Ano 10 - Edição 112 Maio de 2015
Leds, finalmente, certificados Agora é obrigatório! Leds com dispositivos integrados à base deverão possuir selo do Inmetro para serem comercializados no país TRANSMISSÃO DE ENERGIA Agentes aguardam ansiosos leilão do “linhão” de Belo Monte. Pesquisa exclusiva traz informações de mercado deste setor ENERGIA INCIDENTE EM PAINÉIS ELÉTRICOS Qual o investimento necessário a se fazer em eficiência energética?
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de pesquisa Jaqueline Baptista – jaqueline@atitudeeditorial.com Assistente de Circulação Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com
Pesquisa – Equipamentos para transmissão e distribuição de energia 96 O segmento de distribuição de energia elétrica permanece estagnado com as distribuidoras tentando liquidar seus empréstimos. Já o setor de transmissão mostra-se ansioso com o Leilão do Linhão que ligará a Usina Belo Monte ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Coluna do consultor 8
Espaço 5419 140
Em momentos de crise, uma das recomendações é reciclar-se.
Artigo a respeito da primeira parte da nova norma de proteção contra
Nesse sentido, o consultor da revista, José Starosta, sugere três
descargas atmosféricas, a ABNT NBR 5419-1 (Princípios gerais).
eventos nos quais o profissional de engenharia elétrica pode exercitar tal prática.
Espaço 5410
Seção dedicada a transmitir um resumo do que vem sendo discutido
Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187
Painel de notícias
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
de energia elétrica em maio; Comissão de Infraestrutura do Senado
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MME e Cepel lançam Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas; País registra queda no consumo e na geração aprova incentivo para energia solar; Aprovada regra de concessão de áreas para instalações de concessionária de energia elétrica;
Consultor técnico José Starosta
AES Eletropaulo investe R$ 118 milhões no 1º trimestre do ano; Eletrosul inicia obras para incrementar sistema de transmissão em
Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Adelson Menezes Lima, Ádller de Oliveira Guimarães, Cairê Moura Franco, Cesar Agarelli, Cyro Boccuzzi, Eduardo Daniel, Emmanuel Ramon Marques Dantas, Humberto Dionísio de Andrade, José Claudio de Oliveira e Silva, Leandro Ávila da Silva, Manuel Luís Barreira Martinez, Plinio Godoy, Rodrigo Augusto Neves, Sergio Feitoza e Victor de Paula Brandão Aguiar Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora.
Nesta edição: a análise do texto base e das sugestões recebidas sobre proteção contra efeitos térmicos.
Colunistas Michel Epelbaum – Energia sustentável 144 Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação Eficiente
Santa Catarina.
Evento - Hannover Messe 24
Jobson Modena – Proteção contra raios 152
154
João Barrico – NR 10
tecnológicas apresentadas pela maior feira industrial do mundo.
José Starosta – Energia com qualidade
Evento - Fiee
30
146
Cláudio Sérgio Mardegan – Análise de sistemas de potência 150
Com exclusividade, a revista O Setor Elétrico acompanhou as novidades
156 Roberval Bulgarelli – Instalações Ex 158 162
Confiram mais lançamentos e novidades em produtos de empresas
Dicas de instalação
que participaram da Fiee 2015.
Breve apresentação de uma nova tecnologia aplicada a motores
Fascículos
elétricos.
39
Reportagem – Leds
76
Portarias nº 143 e nº 144 do Inmetro publicadas em março deste ano instituem a certificação compulsória das lâmpadas de Led com dispositivo integrado à base. Obrigatoriedade deverá melhorar a qualidade dos produtos fabricados e comercializados no país.
86
Artigo – Arco elétrico
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.
arcos elétricos em ambientes industriais.
Filiada à
nas reuniões de 2015 de revisão da norma ABNT NBR 5410:2004.
Luis Fernando Arruda – Instalação MT 148
Capa: Sean Pavone | Shutterstock.com Impressão - EGB Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
142
Estudo sobre energia incidente gerada por instalações sujeitas a
Aula prática – Eficiência energética 130
Espaço IEEE
164
Contribuição do planejamento da operação de usinas hidrelétricas para regime de cotas de garantia física.
Ponto de vista 166 Sugestões de um especialista da área de energia elétrica para que o país avance na discussão referente à eficiência energética.
Agenda
168
Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.
170
A necessidade de ações práticas, em termos de eficiência
What’s wrong here
energética, para mudar a realidade das indústrias brasileiras.
Identifique o que existe de errado na instalação.
3
Editorial
6
O Setor Elétrico / Maio de 2015
www.osetoreletrico.com.br
Ano 10 - Edição 112 Maio de 2015
Leds, finalmente, certificados
O Setor Elétrico - Ano 10 - Edição 112 – Maio de 2015
O entrave da transmissão
Agora é obrigatório! Leds com dispositivos integrados à base deverão possuir selo do Inmetro para serem comercializados no país TRANSMISSÃO DE ENERGIA Agentes aguardam ansiosos leilão do “linhão” de Belo Monte. Pesquisa exclusiva traz informações de mercado deste setor ENERGIA INCIDENTE EM PAINÉIS ELÉTRICOS Qual o investimento necessário a se fazer em eficiência energética?
Edição 112
Se o setor elétrico não vive o melhor de seus dias, parte disso pode ser colocada na conta dos atrasos das obras
de transmissão. Há alguns meses, uma reportagem publicada nesta revista já alertava para as consequências que a morosidade da construção das linhas de transmissão causava para o país. Isso porque alguns parques eólicos já tendo participado de leilões e prontos para produzirem energia não poderiam operar porque não havia linhas para escoar a energia gerada. Ocorre que, enquanto isso, os projetos de eólica eram remunerados pela União.
Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou que, entre julho de 2012 e dezembro de 2013,
48 usinas eólicas localizadas na Bahia e no Rio Grande do Norte estavam aptas a operar, mas impossibilitadas a despachar a energia produzida por conta de atrasos nos sistemas de transmissão. O TCU estimou que neste período, que foi o mais crítico, o prejuízo foi da ordem de R$ 929 milhões, devido às remunerações para as usinas paradas e ao acionamento das térmicas para ancorar o sistema e garantir atendimento à demanda do país.
De acordo com o Tribunal, uma das grandes responsáveis, a Chesf, teve todos os prazos descumpridos e, por
isso, teve que pagar uma multa para a Aneel de R$ 11,5 milhões. Além disso, o TCU destacou falhas nos planejamentos dos leilões, como foi o caso da instalação da eólica de Igaporã, na Bahia, que foi a leilão com a sua capacidade de transmissão já esgotada.
Pensando nisso, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados decidiu aprovar o relatório do
deputado Beto Rosado favorável à proposta do deputado Eduardo da Fonte (PP/PE), que prevê a fiscalização dos processos de implantação dos parques de energia eólica. Pela proposta, o Tribunal de Contas da União deverá auxiliar a comissão na realização da fiscalização.
A mesma motivação levou a Aneel a também criar um grupo para fiscalizar casos exorbitantes de descumprimentos
de cronogramas em obras de linhas de transmissão e de usinas. O objetivo é evitar que situações como as relatadas pelo TCU voltem a ocorrer. Além das linhas de transmissão, serão investigados projetos de geração com capacidade superior a 300 MW que estejam destinados a uma única subestação de energia e situações em que a mesma subestação seja utilizada para mais de cinco usinas em construção.
A nova fiscalização já está sendo aplicada em cinco empreendimentos de transmissão, dos quais quatro são da
Chesf. Um dos resultados já divulgados é que o projeto Lagoa Nova 2, que deveria estar em operação desde o mês de agosto do ano passado, já contabiliza dois anos de atraso. Outras duas obras estão com atrasos de dois anos e meio e de três anos, respectivamente.
É neste setor que muitos depositam suas esperanças, como mostra a pesquisa sobre os mercados de distribuição
e transmissão publicada nesta edição. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), agentes de transmissão e de distribuição esperam maior movimentação com as encomendas provenientes de leilões de transmissão e geração. Vamos aguardar e torcer para que essas iniciativas de fiscalização se convertam em resultados positivos para o setor como um todo.
Boa leitura!
flavia@atitudeeditorial.com.br
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Coluna do consultor
A hora é de criar
Choradeiras por todos os lados, até o time do Tite não anda
do Sul. A CBQEE já esteve sediada em todas as regiões do Brasil
lá bem das pernas, fazer o quê? Arregaçar as mangas e, com as
e, desta vez, acontece em Campina Grande, na Paraíba, entre 7 e 10
armas que temos, ir à luta. As recomendações clássicas dos gurus
de julho, sob a organização da competente turma da Universidade
de plantão para as épocas não muito oportunas como a que estamos
Federal de Campina Grande. O evento tem sido responsável pela
passando são as arrumações internas, análise da posição dos
integração entre universidades, distribuidoras e órgãos da gestão
clientes, restruturações, entendimento da situação, planejamento,
pública de energia, além de empresas e profissionais com interesse
atenção à área comercial e recapacitação de pessoal, sendo esta a
no tema; assuntos não faltam.
minha preferida, afinal, sempre é hora de se aprender alguma coisa.
Claro que a recomendação terapêutica mais popular para as épocas
que se realizará nos dias 25 e 26 de agosto em São Paulo (SP), é
de crise seria a prática de sexo, mas vamos deixar este tema para as
organizado pela Abesco (associação das empresas de conservação
publicações desta área específica e nos ater à citada recapacitação
de energia) e ocorre simultaneamente à Expo-Eficiência. É a principal
ou treinamento, em engenharia, claro!
oportunidade para a discussão do importante tema no Brasil, em que
trabalhos de altíssimo nível de cases e propostas são esperados.
Pela frente, temos o nosso Cinase (Circuito Nacional do Setor
O 12º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee),
Elétrico), a ser realizado em Joinville, nos dias 10 e 11 de junho, que
São estes três importantes encontros que premiam o Brasil em
promete, em seu novo formato, maior conteúdo e aproveitamento
três regiões distintas e que merecem ser visitados por todos. Sem
para os congressistas, expositores e apoiadores. A prometida
dúvida, são ótimas oportunidades para reciclagem, treinamento,
“viagem” pelas instalações apresentará importantes temas,
negócios e aprendizado. Boa viagem a todos e, por que não, sexo
como os sistemas em média e baixa tensão, incluindo os painéis
de vez em quando...
elétricos, linhas elétricas, transformadores, motores e acionamentos, iluminação, aterramento e proteção contra raios, qualidade de energia e compensação reativa, além de outros temas de grande importância em nossa área, culminando com um exclusivo workshop com a participação de todos os congressistas. Estamos todos ansiosos para o evento na terra do querido J.E.C.
Outro seminário respeitável desse nosso setor a acontecer em
breve é a Conferência Brasileira sobre Qualidade da Energia Elétrica (CBQEE), o maior evento dedicado ao assunto em toda a América
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
MME e Cepel lançam Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas O documento contém informações e sugestões de procedimentos técnicos e contratuais, visando ao uso eficiente da energia elétrica no conjunto de edificações da Esplanada dos Ministérios O Ministério de Minas e Energia
gerais
(MME) e o Centro de Pesquisas de
cada um dos sistemas de edificações,
Energia
incluindo
Elétrica
(Cepel)
lançaram
de
eficiência a
rede
energética de
de
distribuição
o “Guia para Eficiência Energética
interna de energia, a contratação de
nas
voltado
fornecimento de energia elétrica e o
para as administrações públicas de
Edificações
Públicas”,
plano de medição e verificação, de
Brasília. Elaborado em parceria com
acordo com o Protocolo Internacional de
os dois órgãos e parte das ações do
Medição e Verificação de Performance
Projeto Esplanada Sustentável (PES),
(PIMVP).
a publicação contém informações e
Já
a
terceira
parte
contém
sugestões de procedimentos técnicos
sugestões
e contratuais, visando o uso eficiente
editais destinados à contratação de
da
energia
serviços de eficientização energética da
de
edificações
elétrica da
no
conjunto
Esplanada
dos
Ministérios.
para
a
elaboração
dos
edificação, entre os quais: diagnóstico energético;
elaboração
de
projeto
O guia está dividido em três partes
básico; elaboração do projeto executivo;
e um anexo. A primeira parte conta
execução das obras; fiscalização e
com
aspectos
acompanhamento dos resultados.
em
edificações
do
uso
da
da
energia
Esplanada
dos
Por fim, o anexo do guia descreve uma
O guia, que está dividido em três partes e um anexo, está disponível para download no site do MME: www.mme.gov.br
Ministérios. O objetivo é permitir que o
simulação do desempenho energético
gestor tenha uma noção geral do estado
de um prédio do MME, avaliando seu
de conservação da edificação sob sua
potencial de se tornar um edifício
modernas e comercialmente disponíveis.
responsabilidade.
eficiente, por meio da implantação
de medidas de eficientização mais
no site do MME: www.mme.gov.br.
A segunda parte apresenta noções
O guia está disponível para download
País registra queda no consumo e na geração de energia elétrica em maio Informações são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e tem como base dados preliminares coletados entre os dias 1º e 12 de maio O mês de maio registrou queda tanto no
57.065 MW médios. Desse montante,
Neste período analisado no mês
consumo de energia elétrica (-7%) quanto
1.848 MW médios vieram de usinas eólicas,
de maio, foi apontado um consumo de
na geração de energia (-6,5%) no Brasil
valor 143,1% maior do que o registrado em
54.733 MW médios, indicando queda
em comparação com o mesmo período
maio de 2014. As usinas hidrelétricas foram
tanto
de 2014. As informações são de boletim
responsáveis pela geração de 40.968 MW
Regulado (ACR) quanto no Ambiente de
realizado pela Câmara de Comercialização
médios, representando um decréscimo de
Contratação Livre (ACL). No mercado
de Energia Elétrica (CCEE) e tem como
4,6% em relação ao mesmo período do ano
cativo, o consumo foi de 40.882 MW
base dados preliminares coletados entre
anterior. Atualmente, as usinas hidráulicas
médios, uma queda de 7% ante 2014. Já
os dias 1º e 12 de maio.
representam 71,8% da geração de energia
no mercado livre, o consumo foi de 13.850
Conforme a CCEE, durante este
no país, índice 1,5 ponto percentual maior
MW médios, registrando um decréscimo
período foram disponibilizados ao sistema
que o registrado em 2014.
de 9,3%.
no
Ambiente
de
Contratação
Painel de mercado
12
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Ex-alunos voltam ao Instituto Mauá para discutir o setor energético Evento promovido por associação de ex-alunos reuniu estudantes, além de palestrantes e convidados graduados na instituição para discutir eficiência energética, fontes renováveis e redes inteligentes Profissionais renomados do mercado e que se graduaram no Instituto Mauá de Tecnologia voltaram à instituição no último dia 5 de maio na condição de palestrantes para falar sobre o atual cenário energético para estudantes, professores e outros convidados que também se formaram na Mauá.
Na ocasião, o engenheiro Edgar Villarinho,
atual consultor da empresa Ballon Eólica e mediador do evento, fez uma breve reflexão sobre o uso da energia renovável e destacou o potencial da energia solar no país. Para ele, o aproveitamento da incidência solar – estimada em 36 petaWh/dia – para geração de eletricidade seria o suficiente para atender toda a demanda do país. Outro
o
com pressão para o aumento da eficiência
já existem instrumentos eficientes e precisos
engenheiro Flávio Marqueti, atual presidente
energética”, avalia. E as redes de transmissão
para avaliar uma instalação e fazer todas as
da CPFL Serviços, abriu as apresentações da
e de distribuição precisarão ser modernizadas
medições necessárias – medição instantânea,
noite com uma explanação otimista sobre o
para atender a todas essas mudanças.
temporal, forma de onda, valor RMS, taxa de
futuro do setor elétrico brasileiro. O executivo
Já o engenheiro Nunziante Graziano, diretor
amostragem, integração, variáveis, etc. Para
descartou a possibilidade de racionamento
da Gimi Pogliano, iniciou sua apresentação
exemplificar, ele cita o caso dos transientes,
para este ano, mas deixou um alerta: “A gente
com a proposta de discutir oferta e demanda
que ocorrem em microssegundos, ou seja, as
sabe que o crescimento neste ano não será
de energia elétrica. Dessa maneira, aproveitou
medições devem ser feitas com equipamentos
grande e, por isso, a chance de racionamento
a oportunidade para abordar as cargas mais
adequados e sensíveis a esse detalhe, os quais
está descartada, mas se tivéssemos um
problemáticas de uma instalação e citou
já estão disponíveis no mercado. Tudo isso para
crescimento mínimo de 2% a 3%, a gente
estudos que apontam a refrigeração e a
entender, com profundidade, o comportamento
certamente passaria por um racionamento”.
iluminação como as vilãs do consumo em
de uma instalação elétrica.
Marqueti ressaltou que há importantes
instalações de prédios comerciais e públicos.
desafios a serem superados. “Para se ter
Graziano alertou, então, para a necessidade de
pequena sessão de perguntas e respostas
uma ideia, em 1970, a cada uma pessoa
se estudar a natureza das cargas de consumo
antes do encerramento. Este foi o primeiro
trabalhando, duas estavam em casa. Hoje, a
e as influências climáticas e das características
Simpósio AEXAM de Soluções Energéticas,
cada uma pessoa trabalhando, uma está em
construtivas de uma edificação para que o
mas a Associação dos Ex-alunos do Instituto
casa. Ou seja, metade da população está
projeto elétrico seja elaborado pensando no
Mauá de Tecnologia (AEXAM) pretende
economicamente ativa, o que impacta o PIB
consumo energético e em alternativas mais
continuar com a iniciativa e promover outros
per capita, assim como o consumo de energia”,
eficientes.
encontros como este.
afirma. Além disso, há um crescimento
demográfico que precisa ser considerado
Energia, Rafael Herzberg, falou sobre gestão
da iniciativa dos formandos da segunda turma
ao traçar um planejamento energético para o
proativa de energia, considerando os principais
de engenheiros como uma maneira de manter
futuro próximo.
desafios da atualidade. O também ex-aluno da
contato entre os novos engenheiros, assim
ex-aluno
da
instituição,
Este foi o primeiro Simpósio AEXAM de Soluções Energéticas, mas a Associação dos Ex-alunos do Instituto Mauá de Tecnologia (AEXAM) pretende continuar com a iniciativa e promover outros encontros como este.
Nesse sentido, para geração, espera-se
Em seguida, o sócio e consultor da Interact
Depois das apresentações, houve uma
A AEXAM nasceu no ano de 1967 a partir
Mauá e, atualmente, diretor da Ação Engenharia,
como abrir portas e melhorar o relacionamento
e
José Starosta apresentou, de maneira divertida
social e profissional dos recém-formados em
fortalecimento da geração distribuída. “O
e didática, conceitos básicos de qualidade
uma das mais importantes faculdades de
consumo deverá ser maior e mais diversificado,
da energia elétrica (QEE). Segundo ele, hoje
engenharia do país.
aumento
da
diversidade
da
matriz
14
Painel de normas
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.
Comissão de Infraestrutura do Senado aprova incentivo para energia solar Foi aprovado no dia 13 de maio projeto que isenta do IPI, PIS/Pasep e Confins painéis fotovoltaicos e outros componentes dessa modalidade de energia renovável fabricados no país. Projeto ainda segue para o Senado A
Comissão
de
Serviço
de
capacidade produtiva.
legislação
Infraestrutura (CI) do Senado Federal
Europeia.
aprovou no dia 13 de maio um projeto
é reduzir o custo dos sistemas de
Avaliando
para isentar painéis fotovoltaicos e
conversão de energia solar em energia
de
outros componentes do IPI, PIS/Pasep
elétrica. Para Morais, o alto preço dos
subaproveitado, o relator da matéria
e Confins que sejam fabricados no
painéis solares no Brasil representa um
na CI, senador Blairo Maggi (PR-
Brasil.
obstáculo ao maior aproveitamento da
MT), também acredita que a redução
energia solar no país. O senador cita o
de custos, a partir da desoneração
O PLS 167/2013, do senador Wilder
Morais
(DEM-GO),
também
O principal objetivo das isenções
uso
dos
países
o
de
da
potencial
energia
brasileiro
solar
prevê
exemplo da Europa para justificar o seu
proposta,
isenção do Imposto de Importação para
projeto. Segundo ele, a disseminação
alternativa de energia no país.
componentes
fabricados
em
dinamizará
União
a
como
produção
outros
de células fotovoltaicas em telhados
países, até que haja similar nacional
de casas e fachadas de edifícios
lei segue para a Comissão de Assuntos
equivalente ao importado, em padrão
no continente europeu decorre de
Econômicos (CAE) do Senado Federal.
de qualidade, conteúdo técnico, preço e
incentivos
(Com informações da Agência Senado.)
tributários
inseridos
na
Após aprovação na CI, o projeto de
Aprovada regra de concessão de áreas para instalações de concessionária de energia elétrica O novo regulamento, da Comissão de Minas e Energia, prevê a exigência de comprovação de negociações com proprietários ou possuidoras para que haja a declaração de utilidade pública por parte da Aneel e a liberação de forma amigável das áreas
A Comissão de Minas e Energia da
propriedades
Câmara dos Deputados aprovou no
regulamento.
início de maio uma regra que altera a Lei
A
a
segundo ele, pela necessidade de a
nº 9.074/95. A legislação afirma caber
indenização paga pela terra concedida.
empresa realizar liberação fundiária de
à Agência Nacional de Energia Elétrica
O texto original – o Projeto de Lei nº
forma rápida, e também pelo valor das
(Aneel)
utilidade
41/15, do deputado Sergio Vidal (PDT-
indenizações não ser significativo diante
pública para fins de desapropriação ou
ES) – estabelecia indenização mínima
da obra como um todo.
de instituição de servidão administrativa
de 20% do valor da terra nua no caso de
de áreas necessárias para a implantação
terras desapropriadas para instalação
da nova regra, critérios objetivos de
de instalações das concessionárias,
de equipamentos de transmissão ou de
comprovação de esforços desenvolvidos
permissionárias e autorizadas de energia
distribuição de energia elétrica em área
para a liberação, de forma amigável, das
elétrica.
rural.
Para o deputado, a Aneel tem
áreas. Conforme Squassoni, isso não
Com a nova regra, fica prevista
fixado valores muito baixos para essas
ocorre atualmente nos procedimentos
a
indenizações.
adotados pela Aneel.
negociações realizadas e concluídas
com proprietários ou possuidoras, para
relator, deputado Marcelo Squassoni
forma conclusiva, pelas comissões de
que haja a declaração de utilidade
(PRB-SP) – dá ênfase no incentivo ao
Agricultura,
pública por parte da Aneel e a liberação
processo de negociação. De acordo
e
de forma amigável das áreas. A proposta
com o relator, trata-se da melhor solução
Constituição e Justiça e de Cidadania.
estabelece ainda que a desapropriação
para as partes, haja visto que, ao
(Com informações da Agência Câmara
se dará em percentuais mínimos das
serem bem-sucedidas, as negociações
de Notícias.)
a
exigência
declaração
de
da
comprovação
de
proposta
afetadas,
conforme
acabam gerando mais do que os 20% de indenização previstos. Isto acontece,
altera
também
O texto aprovado – substitutivo do
O relator defende também, por meio
A proposta ainda será analisada, de Pecuária,
Desenvolvimento
Abastecimento Rural;
e
de
15
O Setor Elétrico / Maio de 2015
ABNT publica novas normas técnicas Buchas de transformadores A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou no dia 5 de maio de 2015 a ABNT NBR 5435:2015, que especifica buchas com tensão nominal de 15 kV, 24,2 kV e 36,2 kV, e correntes de até 160 A, utilizadas em transformadores imersos em líquido isolante. O documento, que tem 12 páginas, tornou-se válido no dia 5 de junho.
Acessórios para transformadores e reatores
No dia 28 de abril, a ABNT publicou
cinco partes da norma ABNT NBR 16367:2015, que trata de acessórios para transformadores e reatores de sistemas de potência imersos em líquido isolante. Foram publicadas neste dia as partes 1, 3, 4, 6 e 7. A parte 1 especifica os requisitos para
secador
de
ar
utilizado
em
transformadores de potência definidos na ABNT NBR 5356-1 e em reatores para sistemas de potência definidos na ABNT NBR 5356-6. A parte 3 traz os requisitos para indicadores de temperatura do óleo e do enrolamento (ITOE) utilizados em transformadores de potência também definidos na ABNT NBR 5356-1 e em reatores para sistemas de potência definidos na ABNT NBR 5356-6. A quarta parte versa sobre os requisitos
para
monitor
digital
de
temperatura do óleo e dos enrolamentos e a sexta parte diz respeito aos requisitos para válvulas para transformadores de potência nominal a partir de 500 kVA. Por sua vez, a sétima parte especifica os requisitos para relé detector de gás tipo Buchholz.
Já no dia 27 de abril, a associação
publicou as partes 2 e 5, que tratam, respectivamente, dos requisitos para dispositivo de alívio de pressão e para indicadores de nível de óleo.
Painel de empresas
16
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Eletrobras registra R$ 1,255 bilhão de lucro no 1º trimestre de 2015 O Ebitda da empresa foi de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, valor muito superior aos R$ 180 milhões registrados nos três últimos meses de 2014
Em balanço divulgado no último dia
pessoal também ajudou a Eletrobras no
inferior ao apresentado no 4º trimestre de
15 de maio, a Eletrobras informou que
lucro do primeiro trimestre. A empresa já
2014. A queda foi puxada principalmente
seu lucro nos primeiros três meses de
havia reduzido cerca de 16% no custo
pelas
2015 foi de R$ 1,255 bilhão. Conforme
de pessoal em 2014, e diminui agora
distribuição, que apresentaram redução
a
é
em 19,2%, totalizando uma economia
de 26,6% e 12,2%, respectivamente. Já
206,9% superior ao apresentado no
de R$ 315 milhões. Some-se a estes
as receitas de geração cresceram 4%,
4º trimestre de 2014, período em que
fatores a atualização monetária do valor
principalmente em função da maior venda
a empresa apresentou déficit de R$
das indenizações pela renovação das
de energia no mercado de curto prazo.
1,174 bilhão. Em relação ao primeiro
concessões, objeto da Lei 12.783/2013,
A
trimestre de 2014, o resultado é 21,4%
que rendeu à concessionária R$ 495
seu Ebitda no período. Ele foi de
melhor. Na ocasião, a empresa registrou
milhões.
aproximadamente R$ 1,4 bilhão, valor
resultado positivo de R$ 1,034 bilhão.
Resultados não tão positivos foram
muito superior aos R$ 180 milhões
sentidos na receita operacional líquida
registrados nos quatros últimos meses
R$ 341 milhões ao resultado positivo,
da
de
foi considerada uma das causas deste
meses do ano, a Eletrobras registrou uma
a
resultado. A redução no custo do
receita de R$ 8,599 bilhões, valor 12,1%
resultado operacional.
concessionária,
este
montante
A variação cambial, que adicionou
empresa.
Nestes
primeiros
três
receitas
de
empresa
2014,
o
Eletrobras,
transmissão
também
que
indica,
melhoria
e
divulgou
segundo
também
no
Empresas de projetos de sistemas prediais anunciam fusão A Projelet e a Ecom, de Minas Gerais, têm respectivamente, 23 anos e 12 anos de experiência na área de construção civil A Projelet e a Ecom duas grandes empresas
de
projetos
de
sistemas
prediais de Minas Gerais, anunciaram recentemente sua fusão. Com 23 anos de experiência, a Projelet acrescentará à parceria seus conhecimentos em obras de grande porte e do segmento de alto luxo. Já a Projelet, com 12 anos de experiência, especializou-se em projetar todos os tipos de instalações prediais, de forma integrada.
De acordo com o diretor comercial da
Projelet, Bruno Marciano, a fusão aposta na união de experiências com o intuito de aumentar a competitividade, sedimentar a atuação em Minas Gerais e sustentar projetos de expansão fora do Estado.
Com o objetivo de acalmar os clientes
A fusão aposta na união de experiências com o intuito de aumentar a competitividade da empresa, sedimentar sua atuação em Minas Gerais e sustentar projetos de expansão fora do Estado.
antigos, o diretor da Ecom, Marcelo Dicker,
da
mesmos
da soma de experiências se evidenciarão.
explica que os projetos contratados antes
profissionais. Dicker acredita que em um
mesma
forma
e
pelos
“A perspectiva é ganhar em qualidade e
da fusão continuam a ser elaborados
período de médio prazo, os resultados
eficiência”, diz.
Painel de empresas
18
O Setor Elétrico / Maio de 2015
AES Eletropaulo investe R$ 118 milhões no 1º trimestre do ano Maior parte foi direcionada para a confiabilidade operacional, com ênfase nos R$ 25,2 milhões destinados a projetos de manutenção preventiva e corretiva da rede elétrica e modernização das redes subterrâneas e de subtransmissão
O primeiro trimestre de 2015 foi
manutenção, a AES Eletropaulo pretende
primeiro trimestre do ano anterior. Desde
de muitos investimentos para a AES
instalar cerca de 50 quilômetros de “spacer
dezembro de 2009, a concessionária
Eletropaulo. Conforme a concessionária,
cable”, rede menos sensível a intervenções
reduziu o DEC em 23,5% o e o FEC em
no período, aportou-se R$ 118 milhões,
externas, como o contato com árvores.
47,9%.
cuja maior parte foi direcionada para a
Outras medidas de manutenção da rede
confiabilidade operacional. Ênfase nos
elétrica também serão colocadas em
Resultados financeiros
R$ 25,2 milhões destinados a projetos
prática.
A distribuidora fechou o primeiro
de manutenção preventiva e corretiva da
Dados
desempenho
trimestre do ano com receita operacional
rede elétrica, modernização das redes
operacional no período também foram
líquida de R$ 3,2 bilhões, aumento de
subterrâneas e de subtransmissão. A
divulgados pela distribuidora. O índice
40,3% em relação ao primeiro trimestre
perspectiva é de que, até o fim do ano,
de Duração Equivalente de Interrupção
do ano anterior. Já o Ebitda reportado foi
a empresa invista R$ 593,7 milhões,
por Unidade Consumidora (DEC) foi de
de R$ 207,2 milhões, contra resultado
sendo que parte deste montante irá para
9,08 horas, representando um aumento
negativo divulgado entre janeiro e março
a manutenção de aproximadamente 5 mil
de 8% em relação ao 1º trimestre de
de 2014.
quilômetros de rede e modernização da
2014. A elevação reflete, segundo a AES
subtransmissão e redes subterrâneas.
Eletropaulo, o impacto do último verão,
a empresa apresentou R$ 46,8 milhões
A distribuidora realizou nos primeiros
que foi marcado pela queda de muitas
de balanço positivo. No mesmo período
três meses deste ano 200 mil podas e
árvores de grande porte. Já o índice de
de 2014, foi registrado prejuízo e o
projeta para o fim de 2015 chegar ao
Frequência Equivalente de Interrupção
resultado do trimestre de 2015 reflete o
número de 340 mil podas em galhos
por Unidade Consumidora (FEC) foi de
reconhecimento de R$ 282 milhões de
próximos da rede elétrica. Ainda na área de
3,21 vezes, 26,5% inferior em relação ao
ativos e passivos regulatórios.
relativos
ao
O lucro líquido também aumentou e
Eletrosul inicia obras para incrementar sistema de transmissão em Santa Catarina Com obras iniciadas, a subestação Pinhalzinho 2 terá como função rebaixar a energia de 230 kV para 138 kV e transmiti-la à distribuidora local, tornando o sistema elétrico da região mais confiável
A Eletrosul iniciou no mês de abril a
A SE Pinhalzinho 2 terá como função
07/2013, que inclui também o segundo
implantação de uma nova subestação
rebaixar a energia de 230 kV para 138 kV
circuito da LT Santo Ângelo - Maçambará,
no município de Pinhalzinho, no oeste
e transmiti-la para a distribuidora local. As
em 230 kV, com cerca de 200 km de
de Santa Catarina. A obra irá reforçar e
obras preveem ainda a construção de uma
extensão, o segundo circuito da LT Foz
tornar mais confiável o sistema elétrico
linha de transmissão (LT) de 230 kV e 36
do
da região. Conforme a concessionária, o
quilômetros de extensão, que interligará a
aproximadamente 35 km, e a ampliação da
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
SE Pinhalzinho 2 à SE Foz do Chapecó,
SE Santa Maria 3, no Rio Grande do Sul.
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
situada na divisa de Santa Catarina com o
A Eletrosul informa que a maioria
emitiu na semana do dia 14 de maio a
Rio Grande do Sul. Para a execução das
de seus investimentos em obras de
licença de instalação da Subestação (SE)
duas construções serão investidos R$
transmissão está localizada no Estado de
Pinhalzinho 2, autorizando a Fronteira Oeste
61,4 milhões. De acordo com a Eletrosul,
Santa Catarina, distribuídas pelo Litoral Sul,
Transmissora de Energia S.A. (Fote) a
a licença de instalação emitida pelo Ibama
região Norte e Grande Florianópolis. No
começar as obras. A Fote é constituída pela
inclui ainda a ampliação da SE Foz do
total, as obras, que já estão em andamento
Eletrosul e pela Companhia Estadual de
Chapecó para conexão da nova linha. A
e compõem o conjunto de ampliação
Geração e Transmissão de Energia Elétrica
obra deve ser concluída em julho de 2016.
autorizadas pela Agência Nacional de
(CEEE-GT), que detém, respectivamente,
Os
Energia Elétrica (Aneel), totalizam mais de
51% e 49% das ações da companhia.
do lote I, do Leilão de Transmissão Aneel
empreendimentos
fazem
parte
Chapecó-Pinhalzinho
2,
que
R$ 135 milhões em investimentos.
tem
19
O Setor Elétrico / Maio de 2015
CPFL renovará iluminação de instituto da Unesp A distribuidora e o Ibilce assinaram no início de maio termo de cooperação técnica para obra de eficiência energética. Serão substituídas cerca de nove mil lâmpadas convencionais por Leds A CPFL Paulista assinou, no início de
cerca de 928 MWh ao ano, quantidade
assim,
maio, um termo de cooperação técnica
de energia suficiente para abastecer
do programa de eficiência energética
para obra de eficiência energética com o
aproximadamente 387 residências, que
provêm do valor arrecadado nas contas
Instituto de Biociência, Letras e Ciências
gastem, durante um ano, em torno de
de energia elétrica. Conforme o diretor
Exatas (Ibilce), campus da Universidade
200 KWh/mês.
de Gestão de Energia da CPFL Energia,
Estadual
Desenvolvido
Paulista
(Unesp).
Serão
pela
o
desperdício.
Os
recursos
desde
Marney Antunes, esta verba retorna
eficiência
à sociedade via projetos que buscam
CPFL
investidos R$ 965 mil na troca de 8.950
1998,
lâmpadas comuns por lâmpadas de Led.
energética
a
tornar mais consciente a relação das
As obras no Ibilce deverão durar cinco
preservação dos recursos naturais e
pessoas com a energia elétrica, fazendo
meses e a expectativa da CPFL é que,
promoção da educação para o uso
com que os recursos sejam empregados
com a renovação, o Instituto economize
racional de energia elétrica, evitando,
responsavelmente.
o
programa tem
de
como
objetivo
Omega Engineering lança Manual de Referência Técnica de Pressão no Brasil Documento tem 100 páginas e traz artigos, perguntas frequentes, tabelas, fatores de conversão, gráficos, glossários, orientações práticas, cálculos, referências técnicas para medição e controle de pressão em diversos processos A partir do mês de junho, a Omega
medição e controle de pressão em
Referência Técnica de Vazão, seguido
Engineering disponibilizará, na versão
diversos processos, além de outros
de outros temas para permitir a coleção
em português, o Manual de Referência
assuntos pertinentes ao setor. O manual
dos manuais sobre diferentes áreas. O
Técnica
de
documento
Pressão possui
no
100
Brasil.
O
será distribuído de forma gratuita em
primeiro documento deste tipo, o Manual
páginas
e
versão impressa ou PDF a partir de
de Referência Técnica de Temperatura, já
frequentes,
reserva que já pode ser realizada no site
foi lançado, na versão em português, no
tabelas, fatores de conversão, gráficos,
(br.omega.com/literature/pressure).
ano passado. Assim como o manual de
glossários,
Nos
pressão, pode ser adquirido via cadastro
traz
artigos,
cálculos,
perguntas orientações
referências
práticas,
técnicas
para
próximos
meses,
a
Omega
Engineering espera lançar o Manual de
no site da empresa.
Painel de empresas
20
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Prysmian apresenta novo cabo da família Afumex Green O Afumex Green 1 kV conta com isolação de biopolietileno, material desenvolvido a partir da cana-de-açúcar, em substituição ao convencional polietileno derivado do petróleo
A Prysmian anunciou, no último dia 6 de maio, a ampliação da sua linha Afumex Green com o lançamento do cabo ecológico classe de tensão 0,6/1 kV. Entre outras vantagens do novo cabo, estão a não propagação de chama em caso de incêndios, a baixa emissão de fumaça e de gases tóxicos e sua elevada flexibilidade.
Assim como os cabos pioneiros da família Afumex Green, de 750 V, os novos cabos apresentam como grande diferencial uma isolação
de
biopolietileno
(polietileno
verde), componente desenvolvido a partir da cana-de-açúcar, em detrimento da isolação tradicional à base de polietileno, oriundo do petróleo.
Entre outras vantagens do novo cabo,
estão a não propagação de chama em caso de incêndios, a baixa emissão de fumaça e de gases tóxicos e a sua elevada flexibilidade, devido à dupla camada, que não possui chumbo ou outros metais pesados.
passo será ampliar o uso do polietileno verde
instalações elétricas em locais com grande
O Afumex Green 1 kV é indicado
para famílias de cabos de concessionárias
concentração de pessoas e ambientes
para aplicações em equipamentos e
para distribuição de energia em redes
confinados.
iluminação em geral, sendo empregado em
aéreas e subterrâneas. No entanto, afirmou
arenas e estádios, aeroportos, shoppings,
que já é possível obter, sob encomenda,
Biopolietileno
museus, teatros, data centers, hospitais,
outros produtos da Prysmian com a
edifícios comerciais e residenciais. Além
tecnologia do biopolietileno.
biopolietileno é um plástico produzido a
disso, apresenta cobertura com proteção
partir do etanol, desenvolvido pela empresa
mecânica adicional, visando a instalação
dos cabos com polímero tradicional pelos
brasileira
de
O diretor esclarece que a substituição
Conhecido como polietileno verde, o
Braskem,
fornecedora
de
como
novos produtos será rápida, mas gradual,
matéria-prima para a Prysmian. O produto
bandejas
tendo em vista que os estoques, tanto
é
abertas, em paredes tipo dry wall e em
da fabricante, quando dos distribuidores,
fabricado com componentes de origem
eletrodutos.
ainda possuem um grande volume dos
não renovável (petróleo). No que se refere
O desenvolvimento do novo Afumex
antigos produtos. Entre as estratégias
ao funcionamento e ao aspecto visual, o
Green contou com investimentos da
de divulgação, ele afirma que “já está
desempenho é exatamente o mesmo que
ordem de R$ 10 milhões no processo
programada a capacitação de toda a força
o polietileno comum.
de pesquisa e desenvolvimento e em
de vendas dos canais de distribuição, além
equipamentos para sua produção. Embora
de comunicação visual para que os seus
verde é a redução da emissão de gases
não haja certificação ou legislação que
clientes tenham acesso a esse produto
tóxicos ao meio ambiente. Além disso, há
incentive a criação de produtos “verdes”,
com toda a informação necessária”. A
a captura de cerca de duas toneladas de
o diretor comercial da Prysmian, Humberto
expectativa é que, em até seis meses,
gás carbônico da atmosfera para cada
Paiva, diz que a preocupação da empresa
todo o mercado consumidor dos produtos
tonelada de polietileno produzido, por
foi “fazer algo que efetivamente agregasse
Prysmian de 1 kV já esteja adaptado à nova
conta do cultivo da cana-de-açúcar, o que
valor ao produto e fosse percebido pelo
tecnologia.
contribui para a redução do efeito estufa.
nosso consumidor. A recompensa virá
como fruto desse reconhecimento”, analisa.
com as normas técnicas ABNT NBR 5410
comercial em fábrica instalada no Rio
Paiva adiantou ainda que o próximo
e ABNT NBR 13570 no que diz respeito a
Grande Sul.
maneira
diretamente
mais
abrangente,
enterrado,
em
Os novos cabos estão em conformidade
idêntico
ao
material
convencional,
Uma das grandes vantagens do plástico
A resina verde é produzida em escala
21
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Itaim Iluminação comemora 50 anos de atividades Tendo em vista a rápida atualização do mercado de iluminação, a companhia investe em conhecimento técnico e suporte ao cliente para se diferenciar frente aos concorrentes
Celebrar meio século de vida não é, efetivamente, um feito para muitos empreendedores. Poucas são as empresas que conseguem se manter fortes e atuantes no país por todo esse tempo. Este é o caso da Itaim Iluminação, fabricante de luminárias, localizada na cidade de Embu das Artes, em São Paulo, que, para isso, não apenas
Em comemoração aos 50 anos, a empresa está lançando um selo comemorativo e deverá fazer algumas atividades internas no decorrer do ano.
acompanhou a evolução do mercado em
porque, segundo ele, não basta entender
Questionado sobre os resultados da
que atua, como se atualizou e transferiu
de eletrônica, é preciso ter o conhecimento
empresa neste cenário econômico delicado,
para seus produtos um misto de tecnologia
como um todo. “O melhor conjunto de
Seiji Abe avalia que 2014 foi um ano difícil
e design com qualidade técnica.
iluminação é aquele que consegue fazer
por conta das incertezas econômicas,
Criada em 1965, a Itaim Iluminação
o melhor aproveitamento da fonte de luz”,
especialmente com as eleições, mas
nasceu a partir da dificuldade que seu
acrescenta a coordenadora de marketing
pondera: “Esperávamos que 2015 fosse
fundador, o eletricista Kyozo Abe, tinha de
da empresa, Priscila do Valle.
melhor do que está sendo, no entanto, temos
encontrar luminárias com fácil instalação e
Os excessivos estudos realizados pela
visto que a área de projetos está começando
manutenção. Decidiu ele mesmo começar a
companhia surtiram efeitos. A Itaim já tem
a se movimentar mais”. Para ele, este não é
fabricar essas peças para comercialização.
em seu portfólio luminárias com Leds que,
o momento de se lamentar porque há uma
A ideia deu certo e, depois de alguns anos,
por equivalência, já substituem as lâmpadas
situação de crise. “Estamos aproveitando
a empresa mudou-se para o município
T5, com diferença de apenas 20% a mais
o momento para nos reinventar. Estamos
de Embu das Artes (SP), ampliando sua
no preço. “Logo que os Leds entraram, a
mais concentrados no desenvolvimento de
capacidade
em
diferença de preço era muito grande, mas
produtos e verificando nossos processos,
uma planta com 30.000 m², modernos
produtiva.
Atualmente,
como estamos estudando o Led há muito
nos reestruturando”, afirma.
equipamentos e laboratório próprio, a Itaim
tempo, já conseguimos chegar a um preço
No que diz respeito à exportação, a
Iluminação é uma das maiores fabricantes
mais competitivo”, avalia o diretor.
empresa tem planos e vem priorizando
brasileiras de produtos para iluminação.
Seiji Abe alerta ainda para erros
o mercado externo, especialmente, a
de
cometidos
América Latina. “Temos mais proximidade,
o mercado de iluminação mudou muito.
pelo mercado. Segundo ele, na hora de
identidade e maior agilidade por estar
Da
Led,
comprar um equipamento de iluminação,
perto deles, então, não adianta querer
muitas técnicas e tecnologias surgiram, a
não se pode avaliar os preços de produtos
explorar o outro lado do mundo, onde já
penetração da indústria chinesa foi incisiva
individualmente. Uma luminária da Itaim,
está saturado. Vamos crescendo além das
e a concorrência implacável. O diretor de
por exemplo, é projetada para durar 50 mil
fronteiras, mas pelas proximidades”, afirma o
marketing e desenvolvimento da empresa,
horas, mas existem produtos no mercado
diretor. Para ele, este trabalho está sendo
Seiji Abe, conta que cada nova tecnologia
que duram dez mil horas e, claro, com
feito com parcimônia porque a proposta
que aparecia era trabalhada com muito
diferença significativa de preço. Ocorre
é que a Itaim Iluminação seja reconhecida
afinco e obstinação. E foi assim também com
que um projeto luminotécnico certamente
em outros países, principalmente, pelo
o Led, tecnologia que vem revolucionando
demandará muito mais peças do segundo
suporte
o mercado de iluminação. “Com o Led,
tipo do que do primeiro, por isso, a avaliação
elogios pelo nosso pronto atendimento.
temos alterações em produtos a cada seis
financeira deve ser sempre feita do projeto
Não entregamos apenas o produto, há um
meses por conta do seu ritmo de evolução,
como um todo. Outro ponto que deve ser
atendimento diferenciado porque temos
que é muito acelerado. Deixamos de ser
verificado é a durabilidade do produto,
essa característica de ser uma empresa
uma metalúrgica para ser também uma
considerando que há muitos Leds que
técnica”, conta. Nesse sentido, ele elogia o
empresa de eletrônica, fazendo um misto de
prometem vida útil de 50 mil horas, mas
trabalho da Apex, que, com organização e
tecnologia de luminária, ou seja, da ótica, e
nem sempre chegam a essas 50 mil horas
muito profissionalismo, vem auxiliando muito
do máximo de eficiência do conjunto”. Isso
com o mesmo fluxo luminoso.
a empresa neste trabalho de prospecção.
Nesses cinquenta anos de atividades, lâmpada
incandescente
ao
comparação
facilmente
ao
cliente.
“Temos
recebido
Painel de empresas
22
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Lumicenter comemora 35 anos e inaugura fábrica Nova planta, que produz placas e módulos de Led, drivers e reatores, terá processos diferenciados para aumentar a eficiência da produção, reduzir perdas de materiais e reforçar a confiabilidades dos produtos
Para marcar a comemoração de seus 35 anos de existência, o Grupo Lumicenter Lighting inaugurou em maio uma nova unidade fabril de produtos eletrônicos. A fábrica, que produz placas e módulos de Led, drivers e reatores, conta com equipamentos modernos de última geração que possibilitam um incremento de quatro a dez vezes na capacidade de produção da empresa, dependendo do tipo de placa de Led, driver ou reator. A nova planta investe também em processos diferenciados, como unidade de inspeção de solda automatizada, equipamento de inserção SMD com grande capacidade de operação, nova forma de refusão e nova máquina de solda
A nova fábrica tem equipamentos modernos que possibilitam um incremento de quatro a dez vezes na capacidade de produção da empresa.
por onda. Estas tecnologias, de acordo com a Lumicenter, além de propiciar
divide o site com a fábrica de luminárias
área de 11 mil m². De acordo com a
mais eficiência para a produção, reduzem
da companhia e com um centro de
Lumicenter, o motivo de mudança deu-se
as perdas de materiais e reforçam a
distribuição, já existentes, mas que
por questões logísticas. A unidade
confiabilidade dos produtos.
estavam
endereços
fabril de luminárias também passou por
diferentes,
cidade
transformações de layout, com o intuito
Localizada em São José dos Pinhais
(PR), a nova unidade de eletrônicos
situados também
em na
paranaense. No total, a nova sede tem
de agilizar seu processo de produção.
