Ano 10 - Edição 109 Fe ve r e i r o d e 2 0 1 5
Aumenta participação do Led no segmento comercial Até 2023, a tecnologia representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit Apesar da crise, mercado de equipamentos para atmosferas explosivas espera crescimento de 11% para 2015 Nova norma promete aquecer mercado de tomadas industriais Acompanhe a revisão das normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5419 em colunas exclusivas
Sumário
3 atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br
Pesquisa de mercado – Equipamentos para atmosferas explosivas
Estudo realizado pela revista O Setor Elétrico traz informações sobre a publicação de novas normas IEC e ABNT para unidades marítimas móveis e fixas e divulga dados de mercado sobre o setor de equipamentos para áreas classificadas. Segmento espera crescimento médio de 11% para este ano.
Coluna do consultor
8
Espaço 5419
Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com
Uma reflexão sobre um ano novo marcado por notícias não tão boas.
Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187
Consumo de eletricidade em 2014 é o menor em cinco anos;
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena
Painel de notícias
Abracopel celebra dez anos de atividades; Raios matam 98
Colunistas
pessoas em 2014; PL quer licença ambiental antes de licitação
Michel Epelbaum – Energia sustentável
em empreendimentos hidrelétricos; FLC muda centro de
Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação Eficiente
distribuição; Motores da ABB são certificados. Estas e outras
Luis Fernando Arruda – Instalação MT
notícias do setor elétrico brasileiro.
Cláudio Sérgio Mardegan – Análise de sistemas de potência
Fascículos
29
Reportagem
João Barrico – NR 10
iluminação comercial.
Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
122
126
120
124
123
128 130
José Starosta – Energia com qualidade
60
aumentar. Até 2023, a tecnologia representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit voltados ao segmento de
Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
Espaço 5410
134
Nesta segunda coluna, informações atualizadas sobre proteção contra efeitos térmicos e contra incêndios.
Artigo – Eficiência energética
70
Especialistas apresentam uma metodologia para melhor aproveitamento energético em uma instalação residencial.
Artigo – Energia solar
118
Jobson Modena – Proteção contra raios
Colaboradores desta edição: Adalton de Oliveira, Eduardo Daniel, Hélio Sueta, João Carlos Sanches, Leandro Oliveira, Manuel Luís Martinez, Murilo Sonegatti, Plínio Godoy, Rafael Jordão, Roberto Asano Júnior, Rodrigo Caputo, Rodrigo da Silva, Rodrigo Resende e Sérgio Feitoza.
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.
Medidas de proteção da estrutura, das pessoas e dos atmosféricas.
Participação do Led em projetos de iluminação só tende a
Capa: Impressão - EGB Gráfica e Editora Distribuição - Correio
116
equipamentos contra os efeitos nocivos das descargas
10
Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento.
Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora.
82
96
Tendências em dimensionamento de sistemas de energia solar fotovoltaica.
Dicas de instalação
136
Recomendações para aplicação de pasta térmica em módulos de potência.
Espaço IEEE
140
Uma solução para a produção de energia elétrica e para o abastecimento de água.
Pesquisa – Mercado de tomadas 100 e interruptores
Ponto de vista
Publicada norma que fornece os requisitos gerais para tomadas
Falta de planejamento é o grande responsável pela crise hídrica.
industriais, o que deve aquecer este mercado no país. Confira
142
também pesquisa exclusiva com fabricantes e distribuidores
Agenda 144
desses produtos e saiba o que eles esperam para o ano de 2015.
Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos
Aula prática – Cabines primárias
112
meses.
Introdução a projeto, limites de fornecimento, construção,
What’s wrong here 146
operação e manutenção de cabines primárias.
Identifique o que existe de errado na instalação.
Editorial
6
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
www.osetoreletrico.com.br
Ano 10 - Edição 109 Fe ve r e i r o d e 2 0 1 5
Aumenta participação do Led no segmento comercial O Setor Elétrico - Ano 10 - Edição 109 – Fevereiro de 2015
Até 2023, a tecnologia representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit Apesar da crise, mercado de equipamentos para atmosferas explosivas espera crescimento de 11% para 2015 Nova norma promete aquecer mercado de tomadas industriais Acompanhe a revisão das normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5419 em colunas exclusivas
Edição 109
Caminho sem volta
A revista O Setor Elétrico, assim como a maioria das publicações técnicas, trabalha com pautas anuais. Explico:
são definidos no fim de cada ano os principais temas a serem abordados mês a mês no ano seguinte. E, no início da produção desta edição, discutindo a pauta da reportagem deste mês, cujo tema era “iluminação comercial”, encontramos uma pesquisa internacional que revelou, entre outras conclusões, que até o ano de 2021, o Led representará 52% do mercado de iluminação comercial. Dessa maneira, a pauta foi desenvolvida a partir de uma repercussão desta informação e descobrimos, então, que teríamos, basicamente, uma reportagem sobre o Led – com o segmento comercial de cenário, claro. Ocorre que nos deparamos, algum tempo depois, com a pauta da edição de maio, que também prevê uma reportagem específica sobre o Led! Esta última pauta será trabalhada oportunamente e terá, certamente, outro enfoque, mas conto este episódio para ilustrar que é praticamente impossível falar em iluminação sem isso significar, automaticamente, falar sobre o Led.
Para quem acompanha este setor há algum tempo, causa certa estranheza perceber que o Led deixou de
ser uma simples fonte de luz utilizada para balizamento ou sinalização para ser uma das principais escolhas de qualquer projeto de iluminação, seja residencial, seja pública. Esta tecnologia ganha, em praticamente todos os aspectos – rendimento luminoso, economia de energia, durabilidade, etc. –, de qualquer outra fonte: incandescente, fluorescente ou lâmpada de descarga. A evolução da tecnologia foi tanta em tão pouco tempo que esta mesma pesquisa internacional prevê que as empresas dessa área (fabricantes e distribuidores) terão, num futuro próximo, que migrar suas atividades de fornecedoras de produtos para provedoras de serviços e soluções, se quiserem permanecer no mercado. Isso deverá acontecer, principalmente, por conta da elevada vida útil dos Leds.
De qualquer maneira, conceber um projeto de iluminação tendo o Led como principal elemento ainda significa,
na ponta do lápis, uma diferença financeira considerável, pelo menos nos gastos iniciais. Especialistas garantem, no entanto, que o investimento vale a pena, tendo em vista a pouca manutenção prevista e a longa duração do produto.
Em um momento em que praticamente todo o mundo se preocupa com o adequado uso dos recursos
energéticos, a eficiência energética é uma das melhores – se não, a melhor – maneira de se poupar energia elétrica. O Led, nesse sentido, executa um papel importante na iluminação, já que substitui tecnologias obsoletas e de baixa eficiência energética, como é o caso das lâmpadas incandescentes e das dicroicas, por exemplo.
Leia mais sobre este assunto na reportagem e no artigo técnico sobre eficiência energética em um projeto
residencial publicados nesta edição. Acesse nosso Facebook e Twitter (endereços abaixo) e fique por dentro das principais notícias do setor elétrico brasileiro.
Ótima leitura!
Abraços,
flavia@atitudeeditorial.com.br
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Coluna do consultor
Custo da energia nas alturas, reservatórios nas profundezas, acidente elétrico em carro alegórico, impostos... feliz ano novo! A nossa lição de casa parece pesada, daquelas difíceis de serem resolvidas mesmo que trabalhemos no mesmo grupo do “CDF” da classe. O choque de realidade nos atinge não talvez da mesma forma que atingiu as vítimas do acidente elétrico do carro alegórico em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, que perderam tragicamente suas vidas, mas muito suor será derramado para a conclusão desta tarefa. Os termos “racionamento”, “racionalização”, “contenção de gastos”, “inflação” e outros nos perseguirão como fantasmas por mais um bom tempo. O tema merece atenção e participação de toda a sociedade, pois tem proporções estratégicas e de segurança nacional. Mãos à obra e sem choradeira. Há muito o que deve ser feito e nós sabemos o que deve ser feito.
Voltando ao tema da morte dos foliões, será que alguém já parou para pensar no
estúpido risco que eles inocentemente correram? E que foi fatal! A explicação parece tecnicamente simples: “o carro alegórico encostou na fiação elétrica de alta tensão do veículo que era empurrado pelos acidentados”. De forma tragicômica, o local do acidente foi a Via Light, em frente ao inferninho Bossa Nova, conforme informações do site “O dia”.
Escrevo estas linhas na quarta-feira de cinzas, assistindo, inconformado, a mais uma
tragédia que poderia ser evitada ao bom estilo da boate Kiss.
Claramente, não temos nenhum regulamento ou normas técnicas, em especial,
a serem seguidas para aqueles que se aventuram por construir verdadeiras naves sobre pneus que encantam o mundo todo. Fico imaginando como aquelas gruas, guindastes, sistemas pneumáticos movidos por compressores, bombas e outras tantas traquitanas sobre as quais os carros alegóricos e trios elétricos são construídos operam adequadamente e, principalmente, conferem segurança àquela centena de operadores que fazem o espetáculo acontecer. Apenas por curiosidade, como seria o sistema de aterramento destes carros? Algum DR? Alguma ligação equipotencial? Algum EPI para a turma? As prefeituras teriam estudado os caminhos a serem traçados e percorridos pelos carros? A dirigibilidade dos carros é segura?
Quando mortes ocorrem, já pagamos um preço muito alto. É hora de agir e não
esperar as próximas. Somente uma normalização adequada nos ajudará a evitar a recorrência do erro.
Vamos derramar suor e não lágrimas.
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Consumo de energia elétrica em 2014 é o menor em cinco anos A elevação foi de 2,2% no ano passado. Número só é menor do que o apresentado em 2009, quando o consumo decresceu em 1,1% em razão da crise global O consumo de energia elétrica em 2014 atingiu a marca de 473,4 TWh, o que representou um crescimento de 2,2% em comparação ao ano anterior. Esta elevação foi a menor desde 2009, quando o consumo total apresentou um decréscimo de 1,1% em razão da crise econômica global que estourou no final de 2008. As informações fazem parte da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica nº 88 publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Conforme a EPE, o resultado apurado
no ano passado ficou abaixo das últimas
Fraco desempenho da indústria é o principal responsável pelo baixo crescimento do consumo.
previsões
anotada a taxa negativa de 5,4% nos últimos
setorial Comerc, estudo mensal que avalia os
principal responsável pelo baixo acréscimo
seis meses do ano.
dados de consumo de energia elétrica das
foram as indústrias, cujo desempenho
De acordo com o boletim mensal da
540 unidades sob administração da empresa
foi muito inferior ao previsto na época. A
EPE, o consumo industrial recuou 5,5% em
no mercado livre de energia, o consumo de
previsão era de que o consumo recuasse
dezembro de 2014. Estes números vão ao
energia elétrica no mercado livre em dezembro
no segundo semestre em relação ao mesmo
encontro do consumo de energia no mercado
de 2014 caiu 9,54% em comparação ao mês
período de 2013. Contudo, o recuo foi mais
livre, representado em sua maioria por grandes
anterior. Em relação ao mesmo mês de 2013,
acentuado do que o previsto, tendo sido
consumidores industriais. Conforme o Índice
também houve queda, de 1,83%.
realizadas
pela
empresa.
A
Painel de mercado
12
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Abracopel comemora dez anos de atividades Durante esta década de existência, entidade realizou mais de 500 ações a favor da eletricidade segura, tais como seminários, workshops, prêmios de jornalismo e participação em normalização e legislações
A Associação Brasileira de Cons ci e ntização
para
os
Perigos
da
Eletricidade (Abracopel) completou dez anos de existência no dia 2 de fevereiro de 2015. Para celebrar esta importante data, a entidade realizou no dia 24 do último mês de fevereiro um jantar no qual estiveram presentes representantes das empresas apoiadoras, entidades e amigos. A
entidade,
que
apresenta
atualmente cerca de 100 associados, surgiu, segundo o engenheiro eletricista e diretor-executivo da Abracopel, Edson Martinho, da necessidade de se realizar ações de mudança de cultura em assuntos relacionados à eletricidade. Neste sentido, foram realizadas durante estes dez anos mais de 500 ações em prol da eletricidade segura, tais como seminários,
palestras,
Abracopel ofereceu um jantar aos amigos e colaboradores em comemoração aos dez anos da entidade.
workshops,
concursos de redação e desenhos, prêmios de jornalismos e participação em normalizações e legislações, que influenciam quase 20 mil profissionais do setor. Estas ações, conforme Martinho, levaram a Abracopel a ter a certeza de ter evitado inúmeros acidentes com eletricidade, mas que infelizmente ainda são muitos. O
diretor
fundação
da
afirma
que
entidade
desde
era
a
sabido
que a luta seria muito árdua. “Mudar uma cultura, ou até neste caso criar uma cultura da segurança é algo que demanda um grande esforço”, diz o engenheiro eletricista, destacando que, apesar disso, vontade nunca faltou aos profissionais
da
entidade.
“Tivemos
muitas vitórias, mas cada acidente é uma derrota. Os objetivos para uma década foram alcançados, mas queremos muito
Livro, que conta a história da Abracopel, foi lançado como parte das celebrações.
13
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
mais. Temos uma missão para continuar”,
com
eletricidade
afirma.
depoimentos de profissionais que, de
Como parte das festividades, a
alguma maneira, contribuíram com os
associação lançou o livro Abracopel
esforços da associação.
– Uma década de conscientização,
Para os próximos anos, o plano
proteção e reconhecimento, publicação
da
que conta um pouco da história da
informações a todos os locais do país,
eletricidade no mundo e no Brasil, traz
“usando todos os meios e caminhos que
a história dos dez anos da Abracopel,
nos for permitido, dentro das limitações
divulga dados estatísticos de acidentes
que houver”, conclui Martinho.
Abracopel
é
e
exibe
continuar
ainda
levando
Acidentes com eletricidade em 2014
Única entidade a divulgar dados estatísticos sobre acidentes com eletricidade,
a Abracopel apresentou, recentemente, os números de 2014. De acordo com a entidade, houve um aumento de 17,7% no número total de acidentes envolvendo eletricidade com relação ao ano de 2013. Foram, ao todo, 1.222 acidentes no ano passado contra 1.038 em 2013. A associação contabiliza os acidentes ocorridos por choque elétrico, incêndios provocados por curtos-circuitos e ocorrências envolvendo descargas atmosféricas.
O total de acidentes com choques elétricos foi de 822, sendo 627 fatais.
Incidentes envolvendo curtos-circuitos totalizaram 311 casos, dos quais 295 evoluíram para incêndio, resultando em 20 mortes.
A Abracopel apurou ainda que a maior parte dos acidentes ocorre em ambiente
residencial, cenário para 180 das mortes registradas em 2014. Para se ter uma ideia, 89 dos acidentes fatais foram em decorrência do mau uso de extensões, benjamins e tomadas.
Mortes por choque elétrico Manuseio ou conserto de chuveiro elétrico
3
Manuseio ou conserto de cortador de grama
6
Manuseio ou conserto de eletrodomésticos
15
Manuseio de extensões, benjamins, tomadas ou afins
89
Toque em condutor partido ou sem isolação em ambiente interno
45
Painel de mercado
14
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Setor eletroeletrônico registra em 2014 queda de 4,9% em sua produção física O mês de dezembro de 2014 foi o que apresentou o pior resultado se comparado com o mesmo período de 2013: decréscimo de 13,3% A
produção
setor
comparado a dezembro de 2013,
boas vendas dos mercados de tablets
eletroeletrônico apresentou queda de
a indústria elétrica registrou queda
e smartphones. Já a fabricação de
4,9% em 2014 ante o ano anterior,
de 5,2% e a indústria eletrônica
aparelhos de recepção, reprodução,
segundo dados do Instituto Brasileiro
retraiu-se 22,3%. No acumulado do
gravação e amplificação de áudio e
de Geografia e Estatística (IBGE)
ano, ambos os setores apresentaram
vídeo e de componentes eletrônicos
agregados pela Associação Brasileira da
Indústria
(Abinee).
O
física
do
queda, embora o desempenho da
apresentaram queda de 4,6% e 24,5%,
e
Eletrônica
área eletrônica tenha se mostrado um
respectivamente.
resultado
Elétrica
negativo
pouco superior ao da área elétrica. A
No
para o ano foi superior à queda de
indústria eletrônica fechou 2014 com
elétrica, houve retração em todos os
2%
esperada
pela
associação.
O
que
se
refere
à
indústria
queda de 2,4% e a indústria elétrica se
segmentos. Com ênfase na produção
mês de dezembro de 2014 foi o
retraiu 7,2%.
de
que apresentou o pior resultado se
Em
comparado com o mesmo período de
à
notou-se
registrou queda de 16,9%. Conforme
2013: um decréscimo de 13,3%.
crescimento de 3,3% na produção
a Abinee, este número é explicado pela
Separadamente,
de equipamentos de informática e
falta de encomendas no segmento de
bons
periférico e de 4,2% nos equipamentos
distribuição, verificada durante todo o
resultados. Em dezembro deste ano,
de comunicação, impulsionados pelas
ano passado
também
não
os
segmentos
apresentaram
relação
indústria
especificamente
eletrônica,
equipamentos
para
controle
e
distribuição de energia elétrica, que
Painel de mercado
16
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Raios são responsáveis por 98 vítimas fatais em 2014 Foram registrados em todo o país 98 óbitos, um a menos do que em 2013. Dados são do Grupo de Eletricidade (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Só no Estado de São Paulo, foram 17 mortes por raios.
O número de mortes causadas
Os
por descargas atmosféricas teve uma
levantamento
dados
fazem
modesta queda em 2014 no Brasil.
publicado pelo Grupo de Eletricidade
Foram 98 óbitos, um a menos do que
(Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas
em 2013. Os estados que apresentaram
Espaciais
mais vítimas fatais foram São Paulo, com
baseado em informações da imprensa,
17 mortes, Maranhão (16), Piauí (sete),
Defesa Civil e Ministério da Saúde.
Amazonas e Pará, com seis mortes cada.
Conforme o coordenador do Elat,
As cidades que tiveram o maior
Osmar Pinto Júnior, entre 2010 e 2015,
número de vítimas no ano que passou
apenas em um ano o número de mortes
foram: São Paulo, capital, com cinco
foi maior do que 100. Estes números
vítimas; Praia Grande (SP), com quatro
sugerem uma redução nas mortes por
vítimas; Pauini (AM), Wanderley (BA) e
raios no Brasil, possivelmente devido
Igarapé Grande (MA), com duas vítimas
ao
fatais cada.
prevenção”, destaca.
anual
(Inpe).
aumento
de
O
parte
sobre
do
o
tema
documento
informações
é
sobre
17
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Abraceel pede que correção monetária e taxa Selic sejam aplicadas na dívida das distribuidoras Para o presidente da associação, o valor deve ser corrigido pela Selic porque se trata de um empréstimo que os credores da CCEE estão fazendo às concessionárias
A
Associação
Brasileira
dos
Comercializadores de Energia (Abraceel) solicitou que sejam aplicadas a correção monetária e a taxa de juros Selic na dívida de R$ 2,56 bilhões das distribuidoras de eletricidade no mercado de curto prazo. Desse montante, R$ 1,086 bilhão refere-se a operações de novembro e R$ 1,474 bilhão a operações de dezembro. Tais valores estão registrados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Para
o
presidente
da
Abraceel,
Reginaldo Medeiros, o valor deve ser corrigido pela Selic porque se trata de um empréstimo que os credores da CCEE estão fazendo às distribuidoras. “Então é importante que haja uma remuneração de capital e uma correção monetária do dinheiro”, afirma.
A expectativa da Abraceel é de que
os valores devidos fossem pagos no dia 9 de fevereiro, data da última liquidação no mercado. Contudo, para isso ocorrer, era necessário que o empréstimo de R$ 2,5 bilhões às distribuidoras relativo às suas dívidas fosse aprovado em fevereiro, o que não aconteceu. Conforme a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a transação deve ocorrer no início de março. O
prazo
para
liquidação
dessas
operações de novembro e dezembro no mercado de curto prazo foi estendido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para até 31 de março.
Painel de produtos
18
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Controladores www.wago.com.br
Os controladores da linha PFC200, lançados recentemente
pela Wago, destacam-se por oferecer mais memória, mais velocidade de processamento e maior capacidade de integração com protocolos de comunicação. Foram desenvolvidos justamente para controlar aplicações de grande porte, com I/O (módulo de entrada e saída) distribuído.
A nova série conta com processador Cortex A8 e pode ser
configurada por meio de uma interface WEB (Web Based Management) e programada por Codesys (IEC61113) ou mesmo por um editor Linux, sistema operacional residente nos controladores da linha. Os PFC200 também possuem o recurso do WebVisu, no qual as telas da aplicação são desenvolvidas no mesmo ambiente de programação da lógica de controle. E a visualização é feita em qualquer browser de mercado: Internet Explorer, Mozila, Chrome, entre outros.
São cinco modelos – 750-8202; 750-8203; 750-8204; 750-
8206 e 750-8204. Este último habilitado a trabalhar nos protocolos de energia IEC61850, 61870-103 e 104. Todos possuem 256 MB de memória RAM, 16 MB de memória de programa, 64 MB de memória de dados, 96KB de memória retentiva e mais 32 GB de memória flash (externa). Contam, ainda, com certificados UL, GL e CE.
Modernização de gavetas de partidas de motores www.abb.com.br
A nova solução “plug and play” da ABB para a modernização
de gavetas de partidas de motores foi elaborada a partir da impossibilidade de o cliente realizar paradas muito longas. De acordo com a empresa, o objetivo dessa solução é melhorar a confiabilidade do sistema elétrico, evitando desgastes dos componentes (exemplo motores) e, principalmente, proporcionar maior segurança nas instalações para as equipes de manutenção e operação. Essa solução é voltada para parques industriais antigos com painéis que necessitem
de
modernização
ou
estejam no fim do ciclo de vida. A solução oferece flexibilidade para que os motores sejam desligados individualmente, de forma que, se uma gaveta de partida de motor for danificada não afetará as demais, devido à segregação entre elas mesmas. O conceito “plug and play” possibilita a substituição das gavetas de partida em menos de cinco minutos. Também se destaca a questão da segurança operacional, que possibilita à equipe de manutenção o acesso individual da
A nova família de controladores é indicada para máquinas em geral e pode ainda ser aplicada em processos e projetos de energia limpa.
gaveta danificada, evitando-se o risco de choques por contatos acidentais.
O desenvolvimento desta solução se deu a partir da necessidade de um cliente que precisava de solução rápida e eficaz para painéis antigos.
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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Nova geração de contatores
Cabo de controle
www.weg.net
www.cobrecom.com.br
A Weg apresenta sua linha CWB, uma nova geração de
O cabo de controle, da Cobrecom, é indicado
contatores, uma solução mais compacta de até 38 A, com
para circuitos de comando e controle de instalações
45 mm de largura. Nos modelos CWB9, CWB12, CWB18,
elétricas industriais e comerciais, sendo empregado
CWB25, CWB32 e CWB38, os contatores apresentam
para acionar equipamentos industriais e painéis, por
contatos auxiliares 1NA + 1NF já incorporados e bobinas em
meio de sinais ou alimentação em instalações fixas.
corrente contínua de baixo consumo (5,8 W), o que permite
Pode ser aplicado em circuitos automatizados e
acionamento direto dos contatores via CLPs, saídas de
tem como diferencial sua flexibilidade que facilita
inversores ou soft-starters, sem o uso de interfaces a relé.
sua instalação.
O produto permite montagens de partidas de motores
Um dos destaques da empresa durante a
mais compactas e foi desenvolvido de acordo com as normas
Feicon Batimat 2015, o cabo de controle é formado
internacionais IEC 60947 e UL508. Entre os acessórios,
por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole,
destacam-se
os
blocos
encordoamento classe 4 (flexível), isolado com
supressores
de
surto,
PVC tipo PVC/A que suporta até 70 °C, sendo
que foram desenvolvidos
recomendado para tensões nominais de até 0,6/1
com tecnologia plug in,
kV. Sua cobertura é feita com policloreto de vinila.
permitindo
encaixe,
um
não
espaço ao
contator.
melhor
produto está disponível nas versões com 5, 7, 10,
adicional
12, 16, 20 e 25 condutores com seções nominais
Já
o
de 0,5 mm²; 0,75 mm²; 1,0 mm²; 1,5 mm² e 2,5
intertravamento mecânico espaço
“zero”
Em conformidade com a ABNT NBR 7289, o
ocupando
mm².
permite
montagem lado a lado, possibilitando
melhor
aproveitamento de espaço em painéis elétricos. Sua instalação não necessita de ferramentas.
Os contatores são fabricados com materiais de baixo impacto ao meio ambiente e de acordo com os requisitos internacionais RoHs.
O cabo de controle é encontrado em rolos de 100 metros ou em bobinas de madeira com 500 metros.
Painel de normas
20
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.
PL prevê licença ambiental antes de licitações em empreendimentos hidrelétricos e LTs O Projeto de Lei 8129/14 quer tornar obrigatória a apresentação da licença prévia e também sugere a ampliação no prazo para implantação de novos empreendimentos de geração de energia Pode se tornar obrigatória a obtenção de licença prévia ambiental às empresas que quiserem participar de licitações promovidas pelo governo federal para empreendimentos de geração hidrelétrica e de transmissão de energia elétrica. Tudo depende da aprovação do Projeto de Lei (PL) 8.129/14, do Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), que altera as leis 10.487 e 10.848, de 15 de março de 2004, e está em tramitação na Câmara. Segundo o projeto, em licitações para empreendimentos de geração hidrelétrica, além da licença prévia ambiental, será necessária a apresentação da
Projeto de Lei também sugere a ampliação do prazo para implantação de novos empreendimentos de geração de energia.
declaração de disponibilidade hídrica.
e Energia (CME). O texto deverá ser avaliado
que impediu a energia produzida por diversos
O texto sugere também a ampliação
também na Comissão de Constituição e
parques eólicos da região Nordeste do país
no prazo para implantação de novos
Justiça e de Cidadania.
de ser escoada para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
empreendimentos de geração de energia, que deixam de ser obrigados a prestarem serviço
Proposta de fiscalização e controle
Conforme o relatório final da PFC, o setor
elétrico apresenta muitos descompassos
a partir do terceiro ou quinto ano pós-licitação, e podem introduzir o serviço a partir do quinto
O
PL
8129/14
como
nos cronogramas de implantação desses
ou sétimo ano. Para os empreendimentos
consequência
novos que dispensam processo licitatório,
de
serviços, prevalecendo o atraso, o que acaba
Fiscalização e Controle (PFC) de 2014, da
por prejudicar a vida do consumidor final de
o prazo se manteve em três anos. O prazo
Comissão de Minas e Energia, feita pelo
energia. Neste sentido, Rosado chegou à
de suprimento não foi modificado e deve
ex-deputado Bentinho Rosado. Ele investigou
conclusão em sua proposta de que seria
continuar entre 15 anos e 35 anos.
os motivos do atraso da Companhia Hidro
necessária a ampliação dos prazos, assim
Atualmente, o projeto de lei aguarda a
Elétrica do São Francisco (Chesf) na
como a necessidade de apresentação de
designação do Relator na Comissão de Minas
implantação de linhas de transmissão (LTs) e
licenças prévias antes das licitações.
de
uma
nasceu Proposta
ABNT publica duas normas em fevereiro Cabos e cordões flexíveis Foi publicada no dia 5 de fevereiro a norma ABNT NBR 14633:2014, intitulada “Cabos e cordões flexíveis com isolação extrudada de polietileno clorosssulfonado (CSP) para tensões até 500 V - Requisito de desempenho”. O texto, que contém 25 páginas, especifica as condições exigíveis para cordões flexíveis de dois condutores, para tensões até 300 V e cabos flexíveis de dois ou três condutores, para tensões até 500 V, com isolação de polietileno clorossulfonado (CSP) ou polímeros similares, utilizados em aparelhos eletrodomésticos térmicos, particularmente em ferro de passar roupa.
Transformador de corrente Também publicada no dia 5 de fevereiro, a norma ABNT NBR 6856:2015 estabelece as características de desempenho de transformadores de corrente (TC) destinados a serviços de medição, controle e proteção. Os requisitos específicos para transformadores de corrente para uso em laboratórios e transdutores ópticos não estão incluídos no texto. O documento normativo tem 111 páginas.
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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Decreto do Estado de São Paulo altera regulamento do ICMS que incide no Led Com a nova lei, empresas do segmento terão diferido o imposto relativo à matéria-prima e itens intermediários empregados na fabricação dos equipamentos com Led
No último dia 22 de janeiro entrou em vigor o Decreto nº 60.063, assinado pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e publicado no Diário Oficial do Estado. Ele altera o regulamento do
Imposto
sobre
a
Circulação
de
Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre os produtos com tecnologia Led, estabelecendo benefícios tributários. As empresas do segmento terão diferido o imposto relativo à matériaprima e itens intermediários empregados na fabricação dos equipamentos com Led. Assim, o ICMS deverá ser recolhido somente
na
saída
do
produto
final
resultante do processo industrial. Além disso, o decreto suspende o lançamento do imposto que incide no desembaraço aduaneiro de matéria-prima e produto intermediário para o momento no qual ocorrer a saída do produto final.
Com a medida do governo do Estado
de São Paulo, o setor de fabricação de produtos Led faz parte das atividades abrangidas pelo disposto no artigo 29 das Disposições Transitórias do Regulamento do ICMS, que concede benefícios para a aquisição de bens para o ativo imobilizado.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Consórcio fornecerá soluções em smart grid para seis estados do Norte e Nordeste Ação faz parte do Projeto + Energia da Eletrobras e consistirá na implantação da tecnologia AMI (Infraestrutura de Medição Avançada) para leitura e monitoramento do consumo em unidades consumidoras de média e baixa tensão O
Smart,
consumidoras de média e baixa tensão.
a Agência Nacional de Energia Elétrica
formado pelas empresas Siemens, Itron
consórcio
Energia
+
Elas fornecerão medidores inteligentes,
(Aneel), as regiões Norte e Nordeste,
Soluções para Energia e Água e Telemont
realizarão
e
que serão contempladas pelas ações do
Engenharia de Telecomunicações, venceu
manutenção; desenvolverão a infraestrutura
consórcio, apresentam, respectivamente,
concorrência para fornecer soluções em
de comunicação e implantarão o sistema e
22% e 10% de perdas não técnicas,
smart grid para seis estados do Norte e
o centro de gerenciamento da medição.
considerados os maiores índices do Brasil.
Nordeste – Acre, Alagoas, Amazonas,
Conforme o diretor de distribuição
Além
Piauí, Rondônia e Roraima – no âmbito do
da Eletrobras, Marcos Aurelio Madureira
o desempenho de seis distribuidoras:
Projeto Energia + da Eletrobras. O contrato
da Silva, as ações de monitoramento a
Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras
com o consórcio vencedor foi assinado no
distância serão realizadas por um Centro
Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição
dia 9 de fevereiro na sede da Eletrobras, no
de Inteligência da Medição, instalado
Acre, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras
Rio de Janeiro.
em Brasília, que ficará permanentemente
Distribuição
As empresas receberão cerca de
interligado com seis centros de supervisão
Distribuição Roraima. Assim que o projeto for
226 milhões – obtidos pela Eletrobras via
nos
concluído, a Eletrobras deverá aumentar suas
empréstimo junto ao Banco Mundial - ao
localmente para detectar irregularidades.
taxas de arrecadação por conta da redução
implantar a tecnologia AMI (Infraestrutura
Um dos objetivos do projeto é reduzir
de perdas totais na rede de distribuição e
de Medição Avançada) para leitura e
de modo sustentável o nível de perdas não
melhorar a qualidade dos serviços prestados
monitoramento do consumo em unidades
comerciais das concessionárias. Conforme
aos consumidores.
serviços
estados.
Esses
de
instalação
centros
atuarão
disso,
as
ações
Rondônia
e
melhorarão
Eletrobras
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Painel de empresas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Motores da ABB recebem certificação de qualidade O Certificado de Conformidade Nacional, emitido pelo Organismo de Certificação de Produtos BVC, foi baseado em análises efetuadas sobre os relatórios de ensaios do IECEx emitidos pelo Laboratório de Ensaio VTT, da Finlândia
ABB faz acordo com Hitachi para projeto de HDVC no Japão
Os motores de indução trifásicos
diferenciado, que atende às mais exigentes
de alta tensão das linhas HXR e AMI
certificações do mercado.
com tipo de proteção não centelhante
da ABB, produzidos na unidade de
e média tensão são projetados para atender
Sorocaba (SP), receberam Certificado de
aos requisitos de diferentes aplicações. As
acordo com a Hitachi, para consolidar
Conformidade Nacional. Para a obtenção
linhas HXR e AMI apresentam longa vida
um
deste selo, a instalação do fabricante é
útil, baixo nível de ruído e menor custo
soluções de sistemas para HDVC no
avaliada no que diz respeito à gestão de
operacional e ainda auxiliam na redução
Japão. O empreendimento, com sede
qualidade, devendo o produto atender aos
dos impactos ambientais. Para a linha HXR,
em
requisitos de segurança, desempenho e
os produtos são constituídos de carcaça
projeto,
confiabilidade, indicados pelas normas
de ferro fundido aletada, com método de
e
técnicas internacionais.
