O Setor Elétrico (Edição 115 - Agosto 2015)

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Ano 10 - Edição 115 Agosto de 2015

Falta de direcionamento do governo ainda é entrave para avanço das redes inteligentes PESQUISA REVELA: Led deve ser a principal fonte luminosa em até cinco anos Manutenção preditiva com inspeção termográfica ABNT NBR 5419: saiba o que mudou com a revisão desta norma em coluna fixa sobre o tema




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Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação e pesquisa Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br

Pesquisa – Produtos e sistemas de iluminação 78 Consumidores participantes do estudo acreditam que o Led será a principal fonte de luz do país em até cinco anos. Para a maioria deles, porém, a qualidade dos produtos disponíveis no mercado é apenas satisfatória.

Coluna do consultor

8

Painel de notícias

Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br

Espaço 5410

Análise sobre o pacote de energia lançado pelo Governo Federal.

10

Site da Aneel disponibiliza movimentação da Conta de Bandeiras Tarifárias; Fonte eólica alcança a marca de 7 GW instalados;

114

Esclarecimentos sobre as classificações BD1, BD2, BD3 e BD4.

Michel Epelbaum – Energia sustentável 116 Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação eficiente

despesas com transmissão; Projeto de norma sobre líquidos

Jobson Modena – Proteção contra raios

isolantes para equipamentos elétricos está em consulta nacional;

João Barrico – NR 10

Grupo Conex apresenta logomarca para comemorar 30 anos; Itron

José Starosta – Energia com qualidade

assina acordo com Elo Sistemas Eletrônicos.

Roberval Bulgarelli – Instalações Ex

31

Reportagem – Smart grid

62

Estudo do Ministério de Ciência e Tecnologia mapeia cenário das

diversos municípios brasileiros. Falta de regulação ainda é entrave.

Artigo – Proteção

70

Nova abordagem relacionada à aplicação de filosofias de proteção

120

124 126

128

Segunda parte do artigo sobre a contribuição do conector perfurante (IPC) para a eficiência e a confiabilidade de redes BT.

redes inteligentes no Brasil. Tecnologia é incipiente no país, mas projetos liderados por distribuidoras começam a ser realizados em

118

122

Dicas de instalação

Espaço IEEE

132

Sobre a importância de a sociedade debater a soberania e a segurança energética do Brasil.

134

de modo dinâmico a partir de informações de condições ambientais

Ponto de vista

monitoradas pelo centro de operação.

É direito dos contribuintes, consumidores de energia elétrica, a busca

Aula prática – Manutenção preditiva 102

da redução de suas contas por meio da revisão da base de cálculo do ICMS nelas embutida.

Um sistema de monitoramento que permite a realização de inspeções remotas e personalizadas no campo de visão das câmeras termográficas.

Agenda

Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Alan Costa, Alberto Fossa, Anderson Rosa, André Brunialti, Damien Jeanneau, Daniel Rubbo, Daniel Sampaio, Eduardo Daniel, Fernando Lima Costalonga, Manuel Luis Martinez, Marcella Carvalho, Mateus Cardoso, Plinio Godoy, Reinilson Cesario, Ruben Glatt, Sérgio Feitoza, Victor Gomes de Sousa, Viven Rineau Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: ShutterStock - Adam Vilimek Impressão - EGB Gráfica e Editora Distribuição - Correio

126

Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.

Espaço 5419 112

Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187

Colunistas

Municípios afetados por hidrelétricas podem ficar isentos de

Fascículos

Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial. com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós

138

O que muda na nova ABNT NBR 5419 com relação aos materiais, ou

What’s wrong here

seja, condutores, fixações e conexões.

Identifique o que existe de errado na instalação.

Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à



Editorial

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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

www.osetoreletrico.com.br

Ano 10 - Edição 115 Agosto de 2015

O Setor Elétrico - Ano 10 - Edição 115 – Agosto de 2015

Falta de direcionamento do governo ainda é entrave para avanço das redes inteligentes PESQUISA REVELA: Led deve ser a principal fonte luminosa em até cinco anos Manutenção preditiva com inspeção termográfica ABNT NBR 5419: saiba o que mudou com a revisão desta norma em coluna fixa sobre o tema

Edição 115

Rede inteligente ou apenas troca de medidor?

A promessa das redes inteligentes está no planejamento de praticamente todas as concessionárias de energia e

também nos planos do governo já há algum tempo. A novidade começou a ser discutida por aqui quase que ao mesmo tempo em que os Estados Unidos e países da Europa também iniciavam suas pesquisas por lá. Mas, como toda nova tecnologia, leva-se tempo para que os estudos sejam elaborados, os critérios e as adaptações sejam feitas para, enfim, dar início aos projetos, ainda que pilotos. Justificável.

Desde então, muitas distribuidoras brasileiras passaram a afirmar em suas páginas na internet e em congressos

técnicos do setor que já contavam com projetos-pilotos de redes inteligentes em andamento e o tema passou a figurar em inúmeros projetos de eficiência energética e de pesquisa e desenvolvimento das concessionárias (programas determinados pela Aneel). No entanto, o conceito de rede ou cidade inteligente é muito mais amplo do que vem desempenhando a maioria desses projetos.

Uma cidade inteligente (smart city) envolve transparência, segurança, confiabilidade energética, educação,

construções sustentáveis, mobilidade e, sobretudo, um planejamento que envolva segurança, preocupação ambiental e muita tecnologia da informação para que todo o sistema esteja conectado. Já as redes inteligentes dizem respeito, basicamente, ao sistema de distribuição de energia elétrica. Smart grid embute um conceito que muda a forma de como o brasileiro lida com a energia. É fornecer mais autonomia e segurança para o consumidor e, ao mesmo tempo, conferir dinamismo e agilidade à concessionária, que poderá antecipar a solução de eventuais falhas, amenizar os prejuízos com perdas técnicas e não técnicas, e contar com o apoio do consumidor, que poderá contribuir com sistemas de geração distribuída.

Nesse sentido, ainda estamos muito longe do ideal. As distribuidoras estão se movimentando, mas o ritmo é

deveras lento e cobram direcionamento do governo para que este incentive e dê mais ânimo para o segmento.

Na reportagem desta edição, fazemos uma análise das redes inteligentes que estão sendo implantadas no país.

Referenciamos também um estudo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que faz uma avaliação das iniciativas que vem sendo tomadas pelas distribuidoras de energia elétrica. Pelo documento, a maioria delas é considerada como iniciante, começando agora a desenvolver projetos de smart grid. Isso porque as redes não contam com funções de monitoramento e controle ou com redes de comunicação associadas. Segundo o MCTI, apenas quatro concessionárias são consideradas como “pioneiras”, por terem projetos mais evoluídos e planos de continuidade. A reportagem traz mais detalhes sobre este assunto.

Essas ações, no entanto, nos levam a pensar: doação de geladeiras novas para a população de baixa renda é

eficiência energética? Trocar medidores eletromecânicos pelos eletrônicos é smart grid?

Boa leitura!

Abraços,

flavia@atitudeeditorial.com.br

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Coluna do consultor

8

Governo anuncia investimento no setor elétrico. Vem aí a bandeira tarifária “cor de laranja” Em

o

por falta de chuva e pelo consumo

governo anunciou com toda pompa

meados

desenfreado pela tarifa de energia

e circunstância novos investimentos

que havia sido (no primeiro momento)

para o sofrido setor elétrico, serão

reduzida

R$ 81 bilhões até 2018 e outros R$

proporcionais ao gigantismo do Brasil).

105 bilhões que ficam para depois. A

Para aqueles que gostam de fazer

política de investimentos continua a

contas comparando alhos com bugalhos,

mesma, usinas hidrelétricas em regiões

esta “dinheirama” daria para construir

longínquas

centenas

de

de

difícil

agosto,

acesso,

com

(valores impressionantes e

dos

inúteis

e

suspeitos

dificuldades de licenciamento ambiental

estádios da copa, ou mesmo acabar

e linhas de transmissão para trazer ou

com o déficit de moradia do Brasil (aí

reforçar os caminhos existentes para que

não teríamos os MSDPs, MFDPs, entre

toda esta energia chegue aos centros de

outros).

consumo. As renováveis também (que

Mais

alguns ainda chamam de alternativas)

viabilização

estão no pacote, mesmo com os custos

de eficiência energética não foram

das usinas fotovoltaicas ainda muito

considerados, bem como aqueles de

altos. A rigor, os investimentos estão

geração

assim divididos:

nossos telhados, medidas simples e

uma

vez,

de

mecanismos

projetos

fotovoltaica

de

inteligentes

distribuída

em

baratas que atenuariam a situação Período

Geração

Transmissão

Até 2018 R$ 42 bilhões R$ 39 bilhões Após 2018 R$ 74 bilhões R$ 31 bilhões

de forma significativa.

Também foi

anunciada a redução da tarifa da bandeira tarifária vermelha da ordem de 15% a 20% dos R$ 55/MWh que hoje se paga, aproximando um pouco

Os investimentos já contratados de

a bandeira vermelha da amarela, talvez

2015 a 2018 importam em outros R$

“alaranjando” essa bandeira, por conta

114 bilhões. A ordem de grandeza dos

do desligamento de umas 20 térmicas.

investimentos é a mesma dos prejuízos

Por que as térmicas foram desligadas?

sucessivamente anunciados pelo setor,

Basta olhar para o nosso PIB e os

desde que nossos reservatórios secaram

indicadores da indústria.

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DeinfraFiesp. jstarosta@acaoenge.com.br



Painel de mercado

10

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

Governo lança programa para acelerar projetos de geração e transmissão de energia São previstos investimentos da ordem de R$ 186 bilhões até 2018, com o objetivo de ampliar a competitividade do setor

O Governo Federal lançou no início

de Investimentos em Energia Elétrica

do mês de agosto o Programa de

(PIEE). De acordo com o presidente

Investimento em Energia Elétrica (PIEE).

da associação, Humberto Barbato, a

A medida, cujo objetivo é acelerar

medida vem em bom momento e deve

projetos de ampliação das áreas de

trazer oportunidades às indústrias do

geração

energia

setor eletroeletrônico instaladas no país.

elétrica, prevê investimentos da ordem

e

transmissão

de

“Esta sinalização do Governo é positiva

de R$ 186 bilhões entre agosto de

e os investimentos podem representar

2015 e dezembro de 2018, sendo

verdadeiras alavancas para que o país

que, deste total, R$ 116 bilhões serão

possa superar o atual momento de

destinados para obras de geração e R$

dificuldade”, afirma.

70 bilhões para projetos de transmissão.

A previsão é de que sejam leiloados 37,6

da Medida Provisória 579 em 2012 para

mil quilômetros de linhas.

recordar como o cenário já não é dos

No que diz respeito aos novos

melhores há alguns anos. Segundo ele,

projetos de geração de energia a

desde então, as empresas fornecedoras

serem contratados, o Programa prevê

do

investimentos de R$ 42 bilhões até

com o baixo nível das encomendas.

2018 e de R$ 74 bilhões após 2018.

Levantamento da associação mostra

Estes montantes serão empregados

que o faturamento da área de Geração,

para aumentar entre 25 mil MW e 31,5

Transmissão e Distribuição de Energia

mil MW a energia fornecida ao sistema.

Elétrica (GTD), por exemplo, apresentou

Na área de transmissão, do montante

retração de 12% no primeiro semestre

a ser investido, R$ 39 bilhões serão

de 2015.

executados até 2018, e R$ 31 bilhões a

Para Barbato, o próximo passo

partir de 2018.

do governo é fazer a revisão do atual

Ao ampliar a oferta de energia, o

modelo, buscando o aperfeiçoamento

governo busca ampliar a competitividade

de regras para garantir que o país

do setor, de forma a reduzir o custo da

desenvolva

energia no país. Atualmente o Governo

mais equilibrada. “É preciso preparar

Federal já investe R$ 114 bilhões no

o

setor. Do montante, R$ 92 bilhões são

jurídica e estabilidade de regras para

destinados à geração e R$ 22 bilhões à

aproveitarmos todas as potencialidades

transmissão.

que

O presidente da Abinee cita a edição

setor

terreno,

temos

elétrico

uma

vêm

matriz

conferindo

por

aqui”,

sofrendo

energética segurança

declara

o

presidente da Abinee, destacando que

Alavanca para superar o atual momento de dificuldades A

Associação

Brasileira

a associação deve apresentar em breve ao ministro de Minas e Energia, Eduardo da

Braga, um conjunto de medidas e

Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)

sugestões, visando aperfeiçoar o setor

mostrou-se esperançosa com o Plano

elétrico brasileiro.



Painel de mercado

12

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Aneel disponibiliza movimentação da Conta de Bandeiras Tarifárias Mecanismo disponibilizado no site da agência tem como objetivo administrar os recursos decorrentes da aplicação das bandeiras tarifárias instituídas pela Aneel A Agência Nacional de Energia

em junho deste ano, o custo das

Elétrica (Aneel) começou a disponibilizar,

distribuidoras foi de R$ 1,6 bilhão e o

desde o final de julho, em seu portal (www.

ganho relativo às bandeiras tarifárias

aneel.gov.br) detalhes da apuração da

foi de R$ 1,4 bilhão, resultando em um

Conta Centralizadora dos Recursos de

déficit de cerca de R$ 200 milhões.

Bandeiras Tarifárias. A nota explicativa

sobre a movimentação da conta está

das

sendo publicada mensalmente.

distribuidoras são revertidos à Conta

Os recursos advindos da aplicação bandeiras

tarifárias

pelas

A Conta foi um mecanismo criado

Bandeiras e os recursos disponíveis na

pelo Decreto nº 8.401, de 4 fevereiro

Conta são repassados aos agentes de

de 2015 com o objetivo de administrar

distribuição, considerados os valores

os recursos decorrentes da aplicação

dos

das bandeiras tarifárias instituídas pela

termelétrica, de exposição aos preços

Aneel. De acordo com este mecanismo,

de liquidação no mercado de curto

é possível saber, por exemplo, que,

prazo, e da cobertura tarifária vigente.

custos

de

geração

por

fonte

Fonte eólica alcança a marca de 7 GW instalados Em cerca de um ano, a capacidade cresceu 2 GW. Agora, a fonte passa a ter 5% de participação na matriz elétrica brasileira Com a instalação de três parques

atual das usinas termelétricas. “Somente

eólicos no Rio Grande do Norte, em

em 2014 a energia dos ventos teve

agosto, a capacidade instalada de fonte

geração total de 12 TWh e representou

eólica no país atingiu a marca de 7 GW.

um benefício liquido para o sistema de

Em cerca de um ano, a capacidade

mais de 5 bilhões de reais, evitando o

cresceu 2 GW. Ao todo são 281 parques

alto custo do despacho térmico”, afirma

eólicos distribuídos por 11 estados. Agora,

a presidente da Abeeólica, Elbia Silva

a fonte passa a ter 5% de participação na

Gannoum.

matriz elétrica brasileira.

Conforme projeções do Governo o

Conforme a Associação Brasileira de

setor eólico deve atingir cerca de 23

Energia Eólica (Abeeólica), em índices

GW de potência instalada em 2023.

sustentáveis, os exatos 7068,7 MW

As previsões do setor indicam um

representam para o país mais de 100

crescimento ainda maior: de 27 GW.

mil empregos gerados, 12 milhões de

Neste sentido, a presidente da entidade

residências abastecidas mensalmente e

chama a atenção para os entraves que

12 milhões de toneladas de CO² evitadas.

existem e que devem ser solucionados.

A Associação salienta o benefício

“Os desafios envolvendo a logística de

proporcionado

da

transportes, a transmissão e as condições

energia eólica ao sistema elétrico do

pelo

crescimento

de financiamento não devem impedir a

país de uma maneira geral. A fonte vem

continuidade da trajetória excepcional da

ajudando o país a diminuir a dependência

indústria de energia”, declara Elbia.



Painel de mercado

14

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Mais políticas públicas para melhorar a competitividade da indústria da energia Especialistas afirmam que as políticas públicas precisam ser de longo prazo para que surtam resultados mais efetivos As políticas públicas no setor de

elétrica, eólica, de biomassa, de carvão

energia estão direcionadas para o curto

vegetal, entre outras.

prazo e, até o momento, não houve uma discussão para a adoção de estratégias

Alimento e energia

voltadas ao longo prazo. Essa foi uma das conclusões do painel “Alimento e

Todos os participantes do painel,

Energia”, do 14º Congresso Brasileiro

incluindo Eduardo Bastos, diretor de

do

pela

Relações Institucionais da Dow Brasil,

Associação Brasileira do Agronegócio

foram unânimes ao afirmar que não existe

(Abag), em São Paulo.

uma concorrência entre a produção

“Seja na área de etanol ou no

de alimentos e de energia. Fernando

segmento de petróleo e gás, o período

Figueiredo,

de cinco anos é o amanhã. Assim,

Abiquim, avalia que a dicotomia entre

se queremos de fato ter uma política

a produção de alimento e energia não

saudável no setor energético, precisamos

parece ser muito relevante. “A energia

discutir os próximos vinte anos”, disse

tem muitas fontes. E com isso, há muitas

Luís Roberto Pogetti, presidente do

oportunidades de produção. As políticas

Conselho Deliberativo da União da

públicas têm afetado esse mercado”.

Indústria da Cana-de-Açúcar (Única).

“Podemos discutir uma transição, que

energia pode tirar a competitividade da

pode durar cinco anos, e depois falamos

indústria nacional de alimentos. “Quanto

dos objetivos para os próximos anos e

mais cara a energia, mais custo para

qual o papel de cada um dos segmentos

a produção do alimento e esse custo

envolvidos”, acrescentou.

é repassado para o consumidor final”,

A falta de planejamento de longo

analisou Almir Dalpasquale, presidente

prazo

da Aprosoja Brasil.

Agronegócio,

também

problemas,

promovido

implica

segundo

em

Adriano

outros Pires,

presidente-executivo

da

No entanto, o aumento de preço da

Segundo Adriano Pires, do CBIE, a

diretor fundador do Centro Brasileiro de

energia nos outros países está voltada

Infraestrutura (CBIE), como a inibição do

para alavancar o crescimento do país

empreendedorismo e dos investimentos

e aplacar a inflação. Mas, no Brasil,

em inovação tecnológica. “Dois são

tem ocorrido o oposto e a energia

pontos são essenciais para garantir

vem sendo um fator que tem tirado a

a inovação: estabilidade regulatória e

competitividade da indústria.

segurança jurídica”, afirmou.

Para

Além dessa questão, Pires ainda

equação é um pouco diferente, de

ressalta a importância de se discutir

acordo

uma política pública descentralizada

da Unica, uma vez que as usinas são

para o setor, ou seja, olhar para projetos

autossuficientes

de pequeno e médio portes e não

energia. “Nesse sentido, falta uma visão

apenas de grandes obras. “O Brasil tem

de política pública porque elas poderiam

uma situação privilegiada porque temos

produzir muito mais. As palhas e folhas,

recursos

o

setor

com

sucroalcooleiro,

Luis

Roberto

em

a

Pogetti,

produção

de

possibilitam

cujo desperdício chega a 90%, poderiam

ter uma diversidade energética muito

estar produzindo mais energia, e muito

grande”,

mais barata do que o consumidor está

naturais explicou.

que O

Brasil

tem

a

possibilidade de gerar energia solar,

pagando hoje”



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Governo desliga térmicas e afasta risco de déficit de energia Foto SECS

Ao todo, 21 usinas térmicas foram desligadas no começo de agosto, o que deverá trazer uma economia para o país da ordem de R$ 5,5 bilhões

A usina termelétrica UEG de Araucária foi uma das térmicas desligadas.

O Ministério de Minas e Energia

à evolução das condições hidroenergéticas

informou o desligamento de 21 usinas

do Sistema Interligado Nacional (SIN),

térmicas com custo variável único (CVU)

com a expectativa de se atingir níveis de

acima de R$ 600/MWh. A medida afasta

armazenamento da ordem de 30% nas

o risco de déficit de energia e representa

Regiões Sudeste/ Centro-Oeste, ao final

uma redução de R$ 5,5 bilhões ao custo

de novembro de 2015.

mensal de operação (CMO) em 2015.

O CMSE decidiu que o ONS deverá

A medida pode significar uma redução

continuar acompanhando as condições

nas tarifas de energia elétrica para o

hidroenergéticas do SIN, para propor ao

consumidor. Segundo o ministro de Minas

comitê a definição da geração térmica

e Energia, Eduardo Braga, a Agência

necessária para a garantia do atendimento

Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

energético do sistema.

deverá fazer análises para indicar se haverá

mudança da bandeira vermelha para a

Igarapé, Termonorte 2, Bahia I, Sepé

amarela. "A Aneel tomou a decisão correta

Tiaraju, Palmeiras do Goiás, Enguias,

da bandeira para agosto. Nos próximos

Araucária, Muricy, Arembepe, Nutepa,

dias, a Aneel vai estudar para apontar qual

Daia, Petrolina, Goiânia 2, Camaçari,

será a conduta para as bandeiras", disse o

Carioba, Brasília, Potiguar, Potiguar III, Pau

ministro.

Ferro, Termomanaus e Xavantes.

De

acordo

com

o

Comitê

de

Serão desligadas as Usinas Térmicas

Segundo a nota informativa divulgada

Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE),

pelo colegiado, o risco de qualquer déficit

serão desligadas 21 usinas, o que

de energia, considerando o despacho das

corresponde a uma redução de geração da

térmicas pela ordem de mérito, é de 1,2%

ordem de 2.000 MW médios de energia –

para as regiões Sudeste e Centro-Oeste,

quantidade suficiente para abastecer 2,7

e de 0% no Nordeste. Considerando o

milhões de domicílios.

despacho das térmicas com o CVU até R$

600/MWh, os valores de risco seguem em

A medida foi proposta pelo Operador

Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devido

0% nessas regiões.


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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Proteste lança prêmio de inovação Novidades tecnológicas para economia de água e energia em casa podem render prêmios

A

Proteste

Associação

de

duas categorias (água e/ou energia

acordo com cronograma a ser definido

Consumidores acaba de lançar uma

elétrica), e o vencedor receberá um

pela Proteste, pelos parceiros do prêmio

premiação que visa valorizar a criação

prêmio de R$ 50 mil. O objetivo é

e os vencedores. Podem participar, como

de produtos seguros que estimulem

valorizar os melhores produtos seguros

pessoa física, todos os brasileiros natos

o uso racional dos recursos naturais

que

menor

ou naturalizados ou qualquer estrangeiro

por parte dos consumidores. O Prêmio

dos recursos naturais por parte dos

com residência fixa no Brasil, ou ainda,

Proteste de Inovação busca estimular a

consumidores,

qualquer pessoa jurídica nacional ou

inovação com foco em novas tecnologias

distribuição e utilização eficiente de

estrangeira,

para gerar economia de água e energia

energia elétrica em residências e aos

instaladas no país.

elétrica nas residências.

tratamentos, uso e ou armazenamento

As

residencial de água.

podem ser feitas até o próximo dia 31

com a Fundação Matanel, e apoio do

Os três primeiros colocados receberão

de outubro, no site www.proteste.org.

Centro de Referência de Inteligência

consultorias para o desenvolvimento

br/premio-inovacao. Não serão aceitos

Empresarial

A iniciativa é da Proteste, em parceria

-

Crie,

da

Coppe

impactem

em

um

voltados

uso a

geração,

que

inscrições

estejam são

legalmente gratuitas

e

da

do seu projeto, sendo 40 horas de

concorrentes que tenham entrado com

Universidade Federal do Rio de Janeiro

consultoria de negócios; oito horas de

a solicitação de patente em órgãos de

(UFRJ), Laboratório UL Testech e Rocco

consultoria de patentes e 40 horas de

reconhecimento de patentes de outros

Marcas e Patentes.

consultoria técnica. As consultorias serão

países, antes do Instituto Nacional da

dadas após o evento de premiação e de

Propriedade Industrial (Inpi).

O candidato pode se inscrever em


Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Estabilizadores

Proteção contra surtos

www.tsshara.com.br

www.obo.com.br

O novo módulo de proteção contra surto da Obo é instalado dentro das caixas de tomadas existentes no mercado e não fica visível ao usuário.

A TS Shara ampliou, recentemente, sua linha PowerEst de

estabilizadores de tensão. O produto ganhou novas potências – 300 VA e 500 VA – e versão com entrada para quatro tomadas, mais econômico e eficiente na proteção dos equipamentos

eletrônicos.

A Obo Bettermann apresenta

Com filtro de linha integrado, as novas versões possuem

um novo módulo para Dispositivos

entrada para quatro tomadas e recurso de autodiagnóstico de

de Proteção contra Surtos (DPS):

partida, que tornam seu rendimento mais econômico. Outra

o novo ÜSM-ST-230-1P+PE, que

vantagem do PowerEst é sua característica técnica de partida com

pode

cruzamento no zero. Esse recurso automático aumenta a vida útil

nas tomadas para a proteção dos

instalado

diretamente

aparelhos eletrônicos.

dos equipamentos que estiverem conectados a ele, pois permite que o eletroeletrônico ou computadores sejam energizados

ser

Ao contrário dos DPS que são

somente quando a tensão instantânea estiver igual a zero, evitando

instalados externos às tomadas, o

assim que sejam ligados durante os picos de tensão, ocasionando

módulo de proteção contra surto da Obo é facilmente instalado

avarias ou até mesmo a queima dos equipamentos.

dentro das caixas de tomadas existentes no mercado e não fica

visível ao usuário.

Os equipamentos da linha possuem entrada bivolt e saída 115

V, grau de proteção IP 20

A empresa explica que o módulo é ajustado no anel de

e garantia de três anos.

suporte atrás do contato de proteção da tomada e posteriormente

O

está

conectado aos fios do soquete. Depois disso, a tomada pode ser

disponível na cor preta

montada normalmente. Em caso de o módulo falhar, será emitido

a um preço sugerido ao

um sinal acústico, permitindo saber com certeza se a tomada está

consumidor a partir de

realmente protegida. Adicionalmente, o circuito de proteção Y

R$ 41.

simplifica a fiação do módulo. Uma etiqueta é incluída ao DPS para

equipamento

que a tomada possa ser identificada como possuindo um módulo de proteção contra surtos.


O Setor Elétrico / Agosto de 2015

19

Nobreaks para mercado corporativo de TI www.sms.com.br

A SMS, marca do Grupo Legrand, apresenta seus produtos indicados para

garantir disponibilidade e maior eficiência de energia para aplicações em empresas de segmentos como Data Center & TI, telecomunicações, broadcasting, indústrias, prédios comerciais, hospitais, instituições financeiras, entre outros. Dentre eles estão os novos nobreaks on-line de dupla conversão Sinus Triad, Daker e Mirage.

Disponível nas potências de 6 kVA e 10 kVA, a linha Sinus Triad possui tecnologia

on-line de dupla conversão, tensão de entrada e saída 220 Vac monofásico, fator de potência de saída igual a 0,8, interface amigável através de seu moderno display LCD e software para gerenciamento remoto. Destaca-se como sua principal característica a tecnologia de redundância N+1 de até 3 unidades (ex: 10kVA+1 ou 20kVA+1), possibilitando também a configuração por soma de potências de até 30 kVA monofásico. Já a linha Daker foi desenvolvida para proteger aplicações críticas de equipamentos sensíveis e estratégicos, principalmente em ambientes com necessidade de maior flexibilidade de instalação, como bastidores rack 19” (posição horizontal) ou posição torre (vertical). Disponível nas potências de 1 kVA, 2 kVA e 3 kVA, possui tecnologia on-line de dupla conversão, tensão de entrada e saída 220 Vac monofásico, fator de potência de saída igual a 0,8, interface amigável através de seu moderno display LCD e software para gerenciamento remoto.

A linha Mirage está disponível nas potências de 1 kVA, 2 kVA e 3 kVA, tensão de

entrada e saída 220Vac monofásico, montagem na posição torre (vertical), fator de potência de saída igual a 0,8, interface amigável através de seu moderno display LCD e software para gerenciamento remoto. Outras características importantes desta linha são: expansão para maior tempo de bateria, até seis tomadas para o modelo 3 kVA, função economia de energia que diminui o consumo e nove proteções contra problemas provenientes da rede elétrica concessionária.

Nobreaks on-line de dupla conversão são indicados para instalações como hospitais, data centers e instituições financeiras.


Painel de produtos

20

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Cabo para máquinas móveis www.wirex.com.br

A Wirex Cable está ampliando sua linha de cabos para máquinas móveis com o

Wirex.Extreme B90UF FO 3,6/6 a 12/20 kV, indicado para utilização em mineração e em movimentação de carga.

Os cabos suportam mudanças de temperatura entre -40 °C a +90 °C.

Com ou sem fibra ótica, o cabo é produzido pela primeira vez no Brasil, segundo a fabricante.

O Wirex.Extreme é especialmente desenvolvido para emprego em enroladores de sistemas móveis, com desempenho superior em condições severas de flexão e desgaste por arraste e torção. Tem como características principais: condutores extra flexíveis, blindagem em fita semicondutora enfaixada e camada semicondutora extrudada sob a isolação, isolação em material de alta performance (EPR 90 °C), sistema antitorção com malha têxtil, capa externa em composto elastomérico à base de poliuretano, resistência a óleos e graxas, solventes químicos, umidade e intempéries, excepcionais características de resistência à abrasão e ao corte, excelente propriedade retardante à chama, resistência ao intemperismo e aos raios UV. A Wirex Cable destaca ainda que a utilização da fibra ótica (mono ou multimodo) em seu núcleo alia solução avançada de controle e transmissão de dados ao suprimento de energia, a máquinas e equipamentos.

Os cabos de uso móvel são utilizados para a alimentação e controle de equipamentos móveis de mineração, metalurgia e movimentação

de cargas como: guindastes, pórticos porta containers, escavadeiras, perfuratrizes, esteira porta-cabos, em sistemas de cortina de cabos (festoon), pontes rolantes, gruas e empilhadeiras/retomadoras de minérios.

Calibrador/controlador de pressão modular www.fluke.com

O calibrador/controlador de pressão modular Fluke 6270A trata-se, segundo a empresa fabricante, de

um equipamento de fácil utilização com um design modular que pode ser rapidamente configurado para atender a uma ampla variedade de aplicações de calibração de pressão pneumática. É ideal para fabricantes de sensores de pressão que querem evitar o tempo de inatividade na linha de produção; laboratórios de calibração; e lojas de instrumentos que necessitam de precisão e exatidão em uma ampla faixa.

O 6270A apresenta faixas de pressão a partir de baixa pressão diferencial até 20 MPa (3000

psi), que abrange as especificações da maioria dos medidores e sensores, com dois níveis de precisão (0,02% da escala total ou 0,01% da leitura) para equilibrar as necessidades de precisão e orçamento. O Fluke 6270A possui ainda uma interface remota completa que permite aos técnicos usá-lo com um software personalizado ou outro equipamento de aquisição de dados.

O calibrador/controlador de pressão Fluke 6270ª possui um design modular que pode ser rapidamente configurado para atender a uma ampla variedade de aplicações de calibração de pressão pneumática.

Cabo anti-chama www.cobrecom.com.br

A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos apresenta duas novidades: o cabo Cobrenax

Antichama 0,6/1 kV e o Cabo Cobrenax Flex Antichama 0,6/1kV. Ambos são indicados para circuitos de alimentação e distribuição de energia para tensões de até 1 kV, em eletrodutos, bandejas, canaletas e dutos subterrâneos e atendem os requisitos das normas NBR 7288 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e NBR NM 280 da ABNT/Mercosul.

O cabo Cobrenax Antichama 0,6/1 kV apresenta encordoamento classe 2 e está disponível

Ambos os cabos são indicados para circuitos de alimentação e distribuição de energia para tensões de até 1 kV, em eletrodutos, bandejas, canaletas e dutos subterrâneos.

nas seções nominais 6 mm², 10, mm², 16 mm², 25 mm², 35 mm², 50 mm², 70 mm², 95 mm², 120 mm², 150 mm², 185 mm², 240 mm² e 300 mm². Por sua vez, o cabo Cobrenax Flex Antichama 0,6/1 kV, que é recomendando para instalações que necessitam de flexibilidade, possui encordoamento classe 4 e 5 e pode ser encontrado nas seguintes seções nominais: 1,5 mm², 2,5 mm², 4 mm², 6 mm², 10, mm², 16 mm², 25 mm², 35 mm², 50 mm², 70 mm², 95 mm², 120 mm², 150 mm², 185 mm², 240 mm², 300 mm², 400 mm² e 500 mm.

Ambos os condutores são formados por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole, isolado com PVC, tipo PVC/A para 70º C,

antichama (BWF-B) e cobertura de PVC, tipo ST 1, antichama (BWF-B).



Painel de normas

22

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.

Projeto de norma sobre líquidos isolantes para equipamentos elétricos está em consulta nacional Texto normativo que estabelece os requisitos exigíveis para os líquidos isolantes sintéticos à base de hidrocarbonetos aromáticos ficará disponível para receber sugestões até o dia 28 de setembro

Interessados em contribuir para a elaboração do projeto 03:010.02-031 “Líquidos isolantes sintéticos à base de hidrocarbonetos

aromáticos para equipamentos elétricos” têm até o dia 28 de setembro de 2015 para fazê-lo. O texto ficará até esta data aberto ao público no site da ABNT, no endereço: www.abntonline.com.br/consultanacional.

A norma estabelece os requisitos exigíveis para os líquidos isolantes sintéticos à base de hidrocarbonetos aromáticos, aplicando-se apenas

aos líquidos isolantes sintéticos novos, antes de qualquer contato com equipamentos elétricos.

Municípios afetados por hidrelétricas podem ficar isentos de despesas com transmissão Proposição consta em texto substitutivo elaborado pelo deputado Walter Ihoshi (PSD-SP). Projeto recém aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor agora tramitará nas comissões de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania Consumidores de energia elétrica

de Defesa do Consumidor na Câmara

público de energia elétrica. Para justificar

que

com

dos Deputados. De acordo com dados da

o benefício da redução da tarifa de

usina hidrelétrica ou pequena central

Associação Brasileira de Distribuidores

energia para os residentes de municípios

hidrelétrica instaladas em seu território

de

afetados

podem, em breve, ficar isentos de

percentual médio de transmissão na

relator do projeto afirmou que apesar

pagar

composição da tarifa da energia elétrica

de essencial ao país, a geração de

transmissão de energia elétrica nestas

é de 8%.

energia elétrica por hidrelétricas acarreta

localidades. Isto é o que propõe o texto

impactos ambientais e sociais grandes

substitutivo do relator, deputado Walter

estava previsto no projeto anterior, o

ao município produtor.

Ihoshi (PSD-SP), para o Projeto de

deputado Walter Ihoshi preferiu elaborar

Agora, o texto será analisado em

Lei 496/15, elaborado pelo deputado

um novo texto e incluí-lo como alteração

caráter conclusivo pela comissão de

Mário Negromonte Jr. (PP-BA) e que foi

no corpo da Lei nº 8.361/83, que define

Minas e Energia e pela Comissão de

aprovado recentemente pela Comissão

as normas para as tarifas do serviço

Constituição e Justiça e de Cidadania.

residem

as

em

despesas

municípios

relacionadas

à

Energia

Elétrica

(Abradee),

o

Ao invés de criar uma lei nova, como

pelos

empreendimentos,

o


23

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

ABNT publica mais quatro normas na área de eletricidade Reator e ignitor para lâmpada a vapor metálico

de

Publicada no dia 20 de agosto,

iluminação geral similar” foi publicado

estruturado” é o título da norma ABNT

a

pela Associação Brasileira de Normas

NBR 16415: 2015 publicada no dia 6

norma

ABNT

NBR

segurança

halógenas

14305:2015

para

Parte: uso

Lâmpadas

doméstico

e

Cabeamento estruturado

“Caminhos e espaços para cabeamento

Técnicas (ABNT) em 12 de agosto

de agosto deste ano. Com 58 páginas,

exigíveis para os reatores e ignitores

de

norma

o documento especifica a estrutura e os

para lâmpadas a vapor metálico de

especifica os requisitos de segurança

requisitos para os caminhos e espaços,

alta pressão, de maneira a assegurar o

e os requisitos correspondentes de

dentro ou entre edifícios, para troca de

desempenho correto das lâmpadas e

intercambiabilidade

informações e cabeamento estruturado

o método pelo qual são ensaiadas. O

halógenas incandescentes destinadas

documento, que possui 40 páginas, é

a substituir lâmpadas convencionais

intitulado “Reator e ignitor para lâmpada

de filamento de tungstênio, bem como

Óleo mineral isolante

a

para novas lâmpadas halógenas que

não tenham correspondentes na IEC

publicada no dia 22 de julho e tem como

60432-1, mas cujos requisitos de

objetivo especificar o método de ensaio

segurança e intercambiabilidade são

para determinação do teor dibenzil

especifica

vapor

os

requisitos

metálico

mínimos

(halogenetos)

Requisitos e ensaios”.

Lâmpadas incandescentes

2015.

Esta

parte

para

da

lâmpadas

de acordo com a ABNT NBR 14565.

A norma ABNT NBR 16412:2015 foi

ABNT

tratados por esta norma em conjunto

dissulfeto em óleo mineral isolante,

NBR IEC 60432-2:2015 “Lâmpadas

com a IEC 60432-1. O texto tem 11

por cromatografia em fase gasosa com

incandescentes

páginas.

detector de captura de elétrons.

O

documento

normativo –

Especificações


Painel de empresas

24

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

GE disponibilizará 156 turbinas eólicas para usina localizada em Piauí e Pernambuco Projeto é da Casa dos Ventos, uma das maiores investidoras no desenvolvimento de parques eólicos no Brasil. GE comercializará turbinas inteligentes e modulares de 2 MW

Aproveitando o que os bons ventos

trazem, literalmente, a GE e a Casa do Ventos, uma das maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil, fecharam um acordo para fornecimento de 156 turbinas eólicas para o novo parque eólico da empresa, localizado entre os estados do Piauí e Pernambuco. A GE comercializará turbinas inteligentes e modulares de 2 MW.

Do total das turbinas comercializada,

74 são unidades 2.3-107 e 82 unidades do modelo 2.3-116. O acordo, que estabelecerá o maior negócio da história de energia renovável da GE na América Latina, também inclui um contrato de dez anos para operações e manutenção. O parque eólico está programado para entrar em operação comercial em abril de 2017. A expectativa é de que produza cerca de 360 MW em um único cluster.

O parque eólico está programado para entrar em operação comercial em abril de 2017 e a expectativa é de que produza cerca de 360 MW em um único cluster.

O projeto proposto também marca

“Nossa nova plataforma de 2 MW usa

Brasil em um projeto eólico de grande

a primeira vez que várias unidades de

a mesma machine head para turbinas de

porte como este”, diz a presidente e

recém-lançada plataforma de turbina de

2.3-107 e 2.3-116, e estamos ansiosos

CEO do negócio de energia renovável

2 MW da GE será utilizada no Brasil.

para ver estas turbinas estrearem no

da GE, Anne McEntee.

Cemig lucra R$ 534 milhões no 2º trimestre A concessionária apresentou um Lajida – Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação, e Amortização - de R$ 1,2 bilhão e receita líquida de R$ 5,4 bilhões atingiu R$ 5,4 bilhões.

para a Companhia Energética de Minas

Durante a apresentação, tanto o

no sentido de garantir a manutenção

Gerais

apresentação

presidente da Cemig, Mauro Borges

de um balanço sólido que lhe permita

à imprensa no dia 19 de agosto, a

Lemos, quanto o diretor de Finanças e

superar os desafios de curto prazo e

concessionária anunciou ter obtido um

Relações com Investidores da companhia,

proporcionar condições mais favoráveis

lucro de R$ 534 milhões no período. A

Fabiano Maia Pereira, fizeram questão

para o seu crescimento sustentável”,

geração de caixa da empresa, medida

de ressaltar que, apesar do momento

disse o diretor. Já o presidente destacou

pelo Lajida – Lucro Antes dos Juros,

turbulento por qual passa o setor elétrico,

que a Cemig “continua diversificando sua

Impostos, Depreciação, e Amortização -,

a Cemig conseguiu driblar as dificuldades

atuação para se consolidar como líder de

foi de R$ 1,2 bilhão e a receita líquida

e apresentar resultados sólidos.

mercado do setor elétrico brasileiro”.

O 2º trimestre de 2015 foi positivo (Cemig).

Em

“A companhia tem envidado esforços


25

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Eletrobras registra prejuízo de R$ 1,358 bilhão no 2º trimestre de 2015 Como nos primeiros três meses do ano, a empresa havia lucrado R$ 1,255 bilhão, o déficit consolidado no semestre foi de R$ 103 milhões Tudo parecia estar indo bem para a Eletrobras, uma das maiores empresas do setor de energia elétrica da América Latina, quando nos primeiros três meses de 2015, a despeito da crise econômica que assola o país, a empresa registrou lucro de R$ 1,255 bilhão. Contudo, a situação positiva não foi sustentada por muito tempo, a companhia amargou, no 2º trimestre do ano, um prejuízo de R$ 1,358 bilhão, o que contabilizou no semestre um déficit consolidado de R$ 103 milhões. As informações são de balanço divulgado em meados de agosto.

De acordo com a Eletrobras, o fator que

mais influenciou no resultado negativo do semestre foi a provisão para contingências de ações judiciais no valor de R$ 848 milhões. Pesaram também no prejuízo: o crescimento de 14,1% da energia comprada para revenda no 2º trimestre na comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 3,332 bilhões; o crescimento de 113% no combustível utilizado para a produção de energia elétrica, que contabilizou uma soma de R$ 636 milhões; e o decréscimo em 112,8% do repasse de Itaipu no 2º trimestre ante o 1º trimestre, que acarretou R$ 16 milhões negativos. Em

relação

aos

aspectos

que

contribuíram positivamente para o resultado, a Eletrobras destaca o crescimento da receita de fornecimento na distribuição de 6,8% no 2º trimestre em comparação ao trimestre anterior, que gerou R$ 3,3 bilhões; a reversão de provisões de contratos onerosos de R$ 80 milhões; e o reconhecimento dos valores da CVA - Conta de Compensação de Itens da Parcela A - e outros componentes financeiros no montante de R$ 278 milhões.


Painel de empresas

26

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Grupo Conex apresenta nova logomarca para comemorar 30 anos Logo não era modificado desde a fundação da empresa em 1985. Mudança moderniza a marca, tornando-a mais próxima e consonante à logomarca da Conexled, outra empresa do grupo. O Grupo Conex completou 30 anos em 2015. Para celebrar a data, a empresa realizou no final de julho uma comemoração, na qual compareceram funcionários e clientes parceiros de muitos anos, que acompanharam a trajetória do grupo nestas três décadas.

O diretor comercial da

Conex, Ricardo Valente Braz, reconhece que o ano – marcado por baixo crescimento econômico do país – não era o ideal para uma festa, “mas não quisemos deixar passar em branco, com o intuito de prestigiar os funcionários e passar a nossa felicidade [pela data]”.

ele fazia parte do nome da marca, agora

chefe do Grupo Conex. Em 2013, foi um

A Conex aproveitou a ocasião para

ele foi deslocado para o lado esquerdo da

dos responsáveis pelo crescimento de

lançar o novo logotipo da empresa. Segundo

marca e teve seu tamanho aumentado.

faturamento do grupo acima de 100% Em

o diretor de marketing do grupo, Filipe

2014, garantiram uma elevação de 30%

Valente Braz, a mudança já vinha sendo

Surgimento da Conexled

em elação ao ano anterior. E em 2015,

estudada há dois anos, mas seu lançamento

Um dos marcos da história do Grupo

mesmo com o segmento de conexões

foi reservado para a comemoração dos 30

Conex nesses seus 30 anos de existência

apresentando retração por conta dos

anos da Conex. Braz explica que a marca era

foi a criação do segmento voltado para a

problemas com a área de Petróleo & Gás,

a mesma desde 1985 – ano de fundação

fabricação de produtos de iluminação Led

deve garantir a estabilidade. “Na linha

da Conex – e estava antiquada. “Afinal, uma

em 2008. A empresa, que tinha como foco

Conex a perspectiva de queda é certa.

marca que tem 30 anos não pode estar

principal a fabricação de conexões para

No grupo, espera-se que pelo menos

muito atual”, diz. Em complemento, o diretor

eletroduto pesado, resolveu investir na

se nivele ao ano passado em função do

comercial, Ricardo Braz, destaca que a

iluminação a Led por intermédio do diretor

Led compensar aquilo que perdemos”,

mudança também faz com que as marcas

comercial, Ricardo Braz, que, considerado

afirma o diretor comercial, Ricardo Braz.

Conex e Conexled entrem em harmonia.

“visionário” por seu irmão Filipe, vislumbrou

Para 2016, os prognósticos, segundo

“Havia um logo muito antigo da Conex e um

em 2006, o potencial comercial de uma

Filipe, é de que a empresa volte a

muito moderno da Conexled e o grupo é

tecnologia até então quase inexistente

crescer. A expectativa é de que a Conex

uma coisa só”, explica.

no país. “Nós fomos até a China buscar

dê um salto com o reaquecimento do

Felipe explica que o logo antigo continha

a novidade. Viajamos a diversas feiras

mercado de Petróleo & Gás. Já para a

muito detalhes, o que fazia com que

espalhadas pelo mundo e trouxemos as

Conexled é aguardado um crescimento

perdesse um pouco de visibilidade ao ser

melhores tecnologias da época. Até que em

de faturamento de aproximadamente 40%

olhada de longe. A marca agora conta com

2008, lançamos a marca Conexled”, conta

em relação a este ano.

uma tipografia mais robusta, o que facilita

Filipe.

Para continuar crescendo a empresa

sua visibilidade à distância e remente,

Os primeiros anos da Conexled, de

planeja ainda para este ano o lançamento

segundo Felipe, à solidez da empresa. A cor

acordo com o diretor de marketing, foram

de luminárias com lâmpadas convencionais

vermelha foi mantida, sendo acrescentada

de desenvolvimento da marca. “Foram bons

e Leds à prova de explosão. Em 2016,

outras nuances de maneira que se possa

anos ‘educando’ o mercado a respeito do

o Grupo Conex deverá realizar grandes

distinguir as letras “Ex”, fazendo menção à

Led”, diz Filipe, relembrando que à época

investimento na fábrica de Led, localizada

área de atmosferas explosivas, segmento

o custo da tecnologia era muito alto

em São Bernardo do Campo (SP), com o

também atendido pela companhia. Outra

para que as vendas fossem relevantes.

objetivo de incrementar a produtividade

mudança diz respeito ao “x” estilizado. Antes

Na atualidade, o Led é o principal carro-

dessa linha de produtos.


27

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Itron assina acordo com Elo Sistemas Eletrônicos Parceria prevê a integração da tecnologia de comunicação adaptativa Itron Riva aos medidores eletrônicos da Elo

A Itron fechou no último mês de julho

acordo com a Elo Sistemas Eletrônicos. Com a parceria, a empresa especializada em produtos e serviços voltados ao uso inteligente de energia e água irá integrar sua tecnologia de comunicação adaptativa Itron Riva aos medidores eletrônicos da Elo. Conforme o diretor da divisão de eletricidade

da

Itron

América

Latina,

Emerson Souza, a parceria proporcionará às concessionárias uma solução que garantirá que os dados coletados sejam entregues de forma mais eficiente e confiável. "Este acordo é uma verdadeira inovação para a indústria de medição. Ambas as empresas trazem suas especialidades em um produto único, compacto e eficiente, acelerando resultados em relação às aplicações de smart grid", afirma. O

software

Itron

Riva

fornece

inteligência de ponta na rede e tecnologia de comunicação adaptativa que incorpora duas tecnologias de comunicação, rádio frequência (RF) e power line communications (PLC), trabalhando de maneira harmônica no mesmo dispositivo e em tempo real. De acordo com a Itron, a tecnologia seleciona de forma dinâmica o melhor caminho de comunicação, com base nas condições e funcionamento da rede, atributos de dados e requisitos de aplicação. Outro atrativo da tecnologia, conforme a Itron, é a plataforma de software unificada para novas aplicações de rede inteligente que se beneficia das comunicações de alto desempenho e do poder da computação distribuída na rede elétrica de baixa tensão. Tal recurso possibilita, segundo a empresa, novas e mais efetivas abordagens para a detecção de furto de energia, de conexões de alta impedância e outras condições de rede perigosas, análise de falha, e gestão de carga do transformador e da resposta à demanda.


Painel de empresas

28

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Realcenter completa 25 anos Para marcar a data, empresa lança novo logotipo, considerado mais “clean” e moderno A Realcenter, empresa gaúcha de

início teve como foco oferecer diferenciais

materiais elétricos, completa neste ano 25

na distribuição e comercialização de

anos de atividades. Para celebrar a data,

produtos e serviços ligados à eletricidade,

a companhia lançou sua nova logomarca,

cresceu, nestes 25 anos, tendo bons

cuja inspiração foi alguns de seus pilares:

parceiros, fornecedores e clientes, que

tradição, qualidade, inovação e dedicação

acreditaram na empresa e no trabalho que

ao cliente. O objetivo da empresa foi a

apresentou ao mercado. “Sempre fomos

criação de um logo “clean” e moderno,

reconhecidos por nosso compromisso,

mas que nem por isso deixou de lado a

seriedade e pela capacitação de nossa

tradição da marca anterior, que é lembrada

equipe”, afirma Araldi.

na nova imagem através de um bulbo de

O diretor da Realcenter destaca

lâmpada estilizado. O logo conta também

também que a empresa cresceu juntamente

a Reacenter atende todo o estado gaúcho.

com um selo comemorativo dos 25 anos

com as regiões nas quais está inserida.

Em Guaíba, por exemplo, em parceria com

da companhia, que, de acordo com a

Na atualidade, conta com quatro lojas

a Siemens, é fornecedora de materiais

Realcenter, fornece equilíbrio aos demais

no Rio Grande do Sul, especificamente

elétrico para a implantação do projeto

elementos da marca, e sinaliza a trajetória

nos municípios de Caxias do Sul, Bento

Guaíba 2, expansão da fábrica Celulose

da empresa.

Gonçalves, Novo Hamburgo e Porto Alegre.

Riograndense – CPMC, considerada pela

De acordo com o diretor da empresa,

Com logística própria e estrutura para

empresa um dos maiores investimentos

Remi José Araldi, a Realcenter, que desde o

atendimento a consumidores e empresas,

privados do Rio Grande do Sul.

Nova logomarca foi criada em comemoração aos 25 anos da empresa.



Painel de empresas

30

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Copel investe R$ 962 milhões no 1º semestre de 2015 Balanço divulgado no mês de agosto mostra também que a concessionária teve lucro líquido de R$ 772 milhões e Receita Operacional Líquida de R$ 8,1 bilhões

Em balanço divulgado no mês de agosto, a Companhia Paranaense de Energia (Copel)

anunciou ter realizados investimentos da ordem de R$ 962 milhões no primeiro semestre de 2015. De acordo com a empresa, a maior parte do aporte se deu em obras de melhoria e ampliação da rede elétrica paranaense.

O segmento de distribuição teve aportes de R$ 335 milhões, para a realização de obras

em várias regiões do Estado. Na área de transmissão, também existiram investimentos milionários. A inauguração da subestação e Linha de Transmissão (LT) Curitiba Leste custou R$ 130 milhões, e a LT Figueira-Londrina, também entregue no primeiro semestre, despendeu R$ 37 milhões da concessionária. Na área de geração, destaque para o início das obras de modernização da Usina Térmica Figueira, na qual serão investidos aproximadamente R$ 119 milhões.

A Copel ainda investiu bastante no primeiro semestre de 2015 em telecomunicações.

A área foi responsável por um aporte de R$ 51 milhões, empregados, especificamente, na rede de fibra ótica da companhia, com a implantação de internet residencial nos municípios paranaenses de Colorado, Paranaguá, Palotina, União da Vitória e Porto União.

O balanço também mostra que, no primeiro semestre, a Copel teve lucro líquido de R$

772 milhões e Receita Operacional Líquida de R$ 8,1 bilhões.

Romagnole alcança a marca histórica de 1 milhão de transformadores fabricados A empresa levou 30 anos para conseguir produzir meio milhão de transformadores, de 1976 a 2006, e menos de uma década para fabricar outras 500 mil unidades Julho de 2015 entrou para a

produzir 500 mil transformadores, de

história

Produtos

1976 a 2006, e menos de dez anos

Elétricos como o mês no qual a

da

Romagnole

para fabricar outras 500 mil unidades.

empresa atingiu a marca de um milhão

A aceleração da produção de

de transformadores fabricados. O

transfor­ madores na última década

equipamento, um transformador de

chama mais a atenção, segundo a

75 kVA, foi adquirido pela Eletriz

Romagnole, se for levado em conta

Construtora,

prestadora

que, no início, a empresa tinha como

de serviços na área de engenharia

empresa

foco a fabricação de transformadores

elétrica, localizada em Aparecida de

voltados

Goiânia (GO). O produto foi entregue

energia, cuja fabricação é mais rápida

especialmente pelo diretor comercial

e normalmente as vendas ocorrem

Nacional da Romagnole, João Roberto

em grandes lotes. Nos últimos anos,

Favine.

porém, houve um crescimento na

linha dos modelos industriais, de

Conforme a Romagnole, o número

expressivo

traduz,

na

prática,

para

a

distribuição

de

o

maior potência e fabricação mais

crescimento obtido pela companhia na

complexa, que hoje tem uma grande

última década. Para se ter uma ideia, a

representatividade no portfólio da

empresa levou 30 anos para conseguir

empresa.


Fascículos

Apoio

ILUMINAÇÃO PÚBLICA E URBANA Plinio Godoy

32

Capítulo VIII – Iluminação pública • Um paralelo com a tecnologia da telefonia móvel • O mundo digital • Iluminação pública digital

ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA E APLICAÇÕES Manuel Luís Barreira Martinez

40

Capítulo VIII – Avaliação de cargas e consumo • Limites de confiança do consumo • Histograma e curva de tendência para energia consumida • Consumo dos transformadores

EQUIPAMENOS PARA SUBESTAÇÕES DE T&D Sergio Feitoza Costa

46

Capítulo VIII – Painéis de média tensão • Oportunidades na futura IEC 62271-307 • Uso de cálculos para elevação da temperatura • Uso de cálculos de esforços térmicos e eletrodinâmicos • Uso de cálculos da sobrepressão causada por arco interno • Ensaios de interrupção e estabelecimento

QUALIDADE NAS INSTALAÇÕES BT Alberto J. Fossa Capítulo VIII – Análise estratégica sobre a ABNT NBR ISO 50001 e as oportunidades para o mercado de eficiência energética – Parte 3 • Aspectos estratégicos, cenário e perspectivas futuras • O impacto da gestão da energia no planeta • Eficiência energética • Aplicação da ISO 50001

52


Apoio

Capítulo VIII

Iluminação pública Por Plinio Godoy*

Led pra cá, Led pra lá... muito boa essa discussão, no entanto, o

serviços eram restritos à lista de contatos, Bina, em que o número

que muitas vezes deixamos de lembrar que o Led sem a eletrônica

da pessoa que estava nos ligando aparecia na tela e outros poucos

não é nada.

serviços.

Desde a mais simples aplicação até a mais complexa, a eletrônica

Naquela época, o que se fazia com um telefone celular era “falar”

faz parte desse mundo, pois estamos falando do mundo digital.

com as outras pessoas, pagando um preço alto por isso.

Neste capítulo vamos visitar as possibilidades e entender o novo

mundo da iluminação pública.

Enfim, tínhamos uma tecnologia que apresentava limitações

face ao sinal analógico que utilizava. Os engenheiros eletrônicos podem dizer muito mais do que eu digo agora.

O mundo digital

Quando a telefonia digital passou para a ser utilizada, como o

nome diz, passou-se da tecnologia analógica para a utilização de

Quando, há alguns anos, me perguntaram se eu acreditava que

pulsos “0” e “1”, que realizou milagres! http://qph.is.quoracdn.net

o futuro da iluminação era o Led, meu pensamento imediatamente começou a desenvolver uma análise paralela entre este mundo da iluminação e os demais mundos que habitamos.

Por exemplo, isso foi o que aconteceu com outras tecnologias

que utilizávamos, como a telefonia celular. No início, os telefones celulares utilizavam a tecnologia analógica, as telas eram de cristal líquido monocromático e os

A simplificação da forma analógica para digital permitiu a eliminação de ruídos, distorções e o processamento de mais informações.

Um aspecto interessante é a alteração das tendências face às

novas possibilidades que surgem a partir de novas aplicações e desenvolvimentos.

Vejam o que acontece com o tamanho dos aparelhos celulares: www.dv8media.co.uk

http://www.easywaystogogreen.com

Iluminação pública e urbana

32


Apoio

https://oroeco.files.wordpress.com

Depois desse devaneio, pensando nas tecnologias e suas tendências, meu interlocutor me chamou: “Hey, e aí? O que acha do Led como iluminação do futuro?” Eu respondi: “Se o Led utiliza tecnologia digital, acredito que será não a iluminação do futuro, mas a do presente para alguns mercados”. E podemos perceber esta evolução já em nossas casas: http://gereports.com.au

Até então, temos tecnologias que funcionam economizando

energia e durando mais, o que já é muito bom para nós, usuários. Então, começam os desenvolvimentos tecnológicos a partir da tecnologia digital, o que não era possível com a tecnologia analógica,

A tecnologia fluorescente e a fluorescente compacta era, há

pouco tempo, a tecnologia que estava sendo apresentada como a mais eficiente, economizava 80% de energia em relação às lâmpadas incandescentes, duravam dez vezes mais... não era perfeito?

A comparação entre as tecnologias analógicas e digitais, em

termos de utilização da energia para a produção de luz, mudou:

http://www.gatortec.com

por exemplo, das lâmpadas fluorescentes compactas.

33


Apoio

As lâmpadas podem ser dimerizadas e mudar de cor,

visual, a eficiência do sistema e um melhor aproveitamento da

programadas por tempo, enfim, possibilidades que somente a

luz nos planos de interesse.

imaginação de quem cria os “softwares”, os programas e aplicativos,

pode limitar.

de baixa potência, conseguimos controlar a luz, produzir luz de

boa aparência de cor, ótimo índice de reprodução de cor, enfim, estávamos em um momento avançado no sentido da aplicação das tecnologias existentes, um momento “maduro” entre a tecnologia e a aplicação, os equipamentos e a consciência de qualidade.

http://www.minel-schreder.rs

http://images.bidnessetc.com

Esta imaginação cria novas possibilidades e utilizações:

Com o advento da tecnologia das lâmpadas a vapor metálico

As lâmpadas tornam-se caixas acústicas Bluetooth...

Percebe que você pode escolher uma solução Led não mais por

causa da iluminação? Você quer agregar o ponto de luz a outros serviços, neste caso, transformando a luminária sobre a mesa de jantar em um ponto de som. http://i0.wp.com

Com estas lâmpadas a vapor metálico, eram utilizados reatores

eletrônicos que permitiam algum nível de controle, dimerização, porém, era muito pouco explorado face aos custos elevados.

Com a migração da tecnologia analógica para a digital, na

área da iluminação urbana, inicialmente foram desenvolvidas tecnologias de algum tipo de controle e dimerização localizada, com programação de fábrica que atendia a uma curva de dimerização.

http://www.schreder.com

Iluminação pública e urbana

34

A iluminação tinha uma importância ligada ao fato de ver,

com a qualidade de como vemos e as consequências da luz no ato de ver.

Iluminação pública digital

Como já mostrado em capítulos anteriores, o início da

iluminação pública elétrica foi bastante interessante, quando a ideia era utilizar torres altas para iluminar a maior área possível, pois as fontes de luz a arco produziam tamanha quantidade de

luz visível que era impossível utilizá-la perto das ruas.

o fluxo das luminárias, evitando-se o excesso de luz quando o

Este tipo de tecnologia também pode ser utilizado para controlar

Posteriormente, com o avanço dos estudos e desenvolvimentos

sistema está novo, pois, para o dimensionamento dos sistemas,

tecnológicos, as lâmpadas de descarga de potências menores

utilizamos sempre um fator de depreciação, que é a diferença entre

permitiram a utilização de luminárias com melhor controle

a produção de luz quando do sistema novo e quando do sistema

ótico, instaladas em postes mais baixos, melhorando o conforto

depreciado.


Apoio

35


Apoio

http://www.libelium.com

http://www.schreder.com

Dessa maneira, conseguimos, com a tecnologia digital, dimerizar os Leds com facilidade e, assim, economizar energia. Entretanto, continuamos a empregar o ponto de luz somente para iluminação. Imagine então a possibilidade de integrar os diversos pontos de luz por meio de uma rede digital:

Há, também, a possibilidade de receber e enviar informações

do sistema de iluminação por meio de uma central de telegestão,

as informações obtidas, consumo energético real, status do sistema, identificação de falhas, definição de serviços, etc.

www.philips.com

http://www.schreder.com

em que há, além das funcionalidades do sistema, formas de utilizar

Isto poderia ser bastante útil, já que permitiria a troca de

informações entre as luminárias e o seu controle a partir de sensores. http://www.schreder.com

O próximo passo na integração das tecnologias digitais é o

que conhecemos (ou não) como “cidades inteligentes” ou “smart cities”. Assim, estamos adicionando funcionalidades ao sistema, utilizando os pontos de luz como receptores e transmissores de informações para as outras luminárias. Melhoramos a segurança, economizando energia.

Muito bom, porém, perceba que a informação deste sensor

estaria sendo utilizada somente para a iluminação e que esta informação poderia ser direcionada também para outras funcionalidades. Os sistemas, utilizando-se da tecnologia digital, poderiam se comunicar entre si, utilizando informações e interagindo suas soluções, produzindo um ambiente com possibilidades novas de serviços.

www.cisco.com

Iluminação pública e urbana

36


Apoio

37


38

As tecnologias a serem incorporadas às cidades são tão

variadas quanto são os desenvolvimentos e a iluminação pública tem um papel importante neste processo, pois está instalada em muitos pontos pela cidade.

www.ibm.com

Apoio

Muito provavelmente todas estas possibilidades deverão

conversar, trocar informações entre si e serem utilizadas de maneira integrada em um Centro de Controle Operacional (CCO).

Muitos fabricantes estão possibilitando a utilização de

alguns serviços integrados com a tecnologia da telegestão, como provedores de sinal wifi e outras funcionalidades, baseados na mesma banda de sinal digital, o que é um primeiro passo em direção ao conceito das cidades inteligentes.

O que devemos entender é que toda decisão de tecnologia

a ser utilizada nas nossas cidades, como a tecnologia Led, que tem uma previsão de durabilidade de muitos e muitos anos, deverá estar preparada para “conversar” com as tecnologias que virão, através de protocolos abertos. O que decidimos hoje impactará na facilidade de integração amanhã e esta é a primeira etapa para a construção das cidades inteligentes... tomar decisões inteligentes! * Plinio Godoy é engenheiro eletricista especializado em lighting design. É consultor e lighting designer sênior da CityLights. CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

39


Apoio

Análise de consumo de energia e aplicações

40

Capítulo VIII Avaliação de cargas e consumo Por Manuel Luís Barreira Martinez*

Em continuidade ao tema iniciado no

capítulo anterior, este artigo faz uma análise sobre o consumo residencial e comercial de transformadores. A Tabela 1 mostra os limites de confiança para os valores de consumo residencial obtidos do modelo estatístico utilizado para gerar as Figuras 4 e 5 do capítulo anterior. A interpretação destes dados implica considerar que “o consumo residencial para os transformadores de 5 kVA se situa entre 174,06 KWh/mês e 191,67 kWh/mês com um valor mais provável de 182,65 kWh/mês". Tabela 1 – Consumo residencial dos transformadores 5 kVA Consumo residencial [kWh]

Mais

Limite

Limite

provável

mínimo

máximo

1%

6,96

5,70

8,49

5%

23,59

20,75

26,83

50%

182,65

174,06

191,67

95%

639,25

608,16

671,92

99%

940,11

890,20

992,83

Figura 1 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes comerciais – transformadores 5 kVA

As Figuras 1 e 2 a seguir mostram

o modelo estatístico construído a partir de uma Distribuição de Wiebull, a mais adequada

aos

padrões

de

consumo

comercial, respectivos histograma e curva de tendência da distribuição indicada. Novamente o histograma mostrado na Figura 2 demonstra, nestes casos, a total impossibilidade de se aplicar a este

Figura 2 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes comerciais – transformadores 5 kVA.

tipo de estudo uma modelagem estatística

caso isso ocorra via de regra invalidam a

Padrão Normal. Os erros que são cometidos

confiabilidade dos estudos, comprometendo


Apoio

41

a qualidade da solução apresentada. A Tabela 2 mostra os limites de confiança para os valores de consumo comercial obtidos do modelo estatístico utilizado para gerar as Figuras 1 e 2. Tabela 2 – Consumo comercial dos transformadores de 5 kVA Consumo comercial [kWh]

Mais

Limite

Limite

provável

mínimo

máximo

1%

0,97

0,43

2,18

5%

5,83

3,28

10,37

50%

102,97

80,03

132,48

95%

517,16

409,64

652,90

99%

830,87

636,58

1.084,47

Figura 3 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes industriais – transformadores 5 kVA.

De modo a finalizar a presente análise, as Figuras 3 a 8, bem como as Tabelas 3 a 5, mostram os modelos equivalentes para consumo industrial, rural e outros.

Como novamente se observa para

o caso de consumidores industriais nas redes rurais a fidelidade do modelo estatístico que melhor representa os

Figura 4 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes industriais – transformadores 5 kVA.


Apoio

Análise de consumo de energia e aplicações

42

dados de consumo pode ser considerada como reduzida. No entanto, o universo analisado não possui muitas amostras e este fato é o provável responsável por este comportamento. Tabela 3 – Consumo industrial dos transformadores de 5 kVA Consumo Industrial [kWh]

Mais

Limite

Limite

provável

mínimo

máximo 31,39

1%

12,39

4,89

5%

23,98

11,46

50,14

50%

117,91

73,36

189,50

95%

579,84

277,24

1.212,71

99%

1.121,80

442,86

2.841,60

Como se observa para o caso de

Figura 5 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes rurais – transformadores 5 kVA.

consumidores rurais a fidelidade do modelo estatístico é muito elevada, dado principalmente ao elevado volume de amostras que compõem o universo. Tabela 4 – Consumo rural dos transformadores de 5 kVA Consumo rural [kWh]

Mais

Limite

Limite

provável

mínimo

máximo

1%

15,11

13,33

17,13

5%

44,71

41,21

48,51

50%

286,22

277,28

295,45

95%

925,96

895,42

957,55

99%

1.337,90

1.289,41

1.388,21

Por consumidores outros entende-se

Figura 6 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes rurais – transformadores 5 kVA.

todo e qualquer consumidor que não se classifica nos demais tipos padrão, formando, deste modo, um grupo de dados muito heterogêneo, o que pode, em parte, explicar o comportamento observado na Figura 13. Tabela 5 – Consumo outros dos transformadores de 5 kVA Consumo outros [kWh]

Mais

Limite

Limite

provável

mínimo

máximo

1%

13,72

12,23

15,38

5%

32,95

30,34

35,79

50%

157,34

150,09

164,95

95%

751,32

693,75

813,67

99%

1.804,97

1.614,20

2.018,28

Figura 7 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes outros – transformadores de 5 kVA.


Apoio

43


Apoio

Análise de consumo de energia e aplicações

44

As Figuras 9 e 10, bem como a Tabela

6, mostram os resultados agrupados para os transformadores de 5 kVA. Não existe uma correspondência com nenhum tipo específico de consumidor, uma vez que a composição relativa do conjunto é que define este comportamento. A decisão de agrupar ou não os transformadores,

segundo

seu

"tipo

de cliente", para efeitos de aquisição, depende da política de manutenção e gestão de estoques das companhias de energia elétrica, bem como dos padrões

de

manufatura

definidos

pelos fabricantes e seus processos de Figura 8 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes outros – transformadores 5 kVA.

trabalho. O modelo estatístico que melhor se adapta aos dados é dado por uma Distribuição Gamma, que é o correspondente aos consumidores classificados como residenciais e rurais. Tabela 6 – Consumo dos transformadores de 5 kVA Consumo outros [kWh]

Figura 9 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – transformadores 5 kVA.

Mais

Limite

Limite

provável

mínimo

máximo

1%

17,03

15,17

19,11

5%

53,18

49,35

57,31

50%

367,38

357,00

378,05

95%

1.227,14

1.190,86

1.264,52

99%

1.786,00

1.728,11

1.845,83

*Manuel Luís Barreira Martinez possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em equipamentos, materiais elétricos, distribuição de energia elétrica e técnicas em alta tensão. É autor e coautor de 350 artigos em revistas e seminários, associados a trabalhos de engenharia e 45 orientações de mestrado e doutorado. Atua, principalmente, nos seguintes segmentos: métodos de ensaios, ensaios dielétricos, para-raios para sistemas de média e alta tensão e equipamentos elétricos.” CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

Figura 10 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – transformadores 5 kVA.

Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

45


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

46

Capítulo VIII Painéis de média tensão Por Sergio Feitoza Costa*

Este

fascículo

vem

apresentando

que tem publicação prevista para 2016. Para

com

conceitos de engenharia para projeto

os painéis de media tensão, este documento

equipamento que foi efetivamente testado.

e especificação de equipamentos de

deve ter um impacto da mesma natureza,

As informações que devem constar em um

subestações de transmissão e distribuição.

porém, mais amplo que a IEC 61439 para

completo relatório de ensaios para este tipo

O primeiro artigo desta série cobriu

painéis de baixa tensão.

de finalidade estão no documento http://

aspectos de estudos do sistema elétrico que servem de base para as especificações

Introdução

técnicas dos equipamentos. O segundo

transparência

os

detalhes

do

www.cognitor.com.br/TR_071_ENG_ ValidationSwitchgear.pdf. Neste relatório técnico IEC, as informações do que deve

cobriu conceitos sobre curtos-circuitos,

ampacidades,

O documento IEC 62271-307começou

constar nos relatórios de ensaios são

contatos

a ser preparado em 2011 e está previsto para

ressaltadas e ficarão muito mais claras.

elétricos. O terceiro abordou o tema

ser publicado em 2016. Seu título é High-

As oportunidades na antiga IEC

“técnicas de ensaios de alta potência,

voltage Switchgear and Controlgear – Part

60439 (painéis de baixa tensão) eram

laboratórios de ensaios e principais

307: Guidance for the extension of validity of

a possibilidade de substituir os ensaios

ensaios”. No quarto capítulo, falou-se

type tests of AC metal and solid-insulation

de elevação de temperatura e de curto-

sobre os estudos elétricos de sobretensões,

enclosed switchgear and controlgear for

circuito (apenas a parte sobre forças

coordenação de isolamento e impactos de

rated voltages above 1 kV and up to and

eletrodinâmicas) por cálculos baseados

campos elétricos e magnéticos. No quinto

including 52 kV. Como membro do grupo

na comparação do projeto testado com o

capítulo, o tema abordado foi a recente

de trabalho e participante das reuniões

projeto derivado não testado. Na norma

brochura Cigré 602 sobre simulação

internacionais para a preparação desse

IEC 61439, que foi uma evolução muito

de arcos, e no seguinte, discutimos as

documento normativo, trouxe o tema para

positiva da IEC 60439 foi dado um passo à

especificações técnicas de disjuntores,

debate neste fascículo.

frente com a criação das chamadas “Regras

seccionadores, painéis e para-raios feitas

Este relatório IEC tem foco nos painéis

de projeto”, que permitem evitar fazer

por concessionárias de energia.

de média tensão das normas IEC 62271-

muitos ensaios e até mesmo a evitar os

Na edição anterior, o tema tratado

200 e 62271-201 e, da mesma forma que

cálculos que eram pedidos na IEC 60439.

estava

de

a IEC 61439 e a antiga IEC 60439 (painéis

Na Tabela 1 a seguir, estão mostrados os

segurança de subestações e dos sistemas de

de baixa tensão), trará uma série de boas

fundamentos das regras de projeto. Há

proteção contra incêndios em subestações.

oportunidades para evitar a desnecessária

muito mais detalhes sobre este tema no

A seguir, este oitavo artigo da série

repetição de ensaios onerosos.

livro “Painéis, Barramentos e Secionadores

discorrerá sobre alguns conceitos novos

Estas oportunidades só poderão ser

e Equipamentos de Subestações” (download

que serão utilizados no Relatório Técnico

aproveitadas pelos fabricantes que têm em

livre

IEC 62271-307 (painéis de media tensão),

mãos relatórios de ensaios que descrevam

Book_SE_SW_2013_POR.pdf).

sobrecargas

relacionado

às

e

distâncias

em:

http://www.cognitor.com.br/


Apoio

de testes das normas IEC 62271-200 e

Tabela 1 – As regras de projeto da IEC 61430 Regras de Projeto (t=temperaturas f=forças eletrodinâmicas p=sobrepressão)

Item

T

1

Corrente suportável de curta duração, menor ou igual a do projeto de referência testado?

2

Seção transversal do barramento... maiores ou iguais aos do projeto de referência?

x

3

Espaçamento dos barramentos... , maiores ou iguais aos do projeto de referência?

x

4

Suportes de barramentos são do mesmo tipo, forma e material e espaçamentos do barramento

F

P

x

x

para outro conjunto de manobra da mesma família com um conjunto diferente de valores

são iguais ou menores que o do projeto de referência? x

x

5

Materiais, propriedades dos materiais e montagem iguais aos do projeto de referência?

6

Dispositivos de proteção de curto circuito.... são equivalentes, aos da mesma marca e série?

7

Comprimento do condutor vivo desprotegido..... inferior ou igual aos do projeto de referência?

8

Se o conjunto tem compartimento, no ensaio do projeto de referência este foi incluído?

x

9

Compartimento a ser verificado do mesmo modelo, tipo e pelo menos mesmas dimensões?

x

x

10

Compartimentos de mesma concepção mecânica e dimensões >= do projeto de referência?

x

x

nominais ou arranjos diferentes. Baseia-se no uso de sólidos princípios técnicos, físicos,

x

x

"SIM"; a todos os requisitos - sem necessidade de ensaiar "NÃO"; a qualquer dos requisitos - verificação adicional por cálculos e simulações é necessária Cognitor

Oportunidades na futura IEC 62271-307 para evitar ensaios (painéis de média tensão)

testes de tipo realizados em uma amostra com um conjunto definido de classificações

x x

x

62271-201. Pode ser usado para estender

de experiência no setor e cálculos para estabelecer regras para vários aspectos de projeto.

Este novo documento IEC contemplará

as seguintes seções:

61439 (e a antiga IEC 60439 TTA/PTTA)

-- A utilização, os parametros e a aplicação

para os de baixa tensão. Permitirá que,

dos critérios de extensão e o uso de cálculos;

atendidas determinadas regras, um relatório

-- As informações necessárias para a extensão

de ensaios realizados em um certo tipo de

da validade do teste, o que deve constar nos

serão

painel seja utilizado como base para um

relatórios de ensaios;

apresentados os principais conceitos e

estudo que permitiria substituir ensaios em

-- Aspectos específicos para extensão da

novidades deste Relatório Técnico IEC.

um painel testado, da mesma família.

validade para testes dielétricos, ensaios de

Este documento IEC terá um impacto no

O documento inicia mencionando que

elevação de temperatura, ensaios mecânicos,

mercado de painéis de média tensão da

visa a extensão da validade de relatórios de

testes de correntes suportaveis de curta

mesma natureza do que tem a norma IEC

ensaios para evitar a desnecessária repetição

duração e de crista, ensaios de interrupção e

Nos

parágrafos

a

seguir,

47


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

48

de arco interno;

realizar ensaios de tipo com todos os

no que diz respeito a um tipo de teste, não

-- A extensão da validade de um relatório

possíveis conjuntos de manobra. Portanto, o

pode ser avaliado por um único valor e um

de ensaio para outras unidades funcionais

desempenho de um conjunto particular pode

parâmetro de projeto. Por exemplo, a distância

(situação a);

ser avaliado em função dos relatórios de testes

entre os condutores de cada fase pode variar

-- Validação de uma família pela seleção de

de tipo feitos em outras montagens da mesma

consideravelmente ao longo do caminho

objetos de teste (situação b);

família de conjuntos. No texto do documento

da corrente. Dependendo do equipamento

-- Validação de um conjunto de relatórios de

são mostrados para cada tipo de tipo de teste

e do teste, o uso de um modelo de cálculo

ensaios existentes (situação c);

(ou característica) uma lista não exaustiva

simples como uma fórmula analítica ou

-- Validação de uma modificação do projeto

de parâmetros de projeto, que devem ser

empírica pode ser suficiente, mas, por vezes,

(situação d);

analisados para a extensão da validade. A

para um modelo completo de simulação

-- Justificativa para os critérios de extensão;

análise deve se basear em sólidos princípios

tridimensional pode ser necessário utilizar

-- Exemplos para a extensão da validade dos

técnicos, físicos e cálculos, se for o caso.

uma ferramenta numérica complexa. A

ensaios de tipo, tais como:

Cada parâmetro de concepção do

ferramenta de simulação deve ser consistente

conjunto a ser avaliado, listados nas Tabelas

e a simulação reproduzível. A validação de

• Modificação do projeto de um terminal de

2 a 6, deve ser comparado com o parâmetro

ferramentas de software e métodos de cálculo

cabo em um conjunto de manobra isolado a

de projeto do tipo já testado, aplicando-se os

está fora do escopo do documento IEC.

ar (AIS);

critérios de admissão previstos nas mesmas.

• Modificação do projeto de uma unidade

funcional por adição de transformadores de

permite que um teste realizado em uma

corrente;

montagem com características específicas

• Modificação do projeto de uma chave-

seja estendido para outra montagem

fechadura na porta de uma unidade

de uma mesma família com diferentes

procedimentos de cálculo para os conjuntos

funcional AIS;

características. Se qualquer um dos critérios

de baixa tensão, que também poderiam

• Extensão dos relatórios de uma “ring main

de extensão não puder ser confirmado, é

ser aplicados aos conjuntos de manobra de

unit GIS” para unidades funcionais com

necessário utilizar outros argumentos como

alta tensão, tendo em conta as limitações

largura maior;

cálculos, explicações e simulações ou mesmo

específicas deste método de cálculo. O

• Extensão de uma família de conjuntos

ensaios adicionais. Os cálculos e simulações

cálculo é feito em dependência da potência

isolados a gás (GIS) para uma unidade

são aplicados em um sentido comparativo.

total gerada no interior, da área das paredes

funcional.

Cálculos

podem

dos compartimentos e das suas condições

A afirmação de cada critério de extensão

e

simulações

Uso de cálculos para elevação de temperatura O documento IEC TR 60890 fornece

ser aplicados em sentido comparativo

de montagem, o número de divisórias

A seção “Uso dos Critérios de Extensão”

e a comparação é sempre com base nos

horizontais e a área das aberturas de

menciona que, devido à grande variedade

parâmetros de projeto e os critérios de

ventilação. A temperatura do ar no interior

de tipos de unidades funcionais e possíveis

aceitação das Tabelas 2 a 7. Em muitos casos,

do compartimento testado é o parâmetro

combinações de componentes, não é prático

o desempenho de determinado conjunto,

para comparar. Para geometrias complexas,

Tabela 2 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à elevação de temperatura Item

Parâmetro de projeto

Critério

Condição

1

Distancia fase-fase

Só validável para correntes acima de 1.250 A

2

Distancia fase-terra

Apenas validar se a influência sobre os elementos que cercam devido a correntes não pode ser excluída (eddy)

3

Dimensões e volume do compartimento

O invólucro e os compartimentos são da mesma construção

4

Pressão mínima do gás

Mesmo gás; para isolamento a gás

5

Densidade de corrente nos condutores

Os condutores têm a mesma estrutura física

6

Resistência / condutores

Compare material do condutor e seção transversal

7

Área de contato conexões

Igual ou melhor material de contato

8

Força de contato conexões

Igual ou melhor material de contato

9

Temperatura permissível de conexões

Incluindo revestimentos metálicos com <=resistividade

10

Área de ventilação

11

Dissipação de potência componentes

Aqui os principais dispositivos de comutação, fusíveis e transformadores de corrente são considerados

12

Área de barreiras isolantes

Barreiras têm a mesma estrutura física

13

Espessura da cobertura isolante condutor

Resistividade térmica e coeficiente de emissão do revestimento devem ser o mesmo

14

Área transferência térmica invólucro

O coeficiente de emissão do revestimento devem ser o mesmo

15

Classe de temperatura


Apoio

49


Apoio

Equipamentos para subestações de T&D

50

a comparação pode ser realizada por

estesprogramas. Portanto, no estado atual

and calculation methods;

métodos CFD ou por metodos de mais facil

do software de simulação disponíveis, não

-- IEC TR 60865-2, Short-circuit currents –

utilização, como os do SwitchgearDesign307,

é recomendado o uso de simulações para

Calculation of effects – Part 2: Examples of

detalhados em: http://www.cognitor.com.br/

a extensão da validade dos ensaios de tipo

calculation.

TR_071_ENG_ValidationSwitchgear.pdf.

mecânicos.

Uso de cálculos para campos elétricos

Uso de cálculos de esforços térmicos e eletrodinâmicos durante curto-circuito

Uso de cálculos da sobrepressão causada pelo arco interno

O desempenho dielétrico de dois conjuntos

A comparação do desempenho de dois

de manobra pode ser avaliado por simulação

Os cálculos incluem a determinação

conjuntos em suportar o aumento da pressão

do campo elétrico de ambos e comparando as

de forças eletromagnéticas mútuas entre

para os compartimentos sob investigação

intensidades de campo. Podem ser utilizadas

condutores e estresse mecânico resultante

é um análise a ser feita. Os cálculos são

ferramentas de software de elementos finitos

que é capaz de empenar barras e causar

capazes de mostar o aumento de pressão nos

ou volumes finitos que permitem simular

danos em isoladores. O estresse mecânico

compartimentos, tendo em consideração

geometrias tridimensionais mesmo complexas.

sobre barramentos e forças sobre os suportes

a abertura dos dispositivos de alívio de

podem ser avaliados pelos programas de

pressão. Uma avaliação da força nas paredes

cálculo como o SwitchgearDesign307. Os

do painel pode ser feito para geometrias

métodos de cálculo utilizados são baseados

simples, utilizando uma fórmula de cálculo,

nos seguintes documentos IEC:

caso contrário, usa-se a análise de elementos

Uso de cálculos de esforços mecânicos Existe softwares de simulação para

finitos para estresse mecânico.

mecanismos de operação de equipamentos

-- IEC 61117, Method for assessing the

de manobra que podem dar informações

short-circuit withstand strength of partially

partir do compartimento, pode ser simulado

sobre o estresse mecânico sobrepartes do

type-tested assemblies (PTTA);

por programas de CFD, no entanto, no

mecanismo. No entanto, não é possível

-- IEC 60865-1, Short-circuit currents –

momento

avaliar

Calculation of effects – Part 1: Definitions

Relatório Técnico, não é possível simular

a

resistência

mecânica

por

Parâmetro de projeto

Critério de

publicação

do

presente

importante para a aceitação no ensaio de arco interno. Por conseguinte, tais programas

Condição

aceitação

da

a ignição de indicadores, que é um critério

Tabela 3 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à suportabilidade dielétrica Item

O fluxo de gases quentes expelido, a

1

Distância de isolamento entre fases

têm aplicações limitadas para a extensão da

2

Distância isolamento a terra (clearance)

validade dos ensaios.

3

Distância de escoamento

4

Propriedades dielétricas do isolante

Análise comparativa de 2 materiais pode

Informação necessária para a extensão da validade de ensaios de tipo

ser necessária (CTI) 5

Rugosidade superficial de partes vivas

6

Raio de partes condutivas

Não só o raio de partes vivas, mas também

7

Distância de contatos abertos

Se influenciado pela montagem

8

Distância de isolamento

Se influenciado pela montagem

9

Mínima pressão para isolamento

Mesmo fluido se isolado a gás

de todas as partes condutoras

Devem ser colhidas informações do conjunto de manobra semelhantes às que são

Tabela 4 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à suportabilidade mecânica Item 1 2

Parâmetro Sistemas de obturadores Contatos da parte removível

3

Sistema de intertravamento

4

Sistema de intertravamento

operado diretamente impedindo o acesso aos dispositivos operacionais

de projeto

Critério de aceitação

Condição

A força da ligação mecânica quando bloqueado, incluindo obturador

Massa do obturador

ser diferentes

Número de pontos de contato

Os projetos dos contatos, incluindo a base e

Força de contato por contato

material de revestimento, e suportes de móveis e

Aspereza da superfície contato

contatos fixos são os mesmos.

Força da ligação mecânica quando bloqueado

Princípio de projeto do sistema de intertravamento

Torque aplicado na operação

igual, mas dimensões podem ser diferentes.

Força da ligação mecânica quando bloqueado

Força normal de operação

Princípio de projeto igual, mas dimensões podem

Princípio de projeto do sistema de intertravamento igual, mas dimensões podem ser diferentes.


Apoio

necessárias nos ensaios de tipo de acordo com

mostradas nas Tabelas 2 a 7 para cada ensaio

do conjunto de manobra testado devem ser

a IEC 62271-1. Além disso, as informações

específico e unidade funcional sob avaliação.

fornecidos na medida em que digam respeito

dos parametros relevantes são aquelas

à comparação dos dois conjuntos.

Os relatórios de ensaio de tipo aplicáveis

Tabela 5 – Critérios de extensão para o desempenho quanto a esforços térmicos e eletrodinâmicos de curto-circuito Item

Critério de

Parâmetro de projeto

1

Distância fase-fase

2

Forças eletrodinâmicas

3

Suportabilidade mecânica dos suportes isolantes

4

Comprimento não suportado de condutores

5

Seção reta dos condutores

6

Material dos condutores

solicite que sejam incluídos nos relatórios de

Condição

aceitação

ensaios (mesmo que a norma do produto não o solicite) as informações relevantes sobre

Condutores têm o mesmo arranjo

os parâmetros de projeto que estão listados nas Tabelas 2 a 7. Desenhos relevantes e

Conexões dos condutores escaladas têm a mesma

detalhados fazem parte destas informações.

ou uma maior força de aperto e a área de contato.

O mesmo

Classe de temperatura dos isolantes

7

Suportabilidade mecânica do invólucro,

8

partições e buchas

9

Contatos da parte removível

Por este motivo recomenda-se que o

fabricante forneça ao laboratório de ensaios e

Devem ser estabelecidos documentos

de rastreabilidade das análises efetuadas. Tais documentos devem ser parte do

O mesmo

relatório para estender a validade dos

Considere o projeto completo

ensaios de tipo realizados. Tabela 6 – Critérios de extensão para ensaios de arco interno

Item

Critério de

Parâmetro de projeto

Condição

aceitação

1

Distância de isolamento entre fases

2

Distância isolamento a terra (clearance)

3

Volume líquido compartimento

4

Pressão nominal do gás isolante se aplicável

5

Seção reta dos condutores

Referente região de início do arco

6

Matéria-prima de condutores (Al ou Cu ou suas ligas)

O mesmo

Referente região de início do arco

7

Local do ponto de iniciação do arco

O mesmo

Aplicando regras da IEC 62271 200 ou IEC 62271-201

8

Material isolante exposto ao arco

O mesmo

9

Área de exaustão

≤ O mesmo

Referente região de início do arco

A posição da saída de gases de escape no compartimento e o trajeto de escoamento de gás são os

mesmos. Áreas das secções transversais maiores só são aceitáveis se um duto de exaustão é usado. 10 Pressão de abertura da exaustão

Aplicável aos compartimentos estanques

11 Suportabilidade mecânica dos elementos a deixar abrir o

Aplicável aos compartimentos não estanques. O dispositivo de alívio e os seus elementos de fixação

dispositivo de alívio (flaps)

têm o mesmo design.

12 Suportabilidade mecânica do invólucro e compartimentos

Inclui suportabilidade de partições e buchas

13 Espessura das paredes do invólucro

Mesmo material

14 Suportabilidade mecânica de portas e coberturas

15 Grau de proteção (IP) do invólucro

Relevante para o critério de ignição dos indicadores

Ensaios de interrupção e estabelecimento

*Sergio Feitoza Costa é engenheiro

Tabela 7 – Critérios de extensão para interrupção e estabelecimento de correntes de curto-circuito Item

Parâmetro de projeto

Critério de aceitação

1

Distância de isolamento entre fases

2

Distância isolamento a terra (clearance)

3

Volume do invólucro ou compartimento

Condição

eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento sergiofeitoza@cognitor.com.br www.cognitor.com.br

Só para ser validado se o fluido (gás ou líquido) é envolvido no processo de interrupção ou estabelecimento.

4

Pressão do gás isolante

5

Seção reta dos condutores

6

Forças eletrodinâmicas dos condutores

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Só para ser validado se tem impacto no processo de interrupção ou estabelecimento.

7

Suportabilidade mecânica dos suportes isolantes

8

Suportabilidade mecânica do invólucro,

partições e buchas 9

Comprimento não suportado de condutores

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51


Apoio

Qualidade nas instalações BT

52

Capítulo VIII Análise estratégica sobre a ABNT NBR ISO 50001 e as oportunidades para o mercado de eficiência energética Parte 3 Por Alberto Fossa*

Aspectos estratégicos, cenário e perspectivas futuras

transporte e armazenamento. Diante

secundária é indispensável não apenas

de

o

ao funcionamento da cadeia de valores

aumento da população, a extensão e a

da produção, mas se estende à montante

irregularidade geográfica cada vez maior

desta, como na obtenção de embalagens

Com base no conhecimento geral

da sua distribuição – e da dispersão

e matérias-primas, e à jusante, na

dos requisitos estabelecidos pela ISO

dos centros de carga de diferentes

distribuição e logística dos bens e serviços

50001, busca-se explorar inicialmente

naturezas

transporte,

produzidos, bem como na disposição e

os aspectos estratégicos vinculados ao

consumo residencial, agricultura etc.)

tratamento dos resíduos eventualmente

movimento de implantação de sistemas

é adicionado a essa complexidade da

produzidos das atividades econômicas.

de gestão de energia por parte das

disponibilidade energética os inevitáveis

organizações. Avalia-se, neste contexto,

efeitos

seus

um dos principais fatores das mudanças

o cenário e as perspectivas futuras

processos de conversão, transporte e

climáticas, pois, em sua elevada atração

que podem surgir para o mercado de

acumulação, resultando em uma energia

pela radiação infravermelha emitida

eficiência energética no estabelecimento

final disponível (energia útil) cada vez

da terra, produz, em consequência, o

de

menor em relação à inicial, suprida pela

aquecimento da atmosfera. O dióxido

de adoção dos preceitos desta nova

natureza.

de carbono (CO2) é o principal gás

norma, bem como na necessidade de

A energia de fonte primária ou

de efeito estufa (GEE), sendo que,

um

movimento

internacional

fatores

irrevogáveis

(indústria,

termodinâmicos

como

dos

Também se sabe hoje que a energia é

respostas tecnológicas para garantia da

31,5%

melhoria do desempenho energético das

28,8%

organizações ao longo do tempo.

Carvão Mineral/Coal

O impacto da gestão da energia no planeta

1,0%

Outras/Others

Considerando-se as particularidades

inerentes das leis físicas, os depósitos e

fluxos

natureza

energéticos só

se

existentes

tornam

Petróleo/Oil

na

disponíveis

para o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano após sucessivos e complexos processos de transformação,

10,0%

Fontes Renováveis/ Renewable Energy 21,3%

2,3%

Hidráulica/ Hydro

5,1%

Nuclear/Nuclear

Gás Natural/ Natural Gas

Figura 1 – Oferta de energia por fonte – Dados Mundiais (fonte: EIA-2011).


Apoio

globalmente, a indústria, abarcando a

53

7,8%

produção de energia, é acrescida dos

Comercial

transportes e emite valores próximos a

13,9%

60% da totalidade desse gás (IEA, 2010).

Residencial

A Figura 1 apresenta a matriz energética mundial, na qual os combustíveis fósseis

51,7%

Industrial

têm a maior participação, o que permite visualizar o elevado volume das emissões de GEE, que decorrem dos sistemas 26,6%

energéticos: além do CO2, o metano

Transporte

(CH4), o dióxido de enxofre (SO 2), o óxido nitroso (N 2O), os hidrocarbonetos de combustão incompleta, entre outros. Ao

tratarmos

das

atividades

Figura 2 – Consumo por setor (fonte: EIA-2012).

sistemáticas e planejadas, de espécies

organizações humanas dispostas sobre

normalmente

técnica, tecnológica e gerencial, – que

eles, resultando em maior produtividade

esta, no mundo, é responsável pelo

buscam, preventivamente, reduzir o

e lucro para as organizações praticantes

maior consumo de energia, conforme

consumo de energia, água e matérias-

(Goldemberg, Lucon, 2008)–, a Gestão da

apresentado na Figura 2. No Brasil,

primas utilizadas; diminuir a quantidade

Energia surge no cenário internacional

de acordo com o Balanço Energético

de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos,

como medida mais que necessária de

Nacional de 2014 (BEN-2014), ano-base

resultantes dos processos de produção e

mitigação,

programas

2013, a posição da indústria como maior

do uso dos bens ou conforto produzidos,

qualificados e sistemáticos de eficiência

consumidor de energia se confirma

minimizando, assim, os impactos sobre

energética dentro das organizações.

representando

os espaços geo e bioecológicos e as

total de energia do país; os setores de

fomentando

Esses programas são mais críticos

na

indústria,

33,9%

do

pois

consumo


Apoio

Qualidade nas instalações BT

54

transporte consumiram 32%; o setor

percebidos foram modestos diante da

energia e se fundamenta nas leis da

energético consumiu 10%, e o setor

necessidade

Atualmente,

termodinâmica, abrangendo o conjunto

residencial com 9,1%.

a

energética

de ações de racionalização, que levam

busca

observada.

pela

eficiência

A partir dos choques do petróleo

continua se sustentando na perspectiva

à redução do consumo de energia, sem

dos anos 1970, quando ficou claro que

de custos mais elevados da energia de

perda na quantidade ou qualidade

o uso das reservas de recursos fósseis

origem fóssil (ou, no mínimo, na sua

dos bens e serviços produzidos, ou no

teria custos crescentes, seja do ponto

permanente oscilação), e adicionalmente

conforto disponibilizado pelos sistemas

de vista econômico, seja do ponto

na preocupação com a questão das

energéticos utilizados.

de vista ambiental, as organizações

mudanças climáticas decorrentes do

passaram a introduzir em seus projetos

aquecimento global do planeta, o que

ainda

a eficiência no uso da energia. Logo

leva a comunidade internacional a

substituição de fontes energéticas, que

se reconheceu que um mesmo serviço

novamente se voltar aos desafios da

permitam ganhos contínuos, sistêmicos,

poderia ser obtido com menor gasto

gestão energética como forma de garantir

de eficiência, como a inclusão do uso de

de

suprimento de energia para sustentação

fontes renováveis de energia. A eficiência

do crescimento mundial.

energética dos processos industriais

energia

e,

consequentemente,

com menores impactos econômicos, ambientais e sociais. No entanto, com a flutuação da economia mundial nos anos subsequentes, bem como com o anúncio de

novas

em

regiões

descobertas ainda

não

de

petróleo

O conceito de eficiência energética inclui

a

flexibilização

e

encerra ações de racionalização de

A eficiência energética dentro do contexto de gestão da energia

energia, que devem conduzir a: • eficiência no uso final da energia; • introdução de sistemas de controle

exploradas,

de processos para gestão das cargas;

somado ao desenvolvimento das fontes

A eficiência energética pode ser

• substituição de sistemas e

alternativas de energia, os avanços

entendida

equipamentos obsoletos e

como

racionalização

a

de


Apoio

55


Apoio

Qualidade nas instalações BT

56

ineficientes;

energética também incorpora as medidas

de ar e combustível em queimadores,

• recuperação de energia;

de aumento das habilidades e o despertar

minimizando perda de energia e emissão

• análise econômico-financeira da

de

uma

de poluentes por queima incompleta;

energia;

por

parte

envolvidas

minimização

de

• visão da cadeia de valores de

em relação aos sistemas energéticos

comprimido;

redução

produção;

e

socioambientais,

para transporte de massa e energia,

• compromisso quanto à eficiência

fatores estes que, em conjunto, devem

diminuindo consumo de energia elétrica

energética dos processos produtivos

promover

comportamentos

nos sistemas de acionamento; otimização

e de suporte à produção;

quanto ao uso da energia nos sistemas

dos sistemas elétricos e de potência,

• compromisso quanto aos produtos

industriais considerados, produzindo,

minimizando as perdas decorrentes do

finais quando utilizados pelos

como resultado, a redução das perdas

transporte da energia etc.

clientes;

e do próprio consumo, sem qualquer

Todas

• esclarecimento quanto às amplas

limitação na quantidade ou na qualidade

diretamente,

implicações socioambientais da

dos bens produzidos.

tamental, com efeitos positivos na

energia, com suas externalidades

Esses

positivas e negativas;

que se manifestam na mudança de

industriais.

• mudanças na cultura e no

hábitos, induzem ações, tais como

também pode implicar ou decorrer da

comportamento de uso da energia.

maiores cuidados nos revestimentos

flexibilização das fontes energéticas

de

no

utilizadas, em função da: ( i) limitada

seus

consciência das

pessoas

impactos novos

novos

equipamentos,

amadurecida

comportamentos,

tubulação,

vazamentos

estas de

de

ações mudança

de

ar

distâncias

decorrem, compor­

racionalização de energia dos sistemas Essa

racionalização

das

manuseio de óleo combustível etc.,

disponibilidade em que se localizam

técnicas e tecnologias adotadas para a

objetivando restringir perdas de vapor e

os sistemas consumidores (centros de

racionalização de energia, a eficiência

energéticos; melhor controle na mistura

carga); (II) custos elevados da energia

Sendo

definida

em

função


Apoio

convencional;

de

fundamentais: (i) a primeira se deve à

mas, adicionalmente, de outras parcelas

redução da complexidade dos sistemas de

desconcentração dos parques industriais,

socioambientais, mais subjetivas e de

transformação e transporte, de tal forma

que passam a se distribuir pelo país

difícil contabilidade, como a poluição

que essas fontes possam ser recompostas

continental, levando os centros de

atmosférica das grandes cidades. No

dentro da matriz energética supridora,

carga para regiões distantes dos parques

entanto,

ou que seus sistemas de transformação,

geradores, com o inevitável aumento

financeiras

transporte

sejam

das perdas e dos custos; (ii) a segunda

eficiência energética são de grande

simplificados etc., resultando em um

decorre, pragmaticamente, da exaustão

relevância. Por exemplo, o volume de

aumento duradouro da eficiência do

das fontes hídricas nas regiões mais

investimentos necessário para liberar

sistema energético/consumidor como

desenvolvidas e demandantes de energia

(economizar) 1,0 kWh de energia elétrica

um todo, configurando, assim, um

do Sul e Sudeste do Brasil; (iii) a terceira

por redução de perdas é quatro vezes

processo de eficiência energética.

razão é o despertar da consciência da

menor (25%) do que o exigido para gerar

Como consequência de consumir

sociedade, com a percepção progressiva

a mesma quantidade de energia nova a

maior

e

(III)

necessidade

armazenamento

quantidade

dos

econômico-

investimentos

em

em

quanto aos impactos socioambientais

partir dos processos convencionais do

provocados pela produção, transporte,

Sistema Elétrico (Brasil. MME, 2006).

tem necessidades mais urgentes de

armazenamento e consumo de energia,

Portanto, uma das opções menos

investimentos

resultando na inexorável contabilidade

custosas e de grande potencial de

eficiência energética. O lugar comum

desses impactos nos seus custos finais.

disponibilidade de energia é a eficiência

de que os custos da energia são pouco

Nessa

energética,

representativos

no

energia

vantagens

relação a outros setores, a indústria em

de

as

programas

custo

de

mudança

de

percepção

cujo

conceito

abrange

industrial,

dos custos finais da energia, deve-se

mesclar as fontes primárias tradicionais

particularmente no caso do Brasil, está

salientar que não se tratam apenas de

com as renováveis. Para consumir menos

mudando rapidamente por três razões

valores financeiros e contábeis objetivos,

energia ou produzir mais trabalho útil

57


Apoio

Qualidade nas instalações BT

58

em um determinado sistema, como se

claramente estabelecidas e controladas.

interno, mais operacional, que deve ser

mais energia fosse disponibilizada, sem

De um ponto de vista pragmático

dado à gestão da energia, por meio da

que este fenômeno esteja ocorrendo,

e

operacional,

do

adoção de práticas de monitoramento e

deve-se racionalizá-la (mudar os hábitos

Sistema de Gestão de Energia deve

controle sistemático do seu uso. Dessa

de consumo, introduzir competente

abordar diferentes dimensões que se

forma, alguns elementos devem ser

controle

de

processo,

a

implantação

substituir

complementam em suas funções, com

considerados, tais como os apresentados

equipamentos obsoletos etc.), reduzindo

o objetivo de garantir efetividade ao

a seguir:

o consumo energético sem prejuízo da

processo, sempre aderente aos princípios

quantidade ou da qualidade dos bens

de requisitos estabelecidos na ABNT

• Programas de treinamento para

e serviços produzidos ou do conforto

NBR ISO 50001.

o desenvolvimento de habilidades

proporcionado,

Uma

disponibilizando,

no

primeira

dimensão

pode

e expertise em racionalização de

final, mais energia. É como se houvesse

tratar dos aspectos vinculados à(s)

energia;

um suprimento adicional, virtual, de

fonte(s) da energia(s) utilizada(s) para

• Realização de auditorias

energia, o qual decorre do processo de

o desenvolvimento de atividades e

energéticas;

racionalização. A eficiência energética

processos organizacionais. Quanto mais

• Estabelecimento e implantação de

também é conhecida como produtora de

ampla for essa abordagem, maior será

ferramentas computacionais, que

usinas virtuais de energia sem qualquer

a consciência da organização sobre a

adotem modelos automatizados de

impacto socioambiental.

efetividade do seu processo de busca

monitoramento;

No caso brasileiro, considerando essa

pela melhoria do desempenho energético

• Adoção de ferramentas para análise

multiplicidade de vantagens, o Plano

global, não só observando fenômenos

estratégica, técnica e econômico-

Nacional de Energia 2030 (PNE-2030)

localizados, mas extrapolando a análise

financeira dos investimentos em

do Ministério de Minas e Energia (MME)

energética desde a fonte de energia até

energia e eficiência energética.

já contempla a eficiência energética

o uso final. Dentro desta visão, deve-se

como

considerar, ao menos, os seguintes

Uma última dimensão deve ser

elementos:

considerada na adoção de um Sistema

alternativa

aos

investimentos

em projetos de ampliação da produção de energia no país. Várias são as

de

Gestão

da

Energia,

vinculada

possibilidades de exemplos em outros

• A disponibilidade para extração

diretamente aos aspectos estratégicos

países que despertam para iniciativas

dos recursos naturais, renováveis

e relacionada ao comportamento da

robustas

ou não renováveis, necessários para

direção da organização, com o objetivo

eficiência energética no setor industrial

suprimento energético;

de garantir a perpetuação das atividades

e em outros setores da sociedade.

• Tipos de conversores utilizados

de monitoramento energético, bem como

e os seus graus de adequação e

a garantia de resultados efetivos ao longo

desempenho;

do tempo. Podem ser considerados, entre

• Espaços geo e bioecológicos,

outros, os seguintes elementos:

quanto

ao

incentivo

da

Uma visão estratégica para aplicação da ISO 50001

e as organizações humanas, sob Como

se

pode

depreender

das

interferência do sistema energético

• Estruturação de modelo de

informações apresentadas no capítulo

adotado;

inserção dos investimentos em

terceiro sobre a estrutura, intenções e

• Stakeholders direta e indiretamente

energia e eficiência energética, com

requisitos dos Sistemas de Gestão de

afetados;

seus indicadores de desempenho no

Energia preconizados na ABNT NBR

• Impactos socioambientais

scorecard corporativo;

ISO 50001, os resultados positivos

produzidos na geração da

• Estabelecimento do referencial

obtidos pela melhoria contínua do

energia, com a descrição das suas

analítico para verificação,

desempenho

externalidades positivas e negativas.

acompanhamento e realimentação

energético

de

uma

organização dependem de habilidosa

do modelo de gestão da eficiência

metodologia de gestão. A gestão da

A

energia deve contemplar o conjunto de

possibilita

atividades sistemáticas e planejadas que

quanto às suas opções de suprimento

para publicação de resultados;

asseguram a geração, o transporte, o

energético, sintonizadas com a busca

• Definição do modelo e dos

armazenamento e o uso da energia sob

de sustentabilidade. Em uma segunda

instrumentos de governança da

condições socioambientais sustentáveis

dimensão, deve-se priorizar o tratamento

energia a serem praticados.

análise à

desta organização

dimensão clareza

energética adotado; • Criação de sistemática gerencial


Apoio

Considerando-se as dimensões mais

atividade da planta sob interesse?

componentes estratégicos da organização,

estruturantes citadas, deve-se também

Existe balanço energético da planta?

integrantes do planejamento estratégico

reconhecer que os princípios adotados

• Esse balanço energético estabelece

desta, cujas ações devem ser igualmente

pela ABNT NBR ISO 50001 aplicam-se

interfaces entre o consumo

planejadas

potencialmente aos usuários de energia,

de energia e suas dimensões

contextualizada

portanto contemplam prioritariamente

socioambientais?

socioambiental, local, regional e global,

o lado da demanda, ou dos “usos finais”.

• Qual a disponibilidade geopolítica

constituindo-se, assim, em uma das

Dentro desta abordagem, os Sistemas

das fontes utilizadas e suas

políticas corporativas essenciais, que

de Gestão da Energia devem responder,

alternativas de flexibilização,

ressalta a atualidade da visão e da missão

pragmaticamente, a questões tais como:

objetivando redução de custos,

empresariais e compatibiliza os interesses

econômico e socioambiental?

entre seus shareholders e stakeholders.

• Quais sistemas/subsistemas/

• Qual o impacto da situação

Portanto,

a

equipamentos consomem mais

atual nos custos operacionais/

racionalização

energética,

energia que o previsto em projeto?

produtividade da planta sob

consumo da energia – e sua adequada

• Quais as fontes energéticas

interesse? Quais alterações

gestão se inserem em uma política

utilizadas?

recomendadas?

ampla e permanente de sustentabilidade

• Que razões levam a esse consumo

• Quais os custos, econômico e

– respondem aos contínuos desafios

anormal?

socioambiental, da situação futura

de

• Quais os custos desse consumo

alterada?

geração de riqueza, que se interpõem

anormal e o que ele representa no

e

executadas, com

tecnologia,

a

de

forma

problemática

eficiência o

e

a

uso

e

competitividade

e

e surgem ao longo da vida de qualquer

custo da operação organizacional?

Sob esse conjunto de atributos,

empresa. A gestão da energia, na sua

Como essa situação pode ser

a gestão da energia abarca a visão da

preocupação

mudada?

eficiência e racionalização energética,

custos, também abarca as atividades

• Qual a matriz energética da

do uso e consumo da energia, como

de negociação de energia no mercado.

fundamental

com

os

59


Apoio

Qualidade nas instalações BT

60 Alterações na cadeia de valores Mudanças de habitos e cultura

Negociações de mercado

Balanços energéticos

Referencial analítico

Gestão de Energia

Substituição de equipamentos e sistemas

Aquisição de novos equipamentros e sistemas Viabilidade econômica e financeira

Alteração na estrutura competitiva do setor Figura 3 – Gestão da energia e suas interfaces potenciais (fonte: Godoi, 2008).

Inclui as negociações aplicáveis para a

de eficácia.

aquisição de fontes primárias, como o

óleo combustível, o gás ou a lenha, e as

deve

ferramentas

qualquer fonte primária utilizada na

secundárias, como a energia elétrica. O

gerenciais bem determinadas, como

operação dos sistemas de produção,

conceito isolado de eficiência energética

auditoria

de

como a água, o gás natural, a lenha

pode não incluir essa relevante atividade

treinamento, relatório de registro de

ou qualquer outra massa de matéria-

de mercado; o de sua gestão, sim.

resultados,

ações

prima, gerando energia em kilowatt-

Os

Estruturalmente, a gestão da energia ser

apoiada

em

energética,

programas

implantação

das

tomadores

apresentar,

de

decisão

claramente,

deverão

que

para

Na sua completa amplitude, a gestão

corretivas recomendadas, controle das

hora (kWh), kilojoule (kJ) ou tonelada

da energia dará respaldo ao desempenho

interfaces gerenciais, estabelecimento

equivalente de petróleo (tep), há um

competitivo das organizações, e de

de

dano socioambiental correspondente,

seus processos, não apenas no sentido

de ações e resultados, bem como a

como

técnico e tecnológico, ou de área

retroalimentação

componente

de água para a irrigação à jusante

de

principal do seu aperfeiçoamento e

das hidrelétricas ou o deslocamento

eficiência

mas

também

gerencial no

específica,

como

publicação

redução

da

disponibilidade

melhoria contínua. A Figura 3 ilustra a

compulsório da população da região

construção dessas interfaces potenciais.

dos lagos desses barramentos etc.; ou

a qualquer tipo de gestão, envolvendo

Assim,

refere

uma emissão de poluentes, medida em

custos, estudos de cenários, análise

particularmente

de

toneladas de CO 2, de SO 2, de NOx etc.;

de incerteza energética etc. Trata-se,

produção, ante as novas evidências

alteração da temperatura dos corpos

então, de uma metodologia de gestão,

técnico-científicas

da

d’água pelo uso de termelétricas etc.

ampla e completa, comprometida com

vinculação

entre

Essas externalidades negativas também

a segurança energética e a rentabilidade

as dimensões da produção, transporte

se estendem à emissão de efluentes

do negócio como um todo. O fato da

e uso da energia, bem como as da

industriais líquidos, que contaminam

gestão da energia alcançar operações

sustentabilidade, requer-se uma visão

a água e/ou o solo; de rejeitos sólidos,

do mercado de energia indica analogia

gerencial

multidisciplinar,

que terão de ser tratados; entrega de

e

se

integrada e esclarecida sobre a questão. A

produtos e embalagens, que, por ocasião

envolver diretamente com a questão

visão tradicional, parcial, especificamente

do seu uso, irão consumir mais energia e

socioambiental. Se assim não fosse,

técnica ou administrativa, ou financeira,

aumentar a entropia do ambiente etc.

caracterizaria uma gestão incompleta

em que essas dimensões são percebidas

(que não seria gestão), a qual poderia

separadamente,

definitivamente

prestar contas à sociedade sobre a sua

satisfazer a áreas específicas de eficiência

ultrapassada; a visão multidisciplinar

responsabilidade e participação nesses

gerencial, incluindo talvez áreas técnica

e integradora da gestão empresarial é

processos

ou financeira, mas que não alcançaria as

essencial (Godoi, Oliveira Jr, 2009).

sustentabilidade. Neste sentido, a Gestão

com

o

amplo,

analítico,

empreendedor, integrador, que concerne

compatibilidade

sentido

referencial

dela

no

e

que aos e

se sistemas práticas

correspondência

prévia,

está

As organizações do futuro precisarão

na busca permanente pela


61 da Energia é peça fundamental para que essas organizações demonstrem sua preocupação permanente com a busca da melhoria do desempenho energético pelo

aumento

da

racionalidade

e

eficiência energética de seus processos na adequação do uso e consumo da energia.

Referências BEN-2014. Balanço Energético Nacional, 2014. Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Rio de Janeiro. Brasil. MME (Ministério de Minas e Energia), 2006. Eletrobras/Procel. Conservação de Energia: Eficiência Energética de Equipamentos e Instalações. Unifei, Itajubá. Eletrobras/Programas, 2009. Procel. Eletrobrás. Disponível em: <http://www. eletrobras.gov.br>. Acesso em: abr. 2011. GOLDEMBERG, J.; LUCON, O. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Edusp, São Paulo, 2008. GODOI, J. M. A. Oliveira júnior, S. Gestão da Eficiência Energética. International Workshop in Cleaner Production, São Paulo, 2009. IEA (International Energy Agency), 2007. Energy Balances of OECD Countries, 2004-2005. IEA/OECD, Paris. International Organization for Standardization. ISO 50001 Energy management systems – Requirements with guide for use. Geneva, 2011. PNE-2030, 2007. Planejamento e Desenvolvimento Energético. MME. Disponível em: <http://www.mme.gov. br>. Acesso em: mar. 2011.v *Alberto J. Fossa é diretor executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), é coordenador da ABNT CEE116 – Comissão de Estudos de Gestão e Economia da Energia e ainda chefe da Delegação Brasileira no ISO TC 242 Energy Management e ISO TC 257 Energy Savings. CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


62

Reportagem

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Por Bruno Moreira

FALTA DE REGULAÇÃO ENTRAVA SMART GRID NO PAÍS Tecnologia de rede inteligentes avança no Brasil por meio de inciativas das distribuidoras de energia elétrica, mas ainda falta uma regulação por parte do governo federal que norteie os investimentos na área


63

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

O

Instituto da Associação de Empresas

demonstrativos

no Brasil apresenta, em sua maioria, uma

Proprietárias

de

integram a maior parte das áreas de atuação

automatização incipiente. É o que afirma

Sistemas Privados de Telecomunicações

em REI; e somente quatro (Cemig, Light,

o documento final sobre Redes Elétricas

(iAptel), atesta que há, em todo o Brasil,

EDP Bandeirante e AES Eletropaulo) são

Inteligentes (REIs) divulgado em novembro

mais de 200 projetos relacionados ao

avaliadas como concessionárias pioneiras,

de 2014 pela Secretaria de Desenvolvimento

tema. Estes projetos têm o envolvimento

que possuem projetos demonstrativos

Tecnológico e Inovação do Ministério da

de 60 concessionárias e investimentos

em andamento ou em fase de conclusão

Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

da ordem de R$ 1,6 bilhão, financiados,

e já possuem um planejamento para

De acordo com a publicação, que aborda

principalmente, pelo Programa de Pesquisa

a continuidade das iniciativas em REI,

os principais projetos de smart grid do

e Desenvolvimento (P&D).

incluindo roadmaps (espécie de mapa

país e da Europa, entre outros aspectos

Trata-se

a

que visa organizar as metas) e novas áreas

relacionados ao tema, a maior parte da

implantação de redes inteligentes de

previstas para implantação e/ou novos

rede elétrica de distribuição não possui

energia elétrica no Brasil. Variados projetos

P&Ds.

funções de monitoramento e controle,

relacionados a smart grids existem desde

Contudo, mesmo com a maioria

nem redes de comunicação associadas, ou

2008, mas foi somente em 2011 que

das

possui redes embrionárias. O documento

começaram a surgir projetos pilotos com o

iniciantes, o MCTI observa uma tendência

nota ainda que a automação e o controle

objetivo de explorar em sua força máxima o

natural de modificação desse quadro

existentes nestes sistemas estão limitados

conceito de smart grid por aqui. Na Europa,

nos próximos anos, com concessionárias

a operações locais, “em que praticamente

por exemplo, eles foram iniciados quase

iniciantes se tornando investigadoras a

não existe monitoramento em tempo real

uma década antes, em 2002, e já chegaram,

partir do crescimento de seus projetos;

de importantes variáveis do sistema, como

em 2014, ao número de 459 experiências,

com as investigadoras passando para a

a tensão fornecida às cargas ou os valores

divididas em 47 países do continente. O

fase demonstrativa ao integrarem as suas

das correntes que circulam pela rede”.

montante de dinheiro empregado para a

iniciativas em smart grid na forma de um

Não obstante, a modernização da rede

implementação destes projetos também é

programa na qual os diversos projetos

elétrica de distribuição se faz premente por

bem superior ao investido no Brasil. Desde

interajam; e com as demonstrativas vir ando

diversas razões, entre as quais: o aumento

o início da década passada até 2014,

pioneiras assim que concluírem seus projetos

da demanda e da complexidade de

segundo o Joint Research Centre (JRC),

demonstrativos e os tomarem como base

atendimento dos consumidores, a escassez

serviço da Comissão Europeia para a área

para um planejamento de implantação de

de recursos e o impacto da geração de

da ciência, já foram aportados 3,15 bilhões

redes inteligente em larga escala na sua

energia no ambiente, a oportunidade

de euros.

área de concessão. Além disso, de acordo

de integração de recursos de energia

O documento do MCTI divide as

com o documento do ministério, a evolução

distribuídos e veículos elétricos, a evolução

iniciativas brasileiras de redes inteligentes

também passará pelas empresas pioneiras,

tecnológica que barateia equipamentos e

em quatro categorias, tomando como base

que deverão continuar a implementar o

agrega funções aos existentes.

o nível de maturidade das concessionárias

conceito de smart grid até que ele se torne

iniciativas

em relação aos projetos que implementam.

um movimento natural e passe a fazer parte

começam a surgir no Brasil atreladas às

Das 32 empresas que realizam projetos

da estratégia de negócio da empresa.

distribuidoras de energia elétrica e também

na área, a maioria, 15, é considerada

às empresas de geração e transmissão

iniciante, ou seja, está apenas começando a

ministério vê como ferramenta importante

de energia. As iniciativas consistem em

desenvolver projetos smart grid que atuam

o Plano de Ação Conjunta Inova Energia

projetos pilotos de Cidades Inteligentes

em até três áreas relacionadas a redes

para difundir o smart grid no Brasil. O plano

ou em projetos que apenas instalam redes

inteligentes; cinco são definidas como

tem como intuito coordenar as ações de

inteligentes

Segundo

investigadoras - possuem projetos que

fomento à inovação e ao aprimoramento

o documento do MCTI, levantamento

atuam em mais de três áreas de REI, mas

da integração dos instrumentos de apoio

realizado

de

não possuem projetos demonstrativos; oito

disponibilizados pela Finep, pelo Banco

Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo

são demonstrativas, apresentando projetos

Nacional de Desenvolvimento Econômico

sistema de distribuição existente

Neste

sentido,

nos

pela

diversas

municípios. Agência

Brasileira

de

de

Infraestrutura

um

fato

e

recente

em

concessionárias

andamento

avaliadas

que

como

Além do Programa de P&D da Aneel, o


64

Reportagem

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

As concessionárias tomam a dianteira

e Social (BNDES), e pela Aneel. O MCTI

de energia em âmbito nacional. Na

acredita que, por meio desse programa, as

Europa, há uma regulamentação da

concessionárias irão evoluir rapidamente

União Europeia (UE) em relação à

seu nível de maturidade em relação ao smart

medição inteligente de energia elétrica,

Alexandre

grid. Conforme o documento, no primeiro

que não se deve confundir com a rede

sistemas de energia do CPqD, entidade

resultado apresentado pelo programa, pelo

inteligente, mas que é um elemento

que atua junto com as distribuidoras

menos dez concessionárias de distribuição

fundamental para sua implementação

na implantação de alguns projetos de

foram selecionadas como participantes.

prática. Conforme pacote legislativo,

smart grid, recorda que na época em que

Apesar do crescimento observado

os Estados-membros da UE devem

iniciaram os primeiros projetos na área

e esperado pelo Ministério de Ciências,

implementar até 2020 80% dos projetos

de redes inteligentes, os profissionais do

Tecnologia

no

de medição inteligente, cujos resultados

setor já diziam que seria necessária uma

documento divulgado no fim de 2014 em

forem considerados positivos após uma

regulação forte e incentivo governamental

relação aos projetos de smart grid no país,

análise de custo-benefício.

para que a tecnologia se espalhasse no país.

profissionais da área de energia elétrica

No

que

“‘A regulação atingindo um determinado

observam alguns obstáculos estruturais

se chegou disto foi na publicação da

patamar promoveria a ação de investidores’,

que impedem um maior desenvolvimento

Resolução 502/2012, que regulamentou

comentavam. Mas, de fato, atualmente,

dessa tecnologia em terras nacionais. Além

o uso dos medidores inteligentes para os

ficou para a concessionária investir onde faz

e

Inovação

(MCTI)

Brasil,

o

mais

próximo

Bagarolli,

gerente

de

mais sentido para ela”, explica o gerente. Ou seja, a concessionária investirá onde o

Profissionais da área de energia elétrica observam alguns obstáculos estruturais que impedem um maior desenvolvimento do smart grid no Brasil. Além do alto custo da tecnologia, a falta de uma regulamentação, ou seja, uma definição do Governo que incentive os investimentos na área é apontada pelos profissionais.

custo é competitivo, pensando em resolver problemas onerosos a ela e utilizando as tecnologias mais viáveis financeiramente.

Por exemplo, a Light, no Rio de

Janeiro, de acordo com Bagarolli, buscou a implantação de medidores inteligentes, com

monitoramento,

desligamento

e

religamento remotos, visando combater as ligações clandestinas em diversas localidades de sua área de concessão, que causam ainda elevadas perdas não técnicas e oneram o faturamento da empresa. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por sua vez, resolveu investir em

do alto custo da tecnologia empregada,

consumidores do grupo B (residencial,

um projeto piloto de smart grid por sua área

a falta de uma regulamentação, ou seja,

rural e demais classes, exceto baixa renda

de concessão ser muito grande. Trata-se, na

uma definição do Governo que incentive

e iluminação pública), estabelecendo a

verdade, da maior distribuidora de energia

os investimentos na área é apontada pelos

possibilidade de o consumidor escolher

elétrica do Brasil em extensão de rede. São

profissionais.

entre dois tipos de medidores: um relativo

453.935 quilômetros de redes, espalhados

Nos Estados Unidos, por exemplo,

à modalidade tarifária branca - tarifa

por 774 municípios. A Cemig viu no

em 2009, o presidente Barack Obama

que varia de acordo com faixas horárias

smart grid uma saída visando melhorar o

anunciou investimentos da ordem de

de consumo -, e outro que fornece

gerenciamento de sua rede.

US$ 3,4 bilhões para modernizar o

informações específicas individualizadas

sistema elétrico do país. Este plano

sobre os serviços prestados. A resolução

Energética de Pernambuco (Celpe), que

de modernização incluiria a cessão de

deu um prazo de 18 meses, a partir de

está implementando um projeto de rede

créditos de US$ 400 mil a US$ 200 milhões

sua publicação, para que as distribuidoras

de energia elétrica inteligente na ilha de

a empresas, fábricas e cidades norte-

estivessem aptas a fornecer os novos

Fernando de Noronha, com o apoio do CPqD.

americanas para que elas ajudassem

medidores, mas não tornou compulsória a

Os grandes desafios desta empreitada para a

a implementar uma rede inteligente

implantação dos medidores.

concessionária residem na questão ambiental,

Outro

caso

é

o

da

Companhia



66

Reportagem

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

trata-se de uma área de preservação, e na

fosse rastreado e a rede não afetada

avançando, por exemplo, em questões

questão financeira relacionada ao isolamento

fosse religada. Agora, desenvolveu-se um

desafiadoras da fase inicial da implantação

da área. “São gastos milhões de litros de

sistema autônomo de detecção, avaliação,

da medição inteligente. “Especialmente nas

diesel para gerar energia elétrica a Fernando

isolamento e restabelecimento da chamada

questões relativas à segurança cibernética

de Noronha. A ideia é investir em energia

rede sadia. O sistema fornece também uma

para a homologação de medidores, fato

solar para diminuir a quantidade de diesel

assertividade maior ao reparo posterior da

crucial para evitar retrabalhos e custos de

que trafega pelo oceano”, explica Bagarolli.

rede pela equipe da concessionária.

produção industrial”, afirma a diretora.

Entre as soluções implantadas neste projeto

O

foi

Na parte de medição, há questões

estão: medição eletrônica; automação de

implementado em alguns bairros da região

relativas à integração dos serviços prestadas

rede de distribuição; geração de energia solar

central de Curitiba e devido aos bons

pelas concessionárias. “Os desafios estão

distribuída; veículos elétricos; micromedição

resultados apresentados até o momento

na avaliação e no teste em escalas iniciais

de energia dentro das residências; e

será estendido para outras localidades

da medição de energia, água, gás e

tecnologia de comunicação para atender

da capital paranaense e também aos

saneamento que devem observar a redução

todas as soluções.

municípios de Londrina, Ponta Grossa,

de custos pela utilização da infraestrutura

projeto

de

self-healing

Já a iniciativa da Companhia Paranaense

Maringá e Guaíra até o final de 2015. A

integrada de telecomunicações”, explica

de Energia (Copel) foi direcionada para

distribuidora está implementando também

a diretora. Há ainda, segundo Maria Luisa,

solucionar os problemas referentes à

em Curitiba outra aplicação tecnológica

um desafio de regulação e legislação

queda de energia elétrica. O gerente da

relativa ao smart grid.

referente à integração destes serviços, já

área de manutenção e automação da

As concessionárias ainda precisam

que, dependendo do serviço, elas são feitas

concessionária, André Pedretti, explica que

driblar

como,

por diferentes esferas de poder. No caso da

a iniciativa surgiu atrelada a um decreto do

por exemplo, a obrigação regulatória

água, do gás e do saneamento a legislação

Governo do Estado do Paraná, publicado

de investimentos prudentes. Em outras

pode ser tanto estadual, como municipal.

em setembro de 2013, que dispõe sobre

palavras, a distribuidora não tem a liberdade

No caso da energia, ocorre pela esfera

a criação do Projeto Smart Energy Paraná.

de investir conforme deseja. Os aportes

federal, mas dependente de concessão a

Conforme o gerente, quando o tema de

precisam ser considerados necessários pela

empresas privadas. “Alinhar os interesses

redes inteligentes começou a ser debatido

Aneel para melhorar a qualidade do serviço

para o bem comum não será uma tarefa

com mais intensidade, a concessionária

prestados para serem repassados à tarifa

muito fácil, mas podem ser identificadas

enxergou a necessidade de fazer estudos

paga pelo consumidor à distribuidora. Neste

diretrizes que conduzam à harmonia entre

internos para reagir a uma demanda futura.

sentido, deve haver uma avaliação criteriosa

os setores”, diz a profissional da ABDI.

“O projeto surgiu como desdobramento de

por parte da concessionária do custo-

uma visão de que a mudança de mercado

benefício do investimento com o intuito de

está prestes a acontecer”, diz.

evitar prejuízos. O gerente de sistemas de

Como dito, a distribuidora focou seu

energia do CPqD salienta que parte dos

Apesar

projeto no “self-healing”, na tentativa de

investimentos em telecomunicação feitos

no intuito de regular a área não serem

diminuir o tempo de restabelecimento

pelas distribuidoras, por exemplo, não

tão desenvolvidas quanto as de outros

de energia elétrica. Objetivo que foi

é reconhecido nas tarifas. Investimentos

países, a diretora da ABDI acredita que já

alcançado. Segundo Pedretti, o tempo

que tornam eficientes os processos das

houve um avanço. Segundo ela, precisam

médio de restabelecimento definitivo dos

distribuidoras tendem a ser realizados por

ser

consumidores na chamada rede sadia -

elas mesmo sem a contrapartida na tarifa,

relativas à normatização, aos padrões

que não foi atingida diretamente – caiu

justamente por gerarem retorno financeiro.

de

de uma hora, em média, para cerca de

Outras dificuldades de ordem técnica

nacionais, que permitam a produção em

40 segundos, em média. Anteriormente,

e tecnológica também tornam mais difícil

escala industrial e a integração de novos

para

a

o trabalho das distribuidoras no sentido

serviços e modelos de negócio que

distribuidora deveria esperar as ligações

de que a implementação em escala de

promovam o desenvolvimento do país.

dos consumidores antigos no 0800 da

redes inteligentes aconteça no Brasil. De

empresa, para rastrear a região onde a

acordo com a diretora de Desenvolvimento

da Agência no sentido de que haja a

queda havia ocorrido, e só então levar a

Tecnológico e Inovação da ABDI, Maria

implementação de uma política que norteie

equipe à campo, para que o problema

Luisa Campos Machado Leal, está se

o desenvolvimento das redes inteligentes

fazer

o

restabelecimento,

algumas

“dificuldades”

Iniciativas da ABDI das

definidas,

iniciativas

no

brasileiras

entanto,

interoperabilidade,

às

questões

arquiteturas

Maria Luisa cita os próprios esforços


O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Iniciativa da Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi direcionada para solucionar problemas referentes à queda de energia elétrica.

Com o projeto de “sefl healing”, o tempo médio de restabelecimento definitivo dos consumidores na chamada “rede sadia” caiu de uma hora para cerca de 40 segundos, em média.

67


68

Reportagem

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

no país. Para ela, a Agência já evoluiu

de 17 instituições governamentais. “Ou

assim como de multinacionais instaladas

muito no mapeamento das redes elétricas

seja, toda a ação realizada para smart

no Brasil visando à comercialização

inteligentes e identificou uma série de

grids pode ser replicada para as smart

de produtos importados no mercado

ações que as esferas governamentais

cities e desta para o IOT. A indústria que

nacional.

podem tratar de forma integrada para o

desenvolve tecnologia para smart grids será

desenvolvimento de smart grids. A própria

a mesma que desenvolve a tecnologia para

algumas áreas tecnológicas as empresas

ABDI coordena um grupo de trabalho

smart cities e para o IoT”, esclarece.

nacionais

da indústria fornecedora de redes elétricas

estão

também

que

preparadas

em para

fornecimento imediato, como a de

governamental para a definição de uma política industrial para o desenvolvimento

“Identificamos

Capacidade produtiva das indústrias da área

medição inteligente. Em outras, ainda temos deficiências para a produção nacional, sendo necessária a atração

inteligentes, constituído por 11 instituições governamentais.

Sobre a questão de as indústrias

de investimentos ou um esforço de

O escopo de ação da Agência também

existentes no Brasil estarem aptas ou

desenvolvimento destes produtos no

é ampliado a fim de desenvolver um

não para atender uma possível demanda

Brasil”, conta a diretora da ABDI

planejamento para a implementação de

mais forte de produtos para smart grid

ABDI busca, contudo, que parte

tecnologias que viriam na esteira das redes

e Internet das Coisas, a diretora afirma

deste mercado seja suportado pelas

inteligentes, como as cidades inteligentes

que mapeamento realizado pela ABDI

empresas nacionais. “Para isso, é preciso que

A ABDI identificou a capacidade participação no mercado de produtos e serviços para redes elétricas inteligentes de aproximadamente 300 empresas, de capital nacional e multinacional, e 127 centros de P&D. Ao mesmo tempo, constatou a forte ação de empresas estrangeiras, assim como de multinacionais instaladas no Brasil visando à comercialização de produtos importados no mercado nacional.

elas

sejam

competitivas,

com

produtos qualificados”, afirma Maria Luisa. Segundo ela, instrumentos como a Lei do Bem, a Lei da Informática e a Portaria MCT nº 950 são importantes para incentivar a indústria fornecedora a

produzir

no

Brasil,

sendo

os

financiamentos como o Inova Energia, com recursos do BNDES, Finep e Aneel, diferenciais para fomentar o setor.

Devem ser propostas, ao final do

mapeamento realizado pela ABDI, outras ações, de acordo com a diretora da Agência. Entre elas: a proposição de uma política industrial para o desenvolvimento das indústrias fornecedoras para as redes elétricas inteligentes no Brasil. “Temos de aguardar a finalização deste mapeamento, previsto para novembro de 2015”, pondera.

Concluindo, Maria Luisa destaca

que

ainda

são

necessários

muitos

incentivos que incluam apoio a projetos, (smart cities) e a Internet das Coisas – Internet

identificou a capacidade de participação

financiamento, melhorias na regulação e

of Things (IOT), em inglês. Neste sentido,

no mercado de produtos e serviços

legislação e definição de novos modelos

conforme a diretora, a ABDI coordena um

para redes elétricas inteligentes de

de negócio. “Ou seja, incentivos que

grupo de trabalho governamental que

aproximadamente 300 empresas, de

permitam a participação da indústria

procura definir as diretrizes para a definição

capital nacional e multinacional, e 127

nacional neste mercado, possibilitando

de um plano nacional interministerial

centros de Pesquisa e Desenvolvimento

inclusive a exportação de produtos

visando ao desenvolvimento de cidades

(P&D). Ao mesmo tempo, constatou a

desenvolvidos no Brasil para estes

inteligentes e humanas, com a participação

forte ação de empresas estrangeiras,

setores”, afirma.



70

Proteção

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Parametrização dinâmica da filosofia de proteção na distribuição Uma nova abordagem relacionada à aplicação de filosofias de proteção de modo dinâmico a partir de informações de condições ambientais monitoradas pelo centro de operação Por Fernando Lima Costalonga, Marcella Carvalho, Anderson Rosa, Reinilson Cesario e Mateus Cardoso*

P

A visão da área de concessão da

Figura 1 a seguir, em que se demonstra,

que levaram a Energisa Minas Gerais

EMG e a característica de seu sistema

na primeira imagem, o traçado das

(EMG)

deste

elétrico, formado em grande parte por

redes de média tensão e, na segunda

trabalho, faz-se necessário, inicialmente,

redes rurais, podem ser visualizadas na

imagem, apenas o mapeamento das

ara entendimento das motivações ao

desenvolvimento

demonstrar algumas características da área de concessão da empresa e do seu sistema elétrico, conforme destacadas a seguir: • Grande número de alimentadores de média tensão com elevadas extensões em áreas rurais; • Áreas rurais em regiões altamente montanhosas, com grande impacto de ventos; • Elevado índice ceráunico; • Influência de vegetação nativa e eucaliptos.

Figura 1 – O traçado das redes de média tensão à esquerda e o mapeamento das áreas urbanizadas (caracterizado pelas áreas manchadas no mapa) à direita.


71

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

áreas urbanizadas (caracterizado pelas

as especificidades próprias do meio,

utilizados nestas redes com proteção de

áreas manchadas no mapa).

como a dificuldade de acesso devido ao

ramais e subtroncos, sendo necessário

Pode-se verificar na Tabela 1 a seguir

relevo altamente acidentado e estradas

o deslocamento de equipes para o

que, praticamente, 91% do quilômetro

vicinais nem sempre em bom estado de

restabelecer o fornecimento.

de rede da EMG e 87% da quantidade

conservação.

Desta

de transformadores estão na região rural.

Em virtude dos pontos anterior­

de defeitos de origem temporária/

Analisando o número de atendi­

mente destacados, pode-se facilmente

transitória presente nas redes rurais é

mento emergenciais da EMG, verifica-se

perceber que medidas com o objetivo

um aspecto que deve ser considerado

que uma parcela considerável destas

de reduzir o número de ocorrências

na avaliação da filosofia de proteção

ocorrências está relacionada a aten­

emergenciais

são

da rede de distribuição. A seguir,

dimentos

extremamente desejáveis na busca de

tem-se uma breve descrição destas

melhores resultados operacionais.

filosofias, que pode ser caracterizada

por um sistema seletivo, coordenado ou

em

apresentam nos

áreas

rurais

impacto

indicadores

de

e

elas

significativo continuidade

nas

áreas

rurais

Um último ponto a ser considerado

forma,

esta

característica

combinado.

(DEC e FEC) da empresa, conforme

com relação às redes rurais é que, em

apresentado na Tabela 2.

virtude de sua maior exposição a fatores

Vale ressaltar também que, além

externos, como descargas atmosféricas,

Sistema seletivo: tem com uma de suas

do impacto nos indicadores de conti­

ventos, árvores, pássaros etc., grande

características a de provocar a interrupção

nuidade, este número de ocorrências

parte das ocorrências verificadas nestas

a um menor número de clientes, sendo

em áreas rurais também representa uma

regiões é originada por faltas de origem

afetados somente aqueles que estão

elevação no custo operacional por se

temporária/transitória.

ligados à jusante do trecho em que está

tratar de atendimentos em áreas mais

Estas faltas, normalmente, geram

instalado o equipamento de proteção

longínquas. Além da distância, tem-se

interrupções de longa duração devido

mais próximo. Contudo, neste caso

que, no caso da área de concessão da

à queima de elos fusíveis que são os

existe um maior número de ocorrências

EMG, ainda estão fortemente presentes

tipos de proteção mais comumente

de longa duração no sistema provocada

Tabela 1 – Extensão da rede de média tensão

por queima de elos fusíveis, gerando maior necessidade de equipes para a operação do sistema. Sistema coordenado: nesse caso existe um maior número de clientes afetados por interrupção de curta duração, visto

Tabela 2 – Ocorrências da EMG

que não apenas os clientes a jusante do ponto com defeito são afetados. Destaca-se, assim, a redução do número de ocorrências com interrupções de longa duração.


72

Proteção

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Sistema combinado: consiste em aplicar

Desenvolvimento

equipamento um novo grupo de ajuste, grupo este que foi parametrizado com

a filosofia do sistema seletivo e a do sistema coordenado no mesmo circuito

A primeira etapa do projeto foi a

filosofia coordenada ou combinada,

de distribuição.

realização dos estudos de proteção

dependendo da condição de operação

de

do alimentador.

cada

disjuntor,

religador

e

Considerando os aspectos anterior­

seccionalizador instalados no sistema de

mente apontados, o trabalho realizado

distribuição da Energisa Minas Gerais,

funcionalidade pudesse ser ativada de

pela EMG buscou formas de permitir

localizados nas subestações e ao longo

forma remota pelo Sistema de Supervisão

o uso dinâmico das combinações de

da rede de distribuição. Os estudos

e Aquisição de Dados – SCADA, foram

filosofia de proteção, visando manter

levaram em consideração a quantidade

implementados comandos específicos

o sistema seletivo e garantindo o

de equipamentos e os elos fusíveis

que foram disponibilizados na tela de

atendimento contínuo ao maior número

que deveriam ser protegidos por cada

cada religador para permitir a alteração

de clientes em situações climáticas

equipamento religador em determinada

dos grupos de ajustes pelo Centro de

favoráveis para torná-lo um sistema

condição climática, tendo em vista as

Operação da EMG.

coordenado

Em

seguida,

para

que

esta

características dos clientes de cada

situações ambientais adversas, quando o

alimentador.

dos religadores no sistema SCADA,

sistema elétrico é submetido a um maior

Os estudos apontaram o que melhor

com destaque para os comandos que

número de falta de origem temporária/

poderia ser ajustado em cada religador,

permitem a alternância entre os grupos

transitória. Em resumo, considerou-se

quando ele estivesse operando com

de ajustes disponibilizados.

que é possível reduzir o número de

tempo bom, ou em situação climática

Os grupos de ajustes disponíveis

interrupções de longa duração com a

adversa, tais como chuvas, ventos e

para o centro de operação realizar

ativação de curva rápida nos religadores,

raios.

as alterações foram padronizados da

evitando-se, em primeiro instante, a

seguinte forma:

queima de elos fusíveis acima de 6 k.

deu-se

e

combinado

durante

A partir da realização destes estudos, sequência

no

trabalho

por

A Figura 2 ilustra a tela de comandos

O primeiro grupo habilita no religador

Este sistema foi estudado durante

meio de ações de campo das equipes

uma forma de operação padronizada

o ano de 2013 e foi aplicado durante

responsáveis pela parametrização dos

para este equipamento em situações

os meses de outubro, novembro e

ajustes de proteção nos equipamentos.

climáticas consideradas normais. Essa

dezembro, nos quais se disponibilizou,

operação pode ser seletiva, coordenada

Nesta etapa, foi adicionado em cada

para o Centro de Operação da EMG, formas de realizar a alternância entre as filosofias de proteção por meio de comandos remotos, considerando as informações

advindas

dos

sistemas

de monitoramento climáticos e outras informações obtidas pela operação por contatos com suas equipes de campo.

Desta forma, a EMG conseguiu

combinar

de

forma

satisfatória

os

principais pontos positivos de cada uma das filosofias e obtendo resultados de

melhoria

nos

indicadores

de

continuidade e redução do número de ocorrência, entre outros. Os principais passos realizados no desenvolvimento deste trabalho e a demonstração dos resultados obtidos estão detalhados a seguir na sequência deste trabalho.

Figura 2 – Tela de comandos dos religadores no sistema SCADA.



74

Proteção

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

ou combinada, pois acontece de acordo com a melhor forma concebida para a particularidade da rede e clientes protegidos por este estudada pela área de proteção para este equipamento. A maior parte dos religadores utiliza como primeiro grupo o sistema seletivo.

O segundo grupo de ajuste habilita

no religador uma forma de operação padronizada para este equipamento em situações que a rede protegida por este equipamento se encontra manobrada de

forma

que

possa

mudar

as

características de carga do alimentador. Este grupo de ajuste é, portanto, mais comumente utilizado nas situações em que é necessário realizar transferências

Figura 3 – Coordenogramas típicos para o primeiro e terceiro grupo de ajuste.

de cargas entre os alimentadores.

Por fim, o terceiro grupo de todo

equipamento

habilita

os

ajustes

utilizados de forma diferenciada para operação ótima em condição de tempo adversa,

promovendo

sensibilização

e abertura do equipamento antes da ruptura do fusível de 6 K instalado eletricamente à jusante deste equi­ pamento. Tais ajustes consistem em habilitar uma operação rápida para neutro, inferior à curva de atuação do elo de 6 K, com o primeiro tempo morto parametrizado em 10 s, permitindo a normalização de faltas transitórias na primeira tentativa de religamento. A Figura 3 apresenta coordeno­

Figura 4 – Sistema Sisraio.

gramas típicos para o primeiro e terceiro grupo de ajuste.

de chuvas e tempestades em áreas de

no

concessão, sinalizando para a operação

meteorológicas, o Centro de Operação

terceiro grupo de cada religador fazem

em tempo real os locais geográficos

passa a habilitar, de acordo com o

com que sejam habilitadas filosofias de

em que estão acontecendo descargas

sistema SCADA, o terceiro grupo de

proteção combinadas ou coordenadas.

atmosféricas através do sistema Sisraio

ajuste para os equipamentos instalados

O

conforme

ilustrado na Figura 4.

na região.

relatado,

dias

Adicionalmente

Os

ajustes

uso

parametrizados

específico, apenas

em

que

Uma vez confirmadas as previsões

informações

A partir do momento que foi

recebidas do sistema de monitoramento,

habilitado o terceiro grupo de ajuste, os

os

de

operadores passam a acompanhar com

destas condições, a EMG possui um

Operação têm como procedimento o

atenção a situação do clima na região,

contrato de serviço com o instituto de

estabelecimento de contatos com as

pois, ao se verificar término das chuvas

monitoramento climático – a Simepar

equipes de campo para confirmação

e raios, é necessário novamente habilitar

– que envia alertas sobre a previsão

dos alertas recebidos.

em cada equipamento o primeiro grupo

apresentam desfavoráveis.

condições Para

climáticas

monitoramento

operadores

às do

Centro


75

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

de ajuste, voltando todo o sistema a operar de forma normal.

A Figura 5 apresenta a imagem do

Centro de Operação da EMG com os sistemas informatizados de controle e painéis de monitoramento utilizados na definição e parametrização das proteções

e

operação

do

sistema

elétrico de forma geral.

Dessa forma, a filosofia do sistema

de proteção da Energisa Minas Gerais é dinâmica e otimiza a melhor forma de operação que pode ser conservadora como a seletiva ou coordenada e combinada,

tentando

aproveitar

o

melhor de cada utilização. Após a implantação de todos os procedimentos descritos anteriormente, a EMG realizou o levantamento de dados para analisar o desempenho do sistema elétrico, de modo a avaliar se os resultados esperados foram obtidos durante o período em que a operação passou

a

adotar

a

parametrização

dinâmica das filosofias de proteção. Para esta análise foram levantados dados referentes ao número de ocorrên­ cias no sistema elétrico, resultados dos indicadores de continuidade (DEC e FEC), quantidade de reclamações de clientes no

relacionadas

fornecimento,

a

interrupções

quantidade

de

solicitações de ressarcimento de danos elétricos e quantidade de ocorrências em dia crítico. Para

uma

análise

comparativa

dos resultados, utilizou-se o período de outubro a dezembro de 2013 (período em que foi operacionalizado o procedimento na EMG) em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A Tabela 3 apresenta os resultados

verificados

no

dos

totais,

valores

período. também

Além estão

apresentadas as parcelas referentes apenas às ocorrências de desarmes em alimentadores e ocorrências de queima de elo fusível.


76

Proteção

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Analisando os resultados apresentados na o

tabela

anterior,

comportamento

aconteceu

verifica-se das

conforme

o

que

ocorrências esperado,

havendo um aumento significativo das ocorrências relacionadas às proteções de alimentador, provocado pelo maior número de atuação dos religadores. Em contrapartida, verifica-se a redução de 14% no número de ocorrências de queima de elo fusível e uma redução total de 5% no número de ocorrências no período.

Também podem ser verificados os

resultados significativos nos indicadores

Figura 5 – Centro de Operação da Energisa Minas Gerais.

de continuidade com reduções de 33%

Tabela 3 – Resultado

e 42%, respectivamente, dos valores de DEC e FEC no período. Também são observadas reduções importantes nas análises segregadas das ocorrências relacionadas a desarmes de alimentador e chaves fusíveis. Cabe lembrar que a melhoria nos indicadores de continuidade também está relacionada com os investimentos realizados em obras estruturantes e maior disponibilidade das equipes para atuações em ocorrências de defeitos permanentes devido à redução do número total de eventos no sistema.

Tabela 4 – Reclamações e processos

Além dos efeitos positivos esperados

e que puderam ser comprovados pelos dados anteriormente relatados, faz-se necessário também analisar os possíveis efeitos indesejados da adoção do terceiro grupo de ajuste, como o aumento das reclamações de clientes e aumento das

devido à falta de energia em unidade

de

solicitações de ressarcimento de danos

consumidora. O monitoramento desta

praticamente

elétricos.

variável é importante para avaliar a

patamar. Desta forma, os possíveis

Com relação ao item “quantidade

percepção do cliente quanto à qualidade

efeitos indesejáveis não se mostraram

de reclamações”, cabe ressaltar que

de energia e possíveis impactos na

relevantes,

se tratam das vezes em que o cliente

satisfação do cliente.

comparados aos ganhos verificados.

efetivamente formalizou uma reclamação

Os

à empresa, nos moldes estabelecidos na

Tabela

houve

quantidade de ocorrências expurgada

Seção VIII da Resolução Aneel 414/2010

uma redução de 56% no número de

por enquadramento como dia crítico.

– Tratamento de Reclamações, não

reclamações referentes à interrupção

Esta análise foi realizada pois uma

se devendo confundir este número

no fornecimento e que o número

possível

com as solicitações de atendimento

de

ocorrências, principalmente durante os

dados 4

apresentados

demonstram

solicitações

de

que

na

ressarcimento

danos

elétricos dentro

se do

principalmente,

manteve mesmo

quando

Uma última análise realizada foi a

redução

do

número

de


77

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Tabela 5 – Ocorrências por dia crítico

períodos de condições meteorológicas

desvantagens, buscando o alcance de

adversas,

uma condição ótima para cada cenário

poderia

levar

à

não

caracterização de dias críticos nos

climático verificado.

conjuntos, com possibilidade inclusive

de um efeito contrário com elevação

vez maior de automação da rede

de indicadores de continuidade por

de distribuição com equipamentos

este motivo.

religadores que permitem a prévia

programação

A Tabela 5 apresenta o total de

Considerando-se a tendência cada

de

diversos

grupos

ocorrências expurgados por dia crítico

de ajustes e comunicação remota

no período de comparação.

com os Centros de Operação, esta

Os valores verificados na Tabela 5

dinamicidade na parametrização da

demonstram que, conforme esperado,

proteção fica cada vez mais facilitada.

realmente

ocorreu

um

menor

Os resultados obtidos pela EMG

enquadramento de ocorrências em

mostraram-se

bastante

satisfatórios

dia crítico com uma redução de 56%

em termos de redução das ocorrências

no período. No entanto, tendo em

emergenciais e dos indicadores de

vista o desempenho dos indicadores

continuidade que também se traduzem

de continuidade observados, pode-se

em menores custos operacionais para

dizer que esta redução coaduna com

a distribuidora.

a satisfação dos clientes e ratifica o entendimento de que os resultados

*Fernando Lima Costalonga é engenheiro

deste trabalho foram positivos.

eletricista e especialista em Gestão de Projetos. Atualmente, é gerente do

Conclusões

departamento de Operação da Energisa Minas Gerais.

Durante

o

trabalho

demonstrado

que

cada

ficou

uma

das

diferentes filosofias de proteção a ser adotada na rede de distribuição traz consigo vantagens e desvantagens na operação do sistema elétrico que devem ser consideradas, juntamente com a análise das características dos

Anderson Rabelo Rosa é analista de sistemas e especialista em Gestão de Negócios. É coordenador de operação da Energisa Minas Gerais. Mateus de Sousa Cardoso é engenheiro de produção, graduando em Gestão Estratégica e Inteligência em Negócios. Atualmente, é coordenador de qualidade da Energisa Minas Gerais.

alimentadores e dos clientes ligados à

Marcella Duque Carvalho é técnica em

jusante na tentativa de obter a melhor

eletrotécnica e ocupa o cargo de técnica de

performance possível.

distribuição da Energisa Minas Gerais.

A

adoção

parametrização filosofias

de

de

uma

forma

dinâmica proteção

de

destas

mostrou-se

Reinilson Rodrigues Cesario é engenheira eletricista, graduando em Gestão Estratégica e Inteligência em Negócios. Atualmente, é

bastante interessante, pois a alternância

gestor operacional da regional Venda Nova

permite combinar as vantagens e as

da EDP Escelsa.


78

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Led será a principal fonte de luz em até cinco anos

A projeção é dos consumidores de produtos e sistemas de iluminação que participaram da pesquisa publicada a seguir. Para os mesmos usuários, a qualidade dos produtos disponíveis no mercado brasileiro é apenas satisfatória


79

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Que o Led é a iluminação do futuro ninguém duvida, mas na opinião

dos consumidores – representados nesta pesquisa por projetistas, instaladores, revendedores e empresas de manutenção e consultoria –, isso deve acontecer em um futuro bastante próximo. Para 50% deles, o

distribuidores entrevistados nesta pesquisa, com índices praticamente idênticos aos registrados na pesquisa realizada no ano anterior. PRINCIPAIS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO

Led será a principal fonte de luz em até cinco anos. Para se ter uma ideia, para 94% desses usuários, o Led é a principal lâmpada comprada e/ou

Público

especificada, seguida pelas lâmpadas fluorescentes tubulares (71%)

42%

e a vapor metálico (65%). As incandescentes perdem cada vez mais mercado, tendo sido citadas por apenas 24% dos pesquisados.

Residencial

47%

Mesmo com a retração do mercado, 53% dos consumidores

Comercial

71%

estimam investimentos na compra e/ou especificação de produtos e sistemas de iluminação de até R$ 1 milhão neste ano de 2015. 6% deles

Industrial

73%

planejam investir entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões neste segmento. O resultado mostra confiança diante de um mercado que vem sendo afetado pelo cenário econômico negativo atual. Segundo os fabricantes e distribuidores desses produtos, a desaceleração da economia brasileira e o refreamento do setor da construção civil são os principais impeditivos

para o crescimento deste setor.

os produtos, sendo mencionado por 56% dos entrevistados. Neste

Outro ponto importante desta pesquisa diz respeito à qualidade dos

ano, este foi o canal menos indicado. Para a maioria dos pesquisados

produtos e sistemas disponibilizados no mercado brasileiro. Para a maior

(67%), revendas e varejistas são o principal meio utilizado para a

parte dos consumidores (71%), a qualidade dos produtos é meramente

comercialização de seus produtos, seguido pelas vendas diretas ao

satisfatória, com notas 6 e 7. Apenas 29% deram notas 8 e 9 a este

cliente final (59%).

No ano passado, o telemarketing foi o principal canal para escoar

quesito. Sobre este assunto, a boa notícia é que o Inmetro deverá publicar em breve uma portaria que determina os requisitos para a avaliação da

PRINCIPAIS CANAIS DE VENDAS

conformidade compulsória de luminárias com lâmpadas de descarga e Led para iluminação pública viária. A medida deve contribuir para a promoção Telemarketing

da gestão da segurança energética no país, considerando que estes

16%

produtos apresentam requisitos mínimos de desempenho e segurança. O Inmetro deverá publicar a portaria com os requisitos ainda neste ano

Outros

21%

de 2015. Vale lembrar que, em março deste ano, o Inmetro publicou uma portaria que institui a certificação compulsória para as lâmpadas de Led

Distribuidores/Atacadistas

58%

com dispositivo integrado à base. As empresas fabricantes têm até a data limite de 13 de dezembro de 2015 para adequar seus produtos à

Venda direta ao cliente final

59%

nova regulamentação. No que se refere à comercialização, as empresas

Revendas/varejistas

67%

deverão, a partir de 13 de junho de 2016, já estarem adequadas aos novos produtos, de acordo com a portaria do Inmetro.

Apesar de os consumidores indicarem que a qualidade dos produtos

disponíveis nas prateleiras brasileiras ainda não é satisfatória, os mesmos usuários apontaram preço e garantia como os principais critérios na

hora de comprar um produto ou sistema de iluminação. Já treinamento

43% das empresas entrevistadas disseram apresentar produtos

(oferecido pelo fabricante) e local de fabricação (nacional ou importado)

com certificado ISO 9001 (de qualidade) e 17% afirmaram ter

são os itens que menos impactam a decisão de compra.

equipamentos com a certificação ISO 14001 (de gestão ambiental).

Confira, nas páginas a seguir, o levantamento completo, assim como

informações detalhadas – como contatos, número de funcionários,

A adesão às certificações ISO continua pouco significativa:

CERTIFICAÇÕES ISO

certificações, assistência técnica, entre outras – sobre cada uma das empresas participantes da pesquisa.

ISO 14001

17% Mercado brasileiro de produtos e sistemas de iluminação

Os setores industrial (73%) e comercial (71%) continuam sendo

apontados como os principais clientes atendidos pelos fabricantes e

ISO 9001

43%


80

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

Os fabricantes e distribuidores apontaram as luminárias industriais

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

LÂMPADAS MAIS COMERCIALIZADAS

(69%), com Leds (66%) e comerciais (60%) como os produtos mais comercializados desta área. As luminárias de Led apresentaram uma importante evolução com relação ao ano passado, quando ocupou o

Leds

quarto lugar das mais comercializadas, com 52% das indicações.

66%

LUMINÁRIAS MAIS COMERCIALIZADAS

38%

53%

35%

De Emergência

34% 24% Para Atmosferas Explosivas 21%

De Sinalização (saídas, heliportos, aeroportos, etc.)

Dicróicas

24%

Públicas

Especiais

Decorativas

24%

Projetores

53%

Halógenas

25%

Decorativas

21%

8%

Mistas

Incandescentes

16% 11%

Fluorescentes compactas

Vapor de mercúrio

25%

Refletores

58%

47%

34%

Led Comerciais

60%

Fluorescentes tubulares

36%

Industriais

69% 66%

Vapor metálico

Especiais Miniaturas

5%

Indução

O Led continua, pelo terceiro ano consecutivo, sendo o tipo de

lâmpada mais comercializada pelo setor, segundo a pesquisa. No

Reatores e/ou ignitores foram apontados por 47% das

ano passado, 60% dos entrevistados disseram ser este o tipo mais

empresas entrevistadas como os acessórios mais empregados

vendido. Neste ano, o índice subiu para 66%.

para iluminação.


81

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

ACESSÓRIOS PARA ILUMINAÇÃO MAIS UTILIZADOS

Percepção do tamanho anual do mercado de luminárias INDUSTRIAIS

Reatores e/ou ignitores

8%

47% 35% 34% 34% 29% 27% 24% 18%

Porta lâmpadas (soquetes) e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias Sensores para iluminação

Acima de R$ 500 milhões 18%

18%

Até R$ 10 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

12%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Relés fotoelétricos

12%

Sistemas de controle automático de iluminação Interruptores

18%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 14%

Variadores de intensidade (dimmers)

Sistemas de gerenciamento de iluminação pública

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões PÚBLICAS

8%

Até R$ 10 milhões 8% 34%

Acima de R$ 500 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 10%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Os gráficos a seguir demonstram a opinião dos fabricantes

10%

e distribuidores entrevistados referente ao tamanho total do

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

mercado de cinco luminárias mais representativas do setor. Destaque para luminárias para atmosferas explosivas, cuja maioria

16%

dos pesquisados (47%) avaliou que este mercado fatura até R$

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

10 milhões por ano, e para as luminárias públicas, cuja maioria das empresas (34%) pesquisadas disse faturar acima de R$ 500 milhões anuais.

14%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões


82

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação COMERCIAIS

DESTINO DOS PRODUTOS

11%

Acima de R$ 500 milhões

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

17%

94%

Até R$ 10 milhões

Nacional

15%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

16%

6%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 15%

Exportação

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

naquele ano, mas, de acordo com a pesquisa deste ano, efetivamente, as

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

empresas apresentaram crescimento real de 10% em 2014. Para este

15%

as entrevistadas apontavam um acréscimo de 9% para o mercado de iluminação. No que concerne ao quadro de funcionários, na média, as

PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

empresas pretendem acrescentar apenas 4% ao seu pessoal.

6%

PREVISÕES DE CRESCIMENTO

Acima de R$ 500 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 11%

ano, elas esperam crescer outros 8% e o mercado como um todo deve contar com um crescimento médio de apenas 3%. No ano passado,

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

8%

Na pesquisa realizada em 2014, as empresas planejavam crescer 15%

11%

47%

Até R$ 10 milhões

Acréscimo ao quadro de funcionários da empresa em 2015

4%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

3%

7%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Crescimento do tamanho anual total do mercado para 2015 Previsão de crescimento percentual para sua empresa em 2015

8%

21%

10%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

ESPECÍFICAS PARA LEDS

Crescimento das empresas em 2014 comparado ao ano anterior

As empresas que participaram deste levantamento são bastante

diversificadas no que diz respeito ao seu tamanho. Destacam-se as empresas que faturam até R$ 3 milhões (20%) e as que faturam

19%

Acima de R$ 500 milhões

entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões (19%).

10%

FATURAMENTO ANUAL MÉDIO DAS EMPRESAS EM 2014

Até R$ 10 milhões De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

13%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

13%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 17%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

4%

13%

Acima de R$ 200 milhões

7%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 2%

De R$ 80 milhões a R$ 100 milhões

11%

10% 15%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 80 milhões

19%

O destino dos produtos continua sendo o mercado nacional.

Ficam no país 94% dos produtos de iluminação e apenas 6% são destinados à exportação.

20%

Até R$ 3 milhões

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

15% 12%

De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões



84

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

FATORES QUE JUSTIFICAM AS PREVISÕES DE CRESCIMENTO PARA ESTE MERCADO EM 2015

6% 5%

Outros

Programas de incentivo do governo

15%

23%

Desvalorização da moeda brasileira

Desaceleração da economia brasileira

14%

2%

Setor da construção civil aquecido

Falta de confiança de investidores 5%

Falta de normalização e/ou legislação 2%

15%

Setor da construção civil desaquecido

Incentivos por força de legislação ou normalização 6%

Crise internacional

7%

Projetos de infraestrutura

Opinião dos consumidores de equipamentos e acessórios de iluminação Projetistas (30%), revendedores (22%) e empresas de consultoria (22%) representam a maior parte dos consumidores que participaram do levantamento. Empresas de manutenção e instalação, assim como usuários finais, também fazem parte do perfil de consumidores que fizeram parte da pesquisa. PERFIL DOS CONSUMIDORES QUE PARTICIPARAM DA PESQUISA

5%

Consumidora de produtos 22%

30%

Projetista

Revendedora de produtos 8%

Instaladora 22%

Atua em consultoria

13%

Atua em manutenção



86

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

`Luminárias industriais e comerciais aparecem empatadas como as principais luminárias

comercializadas, indicadas por 76% dos entrevistados. Na pesquisa realizada no ano passado, as luminárias industriais foram apontadas como as mais compradas e/ou especificadas por 85% dos consumidores. As luminárias de Leds foram mencionadas por 71% das empresas, dividindo o terceiro lugar com os projetores. PRINCIPAIS LUMINÁRIAS COMPRADAS E/OU ESPECIFICADAS

Comerciais

76%

Industriais

76% 71% 71%

Específicas para Leds

Refletores

59% 59% 53%

Projetores

De emergência Públicas

Decorativas

41%

Especiais

29% De sinalização (saídas, heliportos, aeroportos, etc.) 29% 24% Para atmosferas explosivas

Se na pesquisa do ano passado as lâmpadas fluorescentes compactas e as tubulares

foram destacadas, ambas por 80% dos consumidores, como os produtos mais comprados e/ou especificados, neste ano, o Led segue disparado na frente, tendo sido citado por 94% das empresas pesquisadas. Em seguida, estão as fluorescentes tubulares e as lâmpadas a vapor metálico. PRINCIPAIS LÂMPADAS COMPRADAS E/OU ESPECIFICADAS

Leds

94% Fluorescente Tubulares

71% 65% 59%

35%

Halógenas

24% 24% 12%

Dicroicas Mistas

29%

Decorativas Incandescentes

De Indução

Fluorescentes Compactas

Vapor Mercúrio

47% 41%

Vapor Metálico


87

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Para 50% dos entrevistados, definitivamente, o Led é a luz do

futuro. Para eles, em até cinco anos, o Led deverá ser a principal fonte de luz do mercado brasileiro e para outros 37% isso deve ocorrer em até dez anos. EM QUANTO TEMPO OS LEDS SERÃO A PRINCIPAL FONTE LUMINOSA

13%

de 11 até 20 anos 50%

em até 5 anos 37%

de 6 a 10 anos

A estimativa em relação à compra de produtos para equipamentos

de iluminação não está tão otimista em 2015. A maioria (88%) disse que pretende investir até 5 milhões ainda neste ano. ESTIMATIVA DE COMPRA E/OU ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTOS E SISTEMAS DE ILUMINAÇAO

6% 6%

De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 53%

Até R$ 1 milhão

35%

De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões

O nível de satisfação dos consumidores com este mercado

não é dos melhores. Se, na pesquisa do ano passado, 50% dos consumidores deram notas de 6 a 7 aos produtos disponíveis nas prateleiras brasileiros, neste ano aumentou para 71%. Apenas 29% dos pesquisados deram notas 8 e 9. GRAU DE SATISFAÇÃO COM A QUALIDADE DO PRODUTO DE ILUMINAÇÃO

29%

Notas de 8 e 9

71%

Notas de 6 e 7


88

Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação Para complementar a avaliação de satisfação, questionamos os

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

LOCAL DE FABRICAÇÃO DO PRODUTO (NACIONAL OU IMPORTADO)

usuários sobre as empresas participantes da pesquisa sobre quais

12%

fatores são mais relevantes na decisão de compra e/ou especificação de

Nota 10

produtos. Os quesitos garantia e preço receberam as notas mais altas.

24%

Notas de 1 a 5 29%

GARANTIA

6%

Nota 10

Notas de 8 a 9

6%

Notas de 1 a 5

12% 35%

Notas de 6 a 7

Notas de 6 a7

O FORNECEDOR TER ISO 9001 E/OU 14001

12%

Nota 10

76%

12%

Notas de 8 a 9

Notas de 8 a 9 41%

PREÇO

Notas de 1 a 5 35%

12% 23%

Notas de 6 a 7

Notas de 1 a 5

Nota 10

Novamente, a maior parte dos consumidores pesquisados (31%) enxerga o mercado como em franco crescimento. CLASSIFICAÇÃO DO MERCADO BRASILEIRO DE PRODUTOS E SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO

65%

Notas de 8 a 9 2%

Outros

Assim como na pesquisa do ano passado, treinamento

4%

oferecido pelo fabricante, local de fabricação do produto (nacional

Oferece bom respaldo técnico

ou importado) e a empresa ter alguma certificação ISO foram os critérios menos considerados pelos consumidores entrevistados. TREINAMENTO OFERECIDO PELO FABRICANTE

11%

Apresenta produtos com pouca qualidade técnica

16%

Com deficiências técnicas (assistência e suporte) 5%

18%

Com produtos de boa qualidade técnica

Desatualizado 24%

Notas de 8 a 9

41%

Notas de 1 a 5 13%

Atento às tendências internacionais 31% 35%

Notas de 6 a 7

Em franco crescimento



Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

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ACCORD ILUMINAÇÃO

(46) 3581-5950 www.accordiluminacao.com.br Dois Vizinhos

PR

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AJJ ILUMINAÇÃO

(11) 5021-6128

São Paulo

SP

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ALPER

(11) 3265-6760 www.alper.com.br

São Paulo

SP

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ALPHA MARKTEC

(11) 2782-3200 www.alphamarktec,com.br

São Paulo

SP

ALPHA-EX

(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

ALUMBRA

(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br

São Bernardo do Campo

SP

AMERICAN LIGHTING

(11) 2338-8060 www.americanlighting.com.br São Paulo

SP

ANOLIGHT

(31) 3476-6144 www.anolight.com.br

Indaial

SC

ARM ILUMINAÇÃO

(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br

São Paulo

SP

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ARTIERE ELETRÔNICA

(41) 3018-4444 www.artiere.com.br

Curitiba

PR

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AUREON

(11) 3966-6211 www.aureon.com.br

São Paulo

SP

X

AVANT LIGHTING

(11) 3355-2220 www.avantled.com.br

São Paulo

SP

BARSOTTI

(21) 2501-5971 www.barsotti.ind.br

Rio de Janeiro

RJ

BENLUZ ILUMINAÇÃO

(11) 3225-0805 www.benluz.com.br

São Paulo

SP

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BETA SISTEMAS

(11) 4115-1408 www.betasistemas.com.br

São Paulo

SP

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BLAN LUMINÁRIAS

(49) 3344-0233 www.blanluminarias.com.br

São Lourenço do Oeste

SC

BLEST DO BRASIL

(41) 3274-4472 www.blest.com.br

Curitiba

PR

BLINDA

(15) 3353-7070 www.blinda.com.br

Votorantim

SP

BLUMENAU ILUMINAÇÃO

(47) 3036-5155 www.blumenau.ind.br

Blumenau

SC

CENTRAL EX

(19) 3708-9200 www.central-ex.com.br

Campinas

SP

CENTRAL ILUMINAÇÃO

(31) 3429-8503 www.centraliluminação.com.br Belo Horizonte

MG

CLARITEK

(31) 3286-7551 www.claritek.com.br

Varginha

MG

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COEL

(11) 2066-3211 www.coel.com.br

São Paulo

SP

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COISARADA

(49) 3251-9000 www.coisarada.net

Lages

SC

COMPACT CIA

(41) 3045-1031 www.compactcia.com

Curitiba

PR

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CONEX

(11) 2331-0303 www.conex.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

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CONEXLED

(11) 2331-0303 www.conexled.com.br

São Bernardo do Campo

SP

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De Sinalização

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De Emergência

São José dos Pinhais

Públicas

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0800 707 2977 www.abalux.com.br

Comerciais

SP

ABALUX

Luminárias

Industriais

Ribeirão Preto

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

Cidade

(16) 2101-0100 www.aradioluz.com.br

Fornece projetos de iluminação

Telefone Site

A RADIO LUZ

Importa produtos acabados

EMPRESA

Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Certificado ISO 9001

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Outros

Telemarketing

Venda direta ao cliente final

Revendas/varejistas

Canal de vendas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Fabricante e distribuidora

Distribuidora

Estado

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes

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São Paulo

SP

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DNI - KEY WEST

(11) 3933-8888 www.dni.com.br

São Paulo

SP

X

ELETRO TERRIVEL

(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br

São Paulo

SP

EMBRAMAT

(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo

SP

X

X

EMPALUX

(41) 3021-3500 www.empalux.com.br

São Jose dos Pinhais

PR

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ENERBRAS

(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br

Campo Largo

PR

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ENGELUZ

(43) 3528-1467 www.engeluz.com.br

Wenceslau Braz

PR

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ETIL

(11) 3616-6666 www.etil.com.br

São Paulo

SP

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EXATRON

0800 541 3310 www.exatron.com.br

Porto Alegre

RS

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FINDER

(11) 4223-1550 www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

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FLEX AUTOMATION

(11) 2389-2777 www.flexautomation.com.br

São Paulo

SP

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FORTLIGHT

(11) 2087-6000 www.fortlight.com.br

Guarulhos

SP

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FURUKAWA

(11) 5501-5800 www.furukawa.com.br

Curitiba

PR

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GE LIGHTING

(11) 3614-1900 www.gelighting.com

São Paulo

SP

X

GEVI GAMMA

(11) 3842-7655 www.gevigamma.com.br

São Paulo

SP

GLOLANI

(11) 2294-1133 www.glolani.com.br

São Paulo

SP

GREENLUCE

(11) 2161-9900 www.greenluce.com.br

São Paulo

sp

GRUPO FOXLUX

(41) 3302-8100 www.foxlux.com.br

Pinhais

PR

GUARILUX

(11) 4035-1552 www.guarilux.com.br

Bragança Paulista

SP

X

GUBRO

(21) 2592-0190 www.gubro.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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HAGER ELETROMAR

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

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HDA ILUMINAÇÃO

(54) 3298-2100 www.hda.ind.br

Nova Petrópolis

HELLERMANNTYTON

(11) 2136-9090 www.hellermanntyton.com.br Jundiaí

IDEAL INDUSTRIES

(11) 4314-9930 www.idealindustries.com.br

ILUMATIC

(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br

ILUMI

(19) 3572-2299 www.ilumi.com.br

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São Bernardo do Campo

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Leme

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De Sinalização

Jundiaí

(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br

X

De Emergência

(11) 4431-4300 www.dialight.com

DINATEL

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Públicas

DIALIGHT

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Comerciais

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Luminárias

Industriais

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Fornece projetos de iluminação

SP

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes

Itatiba

Importa produtos acabados

(11) 4894-8800 www.demape,com.br

Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

PR

DEMAPE

Certificado ISO 9001

Curitiba

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Cidade

(41) 3029-1144 www.decorlux.com.br

Outros

Telefone Site

DECORLUX

Telemarketing

EMPRESA

Venda direta ao cliente final

Revendas/varejistas

Canal de vendas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Fabricante e distribuidora

Distribuidora

Estado

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

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Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

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Embu das Artes

SP

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KDL ILUMINAÇÃO

(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br

Cotia

SP

L.D.X

(11) 4044-1378 www.luminariasdom.com.br

Diadema

SP

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X

X

LALUX

(31) 3476-6144 www.lalux.com.br

Belo Horizonte

MG

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LÂMPADAS GOLDEN

(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br

São Paulo

SP

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X

X

LEDSTAR

(11) 5078-5506 www.ledstar.com.br

São Paulo

SP

X

LEGRAND

0800 11 8008 www.legrand.com.br

São Paulo

SP

X

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X

LG ELETRONICS

(11) 4004-5400 www.lge.com.br

São Paulo

SP

X

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LIGHT TOOL

(15) 3489-8313 www.lighttool.com.br

Iperó

SP

X

LLUM BRONZEARTE

0800 880 2153 www.bronzearte.com.br

Embu das Artes

SP

LUCCHI

(11) 3704-3737 www.lucchi.com.br

São Paulo

SP

LUMAVI

(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br

São José do Rio Preto

SP

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LUMICENTER

(41) 2103-2750 www.lumicenter.com

São José dos Pinhais

PR

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LUMIMUNDI

(41) 3291-1717 www.lumimundi.com.br

Campo Largo

PR

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X

LUMINÁRIAS PROJETO

(11) 2946-8200 www.luminariasprojeto.com.br São Paulo

LUMINARIAS SUN WAY

(21) 3860-2688 www.coloniallustres.com.br

LUTRON MACCOMEVAP MAEX

(19) 3455-5266 www.maexengenharia.com.br Santa Barbara D'Oeste

MAGNANI

(54) 4009-5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

MAR-GIRIUS

0800 707 3262 www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

NAVILLE

(11) 2431-4500 www.naville.com.br

Guarulhos

SP

NORTEL

(19) 2102-7700 www.nortel.com.br

Campinas

SP

NOVVALIGHT

(41) 3291-1550 www.novvalight.com

Campo Largo

PR

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NUTSTEEL

(11) 2122-5777 www.nutsteel.com.br

São Paulo

SP

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NVC LIGHTING

(11) 4435-1603 www.nvc-lighting.com.br

São Paulo

SP

OLIVO

(48) 2102-8820 www.olivosa.com.br

Siderópolis

SC

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Rio de Janeiro

RJ

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(11) 3257-6745 www.lutron.com

São Paulo

SP

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(21) 2688-1216 www.maccomevap.com.br

Itaguaí

RJ

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De Sinalização

Caxias do Sul

(11) 4785-1010 www.itaimiluminacao.com.br

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De Emergência

(54) 3209-1300 www.intral.com.br

ITAIM ILUMINAÇÃO

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Públicas

INTRAL

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SP

Comerciais

Barueri

Luminárias

Industriais

(11) 4163-1296 www.i9lux.com

Fornece projetos de iluminação

INOVELUX

Importa produtos acabados

Telefone Site Cidade (47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau

Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Certificado ISO 9001

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Outros

Telemarketing

Venda direta ao cliente final

Revendas/varejistas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Fabricante e distribuidora

Canal de vendas

IMPERIAL LUMINARIAS

EMPRESA

Estado SC X

Distribuidora

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes

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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

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OUROLUX

(11) 2172-1000 www.ourolux.com.br

São Paulo

SP

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PARAKLIN

(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br

São Paulo

SP

X

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PHILIPS

0800 979 1925 www.lighting.philips.com.br

Barueri

SP

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POLIMETAL

(31) 3361-8575 www.polimetal.com.br

Contagem

MG

X

POLLUX

(47) 3804-9474 www.pollux.ind.br

Joinville

SC

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POWER LUME

(54) 3222-3515 www.powerlume.com.br

Caxias do Sul

RS

X

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PRISMÁTICOS

(11) 2227-0540 www.prismaticosdobrasil.com.br São Paulo

QUALITRAFO

(35) 3559-0200 www.qualitrafo.com.br

Guaxupé

MG

X

QUALITRONIX

(35) 3471-3300 www.qualitronix.com.br

Santa Rita do Sapucaí

MG

X

REATIVA SERVICE

(42) 3222-3500 www.reativa.com

Ponta Grossa

PR

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REEME

(11) 5562-1944 www.reeme.com.br

São Paulo

SP

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RENETEC

(11) 4991-1999 www.renetec.com.br

Santo André

SP

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X

REPUME

(11) 4139-1656 www.repume.com.br

Taboão da Serra

SP

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X

REVOLUZ

(11) 3474-1274 www.revoluz.com.br

Diadema

SP

X

SANTA RITA

(48) 3271-5112 www.santarita.com.br

Florianópolis

SC

SCHRÉDER L

(19) 3856-9680 www.schreder.com/brs-pt

Vinhedo

SP

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SP

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De Sinalização

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De Emergência

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SP

Públicas

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Osasco

Comerciais

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São Paulo

0800 55 7084 www.osram.com.br

X

Industriais

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(11) 4329-6787 www.opusled.com.br

OSRAM

X

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

X

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OPUS LED

X X

Fornece projetos de iluminação

X X X

Mandaguari

X X

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes

X

(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br

X

X

X

ONIX

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Cidade São Paulo

Luminárias

X

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Telefone Site (11) 5034-1233 www.omegalight.com.br

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Importa produtos acabados

X

Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

X

Certificado ISO 9001

Outros

Telemarketing

Venda direta ao cliente final

Revendas/varejistas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Canal de vendas

OMEGA LIGHT

EMPRESA

Estado SP X X PR X SP X

Fabricante e distribuidora

Distribuidora

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

X

X X

X

X

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X X

X X X X X


Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

SOB BRASIL

(11) 5090-0030 www.sob-brasil.com

São Paulo

SP

STARTEC

(11) 2916-2357 www.startecimport.com.br

São Paulo

SP

STRAHL

(11) 2818-3838 www.strahl.com

São Paulo

SP

SULMINAS

(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

SUNLAB

(11) 4035-8575 www.sunlab.com.br

Bragança Paulista

SP

SUPERLED

(11) 3104-1591 www.sueprled.com.br

São Paulo

SP

SYLVANIA

(11) 3133-2400 www.sylvania-americas.com/pt São Paulo

SP

TASCO

0800 770 3171 www.tasco.com.br

Boituva

SP

X

TRANSVOLTEC

(11) 2014-2266 www.transvoltec.com.br

São Paulo

SP

X

TRÓPICO

(19) 3885-6428 www.tropico.com.br

Indaiatuba

SP

X

UNITRON

(11) 3931-4744 www.unitron.com.br

São Paulo

SP

VARIXX

(19) 3424-4000 www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

WALMONOF

(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br

São Paulo

SP

WEG

(47) 3276-4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

X

X X X

WGR

(11) 2155-5500 www.wgr.com.br

São Paulo

SP

X

X

X X

X

Z.LIGHT

(49) 3366-6000 www.zlight.com.br

Pinhalzinho

SC

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MG

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X

De Sinalização

SP

X

De Emergência

Pirassununga

X X

X X

Públicas

(19) 3563-0303 www.skylux.com.br

X X X

X X X X

Comerciais

SKYLUX

X X

Luminárias

Industriais

São Paulo

Fornece projetos de iluminação

(11) 5622-0840 www.setson.com.br

Importa produtos acabados

SETSON LIGHT

Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados

Telefone Site Cidade (11) 3207-8152 www.scorpiusiluminacao.com.br São Paulo

Certificado ISO 9001

Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

Outros

Telemarketing

Venda direta ao cliente final

Revendas/varejistas

Distribuidores/atacadistas

Público

Residencial

Comercial

Industrial

Fabricante e distribuidora

Canal de vendas

SCORPIUS

EMPRESA

Estado SP X SP X

Distribuidora

Fabricante

segmento A empresa é Principal de atuação

Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes

94

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Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

X X

SP

X

X X

ALPER

(11) 3265-6760 www.alper.com.br

São Paulo

SP

X X X X

ALPHA MARKTEC

(11) 2782-3200 www.alphamarktec,com.br

São Paulo

SP

X

ALPHA-EX

(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br

São Paulo

SP

X

ALUMBRA

(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br

São Bernardo do Campo

SP

AMERICAN LIGHTING

(11) 2338-8060 www.americanlighting.com.br São Paulo

ANOLIGHT

(31) 3476-6144 www.anolight.com.br

Indaial

SC

ARM ILUMINAÇÃO

(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br

São Paulo

SP

ARTIERE ELETRÔNICA

(41) 3018-4444 www.artiere.com.br

Curitiba

PR

AUREON

(11) 3966-6211 www.aureon.com.br

São Paulo

SP

AVANT LIGHTING

(11) 3355-2220 www.avantled.com.br

São Paulo

SP

BARSOTTI

(21) 2501-5971 www.barsotti.ind.br

Rio de Janeiro

RJ

BENLUZ ILUMINAÇÃO

(11) 3225-0805 www.benluz.com.br

São Paulo

SP

X

BETA SISTEMAS

(11) 4115-1408 www.betasistemas.com.br

São Paulo

SP

X X X X

BLAN LUMINÁRIAS

(49) 3344-0233 www.blanluminarias.com.br

São Lourenço do Oeste

SC

X

X

BLEST DO BRASIL

(41) 3274-4472 www.blest.com.br

Curitiba

PR

X

X

BLINDA

(15) 3353-7070 www.blinda.com.br

Votorantim

SP

BLUMENAU ILUMINAÇÃO

(47) 3036-5155 www.blumenau.ind.br

Blumenau

SC

CENTRAL EX

(19) 3708-9200 www.central-ex.com.br

Campinas

SP

X

CENTRAL ILUMINAÇÃO

(31) 3429-8503 www.centraliluminação.com.br Belo Horizonte

MG

X X X X

CLARITEK

(31) 3286-7551 www.claritek.com.br

Varginha

MG

COEL

(11) 2066-3211 www.coel.com.br

São Paulo

SP

COISARADA

(49) 3251-9000 www.coisarada.net

Lages

SC

COMPACT CIA

(41) 3045-1031 www.compactcia.com

Curitiba

PR

CONEX

(11) 2331-0303 www.conex.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X

CONEXLED

(11) 2331-0303 www.conexled.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

SP

X X

X

X

X

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X X X X X X X X X

X

X

X

X

X X X X X X X X

Sistemas de gerenciamento de iluminação pública

X

São Paulo

X X X X X

Sistemas de controle automático de iluminação

PR

(11) 5021-6128

X

X

Variadores de intensidade

(46) 3581-5950 www.accordiluminacao.com.br Dois Vizinhos

AJJ ILUMINAÇÃO

X X

Interruptores

ACCORD ILUMINAÇÃO

X

Sensores para iluminação

X X X

Relés fotoelétricos

PR

Reatores e/ou Ignitores

São José dos Pinhais

Especiais

X X X X X X X X X X

0800 707 2977 www.abalux.com.br

Miniaturas

SP

ABALUX

Decorativas

Ribeirão Preto

Leds

Cidade

(16) 2101-0100 www.aradioluz.com.br

De Indução

Telefone Site

Vapor metálico

EMPRESA A RADIO LUZ

Vapor de mercúrio

Halógenas

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Lâmpadas

Incandescentes

Refletores

Projetores

Decorativas

Estado

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

SP

São Paulo

SP

DNI - KEY WEST

(11) 3933-8888 www.dni.com.br

São Paulo

SP

ELETRO TERRIVEL

(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br

São Paulo

SP

EMBRAMAT

(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo

SP

EMPALUX

(41) 3021-3500 www.empalux.com.br

São Jose dos Pinhais

PR

X X X

ENERBRAS

(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br

Campo Largo

PR

X

ENGELUZ

(43) 3528-1467 www.engeluz.com.br

Wenceslau Braz

PR

X X X X

X X X X

ETIL

(11) 3616-6666 www.etil.com.br

São Paulo

SP

X X X X

X X X X X X X X X X

EXATRON

0800 541 3310 www.exatron.com.br

Porto Alegre

RS

FINDER

(11) 4223-1550 www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

FLEX AUTOMATION

(11) 2389-2777 www.flexautomation.com.br

São Paulo

SP

FORTLIGHT

(11) 2087-6000 www.fortlight.com.br

Guarulhos

SP

FURUKAWA

(11) 5501-5800 www.furukawa.com.br

Curitiba

PR

GE LIGHTING

(11) 3614-1900 www.gelighting.com

São Paulo

GEVI GAMMA

(11) 3842-7655 www.gevigamma.com.br

GLOLANI

(11) 2294-1133 www.glolani.com.br

GREENLUCE

(11) 2161-9900 www.greenluce.com.br

São Paulo

sp

X

GRUPO FOXLUX

(41) 3302-8100 www.foxlux.com.br

Pinhais

PR

X

GUARILUX

(11) 4035-1552 www.guarilux.com.br

Bragança Paulista

GUBRO

(21) 2592-0190 www.gubro.com.br

Rio de Janeiro

HAGER ELETROMAR

0800 724 2437 www.hager.com.br

Rio de Janeiro

RJ

HDA ILUMINAÇÃO

(54) 3298-2100 www.hda.ind.br

Nova Petrópolis

RS

HELLERMANNTYTON

(11) 2136-9090 www.hellermanntyton.com.br Jundiaí

IDEAL INDUSTRIES

(11) 4314-9930 www.idealindustries.com.br

São Bernardo do Campo

SP

ILUMATIC

(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br

São Paulo

SP

X X X X

ILUMI

(19) 3572-2299 www.ilumi.com.br

Leme

SP

X

X

X

Sistemas de gerenciamento de iluminação pública

Jundiaí

(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br

X

X X

Sistemas de controle automático de iluminação

(11) 4431-4300 www.dialight.com

DINATEL

X X

Variadores de intensidade

DIALIGHT

X

Interruptores

SP

Sensores para iluminação

Itatiba

Relés fotoelétricos

(11) 4894-8800 www.demape,com.br

Reatores e/ou Ignitores

DEMAPE

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

Cidade Curitiba

Especiais

Telefone Site (41) 3029-1144 www.decorlux.com.br

Miniaturas

Decorativas

Leds

De Indução

Vapor metálico

Vapor de mercúrio

Halógenas

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Incandescentes

Refletores

Projetores

Decorativas

Lâmpadas

DECORLUX

EMPRESA

Estado PR

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

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São Paulo

SP

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São Paulo

SP

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RJ

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SP

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X X X


Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

(54) 3209-1300 www.intral.com.br

Caxias do Sul

RS

ITAIM ILUMINAÇÃO

(11) 4785-1010 www.itaimiluminacao.com.br

Embu das Artes

SP

X X X X

KDL ILUMINAÇÃO

(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br

Cotia

SP

X X X X X

L.D.X

(11) 4044-1378 www.luminariasdom.com.br

Diadema

SP

X

LALUX

(31) 3476-6144 www.lalux.com.br

Belo Horizonte

MG

X

LÂMPADAS GOLDEN

(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br

São Paulo

SP

X X X

LEDSTAR

(11) 5078-5506 www.ledstar.com.br

São Paulo

SP

X X X X X

LEGRAND

0800 11 8008 www.legrand.com.br

São Paulo

SP

LG ELETRONICS

(11) 4004-5400 www.lge.com.br

São Paulo

SP

LIGHT TOOL

(15) 3489-8313 www.lighttool.com.br

Iperó

SP

LLUM BRONZEARTE

0800 880 2153 www.bronzearte.com.br

Embu das Artes

SP

LUCCHI

(11) 3704-3737 www.lucchi.com.br

São Paulo

SP

LUMAVI

(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br

São José do Rio Preto

SP

X

LUMICENTER

(41) 2103-2750 www.lumicenter.com

São José dos Pinhais

PR

X X

LUMIMUNDI

(41) 3291-1717 www.lumimundi.com.br

Campo Largo

PR

X

LUMINÁRIAS PROJETO

(11) 2946-8200 www.luminariasprojeto.com.br São Paulo

LUMINARIAS SUN WAY

(21) 3860-2688 www.coloniallustres.com.br

Rio de Janeiro

RJ

LUTRON

(11) 3257-6745 www.lutron.com

São Paulo

SP

MACCOMEVAP

(21) 2688-1216 www.maccomevap.com.br

Itaguaí

RJ

X

MAEX

(19) 3455-5266 www.maexengenharia.com.br Santa Barbara D'Oeste

SP

X

X

MAGNANI

(54) 4009-5255 www.magnani.com.br

Caxias do Sul

RS

X X X X X X X X X X X X X

X X X X

MAR-GIRIUS

0800 707 3262 www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

NAVILLE

(11) 2431-4500 www.naville.com.br

Guarulhos

SP

X X X X X

NORTEL

(19) 2102-7700 www.nortel.com.br

Campinas

SP

X X X X

NOVVALIGHT

(41) 3291-1550 www.novvalight.com

Campo Largo

PR

X X

NUTSTEEL

(11) 2122-5777 www.nutsteel.com.br

São Paulo

SP

NVC LIGHTING

(11) 4435-1603 www.nvc-lighting.com.br

São Paulo

SP

X X X

OLIVO

(48) 2102-8820 www.olivosa.com.br

Siderópolis

SC

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SP

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X

Sistemas de gerenciamento de iluminação pública

INTRAL

X X X X X

X

Sistemas de controle automático de iluminação

SP

Variadores de intensidade

Barueri

Interruptores

(11) 4163-1296 www.i9lux.com

Sensores para iluminação

INOVELUX

Relés fotoelétricos

Telefone Site Cidade (47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau

Reatores e/ou Ignitores

Especiais

Miniaturas

Decorativas

Leds

De Indução

Vapor metálico

Vapor de mercúrio

Halógenas

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Incandescentes

Refletores

Projetores

Decorativas

Lâmpadas

IMPERIAL LUMINARIAS

EMPRESA

Estado SC

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

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O Setor Elétrico / Agosto de 2015

São Paulo

SP

0800 979 1925 www.lighting.philips.com.br

Barueri

SP

POLIMETAL

(31) 3361-8575 www.polimetal.com.br

Contagem

MG

POLLUX

(47) 3804-9474 www.pollux.ind.br

Joinville

SC

POWER LUME

(54) 3222-3515 www.powerlume.com.br

Caxias do Sul

RS

PRISMÁTICOS

(11) 2227-0540 www.prismaticosdobrasil.com.br São Paulo

QUALITRAFO

(35) 3559-0200 www.qualitrafo.com.br

Guaxupé

MG

QUALITRONIX

(35) 3471-3300 www.qualitronix.com.br

Santa Rita do Sapucaí

MG

REATIVA SERVICE

(42) 3222-3500 www.reativa.com

Ponta Grossa

PR

X

REEME

(11) 5562-1944 www.reeme.com.br

São Paulo

SP

X X X X X

RENETEC

(11) 4991-1999 www.renetec.com.br

Santo André

SP

X

REPUME

(11) 4139-1656 www.repume.com.br

Taboão da Serra

SP

REVOLUZ

(11) 3474-1274 www.revoluz.com.br

Diadema

SP

SANTA RITA

(48) 3271-5112 www.santarita.com.br

Florianópolis

SC

X X X

SCHRÉDER L

(19) 3856-9680 www.schreder.com/brs-pt

Vinhedo

SP

X X X X X

SP

X

Sistemas de gerenciamento de iluminação pública

(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br

PHILIPS

Sistemas de controle automático de iluminação

PARAKLIN

X X X

Variadores de intensidade

SP

X X

X X X X X X X

X X

X

Interruptores

São Paulo

X

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X X X

X

X

Sensores para iluminação

(11) 2172-1000 www.ourolux.com.br

X

Relés fotoelétricos

OUROLUX

X

X X

X X

Reatores e/ou Ignitores

SP

X X

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

SP

Osasco

Especiais

São Paulo

0800 55 7084 www.osram.com.br

X X X X X X

Miniaturas

(11) 4329-6787 www.opusled.com.br

OSRAM

X

Decorativas

OPUS LED

X X

Leds

PR

De Indução

Mandaguari

Vapor metálico

(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br

Vapor de mercúrio

ONIX

Halógenas

Estado SP

Dicróicas

Cidade São Paulo

Fluorescentes compactas

Telefone Site (11) 5034-1233 www.omegalight.com.br

Fluorescente tubulares

EMPRESA OMEGA LIGHT

Mistas

Especiais

Lâmpadas

Incandescentes

Refletores

Projetores

Decorativas

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

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X X X

X

X

X X X X X X X X X X X X

X

X X X X

X X X

X X X X X

X X

X

X X X X

X X

X X

X X X X X X X X X X

X X X X

X

X X X X X X X

X

X

X

X

X


Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

X X X

SOB BRASIL

(11) 5090-0030 www.sob-brasil.com

São Paulo

SP

X

STARTEC

(11) 2916-2357 www.startecimport.com.br

São Paulo

SP

X X X

STRAHL

(11) 2818-3838 www.strahl.com

São Paulo

SP

X

SULMINAS

(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas

SUNLAB

(11) 4035-8575 www.sunlab.com.br

Bragança Paulista

SP

X X X X

X

SUPERLED

(11) 3104-1591 www.sueprled.com.br

São Paulo

SP

X X X X X

X

SYLVANIA

(11) 3133-2400 www.sylvania-americas.com/pt São Paulo

SP

TASCO

0800 770 3171 www.tasco.com.br

Boituva

SP

TRANSVOLTEC

(11) 2014-2266 www.transvoltec.com.br

São Paulo

SP

TRÓPICO

(19) 3885-6428 www.tropico.com.br

Indaiatuba

SP

UNITRON

(11) 3931-4744 www.unitron.com.br

São Paulo

SP

VARIXX

(19) 3424-4000 www.varixx.com.br

Piracicaba

SP

WALMONOF

(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br

São Paulo

SP

WEG

(47) 3276-4000 www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

WGR

(11) 2155-5500 www.wgr.com.br

São Paulo

SP

Z.LIGHT

(49) 3366-6000 www.zlight.com.br

Pinhalzinho

SC

Sistemas de gerenciamento de iluminação pública

SP

Sistemas de controle automático de iluminação

Pirassununga

Variadores de intensidade

(19) 3563-0303 www.skylux.com.br

Interruptores

SKYLUX

Sensores para iluminação

SP

Relés fotoelétricos

São Paulo

Reatores e/ou Ignitores

(11) 5622-0840 www.setson.com.br

Especiais

SETSON LIGHT

Miniaturas

Telefone Site Cidade (11) 3207-8152 www.scorpiusiluminacao.com.br São Paulo

Decorativas

Leds

De Indução

Vapor metálico

Vapor de mercúrio

Halógenas

Dicróicas

Fluorescentes compactas

Fluorescente tubulares

Mistas

Especiais

Incandescentes

Refletores

Projetores

Decorativas

Lâmpadas

SCORPIUS

EMPRESA

Estado SP

Para Atmosferas Explosivas

Luminárias

Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias

100

X X X X X

X X

X X X X X X

X X X X X X X

MG

X

X

X X

X X X

X X X X X X X X X X X X

X

X X

X

X X

X X X X

X

X

X

X

X X

X X

X X X X X X X

X

X

X X X X

X X

X X X X

X X X X X

X

X

X X

X

X X X

X

X



102

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

MANUTENÇÃO PREDITIVA COM INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA INTELIGENTE SISTEMA DE MONITORAMENTO PERMITE A REALIZAÇÃO DE INSPEÇÕES REMOTAS E PERSONALIZADAS NO CAMPO DE VISÃO DAS CÂMERAS TERMOGRÁFICAS Por Daniel Sampaio, Victor Gomes de Sousa, Daniel Rubbo, Alan Costa e Ruben Glatt*

C

âmeras infravermelhas que ori­

gi­­na­l­mente foram desenvolvidas para uso militar durante a guerra da Coreia acharam rapidamente aplicação em segurança pública e depois migraram para

uso

comercial

em

diversas

aplicações. Por meio desta tecnologia é possível detectar processos de falhas, gerados

por

anomalias

térmicas,

em estágios iniciais, em um dado componente

de

elétrico

mecânico,

ou

um

equipamento antes

de

interromper sua operação. Atualmente, devido ao seu processamento digital, câmeras

termográficas

permitem

facilmente a aquisição, transmissão e

pós-processamento

de

imagens

infravermelhas de alta qualidade. Inspeções sistemas

termográficas elétricos

em

identificam

problemas causados por anomalias térmicas

devido

ao

efeito

joule.

Pontos quentes em circuitos elétricos são

geralmente

causados

pelo

aumento da resistência ôhmica devido ao mau contato de componentes, corrosão ou oxidação de conexões, distribuição

inadequada

de

carga

ou falha no componente. Embora pareça um procedimento simples, a inspeção termográfica, tanto na aquisição das imagens quanto em sua análise, depende de conhecimento


103

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

e avaliação de diversas influências

medir temperatura e umidade, sendo

após a descoberta de um defeito por

inerentes ao processo ou inseridas

possível obter suas medições pela

meio de uma inspeção termográfica.

nele. Essas influências podem estar

rede de dados. Estas informações são

Já Madding e Lyon Jr. fazem uma

relacionadas

qualificação

do

importantes para calibrar as imagens

revisão dos fatores de avaliação dos

características

a

da

adquiridas pela câmera termográfica,

resultados obtidos usando termografia

câmera termográfica, características

com o intuito de se ter valores

infravermelha,

do alvo da inspeção e condições

precisos de temperatura. O sistema

carga até elementos climáticos. O

ambientais

inspeção

desenvolvido analisa então regiões

mesmo Lyon Jr., alguns anos depois,

primeiras

do sistema elétrico alvo, escolhido e

discute a relação entre a corrente e a

influências citadas forem controladas,

configurado previamente, e produz

temperatura de uma conexão falha,

os principais obstáculos em uma

um diagnóstico.

tanto

termografista,

ocorre.

nas

Se

quais

as

a

duas

inspeção termográfica em um sistema carga

variável

e

quanto

a

corrente

resposta

de

térmica

como uma função da corrente da

Aspectos gerais

elétrico serão emissividade, corrente de

desde

carga. Ele defende que processos

condições

de diagnóstico, com base apenas na

ambientais (vento, umidade, tempe­

ratura radiação solar etc.).

de

É importante entender o processo suas

ou aumento de temperatura, correm

Para a detecção automática de

características e limitações, além do

o risco de resultar em diagnósticos

falhas foi desenvolvido um sistema de

processo de análise das imagens

errados. O trabalho de Madding, em

monitoramento que foi instalado em

termográficas obtidas para se obter

2002, aborda como a emissividade

um computador servidor conectado

um diagnóstico correto. O trabalho de

afeta a medição da temperatura e

à rede de dados da empresa. Este

Epperly et al. mostra que um programa

discute técnicas para a sua estimação.

computador recebe imagens de uma

de

Madding

câmera IP com visão noturna e de uma

equipamento adequado e pessoal

que

câmera termográfica, ambas instaladas

treinado

ser cobertos por materiais com alta

em

inspeção

termográfica,

inspeção

termográfica

pode

ser

usando

extremamente

medição

da

seus

temperatura

propõe

as

absoluta

manufaturas

equipamentos

deveriam

eficiente na prevenção de potenciais

emissividade

que possibilita movimento vertical e

falhas

É

em relação a assinatura térmica e

horizontal sobre o seu eixo fixo. Este

apresentada

definição

modelo térmico sob todos os tipos de

sistema também tem acesso a alguns

de termografia infravermelha, suas

condições ambientais.

dados em tempo real, como potência

vantagens e limitações, critérios para

ativa, corrente e tensão pela rede

seleção de uma câmera termográfica

a termografia é comumente usada

OPC da empresa. No suporte das

e diversos critérios e recomendações

para

câmeras está instalado um sensor para

para determinar a urgência de reparo

de distribuição elétrica. O método

um

suporte

microcontrolado

em

sistemas uma

elétricos.

breve

e

trazer

informações

O trabalho de Ishino afirma que inspecionar

equipamentos


104

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

proposto usa a câmera anexada a um

Um tópico importante discutido é

falhas

cabo aéreo para capturar imagens

o processamento de imagem, em

processamento

de cadeia de isoladores no topo de

que são usados vários algoritmos

utilizando inteligência artificial por

linhas de transmissão ou distribuição.

conhecidos (Itada para segmentação

meio de redes neurais artificiais. Com

A princípio, alguém deveria extrair os

de imagem e Otsu para seleção

o intuito de validar este trabalho, o

isoladores da imagem capturada pela

de limiares) a fim de achar pontos

sistema elétrico alvo escolhido foi a

câmera. Como as temperaturas do

quentes na imagem. Foi realizada uma

região de um transformador elevador

suporte e do seu braço são uniformes,

análise quantitativa e qualitativa dos

localizado na área externa de uma

é

imagem

pontos quentes usando lógica Fuzzy.

pequena

original, deixando, em teoria, apenas

O trabalho de Usamentiaga et al.

elementos

objetos com uma temperatura mais

mostra que a medição de temperatura

são chaves seccionadoras, isoladores,

alta que aquela, que são geralmente

baseada em radiação infravermelha

para-raios, conexões na saída do

os objetos sob efeito de estudo.

depende

transformador

da

possível

subtraí-las

da

Salem, Ibitayo e Geil apresentam

da

configuração

emissividade.

correta

Entretanto,

automaticamente, de

usina a

aplicando

imagem

hidrelétrica

serem

e

cujos

inspecionados

elevador

e

vários

a

conectores que unem os cabos entre

calibração

configuração da emissividade não é

a saída do transformador elevador e a

de sistemas com base em câmeras

uma tarefa fácil, pois geralmente não

linha de transmissão.

infravermelhas para a caracterização

é conhecida precisamente, é muito

de

de

influenciada por efeitos de radiação e

alta potência. Omar at al. mostra

pode, inclusive, mudar de acordo com

que autorreferência é uma técnica

a temperatura.

infravermelha,

uma

metodologia

componentes

para

eletrônicos

que

elimina

a

O sistema de monitoramento desenvolvido

Neste trabalho, por meio de uma

necessidade de conhecimento prévio

sequência de imagens termográficas

O

do local para uma detecção automática

adquiridas de um sistema elétrico

foi desenvolvido para identificação

de defeitos em termogramas. Esta

alvo,

automática

é

desejado

identificar

suas

sistema de

de

monitoramento

falhas

técnica consiste em dividir a imagem termográfica em pequenas vizinhanças [10]. O trabalho de Ng revisa o método de

Otsu

para

selecionar

Sistema de controle

limiares

Banco de dados

ideais para distribuição bimodais e unimodais [8]. Já o trabalho de Neto, Costa e Maia mostra os resultados obtidos a partir de testes projetados

Posicionamento das câmeras

para avaliar a precisão da medição da temperatura de materiais submetidos a

diferentes

uma

condições,

câmera

usando

termográfica.

Além

Câmeras térmicas e IP

disso, busca definir os valores mais apropriados

de

emissividade

para

materiais normalmente encontrados em

um

equipamento

de

uma

subestação. Em geral, para a maioria

Análise de imagem para confirmação da posição

Sensores OPC

dos materiais testados, os melhores valores de emissividade encontrados Análise e detecção das falhas

estavam na faixa de 0,85 a 0,95. o

O trabalho de Oliveira propôs uso

da

termografia

para

a

previsão de manutenção de linhas de transmissão de energia elétrica.

Relatório Figura 1 – Visão geral do sistema inteligente de monitoramento.

de

um


105

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

determinado

sistema

elétrico

por

intermédio de uma sequência de imagens

termográficas.

As

partes

do sistema de monitoramento são apresentadas na Figura 1.

Os

sensores e a rede

OPC

A usina hidrelétrica tem diversos

sensores

instalados,

usados

para

medir corrente, tensão, potência ativa, potência reativa e fator de potência da energia gerada. Estes sensores são conectados a uma rede OPC e por meio dela é possível obter valores instantâneos

para

estas

variáveis.

Estas medições são importantes para calibrar as informações obtidas das imagens adquiridas usando a câmera termográfica e a análise delas.

C âmeras

e posicionamento

das câmeras

Esta parte do sistema consiste em

um suporte de câmera, mostrado na Figura 2, que é capaz de mover 180° na vertical e na horizontal sobre seu eixo. O movimento da câmera é realizado

Figura 2 – Visão explodida do suporte com movimentação para as câmeras.


106

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

por meio de dois motores de passo

predeterminadas. As coordenadas

Os contornos dos objetos nas

que são controlados por um Arduino,

destas posições são salvas em um

imagens

que

banco de dados e internamente

filtro padrão passa-alta tipo Sobel.

aberta de prototipagem composta

convertidas

os

Se

algumas

por uma placa microcontrolada muito

motores

motores

da

imagem

usada para automação doméstica.

de passo são usados devido à sua

coincidem com as mesmas partes da

Existem duas câmeras, uma câmera

alta precisão no posicionamento.

imagem que foi recém-adquirida, isto

IP com visão noturna e uma câmera

As imagens com os elementos alvo

significa que o posicionamento foi

infravermelha

Além

destas seis posições são mostradas

efetuado com sucesso. Caso contrário

disso, a temperatura e a umidade

nas Figuras 3 e 4, respectivamente,

as

ao redor da câmera são monitoradas

para a câmera IP com visão noturna

posição inicial, na qual um sensor de

continuamente.

e a câmera térmica infravermelha.

fim de curso é usado para calibrar e

é

O

uma

plataforma

termográfica.

controle

integrado usuário

a

na

eletrônica

das uma

câmeras interface

plataforma

de

em

passos

passo.

Os

para

câmeras

obtidos partes

usando

selecionadas

pré-processada

são

um

enviadas

salva

para

a

definir sua posição inicial.

é

C onfirmação

de

LabView,

são

de posicionamento

Comparando uma imagem pré-

Após a calibração, as câmeras são

enviadas

novamente

para

o

motores

processada salva com uma imagem

ponto desejado e o posicionamento

e indicadores de temperatura e

adquirida logo após o posicionamento

é

umidade. O programa se comunica

da câmera, é possível verificar se o

tentativas,

com o Arduino usando uma conexão

posicionamento

com

não funcionar, o sistema para e uma

Ethernet.

inspecionar

sucesso. Isto é necessário porque

mensagem de erro é enviada para a

todos os elementos desejados no

o sistema não consegue detectar

equipe de manutenção.

sistema elétrico alvo, é necessário

falhas

mover a câmeras para seis posições

movimentação das câmeras.

com

controles

A

para

fim

de

os

foi

mecânicas

efetuado

no

sistema

de

novamente

testado.

se

o

Após

três

posicionamento

Depois de confirmado o posiciona­

mento

das

câmeras,

a

imagem


107

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

adquirida de ambas as câmeras e a informação instantânea dos sensores conectados na rede OPC são enviados para a análise e identificação de falhas.

A nálise Cada

das medições e detecção de falhas

posição

de

interesse

tem

uma

imagem

processada salva previamente em um banco de dados. Para cada posição, a região de cada elemento de interesse é marcada utilizando um programa qualquer de

Figura 3 – Imagens das seis posições de interesse obtidas com a câmera IP com visão noturna.

Figura 4 – Imagens das seis posições de interesse obtidas com a câmera termográfica infravermelha.


108

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Figura 5 – Exemplo da sequência de processamento para isolamento da região de cada objeto de interesse.

Figura 6 – Imagens pré-processadas com os elementos de interesse de cada uma das seis posições.

edição de imagens. Depois esta região

mínima e a temperatura mediana de

é isolada e uma imagem contendo

cada região são salvas junto aos valores

todos os pixels pertencentes a cada

de corrente, potência ativa, potência

elemento de interesse é criada e

reativa e fator de potência. Primeiro, uma

salva. Um exemplo desta sequência

rede neural artificial (RNA) foi treinada e

de processamento para isolamento da

validada para cada região usando um

região de cada objeto de interesse é

conjunto de cinquenta imagens com os

mostrado na Figura 5.

respectivos dados de sensores.

As

imagens

dos

elementos

de

A RNA possui a seguinte topologia:

interesse de cada uma das seis posições

cinco neurônios para a camada de

são mostradas na Figura 6.

entrada, cinco neurônios na camada

Todos os valores de temperatura são

intermediária e um neurônio na camada

lidos nas novas imagens adquiridas para

de saída. As cinco variáveis submetidas

cada região. Usando as informações

à camada de entrada são: temperatura

de temperatura e umidade do sensor

medida pelo sensor na câmera, umidade

presente no suporte das câmeras, os

medida pelo sensor na câmera, corrente,

valores de temperatura são corrigidos

potência ativa e potência reativa. A

e salvos. A temperatura média, a

camada de saída está relacionada à

temperatura máxima, a temperatura

temperatura média estimada para aquela



110

Aula prática

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Agradecimentos

região, de acordo com as condições

para cada região. Portanto, o banco

submetidas. O valor de saída da RNA

de dados possui todas as informações

é então comparado com o valor da

necessárias para o diagnóstico e

temperatura média obtida na região

também

a ajuda dos funcionários da empresa

da imagem. Se a diferença for maior

pelo diagnóstico. As informações são

Ceran

que a tolerância (neste trabalho foi

salvas cronologicamente.

atividade relacionada a este trabalho.

usado 15%), uma mensagem de alerta

é gerada. A temperatura máxima é

possível encontrar uma agenda do

também comparada com a temperatura

sistema,

máxima permitida para o material da

em que os elementos de interesse

EPPERLY, R. A.; HEBERTEIN,

região analisada e se for maior que o

do sistema devem ser inspecionados.

G. E.; EADS, L. G. A tool for

máximo aceito, um aviso de falha é

O controle das atividades é feito por

reliability and safety: predict and

emitido imediatamente.

meio da plataforma LabView.

prevent equipment failures with

as

informações

geradas

Os autores agradecem a atenção e envolvidos

em

qualquer

No banco de dados também é definindo

cada

Referências

momento

thermography. IEEE IAS 44th Annual

Todos os valores são salvos em

Conclusão e trabalho futuro

um banco de dados e uma tabela

Petroleum and Chemical Industry Conference, Sept. 1997, p. 59-68.

com a temperatura em cada região é atualizada. Se a região com a

O sistema desenvolvido analisa

FLIR SYSTEMS, Technical Data FLIR

mensagem de alerta persistir depois

regiões

A300, Part number 48201-1001, pp.

de três inspeções seguidas, um aviso

definido e configurado previamente,

1-30, [EN:ENGLISH], 2013.

de falha e um diagnóstico baseado

e produz um diagnóstico. O sistema

ISHINO, R. Detection of a Faulty

na diferença entre o valor esperado

permite também que um termografista

Power Distribution Apparatus by

e

o

gerados.

realize

Using Thermal Images, Image

O

diagnóstico

gerado

dentro

valor

medido

são

também

é

do

sistema

inspeções do

campo

elétrico

alvo,

personalizadas de

visão

das

(Rochester, N.Y.), n. c, p. 1.332-

comparando imagens diferentes. Por

câmeras de maneira remota, uma vez

1.337, 2002.

exemplo,

seccionadoras

que o sistema pode ser acessado

LYON JR, Bernard R.; ORLOVE,

são instaladas em três diferentes fases

remotamente e ser operado no modo

Gary L.; PETERS, Donna L. The

do sistema elétrico. Uma vez que

manual. Isso torna o sistema atrativo

Relationship between Current Load

o sistema é submetido às mesmas

para inspeção em áreas de difícil

and Temperature for Quasi-Steady

condições e o equipamento tem as

acesso, instalações em áreas perigosas

State and Transient Conditions,

mesmas especificações, a diferença

ou instalações remotamente operadas,

Infrared Training Center, 2002.

de temperatura entre estas regiões

uma vez que o termografista não

MADDING, Robert, Emissivity

deve ser pequena. Se a diferença de

precisa estar presente, sendo capaz

Measurement and Temperature

temperatura entre estas regiões for

de acessar as câmeras remotamente

Correction Accuracy Considerations,

maior do que 10%, um diagnóstico de

por uma conexão de internet ou

Infrared Training Center, 2002.

falha também é gerado.

conectado à rede da empresa.

MADDING, Robert; LYON JR,

Bernard. Environmental Influences

Banco

as

chaves

O sistema ainda está sendo implan­

tado e em fase de aprimoramento,

on IR Thermography Surveys,

Para este projeto foi usado um

porém com os resultados obtidos até

Maintenance Technology, 1999.

banco de dados em MySQL uma vez

agora é possível dizer que os objetivos

NETO, E. T. W.; COSTA, E. D.;

que é um programa de banco de

deste trabalho foram alcançados. Os

MAIA, M. Influence of emissivity and

dados livre. No banco de dados são

próximos passos deste trabalho são

distance in high voltage equipments

armazenados os dados adquiridos

o desenvolvimento de uma correção

thermal imaging, Transmission

da rede OPC, as imagens obtidas

digital de imagem para pequenos

& Distribution Conference and

com

desvios

da

Exposition: Latin America, 2006.

processadas (para as imagens apenas

câmera e um relatório de inspeção

TDC’06. IEEE/PES, 2006, p. 1-4.

os

para

termográfica completamente automá­

NG, H. Automatic thresholding for defect

acessá-las que é salvo) e os pesos

tico baseado em padrões nacionais e

detection, Pattern Recognition Letters, v.

sinápticos da RNA treinada e validada

internacionais.

27, n. 14, p. 1.644-1.649, out. 2006.

as

de dados e controle

câmeras

endereços

e

as

imagens

necessários

no

posicionamento


O Setor Elétrico / Agosto de 2015

111

OLIVEIRA, J. H. E.; LAGES, W. F. Robotized Inspection of Power Lines with Infrared Vision, 1st International Conference on Applied Robotics for the Power Industry, October, 5-7, Montréal, Canada, 2010. OMAR, M. et al. IR self-referencing thermography for detection of in-depth defects, Infrared Physics & Technology, v. 46, n. 4, p. 283-289, abr. 2005. SALEM, T. E.; IBITAYO, D.; GEIL, B. R. Calibration of an Infrared Camera for Thermal Characterization of High Voltage Power Electronic Components. 2005 IEEE Instrumentation and Measurement Technology Conference Proceedings, v. 2, p. 17-19, maio 2005. USAMENTIAGA, R. et al. Comparing temperature measurement using infrared line scanners and the wedge method. 2010 IEEE Instrumentation & Measurement Technology Conference Proceedings, p. 1.256-1.261, 2010. * Daniel Julien Barros da Silva Sampaio é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Mecânica e Doutorado em Engenharia Mecatrônica. Atualmente, é Professor Doutor no Departamento de Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – Unesp. Ruben Glatt é engenheiro mecatrônico, com mestrado em Engenharia Mecânica. Atualmente, é doutorando no Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP. Victor Gomes Soares de Souza é engenheiro eletricista. Atualmente, exerce o cargo de engenheiro de projetos na iniciativa privada. Daniel Rubbo é engenheiro eletricista e engenheiro eletrônico na iniciativa privada. Alan Porto Costa possui graduação em Gestão da Tecnologia da Informação e atua como web designer.


ESPAÇO 5419

112

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Por José Barbosa de Oliveira*

A visão da nova ABNT NBR 5419 sobre os materiais

Os

pilares

descargas

da

proteção

atmosféricas

contra

são

a

eventos que desafiam os materiais, principalmente os condutores.

configuração do sistema estabelecida no

projeto, a prática utilizada na instalação,

5419:2015 apresentam os materiais, a

e a especificação e a qualidade dos

configuração e as dimensões mínimas

materiais

descuido

para os captores, descidas e eletrodos

com um dos pilares é suficiente para

de aterramento. Umas das mudanças em

comprometer

dos

relação à versão anterior é a coluna de

sistemas. Os materiais têm uma atenção

comentários, apresentando dimensões

especial na nova ABNT NBR 5419:2015.

complementares, além da seção. Nela

Ela traz mudanças significativas em

podemos obter diâmetros e espessuras

relação à edição anterior, 2005.

para os condutores que irão permitir

No Sistema de Proteção contra

uma melhor seleção, orientando para

Descargas

uma qualidade maior.

utilizados. o

O

desempenho

Atmosféricas

(SPDA),

As tabelas 6 e 7 da ABNT NBR

estabelecido pela parte 3 da nova

ABNT NBR 5419:2015, os materiais

diâmetro dos fios que o compõem irá

são compostos principalmente pelos

definir a sua formação. No mercado,

condutores,

e

temos disponíveis cabos com várias

conexões. Todos são dimensionados para

formações e quantidades de fios.

suportar os esforços eletromecânicos

Logo, ao especificar somente a seção,

gerados pela descarga atmosférica, mas

deixa em aberto a seleção do cabo pela

o principal critério para a especificação

quantidade de fios. No caso do cabo

das dimensões e características dos

de cobre, para captores e descidas, a

materiais é a resistência aos efeitos

seção estabelecida na tabela 6 é de

causados pelo ambiente onde serão

35 mm². Na coluna de comentários,

aplicados. A corrosão causada pela

a

composição

além

do

das

meio

fixações

onde

No caso do cabo encordoado, o

informação

complementar

é

o

são

diâmetro de cada fio do cabo que

aplicados, a movimentação do solo e a

deve ser de 2,5 mm. Neste caso, a

fusão causada pela descarga atmosférica

formação será de sete fios. No caso

no ponto de impacto, são alguns dos

do cabo de cobre como eletrodo de


113

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

aterramento, a seção estabelecida

tabelas, eles têm a mesma seção dos seus

para a revisão não permite a utilização

na tabela 7 é de 50 mm². Na coluna

equivalentes do material da alma. O cabo

de seção menor que 50 mm² para

de

informação

de aço cobreado tem a mesma seção do

nenhum tipo de material. Por exemplo,

complementar é o diâmetro de cada

aço galvanizado a quente e o alumínio

no caso do cabo de cobre como captor,

fio do cabo que deve ser de 3 mm.

cobreado, a mesma seção do alumínio.

a seção mínima estabelecida pela IEC é

Aqui a formação também deverá ser

Além da seção, os cabos cobreados têm a

de 50 mm². Essa é uma das diferenças

de sete fios. Ou seja, a formação de 19

especificação da condutibilidade mínima

entre a nova ABNT NBR 5419 e a IEC.

fios, também disponível no mercado

em IACS (International Annealed Copper

Os condutores em cobre como captor

para esse cabo, não estará de acordo

Standart). No caso do aço cobreado, a

têm uma seção menor, como a versão

com a nova norma.

condutividade mínima deverá ser de 30%

anterior da 5419.

IACS e, no caso do alumínio cobreado,

versão anterior da norma, o percentual

deverá ser no mínimo 64% IACS.

5419:2015 apresentam um avanço na

de tolerância máxima das dimensões dos

A simplificação e a unificação da

especificação dos condutores. Como

condutores. A NBR 5419:2015 admite

tabela de captores e descidas foram

há uma norma que estabelece os

um erro de 5% para as dimensões dos

possíveis pela exclusão da opção de

parâmetros para os condutores para

condutores, exceto para o diâmetro dos

seções menores para condutores de

SPDA e a diversificação dos tipos de

fios dos cabos que deverá ser de 2%. No

descidas, com comprimento menor do

condutores disponíveis no mercado, o

caso do cabo de cobre de 50mm² como

que 20 metros. A exclusão, em uma

detalhamento maior permite uma clareza

eletrodo de aterramento, o fio deverá ter

primeira análise, poderia aumentar o

no dimensionamento. Orientará mais

no mínimo 2,94 mm de diâmetro.

custo da solução. Porém, a simplificação

objetivamente os trabalhos de inspeção

os

promove a integração dos componentes

quando da verificação da conformidade

condutores em aço cobreado e alumínio

dos captores e descidas, minimizando

dos condutores.

cobreado, já disponíveis no mercado há

possíveis

*José Barbosa de Oliveira é engenheiro

algum tempo, mas sem especificação

conectores e fixadores.

eletricista e membro da comissão de estudos CE

para utilização no SPDA. Nas duas

03:64.10, do CB-3 da ABNT.

comentários,

a

Também é novidade em relação à

A

nova

versão

acrescentou

sobras

de

condutores,

A IEC 62305 utilizada como referência

As tabelas 6 e 7 da ABNT NBR


114

Espaço 5410

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Por Eduardo Daniel*

Esclarecimentos sobre as classificações BD1, BD2, BD3 e BD4

Esta seção é dedicada a um resumo

da IT 41 da Corporação, aplicável à

Comissão em relação à classificação

do que vem sendo discutido nas reuniões

inspeção de instalações elétricas de

BD1, BD2, BD3 e BD4.

de 2015 de revisão da norma ABNT

baixa tensão no Estado de São Paulo.

NBR 5410:2004, baseada nas alterações

O objetivo foi trazer a experiência do

está estabelecido o texto final do projeto,

do texto da IEC correspondente e nos

Corpo de Bombeiros para a elucidação

que se dará na reunião de setembro.

pontos apresentados pelos participantes.

das

Ainda fica pendente a conceituação

dúvidas

dos

participantes

da

Em função das discussões, ainda não

É importante sempre ressaltar que as citações desta coluna constituem

ABNT NBR 5410

IEC

um relato do que foi discutido e que

5.2.2.2.4 Nos locais BD2, BD3 e

5.2.3.2.2 Nas condições BD2, BD3 e

foram aprovadas na reunião plenária

BD4, os dispositivos de manobra e

BD4, os dispositivos de comando e de

pela comissão de estudos, porém, a

comando e proteção, exceto certos

proteção, exceto dertos dipositivos,

aprovação como parte oficial do projeto

dispositivos destinados a facilitar a fuga

facilitam a evacuação, devem

de norma somente será feita antes de o

nas emergências, devem ser acessíveis

ser acessíveis apenas às pessoas

texto ser enviado para consulta nacional.

apenas às pessoas autorizados. Se

autorizadas. Se forem dispostos

situados em áreas de circulação,

em áreas de circulação, devem ser

Algumas seções que serão comple­

mentadas somente ao final dos trabalhos

os dispositivos devem ser alojados

abrigados em armários ou caixas

de revisão (por exemplo, referências

em gabinetes ou caixas de material

constituídas de material incombustível

incombustível ou de difícil combustão.

ou dificilmente combustível.

normativas) não estão descritas aqui.

Nota: Tal requisito não proíbe o uso

A revisão da norma ABNT NBR 5410

seguiu com a análise do texto base e

de invólucros plásticos que sejam

das sugestões. Em função da revisão de

dificilmente combustíveis.

alguns pontos que haviam sido discutidos

5.2.2.2.5 Não se admite, nas instalações

5.2.3.2.3 Não devem ser utilizados

anteriormente, está sendo reproduzido o

elétricas de BD3 ou BD4 e em saídas

produtos elétricos com líquidos

texto de consenso da reunião de agosto

de emergência, o uso de componentes

inflamáveis nas condições BD3 e BD4 e

contendo líquidos inflamáveis.

nas rotas de evacuação.

nessa última reunião, com a presença

Nota: Os capacitores auxiliares

Nota: Os capacitores incorporados a

de um representante do Corpo de

individuais incorporados aos

equipamentos não são submetidos a

Bombeiros do Estado de São Paulo, o

equipamentos (por exemplo,

tal experiência. A exceção diz respeito,

Tenente Coronel Adilson Antonio da

capacitores de lâmpadas de descarga e

principalmente, às lâmpadas de

Silva, que vem acompanhando há longa

capacitores de partida de motores) não

descarga e aos capacitores de partida

data as discussões da CE 03:064.001 e

estão sujeitos a esta prescrição.

de motores.

de 2015.

Uma importante ação foi tomada

que participou ativamente da elaboração


115

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

sobre as condições BD (tabela 21) de ser aplicada a um local/condição específico ou a toda a edificação.

Além

das

condições informações

discussões

BD,

foram

sobre

os

sobre

as

apresentadas dispositivos

detectores de arco, obrigatórios nos Estados Unidos, cuja função principal é prevenir a degradação de isolação de condutores e dispositivos em função de pequenos arcos elétricos causados por danos em instalações aparentes, tomadas e cordões de alimentação de equipamentos e que podem ter como consequência princípios de incêndio e

A última reunião da comissão da ABNT que revisa a ABNT NBR 5410:2004 contou com a participação do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, que contribuiu com suas experiências relativas à Instrução Técnica 41, que determina a inspeção de instalações elétricas de baixa tensão em São Paulo.

choques elétricos. Será

disponibilizado

pelo

incêndios e cujas normas internacionais

Coordenador da CE aos participantes

estão emitidas ou em estudo no âmbito

cadastrados no sistema Livelink da ABNT

da IEC e de países europeus.

*Eduardo Daniel é consultor da MDJ Assessoria e

um material informativo sobre o uso de

Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel

cabos isolados em silicone em circuitos

e debate, na próxima reunião, a

Brasil e coordenador da Comissão de Estudos

de segurança que apresentam alto

Comissão continuará a revisão do

03:064-001 do CB-3/ ABNT, que revisa a norma de

desempenho no tempo de suporte a

texto base da revisão, considerando

instalações de baixa tensão ABNT NBR 5410.

Em

função

das

apresentações

as contribuições apresentadas acima.


116

Energia sustentável

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.

A energia no centro da questão ambiental E “cruzamos o Cabo da Boa Esperança” do ano de 2015, querendo encontrar a Boa Esperança. Caminhamos para o final deste ano difícil, trabalhamos para pagar os impostos (até maio, de acordo com o www. impostometro.com.br) e os aumentos da conta de energia. Já virada a página de mais um vexame da seleção na Copa América (rumo ao próximo?), as capas das revistas semanais estampam as operações anticorrupção, seus desdobramentos políticos e um cada vez mais possível “impeachment” da “presidenta”. Somente a revista Isto É Dinheiro se diferenciou: “Os novos empreendedores da Energia”, em momento oportuno. Navegamos em direção à Conferência sobre o Aquecimento Global (COP21, Paris, novembro), com apenas 39 países divulgando oficialmente suas metas de redução de emissões (por exemplo, Europa, EUA, Rússia e Canadá, mas não o Japão, China e Austrália). E a presidenta Dilma apresentou em sua viagem aos EUA as fracas ações brasileiras, envoltas em marketing e pedaladas: cumprir a lei sobre o “desmatamento zero” somente em 2030 e atingir de 28% a 33% de fontes renováveis na matriz energética – o que já ocorreu em 2012, mas piorou. Sobre este último assunto, a reportagem da revista Isto É Dinheiro assinala que mais de 80% dos investimentos previstos no Brasil para a geração de energia até 2040 serão para as fontes renováveis (www.istoedinheiro.com.br). Destaco ainda alguns dados do relatório da Agência Internacional de Energia – Energy and Climate Change 2015 (www.iea.org): - Eliminação progressiva de subsídios aos combustíveis fósseis até 2030;

- Redução das emissões de metano na produção de petróleo e gás. Sobre as energias renováveis, cito ainda outro relatório recente, o REN21 2015 (www.ren21.net): - Houve crescimento em capacidade e geração em 2014, atingindo no final do ano 27,7% da capacidade mundial de geração, suprindo 22,8% da eletricidade, devido às políticas de suporte às energias renováveis e sua viabilidade econômica crescente, dentre outros fatores; - As energias eólica, solar fotovoltaica e hidrelétrica dominaram o mercado. A produção de biocombustíveis para transporte aumentou pelo segundo ano consecutivo, após a queda de 2011– 2012; - Austrália, Europa, Japão e América do Norte tiveram crescimento significativo de residências com produção própria de eletricidade. Grandes organizações ao redor do mundo assumiram compromissos substanciais em 2014 para compra de eletricidade renovável ou para investir em auto geração. Vale comentar o “golaço” do papa argentino com o lançamento da histórica encíclica sobre o meio ambiente e sua destruição, somando o componente moral à gestão da sustentabilidade. A energia (destacando as renováveis) está efetivamente no centro do equacionamento da questão ambiental, e receberá atenção, investimentos e inovações, em oposição às restrições para os combustíveis fósseis. Uma luz de esperança “deste lado do Cabo” em 2015.



118

Iluminação eficiente

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.

Chegou a vez das luminárias públicas Após a publicação das Portarias 143

são divididas em famílias e uma amostragem

(operação normal) e resistência à radiação

e 144, em março, que instituíram as regras

definida é coletada para testes de segurança

ultravioleta para as luminárias com lâmpadas

para a certificação compulsória de lâmpadas

e desempenho;

de descarga e os testes de eficiência

Led com dispositivos integrados à base,

- Modelo de Certificação 1b – Ensaio

energética: classificação de distribuição de

chegou a vez das luminárias públicas para

de lote. Engloba testes de segurança e

intensidade luminosa, eficiência energética,

lâmpadas de descarga e Led. No dia primeiro

desempenho em todos os modelos do lote,

controle de distribuição luminosa e índice de

de julho entrou em consulta pública a Portaria

sendo a amostragem definida segundo a

uniformidade da via e calçada.

do Inmetro número 317 – Requisitos de

norma ABNT NBR 5426:1985. Caso haja não

Para luminárias a Led são solicitados

Avaliação da Conformidade para luminárias

conformidade, o lote todo é reprovado e este

os seguintes testes adicionais: condições

com lâmpadas de descarga e lâmpadas Led

não pode ser liberado para comercialização. O

de operação, acondicionamento, corrente

para iluminação viária.

fornecedor deve providenciar sua destruição

de alimentação, tensão e corrente de saída,

O documento permaneceu em consulta

ou a devolução ao país de origem (quando

interferência eletromagnética e radiofrequência,

pública por 30 dias para que os interessados

se tratar de importação). Outro detalhe deste

corrente de fuga, proteção contra choque

se pronunciassem em relação à proposta.

modelo é que o certificado de conformidade

elétrico, resistência ao torque dos parafusos

terá validade apenas para o lote em questão.

e conexões, resistência de proteção contra

Segundo

previsões

do

Inmetro,

a

publicação oficial do Regulamento Técnico

surtos de tensão (DPS), resistência à força

da Qualidade (RTQ) e os Requisitos de

A portaria propôs um prazo de 18 meses

do vento e à vibração. Em relação aos testes

Avaliação da Conformidade (RAC) serão

contados a partir da data da publicação

de eficiência energética é medido: potência

publicados ainda neste ano, possivelmente

oficial, prazo para que os fabricantes e

total do circuito, fator de potência, corrente

em outubro, após a análise e as tratativas das

importadores de luminárias públicas estejam

de alimentação, tensão e corrente de saída,

contribuições enviadas na consulta nacional.

em conformidade com os requisitos técnicos

classificação das distribuições de intensidade

O documento proposto estabelece os

e devidamente registrados no sistema

luminosa, TCC/IRC, eficiência energética,

requisitos para a certificação compulsória de

orquestrado pelo Inmetro. Após seis meses

controle da distribuição luminosa, manutenção

luminárias com lâmpadas de descarga de

deste prazo, fabricantes e importadores

do fluxo luminoso da luminária / desempenho

até 600 W e tecnologia Led. Semelhante ao

poderão

produtos

do componente Led, manutenção do fluxo

aprovado para lâmpadas Led com dispositivos

devidamente certificados e registrados no

luminoso da luminária / desempenho da

integrados à base, o RAC estabelece dois

Inmetro. A portaria propõe também que, a

luminária e qualificação do dispositivo de

modelos de certificação distintos, cabendo ao

partir de 36 meses da data de publicação

controle eletrônico CC ou CA para módulos de

fornecedor, solicitante da certificação, optar

oficial, todas as luminárias com lâmpadas

Led.

por um dos modelos, sendo eles:

de descarga ou Led para iluminação viária

comercializar

apenas

Como pode-se perceber, uma série de

sejam comercializadas nacionalmente em

requisitos técnicos começará a ser exigida

- Modelo de Certificação 5 – Avaliação

conformidade com os requisitos técnicos.

das luminárias para uso viário. O que se

consistindo de ensaios em amostras retiradas

espera é que apenas os produtos de melhor

no fabricante, auditoria do Sistema de

os

marcação,

desempenho permaneçam no mercado após a

Gestão da Qualidade do fabricante, seguida

acréscimo de tensão nos terminais da

efetivação desta portaria. Os próximos meses

de avaliação de manutenção periódica por

lâmpada, resistência de isolamento e rigidez

tendem a ser bastante intensos na expectativa

meio de coleta de amostras do produto no

dielétrica, porta-lâmpadas, fiação interna e

de uma definição oficial dos requisitos

comércio para realização das atividades de

externa, tomada para relé fotoelétrico, grau

técnicos e da avaliação da conformidade para

avaliação da conformidade. As luminárias

de proteção, durabilidade, ensaio térmico

estas luminárias públicas.

Dentre os ensaios exigidos, encontram-se ensaios

de

segurança:



120

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br

Mais informação sobre o método da esfera rolante A eficiência de intercepção de um

com valores de pico maiores que o

subsistema de captação depende dos

valor de pico mínimo I correspondente

valores mínimos dos parâmetros das

são interceptadas pelo subsistema de

correntes das descargas atmosféricas

captação (natural ou convencional). Desta

e dos raios correspondentes da esfera

forma, a probabilidade para os valores

rolante.

de

As fronteiras geométricas de áreas

positivas e negativas são assumidas como

protegidas contra quedas diretas de

sendo a probabilidade de interceptação.

descargas

atmosféricas

podem

pico

das

primeiras

componentes

ser

Deve-se considerar a razão da polaridade

determinadas à razão direta de onde, ao

de 10% de descargas positivas e 90 %

rolar sobre a estrutura, a esfera se apoia

de descargas negativas para obter-se a

no subsistema de captação sem tocar na

probabilidade total de interceptação (P).

estrutura.

Segundo o modelo eletrogeométrico,

I (kA)

P

o raio da esfera rolante r (distância final

0

1

do último salto do líder antes da conexão)

3

0,99

está relacionado com o valor de pico do

5

0,95

primeiro impulso de corrente.

10

0,9

20

0,8

r = 10 × I0,65

30

0,6

35

0,5

Em que:

40

0,4

r é o raio da esfera rolante, expresso em

50

0,3

metros (m);

60

0,2

I é a corrente de pico da descarga

80

0,1

atmosférica, expressa em quilo amperes

100

0,05

(kA).

150

0,02

200

0,01

[Equação expressa a relação raio da

300

0,005

esfera rolante x corrente de pico. Obtida

400

0,002

em relatório de um grupo de trabalho do

600

0,001

IEEE]. Este cálculo de probabilidades é

Para um dado raio da esfera rolante r,

pode ser assumido que todas as descargas

componente determinante na eficiência do subsistema de captação utilizado.



122

NR 10

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

Mais dúvidas sobre a NR 10

Os comentários, as dúvidas ou sugestões

ponto”. É sempre bom voltar à origem do caso

alguns trabalhadores sem o mínimo de

de nossos leitores têm prioridade e assim

e verificar se não estamos fazendo desvios,

informação. Me tire essa dúvida”.

que as recebemos procuramos respondê-

um em cima do outro e assim fugindo do

Entendo que a formação profissional

las. Algumas, no entanto, são respondidas

espírito da regra.

em pedagogia é meio caminho andado para

nesta coluna, pois pode ser a dúvida de

“Ter um dos seus trabalhadores indicado

que o treinamento seja bem aproveitado

outras pessoas, ainda que sejam assuntos

e em condições de exercer...” significa

pelos alunos e o curso atinja o seu propósito.

possivelmente tratados em edições anteriores.

unicamente o que está escrito: que um

Além disso, como técnica de segurança do

dos

Assim, temos dois casos nesta coluna. O

INDICADO

trabalho, a leitora tem a qualificação para

primeiro diz respeito ao item 10.11.6 da NR

(previamente escolhido) e EM CONDIÇÕES

membros

da

equipe,

ministrar treinamentos de segurança e isso

10, cujo texto é:

DE EXERCER A SUPERVISÃO (aquele que

está previsto na NR 10.

tem experiência, alguma liderança, visão de 10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus

conjunto, sensatez, equilíbrio emocional etc.)

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no

trabalhadores indicado e em condições

para decidir e conduzir o grupo em caso de

Prontuário de Instalações Elétricas devem

de exercer a supervisão e condução dos

necessidade diferentemente de encarregado,

ser elaborados por profissional legalmente

trabalhos.

de chefe de equipe, de supervisor, ou outra,

habilitado.

que são funções de liderança e de supervisão,

E cujo comentário no Manual de Aplicação

com tarefas e atribuições permanentes e

Assim, na forma legal e regulamentar,

definidas.

entendemos que a leitora poderá ministrar

Em nenhum lugar foi dito que esse

os treinamentos em assuntos de segurança

O subitem determina que haja a indicação

colaborador

ficar

do trabalho. Já os assuntos relacionados a

de um dos autorizados, membro da equipe

exclusivamente em atividades de supervisão,

equipamentos elétricos, normas técnicas de

efetiva, que faça a supervisão e a condução

sem participar dos trabalhos da equipe,

eletricidade e outros assuntos especificamente

dos trabalhos “in loco”. Fica presumido

apenas é nesse profissional que deverão ser

elétricos, assim como aqueles relacionados

que o subitem está direcionado a serviços

centralizadas as informações e as decisões da

aos primeiros socorros, constantes da ementa

realizados por equipe e que “supervisão

equipe, na ausência do supervisor.

do treinamento conforme o anexo da NR 10,

esclarece:

INDICADO

deve

/ condução” quer dizer, efetivamente, a

só poderão ser ministrados por profissional

liderança da equipe no local e na situação em execução.

*********************** O

a

Observe, no entanto, que essa é a

“A questão é saber se esse trabalhador

treinamentos. Diz a nossa leitora: “Sou

exigência formalizada especificamente para

designado

atender às exigências da NR 10.

a

diz

respeito

equipe

pedagoga e técnica de segurança do trabalho e estou com uma dúvida sobre a NR 10. Eu

as atividades de liderar e conduzir o

posso assinar ou não por cursos e palestras

grupo, ou se ele poderá supervisionar

sobre a NR 10? Os cursos da mesma NR que

e ao mesmo tempo executar tarefas

fiz foram assinados por engenheiro eletricista

No ano de 2014, os casos “registrados”

incumbidas ao grupo”.

e pelo SENAI, pois dou palestras sempre que

(no trabalho, no lar e em espaço público) e

exercer

liderar

caso

EXCLUSIVAMENTE

deverá

para

segundo

habilitado em eletricidade.

*********************** Mãos à obra, pois temos muito por fazer.

necessário e tenho meus trabalhos nas outras

que viraram notícia na mídia passaram das

Pois bem, há um ditado popular que diz

NRs. Posso assinar? Quero lançar um em

600 mortes, superando os registros do ano

que “quem conta um conto aumenta um

espaço confinado, pois tenho acompanhado

anterior.



124

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Geração e consumo de energia: como estamos? Apesar do furacão, a nau tem de

seis meses, mesmo com o aumento do

a geração de energia térmica máxima

navegar e os indicadores da viagem têm

nível dos lagos (Figura 2). O que se

disponível. De fato, um equilíbrio nada

de ser monitorados. O barco não pode

pode observar destes dois gráficos é

fácil de gerir.

afundar, temos de ir em frente contra

que, ao contrário da filosofia anterior

Recentemente, o anúncio feito do

tudo e contra todos. Os indicadores

à crise que tratava a energia térmica

desligamento de 20 usinas térmicas

extraídos dos sites do Operador Nacional

como complementar à hidrelétrica, a

certamente influenciará os indicadores

do Setor Elétrico (ONS) e da Empresa de

situação se inverte em uma alusão a

dos próximos meses com a redução da

Pesquisa Energética (EPE) nos apontam

uma necessária preservação por parte

geração térmica.

para algumas informações importantes

da ONS do nível dos reservatórios com

que

merecem

nossa

atenção.

A Figura 3 extraída do site da EPE

As

conclusões não cabem nesta coluna e possuem vertentes diversas, uma vez que nossa matriz de geração de energia depende fortemente do clima.

A Figura 1 apresenta a capacidade

dos reservatórios das hidrelétricas do Brasil desde 2012, quando em fevereiro atingia níveis da ordem de 80% da capacidade. Em novembro de 2014, estávamos em valores menores que 20% e em julho de 2015 por volta de 40%. O mesmo gráfico pode ser gerado em energia

equivalente

acumulada

(em

GWh) com perfil semelhante.

Figura 1 - Capacidade dos reservatórios das usinas hidrelétricas do Brasil - SIN Fonte: ONS

A Figura 2 apresenta o perfil da carga média consumida e suas fontes de geração. Os valores de consumo da carga já foram da ordem de 68 GW em fevereiro de 2014 e agora são de 56 GW com redução possivelmente causada pela recessão da indústria. Apesar desta redução de consumo, a geração térmica continua em níveis sem muita variação, da ordem de 13 GW a 15 GW mensais. A geração hidráulica caiu de 50 GW para quase 40 GW nos últimos

Figura 2 - Geração hidráulica / térmica / eólica e carga média ("carga de energia") Fonte: ONS


125

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Figura 3 – Consumo de energia por classes - Brasil – GWh Fonte: EPE

apresenta a variação de consumo por

evitando ainda as perdas associadas por

classe desde 2004 (GWh). Observa-se

transmissão e distribuição de energia? A

uma clara evolução do consumo das

eficiência energética reduz o consumo no

classes residencial e comercial, além de

centro de consumo, uma fonte virtual de

uma estagnação do consumo industrial

energia.

desde 2010, com queda em 2014, que

• Nossa legislação de cobrança de

deverá ser ainda incrementada em 2015

excedentes de energia reativa não deveria

se as previsões se confirmarem.

ser revista como ferramenta de mitigação

de perdas de transmissão e distribuição?

Em função da importante elevação dos

custos de energia em 2015, a tendência

dos últimos anos dos setores residencial

adequados às necessidades? Somente o

e comercial apresentada na Figura 3

mecanismo das bandeiras tarifárias seria

deverá ser alterada. Esta mudança pode

suficiente para sinalizar o mercado?

já ser evidenciada na análise mensal do

consumo total na Figura 2, neste ano de

vai depender até quando da fome de

2015.

cobrança pelos estados do ICMS?

Os investimentos anunciados em

Porém,

geração hidráulica e outras renováveis

incentivado para esta fonte? Que tal um

(ver coluna do consultor desta edição)

novo Proinfa?

levarão ainda algum tempo para serem

• Como incentivar, sob os aspectos

transformados em usinas prontas em

tarifários,

operação e energia gerada. Algumas

a

questões ainda merecem reflexão:

eficientes?

Os

modelos

Geração

tarifários

distribuída

quando

haverá

novos

implantar

projetos

estariam

fotovoltaica

investimento

empreendedores inteligentes

e

• Smart grid seria somente medidores de • Ainda temos potencial para geração de

energia bidirecionais?

novas hidráulicas? • As renováveis (fotovoltaicas e solares)

Que

poderiam suprir as novas exigências do

mar calmo ou o céu de brigadeiro

aumento previsto da carga, de modo a

para o nosso merecido e almejado

manter nossa matriz energética limpa?

desenvolvimento sustentável. Chega de

Programas

achar

o

eficiência

lamentos, desesperanças e más notícias. Apontar o dedo para os erros cometidos

não

efetivamente não resolve nada.

ser

de

logo

energética em grandes consumidores deveriam

sérios

possamos

incrementados,


126

Instalações Ex

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Orientações e ensaios sobre o risco da eletricidade estática em atmosferas explosivas Foram elaboradas pelo TC-31 e publicadas pela IEC duas novas Normas da Série IEC 60079 - Atmosferas explosivas: • Parte 32-1: Riscos da eletrostática – Orientações • Parte 32-2: Riscos da eletrostática Ensaios A norma IEC TS 60079-32-1 trata de orientações sobre os riscos eletrostáticos em atmosferas explosivas. A norma IEC TS 60079-32-1 foi publicada, nesta sua primeira edição inicial, na forma de um documento do tipo TS (Technical Specification). Esta estratégia, como um procedimento e abordagem normalmente utilizada pela IEC, tem por objetivo permitir que sejam apresentados no texto diversas recomendações, boas práticas e lições aprendidas, em abrangência internacional, sobre os riscos e prevenções de eletricidade estática em atmosferas explosivas. Com a maior consolidação destas recomendações, este documento, na forma de um TS (Especificação Técnica), será publicado como a norma IEC 60079-321, o que é previsto para ocorrer na próxima edição, com publicação estimada para 2019, dentro do ciclo normal de revisões de normas internacionais da IEC, com intervalo de cinco anos. Este documento apresenta orientações sobre equipamentos, produtos e propriedades de processos necessárias para evitar os riscos de ignição e de choques eletrostáticos que podem surgir da eletricidade estática, bem como requisitos operacionais necessários para assegurar a utilização segura do

equipamento, produto ou processo em atmosferas explosivas. Os riscos associados com a eletricidade estática em processos e ambientes industriais que mais comumente apresentam problemas são considerados nesta norma IEC TS 6007932-1. Estes processos incluem a manipulação de sólidos, líquidos, poeiras, gases, sprays (névoas) e explosivos. O principal objetivo da IEC TS 6007932-1 é o de apresentar recomendações padronizadas para o controle da eletricidade estática, tais como o aterramento de partes condutoras, redução de carregamento eletrostático e restrição de áreas de superfície de materiais isolantes que possam ser carregadas eletrostaticamente. Em alguns casos, a eletricidade estática representa uma parte integrante de um processo, por exemplo, no revestimento por pintura eletrostática, o que frequentemente, é um efeito colateral indesejado, sendo as orientações relacionadas a este caso apresentadas naquela Norma. Se as recomendações padronizadas apresentadas na IEC TS 60079-32-1 forem atendidas, pode ser previsto que o risco de descargas eletrostáticas em uma atmosfera explosiva se mantenha em um nível baixo aceitável. Deve ser ressaltado, no caso de instalações elétricas em atmosferas explosivas, o elevado risco de ignição que pode ser provocado pela geração de faíscas decorrentes do acúmulo de eletricidade estática. É conhecido que as movimentações de grandes volumes de líquidos, gases e poeiras no interior das tubulações e dos equipamentos de processo que ocorrem nas

indústrias do petróleo, petroquímica, química, sucroalcooleira e de alimentos, geram uma grande quantidade de eletricidade estática, capazes de gerar diferenças de tensão que podem provocar centelhas. Estas centelhas, por sua vez, podem representar uma fonte de ignição de atmosferas explosivas que estejam presentes em áreas classificadas contendo gases inflamáveis ou poeiras combustíveis. Nestes casos um dos principais recursos a serem considerados nos projetos e nas instalações elétricas, de instrumentação, de telecomunicações, mecânicas e de equipamentos de processo em atmosferas explosivas é a instalação de sistemas efetivos de aterramento, que permitam o escoamento contínuo das cargas eletrostáticas, evitando o seu acúmulo. Este aterramento deve ser considerado inclusive em equipamentos não metálicos, tais como invólucros plásticos de equipamentos elétricos e juntas isolantes de equipamentos elétricos, mecânicos ou de processo, de forma a evitar o acúmulo de cargas eletrostáticas devido aos efeitos de fricção ou pela passagem ou pela de movimentação de fluidos. A outra norma internacional elaborada pelo TC-31 e publicada pela IEC sobre os riscos da eletrostática em atmosferas explosivas é a Parte 32-2: Riscos da eletrostática – Ensaios. Esta norma IEC 60079-32-2 descreve os métodos de ensaios relacionados as propriedades dos equipamentos, produtos e dos processos, requeridos para se evitar os riscos de uma ignição e de choques eletrostáticos decorrentes do acúmulo da eletricidade estática em áreas contendo atmosferas explosivas. Ela é destinada a ser


127

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

utilizada em avaliações de risco sobre os riscos eletrostáticos e para o projeto e fabricação de famílias de produtos e de equipamentos “Ex” ou para produtos padronizados dedicados para máquinas ou equipamentos elétricos e mecânicos “Ex”. Faz parte das finalidades desta nova norma apresentar métodos padronizados de ensaios para o controle da eletricidade estática, tais como resistência de superfície, resistência de fuga para a terra, resistividade de poeiras, condutividade de líquidos, capacitância e avaliação da capacidade de centelhas provocadas por descargas eletrostáticas. A IEC 60079-32-2 apresenta o estado mais recente dos atuais conhecimentos em atmosferas explosivas, os quais podem ser um pouco diferentes dos requisitos apresentados em outras normas, especialmente relacionados com ensaios climáticos. Diversos casos de acidentes já foram registrados em atmosferas explosivas decorrentes de falhas de aterramentos em equipamentos de móveis ou fixos, sejam eles metálicos ou não metálicos, as quais proporcionaram o acúmulo de cargas

eletrostáticas, as quais deram origem a centelhas que serviram como fontes de ignição de atmosferas explosivas existentes, ocasionando grandes explosões, muitas delas com consequências fatais para as pessoas presentes aos locais destes acidentes. Como um exemplo de como a eletricidade estática pode provocar grandes explosões de atmosferas explosivas, pode ser lembrado o acidente ocorrido em 1937 com o dirigível Hinderburg, que explodiu quando estava se preparando para aterrissar. Segundo pesquisas realizadas recentemente, os cabos que estavam sendo conectados pelo pessoal de terra provocaram descargas eletrostáticas que foram geradas neste momento de aterramento, as quais foram responsáveis pela ignição da grande quantidade de hidrogênio contido na sua estrutura. De acordo com estas pesquisas, a presença de atmosfera explosiva nos dutos de ventilação foi provavelmente devido à existência de vazamentos em válvulas do sistema de hidrogênio. Neste icônico acidente morreram 35 das 100 pessoas que estavam a bordo.

A Comissão de Estudo CE 03:031.06 do Subcomitê SC-31 do Cobei, responsável pelo acompanhamento destas novas normas internacionais, participou, em nome do Brazil National Committee for IEC (Cobei), de todo o processo de elaboração, comentários, votação e aprovação destes novos documentos. Com a publicação destas novas normas internacionais sobre os riscos da eletricidade estática em atmosferas explosivas, esta Comissão de Estudo do Cobei passou a executar os necessários trabalhos de elaboração das respectivas normas brasileiras idênticas NBR TS IEC 60079-32-1 e NBR IEC 60079-32-2, a serem publicadas pela ABNT. Estas duas novas normas técnicas brasileiras serão totalmente alinhadas, harmonizadas, equivalentes e idênticas, em termos de conteúdo técnico, forma e apresentação, às duas respectivas normas internacionais, sem desvios técnicos nacionais. Mais informações sobre as novas normas podem ser encontradas na IEC webstore: http://webstore.iec.ch


128

Dicas de instalação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Por Damien Jeanneau e Viven Rineau*

A contribuição do conector perfurante (IPC) para a eficiência e a confiabilidade de redes BT - Parte 2 Definição da eficiência elétrica do conector

Como qualquer componente “passivo”

de chegar a um medidor. Considerando

altas correntes passando pelos condutores

que estas perdas são proporcionais

e conectores. Estes ciclos permitem

ao quadrado da corrente, mesmo se

simular o comportamento do conector que

a

será submetido a variações de corrente ao

resistência

do

conector

parecer

em uma rede, os conectores de baixa

consideravelmente baixa (entre algumas

longo do tempo.

tensão podem ser comparados a uma

dezenas e algumas centenas de micro-

Além da consistência do desempenho,

resistência bem pequena que estaria em

ohms), estes milhões de conectores irá

o

ensaio

série de uma derivação como ilustrado na

atuar como um pequeno aquecedor ligado

determina a evolução da resistência e

Figura 2. Esta resistência irá resultar em

perpetuamente, o que, como veremos, vai

não o valor desta resistência. Como um

perdas térmicas de acordo com a mais

incrementando os números.

exemplo da norma EN 50483, em um

trivial das fórmulas elétricas: P = RxI².

Podemos afirmar que a eficiência

ensaio com 1.000 ciclos, os requerimentos

de um conector é a sua capacidade de

com relação à resistência serão que: a) a

manter as perdas – e, consequentemente,

resistência final seja menor que duas vezes

a resistência total – baixas durante sua vida

a resistência inicial; e b) a resistência final

útil (e não somente na instalação).

seja menos que 15% mais que a resistência

de

ciclo

térmico

apenas

intermediária em 250 ciclos.

Por que as normas não garantem eficiência?

Este requerimento realmente apenas se concentra na estabilidade do conector. Em outras palavras, ele garante que o

Figura 1 – Dois conectores redundantes usados em uma conexão de neutro

Figura 2 – Um perfurante atua como uma resistência entre o cabo principal e o de derivação.

Todas

as

normas

de

referência

conector vai funcionar ao longo do tempo.

mencionadas acima foram concebidas pela

No entanto, ele não garante nada sobre a

indústria para permitir a determinação de

eficiência do conector.

quais produtos são confiáveis ao longo do

tempo. O ensaio principal para determinar

dentro

o desempenho elétrico de um conector

apresentam resistência mais alta. De fato,

é o ensaio de ciclo térmico (também

como o requerimento é baseado apenas

conhecido como envelhecimento elétrico).

em porcentagens, quanto mais alto for o

Pior ainda, este requerimento favorece, de

limites,

conectores

que

valor inicial, mais “espaço” terá o fabricante

Neste ponto, é crucial destacar outro

para aumento da resistência ao longo do

clichê da eletricidade para entender melhor

tempo. Por exemplo, um conector que

porque esta questão de perdas é crucial

apresente resistência muito baixa de 10 µΩ

para perfurantes de BT: P = UxI. De fato, os

no ciclo 250 irá falhar no ensaio de ciclo

perfurantes são usados em redes de baixa

térmico se a resistência atingir o ainda

tensão. Quanto menor a tensão, maior é a

muito baixo valor de 12 µΩ no final. Com

corrente, razão pela qual 2/3 das perdas

apenas 2 µΩ de aumento de resistência,

técnicas na rede acontecem nas redes de MT e BT (De acordo com “Prisme nº 8

Figura 3 – Típico laço para ensaio de ciclo térmico.

study”, IEPF em 2009-2012).

O fato é que, na maioria dos países, o

um conector tão eficiente não passaria no ensaio. Do lado oposto, um conector que apresentasse um valor de resistência de

Como lembrete, o princípio do ensaio

100 µΩ em 250 ciclos poderia aumentar

total da energia elétrica distribuída passa

é criar um laço. Os ciclos de aumento de

a resistência até 115 µΩ. Este segundo

por quatro ou mais perfurantes antes

temperatura são aplicados ao laço com

conector é um conector menos eficiente


129

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

conectores nascem iguais quando se trata deste valor ao final do ensaio. Para ilustrar estas discrepâncias, a Figura 6 apresenta o resultado de um ciclo térmico comparativo feito em cinco modelos

de

conectores

acomodando

um cabo principal de 95 mm² com um cabo 95 mm² na derivação (2 conectores Figura 4 – Gráfico dos requerimentos para envelhecimento elétrico: avaliação da evolução da resistência e não do valor da resistência.

testados por modelo). Este ensaio foi feito propositalmente apenas com conectores internacionais de marcas líderes (IPC 1-23-4-5) que apresentam uma imagem de alta qualidade, com a exceção de 1 conector (IPC4), que é um produto de qualidade média com baixo preço. O conector 4 não é estável. O nível de perdas geradas por este tipo de conectores ultrapassará qualquer cálculo que será feito nos parágrafos seguintes deste documento. Tal

Figura 5 – Gráfico do paradoxo do requerimento para envelhecimento elétrico: conectores menos eficientes têm mais latitude que conectores eficientes de acordo com a evolução da resistência.

conector provavelmente terá uma taxa de falha alta, mas ainda mais importante, elas

que mostra uma evolução bem menos

de dados mensuráveis, comparáveis e

levarão a perdas que serão maiores, em

favorável no que se refere à resistência,

razoavelmente

alguns meses, que a economia feita pela

mas que ainda assim estaria de acordo

possível comparar os conectores. Antes

concessionária graças a preços baixos.

com a norma.

de avançar, é importante observar que

Os outros perfurantes são estáveis e

Ainda que seja aconselhável aplicar

qualquer comparação entre conectores

geralmente passam nos ensaios de ciclos

os requerimentos do ensaio de ciclo

deverá ser feita com as mesmas seções

térmicos tradicionais. O que podemos

térmico para a evolução da resistência

de condutores tanto para a principal como

observar, no entanto, é que a média

para determinar a estabilidade ao longo do

para a derivação – e, preferencialmente,

da “resistência limite” varia de 28 µΩ

tempo, este exemplo mostra de forma clara

nos mesmos lotes de condutores.

para o conector mais eficiente a 67 µΩ.

que o fato de o conector ser aprovado no

Depois que este cuidado for tomado,

Portanto, mesmo entre as marcas líderes

ensaio de envelhecimento elétrico não é uma

também devemos notar que nem todos os

de boa qualidade, para exatamente a

disponíveis,

fica

agora

comprovação da eficiência do conector. Para

poder

mensurável,

propor

uma

comparável

e

base pronta

para conduzir esta análise, um dado representativo da eficiência do conector é, na verdade, o valor médio de resistência do conjunto de conectores testados no final de 1.000 ciclos (EN 50483-5)

Portanto, ainda que os requerimentos

tradicionais do ensaio de ciclo térmico não forneçam indicação da eficiência, este teste dá boa indicação da resistência quando observamos o que nós chamaremos de “resistência final” do conjunto de conectores.

Escala de eficiência dos perfurantres

Uma vez que já está definido um conjunto

Figura 6 – Ensaio de envelhecimento elétrico comparativo em conexões 95-95 mm2 – Cinco tipos de conectores testados.


130

Dicas de instalação

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

mesma aplicação, a resistência varia de 1

valor extremamente baixo de corrente

a 2, mesmo de 1 a 3 em outros ensaios

envolvido, a classificação de conectores

executados.

de acordo com a tabela proposta se

Também deve ser notado que o valor

torna significativo para conectores de

de resistência inicial (resistência logo após

serviço (derivações entre 16 mm² e 35

instalação) não é representativo do valor

mm2) e até crucial para aplicações de

final obtido.

rede (derivações acima de 50 mm2) para

Considerando estes vários compor­

as quais classificações A e A+ devem ser

tamentos em conectores, uma maneira

consideradas.

simples de ilustrar as variações em eficiência é usar uma escala de eficiência que vai da classe de conectores mais

O impacto econômico da eficiência do conector

eficiente para a menos eficiente, tal como é usada para eletrodomésticos, por exemplo.

O cálculo do impacto econômico de

perdas geradas por conectores de BT depende de múltiplas variáveis que cada concessionária terá de ajustar de acordo com sua situação atual. Apresentamos um estudo de caso com os dados a seguir: Aplicação:

Perfurante

150

mm²

principal / 150 mm² derivação Comparação:

vamos

comparar

o

impacto econômico entre um conector Figura 7 – Proposta de escala de eficiência para conectores perfurantes BT.

Esta escala foi feita de maneira que

realmente eficiente de classificação A+ (20 µΩ - conector 1 – IPC1) e um conector de média qualidade classificação D (90 µΩ - conector 2 – IPC2). Vamos

a maior parte dos perfurantes oferecidos

assumir

no mercado, hoje em dia, ficaria entre B

seja representativa da resistência do

para as marcas líderes conhecidas, C-E

conector. Isto é razoável considerando-se

para conectores médios e F-G para os

a forma assíntota típica da evolução da

piores.

resistência dos conectores perfurantes.

que

a

“resistência

limite”

Enquanto poucos produtos alcançam

a classificação A da escala, apenas um

Preço

tipo de conector do painel estudado (mais

que o IPC1 custa US$ 1 a mais que o

de

compra:

de 30 modelos de conectores de várias

IPC2 para esta demonstração. Preço

marcas) alcança a classificação A+.

da energia elétrica: assumiremos um

assumiremos

são

custo de, aproximadamente, US$ 0,08

proporcionais ao quadrado da corrente

/ kWh2, o que deve incluir a produção

que passa pelo conector, a eficiência do

(~US$0,05) e transmissão/distribuição

conector (e, portanto, sua “resistência

(~US$0,03). Embora US$ 0,08 possa

limite”) fica mais crítica à medida que as

parecer um valor baixo na maioria dos

seções dos condutores instalados ficam

países, qualquer preço mais alto apenas

maiores.

reforçaria o caso em favor dos conectores

Dessa maneira, embora o uso de

eficientes, encurtando o retorno do

classificação A para um conector de

investimento.

Mais

uma

vez,

as

perdas

iluminação pública (derivação de até 10 mm²) pode não ser o melhor investimento

Corrente: a avaliação de perdas é

tecnológico-econômico

altamente

devido

ao

contingente

ao

fluxo

de


131

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

eletricidade. Embora em nosso caso,

cada ano nas redes das concessionárias.

para cabos de 150 mm², a intensidade

Além disso, enquanto o exemplo

de corrente de trabalho seja de 389 A,

dado

este valor não representa o fluxo regular

excelente com um bom conector, o

de ampères. Vamos usar, como uma

impacto econômico de um conector

intensidade média, 30% do volume para

de má qualidade (classificação F & G

o qual está classificado o cabo, o que

com resistência maior que 120 µΩ) se

representa o melhor cenário intermediário

tornará um desastre para as perdas da

técnico-econômico entre investimento

concessionária (bem mais que US$ 1 por

e perdas devido ao cabo (117 A, em

ano por conector).

média,

rede

Mais uma vez, estas estimativas

ocupada acima de 30% da carga máxima

conservadoras devem ser ajustadas à

apresenta um retorno sobre investimento

situação de cada concessionária. Ainda

ainda mais acelerado.

que seja relativamente simples fazê-los a

neste

caso).

Qualquer

aqui

compara

um

conector

partir do zero, estes cálculos podem ser Vida útil: todo perfurante de qualidade

respaldados por planilhas pré-projetadas.

decente deve ser projetado para uma vida

Eficiência do perfurante de baixa

útil entre 30 e 40 anos de serviço. Vamos

tensão:

deixar em 30 anos. Sob as hipóteses

concessionárias

acima, a média de energia dissipada

pode ser calculada da seguinte maneira:

do conector de BT, ainda que pequenas

uma

oportunidade

para

as

Em suma, a eficiência e a confiabilidade

quando

considerada

apenas

uma

P(IPC1) = R x I² = 20E-6 x 117² =

peça, tornam-se significativas quando

0,274 W

consideramos: a) milhões de conectores

P(IPC2) = 90E-6 x 117² = 1,232 W

instalados em uma rede; e b) o fato de que cada kWh que chega aos medidores

Isto resultaria em um consumo anual

de energia:

deve antes passar por quatro ou mais destes conectores. Se, de 0,30 a 1,60, podem ser

E(IPC1) = 0,274*24*365 = 2,4 kWh

economizados todos os anos em cada

(~ US$0,192)

conector instalado na rede, a economia para

E(IPC2) = 1,232*24*265 = 10,8 kWh

as concessionárias pode atingir valores de

(~ US$0,864)

seis a sete dígitos todos os anos. O

objetivo

deste

documento

é

oferecido

às

Em essência, o que se demonstra

destacar

aqui é que a cada ano o IPC2 terá um

concessionárias: garantir confiabilidade

custo anual operacional que ultrapassa o

e melhorar a eficiência em suas redes.

do IPC1 em US$0,067.

Espera-se

Em tal situação, o retorno sobre

possam se beneficiar dos caminhos

investimento para uma diferença de

bem práticos que foram mostrados para

US$1 fica um pouco acima de um ano

atingir este potencial.

o

potencial

que

as

concessionárias

comparado a um tempo de vida útil de ~30 anos. Durante sua vida útil, o IPC1 terá causado uma perda de 72 kWh, enquanto as perdas do IPC2 chegam a 324 kWh.

Tais valores, ainda que relativamente

pequenos quando consideramos apenas um

conector,

significantes

se

tornam

quando

bastante

milhões

de

conectores similares são instalados a

*Damien Jeanneau é engenheiro e mestre em Engenharia e em Empreendimento de Negócios. Atuou em diversos cargos de gerenciamento de produto e, atualmente, é diretor da área de negócios para acessórios de redes aéreas em baixa e média tensão da Sicame da França, coordenado projetos de P&D, inovação e gerenciamento de produtos. Vivien Rineau é engenheiro e mestre em Engenharia. Trabalha como engenheiro líder global e gerente de produtos (perfurantes) na Sicame da França.


132

Espaço IEEE

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Por Roberto Asano Junior e Shevine Silva Oliveira Risso*

A quem interessa que um país se desenvolva com abundante energia limpa e soberana?

A energia hidrelétrica é a obtenção de

do rio para gerar energia. Essas usinas a fio

energia elétrica pelo aproveitamento do

d’água reduzem as áreas de alagamento e

potencial hidráulico de um rio, porém, para que

não formam reservatórios para estocar a água,

esse processo seja realizado, é necessária a

ou seja, a ausência de reservatório diminui

construção de usinas em rios que possuam

a capacidade de armazenamento de água,

elevado volume de água e que apresentem

sendo a única maneira de poupar energia

desníveis em seu curso ou que possam ter

elétrica para os períodos de seca, tornando

esses desníveis criados artificialmente.

a operação do sistema menos segura e mais

cara.

Com a água armazenada no reservatório,

ocorre o processo de transformação de

O Brasil é um dos países com maior

energia potencial (energia da água) em

disponibilidade de recursos hídricos renováveis

energia mecânica (movimento das turbinas).

do mundo e utiliza hoje apenas 40% desse

As turbinas em movimento estão conectadas

potencial, enquanto países desenvolvidos já

a um gerador, que é responsável pela

ultrapassam os 60% de exploração. As novas

conversão da energia mecânica em energia

fronteiras desse desenvolvimento estão na

elétrica.

região Norte, todavia, por pressão pública

Atualmente, as usinas hidrelétricas são

estimulada por ONGs estrangeiras, os novos

responsáveis por aproximadamente 18% da

empreendimentos estão sendo construídos

produção de energia elétrica no mundo. Esses

subutilizando esses recursos, diminuindo

dados só não são maiores pelo fato de poucos

seu aproveitamento e aumentando o risco de

países apresentarem as condições naturais

déficit energético e a dependência ao regime

para a instalação de usinas hidrelétricas.

de chuvas.

As nações que possuem grande potencial

Outras fontes renováveis, além da

hidráulico são os Estados Unidos, Canadá,

incerteza quanto à energia gerada devido

Brasil, Rússia e China. No Brasil, mais de 70%

ao fator de capacidade, não oferecem

da energia elétrica produzida é proveniente de

capacidade de rápida resposta à demanda

usinas hidrelétricas.

nem recursos próprios de armazenagem,

Existem dois tipos de reservatórios:

sem os quais se torna impossível assegurar

acumulação e fio d’água. Usinas com

o

reservatório de acumulação, além de “estocar”

são

a água, esses reservatórios têm outras funções:

hidroeletricidade de grande porte, a qual

permitem a formação do desnível necessário

poderia inclusive (caso disponha de suficiente

para a configuração da energia hidráulica, a

reservatório de armazenagem) acumular

captação da água em volume adequado e a

eventuais excessos de energia provenientes

regularização da vazão dos rios em períodos

da energia eólica ou solar.

de chuva ou estiagem. Existem também

algumas usinas hidroelétricas chamadas “a

Os esforços efetivos em sustentabilidade dos

fio d’água”, ou seja, próximas à superfície e

recursos naturais devem ser direcionados

utilizam turbinas que aproveitam a velocidade

para a melhor utilização da energia e seu

abastecimento. amplamente

Essas

características

complementadas

pela

Não há produção de energia sem impacto.


133

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Referências The United Nations World Water Development Report 3 Volume 1. The United Nations World Water Development Report 4 Volume 1. The United Nations World Water Development Report 2014 - Water and Energy. EPE - Demanda de Energia 2050. MURPHY, D. J.; HALL, C.A.S. "Year in review EROI or energy return on (energy) invested". Annals of the New York Academy of Sciences 1185, 2010. MAXIM, Alexandru. Sustainability assessment of electricity generation technologies using weighted multi-criteria decision analysis, Energy Policy, v. 65, Elsevier, 2014. Figura 1 – Vazão natural em Belo Monte. Sem o reservatório de regulação e armazenamento, a usina operará com a plena capacidade de sua potência instalada por apenas um trimestre e passará o resto do ano subutilizada.

GOMES, Rafael de Oliveira. Estudo do impacto da incorporação de usinas hidrelétricas a fio d’água no sistema interligado nacional, 2012. Statistics on the web: http://www.iea.org/statistics/ http://world-statistics.org.

uso eficiente. Uma vez que uma maior oferta

extinção (algumas delas que nunca foram

de energia é necessária, o uso dos recursos

conhecidas) e com as comunidades afetadas

disponíveis e o investimento para utilizá-los

pelas represas, a sociedade também deveria

também devem ser usados eficientemente e

ser convidada a discutir a soberania e a

outras questões, além do impacto ambiental,

segurança energética do Brasil, a importância

também devem ser consideradas e melhor

da independência tecnológica e os benefícios

esclarecidas com a sociedade.

que a disponibilidade de energia traz para

o desenvolvimento social e crescimento

Da mesma forma que a sociedade foi

levada a comover-se com as espécies em

econômico.

*Roberto Asano Junior é formado em engenharia elétrica e atuou no desenvolvimento de produtos e tecnologia para transmissão de energia. Ele é doutorando em energia (UFABC), voluntário em associações profissionais e normativas e membro do IEEE. Shevine Silva Oliveira Risso é formada em engenharia civil e em tecnologia em saneamento ambiental (IFS 2009). Desenvolveu o projeto de Aplicação de Indicadores de Desempenho para Análise de Sistemas Hídricos: Estudo de Caso na Bacia do São Francisco. Atualmente, é mestranda em energia (UFABC).


134 134

Ponto de vista

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

Uma luz para a redução das contas de energia elétrica

Nos últimos anos, a escassez de

já que alguns de seus componentes são

conceito de transporte previsto em nossa

água vem assolando grandes regiões do

reconhecidamente indevidos da forma

legislação civil, e utilizada para conceitos

Brasil. Em 2014 essa situação alcançou

como exigido. Desta forma, cabe a cada

tributários por força do artigo 110 do

seu ápice com o alongamento do período

consumidor buscar seus direitos a fim de

Código Tributário Nacional.

de estiagem, chegando até ao setor

tê-los reconhecido no intuito de alcançar

energético que tem nas hidrelétricas as

tais reduções.

consumidores de energia elétrica, a busca

suas principais fontes de geração de

Atualmente, a cobrança de ICMS

da redução de suas contas por meio da

energia. Uma forma de deixar de falar em

sobre as contas de energia elétrica, por

revisão da base de cálculo do ICMS nelas

recesso foi investir nas termoelétricas, com

exemplo, traz na composição da sua base

embutida, lembrando que empresas que

custo muito mais elevado.

de cálculo dois elementos que jamais

não utilizaram os valores referentes a tais

No entanto, o ano de 2014 foi um

deveriam compô-la: a Tarifa de Uso do

créditos como insumos em suas contas

ano eleitoral, em que a pretensão era a

Sistema de Transmissão (Tust) e a Tarifa

gráficas têm, ainda, a possibilidade de

de manter as contas congeladas, caso

de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd).

revê-los dentro do prazo estipulado em lei,

contrário, o impacto destes aumentos

A segregação destas duas tarifas da base

ou seja, dos últimos cinco anos.

poderia ser catastrófico nas urnas em

de cálculo do ICMS pode representar uma

outubro, motivo pelo qual a sociedade em

redução de até 30% da conta final a ser

geral não percebeu o resultado desastroso

paga.

dessa falta de uma política energética.

As

tarifas

acima

citadas

Portanto, é direito dos contribuintes,

não

Este impacto chegou ao consumidor de

compreendem o fator gerador de ICMS

energia elétrica no início deste ano, quando

e também não se apresentam como

as contas começaram a ser reajustadas.

mercadoria, pois não se consubstanciam

Dados do Instituto Brasileiro de Economia

em nenhum dos elementos do Artigo 13,

e Finanças (Ibecon) demonstram que no

parágrafo 1o, inciso II, alíneas “a” e “b”

Estado de São Paulo as contas alcançaram

da Lei Complementar 87/96 e, da mesma

um aumento de quase 75% desde o início

forma, também não se amoldam ao conceito

do ano, impulsionadas principalmente

de transporte descrito no Código Civil

pela adoção do sistema de bandeiras

Brasileiro em seus artigos 730, 743 e 744.

tarifárias, assim como pela Revisão Tarifária

Ou seja, as duas hipóteses de incidência

Extraordinária (RTE), ambos aprovados

do ICMS não abraçam o conceito destas

pela Agência Nacional de Energia Elétrica

tarifas. Isto ocorre tendo em vista que

(Aneel).

toda a energia produzida é lançada em um

Por André Brunialti, diretor do Grupo Avanth.

Se levarmos em consideração que

sistema único integrado pelas empresas

Tem pós-graduação em Processo Civil, Direito

a energia elétrica representa um dos

de transmissão e de distribuição, e é

Tributário e Processo tributário. Graduado em

principais insumos das empresas, também

deste sistema concentrado que é retirada

direito, tem 20 anos de experiência na área

seria correto afirmar que este percentual

a energia veiculada por estas empresas,

tributária em empresas de pequeno, médio e

(75%) tem um impacto direto no custo

sendo assim, impossível de definir qual

grande porte. É membro da Academia Brasileira

de seus produtos. Por outro lado, o que

parcela de energia gerada foi distribuída

de Direito Tributário (ABDT), do Instituto Brasileiro

se tem que observar com cautela é a

para aquele ou outro consumidor específico.

de Estudos Tributários (Ibet) e da Associação

composição das contas de energia elétrica,

Esta impossibilidade descaracteriza o

Paulista de Estudos Tributários (Apet).



136

Agenda 1º DE OUTUBRO

MEDIÇÃO DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

Descrição

Informações

Durante as aulas, os participantes serão apresentados aos aspectos fundamentais referentes à medição e à análise da qualidade da energia elétrica. Ao final, estarão aptos a realizar a compreensão, a análise e a interpretação dos principais fenômenos e indicadores da qualidade da energia elétrica (QEE), segundo as normas vigentes nacionais e internacionais. O curso é voltado para engenheiros e técnicos de operação, projeto e manutenção ligados a concessionárias, indústrias, empresas de serviços e consultoria.

Local: Campinas (SP) Contato: (19) 3515-2060 universidade_br@selinc.com

9 DE OUTUBRO

Cursos

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

CONTROLE DE ILUMINAÇÃO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Descrição

Informações

O tema principal deste curso é o controle de iluminação, que será tratado pelo palestrante desde os fundamentos da dimerização até a integração do controle aos sistemas BMS - Building Management Systems. As aulas enfatizarão também a importância do controle de iluminação para os processos de certificação de edificações. O curso é voltado para profissionais da área de iluminação e energia; engenheiros; arquitetos, lighting designers; designers de interiores; e estudantes, entre outros.

Local: Cotia (SP) Contato: (11) 4704-5972 treinamentos@expersolution.com.br

26 A 28 DE OUTUBRO

PROTEÇÃO DE MOTORES E ALIMENTADORES COM RELÉS NUMÉRICOS

Descrição

Informações

O objetivo deste curso é ensinar aos participantes os conceitos relacionados à proteção de motores e alimentadores, assim como realizar estudo, parametrização e testes em relés comerciais como: Siemens 7SJ 61, GE 469 e ABB SPAM. Entre os temas a serem apresentados no curso estão: partes constituintes e princípio de funcionamento de motores de indução e motores síncronos; filosofia de proteção de grandes motores; e estudo dos relés 7SJ-61 da Siemens; 469 da GE; e SPAM da ABB.

Local: Uberlândia (MG) Contato: (34) 3218-6810 conprove@conprove.com.br

26 A 30 DE OUTUBRO

INSTALADOR FOTOVOLTAICO OFFGRID

Descrição

Informações

O curso de capacitação profissional com foco na energia solar tem módulos para aperfeiçoamento prático e teórico. Na parte prática, os alunos aprendem a fazer instalações, ligar e configurar diferentes sistemas. Na parte teórica, aprendem os conceitos do sistema, como as características dos equipamentos, formas de dimensionar os sistemas, dentre outros. Com carga horária total de 40h, o curso é direcionado a instaladores, eletricistas técnicos, engenheiros, arquitetos, empreendedores e público em geral.

Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 4328-5113 www.neosolar.com.br/aprenda/ cursos

18 A 21 DE OUTUBRO SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (SNPTEE) Descrição

Informações

Em sua 23ª edição, o SNPTEE mantém o seu foco principal, que é de promover o intercâmbio de informações de naturezas técnicas e gerenciais entre empresas e entidades que atuam no setor de produção e transmissão de energia elétrica. Os trabalhos dos especialistas, que serão apresentados no seminário, têm como intuito ampliar e aperfeiçoar o conhecimento e o progresso técnicos das pesquisas em desenvolvimento para assim melhorar a efetividade dos sistemas brasileiros de potência.

Local: Foz do Iguaçu (PR) Contato: (45) 3520-9494 www.xxiiisnptee.com.br

Eventos

19 A 21 DE OUTUBRO

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIAS INTELIGENTES

Descrição

Informações

Diversos aspectos que dizem respeito a smart energy serão abordados nas palestras que constituirão esta conferência, entre os quais: mercado, evolução tecnológica, regulamentação, desenvolvimento de negócios, políticas públicas etc. A temática principal do evento, contudo, será a geração e a otimização de energia como eixo transversal para o desenvolvimento territorial, considerada a importância da caracterização e utilização do potencial regional para fontes eólica, fotovoltaica, biogás, biomassa e PCHs.

Local: Curitiba (PR) Contato: (41) 3362-6622 kloss@paranametrologia.org.br

20 A 22 DE OUTUBRO

CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA (CBE)

Descrição

Informações

O Congresso Brasileiro de Energia (CBE) terá como tema oficial “A Otimização da Produção e do Uso da Energia”, refletindo a preocupação e os esforços na busca de soluções para o setor energético neste momento. O evento, que está em sua 16ª edição, é realizado pelo Instituto Coppe UFRJ, por meio do Programa de Planejamento Energético (PPE). O congresso acontecerá no Centro de Convenções da Firjan, na cidade do Rio de Janeiro.

Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2562-8772 contato@congressoenergia.com.br

26 A 28 DE OUTUBRO

SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO SETOR ELÉTRICO (SEPEF)

Descrição

Informações

O seminário consistirá na apresentação de 18 trabalhos técnicos, no período matutino do evento, em três salas simultâneas. No período vespertino, serão apresentados painéis, com temas atuais e relevantes em relação ao atual cenário do setor elétrico nacional, entre os quais: reflexos da prorrogação das concessões no setor elétrico; o capital externo e o setor elétrico brasileiro; o futuro da matriz energética brasileira e seus impactos no preço da energia.

Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 3973-8490 bianca.santos@funcoge.org.br


Índice de anunciantes

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

3M 90 0800 0132333 www.3meletricos.com.br A Cabine 92 (11) 2842-5252 vendas@acabine.com.br www.acabine.com.br Agpr5 - Abirush Automação 109 e Sistemas (48) 3462-3900 comercial@a5group.com.br www.a5group.com.br 25

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(11) 2870-1000 www.apscomponentes.com.br Aureon 85 vendas@aureon.com.br (11) 3966-6211 / 2358 Avant 7 www.avantled.com.br AXT 98 (11) 4025-1300 vendas@axt.com.br www.axt.com.br BHS Eletrônica 119 (11) 2291-1598 comercial3se@bhseletronica.com.br www.bhseletronica.com.br 47

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(11) 4513-8665 embratarui@terra.com.br www.embrata.com.br Enerbras 101 (41) 2111-3000 sac@enerbras.com.br www.enerbras.com.br Enercom 107 (11) 2919-0911 vendas@enercom.com.br www.enercom.com.br Facilit 12 (11) 4447-1881 vendas@faciliteletrocalhas.com.br www.faciliteletrocalhas.com.br

IFG 132 (51) 3488-2565 ifg@ifg.com.br www.ifg.com.br Iguaçumec 113 (43) 3401-1000 iguacumec@iguacu.com.br www.iguacumec.com.br Ilumatic 37 (11) 2149-0299 ilumatic@ilumatic.com.br www.ilumatic.com.br Instrumenti 19

(11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br Intelli 121 (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br Itaim Iluminação 2ª capa e 3 (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br Itaipu Transformadores 27 (16) 3263-9400 comercial@itaiputransformadores.com.br www.itaiputransformadores.com.br Kanaflex 18 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br Kian Brasil 83

Mersen 38 (11) 2348-2374 vendas.ep.brasil@mersen.com www.mersen.com Mon-Ter 6 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br Nambei Fios e Cabos 115 (11) 5056-8900 vendas@nambei.com.br www.nambei.com.br Nelmetais 133 (11) 3531-3444 nelmetais@nelmetais.com.br www.nelmetais.com.br Nexans 3ª capa (11) 3048-0800 nexans@nexans.com.br www.nexans.com.br Novemp Fascículos e 43 (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br Nutsteel 84 (11) 2122-5777 vendas.nutsteel@emerson.com www.nutsteel.com.br Obo Bettermann 125 (15) 3335-1382 info@obo.com.br www.obobrasil.com.br

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Omicron 73 info.latam@omicronusa.com www.omicronusa.com

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Paraeng Pára-Raios 130 (31) 3394-7433 contato@paraeng.com.br www.paraeng.com.br

Liba Painéis e Automação 11 (21) 3658-7706 / 7196 www.libapaineis.com.br comercial@libapaineis.com.br

Paratec 120 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br

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Fastweld 4ª capa (11) 2421-7150 rinaldo@fastweld.com.br www.fastweld.com.br

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Líder Rio 54 (21) 3295-8600 comercial@liderrio.com www.liderrio.com

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What’s wrong here?

O Setor Elétrico / Agosto de 2015

O que há de errado?

Observe a imagem e identifique as não conformidades com relação às normas técnicas

brasileiras vigentes. Para enviar sua resposta, acesse www.osetoreletrico.com.br, clique em “What’s wrong here?” e preencha o pequeno formulário!

PREMIAÇÃO

O leitor que mandar a melhor

resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada, de acordo com as normas técnicas vigentes, receberá como prêmio um exemplar da mais nova edição do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, que traz as principais atualizações normativas do setor!

Esta instalação foi registrada pelo engenheiro Paulo Barreto, da Barreto Engenharia.

Encontre os erros, mande suas conclusões e concorra a prêmios! O resultado será divulgado na edição 117, de outubro de 2015.

Resposta da edição 113 (Junho/2015)

Não perca tempo! Mande sua resposta

acesse o site www.osetoreletrico.com.br

O leitor MARLOS FALCO apresentou

para interativo@atitudeeditorial.com.br ou e mande suas impressões!

a resposta mais completa com relação às não conformidades com as normas técnicas

Mais notícias e comentários sobre as determinações da ABNT NBR 5410 em www.osetoreletrico.com.br

brasileiras vigentes. O vencedor receberá um exemplar do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras com as principais

Interatividade

atualizações normativas do setor. Parabéns a todos os leitores que mandaram suas

Se você encontrou alguma atrocidade elétrica

respostas e continuem participando!

e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para

o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e

Confira a resposta correta:

nos ajude a denunciar os disparates cometidos

a) Equipotencialização ou separação

por amadores e por profissionais da área

em não terem sido consideradas as

através de cálculo da distância de

de instalações elétricas. Não se esqueça de

medidas contra centelhamento e o

segurança e do uso de obstáculo fixo;

mencionar o local e a situação em que a falha foi

aparecimento de possíveis tensões

b) Uso do condutor de descida isolado

superficiais.

com material apropriado (o PVC que

Nessas condições, há duas formas de

envolve o cabo serve apenas como

evitar o centelhamento:

proteção mecânica do mesmo).

A principal não conformidade reside

encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.




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