Ano 10 - Edição 111 Abril de 2015
Medição e gerenciamento de energia Eficiência energética, gestão e controle são soluções de grandes consumidores para contornar altas tarifas de eletricidade Quadros e painéis elétricos Expectativa de fabricantes e montadores frente ao cenário econômico atual Proteção de equipamentos em câmaras subterrâneas Substituição de cabos de média tensão com técnica de linha viva
Sumário
3
atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
Pesquisa – Quadros, painéis e montadores
94
Segmento de quadros e painéis elétricos vive expectativa de mudança. Está prevista para 2016 a publicação de nova norma que eliminará os conceitos de painéis total e parcialmente testados, que são tão importantes na atualidade.
Coluna do consultor
8
Espaço 5419
Considerações sobre a situação econômica e política do Brasil.
Painel de notícias
126
Explanação sobre a quarta parte da ABNT NBR 5419 apresenta o que deve ser feito para a instalação de um sistema interno de proteção
10
contra descargas atmosféricas.
Custo da energia elétrica registra aumento de 60,42% no período de 12 meses; Brasil economizou 3.616 GWh entre 2008 e 2014;
Espaço 5410 128
Quatro novas normas estão em consulta nacional; Wago comemora
Texto sobre proteção contra efeitos térmicos aprovado nas reuniões
programa de parceria com integradores de sistemas; GE duplica
da comissão CE 03:64-001, que revisa a atual ABNT NBR 5410:2004.
vendas no Brasil; Crestron inaugura primeira unidade no Brasil
Colunistas
22
Michel Epelbaum – Energia sustentável 130
Consultor técnico José Starosta
Evento - Fiee
Eficiência energética e fontes renováveis marcam debates em
Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação Eficiente 132
Colaborador técnico de normas Jobson Modena
seminário que ocorreu durante a Fiee, cuja edição recebeu mais de
Luis Fernando Arruda – Instalação MT
50 mil pessoas em São Paulo.
Cláudio Sérgio Mardegan – Análise de sistemas de potência
Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Adriana de Araujo, Ana Karina E. de Souza, André Luis Müller da Silva, Clay M. Martins, Dailton Pedreira Cerqueira, Edemir Luiz Kowalski, Eduardo Daniel, Felipe Furcolini, Gracieli Sartório de Lima, Guilherme Rachelle Hernaski, Isaú de Oliveira Nascimento, Jonas Cirilo, José Celso Gonçalves, José Maria de Carvalho Filho, Kátia Cilene Falcão Xavier, Kelson Marconi de Carvalho, Manuel Luiz Bandeira Martinez, Marcelo Antônio Ravaglio, Marilda Munaro, Mario José Costa Pinheiro, Mario Pinheiro, Mozart Ferreira Braga Junior, Neusvaldo L. de Almeida, Odair de Souza Andreaça, Patrícia Teixeira Asano, Plínio Godoy, Rafael Pires Machado, Sérgio Feitoza Costa, Victor Salvino Borges e Zehbour Panossian Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Pavel L Photo and Video | Shutterstock Impressão - EGB Gráfica e Editora Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Fascículos
Jobson Modena – Proteção contra raios
31
Reportagem – Medição e gerenciamento
134
João Barrico – NR 10
142
140
136
144 146
José Starosta – Energia com qualidade
62
Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
Indústrias eletrointensivas e empresas que atuam com carga de
Dicas de instalação 150
missão investem em medição e gerenciamento como solução para
A importância da manutenção e proteção de motores de baixa tensão
minimizar o consumo ante as altas tarifas de energia elétrica e um
em processos críticos, com o intuito de evitar paradas que podem se
possível racionamento.
tornar catastróficas.
Artigo – Redes subterrâneas
72
Espaço IEEE 154
Solução associa proteção catódica com anodo galvânico e
Avaliação de locais com potencial para a implantação de geradores
revestimentos orgânicos base epóxi de baixo teor de compostos
distribuídos sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável.
orgânicos voláteis para aumentar a vida útil dos equipamentos e reduzir os custos operacionais das concessionárias de energia.
Artigo – Eletromagnetismo 84 Impactos da falta de seletividade entre as proteções de média e
Ponto de vista 158 Após o maciço crescimento da energia eólica no Brasil, seria a energia solar a próxima fronteira a ser ultrapassada? O autor disserta sobre a questão, levantando outras possibilidades a respeito do debate.
baixa tensões em transformadores de distribuição monofásicos rurais.
Aula prática – Cabos de média tensão 116
Agenda
160
Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.
162
Metodologias e equipamentos desenvolvidos para a substituição de
What’s wrong here
condutores das redes de média tensão com técnica de linha viva.
Identifique o que existe de errado na instalação.
Editorial
6
O Setor Elétrico / Abril de 2015
www.osetoreletrico.com.br O Setor Elétrico - Ano 10 - Edição 111 – Abril de 2015
Medição e gerenciamento de energia Eficiência energética, gestão e controle são soluções de grandes consumidores para contornar altas tarifas de eletricidade Quadros e painéis elétricos Expectativa de fabricantes e montadores frente ao cenário econômico atual Proteção de equipamentos em câmaras subterrâneas Substituição de cabos de média tensão com técnica de linha viva
Edição 111
À espera de 2016
Ano 10 - Edição 111 Abril de 2015
O ano de 2015 parece que não é mesmo um dos melhores para o setor elétrico brasileiro. Quem acompanha a
revista O Setor Elétrico mensalmente, deve ter percebido as céticas expectativas do empresariado constatadas nas pesquisas de mercado, as previsões acanhadas de especialistas e consultores registradas nas reportagens, além das lamúrias dos colunistas que participam deste editorial. E não é sem razão. Muitos são os fatores que colaboram para um cenário de grandes incertezas neste setor.
A alta das tarifas é, sem dúvida, uma das principais problemáticas verificadas e que impactam diretamente os
investimentos da indústria. Tendo em vista a crise hídrica e a herança da MP 579, as concessionárias repassaram seus prejuízos ao consumidor, sob consentimento da Aneel, fato que vem obrigando os setores mais atingidos a se mexerem. Considerando, então, a elevação das tarifas, que é inevitável, as indústrias eletrointensivas e outros grandes consumidores de energia elétrica vêm adotando medidas para contornar as altíssimas contas de luz. Para evitar cortes na produção ou mesmo do quadro de funcionários, elas vêm investindo em tecnologias de medição e de gerenciamento de energia para evitar desperdícios, eficientizar a produção e, dessa maneira, reduzir seus gastos com as contas de energia elétrica. É claro que esses esforços exigem recursos financeiros, mas especialistas no assunto garantem que o retorno é garantido. Muitas dessas empresas estão investindo, inclusive, na geração de energia a partir da instalação de geradores a gás natural, ou mesmo, a diesel, para alimentação complementar, especialmente, nos horários de ponta, em que a energia é mais cara. Na reportagem desta edição, profissionais da área falam sobre este assunto e alertam que todas essas medidas são soluções possíveis, desde que corretamente dimensionadas e especificadas caso a caso.
Conforme afirmou o engenheiro Luiz Arruda, em sua coluna desta edição, seria ótimo se este período de
dificuldades fosse pródigo em gerar novas oportunidades para energias alternativas, cogeração e eficiência energética. Temas, aliás, que foram amplamente discutidos durante a Feira Internacional da Indústria Elétrica e Eletrônica (Fiee), que ocorreu em março, em São Paulo. Frente à crise, não apenas do setor elétrico, mas também considerando o momento instável da economia brasileira, investir em fontes renováveis e em medidas de eficiência energética (que também é uma forma de gerar energia), tanto governo, quanto a população de modo geral, é fundamental.
Na esteira da sustentabilidade, o Inmetro vem contribuindo com a publicação de medidas que estimulam o
comércio de equipamentos eficientes e com qualidade comprovada. É o que nos conta a colunista Juliana Iwashita. Finalmente, saíram as portarias que regulamentarão a certificação compulsória de lâmpadas de Led no país. Assim, objetiva-se encerrar mais um capítulo na busca de eliminar os produtos de má qualidade das prateleiras brasileiras, que não são poucos.
Confira estas e outras notícias do setor nas páginas a seguir. Ótima leitura a todos.
Abraços,
flavia@atitudeeditorial.com.br
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8
Coluna do consultor
Vai com calma seu Joaquim
A tarefa de arrumar a casa de verdade depois de anos de
baseado nos casos de sucesso. Parece que não sabem, ou mesmo
sujeira embaixo do tapete não deve ser uma tarefa lá muito fácil. O
não querem saber que, fundamentalmente, a terceirização cria um
improviso passa a dar lugar ao planejamento e o afogadilho às ações
mercado de especialistas e amplia a vantagem competitiva de
consistentes, e o mundo todo “tá de olho”.
empresas brasileiras, mas este assunto não interessa àqueles que
criam as regras e talvez nem entendam o que seja competividade.
Uma situação econômica nada muito agradável com indicadores
que insistem em permanecer muito aquém das expectativas. Pelo jeito,
teremos em 2015 uma taxa de inflação alta, recessão com queda da
incautos propõe outro imposto: “a tributação de 15% sobre lucros
produção industrial, altos custos de energia, moeda desvalorizada,
e dividendos distribuídos a pessoas físicas” a ser pago por aqueles
escândalos na administração pública e um monte de consequências
que tentam manter a economia girando com suas empresas quase
nada animadoras decorrentes dos anteriores. Ainda, o governo
que heroicas e que já são tarifados em impostos em uma proporção
precisa acertar as contas e os perigos estão à solta nos cortes de
próxima a 2/3 de seus lucros auferidos. Melhor voltar para as greves
despesa que não deveriam ser os investimentos em infraestrutura,
estudantis, senador.
mas sim na máquina pública; na outra ponta, aparecem os aumentos
da arrecadação e dos impostos. Nossa balança comercial ficou
padaria) na montagem do custo do pãozinho que carrega em seus
recentemente positiva; não pela forma que se espera (exportações
insumos muito trigo e energia com preços “na lua” (cada um por
superiores às importações), mas devido à redução de importações
suas razões), e que se um dia os custos reduzirem, que se considere
relacionadas à falta de investimento principalmente industrial.
também a redução do preço do produto.
Além disso, nossos parlamentares, que poderiam criar mecanismos
Ainda, um “iluminado” que foi eleito por cidadãos certamente
O que nos resta é torcer pela parcimônia do seu Joaquim (da
Vamos em frente apesar de tudo e de todos, Amém.
adequados e inteligentes para facilitar nossas vidas, agem como se não tivessem conhecimento de causa (talvez não o tenham) dos aspectos reais que nos afligem e insistem em criar modelos inoperantes e que favorecem apenas parcelas da sociedade; assim está sendo na lei das terceirizações. Agem como se o assunto fosse novo e todos aqueles que defendem a tese seriam conspiradores e sonegadores. Durante a discussão na câmara, a turma do planalto só se preocupava em garantir que a arrecadação fosse mantida, deixando para trás importantes temas que enriqueceriam o modelo,
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Eletrobras Amazonas apresenta plano de expansão para setor elétrico Na ocasião, esteve presente o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que anunciou investimento de R$ 6 bilhões para ampliar o sistema elétrico do Amazonas
Para ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o plano de expansão representa a consolidação de um projeto que vem sendo implantado há quatro anos.
O Plano de Expansão e Melhorias do
de todo o sistema de Manaus para receber
Setor Elétrico do Estado do Amazonas foi
essa energia no Sistema Interligado Nacional
apresentado no último dia 10 de abril na
(SIN) são obras que fazem parte desta
sede da Eletrobras Amazonas. Na ocasião,
inciativa.
tomou posse o novo diretor-presidente da
distribuidora, Antonio Carlos Faria de Paiva.
Todos, durante o evento, o ministro e a
Marcou presença no evento o ministro
diretoria da Eletrobras Amazonas Energia
de Minas e Energia, Eduardo Braga, que
assinaram um termo de autorização no valor
empossou o novo diretor e anunciou
de R$ 195 milhões.
No que se refere ao Programa Luz para
investimentos de R$ 6 bilhões para ampliar o sistema elétrico do Amazonas. Além dele,
Subestação Compensa
participaram da inauguração, o presidente
da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto,
subestação Compensa, que está energizada
o diretor de distribuição da concessionária,
parcialmente e tem inauguração prevista
Marcos Aurelio Madureira da Silva, e outras
para maio de 2015. A nova subestação, de
autoridades.
138 kV/13,8 kV, localizada na zona oeste de
Após a cerimônia, foi realizada visita à
As obras previstas no plano de expansão
Manaus, faz parte do cronograma de obras
incluem a construção de novas usinas, a
de interligação do Amazonas ao SIN por
integração de novos municípios ao Sistema
meio do Linhão de Tucuruí.
Interligado Nacional (SIN), a criação de linhas
e subestações, a instalação de novas redes
80 MVA, linhas de transmissão associadas
de distribuição e a expansão do Programa
em 138 kV e disponibilização de até
Luz para Todos. Conforme Braga, o plano
dez novos alimentadores de 13,8 kV. O
representa a consolidação de um projeto que
empreendimento permitirá o atendimento a
já vem sendo implantado há quatro anos e no
toda a região de Compensa e a flexibilização
qual já foram investidos mais de R$ 2 bilhões.
operacional de cargas. No total, foram
A obra do Linhão de Tucuruí e a preparação
investidos R$ 32 milhões na obra.
A subestação tem capacidade inicial de
Painel de mercado
12
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Custo da energia elétrica registra aumento de 60,42% no período de 12 meses Conforme o IPCA medido pelo IBGE, as cidades que mais apresentaram encarecimento das tarifas foram Campo Grande (34,77%) e Curitiba (32,73%)
O Instituto Brasileiro de Geografia e
elevação de 32,73%. O município que teve
preço de outros produtos, pois aumenta o
Estatística (IBGE) divulgou no início do
menor reajuste foi Recife (PE): 0,65%.
custo dos produtores e fornecedores de
mês de abril o Índice Nacional de Preços
No Rio de Janeiro (RJ), o aumento foi de
serviços aos consumidores. “A refeição
ao Consumidor Amplo (IPCA), que traz,
23,34% e em São Paulo (SP), de 25,63%.
fora de casa tem influência da energia, por
entre
inflação
De acordo com a coordenadora de
exemplo”, destaca a pesquisadora.
acumulada pelo custo da energia elétrica
Índice de Preço do IBGE, Eulina Nunes
no período de 12 meses. O índice é de
dos
referente
oficial registrada foi de 8,13%. Este índice é
60,42%. No último mês de março, o custo
à energia leva em conta os reajustes
o maior desde dezembro de 2003, quando
da energia elétrico aumentou, em média,
extraordinários concedidos pela Agência
foi anotada uma elevação de 9,03%.
22,08%, respondendo por mais da metade
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) às
Conforme a coordenadora do IBGE, em
da inflação oficial no mês, que ficou em
concessionárias. “Também inclui a bandeira
2003, a inflação foi mais influenciada
1,32%.
tarifária que, neste mês, ficou vermelha”,
pela desvalorização do real. Neste ano, o
explica a coordenadora.
país sente mais a pressão do dólar. “Mas,
de energia elétrica, conforme o IBGE,
Eulina esclarece que a alta da energia
também, temos realinhamento de preços
aconteceram nas cidades de Campo
elétrica impacta diretamente não apenas o
administrados, como a energia elétrica, e
Grande (MS), que apresentou acréscimo
bolso do consumidor, que paga sua conta
de impostos sobre itens mais caros, como
de 34,77%, e Curitiba (PR), que registrou
de luz, mas também tem efeito indireto no
os automóveis”, complementa.
outras
informações,
a
As maiores altas registradas nas tarifas
Santos,
este
aumento
No período de 12 meses, a inflação
Painel de mercado
14
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Capacidade eólica deve crescer 62% em 2015 Perspectiva, conforme o MME, é de que sejam adicionados 3.016 MW eólicos neste ano ao parque de geração de energia elétrica do país A capacidade instalada de energia
o crescimento da capacidade instalada
do 2º Leilão de Energia Reserva de 2015,
eólica no Brasil crescerá 62% em 2015
da energia eólica também foi bastante
que deve contribuir ainda mais para o
ante 2014. Conforme o Ministério de Minas
expressivo, conforme o MME, passando
incremento da energia eólica no Brasil.
e Energia (MME), serão adicionados ao
de 2.441 MW para 5.703 MW, o que a um
parque de geração eólico durante este ano
aumento de 133%.
3.016 MW, o que fará o país alcançar 7.904 MW até o final de 2015.
Energia eólica nos leilões
Com
O MME destaca que a fonte eólica foi
24.371
MW
de
potência
a que mais cresceu no país nos primeiros
cadastrada, os projetos eólicos também
meses de 2015 (de janeiro a março), com
são destaques nos leilões de energia
a entrada em operação comercial de 781,4
marcados para este ano. No Leilão de
MW oriundos de novos empreendimentos.
Fontes Alternativas 2015, que estava
Tal quantia representa 49% do total de
marcado para ocorrer em 27 de abril
1.594,2 MW de energia nova que entrou em
até o fechamento desta edição, foram
operação no primeiro trimestre deste ano.
cadastrados 530 projetos, totalizando
Apenas em março foram acrescentados
12.895 MW. Por sua vez, no Leilão A-3,
177,6 MW de energia eólica à capacidade
agendado para o dia 24 de julho, foram
instalada brasileira, relativo à 34,9% do total
inscritos 475 empreendimentos, 11.476
de energia nova que foi somada ao parque
MW no total.
de geração de energia elétrica naquele mês.
O MME informa que em novembro
deste ano também está prevista a realização
De março de 2014 a março de 2015,
Fonte eólica foi a que mais cresceu no país nos primeiros meses do ano.
15
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Brasil economizou 3.616 GWh entre 2008 e 2014 Neste período, as concessionárias de energia elétrica apresentaram 1.412 projetos de eficiência energética, investindo R$ 4,04 bilhões no total A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contabilizou que de 2008 a 2014 houve uma economia de energia de 3.616 GWh no Brasil decorrente de projetos de eficiência energética. Foi notificada também a redução de 1.171 MW da demanda no horário de ponta, o que contribuiu para reduzir a necessidade de investimentos na
expansão
da
oferta.
Conforme
a agência, no referido período, as concessionárias
de
energia
elétrica
apresentaram 1.412 projetos na área, investindo R$ 4,04 bilhões no total. Somente em 2014, o valor aportado foi de R$ 342,8 milhões. Os projetos envolvem iniciativas relacionadas ao aquecimento solar, à gestão energética municipal, à cogeração, entre outros. Além
destes
concessionárias
projetos, realizaram
as outras
iniciativas com o objetivo de combater o desperdício de energia elétrica. Entre elas estão a troca de mais de 1 milhão de geladeira e cerca de 48 mil aparelhos condicionais de ar tipo janela e Split, e
a
instalação
de
aproximadamente
105 mil sistemas de aquecimento solar em substituição ao chuveiro elétrico. Contabiliza-se também a troca de mais de 29 milhões de lâmpadas fluorescente compactas e tubulares por modelos mais eficientes e a substituição de cerca de 1 milhão de lâmpadas convencionais por lâmpadas Led.
A Aneel recorda que as distribuidoras
são obrigadas a empregar, anualmente, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida em ações que tenham como meta o combate ao desperdício de energia elétrica.
16
Painel de normas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.
ABNT publica quatro normas Cabos para-raios com fibras óticas
utilizado em equipamentos elétricos, os
e
requisitos e os métodos para análise.
partes
Publicada no dia 8 de abril, a ABNT
os requisitos técnicos mínimos para
Cabos de fios de cobre com núcleo de alumínio
fabricação dos cabos para-raios com
fibras
NBR
ópticas
(OPGW),
utilizados
para
a
marcação
ou,equipamentos
de
elétricos
e
componentes Ex, com tipo de proteção
NBR 14074:2015, que tem 82 páginas, estabelece os métodos de ensaio e
requisitos
“s”. O documento normativo tem 33 páginas.
Em vigor desde 7 de abril, a ABNT 16362:2015
especifica
os
preferencialmente em linhas aéreas de
requisitos para cabos de fios de cobre
transmissão de energia elétrica.
com núcleo de alumínio, nus, para fins
Quatro novas normas estão em consulta nacional
elétricos, na condutividade de 66%
Óleo mineral isolante
IACS - International Annealed Copper
Standard.
Intitulada “Interpretação da análise
Conjunto de emenda para cabos ópticos
de gases dissolvidos (AGD) em óleo
Abertos para consulta até o dia 8 de
junho, os projetos ABNT NBR 14405
elétricos em ensaios de fábrica”, a
Equipamentos de proteção para atmosferas explosivas
ABNT NBR 16361:2015, que passará
Também publicada no dia 7 de
respectivamente, os métodos de ensaios
a valer no dia 7 de maio, especifica
abril, a 33ª parte da ABNT NBR IEC
de flexão e torção em conjunto de emenda
os
60079:2015
método
para cabos óticos (aéreo e subterrâneo).
específico para a avaliação, ensaio
Os documentos normativos, elaborados
mineral
isolante
procedimentos
de
equipamentos
para
obtenção
de amostra de óleo mineral isolante
apresenta
o
e ABNT NBR 14406 estabelecem,
17
O Setor Elétrico / Abril de 2015
nas reuniões do dia 22 de outubro de 2014, estão previstos para cancelar e substituir a edição anterior ABNT NBR 14405:1999 e ABNT NBR 14406:199.
Transformadores e reatores de potência imersos em líquido isolante O
Projeto
03:014.01-101
-
Recebimento, armazenagem, instalação e manutenção de transformadores e reatores de potência imersos em líquido isolante começou a ser elaborado em encontro realizado em dezembro de 2012, sendo sua última reunião realizada no dia 19 de setembro de 2014. O novo documento normativo, que também está disponível para consulta até 8 de junho, especifica os requisitos para o transporte, recebimento,
montagem,
comissionamento, manutenção
de
instalação,
energização
e
transformadores
e
reatores de potência, com classe de tensão superior a 36,2 kV, monofásicos ou trifásicos, novos ou não.
Cabeamento estruturado Caminhos cabeamento
e
espaços
estruturado,
este
para é
o
título do Projeto 03:046.05-002, que fica até o dia 14 de junho disponível para consulta pública no site da ABNT. Esta Norma especifica a estrutura e os requisitos para os caminhos e espaços, dentro ou entre edifícios, para troca de informações e cabeamento estruturado de acordo com a ABNT NBR 14565, também influenciando a alocação de espaço no interior do edifício. O
documento
considera
edifício
normativo,
que
monousuário
e
multiusuários, não cobre os aspectos de segurança do projeto do edifício, medidas de contenção de incêndio ou sistemas de telecomunicação que requeiram quaisquer tipos especiais de medidas de segurança. O
projeto
Comissão
de
foi
elaborado
Estudo
de
pela Redes
Telefônicas Internas de Edificações (CE03:046.05) da ABNT/CB-03.
Painel de empresas
18
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Wago comemora programa de parceria com integradores de sistemas Depois de mais de um ano em atividade, o Wago Solution Provider possui 17 empresas cadastradas e é responsável pela ascensão das vendas da divisão de automação da companhia Após mais de um ano de implementação,
feitas na sede da Wago e são realizadas
de produtos, mas na solução, sendo
a Wago, empresa alemã especializada
em dois dias, incluem acesso gratuito às
os integradores de sistemas parceiros
em conexões elétricas de sistemas de
ferramentas de desenvolvimento CodeSys
indispensáveis nessa empreitada. “É uma
automação, comemora os frutos do Wago
e Wago I/O check. Contudo, para ser
aliança que nos dá acesso ao mercado e
Solution Provider, programa de parceria
considerado um Solution Provider, o
nos permite alavancar as vendas não só
com integradores de sistemas. Por meio
integrado precisa, após a capacitação,
de automação industrial e predial, mas
deste programa, o qual já possui 17
apresentar um projeto no qual aplica os
também das demais linhas de produtos,
empresas cadastradas, a Wago se alia
produtos da Wago em uma solução para
como interface e interconection”, afirma.
aos referidos profissionais na composição
seu cliente.
de hardware e serviços, com o objetivo
O segundo pilar do programa é a
mais de 120 pessoas das cidades de São
de oferecer a solução completa para seus
condição comercial diferenciada, segundo
Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de
clientes. A direção da companhia alemã
a Wago. E o terceiro é a recíproca indicação
Janeiro (RJ), Caxias do Sul (RS), Ribeirão
vem considerando a iniciativa bastante
de negócios. A empresa destaca que só
Preto (SP) e Goiânia (GO). A intenção para
positiva. Ela vem alavancando as vendas da
indica um integrador quando entende que
2015 é aumentar o número de empresas
divisão de automação, que já representam
ele tem competência para determinado
cadastradas no programa, alavancando as
10% do total.
tipo de aplicação e o integrador deve
vendas por meio deste canal e, ao mesmo
O Solution Provider é composto,
recomendar a companhia quando vislumbra
tempo, levando mais opções e expertise
segundo a Wago, por três aspectos
possibilidades adequadas para utilização
aos clientes finais. “Também queremos
fundamentais.
oportuna das soluções.
proporcionar outros tipos de treinamentos
treinamento de capacitação para os
para maior capacitação dos Solutions
integradores que utilizam as soluções
Wago, Alessandro Santos, explica que o
da companhia. As aulas, que podem ser
cliente final não está interessado na compra
O
primeiro
deles
é
O gerente de engenharia e suporte da
Iniciado em 2014, o programa já treinou
Providers”, finaliza Alessandro Santos.
Crestron inaugura primeira unidade no Brasil Empresa especializada na produção de sistemas de controle de automação corporativa e residencial decidiu investir no país porque a demanda por sistemas inteligentes tem aumentado muito nos últimos anos A
norte-americana
Crestron,
país porque a demanda por sistemas
empresa especializada na produção
inteligentes tem aumentado muito nos
de sistemas de controle de automação
últimos anos. “Nosso primeiro mercado
corporativa e residencial, inaugurou sua
na América Latina é o Brasil”, afirma.
primeira unidade de negócios no Brasil.
Na região latino-americana outros
O empreendimento abriga equipamentos
mercados promissores, de acordo com
com tecnologia de ponta, um centro de
Klein, são Colômbia, Chile e Peru,
treinamento e um serviço de suporte
países onde os produtos da companhia
técnico.
têm conquistado presença significativa.
Sede da Crestron nos Estados Unidos.
Segundo o diretor executivo da
Contudo, “planejamos fazer do Brasil
Crestron tem alcançado crescimento
companhia, Randy Klein, que esteve no
nossa
médio acima de 15% ao ano nos últimos
Brasil especialmente para a abertura
regional”, declara o diretor executivo.
anos. Mais de 20% do seu volume de
oficial das operações em São Paulo
Registrando
vendas é investido inteiramente em
(SP), a Crestron decidiu investir no
superiores a US$ 1 bilhão anuais, a
plataforma
de vendas
crescimento globais
pesquisas e desenvolvimento.
Painel de empresas
20
O Setor Elétrico / Abril de 2015
GE duplica vendas no Brasil De 2010 a 2014, os valores das encomendas passaram de US$ 2,3 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Elevação é reflexo dos investimentos constantes no período
A GE alcançou em 2014 números expressivos de seu negócio
no Brasil. Em comparação com o ano de 2010, a empresa quase duplicou suas encomendas no que se refere ao montante negociado. Elas passaram de US$ 2,3 bilhões para R$ 4,4 bilhões. De acordo com a companhia, esta elevação é reflexo dos investimentos constantes no período e de uma gestão focado no longo prazo. O crescimento das encomendas no ano passado em relação 2013 foi de 5%. O resultado positivo influi na participação brasileira nos resultados da GE na última década, na América Latina, que aumentou. Na atualidade, as operações nacionais respondem por quase 50% dos volumes de negócios registrados em toda a região. Isto faz com que o Brasil se consolide como o terceiro maior mercado mundial da GE, atrás apenas dos Estados e da China, e também fortalece sua posição como principal agente de
O Centro de Pesquisas Global na América Latina, localizado na cidade do Rio de Janeiro, foi um dos investimentos realizados pela GE no ano passado.
crescimento da companhia no mercado latino-americano.
país. Em novembro daquele ano, a empresa anunciou investimento
Em 2014, a empresa investiu maciçamente no Brasil, o que
de US$ 550 milhões, maior montante disponibilizado pela GE no
certamente contribui para o incremento dos negócios no país. A
país até então, que seria aplicado até o fim de 2013. Em maio
GE inaugurou no ano que passou na cidade do Rio de Janeiro,
do mesmo ano, calcada em três grandes prioridades, localização,
o primeiro Centro de Pesquisas Global na América Latina –
novas fábricas e projetos de infraestrutura, a companhia expandiu
com investimento acima de US$ 500 milhões – e expandiu, em
seus investimentos para US$ 1,3 bilhão, abrangendo o período de
Petrópolis (RJ), a GE Celma, uma das principais unidades mundiais
2011 a 2016.
de reparo e manutenção da empresa no mundo, que se tornou a
única unidade fora dos EUA habilitada para montagem de turbinas
o programa de investimento da companhia iniciado em 2010 fez
aéreas da GE. Com investimento de US$ 100 milhões, a unidade
com que todas as unidades de negócio no Brasil aumentassem
local deverá revisar mais de 500 motores aeronáuticos de grande
fortemente a capacidade de produção já a partir de 2011. “Com
porte até 2020.
isso, a empresa está pronta para atender à demanda crescente por
infraestrutura”, declara Garcia.
Desde 2010, a empresa vem incrementando seus negócios no
Conforme o diretor da GE para América Latina, Reinaldo Garcia,
Evento
FIEE
22
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Fontes renováveis e eficiência energética são futuro do setor elétrico Investimentos na diversificação da matriz e em técnicas de eficiência energética na indústria são apontados como soluções para combater crise e garantir crescimento sustentável do setor
Especialistas
de
partes
ainda maiores nos preços da energia e
conformidade com o Plano Decenal
da cadeia elétrica nacional estiveram
em técnicas de eficiência energética,
2023, a fim de atender com tranquilidade
presentes na Feira Internacional da
sobretudo a indústria, de modo a se
a demanda futura. Ventura destacou que
Indústria Elétrica e Eletrônica (Fiee), que
preservar frente aos custos da energia
o Plano Nacional de Energia 2030 foi
aconteceu em São Paulo (SP), entre os
e também a uma eventual crise de
o único que incorporou efetivamente a
dias 23 e 27 de março, para conhecer
abastecimento.
eficiência energética em seus estudos
as
Os
tecnologias
diversas
apresentadas
pelas
no
e a meta é alcançar economia de 106
empresas expositoras e também para
AbineeTech, seminário que aconteceu
TWh/ano em 2030, o que representaria
discutir técnicas e políticas para o setor.
paralelamente à Fiee e que foi promovido
10% do consumo total do país.
Considerando o cenário macroeco
pela Associação Brasileira da Indústria
nômico
favorável,
Elétrica e Eletrônica (Abinee). Na ocasião,
que a energia de hidrelétricas represente
empresários e especialistas do setor
o secretário de Energia do Ministério de
45% da matriz elétrica nacional, seguida
acreditam que é primordial que se
Minas e Energia (MME), Altino Ventura,
pela eólica (26%), biomassa (9%) e
priorizem
fontes
destacou que o governo vem dando
solar (5%). Os restantes 15% deverão
renováveis de energia para evitar altas
prioridade às fontes renováveis, em
ser predominantemente de gás natural
brasileiro
pouco
investimentos
nas
debates
ocorreram
Até 2023, segundo ele, a expectativa é
23
O Setor Elétrico / Abril de 2015
(14%), além de nuclear e carvão. Já o
uma das demandas mais urgentes da
não tínhamos moeda, nem reservas,
consumo de petróleo deverá cair 2%.
indústria é a estabilidade. “Precisamos
mesmo assim soubemos crescer. É o
“Para o decênio 2013/2023, o cálculo
de um ambiente menos hostil, que
momento de criarmos uma agenda de
total
necessários
estimule o investimento dos empresários
desenvolvimento para estruturar o futuro”,
para o setor energético é da ordem de
de
investimentos
e industriais brasileiros. Com o câmbio
declarou.
R$ 1,2 trilhão, do qual R$ 301 bilhões
mais próximo da realidade, quem sabe
são calculados para o setor de energia
a indústria possa voltar a ocupar seu
A Fiee
elétrica”.
espaço, aumentando sua participação
A 28ª edição da Fiee recebeu 52
no PIB, passando dos atuais 13% para
mil pessoas, que circularam no pavilhão
Paulo Stark, admite que já estamos
voltar a ter 25% do PIB”, afirmou.
de 40 mil m² do Anhembi e puderam
vivendo uma crise. “São necessárias
Nesse sentido, um cenário conciliador
conhecer novas tecnologias, produtos e
medidas austeras nos gastos públicos
foi traçado pelo secretário de Energia
serviços voltados para a indústria elétrica,
e, por mais que voltemos a crescer, não
do Estado de São Paulo, João Carlos
de energia, eletrônica e de automação.
podemos fazê-lo com o fantasma da
Meirelles,
Foram 623 expositores e mais de mil
falta de energia. Por isso, não podemos
republicana do Estado de São Paulo
marcas representadas no evento.
ignorar as fontes alternativas. Também
frente a desentendimentos políticos. "É
Entre os diferenciais desta edição,
devemos olhar para a gestão seletiva de
imprescindível o esforço conjunto para
estiveram os espaços reservados para
carga e para a eficiência energética, que
aproveitarmos as chances que a indústria
áreas específicas do setor elétrico.
é uma espécie de geração energética”,
pode revelar frente à crise. O Estado de
Um deles foi a Ilha de Conceito Smart
avaliou.
O presidente da Siemens no Brasil,
que
ressaltou
a
natureza
São Paulo produz 65% do bagaço de
City, um espaço que reuniu empresas e
Goldemberg,
cana do país. Estamos alertas para a
institutos que desenvolveram uma mini
especialista no setor, frisou que é
necessidade, também do gás metano,
cidade inteligente, com automóveis e
necessária a diversidade de estruturas
vindo do lixo".
bicicletas elétricas, sistemas operados
para que o Brasil não passe por mais
Representantes do governo federal
por wireless, iluminação com Leds,
crises de água, ou de geração de energia.
reforçaram o desejo do governo de
entre outros equipamentos inteligentes e
"Depois do governo FHC, a aposta foi
compreender todos os detalhes das
sustentáveis.
a construção de termoelétricas, isto
reivindicações
da
Outra novidade foi a Rodada de
porque os outros modais não foram
indústria eletroeletrônica. Representando
Negócios Premium Club Plus, espaço
incentivados, por conta dos leilões. Você
o Ministério da Ciência, Tecnologia e
destinado
não vai à feira e compra um quilo ‘de
Inovação (MCTI), o secretário Virgílio
compradores de maneira organizada e
fruta’. Você compra diversas frutas. Com
Almeida citou números positivos em
otimizada, com o objetivo de estimular
os leilões deveria ser a mesma coisa.
relação à pesquisa e desenvolvimento.
a realização de negócios. A Arena do
Leilões separados para tipos de energias
"Em 2014, os investimentos de empresas
Conhecimento, localizada, no centro
diferentes:
O
acadêmico
José
e
necessidades
a
reunir
expositores
e
termoelétrica,
em P&D chegaram a R$ 1,6 bilhão,
do evento, foi um espaço dedicado
eólica, solar, etc. Mais recentemente, o
crescimento de 72% em relação a 2011.
à
governo começou a separar os leilões
No mesmo período, o faturamento das
Neste ambiente, profissionais visitantes
de energia, de maneira tímida. Mas
indústrias incentivadas passou de R$
puderam assistir a mais de 30 palestras,
além disso é preciso estabilidade nas
56,445 bilhões para R$ 93,490 bilhões".
que abordaram temas, como robôs
regras do mercado de energia, para não
Já o secretário de Desenvolvimento
industriais,
desestimular investidores", concluiu.
da
soluções em redes ethernet, entre outros.
Desenvolvimento, Indústria e Comércio
A
biomassa,
Sobre isso, o presidente da Abinee,
Produção
do
Ministério
do
disseminação
de
softwares
seguir,
confira
conhecimentos.
de
supervisão, alguns
dos
Em
Exterior (MDIC), afirmou que o número de
lançamentos e produtos de destaque
solenidade de abertura da 28ª edição
produtos com certificado de tecnologia
exibidos durante a semana da Fiee,
da Fiee, em almoço para convidados,
nacional cresceu 68%, passando de
em São Paulo. Na próxima edição,
autoridades
Barbato
356 produtos para 601. "Na economia
continuaremos com a divulgação dos
declarou que o câmbio e a alta carga
existem profecias autorrealizadas, então
equipamentos e serviços lançados neste
tributária foram os principais entraves ao
precisamos nos reunir para que a crise
que é um dos principais eventos do setor
crescimento da indústria nacional e que
não vença. No final dos anos de 1980,
elétrico brasileiro.
Humberto
Barbato,
e
concorda.
imprensa,
Evento
24
FIEE
O Setor Elétrico / Abril de 2015
ADS www.adsdisjuntores.com.br
Conexled www.conexled.com.br
O disjuntor magnético Linha DM da ADS tem como sua
Lançamento da Conexled na Fiee 2015, a luminária
grande vantagem, conforme o fabricante, um elevado número
hermética industrial Led da linha CLB oferece,
de manobras pela robustez do mecanismo, que dispensa o uso
conforme a fabricante, resistência, versatilidade e
de bobina de abertura, fechamento e motor. O produto vem
ótimo desempenho para aplicações industriais e comerciais, substituindo com
com relé anti pumping como acessório incluso. Os acessórios
eficiência as luminárias fluorescentes tradicionais, proporcionando economia
opcionais são: bloqueio tipo Kirk, contador de manobras e
de energia e diminuindo substancialmente os ciclos de manutenção. O produto
nobreak.
conta com prensa cabo em nylon com grau de proteção IP 68, conectores para ligação segura e sistema de fixação multinacional.
Ageon www.ageon.com.br Um dos destaques da Ageon na Fiee foram
Cummins www.cumminspower.com.br
os controles de temperatura Solar Touch,
Na semana da Fiee, a Cummins apresentou três
voltados exclusivamente para o aquecimento
equipamentos que podem ser configurados
solar residencial e de piscinas. O produto
para as mais diversas aplicações de energia
conta com display de LCD 3,5” e interface touchscreen. Outro lançamento foi
na indústria, condomínios comerciais e
o ArcSys, sistema de monitoramento de temperatura que permite acompanhar
residenciais, varejo e power plants. Um deles
os controladores por meio de qualquer celular, tablet ou computador conectado
foi o grupo gerador C1000D6, equipado com motor Cummins Diesel de 30
à internet.
litros (QST30), indicado para aplicações prime power ou standby. O segundo equipamento exposto foi o grupo gerador C65D6 com potência 65kW (74 kVA),
Brasformer Braspel www.brasformer.com.br
com motor Cummins Diesel de 3.9 litros produzido na fábrica da Cummins, em
Novo conceito, o Polo de Medição da Série BCPS da
gerador RS40, com potência de 40 kW (53 KVA), especialmente desenvolvido
Brasformer Braspel foi desenvolvido para atender à
para aplicações standby, e que opera com gás natural e gás propano. Pode ser
necessidade de otimização nas montagens de painéis e
aplicado tanto em residências como em instalações comerciais.
Guarulhos (SP). Por fim, os visitantes da Fiee puderam conferir também o grupo
montagens on board de disjuntores, trazendo um ganho na de tensão em linhas primárias de 7,2 kV a 15 kV e em instalações em cabines
Elos www.elos.com.br
primárias ou painéis blindados.
A subestação pré-fabricada compacta (PTEC)
instalação com pesos e medidas reduzidas. É destinado para medições elétricas
à prova de arco interno foi o lançamento da Elos
CM Comandos Lineares
na Fiee deste ano. Fabricado de acordo com a
Os nobreaks Conception Multiativos da CM
norma IEC 62271-202, o equipamento oferece,
Comandos Lineares são projetados com o
segundo a empresa fabricante, a melhor
uso intenso dos recursos da tecnologia DSP
solução para transformação de energia elétrica
(Digital Signal Processor), que permite funções
sitiada em centros urbanos. O produto apresenta um invólucro em aço inox que
avançadas e exclusivas em tempo real. Entre as
contêm chaves seccionadoras de média tensão, transformador de potência,
características principais do equipamento estão
chaves de baixa tensão, conexões e equipamentos auxiliares que possibilitam
memória interna para registros de cinco mil eventos, medições em True RMS
o fornecimento de energia elétrica em baixa tensão a partir de um sistema de
com precisão de multímetros, gerenciamento remoto real-time via internet e
média tensão.
bypass estático e bypass estático de manutenção.
Coel www.coel.com.br
Fastweld www.fastweld.com.br A Fastweld destacou a ferramenta hidráulica a bateria
Entre as novidades da Coel, estão os controladores
B1350, produzida pela Cembre. O equipamento
de temperatura e processo Kube, que contam com
conta com painel de Led com diversas informações,
função rampa/patamar e display a Led com três
como pressão e força de cada compressão, carga
cores. O controlador apresenta 96 segmentos
de bateria, iluminação, entre outras características.
divididos em oito programas para controle de
Sua bateria é de alta durabilidade Li-lon, de 4.0 Ah,
temperatura e processo e capacidade de gerenciar
18 V, com cooler interno para mantê-la refrigerada, garantindo sua vida útil e
sequências de até quatro programas com bases de tempo diferentes (h/
total desempenho. Possui ainda conexão USB para descarregar as informações
min – min/s). São indicados para aplicações em câmaras de pintura, câmaras
coletadas, o que permite a emissão de um laudo técnico de cada compressão.
climáticas e incubadoras, fornos para dobra de vidros, fornos para cerâmica e
A Fastweld destaca ainda que a ferramenta apresenta carenagem constituída de
para tratamento térmico, fornos para laboratórios, entre outras.
materiais de alta resistência.
Evento
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FIEE
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Fockink www.fockink.ind.br A linha Tottal Control de painéis elétricos foi um dos destaques da Fockink. De acordo com a empresa, a eficiência desta linha de painéis de controle e de distribuição, que está totalmente adequada à legislação vigente, foi validada através dos ensaios de tipo realizados em laboratórios como Cepel, IEE e IPT. O conjunto é dividido em partes funcionais, ou seja, composto por uma coluna de entrada de energia, barramentos de distribuição de energia e colunas de distribuição de energia. Outro diferencial é que o conjunto pode contar com gavetas fixas ou com o sistema de gavetas extraíveis, este permitindo a instalação em cargas até 250 A.
Frontec www.frontec.com.br Lançamento da Frontec na Fiee 2015, o fixador F7802PL possui fita autoadesiva desenvolvida para ser aplicada sem a necessidade de primer. O produto pode ser empregado em ambientes externos ou internos e é direcionado para aplicações em painéis elétricos com pintura epóxi. Juntamente com as abraçadeiras convencionais, estes fixadores autoadesivos facilitam a adesão dos mais variados componentes.
Gimi Pogliano Blindosbarra www.gimipogliano.com.br Lançamento da Gimi Pogliano Blindosbarra, os barramentos blindados compactos tipo BX-E®, mais conhecidos como barras coladas, foram desenvolvidos em conformidade com as normas nacionais e internacionais: IEC 61439-1 e IEC 61439-6, ABNT IEC 60439-2, IEC 60439/1, IEC 60439/2 e IEC 61439-1. Trata-se de linhas elétricas pré-fabricadas com capacidade de 800 A a 6300 A 3P+N+PE adequadas para o transporte e distribuição de energia elétrica em seções verticais e horizontais de quaisquer configurações. O produto está disponível em quatro versões com invólucros em aço carbono e alumínio, com neutro a 100% ou 200% das bitolas de fase, apresenta dimensões muito reduzidas, elevada resistência aos esforços eletrodinâmicos, baixa impedância, baixa queda de tensão e boa resistência a agressões de agentes atmosféricos.