A ABB explica que seus motores de alta A ABB anunciou a realização de um empreendimento
Tóquio,
será
conjunto
responsável
engenharia,
serviços
pós-venda
para
pelo
fornecimento relacionados
resfriamento IC411. Já os equipamentos
ao sistema de corrente contínua de
resultado
certificados da linha AMI são constituídos
projetos de HVDC.
evidencia que os critérios utilizados na
de carcaça de chapa de aço soldada, com
A iniciativa conjunta irá combinar a
fabricação dos produtos da empresa
método de resfriamento IC611 (trocador
rede de vendas, a experiência em gestão
estão em conformidade com as normas
de calor ar/ar) ou IC81W (trocador de
de projetos, os processos de garantia de
vigentes e mostra que eles obedecem aos
calor ar/água).
qualidade e os registros de desempenho
mais rigorosos parâmetros de qualidade,
O
Conformidade
de entrega da Hitachi com tecnologias
durabilidade e eficiência. O gerente da
Nacional, emitido pelo Organismo de
HVDC de última geração da ABB. A
unidade de motores e geradores da
Certificação de Produtos BVC (Bureau
Hitachi terá participação acionária de 51%
empresa, Giovanni Pedrinoni, destaca
Veritas Certification), foi baseado em
e a ABB de 49%.
que a ABB é pioneira no desenvolvimento
análises efetuadas sobre os Relatórios de
de tecnologias inovadoras e oferece um
Ensaios (ExTR) do IECEx emitidos pelo
a transmissão de eletricidade entre dois
sistema de gestão de qualidade contínuo e
Laboratório de Ensaio VTT, da Finlândia.
sistemas de rede elétrica.
Conforme
a
ABB,
o
Certificado
de
HVDC é uma tecnologia utilizada para
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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
ONGs têm até 19 de março para se inscreverem em chamada do Nexans Foundation Chamada é direcionada a organizações brasileiras que possuam boas iniciativas de acesso à energia elétrica em comunidades carentes
Está aberta até o dia 19 de março a
terceira chamada da Nexans Foundation para ONGs brasileiras que tenham boas iniciativas de acesso à energia elétrica em comunidades carentes. Os interessados devem se inscrever no site da fundação: http://foundationnexans. com/en/. No endereço também estão disponíveis os regulamentos e os demais critérios do processo seletivo. Os projetos escolhidos receberão subsídio da entidade de aproximadamente 300 mil euros, o equivalente a cerca de
A Nexans Brasil espera que nesta chamada a América do Sul tenha o seu primeiro projeto inscrito.
1 milhão de reais. O montante poderá ser dividido entre os projetos vencedores
com base em suas proporções e em
2013, na França, com o objetivo de
critérios estabelecidos pela comissão
apoiar projetos sociais que almejam
julgadora. Um dos principais critérios
levar eletricidade para comunidades
de seleção é o impacto gerado para as
carentes em todo mundo, promovendo
comunidades beneficiadas conforme suas
a responsabilidade e o desenvolvimento
necessidades.
social.
A Nexans Foundation foi criada em
FLC transfere centro de distribuição para agilizar entrega de produtos Instalação, que ficava localizada na cidade de São Paulo, agora está em Arujá (SP), cobrindo uma área de 5.300 metros quadrados A
do
em pleno crescimento e agilizar a entrega
mercado de lâmpadas eletrônicas, acaba
FLC,
importante
empresa
de produtos sem perder a qualidade de
de transferir o seu centro de distribuição
seus produtos.
da capital de São Paulo para a cidade de Arujá (SP). A nova instalação conta com 5.300 metros quadrados e faz parte da política de inovação da empresa e de seus investimentos permanentes em logística.
Com o novo centro, a empresa muda
o modelo de estoque descentralizado para uma infraestrutura mais moderna, em um único local. Tal mudança, destaca o diretor logístico da companhia, Wagner Professiori, permitirá à FLC ampliar a distribuição, atender à demanda que está
Novo centro de distribuição conta com infraestrutura mais moderna e estoque descentralizado.
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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Cemig e Vale criam nova empresa de energia Aliança Geração já nasce com capacidade de 1.158 MW em operação, em Minas Gerais
Foi concluída, no dia 27 de fevereiro,
a
associação
entre
a
Companhia
Energética de Minas Gerais Geração e Transmissão (Cemig GT) e a Vale para a criação da empresa de energia Aliança Geração, cujos sócios já contam com participações societárias nos seguintes ativos de geração: as usinas Porto Estrela, Igarapava, Funil, Capim Branco I, Capim Branco II, Aimorés e Candonga, localizadas em Minas Gerais.
A Aliança, com sede em Belo Horizonte,
apresenta, então, a capacidade instalada de 1.158 MW em operação, sendo que a Vale e a Cemig passam a deter, respectivamente, 55% e 45% do seu capital total. Como resultado, a Cemig eleva o seu potencial de gerar novos negócios e maximizar resultados, em virtude da combinação das experiências em gestão operacional, financeira e de projetos.
A Cemig informa que a integralização
dos ativos de energia em operação depende ainda, até 19 de junho, da conclusão da aquisição de 49% da participação da Vale na Norte Energia S/A,
empresa
responsável
pela
construção, operação e exploração da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Caso a operação não ocorra até essa data, a Vale poderá requerer a anulação da integralização dos ativos à Aliança, no prazo máximo de 60 dias.
De acordo com o diretor de Relações
Institucionais e Comunicação da Cemig, Luiz Fernando Rolla, o objetivo do Grupo Cemig é crescer no mercado de energia elétrica brasileiro, expandir suas operações para outros países e aumentar seu parque gerador que já alcança 84 usinas, entre hidrelétricas, termelétricas e eólicas.
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O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Eletrosul inaugura empreendimento eólico no Rio Grande do Sul O Parque Geribatu acrescentará 258 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com mais duas outras usinas, o parque compõe o Complexo Eólico Campos Neurais, de 538 MW, o maior da América Latina A Eletrosul inaugurou no fim de
compõem o Complexo Eólico Campos
Litorânea de Energia (TSLE), implantou
fevereiro o Parque Eólico Geribatu,
Neutrais, de 583 MW e, também, o maior
cerca de 470 quilômetros de linhas de
localizado em Santa Vitória do Palmar
em operação no Rio Grande do Sul. O
estra-alta tensão (525 kV). O sistema
(RS), que acrescentará 258 MW ao
parque reúne 129 aerogeradores, com 2
contém ainda três subestações (Santa
Sistema
(SIN).
MW de potência cada, distribuídos em
Vitoria do Palmar, Marmeleiro e Povo
Agora, o estado do Rio Grande do
dez usinas, que ocupam uma área de 47,5
Novo) e a ampliação da subestação Nova
Sul, que já apresenta uma das maiores
km². Junto dos outros dois parques, Chuí
Santa Rita. Os investimentos foram de
capacidades
geração
(144 MW) e Hermenegildo (181 MW),
aproximadamente R$ 900 milhões.
eólica no país, com 1082 MW, teve um
nos quais estão sendo investidos R$ 1,7
acréscimo de 30%. Conforme a Eletrosul,
bilhão, forma o maior complexo eólico da
Eurides Mescolotto, com a entrega
o parque eólico mais os sistemas de
América Latina, projetando o setor elétrico
em operação do Parque Geribatu, a
transmissão associados custaram R$
gaúcho no mercado internacional de
companhia
2,1 bilhões. A FIP Rio Bravo Energia I é
energia.
cerca de 40% da atual capacidade de
parceira no empreendimento.
Para transmitir a energia produzida
geração eólica do Rio Grande do Sul.
O
Interligado
Parque
Nacional
instaladas
Eólico
de
passa
a
responder
por
tem
pelo parque até o SIN, a Eletrosul, em
Mescolotto recorda que outros 144
capacidade para atender ao consumo
conjunto com a companhia Estadual de
MW do Complexo Eólico Cerro Chato,
de
de
Geração e Transmissão de Energia Elétrica
em Sant'Ana do Livramento, na fronteira
habitantes, é o maior dos três parques que
(CEEE-GT), sócias na Transmissora Sul
oeste do estado, já estão em operação.
aproximadamente
Geribatu
Conforme o presidente da Eletrosul,
1,5
milhão
Fascículos
Apoio
ILUMINAÇÃO PÚBLICA E URBANA Plinio Godoy
30
Capitulo II – Conceitos de iluminação urbana • Classificação da distribuição das intensidades das luminárias • Classificação das luminárias em relação à distribuição transversal das intensidades luminosas • Requisitos luminotécnicos • Perfil de manutenção
ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA E APLICAÇÕES Manuel Luís Barreira Martinez
40
Capítulo II – Agrupamento de cargas e definições complementares • Demanda diversificada • Curva de permanência de carga • Fator de diversidade • Fator de utilização • Diversidade de carga
EQUIPAMENOS PARA SUBESTAÇÕES DE T&D Sergio Feitoza Costa
46
Capítulo II – Curtos-circuitos, ampacidades, sobrecargas e contatos elétricos • Termos, conceitos e definições • Geradores, linhas de transmissão e cargas supridas pelo sistema de distribuição • Parâmetros que afetam o resultado dos ensaios de elevação de temperatura • Parâmetros que afetam o resultado dos ensaios de esforços eletrodinâmicos
QUALIDADE NAS INSTALAÇÕES BT Eduardo Daniel Capítulo II – Alimentação e previsão de carga • Previsão de carga • Alimentações • Serviços de segurança • Divisão da instalação
56
Apoio
Iluminação pública e urbana
30
Capítulo II
Conceitos de iluminação urbana Por Plinio Godoy*
Neste capítulo, são apresentados
Como
alguns conceitos fundamentais para o
iluminação de uma via? A primeira
iniciar
Saber as características da via é
bom entendimento das questões relativas
informação
fundamental para a definição das soluções.
à Iluminação urbana.
a largura do leito carroçável (w). A
que
um
projeto
devemos
buscar
de é
A partir de uma instalação típica
segunda informação importante que
de iluminação pública, vamos entender
precisamos definir é a categoria da
como os diversos dados se relacionam e
via e, por consequência, os índices
como interpretá-los para a definição da
luminotécnicos que temos de atender.
correta solução para seus projetos.
Esses índices são encontrados na norma
Volume de tráfego da via Tabela 1 – Tráfego motorizado Classificação
Volume de tráfego noturno a de veículos por hora, em ambos os sentidos b, em pista única
Level (L)
150 a 500
Médio (M)
501 a 1.200
Intenso (I)
Acima de 1.200
Valor máximo das médias horárias obtidas nos períodos compreendidos entre 18 e 21 h. b Valores para velocidads regulamentadas por lei. a
Nota: Para vias com tráfego menor do que 150 veículos por hora, consideram-se as exigências mínimas do grupo leve (L) e, para vias com tráfego muito intenso, superior a 2.400 veículos por hora, consideram-se as exigências máximas do grupo de tráfego intenso (I).
Tabela 2 – Tráfego de pedestres a
a
Classificação
Pedestre cruzando vias com tráfego motorizado.
Sem tráfego (S)
Como nas vias arteriais
Level (L)
Como nas vias residenciais médias
Médio (M)
Como nas vias comerciais secundárias
Intenso (I)
Como nas vias comerciais principais
O projetista deve levar em conta esta tabela, para fins de elaboração do projeto.
ABNT NBR 5101-2012:
Classificação da distribuição das intensidades das luminárias
Esta classificação é necessária para
definição do tipo de fotometria que devemos utilizar para aproveitar ao máximo a luz emitida, proporcionando conforto aos pedestres e motoristas. Conforme
a
norma
ABNT
NBR
apropriada
das
5101/2012: “A
distribuição
intensidades luminosas das luminárias é um dos fatores essenciais de iluminação eficiente
em
vias.
As
intensidades
emitidas pelas luminárias são controladas direcionalmente e distribuídas de acordo com a necessidade para visibilidade adequada (rápida, precisa e confortável). Distribuições
de
intensidades
são,
geralmente, projetadas para uma faixa típica de condições, as quais incluem altura de montagem de luminárias, posição transversal espaçamento,
de
luminárias
posicionamento,
(avanço), largura
Apoio
das vias a serem efetivamente iluminadas,
b) Distribuição média:
porcentagem do fluxo luminoso na pista e
Quando
áreas adjacentes, mantida a eficiência do
intensidade luminosa encontra-se na
sistema.”
região “M” do sistema de coordenadas,
b) Tipo II
isto é, entre 2,25 AM LTV e 3,75 AM LTV.
Quando a linha de meia intensidade
A
distribuição
das
o
seu
ponto
três tipos de distribuição vertical (curta, de
máxima
intensidades
média e longa, conforme Figura 1);
máxima fica compreendida entre a LLV
luminosas da luminária em relação à via
c) Distribuição longa:
é classificada de acordo com três critérios:
Quando
1,75 AM e a linha de referência na área máxima
dos três tipos de distribuição vertical
intensidade luminosa encontra-se na
(curta, média e longa, conforme Figura
• Distribuição longitudinal (em plano
região “L” do sistema de coordenadas,
1);
vertical);
isto é, entre 3,75 AM LTV e 6,0 AM LTV.
• Distribuição transversal; • Distribuição da emissão de luz para o céu. As
distribuições
longitudinais
verticais das intensidades luminosas
o
seu
ponto
de
Classificação das luminárias em relação à distribuição transversal das intensidades luminosas
dividem-se em três grupos:
c) Tipo III Quando a linha de meia intensidade máxima ultrapassa parcial ou totalmente a LLV 1,75 AM, porém não ultrapassa a LLV 2,75 AM na área dos três tipos de distribuição vertical (curta, média e
a) Tipo I: a) Distribuição curta:
longa, conforme Figura 1);
Quando a linha de meia intensidade máxima
máxima não ultrapassa as linhas LLV
d) Tipo IV
intensidade luminosa encontra-se na
1,0 AM, tanto do “lado das casas” como
Quando parte da linha de meia intensidade
região “C” do sistema de coordenadas,
do “lado da via”, caindo em ambos os
máxima ultrapassa parcial ou totalmente a
isto é, entre 1,0 AM LTV e 2,25 AM LTV.
lados da linha de referência na área dos
LLV 2,75 AM (ver Figura 1).
Quando
o
seu
ponto
de
31
Apoio
32
Toda essa classificação é necessária
Iluminação pública e urbana
para saber qual a fotometria que melhor atenderá a situação da via a ser projetada em função da largura da via e da distribuição da luz.
Figura 1 – Diagrama mostrando a relação das LTV e LLV na via e na esfera imaginária, cujo centro é ocupado pela luminária.
Figura 2 – Vista em planta de uma via com os diferentes tipos de luminárias.
Figura 3 – Tipos de distribuição de iluminação externa, de acordo com a IESNA.
Apoio
33
Apoio
Iluminação pública e urbana
34
A distribuição de luz para o céu pode
ser mais precisamente definida como:
Controle de distribuição de intensidade luminosa no espaço acima dos cones de 80° e 90° (cujo vértice coincide com o centro ótico da luminária)
a) Distribuição totalmente limitada (full
luminosa acima de 80° não excede 10%
cut-off)
dos lúmens nominais da fonte luminosa
Quando a intensidade luminosa acima
empregada. Isso se aplica a todos os
de 90° é nula e a intensidade luminosa
ângulos verticais em torno da luminária.
acima de 80° não excede 10% dos lúmens nominais da fonte luminosa empregada.
c) Distribuição semilimitada (semi cut-
Isso se aplica a todos os ângulos verticais
off)
em torno da luminária.
Quando a intensidade luminosa acima de 90° não excede 5% e a intensidade luminosa
b) Distribuição limitada (cut-off)
acima de 80° não excede 20% dos lumens
intensidade luminosa é dividido em quatro
Quando a intensidade luminosa acima
nominais da fonte luminosa empregada.
categorias, como segue:
de 90° não excede 2,5% e a intensidade
Isso se aplica a todos os ângulos verticais
Este
controle
de
distribuição
de
em torno da luminária.
Tabela 3 – Classes de iluminação para cada tipo de via Classe de iluminação
Descrição da via Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem
d) Distribuição não limitada (non cutoff) Quando não há limitação de intensidade
cruzamentos em nível e com controle de acesso; vias de trânsito rápido em geral; Auto-
luminosa na zona acima da máxima
estradas Volume de tráfego intenso
V1
Volume de tráfego médio
V2
intensidade luminosa.
Requisitos luminotécnicos
Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas; vias de mão dupla, com cruzamentos e travessias de pedestres em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiro ou obstáculo Volume de tráfego intenso
V1
Volume de tráfego médio
V2
– via de trânsito rápido, arterial, coletora
Classe de iluminação
Descrição da via
Com a informação da tipologia da via
Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre
e local – é preciso consultar as tabelas 3 e 4 (respectivamente, as tabelas 4 e 5 da ABNTNBR 5101/2012). Estes valores são estabelecidos para as partes retas das vias.
bairros, com tráfego elevado Volume de tráfego intenso
V2
Volume de tráfego médio
V3
Volume de tráfego leve
V4
Situações distintas devem ser encontradas no capítulo 6 da mesma ABNT NBR 5101/2012.
Vias locais; vias de conexão menos importante; vias de acesso residencial Volume de tráfego médio
V4
Volume de tráfego leve
V5
Conhecendo a classe de iluminação,
é preciso consultar os índices na Tabela 3 (tabela 5 da ABNT NBR 5101/2012):
Tabela 4 – Iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação
Conhecendo a classe de iluminação,
Classe de iluminação
Iluminância média mínima emed,min lux
Fator de uniformidade mínimo u=e min/ emed
V1
30
0,4
V2
20
0,3
V3
15
0,2
Note que os valores apresentados
V4
10
0,2
referem-se à média mínima (Eméd,min),
V5
5
0,2
o que significa que é preciso considerar
Vias de uso noturno intenso por pedestres (por exemplo, calçadões, passeios de zonas comerciais)
(tabela 5 da ABNT NBR 5101/2012):
a depreciação do sistema, a depreciação
Tabela 5 – Classes de iluminação para cada tipo de via Descrição da via
é preciso consultar os índices na Tabela 3
Classe de iluminação
da fonte de luz (lâmpada ou Led),
P1
componentes elétricos (reator ou drivers).
Vias de grande tráfego noturno de pedestres (por exemplo, passeios de avenidas, praças, área de lazer)
P2
Vias de uso noturno moderado por pedestres (por exemplo, passeios, acostamentos)
P3
Vias de pouco uso por pedestres (por exemplo, passeios de bairros residenciais)
P4
a
depreciação
da
luminária
e
dos
Uma classificação semelhante deve ser feita para vias de pedestres (pedonais) utilizando-se as tabelas 5 e 6 (tabelas 6 e 7 da norma ABNT NBR 5101/2012).
Apoio
a lâmpada ou o reator falham e, assim,
Tabela 6 – Iluminância média e fator de uniformidade mínimo para cada classe de iluminação
o ponto é acessado pelas equipes de
Classe de iluminação
Iluminância horizontal média emed lux
Fator de uniformidade mínimo u=e min/ emed
P1
20
0,3
P2
10
0,25
P3
5
0,2
desenvolvidos para uma depreciação
P4
3
0,2
de 30%, porém, há soluções que já
manutenção. Com a adoção do Led, podemos definir
equipamentos
que
são
apresentam menor depreciação para
Tabela 7 – Requisitos de
luminância e uniformidade
a limpeza do conjunto. A recomendação da
uma determinada quantidade de horas
ABNT NBR 5101/2012 é que a depreciação
de operação, como 10%, por exemplo.
Classe de iluminação
Lmed
U0 ≥
Ul ≤
TI %
SR
máxima admitida seja igual a 30%, isto é,
V1
2,00
0,40
0,70
10
0,5
quando os níveis luminotécnicos mantidos
maior depreciação com um custo menor
V2
1,50
0,40
0,70
10
0,5
atingirem 70% dos índices iniciais, deve-se
ou um sistema com menor depreciação
V3
1,0
0,40
0,70
10
0,5
adotar o procedimento de manutenção com
V4
0,75
0,40
0,60
15
-
com um custo inicial maior. Cada solução
V5
0,50
0,40
0,60
15
-
a limpeza da luminária e troca da fonte de
pode se adaptar melhor dependendo do
luz.
retorno do investimento.
Assim, podemos ter um sistema com
Com a utilização tradicional das
Perfil de manutenção
lâmpadas,
é
comum
estabelecer
a
Encontrando a solução
manutenção do sistema quando este Um detalhe importante que deve ser
atingir os 30% de depreciação, porém,
considerado é a previsão de manutenção do
na prática, o que ocorre é a manutenção
algumas possibilidades de instalação das
sistema, ou seja, qual o período previsto para
quando ocorre uma falha do sistema, ou
luminárias:
Considerando a largura da via, temos
35
Apoio
Iluminação pública e urbana
36
com canteiro central estreito. Em vias largas não é aconselhável este tipo de montagem, dado que o fluxo luminoso incidente sobre as fachadas dos prédios frontais se torna disperso, tal como potencia a maior possibilidade de colisão entre viaturas e as colunas.
Figura 4 – Disposição das luminárias.
Unilateral (U) Este tipo de posicionamento das luminárias é normalmente utilizado
Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.
quando as distâncias entre fachadas
Figura 8 – Disposição central dupla
forem menores do que 15 m ou a distância entre guias for inferior a 10 m. O sistema unilateral deverá prevalecer sobre os demais indicados, a não ser que a sua instalação seja totalmente inadequada.
Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.
Figura 6 – Posicionamento bilateral com centros alternados
• Sabemos a classificação da via – v3
• Definimos o tipo de montagem –
Este tipo de posicionamento, com
é normalmente utilizado quando a distância entre fachadas é superior a 18 m ou em locais em que as distâncias Figura 5 – Posicionamento unilateral
Bilateral com centros alternados (B-A)
• Sabemos a largura da via – 8,0 m
Bilateral com centros opostos (B-O)
as luminárias uma em frente a outra,
Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.
Calculando a solução (exemplo)
entre guias é superior a 13 m, ou, excepcionalmente, em ruas de grande movimento.
• Sabemos os índices luminotécnicos para a via – Eméd,min = 15 Lux, U=20% Unilateral • Definimos a altura de montagem – 8,0 m • Definimos o recuo
Softwares de auxílio Softwares gratuitos ou fornecidos por fabricantes podem auxiliar a obter as definições.
Este tipo de posicionamento, com as
Um software gratuito disponível para
luminárias em ambos os lados da via em
download é o DiaLux e pode ser baixado
um sistema alternado, é normalmente
no
utilizado nos locais em que as distâncias
dial.de/DIAL/en/dialux-international-
entre 10 m a 13 m, ou excepcionalmente em ruas de grande movimento.
Esta disposição, apesar de um custo
endereço:
http://www.
download/portugues.html
entre fachadas é de 15 m a 18 m ou a distância entre guias esteja compreendida
seguinte
Fonte: www.voltimum.pt/artigos/ordenamento-da-ilumincao-publica.
Figura 7 – Posicionamento bilateral com centros opostos
Outro
software
muito
utilizado,
independemente de fabricantes, é o AGI32 (www.agi32.com).
Central dupla (C-D) Assim, para uma via:
mais elevado, permite uma melhor uniformidade da iluminância, sendo
aconselhada em vias de tráfego médio ou
duas luminárias instaladas em um único
• Largura:
intenso.
apoio, é normalmente usado em vias
• Classificação:
Este tipo de posicionamento, com V3
W = 8,0 m
Apoio
37
Apoio
Iluminação pública e urbana
38
• Iluminância:
Eméd,min =
- largura da via
- Tipo de piso (r3)
15 Lux - U(Emin/Eméd) = 20%
- Índices luminotécnicos requeridos
- Tipo de montagem unilateral, duas
• Luminância :
Lmed = 1,0
- Padrão ABNT NBR 5101/2012
vias, mão simples
• Disposição:
Unilateral
• Montagem:
H = 8,0 m
• Recuo da calçada:
0,5 m
• Faixas: 02 • Inclinação:
5,0 graus
Figura 11 – Resultados.
Figura 9 – Softwares gratuitos de iluminação.
Utilizando
uma
luminária
Led
com potência de 150 W e fotometria conforme a curva fotométrica a seguir:
Cálculo da iluminância média e mínima
Figura 10 – Curva fotométrica da luminária com Led do exemplo dado.
Considerando os dados de instalação
e requerimentos: - Altura de montagem - Comprimento do braço
39
Apoio
Os
resultados,
muitas
vezes,
não atendem a todos os requisitos e demandarão ajustes na montagem ou no tipo da luminária e fotometria. Analisar outras soluções é importante, pois, como há muitas opções de fotometrias entre os fabricantes, alguma pode ser mais adequada para seu caso específico.
Termo para licitação Uma vez desenvolvida a solução, é importante a definição detalhada do produto a ser adquirido em suas características: - mecânicas; - elétricas; -
apresentando
os
resultados
luminotécnicos desejados; - montagem desejada; - temperatura média e ventos médios da região.
Estas informações são importantes
balizadores para que os proponentes estejam
cientes
das
condições
de
utilização. Sugere-se, então, desenvolver um processo de homologação. Nos
próximos
capítulos,
serão
abordados mais detalhes dos processos de cálculo, luminárias, fontes de luz e qualidade da iluminação.
* Plinio Godoy é engenheiro eletricista especializado em lighting design. É consultor e lighting designer sênior da CityLights. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
40
Capítulo II Agrupamento de cargas e definições complementares Por Manuel Luís Barreira Martinez*
De modo geral, as cargas são agrupadas
em baixa tensão ou ainda por um único
em um transformador de distribuição, que,
transformador de distribuição, a soma
desse modo, passa a fornecer energia para
das quatro demandas em kW, a cada
vários consumidores. Cada consumidor
intervalo de tempo, no caso 15 minutos, é
apresenta uma curva de demanda similar
a Demanda Diversificada para esse grupo
à mostrada na Figura 2. No entanto, os
de consumidores, que, para o período de
picos, os vales e as demandas máximas são,
24 horas, é mostrada na Figura 4.
em geral, diferentes entre si. As Figuras 3,
4 e 5 mostram curvas de demanda para
de demanda diversificada se apresenta
três outros consumidores conectados à
de forma mais suave, ou seja, já não
rede ou ao transformador que alimenta o consumidor #1. As curvas de carga para os quatro consumidores mostram que
Figura 1 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas do consumidor #2.
cada um apresenta uma característica
É conveniente notar como a curva
ocorrem tantas variações bruscas como as verificadas em algumas curvas para os consumidores individuais.
Máxima demanda diversificada
própria e independente de carregamento, em função de seus hábitos de consumo. Como se observa, a demanda máxima individual em kW dos consumidores ocorre
A
em momentos diferentes do dia, o que é
agrupamento de cargas mostrado na
razoavelmente óbvio. O consumidor #3 é o
Figura 6 demonstra como as cargas dos
único que possui um fator de carga alto, fato
consumidores
de extremo interesse para os responsáveis
a suavizar as mudanças extremas das
pelo suprimento de energia.
cargas individuais.
Um resumo das cargas individuais
é mostrado na Tabela 1, e, conforme escolhidos, esses consumidores demonstram que pode existir uma grande diversidade entre as cargas individuais agrupadas e as conectadas a um transformador.
Demanda diversificada
Supondo que os quatro consumidores
são alimentados por uma rede comum
Figura 2 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas do consumidor #3.
curva
de
demanda
combinadas
para
o
começam
Nesse caso, a demanda em kW a cada
15 minutos excede 16 kW duas vezes. A maior delas é a máxima demanda
Tabela 1 – Características individuais da carga dos consumidores – Exemplo Consumidor #1
Consumidor #2
Consumidor #3
Consumidor #4
Consumo de energia [KWH]
63,18
40,46
97,45
43,00
Demanda máxima [KW]
6,34
6,97
4,95
6,96
Instante da demanda máxima
13h15
11h30
6h45
20h30
Demanda média [KW]
2,63
1,68
4,06
1,79
Fator de carga
0,415
0,240
0,802
0,257
Instalação em 60Hz
Apoio
41
Figura 3 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas do consumidor #4.
Figura 4 – Curva de demanda diversificada em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas para o grupo de quatro consumidores.
Figura 5 – Curva de permanência de carga – base para demanda em kW a cada 15 minutos no período de 24 horas para o grupo de quatro consumidores.
diversificada em kW a cada 15 minutos
Curva de permanência de carga
demanda, no exemplo em kW a cada 15
exemplo, ela ocorre às 17h30 e apresenta o
Uma curva de permanência de
em que o agrupamento consome valores
valor de 19,14 kW. É conveniente notar que
carga pode ser desenvolvida para o
acima de uma demanda especificada.
a máxima demanda diversificada, em geral,
– DMD do transformador. No presente
minutos, versus a porcentagem de tempo
agrupamento dos consumidores. No
Por
não tem por que ocorrer no mesmo instante
presente caso, é obtida a característica
permanência de carga mostrada na Figura 5
exemplo,
a
característica
de
de nenhuma das máximas demandas
mostrada na Figura 3. As características
indica que o agrupamento de consumidores
individuais e nem é igual à sua soma.
de permanência de carga fornecem a
apresenta uma demanda em kW a cada 15
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
42
minutos de 12 kW, ou mais, por cerca de
de tempo para o qual a área que está
25% do seu tempo de operação.
suprindo a carga seja equivalente à área
complementar para a qual é assumido
A rigor, para alguma utilidade prática,
essa característica deve ser transformada
As Equações 1 ou 2 podem ser
que
em uma relação que forneça a potência
aplicadas repetitivamente, e a Figura 7
fornecendo a sua Demanda de Ponta
aparente em kVA.
mostra esse resultado para dois limites de
(DP).
Desse modo, esses dados podem
tempo de demanda de ponta, convertida
escolher o tempo a partir do qual a
ser
utilizados
Alternativamente,
permanece é
possível
de
em kVA, sendo assumido um fator de
demanda fornecida pelo transfomador
potência de 0,91, indutivo. Esse modelo
ultrapassa a sua potência nominal. No
constantes genéricas, por exemplo, se um
de curva e método pode ser aplicado, por
presente exemplo, por acaso, como
transformador precisa ser substituído,
exemplo, na verificação dos limites de
mostrado na Figura 6, os critérios
devido a uma condição de sobrecarga
carregamento de transformadores.
praticamente coincidem.
ou,
superior
ao
determinar,
transformador
modo rápido e baseado em algumas
ainda,
para
o
apresente
carregamento
nominal
suportável.
Nesse caso, como mostra a Figura
7, um transformador com potência
Em geral, as curvas de permanência
nominal
permitem definir de modo rápido e
monofásico, apesar de não ser esta uma
confiável características de carga em dois
limitação, opera com uma potência
patamares, como se pode inferir pela
acima da nominal de 1,40 p.u. pelos
observação da Figura 5 e mostrado na
períodos de 1h45 ou 4h. Nesses casos,
Figura 6, em que a questão de ordenação
os valores de Demanda para o Patamar
física temporal é apenas subjetiva.
de Tempo Remanescente (DB) são
de
15
kVA,
a
princípio,
O valor de Demanda de Ponta (DP), por
respectivamente de 0,69 p.u. e 0,61 p.u.
praxe, é considerado como o da demanda
Finalmente, a definição de operação em
máxima, conforme obtido na curva de
sobrecarga é associada à sua condição
permanência de carga. O Tempo da Ponta
térmica, que necessita ser verificada por
(TP) é escolhido para prover um bom
meio de modelos adequados ao grau de
ajuste na forma das duas características: a
detalhamento que se necessita obter.
Figura 7 – Curva de permanência de carga – base demanda em kVA a cada 15 minutos – curvas de carga a dois patamares.
Demanda máxima não coincidente
real e a representativa. Desse modo, o valor de Demanda para o patamar de tempo remanescente (DB) é calculado conforme mostrado nas Equações 1 ou 2.
A demanda máxima não coincidente
para determinado período é a soma das demandas máximas individuais dos consumidores, que ocorrem em (1)
tempos diversos ao logo do período de levantamento dos dados. No exemplo em questão, a cada 15 minutos e em kW,
(2)
para o período de 24 horas, conforme mostrado na Tabela 1, esse valor é:
Para o caso mostrado na Figura 5, tem-se que os parâmetros para o modelo em dois patamares da curva de permanência de carga são:
Com o auxílio da Equação 2, obtém-se:
Figura 6 – Curva de permanência de carga – base demanda em kW a cada 15 minutos – correspondente à curva de carga a dois patamares.
Fator de diversidade
A Figura 7 pode suscitar pelo
menos uma pegunta: qual é o Tempo
de Diversidade (FDV) é a razão entre a
da Ponta (TP) a ser escolhido para essa
demanda máxima não coincidente de um
modelagem? Esta é uma decisão de
grupo de consumidores pela Demanda
engenharia e bom senso. Nesses casos,
Máxima Diversificada (DMD) apresentada
recomenda-se escolher um intervalo
pelo grupo.
Conforme mostra a Equação 3, o Fator
Apoio
43
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
44
(3)
Para o exemplo em questão, ou seja,
o agrupamento dos quatro consumidores é
obtido
pelo
seguinte
Fator
de
Diversidade (FDV):
O fator de diversidade permite calcular a máxima demanda diversificada de um grupo de consumidores a partir dos valores das demandas máximas individuais. Esse conceito considera que o Fator de Diversidade (FDV) é uma
Figura 8 – Fator de diversidade FDV para até 70 consumidores.
função do número de consumidores.
pela existência de quatro consumidores
os dados para determinado grupo de
Assim, o valor 1,318 se aplica para a
e condições que levam em conta a região
consumidores devem ser utilizados com
condição
e os consumidores avaliados. Em geral,
reservas.
definida,
especificamente,
A Tabela 2 é um exemplo dos
Tabela 2 – Fatores de diversidade (FDV)
valores que podem assumir os fatores de diversidade quando se considera
NC
FDV
FDV-1
NC
FDV
FDV-1
NC
FDV
FDV-1
NC
FDV
FDV-1
1
1.00
1.000
21
2.90
0.345
41
3.13
0.319
61
3.18
0.314
entre 1 e 70. Nesse ponto, é conveniente
2
1.60
0.625
22
2.92
0.342
42
3.13
0.319
62
3.18
0.314
ressaltar que essa tabela foi elaborada
3
1.80
0.556
23
2.94
0.340
43
3.14
0.318
63
3.18
0.314
com dados reais, mas distintos dos
4
2.10
0.476
24
2.96
0.338
44
3.14
0.318
64
3.19
0.313
5
2.20
0.455
25
2.98
0.336
45
3.14
0.318
65
3.19
0.313
6
2.30
0.434
26
3.00
0.334
46
3.14
0.318
66
3.19
0.313
7
2.40
0.417
27
3.01
0.332
47
3.15
0.317
67
3.19
0.313
na Figura 8, o fator de diversidade se
8
2.55
0.392
28
3.02
0.331
48
3.15
0.317
68
3.19
0.313
mantém praticamente constante quando
9
2.60
0.385
29
3.04
0.329
49
3.15
0.317
69
3.20
0.312
10
2.65
0.377
30
3.05
0.328
50
3.15
0.317
70
3.20
0.312
11
2.67
0.375
31
3.05
0.328
51
3.15
0.317
sistema utilizado como base, que os
12
2.70
0.370
32
3.08
0.325
52
3.15
0.317
valores para os fatores de diversidade
13
2.74
0.365
33
3.09
0.324
53
3.16
0.316
14
2.78
0.360
34
3.10
0.323
54
3.16
0.316
15
2.80
0.357
35
3.10
0.323
55
3.16
0.316
pois significa, pelo menos para o
16
2.82
0.355
36
3.11
0.322
56
3.17
0.315
sistema utilizado como base, que os
17
2.84
0.352
37
3.12
0.320
57
3.17
0.315
valores para os fatores de diversidade
18
2.86
0.350
38
3.12
0.320
58
3.17
0.315
19
2.88
0.347
39
3.12
0.320
59
3.18
0.314
20
2.90
0.345
40
3.13
0.319
60
3.18
0.314
que o número de consumidores varia
anteriormente utilizados e discutidos. Uma representação gráfica dos fatores de diversidade é mostrada na Figura 8. Conforme se observa na Tabela 2 e
o número de consumidores alcança 70.
