarem em relação

período valerão as duas versões da norma.

Foram

contabilizadas

aos seus votos, a reunião transcorreu de

Exemplo: para todos os projetos iniciados

400 contribuições enviadas até o dia

forma tranquila e proveitosa.

ou já prontos e que tenham sua execução

10.12.2014,

devidamente

Dessa forma, os formulários com o

terminada até o último dia de prazo da

agrupadas e tabuladas – votos iguais

resultado da votação, a ata de reunião

carência poderá ser utilizada a versão

ou que tratavam de um mesmo item –,

e a lista de presença foram entregues

de 2005. Outra dúvida recorrente é a

resultaram em 389 intervenções válidas

em 12.02.2015 ao Comitê Brasileiro

aplicabilidade. A versão 2015 só deverá ser

assim distribuídas:

de Eletricidade, Eletrônica e Iluminação

exigida para projetos que se iniciem após

(Cobei) para que este oficializasse a

o prazo de carência, obras de instalação

• Parte 1 – 59 votos;

entrega à Associação Brasileira de Normas

que terminem após este prazo também

• Parte 2 – 41 votos;

Técnicas (ABNT).

deverão ter seu projeto readequado. No

• Parte 3 – 155 votos;

Depois de todas as alterações feitas

caso de inspeção, a versão 2015 só

• Parte 4 – 134 votos.

em função da consulta nacional o resultado

deverá ser posta em prática se não houver

que

após

mais

de

Como grande parte das pessoas que

da reunião não nos mostrou grandes

documentação adequada que comprove

pelos

mudanças no texto previamente submetido

que a instalação em questão está em

presentes, discutidos e aos mesmos foram

ao público, então, o que podemos esperar

conformidade com a NBR da época

atribuídos consensualmente um dos três

é uma ABNT NBR 5419:2015 repleta de

(projeto e relatórios técnicos), ou que a

status:

conceitos abrangentes e de vasta teoria

instalação e ainda a estrutura tenham sido

agregada.

descaracterizadas (desvios na instalação,

• Aceito – quando a proposta de alteração

alterações na edificação).

do texto foi aprovada;

sair usando logo no primeiro contato”, mas

• Aceito parcialmente – quando a proposta

um documento que deve ser estudado,

serão as dúvidas e utilizaremos este

de alteração do texto foi aprovada para

digerido, por vezes ensaiado, para que os

espaço também para responder questões

após alguma modificação feita na mesma

resultados sejam satisfatórios.

pertinentes, a fim de colaborar nesse

pela CE;

processo de transição que, como todos,

• Não aceito – quando a CE não julgou

que conferisse um prazo de 180 dias de

Todos

foram

analisados

Não será uma norma para “pegar e

Ciente disso a CE sugeriu à ABNT

Daqui em diante acredito que muitas

não será confortável.



126

NR 10

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

Educar é melhor do que fiscalizar Considerando as características desta

não faz, ou soluções específicas que a norma

diagramas unifilares de suas instalações,

edição, entendo ser oportuno abordar as

não estabelece, já que é uma norma muito

que é uma forma de as empresas obterem

principais preocupações e considerações

aberta e que admite a adoção de soluções

um autodiagnóstico e seus dirigentes

acerca da NR 10, cuja última versão

de acordo com cada circunstância, mediante

ou responsáveis serem informados por

comemorou o décimo aniversário no final do

análise de risco.

profissionais habilitados sobre o nível de

ano passado.

A NR 10 é, na verdade, um marco,

segurança de suas instalações para poderem

Em primeiro lugar, precisamos considerar

mas as melhorias vão se apresentando aos

adequá-las aos princípios de segurança,

que a NR 10 impõe uma mudança de cultura

poucos, já que ela é uma solução de médio

de uma forma serena e sem que isso

no trato da eletricidade. Mas com relação à

e longo prazo. A segurança nas instalações

estivesse vinculado a multas ou interdições.

aplicação da norma, ficou claro que, após

já é preconizada nas normas técnicas de

A fiscalização é uma das formas de se

o impacto inicial – com certo tumulto –, ela

há muito tempo, o que ocorre é que a NR

alavancar a adequação, mas a educação e a

passou a ser implantada paulatinamente de

10 apresentou essas exigências normativas

conscientização são muito mais eficientes.

forma sólida e, esperamos, permanente.

como uma obrigatoriedade legal, fiscalizada

Quanto ao entendimento sobre as

pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

sua implantação, poderia sim haver um nível

exigências da norma, houve e ainda há

Impôs, logo de início, uma espécie de

maior de adequação, mas certamente as

alguns desvios de interpretação, muitas

“autofiscalização”, quando estabeleceu que

coisas caminham para um atendimento pleno

vezes impondo à norma exigências que ela

todos os estabelecimentos deveriam ter

da norma.

Passados dez anos desde o início de


O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

127

Desvios que podem ocorrer e ocorrem são por conta de interpretações, embora o Ministério do Trabalho tenha disponibilizado no site para download um manual explicativo de interpretação para implantação da norma. Acredito que manter esse tema sempre em pauta, como está se fazendo nesse instante, é uma das formas de melhorar o nível de aderência aos requisitos normativos. Por parte das indústrias, em especial, as grandes e as médias, já há uma estabilização que poderá evoluir para um programa permanente de conscientização e de conhecimento geral para todos os colaboradores, um “programa de segurança elétrica”, que acabaria por proporcionar uma melhoria continuada de instalações e do uso da eletricidade.

Foi por detectar pouco respeito e pouco conhecimento das

normas técnicas e de outros assuntos relacionados à segurança que a NR 10 criou os treinamentos obrigatórios, cujo conteúdo principal são as medidas de proteção para as pessoas, e isso está exatamente dentro das normas técnicas de eletricidade há muitos e muitos anos.

O que falta ainda é que as instituições de ensino e formação

de mão de obra imponham esses ensinamentos de segurança nas instalações como parte fundamental de seus cursos, até porque os treinamentos da NR 10 foram estabelecidos como uma medida emergencial. Não podemos entender que a deficiência continue a ser produzida e o reparo, que é o treinamento básico de NR 10, seja tomado como definitivo. Em outras palavras, é desejável que os treinandos recebam o conhecimento das normas, principalmente quanto à segurança das instalações e práticas de trabalho seguro, de forma que, ao iniciar suas atividades profissionais, recebam da empresa o treinamento apenas de integração nas instalações elétricas de empresa, como se fosse uma reciclagem.