Grantel www.grantelequipamentos.com.br Entre as novidades da Grantel apresentadas durante a Fiee 2015 está o isolador suporte de núcleo sólido para barramento 800 kV, que foi especialmente projetado e construído para áreas com alto índice de intempéries. A empresa conta que, geralmente, as normas pedem que o isolador suporte chuvas de aproximadamente 1 mm por minuto, tanto na vertical quanto na horizontal. Já o isolador, desenvolvido pela Grantel, pela SPIW e por cientistas brasileiros, chegou a suportar em ensaio chuvas de 5 mm por minuto, tanto na vertical quanto na horizontal. Dessa maneira, trata-se de um isolador de grande interesse para o Brasil, uma vez que torna o sistema elétrico mais robusto, evitando apagões e desligamentos acidentais.
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O Setor Elétrico / Abril de 2015
Grupo Intelli www.grupointelli.com.br Cabo de alumínio nu reforçado por fio de aço revestido em alumínio para linhas aéreas, os condutores de alumínio da linha ICAL-CAA/RA foram o destaque do Grupo Intelli na feira deste ano. Fabricado com fios de alumínio nu, liga 1.350 têmpera H19 e alma de fio de aço revestido de alumínio, o produto está de acordo com as normas ABNT NBR 10841, ABNT NBR 5118 e ABNT NBR 15957.
HDS www.hdspr.com.br Presente em mais uma edição da Fiee, realizada em março deste ano, a HDS Sistemas de Energia apresentou sua nova linha de UPS on-line de dupla conversão. Além disso, a empresa expôs a linha de UPS ABB e GE, baterias ActPower e painéis elétricos. Outra novidade que a HDS trouxe para a feira e para o mercado brasileiro foram as baterias Hoppecke, de alto desempenho e durabilidade.
Incesa www.incesa.com.br O espaçador losangular com travas mantém
o
espaçamento
entre
os cabos de fase e neutro das redes compactas de distribuição de energia. Produzido em polietileno de alta densidade, resistente ao intemperismo e ao trilhamento elétrico, o equipamento possui sistema de fixação utilizando a resiliência do polímero, mantendo a integridade da isolação do condutor fixado. É apto para conexão em condutores de 35 mm² a 300 mm² e, de acordo com a Incesa, trata-se do único espaçador no mercado com apenas um ponto de travamento.
Instrutemp www.instrutemp.com.br Lançamento da Instrutemp, o Hipot de média e alta tensão para corrente alternada e contínua, da série ITHY, é um equipamento portátil para ensaios de isolação de tensão, aplicado para testes em cabos, capacitores e isoladores em geral. Projetado em um gabinete tipo mala para fácil manuseio e transporte, o produto foi arquitetado visando a segurança do operador, utilizando a tecnologia de descarga automática. É indicado para concessionárias de energia elétrica, empresas de engenharia de campo, fabricantes de fios e cabos.
Kanaflex www.kanaflex.com.br Lançamento da Kanaflex, o Quadrilex é um duto fabricado em PEAD, na cor preta, corrugado, flexível, impermeável, destinado à proteção de cabos subterrâneos de energia ou telecomunicações. É um duto muito resistente a cargas mecânicas e ao ataque de produtos químicos. Diferencia-se dos outros dutos plásticos existentes no mercado pela sua seção quadrada, que lhe confere grande facilidade de alinhamento, mesmo não havendo paredes laterais da vala. Momentaneamente está disponível na medida 4” (100 x 100 de seção interna) e é fornecido em rolos, com fio-guia e tampões nas extremidades. Acompanha fita-de-aviso.
Evento
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FIEE
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Kron Medidores www.kron.com.br
de alumínio são prensadas e isoladas entre si por filmes de poliéster de alta
O grande destaque da Kron na Fiee foi o Smart Box,
por tampas de aço e laterais de alumínio. A conjunção desses dois materiais
equipamento compacto e robusto, de uso portátil,
no invólucro garante a resistência aos esforços de curto-circuito pelo aço
para medição de tensão e corrente, que opera com
e a dissipação térmica pelo alumínio. Atende aos requisitos de condutor
dispositivos móveis utilizando aplicativo Krondoid, o que
de proteção da ABNT NBR 5410. Esses barramentos são especialmente
permite leitura e acesso aos registros sem a necessidade
projetados para atuar como condutores em aplicações em que existem
de conexões físicas. O equipamento é construído em poliuretano de alta
grandes restrições com relação aos limites máximos admissíveis de queda
densidade, isolante, não propagante a chama e grau de proteção IP 40.
de tensão.
resistência mecânica e alta capacidade dielétrica. O invólucro é composto
Utiliza ainda alimentação do próprio circuito de medição e admite dois conjuntos de sensores, sendo um conjunto de sensores flexíveis e um conjunto de alicate.
Novus www.novus.com.br Durante a FIEE, a Novus apresentou
Megabras www.megabras.com.br
dois produtos focados na área de
A novidade da Magabras na Fiee 2015 foi
DigiRail-VA. Os produtos chamaram
a
a atenção por visarem a economia
apresentação
da
parceria
energia elétrica: o Novus Drive e o com
Phenis
Tecnologies, empresa multinacional com sede nos
de energia, principalmente em condomínios
Estados Unidos, especializada na fabricação de
e escritórios. O Novus Drive é um inversor
componentes e sistemas de teste de alta tensão,
de frequência que se destaca pela fácil
alta corrente e alta potência. Entre os produtos que serão distribuídos pela
configuração e instalação, além do tamanho
Megrabas em território nacional estão: kilovoltímetros (de 100 kV e 200
compacto, reduzindo espaço no painel. Além disso, o produto se adapta
kV), hipost/megôhmetros AC/DC, sistemas de teste para transformadores,
facilmente às aplicações de torque constante ou variável. Já o DigiRail-VA
sistemas de alta corrente e detectores de cargas parciais.
é capaz de medir tensão True-RMS, corrente True-RMS, potência real, potência aparente, potência reativa, frequência e fator potência,
Mersen www.mersen.com.br Pensando na expansão da iluminação pública com Leds, a Mersen acaba de lançar um protetor
transmitindo os sinais em RS-485 com protocolo Modbus ou 4-20 mA e 0-10 V. O condicionador de sinais de corrente monofásica é a solução ideal para medir grandezas AC em máquinas e instalações monofásicas.
nesses ambientes. O protetor oferece uma tensão
Obo Bettermann www.obo.com.br
de descarga combinada de 10 kV, com corrente de descarga de 20 kA e
Um dos destaques da empresa foi o prensa-cabos
nível de proteção da tensão < 1,5 kV. A empresa aproveitou a feira para
desmontável da linha VBS de sistemas de conexão e
também divulgar outra novidade: um sistema de monitoramento de geração
fixação. Com o novo sistema, a Obo Bettermann garante
de energia solar, que é montado em string boxes (caixas de controle e
que tanto a instalação quanto a troca dos prensa-cabos
monitoramento) personalizadas para a necessidade de cada cliente.
são simplificadas. Isso porque o produto é fornecido em
de surto para luminárias com Leds utilizadas
duas partes, podendo ser rapidamente montado por meio
Minipa www.minipa.com.br Novidade da Minipa, o termovisor MTV-01 apresenta faixa de medição
de um sistema simples de encaixe. O prensa-cabos apresenta vedação para um ou múltiplos cabos e grau de proteção IP 67.
cinco paletas de cores e display LCD 2,8” colorido. Equivalente a 922
Rehtom www.rehtom.com.br
termômetros infravermelhos, o termovisor armazena até 25 mil imagens
Entre as novidades da Rehtom está a linha de
e possui, conforme o fabricante, operação rápida, simples e eficiente. O
chaves seccionadoras e bases para fusíveis
equipamento vem com software gratuito para análises.
HH de média tensão do tipo manobra sem
entre -20 °C e 250 °C, alarmes de máximo e mínimo, imagem térmica,
carga ou com carga. As bases para fusíveis
Novemp www.novemp.com.br A Novemp apresentou, durante a Fiee, a linha MBC, composta de barramentos com corrente nominal entre 800 A e 4100 A e grau de proteção IP 54. Com a instalação de vedações especiais nos invólucros, os barramentos também podem ser fornecidos com grau de proteção IP 55. As barras condutoras
HH contam com acionamento manual por punho ou vara de manobras. Estes equipamentos podem vir incorporados de isoladores capacitivos, que funcionam em conjunto com display de Leds indicadores de tensão. A linha dispõe ainda de diversos acessórios, como prolongadores de eixo, bloqueio tipo Kirk com fechadura Yale e contatos auxiliares.
Sices Brasil
29
O Setor Elétrico / Abril de 2015
www.sicesbrasil. com.br A Sices Brasil lançou, durante a feira, a nova linha de quadros de paralelismo
Easy
Synchro
(powered
by ABB), que é compatível com qualquer grupo gerador,
independentemente
do
fabricante.
Segundo a Sices, trata-se de uma solução definitiva para qualquer sistema em rampa com a rede e ideal para adequar qualquer gerador de stand-by em gerador para rampa.
Soprano www.soprano.com.br
A Soprano ampliou sua linha de plugues e tomadas industriais. Agora ela conta com modelos 110 V nas correntes nominais de 16 A e 32 A. Também há ampliação dos modelos com grau de proteção IP 67, atualmente em 63 A e 125 A, agora disponíveis nas correntes nominais de 16 A e 32 A nas tensões 220/240 Vca e 380/440 Vca, além dos modelos de três horas na corrente de 32 A para as tensões 380/440Vca. A linha completa é composta por plugues, acopladores, tomadas de embutir, de sobrepor e invertida disponíveis nas correntes de 16 A, 32 A, 63 A e 125 A, nas tensões 110/130 Vca, 220/240 Vca ou 380/440 Vca e nos modelos 2P+T, 3P+T e 3P+T+N.
Sotreq www.sotreq.com.br Os destaques da Sotreq
na
2015
foram
Fiee os
grupos geradores GEP kVA)
100
(100
silenciado
e o C27 (1.000 kVA) fabricados pela Cartepillar. Componente da Linha Olympian apresenta potência em stand by de 100 kVA e 80 kW e opera em regime Power Prime (horário de ponta) na potência de 90 kVA e 72 kWe. Já o C27 faz parte da Linha Caterpillar. Em stand by trabalha com potência de 1.000 kVA e 800 kWe e, em prime, opera com potência 906 kVA e 725 kWe. Ambos funcionam a diesel.
Evento
30
FIEE
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Steck www.steck.com.br As canaletas e acessórios Condutek foram
União Transformadores www.transformadoresuniao.com.br
lançados pela Steck na feira deste ano. São
A série Dry Plus é composta por transformadores
canaletas fabricadas em PVC autoextinguível
secos com bobinas encapsuladas a vácuo em
e acessórios em ABS. Estão disponíveis nas
resina epóxi. Fabricados nas potências de até
medidas de 12 mm x 9 mm, 20 mm x 10 mm, 40 mm x 16 mm e 50 mm x
10 MVA, nas classes de tensão de até 36,2
20 mm. Com comprimento de 2 m e na cor branca, são comercializadas
kV, os transformadores são recomendados
nas versões com ou sem fita adesiva.
para uso em subestações industriais, centros comerciais, data centers e hospitais, que
Strahl www.strahl.com
exijam praticidade, segurança, desempenho e
São variados os modelos das caixas
é confeccionado em chapas de aço silício de grão orientado corte tipo
modulares para centros de medição/
step-lap, com fluxo magnético reduzido, diminuindo perdas e nível de ruído.
confiabilidade em cargas críticas. Seu núcleo
QGBT em policarbonato, destaques da caixas MI, com tampa transparente, placa
Weg www.weg.net
de montagem com pintura epóxi e caixas
Um dos destaques da Weg na
unidades por meios das flanges de união. Outro modelo são as caixas
Feira foi a linha de motores de
PROT, também com tampa transparente e placa de montagem com pintura
indução trifásico Weg Super
epóxi e união das caixas por meio flanges, trazendo como diferencial tampa
Premium. De acordo com a
com janela de acesso a disjuntores gerais. Já as caixas TA, além de tampa
fabricante,
transparente e união por meio das flanges, apresentam trilhos de alumínio
na plataforma W22, que oferece entre outros benefícios: intervalos de
reguláveis.
lubrificação estendidos, que acarretam menor necessidade de intervenções
empresa na Fiee 2015. Entre eles: as
eles
se
baseiam
para manutenção; baixas temperaturas de operação, o que aumenta o
Terex www.terex.com.br
tempo de vida do sistema de isolamento e, consequentemente do motor;
A Terex aproveitou a Fiee
motor permite a montagem da caixa de ligação nas laterais ou no topo,
para
reduzindo o número de motores em estoque para reposição.
apresentar
e flexibilidade para a modificação da forma construtiva, ou seja, o mesmo suas
unidades de negócios e seu da unidade de negócios
Zagonel www.zagonel.com.br | www.zlight.com.br
de
A Zagonel, por meio da sua marca
portfólio de produtos. Dentro Utilities,
da
TLA,
destacam-se duas áreas de negócios, a chamada de Hot Line Tools (HLT),
Z.Light, apresentou em seu estande,
que tem uma série de soluções em ferramentas de manutenção de linhas
durante a Fiee, a ZL 3330, produto
energizadas e desenergizadas, entre elas itens específicos para linhas
fabricado e desenvolvido no Brasil, com
de transmissão, como jugos, tensores e varas telescópicas e que são
design diferenciado e excelente custo-
produzidas exclusivamente pela TLA no Brasil e que representam cerca de
benefício. Com lançamento oficial previsto
60% do faturamento da unidade de negócios. A segunda área compreende
para o segundo semestre deste ano,
a produção de cestos aéreos, adquiridos pelas maiores concessionárias de
o equipamento apresenta potência de 60 watts, sendo indicado para
energia do país.
iluminação de áreas externas.
Tramontina Elektric www.tramontina.com
Zilmer www.zilmer.com.br
Entre as novidades expostas pela Tramontina
O Sistema de Encapsulamento de Medição
na Fiee 2015, destaque para as luminárias
a Transformador a Seco (SEMTS) integra
voltadas
atmosferas
medidor de energia, sistema de telemetria, chave
explosivas. A luminária Led, por exemplo, é
de aferição e acessório de proteção contra
fabricada em liga de alumínio copper-free e tem acabamento em pintura
fraudes. Para aplicação exterior, o transformador
eletrostática a pó na cor cinza Munsell N6.5, com proteção à prova de
trabalha com tensão máxima de 15 kV/ 17,5 kV
explosão (Ex d) para zona 1, grupo de gases IIC e classe de temperatura
e frequência de 60 Hz/ 50 Hz. Possui corrente
T6. O equipamento apresenta formato redondo e design moderno, sendo
primária máxima de 200 A e corrente secundária
composto por cinco conjuntos de Led alimentados independentemente,
de 5 A. Apresenta isolamento de resina e classe
com 130 W de potência, aproximadamente 20.000 lúmens.
de temperatura de 105°.
a
ambientes
de
Fascículos
Apoio
ILUMINAÇÃO PÚBLICA E URBANA Plinio Godoy
32
Capitulo IV – Qualidade na iluminação urbana • Conceitos de boa iluminação urbana • A percepção do meio urbano • Distribuição de luz • Uniformidade
ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA E APLICAÇÕES Manuel Luís Barreira Martinez
42
Capítulo IV – Carregamento e potência nominal dos transformadores • Relação entre potência nominal e tempo • Características dos transformadores • Comportamento térmico • Resistências e capacitâncias técnicas
EQUIPAMENTOS PARA SUBESTAÇÕES DE T&D Sergio Feitoza Costa
48
Capítulo IV – Estudos elétricos de sobretensões, coordenação de isolamento e impactos de campos elétricos e magnéticos • Estudos elétricos de sobretensões • Coordenação de isolamento • Efeitos e impactos de campos elétricos e magnéticos
QUALIDADE NAS INSTALAÇÕES BT Eduardo Daniel Capítulo IV – Linhas elétricas – parte 2 • Resistividade térmica do solo • Agrupamento de circuitos • Condutores carregados e em paralelo • Condutores de fase
56
Apoio
Iluminação pública e urbana
32
Capítulo IV
Qualidade na iluminação urbana Por Plinio Godoy*
Este
capítulo
abordará
o
tema
ou seja, dos aspectos projetuais baseados
da região, aspectos turísticos e acima de
“qualidade na iluminação urbana”, um
na quantidade de luz em determinada
tudo, levando em consideração as pessoas.
tema bastante interessante, visto que
via ou espaço público, para a abordagem
abrange os conceitos mais atuais ligados
“qualitativa”, em que a quantidade de
conta, tem-se como base de análise
à iluminação pública, a qualidade e seus
luz é um dos aspectos estudados para o
a percepção dos espaços que estas
benefícios para as pessoas.
desenvolvimento do projeto de luz de
pessoas vivenciam, como o resultado da
uma determinada região, espaço ou até
iluminação impacta na visão objetiva e
de uma cidade inteira.
subjetiva delas.
A boa iluminação urbana
Uma das questões mais interessantes
Assim,
podemos
entender
que
Quando as pessoas são levadas em
Acredito que, no futuro, os processos
no âmbito da iluminação urbana é o
a
na
projetuais serão mais elaborados neste
entendimento da sua importância na
iluminação urbana quando esta considera
sentido, buscando a qualidade dos
qualidade de vida das pessoas que utilizam
não somente questões normativas, mas
espaços como uma resultante entre o
os espaços públicos no período noturno.
também questões relacionadas com a
espaço, a luz existente e a percepção das
É comum analisarmos o fato da
arquitetura, a composição urbanística, os
pessoas, pois é para elas que devemos
migração das abordagens “quantitativas”,
usos e costumes locais, a microeconomia
trabalhar.
qualidade
pode
ser
aplicada
Figura 1 – As fotos mostram dois momentos urbanos na cidade de Nova York, à esquerda durante o dia e à direita durante a noite.
Apoio
A percepção do meio urbano
de informações e o cérebro utiliza muito
urbano
esta qualidade para interpretar os lugares,
luz de criar prioridades na percepção
noturno é uma relação de causa e efeito
até para impor sentimentos, como a
do espaço, à noite, observe o quadro
como a percepção durante o dia, porém,
sensação de segurança.
de Rambrandt conhecido como “Night
na noite, temos a existência de regiões
Pela capacidade da luz de mostrar ou
Watch”, datado de 1642, em que, com
escuras, não iluminadas, que alteram o
não os elementos, há também a capacidade
a utilização de técnicas de iluminação,
espaço significativamente.
de alterar um espaço ou elemento, o que
percebemos as prioridades na percepção
Costumo dizer que na noite, o que não
podemos utilizar de maneira positiva
do espaço, valorizando-os mais ou
é iluminado, desaparece, e podemos sim
para valorização e destaque de partes do
menos, levando o observador a perceber
perceber esta questão com um exemplo
todo, mudando a percepção deste espaço.
o meio conforme o artista desejou.
A
percepção
do
meio
Para exemplificar a capacidade da
simples: pensando em um caminho, onde sabemos exatamente onde entrar, qual esquina virar, mas, durante a noite, como algumas referências urbanas não são iluminadas, perdemos muitas vezes a capacidade de orientação e passamos a não ter tanta facilidade em desenvolver aquele caminho. As imagens da Figura 1 foram registradas
dos
mesmos
lugares,
e
notamos quão diferentes são entre os dois períodos. A percepção dos espaços muda completamente, pois a visão tem uma importância muito grande na transmissão
Figura 2 – Imagem do quadro “The night watch”, de Rembrandt van Rijin, de 1642. (www. huffingtompost.com)
33
Apoio
Iluminação pública e urbana
Nytimes.com
34
Figura 3 – Nova York durante o dia (à esquerda) e à noite (à direita).
No plano de iluminação urbana,
dos equipamentos utilizados no projeto,
uma das características do equipamento
devemos considerar esta questão de
sua
utilizado,
maneira fundamental, pois a luz tem a
posicionamento,
capacidade de impor às pessoas a visão
luz projetada nos volumes e planos
luminoso porém diferentes fotometrias,
e a percepção do espaço, trabalhar com
observados.
o que causará mudanças nos resultados
essa ferramenta tão potente exige muito
obtidos em relação aos projetados.
utilização
efetiva, e
a
focalização,
resultante
da
A distribuição da luz no espaço é
podem
diferentes apresentar
equipamentos mesmo
fluxo
cuidado e critério, pois ao contrário de Ledmagazine.com
melhorar a vida das pessoas, podemos trabalhar o contrário.
O universo da qualidade na iluminação
urbana é vasto, pois entender todas as relações entre o espaço e a pessoa demanda análises holísticas, arquitetônicas, urbanas, paisagísticas, antropológicas, etc.
Dentro do aspecto da iluminação,
temos algumas questões básicas que impactam na qualidade da iluminação de um determinado lugar, afetando seus usuários, as pessoas.
Distribuição de luz
A distribuição de luz no espaço é uma
resultante da característica fotométrica
Figura 4 – Distribuição da luz no espaço.
Apoio
35
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Iluminação pública e urbana
medada.net
36
Figura 5 – A mesma pessoa é iluminada com o mesmo foco posicionado diferentemente em relação à câmera.
Não
similares,
a ponto de se tornar padrão em sua
maneira, utilizar equipamentos com
equivalentes,
maioria, pela utilização indiscriminada
bom controle ótico é uma decisão,
de luminárias com baixo controle ótico.
além de técnica, fundamental para o
tecnologia Led.
As
na
bem-estar das pessoas, pois este tipo de
iluminação viária, por exemplo, podem
efeito pode aumentar o nível de estresse,
efeitos
exercer um grande impacto na qualidade
interferir no sono, prejudicando a vida
completamente diferentes, como podemos
da iluminação de uma cidade. Dessa
das pessoas.
há
sim
há
equipamentos
equipamentos
principalmente
de
quando
usamos
a
Uma mesma fonte de luz, utilizada maneira
diferente,
cria
luminárias
utilizadas
ver na Figura 5, em que a pessoa é www.illinoislighting.org
iluminada com o mesmo foco posicionado diferentemente em relação à câmera.
Uma das questões mais sensíveis aos
olhos humanos em relação à iluminação é o que chamamos de “ofuscamento”. O “ofuscamento” é, em resumo, a
utilização
descontrolada
da
luz
em relação às pessoas e seus olhos, este podendo ser classificado como “desconfortante”, ou seja, aquele que cria desconforto nas pessoas pela incidência de luz no plano de visão, até “velador”, aquela luz que, incidindo nos olhos, cria uma cegueira temporária, impedindo que as pessoas consigam ver os arredores.
Este ofuscamento ilustrado na Figura
6 é típico “velador” e deve ser evitado sempre. Já o ofuscamento desconfortante é muito presente nas cidades, comum
Figura 6 – Situação em que o ofuscamento (à esquerda) impede a visão dos arredores, como mostra a imagem à direita.
environmentallysound.wordpress.com
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Figura 7 â&#x20AC;&#x201C; Exemplo de ofuscamento desconfortante.
37
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Outra
consequência
nefasta
da
de qualidade de resultado, tendo em
utilização de equipamentos com baixo
suas normas níveis mínimos a serem
controle ótico é a poluição luminosa.
alcançados
Uma abordagem sustentável deve evitar
disposição definidos.
ao máximo esses equipamentos, pois
A Tabela 1, retirada da norma
além de desperdiçar energia, prejudicam
ABNT
a natureza.
valores referenciais de luminância e
equipamentos
5101/2012,
mostra
e
os
as respectivas uniformidades globais e
Uniformidade
NBR
pelos
longitudinais a serem alcançadas.
A uniformidade deve ser entendida de
U O=
Lmín Lmed
Fator de uniformidade da luminância (uniformidade longitudinal)U L
razão entre a luminância mínima e a luminância máxima ao longo das linhas paralelas do eixo longitudinal da via em um plano especificado: U L=
Lmín Lmáx
dois aspectos diferentes, a uniformidade
Fator de uniformidade da luminância
no sistema de iluminação viária e a
(uniformidade global) U O
Já a tabela 2, extraída da mesma norma,
uniformidade na iluminação urbana.
razão entre a luminância mínima e
apresenta
a luminância média em um plano
para iluminância e suas respectivas
especificado:
uniformidades.
A
iluminação
viária
tem
na
uniformidade um aspecto de análise
os
valores
referenciais
goldendaleobservatory.com
Iluminação pública e urbana
38
Figura 8 – Níveis de controle ótico.
Tabela 1 – Valores de luminância e uniformidades globais e longitudinais para cada classe de iluminação
Classe de iluminação
Lmed
UO ≥
UL ≤
TI %
SR
V1
2,00
0,40
0,70
10
0,5
V2
1,50
0,40
0,70
10
0,5
V3
1,00
0,40
0,70
10
0,5
V4
0,75
0,40
0,60
15
-
V5
0,50
0,40
0,60
15
-
Lmed : luminância; UO : uniformidade global: UL : uniformidade longitudinal; TI: incremento linear. Nota 1
Os critérios de TI e SR são orientativos, assim como as classes V4 e V5.
Nota 2
As classes V1, V2 e V3 são obrigatórias para a luminância
Tabela 2 – Iluminância média mínima e uniformidade para cada classe de iluminação Classe de iluminação
Luminância média mínima Emed, mín lux
Fator de uniformidade mínimo U=Emín /Eméd
V1
30
0,4
V2
20
0,3
V3
15
0,2
V4
10
0,2
V5
5
0,2
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39
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Iluminação pública e urbana
sfbetterstreets.org
40
A uniformidade é relação entre os pontos mais iluminados e menos iluminados em um espaço iluminado, podendo esta relação ser entre os valores mínimos, máximos e médios. A
uniformidade,
na
prática,
evita pontos escuros onde a visão é prejudicada, podendo assim tornar estes locais zonas de baixa percepção visual. A
uniformidade
na
iluminação
urbana é uma ferramenta da criação dos efeitos de luz, valorização dos volumes e na busca da criação de um espaço tridimensional mais coerente e agradável aos olhos. Um exemplo é a iluminação de fachadas, antigas ou contemporâneas, em que a não uniformidade pode ser uma consequência desejada para o resultado visual final, salientando aspectos e criando as hierarquias visuais, trazendo vibração e interesse aos olhos. http://science-technologies-engineering.com/
Figura 9 – Uniformidade: relação entre os pontos mais e menos iluminados.
Figura 11 – Fachadas podem usar o recurso da não uniformidade para melhor resultado final.
Iguzzini.com
luxreview.com
Figura 10 – Ponte na cidade de Los Angeles, iluminada anteriormente com sistema de lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão (à esquerda) e iluminada com Leds (à direita), apresentando uma melhor uniformidade.
Figura 12 - Um edifício iluminado de maneira a mostrar todos os seus detalhes e volumes.
wondermondo.com
Apoio
Um cuidado que se deve ter ao utilizar
a
não
uniformidade
para
valorizar um edifício é criar uma desfiguração do mesmo quando no período noturno. Note que a face da torre não iluminada
cria
uma
distorção
na
observação do prédio, utilizamos então a capacidade do cérebro de prever formas e volumes para completar a observação do edifício, mesmo não iluminado totalmente. No
próximo
capítulo,
serão
abordadas questões relacionadas à luz e suas fontes geradoras.
* Plinio Godoy é engenheiro eletricista especializado em lighting design. É consultor e lighting designer sênior da CityLights. Continua na próxima edição
Figura 13 – As pirâmides do Egito são outro exemplo de como utilizar a não uniformidade.
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
41
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
42
Capítulo IV Carregamento e potência nominal dos transformadores Por Manuel Luís Barreira Martinez*
A previsão do carregamento dos
suprir esta demanda. Note que aplicar
máxima seja fornecida em [kW] é
transformadores é necessária, pois permite,
um carregamento superior ao nominal da
necessário considerar o fator de potência
entre
necessidade
ordem de 1.3 p.u. implica em admitir uma
no momento da demanda máxima.
de substituição das unidades ou ainda
perda nos enrolamentos (perdas série) da
outros,
verificar
a
sua especificação para atender a um
ordem de 1.69 p.u.
determindado período de vida útil, técnica
Desse
modo,
considerando
uma
econômica ou ambos.
relação entre a demanda máxima e a
Dentro desse contexto, a partir das
potência nominal do transformador – FS
curvas de permanência de carga e de
da ordem de 1.4 seja, conforme a Equação
tempos máximos – nos quais o nível de
1, é possível escolher a SNTR – potência
carregamento é superior ao nominal –, da
nominal do transformador para atender
relação admissível entre a demanda máxima
a carga modelada pela Figura 25. A
e a potência nominal do transformador,
Equação 12 considera unidades coerentes
bem como das taxas de crescimento da
para demanda e potência nominal do
demanda em um determinado período
transformador em [kVA]. Caso a demanda
Na Figura 1, também é mostrada a
relação entre a potência nominal e o período de tempo operando de forma contínua acima deste valor, o que, em geral, não ocorre em operação, logo, o procedimento apresenta uma folga intrínseca inerente à
continuidade
monotômica
das
de tempo e o fator de potência da carga, é possível definir valores para a potência nominal
dos
transformadores.
Assim
sendo, este texto faz uso das “curvas de permanência de carga” para determinar se um transformador precisa ser substituído, devido, por exemplo, a uma condição de sobrecarga, ou ainda, a um carregamento superior ao nominal. Outros procedimentos podem ser utilizados com este objetivo, como o método proposto no “IEEE Guide for loading mineral oil immersed transformers”, objeto de discussão em apêndice a este texto. Nota: A definição da relação entre a demanda máxima de um transformador e sua potência nominal leva em conta dois aspectos: a perda da vida útil no período de tempo e os custos das perdas ao se
Figura 1 – Curva de permanência de carga – base de demanda em kVA a cada 15 minutos versus potência nominal do transformador.
Apoio
características de permanência.
uma orientação a ser verificada com os
10,3 kVA, ou seja, 0,69 p.u., patamar
Um ponto importante nesses casos
respectvos fabricantes que o valor do FS
próximo ao assumido como representativo
é conceituar, de forma adequada, o
de um transformador é a relação entre a
neste exemplo.
significado da relação entre a demanda
demanda máxima e a potência nominal
O Fator de carga (FC) atual deste
máxima
do
do transformador, no período máximo
transformador, considerando os dados em kVA, é:
e
a
transformador,
potência às
vezes
nominal
denominado
de duas horas na qual é assumido, de
de Fator de Sobrecarregamento (FS). O
forma complementar tal que o patamar
primeiro ponto é que a operação acima da
inicial de carga fica entre 50% e 70% da
potência nominal não pode ocorrer por
potência nominal.
"tempo indefinido". Em geral, não existem
Deste modo, no exemplo anterior,
folgas térmicas por períodos indefinidos em
o valor de 1,4 considera que, durante
transformadores, sejam eles de distribuição,
no máximo duas horas, partindo de um
subtransmissão ou transmissão.
patamar de carregamento entre 50% e 70%
Esse conceito contraria a lógica de
da potência nominal do transformador,
manufatura e de custos. Segundo é que,
"não ocorre perda de vida útil apreciavel
partindo de um patamar de carregamento
do equipamento".
e submetido a valores de demanda
superiores à nominal, ocorre no interior
nos capítulos anteriores deste fascículo e dos
dos transformadores um processo de
conceitos também já discutidos, obtém-se
aquecimento que, se não for limitado
o gráfico da Figura 1, em que a curva de
no tempo, implica na superação das
permanência mantém praticamente todas
temperaturas de projeto e na consequente
as informações da curva original de carga,
redução da vida útil do equipamento.
uma Demanda para o patamar de tempo
Assim sendo, considera-se como
remanescente (DB) de aproximadamente
Com auxílio das equações divulgadas
O transformador de 15 kVA, conforme
os dados levantados, atende à carga existente no presente. Logo, este procedimento pode ser aplicado, por exemplo, para verificar se é necessária uma operação de intervenção visando sua substituição. No entanto, a especificação de uma unidade nova necessita considerar as condições futuras, com base em uma previsão de crescimento de carga. Deste modo, considerando uma taxa de crescimento de carga anual k e um período de tempo de análise n anos, obtém-se a Equação 2:
43
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
44
nos enrolamentos, associada com a
Logo, para uma taxa de crescimento de
carga anual – k = 4% ao ano e um período de tempo de análise – n = 10 anos, temos:
circulação de correntes de carga elevada,
Como observado, este transformador não
uma vez que as perdas dependem
opera em carregamento superior ao nominal.
do quadrado da corrente, ou seja, da
Para
potência. Neste caso, o custo das perdas
a
solução
com
base
nos
transformadores de 37,5 kVA, a relação
Neste caso, o transformador de 25
série para um valor de FS = 1,82 é da ordem
entre a demanda máxima e a potência
de 3,31 vezes o custo destas perdas para
nominal no fim do seu período de vida útil
um carregamento nominal. Desse modo,
de 20 anos é da ordem de:
existem limites técnicos e econômicos que definem o período de vida útil de
kVA opera com um Fator de carregamento máximo
(FCMax)
inicial
conforme
a
Equação 3.
um transformador. Logo, mesmo que
existam condições técnicas capazes de
Os transformadores de 37,5 kVA e 50
permitir que um transformador opere
kVA consideram um período de vida útil
em condições de carregamento superior
de 20 anos, que corresponde a uma taxa
ao nominal, podem existir restrições
de depreciação de 5%. Caso estes sejam
econômicas ligadas aos custos das
os parâmetros, pode-se afirmar que: “As ou seja:
perdas, assim, estes aspectos devem ser
vidas úteis técnica e econômica deste
cuidadosamente verificados.
transformador são equivalentes”.
A Tabela 1 mostra uma comparação das
características dos transformadores com
Considerando um período de tempo
de análise n = 20 anos e uma taxa de crescimento de carga anual k = 4% ao ano, temos:
período de vida útil de 20 anos anteriores. Tabela 1 – Características dos transformadores – Exemplo Potência do FCMAX transformador [KVA]
transformador é o seu desempenho térmico. Esta verificação, de modo simplificado, pode
FS
ser realizada considerando modelos térmicos reduzidos ou de forma mais sofisticada
25
0,84
1,82
por meio de modelos mais detalhados com
37,5
0,56
1,21
o auxílio de programas para o cálculo de
50
0,42
0,91
transitórios eletromagnéticos.
Neste caso, o transformador de 37,5
kVA opera com um Fator de carregamento máximo (FCMax) inicial de:
Assumindo uma solução com base em
transformadores de 50 kVA, é obtido um Fator de Carregamento Máximo (FCMax)
Um dos pontos que devem ser verificados
quando da escolha da potência nominal de um
Utilizam-se, nestes casos, analogias
Nota: Um valor elevado para a relação
eletrotérmicas.
entre a demanda máxima e a potência
consideram as semelhanças existentes
nominal de um transformador FS possui
entre
o
procedimentos
equacionamento
integro-
pelo menos duas implicações negativas.
diferencial dos circuitos elétricos e os
A primeira é, sem sombra de dúvida,
mecanismos de fluxo de calor.
a perda de vida útil por operação em
condições de temperatura superiores ao
simplificado para representar de forma
admissível para os materiais isolantes
equivalente o processo de aquecimento de
utilizados. A segunda é o custo das perdas
um transformador. Os parâmetros para o
A Figura 2 mostra o circuito elétrico
inicial de:
Estes
A relação entre a demanda máxima e a
potência nominal deste transformador FS, no fim do seu período de vida útil de 20 anos, segundo a Equação 2 é da ordem de:
Figura 2 – Equivalente térmico simplificado de um transformador.
Apoio
45
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
46
modelo equivalente mostrado na Figura 2
Equação 5 e descreve no domínio do
de temperatura máximo de suas partes
são retirados dos resultados dos ensaios
tempo o comportamento da temperatura
isolantes. Para tanto é utilizado o modelo
a vazio, sob curto e de aquecimento dos
máxima do transformador, conforme
transitório mostrado na Figura 2, em que
transformadores.
mostrado na Figura 4.
a Equação 6 pode ser transformada na
A Equação 4 fornece o valor da Máxima
Temperatura
em
Equação 8.
Regime
8
Permanente (ΘM) com base nos valores da Temperatura Ambiente (ΘA) das perdas a vazio (W0), perdas sob cargas
Em que:
Em que:
nominais (Wcc), na potência nominal (SNTR) e na potência suprida pelo transformador (ST). 4
9
A partir das Equações 6 e 7 e dos
dados de elevação de temperatura (ΔΘ) e de constante térmica (τΘ ), são obtidos os
Para uma condição de carregamento
kf [p.u] superior à nominal, obtém-se:
dados do modelo térmico.
A Figura 3 mostra o circuito elétrico
Neste caso, assumindo que W = 320 [W]:
simplificado capaz de representar de forma
Assumindo
equivalente o processo de aquecimento
temperatura - ΔΘ entre o valor máximo
de um transformador na sua forma para
de
equacionamento
que
inicial determinada pela condição de
por questões de simplicidade as perdas,
carregamento ki, obtém-se a Equação 10:
transitório,
em
responsáveis pelo aquecimento, foram representadas de forma concentrada – W.
Deste modo:
e
diferença a
de
temperatura
Estes valores podem ser utilizados em
conjunto curva de permanência de carga e de um tempo máximo para determinar, de forma em geral conservadora, se o transformador atinge ou não sua
Logo:
temperatura
uma
temperatura máxima de operação. Uma vez que os transformadores
Em que: Tempo máximo sob a condição de carregamento kf.
possuem cargas variáveis com o tempo,
A Tabela 2 mostra, com base em um
é possível, com base na técnica de
conjunto de “Ensaios de Aquecimento”,
patamares de cargas, calcular o tempo
única fonte de dados para os usuários
em que um transformador pode ser
de transformadores, que desconhecem
A Equação 6 é o resultado da aplicação
submetido a um regime de carga superior
detalhes de projetos, os valores das
da Anti – Transformada de Laplace à
à nominal sem que seja superado o limite
constantes térmicas representativas mais
Figura 3 – Circuito equivalente térmico simplificado de um transformador para estudos transitórios.
Figura 4 – Comportamento térmico transitório de um transformador.
Apoio
Tabela 2 – Resistências
e capacitâncias térmicas equivalentes médias mais prováveis
Variação de Temperatura[°C]
Perdas a vazio -
Perdas em carga -
W0 [W]
45/15 – 3F
52,9
75/15 – 3F
em si apresenta uma certa folga, uma vez que em geral não se observam perfís de
WCC [W]
Resistência térmica equivalente [°C/W]
Capacidade térmica equivalente [°S/W]
164,0
623,0
0,06722
162.205,2
reduzidos
43,8
332,0
1.027,0
0,03222
209.580,0
seguidos por períodos de resfriamento, o
30/25 – 3F
47,2
181,0
534,5
0,06594
125.005,8
que, por sua vez, atua no sentido de prover
45/25 – 3F
41,3
211,3
714,0
0,04462
176.506,2
75/25 – 3F
45,6
349,6
1.107,3
0,03138
223.123,2
10/15 – 1F
39,9
52,2
176,2
0,17584
59.090,4
25/25 – 1F
40,9
110,5
373,0
0,08458
99.646,2
KVA/KV
carregamento como os mostrados pelas curvas de permanência. Logo, períodos de
sobrecarregamento
são
"um certo alívio ao problema térmico".
Modelos térmicos mais elaborados, em
geral, conduzem a uma melhor avaliação dos períodos operando sob potência superior à nominal. No entanto, normalmente, exigem conhecimento
de
detalhes
disponíveis
modificações substanciais na direção de
somente a nível de manufatura. Os ensaios
“médios” que, de modo conjunto com a
maior flexibilidade operacional.
de
Equação 10, são utilizados para o cálculo
As diferenças em termos de tempo
capazes
dos tempos sob carregamento superiores
máximo de carregamento entre as Tabelas 3
carregamento superior ao nominal, que
aos nominais mostrados na Tabela 3. Com
e 4 são basicamente atribuídas aos métodos
devem ser encarados com um certo grau de
base nestes dados, o padrão adequado
de cálculo – medições. Os dados da Tabela
cuidado, pois, como mostram as Tabelas 3 e
para a relação entre a demanda máxima e
3 foram obtidos com o auxílio do modelo
4, dependem dos patamares de carga inicial
a potência nominal do transformador FS,
térmico dotado de extrema simplicidade,
e final, ou seja, necessitam ser observados
partindo dos patamares de carregamento de
o único capaz de ser retirado diretamente
também por uma ótica de engenharia e risco.
0,5 a 0,6 p.u. pelo período de tempo de duas
dos resultados dos ensaios de aquecimento
horas é ao redor de 1.1 p.u. Operar com
dos transformadores. Deste modo, tendem
se pode aplicar cargas superiores à nominal
demandas máximas superiores a este valor
a fornecer resultados menos confiáveis,
aos transformadores por tempo indefinido",
implica em reduzir o tempo de operação ou
principalmente com valores de carregamento
o que aliás não é novidade. Os períodos de
ainda da demanda, carregamento inicial.
superiores a 1.2 p.u.. Isto se deve às diferentes
tempo em operação superior à nominal
Dados mais representativos podem ser obtidos com os fabricantes dos
constantes térmicas entre enrolamentos
variam entre uma e duas horas, quando de
e óleo, que, como se observa no modelo
carregamento moderado, entre 1.1 p.u. e 1.2
transformadores. No entanto, conforme
simplificado adotado, é substituída por uma
p.u., a dez minutos quando de carregamentos
mostra a Tabela 4, não são esperadas
"constante térmica equivalente". O método
médios - elevados, entre 1.4 p.u. e 1.5 p.u.
prováveis
normalmente
denominados
Tabela 3 – Tempo
máximo admissível de carga superior à nominal
para um transformador
Carregamento Inicial
45 kVA – 15 kV
trifásico
Carregamento superior ao nominal - tempo (minutos) 1,1
1,2
1,5
1,6
0,4
134,57
109,47
66,55
57,93
0,5
112,66
92,72
57,40
50,14
0,6
103,55
85,62
53,40
46,71
0,7
77,21
64,66
41,21
36,20
0,8
50,91
43,14
28,09
24,78
0,9
25,08
21,49
14,28
12,66
Tabela 4 – Tempo máximo admissível de carga superior à nominal para transformadores Carregamento Inicial
Carregamento superior ao nominal - tempo (minutos) 1,1
1,2
1,4
1,5
0,50
180
90
30
15
0,75
129
60
15
8
0,90
60
30
8
4
Fonte: Schneider Electric
aquecimento de
fornecem
definir
alguns
parâmetros perfís
de
Finalmente, a mensagem é clara: "Não
*Manuel Luís Barreira Martinez possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em equipamentos, materiais elétricos, distribuição de energia elétrica e técnicas em alta tensão. É autor e coautor de 350 artigos em revistas e seminários, associados a trabalhos de engenharia e 45 orientações de mestrado e doutorado. Atua, principalmente, nos seguintes segmentos: métodos de ensaios, ensaios dielétricos, para-raios para sistemas de média e alta tensão e equipamentos elétricos.” Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
47
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
48
Capítulo IV Estudos elétricos de sobretensões, coordenação de isolamento e impactos de campos elétricos e magnéticos Por Sérgio Feitoza Costa*
Nesta
série
de
fascículos
são
apresentados conceitos de engenharia para o projeto e a especificação de equipamentos de subestações de transmissão e distribuição. O primeiro capítulo desta série cobriu aspectos dos estudos do sistema elétrico que servem de base para as especificações técnicas dos equipamentos. O segundo cobriu conceitos sobre curtos-circuitos, ampacidades,
sobrecargas
e
contatos
elétricos. Já o terceiro capítulo abordou as técnicas de ensaios de alta potência, laboratórios
de
ensaios
e
principais
ensaios. Este quarto capítulo abordará o tema “Estudos elétricos de sobretensões,
coordenação de isolamento e impactos de
As sobretensões que acontecem em
campos elétricos e magnéticos”.
uma rede elétrica podem ser classificadas como “longa duração”, quando duram
Estudos elétricos de sobretensões
até dezenas de segundos e as de “curta duração”, que são da ordem de grandeza
Da mesma forma como são realizados
estudos relacionados à circulação de correntes de curto-circuito e correntes nominais, que foram descritos no segundo capítulo
desta
série,
são
realizados
outros estudos relacionados às tensões permanentes e transitórias que são aplicadas aos equipamentos de uma subestação no dia a dia.