Essa é uma importante observação,
pois significa, pelo menos para o
permanecem constantes, no caso, após 70 consumidores.
Essa é uma importante observação,
permanecem constantes, no caso, após 70 consumidores.
Em resumo, tendo como ponto de
observação a subestação de distribuição,
Apoio
O fator de demanda fornece uma
Nota:
Neste
ponto,
é
interessante
a máxima demanda diversificada de
qualquer dos seus alimentadores pode
indicação da porcentagem da carga
estabelecer de modo formal a diferença,
ser calculada com base na demanda
total de um consumidor que está
sútil, que existe entre sobrecargas (níveis
máxima não coincidente total de todos
conectado no instante em que ocorre a
de carregamento que resultam em perda de
os consumidores conectados divido por
demanda máxima. Em geral, os fatores
vida útil técnica superior ao considerado
3.20, neste caso específico.
de demanda devem ser calculados
adequado) e carregamentos superiores
para consumidores individuais, e não
ao nominal (níveis de carregamento que
diversidade
para transformadores de distribuição
resultam em perda de vida útil até o
refletem o comportamento próprio dos
ou alimentadores. No entanto, esses
limite do adequado). Em geral, no jargão
consumidores, os seus hábitos de consumo
conceitos podem ser cuidadosamente
técnico, esses dois conceitos são assumidos
e finalmente o seu agrupamento. Logo,
estendidos, sem mais prejuízos, desde
como equivalentes, o que não é correto
assumem valores distintos entre regiões
que sejam devidamente considerados e,
no estrito senso da palavra e pode, como
e países. Assim, o valor 3.20 acima
desse modo, evitados erros comuns de
regra, resultar em erros de aplicação, uma
definido,
conceito.
vez que conceitos são sobrepostos, o que,
Nota:
Os
fatores
ou
de
ainda
qualquer
outro
que seja tomado como base, é típico e peculiar a este texto. Pode ser aplicado
via de regra, termina em sobrecustos,
Fator de utilização
como de praxe, onerando os consumidores conectados.
de modo a orientar decisões. No entanto, é conveniente sempre determiná-lo de
O
modo apropriado por meio de medições
calculado conforme a Equação 5,
de campo e de técnicas estatísticas.
fornece uma indicação de como a
Fator de demanda
Fator
de
Utilização
(FU),
Diversidade de carga
capacidade de um equipamento está
A Diversidade de carga (DVC), calculada
sendo utilizada.
pela Equação 6, é definida pela diferença
O Fator de Demanda (FD) é definido
entre a demanda máxima não coincidente
como a razão entre a Demanda Máxima
e a máxima demanda diversificada.
(DMáxima) e a Carga Total Conectada
(5)
(CTotal) de um consumidor. Assim, qual
(6)
o fator de demanda para o consumidor #1? Nesse caso, como mostra a Tabela 1, a demanda máxima em kW, a cada 15 minutos para o período de 24 horas, é de 6,34 kW. Falta, portanto, conhecer qual a CTotal conectada do consumidor, que é igual à soma das potências nominais de todos os equipamentos elétricos instalados. Considerando, neste caso, que esse total, o qual faz parte do quadro declarado de cargas quando do pedido formal de conexão do consumidor, é de 35 kW, calcula-se o fator de demanda por meio da Equação 4.
Por exemplo, a potência de um no presente momento, sem levar em conta a expansão do agrupamento das quatro cargas sob análise neste texto é de 15 kVA. Assumindo que o valor da máxima demanda diversificada é de 19,14 kW, conforme mostra a Figura 4 e considerando que o agrupamento apresenta um fator de potência de 0.9, vem que a demanda em kVA a cada 15 minutos do transformador é calculada a
máxima
demanda
diversificada de 19,14 kW pelo fator de potência, o que resulta em 21,27 kVA. No caso sob análise:
diversidade de carga é:
transformador padrão capaz de suprir,
dividindo-se (4)
Para o agrupamento em questão, a
Logo, com a Equação 5, obtém-se:
*Manuel Luís Barreira Martinez possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em equipamentos, materiais elétricos, distribuição de energia elétrica e técnicas em alta tensão. É autor e coautor de 350 artigos em revistas e seminários, associados a trabalhos de engenharia e 45 orientações de mestrado e doutorado. Atua, principalmente, nos seguintes segmentos: métodos de ensaios, ensaios dielétricos, para-raios para sistemas de média e alta tensão e equipamentos elétricos.” Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
45
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
46
Capítulo II Curtos-circuitos, ampacidades, sobrecargas e contatos elétricos Por Sérgio Feitoza Costa*
No capítulo anterior, foram abordados
aspectos
dos
estudos
mais caro.
sistema
aos requisitos da concessionária, deve ter
Utilizamos
elétrico que servem de base para as
um ângulo de fase próximo de zero (por
corrente eficazes (138 kVef e 40 kAef),
especificações técnicas dos equipamentos
exemplo, fator de potência > 0,92). Na
assim como o termo corrente instantânea
para
e
carga, o consumidor deve, se necessário,
(2,5 x 40 kAef = 100 kAcr na primeira
distribuição de energia elétrica. Este
colocar capacitores em paralelo com as
crista de uma corrente de curto-circuito)
capítulo
curtos-circuitos,
indutâncias, por exemplo, de motores
da forma como mostrado na Figura 2.
ampacidades, sobrecargas e contatos
para que a reatância seja mínima e o
Uma típica situação de subestação
elétricos – fundamentos do projeto para
fator de potência seja atendido. Na linha
é como na Figura 3. Em regime
elevação de temperatura, forças e tensões
de transmissão, a concessionaria deve
normal, uma corrente menor ou igual à
eletrodinâmicas
curto-circuito,
fazer o necessário para que as perdas
corrente nominal (IN) chega às cargas
tensões transitórias de restabelecimento e
sejam mínimas e a potência produzida no
alimentadas (XL e RL, em que XL <<
processos de interrupção.
gerador chegue, quase toda, na carga.
RL). Quando ocorre um curto-circuito
subestações tratará
de de
do
por exemplo, 87°. Já a carga, para atender
transmissão
no
Alguns termos, conceitos e definições Um sistema elétrico em geral é formado
por
geradores,
linhas
e
perto da subestação, a tensão da fonte passa a alimentar apenas as reatâncias e
maior precisaria ser a tensão do gerador
resistências da fonte (Xf e Rf onde Xf >>
para fazer circular o mesmo 1 A na carga.
Rf) e, por este motivo, a corrente cresce
Ter-se-ia, neste caso, um gerador maior e
muito. Uma típica corrente de curto-
de
apenas para mostrar a relação entre cada parte, colocamos um gerador que produz V e impedâncias
do sistema que somam Ω (uma reatância de 1 Ω e uma resistência de 1 Ω). Por este circuito circularia uma corrente da fonte para a carga de 1 A. Em um sistema elétrico, a linha de
transmissão corresponde a uma reatância muito grande e uma resistência dos cabos muito pequena em relação à reatância. O ângulo de fase entre a reatância e a resistência da linha é algo próximo de 90°,
tensão
Ainda na Figura 1, quanto mais baixo
de distribuição. No exemplo da Figura 1,
termos
o fator de potência da carga (<0,92)
transmissão e cargas supridas pelo sistema
uma tensão eficaz de
os
Figura 1 – Sistema elétrico simplificado.
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controle. Os sincronizadores agregam um certo custo ao disjuntor, mas produzem benefícios muito maiores que este custo. Nas subestações de tensões superiores a 245 kV, eles são muito utilizados. Nas redes de alta tensão de 138 kV, 69 kV e menos são pouco utilizados devido à visão incorreta de que encarecem o disjuntor. Nos países desenvolvidos, em que a cultura de economia e mais forte e os desperdícios muito menores a utilização é maior. Em países de baixo nível médio de educação como o Brasil, é muito
Figura 2 – Ângulo de fechamento de curto-circuito.
difícil falar seriamente de economias,
circuito varia entre 4 e 25 vezes a corrente
de sincronizadores, que permitem fazer
otimizações, planejamento e eficiência
nominal.
certas operações de fechamento e abertura
energética porque os desperdícios técnicos
No momento em que ocorre um
de disjuntores de subestação segundo um
e não técnicos são muito grandes. De que
curto-circuito causado, por exemplo,
ângulo controlado.
adianta ficar anos planejando e fazendo
por um galho de árvore tocando um dos
Ao se controlar estes ângulos de
estudos de viabilidade econômica para a
cabos, a onda de tensão (Figura 4) pode
fechamento ou abertura pode forçar que
escolha da próxima usina mais econômica
estar passando por qualquer ponto da
as sobretensões ou sobrecorrentes de
se depois, no mundo real, aquele gasto
onda de tensão (ângulo de fechamento
uma determinada operação de manobra
estimado vai ser quatro ou mais vezes
Ø). Existem equipamentos chamados
sejam inferiores às que ocorreriam sem
maior?
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Equipamentos para subestações de T&D
48
disjuntores, religadores e fusíveis é a tensão de restabelecimento transitória (TRT). Quando ocorre um curto-circuito na rede, que pode até mesmo originar um apagão, temos uma disputa entre o disjuntor tentando abrir o circuito o mais rápido possível e a chamada TRT, que é uma reação provocada pelas indutâncias, capacitâncias e resistências do sistema tentando manter a situação anterior.
O processo é mostrado na Figura 6.
A linha vermelha é a suportabilidade Figura 3 – Típica subestação, correntes nominais e de curto-circuito.
do disjuntor à TRT, no período após a tentativa de interrupção no zero de corrente. Quanto mais o tempo passa e os contatos se afastam, maior torna-se a suportabilidade dielétrica até que chegue ao fim do curso e a linha fique horizontal. A linha oscilante preta é a TRT que depende
das
características
elétricas
do sistema e (quase) não depende do disjuntor a menos que este tenha resistores ou capacitores especiais que se somam aos valores da rede para facilitar a interrupção. Se a linha preta passa a ficar acima da linha vermelha, o disjuntor não consegue mais isolar a falta e ocorre uma reignição, restabelecendo-se a corrente de Figura 4 – Ângulo de fechamento e corrente instantânea de curto-circuito.
curto-circuito.
O formato das máximas TRTs que
O ângulo de fechamento sobre a
transitórias e subtransitórias são bem
podem ser produzidas pelo sistema está
onda de tensão no momento do curto-
menores do que as de regime permanente.
descrito nas normas da Internacional
circuito afeta o valor da primeira crista
Um fator crítico na especificação
Electrotechnical Commission (IEC) e
de corrente que vai acontecer. Os valores
de dispositivos de interrupção como
normas nacionais delas derivadas. Estes
de reatâncias e resistências mostrados na equação da Figura 4 fazem que a primeira crista de corrente, quando não estamos muito próximos a geradores, seja da ordem de 2,5 a 2,6 vezes o valor da corrente eficaz. A título de exemplo, é comum ver a seguinte especificação de um disjuntor 145 kVef para corrente de curto-circuito simétrica 40 kAef e primeira crista da corrente 2,5x40 = 100 kAcr de crista. Quando
o
curto-circuito
ocorre
próximo a geradores, o chamado fator de assimetria pode ter valores bem maiores que 2,6 (Figura 5). Isso ocorre porque nos momentos iniciais do curto, as reatâncias
Figura 5 – Corrente de curto-circuito perto ou longe de geradores.
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Equipamentos para subestações de T&D
50
valores são estabelecidos pela IEC a partir de enquetes feitas, em geral, nos grupos de trabalho do International Council on Large Electric Systems (Cigré). Nestas enquetes são consultados países de todo o mundo. As formas de onda da TRT têm frequências
e
amplitudes
diferentes
dependendo do maior ou menor valor da corrente interrompida (Figura 7). Se o curto-circuito ocorre mais próximo ou mais distante do disjuntor são diferentes as capacitâncias e as indutâncias e estas afetam o valor da corrente e forma de onda da TRT. Figura 6 – Tensão de restabelecimento transitório.
Nas normas, as formas de onda da
TRT são representadas a dois parâmetros (Figura 8) ou a quatro parâmetros dependendo do nível de tensão do sistema. A representação a quatro parâmetros é utilizada por disjuntores acima da faixa de 245 kV e é uma representação mais refinada da forma de onda. Outro fator necessário na especificação é o fator de primeiro polo (Figura 9). Este fator é relacionado ao fato de que as correntes de curto-circuito em cada uma das três fases estão defasadas em 120 graus. Portanto, a interrupção em uma das fases acontece antes da interrupção simultânea nas outras duas. Pode-se mostrar por calculo que a tensão na primeira fase a Figura 7 – Interrupção de correntes baixas e elevadas.
interromper é algo da ordem de 1,4 a 1,6 vezes a que ocorrerá nas duas seguintes.
Para os disjuntores de maior potência,
digamos acima de 8.000 MVA (por exemplo, 145 kV – 40kAef) mesmo os maiores do mundo não podem ensaiar as três fases simultaneamente. O ensaio é feito em apenas um polo com a corrente de curto-circuito plena e uma tensão na interrupção igual atenção fase terra vezes o fator de primeiro polo.
Quanto à capacidade dos equipamentos
da subestação de conduzir as correntes normais (ampacidades), o principal fator a considerar são as temperaturas de certas partes do equipamento que não podem ser excedidas em regime permanente Figura 8 – Representação da TRT a dois parâmetros.
sob o risco de provocar envelhecimento
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prematura ou danos imediatos.
anos seria preciso comprar três contatos
digamos, uns 1.800 A, a elevação de
Como mencionamos no fascículo
ao invés de apenas um.
temperatura em todos os seus pontos
anterior,
partes
Os principais vilões provocadores
seria algo da ordem de 30 K acima do
condutoras ou isolantes não pode ir
das altas temperaturas são os inevitáveis
ar ambiente. Se, entretanto, serrássemos
além dos limites de suportabilidade dos
contatos e conexões elétricas. Imagine
a
materiais. Estes limites são especificados
que tivéssemos uma barra de cobre com
aparafusada no ponto de corte, a elevação
nas
serem
10 metros de comprimentos e nenhuma
de temperatura próxima a esta conexão
utilizados nos ensaios de elevação de
emenda. Ao passar uma corrente de,
passaria a ser da ordem de 40 K.
a
normas
temperatura
técnicas
de
para
temperatura. São limites aplicáveis a contatos, terminais, conexões, soldas e isolantes. Por exemplo, a elevação de temperatura de uma conexão prateada, medida no ensaio não pode ir além de 75 K. Imaginando que a temperatura do ar ambiente envolvendo esta conexão fosse de 40 °C, o que a norma quer dizer é que a temperatura média de trabalho em longos períodos não pode ser superior a 40 + 75 = 115 °C. Os métodos de cálculo mostrados no documento IEC 60943 permitem estimar que, se um contato trabalha com uma temperatura de 10 °C acima do limite, sua vida útil será reduzida em 67%. Por exemplo, em um período de dez
Figura 9 – Fator de primeiro polo na interrupção.
barra
e
fizéssemos
uma
união
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Equipamentos para subestações de T&D
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• Velocidade do fluido, tipo e área de ventilação; • Seção reta e posição geométrica das barras (vertical, horizontal); •
Materiais
das
barras
e
seus
revestimentos; •
Interligações
do
fluido
entre
compartimentos.
As normas IEC não tratam da relação
entre os ensaios de elevação e de arco interno e não explicitam tudo que deve ser registrado nos relatórios de ensaios. Figura 10 – Elevação de temperatura próxima a um contato elétrico (ver IEC 60943).
Por exemplo, as normas de painéis de média e de baixa tensão deveriam pedir - mas não pedem - para registrar no relatório de ensaios os fatores acima. No que diz respeito aos esforços eletrodinâmicos que ocorrem durante um curto-circuito, na Figura 12 são mostrados Quando um
os circula
condutor,
conceitos uma é
principais.
corrente
por
produzido
um
campo magnético que atua sobre os condutores vizinhos produzindo forças nos condutores, tendendo a dobrálos (Referência [1]). Estas forças serão transmitidas a isoladores e suportes. A Figura 11 – Cálculo da resistência de um contato elétrico (ver IEC 60943).
As
resistências
de
contato,
de
o resultado dos ensaios de elevação de
IEC 61117 mostra detalhadamente um método de cálculo. Este método consiste em:
conexões e de junções de barramentos
temperatura são:
podem ser calculadas a partir de
• As resistências de contatos e conexões
•
expressões como a mostrada na Figura
(e não apenas a resistência total por
estáticas pelas equações;
11. A IEC 60943 mostra uma série de
fase);
• Converter forças estáticas em “dinâmicas”;
particularidades sobre este tema. Para transformadores, os conceitos são de mesma natureza e os limites de elevação de
temperatura
seguem
princípios
similares. O foco neste caso está em que não sejam ultrapassadas as temperaturas que
provocariam
envelhecimento
acelerado do papel isolante ou que poderiam
iniciar
um
processo
de
deterioração e formação de bolhas no óleo isolante. Isso se aplica inclusive nos pedidos das sobrecargas dos horários de ponta. Os principais parâmetros que afetam
Figura 12 – Esforços eletrodinâmicos.
Calcular
distribuições
de
forças
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Equipamentos para subestações de T&D
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Figura 13 – Cálculo de forças nos isoladores e tensões mecânicas nos condutores.
• Calcular forças nos isoladores, forças
que, para o cobre, devem permanecer
cortantes e diagrama de momentos
inferiores a um valor da ordem de 250
fletores;
N/mm2.
•
Calcular
tensões
mecânicas
nos
Referências
condutores (momento fletor / momento resistente). Os principais parâmetros que afetam o resultado dos ensaios de esforços eletrodinâmicos são: • Geometria e distâncias entre fases; • Materiais utilizados e suas propriedades elétricas e mecânicas; • Valores das correntes de curto-circuito e sua assimetria; • Suportabilidade (tração, compressão e flexão) e distância entre isoladores.
A Figura 13 exibe uma típica folha
de resultados de análise de esforços eletrodinâmicos para projeto de painéis e
barramento
(SwitchgearDesign).
Na parte superior, estão as forças nos isoladores que não podem superar os valores limites especificados pelo fabricante do isolador. Na parte inferior da figura aparecem as tensões mecânicas
[1] Livro “Painéis, barramentos e secionadores e equipamentos de subestações de transmissão e distribuição”. Autor: Sergio Feitoza Costa. Disponível em: http://www.cognitor.com.br/Book_ SE_SW_2013_POR.pdf. [2] IEC/TR 60943: Guidance concerning the permissible temperature rise for parts of electrical equipment, in particular for terminais. [3] IEC 61117: Method for assessing the short-circuit withstand strength of partially type-tested assemblies (PTTA). [4] N. Uzelac, (US) M. Glinkowski, (US), L. del Rio (ES), M. Kriegelr (CH), J. Douchin (FR), E. Dullni (DE), S. Feitoza Costa (BR), E. Fjeld (NO), H-K. Kim (KR), J. Lopez-Roldan (AU), R. Pater (CA), G. Pietsch (DE), T. Reiher (DE), G. Schoonenberg (NL), S. Singh (DE), R. Smeets (NL), T. Uchii (JP), L. Van der
Sluis (NL), P. Vinson (FR), D. Yos hida (JP) ***** CIGRE WG A3.24 ****Brochure 602 / 2014: “Tools for the simulation of the effects of the internal arc in transmission and distribution switchgear” [5] Proposal for IEC Guidelines for the use of simulations and calculations to replace some tests specified in international standards". Autor Sergio Feitoza Costa. Este documento é referenciado na Brochure 602 / 2014 indicada acima. [6] M. Kriegel, X. Zhu, H. Digard, S. Feitoza Costa, M. Glinkowski, A. Grund, H.K. Kim, J. Lopez-Roldan, P. RobinJouan, L. Van der Sluis, R.P.P. Smeets, T. Uchil, D. Yoshida, ***** Simulations and calculations as verification tools for design and performance of high-voltage equipment, CIGRE WG A3.20, CIGRE session Paris, paper A3.210, 2008. *Sergio Feitoza Costa é engenheiro eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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Qualidade nas instalações BT
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Capítulo II Alimentação e previsão de carga Por Eduardo Daniel*
A análise da alimentação e a previsão de carga de uma instalação de baixa tensão são tratadas pela Norma ABNT NBR 5410:2004 em sua seção 4.2 – Determinação de características gerais. A determinação da potência de alimentação é essencial para garantir os aspectos econômicos e de segurança de uma instalação elétrica, dentro de limites adequados de máxima elevação de temperatura permitida e de queda de tensão. Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte dela devem ser considerados os equipamentos a serem alimentados, com suas respectivas potências nominais, assim como devem ser levadas em conta as possibilidades de nãosimultaneidade de funcionamento destes equipamentos (com seus respectivos fatores), bem como capacidade de reserva para futuras ampliações. É importante ressaltar que a capacidade de reserva pode parecer um investimento desnecessário no momento do projeto, porém, a sua adequação, em longo prazo, evita obras adicionais e surpresas por falta de alimentação suficiente.
Previsão de carga A previsão de carga de uma instalação deve ser feita obedecendo-se às prescrições de 4.2.1.2.1 a 4.2.1.2.3 da Norma ABNT NBR 5410:2004. De maneira geral, a carga a ser considerada para um equipamento de utilização é a potência nominal por ele absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência. Nos
casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência de saída), e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência do equipamento. No caso dos circuitos de iluminação, as cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da aplicação da ABNT NBR 5413 – Iluminância de interiores – Procedimento. Para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a potência nominal a ser considerada deve incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares. O item 9.5.2.1 da Norma ABNT NBR 5410 fixa os critérios mínimos para pontos de iluminação em locais de habitação. Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor. Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede. Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja substituído por ponto na parede em espaços sob escada, depósitos, despensas, lavabos e varandas, desde que seja de pequenas dimensões e onde a colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente. Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da ABNT NBR 5413, conforme prescrito na alínea (a) do item 4.2.1.2.2 da norma ABNT NBR 5410:2004, pode ser adotado o seguinte critério: a) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, deve ser prevista uma
carga mínima de 100 VA; b) Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 inteiros. Os valores calculados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos e, não necessariamente, à potência nominal das lâmpadas. Um ponto de tomada é um ponto de utilização de energia elétrica em que a conexão dos equipamentos a serem alimentados é feita pela tomada de corrente. Um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente (Figura 4). No caso de tomadas, o número de pontos de tomada deve ser determinado em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios: a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas as restrições dos locais contendo banheira ou chuveiro; b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que, acima da bancada da pia, devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos; c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; admite-se que o ponto de
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tomada não seja instalado na própria varanda, mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 0,80 m. d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto possível; particularmente, no caso de salas de estar, deve-se atentar para a possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, com a quantidade de tomadas julgada mais adequada, sem a previsão de utilização de dispositivos do tipo “benjamins” ou extensões; e) Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser previstos pelo menos: • Um ponto de tomada se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 2,25 m2; admite-se que esse ponto seja posicionado
externamente ao cômodo ou dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso; • Um ponto de tomada se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 m2 e igual ou inferior a 6 m2; • Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m2, devendo esses pontos serem espaçados tão uniformemente quanto possível. Quanto à disposição das tomadas em um cômodo ou dependência de unidade residencial ou acomodação de hotel, motel ou similar, cabe observar que, no caso de layout prefixado para móveis e/ou equipamentos de utilização estacionários, as distâncias mínimas entre tomadas podem não ser atendidas, devendo-se, no entanto, observar a quantidade mínima prescrita. Em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados e dimensionados de acordo com o item 9.5.2.2 da norma ABNT NBR 5410:2004. Em halls de serviço, salas de manutenção
e salas de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto, no mínimo, um ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA. Quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos seguintes critérios: a) Potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a alimentar; ou b) Potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito respectivo; c) Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto previsto para a localização do equipamento a ser alimentado;
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Qualidade nas instalações BT
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d) Os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com a quantidade adequada de tomadas. De modo geral, a potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar. Caso não sejam conhecidas as potências dos equipamentos, a norma então estabelece os seguintes valores mínimos: Em banheiros, cozinhas, copas, copascozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, deve-se atribuir no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes separadamente. Quando o total de tomadas, no conjunto desses ambientes, for superior a 6 pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de, no mínimo, 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente.
Alimentações Devem ser determinadas as seguintes características das fontes de suprimento de energia com as quais a instalação for provida: • Natureza da corrente e frequência; • Valor da tensão nominal; • Valor da corrente de curto-circuito presumida no ponto de suprimento; • Possibilidade de atendimento aos requisitos da instalação, incluindo a demanda de potência. As faixas de tensão em corrente alternada ou contínua em que devem ser classificadas as instalações, conforme a tensão nominal, são dadas no anexo informativo A da Norma ABNT NBR 5410:2004, considerando ainda sistemas diretamente enterrados e sistemas não diretamente enterrados. No caso de sistemas não diretamente enterrados, se o neutro ou compensador for distribuído, os equipamentos alimentados entre fase e neutro ou entre polo e compensador devem ser escolhidos de forma que sua isolação corresponda à tensão entre fases (ou entre polos).
As características relacionadas acima devem ser obtidas junto à empresa distribuidora de energia elétrica, no que se refere ao suprimento via rede pública de distribuição, e devem ser determinadas, quando se tratar de fonte própria.
Serviços de segurança Quando for imposta a necessidade de serviços de segurança, as fontes de alimentação para tais serviços devem possuir capacidade, confiabilidade e disponibilidade adequadas ao funcionamento especificado. No item 6.6 da ABNT NBR 5410:2004 são apresentadas prescrições para a alimentação de serviços de segurança. No caso de serviços que não os de segurança, suas prescrições específicas para alimentações de reserva devem ser determinadas.
Divisão da instalação A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito. A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às seguintes exigências: a) Segurança — por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área; b) Conservação de energia — por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na medida das necessidades; c) Funcionais — por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.; d) De produção — por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência; e) De manutenção — por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo. Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros (por
exemplo, circuitos de supervisão predial). Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras, assim como tratado anteriormente no caso de reservas. As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição. Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos respectivos equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada. As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível, sem a sobrecarga de nenhum circuito em particular e sua operação normal em temperaturas diferentes. Quando a instalação comportar mais de uma alimentação (rede pública, geração local, etc.), a distribuição associada especificamente a cada uma delas deve ser disposta separadamente e de forma claramente diferenciada das demais. Em particular, não se admite que componentes vinculados especificamente a uma determinada alimentação compartilhem, com elementos de outra alimentação, quadros de distribuição e linhas, incluindo as caixas dessas linhas, salvo as seguintes exceções: a) Circuitos de sinalização e comando, no interior de quadros; b) Conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes de alimentação; c) Linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra alimentação sejam adequadamente identificados. * *Eduardo Daniel é engenheiro eletricista, pós-graduado em sistemas de potência, mestre em Energia pelo PPGE do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP. É consultor da MDJ Assessoria e Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel Brasil e coordenador da Comissão de Estudos 03:64001 do CB3 da ABNT, que revisa a norma de instalações elétricas de baixa tensão. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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Reportagem
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Por Bruno Moreira
Led conquista mercado no Brasil e no mundo Até 2023, o Led representará 74% das vendas de lâmpadas para projetos de retrofit voltados ao segmento de iluminação comercial. Preço do produto, que ainda é um obstáculo, cai vertiginosamente a cada ano
H
á pouco menos de 20 anos o seg
(halógenas, fluorescentes compactas e
lâmpadas de Led. Número respeitável,
mento de iluminação vem passando por
tubulares, a vapor metálico, de sódio e
mas ainda pouco representativo, ante
uma intensa mudança impulsionada pelo
mercúrio), nascidas após a incandescente,
o consumo de halógenas (85 milhões),
uso mais difundido do Diodo Emissor de
serviram apenas como escada e ponte
tubulares (100 milhões), incandescentes
Luz, o Led, tecnologia que ilumina com alto
para o Led.
(150 milhões) e fluorescentes compactas
índice de qualidade e é bem mais eficiente
(250 milhões).
do que as demais lâmpadas existentes no
tipo Led estão cada vez mais presentes nas
Na área comercial, por exemplo,
mercado. A transformação acarretada
instalações, se comparadas ao início de
mercado
por esta “nova” tecnologia é comparada
sua utilização. Contudo, ainda perdem e
oportunidades para eficientização de
à que ocorreu após o surgimento da
muito para outras tecnologias. Para se ter
energia, segundo levantamento realizado
lâmpada incandescente inventada por
uma ideia, no Brasil, de uma forma geral,
pelo
Thomas Edison em 1879, ao ponto de
segundo dados da Associação Brasileira
Research, a participação da tecnologia
alguns especialistas do setor afirmarem
da Indústria de Iluminação (Abilux), em
no mercado mundial de iluminação
que todos os outros tipos de lâmpadas
2014 foram consumidas 20 milhões de
ainda é muito baixa, mas deve aumentar
Atualmente, luminárias e lâmpadas do
muito
Instituto
profícuo
internacional
em
Navigant
61
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
consideravelmente na próxima década.
halógenas e “roubará” uma boa parte
Georges Blum, salienta que o preço vem
A pesquisa informa que as vendas de
do mercado de lâmpadas um pouco mais
caindo cerca de 50% a cada ano. “Então,
lâmpadas e luminárias Led devem se tornar
eficientes, como fluorescentes tubulares
em pouco tempo, acho que em dois ou
mais aquecidas em razão dos projetos
T8 e T5 e fluorescentes compactas.
três anos, a lâmpada vai começar a ser
de retrofit, que estimularão as trocas de
bem popular”, diz.
lâmpadas antigas por equipamentos mais
quantidade do Led é seu preço que, no
Mesmo ainda mais cara, tendo em
eficientes. Conforme o levantamento,
entanto, conforme o especialista em
vista o investimento inicial, a tecnologia
a
O que impede ainda o uso em maior
na
iluminação e diretor-técnico da Abilux, Isac
se
comercialização de produto para este
Roizenblatt, vem caindo vertiginosamente
economicamente, por conta do seu
fim ainda é relativamente pequena, de
ao longo dos anos. Reiterando as palavras
baixo consumo energético. De acordo
apenas 15%, mas irá se elevar bastante
de seu colega de área, o engenheiro de
com a associação, os produtos, que
até 2023, saltando para 74%. Dessa
produção
proporcionam
forma, paulatinamente, o Led eliminará
Associação Brasileira de Importadores
e muitas vezes mais qualidade de luz,
tecnologias
de Produtos de Iluminação (Abilumi),
consomem cerca de 85% menos energia
participação
como
da
tecnologia
incandescentes
e
e
presidente-executivo
da
mostra
bastante
a
mesma
competitiva
quantidade
62
Reportagem
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
que as lâmpadas incandescentes, 70%
em média, custa o dobro de lâmpada
da Abilux. Um corredor de hotel, por
a menos que as fontes a vapor de
fluorescente. Mas, em razão de todos os
exemplo, fica aceso 24 horas por dia, o
mercúrio, 65% menos que as fluorescentes
outros quesitos mencionados, trata-se de
que dá um pouco mais 8.700 horas por
compactadas,
as
um investimento que acaba se pagando,
ano. Levando em conta os cálculos feitos
lâmpadas a vapor de sódio, e 40% menos
mais cedo ou mais tarde, segundo o
anteriormente, o retorno se dá oito vezes
do que as fluorescentes tubulares comuns.
diretor-técnico da Abilux. “Trata-se de um
mais rápido do que em uma residência, ou
jogo de ganha-ganha em todos os casos”,
seja, em vez de 15 meses, em dois, três
casos, a iluminação tipo Led em um negócio
afirma o especialista.
meses, no máximo.
menos dispendioso do que a iluminação
Conforme Roizenblatt, o investimento
Além disso, tem a durabilidade da
tradicional é a maior durabilidade de
é sempre vantajoso. “A lâmpada é cara,
lâmpada Led, que é maior do que as
seus
segundo
mas há retorno”, diz. Como exemplo, o
usuais. No caso de um Led com vida útil
Roizenblatt, o Led apresenta vida útil de
especialista recorre ao seguinte cenário:
de 25 mil horas, o retorno financeiro em
25 mil a 30 mil horas, podendo chegar até
uma residência com dez pontos de luz, na
uma residência perdurará por mais de 20
a 50 mil horas. E em um futuro próximo,
qual serão substituídas quatro lâmpadas
anos. Já no caso do corredor do hotel –
poderá chegar a 100 mil horas. Uma
incandescentes de 60 W e seis lâmpadas
que funciona 24 horas diariamente – os
lâmpada incandescente, por exemplo,
fluorescentes compactas de 15 W, por 10
ganhos durarão por mais dois anos e meio
50%
menos
que
Outro fator que transforma, em muitos
produtos.