É bem verdade que algumas instituições já inseriram nos

currículos de seus cursos os itens de segurança tratados no treinamento imposto pela norma NR 10, mas encontram certa dificuldade em como documentar esse treinamento para reconhecimento pelas empresas e pelos auditores do MTE.

A conscientização e o conhecimento da NR 10 facilitam o

bom encaminhamento e implantação da segurança elétrica nos ambientes de trabalho e esperamos sempre o resultado de redução do número de acidentes.

Em 26 de dezembro de 2014, a Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel) publicou a Nota Técnica n° 0106/2014-SRD/ SCR/Aneel, tratando da situação atual da segurança do trabalho e da população relativa às distribuidoras de energia elétrica e discussão de aprimoramento da regulamentação.

Essa consulta pública seguramente vai gerar oportunidade

de aproveitamento e implantação de sugestões preciosas das entidades atuantes, entre as quais destaco a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) e o seu louvável trabalho que realiza na conscientização para o uso seguro da eletricidade.


128

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Otimização do consumo de energia elétrica em instalações com o controle da tensão Conceitos gerais em

A eficiência do uso de energia elétrica plantas

industriais

e

complexos

• Transformadores dotados de TAPs;

devido

• Presença de correntes harmônicas nas

reativa em transformadores e circuitos de

cargas.

alimentação.

à

compensação

da

potência

Redução de correntes e tensões

comerciais pode ser substancialmente

Determinação da energia economizada

harmônicas: as distorções de tensão e

dos níveis de tensão de operação dos

A determinação da economia de

correntes harmônicas podem ser reduzidas

barramentos de alimentação das cargas e

energia decorre de simulações efetuadas

substancialmente pelo uso de filtros para a

equipamentos.

em função de registros das variáveis

5ª ou 5ª e 7ª harmônicas.

melhorada

com

o

ajuste

adequado

elétricas de forma contínua, onde são

Potencial elevado de economia Os

potenciais

de

economia

medidos a cada ciclo os comportamentos são

elevados nas situações:

das tensões, das potências ativa e reativa,

Redução do consumo de energia com o controle da tensão

e outras variáveis. A

tensão

de

alimentação

nos

Pontos de eficiência energética a serem considerados e desenvolvidos

barramentos pode ser controlada mesmo

horas/dia; • Variações rápidas da carga provocando

Redução de corrente: perdas nos

instalações são mantidas em regime

flutuações de tensão;

enrolamentos (perdas de cobre) podem

de operação em tensões superiores

• Consumo de potência reativa;

ser diminuídas pela redução da corrente

às nominais, de forma a garantir a

• Operação de plantas em regime 24

com cargas variáveis. Normalmente, as


129

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

operação dos equipamentos em casos de afundamentos de tensão por razões externas ou mesmo internas. Um sistema de compensação reativa em tempo real compensa ciclo a ciclo qualquer demanda de energia reativa e como consequência a tensão é estabilizada e levemente elevada. Nesta situação, as diferenças entre os níveis máximos e mínimos são diminuídas e o nível máximo de tensão é elevado. Redução da energia consumida: com base na observação do comportamento dinâmico das fontes e cargas, a simulação proposta busca o melhor ajuste para a tensão de operação do sistema, obtida

Figura 1 – Comportamento da potência ativa com variação da tensão de alimentação em operação de bomba.

com o ajuste de TAPs e compensação

distâncias, etc.);

O gráfico da Figura 1 apresenta

reativa em tempo real que garantirá a

• Simulações que definirão o potencial de

o

operação sem afundamentos internos.

economia com otimização da tensão de

consumida por uma bomba com a variação

operação e outras medidas;

na tensão de alimentação. A tolerância da

Etapas do estudo:

• Implantação com os ajustes requeridos

tensão de alimentação do motor mantém

• Obtenção de dados das medições

e aplicação das técnicas de medição e

a operação em regime normal, sem

adequadas;

verificação final. Os resultados esperados

restrições. A variação média de até 5% na

• Informação dos dados construtivos

em instalações industriais típicas são da

tensão de alimentação incorre em variação

dos

ordem de 4% a 8%.

média da potência consumida de 6%.

sistemas

elétricos

(impedâncias,

comportamento

da

potência

ativa


Instalações Ex

130

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

ABNT publica nova edição da NBR IEC 60079-17 – Inspeção e manutenção de instalações elétricas “Ex” A ABNT NBR IEC 60079-17 Atmosferas

explosivas

Parte

17:

Inspeção e manutenção de instalações elétricas é destinada a ser utilizada por empresas usuárias de equipamentos e

de

instalações

em

atmosferas

explosivas bem como por empresas de prestação de serviços “Ex”, e abrange os fatores diretamente relacionados às atividades de inspeção e manutenção de

instalações

elétricas

em

áreas

classificadas, em que o risco pode ser causado pela presença de gases inflamáveis ou de poeiras combustíveis.

Sob o ponto de vista de segurança

das instalações industriais “Ex” e das pessoas que nelas trabalham, bem como da preservação da vida e do meio ambiente, esta parte da série de

e instalações marítimas.

normas ABNT NBR IEC 60079 pode ser

São

considerada como sendo a norma “Ex”

industriais com a presença de áreas

mais importante.

classificadas que requerem a execução

exemplos

de

instalações

Isto se deve ao fato de a aplicação

de serviços de manutenção e inspeções

adequada e periódica desta norma

periódicas as refinarias de petróleo,

assegurar que as instalações industriais

indústrias químicas e petroquímicas,

em

estejam

refinarias de açúcar e álcool, plataformas

sempre de acordo com os requisitos

offshore de produção de petróleo, silos

de

de grãos e navios petroleiros.

atmosferas proteção

explosivas

proporcionados

pelos

equipamentos “Ex”, bem como estejam

adequados em termos dos agentes

e substituiu a edição anterior, publicada

agressivos

presentes

no

A nova edição desta norma cancelou

ambiente

pela ABNT em 2009. As mudanças

industrial, tais como poeira, sujeira,

técnicas mais significativas desta nova

salinidade, ataques químicos corrosivos

edição da ABNT NBR IEC 60079-17


131

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

com relação à edição anterior são as

execução de atividades de inspeções

empresas de prestação de serviços de

seguintes:

visuais, apuradas ou detalhadas ou de

inspeção e manutenção em atmosferas

auditor de instalações “Ex”, de acordo

explosivas são indicados no Documento

• Foram incluídas no Anexo A as tabelas

com

Operacional

específicas

Operacional IECEx OD 504, indicadas

Requisitos do Sistema de Gestão da

a seguir:

Qualidade para Empresas de Serviços

para

as

atividades

de

inspeção de luminárias, sistemas de

os

requisitos

do

Documento

aquecimento e motores “Ex”, de forma a

que

IECEx

prestam

serviços

OD

314-4:

relacionados

complementar as tabelas para os tipos

• Ex 001: Aplicação dos princípios

com inspeção e manutenção Ex. Este

de proteção “Ex”;

básicos de proteção em atmosferas

Documento

• Esta norma foi atualizada de forma a

explosivas;

disponível para acesso público, no site

complementar as alterações efetuadas

• Ex 004: Manutenção de equipamentos

do IECEx, no seguinte endereço:

na ABNT NBR IEC 60079-14 sobre

em atmosferas explosivas;

http://www.iecex.com/docs/

a

necessidade

execução

encontra-se

das

• Ex 007: Execução de inspeções

iecexOD314-4%7Bed1.0%7Dpt%20

atividades e serviços de inspeções

visuais e apuradas de equipamentos

(2013-12-05).pdf

iniciais

e instalações em, ou associadas a

após

de

Operacional

detalhadas, a

execução

imediatamente de

serviços

de

atmosferas explosivas;

A Comissão de Estudo CE 03:031.01

montagem de instalações “Ex” novas

• Ex 008: Execução de inspeções

do

ou de modificações ou ampliações de

detalhadas

Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica

instalações “Ex” existentes.

instalações elétricas em, ou associadas

e

a atmosferas explosivas.

pela elaboração desta norma técnica

de

equipamentos

ou

Esta nova versão da ABNT NBR

Subcomitê Iluminação

SC-31 (Cobei),

do

Comitê

responsável

brasileira equivalente, acompanhou o

IEC 60079-17 indica as unidades de

Deve também ser ressaltado que os

processo de atualização, comentários,

competências pessoais Ex requeridas

requisitos para a certificação do Sistema

revisão e aprovação da respectiva norma

para os profissionais com perfil para a

da Gestão da Qualidade (SGQ) de

internacional.


Instalações Ex

132 Esta

comissão

elaboração

desta

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

contou,

para

a

norma,

com

a

participação de profissionais envolvidos com equipamentos e instalações em atmosferas explosivas, representantes das seguintes empresas e entidades: Brasken,

Conex,

Dron

&

Dickson

Brasil, Eletro Sossai, Obo Bettermann, Petrobras,

Senai/Benfica-RJ,

Senai/

Santos-SP, Siemens Ltda., Tramontina e Weg.

Esta norma da série NBR IEC 60079

é idêntica em conteúdo técnico, estrutura e redação e sem desvios técnicos nacionais em relação à respectiva norma internacional. Seguindo

a

tendência

normativa

mundial dos países membros da IEC, incluindo o Brasil, as normas que envolvem os processos de certificação

Os

de

pessoas, provedores de treinamentos,

de

Estudo CE 03:031.01 do Subcomitê

fabricantes e laboratórios de ensaios,

de prestação de serviços “Ex”, de

SC-31

com

competências

de

pelos relevantes e voluntários trabalhos

internacional “Ex”.

equipamentos elétricos e mecânicos

realizados para o Cobei e para a ABNT,

“Ex” são normas equivalentes IEC.

em prol da normalização brasileira sobre

para a elevação dos níveis de tecnologia,

conformidade

de

pessoais

empresas “Ex”

e

membros merecem

da

Comissão

ser

parabenizados

o

mercado

e

a

comunidade

Este tipo de ação contribui também

Esta política de normalização tem por

atmosferas explosivas e da harmonização

qualidade, segurança, desempenho e

objetivo harmonizar as normas nacionais

com a normalização internacional do

confiabilidade dos equipamentos e das

com a normalização internacional, de forma

TC-31 da IEC.

instalações “Ex” brasileiras, ao longo do

a padronizar os procedimentos de projeto,

seu ciclo total de vida.

fabricação, ensaios, marcação, certificação,

a integração das empresas usuárias de

Os dados resumidos desta norma

instalação,

manutenção,

instalações “Ex”, empresas de prestação

são

reparos, recuperação de equipamentos e

de serviços “Ex”, organismos brasileiros

abntcatalogo.com.br, onde a mesma

competências pessoais “Ex”.

de

pode também ser adquirida.

inspeção,

Ações como estas contribuem para

certificação

de

produtos

e

de

apresentados

no

site

www.



134

Espaço 5410

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Proteção contra efeitos térmicos e contra incêndios

Este segundo artigo traz um resumo do

5.2 Proteção contra efeitos térmicos

5.2.2 Proteção contra incêndio provocado por produto elétrico

que foi discutido na última reunião de revisão da norma ABNT NBR 5410:2005, baseada nas

5.2.1 Generalidades

alterações do texto da IEC correspondente e

As pessoas, animais domésticos, bem como

nos pontos apresentados pelos participantes.

5.2.2.1 Regras gerais

os equipamentos e materiais fixos adjacentes

Seu caráter é apenas informativo para facilitar

5.2.2.1.1 As pessoas, os animais domésticos

a componentes da instalação elétrica, devem

o acompanhamento dos técnicos que não

e os bens devem ser protegidos contra danos

ser protegidos contra:

estão participando mais ativamente da

ou ferimentos provocados pelo calor ou fogo

a) Os efeitos térmicos, a combustão

Comissão de Estudos. É importante ressaltar

que pode ser gerado ou propagado pela

ou a degradação dos materiais e o risco

que as citações desta coluna constituem um

instalação elétrica, considerando os requisitos

de queimadura associado aos produtos

relato do que foi discutido e aprovado na

desta norma e as instruções dos fabricantes

elétricos;

reunião plenária pela Comissão de Estudos,

de equipamentos.

b) A propagação de chamas, em caso

O calor gerado pelos produtos elétricos

não pode causar perigo ou efeitos danosos para os materiais fixos vizinhos ou que podem

O calor gerado pelos produtos elétricos não pode causar perigo ou efeitos danosos para os materiais fixos vizinhos ou que podem ser previstos na proximidade de tais produtos.

ser previstos na proximidade de tais produtos. Os produtos elétricos não podem apresentar perigo de incêndio para os materiais vizinhos.

NOTA: Os danos, os ferimentos ou a ignição podem ser causados por efeitos como: – acumulação de calor, radiação de calor, elementos quentes; – redução das características de segurança do material elétrico, por exemplo dispositivos de proteção como disjuntores, termostatos, limitadores

de

temperatura,

juntas

de

estanqueidade na penetração dos cabos e sistemas de cabeamento; porém, a aprovação como parte oficial do

de risco de incêndio propagado pelas

– sobrecorrente;

projeto de norma somente será feita antes de

instalações elétricas a outros compartimentos

– falhas de isolação e/ou arcos que

o texto ser enviado para consulta nacional.

com barreiras dispostas na proximidade; e

provoquem perturbações;

Algumas

c) As

seções

que

serão

deficiências

na

segurança

complementadas somente ao final dos

funcionamento

trabalhos de revisão (por exemplo, referências

incluindo os serviços de segurança.

dos

produtos

de

elétricos,

– correntes harmônicas; – descargas atmosféricas (ver série IEC 62305); – sobretensões (ver ABNT NBR 5410-4-44, artigo 443);

normativas) não estão descritas aqui. O texto aprovado na última reunião

NOTA: A proteção contra as sobrecorrentes é

– seleção ou montagem inadequada dos

ocorrida em fevereiro encontra-se a seguir:

tratada em 5.3.

materiais elétricos.


135

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

5.2.2.1.2

Quando

as

temperaturas

f) Instalado a uma distância suficiente dos

• Instalação dos componentes numa câmara

externas dos equipamentos fixos puderem

elementos construtivos sobre os quais os

resistente ao fogo, ventilada apenas por

atingir valores suscetíveis de causar risco

arcos possam ter efeitos térmicos prejudiciais,

atmosfera externa, e previsão de soleiras,

de incêndio aos materiais vizinhos, o

de modo a permitir a segura extinção do arco.

ou outros meios, para evitar que o líquido

equipamento deve ser:

Os

inflamado se propague para outras partes da

materiais

resistentes

a

arcos

mencionados devem ser incombustíveis, a) Instalado

sobre

ou

envolvidos

edificação.

por

apresentar baixa capacidade de condução

materiais que suportem tais temperaturas

térmica e possuir espessura capaz de

Nota 2: Em geral, considera-se “significativo”

e possuam baixa capacidade de condução

assegurar estabilidade mecânica.

um volume igual ou superior a 25 L.

térmica; ou

Nota 3: Para volumes inferiores a 25 L, é

b) Separado dos elementos de construção

5.2.2.1.4

por materiais que suportem tais temperaturas

produzem concentração de calor devem

vazamento do líquido.

e possuam baixa capacidade de condução

ser posicionados a uma distância suficiente

Nota 4: É recomendável que a alimentação

térmica; ou

de qualquer objeto fixo ou elemento de

seja desligada tão logo um incêndio se inicie.

c) Instalado de modo a guardar afastamento

construção, de tal forma que tais objetos

suficiente de qualquer material cuja integridade

ou elementos não sejam submetidos, em

5.2.2.1.6 Os materiais de invólucros aplicados

possa ser prejudicada por tais temperaturas e

condições normais, a uma temperatura

a componentes da instalação durante a

garantir uma segura dissipação de calor, aliado

perigosa — por exemplo, uma temperatura

execução da obra devem suportar a maior

à utilização de materiais de baixa capacidade

superior à de sua ignição.

temperatura que o componente possa vir a

Os

componentes

fixos

que

de condução térmica.

suficiente alguma providência que evite o

atingir. Só se admitem invólucros de material 5.2.2.1.5 Componentes da instalação que

combustível se forem tomadas medidas

5.2.2.1.3 Quando um componente da

contenham líquidos inflamáveis em volume

preventivas contra o risco de ignição, como

instalação, fixo ou estacionário, for suscetível

significativo devem ser objeto de precauções

revestimento com material incombustível, ou

de produzir, em operação normal, arcos ou

para evitar que, em caso de incêndio, o líquido

de difícil combustão, e baixa capacidade de

centelhamento, ele deve ser:

inflamado, a chama, a fumaça e gases se

condução térmica.

propaguem para outras partes da edificação. d) Totalmente

envolvido

por

material

resistente a arco; ou

Por Eduardo Daniel, consultor da MDJ

Nota 1: Tais precauções podem ser, por

Assessoria e Engenharia Consultiva,

exemplo:

superintendente da Certiel Brasil e coordenador

a arcos, de elementos construtivos da

• Construção de um fosso de drenagem, para

da Comissão de Estudos 03:64-001 do CB3,

edificação sobre os quais os arcos possam

coletar vazamentos do líquido e assegurar a

da ABNT, que revisa a norma de instalações

ter efeitos térmicos prejudiciais; ou

extinção das chamas, em caso de incêndio;

elétricas de baixa tensão.

e) Separado,

por

materiais

resistentes


136

Dicas de instalação

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Por Murilo Sonegatti*

Aplicação de pasta térmica em módulos de potência – uso recomendado do Material de Interface Térmica (TIM)

Durante seu funcionamento, os semicondutores de potência

Tabela 1 – Condutividade térmica total do módulo SKiM

Material

geram calor por meio de suas perdas de chaveamento e condução. Para manter a integridade do componente, são utilizados dissipadores que auxiliam a troca de calor com o ar ou líquido,

Espessura

% da

térmica específica

[µm]

Resistencia

diretamente da qualidade, planicidade e rugosidade da superfície; quaisquer imperfeições causarão o acúmulo de ar entre as partes e prejudicarão o sistema devido à baixa condutividade térmica do ar (λair ≈ 0.03 W/mK).

Chip

106

120

Chip de solda

57

70

2,92%

DCB (cooper)

394

300

3,65%

DCB (Ai2O3)

24

380

1,94%

DCB (cooper)

394

300

32,91%

Pasta térmica

0,81

30

1,31%

WACKER P12

Fonte de calor – Base do componente

Imperfeições

térmica total

λ [W/(m*K)]

de acordo com a aplicação. A eficiência dessa troca depende

Dissipador de calor

Condutividade

57,26%

Se a condutividade térmica da pasta for comparada com a de

outros componentes em um módulo de potência, ela apresentará um péssimo desempenho e será responsável pelo aumento entre

Figura 1 – Espaços com ar prejudicam a troca térmica.

20% e 65% da resistência térmica entre a junção de semicondutor e dissipador de calor (Rth j-s). Portanto, a camada de pasta deve

Para auxiliar a troca de calor, são utilizados materiais de

ser a mais fina possível, porém, respeitando a espessura mínima

interface térmica conhecidos como TIM (em inglês, Thermal

necessária.

Interface Material). Normalmente, os TIMs possuem como base um óleo que tem em sua composição materiais com boa condutividade térmica, entre eles óxido de zinco, grafite ou prata. O valor entre 0.5 - 6 W/mK garante aos TIMs uma condutividade térmica de 20 a 200 vezes maior que a do ar.

Fonte de calor – Base do componente

Dissipador de calor

Figura 3 – Correlação entre resistência térmica e espessura do material. Pasta térmica

Figura 2 – Troca de calor de um módulo de potência para um dissipador utilizando um TIM.

A utilização em excesso da pasta aumentará a resistência

térmica devido à menor condução de calor. Por outro lado, a utilização de uma camada muito fina poderá causar bolsões de ar que também a elevarão.

Utilizando a pasta térmica P12 da Wacker, podemos comparar

A espessura necessária da camada de pasta térmica é

sua condutividade térmica com os demais materiais presentes em

diferente para cada tipo de módulo. É por isso que as instruções

um módulo da família SKiM da Semikron.

de montagem dos módulos especificam a quantidade correta e


O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

137

descrevem a rugosidade máxima da superfície do dissipador de calor. A qualidade da pasta térmica não depende apenas da condutividade, mas também de sua composição e estrutura. Quanto maiores as partículas, melhor a condutividade térmica, no entanto, essas partículas também definem a espessura mínima da camada de pasta. A P12 (pasta recomendada pela Semikron) possui entre 0,04 e 4μm, permitindo um contato quase perfeito entre a base do módulo e o dissipador.

Procedimento para aplicação de pasta térmica

Não há restrições quanto ao local de aplicação da pasta,

podendo ser tanto no módulo quanto no dissipador. Para a aplicação, é sugerido o emprego de um rolo de borracha ou o processo de serigrafia.

O rolo de borracha produz resultados satisfatórios quando

manuseado por um operador experiente e bem treinado, mas traz o risco de contaminação, falta de homogeneidade e, por ser manual, resultados diferentes a cada aplicação.

Figura 4 – Aplicação de pasta usando um rolo de borracha.

O processo serigráfico traz resultados muito melhores, visto

que a espessura da camada será definida pelo fio e pela trama da tela utilizada. De fácil automação, esse processo é utilizado em linhas de baixo e alto volume de produção com ótima repetibilidade.

Figura 5 – Aplicação de pasta utilizando tela serigráfica


138

Dicas de instalação É importante que todas as superfícies estejam limpas, evitando

que partículas contaminem a aplicação e causem problemas

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

1 – Montar os módulos de acordo com as instruções e utilizando a camada de pasta sugerida pelo fabricante;

durante o funcionamento do componente. 2 – Submeter o sistema a três ciclos térmicos (20°C/100°C/60 min);

Verificação da camada de pasta térmica

A espessura de uma camada de pasta térmica pode ser medida

direta ou indiretamente. Um exemplo de medição sem contato direto é a utilização de um perfilômetro ótico ou microscópio.

Para a medição direta, é comum a utilização dos dispositivos de

medição a seguir (Figura 6):

Figura 9 – Perfil dos ciclos térmicos. Figura 6 – Dispositivos de medição.

A utilização dos dois primeiros itens é idêntica: o “pente” deve

ser deslizado pelo dissipador e a análise dos dentes indicará qual a espessura da pasta térmica no dissipador. Apesar de simples, o processo exigirá a reaplicação da pasta no local da análise.

3 – O processo de retirada do componente do dissipador pode ser destrutivo. É sugerida a retirada dos parafusos e manter o módulo sob temperatura ambiente durante 12 horas ou submeter o sistema a dois ciclos térmicos, isso facilitará a retirada do módulo; 4 – Análise visual dos resultados:

Se a pasta térmica cobrir toda a base mantendo uma certa

transparência, a espessura utilizada foi a correta; se a base apresentar áreas sem preenchimento, a camada foi muito fina.

Figura 7 – Medição utilizando os dispositivos com contato direto.

A utilização do disco é similar. Quando deslizado pela superfície, o

disco interno de medição indicará qual a espessura da pasta térmica.

Figura 10 – Quantidade correta.

Figura 11 – Pouca pasta térmica.

Cada módulo deve ser usado apenas uma vez, visto que repetidas

ações de apertar e desapertar dos parafusos podem alterar as Figura 8 – Medição utilizando o disco com contato direto.

propriedades de pressão e fixação. Para cada espessura de pasta térmica a ser testada, deve ser usado o mínimo de dois módulos.

Determinar a espessura ideal da camada de pasta térmica Módulos de IGBTs fornecidos com pasta pré-aplicada

A espessura da camada de pasta térmica é diferente para cada

tipo de módulo. É por isso que as instruções de montagem dos

Em linhas onde o volume de produção é alto, é indicada a utilização

módulos de potência especificam a espessura da camada e qual

de módulos fornecidos com a pasta térmica pré-aplicada, facilidade

pasta térmica deve ser utilizada. Na maioria dos casos, no entanto,

presente em uma série de produtos disponíveis no mercado.

as espessuras das camadas especificadas se aplicam às mesmas da pasta térmica P12 Wacker. Caso sejam utilizadas outras marcas,

*Murilo Sonegatti é engenheiro eletricista e engenheiro de aplicação da

recomendamos observar os seguintes procedimentos

Semikron.



140

Espaço IEEE

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Por Roberto Asano Júnior*

Planejamento da operação Soluções para a produção de energia elétrica e abastecimento de água

O problema do planejamento da

de água bruta de uma bacia ou região é

para esses casos demonstraram que a

operação

hidrotérmico

por meio de um correto armazenamento

transferência de água entre regiões é

de energia vem sendo estudado por

em reservatórios que possibilitem seu

uma estratégia que permitiria um ganho

décadas,

uso em épocas de escassez.

de

em

que

do

sistema

principalmente as

usinas

no

Brasil,

hidroelétricas

O

Hidro-IA

utiliza

armazenagem

subutilizados

até

em

reservatórios

suas

capacidades

inteligência

heurísticas

máximas de estocagem. Nos casos testes

geração de energia elétrica, acima de

de algoritmos genéticos para otimizar

realizados com a ferramenta observou-se

70%. Mas agora, neste momento de crise

os volumes de cada reservatório, a

que, quando a transferência de água é

hídrica iminente, as discussões sobre

geração de energia hidroelétrica de

feita de forma controlada e otimizada, ou

como este planejamento é realizado para

cada usina e a transferência de água

seja, quando o recurso hídrico disponível

o melhor aproveitamento dos recursos

entre

as

é usado adequadamente, a geração

vêm ganhando um destaque ainda mais

quais existe essa possibilidade. De

total e os picos de geração (potência

importante.

modo a assegurar a economicidade

instalada) de energia termoelétrica, que é mais cara e poluente, são minimizados.

resultado

hidráulicas,

entre

estudos

da solução em longo prazo, os picos

continuados sobre este tema, o grupo

de não atendimento da demanda são

de

penalizados

pesquisadores

de

bacias

com

de

correspondem a uma fatia importante da

Como

artificial

técnicas

da

Universidade

pela

consideração

do

Federal do ABC (UFABC), coordenado

custo da complementação com energia

pela professora doutora Patrícia Leite,

de origem termoelétrica, que possui

desenvolveu o Hidro-IA, uma ferramenta

característica

computacional

para

otimização

acentuadamente

não

do

linear. Além de incorporar a otimização

planejamento da operação das usinas.

da transferência entre bacias, outro

Tal otimização baseia-se no fato de que

diferencial importante desta ferramenta

a melhor forma de aproveitar os ciclos

é o tratamento individualizado de cada

hidrológicos e os respectivos excedentes

usina (geração e reservatório), e não como bacias hidráulicas equivalentes,

permitindo o planejamento e execução

a economia de energia térmica ou

de estratégias mais robustas e eficientes.

o

Nos

estudos

econômico

resultado

o

desta otimização sobressairia o custo para descontaminação e tratamento

os benefícios alcançados ao se incluir

da água a ser utilizada como fonte

o

volumes

primária para atendimento da demanda

transferidos

das entre

vazões rios

e ou

com

excedente

auxílio desta ferramenta, destacam-se controle

realizados

Ainda de acordo com a pesquisa,

bacias

de energia elétrica, tornando-a apta

consolidadas, desviando o curso natural

para subsequente abastecimento da

dos rios. Os resultados das simulações

população.


141

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Um caso concreto é o subaproveitamento

Sem entrar no mérito social da questão,

da geração da usina de Henry Borden, cujo

por não ser o foco deste artigo, também não

para melhorar em políticas e infraestrutura,

potencial de geração é limitado pela carência

se podem omitir os impactos que outras

os pesquisadores da UFABC mostraram

de água localmente e pelas limitações

questões, tais como o lançamento de dejetos

que, com o uso de sua ferramenta de

impostas pelo excesso de poluição no sistema

sem tratamento ou a ocupação e povoamento

engenharia e criatividade, o planejamento

Billings e rios Tietê e Pinheiros, localizados

descontrolado

bem organizado pode favorecer toda a

na região metropolitana de São Paulo. Os

áreas próximas aos rios e represas que

estudos mostraram que há um ganho real na

prejudicam a preservação desses mananciais.

transferência de água proveniente dos rios

Uma abordagem holística para políticas de

*Roberto Asano Júnior é formado em engenharia

Tietê e Pinheiros, suficiente para viabilizar o

preservação e uso da água, com a participação

elétrica e atuou no desenvolvimento de produtos

tratamento de água que chega ao reservatório

da comunidade, seguida por um programa de

e tecnologia para transmissão de energia. É

de Billings, podendo vir a ser utilizada para

ações sérias e de longo prazo que ultrapasse

doutorando em energia (UFABC), voluntário

a geração de energia elétrica e para o

os interesses do governo de turno já viria tarde,

em associações profissionais e normativas e

abastecimento público.

mas é importante que ocorra o quanto antes.

membro do IEEE.

e

sem

saneamento

das

Enquanto ainda existe muito espaço

sociedade.


142

Ponto de vista

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

Não é falta de chuva e sim de planejamento! O ano mal começa e as incertezas

Na contramão de todo esse cenário,

que são de suma importância no processo

continuam.

que

existem diversas alternativas tecnológicas

de geração, transmissão e distribuição de

acessamos os meios de comunicação e

que auxiliam a manutenção e a coleta

energia.

não nos deparamos com aquelas perguntas

de dados, que vão desde sensores até

Existem diversos casos de sucesso

corriqueiras, tais como: quando vai chover?

sistemas de monitoramento e diagnóstico

com base na utilização de equipamentos

Onde vai chover? Qual quantidade de

no

São

de monitoramento e diagnóstico em

chuva necessária para minimizar a seca

equipamentos pensados especialmente

transformadores. A manutenção preditiva,

nos rios e reservatórios do nosso país?

para o setor elétrico, que possibilitam

depois que o equipamento emite um

Mas, a chuva chegou e, com ela,

efetuar a manutenção preventiva e preditiva

sinal de alarme, permite à equipe técnica

retornam os problemas que há anos batem

com redução de custos operacionais,

detectar uma subida de gases. A partir

à nossa porta e que, se outrora houvesse

aumento da vida útil de transformadores

daí, é possível tomar as medidas cabíveis

boa vontade por parte de nossos políticos,

e que evitam paradas repentinas. Afinal,

garantindo a integridade dos ativos.

os impactos seriam minimizados. É fácil

60% dos transformadores que estão em

Portanto,

vê-los transmitir a culpa para São Pedro.

uso no Brasil estão no limite de sua vida

antecipemos e façamos uma revisão dos

Difícil é vê-los assumir a responsabilidade e

útil (em torno de 20 ou 30 anos).

nossos conceitos, pois estudos mostram

admitir que, se houvesse um planejamento

O mais importante nesta situação

que a demanda mundial por eletricidade

eficaz, não chegaríamos a tais níveis de

é que a Agência Nacional de Energia

nas próximas décadas poderá crescer a

alerta.

Elétrica

reconhecer

taxas superiores às da capacidade total de

Pegando carona nesta onda (que,

os

monitoramento

energia. Isso sem falar que o crescimento

aliás, não podemos chamar de onda),

e diagnóstico em transformadores na

da economia está intimamente ligado à

percebemos que a situação climática vivida,

revisão tarifária. O processo está descrito

eletricidade. Consequentemente, um setor

principalmente, no Sudeste brasileiro,

no Manual de Controle Patrimonial –

pode cessar o crescimento do outro.

faz com que investidores e Governo se

Resolução 367, de 2009.

distanciem do setor, o que agrava ainda

mais a crise, causando a dificuldade

rádios para comunicação remota, ideais

em manter o fornecimento de energia e

para automação em campo, sistemas

afetando a economia e o bem-estar social.

de telemetria, religadores automáticos,

sistemas

É

difícil

o

dia

em

Para suprir este cenário de falta de

óleo

de

transformadores.

(Aneel)

investimentos

poderá em

é

preciso

que

Outra alternativa interessante são os

supervisórios,

sistemas

de

chuvas, as usinas eólicas e as usinas

telessupervisão e telecontrole. Utilizando

térmicas tornaram-se primordiais, mas

estas tecnologias, é possível analisar os

não há um plano para que estas fontes

dados provenientes dos ativos diretamente

alternativas vigorem na falta de energia

de locais remotos ou de salas de controle,

elétrica. Isso foi o que vimos quando houve

com precisão, segurança, menos custos e

o recente blecaute que atingiu as regiões

mais comodidade a todos os envolvidos no

Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil

processo.

devido ao excessivo consumo de energia.

Se possuíssemos um sistema eficaz,

são utilizadas, aprovadas e recomendadas

poderíamos utilizar energias provenientes

por grandes empresas que utilizam estas

de outras regiões do Brasil sem chegar ao

tecnologias

ponto de termos de solicitar energia a um

monitorar e diagnosticar ocorrências em

Por Leandro Oliveira, gerente de vendas da

país vizinho.

estágios iniciais, protegendo seus ativos

Agora Telecom.

Todas as soluções já estão disponíveis,

para

medir,

acompanhar,

nos



144

Agenda

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

27 de março a 1º de abril

Informações

A finalidade do curso é capacitar instaladores de sistema fotovoltaico off-grid. Para isso, serão ministradas aulas práticas e teóricas. Na parte prática, além de aprender a fazer instalações, os alunos serão ensinados a ligar e a configurar sistemas, trabalhando em boxes especialmente montados para o curso. Na parte teórica, aprenderão conceitos do sistema, bem como as características dos equipamentos, formas de dimensionar os sistemas, dentre outras matérias.

Local:

Cursos

6 e 7 de abril

São Paulo (SP) Contato: (11) 4328-5113

SPDA

Descrição

Informações

Direcionado a projetistas, engenheiros, técnicos e interessados no mercado de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), o curso pretende capacitar profissionais a desenvolver laudos e projetos neste segmento. Durante as aulas, os alunos aprenderão a avaliar a necessidade de SPDA em uma edificação; os principais passos para criação de um projeto de SPDA, com entrega de modelo para um edifício em CAD; a formação das descargas atmosféricas; e o dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo.

Local:

13 a 17 de abril

Rio de Janeiro (RJ) Contato: (31) 3308 – 7029 eventos@tel.com.br

Transitórios eletromagnéticos usando o software ATP

Descrição

Informações

Ensinar aos participantes conceitos de transitórios eletromagnéticos, utilizando o programa ATP, é o objetivo do curso promovido pela Conprove Engenharia. Nesse sentido, os alunos travarão contato com diversos temas da área, entre os quais: aparecimento e propagação de eventos transitórios; manobras de capacitores e reatores; abertura de linhas; rejeição de carga; TRV (disjuntores); e impulsos atmosféricos. Além disso, os alunos utilizarão microcomputadores nas simulações em sala de aula.

Local:

14 a 16 de abril

Uberlândia (MG) Contato: (34) 3218-6800 conprove@conprove.com.br

Ensaios elétricos em transformadores

Descrição

Informações

O curso abordará teoria, operação, manutenção e ensaios em transformadores de potência, além de fornecer a descrição e a operação completas de transformadores, envolvendo controles de todos os sistemas relacionados, bem como equipamentos e materiais relacionados. Indicado para técnicos, engenheiros, supervisores, bem como os demais responsáveis por ensaios e manutenção de transformadores de potência.

Local:

7 e 8 de abril

Osasco (SP) Contato: (11) 3383-3700 instituto@instronic.com.br

2º Encontro Brasileiro de Regulação do Setor Elétrico

Descrição

Informações

O evento tem como intuito, entre outros objetivos, debater o modelo institucional do setor elétrico brasileiro, difundir a interpretação de representantes do governo no que diz respeito à renovação das concessões e avaliar os custos operacionais para o ano de 2015. O público-alvo do encontro é constituído por geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétricas, além de autoprodutores e planejadores do setor.

Local:

13 e 14 de abril

Eventos

Instalador fotovoltaico off-grid

Descrição

São Paulo (SP) Contato: (11) 5093-7847 juliana.lima@hiria.com.br

Cenocon 2015

Descrição

Informações

O 4º Fórum sobre Centros de Operação e Controle das Empresas de Energia Elétrica (Cenocon) pretende fornecer subsídios para os profissionais que atuam na área de energia elétrica avaliarem o novo cenário e as experiências em desenvolvimento sobre transformação dos Centros de Operação e Controle das empresas de distribuição em Centros de Inteligência e Gestão de Serviços. O evento é direcionado a empresas de energia elétrica, agências reguladoras, fornecedores de tecnologia para redes de distribuição, fornecedores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), fornecedores de hardware, fornecedores de software, entre outros.

Local:

13 a 17 de abril

São Paulo (SP) Contato: (11) 3051-3159 rpmbrasil@rpmbrasil.com.br

Hannover Messe

Descrição

Informações

A feira de tecnologia industrial vai mostrar a seus visitantes diversas novidades da área. Conforme os organizadores, eles verão produtos, plantas de produção digital em rede, novos processos de produção, a próxima geração de robôs industriais, além de soluções de automação baseados em TI, que trarão mudanças fundamentais para todos os processos organizacionais das fábricas.

Local:

28 e 29 de abril

Hannover, Alemanha Contato: www.hannovermesse.de/home

2º Latin American Hydro Power and Systems Meeting

Descrição

Informações

O objetivo da reunião é integrar pesquisadores, profissionais e alunos das áreas de engenharia voltados a estudos de hidráulicas, máquinas e sistemas em âmbito internacional. O evento também é dedicado à divulgação técnico-cientifica dos trabalhos desenvolvidos na área. O evento é realizado a cada dois anos, com sede em uma das universidades-membros, de forma a garantir a interação regional entre os pesquisadores e especialistas da indústria. Na primeira edição, de 2013, o encontro aconteceu na Unicamp, em Campinas (SP). A segunda edição, neste ano, ocorrerá na Universidade Nacional de La Plata (UNLP), em La Plata, Argentina.

Local: La Plata, Argentina Contato: (35) 3629-1443 latiniahrsecex@gmail.com


Índice de anunciantes

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

A Cabine 24 (11) 2842-5252 vendas@acabine.com.br www.acabine.com.br

Dialight 131 (11) 4431-4300 vendas.brasil@dialight.com www.dialight.com

Hellermann Tyton 111 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermanntyton.com.br

Média Tensão 37 (11) 2384-0155 vendas@mediatensao.com.br www.mediatensao.com.br

ABB 7 0800 014 9111 www.abb.com.br/baixatensao

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Megabrás 16 (11) 3254-8111 ati@megabras.com.br www.megabras.com

Eaton 49 (11) 4525-7100 www.eaton.com.br

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Instrumenti 71 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br

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Cobrecom 67 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br

General Cable 53 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com

Legrand 121 0800 11 8008 cst.brasil@legrand.com.br www.legrand.com.br

Conex 85 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br

Gimi 126 (11) 4752-9900 vendas@gimi.com.br www.gimi.com.br

Logmaster 114 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br

Cordeiro 9 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br Daisa 35 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br

Kienzle 8 (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br

135

(11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br

Palmetal 129 (21) 2481-6453 palmetal@palmetal.com.br www.palmetal.com.br Paraeng Pára-Raios 6 (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br

Romagnole 51 (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br Sarel 13 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br Sassi Medidores 81 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br Senai Pirituba 18 (11) 3901-9300 senaipirituba@sp.senai.br www. pirituba.sp.senai.br Sicame 95 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br Sil 22 (11) 3377-3333 vendas@sil.com.br www.sil.com.br Sindustrial Engenharia 137 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br SPTF 93 (11) 2065-3820 vendas@sptf.com.br www.sptf.com.br Strahl 101 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com Termotécnica 103 (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br Tigre Tubos e Conexões 91 (47) 3441-5000 / 0800 707 4700 teletigre@tigre.com.br www.tigre.com.br Trael 79 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Unitron 119 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br Vextrom 87 (11) 3672-0506 atendimento@vextrom.com.br www.vextrom.com.br

Paratec 115 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br

VR Painéis Elétricos 113 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br

Patola 10 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br

Walcenter 65 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br

GTMS 132 (41) 3068-3755 www.gtms.com.br

Luminárias Sun Way Rio (21) 3860-2688 gruposunway@hotmail.com www.coloniallustres.com.br

RDI Bender 43 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br

WEG 105 (47)3276-4000 faleconosco@weg.net www.weg.net

HDA Iluminação Led 33 (54) 3298-2100 hda@hda.ind.br www.hda.ind.br

Maccomevap 130 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br

RM Sarel 47 (11) 2268-2935 contato@rmenergy.com.br www.rmenergy.com.br

Weidmüller Conexel 11 (11) 4366-9610 vendas@weidmuller.com.br www.weidmuller.com.br

145


146

What’s wrong here?

O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015

O que há de errado? Observe a imagem ao lado e identifique os problemas de acordo com as prescrições das normas técnicas brasileiras:

PREMIAÇÃO

O leitor que mandar a melhor

resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada,

Resposta da edição 107 (Dezembro/2014)

de acordo com as normas técnicas vigentes, receberá como prêmio um exemplar da mais nova edição do

Diversos leitores identificaram os principais

modo a facilitar

problemas da instalação ao lado, no

sua operação,

entanto, o leitor GERALDO CORRÊA DA

inspeção,

SILVA JUNIOR apresentou a resposta mais

manutenção

completa com relação às não conformidades

e o acesso a

com a norma de instalações elétricas de

suas conexões

baixa tensão ABNT NBR 5410. O vencedor

e o acesso

receberá os seguintes produtos da Ideal

não deve ser

Industries: um alicate amperímetro, um

“significativamente

alicate decapador e um pote com 500

reduzido pela

conectores de torção.

montagem dos componentes em invólucros

ou compartimentos”. Pela foto pode-se

Parabéns a todos os leitores que

mandaram suas respostas e continuem

observar que o acesso ficou extremamente

participando!

reduzido devido à caixa utilizada.

• O item 6.5.4.4 prevê que “o grau de

Confira a resposta correta:

proteção do conjunto deve ser compatível Há diversas não conformidades na

com as influências externas previstas”. O

instalação ilustrada, entre as quais podemos

quadro utilizado está suscetível a receber

citar:

água, poeira e entrada de pequenos animais e insetos, mesmo estando com a porta

Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, que traz as principais atualizações normativas do setor!

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• A ABNT NBR 5410 admite a alimentação

fechada, prejudicando sua estanqueidade.

de mais de um circuito em paralelo através

• Além disso, não foi observado o item 6.1.5

de um único disjuntor, desde que atendidas

que indica a necessidade de se fazer a

Interatividade

as prescrições dos itens 5.3.4.5 (Proteção

identificação dos componentes, inclusive

Se você encontrou alguma atrocidade elétrica

contra sobrecargas de condutores em

condutores e dispositivos de proteção.

e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para

paralelo) e 5.3.5.4 (Proteção contra curtos-

• Quanto à carcaça da caixa elétrica, como

circuitos de condutores em paralelo);

medida de proteção contra choque elétrico,

Quanto à seleção do quadro elétrico

verifica-se que a instalação em questão não

utilizado, deveria ter sido observado o item

atende ao item 5.1.2.2.3.1 da NBR 5410, que

6 da ABNT NBR 5410, que trata da “Seleção

determina que “todas as massas de uma

e instalação dos componentes”. Segundo o

instalação devem estar ligadas a condutores

residencial, comercial, industrial –, circulação de

subitem 6.1.4, que trata da “Acessibilidade”,

de proteção”, visando a equipotencialização

pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência

os componentes devem ser dispostos de

das instalações elétricas.

sobre o perigo da malfeitoria.

o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação –




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