Figura 1 – Exemplos das durações das sobretensões.
de 100 a 3.000 microssegundos. Uma típica sobretensão de longa duração é a que ocorre quando, durante um temporal, um galho de árvore toca o cabo de uma das três fases do circuito e provoca um curto fase terra que abre o fusível da chave fusível daquela fase. No momento da interrupção da corrente na fase defeituosa, é provocada uma sobretensão nas duas fases não defeituosas que pode fazer o valor da tensão subir
Apoio
do valor fase terra para algo próximo da
comprimento, da potência de curto-circuito
valor à estética dos sistemas de distribuição
tensão fase-fase e isso é percebido nas casas
local e grau de compensação da linha.
de energia, é comum encontrar pelas
com a luz ficando mais forte. Se a duração
Quanto mais malhado o sistema, menor
ruas gambiarras (Figura 2) que seriam
do evento é maior, pode-se queimar
será a sobretensão, sendo que, como ordem
inaceitáveis em alguns países do primeiro
geladeiras, aparelhos de ar condicionado,
de grandeza, estas sobretensões podem
mundo.
computadores e outros eletroeletrônicos.
variar da ordem de 20% a 95% dependendo
da rapidez dos reguladores de velocidade e
circulam turistas e moram as autoridades,
de frequência da ordem de 50-60 Hz e
do grau de compensação.
como a Zona Sul do Rio de Janeiro, a
seus harmônicos. São em geral sustentadas
No caso da manobra de correntes
estética ainda tem algum valor, mas no
e pouco amortecidas, podendo alcançar
capacitivas, a tensão de restabelecimento
restante da cidade é comum a existência
amplitudes da ordem de 1,5 P.U. Sua
transitória (TRT) nos terminais de cada fase
dessas vergonhosas e perigosas instalações.
efetiva duração vai depender do sistema de
do disjuntor cresce lentamente, facilitando
É usual também encontrar transformadores
controle de tensão do sistema.
a interrupção, mas a tensão máxima
muito próximos a janelas de apartamentos,
As sobretensões de longa duração são
Nas zonas mais abastadas, nas quais
Exemplos de causas destas sobretensões
de pico pode chegar a 2 pu e provocar
como na foto que foi mostrada no Capítulo
são a perda súbita de carga em sistemas
reacendimento do arco se não há suficiente
1 do fascículo. Este tipo de situação tem
radiais, as faltas para a terra desbalanceadas,
separação dos contatos, reconectando a
sido inclusive motivo de ações judiciais. A
a desconexão de cargas indutivas, a conexão
capacitância C à fonte. Neste caso, se uma
reportagem exibida no Bom Dia Brasil da
de cargas capacitivas e a energização de
nova interrupção acontece próxima do zero
TV Globo em 27/09/2012 (que pode ser
linhas em vazio.
de corrente, a tensão pode ir duplicando e,
encontrada no site da www.globo.com)
A perda súbita de carga ocorre quando
inclusive, levar à explosão do disjuntor.
retrata bem a questão das “gambiarras” dos
uma linha com a maior parte da energia
sistemas aéreos de distribuição brasileiros.
de um gerador é desligada, em que os
com um exemplo é o das faltas para
geradores aceleram e a tensão sobe. A
a
mencionadas
dos apagões e as desculpas de que chuvas
magnitude da sobretensão depende de
anteriormente. No Brasil, como não se dá
e vendavais são os culpados pela operação
Um caso frequente e fácil de explicar terra
desbalanceadas
A reportagem mostra também a questão
49
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
50
Figura 2 – Situações em que é fácil acontecer um curto fase terra durante um temporal causando sobretensões.
deficiente. Cabe notar que os sistemas
previsíveis e controláveis, sendo estudadas
como as sobretensões mais relevantes.
subterrâneos, embora um pouco mais caros,
e monitoradas há muitas décadas e suas
dão muito menos defeitos e não estão expostos
formas de onda e valores típicos são
à abertura e ao fechamento dos disjuntores,
aos ventos e chuvas. Por isso, são muito usados
como mostrados na Figura 3. Os valores a
seccionadores e outros dispositivos de manobra
nos países desenvolvidos. Nosso setor elétrico
aplicar nos testes de laboratório para classe
instalados nos sistemas. As formas de onda
claramente andou para trás nos últimos 15
de tensão são especificados em normas
típicas são também mostradas na Figura 3.
anos em todos os aspectos possíveis.
técnicas como IEC, ABNT, entre outras.
São simulados em laboratório por impulsos de
Considerando estas classificações, as
Os
que
tensão com uma forma de onda de 250 x 2.500
sobretensões de curta duração são as que
visam simular os efeitos das descargas
μs, sendo o primeiro valor o tempo de frente e
ocorrem devido às descargas atmosféricas
atmosféricas são realizados aplicando-se
o segundo associado ao tempo de cauda.
e os chamados impulsos de manobra. Os
uma onda padrão de forma de onda 1,2 /
As ondas de impulso aplicadas em
impulsos atmosféricos são os nossos “raios”.
50 μs. Estes valores buscam representar um
laboratório são produzidas por geradores
Frequentemente, são considerados os vilões
certo valor de crista que ocorre nas redes
de impulso. Estes são equipamentos
dos apagões, quando não se quer tornar
elétricas, assim como os tempos de subida
compostos por capacitores, resistores e
claro que houve um erro de manobra ou
e de descida da tensão. Para equipamentos
centelhadores. Por meio do ajuste dos
de planejamento. Entretanto, as descargas
de classe de tensão mais baixa que 230 kV,
valores destes componentes, obtém-se as
atmosféricas são um dos eventos mais
os impulsos atmosféricos são considerados
ondas desejadas.
Figura 3 – Sobretensões de impulso.
testes
de
laboratório
Os impulsos de manobra surgem devido
Figura 4 – Exemplo de uso de sincronizadores.
Apoio
51
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
52
Para
minimizar
o
efeito
das
computador, como o ATP / ATPDRAW.
como: (a) convencional, quando o número
sobretensões de manobra nas redes elétricas
Este programa, que pode ser baixado
de descargas toleradas é zero (probabilidade
de alta tensão, são utilizados dispositivos de
livremente na internet, quando utilizado
de suportar Pw = 100 %) e (b) estatística,
controle de sobretensões, tais como:
por especialistas com certa experiência na
quando o número de descargas toleradas
análise de seus resultados, permite simular
é relacionado a uma probabilidade de
• Resistores de pré-inserção: usados para
os efeitos das condições de configurações
suportabilidade especificada, por exemplo,
reduzir sobretensões em manobras de
e manobras operativas que vão dar origem
90%.
energização e religamento de linhas (no
a sobretensões de curta ou longa duração.
fechamento). Também são aplicados na
Com base nos valores obtidos nestes
um teste de impulso atmosférico, o
redução da amplitude das tensões de
estudos é que será baseada a coordenação
equipamento seria aprovado se, em cada
restabelecimento transitórias de disjuntores
do isolamento daquela rede elétrica.
série de quinze impulsos, ocorressem, no
(se utilizados na abertura); • Para-raios: para impedir sobretensões
Neste segundo caso dos 90%, durante
máximo, duas descargas por polaridade em
Coordenação de isolamento
meio auto-recuperante e nenhuma descarga
superiores àquelas para os quais os
em meio não auto-recuperante.
equipamentos foram projetados;
Os procedimentos e definições são
• Capacitores nos terminais de disjuntores:
explicados na norma 60071-1 – Coordenação
tensões suportáveis e níveis de isolamento
para reduzir taxa de crescimento da TRT;
de Isolamento e correspondentes normas
nominal do equipamento em função dos
• Blindagem de linhas e subestações contra
nacionais. Esta norma começa com uma
valores máximos de tensões que podem
descargas atmosféricas (cabos para-raios e
série de definições e conceitos, entre
ocorrer na rede, obtidos nos estudos de
hastes de proteção): para evitar incidência
as quais as classificações dos tipos de
sobretensões. Para tal, são apresentadas,
direta nos condutores;
isolamentos em: (a) Auto-recuperantes, por
nas tabelas da norma, listas de valores para
• Sincronizadores: para redução das
exemplo, as distâncias entre fases no ar e a
as tensões suportáveis de impulso e para as
sobretensões ou sobrecorrentes por controle
parte externa de isoladores (b) Não auto-
tensões suportáveis à frequência industrial.
do ângulo de fechamento na tensão. São
recuperantes, como o papel impregnado
A Figura 5 mostra parte de uma tabela
especialmente úteis na energização de linhas
a óleo de transformadores, a parte interna
típica, no caso, da ABNT NBR 7282.
em vazio e bancos de capacitores, assim
de buchas e a especificação das distâncias
como para evitar correntes de "inrush" em
de escoamento (kV / mm) de isolamentos
valor de tensão nominal, pode haver
transformadores. A Figura 4 exibe um
que são selecionadas com base na tensão
mais de uma lista de valores de tensões
exemplo típico de aplicação, mostrando
máxima de operação, poluição, umidade e
suportáveis. Em algumas normas, estes
como as sobretensões são reduzidas pelo
densidade do ar.
valores são descritos como isolamento
simples controle do ângulo de fechamento
A norma define também as tensões
pleno ou isolamento reduzido. Na verdade,
ou abertura da tensão na manobra.
suportáveis como aquelas a serem aplicadas
o que está atrás das diferentes alternativas
em ensaio durante o qual um número
de tensões suportáveis é que representam
Os estudos elétricos de sobretensões
específico de descargas destrutivas é
práticas em diferentes países ou diferentes
são feitos com o suporte de programas de
tolerado. A tensão suportável é designada
regiões com suas condições atmosféricas e
Também é mostrado como selecionar as
Deve-se notar que, para um mesmo
Tabela 1 – Níveis de isolamento nominais (série I)
Tensão suportável à frequência industrial Tensão nominal
durante 1 minuto (eficaz)
Ur kV (valor eficaz)
Uc Valor Comun
Tensão suportável de impulso atmosférico Um
kV (valor eficaz) Através da distância
Valor Comum
de isolamento 17,5 24 36 145
38 50 70
45 60 80
kV(pico) Através da distância de isolamento
75
85
95
110
95
110
125
145
145
165
170
195
230
265
550
630
275
315
650
750
Apoio
de poluição específicas.
sobretensões e, eventualmente, reduzir os
distâncias elétricas mínimas. Esta norma
níveis de isolamento a especificar.
vai além disso e explica outros aspectos
A sequência para realizar a coordenação de isolamento é, portanto: •
Determinar as sobretensões: magnitude,
duração e probabilidade de ocorrência; • Selecionar os níveis de isolamento
do entre
espaçamentos e distâncias de segurança.
distâncias relativas a aspectos de incêndios
A norma IEC 61936 sobre instalações de
e subestações ou mesmo alguns aspectos
potência de alta tensão é muito didática
do aterramento e tensões de passo e toque
no que diz respeito aos conceitos para
(Figura 5).
exemplo 25%). • Método estatístico: selecionar um certo risco de falha. • Especificar nas especificações técnicas os ensaios dielétricos: • Frequência industrial. • Impulso de manobra (250 x 2.500 µ S). • Impulso atmosférico (1,2 x 50 µ S). Onde for aplicável, é necessário prever o
uso de dispositivos de proteção para reduzir
Figura 5 – Distâncias de segurança (IEC 61936).
transformadores
de
a
questão
sobretensões + margem de segurança (por
distâncias
como
projeto de subestações, é a seleção dos
• Método convencional considerando as
das
eletromecânico,
Outro aspecto a considerar, no caso do
empregando um dos métodos:
•
projeto
e
segurança construções,
53
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
54
Figura 6 – Campo magnético (à esquerda) e campo elétrico (à direita).
Efeitos e impactos de campos elétricos e magnéticos
Em alguns aspectos dos problemas de
em algumas regiões, os campos são
compatibilidade eletromagnética (CEM)
reduzidos, mas, em outras, são muito
em subestações, as correntes nominais
elevados. Nestas, não se deve colocar
Como foi mostrado no Capítulo 1
também são de interesse. Entretanto,
componentes
desta série, a circulação de correntes
para a CEM, no que diz respeito à
eletrônicos, relés, contatores, etc. Estes
permanentes elevadas produz campos
imunidade a campos no projeto de
resultados foram obtidos com o software
magnéticos que, se ficarem acima de
equipamentos, as correntes elevadas de
SwitchgearDesign.
certos níveis, podem ser prejudiciais
curto-circuito são mais importantes. O
Em um dos capítulos finais deste
a
motivo é que, durante o curto-circuito,
fascículo serão mostrados mais detalhes
(aquecimentos indevidos e problemas de
os
produzidos
sobre a descrição das técnicas para
compatibilidade eletromagnética).
são muito elevados e podem interferir
simulação de ensaios de alta potência
Do ponto de vista dos impactos
no
e aplicações no desenvolvimento e
à saúde, há toda uma legislação que
eletrônicos, relés e outros tipos de
deve ser obedecida durante o projeto
componentes usados no comando e
de uma subestação de energia. Esta
proteção da subestação.
legislação estabelece um certo limite
para a exposição do público em geral
elétricos
e
e de operadores, tanto para campos
saber
qual
magnéticos como para campo elétrico.
componentes sensíveis a interferências
Os campos magnéticos são tão
eletromagnéticas. Na Figura 6, a título
maiores quanto maiores são as correntes
de exemplo, são mostrados os campos
circulantes. Nos aspectos mencionados
magnéticos no interior de um painel
Continua na próxima edição
de aquecimentos e impactos à saúde, as
elétrico submetido a uma corrente
correntes de interesse são as correntes
permanente trifásica, assim como o
permanentes / nominais.
campo elétrico. É possível notar que,
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
pessoas
(saúde)
e
a
instalações
campos
magnéticos
funcionamento
de
componentes
sensíveis,
como
os
certificação de produtos.
O bom conhecimento dos campos em
magnéticos lugar
não
permite instalar
*Sergio Feitoza Costa é engenheiro eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento.
Apoio
55
Apoio
Qualidade nas instalações BT
56
Capítulo IV Linhas elétricas – Parte 2 Por Eduardo Daniel*
As linhas elétricas de uma instalação de
for possível conhecer valores mais precisos
com diferentes temperaturas máximas
baixa tensão são tratadas pela norma ABNT
da resistividade térmica do solo, em função
para serviço contínuo, a determinação da
NBR 5410:2004 em sua seção 5.1.2.3.4 e
da carga, os valores de capacidade de
capacidade de condução de corrente dos
seus requisitos estão definidos na seção
condução de corrente podem ser calculados
condutores, para todos os circuitos do
6.2. Este assunto foi iniciado no capítulo
pelos métodos especificados na ABNT NBR
grupo, deve ser baseada não na temperatura
anterior e continuará sendo tratado neste
11301.
máxima para serviço contínuo do condutor
artigo, a partir dos requisitos ligados ao agrupamento de circuitos.
Resistividade térmica do solo
considerado, mas na menor temperatura
Agrupamento de circuitos
máxima admissível em serviço contínuo
Os valores de capacidade de condução
encontrada entre os condutores do grupo,
de corrente fornecidos pelas tabelas 36 a
acompanhada da aplicação do fator de
Nas tabelas 36 e 37 da ABNT NBR
39 da mesma norma são válidos para o
agrupamento incorrido.
5410:2004, as capacidades de condução de
número de condutores carregados que se
corrente indicadas para linhas subterrâneas
encontra indicado em cada uma de suas
uma corrente de projeto não superior a
são
válidas
para
resistividade
colunas. Para linhas elétricas contendo
30% de sua capacidade de condução de
térmica do solo de 2,5 K.m/W. Quando a
um total de condutores superior às
corrente já determinada, observando-se o
resistividade térmica do solo for superior
quantidades indicadas nas tabelas 36 a
fator de agrupamento incorrido, podem ser
a 2,5 K.m/W, caso de solos muito secos,
39, a capacidade de condução de corrente
desconsiderados para efeito de cálculo do
os valores indicados nas tabelas devem ser
dos condutores de cada circuito deve ser
fator de correção aplicável ao restante do
adequadamente reduzidos, a menos que o
determinada, usando-se as tabelas 36 a 39,
grupo.
solo na vizinhança imediata dos condutores
com a aplicação dos fatores de correção
As
seja substituído por terra ou material
pertinentes dados nas tabelas 42 a 45
corrente indicadas nas tabelas 36 e 37 são
equivalente
com
uma
Os condutores para os quais se prevê
dissipação
térmica
capacidades
de
condução
de
(fatores de agrupamento).
válidas para maneiras de instalar que se
mais favorável. A tabela 41 da referida
enquadrem nos métodos de referência A1,
norma fornece fatores de correção para
42 a 45 são aplicáveis a condutores com
A2, B1, B2, C e D, e para:
resistividades térmicas do solo diferentes de
mesma temperatura máxima para serviço
•
2,5 K.m/W.
contínuo. Para grupos contendo condutores
condutores isolados, dois cabos unipolares
O valor de 2,5 K.m/W é o recomendado
pela IEC quando o tipo de solo e a
Os fatores de agrupamento das tabelas
diferente de
Resistividade térmica K.m/W
Os valores de capacidade de condução
Fator de correção
para linhas subterrâneas referem-se apenas a percursos no interior ou em torno das edificações. Para outras instalações, quando
condutores
carregados
(dois
Tabela 1 — Fatores de correção para linhas subterrâneas em solo com resistividade térmica
localização geográfica não são especificados. de corrente indicados nas tabelas 36 e 37
Dois
2,5 K.m/W (Tabela 41 da ABNT NBR 5410) 1
1,5
2
3
1,18
1,1
1,05
0,96
Notas: 1. Os fatores de correção dados são valores médios para as seções nominais abrangidas nas tabelas 36 e 37, com uma dispersão geralmente inferior a 5%. 2. Os fatores de correção são aplicáveis a cabos em eletrodutos enterrados a uma profundidade de até 0,8 m. 3. Os fatores de correção para cabos diretamente enterrados são mais elevados para resistividades térmicas inferiores a 2,5 K.m/W e podem ser calculados pelos métodos indicados na ABNT NBR 11301.
Apoio
ou um cabo bipolar); •
Três
condutores
carregados
no caso de agrupamento em camadas, os
os condutores forem dispostos em feixe ou
(três
fatores de correção aplicáveis são os da
num mesmo plano, em camada única; ou
condutores isolados, três cabos unipolares
tabela 42, quando a camada for única, ou os
então os fatores de agrupamento da tabela
ou um cabo tripolar).
da tabela 43, quando houver mais de uma
43, quando os condutores forem dispostos
• Para um número maior de condutores
camada.
em mais de uma camada.
agrupados, devem ser aplicados os fatores
Os
de correção especificados nas tabelas 42 a 45.
44 e 45 são aplicáveis a linhas subterrâneas:
agrupamento de circuitos são valores
Os fatores de agrupamento das tabelas
fatores
de
redução
para
os da tabela 44 a cabos diretamente
médios calculados para as dimensões de
Os fatores de agrupamento foram
enterrados e os da tabela 45 a linhas em
condutores, tipos de cabos e condições de
calculados
eletrodutos enterrados.
instalação considerados. Deve-se atentar
As capacidades de condução de corrente
para as notas de cada tabela. Em alguns
carregados com 100% de sua carga. Caso
indicadas nas tabelas 38 e 39 são válidas
caso,s pode ser desejável um cálculo mais
o carregamento seja inferior a 100%, os
para maneiras de instalar que se enquadrem
preciso. Os fatores de correção foram
fatores de correção podem ser aumentados.
nos métodos de referência E, ,e , e para:
calculados admitindo-se um agrupamento
condutores
admitindo-se vivos
todos
os
permanentemente
Os fatores de correção da tabela 42
de condutores semelhantes igualmente
são aplicáveis a condutores agrupados em
a) Dois
feixe, seja em linhas abertas ou fechadas
condutores isolados, dois cabos unipolares
condutores
(os fatores pertinentes são os da linha 1
ou um cabo bipolar);
devem ser tomadas precauções quanto ao
da tabela 42), e a condutores agrupados
b) Três
num mesmo plano e numa única camada
condutores isolados, três cabos unipolares
seção.
(demais linhas da tabela).
ou um cabo tripolar).
Já os fatores de correção da tabela 43 são
condutores
condutores
carregados
carregados
(dois
(três
carregados. Quando um grupo contiver de
dimensões
diferentes,
carregamento dos condutores de menor Os fatores de agrupamento indicados
Para um número maior de condutores
nas tabelas 42 a 45 são válidos para grupos
aplicáveis a agrupamentos consistindo em
agrupados devem ser aplicados os fatores de
de condutores semelhantes, igualmente
mais de uma camada de condutores. Assim,
correção especificados na tabela 42, quando
carregados. São considerados condutores
57
Apoio
Qualidade nas instalações BT
58
Tabela 2 - Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano, em camada única (Tabela 42 da ABNT NBR 5410) Forma de agrupamento dos condutores
Ref.
Número de circuitos ou de cabos multipolares 1
2
3
4
5
6
7
8
9 a 11 12 a 15 16 a 19 20
Tabelas dos métodos de referência 36 a 39
Em feixe: ao ar livre ou 1
sobre superfície; embutidos; em
1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52
0,50
0,45
0,41
0,38
(métodos A a F)
conduto fechado Camada única sobre 2
parede, piso, ou em bandeja não
1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71
36 e 37
0,70
(método C)
perfurada ou prateleira 3
Camada única no teto
0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62
0,61
Camada única em bandeja
1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72
0,72
1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78
0,78
38 e 39
4
perfurada
5
Camada (mica sobre leito,
(métodos E e F)
suporte etc. NOTAS 1 - Esses fatores são aplicáveis a grupos homogêneos de cabos, uniformemente carregados. 2 - Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar nenhum fator de redução. 3 - O número de circuitos ou de cabos com o qual se consulta a tabela refere-se - à quantidade de grupos de dois ou três condutores isolados ou cabos unipolares, cada grupo constituindo um circuito (supondo-se um só condutor por fase, isto é, sem condutores em paralelo), e/ou - à quantidade de cabos multipolares que compõe o agrupamento, qualquer que seja essa composição (só condutores isolados, só cabos unipolares, só cabos multipolares ou qualquer combinação). 4 - Se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar o número total de cabos como sendo o número de circuitos e, de posse do fator de agrupamento resultante, a determinação das capacidades de condução de corrente, nas tabelas 36 a 39, deve ser então efetuada: - na coluna de dois condutores carregados, para os cabos bipolares; e - na coluna de três condutores carregados, para os cabos tripolares. 5 - Um agrupamento com N condutores isolados, ou N cabos unipolares, pode ser considerado composto tanto de N/2 circuitos com dois condutores carregados quanto de N/3 circuitos com três condutores carregados. 6 - Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente inferior a 5%.
Tabela 3 - Fatores de agrupamento para linhas em eletrodutos enterrados (Tabela 45 da ABNT NBR 5410) Cabos multipolares em eletrodutos - Um cabo por eletroduto Espaçamento entre eletrodutos (a)
Número de circuitos
Nulo
0,25 m
0,5 m
1,0 m
2
0,85
0,90
0,95
0,9
3
0,75
0,85
0,90
5
4
0,70
0,80
0,85
0,9
5
0,65
0,80
0,85
5
6
0,60
0,80
0,80
0,9
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrodutos 2) - Um condutor por eletroduto Espaçamento entre eletrodutos (a)
Número de circuitos (grupos de dois ou três condutores)
Nulo
0,25 m
0,5 m
1,0 m
2
0,80
0,90
0,90
0,9
3
0,70
0,80
0,85
5
4
0,65
0,75
0,80
0,9
5
0,60
0,70
0,80
0
6
0,60
0,70
0,80
0,9
NOTAS 1) Os valores indicados são aplicáveis para uma profundidade de 0,7 m e uma resistividade térmica do solo de 2,5 K.m/W. São valores médios para as seções de condutores constantes nas tabelas 36 e 37. Os valores médios arredondados podem apresentar erros de até ±10% em certos casos. Se forem necessários valores mais precisos, deve-se recorrer à ABNT NBR 11301. 2) Deve-se atentar para as restrições e problemas que envolvem o uso de condutores isolados
"semelhantes" aqueles cujas capacidades de
no intervalo de três seções normalizadas
ser obtidos recorrendo-se a qualquer das
condução de corrente baseiam-se na mesma
sucessivas. Quando os condutores de um
duas alternativas seguintes:
temperatura máxima para serviço contínuo
grupo não preencherem essa condição, os
• Cálculo caso a caso, utilizando, por
e cujas seções nominais estão contidas
fatores de agrupamento aplicáveis devem
exemplo, a ABNT NBR 11301; ou
Apoio
59
Apoio
Qualidade nas instalações BT
60
• Caso não seja viável um cálculo mais
específico, adoção do fator F da expressão: F=
As tabelas de capacidade de condução
Os condutores utilizados unicamente
de corrente (tabelas 36 a 39) trazem
como condutores de proteção (PE) não
1
colunas para dois e para três condutores
são considerados. Os condutores PEN são
√n
carregados, mas nenhuma coluna válida
considerados como condutores neutros.
Em que:
especificamente para quatro condutores
F é o fator de correção;
carregados. Por iss,o a determinação da
n é o número de circuitos ou de cabos
capacidade de condução de corrente para
multipolares.
quatro condutores carregados deve ser feita
Quando dois ou mais condutores
aplicando-se o fator de 0,86 às capacidades
forem ligados em paralelo na mesma fase
Condutores em paralelo
O cálculo de fatores de correção para
de condução de corrente válidas para três
ou polaridade, isso não deve comprometer
grupos contendo condutores das mais
condutores carregados - sem prejuízo dos
o atendimento das condições da norma.
diferentes
depende
demais fatores de correção eventualmente
Para tanto, devem ser tomadas medidas que
da quantidade total de condutores e
aplicáveis, como os referentesàa temperatura
garantam igual divisão de corrente entre os
da combinação de seções, o que torna
ambiente, resistividade térmica do solo e
condutores em paralelo, conforme 6.2.5.7.2;
virtualmente inviável a elaboração de
agrupamento de circuitos.
ou realizado um estudo específico sobre a
tabelas de uso prático, tantas seriam as
Alternativamente, o fator de correção
divisão da corrente entre os condutores em
variáveis envolvidas.
devido ao carregamento do neutro
paralelo, de modo que o atendimento de
seções
nominais
A expressão indicada na alínea acima
pode ser determinado caso a caso, de
6.2.5.2.1 possa ser equacionado para cada
está a favor da segurança e reduz os perigos
acordo com o método de instalação,
conduto, individualmente.
de sobrecarga nos condutores de menor
assumindo-se que quatro condutores
seção nominal. Pode, no entanto, resultar
carregados
dois
de 6.2.5.7.1 é considerada atendida se os
no superdimensionamento dos condutores
circuitos de dois condutores carregados
condutores em paralelo tiverem a mesma
de seções mais elevadas.
cada. Nessas condições, o fator de
constituição, a mesma seção nominal,
correção devido ao carregamento do
aproximadamente o mesmo comprimento,
neutro corresponde então ao fator de
não apresentarem derivações ao longo de
agrupamento válido para dois circuitos e
seu percurso e, além disso, forem:
Número de condutores carregados
correspondem
a
A exigência apresentada na alínea a)
O número de condutores carregados a
para o método de instalação considerado
ser considerado é aquele indicado na tabela
(os fatores de agrupamento são dados nas
• Veias de cabos multipolares ou de cabos
46, de acordo com o esquema de condutores
tabelas 42 a 45, de acordo com o método
multiplexados, qualquer que seja a seção
vivos do circuito. Em particular, no caso
de instalação), e é aplicável às capacidades
nominal, cada cabo contendo todas as fases
de circuito trifásico com neutro, quando a
de condução de corrente válidas para dois
ou polaridades e o respectivo neutro, se
circulação de corrente no neutro não for
condutores carregados.
existir; ou
acompanhada de redução correspondente na
O
carga dos condutores de fase, o neutro deve
carregamento do neutro só é pertinente a
unipolares em trifólio, em formação plana
ser computado como condutor carregado.
circuitos trifásicos com neutro. O fator de
ou em conduto fechado, com seção igual ou
É o que acontece quando a corrente nos
correção devido ao carregamento do neutro
inferior a 50 mm2 em cobre, ou 70 mm2 em
condutores de fase contém componentes
pode ser dispensado nos casos em que a
alumínio, cada grupo ou conduto fechado
harmônicas de ordem três e múltiplosem
definição da seção dos condutores embutir
contendo todas as fases ou polaridades e o
umaa taxa superior a 15%. Nessas condições,
um sobredimensionamento dos condutores
respectivo neutro, se existir; ou, ainda,
o circuito trifásico com neutro deve ser
de fase, nos níveis mencionados em F.2 e
• Cabos unipolares com seção superior a 50
considerado como constituído de quatro
F.3.
mm2 em cobre, ou 70 mm2 em alumínio,
condutores carregados e a determinação da capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser afetada do "fator de correção devido ao carregamento do neutro". Tal fator, que em caráter geral é de 0,86, independentemente do método de instalação, é aplicável então às capacidades de condução de corrente válidas para três condutores carregados.
fator
de
correção
devido
ao
• Condutores
isolados
ou
cabos
Tabela 4 - Número de condutores carregados a ser considerado em função do tipo de circuito (Tabela 46 da ABNT NBR 5410) Esquema de condutores vivos do circuito
Número de condutores carregados a ser adotado
Monofásico a dois condutores
2
Monofásico a três condutores
2
Duas fases sem neutro
2
Duas fases com neutro
3
Trifásico sem neutro
3
Trifásico com neutro
3 ou 4"
1 )Ver 6.2.5.6.1 da ABNT NBR 5410:2004.
Apoio
agrupados segundo configurações especiais
Tabela 5 — Seção mínima dos condutoresli (Tabela 47 da ABNT NBR 5410)
adaptadas a cada caso, cada grupo contendo
Utilização do circuito
Tipo de linha
todas as fases e o respectivo neutro, se
material
existir, sendo as configurações definidas de Condutores e
entre as impedâncias dos condutores de
Instalações
cada fase.
de
Circuitos de força
2,5Cu
Circuitos de sinalização e
0,5 Cu
16 AI circuitos de controle
em geral
Circuitos de força
do percurso previsto de uma linha elétrica, condições
1,5 Cu
cabos isolados
fixas
Quando forem identificadas, ao longo
diferentes
Circuitos de iluminação
16 AI
modo sea obtee o maior equilíbrio possível
Seção mínima do condutor mm2
10 Cu
Condutores
resfriamento
nus
16 AI Circuitos de sinalização e
4 Cu
circuitos de controle
(dissipação de calor), as capacidades de condução de corrente dos seus condutores
Linhas flexíveis
devem ser determinadas com base nas
com cabos isolados
condições mais desfavoráveis encontradas.
Para um equipamento
Como especificado na norma do
específico
equipamento
Para qualquer outra aplicação
0,75 Cu
Circuitos a extrabaixa tensão
0,75 Cu
para aplicações especiais
Seção dos condutores de fase
A seção dos condutores de fase, em
e seus múltiplos for superior a 15%,
de fase e do comportamento imposto
circuitos de corrente alternada, e dos
a seção do condutor neutro não deve
à corrente de neutro pelas condições
condutores vivos, em circuitos de corrente
ser inferior à dos condutores de fase,
de desequilíbrio em que o circuito
contínua, não deve ser inferior ao valor
podendo ser igual à dos condutores de
pode vir a operar. O anexo F fornece
pertinente dado na tabela 5.
fase se essa taxa não for superior a 33%.
subsídios para esse dimensionamento.
A seção dos condutores deve ser
Tais níveis de correntes harmônicas
Em um circuito trifásico com neutro e
determinada de forma a que sejam
são encontrados, por exemplo, em
cujos condutores de fase tenham uma
atendidos, no mínimo, todos os seguintes
circuitos
luminárias
seção superior a 25 mm2, a seção do
critérios da ABNT NBR 5410:2004:
com lâmpadas de descarga, incluindo
condutor neutro pode ser inferior à
• A capacidade de condução de corrente
as fluorescentes. O caso de taxas
dos condutores de fase, sem ser inferior
dos condutores deve ser igual ou superior
superiores a 33% é tratado em 6.2.6.2.5
aos valores indicados na tabela 48, em
à corrente de projeto do circuito, incluindo
na NBR 5410:2004. A seção do condutor
função da seção dos condutores de fase,
as componentes harmônicas, afetadsa dos
neutro de um circuito com duas fases e
quando as três condições seguintes
fatores de correção aplicáveis;
neutro não deve ser inferior à seção dos
forem simultaneamente atendidas:
• A proteção contra sobrecargas, conforme
condutores de fase, podendo ser igual
•
5.3.4 e 6.3.4.2;
à dos condutores de fase se a taxa de
equilibrad, em serviço normal;
• A proteção contra curtos-circuitos e
terceira harmônica e seus múltiplos não
• A corrente das fases não contiver uma
solicitações térmicas, conforme 5.3.5 e
for superior a 33%.
taxa de terceira harmônica e múltiplos
6.3.4.3;
Quando, em um circuito trifásico
superior a 15%; e
• A proteção contra choques elétricos por
com neutro ouem umm circuito com
• O condutor neutro for protegido contra
seccionamento automático da alimentação
duas fases e neutro, a taxa de terceira
sobrecorrentes conforme 5.3.2.2.
em esquemas TN e IT, quando pertinente
harmônica e seus múltiplos for superior
(5.1.2.2.4);
a 33%, pode ser necessário um condutor
• Os limites de queda de tensão, conforme
neutro com seção superior à dos
6.2.7; e
condutores de fase.
• As seções mínimas indicadas em 6.2.6.1.1.
Condutor neutro
que
alimentam
Tais níveis de correntes harmônicas
são encontrados, por exemplo, em circuitos que alimentam principalmente
O condutor neutro não pode ser
computadores ou outros equipamentos
comum a mais de um circuito. O condutor
de tecnologia de informação. Para
neutro de um circuito monofásico deve
se determinar a seção do condutor
ter a mesma seção do condutor de fase.
neutr, com confiança, é necessária
Quando, em um circuito trifásico com
uma estimativa segura do conteúdo
neutro, a taxa de terceira harmônica
de terceira harmônica das correntes
O
circuito
for
presumivelmente
* *Eduardo Daniel é engenheiro eletricista, pós-graduado em sistemas de potência, mestre em Energia pelo PPGE do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP. É consultor da MDJ Assessoria e Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel Brasil e coordenador da Comissão de Estudos 03:64001 do CB3 da ABNT, que revisa a norma de instalações elétricas de baixa tensão. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
61
62
Reportagem
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por Bruno Moreira
Medição e gerenciamento para contornar alta das tarifas Em face do aumento do preço da energia elétrica e de um possível racionamento, as indústrias eletrointensivas, bem como empreendimentos com carga de missão crítica, buscam aproveitar melhor a energia elétrica consumida, por meio da medição e do gerenciamento
A
fevereiro de 2014, o reservatório estava
mais caro do que a energia produzida
primeiros meses de 2015 não foram
com 34,14% de sua capacidade.
pelos empreendimentos hidrelétricos.
suficientes para melhorar os níveis dos
Tal escassez hídrica vem causando
Este aumento de custo era repassado
reservatórios de usinas hidrelétricas
grandes transtornos ao setor elétrico
regularmente aos consumidores finais
do país. A maioria deles continua com
e, em última instância, à população.
durante os reajustes anuais das tarifas
o volume abaixo do que foi registrado
Com o intuito de compensar a falta
de energia elétrica das concessionárias
no mesmo período do ano passado.
de água nos reservatórios – e evitar
de distribuição. Contudo, com o advento
Furnas, por exemplo, maior reservatório
um possível racionamento de energia
do sistema de bandeiras tarifárias, no
da
elétrica –, o Operador Nacional do
início de 2015, os aumentos começaram
apresentava em fevereiro deste ano
Sistema
despachando
a ser sentidos de maneira mais rápida.
12,86% de sua capacidade total. Em
usinas termelétricas, cuja energia custa
A elevação do custo para a geração de
s fortes chuvas que ocorreram nos
região
Sudeste/
Centro-Oeste
(ONS)
vem
63
O Setor Elétrico / Abril de 2015
energia é repassada agora mensalmente
Some-se a isso os efeitos causados
estudos feitos por especialistas do setor
para as contas de energia elétrica
pela Medida Provisória (MP) nº 579, que
elétrico, o segmento acumulará para
dos consumidores. Na atualidade, os
tratou da antecipação da renovação
2015 um prejuízo de R$ 105 bilhões.
reservatórios estão abaixo do nível
das concessões das distribuidoras e
Dessa forma, os aumentos que não
desejado e as usinas termelétricas
estabeleceu a redução das tarifas de
foram realizados em 2012, época da
estão sendo despachadas com maior
energia elétrica. Para que os altos
publicação da MP, se concretizaram no
regularidade, o que enquadra as tarifas
custos dos distribuidores não fossem
final de 2014. As tarifas da Elektro, por
no
repassados
exemplo, tiveram reajuste médio de
regime
de
bandeira
vermelha.
aos
consumidores,
o
Nele, o preço da conta de energia
Governo Federal realizou empréstimos
37,78%.
sofre acréscimo de R$ 0,055 para cada
junto a um consórcio formado por dez
Diante
quilowatt-hora kWh consumido.
bancos. Em razão disso, conforme
que dependem fortemente da energia
deste
cenário,
empresas
64
Reportagem elétrica
para
O Setor Elétrico / Abril de 2015
produzirem,
como
explica Souza. "É preciso um período
mais convencional, com emprego de
(alumínio,
muito maior para recolocar em operação,
óleo diesel, ou seja, com o emprego de
aço, petroquímica, papel e celulose
às vezes para realizar a limpeza do
gás natural para empreendimentos de
etc.) e estabelecimentos com carga
maquinário e efetuar novamente um set
maior porte.
de missão crítica, como data centers,
up."
hospitais, bancos, aeroportos, shopping
De acordo com o gerente nacional
a eventual falta de energia elétrica
centers, companhias de telefonia fixa ou
de vendas da área de energia e
não pode se resumir simplesmente à
celular, bem como centros de operações
sustentabilidade da Schneider Electric,
instalação de geradores. Para ele é
financeiras e cartões de crédito, buscam
nos estabelecimentos comerciais, uma
preciso que a planta, empreendimento
alternativas
tão
falha de energia também pode ser
ou edifício passe primeiro por um
dependentes da energia convencional
bastante prejudicial. “Em alguns casos,
diagnóstico
e diminuírem seu consumo de energia
praticamente se paralisam os negócios na
identificar onde existe espaço para a
elétrica, por meio de uma gestão de
ausência de equipamentos adequados
redução do consumo e, depois, com base
processos e gerenciamento de energia
para agir no momento da falta de
em um volume de consumo otimizado,
mais eficientes.
energia”, afirma Souza, destacando que
sejam
a segurança do empreendimento e das
gerenciamento.
indústrias
eletrointensivas
para
não
ficarem
No que diz respeito especificamente
Souza acredita que a solução para
energético
a
fim
de
dimensionados os sistemas de
O gerente da Schneider Electric conta que um dos objetivos da empresa
O gerente nacional de vendas da área de energia e sustentabilidade da Schneider Electric acredita que a solução para a eventual falta de energia não pode se
é
aproveitar
este
“problema”
de
escassez de energia e tarifas elevadas que está sendo vivenciado atualmente para que se torne uma oportunidade real de melhoria para as organizações. “Seja
resumir simplesmente a instalação de geradores. É
a partir do entendimento correto da
preciso que o empreendimento passe primeiro por um
custo da energia e das interrupções no
diagnóstico energético para identificar onde existe
estratégias adequadas de compra para
espaço para a redução de consumo.
contratação da energia, do impacto do negócio ou por meio do oferecimento de isso”, declara. A geração alternativa de energia também é uma possível solução, desde que seja dimensionada na medida certa para o empreendimento.
às indústrias eletrointensivas, o gerente
pessoas que nele trabalham também é
nacional de vendas da área de energia
colocada em risco.
da Schneider no desenvolvimento de
e sustentabilidade da Schneider Electric,
Deve-se destacar que, por enquanto,
tecnologias voltadas para gerenciar a
João
Souza,
ainda não existe nenhuma previsão
energia elétrica utilizada nas plantas
destaca que a elevação do custo e
de racionamento de energia elétrica.
fabris e outros tipos de edificações
a possibilidade de racionamento da
Contudo, segundo o gerente, há uma
para que o cliente conheça melhor a
energia elétrica aumentam a pressão
preocupação do Governo Federal em
performance energética dos seus ativos.
sobre a competitividade e o balanço
relação a isso e que ele deveria pensar
O monitoramento remoto de energia
financeiro destas companhias. “A partir
em propostas de metas de redução.
via internet é uma dessas tecnologias.
do momento em que não há energia,
No que se refere às empresas, Souza
Isso faz o cliente de uma cadeia de
ocorrem
produção,
destaca o fato de elas apresentarem um
varejo, por exemplo, que tem inúmeras
com perdas consideráveis, até porque,
sistema de proteção para seus ativos
lojas, conseguir, por uma solução na
para determinados processos, o tempo
diante de uma eventual falta de energia.
nuvem, obter todas as informações e
de
não
Segundo ele, a maioria das empresas
dados de consumo, de centenas de
corresponde necessariamente ao tempo
tenta contemporizar esta falta com
locais e de centenas de supermercados,
em que os processos ficam parados”,
geração temporária, seja ela a forma
interagindo com as pessoas que estão
Carlos
Salgueiro
paralisações
desligamento
da
de
na
energia
O gerente destaca também o trabalho
66
Reportagem
O Setor Elétrico / Abril de 2015
nestes empreendimentos para que elas
Posteriormente, estas informações são
a possibilidade de corrigir seus diversos
controlem corretamente a utilização dos
coletadas e transmitidas por meio de
problemas de consumo.
ativos e corrijam eventuais falhas.
relatórios de conformidade.