Atualmente,
até a substituição de lâmpada.
Os Leds consomem cerca de 85% menos energia que as lâmpadas incandescentes,
Nesse sentido, destaca Roizenblatt, o nicho de iluminação comercial é o que anda com mais rapidez a fim de substituir as lâmpadas convencionais por Led. “Seja
70% a menos que as fontes a vapor de
no segmento comercial ou industrial,
mercúrio, 65% menos que as fluorescentes
capital investido retorna. Por que mais
compactas, 50% menos que as lâmpadas
apresentam mais horas de uso”, explica o
a vapor de sódio, e 40% menos do que as fluorescentes tubulares comuns.
investe-se mais porque rapidamente o rapidamente retorna o capital? Porque especialista em iluminação. O presidente-executivo da Abilumi, Georges
Blum,
destaca
também
o
crescimento da procura de consumidores comerciais por lâmpadas Led. Conforme o engenheiro, ao contrário das residências,
dura mil horas, uma halógena 2 mil horas,
lâmpadas Led de 6 W. Tendo em vista,
boa parte das empresas já fizeram a
e uma fluorescente compacta tem a vida
conforme o diretor da Abilux, que cada
substituição de lâmpadas incandescentes
útil de 8 mil horas. A eficiência luminosa
lâmpada custa em torno de R$ 20,00, o
por fluorescentes tubulares, em busca de
também conta a favor do Led. Enquanto
investimento inicial será de R$ 200,00.
mais eficiência energética. E também,
este apresenta uma eficiência de 200
Trabalhando com um quilowatt-hora de
almejando isso, é que, possivelmente,
lúmens/Watt, a lâmpada fluorescente, a
R$ 0,60, no primeiro ano de uso haverá
trocarão as tubulares fluorescentes pelas
mais utilizada em empresas, apresenta
uma economia de R$ 162,00. Ou seja, em
lâmpadas Led. O engenheiro relata que
eficiência luminosa de 70 lúmens/Watt.
14/15 meses, o consumidor já recebe de
a importância de tubulares com Leds vem
Fundamentado
volta o dinheiro que gastou no Led.
aumentando muito nos últimos anos.
percebe-se que o Led é extremamente
Isso em uma residência, cujas luzes
Roizenblatt, por sua vez, chama a
vantajoso em comparação aos demais
ficam acesas em média três horas por dia.
atenção para o fato de que, mesmo no
tipos de lâmpadas. A tecnologia é mais
No caso de um estabelecimento comercial,
segmento comercial, o Led se encontra
econômica, apresenta maior durabilidade
em que a iluminação elétrica costuma
difundido
e é mais eficiente. Como dito, o único
funcionar por mais horas, o retorno do
estabelecimentos do que em outros. Em
empecilho inicial atualmente é o preço
investimento inicial costuma vir em menos
lojas de shoppings centers, por exemplo,
do produto. Uma lâmpada tipo Led,
tempo, de acordo com o diretor-técnico
as lâmpadas dicroicas, as chamadas
nestes
números,
mais
em
determinados
64
Reportagem
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
MR 16, são os equipamentos que mais
Para o especialista em iluminação, a
realizam a manutenção dos equipamentos
rapidamente estão sendo substituídos
explicação está na falta de cálculos mais
nas empresas. Nestas situações, conforme
por Leds. Já em escritórios localizados em
acurados por determinados empresários,
Roizenblatt, o profissional apenas obedece às ordens do proprietário e não pensa que pode beneficiá-lo, sugerindo a troca
Fabricantes e distribuidores brasileiros aguardam, ansiosamente, pela certificação compulsória que o Inmetro deverá implementar para lâmpadas do tipo
da lâmpada tradicional por Led. Assim, apenas substitui o produto por um outro igual. “Como eletricista, talvez ele não tenha esta cultura”, comenta Roizenblatt.
A participação do Led aumenta, as vendas diminuem...
Led. A medida deve trazer melhoria significativa nos produtos comercializados e retirar do mercado as lâmpadas com baixa qualidade.
O
levantamento
Navigant
Research
realizado aponta
pela
também
uma série de transformações que deve edifícios empresariais isso não acontece.
no sentido de verificar que, em longo
acontecer na indústria de iluminação
“Nos prédios novos eventualmente sim,
prazo, o Led é mais eficiente, mas também
em
mas nos antigos não”, diz.
na falta de iniciativa dos eletricistas que
participação do Led no mercado. Uma
consequência
do
aumento
da
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
das principais diz respeito à queda de venda do número de produtos deste segmento, explicada pela maior vida útil da tecnologia. Ela reduzirá sensivelmente a troca de lâmpadas antigas por novas, como acontece nos dias atuais com os equipamentos tradicionais.
De acordo com a pesquisa, a expectativa do mercado é de
que a receita referente às lâmpadas Led se eleve bastante no período 2014-2023, com uma taxa composta de crescimento anual de 8,8%. Não obstante, neste mesmo período, a taxa composta de crescimento anual relativa ao universo total de lâmpadas deve cair em 4,4%. O diretor-técnico da Abilux acredita que em um momento inicial, com o crescimento da participação do Led no mercado, o faturamento da indústria deverá crescer, seguido, no entanto, por um decréscimo, justamente em razão da extensa vida útil do produto. “O consumidor não trocará a fonte de luz porque ela queimou, mas sim porque ela saiu de moda”, afirma.
Forçada pela queda nas vendas, muitos fabricantes da
área de iluminação irão, segundo o documento do Navigant Research, diversificar suas atividades, a fim de substituir a receita perdida. Irão se tornar prestadores de serviços de iluminação, além de produtores; se tornarão provedores de soluções completas de iluminação e não apenas de elementos físicos que emitem luz. Muitas empresas, inclusive, conforme o levantamento, já expandiram seus negócios, incluindo ao seu portfólio controles e sistemas de controles, a fim de incrementar sua produção de luminárias e lâmpadas, principalmente a de Leds, ao permitir a capacidade de dimerizar a luz e ajustar sua cor.
A pesquisa prevê também que o Led poderá ser
responsável por uma mudança fundamental na maneira como a iluminação será fornecida a espaços comerciais. De acordo com o documento, o tradicional modelo lâmpadaluminária seria substituído por produtos que integrariam os dois dispositivos. Até o conceito de fornecer luz por meio de luminárias fixadas no teto poderia se tornar obsoleto, já que, mais planos e flexíveis, os Leds permitiriam desenhos mais criativos que poderiam ser incorporados em outros materiais de construção e instalados em posições menos convencionais.
Certificação compulsória para Leds
Um dos grandes obstáculos para o mercado de iluminação,
no que diz respeito às luminárias e às lâmpadas do tipo Led, está atrelado à baixa qualidade de alguns dos produtos fabricados. Conforme Roizenblatt, esta baixa qualidade pode ser responsável por diminuir a vida útil dos equipamentos e, consequentemente, não tornar efetiva a economia financeira
66
Reportagem
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
prometida pelo uso a longo prazo da
Receita dos mercados mundiais de lâmpadas (2014 a 2023)
tecnologia.
Como se sabe, a imensa maioria dos
produtos com tecnologia Led fabricados no mundo vem da China. Isso, por si só, não é um problema, como destaca Georges Blum, da Abilumi, haja vista que há Leds de boa qualidade no país asiático. A grande questão encontra-se na ponta consumidora, ou seja, alguns importadores
que
parecem
estar
preocupados apenas com o preço baixo. “Quem determina a qualidade dos produtos é quem vai comprar”, garante o presidente-executivo da associação.
aqui no Brasil ainda apresentam baixa
qualidade.
ao produtor um custo adicional, pois
Led no Brasil. Em 2013, a Associação
A esperança de fabricantes e distri
será necessária a realização de ensaios
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
buidores brasileiros está depositada na
e testes a fim de avaliar se as lâmpadas
publicou diversos documentos com o
certificação compulsória que o Instituto
estão conforme às normas estabelecidas
objetivo de fornecer índices mínimos de
Nacional de Metrologia, Qualidade e
pela ABNT. Para Blum, no entanto, esta
qualidade referentes a diversos tipos de
Tecnologia (Inmetro) irá implementar.
elevação no custo se trata de um “mal
Led. Entre estas normas estão: a ABNT
Uma
necessário”, no sentido de “colocar
NBR IEC/ TS 65204, que traz termos
proposta de Requisitos de Avaliação da
ordem” neste mercado.
e definições para Leds e os módulos
Conformidade (RAC) para a certificação
de Led; a ABNT NBR 62560, que
compulsória de lâmpadas Led ficou em
em dezembro de 2014 uma importante
Já há diversas normas vigentes para
portaria
que
disponibiliza
a
A exigência da certificação acarretará
Nesse sentido, já foi implementada
iniciativa: a incorporação das lâmpadas
O Led será responsável por algumas transformações na indústria da iluminação.
Led ao selo do Programa Nacional de Conservação de Energia (Selo Procel), da Eletrobras. Nela, são contemplados com o selo apenas os produtos que
Uma das principais diz respeito à queda
atenderem a critérios específicos de
de venda do número de produtos deste
exemplo, devem apresentar um valor de
segmento, explicada pela maior vida útil da tecnologia.
segurança, qualidade e desempenho. Por eficiência energética medida e declarada de no mínimo 80 lm/W.
A iniciativa contempla também que
o fabricante, que tenha recebido o selo, reavalie anualmente, nos laboratórios
especifica os requisitos de segurança e
consulta pública até novembro de 2014.
indicados, seus produtos para checar
intercambialidade para lâmpadas Led
Em 10 de fevereiro deste ano, houve no
se as características de desempenho e
com dispositivo de controle incorporado
Inmetro mais uma reunião para debater a
segurança elétrica permanecem válidas.
para serviços de iluminação geral para
RAC das lâmpadas Led e a expectativa é
Somente assim poderá ser mantida a
tensão maior que 50 V; e a ABNT NBR
de que a portaria seja publicada o mais
autorização do uso da certificação. Além
16205, partes 1 e 2, que especifica
breve possível, talvez em março. De
disso, o Procel exige que os produtos
requisitos de segurança e desempenho
acordo com o presidente da Abilumi, tal
tenham garantia mínima de três anos
para lâmpadas Led sem dispositivo de
medida deverá acarretar em uma melhora
e as lâmpadas Led são a 38ª categoria
controle incorporado na base única.
nas lâmpadas tipo Led do país e retirar do
de equipamentos que recebe o Selo
Contudo,
mercado os produtos de qualidade baixa.
Procel.
alguns
produtos
vendidos
70
Eficiência energética
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Por Adalton de Oliveira, Rafael Jordão, Rodrigo Resende, Rodrigo Caputo e Rodrigo da Silva*
Projeto de residência com melhor aproveitamento energético Diferentes medidas relativas ao aproveitamento energético em residências, utilizando como base uma planta baixa para questões referentes ao projeto elétrico, estrutural e hidráulico
71
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
N
os últimos anos, o mundo tem
existentes
no
meio
residencial,
e
buscado, por meio de pesquisas em
demonstrar por meio de aplicações
diversos setores, uma maior efetividade
práticas o custo-benefício de certas
em todos os processos do nosso
ações.
cotidiano. É com base nesse intuito que
algumas
unir
efetividade
empresas com
procuram
comodidade.
A eficiência energética residencial
No setor residencial, é fácil notar as intensas novidades de paredes feitas
Investir em fontes renováveis não
de materiais que absorvem melhor a
quer dizer esquecer a conservação de
energia térmica e até torneiras com
energia, pois é por meio da eficiência
sensores para melhor racionamento de
energética
água.
necessidade
No setor elétrico residencial, tem-se
prazo. Sendo eficientes em relação
o crescente número de residências
ao consumo de energia, contribui-se
com painéis solares, a fim de utilizar
para o desenvolvimento sustentável
a energia térmica advinda do sol ao
do país. Com o intuito de desenvolver
invés de energia elétrica convencional
ações concretas no sentido de alcançar
durante os banhos.
eficiência
que de
no
se
pode
geração
consumo
evitar no
de
a
curto
energia
Museu
elétrica, no consumo racional da água
da Cemig situado em Lavras, uma
e na utilização dos condicionantes
geladeira de décadas atrás consome
bioclimáticos, novas tecnologias estão
no mês o que uma família de quatro
sendo desenvolvidas para a diminuição
pessoas gasta, em média, no mesmo
desse consumo.
período, o que demonstra uma incrível
A Eletrosul, em parceria com a
melhora por meio, principalmente, da
Universidade Federal de Santa Catarina
certificação para mostrar a eficiência
e a Eletrobras, construiu no pátio de sua
energética dos equipamentos.
sede a Casa Eficiente, com o objetivo de
Assim, o objetivo principal do artigo
servir como laboratório para edificações
é mostrar medidas que buscam um
eficientes e contribuir para a divulgação
melhor aproveitamento das energias
dos conceitos nela aplicados.
Além
disso,
segundo
o
Figura 1 – Etiqueta de eficiência energética. Fonte: Labeee.
72
Eficiência energética
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Estrutura física (alvenaria)
Tabela 2 – Propriedades térmicas dos materiais construtivos utilizados para as paredes
Propriedades térmicas
MATERIAL
O bom rendimento e economia de
Densidade de
Condutividade
Calor específico
energia dependem muito da absorção
massa aparente (ρ)
térmica (λ)
(c)
e reflexão de calor e radiação de luz,
[kg/m³]
[W/(m.K)]
[J/(kg.K)]
2.000
1,15
1,00
2.400
1,75
1,00
em que ambas são absorvidas e/ou
Argamassa de
refletidas pelos materiais que compõem
assentamento
a edificação em diferentes níveis. Em
Concreto
locais quentes, é desejável que a radiação
(bloco e parede)
solar seja refletida durante o dia. Uma
Reboco
2.000
1,15
1,00
possibilidade para que isso possa ser
Tijolo cerâmico
1.600
0,90
0,92
alcançado é utilizando paredes externas
Fonte: ABNT (2005).
com cores claras (a melhor opção é a
Tabela 3 – Propriedades térmicas dos materiais construtivos utilizados para as coberturas
branca). Há também tintas especiais que refletem uma boa quantidade da radiação.
Argamassa de
Tabela 1 – Refletância das cores básicas
Densidade de
Condutividade
Calor específico
massa aparente (ρ)
térmica (λ)
(c)
2.000
1,15
1,00
reboco
Cores
Refletância
Cerâmica
2.000
1,05
0,92
Branco
70% a 80%
Concreto (laje)
2.200
1,75
1,00
Amarelo
50% a 70%
Fibrocimento
1.900
0,95
0,84
Cinza
20% a 50%
Gesso
750
0,35
0,84
Preto
3% a 7%
Madeira
600
0,15
1,34
PVC
1.300
0,20
0,96
Telha metálica
7.800
55
0,46
Fonte: Lumicenter. 2006.
Propriedades térmicas
MATERIAL
para serem utilizadas em coberturas
As cores escuras absorvem grande
de aço
parte da energia solar e contribuem para o aumento da temperatura da parede,
Fonte: ABNT (2005).
transmitindo, assim, mais calor para
com acabamento fosco, porém, para
de calor tem capacidades diferentes
o interior dos ambientes. O resultado
economia de energia, deve-se priorizar
em diferentes tipos de materiais, e
é que o consumo de energia elétrica
a iluminação natural e a ventilação
alguns possuem grande capacidade
acaba sendo maior, devido ao uso de
adequada.
de armazenamento, como o tijolo e o
ar condicionado e de ventiladores.
concreto.
As paredes externas, sendo pintadas
do exterior para o interior e vice-versa
Tabela 1 – Refletância das cores básicas
com cores claras, que absorvem pouca
pode ser reduzido com isolamentos
radiação
solar,
Tipo de material
Refletância
acúmulo
de
poderiam
O isolamento do fluxo de calor vindo
reduzir
o
nas paredes ou na cobertura e deve ser
minimizando
a
montado em seu lado frio. Isolamento
necessidade de refrigeração artificial.
eficaz pode, em princípio, ser obtido por
Nesse caso, a cor branca absorve cerca
materiais porosos, como madeira, painéis
de 20% do calor solar, seguida da
feitos de fibra de vidro ou fibras naturais,
pérola (28%), marfim (28%), palha (30%),
poliuretano, tijolos, betão poroso, etc.
branco gelo (33%) e azul-claro (35%). O
Materiais de coberturas ou paredes
Para haver um clima confortável
tipo de acabamento da tinta utilizada
armazenam certa quantidade do calor e
dentro da casa, é preciso ter uma
também interfere na quantidade de calor
da radiação solar, ou pela transmissão do
combinação da temperatura do ar,
absorvida pelas superfícies pintadas
ar quente pelas paredes e coberturas. O
umidade, fluxo do ar e a temperatura
com uma mesma cor: as tintas acrílicas
calor armazenado passa para o ambiente
da superfície das paredes, piso e teto.
com acabamento semibrilho absorvem
com menor temperatura depois de um
Portanto, para que uma cobertura
mais calor solar do que as acrílicas
período de tempo. A armazenagem
reflita a radiação e que seja bem isolada
calor,
Madeira
70% a 80%
Concreto
3% a 7%
Tijolo
20% a 50%
Rocha
50% a 70%
Fonte: casadatelha.com.br
74
Eficiência energética
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
podem ser perigosos se não forem tomadas as devidas precauções. Ao manusear tais fibras, deve-se utilizar vestuário de proteção e máscara para proteção respiratória. Figura 2 – Isolamentos para paredes. Fonte: isolamentos.net.
A utilização de mantas térmicas de
alumínio para isolação de coberturas é uma ótima solução a ser adotada. A camada de ar entre a telha e a manta garante que o calor seja dissipado e sua colocação de baixo para cima, transpassada, forma uma subcobertura contra
infiltrações.
A
manta
deve
ser posicionada entre os caibros e as Figura 3 – Isolamentos para paredes. Fonte: isolamentos.net
ripas, sendo indicado o uso de contra caibros para aumentar sua eficiência. No
verão,
isola
termicamente
a
irradiação de calor proveniente das telhas, proporcionando um agradável conforto. Já no inverno, mantém o calor gerado no ambiente interno, mantendo o ambiente agradável. Figura 4 – Isolamento para coberturas. Fonte: casadatelha.com.br
Estrutura hidráulica
(paredes com reflexão da radiação solar), é necessário lembrar que a
cobertura e as paredes são as maiores
eficientes para reduzir o consumo
áreas de insolação durante o dia,
de água em uma residência está
contribuindo para o armazenamento de
vinculado
calor e a liberação desse calor durante
usos finais de água. A partir deste
a noite.
conhecimento, é possível avaliar os
Para
o
isolamento
acabadas
já
considerar
o
de
existentes, uso
de
O desenvolvimento de estratégias
à
caracterização
dos
paredes
principais componentes responsáveis
pode-se
pelo
espuma
de
uso
da
água
desenvolvimento
e
de
priorizar
o
tecnologias
isolamento a granel ou pulverizada.
para se gerar uma maior economia
Estes dois tipos de isolamento podem
efetiva. As análises de consumo de
ser adicionados sem muita perturbação
água
às áreas acabadas da sua casa.
limitações e especificidades locais,
O isolamento de preenchimento
sazonais e relativas aos hábitos dos
solto consiste em pequenas fibras que
consumidores. Além dessas limitações,
podem ser vertidas ou pulverizadas
dependem ainda da metodologia e da
para uma cavidade de parede ou outro
confiabilidade da coleta de dados.
espaço fechado. Este método é ideal
onde o acesso é limitado ou em paredes
mundial com a escassez dos recursos
que estão parcialmente concluídas. Os
hídricos, a adoção de componentes
materiais utilizados no isolamento de
economizadores de água em edifícios
preenchimento solto incluem fibra de
públicos,
vidro, celulose ou fibras minerais, que
residenciais vem aumentando cada vez
em
residências
apresentam
No contexto atual de preocupação
industriais,
comerciais
e
75
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
mais. Componentes economizadores
desempenho
de água têm como objetivo contribuir
necessária adequada especificação e
elétrica.
para a redução do consumo.
compreensão do funcionamento dos
Alguns independem da ação do usuário
componentes, das atividades e usuários
essa
ou da mudança de seu comportamento,
envolvidos. Não menos importante é a
componentes que propiciam economia de
enquanto outros facilitam a diminuição
correta calibragem destes componentes,
água vem crescendo de forma mais lenta
do
estes
assim como a correta operação destes
que nos setores públicos e comerciais.
componentes devem manter o conforto
componentes e, ainda, a sensibilização
Ressaltam-se
e a segurança sanitária das instalações.
dos usuários para o uso eficiente da
economizadores de água devem ser
Os
economizadores
água. As especificações técnicas dos
escolhidos adequadamente de acordo
podem ser adotados facilmente em
componentes economizadores de água
com o padrão de uso. Assim, alguns
fase de projeto. Já em edificações
devem ser realizadas considerando-se as
componentes que são recomendados
existentes e ocupadas, a substituição
seguintes questões: pressão hidráulica
para uso público não são adequados para
de
por
disponível nos pontos de utilização;
uso residencial.
componentes economizadores de água
conforto do usuário; higiene; atividade do
pode apresentar dificuldades técnicas e
usuário; risco de contaminação; facilidade
o consumo de água é proporcional
ser mais onerosa.
de manutenção; facilidade de instalação.
à sua vazão de funcionamento e ao
Assim, deve-se observar a viabilidade
Tendo em vista a adequação do
tempo de utilização, assim, podem-se
técnica e econômica da substituição
sistema, avaliação técnico-econômica e
utilizar
destes equipamentos, de acordo com
utilização de componentes antivandalismo
economizadores de água, os quais
o consumo verificado em estudos de
no caso de locais públicos (ANATEL.
visam controlar a vazão e dispersão
usos finais de água. Ressalta-se que a
al., 2005), a adoção de componentes
do
economia monetária não deve ser o único
hidráulicos economizadores de água no
e
aspecto a ser verificado na adoção de
Brasil vem crescendo de forma acelerada,
economizadores comumente utilizados
componentes economizadores.
especialmente em prédios de uso público,
em torneiras residenciais, disponíveis
Os
economizadores
principalmente porque o seu emprego
no mercado. Existem também torneiras
de água devem ser adotados de acordo
associa estes espaços à sustentabilidade
hidromecânicas
com a finalidade a que são destinados
das construções, proporciona redução
sensor (eletrônicas), as quais são mais
e com os usuários que irão utilizá-
das despesas na conta de água e esgoto,
adequadas ao padrão de uso comercial
los. Para identificar os requisitos de
bem como em alguns locais propicia,
e público.
consumo,
mas
componentes
equipamentos
todos
convencionais
componentes
a
serem
atendidos,
é
também, redução na conta de energia No caso das edificações residenciais, tendência
de
que
utilização
os
de
componentes
No caso das torneiras convencionais,
torneiras
jato.
com
Arejadores,
prolongadores
pulverizadores
são
e
componentes
componentes
torneiras
com
76
Eficiência energética
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
energético de eletrodomésticos, como refrigeradores, condicionadores de ar, televisores, máquinas de lavar roupa, etc. Outra
solução
que
tem
sido
muito adotada é a substituição das usuais lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas que
geram
uma
diminuição
no
consumo de energia em torno de 70% e com a evolução tecnológica já está começando a ser utilizada a iluminação de Led (Diodo emissor de luz), que reduz ainda em pouco
Figura 5 – Torneiras econômicas. Fonte: ABNT.
mais de 50% em relação ao consumo
A instalação de um arejador na
próxima do nível A possível.
das lâmpadas fluorescentes, como
extremidade de saída da torneira
Hoje, com a evolução dos estudos
pode ser demonstrado na tabela a
poderá
substancialmente
nesse setor, tem-se criado soluções
seguir, considerando uma residência
a vazão de água para a mesma
para diminuir o consumo dos aparelhos
com vinte pontos de iluminação
abertura. Observa-se, em condições
elétricos e eletroeletrônicos de maior
sendo dez acesas durante seis horas
reais de uso, que uma torneira dotada
acessibilidade à população e melhorar
diárias.
de
modificar
a eficiência durante sua utilização.
quantidade de água consumida em
Dentre
pode-se
trando a porcentagem de consumo por
lavatórios. Isso ocorre porque este
citar
consumo
tipo de equipamento considerando os
arejador
proporciona
menor
essas a
soluções,
diminuição
do
A seguir, tem-se um gráfico demons
dispositivo promove o direcionamento do fluxo, com incorporação de ar e água.
De acordo com a ABNT NBR 10281,
uma
torneira
dotada
de
arejador
deve apresentar vazão mínima de 0,05 litros/s, nas mesmas condições de alimentação estabelecidas para o ensaio sem arejador, ou seja, o uso do arejador traz uma redução de cerca de 50% do valor da vazão nas mesmas condições de uso (ABNT, 2003).
Estrutura elétrica Um dos grandes vilões para se melhorar a eficiência energética em uma residência é a energia elétrica, e a melhor forma de se melhorar o seu consumo é o uso consciente dos aparelhos e equipamentos elétricos e a utilização preferencialmente de equipamentos com selo de eficiência energética
com
qualificação
mais
Figura 6 – Consumo médio residencial. Fonte: LabEEE.
77
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
mais utilizados no dia a dia.
gás), o custo mensal para essa família
o uso do sistema híbrido, que utiliza
Apesar do que pode ser notado pelo
e o desperdício de água até atingir a
um coletor solar com um chuveiro
gráfico da Figura 6, em que o chuveiro
temperatura ideal para banho.
elétrico na extremidade. Os outros
elétrico é responsável por 24% do
De acordo com esse estudo, o
sistemas se tornam inviáveis devido
consumo de energia elétrica em uma
único sistema mais viável do que
ao alto consumo médio de água como
residência,
exclusivamente o chuveiro elétrico é
mostrado nas tabelas a seguir.
segundo
pesquisa
do
Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA/USP), não justifica a sua substituição por um sistema exclusivamente solar ou a gás para aquecimento da água para banho. A
pesquisa
toma
como
base
uma família de quatro pessoas, em que cada uma toma um banho com duração de oito minutos por dia. Analisa também o custo de aquisição e instalação de cada um dos sistemas utilizados para este fim, o consumo médio de água por minuto de cada sistema, o custo total de cada banho (envolvendo água, energia elétrica e
Tabela 5 – Comparativo custo/benefício da iluminação
Comparativo custo-benefício Iluminação Residencial Itens Avaliados
Lâmpada
Lâmpada
Incandescente 60 W Fluorescente 18 W
Lâmpada Circular de Led 8 W
Investimento inicial
R$ 36,00
R$ 700,00
R$ 1.500,00
Potência média de
60
18
8
6.480
1.945
1.080
110
14
0
consumo (W) Consumo no período de 5 anos (KWh) Lâmpadas substituídas no período Gasto com energia
R$ 4.053,56
R$ 1.216,07
R$ 675,59
Gasto com lâmpadas
R$ 195,00
R$ 140,00
R$ 0,00
Gasto total
R$ 4.248,56
R$ 1.356,07
R$ 675,59
de consumo
78
Eficiência energética
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Tabela 6 – Comparativo do sistema de aquecimento de água para banho
Solar Híbrido
Solar Chuveiro Elétrico
Sistema de
Convencional
Boiler
(coletor solar +
Aquecedor a gás
chuveiro elétrico)
(Coletor solar +
aquecimento de água
boiler elétrico) Custo total
R$ 31,00
R$ 4.045,00
R$ 945,00
R$ 888,00
R$ 1.855,00
-
12.948%
2.948%
2.765%
5.584%
(Aquisição + instalação) Variação em relação ao chuveiro elétrico Consumo de água (l/m)
4,2
8,4
8,7
4,1
8,5
Variação em relação
-
200%
207%
-2,30%
205%
Custo por banho (R$)
R$ 0,30
R$ 0,46
R$ 0,59
R$ 0,27
R$ 1,04
Variação em relação
-
53,3%
96,6%
-10%
246,6%
Custo mensal (R$)
R$ 36,00
R$ 55,20
R$ 70,80
R$ 32,40
R$ 124,80
Variação em relação
-
19,2%
34,8%
-3,6%
88,8%
ao chuveiro elétrico
ao chuveiro elétrico
ao chuveiro elétrico Fonte: Site ABINEE - Estudo CIRRA/USP
Certificações
Tabela 7 – Desperdício de água
Perda de água (litros)
Sistema de aquecimento de água
Um dia
Um mês
Um ano
Solar convencional ou
20
600
7.200
As primeiras etiquetas de eficiência
energética para projetos de habitação brasileiros foram concedidas no dia 29 de
boiler elétrico Gás
18
540
6.480
novembro de 2010, durante a cerimônia de lançamento da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências e edifícios multifamiliares, promovida pela Eletrobras e pelo Inmetro, no Hotel Transamérica, em São Paulo.
A exemplo da etiqueta para edifícios
comerciais, de serviços e públicos e da etiqueta para os eletrodomésticos, a etiqueta para habitações também é concedida dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelas duas instituições.
O documento em que se baseia a
etiquetagem – Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) – foi desenvolvido pela Secretaria Técnica de Edificações, coordenada pelo Procel Edifica, da Eletrobras, e pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que conta ainda Figura 7 – Etiqueta habitacional. Fonte: LabEEE.
com a participação de especialistas
79
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
de diversas universidades brasileiras e
por universidades federais pensados
representantes de instituições do setor
na realidade brasileira, focando nas
da construção civil.
diversidades
clima, tipologia e sistema construtivo
Os regulamentos RTQ-C e RTQ-R
do
país,
tais
como
para etiquetagem foram desenvolvidos
encontrados em nosso território.
a partir de estudos de mais de seis anos
Eles são avaliados pelo nível de
Gesso interno (0,2cm) Bloco cerâmico (14,0 x 19,0 x 29,0cm) Argamassa externa (2,5cm) Pintura externa ( α )
U [W/(m K)] 2
1,85
CT
α
[kJ/m K] 2
105
[–]
FCS [–]
0,2
1,5
0,4
3,0
0,8
5,9
Figura 8 – Parede mais eficiente. Fonte: LabEEE.
Laje pré-moldada 12cm (concreto 4cm + EPS 7cm + argamassa 1cm) Câmara de ar (>5,0cm) Telha metálica 0,06cm
U [W/(m2K)] 1,54
CT
[kJ/m2K] 134
α [–]
FCS [–]
0,2
1,2
0,4
2,5
0,8
4,9
Figura 9 – Laje mais eficiente. Fonte:LabEEE.
80
Eficiência energética
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
eficiência energética de edificações, de
de eficiência energética de edificações
serviço e público (regulamento técnico
residenciais (regulamento técnico da
da qualidade - RTQ-C) e quanto ao nível
qualidade - RTQ-R).
Conclusão De
acordo
com
o
que
foi
apresentado, é possível concluir que
Sistema de captação de água para reaproveitamento
são inúmeros os meios de se obter um aproveitamento energético em todos os setores das residências. Existe também a questão da conscientização, que
torna
possível
a
economia
de muitos dos recursos utilizados diariamente, como água e energia elétrica.
As torneiras atuais, com sensores ou
temporizadores, são um investimento interessante em residências, as quais têm uma frequência alta de utilização. O sistema de captação e reutilização de águas pluviais para fins em que não exija água filtrada e tratada é uma maneira também bastante eficaz, a fim de alcançar a eficiência. Figura 10 - Sistema de reaproveitamento de água.
Painéis solares
Os painéis solares em conjunto com o chuveiro elétrico tradicional, como
foram
apresentados,
é,
do
ponto de vista da eficiência, a melhor combinação, ao se considerar também o custo de implantação, aquisição e instalação em relação ao gasto diário médio proporcionado. No entanto, é possível melhorar ainda o aproveitamento energético, principalmente do ponto de vista térmico,
utilizando-se
de
paredes,
pinturas e acabamentos que isolem o ambiente de fontes externas de calor, como o Sol, e mantenham o ambiente interno refrigerado a uma temperatura ideal. A Figura 12 mostra como seria a casa mais efetiva na questão de eficiência e aproveitamento de energia e recursos.
Referências • Santa Catarina (Estado) Universidade Federal de Santa Catarina – Depto. Engenharia Civil - LabEEE. Figura 11 – Sistema de aquecimento solar de água. Fonte: Site da Universidade de Brasília.
• Catálogo de Propriedades Térmicas de
81
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Acesso em: 20 out. 2012. •
VIA
EPTV
Residencial: lançam
Eficiência
Inmetro
etiqueta
e
para
Energética Eletrobras
avaliar
novas
edificações. Disponível em: <http://www. terradagente.com.br/NOT,0,0,325794,E ficiencia+energetica+residencial.aspx>. Acesso em: 02 nov. 2012. •
LABEEE
-
EFICIÊNCIA
LABORATÓRIO ENERGÉTICA
DE EM
EDIFICAÇÕES. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: <http://www.labeee.ufsc.br/>. Acessado em: 10 nov. 2012. • SECRETARIA DE ENERGIA – GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Eficiência Energética. Disponível em: <http://www. energia.sp.gov.br/portal.php/energiaeletrica_eficiencia>. Acesso em: 21 out.
Figura 12 – Casa ideal. Fonte: LabEEE.
2012. •
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA
Paredes e Coberturas (v.5), 2011, 14 p.
(MME) - Empresa de Pesquisa Energética
• Distrito Federal (Estado) Universidade
(EPE). Nota Técnica DEA 14/10 – Eficiência
de Brasília – Faculdade de Arquitetura
Energética nas Indústrias e Residências.
e Urbanismo. Etiquetagem de Eficiência
2010. 46 p.
Energética de Edifícios. 2012. 72 p.
•
• Santa Catarina (Estado) Universidade
EFICIÊNCIA
Federal de Santa Catarina – Laboratório
EDIFICAÇÕES. UFSC - Universidade
Adalton F. de Oliveira, Rafael V. Jordão,
de Eficiência Energética em Edificações
Federal de Santa Catarina. Etiquetagem
Rodrigo B. Resende, Rodrigo C. Caputo
- LabEEE. Eficiência Energética em
Residencial. Disponível em: <http://
e Rodrigo C. da Silva são estudantes do
Habitações de Interesse Social. 2009. 9 p.
w w w. l a b e e e . u f s c . b r / p ro j e t o s /
curso de Engenharia Elétrica do Centro
• MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
e t i q u e t a g e m / re s i d e n c i a l / e n c e s > .