Inaugurado primeiro datacenter com energia solar da América Latina Sistema fotovoltaico deve reduzir consumo em 30% na sede da Algar Tech de Uberlândia, em Minas Gerais
O primeiro datacenter da América Latina
da Cemig e o restante pela própria Algar
alimentado com energia solar fotovoltaica
Tech. O valor investido pela Cemig será
foi inaugurado em Uberlândia (MG), nas
ressarcido pela Algar Tech a partir da
instalações da Algar Tech, uma empresa
economia gerada.
do grupo Algar, que oferece soluções de
tecnologia para processos de negócios.
teto do edifício onde funciona o datacenter,
O sistema de geração fotovoltaica foi
sendo composto por 1.278 módulos de
viabilizado pela empresa Efficientia, do
235 Wp (watts-pico) cada, totalizando 300
grupo Cemig, que atua há mais de 12
kWp (quilowatts-pico). A capacidade de
anos na área de eficiência energética,
geração do sistema é de 466 MWh por
responsável
ano, suficiente para abastecer pelo menos
pelo
acompanhamento
e
O sistema fotovoltaico foi instalado no
O sistema fotovoltaico é composto por 1.278 módulos de 235 Wp (watts-pico) cada, com capacidade total de geração de 466 MWh por ano.
gestão do projeto e da instalação.
200 residências de consumo médio, no
Para a realização do projeto, foram
mesmo período.
investidos mais de R$ 2,2 milhões, sendo
A
usina
mil posições de atendimento, gerando uma
R$ 1,2 milhão proveniente de recursos
fotovoltaica será utilizada nas próprias
economia de aproximadamente 30% do
do Programa de Eficiência Energética
instalações da Algar Tech, que possui um
consumo.
energia
datacenter com área de 600 m² e quatro produzida
na
23
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Eaton fecha negócio inédito com a Fiat Companhia fornecerá pela primeira vez em sua história soluções da área elétrica ao processo fabril de um cliente do mercado automotivo A Eaton fechou recentemente um
fornecido esse tipo de solução ligado
cliente do setor automotivo - como é o
acordo com a Fiat Chrysler Automobiles
ao processo fabril de um cliente do
caso da FCA - quanto para a eficiência
(FCA)
mercado
para
fornecer
subestações
diz
energética de suas fábricas, por meio de
unitárias) – conjuntos de painéis de
respeito aos acordos firmados com a
soluções para distribuição de energia,
baixa e média tensão e transformadores
FCA, a companhia costuma fornecer
proteção de circuitos, iluminação LED e
– à nova fábrica da empresa, localizada
bloqueios de diferenciais para a família
capacitores”, explica Teles, destacando
em Goiana (PE). O objetivo é fornecer
Adventure da Fiat e de válvulas de
que o negócio realizado com à fábrica
energia elétrica com alto nível de
motores.
da FCA em Goiana permite à companhia
segurança. De acordo com a Eaton, o
expor a vasta extensão de soluções
produto segue as diretrizes da empresa
do Grupo Elétrico da Eaton para o
elétricas oferecidas.
para
promover
sustentabilidade
automotivo.
No
que
De acordo com o diretor comercial
Segmento Industrial, Romilson Teles, ao
de
adquirir à fabricante de equipamentos
mercado
hexafluoreto de enxofre (SF6), gás
elétricos Cooper, em 2012, a Eaton
na
que contribui significativamente para o
reafirmou seu objetivo em atender às
embreagens para caminhões e ônibus, a
efeito estufa e respectivas alterações
novas megatendências mundiais, com
Eaton está presente nos segmentos de
climáticas.
foco na eficiência energética. “Hoje,
Alimentos e Bebidas, Papel e Celulose,
Trata-se de uma negociação inédita
temos um portfólio diversificado que
Químico e Petroquímico, Óleo e Gás,
para a Eaton. A empresa nunca havia
contribui tanto para o produto final do
Mineração, entre outros.
e
confiabilidade,
sendo
livre
Além de atuar na área elétrica e no automotivo,
produção
de
principalmente transmissões
e
Evento
24
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por Massimo Di Marco*
Rittal leva comitiva brasileira para a maior feira industrial do mundo Entre os dias 13 e 17 de abril, 30 empresários brasileiros tiveram o privilégio de não apenas acompanhar as novidades da Hannover Messe, mas também de visitar as instalações da empresa na Alemanha. Mais uma vez e, com exclusividade, a revista O Setor Elétrico foi escolhida para fazer a cobertura desta importante jornada
25
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Com
“Indústria
preditiva, monitoração do ativo, permitindo
integrada - Junte-se à rede", o evento
o
tema
ao profissional de manutenção enxergar
conquistou novos patamares, interagindo
previamente e se planejar em termos de
os expositores, participantes da indústria,
execução da manutenção.
empresas e governo. Para isso, a feira foi
Questionado sobre o que mais lhe
organizada em dez subsetores: tecnologia
chamou atenção no estande da Rittal,
de ar comprimido e a vácuo; indústria
o engenheiro Clelio Alvez destacou a
digital;
aplicação
energia;
fornecimento
central
automação industrial;
industrial; tecnologias
de
ar
imediata
do
condicionado,
novo que,
sistema além
de
móveis; transmissão de força e controle;
compacto, apresenta características bem
pesquisa & tecnologia; tecnologia de
interessantes, como alta qualidade, baixo
superfície; e energia eólica.
consumo, interface fácil de se trabalhar,
O
engenheiro
de
operação,
possibilitando
utilização
imediata
em
responsável pela área corporativa/técnica
gabinetes, principalmente nas áreas de
da Sabesp, Marcelo de Souza foi um
processo. Isso porque alguns gabinetes
dos membros da comitiva brasileira e
trabalham com reagentes químicos e esses
conta que ficou bastante impressionado
reagentes só conseguem ter durabilidade
com o tamanho da feira, bem como com
de até 30 dias se estiverem condicionados
a diversidade de soluções disponíveis
em temperatura adequada. Alvez mencionou
para área de automação. Seu foco,
ainda os gabinetes para implementação de
durante as visitas, foram as soluções e
servidores no campo, mais especificamente
as inovações apresentadas pela feira na
em salas cofres portáteis que são bastante
área de saneamento. Colaborador de um
utilizadas para as áreas, onde na ausência
laboratório de pesquisa na PUC-SP, Souza
destes cofres as mesmas poderão ser
foi à Alemanha também em busca de novas
utilizadas para o start-up da planta.
demandas a serem pesquisadas no Brasil.
Em
Perguntado sobre a crise atual hídrica
engenheiro da Petrobras destaca que
que São Paulo atravessa, o engenheiro
colocará em sua programação retornar
da Sabesp enfatizou que muitos esforços
no próximo ano, pois a feira permite uma
estão sendo feitos utilizando inclusive
reciclagem imediata de conhecimento.
novas tecnologias e acredita que a melhor
O poder de atração da Indústria 4.0
ferramenta para a solução atual é a
também foi muito evidente no evento, o
automação dos processos.
que pode ser percebido pela alta demanda
Atuando na área de automação de
nas visitas guiadas, fóruns e palestras que
grande encontro de empresas, tecnologias
instrumentação
sendo
abordaram o tema durante a Hannover
e profissionais do mais alto nível na área
responsável por novos projetos Green
Messe. Sobre este assunto, o gerente de
de tecnologia industrial, a Hannover Fair,
Field, o engenheiro Clelio Alvez procurou,
produtos da Rittal, Fabrício Gonçalves,
realizada na cidade alemã de mesmo
em sua visita à Hannover Fair, conhecer
afirma que esta é uma iniciativa do governo
nome, novamente, mostrou ser a vitrine
novos fornecedores que disponibilizem
e de toda a indústria alemã. O termo 4.0
mais importante desse setor, propiciando
soluções
brasileiro
faz uma alusão a uma quarta revolução
uma visão completa das novas tendências
buscando
tecnologia
industrial que estaríamos presenciando nos
e de suas aplicações, com forte ênfase em
nos sistemas já utilizados atualmente.
dias de hoje. Segundo ele, o caminho para
inovação e na indústria integrada.
Alvez comenta que em sua visitação a
se chegar à indústria 4.0 iniciou-se com a
Ocupando uma área de 240 mil m², a
estandes de fornecedores já conhecidos
primeira revolução industrial e a utilização da
Hannover Messe reuniu cerca de 6.500
notou melhorias nas soluções voltadas
energia a vapor, depois a segunda revolução
expositores provenientes de 70 países e
para redimensionamento / diminuição de
com
mais de 220 mil visitantes, dos quais 70
blocos eletrônicos, redução de consumo
em série, seguida da terceira revolução
mil vindos de fora da Alemanha. Este foi o
de energia e modernidade em aquisição de
acontecendo em meados dos anos de 1960
ambiente visitado pela comitiva brasileira,
informação. Além disso, sua percepção foi
com a introdução do Controlador Lógico
capitaneada pelo CEO da filial brasileira da
de que as empresas expositoras estavam
Programável (CLP) dentro da indústria,
Rittal, José Teixeira.
preocupadas com manutenção preventiva e
chegando aos dias atuais, com tudo isso
Famosa em todo o mundo por ser um
para
da
o
Petrobras,
mercado
incremento
de
suas
a
considerações
implementação
da
finais,
o
produção
Evento
26
O Setor Elétrico / Maio de 2015
30 profissionais brasileiros constituíram a comitiva organizada pela Rittal para conhecer as instalações da empresa na Alemanha.
integrado em um só ambiente. Ou seja,
componentes utilizados em sua montagem,
se evidencia ainda pela automatização do
o chão de fábrica cada vez mais perto da
como condensadores, bornes, etc.
processo de fabricação, soldas robotizadas
engenharia e esta, por sua vez, utilizando
Seguindo a extensa agenda, a comitiva
e áreas de pintura, combinando alta
soluções remotas como internet.
rumou para a fábrica de Rittershausen, que
qualidade e precisão. Nesta oportunidade,
A próxima edição da Hannover Messe
se destaca por ter iniciado as atividades da
a caravana visitou um dos seus laboratórios
já está marcada para acontecer entre os
Rittal na Alemanha e por produzir o perfil
que se responsabiliza por testes dos atuais
dias 25 e 28 de abril de 2016.
TS8 (produto patenteado da Rittal) e o
produtos e os novos a serem lançados.
painel TS8, ambos considerados produtos
Conhecendo as instalações da anfitriã
líderes de vendas da companhia. Com uma
Rittal na Hannover Messe 2015
produção diária de 2.500 painéis, esta Antes da visita à feira, a delegação
unidade administra um estoque de sete
A Rittal, com sede em Herborn, na
iniciou suas atividades conhecendo o
andares municiados por elevadores, sendo
Alemanha, é uma provedora líder global
parque industrial de Rennerod. Esta planta
totalmente automatizado.
de soluções para recintos industriais,
se destaca pela fabricação de sistemas
No
de refrigeração para áreas industriais.
apresentada à matriz da Rittal, situada
de temperatura e infraestrutura de TI,
Segundo a empresa, todos os produtos
na cidade de Herbon, responsável pela
além de software e serviços. Sistemas
desta planta são 100% testados, seja
produção de caixas de aço – no Brasil,
fabricados pela Rittal são implantados
em termos elétricos, seja em vazamentos,
os modelos utilizados são as caixas KL e
em uma variedade de indústrias, incluindo
assim como são realizados os testes de
AE. A produção atual gira em torno de 15
engenharia de máquinas e instalações
burn in. Este tipo de visitação permite ao
mil a 20 mil caixas por dia para modelos
industriais, informática e telecomunicações.
membro da comitiva verificar os tipos de
padronizados e customizados. Esta planta
dia
seguinte,
a
comitiva
foi
de
distribuição
de
energia,
controle
O amplo portfólio da empresa inclui
27
O Setor Elétrico / Maio de 2015
soluções completas para centros de dados
sistema de barramento de 185 milímetros
de 2 Terawatt (uma média de 1 kW por
modulares e energeticamente eficientes
e seus sistemas de infraestrutura de
unidade), o que representa um potencial
a partir de conceitos de segurança
economia de energia, incluindo uma
de consumo economicamente relevante,
inovadoras para sistemas de dados para
solução de energia solar fotovoltaica para
responsável por aproximadamente quatro
dados físicos e de segurança do sistema
domicílios particulares e em grande escala.
milhões de toneladas de emissões de
para infraestruturas de TI. Graças a
Os visitantes também puderam conhecer
CO2 por ano. Nesse sentido, “para
soluções de engenharia interdisciplinares,
os mais recentes desenvolvimentos no
aumentar significativamente a eficiência
à liderança de fornecimento do software
LCP (pacote de refrigeração líquida)
energética, a Rittal está implementando
da Eplan e a conceitos de automação de
compartimento de refrigeração, incluindo
um processo híbrido patenteado inovador
Kiesling Maschinentechnik para fabricação
gerenciamento
para o seu novo "Blue e+" de unidades
de manobra, a Rittal tem condições de
tecnologia de barramento.
de
cabo
integrado
e
de refrigeração pela primeira vez", disse
atender à demanda de, praticamente, todas as etapas de uma cadeia produtiva.
Steffen Wagner, chefe da Climate Control
Lançamento
Gerenciamento de Produtos da Rittal.
Fundada em 1961, a Rittal agora está
Estas
unidades
utilizam
uma
ativa em todo o mundo, com 11 locais de
Sob o nome "Blue e+", a Rittal
combinação
produção, 64 subsidiárias e 40 agências.
lançou uma nova geração de unidades
arrefecimento do compressor e um tubo
Com dez mil funcionários em todo o mundo,
de refrigeração, que segundo a empresa,
de calor, que assegura um arrefecimento
a Rittal é a maior empresa do proprietário do
representa um “salto quântico” em termos
passivo. O compressor é utilizado apenas
Friedhelm Loh Group, com sede em Haiger,
de custo-eficácia. Bem como proporcionar
quando o arrefecimento passivo não
Alemanha. Todo o grupo emprega mais
mais eficiência energética do que as
é suficiente. O equipamento, segundo
de 11.500 pessoas e a receita gerada em
soluções
a empresa, proporciona economia de
2013 foi da ordem de 2,2 bilhões de euros.
as
Sob o slogan "Nossa experiência, seu
segurança e facilidade de manuseio. O
Entre
benefício” na Hannover 2015, a Rittal
fornecedor de tecnologia gabinete se
estão: visor TFT frontal com informações
e suas empresas irmãs Eplan, Cideon
destaca mais uma vez por seu papel de
relevantes;
e Kiesling destacaram seus produtos
líder tecnológico em sistemas de controle
eliminando o stress térmico para todos os
inovadores e explicaram como estas
do clima.
componentes do invólucro; análise rápida
soluções podem ajudar as empresas a
De acordo com estimativas, existem
com software via interface USB; e interface
racionalizar a sua cadeia de valor em linha
cerca de dois milhões de unidades de
near-field-communication (NFC), o que
com a iniciativa Indústria 4.0 da Alemanha.
controle de clima de gabinete conectados
permite a simples parametrização de várias
Nesse sentido, em um estande de 2.400
a redes de eletricidade em toda a Europa.
unidades de resfriamento através de um
m², as empresas do Grupo Friedhelm Loh
A carga conectada assumiu um total
dispositivo móvel com tecnologia NFC.
de
unidades
refrigeração combinam
existentes, flexibilidade,
de
um
dispositivo
de
energia de até 75%. as
vantagens arrefecimento
do
produto,
controlado,
ofereceram soluções altamente avançadas que buscam o aperfeiçoamento dos processos da cadeia de valor na idade de M2M e fábricas inteligentes. As empresas reuniram seus pontos fortes para alcançar sinergias únicas para o benefício de seus clientes de engenharia. Para isso, foram apresentadas soluções de M-CAD e E-CAD (RiCAD 3D, EPLAN Data Portal), poderosas ferramentas de software (EPLAN Electric P8, EPLAN Pro Panel, Rittal Therm e Power Engineering Rittal), e automação e tecnologia M2M, que oferecem grandes performances de eficiência. A
Rittal
também
promoveu
as
vantagens de seus sistemas de armários TS 8, que possuem uma base instalada de dez milhões de unidades em todo o mundo. Além disso, a empresa expôs seu novo
Um dos lançamentos da Rittal durante a feira de Hannover, o dispositivo de refrigeração permite economia de até 75% comparado a equipamentos convencionais. Na foto, entre outras pessoas, aparecem a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente do Grupo que leva seu nome, Friedhelm Loh.
Evento
28
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Rittal no Brasil
Com exclusividade, o diretor presidente
da Unidade Brasil, Jose Teixeira, falou para a revista O Setor Elétrico sobre as oportunidades e desafios do mercado brasileiro. Acompanhe os principais pontos abordados
pelo
executivo
durante
a
entrevista:
Chegada ao Brasil A Rittal chegou ao Brasil em 1996 e sua operação dependia praticamente da importação de seus produtos. Entre os anos de 2007 e 2009 iniciou um processo de montagem e manufatura de seus produtos. Assumindo o comando da operação a partir de 2012, Teixeira destaca que em apenas dois anos dobrou o número de funcionários. Sua planta atualmente obedece aos padrões da matriz, na Alemanha, potencializando a fabricação de José Teixeira, diretor presidente da Rittal no Brasil.
seus racks e painéis. Com portfólio de nove mil clientes,
Crise no Brasil
sendo dois mil ativos, a Rittal atua e atende
de produtos, atuando hoje com 4.000
a quatro grandes pilares da indústria:
equipamentos que possuem adequação
indústria de processos com forte atuação
ao mercado brasileiro, ganhando em
em óleo e gás; papel e celulose; indústria
agilidade, fazendo com que o atendimento
pela Rittal em setembro de 2014 encontrou
de produtos acabados, especialmente,
seja o mais personalizado possível. Esta
mudanças de cenários bem intensos no
na área de alimentos e bebidas, produtos
mudança contribuiu para a diminuição dos
mercado brasileiro, obrigando a realização
metálicos e automotivo; e infraestrutura,
prazos de entrega.
de alguns ajustes para compensar algumas
com destaque para energia renovável, reciclagem e construção civil. Teixeira
O planejamento para 2015 elaborado
perdas. Teixeira citou como exemplo o
Preço
comenta ainda que o segmento de
momento crítico que vive o setor petrolífero. Apesar disso, a Rittal Brasil vem mantendo
Tecnologia da Informação (TI) também vem
Sobre este aspecto, a Rittal leva em
seu quadro de funcionários, intensificando,
ganhando espaço nas operações da Rittal,
consideração o mercado a que o produto se
inclusive, os treinamentos para qualificação
especialmente no que diz respeito a data
destina, dando como exemplo o segmento
de sua mão de obra.
centers.
da construção civil, em que o preço é fator
O Brasil continua sendo uma filial
preponderante em detrimento da qualidade
estratégica para a matriz na Alemanha,
e o segmento acaba perdendo o foco de
até porque é uma das 14 de suas fábricas
vendas. Teixeira ressalva que sua tabela de
instaladas pelo mundo e, principalmente, pela
regional
preços não sofre reajustes desde 2014 e,
relevância do Brasil frente a América do Sul.
da Rittal conta com a colaboração de
por se tratar de uma empresa que trabalha
Para os próximos cinco anos, o planejamento
funcionários próprios e representantes,
dentro da formalidade, com alto padrão
da Rittal continua otimista, pois entende que
investindo pesadamente em treinamento de
de qualidade, respeitando as normas
este momento de crise é passageiro.
produto, vendas e atendimento. Após uma
nacionais e internacionais, o valor agregado
profunda análise do mercado brasileiro,
de seus produtos precisa ser levado em
*Massimo Di Marco é diretor da revista O Setor
Teixeira promoveu uma redução de linhas
consideração na hora da compra.
Elétrico e viajou para a Alemanha a convite da Rittal.
Logística Atualmente,
a
cobertura
Evento
30
FIEE
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Lançamentos FIEE A 28ª edição da Fiee recebeu 52 mil pessoas, as quais circularam no pavilhão de 40 mil m² do Anhembi, entre os dias 23 e 27 de março, e puderam conhecer de perto novas tecnologias, produtos e serviços voltados para a indústria elétrica, de energia, eletrônica e de automação. Ao todo, foram 623 expositores e mais de mil marcas representadas no evento. Para aqueles que não compareceram à Fiee 2015, disponibilizamos, a seguir, a segunda parte dos lançamentos e destaques apresentados pelas empresas expositoras. Confira:
Amplimag www.amplimag.com.br
Bandeirantes www.bandeirantesperfis.com.br
Uma das novidades da empresa foi o nobreak Mono
Um dos produtos de destaque da
3 kVA, senoidal de dupla conversão, controlado por
Bandeirantes na Fiee 2015 foram os
Digital Signal Processor (DSP). O equipamento é
leitos para cabos voltados para condução
utilizado para fornecer energia limpa e ininterrupta
e distribuição de cabos leves e pesados.
para servidores de redes de Tecnologia da
Projetados para diversas cargas e vãos,
Informação (TI), de automação comercial, industrial,
o produto apresenta como principais vantagens: a completa ventilação dos
bancária, de telecomunicações, equipamentos de
cabos, inspeção visual permitida pela instalação aparente e fácil manutenção.
laboratório e cargas sensíveis. Apresenta painel LCD com indicadores
Os leitos contam ainda com uma linha variada de derivações e acessórios
de Led, by-pass automático e manual, proteção contra curto-circuito e
para união, fixação e sustentação, que permitem qualquer tipo de ramificação
sobrecarga, ventilador com velocidade variável, possibilidade de expansão
e oferecem segurança, estética, funcionalidade e rápida montagem.
de banco de baterias, entre outras características.
Anglo Metais www.anglometais.com.br
Beghim / DKC www.beghim.com.br | www.dkceurope.eu Lançamento da Beghim, marca recentemente
Durante a Fiee, a Anglo Metais destacou
adquirida pelo grupo europeu DKC, o busway
seus barramentos de cobre eletrolítico,
Powertech foi concebido para permitir um melhor
de
fluxo de energia, sendo adequado para todas as
fabricação
própria,
personalizados
para quadros e painéis elétricos, que são
aplicações em que seja necessária entrega, transferência ou distribuição
desenvolvidos conforme as especificações
de alta potência. Sua função principal é ligar painéis elétricos para
técnicas exigidas pelo mercado e pelos clientes. Conta com processo
transformadores e geradores de energia ou distribuir energia elétrica em
de fundição contínua para anodos, granalhas e barras com aplicação
sistemas de grande porte. A série de barramentos é fabricada por meio
para alta condutibilidade elétrica em transformadores, coletores, chaves
da tecnologia de sanduíche (compacta), a qual se diferencia dos modos
seccionadoras, aterramentos, enrolamentos de motores, quadros elétricos
tradicionais ventilados. As barras são compridas entre elas e isoladas por
e galvanoplastia.
meio de um revestimento aplicado tipo DYTerm®.
Balteau www.balteau.com.br
Carbinox www.carbinox.com.br
Tradicional fabricante de transformadores
Os eletrodutos rígidos e conexões pré-zincados
para instrumentos e conjuntos de medição,
da Carbinox foram produzidos para serem
a Balteau esteve presente na Fiee com seu
aplicados na proteção de condutores elétricos
portfólio de produtos e serviços. A empresa atua em projeto, fabricação,
em áreas cobertas e protegidas de umidade,
ensaios elétricos e assistência técnica para transformadores de corrente
bem como em instalações prediais, comerciais
de até 500 kV, transformadores de potencial indutivo de até 145 kV,
e industriais. Os produtos são fornecidos nas bitolas de ½” a 4”, em barras
transformadores de potencial capacitivo de até 245 kV e conjuntos de
de três metros, com solda longitudinal (ERW) metalizada, possuindo
medição de até 36 kV. A Balteau adiantou ainda que está em processo
roscas em ambas as extremidades, com luva em uma e protetor de plástico
de desenvolvimento de sua nova linha de transformadores de potencial
em outra. Seus acessórios são as luvas roscadas e curvas nos ângulos de
capacitivo de até 500 kV.
45°, 90°, 135° e 180°.
O Setor Elétrico / Maio de 2015
31
Clamper www.clamper.com.br
A Clamper apresentou, entre outros produtos, os protetores contra surtos elétricos conectáveis em Blocos terminais compactos disponíveis em diversos modelos. O módulo protetor normal (sem proteção série), modelo MP-N, é indicado para proteger equipamentos de telecomunicações contra sobretensões conduzidas a partir da rede externa para acesso exclusivo ao Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) e aos sistemas de banda larga xDSL. Já o modelo MP-R é um módulo protetor autorregenerável (com proteção série – PTC) de conexão da rede aos equipamentos de telecomunicações e proteção contra sobretensões, sobrecorrentes e sobreaquecimento com proteção autorregenerável.
Dutoplast www.dutoplast.com.br
O Abraçaduto, linha de abraçadeiras de Nylon da Dutoplast, foi um dos destaques da companhia na Fiee 2015. Conforme a fabricante, as abraçadeiras fornecem perfeita amarração de produtos do mercado para diversas necessidades, sejam elas: amarração de fios, cabos, componentes eletrônicos, entre outros, podendo ser utilizadas em diversos tipos de comandos, na área eletroeletrônica. Os produtos são fabricados em nylon 6,6 com dentes externos, que não danificam os cabos e permitem instalação rápida e simples com ou sem uso de ferramenta.
Eletropoll www.eletropoll.com.br
A junção para eletrocalhas da Eletropoll esteve em destaque durante o evento. Fabricada
Evento
32
FIEE
O Setor Elétrico / Maio de 2015
conexões e emendas de eletrocalhas. O produto é fornecido planificado,
Gimi www.gimi.com.br
podendo ser ajustado pelo cliente no momento da instalação.
Em destaque no estande da Gimi, os painéis
com aço pré-zincado ou galvanizado a fogo, a junção em curva substitui
Embrasul www.embrasul.com.br
modulares Nottabile, classe 600 V, atendem à normalização ABNT NBR IEC 60439-1 e apresenta layout desenvolvido conforme a
A Embrasul lançou na Fiee 2015 o analisador
necessidade da instalação. Podendo ser TTA
de energia RE8000, com display TFT colorido
ou PTTA, apresenta estrutura autossuportável
touch screen de 7” 800x480 pixels, memória de
em chapa de aço carbono #14MSG para fixação à base por meio de
massa de 16 GB, bateria interna de lítio e comunicação USB e Ethernet a
chumbadores. Conta com barramentos em cobre eletrolítico dimensionados
100 mbps. O produto apresenta também sincronismo por GPS, tensão de
e pintados conforme a NBR IEC 60439-1 e classe de isolação de 750 V
até 1.000 Vrms, corrente de até 6.000 Arms, harmônicas e interharmônicas
(50/60 Hz). São indicados para ambientes industriais e comerciais com
de tensão e corrente, pares e impares até 63ª ordem, conforme a IEC
atmosferas não explosivas ou corrosivas.
61000-4-7 e flicker de acordo com a IEC 61000-4-15.
Finder www.findernet.com
GTMS www.gtms.com.br A
GTMS,
fornecedora
de
secionadores,
Novidades da Finder para este ano, os tipos 78.1C
apresentou na Fiee 2015 o seu secionador
e 78.1D, da série 78 da Finder, são fontes de
modelo Pantográfico, disponível na potência de
alimentação com dupla etapa de conversão de
até 550 kV, 3150 A, 63 kA/1s. Os secionadores
potência e alta eficiência para aplicações elétricas e
pantográficos,
eletrônicas. Os produtos apresentam tensão de saída
consistem de uma coluna isoladora suporte e
ajustável e proteção térmica contra sobrecarga e curto-circuito. Sua tensão
outra rotativa. São indicados para montagens
de entrada vai de 110 V a 240 V AC/DC, com proteção de fusível interno
em diagonal ou quando é necessário pinçar o contato fixo superior, preso
(substituível). As fontes são fabricadas em conformidade com as normas
a uma coluna isolante superior ou diretamente ao barramento. A empresa
EN 60950-1 e EN 61204-3.
informa que conta ainda com uma linha completa de secionadores, de 15
monopolares
ou
tripolares,
kV a 550 kV.
Flir www.flir.com.br A câmera térmica de bolso Flir C2 é a primeira
HellermannTyton www.hellermanntyton.com.br
deste tipo, segundo a empresa fabricante, sendo
Em destaque no estande da HellermannTyton estava a
indicada a especialistas de manutenção predial,
Small Tower, uma solução prática e segura para carregar,
gerentes de site, arquitetos, engenheiros civis
de forma coletiva, dispositivos eletrônicos via USB (5 VCC
e prestadores de serviço nas áreas de vazamento e infiltração de água.
– 1A) ou via tomadas de energia elétrica. O lançamento
Trata-se de um equipamento compacto, que pode ser levado a qualquer
é indicado para ambientes corporativos, como salas de
lugar, em qualquer momento, permitindo ao usuário encontrar pontos
espera, recepções, aeroportos, shoppings, entre outros.
quentes que indiquem desperdício de energia, defeitos estruturais, entre
O sistema conta com proteção contra curto-circuito,
outros problemas. A câmera apresenta tela de três polegadas, sensível ao
sobrecargas e choques elétricos, em conformidade
toque com orientação automática para fácil visualização. Além disso, conta
com a ABNT NBR 5410. Customizáveis, as torres são
com iluminação Led integrada, que pode ser usada como flash ou para
equipadas com cabo de alimentação de 1,5 metro e plugue
iluminação de fotos.
de alimentação 2P+T, além de disjuntor e interruptor diferencial residual (IDR).
FPT www.fptindustrial.com A família Cursor de motores para
Henkel www.henkel.com.br
geração de energia foi desenvolvida
Lançamento da Henkel, a pasta de solda Loctite
para clientes que buscam potência
GC 10 permanece estável em 26,5 °C por um ano
superior, respostas e cargas mais
e em temperaturas de até 40 °C por até um mês, o
rápidas e densidade de potência
que, segundo a empresa, traz benefícios ao longo da
elevada, aliada ao baixo consumo
cadeia de logística e operações. Entre outras características da pasta
de combustível. A linha de produtos, que é voltada para aplicações
de solda, estão eficiência de transferência de impressão consistente
estacionárias de 255 kW a 408 kW, tem, segundo a FPT, como valores
e estabilizada, expansão da janela de processo de refusão e mais
fundamentais o desempenho, a alta confiabilidade e longos intervalos de
de 95% de utilização da pasta e reduções consideráveis de defeitos
manutenção, o que resultada em custos operacionais baixos.
relacionados à soldagem.
Evento
34
FIEE
O Setor Elétrico / Maio de 2015
H-J International www.h-j.com
Instrutherm www.instrutherm.com.br
Os destaques da H-J International
O terrômetro digital portátil MRT-1000
na feira deste ano foram as linhas
da Instrutherm foi destacado como o
de buchas isolantes em porcelana
lançamento da empresa na Fiee deste
epóxi, que estão disponíveis para
ano. Entre suas características pode-se
níveis de tensão até 46 kV com nível
destacar o display de LCD, a possibilidade
básico de impulso (NBI) de até 250 kV. Os produtos são oferecidos em
de configuração de data e horário e a função de gravação na memória. Sua
diversos modelos para aplicações tanto em isolamento a ar/óleo como
resistividade é de 0^1999 KΩm e sua função terrômetro é de 0~209,9 KΩ.
em isolamento Ar/Ar, sendo fornecidos montados e testados de fábricas.
Outro destaque é o osciloscópio digital, que apresenta display de LCD TFT
Além das buchas, a empresa apresentou na Fiee a linha de acessórios
7”, largura de banda de 500 MHz, dois canais e resolução vertical de 8 bits.
para redes subterrâneas, o instrumento de medição e proteção de transformadores, comutadores especiais e maquinário especializado na produção de transformadores.
Isoelectric www.isoelectric.it Sem partes metálicas expostas, o isolador
Holec Indústrias www.holec.com.br
Pilar Híbrido da Isoelectric é, segundo a fabricante, imune à corrosão. O núcleo
A conexão de minidisjuntores pode
do produto é de fibra de vidro de alta
ser agora executada com o adaptador
resistência mecânica, seu topo é em
plug-in
porcelana luminosa e seu revestimento é
da
Holec.
Universal,
o
adaptador permite a instalação de
feito de silicone. O equipamento apresenta fixação com pino auto-travante,
disjuntores de qualquer marca ou fabricante. É fixado por meio de simples
excelente resistência ao tracking e alta resistência sob flexão mecânica.
engate nos barramentos do sistema T-60 e oferece ainda possibilidade
Além disso, é imune a raios UV e possui alta hidrofobicidade.
de substituição e instalação do disjuntor com o sistema energizado. O adaptador é indicado para minidisjuntores mono, bi e tripolares de até 63 A e está disponível também na versão para engate em trilho DIN.
KitFrame www.kitframe.com A principal novidade da KitFrame na
Indel Bauru www.indelbauru.com.br
Fiee deste ano foi o lançamento da linha Sieltt de Quadro Geral de Baixa Tensão
Conforme a Indel Bauru, a principal
(QGBT) e Centro de Controle de Motores
diferença dos terminais e conectores
(CCM) com até 18 gavetas extraíveis.
com
monolítico
Com grau de proteção IP 54, nível de
estanhado – um dos produtos de
curto-circuito de 66 kA (já ensaiado pela
destaque da empresa na Fiee 2015 – em
nova norma IEC 61439-1), corrente nominal de 3.200 A, este produto
relação a outros produtos no mercado é a
mostra-se, segundo a fabricante, como a solução ideal para montadores
substituição da prensagem por um aperto com o auxílio do parafuso de fixação.
elétricos que queiram ter uma solução TTA/PTTA em seu portfólio de
Tal diferencial permite facilidade de conexão do cabo elétrico sem a utilização
produtos. A linha conta com um sistema de isoladores desenvolvido pela
de ferramentas especiais e aumento da produtividade dos instaladores.
KitFrame que permite uma economia de 30% de cobre nos barramentos.
rosca
em
cobre
Além disso, atende a todos os requisitos da NR 10, sendo a operação das
Instrumenti www.instrumenti.com.br A
Instrumenti
no vos da
série
lançou
instrumentos DP,
a
gavetas realizada sempre externamente com a porta fechada. os
digitais Linha
01.
KRJ www.krj.com.br A KRJ, atuante na área de
Disponível em três modelos –
conectores
DP0301(72x72), DP0101(48x96)
para a Fiee como destaque
e DP0201(96x96) –, a Linha 01
o conector Karp, conector
tem o diferencial de ter sua escala
perfurante para redes prote
ajustável pelo teclado frontal, o
gidas em média tensão, de 15 kV a 35 kV. Desenvolvido por meio de
que ajuda os montadores e distribuidores de painéis a manter o equipamento
um projeto de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
em estoque com uma rápida programação pelas teclas do instrumento. Além
em parceria com a distribuidora AES Eletropaulo e outros parceiros,
disso, a Linha 01 apresenta como opcional um relé de valor máximo (1xNA)
o projeto teve como objetivo a criação de um conector perfurante que
com ajuste de histerese, que também pode ser facilmente programado pelas
permitisse a conexão em linha viva e sem a retirada de isolação de um
teclas do painel frontal.
condutor coberto.
elétricos,
levou
35
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Lacerda Sistemas de Energia www.lacerdasistemas.com.br
Especializada em sistemas para condicionamento de energia, a Lacerda destacou o nobreak interativo New Orion, de 600 VA a 2.000 VA. Compacto, o nobreak apresenta, segundo a empresa, excelente faixa de estabilização e excelente faixa de variação de entrada, além de cold start (partida sem rede), rearme automático e fusível de proteção. Conta com conversão simples e dupla monitoração, estabilizador interno com quatro estágios de regulação e possibilidade de aumento de autonomia com módulo de expansão.
Lapp Group www.lappgroup.com.br
Os cabos de ligação e controle Ölflex Classic 100 Power BR 0,6/1 kV atendem às normas nacionais ABNT NBR 6251, ABNT NBR 7286 e ABNT NBR NM 280 e atuam em 90 °C em regime permanente, em 130 °C em regime de sobrecarga e em 250 °C em regime de curtocircuito. São indicados para aplicações em plantas industriais, máquinas e equipamentos, fabricantes
de
painéis,
subestações
transformadoras e para alimentação de circuitos de potência.
Maccomevap www.maccomevap.com.br
Luminária não metálica de segurança aumentada para uma ou duas lâmpadas, com ou sem sistema de energia, a Mac. Exe. AVF – E.O.L Protection, da Maccomevap, é voltada para áreas classificadas com atmosferas explosivas.
Evento
36
FIEE
O Setor Elétrico / Maio de 2015
66W/ IP 67W; Zonas 1, 2, 21 e 22; classes de temperatura – gases T4, T5
Netz Service www.disjuntores.com.br
ou T6; classes de temperatura – pó T85 °C, T100 °C, T135 °C. O corpo da
Um dos destaques da Netz Service
luminária é feito com poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV), sendo
foram os relés de proteção AC-Pro,
seu difusor de policarbonato de alta resistência mecânica e a raios UV. Sua
projetados para resgatar a confiabilidade
lâmpada é fluorescente tubular.
em proteções contra sobrecorrente e
Entre as características técnicas do produto estão: grau de proteção IP
curto-circuito dos disjuntores de baixa tensão em geral. A unidade AC-Pro
Mega Bobinadeiras www.megacoil.com.br
está alojada em uma caixa de alumínio extrudado, com placas de circuito eletrônico impermeabilizadas de modo uniforme. O teclado é coberto
Novidade da Mega Bobinadeiras, o LS1 executa
por uma membrana resistente à contaminação por partículas de poeira,
bobinas
à condensação e a outros materiais poluentes. Os relés apresentam grau
de
características
extremas,
com
diâmetros de 0,2 mm até 180 mm e com fios
de proteção IP 61.
de diâmetros de 0,05 mm a 2,5 mm, podendo ter como opcional suporte para rolos de fitas isolantes. Conforme a fabricante, o sistema lateral deste modelo é uma
Pan Electric www.pan.com.br
alternativa produtiva para bobinas em que a mão envolvida é grande, sendo ideal para empresas que necessitam produzir tipos de bobinas com “setup” rápido e em volumes de produção pequenos e médios.
A Pan Electric levou para a Fiee 2015 seus cabos para alta e baixa temperatura KAT 400 °C 750 V. São indicados para aplicações em
Metaltex www.metaltex.com.br
ambientes ou equipamentos com altas temperaturas, como estufas, fornos, injetoras, extrusoras, entre outras. Para maior resistência, essa linha é
O Controle Lógico Programável (CLP) FP7
composta por cabos de cobre nu, estanhado ou niquelado, isolados em
produzido pela Panasonic foi um dos destaques
diversos tipos de polímeros resistentes a temperaturas extremas. Os cabos
da Metaltex na edição de 2015 da Fiee. O
são flexíveis a temperaturas inferiores a 0 °C e altamente resistentes a
equipamento é modular para aplicações de
radiações e a chamas. Devem ser aplicados em ambientes secos.
médio e grande porte, contendo CPUs com até 96 kW de programa e alta o CLP dispõe de diversos recursos de segurança e rastreabilidade e é,
PhD www.phdonline.com.br
conforme a Metaltex, ideal para aplicações de motion de alto desempenho,
Uma das novas tecnologias apresentadas pela
tais como came eletrônico.
PhD Online foi a de UPSs modelares destinados
velocidade de processamento (11ns/passo). Com total integração à web,
Murr Elektronik www.murrelektronik.com.br
à proteção de cargas. A linha PhD modular HPM é um sistema constituído de módulos independentes compostos pelo sistema lógico de controle, pela
Os conectores M23, destacados pela Murr
eletrônica de potência e chave estática. Os módulos trifásicos HPM de 20
Elektronik durante a Fiee, são conectores
kVA podem ser montados em dois diferentes modelos de gabinetes, que
injetados para servo motores. Com alta
vão de 20 kVA a 100 kVA (para até cinco módulos) ou de 20 kVA a 200
resistência e livre de halogênios, os conectores
kVA (para até dez módulos).
apresentam fácil conexão, grau de proteção retardantes de chamas, seguem as normas VDE, CSA e UL e atuam na
Poleoduto www.poleoduto.com.br
faixa de temperatura de -35 °C a 70 °C.
A Poleoduto ampliou sua linha de produtos e
IP 67 e IP 68 e são resistentes a choques e vibração. Os produtos são
levou como destaque para a Fiee suas novas
Nelmetais www.nelmetais.com.br
eletrocalhas, que agora são também fornecidas em chapas pré-galvanizadas a fogo, em conformidade
Especializada na distribuição
com a norma ABNT NBR 7008. Sua aplicação é apropriada para diversas
de produtos elaborados e
obras comerciais, como galpões, shoppings, hospitais, entre outras.
semi
elaboradorados
de
a Nelmetais destacou, durante
Sassi www.sassitransformadores.com.br
a Fiee, suas barras de cobre e alumínio para quadros, painéis e instalações
Os transformadores de corrente bipartido, da
elétricas em geral. Os produtos são fornecidos em barras retangulares
Sassi, foram especialmente projetados para facilitar
com cantos vivos ou arredondados em polegadas e milimetradas ou
a instalação em redes já existentes. Eles podem
em vergalhões (quadrados ou redondos), chapas, bobinas e tubos para
ser instalados sem a necessidade de desconectar
refrigeração.
qualquer cabo ou abrir um circuito de barra. A empresa reitera que os
metais ferrosos e não ferrosos,
Evento
38
FIEE
O Setor Elétrico / Maio de 2015
TCs bipartidos podem ser facilmente abertos e instalados sem qualquer
ensaiados de acordo com a norma EN 50397-2, os conectores TTDC-AT
interrupção no fornecimento de energia, desde que os secundários estejam
já foram testados em campo e aprovados por grandes concessionárias
jumpeados. Os TCs atendem à norma ABNT NBR 6856 e operam nas
brasileiras.
correntes primárias de 100 A a 5000 A, carga nominal de 1,2 a 12,5 VA e frequência nominal de 60 Hz.
SKA www.ska.com.br
S&C http://pt.sandc.com/
A ferramenta de inserção automática, um
A S&C Electric Company apresentou, na FIEE 2015, uma
software ECAD desenvolvido pela SKA,
demonstração do Religador IntelliRupter® PulseCloser
agora pode ser utilizado em um tablet para
na versão compacta. A solução foi projetada para cumprir
configurar projetos elétricos. A novidade, apresentada durante a Fiee, traz
funções avançadas de automação da distribuição, incluindo
ganhos relacionados à mobilidade e ao tempo de projeto, pois é possível ir
sistemas de recomposição automática e redes inteligentes. A
até o local em que será feita a execução do projeto elétrico e fazer um pré-
tecnologia permite confirmar a inexistência de falhas na rede
orçamento na hora, enviando planilhas padronizadas para que a engenharia
antes de executar seu fechamento, o que garante a redução
inicie o desenvolvimento do projeto elétrico imediatamente. Nessa planilha
de stress e impactos gerados em religamentos convencionais.
padronizada, existe a possibilidade de configurar o esquema unifilar e
Por isso, segundo a empresa, o IntelliRupter® PulseCloser proporciona uma
trifilar, posteriormente gerando toda a documentação automaticamente, o
melhor segmentação e coordenação em aplicações de recomposição de
que seguramente elimina erros de projeto e de dados de relatórios.
dos recursos mais importantes do QC,
circuitos sem comunicação. Ele também auxilia no prolongamento da vida útil dos ativos empresariais, protegendo-os de picos elétricos, além de reduzir o risco de incêndio em áreas secas devido à sua atuação.
Tasco www.tascoltda.com.br Entre os destaques da Tasco está a linha
SDMO br.sdmo.com
completa de conjuntos de ventilação
O gerador a gás natural 20RESA, da SDMO,
RAL7032, RAL 7035 e Munsell N6,5 - a nova linha está disponível nas
parte automaticamente e conta com a exclusiva
versões de 110 V, 220 V, bivolt ou 24 VCC com o conjunto montado para
tecnologia Powerboost. Apresenta rápida
ventilação ou exaustão diretamente de fábrica. Prática, a montagem do
resposta,
sistema de ventilação é simples e pode ser feita sem uso de parafusos e
controlador
BR-CVT. Com três opções de cores -
microprocessado
e
carenagem resistente e à prova de corrosão. Está disponível na potência de
porcas, por meio do exclusivo sistema de encaixe rápido da Tasco. Além
18 kW em 120/240 volts. Sua carenagem conta com tratamento acústico
disso, toda a linha BR-CVT conta com vedação em PU injetado diretamente
para redução do nível de ruído emitido ao ambiente.
na peça, sem emendas e que conferem elevado grau de proteção.
Sei www.seielectric.com
TE Connectivity www.te.com
A simplicidade de construção e montagem dos
A novidade da TE Connectivity foi a linha de para-
comutadores rotativos e lineares sem carga da Sei
raios Bowthorpe EMP de óxido de zinco tipo estação
Electric conferem, conforme a empresa, robustez e
e linha de transmissão com invólucro polimérico ou de
rapidez na instalação e diminuição das dimensões finais
porcelana para tensões nominais de até 800 kV. Com
do transformador. Os comutadores são oferecidos nas
capacidade de absorção de energia, que pode variar de 4,1 kJ/kV a 16,4
classes de 15 kV a 245 kV e correntes de 100 A e 200 A por contato. De
kJ/kV, os para-raios são aplicados em subestações, bancos de capacitores,
acordo com a Sei, o desenho praticamente modular do produto permite
transformadores e linhas de transmissão e estão em conformidade com as
à empresa montar o comutador conforme solicitação do projeto de seu
normas internacionais IEC 60099-4 e IEEE C62.11.
transformador. Neste sentido, os equipamentos podem ser simples em uma régua, duplos, triplos, verticais em duas ou três colunas, com diferentes jogos de contatos.
Unicoba – Foto papel www.unicoba.com.br Por meio de sua marca LedStar, a Unicoba
Sicame do Brasil www.sicame.com.br
lançou na Fiee 2015 seu novo portfólio de
O conector perfurante para redes compactas
por lâmpadas de diversas potências, temperaturas de cor e tipos, incluindo
de até 35 kV foi apresentado pela Sicame
bulbos, bipinos, dicroicas, velas, PARs, ARs e versões corporativas
do Brasil para os visitantes da Fiee 2015.
residenciais das Tube Led Corporativas da LedStar. Um dos produtos de
Segundo a empresa, o TTDC-AT é o único
destaque da empresa é a luminária Street-Light, usadas na iluminação do
conector antitrilhamento do mercado, o que
Eixo Norte-Sul da Avenida 23 de Maio, nas vias Marginal Pinheiros, ponte
é fator determinante para a integridade da rede compacta. Fabricados e
Estaiada e ponte Ary Torres situadas na cidade de São Paulo (SP).
lâmpadas residenciais. O catálogo é composto
Fascículos
Apoio
ILUMINAÇÃO PÚBLICA E URBANA Plinio Godoy
40
Capítulo V – Fontes de luz • Lâmpadas a arco voltaico • Lâmpadas a vapor de mercúrio • Lâmpadas a vapor de sódio • Leds
ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA E APLICAÇÕES Manuel Luís Barreira Martinez
50
Capítulo V– Carga dos alimentadores • Locação de cargas • Levantamento de carga • Gerenciamento de carga dos transformadores • Fator de alocação de carga
EQUIPAMENOS PARA SUBESTAÇÕES DE T&D Sergio Feitoza Costa
60
Capítulo V – Arcos internos em equipamentos de subestações • Arcos internos e qualificação de produtos • Ferramentas para as simulações de arco interno • Modelos de cálculo de ensaio
QUALIDADE NAS INSTALAÇÕES BT Eduardo Daniel Capítulo V – Proteção contra choques elétricos • Esquema TN • Esquema TT • Esquema IT • Isolação dupla ou reforçada • Isolação dupla ou reforçada provida na instalação
68
Apoio
Capítulo V
Fontes de luz Por Plinio Godoy*
Neste capítulo, conversamos sobre
www.lowtechmagazine.com
Iluminação pública e urbana
40
as fontes de luz, que “na antiguidade” chamávamos de lâmpadas, já que, hoje, com o advento do Led, “nem tudo que reluz é ouro”...
Nos diversos campos de atuação da
iluminação, algumas fontes de luz tomam certa prioridade face às suas características luminotécnicas, fotométricas e físicas.