Os sistemas de gerenciamento de
Outra solução desenvolvida pela
Souza comenta que a principal
energia podem, em suma, funcionar
empresa diz respeito à gestão específica
função do gerenciamento de energia é
como
para estabelecimentos com cargas de
criar para o usuário o entendimento de
verificação do desempenho dos sistemas
missão crítica. A solução, que visa o
como a energia pode ser utilizada, sendo
ou de resultados, servindo como base
monitoramento dos ativos de energia
sua base a máxima: “se você consegue
para implementação de medidas de
crítica – geradores, nobreaks, chaves
gerenciar
conservação e de eficiência energética.
de transferência –, possui a capacidade
consegue utilizar aquilo que gerencia”.
de testar ciclicamente e de forma
O grande obstáculo mora no fato de
automática estes equipamentos.
as organizações, conforme o gerente
aquilo
que
mede,
você
ferramentas
de
medição
e
Data centers
da Schneider, não se preocuparem
Quando se fala de instalações de
periódica nos geradores é um dos
diretamente
missão crítica com alto consumo de
principais problemas das instalações
origem do próprio consumo de energia
energia
com carga de missão crítica, segundo
elétrica. Por meio das ferramentas de
ambientes que vem à cabeça é o data
Souza. Na maior parte dos casos,
gerenciamento de energia, o cliente
center, ambiente projetado para abrigar
o gerador é acionado apenas e tão
consegue,
o
servidores e outros componentes como
somente em situações emergenciais,
consumo em tempo real, ao longo do
sistemas de armazenamento de dados
Aliás, a falta de uma manutenção
com
porém,
a
avaliação
acompanhar
da
elétrica,
um
dos
primeiros
(storages) e ativos de rede (switches,
A principal função do gerenciamento de
roteadores). Como toda a instalação de missão crítica, o data center tem
energia é criar para o usuário o entendimento
sua segurança energética garantida por
de como a energia pode ser utilizada, sendo
principal vilão de um tipo de instalação
sua base a máxima: se você consegue
utilizado para controlar a temperatura
gerenciar aquilo que mede, você consegue utilizar aquilo que gerencia.
geradores e nobreaks (UPS). Contudo, o como
esta
é
o
ar
condicionado,
dos equipamentos e evitar que eles superaqueçam, danifiquem a si próprios e, consequentemente, os dados por eles transmitidos.
De acordo com Daniel Fazenda Freire,
que
tempo, em vez de verificar o volume de
diretor executivo da Tier 4 Intelligent
funcionar
consumo apenas ao receber a conta de
Solutions, empresa especializada em
energia no final do mês.
data centers, cerca de 95% das despesas
precisa ser testado com regularidade.
Com o acompanhamento automático
de um data center provêm do consumo
“Geralmente,
existem
e em tempo real de seu consumo, a
de energia elétrica. “Este setor sempre
ferramentas de gerenciamento para
empresa pode, por meio das variações
foi muito preocupado com essa conta,
fazer isso automaticamente, grande
que ocorrem nele, saber, por exemplo,
porque ela é a grande vilã da operação e
parte destes empreendimentos acaba
se a operação dos sistemas de ar
do custo final”, avalia. Do total consumido
negligenciando este trabalho e, no
condicionado está adequada, ou utilizar
de energia elétrica, 50% é puxado pelo
momento necessário, os equipamentos
de maneira mais eficiente os sistemas de
ar condicionado e o restante pode ser
não
afirma ele
o
seja
gerente.
Mas
preparado
corretamente
para
para
nestes quando
momentos, não
diz.
iluminação, programando a luz de um
colocado na conta dos equipamentos de
Para a realização desta atividade de
determinado escritório para se apagar
hardware. Neste sentido, a preocupação
manutenção são utilizados medidores
entre 22h e 23h, faixa de horário em
do segmento em tornar o consumo de
de energia, os quais dependem de
que os funcionários normalmente já
ar condicionado mais eficiente é muito
uma integração com uma série de
deixaram o recinto. Munido dos dados
grande.
dados dos disjuntores e dos painéis.
coletados pelas medições, o cliente tem
respondem
a
contento”,
“Hoje em dia há diversas tecnologias,
67
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Cerca de 95% das despesas de um data center provem do consumo de energia elétrica. Do total consumido de energia, 50% é puxado pelo sistema de ar condicionado.
as quais se consegue implementar para
com o ar condicionado. Sobre isso, o
ar e, consequentemente, aumenta-se o
reduzir essa despesa”, afirma Freire.
diretor da Tier 4 comenta a respeito
gasto com energia”, explica
Uma delas é o chamado isolamento do
da temperatura em que um sistema
corredor quente e do corredor frio. Nela,
de ar condicionado ligado a um data
Tier 4 alerta para a importância de o
ao invés do sistema jogar o ar frio para
center deve trabalhar. No passado,
consumidor final, proprietário de um
o ambiente, como se faz normalmente,
há cerca de dez anos, quando não
ambiente como este, programar a troca
em residências, por exemplo, isola-se o
existiam muitos parâmetros, pensava-se
de equipamentos antigos, que têm maior
ar frio, insuflando-o exatamente onde
que quanto mais gelada a sala melhor
consumo energético e que demandam
se deseja, no caso seria na frente do
para os equipamentos. A temperatura
mais ar condicionado. Esta substituição
equipamento, de onde sai o ar quente.
girava entre 17 ºC e 18 ºC. De acordo
por
“Feito tal procedimento corretamente,
com Freire, com as tecnologias atuais
conforme Freire, exigirá ainda menos
o aparelho de ar condicionado chega a
dos equipamentos de data center, o ar
gastos com manutenção e mão de obra,
economizar 30% da energia”, explica o
pode ser insuflado entre 24 ºC e 26 ºC.
o que só aumentará a economia.
diretor da Tier 4.
“Parece que não, mas estes 6 ºC fazem
Sobre
Quando se tem o sistema balanceado,
total diferença no consumo de energia
podem tornar o uso do equipamento
com manutenção preventiva correta e
do equipamento de ar condicionado.
de ar condicionado mais eficiente,
com os parâmetros de trabalho corretos,
Quanto menor a temperatura, mais o
Marcelo Barbosa, diretor técnico da
também é possível economizar 30%
equipamento se esforça para gelar o
Apogee, especializada em serviços de
O exemplo dado pelo diretor da
equipamentos
outras
mais
modernos,
tecnologias
que
68
Reportagem
O Setor Elétrico / Abril de 2015
No cenário de aumento de preço das tarifas de energia elétrica, a Sotreq vê crescer o número de solicitações de estudos para implantação de centrais termelétricas e sistemas de cogeração.
consultoria e engenharia e tecnologia,
é responsável por comprimir o ar
uma tendência. Aqui no Brasil ainda
salienta o free cooling, técnica que
refrigerante e forçar a troca de calor com
estamos no estágio de inovação”, diz
explora a existência de diferenças de
o ambiente. Com os economizadores
Barbosa.
temperatura entre ambientes para a
não é necessário o auxílio do compressor,
produção de arrefecimento. Conforme
já que se emprega mais diretamente o ar
e à possibilidade de torná-los mais
Barbosa, esta técnica é melhor indicada
de fora.
eficientes, Barbosa destaca a medição
para
data
centers
localizados
em
Barbosa
destaca
de energia na entrada deste ambiente,
economizadores
Nestes,
que permite o cálculo do PUE (Power
do Brasil, uma vez que o equipamento
capta-se a água externa mais fria para
Usage Effectiveness), em português,
de ar condicionado desliga sua parte
utilizar no sistema de refrigeração. “São
Efetividade do Uso da Energia. Este é
mecânica e utiliza o ar externo (mais
próprios para instalações que têm acesso
um índice de eficiência energética, que
gelado) para refrigerar o ar dentro da
a lagos”, comenta o diretor da Apogee,
resulta da divisão entre a quantia total
edificação.
citando como exemplo o data center do
de energia do data center e a energia
a
Google na Finlândia, que foi construído
consumida pelos equipamentos críticos
muito
importante
para
água.
os
lugares mais frios, como a região Sul
Peça
de
também
Ainda no que se refere a data centers
o
perto de um lago, com temperatura de
(servidores de rede, armazenadores de
economizador de ar, que atua com o
-10 ºC. Conforme Barbosa, com este
energia e os switchers) de Tecnologia
compressor. Este seria verdadeiramente
sistema de free cooling, a empresa
de Informação (TI). Barbosa explica que
o
aplicação
deste
procedimento
é
ar
consegue economizar de 10% a 30%
o PUE é sempre maior que 1, e quanto
condicionado no que diz respeito ao
na sua conta de energia elétrica. “Nos
mais perto de 1 ele for, mais eficiente
consumo de energia elétrica, segundo
Estados Unidos e na Europa, esses
será o sistema. O free cooling, por
o diretor da Apogee. O equipamento
economizadores de ar e de água já são
exemplo, ajuda a diminuir o PUE.
“vilão”
do
equipamento
de
69
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Redundância
Conforme
Intelligent
o
diretor
Solutions,
da
Tier
Daniel
4
Freire,
uma parte de gás natural. Começa-se a
as opções para que possam contar com
ter diversas ações menores, que juntas
um insumo energético numa condição
acabam
eficiente, segura e confiável.
para
fornecendo
fornecer
a
redundância
segurança
energética
Dentro das solicitações à Sotreq, as
a redundância em data centers é
necessária à instalação, diminuindo,
soluções mais requisitadas são as que
extremamente necessária. Haja vista
assim, a dependência da rede elétrica
apresentam equipamentos alimentados
o momento que está sendo vivido
convencional.
por gás natural. O gerente da Sotreq
pelo setor elétrico brasileiro – crise
O diretor da Tier 4 alerta para o fato
enfatiza que o combustível impacta
hídrica, térmicas (fonte cara de energia)
de o setor elétrico pensar em soluções de
diretamente no custo da geração. O
acionadas e energia com preços em
economia e eficiência energética apenas
gás, por ser um combustível mais barato,
ascensão por conta de um cenário cada
quando a crise bate à porta. Conforme
comparado, por exemplo, ao diesel,
vez mais crítico do ponto de vista do
Freire, se as empresas se preocupassem
automaticamente é a primeira opção do
abastecimento energético –, os data
com a questão da energia elétrica, no
cliente diante das alternativas de geração.
centers precisam contar com sistemas
momento da implantação dos data
Conforme
redundantes de geração de energia, por
centers, naturalmente, teriam menos
está apta a atuar não apenas com
exemplo, para evitar a dependência da
despesas de manutenção, menos custos
o fornecimento de equipamentos e
concessionária.
com
consequentemente,
eventualmente com a realização do
de distribuição implica no seu site ficar
maior lucro para aumentar a sua fatia no
projeto, mas também com o ciclo
parado e não ter disponibilidade 24
mercado.
inteiro: desenvolvimento do projeto,
“Qualquer
problema
energia
e,
Souza,
a
companhia
implantação, manutenção e operação.
horas por dia, setes dias por semana,
Geradores de energia elétrica
365 dias por ano, que é como se trabalha
“Nós temos a flexibilidade de agir de acordo com cada aplicação deste
nos ambientes de missão crítica”. Não obstante a importância de
No cenário de aumento do preço das
segmento”,
afirma
sistemas redundantes, Freire ressalta
tarifas de energia elétrica e de ameaça
destacando
que
a necessidade de uma análise e um
de um futuro racionamento no Brasil, a
desenvolver desde uma central de
diagnóstico de quais são as necessidades
Sotreq - dealer autorizado da Cartepillar,
cogeração em um nível de complexidade
energéticas da instalação. “O gestor
fabricante de grupo de geradores, que
específico para missão crítica, como
faz uma previsão para os anos futuros,
integra soluções neste nicho de mercado
data centers, shopping centers, edifícios
de acordo com o objetivo do negócio
- vê crescer o número de solicitações de
inteligentes e outros, até implantar uma
e realiza os investimentos”, explica.
estudos para implantação de centrais
usina termelétrica de 50 W, 100 W ou
“Não é simplesmente trocar tudo. Nem
termelétricas e sistemas de cogeração.
150 W.
sempre é a melhor solução”. Conforme
o diretor, é preciso avaliar os pontos
da
Marcelo
do número de solicitações de estudos,
críticos atuais da planta e, munidos de
Tadeu de Souza, acredita que o país já
como o cenário é de incertezas, ainda
informações, traçar uma estratégia para
vive um cenário em que é iminente o
não há uma definição compatível este
melhorias ponto a ponto, a fim de se
colapso de energia ou racionamento.
incremento. Conforme Souza, o aumento
fazer “um investimento inteligente e não
“O fato é que, para qualquer projeção
do preço da energia, os benefícios e as
simplesmente gastar dinheiro”.
de crescimento do país, é preciso
vantagens para energia excedentes,
Freire comenta que, em paralelo a um
energia elétrica e nós já não temos
leilões de reserva e de ponta estendida
gerador a gás ou a diesel, por exemplo,
para a demanda atual necessária no
sinalizam “que a situação não é das
uma instalação de missão crítica pode ter
nosso país”, analisa. De acordo com
melhores”,
uma planta de geração eólica ou solar.
Souza, existem muitas indústrias, nos
abastecimento
Contudo, essas redundâncias nunca
segmentos de mineração, siderurgia,
Contudo, “não existe ainda uma certeza
podem ser pensadas como excludentes.
alimentício,
chamadas
ou um recado do governo de que
Talvez seja melhor para o site, menos
grandes indústrias eletrointensivas, que
nós temos de seguir por determinado
custoso e mais eficiente, fazer um mix de
precisam de energia com larga escala
caminho”, diz o gerente, destacando
fontes alternativas: uma parte de energia
para sua produção, e que, por isso, têm
que o segmento ainda se encontra em
eólica, uma parte de energia solar e
se planejado para identificar quais são
“compasso de espera”.
O gerente de Aplicações Especiais Sotreq,
o
engenheiro
cerâmico,
as
Apesar
do
do
o a
engenheiro, Sotreq
aumento
ponto de
pode
significativo
de
energia
vista
do
elétrica.
72
Redes subterrâneas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por Clay M. Martins, Adriana de Araujo, Neusvaldo L. de Almeida e Zehbour Panossian*
Proteção de equipamentos instalados em câmaras subterrâneas Solução associa proteção catódica com anodo galvânico e revestimentos orgânicos base epóxi de baixo teor de compostos orgânicos voláteis para aumentar a vida útil dos equipamentos e reduzir os custos operacionais das concessionárias de energia
73
O Setor Elétrico / Abril de 2015
T
ransformadores
elétricos
subter
anticorrosiva
destes
equipamentos
adequadamente
é feita por meio de pintura com tinta
socia da
a condições de extrema corrosividade
à base de alcatrão de hulha, tinta
desempenho é capaz de garantir uma
decorrentes de inundações periódicas
esta que está em desuso devido à
vida útil aos equipamentos instalados em
das
com
toxicidade de alguns componentes
câmaras para além de dez anos, o que
aquecidas
subterrâneas
revestimentos
de
as
râneos estão constantemente expostos
câmaras
a
dimensionada,
bom
conhecidamente carcinogênicos, como
representa uma considerável redução
provenientes de chuvas, de eventuais
benzeno, tolueno e xileno.
nos custos operacionais das empresas
vazamentos de tubulações de água
Com o objetivo de aperfeiçoar o
concessionárias de energia elétricas. Este
de
águas
contaminadas
e
sistema de proteção anticorrosiva dos
projeto foi desenvolvido por meio de
ainda da água de lençóis freáticos.
transformadores,
de
ensaios em laboratório combinado com
Nas regiões urbanas, normalmente,
Corrosão e Proteção do Instituto de
uma aplicação experimental diretamente
essas
abastecimento,
de
esgoto
ou
o
Laboratório
com
Pesquisas Tecnológicas de São Paulo
em algumas câmaras representativas
sujeiras associadas ao aquecimento
em conjunto com a AES Eletropaulo
das condições reais de operação. Este
decorrente da dissipação de calor dos
desenvolveram um projeto de P&D,
trabalho
transformadores podem torná-las muito
no
utilizada e os resultados obtidos.
agressivas
águas
contaminadas
âmbito
da
Aneel,
denominado
metálicos
Proteção Anticorrosiva de Equipamentos
destes equipamentos. Mesmo quando
Instalados em Câmaras Subterrâneas,
essas
água,
Código 0390_015_2009, que associa
aos
câmaras
materiais não
contêm
apresenta
a
metodologia
Desenvolvimento M etodologia
ambiente
proteção catódica com anodo galvânico
mantém-se elevada, favorecendo a
e revestimentos orgânicos base epóxi
A metodologia adotada para o
continuidade dos processos corrosivos.
de baixo teor de compostos orgânicos
desenvolvimento do projeto consistiu
De
voláteis. A proteção catódica, quando
em:
a
umidade
maneira
relativa
geral,
do
a
proteção
74
Redes subterrâneas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Tabela 1 – Revestimentos selecionados
Composição
Código do
Volume de Compostos
revestimento Epóxi alcatrão de hulha
A
Espessura de
x 15 cm foram limpos com água e
sólidos
orgânicos
película seca por
solventes orgânicos para remoções
(%)
voláteis (g/L)
demão (µm)
de sais solúveis e óleo e, em seguida,
70
377
140
foram jateados com granalhas de aço até obtenção de padrão visual Sa 2½
Curado com poliamida Epóxi poliamida
B C
Epóxi modificado
D E
78
176
400
de acordo com a norma ISO 8501-1
85
143
1.000
e perfil de rugosidade de 50 µm. A
85
255
500
aplicação do revestimento foi feita
97
150
150
de acordo com as instruções dos boletins técnicos dos fabricantes,
1 – Selecionar e avaliar revestimentos
liberação de compostos orgânicos
utilizando pistola convencional ou
de
com
voláteis (VOC) na atmosfera (VOC / 340
pistola air less. As bordas dos corpos
desempenho similar ao do epóxi
g/L é o valor limite para revestimentos
de
alcatrão de hulha e que fossem de
industriais, segundo a Environmental
uma sobre espessura de tinta epóxi
baixo impacto ao meio ambiente e
Protection Agency).
convencional. Após a cura, foram
aos seres humanos (denominados
feitas
de
proteção
anticorrosiva
As tintas identificadas como D
prova
foram
incisões
protegidas
nos
com
revestimentos
ecologicamente
e E são Surface Tolerant e Damp
para avaliar a perda de aderência
corretos). Estes revestimentos foram
Tolerant; isto é, podem ser aplicadas
e o avanço da corrosão a partir da
avaliados em laboratório por meio
sobre superfícies com flash rusting e
incisão.
de ensaios de caracterização, ensaio
superfícies umedecidas. Já as tintas C e
de desempenho e de espectroscopia
D são edge retention, isto é, possibilita
de impedância eletroquímica – EIS.
obter maior espessura nas arestas
revestimentos
dos equipamentos que são regiões 2
–
Ensaios de laboratório para a avaliação de desempenho das tintas
de
críticas do ponto de vista da corrosão.
condições
Esta propriedade é particularmente
Os
águas
importante no caso de transformadores,
realizados:
existentes nas câmaras subterrâneas,
devido às características de projeto do
determinar a corrente de proteção
equipamento.
Estudar
anodos de
comportamento
galvânicos
exposição
típicas
necessária
para
avaliar
alcance
o
catódica
em
as
das
várias da
galvânica,
com ASTM
P reparação
proteção
dos corpos
B117
e
laboratório
Após os ensaios, os revestimentos
Corpos de prova de aço-carbono
foram avaliados quanto à ocorrência
SAE 1020 com dimensões de 10 cm
de corrosão e o avanço de corrosão
O estudo foi desenvolvido com quatro revestimentos, ecologicamente corretos, além do alcatrão de hulha, que era o revestimento utilizado pela AES Eletropaulo para a proteção de características
destas
tintas
As estão
apresentadas na Tabela 1. Observa-se que as tintas identificadas como C, D e E contêm maiores teores de sólidos por volume, o que indica menor
em
ensaios tiveram duração de 3.000 h.
selecionados e
subterrâneos.
imersão
solução de cloreto de sódio 5%: Estes
ensaios realizados
transformadores
foram
de prova para ensaios em
elaborar
protótipo do sistema de proteção
R evestimentos
ensaios
- Exposição à névoa salina, de acordo
águas,
catódica e aplicação experimental.
seguintes
Figura 1 – Ensaio de imersão em água contaminada e aquecida.
76
Redes subterrâneas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
na região da incisão de acordo com
potencial de 20 mV, em uma faixa de
e os ensaios de imersão em cloreto
ISO 4628.
frequência de 105 Hz a 10-3 Hz. Foram
de sódio. As Figuras 2 e 3 ilustram a
- Imersão em água contaminada:
utilizadas células convencionais de três
montagem do ensaio.
Este ensaio foi realizado em águas
eletrodos: um eletrodo de calomelano
coletadas diretamente nas câmaras,
saturado como referência e, como
com
contra-eletrodo, uma rede de platina
o
objetivo
de
simular
as
condições existentes nas câmaras
de área estimada de 54 cm².
subterrâneas.
Os
duração
3.600
ensaios
tiveram
A área do eletrodo de trabalho
Ensaios para a seleção de anodo galvânico
Para selecionar o anodo galvânico
foram
(corpos de prova revestidos) foi de
mais adequado para as condições
realizados à temperatura de 70 °C. O
16 cm² delimitada por um cilindro de
existentes no interior das câmaras
desempenho dos revestimentos foi
vidro colado na superfície da placa.
subterrâneas, foram estudadas ligas
avaliado de acordo com a ISO 4628.
Os ensaios foram realizados antes
de alumínio, de zinco e de magnésio.
Os corpos de prova foram fixados em
e após os ensaios de névoa salina
O ensaio foi realizado em um reator,
de
h
e
suportes de PTFE colocados na base do béquer e foram parcialmente imersos, objetivando manter parte de sua superfície exposta ao espaço vapor. A Figura 1 mostra a montagem deste ensaio e a Tabela 2 apresenta as características da água selecionada para simular as condições de campo. Como na prática, os transformadores estão
constantemente
sujeitos
a
imersão e esse ensaio foi considerado fundamental
para
a
seleção
do
melhor revestimento. - Descolamento catódico de acordo com a norma ASTM G8 método B: O ensaio teve duração de 30 dias e cujo objetivo foi avaliar a compatibilidade dos revestimentos com sistemas de proteção
Figura 2 – Ensaio de espectroscopia de impedância eletroquímica – Realização do ensaio em um dos corpos de prova.
catódica, uma vez que, em sistemas de proteção catódica, há geração de hidrogênio e isso pode resultar em perda de aderência do revestimento. -
Espectroscopia
eletroquímica
(EIE):
de O
impedância ensaio
de
EIE permite avaliar alterações nas características
de
proteção
por
barreira dos revestimentos por meio da
determinação
do
módulo
da
impedância e do ângulo de fase. Quanto maior a impedância e mais próximo de 90° for o ângulo de fase, mais efetiva é a proteção por barreira do revestimento. O ensaio foi realizado com amplitude de perturbação de
Figura 3 – Ensaio de espectroscopia de impedância eletroquímica – Exposição dos corpos de prova em solução NaCl 5%.
77
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Figura 4 – Representação esquemática do reator para avaliação dos anodos galvânicos.
Figura 5 – Vista do ensaio para seleção do anodo galvânico.
Resultados e discussão
no qual foram montados cinco corpos de
prova
de
aço-carbono
e
um
anodo de cada uma das ligas citadas
anteriormente. Como meio de ensaio,
resultados dos ensaios de exposição em
foram
coletadas
câmara de névoa salina, dos ensaios de
composição
imersão, dos módulos de impedância e
utilizadas
águas
nas
câmaras,
cuja
está
apresentada
na
Tabela
2.
Nas Tabelas 2 a 5, apresentam-se os
do descolamento catódico, para todos
Neste arranjo experimental, foram
os revestimentos, respectivamente.
monitorados o potencial e a corrente
galvânica entre os corpos de prova e
de névoa salina, todos os revestimentos
o anodo galvânico. A Figura 4 mostra
apresentaram bom desempenho, com
uma
esquemática
ligeira superioridade do revestimento C
do reator, os acessórios e os cinco
com menor avanço de corrosão na incisão.
corpos de prova de aço-carbono na
Com relação ao módulo de impedância,
base do reator. A Figura 5 mostra uma
o revestimento C também apresentou
vista do ensaio e detalhe do arranjo
desempenho ligeiramente superior ao dos
experimental.
demais revestimentos.
representação
Pela Tabela 2, observa-se que, no ensaio
78
Redes subterrâneas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Tabela 2 – Resultados dos ensaios em câmara de névoa salina
Grau de
Revestimento
Grau de
enferrujamento empolamento
Log do | Z | (Ω/cm²)
Avanço da
Após o ensaio
Valor
corrosão
inicial de névoa salina
(mm) A
Sem corrosão
Sem bolhas
4,8
8
8,1
B
Sem corrosão
Sem bolhas
6,3
7,9
7,9
C
Sem corrosão
Sem bolhas
4
7,9
8,9
D
Sem corrosão
Sem bolhas
6,2
8,3
8,5
E
Sem corrosão
Sem bolhas
6,8
7,8
8,4
Tabela 3 – Resultados dos ensaios de imersão em solução de cloreto de sódio
Grau de
Grau de
enferrujamento
empolamento
Revestimento
Log do | Z | (Ω/cm²) Valor
Após o ensaio
inicial
de névoa salina
A
Sem corrosão
Sem bolhas
8
8
B
Sem corrosão
Sem bolhas
7,9
7,9
C
Sem corrosão
Sem bolhas
7,9
7,9
D
Sem corrosão
Sem bolhas
8,3
7,9
E
Sem corrosão
Sem bolhas
7,8
7,8
Tabela 4 – Resultados dos ensaios de imersão em água contaminada
Revestimento
Grau de enferrujamento
Grau de empolamento
A
Sem corrosão
4 (S4), após 240 h
B
Sem corrosão
3 (S3), após 240 h
C
Sem corrosão
Sem bolhas após 3.600 h
D
Sem corrosão
2 (S4), após 864 h
E
Sem corrosão
2 (S4), após 672 h
Tabela 5 – Resultados dos ensaios de descolamento catódico
Revestimento
Diâmetro do círculo equivalente (mm)
A
15
B
11,8
C
17,7
D
19,1
E
34,2
No ensaio de imersão em solução de
de referência neste estudo. O menor
cloreto de sódio, todos os revestimentos
valor de descolamento catódico foi do
apresentaram
desempenho,
revestimento B, devido principalmente à
inclusive no ensaio de espectroscopia
existência de tinta de fundo à base de
de impedância eletroquímica. Com base
fosfato de zinco.
neste ensaio, não foi possível apontar o
Com
revestimento de melhor desempenho.
apresentados nas Tabelas 2 a 5, o
revestimento
bom
No ensaio de descolamento catódico,
base C
nos foi
resultados
considerado
de
o revestimento E apresentou o pior
melhor desempenho e, portanto, o mais
desempenho. Os demais revestimentos
apropriado para proteção anticorrosiva
apresentaram
aproximados
dos transformadores subterrâneos. Além
e inferiores a 20 mm que foi o valor
do desempenho superior, o revestimento
valores
79
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Figura 6 – Aspecto dos revestimentos após 3.600 h de imersão em água contaminada coletada em campo.
C pode ser aplicado sobre superfície com flash rusting e umedecidas e também apresenta alta retenção nas bordas, o que
Tabela 6 – Resultados do ensaio para seleção dos anodos galvânicos
Material
Tempo (h)
representa uma vantagem importante para os equipamentos em estudo.
A Tabela 6 apresenta os resultados
dos
ensaios
realizados
com
águas
coletadas nas câmaras subterrâneas, para a seleção do anodo galvânico a ser utilizado no sistema de proteção catódica.
Taxa de
Corrente
do par aço
corrosão
galvânica do par
carbono-anodo
(mm/ano)
aço carbono-
Potencial
anodo (mA)
(mV), Ag/AgCl Anodo alumínio
936
-1.106
936
-922
0,01
0,2
0,008
Corpos de prova Anodo magnésio
3,1
0,008
Corpos de prova Anodo zinco
1,2
336
-115
2,8
6,6
80
Redes subterrâneas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
No ensaio de imersão em água contaminada,
observou-se
que
o
revestimento C apresentou desempenho superior ao dos demais. Este desempenho foi caracterizado pela não ocorrência de
empolamento
no
revestimento
após 3.600 horas de ensaio. Todos os demais
revestimentos
apresentaram
empolamento com menos de 1.000 horas de ensaio. A Figura 6 apresenta o aspecto visual dos revestimentos após
Figura 7 – Reator com anodo de magnésio, após 336 horas de ensaio. Observa-se uma grande quantidade de produtos de corrosão do anodo de magnésio, indicando alta taxa de consumo do anodo. À direita, notam-se corpos de prova sem corrosão indicando a eficiência do anodo.
3.600 horas de ensaio.
Pela Tabela 6, observa-se que os
valores de potencial, para os três sistemas, foram mais negativos do que -850 mV medidos contra o eletrodo de Ag/AgCl, indicando potencial de proteção. A taxa de corrosão do anodo de magnésio foi
muito
elevada,
comparada
aos
outros anodos, requerendo uma massa
Figura 8 – Aspecto do anodo de alumínio (à esquerda) e dos corpos de prova (à direita), após 936 horas de ensaio. A taxa de consumo do anodo foi intermediária e sem corrosão do aço-carbono.
maior de anodo para igual período de vida útil. No caso do anodo de zinco, embora tenha apresentado baixa taxa de consumo, a corrente galvânica foi muito baixa, indicativo de que houve passivação deste anodo na água em estudo resultando em baixa eficiência. Com base nos resultados apresentados na Tabela 6, o anodo de alumínio foi considerado
o
mais
indicado
para
Figura 9 – Aspecto do anodo de zinco e dos corpos de prova após o ensaio. Observa-se baixo consumo do anodo, mas houve corrosão do aço-carbono.
compor o sistema de proteção catódica. As Figuras 7 a 9 mostram detalhes dos ensaios de laboratório para seleção dos anodos.
Ensaios em campo para avaliar o alcance da proteção catódica Com base nos resultados obtidos em laboratório, foram montados ensaios com
corpos
de
prova
diretamente
nas caixas subterrâneas para avaliar o alcance do sistema de proteção catódica. Os resultados obtidos confirmaram a eficiência do anodo de alumínio para a proteção catódica dos equipamentos. A AES Eletropaulo implementou em
Figura 10 – Vista de um equipamento recuperado com nova pintura e anodos galvânicos instalados.
82
Redes subterrâneas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
meses de instalação, demonstrando o
formadores subterrâneos. Com base
sucesso deste projeto.
nas características deste revestimento, está em curso uma especificação técnica
Conclusões
para orientar a AES Eletropaulo nos seus processos internos de aquisição,
Os
resultados
obtidos
neste
aplicação e controle tecnológico do
projeto permitiram obter as seguintes
revestimento;
conclusões:
• O anodo de liga de alumínio foi considerado o mais adequado para a
Figura 11 – Transformador instalado em campo sem corrosão do equipamento.
• A utilização de um sistema de
proteção galvânica dos transformadores
proteção
na condição de exposição à água
catódica
com
anodos
galvânicos, adequadamente dimensio
contaminada
nado, aos equipamentos, associado a
características.
com
diferentes
seus processos internos a aplicação do
revestimentos de alto desempenho, do
sistema de proteção catódica associado
ponto de vista da corrosão, é capaz de
com revestimentos orgânicos de alto
garantir a integridade dos equipamentos
•
desempenho
e,
a
of Organic Pollutants Between Coal Tar
equipamentos instalados em câmaras
vida útil destes equipamentos para
and Water Under Variable Experimental
subterrâneas e agora com mais de
um período muito superior ao atual,
Conditions”, Water Research,
um ano de aplicação, os resultados se
reduzindo assim os custos operacionais;
34, n. 14, p. 3.551-3.569, 2000.
mostraram satisfatórios, gerando revisão
• A metodologia desenvolvida para
• EPA
na especificação de compra e reforma
selecionar
anodos
Agency. Department of environmental,
de equipamentos a serem instalados em
galvânicos para sistemas de proteção
bureau of air quality control protection,
câmaras transformadoras. As Figuras 10 e
catódica
Chapter 151:
11 mostram o equipamento recuperado
adequada. Dentre os ensaios realizados,
industrial maintenance. Disponível em:
com os anodos galvânicos instalados e
o de imersão foi o que melhor permitiu
<http://www.epa.gov/region1/topics/
instalado em uma câmara transformadora
classificar a eficiência dos revestimentos;
air/sips/me/2006_ME_ch151.pdf>
com infiltração e sem corrosão do
• O revestimento identificado com
Acesso em: 21 nov. 2010.
equipamento,
apenas
C foi considerado o mais apropriado
• ISO - International Organization for
corrosão superficial do anodo após 18
para a proteção anticorrosiva dos trans
Standard, “ISO 8501-1: Preparation of
para
a
proteção
apresentando
dos
consequentemente,
prolongar
revestimentos mostrou-se
e
perfeitamente
Referências MAHJOUB, B. et al. “Phase Partition
-
Environmental
v
.
Protection
Architectural
and
O Setor Elétrico / Abril de 2015
83
Steel Substrates before Application of Paints and Related Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness Party 1: Rust Grades and Preparation Grades of uncoated Steel Substrates and of Steel Substrates and of Steel Substrates and Steel substrates after Overall Removal of Previous Coatings”, Geneva: ISO, 2007. 8 p. • ISO
-
International
Organization
for Standard. “ISO 4628-2: Paints and Varnishes – Evaluation of Degradation of Paint Coating: Designation of Intensity, Quantity and Size of Common Types of Defect, Part 2: Designation of Degree of Blistering”, Switzerland: ISO 2003. 7 p. • DIN – Deutsches Institut. “DIN ISO 4628-8: Paints and Varnishes Evaluation of Degradation of Coatings - Designation of Quantity and Size of Defects, and of Intensity of Uniform Changes in Appearance - Part 8: Assessment of Degree of Delimitation and Corrosion Around a Scribe. Berlin: DIN, 2008. 11 p. • ASTM – American Society for Testing and Materials, “G8-96: Standard Test Methods for Coating Disbonding of Pipeline Coatings”, Pennsylvania: ASTM, 2011. 9 p. Clay Marcos Martins é engenheiro eletricista, com certificação ICQ em Gestão de Projetes e atua como coordenador técnico da Gerência de Gestão de Sistemas Subterrâneos da AES Eletropaulo. Neusvaldo Lira de Almeida é físico e mestre em engenharia pela Universidade de São Paulo, pesquisador responsável pelo Laboratório de Corrosão e Proteção do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. (IPT). Adriana de Araujo é arquiteta e engenheira, mestre em Tecnologia das Construções pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e pesquisadora do Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT. Zehbour Panossian é física e doutora em Físico-Química pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é diretora de inovação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
84
Distribuição Por José Celso Gonçalves, José Maria de Carvalho Filho, Kelson Marconi de Carvalho e Mozart Ferreira Braga Junior*
Proteção e seletividade Impactos da falta de seletividade entre as proteções de média e baixa tensões em transformadores de distribuição monofásicos rurais
U
ma das principais atribuições das empresas concessionárias
de distribuição é assegurar de forma confiável, segura, econômica e contínua o fornecimento de energia elétrica a seus consumidores. Este cenário se torna bem desafiador, quando se trata do fornecimento de energia aos clientes localizados em zona rural, normalmente atendidos por alimentadores de distribuição radiais, por meio de vários quilômetros de redes aéreas, sujeitas a todas as condições adversas que podem comprometer a continuidade de fornecimento. Para aumentar a eficiência operacional nos atendimentos às faltas de energia em derivações de média tensão rurais, tem-se intensificado o uso de religadores e de chaves fusíveis religadoras, de forma a garantir sucesso em torno de 70% a 80% das faltas transitórias em redes de distribuição rural.
Mesmo com o aumento dos investimentos de tecnologia
para melhoria do desempenho dos sistemas distribuição, por um levantamento estatístico, nos últimos três anos na Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig Distribuição, percebeu-se um número crescente de atendimentos a clientes rurais alimentados por transformadores monofásicos, em tensão de 13,8 kV. Apesar dos investimentos em derivações rurais, as interrupções acidentais em áreas rurais passaram a se tornar mais frequentes em trafos monofásicos (atendimento de consumidores individuais) do que em derivações ou ramais rurais (atendimento de vários consumidores individuais) na Cemig. Neste contexto, iniciou-se uma pesquisa nos registros das interrupções relacionadas a estes clientes, de forma a estabelecer uma correlação entre a interrupção e suas origens com as proteções envolvidas, neste caso, os elos fusíveis
O Setor Elétrico / Abril de 2015
85
O Setor Elétrico / Abril de 2015
instalados no primário do transformador e os disjuntores termomagnéticos secundários. Algumas causas de fechamento de serviço, relatadas pelas equipes de atendimento, indicavam tratar-se de natureza desconhecida ou indeterminada, mesmo após inspeções das instalações primárias e secundárias. Outras causas encontradas estavam relacionadas a clientes rurais com cargas, principalmente motores, com variadas potências e dispositivos de partidas.
De posse de dados estatísticos, foram elaborados estudos
de seletividade em um ambiente computacional, utilizando o software PTW de propriedade da SKM, considerando vários cenários existentes na Cemig Distribuição. Foram elaborados diversos organogramas contendo as curvas de atuação dos elementos de proteções envolvidos, curvas de partidas de motores e ainda as curvas ANSI dos transformadores monofásicos.
Neste contexto, o presente artigo propõe elaborar estudos
de seletividade da proteção, de forma a encontrar valores nominais adequados de elos fusíveis para os transformadores monofásicos de distribuição de 13,8/0,24 kV e disjuntores termomagnéticos construídos de acordo com os padrões Nema ou IEC que possam atuar de forma seletiva para qualquer defeito originado na baixa tensão, seja para faltas transitórias, seja para permanentes.
O desenvolvimento desse trabalho e os resultados obtidos
são parte de um projeto piloto ainda em andamento, que fará a validação dos resultados obtidos de simulação com os resultados de campo, visando estabelecer proposta futura de normatização da empresa e seus fornecedores. Este trabalho é o resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e a Cemig Distribuição S/A (Cemig-D).
Desenvolvimento
A metodologia proposta neste trabalho pode ser dividida
em cinco etapas, conforme o fluxograma apresentado na Figura 1. A primeira etapa baseou-se no levantamento estatístico de todas as interrupções acidentais sustentadas, em um período de um ano, estratificando os dados em causas das interrupções, frequência, localização e potência do transformador atingido.
A segunda etapa consistiu em calcular os níveis de curto-
circuito, na baixa tensão, considerando as impedâncias envolvidas no circuito e tensões do sistema, referindo as curvas de todos os elementos de proteção para a baixa tensão do transformador. A
terceira
etapa
correspondeu
à
elaboração
dos
coordenogramas de proteção, utilizando os valores nominais de elos fusíveis e disjuntores termomagnéticos atualmente
86
Distribuição
O Setor Elétrico / Abril de 2015
normatizados. Também envolveu a simulação de algumas
de distribuição, sendo que 72% estão localizadas em redes
situações encontradas em campo, tais como as partidas diretas
rurais. Estratificando as interrupções rurais em média tensão
de motores de diversas potências.
(derivações rurais) e baixa tensão (transformadores rurais
A quarta etapa consistiu na simulação das melhores
exclusivos), identificou-se que 57% das interrupções ocorreram
condições, estabelecendo os melhores valores de elos fusíveis
nas redes de baixa tensão, representando 65.511 atendimentos
que ofereçam maior seletividade com diversos modelos e
rurais com operação do elo fusível do transformador.
correntes nominais de disjuntores termomagnéticos existentes
Aprofundando
no mercado.
todas as causas das interrupções em transformadores rurais
Na quinta etapa, ainda em andamento, está sendo
identificadas pelas equipes de atendimento, de forma a
executada uma aplicação prática em campo das propostas
verificar se elas tinham relação com falhas ocorridas no
estudadas, por meio de um projeto piloto. Após um período
transformador para justificar a operação do elo fusível. Das
adequado de observação, serão verificados os resultados
65.511 interrupções, cerca de 65% (43.048) foram classificadas
obtidos para que, posteriormente, os dispositivos de proteção
como indeterminadas com ou sem inspeção ou descarga
sejam normatizados para todos os clientes rurais monofásicos
atmosférica, mostrando que na maioria das vezes o elemento
da Cemig-D.
fusível operou e nenhuma causa aparente fora encontrada no
nestes
números,
procurou-se
mapear
transformador, sendo denominadas estas causas como faltas transitórias ou desconhecidas. A Figura 2 mostra o resultado do levantamento destas interrupções no período verificado.
Figura 1 – Fluxograma simplificado com as etapas da metodologia.
Etapa 1 – Levantamento de dados Esta etapa consistiu em um levantamento estatístico, por meio dos programas de controle da Cemig-D, das interrupções acidentais sustentadas em clientes ligados em
Figura 2 – Causas das interrupções em transformadores rurais.
baixa tensão rural, com o propósito de investigar os motivos
Foi realizado mais um refinamento na pesquisa e
pelos quais os indicadores de frequência acidental estavam
identificou-se que, das 43.048 interrupções, 75% delas
apresentando um acréscimo nos últimos três anos, elevando
ocorreram em transformadores monofásicos, conforme
o número de atendimentos a estes clientes rurais atendidos
apresentado na Tabela 1.
por transformadores monofásicos, em tensão de 13,8 kV. Os
dados de interrupção levantados revelaram que, em 2013, até
rumos da investigação e tentar achar respostas para alguns
o mês de agosto, ocorreram 161.520 interrupções em redes
questionamentos, haja vista que várias ações de manutenção
Esta análise foi de suma importância para nortear os
Tabela 1 – Estratificação das interrupções por causas transitórias e por tipo de transformador
Interrupções por causas
Interrupções /
Taxa de falha (Trafo
transitórias (Qtd)
Total (%)
interr. / total de trafos)
5
13.696
32
0,05
10
9.818
23
0,07
15
6.279
14
0,08
25
757
2
0,09
37,5
1.791
4
0,16
Potência nominal Trafo (kVA)
Outros trafos trifásicos
10.707
25
0,09
Total
43.048
100
0,07
87
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Tabela 2 – Dimensionamento para unidades consumidoras rurais atendidas por redes primárias monofásicas com transformador exclusivo
preventiva vêm sendo implementadas no tratamento de
provocou maior quantidade de atendimentos.
reincidências destas ocorrências, como: limpeza de faixas
Portanto,
e podas de árvores, blindagem de transformadores,
distribuição 5.1 (da Cemig), que trata do fornecimento
instalação de religadores e chaves fusíveis religadoras em
de
derivações rurais. Entretanto, cabe a indagação: será que
individuais da Cemig-D [3], quais são os valores de elos
está havendo falta de seletividade entre as proteções do
fusíveis e disjuntores padronizados para cada potência
primário e secundário no transformador?
de transformador e o limite da carga instalada no cliente,
As estatísticas mostraram que os transformadores
conforme a Tabela 2.
monofásicos de 5 kVA são os que provocaram maiores
Os
quantidades de atendimentos, fato que se explica por se
apresentados conforme a Tabela 3.
tratarem de milhares espalhados pela área de concessão
da empresa. Porém, constata-se pela Tabela 1 que o
na empresa, o presente artigo irá abordar prioritariamente
transformador de 37,5 kVA foi o que percentualmente (16%)
os casos envolvendo transformadores de 13,8 kV.
energia
elos
foi em
necessário tensão
fusíveis
pesquisar
secundária,
padronizados
na para
na
norma
de
edificações
Cemig-D
são
Por representar cerca de 90% de todo o parque instalado
88
Distribuição
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Tabela 3 – Elos fusíveis de transformadores monofásicos
Tensão primária
Tensão primária
Potência nominal (kVA)
13,8/√3 (kV)
22,0/√3 (kV)
Chave fusível (A)
5
1H
1H
100
10
2H
1H
100
15
3H
2H
100
25
5H
3H
100
37,5
6K
5H
100
Etapa 2 – Cálculo dos curtos-circuitos
atuação de todos os elementos referidos para a baixa tensão do transformador. Também buscou-se verificar se as curvas
Nesta etapa, o objetivo foi calcular os valores de curtos-
dos elementos de proteção plotadas nos coordenogramas
circuitos na baixa tensão do transformador monofásico, de modo
atendiam às suas respectivas normas aplicáveis, destacando-se:
a estabelecer os limites de atuação dos dispositivos de proteção. Para o cálculo da corrente de curto-circuito nos terminais do
• A ABNT NBR 7282:2011, que prescreve três tipos de elos
transformador, considerou-se a impedância do lado de MT
fusíveis de distribuição: elo tipos K, H e T;
desprezível (barra infinita) aplicando as equações (1) e (2):
• Já os disjuntores termomagnéticos atendem às normas ABNT NBR IEC 60947:1998 e ABNT NBR NM 60898:2004;
In • 100 Equação (1) Isc = Z%
• As
térmicas
dos
transformadores
são
Std C57.109-1993, também conhecidas como curvas de danos
Pkva • 103 Equação (2) In = V2
capacidades
especificadas por meio das normas ANSI C37.91-2000 e IEEE ou curvas ANSI dos transformadores.