Universitário do Sul de Minas (Unis-MG).
LABEEE
–
LABORATÓRIO ENERGÉTICA
DE EM
DA
INDÚSTRIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA (ABINEE).
Estudo
do
CIRRA/USP.
Disponível em: <http://www.abinee.org. br/noticias/com70.htm>. Acesso em: 25 out. 2012.
82
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Novas normas IEC e ABNT para equipamentos Ex Partes das normas IEC 61892 (internacional) e NBR IEC 61892 (brasileira) são revisadas e alteram requisitos técnicos para unidades marítimas fixas e móveis. Pesquisa com este setor traz impressões de fabricantes e de consumidores de equipamentos Ex
83
O O Setor Setor Elétrico Elétrico // Fevereiro Fevereiro de de 2015 2015
Quando se pensa em normalização
para
instalações
com
marítimas
móveis,
para
utilização
processamento
armazenamento.
atmosferas
durante transferência de produtos de
A
explosivas, é automático se lembrar
um local para outro e para utilização
03:018.01
da série NBR IEC 60079. As diversas
durante as etapas de exploração e
pelo acompanhamento dessa norma
partes que compõem este conjunto de
exploração de poços de petróleo. Ainda
internacional, iniciou os trabalhos de
normas tratam dos requisitos técnicos
sem equivalente na ABNT, a parte 5 da
revisão e de atualização da respectiva
de equipamentos e sistemas destinados
IEC 61892 é adequada para instalações
norma brasileira equivalente, a NBR
a esse tipo de instalação, no entanto,
elétricas
NBR IEC 61892-7, publicada pela
outros documentos normativos também
transportáveis ou manuais de até 35
ABNT em 2012.
devem ser levados em consideração em
kVca ou 1,5 kVcc.
Plenamente normalizado, o setor
casos específicos. É o caso da série
Já a ABNT NBR IEC 61892-6 –
de instalações elétricas em ambientes
IEC 61892, que traz determinações
Unidades marítimas fixas e móveis
com atmosferas explosivas é o foco da
normativas para instalações elétricas em
– Instalações elétricas – Parte 6:
pesquisa de mercado desta edição. De
unidades marítimas fixas e móveis.
Instalação,
acordo com fabricantes e distribuidores
Recentemente,
no
passado,
publicadas
foram
final
do
permanentes,
publicada
temporárias,
em
18
de
ano
dezembro de 2014 pela ABNT, contém
de
Comissão
e
do
de
Estudo
Cobei,
equipamentos
CE
responsável
voltados
para
novas
disposições relativas às instalações
este segmento, apesar das notícias
edições das partes 5, 6 e 7 da IEC
elétricas em unidades marítimas fixas e
desfavoráveis envolvendo a Petrobras,
61892, dedicada a unidades móveis. O
móveis, utilizadas na indústria oceânica
principal
engenheiro especializado em atmosferas
de
de
mercado deve continuar crescendo. A
explosivas, Roberval Bulgarelli, explica
perfuração, produção, processamento e
expectativa é que o crescimento seja
que esta série tem o objetivo de garantir
armazenamento.
da ordem de 11% para o mercado de
a segurança no projeto, seleção de
Por fim, a IEC 61892-7 estabelece
equipamentos Ex neste ano. Além disso,
equipamentos, instalação, manutenção
requisitos para a realização de uma
as empresas pesquisadas declararam
e utilização de equipamentos elétricos
classificação de áreas e seleção de
ter apresentado crescimento médio de
para
equipamentos para utilização nestas
16% no ano de 2014 e esperam crescer
distribuição e utilização de energia
áreas
unidades
outros 16% em 2015. Corrobora com
elétrica para todas as finalidades em
marítimas fixas e móveis, incluindo
essa estimativa o fato de que elas
unidades marítimas que são utilizadas
tubulações, estações de bombeamento,
pretendem incrementar seu quadro de
para a exploração e o aproveitamento
estações de lançamento ou recebimento
funcionários. Segundo as empresas
dos recursos do petróleo.
de pigs, estações de compressão e
que responderam à pesquisa, deve
A IEC 61892-5 tem por escopo
monoboias de ancoragem utilizadas
haver um aumento médio de 13% nas
especificar
as
para
na indústria marítima de petróleo, com
contratações.
instalações
elétricas
unidades
a finalidade de perfuração, produção,
A segunda parte da pesquisa foi
geração,
armazenamento,
características em
petróleo,
com
classificadas
a
finalidade
em
expoente
deste
setor,
o
84
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
realizada com empresas consumidoras de equipamentos para
atmosferas explosivas. Segundo elas, alguns fatores são muito
80% das empresas afirmaram ter a ISO 9001 (gestão de processos),
importantes na hora de comprar ou especificar esses produtos.
enquanto 11% disseram possuir a ISO 14001 (gestão ambiental).
Disponibilidade de informações técnicas do produto (site,
Certificações ISO
Neste ano, a média de adesão às certificações ISO foi mantida.
catálogo, etc.), garantia do fabricante e prazo de entrega são, nessa ordem, os pontos mais considerados na hora da compra. No entanto, segundo os mesmos consumidores, treinamento
11% 14.001 (ambiental)
oferecido pelo fabricante, local de fabricação (nacional ou importado) e preço são os menos considerados.
Números do mercado de equipamentos para atmosferas explosivas
80%
Confira a pesquisa na íntegra nas páginas a seguir.
A pesquisa identificou, mais uma vez, que o segmento
industrial é o de maior destaque. 98% dos fabricantes e distribuidores apontaram a indústria como o perfil de cliente
9001 (qualidade)
No tocante à participação nos mercados nacional e internacional,
o mercado doméstico predomina. 95% do volume das vendas é negociado dentro do País, índice exatamente igual ao registrado no ano passado. Balança comercial
mais atendido. Principais segmentos de atuação
5%
Exportação Mercado nacional
95%
9% Residencial 20%
Comercial Industrial
98%
Sobre os produtos mais comercializados do segmento, a pesquisa apurou que produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação foram os mais apontados pelas empresas como principais produtos fabricados e/ou distribuídos. Em seguida, aparecem outros produtos e quadros e painéis.
Diferentemente do que apurou esta mesma pesquisa realizada
Produtos para áreas classificadas mais comercializados
há um ano, em que as vendas realizadas por meio de revendas e varejistas foram priorizadas, tendo sido apontadas por 84% das pesquisadas, nesta edição, a maioria (93%) indicou que o principal canal de venda é diretamente com o cliente final. Confira.
Motores elétricos
13%
Cabos elétricos e seus acessórios
20%
Principais canais de vendas
43% 20% 20%
Materiais e acessórios em geral para montagem Plugues e Tomadas
46%
Telemarketing
Luminárias / Projetores
52%
Internet
50% 57%
Distribuidores / Atacadistas Revendas / Varejistas
93%
Venda direta ao cliente final
54% 57%
Invólucros Painéis e quadros elétricos Outros
61% 61%
Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação
86
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Cabos elétricos e seus acessórios
Percepção sobre o tamanho anual total dos mercados de produtos específicos para áreas classificadas
Os gráficos a seguir ilustram a percepção dos fabricantes e
distribuidores de equipamentos para áreas classificadas a respeito do tamanho do mercado de nichos específicos do segmento em que
6%
Acima de R$ 500 milhões 6% De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 13%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
atuam. A maioria das empresas acredita, por exemplo, que o mercado de motores elétricos fatura anualmente entre R$ 30 milhões e R$ 50
13%
milhões. Já a metade das empresas pesquisadas considera que o
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
mercado de plugues e tomadas para este setor alcance resultados
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
acerca destes e de outros mercados:
16%
Acima de R$ 500 milhões
4%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Invólucros 5%
Acima de R$ 500 milhões
12%
Até R$ 10 milhões
9%
20%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
14%
27%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Luminárias / Projetores
Painéis e quadros elétricos
5%
13%
13% 5%
Até R$ 10 milhões
13%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
18%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
28%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Acima de R$ 500 milhões
18%
Até R$ 10 milhões
9%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
20%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
31%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
19%
entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões por ano. Confira as opiniões Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação (comando, controle, sinalização, alarme, etc.)
12%
Até R$ 10 milhões
22%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
10%
25%
Até R$ 10 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 15%
13% 15%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
26%
25%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões Plugues e Tomadas
Motores elétricos
4%
13%
Acima de R$ 500 milhões
13%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
9%
27% 14%
23%
Até R$ 10 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
50% 47%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
87
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
O estudo do ano anterior apurou que as empresas esperavam crescer 19% no ano de 2014. A pesquisa deste mês constatou que o crescimento médio efetivo das empresas deste segmento em 2014 foi de 16%. Para o mercado como um todo, a expectativa é que o crescimento seja da ordem de 11% neste ano de 2015. Novidade nesta pesquisa, perguntamos às companhias se pretendem realizar contratações neste ano. Segundo elas, a contratação de funcionários em 2015 deve aumentar em torno de 13%. Previsões de crescimento
11% 13%
Crescimento médio do mercado de equipamentos Ex em 2015 Percentual médio de contratação de funcionários em 2015
16% 16%
Crescimento médio das empresas em 2015 Crescimento médio das empresas em 2014 comparado a 2013
A desaceleração da economia foi apontada como principal fator
a influenciar (negativamente) os negócios nessa área. Confira as opiniões. Fatores que devem influenciar o crescimento deste mercado
9%
Programas de incentivo do governo 2%
16%
Falta de normalização e/ou legislação
Bom momento econômico do país 30%
10%
Desaceleração da economia brasileira
Incentivos por força de legislação ou normalização 9%
Crise internacional 2%
16%
Projetos de infraestrutura
Setor da construção civil desaquecido 6%
Setor da construção civil desaquecido
88
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas Avaliação dos consumidores de equipamentos para atmosferas explosivas
Neste ano, quem lidera a pesquisa são os projetistas. 33%
dos consumidores que responderam esta pesquisa são empresas
Entre os critérios de compra e de especificação de produtos,
os consumidores afirmaram que garantia, prazo e disponibilidade de informações técnicas (catálogos e sites) são os itens mais observados. Os critérios são exatamente os mesmos registrados na pesquisa do ano passado
de projeto, seguidos por empresas de instalação, consultoria,
Fatores que mais influenciam o comprador e/ou especificador de equipamentos Ex
manutenção, revendas e usuários finais Perfil das empresas pesquisadas
Garantia
4%
11% 19%
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Consumidora de produtos
Revendedora de produtos
33%
Nota de 6 a 7 42%
33%
Nota 10
Projetista
Atua em consultoria
14%
Atua em manutenção
19%
25%
Instaladora
Nota de 8 a 9
Prazo de entrega
Diferentemente do que apontaram as empresas que participaram
8%
da primeira parte desta pesquisa, os seus consumidores indicam
Nota 10
8%
Nota de 1 a 5
que os painéis e quadros elétricos, assim como as luminárias e projetores são os mais comprados e/ou especificados. Plugues e tomadas aparecem em seguida. 34%
Pricipais produtos comprados e/ou especificados
Nota de 8 a 9 50%
Nota de 6 a 7
Outros
25%
Invólucros
42%
Disponibilidade de informações técnicas (catálogo, site, etc.)
Motores elétricos
58%
Cabos elétricos e seus acessórios
67%
8%
Nota de 1 a 5
Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação
67%
17%
Nota de 6 a 7
Materiais e acessórios em geral para montagem
75%
50%
Nota 10
Plugues e Tomadas
83% 92% 92%
Painéis e quadros elétricos
25%
Nota de 8 a 9
Luminárias / Projetores
Por sua vez, os critérios que menos pesam na hora da compra
e/ou especificação de equipamentos Ex são, segundo os mesmos consumidores, treinamento oferecido pelo fabricante, local de fabricação (nacional ou importado) e preço – nessa ordem.
90
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas Fatores que mais influenciam o comprador e/ou especificador de equipamentos Ex
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
De modo geral, os consumidores mostram-se satisfeitos com
a qualidade dos produtos direcionados para áreas classificadas disponíveis no mercado brasileiro. 67% deles avaliaram este
Local de fabricação do produto (nacional ou importado)
quesito com notas 8 e 9. Grau de satisfação com a qualidade dos produtos Ex disponíveis no mercado
17%
Nota 10
16%
Nota de 1 a 5
17%
17%
Nota de 8 a 9
Nota 10
16%
Nota de 6 a 7
50%
Nota de 6 a 7
Preço 67%
Nota de 8 a 9 8%
Nota 10
17%
Nota de 1 a 5
Os usuários afirmaram ainda que devem investir, em sua
maioria, até R$ 1 milhão na compra (e/ou na especificação) de produtos para áreas classificadas em 2015. Apenas 8% pretendem direcionar mais de R$ 5 milhões neste mercado. 42%
33%
Nota de 8 a 9
Nota de 6 a 7
Estimativa de compra e/ou especificação de produtos Ex
8%
Acima de R$ 5 milhões 17%
Treinamento oferecido pelo fabricante
De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões
8%
Nota 10 25% 17%
Nota de 1 a 5
Nota de 8 a 9
75%
Até R$ 1 milhão 50%
Nota de 6 a 7
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas
X
X
ADELCO
(11) 4199-7500
www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
X
ALPHA
(11) 3933-7533
www.alpha-ex.com.br
São Paulo
SP
X
X
ASELCO
(11) 3017-3131
www.aselco.com,br
São Paulo
SP
X
AUREON
(11) 3966-6211
www.aureon.com.br
São Paulo
SP
X
X
BS&B
(11) 2084-4800
www.bsbbrasil.com
São Paulo
SP
X
X
CENTRAL EX
(19) 3708-9200
www.central-ex.com.br
Campinas
SP
X
X
X
CONEX
(11) 2331-0303
www.conex.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
CONNECTWELL
(11) 5844-2010
www.connectwell.com.br
São Paulo
SP
X
X
DIALIGHT
(11) 4431-4300
www.dialight.com
Jundiaí
SP
X
X
DNV GL
(11) 3305-3343
www.dnvba.com.br
São Paulo
SP
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
FIELD TECH
(19) 3935-4911
www.fieldtech.com.br
Indaiatuba
SP
X
X
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
X
FLOWTEC/FT
(11) 3231-4333
www.ft.com.br
São Paulo
SP
FORTLIGHT
(11) 2087-6000
www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
X
HAWSER
(11) 4056-7047
www.hawser.com.br
Diadema
SP
HUMMEL
(15) 3322-7000
www.hummel.com.br
Tatuí
SP
LUMENS
(11) 4075-4524
www.lumens.com.br
Sorocaba
SP
X
MACCOMEVAP
(21) 2687-4162
www.maccomevap.com.br
Itaguai
RJ
X
MAEX
(19) 3455-5266
www.maex.com.br
Santa Bárbara D'Oeste
SP
X
X
MAGNANI
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
MELFEX
(11) 4072-1933
www.melfex.com.br
Diadema
SP
X
X
MSA
(11) 4070-5999
www.msasafety.com
Diadema
SP
X
X
NAVILLE
(11) 2431-4500
www.naville.com.br
Guarulhos
SP
X
X
NUTSTEEL
(11) 2122-5777
www.nutsteel.com.br
São Paulo
SP
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
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X
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Possui certificado ISO 14001
SP
Possui certificado ISO 9001
Boituva
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
www.schmersal.com.br
Outros
(15) 3263-9800
Internet
SP
ACE SCHMERSAL
Telemarketing
Estado
São Paulo
Venda direta ao cliente final
Cidade
www.abpex.com.br
Revendas/Varejistas
Site
(11) 5071-1324
Principal canal de vendas
Distribuidores/Atacadistas
Telefone
ABPEX
Residencial
EMPRESA
Comercial
Principal segmento de atuação
Industrial
Distribuidora
Fabricante
Empresa
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
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Possui programas na área de responsabilidade social
92
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Macaé
RJ
PROAUTO
(15) 3031-7410
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
PROEX RIO
(21) 2195-9244
www.proexrio.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
PROJECT-EXPLO
(11) 5589-4332
www.project-explo.com.br
São Paulo
SP
X
X
PROTEGO
(21) 2112-5705
www.protego.com
Rio de Janeiro
RJ
X
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X
R. STAHL
(11) 3637-0557
www.rstahl.com.br
São Paulo
SP
X
X
REEME
(11) 3525-3290
www.reeme.com.br
São Paulo
SP
X
X
RENETEC
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
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RITTAL
(11) 3622-2377
www.rittal.com.br
São Paulo
SP
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X
S.P.T.F.
(11) 2065-3800
www.sptf.com.br
São Paulo
SP
X
X
SENSE
(11) 2145-0400
www.sense.com.br
São Paulo
SP
X
SERMATEX GRÜN
(11) 3933-7100
www.sermatex.com.br
São Paulo
SP
X
TELBRA EX
(11) 2946-4646
www.telbra.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
TRAMONTINA ELETRIK
(54) 3461-6200
www.tramontina.com
Carlos Barbosa
RS
X
X
X
VARIXX
(19) 3301-6900
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
X
VEXTROM
(11) 3672-0506
www.vextrom.com.br
São Paulo
SP
VIRTUS
(11) 2463-4040
www.virtusdistribuidora.com.br
Guarulhos
SP
WEIDMÜLER CONEXEL
(11) 4366-9610
www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X X
X
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X
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X
X X
X X
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X X
X
Possui programas na área de responsabilidade social
X
Cidade
www.polarmacae.com.br
Estado
Possui certificado ISO 14001
X
X
Site
(22) 2105-7777
Possui certificado ISO 9001
X
X
Telefone
Outros
X
X
EMPRESA POLAR
Internet
Telemarketing
X X
Revendas/Varejistas
Venda direta ao cliente final
Principal canal de vendas
Distribuidores/Atacadistas
Residencial
Comercial
Principal segmento de atuação
Industrial
Distribuidora
Fabricante
Empresa
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
X X
X
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X X
X
X
X
X
X X
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X
94
Pesquisa - Equipamentos para atmosferas explosivas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
(15) 3263-9800
www.schmersal.com.br
Boituva
SP
X
X
ADELCO
(11) 4199-7500
www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
ALPHA
(11) 3933-7533
www.alpha-ex.com.br
São Paulo
SP
X
ASELCO
(11) 3017-3131
www.aselco.com,br
São Paulo
SP
AUREON
(11) 3966-6211
www.aureon.com.br
São Paulo
SP
BS&B
(11) 2084-4800
www.bsbbrasil.com
São Paulo
SP
X
CENTRAL EX
(19) 3708-9200
www.central-ex.com.br
Campinas
SP
X
CONEX
(11) 2331-0303
www.conex.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
CONNECTWELL
(11) 5844-2010
www.connectwell.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
DIALIGHT
(11) 4431-4300
www.dialight.com
Jundiaí
SP
X
X
X
X
DNV GL
(11) 3305-3343
www.dnvba.com.br
São Paulo
SP
X
X
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X
FIELD TECH
(19) 3935-4911
www.fieldtech.com.br
Indaiatuba
SP
X
X
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X
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
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X
FLOWTEC/FT
(11) 3231-4333
www.ft.com.br
São Paulo
SP
X
X
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X
FORTLIGHT
(11) 2087-6000
www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
X
HAWSER
(11) 4056-7047
www.hawser.com.br
Diadema
SP
X
X
HUMMEL
(15) 3322-7000
www.hummel.com.br
Tatuí
SP
X
X
X
X
LUMENS
(11) 4075-4524
www.lumens.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
MACCOMEVAP
(21) 2687-4162
www.maccomevap.com.br
Itaguai
RJ
X
X
X
X
X
X
X
X
MAEX
(19) 3455-5266
www.maex.com.br
Santa Bárbara D'Oeste
SP
X
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X
X
X
X
MAGNANI
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
X
X
X
MELFEX
(11) 4072-1933
www.melfex.com.br
Diadema
SP
X
X
MSA
(11) 4070-5999
www.msasafety.com
Diadema
SP
X
X
X
X
X
NAVILLE
(11) 2431-4500
www.naville.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
NUTSTEEL
(11) 2122-5777
www.nutsteel.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
X
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X
Outros
SP
ACE SCHMERSAL
Luminárias / Projetores
São Paulo
Invólucros
Estado
www.abpex.com.br
Motores elétricos
Cidade
(11) 5071-1324
Materiais e acessórios em geral para montagem
X
Site
ABPEX
Plugues e Tomadas
X
Cabos elétricos e seus acessórios
Painéis e quadros elétricos
X
Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação
Oferece treinamento técnico para os clientes
X
X
Telefone
Importa produtos acabados
X
EMPRESA
Exporta produtos acabados
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Produtos para Instalaçãoes para areas classificadas (EX)
X
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95
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Sorocaba
SP
X
X
X
PROEX RIO
(21) 2195-9244
www.proexrio.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
PROJECT-EXPLO
(11) 5589-4332
www.project-explo.com.br
São Paulo
SP
X
X
PROTEGO
(21) 2112-5705
www.protego.com
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
R. STAHL
(11) 3637-0557
www.rstahl.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
REEME
(11) 3525-3290
www.reeme.com.br
São Paulo
SP
RENETEC
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
RITTAL
(11) 3622-2377
www.rittal.com.br
São Paulo
SP
X
S.P.T.F.
(11) 2065-3800
www.sptf.com.br
São Paulo
SP
X
SENSE
(11) 2145-0400
www.sense.com.br
São Paulo
SP
X
X
SERMATEX GRÜN
(11) 3933-7100
www.sermatex.com.br
São Paulo
SP
X
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TELBRA EX
(11) 2946-4646
www.telbra.com.br
São Paulo
SP
X
TRAMONTINA ELETRIK
(54) 3461-6200
www.tramontina.com
Carlos Barbosa
RS
X
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VARIXX
(19) 3301-6900
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
X
VEXTROM
(11) 3672-0506
www.vextrom.com.br
São Paulo
SP
VIRTUS
(11) 2463-4040
www.virtusdistribuidora.com.br
Guarulhos
SP
WEIDMÜLER CONEXEL
(11) 4366-9610
www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
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X
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X X
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X X
X
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Outros
www.proautomacao.com.br
Materiais e acessórios em geral para montagem
X
(15) 3031-7410
Plugues e Tomadas
RJ
PROAUTO
Estado
Luminárias / Projetores
Macaé
Invólucros
Cidade
www.polarmacae.com.br
Cabos elétricos e seus acessórios
Site
(22) 2105-7777
Motores elétricos
Telefone
Painéis e quadros elétricos
EMPRESA POLAR
Produtos, dispositivos, equipamentos para sistemas de automação
Oferece treinamento técnico para os clientes
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Importa produtos acabados
Exporta produtos acabados
Produtos para Instalaçãoes para areas classificadas (EX)
X X
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96
Energia solar
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Por Emanuel Rholden e Paulo Marcelo T. Pinto*
Tendências em dimensionamento de sistemas solares
C
om a queda acentuada de preços da
são dados de entrada fundamentais para o
de 2017. Além disso, existe também a
tecnologia solar fotovoltaica, existe uma
correto dimensionamento elétrico de uma
vantagem destes empreendimentos serem
tendência em sobredimensionar a potência
usina solar fotovoltaica. Um sistema solar
enquadrados na apuração pelo regime de
instalada dos painéis solares em relação à
bem dimensionado garantirá menos tempo
lucro presumido.
potência nominal dos inversores visando
de paradas para manutenções corretivas
No
à otimização da produção energética
e
consequentemente,
escolhidas propositadamente de maneira a
total dos sistemas solares, avaliados em
proporcionará a geração de maiores
analisar-se o comportamento de produção
diferentes
receitas para a usina.
energética e de sobredimensionamento
ambiente e irradiação solar.
Assim, começa a aparecer uma forte
em diferentes regiões brasileiras. Ver Figura
Na última década, os custos dos módulos
tendência de sobredimensionamento das
1.
solares chegaram a representar 80% do
usinas solares, ou seja, a potência instalada
Este estudo é apresentado em um
investimento total para a construção de
ou potência pico dos módulos solares
momento de euforia do setor solar brasileiro
uma planta solar. Neste cenário, inversores
sendo maior que a potência nominal
motivado por leilões exclusivos da fonte em
solares,
e
dos inversores e dos transformadores
esferas estaduais e federais. O Governo
cabos elétricos eram dimensionados da
elevadores de tensão. No entanto, o
Federal sinaliza certames exclusivos para a
forma mais otimizada possível em relação
desafio nestes casos é como determinar o
fonte nos próximos quatro anos com uma
à potência dos módulos solares, visando
ponto ótimo de equilíbrio.
capacidade a ser instalada de geração de
minimizar ao máximo as perdas do sistema
Um
e assim amortizar mais rapidamente o
coeficiente DC/AC e das perdas de
investimento financeiro.
sobredimensionamento em oito projetos
fomentar o desenvolvimento da indústria
Devido à conjuntura mundial dos
de usinas solares com potência padronizada
solar nacional, o Banco Nacional de
últimos anos, os subsídios que estimularam
de 30 MW, situadas nas localidades de
Desenvolvimento
o crescimento do mercado solar foram
Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Carolina
(BNDES) lançará uma linha de financiamento
sendo reduzidos e, em alguns casos,
(MA), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus
exclusiva para empreendimentos solares.
completamente cortados. Assim, para
(AM), Petrolina (PE) e São Paulo (SP), será
Para
sobreviver, a indústria solar teve de se tornar
apresentado a seguir:
adotou-se que a disposição física dos
mais competitiva e os custos de materiais
Usinas solares de 30 MW ou complexos
módulos solares fosse projetada de forma
e serviços para a implantação de uma
solares modulados em 30 MW serão
a otimizar as perdas de sombreamento
usina solar tornaram-se cada vez menores,
práticas comuns no mercado nacional, já
entre os módulos solares adjacentes
sobretudo, o custo dos módulos solares
que as empresas do setor adotarão esse
e utilizou-se sempre Azimute de 0% e
que devido à produção em escala da
modelo de negócio de forma estratégica
ângulo de inclinação ótimo em função
China e uma oferta excedente no mercado
para aproveitar a Resolução Normativa da
da latitude da localização do projeto. Os
mundial, hoje representam em torno de
Aneel (RN77/2004) que oferece desconto
dados meteorológicos utilizados foram do
50% a 60% do investimento total da usina.
de 50% na Tarifa de Uso do Sistema de
Meteonorm.
Condições climáticas como temperatura
Distribuição e de Transmissão (Tusd e Tust)
ambiente, irradiação solar e altitude, além
para empreendimentos de geração de até
instalada de 30 MWp (Coeficiente DC/AC
de características elétricas dos módulos
30 MW. Este desconto poderá chegar até
= 1,0) até 42,24 MWp (Coeficiente DC/AC
solares e da rede elétrica, como fator de
80% para empreendimentos que entrarem
= 1,4) para se observar o comportamento
potência, variação de tensão e freqüência,
em operação comercial até 31 de dezembro
de produção energética das usinas solares
condições
de
transformadores,
temperatura
proteções
preventivas
e,
estudo
comparativo
do
estudo,
estas
cidades
foram
energia solar de até 3,5 GW. Com o objetivo de estimular o setor e
a
Econômico
realização
deste
e
Social
estudo
Além disso, variou-se a potência
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
97
Figura 1 – Mapa com oito cidades (Google Maps). A – Belo Horizonte / B – Brasília / C – Carolina / D- Cuiabá / E – Fortaleza / F – Manaus / G – Petrolina / H – São Paulo.
e as eventuais perdas do sistema. Note-se também que as perdas apresentadas a seguir correspondem somente às perdas de sobredimensionamento do inversor, sendo que perdas de eficiência ou de faixa de tensão DC no inversor assim como perdas em cabos e transformadores não foram contempladas no estudo.
No gráfico da Figura 2, percebe-se claramente o aumento
das perdas de sobredimensiomento devido ao aumento gradativo do índice DC/AC. Nota-se também que não há um padrão entre as perdas com o índice de sobredimensionamento e as diferentes localidades. A conclusão é de que o índice de sobredimensionamento deverá ser menor em regiões de maior produção energética, consequentemente, regiões mais ensolaradas e, melhor ainda, se aliadas a temperaturas amenas.
Percebe-se também que as cidades de Carolina (MA) e
Cuiabá (MT), apesar de estarem em regiões bastante afastadas, mas por possuírem médias de irradiação solar e temperaturas similares, por consequência, possuem perfis de produção energética similares. A seguir, compara-se o comportamento das duas localidades mais distintas em termos de sobredimensionamento de acordo com a Figura 2, ou seja, Petrolina (PE) e Cuiabá (MT). Efetivamente, para o índice DC/AC constante e igual a 1,4, as perdas variam de 1,36% em Cuiabá a 2,82% em Petrolina. Esta diferença corresponde a 1056 MWh anuais, o equivalente ao consumo médio anual de 578 residências brasileiras. (Considerando uma média de consumo de 152,2kWh mês por residência).
Os gráficos (a) e (b) nos mostram as curvas de potência geradas
em um dia padrão em função dos índices de sobredimensionamento de 20% e de 40% para cada uma das duas localidades.
98
Energia solar
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Nota-se que a área 1 (acima da linha
de máxima potência) corresponde à energia perdida durante a limitação de potência, que é a potência máxima de saída fornecida pelos inversores. A área 2 corresponde ao ganho de energia ocasionado pelo sobredimensionamento. Assim, para uma determinada planta solar, se a área 2 for maior que a área 1 quer dizer que a planta foi bem dimensionada, com uma curva mais aberta no seu início e final e um corte no meio do dia. No entanto, este não é um exercício tão Figura 2 – Gráfico coeficiente DC/AC x perdas.
simples de ser realizado quando se trata de uma fonte intermitente de energia como a solar. Dessa forma, a utilização de dados meteorológicos disponíveis para simular diversos cenários é sempre recomendável. Deve-se lembrar também que haverá uma degradação de potência dos módulos solares com o passar do tempo, fato benéfico para os sistemas sobredimensionados, já que a parcela de energia perdida por limitação de potência tenderá a diminuir com o tempo de operação do sistema. Além das características climáticas e de
elétricas
citadas
fundamental
inicialmente,
importância
é
para
o
dimensionamento adequado das usinas solares a geografia do terreno e a avaliação da
existência
de
interferências
que
possam gerar sombras. As limitações de construção impostas pelo plano diretor de cada município também são dados que têm de ser levados em consideração no dimensionamento da usina solar. Espera-se que esta análise seja de grande auxílio a pessoas e empresas envolvidas neste mercado emergente e de grande potencial. *Emanuel Rholden é gerente de contas estratégicas da área de Geração Centralizada da Schneider Electric. Paulo Marcelo Frugis T. Pinto é gerente de produtos da área de Geração Distribuída da Schneider Electric. Figura 3 – Gráficos mostram comportamento das cidades de Petrolina (PE) e Cuiabá (MT).
Gerente de Produto – Geração Distribuida
100
Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Nova norma promete aquecer mercado de tomadas industriais ABNT NBR IEC 60309-1:2015, que traz os requisitos gerais para estes tipos de equipamento, harmoniza texto brasileiro com o do exterior e deve facilitar a comercialização entre Brasil e países estrangeiros
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
101
O ano de 2015 começou com uma ótima notícia para o mercado
de plugues e tomadas voltadas ao uso industrial. Foi publicada em 6 de janeiro último a norma ABNT NBR IEC 60309-1:2015, que traz os requisitos gerais para estes tipos de equipamento. Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o documento normativo aplica-se aos plugues e tomadas, aos conjuntos acopladores de cabo e aos conjuntos conectores do equipamento, com tensão nominal de funcionamento não superior a 1.000 V em corrente contínua ou corrente alternada, com frequência não superior a 500 Hz em corrente alternada, e corrente nominal não superior a 800 A, destinados principalmente para uso industrial, interno ou externo.
A última revisão deste documento havia sido publicada em 2005
e era idêntica à versão da respectiva norma IEC, de 1999. Esta, por sua vez, foi revisada e publicada em 2012. A versão atual da norma brasileira está em dia com este documento internacional. Esta atualização e, consequentemente, harmonização com norma IEC, é estratégica para os fabricantes brasileiros, pois torna possível que uma tomada industrial fabricada no país, em conformidade, receba o plugue de um equipamento produzido no exterior, desde que também esteja de acordo com as normas. Tal compatibilidade facilita as transações comerciais das empresas brasileiras e as do exterior. Outras partes desta norma ainda devem ser publicadas em breve pela ABNT. A parte 2, que fornece os requisitos de intercambialidade dimensional para acessório com pinos e contatos tubulares, está em fase de formatação final para envio à Consulta Nacional. E a parte 4, para tomadas e tomadas móveis com dispositivo de interrupção, com ou sem dispositivo de intertravamento, está em fase de elaboração. Ambas estão sendo realizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) 6, plugues e tomadas industriais, que pertence ao CE-03:023.02, uma das comissões de estudo do Comitê Brasileiro de Eletricidade CB-03.
Ainda sob o impacto da primeira parte da ABNT NBR IEC
60309:2015 e aguardando a publicação das outras partes do documento normativo, as empresas da área de tomadas e interruptores industriais foram entrevistadas para a pesquisa da revista O Setor Elétrico sobre o tema, publicada na íntegra a seguir. No levantamento, disseram, entre outras coisas, que esperam um crescimento médio em 2015 de 12% e acreditam que o mercado de tomadas e interruptores irá crescer 8% neste ano. A maioria dos fabricantes entrevistados (26%) declarou ter faturamento médio anual entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. No que diz respeito aos fatores que devem influenciar o crescimento do mercado em 2015, a desaceleração da economia brasileira foi o item mais votado, por 27%. Em segundo lugar, ficou o setor da construção desaquecido, com 17% dos votos. A pesquisa traz ainda informações sobre o faturamento de tomadas e interruptores especificados por tipo de uso, principais canais de vendas e aplicação de certificações ambiental e de qualidade.