Por exemplo, na aplicação comercial,
lojas e pontos de vendas, as fontes de luz devem apresentar boa qualidade de reproduzir as cores, devem ser pequenas e possibilitar controle de ofuscamento, etc. Já na aplicação voltada para a iluminação pública, as fontes de luz devem estabelecer uma boa relação operacional
com
os
processos
de
manutenção. Isso porque se uma fonte de luz apresentar uma baixa expectativa de vida operacional ou vida útil, o sistema de manutenção utilizado simplesmente não aceitará este produto, pois tornará o custo de troca excessivamente alto, prejudicando o equilíbrio do contrato. Então, para a área da iluminação pública, quais as fontes de luz que podemos considerar? A resposta a esta pergunta está nas características das
Figura 1 – Torres de iluminação com lâmpadas a arco voltaico. Algumas torres apresentavam 90 metros de altura.
fontes, na operação e na aceitação da
arco”. Este tipo de lâmpada marcou os
formação de um “arco voltaico” entre
população.
tempos primeiros da iluminação pública,
dois eletrodos de carbono, uma luz muito
No início, havia a luz proveniente
sendo
intensa de aparência azulada, motivo pelo
de lâmpadas que produziam luz com
lâmpadas incandescentes.
qual eram utilizadas em montagens altas e
a descarga de alta tensão através de
geral.
eletrodos de carbono, as “lâmpadas a
os princípios da produção de luz com a
rapidamente
sucedido
pelas
Essas primeiras lâmpadas utilizavam
Esta
solução
não
se
mostrou
Apoio
desagradável,
porém,
o
que
Imgarcage.com
interessante, pois criava um ambiente mais
inviabilizou sua utilização foram os altos custos de troca dos eletrodos de carbono, que apresentavam uma vida operacional baixa, demandando constantes trocas. Assim, a ideia não vingou pelas diversas características contrárias, além do custo de reposição dos eletrodos, fotometria descontrolada, aparência da luz, resultado da iluminação prejudicado pelas sombras criadas pelos edifícios e outros elementos urbanos, entre outras desvantagens.
A ideia naquele momento era criar-se
torres altas nas cidades, com uma luz intensa que iluminaria grandes áreas. Tentou-se ainda a utilização de unidades de menor porte distribuídos em postes mais baixos que as torres,
Figura 2 – Lâmpadas a arco voltaico.
no entanto, o resultado econômico era
justamente na durabilidade seu grande
incandescente considerada “utilizável”, ou
o mesmo, isto é, o custo operacional
desafio.
seja, economicamente viável.
elevado.
Muitas tentativas foram desenvolvidas
Assim, foram sendo desenvolvidas
Após esta tentativa de utilização,
até Thomas Edson chegar na composição
novas tecnologias, tentando aumentar a
surgiu a lâmpada incandescente, que teve
de materiais utilizados na lâmpada
vida operacional, a eficácia do sistema,
41
Apoio
Iluminação pública e urbana
42
Figura 3 – Evolução da iluminação elétrica.
Eliosvios.com
visando a produção de luz visível. Interessante é perceber que muitas
das tecnologias hoje utilizadas foram inicialmente desenvolvidas há muito tempo,
assim
como
as
lâmpadas
fluorescentes, a vapor metálico e a vapor de mercúrio.
Naquele momento, a produção de luz
era o que movia as pesquisas, precisavam de fontes de luz que durassem mais e que produzissem mais luz, diminuindo os custos operacionais.
Era a abordagem “quantitativa” das
Figura 4 – Evolução da eficiência das lâmpadas elétricas.
questões luminotécnicas que norteavam não somente o desenvolvimento dos
operacional e uma grande produção de
Devemos entender que, desde as
produtos, mas também as aplicações.
luz por watt consumido (Lm/W).
primeiras tentativas de utilização de luz
Buscar mais luz por unidade de
Porém, como vemos nas nossas
no ambiente urbano, as fontes produziam
potência tornou-se a base da valorização
cidades, hoje em dia, esta tecnologia
luz predominantemente branca, desde as
da tecnologia, visto que tal produto
produz luz visível em um espectro
incandescentes até as lâmpadas a vapor de
produz mais luz por watt consumido.
amarelo, deixando nossas cidades quase
mercúrio em alta pressão.
Quando,
monocromáticas.
lançadas as lâmpadas a vapor de sódio
As lâmpadas tipo vapor de mercúrio
para o mundo real o resultado de luz
em alta pressão (VSAP), o mercado viu
em alta pressão produziam uma luz
diferente, amarelado, que inicialmente
nesta tecnologia uma solução bastante
branca esverdeada, mas era entendida
foi discutido, porém dada as vantagens
viável, pois apresentava uma longa vida
como luz branca.
econômicas e energéticas, foi superado.
nos
anos
1950,
foram
A tecnologia do Sódio (VSAP) trouxe
Apoio
43
Apoio
Iluminação pública e urbana
Energydepot.com
44
Esta tecnologia ficou tão difundida,
que o programa federal para economia de energia na iluminação pública, o Procel Reluz,
desenvolveu
uma
verdadeira
mudança tecnológica no país. Veja que mesmo com todo o avanço, temos ainda uma quantidade significativa de lâmpadas tipo vapor de mercúrio em alta pressão, motivada pelo custo da mudança tecnológica para o sódio, pois muda não somente a luminária, mas reator e inclui o capacitor de ignição, ou “ignitor”.
A lâmpada a vapor de sódio em alta
pressão é frequentemente encontrada nas cidades brasileiras. Vamos entender como ela é composta na Figura 8.
Esta imagem (Figura 8) foi publicada
há oito anos, aproximadamente, e é interessante perceber como, naquela época, a lâmpada a vapor de sódio era considerada a solução mais econômica disponível, Hurlbutvisuals.com
Figura 5 – Gráfico mostra vida útil e eficiência luminosa das fontes de luz.
com
certeza
quando
analisada pelo aspecto investimento x consumo energético x vida operacional.
No entanto, este panorama estava
para ser mudado radicalmente...
Led
O desenvolvimento da capacidade
de emissão de luz de um diodo chamado “Light Emitting Diode (Led)”
Figura 6 – Iluminação com lâmpadas a vapor de sódio.
possibilitou sua utilização econômica, ou seja, esta tecnologia mostrou-se economicamente econômico,
1995
1999
2004
2008
2012
No de pontos (m)
8,8
11,3
13,4
14,7
16,1
Potência instalada (GW)
1,74
1,90
2,22
2,42
2,61
Consumo de energia (TWh/ano)
7,64
8,31
9,73
10,62
11,43
Vapor de mercúrio
81%
71%
47%
32%
24%
Vapor de sódio alta pressão
7%
16%
46%
63%
71%
Fonte: Eletrobrás e distribuidoras de energia elétrica – Fórum de IP – SP 21/05/2015 Figura 7 – Resultado do programa Procel Reluz, que promoveu a inserção maciça das lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão.
viável
técnico
e
no
quesito
operacional
com grandes vantagens em relação à tecnologia da lâmpada vapor de sódio em alta pressão. Os fabricantes do Led estão em pleno
desenvolvimento
tecnológico
e é importante não focarmos nossa atenção para o chip, mas sim para o conjunto luminária, que é, de fato, o que utilizamos nos nossos projetos.
http://images.slideplayer.com.br/1/281424/slides/slide_14.jpg
Apoio
Figura 8 – Definição de lâmpada a vapor de sódio de alta pressão.
45
Apoio
Iluminação pública e urbana
http://www.altenergymag.com
46
Esta questão da produção de luz por watt consumido é importante e vem se desenvolvendo ao longo dos anos, e acredito que, em pouco tempo, números interessantes
sejam
apresentados
no
mercado. Tomemos aqui o cuidado de entender que como esta tecnologia está em constante desenvolvimento, qualquer número apresentado para o futuro será fruto de estimativa e a realidade mostra que os números obtidos hoje são superiores aos números estimados anteriormente. Porém,
um
ganho
muito
mais
importante está na fotometria da solução, pois passando da tecnologia de fotometria refletida, utilizada nas luminárias baseadas em lâmpadas, para a tecnologia de fotometria projetada, como temos nos Leds, há um ganho significativo de eficiência. http://www.altenergymag.com
Figura 9 – Quadro evolutivo da iluminação.
Assim, para um Led que produz metade
do fluxo luminoso de uma lâmpada, temos o mesmo resultado final, pois o sistema projetado se mostra muito mais eficiente. Esse é o motivo pelo qual não podemos comparar luminárias baseadas em lâmpadas e luminárias baseadas em Led pelo fluxo luminoso, temos que compará-las pela fotometria.
Então, como definir qual solução Led
substituirá uma instalação VSAP existente?
Figura 10 – Comparação entre uma lâmpada de alta pressão HID e o Led.
Figura 11 – Iluminação com lâmpadas a vapor de sódio (esquerda) e com Leds (direita).
Vamos lá:
Levante os dados da instalação:
Apoio
47
Apoio
Iluminação pública e urbana
48
Figura 12 – Fluxo luminoso e vida útil do Led e de uma lâmpada de descarga.
• Largura da via;
aproximadamente
energia
ser utilizada na iluminação pública hoje e no
• Distância entre postes;
quando comparamos uma boa luminária
futuro, até a próxima mudança de paradigma
• Altura de montagem;
a Led com as luminárias conforme norma
tecnológica, que não sabemos qual será e
• Comprimento do braço;
brasileira vigente para iluminação pública
quanto tempo demorará.
• Inclinação;
(luminárias fechadas).
• Tipo da luminária utilizada;
Importante salientar que este nível de
solução: luminária Led, lâmpada Led,
• Tipo da lâmpada;
economia não considera dimerização, ou
placa de Led ou outra. Na verdade, o que
• Faça as medições conforme indicado na
seja, considera que as luminárias a Led
devemos entender é que a tecnologia produz
norma ABNT NBR 5101:2012;
ficarão acesas 100% do tempo de utilização
benefícios econômicos e técnicos, e a tomada
• Consiga a curva fotométrica da luminária
na sua potência máxima.
de decisão deve se dar buscando entender os
utilizada;
ganhos que cada opção lhe trará.
• Faça os cálculos e defina o nível de
na verdade, podemos obter reduções
Eu, particularmente, acredito que
depreciação comparando os cálculos com as
significativamente
quando
para utilizar todas as vantagens das
medições (Utilize um software com a curva
considerarmos a redução da potência
características fotométricas, elétricas e
fotométrica da luminária).
durante o período de utilização.
térmicas do Led, devemos analisar a fundo
as soluções integradas nas luminárias Led
50%
menos
Vamos ver no próximo capítulo que, maiores
Assim, a tecnologia Led apresenta:
Desenvolva uma estimativa de aplicação
Sempre me perguntam qual a melhor
e não retrofit de lâmpadas de descarga
no seu software para a mesma instalação
- Baixo custo operacional;
com lâmpadas Led. Vamos ver isso mais
com diferentes potências de Led, chegando
- Consome menos energia;
detalhadamente na próxima edição deste
a um nível equivalente ao calculado e ao
- Vida operacional superior;
fascículo.
medido.
- Curva de custo por escala decrescente;
- Curva de produção de luz crescente nos
Perceba que muitas vezes você constatará
que a instalação existente não atende aos
anos futuros;
valores mínimos recomendados por norma.
- Facilmente controlável fotometricamente e
Assim, você deverá realizar seus cálculos
eletricamente;
visando ao atendimento destes requisitos
- Digital.
apresentados no capítulo anterior.
Normalmente, os resultados que você
Estas razões são suficientes para o
obterá mostrarão que serão necessários
mercado definir o Led como a tecnologia a
* Plinio Godoy é engenheiro eletricista especializado em lighting design. É consultor e lighting designer sênior da CityLights. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
49
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
50
Capítulo V Carga dos alimentadores Por Manuel Luís Barreira Martinez*
Em continuidade ao capítulo anterior,
que abordou carregamento e potência
Locação de cargas
métodos para a locação de carga nos transformadores:
nominal dos transformadores, o artigo deste
mês tratará sobre a carga dos alimentadores.
de distribuição implica na especificação
A característica da demanda em kW a cada
O processo de análise de um sistema • Utilização de fatores de diversidade
de um grande conjunto de dados que
Conforme
15 minutos de um alimentador genérico é
depende, sobretudo, do detalhamento
Diversidade (FDV) é a razão entre a
mostrada na Figura 1. Conforme é possível
do modelo escolhido para o alimentador
demanda máxima não coincidente de
notar, a demanda dos alimentadores não
e
um grupo de consumidores pela máxima
apresenta variações instantâneas como
comportamento
da
disponibilidade das
dos
perfis
cargas
de
de seus
demanda
definido,
diversificada
o
do
Fator
grupo.
de
A
as observadas individualmente para os
consumidores. De um modo geral, a
Tabela 1 mostra os valores de fatores de
consumidores ou, em menor escala, para
representação completa de um alimentador
diversidade para um determinado grupo de
os transformadores. A explicação para
deve levar em conta a modelagem das cargas
consumidores.
este fato se encontra associada ao elevado
de todos os seus transformadores. Logo, é
Uma vez que se pode obter dados
grau de aleatoriedade das cargas, na ordem
necessário determinar a carga conectada a
similares aos mostrados na Tabela 1,
de centenas, usualmente supridas pelos
cada um dos transformadores.
para cada uma das classes ou grupos de
alimentadores.
De um modo geral, existem quatro
consumidores de uma determinada região, é possível – caso sejam conhecidas as demandas individuais dos componentes destes grupos, como mostra a Equação 1 – determinar a máxima demanda diversificada de cada grupo de consumidores conectados, como de um transformador.
(1)
Desse modo, o valor para a “máxima
demanda diversificada” é a carga suprida ou locada para cada transformador. De maneira geral, os métodos que trabalham com fatores de diversidade necessitam de levantamentos de carga. Logo, os coeficientes de diversidade são usualmente associados aos métodos para Figura 1 – Curva de demanda em kW a cada 15 minutos para um alimentador genérico.
levantamentos de carga.
Apoio
Tabela 1 – Fatores
de diversidade
• Levantamento de carga
– FDV
Muitas vezes, a máxima demanda dos
NC
FDV
FDV-1
NC
FDV
FDV-1
NC
FDV
FDV-1
NC
FDV
FDV-1
1
1,00
1,000
21
2,90
0,345
41
3,13
0,319
61
3,18
0,314
2
1,60
0,625
22
2,92
0,342
42
3,13
0,319
62
3,18
0,314
3
1,80
0,556
23
2,94
0,340
43
3,14
0,318
63
3,18
0,314
as empresas distribuidoras de energia
4
2,10
0,476
24
2,96
0,338
44
3,14
0,318
64
3,19
0,313
elaboram levantamentos dos perfis de carga
5
2,20
0,455
25
2,98
0,336
45
3,14
0,318
65
3,19
0,313
dos consumidores, de forma a obter uma
6
2,30
0,434
26
3,00
0,334
46
3,14
0,318
66
3,19
0,313
relação entre a energia consumida em kWh
7
2,40
0,417
27
3,01
0,332
47
3,15
0,317
67
3,19
0,313
e a máxima demanda em kW ou kVA.
8
2,55
0,392
28
3,02
0,331
48
3,15
0,317
68
3,19
0,313
9
2,60
0,385
29
3,04
0,329
49
3,15
0,317
69
3,20
0,312
instalar um medidor de demanda em
10
2,65
0,377
30
3,05
0,328
50
3,15
0,317
70
3,20
0,312
11
2,67
0,375
31
3,05
0,328
51
3,15
0,317
12
2,70
0,370
32
3,08
0,325
52
3,15
0,317
13
2,74
0,365
33
3,09
0,324
53
3,16
0,316
14
2,78
0,360
34
3,10
0,323
54
3,16
0,316
15
2,80
0,357
35
3,10
0,323
55
3,16
0,316
durante um determinado período.
16
2,82
0,355
36
3,11
0,322
56
3,17
0,315
17
2,84
0,352
37
3,12
0,320
57
3,17
0,315
o conjunto de pontos definido por cada
18
2,86
0,350
38
3,12
0,320
58
3,17
0,315
um dos consumidores, é determinada
19
2,88
0,347
39
3,12
0,320
59
3,18
0,314
uma correlação, usualmente na forma
20
2,90
0,345
40
3,13
0,319
60
3,18
0,314
de “Regressão Linear” entre a máxima
consumidores individuais é conhecida por meio de medidores de demanda ou da energia consumida em kWh. Em geral,
Para obter essa relação é necessário
cada consumidor estudado durante o levantamento. Estes medidores podem ser do tipo utilizado para a obtenção das curvas de demanda anteriormente discutidas, ou podem ser medidores mais simples que gravam somente a demanda máxima Ao fim do levantamento, considerando
51
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
52
demanda [kW ou kVA] versus energia
definidos de forma aleatória pela empresa.
por meio da análise do comportamento
consumida [kWh].
Para tanto são selecionados vários
agrupado de consumidores, que, embora
A Figura 2 mostra o exemplo da
locais em que podem ser instalados
divididos em classes, dentro destas se
característica definida para um grupo de 15
medidores capazes de registrar as demandas
comportam de modo semelhante. Assim,
consumidores, bem como a sua respectiva
máximas de grupos compostos por 2 a
o que importa é a maneira como são
regressão linear, Equação 2.
70 consumidores, dos quais se conhece,
organizados e agrupados, por exemplo,
de modo prévio, a demanda máxima
nos transformadores. Em alguns casos, não
individual, definida pela correlação entre
cobertos neste texto consideram-se fatores
consumo e demanda, como mostrado,
de diversidade entre consumidores e fatores
por exemplo, pela Equação 2, ou ainda
de diversidade entre transformadores.
determinadas por medição direta via novo
Isso, de algum modo, contraria a ideia
conjunto de medidores instalados a jusante
da existência de semelhança entre o
de cada um dos medidores de conjunto.
comportamento de consumidores de uma
De posse desses valores de demanda de
mesma classe verificada, pelo menos
conjunto e individuais é calculado o fator
em termos gerais, quando das análises
Como posto, o conhecimento da
de diversidade dos grupos selecionados.
dos bancos de consumo corporativos. A
demanda máxima de cada consumidor –
Dentro da lógica proposta, os grupos neste
aplicação desta técnica é similar à que se
determinada segundo a correlação entre o
método de locação de carga podem ser definidos
apresenta neste texto, sendo que a única
consumo medido e a demanda, verificada
de qualquer modo, somente consumidores,
diferença é que, quando se verifica o
por consumidor – é o primeiro passo
ou agrupados por transformadores, ou por
carregamento de trechos de alimentadores,
neste processo. O próximo é realizar
trechos de alimentadores, entre outros.
aplicam-se fatores de diversidade definidos
(2) Em que: DM- Demanda Máxima [kW] EC - Energia Consumida [kWh]
um levantamento de carga que permita
para grupos de transformadores. Caso se
determinar a demanda máxima para
Nota:
Este
diversos agrupamentos de consumidores,
fatores
de
texto
considera
diversidade
são
que
os
tenha confiança estatística nestes valores,
definidos
os resultados são relativamente similares e
Apoio
depende da análise e do grau necessário de detalhamento, que muito tem a ver com a dispersão dos resultados das leituras, como mostrado na Figura 3, em que não foi considerada a classificação por classe de consumo. Isso na tentativa de retirar uma única característica, capaz de representar todos os consumidores de um grupo de amostras retiradas aleatoriamente de um conjunto de 105 medições de demanda realizadas no Sul do Brasil. O coeficiente de correlação estatístico entre amostra e modelo é da ordem de r2 = 0,667, o que pode ser considerado como adequado. No entanto, observa-se uma elevada dispersão Figura 2 – Característica demanda [kW] versus energia [kWh] para consumidores residenciais
dos dados em relação ao modelo, o que
não carregam erros de conceito e aplicação.
melhor definição estatítica dos fatores de
pode ou não ser considerado como
diversidade.
conveniente pelo analista. Nesse caso,
As características demanda [kW]
sugere-se agrupar as amostras segundo
versus
uma outra ótica, o que não foi objeto deste
Alternativamente
podem
realizadas
de
medições
ser
consumo
energia
[kWh]
podem
ser
individual, de modo totalmente aleatório e
agrupadas, como mostra a Figura 2, por
texto e discussão.
aplicadas técnicas de análise combinatória
classe de consumo ou, de forma genérica,
Em geral, o modelo adotado para
para formar o agrupamento na forma
contemplar outras classificações como
representar as "características demanda
de conjuntos de 2 a 70 indivíduos. Esta
"diurna", "noturna" ou "total". A escolha
versus
do modo de agrupamento e classificação
mostrados nas Figuras 2 e 3, ou seja, não
técnica, em geral, permite obter uma
energia"
são
lineares,
como
53
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
54
determinado mês, é mostrada nas Tabelas 2 a 4. O levantamento de carga para estes consumidores indica que a demanda máxima em kW - DM a cada 15 minutos para o período de 24 horas é fornecida pela equação 3. Deste modo, pede-se para determinar a potência de cada transformador, bem como a demanda de cada trecho de alimentador. (3)
A demanda máxima em kW DM a
cada 15 minutos para o período de 24 horas é fornecida pela equação 3, como mostrado para o consumidor #1. Figura 3 – Característica demanda diurna [kVA] versus energia [kWh] para consumidores do Sul do Brasil.
Nota:
Os
valores
de
demanda
são
calculados segundo a Equação 3.
Considerando as Tabela 2 a 4, são
calculadas as demandas máximas não coincidentes em kW a cada 15 minutos para os transformadores T1 a T3. - Transformador T1 DMÑ-C = 12,4 + 13,4 + 16,1 + 12,9 + 11,9 = 66,7 kW
Figura 4 – Ramal N1 – N4 composto por três transformadores e 18 consumidores.
são consideradas funções mais elaboradas, uma vez que pouco se consegue em
Exemplo 1
Um ramal de distribuição alimenta
termos de representatividade.
três transformadores, conforme mostrado
Características similares podem ser
na Figura 4. A energia consumida em
desenvolvidas para a demanda noturna.
kWh por cada consumidor, durante um
A determinação das relações para as
Tabela 2 – Consumidores
demandas diurna e noturna envolve algum
Considerando a Tabela 1 para os fatores
de diversidade, obtém-se:
conectados ao transformador
T1
CONSUMIDOR
#1
#2
#3
#4
#5
cargas. Também é possível trabalhar com
KWh
1.523
1.645
1.984
1.590
1.456
uma característica que considere somente
KW #
12,4
13,4
16,1
12,9
11,9
conhecimento
das
características
das
a demanda máxima diária. Neste caso, Tabela 3 – Consumidores
trabalha-se em geral com o conceito de curvas em dois patamares. Em qualquer dos casos, a
conectados ao transformador
T2
CONSUMIDOR
#6
#7
#8
#9
#10
#11
discrepância em termos de tempo é fornecida
KWh
1.235
1.587
1.698
1.745
2.015
1.765
pela aplicação dos fatores de diversidade.
KW #
10,1
12,9
13,.8
14,2
16,3
14,3
De modo a ilustrar os métodos para
alocação de carga e avaliar um alimentador em média tensão composto por quatro
Tabela 4 – Consumidores
conectados ao transformador
T3
CONSUMIDOR
#12
#13
#14
#15
#16
#17
#18
segmentos de linha de distribuição e três
KWh
2.098
1.856
2.058
2.265
2.135
1.985
2.103
transformadores trifásicos que alimentam
KW #
17,0
15,1
16,7
18,3
17,3
16,1
17,0
18 consumidores, confira a Figura 4.
Apoio
- Transformador T2 DMÑ-C = 12,9 + 13,8 + 14,2 + 16,3 + 14,3 + 17,0 = 81,6 kW
coincidentes em kVA a cada 15 minutos
mesmo
assim,
inferior
aos
padrões
para os transformadores T1 a T3, o que
máximos adotados de 1,40 p.u.
define o valor das suas potências nominais
em kVA.
sejam os resultados para a Demanda
Com respeito aos trechos do ramal,
Máxima Não Coincidente em kW a cada 15 Considerando a Tabela 2 para os
minutos para os transformadores T1 a T3.
fatores de diversidade, obtém-se:
Coincidente em kW a cada 15 minutos
para os transformadores T1 a T3. - Trecho N1 – N2 - Transformador T3 DMÑ-C= 17,0 + 15,1 + 16,7 + 18,3 + 17,3 + 16,1 + 17,0 = 117,5 kW
DMÑ-C = 66,7 + 81,6 + 117,5 = 265,5 kW
Desse modo, podem ser selecionados
transformadores com as seguintes potências nominais:
Considerando a Tabela 2 para os
Considerando a Tabela 2 para os fatores
de diversidade, bem como ao fato de que ao trecho N1 – N2 estão conectados 18 consumidores, vem:
fatores de diversidade, obtém-se:
- Trecho N2 – N3
Com base na demanda máxima não
coincidente em kW a cada 15 minutos e
considerando um fator de potência de 0,92,
somente o transformador T2 apresenta um
são calculadas as demandas máximas não
valor de sobrecarregamento significativo,
DMÑ-C = 81,6 + 117,5 = 199,1 kW
Considerando os valores selecionados,
Considerando a Tabela 2 para os fatores
55
56 de diversidade, bem como ao fato de que ao trecho N2 – N3 estão conectados 13 consumidores, ou seja, como assumido [consumidores de 6 a 18], vem:
- Trecho N3 – N4
Este trecho alimenta somente o transformador T3, logo:
Conforme demonstra o exemplo anterior, a Lei de Kirchhoff das
Correntes não é obedecida quando se utilizam as máximas demandas diversificadas para os cálculos de fluxo de potência por meio dos transformadores e trechos de linhas. Isso pode ser observado quando se considera que no trecho N1–N2 existe, como calculado, um fluxo de 92,8 kW que, subtraído do fluxo de pelo transformador T1, 30,3 kW, conforme a Lei de Kirchhoff das Correntes, resulta em um fluxo de 62,5 kW por intermédio do trecho N2–N3 que, por sua vez, é calculado como 72,6 kW. A explicação para este fato reside no fato de que as demandas máximas diversificadas para os transformadores e as linhas não coincidem no tempo.
Observe que, de forma ilustrativa, a técnica foi aplicada e duas
análises, considerando, de forma indistinta, demandas em kVA e kW.
Como observado inicialmente, isso não é considerado um problema,
uma vez que existe uma proporcionalidade assumida como constante, independentemente do período de tempo e do consumo entre as grandezas. • Gerenciamento de carga dos transformadores
Com base no conhecimento da energia em kWh suprida pelos
transformadores em um determinado período de tempo, as empresas de distribuição de energia desenvolvem procedimentos para gerenciar a carga suprida por seus transformadores. Estes procedimentos têm por objetivo principal determinar quando um transformador precisa ser substituído por estar operando em condição de sobrecarga. De forma complementar, os resultados destes procedimentos também podem ser utilizados para alocar cargas para transformadores durante os processos de análise dos alimentadores.
Os procedimentos de gerenciamento das cargas dos transformadores
relacionam a máxima demanda diversificada dos transformadores em kVA com a energia total suprida em kWh em um determinado período de tempo, em geral, mensal. Esta relação é determinada a partir de uma pesquisa ou levantamento de carga e, usualmente, o modelo resultante assume a forma de uma reta. Nestes casos são efetuadas medidas da máxima demanda e de energia suprida a todos os consumidores conectados aos transformadores. Com as informações relativas a vários transformadores, são construídas características similares às mostradas nas Figuras 2 e 3. Este
Apoio
método tem a grande vantagem de utilizar a
método de gerenciamento de cargas dos
base de dados de faturamento das empresas
transformadores é a necessidade de uma
distribuidoras de energia para cada mês
base de dados específica para cada tipo de
de interesse ao longo do ano. Enquanto as
transformador e novamente esses dados não
empresas mantiverem um forte controle
estão sempre disponíveis.
ser expressa em kW ou kVA e a potência
dos consumidores conectados a cada
O processo de alocação de carga, com
total dos transformadores é a soma da
transformador, é possível, pela utilização
base em leituras efetuadas por medidores
potência nominal em kVA de todos os
das equações desenvolvidas, calcular para
instalados nas subestações, necessita de uma
transformadores de distribuição instalados
todos os períodos de tempo a máxima
menor quantidade de dados. Quase todos os
no alimentador. Desse modo, a demanda
demanda diversificada de cada um de
alimentadores possuem medidores instalados
alocada para cada transformador em kW
seus transformadores, trechos de rede e
que, no mínimo, fornecem a máxima
ou kVA, dependendo do tipo de medidor
correspondentes quedas de tensão.
demanda total trifásica diversificada em kW
utilizado, é determinada pela Equação 5.
(4) Neste caso, a demanda medida pode
ou kVA e/ou a máxima corrente por fase • Fator de alocação de carga –
durante o mês. A potência nominal em kVA,
medida da máxima demanda dos
de todos os transformadores de distribuição
alimentadores
de um alimentador, sempre é conhecida.
A maior desvantagem da alocação de
Desse modo, é possível alocar valores de
carga utilizando os fatores diversidade é o fato
carga para cada transformador com base na
de que a maioria das empresas distribuidoras
sua potência nominal. Isso tem como base
de energia não possui esses fatores de
um “fator de alocação” (FA), que pode ser
forma tabelada. Isso se deve ao fato de que,
determinado a partir de medições trifásicas
geralmente, os processos de desenvolvimento
de demanda em kW ou kVA e a potência total
destas tabelas são onerosos em termos de
dos transformadores de distribuição em kVA,
tempo e custos. A maior desvantagem do
conforme mostrado pela Equação 4.
(5)
Caso a demanda em kW ou kVA
seja medida por fase, é possível, quando necessário, alocar cargas em cada uma das fases dos transformadores. Por sua vez, caso seja medida a corrente máxima por fase, a carga alocada para
cada
transformador
pode
ser
obtida assumindo a tensão nominal na subestação como constante para todos os transformadores. Caso não existam
57
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
58
medições informando os valores de
utilidade? Considerando a pouca ou
problema que não é passível de contorno,
potência reativa ou o fator de potência
nenhuma necessidade de dados, este
uma vez que se tenha em mente que alguns
dos alimentadores, deve-se assumir um
método permite verificar, dentro de
dos parâmetros calculados não possuem
valor de fator de potência para a carga de
limites e de forma extremamente rápida,
forte vínculo físico. Por exemplo, não é
cada um dos transformadores.
a capacidade de se agregar cargas a
esperado que transformadores operem
As subestações modernas possuem
transformadores ou ainda quedas de
com potência superior à nominal quando
que
tensão. É por certo óbvio que não
se aplica o método do fator de alocação.
fornecem os valores de potência ativa,
dispensa cálculos mais elaborados. No
Logo, ou não se calcula o carregamento
reativa, aparente, bem como o valor do
entanto, fornece valores de referência
dos transformadores ou se assume o
fator de potência. Com esses dados é
para procedimentos mais sofisticados,
resultado destes cálculos com reservas.
possível alocar valores para a potência
o que é uma boa prática em engenharia.
Observações
reativa. No entanto, como os valores
Em geral, os valores dos carregamentos
para os valores das quedas de tensão
totalizados nas subestações incluem
dos
de
nos métodos de fator de diversidade,
perdas, é necessário utilizar um processo
redes necessitam sempre ser melhor
levantamento e gerenciamento de carga.
iterativo para que as cargas alocadas
elaborados. No entanto, violações de
Finalmente, é necessário ter em
sejam equivalentes aos valores lidos.
queda de tensão são quase sempre muito
mente que todos esses modelos e
bem avaliadas, dispensando quando da
procedimentos podem ser utilizados de
ultrapassagem dos limites superiores de
forma simplificada ou complementar.
avaliações complementares.
A maioria deles pode ser aplicada
medidores
microprocessados
Exemplo 2 Considerando
que
a
transformadores
e
trechos
máxima
similares
são
válidas
diretamente em rotinas desenvolvidas •Qual método utilizar?
demanda diversificada em kVA para o
de modo rápido e eficaz na forma
sistema mostrado no exemplo 2 é de 92,9
Finalmente, uma vez que foram
de planilhas eletrônicas de cálculo,
kVA, qual deve ser a potência alocada
apresentados
métodos
fornecendo uma primeira ideia do
para cada transformador considerando o
diferentes para alocação de carga dos
problema como um todo. O grau de
método do fator de alocação – FA?
transformadores de distribuição surge
confiança nos resultados fica por conta
uma pergunta: Qual deles é o mais
das limitações intrínsecas aos dados e aos
adequado?
modelos, bem como no conhecimento
dos analistas.
quatro
A resposta correta sobre a escolha
do método a utilizar depende do
Desse modo:
propósito das análises. Se o propósito é de determinar a demanda máxima dos transformadores de distribuição,
Logo:
pode ser utilizado o método do fator de diversidade e levantamento de carga ou com o método de gerenciamento de carga. Em geral, nenhum desses métodos é
Assim:
empregado
completo
para
do
o
levantamento
comportamento
dos
alimentadores. Para este tipo de análise apresentar bons resultados, a locação de cargas deve ser feita com base no método dos fatores de alocação, que também implica no conhecimento da potência nominal dos transformadores. Como
se
observa,
por
uma
A diferença básica entre os modelos
comparação direta de conceitos, o
e
sua
método do fator de alocação não resulta
no
atendimento
em unidades operando em condições
fundamentais dos circuitos elétricos,
de potência superior à nominal. Logo,
como, por exemplo, a Lei de Kirchhoff
é possível se perguntar: qual sua
das Correntes. No entanto, esse é um
aplicabilidade ou
encontra-se
não
das
leis
*Manuel Luís Barreira Martinez possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em equipamentos, materiais elétricos, distribuição de energia elétrica e técnicas em alta tensão. É autor e coautor de 350 artigos em revistas e seminários, associados a trabalhos de engenharia e 45 orientações de mestrado e doutorado. Atua, principalmente, nos seguintes segmentos: métodos de ensaios, ensaios dielétricos, para-raios para sistemas de média e alta tensão e equipamentos elétricos.” Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
59
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
60
Capítulo V Arcos internos em equipamentos de subestações Por Sérgio Feitoza Costa*
Nesta
série
de
fascículos,
são
internos em painéis de médias e baixas
traduzida de uma norma IEC já superada
apresentados conceitos de engenharia para
tensões. A ideia do texto a seguir não é ser
no mercado internacional.
projeto e especificação de equipamentos
mais uma repetição do tema, mas convém
As únicas exceções a isso são as
de subestações de transmissão e de
relembrar um aspecto das normas técnicas.
normas atreladas a produtos de certificação
distribuição. O primeiro capítulo da série
Ensaios de arcos internos em painéis são
compulsória. Tais produtos só podem
cobriu aspectos dos estudos do sistema
ensaios de tipo para os painéis de média
ser comercializados no país se forem
elétrico que servem de base para as
tensão (IEC 62271-200), mas infelizmente
certificados pelo Inmetro e, como exemplo,
especificações técnicas dos equipamentos.
ainda não são ensaios de tipo para os painéis
temos os plugues e tomadas para uso
O segundo abordou conceitos sobre
de baixa tensão (IEC 61439). O mercado
doméstico, interruptores para instalações
curtos-circuitos, ampacidades, sobrecargas
comprador, entretanto, exige cada vez mais,
elétricas fixas domésticas, alguns cabos de
e contatos elétricos. O terceiro artigo
com fundamento, que os fabricantes de
potência de baixa tensão e equipamentos
abordou o tema “Técnicas de ensaios de
painéis de baixa tensão comprovem que
para atmosferas explosivas. No Inmetro,
alta potência, laboratórios de ensaios e
o equipamento foi testado e aprovado no
além da certificação compulsória, existe a
principais ensaios”. E o quarto capítulo
ensaio da IEC TR 61641.
possibilidade de certificar certos produtos
tratou de estudos elétricos de sobretensões,
A norma IEC 61439-1:2009, publicada
nas modalidades de certificação voluntária
coordenação de isolamento e impactos de
há seis anos, encontra-se, na ABNT, há
(por exemplo, instalações de baixa tensão)
campos elétricos e magnéticos.
dois anos em tradução e adaptação para
e em programas de etiquetagem voluntária
Neste quinto capítulo, o tema abordado
o português. Seria bem-vindo e original
(como transformadores de distribuição em
será “Arcos internos em equipamentos
se a comissão da ABNT aproveitasse a
óleo) e compulsória (como certos motores
de subestações”, com ênfase na brochura
oportunidade para listar o ensaio de arco
elétricos e refrigeradores). Nenhuma dessas
Cigré 302 – Ferramentas para a simulação
interno nos painéis com correntes de arco
possibilidades se aplica a painéis elétricos
dos efeitos de arco interno na transmissão
maiores que 40 kAef, como um ensaio
de baixa ou média tensão.
e distribuição. Este documento único foi
de tipo. Se isso fosse realizado na norma
publicado pelo Cigré Internacional em
brasileira, poderia se fazer o mesmo com a
dezembro de 2014. O autor deste fascículo,
IEC, tendo uma boa chance de sucesso. Fica
Sergio Feitoza Costa, participou desde o
aqui a ideia!
início dos grupos de trabalho dos grupos
de trabalho Cigré WG A3-20 e WG A3-24,
que ninguém é obrigado a utilizar normas
sendo um dos coautores da brochura.
brasileiras de painéis e outros produtos pelo
Arcos internos e qualificação de produtos: quais normas técnicas utilizar?
Falando sobre normas, cabe lembrar
Ferramentas para a simulação dos efeitos de arco interno em equipamentos de manobra de transmissão e distribuição (Brochura Cigré 602)
simples fato de serem normas brasileiras.
Normas técnicas são instrumentos que
a Brochura Cigré 602 (http://www.e-
Em dezembro de 2014, foi publicada
servem de referência aos contratos entre
cigre.org/Search/resultatREF.asp#),
comprador e vendedor e estes são livres para
documento que foi publicado e detalhado
único
escolher as normas que bem entenderem. É
sobre o assunto. Participaram de sua
Nos últimos anos, vários artigos têm
mais razoável usar uma norma IEC recente
preparação 21 especialistas de 15 países,
sido publicados no Brasil sobre arcos
do que usar uma antiga norma brasileira
entre os quais o autor deste fascículo,
Apoio
Sergio Feitoza Costa, que participou, desde
e alta tensão isolados a SF6 e a ar.
montados para analisar os efeitos do arco
o início, em 2007, dos grupos de trabalho
Há várias normas mundiais sobre
interno, pesquisar as ferramentas e modelos
Cigré WG A3-20 e WG A3-24. Em 2007,
equipamentos resistentes a arco interno.
computacionais disponíveis e aconselhar
para se ter uma ideia, uma das reuniões
Algumas,
62271-200,
que alguns testes possam ser substituídos
do grupo de trabalho aconteceu no Rio de
permitem que o SF6 seja substituído por
por simulações de computador. Algumas
Janeiro por ocasião do evento internacional
ar durante o teste de arco interno. Outras,
motivações e resultados específicos foram:
realizado pelo Cigré – SC A3 Technical
como a IEEE Std C37.20.7, não tratam de
Colloquium.
equipamentos isolados a SF6. Por último,
• avaliar os métodos de cálculos de
Reconhecendo o papel crescente do
existem normas, como a IEC 62271-203,
sobrepressão e fazer análises comparativas
uso de simulações de alguns ensaios, o
que permitem a extensão de resultados dos
com resultados de testes realizados;
Cigré internacional estabeleceu o grupo
testes por métodos de cálculo. A futura IEC
• reduzir o número de ensaios de arco
de trabalho WG A3.20, que depois foi
62271-307 tratará da extensão da validade
interno por razões ambientais;
substituído pelo WG A3-24. As tarefas
de relatórios de ensaios feitos segundo a
• verificar os impactos de modificações
iniciais foram de avaliar ferramentas de
IEC 62271-200. Esta norma, atualmente em
de projeto da por meio de simulações
simulação e em que medida poderiam
preparação, terá impacto no mercado de
(interpolação de resultados de teste);
ser usadas. Conclui-se que a simulação
painéis de média tensão e será tratada em
• verificar a validade da substituição de SF6
é uma ferramenta de desenvolvimento
um capítulo desta série mais a frente.
por ar durante os testes de arco interno.
valiosa e que pode prever o desempenho
de um equipamento, pelo menos quando
desses testes é muito importante do
se está comparando alguns resultados com
ponto de vista da segurança, embora seja
revisão da literatura existente (mais de 100
outros resultados de um projeto já testado
econômico e ambientalmente proibitivo
artigos e normas técnicas) e pela coleta de
e simulado. O WG A3.24 continuou as
testar todas as variações de um determinado
dados de teste a partir de inúmeros testes
análises com um foco específico em testes
projeto de painel. Nesse sentido, o trabalho
de arco interno. Os dados de teste foram
de arco interno em equipamentos de média
do WG e a brochura resultante dele foram
coletados a partir de mais de 80 casos
como
a
IEC
Na brochura fica claro que a realização O WG A3.24 começou o trabalho pela
61
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
62
diferentes com tamanhos de invólucros que
c) Cálculos de energia, evaporação de
possibilidade de furar o invólucro e
vão desde volumes de menos de cinco litros
metais e ablação de isoladores;
fórmulas;
até grandes tanques de GIS (1.200 litros). As
d) Misturas de gases em
p) Avaliação do tempo de queima em
correntes de falta variaram de 12 kA a 63
compartimentos;
invólucros de alumínio e aço;
kA, com durações de falhas que vão desde
e) Uso de absorvedores de arco no fluxo
q) Avaliação de parâmetros de projeto;
10 ms a 1,2 s.
de escape;
r) Sensores de pressão e absorção do
Foram analisados desde invólucros
f) Velocidades de dispositivo de
arco por indicadores;
simples até equipamentos com vários
abertura de alívio;
s) Efeitos da ligação do neutro durante
compartimentos isolados a SF6 e ar. Ao
g) Uso de CFD é utilizado para
ensaios.
longo das análises, houve foco nos três
simulação de arco interno;
efeitos principais de um arco interno
h) Análises de sensibilidade aos diversos
que são: (a) o aumento de pressão; (b)
parâmetros;
cálculo utilizados, algumas observações são
as solicitações mecânicas no invólucro,
i) Comparação dos efeitos de um
mostradas na tabela a seguir. Eles estariam
instalações
e
paredes
causadas
pela
No que diz respeito aos modelos de
mesmo arco interno em ar ou no SF6;
em um ponto intermediário entre o modelo
sobrepressão interna; e (c) o efeito “burn-
j) Normalização técnica e interpretação
básico e o de alta complexidade.
through” no sentido de furar o invólucro
de resultados de testes (diferenças ar e
quando a corrente de arco estacionaria em
SF6);
em um ponto intermediário a estes
um certo ponto.
k) GIS> 52 kV (IEC 62271-203) e
dois é o software Switchgear Design
cubículos ≤ 52 kV (IEC 62271-200,
desenvolvido pelo autor deste fascículo.
foram feitas com ferramentas de software
-201, IEEE C37.20.7);
Entretanto, este não se aplica apenas a
que variaram desde as “feitas em casa” até
l) Solicitações mecânicas devido às
simulações de ensaios de arco interno, mas
ferramentas CFD complexas e caras. Do
sobrepressões nos invólucros e nas
permite também simulações de ensaios
ponto de vista do cálculo da sobrepressão
paredes da sala;
de elevação de temperatura e de forças
pode-se perceber que, mesmo com as
m) Construção de paredes, parâmetro
eletrodinâmicas, assim como a avaliação
ferramentas mais simples, o pico de
crítico no projeto civil e área de abertura
de
pressão foi calculado dentro de 10% a
da sala;
tensões induzidas, etc. conforme pode ser
20% do pico medido, o que indicou que o
n) Critérios para avaliação de estresse
observado em http://www.cognitor.com.
uso da ferramenta mais simples deve ser
da parede;
br/TR_071_ENG_ValidationSwitchgear.
explorado. Considerando esta conclusão,
o) “Burn-through: avaliação da
No grupo de trabalho, as avaliações
Um exemplo de software que estaria
campos
magnéticos
e
elétricos,
o WG desenvolveu um conjunto de "equações básicas" que validaram o modelo
Tabela 1 – Comparações dos modelos de cálculos utilizados
matemático para mais de 70 casos.
Verificou-se que o cálculo das curvas
de pressão no interior do compartimento do arco durante uma falha de arco interno dá boa concordância entre o teste e a simulação, desde que a energia do arco seja
Modelo básico (simplificado)
conhecida. Estes resultados são descritos detalhadamente na brochura. Entre
os
tópicos
detalhadamente
Aplicação
Limitações
Para calcular rapidamente
Não considera não uniformidade
o aumento da pressão
de parâmetros do gás (pressão,
dentro de um compartimento
temperatura, densidade) no volume;
de arco e no volume
Não aplicável se a área de abertura do
de escape em painel típico
alívio for muito grande em relação ao
de média tensão e
volume do compartimento;
em aplicações GIS de
Os cálculos não se mostraram
alta tensão.
cobertos na brochura estão os seguintes:
Não considera misturas de
a) Cálculo da pressão por modelo
gases no compartimento;
analítico incluindo as equações do
Não aplicável a grandes salas de
modelo, parâmetros e limites da aplicação; b) Aplicação do modelo para casos de teste selecionados em vários arranjos de ensaios, incluindo painéis de média tensão e alta tensão isolados a SF6 e a ar;
confiáveis, quando a temperatura do gás excede 2.000 K para SF6 e 6.000 K para o ar;
instalação (> 50 m³). Modelo CFD
Para calcular a distribuição
(alta complexidade) de pressão espacial e fluxo de
Alto esforço para a modelagem e malhas para o equipamento e a sala;
gás em formas de geometria
Requer grande capacidade
complexas e em grandes salas.
computacional.
Apoio
63
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
64
Os seguintes estudos de caso são detalhados na brochura para painéis de média tensão isolados a ar (dados de entrada). Tabela 2 – Dados de entrada de painéis de média tensão isolados a ar
Caso número
A22
B27
C70
D14
Volume compartimento de arco (V1)
0,509
0,509
0,648
0,27
m³
Volume compartimento exaustão. (V2)
>1.000
1.275
>1.000
0,58
m³
Volume da sala de instalação (V3)
n/a
>1.000
n/a
>1.000
m³
Pressão inicial de enchimento do volume 1
150
160
100
120
kPa abs ar
Pressão inicial de enchimento do volume 2
100
100
100
100
kPa abs ar
Área de alívio de pressão entre volumes 1 e 2
0,00456
0,00456
0,0763
0,049
m²
Atuação do dispositivo de alívio
276
285
35,3
220
kPa rel
Área de alívio de pressão entre volumes 2 e 3
0
0,010
0
0,195
m²
Corrente de curto-circuito
14,5
14,5
14,5
38,8
kA ef
Número de fases
1
1
2
3
Tensão média fase-terra
314
424
400
250
Fator KP
0,4
0,55
0,7
0,6
V
Os seguintes casos são detalhados na brochura para painéis de media tensão isolados a SF6 (dados de entrada). Tabela 3 – Dados de entrada de painéis de média tensão isolados a SF6 Caso número
E24
F3
G13
Volume compartimento de arco (V1)
0,509
1.217
0,27
m³
Volume compartimento exaustão. (V2)
>1.000
>1.000
0,58
m³
Volume da sala de instalação (V3)
NA
NA
>1.000
m³
Pressão inicial de enchimento do volume 1
150
166
120
kPa abs SF6
Pressão inicial de enchimento do volume 2
100
100
100
kPa abs arr
Área de alívio de pressão entre volumes 1 e 2
0,00456
0,062
0,049
m²
Atuação do dispositivo de alivio
310
1.400
220
kPa rel
Área de alívio de pressão entre volumes 2 e 3
NA
NA
0,195
m²
Corrente de curto-circuito
14,2
25
38
kA ef
Número de fases
1
3
3
Tensão média fase-terra
350
1.700
400
Fator KP
0,75
0,7
0,76
V
Figura 1 – Gráficos mostram os resultados das pressões V1 e V2 dos estudos de caso D14 e F3 referenciados nas Tabelas 2 e 3.
Na seção B.4 da brochura é referenciado o
specified in international standards", de
como uma proposta para a execução
artigo "Guidelines for the use of simulations
autoria de Sérgio Feitoza. Este trabalho foi
de uma nova norma ABNT chamada
and calculations to replace some tests
apresentado em 2010 ao CB-3 da ABNT
“Orientações para o uso de simulações
Apoio
para extrapolar resultados de alguns
os países em desenvolvimento”, que pode
nas normas relevantes de produtos e, em
ensaios de alta potência especificados nas
ser encontrado no site www.cognitor.com.
decorrência, estão disponíveis no relatório
normas ABNT”.
br, há uma discussão sobre este tema. A
de ensaios. Neste sentido, a nova norma
Por razões difíceis de entender, a
proposta básica é trabalhar junto à IEC
descreveria as medições mínimas e os
ideia não foi aceita pela ABNT, embora
no sentido de que ela, ao publicar certas
registros fotográficos que devem ser feitos
tivesse o apoio de mais de 20 empresas
normas, também sejam publicadas em
e registrados em relatórios de ensaios de
que queriam participar das reuniões da
português, como já acontece na língua
laboratório especificados em normas de
comissão de estudos. Entre os interessados
espanhola e alguns outros idiomas.
produtos.
estavam 15 fabricantes de equipamentos
No caso do texto referenciado na
Tais medições e registros fazem
de altas e baixas tensões, principalmente
seção B.4 da brochura, o escopo da
com que o ensaio seja reprodutível e seu
painéis,
ensaios,
norma seria apresentar orientações para
relatório útil para o posterior uso em
certificadora, concessionárias de energia
a sistematização do uso de simulações e
simulações. Estas medições e registros
e grandes usuários de equipamentos para
cálculos utilizáveis para substituir alguns
também ajudam os usuários a identificar se
subestações.
ensaios de laboratório em situações em que
um produto comercializado é semelhante
No Brasil não se consegue perceber
o senso comum mostra ser razoável fazê-lo.
ao que foi efetivamente ensaiado em
o erro estratégico que é levar anos
O caso mais frequente é a extrapolação de
laboratório. Atualmente, existe uma falta
para traduzir normas técnicas IEC que
resultados de ensaios feitos em laboratório,
de dados para a validação dos resultados
foram publicadas muitos e muitos anos
em um certo equipamento, para predizer
de simulações em comparação com
antes. Enquanto isso continuamos a
os resultados do mesmo ensaio em um
resultados de ensaios de laboratório. São
andar para trás na lista dos países em
equipamento com características próximas
todas medições e registros de baixo custo
desenvolvimento. Há cerca de 15 anos,
ao já testado, mas que não foi testado. O
e de realização simples.
havia um entendimento bem melhor
uso de simulações para substituir ensaios
destes aspectos. No artigo “Como podem
só
determinadas
apresentar métodos de cálculo para a
as normas IEC ajudar a reduzir o gap entre
medições e registros são especificadas
simulação de ensaios. Considera-se que um
laboratórios
de
é
possível
quando
Não seria um objetivo da nova norma
65
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
66
Tabela 4 – Valores típicos de tolerâncias aceitáveis
modelo ou método é aceitável quando ele produz resultados que podem ser validados
Tipo de ensaio
Parâmetro a comparar
Valores típicos de tolerâncias aceitáveis
dentro das tolerâncias aceitáveis e, além disso, a validação possa ser demonstrada de
Ensaio de elevação de
Elevações de temperaturas nas partes
forma objetiva e transparente aos usuários.
temperatura
sólidas e fluidas
Embora os conceitos apresentados sejam
Ensaio de arco interno
Sobrepressão no invólucro acima da
as aplicações mais visíveis são nos seguintes
Ensaio de correntes
Forças eletrodinâmicas e tensões
equipamentos de altas e baixas tensões:
suportáveis de curta
mecânicas
painéis e quadros, barramentos e dutos
duração e de crista
disjuntores,
5% a 10%
pressão atmosférica (crista e duração)
aplicáveis a qualquer equipamento elétrico,
blindados,
1% a 5%
5% a 15%
secionadores,
chaves, religadores automáticos, fusíveis e
- Corrente elétrica circulante;
Por
transformadores.
- Materiais utilizados nos condutores e
do ensaio, a medição da sobrepressão
partes isolantes;
ao longo do ensaio deve ser medida
máximas para as diferenças obtidas entre
- Fluido que envolve os equipamentos
e registrada no relatório de ensaio de
os métodos de simulação e os resultados
dentro de um compartimento;
laboratório. Os valores dos dados que
que ocorreriam no ensaio de laboratório
- Posição e geometria espacial dos
afetam o resultado do ensaio devem
especificado na norma do produto relevante.
condutores;
ser claramente registrados no relatório
Os valores típicos de tolerâncias aceitáveis
- Volume do fluido no interior dos
de ensaios através de fotografias e/ou
dos resultados obtidos nas simulações,
compartimentos;
desenhos.
quando comparados com os resultados do
- Área dos dispositivos de alívio de
ensaio de laboratório, são mostrados na
sobrepressão e sua velocidade de abertura;
impressões fotográficas da liberação
Tabela 4.
- Entrada e áreas de saída para ventilação,
de gases quentes, como resultado da
Para o caso dos ensaios de arco
assim como a existência de dispositivos
formação de arco em SF6 (coluna da
interno, os dados de entrada mínimos a
que as fechem no momento de um arco
esquerda) e do ar (coluna da direita)
serem registrados em relatórios de ensaios
interno;
para uma falha de 14,2 kA, Arc 1 s. As
de arco interno emitidos por laboratórios
- Posição relativa dos equipamentos em
fotografias são tiradas com um intervalo
são os seguintes:
relação às paredes e teto.
de 0,2 s.
Seriam
especificadas
tolerâncias
razões
de
reprodutibilidade
Na Figura 2 a seguir, são mostradas
Figura 2 – Fotografias da liberação de gases quentes a partir de arco elétrico em SF6 (esquerda) e ar (direita).
*Sergio Feitoza Costa é engenheiro eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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67
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Qualidade nas instalações BT
68
Capítulo V Proteção contra choques elétricos Por Eduardo Daniel*
O princípio fundamental associado
às medidas de proteção contra choques
ser:
Exemplos de proteção supletiva podem
proteção contra choques, isto é, capazes
especificadas na norma ABNT NBR 5410:2004 pode ser descrito como:
providências que atendem à regra geral da de prover a proteção básica mais proteção
• Equipotencialização e seccionamento
supletiva, pelo menos. O termo "meio", na
automático da alimentação;
expressão "meio de proteção", é usado para
• Partes vivas perigosas não devem ser
• Isolação suplementar;
qualificar um recurso enquanto proteção
acessíveis; e
• Separação elétrica.
supletiva, ou enquanto proteção básica.
• Massas ou partes condutivas acessíveis não
A precondição de proteção básica
devem oferecer perigo, seja em condições
A regra geral da proteção contra choques
deve ser assegurada por isolação das
normais, seja, em particular, em caso de
elétricos é que o princípio enunciado
partes vivas e/ou pelo uso de barreiras ou
alguma falha que as tornem acidentalmente
acima seja assegurado, no mínimo, pelo
invólucros, conforme anexo B da ABNT
vivas.
conjunto de proteção básica e de proteção
NBR 5410:2004. A proteção supletiva
supletiva, mediante combinação de meios
deve ser assegurada, conjuntamente, por
Deste modo, a proteção contra choques
independentes ou mediante aplicação de
equipotencialização e pelo seccionamento
elétricos compreende, em caráter geral, dois
uma medida capaz de prover ambas as
automático da alimentação.
tipos de proteção:
proteções, simultaneamente.
A equipotencialização e o seccionamento
Podem ser previstas exceções que
automático da alimentação se completam
• Proteção básica
indicam, respectivamente, os casos em que
porque, quando a equipotencialidade não é
• Proteção supletiva
se admite uma proteção apenas parcial e
o suficiente para impedir o aparecimento de
os casos em que se admite mesmo omitir
tensões de contato perigosas, entra em ação
Os conceitos e princípios da proteção
qualquer proteção contra choques elétricos.
o recurso do seccionamento automático,
contra choques elétricos adotados são
Os casos em que se exige proteção
promovendo o desligamento do circuito
aqueles já definidos na norma IEC 61140.
adicional contra choques elétricos são
em que se manifesta a tensão de contato
Os conceitos de "proteção básica" e de
especificados mais abaixo e na seção 9 da
perigosa.
"proteção
correspondem,
ABNT NBR 5410:2004. São exemplos de
As prescrições a seguir traduzem
respectivamente, aos conceitos de "proteção
supletiva"
proteção adicional contra choques elétricos
princípios básicos da equipotencialização
contra contatos diretos" e de "proteção
a
aplicada
contra contatos indiretos". São exemplos de
suplementares e o uso de proteção
elétricos, apresentados de forma individual.
proteção básica:
diferencial residual de alta sensibilidade.
Em situações reais, o atendimento de algum
deles pode resultar automaticamente no
realização
de
equipotencializações
Diferentes medidas de proteção podem
à
proteção,
contra
choques
• Isolação básica ou separação básica;
coexistir em uma mesma instalação. Na
atendimento de outros.
• Uso de barreira ou invólucro;
norma ABNT NBR 5410:2004, na expressão
• Limitação da tensão.
"medida de proteção contra choques", o
instalação devem estar ligadas a condutores
termo "medida" é usado para designar
de proteção. As partes condutivas acessíveis
Inicialmente, todas as massas de uma
Apoio
de componentes que sejam objeto de
em uma mesma edificação devem estar
interpretada com o sentido restrito de
outra medida de proteção contra choques
vinculadas à equipotencialização principal da
ligação direta ao eletrodo de aterramento.
elétricos, diferentes da equipotencialização
edificação e, dessa forma, a um mesmo e único
Na maioria dos casos práticos, essa ligação
e seccionamento automático, não devem
eletrodo de aterramento, independentemente
é indireta, via condutores de proteção:
ser ligadas a condutores de proteção, salvo
de equipotencializações adicionais que se
graças à estrutura ramificada constituída
se seu aterramento ou equipotencialização
façam necessárias, para fins de proteção
pelos condutores de proteção, cria-se uma
for previsto por razões funcionais e isso não
contra choques e/ou de compatibilidade
interligação natural entre o eletrodo de
comprometer a segurança proporcionada
eletromagnética.
aterramento e as massas, por mais distantes
pela medida de proteção associada. São
que se situem.
exemplos de partes condutivas acessíveis
devem estar vinculadas a um mesmo
não aterráveis, como regra geral: invólucros
eletrodo
também
de proteção, em toda sua extensão. Um
metálicos de componentes classe II, massas
independente
equipotencializações
condutor de proteção pode ser comum
de equipamentos objeto de separação
adicionais que se façam necessárias, para
a mais de um circuito e admite-se que
elétrica individual e massas de equipamentos
fins de proteção contra choques e/ou de
alguns elementos sejam excluídos das
classe III (alimentados por fonte SELV). A
compatibilidade eletromagnética. Massas
equipotencializações:
classificação dos componentes da instalação
protegidas contra choques elétricos por
quanto à proteção contra choques elétricos
um mesmo dispositivo, dentro das regras
• Suportes metálicos de isoladores de linhas
(classes I, II e III) estão definidas na norma
da proteção por seccionamento automático
aéreas fixados à edificação que estiverem
IEC 61140.
da alimentação, devem estar vinculadas a
fora da zona de alcance normal;
As massas simultaneamente acessíveis de
aterramento, de
Todo circuito deve dispor de condutor
Em cada edificação deve ser realizada uma
um mesmo eletrodo de aterramento, sem
• Postes de concreto armado em que a
equipotencialização principal, nas condições
prejuízo de equipotencializações adicionais,
armadura não é acessível;
especificadas e tantas equipotencializações
para fins de proteção contra choques e/
• Massas que, por suas reduzidas dimensões
suplementares quantas forem necessárias.
ou de compatibilidade eletromagnética.
(até aproximadamente 50 mm x 50
Todas as massas da instalação situadas
A "vinculação" referida não deve ser
mm) ou por sua disposição, não possam
69
Apoio
Qualidade nas instalações BT
70
ser agarradas ou estabelecer contato
de aterramento, admite-se um tempo de
de aterramento múltiplo do condutor de
significativo com parte do corpo humano,
seccionamento maior que os tratados
proteção;
desde que a ligação a um condutor de
na alínea b acima, mas não superior a 5s
• O uso de um mesmo e único condutor
proteção seja difícil ou pouco confiável. Isso
para circuitos de distribuição, bem como
para as funções de condutor de proteção
se aplica, por exemplo, a parafusos, pinos,
para circuitos terminais que alimentem
e de condutor neutro (condutor PEN)
placas de identificação e grampos de fixação
unicamente equipamentos fixos, desde
está sujeito às condições exigidas nos
de condutores.
que uma falta no circuito de distribuição,
itens da ABNT NBR 5410:2004 5.4.3.6, às
O
princípio
do
seccionamento
circuito terminal ou equipamento fixo
prescrições de 6.4.6.2 e só é admitido em
automático da alimentação, sua relação
(para os quais esteja sendo considerado
instalações fixas.
com os diferentes esquemas de aterramento
o tempo de seccionamento de até 5s) não
e aspectos gerais referentes à sua aplicação
propague para equipamentos portáteis
As características do dispositivo de
e as condições em que se torna necessária
ou equipamentos móveis deslocados
proteção e a impedância do circuito devem
proteção adicional são descritos a seguir:
manualmente em funcionamento ligados
ser tais que, ocorrendo em qualquer ponto
a outros circuitos terminais da instalação,
uma falta de impedância desprezível entre
a) Princípio do seccionamento
uma tensão de contato superior ao valor
um condutor de fase e o condutor de
automático — Um dispositivo
pertinente de limite;
proteção ou uma massa, o seccionamento
de proteção deve seccionar
automático se efetue em um tempo no
automaticamente a alimentação do
d) Tempos de seccionamento maiores
máximo igual ao especificado na tabela 25
circuito ou equipamento por ele
(II) — Da mesma forma, admitem-se
da ABNT NBR 5410:2004.
protegido sempre que uma falta (entre
tempos de seccionamento maiores que os
No esquema TN, o seccionamento
parte viva e massa ou entre parte viva
máximos impostos por uma determinada
automático,
e condutor de proteção) no circuito ou
situação de influência externa, se forem
choques elétricos, pode ser usado os
equipamento der origem a uma tensão
adotadas providências compensatórias;
seguintes dispositivos de proteção:
da tensão de contato limite UL. As
e) Proteção adicional — Se, na aplicação
• Dispositivos de proteção a sobrecorrente;
tensões de contato limite para diferentes
do seccionamento automático da
• Dispositivos de proteção a corrente dife
situações, em função das influências
alimentação, não for possível atender,
rencial-residual (dispositivos DR).
externas dominantes, são dadas no anexo
conforme o caso, aos tempos de
C da norma ABNT NBR 5410:2004. No
seccionamento máximos de que tratam
Não se admite, na variante TN-C
caso particular dos esquemas IT, em
as alíneas b), c) ou d), deve-se realizar
do esquema TN, que a função de
geral não é desejável nem imperioso o
uma equipotencialização suplementar
seccionamento
seccionamento automático quando da
conforme 5.1.3.1 da ABNT NBR
proteção contra choques elétricos seja
ocorrência de uma primeira falta;
5410:2004.
atribuída aos dispositivos DR.
visando
proteção
contra
de contato superior ao valor pertinente
Para
tornar
automático
possível
o
visando
uso
do
b) Seccionamento automático e esquemas
Esquema TN
de aterramento — As condições a
Para o esquema TN, devem ser
convertido, imediatamente, à montante
serem observadas no seccionamento
obedecidas as prescrições descritas a seguir:
do ponto de instalação do dispositivo, em
dispositivo DR, o esquema TN-C deve ser
automático da alimentação, incluindo
esquema TN-C-S. Isto é, o condutor PEN
o tempo máximo admissível para
• A equipotencialização via condutores de
deve ser desmembrado em dois condutores
atuação do dispositivo de proteção, são
proteção deve ser única e geral, envolvendo
distintos para as funções de neutro e de PE,
aquelas estabelecidas nos respectivos
todas as massas da instalação e deve ser
sendo esta separação feita do lado fonte do
itens da norma ABNT NBR 5410:2004,
interligada com o ponto da alimentação
dispositivo DR, passando então o condutor
em 5.1.2.2.4.2, para o esquema de
aterrado, geralmente o ponto neutro;
neutro internamente e o condutor PE
aterramento TN, em 5.1.2.2.4.3,
•
para o esquema de aterramento TT
condutores de proteção em tantos pontos
e, em 5.1.2.2.4.4, para o esquema de
quanto possível. Em construções de porte,
entre neutro e PE descrito acima, o condutor
aterramento IT;
tais como edifícios de grande altura, a
responsável pela função PE não seja ligado
Recomenda-se
o
aterramento
dos
externamente ao dispositivo. Admite-se também que, na separação
realização de equipotencializações locais,
ao PEN, do lado fonte do dispositivo DR,
c) Tempos de seccionamento maiores
entre condutores de proteção e elementos
mas a um eletrodo de aterramento qualquer,
(I) — Independentemente do esquema
condutivos da edificação, cumpre o papel
cuja resistência seja compatível com a
Apoio
71
Apoio
Qualidade nas instalações BT
72
corrente de atuação do dispositivo. Neste
terra, é de pequena intensidade, não sendo
ser localizada e eliminada o mais rápido
caso, porém, o circuito assim protegido
imperativo o seccionamento automático da
possível. Por essa razão, recomenda-se
deve ser então considerado como conforme
alimentação. Entretanto, devem ser tomadas
o uso de sistemas supervisórios de
o esquema TT, aplicando-se as prescrições
providências para evitar o risco de tensões
localização de faltas.
de 5.1.2.2.4.3.
de contato perigosas no caso da ocorrência
O
de uma segunda falta, envolvendo outro
alimentação
condutor vivo.
choques elétricos, na ocorrência de uma
Esquema TT
Devem ser obedecidas às prescrições
descritas a seguir:
seccionamento visando
automático proteção
da
contra
segunda falta, deve ser equacionado Considerando
as
razões
que
seguindo-se as regras definidas para o
normalmente motivam a adoção do
esquema TN ou TT, dependendo de como
• No esquema TT, no seccionamento
esquema IT, a opção por esse esquema na
as massas estão aterradas:
automático
contra
prática perde sentido, se a primeira falta
choques elétricos, devem ser usados
visando
proteção
não for localizada e eliminada o quanto
• Quando a proteção envolver massas ou
dispositivos a corrente diferencial-residual
antes. Para que não seja obrigatório o
grupos de massas vinculadas a eletrodos
(dispositivos DR);
seccionamento automático quando de
de aterramento distintos, as condições
• As tensões de contato limite para
uma primeira falta à terra ou à massa, as
aplicáveis são aquelas prescritas para o
diferentes situações, em função das
tensões de contato limite para diferentes
esquema TT;
influências externas dominantes, são
situações, em função das influências
• Quando a proteção envolver massas
dadas no anexo C da ABNT NBR
externas dominantes, são dadas no anexo
ou grupos de massas que estejam todas
5410:2004. Quando, em uma mesma
C da ABNT NBR 5410:2004.
interligadas por condutor de proteção
instalação, houver massas em situações
Quando, em uma mesma instalação,
(vinculadas todas ao mesmo eletrodo de
distintas (por exemplo, algumas massas
houver massas em situações distintas
aterramento), as considerações aplicáveis
sob influências externas caracterizáveis
(por exemplo, algumas massas sob
são aquelas do esquema TN, devendo
como situação 1 e outras massas na
influências
caracterizáveis
ser atendidas as condições adicionais de
situação 2) e vinculadas ao mesmo
como situação 1 e outras massas na
controle definidas na mesma seção da
eletrodo de aterramento, deve ser adotado
situação 2) e ligadas ao mesmo eletrodo
ABNT NBR 5410:2004;
o menor valor de tensão limite.
de aterramento, deve ser adotado o
• No esquema IT, no seccionamento
menor valor de tensão limite.
automático
Deve ser previsto um dispositivo
choques elétricos na ocorrência de uma
ser
supervisor de isolamento (DSI) para
segunda falta, podem ser usados os
obedecidas as prescrições descritas a seguir:
indicar a ocorrência de uma primeira falta
seguintes dispositivos de proteção:
Esquema IT Para
o
esquema
IT
devem
externas
visando
proteção
contra
à massa ou à terra. Esse dispositivo deve
• dispositivos de proteção a sobrecorrente;
• No esquema IT, a alimentação é isolada
acionar um sinal sonoro e/ou visual, que
• dispositivos de proteção a corrente
da terra ou aterrada por meio de uma
deve perdurar enquanto a falta persistir.
diferencial-residual (dispositivos DR).
impedância
Caso
de
valor
suficientemente
existam
as
duas
sinalizações,
elevado. Neste caso, o ponto aterrado é
sonora e visual, admite-se que o sinal
o ponto neutro da alimentação ou um
sonoro possa ser cancelado, mas não o
no esquema IT (segunda falta) estão
ponto neutro artificial. Na hipótese de
visual, que deve perdurar até que a falta
definidos na Tabela 26 da ABNT NBR
ponto neutro artificial, pode-se ligá-lo
seja eliminada. A primeira falta deve
5410:2004, transcrita na Tabela 1.
diretamente à terra se sua impedância de
Tabela 1 – Tempos de seccionamento máximos no esquema IT
sequência zero for alta o suficiente; • A necessidade de reduzir sobretensões e amortecer as oscilações de tensão pode conduzir a uma instalação IT com
Os tempos de seccionamento máximos
Tensão nominal do circuito U (V)
U0(V)
Tempo de seccionamentos (s) Neutro não distribuído
Neutro distribuído
Situação 1
Situação 2
Situação 1
Situação 2
208, 220, 230
115, 120, 127
0,8
0,4
5
1
380, 400
220, 230
0,4
0,2
0,8
0,5
neutros artificiais. As características desse
440, 480
254, 277
0,4
0,2
0,8
0,5
aterramento devem ser compatíveis com as
690
400
0,2
0,06
0,4
0,2
aterramento via impedância ou pontos
da instalação. • Em uma instalação IT, a corrente de falta, no caso de uma única falta à massa ou à
NOTAS 1 - U é a tensão nominal entre fases, valor eficaz em corrente alternada. 2 - U0 é a tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada. 3 - Para valores intermediários de tensão deve ser adotado o valor da tabela.
73
Apoio
Isolação dupla ou reforçada
A isolação dupla ou reforçada é uma medida em que:
• A proteção básica é provida por uma isolação básica e a proteção supletiva por uma isolação suplementar; ou • As proteções básica e supletiva, simultaneamente, são providas por uma isolação reforçada entre partes vivas e partes acessíveis.
A aplicação desta medida como única medida de proteção – por
exemplo, na forma de circuitos ou partes da instalação constituídas inteiramente de componentes com dupla isolação ou com isolação reforçada – só é admitida se forem tomadas todas as providências para garantir que eventuais alterações posteriores não venham a colocar em risco a efetividade da medida. Além disso, não se admite, em nenhuma circunstância, a aplicação da isolação dupla ou reforçada como única medida de proteção em linhas que incluam pontos de tomada. As providências mencionadas acima podem incluir o controle direto e permanente por pessoas qualificadas ou advertidas (BA5 ou BA4, ver tabela 18 da ABNT NBR 5410:2004).
No uso da isolação dupla ou reforçada como medida de proteção,
distinguem-se duas possibilidades: a) Componentes já providos de origem com isolação dupla ou reforçada; b) Componentes nos quais a isolação dupla ou reforçada é provida durante a execução da instalação.
No caso da alínea a), as prescrições pertinentes são, respectivamente
da ABNT NBR 5410:2004, as de 5.1.2.3.2 e, no caso da alínea b), as de 5.1.2.3.3. No caso particular de linhas elétricas, devem ser observadas também as prescrições de 5.1.2.3.4, conforme descrito a seguir.
No caso de isolação dupla ou reforçada de origem, os componentes
devem ter sido submetidos aos ensaios de tipo, marcados conforme as normas aplicáveis e ser: a) Componentes com isolação dupla ou reforçada (equipamentos classe II); ou b) Conjuntos com isolação total (ver ABNT NBR IEC 60439-1 partes 1 e 3 e IEC 60439 partes 2, 4 e 5). Sobre classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos (classes I, II e III), deve ser examinada a norma internacional IEC 61140.
A instalação dos componentes (fixação, ligação dos condutores,
etc.) deve ser realizada, de modo a não prejudicar a proteção de origem a eles provida, de acordo com as respectivas normas.
Isolação dupla ou reforçada provida na instalação
Uma isolação suplementar, no caso de componentes dotados
de isolação básica, ou uma isolação dupla ou reforçada, no caso de
Apoio
Qualidade nas instalações BT
74
componentes sem qualquer isolação, deve
ser atravessado por partes de acoplamentos
conexões devem ser isolados como se fossem
ser provida na forma de invólucros isolantes
mecânicos (por exemplo, alavancas de
partes vivas e, além disso, suas conexões
que satisfaçam os requisitos abaixo. A isolação
comando de dispositivos ou equipamentos
devem ser adequadamente marcadas ou
suplementar, dupla ou reforçada provida,
contidos no interior do invólucro), estas devem
identificadas.
deve resultar em uma segurança equivalente
ser arranjadas de forma a não comprometer
Da mesma forma, partes condutivas
à dos componentes.
a proteção (supletiva) proporcionada pelo
acessíveis e partes condutivas intermediárias
Só se admite o uso de isolação reforçada,
invólucro. Quando o invólucro isolante
não devem ser ligadas a condutor de proteção,
no caso de componentes sem qualquer
comportar tampas ou portas que possam
salvo se isso for solicitado e instruído nas
isolação, se as condições não permitirem o
ser abertas sem o auxílio de ferramenta ou
especificações do equipamento em questão,
uso de isolação dupla. O invólucro isolante
chave, deve haver uma barreira isolante que
particularmente por razões que não a proteção
destinado a prover isolação suplementar –
impeça o contato acidental das pessoas com
contra choques. Além disso, o invólucro
caso de componentes dotados de isolação
partes condutivas que, de outra forma, sem a
não deve prejudicar o funcionamento do
básica de origem ou de componentes aos
barreira, poderiam se tornar acessíveis com
equipamento por ele protegido.
quais foi provida, preliminarmente, isolação
a abertura da tampa ou porta. Essa barreira
básica na fase de instalação – deve possuir
deve garantir grau de proteção no mínimo
grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X.
IPXXB ou IP2X e só pode ser removida com
O invólucro isolante não deve ser atravessado
o uso de ferramenta.
por partes ou elementos condutivos suscetíveis
de propagar um eventual potencial. O
invólucro isolante não devem ser ligadas a
invólucro isolante não deve possuir parafusos
condutores de proteção. Caso seja necessária a
de material isolante cuja substituição por
travessia do invólucro isolante por condutores
parafusos metálicos possa comprometer o
de
isolamento proporcionado pelo invólucro.
destinados a alimentar outros equipamentos,
os condutores de proteção em questão e suas
Quando o invólucro isolante tiver que
Partes condutivas situadas no interior do
proteção
integrantes
de
circuitos
* *Eduardo Daniel é engenheiro eletricista, pós-graduado em sistemas de potência, mestre em Energia pelo PPGE do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP. É consultor da MDJ Assessoria e Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel Brasil e coordenador da Comissão de Estudos 03:64001 do CB3 da ABNT, que revisa a norma de instalações elétricas de baixa tensão. Continua na próxima edição
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
75
76
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por Bruno Moreira
Certificação para Leds agora é obrigatória As portarias do Inmetro que instituem a certificação compulsória das lâmpadas de Led com dispositivo integrado à base finalmente foram publicadas em março deste ano. Tal inciativa deverá aquecer o mercado de Leds no Brasil
A
s lâmpadas de Led são o futuro
atualmente,
as
lâmpadas
de
Led
da iluminação. Esta afirmação não é
representam 8% do mercado total.
novidade, como mostram os números
A expectativa, no entanto, é de que,
do
Navigant
até o fim deste ano, esta tecnologia
Research a respeito das vendas deste
represente 10% de todas as lâmpadas
tipo de artigo para projetos de retrofit
comercializadas no país. No que diz
em edificações comerciais. Conforme
respeito ao consumo, a associação
o levantamento do instituto, até 2023,
afirma que em 2014 foram consumidas
a tecnologia representará 74% dos
20 milhões de unidades no país, número
produtos vendidos para este fim. Para se
ainda
ter uma ideia do incremento, em 2014,
fluorescentes compactas, por exemplo,
apenas 15% das lâmpadas vendidas para
cujo consumo atingiu a marca de 250
projetos de retrofit eram de Leds.
milhões no ano passado. Contudo, a
No Brasil, a comercialização de
Abilux vem estimando um crescimento
lâmpadas de Led também cresce. De
do consumo deste tipo de tecnologia da
acordo com a Associação Brasileira
ordem de 100% ao ano.
da Indústria de Iluminação (Abilux),
Instituto
Internacional
pequeno
se
comparado
às
O que pode e deve contribuir ainda
77
O Setor Elétrico / Maio de 2015
mais para o incremento do Led no
limite ainda maior: 30 meses. Na opinião
qualidade e ao atendimento das normas
país são as portarias nº 143 e nº 144
da gerente de produtos da Philips,
nacionais e internacionais. “A certificação
publicadas pelo Instituto Nacional de
Esther Pecher Hamoui, o prazo maior
compulsória agora irá auxiliar neste
Metrologia, Qualidade e Tecnologia
para pequenos empreendimentos é
processo que era voluntário”, diz o vice-
(Inmetro), no dia 13 de março de 2015.
justificado, pois estes vendem produtos
presidente da Abilux, recordando que,
Os documentos revisam o Regulamento
em
não obstante, todas as normas devem
Técnico
e
aos grandes fabricantes e às grandes
sempre ser cumpridas.
instituem o Regulamento de Avaliação
revendas. Sem mais tempo para se
da
visando
adequar às normas, cresce o risco de ver
Philips, por exemplo, já são certificadas
Sistema
seus produtos “encalharem” no estoque.
de acordo com normas internacionais,
da
Qualidade
Conformidade
estabelecer,
na
(RQT)
(RAC),
esfera
do
menor
quantidade
em
relação
mesmo sem a obrigatoriedade agora
Brasileiro de Avaliação de Conformidade, a
certificação
compulsória
para
As lâmpadas de Led fabricadas pela
Melhoria da qualidade
as
elogia a publicação das portarias e a
V, em corrente alternada de 60 Hz, ou
muito positiva. De acordo com o vice-
instituição da certificação compulsória.
em corrente contínua, excetuando-se
presidente
“Veio
as
lâmpadas
Leds
dispositivo
coloridas,
da
a
Neste
das Portarias do Inmetro de forma
com
enxerga
Inmetro.
integrado à base, em 127 V e/ou 220
Led
Abilux
pelo
sentido, a gerente de produtos da Philips
de
A
estabelecida
publicação
lâmpadas
entidade,
Frederico
em
excelente
hora”,
afirma
RGB,
decorativas coloridas e o Organic Light
A Abilux acredita que a certificação
Emitting Diode (Oled).
A Portaria nº 144, por exemplo,
mostra que o processo de certificação
compulsória irá melhorar a qualidade
dos produtos deve ser realizado por um
Organismo
de
Certificação
de
dos produtos atuais, substituindo
Produto (OCP), estabelecido no Brasil, acreditado pelo Inmetro e fornece os
os artigos que ainda não estão
prazos para que o mercado se adeque ao estabelecido nos documentos.
de acordo com as normas por
No que diz respeito à fabricação e à
importação deste tipo de lâmpadas Led, foram dados nove meses, a partir da
lâmpadas em conformidade.
data de publicação da portaria. Ou seja, as empresas têm até 13 de dezembro de 2015 para conformar seus produtos aos Requisitos Técnicos de Qualidade (RQT)
Mandolesi, os programas de avaliação
Esther, destacando, assim como o vice-
e registrá-los no Inmetro. No que se
de
são
presidente da Abilux, que a certificação
refere à comercialização destes produtos
sempre muito bem-vindos no sentido
irá melhorar a qualidade dos produtos
por parte dos fabricantes e importadores,
de qualificar os equipamentos e garantir
atuais, substituindo os artigos que ainda
o Inmetro estipulou o prazo de 15 meses
sua segurança e desempenho, provendo
não estão de acordo com as normas por
a partir da publicação. Neste sentido, as
a fabricantes as regras claras para a
lâmpadas em conformidade.
empresas deverão no dia 13 de junho de
fabricação dos equipamentos e aos
2016 iniciar a venda de lâmpadas de Led
consumidores a segurança na aquisição
que
de acordo com o RQT.
e informações para avaliação da melhor
nenhuma restrição quanto à origem
compra.
dos
Já os varejistas e atacadistas terão
conformidade
Mandolesi
do
destaca
Inmetro
que,
O vice-presidente da Abilux ressalta as
portarias
produtos.
não
estabelecem
“Independentemente
um prazo de 24 meses para começar a
antes
da origem, produtos de qualidade
vender os artigos certificados, ou seja,
mesmo do lançamento da portaria e da
inferior não mais serão comercializados
a partir do dia 13 de março de 2017. E
exigência de produtos normalizados, já
no Brasil”, afirma. “Acreditamos que
os varejistas e atacadistas, cadastrados
havia uma preocupação muito grande
o consumidor terá mais condições e
como micro e pequenas empresas, terão
por parte dos fabricantes em relação à
informações para escolher, mas com
78
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Na ciclovia e passeio da Avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis (SC) foram substituídas 361 lâmpadas a vapor metálico por lâmpadas de Led.
base em um padrão mínimo avaliado de
mais baratos e de procedência ruim
ferramentas importantíssimas para que
forma criteriosa”.
em detrimento de produtos mais caros
o consumidor se sinta seguro para a
Tal afirmação é pertinente, se for
e de melhor qualidade que existem
aplicação desta tecnologia”, afirma
levado em consideração que o grande
por lá. “Com a certificação exigindo a
Mandolesi, ressaltando a importância
fornecedor de tecnologia Led é a
qualidade mínima para comercializar as
do Led para a busca da eficiência
China e que o país carrega a fama de
lâmpadas aqui no mercado brasileiro,
energética, que “é de extrema relevância
fornecer produtos de baixa qualidade.
as coisas melhorarão”, explica Blum.
para o país, a fim de diminuirmos o
O presidente-executivo da Associação
“A certificação colocará ordem no
consumo de energia sem abrirmos mão
Brasileira de Importadores de Produtos
mercado, pois a concorrência estava
de segurança e conforto”.
de
desleal”.
Seja com o objetivo de melhorar
Blum, afirma, no entanto, que, por ser
Melhorando a qualidade dos Leds
a qualidade das lâmpadas de Led ou
o principal mercado fornecedor, o país
produzidos e comercializados no Brasil,
para impulsionar as vendas de tais
asiático conta com fábricas de grande
a expectativa é de que as vendas de
produtos, a Abilux, segundo Mandolesi,
porte, que fazem bons produtos.
lâmpadas com esta tecnologia sejam
encara
Blum salienta que o problema da
alavancadas. O vice-presidente da Abilux
como o mecanismo de avaliação da
baixa qualidade de algumas lâmpadas
salienta que, embora a associação não
conformidade mais adequado para os
de Led consumidas no Brasil diz respeito
tenha feito estudo específico para avaliar
equipamentos de iluminação. Assim,
muito
compradores
o impacto da certificação, acredita no
“temos
(importadores) do que aos fornecedores.
sucesso do programa e nos benefícios
à inclusão de outros equipamentos
Conforme
presidente-executivo,
que trará à sociedade. “O aumento
neste mesmo tipo de programa, tais
estes, tendo em vista apenas o menor
da confiabilidade dos equipamentos
como luminárias públicas de Led, relés
preço, acabam escolhendo os produtos
de Led e a chancela do Inmetro são
fotoelétricos e outros”, conclui.
Iluminação
mais
a o
(Abilumi),
alguns
Georges
a
certificação
grande
compulsória
expectativa
quanto
80
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Certificação para luminárias
qualidade para luminárias dos tipos que
laboratório para chancelar que suas
A publicação da portaria do Inmetro
são produzidas por sua empresa ainda
luminárias de Led atendem aos requisitos
exigindo a certificação das lâmpadas de
estão um pouco longe de ocorrer. Neste
mínimos de qualidade.
Led com dispositivo integrado à base é
sentido, Pereira alerta para importância
uma grande vitória para os fabricantes,
de fabricantes proverem informações
possui
importadores, e comercializadores do
corretas sobre as especificações de seus
envia seus produtos também para serem
mercado de iluminação que buscam a
produtos, com o objetivo de ajudarem
ensaiados em laboratórios acreditados
excelência dos produtos deste segmento
os especificadores a tomar a melhor
como o Centro de Pesquisas de Energia
no Brasil. Contudo, ainda faltam alguns
decisão.
Elétrica (Cepel) de acordo com a norma
passos para que não pairem mais dúvidas
A falta de orientação a respeito
internacional Iesna – LM 79:2008, que
a respeito da qualidade dos artigos
das
é
fornece orientação para avaliar a segurança
com Led existentes no país. Um destes
um problema que vem atrelado ao
fotobiológica de lâmpadas e sistemas
passos é a exigência de certificação para
não cumprimento de determinados
de lâmpadas incluindo luminárias. O
luminárias.
requisitos
documento
dos
Deve-se levar em conta, todavia, que
a certificação específica para luminárias
especificações
do
técnicos
produto
por
parte
A própria Dialight, segundo Pereira, um
laboratório
especifica
próprio,
os
limites
mas
de
diretor-geral
exposição, técnica de medição de referência
cita como exemplo o quesito de
e esquema de classificação para a avaliação
fabricantes.
O
e controle dos perigos fotobiológicos de todas as fontes alimentadas por eletricidade
O ideal seria o consumidor exigir que os produtos vendidos no mercado tenham passado por ensaios ou que os fabricantes forneçam laudos de ensaios de laboratório para chancelar que suas luminárias de Led atendem aos requisitos mínimos de qualidade.
e radiações óticas na faixa de comprimento de onda de 200 nm a 3.000 nm, incluindo Leds e lasers.
Por meio dos ensaios se obtém
dados como fator de potência, nível de distorção harmônica, quantidade de lumens, watts consumidos. “Como se fosse um currículo validado de um profissional”, explica Pereira. Não se trata de um documento de chancela, mas de um atestado em que constam todas as informações técnicas a respeito do produto. Segundo o diretor-geral da Dialight, trata-se de uma forma de o
de Led voltadas à iluminação pública já
especificação referente ao nível de
fabricante oferecer estas especificações
está um pouco mais adiantada que as
distorção harmônica, que traz muita
para seus clientes, já que isto não é uma
demais, graças à publicação da Portaria
preocupação à indústria, pois pode
exigência brasileira.
nº 478, de 24 de novembro de 2013,
interferir na qualidade de energia
do Inmetro, que disponibilizou para
elétrica consumida. Conforme Pereira,
falta de normalização e certificação
consulta pública a proposta de texto da
como
Portaria Definitiva e a do Regulamento
de
Técnico da Qualidade para Luminárias
comercializam
Em suma, Pereira acredita que, na
nenhuma
exigência
compulsória para luminárias de Led, há a
algumas
empresas
necessidade de uma melhor especificação
de
Led
dos produtos. Ou seja, enquanto não
para Lâmpadas de Descarga e Led –
com o nível de distorção harmônica
existir regras que tornem obrigatórias
Iluminação Pública Viária.
acima do que seria exigido por leis
a fabricação e a comercialização de
internacionais.
luminárias de Led de acordo com critérios
Dialight, fabricante de luminárias de Led
Dessa maneira, o ideal seria o
mínimos de qualidade, é preciso que os
para áreas industriais, de infraestrutura
consumidor exigir que os produtos
especificadores tenham o cuidado de
e atmosferas explosivas, explica que
vendidos no mercado tenham passado
exigir laudos que possam garantir ao
a publicação de um documento que
por ensaios ou que os fabricantes
produto atender ao mínimo de requisito
forneça
forneçam
de especificação.
Laercio
os
Pereira,
diretor-geral
requisitos
mínimos
da
de
não
há
certificação,
luminárias
laudos
de
ensaios
de
81
O Setor Elétrico / Maio de 2015
As pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Machado Sales, em Florianópolis (SC), também receberam uma nova iluminação com tecnologia Led.
PPP da Iluminação Pública em São Paulo
edital relativo a este projeto prevê
Alberto Serra, explica que, de fato, por
a
privada,
meio do contrato atual, já está sendo
Com a importância adquirida pelo
no modelo de PPP, da gestão e da
realizada a remodelação do sistema
Led, em função das suas melhores
renovação do sistema de iluminação
para Led, como já feito na Avenida 23
características
em
relação
concessão
à
iniciativa
aos
pública de vias e de espaços públicos.
de Maio e na Marginal Pinheiros. “No
equipamentos convencionais, tais como
O prazo de concessão será de 20 anos
edital, estabelecemos que, por meio da
alta eficiência, maior brilho e intensidade
e a estimativa é que sejam substituídas,
PPP, será trocado em cinco anos todo o
da luz, e alta longevidade, é natural
nos primeiros cinco anos, todas as
parque de iluminação pública, ou seja,
que os produtos com essa tecnologia
620 mil lâmpadas a vapor de sódio
toda a iluminação da cidade será trocada
recebam mais atenção do ponto de vista
ou mercúrio existentes atualmente na
por Led”, explica Serra. Com exceção
normativo e que surjam regras que exijam
cidade de São Paulo por lâmpadas de
das vias já mencionadas e das avenidas
o cumprimento de requisitos técnicos
Led. A partir do sexto ano, deverão
Paulista e Faria Lima: “todo resto da
mínimos de qualidade. É natural também
ser
de
cidade necessita de uma iluminação mais
que a nova tecnologia substitua a antiga
iluminação anualmente até o fim do
eficiente”. São Paulo possui atualmente
e que apareçam cada vez mais projetos
contrato até que em 2035, São Paulo
12.707 pontos de Led, cerca de 2% do
que contemplem esta transformação. A
tenha pela menos 715.500 de lâmpadas
total de lâmpadas do seu sistema de
parceria público-privada (PPP), que será
de Led. A troca de lâmpadas deve
iluminação.
responsável pela instalação de mais de
reduzir em 50% o consumo de energia
No modelo atual da gestão da
715 mil lâmpadas de Led na cidade de
elétrica na cidade de São Paulo, o
iluminação pública de São Paulo, um
São Paulo é uma destas iniciativas.
equivalente a 43,5 GWh.
consórcio
Lançado no dia 23 de abril deste
O diretor do Departamento de
cidade, cabendo às equipes de técnicos
ano, no Diário Oficial da Cidade, o
Iluminação Pública de São Paulo (Ilume),
do Ilume a fiscalização dos serviços
implantados
1.300
pontos
cuida
da
iluminação
na
82
Reportagem
O Setor Elétrico / Maio de 2015
realizados. Com o início da PPP, o Ilume
referente à prestação de serviço, sendo
no nível de iluminância e uniformidade,
continuará a ter este papel, e também
a modalidade de licitação a concessão
redução das intervenções de manutenção
demandará novos pontos de iluminação.
internacional.
estimativo
corretiva devido à elevada vida útil das
Para auxiliar na aferição, será contratada
contratual é de mais de R$ 7 bilhões. As
luminárias Led (cinco vezes maior), além
uma auditoria independente.
O
valor
propostas dos concorrentes da licitação
da redução do consumo de energia
a
deverão ser entregues à prefeitura até
elétrica em cerca de 50%.
concessão, será feita a gestão de dois
o dia 23 de junho, mesmo dia em que
parques de iluminação: o atual e o
serão abertos os envelopes contendo as
Colombo Machado Sales, que ligam a
novo parque, atualizado por lâmpadas
propostas.
Ilha de Santa Catarina ao continente,
Conforme
Serra,
ao
iniciar
As pontes Pedro Ivo Campos e
também
de Led. “Obviamente, o parque ‘velho’
Iluminação pública e o Led
será reduzido gradativamente à medida
substituição
contempladas
com
uma nova iluminação na cidade de
que a remodelação por lâmpadas Led
A
e a implantação de novos pontos, que
tradicionais por Leds não é exclusividade
de fevereiro a junho de 2013, foram
compõem o parque ‘novo’ for sendo
da
substituídas 210 lâmpadas a vapor
colocada em prática”, afirma o diretor
municípios
vêm
de sódio de 250 W por luminárias de
do Ilume, explicando que a empresa
realizando projetos nesta área, embora
Led Scalable Cobrahead de 130 W.
vencedora da licitação será a responsável
sejam
Algumas
Para a realização deste projeto, foram
pela gestão dos dois parques.
prefeituras do Estado de Santa Catarina
investidos mais de R$ 1,6 milhão e, entre
A concessionária vencedora terá
e do Rio Grande do Sul, por exemplo, já
os benefícios da obra, destacam-se o
cidade
de do
ainda
São Brasil
de
foram
lâmpadas
Paulo.
Outros
também
pontuais.
Florianópolis.
Em
obra
que
durou
aumento da segurança e conforto dos
A parceria público-privada (PPP) será responsável pela instalação de mais de 715 mil lâmpadas de Led na cidade de São Paulo. A substituição das lâmpadas deve reduzir em 50% o consumo de energia elétrica do município.
usuários, aumento no nível de iluminância e uniformidade, valorização do espaço público, redução das intervenções de manutenção corretiva devido à alta vida útil das luminárias Led, além da melhoria da percepção visual com o aumento do IRC de 20% para 70% e da redução do consumo de energia elétrica em cerca de 53%. Estas obras de Florianópolis foram projetadas e executadas pela SQE Luz, consórcio formado pela Sadenco Engenharia Ltda., Quantum Engenharia
seus serviços remunerados totalmente
modernizaram a iluminação de avenidas,
Ltda., e Arcadis Logos S.A.
pela Contribuição para o Custeio de
passeios, ciclovias e pontes existentes
Iluminação Pública (Cosip). “Segundo
em suas cidades.
destaque ainda para a substituição de
os estudos que recebemos, a Cosip
Em Florianópolis, capital catarinense,
102 lâmpadas a vapor metálico de 250
cobre os investimentos, a manutenção
na ciclovia e passeio da Avenida Beira
W na ciclovia e passeio da Avenida
e a remuneração do concessionário”,
Mar Norte, importante via da região
Beira Mar, da cidade de São José.
afirma o diretor do Ilume. Serra explica
central da cidade, foram substituídas 361
Foram colocadas no lugar luminárias
ainda que, como os recursos oriundos da
lâmpadas a vapor metálico de 250 W por
Led Greenvision de 120 W e a obra,
Cosip só podem ser empregados para
lâmpadas Led Roadway de 142/217 W.
incluindo troca de postes e sistemas
custear a iluminação pública nas ruas,
Para a realização do projeto, investiu-se
de telegestão, custou cerca de R$ 1,4
parques e praças, não estão inclusos
mais de R$ 2 milhões. De acordo com
milhão. Conforme Miranda, esta obra
neste projeto a gestão da iluminação dos
o diretor geral da Sadenco Engenharia,
teve execução apenas da Sadenco e foi
edifícios públicos, os chamados próprios
Pedro Alberto de Miranda Santos, a
realizada entre julho e setembro de 2014.
municipais.
renovação, finalizada em maio de 2012,
Como melhorias, além do aumento da
A concorrência será ganha pela
proporcionou o aumento da segurança
segurança e do conforto para os usuários
empresa que apresentar o menor preço
e do conforto dos usuários, melhoria
da via, houve aumento no nível de
No
Estado
de
Santa
Catarina,
83
O Setor Elétrico / Maio de 2015
A modernização do sistema de iluminação da Avenida Beira Mar, em São José (SC), aumentou a segurança e o conforto dos usuários.
iluminância e uniformidade, valorização
Outra obra da Sadenco na capital
especificamente
do
em
São
Luís
do
das
gaúcha diz respeito à troca de 132
Maranhão, primeira capital nordestina
intervenções de manutenção corretiva, a
lâmpadas a vapor metálico de 400 W
a receber iluminação de Led em uma
redução do consumo de energia elétrica
pertencentes ao sistema de iluminação
avenida, segundo a Citéluz, empresa
em aproximadamente 56%.
do Parque Moinhos de Vento. No
responsável pela elaboração e execução
executou
lugar dos equipamentos convencionais
do projeto. A via contemplada com a
obras de modernização do sistema de
estão sendo instaladas luminárias Led,
nova iluminação foi a Avenida Litorânea,
iluminação na capital do Rio Grande do
Greenvision XCEED de 257 W. As obras,
com seis quilômetros de extensão. A obra
Sul, Porto Alegre, entre julho e setembro
que custaram cerca de R$ 400 mil, foram
consistiu na troca de 822 luminárias de
de 2014. A empresa substituiu cerca
iniciadas em fevereiro de 2015, com
vapor metálico de 400 W por luminárias
de 36 lâmpadas na Praça Carlos Simão
término previsto para 10 de junho deste
a Led.
Arnt. As lâmpadas de vapor metálico
ano. A substituição por tecnologia Led
de 400 W deram lugar às luminárias
deverá proporcionar, além do aumento
luminárias a Led, assim que instaladas,
Led, Greenvision XCeed, de 275 W,
da segurança e conforto dos usuários,
proporcionaram
em um investimento de mais de R$
aumento no nível de iluminância e
de 35% na despesa de energia pela
130 mil. Entre os benefícios: aumento
uniformidade, redução das intervenções
Prefeitura de São Luís. A expectativa
da segurança e conforto dos usuários,
de manutenção corretiva, bem como
é que a economia aumente para 50%
aumento no nível de iluminância e
redução do consumo de energia elétrica
em relação ao consumo atual, se for
uniformidade, redução das intervenções
em cerca de 41%.
considerada o sistema de telegestão
de manutenção corretiva e redução do
Ressalte-se
consumo de energia elétrica em cerca
modernização de iluminação pública
aumentará também a eficiência da
de 37%.
efetuadas na Região Nordeste, mais
iluminação da área.
espaço
A
público,
Sadenco
redução
também
ainda
obras
de
Conforme revelou a Citéluz, as novas
com
redução
economia
programada,
imediata
o
que
86
Arco elétrico
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Energia incidente em painéis elétricos Estudo sobre energia incidente gerada por instalações sujeitas a arcos elétricos em ambientes industriais Por Humberto Dionísio de Andrade, Emmanuel Ramon Marques Dantas, Ádller de Oliveira Guimarães,
A
Adelson Menezes Lima e Victor de Paula Brandão Aguiar
tualmente,
como a inserção de um disjuntor em
diz
uma gaveta de um painel elétrico, a
em linhas gerais, pode ser definido como
respeito aos aspectos de segurança
qual pode culminar no surgimento de
um curto-circuito que se propaga pelo
de seus colaboradores, especialmente
um arco elétrico de efeitos irreversíveis
ar a uma alta velocidade e temperatura
para os operadores de subestações e
para a saúde do operador, provocando
relativamente elevada, emitindo uma
eletricistas de manutenção. Tal fato é
desde queimaduras de elevado grau
grande quantidade de energia medida
justificado pelos riscos intrínsecos em
até ondas de pressão, que podem
em calorias por centímetros quadrado
uma simples execução de manobras
arremessá-lo a metros de distância do
(cal/cm²)
cotidianas dentro de uma subestação,
local de operação.
incidente.
preocupações
uma das
das
maiores
indústrias
Dessa forma, o arco elétrico, o qual,
e
denominada
energia
87
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Sendo assim, este estudo define o
liberada
instantaneamente
pelo
ar
nível de tensão, de energia incidente
entre dois condutores energizados ou
e a distância segura de aproximação
entre um condutor energizado e a terra,
para o preenchimento de etiquetas
proveniente de uma corrente elétrica
informativas,
que flui entre eles.
em
acordo
com
o
previsto nos critérios de segurança
B. Energia
para ambientes e serviços em painéis e
incidente
equipamentos elétricos com potencial
De
de arco. Partindo da necessidade de os
internacional pertinente, a energia
acordo
com
a
norma
painéis elétricos estarem devidamente
incidente normatizada é projetada
identificados por meio de plaquetas,
a partir do curto-circuito no espaço
de
os
proveniente de um arco elétrico de
referidos dados. Além da identificação
duração de 200 ms sobre um corpo
com as plaquetas, que servem para a
humano que está a uma distância de
definição da categoria das vestimentas
610 mm do arco elétrico. A energia
adequadas (conforme o ATPV – Arc
incidente é função da tensão, da
Thermal Performance Value) a serem
corrente de curto-circuito no local e
utilizadas
do tempo de abertura dos dispositivos
marcação
pelos
indelével,
com
profissionais,
deve
ser prevista também a demarcação da
de proteção diante de uma falta.
distância segura no piso.
C. Cálculo
Segurança em instalações elétricas
da energia incidente
O cálculo é elaborado segundo a
metodologia descrita na norma IEEE1584/2004, respeitando as condições
Na conjuntura atual não se pode
de contorno propostas no item 5.1.
falar em energia elétrica sem se falar
em segurança, desde a mais simples,
corrente de curto-circuito sólida (bolted
relacionada ao bom dimensionamento
fault current) é convertida na corrente de
de
arco (arc current) equivalente, conforme
condutores
e
dispositivos
de
Para o cálculo da energia incidente, a
sobretensão e sobrecorrente, aos mais
extrapolação pertinente.
complexos, associados a áreas com
risco de arco elétrico. Tal exposição é
de curto-circuito, proposto na norma
acentuada em locais em que a corrente
IEEE-1584/2004,
de curto-circuito é elevada, pois a
na
energia incidente de um arco elétrico
item [6]. O software [7] utiliza dos
é diretamente proporcional a esta
resultados apresentados pelo método
corrente de curto-circuito, e também
Comprehensive do Módulo Dapper
ao tempo de atuação do dispositivo
deste mesmo software. Este método
de proteção. Somente uma inspeção
é
detalhada das instalações pode evitar
determinação da corrente de curto-
as circunstâncias de risco ou de perigo
circuito sólida.
ou ainda condições inseguras capazes
de produzir o acidente.
de arco, dentro dos limites impostos
O método de cálculo das correntes
publicação
plenamente
o
apresentado
referenciada
aplicável
para
no
a
Para a determinação da corrente
pela
é
normalização
pertinente,
O arco elétrico e a energia incidente
utiliza-se o procedimento descrito no
A. Arco
e anexo D.7.2 da NFPA-70E/2009,
elétrico
O arco elétrico consiste na energia
item 5.2 da Norma IEEE-1584/2004 conforme (1):
88
Arco elétrico
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Tabela 1 – Fatores “X” para classes de tensão e tipos de equipamentos
Ia = 10[K+[0,662+0,5588V+0,00304G]•log(Ibf )+0,0966V+0,000526G] Em que:
Tensão
Tipo do
Distância típica
Fator “x”
do Sistema
equipamento
entre condutores
da distância
Ao ar livre
10 a 40
2,000
Painéis (Switchgear)
32
1,473
CCMs e painéis
25
1,641
(mm)
Ia = corrente de arco [kA] K = -0,153, para configuração aberta De 0,208 a 1
K = -0,097, para configuração fechada (in box) Ibf = corrente de falta trifásica simétrica RMS [kA]
De 1 a 5
V = tensão do sistema [kV] G = distância (gap) entre condutores [mm]
Por
De 5 a 15
se
tratar
de
um
modelo
matemático estatístico, uma energia normalizada é calculada com base nas aproximações e normalização dos
2,000 2,000
Painéis (Switchgear)
13 a 102
0,973
Cabo
13
2,000
Ao ar livre
13 a 153
2,000
Painéis (Switchgear)
153
0,973
Cabo
13
2,000
A Tabela 2 a seguir, traduzida e adaptada da Norma IEEE-1584/2004, apresenta as
distâncias típicas de trabalho: Tabela 2 – Classes de equipamentos e suas respectivas distâncias típicas de trabalho
calculada conforme (2), descrita no item
Classes dos Equipamentos
5.3 da IEEE-1584/2004:
Distância Típica de Trabalho1 (mm)
En = 10 Em que:
[K1+K2 + 1,081log(Ia)+0,0011G]
EN = Energia Normalizada [J/cm²]
Painéis (Switchgear) 15 kV
910
Painéis (Switchgear) 5 kV
910
Painéis (Switchgear) de baixa tensão
610
CCMs de baixa tensão e painéis (panelboards)
455
K1 = -0,792, para configuração aberta K1 = -0,555, para configuração fechada
aterrados G = distância (gap) entre condutores [mm]
455 A ser determinado
Fonte: Traduzido e Adaptado da Norma IEEE-1584/2004.
aterrados por resistência K2 = -0,133, para sistemas solidamente
Cabo Outros
em campo
K2 = 0, para sistemas isolados ou
Além do tempo obtido no coordenograma de cada equipamento, deverá ser
somado a este um valor correspondente à atuação do dispositivo de proteção. Cada dispositivo de proteção possui um tempo inerente que pode variar de fabricante para fabricante.
A energia incidente é calculada
conforme (3), descrita no mesmo item da
A Tabela 3 apresenta os tempos típicos de atuação dos dispositivos de
seccionamento. Tabela 3 – Tempos de operação dos respectivos dispositivos de seccionamento
norma: E = 4,184 . Cf . En .
13 102
Fonte: Traduzido e Adaptado da Norma IEEE-1584/2004.
valores obtidos. A energia normalizada é
Cabo Ao ar livre
t 0,2
.
610
x
D
Em que:
Classificação e tipo do dispositivo
Tempo de operação
Tempo de operação
de seccionamento
a 60 Hz (ciclos)
(segundos)
Baixa tensão (em caixa moldada)
1,5
0,025
3
0,050
5
0,080
(< 1 kV) (ajuste integral) Baixa tensão (em caixa moldada
E = Energia incidente [J/cm²]
(< 1 kV) Disjuntor de potência
Cf = 1 para tensões < 1 [kV]
(ajuste integral ou relé operado)
Cf = 1,5, para tensões ≥ 1 [kV]
Média tensão (de 1 kV a 35 kV)
EN = Energia Normalizada [J/cm²]
Fonte: Traduzido e Adaptado da Norma IEEE-1584/2004.
t = Tempo de atuação da proteção [s] D = Distância de trabalho [mm]
Com base nesses valores, delimitou distâncias típicas entre fases, recomendadas
x = Fator de distância (conforme a Tabela 1)
para o cálculo, que podem ser observadas na Tabela 4.
90
Arco elétrico
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Tabela 4 – Distâncias típicas entre fases das respectivas classes de equipamentos Classes dos Equipamentos
Distâncias típicas entre fases (mm)
Painéis (Switchgear) 15 kV
152
Painéis (Switchgear) 5 kV
104
Painéis (Switchgear) de baixa tensão
32
CCMs de baixa tensão e painéis (panelboards)
25
Cabos
13
Outros
Não necessário
Neste caso, o ATVP é o valor máximo da energia incidente sobre o tecido sem
permitir que a energia no lado protegido exceda 5 J/cm². A Tabela 5mostra o tipo de vestimenta e a classificação do arco mínima exigida. Tabela 5 – Característica das vestimentas de proteção Categoria de
Descrição das vestimentas
risco/perigo
Classificação do arco mínima exigida para o EPI [J/cm² (cal/cm²)]
Não fusão, materiais inflamáveis (por 0
exemplo, algodão cru, lã, seda artificial, seda,
Não aplicado
ou misturas desses materiais) com um peso de tecido, pelo menos, 4,5 oz/yd². 1
Camisa e calça com classificação RF2 ou
2
Camisa e calça com classificação RF ou
16,74 (4)
macacão com classificação RF. 33,47 (8)
macacão com classificação RF. Camisa e calça com classificação RF ou 3
macacão com classificação RF, e terno de arco
104,6 (25)
selecionado, de modo que a classificação do arco atenda ao mínimo exigido. Camisa e calça com classificação RF ou 4
macacão com classificação RF, e terno de arco
167,36 (40)
selecionado de modo que a classificação do arco atenda ao mínimo exigido. Fonte: Traduzido e Adaptado da Norma IEEE-1584/2004.
Estudo de energia incidente
O estudo teve início com o levantamento dos parâmetros para modelagem
do sistema elétrico no software PTW. A Figura 1 representa o sistema modelado da instalação estudada, o qual possui três circuitos terminais (do painel geral até a carga) idênticos e, portanto, serão apresentados os dados de apenas um destes.
A instalação do presente estudo está alimentada através de uma rede de 13,8
kV que deriva de um dos alimentadores de uma subestação de 69 kV. A Tabela 6 apresenta os valores de impedância no ponto de entrega (na subestação de 69 kV), fornecidos pela concessionária.
91
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Figura 1 – Sistema modelado no software PTW.
Tabela 6 – Dados do ponto de entrega da concessionária Componente
Dados coletados
Valores
Valores de impedância de sequência positiva
0,327504 + j0,944850 pu
Valores de impedância de sequência zero
1,499692 + j7,875405 pu
Potência de base
100 MVA
Tensão (de linha) de base
69000 V
do PTW Utility
As Tabelas 6 e 7 apresentam os valores de impedância série e reatância shunt da
rede aérea que alimenta o transformador da instalação e os dados do barramento de entrada da subestação de 13,8 kV, que alimenta a instalação do presente estudo. Tabela 7 – Dados para modelagem da rede de alta tensão Componente
Dados coletados
Valores
do PTW Valores de impedância série sequência positiva
0,04199 + j0,04067 Ohm
Trasmission
Valores de impedância série sequência zero
0,05552 + j0,14839 Ohm
Line
Valores de reatância shunt de sequência positiva
0,020921945 MOhm
Valores de reatância shunt de sequência zero
0,021548552 MOhm
92
Arco elétrico
O Setor Elétrico / Maio de 2015
A Tabela 8 apresenta os dados do barramento de entrada da subestação de 13,8
kV, que alimenta a instalação do presente estudo. Tabela 8 – Dados para modelagem da barra de entrada da subestação de 13,8 kV Componente
Dados coletados
Valores
Tensão nominal do barramento
13800 V
do PTW Bus
As Tabelas 9 e 10 apresentam os dados necessários para a modelagem da proteção
do transformador e para a modelagem dos cabos de entrada de alimentação, respectivamente. Tabela 9 – Dados para modelagem da proteção do transformador Componente
Dados coletados
Valores
Relação de transformação do TC de proteção
500/5
Temporizado (fase)
0,6
Tipo de curva (fase)
Moderadamente inversa
Dial Time da curva (fase)
2
do PTW
Protective
Instantâneo (fase)
6
Device
Tempo definido (fase)
30 ciclos
Temporizado (neutro)
0,06
Tipo de curva (neutro)
Moderadamente inversa
Dial Time da curva (neutro)
2
Instantâneo (neutro)
0,6
Tempo definido (neutro)
30 ciclos
A Tabela 10 traz os dados para a modelagem do transformador de potência,
respectivamente. Tabela 10 – Dados para modelagem dos cabos de entrada do transformador Componente
Dados coletados
Valores
Potência nominal e de plena carga
2 MVA / 2,3 MVA
2-Winding
Tipo de conexão do primário e secundário
Delta / Estrela Aterrado
Transformer
Tensão nominal do primário e secundário
13800 V / 4160 V
do PTW
Impedância percentual
5,25%
Relação X/R
7,2909
As Tabelas 11 e 12 apresentam os dados para a modelagem dos cabos de saída do
transformador e da proteção do painel, respectivamente. Tabela 11 – Dados para a modelagem dos cabos de saída do transformador Componente
Dados coletados
Valores
Valores de impedância série de sequência positiva
0,00080 + j0,00060 Ohm
do PTW Cable
Valores de impedância série de sequência zero
0,00991 + j0,00538 Ohm
Valores de reatância shunt de sequência positiva
0 Ohm
Valores de reatância shunt de sequência zero
0 Ohm
93
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Tabela 12 – Dados para a modelagem da proteção do painel geral Componente
Dados coletados
Valores
Relação de transformação do TC de proteção
100/5
Temporizado (fase)
3,1
Tipo de curva (fase)
Extremamente Inversa
Dial Time da curva (fase)
0,001
do PTW
Protective Device
Instantâneo (fase)
7
Tempo definido (fase)
240
Temporizado (neutro)
0,31
Tipo de curva (neutro)
Moderadamente Inversa
Dial Time da curva (neutro)
30 ciclos
A Tabela 13 apresenta os dados necessários para a modelagem do painel geral. Tabela 13 – Dados para modelagem do painel “A” Componente
Dados coletados
Valores
Tensão nominal do barramento
4.160 V
do PTW Bus
As Tabelas 14 e 15 apresentam os dados necessários para a modelagem dos cabos
de entrada e da proteção do painel “A”. Tabela 14 - Dados necessários Componente
para a modelagem dos cabos de entrada do painel
"A"
Dados coletados
Valores
Valores de impedância série de sequência positiva
0,147 + 0,0171 Ohm
do PTW Cable
Valores de impedância série de sequência zero
0,33237 + j0,1145 Ohm
Valores de reatância shunt de sequência positiva
0 Ohm
Valores de reatância shunt de sequência zero
0 Ohm
Tabela 15 – Dados para modelagem da proteção do painel “A” Componente
Dados coletados
Valores
Relação de transformação do TC de proteção
300/5
do PTW
Temporizado (fase)
8,33
Tipo de curva (fase)
Moderadamente Inversa
Dial Time da curva (fase)
2
Protective
Instantâneo (fase)
11,7
Device
Tempo definido (fase)
30 ciclos
Temporizado (neutro)
0,83
Tipo de curva (neutro)
Moderadamente Inversa
Dial time da curva (neutro)
2
Instantâneo (neutro)
1,16
Tempo definido (neutro)
30 ciclos
As tabelas 16 e 17 apresentam os dados necessários para a modelagem dos
cabos que alimentam o motor de indução “A” e próprio motor de indução “A”, respectivamente.
94
Arco elétrico
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Tabela 16 – Dados dos cabos que alimentam o motor de indução “A” Componente
segurança, foi considerada a energia incidente de 5 J/cm².
Dados coletados
Valores
Valores de impedância série de sequência positiva
0,00735 + j0,00085 Ohm
Valores de impedância série de sequência zero
0,01661 + j0,00572 Ohm
de atuação da proteção à jusante das
Valores de reatância shunt de sequência positiva
0 Ohm
barras (dos painéis), foram levantados os
Valores de reatância shunt de sequência zero
0 Ohm
dados das respectivas proteções a fim
do PTW Cable
de obter suas curvas e seus tempos de
Tabela 17 – Dados para modelagem do motor de indução “A” Componente
atuação. Para os disjuntores com tempo
Dados coletados
Valores
Potência nominal
588,8 kW
IEEE 1584/2009 (Guide for Performing
Tensão nominal
4.160 V
Arc-Flash Hazard Calculation): 0,050
Fator de potência
0,92
segundos (baixa tensão), 0,100 segundos
Induction
Rendimento
95,5%
Motor
Relação entre corrente de partida e
7,0
(média tensão) e 0,130 segundos (alta
de atuação desconhecidos, utilizou-se
do PTW
os valores estabelecidos na Tabela 1 da
tensão) para fins de definição do tempo
corrente nominal
Para a determinação dos tempos
Número de polos
2
Tipo da conexão
Estrela
O sistema foi modelado por meio dos
máximo de exposição ao arco até sua extinção para realização dos cálculos, conforme apresentado a seguir.
(Arc Flash Boundary), em mm;
Resultados
módulos Arc Flash Evaluation e CAPTOR
• Energia incidente (Incident Energy), em
(Computer Aided Plotting for Time
cal/cm²; e calculada para a distância de
Overcurrent Reporting), do software
trabalho (Working Distance);
PTW – SKM Power* Tools for Windows
•
descrita para a realização do presente
anteriormente mencionado.
função da energia calculada.
Foram
realizados
Categoria da vestimenta ATPV em
Considerando toda a metodologia
estudo, encontram-se representados na
estudos
Tabela 18 os resultados fornecidos pelo
comparativos para verificação relativa ao
fechamento ou não dos alimentadores
foram
em anel, uma vez que esse tipo de
aspectos:
Para desenvolvimento dos cálculos considerados
os
PTW.
seguintes
Pelos resultados obtidos, todos os
painéis atendem ao estabelecido no
manobra altera o nível de curto-circuito
item 4.1.1 da norma N-2830/2006, pois o
e energia incidente. A configuração
• As energias incidentes foram calculadas
valor de energia incidente não ultrapassa
que apresentou os maiores valores foi
nos locais com risco de arco elétrico,
40 cal/cm².
tomada como base para prosseguimento
conforme descrito no item 5.1 da norma
A distância de segurança resultou
do estudo.
N-2830/2006;
em valores elevados (até 1,911 m).
O estudo de energia incidente de
• Os cálculos foram efetuados para as
Isso significa que, quando for realizado
arco elétrico foi desenvolvido com base
condições de corrente de arco pleno
um serviço com risco de arco elétrico,
no NFPA 70E 2009/Anexo D.5 - Standard
e 85% da corrente de arco, conforme
por exemplo, no painel “A”, não deve
for Electrical Safety in the Workplace e
recomendações do Anexo D.5 da NFPA
haver nenhuma pessoa sem vestimenta
determinados os seguintes requisitos:
70E/2009;
apropriada a uma distância menor que
• Distância de segurança ao arco elétrico
• Para a determinação da distância de
1,911 m dos pontos em que o arco
®
Tabela 18 – Resultados do estudo de energia incidente Painel
Tensão no
Corrente de curto
Distância de
Energia incidente
Categoria mínima
painel (kV)
no painel (kA)
segurança (mm)
(cal/cm²)
RF da vestimenta
Painel Geral
4,16
5,38
835
1,30
1
Painel “A”
4,16
5,36
1911
5,20
2
Painel “B”
4,16
5,36
1911
5,20
2
Painel “C”
4,16
5,36
1911
5,20
2
95
O Setor Elétrico / Maio de 2015
[7] ANDREWS, J. J.; JONES, R. A.; MCCLUNG, L. B. “Upadating Eletrical Safety Requeriments For Employee Workplaces”. IEEE Industry Applications Magazine, p. 9-16, May/June 2001. [8] Petrobras/Nortec. N-2830: Critérios de segurança para ambientes e serviços em painéis e equipamentos elétricos com potencial de arco. Rio de Janeiro, 2006. Este trabalho foi originalmente apresentado na décima edição da Conferência Brasileira sobre Qualidade de Energia (CBQEE), que aconteceu entre os dias 25 e 28 de junho de 2013, na cidade de Araxá (MG).
Humberto Dionísio de Andrade é engenheiro Figura 2 – Demarcação no piso da sala de painéis.
eletricista e de segurança do trabalho, mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela UFRN e
elétrico pode ocorrer.
item A.3 da norma N-2830/2006.
Diante do exposto, tomando uma
• Demarcar no piso da instalação, em
medida
pela
cor amarela, faixas com respectivas
Automação e professor adjunto I, da Universidade
demarcação da área conforme a Figura.
distâncias seguras de aproximação dos
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).
2. A delimitação desta área de risco ao
painéis de energia, contadas a partir do
arco elétrico toma como base a distância
barramento do painel que estiver mais
de segurança de cada painel. A faixa
exposto.
conservativa,
optou-se
amarela deve afastar-se do respectivo painel no valor da distância de segurança
Referências [1] National Fire Protection Association. NFPA
por um raio no respectivo valor da
70E: Standard for Electrical Safety in the
distância de segurança, de forma que a
Workplace. Quincy, Massachusetts, 2009.
área de risco ao arco seja fechada.
[2] SHIPP, D. D. et al. Arco Elétrico na indústria
É
de
extrema
necessidade
conhecer as contingências, em todas as suas premissas, do sistema elétrico operacional, sobretudo no que se refere a adotar medidas de segurança.
Neste enfoque, sugeriu-se a adoção
das seguintes medidas de segurança elétrica:
Emmanuel Ramon Marques Dantas é engenheiro eletricista e mestre em Engenharia Elétrica pela UFERSA e atualmente exerce o cargo Elétrica do São Francisco (Chesf). É doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia
arestas a demarcação deve ser atendida
Pós-graduação em Sistema de Comunicação e
de engenheiro eletricista da Companhia Hidro
na parte frontal, posterior e lateral. Nas
Conclusões
atualmente é professor pleno do Programa de
Elétrica da UFRN. Ádller de Oliveira Guimarães é engenheiro eletricista, mestre em Sistemas de Comunicação e Automação e atualmente é professor assistente
petroquímica. Atitude Editorial, ed. 37, fev. 2009.
I da Universidade Federal Rural do Semi-Árido,
[3] Institute of Electrical and Eletronics Engineer.
Campus Pau dos Ferros. É doutorando do
IEEE 1584: Guide for Performing Arc-Flash
Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Hazard Calculation. Nova Iorque. 2004.
Elétrica da UFRN.
[4] Institute of Electrical and Eletronics Engineers. IEEE 141: Recommended Practice for Electric Power Distribution for Industrial Plants. New York, 1993. [5] American Society for Testing and Materials
Adelson Menezes Lima é engenheiro eletricista e mestre em Sistemas de Comunicação Automação. Atualmente, é professor assistente I, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Campus Pau dos Ferros.
(ASTM) F-1959: Standard Test Method for Determining the Arc Thermal Performance Value
Victor de Paula Brandão Aguiar é engenheiro
of Materials for Clothing. West Conshohocken,
eletricista e mestre em Engenharia Elétrica
1999.
pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente, é professor da Universidade Federal
• Prover e especificar EPI adequado para
[6] AMMERMAN, R. F.; SEN, P. K.; NELSON, J.
a tarefa a ser executada;
P. “Arc Flash Hazard Incident Energy Calculations
• Prover etiquetas de segurança a serem
Study of The Standards”: IEEE 1584 and 70E.
afixadas nos painéis de energia, a 1,60
In: Petroleum and Chemical Industry Technical
de alto rendimento, membro estudante do IEEE,
m de altura do piso, conforme anexo A,
Conference, 13p, 2007.
membro da "IEEE Industry Applications Society" e
Rural do Semiárido (UFERSA) em Mossoró/ RN. É ainda doutorando em Engenharia Elétrica pela UFC na área de projeto/análise de motores
da "IEEE Magnetics Society".
96
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Linhão de Belo Monte deve aquecer setor de transmissão Levantamento da Abinee afirma dependência do mercado de GTD de encomendas de leilões de transmissão e de geração. Já os agentes do setor de distribuição continuam apreensivos
De acordo com a Sondagem Conjuntural do Setor Eletroeletrônico
No que diz respeito à transmissão de energia elétrica, o que promete
para o mês de abril, realizada pela Associação Brasileira da Indústria
mesmo agitar os negócios no segmento é o leilão do dia 26 de junho.
Elétrica e Eletrônica (Abinee), o setor de Geração, Transmissão e
Na ocasião, serão leiloadas linhas de transmissão para escoar a energia
Distribuição de energia elétrica continua dependente das encomendas
da Usina Belo Monte, localizada no Pará, às regiões Sudeste e Centro-
decorrentes dos leilões realizados nos segmentos de geração e de
Oeste do país. O linhão, que será de corrente contínua em 800 kV, terá
transmissão.
mais de 2.500 quilômetros e percorrerá os estados do Pará, Tocantins,
97
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além da linha, o consórcio que
reserva estão planejados pelo Ministério de Minas e Energia. Um estava
vencer o certame terá de construir duas estações conversoras, nas
marcado para ocorrer ainda no mês de maio, e os outros dois em agosto
subestações Xingu, no Pará; e Terminal Rio, no Rio de Janeiro. Para a
e novembro. Em julho deverá ocorrer um leilão de energia nova A-3
realização das obras serão necessários investimentos de R$ 7,7 bilhões.
O primeiro leilão do linhão para transmitir a energia gerada pela
confere mais dados a respeito dos mercados de transmissão e
Usina de Belo Monte foi realizado em fevereiro do ano passado.
distribuição de energia. O levantamento, realizado com 141 empresas
A estrutura, com mais de 2,1 mil quilômetros, também em 800 kV,
da área, traz quais são os principais equipamentos de transmissão e
irá até a subestação de Estreito (MG), passando pelos estados do
distribuição comercializados, além da opinião das companhias da área
Pará, Tocantins, e Goiás e seu custo de implantação deve ser de
a respeito dos problemas que mais assolam a integridade de uma
aproximadamente R$ 5 bilhões.
rede de transmissão/distribuição. A expectativa do crescimento médio
Já para as distribuidoras, a situação permanece difícil, segundo a
das empresas, assim como a expectativa do crescimento médio do
Abinee, e assim deve continuar pelo menos no primeiro semestre de
mercado de transmissão e distribuição, também é apresentada aqui.
2015. Vale lembrar que o segmento de distribuição ainda vem sofrendo
Confira a seguir a pesquisa na íntegra:
Na pesquisa desta edição da revista O Setor Elétrico, o leitor
as consequências da Medida Provisória (MP) nº 579, de 2012, que tratou da antecipação da renovação das concessões das distribuidoras e estabeleceu a redução das tarifas de energia elétrica.
Números do mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia elétrica
Basicamente, o Governo Federal não repassou o aumento do
preço da energia – mais cara em razão da escassez hídrica – para
Participaram deste levantamento fabricantes de produtos de
as tarifas e onerou o caixa das distribuidoras. Aliado a isto, o fato de
distribuição e transmissão de energia elétrica, e distribuidores de
as distribuidoras se virem obrigadas a comprar energia no mercado
produtos para distribuição e transmissão de energia elétrica.
de curto prazo agravou a situação. Para mitigar este prejuízo, um consórcio formado por dez bancos – com intervenção do governo –
Perfil das empresas
realizou um empréstimo bilionário às concessionárias, dívida que está sendo repassada aos consumidores pela conta de luz. Não obstante os aportes, o problema do caixa das distribuidoras ainda não foi resolvido totalmente, o que vem interferindo nos investimentos destas empresas.
No que tange à geração, os leilões continuam ocorrendo. Em
abril, por exemplo, foram realizados dois certames: um leilão de fontes alternativas, que contratou energia de 11 usinas geradoras (oito térmicas e três eólicas); e um leilão de energia nova A-5, no qual foram contratados 14 projetos que irão garantir o fornecimento de energia elétrica a partir de 2020. Para este ano, mais três leilões de energia
17%
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
26%
Distribuidora de produtos para distribuição de energia Fabricante de produtos para transmissão de energia 40% Fabricante de produtos para distribuição de 70% energia
98
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
A venda direta ao cliente é considerada por 86% dos entrevistados
Os equipamentos mais vendidos pelos fabricantes de
como o canal de vendas mais importante deste segmento. Logo
produtos de distribuição de energia elétrica são: painéis
atrás, com 52% dos votos, estão as revendas. A internet ainda não
(45%); subestações de média tensão (37%); transformadores
é tão efetiva como os outros meios. Apenas 24% das empresas
de potência (34%); fusíveis (23%); interruptores (23%).
pesquisadas disseram efetuar suas vendas por este canal.
Equipamentos de distribuição de energia mais comercializados
Principais canais de vendas
24%
Interruptores
Internet
23% 23%
Outros
30%
Distribuidores de materiais elétricos Revendas de materiais elétricos Vendas diretas ao cliente final
48% 52%
Fusíveis Transformadores de potência
34% 37%
Subestações de média tensão
45%
86%
Painéis
Entre os disjuntores para distribuição de energia elétrica,
No que diz respeito às certificações, 67% das empresas
a maioria das companhias entrevistadas (30%) aponta o
dizem adotar a certificação de qualidade ISO 9001, mas
disjuntor para uso interno como item mais vendido por elas.
apenas 22% afirmaram contar com a certificação de gestão
Disjuntores para uso externo foram citados por apenas 13%
ambiental ISO 14001.
dos fabricantes que responderam o levantamento.
Certificados ISO
Disjuntores mais comercializados (para distribuição)
Disjuntores para uso externo
22%
13%
14001 (ambiental)
67%
9001 (qualidade)
Disjuntores para uso interno
30%
99
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Produtos para automação de subestações (26%); instrumentos para monitoramento
de qualidade de energia (23%); e relé eletromecânicos (17%) são os três itens mais comercializados pelos fabricantes desta área que participaram deste levantamento Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para distribuição)
Anunciador de alarme
6%
Transdutores
9%
Proteção contra arco
9% 13% 13%
Relés de estado sólido Automação de estações
17%
Relés eletromecânicos
23%
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
26%
Automação de subestações
Os cabos aéreos e os cabos subterrâneos são os mais comercializados pelas empresas
da área de distribuição entrevistadas. Cabos elétricos mais comercializados (para distribuição)
4%
Cabos submarinos
11%
Cabos especiais Cabos subterrâneos
19% 21%
Cabos aéreos
As subestações de médias tensões sãos os produtos mais vendidos pelos fabricantes
de produtos de transmissão de energia que responderam a este levantamento: 30% deles fizeram tal afirmação. Os fusíveis (14%) são os produtos menos comercializados. Equipamentos para transmissão de energia mais comercializados
Fusíveis
14%
Interruptores
15%
Transformadores de potência
22%
Painéis
30% 30%
Subestações de média tensão
100
Pesquisa
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Da mesma forma que na área de distribuição, os produtos mais comercializados para
automação de sistema de transmissão são, nesta ordem: Produtos para automação de subestações (21%); Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia (20%); e relé eletromecânicos (16%). Produtos para automação de sistema mais comercializados (para transmissão)
Proteção contra arco
6%
Anunciador de alarme
7%
Transdutores
8%
Automação de estações
13%
Relés de estado sólido
14%
Relés eletromecânicos
16% 20%
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações
21%
Os cabos aéreos (17%) e os cabos subterrâneos (15%) são os tipos de cabos mais
vendidos pelos fabricantes deste segmento. Cabos elétricos mais comercializados (para transmissão)
Cabos submarinos
3%
Especiais
9% Cabos subterrâneos
15%
Cabos aéreos
17%
Nos gráficos a seguir, você poderá observar a percepção dos fabricantes e
distribuidores que participaram da pesquisa quanto ao tamanho de diferentes mercados da área de distribuição de energia elétrica. Pode-se notar que os segmentos de disjuntores, cabos elétricos aéreos e cabos elétricos subterrâneos são os mais promissores, com grande parte dos entrevistados afirmando faturar acima de R$ 500 milhões por ano.
101
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Automação, proteção e controle
Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de distribuição de energia
13%
Subestações de média tensão
Acima de R$ 500 Milhões
3% 15%
Até R$ 10 milhões
28%
Acima de R$ 500 Milhões
13%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 13%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 10%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
27%
Até R$ 10 milhões
20%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
7%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
4% 13%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
17%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
17%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões Painéis
Disjuntores 9% 10% 7%
Acima de R$ 500 Milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Acima de R$ 500 Milhões 27%
Até R$ 10 milhões
12%
30%
Até R$ 10 milhões
19%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
7%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 18%
10%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 15%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
19%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
5%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
12%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
102
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
Transformadores de potência
14%
Acima de R$ 500 Milhões
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Grande parcela dos entrevistados da área de disjuntores
25%
e cabos elétricos subterrâneos acredita que o mercado tenha
Até R$ 10 milhões
faturado até R$ 10 milhões em 2014. Mais otimistas, as empresas que fabricam subestações de média tensão e cabos elétricos
14%
aéreos enxergam o mercado destes equipamentos faturando
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
mais de R$ 500 milhões por ano. 9%
Percepção de faturamento para mercados específicos
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
11%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
do setor de transmissão de energia
13%
14%
Subestações de alta tensão
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
22%
Transformadores de instrumentação 5%
Acima de 5% R$ 500 Milhões De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Até R$ 10 milhões
29%
Acima de R$ 500 Milhões 27%
5%
Até R$ 10 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
13%
12%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
17%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
15%
10%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
20%
15%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Disjuntores 6% 19%
33%
Até R$ 10 milhões 5%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 12%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Acima de R$ 500 Milhões
9%
7% 12%
5%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Cabos elétricos aéreos
Acima de R$ 500 Milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
29%
Até R$ 10 milhões
12%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 6%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
12%
23%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
15%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Sistemas de automação
Cabos elétricos subterrâneos
3% 25%
Acima de R$ 500 Milhões
23%
Até R$ 10 milhões
8%
5%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 8%
18%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 13%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Acima de R$ 500 Milhões
12%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
24%
Até R$ 10 milhões
12%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 12%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 9%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
28%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
103
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Cabos elétricos aéreos 21%
Até R$ 10 milhões
31%
Acima de R$ 500 Milhões
6%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 12%
9%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
9%
12%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Cabos elétricos subterrâneos 22%
Acima de R$ 500 Milhões
35%
Até R$ 10 milhões
9%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 13%
9%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 6%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
6%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
A sobretensão por conta das descargas atmosféricas é o maior obstáculo para
uma rede de transmissão/distribuição funcionar normalmente. 39% dos fabricantes que responderam à pesquisa atestaram isto. Sobretensões devido a manobras (19%) e ventania, furações, geada e outra condições climáticas extremas (18%) foram os outros itens considerados problemáticos. Problemas que assolam a integridade de uma rede transmissão/distribuição 8%
Eletrocorrosão 12%
Vandalismo
39%
Sobretensões devido a descargas atmosféricas
4%
Poluição
18%
Ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas 19%
Sobretensões devido a manobras
104
Pesquisa
O Setor Elétrico / Maio de 2015
A balança comercial continua pendendo para o mercado interno. A grande maioria
dos produtos (94%) é vendida em território nacional. Balança comercial do setor
6%
Exportação Mercado Nacional
94%
As empresas da área obtiveram crescimento de 10% no ano que passou. Suas
perspectivas para este ano são moderadas, com projeção de crescimento também de 10%. Em relação ao mercado, os fabricantes acreditam que a elevação será de 7%. Previsões de crescimento
7%
Crescimento médio para o mercado de transmissão e distribuição em 2015
10% 10%
Expectativa de crescimento médio para as empresas em 2015 Crescimento médio das empresas em 2014 comparado ao ano anterior
Entre os quesitos que mais podem afetar o mercado neste ano, a maioria dos
entrevistados (35%) indicou a desaceleração da economia brasileira. O setor da construção civil desaquecido também teve votação destacada (18%). Fatores que devem influenciar o mercado de distribuição e transmissão de energia 14%
Outros
7%
4%
Programas de incentivo da governo
Falta de normalização e/ou legislação 2%
35%
Incentivos por força de legislação ou normalização
Desaceleração da economia brasileira
7%
Crise internacional
11%
Projetos de infraestrutura
2%
Setor da construção civil aquecido 18%
Setor da construção civil desaquecido
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
X
Barueri
(19) 3804-1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi-Mirim
SP
AGPR5
(48) 3462-3900 www.agpr5.com.br
Criciúma
SC
ALFA ENGENHARIA
(37) 3241-1605 www.alfaengenharia.ind.br
Itaúna
MG
ALTUS SISTEMAS
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
X
X
X
ALUBAR
(91) 3754-7151 Www.alubar.net
Barcarena
PA
X
X
X X
ALUMBRA
(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
ATS ELÉTRICA
(11) 2645-4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
BALESTRO
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
X
X
X X X
(35) 3629-5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
X
X
X X X X
X X X
X
X
X X
X
X
X
(51) 3374-3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
X
X
BEGHIM
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
X
X
BLUTRAFOS
(47) 3036-3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
X
B-LUX
(11) 2621-4811 www.blux.ind.br
São Paulo
SP
X
BOHNEN+MESSTEK
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
BRASFORMER BRASPEL
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
X
X
BUILDING
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
X
X
X X
BURNDY
(11) 5515-7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
X
X
X X
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2550 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
X
X
CANOAS EÓLICA
(16) 3406-6818 www.canoaseolica.com.br
São Paulo
SP
X
X
CERÂMICA SANTA TEREZINHA - CST (19) 3852-8300 www.cst-isoladores.com.br
Pedreira
SP
X
CERÂMICA SÃO JOSÉ
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
X
CLAMPER
0800 703 0555 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X
COMSYSTEL
(11) 4158-8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
X
X
CONDUMAX
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
X
X
CONIMEL
(16) 3951-9555 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
X
X X X
CONSTEC
(77) 3483-1934
Santa Maria da Vitória
BA
COOPER POWER SYSTEM - EATON (15) 3481-9130 www.eaton.com
Porto Feliz
SP
CPFL SERVIÇOS
(19) 3756-2755 www.solucoescpfl.com.br
Campinas
SP
CRIMPER
0800 772 1777 www.crimper.com.br
Campinas
SP
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
DELTA P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
DENSITEL
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
X
X
DMI ISOLANTES
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
X
X
EATON
(11) 4525-7001 www.eaton.com.br
Jundiaí
SP
X
EDWARDS
(11) 3952-5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
X
ELETRO H-3
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
ELETRON ENGENHARIA
(12) 3642-4491 www.eletronengenharia.com
Pindamonhangaba
SP
ELETROPOLL
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELETROTRAFO
(43) 3520-5094 www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
Curitiba
(16) 3877-5510 www.embrastec.com.br
Ribeirao Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
ENERGIA PURA
(24) 3371-1132 www.energiapura.com
Paraty
RJ
X
X
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X X X X X X X
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X X X X X X X X X
X X X
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X X X X
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X X
X X X X X
X X X X X X
X
X X X X X X X X
X X
X
X
X
X X
Exporta produtos acabados
X
Importa produtos acabados
X
Possui programas na área de responsabilidade social
X X
X X
X
X X X X X
X
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
X X
X
X X
X
BCM AUTOMAÇÃO
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
X
X X
X
X X
RS
EMBRASTEC
Oferece treinamento técnico para os clientes
X
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
ADS
ELOS ELETROTÉCNICA
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X X X
ADELCO
PR
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X
SP
BALTEAU
X X
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Outros
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Montagem de equipamentos
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Manutenção de redes
SP
X X
X X X
X
Engenharia
(15) 3263-9800 www.schmersal.com.br
Boituva
ACE SCHMERSAL
Montagem de redes de transmissão
SP
Montagem de redes de distribuição
Guarulhos
X X X
Transmissão de energia elétrica
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
X
X
Principais clientes
Distribuição de energia elétrica
ACABINE
X
Outros
SP
Internet
Osasco
Venda direta ao cliente final
0800 014 9111 www.abb.com.br
Revendas de materiais elétricos
ABB
Estado SP
Distribuidores de materiais elétricos
Cidade Sumaré
Principal canal de vendas
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Telefone Site (19) 3838-7000 www.3m.com.br
Fabricante de produtos para transmissão de energia
3M
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
106
X
X X
X X
X X X X X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
X
X
X
X
ERICO DO BRASIL
(11) 3623-4333 www.erico.com
São Paulo
SP
X
FACILIT
(11) 4447-1991 www.eletrocalhasfacilit.com.br
Franco da Rocha
SP
X
FASTWELD
(11) 2425-7180 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X
FINDER
(11) 4223-1550 www.findernet.com
Sao Caetano do Sul
SP
X
GERMER ISOLADORES
(47) 3281-0000 www.germerisoladores.com.br
Timbó
SC
X
GLOBALBAT
(51) 3355-2300 www.globalbat.com.br
Porto Alegre
RS
GRANTEL
(41) 3393-1222 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
PR
GRUPO CEI
(31) 3389-6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
MG
X
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
ICR RELES
(11) 2949-4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X X
X X X X X
X
IGUAÇUMEC
(43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X
X
X X X X X X
ÍMPAR TECNOLOGIAS
(85) 3272-7266 www.impartec.com.br
Fortaleza
CE
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
X
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
INDUSCABOS
(11) 4634-9000 www.induscabos.com.br
Poá
INSTRUMENTI
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
INTELLI
X
X X
X
X
X X X
X X
X
X X X
X X X
X X X
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X X
X X X
X X
Exporta produtos acabados
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
X
Cidade Taboão da Serra
Importa produtos acabados
Oferece treinamento técnico para os clientes
X
X
Telefone Site (11) 4137-5495 www.epoxiformas.com.ar
Possui programas na área de responsabilidade social
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X X X X X
EPOXIFORMAS
Outros
X
Montagem de equipamentos
X
X
Manutenção de redes
X
X
Engenharia
X
X
Montagem de redes de transmissão
X
Montagem de redes de distribuição
X X X X X X X X
Transmissão de energia elétrica
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Principais clientes
Distribuição de energia elétrica
Outros
Internet
Venda direta ao cliente final
Revendas de materiais elétricos
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Estado SP
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
108
X X
X
X X
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X X
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X X X
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X X X
X
Sp
X
X X X
X X X
X
X
X
X
X
X
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
X
ITAIPU TRANSFORMADORES
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itapolis
SP
X
J. DEMITO
(11) 3459-4744 www.jdemitoeletrica.com.br
São Paulo
SP
X
JNG
(11) 2090-0550 www.jng.com.br
São Paulo
SP
X
KIT ACESSÓRIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X X
X
KMG BRASIL
(35) 3441-6540 www.kmgbrasil.com.br
Ouro Fino
MG
X
X X X
X X
KOSTAL
(11) 2139-6127 www.kostal.com
São Bernardo do Campo
SP
X
X
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
X
KRON MEDIDORES
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
KVA TRANSFORMADORES
(49) 3442-5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
LEGRAND
(11) 5644-2600 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
MAGNANI
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAGNET
(11) 4176-7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
MAXXWELD
(41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
MBA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
MÉDIA TENSÃO
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X
X X X X
METALTEX
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X X
MTM
(11) 4125-3933 www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
MULTIDRIVE
(19) 3838-9800 www.multidrive.com.br
Sumaré
SP
X
NEMESIS ENGENHARIA
(62) 3087-6925 www.nemesis.ind.br
Goiânia
GO
X
NEXANS
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
Americana
SP
X
NIPO BRASILEIRA
(11) 4066-2900 www.nipo-br.com.br
Diadema
SP
X
O3 ENGENHARIA
(48) 3025-4742 www.engenhariao3.com.br
Florianópolis
SC
OMEGA
(19) 3645-9096 www.omegaportal.com.br
Santa Barbara D'Oeste
SP
ORMAZABAL
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
PARAKLIN
(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br
São Paulo
SP
PEXTRON
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
X
PFIFFNER DO BRASIL
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
X
X
PHOENIX CONTACT
(11) 3871-6400 www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
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X X
109
SC
X
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X
PRYSMIAN
(11) 4998-4155 www.prysmiangroup.com.br
Santo Andre
SP
X
X
X X X
RDI BENDER
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X
REHTOM
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
X
RENZ
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
X
X X
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
ROMAGNOLE
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Mandaguari
PR
X
SAREL
(11) 4071-2255 www.sarel.com.br
Diadema
SP
X
SCHNEIDER ELECTRIC
(11) 2165-5400 www.schneider-electric.com.br
São Paulo
SP
X
SEL
(19) 3515-2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
X
SETROMEC
(31) 3567-0001 www.setromec.eng.br
Belo Horizonte
MG
SIEMENS
0800 11 9484 www.siemens.com.br
Jundiaí
SP
SIKLOWATT
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianópolis
SC
SIPASE
(11) 3695-3355 www.sipase.com.br
Osasco
SP
X
X
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X
X X
X
Exporta produtos acabados
Blumenau
X
X X
Importa produtos acabados
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
X
X X X X
X X X
Possui programas na área de responsabilidade social
PROVOLT
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
X
Oferece treinamento técnico para os clientes
SP
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
SP
Sorocaba
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
São Paulo
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
X
X
X X X
X
Outros
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
PROAUTO
X
X
X
X
Montagem de equipamentos
POWER SOLUTIONS
X
X
Manutenção de redes
MG
Engenharia
Contagem
Montagem de redes de transmissão
(31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
Montagem de redes de distribuição
POLIMETAL
Transmissão de energia elétrica
Cidade Cajamar
Principais clientes
Distribuição de energia elétrica
Telefone Site (11) 4448-8000 www.plp.com.br
Outros
PLP
Internet
Venda direta ao cliente final
Revendas de materiais elétricos
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Estado SP
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
O Setor Elétrico / Maio de 2015
X
X
X
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X X X X X
X X X
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X X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
X
SP
X
X
TEMPO ENGENHARIA
(83) 8888-9496 www.tempoengenharia.com
Cabedelo
PB
TEREX
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
TORMEL
(19) 3803-1800 www.tormel.com.br
Sumaré
SP
TOSHIBA
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
X
X
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
X
TRAFOMIL TRANSFORMADORES
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiaí
SP
TRANSFORLUZ
(22) 2664-2174 www.transforluz.com.br
Araruama
RJ
TREETECH
(11) 4413-5787 www.treetech.com.br
SP
X
UNIÃO TRANSFORMADORES
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
X
UNION
(11) 3512-8900 www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
X
VICENTINOS DO BRASIL
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
X
WABE CONECTORES
(11) 4484-4147 www.wabe.com.br
Mairiporã
SP
WAGO
(11) 4591-0199 www.wago.com.br
Itupeva
SP
X
X
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá Do Sul
SC
X
X
WEIDMÜLER CONEXEL
(11) 4366-9610 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
WIREX CABLE
(11) 2191-9400 www.wirex.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
ZILMER
(11) 2148-7125 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
X X X X X
X
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X
X
X X
X X X X X
Exporta produtos acabados
X
São Paulo
X
Importa produtos acabados
SC
(11) 2103-6095 www.te.com/energy
X
X
Possui programas na área de responsabilidade social
Massaranduba
TE CONNECTIVITY
X
X
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
TAMURA INDUSUL
X
X
MG
X
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
Poços de Caldas
(47) 3307-1700 www.indusul.com
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
SULMINAS
X X X
X
X
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
SP
X
X
X
Outros
São Paulo
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br
X
Montagem de equipamentos
(11) 2818-3838 www.strahl.com
X
X
Manutenção de redes
STRAHL
X
X
Engenharia
SP
X
X
X
X X X
Montagem de redes de transmissão
Osasco
Montagem de redes de distribuição
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
X X X
X
X X X X
X X
Transmissão de energia elétrica
STKV
Principais clientes
Distribuição de energia elétrica
SP
Outros
São Paulo
Internet
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
Venda direta ao cliente final
STECK
Revendas de materiais elétricos
Cidade São Paulo
Distribuidores de materiais elétricos
Telefone Site (11) 2813-6222 www.soltran.com.br
Principal canal de vendas
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Fabricante de produtos para transmissão de energia
SOLTRAN
Atibaia
Estado SP
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Oferece treinamento técnico para os clientes
110
X
X
X
X X
112
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
ABB
0800 014 9111 www.abb.com.br
Osasco
SP
X X X X X X
X X X X X X
ACABINE
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Guarulhos
SP
X X X X X X
X X X X
ACE SCHMERSAL
(15) 3263-9800 www.schmersal.com.br
Boituva
SP
ADELCO
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
X
ADS
(19) 3804-1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi-Mirim
SP
X X
X
AGPR5
(48) 3462-3900 www.agpr5.com.br
Criciúma
SC
X X X X X X
ALFA ENGENHARIA
(37) 3241-1605 www.alfaengenharia.ind.br
Itaúna
MG
X
ALTUS SISTEMAS
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
X X
ALUBAR
(91) 3754-7151 Www.alubar.net
Barcarena
PA
ALUMBRA
(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ATS ELÉTRICA
(11) 2645-4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
X
BALESTRO
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
X X
BALTEAU
(35) 3629-5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
X X X X
Cabos elétricos
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
Cidade Sumaré
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
Telefone Site (19) 3838-7000 www.3m.com.br
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Automação de subestações
3M
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
Disjuntores
Uso interno Uso externo
Uso externo
Uso interno
Estado SP
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X
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X X X
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X X
X
X
X
X
X X
X
X
X X X X
BCM AUTOMAÇÃO
(51) 3374-3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
RS
BEGHIM
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
X X
BLUTRAFOS
(47) 3036-3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
X X
B-LUX
(11) 2621-4811 www.blux.ind.br
São Paulo
SP
BOHNEN+MESSTEK
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
BRASFORMER BRASPEL
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
BUILDING
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
BURNDY
(11) 5515-7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2550 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
X X
CANOAS EÓLICA
(16) 3406-6818 www.canoaseolica.com.br
São Paulo
SP
X
CERÂMICA SANTA TEREZINHA - CST (19) 3852-8300 www.cst-isoladores.com.br
Pedreira
SP
CERÂMICA SÃO JOSÉ
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
CLAMPER
0800 703 0555 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
COMSYSTEL
(11) 4158-8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
CONDUMAX
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
CONIMEL
(16) 3951-9555 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
X
CONSTEC
(77) 3483-1934
X
X X
X
X X X X X
X
X
X
X
X X
X X
X X
X X X X X
BA
X X X
Porto Feliz
SP
X X X X
CPFL SERVIÇOS
(19) 3756-2755 www.solucoescpfl.com.br
Campinas
SP
X X X X X
CRIMPER
0800 772 1777 www.crimper.com.br
Campinas
SP
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X X X X X X
DELTA P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X X X
X X
DENSITEL
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
X
X
DMI ISOLANTES
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
X X
EATON
(11) 4525-7001 www.eaton.com.br
Jundiaí
SP
X X X X
EDWARDS
(11) 3952-5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
ELETRO H-3
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
X X X
ELETRON ENGENHARIA
(12) 3642-4491 www.eletronengenharia.com
Pindamonhangaba
SP
ELETROPOLL
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELETROTRAFO
(43) 3520-5094 www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
X X X X
X
X X X X X X X X X X X X
X X X
X
X X
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
EMBRASTEC
(16) 3877-5510 www.embrastec.com.br
Ribeirao Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
ENERGIA PURA
(24) 3371-1132 www.energiapura.com
Paraty
RJ
X
X
Santa Maria da Vitória
ELOS ELETROTÉCNICA
X X X X X
X
COOPER POWER SYSTEM - EATON (15) 3481-9130 www.eaton.com
PR
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X X X X X X X
X
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X X X
X
114
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
São Paulo
SP
X X
(11) 4447-1991 www.eletrocalhasfacilit.com.br
Franco da Rocha
SP
X
FASTWELD
(11) 2425-7180 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
FINDER
(11) 4223-1550 www.findernet.com
Sao Caetano do Sul
SP
GERMER ISOLADORES
(47) 3281-0000 www.germerisoladores.com.br
Timbó
SC
GLOBALBAT
(51) 3355-2300 www.globalbat.com.br
Porto Alegre
RS
GRANTEL
(41) 3393-1222 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
PR
GRUPO CEI
(31) 3389-6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
MG
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ICR RELES
(11) 2949-4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
IGUAÇUMEC
(43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
ÍMPAR TECNOLOGIAS
(85) 3272-7266 www.impartec.com.br
Fortaleza
CE
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
INDUSCABOS
(11) 4634-9000 www.induscabos.com.br
Poá
Sp
INSTRUMENTI
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
São Paulo
SP
INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
X
ITAIPU TRANSFORMADORES
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itapolis
SP
X
J. DEMITO
(11) 3459-4744 www.jdemitoeletrica.com.br
São Paulo
SP
JNG
(11) 2090-0550 www.jng.com.br
São Paulo
SP
KIT ACESSÓRIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
KMG BRASIL
(35) 3441-6540 www.kmgbrasil.com.br
Ouro Fino
MG
KOSTAL
(11) 2139-6127 www.kostal.com
São Bernardo do Campo
SP
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
KRON MEDIDORES
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
KVA TRANSFORMADORES
(49) 3442-5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
LEGRAND
(11) 5644-2600 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
MAGNANI
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAGNET
(11) 4176-7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
MAXXWELD
(41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
MBA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
MÉDIA TENSÃO
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X X X X X X
METALTEX
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X X
MTM
(11) 4125-3933 www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
MULTIDRIVE
(19) 3838-9800 www.multidrive.com.br
Sumaré
SP
NEMESIS ENGENHARIA
(62) 3087-6925 www.nemesis.ind.br
Goiânia
GO
NEXANS
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
Americana
SP
NIPO BRASILEIRA
(11) 4066-2900 www.nipo-br.com.br
Diadema
SP
O3 ENGENHARIA
(48) 3025-4742 www.engenhariao3.com.br
Florianópolis
SC
OMEGA
(19) 3645-9096 www.omegaportal.com.br
Santa Barbara D'Oeste
ORMAZABAL
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
PARAKLIN
(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br
São Paulo
SP
PEXTRON
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
PFIFFNER DO BRASIL
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
PHOENIX CONTACT
(11) 3871-6400 www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
Cabos elétricos
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
(11) 3623-4333 www.erico.com
FACILIT
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
ERICO DO BRASIL
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações
Cidade Taboão da Serra
Disjuntores
Uso interno Uso externo
Telefone Site (11) 4137-5495 www.epoxiformas.com.ar
Uso externo
Uso interno
Estado SP
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA EPOXIFORMAS
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X X X
X X X X X
X
X X X
X
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X X X X
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X X X X X X
X X
X X
X
X
X
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O Setor Elétrico / Maio de 2015
Contagem
MG
POWER SOLUTIONS
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
X
PROAUTO
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
PROVOLT
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
PRYSMIAN
(11) 4998-4155 www.prysmiangroup.com.br
Santo Andre
SP
RDI BENDER
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X
REHTOM
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
X
RENZ
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
ROMAGNOLE
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Mandaguari
PR
SAREL
(11) 4071-2255 www.sarel.com.br
Diadema
SP
X X
SCHNEIDER ELECTRIC
(11) 2165-5400 www.schneider-electric.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X
SEL
(19) 3515-2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
SETROMEC
(31) 3567-0001 www.setromec.eng.br
Belo Horizonte
MG
X
SIEMENS
0800 11 9484
Jundiaí
SP
X X X X
SIKLOWATT
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianópolis
SC
SIPASE
(11) 3695-3355 www.sipase.com.br
Osasco
SP
www.siemens.com.br
Transformadores de instrumentação
Cabos elétricos
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
(31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
Para-raios
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
POLIMETAL
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações
Estado SP
Disjuntores
Uso interno Uso externo
Cidade Cajamar
Uso externo
Telefone Site (11) 4448-8000 www.plp.com.br
Uso interno
PLP
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X X X
X
X X X X X
X
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X
X X
X X
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X
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X X X
X
X X X
X
116
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Distribuição de energia
São Paulo
SP
X
STKV
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
Osasco
SP
X X X
STRAHL
(11) 2818-3838 www.strahl.com
São Paulo
SP
X
SULMINAS
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br
Poços de Caldas
MG
TAMURA INDUSUL
(47) 3307-1700 www.indusul.com
Massaranduba
SC
TE CONNECTIVITY
(11) 2103-6095 www.te.com/energy
São Paulo
SP
X X
TEMPO ENGENHARIA
(83) 8888-9496 www.tempoengenharia.com
Cabedelo
PB
X X
TEREX
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
X
TORMEL
(19) 3803-1800 www.tormel.com.br
Sumaré
SP
X X X X X X
X X X
X X
TOSHIBA
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
X
X X
X X X
X
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
TRAFOMIL TRANSFORMADORES
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiaí
SP
TRANSFORLUZ
(22) 2664-2174 www.transforluz.com.br
Araruama
RJ
TREETECH
(11) 4413-5787 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
UNIÃO TRANSFORMADORES
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
UNION
(11) 3512-8900 www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
VICENTINOS DO BRASIL
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
WABE CONECTORES
(11) 4484-4147 www.wabe.com.br
Mairiporã
SP
WAGO
(11) 4591-0199 www.wago.com.br
Itupeva
SP
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá Do Sul
SC
WEIDMÜLER CONEXEL
(11) 4366-9610 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
WIREX CABLE
(11) 2191-9400 www.wirex.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ZILMER
(11) 2148-7125 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
Cabos elétricos
Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão
STECK
De potencial
Cidade São Paulo
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente
Telefone Site (11) 2813-6222 www.soltran.com.br
Automação de estações Proteção contra arco
Uso externo Anunciador de alarme
SOLTRAN
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações
Automação de sistemas
Disjuntores
Uso interno
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Uso externo
Estado SP X X
Uso interno
Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Subestações de média tensão
Chaves seccionadoras
X X X
X
X
X X
X X X
X X
X
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X
X
X X X
X X X X X
X X X X X X
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X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X X X X
X X
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X X X X
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X X X
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X X X X X
X X X X
X X X X X X X X
X X X X X X
X
X
X X
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X X X X
X
X X X
X X
X X
X X X X X
X X
X
X
X
X
X
X X X
X
X X X X
X
X
X X X X
X
X X X X X
X X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Distribuição de energia
(15) 3263-9800 www.schmersal.com.br
Boituva
SP
ADELCO
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
ADS
(19) 3804-1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi-Mirim
SP
AGPR5
(48) 3462-3900 www.agpr5.com.br
Criciúma
SC
X
X
X
ALFA ENGENHARIA
(37) 3241-1605 www.alfaengenharia.ind.br
Itaúna
MG
X
X
X
ALTUS SISTEMAS
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
ALUBAR
(91) 3754-7151 Www.alubar.net
Barcarena
PA
ALUMBRA
(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ATS ELÉTRICA
(11) 2645-4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
BALESTRO
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
BALTEAU
(35) 3629-5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
BCM AUTOMAÇÃO
(51) 3374-3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
RS
BEGHIM
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
BLUTRAFOS
(47) 3036-3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
B-LUX
(11) 2621-4811 www.blux.ind.br
São Paulo
SP
BOHNEN+MESSTEK
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
BRASFORMER BRASPEL
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
BUILDING
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
X
X
BURNDY
(11) 5515-7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
X
X
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2550 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
CANOAS EÓLICA
(16) 3406-6818 www.canoaseolica.com.br
São Paulo
SP
Pedreira
SP
X
X
CERÂMICA SÃO JOSÉ
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
X
X
CLAMPER
0800 703 0555 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
COMSYSTEL
(11) 4158-8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
CONDUMAX
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
CONIMEL
(16) 3951-9555 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
X
X
X
CONSTEC
(77) 3483-1934
Santa Maria da Vitória
BA
X
X
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X
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X
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X X
X X X X
X
X
X
X X X
Porto Feliz
SP
CPFL SERVIÇOS
(19) 3756-2755 www.solucoescpfl.com.br
Campinas
SP
CRIMPER
0800 772 1777 www.crimper.com.br
Campinas
SP
X
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
DELTA P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
DENSITEL
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
DMI ISOLANTES
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
EATON
(11) 4525-7001 www.eaton.com.br
Jundiaí
SP
EDWARDS
(11) 3952-5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
ELETRO H-3
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
X
X
X
ELETRON ENGENHARIA
(12) 3642-4491 www.eletronengenharia.com
Pindamonhangaba
SP
X
X
X
ELETROPOLL
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELETROTRAFO
(43) 3520-5094 www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X
X
X
ELOS ELETROTÉCNICA
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
EMBRASTEC
(16) 3877-5510 www.embrastec.com.br
Ribeirao Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
ENERGIA PURA
(24) 3371-1132 www.energiapura.com
Paraty
RJ
X
COOPER POWER SYSTEM - EATON (15) 3481-9130 www.eaton.com
X
Relés de estado sólido
ACE SCHMERSAL
X X
Transdutores
X
Proteção contra arco
SP
Automação de estações
Guarulhos
Anunciador de alarme
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Transformadores de potência
ACABINE
Fusíveis
X
Painéis
SP
Sistemas de automação Subestações de média tensão
Osasco
Filtro de harmônicas
0800 014 9111 www.abb.com.br
Compensação em tempo real
X
ABB
Compensação paralela
X
Cidade Sumaré
Compensação serial
Poliméricos
X
Telefone Site (19) 3838-7000 www.3m.com.br
Transmissão de energia Compensação de reativos
Vidro
Cerâmica
X
Espaçadores
Terminações
X
Isoladores
3M
CERÂMICA SANTA TEREZINHA - CST (19) 3852-8300 www.cst-isoladores.com.br
Estado SP X
Emendas
EMPRESA
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
Interruptores
118
X
X
X
X X
X
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X X
X
X
X
X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
Distribuição de energia
SP
Timbó
SC
GLOBALBAT
(51) 3355-2300 www.globalbat.com.br
Porto Alegre
RS
GRANTEL
(41) 3393-1222 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
Relés de estado sólido
Sao Caetano do Sul
(47) 3281-0000 www.germerisoladores.com.br
Transdutores
(11) 4223-1550 www.findernet.com
GERMER ISOLADORES
Proteção contra arco
FINDER
Automação de estações
SP
Anunciador de alarme
Guarulhos
X
Transformadores de potência
(11) 2425-7180 www.fastweld.com.br
X
Fusíveis
FASTWELD
Painéis
SP
Sistemas de automação Subestações de média tensão
Franco da Rocha
Filtro de harmônicas
(11) 4447-1991 www.eletrocalhasfacilit.com.br
Compensação em tempo real
FACILIT
Compensação paralela
SP
Compensação serial
São Paulo
Compensação de reativos
Vidro
(11) 3623-4333 www.erico.com
Poliméricos
ERICO DO BRASIL
Isoladores
Cerâmica
Estado SP
Espaçadores
Cidade Taboão da Serra
Terminações
Telefone Site (11) 4137-5495 www.epoxiformas.com.ar
Emendas
EMPRESA EPOXIFORMAS
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
Interruptores
120
X X X X X
PR
X
MG
GRUPO CEI
(31) 3389-6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ICR RELES
(11) 2949-4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
IGUAÇUMEC
(43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
ÍMPAR TECNOLOGIAS
(85) 3272-7266 www.impartec.com.br
Fortaleza
CE
X
X
X
X
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
X
X
X
X
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
X
INDUSCABOS
(11) 4634-9000 www.induscabos.com.br
Poá
Sp
INSTRUMENTI
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
São Paulo
SP
INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
X
X
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
ITAIPU TRANSFORMADORES
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itapolis
J. DEMITO
(11) 3459-4744 www.jdemitoeletrica.com.br
São Paulo
SP
X
JNG
(11) 2090-0550 www.jng.com.br
São Paulo
SP
X
KIT ACESSÓRIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
KMG BRASIL
(35) 3441-6540 www.kmgbrasil.com.br
Ouro Fino
MG
KOSTAL
(11) 2139-6127 www.kostal.com
São Bernardo do Campo
SP
X
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
X
KRON MEDIDORES
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
KVA TRANSFORMADORES
(49) 3442-5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
LEGRAND
(11) 5644-2600 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X
MAGNANI
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
X
MAGNET
(11) 4176-7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
MAXXWELD
(41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
X
X
MBA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
X
X
X
MÉDIA TENSÃO
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
METALTEX
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
MTM
(11) 4125-3933 www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
MULTIDRIVE
(19) 3838-9800 www.multidrive.com.br
Sumaré
SP X
X
X
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X
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SP X
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X X
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X X X
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X X X
X
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X X
X
X
X
(62) 3087-6925 www.nemesis.ind.br
Goiânia
NEXANS
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
Americana
SP
NIPO BRASILEIRA
(11) 4066-2900 www.nipo-br.com.br
Diadema
SP
O3 ENGENHARIA
(48) 3025-4742 www.engenhariao3.com.br
Florianópolis
SC
OMEGA
(19) 3645-9096 www.omegaportal.com.br
Santa Barbara D'Oeste
SP
X
ORMAZABAL
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
X
PARAKLIN
(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br
São Paulo
SP
X
PEXTRON
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
PFIFFNER DO BRASIL
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
PHOENIX CONTACT
(11) 3871-6400 www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X X
X
X
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X
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X
X
X
X
NEMESIS ENGENHARIA
GO
X
X
X
X
X
X
X
X
121
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
Distribuição de energia
(11) 4998-4155 www.prysmiangroup.com.br
Santo Andre
SP
RDI BENDER
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Osasco
SP
REHTOM
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
RENZ
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
ROMAGNOLE
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Mandaguari
PR
SAREL
(11) 4071-2255 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SCHNEIDER ELECTRIC
(11) 2165-5400 www.schneider-electric.com.br
São Paulo
SP
SEL
(19) 3515-2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
SETROMEC
(31) 3567-0001 www.setromec.eng.br
Belo Horizonte
MG
SIEMENS
0800 11 9484
Jundiaí
SP
SIKLOWATT
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianópolis
SC
SIPASE
(11) 3695-3355 www.sipase.com.br
Osasco
SP
www.siemens.com.br
X
X
X
Relés de estado sólido
PRYSMIAN
X
Transdutores
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
SC
X
Proteção contra arco
PROVOLT
Blumenau
X
Automação de estações
SP
Anunciador de alarme
Sorocaba
Transformadores de potência
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Interruptores
PROAUTO
X
Fusíveis
SP
X
Painéis
São Paulo
X
X
Subestações de média tensão
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
X
X
Sistemas de automação
Filtro de harmônicas
POWER SOLUTIONS
X X
Compensação em tempo real
MG
Compensação paralela
Contagem
Compensação serial
(31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
Compensação de reativos
Vidro
POLIMETAL
Poliméricos
Estado SP
Isoladores
Cerâmica
Cidade Cajamar
Espaçadores
Telefone Site (11) 4448-8000 www.plp.com.br
Terminações
PLP
Conectores
EMPRESA
Emendas
Acessórios para cabos elétricos
X X X
X
X
X
X
X
X
X X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
X X X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
Distribuição de energia
(47) 3307-1700 www.indusul.com
SC
TE CONNECTIVITY
(11) 2103-6095 www.te.com/energy
São Paulo
TEMPO ENGENHARIA
(83) 8888-9496 www.tempoengenharia.com
TEREX
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
TORMEL
(19) 3803-1800 www.tormel.com.br
Sumaré
SP
TOSHIBA
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
TRAFOMIL TRANSFORMADORES
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiaí
SP
TRANSFORLUZ
(22) 2664-2174 www.transforluz.com.br
Araruama
RJ
TREETECH
(11) 4413-5787 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
UNIÃO TRANSFORMADORES
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
UNION
(11) 3512-8900 www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
VICENTINOS DO BRASIL
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
WABE CONECTORES
(11) 4484-4147 www.wabe.com.br
Mairiporã
SP
X
WAGO
(11) 4591-0199 www.wago.com.br
Itupeva
SP
X
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá Do Sul
SC
WEIDMÜLER CONEXEL
(11) 4366-9610 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
WIREX CABLE
(11) 2191-9400 www.wirex.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ZILMER
(11) 2148-7125 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
Relés de estado sólido
TAMURA INDUSUL
Transdutores
MG
Massaranduba
Proteção contra arco
Poços de Caldas
Automação de estações
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br
Anunciador de alarme
SULMINAS
X
Transformadores de potência
SP
X
Fusíveis
SP
São Paulo
Painéis
Osasco
(11) 2818-3838 www.strahl.com
X
Sistemas de automação Subestações de média tensão
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
STRAHL
Filtro de harmônicas
STKV
Compensação em tempo real
SP
Compensação paralela
São Paulo
Compensação serial
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
Compensação de reativos
Vidro
STECK
Poliméricos
Estado SP
Isoladores
Cerâmica
Cidade São Paulo
Espaçadores
Telefone Site (11) 2813-6222 www.soltran.com.br
Terminações
SOLTRAN
Emendas
EMPRESA
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
Interruptores
122
X X
X
X X
X
X
X
X
SP
X
X
X
Cabedelo
PB
X
X
X
X
Betim
MG X
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X X X
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X
X X X
X X
X X
X
X
X
X
X X
X X
124
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Guarulhos
SP
ACE SCHMERSAL
(15) 3263-9800 www.schmersal.com.br
Boituva
SP
ADELCO
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
ADS
(19) 3804-1119 www.adsdisjuntores.com.br
Mogi-Mirim
SP
AGPR5
(48) 3462-3900 www.agpr5.com.br
Criciúma
SC
ALFA ENGENHARIA
(37) 3241-1605 www.alfaengenharia.ind.br
Itaúna
MG
ALTUS SISTEMAS
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
ALUBAR
(91) 3754-7151 Www.alubar.net
Barcarena
PA
ALUMBRA
(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ATS ELÉTRICA
(11) 2645-4196 www.atseletrica.com.br
Sorocaba
SP
BALESTRO
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
BALTEAU
(35) 3629-5500 www.balteau.com.br
Itajubá
MG
BCM AUTOMAÇÃO
(51) 3374-3899 www.bcmautomacao.com.br
Porto Alegre
RS
X
BEGHIM
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
X
BLUTRAFOS
(47) 3036-3000 www.blutrafos.com.br
Blumenau
SC
B-LUX
(11) 2621-4811 www.blux.ind.br
São Paulo
SP
BOHNEN+MESSTEK
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
BRASFORMER BRASPEL
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
BUILDING
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
X
X
BURNDY
(11) 5515-7225 www.burndy.com
São Paulo
SP
X
X
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2550 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
CANOAS EÓLICA
(16) 3406-6818 www.canoaseolica.com.br
São Paulo
SP
Pedreira
SP SP
CERÂMICA SÃO JOSÉ
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
CLAMPER
0800 703 0555 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
COMSYSTEL
(11) 4158-8440 www.comsystel.com.br
Vargem Grande Paulista
SP
CONDUMAX
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
CONIMEL
(16) 3951-9555 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
CONSTEC
(77) 3483-1934
Santa Maria da Vitória
BA
Porto Feliz
SP
CPFL SERVIÇOS
(19) 3756-2755 www.solucoescpfl.com.br
Campinas
SP
CRIMPER
0800 772 1777 www.crimper.com.br
Campinas
SP
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DELTA P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
DENSITEL
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
DMI ISOLANTES
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
EATON
(11) 4525-7001 www.eaton.com.br
Jundiaí
SP
EDWARDS
(11) 3952-5000 www.edwardsvacuum.com
São Paulo
SP
ELETRO H-3
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
ELETRON ENGENHARIA
(12) 3642-4491 www.eletronengenharia.com
Pindamonhangaba
SP
ELETROPOLL
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELETROTRAFO
(43) 3520-5094 www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
ELOS ELETROTÉCNICA
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
PR
EMBRASTEC
(16) 3877-5510 www.embrastec.com.br
Ribeirao Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
(24) 3371-1132 www.energiapura.com
Paraty
COOPER POWER SYSTEM - EATON (15) 3481-9130 www.eaton.com
ENERGIA PURA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Filtro de harmônicas
X
ACABINE
Compensação em tempo real
X
SP
Compensação paralela
X
Osasco
Compensação serial
X
0800 014 9111 www.abb.com.br
Compensação de reativos
Vidro
X
ABB
Poliméricos
Terminações
X
Cidade Sumaré
Cerâmica
Emendas
X
Telefone Site (19) 3838-7000 www.3m.com.br
Isoladores
Espaçadores
Conectores
Cabos submarinos
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
Cabos subterrâneos
Cabos aéreos
Cabos elétricos
Encapsulados
Com isolador polimérico
Com isoladores de porcelana
Automação de subestações
Para-raios
3M
CERÂMICA SANTA TEREZINHA - CST (19) 3852-8300 www.cst-isoladores.com.br
Estado SP
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
SP
X
X
X
RJ
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X
X
126
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
Timbó
SC
GLOBALBAT
(51) 3355-2300 www.globalbat.com.br
Porto Alegre
RS
GRANTEL
(41) 3393-1222 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
GRUPO CEI
(31) 3389-6500 www.grupocei.com.br
Belo Horizonte
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ICR RELES
(11) 2949-4265 www.icr-reles.com.br
São Paulo
SP
IGUAÇUMEC
(43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
ÍMPAR TECNOLOGIAS
(85) 3272-7266 www.impartec.com.br
Fortaleza
CE
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
INDUSCABOS
(11) 4634-9000 www.induscabos.com.br
Poá
Sp
INSTRUMENTI
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
São Paulo
SP
INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
ITAIPU TRANSFORMADORES
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itapolis
J. DEMITO
(11) 3459-4744 www.jdemitoeletrica.com.br
São Paulo
SP
JNG
(11) 2090-0550 www.jng.com.br
São Paulo
SP
KIT ACESSÓRIOS
0800 025 1588 www.kitacessorios.com.br
Rio de Janeiro
RJ
KMG BRASIL
(35) 3441-6540 www.kmgbrasil.com.br
Ouro Fino
MG
X
KOSTAL
(11) 2139-6127 www.kostal.com
São Bernardo do Campo
SP
X
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
KRON MEDIDORES
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
KVA TRANSFORMADORES
(49) 3442-5050 www.kvatransformadores.com.br Concórdia
SC
LEGRAND
(11) 5644-2600 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
MAGNANI
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAGNET
(11) 4176-7878 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
MAXXWELD
(41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
MBA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
MÉDIA TENSÃO
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
METALTEX
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
MTM
(11) 4125-3933 www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
MULTIDRIVE
(19) 3838-9800 www.multidrive.com.br
Sumaré
SP
NEMESIS ENGENHARIA
(62) 3087-6925 www.nemesis.ind.br
Goiânia
GO
NEXANS
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
Americana
SP
NIPO BRASILEIRA
(11) 4066-2900 www.nipo-br.com.br
Diadema
SP
O3 ENGENHARIA
(48) 3025-4742 www.engenhariao3.com.br
Florianópolis
SC
OMEGA
(19) 3645-9096 www.omegaportal.com.br
Santa Barbara D'Oeste
SP
ORMAZABAL
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
PARAKLIN
(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br
São Paulo
SP
PEXTRON
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
PFIFFNER DO BRASIL
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
PHOENIX CONTACT
(11) 3871-6400 www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Filtro de harmônicas
(47) 3281-0000 www.germerisoladores.com.br
Compensação em tempo real
GERMER ISOLADORES
Compensação paralela
SP
Compensação serial
FINDER
Sao Caetano do Sul
Vidro
SP
(11) 4223-1550 www.findernet.com
Compensação de reativos
Poliméricos
Guarulhos
Isoladores
Cerâmica
(11) 2425-7180 www.fastweld.com.br
Espaçadores
SP
FASTWELD
Terminações
SP
Franco da Rocha
Emendas
São Paulo
(11) 4447-1991 www.eletrocalhasfacilit.com.br
Conectores
(11) 3623-4333 www.erico.com
FACILIT
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
ERICO DO BRASIL
Cabos submarinos
Cidade Taboão da Serra
Cabos subterrâneos
Telefone Site (11) 4137-5495 www.epoxiformas.com.ar
Cabos aéreos
EPOXIFORMAS
Cabos elétricos
Encapsulados
Com isolador polimérico
Para-raios Com isoladores de porcelana
Automação de subestações
Estado SP
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
X X
PR MG
X X
X
X X
X
X
X X
X
X
X X
X
SP X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
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X
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X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
127
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
X
SC
PRYSMIAN
(11) 4998-4155 www.prysmiangroup.com.br
Santo Andre
SP
RDI BENDER
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Osasco
SP
REHTOM
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
RENZ
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
ROMAGNOLE
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Mandaguari
PR
SAREL
(11) 4071-2255 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SCHNEIDER ELECTRIC
(11) 2165-5400 www.schneider-electric.com.br
São Paulo
SP
X
X
SEL
(19) 3515-2000 www.selinc.com.br
Campinas
SP
X
X
SETROMEC
(31) 3567-0001 www.setromec.eng.br
Belo Horizonte
MG
SIEMENS
0800 11 9484
Jundiaí
SP
X
X
SIKLOWATT
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianópolis
SC
SIPASE
(11) 3695-3355 www.sipase.com.br
Osasco
SP
www.siemens.com.br
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
Filtro de harmônicas
SP
Blumenau
X
Compensação em tempo real
Sorocaba
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Compensação paralela
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
PROVOLT
X
Compensação serial
PROAUTO
X
X
Compensação de reativos
Vidro
X
X
X
Poliméricos
SP
X X
Isoladores
Cerâmica
São Paulo
Espaçadores
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
Terminações
POWER SOLUTIONS
Emendas
MG
Conectores
Contagem
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
(31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
Cabos submarinos
POLIMETAL
Cabos subterrâneos
Estado SP
Cabos aéreos
Cidade Cajamar
Cabos elétricos
Encapsulados
Telefone Site (11) 4448-8000 www.plp.com.br
Com isolador polimérico
PLP
Para-raios Com isoladores de porcelana
Automação de subestações
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
128
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Transmissão de energia
TE CONNECTIVITY
(11) 2103-6095 www.te.com/energy
São Paulo
SP
TEMPO ENGENHARIA
(83) 8888-9496 www.tempoengenharia.com
Cabedelo
PB
TEREX
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
TORMEL
(19) 3803-1800 www.tormel.com.br
Sumaré
SP
TOSHIBA
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
TRAFOMIL TRANSFORMADORES
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiaí
SP
TRANSFORLUZ
(22) 2664-2174 www.transforluz.com.br
Araruama
RJ
TREETECH
(11) 4413-5787 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
UNIÃO TRANSFORMADORES
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
UNION
(11) 3512-8900 www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
VICENTINOS DO BRASIL
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
WABE CONECTORES
(11) 4484-4147 www.wabe.com.br
Mairiporã
SP
WAGO
(11) 4591-0199 www.wago.com.br
Itupeva
SP
X
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá Do Sul
SC
X
WEIDMÜLER CONEXEL
(11) 4366-9610 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
WIREX CABLE
(11) 2191-9400 www.wirex.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ZILMER
(11) 2148-7125 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Filtro de harmônicas
SC
Compensação em tempo real
Massaranduba
Compensação paralela
(47) 3307-1700 www.indusul.com
Compensação serial
TAMURA INDUSUL
Vidro
MG
Compensação de reativos
Poliméricos
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas
Isoladores
Cerâmica
SULMINAS
Espaçadores
SP
São Paulo
Terminações
Osasco
(11) 2818-3838 www.strahl.com
Emendas
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
STRAHL
Conectores
STKV
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
SP
Cabos submarinos
São Paulo
Cabos subterrâneos
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
Cabos aéreos
STECK
Cabos elétricos
Encapsulados
Estado SP
Com isolador polimérico
Cidade São Paulo
Para-raios Com isoladores de porcelana
Telefone Site (11) 2813-6222 www.soltran.com.br
Automação de subestações
SOLTRAN
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
X X
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X X
X
X
X X
X X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
130
Aula prática
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por Leandro Ávila da Silva e Rodrigo Augusto Neves*
Eficiência energética: o investimento necessário para a indústria
Tendo em vista os altos custos da energia elétrica, empresas têm a eficiência energética como grande aliada para poupar eletricidade, otimizar processos e reduzir seus custos
131
O Setor Elétrico / Maio de 2015
O
Gráfico 1 – Custo na energia para a indústria em 2015 em países selecionados
bter eficiência na produção,
principalmente
gastando
menos
energia nos processos, sempre foi uma preocupação nos países desenvolvidos. No Brasil, apesar de termos há muito tempo custos elevados com energia elétrica, a maioria das empresas, salvas algumas exceções, está somente dando atenção a este tema agora, com os preços de energia disparados. Isso pode ser conferido no gráfico a seguir, que mostra nossa posição de destaque que
Fonte: Firjan.
Gráfico 2 – Consumo total de energia para gerar cada dólar do PIB Cálculos em quilograma equivalente de petróleo, base 2011
não é motivo de orgulho, mas de muita preocupação e com necessidade de ações. Este
“relaxamento”
em
relação
à eficiência energética nos levou à condição mostrada no Gráfico 2.
Gastamos muito mais energia do que
quase todos os países considerados para gerar cada dólar do PIB na indústria. Ainda fazemos isso pagando a energia elétrica mais cara entre os países pesquisados e isso é um atropelo na
Fonte: Ernesto Yoshida – Revista Exame – 20/2/2013
competitividade da nossa indústria. A China, que no Gráfico 2 aparece atrás,
nosso indicador ainda pode ter piorado.
industrial,
tem feito muitos investimentos, mas
Esta situação também pode ser vista
Brasileira de Manutenção e Gestão
nós desde 2013 até hoje não contamos
de outra forma, quando analisamos
de Ativos (Abraman), em sua pesquisa
com investimentos substanciais, ou seja,
que a idade média de nosso parque
nacional de 2013, é de 17 anos. Esta
segundo
a
Associação
132
Aula prática
O Setor Elétrico / Maio de 2015
é a mesma idade média citada pela
Gráfico 3 – Distribuição do consumo de energia elétrica por uso final na indústria
Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que também destaca que praticamente o dobro são de países desenvolvidos. Em resumo, nossa indústria possui equipamentos mais antigos, que não possuem o mesmo nível de eficiência e
automação,
quando
comparados
aos países desenvolvidos. Temos a cultura dos
do
ajuste,
da
recuperação
equipamentos,
ao
passo
Fonte: Pesquisa de posse de equipamentos e hábitos de uso – Procel.
que,
na Alemanha, por exemplo, o tempo
Tabela 1 – Participação da força motriz no consumo em eletricidade na indústria
médio de uso é de quatro anos. Assim, e nossos custos de energia elétrica exorbitantes brasileira
colocam
em
um
a
indústria
único
caminho:
processos. Energia elétrica está presente em
100%
das
empresas,
em
qualquer
segmento, com destaque às indústrias. Nestas também há um equipamento que se destaca por ser o maior consumidor de energia, o motor elétrico. Detalhando
por
segmentos,
observa-se que a oportunidade de ação
Força motriz e refrigeração %
GWh/a
GWh/a 3.702
99%
Ferro-gusa e aço
16.889
14.111
84%
Ferro-ligas
7.659
236
3%
Mineração e pelotização
9.292
8.586
92%
Não ferrosos
33.907
10.282
30%
Química
21.612
16.465
76%
Alimentos e bebidas
19.851
16.009
81%
3.754
Cimento
aumentar a eficiência energética de seus
Total
Setor
nosso estágio atrás da indústria mundial
Têxtil
7.776
7.585
98%
Papel e celulose
14.098
13.442
95%
Cerâmica
3.050
2.745
90%
Outros
34.173
23.750
70%
Total
172.061
116.909
68%
sobre os motores elétricos pode ser ainda bem mais destacada, conforme a Tabela 1.
A boa notícia é que, além de ser
fácil identificar os maiores consumidores de energia elétrica da indústria, estes evoluíram fortemente ao longo dos anos e hoje podem proporcionar alta eficiência. Estas oportunidades foram visua lizadas pelo governo e tiveram ações Figura 1 – Evolução tecnológica dos motores elétricos.
como a Lei 10.295/2001 complementada pela Portaria 553/2005, que determinou
novas aquisições, nada determinado
da PUC-Rio 2014, sob coordenação
a obrigatoriedade de níveis mínimos
para o parque atual instalado, antigo e
de
de rendimentos para motores elétricos
que é continuamente reparado mesmo
aproveitamento irregular de motores
trifásicos de 1 CV a 250 CV (a grande
após as queimas, as quais usualmente
elétricos, principalmente pelo mercado
maioria do parque industrial brasileiro)
reduzem a eficiência original, que, nesse
de motores usados à margem da lei,
fabricados a partir de dezembro de 2009
caso, já é ultrapassada.
provoca um desperdício de 7.000 GWh/
ou comercializados a partir de junho de
A não atuação no parque instalado
ano, ou o equivalente à produção de
2010. Entretanto, a lei serve apenas para
aponta grandes desperdícios. O estudo
uma usina do porte de Porto Primavera
Rodrigo
Calili,
mostra
que
o
133
O Setor Elétrico / Maio de 2015
(1.540 MW de potência, considerando fator de capacidade 55%).
Segundo o Ministério de Minas e
Energia (MME), Nota Técnica DEA 26/14 – EPE, nosso potencial de economia de energia elétrica na força motriz é de 15.050 GWh/ano. Isso é equivalente a uma usina de 3.086 MW de potência instalada, pouco menos do que a hidrelétrica de Jirau. Diante de tudo isso, necessitamos efetivamente de ações práticas para mudar a realidade de nossas indústrias e aumentar sua competitividade. Em termos de eficiência energética, existem ações conhecidas, simples de identificar e também de aplicar.
Com mais de dez anos de trabalho
em eficiência energética na indústria, a Weg mapeou de forma bastante objetiva as ações com os melhores retornos em força motriz. Estas se concentram nas seguintes soluções: • Substituição de motores; • Redimensionamento de motores; • Sistemas industriais.
Substituição de motores
É a ação mais abrangente a se aplicar
em uma planta industrial, contemplando o
maior
número
de
equipamentos
e, assim, proporcionando uma maior redução de demanda, além de promover a atualização do parque fabril.
Quanto maior a idade dos motores, as
horas de operação e o custo da energia, maiores serão os benefícios a serem obtidos. A avaliação é simples, basta levantar os dados dos motores e realizar a comparação, pois existem ferramentas disponíveis no mercado brasileiro. A Weg,
por
exemplo,
disponibilizará,
a partir de julho, um novo software bastante amigável na utilização e com fornecimentos de relatórios completos, permitindo aos clientes que façam suas próprias análises.
Aula prática
134
Redimensionamento
O Setor Elétrico / Maio de 2015
contornadas por métodos de partida
de motores
Além da atualização do parque fabril,
mais eficientes, como soft starter e
o redimensionamento traz o diferencial
inversor
de promover uma redução de consumo
utilizar motores de menor potência.
de energia ainda mais acentuada. Um
Um sintoma do desvio são os
motor
motores
superdimensionado
consome
de
frequência,
operando
permitindo
“frios”,
o
que
muito mais energia do que um motor
é um encanto para as equipes de
com a potência correta porque trabalha
manutenção,
em uma condição diferente daquela
um indicador de que há muita folga
para a qual foi projetado, consumindo
em sua operação, acarretando nas
energia além do necessário. Se isso
consequências anteriormente descritas.
for somado ao fato de ser um motor
Reduzir a potência de um motor
com nível de eficiência inferior, o
muitas vezes não requer modificações
desperdício é muito acentuado – um
na base ou acoplamento, pois um
motor deve trabalhar utilizando entre
mesmo tamanho de carcaça abrange
75% e 100% de sua potência para
mais de uma potência. No entanto, é
ter a melhor eficiência. É comum nos
uma atividade que deve ser realizada
casos em que se faz a adequação de
com critérios, assegurando-se de que
potência obter-se economias de até
as condições mais críticas do processo
14% no consumo de energia. Motores
serão avaliadas. Dependendo do tipo
superdimensionados também operam
de equipamento que é acionado pelo
com um fator de potência muito baixo
motor, o acompanhamento de uma
e ingressam no pelotão dos causadores
partida também pode ser necessário.
de multa nas faturas de energia,
exigindo investimento e adequação
oportunidade a ser explorada. Uma
das instalações para correção do fator
boa diretriz é investigar os motores
de potência.
que operam com uma corrente muito
abaixo de sua corrente nominal.
As causas de motores com sobra
mas,
na
verdade,
é
De qualquer forma, é uma grande
de potência são as mais variadas. Vão desde a falta de registro da instalação
Sistemas
industriais
de um motor de maior potência
As soluções em sistemas são as
em uma situação de urgência, sem
ações que proporcionam as maiores
correção posterior e que se perpetua.
reduções de consumo de energia
Em projetos antigos, a ocorrência
e
é comum pela falta de recursos de
combinação
dimensionamento
à
eficiência com controle de rotação
época e também pelo “coeficiente
por inversores de frequência, o que
de segurança” exagerado – situação
acentua muito a economia de energia
que se repete mesmo em projetos
do conjunto, pois o motor passa a
recentes. Modificações de processo
entregar somente o esforço necessário
e produto também são causas fortes,
ao trabalho, sem desperdício.
pois a condição original de projeto
Entretanto, esta dupla de motor
é alterada. Projetos antigos muitas
e inversor tem de estar ligada ao
vezes empregam motores de grande
processo, de modo que sua variação
potência
seja
para
adequados
conseguirem
partir
eficiência
energética. de
automática.
São
uma
de
alta
motores
A
princípio,
isso
cargas de alta inércia, operando, após
seria um complicador, mas há diversas
a partida, com grande sobra. Com os
soluções que podem ser trabalhadas,
recursos atuais, estas situações são
como as indicadas a seguir:
135
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Tabela 2 – Soluções de eficiência energética em sistemas industriais
Sistema industrial
Solução eficiente
Torres de
Motor alta eficiência + inversor +
resfriamento
transmissor de temperatura
Filtro de mangas
Motor alta eficiência + inversor +
Silos de grãos
Motor alta eficiência + inversor
Economia Até 80%
Outros benefícios
Redução do consumo água e insumos.
Até 60%
Vida útil mangas e redução do
Até 90%
Qualidade do produto e controle do
consumo ar comprimido.
transmissor de pressão
nível do silo e teor de umidade. Injetoras
Motor alta eficiência + inversor
Até 60%
Suavidade de operação e redução
Extrusoras
Motor alta eficiência + inversor
Até 30%
Redução de custos de manutenção.
Moinho de bolas
Motor alta eficiência + inversor
Até 40%
Redução do tempo de batelada e
da temperatura do óleo.
custos de manutenção. Diagnósticos realizados na indústria,
São números e resultados expressivos
a tomada de decisão, mostram-se
com base em mais de 50 mil casos,
que atraem os corpos técnicos, mas
bastante atrativos em comparação
apontam que, em média, 71% dos
muitas vezes esbarram nos tomadores
com outros investimentos possíveis.
motores de uma indústria podem ser
de decisão, responsáveis pela parte
É necessário que as avaliações sejam
otimizados, com uma economia média
financeira. Porém, o importante é
equalizadas
de 9%. Em 22% deles é possível aplicar
que estes retornos, quando avaliados
medidos
a variação de velocidade, elevando a
segundo indicadores financeiros como
muito comum hoje em nossa indústria
economia média nestes equipamentos
TIR (Taxa Interna de Retorno) e VPL
encontrar
para 30%.
(Valor Presente Líquido), usuais para
diretriz: o projeto tem de se pagar
e
pelas
os
investimentos
mesmas
corpos
regras.
técnicos
com
É a
136
Aula prática
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Figura 2 – Diagnósticos realizados na indústria. Fonte: Weg.
Figura 3 – Resultados de projetos realizados pela Celesc em programas de eficiência energética (PEE/Aneel).
em um ano para ser aprovado. Isso
(Celesc) na indústria como motores
pode até acontecer, mas é raro,
elétricos e inversores. É mais barato
como certamente é raro para outros
fazer ações assertivas em eficiência
investimentos
empresa.
energética (conservação de energia)
Essa é uma situação que tem levado
do que investir na expansão do
muitas empresas a perderem boas
sistema.
oportunidades.
Se o investimento em eficiência
a essência das indústrias e assim
energética ainda for realizado com
consome a maior parcela da energia
financiamento, é perfeitamente possível
elétrica.
equalizar
conhecidas e de fácil aplicação e
a
usuais
economia
da
de
energia
Resumindo,
As
a
força
ações
possíveis
trazer
é
são
pagando as prestações do financiamento
podem
– é a realização dos investimentos “sem
extras, além da economia em energia
colocar a mão no bolso”.
elétrica.
Diante de tudo isso ainda pode-se
também
motriz
benefícios
Um bom exemplo destas oportuni
acrescentar que eficiência energética
dades é descrito a seguir na solução
é a fonte de energia mais limpa e
Weg para torres de resfriamento,
mais barata disponível. Mais limpa
sendo um equipamento comum em
porque é a energia que deixa de ser
vários segmentos industriais, como
produzida,
nenhum
também no comércio e em instalações
impacto, somente com benefícios,
prediais. A seguir, segue o conceito de
além de mais barata também quando
sistematização e de fácil replicação.
portanto,
sem
bem executada. Os números da Figura
Eficiência energética em torres de resfriamento
3 mostram a comparação nos projetos do Programa de eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel),
realizados
pela
Centrais Elétricas de Santa Catarina
A torre de resfriamento é um
equipamento
amplamente
utilizado
137
O Setor Elétrico / Maio de 2015
na indústria para a realização da troca
é gotejada na parte superior da
Torres
térmica da água, em que há máquinas
torre e desce lentamente por meio
dimensio nadas a partir dos valores
ou sistemas cuja temperatura necessita
de
finalidade
de vazão e temperatura da água a
de controle, seja para a qualidade da
é aumentar a área de contato, em
ser resfriada, e como padrão são
produção ou para a rotina operacional
contracorrente com uma corrente de
projetadas
dos equipamentos (Figura 4).
ar frio. No contato direto das correntes
temperatura de bulbo úmido do local
de água e ar ocorre a evaporação da
de instalação.
água, realizando, assim, a transferência
de energia entre os fluxos (Figura 5).
médio da temperatura pode ser menor
O processo de resfriamento é
realizado água
com
aquecida
o do
recebimento processo,
da que
“enchimentos”,
cuja
de
em
resfriamento
função
da
são
maior
Entretanto, durante o ano, o valor
que a considerada devido às condições climáticas
do
local.
Variações
de
processo devido a sazonalidades de produção e diferenças de temperatura durante o tempo de operação (turnos diurno e noturno) também podem fazer a temperatura média real ficar abaixo da estimada no projeto. Tais a
torre
variáveis de
podem
resfriamento
“sobredimensionada”,
fazer operar
resfriando
a
água mais do que o processo solicita e, portanto, consumindo energia elétrica Figura 4 – Torre de resfriamento.
Figura 5 – Processo de resfriamento.
de forma desnecessária. Este cenário
138
Aula prática
O Setor Elétrico / Maio de 2015
pode ser mudado com o controle da temperatura da água por meio de um sensor e de um controlador, cujo sinal é transmitido ao inversor de frequência, que varia a rotação do motor elétrico de alta eficiência do ventilador, insuflando mais ou menos ar (Figura 6).
Dado que o ventilador é uma
carga centrífuga, a potência solicitada responde a uma relação cúbica da rotação, podendo então resultar em significativa
redução
no
consumo
de energia do motor elétrico (Figura Figura 6 – Torre de resfriamento automatizada.
7). Atenção deve ser dada ao limite de
rotação
mínima
possível
ao
motor elétrico (ponto que deve ser observado por suas características e também da instalação) e à correta parametrização do sistema remoto (inversor de frequência e controlador de temperatura).
B enefícios
da aplicação :
• Economia de energia elétrica de até 80%; • Automatização do sistema; • Controle do processo. de
Além da redução do consumo energia
e
os
ganhos
Figura 7 – Significativa redução no consumo de energia do motor elétrico.
citados
anteriormente, a aplicação apresentou uma expressiva economia de outro
com especial atenção às diferenças no
(CNEE) WEG. É engenheiro mecânico pela
item valioso, a água. Houve uma
volume de produção de cada período,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
redução de 22% no consumo deste
utilizando
insumo.
comparação.
Após
a
implementação
as
mesmas
bases
para
Equipamentos
eficienciaenergetica
necessários :
acordo com a real necessidade do processo
e,
por
consequência,
a
•
Motor
de
FAESA/ ES e Desenvolvimento de Líderes pela Fundação Getulio Vargas | www.weg.net/
da solução, o ventilador passou a controlar a temperatura da água de
especializado em Gestão Empresarial pela
alta
eficiência
W22
*Rodrigo Augusto Neves é engenheiro eletricista do Centro de Negócios de
evaporação, que antes ocorria em
Premium;
excesso, diminuiu, gerando ganhos
• Inversor de frequência CFW701
em economia de água.
HVAC;
Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
• Sensor e controlador de temperatura.
em São José dos Campos (SP), com
O resultado indicou uma economia
de 1.170 litros de água ao dia, o
Eficiência Energética (CNEE) WEG. É graduado em engenharia elétrica pela
pós-graduação em Gestão de Projetos
equivalente a 427 mil litros de água
*Leandro Ávila da Silva é chefe do Centro
pela PUC Curitiba (PR) |www.weg.net/
ao ano. Estes ganhos foram avaliados
de Negócios de Eficiência Energética
eficienciaenergetica
Espaço 5419
Espaço 5419
140
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por José Claudio de Oliveira e Silva*
Com vocês, a NBR 5419-1 Este artigo é sobre a primeira parte da nossa nova
estatísticas, através das quais podemos estimar
norma de proteção contra descargas atmosféricas, a
probabilidades de ocorrências de descargas e
ABNT NBR 5419-1 (Princípios gerais).
interações com a estrutura em função desses
Com cerca de 70 páginas de conteúdo, a ABNT
parâmetros: valor de pico, carga elétrica, energia
NBR 5419-1 começa com uma breve introdução às
específica, taxas de subida e durações do(s)
quatro partes da série, onde apresenta um diagrama
impulso(s) de corrente.
(Figura 1) que mostra as conexões entre as partes e
Em função disso, diversos novos termos
que traz uma novidade: o termo SPDA (sistema de
e definições foram introduzidos, relativos aos
proteção contra descargas atmosféricas) deixa de ser
parâmetros das descargas, como, por exemplo, de
o tema principal, ou único, da norma da forma como
forma abreviada: taxa média de variação da frente
estamos acostumados e passa a dividir a cena com
de onda, origem virtual da corrente de impulso,
uma área específica de proteção e agora tratada em
tempo até o meio valor da cauda, componente
detalhes na Parte 4, que é sobre MPS (medidas de
longa,
proteção contra surtos).
introduzidos, necessários à mais ampla análise de
riscos da Parte 2 e às novas medidas de proteção
SPDA e MPS passam a fazer parte de um conceito
etc.
Novos
termos
também
foram
mais abrangente denominado PDA (proteção contra
da Parte 4.
descargas atmosféricas), que é o sistema completo
de proteção. Não se trata de uma divisão entre
da corrente da descarga atmosférica em uma breve
proteção externa e interna. SPDA continua sendo
seção que nos remete aos Anexos A – E.
a parte que trata da proteção contra danos físicos
à estrutura e risco à vida, e as MPS são voltadas
devido às descargas atmosféricas e seus efeitos.
à proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos
Conceitua os tipos e fontes de danos a uma
instalados na estrutura a ser protegida.
estrutura,
Em seguida, a norma passa para os parâmetros
A norma então passa a descrever os danos
considerando
descargas
diretas
na
estrutura ou nas linhas metálicas conectadas a ela (tipicamente rede elétrica e telecomunicações) ou mesmo tubulações metálicas e descargas indiretas. Define também as perdas em função dos tipos e fontes de danos, associando as perdas e danos com os riscos.
A norma estabelece que a necessidade ou
não de PDA deve ser avaliada segundo a ABNT NBR 5419-2, tendo em vista os riscos de perdas ou danos de valor social (vidas humanas, serviços ao público e patrimônio cultural). Uma análise da Figura 1
Observe na Figura 1 que a Parte 1 tem forte
vantagem econômica que se pode obter da adoção de medidas de proteção é indicada, obviamente.
Continuando, a norma lista as medidas básicas de
relação com o fenômeno descarga atmosférica,
proteção, que basicamente envolvem SPDA e MPS,
em si. De fato, na ABNT NBR 5419-1 são definidos
em função dos diversos tipos de danos e riscos. Novas
os parâmetros mais relevantes das correntes das
medidas que podem ser contabilizadas na avaliação
descargas para fins de proteção e suas distribuições
de risco aparecem, como restrições físicas e avisos.
141
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Em seguida estão os critérios básicos para proteção contra
Os símbolos 1+, 1- e SS correspondem, respectivamente, ao
descargas atmosféricas, quando são definidos os quatro níveis de
primeiro impulso de descarga positiva, primeiro impulso de
proteção (NP), I a IV, com base nos parâmetros das correntes das
descarga negativa e impulso subsequente.
descargas atmosféricas.
Para o NP-I, as medidas de proteção são previstas para atuarem
É claro que a ABNT NBR 5419:2005 também tem seus
efetivamente em 98% das descargas, enquanto que para os níveis
procedimentos baseados nos parâmetros das correntes das
II, III e IV, os números caem para 95%, 86% e 79%, respectivamente
descargas, mas na nova versão, através da Parte 1, estes parâmetros
(observe as probabilidades dadas na Tabela 1).
são explícitos. Isso pode parecer desnecessário ao usuário
interessado na aplicação mais prática da norma, mas certamente
raios’ (ZPR). Nota: aqui o termo ‘raio’ foi utilizado apenas por uma
estes dados serão assimilados com o tempo, com o uso, e devem
questão de abreviação, ZPR, que em inglês é LPZ.
aumentar substancialmente o nível de entendimento do fenômeno,
em geral, e sua relação com as medidas e técnicas de proteção.
medidas de proteção de equipamentos (NBR 5419-4), pois definem
Em seguida temos definições sobre ‘zonas de proteção contra
A conceituação sobre ZPR vem auxiliar na aplicação das
A maior parte das medidas de proteção depende dos valores
zonas (volumes) em que os efeitos da descarga atmosférica (surtos
máximos dos parâmetros da corrente da descarga. A corrente de
conduzidos ou impulsos eletromagnéticos) são controlados
pico mínima, por outro lado, deve ser considerada no projeto do
(reduzidos) sistematicamente à medida que se propagam para
subsistema de captação do SPDA, pois quanto menor for a corrente
zonas mais internas à estrutura (ZPR 0, ZPR 1, ZPR 2...).
da descarga, mais “fechado” tem que ser o subsistema de captação para interceptar a descarga.
A Tabela 1 a seguir é um extrato (parcial) e fusão das tabelas 3,
4 e 5 da ABNT NBR 5419-1. Nela são apresentados os parâmetros especificados de corrente de pico (Ip), carga efetiva transferida para a terra (Q), tempos de subida e de meia amplitude na cauda (T1/T2) e taxa média de subida da corrente (di/dt). Nas últimas duas linhas são dadas as probabilidades de as descargas terem parâmetros menores ou maiores que os máximos e mínimos especificados.
Figura 2
Os parâmetros são obtidos das distribuições da corrente da
descarga e correspondem às descargas nuvem-terra descendentes.
Tabela 1 Unid.
Parâmetro
Nível de proteção (NP) I
II
III
A norma continua com mais definições básicas sobre SPDA e
MPS, até chegar aos anexos: IV
A) Parâmetros da corrente das descargas atmosféricas;
Ip, máx.
1+
kA
200
150
100
Q, máx.
1+
C
100
75
50
T1/T2
1+
µs/µs
Ip, máx.
1-
kA
100
75
50
de ensaios;
di/dt, máx.
1-
kA/µs
100
75
50
D) Parâmetros de ensaio para simular os efeitos da descarga
T1/T2
1-
µs/µs
Ip, máx.
SS
kA
50
37,5
25
E) Surtos devido às descargas atmosféricas em diferentes pontos
di/dt, máx.
SS
kA/µs
200
150
100
da instalação.
T1/T2
SS
µs/µs
Ip, mín.
kA
B) Equação da corrente da descarga atmosférica em função do tempo para efeito de análise;
10/350
C) Simulação da corrente da descarga atmosférica com a finalidade
1/200
atmosférica sobre os componentes do SPDA;
0,25/100 3
5
10
16
0,99
0,98
0,95
0,95
o máximo especificado
o mínimo especificado]
análises, estudos acadêmicos, simulações, dimensionamento de componentes de proteção, ensaios em laboratórios etc. Estes anexos serão tratados em futuros artigos neste espaço.
Probabilidade do parâmetro ser maior que
Os Anexos são densos, com dados e informações conceituais
interessantes e úteis que podem servir de subsídios para
Probabilidade do parâmetro ser menor que
0,99
0,97
0,91
0,84
* José Claudio de Oliveira e Silva é membro da CE 03:64.10 (claudio. silva@aptemc.com.br, www.aptemc.com.br)
142
Espaço 5410
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Proteção contra efeitos térmicos
Esta seção é dedicada a transmitir
um resumo do que vem sendo discutido
referências
normativas)
não
estão
Detection Device) será feita quando
nas reuniões de 2015 de revisão da norma ABNT NBR 5410:2004, com
disponibilizadas no livelink da ABNT. A apresentação sobre o AFDD (Arc Fault
descritas aqui.
GT Sistemas fotovoltaicos
a tradução da Emenda n° 1:2014 da
da
As atividades do GT estão em
IEC60364-4-42 estiver pronta.
pontos
andamento e, após a elaboração da
A revisão da norma ABNT NBR
participantes.
minuta do texto, será apresentada à
5410 seguiu com a análise do texto
É importante sempre ressaltar que
plenária da CE. A reunião teve início com
base e das sugestões recebidas a partir
as citações desta coluna constituem
duas apresentações sobre a correlação
da seção 5.2.2.2.4 da norma vigente,
um relato do que foi discutido e que
das normas citadas com a nota 2 da seção
sobre proteção contra efeitos térmicos,
foram aprovadas na reunião plenária
do item 5.2.3.2.1 do projeto de revisão
comparativamente à IEC 60364-4-42,
pela Comissão de Estudos, porém, a
da NBR 5410 e as normas brasileiras que
com avanço do documento.
aprovação como parte oficial do Projeto
levam aos produtos correlatos, que são:
O
base IEC
nas
alterações
correspondente
apresentados
pelos
do e
texto
nos
texto
aprovado
nas
correspondentes encontra-se a seguir:
de Norma somente será feita antes de o texto ser enviado para consulta
- Canaletas e Condutos (ABNT NBR
nacional.
IEC61084) e Eletrocalhas (ABNT NBR
5.2.3 Precauções em caso de
IEC61537);
riscos específicos de incêndio
Algumas
seções
que
serão
seções
complementadas somente ao final dos
- Eletrodutos (IEC61386/NBR15465).
trabalhos de revisão (por exemplo,
Essas
apresentações
estarão
5.2.3.1 - Generalidades 5.2.3.1.1 - A instalação de componentes elétricos deve ser
Os componentes elétricos devem ser selecionados e instalados de tal modo que sua temperatura, em caso de uso normal e de aquecimento previsível em caso de falta, não dê origem a um incêndio.
restrita àqueles necessários para o uso do local considerado, à exceção das linhas elétricas, conforme 5.2.3.3.5. 5.2.3.1.2 - Os componentes elétricos devem ser selecionados e instalados de tal modo que sua temperatura, em caso de uso normal e de aquecimento previsível em caso de falta, não dê origem a um incêndio. Estas disposições podem resultar da construção do componente ou
O Setor Elétrico / Maio de 2015
143
das suas condições de instalação. Nenhuma medida especial é necessária quando a temperatura das superfícies não for suscetível de provocar a ignição dos materiais nas proximidades. 5.2.3.1.3 - Os dispositivos de desligamento térmico devem permitir somente religamento manual. 5.2.3.2 [5.2.2.2] Proteção contra incêndio em locais BD2, BD3 e BD4 Nota: As condições BD2, BD3 e BD4 são dadas na Tabela 21. 5.2.3.2.1 - Nas condições BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas não devem se situar nas rotas de fuga, salvo se forem providas de cobertura, invólucro ou recurso equivalente. As linhas elétricas situadas em rotas de evacuação devem ser dispostas fora da zona de alcance normal ou possuir proteção contra danos mecânicos que podem ocorrer durante uma evacuação. As linhas elétricas em rotas de fuga devem ser tão curtas quanto possível e devem ser não propagadoras de chama. As linhas elétricas não podem atingir temperatura alta o suficiente para inflamar materiais adjacentes [alínea b de 5.2.2.2.2]. Nas condições BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas que alimentam circuitos de segurança devem possuir uma resistência ao fogo durante o tempo prescrito pela regulamentação dos elementos de construção ou então durante 1 h, na ausência de tal regulamentação. 5.2.3.2.2 [5.2.2.2.3] - Em áreas comuns, em áreas de circulação e em áreas de concentração de público, em locais BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas embutidas devem ser totalmente imersas em material incombustível, enquanto as linhas aparentes e as linhas no interior de paredes ocas ou de outros espaços de construção devem atender a uma das seguintes condições: • No caso de linhas constituídas por cabos fixados em paredes ou em tetos, os cabos devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. • No caso de linhas constituídas por condutos abertos, os cabos devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Já os condutos, caso não sejam metálicos ou de outro material incombustível, fumaça e gases tóxicos. Por Eduardo Daniel, consultor da MDJ Assessoria e Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel Brasil e coordenador da Comissão de Estudos 03:064-001 do CB-3/ABNT, que revisa a norma de instalações de baixa tensão ABNT NBR 5410.
144
Energia sustentável
Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.
Água, economia, corrupção e o setor elétrico
Enquanto a crise da água se distancia
dos olhos, bocas e coração da mídia e da população, apesar da prevista piora nos próximos meses de período seco, o combate à corrupção continua sendo manchete nos noticiários, junto com a parada da economia. Abordando de uma maneira integrada os temas “quentes” da sustentabilidade,
procuramos
esboçar
as relações entre eles (ver figura) e comentamos as últimas notícias sobre os principais deles (numerados).
Água (1)
O Relatório Mundial das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2015 lançou novos dados sobre a situação da água:
O Setor Elétrico / Maio de 2015
145
O Setor Elétrico / Maio de 2015
- Até 2030, o planeta enfrentará um
pelos desdobramentos da Operação
55% (dos 124 entrevistados na pesquisa
déficit de água de 40%, a menos que
Lava Jato, crise da água e de energia,
da Delloite citada) responderam que
seja melhorada dramaticamente a sua
incluindo os erros na política energética
houve caso de corrupção na própria
gestão;
e seus elevados preços.
empresa!
- Em 2050, prevê-se um aumento da
demanda hídrica mundial de 55% –
em infraestrutura são necessários para
– programa mantido pela Controladoria
também
da
eliminar gargalos e reduzir o Custo
Geral da União (CGU) e o Instituto
demanda dos sistemas de geração de
Brasil. No caso da energia, isso também
Ethos,
energia. Segundo o relatório, maximizar a
é necessário para aumentar a oferta
comprometidas com a prevenção e o
eficiência do uso da água pelas geradoras
e evitar racionamentos. No momento,
combate à corrupção, integridade e
de energia, nos sistemas de refrigeração,
dentre várias medidas anunciadas e
transparência. Recentemente, foi lançado
e expandir a geração de energia eólica,
planejadas, pelo governo, foi lançada
um novo formato a partir de mudanças
energia solar fotovoltaica e de energia
campanha na mídia para conscientização
trazidas pela Lei da Empresa Limpa (Lei
geotérmica será um fator determinante
dos
esperando-se
12.846/2013), com nova metodologia
para alcançar um futuro sustentável em
uma redução do consumo de 5-10%,
de avaliação e divulgação da lista das
termos de recursos hídricos.
e estuda-se a compra de energia de
empresas contempladas pela marca do
Crise em estados e cidades do
geradores
Pró-Ética, a partir de agora realizadas
Brasil? A situação da Califórnia e outras
aumentar a oferta.
devido
ao
crescimento
Além disso, volumosos investimentos
consumidores,
dos
consumidores
para
Uma boa iniciativa é a do Pró-Ética
que
reconhece
empresas
anualmente.
regiões dos Estados Unidos demonstram a urgência de medidas drásticas: a atual
Corrupção (3)
seca dura quatro anos e o governador
Os
determinou neste ano a redução de 25%
tigações continuam no Brasil e no
reunião de Paris sobre as mudanças
do consumo urbano, depois de já ter
exterior, bem como a regulamentação da
climáticas, com a previsão de um novo
definido em 2014 a redução de 10% do
legislação brasileira.
acordo global. No final de março, venceu
consumo doméstico e da irrigação (fonte:
Como os estudos ilustrados na coluna
o prazo informal para que os 192 membros
O Estado de São Paulo, 23/04/15).
passada mostram, a corrupção é maior
da ONU apresentassem suas metas para
nos setores de construção, petróleo;
a redução de emissões de gases de efeito
gás
estufa, mas somente 33 o fizeram (dentre
Economia (2) A
expectativa
para
2015
e
Gases de efeito estufa (4)
desdobramentos
e
transporte
mineração, e
das
inves
eletroeletrônicos,
estocagem;
No final de 2015, teremos a importante
informação
eles a União Europeia, a Rússia e os
2016 é de baixo crescimento pelas
e
associados
Estados Unidos). O Brasil mais uma vez
políticas
desarranjos
à infraestrutura e setor elétrico); e em
demonstrou que o meio ambiente não é
macroeconômicos, agravados também
contratos com os governos. No entanto,
prioridade do governo federal.
equivocadas
e
comunicações
(alguns
146
Iluminação eficiente
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.
Avaliação de desempenho de Leds pela LM-80 e LM-79
Com a publicação das portarias do
lâmpada (luminária) tem 50.000 horas.
que o fato de um Led ou lâmpada ter a
Inmetro para certificação e concessão do
Hoje, um especificador mais esclarecido
LM-80 e/ou a LM-79 já a credencia como
Selo Procel para lâmpadas Led, cada vez
pergunta: mas essa vida é baseada em
sendo um bom produto. Outros acham que
mais se fala em avaliação de desempenho,
que parâmetros? E começa a pedir uma
a LM-80 e LM-79 são normas, mas estes
testes e normas para esses produtos.
série de testes: seu led tem LM80? Sua
são na verdade procedimentos de ensaios,
Novos termos estão no vocabulário de
lâmpada tem LM79? Quem testou seus
publicados
muitos fornecedores e especificadores,
produtos?
Engineering Society North America). São
porém, aparentemente muita confusão e
Os fornecedores mais preparados
métodos para verificação da manutenção
dúvidas ainda persistem. Até
pouco
especificadores
tempo
atrás
IESNA
(Illuminating
têm as repostas na ponta da língua e
do fluxo luminoso de fontes de led e para
os
já possuem uma lista de relatórios e
medições elétricas e fotométricas de
aos
informações preparadas para comprovar
produtos de led respectivamente.
fornecedores de equipamentos Led: qual
tais informações, mas a maioria dos
A LM-80-08 é um procedimento de
a vida da sua lâmpada (ou luminária)
fornecedores
teste para Leds e módulos de Leds e não
Led?
entender o que o cliente está pedindo.
considera componentes óticos, térmicos
e controladores. Visa a obtenção de
E
o
perguntavam
pela
fornecedor
simplesmente
respondia sem nenhuma dúvida: minha
ainda
está
procurando
Uma confusão muito comum é achar
147
O Setor Elétrico / Maio de 2015
permitem comparações objetivas entre desempenho
de
produtos,
e
ela
é
necessária para programas voluntários de etiquetagem americanos, tais como o Led Lighting Facts e o Energy Star®. A LM-79-08 estabelece os métodos de ensaio em esferas integradoras e goniofotômetros e os principais itens de desempenho fotométricos de um produto Led, como fluxo luminoso (lm), eficácia luminosa (lm/W), intensidade luminosa (cd) em uma ou mais direções, coordenadas cromáticas, temperatura de cor correlata, índice de reprodução de cor informações sobre manutenção de fluxo
estabelecer a vida do produto através
e distribuição espectral. Define ainda as
luminoso e alteração da cromaticidade
de extrapolações conforme a publicação
características elétricas de desempenho:
com o tempo através de medições em
TM-21-11.
tensão, potência, corrente, frequência e
pelo menos 6.000 horas de vida, em
fator de potência.
intervalos de 1.000 horas.
teste para determinação de características
Com estes resultados é possível
Aplica-se o método em no mínimo três
de desempenho de equipamentos de
comparar o desempenho fotométrico e
condições de temperatura (55 °C, 85 °C
Led integrados, aplicável à lâmpada ou
elétrico de luminárias ou lâmpadas de Led
e outra especificada pelo fabricante do
luminária. Não é aplicável aos módulos
e, consequentemente, se o equipamento
Led). No entanto, o fato de um Led ter
de Led ou ao componente Led. Este teste
é aplicável aos requisitos de um projeto
um relatório de ensaio segundo a LM-80
fornece o desempenho sob condições de
ou de uma instalação. O simples fato de
não implica que este Led seja bom. O que
operação especificadas em um momento
ter um relatório segundo a LM80 ou a
deve ser analisado em um relatório da
definido na vida do produto, normalmente
LM79 de um produto Led não é suficiente
LM-80 é se o resultado de depreciação
no início da operação. Ele não aborda
para aprovação ou reprovação de um
deste Led em conjunto com a temperatura
classificações de vida, ou desempenho ao
produto. O que importa é a interpretação
em que ele estará operando dentro de
longo do tempo.
dos dados fornecidos por estes relatórios
uma lâmpada ou luminária será adequada
Os
ou não para a vida desejada. E então
procedimentos
A LM-79-08 é um procedimento de
dados
emitidos relatados
na
pelos LM-79
e consequente análise na aplicação desejada.
148
Instalações MT
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Luiz Fernando Arruda é engenheiro eletricista pela Unifei e pósgraduado em gestão de negócios pela FGV. Atuou na Cemig por mais de 20 anos, nas Distribuidoras da Eletrobras e Grupo Rede Energia, trabalhando nas áreas de medição, automação de processos comerciais e de proteção da receita e em Furnas. Representa a Iurpa no Brasil e hoje atua como consultor independente.
O susto passou? O que fica de saldo?
Parece que o susto vai passando e
mente ter bons resultados e a história
de painéis fotovoltaicos, viabilizar novas
a estagnação da economia, juntamente
recente mostrou falhas na fiscalização de
tecnologias como a Pirólise (que gera gás
com a alta absurda (de mais de 60%
distribuidoras que resultaram em prejuízos
de síntese a partir de resíduos sólidos
nos últimos 12 meses) no preço final da
na ordem de R$ 5 bilhões! Ser estatal
urbanos – usado para alimentar grupo
energia elétrica ajudaram no ponto certo:
também não implica em ser ineficiente e
motor-gerador e que evita os famigerados
vamos passar 2015 sem racionamento de
bons exemplos de distribuidoras estatais
aterros sanitários), viabilizar tecnologias
energia!
não faltam.
nacionais (já existentes) para geração
Fica, portanto, transferida a dúvida
Portanto, de uma forma ou de outra,
eólica de baixa potência, iluminação
para o final do ano: teremos um verão com
os contratos de performance a serem
pública mais eficiente e que utilize a solar
chuvas acima da média finalmente?
firmados para a próxima etapa têm de ser
(com baterias) para diminuir o impacto de
acompanhados bem de perto e, havendo
sua entrada no horário de ponta.
Devemos, pelo menos, tirar algumas
desvios, não se pode esperar mais de uma
experiências.
década para atuar!
é agora, pois temos mais sensibilidade
lições.
Para
isso,
servem
as
más
Muita coisa a ser feita e o tempo certo
E quanto à matriz energética para suprir
do público em geral para as questões
certo, que não há mágica como aquela
energia elétrica para indústria, comércio e
ligadas ao custo real da energia e para os
pretendida pela MP 579 que, infelizmente,
residências? O que fica de aprendizado?
problemas que podem advir da falta de
virou lei e ajudou a sangrar o erário público
Vamos continuar com hidrelétricas a fio
disponibilidade de energia.
em dezenas de bilhões ao transferir
d’água para atender aos “ecochatos” e
E quanto a uma tarifa variável no
custos dos consumidores de energia para
ignorantes que nada entendem do setor e
tempo para as unidades de baixa tensão?
todos os contribuintes (muitos incautos
que acabam por viabilizar mais geração a
Mais uma vez agora temos todos os
acreditaram na “queda” dos preços). A
diesel?
ingredientes para termos uma tarifa real!
ressaca bateu!
Em primeiro lugar, hoje se sabe ao
O que foi feito de efetivo para termos
Com ganhos para quem modula carga e
geração distribuída e maior participação
perdas para quem segue usando de forma
concessões de distribuição vão ser
de fontes renováveis?
nociva ao “grid”.
renovadas sem ônus e o mundo vai
A Resolução normativa nº 482 da
O que não é do mundo real não
continuar a rodar.
Aneel, de 17 de abril de 2012, foi um
prospera: vide o exemplo do pesado
Também parece que vai ser feito o
acerto no alvo, sem dúvida, mas as
lobby (até em redes nacionais de tevê)
inevitável com as distribuidoras federais:
questões envolvendo impostos na energia
dos medidores de pré-pagamento (cujos
serão privatizadas, mas não sem antes
a ser apenas compensada complicaram
custos vão muito além daqueles dos
deixar um belo rastro de prejuízo para
tudo.
medidores) que vêm patinando há mais de
a Federação. Pelo menos, privatizadas,
Alguns
tendem a não dar mais prejuízos.
incentivos adicionais, mas ainda falta
Sobretudo, precisamos de políticas
alguma coisa para dar o equilíbrio
públicas competentes e realistas, e que
direcionou o voto na convicção ou
necessário aos investimentos.
deem segurança aos investidores de um
esperança de estar evitando a privatização!
Precisamos de linhas de crédito
setor cujo retorno sempre se dá no médio
Privatizar não significa necessaria
efetivas para termos vendas contínuas
e longo prazos.
Lição
aprendida,
parece
que
as
E pensar que muita gente do setor
estados
criaram
alguns
uma década!
150
Análise de sistemas de potência
O Setor Elétrico / Maio de 2015
*Cláudio Sérgio Mardegan é engenheiro eletricista e diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. É consultor, membro sênior do IEEE, autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas Elétricos Industriais” e coautor do “Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras”.
Aterramento híbrido para geradores A maior parte dos geradores com
correntes de falta para que os geradores
potência a partir de 5 MVA possui
não queimassem deveriam ficar abaixo de
aterramento
10 ampères.
realizado
por
meio
de
aterramento resistor de alto valor (RAV),
O working group do IEEE [01], [02],
em inglês HRG.
[03] e [04] estudou a solução apresentada
Dados colhidos de geradores que
na Figura 1 como solução para este
chegam às oficinas para reparo têm
problema. Em condições normais ou para
mostrado que há a queima de geradores
faltas à terra à montante do disjuntor do
para faltas à terra, mesmo utilizando o
gerador, o sistema funciona como um
HRG.
sistema aterrado por resistência de baixo
As queimas relatadas indicam que,
valor, pois é o paralelo entre LRG e HRG.
quando a falta a terra ocorre entre o
Quando duas impedâncias estão em
gerador e o seu respectivo gerador
paralelo a resistência equivalente é menor
(Ponto A) da Figura 1, mesmo com a
que a menor delas. Para falta no Ponto
abertura do disjuntor do gerador, ele
A, que fica dentro da zona de proteção
continua contribuindo com corrente para
do relé 87GN, o sistema funciona como
o ponto de falta. A análise por parte dos
aterrado por resistência de alto valor, pois a
especialistas em geradores indica que as
proteção 87GN remove o aterramento por
Figura 1 – Sistema de aterramento híbrido para geradores.
151
O Setor Elétrico / Maio de 2015
resistência de baixo valor, limitando a falta
SYSTEMS - PART 2: GROUNDING METHODS
[04] Grounding and Ground Fault Protection
a terra em 10 A, evitando, assim, a queima
PILLAI, P.; PIERCE, A.; BAILEY, B.; DOUGLAS,
of Multiple Generator Installations on Medium-
do gerador para esta condição.
B.; MOZINA, C.; NORMAND, C.; LOVE, D.;
Voltage
Industrial
and
Commercial
Power
SHIPP, D.; DALKE, G.; JONES, J. R.; FISCHER,
Systems - Part 4: Conclusion and Bibliography
[01] GROUNDING AND GROUND FAULT
J.; BOWEN, J.; PADDEN, L.; POWELL, L.;
PILLAI, P.; BAILEY, B. G.; BOWEN, J.; DALKE,
PROTECTION OF MULTIPLE GENERATOR
NICHOLS, N.; YOUNG, R.; STRINGER, N. T.
G.; DOUGLAS, B. G.; FISCHER, J.; JONES,
INSTALLATIONS
MEDIUM-VOLTAGE
Pulp and Paper Industry Technical Conference,
J. R.; LOVE, D. J.; MOZINA, C. J.: NICHOLS,
INDUSTRIAL AND COMMERCIAL POWER
2003. Conference Record of the 2003 Annual,
N.; NORMAND, C.; PADDEN, L.; PIERCE, A.;
SYSTEMS - PART 1 – THE PROBLEM
p. 63-70.
POWELL, L. J.; SHIPP, D. D.; STRINGER, N. T.;
ON
YOUNG, R. H.
DEFINED PILLAI, P.; BAILEY, B. G.; BOWEN, J.; DALKE,
[03] GROUNDING AND GROUND FAULT
IEEE
G.; DOUGLAS, B. G.; FISCHER, J.; Jones,
PROTECTION OF MULTIPLE GENERATOR
APPLICATIONS,
J. R.; LOVE, D. J.; MOZINA, C. C.; NICHOLS,
INSTALLATIONS
FEBRUARY 2004.
N.; NORMAND, C.; PADDEN, L.; PIERCE, A.;
INDUSTRIAL AND COMMERCIAL POWER
Créditos também ao WG atual do IEEE:
POWELL, L. J.; SHIPP, D. D.; STRINGER, N. T.;
SYSTEMS - PART 3: PROTECTION METHODS
David D Shipp; Thomas J Dionise; Bob
YOUNG, R. H.
Schuerger;
IEEE Transactions on Industry Application, 2004,
PILLAI, P.; PIERCE, A.; BAILEY, B.; DOUGLAS,
Locker; Sergio Panetta; Lorraine Padden; Paul
v. 40, Issue 1, p. 11-16 e
B.; MOZINA, C.; NORMAND, C.; LOVE, D.;
G. Cardinal; Daniel PO'Reilly; Dev Paul; Daniel
IEEE 2003 ANNUAL PULP AND PAPER
SHIPP, D.; DALKE, G.; JONES, J. R.; FISCHER,
Ransom; Claudio S. Mardegan; Massimo Mitolo;
INDUSTRY TECHNICAL CONFERENCE.
J.; BOWEN, J.; PADDEN, L.; POWELL, L.;
Rob Hoerauf; Nishad Mendis; Bem Chavdarian;
NICHOLS, N.; YOUNG, R.; STRINGER, N.
Rasheek Rifaat; Carey Cook; Donald Mccullough;
[02] GROUNDING AND GROUND FAULT
T.Volume: 40, Issue: 1 Publication Year: 2004, p.
Dennis Darling.
PROTECTION OF MULTIPLE GENERATOR
24-28. Industry Applications Conference, 2002.
INSTALLATIONS
MEDIUM-VOLTAGE
37th IAS Annual Meeting. Conference Record of
INDUSTRIAL AND COMMERCIAL POWER
the v. 3 - Publication Year: 2002, p. 1.896-1.901.
do IEEE: http://ieeexplore.ieee.org/Xplore/home.jsp
ON
ON
MEDIUM-VOLTAGE
Industry Applications, IEEE Transactions on
TRANSACTIONS v.
Charles
40,
ON n.
Mozina;
1,
INDUSTRY JANUARY/
Louie
Powell;
Existem vários artigos sobre este tema no site
152
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Muito prazer, eu sou o gerenciamento de risco segundo o texto da nova NBR 5419
Este texto tem o objetivo de introduzir
toleráveis;
descarga atmosférica não é necessária.
os novos caminhos por onde passam os
Em
risco
- Se R > RT, medidas de proteção devem
estudos que determinam os parâmetros
tolerável é determinado por autoridades
ser adotadas no sentido de reduzir R
inerentes ao fenômeno e ao “elemento
competentes (municipal, estadual, etc.)
≤ RT para todos os riscos aos quais a
alvo” a ser protegido.
por meio de dispositivo de lei. No caso
estrutura está sujeita.
Os seguintes passos devem ser
da
seguidos:
valores típicos são fornecidos pela
ABNT NBR 5419 em função do tipo de
ser reduzido a patamares toleráveis,
a - Identificação da estrutura a ser
perda:
deve-se adotar o nível de proteção mais
protegida
- Perda de vida humana ou ferimentos
criterioso para a instalação.
colhendo
o
máximo
de
informação sobre suas características:
primeira
inexistência
instância
dessa
o
determinação No caso em que o risco não possa
permanentes
Em situações em que a proteção
- a própria estrutura;
- Perda de serviço ao público
contra
descargas
- as instalações executadas na
- Perda de patrimônio cultural
exigida
pela
estrutura;
atmosféricas
autoridade
que
for
tenha
jurisdição sobre estruturas com risco de
- o conteúdo da estrutura;
e - Avaliação da eficiência do custo da
explosão, pelo menos um SPDA classe II
- as pessoas que utilizam a estrutura
proteção pela comparação do custo total
deve ser instalado. Exceções ao uso de
ou que fiquem a até 3 m para fora da
das perdas com ou sem as medidas de
proteção contra descargas atmosféricas
mesma;
proteção. Neste caso, a avaliação dos
nível II podem ser permitidas quando
- o meio ambiente afetado por danos
componentes de risco deve considerar
tecnicamente justificadas e autorizadas
na estrutura;
tais custos.
pela
- as linhas de elétricas de energia e
mencionada.
Por
exemplo, o uso de uma proteção contra
Necessidade da instalação da proteção
de sinal que adentram a estrutura;
autoridade
b - Compilação de todos os tipos de
descargas atmosféricas nível I é permitida em todos os casos, especialmente nos casos em que o meio ambiente ou o
perdas possíveis na estrutura e os
Para cada tipo de risco considerado,
conteúdo dentro da estrutura é sensível
correspondentes riscos que devem ser
os seguintes passos devem ser tomados:
aos efeitos das descargas atmosféricas.
considerados;
Níveis criteriosos também podem ser
c - Avaliação do risco para cada tipo de
- Identificação dos componentes de
exigidos onde o dano à estrutura devido
perda ( risco de perda de vida humana,
risco para uma estrutura;
à descarga atmosférica possa também
risco de perdas de serviço ao público,
- Cálculo desses componentes de risco;
envolver as estruturas ao redor ou o
risco de perdas de patrimônio cultural e
- Cálculo do risco total;
meio ambiente (por exemplo, emissões
risco de perdas de valor econômico);
- Identificação do risco total;
químicas ou radioativas); medidas de
- Comparação do risco calculado(R)
proteção adicionais para a estrutura
proteção, por meio da comparação
com o risco total (RT).
e
dos riscos calculados com os riscos
- Se R ≤ RT, a proteção contra a
exigidas pelas autoridades locais.
d
-
Avaliação
da
necessidade
de
medidas
apropriadas
podem
ser
NR 10
154
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Trocando figurinhas
Aproveitarei o espaço desta coluna
Aí estão as ressalvas:
para responder as dúvidas de alguns leitores,
que
podem,
dúvida
de
Dessa
maneira,
os
outros
comentários
inclusive,
leitores
volto e
a
Em baixa tensão (inferior a 1.000
ser
volts de corrente alternada);
também.
Equipamentos em perfeito estado
agradecer
de conservação (caixas fechadas,
questionamentos
com
barreiras
sinalização
e
enviados sobre os artigos publicados,
impossibilidade de acesso a partes
o que nos agrada muito. Vamos ao que
vivas);
interessa.
Adequados para operação; próprios para a função a que se destinam
1. “Tenho uma dúvida recorrente
(interruptores para as manobras e não
em relação a esse item da norma.
chaves seccionadoras); plugues e
As atividades de troca de lâmpada,
tomadas montados adequadamente,
troca de reator da lâmpada e
de acordo com as especificações de
troca de tomada são consideradas
projeto, de forma a serem utilizados
atividades elementares?”
com segurança.
A NR 10 chama de “atividades
Dois aspectos são relevantes, o
elementares”
de
primeiro é que tais operações podem ser
usuários de instalação, que têm de
realizadas por pessoas não advertidas
inserir plugues em tomadas, acionar
e isso designa pessoas que não foram
dispositivos de manobra, etc., porém,
informadas ou não possuem capacidade
sem
intervir
aquelas
na
próprias
instalação,
para interagir com o risco elétrico, e que,
presumidamente energizada e por essa
própria
portanto, devem operar equipamentos
razão é que existem as ressalvas no
ou manusear materiais garantidamente,
próprio texto.
isentos de riscos. E o segundo é que este item é um convite aos responsáveis
10.6.1.2 As operações elementares
para tornar as instalações seguras,
como ligar e desligar circuitos
adaptando-as para que não ofereçam
elétricos, realizadas em baixa
risco aos usuários.
tensão, com equipamentos em
perfeito estado de conservação,
troca
adequados para operação, podem
reatores não se encaixam no conceito
ser realizadas por qualquer pessoa
de
não advertida.
sejam atividades simples, já que não
Fica claro que troca de lâmpadas, de
tomadas,
operações
interruptores
elementares,
e
embora
155
O Setor Elétrico / Maio de 2015
se revestem de complexidades, mas
estão obrigadas a manter o
sempre deixa algumas rebarbas, mas,
exigem conhecimento, qualificação (ou
prontuário. Concorda? Melhor
felizmente, os profissionais da área têm
capacitação) e autorização, de acordo
seria fundamentar no item
uma clareza do objetivo das exigências
com o item 10.8 da NR 10, porque ali
10.8.2, que considera profissional
e resolvem no bom sentido, como você
está a eletricidade.
legalmente habilitado o trabalhador
resolveu o caso, buscando outro item
Finalmente, cabe lembrar que, se as
previamente qualificado e com
que fecha a exigência do profissional
condições de trabalho forem aquelas
registro no competente conselho
legalmente habilitado!
preconizadas no item 10.5 (atividades
de classe. Discordo na questão de
Com relação aos profissionais da
em instalações desenergizadas), é viável
ter profissionais da área da saúde,
área da saúde, é mais do que nunca
que pessoas não qualificadas participem
pois no Brasil, o Direito é objetivo
uma questão que exige a colaboração
dos trabalhos.
e a norma, em momento algum,
e
competências
de
profissionais
que
cita isso. Também concordo sobre
nossos
2. “Você fundamentou seu texto
a questão de outra empresa para
integram
no item 10.2.7 da NR 10, que
ministrar o treinamento, pois muitas
em Engenharia, Segurança e Medicina
estabelece que “os documentos
empresas ao menos mantém um
do Trabalho (SEESMT) e que por seu
técnicos previstos no Prontuário
profissional legalmente habilitado,
lado são habilitados nessa área, da
de Instalações Elétricas devem
sendo assim, tem de contratar
saúde, coisa que os engenheiros e
alguém para fazê-lo”.
técnicos de segurança não são. E aí é
ser elaborados por profissionais
colegas
específicas
o
Serviços
Especializados
legalmente habilitados”. Concordo
também uma questão de coerência da
plenamente que os cursos devem
A NR 10 tentou colocar nos 99
regulamentação.
ser evidenciados no prontuário,
subitens todo o universo das instalações
porém nem todas as empresas
e serviços com eletricidade e isso
até o mês que vem.
Muito obrigado pelas colaborações e
156
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Maio de 2015
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Aplicação de geradores em instalações elétricas: alguns cuidados necessários
Na
última
edição,
abordamos
a
não permitindo o controle de demanda da
Aspectos de dimensionamento
possibilidade apresentada pela Agência
Diferentemente
de
forma como aplicado em alimentação por
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por
dimensionamento de transformadores, o
transformadores. A solução para esta situação
meio da portaria 44 do MME, de compra da
dimensionamento
dos
(quando vários geradores são ligados em
energia gerada por unidades consumidoras
considerar
bastante
o
paralelo) é a aplicação da operação em “n+1”
e que atualmente se encontra em estudo
comportamento da carga, considerando a
sistemas, permitindo a falha de pelo menos
após a chamada pública.
sua variação, incluindo os picos de potências
uma fonte.
Caso esta proposta seja levada adiante,
ativa e reativa registrados com resolução
fatalmente o número de instalações que
adequada, velocidade da variação da carga,
Comportamento da fonte
possuem fontes complementares, no caso,
distorção harmônica da carga, entre outras.
A impedância dos geradores é da
sistemas de geradores com motor diesel
O fator de potência da carga também pode
ordem de três vezes a impedância dos
ou a gás, será incrementado e algumas
influenciar no dimensionamento, uma vez que
transformadores. Com isso, a regulação
questões técnicas - além das exigências
o fator de potência nominal da fonte é de 0,8.
de tensão pode ficar prejudicada se o
com
da
situação geradores
deve
cuidado
sistema de controle não possuir velocidade
do poder concedente e da própria concessionária - devem acompanhar o
Alimentação da carga
adequada. Outro que pode merecer atenção
processo de instalação, garantindo a
O projeto deve prever que as cargas
é a distorção de tensão, caso a carga
operação confiável e suprimento adequado
são, ora, alimentadas pela rede e, ora, pelos
seja distorcida. Pior ainda, nem sempre
às cargas.
geradores,
necessário
as soluções oferecidas são compatíveis
Apresentam-se alguns cuidados no
o atendimento a pelo menos ambas as
com a operação com geradores, conforme
projeto, concepção e instalação a serem
premissas em análise particular. Nos casos
exposto no item seguinte. A figura a seguir
tomados na implantação de um sistema
em que as duas fontes operam em paralelo,
apresenta o comportamento da tensão de
redundante com geradores.
independentemente do tempo, as premissas
alimentação durante a operação pela rede
de projeto deve considerar também esta
da concessionária local e, em seguida, por
situação.
geradores, em que se nota a mudança de
sendo,
portanto,
comportamento com sensível redução da
Controle da carga/demanda
qualidade de energia de alimentação das
cargas.
Também de forma oposta aos sistemas
alimentados por fontes convencionais, a
Figura 1 – Geradores instalados em contêineres em sistema industrial em média tensão.
rejeição de carga em geradores merece outra
Filtros elétricos
abordagem, pois qualquer variação (pico)
Conforme já citado em colunas anteriores
de carga em tempo muito curto pode não
(ver edição 96, de janeiro de 2014, e edição
só causar importante afundamento como
64, de maio de 2011), os geradores devem
derrubar o gerador por alguma proteção,
operar dentro dos limites de fornecimento
157
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Figura 2 – Comportamento da tensão de alimentação durante a operação da rede da concessionária local e, em seguida, por geradores.
de potência ativa e, principalmente, reativa,
se tornando naturalmente mais rígidas.
conforme as suas curvas de capabilidade
Assim, não são tolerados grandes volumes
que definem os limites de operação do
de tanques de armazenamento que não
motor e do gerador. O uso de capacitores
estejam enterrados em locais onde existam
aplicados em filtros passivos com baixa
edificações, além da natural preocupação
velocidade de manobra pode causar a
com a exaustão da fumaça.
excitação do gerador, causando a atuação
da proteção e o consequente desligamento.
ser definido. Apesar de o gás natural possuir
Filtros ativos ou compensadores estáticos
uma característica ambiental bem melhor
com velocidade adequada podem ser
que o diesel, este último possui custo mais
soluções aplicáveis, como demonstrado nas
acessível e melhor garantia de autonomia
matérias publicadas e acima referenciadas.
vinculada ao sistema de armazenamento do
O tipo de combustível é outro ponto a
combustível que pode ser disponibilizado.
Regime de operação
Importante considerar as limitações
às
de
capacidade
municipais
e
os
às
fabricantes oferecem equipamentos com montagem em contêineres (conforme a
especificados para operação em regime
Figura 1), que podem ser adequados a
“stand-by”. Para a operação em regime
estas exigências. No caso de instalação
“pleno” ou “prime” conforme a ISO 8528,
convencional, as casas de máquinas devem
a potência líquida gerada pode ser até 20%
prever isolamento acústico.
pelos
atendimento
regulamentações
normalmente
cargas
para
O ruído audível deve estar vinculado
geradores,
menor que o valor nominal dependendo do equipamento. A geração na ponta
Manutenção
se caracteriza pelo regime de operação
“contínuo” (terceiro modo de operação),
requer os cuidados típicos de sistemas
conforme definido pela citada ISO 8528.
mecânicos de grande porte associados aos
A aquisição de grupos geradores a diesel
conhecidos sistemas elétricos de potência.
Aspectos do sistema de abastecimento, exaustão e ruído
Além disso, a operação periódica como
rotina deve considerar a operação com
Além da autonomia desejável para os
carga pelo menos mínima, sob pena de
geradores, o sistema de armazenagem e
causar danos ao motor que definitivamente
alimentação de combustível deve estar
não pode operar com baixa carga (menor
adequado às regulamentações que vêm
que 30%).
158
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Guarda Costeira dos Estados Unidos e a aceitação do IECEx – Parte II
O posicionamento da Nema
Unidos, tais como UL e FM. Tais
uma avaliação da conformidade comum,
laboratórios de ensaios reconhecidos
com base nas normas internacionais
De acordo com um comunicado
(NRTL – Nationally Recognized Testing
da IEC, abrangendo países de diversos
emitido em 2013 pela Nema (National
Laboratory) são listados pela OSHA
continentes do mundo.
Electrical
(Occupational
A
Manufacturers
Association)
Safety
and
Health
Nema
se
mostra
preocupada
sobre o assunto “Ex”, foi reconhecido
Administration) para reconhecimento de
no sentido de que uma eventual falha
que o sistema IECEx é importante para
laboratórios que executam ensaios de
ou atraso em referenciar a aceitação
a
segurança em equipamentos produzidos
do sistema IECEx no sistema legal
necessita ter seus produtos ensaiados
por fabricantes norte-americanos.
dos
Estados
de acordo com as normas internacionais
os
fabricantes
da IEC para fins de avaliação da
IECEx reduz os custos e a confusão a
equipamentos elétricos para atmosferas
conformidade.
respeito da avaliação da conformidade
explosivas
A Nema é uma organização norte-
dos diversos países que se baseiam nas
desvantagem competitiva no mercado
americana fundada em 1926, formada
normas da IEC, em relação aos países
internacional.
por 400 fabricantes de equipamentos
que possuem outras normas técnicas
De acordo com a Nema, outras
elétricos nas áreas de transmissão de
“locais”, tais como o NEC e a Nema. Sob
agências regulatórias norte-americanas,
energia, equipamentos de distribuição,
o ponto de vista desta última, indicado
tais como a FDA (Food and Drug
sistemas de iluminação, sistemas de
no comunicado emitido em 2013, o
Administration)
controle e de automação e sistemas de
sistema IECEx é utilizado globalmente
Communications
diagnósticos médicos.
para a troca de relatórios de ensaios e
posicionaram
De acordo com a Nema, antes
de certificados para os produtos “Ex”
aceitação de documentos, como os
da
certificados de acordo com as normas
relatórios de ensaios e os certificados de
IEC.
conformidade do IECEx.
as
indústria
norte-americana,
existência
do
companhias
sistema
a
qual
IECEx,
norte-americanas
De acordo com a Nema, o sistema
Unidos
pode
colocar
norte-americanos
em
uma
e
a
de
posição
FCC
(Federal
Commission)
totalmente
de
já
se
abertas
na
interessadas na exportação de seus
produtos e equipamentos elétricos “Ex”
ressaltado também que o modelo “Marco
para a Comunidade Europeia e para países
regulatório comum para equipamentos
de outros continentes, deparavam-se com
utilizados em ambientes de atmosferas
incertezas com relação à aceitação ou
explosivas”, elaborado pela ONU em 2011,
não, pelos organismos de certificação e
inclui o sistema IECEx e se apresenta
É importante verificar, no presente
pelas autoridades de avaliação daqueles
como parte de uma estrutura legal.
momento, que muitos fabricantes dos
países, dos resultados de ensaios que
Dentro deste modelo da ONU, o sistema
Estados
haviam sido realizados pelos laboratórios
IECEx está sendo promovido como um
montadas destinadas a serem instaladas
de ensaios reconhecidos nos Estados
meio aceitável de estabelecimento de
em
No comunicado emitido pela Nema, é
O ponto de vista dos fabricantes norte-americanos de unidades préfabricadas (Skids)
Unidos
áreas
de
unidades
classificadas
de
prénavios
159
O Setor Elétrico / Maio de 2015
petroleiros, plataformas de produção de
diversas unidades seladoras à prova de
petróleo e de FPSOs, particularmente
explosão de eletroduto), um “moderno”
aqueles sediados na região da cidade de
disjuntor com corrente nominal de 50
Houston, no estado do Texas, têm cada
A encapsulado em resina, montado no
vez mais procurado por equipamentos e
interior de um invólucro plástico pode
sistemas “Ex” que possam ser instalados
agora ser utilizado, sendo adequado para
como componentes em conjuntos do tipo
Classe I, Zona 1, de acordo com o Artigo
“Skids”, tais como moto-compressores,
505 do NEC.
fornos e turbo-geradores, que possam
ser
fornecidos
ou
utilizados
Algumas características importantes
em
para os usuários e os clientes de
diferentes países do mundo sem que
equipamentos e instalações “Ex”, tais
haja a necessidade de modificações
como invólucros com menor peso e de
ou substituição dos equipamentos e
instalações que não necessitam dos
sistemas elétricos “Ex” instalados.
“antigos” e “obsoletos” equipamentos
A introdução do Artigo 505 do
com invólucros metálicos que necessitam
NEC em 1996, com a possibilidade de
de
classificação de áreas com base em
à
zonas e especificação dos equipamentos
importantes vantagens permitidas pelo
“Ex” de acordo com seus tipos de
Artigo 505 do NEC para utilização de
proteção para atmosferas explosivas
equipamentos marcados como sendo
abriu uma nova possibilidade e uma
adequados para Classe I, Zona 1 em
oportunidade para que os equipamentos
áreas do tipo Classe I, Divisão 2.
“Ex” certificados nos países da Europa,
Por
Brasil e China sejam certificados e
publicação em 1996, o objetivo básico
utilizados nas unidades móveis marítimas
para o sistema de certificação dos
dos Estados Unidos. Nestes casos, as
Estados Unidos por meio de Zonas e de
instalações atendem aos requisitos dos
equipamentos aprovados pela marcação
Estados Unidos indicados no NEC e os
A Ex foi o atendimento da indústria
equipamentos “Ex” têm a alternativa de
offshore dos Estados Unidos na área do
serem de fatos “globais”, com diversas
petróleo. Tem sempre sido reconhecida,
certificações, inclusive o IECEx.
por
juntas prova
flangeadas de
muitos
este
tipo
aparafusadas
explosão
anos
de
representam
desde
indústria
a
sua
norte-
Um outro ponto que necessita ser
americana, a necessidade de utilização
destacado, neste caso de instalações
de equipamentos “Ex” mais leves e com
terrestres e marítimas “Ex” nos Estados
requisitos de instalação e de manutenção
Unidos, é o fato de que muitas empresas
mais simples e seguros, sendo capazes
usuárias de equipamentos “Ex” que ainda
de substituir os “antigos” e problemáticos
não tenham alterado suas instalações
invólucros metálicos fundidos à prova
para o sistema de classificação de
de explosão com tampas flangeadas
áreas por meio de zonas não ignoram
fixadas contendo diversos parafusos,
as vantagens que este sistema pode
por invólucros plásticos fabricados com
apresentar,
poliéster reforçado com fibra de vidro.
sob
o
ponto
de
vista
econômico e de segurança.
A possibilidade de utilização, por
exemplo, de sistemas de cabos em
Por exemplo, quando as instalações
necessitam
de
centelhante,
como
um
equipamento
bandejamento (MC-HL / Metal Clad
disjuntor
de
– Hazardous Location), ao invés dos
caixa moldada de 50 A, montado no
“tradicionais” sistemas de eletrodutos
interior de um “tradicional” invólucro
ou de cabos blindados para áreas
metálico à prova de explosão com tampa
classificadas,
flangeada para Classe I, Divisão 2 (o
aos
qual necessita infelizmente de diversos
vantagens de oferecerem instalações e
parafusos para a fixação da tampa e de
equipamentos “Ex” mais simples e mais
um
fabricantes
tem
proporcionado
norte-americanos
as
160
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Maio de 2015
seguros para os seus clientes e para os usuários finais. Pode
ser
verificado
que
muitos
esforços têm sido feitos pela Guarda Costeira e entidades normativas dos Estados Unidos, desde as décadas de 1970, 1980 e 1990, de forma a tornar as
aplicações
de
equipamentos
e
instalações norte-americanas para áreas classificadas cada vez mais harmonizadas com o atual mundo globalizado, dentro do qual operam os negócios realizados pelas empresas e pelos fabricantes dos Estados Unidos. A Guarda Costeira dos Estados Unidos tem reconhecido, por meio dos Regulamentos emitidos, que existe, nos últimos anos, uma grande influência estrangeira na indústria do petróleo, em relação ao que ocorria no passado. Por este motivo, houve a necessidade de execução de ajustes aos regulamentos
A explosão da Plataforma Deep Water Horizon nos Estados Unidos em 2010
até então existentes sobre o assunto
Deep Water Horizon, a Guarda Costeira dos
Estados
Unidos
publicou
um
ofício recomendando a aceitação dos
relacionado com as normas técnicas e os
Pode
ser
sistemas de certificação de equipamentos
avanços
significativos
“Ex”.
normativos e legais são registrados
Estes tipos de ações relacionadas
quando
a grandes explosões em instalações
Estas
alterações
globais
têm
também resultados relacionados com a
atualização
normas
acidentes
ocorrência e
que
muitos
documentos e certificados do sistema
em
termos
IECEx.
de
explosões,
grandes
envolvendo
industriais
contendo
atmosferas
técnicas
grandes perdas de vidas humanas,
explosivas, que podem ser denominadas
dos equipamentos “Ex”. Isso pode ser
grandes perdas de patrimônio e de
“gestão por espasmos”, normalmente
verificado
das
grandes prejuízos para o meio ambiente.
são tomadas quando ocorre um grande
normas internacionais da IEC nas normas
Como exemplos destes grandes e
envolvimento das diversas partes da
norte-americanas sobre os produtos e as
marcantes acidentes podem ser citados
sociedade, no sentido de melhorias
instalações “Ex” dos Estados Unidos,
o da explosão da Plataforma Piper Alpha,
dos requisitos legais sobre segurança
mas também, em contrapartida, pela
em 1976, no mar do Norte, a explosão
envolvendo instalações de equipamentos
influência das normas técnicas norte-
da Plataforma de Enchova, na Bacia de
em áreas classificadas.
americanas, tais como ANSI, UL e NEC,
Campos/RJ, em 1984, a explosão da
nas revisões e atualizações das normas
Plataforma P-36, na Bacia de Campos/
da Plataforma Deep Water Horizon,
internacionais da IEC.
RJ, em 2001, e a explosão da Plataforma
nas águas da plataforma continental
Deep
tanto
das
da
verificado
pela
influência
Com os esforços continuados destas
Após a explosão ocorrida em 2010
Estados
dos Estados Unidos, a qual resultou
entidades legais e normativas de diversos
Unidos, em 2010. No caso da explosão
na morte de 11 trabalhadores, além do
países do mundo, que estão trabalhando
da plataforma Piper Alpha, foi criado o
seu naufrágio e de perdas bilionárias de
no sentido de um objetivo global de
sistema de certificação de competências
materiais e de elevados danos ao meio
utilização de normas internacionais da
pessoais “CompEx” na Escócia. Como
ambiente, a Guarda Costeira dos Estados
IEC e de sistemas internacionais de
decorrência da explosão da Plataforma
Unidos emitiu uma série de documentos,
certificação “Ex” do IECEx, pode ser
de Enchova, foi publicada no Brasil a
os quais constituem basicamente uma
verificado que um contínuo progresso
primeira portaria pelo Inmetro contendo
proposta de mudança dos regulamentos
está sendo feito nesta área, o qual conta,
um RAC sobre certificação compulsória
existentes para unidades flutuantes que
inclusive, com o apoio e a participação
de equipamentos elétricos “Ex”. Em
operam nas águas territoriais norte-
da ONU.
decorrência da explosão da plataforma
americanas.
Water
Horizon,
nos
Alguns
anos
após
este
grande
161
O Setor Elétrico / Maio de 2015
acidente,
tendo
as
como estrangeiras, que estejam envolvidas
da execução dos ensaios e certificação
investigações sobre as causas básicas
em operações na área da plataforma
de
que levaram à sua explosão, incêndio
continental dos Estados Unidos. Neste
atmosferas explosivas. Desta forma, foi
e naufrágio, a Guarda Costeira dos
momento, a Guarda Costeira dos Estados
recomendado o sistema internacional de
Estados Unidos publicou um memorando
Unidos declarou pela primeira vez que
certificação IECEx, o qual requer ensaios
de ações. Uma parte de destaque das
acredita que tais embarcações envolvidas
e certificação totalmente de acordo com
recomendações
documento
com a indústria do petróleo offshore
as normas internacionais da Série IEC
enfatiza a importância da instalação
necessitam utilizar normas e sistemas de
60079.
adequada de equipamentos elétricos
certificação internacionais sobre os tipos
em
áreas
como
deste
classificadas,
base
durante
as
equipamentos
elétricos
para
Assim sendo, para atender de forma
de proteção “Ex”.
adequada as recomendações do relatório
atividades de perfuração e exploração,
De acordo com os documentos
para se evitar a repetição de acidentes,
em águas territoriais norte-americanas,
publicados pela Guarda Costeira dos
explosões, incêndios, mortes, perdas de
de
Estados Unidos, foi entendido que as
vidas humanas, perdas de instalações e
estrangeiros.
atuais normas de algumas entidades
de danos ao meio ambiente, a Guarda
seguradoras
tais
Costeira dos Estados Unidos propôs
Estados Unidos sinalizou com a intenção
como as normas da FM (Factory Mutual
uma emenda aos regulamentos norte-
de revisão dos atuais regulamentos norte-
Approvals)
americanos existentes, de forma a incluir
americanos até então existentes para
rigorosas, de modo que eles declararam
os sistemas de certificação do IECEx.
instalações em atmosferas explosivas,
a importância de adoção de um sistema
especialmente para os ensaios e a
com base em organismos de certificação
a evolução normativa e legal Ex entre
certificação de equipamentos elétricos
e laboratórios de ensaios, seguindo
Estados Unidos e Brasil, e as conclusões
“Ex”, bem como as normas técnicas de
procedimentos estabelecidos sob um
sobre a aceitação da Guarda Costeira
referência aplicáveis para as unidades
sistema internacional de certificação e
dos Estados Unidos quanto ao sistema
móveis marítimas, tanto norte-americanas
de avaliação da conformidade, quando
IECEx.
plataformas,
navios
e
FPSOs
Desta forma, a Guarda Costeira dos
norte-americanas, não
são
suficientemente
Na próxima edição, serão discutidas
162
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por Cesar Agarelli*
Motores elétricos e o consumo setorial de energia
Recentemente, a exemplo dos anos
para o colapso de nossa principal fonte
potências a partir de 1 CV (cavalo-
anteriores, foram divulgados os dados
energética institucionalizada: o petróleo. E
vapor) e índices de eficiência elevados.
do relatório BIG da Agência Nacional
que, por nossa omissão, ainda colheremos
Os denominados AR Plus de 1 CV, por
de Energia Elétrica (Aneel), informando
por décadas as nefastas consequências
exemplo, têm índices em torno de 82%,
que a capacidade instalada no Brasil
socioeconômicas ambientais derivadas
enquanto os de maior potência atingem
em 2014 chegou a 132 mil megawatts
do outrora denominado ouro negro.
expressivos valores de 96%.
(MW) provenientes de 3.907 usinas
O
hidrelétricas,
eólicas,
conhecimento de qualquer estudante
no lógicas,
nucleares, pequenas centrais hidrelétricas,
secundarista ou profissional palestrante
descoberta dos transistores e o advento
centrais geradoras hidrelétricas e solares.
de
descreve,
dos circuitos controladores e, mais
Em complemento, o relatório divulga que
em poucas linhas, a caótica situação
recentemente, com a implementação dos
o Brasil dobrará sua capacidade instalada
energética de nosso planeta. É provável
programas de eficiência energética, nos
em 15 anos.
ainda que o mesmo estudante liste com
permitem visualizar, por meio da relação
do
clareza os programas governamentais
peso-potência, a eficácia destes esforços
ponto de vista do balanço energético da
para a regulação do esforço em pesquisas
na evolução de um mesmo motor: dos 88
nação, devem considerar dois parâmetros
tecnológicas e de novos materiais para a
Kg/KW, em 1891, chegamos a índices
que se inter-relacionam: de um lado, a
melhoria dos motores e o desenvolvimento
em torno de 6 Kg/KW, em 2011.
capacidade instalada derivada, no caso
de novas fontes energéticas renováveis.
Tais
termelétricas,
informações,
analisadas
breve
diagnóstico
eficiência
energética,
acima,
de
Por fim, ambos afirmarão que,
as unidades consumidoras setorizadas
desta forma, minimizaremos
em industriais, residenciais, comerciais e
os impactos e estaremos
outros setores. No setor industrial, com merecido destaque, os motores são responsáveis por cerca de 30% do consumo de toda
a
De outro lado, em nossas residências,
comércios, edifícios públicos e outros setores,
prevalecem
os
motores
abaixo de 1 CV, com destaque para os
crescimento sustentável.
monofásicos de indução. Estes últimos,
motores Universais e, especialmente, os ignorados pelo público e responsáveis
Conscientização
técnicos, são verdadeiros “vampiros” de energia, com eficiências inferiores a 40%.
outras nações, estabeleceu legislações e programas específicos, de modo a
após
no caminho correto do
a energia produzida no país. Diante desta constatação, o Brasil, a exemplo de
principalmente
A face escura do consumo de energia
do Brasil, de diversas fontes de geração energética, renováveis ou não; de outro,
Historicamente, as melhorias tec
Para instigar o leitor a conscientizar
Este desconhecimento nos leva, como
regular e incentivar ações que promovam
e desafiar as limitações da informação
consequência, a desconsiderar o fato de
o aumento de eficiência de processos,
institucionalizada, proponho uma reflexão
que estes pequenos e, aparentemente,
motores, máquinas e equipamentos.
a partir dos dados a seguir:
utilíssimos motores, são responsáveis
No setor industrial, prevalece o uso
por consumir cerca de 28% de toda
de motores trifásicos de indução com
a energia produzida no país. Ou seja,
Tal atitude traduz a percepção global
de que caminhamos a passos largos
163
O Setor Elétrico / Maio de 2015
muito próximo dos 30% consumidos
exigem alto torque ou velocidade, esta
públicos. Para se ter uma ideia, Itaipu
pelos grandes motores industriais, foco
tecnologia já está disponível ao mercado
Binacional tem capacidade instalada de
incontestável dos planos e programas
mundial para motores elétricos de até 1
14.000 MW.
oficiais de conservação de energia em
CV, com eficiências equivalentes às dos
âmbito mundial.
motores trifásicos de indução.
elevada eficiência e a expressiva economia
Some-se a estes dados o fato de que a
Enquanto isso, batalhões de “motores
Trata-se de uma solução até então
resultantes da tecnologia Keppe Motor
vampiros de energia”, conduzidos por
impensável para esta faixa de potência,
viabilizariam
rédeas frouxas, continuam promovendo
presente em mais de 40 bilhões de
de microusinas e instalações de sistemas
verdadeiros estragos no meio ambiente e
unidades em todo o mundo.
autônomos de geração de energia.
na economia mundial.
A revolução da nova física e a conservação de energia dos motores até 1 CV Os
princípios
da
nova
física,
Para se ter uma ordem dos valores
economicamente
projetos
A relação custo-benefício estende-se
envolvidos, os impactos econômicos e
para as distribuidoras de energia, sensíveis
socioambientais no Brasil – a partir de
a estes índices, por meio da otimização e
uma substituição programada dos atuais
da ampliação, imediatas, de sua rede de
motores presentes em eletrodomésticos,
atendimento de consumidores finais.
bombas, entre outros, pela tecnologia
Finalmente, convidamos o caro leitor
Keppe
uma
consciente, com base nas constatações
desenvolvidos pelo cientista Norberto
economia de cerca de 70% da energia
Motor
–
resultaria
em
e esclarecimentos sobre o potencial de
Keppe, proporcionaram o desenvolvimento
consumida pelos setores usuários destes
conservação de energia existe, a retomar o
de uma nova tecnologia aplicada a motores
produtos.
primeiro parágrafo e analisar sua viabilidade.
elétricos denominada Keppe Motor, com
Esta economia seria o equivalente
Boa releitura!
patente já reconhecida nos EUA, China,
à produção energética de uma usina de
Rússia, México e HK. Apesar de não
12.000 MW de capacidade instalada que
*Cesar Agarelli é engenheiro eletricista e diretor
ter limites de potência e aplicações que
custaria R$ 36 bilhões para os cofres
de negócios da Keppe Motor Brasil.
164
Espaço IEEE
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por Cairê Moura Franco*
Contribuição do planejamento da operação de usinas hidroelétricas para regime de cotas de garantia física
Em setembro de 2012, foi publicada
da
pelo Operador Nacional do Sistema
a Medida Provisória n° 579, convertida na
Operação de Sistemas Hidrotérmicos
(ONS). E que a transferência de 150 m³
Lei n° 12.783/13, que trata da renovação
de Potência, em que se viabilizaria a
de água retirada à montante da usina
das concessões de ativos de geração
transferência de água do Rio Tietê para
hidrelétrica de Barra Bonita e enviada
e transmissão de energia elétrica. De
o reservatório Billings, resultando na
para a montante da usina hidrelétrica
acordo com a publicação, os geradores
geração máxima de energia elétrica na
Henry Borden viabiliza a quantidade
hidroelétricos
usina hidroelétrica Henry Borden/SP.
necessária
concessões de fornecimentos de energia
Localizada em Cubatão, a UHE
geração da UHE Henry Borden na sua
elétrica fariam parte de um inédito regime
Henry Borden é operada pela EMAE S.A.
capacidade máxima instalada. Portanto,
jurídico, denominado Contratação de
e está sob o regime de cotas. Possui
a partir dessa nova configuração, a
Cotas de Garantia Física.
capacidade instalada de 889 MW e
garantia física desta usina pode ser
que
renovarem
suas
otimização
do
Planejamento
de
combustível
para
Neste regime jurídico, o concessionário
apenas 127,7 MW de garantia física em
quadruplicada
de geração tem a concessão da usina
função de restrições ambientais, ou seja,
a tarifa que define a GAG pode ser
hidroelétrica renovada por trinta anos,
somente 14% da capacidade da geração
majorada.
uma única vez, por disponibilizar toda a
da UHE podem ser comercializados,
Vale
energia comercializável da usina (garantia
sendo que a relação média nacional
impeditivo para viabilizar essa hipótese
física) para ser fracionada em cotas e
entre a capacidade e a garantia física
ainda é a qualidade da água que será
entregue aos distribuidores, e assim será
das UHEs está em 60%. Outro ponto de
transferida, no entanto, iniciativas que
remunerado pela operação e manutenção
destaque é sua produtividade quando
viabilizem a melhoria desta qualidade
da usina sob sua responsabilidade. Essa
comparamos o metro cúbico turbinado
e
receita é denominada Custo de Gestão
em toda a cascata de UHEs instaladas
das águas afluentes dos rios Tietê e
dos Ativos de Geração (GAG), que é
nos rios Tietê e Paraná até a UHE Itaipu,
Pinheiros para o Reservatório Billings
calculada por tarifa determinada pela
ou seja, são gerados, nestas duas
podem oferecer, além do aumento da
Agência Nacional de Energia Elétrica
cascatas interligadas hidraulicamente
quantidade de oferta de energia, o
(Aneel). A tarifa é reajustada anualmente
3,25 MWh, enquanto o metro cúbico
benefício à sociedade do entorno do
ou revisada a cada cinco anos e, para o
turbinado em Henry Borden gera 5,65
reservatório, uma vez que reduziria o
aumento dessa tarifa recebida, o gerador
MWh, representando 74% de ganho em
custo para tratamento da água bruta
pode, além de aprimorar a gestão
produtividade, o que leva a concluir que
captada para o abastecimento da região
nos serviços de geração, ampliar a
se produz mais turbinando menos água.
metropolitana de São Paulo.
capacidade instalada ou a garantia física
da usina.
demostra que é possível adotar esta
*Cairê Moura Franco é graduado em
característica
administração de empresas e atua na
Fundamentado pela regulamentação
a
e,
consequentemente,
ressaltar
permissão
que
para
um
fator
bombeamento
Destaca-se também que o resultado
período
operativa de
ao
planejamento
longo
pertinente, foi analisado um cenário
do
operativo, em que um teste real foi
comprometer o nível dos reservatórios
S.A (EMAE S.A). É mestrando em Energia
simulado com o objetivo de avaliar
das UHEs que compõem o sistema
na Universidade Federal do ABC, em Santo
o aumento da garantia física pela
hidroelétrico
André, e membro do IEEE.
brasileiro
sem
despachado
Empresa Metropolitana de Águas e Energia
166
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Por Cairê Moura Franco*
As oportunidades da atual crise de energia no Brasil
Estou à frente do Fórum Latino-
gerenciamento da demanda.
Americano
Estes
que fosse muito rentável despachar
2008, quando iniciamos a discussão
apresentados e sugeridos em recente
geradores a diesel na ponta – um
sobre
reunião
Agência
contrassenso. Mas, em 2011, foi feita
de produção e uso de energia. Desde
Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
a revisão vertical das tarifas e os sinais
então, o Fórum teve a oportunidade de
que estiveram visitando a Associação
de muito exagerados passaram a ser
trazer e debater no Brasil a experiência
Brasileira das Empresas de Serviços
desprezíveis,
de mais de 120 líderes e autoridades
de Energia (Abesco), responsáveis pela
existir incentivos significativos para a
internacionais
novos
Smart
Grid
modelos
desde
tecnológicos
mesmos com
pontos
em que sinais exagerados faziam com foram
de
diretores
da
ou
seja,
deixaram
de
implantação de tecnologias e serviços
modulação. Além disso, as térmicas estão
e
de eficiência energética, da qual sou
gerando na base e a disponibilidade
sinalizando uma nova forma de planejar
conselheiro. Naquela ocasião, levantei
de capacidade girante, em função da
políticas consistentes de energia em
aqueles que, no meu entender, são
seca, está tornando muito mais crítica
seus países.
os quatro temas mais relevantes para
a necessidade de gerenciamento da
avançarmos:
demanda.
trabalhos
Nestas em
que
vêm
destacados
mais
últimas de
uma
realizando
na
duas
área
semanas,
Isso
é
fato
reconhecido
publicamente por técnicos do setor e
dessas grandes
oportunidades de aprofundar as lições
1.
da
teremos dificuldades crescentes para
que podemos aprender a adaptar à
tarifa ocorreu no Brasil no momento
atendimento da demanda. No entanto, e
nossa
viagem
errado, em que os custos estavam de
ainda por cima, a ponta está mudando
a Tóquio, no Japão, juntamente com
fato aumentando, incentivaram o uso
por conta do incremento do uso de
outros profissionais do setor industrial
perdulário e não o uso racional de energia
equipamentos
e do governo do Brasil, em uma missão
pela população em geral. A presidente e
e é preciso dar um sinal adequado
colaborativa de trabalhos na área de uso
o então ministro, depois de divulgarem
aos clientes de baixa tensão, com a
eficiente e racional de energia. Políticas
uma redução média de 18% nas tarifas
introdução de sinalização de demanda
consistentes foram implantadas com
de energia no Brasil, anunciaram em
também para este mercado, coisa que
sucesso naquele país, principalmente
público que os brasileiros poderiam usar
muitos países já fizeram. Ensaiamos a
depois
grande
a energia, pois não haveria falta, nem
criação de uma tarifa branca, que não
terremoto de março de 2011, quando um
no curto, no médio ou no longo prazos.
seria mandatória, mas opcional para
tsunami de levadas proporções destruiu
Nesta área precisamos urgentemente:
clientes que pudessem ou já estivessem
parte
realidade,
da
da
estive
catástrofe
infraestrutura
em
do
de
Tarifas
realistas:
a
redução
de
ar
condicionado
modulando, o que trará pouco efeito e
geração
nuclear, causando severa restrição de
a. Obedecer a lei da oferta e da procura,
benefícios para o sistema. Precisamos
disponibilidade de energia.
sem mudar mais uma vez as regras no
de uma tarifa horossazonal na baixa
Esta recente experiência aumentou
meio do caminho, ou seja, as tarifas
tensão.
a minha convicção sobre os pontos que
têm de subir conforme o previsto, caso
considero especialmente importantes
contrário, ninguém mais vai investir no
profundo de modelagens avançadas
no delicado momento pelo qual passam
setor;
sobre o tema e trabalhos desenvolvidos
o setor elétrico brasileiro, seus agentes
b. Rever os sinais de modulação da
em parceria com os líderes mundiais de
e
notadamente
demanda: durante décadas, o Brasil
precificação de energia, que já vieram ao
na área do uso racional de energia e
era um país de eletricidade renovável,
Brasil nas edições anteriores do Fórum.
seus
consumidores,
Existe disponível muito conhecimento
167
O Setor Elétrico / Maio de 2015
Precisamos mais do que nunca de sinais
3. Estímulos claros aos consumidores
das
consistentes nas tarifas.
finais para economizarem energia e
insuficientes para a mudança de uma
reduzirem a demanda. Além do sinal
cultura de levar vantagem e tolerância
2. Implementar o desacoplamento das
de preço, que estabelece e alinha
paternalista do poder público arraigada
tarifas – atualmente, as distribuidoras
condições de um mercado saudável,
por muitas gerações. É preciso dar o
brasileiras perdem quando há redução
pois estimula a ampliação da oferta para
primeiro passo, colocando o interesse
de consumo e/ou de demanda e,
o equilíbrio sustentável, é saudável que
maior dos bons cidadãos acima da
por
isso,
absolutamente
incentivos
os estímulos não sejam exclusivamente
esperteza de quem quer usar sem
devotados do lado punitivo. Linhas
pagar: quem nada paga não tem motivos
programas efetivos de sucesso. Por
facilitadas de financiamento, redução da
para economizar e, na escassez, se nada
que isso acontece? Quando se reduz a
carga tributária para acelerar retorno dos
for feito, o furto e a fraude de medidores
demanda, postergam-se investimentos
investimentos e esquemas especiais de
tenderão a aumentar.
de expansão e, portanto, evita-se o
garantias, que assegurem cumprimento
crescimento da base de remuneração,
de regras em períodos razoáveis de
Finalizando, as oportunidades e desafios
reduzindo as tarifas. Quando se reduz
retorno são elementos fundamentais
estão lançados em meio à maior crise
o consumo, implica-se em menores
para o sucesso de um plano que
do setor de energia brasileiro. Porém,
volumes de vendas e, portanto, em
realmente seja em grande escala, como
acredito e trago a lição de nossos
menor O&M considerado nas tarifas.
o que precisamos para o delicado
amigos do Oriente de que as crises são
Assim, a efetividade de programas de
momento atual. O estímulo à geração
oportunidades efetivas e molas-mestras
eficiência energética no Brasil contraria
descentralizada e em pequena escala,
para iniciarmos uma mobilização que
interesses
por
principalmente solar, que pode ser
deverá render excelentes frutos para a
reduzir seu mercado e suas margens no
rapidamente implantada e representar
modernização do nosso querido país a
longo prazo. Como é possível resolver
impacto
caminho da competitividade.
isso?
globais de consumo do país. Esta
Por
das
uma
possuem
são
concretos ao investir seus recursos em
denominada
não
empresas
concessionárias
política
regulatória
desacoplamento,
significativo
nos
números
que
geração não se prestaria apenas para
pode ser implementada de diversas
a redução do consumo, mas também
maneiras. Por exemplo, considerando
e, principalmente, ao atendimento da
investimentos em redução de demanda
nova ponta, que ocorre justamente em
como elegíveis a serem considerados na
cada região nos dias de maior radiação
base de remuneração, como se fossem
solar e no horário comercial, quando as
usinas e infraestrutura virtual, ampliando
novas cargas de ar condicionado estão
a capacidade de atendimento a um dado
operando.
mercado. Outra forma é a manutenção da base de O&M para que as empresas
4.
possam capturar rentabilidade sobre
importante, o governo precisa dar o
estes investimentos. Isso já vem sendo
primeiro passo, aplicando uso racional
feito de formas diferentes nos Estados
em suas atividades, nos prédios públicos
Unidos, na Europa e em outros países
de administração direta e também na
que adotaram as novas tecnologias
educação da população em geral, por
de tarifas dinâmicas, incentivos às
meio de campanhas que incentivem os
renováveis e promoção de uso racional
consumidores a combater o desperdício
de energia e combate ao desperdício.
e reduzir a sua tolerância sobre o furto
*Por Cyro Vicente Boccuzzi, especialista
As empresas do setor são as que
de energia. No Brasil, cerca de 10% da
com 33 anos de experiência no setor de
possuem o dinheiro necessário para
energia gerada não tem contrapartida
energia e eletricidade. Desde 2007 é sócio da
estes programas e, se elas não estiverem
de receita, pois é furtada, e todos os
ECOEE, empresa de engenharia e consultoria
estimuladas a colaborar pelo sucesso do
clientes acabam pagando por esta
focada em gestão e tecnologia de energia.
uso racional por perda de seu mercado
ineficiência. Campanhas de combate a
É presidente do Fórum Latino-Americano de
cativo concedido, sem compensação
perdas comerciais têm sido incentivadas
Smart Grid e diretor da Divisão de Energia do
ou oportunidades de novos negócios, o
pela Aneel, mas ainda é muito pouco.
Departamento de Infraestrutura da Federação
plano não terá sucesso.
Minha experiência na área demonstra
das Indústrias do Estado de São Paulo
que
(Fiesp). É também Conselheiro da Abesco.
Finalmente,
apenas
mas
tecnologia
não
e
menos
gestão
168
Agenda
O Setor Elétrico / Maio de 2015
29 de junho a 2 de julho
Informações
Dar aos participantes subsídios para o perfeito entendimento do funcionamento e aplicações de acionamentos elétricos visando a partida e o controle de velocidade de motores de indução e síncronos. Este é objetivo do curso promovido pela Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria (Fupai), que é constituído por aulas teóricas e práticas em laboratório, além de simulações para verificação e comprovação dessas técnicas de controle.
Local: Itajubá (MG) Contato: (35) 3629 3500 fupai@fupai.com.br
Cursos
29 de junho a 3 de julho
Proteção e seletividade em sistemas elétricos industriais
Descrição
Informações
Ministrado pelo engenheiro eletricista Cláudio Sérgio Mardegan, este curso tem como objetivo fornecer aos participantes conhecimentos a respeito das práticas e cálculos de faltas (curto-circuito) trifásicas, bifásicas, fase-terra e por arco. Além disso, eles travarão conhecimento sobre os fundamentos de TCs, TPs, bobinas de Rogowski e dos principais dispositivos de proteção: proteção de cabos, capacitores, barramentos, transformadores, geradores, motores, além de aprender ainda como coordenar e tornar seletivos disjuntores, fusíveis, relés de proteção, etc.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3579-8768 treinamentos@engepower.com
3 e 4 de julho
Iluminação artificial em ambientes comerciais
Descrição
Informações
Voltado para arquitetos, engenheiros, designers de interiores, eletricistas, instaladores e estudantes dessas áreas, o curso apresentará ao participante uma noção geral de como iluminar adequadamente os diversos tipos de ambientes comerciais, como lojas, restaurantes, hotéis, etc. As aulas ensinarão ainda como valorizar e diferenciar ambientes e produtos, sem descuidar do conforto, da estética e do uso racional de energia. Farão parte do programa do curso também a revisão de conceitos básicos e a apresentação de conceitos e de produtos específicos para a aplicação comercial.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br
21 de julho
Projetos de eficiência energética
Descrição
Informações
Direcionado a profissionais ligados à área de iluminação e energia, tais como arquitetos, engenheiros, lighting designers, designers de produto, designers de interiores e também estudantes, o curso apresentará os conceitos de iluminação para a realização de projetos que visem eficiência energética e os aspectos requeridos em iluminação para as certificações Leed e Procel Edifica. Durante as aulas também serão exibidos estudos de casos de projetos certificados e apresentadas as discussões que vêm ocorrendo na revisão do regulamento do Procel Edifica.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 4704-5972 treinamentos@expersolution.com.br
7 a 10 de julho
Conferência Brasileira sobre Qualidade da Energia Elétrica (CBQEE)
Descrição
Informações
O evento reúne os principais atores sociais relacionados à qualidade da energia elétrica: os consumidores, as concessionárias, a indústria e o governo. Eles debaterão, entre outros assuntos, o uso eficiente da energia elétrica, seus meios alternativos de geração, a legislação relacionada a esse produto, o mercado e a responsabilidade social na distribuição da energia. O evento é realizado desde 1996, quando possuía o nome de Seminário Brasileiro sobre Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE). A partir de 2007, após a fundação da Sociedade Brasileira de Qualidade Energia Elétrica (SBQEE), ele passou a ser chamado de CBQEE.
Local: Campina Grande (PB) Contato: benemar@dee.ufcg.edu.br www.sbqee.org.br/sbqee/
12 a 18 de julho
Eventos
Acionamentos controlados de motores de corrente alternada
Descrição
Reunião Anual da SBPC
Descrição
Informações
O evento teve sua primeira edição em 1948 e estabeleceu-se como um relevante fórum para a difusão dos avanços da ciência nas diversas áreas do conhecimento, sendo espaço de debates de políticas públicas para a ciência e a tecnologia. Participam da reunião representantes de sociedades científicas, autoridades e gestores do sistema nacional de ciência e tecnologias. A reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é composta, geralmente, por conferências, simpósios, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos e sessões de pôsteres.
Local: São Carlos (SP) Contato: vivian@sbpcnet.org.br (11) 3355-2140
15 a 17 de julho
Enersolar + Brasil
Descrição
Informações
Importante feira de energias renováveis da América Latina, a Enersolar + Brasil chega em 2015 à terceira edição. O evento, que contará com a presença dos principais players mundiais do setor, apresentará as últimas novidades em tecnologias a um público focado e interessado na realização de negócios e parcerias na área. Conforme os organizadores, o evento significa mais um passo visando a mitigação do risco de crise energética no país, pois oferecerá alternativas e opções de mercado para tomadas de decisões de empresários e governantes.
Local: São Paulo (SP) Contato: www.enersolarbrasil.com.br/contato/
20 a 23 de julho
Eletrolar Show 2015
Descrição
Informações
Realizada anualmente na cidade de São Paulo, a Eletrolar Show é um evento de negócios dirigido à indústria e ao varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos no Brasil. Seu objetivo é apresentar as novidades e as tendências do setor, promover o networking e fechar negócios. O Eletrolar Show foi criado com o conceito B2B, apresenta abrangência nacional e conta com a presença de profissionais qualificados do setor que respondem por mais de 25 mil pontos de venda em todo o país.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3034-4100 www.eletrolarshow.com.br
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Maio de 2015
3M 122 0800 0132333 www.3meletricos.com.br
131
169
Cordeiro 59 (11) 4674-7400 cordeiro@cordeiro.com.br www.cordeiro.com.br
Grupo ATS (11) 2645-4196 ats@atseletrca.com.br www.atseletrica.com.br
Luminárias Sun Way Rio 146 (21) 3860-2688 gruposunway@hotmail.com www.coloniallustres.com.br
Poleoduto 74 (11) 2413-1200 poleoduto@poleoduto.com.br www.poleoduto.com.br
Crimper 127 (11) 3834-0422 / 0800 7721 777 vendassp@crimper.com.br www.crimper.com.br
HDA Iluminação Led 47 (54) 3298-2100 hda@hda.ind.br www.hda.ind.br
Maccomevap 136 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br
Power Lume 43 (54) 3222-3515 powerlume@powerlume.com.br www.powerlume.com.br
Alper 15 (11) 3625-6760 comercial@alper.com.br www.alper.com.br
Daisa 23 (11) 4785-5522 vendas@daisa.com.br www.daisa.com.br
Hellermann Tyton 137 (11) 4815-9090 / (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br www.hellermanntyton.com.br
Média Tensão 67 (11) 2384-0155 vendas@mediatensao.com.br www.mediatensao.com.br
Prysmian 63 (11) 4998-4155 ofertas.energia@prysmiangroup.com.br www.prysmiangroup.com.br
Alpha 147 (11) 3933-7533 vendas@alpha-ex.com.br www. alpha-ex.com.br
Dialight (11) 4431-4300 vendas.brasil@dialight.com www.dialight.com
Himoinsa 31 (31) 3198-8800 brasil@himoinsa.com www.himoinsa.com.br
Megabrás 6 (11) 3254-8111 ati@megabras.com.br www.megabras.com
RDI Bender 119 (11) 3602-6260 contato@rdibender.com.br www.rdibender.com.br
Altus 57 (51) 3589 9500 www.altus.com.br
Dutoplast 33 (11) 2524-9055 vendas@dutoplast.com.br www.dutoplast.com.br
Huntsman 154 0800 170 850 www.huntsman.com/power
Melfex 134 (11) 4072-1933 vendas@melfex.com.br www.melfex.com.br
RM Sarel 8 (11) 2268-2935 contato@rmenergy.com.br www.rmenergy.com.br
Montal 103 (31) 3476-7675 vendas@montal.com.br www.montal.com.br
Romagnole 115 (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Agpr5 - Abirush Automação 11 e Sistemas (48) 3462-3900 comercial@a5group.com.br www.a5group.com.br
Alubar 13 (91) 3754-7100 cabos@alubar.net www. alubar.net Aureon 9 vendas@aureon.com.br (11) 3966-9211 / 2358 BHS Eletrônica 129 (11) 2291-1598 comercial3se@bhseletronica.com.br www.bhseletronica.com.br Brazil Windpower 153 www.brazilwindpower.com.br BRVal 116
(21) 3837-4646 vendas@brval.com.br www.brval.com.br Cabelauto 53 (35) 3629-2514/2500 comercial@cabelauto.com.br www.cabelauto.com.br Cablena 35 (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br 165
CBQEE www.sbqee.org.br/cbqee
161
DW Material Elétrico 84 e 85 (41) 3316-5000 eletricadw@eletricadw.com.br www.eletricadw.com.br Eaton 89 (11) 4525-7100 www.eaton.com.br Efe-Semitrans 65 (21) 2501-1522 / (11) 5686-1515 adm@efesemitrans.com.br sp.vendas@efesemitrans.com.br www.efesemitrans.com.br Eletrobrás 4 e 5 www.eletrobras.com.br Elos 91 (41) 3383-9290 elos@elos.com.br www.elos.com.br Embramat 37 (11) 2098-0371 embramat@embramataltatensao.com.br www.embramataltatensao.com.br Embrata 145 (11) 4513-8665 embratarui@terra.com.br www.embrata.com.br
Chint (11) 3266-7654 lywei@chint.com www.chint.com
Enerbras 49 (41) 2111-3000 sac@enerbras.com.br www.enerbras.com.br
Clamper Fascículos (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicacao@clamper.com.br www.clamper.com.br
Enercom 107 (11) 2919-0911 vendas@enercom.com.br www.enercom.com.br
Cobrecom 125 (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br
Exponencial 93 (31) 3317-5150 comercial@exponencialmg.com.br www.exponencialmg.com.br
113
7
COMSOL (41) 3156 9100 info@br.comsol.com www.br.comsol.com
Fastweld 4ª capa (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br
Condumax 143
General Cable 139
0800 701 3701 www.condumax.com.br Conex 17 (11) 2331-0303 www.conex.ind.br Construfios Fios e Cabos 121 (11) 5053-8383 construfios@construfios.com.br www.construfios.com.br
(11) 3457-0300 vendas@generalcablebrasil.com www.generalcablebrasil.com
ICE Cabos Especiais 69 (11) 4677-3132 www.icecabos.com.br 151
IFG (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br Ilumatic 41 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br 87
Instrumenti (11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br Instrutemp 19 (11)3488-0200 vendas@instrutemp.com.br www.instrutemp.com.br 111
Intelli (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br Itaim Iluminação 2ª capa (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br Itaipu Transformadores 133
(16) 3263-9400 comercial@itaiputransformadores.com.br www.itaiputransformadores.com.br Kanaflex 98 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br Kian Brasil 79 (21) 2702-4575 sac@kianbrasil.com.br www.kianbrasil.com.br 92
Kienzle (11) 2249-9604 timer@kienzle-haller.com.br www.kienzle-haller.com.br 128
KRC (11) 4543-6034 comercial@krcequipamentos.com.br www.krcequipamentos.com.br
Gimi Pogliano 55 (11) 4752-9900 www.gimipogliano.com.br
Líder Rio 52 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com
GTMS 101 (41) 3068-3755 www.gtms.com.br
Logmaster 97 (51) 2104-9005 www.logmaster.com.br
Mon-Ter 99
RTF Componentes 155 (19) 3865-5895 vendas@rtfcomponentes.com.br www.rtfcomponentes.com.br
Nelmetais 155
Rudolph Fixações 163 (47) 3281-2929 rudolphfixacoes@rudolph.com.br www.rudolphfixacoes.com.br
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Sassi Medidores 144 (11) 4138-5122 sassi@sassitransformadores.com.br www.sassitransformadores.com.br
(11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br (11) 3531-3444 nelmetais@nelmetais.com.br www.nelmetais.com.br (11) 3934-5000 vendas@newmax.com.br www.newmax.com.br (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br Novemp Fascículos e 71 (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br
Sicame 61 (11) 2087-4150 www.sicame.com.br Simpase 149 www.simpase.com.br
Novus 51 (11) 3097-8466 info@novus.com.br www.novus.com.br
Strahl 56 (11) 2818-3838 vendas@strahl.com www.strahl.com
Nutsteel 123 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br
TE Connectivity 157 (11) 2103-6000 te.energia@te.com www.energy.te.com
Obo Bettermann 90 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br
Testo 75 (11) 2431-7625 / 0438 imtesto@imtesto.com.br www.imtesto.com.br
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Trael 100 (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br
Paraeng Pára-Raios (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br
159
Unitron 104 e 105 (11) 3931-4744 vendas@unitron.com.br www.unitron.com.br
Paratec 150 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br
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Patola 45 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br
VR Painéis Elétricos 109 (17) 4009-5100 marketing@vrpaineis.com.br www.vrpaineis.com.br
170
What’s wrong here?
O Setor Elétrico / Maio de 2015
O que há de errado? Observe a imagem e identifique as não conformidades com relação às normas técnicas brasileiras vigentes. Para enviar sua resposta, acesse www.osetoreletrico.com.br, clique em “What’s wrong here?” e preencha o pequeno formulário!
PREMIAÇÃO
Esta instalação foi registrada pelo leitor
Francisco Carlos Carvalho em um refeitório de uma empresa multinacional. Encontre os erros, mande suas conclusões e concorra a prêmios! O resultado será divulgado na edição 114, de julho de 2015.
Resposta da edição 110 (Março/2015)
O leitor que mandar a melhor
resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada, de acordo com as normas técnicas vigentes, receberá como prêmio um exemplar da mais nova edição do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, que traz as principais atualizações normativas do setor!
O leitor HILDO GUILLARDI JÚNIOR
apresentou
a
resposta
mais
completa
com relação às não conformidades com as normas técnicas brasileiras vigentes. O vencedor receberá um exemplar do Anuário
O
Setor
Elétrico
de
Normas
Brasileiras com as principais atualizações
Não perca tempo! Mande sua resposta
normativas do setor. Parabéns a todos os
para interativo@atitudeeditorial.com.br ou
leitores que mandaram suas respostas e
acesse o site www.osetoreletrico.com.br
continuem participando!
e mande suas impressões!
Confira a resposta correta:
Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br
Diversas não conformidades com relação à ABNT NBR 5410:2004, que trata das instalações elétricas de baixa tensão,
Interatividade
foram encontradas, entre elas, as que desrespeitam os seguintes itens:
Se você encontrou alguma atrocidade elétrica
pelos azulejos);
e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para
• O disjuntor geral é composto pela união
• Não existe nenhuma identificação de
o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e
de dispositivos monofásicos, segundo
circuitos por escrito ou diagrama unifilar
nos ajude a denunciar os disparates cometidos
seção 6.3.7.3.1, e tal acionamento deve
no quadro, conforme pedido na seção
por amadores e por profissionais da área
ser composto por um dispositivo de
6.5.4.9;
manobra único;
• O barramento de distribuição está de
• Além disso, o quadro não possui nenhum
forma aparente e sem nenhum anteparo
dispositivo DR (deve-se analisar sua
que impeça seu contato pelo usuário.
necessidade já que esse quadro aparenta
Ainda se supõe que toda a parte metálica
estar instalado em uma cozinha/banheiro,
do quadro está equivocada.
de instalações elétricas. Não se esqueça de mencionar o local e a situação em que a falha foi encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.