Em que: Isc é a corrente de curto-circuito rms simétrica nos
Com o auxílio de um programa para a execução de estudo
terminais da BT do transformador; In é a corrente nominal na BT;
de seletividade, foram inseridas também as curvas de partidas
Z% é a impedância percentual do transformador; V2 é a tensão
de motores, contemplando diversas potências, ao considerar a
nominal no secundário do trafo e Pkva é a potência nominal.
situação mais crítica que corresponde a partida direta, usando
Por meio das equações (1) e (2), construiu-se uma tabela
como tempo máximo de partida de 5 segundos até o motor
relacionando as potências nominais dos transformadores
entrar em regime. A Figura 3 apresenta o coordenograma para
monofásicos,
o transformador monofásico de 5 kVA, cujo elo fusível é 1H e o
o
elo
fusível
correspondente,
disjuntor
normatizado, impedância, tensão nominal e as correntes
disjuntor é bipolar de 40ª padrão Nema.
nominais e de curto-circuito calculadas. Os resultados são
apresentados na Tabela 4.
baixa tensão, mas a curva de suportabilidade térmica do trafo
Verifica-se que as proteções estão seletivas para defeitos na
está desprotegida em quase totalmente. Entretanto, observa-se
Etapa 3 – Coordenogramas de proteção
que a inserção de um motor de 7,5 CV partindo de forma direta causa a operação do disjuntor bipolar de 40 A. Uma situação
De posse dos dados calculados, foram elaborados os
bastante encontrada em campo foi a instalação de disjuntores
coordenogramas de proteção, plotando-se as curvas de
bipolares de 70 A, padrão Nema, em trafos de 5 kVA, para
Tabela 4 – Cálculo das correntes de curto-circuito na baixa tensão de transformadores monofásicos
Potência nominal
Elo fusível
Disjuntor (A)
Trafo (kVA)
Impedância
Tensão
Corrente
Corrente de curto-
Trafo (%)
nominal (kV)
nominal BT (A)
circuito Max. na BT (A)
5
1H
40
3,54
13,8/240
20,83
589
10
2H
60
3,54
13,8/240
41,67
1.178
15
3H
90
3,54
13,8/240
62,50
1.767
25
5H
120
3,54
13,8/240
104,16
2.946
37,5
6K
200
3,54
13,8/240
156,25
4.419
90
Distribuição
O Setor Elétrico / Abril de 2015
fusível instalado no primário é de 6 K e o disjuntor padronizado é de 200 A, padrão Nema. Observa-se que, praticamente, não há seletividade entre as proteções para defeitos originados na baixa tensão, causando indevidamente a interrupção do elemento fusível.
Vale ressaltar que este artigo aborda algumas situações
mais críticas, sob o ponto de vista da perda de seletividade, porém, todos os casos encontrados em campo foram simulados e analisados. Em resumo, nesta etapa, concluiu-se que ocorrências originadas na instalação do cliente (BT) estavam se transformando em interrupção de energia de responsabilidade da empresa Figura 3 – Coordenograma de proteções do transformador de 5 kVA com disjuntor de 40 A.
justificar o uso de motores de 7,5 CV.
No entanto, o efeito colateral observado neste caso é a falta
de seletividade entre o elo fusível 1H e este disjuntor, conforme mostra a Figura 4. A Figura 5 ilustra o caso mais crítico encontrado que corresponde ao transformador monofásico de 37,5 kVA, cujo elo
pela atuação do elo fusível do primário, impactando em aumento das despesas operacionais devido aos deslocamentos de equipes para os atendimentos rurais. Adicionalmente,
também
foi
observado
o
aumento
da indisponibilidade das equipes para atendimentos mais prioritários e ainda como consequência, pagamento de compensações financeiras (DIC, FIC, DMIC) e elevação dos indicadores de continuidade (DEC e FEC).
Etapa 4 – Simulação de novas propostas de seletividade das proteções
A etapa 4 teve o propósito de elaborar as possíveis soluções
para os casos críticos que se apresentaram nos coordenogramas anteriores. Porém, neste artigo, serão demonstradas algumas soluções encontradas para os casos dos transformadores monofásicos de 5 kVA e 37,5 kVA, embora todas as demais situações tenham sido simuladas com parte do estudo completo.
A Figura 6 apresenta uma proposta de solução para o caso
do transformador monofásico de 5 kVA, considerando que Figura 4 – Coordenograma de proteções do transformador de 5 kVA com disjuntor de 70 A.
o cliente possua em sua propriedade um motor de indução monofásico de potência de 7,5 CV, tipicamente utilizado para bombeamento de água ou motor de picadeira de capim. A situação proposta consiste em alterar o disjuntor padronizado em norma bipolar de 40 A para o bipolar de 50 A, construído segundo o padrão Nema.
Considerando ainda a mesma situação de clientes rurais
ligados em transformadores monofásicos de 5 kVA, associada à utilização de um motor de indução monofásico de 7,5 CV, uma outra alternativa proposta e apresentada na Figura 7 foi alterar o elo fusível para 2H e alterar o disjuntor bipolar de 40 A para 60 A, também construído em padrão Nema. Entretanto, constatou-se que esta alternativa não foi tecnicamente viável por não garantir a proteção do trafo de 5 Figura 5 – Coordenograma de proteções do transformador de 37,5 kVA com disjuntor de 200 A.
kVA, considerando que a curva do elo fusível de 2H ficou muito superior à curva de suportabilidade térmica do transformador.
O Setor Elétrico / Abril de 2015
91
Figura 6 – Simulação das proteções do transformador de 5 kVA com disjuntor 50 A.
Figura 7 – Simulação das proteções do transformador de 5 kVA com disjuntor 60 A e elo fusível de 2H.
Finalmente, o caso associado ao transformador de 37,5 kVA
é o mais crítico e também o mais representativo, ao se levar em conta o número de interrupções registrado. Uma proposta efetivamente avaliada foi a alteração do valor nominal do elo fusível de 6 K para 8 K, sendo este o valor máximo possível para que haja seletividade com as proteções instaladas à montante
Figura 8 – Simulação das proteções do transformador de 37,5 kVA com disjuntor 150 A padrão IEC.
92
Distribuição
O Setor Elétrico / Abril de 2015
nas derivações rurais. Mesmo assim, com a utilização do elo
de faltas transitórias ou permanentes no sistema de baixa
8 K, verificou-se que não há seletividade com o disjuntor de
tensão, que tem culminado no aumento do número de
200 A padrão Nema, o que levou à elaboração de duas outras
interrupções de consumidores rurais monofásicos.
propostas. A primeira, mostrada na Figura 8, sugere a alteração
Uma vez identificados os problemas e as possíveis
do disjuntor para 150 A, padrão IEC, com curva de atuação
soluções, decidiu-se por adotar de imediato as seguintes
magnética fixa, em que a carga demandada pelo cliente não
ações:
justifique o uso do disjuntor de 200 A.
Se a carga demandada pelo cliente requerer o uso do
• Substituir os disjuntores bipolares de 70 A Nema nos
disjuntor de 200 A, a solução estudada foi a instalação de um
transformadores de 5 kVA para 50 A Nema;
disjuntor de mesmo valor nominal padrão IEC, com curva de
•
atuação magnética ajustável e faixa de ajuste de 4 a 12 vezes
monofásicos de 37,5 kVA em 13,8 kV, face a atual falta de
o valor de corrente nominal do disjuntor. O disparo magnético
seletividade com o disjuntor de 200 A Nema;
pode ser ajustado para atuação em até 12 vezes a corrente
• A área de engenharia de normas da Cemig-D divulgará
nominal do disjuntor, evitando a operação da proteção durante
uma recomendação técnica promovendo alterações na ND
a partida do motor, dependendo do modelo e do fabricante.
5.1, contendo as alterações avaliadas neste artigo.
Padronizar
o
elo
fusível
8K
nos
transformadores
Estes disjuntores visam garantir a proteção do circuito do motor contra curtos-circuitos, sem comprometer a seletividade com o
O desenvolvimento desse trabalho e os resultados
elemento fusível.
experimentais
ainda
terão
prosseguimento
com
a
A Figura 9 mostra esta situação, contendo um disjuntor de
continuidade do projeto piloto, em que serão instalados
200 A padrão IEC, com curva de atuação magnética ajustada
disjuntores do padrão IEC, em trafos de 37,5 kVA. Após o
em 5 vezes a corrente nominal.
período de observação programado para o período úmido, será feita a validação dos resultados simulados, observando em campo o desempenho dos elos fusíveis e disjuntores. Após
a
validação
dos
resultados
em
campo,
a
metodologia proposta deverá ser ampliada, de modo a contemplar a instalação de disjuntores termomagnéticos de vários fabricantes e modelos. Finalmente, com as ações propostas, espera-se que a empresa obtenha significativa redução da frequência de interrupções acidentais em clientes rurais; aumento da
eficiência
operacional;
aumento
dos
ganhos
de
produtividades das equipes de atendimento; melhoria nos índices de continuidade de fornecimento de energia elétrica e, consequentemente, a melhoria da satisfação de seus clientes.
Figura 9 – Simulação das proteções do transformador de 37,5 kVA com disjuntor de 200 A, padrão IEC ajustável.
Referências • CAMINHA, A. C. Introdução à proteção dos sistemas
Conclusões
elétricos. São Paulo: Edgard Blucher, 1977. • SCHWEITZER III, E. O.; SCHEER, G. W.; FELTIS, M.W.
Este artigo descreveu a realização de estudos de
Uma nova abordagem sobre a proteção da distribuição.
seletividade, envolvendo elementos fusíveis instalados no
International Symposium on Distribution Automation and
primário de transformadores monofásicos de 13,8 kV com
Demand Side Management. Fort Lauderdale, Flórida,
os disjuntores termomagnéticos instalados no secundário e
2006.
construídos segundo os padrões Nema e IEC. Tais estudos
• Cemig Distribuição SA - norma técnica ND 5.1.
tiveram como objetivo identificar e propor soluções para os
"Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária
problemas de falta de seletividade quando da ocorrência
Rede de Distribuição Aérea - Edificações Individuais",
O Setor Elétrico / Abril de 2015
93
maio 2013. • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. “Dispositivos fusíveis de alta tensão - Dispositivos tipo expulsão - Requisitos e métodos de ensaio”. ABNT NBR 7282:2011, maio 2011. • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. “Disjuntores de baixa tensão”. ABNT NBR 5361:1998. Cancelada em 21 jul. 2006. • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. “Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão - Parte 2: Disjuntores” ABNT NBR IEC 60947-2:1998, set. 1998. • ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. “Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC 60898:1995, MOD)” ABNT NBR NM 60898:2004, jul. 2004. • Grupo de Trabalho de Disjuntores (Dimci – Inmetro). “Testes Preliminares em Disjuntores IEC e Nema”, out. 2005. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br>. • IEEE Power & Energy Society. “C37-91-2000 - IEEE Guide for Protective Relay Applications to Power Transformers”; DOI 10.1109/IEEESTD.2000.91943, ago 2002. Disponível em: <http:// ieeexplore.ieee.org/servlet/ opac?punumber=7039>. • IEEE Power & Energy Society. “C57.109-1993 - IEEE Guide for Liquid-Immersed Transformer Through-Fault-Current Duration”. DOI 10.1109/IEEESTD.1993.119214, set. 1993. Disponível em: <http:// ieeexplore.ieee.org/xpl/articleDetails. jsp?arnumber=278280>. *José Celso Gonçalves, José Maria de Carvalho Filho, Kelson Marconi de Carvalho e Mozart Ferreira Braga Junior são engenheiros da Cemig Distribuição S.A.
94
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Mudança de paradigma Novas normas da família IEC 61439 deverão transformar o mercado de quadros e painéis elétricos no Brasil. Conceitos atualmente essenciais, como TTA e PTTA, deixarão de existir, cedendo espaço para nova metodologia mais clara. Saiba mais sobre isso e sobre o mercado nacional desses produtos em pesquisa exclusiva publicada a seguir
95
O Setor Elétrico / Abril de 2015
O segmento de quadros e painéis
elétricos
vive
expectativa
Enquanto o novo texto normativo
da
apenas dois ensaios: de temperatura e
não é publicado, o mercado continua
publicação das versões brasileiras das
de nível do curto-circuito. O que ocorre
trabalhando
novas normas da família IEC 61439.
é muitos fabricantes extrapolarem outros
reconhecidos. Esta pesquisa realizada
Os documentos, que devem entrar em
ensaios.
pela revista O Setor Elétrico com
vigor em 2016, tornarão obsoletos os
Como dito anteriormente, com a
fabricantes, montadores e consumidores
conceitos - atualmente essenciais para
edição da nova série de normas baseada
de quadros e painéis elétricos informa,
o setor - de painéis totalmente testados
na família IEC 61439, os conceitos
por exemplo, que as vendas de painel
(TTA) e painéis parcialmente testados
de TTA e PTTA deixarão de existir,
PTTA e TTA representam 21% e 19%,
(PTTA). TTA diz respeito aos conjuntos
mas serão substituídos por uma nova
respectivamente do faturamento das
que possuem características idênticas
metodologia,
verificação
empresas do segmento e que 60%
ou sem desvios que possam influenciar
de projeto. Esta é composta por três
do faturamento das companhias pode
seu desempenho, quando comparado
métodos alternativos e equivalentes:
ser colocado na conta dos painéis
a um protótipo aprovado em todos os
ensaios/testes,
e
chamados convencionais, que não estão
ensaios. Já PTTA são os conjuntos
atendimento a regras do projeto. Por
em conformidade com a ABNT NBR IEC
que
apresentam
a
permite a extrapolação por cálculo de
tanto
denominada
cálculos/medições
com
os
conceitos
já
configuração
meio desta metodologia, o que é pedido
60439-1.
ensaiadas como não ensaiadas, mas
pela norma ficará mais claro, evitando
Na ponta relativa ao consumo, o
cujos “desvios” foram derivados por
as diferentes interpretações do cliente
levantamento mostra que 34% e 32%
cálculo, a partir de protótipos ensaiados
final, dos fabricantes e dos montadores.
dos
compradores
e aprovados de acordo com a norma.
por
especificar
Esta mudança se tornou premente,
que não é mais necessário projetar
respectivamente, painéis TTA e PTTA,
conforme especialistas do setor, porque
e montar um painel elétrico de baixa
32%
a ideia de PTTA foi corrompida não
tensão derivado (equivalente ao PTTA
outros quadros montados em fábrica, e
somente em âmbito nacional, como
da atual norma) que contemple todos
somente 2% especificam e/ou compram
mundialmente. A maneira como o texto
os ensaios apresentados. As normas
quadros elétricos montados na obra.
foi redigido na norma atual vigente,
determinam em quais situações devem
Confira todo o levantamento a seguir:
a ABNT NBR IEC 60439-1, permite
ser aplicados os diferentes métodos de
variadas
interpretações,
que
Os novos documentos deixam claro
especificam
têm e/ou e/
ou
preferência comprar, adquirem
Números do mercado de quadros e painéis elétricos
foram
verificação. Por exemplo, a verificação
utilizadas por fabricantes, consultores e
de índices relativos a curto-circuito pode
consumidores, segundo a necessidade
ser feita através de ensaio ou das regras
e/ou a falta de conhecimento deles.
de projeto, já a verificação de operação
A indústria foi apontada por 91%
Por
montadores
mecânica do painel só é permitida por
dos entrevistados como o principal
interpretaram que, para se construir um
meio de ensaios. Neste sentido, os
segmento de atuação do mercado de
painel parcialmente testado, bastava
ensaios só podem ser feitos nos pontos
quadros e painéis elétricos. O segmento
realizar parte dos ensaios. O fato,
em que não é permitida a verificação por
comercial foi indicado por 52% e a área
conforme os especialistas, é que a norma
cálculo ou regras de projeto.
residencial por 21%.
exemplo,
alguns
Principais segmentos de atuação
21%
Residencial
52%
Comercial
91%
Industrial
96
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
O principal canal de vendas assinalado pelos fabricantes
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Assim como em 2013 e 2014, os quadros de distribuição
e montadores que responderam à pesquisa foi a venda direta
de força, de automação, e de distribuição foram os mais
ao cliente final (87%). O meio de venda menos votado foi o
vendidos pelas empresas que responderam ao levantamento.
telemarketing (15%).
Tipos de quadros e painéis (montagem completa) comercializados
Principais canais de vendas
15% Telemarketing 23% Internet 24% Outros Distribuidores/atacadistas 33% 33% revendas / varejistas 87%
72% 69% 65% Vendas diretas ao cliente final
64% 53%
Quadros de distri buição de força
A ISO 9001, de gestão de qualidade, continua sendo a
50%
certificação mais utilizada pelas empresas respondentes, tendo
48%
69% feito tal afirmação. A ISO 14001, de gestão ambiental, é a menos empregada, com apenas 18% dos entrevistados
Quadros de automação Quadros de distribuição de luz Centro de controle de motores (CCM)
Mesas de comando Cubículos MT Quadros para partida de motores em MT Quadros para medidores de energia
48%
afirmando possuir tal certificação.
43%
Certificados ISO
Cabines de barramentos Cunículos tipo Metal-Clad
41% 18%
33%
14001 (ambiental)
60%
9001 (qualidade)
26%
Cabines primárias
Quadros para áreas classificadas (EX)
97
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por sua vez, os quadros de distribuição, os armários modulares e os acessórios e
ferragens para painéis foram os tipos de invólucros mais comercializados no ano de 2014, de acordo com os fabricantes e montadores entrevistados. Tipos de invólucros (caixas vazias) comercializados
60% 46% 39% 38% 37% 35% 31%
Quadros de distribuição
Armários modulares
Acessórios e ferragens em geral para painéis CCM Outros Cubículos
Caixas de medição
A maioria dos entrevistados (65%) informou que suas empresas faturam até R$ 20
milhões por ano. Somente 8% creem faturar acima dos R$ 200 milhões anualmente. Faturamento médio anual das fabricantes e montadoras de quadros e painéis elétricos 3% 4%
2%
De R$ 60 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 60 milhões
R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
8%
Acima de R$ 200 milhões
18%
Até R$ 3 milhões
3%
De R$ 40 milhões a R$ 50 milhões 7%
De R$ 30 milhões a R$ 40 milhões
14%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
8%
De R$ 20 milhões a R$ 30 milhões 15%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
18%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
As empresas fabricantes de quadros e painéis elétricos pesquisadas declararam
ainda que quadros e painéis tipos convencionais, que não estão em conformidade com a norma vigente para TTA e PTTA, respondem por 60% de seu faturamento. Participação dos tipos de painéis e quadros no faturamento das empresas
20%
TTA
20%
PTTA 60%
Outros
98
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
Se no levantamento do ano passado, 47% das companhias disseram que a indústria
é o segmento com maior participação nas vendas, no levantamento deste ano, 43% afirmaram isto. Este número vem caindo. Na pesquisa de 2013, um total 52% fizeram tal afirmação a respeito da indústria. Percentual da participação das vendas em cada segmento de mercado 13%
Outros 17%
GTD, Geração, Transmição e Distribuição de Energia
43%
Indústrias em geral
27%
Construção civil (edificações residenciais e comerciais - escritórios, shoppings, hospitais, etc.)
O mercado nacional continua sendo o principal destino dos quadros e painéis
elétricos comercializados pelas empresas nacionais. Balança comercial
4%
Exportação
96%
Mercado Nacional
Os fabricantes de quadros e painéis se decepcionaram em 2014 no que diz respeito
ao crescimento de suas empresas. Isto porque, no levantamento do ano passado, a expectativa de crescimento médio era de 16%, o que efetivamente não se concretizou; o aumento apresentado foi de 13%. Neste sentido, tornaram-se menos otimistas em 2015, projetando acréscimo de 12%. Previsões de crescimento
8%
Crescimento médio do mercado de quadros e painéis elétricos em 2015
10%
Percentual de contratação de funcionários para 2015 Expectativa de crescimento médio para as fabricantes e montadoras de quadros e 12% painéis em 2015
13%
Crescimento médio das empresas em 2014 comparado ao ano anterior
99
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Entre os fatores que mais devem impactar o mercado em 2015, a maioria (27%)
apontou a desaceleração da economia brasileira. Fatores que devem influenciar o crescimento do mercado
4%
Programas de incentivo da governo 17%
1%
Bom momento econômico do país
Outros 27%
6%
Falta de normalização e/ou legislação
Desaceleração da economia brasileira
4%
Incentivos por força de legislação ou normalização 10%
Crise internacional
3%
Setor da construção civil aquecido 14%
14%
Projetos de infraestrutura
Setor da construção civil desaquecido
Opinião dos consumidores de quadros e painéis elétricos
Consumidores finais, instaladoras, empresas de manutenção, consultorias,
projetistas e revendedoras compõem o perfil dos usuários de quadros e painéis consultados nesta pesquisa. Perfil das empresas pesquisadas
12%
Revendedora de produtos
32%
Consumidora de produtos
26%
Projetista
3%
Instaladora
18%
Atua em consultoria
9%
Atua em manutenção
Cabines primárias, cubículos de média tensão e cabines de barramentos são os
principais produtos especificados e/ou comprados pelos consumidores de quadros e painéis elétricos. Cubículo tipo Metal-Clad, mesas de comando e quadros para áreas classificadas (Ex) foram os produtos menos apontados, entre os mais consumidos.
100
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
Principais produtos mais especificados e/ou comprados
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Azul, verde e branco são as cores mais especificadas
pelas empresas que participaram do levantamento para os barramentos de fase, neutro e proteção (terra) nos quadros de baixa tensão. Cabines primárias
46% 42% 38% 38% 29%
Cores mais especificadas por sua empresa para os barramentos de fase, neutro e proteção (terra) nos quadros de baixa tensão
Cubículos MT
Cabines de barramentos 8%
Centro de controle de motores (CCM)
16% 12%
Quadros para medidores de energia Quadros para partida de motores
5%
1%
29%
17% 4%
10%
Cubículos tipo Metal-Clad
21%
Mesas de comando 20%
10%
Quadros para áreas classificadas (Ex)
18%
A maioria dos consumidores ouvidos pela pesquisa (34%)
afirmaram especificar e/ou comprar painéis do tipo TTA. As empresas que declararam adquirir do tipo PTTA representaram 32% do total. Percentual de especificação e/ou compra em relação ao tipo de quadros
Em relação às cores mais especificadas para os barramentos
de fase, neutro e proteção (terra) nos quadros de média tensão, os consumidores também votaram no azul, no branco e no verde. Cores mais especificadas por sua empresa para os barramentos de fase, neutro e proteção (terra) nos quadros de média tensão
2%
Quadros montados na obra 32%
Outros quadros montados em fábrica, porém não TTA ou PTTA
12% 19%
34%
TTA – totalmente testado
12%
3%
3% 5% 19% 12% 32%
PTTA – parcialmente testado
15%
101
O Setor Elétrico / Abril de 2015
No que diz respeito aos invólucros, 71% dos usuários pesquisados disseram
especificar e/ou comprar caixas metálicas, e 29% declararam especificar e/ ou comprar caixas isolantes, de plástico, de fibra, etc. Percentual de especificação e/ou compra de sua empresa em relação aos tipos de quadros
29%
Invólucro (caixa) metálico
71%
Invólucro (caixa) isolante (plástico, fibra, etc.)
Fatores que mais influenciam o comprador e/ou especificador de linhas elétricas
Garantia, preço e prazo são os itens considerados mais importantes pelos usuários
na hora de comprar e/ou especificar quadros e painéis elétricos Fatores que mais influenciam o comprador e/ou especificador de quadros e painéis Garantia 6%
Nota de 1 a 5
22%
Nota 10
11%
Nota de 6 a 7
61%
Nota de 8 a 9 Preço
22%
Nota de 6 a 7 78%
Nota de 8 a 9
Prazo 16%
Nota 10
10%
Nota de 1 a 5 11%
Nota de 6 a 7
63%
Nota de 8 a 9
102
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores Fatores que menos influenciam o comprador e/ou especificador de linhas elétricas
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Grau de satisfação com a qualidade dos quadros e painéis montados em fábrica disponíveis no mercado brasileiro 5%
Já o selo do Inmetro, a marca dos dispositivos existentes
11%
Nota 10
no interior do quadro e o local de fabricação do produto são os
Nota de 1 a 5
fatores tidos como menos relevantes pelos consumidores
17%
Nota de 6 a 7
Selo do Inmetro 6% 67%
33%
Nota 10
Nota de 8 a 9
Nota de 1 a 5 22%
Nota de 8 a 9
Em 2015, grande parte dos consumidores entrevistados acredita
especificar e/ou comprar até R$ 1 milhão em quadros e painéis elétricos. Estimativa para o ano de 2015 de especificação e/ou compra de quadros e painéis 39%
11%
Nota de 6 a 7
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
5%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
Marca (fabricante) dos dispositivos existentes no interior do quadro 11%
Nota 10
21%
Nota de 1 a 5
58% 26%
Até R$ 1 milhão
De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões
Os consumidores estão otimistas no que diz respeito ao
mercado nacional de quadros e painéis. A maioria dos pesquisados 26%
(21%) atestou que os produtos têm boa qualidade técnica. E
Nota de 6 a 7
uma boa parcela dos que responderam ao levantamento (17%)
42%
Nota de 8 a 9
destacou que o mercado está em franco crescimento. Classificação do mercado brasileiro de quadros e painéis elétricos Local de fabricação do produto (nacional ou importado)
2% 9%
Outros
Oferece bom respaldo técnico 26%
Nota de 8 a 9
48%
Nota de 1 a 5
13%
13%
Mercado maduro e responsável
10%
Com deficiências técnicas (assistência e suporte)
Produtos com pouca qualidade técnica
4%
Desatualizado 21%
26%
Nota de 6 a 7
11%
Atento às tendências internacionais
Os usuários estão bastantes satisfeitos com a qualidades dos
produtos fabricados no país; 72% deram notas entre 8 e 10 aos quadros e painéis montados em fábrica.
Produtos de boa qualidade técnica 17%
Mercado em franco crescimento
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X
X X X X X
X
X
X
X X
X X X X X X X X
X
X
X
X X X
X
X X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X X
X
X X X X X X X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X X
X
X X X X
X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X
X
X X
X X X
Exporta produtos acabados
X X
Possui programas na área de responsabilidade social
X X
Possui certificado ISO 14001
X
Possui certificado ISO 9001
X
X X
X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X X
Venda direta ao cliente final
X
Revendas/Varejistas
X X
Outros
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Internet
X X X X X X X X X
Telemarketing
SP SP SP SP SP SP SP SC SP SP SP SP SC ES MG MG SP SP RJ SP SP PR SP SP MG SP SP RJ SP PR SP SP SP
Distribuidores/Atacadistas
Estado
Principal canal de vendas
Residencial
Osasco Guarulhos Barueri São Paulo Mogi Mirim Santa Bárbara D'oeste Ribeirão Preto Criciúma Jandira São Paulo São Paulo Americana Schroeder Serra Itajubá Para de Minas São Paulo Limeira Valença Guarulhos São Paulo Almirante Tamandaré Nova Odessa Vargem Grande Paulista Contagem Pindamonhangaba Santana de Parnaíba Rio de Janeiro São Bernardo do Campo Curitiba São Paulo Jundiaí São Paulo
Comercial
Cidade
www.abb.com.br www.acabine.com.br www.adelco.com.br www.adrtecnologia.com.br www.adsdisjuntores.com.br www.afap.com.br www.agtech.eng.br www.a5group.com.br www.allianceautomacao.com.br www.alltexequipamentos.com.br www.alpha-ex.com.br www.altercon.com.br www.ambos.com.br www.andaluz.ind.br www.balteau.com.br www.bcmeletricidade.com.br www.beghim.com.br www.brum.com.br www.brval.com.br www.grupobtm.com.br www.burndy.com www.caesa.ind.br www.carthoms.com.br www.comsystel.com.br www.conecta-mg.com www.dbtec.com.br www.deltaperfilados.com.br www.deltapaineis.com.br www.encomel.com.br www.dmapaineiseletricos.com.br www.dutoplast.com.br www.eaton.com.br www.ebmmontagens
3688-9111 2842-5252 4199-7500 3903-6737 3804-1119 3464-5650 3967-9200 3462-3900 4707-6101 5562-0450 3933-7533 2108-7000 3374-0829 3041-6766 3629-5500 3232-6788 2942-4500 3404-3835 3812-3100 2431-4961 5515-7225 3699-8403 3466-8600 4158-8440 3329-4520 3642-9006 4705-3133 2482-6600 4056-5569 3528-5677 2524-9055 4525-7001 3648-7705
Industrial
Site
(11) (11) (11) (11) (19) (19) (16) (48) (11) (11) (11) (19) (47) (27) (35) (37) (11) (19) (21) (11) (11) (41) (19) (11) (31) (12) (11) (21) (11) (41) (11) (11) (11)
Fabricante e distribuidora
Telefone
ABB ACABINE ADELCO ADR TECNOLOGIA ADS DISJUNTORES AFAP AG TECH AGPR5 ALLIANCE ALLTEX ALPHA EQUIPAMENTOS ALTERCON AMBOS ANDALUZ BALTEAU BCM ELETRICIDADE BEGHIM BRUM BRVAL BTM BURNDY CAESA CARTHOM'S COMSYSTEL CONECTA ELETRICIDADE DBTEC DELTA CANALETAS DELTA PAINEIS DL ENCOMEL DMA PAINÉIS DUTOPLAST EATON EBM
Distribuidora
EMPRESA
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Principal segmento de atuação
Empresa
Fabricante
104
X X X X
X X
X X X
X X
X X X
X
X X X X
X
X X X X X
X X
X
X X X X
X
X
X
X X X
X X
X X
X
X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X
X
X X
X X X
X X
X X X X X X X X
X X X X
X
X X X X X X X X X X X X
X
X X
X X X X
Possui programas na área de responsabilidade social
Possui certificado ISO 14001
Possui certificado ISO 9001
X X
X
X X
X
X
X X
X X X X X
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Outros
X
Internet
X
Telemarketing
X X X
Venda direta ao cliente final
X X X X X X X X X X X X
Revendas/Varejistas
MG PR MG SP RS MG SP MG PR SC PR PR PR PR PR PR SP SP SP SP RS SP
Principal canal de vendas
Distribuidores/Atacadistas
Estado
Residencial
Belo Horizonte Curitiba Contagem Limeira Porto Alegre Belo Horizonte Osasco Contagem Maringá Corupá Cornélio Procópio São José dos Pinhais Campo Largo Curitiba Curitiba Curitiba São Paulo São Paulo São Bernardo do Campo Guarulhos Panambi Guarulhos
Comercial
Cidade
www.egom.ind.br www.elcosul.com.br www.eletribras.com.br www.eletrizante.com.br www.eletroatlanta.com.br www.eletropainelmg.com.br www.eletrol.com.br www.eletromecap.com.br www.eletropainel.com.br www.eletropoll.com.br www.eletrotrafo.com.br www.elos.com.br www.enerbras.com.br www.enercon.ind.br www.engelco.com.br www.engerey.com.br www.engt.com.br www.esa.com.br www.fasorial.com.br www.fastweld.com.br www.fockink.ind.br www.fortlight.com.br
3486-1166 3376-2441 3361-1636 3453-5457 3367-1899 3377-4850 3482-7702 3361-1081 3027-9868 3375-6700 3520-5000 3383-9290 2111-3000 3268-7920 3239-7400 3022-3050 4168-4646 5562-8866 5058-1583 2425-7180 3375-9500 2087-6000
Fabricante e distribuidora
Site
(31) (41) (31) (19) (51) (31) (11) (31) (44) (47) (43) (41) (41) (41) (41) (41) (11) (11) (11) (11) (55) (11)
Distribuidora
Telefone
EGOM ELCOSUL ELETRIBRAS ELETRIZANTE ELETRO ATLANTA ELETRO PAINEL - MG ELETROL ELETROMECAP ELETROPAINEL - PR ELETROPOLL ELETROTRAFO ELOS ENERBRAS ENERCON ENGELCO ENGEREY ENGETECH ESA FASORIAL FASTWELD FOCKINK FORTLIGHT
Fabricante
EMPRESA
Industrial
Principal segmento de atuação
Empresa
Exporta produtos acabados
105
O Setor Elétrico / Abril de 2015
X
X
X X
X X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X
X X X X
X X X
X X X X
X X
X X
X X
X X X X
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X
X X X
X X
X
X X
X
X X
X X X
X
X X X X X X X
X
X X X X X X
X
X
X X
X X
X X X
X
X
X X X X X X X X X X X
X
X
X
X
X X
X
X X
X X
X X X X X X X X X X X X X
X X
X
X X
X
X X X
X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X
Possui certificado ISO 14001
Possui certificado ISO 9001
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Outros
Internet
Telemarketing
X X
Venda direta ao cliente final
X
X X
Exporta produtos acabados
X X X X X X X X X X
X X X X X X
Possui programas na área de responsabilidade social
X X X X
Revendas/Varejistas
PR RS MG SP SC MG RJ PR SP SP SP SP PR SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP RJ PR SC SP SP RS SP MG SP PR
Distribuidores/Atacadistas
Estado
Principal canal de vendas
Residencial
Curitiba São Leopoldo Contagem Suzano Schroeder Belo Horizonte Rio de Janeiro Pinhais Jundiaí São Paulo Boituva Tatuí Cornélio Procópio Mauá Indaiatuba Americana Taubaté Curitiba São Paulo Cotia São Paulo Indaiatuba São Paulo Duque de Caxias Curitiba Joinville São Paulo Santa Bárbara D'oeste Caxias do Sul São Bernardo do Campo Betim Campinas Almirante Tamandaré
Comercial
Cidade
www.forza-ind.com.br www.frontec.com.br br.geindustrial.com www.gimi.com.br www.grameyer.com.br www.grupocei.com.br www.hager.com.br www.hdspr.com.br www.hellermanntyton.com.br www.helzin.com.br www.holecbarras.com.br www.hummel.com.br www.iguacumec.com.br www.incopel.com.br www.industrialbr.com.br www.inntag.com.br www.inpro-electric.com.br www.irmaoabage.com.br www.kienzle-haller.com.br www.kitframe.com www.kron.com.br www.kssbrasil.com.br www.legrand.com.br www.libapaineis.com.br www.lucelengenahria.com.br www.luzville.com.br www.mabitec.com.br www.maex.com.br www.magnani.com.br www.mmmagnet.com.br www.mecatron.ind.br www.megatecpaineis.com.br www.megatech.eng.br
Industrial
Site
(41) 3345-1140 (51) 3201-2477 0800 595 6565 (11) 4752-9900 (47) 3374-6380 (31) 3389-6500 0800 724 2437 (41) 2109-8800 (11) 2136-9090 (11) 2634-3330 (11) 4191-3144 (15) 3322-7000 (43) 3401-1000 (11) 4555-1225 (19) 3834-5792 (19) 3648-3700 (12) 3627-8000 (41) 3371-5600 (11) 2249-9604 (11) 4613-4555 (11) 5525-2000 (19) 3936-9111 (11) 5644-2600 (21) 3678-7706 (41) 3288-6940 (47) 3145-4600 (11) 2337-1491 (19) 3455-5266 (54) 4009-5255 (11) 4176-7878 (31) 3073-1180 (19) 2511-5650 (41) 3698-5644
Fabricante e distribuidora
Telefone
FORZA FRONTEC GE GIMI GRAMEYER GRUPO CEI HAGER HDS HELLEMANNTYTON HELZIN HOLEC BARRAS HUMMEL IGUAÇUMEC INCOPEL INDUSTRIAL BR INNTAG INPRO ELECTRIC IRMÃOS ABAGE KIENZLE CONTROLS KITFRAME KRON MEDIDORES KSS BRASIL LEGRAND LIBA PAINÉIS LUCEL ENGENAHRIA LUZVILLE MABITEC MAEX ENGENHARIA MAGNANI MAGNET MECATRON MEGATEC PAINÉIS MEGATECH
Distribuidora
EMPRESA
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Principal segmento de atuação
Empresa
Fabricante
106
X
X X X X X
X X X X X
X
X
X
X X
X
X X
X X
X
X X
X X
X
X X X
X X X
X X X X X X X
X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X X X
X X X
X X
X X X
X X
X
X X X
Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
www.rdibender.com.br www.reimold.com.br www.renetec.com.br www.rittal.com.br www.rockwellautomation.com.br www.rudolphfixacoes.com.br www,scame.com.br www.schneider-electric.com.br www.selinc.com.br www.sempel.com.br www.seniorengenharia.com.br www.sicesbrasil.com.br
SP SP SP SC SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SC RS RJ MG PR RJ SP SP SP SP SP SC SP SP SP MG MG SP
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Exporta produtos acabados
Possui programas na área de responsabilidade social
Possui certificado ISO 14001
Possui certificado ISO 9001
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Outros
Internet
Telemarketing
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Venda direta ao cliente final
X X X X X
Revendas/Varejistas
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Principal canal de vendas
Distribuidores/Atacadistas
Estado
Residencial
São Bernardo do Campo Itatiba São Paulo Chapecó Diadema São Paulo Sorocaba Ribeirão Preto São Paulo São Paulo Boituva Arujá São Paulo Itatiba Guarulhos Schroeder Cachoeirinha Rio de Janeiro Belo Horizonte Curitiba São Gonçalo Osasco Caieiras Santo André São Paulo São Paulo Timbó Atibaia São Paulo Campinas Contagem Pedro Leopoldo Itapevi
Comercial
Cidade
www.metalaserpaineis.com.br www.montereletrica.com.br www.multhiplos.com.br www.nord.eng.br www.novemp.com.br www.nutsteel.com.br www.obo.com.br www.paineil.ind.br www.patecpaineis.com.br www.patola.com.br www.pentair.com.br www.phaynell.com.br www.phoenixcontact.com.br www.pressmat.com.br www.propainel.com.br www.progressul.com.br www.qtequipamentos.com.br www.quadrimar.com.br www.qualimontec.com.br www.queller.com.br
4368-7828 4487-6760 2724-8333 3361-3900 4093-5300 2122-5777 3335-1382 3226-1966 2917-3399 2193-7500 5184-2100 4652-0066 3871-6400 4534-7878 2499-1314 3054-0123 2117-6600 2428-3155 3441-2810 3346-4969 3565-6622 3602-6260 3904-3554 4991-1999 3622-2377 5189-9500 3281-2929 4402-2646 2165-5400 3515-2000 3328-6200 2105-9800 4193-2008
Industrial
Site
(11) (11) (11) (49) (11) (11) (15) (16) (11) (11) (11) (11) (11) (11) (11) (47) (51) (21) (31) (41) (21) (11) (11) (11) (11) (11) (47) (11) (11) (19) (31) (31) (11)
Fabricante e distribuidora
Telefone
METALASER MON-TER MULTHIPLOS NORD ELECTRIC NOVEMP NUTSTEEL OBO BETTERMANN PAINEL PATEC PATOLA PENTAIR HOFFMAN PHAYNELL DO BRASIL PHOENIX CONTACT PRESSMAT PRO PAINEL PROGRESSUL QT EQUIPAMENTOS QUADRIMAR QUALIMONTEC QUELLER RAX TECNOLOGIA RDI - BENDER REIMOLD RENETEC RITTAL BRASIL ROCKWELL RUDOLPH FIXAÇÔES SCAME SCHNEIDER ELECTRIC SEL SEMPEL SENIOR EQUIPAMENTOS SICES BRASIL
Distribuidora
EMPRESA
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Principal segmento de atuação
Empresa
Fabricante
108
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109
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Outros
X X X X X
Internet
X X X X X
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X X X X X X X X X X X X
Exporta produtos acabados
X
X
Possui programas na área de responsabilidade social
X
X
X
Possui certificado ISO 14001
X
X X X
Telemarketing
X X
Venda direta ao cliente final
X
Possui certificado ISO 9001
X X X X X
Revendas/Varejistas
SP RJ RS SP SP SC SP SP RJ SP SP SC SP SP SP SP SP SP SP SC SP
Principal canal de vendas
Distribuidores/Atacadistas
Estado
Residencial
São Paulo S. João de Meriti Farroupilha São Paulo São Paulo Joinville Boituva Diadema Rio de Janeiro São Paulo São Paulo Joinville Carapicuíba São Paulo Piracicaba Itaquaquecetuba Diadema São José do Rio Preto Itupeva Jaraguá do Sul Araras
Comercial
Cidade
www.siemens.com.br www.sigeral.com.br www.soprano.com.br www.steck.com.br www.strahl.com www.taf.ind.br www.tascoltda.com.br www.tecmedpaineis.com.br www.tecnac.com.br www.tecnoprata.com.br www.telbra.com.br www.tigre.com www.transfersistemas.com.br www.trexcon.com.br www.varixx.com.br www.vepan.com.br www.vmgeletrica.com.br www.vrpaineis.com.br www.wago.com.br www.weg.net www.zettatecck.com.br
Fabricante e distribuidora
Site
0800 11 9484 (21) 3757-3800 (51) 2109-0000 (11) 2248-7000 (11) 2818-3838 (47) 3441-9100 0800 770 3171 (11) 4092-7220 (21) 2270-2531 (11) 3951-8876 (11) 2946-4646 (47) 3441-5000 (11) 4189-9710 (11) 3855-3360 (19) 3301-6900 (11) 4645-2141 (11) 5671-2591 (17) 4009-5100 (11) 4591-0199 (47) 3276-4000 (19) 3321-8400
Distribuidora
Telefone
SIEMENS SIGERAL SOPRANO STECK STRAHL TAF INDÚSTRIA TASCO TEC MED TECNAC TECNOPRATA TELBRA EX TIGRE TRANSFER TREXCON VARIXX VEPAN VMG VR PAINÉIS WAGO WEG ZETTATECCK
Fabricante
EMPRESA
Industrial
Principal segmento de atuação
Empresa
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
O Setor Elétrico / Abril de 2015
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Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
O Setor Elétrico / Abril de 2015
SP SP SP SP SP SP SP SC SP SP SP SP SC ES MG MG SP SP RJ SP SP PR SP SP MG SP SP RJ SP PR SP SP SP
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Acessórios e ferragens em geral para painéis
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Outros
Cubículos
Quadros de distribuição
CCM
Caixas de medição
Armários modulares
Tipos de invólucros (caixas vazias)
Outros
Quadros para medidores de energia
Mesas de comando
Quadros para áreas classificadas (EX)
Quadros de automação
Cabines primárias
Cabines de barramentos
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Cubículos MT
Centro de controle de motores (CCM)
Quadros para partida de motores em MT
Estado
Cubículos tipo Metal-Clad
Osasco Guarulhos Barueri São Paulo Mogi Mirim Santa Bárbara D'oeste Ribeirão Preto Criciúma Jandira São Paulo São Paulo Americana Schroeder Serra Itajubá Para de Minas São Paulo Limeira Valença Guarulhos São Paulo Almirante Tamandaré Nova Odessa Vargem Grande Paulista Contagem Pindamonhangaba Santana de Parnaíba Rio de Janeiro São Bernardo do Campo Curitiba São Paulo Jundiaí São Paulo
Quadros de distribuição de luz
Cidade
www.abb.com.br www.acabine.com.br www.adelco.com.br www.adrtecnologia.com.br www.adsdisjuntores.com.br www.afap.com.br www.agtech.eng.br www.a5group.com.br www.allianceautomacao.com.br www.alltexequipamentos.com.br www.alpha-ex.com.br www.altercon.com.br www.ambos.com.br www.andaluz.ind.br www.balteau.com.br www.bcmeletricidade.com.br www.beghim.com.br www.brum.com.br www.brval.com.br www.grupobtm.com.br www.burndy.com www.caesa.ind.br www.carthoms.com.br www.comsystel.com.br www.conecta-mg.com www.dbtec.com.br www.deltaperfilados.com.br www.deltapaineis.com.br www.encomel.com.br www.dmapaineiseletricos.com.br www.dutoplast.com.br www.eaton.com.br www.ebmmontagens