102
Pesquisa
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Números do mercado de tomadas e interruptores industriais e prediais
Os setores comercial e industrial continuam sendo os principais clientes dos fabricantes
de tomadas e interruptores. O primeiro foi apontado por 74%, como o segmento de atuação mais importante, e o segundo foi indicado por 67% dos entrevistados. Principais segmentos de atuação
74%
Comercial
67%
Industrial
55%
Residencial
Em relação aos principais canais de vendas, os distribuidores e atacadistas continuam
sendo os meios mais procurados. Se no levantamento do ano passado, 89% das empresas pesquisadas disseram isso, neste ano, 79% fizeram tal afirmação. Principais canais de vendas
29%
Telemarketing
57%
Venda direta ao cliente final Revendas / Varejistas 74%
79%
Distribuidores / Atacadistas
A ISO 9001 (qualidade) continua sendo a mais citada pelos entrevistados. Na pesquisa deste ano, 69% afirmaram possuir este tipo de certificado. Quanto à ISO 14001 (ambiental), 21% atestaram ter esta certificação. Certificações ISO
21%
14.001 (ambiental)
69%
9001 (qualidade)
Interruptores para uso interno em residências e análogos (62%), minuterias (60%) e
sensores de presença (60%) foram apontados pelas empresas pesquisadas como os itens mais vendidos. Os interruptores por cartão, por exemplo, para uso em hotéis, foram os menos vendidos, sendo indicados por apenas 21% dos fabricantes.
103
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Interruptores e outros dispositivos mais comercializados
21%
Interruptores por cartão (por exemplo, para uso em hotéis)
21%
Interruptores para áreas classificadas
29%
Pulsadores para uso hospitalar
36%
Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo)
43%
Controles para ventilador
45%
Temporizadores
45%
Pulsadores para uso geral
45%
Interruptores para uso industrial Variadores de luminosidade (dimmer)
52%
60%
Sensores de presença
60%
Minuterias Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno
62%
As caixas para interruptores e tomadas, que no levantamento de 2014 foram citadas
por 40% dos entrevistados, ficando em sexto lugar entre os itens mais vendidos, ficaram na pesquisa deste ano em primeiro lugar, sendo que 64% das empresas fizeram tal afirmação. No que se refere ao produto menos comercializado, o lugar coube às tomadas para áreas classificadas, que foram mencionadas por apenas 21%. Tomadas e outros dispositivos mais comercializados
64% 62% 60% 57% 55% 45% 45% 40%
Caixas para interruptores e tomadas Tomadas para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso interno Tomadas para telefonia
Tomadas para sinal em geral (dados, internet, etc.) Placas para interruptores e tomadas
Outros produtos Tomadas para uso industrial (NBR IEC 60309-1) Multitomadas (réguas de tomadas, extensões - NBR 14136)
Tomadas para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo) Tomadas para uso residencial e análogo (NBR 14136) - com dispositivo antichoque (trava de segurança)
33% 29% 21%
Tomadas para áreas classificadas
104
Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais
As empresas da área apresentaram opiniões bem divididas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Interruptores para áreas classificadas
sobre o tamanho de seus mercados. A maioria dos fabricantes do segmento de interruptores, para uso externo em residências,
6%
interruptores para área classificada e minuterias, declarou faturar até
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
R$ 10 milhões por ano. Já as empresas que produzem interruptores 29%
para uso residencial interno, interruptores industriais e sensores de
41%
Até R$ 10 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
presença afirmaram faturar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.
Percepção sobre o tamanho anual total dos mercados de interruptores Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno 24% 14%
Acima de R$ 500 milhões
14%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Até R$ 10 milhões 9%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 4%
Minuterias
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
18%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
5%
Acima de R$ 500 milhões
23 %
18%
16%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
47%
Até R$ 10 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 11%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo) 5%
5%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
21%
Acima de R$ 500 milhões
10%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
50%
Até R$ 10 milhões Sensores de presença
20%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
15%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
10%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
15%
Até R$ 10 milhões 20%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Interruptores para uso industrial
25%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
25%
Até R$ 10 milhões
25%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
25%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 10%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 30%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
O segmento de tomadas cujas empresas disseram apresentar
menor faturamento anual foi o de tomada para uso residencial externo;
10%
39% das empresas pesquisadas deste mercado disseram faturar R$
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
10 milhões por ano. Já os fabricantes de tomadas para uso industrial foram os que disseram apresentar resultados melhores; 39% deles atestaram ter faturamento anual entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.
106
Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais Percepção sobre o tamanho anual total dos mercados de tomadas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Tomadas para áreas classificadas
6% Tomadas para uso residencial e análogo (ABNT NBR 14136) - uso interno
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 6%
44%
De R$ 50 milhões a R$100 milhões
Até R$ 10 milhões
19%
15%
Acima de R$ 500 milhões 20%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
20%
Até R$ 10 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
10%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 25%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
20 %
15%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Caixas para interruptores e tomadas
5%
Tomadas para uso residencial e análogo (ABNT NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo) 11%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
6%
11%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
21%
Até R$ 10 milhões
5%
Acima de R$ 500 milhões
5%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 39%
Até R$ 10 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 37%
21%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
11%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
28%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Em relação ao faturamento bruto anual das empresas que
participaram desta pesquisa, a maioria (28%) se encontra na faixa entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. Faturamento bruto anual das empresas
Tomadas para uso industrial (ABNT NBR IEC 60309-1)
12%
5%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 17%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Acima de R$ 200 milhões
11%
Até R$ 10 milhões
8% 11%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 8%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
16%
Até R$ 3 milhões 12%
De R$ 3 milhões a R$ 10 milhões
17% 39%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
28%
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
16%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
107
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
A balança comercial referente a tomadas e interruptores
continua pendendo bastante para o mercado interno. Segundo os pesquisados, este mercado representa 95% dos produtos comercializados. Balança comercial
4,9%
Exportação
95,1%
Mercado nacional
No levantamento de 2014, os fabricantes previam um crescimento médio de 18%. Efetivamente, as empresas obtiveram um acréscimo de 12%. Na pesquisa deste ano se mostraram menos otimistas, apostando em um crescimento também de 12% em relação ao ano passado. Previsões de crescimento
8%
Percentual médio contratação de 17% de funcionários em 2015 Crescimento médio do mercado de tomadas e interruptores em 2015
12%
Crescimento médio das empresas em 2015
12%
Crescimento médio das empresas em 2014 comparado a 2013
Entre os itens que mais devem impactar o crescimento do mercado
de tomadas e interruptores no ano de 2015, a maioria das empresas entrevistadas (17%) apontou a desaceleração da economia brasileira. Fatores que devem influenciar este mercado em 2015
8%
Falta de normalização e/ou legislação
6%
Incentivos por força de legislação ou normalização 10%
6%
Programas de incentivo do governo
27%
Desaceleração da economia brasileira
Crise internacional 12%
Projetos de infraestrutura 17%
Setor da construção civil desaquecido
14%
Setor da construção civil aquecido
X X
ALUMBRA
(11) 4393-9300
www.alumbra.com.br
São Bernado do Campo
SP
X
X X X
X X
APOIO
(11) 3386-7402
www.apoio.ind.br
São Paulo
SP
X
X X X
X X
AVANT
(11) 3355-2230
www.avantsp.com.br
Joinville
SC
X
X X
X X
B-LUX
(11) 2621-4811
www.blux.ind.br
São Paulo
SP
X
X X
X X
COMSYSTEL
(11) 4158-8440
www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
X
X
CONEX
(11) 2331-0303
www.conex.com.br
São Bernado do Campo
SP
X
X
DECORLUX
(41) 3029-1144
www.decorlux.com.br
Curitiba
PR
X
X X
X X
DNI-KEY WEST
(11) 3933-2120
www.dni.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X X
DUTOPLAST
(11) 2524-9055
www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
ENERBRAS
0800 645 3052
www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
X
X X X
ENGEDUTO
(21) 3325-0406
www.engeduto.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X X
EXATRON
0800 541 3310
www.exatron.com.br
Porto Alegre
RS
X
X X
X X
FAME
(11) 3478-5600
www.fame.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
X X
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
X
X X X
X X
FORTLIGHT
(11) 2087-6000
www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
GRUPO FOXLUX
(41) 3302-8100
www.foxlux.com.br
Pinhais
PR
X
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437
www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
HELLERMANNTYTON
(11) 2136-9000
www.hellermanntyton.com.br
Jundiaí
SP
X
ILUMI
(19) 3572-2299
www.ilumi.com.br
Leme
SP
X
IRMÃOS ABAGE
(41) 3371-5600
www.irmaosabage.com.br
Curitiba
PR
LED ROVIMATIC
(11) 3816-4040
www.rovimatic.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
LOJÃO A ELETRICIDADE
(79) 2107-2600
www.alvesbarreto.com.br
Aracajú
SE
X
X X X
X
MAGNANI
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X X X
X
MARGIRIUS
0800 707 3262
www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
X
X X X
MICROKEY
(11) 5514-6314
www.microkeylimit.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
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X X X
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X
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X X
X X
X
X X
X
X X
X X
X
Interruptores para uso industrial
X
Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo)
SP
X
Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno
X X
São Paulo
Oferece treinamento técnico para os clientes
X X X
www.alpha-ex.com.br
Interruptores e outros dispositivos de comando e controle
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X
(11) 3933-7533
Importa produtos acabados
SP
ALPHA
Estado
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Exporta produtos acabados
Osasco
Possui programas na área de responsabilidade social
Cidade
www.abb.com.br
Possui certificado ISO 14001
Site
0800 014 9111
Possui certificado ISO 9001
Telefone
ABB
Outros
EMPRESA
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
Revendas/Varejistas
Principal canal de vendas
Distribuidores/Atacadistas
Residencial
Comercial
Principal segmento de atuação
Industrial
Distribuidora
Fabricante
Empresa
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais
Interruptores para áreas classificadas
108
X
X
X X
X X
X
X
X
X
X
109
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
(11) 3796-9343
www.parcus.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
PEESA
(11) 3313-4455
www.peesa.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
PIAL LEGRAND
0800 11 8007
www.piallegrand.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
POLAR COMPONENTES
(22) 2105-7777
www.polarmacae.com.br
Macaé
RJ
X
X
X
X X
X
X
PROAUTO
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X X
X
SCHNEIDER ELECTRIC
0800 701 5400
www.schneider-eletric.com
São Paulo
SP
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
SICA
(11) 3822-5211
www.sicaeletric.com.br
São Paulo
SP
SIEMENS IRIEL
(51) 3478-9000
www.iriel.com.br
Canoas
RS
SIMON
(31) 2566-6766
www.simonbrasil.com.br
Contagem
MG
X
SOB BRASIL
(11) 5090-0030
www.sob-brasil.com
São Paulo
SP
SOPRANO
(54) 2109-6000
www.soprano.com.br
Farroupilha
RS
X
STECK I
(11) 2248-7000
www.steck.com.br
São Paulo
SP
X
STRAHL
(11) 2818-3838
www.strahl.com
São Paulo
SP
X
X
SWITERM
(11) 2591-2421
www.switerm.com.br
São Paulo
SP
X
X
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
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Interruptores para áreas classificadas
PARCUS DESIGN
X
Interruptores para uso industrial
X
Interruptores para uso residencial e análogo - uso externo (IP 44 mínimo)
X
Interruptores para uso residencial e análogo - uso interno
SP
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São Paulo
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X X
(11) 2122-5777
Exporta produtos acabados
SP
NUTSTEEL
Possui programas na área de responsabilidade social
São Paulo
Possui certificado ISO 14001
Possui certificado ISO 9001
Cidade
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Outros
X
X
Site
(11) 3437-5600
Telemarketing
X
Venda direta ao cliente final
X
X
Revendas/Varejistas
X
X
Distribuidores/Atacadistas
X
X
Telefone
MULTIWAY
Estado
X
X
EMPRESA
Interruptores e outros dispositivos de comando e controle
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Principal canal de vendas
Comercial
Residencial
Principal segmento de atuação
Industrial
Distribuidora
Fabricante
Empresa
X
X X
X
Pesquisa - Tomadas e interruptores industriais e prediais
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Interruptores e outros dispositivos de comando e controle
Temporizadores
Outros produtos
Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso interno
Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo)
Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - com dispositivo antichoque (trava de segurança)
X
X
X
X
X
São Paulo
SP
ALUMBRA
(11) 4393-9300
www.alumbra.com.br
São Bernado do Campo
SP
APOIO
(11) 3386-7402
www.apoio.ind.br
São Paulo
SP
AVANT
(11) 3355-2230
www.avantsp.com.br
Joinville
SC
B-LUX
(11) 2621-4811
www.blux.ind.br
São Paulo
SP
COMSYSTEL
(11) 4158-8440
www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
CONEX
(11) 2331-0303
www.conex.com.br
São Bernado do Campo
SP
DECORLUX
(41) 3029-1144
www.decorlux.com.br
Curitiba
PR
DNI-KEY WEST
(11) 3933-2120
www.dni.com.br
São Paulo
SP
DUTOPLAST
(11) 2524-9055
www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
ENERBRAS
0800 645 3052
www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
ENGEDUTO
(21) 3325-0406
www.engeduto.com.br
Rio de Janeiro
RJ
EXATRON
0800 541 3310
www.exatron.com.br
Porto Alegre
RS
FAME
(11) 3478-5600
www.fame.com.br
São Paulo
SP
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
FORTLIGHT
(11) 2087-6000
www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
GRUPO FOXLUX
(41) 3302-8100
www.foxlux.com.br
Pinhais
PR
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437
www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
HELLERMANNTYTON
(11) 2136-9000
www.hellermanntyton.com.br
Jundiaí
SP
ILUMI
(19) 3572-2299
www.ilumi.com.br
Leme
SP
X
X
X
X
X
X
IRMÃOS ABAGE
(41) 3371-5600
www.irmaosabage.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
LED ROVIMATIC
(11) 3816-4040
www.rovimatic.com.br
São Paulo
SP
LOJÃO A ELETRICIDADE
(79) 2107-2600
www.alvesbarreto.com.br
Aracajú
SE
X
X
X
X
X
X
X
X
MAGNANI
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
X
X
X
X
X
X
MARGIRIUS
0800 707 3262
www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
X
X
X
X
X
X
MICROKEY
(11) 5514-6314
www.microkeylimit.com.br
São Paulo
SP
X X
X
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X
Outros produtos
Sensores de presença
X
www.alpha-ex.com.br
Placas para interruptores e tomadas
Controles para ventilador
X
(11) 3933-7533
Caixas para interruptores e tomadas
Variadores de luminosidade (dimmer)
X
SP
ALPHA
Para sinal em geral (dados, internet, etc.)
Minuterias
X
Cidade Osasco
Para telefonia
Pulsadores para uso hospitalar
X
Site www.abb.com.br
Para áreas classificadas
Pulsadores para uso geral
X
Telefone 0800 014 9111
Multitomadas (réguas de tomadas, extensões - NBR 14136)
Interruptores por cartão (por exemplo, para uso em hotéis)
X
EMPRESA ABB
Estado
Tomadas Para uso industrial (NBR IEC 60309-1)
110
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X X
111
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
www.piallegrand.com.br
São Paulo
SP
(22) 2105-7777
www.polarmacae.com.br
Macaé
RJ
PROAUTO
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
SCHNEIDER ELECTRIC
0800 701 5400
www.schneider-eletric.com
São Paulo
SP
X
SICA
(11) 3822-5211
www.sicaeletric.com.br
São Paulo
SP
X
SIEMENS IRIEL
(51) 3478-9000
www.iriel.com.br
Canoas
RS
SIMON
(31) 2566-6766
www.simonbrasil.com.br
Contagem
MG
SOB BRASIL
(11) 5090-0030
www.sob-brasil.com
São Paulo
SP
SOPRANO
(54) 2109-6000
www.soprano.com.br
Farroupilha
RS
STECK I
(11) 2248-7000
www.steck.com.br
São Paulo
SP
STRAHL
(11) 2818-3838
www.strahl.com
São Paulo
SP
SWITERM
(11) 2591-2421
www.switerm.com.br
São Paulo
SP
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X X
X
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X X
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X X
X
Outros produtos
0800 11 8007
POLAR COMPONENTES
X
Placas para interruptores e tomadas
PIAL LEGRAND
X
Caixas para interruptores e tomadas
SP
X
Para sinal em geral (dados, internet, etc.)
SP
São Paulo
X
Para telefonia
São Paulo
www.peesa.com.br
X
Para áreas classificadas
www.parcus.com.br
(11) 3313-4455
Para uso industrial (NBR IEC 60309-1)
(11) 3796-9343
PEESA
Multitomadas (réguas de tomadas, extensões - NBR 14136)
PARCUS DESIGN
X
Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - com dispositivo antichoque (trava de segurança)
SP
Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso externo (IP 44 mínimo)
São Paulo
Para uso residencial e análogo (NBR 14136) - uso interno
www.nutsteel.com.br
Tomadas
Outros produtos
(11) 2122-5777
Temporizadores
SP
NUTSTEEL
Estado
Sensores de presença
São Paulo
Controles para ventilador
Cidade
www.multiwayrod.com.br
Variadores de luminosidade (dimmer)
Site
(11) 3437-5600
Minuterias
Telefone
Pulsadores para uso hospitalar
EMPRESA MULTIWAY
Pulsadores para uso geral
Interruptores por cartão (por exemplo, para uso em hotéis)
Interruptores e outros dispositivos de comando e controle
X
X
X
X
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112
Aula prática
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Por João Carlos Sanches*
Cabines primárias Introdução a projetos, limites de fornecimento, construção, operação e manutenção de subestações de entrada
113
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
E
“cabine primária”.
que diminuem a tensão para ser então
de forma genérica, ressaltando, porém,
Particularmente, considero a deno
distribuída em áreas urbanas ou rural em
os aspectos mais importantes sobre o
minação da norma ABNT NBR 14039
média tensão.
tema. As normas ABNT citadas neste
bastante adequada.
ste artigo visa abordar o assunto
é dada por: P = V.I, ou seja, a potência
trabalho, assim como as prescrições
Conceitos básicos
das concessionárias de energia elétrica,
é diretamente proporcional ao produto da tensão do sistema e à corrente do
trazem os detalhes técnicos necessários para um entendimento mais abrangente.
Genericamente, a potência elétrica
Por que precisamos de uma cabine
sistema.
primária ou subestação de entrada?
Para transportarmos uma determi
A resposta vem do aspecto técnico e
nada quantidade de energia, é melhor
econômico da condição de transportar a
ter tensões mais elevadas para obter
São várias as denominações para
energia com menores perdas possíveis,
correntes mais baixas, as quais implicam
cabines
de forma segura, econômica e na melhor
em menores perdas por efeito joule
NBR 14039, de dezembro de 2003,
condição.
e implicam também em bitolas de
denominada
Nomenclatura
primárias.
A
norma
ABNT
A energia é gerada normalmente em
cabos menores. Existem outras várias
tensão de 1,0 a 36,2 kV”, em seu
locais distantes dos maiores centros de
considerações sobre perdas, mas este
parágrafo 3.6, menciona cabine primária
consumo na tensão de 13,8 KV (média
é o conceito fundamental para todas as
como
“Instalações
de
média
de
tensão), a tensão é elevada para os níveis
etapas.
concessionárias
de tensão de transmissão (alta tensão) e
utilizam a denominação “posto primário”.
então a energia elétrica é transportada
de entrada e às demais subestações,
No entanto, muitos consumidores e
por meio de linhas de transmissão. Em
incluindo-se a distribuição em baixa
fornecedores de equipamentos utilizam
locais estratégicos, existem subestações
tensão.
“subestação
energia”.
Algumas
de
entrada
Este conceito se aplica à subestação
114
Aula prática
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
quantidades, especificidades); • Localização do centro de cargas e posicionamento estratégico da subes tação de entrada (cabine primária) e subestação transformadora; • Previsões futuras de cargas; • Normas da concessionária que atende a região e os respectivos padrões e diretrizes.
Os padrões das concessionárias e as
normas ABNT indicam, geralmente, as condições mínimas para vários aspectos, no entanto, o projeto pode ir mais adiante e avaliar a possibilidade de se ter equipamentos mais robustos, mais Figura 1 – Rede de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia.
automatizados e mais inteligentes. O projeto elétrico, incluindo-se o
Quando uma subestação de entrada é
Atualmente, a economia existente nesse
memorial descritivo, deve ser elaborado
implantada, devemos definir a localização
processo é muito pequena, pois a tarifa
por profissional habilitado e devidamente
da subestação transformadora para então
de energia em baixa tensão e em média
registrado no CREA.
analisar o centro de cargas e fazer a
tensão são iguais. Apenas o custo da
análise técnica e econômica da bitola dos
distribuição (o chamado fio) é menor.
Limites de fornecimento
cabos em média tensão até a subestação
Projeto
transformadora e as bitolas da baixa tensão até as cargas. Há
alguns
anos
um
em
consumidor
baixa em
tocante
fornecimento, tínhamos
uma
economia tarifária ao migrar de um consumidor
No
tensão média
O projeto de uma subestação deve
considerar os seguintes aspectos:
para
tensão.
aos
como
limites
de
exemplo
são
citados os limites estipulados pela AES Eletropaulo, que são iguais às demais empresas no Brasil:
• Característica das cargas (natureza,
“O fornecimento é feito em tensão
115
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
primária de distribuição quando, em
de média tensão e desligar o sistema de
unidades consumidoras individuais, a carga
subestação primária. O reconhecimento
total instalada for superior a 75 kW ou a
sobre qual tipo de ocorrência houve, se
demanda a ser contratada pelo interessado
interno ou externo, tem de ser feito por
for igual ou inferior a 2.500 kW.
profissional experiente e habilitado.
A tensão primária de distribuição
será igual a 69 kV quando a demanda a
ser feito em sequências de operações
ser contratada pelo interessado, para o
bem definidas.
fornecimento, for superior a 2.500 kW.
Unidade consumidora com demanda
mais seguras e flexíveis se o projeto e a
acima de 2.500 kW terá seu atendimento
construção da subestação considerarem
avaliado em tensão de distribuição inferior
as várias circunstâncias operativas e não
a 69 kV e pode ser atendida desde que:
somente privilegiar o menor custo.
• Haja conveniência técnica e econômica
O religamento das subestações deve
A operação e a manobra podem ser
Podemos citar alguns exemplos:
para o subsistema elétrico da distribuidora; • Tenha a anuência do consumidor;
• Um disjuntor motorizado permite
• O subsistema de distribuição existente
operações a distância contribuindo com
no local comporte a nova carga.”
a segurança; • Um relé de proteção com função “79”
Construção
permite operar o religamento de uma subestação;
A execução da instalação deve ser
• Podemos ter relés de proteção com
feita em estrita concordância com o
oscilografia, que permite registros de
projeto
oscilações de tensão, curtos-circuitos,
aprovado
Recomenda-se
que
na
concessionária.
os
materiais
e
falta de fase ou desequilíbrios de fases;
equipamentos sejam adquiridos após a
• Quando temos, por exemplo, duas
liberação da concessionária.
saídas de linha de uma subestação primária e se, nestas saídas, existir disjuntores ao
Operação e manutenção
invés de chaves seccionadoras, então podemos ligar ou desligar os circuitos
A operação das subestações não
sem precisar desenergizar o sistema;
requer cuidados diários em condições
• A
normais. Deve-se ter um programa de
inspeção em pontos estratégicos de
inspeções e de manutenção visando
cubículos blindados permite a inspeção
preservar a operação de forma segura e
termográfica;
confiável.
• A inclusão de um cabo reserva em um
A
alimentação
de
janelas
de
mesmo
circuito pode, em certas casos, diminuir
em média tensão, está sujeita a certas
muito o tempo de parada de um sistema
variações de tensão devido à própria
elétrico quando ocorrer um acidente com
condição
cabos;
operativa
elétrica,
implantação
das
linhas
de
distribuição e também devido aos curtos-
• Chaves seccionadoras com função de
circuitos ao longo das linhas por conta
abrir o circuito e aterrá-lo na sequência
de acidentes e também de galhos de
aumentam a segurança pessoal.
árvores. Podem ocorrer problemas internos
*João Carlos Sanches é engenheiro eletricista e
aos sistemas dos consumidores, que
pós-graduado em Administração. Atualmente, é
podem provocar a atuação das proteções
diretor da LPEng Engenharia.
Espaço 5419
116
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
O gerenciamento de risco segundo a Parte 2 da ABNT NBR 5419
A Parte 2 da ABNT NBR 5419/2015
deveria haver uma justificativa técnica para
traz, com certeza, as maiores mudanças na
a não implantação de um SPDA.
proteção de estruturas contra as descargas
atmosféricas. Nesta parte, o estudo de
utilizava uma tabela fornecida pela norma
diversos parâmetros da estrutura, seus
em função da classificação das estruturas
arredores e das linhas elétricas ligadas a
ou a curva de eficiência do SPDA, também
ela indicará as medidas de proteção da
fornecida pela norma.
estrutura, das pessoas e dos equipamentos
contra os efeitos nocivos das descargas
o estudo é bem mais abrangente, iniciando
atmosféricas para que os riscos fiquem
pelas fontes de danos em que são
dentro de valores toleráveis.
consideradas as descargas atmosféricas que
O usuário da versão anterior, a ABNT
atingem diretamente a estrutura e as linhas
NBR 5419:2005, para saber se a estrutura
elétricas interligadas com elas e também
necessitava ou não de um Sistema de
as descargas que atingem áreas próximas
Proteção contra Descargas Atmosféricas
às estruturas e às linhas. São considerados
(SPDA), fazia um estudo simples em que
três tipos de danos: os ferimentos aos seres
calculava a área de exposição equivalente -
vivos, os danos físicos às estruturas e as
Ae (que por sinal mudou nesta nova versão),
falhas nos sistemas elétricos e eletrônicos.
verificava o índice cerâunico da região
Com isso, são considerados os seguintes
para calcular a densidade de descargas
tipos de perdas: perda de vidas humanas;
atmosféricas para terra - Ng e avaliava cinco
perda de instalação de serviço ao público;
índices de ponderação (tipo de ocupação,
perda de memória cultural; e perda de
de construção, o conteúdo e os efeitos
valor econômico (estrutura e seu conteúdo,
indiretos das descargas, a localização da
instalação de serviço e perda de atividade).
estrutura e a topografia da região).
Com estes parâmetros, o usuário
em uma estrutura são: R1 - risco de perda
conseguia fazer uma avaliação final, obtendo
de vida humana; R2 - risco de perda de
a frequência média anual ponderada
instalação de serviço ao público; R3 - risco
prevista para edificação, e assim comparar
de perda de memória cultural e R4 - risco
com os valores de 10 (resultado igual ou
de perda de valor econômico.
acima deste, a implantação de um SPDA
Entende-se como risco o valor de
seria obrigatória) e 10-5 (resultado igual ou
uma provável perda média anual (vida e
inferior a este, o SPDA não seria obrigatório)
bens) devido às descargas atmosféricas,
e estando dentro da faixa intermediária,
em relação ao valor total (vida e bens)
-3
Para a definição do nível de proteção,
Na parte 2 da ABNT NBR 5419:2015,
Dessa forma, os riscos a serem avaliados
117
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
do objeto a ser protegido. Estes riscos
ponto de entrada da linha na estrutura)
dependem do número anual de descargas
devido à corrente da descarga atmosférica
atmosféricas que influenciam a estrutura,
transmitida ao longo das linhas; RW –
da probabilidade de dano por uma das
R3: Risco de perdas de patrimônio cultural: R3 = RB3 + RV3
Componente relativo a falhas de sistemas
descargas atmosféricas que influenciam
internos
esta estrutura e da quantidade média das
induzidas nas linhas que entram na estrutura
perdas causadas.
e transmitidas a esta; RZ – Componente
causados
por
sobretensões
R4: Risco de perdas de valor econômico: R4 = RA4b) + RB4 + RC4 + RM4 + RU4b) + RV4 + RW4 + RZ4
Uma vez calculados estes riscos, os
relativo a falhas de sistemas internos
valores são comparados aos valores típicos
causados por sobretensões induzidas nas
toleráveis indicados na norma: perda de
linhas que entram na estrutura e transmitidas
vida humana ou ferimentos permanentes =
a esta, geralmente em estrutura com risco
10–5; perda de serviço ao público = 10–3 e
de explosão, hospitais e outras com riscos
perda de patrimônio cultural = 10 . Caso
de vida por falha de sistemas internos.
se forem feitos à mão. Em vista disso, alguns
algum valor de risco ultrapasse o valor
Cada uma destas componentes de
softwares e planilhas foram desenvolvidas
tolerável, as medidas de proteção devem
risco pode ser calculada por meio de uma
no exterior (com base na IEC 62305-
ser alteradas de forma que o risco fique
expressão geral:
2:2010) e também no Brasil, que facilitam
–4
b) Somente para propriedades nas quais animais possam ser perdidos. Estes cálculos são bastante trabalhosos
a obtenção das medidas de proteção
dentro do valor tolerável. RX = NX × PX × LX
necessárias para que os riscos estejam com
risco, vários componentes de risco devem
Em que:
valores toleráveis.
ser avaliados: RA - componente relativo a
NX é o número de eventos perigosos por
No Brasil, o Instituto Nacional de
Para o cálculo de um determinado
ferimentos aos seres vivos causados por choque elétrico devido a tensões de passo
ano;
Pesquisas Espaciais (Inpe) disponibilizou
PX é a probabilidade de dano à estrutura;
um mapa do Brasil e mais cinco mapas
LX é a perda consequente.
das regiões brasileiras nos quais se pode
relativo a danos físicos causados por
A parte 2 da ABNT NBR 5419:2015
descargas atmosféricas para terra por km2
centelhamentos
da
apresenta diversos anexos, nos quais
por ano). Este número poderá (assim que
estrutura iniciando incêndio ou explosão,
podem ser obtidos ou calculados estes
a norma for publicada) ser obtido também
os quais podem também colocar em perigo
parâmetros para cada componente.
no seguinte link: <http://www.inpe.br/
o meio ambiente; RC - componente devido
O cálculo dos riscos é feito pela
webelat/ABNT_NBR5419_Ng>.
à falha de sistemas internos causados por
somatória de algumas componentes, como
parâmetro é fundamental para o cálculo
LEMPs (pulsos eletromagnéticos devido aos
a seguir:
de N que é utilizado na obtenção de todos
e de toque em distâncias de até 3 m do lado de fora da estrutura; RB - componente perigosos
dentro
obter diretamente o Ng (número de
Este
os riscos.
raios) por conta de descargas que atingem a estrutura; RM - Falha de sistemas internos
R1: Risco de perda de vida humana:
causada por LEMP devido às descargas
R1 = RA1 + RB1 + RC1a) + RM1a) + RU1 + RV1 +
tais como o nível de proteção (I, II, III ou
que atingem áreas perto da estrutura; RU componente relativo a ferimentos aos seres
RW1a) + RZ1a)
Dessa forma, as medidas de proteção,
IV), as classes dos DPSs (Dispositivos de Proteção contra Surtos, classe 1, 2 ou 3),
a) Somente para estruturas com risco de explosão e para hospitais com equipamentos elétricos para salvar vidas ou outras estruturas quando a falha dos sistemas internos imediatamente possa colocar em perigo a vida humana.
as formas para redução de incêndio, as
centelhamentos perigosos entre instalações
R2: Risco de perdas de serviço ao público:
Por Hélio Eiji Sueta, doutor em Engenharia
externas e partes metálicas geralmente no
R2 = RB2 + RC2 + RM2 + RV2 + RW2 + RZ2
vivos causados por choque elétrico por causa das tensões de toque e passo dentro da estrutura ocasionadas por descargas que atingiram a linha elétrica conectada a estrutura; RV - Componente relativo a danos
medidas para redução de tensões de toque e passo e as formas de cabeamento e blindagens serão definidas pela análise de risco da estrutura sob estudo.
físicos (incêndio ou explosão iniciados por Elétrica e secretário da CE-003.064-10.
118
Energia sustentável
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.
A água e a energia do Carnaval
Está difícil não escrever novamente sobre
na bacia do Rio Paraíba do Sul. Mesmo que
intrinsecamente ligada ao uso da água,
as indústrias do setor elétrico não sejam
fortemente no Brasil, o que foi reafirmado
intensivas em água, serão afetadas também.
no relatório do Fórum Econômico Mundial
- do ano mais quente já registrado na história
- O número de casos de dengue no país cresceu
2015 supracitado: o nexo causal entre
do planeta;
57% em janeiro/15, diante de janeiro/14,
alimentos,
- da maior nevasca da história de Nova York;
segundo o Ministério da Saúde (metade dos
climática foi identificado pelo Conselho de
- da maior crise hídrica da história do Brasil;
casos na região Sudeste), o que pode ser
Inteligência americano como uma das quatro
- da enxurrada de aumentos da energia
consequência também da crise hídrica.
megatendências que moldarão o mundo em
água e energia depois:
elétrica e da bandeira tarifária, gasolina, água,
água,
energia
e
mudança
2030; a Agência Internacional de Energia
transportes;
As manchetes na mídia definem mais
projeta um aumento do consumo de água de
- de chegarmos à beira de um racionamento
adequadamente a situação: crise da água. O
85% até 2035 para atender às necessidades
de energia.
Fórum Econômico Mundial de 2015 considera
de geração e produção de energia.
a crise da água como um dos maiores riscos
Nota-se uma grande similaridade na
É curioso observar que um dos maiores
globais há anos, sendo o de maior impacto
gestão de energia no país, comparada
jornais do país usualmente endereça matérias
em 2015 (fonte: Global Risks 2015 – World
à água: a negação do problema, a falta
sobre água em seções ligadas ao cotidiano ou
Economic Forum, http://www3.weforum.org/
de transparência, a falta de medidas de
cidades, enquanto as questões energéticas são
docs/WEF_Global_Risks_2015_Report15.pdf).
eficiência/preventivas, o “apagão” em vários
tratadas na seção de economia. A Conferência
Até pouco tempo atrás, os governos
estados no último dia 19/01. O Ministro
Internacional de Água e Meio Ambiente
negavam a existência do problema e de
das Minas e Energia afirmou que medidas
em Dublin reconheceu a água como bem
racionamento
de
econômico em 1992, mas no Brasil ela era
futuras
encarada como um bem público, abundante,
transparência e participação dos afetados.
caíssem abaixo de 10% de sua capacidade
que todos poderiam usar e gastar sem limites.