3688-9111 2842-5252 4199-7500 3903-6737 3804-1119 3464-5650 3967-9200 3462-3900 4707-6101 5562-0450 3933-7533 2108-7000 3374-0829 3041-6766 3629-5500 3232-6788 2942-4500 3404-3835 3812-3100 2431-4961 5515-7225 3699-8403 3466-8600 4158-8440 3329-4520 3642-9006 4705-3133 2482-6600 4056-5569 3528-5677 2524-9055 4525-7001 3648-7705
Quadros de distribuição de força
Site
(11) (11) (11) (11) (19) (19) (16) (48) (11) (11) (11) (19) (47) (27) (35) (37) (11) (19) (21) (11) (11) (41) (19) (11) (31) (12) (11) (21) (11) (41) (11) (11) (11)
Oferece treinamento técnico para os clientes
Telefone
ABB ACABINE ADELCO ADR TECNOLOGIA ADS DISJUNTORES AFAP AG TECH AGPR5 ALLIANCE ALLTEX ALPHA EQUIPAMENTOS ALTERCON AMBOS ANDALUZ BALTEAU BCM ELETRICIDADE BEGHIM BRUM BRVAL BTM BURNDY CAESA CARTHOM'S COMSYSTEL CONECTA ELETRICIDADE DBTEC DELTA CANALETAS DELTA PAINEIS DL ENCOMEL DMA PAINÉIS DUTOPLAST EATON EBM
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
EMPRESA
Fornece Serviços de Instalação e/ou manutenção de quipamentos
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
Importa produtos acabados
110
X
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O Setor Elétrico / Abril de 2015
MG PR MG SP RS MG SP MG PR SC PR PR PR PR PR PR SP SP SP SP RS SP
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X
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Acessórios e ferragens em geral para painéis
Outros
Cubículos
Quadros de distribuição
CCM
Caixas de medição
Armários modulares
Outros
Quadros para medidores de energia
Tipos de invólucros (caixas vazias)
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X
Mesas de comando
Quadros para áreas classificadas (EX)
Quadros de automação
Cabines primárias
Cubículos MT
Cabines de barramentos
Centro de controle de motores (CCM)
Quadros para partida de motores em MT
Cubículos tipo Metal-Clad
Estado
Quadros de distribuição de luz
Belo Horizonte Curitiba Contagem Limeira Porto Alegre Belo Horizonte Osasco Contagem Maringá Corupá Cornélio Procópio São José dos Pinhais Campo Largo Curitiba Curitiba Curitiba São Paulo São Paulo São Bernardo do Campo Guarulhos Panambi Guarulhos
Quadros de distribuição de força
Cidade
www.egom.ind.br www.elcosul.com.br www.eletribras.com.br www.eletrizante.com.br www.eletroatlanta.com.br www.eletropainelmg.com.br www.eletrol.com.br www.eletromecap.com.br www.eletropainel.com.br www.eletropoll.com.br www.eletrotrafo.com.br www.elos.com.br www.enerbras.com.br www.enercon.ind.br www.engelco.com.br www.engerey.com.br www.engt.com.br www.esa.com.br www.fasorial.com.br www.fastweld.com.br www.fockink.ind.br www.fortlight.com.br
3486-1166 3376-2441 3361-1636 3453-5457 3367-1899 3377-4850 3482-7702 3361-1081 3027-9868 3375-6700 3520-5000 3383-9290 2111-3000 3268-7920 3239-7400 3022-3050 4168-4646 5562-8866 5058-1583 2425-7180 3375-9500 2087-6000
Fornece Serviços de Instalação e/ ou manutenção de quipamentos
Site
(31) (41) (31) (19) (51) (31) (11) (31) (44) (47) (43) (41) (41) (41) (41) (41) (11) (11) (11) (11) (55) (11)
Oferece treinamento técnico para os clientes
Telefone
EGOM ELCOSUL ELETRIBRAS ELETRIZANTE ELETRO ATLANTA ELETRO PAINEL - MG ELETROL ELETROMECAP ELETROPAINEL - PR ELETROPOLL ELETROTRAFO ELOS ENERBRAS ENERCON ENGELCO ENGEREY ENGETECH ESA FASORIAL FASTWELD FOCKINK FORTLIGHT
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
EMPRESA
Importa produtos acabados
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
X X
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X X X X X
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Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
O Setor Elétrico / Abril de 2015
PR RS MG SP SC MG RJ PR SP SP SP SP PR SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP RJ PR SC SP SP RS SP MG SP PR
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Acessórios e ferragens em geral para painéis
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Outros
Cubículos
Quadros de distribuição
X X X
X X
X X
X
X
X X X X X X X X X X
X
X X
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X X X X X X
X X
X X X X X X X X X X
X X X X X X X
X X X
X X X X
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X
X X X X X X X X X X X X
X X
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CCM
Cabines de barramentos
Cubículos MT
X X X
Caixas de medição
X X X
Armários modulares
X
X
Outros
X X X X X X X X X X X X
Quadros para medidores de energia
X X
X X
X X X X X X X X
Mesas de comando
X
Quadros para áreas classificadas (EX)
X X X X X X X X X
Quadros de automação
X
Cabines primárias
X X X
Centro de controle de motores (CCM)
X
Quadros para partida de motores em MT
Estado
Cubículos tipo Metal-Clad
Curitiba São Leopoldo Contagem Suzano Schroeder Belo Horizonte Rio de Janeiro Pinhais Jundiaí São Paulo Boituva Tatuí Cornélio Procópio Mauá Indaiatuba Americana Taubaté Curitiba São Paulo Cotia São Paulo Indaiatuba São Paulo Duque de Caxias Curitiba Joinville São Paulo Santa Bárbara D'oeste Caxias do Sul São Bernardo do Campo Betim Campinas Almirante Tamandaré
Quadros de distribuição de luz
Cidade
www.forza-ind.com.br www.frontec.com.br br.geindustrial.com www.gimi.com.br www.grameyer.com.br www.grupocei.com.br www.hager.com.br www.hdspr.com.br www.hellermanntyton.com.br www.helzin.com.br www.holecbarras.com.br www.hummel.com.br www.iguacumec.com.br www.incopel.com.br www.industrialbr.com.br www.inntag.com.br www.inpro-electric.com.br www.irmaoabage.com.br www.kienzle-haller.com.br www.kitframe.com www.kron.com.br www.kssbrasil.com.br www.legrand.com.br www.libapaineis.com.br www.lucelengenahria.com.br www.luzville.com.br www.mabitec.com.br www.maex.com.br www.magnani.com.br www.mmmagnet.com.br www.mecatron.ind.br www.megatecpaineis.com.br www.megatech.eng.br
Quadros de distribuição de força
Site
(41) 3345-1140 (51) 3201-2477 0800 595 6565 (11) 4752-9900 (47) 3374-6380 (31) 3389-6500 0800 724 2437 (41) 2109-8800 (11) 2136-9090 (11) 2634-3330 (11) 4191-3144 (15) 3322-7000 (43) 3401-1000 (11) 4555-1225 (19) 3834-5792 (19) 3648-3700 (12) 3627-8000 (41) 3371-5600 (11) 2249-9604 (11) 4613-4555 (11) 5525-2000 (19) 3936-9111 (11) 5644-2600 (21) 3678-7706 (41) 3288-6940 (47) 3145-4600 (11) 2337-1491 (19) 3455-5266 (54) 4009-5255 (11) 4176-7878 (31) 3073-1180 (19) 2511-5650 (41) 3698-5644
Tipos de invólucros (caixas vazias)
Fornece Serviços de Instalação e/ou manutenção de quipamentos
Telefone
FORZA FRONTEC GE GIMI GRAMEYER GRUPO CEI HAGER HDS HELLEMANNTYTON HELZIN HOLEC BARRAS HUMMEL IGUAÇUMEC INCOPEL INDUSTRIAL BR INNTAG INPRO ELECTRIC IRMÃOS ABAGE KIENZLE CONTROLS KITFRAME KRON MEDIDORES KSS BRASIL LEGRAND LIBA PAINÉIS LUCEL ENGENAHRIA LUZVILLE MABITEC MAEX ENGENHARIA MAGNANI MAGNET MECATRON MEGATEC PAINÉIS MEGATECH
Oferece treinamento técnico para os clientes
EMPRESA
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
Importa produtos acabados
112
X X X X X X X X X X X X X
X X
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Pesquisa - Quadros, painéis e montadores
O Setor Elétrico / Abril de 2015
www.rdibender.com.br www.reimold.com.br www.renetec.com.br www.rittal.com.br www.rockwellautomation.com.br www.rudolphfixacoes.com.br www,scame.com.br www.schneider-electric.com.br www.selinc.com.br www.sempel.com.br www.seniorengenharia.com.br www.sicesbrasil.com.br
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X X X X
X
X X
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X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X
X X X
X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X
X X X
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X
X X X X X
Outros
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X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X
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Acessórios e ferragens em geral para painéis
Cubículos
Quadros de distribuição
CCM
Caixas de medição
Armários modulares
Tipos de invólucros (caixas vazias)
Outros
Quadros para medidores de energia
Mesas de comando
Quadros para áreas classificadas (EX)
X X X X
Quadros de automação
X X X X
Cubículos MT
X X X X X X
Centro de controle de motores (CCM)
X X X X X X
Cabines primárias
X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Cabines de barramentos
SP SP SP SC SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SC RS RJ MG PR RJ SP SP SP SP SP SC SP SP SP MG MG SP
Quadros para partida de motores em MT
Estado
Cubículos tipo Metal-Clad
São Bernardo do Campo Itatiba São Paulo Chapecó Diadema São Paulo Sorocaba Ribeirão Preto São Paulo São Paulo Boituva Arujá São Paulo Itatiba Guarulhos Schroeder Cachoeirinha Rio de Janeiro Belo Horizonte Curitiba São Gonçalo Osasco Caieiras Santo André São Paulo São Paulo Timbó Atibaia São Paulo Campinas Contagem Pedro Leopoldo Itapevi
Quadros de distribuição de luz
Cidade
www.metalaserpaineis.com.br www.montereletrica.com.br www.multhiplos.com.br www.nord.eng.br www.novemp.com.br www.nutsteel.com.br www.obo.com.br www.paineil.ind.br www.patecpaineis.com.br www.patola.com.br www.pentair.com.br www.phaynell.com.br www.phoenixcontact.com.br www.pressmat.com.br www.propainel.com.br www.progressul.com.br www.qtequipamentos.com.br www.quadrimar.com.br www.qualimontec.com.br www.queller.com.br
4368-7828 4487-6760 2724-8333 3361-3900 4093-5300 2122-5777 3335-1382 3226-1966 2917-3399 2193-7500 5184-2100 4652-0066 3871-6400 4534-7878 2499-1314 3054-0123 2117-6600 2428-3155 3441-2810 3346-4969 3565-6622 3602-6260 3904-3554 4991-1999 3622-2377 5189-9500 3281-2929 4402-2646 2165-5400 3515-2000 3328-6200 2105-9800 4193-2008
Quadros de distribuição de força
Site
(11) (11) (11) (49) (11) (11) (15) (16) (11) (11) (11) (11) (11) (11) (11) (47) (51) (21) (31) (41) (21) (11) (11) (11) (11) (11) (47) (11) (11) (19) (31) (31) (11)
Oferece treinamento técnico para os clientes
Telefone
METALASER MON-TER MULTHIPLOS NORD ELECTRIC NOVEMP NUTSTEEL OBO BETTERMANN PAINEL PATEC PATOLA PENTAIR HOFFMAN PHAYNELL DO BRASIL PHOENIX CONTACT PRESSMAT PRO PAINEL PROGRESSUL QT EQUIPAMENTOS QUADRIMAR QUALIMONTEC QUELLER RAX TECNOLOGIA RDI - BENDER REIMOLD RENETEC RITTAL BRASIL ROCKWELL RUDOLPH FIXAÇÔES SCAME SCHNEIDER ELECTRIC SEL SEMPEL SENIOR EQUIPAMENTOS SICES BRASIL
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
EMPRESA
Fornece Serviços de Instalação e/ou manutenção de quipamentos
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
Importa produtos acabados
114
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X X X X
X
X X
X X
X X
X X X X X X X
X X X X
X X X X
X
X X X X X X X
X X X X X X X
X
X X X X X X X X X X X X X
X
X X
X X
X X X
X X X
115
O Setor Elétrico / Abril de 2015
SP RJ RS SP SP SC SP SP RJ SP SP SC SP SP SP SP SP SP SP SC SP
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X
X X X X X
X
X X X X
X X
X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X
X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X X X
X X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X
X X X X X
Outros
Cubículos Acessórios e ferragens em geral para painéis
Quadros de distribuição
CCM
Caixas de medição
Armários modulares
Outros
Tipos de invólucros (caixas vazias)
X
X X X
Quadros para medidores de energia
Mesas de comando
Quadros para áreas classificadas (EX)
Quadros de automação
Cabines primárias
Cubículos MT
Cabines de barramentos
Centro de controle de motores (CCM)
Quadros para partida de motores em MT
Cubículos tipo Metal-Clad
Estado
Quadros de distribuição de luz
São Paulo S. João de Meriti Farroupilha São Paulo São Paulo Joinville Boituva Diadema Rio de Janeiro São Paulo São Paulo Joinville Carapicuíba São Paulo Piracicaba Itaquaquecetuba Diadema São José do Rio Preto Itupeva Jaraguá do Sul Araras
Quadros de distribuição de força
Cidade
www.siemens.com.br www.sigeral.com.br www.soprano.com.br www.steck.com.br www.strahl.com www.taf.ind.br www.tascoltda.com.br www.tecmedpaineis.com.br www.tecnac.com.br www.tecnoprata.com.br www.telbra.com.br www.tigre.com www.transfersistemas.com.br www.trexcon.com.br www.varixx.com.br www.vepan.com.br www.vmgeletrica.com.br www.vrpaineis.com.br www.wago.com.br www.weg.net www.zettatecck.com.br
Fornece Serviços de Instalação e/ ou manutenção de quipamentos
Site
0800 11 9484 (21) 3757-3800 (51) 2109-0000 (11) 2248-7000 (11) 2818-3838 (47) 3441-9100 0800 770 3171 (11) 4092-7220 (21) 2270-2531 (11) 3951-8876 (11) 2946-4646 (47) 3441-5000 (11) 4189-9710 (11) 3855-3360 (19) 3301-6900 (11) 4645-2141 (11) 5671-2591 (17) 4009-5100 (11) 4591-0199 (47) 3276-4000 (19) 3321-8400
Oferece treinamento técnico para os clientes
Telefone
SIEMENS SIGERAL SOPRANO STECK STRAHL TAF INDÚSTRIA TASCO TEC MED TECNAC TECNOPRATA TELBRA EX TIGRE TRANSFER TREXCON VARIXX VEPAN VMG VR PAINÉIS WAGO WEG ZETTATECCK
Importa produtos acabados
EMPRESA
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
X X
X X
X X
X X X X
X X X X X X X
X X X
X X X
116
Aula prática
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por André Luis Müller da Silva, Edemir Luiz Kowalski, Dailton Pedreira Cerqueira, Guilherme Rachelle Hernaski, Isaú de Oliveira Nascimento, Kátia Cilene Falcão Xavier, Marcelo Antônio Ravaglio, Marilda Munaro, Mario José Costa Pinheiro, Mario Pinheiro, Rafael Pires Machado e Victor Salvino Borges*
Substituição de cabos de média tensão Metodologias e equipamentos desenvolvidos para a substituição de condutores das redes de média tensão com técnica de linha viva
117
O Setor Elétrico / Abril de 2015
P
no
do lucro cessante na comercialização
atendidos em alta e baixa tensão. Todas
fornecimento de energia elétrica aos
de energia elétrica no período e grande
as
consumidores,
insatisfação dos consumidores afetados.
patenteadas em 2007 e, no momento, o
utilizam na manutenção das redes de
Além
projeto encontra-se na fase da cadeia de
distribuição a técnica de linha viva, ou
industriais, em grande quantidade, em
inovação.
seja, manutenção com a rede energizada.
Salvador e região metropolitana, não
Com
As redes de distribuição de média e baixa
podem ter o fornecimento de energia
tornar a técnica e os equipamentos
tensão mais antigas devem passar por
interrompida
desenvolvidos
manutenções preventivas e corretivas,
consumidores especiais.
tanto em função da ampliação da carga
e de consumidores como também pela
tais
necessidade de mudança dos cabos
Eletricidade da Bahia (Coelba) e o
de cobre ou alumínio utilizados, que,
Lactec, acompanhados na sequência
com o passar do tempo, sofrem as
pela empresa Feergs iniciaram, em
ações do meio ambiente, processos
agosto de 2005, um projeto de pesquisa
de envelhecimento e degradação. A
e desenvolvimento (P&D) visando a
substituição destes condutores com a
substituição de condutores nus das
rede energizada é necessária devido ao
redes de média e baixa tensão por
este
elevado percentual de condutores que
cabos
multiplexados,
e testado em condições de tensão
apresentam problemas de degradação,
respectivamente,
empregando-se
e impulso de tensão para atender a
bem como a necessidade de tornar a rede
técnicas de linha viva e com o diferencial
classe de tensão de até 15 kV. Além
mais eficiente para garantir a operação
de todo o serviço ser realizado com a
de sua funcionalidade para realizar a
de seu sistema de distribuição. Com o
rede energizada. O trabalho contempla
passagem do cabo a ser lançado, tem
desligamento da rede de distribuição,
o desenvolvimento de metodologia,
papel de isolador de pino provisório. É
porém, a duração da interrupção no
procedimentos
equipamentos
fabricada na versão para passagem do
fornecimento de energia elétrica fica
especiais para garantir a segurança
cabo (postes intermediários) e versão
elevada, com consequente prejuízo nos
das equipes de eletricistas, bem como
para os postes de entrada e saída dos
índices de qualidade coletivos DEC e FEC
evitar a interrupção do fornecimento
cabos. A carretilha desenvolvida pode
e os individuais DIC, FIC e DMIC, além
de energia elétrica aos consumidores
ser visualizada na Figura 1.
ara
se
reduzir as
a
interrupção
concessionárias
dos
casos
Buscando
em
citados,
função
a
problemas,
regiões
de
serem
protegidos
Companhia
e
e
este
desenvolvidas
trabalho, acessíveis
foram
pretende-se às
demais
concessionárias de energia e serão
minimização a
ferramentas
de
apresentados os resultados obtidos com
de
os testes realizados ao longo dos anos de 2012 e 2013.
Equipamentos e ferramentas utilizados Carretilha de média tensão isolada: equipamento
foi
desenvolvido
118
Aula prática
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por Marco Antônio Aguillera*
Figura 1 – Carretilha de média tensão isolada nas duas configurações. Figura 2 – Sistema de união cabo corda.
Sistema de união cabo corda: este dispositivo foi projetado para garantir o aprisionamento do cabo protegido a ser lançado
deve seguir as orientações convencionais para as cordas
e acoplá-lo à corda isolada de tração. Possui uma região isolada
aplicadas em serviços em redes energizadas.
para tensões de 15 kV de forma a manter o isolamento elétrico
entre o cabo a ser lançado e a corda de tração. O sistema de
desenvolvido para possibilitar que todo o trabalho de lançamento
mandril para aprisionar o cabo é fabricado para diferentes
das carretilhas, corda guia e corda de tração possa ser efetuada
bitolas de condutor. O equipamento é apresentado na Figura 2.
do solo, sem a necessidade das equipes de linha viva. Trata-se
Corda de linha viva: trata-se de corda convencional aplicada
de tubo confeccionado em fibra de vidro e acoplado à vara de
em linha viva, com ensaios dielétricos realizados segundo as
manobra telescópica. O dispositivo permite que a corda seja
normas ASTM 1701-12 e a ABNT NBR 13018. Sua utilização
lançada por dentro da carretilha sem a necessidade de sua
Sistema para lançamento de corda guia: este sistema foi
119
O Setor Elétrico / Abril de 2015
abertura. Um peso de 300 g realiza a descida da corda guia após ela ter sido corretamente posicionada na carretilha. O detalhe do equipamento pode ser observado na Figura 3.
Figura 3 – Sistema de lançamento da corda guia.
Figura 4 – Ferramenta auxiliar em “V”.
Ferramenta auxiliar em “V”: esta ferramenta, como pode ser
situações. É acoplada à vara de manobra telescópica.
vista na Figura 4, possui dois roletes que possibilitam o auxílio
Mufla de isolamento do cabo: este dispositivo (Figura 5)
no lançamento de cabos em situação com impedimentos como
deve ser instalado na ponta do cabo que se encontra sobre o
cabos da rede de baixa tensão e média tensão, vegetação etc.,
carretel, a fim de isolar sua livre extremidade. É confeccionado
servindo de apoio para a passagem do cabo. Também auxilia
em material isolante para a classe de 15 kV para as diversas
no lançamento da corda guia e corda de tração nas mesmas
bitolas de cabos protegidos.
120
Aula prática
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Métodos
Para a substituição de condutores energizados da rede de
distribuição de média tensão, propôs-se uma metodologia de trabalho específica. Os procedimentos convencionais de trabalho em linha viva adotados em cada concessionária ou por suas empreiteiras, entretanto, devem ser mantidos, uma vez que Figura 5 – Mufla para isolamento do cabo.
Sistema de tração cabo corda: o sistema de tração cabo corda
o procedimento apresentado refere-se apenas ao lançamento e à instalação dos novos condutores, utilizando técnicas de linha viva. Os procedimentos iniciais a serem seguidos são:
foi desenvolvido para eliminar o esforço dos eletricistas no lançamento do cabo novo. O equipamento visto na Figura 6 funciona com baterias e possui autonomia para oito horas de uso.
a. Inspeção prévia das estruturas em que se fará a manutenção em linha viva, verificando se elas possuem condições de trabalho e se
Possui sistema de recarga (110/220 V) das baterias e capacidade
possibilitam o recebimento de carga adicional. Também deve ser
para tracionar 300 m a uma velocidade de 12 metros por minuto.
avaliada a firmeza dos postes de distribuição, pois os condutores antigos de cobre podem se encontrar em estado mecânico comprometido, podendo romper durante o serviço. Se houver viabilidade na aplicação da tarefa deve-se passar à etapa seguinte, que se refere ao trabalho propriamente dito de manutenção em rede energizada. Qualquer alteração na rede deverá ser realizada previamente; b. A seguir, realiza-se o isolamento e a sinalização completa da área na qual será realizado o serviço. Não deve ser permitida a passagem de transeuntes pela área de isolamento durante toda a atividade; c. Prepara-se o ferramental a ser usado na execução da tarefa. Determina-se o sentido de lançamento do cabo, pois este definirá o melhor posicionamento das carretilhas. As carretilhas podem ser instaladas de três formas diferentes a serem definidas em função da disponibilidade de equipes e rapidez com que se deseja executar a atividade, sendo elas:
Figura 6 – Sistema de tração cabo corda.
c.1) Lançamento das carretilhas do solo: com vara de
Sistema isolado de liberação do cabo: o sistema de liberação
manobra telescópica encaixa-se o parafuso de aperto
de cabo foi desenvolvido para garantir o isolamento elétrico da
da carretilha no engate da vara de manobra e eleva-se
bobina de cabo em solo, como pode ser visto na Figura 7. Possui
a carretilha até a cruzeta encaixando-a nesta. Após
um sistema de freios que permite controlar a velocidade de
posicioná-la corretamente entre os isoladores de pino,
tração do cabo, a fim de manter seu lançamento contínuo sem
realiza-se o seu aperto. A Figura 8 mostra o método.
formação de catenárias elevadas, bem como o balanço do cabo.
Figura 7 – Sistema isolado de liberação do cabo.
Figura 8 – Carretilha sendo instalada na cruzeta a partir do solo por meio de vara de manobra telescópica.
O Setor Elétrico / Abril de 2015
121
c.2) Lançamento das carretilhas com escada: com o bastão pega-tudo (3,60 m), encaixa-se o parafuso de aperto da carretilha no engate do bastão e eleva-se a carretilha até a cruzeta encaixando-a nesta. Após posicioná-la corretamente entre os isoladores de pino, realiza-se o seu aperto.
Figura 9 – Carretilha sendo instalada na cruzeta com bastão pega-tudo.
c.3 Lançamento das carretilhas com cesto aéreo: neste caso, o eletricista em cesto aéreo isolado, seguindo todos os procedimentos de linha viva, instala diretamente a carretilha na cruzeta, posicionando-a corretamente entre os isoladores de pino e realizando seu aperto.
Figura 10 – Carretilha sendo instalada na cruzeta com utilização do cesto aéreo isolado.
Do solo, com o dispositivo de lançamento de corda-guia
isolada acoplado à vara de manobra telescópica, é lançada sobre as carretilhas a corda-guia. Esta será utilizada para tracionar a corda isolante que, por sua vez, tracionará os novos condutores. Deve-se assegurar que a corda-guia esteja por cima de todos os ramais de alimentação de consumidores, cabos telefônicos, árvores, etc.
Amarra-se a corda guia à corda de tração e a lança, por
meio do tracionamento da corda guia, passando-a por todas as carretilhas até chegar ao ponto em que se encontra o cabo a ser lançado.
Efetua-se o acoplamento entre a corda isolante de tração e o
novo condutor. Caso haja necessidade de lançar outro condutor sem reposicionamento das carretilhas, pode-se acoplar uma nova corda-guia junto com o cabo. Esta nova corda-guia deverá ser liberada vão a vão da carretilha isolada.
Na bobina do novo condutor, protege-se sua extremidade
interna com a mufla terminal. Deve-se assegurar que a bobina
122
Aula prática
O Setor Elétrico / Abril de 2015
do novo condutor esteja adequadamente protegida.
O conjunto corda-guia, corda isolante e o novo cabo
deverá ser tracionado a cada vão (entre dois postes), de modo a evitar descarrilamento e vibração excessiva das estruturas. Assim, é facilitada a execução da tarefa e aumenta-se o nível de segurança. Deve-se controlar a liberação do cabo para evitar seu contato com o solo, sincronizando-o ao procedimento de tração. O eletricista deverá utilizar luvas isolantes de classe 2 e deve controlar a liberação do cabo posicionado sobre uma banqueta ou lençol isolante (classe 3). Abaixo da bobina, deve-se instalar um lençol isolante de classe 4. Faz-se o encabeçamento do condutor lançado que chegou à última estrutura, de acordo com os procedimentos convencionais de linha viva. Na outra extremidade, traciona-se
Figura 11 – À esquerda, a vista aérea do local em que foi realizada a substituição de cabos de dois vãos. À direita podem-se observar as estruturas trabalhadas.
o novo condutor, rebobinando o excedente e realiza-se o seu encabeçamento na estrutura terminal.
Depois é efetuada a ligação em paralelo (jumper) do novo
Na Figura 12, pode-se visualizar as três estruturas trabalhadas
cabo lançado ao condutor antigo de mesma fase, em uma das
nesta atividade, ressaltando-se a estrutura intermediária (fotografia
estruturas terminais.
central), da qual sai uma derivação a consumidor especial.
Transferem-se os ramais de alimentação de consumidores
de alta tensão e de transformadores de distribuição para o novo condutor de média tensão.
Cortam-se as extremidades do cabo antigo, desenergi
zando-o, e retira-o dos isoladores de pino e das estruturas em manutenção, respeitando procedimentos convencionais padronizados para esta tarefa.
Além disso, retira-se o novo condutor das carretilhas de
média tensão e o instala nos isoladores de pino, efetuando-se as amarrações necessárias.
Repete-se o procedimento para as outras fases do circuito em
manutenção, quando necessário, recolhendo e armazenando todo o ferramental empregado e a sinalização de segurança.
Resultados e discussão Figura 12 – À esquerda a estrutura 1, ao centro a estrutura 2, e à direita a estrutura 3.
Entre os trabalhos serão apresentados dois que foram realizados ao longo do ano de 2012 e 2013 nas redes de distribuição da Coelba, devido a dificuldades técnicas, como
Realizados todos os procedimentos iniciais da atividade, como
o trânsito de veículos e a importância dos alimentadores
antes descrito, inicia-se o processo de instalação das carretilhas,
para a concessionária. Na Rua Mello Moraes Filho, na cidade
como pode ser observado na Figura 13.
de Salvador, realizou-se a atividade de substituição de dois vãos de condutores de média tensão com a rede energizada do alimentador, com potência instalada de 2,24 MVA. O desligamento deste alimentador afetaria 3.194 consumidores e possuía a particularidade de uma derivação de consumidor especial. Na Figura 11, visualiza-se uma imagem aérea do local obtida por meio do Google Mapas.
Figura 13 – Carretilha instalada nas três estruturas.
123
Com as carretilhas instaladas e protegidas as partes energizadas que representassem
risco, inicia-se o processo de passar a corda-guia nas carretilhas e a passagem da corda de tração. A Figura 14 mostra os eletricistas de linha viva realizando este procedimento.
Figura 14 – Passagem da corda-guia e corda de tração.
Após a corda de tração ter sido lançada, ela é unida ao cabo protegido por meio do
dispositivo união cabo-corda (Figura 15).
Figura 15 – Montagem do sistema de união cabo -corda.
O próximo passo é a realização da tração da corda isolada e lançamento do novo
cabo, como pode ser visto na Figura 16.
Figura 16 – Lançamento do novo cabo.
A seguir realiza-se o encabeçamento do cabo novo às estruturas (Figura 17).
Figura 17 – Procedimento de encabeçamento dos cabos novos.
Nas estruturas de passagem, são realizadas a troca dos isoladores de pino e a instalação
do cabo novo, processos que podem ser observados na Figura 18.
Figura 18 - Troca do isolador de pino e transposição do cabo novo da carretilha para o isolador de pino.
124
Aula prática
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Depois de realizadas todas as substituições, a ligação em
paralelo entre o cabo a ser removido e o novo cabo é feita seguida da desenergização do cabo antigo e sua retirada vão a vão (Figura 19).
Figura 21 – Visão área do local onde foi realizada a substituição da rede de média tensão.
Figura 19 – Estabelecimento da ligação em paralelo e desenergização do cabo antigo e sua remoção vão a vão.
As substituições foram realizadas em quatro estruturas, as
quais podem ser visualizadas na Figura 22.
Todo este procedimento é realizado para cada uma das
demais fases. Na Figura 20, pode-se visualizar as três fases lançadas pelo método desenvolvido, bem como o serviço concluído sem o desligamento de consumidores.
Figura 22 – Detalhamento das estruturas em que foi realizada a substituição dos condutores.
Todo o serviço foi realizado seguindo a metodologia descrita
anteriormente, mas, neste caso específico, optou-se por instalar as carretilhas com o cesto aéreo isolado e por meio de bastão Figura 20 – À esquerda corda-guia amarrada à corda de tração e à direita união cabo-corda.
pega tudo. Na Figura 23, podem-se observar as carretilhas instaladas nas quatro estruturas.
O término desta atividade foi próximo às cinco horas da
tarde, tendo sido o tempo médio de tempo de troca de cada fase de uma hora e vinte minutos. Ressalta-se que todas as atividades comerciais e industriais da região que dependem do fornecimento de energia elétrica não foram interrompidas, como não houve impedimentos no trânsito local que era bastante intenso.
Outra importante atividade realizada foi a substituição dos
Figura 23 – Estruturas com carretilhas instaladas.
cabos nus às margens da rodovia BA 093 entre as cidades de Camaçari e Dias D’ Ávila. Na Figura 21, visualiza-se uma imagem
aérea obtida por meio do Google Mapas e uma vista da rodovia na
seguintes no processo de substituição dos condutores, como
qual foi realizado o serviço. Observa-se na Figura 22 que o circuito
já detalhados na metodologia, bem como na primeira atividade
de média tensão é duplo e próximo às linhas de transmissão.
realizada.
Da Figura 24 à Figura 26 podem-se observar os passos
125
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Conclusões Neste trabalho, foram apresen tados
os
equipamentos
e
as
ferramentas desenvolvidos no projeto, bem como a metodologia aplicada para a realização de substituição de Figura 24 – Á esquerda, vista das estruturas com as carretilhas e corda de tração. À direita, observa-se o cabo sendo tracionado.
redes de média tensão energizadas. Foram
discutidas
duas
atividades
realizadas na cidade de Salvador e região, tendo sido executadas com total êxito, demonstrando que os equipamentos, e
os
os
métodos
procedimentos
aplicados
tornam
possível a realização de substituição de cabos de média tensão com a rede energizada, aplicando-se técnicas de Figura 25 – Realização do encabeçamento do cabo nas estruturas de entrada e saída e estabelecimento da ligação em paralelo do cabo antigo e o novo. À direita pode-se observar a corda de tração devidamente posicionada na carretilha para o lançamento da segunda fase.
linha viva. Atualmente, o projeto, que já realiza substituição de condutores de baixa tensão sem desligamento de
consumidores,
de
avaliação
está
final
em
dos
fase
métodos,
ferramentas e procedimentos para a conversão de redes convencionais em redes compactas.
Referências • http://www.patentesonline.com.br/
Figura 26 – Lançamentos da segunda e terceira fases.
sistema-para-substitui-o-de-condutoresem-redes-de-m-dia-e-baixa-tens-oem-linha-188303.html • ASTM
F1701-12.
Standard
Specification for Unused Rope with Special Electrical Properties • ABNT
NBR
13018.
Corda
para
trabalho em instalação energizada – Transmissão. * Edemir Luiz Kowalski, Guilherme Rachelle Hernaski, Marcelo Antônio Ravaglio, Marilda Munaro, Rafael Pires Machado e Victor Salvino Borges são engenheiros do Lactec. Figura 27 – Serviço concluído.
O
serviço
foi
aproximadamente trabalho.
Durante
concluído
em
trabalho,
horas
de
técnicos, tendo sido concluído sem a
realização
do
ocorrência de desligamentos.
quatro a
Dailton Pedreira Cerqueira, Isaú de Oliveira
não
ocorreram
problemas
Nascimento, Kátia Cilene Falcão Xavier, Mario José Costa Pinheiro e Mario Pinheiro são engenheiros da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).
Espaço 5419
126
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Proteção dos sistemas eletroeletrônicos As
descargas
atmosféricas
A nova ABNT NBR 5419 consagra o
transferem uma altíssima quantidade
princípio que proteger uma edificação
de
danificar
contra
A
nova
também é assegurar a integridade das
versão da norma ABNT NBR 5419
suas instalações elétricas e dos seus
apresenta as medidas que devem
equipamentos eletrônicos, permitindo
ser tomadas para limitar os efeitos
que seus sistemas funcionem durante
destas descargas sobre os sistemas
e após a ocorrência das descargas
eletroeletrônicos
atmosféricas.
energia
equipamentos
que
pode
eletrônicos.
no
interior
das
descargas
atmosféricas
Para
alcançar
este
estruturas.
objetivo, a NBR 5419 desenvolve em
A última das quatro partes em que
sua parte 4 as ações necessárias para a
se divide a ABNT NBR 5419 apresenta o
proteção dos equipamentos elétricos
que deve ser feito para a instalação de
e eletrônicos dentro da estrutura
um sistema interno de proteção contra
protegida. Estas prescrições não são
descargas atmosféricas que vai evitar
novas e muitas delas estão descritas,
que a parcela da corrente de impulso
ou
que seria conduzida para dentro da
proteção contra surtos existentes em
edificação pela sua instalação elétrica,
outras normas, como a ABNT NBR
caso ele não existisse, danifique a
5410:2004, ou já existem com uma
instalação e os seus componentes.
abordagem superficial na atual ABNT
Sempre se considerou que uma
NBR 5419:2005.
edificação deveria ser protegida contra
descargas atmosféricas para evitar
profissionais
passam
danos a sua estrutura. Mas atualmente
documento
que
é claro para todos que uma descarga
forma
atmosférica pode interferir com os
principais pontos que fundamentam
sistemas eletroeletrônicos em uma
tecnicamente
a
edificação, mesmo que ela não seja
sobretensões
transitórias,
diretamente atingida.
aquelas causadas por eventos internos
fundamentam,
Com
a
as
nova
completa
medidas
NBR
e
de
5419,
os
ter
um
a
aborda
de
detalhada
os
proteção
contra mesmo
127
O Setor Elétrico / Abril de 2015
à instalação.
Dessa maneira, a nova norma não
A própria sequência em que os
A parte 4 da nova NBR 5419
eliminará a necessidade de se utilizar
temas são apresentados na norma
define os termos que serão utilizados,
todas as medidas em conjunto. Muitas
mostra como o projeto deve ser
apresenta as Medidas de Proteção
vezes os profissionais procuram não
desenvolvido. O objetivo das medidas
contra Surtos (MPS) e apresenta o
a solução técnica para um problema,
de proteção contra surtos é limitar
que são Zonas de Proteção contra
mas um atalho que justamente elimine
as diferenças de potencial dentro
Raios (ZPR). A seguir os conceitos de
a efetivação da solução apresentada
da edificação, levando-as a valores
aterramento
pela
aceitáveis pelos elementos a serem
e
equipotencialização
norma.
Atualmente
é
muito
são muito bem definidos e explicados,
comum que instalações elétricas muito
protegidos.
e
antigas
com
eles
bem
estudados,
o
ou
inadequadas
recebam
Com a nova edição da ABNT NBR
profissional terá a base necessária
equipamentos
que
5419 não será mais possível considerar
para proteger os equipamentos contra
necessitem ser protegidos. A norma
o projeto do Sistema de Proteção
os surtos de tensão.
apresenta
necessárias
contra Descargas Atmosféricas (SPDA)
modernos
as
medidas
o
para proteger estes equipamentos e o
independente do projeto elétrico. A
roteamento das linhas elétricas e a
profissional envolvido perceberá, com
implementação das MPS só pode ser
aplicação dos Dispositivos de Proteção
ou sem a norma, que inevitavelmente
feita se o projeto da instalação elétrica
contra Surtos (DPS) complementam
será
ou
e o do SPDA forem desenvolvidos de
esta parte 4, sempre partindo do
modernizar, esta instalação, sem o que
forma coordenada. A filosofia por trás
princípio que as medidas devem ser
será impossível implantar as medidas
da parte 4 desta norma considera que
complementares.
descritas na parte 4 da nova NBR
uma parcela da “corrente do raio”
5419.
entra na edificação, exista ou não o
SPDA externo.
A
O
blindagem
grande
profissionais
dos
desafio devem
cabos,
que
os
vencer
é
necessário
adequar
Especificamente para os fabricantes
justamente a leitura da norma como
de dispositivos de proteção contra
Para
um todo e não tentar buscar em algum
surtos, a nova norma será muito
aplicação da nova ABNT NBR 5419, em
trecho a solução de um problema
útil.
fabricantes
próximas edições da revista O Setor
específico. Muito do que é feito
incentivem a divulgação e a aplicação
Elétrico traremos artigos comentando
atualmente em termos de proteção
desta norma, será possível uma melhor
os principais pontos da parte 4.
contra surtos carece de fundamento
aplicação
técnico e ainda é feito de forma
serão instalados de forma mais eficaz
5419 representará um desafio para
parcial. A parte 4 da NBR 5419 não
e com melhores resultados.
os profissionais, já que não serão
é, como nenhuma norma deve ser,
mais
um manual ou um guia de proteção
feita na maioria das vezes de forma
dos equipamentos eletroeletrônicos
contra surtos, mas apresenta todas
aleatória,
contra
as informações necessárias para que
os próprios fabricantes se frustram
não se poderá mais alegar falta ou
alguém com prévio conhecimento em
porque a instalação do DPS é apenas
divergência de informação sobre o
eletricidade consiga proteger uma
parte
que deve ser feito.
instalação elétrica, seus componentes
dispositivos
e operadores contra os efeitos de uma
se não tiverem sido especificados e
Por Sergio Roberto Santos, engenheiro
descarga atmosférica, ou contra surtos
instalados dentro de critérios, os quais
eletricista e membro da comissão de estudos
originários de manobra.
são descritos nesta norma.
CE 003.064.10, do CB-3 da ABNT.
Desde
que
destes
estes
dispositivos,
que
Atualmente, a utilização de DPS é sem
da
nenhum
proteção,
critério
sendo
totalmente
e
estes
facilitar
e
incentivar
a
A nova edição da ABNT NBR
aceitos surtos
lapsos de
na
tensão,
proteção porque
ineficazes
128
Espaço 5410
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Proteção contra efeitos térmicos do
Esta seção é reservada a um resumo que
está
sendo
discutido
nas
O
texto
aprovado
nas
seções
correspondentes encontra-se a seguir:
5.2 Proteção contra efeitos térmicos
que revisa a atual ABNT NBR 5410:2004, tendo por base as alterações do texto participantes.
É
é tratada em 5.3.
5.2.2 Proteção contra incêndio provocado por produto elétrico
5.2.1 Generalidades
da IEC correspondente e os pontos pelos
incluindo os serviços de segurança. Nota: A proteção contra as sobrecorrentes
reuniões da comissão CE 03:64-001,
apresentados
funcionamento dos produtos elétricos,
As pessoas, animais domésticos, bem
5.2.2.1 Regras gerais
importante sempre ressaltar que as
como os equipamentos e materiais fixos
citações desta coluna constituem um
adjacentes a componentes da instalação
5.2.2.1.1
relato do que foi discutido e aprovado
elétrica, devem ser protegidos contra:
domésticos
na reunião plenária pela Comissão de
• Os efeitos térmicos, a combustão ou
protegidos contra danos ou ferimentos
Estudos, porém, a aprovação como parte
a degradação dos materiais e o risco
provocados pelo calor ou fogo que pode
oficial do Projeto de Norma, somente
de queimadura associado aos produtos
ser gerado ou propagado pela instalação
será feita antes de o texto ser enviado
elétricos;
elétrica, considerando os requisitos desta
para consulta nacional. Algumas seções
• A propagação de chamas, em caso de risco
norma e as instruções dos fabricantes de
que serão complementadas somente
de incêndio propagado pelas instalações
equipamentos.
ao final dos trabalhos de revisão (por
elétricas a outros compartimentos com
exemplo, referências normativas) não
barreiras dispostas na proximidade; e
não pode causar perigo ou efeitos danosos
estão descritas aqui.
•
As
deficiências
na
segurança
de
–
As e
pessoas, os
bens
os
animais
devem
ser
O calor gerado pelos produtos elétricos
para os materiais fixos vizinhos ou que podem ser previstos na proximidade de
tais produtos. Os produtos elétricos não
O calor gerado pelos produtos elétricos não pode causar perigo ou efeitos danosos para os materiais fixos vizinhos ou que podem ser previstos na proximidade de tais produtos.
podem apresentar perigo de incêndio para os materiais vizinhos.
Na reunião de 10.02.15 convencionou-se
usar o termo “componente” de maneira geral, seja para um equipamento, produto ou material elétrico, em que a IEC chama de "equipment" do inglês ou "matériels" do francês, a ser revisado ao final dos trabalhos para uma análise crítica. Nota: Os danos, os ferimentos ou a ignição podem ser causados por efeitos como: acumulação de calor, radiação de calor, elementos quentes, redução das características de segurança do material
129
O Setor Elétrico / Abril de 2015
câmara resistente ao fogo, ventilada apenas
elétrico, por exemplo dispositivos de
extinção do arco.
proteção como disjuntores, termostatos,
Os
arcos
por atmosfera externa, e previsão de
limitadores de temperatura, juntas de
mencionados devem ser incombustíveis,
soleiras, ou outros meios, para evitar que o
estanqueidade na penetração dos cabos
apresentar baixa capacidade de condução
líquido inflamado se propague para outras
e sistemas de cabeamento, sobrecorrente,
térmica e possuir espessura capaz de
partes da edificação.
falhas
assegurar estabilidade mecânica.
Nota
de
provoquem
isolação
e/ou
arcos
perturbações,
que
materiais
resistentes
a
2:
Em
geral,
considera-se
"significativo" um volume igual ou superior
correntes
harmônicas, descargas atmosféricas (ver
5.2.2.1.4 – Os componentes fixos que
a 25 L.
série IEC 62305), sobretensões (ver ABNT
produzem concentração de calor devem
Nota 3: Para volumes inferiores a 25 L, é
NBR 5410-4-44, artigo 443), seleção ou
ser posicionados a uma distância suficiente
suficiente alguma providência que evite o
montagem
de qualquer objeto fixo ou elemento de
vazamento do líquido.
construção, de tal forma que tais objetos
Nota 4: É recomendável que a alimentação
inadequada
dos
materiais
elétricos. 5.2.2.1.2 – Quando as temperaturas externas dos equipamentos fixos puderem atingir valores suscetíveis de causar risco de incêndio aos materiais vizinhos, o equipamento deve ser: • Instalado sobre ou envolvidos por materiais que suportem tais temperaturas e possuam baixa capacidade de condução térmica; ou • Separado
dos
elementos
de
construção por materiais que suportem tais temperaturas e possuam baixa capacidade de condução térmica; ou • Instalado
de
modo
a
Componentes da instalação que contenham líquidos inflamáveis em volume significativo devem ser objeto de precauções para evitar que, em caso de incêndio, o líquido inflamado, a chama, a fumaça e os gases se propaguem para outras partes da edificação.
guardar
afastamento suficiente de qualquer material cuja integridade possa ser prejudicada por tais temperaturas e garantir uma segura
ou elementos não sejam submetidos, em
seja desligada tão logo um incêndio se
dissipação de calor, aliado à utilização de
condições normais, a uma temperatura
inicie.
materiais de baixa capacidade de condução
perigosa — por exemplo, uma temperatura
térmica.
superior à de sua ignição.
5.2.2.1.6 – Os materiais de invólucros aplicados a componentes da instalação
5.2.2.1.3 – Quando um componente da
5.2.2.1.5 – Componentes da instalação
durante a execução da obra devem suportar
instalação, fixo ou estacionário, for suscetível
que contenham líquidos inflamáveis em
a maior temperatura que o componente
de produzir, em operação normal, arcos ou
volume significativo devem ser objeto de
possa vir a atingir. Só se admitem invólucros
centelhamento, ele deve ser:
precauções para evitar que, em caso de
de material combustível se forem tomadas
• Totalmente envolvido por material
incêndio, o líquido inflamado, a chama,
medidas preventivas contra o risco de
resistente a arco; ou
a fumaça e os gases se propaguem para
ignição, como revestimento com material
• Separado, por materiais resistentes
outras partes da edificação.
incombustível, ou de difícil combustão, e
a arcos, de elementos construtivos da
Nota 1: Tais precauções podem ser, por
baixa capacidade de condução térmica.
edificação sobre os quais os arcos possam
exemplo:
ter efeitos térmicos prejudiciais; ou
• Construção de um fosso de drenagem
Por Eduardo Daniel, consultor da MDJ Assessoria e
• Instalado a uma distância suficiente dos
para coletar vazamentos do líquido e
Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel
elementos construtivos sobre os quais
assegurar a extinção das chamas em caso
Brasil e coordenador da Comissão de Estudos
os arcos possam ter efeitos térmicos
de incêndio;
03:064-001 do CB-3/ABNT, que revisa a norma de
prejudiciais, de modo a permitir a segura
• Instalação dos componentes em uma
instalações de baixa tensão ABNT NBR 5410.
130
Energia sustentável
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.
Integridade, transparência, corrupção e compliance – Parte 2 O combate à corrupção continua sendo manchete nos noticiários, esquentado com novos escândalos, manifestações populares e os pacotes do Governo Federal, Ministério Público Federal e Ordem dos Advogados do Brasil. Dentre as medidas anunciadas, chamo a atenção para os programas de “compliance” (conformidade à legislação e normas), assunto da regulamentação da Lei Anticorrupção (12.846/13). Reproduzo algumas pesquisas e estudos sobre “compliance” e corrupção empresarial, que mostram resultados alarmantes:
(OECD) de dezembro de 2014 (Fonte: Morrison/Foerster, client alert 07/01/2015) analisou 427 casos transnacionais concluídos desde a aprovação da sua Convenção Internacional Anti-Corrupção (1999): • Intermediários estavam envolvidos em 75% deles! • quase 67% ocorreram em quatro setores: mineração (19%); construção (15%); transporte e estocagem (15%); e informação e comunicações (10%); • em 57%, pagou-se propina para ganhar contratos públicos de compra.
processos periódicos de reporte interno; - 42% afirmaram não avaliar e monitorar riscos de fornecedores/parceiros (e os demais 58% não fazem com todo o seu espectro); - Ações mais efetivas em termos de “compliance”: treinamento de novos profissionais e análise de reclamações recebidas por meio da ouvidoria. Apesar disso, 50% não incluem os empregados no treinamento anticorrupção (e 26% somente incluem os parceiros e 17% os fornecedores).
Sobre a corrupção nas empresas
Sobre a gestão de “compliance” nas empresas (Deloitte, set/14)
3. Pesquisa por telefone da consultoria Grant Thornton com 300 empresas, entre junho e outubro de 2014, na sua maioria, do Rio de Janeiro e São Paulo (Fonte: Pedro Malavolta, Instituto Ethos - 21/1/2015): - Apenas 1/3 das pequenas e médias empresas já adotou alguma ação para se adequar à Lei (50% investiram em programas de “compliance”): 32,4% mudaram algum procedimento interno, 63,5% não tomaram nenhuma medida nova. - Das que iniciaram a adaptação, quase 80% investiram em processos de diligência e fiscalização dos fornecedores ou em soluções de tecnologia, e 75% realizaram treinamentos para a equipe.
1. Deloitte (Fonte: www.deloitte.com), pesquisa de set/14, com 124 respondentes de empresas no Brasil (75% do nível gerencial executivo; só 22% pertencem à área de “Compliance”), 75% de capital nacional; 51% com faturamento acima de R$ 500 milhões; setores distribuídos (enfatizando 7% petróleo, gás e mineração, 7% construção, 4% eletroeletrônico): - 55% responderam que houve caso de corrupção na empresa – e destes, 50% afirmaram que os casos foram descobertos por meio do canal de denúncias; - 57% concordam que corrupção é um custo intrínseco na forma de se fazer negócios no Brasil!; - Principais formas de corrupção: 1. Pagamentos indiretos (a agentes, representantes, contratados, etc.); 2. Presentes, hospitalidade, entretenimento e viagens inapropriadas; 3. Facilitação de licenças. 2. Relatório global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
- 75% investem até R$ 1 milhão/ano em “compliance”, considerado baixo para o porte das empresas. Pouco mais de 50% possui um profissional dedicado à área de “Compliance” (nos demais casos, o profissional acumula outras funções). - Só 21% tem escopo de atuação completo (escopo completo cobre: declaração de comprometimento da alta direção, políticas/ procedimentos internos, avaliação de riscos, treinamento e educação, canais de comunicação interna/externa, monitoramento e auditoria interna/externa, ações sobre violações, reporte para a alta direção e públicos externos, e ações para melhoria da gestão), destacando-se: - 65% possuem uma política anticorrupção formalizada, mas só 20% fazem divulgação interna e externa; - Somente 40% tem um processo de detecção e avaliação dos riscos relativos a atos ilícitos (e destes, metade não tem periodicidade definida); - Parcela significativa ainda não estabeleceu
Adequação à Lei Anticorrupção
Como vimos nas pesquisas citadas, o risco de corrupção é alto e frequente. Apesar do aumento das ações anticorrupção nas empresas, ainda há MUITO a fazer. Referências para a efetiva gestão de “compliance” não faltam, como é o caso da norma australiana AS 3806 (2006) e o Programa “Global Compact” das Nações Unidas - 10º Princípio (2004). Vamos avançar?
132
Iluminação eficiente
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.
Grandes mudanças a caminho para as lâmpadas Led
Finalmente, oficialmente regulamentarão
foram as a
publicadas
Portarias
que
certificação
de
lâmpadas de Led no Brasil. No dia 13 de março foram publicadas as Portarias nº 143 e nº 144, revisando o Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ) e instituindo-se o Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC), respectivamente. Ambos os documentos encontram-se disponíveis no site do Inmetro para download. Estas portarias visam instituir no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade,
a
certificação
compulsória para as lâmpadas de Led com dispositivo integrado à base, em
Brasil, acreditado pelo Inmetro. E que a
e varejistas, cadastrados como Micro e
127V e/ou 220V, em corrente alternada
partir de nove meses contados a partir
Pequenas Empresas, terão prazo de 30
de 60 Hz ou em corrente contínua.
da data de publicação, isto é, 13 de
meses contados a partir da publicação
Excluem-se, as lâmpadas Led coloridas,
dezembro de 2015, todas as lâmpadas
das portarias.
RGB, decorativas coloridas e o Oled
de Led com dispositivo integrado à base
(Organic Light Emitting Diode).
deverão ser fabricadas e importadas
se inicie agora, apenas em de 13 de
em
Requisitos
setembro de 2017, todas as lâmpadas
RTQ, que visa elencar os requisitos
Técnicos da Qualidade e deverão estar
Leds com dispositivo integrado à base
mínimos de desempenho, segurança e
registradas no Inmetro.
comercializadas
compatibilidade eletromagnética para
deverão possuir a Etiqueta Nacional de
as lâmpadas de Led, está a inclusão
o Inmetro estabeleceu que somente
Conservação de Energia do Inmetro.
do ensaio de teste acelerado para
produtos
capacitores eletrolíticos. Um teste alvo
RTQ poderão ser comercializados por
lâmpadas Led certamente selecionará os
de muita discussão entre laboratórios,
fabricantes e importadores a partir de 15
produtos que estão no mercado. Todos
empresas de iluminação e o Inmetro.
meses da publicação, isto é, 13 de junho
os fabricantes e importadores deverão
A
determinou
de 2015. Os varejistas e atacadistas
reavaliar não apenas seus produtos, mas
que o processo deverá ser realizado
terão prazo máximo de 24 meses para
também o processo de fabricação, os
por um Organismo de Certificação
ter em seus pontos de vendas apenas
fornecedores de componentes e os custos.
de Produto (OCP), estabelecido no
os produtos certificados. E atacadistas
Muitas mudanças certamente virão.
Dentre as principais alterações no
Portaria
nº
144
conformidade
aos
Isto significa que, embora o processo
Para comercialização dos produtos, em
conformidade
com
o
em
nível
nacional
O processo todo para certificação das
134
Instalações MT
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.
Enquanto esperamos, fazemos o quê? Parece que 2015 será mesmo um ano para ser esquecido e torcemos para que o ano que vem seja mais auspicioso para o setor elétrico e para o país de maneira geral. Afinal, 2016 será o ano das olimpíadas e todos torcemos que a nossa combalida infraestrutura (transporte, segurança, energia etc.) não comprometa o desenrolar das disputas esportivas e torne nossa imagem ainda pior do que o retrato atual. Por enquanto, estamos aguardando os fatos e torcendo para que não precisemos racionar energia elétrica neste ano e que o próximo verão tenha um regime de chuvas bem generoso. Mas para quem tem alguma afinidade com planejamento e sabe das dificuldades de desenvolver projetos e executar obras no setor elétrico, simplesmente esperar é extremamente desconfortável. Temos ainda de conviver com obras sem sincronismo, pois teremos usina hidrelétrica com linhas de transmissão ainda não disponíveis ou subestações com implantação atrasada. Se a licitação e os leilões contemplassem a entrega de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) com multas bem definidas (e aplicadas de fato), certamente estes eventos, frutos de problemas de gestão, não ocorreriam. De qualquer forma, a explosiva combinação de recessão e inflação em alta (devida em parte ao aumento da tarifa de energia elétrica de mais de 60% nos últimos doze meses), pode nos livrar dos graves problemas do racionamento. Seria melhor, no entanto, que este período de dificuldades fosse pródigo em gerar novas oportunidades para energias alternativas, para cogeração, tratamento adequado das elevadas perdas técnicas e não técnicas e eficientização energética levada a sério.
No entanto, a única medida de ordem prática pode vir a ser a compra ou a remuneração de energia gerada por unidades consumidoras de média tensão que hoje, para viabilizar a tarifa verde, possuem geração a diesel. Alguns estudos, no entanto, mostram alguns dificultadores: 1 - A maioria terá de investir algum recurso para se tornar apta a mudar o modo como opera a unidade de geração; 2 - Poucos querem investir (mesmo que seja para compra de um tanque maior de armazenagem), pois há uma crise de confiança (muito justificada); 3 - O tempo de maturação do novo processo estará garantido apenas até dezembro deste ano e todos sabem que, se as chuvas forem generosas, as “vantagens” serão canceladas; 4 - A tarifa de compra proposta é sujeita a todos os impostos, o que a torna pouco atrativa; 5 - Ninguém se sente seguro quanto ao preço do diesel em um momento em que fazer renascer a Petrobras pode valer qualquer sacrifício dos que sempre pagam a conta (embora poucos de nós tenhamos a receber das ações ou tenhamos emprego na empresa); 6 - Aquelas unidades consumidoras que poderiam injetar potência no sistema de distribuição esbarram nas exigências de projeto, estudos e investimento em proteções e, pelo menos, cinco ou seis meses para o necessário e justo retorno do que foi gasto. Assim, pode ser que esta medida temporária fique pelo caminho e que nada de perene reste para a nossa sociedade deste período de problemas que vivemos hoje. Ficaremos esperando e, sem ao menos, transformar desafios em oportunidades!
136
Análise de sistemas de potência
O Setor Elétrico / Abril de 2015
*Cláudio Sérgio Mardegan é engenheiro eletricista e diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. É consultor, membro sênior do IEEE, autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas Elétricos Industriais” e coautor do “Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras”.
Entendendo o X/R e o ângulo ϕ da corrente de curto-circuito Muitas vezes passa-se despercebido por essas pequenas
Sequência zero
diferenças entre o X/R e o ângulo ϕ da corrente de curto-circuito. Serão demonstradas a seguir essas diferenças para o curtocircuito trifásico e para o curto-circuito fase-terra.
Definições X/R
Na prática, a relação X/R está atrelada à constante de tempo
do circuito. Por definição, a constante de tempo de um circuito L-R é dada pela equação seguinte:
Correntes de curto-circuito Ângulo da corrente de correntes de curto-circuito trifásicas e o X/R Para o curto-circuito trifásico, essas duas definições se confundem e representam a mesma coisa. Ou seja, o ângulo da impedância complexa é igual ao ângulo da corrente de curtocircuito fase-terra.
Multiplicando-se o numerador e o denominador da equação
[Eq. 01] por ω, tem-se:
Seja a impedância reduzida equivalente de Thevenin no ponto
de falta igual a Z1∠θ. A corrente de curto-circuito trifásica, por definição, é dada por:
O X/R refere-se à relação entre a parte real e a parte imaginária
da impedância, como pode ser visualizado na equação [Eq. 03].
Conclusão: para faltas trifásicas o ângulo da impedância se confunde com o ângulo da corrente de curto-circuito trifásico (a menos do sinal, é claro!).
A relação X/R consiste da relação entre as reatâncias reduzidas
de Thevenin nos pontos de falta divididas pelas resistências
Ângulo das correntes de curto-circuito fase-terra e o X/R
reduzidas de Thevenin no ponto de falta. Para o curto-circuito fase-terra essas duas definições se X/R e os circuitos de sequência
diferem. Vejam o porquê:
Sequência positiva Sequência negativa
Ou seja, o ângulo da impedância Z0 é diferente do ângulo da
corrente de curto-circuito fase-terra. O ângulo da corrente de curtocircuito fase-terra é definido a partir da soma das impedâncias:
O Setor Elétrico / Abril de 2015
137
Logo, X/R é diferente da tgϕ.
Exemplo 1 Um sistema de 13,8 kV possui uma corrente de curto-circuito trifásica de 10000∠-86.186°. A (tgϕ1 = 15) e um curto-circuito fase-terra de 7000∠84.289° A(tgϕ0 = 10). Qual o X/R das impedâncias de sequência positiva e zero? Solução: Ângulo da impedância de sequência positiva
O ângulo da corrente de curto-circuito é o mesmo do ângulo da
impedância de sequência positiva. Ângulo da impedância de sequência zero
Para o caso do curto-circuito fase-terra, a tangente do ângulo da
corrente de curto-circuito fase terra não é igual à relação X/R do circuito de sequência zero.
Exemplo 2
Um sistema de 13,8 kV possui uma corrente de curto-circuito trifásica
de 10000 A e a fase-terra de 7000 A. Sabendo-se que a relação X/R da impedância de sequência positiva é 15 e a de sequência zero é 10, determinar o ângulo da corrente de curto-circuito trifásica e da corrente de curto-circuito fase-terra.
138
Análise de sistemas de potência
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Solução: Ângulo da corrente de curto-circuito trifásico
Ângulo da corrente de curto-circuito fase-terra
Para o caso em questão, o valor de ZTOT é calculado como segue:
O módulo de ZTOT sai de
Na equação acima, a única variável que não é conhecida é R0. Assim, a mesma será
isolada de maneira que se possa calculá-la.
Rearranjando fica:
A equação acima é de segundo grau em R0. Assim, a solução é fórmula de Báscara:
Em que:
O Setor Elétrico / Abril de 2015
139
Para o caso em questão, os cálculos serão realizados em pu, na
base de 100 MVA.
Assim,
Calculando os valores de a,b e c, tem-se:
Nossa equação acima ficaria escrita da seguinte forma:
Que resolvendo a equação de segundo grau resulta em:
O ângulo da corrente de curto-circuito fase-terra será:
O ângulo ϕ será:
140
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia.
Manutenção na proteção contra descargas atmosféricas Oriunda do latin (manus + tenere), a
“deixa explodir que a gente vê o que faz”. Fazer
palavra manutenção é o ato ou efeito de
apenas manutenção corretiva é o mesmo que
manter, conservar. Na evolução da utilização
tentar mover um transatlântico com remos
desse substantivo surgiram outros termos
– você sempre gastará muito mais energia
complementares para o procedimento de
($$$) e terá resultados piores do que se a
se deixar algo pronto para funcionar ou em
opção fosse a da manutenção programada
funcionamento regular. Atualmente, é comum
(preditiva ou preventiva).
ouvirmos os termos manutenção preditiva,
manutenção
documentação de um SPDA, da parte 3 da
preventiva
e
manutenção
Na seção 7 - Manutenção, inspeção e
corretiva, dentre outros.
ABNT NBR 5419:2015 (quase publicada),
Puxando o assunto para a proteção
haverá recomendações abrangendo inclusive
contra descargas atmosféricas, ao realizar-se
a manutenção da documentação do SPDA.
o ensaio de continuidade elétrica para
É preciso entender a impossibilidade de
determinar a integridade física do eletrodo
execução da manutenção de uma instalação
de aterramento e, se necessário intervir no
se a documentação não estiver em ordem a
mesmo para melhorar sua condição, atua-se
fim de possibilitar a comparação “as built x
no sentido de prevenir o aumento de risco
material instalado”. Determinados critérios
de ocorrências, ou seja, inspeção através de
utilizados no gerenciamento de risco devem
ensaio é uma ação pertencente ao universo
constar dessa documentação, por exemplo, no
da manutenção preventiva. Quando há a
memorial descritivo e de cálculo, para que seja
troca programada de componentes oxidados
definido o nível de proteção e a classificação
da instalação também. As ações citadas
do SPDA, parâmetros indispensáveis na
garantem que, na possibilidade da incidência
confecção do projeto, ainda, será muito difícil
de uma descarga atmosférica, o SPDA estará
definir a mesma classificação utilizada no
apto a proteger a estrutura dentro dos limites
projeto apenas realizando a inspeção visual
projetados.
da instalação por causa do aumento da
E porque essa abordagem tão direcionada
quantidade de parâmetros envolvidos. Isso
ao conceito de manutenção, especialmente a
poderá causar conflitos desnecessários, por
manutenção preventiva?
exemplo, em uma fiscalização. Desenhos
A grande maioria das pessoas considera
precisos, em escala, mostrando o exato
o SPDA como uma despesa e acaba partindo
posicionamento do material e detalhes
para o procedimento mais caro e que quase
construtivos também são indispensáveis.
sempre leva a atitudes questionáveis de
Já que tudo é questão de gestão de
adequação, definição elegante para o termo
recursos fica o aviso, a nova ABNT NBR
“gambiarra”, e que geralmente envolve maior
5419 fará justiça e elevará o status do SPDA
risco, a manutenção corretiva ou no popular:
de despesa para item de segurança.
142
NR 10
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Educar é melhor do que fiscalizar
Recorremos
a
este
assunto
meteorológico, mesmo já tendo sido tratado
em
edições
anteriores.
No
entanto, antes de falar da chuva (ou de seus efeitos), é preciso lembrar que dividimos as medidas de proteção contra choques elétricos em dois grandes grupos: as medidas de proteção contra os contatos diretos (hoje chamadas de “Proteção básica”) e as medidas de proteção contra os contatos indiretos (hoje chamadas de “Proteção supletiva”). Em linhas bem gerais, a primeira – proteção básica – cuida para que as
pessoas
eletricidade
não por
sejam entrar
vítimas em
da
contato
com partes energizadas em condições normais de operação, o que inclui tocar com as mãos os condutores energizados, os barramentos de quadros
Figura 1 – Exemplo de fio partido.
elétricos, os condutores nus das redes aéreas, por meio de vergalhões de
operação não ofereceriam risco algum,
garantir o nosso suprimento de energia
ferro em construção civil, o contato
passem a ser perigosas, por estarem
através
com rede de distribuição no furto de
momentaneamente energizadas.
para garantir água para o consumo,
energia e outros mais que alimentam as
Ora, as instalações de consumo de
para garantir a produção agrícola e
estatísticas da Abracopel (associação
eletricidade, domésticas, comerciais e
tudo mais. Esperada e de maneira
de conscientização para os perigos da
industriais devem obedecer às normas
previsível, sabemos que a chuva vem e,
eletricidade).
vigentes (técnicas e regulamentadoras)
irregular, pode atingir nossa rede aérea
das
nossas
hidrelétricas,
visa
e o seu descumprimento responsabiliza
de distribuição de energia, partindo
proteger as pessoas contra os efeitos
juridicamente civil e criminalmente o
condutores, os quais caem no solo,
da eletricidade quando ocorre defeito
proprietário e o gestor da instalação,
dando origem à ocorrência conhecida
nas
presumido conhecedor do risco de seu
como “fio partido”.
fazendo com que partes condutoras
empreendimento.
Quando a ocorrência fica apenas
acessíveis,
Voltemos
Já
e
a
proteção
instalações
que
em
supletiva
ou
estranhas condições
equipamentos, à
instalação normais
de
às
chuvas.
De
fato,
no desconforto da falta de energia e,
precisamos de chuva e muita chuva para
por sorte, depois de algumas horas, o
143
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Calma lá! A “pessoa”, assim entendida
a vítima, não tem como obrigação entender de eletricidade e nem se pode esperar dela um comportamento ou reação calculada, pensada, numa situação de perigo, até porque com eletricidade o tempo se mede em milissegundos. Qualquer medida de proteção ou segurança deve anteceder o evento. Devem ser preventivas.
Voltando à origem, o cabo partiu e o
circuito não desligou em tempo hábil! “Fio partido” é ocorrência esperada e quem explora o negócio, o dono da instalação, sabe disso e desde que assumiu o risco de seu empreendimento, de
seu
negócio,
sabe
muito
bem
também que é esperado e exigido que haja dispositivos de proteção e Figura 2 – Fio partido com curto-circuito.
seccionamento automático que devem atuar desligando o circuito por conta da
suprimento é restabelecido, a conversa
do carro, se o pneu é de borracha?”;
fuga à terra determinada pelo condutor
se resume à discussão da qualidade
“Ah! mas agora os pneus têm malha de
partido. E se isso não acontecer em
dos serviços e dos indicadores oficiais
aço e não isolam mais!”; “Também o
tempo hábil é porque alguma coisa não
informados à Aneel (DEC e FEC).
pneu está molhado e isso faz passar a
está funcionando a contento, colocando
Quando,
corrente!”; “Ora, mas jamais a pessoa
em risco a vida de pessoas. Parece-me
a
deveria sair do carro em que o cabo
que a isso se dá o nome de “dolo
morte, aparecem muitos comentários e
caiu, porque dentro do carro ele estava
eventual”.
interpretações que tentam explicar ou
numa gaiola de Faraday”; “Ah! a pessoa
É preciso levar as coisas com
justificar o fato, e tome explicações:
fica nervosa vendo sair faísca do cabo e
mais seriedade e responsabilidade. A
“Como é que poderia ocorrer o incêndio
não raciocina”.
segurança se faz com prevenção.
resulta
no em
entanto, fatos
a
graves,
ocorrência como
144
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Abril de 2015
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
A inversão do fluxo da energia – Consumidores vão gerar para o sistema elétrico
O
tema
estivéssemos
não
seria
tratando
novo
feita pelas térmicas se inverteu. Agora,
geração
pelo jeito a energia turbinada nas usinas
fotovoltaica que já está regulada e que
hidrelétricas é que merece cuidado
só aguarda a redução do apetite dos
especial e é utilizada em complemento
governos
à geração térmica.
estaduais
da
se
nas
cobranças
do ICMS para a sua viabilização. Do
ponto de vista conceitual, outra ideia
ser pago para geração com óleo diesel
de
é da ordem de R$ 1.420,00/MWh e
geração
ampliada.
distribuída
Encontra-se
está em
sendo
fase
A sinalização da Aneel do preço a
de
de R$ 792,00/MWh com geração a
análise de votos e aprovação na Agência
gás natural. Destes valores devem ser
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a
pagos à concessionária, de acordo
resolução que objetiva contratar energia
com a minuta, os valores gerados na
gerada por consumidores típicos e
tarifa nominal da mesma. Ou seja,
regulares e que estejam atendidos por
pelo entendimento da citada minuta,
distribuidoras interligadas ao sistema
deverão ser descontados do valor final
interligado nacional - SIN, enquadrados
acima os custos relativos à geração
em sistemas tarifários padronizados,
propriamente dita (da ordem de R$
com instalações de geração adequadas,
700,00/MWh com diesel) e os custos
registradas ou outorgadas e outras
da energia no período fora de ponta a
exigências de regularidade aplicáveis.
serem pagos à concessionaria, notar
De uma forma geral, este “exército de
que a energia não será efetivamente
geradores” utilizado pelos consumidores
fornecida pela distribuidora. Durante
do país para a geração de energia como
o período de ponta, estas regras
fonte de backup da energia fornecida
propostas não são válidas e tudo se
pelas próprias distribuidoras, ou mesmo
passa como se o consumidor operasse
de geração em horário de ponta (que
com
agora começa novamente a valer a pena)
arcando com os custos operacionais
passa a desempenhar uma nova função:
e não pagando qualquer taxa às
auxiliar na geração térmica e porque
concessionárias. O modelo proposto
não na preservação dos níveis dos
deve melhorar a confiabilidade do
reservatórios, já que a equação original
sistema com aumento de geração
da geração de energia complementar
localizada
geração
clássica
junto
aos
na
ponta,
centros
de
145
O Setor Elétrico / Abril de 2015
carga,
aliviando
a
sobrecarga
em
moldes como se faz na entrada de energia
proteção tornarão as instalações mais
redes e sistemas de transmissão e
traz
seguras;
distribuição, todavia, os custos são
concessionária e consumidor. Alguns
- Aspectos de manutenção, de reserva
bastante
superiores
àqueles
uma
maior
interatividade
entre
que
sonhos como o compartilhamento de
de óleo e meio ambiente são pontos
seriam alcançados em projetos de
instrumentação, automação e, sobretudo,
fundamentais
eficiência energética. Não raros são os
informação, ou ainda a flexibilização de
considerados.
projetos de eficiência energética em
algumas regras, como a da geração de
instalações industriais e comerciais,
energia em condomínios multiusuários,
cujo custo evitado do MWh não atinge
pode ser interessante para todos;
quem pagará a conta. De acordo com
os R$ 100, com vantagem ambiental
- Tarifação variável, suprimento em
a matéria citada, o rombo pode atingir
incomparável.
situação
mesmo
de 5 a 10 bilhões de reais em oito
Informação veiculada no jornal O
operação compartilhada, aumento de
meses. Como já vimos alguns milagres
Estado de São Paulo, em 05 de abril,
confiabilidade e da transparência na
se tornarem desgraças neste mesmo
em matéria da jornalista René Pereira,
relação concessionária-consumidor são
ambiente de energia, vale a pena lembrar
aponta para um volume superior a 7 GW
outros pontos;
e citar sempre que projetos de eficiência
de geradores instalados nesta situação,
- Importante considerar as limitações dos
energética, mesmo aqueles com piores
com potencial de geração de valores
equipamentos existentes, normalmente
resultados como os da baixa renda da
médios da ordem de 1 GW.
especificados em regime de “stand-by”.
Aneel, possuem ainda resultados bem
Alguns avanços técnicos e quebra de
Para a operação em regime “pleno”,
superiores aos que serão dispendidos
paradigmas são dignos de nota e podem
a potência líquida gerada pode ser
para este projeto. Vamos esperar pela
ser desenvolvidos nesta oportunidade:
até 20% menor que o valor nominal
publicação da resolução e voltar ao tema
dependendo do equipamento;
se necessário, e que fundamentalmente
- Implementações de novos sistemas de
ela nos ajude a sair desta crise.
- A medição da energia gerada nos
de
emergência
e,
e
devem
sempre
ser
Fica ainda a eterna questão a respeito
146
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Guarda Costeira dos EUA aceita equipamentos “Ex” com certificação internacional IECEx
Um ofício emitido em 2012 pela Guarda
Costeira dos Estados Unidos – em inglês US Coast Guard (USCG) estabelece a aceitação de equipamentos elétricos “Ex” que tenham sido fabricados de acordo com as normas internacionais da Série IEC 60079 (Explosive Atmospheres) e certificados emitidos dentro do Sistema internacional IECEx, para instalação em unidades marítimas móveis, tais como em plataformas de produção de petróleo, navios petroleiros e FPSOs destinados a operarem na plataforma continental dos EUA.
O Documento nº USCG–2012–0839,
publicado no Diário Oficial dos EUA Vol. 77 nº 232, em 03/12/2012, afirma que:
Unidades Móveis Offshore (IMO MODU
publicação deste novo regulamento, a
Code 2009) define as normas para
Guarda Costeira dos EUA recomenda
“A Guarda Costeira dos EUA apresenta
os ensaios e para a certificação de
aos
orientações
equipamentos elétricos para instalação
Unidades Móveis Offshore de bandeiras
equipamentos elétricos instalados em
nestas
estrangeiras, que nunca tenham operado,
áreas classificadas de Unidades Móveis
(Modus).
mas que tenham a intenção de operar a
Offshore (Mobile Offshore Drilling Units
De acordo com este ofício, a Guarda
área da plataforma continental dos EUA,
- Modu) de bandeiras estrangeiras que
Costeira dos EUA está considerando a
a atenderem, de forma voluntária, os
nunca tenham operado, mas possuem a
emissão de uma emenda aos regulamentos
requisitos e recomendações indicadas no
intenção de operar na área da Plataforma
existentes que irá incorporar o Capítulo 6
Capítulo 6 da Edição 2009 do Código da
Continental
do IMO Modu Code e que será aplicável
Organização Internacional Marítima (IMO
a todas as Unidades Móveis Offshore
Code 2009) ”.
relacionadas
dos
EUA
com
(U.S.
os
Outer
Continental Shelf - OCS).
Unidades
Móveis
Offshore
proprietários
e
operadores
de
(Modus) de bandeiras estrangeiras que
O Capítulo 6 da Edição 2009 do
nunca tenham operado, mas que tenham a
vez, recomenda que os equipamentos e
Código da Organização Internacional
intenção de operar na área da plataforma
as instalações elétricas em atmosferas
Marítima (IMO Code 2009) para a
continental dos EUA.
explosivas sejam ensaiados e certificados
Construção e de Equipamentos para
Durante
este
período,
até
a
O IMO Modu Code 2009, por sua
de acordo com as normas internacionais
147
O Setor Elétrico / Abril de 2015
da Série IEC 60079.
(Zona 0, Zona 1 e Zona 2) foi apresentada
RP 505 (Recommended Practice for
Além disto, a IEC possui em sua
em 1971, apenas dois anos após a
Classifications of Locations for Electrical
estrutura de certificação um sistema
elaboração do primeiro projeto da Norma
Locations
internacional
de
certificação
at
Petroleum
Facilities
Ex
internacional IEC 79-10 (Classification
Classified as Class I, Zone 0, Zone 1, and
denominado de IECEx (Certification to
of Hazardous Area), que foi lançado em
Zone 2) para servir como complemento
Standards Relating to Equipment for use
1969 e cuja primeira edição foi publicada
dos requisitos indicados no novo artigo
in Explosive Atmospheres).
em 1972. Até então a classificação destas
505 do NEC/1996. Em 1999, a revisão
Como pode ser verificado neste
áreas classificadas era feita levando-se
do NEC incluiu o API RP 505 como um
documento emitido pela Guarda Costeira
em consideração somente os conceitos
código de referência no seu artigo 505.
dos EUA, a aceitação dos documentos e
de divisões (Divisão 1 e Divisão 2), que
No
dos sistemas de certificação Ex do IECEx
haviam introduzidos no NEC (National
ser verificado que as normas norte
é baseada também na aceitação, para
Electrical Code) em 1947.
americanas da ANSI (American National
estas instalações marítimas da indústria
Esta proposta inicial de inclusão de um
Standards Institute) têm se tornado cada
do petróleo nos Estados Unidos, da
sistema de classificação de áreas em zonas
vez mais harmonizadas com as normas
aceitação das normas internacionais da
teve como base o sistema internacional
internacionais da IEC. Um exemplo disto
Série IEC 60079 (Explosive Atmospheres)
da IEC, elaborado pelo TC 31 da IEC,
é a publicação de diversas Normas ANSI/
elaboradas pelo TC 31 da IEC.
o qual já havia sido internacionalmente
ISA da Série 60079, tais como:
No âmbito normativo dos EUA, ao
reconhecido. Finalmente, em 1996, o
longo do desenvolvimento histórico no
Artigo 505 do NEC incluiu a possibilidade
• ANSI/ISA 60079-0: Requisitos gerais
sentido de alinhamento com os requisitos
de utilização de um método alternativo de
para equipamentos Ex
internacionais da IEC, foi verificado que a
classificação de áreas baseado em zonas.
• ANSI/ISA 60079-1: Invólucros à prova
primeira proposta para introdução de um
No
de explosão - Ex “d”
sistema de três zonas para a classificação
API
de áreas contendo gases inflamáveis
emitiu
ano
seguinte,
(American a
prática
em
Petroleum
1997,
o
Institute)
recomendada
API
presente
momento
• ANSI/ISA 60079-2: Invólucros pressurizados - Ex “p”
pode
148
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Abril de 2015
• ANSI/ISA 60079-7: Segurança
por entidades norte-americanas, para
• FM Approvals: Organismo de
aumentada - Ex “e”
utilização em hazardous locations.
Certificação (ExCB) de equipamentos
• ANSI/ISA 60079-10-1: Classificação
Ex (escopo completo) e Laboratório de
de áreas de gases inflamáveis
relacionados com atmosferas explosivas
ensaios (ExTL)
• ANSI/ISA 60079-10-2: Classificação
com classificação de áreas em zonas fazem
• Intertek Testing Services: Organismo de
de áreas contendo poeiras combustíveis
citam a necessidade de tais equipamentos
Certificação (ExCB) de equipamentos Ex
• ANSI/ISA 60079-11: Segurança
serem listados ou aprovados, como, por
e Laboratório de ensaios (ExTL)
intrínseca - Ex “i”
exemplo, com o selo de aprovação da UL
• UL do Brasil (em fase de inscrição):
• ANSI/ISA 60079-18: Proteção por
ou do CSA.
Organismo de Certificação (ExCB) de
encapsulamento - Ex “m”
• ANSI/ISA 60079-31: Proteção por
mentos
temperatura de invólucro para poeiras
Parte
combustíveis - Ex “t”
sistema não permite a utilização de
• ANSI/ISA 60079-26: Proteção de
equipamentos Ex não aprovados. Por
equipamentos com EPL Ga
definição, equipamentos aprovados são
Deve ser ressaltado que o ofício
Os regulamentos até então existentes
De acordo com Código de Regula Federais 111.105-5,
(CRF) a
nº
46
integridade
do
equipamentos Ex (escopo completo) e certificação de competências pessoais Ex (Unidades de Competências Ex 001, Ex 002, Ex 009 e Ex 010)
equipamentos que tenham sido ensaiados
publicado pela Guarda Costeira dos
A intenção deste esforço em termos
por uma terceira parte, por um organismo
EUA
de requisitos legais da Guarda Costeira
de certificação independente, acreditado
serem
dos EUA envolvendo equipamentos e
pela Guarda Costeira dos EUA.
tempo até que uma nova revisão dos
instalações em áreas classificadas foi a de
Desta forma, uma certificação
atuais regulamentos seja publicada, para
determinar uma associação e um vínculo
emitida por um laboratório ou por um
que os proprietários e operadores de
necessário entre as normas técnicas
organismo de certificação que não seja
unidades móveis offshore de bandeiras
e sistemas de certificação Ex que são
acreditado pela Guarda Costeira dos
estrangeiras que nunca tenham operado,
requeridos nos EUA e as normas e os
EUA ou uma certificação que não atenda
mas que tenham a intenção de operar a
sistemas de certificação Ex internacionais.
completamente os requisitos de ensaio
área da plataforma continental dos EUA,
dos equipamentos de acordo com as
a atenderem, de forma voluntária, os
normas internacionais não atendem os
requisitos e recomendações indicadas
requisitos CRF 46 111.105-5.
no capítulo 6 da edição 2009 do código
Por meio destes novos ofícios, a
da
de equipamentos Ex e de instalações
Guarda
“equipamentos e instalações elétricas
elétricas em atmosferas explosivas além
equacionar, de uma forma geral, a
em
dos códigos existentes nos EUA, tornando
ambiguidade que tem resultado destes
certificação por meio de organismos de
assim possível para as plataformas de
processos aparentemente opostos de
certificação independentes acreditados
produção de petróleo, navios petroleiros
certificação, de listagem e de aprovação
dentro do sistema IECEx, o que inclui os
e FPSOs, que são fabricados em diversos
de equipamentos elétricos para instalação
respectivos certificados de conformidade
países para executarem serviços globais,
em áreas classificadas por meio de zonas.
IECEx”.
poderem ser realmente globais.
Seguindo no caminho de alinhamento
O Sistema IECEx possui até o
De acordo com a Guarda Costeira
e
harmonização
norte-americana,
a
equipamentos
de
A iniciativa e a motivação da Guarda
Costeira no
dos
EUA
reconhecimento
sistemas
são de
internacionais
baseadas
que de
existem proteção
Costeira
dos
procura
consideradas
IMO
Code
atmosferas
no
2009,
período
citando
explosivas
a de
que
obtenham
de
presente momento três sistemas de
de
normalização técnica e de certificação
certificação: de empresas de prestação
instalações
em
de equipamentos para instalação em
de serviços Ex (classificação de áreas,
atmosferas
dos
projeto, montagem, inspeção, manutenção
conforme com os requisitos indicados
Estados Unidos com a IEC e com o
e reparos de equipamentos e instalações
na Diretiva ATEX fez com que houvesse
IECEx, os seguintes organismos de
Ex), de competências pessoais para
um nível considerável de inconsistências
certificação norte-americanos já obtiveram
atmosferas explosivas e os equipamentos
com relação à determinação da devida
a devida acreditação dentro do sistema
Ex. Estes sistemas de certificação são
conformidade de embarcações móveis
internacional IECEx:
totalmente baseados de acordo nas
e
explosivas
certificadas
explosivas
sistemas
recomendações
proliferação
atmosferas
dos
EUA
apresentou
existentes
marítimas que atracam nos diversos
normas internacionais da Série IEC
portos dos EUA e que operam na área de
• UL – Underwriters Laboratories:
60079,
sua plataforma continental marítima, com
certificação de empresas de prestação
laboratórios, organismos de certificação
relação à necessidade de equipamentos
de serviços Ex e de equipamentos Ex
de produtos e de pessoas independentes.
que
(escopo completo)
Estes três sistemas de certificação
fossem
listados
ou
aprovados
incluindo
a
participação
de
149
O Setor Elétrico / Abril de 2015
do IECEx envolvem Organismos de
“Requisitos para atmosferas explosivas
do projeto destas embarcações. Nestes
Certificação (ExCB) e Laboratório de
em
casos,
Ensaio (ExTL) acreditados por partes
na plataforma continental marítima e
classificadoras
(peer evaluation), dentro do sistema
embarcações executando atividades na
respectivas
IECEx,
plataforma continental marítima, sejam
estrangeiras, além de consultar a Guarda
norte-americanas
Costeira dos EUA para a verificação
após
devidas
terem
evidenciado
competências
as
estabelecidas
Modus,
instalações
ou
flutuantes
estrangeiras,
e
as
colaboram empresas
as
construtoras
para cada um destes três sistemas de
inflamáveis ou combustíveis”.
embarcações para operar naquele país.
certificação, bem como nas seguintes
A
normas internacionais:
foi a de propor que as instalações
em conjunto com a empresa construtora
marítimas offshore, que nunca tenham
estrangeira estabelece os requisitos de
•
17024:
sociedade
classificadora
naval,
da
operado na área da plataforma continental
projeto, equipamentos e de instalações Ex,
marítima dos EUA, estejam de acordo
os quais são posteriormente submetidos a
organismos que certificam pessoas
com as normas equivalentes indicadas
aprovação por parte da Guarda Costeira
• ISO/IEC 17025: Requisitos gerais para
nos regulamentos existentes nos EUA
dos EUA para fins de solucionar questões
a competência de laboratórios de ensaio
para os Modus ou com o Capítulo 6 do
pendentes que possam ser requeridas,
e calibração
IMO Modu Code 2009, incluindo os
com relação à normalização técnica e
da
relatórios de ensaios e a certificação por
sistemas de certificação Ex.
para
um organismo independente, reconhecido
organismos de certificação de produtos,
dentro do Sistema IECEx.
destas plataformas ou navios petroleiros
processos e serviços
Como pode ser observado, a Guarda
podem solicitar a utilização de um tipo
• ISO 9001: Sistema de Gestão da
Costeira dos EUA reconhece que cada
específico de equipamento Ex que ainda
Qualidade - Requisitos
vez mais e mais embarcações e unidades
não seja de utilização frequente, e que não
ISO/IEC
17065:
conformidade
—
Avaliação
A finalidade deste novo regulamento
daquelas
conformidade — Requisitos gerais para
•
ISO/IEC
cargas
legal
com
embarcações
carregam
conformidade
sociedades
pelos documentos operacionais aplicáveis
que
da
normalmente
Avaliação
Requisitos
Por exemplo, as empresas projetistas
móveis offshore para a indústria do
tenha sido fabricado segundo as normas
os
petróleo de bandeiras estrangeiras serão
internacionais da IEC. Nestes casos as
Laboratórios de Ensaios (ExTL) ensaiam
construídas de acordo com as normas
sociedades
os equipamentos Ex para verificação da
internacionais
submetem uma solicitação de análise e de
conformidade com as respectivas normas
elaboradas pelo TC 31 da IEC.
aprovação por parte da Guarda Costeira
técnicas da Série IEC 60079 e elaboram
Além disso, são autorizados para
dos EUA.
os respectivos Relatórios de Ensaios
instalação
nestas
(ExTR). Os Organismos de Certificação
plataformas
de
navios
padrão é que estes equipamentos não
(ExCB) avaliam o Sistema de Gestão
petroleiros e FPSOs, os equipamentos
sejam aceitos, a menos que eles possuam
da Qualidade do fabricante e emitem os
para atmosferas explosivas, que atendam
uma avaliação de terceira parte por
respectivos relatórios de avaliação da
aos requisitos das normas internacionais
parte de um organismo de certificação
qualidade (QAR)
da série IEC 60079, sejam ensaiados
reconhecido pela Guarda Costeira dos
De acordo com as recomendações
e
EUA, tal como, por exemplo, um selo UL
emitidas,
dos
certificação ou laboratórios de ensaios
Listing.
EUA acredita que a certificação de
acreditados no sistema IECEx ou pela
Neste sentido, a Guarda Costeira
equipamentos elétricos destinados para
Guarda Costeira dos EUA.
dos EUA reconhece que no atual mundo
instalação em atmosferas explosivas deve
No caso das plataformas, navios
globalizado, em que tantas plataformas,
contar com a participação de laboratórios
petroleiros e FPSOs estrangeiros que
navios petroleiros e FPSOs possuem
de ensaios competentes e independentes,
operam na plataforma continental dos
bandeiras
da forma como prescrita no Capítulo 6 do
EUA, a forma como os equipamentos Ex
caminhando no sentido de harmonização
IMO MODU Code 2009.
são utilizados é também influenciada em
dos requisitos legais e aceitação de
Mais recentemente, em 26/06/2013,
parte pelas sociedades classificadoras
equipamentos e sistemas para instalação
um ofício contendo uma proposta de
navais, tais como DNV GL, Bureau
em atmosferas explosivas com certificação
novo regulamento - Notice of Proposed
Veritas, ABS e Loyds Register. Faz
internacional IECEx.
Rulemaking
Dentro
do
a
sistema
Guarda
(NPRM)
IECEx,
Costeira
foi
da
certificados
série
IEC
embarcações,
produção,
por
60079,
organismos
de
classificadoras
envolvidas
Na maioria destes casos, a resposta
estrangeiras,
eles
estão
publicada
parte do escopo das responsabilidades
pelo Federal Register dos EUA, que
destas sociedades classificadoras navais,
posição da Nema e o ponto de vista dos
inclui uma nova subseção ao CFR 46 –
que classificam as unidades móveis
fabricantes norte-americanos de unidades
111.108. Esta nova subseção é intitulada
marítimas, a verificação do detalhamento
pré-fabricadas sobre o sistema IECEx.
Na próxima edição, serão discutidas a
150
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por Odair de Souza Andreaça e Jonas Cirilo*
Manutenção e proteção de motores de baixa tensão em processos críticos
Em
grandes
sistemas
elétricos,
“catastrófico”. São processos críticos,
e em menores custos.
são
cuja paralisação pode colocar em risco
Os
imprescindíveis motores elétricos, que
a vida de pessoas, a integridade do
mecanicamente ao processo, portanto,
nada mais são do que equipamentos
patrimônio ou ainda envolver custos
sujeito a anomalias do gênero, como
destinados a converter energia elétrica
exorbitantes dependendo da cadeia
travamento de eixo, excesso de carga
em energia mecânica. Nos processos
produtiva e do que se está produzindo.
mecânica,
industriais,
principalmente
é
nos
industriais,
ligados
desacoplamento,
entre
presença
Falhas e interrupções irão ocorrer, mas
outros. As falhas mecânicas repercutem
existem alguns recursos que podem ser
em maior ou menor grau na parte elétrica.
diversificadas potências em uma mesma
aplicados para minimizar esse tempo de
Em maior grau, geram ocorrências,
planta.
parada nos motores elétricos.
como sobrecarga (corrente de trabalho
O objetivo de qualquer produção
Os
são
maior que a estipulada pelo fabricante).
é se manter ativa e eficiente, portanto,
equipamentos diretamente ligados à
Se o excesso de carga não for contido,
paralisações
nestes
produtividade, visto que movem as
o motor irá se sobreaquecer e, conforme
comuns,
esteiras, proporcionam o bombeamento
a sobrecarga, poderá chegar a altas
devem ser evitadas ou rapidamente
de
etc.,
temperaturas, levando a danos muito
sanadas. Há aquelas situações em
portanto, preservar a integridade e ter
mais severos, como um curto-circuito
que a paralisação de um processo
um rápido reestabelecimento quando
de suas bobinas, por exemplo. A correta
produtivo ou processo crítico pode ser
possível implica em menores transtornos
e a devida interrupção da alimentação
por
a
são
de dezenas de motores das mais
equipamentos,
comum
motores
falhas
apesar
de
motores
fluídos,
movem
elétricos
máquinas,
do motor precisa ocorrer para evitar o dano e o agravamento da situação. Para proteger e acionar esses equipamentos, as configurações mais usuais são: • Disjuntor e contator: o disjuntor atua como
proteção
de
curto-circuito
e
sobrecarga. O contator é o elemento que irá energizar (acionar) o motor. Neste caso, todas as proteções estão integradas no disjuntor; • Disjuntor, relé inteligente e contator: o disjuntor atua como elemento de proteção contra curto-circuito, o relé inteligente é um dispositivo eletrônico programável, no qual a proteção de sobrecarga pode ser ajustada e até Figura 1 – Diagrama unifilar de um Centro de Controle de Motores (CCM).
personalizada com muita eficiência. Já
151
O Setor Elétrico / Abril de 2015
o contator é o elemento que energiza o
a carga que este irá acionar (carga
- Coordenação tipo 1
motor;
leve ou carga pesada), assim como as
• Fusível, contator e relé térmico: trata-se
características técnicas dos motores,
• Requer que, nas condições de curto-
de uma das configurações mais usuais.
como ligação, corrente nominal, fator
circuito, o contator ou a partida não
O fusível tem a função de proteção
de serviço, tensão, etc. Ao dimensionar
cause perigo para as pessoas ou para as
contra curto-circuito, o contator aciona
as proteções das partidas, deve-se
instalações e pode não ser apropriado
o motor e o relé térmico faz a proteção
levar
para regime de carga posterior sem
de sobrecarga.
coordenação
As
partidas
com
inversores
em
consideração de
o
partida,
tipo
de
conforme
O que diz a norma:
reparo ou substituição de partes;
previsto na norma ABNT NBR IEC
• A corrente de falta deve ser interrompida
de
60947-4-1. Essas coordenações de
satisfatoriamente pelos dispositivos de
frequência ou soft starters costumam
partida podem ser úteis no retorno
proteção contra curto-circuito;
estar associadas a fusíveis ultrarrápidos
ao serviço após cada evento de falha
• Nenhum dano pode ocorrer aos
ou até mesmo a fusíveis e disjuntores
conforme já mencionado. A seguir,
condutores ou aos bornes;
convencionais,
sempre
exemplificamos as coordenações de
• Danos ao contator e ao relé de
seguir as recomendações do manual do
partida e proteção previstas em norma
sobrecarga são aceitáveis;
fabricante. Os inversores e soft starters
e que estarão associadas ao Centro de
• A partida pode estar inoperante depois
são equipamentos eletrônicos e sua
Controle de Motores (CCM).
de cada manobra;
tecnologia portanto,
devendo-se
avança esses
constantemente,
possuem
recursos
• Antes de retornar a operação, a
Proteção coordenada
manutenção ou troca de equipamentos
avançados para proteções de curto-
pode ser necessária. As
circuito e de sobrecarga.
proteções
coordenadas
são
à
normatizadas conforme a ABNT NBR
Trata-se
proteção e ao acionamento dos motores
IEC 60947-4-1 e são definidas de duas
custo e a mais adotada. É importante
devem ser dimensionados conforme
maneiras:
destacar que na coordenaçãov tipo 1,
Os
elementos
associados
da
solução
de
menor
152
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Abril de 2015
havendo a ocorrência (curto-circuito ou
circuito, o contator ou a partida não
apto para operação após a primeira
sobrecarga), apesar da neutralidade dos
cause perigo para as pessoas ou para
interrupção da falta, garantindo assim a
perigos, é aceitável que os componentes
as instalações, devendo ser apropriado
rápida reenergização da partida.
fiquem danificados de tal forma que a
para uso posterior;
Em geral, não é necessário um
substituição seja necessária. Quando há
• A corrente de falta deve ser interrompida
trabalho técnico altamente especializado
um curto-circuito, danos definitivos são
satisfatoriamente pelos dispositivos de
e o principal aspecto aqui é a agilidade
comuns nos equipamentos.
proteção contra curto-circuito;
no retorno das operações, minimizando
• Nenhum dano pode ocorrer aos
prejuízos
o equipamento e a carga, porém, não
condutores ou aos bornes;
previstas.
tem compromisso com o rápido retorno
•
ao serviço. A equipe técnica tem de ser
permanente ao relé de sobrecarga ou a
coordenação a ser utilizada depende
especializada no reparo e a manutenção
outras partes do equipamento;
da importância da carga em si, do valor
pode ser lenta, visto que, na maioria das
• A soldagem dos contatos do contator
do processo produtivo, dos custos
vezes, o contator precisa ser trocado, em
é admitida, se eles forem facilmente
envolvidos na paralisação da produção
especial quando ocorre curto-circuito.
separados (nenhuma substituição de
e,
Caso exista proteção por fusíveis, é
partes é admitida);
investimento
recomendada sua troca, mesmo que
• A saída para o motor não deve
disposta a fazer.
eles não apresentem danos aparentes.
apresentar nenhum problema e deve
Este tipo de coordenação protege
Recomenda-se que a empresa tenha
Não
é
permitido
nenhum
dano
com
paralisações
não
Como posto, a definição do tipo de
consequentemente, que
a
do
nível
empresa
de está
estar apta a funcionar;
Coordenação do tipo 2 e gavetas
um estoque de peças de reposição,
• Para retorno ao serviço, uma rápida
extraíveis
visando reduzir o tempo de paralisação,
inspeção é o suficiente.
manutenção
além de uma equipe treinada, que
menor
tempo
de
Por questões óbvias, foi demonstrado
possa oferecer um rápido suporte para
Diferentemente
coordenação
que a coordenação tipo 1, apesar do
o reestabelecimento do processo no
tipo 1, a coordenação tipo 2 tem
menor custo, não é a melhor alternativa
menor tempo possível dentro de suas
o
rápido
quando se trata de motor cuja paralisação
limitações.
reestabelecimento da partida, exigindo,
seja crítica. Para casos específicos,
compromisso
da
–
com
o
no máximo, uma breve inspeção e, se
em que os custos decorrentes de uma
Coordenação tipo 2
necessário, uma simples manutenção. A
paralisação inesperada do processo
norma também exige que o dispositivo
produtivo são significativos, vale a pena
de proteção contra curto-circuito esteja
fazer um investimento maior e adotar
O que diz a norma:
• Requer que, nas condições de curto-
Figura 2 – CCM com gavetas extraíveis.
Figura 4 – Ensaio de verificação do disparo do relé de sobrecorrente.
153
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Figura 3 – Gaveta extraível.
uma solução com coordenação tipo 2. Em grandes processos industriais, em que se deseja minimizar o tempo de manutenção, além de uma coordenação
Figura 5 – Arranjo de curto-circuito na saída da gaveta do CCM.
maior, também podemos prever em nosso projeto que o CCM seja do tipo com gavetas extraíveis, assim, cada partida será alocada em cada gaveta. A
principal
vantagem
desta
solução é que, em caso de falha, a partida defeituosa pode ser retirada e substituída por uma reserva, ou a própria gaveta pode ser removida para outro local com uma melhor estrutura de manutenção.
Um Centro de Controle de Motores é
um produto normatizado, portanto, deve seguir as prerrogativas de montagem e ensaios determinados pela ABNT. As normas pertinentes aos CCMs de baixa tensão são a ABNT NBR IEC 604391, a ABNT NBR IEC 60947-4-1 e os ensaios de coordenação de partida previstos para certificação do produto estão descritos a seguir: Verificação do disparo do relé de sobrecorrente: neste ensaio, é injetada uma corrente aleatoriamente superior à corrente nominal e observa-se a atuação do
dispositivo
de
proteção
dentro
da curva (tempo versus corrente) do equipamento escolhido. O teste será considerado concluído se o dispositivo atuar dentro da curva prevista para o dispositivo. Verificação da proteção de curtocircuito: neste caso, dois ensaios são
componentes e condutores da partida,
exigidos: a) Ensaio
à
corrente
condicional
nominal “Iq”, em que o valor da corrente
o que poderia causar maiores danos na sua reenergização.
é definido pelo próprio fabricante; b) Ensaio à corrente presumida “r”,
Conclusão
em que os valores de corrente são determinados pela tabela 12 da ABNT
Independentemente do tamanho do
NBR IEC 60947-4-1.
processo,
paradas
não
programadas
causam transtornos, levam tempo até o Para ambos os casos, a gaveta a ser
restabelecimento, param a produção e, de
ensaiada deverá estar preparada para
qualquer forma, geram prejuízos diretos ou
simular uma condição de curto-circuito
indiretos. Processos vitais ou processos
nos cabos de alimentação do motor ou
cujos custos de parada sejam de grandes
no próprio motor. Para isso, é feito um
dimensões
arranjo de curto-circuito na saída desta
adicionais e o projeto adequado e bem
gaveta, conforme demonstrado na Figura
dimensionado é a principal ferramenta
5. Logo após a gaveta é inserida no CCM,
desta solução. Os dispositivos para
a alimentação é ligada, estabelecendo,
partida de motores estão evoluindo, estão
assim, um curto-circuito. O ensaio terá
mais robustos e inteligentes. Devemos
êxito se o disjuntor de proteção atuar, se
levar em consideração os artifícios que a
não houver a abertura da porta do CCM,
atual tecnologia proporciona, visando tirar
que deverá permanecer fechada e se não
o máximo possível de proveito em prol
houver nenhum dano aos condutores ou
de uma produção mais confiável e com
aos dispositivos de partida.
rápido reestabelecimento.
Verificação
da
conformidade
precisam
de
cuidados
da
isolação: neste ensaio, a gaveta é
*Odair de Souza Andreaça é engenheiro
submetida a uma tensão suportável
eletricista e engenheiro responsável pelo
de duas vezes a tensão nominal de
desenvolvimento e aplicação de produtos da
operação
VR Painéis Elétricos.
ou
no
mínimo
1.000
V.
Este teste visa verificar se não houve
Jonas Cirilo é gerente de automação da VR
rompimento do dielétrico de todos os
Painéis Elétricos.
154
Espaço IEEE
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Por Patrícia Teixeira Asano e Gracieli Sartório de Lima*
Avaliação de locais com potencial para a implantação de geradores distribuídos sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável Atualmente vem sendo motivo de
a interconexão entre as partes de um
motivando novos estudos de identificação
debate no setor elétrico brasileiro a
sistema e não apenas as soluções no
de locais de implantação de geração
necessidade de planejar, desenvolver
campo econômico.
distribuída,
e viabilizar novos meios de geração e
O padrão de consumo de energia
a elaboração de uma ferramenta de
fornecimento de energia elétrica para o
elétrica de cada país está geralmente
auxílio a instituições do setor elétrico
atendimento da demanda, bem como a
relacionado
no
planejamento
necessidade da diversificação da matriz
econômico, aspecto que ainda hoje está
a
perspectiva
energética com o objetivo de evitar
entre os maiores objetivos das nações,
sustentável.
situações de risco ou mesmo falta de
assim, a busca por maior capacidade
fornecimento devido à impossibilidade de
de fornecimento elétrico é constante.
de locais promissores para a instalação
geração de energia associada à gestão
Contudo, existe uma inter-relação entre
de geradores distribuídos envolve:
inadequada das fontes primárias de
a produção de energia elétrica e os
energia.
impactos ambientais, seja na extração
1. Estudo e identificação dos indicadores
Com base neste contexto busca-se
de recursos primários de energia, seja
de avaliação que se aplicam ao problema
identificar
de
na deposição ou emissão de resíduos
de fornecimento de energia elétrica;
maior interesse para a instalação de
durante a produção da eletricidade ou na
2. Seleção/codificação
aerogeradores como geração distribuída
construção de empreendimentos elétricos,
viáveis – disponibilidade e coleta de
no Estado de São Paulo, sendo esta uma
além de impactos sociais associados. Em
dados;
das possíveis soluções para a expansão
maior ou menor intensidade, os impactos
3. Identificação
e operação do sistema de energético
socioambientais provocados pela geração
programa adequado para a interação dos
em uma das regiões mais populosas
de energia são inerentes a essa atividade.
critérios envolvidos. A compatibilidade dos
e
Desta
dados com o software deve ser verificada
e
classificar
economicamente
locais
desenvolvidas
do
ao
seu
maneira,
energia
elétrica,
o
crescimento
abastecimento assim
como
contribuindo
de de
assim
expansão,
para
sob
desenvolvimento
A metodologia para a determinação
de
dos
um
critérios
software/
país. Para isso utiliza-se uma análise
de
o
e havendo variáveis georreferenciadas,
multicritério e um sistema de informação
abastecimento de água, aponta para a
deve-se utilizar um Sistema de Informação
geográfica.
necessidade de um novo paradigma de
Geográfico;
A avaliação de locais propícios para
gestão e planejamento dentro de uma
4. Ordenação dos critérios de acordo
a instalação de geradores distribuídos
visão mais sustentável, ou seja, que
com o seu grau de relevância na solução
integra variáveis selecionadas a partir de
tenham uma abordagem interdisciplinar,
do problema;
indicadores de sustentabilidade, em que
com múltiplos aspectos inter-relacionados.
5. Seleção e aplicação da técnica de
se busca equilibrar diferentes aspectos
Nesse sentido, buscou-se apresentar uma
avaliação multicritério;
econômicos, sociais e ambientais. A
metodologia que proponha alternativas ao
6. Interpretação, análise dos resultados
integração
dimensões
atendimento à demanda, de modo que não
e decisão;
torna-se uma tarefa cada vez mais
de
diferentes
se limite ao desenvolvimento econômico
7. Relatório com análise e indicação de
complexa à medida que mais parâmetros
e que, ao mesmo tempo, tenha efeitos
possíveis locais de instalação, onde serão
são agregados no equacionamento do
menos agressivos ao meio ambiente e à
documentados os resultados do estudo
problema. Mesmo assim, a compreensão
sociedade.
global realizado, direcionado aos pontos
real dos problemas modernos exige uma
A metodologia mostrou-se promissora
relevantes que devem conter no estudo
visão do todo, em que é reconhecida
para solução do problema apontado
local e fazer o apontamento de possíveis
155
O Setor Elétrico / Abril de 2015
ressalvas e orientações que direcionam a
representada pela velocidade média anual
socioeconômicas
sustentabilidade do empreendimento e a
do vento a 100 metros de altura. Quanto
geração distribuída;
tomada de decisão por parte dos agentes
maior velocidade do município mais apto
•
envolvidos na análise de planejamento da
ele foi considerado para a resposta, e para
indicador foi representado pela distância
expansão.
velocidades abaixo de 6,5 m/s os municípios
da conexão à rede elétrica, refere-se à
Para validar a metodologia proposta
Custos
do
pela
inserção
abastecimento:
da este
foram considerados como não aptos;
distância entre os municípios e a rede
foi realizado um estudo para a avaliação
• Redução de impactos ambientais:
elétrica de 138 kV.
de municípios do Estado de São Paulo
neste critério foi considerado que os
mais apropriados para a instalação de
municípios com algum tipo de área de
geradores distribuídos a partir da fonte
proteção ambiental (APA) seriam evitados
inseridos e combinados em um Sistema de
eólica.
para a implantação dos aerogeradores;
Informação Geográfico, sua representação
quatro indicadores como critérios de
• Atendimento às necessidades básicas
pode ser observada na Figura 1.
avaliação, buscou-se atender às distintas
de eletrificação: considerando-se que
A
dimensões englobadas no conceito de
a energia elétrica é um insumo que
avaliação foi feita a partir de uma pesquisa
sustentabilidade, sendo eles:
pode contribuir para o desenvolvimento
aplicada a um grupo de pós-graduando
Portanto,
foram
selecionados
Os dados referentes aos critérios foram
ordenação
dos
critérios
de
social, neste critério foram priorizados
do programa interdisciplinar de Pós-
• Aproveitamento do potencial energé
os
possuíssem
Graduação em Energia da Universidade
tico local: neste indicador, foi avaliada
menor distribuição de renda, com o
Federal do ABC, e três cenários obtidos,
a
intuito de dinamizar suas atividades
como apresentado na Tabela 1.
disponibilidade
do
(a)
recurso
eólico,
municípios
que
(b) Figura 1 – (a) potencial eólico, (b) presença de APA, e (c) linhas de 138 kV.
(c)
156
Espaço IEEE
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Tabela 1 – Cenário de pesos
Pesos
Cenários
Critérios
1
2
3
1
2
1
Disponibilidade do recurso eólico
2
3
3
Distancia da rede de conexão
3
1
2
Diferença social
Tabela 2 – Ranking dos municípios mais propícios para a instalação de aerogeradores no Estado de São Paulo
Municípios
1
2
3
Guapiara
Guapiara
Guapiara
Apiaí
Barra do chapéu
Barra do Chapéu
Jacupiranga
Apiaí
Apiaí
Divinolândia
Jacupiranga
Jacupiranga
São Sebastião da Grama
Itariri
Divinolândia
Barra do Chapéu
Divinolândia
São Sebastião da Grama
Itariri
São Sebastião da Grama
São Miguel Arcanjo
Pindamonhangaba
Nova Campina
Bom Sucesso de Itararé
Observa-se
que
o
indicador
de
cenários aplicados. Estes seis municípios
identificação de locais propícios para
redução de impactos ambientais não
são representados na Figura 2.
a instalação de geradores distribuídos,
aparece na priorização, pois este foi
atendendo
considerado como um critério de exclusão.
da ordenação dos critérios de acordo
econômicos, mas também considerar as
Na sequência, os dados coletados foram
com seu grau de prioridade, todos têm
dimensões social e ambiental, visto que vem
normalizados e submetidos ao método de
interferência na resposta final. Observou-se
crescendo aos poucos a consciência de
avaliação multicritério Combinação Linear
que ocorreu uma compensação entre
que a expansão econômica não é condição
Ponderada (Weighted Linear Combination
os critérios. Isso implica que houve certo
suficiente para o bem-estar e até mesmo
– WLC). A Tabela 2 apresenta como
equilíbrio na avaliação das três dimensões
para a sobrevivência do ser humano.
resultado o ranking dos oito municípios
trabalhadas, mesmo o critério de menor
Finalizando,
mais propícios para os três cenários.
peso
escolha da tecnologia para aplicação da
Observa-se
que,
dentre
os
oito
A técnica WLC demonstrou que, apesar
teve
relevância
no
resultado
não
somente
vale
aspectos
destacar
que
a
alcançado.
metodologia e dos critérios de avaliação
Portanto, espera-se que a metodologia
foi coerente aos indicadores energéticos
para a instalação de geradores eólicos,
possa ser significativa na solução de
de sustentabilidade apresentados pela
considerando-se os critérios selecionados,
problemas no planejamento da expansão
Organización Latinoamericana de Energía
seis estão presentes no ranking dos três
e possa contribuir para a decisão na
(Olade), e procurou-se valorizar critérios
primeiros
municípios
mais
favoráveis
que proporcionassem o aproveitamento de
recursos
energéticos
locais,
a
diversificação da matriz elétrica, a redução de custos, o desenvolvimento social e a preservação ambiental. *Patrícia Teixeira Leite Asano é doutora em Engenharia Elétrica. Atualmente, é professora da Universidade Federal do ABC e membro do IEEE. Atua na área de planejamento da operação de sistemas hidrotérmicos de potência. Gracieli Sartório Cardoso de Lima é mestre em Energia pela Universidade Federal do ABC e doutoranda. Atua na área de planejamento Figura 2 – Municípios que demonstraram potencial para a instalação de geradores eólicos sob a perspectiva de desenvolvimento sustentável.
energético com foco em geração distribuída e indicadores de sustentabilidade.
158
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Abril de 2015
Energia solar: a próxima fronteira?
Há dez anos era lançado o Proinfa,
fotovoltaicas (com células produzidas
Estes agentes foram identificados como
programa do Governo Federal para o
no Brasil) – conforme exigência para
potencial gargalo no desenvolvimento
desenvolvimento de fontes alternativas
obtenção de financiamento do BNDES
deste
de geração de energia. O programa
a partir de 2020 – seria necessária a
conforme
tinha a ambiciosa meta de disponibilizar
contratação de, ao menos, 1 GW anual
Instituto de Desenvolvimento de Energias
1100 MW de energia eólica na rede até
de energia oriunda desta fonte, nos
Alternativas na América Latina (Ideal),
2008. Atualmente, o sistema conta com
próximos cinco a dez anos.
em novembro de 2014 junto a agentes
mais de 5 GW de capacidade instalada
do mercado de micro e minigeração.
originados desta fonte.
Tendo em vista a atual competitividade
novo
e
relevante
pesquisa
mercado,
elaborada
pelo
do produto, é necessário questionar
Sem prejuízo dos desafios ainda
relativa
se não seria mais importante para o
existentes para sua consolidação, a
consolidação do mercado de energia
desenvolvimento da fonte no país, que
geração solar já é uma realidade hoje no
eólica, importante questionar se seria a
a exigência de conteúdo local fosse
Brasil, e quiçá conquistará seu espaço
energia solar a próxima fronteira.
menos incisiva, permitindo que, nesta
lenta,
No 6º Leilão de Energia Reserva
fase de maternidade, o próprio mercado
como a fonte eólica há dez anos.
(Leilão 008/2014) a fonte solar vendeu,
se autorregulasse. Seria este o momento
de forma inédita, cerca de 890 MW,
para criar restrições ao desenvolvimento
a preços extremamente competitivos.
desta nova fonte de energia?
Antes do certame, previa-se que o preço
Ainda,
de viabilidade dos projetos solares
compreender melhor o papel da energia
seria próximo de R$ 250,00 MW/h,
solar no âmbito da geração distribuída.
expectativa que, após um intenso dia de
Se a energia solar ainda não é capaz
leilão, baixou até o preço médio de R$
de competir com a energia eólica e
215,12MW/h.
demais fontes renováveis nos leilões
A despeito da boa notícia, o mercado
do mercado regulado, fazendo-se ainda
de energia solar no Brasil ainda é
necessários leilões exclusivamente para
incipiente, extremamente dependente
o produto solar – a alternativa da geração
do modelo econômico e regulatório
distribuída,
a ser adotado pelo Governo Federal.
adotada
Nestas searas, algumas questões ainda
mercado para a fonte solar, podendo
não têm respostas claras.
ser esse um importante instrumento na
consolidação da fonte.
Considerada
essa
Em primeiro lugar, seria importante
questionar o nível de nacionalização
Sob
exigido
pelo
governo
federal
faz-se
ainda
no
essa
irreversivelmente,
assim
necessário
não
Brasil,
mas
amplamente
abre
perspectiva,
um
novo
impõe-se
para
a necessidade de consolidação do
a concessão de financiamento, via
previsto na Resolução 482/2012, da
Por Ana Karina E. de Souza (foto) e Felipe
BNDES. A Associação Brasileira de
Aneel, relativa à micro e minigeração de
Furcolini, respectivamente, sócia e advogado
Energia Solar Fotovoltaica (Absolar)
energia pelo consumidor, principalmente
do Machado, Meyer, Sendacz e Opice
estima que, para atrair a cadeia produtiva
no tocante ao cumprimento dos prazos
Advogados, especializados na área de
ao país, em especial no relativo a placas
e tarefas atribuídos às distribuidoras.
Infraestrutura.
160
Agenda
O Setor Elétrico / Abril de 2015
9 a 11 e 23 a 25 de junho
Informações
O treinamento é voltado para profissionais que atuam em áreas com riscos de explosões e capacita o profissional para atender às normas NR 10 e NR 20, tornando-o apto para uma futura certificação. Ao todo são seis módulos: básico, intermediário, avançado I e avançado II, elétrica/instrumentação-equipamentos e instalações, e elétrica/ instrumentação – inspeção visual e apurada. Conforme os organizadores, os módulos 1 a 4 são exigidos conforme a NR 20, sendo os módulos 1 e 2 obrigatórios para os profissionais de todas as especialidades que adentram em áreas classificadas de indústrias. Já os módulos 5 e 6 são exigidos pela NR 10, em complemento às partes 1 e 2, ao pessoal de elétrica, instrumentação e telecomunicações, que operam nestes ambientes.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 5589-4332/ (11) 2578-0008 treinamentos@project-explo.com.br
Cursos
9 a 12 de junho
Introdução à proteção de linhas de transmissão
Descrição
Informações
Apresentar e debater a aplicação das funções de proteção para linhas de transmissão a partir das características dos componentes protegido e dos transformadores para instrumentos, este é objetivo do curso pela Universidade Sel. As aulas abarcarão também as funções de proteção com direcional de sobrecorrente, distância, diferencial, comparação de fases e esquemas de teleproteção. O curso é voltado para engenheiros, tecnólogos e técnicos de empresas concessionárias de serviços de eletricidade e de empresas de engenharia e consultoria, entre outros.
Local: Recife (PE) Contato: (19) 3515-2060 universidade_br@selinc.com
16 e 17 de junho
Considerações sobre disjuntores de alta tensão
Descrição
Informações
Durante as aulas, os alunos serão apresentados aos princípios de funcionamento e modelagem digital dos disjuntores e também aos procedimentos para cálculo das tensões e correntes originadas das operações do disjuntor. Conforme o Lactec, espera-se que, ao final do curso, os participantes tenham aprendido a realizar os procedimentos de cálculo para especificação das características técnicas dos disjuntores, de forma que as ferramentas computacionais disponíveis possam ser utilizadas com mais desenvoltura.
Local: Curitiba (PR) Contato: (41) 3361-6051 cursos@lactec.org.br
18 e 19 de junho
Relés de proteção Schneider Sepam: estudo, parametrização e testes
Descrição
Informações
O curso pretende qualificar os participantes para trabalhar com relés Sepam da marca Schneider, a fim de que consigam comunicar, parametrizar, testar, interpretar resultados e obter oscilografias. Entre os temas a serem discutidos estão: conceito das funções de proteção, alteração de ajustes através do software/painel e levantamento das características e geração de relatórios. As aulas práticas serão realizadas com um número reduzido de participantes por turma.
Local: São Paulo (SP) Contato: (34) 3218-6800 conprove@conprove.com.br
1º a 3 de junho
Redes Subterrâneas de Energia Elétrica 2015
Descrição
Informações
O evento promove o debate específico do emprego de sistemas de distribuição de energia subterrâneos de energia elétrica, que são considerados pelos organizadores os mais confiáveis e adequados aos ambientes urbanos. Além da exposição, o evento contará com um fórum e um workshop sobre cabos isolados. O tema da feira deste ano, que está em sua 11ª edição, é "Novas Tecnologias e Procedimentos para a Moderna Gestão de Redes Subterrâneas".
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3051-3159 rpmbrasil@rpmbrasil.com.br
1º a 3 de junho
Eventos
Capacitação de pessoal para atmosferas explosivas
Descrição
Ilume Expo 2015
Descrição
Informações
O tema da 4ª Exposição e Fórum de Gestão de Iluminação Pública é "A Iluminação Pública e os Novos Desafios da Administração Municipal". O evento é formado também por um fórum, que acontecerá nos dias 1º e 2 de junho e um workshop sobre Leds, que ocorrerá no dia 3 de junho. Dentre os assuntos que permeiam a exposição e seus eventos paralelos estão: tecnologias para implementação e barateamento de redes de distribuição, novos paradigmas para a gestão, iluminação pública, arquiteturas em espaço público e redes áreas e subterrâneas.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3051-3159 rpmbrasil@rpmbrasil.com.br
23 a 26 de junho
Brasil Offshore
Descrição
Informações
Promovido a cada dois anos, em Macaé (RJ), base das operações e responsável por mais de 80% da exploração Offshore do Brasil, a Feira e Conferência da indústria de Petróleo e Gás – Brasil Offshore é um lugar propício para a busca e debate de novas tecnologias de exploração e produção, ideias e soluções. Em 2013, o evento teve uma visitação superior de 51 mil profissionais e 700 expositores, sendo 155 internacionais.
Local: Macaé (RJ) Contato: info@reedalcantara.com.br
24 a 27 de junho
Construir Minas (Minascon)
Descrição
Informações
A feira une em um mesmo local todos os segmentos da indústria da construção civil do mercado mineiro para apresentar as novidades do setor, principais tendências, produtos e soluções, incluindo materiais elétricos e de iluminação. Na edição realizada no ano passado, 300 empresas participaram da Construir Minas, que atraiu um público de cerca de 40 mil pessoas ao longo de quatro dias, gerando aproximadamente R$ 120 milhões em negócios.
Local: Belo Horizonte (MG) Contato: (21) 2441-9100 feiraconstruir@fagga.com.br
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Abril de 2015
3M 143 0800 0132333 www.3meletricos.com.br A Cabine 104 (11) 2842-5252 vendas@acabine.com.br www.acabine.com.br 135
A&PW Brasil new.abb.com/br/apwbrasil Agpr5 - Abirush Automação 107 e Sistemas (48) 3462-3900 comercial@a5group.com.br www.a5group.com.br Alpha 112 (11) 3933-7533 vendas@alpha-ex.com.br www. alpha-ex.com.br Altus 87 (51) 3589 9500 www.altus.com.br
Daisa 41 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br
Himoinsa 17 (31) 3198-8800 brasil@himoinsa.com www.himoinsa.com.br
Média Tensão 45 (11) 2384-0155 vendas@mediatensao.com.br www.mediatensao.com.br
Power Lume 39 (54) 3222-3515 powerlume@powerlume.com.br www.powerlume.com.br
Dialight 147 (11) 4431-4300 vendas.brasil@dialight.com www.dialight.com
ICE Cabos Especiais 119 (11) 4677-3132 www.icecabos.com.br
Megabrás 78 (11) 3254-8111 ati@megabras.com.br www.megabras.com
Press Mat 73 (11) 4534-7878 contato@pressmat.com.br www.pressmat.com.br
Melfex 15 (11) 4072-1933 vendas@melfex.com.br www.melfex.com.br
Prysmian 11 (11) 4998-4155 ofertas.energia@prysmiangroup.com.br www.prysmiangroup.com.br
Montal 134 (31) 3476-7675 vendas@montal.com.br www.montal.com.br
RDI Bender 51 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br
Mon-Ter 97 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br
Rittal 65 (11) 3622-2377 info@rittal.com.br www.rittal.com.br
Multhiplos 91 (11) 2724-8333 multhiplos@multhiplos.com.br www.multhiplos.com.br
RM Sarel 20 (11) 2268-2935 contato@rmenergy.com.br www.rmenergy.com.br
Nambei Fios e Cabos 111 (11) 5056-8900 vendas@nambei.com.br www.nambei.com.br
Rudolph Fixações 151 (47) 3281-2929 rudolphfixacoes@rudolph.com.br www.rudolphfixacoes.com.br
Nelmetais 151 (11) 3531-3444 nelmetais@nelmetais.com.br www.nelmetais.com.br
Sarel 139 (11) 4072-1722 sarel@sarel.com.br www.sarel.com.br
Netz Service 43 (11) 3949-7998 netz@uol.com.br www.manutencaoeletrica.com.br
Sassi Medidores 114 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br
Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br
Sicame 145 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br
Dutoplast 21 (11) 2524-9055 vendas@dutoplast.com.br www.dutoplast.com.br Eaton Encarte (11) 4525-7100 www.eaton.com.br Efe-Semitrans 49 (21) 2501-1522 / (11) 5686-1515 adm@efesemitrans.com.br sp.vendas@efesemitrans.com.br www.efesemitrans.com.br
12
IFG (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br Iguaçumec 108 (43) 3401-1000 iguacumec@iguacu.com.br www.iguacumec.com.br Ilumatic 37 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br
Eletrobrás 4 e 5 www.eletrobras.com.br
Inelsa 93 (85) 3371-9600 www.inelsa.com.br
Eletromar 105 0800 7242 437 www.hager.com.br
Instrumenti 101 (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br
Elos 77 (41) 3383-9290 elos@elos.com.br www.elos.com.br
Instrutemp 106 (11)3488-0200 vendas@instrutemp.com.br www.instrutemp.com.br
Embramat 13 (11) 2098-0371 embramat@embramataltatensao.com.br www.embramataltatensao.com.br
Intelli (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br
Embrata 117 (11) 4513-8665 embratarui@terra.com.br www.embrata.com.br
Itaim Iluminação 2ª capa (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br
Cablena 29
Enercom 27 (11) 2919-0911 vendas@enercom.com.br www.enercom.com.br
Itaipu Transformadores 83 (16) 3263-9400 comercial@itaiputransformadores.com.br www.itaiputransformadores.com.br
Novemp Fascículos, 70 e 71 (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br
CBQEE 159 www.sbqee.org.br/cbqee
Facilit 98 (11) 4447-1881 vendas@faciliteletrocalhas.com.br www.faciliteletrocalhas.com.br
Kanaflex 110 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br
Sindustrial Engenharia 137 (14) 3366-5200 / 3366-5207 www.sindustrial.com.br
Nutsteel 121 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br
Steck 81 0800 122022 / 11 6245-7000 vendas@steck.com.br www.steck.com.br
Fastweld (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br
Kienzle 144 (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br
Obo Bettermann 138 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br
Strahl 75 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com
General Cable 55 (11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com
KRC 155 (11) 4543-6034 comercial@krcequipamentos.com.br www.krcequipamentos.com.br
Palmetal 115 (21) 2481-6453 palmetal@palmetal.com.br www.palmetal.com.br
Tigre Tubos e Conexões 9 (47) 3441-5000 / 0800 707 4700 teletigre@tigre.com.br www.tigre.com.br
Gimi 99 (11) 4752-9900 vendas@gimi.com.br www.gimi.com.br
Liba Painéis e Automação 96 (21) 3658-7706 / 7196 www.libapaineis.com.br comercial@libapaineis.com.br
Paraeng Pára-Raios 123 (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br
Trael 10 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br
Gimi Pogliano 57 (11) 4752-9900 www.gimipogliano.com.br
Líder Rio 14 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com
Paratec 140 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br
Unitron 133 (11) 3931-4744 vendas@unitron.com.br www.unitron.com.br
Logmaster 82 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br
Patola 109 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br
Vextrom 85 (11) 3672-0506 atendimento@vextrom.com.br www.vextrom.com.br
Maccomevap 6 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br
Poleoduto 16 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br
VR Painéis Elétricos 103 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br
Alumbra 113 (11) 4393-9300 sac@alumbra.com.br www.alumbra.com.br BHS Eletrônica 89 (11) 2291-1598 comercial3se@bhseletronica.com.br www.bhseletronica.com.br Brasil Offshore 157 www.brasiloffshore.com BRVal 8 (21) 3837-4646 vendas@brval.com.br www.brval.com.br Cabelauto 33 (35) 3629-2514/2500 comercial@cabelauto.com.br www.cabelauto.com.br (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br
Cinase 7 (11) 3872-4404 adolfo@atitudeeditorial.com.br Clamper Fascículos e 79 (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicacao@clamper.com.br www. clamper.com.br Cobrecom 59 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br Condumax 26
0800 701 3701 www.condumax.com.br Conex 25 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br
161
4ª capa
35
Cordeiro 19 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br
HDA Iluminação Led (54) 3298-2100 hda@hda.ind.br www.hda.ind.br
Crimper 118 (11) 3834-0422 / 0800 7721 777 vendassp@crimper.com.br www.crimper.com.br
Hellermann Tyton 53 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermanntyton.com.br
141
Simpase 131 www.simpase.com.br
162
What’s wrong here?
O Setor Elétrico / Abril de 2015
O que há de errado? Observe a imagem e identifique as não conformidades com relação às normas técnicas brasileiras vigentes. Para enviar sua resposta, acesse www.osetoreletrico.com.br, clique em “What’s wrong here?” e preencha o breve formulário!
PREMIAÇÃO
O leitor que mandar a melhor
resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada, de acordo com as normas técnicas
Esta instalação foi registrada pelo engenheiro Paulo Barreto, da Barreto Engenharia. Encontre os
vigentes, receberá como prêmio um
erros, mande suas conclusões e concorra a prêmios! O resultado será divulgado na edição 113, de
exemplar da mais nova edição do
junho de 2015.
Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, que traz as principais
Resposta da edição 109 (Fevereiro/2015)
O leitor LEANDRO ARAKI apresentou
atualizações normativas do setor!
ou na cobertura
a resposta mais completa com relação às
do cabo
não conformidades com as normas técnicas
unipolar;
brasileiras vigentes. O vencedor receberá
6.2.11.4.1 Nas
um exemplar do Anuário O Setor Elétrico
canaletas
de Normas Brasileiras com as principais
instaladas
atualizações normativas do setor. Parabéns
sobre paredes,
a todos os leitores que mandaram suas
em tetos ou
respostas e continuem participando!
suspensas e
Não perca tempo! Mande sua resposta para interativo@atitudeeditorial.com.br ou
nos perfilados,
acesse o site www.osetoreletrico.com.br
Confira a resposta correta:
podem ser
e mande suas impressões!
Diversas não conformidades com relação
instalados condutores isolados, cabos
à ABNT NBR 5410:2004, que trata das
unipolares e cabos multipolares. Os
instalações elétricas de baixa tensão, foram
condutores isolados só podem ser utilizados
encontradas, entre elas, as que desrespeitam
em canaletas ou perfilados de paredes não-
os seguintes itens:
perfuradas e com tampas que só possam ser
6.2.11.3.2 Para a fixação direta dos cabos
removidas com auxílio de ferramenta. NOTA
em paredes ou tetos, podem ser usadas
Admite-se o uso de condutores isolados em
e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para
abraçadeiras, argolas ou outros meios;
canaletas ou perfilados sem tampa ou com
o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e
6.1.5.3.3 Qualquer condutor isolado, cabo
tampa desmontável sem auxílio de ferramenta,
nos ajude a denunciar os disparates cometidos
unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado
ou em canaletas ou perfilados com paredes
por amadores e por profissionais da área
como condutor PEN deve ser identificado
perfuradas, com ou sem tampa, desde que
de instalações elétricas. Não se esqueça de
de acordo com essa função. Em caso de
estes condutos: a) sejam instalados em locais
identificação por cor, deve ser usada a cor
só acessíveis a pessoas advertidas (BA4) ou
azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos
qualificadas (BA5), conforme tabela 18; b)
pontos visíveis ou acessíveis, na isolação do
sejam instalados a uma altura mínima de 2,50
condutor isolado ou da veia do cabo multipolar,
m do piso.
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Interatividade Se você encontrou alguma atrocidade elétrica
mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.