O legislativo está se movimentando
(o que já aconteceu na Região Sudeste). No
Mas parece que isso mudou nos últimos meses.
lentamente. É o caso, por exemplo, da
início de fevereiro, o Comitê de Monitoramento
As consequências da falta de água são altas,
Câmara Municipal de São Paulo, que aprovou
do Setor Elétrico aumentou para 7,3% o
relatadas diariamente na mídia, como:
recentemente em primeira votação dez
risco de falta de energia elétrica na Região
projetos de lei sobre água, tais como multa
Sudeste/Centro Oeste, acima do limite de 5%
- O PIB pode cair 2% se houver racionamento
para quem lavar a calçada/carro com água da
considerado aceitável. Lá vem mais um plano
de água e energia. Indústrias pararam a
Sabesp; desconto no IPTU para imóveis que
emergencial?
produção pela falta de água. A Resolução
fizerem captação de água de chuva e reuso
Conjunta ANA/DAEE 50/15 determinou
de água; instalações sanitárias econômicas e
ano e dos governos atuais somente pelo
a redução em 30% do consumo diário
arquitetura sustentável em novas construções.
costumeiro humor carnavalesco (a marchinha
outorgado de água das indústrias que captam
O racionamento (presente ou futuro) em
do bloco paulistano “Nóis Trupica Mais não
das bacias dos rios Jaguari, Camanducaia
algumas regiões já assustou a população
Cai” para 2015 é “Sereia do Cantareira”, assim
e Atibaia quando o volume útil do Sistema
e as indústrias e parece que “caiu a ficha”:
como a “Lata D’Água na Cabeça” de 1952
Cantareira cair abaixo de 5%, sob pena de
aquisição de caixas d’água, adoção de
foi resgatada em 2015)? Ou como marco da
multa (o que ocorreu em 2015). No Rio de
mecanismos e práticas para economizar, etc.
mudança da forma de gestão e das atitudes
Janeiro, haverá redução gradual da vazão
para resolver a crise e evitar que se repita?
informal.
medidas
Agora,
discutem
emergenciais,
sem
Sabemos que a gestão de energia está
racionamento/racionalização
seriam
necessárias caso os níveis das hidrelétricas
Será que meus netos se lembrarão do
120
Iluminação eficiente
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.
Estamos esperando o quê? Acabar a água? informados
20% do consumo indiscriminadamente
e lâmpadas eficientes e de longa vida
sobre os níveis das represas e sobre o
como tivemos de fazer no apagão de 2001.
instalado;
provável racionamento de água, porém,
4 – Tornar o Programa Brasileiro de
relativamente pouco se fala sobre possíveis
consciência
A
Etiquetagem de Edificações compulsório
racionamentos de energia. Será que já não
iluminação representa aproximadamente
para edifícios a serem construídos e em
era hora de o governo começar a agir e
20% de todo o consumo de energia,
reforma;
não apenas aumentar as tarifas? Segundo
portanto, tem um grande papel nesse
5 – Tornar obrigatória para governos a
a Câmara de Comercialização de Energia
cenário e hoje dispomos de tecnologias
compra de produtos com o selo Procel ou
(CCEE), a produção de energia acumulada
muito mais eficientes que podem reduzir
a etiqueta do Inmetro "A" que garantem
no mês até o dia 17 de fevereiro desse ano
significativamente o consumo. A tecnologia
um mínimo de eficiência, desempenho e
foi 12,8% inferior ao acumulado no mesmo
Led está disponível e cada vez mais
segurança;
período do ano passado. Reflexo do
acessível, assim como diversos sistemas
6 – Estabelecer prazo de quatro anos para
problema hídrico, isso impacta diretamente
de controle da iluminação.
que todos os edifícios federais estaduais e
nas contas de energia, uma vez que as
Medidas governamentais mais eficazes,
municipais façam uma auditoria energética
termoelétricas estão sendo utilizadas a
porém, necessitam ser implantadas de
e modernizem seus equipamentos de
todo vapor para tentar contrabalancear a
forma consistente. A seguir são elencadas
iluminação;
redução da geração hídrica.
dez medidas sugeridas pela Associação
7 – Tornar obsoletas até 2020 as lâmpadas
A partir de março, aumentos da ordem
Brasileira da Indústria da Iluminação
a vapor de mercúrio, de luz mista e de
de 50% são esperados nas contas de
(Abilux) ao governo, que impactariam
indução magnética e, desde já, aumentar a
energia das indústrias no Estado de São
positivamente o cenário energético, rumo à
alíquota de impostos destes modelos;
Paulo e isso, com certeza, impactará toda
conservação de energia:
8 – Tornar obsoletos os reatores magné
Diariamente,
somos
Creio que já é tempo de tomarmos e
agir
proativamente.
ticos para lâmpadas fluorescentes, pois os
a cadeia produtiva e a nós consumidores. Mas então por que não começar a promover
1 – Troca dos cinco milhões de pontos
eletrônicos economizam cerca de 70% de
ações mitigadoras para antecipar os
de iluminação pública existentes com
energia;
problemas? Seria uma decisão tão difícil
lâmpadas a vapor de mercúrio (50
9 – Criação de linhas de financiamento a
assim para o governo? Agir efetivamente
lúmens por watt) por luminárias modernas
produtos e projetos de iluminação eficiente
sobre a conservação de energia poderá
com Leds (>100 lúmens por watt) com
para as cidades para iluminação pública,
gerar impactos ainda mais negativos na
controles inteligentes;
prédios públicos e edificações em geral;
economia brasileira?
2 – Mudança no programa de subsídios ou
10 – Reduzir a carga tributária em todos os
Observa-se que o consumo de energia
gratuidade na substituição de lâmpadas
níveis de produtos que utilizem Leds como
per capita no Brasil continua a crescer
incandescentes (14 lúmens por watt)
lâmpada, módulos e luminárias, assim
enquanto nos Estados Unidos observamos
com a entrega de lâmpadas fluorescentes
como drivers e controles para Leds.
uma redução. E isto por quê? Porque
compactas (50/60 lúmens por watt) por
promovem ações de conservação de
lâmpadas Led (80/100 lúmens por watt);
Será
energia e políticas rígidas de incentivo
3 – Entrega de casas do programa Minha
sentido? Ou estarão esperando as águas
ao uso de equipamentos e construções
Casa Minha Vida e programas similares
das represas acabarem para termos de
eficientes. Este é o caminho. Não cortar
já com o ponto de luz com luminárias
apagar as luzes também?
que
caminharemos
nesse
122
Instalações MT
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.
Geração distribuída e tarifa verde na média tensão – socorro ao SIN
Irônico pensar que nosso ambiente
consumidoras, o fato é que ninguém
operar somente três horas por dia. O
regulatório reluta em aplicar uma tarifa
sabe ao certo qual o valor total desta
preço deste combustível teria de ser
compulsória variável nas horas do dia
possível contribuição. Alguns utilizam
diferido também e isso poderia ser feito
para o segmento de baixa tensão (BT),
o vale de demanda no horário de pico
via incentivo na fatura de energia (há
sendo que o setor de média tensão (MT)
e chegam a estratosféricos 8 GW, mas
proporcionalidade entre KWh gerado e
já convive há muitos anos com este tipo
se esquecem que muitas unidades
óleo consumido).
de tarifa (verde e azul). E é o segmento de
consumidoras
simplesmente
Vai ser uma decisão que exige
MT que vai socorrer o sistema interligado
deixam de consumir e não transferem
coragem e bom preparo físico caso se
nacional (SIN) exatamente por conta da
carga para a geração a diesel.
permita injeção de potência nas redes
tarifa chamada “verde”.
Assim, dentro do que se sabe, em
de distribuição, mas, para pacientes
(UC)
Ou seja, por mais duro que possa
algumas distribuidoras mais organizadas,
terminais, nem sempre é possível evitar
parecer, ser parte de um ambiente realista
este valor talvez seja algo próximo de 4
uma boa “transfusão”. Viver pressupõe
é sempre melhor do que se esconder
GW a 5 GW, o que não é pouco. Estamos
correr e gerenciar riscos!
como nesta famigerada “tarifa branca”,
falando de quatro usinas hidrelétricas de
Quanto
instituída para a BT, que não decola de
Furnas ou 1/3 de uma Itaipu, distribuídas,
enfrentar a crise, maiores são os riscos.
jeito algum (ainda bem, pois é o melhor
e que parte disso pode, inclusive, ser
Se
exemplo de perda que conheço!).
colocada em paralelo como o sistema
ambientes de negócio mais propícios a
de
unidades
uma automação menos incipiente (na
o tema da insegurança energética que o
consumidoras têm os dispositivos de
distribuição, mas também na transmissão
Brasil enfrentava e já sugeríamos que se
proteção e controle necessários).
e nas subestações há muito o que
ampliassem os benefícios da tarifa verde,
A
fazer) nos sistemas de distribuição via
de forma a dar um refresco na situação.
consumidoras já permite leitura nos
regulação
Desde o início de 2014 abordamos
distribuição
medição
(muitas
dessas
unidades
mais
também
menos
demorarmos tivéssemos
restritiva
e
para tido
mais
Nada foi feito e a coisa está ficando
quatro quadrantes e, portanto, é possível
realista e avançada, agora poderíamos
fora de controle, e isso, agora, está na
fazer qualquer tipo de compensação
controlar a iluminação pública e evitar
ordem do dia. Lembro que, se tivéssemos
de energia entregue ao sistema da
aquela loucura de ir de poste em
iniciado ações no ano passado, hoje este
concessionária. A fatura ficará mais
poste desligando lâmpadas e reatores.
sistema de compensação estaria mais
complicada, mas, de forma geral, as
Poderíamos também ampliar vantagens
maduro e teríamos mais consciência do
distribuidoras já têm isso preparado por
da tarifa de BT e baixar picos de energia
quanto ele pode ajudar e dos riscos que
conta da RN 482/2012 da Aneel.
causados pelas residências!
traz.
A questão da logística do óleo
Agora é tarde e vamos ter mesmo
A despeito de uma portaria antiga
combustível tem que ser pensada, pois
de usar o conceito ATP (arranjo técnico
da Aneel que obriga a registrar toda
a maior parte das UCs possui pequena
provisório), nome pomposo para o que é
geração a diesel existente nas unidades
capacidade
chamado vulgarmente de “gambiarra”.
de
armazenamento
para
AnĂĄlise de sistemas de potĂŞncia
123
*ClĂĄudio SĂŠrgio Mardegan ĂŠ engenheiro eletricista e diretor da EngePower Engenharia e ComĂŠrcio Ltda. Ă&#x2030; consultor, membro sĂŞnior do IEEE, autor do livro â&#x20AC;&#x153;Proteção e Seletividade em Sistemas ElĂŠtricos Industriaisâ&#x20AC;? e coautor do â&#x20AC;&#x153;Guia O Setor ElĂŠtrico de Normas Brasileirasâ&#x20AC;?.
A importância dos protetores de surto (snubbers) para a proteção dos transformadores â&#x20AC;&#x201C; Parte I
Dados histĂłricos: tem ocorrido a queima de
uma grande quantidade de transformadores nos Ăşltimos anos, principalmente transformadores secos. Isso nĂŁo significa necessariamente que o transformador ĂŠ de mĂĄ qualidade. Mesmo transformadores de fabricantes considerados de primeira linha tambĂŠm tĂŞm queimado. A maior parte destas queimas ĂŠ gerada por
Figura 1 â&#x20AC;&#x201C; Exemplares de transformadores queimados em casos reais.
sobretensþes de manobra. Apenas com os registros que chegaram atÊ mim, nos últimos dois anos no Brasil, registraram-se 19 ocorrências. Isso levou à instalação de mais 100 conjuntos de snubbers, apenas nos processos em que participei. Na AmÊrica do Norte, o maior especialista no mundo instalou mais de 2.000 snubbers. Este fenômeno ainda
Figura 2 â&#x20AC;&#x201C; Unifilar simplificado.
ĂŠ pouco conhecido na comunidade tĂŠcnica
energia, que no indutor Ê igual a ½ Li2 e no
nacional e mesmo mundial.
đ?&#x153;&#x201D;=1LC ou f =12Ď&#x20AC;1đ??żđ??ś
capacitor Ê igual a ½ CV2. Todo equipamento
Qual a causa da queima dos transformadores?
elÊtrico jå nasce com uma capacitância
intrĂnseca a ele conhecida como capacitância
costuma-se situar na faixa entre 10 kHz e
parasita, capacitância própria ou capacitância
1 Mhz, conforme indicado na Tabela 1 da
de charging. Ă&#x2030; sabido que todo chaveamento
referĂŞncia [01]. Em outras palavras, a energia
curto-circuito
gera sobretensĂŁo. Esta sobretensĂŁo carrega as
armazenada nas capacitâncias irå trocar
entre espiras ou entre duas camadas de
capacitâncias do sistema com uma energia ½
energia com a indutância do transformador.
espiras, originadas por elevada magnitude
CV2. Ao interromper o circuito, a capacitância
Neste ponto, podemos ter quatro situaçþes
da sobretensĂŁo, taxa de crescimento da
ficarå trocando energia com a indutância do
diferentes: valor elevado de tensĂŁo (que pode
sobretensão (dV/dt), ressonância paralela
sistema, tendo como elemento atenuador
inclusive superar o BIL do equipamento), ter
ou ressonância sÊrie. Veja Figura 1.
desta energia a resistĂŞncia. Veja Figura 2.
um elevado dv/dt, ter uma ressonância paralela
ou uma ressonância sÊrie com o transformador.
A causa da queima Ê falha de isolação,
gerando
normalmente
O fenĂ´meno
SerĂĄ explanado aqui o processo da abertura
Em sistemas de potĂŞncia esta frequĂŞncia
do disjuntor. Neste caso, a sobretensão de chaveamento carrega as capacitâncias (Ceq e
ReferĂŞncia
O elemento de circuito resistĂŞncia (R)
Ccabo) e ao abrir o disjuntor esta sobretensĂŁo
ĂŠ um dissipador de energia (por efeito Joule
irĂĄ oscilar com uma frequĂŞncia Ď&#x2030; do lado do
Ri2). Os elementos de circuito indutância (L)
transformador (lado da carga). Esta frequĂŞncia
e capacitância (C) são armazenadores de
Ê dada pela equação:
[01] Documento CigrĂŠ 39 â&#x20AC;&#x201C; â&#x20AC;&#x153;REPRESENTATION OF NETWORK ELEMENTS WHEN CALCULATING TRANSIENTSâ&#x20AC;? - Working Group 02 (Internal overvoltages) Of Study Committee 33 (Overvoltages and Insulation Coordination).
124
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia. twitter: @jobsonmodena
ABNT NBR 5419:2015
Na terça-feira do dia 10.02.2015, em
que a inserção do voto no texto fosse
adaptação (carência) desde a publicação
reunião plenária especial para análise de
pertinente.
da ABNT NBR 5419:2015, mas essa
contribuições, com a presença de mais
decisão cabe exclusivamente à ABNT, bem
de quarenta participantes, finalmente, a
colaborou na análise final do texto estava
como o dia da publicação.
CE-64.10 encerrou os trabalhos de revisão
presente na reunião e foi dado a todas elas
Caso o prazo seja acatado nesse
do texto da ABNT NBR 5419.
o direito de se manifestarem em relação
período valerão as duas versões da norma.
Foram
contabilizadas
aos seus votos, a reunião transcorreu de
Exemplo: para todos os projetos iniciados
400 contribuições enviadas até o dia
forma tranquila e proveitosa.
ou já prontos e que tenham sua execução
10.12.2014,
devidamente
Dessa forma, os formulários com o
terminada até o último dia de prazo da
agrupadas e tabuladas – votos iguais
resultado da votação, a ata de reunião
carência poderá ser utilizada a versão
ou que tratavam de um mesmo item –,
e a lista de presença foram entregues
de 2005. Outra dúvida recorrente é a
resultaram em 389 intervenções válidas
em 12.02.2015 ao Comitê Brasileiro
aplicabilidade. A versão 2015 só deverá ser
assim distribuídas:
de Eletricidade, Eletrônica e Iluminação
exigida para projetos que se iniciem após
(Cobei) para que este oficializasse a
o prazo de carência, obras de instalação
• Parte 1 – 59 votos;
entrega à Associação Brasileira de Normas
que terminem após este prazo também
• Parte 2 – 41 votos;
Técnicas (ABNT).
deverão ter seu projeto readequado. No
• Parte 3 – 155 votos;
Depois de todas as alterações feitas
caso de inspeção, a versão 2015 só
• Parte 4 – 134 votos.
em função da consulta nacional o resultado
deverá ser posta em prática se não houver
que
após
mais
de
Como grande parte das pessoas que
da reunião não nos mostrou grandes
documentação adequada que comprove
pelos
mudanças no texto previamente submetido
que a instalação em questão está em
presentes, discutidos e aos mesmos foram
ao público, então, o que podemos esperar
conformidade com a NBR da época
atribuídos consensualmente um dos três
é uma ABNT NBR 5419:2015 repleta de
(projeto e relatórios técnicos), ou que a
status:
conceitos abrangentes e de vasta teoria
instalação e ainda a estrutura tenham sido
agregada.
descaracterizadas (desvios na instalação,
• Aceito – quando a proposta de alteração
alterações na edificação).
do texto foi aprovada;
sair usando logo no primeiro contato”, mas
• Aceito parcialmente – quando a proposta
um documento que deve ser estudado,
serão as dúvidas e utilizaremos este
de alteração do texto foi aprovada para
digerido, por vezes ensaiado, para que os
espaço também para responder questões
após alguma modificação feita na mesma
resultados sejam satisfatórios.
pertinentes, a fim de colaborar nesse
pela CE;
processo de transição que, como todos,
• Não aceito – quando a CE não julgou
que conferisse um prazo de 180 dias de
Todos
foram
analisados
Não será uma norma para “pegar e
Ciente disso a CE sugeriu à ABNT
Daqui em diante acredito que muitas
não será confortável.
126
NR 10
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Educar é melhor do que fiscalizar Considerando as características desta
não faz, ou soluções específicas que a norma
diagramas unifilares de suas instalações,
edição, entendo ser oportuno abordar as
não estabelece, já que é uma norma muito
que é uma forma de as empresas obterem
principais preocupações e considerações
aberta e que admite a adoção de soluções
um autodiagnóstico e seus dirigentes
acerca da NR 10, cuja última versão
de acordo com cada circunstância, mediante
ou responsáveis serem informados por
comemorou o décimo aniversário no final do
análise de risco.
profissionais habilitados sobre o nível de
ano passado.
A NR 10 é, na verdade, um marco,
segurança de suas instalações para poderem
Em primeiro lugar, precisamos considerar
mas as melhorias vão se apresentando aos
adequá-las aos princípios de segurança,
que a NR 10 impõe uma mudança de cultura
poucos, já que ela é uma solução de médio
de uma forma serena e sem que isso
no trato da eletricidade. Mas com relação à
e longo prazo. A segurança nas instalações
estivesse vinculado a multas ou interdições.
aplicação da norma, ficou claro que, após
já é preconizada nas normas técnicas de
A fiscalização é uma das formas de se
o impacto inicial – com certo tumulto –, ela
há muito tempo, o que ocorre é que a NR
alavancar a adequação, mas a educação e a
passou a ser implantada paulatinamente de
10 apresentou essas exigências normativas
conscientização são muito mais eficientes.
forma sólida e, esperamos, permanente.
como uma obrigatoriedade legal, fiscalizada
Quanto ao entendimento sobre as
pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
sua implantação, poderia sim haver um nível
exigências da norma, houve e ainda há
Impôs, logo de início, uma espécie de
maior de adequação, mas certamente as
alguns desvios de interpretação, muitas
“autofiscalização”, quando estabeleceu que
coisas caminham para um atendimento pleno
vezes impondo à norma exigências que ela
todos os estabelecimentos deveriam ter
da norma.
Passados dez anos desde o início de
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
127
Desvios que podem ocorrer e ocorrem são por conta de interpretações, embora o Ministério do Trabalho tenha disponibilizado no site para download um manual explicativo de interpretação para implantação da norma. Acredito que manter esse tema sempre em pauta, como está se fazendo nesse instante, é uma das formas de melhorar o nível de aderência aos requisitos normativos. Por parte das indústrias, em especial, as grandes e as médias, já há uma estabilização que poderá evoluir para um programa permanente de conscientização e de conhecimento geral para todos os colaboradores, um “programa de segurança elétrica”, que acabaria por proporcionar uma melhoria continuada de instalações e do uso da eletricidade.
Foi por detectar pouco respeito e pouco conhecimento das
normas técnicas e de outros assuntos relacionados à segurança que a NR 10 criou os treinamentos obrigatórios, cujo conteúdo principal são as medidas de proteção para as pessoas, e isso está exatamente dentro das normas técnicas de eletricidade há muitos e muitos anos.
O que falta ainda é que as instituições de ensino e formação
de mão de obra imponham esses ensinamentos de segurança nas instalações como parte fundamental de seus cursos, até porque os treinamentos da NR 10 foram estabelecidos como uma medida emergencial. Não podemos entender que a deficiência continue a ser produzida e o reparo, que é o treinamento básico de NR 10, seja tomado como definitivo. Em outras palavras, é desejável que os treinandos recebam o conhecimento das normas, principalmente quanto à segurança das instalações e práticas de trabalho seguro, de forma que, ao iniciar suas atividades profissionais, recebam da empresa o treinamento apenas de integração nas instalações elétricas de empresa, como se fosse uma reciclagem.
É bem verdade que algumas instituições já inseriram nos
currículos de seus cursos os itens de segurança tratados no treinamento imposto pela norma NR 10, mas encontram certa dificuldade em como documentar esse treinamento para reconhecimento pelas empresas e pelos auditores do MTE.
A conscientização e o conhecimento da NR 10 facilitam o
bom encaminhamento e implantação da segurança elétrica nos ambientes de trabalho e esperamos sempre o resultado de redução do número de acidentes.
Em 26 de dezembro de 2014, a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) publicou a Nota Técnica n° 0106/2014-SRD/ SCR/Aneel, tratando da situação atual da segurança do trabalho e da população relativa às distribuidoras de energia elétrica e discussão de aprimoramento da regulamentação.
Essa consulta pública seguramente vai gerar oportunidade
de aproveitamento e implantação de sugestões preciosas das entidades atuantes, entre as quais destaco a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) e o seu louvável trabalho que realiza na conscientização para o uso seguro da eletricidade.
128
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Otimização do consumo de energia elétrica em instalações com o controle da tensão Conceitos gerais em
A eficiência do uso de energia elétrica plantas
industriais
e
complexos
• Transformadores dotados de TAPs;
devido
• Presença de correntes harmônicas nas
reativa em transformadores e circuitos de
cargas.
alimentação.
à
compensação
da
potência
Redução de correntes e tensões
comerciais pode ser substancialmente
Determinação da energia economizada
harmônicas: as distorções de tensão e
dos níveis de tensão de operação dos
A determinação da economia de
correntes harmônicas podem ser reduzidas
barramentos de alimentação das cargas e
energia decorre de simulações efetuadas
substancialmente pelo uso de filtros para a
equipamentos.
em função de registros das variáveis
5ª ou 5ª e 7ª harmônicas.
melhorada
com
o
ajuste
adequado
elétricas de forma contínua, onde são
Potencial elevado de economia Os
potenciais
de
economia
medidos a cada ciclo os comportamentos são
elevados nas situações:
das tensões, das potências ativa e reativa,
Redução do consumo de energia com o controle da tensão
e outras variáveis. A
tensão
de
alimentação
nos
Pontos de eficiência energética a serem considerados e desenvolvidos
barramentos pode ser controlada mesmo
horas/dia; • Variações rápidas da carga provocando
Redução de corrente: perdas nos
instalações são mantidas em regime
flutuações de tensão;
enrolamentos (perdas de cobre) podem
de operação em tensões superiores
• Consumo de potência reativa;
ser diminuídas pela redução da corrente
às nominais, de forma a garantir a
• Operação de plantas em regime 24
com cargas variáveis. Normalmente, as
129
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
operação dos equipamentos em casos de afundamentos de tensão por razões externas ou mesmo internas. Um sistema de compensação reativa em tempo real compensa ciclo a ciclo qualquer demanda de energia reativa e como consequência a tensão é estabilizada e levemente elevada. Nesta situação, as diferenças entre os níveis máximos e mínimos são diminuídas e o nível máximo de tensão é elevado. Redução da energia consumida: com base na observação do comportamento dinâmico das fontes e cargas, a simulação proposta busca o melhor ajuste para a tensão de operação do sistema, obtida
Figura 1 – Comportamento da potência ativa com variação da tensão de alimentação em operação de bomba.
com o ajuste de TAPs e compensação
distâncias, etc.);
O gráfico da Figura 1 apresenta
reativa em tempo real que garantirá a
• Simulações que definirão o potencial de
o
operação sem afundamentos internos.
economia com otimização da tensão de
consumida por uma bomba com a variação
operação e outras medidas;
na tensão de alimentação. A tolerância da
Etapas do estudo:
• Implantação com os ajustes requeridos
tensão de alimentação do motor mantém
• Obtenção de dados das medições
e aplicação das técnicas de medição e
a operação em regime normal, sem
adequadas;
verificação final. Os resultados esperados
restrições. A variação média de até 5% na
• Informação dos dados construtivos
em instalações industriais típicas são da
tensão de alimentação incorre em variação
dos
ordem de 4% a 8%.
média da potência consumida de 6%.
sistemas
elétricos
(impedâncias,
comportamento
da
potência
ativa
Instalações Ex
130
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
ABNT publica nova edição da NBR IEC 60079-17 – Inspeção e manutenção de instalações elétricas “Ex” A ABNT NBR IEC 60079-17 Atmosferas
explosivas
–
Parte
17:
Inspeção e manutenção de instalações elétricas é destinada a ser utilizada por empresas usuárias de equipamentos e
de
instalações
em
atmosferas
explosivas bem como por empresas de prestação de serviços “Ex”, e abrange os fatores diretamente relacionados às atividades de inspeção e manutenção de
instalações
elétricas
em
áreas
classificadas, em que o risco pode ser causado pela presença de gases inflamáveis ou de poeiras combustíveis.
Sob o ponto de vista de segurança
das instalações industriais “Ex” e das pessoas que nelas trabalham, bem como da preservação da vida e do meio ambiente, esta parte da série de
e instalações marítimas.
normas ABNT NBR IEC 60079 pode ser
São
considerada como sendo a norma “Ex”
industriais com a presença de áreas
mais importante.
classificadas que requerem a execução
exemplos
de
instalações
Isto se deve ao fato de a aplicação
de serviços de manutenção e inspeções
adequada e periódica desta norma
periódicas as refinarias de petróleo,
assegurar que as instalações industriais
indústrias químicas e petroquímicas,
em
estejam
refinarias de açúcar e álcool, plataformas
sempre de acordo com os requisitos
offshore de produção de petróleo, silos
de
de grãos e navios petroleiros.
atmosferas proteção
explosivas
proporcionados
pelos
equipamentos “Ex”, bem como estejam
adequados em termos dos agentes
e substituiu a edição anterior, publicada
agressivos
presentes
no
A nova edição desta norma cancelou
ambiente
pela ABNT em 2009. As mudanças
industrial, tais como poeira, sujeira,
técnicas mais significativas desta nova
salinidade, ataques químicos corrosivos
edição da ABNT NBR IEC 60079-17
131
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
com relação à edição anterior são as
execução de atividades de inspeções
empresas de prestação de serviços de
seguintes:
visuais, apuradas ou detalhadas ou de
inspeção e manutenção em atmosferas
auditor de instalações “Ex”, de acordo
explosivas são indicados no Documento
• Foram incluídas no Anexo A as tabelas
com
Operacional
específicas
Operacional IECEx OD 504, indicadas
Requisitos do Sistema de Gestão da
a seguir:
Qualidade para Empresas de Serviços
para
as
atividades
de
inspeção de luminárias, sistemas de
os
requisitos
do
Documento
aquecimento e motores “Ex”, de forma a
que
IECEx
prestam
serviços
OD
314-4:
relacionados
complementar as tabelas para os tipos
• Ex 001: Aplicação dos princípios
com inspeção e manutenção Ex. Este
de proteção “Ex”;
básicos de proteção em atmosferas
Documento
• Esta norma foi atualizada de forma a
explosivas;
disponível para acesso público, no site
complementar as alterações efetuadas
• Ex 004: Manutenção de equipamentos
do IECEx, no seguinte endereço:
na ABNT NBR IEC 60079-14 sobre
em atmosferas explosivas;
http://www.iecex.com/docs/
a
necessidade
execução
encontra-se
das
• Ex 007: Execução de inspeções
iecexOD314-4%7Bed1.0%7Dpt%20
atividades e serviços de inspeções
visuais e apuradas de equipamentos
(2013-12-05).pdf
iniciais
e instalações em, ou associadas a
após
de
Operacional
detalhadas, a
execução
imediatamente de
serviços
de
atmosferas explosivas;
A Comissão de Estudo CE 03:031.01
montagem de instalações “Ex” novas
• Ex 008: Execução de inspeções
do
ou de modificações ou ampliações de
detalhadas
Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica
instalações “Ex” existentes.
instalações elétricas em, ou associadas
e
a atmosferas explosivas.
pela elaboração desta norma técnica
de
equipamentos
ou
Esta nova versão da ABNT NBR
Subcomitê Iluminação
SC-31 (Cobei),
do
Comitê
responsável
brasileira equivalente, acompanhou o
IEC 60079-17 indica as unidades de
Deve também ser ressaltado que os
processo de atualização, comentários,
competências pessoais Ex requeridas
requisitos para a certificação do Sistema
revisão e aprovação da respectiva norma
para os profissionais com perfil para a
da Gestão da Qualidade (SGQ) de
internacional.
Instalações Ex
132 Esta
comissão
elaboração
desta
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
contou,
para
a
norma,
com
a
participação de profissionais envolvidos com equipamentos e instalações em atmosferas explosivas, representantes das seguintes empresas e entidades: Brasken,
Conex,
Dron
&
Dickson
Brasil, Eletro Sossai, Obo Bettermann, Petrobras,
Senai/Benfica-RJ,
Senai/
Santos-SP, Siemens Ltda., Tramontina e Weg.
Esta norma da série NBR IEC 60079
é idêntica em conteúdo técnico, estrutura e redação e sem desvios técnicos nacionais em relação à respectiva norma internacional. Seguindo
a
tendência
normativa
mundial dos países membros da IEC, incluindo o Brasil, as normas que envolvem os processos de certificação
Os
de
pessoas, provedores de treinamentos,
de
Estudo CE 03:031.01 do Subcomitê
fabricantes e laboratórios de ensaios,
de prestação de serviços “Ex”, de
SC-31
com
competências
de
pelos relevantes e voluntários trabalhos
internacional “Ex”.
equipamentos elétricos e mecânicos
realizados para o Cobei e para a ABNT,
“Ex” são normas equivalentes IEC.
em prol da normalização brasileira sobre
para a elevação dos níveis de tecnologia,
conformidade
de
pessoais
empresas “Ex”
e
membros merecem
da
Comissão
ser
parabenizados
o
mercado
e
a
comunidade
Este tipo de ação contribui também
Esta política de normalização tem por
atmosferas explosivas e da harmonização
qualidade, segurança, desempenho e
objetivo harmonizar as normas nacionais
com a normalização internacional do
confiabilidade dos equipamentos e das
com a normalização internacional, de forma
TC-31 da IEC.
instalações “Ex” brasileiras, ao longo do
a padronizar os procedimentos de projeto,
seu ciclo total de vida.
fabricação, ensaios, marcação, certificação,
a integração das empresas usuárias de
Os dados resumidos desta norma
instalação,
manutenção,
instalações “Ex”, empresas de prestação
são
reparos, recuperação de equipamentos e
de serviços “Ex”, organismos brasileiros
abntcatalogo.com.br, onde a mesma
competências pessoais “Ex”.
de
pode também ser adquirida.
inspeção,
Ações como estas contribuem para
certificação
de
produtos
e
de
apresentados
no
site
www.
134
Espaço 5410
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Proteção contra efeitos térmicos e contra incêndios
Este segundo artigo traz um resumo do
5.2 Proteção contra efeitos térmicos
5.2.2 Proteção contra incêndio provocado por produto elétrico
que foi discutido na última reunião de revisão da norma ABNT NBR 5410:2005, baseada nas
5.2.1 Generalidades
alterações do texto da IEC correspondente e
As pessoas, animais domésticos, bem como
nos pontos apresentados pelos participantes.
5.2.2.1 Regras gerais
os equipamentos e materiais fixos adjacentes
Seu caráter é apenas informativo para facilitar
5.2.2.1.1 As pessoas, os animais domésticos
a componentes da instalação elétrica, devem
o acompanhamento dos técnicos que não
e os bens devem ser protegidos contra danos
ser protegidos contra:
estão participando mais ativamente da
ou ferimentos provocados pelo calor ou fogo
a) Os efeitos térmicos, a combustão
Comissão de Estudos. É importante ressaltar
que pode ser gerado ou propagado pela
ou a degradação dos materiais e o risco
que as citações desta coluna constituem um
instalação elétrica, considerando os requisitos
de queimadura associado aos produtos
relato do que foi discutido e aprovado na
desta norma e as instruções dos fabricantes
elétricos;
reunião plenária pela Comissão de Estudos,
de equipamentos.
b) A propagação de chamas, em caso
O calor gerado pelos produtos elétricos
não pode causar perigo ou efeitos danosos para os materiais fixos vizinhos ou que podem
O calor gerado pelos produtos elétricos não pode causar perigo ou efeitos danosos para os materiais fixos vizinhos ou que podem ser previstos na proximidade de tais produtos.
ser previstos na proximidade de tais produtos. Os produtos elétricos não podem apresentar perigo de incêndio para os materiais vizinhos.
NOTA: Os danos, os ferimentos ou a ignição podem ser causados por efeitos como: – acumulação de calor, radiação de calor, elementos quentes; – redução das características de segurança do material elétrico, por exemplo dispositivos de proteção como disjuntores, termostatos, limitadores
de
temperatura,
juntas
de
estanqueidade na penetração dos cabos e sistemas de cabeamento; porém, a aprovação como parte oficial do
de risco de incêndio propagado pelas
– sobrecorrente;
projeto de norma somente será feita antes de
instalações elétricas a outros compartimentos
– falhas de isolação e/ou arcos que
o texto ser enviado para consulta nacional.
com barreiras dispostas na proximidade; e
provoquem perturbações;
Algumas
c) As
seções
que
serão
deficiências
na
segurança
complementadas somente ao final dos
funcionamento
trabalhos de revisão (por exemplo, referências
incluindo os serviços de segurança.
dos
produtos
de
elétricos,
– correntes harmônicas; – descargas atmosféricas (ver série IEC 62305); – sobretensões (ver ABNT NBR 5410-4-44, artigo 443);
normativas) não estão descritas aqui. O texto aprovado na última reunião
NOTA: A proteção contra as sobrecorrentes é
– seleção ou montagem inadequada dos
ocorrida em fevereiro encontra-se a seguir:
tratada em 5.3.
materiais elétricos.
135
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
5.2.2.1.2
Quando
as
temperaturas
f) Instalado a uma distância suficiente dos
• Instalação dos componentes numa câmara
externas dos equipamentos fixos puderem
elementos construtivos sobre os quais os
resistente ao fogo, ventilada apenas por
atingir valores suscetíveis de causar risco
arcos possam ter efeitos térmicos prejudiciais,
atmosfera externa, e previsão de soleiras,
de incêndio aos materiais vizinhos, o
de modo a permitir a segura extinção do arco.
ou outros meios, para evitar que o líquido
equipamento deve ser:
Os
inflamado se propague para outras partes da
materiais
resistentes
a
arcos
mencionados devem ser incombustíveis, a) Instalado
sobre
ou
envolvidos
edificação.
por
apresentar baixa capacidade de condução
materiais que suportem tais temperaturas
térmica e possuir espessura capaz de
Nota 2: Em geral, considera-se “significativo”
e possuam baixa capacidade de condução
assegurar estabilidade mecânica.
um volume igual ou superior a 25 L.
térmica; ou
Nota 3: Para volumes inferiores a 25 L, é
b) Separado dos elementos de construção
5.2.2.1.4
por materiais que suportem tais temperaturas
produzem concentração de calor devem
vazamento do líquido.
e possuam baixa capacidade de condução
ser posicionados a uma distância suficiente
Nota 4: É recomendável que a alimentação
térmica; ou
de qualquer objeto fixo ou elemento de
seja desligada tão logo um incêndio se inicie.
c) Instalado de modo a guardar afastamento
construção, de tal forma que tais objetos
suficiente de qualquer material cuja integridade
ou elementos não sejam submetidos, em
5.2.2.1.6 Os materiais de invólucros aplicados
possa ser prejudicada por tais temperaturas e
condições normais, a uma temperatura
a componentes da instalação durante a
garantir uma segura dissipação de calor, aliado
perigosa — por exemplo, uma temperatura
execução da obra devem suportar a maior
à utilização de materiais de baixa capacidade
superior à de sua ignição.
temperatura que o componente possa vir a
Os
componentes
fixos
que
de condução térmica.
suficiente alguma providência que evite o
atingir. Só se admitem invólucros de material 5.2.2.1.5 Componentes da instalação que
combustível se forem tomadas medidas
5.2.2.1.3 Quando um componente da
contenham líquidos inflamáveis em volume
preventivas contra o risco de ignição, como
instalação, fixo ou estacionário, for suscetível
significativo devem ser objeto de precauções
revestimento com material incombustível, ou
de produzir, em operação normal, arcos ou
para evitar que, em caso de incêndio, o líquido
de difícil combustão, e baixa capacidade de
centelhamento, ele deve ser:
inflamado, a chama, a fumaça e gases se
condução térmica.
propaguem para outras partes da edificação. d) Totalmente
envolvido
por
material
resistente a arco; ou
Por Eduardo Daniel, consultor da MDJ
Nota 1: Tais precauções podem ser, por
Assessoria e Engenharia Consultiva,
exemplo:
superintendente da Certiel Brasil e coordenador
a arcos, de elementos construtivos da
• Construção de um fosso de drenagem, para
da Comissão de Estudos 03:64-001 do CB3,
edificação sobre os quais os arcos possam
coletar vazamentos do líquido e assegurar a
da ABNT, que revisa a norma de instalações
ter efeitos térmicos prejudiciais; ou
extinção das chamas, em caso de incêndio;
elétricas de baixa tensão.
e) Separado,
por
materiais
resistentes
136
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Por Murilo Sonegatti*
Aplicação de pasta térmica em módulos de potência – uso recomendado do Material de Interface Térmica (TIM)
Durante seu funcionamento, os semicondutores de potência
Tabela 1 – Condutividade térmica total do módulo SKiM
Material
geram calor por meio de suas perdas de chaveamento e condução. Para manter a integridade do componente, são utilizados dissipadores que auxiliam a troca de calor com o ar ou líquido,
Espessura
% da
térmica específica
[µm]
Resistencia
diretamente da qualidade, planicidade e rugosidade da superfície; quaisquer imperfeições causarão o acúmulo de ar entre as partes e prejudicarão o sistema devido à baixa condutividade térmica do ar (λair ≈ 0.03 W/mK).
Chip
106
120
Chip de solda
57
70
2,92%
DCB (cooper)
394
300
3,65%
DCB (Ai2O3)
24
380
1,94%
DCB (cooper)
394
300
32,91%
Pasta térmica
0,81
30
1,31%
WACKER P12
Fonte de calor – Base do componente
Imperfeições
térmica total
λ [W/(m*K)]
de acordo com a aplicação. A eficiência dessa troca depende
Dissipador de calor
Condutividade
57,26%
Se a condutividade térmica da pasta for comparada com a de
outros componentes em um módulo de potência, ela apresentará um péssimo desempenho e será responsável pelo aumento entre
Figura 1 – Espaços com ar prejudicam a troca térmica.
20% e 65% da resistência térmica entre a junção de semicondutor e dissipador de calor (Rth j-s). Portanto, a camada de pasta deve
Para auxiliar a troca de calor, são utilizados materiais de
ser a mais fina possível, porém, respeitando a espessura mínima
interface térmica conhecidos como TIM (em inglês, Thermal
necessária.
Interface Material). Normalmente, os TIMs possuem como base um óleo que tem em sua composição materiais com boa condutividade térmica, entre eles óxido de zinco, grafite ou prata. O valor entre 0.5 - 6 W/mK garante aos TIMs uma condutividade térmica de 20 a 200 vezes maior que a do ar.
Fonte de calor – Base do componente
Dissipador de calor
Figura 3 – Correlação entre resistência térmica e espessura do material. Pasta térmica
Figura 2 – Troca de calor de um módulo de potência para um dissipador utilizando um TIM.
A utilização em excesso da pasta aumentará a resistência
térmica devido à menor condução de calor. Por outro lado, a utilização de uma camada muito fina poderá causar bolsões de ar que também a elevarão.
Utilizando a pasta térmica P12 da Wacker, podemos comparar
A espessura necessária da camada de pasta térmica é
sua condutividade térmica com os demais materiais presentes em
diferente para cada tipo de módulo. É por isso que as instruções
um módulo da família SKiM da Semikron.
de montagem dos módulos especificam a quantidade correta e
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
137
descrevem a rugosidade máxima da superfície do dissipador de calor. A qualidade da pasta térmica não depende apenas da condutividade, mas também de sua composição e estrutura. Quanto maiores as partículas, melhor a condutividade térmica, no entanto, essas partículas também definem a espessura mínima da camada de pasta. A P12 (pasta recomendada pela Semikron) possui entre 0,04 e 4μm, permitindo um contato quase perfeito entre a base do módulo e o dissipador.
Procedimento para aplicação de pasta térmica
Não há restrições quanto ao local de aplicação da pasta,
podendo ser tanto no módulo quanto no dissipador. Para a aplicação, é sugerido o emprego de um rolo de borracha ou o processo de serigrafia.
O rolo de borracha produz resultados satisfatórios quando
manuseado por um operador experiente e bem treinado, mas traz o risco de contaminação, falta de homogeneidade e, por ser manual, resultados diferentes a cada aplicação.
Figura 4 – Aplicação de pasta usando um rolo de borracha.
O processo serigráfico traz resultados muito melhores, visto
que a espessura da camada será definida pelo fio e pela trama da tela utilizada. De fácil automação, esse processo é utilizado em linhas de baixo e alto volume de produção com ótima repetibilidade.
Figura 5 – Aplicação de pasta utilizando tela serigráfica
138
Dicas de instalação É importante que todas as superfícies estejam limpas, evitando
que partículas contaminem a aplicação e causem problemas
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
1 – Montar os módulos de acordo com as instruções e utilizando a camada de pasta sugerida pelo fabricante;
durante o funcionamento do componente. 2 – Submeter o sistema a três ciclos térmicos (20°C/100°C/60 min);
Verificação da camada de pasta térmica
A espessura de uma camada de pasta térmica pode ser medida
direta ou indiretamente. Um exemplo de medição sem contato direto é a utilização de um perfilômetro ótico ou microscópio.
Para a medição direta, é comum a utilização dos dispositivos de
medição a seguir (Figura 6):
Figura 9 – Perfil dos ciclos térmicos. Figura 6 – Dispositivos de medição.
A utilização dos dois primeiros itens é idêntica: o “pente” deve
ser deslizado pelo dissipador e a análise dos dentes indicará qual a espessura da pasta térmica no dissipador. Apesar de simples, o processo exigirá a reaplicação da pasta no local da análise.
3 – O processo de retirada do componente do dissipador pode ser destrutivo. É sugerida a retirada dos parafusos e manter o módulo sob temperatura ambiente durante 12 horas ou submeter o sistema a dois ciclos térmicos, isso facilitará a retirada do módulo; 4 – Análise visual dos resultados:
Se a pasta térmica cobrir toda a base mantendo uma certa
transparência, a espessura utilizada foi a correta; se a base apresentar áreas sem preenchimento, a camada foi muito fina.
Figura 7 – Medição utilizando os dispositivos com contato direto.
A utilização do disco é similar. Quando deslizado pela superfície, o
disco interno de medição indicará qual a espessura da pasta térmica.
Figura 10 – Quantidade correta.
Figura 11 – Pouca pasta térmica.
Cada módulo deve ser usado apenas uma vez, visto que repetidas
ações de apertar e desapertar dos parafusos podem alterar as Figura 8 – Medição utilizando o disco com contato direto.
propriedades de pressão e fixação. Para cada espessura de pasta térmica a ser testada, deve ser usado o mínimo de dois módulos.
Determinar a espessura ideal da camada de pasta térmica Módulos de IGBTs fornecidos com pasta pré-aplicada
A espessura da camada de pasta térmica é diferente para cada
tipo de módulo. É por isso que as instruções de montagem dos
Em linhas onde o volume de produção é alto, é indicada a utilização
módulos de potência especificam a espessura da camada e qual
de módulos fornecidos com a pasta térmica pré-aplicada, facilidade
pasta térmica deve ser utilizada. Na maioria dos casos, no entanto,
presente em uma série de produtos disponíveis no mercado.
as espessuras das camadas especificadas se aplicam às mesmas da pasta térmica P12 Wacker. Caso sejam utilizadas outras marcas,
*Murilo Sonegatti é engenheiro eletricista e engenheiro de aplicação da
recomendamos observar os seguintes procedimentos
Semikron.
140
Espaço IEEE
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Por Roberto Asano Júnior*
Planejamento da operação Soluções para a produção de energia elétrica e abastecimento de água
O problema do planejamento da
de água bruta de uma bacia ou região é
para esses casos demonstraram que a
operação
hidrotérmico
por meio de um correto armazenamento
transferência de água entre regiões é
de energia vem sendo estudado por
em reservatórios que possibilitem seu
uma estratégia que permitiria um ganho
décadas,
uso em épocas de escassez.
de
em
que
do
sistema
principalmente as
usinas
no
Brasil,
hidroelétricas
O
Hidro-IA
utiliza
armazenagem
subutilizados
até
em
reservatórios
suas
capacidades
inteligência
heurísticas
máximas de estocagem. Nos casos testes
geração de energia elétrica, acima de
de algoritmos genéticos para otimizar
realizados com a ferramenta observou-se
70%. Mas agora, neste momento de crise
os volumes de cada reservatório, a
que, quando a transferência de água é
hídrica iminente, as discussões sobre
geração de energia hidroelétrica de
feita de forma controlada e otimizada, ou
como este planejamento é realizado para
cada usina e a transferência de água
seja, quando o recurso hídrico disponível
o melhor aproveitamento dos recursos
entre
as
é usado adequadamente, a geração
vêm ganhando um destaque ainda mais
quais existe essa possibilidade. De
total e os picos de geração (potência
importante.
modo a assegurar a economicidade
instalada) de energia termoelétrica, que é mais cara e poluente, são minimizados.
resultado
hidráulicas,
entre
estudos
da solução em longo prazo, os picos
continuados sobre este tema, o grupo
de não atendimento da demanda são
de
penalizados
pesquisadores
de
bacias
com
de
correspondem a uma fatia importante da
Como
artificial
técnicas
da
Universidade
pela
consideração
do
Federal do ABC (UFABC), coordenado
custo da complementação com energia
pela professora doutora Patrícia Leite,
de origem termoelétrica, que possui
desenvolveu o Hidro-IA, uma ferramenta
característica
computacional
para
otimização
acentuadamente
não
do
linear. Além de incorporar a otimização
planejamento da operação das usinas.
da transferência entre bacias, outro
Tal otimização baseia-se no fato de que
diferencial importante desta ferramenta
a melhor forma de aproveitar os ciclos
é o tratamento individualizado de cada
hidrológicos e os respectivos excedentes
usina (geração e reservatório), e não como bacias hidráulicas equivalentes,
permitindo o planejamento e execução
a economia de energia térmica ou
de estratégias mais robustas e eficientes.
o
Nos
estudos
econômico
resultado
o
desta otimização sobressairia o custo para descontaminação e tratamento
os benefícios alcançados ao se incluir
da água a ser utilizada como fonte
o
volumes
primária para atendimento da demanda
transferidos
das entre
vazões rios
e ou
com
excedente
auxílio desta ferramenta, destacam-se controle
realizados
Ainda de acordo com a pesquisa,
bacias
de energia elétrica, tornando-a apta
consolidadas, desviando o curso natural
para subsequente abastecimento da
dos rios. Os resultados das simulações
população.
141
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Um caso concreto é o subaproveitamento
Sem entrar no mérito social da questão,
da geração da usina de Henry Borden, cujo
por não ser o foco deste artigo, também não
para melhorar em políticas e infraestrutura,
potencial de geração é limitado pela carência
se podem omitir os impactos que outras
os pesquisadores da UFABC mostraram
de água localmente e pelas limitações
questões, tais como o lançamento de dejetos
que, com o uso de sua ferramenta de
impostas pelo excesso de poluição no sistema
sem tratamento ou a ocupação e povoamento
engenharia e criatividade, o planejamento
Billings e rios Tietê e Pinheiros, localizados
descontrolado
bem organizado pode favorecer toda a
na região metropolitana de São Paulo. Os
áreas próximas aos rios e represas que
estudos mostraram que há um ganho real na
prejudicam a preservação desses mananciais.
transferência de água proveniente dos rios
Uma abordagem holística para políticas de
*Roberto Asano Júnior é formado em engenharia
Tietê e Pinheiros, suficiente para viabilizar o
preservação e uso da água, com a participação
elétrica e atuou no desenvolvimento de produtos
tratamento de água que chega ao reservatório
da comunidade, seguida por um programa de
e tecnologia para transmissão de energia. É
de Billings, podendo vir a ser utilizada para
ações sérias e de longo prazo que ultrapasse
doutorando em energia (UFABC), voluntário
a geração de energia elétrica e para o
os interesses do governo de turno já viria tarde,
em associações profissionais e normativas e
abastecimento público.
mas é importante que ocorra o quanto antes.
membro do IEEE.
e
sem
saneamento
das
Enquanto ainda existe muito espaço
sociedade.
142
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
Não é falta de chuva e sim de planejamento! O ano mal começa e as incertezas
Na contramão de todo esse cenário,
que são de suma importância no processo
continuam.
que
existem diversas alternativas tecnológicas
de geração, transmissão e distribuição de
acessamos os meios de comunicação e
que auxiliam a manutenção e a coleta
energia.
não nos deparamos com aquelas perguntas
de dados, que vão desde sensores até
Existem diversos casos de sucesso
corriqueiras, tais como: quando vai chover?
sistemas de monitoramento e diagnóstico
com base na utilização de equipamentos
Onde vai chover? Qual quantidade de
no
São
de monitoramento e diagnóstico em
chuva necessária para minimizar a seca
equipamentos pensados especialmente
transformadores. A manutenção preditiva,
nos rios e reservatórios do nosso país?
para o setor elétrico, que possibilitam
depois que o equipamento emite um
Mas, a chuva chegou e, com ela,
efetuar a manutenção preventiva e preditiva
sinal de alarme, permite à equipe técnica
retornam os problemas que há anos batem
com redução de custos operacionais,
detectar uma subida de gases. A partir
à nossa porta e que, se outrora houvesse
aumento da vida útil de transformadores
daí, é possível tomar as medidas cabíveis
boa vontade por parte de nossos políticos,
e que evitam paradas repentinas. Afinal,
garantindo a integridade dos ativos.
os impactos seriam minimizados. É fácil
60% dos transformadores que estão em
Portanto,
vê-los transmitir a culpa para São Pedro.
uso no Brasil estão no limite de sua vida
antecipemos e façamos uma revisão dos
Difícil é vê-los assumir a responsabilidade e
útil (em torno de 20 ou 30 anos).
nossos conceitos, pois estudos mostram
admitir que, se houvesse um planejamento
O mais importante nesta situação
que a demanda mundial por eletricidade
eficaz, não chegaríamos a tais níveis de
é que a Agência Nacional de Energia
nas próximas décadas poderá crescer a
alerta.
Elétrica
reconhecer
taxas superiores às da capacidade total de
Pegando carona nesta onda (que,
os
monitoramento
energia. Isso sem falar que o crescimento
aliás, não podemos chamar de onda),
e diagnóstico em transformadores na
da economia está intimamente ligado à
percebemos que a situação climática vivida,
revisão tarifária. O processo está descrito
eletricidade. Consequentemente, um setor
principalmente, no Sudeste brasileiro,
no Manual de Controle Patrimonial –
pode cessar o crescimento do outro.
faz com que investidores e Governo se
Resolução 367, de 2009.
distanciem do setor, o que agrava ainda
mais a crise, causando a dificuldade
rádios para comunicação remota, ideais
em manter o fornecimento de energia e
para automação em campo, sistemas
afetando a economia e o bem-estar social.
de telemetria, religadores automáticos,
sistemas
É
difícil
o
dia
em
Para suprir este cenário de falta de
óleo
de
transformadores.
(Aneel)
investimentos
poderá em
é
preciso
que
Outra alternativa interessante são os
supervisórios,
sistemas
de
chuvas, as usinas eólicas e as usinas
telessupervisão e telecontrole. Utilizando
térmicas tornaram-se primordiais, mas
estas tecnologias, é possível analisar os
não há um plano para que estas fontes
dados provenientes dos ativos diretamente
alternativas vigorem na falta de energia
de locais remotos ou de salas de controle,
elétrica. Isso foi o que vimos quando houve
com precisão, segurança, menos custos e
o recente blecaute que atingiu as regiões
mais comodidade a todos os envolvidos no
Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil
processo.
devido ao excessivo consumo de energia.
Se possuíssemos um sistema eficaz,
são utilizadas, aprovadas e recomendadas
poderíamos utilizar energias provenientes
por grandes empresas que utilizam estas
de outras regiões do Brasil sem chegar ao
tecnologias
ponto de termos de solicitar energia a um
monitorar e diagnosticar ocorrências em
Por Leandro Oliveira, gerente de vendas da
país vizinho.
estágios iniciais, protegendo seus ativos
Agora Telecom.
Todas as soluções já estão disponíveis,
para
medir,
acompanhar,
nos
144
Agenda
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
27 de março a 1º de abril
Informações
A finalidade do curso é capacitar instaladores de sistema fotovoltaico off-grid. Para isso, serão ministradas aulas práticas e teóricas. Na parte prática, além de aprender a fazer instalações, os alunos serão ensinados a ligar e a configurar sistemas, trabalhando em boxes especialmente montados para o curso. Na parte teórica, aprenderão conceitos do sistema, bem como as características dos equipamentos, formas de dimensionar os sistemas, dentre outras matérias.
Local:
Cursos
6 e 7 de abril
São Paulo (SP) Contato: (11) 4328-5113
SPDA
Descrição
Informações
Direcionado a projetistas, engenheiros, técnicos e interessados no mercado de Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), o curso pretende capacitar profissionais a desenvolver laudos e projetos neste segmento. Durante as aulas, os alunos aprenderão a avaliar a necessidade de SPDA em uma edificação; os principais passos para criação de um projeto de SPDA, com entrega de modelo para um edifício em CAD; a formação das descargas atmosféricas; e o dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo.
Local:
13 a 17 de abril
Rio de Janeiro (RJ) Contato: (31) 3308 – 7029 eventos@tel.com.br
Transitórios eletromagnéticos usando o software ATP
Descrição
Informações
Ensinar aos participantes conceitos de transitórios eletromagnéticos, utilizando o programa ATP, é o objetivo do curso promovido pela Conprove Engenharia. Nesse sentido, os alunos travarão contato com diversos temas da área, entre os quais: aparecimento e propagação de eventos transitórios; manobras de capacitores e reatores; abertura de linhas; rejeição de carga; TRV (disjuntores); e impulsos atmosféricos. Além disso, os alunos utilizarão microcomputadores nas simulações em sala de aula.
Local:
14 a 16 de abril
Uberlândia (MG) Contato: (34) 3218-6800 conprove@conprove.com.br
Ensaios elétricos em transformadores
Descrição
Informações
O curso abordará teoria, operação, manutenção e ensaios em transformadores de potência, além de fornecer a descrição e a operação completas de transformadores, envolvendo controles de todos os sistemas relacionados, bem como equipamentos e materiais relacionados. Indicado para técnicos, engenheiros, supervisores, bem como os demais responsáveis por ensaios e manutenção de transformadores de potência.
Local:
7 e 8 de abril
Osasco (SP) Contato: (11) 3383-3700 instituto@instronic.com.br
2º Encontro Brasileiro de Regulação do Setor Elétrico
Descrição
Informações
O evento tem como intuito, entre outros objetivos, debater o modelo institucional do setor elétrico brasileiro, difundir a interpretação de representantes do governo no que diz respeito à renovação das concessões e avaliar os custos operacionais para o ano de 2015. O público-alvo do encontro é constituído por geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétricas, além de autoprodutores e planejadores do setor.
Local:
13 e 14 de abril
Eventos
Instalador fotovoltaico off-grid
Descrição
São Paulo (SP) Contato: (11) 5093-7847 juliana.lima@hiria.com.br
Cenocon 2015
Descrição
Informações
O 4º Fórum sobre Centros de Operação e Controle das Empresas de Energia Elétrica (Cenocon) pretende fornecer subsídios para os profissionais que atuam na área de energia elétrica avaliarem o novo cenário e as experiências em desenvolvimento sobre transformação dos Centros de Operação e Controle das empresas de distribuição em Centros de Inteligência e Gestão de Serviços. O evento é direcionado a empresas de energia elétrica, agências reguladoras, fornecedores de tecnologia para redes de distribuição, fornecedores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), fornecedores de hardware, fornecedores de software, entre outros.
Local:
13 a 17 de abril
São Paulo (SP) Contato: (11) 3051-3159 rpmbrasil@rpmbrasil.com.br
Hannover Messe
Descrição
Informações
A feira de tecnologia industrial vai mostrar a seus visitantes diversas novidades da área. Conforme os organizadores, eles verão produtos, plantas de produção digital em rede, novos processos de produção, a próxima geração de robôs industriais, além de soluções de automação baseados em TI, que trarão mudanças fundamentais para todos os processos organizacionais das fábricas.
Local:
28 e 29 de abril
Hannover, Alemanha Contato: www.hannovermesse.de/home
2º Latin American Hydro Power and Systems Meeting
Descrição
Informações
O objetivo da reunião é integrar pesquisadores, profissionais e alunos das áreas de engenharia voltados a estudos de hidráulicas, máquinas e sistemas em âmbito internacional. O evento também é dedicado à divulgação técnico-cientifica dos trabalhos desenvolvidos na área. O evento é realizado a cada dois anos, com sede em uma das universidades-membros, de forma a garantir a interação regional entre os pesquisadores e especialistas da indústria. Na primeira edição, de 2013, o encontro aconteceu na Unicamp, em Campinas (SP). A segunda edição, neste ano, ocorrerá na Universidade Nacional de La Plata (UNLP), em La Plata, Argentina.
Local: La Plata, Argentina Contato: (35) 3629-1443 latiniahrsecex@gmail.com
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
A Cabine 24 (11) 2842-5252 vendas@acabine.com.br www.acabine.com.br
Dialight 131 (11) 4431-4300 vendas.brasil@dialight.com www.dialight.com
Hellermann Tyton 111 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermanntyton.com.br
Média Tensão 37 (11) 2384-0155 vendas@mediatensao.com.br www.mediatensao.com.br
ABB 7 0800 014 9111 www.abb.com.br/baixatensao
Dutoplast 55 (11) 2524-9055 vendas@dutoplast.com.br www.dutoplast.com.br
Himoinsa 17 (31) 3198-8800 brasil@himoinsa.com www.himoinsa.com.br
Megabrás 16 (11) 3254-8111 ati@megabras.com.br www.megabras.com
Eaton 49 (11) 4525-7100 www.eaton.com.br
ICE Cabos Especiais 77 (11) 4677-3132 www.icecabos.com.br
Agpr5 - Abirush 89 Automação e Sistemas (48) 3462-3900 comercial@a5group.com.br www.a5group.com.br
Efe-Semitrans 57 (21) 2501-1522 / (11) 5686-1515 adm@efesemitrans.com.br sp.vendas@efesemitrans.com.br www.efesemitrans.com.br
IFG 74 (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br
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Alpha 83
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Ação Engenharia 102 (11) 3883-6050 orcamento@acaoenge.com.br www.acaoenge.com.br
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EletroNorte 4 e 5 www.tucurui30anos.com.br Embramat 15 (11) 2098-0371 embramat@embramataltatensao.com.br www.embramataltatensao.com.br Embrata 128 (11) 4513-8665 embratarui@terra.com.br www.embrata.com.br Enerbras Folder de capa (41) 2111-3000 sac@enerbras.com.br www.enerbras.com.br Enercom 127 (11) 2919-0911 vendas@enercom.com.br www.enercom.com.br Exper 139 (11) 4704-5972 treinamentos@expersolutions.com.br www.expersolutions.com.br Fastweld 4ª capa (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br
Mersen 97 (11) 2348-2374 vendas.ep.brasil@mersen.com www.mersen.com
Ilumatic 31 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br
Mon-Ter 19 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br
Instrumenti 71 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br
Nambei Fios e Cabos 109 (11) 5056-8900 vendas@nambei.com.br www.nambei.com.br
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Nelmetais 141 (11) 3531-3444 nelmetais@nelmetais.com.br www.nelmetais.com.br
Intelli 73 (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br
Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br
Itaim Iluminação 2ª capa
Novemp Fascículos e 99
Itaipu Transformadores 27
Novus 41 (11) 3097-8466 info@novus.com.br www.novus.com.br
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Nutsteel 107 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br
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Obo Bettermann 26 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br
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Cinase 23, 68 e 69 (11) 3872-4404 adolfo@atitudeeditorial.com.br
FIEE 133 (11) 3060-4913 info@fiee.com.br www.fiee.com.br
Clamper Fascículos (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicacao@clamper.com.br www. clamper.com.br
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Cobrecom 67 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br
General Cable 53 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com
Legrand 121 0800 11 8008 cst.brasil@legrand.com.br www.legrand.com.br
Conex 85 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br
Gimi 126 (11) 4752-9900 vendas@gimi.com.br www.gimi.com.br
Logmaster 114 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br
Cordeiro 9 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br Daisa 35 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br
Kienzle 8 (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br
135
(11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br
Palmetal 129 (21) 2481-6453 palmetal@palmetal.com.br www.palmetal.com.br Paraeng Pára-Raios 6 (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br
Romagnole 51 (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br Sarel 13 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br Sassi Medidores 81 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br Senai Pirituba 18 (11) 3901-9300 senaipirituba@sp.senai.br www. pirituba.sp.senai.br Sicame 95 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br Sil 22 (11) 3377-3333 vendas@sil.com.br www.sil.com.br Sindustrial Engenharia 137 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br SPTF 93 (11) 2065-3820 vendas@sptf.com.br www.sptf.com.br Strahl 101 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com Termotécnica 103 (31) 3308-7000 eventos@tel.com.br www.tel.com.br Tigre Tubos e Conexões 91 (47) 3441-5000 / 0800 707 4700 teletigre@tigre.com.br www.tigre.com.br Trael 79 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Unitron 119 (11) 3931-4744 robson.santos@unitron.com.br www.unitron.com.br Vextrom 87 (11) 3672-0506 atendimento@vextrom.com.br www.vextrom.com.br
Paratec 115 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br
VR Painéis Elétricos 113 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br
Patola 10 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br
Walcenter 65 (21) 4009-7171 wtc@walcenter.com.br www.walcenter.com.br
GTMS 132 (41) 3068-3755 www.gtms.com.br
Luminárias Sun Way Rio (21) 3860-2688 gruposunway@hotmail.com www.coloniallustres.com.br
RDI Bender 43 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br
WEG 105 (47)3276-4000 faleconosco@weg.net www.weg.net
HDA Iluminação Led 33 (54) 3298-2100 hda@hda.ind.br www.hda.ind.br
Maccomevap 130 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br
RM Sarel 47 (11) 2268-2935 contato@rmenergy.com.br www.rmenergy.com.br
Weidmüller Conexel 11 (11) 4366-9610 vendas@weidmuller.com.br www.weidmuller.com.br
145
146
What’s wrong here?
O Setor Elétrico / Fevereiro de 2015
O que há de errado? Observe a imagem ao lado e identifique os problemas de acordo com as prescrições das normas técnicas brasileiras:
PREMIAÇÃO
O leitor que mandar a melhor
resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada,
Resposta da edição 107 (Dezembro/2014)
de acordo com as normas técnicas vigentes, receberá como prêmio um exemplar da mais nova edição do
Diversos leitores identificaram os principais
modo a facilitar
problemas da instalação ao lado, no
sua operação,
entanto, o leitor GERALDO CORRÊA DA
inspeção,
SILVA JUNIOR apresentou a resposta mais
manutenção
completa com relação às não conformidades
e o acesso a
com a norma de instalações elétricas de
suas conexões
baixa tensão ABNT NBR 5410. O vencedor
e o acesso
receberá os seguintes produtos da Ideal
não deve ser
Industries: um alicate amperímetro, um
“significativamente
alicate decapador e um pote com 500
reduzido pela
conectores de torção.
montagem dos componentes em invólucros
ou compartimentos”. Pela foto pode-se
Parabéns a todos os leitores que
mandaram suas respostas e continuem
observar que o acesso ficou extremamente
participando!
reduzido devido à caixa utilizada.
• O item 6.5.4.4 prevê que “o grau de
Confira a resposta correta:
proteção do conjunto deve ser compatível Há diversas não conformidades na
com as influências externas previstas”. O
instalação ilustrada, entre as quais podemos
quadro utilizado está suscetível a receber
citar:
água, poeira e entrada de pequenos animais e insetos, mesmo estando com a porta
Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, que traz as principais atualizações normativas do setor!
Não perca tempo! Mande sua resposta para interativo@atitudeeditorial.com.br ou acesse o site www.osetoreletrico.com.br e mande suas impressões! Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br
• A ABNT NBR 5410 admite a alimentação
fechada, prejudicando sua estanqueidade.
de mais de um circuito em paralelo através
• Além disso, não foi observado o item 6.1.5
de um único disjuntor, desde que atendidas
que indica a necessidade de se fazer a
Interatividade
as prescrições dos itens 5.3.4.5 (Proteção
identificação dos componentes, inclusive
Se você encontrou alguma atrocidade elétrica
contra sobrecargas de condutores em
condutores e dispositivos de proteção.
e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para
paralelo) e 5.3.5.4 (Proteção contra curtos-
• Quanto à carcaça da caixa elétrica, como
circuitos de condutores em paralelo);
medida de proteção contra choque elétrico,
•
Quanto à seleção do quadro elétrico
verifica-se que a instalação em questão não
utilizado, deveria ter sido observado o item
atende ao item 5.1.2.2.3.1 da NBR 5410, que
6 da ABNT NBR 5410, que trata da “Seleção
determina que “todas as massas de uma
e instalação dos componentes”. Segundo o
instalação devem estar ligadas a condutores
residencial, comercial, industrial –, circulação de
subitem 6.1.4, que trata da “Acessibilidade”,
de proteção”, visando a equipotencialização
pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência
os componentes devem ser dispostos de
das instalações elétricas.
sobre o perigo da malfeitoria.
o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e nos ajude a denunciar os disparates cometidos por amadores e por profissionais da área de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação –