Ano 10 - Edição 115 Agosto de 2015
Falta de direcionamento do governo ainda é entrave para avanço das redes inteligentes PESQUISA REVELA: Led deve ser a principal fonte luminosa em até cinco anos Manutenção preditiva com inspeção termográfica ABNT NBR 5419: saiba o que mudou com a revisão desta norma em coluna fixa sobre o tema
4
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser José Guilherme Leibel Aranha Massimo Di Marco Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação e pesquisa Inês Gaeta – ines@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação e pesquisa Fabiana Marilac – fabiana@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br
Pesquisa – Produtos e sistemas de iluminação 78 Consumidores participantes do estudo acreditam que o Led será a principal fonte de luz do país em até cinco anos. Para a maioria deles, porém, a qualidade dos produtos disponíveis no mercado é apenas satisfatória.
Coluna do consultor
8
Painel de notícias
Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br
Espaço 5410
Análise sobre o pacote de energia lançado pelo Governo Federal.
10
Site da Aneel disponibiliza movimentação da Conta de Bandeiras Tarifárias; Fonte eólica alcança a marca de 7 GW instalados;
114
Esclarecimentos sobre as classificações BD1, BD2, BD3 e BD4.
Michel Epelbaum – Energia sustentável 116 Juliana Iwashita Kawasaki – Iluminação eficiente
despesas com transmissão; Projeto de norma sobre líquidos
Jobson Modena – Proteção contra raios
isolantes para equipamentos elétricos está em consulta nacional;
João Barrico – NR 10
Grupo Conex apresenta logomarca para comemorar 30 anos; Itron
José Starosta – Energia com qualidade
assina acordo com Elo Sistemas Eletrônicos.
Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
31
Reportagem – Smart grid
62
Estudo do Ministério de Ciência e Tecnologia mapeia cenário das
diversos municípios brasileiros. Falta de regulação ainda é entrave.
Artigo – Proteção
70
Nova abordagem relacionada à aplicação de filosofias de proteção
120
124 126
128
Segunda parte do artigo sobre a contribuição do conector perfurante (IPC) para a eficiência e a confiabilidade de redes BT.
redes inteligentes no Brasil. Tecnologia é incipiente no país, mas projetos liderados por distribuidoras começam a ser realizados em
118
122
Dicas de instalação
Espaço IEEE
132
Sobre a importância de a sociedade debater a soberania e a segurança energética do Brasil.
134
de modo dinâmico a partir de informações de condições ambientais
Ponto de vista
monitoradas pelo centro de operação.
É direito dos contribuintes, consumidores de energia elétrica, a busca
Aula prática – Manutenção preditiva 102
da redução de suas contas por meio da revisão da base de cálculo do ICMS nelas embutida.
Um sistema de monitoramento que permite a realização de inspeções remotas e personalizadas no campo de visão das câmeras termográficas.
Agenda
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Alan Costa, Alberto Fossa, Anderson Rosa, André Brunialti, Damien Jeanneau, Daniel Rubbo, Daniel Sampaio, Eduardo Daniel, Fernando Lima Costalonga, Manuel Luis Martinez, Marcella Carvalho, Mateus Cardoso, Plinio Godoy, Reinilson Cesario, Ruben Glatt, Sérgio Feitoza, Victor Gomes de Sousa, Viven Rineau Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: ShutterStock - Adam Vilimek Impressão - EGB Gráfica e Editora Distribuição - Correio
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Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.
Espaço 5419 112
Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Márcio Ferreira – marcio@atitudeeditorial.com.br Rosa M. P. Melo – rosa@atitudeeditorial.com Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187
Colunistas
Municípios afetados por hidrelétricas podem ficar isentos de
Fascículos
Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial. com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Revisão Gisele Folha Mós
138
O que muda na nova ABNT NBR 5419 com relação aos materiais, ou
What’s wrong here
seja, condutores, fixações e conexões.
Identifique o que existe de errado na instalação.
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Editorial
6
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
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Ano 10 - Edição 115 Agosto de 2015
O Setor Elétrico - Ano 10 - Edição 115 – Agosto de 2015
Falta de direcionamento do governo ainda é entrave para avanço das redes inteligentes PESQUISA REVELA: Led deve ser a principal fonte luminosa em até cinco anos Manutenção preditiva com inspeção termográfica ABNT NBR 5419: saiba o que mudou com a revisão desta norma em coluna fixa sobre o tema
Edição 115
Rede inteligente ou apenas troca de medidor?
A promessa das redes inteligentes está no planejamento de praticamente todas as concessionárias de energia e
também nos planos do governo já há algum tempo. A novidade começou a ser discutida por aqui quase que ao mesmo tempo em que os Estados Unidos e países da Europa também iniciavam suas pesquisas por lá. Mas, como toda nova tecnologia, leva-se tempo para que os estudos sejam elaborados, os critérios e as adaptações sejam feitas para, enfim, dar início aos projetos, ainda que pilotos. Justificável.
Desde então, muitas distribuidoras brasileiras passaram a afirmar em suas páginas na internet e em congressos
técnicos do setor que já contavam com projetos-pilotos de redes inteligentes em andamento e o tema passou a figurar em inúmeros projetos de eficiência energética e de pesquisa e desenvolvimento das concessionárias (programas determinados pela Aneel). No entanto, o conceito de rede ou cidade inteligente é muito mais amplo do que vem desempenhando a maioria desses projetos.
Uma cidade inteligente (smart city) envolve transparência, segurança, confiabilidade energética, educação,
construções sustentáveis, mobilidade e, sobretudo, um planejamento que envolva segurança, preocupação ambiental e muita tecnologia da informação para que todo o sistema esteja conectado. Já as redes inteligentes dizem respeito, basicamente, ao sistema de distribuição de energia elétrica. Smart grid embute um conceito que muda a forma de como o brasileiro lida com a energia. É fornecer mais autonomia e segurança para o consumidor e, ao mesmo tempo, conferir dinamismo e agilidade à concessionária, que poderá antecipar a solução de eventuais falhas, amenizar os prejuízos com perdas técnicas e não técnicas, e contar com o apoio do consumidor, que poderá contribuir com sistemas de geração distribuída.
Nesse sentido, ainda estamos muito longe do ideal. As distribuidoras estão se movimentando, mas o ritmo é
deveras lento e cobram direcionamento do governo para que este incentive e dê mais ânimo para o segmento.
Na reportagem desta edição, fazemos uma análise das redes inteligentes que estão sendo implantadas no país.
Referenciamos também um estudo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que faz uma avaliação das iniciativas que vem sendo tomadas pelas distribuidoras de energia elétrica. Pelo documento, a maioria delas é considerada como iniciante, começando agora a desenvolver projetos de smart grid. Isso porque as redes não contam com funções de monitoramento e controle ou com redes de comunicação associadas. Segundo o MCTI, apenas quatro concessionárias são consideradas como “pioneiras”, por terem projetos mais evoluídos e planos de continuidade. A reportagem traz mais detalhes sobre este assunto.
Essas ações, no entanto, nos levam a pensar: doação de geladeiras novas para a população de baixa renda é
eficiência energética? Trocar medidores eletromecânicos pelos eletrônicos é smart grid?
Boa leitura!
Abraços,
flavia@atitudeeditorial.com.br
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Coluna do consultor
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Governo anuncia investimento no setor elétrico. Vem aí a bandeira tarifária “cor de laranja” Em
o
por falta de chuva e pelo consumo
governo anunciou com toda pompa
meados
desenfreado pela tarifa de energia
e circunstância novos investimentos
que havia sido (no primeiro momento)
para o sofrido setor elétrico, serão
reduzida
R$ 81 bilhões até 2018 e outros R$
proporcionais ao gigantismo do Brasil).
105 bilhões que ficam para depois. A
Para aqueles que gostam de fazer
política de investimentos continua a
contas comparando alhos com bugalhos,
mesma, usinas hidrelétricas em regiões
esta “dinheirama” daria para construir
longínquas
centenas
de
de
difícil
agosto,
acesso,
com
(valores impressionantes e
dos
inúteis
e
suspeitos
dificuldades de licenciamento ambiental
estádios da copa, ou mesmo acabar
e linhas de transmissão para trazer ou
com o déficit de moradia do Brasil (aí
reforçar os caminhos existentes para que
não teríamos os MSDPs, MFDPs, entre
toda esta energia chegue aos centros de
outros).
consumo. As renováveis também (que
Mais
alguns ainda chamam de alternativas)
viabilização
estão no pacote, mesmo com os custos
de eficiência energética não foram
das usinas fotovoltaicas ainda muito
considerados, bem como aqueles de
altos. A rigor, os investimentos estão
geração
assim divididos:
nossos telhados, medidas simples e
uma
vez,
de
mecanismos
projetos
fotovoltaica
de
inteligentes
distribuída
em
baratas que atenuariam a situação Período
Geração
Transmissão
Até 2018 R$ 42 bilhões R$ 39 bilhões Após 2018 R$ 74 bilhões R$ 31 bilhões
de forma significativa.
Também foi
anunciada a redução da tarifa da bandeira tarifária vermelha da ordem de 15% a 20% dos R$ 55/MWh que hoje se paga, aproximando um pouco
Os investimentos já contratados de
a bandeira vermelha da amarela, talvez
2015 a 2018 importam em outros R$
“alaranjando” essa bandeira, por conta
114 bilhões. A ordem de grandeza dos
do desligamento de umas 20 térmicas.
investimentos é a mesma dos prejuízos
Por que as térmicas foram desligadas?
sucessivamente anunciados pelo setor,
Basta olhar para o nosso PIB e os
desde que nossos reservatórios secaram
indicadores da indústria.
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DeinfraFiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Governo lança programa para acelerar projetos de geração e transmissão de energia São previstos investimentos da ordem de R$ 186 bilhões até 2018, com o objetivo de ampliar a competitividade do setor
O Governo Federal lançou no início
de Investimentos em Energia Elétrica
do mês de agosto o Programa de
(PIEE). De acordo com o presidente
Investimento em Energia Elétrica (PIEE).
da associação, Humberto Barbato, a
A medida, cujo objetivo é acelerar
medida vem em bom momento e deve
projetos de ampliação das áreas de
trazer oportunidades às indústrias do
geração
energia
setor eletroeletrônico instaladas no país.
elétrica, prevê investimentos da ordem
e
transmissão
de
“Esta sinalização do Governo é positiva
de R$ 186 bilhões entre agosto de
e os investimentos podem representar
2015 e dezembro de 2018, sendo
verdadeiras alavancas para que o país
que, deste total, R$ 116 bilhões serão
possa superar o atual momento de
destinados para obras de geração e R$
dificuldade”, afirma.
70 bilhões para projetos de transmissão.
A previsão é de que sejam leiloados 37,6
da Medida Provisória 579 em 2012 para
mil quilômetros de linhas.
recordar como o cenário já não é dos
No que diz respeito aos novos
melhores há alguns anos. Segundo ele,
projetos de geração de energia a
desde então, as empresas fornecedoras
serem contratados, o Programa prevê
do
investimentos de R$ 42 bilhões até
com o baixo nível das encomendas.
2018 e de R$ 74 bilhões após 2018.
Levantamento da associação mostra
Estes montantes serão empregados
que o faturamento da área de Geração,
para aumentar entre 25 mil MW e 31,5
Transmissão e Distribuição de Energia
mil MW a energia fornecida ao sistema.
Elétrica (GTD), por exemplo, apresentou
Na área de transmissão, do montante
retração de 12% no primeiro semestre
a ser investido, R$ 39 bilhões serão
de 2015.
executados até 2018, e R$ 31 bilhões a
Para Barbato, o próximo passo
partir de 2018.
do governo é fazer a revisão do atual
Ao ampliar a oferta de energia, o
modelo, buscando o aperfeiçoamento
governo busca ampliar a competitividade
de regras para garantir que o país
do setor, de forma a reduzir o custo da
desenvolva
energia no país. Atualmente o Governo
mais equilibrada. “É preciso preparar
Federal já investe R$ 114 bilhões no
o
setor. Do montante, R$ 92 bilhões são
jurídica e estabilidade de regras para
destinados à geração e R$ 22 bilhões à
aproveitarmos todas as potencialidades
transmissão.
que
O presidente da Abinee cita a edição
setor
terreno,
temos
elétrico
uma
vêm
matriz
conferindo
por
aqui”,
sofrendo
energética segurança
declara
o
presidente da Abinee, destacando que
Alavanca para superar o atual momento de dificuldades A
Associação
Brasileira
a associação deve apresentar em breve ao ministro de Minas e Energia, Eduardo da
Braga, um conjunto de medidas e
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)
sugestões, visando aperfeiçoar o setor
mostrou-se esperançosa com o Plano
elétrico brasileiro.
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Aneel disponibiliza movimentação da Conta de Bandeiras Tarifárias Mecanismo disponibilizado no site da agência tem como objetivo administrar os recursos decorrentes da aplicação das bandeiras tarifárias instituídas pela Aneel A Agência Nacional de Energia
em junho deste ano, o custo das
Elétrica (Aneel) começou a disponibilizar,
distribuidoras foi de R$ 1,6 bilhão e o
desde o final de julho, em seu portal (www.
ganho relativo às bandeiras tarifárias
aneel.gov.br) detalhes da apuração da
foi de R$ 1,4 bilhão, resultando em um
Conta Centralizadora dos Recursos de
déficit de cerca de R$ 200 milhões.
Bandeiras Tarifárias. A nota explicativa
sobre a movimentação da conta está
das
sendo publicada mensalmente.
distribuidoras são revertidos à Conta
Os recursos advindos da aplicação bandeiras
tarifárias
pelas
A Conta foi um mecanismo criado
Bandeiras e os recursos disponíveis na
pelo Decreto nº 8.401, de 4 fevereiro
Conta são repassados aos agentes de
de 2015 com o objetivo de administrar
distribuição, considerados os valores
os recursos decorrentes da aplicação
dos
das bandeiras tarifárias instituídas pela
termelétrica, de exposição aos preços
Aneel. De acordo com este mecanismo,
de liquidação no mercado de curto
é possível saber, por exemplo, que,
prazo, e da cobertura tarifária vigente.
custos
de
geração
por
fonte
Fonte eólica alcança a marca de 7 GW instalados Em cerca de um ano, a capacidade cresceu 2 GW. Agora, a fonte passa a ter 5% de participação na matriz elétrica brasileira Com a instalação de três parques
atual das usinas termelétricas. “Somente
eólicos no Rio Grande do Norte, em
em 2014 a energia dos ventos teve
agosto, a capacidade instalada de fonte
geração total de 12 TWh e representou
eólica no país atingiu a marca de 7 GW.
um benefício liquido para o sistema de
Em cerca de um ano, a capacidade
mais de 5 bilhões de reais, evitando o
cresceu 2 GW. Ao todo são 281 parques
alto custo do despacho térmico”, afirma
eólicos distribuídos por 11 estados. Agora,
a presidente da Abeeólica, Elbia Silva
a fonte passa a ter 5% de participação na
Gannoum.
matriz elétrica brasileira.
Conforme projeções do Governo o
Conforme a Associação Brasileira de
setor eólico deve atingir cerca de 23
Energia Eólica (Abeeólica), em índices
GW de potência instalada em 2023.
sustentáveis, os exatos 7068,7 MW
As previsões do setor indicam um
representam para o país mais de 100
crescimento ainda maior: de 27 GW.
mil empregos gerados, 12 milhões de
Neste sentido, a presidente da entidade
residências abastecidas mensalmente e
chama a atenção para os entraves que
12 milhões de toneladas de CO² evitadas.
existem e que devem ser solucionados.
A Associação salienta o benefício
“Os desafios envolvendo a logística de
proporcionado
da
transportes, a transmissão e as condições
energia eólica ao sistema elétrico do
pelo
crescimento
de financiamento não devem impedir a
país de uma maneira geral. A fonte vem
continuidade da trajetória excepcional da
ajudando o país a diminuir a dependência
indústria de energia”, declara Elbia.
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Mais políticas públicas para melhorar a competitividade da indústria da energia Especialistas afirmam que as políticas públicas precisam ser de longo prazo para que surtam resultados mais efetivos As políticas públicas no setor de
elétrica, eólica, de biomassa, de carvão
energia estão direcionadas para o curto
vegetal, entre outras.
prazo e, até o momento, não houve uma discussão para a adoção de estratégias
Alimento e energia
voltadas ao longo prazo. Essa foi uma das conclusões do painel “Alimento e
Todos os participantes do painel,
Energia”, do 14º Congresso Brasileiro
incluindo Eduardo Bastos, diretor de
do
pela
Relações Institucionais da Dow Brasil,
Associação Brasileira do Agronegócio
foram unânimes ao afirmar que não existe
(Abag), em São Paulo.
uma concorrência entre a produção
“Seja na área de etanol ou no
de alimentos e de energia. Fernando
segmento de petróleo e gás, o período
Figueiredo,
de cinco anos é o amanhã. Assim,
Abiquim, avalia que a dicotomia entre
se queremos de fato ter uma política
a produção de alimento e energia não
saudável no setor energético, precisamos
parece ser muito relevante. “A energia
discutir os próximos vinte anos”, disse
tem muitas fontes. E com isso, há muitas
Luís Roberto Pogetti, presidente do
oportunidades de produção. As políticas
Conselho Deliberativo da União da
públicas têm afetado esse mercado”.
Indústria da Cana-de-Açúcar (Única).
“Podemos discutir uma transição, que
energia pode tirar a competitividade da
pode durar cinco anos, e depois falamos
indústria nacional de alimentos. “Quanto
dos objetivos para os próximos anos e
mais cara a energia, mais custo para
qual o papel de cada um dos segmentos
a produção do alimento e esse custo
envolvidos”, acrescentou.
é repassado para o consumidor final”,
A falta de planejamento de longo
analisou Almir Dalpasquale, presidente
prazo
da Aprosoja Brasil.
Agronegócio,
também
problemas,
promovido
implica
segundo
em
Adriano
outros Pires,
presidente-executivo
da
No entanto, o aumento de preço da
Segundo Adriano Pires, do CBIE, a
diretor fundador do Centro Brasileiro de
energia nos outros países está voltada
Infraestrutura (CBIE), como a inibição do
para alavancar o crescimento do país
empreendedorismo e dos investimentos
e aplacar a inflação. Mas, no Brasil,
em inovação tecnológica. “Dois são
tem ocorrido o oposto e a energia
pontos são essenciais para garantir
vem sendo um fator que tem tirado a
a inovação: estabilidade regulatória e
competitividade da indústria.
segurança jurídica”, afirmou.
Para
Além dessa questão, Pires ainda
equação é um pouco diferente, de
ressalta a importância de se discutir
acordo
uma política pública descentralizada
da Unica, uma vez que as usinas são
para o setor, ou seja, olhar para projetos
autossuficientes
de pequeno e médio portes e não
energia. “Nesse sentido, falta uma visão
apenas de grandes obras. “O Brasil tem
de política pública porque elas poderiam
uma situação privilegiada porque temos
produzir muito mais. As palhas e folhas,
recursos
o
setor
com
sucroalcooleiro,
Luis
Roberto
em
a
Pogetti,
produção
de
possibilitam
cujo desperdício chega a 90%, poderiam
ter uma diversidade energética muito
estar produzindo mais energia, e muito
grande”,
mais barata do que o consumidor está
naturais explicou.
que O
Brasil
tem
a
possibilidade de gerar energia solar,
pagando hoje”
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Governo desliga térmicas e afasta risco de déficit de energia Foto SECS
Ao todo, 21 usinas térmicas foram desligadas no começo de agosto, o que deverá trazer uma economia para o país da ordem de R$ 5,5 bilhões
A usina termelétrica UEG de Araucária foi uma das térmicas desligadas.
O Ministério de Minas e Energia
à evolução das condições hidroenergéticas
informou o desligamento de 21 usinas
do Sistema Interligado Nacional (SIN),
térmicas com custo variável único (CVU)
com a expectativa de se atingir níveis de
acima de R$ 600/MWh. A medida afasta
armazenamento da ordem de 30% nas
o risco de déficit de energia e representa
Regiões Sudeste/ Centro-Oeste, ao final
uma redução de R$ 5,5 bilhões ao custo
de novembro de 2015.
mensal de operação (CMO) em 2015.
O CMSE decidiu que o ONS deverá
A medida pode significar uma redução
continuar acompanhando as condições
nas tarifas de energia elétrica para o
hidroenergéticas do SIN, para propor ao
consumidor. Segundo o ministro de Minas
comitê a definição da geração térmica
e Energia, Eduardo Braga, a Agência
necessária para a garantia do atendimento
Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
energético do sistema.
deverá fazer análises para indicar se haverá
mudança da bandeira vermelha para a
Igarapé, Termonorte 2, Bahia I, Sepé
amarela. "A Aneel tomou a decisão correta
Tiaraju, Palmeiras do Goiás, Enguias,
da bandeira para agosto. Nos próximos
Araucária, Muricy, Arembepe, Nutepa,
dias, a Aneel vai estudar para apontar qual
Daia, Petrolina, Goiânia 2, Camaçari,
será a conduta para as bandeiras", disse o
Carioba, Brasília, Potiguar, Potiguar III, Pau
ministro.
Ferro, Termomanaus e Xavantes.
De
acordo
com
o
Comitê
de
Serão desligadas as Usinas Térmicas
Segundo a nota informativa divulgada
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE),
pelo colegiado, o risco de qualquer déficit
serão desligadas 21 usinas, o que
de energia, considerando o despacho das
corresponde a uma redução de geração da
térmicas pela ordem de mérito, é de 1,2%
ordem de 2.000 MW médios de energia –
para as regiões Sudeste e Centro-Oeste,
quantidade suficiente para abastecer 2,7
e de 0% no Nordeste. Considerando o
milhões de domicílios.
despacho das térmicas com o CVU até R$
600/MWh, os valores de risco seguem em
A medida foi proposta pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devido
0% nessas regiões.
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Proteste lança prêmio de inovação Novidades tecnológicas para economia de água e energia em casa podem render prêmios
A
Proteste
Associação
de
duas categorias (água e/ou energia
acordo com cronograma a ser definido
Consumidores acaba de lançar uma
elétrica), e o vencedor receberá um
pela Proteste, pelos parceiros do prêmio
premiação que visa valorizar a criação
prêmio de R$ 50 mil. O objetivo é
e os vencedores. Podem participar, como
de produtos seguros que estimulem
valorizar os melhores produtos seguros
pessoa física, todos os brasileiros natos
o uso racional dos recursos naturais
que
menor
ou naturalizados ou qualquer estrangeiro
por parte dos consumidores. O Prêmio
dos recursos naturais por parte dos
com residência fixa no Brasil, ou ainda,
Proteste de Inovação busca estimular a
consumidores,
qualquer pessoa jurídica nacional ou
inovação com foco em novas tecnologias
distribuição e utilização eficiente de
estrangeira,
para gerar economia de água e energia
energia elétrica em residências e aos
instaladas no país.
elétrica nas residências.
tratamentos, uso e ou armazenamento
As
residencial de água.
podem ser feitas até o próximo dia 31
com a Fundação Matanel, e apoio do
Os três primeiros colocados receberão
de outubro, no site www.proteste.org.
Centro de Referência de Inteligência
consultorias para o desenvolvimento
br/premio-inovacao. Não serão aceitos
Empresarial
A iniciativa é da Proteste, em parceria
-
Crie,
da
Coppe
impactem
em
um
voltados
uso a
geração,
que
inscrições
estejam são
legalmente gratuitas
e
da
do seu projeto, sendo 40 horas de
concorrentes que tenham entrado com
Universidade Federal do Rio de Janeiro
consultoria de negócios; oito horas de
a solicitação de patente em órgãos de
(UFRJ), Laboratório UL Testech e Rocco
consultoria de patentes e 40 horas de
reconhecimento de patentes de outros
Marcas e Patentes.
consultoria técnica. As consultorias serão
países, antes do Instituto Nacional da
dadas após o evento de premiação e de
Propriedade Industrial (Inpi).
O candidato pode se inscrever em
Painel de produtos
18
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Estabilizadores
Proteção contra surtos
www.tsshara.com.br
www.obo.com.br
O novo módulo de proteção contra surto da Obo é instalado dentro das caixas de tomadas existentes no mercado e não fica visível ao usuário.
A TS Shara ampliou, recentemente, sua linha PowerEst de
estabilizadores de tensão. O produto ganhou novas potências – 300 VA e 500 VA – e versão com entrada para quatro tomadas, mais econômico e eficiente na proteção dos equipamentos
eletrônicos.
A Obo Bettermann apresenta
Com filtro de linha integrado, as novas versões possuem
um novo módulo para Dispositivos
entrada para quatro tomadas e recurso de autodiagnóstico de
de Proteção contra Surtos (DPS):
partida, que tornam seu rendimento mais econômico. Outra
o novo ÜSM-ST-230-1P+PE, que
vantagem do PowerEst é sua característica técnica de partida com
pode
cruzamento no zero. Esse recurso automático aumenta a vida útil
nas tomadas para a proteção dos
instalado
diretamente
aparelhos eletrônicos.
dos equipamentos que estiverem conectados a ele, pois permite que o eletroeletrônico ou computadores sejam energizados
ser
Ao contrário dos DPS que são
somente quando a tensão instantânea estiver igual a zero, evitando
instalados externos às tomadas, o
assim que sejam ligados durante os picos de tensão, ocasionando
módulo de proteção contra surto da Obo é facilmente instalado
avarias ou até mesmo a queima dos equipamentos.
dentro das caixas de tomadas existentes no mercado e não fica
visível ao usuário.
Os equipamentos da linha possuem entrada bivolt e saída 115
V, grau de proteção IP 20
A empresa explica que o módulo é ajustado no anel de
e garantia de três anos.
suporte atrás do contato de proteção da tomada e posteriormente
O
está
conectado aos fios do soquete. Depois disso, a tomada pode ser
disponível na cor preta
montada normalmente. Em caso de o módulo falhar, será emitido
a um preço sugerido ao
um sinal acústico, permitindo saber com certeza se a tomada está
consumidor a partir de
realmente protegida. Adicionalmente, o circuito de proteção Y
R$ 41.
simplifica a fiação do módulo. Uma etiqueta é incluída ao DPS para
equipamento
que a tomada possa ser identificada como possuindo um módulo de proteção contra surtos.
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
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Nobreaks para mercado corporativo de TI www.sms.com.br
A SMS, marca do Grupo Legrand, apresenta seus produtos indicados para
garantir disponibilidade e maior eficiência de energia para aplicações em empresas de segmentos como Data Center & TI, telecomunicações, broadcasting, indústrias, prédios comerciais, hospitais, instituições financeiras, entre outros. Dentre eles estão os novos nobreaks on-line de dupla conversão Sinus Triad, Daker e Mirage.
Disponível nas potências de 6 kVA e 10 kVA, a linha Sinus Triad possui tecnologia
on-line de dupla conversão, tensão de entrada e saída 220 Vac monofásico, fator de potência de saída igual a 0,8, interface amigável através de seu moderno display LCD e software para gerenciamento remoto. Destaca-se como sua principal característica a tecnologia de redundância N+1 de até 3 unidades (ex: 10kVA+1 ou 20kVA+1), possibilitando também a configuração por soma de potências de até 30 kVA monofásico. Já a linha Daker foi desenvolvida para proteger aplicações críticas de equipamentos sensíveis e estratégicos, principalmente em ambientes com necessidade de maior flexibilidade de instalação, como bastidores rack 19” (posição horizontal) ou posição torre (vertical). Disponível nas potências de 1 kVA, 2 kVA e 3 kVA, possui tecnologia on-line de dupla conversão, tensão de entrada e saída 220 Vac monofásico, fator de potência de saída igual a 0,8, interface amigável através de seu moderno display LCD e software para gerenciamento remoto.
A linha Mirage está disponível nas potências de 1 kVA, 2 kVA e 3 kVA, tensão de
entrada e saída 220Vac monofásico, montagem na posição torre (vertical), fator de potência de saída igual a 0,8, interface amigável através de seu moderno display LCD e software para gerenciamento remoto. Outras características importantes desta linha são: expansão para maior tempo de bateria, até seis tomadas para o modelo 3 kVA, função economia de energia que diminui o consumo e nove proteções contra problemas provenientes da rede elétrica concessionária.
Nobreaks on-line de dupla conversão são indicados para instalações como hospitais, data centers e instituições financeiras.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Cabo para máquinas móveis www.wirex.com.br
A Wirex Cable está ampliando sua linha de cabos para máquinas móveis com o
Wirex.Extreme B90UF FO 3,6/6 a 12/20 kV, indicado para utilização em mineração e em movimentação de carga.
Os cabos suportam mudanças de temperatura entre -40 °C a +90 °C.
Com ou sem fibra ótica, o cabo é produzido pela primeira vez no Brasil, segundo a fabricante.
O Wirex.Extreme é especialmente desenvolvido para emprego em enroladores de sistemas móveis, com desempenho superior em condições severas de flexão e desgaste por arraste e torção. Tem como características principais: condutores extra flexíveis, blindagem em fita semicondutora enfaixada e camada semicondutora extrudada sob a isolação, isolação em material de alta performance (EPR 90 °C), sistema antitorção com malha têxtil, capa externa em composto elastomérico à base de poliuretano, resistência a óleos e graxas, solventes químicos, umidade e intempéries, excepcionais características de resistência à abrasão e ao corte, excelente propriedade retardante à chama, resistência ao intemperismo e aos raios UV. A Wirex Cable destaca ainda que a utilização da fibra ótica (mono ou multimodo) em seu núcleo alia solução avançada de controle e transmissão de dados ao suprimento de energia, a máquinas e equipamentos.
Os cabos de uso móvel são utilizados para a alimentação e controle de equipamentos móveis de mineração, metalurgia e movimentação
de cargas como: guindastes, pórticos porta containers, escavadeiras, perfuratrizes, esteira porta-cabos, em sistemas de cortina de cabos (festoon), pontes rolantes, gruas e empilhadeiras/retomadoras de minérios.
Calibrador/controlador de pressão modular www.fluke.com
O calibrador/controlador de pressão modular Fluke 6270A trata-se, segundo a empresa fabricante, de
um equipamento de fácil utilização com um design modular que pode ser rapidamente configurado para atender a uma ampla variedade de aplicações de calibração de pressão pneumática. É ideal para fabricantes de sensores de pressão que querem evitar o tempo de inatividade na linha de produção; laboratórios de calibração; e lojas de instrumentos que necessitam de precisão e exatidão em uma ampla faixa.
O 6270A apresenta faixas de pressão a partir de baixa pressão diferencial até 20 MPa (3000
psi), que abrange as especificações da maioria dos medidores e sensores, com dois níveis de precisão (0,02% da escala total ou 0,01% da leitura) para equilibrar as necessidades de precisão e orçamento. O Fluke 6270A possui ainda uma interface remota completa que permite aos técnicos usá-lo com um software personalizado ou outro equipamento de aquisição de dados.
O calibrador/controlador de pressão Fluke 6270ª possui um design modular que pode ser rapidamente configurado para atender a uma ampla variedade de aplicações de calibração de pressão pneumática.
Cabo anti-chama www.cobrecom.com.br
A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos apresenta duas novidades: o cabo Cobrenax
Antichama 0,6/1 kV e o Cabo Cobrenax Flex Antichama 0,6/1kV. Ambos são indicados para circuitos de alimentação e distribuição de energia para tensões de até 1 kV, em eletrodutos, bandejas, canaletas e dutos subterrâneos e atendem os requisitos das normas NBR 7288 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e NBR NM 280 da ABNT/Mercosul.
O cabo Cobrenax Antichama 0,6/1 kV apresenta encordoamento classe 2 e está disponível
Ambos os cabos são indicados para circuitos de alimentação e distribuição de energia para tensões de até 1 kV, em eletrodutos, bandejas, canaletas e dutos subterrâneos.
nas seções nominais 6 mm², 10, mm², 16 mm², 25 mm², 35 mm², 50 mm², 70 mm², 95 mm², 120 mm², 150 mm², 185 mm², 240 mm² e 300 mm². Por sua vez, o cabo Cobrenax Flex Antichama 0,6/1 kV, que é recomendando para instalações que necessitam de flexibilidade, possui encordoamento classe 4 e 5 e pode ser encontrado nas seguintes seções nominais: 1,5 mm², 2,5 mm², 4 mm², 6 mm², 10, mm², 16 mm², 25 mm², 35 mm², 50 mm², 70 mm², 95 mm², 120 mm², 150 mm², 185 mm², 240 mm², 300 mm², 400 mm² e 500 mm.
Ambos os condutores são formados por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole, isolado com PVC, tipo PVC/A para 70º C,
antichama (BWF-B) e cobertura de PVC, tipo ST 1, antichama (BWF-B).
Painel de normas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Notícias sobre normalização, regulamentação, certificação e padronização envolvendo o setor elétrico brasileiro.
Projeto de norma sobre líquidos isolantes para equipamentos elétricos está em consulta nacional Texto normativo que estabelece os requisitos exigíveis para os líquidos isolantes sintéticos à base de hidrocarbonetos aromáticos ficará disponível para receber sugestões até o dia 28 de setembro
Interessados em contribuir para a elaboração do projeto 03:010.02-031 “Líquidos isolantes sintéticos à base de hidrocarbonetos
aromáticos para equipamentos elétricos” têm até o dia 28 de setembro de 2015 para fazê-lo. O texto ficará até esta data aberto ao público no site da ABNT, no endereço: www.abntonline.com.br/consultanacional.
A norma estabelece os requisitos exigíveis para os líquidos isolantes sintéticos à base de hidrocarbonetos aromáticos, aplicando-se apenas
aos líquidos isolantes sintéticos novos, antes de qualquer contato com equipamentos elétricos.
Municípios afetados por hidrelétricas podem ficar isentos de despesas com transmissão Proposição consta em texto substitutivo elaborado pelo deputado Walter Ihoshi (PSD-SP). Projeto recém aprovado pela Comissão de Defesa do Consumidor agora tramitará nas comissões de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania Consumidores de energia elétrica
de Defesa do Consumidor na Câmara
público de energia elétrica. Para justificar
que
com
dos Deputados. De acordo com dados da
o benefício da redução da tarifa de
usina hidrelétrica ou pequena central
Associação Brasileira de Distribuidores
energia para os residentes de municípios
hidrelétrica instaladas em seu território
de
afetados
podem, em breve, ficar isentos de
percentual médio de transmissão na
relator do projeto afirmou que apesar
pagar
composição da tarifa da energia elétrica
de essencial ao país, a geração de
transmissão de energia elétrica nestas
é de 8%.
energia elétrica por hidrelétricas acarreta
localidades. Isto é o que propõe o texto
impactos ambientais e sociais grandes
substitutivo do relator, deputado Walter
estava previsto no projeto anterior, o
ao município produtor.
Ihoshi (PSD-SP), para o Projeto de
deputado Walter Ihoshi preferiu elaborar
Agora, o texto será analisado em
Lei 496/15, elaborado pelo deputado
um novo texto e incluí-lo como alteração
caráter conclusivo pela comissão de
Mário Negromonte Jr. (PP-BA) e que foi
no corpo da Lei nº 8.361/83, que define
Minas e Energia e pela Comissão de
aprovado recentemente pela Comissão
as normas para as tarifas do serviço
Constituição e Justiça e de Cidadania.
residem
as
em
despesas
municípios
relacionadas
à
Energia
Elétrica
(Abradee),
o
Ao invés de criar uma lei nova, como
pelos
empreendimentos,
o
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
ABNT publica mais quatro normas na área de eletricidade Reator e ignitor para lâmpada a vapor metálico
de
Publicada no dia 20 de agosto,
iluminação geral similar” foi publicado
estruturado” é o título da norma ABNT
a
pela Associação Brasileira de Normas
NBR 16415: 2015 publicada no dia 6
norma
ABNT
NBR
segurança
halógenas
14305:2015
–
para
Parte: uso
Lâmpadas
doméstico
e
Cabeamento estruturado
“Caminhos e espaços para cabeamento
Técnicas (ABNT) em 12 de agosto
de agosto deste ano. Com 58 páginas,
exigíveis para os reatores e ignitores
de
norma
o documento especifica a estrutura e os
para lâmpadas a vapor metálico de
especifica os requisitos de segurança
requisitos para os caminhos e espaços,
alta pressão, de maneira a assegurar o
e os requisitos correspondentes de
dentro ou entre edifícios, para troca de
desempenho correto das lâmpadas e
intercambiabilidade
informações e cabeamento estruturado
o método pelo qual são ensaiadas. O
halógenas incandescentes destinadas
documento, que possui 40 páginas, é
a substituir lâmpadas convencionais
intitulado “Reator e ignitor para lâmpada
de filamento de tungstênio, bem como
Óleo mineral isolante
a
para novas lâmpadas halógenas que
não tenham correspondentes na IEC
publicada no dia 22 de julho e tem como
60432-1, mas cujos requisitos de
objetivo especificar o método de ensaio
segurança e intercambiabilidade são
para determinação do teor dibenzil
especifica
vapor
os
requisitos
metálico
mínimos
(halogenetos)
–
Requisitos e ensaios”.
Lâmpadas incandescentes
2015.
Esta
parte
para
da
lâmpadas
de acordo com a ABNT NBR 14565.
A norma ABNT NBR 16412:2015 foi
ABNT
tratados por esta norma em conjunto
dissulfeto em óleo mineral isolante,
NBR IEC 60432-2:2015 “Lâmpadas
com a IEC 60432-1. O texto tem 11
por cromatografia em fase gasosa com
incandescentes
páginas.
detector de captura de elétrons.
O
documento
normativo –
Especificações
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
GE disponibilizará 156 turbinas eólicas para usina localizada em Piauí e Pernambuco Projeto é da Casa dos Ventos, uma das maiores investidoras no desenvolvimento de parques eólicos no Brasil. GE comercializará turbinas inteligentes e modulares de 2 MW
Aproveitando o que os bons ventos
trazem, literalmente, a GE e a Casa do Ventos, uma das maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil, fecharam um acordo para fornecimento de 156 turbinas eólicas para o novo parque eólico da empresa, localizado entre os estados do Piauí e Pernambuco. A GE comercializará turbinas inteligentes e modulares de 2 MW.
Do total das turbinas comercializada,
74 são unidades 2.3-107 e 82 unidades do modelo 2.3-116. O acordo, que estabelecerá o maior negócio da história de energia renovável da GE na América Latina, também inclui um contrato de dez anos para operações e manutenção. O parque eólico está programado para entrar em operação comercial em abril de 2017. A expectativa é de que produza cerca de 360 MW em um único cluster.
O parque eólico está programado para entrar em operação comercial em abril de 2017 e a expectativa é de que produza cerca de 360 MW em um único cluster.
O projeto proposto também marca
“Nossa nova plataforma de 2 MW usa
Brasil em um projeto eólico de grande
a primeira vez que várias unidades de
a mesma machine head para turbinas de
porte como este”, diz a presidente e
recém-lançada plataforma de turbina de
2.3-107 e 2.3-116, e estamos ansiosos
CEO do negócio de energia renovável
2 MW da GE será utilizada no Brasil.
para ver estas turbinas estrearem no
da GE, Anne McEntee.
Cemig lucra R$ 534 milhões no 2º trimestre A concessionária apresentou um Lajida – Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação, e Amortização - de R$ 1,2 bilhão e receita líquida de R$ 5,4 bilhões atingiu R$ 5,4 bilhões.
para a Companhia Energética de Minas
Durante a apresentação, tanto o
no sentido de garantir a manutenção
Gerais
apresentação
presidente da Cemig, Mauro Borges
de um balanço sólido que lhe permita
à imprensa no dia 19 de agosto, a
Lemos, quanto o diretor de Finanças e
superar os desafios de curto prazo e
concessionária anunciou ter obtido um
Relações com Investidores da companhia,
proporcionar condições mais favoráveis
lucro de R$ 534 milhões no período. A
Fabiano Maia Pereira, fizeram questão
para o seu crescimento sustentável”,
geração de caixa da empresa, medida
de ressaltar que, apesar do momento
disse o diretor. Já o presidente destacou
pelo Lajida – Lucro Antes dos Juros,
turbulento por qual passa o setor elétrico,
que a Cemig “continua diversificando sua
Impostos, Depreciação, e Amortização -,
a Cemig conseguiu driblar as dificuldades
atuação para se consolidar como líder de
foi de R$ 1,2 bilhão e a receita líquida
e apresentar resultados sólidos.
mercado do setor elétrico brasileiro”.
O 2º trimestre de 2015 foi positivo (Cemig).
Em
“A companhia tem envidado esforços
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Eletrobras registra prejuízo de R$ 1,358 bilhão no 2º trimestre de 2015 Como nos primeiros três meses do ano, a empresa havia lucrado R$ 1,255 bilhão, o déficit consolidado no semestre foi de R$ 103 milhões Tudo parecia estar indo bem para a Eletrobras, uma das maiores empresas do setor de energia elétrica da América Latina, quando nos primeiros três meses de 2015, a despeito da crise econômica que assola o país, a empresa registrou lucro de R$ 1,255 bilhão. Contudo, a situação positiva não foi sustentada por muito tempo, a companhia amargou, no 2º trimestre do ano, um prejuízo de R$ 1,358 bilhão, o que contabilizou no semestre um déficit consolidado de R$ 103 milhões. As informações são de balanço divulgado em meados de agosto.
De acordo com a Eletrobras, o fator que
mais influenciou no resultado negativo do semestre foi a provisão para contingências de ações judiciais no valor de R$ 848 milhões. Pesaram também no prejuízo: o crescimento de 14,1% da energia comprada para revenda no 2º trimestre na comparação com o trimestre anterior, totalizando R$ 3,332 bilhões; o crescimento de 113% no combustível utilizado para a produção de energia elétrica, que contabilizou uma soma de R$ 636 milhões; e o decréscimo em 112,8% do repasse de Itaipu no 2º trimestre ante o 1º trimestre, que acarretou R$ 16 milhões negativos. Em
relação
aos
aspectos
que
contribuíram positivamente para o resultado, a Eletrobras destaca o crescimento da receita de fornecimento na distribuição de 6,8% no 2º trimestre em comparação ao trimestre anterior, que gerou R$ 3,3 bilhões; a reversão de provisões de contratos onerosos de R$ 80 milhões; e o reconhecimento dos valores da CVA - Conta de Compensação de Itens da Parcela A - e outros componentes financeiros no montante de R$ 278 milhões.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Grupo Conex apresenta nova logomarca para comemorar 30 anos Logo não era modificado desde a fundação da empresa em 1985. Mudança moderniza a marca, tornando-a mais próxima e consonante à logomarca da Conexled, outra empresa do grupo. O Grupo Conex completou 30 anos em 2015. Para celebrar a data, a empresa realizou no final de julho uma comemoração, na qual compareceram funcionários e clientes parceiros de muitos anos, que acompanharam a trajetória do grupo nestas três décadas.
O diretor comercial da
Conex, Ricardo Valente Braz, reconhece que o ano – marcado por baixo crescimento econômico do país – não era o ideal para uma festa, “mas não quisemos deixar passar em branco, com o intuito de prestigiar os funcionários e passar a nossa felicidade [pela data]”.
ele fazia parte do nome da marca, agora
chefe do Grupo Conex. Em 2013, foi um
A Conex aproveitou a ocasião para
ele foi deslocado para o lado esquerdo da
dos responsáveis pelo crescimento de
lançar o novo logotipo da empresa. Segundo
marca e teve seu tamanho aumentado.
faturamento do grupo acima de 100% Em
o diretor de marketing do grupo, Filipe
2014, garantiram uma elevação de 30%
Valente Braz, a mudança já vinha sendo
Surgimento da Conexled
em elação ao ano anterior. E em 2015,
estudada há dois anos, mas seu lançamento
Um dos marcos da história do Grupo
mesmo com o segmento de conexões
foi reservado para a comemoração dos 30
Conex nesses seus 30 anos de existência
apresentando retração por conta dos
anos da Conex. Braz explica que a marca era
foi a criação do segmento voltado para a
problemas com a área de Petróleo & Gás,
a mesma desde 1985 – ano de fundação
fabricação de produtos de iluminação Led
deve garantir a estabilidade. “Na linha
da Conex – e estava antiquada. “Afinal, uma
em 2008. A empresa, que tinha como foco
Conex a perspectiva de queda é certa.
marca que tem 30 anos não pode estar
principal a fabricação de conexões para
No grupo, espera-se que pelo menos
muito atual”, diz. Em complemento, o diretor
eletroduto pesado, resolveu investir na
se nivele ao ano passado em função do
comercial, Ricardo Braz, destaca que a
iluminação a Led por intermédio do diretor
Led compensar aquilo que perdemos”,
mudança também faz com que as marcas
comercial, Ricardo Braz, que, considerado
afirma o diretor comercial, Ricardo Braz.
Conex e Conexled entrem em harmonia.
“visionário” por seu irmão Filipe, vislumbrou
Para 2016, os prognósticos, segundo
“Havia um logo muito antigo da Conex e um
em 2006, o potencial comercial de uma
Filipe, é de que a empresa volte a
muito moderno da Conexled e o grupo é
tecnologia até então quase inexistente
crescer. A expectativa é de que a Conex
uma coisa só”, explica.
no país. “Nós fomos até a China buscar
dê um salto com o reaquecimento do
Felipe explica que o logo antigo continha
a novidade. Viajamos a diversas feiras
mercado de Petróleo & Gás. Já para a
muito detalhes, o que fazia com que
espalhadas pelo mundo e trouxemos as
Conexled é aguardado um crescimento
perdesse um pouco de visibilidade ao ser
melhores tecnologias da época. Até que em
de faturamento de aproximadamente 40%
olhada de longe. A marca agora conta com
2008, lançamos a marca Conexled”, conta
em relação a este ano.
uma tipografia mais robusta, o que facilita
Filipe.
Para continuar crescendo a empresa
sua visibilidade à distância e remente,
Os primeiros anos da Conexled, de
planeja ainda para este ano o lançamento
segundo Felipe, à solidez da empresa. A cor
acordo com o diretor de marketing, foram
de luminárias com lâmpadas convencionais
vermelha foi mantida, sendo acrescentada
de desenvolvimento da marca. “Foram bons
e Leds à prova de explosão. Em 2016,
outras nuances de maneira que se possa
anos ‘educando’ o mercado a respeito do
o Grupo Conex deverá realizar grandes
distinguir as letras “Ex”, fazendo menção à
Led”, diz Filipe, relembrando que à época
investimento na fábrica de Led, localizada
área de atmosferas explosivas, segmento
o custo da tecnologia era muito alto
em São Bernardo do Campo (SP), com o
também atendido pela companhia. Outra
para que as vendas fossem relevantes.
objetivo de incrementar a produtividade
mudança diz respeito ao “x” estilizado. Antes
Na atualidade, o Led é o principal carro-
dessa linha de produtos.
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Itron assina acordo com Elo Sistemas Eletrônicos Parceria prevê a integração da tecnologia de comunicação adaptativa Itron Riva aos medidores eletrônicos da Elo
A Itron fechou no último mês de julho
acordo com a Elo Sistemas Eletrônicos. Com a parceria, a empresa especializada em produtos e serviços voltados ao uso inteligente de energia e água irá integrar sua tecnologia de comunicação adaptativa Itron Riva aos medidores eletrônicos da Elo. Conforme o diretor da divisão de eletricidade
da
Itron
América
Latina,
Emerson Souza, a parceria proporcionará às concessionárias uma solução que garantirá que os dados coletados sejam entregues de forma mais eficiente e confiável. "Este acordo é uma verdadeira inovação para a indústria de medição. Ambas as empresas trazem suas especialidades em um produto único, compacto e eficiente, acelerando resultados em relação às aplicações de smart grid", afirma. O
software
Itron
Riva
fornece
inteligência de ponta na rede e tecnologia de comunicação adaptativa que incorpora duas tecnologias de comunicação, rádio frequência (RF) e power line communications (PLC), trabalhando de maneira harmônica no mesmo dispositivo e em tempo real. De acordo com a Itron, a tecnologia seleciona de forma dinâmica o melhor caminho de comunicação, com base nas condições e funcionamento da rede, atributos de dados e requisitos de aplicação. Outro atrativo da tecnologia, conforme a Itron, é a plataforma de software unificada para novas aplicações de rede inteligente que se beneficia das comunicações de alto desempenho e do poder da computação distribuída na rede elétrica de baixa tensão. Tal recurso possibilita, segundo a empresa, novas e mais efetivas abordagens para a detecção de furto de energia, de conexões de alta impedância e outras condições de rede perigosas, análise de falha, e gestão de carga do transformador e da resposta à demanda.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Realcenter completa 25 anos Para marcar a data, empresa lança novo logotipo, considerado mais “clean” e moderno A Realcenter, empresa gaúcha de
início teve como foco oferecer diferenciais
materiais elétricos, completa neste ano 25
na distribuição e comercialização de
anos de atividades. Para celebrar a data,
produtos e serviços ligados à eletricidade,
a companhia lançou sua nova logomarca,
cresceu, nestes 25 anos, tendo bons
cuja inspiração foi alguns de seus pilares:
parceiros, fornecedores e clientes, que
tradição, qualidade, inovação e dedicação
acreditaram na empresa e no trabalho que
ao cliente. O objetivo da empresa foi a
apresentou ao mercado. “Sempre fomos
criação de um logo “clean” e moderno,
reconhecidos por nosso compromisso,
mas que nem por isso deixou de lado a
seriedade e pela capacitação de nossa
tradição da marca anterior, que é lembrada
equipe”, afirma Araldi.
na nova imagem através de um bulbo de
O diretor da Realcenter destaca
lâmpada estilizado. O logo conta também
também que a empresa cresceu juntamente
a Reacenter atende todo o estado gaúcho.
com um selo comemorativo dos 25 anos
com as regiões nas quais está inserida.
Em Guaíba, por exemplo, em parceria com
da companhia, que, de acordo com a
Na atualidade, conta com quatro lojas
a Siemens, é fornecedora de materiais
Realcenter, fornece equilíbrio aos demais
no Rio Grande do Sul, especificamente
elétrico para a implantação do projeto
elementos da marca, e sinaliza a trajetória
nos municípios de Caxias do Sul, Bento
Guaíba 2, expansão da fábrica Celulose
da empresa.
Gonçalves, Novo Hamburgo e Porto Alegre.
Riograndense – CPMC, considerada pela
De acordo com o diretor da empresa,
Com logística própria e estrutura para
empresa um dos maiores investimentos
Remi José Araldi, a Realcenter, que desde o
atendimento a consumidores e empresas,
privados do Rio Grande do Sul.
Nova logomarca foi criada em comemoração aos 25 anos da empresa.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Copel investe R$ 962 milhões no 1º semestre de 2015 Balanço divulgado no mês de agosto mostra também que a concessionária teve lucro líquido de R$ 772 milhões e Receita Operacional Líquida de R$ 8,1 bilhões
Em balanço divulgado no mês de agosto, a Companhia Paranaense de Energia (Copel)
anunciou ter realizados investimentos da ordem de R$ 962 milhões no primeiro semestre de 2015. De acordo com a empresa, a maior parte do aporte se deu em obras de melhoria e ampliação da rede elétrica paranaense.
O segmento de distribuição teve aportes de R$ 335 milhões, para a realização de obras
em várias regiões do Estado. Na área de transmissão, também existiram investimentos milionários. A inauguração da subestação e Linha de Transmissão (LT) Curitiba Leste custou R$ 130 milhões, e a LT Figueira-Londrina, também entregue no primeiro semestre, despendeu R$ 37 milhões da concessionária. Na área de geração, destaque para o início das obras de modernização da Usina Térmica Figueira, na qual serão investidos aproximadamente R$ 119 milhões.
A Copel ainda investiu bastante no primeiro semestre de 2015 em telecomunicações.
A área foi responsável por um aporte de R$ 51 milhões, empregados, especificamente, na rede de fibra ótica da companhia, com a implantação de internet residencial nos municípios paranaenses de Colorado, Paranaguá, Palotina, União da Vitória e Porto União.
O balanço também mostra que, no primeiro semestre, a Copel teve lucro líquido de R$
772 milhões e Receita Operacional Líquida de R$ 8,1 bilhões.
Romagnole alcança a marca histórica de 1 milhão de transformadores fabricados A empresa levou 30 anos para conseguir produzir meio milhão de transformadores, de 1976 a 2006, e menos de uma década para fabricar outras 500 mil unidades Julho de 2015 entrou para a
produzir 500 mil transformadores, de
história
Produtos
1976 a 2006, e menos de dez anos
Elétricos como o mês no qual a
da
Romagnole
para fabricar outras 500 mil unidades.
empresa atingiu a marca de um milhão
A aceleração da produção de
de transformadores fabricados. O
transfor madores na última década
equipamento, um transformador de
chama mais a atenção, segundo a
75 kVA, foi adquirido pela Eletriz
Romagnole, se for levado em conta
Construtora,
prestadora
que, no início, a empresa tinha como
de serviços na área de engenharia
empresa
foco a fabricação de transformadores
elétrica, localizada em Aparecida de
voltados
Goiânia (GO). O produto foi entregue
energia, cuja fabricação é mais rápida
especialmente pelo diretor comercial
e normalmente as vendas ocorrem
Nacional da Romagnole, João Roberto
em grandes lotes. Nos últimos anos,
Favine.
porém, houve um crescimento na
linha dos modelos industriais, de
Conforme a Romagnole, o número
expressivo
traduz,
na
prática,
para
a
distribuição
de
o
maior potência e fabricação mais
crescimento obtido pela companhia na
complexa, que hoje tem uma grande
última década. Para se ter uma ideia, a
representatividade no portfólio da
empresa levou 30 anos para conseguir
empresa.
Fascículos
Apoio
ILUMINAÇÃO PÚBLICA E URBANA Plinio Godoy
32
Capítulo VIII – Iluminação pública • Um paralelo com a tecnologia da telefonia móvel • O mundo digital • Iluminação pública digital
ANÁLISE DE CONSUMO DE ENERGIA E APLICAÇÕES Manuel Luís Barreira Martinez
40
Capítulo VIII – Avaliação de cargas e consumo • Limites de confiança do consumo • Histograma e curva de tendência para energia consumida • Consumo dos transformadores
EQUIPAMENOS PARA SUBESTAÇÕES DE T&D Sergio Feitoza Costa
46
Capítulo VIII – Painéis de média tensão • Oportunidades na futura IEC 62271-307 • Uso de cálculos para elevação da temperatura • Uso de cálculos de esforços térmicos e eletrodinâmicos • Uso de cálculos da sobrepressão causada por arco interno • Ensaios de interrupção e estabelecimento
QUALIDADE NAS INSTALAÇÕES BT Alberto J. Fossa Capítulo VIII – Análise estratégica sobre a ABNT NBR ISO 50001 e as oportunidades para o mercado de eficiência energética – Parte 3 • Aspectos estratégicos, cenário e perspectivas futuras • O impacto da gestão da energia no planeta • Eficiência energética • Aplicação da ISO 50001
52
Apoio
Capítulo VIII
Iluminação pública Por Plinio Godoy*
Led pra cá, Led pra lá... muito boa essa discussão, no entanto, o
serviços eram restritos à lista de contatos, Bina, em que o número
que muitas vezes deixamos de lembrar que o Led sem a eletrônica
da pessoa que estava nos ligando aparecia na tela e outros poucos
não é nada.
serviços.
Desde a mais simples aplicação até a mais complexa, a eletrônica
Naquela época, o que se fazia com um telefone celular era “falar”
faz parte desse mundo, pois estamos falando do mundo digital.
com as outras pessoas, pagando um preço alto por isso.
Neste capítulo vamos visitar as possibilidades e entender o novo
mundo da iluminação pública.
Enfim, tínhamos uma tecnologia que apresentava limitações
face ao sinal analógico que utilizava. Os engenheiros eletrônicos podem dizer muito mais do que eu digo agora.
O mundo digital
Quando a telefonia digital passou para a ser utilizada, como o
nome diz, passou-se da tecnologia analógica para a utilização de
Quando, há alguns anos, me perguntaram se eu acreditava que
pulsos “0” e “1”, que realizou milagres! http://qph.is.quoracdn.net
o futuro da iluminação era o Led, meu pensamento imediatamente começou a desenvolver uma análise paralela entre este mundo da iluminação e os demais mundos que habitamos.
Por exemplo, isso foi o que aconteceu com outras tecnologias
que utilizávamos, como a telefonia celular. No início, os telefones celulares utilizavam a tecnologia analógica, as telas eram de cristal líquido monocromático e os
A simplificação da forma analógica para digital permitiu a eliminação de ruídos, distorções e o processamento de mais informações.
Um aspecto interessante é a alteração das tendências face às
novas possibilidades que surgem a partir de novas aplicações e desenvolvimentos.
Vejam o que acontece com o tamanho dos aparelhos celulares: www.dv8media.co.uk
http://www.easywaystogogreen.com
Iluminação pública e urbana
32
Apoio
https://oroeco.files.wordpress.com
Depois desse devaneio, pensando nas tecnologias e suas tendências, meu interlocutor me chamou: “Hey, e aí? O que acha do Led como iluminação do futuro?” Eu respondi: “Se o Led utiliza tecnologia digital, acredito que será não a iluminação do futuro, mas a do presente para alguns mercados”. E podemos perceber esta evolução já em nossas casas: http://gereports.com.au
Até então, temos tecnologias que funcionam economizando
energia e durando mais, o que já é muito bom para nós, usuários. Então, começam os desenvolvimentos tecnológicos a partir da tecnologia digital, o que não era possível com a tecnologia analógica,
A tecnologia fluorescente e a fluorescente compacta era, há
pouco tempo, a tecnologia que estava sendo apresentada como a mais eficiente, economizava 80% de energia em relação às lâmpadas incandescentes, duravam dez vezes mais... não era perfeito?
A comparação entre as tecnologias analógicas e digitais, em
termos de utilização da energia para a produção de luz, mudou:
http://www.gatortec.com
por exemplo, das lâmpadas fluorescentes compactas.
33
Apoio
As lâmpadas podem ser dimerizadas e mudar de cor,
visual, a eficiência do sistema e um melhor aproveitamento da
programadas por tempo, enfim, possibilidades que somente a
luz nos planos de interesse.
imaginação de quem cria os “softwares”, os programas e aplicativos,
pode limitar.
de baixa potência, conseguimos controlar a luz, produzir luz de
boa aparência de cor, ótimo índice de reprodução de cor, enfim, estávamos em um momento avançado no sentido da aplicação das tecnologias existentes, um momento “maduro” entre a tecnologia e a aplicação, os equipamentos e a consciência de qualidade.
http://www.minel-schreder.rs
http://images.bidnessetc.com
Esta imaginação cria novas possibilidades e utilizações:
Com o advento da tecnologia das lâmpadas a vapor metálico
As lâmpadas tornam-se caixas acústicas Bluetooth...
Percebe que você pode escolher uma solução Led não mais por
causa da iluminação? Você quer agregar o ponto de luz a outros serviços, neste caso, transformando a luminária sobre a mesa de jantar em um ponto de som. http://i0.wp.com
Com estas lâmpadas a vapor metálico, eram utilizados reatores
eletrônicos que permitiam algum nível de controle, dimerização, porém, era muito pouco explorado face aos custos elevados.
Com a migração da tecnologia analógica para a digital, na
área da iluminação urbana, inicialmente foram desenvolvidas tecnologias de algum tipo de controle e dimerização localizada, com programação de fábrica que atendia a uma curva de dimerização.
http://www.schreder.com
Iluminação pública e urbana
34
A iluminação tinha uma importância ligada ao fato de ver,
com a qualidade de como vemos e as consequências da luz no ato de ver.
Iluminação pública digital
Como já mostrado em capítulos anteriores, o início da
iluminação pública elétrica foi bastante interessante, quando a ideia era utilizar torres altas para iluminar a maior área possível, pois as fontes de luz a arco produziam tamanha quantidade de
luz visível que era impossível utilizá-la perto das ruas.
o fluxo das luminárias, evitando-se o excesso de luz quando o
Este tipo de tecnologia também pode ser utilizado para controlar
Posteriormente, com o avanço dos estudos e desenvolvimentos
sistema está novo, pois, para o dimensionamento dos sistemas,
tecnológicos, as lâmpadas de descarga de potências menores
utilizamos sempre um fator de depreciação, que é a diferença entre
permitiram a utilização de luminárias com melhor controle
a produção de luz quando do sistema novo e quando do sistema
ótico, instaladas em postes mais baixos, melhorando o conforto
depreciado.
Apoio
35
Apoio
http://www.libelium.com
http://www.schreder.com
Dessa maneira, conseguimos, com a tecnologia digital, dimerizar os Leds com facilidade e, assim, economizar energia. Entretanto, continuamos a empregar o ponto de luz somente para iluminação. Imagine então a possibilidade de integrar os diversos pontos de luz por meio de uma rede digital:
Há, também, a possibilidade de receber e enviar informações
do sistema de iluminação por meio de uma central de telegestão,
as informações obtidas, consumo energético real, status do sistema, identificação de falhas, definição de serviços, etc.
www.philips.com
http://www.schreder.com
em que há, além das funcionalidades do sistema, formas de utilizar
Isto poderia ser bastante útil, já que permitiria a troca de
informações entre as luminárias e o seu controle a partir de sensores. http://www.schreder.com
O próximo passo na integração das tecnologias digitais é o
que conhecemos (ou não) como “cidades inteligentes” ou “smart cities”. Assim, estamos adicionando funcionalidades ao sistema, utilizando os pontos de luz como receptores e transmissores de informações para as outras luminárias. Melhoramos a segurança, economizando energia.
Muito bom, porém, perceba que a informação deste sensor
estaria sendo utilizada somente para a iluminação e que esta informação poderia ser direcionada também para outras funcionalidades. Os sistemas, utilizando-se da tecnologia digital, poderiam se comunicar entre si, utilizando informações e interagindo suas soluções, produzindo um ambiente com possibilidades novas de serviços.
www.cisco.com
Iluminação pública e urbana
36
Apoio
37
38
As tecnologias a serem incorporadas às cidades são tão
variadas quanto são os desenvolvimentos e a iluminação pública tem um papel importante neste processo, pois está instalada em muitos pontos pela cidade.
www.ibm.com
Apoio
Muito provavelmente todas estas possibilidades deverão
conversar, trocar informações entre si e serem utilizadas de maneira integrada em um Centro de Controle Operacional (CCO).
Muitos fabricantes estão possibilitando a utilização de
alguns serviços integrados com a tecnologia da telegestão, como provedores de sinal wifi e outras funcionalidades, baseados na mesma banda de sinal digital, o que é um primeiro passo em direção ao conceito das cidades inteligentes.
O que devemos entender é que toda decisão de tecnologia
a ser utilizada nas nossas cidades, como a tecnologia Led, que tem uma previsão de durabilidade de muitos e muitos anos, deverá estar preparada para “conversar” com as tecnologias que virão, através de protocolos abertos. O que decidimos hoje impactará na facilidade de integração amanhã e esta é a primeira etapa para a construção das cidades inteligentes... tomar decisões inteligentes! * Plinio Godoy é engenheiro eletricista especializado em lighting design. É consultor e lighting designer sênior da CityLights. CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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39
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Análise de consumo de energia e aplicações
40
Capítulo VIII Avaliação de cargas e consumo Por Manuel Luís Barreira Martinez*
Em continuidade ao tema iniciado no
capítulo anterior, este artigo faz uma análise sobre o consumo residencial e comercial de transformadores. A Tabela 1 mostra os limites de confiança para os valores de consumo residencial obtidos do modelo estatístico utilizado para gerar as Figuras 4 e 5 do capítulo anterior. A interpretação destes dados implica considerar que “o consumo residencial para os transformadores de 5 kVA se situa entre 174,06 KWh/mês e 191,67 kWh/mês com um valor mais provável de 182,65 kWh/mês". Tabela 1 – Consumo residencial dos transformadores 5 kVA Consumo residencial [kWh]
Mais
Limite
Limite
provável
mínimo
máximo
1%
6,96
5,70
8,49
5%
23,59
20,75
26,83
50%
182,65
174,06
191,67
95%
639,25
608,16
671,92
99%
940,11
890,20
992,83
Figura 1 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes comerciais – transformadores 5 kVA
As Figuras 1 e 2 a seguir mostram
o modelo estatístico construído a partir de uma Distribuição de Wiebull, a mais adequada
aos
padrões
de
consumo
comercial, respectivos histograma e curva de tendência da distribuição indicada. Novamente o histograma mostrado na Figura 2 demonstra, nestes casos, a total impossibilidade de se aplicar a este
Figura 2 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes comerciais – transformadores 5 kVA.
tipo de estudo uma modelagem estatística
caso isso ocorra via de regra invalidam a
Padrão Normal. Os erros que são cometidos
confiabilidade dos estudos, comprometendo
Apoio
41
a qualidade da solução apresentada. A Tabela 2 mostra os limites de confiança para os valores de consumo comercial obtidos do modelo estatístico utilizado para gerar as Figuras 1 e 2. Tabela 2 – Consumo comercial dos transformadores de 5 kVA Consumo comercial [kWh]
Mais
Limite
Limite
provável
mínimo
máximo
1%
0,97
0,43
2,18
5%
5,83
3,28
10,37
50%
102,97
80,03
132,48
95%
517,16
409,64
652,90
99%
830,87
636,58
1.084,47
Figura 3 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes industriais – transformadores 5 kVA.
De modo a finalizar a presente análise, as Figuras 3 a 8, bem como as Tabelas 3 a 5, mostram os modelos equivalentes para consumo industrial, rural e outros.
Como novamente se observa para
o caso de consumidores industriais nas redes rurais a fidelidade do modelo estatístico que melhor representa os
Figura 4 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes industriais – transformadores 5 kVA.
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
42
dados de consumo pode ser considerada como reduzida. No entanto, o universo analisado não possui muitas amostras e este fato é o provável responsável por este comportamento. Tabela 3 – Consumo industrial dos transformadores de 5 kVA Consumo Industrial [kWh]
Mais
Limite
Limite
provável
mínimo
máximo 31,39
1%
12,39
4,89
5%
23,98
11,46
50,14
50%
117,91
73,36
189,50
95%
579,84
277,24
1.212,71
99%
1.121,80
442,86
2.841,60
Como se observa para o caso de
Figura 5 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes rurais – transformadores 5 kVA.
consumidores rurais a fidelidade do modelo estatístico é muito elevada, dado principalmente ao elevado volume de amostras que compõem o universo. Tabela 4 – Consumo rural dos transformadores de 5 kVA Consumo rural [kWh]
Mais
Limite
Limite
provável
mínimo
máximo
1%
15,11
13,33
17,13
5%
44,71
41,21
48,51
50%
286,22
277,28
295,45
95%
925,96
895,42
957,55
99%
1.337,90
1.289,41
1.388,21
Por consumidores outros entende-se
Figura 6 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes rurais – transformadores 5 kVA.
todo e qualquer consumidor que não se classifica nos demais tipos padrão, formando, deste modo, um grupo de dados muito heterogêneo, o que pode, em parte, explicar o comportamento observado na Figura 13. Tabela 5 – Consumo outros dos transformadores de 5 kVA Consumo outros [kWh]
Mais
Limite
Limite
provável
mínimo
máximo
1%
13,72
12,23
15,38
5%
32,95
30,34
35,79
50%
157,34
150,09
164,95
95%
751,32
693,75
813,67
99%
1.804,97
1.614,20
2.018,28
Figura 7 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – clientes outros – transformadores de 5 kVA.
Apoio
43
Apoio
Análise de consumo de energia e aplicações
44
As Figuras 9 e 10, bem como a Tabela
6, mostram os resultados agrupados para os transformadores de 5 kVA. Não existe uma correspondência com nenhum tipo específico de consumidor, uma vez que a composição relativa do conjunto é que define este comportamento. A decisão de agrupar ou não os transformadores,
segundo
seu
"tipo
de cliente", para efeitos de aquisição, depende da política de manutenção e gestão de estoques das companhias de energia elétrica, bem como dos padrões
de
manufatura
definidos
pelos fabricantes e seus processos de Figura 8 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – clientes outros – transformadores 5 kVA.
trabalho. O modelo estatístico que melhor se adapta aos dados é dado por uma Distribuição Gamma, que é o correspondente aos consumidores classificados como residenciais e rurais. Tabela 6 – Consumo dos transformadores de 5 kVA Consumo outros [kWh]
Figura 9 – Distribuição de probabilidade para energia consumida – transformadores 5 kVA.
Mais
Limite
Limite
provável
mínimo
máximo
1%
17,03
15,17
19,11
5%
53,18
49,35
57,31
50%
367,38
357,00
378,05
95%
1.227,14
1.190,86
1.264,52
99%
1.786,00
1.728,11
1.845,83
*Manuel Luís Barreira Martinez possui graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal de Itajubá. Tem experiência na área de engenharia elétrica, com ênfase em equipamentos, materiais elétricos, distribuição de energia elétrica e técnicas em alta tensão. É autor e coautor de 350 artigos em revistas e seminários, associados a trabalhos de engenharia e 45 orientações de mestrado e doutorado. Atua, principalmente, nos seguintes segmentos: métodos de ensaios, ensaios dielétricos, para-raios para sistemas de média e alta tensão e equipamentos elétricos.” CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO
Figura 10 – Histograma e curva de tendência para energia consumida – transformadores 5 kVA.
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
45
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
46
Capítulo VIII Painéis de média tensão Por Sergio Feitoza Costa*
Este
fascículo
vem
apresentando
que tem publicação prevista para 2016. Para
com
conceitos de engenharia para projeto
os painéis de media tensão, este documento
equipamento que foi efetivamente testado.
e especificação de equipamentos de
deve ter um impacto da mesma natureza,
As informações que devem constar em um
subestações de transmissão e distribuição.
porém, mais amplo que a IEC 61439 para
completo relatório de ensaios para este tipo
O primeiro artigo desta série cobriu
painéis de baixa tensão.
de finalidade estão no documento http://
aspectos de estudos do sistema elétrico que servem de base para as especificações
Introdução
técnicas dos equipamentos. O segundo
transparência
os
detalhes
do
www.cognitor.com.br/TR_071_ENG_ ValidationSwitchgear.pdf. Neste relatório técnico IEC, as informações do que deve
cobriu conceitos sobre curtos-circuitos,
ampacidades,
O documento IEC 62271-307começou
constar nos relatórios de ensaios são
contatos
a ser preparado em 2011 e está previsto para
ressaltadas e ficarão muito mais claras.
elétricos. O terceiro abordou o tema
ser publicado em 2016. Seu título é High-
As oportunidades na antiga IEC
“técnicas de ensaios de alta potência,
voltage Switchgear and Controlgear – Part
60439 (painéis de baixa tensão) eram
laboratórios de ensaios e principais
307: Guidance for the extension of validity of
a possibilidade de substituir os ensaios
ensaios”. No quarto capítulo, falou-se
type tests of AC metal and solid-insulation
de elevação de temperatura e de curto-
sobre os estudos elétricos de sobretensões,
enclosed switchgear and controlgear for
circuito (apenas a parte sobre forças
coordenação de isolamento e impactos de
rated voltages above 1 kV and up to and
eletrodinâmicas) por cálculos baseados
campos elétricos e magnéticos. No quinto
including 52 kV. Como membro do grupo
na comparação do projeto testado com o
capítulo, o tema abordado foi a recente
de trabalho e participante das reuniões
projeto derivado não testado. Na norma
brochura Cigré 602 sobre simulação
internacionais para a preparação desse
IEC 61439, que foi uma evolução muito
de arcos, e no seguinte, discutimos as
documento normativo, trouxe o tema para
positiva da IEC 60439 foi dado um passo à
especificações técnicas de disjuntores,
debate neste fascículo.
frente com a criação das chamadas “Regras
seccionadores, painéis e para-raios feitas
Este relatório IEC tem foco nos painéis
de projeto”, que permitem evitar fazer
por concessionárias de energia.
de média tensão das normas IEC 62271-
muitos ensaios e até mesmo a evitar os
Na edição anterior, o tema tratado
200 e 62271-201 e, da mesma forma que
cálculos que eram pedidos na IEC 60439.
estava
de
a IEC 61439 e a antiga IEC 60439 (painéis
Na Tabela 1 a seguir, estão mostrados os
segurança de subestações e dos sistemas de
de baixa tensão), trará uma série de boas
fundamentos das regras de projeto. Há
proteção contra incêndios em subestações.
oportunidades para evitar a desnecessária
muito mais detalhes sobre este tema no
A seguir, este oitavo artigo da série
repetição de ensaios onerosos.
livro “Painéis, Barramentos e Secionadores
discorrerá sobre alguns conceitos novos
Estas oportunidades só poderão ser
e Equipamentos de Subestações” (download
que serão utilizados no Relatório Técnico
aproveitadas pelos fabricantes que têm em
livre
IEC 62271-307 (painéis de media tensão),
mãos relatórios de ensaios que descrevam
Book_SE_SW_2013_POR.pdf).
sobrecargas
relacionado
às
e
distâncias
em:
http://www.cognitor.com.br/
Apoio
de testes das normas IEC 62271-200 e
Tabela 1 – As regras de projeto da IEC 61430 Regras de Projeto (t=temperaturas f=forças eletrodinâmicas p=sobrepressão)
Item
T
1
Corrente suportável de curta duração, menor ou igual a do projeto de referência testado?
2
Seção transversal do barramento... maiores ou iguais aos do projeto de referência?
x
3
Espaçamento dos barramentos... , maiores ou iguais aos do projeto de referência?
x
4
Suportes de barramentos são do mesmo tipo, forma e material e espaçamentos do barramento
F
P
x
x
para outro conjunto de manobra da mesma família com um conjunto diferente de valores
são iguais ou menores que o do projeto de referência? x
x
5
Materiais, propriedades dos materiais e montagem iguais aos do projeto de referência?
6
Dispositivos de proteção de curto circuito.... são equivalentes, aos da mesma marca e série?
7
Comprimento do condutor vivo desprotegido..... inferior ou igual aos do projeto de referência?
8
Se o conjunto tem compartimento, no ensaio do projeto de referência este foi incluído?
x
9
Compartimento a ser verificado do mesmo modelo, tipo e pelo menos mesmas dimensões?
x
x
10
Compartimentos de mesma concepção mecânica e dimensões >= do projeto de referência?
x
x
nominais ou arranjos diferentes. Baseia-se no uso de sólidos princípios técnicos, físicos,
x
x
"SIM"; a todos os requisitos - sem necessidade de ensaiar "NÃO"; a qualquer dos requisitos - verificação adicional por cálculos e simulações é necessária Cognitor
Oportunidades na futura IEC 62271-307 para evitar ensaios (painéis de média tensão)
testes de tipo realizados em uma amostra com um conjunto definido de classificações
x x
x
62271-201. Pode ser usado para estender
de experiência no setor e cálculos para estabelecer regras para vários aspectos de projeto.
Este novo documento IEC contemplará
as seguintes seções:
61439 (e a antiga IEC 60439 TTA/PTTA)
-- A utilização, os parametros e a aplicação
para os de baixa tensão. Permitirá que,
dos critérios de extensão e o uso de cálculos;
atendidas determinadas regras, um relatório
-- As informações necessárias para a extensão
de ensaios realizados em um certo tipo de
da validade do teste, o que deve constar nos
serão
painel seja utilizado como base para um
relatórios de ensaios;
apresentados os principais conceitos e
estudo que permitiria substituir ensaios em
-- Aspectos específicos para extensão da
novidades deste Relatório Técnico IEC.
um painel testado, da mesma família.
validade para testes dielétricos, ensaios de
Este documento IEC terá um impacto no
O documento inicia mencionando que
elevação de temperatura, ensaios mecânicos,
mercado de painéis de média tensão da
visa a extensão da validade de relatórios de
testes de correntes suportaveis de curta
mesma natureza do que tem a norma IEC
ensaios para evitar a desnecessária repetição
duração e de crista, ensaios de interrupção e
Nos
parágrafos
a
seguir,
47
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
48
de arco interno;
realizar ensaios de tipo com todos os
no que diz respeito a um tipo de teste, não
-- A extensão da validade de um relatório
possíveis conjuntos de manobra. Portanto, o
pode ser avaliado por um único valor e um
de ensaio para outras unidades funcionais
desempenho de um conjunto particular pode
parâmetro de projeto. Por exemplo, a distância
(situação a);
ser avaliado em função dos relatórios de testes
entre os condutores de cada fase pode variar
-- Validação de uma família pela seleção de
de tipo feitos em outras montagens da mesma
consideravelmente ao longo do caminho
objetos de teste (situação b);
família de conjuntos. No texto do documento
da corrente. Dependendo do equipamento
-- Validação de um conjunto de relatórios de
são mostrados para cada tipo de tipo de teste
e do teste, o uso de um modelo de cálculo
ensaios existentes (situação c);
(ou característica) uma lista não exaustiva
simples como uma fórmula analítica ou
-- Validação de uma modificação do projeto
de parâmetros de projeto, que devem ser
empírica pode ser suficiente, mas, por vezes,
(situação d);
analisados para a extensão da validade. A
para um modelo completo de simulação
-- Justificativa para os critérios de extensão;
análise deve se basear em sólidos princípios
tridimensional pode ser necessário utilizar
-- Exemplos para a extensão da validade dos
técnicos, físicos e cálculos, se for o caso.
uma ferramenta numérica complexa. A
ensaios de tipo, tais como:
Cada parâmetro de concepção do
ferramenta de simulação deve ser consistente
conjunto a ser avaliado, listados nas Tabelas
e a simulação reproduzível. A validação de
• Modificação do projeto de um terminal de
2 a 6, deve ser comparado com o parâmetro
ferramentas de software e métodos de cálculo
cabo em um conjunto de manobra isolado a
de projeto do tipo já testado, aplicando-se os
está fora do escopo do documento IEC.
ar (AIS);
critérios de admissão previstos nas mesmas.
• Modificação do projeto de uma unidade
funcional por adição de transformadores de
permite que um teste realizado em uma
corrente;
montagem com características específicas
• Modificação do projeto de uma chave-
seja estendido para outra montagem
fechadura na porta de uma unidade
de uma mesma família com diferentes
procedimentos de cálculo para os conjuntos
funcional AIS;
características. Se qualquer um dos critérios
de baixa tensão, que também poderiam
• Extensão dos relatórios de uma “ring main
de extensão não puder ser confirmado, é
ser aplicados aos conjuntos de manobra de
unit GIS” para unidades funcionais com
necessário utilizar outros argumentos como
alta tensão, tendo em conta as limitações
largura maior;
cálculos, explicações e simulações ou mesmo
específicas deste método de cálculo. O
• Extensão de uma família de conjuntos
ensaios adicionais. Os cálculos e simulações
cálculo é feito em dependência da potência
isolados a gás (GIS) para uma unidade
são aplicados em um sentido comparativo.
total gerada no interior, da área das paredes
funcional.
Cálculos
podem
dos compartimentos e das suas condições
A afirmação de cada critério de extensão
e
simulações
só
Uso de cálculos para elevação de temperatura O documento IEC TR 60890 fornece
ser aplicados em sentido comparativo
de montagem, o número de divisórias
A seção “Uso dos Critérios de Extensão”
e a comparação é sempre com base nos
horizontais e a área das aberturas de
menciona que, devido à grande variedade
parâmetros de projeto e os critérios de
ventilação. A temperatura do ar no interior
de tipos de unidades funcionais e possíveis
aceitação das Tabelas 2 a 7. Em muitos casos,
do compartimento testado é o parâmetro
combinações de componentes, não é prático
o desempenho de determinado conjunto,
para comparar. Para geometrias complexas,
Tabela 2 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à elevação de temperatura Item
Parâmetro de projeto
Critério
Condição
1
Distancia fase-fase
≥
Só validável para correntes acima de 1.250 A
2
Distancia fase-terra
≥
Apenas validar se a influência sobre os elementos que cercam devido a correntes não pode ser excluída (eddy)
3
Dimensões e volume do compartimento
≥
O invólucro e os compartimentos são da mesma construção
4
Pressão mínima do gás
≥
Mesmo gás; para isolamento a gás
5
Densidade de corrente nos condutores
≤
Os condutores têm a mesma estrutura física
6
Resistência / condutores
≤
Compare material do condutor e seção transversal
7
Área de contato conexões
≥
Igual ou melhor material de contato
8
Força de contato conexões
≥
Igual ou melhor material de contato
9
Temperatura permissível de conexões
≤
Incluindo revestimentos metálicos com <=resistividade
10
Área de ventilação
≥
11
Dissipação de potência componentes
≤
Aqui os principais dispositivos de comutação, fusíveis e transformadores de corrente são considerados
12
Área de barreiras isolantes
≤
Barreiras têm a mesma estrutura física
13
Espessura da cobertura isolante condutor
≤
Resistividade térmica e coeficiente de emissão do revestimento devem ser o mesmo
14
Área transferência térmica invólucro
≥
O coeficiente de emissão do revestimento devem ser o mesmo
15
Classe de temperatura
≥
Apoio
49
Apoio
Equipamentos para subestações de T&D
50
a comparação pode ser realizada por
estesprogramas. Portanto, no estado atual
and calculation methods;
métodos CFD ou por metodos de mais facil
do software de simulação disponíveis, não
-- IEC TR 60865-2, Short-circuit currents –
utilização, como os do SwitchgearDesign307,
é recomendado o uso de simulações para
Calculation of effects – Part 2: Examples of
detalhados em: http://www.cognitor.com.br/
a extensão da validade dos ensaios de tipo
calculation.
TR_071_ENG_ValidationSwitchgear.pdf.
mecânicos.
Uso de cálculos para campos elétricos
Uso de cálculos de esforços térmicos e eletrodinâmicos durante curto-circuito
Uso de cálculos da sobrepressão causada pelo arco interno
O desempenho dielétrico de dois conjuntos
A comparação do desempenho de dois
de manobra pode ser avaliado por simulação
Os cálculos incluem a determinação
conjuntos em suportar o aumento da pressão
do campo elétrico de ambos e comparando as
de forças eletromagnéticas mútuas entre
para os compartimentos sob investigação
intensidades de campo. Podem ser utilizadas
condutores e estresse mecânico resultante
é um análise a ser feita. Os cálculos são
ferramentas de software de elementos finitos
que é capaz de empenar barras e causar
capazes de mostar o aumento de pressão nos
ou volumes finitos que permitem simular
danos em isoladores. O estresse mecânico
compartimentos, tendo em consideração
geometrias tridimensionais mesmo complexas.
sobre barramentos e forças sobre os suportes
a abertura dos dispositivos de alívio de
podem ser avaliados pelos programas de
pressão. Uma avaliação da força nas paredes
cálculo como o SwitchgearDesign307. Os
do painel pode ser feito para geometrias
métodos de cálculo utilizados são baseados
simples, utilizando uma fórmula de cálculo,
nos seguintes documentos IEC:
caso contrário, usa-se a análise de elementos
Uso de cálculos de esforços mecânicos Existe softwares de simulação para
finitos para estresse mecânico.
mecanismos de operação de equipamentos
-- IEC 61117, Method for assessing the
de manobra que podem dar informações
short-circuit withstand strength of partially
partir do compartimento, pode ser simulado
sobre o estresse mecânico sobrepartes do
type-tested assemblies (PTTA);
por programas de CFD, no entanto, no
mecanismo. No entanto, não é possível
-- IEC 60865-1, Short-circuit currents –
momento
avaliar
Calculation of effects – Part 1: Definitions
Relatório Técnico, não é possível simular
a
resistência
mecânica
por
Parâmetro de projeto
Critério de
publicação
do
presente
importante para a aceitação no ensaio de arco interno. Por conseguinte, tais programas
Condição
aceitação
da
a ignição de indicadores, que é um critério
Tabela 3 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à suportabilidade dielétrica Item
O fluxo de gases quentes expelido, a
1
Distância de isolamento entre fases
≥
têm aplicações limitadas para a extensão da
2
Distância isolamento a terra (clearance)
≥
validade dos ensaios.
3
Distância de escoamento
≥
4
Propriedades dielétricas do isolante
≥
Análise comparativa de 2 materiais pode
Informação necessária para a extensão da validade de ensaios de tipo
ser necessária (CTI) 5
Rugosidade superficial de partes vivas
≤
6
Raio de partes condutivas
≥
Não só o raio de partes vivas, mas também
7
Distância de contatos abertos
≥
Se influenciado pela montagem
8
Distância de isolamento
≥
Se influenciado pela montagem
9
Mínima pressão para isolamento
≥
Mesmo fluido se isolado a gás
de todas as partes condutoras
Devem ser colhidas informações do conjunto de manobra semelhantes às que são
Tabela 4 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à suportabilidade mecânica Item 1 2
Parâmetro Sistemas de obturadores Contatos da parte removível
3
Sistema de intertravamento
4
Sistema de intertravamento
operado diretamente impedindo o acesso aos dispositivos operacionais
de projeto
Critério de aceitação
Condição
A força da ligação mecânica quando bloqueado, incluindo obturador
≥
Massa do obturador
≤
ser diferentes
Número de pontos de contato
≤
Os projetos dos contatos, incluindo a base e
Força de contato por contato
≤
material de revestimento, e suportes de móveis e
Aspereza da superfície contato
≤
contatos fixos são os mesmos.
Força da ligação mecânica quando bloqueado
≥
Princípio de projeto do sistema de intertravamento
Torque aplicado na operação
≤
igual, mas dimensões podem ser diferentes.
Força da ligação mecânica quando bloqueado
≥
Força normal de operação
≤
Princípio de projeto igual, mas dimensões podem
Princípio de projeto do sistema de intertravamento igual, mas dimensões podem ser diferentes.
Apoio
necessárias nos ensaios de tipo de acordo com
mostradas nas Tabelas 2 a 7 para cada ensaio
do conjunto de manobra testado devem ser
a IEC 62271-1. Além disso, as informações
específico e unidade funcional sob avaliação.
fornecidos na medida em que digam respeito
dos parametros relevantes são aquelas
à comparação dos dois conjuntos.
Os relatórios de ensaio de tipo aplicáveis
Tabela 5 – Critérios de extensão para o desempenho quanto a esforços térmicos e eletrodinâmicos de curto-circuito Item
Critério de
Parâmetro de projeto
1
Distância fase-fase
≥
2
Forças eletrodinâmicas
≤
3
Suportabilidade mecânica dos suportes isolantes
≥
4
Comprimento não suportado de condutores
≤
5
Seção reta dos condutores
≥
6
Material dos condutores
solicite que sejam incluídos nos relatórios de
Condição
aceitação
ensaios (mesmo que a norma do produto não o solicite) as informações relevantes sobre
Condutores têm o mesmo arranjo
os parâmetros de projeto que estão listados nas Tabelas 2 a 7. Desenhos relevantes e
Conexões dos condutores escaladas têm a mesma
detalhados fazem parte destas informações.
ou uma maior força de aperto e a área de contato.
O mesmo
Classe de temperatura dos isolantes
≥
7
Suportabilidade mecânica do invólucro,
≥
8
partições e buchas
9
Contatos da parte removível
Por este motivo recomenda-se que o
fabricante forneça ao laboratório de ensaios e
Devem ser estabelecidos documentos
de rastreabilidade das análises efetuadas. Tais documentos devem ser parte do
O mesmo
relatório para estender a validade dos
Considere o projeto completo
ensaios de tipo realizados. Tabela 6 – Critérios de extensão para ensaios de arco interno
Item
Critério de
Parâmetro de projeto
Condição
aceitação
1
Distância de isolamento entre fases
2
Distância isolamento a terra (clearance)
3
Volume líquido compartimento
≥
4
Pressão nominal do gás isolante se aplicável
≤
5
Seção reta dos condutores
≥
Referente região de início do arco
6
Matéria-prima de condutores (Al ou Cu ou suas ligas)
O mesmo
Referente região de início do arco
7
Local do ponto de iniciação do arco
O mesmo
Aplicando regras da IEC 62271 200 ou IEC 62271-201
8
Material isolante exposto ao arco
O mesmo
9
Área de exaustão
≤ O mesmo
Referente região de início do arco
A posição da saída de gases de escape no compartimento e o trajeto de escoamento de gás são os
≥
mesmos. Áreas das secções transversais maiores só são aceitáveis se um duto de exaustão é usado. 10 Pressão de abertura da exaustão
≤
Aplicável aos compartimentos estanques
11 Suportabilidade mecânica dos elementos a deixar abrir o
≤
Aplicável aos compartimentos não estanques. O dispositivo de alívio e os seus elementos de fixação
dispositivo de alívio (flaps)
têm o mesmo design.
12 Suportabilidade mecânica do invólucro e compartimentos
≥
Inclui suportabilidade de partições e buchas
13 Espessura das paredes do invólucro
≥
Mesmo material
14 Suportabilidade mecânica de portas e coberturas
≥
15 Grau de proteção (IP) do invólucro
≥
Relevante para o critério de ignição dos indicadores
Ensaios de interrupção e estabelecimento
*Sergio Feitoza Costa é engenheiro
Tabela 7 – Critérios de extensão para interrupção e estabelecimento de correntes de curto-circuito Item
Parâmetro de projeto
Critério de aceitação
1
Distância de isolamento entre fases
≥
2
Distância isolamento a terra (clearance)
≥
3
Volume do invólucro ou compartimento
≥
Condição
eletricista, com mestrado em sistemas de potência. É diretor da Cognitor, Consultoria, P&D e Treinamento sergiofeitoza@cognitor.com.br www.cognitor.com.br
Só para ser validado se o fluido (gás ou líquido) é envolvido no processo de interrupção ou estabelecimento.
4
Pressão do gás isolante
≥
5
Seção reta dos condutores
≥
6
Forças eletrodinâmicas dos condutores
≤
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Só para ser validado se tem impacto no processo de interrupção ou estabelecimento.
7
Suportabilidade mecânica dos suportes isolantes
≥
8
Suportabilidade mecânica do invólucro,
≥
partições e buchas 9
Comprimento não suportado de condutores
≤
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51
Apoio
Qualidade nas instalações BT
52
Capítulo VIII Análise estratégica sobre a ABNT NBR ISO 50001 e as oportunidades para o mercado de eficiência energética Parte 3 Por Alberto Fossa*
Aspectos estratégicos, cenário e perspectivas futuras
transporte e armazenamento. Diante
secundária é indispensável não apenas
de
o
ao funcionamento da cadeia de valores
aumento da população, a extensão e a
da produção, mas se estende à montante
irregularidade geográfica cada vez maior
desta, como na obtenção de embalagens
Com base no conhecimento geral
da sua distribuição – e da dispersão
e matérias-primas, e à jusante, na
dos requisitos estabelecidos pela ISO
dos centros de carga de diferentes
distribuição e logística dos bens e serviços
50001, busca-se explorar inicialmente
naturezas
transporte,
produzidos, bem como na disposição e
os aspectos estratégicos vinculados ao
consumo residencial, agricultura etc.)
tratamento dos resíduos eventualmente
movimento de implantação de sistemas
é adicionado a essa complexidade da
produzidos das atividades econômicas.
de gestão de energia por parte das
disponibilidade energética os inevitáveis
organizações. Avalia-se, neste contexto,
efeitos
seus
um dos principais fatores das mudanças
o cenário e as perspectivas futuras
processos de conversão, transporte e
climáticas, pois, em sua elevada atração
que podem surgir para o mercado de
acumulação, resultando em uma energia
pela radiação infravermelha emitida
eficiência energética no estabelecimento
final disponível (energia útil) cada vez
da terra, produz, em consequência, o
de
menor em relação à inicial, suprida pela
aquecimento da atmosfera. O dióxido
de adoção dos preceitos desta nova
natureza.
de carbono (CO2) é o principal gás
norma, bem como na necessidade de
A energia de fonte primária ou
de efeito estufa (GEE), sendo que,
um
movimento
internacional
fatores
irrevogáveis
(indústria,
termodinâmicos
–
como
dos
Também se sabe hoje que a energia é
respostas tecnológicas para garantia da
31,5%
melhoria do desempenho energético das
28,8%
organizações ao longo do tempo.
Carvão Mineral/Coal
O impacto da gestão da energia no planeta
1,0%
Outras/Others
Considerando-se as particularidades
inerentes das leis físicas, os depósitos e
fluxos
natureza
energéticos só
se
existentes
tornam
Petróleo/Oil
na
disponíveis
para o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano após sucessivos e complexos processos de transformação,
10,0%
Fontes Renováveis/ Renewable Energy 21,3%
2,3%
Hidráulica/ Hydro
5,1%
Nuclear/Nuclear
Gás Natural/ Natural Gas
Figura 1 – Oferta de energia por fonte – Dados Mundiais (fonte: EIA-2011).
Apoio
globalmente, a indústria, abarcando a
53
7,8%
produção de energia, é acrescida dos
Comercial
transportes e emite valores próximos a
13,9%
60% da totalidade desse gás (IEA, 2010).
Residencial
A Figura 1 apresenta a matriz energética mundial, na qual os combustíveis fósseis
51,7%
Industrial
têm a maior participação, o que permite visualizar o elevado volume das emissões de GEE, que decorrem dos sistemas 26,6%
energéticos: além do CO2, o metano
Transporte
(CH4), o dióxido de enxofre (SO 2), o óxido nitroso (N 2O), os hidrocarbonetos de combustão incompleta, entre outros. Ao
tratarmos
das
atividades
Figura 2 – Consumo por setor (fonte: EIA-2012).
sistemáticas e planejadas, de espécies
organizações humanas dispostas sobre
normalmente
técnica, tecnológica e gerencial, – que
eles, resultando em maior produtividade
esta, no mundo, é responsável pelo
buscam, preventivamente, reduzir o
e lucro para as organizações praticantes
maior consumo de energia, conforme
consumo de energia, água e matérias-
(Goldemberg, Lucon, 2008)–, a Gestão da
apresentado na Figura 2. No Brasil,
primas utilizadas; diminuir a quantidade
Energia surge no cenário internacional
de acordo com o Balanço Energético
de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos,
como medida mais que necessária de
Nacional de 2014 (BEN-2014), ano-base
resultantes dos processos de produção e
mitigação,
programas
2013, a posição da indústria como maior
do uso dos bens ou conforto produzidos,
qualificados e sistemáticos de eficiência
consumidor de energia se confirma
minimizando, assim, os impactos sobre
energética dentro das organizações.
representando
os espaços geo e bioecológicos e as
total de energia do país; os setores de
fomentando
Esses programas são mais críticos
na
indústria,
33,9%
do
pois
consumo
Apoio
Qualidade nas instalações BT
54
transporte consumiram 32%; o setor
percebidos foram modestos diante da
energia e se fundamenta nas leis da
energético consumiu 10%, e o setor
necessidade
Atualmente,
termodinâmica, abrangendo o conjunto
residencial com 9,1%.
a
energética
de ações de racionalização, que levam
busca
observada.
pela
eficiência
A partir dos choques do petróleo
continua se sustentando na perspectiva
à redução do consumo de energia, sem
dos anos 1970, quando ficou claro que
de custos mais elevados da energia de
perda na quantidade ou qualidade
o uso das reservas de recursos fósseis
origem fóssil (ou, no mínimo, na sua
dos bens e serviços produzidos, ou no
teria custos crescentes, seja do ponto
permanente oscilação), e adicionalmente
conforto disponibilizado pelos sistemas
de vista econômico, seja do ponto
na preocupação com a questão das
energéticos utilizados.
de vista ambiental, as organizações
mudanças climáticas decorrentes do
passaram a introduzir em seus projetos
aquecimento global do planeta, o que
ainda
a eficiência no uso da energia. Logo
leva a comunidade internacional a
substituição de fontes energéticas, que
se reconheceu que um mesmo serviço
novamente se voltar aos desafios da
permitam ganhos contínuos, sistêmicos,
poderia ser obtido com menor gasto
gestão energética como forma de garantir
de eficiência, como a inclusão do uso de
de
suprimento de energia para sustentação
fontes renováveis de energia. A eficiência
do crescimento mundial.
energética dos processos industriais
energia
e,
consequentemente,
com menores impactos econômicos, ambientais e sociais. No entanto, com a flutuação da economia mundial nos anos subsequentes, bem como com o anúncio de
novas
em
regiões
descobertas ainda
não
de
petróleo
O conceito de eficiência energética inclui
a
flexibilização
e
encerra ações de racionalização de
A eficiência energética dentro do contexto de gestão da energia
energia, que devem conduzir a: • eficiência no uso final da energia; • introdução de sistemas de controle
exploradas,
de processos para gestão das cargas;
somado ao desenvolvimento das fontes
A eficiência energética pode ser
• substituição de sistemas e
alternativas de energia, os avanços
entendida
equipamentos obsoletos e
como
racionalização
a
de
Apoio
55
Apoio
Qualidade nas instalações BT
56
ineficientes;
energética também incorpora as medidas
de ar e combustível em queimadores,
• recuperação de energia;
de aumento das habilidades e o despertar
minimizando perda de energia e emissão
• análise econômico-financeira da
de
uma
de poluentes por queima incompleta;
energia;
por
parte
envolvidas
minimização
de
• visão da cadeia de valores de
em relação aos sistemas energéticos
comprimido;
redução
produção;
e
socioambientais,
para transporte de massa e energia,
• compromisso quanto à eficiência
fatores estes que, em conjunto, devem
diminuindo consumo de energia elétrica
energética dos processos produtivos
promover
comportamentos
nos sistemas de acionamento; otimização
e de suporte à produção;
quanto ao uso da energia nos sistemas
dos sistemas elétricos e de potência,
• compromisso quanto aos produtos
industriais considerados, produzindo,
minimizando as perdas decorrentes do
finais quando utilizados pelos
como resultado, a redução das perdas
transporte da energia etc.
clientes;
e do próprio consumo, sem qualquer
Todas
• esclarecimento quanto às amplas
limitação na quantidade ou na qualidade
diretamente,
implicações socioambientais da
dos bens produzidos.
tamental, com efeitos positivos na
energia, com suas externalidades
Esses
positivas e negativas;
que se manifestam na mudança de
industriais.
• mudanças na cultura e no
hábitos, induzem ações, tais como
também pode implicar ou decorrer da
comportamento de uso da energia.
maiores cuidados nos revestimentos
flexibilização das fontes energéticas
de
no
utilizadas, em função da: ( i) limitada
seus
consciência das
pessoas
impactos novos
novos
equipamentos,
amadurecida
comportamentos,
tubulação,
vazamentos
estas de
de
ações mudança
de
ar
distâncias
decorrem, compor
racionalização de energia dos sistemas Essa
racionalização
das
manuseio de óleo combustível etc.,
disponibilidade em que se localizam
técnicas e tecnologias adotadas para a
objetivando restringir perdas de vapor e
os sistemas consumidores (centros de
racionalização de energia, a eficiência
energéticos; melhor controle na mistura
carga); (II) custos elevados da energia
Sendo
definida
em
função
Apoio
convencional;
de
fundamentais: (i) a primeira se deve à
mas, adicionalmente, de outras parcelas
redução da complexidade dos sistemas de
desconcentração dos parques industriais,
socioambientais, mais subjetivas e de
transformação e transporte, de tal forma
que passam a se distribuir pelo país
difícil contabilidade, como a poluição
que essas fontes possam ser recompostas
continental, levando os centros de
atmosférica das grandes cidades. No
dentro da matriz energética supridora,
carga para regiões distantes dos parques
entanto,
ou que seus sistemas de transformação,
geradores, com o inevitável aumento
financeiras
transporte
sejam
das perdas e dos custos; (ii) a segunda
eficiência energética são de grande
simplificados etc., resultando em um
decorre, pragmaticamente, da exaustão
relevância. Por exemplo, o volume de
aumento duradouro da eficiência do
das fontes hídricas nas regiões mais
investimentos necessário para liberar
sistema energético/consumidor como
desenvolvidas e demandantes de energia
(economizar) 1,0 kWh de energia elétrica
um todo, configurando, assim, um
do Sul e Sudeste do Brasil; (iii) a terceira
por redução de perdas é quatro vezes
processo de eficiência energética.
razão é o despertar da consciência da
menor (25%) do que o exigido para gerar
Como consequência de consumir
sociedade, com a percepção progressiva
a mesma quantidade de energia nova a
maior
e
(III)
necessidade
armazenamento
quantidade
dos
econômico-
investimentos
em
em
quanto aos impactos socioambientais
partir dos processos convencionais do
provocados pela produção, transporte,
Sistema Elétrico (Brasil. MME, 2006).
tem necessidades mais urgentes de
armazenamento e consumo de energia,
Portanto, uma das opções menos
investimentos
resultando na inexorável contabilidade
custosas e de grande potencial de
eficiência energética. O lugar comum
desses impactos nos seus custos finais.
disponibilidade de energia é a eficiência
de que os custos da energia são pouco
Nessa
energética,
representativos
no
energia
vantagens
relação a outros setores, a indústria em
de
as
programas
custo
de
mudança
de
percepção
cujo
conceito
abrange
industrial,
dos custos finais da energia, deve-se
mesclar as fontes primárias tradicionais
particularmente no caso do Brasil, está
salientar que não se tratam apenas de
com as renováveis. Para consumir menos
mudando rapidamente por três razões
valores financeiros e contábeis objetivos,
energia ou produzir mais trabalho útil
57
Apoio
Qualidade nas instalações BT
58
em um determinado sistema, como se
claramente estabelecidas e controladas.
interno, mais operacional, que deve ser
mais energia fosse disponibilizada, sem
De um ponto de vista pragmático
dado à gestão da energia, por meio da
que este fenômeno esteja ocorrendo,
e
operacional,
do
adoção de práticas de monitoramento e
deve-se racionalizá-la (mudar os hábitos
Sistema de Gestão de Energia deve
controle sistemático do seu uso. Dessa
de consumo, introduzir competente
abordar diferentes dimensões que se
forma, alguns elementos devem ser
controle
de
processo,
a
implantação
substituir
complementam em suas funções, com
considerados, tais como os apresentados
equipamentos obsoletos etc.), reduzindo
o objetivo de garantir efetividade ao
a seguir:
o consumo energético sem prejuízo da
processo, sempre aderente aos princípios
quantidade ou da qualidade dos bens
de requisitos estabelecidos na ABNT
• Programas de treinamento para
e serviços produzidos ou do conforto
NBR ISO 50001.
o desenvolvimento de habilidades
proporcionado,
Uma
disponibilizando,
no
primeira
dimensão
pode
e expertise em racionalização de
final, mais energia. É como se houvesse
tratar dos aspectos vinculados à(s)
energia;
um suprimento adicional, virtual, de
fonte(s) da energia(s) utilizada(s) para
• Realização de auditorias
energia, o qual decorre do processo de
o desenvolvimento de atividades e
energéticas;
racionalização. A eficiência energética
processos organizacionais. Quanto mais
• Estabelecimento e implantação de
também é conhecida como produtora de
ampla for essa abordagem, maior será
ferramentas computacionais, que
usinas virtuais de energia sem qualquer
a consciência da organização sobre a
adotem modelos automatizados de
impacto socioambiental.
efetividade do seu processo de busca
monitoramento;
No caso brasileiro, considerando essa
pela melhoria do desempenho energético
• Adoção de ferramentas para análise
multiplicidade de vantagens, o Plano
global, não só observando fenômenos
estratégica, técnica e econômico-
Nacional de Energia 2030 (PNE-2030)
localizados, mas extrapolando a análise
financeira dos investimentos em
do Ministério de Minas e Energia (MME)
energética desde a fonte de energia até
energia e eficiência energética.
já contempla a eficiência energética
o uso final. Dentro desta visão, deve-se
como
considerar, ao menos, os seguintes
Uma última dimensão deve ser
elementos:
considerada na adoção de um Sistema
alternativa
aos
investimentos
em projetos de ampliação da produção de energia no país. Várias são as
de
Gestão
da
Energia,
vinculada
possibilidades de exemplos em outros
• A disponibilidade para extração
diretamente aos aspectos estratégicos
países que despertam para iniciativas
dos recursos naturais, renováveis
e relacionada ao comportamento da
robustas
ou não renováveis, necessários para
direção da organização, com o objetivo
eficiência energética no setor industrial
suprimento energético;
de garantir a perpetuação das atividades
e em outros setores da sociedade.
• Tipos de conversores utilizados
de monitoramento energético, bem como
e os seus graus de adequação e
a garantia de resultados efetivos ao longo
desempenho;
do tempo. Podem ser considerados, entre
• Espaços geo e bioecológicos,
outros, os seguintes elementos:
quanto
ao
incentivo
da
Uma visão estratégica para aplicação da ISO 50001
e as organizações humanas, sob Como
se
pode
depreender
das
interferência do sistema energético
• Estruturação de modelo de
informações apresentadas no capítulo
adotado;
inserção dos investimentos em
terceiro sobre a estrutura, intenções e
• Stakeholders direta e indiretamente
energia e eficiência energética, com
requisitos dos Sistemas de Gestão de
afetados;
seus indicadores de desempenho no
Energia preconizados na ABNT NBR
• Impactos socioambientais
scorecard corporativo;
ISO 50001, os resultados positivos
produzidos na geração da
• Estabelecimento do referencial
obtidos pela melhoria contínua do
energia, com a descrição das suas
analítico para verificação,
desempenho
externalidades positivas e negativas.
acompanhamento e realimentação
energético
de
uma
organização dependem de habilidosa
do modelo de gestão da eficiência
metodologia de gestão. A gestão da
A
energia deve contemplar o conjunto de
possibilita
atividades sistemáticas e planejadas que
quanto às suas opções de suprimento
para publicação de resultados;
asseguram a geração, o transporte, o
energético, sintonizadas com a busca
• Definição do modelo e dos
armazenamento e o uso da energia sob
de sustentabilidade. Em uma segunda
instrumentos de governança da
condições socioambientais sustentáveis
dimensão, deve-se priorizar o tratamento
energia a serem praticados.
análise à
desta organização
dimensão clareza
energética adotado; • Criação de sistemática gerencial
Apoio
Considerando-se as dimensões mais
atividade da planta sob interesse?
componentes estratégicos da organização,
estruturantes citadas, deve-se também
Existe balanço energético da planta?
integrantes do planejamento estratégico
reconhecer que os princípios adotados
• Esse balanço energético estabelece
desta, cujas ações devem ser igualmente
pela ABNT NBR ISO 50001 aplicam-se
interfaces entre o consumo
planejadas
potencialmente aos usuários de energia,
de energia e suas dimensões
contextualizada
portanto contemplam prioritariamente
socioambientais?
socioambiental, local, regional e global,
o lado da demanda, ou dos “usos finais”.
• Qual a disponibilidade geopolítica
constituindo-se, assim, em uma das
Dentro desta abordagem, os Sistemas
das fontes utilizadas e suas
políticas corporativas essenciais, que
de Gestão da Energia devem responder,
alternativas de flexibilização,
ressalta a atualidade da visão e da missão
pragmaticamente, a questões tais como:
objetivando redução de custos,
empresariais e compatibiliza os interesses
econômico e socioambiental?
entre seus shareholders e stakeholders.
• Quais sistemas/subsistemas/
• Qual o impacto da situação
Portanto,
a
equipamentos consomem mais
atual nos custos operacionais/
racionalização
energética,
energia que o previsto em projeto?
produtividade da planta sob
consumo da energia – e sua adequada
• Quais as fontes energéticas
interesse? Quais alterações
gestão se inserem em uma política
utilizadas?
recomendadas?
ampla e permanente de sustentabilidade
• Que razões levam a esse consumo
• Quais os custos, econômico e
– respondem aos contínuos desafios
anormal?
socioambiental, da situação futura
de
• Quais os custos desse consumo
alterada?
geração de riqueza, que se interpõem
anormal e o que ele representa no
e
executadas, com
tecnologia,
a
de
forma
problemática
eficiência o
e
a
uso
e
competitividade
e
e surgem ao longo da vida de qualquer
custo da operação organizacional?
Sob esse conjunto de atributos,
empresa. A gestão da energia, na sua
Como essa situação pode ser
a gestão da energia abarca a visão da
preocupação
mudada?
eficiência e racionalização energética,
custos, também abarca as atividades
• Qual a matriz energética da
do uso e consumo da energia, como
de negociação de energia no mercado.
fundamental
com
os
59
Apoio
Qualidade nas instalações BT
60 Alterações na cadeia de valores Mudanças de habitos e cultura
Negociações de mercado
Balanços energéticos
Referencial analítico
Gestão de Energia
Substituição de equipamentos e sistemas
Aquisição de novos equipamentros e sistemas Viabilidade econômica e financeira
Alteração na estrutura competitiva do setor Figura 3 – Gestão da energia e suas interfaces potenciais (fonte: Godoi, 2008).
Inclui as negociações aplicáveis para a
de eficácia.
aquisição de fontes primárias, como o
óleo combustível, o gás ou a lenha, e as
deve
ferramentas
qualquer fonte primária utilizada na
secundárias, como a energia elétrica. O
gerenciais bem determinadas, como
operação dos sistemas de produção,
conceito isolado de eficiência energética
auditoria
de
como a água, o gás natural, a lenha
pode não incluir essa relevante atividade
treinamento, relatório de registro de
ou qualquer outra massa de matéria-
de mercado; o de sua gestão, sim.
resultados,
ações
prima, gerando energia em kilowatt-
Os
Estruturalmente, a gestão da energia ser
apoiada
em
energética,
programas
implantação
das
tomadores
apresentar,
de
decisão
claramente,
deverão
que
para
Na sua completa amplitude, a gestão
corretivas recomendadas, controle das
hora (kWh), kilojoule (kJ) ou tonelada
da energia dará respaldo ao desempenho
interfaces gerenciais, estabelecimento
equivalente de petróleo (tep), há um
competitivo das organizações, e de
de
dano socioambiental correspondente,
seus processos, não apenas no sentido
de ações e resultados, bem como a
como
técnico e tecnológico, ou de área
retroalimentação
componente
de água para a irrigação à jusante
de
principal do seu aperfeiçoamento e
das hidrelétricas ou o deslocamento
eficiência
mas
também
gerencial no
específica,
como
publicação
redução
da
disponibilidade
melhoria contínua. A Figura 3 ilustra a
compulsório da população da região
construção dessas interfaces potenciais.
dos lagos desses barramentos etc.; ou
a qualquer tipo de gestão, envolvendo
Assim,
refere
uma emissão de poluentes, medida em
custos, estudos de cenários, análise
particularmente
de
toneladas de CO 2, de SO 2, de NOx etc.;
de incerteza energética etc. Trata-se,
produção, ante as novas evidências
alteração da temperatura dos corpos
então, de uma metodologia de gestão,
técnico-científicas
da
d’água pelo uso de termelétricas etc.
ampla e completa, comprometida com
vinculação
entre
Essas externalidades negativas também
a segurança energética e a rentabilidade
as dimensões da produção, transporte
se estendem à emissão de efluentes
do negócio como um todo. O fato da
e uso da energia, bem como as da
industriais líquidos, que contaminam
gestão da energia alcançar operações
sustentabilidade, requer-se uma visão
a água e/ou o solo; de rejeitos sólidos,
do mercado de energia indica analogia
gerencial
multidisciplinar,
que terão de ser tratados; entrega de
e
se
integrada e esclarecida sobre a questão. A
produtos e embalagens, que, por ocasião
envolver diretamente com a questão
visão tradicional, parcial, especificamente
do seu uso, irão consumir mais energia e
socioambiental. Se assim não fosse,
técnica ou administrativa, ou financeira,
aumentar a entropia do ambiente etc.
caracterizaria uma gestão incompleta
em que essas dimensões são percebidas
(que não seria gestão), a qual poderia
separadamente,
definitivamente
prestar contas à sociedade sobre a sua
satisfazer a áreas específicas de eficiência
ultrapassada; a visão multidisciplinar
responsabilidade e participação nesses
gerencial, incluindo talvez áreas técnica
e integradora da gestão empresarial é
processos
ou financeira, mas que não alcançaria as
essencial (Godoi, Oliveira Jr, 2009).
sustentabilidade. Neste sentido, a Gestão
com
o
amplo,
analítico,
empreendedor, integrador, que concerne
compatibilidade
sentido
referencial
dela
no
e
que aos e
se sistemas práticas
correspondência
prévia,
está
As organizações do futuro precisarão
na busca permanente pela
61 da Energia é peça fundamental para que essas organizações demonstrem sua preocupação permanente com a busca da melhoria do desempenho energético pelo
aumento
da
racionalidade
e
eficiência energética de seus processos na adequação do uso e consumo da energia.
Referências BEN-2014. Balanço Energético Nacional, 2014. Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Rio de Janeiro. Brasil. MME (Ministério de Minas e Energia), 2006. Eletrobras/Procel. Conservação de Energia: Eficiência Energética de Equipamentos e Instalações. Unifei, Itajubá. Eletrobras/Programas, 2009. Procel. Eletrobrás. Disponível em: <http://www. eletrobras.gov.br>. Acesso em: abr. 2011. GOLDEMBERG, J.; LUCON, O. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Edusp, São Paulo, 2008. GODOI, J. M. A. Oliveira júnior, S. Gestão da Eficiência Energética. International Workshop in Cleaner Production, São Paulo, 2009. IEA (International Energy Agency), 2007. Energy Balances of OECD Countries, 2004-2005. IEA/OECD, Paris. International Organization for Standardization. ISO 50001 Energy management systems – Requirements with guide for use. Geneva, 2011. PNE-2030, 2007. Planejamento e Desenvolvimento Energético. MME. Disponível em: <http://www.mme.gov. br>. Acesso em: mar. 2011.v *Alberto J. Fossa é diretor executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), é coordenador da ABNT CEE116 – Comissão de Estudos de Gestão e Economia da Energia e ainda chefe da Delegação Brasileira no ISO TC 242 Energy Management e ISO TC 257 Energy Savings. CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
62
Reportagem
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Por Bruno Moreira
FALTA DE REGULAÇÃO ENTRAVA SMART GRID NO PAÍS Tecnologia de rede inteligentes avança no Brasil por meio de inciativas das distribuidoras de energia elétrica, mas ainda falta uma regulação por parte do governo federal que norteie os investimentos na área
63
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
O
Instituto da Associação de Empresas
demonstrativos
no Brasil apresenta, em sua maioria, uma
Proprietárias
de
integram a maior parte das áreas de atuação
automatização incipiente. É o que afirma
Sistemas Privados de Telecomunicações
em REI; e somente quatro (Cemig, Light,
o documento final sobre Redes Elétricas
(iAptel), atesta que há, em todo o Brasil,
EDP Bandeirante e AES Eletropaulo) são
Inteligentes (REIs) divulgado em novembro
mais de 200 projetos relacionados ao
avaliadas como concessionárias pioneiras,
de 2014 pela Secretaria de Desenvolvimento
tema. Estes projetos têm o envolvimento
que possuem projetos demonstrativos
Tecnológico e Inovação do Ministério da
de 60 concessionárias e investimentos
em andamento ou em fase de conclusão
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
da ordem de R$ 1,6 bilhão, financiados,
e já possuem um planejamento para
De acordo com a publicação, que aborda
principalmente, pelo Programa de Pesquisa
a continuidade das iniciativas em REI,
os principais projetos de smart grid do
e Desenvolvimento (P&D).
incluindo roadmaps (espécie de mapa
país e da Europa, entre outros aspectos
Trata-se
a
que visa organizar as metas) e novas áreas
relacionados ao tema, a maior parte da
implantação de redes inteligentes de
previstas para implantação e/ou novos
rede elétrica de distribuição não possui
energia elétrica no Brasil. Variados projetos
P&Ds.
funções de monitoramento e controle,
relacionados a smart grids existem desde
Contudo, mesmo com a maioria
nem redes de comunicação associadas, ou
2008, mas foi somente em 2011 que
das
possui redes embrionárias. O documento
começaram a surgir projetos pilotos com o
iniciantes, o MCTI observa uma tendência
nota ainda que a automação e o controle
objetivo de explorar em sua força máxima o
natural de modificação desse quadro
existentes nestes sistemas estão limitados
conceito de smart grid por aqui. Na Europa,
nos próximos anos, com concessionárias
a operações locais, “em que praticamente
por exemplo, eles foram iniciados quase
iniciantes se tornando investigadoras a
não existe monitoramento em tempo real
uma década antes, em 2002, e já chegaram,
partir do crescimento de seus projetos;
de importantes variáveis do sistema, como
em 2014, ao número de 459 experiências,
com as investigadoras passando para a
a tensão fornecida às cargas ou os valores
divididas em 47 países do continente. O
fase demonstrativa ao integrarem as suas
das correntes que circulam pela rede”.
montante de dinheiro empregado para a
iniciativas em smart grid na forma de um
Não obstante, a modernização da rede
implementação destes projetos também é
programa na qual os diversos projetos
elétrica de distribuição se faz premente por
bem superior ao investido no Brasil. Desde
interajam; e com as demonstrativas vir ando
diversas razões, entre as quais: o aumento
o início da década passada até 2014,
pioneiras assim que concluírem seus projetos
da demanda e da complexidade de
segundo o Joint Research Centre (JRC),
demonstrativos e os tomarem como base
atendimento dos consumidores, a escassez
serviço da Comissão Europeia para a área
para um planejamento de implantação de
de recursos e o impacto da geração de
da ciência, já foram aportados 3,15 bilhões
redes inteligente em larga escala na sua
energia no ambiente, a oportunidade
de euros.
área de concessão. Além disso, de acordo
de integração de recursos de energia
O documento do MCTI divide as
com o documento do ministério, a evolução
distribuídos e veículos elétricos, a evolução
iniciativas brasileiras de redes inteligentes
também passará pelas empresas pioneiras,
tecnológica que barateia equipamentos e
em quatro categorias, tomando como base
que deverão continuar a implementar o
agrega funções aos existentes.
o nível de maturidade das concessionárias
conceito de smart grid até que ele se torne
iniciativas
em relação aos projetos que implementam.
um movimento natural e passe a fazer parte
começam a surgir no Brasil atreladas às
Das 32 empresas que realizam projetos
da estratégia de negócio da empresa.
distribuidoras de energia elétrica e também
na área, a maioria, 15, é considerada
às empresas de geração e transmissão
iniciante, ou seja, está apenas começando a
ministério vê como ferramenta importante
de energia. As iniciativas consistem em
desenvolver projetos smart grid que atuam
o Plano de Ação Conjunta Inova Energia
projetos pilotos de Cidades Inteligentes
em até três áreas relacionadas a redes
para difundir o smart grid no Brasil. O plano
ou em projetos que apenas instalam redes
inteligentes; cinco são definidas como
tem como intuito coordenar as ações de
inteligentes
Segundo
investigadoras - possuem projetos que
fomento à inovação e ao aprimoramento
o documento do MCTI, levantamento
atuam em mais de três áreas de REI, mas
da integração dos instrumentos de apoio
realizado
de
não possuem projetos demonstrativos; oito
disponibilizados pela Finep, pelo Banco
Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo
são demonstrativas, apresentando projetos
Nacional de Desenvolvimento Econômico
sistema de distribuição existente
Neste
sentido,
nos
pela
diversas
municípios. Agência
Brasileira
de
de
Infraestrutura
um
fato
e
recente
em
concessionárias
andamento
avaliadas
que
como
Além do Programa de P&D da Aneel, o
64
Reportagem
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
As concessionárias tomam a dianteira
e Social (BNDES), e pela Aneel. O MCTI
de energia em âmbito nacional. Na
acredita que, por meio desse programa, as
Europa, há uma regulamentação da
concessionárias irão evoluir rapidamente
União Europeia (UE) em relação à
seu nível de maturidade em relação ao smart
medição inteligente de energia elétrica,
Alexandre
grid. Conforme o documento, no primeiro
que não se deve confundir com a rede
sistemas de energia do CPqD, entidade
resultado apresentado pelo programa, pelo
inteligente, mas que é um elemento
que atua junto com as distribuidoras
menos dez concessionárias de distribuição
fundamental para sua implementação
na implantação de alguns projetos de
foram selecionadas como participantes.
prática. Conforme pacote legislativo,
smart grid, recorda que na época em que
Apesar do crescimento observado
os Estados-membros da UE devem
iniciaram os primeiros projetos na área
e esperado pelo Ministério de Ciências,
implementar até 2020 80% dos projetos
de redes inteligentes, os profissionais do
Tecnologia
no
de medição inteligente, cujos resultados
setor já diziam que seria necessária uma
documento divulgado no fim de 2014 em
forem considerados positivos após uma
regulação forte e incentivo governamental
relação aos projetos de smart grid no país,
análise de custo-benefício.
para que a tecnologia se espalhasse no país.
profissionais da área de energia elétrica
No
que
“‘A regulação atingindo um determinado
observam alguns obstáculos estruturais
se chegou disto foi na publicação da
patamar promoveria a ação de investidores’,
que impedem um maior desenvolvimento
Resolução 502/2012, que regulamentou
comentavam. Mas, de fato, atualmente,
dessa tecnologia em terras nacionais. Além
o uso dos medidores inteligentes para os
ficou para a concessionária investir onde faz
e
Inovação
(MCTI)
Brasil,
o
mais
próximo
Bagarolli,
gerente
de
mais sentido para ela”, explica o gerente. Ou seja, a concessionária investirá onde o
Profissionais da área de energia elétrica observam alguns obstáculos estruturais que impedem um maior desenvolvimento do smart grid no Brasil. Além do alto custo da tecnologia, a falta de uma regulamentação, ou seja, uma definição do Governo que incentive os investimentos na área é apontada pelos profissionais.
custo é competitivo, pensando em resolver problemas onerosos a ela e utilizando as tecnologias mais viáveis financeiramente.
Por exemplo, a Light, no Rio de
Janeiro, de acordo com Bagarolli, buscou a implantação de medidores inteligentes, com
monitoramento,
desligamento
e
religamento remotos, visando combater as ligações clandestinas em diversas localidades de sua área de concessão, que causam ainda elevadas perdas não técnicas e oneram o faturamento da empresa. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por sua vez, resolveu investir em
do alto custo da tecnologia empregada,
consumidores do grupo B (residencial,
um projeto piloto de smart grid por sua área
a falta de uma regulamentação, ou seja,
rural e demais classes, exceto baixa renda
de concessão ser muito grande. Trata-se, na
uma definição do Governo que incentive
e iluminação pública), estabelecendo a
verdade, da maior distribuidora de energia
os investimentos na área é apontada pelos
possibilidade de o consumidor escolher
elétrica do Brasil em extensão de rede. São
profissionais.
entre dois tipos de medidores: um relativo
453.935 quilômetros de redes, espalhados
Nos Estados Unidos, por exemplo,
à modalidade tarifária branca - tarifa
por 774 municípios. A Cemig viu no
em 2009, o presidente Barack Obama
que varia de acordo com faixas horárias
smart grid uma saída visando melhorar o
anunciou investimentos da ordem de
de consumo -, e outro que fornece
gerenciamento de sua rede.
US$ 3,4 bilhões para modernizar o
informações específicas individualizadas
sistema elétrico do país. Este plano
sobre os serviços prestados. A resolução
Energética de Pernambuco (Celpe), que
de modernização incluiria a cessão de
deu um prazo de 18 meses, a partir de
está implementando um projeto de rede
créditos de US$ 400 mil a US$ 200 milhões
sua publicação, para que as distribuidoras
de energia elétrica inteligente na ilha de
a empresas, fábricas e cidades norte-
estivessem aptas a fornecer os novos
Fernando de Noronha, com o apoio do CPqD.
americanas para que elas ajudassem
medidores, mas não tornou compulsória a
Os grandes desafios desta empreitada para a
a implementar uma rede inteligente
implantação dos medidores.
concessionária residem na questão ambiental,
Outro
caso
é
o
da
Companhia
66
Reportagem
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
trata-se de uma área de preservação, e na
fosse rastreado e a rede não afetada
avançando, por exemplo, em questões
questão financeira relacionada ao isolamento
fosse religada. Agora, desenvolveu-se um
desafiadoras da fase inicial da implantação
da área. “São gastos milhões de litros de
sistema autônomo de detecção, avaliação,
da medição inteligente. “Especialmente nas
diesel para gerar energia elétrica a Fernando
isolamento e restabelecimento da chamada
questões relativas à segurança cibernética
de Noronha. A ideia é investir em energia
rede sadia. O sistema fornece também uma
para a homologação de medidores, fato
solar para diminuir a quantidade de diesel
assertividade maior ao reparo posterior da
crucial para evitar retrabalhos e custos de
que trafega pelo oceano”, explica Bagarolli.
rede pela equipe da concessionária.
produção industrial”, afirma a diretora.
Entre as soluções implantadas neste projeto
O
foi
Na parte de medição, há questões
estão: medição eletrônica; automação de
implementado em alguns bairros da região
relativas à integração dos serviços prestadas
rede de distribuição; geração de energia solar
central de Curitiba e devido aos bons
pelas concessionárias. “Os desafios estão
distribuída; veículos elétricos; micromedição
resultados apresentados até o momento
na avaliação e no teste em escalas iniciais
de energia dentro das residências; e
será estendido para outras localidades
da medição de energia, água, gás e
tecnologia de comunicação para atender
da capital paranaense e também aos
saneamento que devem observar a redução
todas as soluções.
municípios de Londrina, Ponta Grossa,
de custos pela utilização da infraestrutura
projeto
de
self-healing
Já a iniciativa da Companhia Paranaense
Maringá e Guaíra até o final de 2015. A
integrada de telecomunicações”, explica
de Energia (Copel) foi direcionada para
distribuidora está implementando também
a diretora. Há ainda, segundo Maria Luisa,
solucionar os problemas referentes à
em Curitiba outra aplicação tecnológica
um desafio de regulação e legislação
queda de energia elétrica. O gerente da
relativa ao smart grid.
referente à integração destes serviços, já
área de manutenção e automação da
As concessionárias ainda precisam
que, dependendo do serviço, elas são feitas
concessionária, André Pedretti, explica que
driblar
como,
por diferentes esferas de poder. No caso da
a iniciativa surgiu atrelada a um decreto do
por exemplo, a obrigação regulatória
água, do gás e do saneamento a legislação
Governo do Estado do Paraná, publicado
de investimentos prudentes. Em outras
pode ser tanto estadual, como municipal.
em setembro de 2013, que dispõe sobre
palavras, a distribuidora não tem a liberdade
No caso da energia, ocorre pela esfera
a criação do Projeto Smart Energy Paraná.
de investir conforme deseja. Os aportes
federal, mas dependente de concessão a
Conforme o gerente, quando o tema de
precisam ser considerados necessários pela
empresas privadas. “Alinhar os interesses
redes inteligentes começou a ser debatido
Aneel para melhorar a qualidade do serviço
para o bem comum não será uma tarefa
com mais intensidade, a concessionária
prestados para serem repassados à tarifa
muito fácil, mas podem ser identificadas
enxergou a necessidade de fazer estudos
paga pelo consumidor à distribuidora. Neste
diretrizes que conduzam à harmonia entre
internos para reagir a uma demanda futura.
sentido, deve haver uma avaliação criteriosa
os setores”, diz a profissional da ABDI.
“O projeto surgiu como desdobramento de
por parte da concessionária do custo-
uma visão de que a mudança de mercado
benefício do investimento com o intuito de
está prestes a acontecer”, diz.
evitar prejuízos. O gerente de sistemas de
Como dito, a distribuidora focou seu
energia do CPqD salienta que parte dos
Apesar
projeto no “self-healing”, na tentativa de
investimentos em telecomunicação feitos
no intuito de regular a área não serem
diminuir o tempo de restabelecimento
pelas distribuidoras, por exemplo, não
tão desenvolvidas quanto as de outros
de energia elétrica. Objetivo que foi
é reconhecido nas tarifas. Investimentos
países, a diretora da ABDI acredita que já
alcançado. Segundo Pedretti, o tempo
que tornam eficientes os processos das
houve um avanço. Segundo ela, precisam
médio de restabelecimento definitivo dos
distribuidoras tendem a ser realizados por
ser
consumidores na chamada rede sadia -
elas mesmo sem a contrapartida na tarifa,
relativas à normatização, aos padrões
que não foi atingida diretamente – caiu
justamente por gerarem retorno financeiro.
de
de uma hora, em média, para cerca de
Outras dificuldades de ordem técnica
nacionais, que permitam a produção em
40 segundos, em média. Anteriormente,
e tecnológica também tornam mais difícil
escala industrial e a integração de novos
para
a
o trabalho das distribuidoras no sentido
serviços e modelos de negócio que
distribuidora deveria esperar as ligações
de que a implementação em escala de
promovam o desenvolvimento do país.
dos consumidores antigos no 0800 da
redes inteligentes aconteça no Brasil. De
empresa, para rastrear a região onde a
acordo com a diretora de Desenvolvimento
da Agência no sentido de que haja a
queda havia ocorrido, e só então levar a
Tecnológico e Inovação da ABDI, Maria
implementação de uma política que norteie
equipe à campo, para que o problema
Luisa Campos Machado Leal, está se
o desenvolvimento das redes inteligentes
fazer
o
restabelecimento,
algumas
“dificuldades”
Iniciativas da ABDI das
definidas,
iniciativas
no
brasileiras
entanto,
interoperabilidade,
às
questões
arquiteturas
Maria Luisa cita os próprios esforços
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Iniciativa da Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi direcionada para solucionar problemas referentes à queda de energia elétrica.
Com o projeto de “sefl healing”, o tempo médio de restabelecimento definitivo dos consumidores na chamada “rede sadia” caiu de uma hora para cerca de 40 segundos, em média.
67
68
Reportagem
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
no país. Para ela, a Agência já evoluiu
de 17 instituições governamentais. “Ou
assim como de multinacionais instaladas
muito no mapeamento das redes elétricas
seja, toda a ação realizada para smart
no Brasil visando à comercialização
inteligentes e identificou uma série de
grids pode ser replicada para as smart
de produtos importados no mercado
ações que as esferas governamentais
cities e desta para o IOT. A indústria que
nacional.
podem tratar de forma integrada para o
desenvolve tecnologia para smart grids será
desenvolvimento de smart grids. A própria
a mesma que desenvolve a tecnologia para
algumas áreas tecnológicas as empresas
ABDI coordena um grupo de trabalho
smart cities e para o IoT”, esclarece.
nacionais
da indústria fornecedora de redes elétricas
estão
também
que
preparadas
em para
fornecimento imediato, como a de
governamental para a definição de uma política industrial para o desenvolvimento
“Identificamos
Capacidade produtiva das indústrias da área
medição inteligente. Em outras, ainda temos deficiências para a produção nacional, sendo necessária a atração
inteligentes, constituído por 11 instituições governamentais.
Sobre a questão de as indústrias
de investimentos ou um esforço de
O escopo de ação da Agência também
existentes no Brasil estarem aptas ou
desenvolvimento destes produtos no
é ampliado a fim de desenvolver um
não para atender uma possível demanda
Brasil”, conta a diretora da ABDI
planejamento para a implementação de
mais forte de produtos para smart grid
ABDI busca, contudo, que parte
tecnologias que viriam na esteira das redes
e Internet das Coisas, a diretora afirma
deste mercado seja suportado pelas
inteligentes, como as cidades inteligentes
que mapeamento realizado pela ABDI
empresas nacionais. “Para isso, é preciso que
A ABDI identificou a capacidade participação no mercado de produtos e serviços para redes elétricas inteligentes de aproximadamente 300 empresas, de capital nacional e multinacional, e 127 centros de P&D. Ao mesmo tempo, constatou a forte ação de empresas estrangeiras, assim como de multinacionais instaladas no Brasil visando à comercialização de produtos importados no mercado nacional.
elas
sejam
competitivas,
com
produtos qualificados”, afirma Maria Luisa. Segundo ela, instrumentos como a Lei do Bem, a Lei da Informática e a Portaria MCT nº 950 são importantes para incentivar a indústria fornecedora a
produzir
no
Brasil,
sendo
os
financiamentos como o Inova Energia, com recursos do BNDES, Finep e Aneel, diferenciais para fomentar o setor.
Devem ser propostas, ao final do
mapeamento realizado pela ABDI, outras ações, de acordo com a diretora da Agência. Entre elas: a proposição de uma política industrial para o desenvolvimento das indústrias fornecedoras para as redes elétricas inteligentes no Brasil. “Temos de aguardar a finalização deste mapeamento, previsto para novembro de 2015”, pondera.
Concluindo, Maria Luisa destaca
que
ainda
são
necessários
muitos
incentivos que incluam apoio a projetos, (smart cities) e a Internet das Coisas – Internet
identificou a capacidade de participação
financiamento, melhorias na regulação e
of Things (IOT), em inglês. Neste sentido,
no mercado de produtos e serviços
legislação e definição de novos modelos
conforme a diretora, a ABDI coordena um
para redes elétricas inteligentes de
de negócio. “Ou seja, incentivos que
grupo de trabalho governamental que
aproximadamente 300 empresas, de
permitam a participação da indústria
procura definir as diretrizes para a definição
capital nacional e multinacional, e 127
nacional neste mercado, possibilitando
de um plano nacional interministerial
centros de Pesquisa e Desenvolvimento
inclusive a exportação de produtos
visando ao desenvolvimento de cidades
(P&D). Ao mesmo tempo, constatou a
desenvolvidos no Brasil para estes
inteligentes e humanas, com a participação
forte ação de empresas estrangeiras,
setores”, afirma.
70
Proteção
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Parametrização dinâmica da filosofia de proteção na distribuição Uma nova abordagem relacionada à aplicação de filosofias de proteção de modo dinâmico a partir de informações de condições ambientais monitoradas pelo centro de operação Por Fernando Lima Costalonga, Marcella Carvalho, Anderson Rosa, Reinilson Cesario e Mateus Cardoso*
P
A visão da área de concessão da
Figura 1 a seguir, em que se demonstra,
que levaram a Energisa Minas Gerais
EMG e a característica de seu sistema
na primeira imagem, o traçado das
(EMG)
deste
elétrico, formado em grande parte por
redes de média tensão e, na segunda
trabalho, faz-se necessário, inicialmente,
redes rurais, podem ser visualizadas na
imagem, apenas o mapeamento das
ara entendimento das motivações ao
desenvolvimento
demonstrar algumas características da área de concessão da empresa e do seu sistema elétrico, conforme destacadas a seguir: • Grande número de alimentadores de média tensão com elevadas extensões em áreas rurais; • Áreas rurais em regiões altamente montanhosas, com grande impacto de ventos; • Elevado índice ceráunico; • Influência de vegetação nativa e eucaliptos.
Figura 1 – O traçado das redes de média tensão à esquerda e o mapeamento das áreas urbanizadas (caracterizado pelas áreas manchadas no mapa) à direita.
71
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
áreas urbanizadas (caracterizado pelas
as especificidades próprias do meio,
utilizados nestas redes com proteção de
áreas manchadas no mapa).
como a dificuldade de acesso devido ao
ramais e subtroncos, sendo necessário
Pode-se verificar na Tabela 1 a seguir
relevo altamente acidentado e estradas
o deslocamento de equipes para o
que, praticamente, 91% do quilômetro
vicinais nem sempre em bom estado de
restabelecer o fornecimento.
de rede da EMG e 87% da quantidade
conservação.
Desta
de transformadores estão na região rural.
Em virtude dos pontos anterior
de defeitos de origem temporária/
Analisando o número de atendi
mente destacados, pode-se facilmente
transitória presente nas redes rurais é
mento emergenciais da EMG, verifica-se
perceber que medidas com o objetivo
um aspecto que deve ser considerado
que uma parcela considerável destas
de reduzir o número de ocorrências
na avaliação da filosofia de proteção
ocorrências está relacionada a aten
emergenciais
são
da rede de distribuição. A seguir,
dimentos
extremamente desejáveis na busca de
tem-se uma breve descrição destas
melhores resultados operacionais.
filosofias, que pode ser caracterizada
por um sistema seletivo, coordenado ou
em
apresentam nos
áreas
rurais
impacto
indicadores
de
e
elas
significativo continuidade
nas
áreas
rurais
Um último ponto a ser considerado
forma,
esta
característica
combinado.
(DEC e FEC) da empresa, conforme
com relação às redes rurais é que, em
apresentado na Tabela 2.
virtude de sua maior exposição a fatores
Vale ressaltar também que, além
externos, como descargas atmosféricas,
Sistema seletivo: tem com uma de suas
do impacto nos indicadores de conti
ventos, árvores, pássaros etc., grande
características a de provocar a interrupção
nuidade, este número de ocorrências
parte das ocorrências verificadas nestas
a um menor número de clientes, sendo
em áreas rurais também representa uma
regiões é originada por faltas de origem
afetados somente aqueles que estão
elevação no custo operacional por se
temporária/transitória.
ligados à jusante do trecho em que está
tratar de atendimentos em áreas mais
Estas faltas, normalmente, geram
instalado o equipamento de proteção
longínquas. Além da distância, tem-se
interrupções de longa duração devido
mais próximo. Contudo, neste caso
que, no caso da área de concessão da
à queima de elos fusíveis que são os
existe um maior número de ocorrências
EMG, ainda estão fortemente presentes
tipos de proteção mais comumente
de longa duração no sistema provocada
Tabela 1 – Extensão da rede de média tensão
por queima de elos fusíveis, gerando maior necessidade de equipes para a operação do sistema. Sistema coordenado: nesse caso existe um maior número de clientes afetados por interrupção de curta duração, visto
Tabela 2 – Ocorrências da EMG
que não apenas os clientes a jusante do ponto com defeito são afetados. Destaca-se, assim, a redução do número de ocorrências com interrupções de longa duração.
72
Proteção
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Sistema combinado: consiste em aplicar
Desenvolvimento
equipamento um novo grupo de ajuste, grupo este que foi parametrizado com
a filosofia do sistema seletivo e a do sistema coordenado no mesmo circuito
A primeira etapa do projeto foi a
filosofia coordenada ou combinada,
de distribuição.
realização dos estudos de proteção
dependendo da condição de operação
de
do alimentador.
cada
disjuntor,
religador
e
Considerando os aspectos anterior
seccionalizador instalados no sistema de
mente apontados, o trabalho realizado
distribuição da Energisa Minas Gerais,
funcionalidade pudesse ser ativada de
pela EMG buscou formas de permitir
localizados nas subestações e ao longo
forma remota pelo Sistema de Supervisão
o uso dinâmico das combinações de
da rede de distribuição. Os estudos
e Aquisição de Dados – SCADA, foram
filosofia de proteção, visando manter
levaram em consideração a quantidade
implementados comandos específicos
o sistema seletivo e garantindo o
de equipamentos e os elos fusíveis
que foram disponibilizados na tela de
atendimento contínuo ao maior número
que deveriam ser protegidos por cada
cada religador para permitir a alteração
de clientes em situações climáticas
equipamento religador em determinada
dos grupos de ajustes pelo Centro de
favoráveis para torná-lo um sistema
condição climática, tendo em vista as
Operação da EMG.
coordenado
Em
seguida,
para
que
esta
características dos clientes de cada
situações ambientais adversas, quando o
alimentador.
dos religadores no sistema SCADA,
sistema elétrico é submetido a um maior
Os estudos apontaram o que melhor
com destaque para os comandos que
número de falta de origem temporária/
poderia ser ajustado em cada religador,
permitem a alternância entre os grupos
transitória. Em resumo, considerou-se
quando ele estivesse operando com
de ajustes disponibilizados.
que é possível reduzir o número de
tempo bom, ou em situação climática
Os grupos de ajustes disponíveis
interrupções de longa duração com a
adversa, tais como chuvas, ventos e
para o centro de operação realizar
ativação de curva rápida nos religadores,
raios.
as alterações foram padronizados da
evitando-se, em primeiro instante, a
seguinte forma:
queima de elos fusíveis acima de 6 k.
deu-se
e
combinado
durante
A partir da realização destes estudos, sequência
no
trabalho
por
A Figura 2 ilustra a tela de comandos
O primeiro grupo habilita no religador
Este sistema foi estudado durante
meio de ações de campo das equipes
uma forma de operação padronizada
o ano de 2013 e foi aplicado durante
responsáveis pela parametrização dos
para este equipamento em situações
os meses de outubro, novembro e
ajustes de proteção nos equipamentos.
climáticas consideradas normais. Essa
dezembro, nos quais se disponibilizou,
operação pode ser seletiva, coordenada
Nesta etapa, foi adicionado em cada
para o Centro de Operação da EMG, formas de realizar a alternância entre as filosofias de proteção por meio de comandos remotos, considerando as informações
advindas
dos
sistemas
de monitoramento climáticos e outras informações obtidas pela operação por contatos com suas equipes de campo.
Desta forma, a EMG conseguiu
combinar
de
forma
satisfatória
os
principais pontos positivos de cada uma das filosofias e obtendo resultados de
melhoria
nos
indicadores
de
continuidade e redução do número de ocorrência, entre outros. Os principais passos realizados no desenvolvimento deste trabalho e a demonstração dos resultados obtidos estão detalhados a seguir na sequência deste trabalho.
Figura 2 – Tela de comandos dos religadores no sistema SCADA.
74
Proteção
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
ou combinada, pois acontece de acordo com a melhor forma concebida para a particularidade da rede e clientes protegidos por este estudada pela área de proteção para este equipamento. A maior parte dos religadores utiliza como primeiro grupo o sistema seletivo.
O segundo grupo de ajuste habilita
no religador uma forma de operação padronizada para este equipamento em situações que a rede protegida por este equipamento se encontra manobrada de
forma
que
possa
mudar
as
características de carga do alimentador. Este grupo de ajuste é, portanto, mais comumente utilizado nas situações em que é necessário realizar transferências
Figura 3 – Coordenogramas típicos para o primeiro e terceiro grupo de ajuste.
de cargas entre os alimentadores.
Por fim, o terceiro grupo de todo
equipamento
habilita
os
ajustes
utilizados de forma diferenciada para operação ótima em condição de tempo adversa,
promovendo
sensibilização
e abertura do equipamento antes da ruptura do fusível de 6 K instalado eletricamente à jusante deste equi pamento. Tais ajustes consistem em habilitar uma operação rápida para neutro, inferior à curva de atuação do elo de 6 K, com o primeiro tempo morto parametrizado em 10 s, permitindo a normalização de faltas transitórias na primeira tentativa de religamento. A Figura 3 apresenta coordeno
Figura 4 – Sistema Sisraio.
gramas típicos para o primeiro e terceiro grupo de ajuste.
de chuvas e tempestades em áreas de
no
concessão, sinalizando para a operação
meteorológicas, o Centro de Operação
terceiro grupo de cada religador fazem
em tempo real os locais geográficos
passa a habilitar, de acordo com o
com que sejam habilitadas filosofias de
em que estão acontecendo descargas
sistema SCADA, o terceiro grupo de
proteção combinadas ou coordenadas.
atmosféricas através do sistema Sisraio
ajuste para os equipamentos instalados
O
conforme
ilustrado na Figura 4.
na região.
já
relatado,
dias
Adicionalmente
Os
ajustes
uso
parametrizados
específico, apenas
em
que
Uma vez confirmadas as previsões
informações
A partir do momento que foi
recebidas do sistema de monitoramento,
habilitado o terceiro grupo de ajuste, os
os
de
operadores passam a acompanhar com
destas condições, a EMG possui um
Operação têm como procedimento o
atenção a situação do clima na região,
contrato de serviço com o instituto de
estabelecimento de contatos com as
pois, ao se verificar término das chuvas
monitoramento climático – a Simepar
equipes de campo para confirmação
e raios, é necessário novamente habilitar
– que envia alertas sobre a previsão
dos alertas recebidos.
em cada equipamento o primeiro grupo
apresentam desfavoráveis.
condições Para
climáticas
monitoramento
operadores
às do
Centro
75
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
de ajuste, voltando todo o sistema a operar de forma normal.
A Figura 5 apresenta a imagem do
Centro de Operação da EMG com os sistemas informatizados de controle e painéis de monitoramento utilizados na definição e parametrização das proteções
e
operação
do
sistema
elétrico de forma geral.
Dessa forma, a filosofia do sistema
de proteção da Energisa Minas Gerais é dinâmica e otimiza a melhor forma de operação que pode ser conservadora como a seletiva ou coordenada e combinada,
tentando
aproveitar
o
melhor de cada utilização. Após a implantação de todos os procedimentos descritos anteriormente, a EMG realizou o levantamento de dados para analisar o desempenho do sistema elétrico, de modo a avaliar se os resultados esperados foram obtidos durante o período em que a operação passou
a
adotar
a
parametrização
dinâmica das filosofias de proteção. Para esta análise foram levantados dados referentes ao número de ocorrên cias no sistema elétrico, resultados dos indicadores de continuidade (DEC e FEC), quantidade de reclamações de clientes no
relacionadas
fornecimento,
a
interrupções
quantidade
de
solicitações de ressarcimento de danos elétricos e quantidade de ocorrências em dia crítico. Para
uma
análise
comparativa
dos resultados, utilizou-se o período de outubro a dezembro de 2013 (período em que foi operacionalizado o procedimento na EMG) em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A Tabela 3 apresenta os resultados
verificados
no
dos
totais,
valores
período. também
Além estão
apresentadas as parcelas referentes apenas às ocorrências de desarmes em alimentadores e ocorrências de queima de elo fusível.
76
Proteção
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Analisando os resultados apresentados na o
tabela
anterior,
comportamento
aconteceu
verifica-se das
conforme
o
que
ocorrências esperado,
havendo um aumento significativo das ocorrências relacionadas às proteções de alimentador, provocado pelo maior número de atuação dos religadores. Em contrapartida, verifica-se a redução de 14% no número de ocorrências de queima de elo fusível e uma redução total de 5% no número de ocorrências no período.
Também podem ser verificados os
resultados significativos nos indicadores
Figura 5 – Centro de Operação da Energisa Minas Gerais.
de continuidade com reduções de 33%
Tabela 3 – Resultado
e 42%, respectivamente, dos valores de DEC e FEC no período. Também são observadas reduções importantes nas análises segregadas das ocorrências relacionadas a desarmes de alimentador e chaves fusíveis. Cabe lembrar que a melhoria nos indicadores de continuidade também está relacionada com os investimentos realizados em obras estruturantes e maior disponibilidade das equipes para atuações em ocorrências de defeitos permanentes devido à redução do número total de eventos no sistema.
Tabela 4 – Reclamações e processos
Além dos efeitos positivos esperados
e que puderam ser comprovados pelos dados anteriormente relatados, faz-se necessário também analisar os possíveis efeitos indesejados da adoção do terceiro grupo de ajuste, como o aumento das reclamações de clientes e aumento das
devido à falta de energia em unidade
de
solicitações de ressarcimento de danos
consumidora. O monitoramento desta
praticamente
elétricos.
variável é importante para avaliar a
patamar. Desta forma, os possíveis
Com relação ao item “quantidade
percepção do cliente quanto à qualidade
efeitos indesejáveis não se mostraram
de reclamações”, cabe ressaltar que
de energia e possíveis impactos na
relevantes,
se tratam das vezes em que o cliente
satisfação do cliente.
comparados aos ganhos verificados.
efetivamente formalizou uma reclamação
Os
à empresa, nos moldes estabelecidos na
Tabela
houve
quantidade de ocorrências expurgada
Seção VIII da Resolução Aneel 414/2010
uma redução de 56% no número de
por enquadramento como dia crítico.
– Tratamento de Reclamações, não
reclamações referentes à interrupção
Esta análise foi realizada pois uma
se devendo confundir este número
no fornecimento e que o número
possível
com as solicitações de atendimento
de
ocorrências, principalmente durante os
dados 4
apresentados
demonstram
solicitações
de
que
na
ressarcimento
danos
elétricos dentro
se do
principalmente,
manteve mesmo
quando
Uma última análise realizada foi a
redução
do
número
de
77
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Tabela 5 – Ocorrências por dia crítico
períodos de condições meteorológicas
desvantagens, buscando o alcance de
adversas,
uma condição ótima para cada cenário
poderia
levar
à
não
caracterização de dias críticos nos
climático verificado.
conjuntos, com possibilidade inclusive
de um efeito contrário com elevação
vez maior de automação da rede
de indicadores de continuidade por
de distribuição com equipamentos
este motivo.
religadores que permitem a prévia
programação
A Tabela 5 apresenta o total de
Considerando-se a tendência cada
de
diversos
grupos
ocorrências expurgados por dia crítico
de ajustes e comunicação remota
no período de comparação.
com os Centros de Operação, esta
Os valores verificados na Tabela 5
dinamicidade na parametrização da
demonstram que, conforme esperado,
proteção fica cada vez mais facilitada.
realmente
ocorreu
um
menor
Os resultados obtidos pela EMG
enquadramento de ocorrências em
mostraram-se
bastante
satisfatórios
dia crítico com uma redução de 56%
em termos de redução das ocorrências
no período. No entanto, tendo em
emergenciais e dos indicadores de
vista o desempenho dos indicadores
continuidade que também se traduzem
de continuidade observados, pode-se
em menores custos operacionais para
dizer que esta redução coaduna com
a distribuidora.
a satisfação dos clientes e ratifica o entendimento de que os resultados
*Fernando Lima Costalonga é engenheiro
deste trabalho foram positivos.
eletricista e especialista em Gestão de Projetos. Atualmente, é gerente do
Conclusões
departamento de Operação da Energisa Minas Gerais.
Durante
o
trabalho
demonstrado
que
cada
ficou
uma
das
diferentes filosofias de proteção a ser adotada na rede de distribuição traz consigo vantagens e desvantagens na operação do sistema elétrico que devem ser consideradas, juntamente com a análise das características dos
Anderson Rabelo Rosa é analista de sistemas e especialista em Gestão de Negócios. É coordenador de operação da Energisa Minas Gerais. Mateus de Sousa Cardoso é engenheiro de produção, graduando em Gestão Estratégica e Inteligência em Negócios. Atualmente, é coordenador de qualidade da Energisa Minas Gerais.
alimentadores e dos clientes ligados à
Marcella Duque Carvalho é técnica em
jusante na tentativa de obter a melhor
eletrotécnica e ocupa o cargo de técnica de
performance possível.
distribuição da Energisa Minas Gerais.
A
adoção
parametrização filosofias
de
de
uma
forma
dinâmica proteção
de
destas
mostrou-se
Reinilson Rodrigues Cesario é engenheira eletricista, graduando em Gestão Estratégica e Inteligência em Negócios. Atualmente, é
bastante interessante, pois a alternância
gestor operacional da regional Venda Nova
permite combinar as vantagens e as
da EDP Escelsa.
78
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Led será a principal fonte de luz em até cinco anos
A projeção é dos consumidores de produtos e sistemas de iluminação que participaram da pesquisa publicada a seguir. Para os mesmos usuários, a qualidade dos produtos disponíveis no mercado brasileiro é apenas satisfatória
79
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Que o Led é a iluminação do futuro ninguém duvida, mas na opinião
dos consumidores – representados nesta pesquisa por projetistas, instaladores, revendedores e empresas de manutenção e consultoria –, isso deve acontecer em um futuro bastante próximo. Para 50% deles, o
distribuidores entrevistados nesta pesquisa, com índices praticamente idênticos aos registrados na pesquisa realizada no ano anterior. PRINCIPAIS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO
Led será a principal fonte de luz em até cinco anos. Para se ter uma ideia, para 94% desses usuários, o Led é a principal lâmpada comprada e/ou
Público
especificada, seguida pelas lâmpadas fluorescentes tubulares (71%)
42%
e a vapor metálico (65%). As incandescentes perdem cada vez mais mercado, tendo sido citadas por apenas 24% dos pesquisados.
Residencial
47%
Mesmo com a retração do mercado, 53% dos consumidores
Comercial
71%
estimam investimentos na compra e/ou especificação de produtos e sistemas de iluminação de até R$ 1 milhão neste ano de 2015. 6% deles
Industrial
73%
planejam investir entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões neste segmento. O resultado mostra confiança diante de um mercado que vem sendo afetado pelo cenário econômico negativo atual. Segundo os fabricantes e distribuidores desses produtos, a desaceleração da economia brasileira e o refreamento do setor da construção civil são os principais impeditivos
para o crescimento deste setor.
os produtos, sendo mencionado por 56% dos entrevistados. Neste
Outro ponto importante desta pesquisa diz respeito à qualidade dos
ano, este foi o canal menos indicado. Para a maioria dos pesquisados
produtos e sistemas disponibilizados no mercado brasileiro. Para a maior
(67%), revendas e varejistas são o principal meio utilizado para a
parte dos consumidores (71%), a qualidade dos produtos é meramente
comercialização de seus produtos, seguido pelas vendas diretas ao
satisfatória, com notas 6 e 7. Apenas 29% deram notas 8 e 9 a este
cliente final (59%).
No ano passado, o telemarketing foi o principal canal para escoar
quesito. Sobre este assunto, a boa notícia é que o Inmetro deverá publicar em breve uma portaria que determina os requisitos para a avaliação da
PRINCIPAIS CANAIS DE VENDAS
conformidade compulsória de luminárias com lâmpadas de descarga e Led para iluminação pública viária. A medida deve contribuir para a promoção Telemarketing
da gestão da segurança energética no país, considerando que estes
16%
produtos apresentam requisitos mínimos de desempenho e segurança. O Inmetro deverá publicar a portaria com os requisitos ainda neste ano
Outros
21%
de 2015. Vale lembrar que, em março deste ano, o Inmetro publicou uma portaria que institui a certificação compulsória para as lâmpadas de Led
Distribuidores/Atacadistas
58%
com dispositivo integrado à base. As empresas fabricantes têm até a data limite de 13 de dezembro de 2015 para adequar seus produtos à
Venda direta ao cliente final
59%
nova regulamentação. No que se refere à comercialização, as empresas
Revendas/varejistas
67%
deverão, a partir de 13 de junho de 2016, já estarem adequadas aos novos produtos, de acordo com a portaria do Inmetro.
Apesar de os consumidores indicarem que a qualidade dos produtos
disponíveis nas prateleiras brasileiras ainda não é satisfatória, os mesmos usuários apontaram preço e garantia como os principais critérios na
hora de comprar um produto ou sistema de iluminação. Já treinamento
43% das empresas entrevistadas disseram apresentar produtos
(oferecido pelo fabricante) e local de fabricação (nacional ou importado)
com certificado ISO 9001 (de qualidade) e 17% afirmaram ter
são os itens que menos impactam a decisão de compra.
equipamentos com a certificação ISO 14001 (de gestão ambiental).
Confira, nas páginas a seguir, o levantamento completo, assim como
informações detalhadas – como contatos, número de funcionários,
A adesão às certificações ISO continua pouco significativa:
CERTIFICAÇÕES ISO
certificações, assistência técnica, entre outras – sobre cada uma das empresas participantes da pesquisa.
ISO 14001
17% Mercado brasileiro de produtos e sistemas de iluminação
Os setores industrial (73%) e comercial (71%) continuam sendo
apontados como os principais clientes atendidos pelos fabricantes e
ISO 9001
43%
80
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
Os fabricantes e distribuidores apontaram as luminárias industriais
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
LÂMPADAS MAIS COMERCIALIZADAS
(69%), com Leds (66%) e comerciais (60%) como os produtos mais comercializados desta área. As luminárias de Led apresentaram uma importante evolução com relação ao ano passado, quando ocupou o
Leds
quarto lugar das mais comercializadas, com 52% das indicações.
66%
LUMINÁRIAS MAIS COMERCIALIZADAS
38%
53%
35%
De Emergência
34% 24% Para Atmosferas Explosivas 21%
De Sinalização (saídas, heliportos, aeroportos, etc.)
Dicróicas
24%
Públicas
Especiais
Decorativas
24%
Projetores
53%
Halógenas
25%
Decorativas
21%
8%
Mistas
Incandescentes
16% 11%
Fluorescentes compactas
Vapor de mercúrio
25%
Refletores
58%
47%
34%
Led Comerciais
60%
Fluorescentes tubulares
36%
Industriais
69% 66%
Vapor metálico
Especiais Miniaturas
5%
Indução
O Led continua, pelo terceiro ano consecutivo, sendo o tipo de
lâmpada mais comercializada pelo setor, segundo a pesquisa. No
Reatores e/ou ignitores foram apontados por 47% das
ano passado, 60% dos entrevistados disseram ser este o tipo mais
empresas entrevistadas como os acessórios mais empregados
vendido. Neste ano, o índice subiu para 66%.
para iluminação.
81
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
ACESSÓRIOS PARA ILUMINAÇÃO MAIS UTILIZADOS
Percepção do tamanho anual do mercado de luminárias INDUSTRIAIS
Reatores e/ou ignitores
8%
47% 35% 34% 34% 29% 27% 24% 18%
Porta lâmpadas (soquetes) e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias Sensores para iluminação
Acima de R$ 500 milhões 18%
18%
Até R$ 10 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
12%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Relés fotoelétricos
12%
Sistemas de controle automático de iluminação Interruptores
18%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 14%
Variadores de intensidade (dimmers)
Sistemas de gerenciamento de iluminação pública
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões PÚBLICAS
8%
Até R$ 10 milhões 8% 34%
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 10%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Os gráficos a seguir demonstram a opinião dos fabricantes
10%
e distribuidores entrevistados referente ao tamanho total do
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
mercado de cinco luminárias mais representativas do setor. Destaque para luminárias para atmosferas explosivas, cuja maioria
16%
dos pesquisados (47%) avaliou que este mercado fatura até R$
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
10 milhões por ano, e para as luminárias públicas, cuja maioria das empresas (34%) pesquisadas disse faturar acima de R$ 500 milhões anuais.
14%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
82
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação COMERCIAIS
DESTINO DOS PRODUTOS
11%
Acima de R$ 500 milhões
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
17%
94%
Até R$ 10 milhões
Nacional
15%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
16%
6%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 15%
Exportação
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
naquele ano, mas, de acordo com a pesquisa deste ano, efetivamente, as
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
empresas apresentaram crescimento real de 10% em 2014. Para este
15%
as entrevistadas apontavam um acréscimo de 9% para o mercado de iluminação. No que concerne ao quadro de funcionários, na média, as
PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
empresas pretendem acrescentar apenas 4% ao seu pessoal.
6%
PREVISÕES DE CRESCIMENTO
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões 11%
ano, elas esperam crescer outros 8% e o mercado como um todo deve contar com um crescimento médio de apenas 3%. No ano passado,
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
8%
Na pesquisa realizada em 2014, as empresas planejavam crescer 15%
11%
47%
Até R$ 10 milhões
Acréscimo ao quadro de funcionários da empresa em 2015
4%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
3%
7%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Crescimento do tamanho anual total do mercado para 2015 Previsão de crescimento percentual para sua empresa em 2015
8%
21%
10%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
ESPECÍFICAS PARA LEDS
Crescimento das empresas em 2014 comparado ao ano anterior
As empresas que participaram deste levantamento são bastante
diversificadas no que diz respeito ao seu tamanho. Destacam-se as empresas que faturam até R$ 3 milhões (20%) e as que faturam
19%
Acima de R$ 500 milhões
entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões (19%).
10%
FATURAMENTO ANUAL MÉDIO DAS EMPRESAS EM 2014
Até R$ 10 milhões De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
13%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
13%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 17%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
4%
13%
Acima de R$ 200 milhões
7%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 2%
De R$ 80 milhões a R$ 100 milhões
11%
10% 15%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 80 milhões
19%
O destino dos produtos continua sendo o mercado nacional.
Ficam no país 94% dos produtos de iluminação e apenas 6% são destinados à exportação.
20%
Até R$ 3 milhões
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
15% 12%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
84
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
FATORES QUE JUSTIFICAM AS PREVISÕES DE CRESCIMENTO PARA ESTE MERCADO EM 2015
6% 5%
Outros
Programas de incentivo do governo
15%
23%
Desvalorização da moeda brasileira
Desaceleração da economia brasileira
14%
2%
Setor da construção civil aquecido
Falta de confiança de investidores 5%
Falta de normalização e/ou legislação 2%
15%
Setor da construção civil desaquecido
Incentivos por força de legislação ou normalização 6%
Crise internacional
7%
Projetos de infraestrutura
Opinião dos consumidores de equipamentos e acessórios de iluminação Projetistas (30%), revendedores (22%) e empresas de consultoria (22%) representam a maior parte dos consumidores que participaram do levantamento. Empresas de manutenção e instalação, assim como usuários finais, também fazem parte do perfil de consumidores que fizeram parte da pesquisa. PERFIL DOS CONSUMIDORES QUE PARTICIPARAM DA PESQUISA
5%
Consumidora de produtos 22%
30%
Projetista
Revendedora de produtos 8%
Instaladora 22%
Atua em consultoria
13%
Atua em manutenção
86
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
`Luminárias industriais e comerciais aparecem empatadas como as principais luminárias
comercializadas, indicadas por 76% dos entrevistados. Na pesquisa realizada no ano passado, as luminárias industriais foram apontadas como as mais compradas e/ou especificadas por 85% dos consumidores. As luminárias de Leds foram mencionadas por 71% das empresas, dividindo o terceiro lugar com os projetores. PRINCIPAIS LUMINÁRIAS COMPRADAS E/OU ESPECIFICADAS
Comerciais
76%
Industriais
76% 71% 71%
Específicas para Leds
Refletores
59% 59% 53%
Projetores
De emergência Públicas
Decorativas
41%
Especiais
29% De sinalização (saídas, heliportos, aeroportos, etc.) 29% 24% Para atmosferas explosivas
Se na pesquisa do ano passado as lâmpadas fluorescentes compactas e as tubulares
foram destacadas, ambas por 80% dos consumidores, como os produtos mais comprados e/ou especificados, neste ano, o Led segue disparado na frente, tendo sido citado por 94% das empresas pesquisadas. Em seguida, estão as fluorescentes tubulares e as lâmpadas a vapor metálico. PRINCIPAIS LÂMPADAS COMPRADAS E/OU ESPECIFICADAS
Leds
94% Fluorescente Tubulares
71% 65% 59%
35%
Halógenas
24% 24% 12%
Dicroicas Mistas
29%
Decorativas Incandescentes
De Indução
Fluorescentes Compactas
Vapor Mercúrio
47% 41%
Vapor Metálico
87
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Para 50% dos entrevistados, definitivamente, o Led é a luz do
futuro. Para eles, em até cinco anos, o Led deverá ser a principal fonte de luz do mercado brasileiro e para outros 37% isso deve ocorrer em até dez anos. EM QUANTO TEMPO OS LEDS SERÃO A PRINCIPAL FONTE LUMINOSA
13%
de 11 até 20 anos 50%
em até 5 anos 37%
de 6 a 10 anos
A estimativa em relação à compra de produtos para equipamentos
de iluminação não está tão otimista em 2015. A maioria (88%) disse que pretende investir até 5 milhões ainda neste ano. ESTIMATIVA DE COMPRA E/OU ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTOS E SISTEMAS DE ILUMINAÇAO
6% 6%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 53%
Até R$ 1 milhão
35%
De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões
O nível de satisfação dos consumidores com este mercado
não é dos melhores. Se, na pesquisa do ano passado, 50% dos consumidores deram notas de 6 a 7 aos produtos disponíveis nas prateleiras brasileiros, neste ano aumentou para 71%. Apenas 29% dos pesquisados deram notas 8 e 9. GRAU DE SATISFAÇÃO COM A QUALIDADE DO PRODUTO DE ILUMINAÇÃO
29%
Notas de 8 e 9
71%
Notas de 6 e 7
88
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação Para complementar a avaliação de satisfação, questionamos os
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
LOCAL DE FABRICAÇÃO DO PRODUTO (NACIONAL OU IMPORTADO)
usuários sobre as empresas participantes da pesquisa sobre quais
12%
fatores são mais relevantes na decisão de compra e/ou especificação de
Nota 10
produtos. Os quesitos garantia e preço receberam as notas mais altas.
24%
Notas de 1 a 5 29%
GARANTIA
6%
Nota 10
Notas de 8 a 9
6%
Notas de 1 a 5
12% 35%
Notas de 6 a 7
Notas de 6 a7
O FORNECEDOR TER ISO 9001 E/OU 14001
12%
Nota 10
76%
12%
Notas de 8 a 9
Notas de 8 a 9 41%
PREÇO
Notas de 1 a 5 35%
12% 23%
Notas de 6 a 7
Notas de 1 a 5
Nota 10
Novamente, a maior parte dos consumidores pesquisados (31%) enxerga o mercado como em franco crescimento. CLASSIFICAÇÃO DO MERCADO BRASILEIRO DE PRODUTOS E SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
65%
Notas de 8 a 9 2%
Outros
Assim como na pesquisa do ano passado, treinamento
4%
oferecido pelo fabricante, local de fabricação do produto (nacional
Oferece bom respaldo técnico
ou importado) e a empresa ter alguma certificação ISO foram os critérios menos considerados pelos consumidores entrevistados. TREINAMENTO OFERECIDO PELO FABRICANTE
11%
Apresenta produtos com pouca qualidade técnica
16%
Com deficiências técnicas (assistência e suporte) 5%
18%
Com produtos de boa qualidade técnica
Desatualizado 24%
Notas de 8 a 9
41%
Notas de 1 a 5 13%
Atento às tendências internacionais 31% 35%
Notas de 6 a 7
Em franco crescimento
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
X X X X
X X
X
ACCORD ILUMINAÇÃO
(46) 3581-5950 www.accordiluminacao.com.br Dois Vizinhos
PR
X
X
X
AJJ ILUMINAÇÃO
(11) 5021-6128
São Paulo
SP
X X X X
ALPER
(11) 3265-6760 www.alper.com.br
São Paulo
SP
X X X
ALPHA MARKTEC
(11) 2782-3200 www.alphamarktec,com.br
São Paulo
SP
ALPHA-EX
(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br
São Paulo
SP
ALUMBRA
(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br
São Bernardo do Campo
SP
AMERICAN LIGHTING
(11) 2338-8060 www.americanlighting.com.br São Paulo
SP
ANOLIGHT
(31) 3476-6144 www.anolight.com.br
Indaial
SC
ARM ILUMINAÇÃO
(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br
São Paulo
SP
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ARTIERE ELETRÔNICA
(41) 3018-4444 www.artiere.com.br
Curitiba
PR
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AUREON
(11) 3966-6211 www.aureon.com.br
São Paulo
SP
X
AVANT LIGHTING
(11) 3355-2220 www.avantled.com.br
São Paulo
SP
BARSOTTI
(21) 2501-5971 www.barsotti.ind.br
Rio de Janeiro
RJ
BENLUZ ILUMINAÇÃO
(11) 3225-0805 www.benluz.com.br
São Paulo
SP
X
BETA SISTEMAS
(11) 4115-1408 www.betasistemas.com.br
São Paulo
SP
X
BLAN LUMINÁRIAS
(49) 3344-0233 www.blanluminarias.com.br
São Lourenço do Oeste
SC
BLEST DO BRASIL
(41) 3274-4472 www.blest.com.br
Curitiba
PR
BLINDA
(15) 3353-7070 www.blinda.com.br
Votorantim
SP
BLUMENAU ILUMINAÇÃO
(47) 3036-5155 www.blumenau.ind.br
Blumenau
SC
CENTRAL EX
(19) 3708-9200 www.central-ex.com.br
Campinas
SP
CENTRAL ILUMINAÇÃO
(31) 3429-8503 www.centraliluminação.com.br Belo Horizonte
MG
CLARITEK
(31) 3286-7551 www.claritek.com.br
Varginha
MG
X
X X
COEL
(11) 2066-3211 www.coel.com.br
São Paulo
SP
X
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COISARADA
(49) 3251-9000 www.coisarada.net
Lages
SC
COMPACT CIA
(41) 3045-1031 www.compactcia.com
Curitiba
PR
X
CONEX
(11) 2331-0303 www.conex.ind.br
São Bernardo do Campo
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CONEXLED
(11) 2331-0303 www.conexled.com.br
São Bernardo do Campo
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De Sinalização
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De Emergência
São José dos Pinhais
Públicas
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0800 707 2977 www.abalux.com.br
Comerciais
SP
ABALUX
Luminárias
Industriais
Ribeirão Preto
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
Cidade
(16) 2101-0100 www.aradioluz.com.br
Fornece projetos de iluminação
Telefone Site
A RADIO LUZ
Importa produtos acabados
EMPRESA
Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Certificado ISO 9001
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Outros
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
Revendas/varejistas
Canal de vendas
Distribuidores/atacadistas
Público
Residencial
Comercial
Industrial
Fabricante e distribuidora
Distribuidora
Estado
Fabricante
segmento A empresa é Principal de atuação
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes
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São Paulo
SP
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DNI - KEY WEST
(11) 3933-8888 www.dni.com.br
São Paulo
SP
X
ELETRO TERRIVEL
(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br
São Paulo
SP
EMBRAMAT
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
SP
X
X
EMPALUX
(41) 3021-3500 www.empalux.com.br
São Jose dos Pinhais
PR
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X X X
X X
ENERBRAS
(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
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X X
ENGELUZ
(43) 3528-1467 www.engeluz.com.br
Wenceslau Braz
PR
X
ETIL
(11) 3616-6666 www.etil.com.br
São Paulo
SP
X
EXATRON
0800 541 3310 www.exatron.com.br
Porto Alegre
RS
X
FINDER
(11) 4223-1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
FLEX AUTOMATION
(11) 2389-2777 www.flexautomation.com.br
São Paulo
SP
X
FORTLIGHT
(11) 2087-6000 www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
X X
FURUKAWA
(11) 5501-5800 www.furukawa.com.br
Curitiba
PR
X
GE LIGHTING
(11) 3614-1900 www.gelighting.com
São Paulo
SP
X
GEVI GAMMA
(11) 3842-7655 www.gevigamma.com.br
São Paulo
SP
GLOLANI
(11) 2294-1133 www.glolani.com.br
São Paulo
SP
GREENLUCE
(11) 2161-9900 www.greenluce.com.br
São Paulo
sp
GRUPO FOXLUX
(41) 3302-8100 www.foxlux.com.br
Pinhais
PR
GUARILUX
(11) 4035-1552 www.guarilux.com.br
Bragança Paulista
SP
X
GUBRO
(21) 2592-0190 www.gubro.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X X
HDA ILUMINAÇÃO
(54) 3298-2100 www.hda.ind.br
Nova Petrópolis
HELLERMANNTYTON
(11) 2136-9090 www.hellermanntyton.com.br Jundiaí
IDEAL INDUSTRIES
(11) 4314-9930 www.idealindustries.com.br
ILUMATIC
(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br
ILUMI
(19) 3572-2299 www.ilumi.com.br
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São Bernardo do Campo
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São Paulo
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Leme
SP
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De Sinalização
Jundiaí
(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br
X
De Emergência
(11) 4431-4300 www.dialight.com
DINATEL
X
Públicas
DIALIGHT
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X
Comerciais
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X
Luminárias
Industriais
X
Fornece projetos de iluminação
SP
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes
Itatiba
Importa produtos acabados
(11) 4894-8800 www.demape,com.br
Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
PR
DEMAPE
Certificado ISO 9001
Curitiba
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Cidade
(41) 3029-1144 www.decorlux.com.br
Outros
Telefone Site
DECORLUX
Telemarketing
EMPRESA
Venda direta ao cliente final
Revendas/varejistas
Canal de vendas
Distribuidores/atacadistas
Público
Residencial
Comercial
Industrial
Fabricante e distribuidora
Distribuidora
Estado
Fabricante
segmento A empresa é Principal de atuação
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
X X
X X X X X X
X X
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
RS
X
X X X X X X
Embu das Artes
SP
X
X X
KDL ILUMINAÇÃO
(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br
Cotia
SP
L.D.X
(11) 4044-1378 www.luminariasdom.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X
LALUX
(31) 3476-6144 www.lalux.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X X
X X
X
X
LÂMPADAS GOLDEN
(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X X
X
X
LEDSTAR
(11) 5078-5506 www.ledstar.com.br
São Paulo
SP
X
LEGRAND
0800 11 8008 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
LG ELETRONICS
(11) 4004-5400 www.lge.com.br
São Paulo
SP
X
X X
LIGHT TOOL
(15) 3489-8313 www.lighttool.com.br
Iperó
SP
X
LLUM BRONZEARTE
0800 880 2153 www.bronzearte.com.br
Embu das Artes
SP
LUCCHI
(11) 3704-3737 www.lucchi.com.br
São Paulo
SP
LUMAVI
(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br
São José do Rio Preto
SP
X
X X
LUMICENTER
(41) 2103-2750 www.lumicenter.com
São José dos Pinhais
PR
X
X X X
LUMIMUNDI
(41) 3291-1717 www.lumimundi.com.br
Campo Largo
PR
X
X
LUMINÁRIAS PROJETO
(11) 2946-8200 www.luminariasprojeto.com.br São Paulo
LUMINARIAS SUN WAY
(21) 3860-2688 www.coloniallustres.com.br
LUTRON MACCOMEVAP MAEX
(19) 3455-5266 www.maexengenharia.com.br Santa Barbara D'Oeste
MAGNANI
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MAR-GIRIUS
0800 707 3262 www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
NAVILLE
(11) 2431-4500 www.naville.com.br
Guarulhos
SP
NORTEL
(19) 2102-7700 www.nortel.com.br
Campinas
SP
NOVVALIGHT
(41) 3291-1550 www.novvalight.com
Campo Largo
PR
X
X X
NUTSTEEL
(11) 2122-5777 www.nutsteel.com.br
São Paulo
SP
X
X
NVC LIGHTING
(11) 4435-1603 www.nvc-lighting.com.br
São Paulo
SP
OLIVO
(48) 2102-8820 www.olivosa.com.br
Siderópolis
SC
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Rio de Janeiro
RJ
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(11) 3257-6745 www.lutron.com
São Paulo
SP
X
(21) 2688-1216 www.maccomevap.com.br
Itaguaí
RJ
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De Sinalização
Caxias do Sul
(11) 4785-1010 www.itaimiluminacao.com.br
X X X X X
De Emergência
(54) 3209-1300 www.intral.com.br
ITAIM ILUMINAÇÃO
X X
Públicas
INTRAL
X X X
SP
Comerciais
Barueri
Luminárias
Industriais
(11) 4163-1296 www.i9lux.com
Fornece projetos de iluminação
INOVELUX
Importa produtos acabados
Telefone Site Cidade (47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau
Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Certificado ISO 9001
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Outros
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
Revendas/varejistas
Distribuidores/atacadistas
Público
Residencial
Comercial
Industrial
Fabricante e distribuidora
Canal de vendas
IMPERIAL LUMINARIAS
EMPRESA
Estado SC X
Distribuidora
Fabricante
segmento A empresa é Principal de atuação
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes
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X
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
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X
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OUROLUX
(11) 2172-1000 www.ourolux.com.br
São Paulo
SP
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PARAKLIN
(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br
São Paulo
SP
X
X X
PHILIPS
0800 979 1925 www.lighting.philips.com.br
Barueri
SP
X
X X X X X X
POLIMETAL
(31) 3361-8575 www.polimetal.com.br
Contagem
MG
X
POLLUX
(47) 3804-9474 www.pollux.ind.br
Joinville
SC
X
X X
POWER LUME
(54) 3222-3515 www.powerlume.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X X X X X
PRISMÁTICOS
(11) 2227-0540 www.prismaticosdobrasil.com.br São Paulo
QUALITRAFO
(35) 3559-0200 www.qualitrafo.com.br
Guaxupé
MG
X
QUALITRONIX
(35) 3471-3300 www.qualitronix.com.br
Santa Rita do Sapucaí
MG
X
REATIVA SERVICE
(42) 3222-3500 www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X
X
REEME
(11) 5562-1944 www.reeme.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
X
X
X
RENETEC
(11) 4991-1999 www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
X
X
X X
X
X
REPUME
(11) 4139-1656 www.repume.com.br
Taboão da Serra
SP
X
X
X X
X
X
REVOLUZ
(11) 3474-1274 www.revoluz.com.br
Diadema
SP
X
SANTA RITA
(48) 3271-5112 www.santarita.com.br
Florianópolis
SC
SCHRÉDER L
(19) 3856-9680 www.schreder.com/brs-pt
Vinhedo
SP
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De Emergência
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Osasco
Comerciais
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São Paulo
0800 55 7084 www.osram.com.br
X
Industriais
X
X X
(11) 4329-6787 www.opusled.com.br
OSRAM
X
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
X
X
OPUS LED
X X
Fornece projetos de iluminação
X X X
Mandaguari
X X
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes
X
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
X
X
X
ONIX
X
X
X
X
Cidade São Paulo
Luminárias
X
X X X
Telefone Site (11) 5034-1233 www.omegalight.com.br
X X
Importa produtos acabados
X
Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X
Certificado ISO 9001
Outros
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
Revendas/varejistas
Distribuidores/atacadistas
Público
Residencial
Comercial
Industrial
Canal de vendas
OMEGA LIGHT
EMPRESA
Estado SP X X PR X SP X
Fabricante e distribuidora
Distribuidora
Fabricante
segmento A empresa é Principal de atuação
X
X X
X
X
X X
X X
X X X X X
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
SOB BRASIL
(11) 5090-0030 www.sob-brasil.com
São Paulo
SP
STARTEC
(11) 2916-2357 www.startecimport.com.br
São Paulo
SP
STRAHL
(11) 2818-3838 www.strahl.com
São Paulo
SP
SULMINAS
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas
SUNLAB
(11) 4035-8575 www.sunlab.com.br
Bragança Paulista
SP
SUPERLED
(11) 3104-1591 www.sueprled.com.br
São Paulo
SP
SYLVANIA
(11) 3133-2400 www.sylvania-americas.com/pt São Paulo
SP
TASCO
0800 770 3171 www.tasco.com.br
Boituva
SP
X
TRANSVOLTEC
(11) 2014-2266 www.transvoltec.com.br
São Paulo
SP
X
TRÓPICO
(19) 3885-6428 www.tropico.com.br
Indaiatuba
SP
X
UNITRON
(11) 3931-4744 www.unitron.com.br
São Paulo
SP
VARIXX
(19) 3424-4000 www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
WALMONOF
(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br
São Paulo
SP
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
X X X
WGR
(11) 2155-5500 www.wgr.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
X
Z.LIGHT
(49) 3366-6000 www.zlight.com.br
Pinhalzinho
SC
X
X X X X X X X X
X
X X
X X
X X X
X X
X X
X X X X
X X X X
X X X
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X
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X
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X
X X X X X X X
X
X
X
X X X X
X X X X
MG
X X X X X X
X
X
De Sinalização
SP
X
De Emergência
Pirassununga
X X
X X
Públicas
(19) 3563-0303 www.skylux.com.br
X X X
X X X X
Comerciais
SKYLUX
X X
Luminárias
Industriais
São Paulo
Fornece projetos de iluminação
(11) 5622-0840 www.setson.com.br
Importa produtos acabados
SETSON LIGHT
Certificado ISO 14.000 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Telefone Site Cidade (11) 3207-8152 www.scorpiusiluminacao.com.br São Paulo
Certificado ISO 9001
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Outros
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
Revendas/varejistas
Distribuidores/atacadistas
Público
Residencial
Comercial
Industrial
Fabricante e distribuidora
Canal de vendas
SCORPIUS
EMPRESA
Estado SP X SP X
Distribuidora
Fabricante
segmento A empresa é Principal de atuação
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente Oferece treinamento técnico para os clientes
94
X
X X X
X
X
X X
X
X X X X X
X
X
X X X X X X X X
X
X
X X X X X X
X
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X
X
X
X X X
X X
X X X X X
X
X
X X X X
X X X X X X
X X
X X X X X
X X X X X
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
X X
SP
X
X X
ALPER
(11) 3265-6760 www.alper.com.br
São Paulo
SP
X X X X
ALPHA MARKTEC
(11) 2782-3200 www.alphamarktec,com.br
São Paulo
SP
X
ALPHA-EX
(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br
São Paulo
SP
X
ALUMBRA
(11) 4393-9300 www.alumbra.com.br
São Bernardo do Campo
SP
AMERICAN LIGHTING
(11) 2338-8060 www.americanlighting.com.br São Paulo
ANOLIGHT
(31) 3476-6144 www.anolight.com.br
Indaial
SC
ARM ILUMINAÇÃO
(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br
São Paulo
SP
ARTIERE ELETRÔNICA
(41) 3018-4444 www.artiere.com.br
Curitiba
PR
AUREON
(11) 3966-6211 www.aureon.com.br
São Paulo
SP
AVANT LIGHTING
(11) 3355-2220 www.avantled.com.br
São Paulo
SP
BARSOTTI
(21) 2501-5971 www.barsotti.ind.br
Rio de Janeiro
RJ
BENLUZ ILUMINAÇÃO
(11) 3225-0805 www.benluz.com.br
São Paulo
SP
X
BETA SISTEMAS
(11) 4115-1408 www.betasistemas.com.br
São Paulo
SP
X X X X
BLAN LUMINÁRIAS
(49) 3344-0233 www.blanluminarias.com.br
São Lourenço do Oeste
SC
X
X
BLEST DO BRASIL
(41) 3274-4472 www.blest.com.br
Curitiba
PR
X
X
BLINDA
(15) 3353-7070 www.blinda.com.br
Votorantim
SP
BLUMENAU ILUMINAÇÃO
(47) 3036-5155 www.blumenau.ind.br
Blumenau
SC
CENTRAL EX
(19) 3708-9200 www.central-ex.com.br
Campinas
SP
X
CENTRAL ILUMINAÇÃO
(31) 3429-8503 www.centraliluminação.com.br Belo Horizonte
MG
X X X X
CLARITEK
(31) 3286-7551 www.claritek.com.br
Varginha
MG
COEL
(11) 2066-3211 www.coel.com.br
São Paulo
SP
COISARADA
(49) 3251-9000 www.coisarada.net
Lages
SC
COMPACT CIA
(41) 3045-1031 www.compactcia.com
Curitiba
PR
CONEX
(11) 2331-0303 www.conex.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
CONEXLED
(11) 2331-0303 www.conexled.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
SP
X X
X
X
X
X X X X
X X X X X X X X X
X
X
X
X
X X X X X X X X
Sistemas de gerenciamento de iluminação pública
X
São Paulo
X X X X X
Sistemas de controle automático de iluminação
PR
(11) 5021-6128
X
X
Variadores de intensidade
(46) 3581-5950 www.accordiluminacao.com.br Dois Vizinhos
AJJ ILUMINAÇÃO
X X
Interruptores
ACCORD ILUMINAÇÃO
X
Sensores para iluminação
X X X
Relés fotoelétricos
PR
Reatores e/ou Ignitores
São José dos Pinhais
Especiais
X X X X X X X X X X
0800 707 2977 www.abalux.com.br
Miniaturas
SP
ABALUX
Decorativas
Ribeirão Preto
Leds
Cidade
(16) 2101-0100 www.aradioluz.com.br
De Indução
Telefone Site
Vapor metálico
EMPRESA A RADIO LUZ
Vapor de mercúrio
Halógenas
Dicróicas
Fluorescentes compactas
Fluorescente tubulares
Mistas
Especiais
Lâmpadas
Incandescentes
Refletores
Projetores
Decorativas
Estado
Para Atmosferas Explosivas
Luminárias
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
96
X X X
X X X X X X
X
X X
X
X
X
X X X
X
X
X X X X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X X X X
X X X
X X
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X
X X
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X X X X X X X X X
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X X X X
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X X X
X X X X X
X X X X
X X X X X X X
X X X
X X X X
X X X
X X X X
X
X
X X X
X X X X X X
X
X
X
X
X
X
X X X X X X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X X
X X X X X X
X X X
X
97
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
SP
São Paulo
SP
DNI - KEY WEST
(11) 3933-8888 www.dni.com.br
São Paulo
SP
ELETRO TERRIVEL
(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br
São Paulo
SP
EMBRAMAT
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
SP
EMPALUX
(41) 3021-3500 www.empalux.com.br
São Jose dos Pinhais
PR
X X X
ENERBRAS
(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
X
ENGELUZ
(43) 3528-1467 www.engeluz.com.br
Wenceslau Braz
PR
X X X X
X X X X
ETIL
(11) 3616-6666 www.etil.com.br
São Paulo
SP
X X X X
X X X X X X X X X X
EXATRON
0800 541 3310 www.exatron.com.br
Porto Alegre
RS
FINDER
(11) 4223-1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
FLEX AUTOMATION
(11) 2389-2777 www.flexautomation.com.br
São Paulo
SP
FORTLIGHT
(11) 2087-6000 www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
FURUKAWA
(11) 5501-5800 www.furukawa.com.br
Curitiba
PR
GE LIGHTING
(11) 3614-1900 www.gelighting.com
São Paulo
GEVI GAMMA
(11) 3842-7655 www.gevigamma.com.br
GLOLANI
(11) 2294-1133 www.glolani.com.br
GREENLUCE
(11) 2161-9900 www.greenluce.com.br
São Paulo
sp
X
GRUPO FOXLUX
(41) 3302-8100 www.foxlux.com.br
Pinhais
PR
X
GUARILUX
(11) 4035-1552 www.guarilux.com.br
Bragança Paulista
GUBRO
(21) 2592-0190 www.gubro.com.br
Rio de Janeiro
HAGER ELETROMAR
0800 724 2437 www.hager.com.br
Rio de Janeiro
RJ
HDA ILUMINAÇÃO
(54) 3298-2100 www.hda.ind.br
Nova Petrópolis
RS
HELLERMANNTYTON
(11) 2136-9090 www.hellermanntyton.com.br Jundiaí
IDEAL INDUSTRIES
(11) 4314-9930 www.idealindustries.com.br
São Bernardo do Campo
SP
ILUMATIC
(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br
São Paulo
SP
X X X X
ILUMI
(19) 3572-2299 www.ilumi.com.br
Leme
SP
X
X
X
Sistemas de gerenciamento de iluminação pública
Jundiaí
(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br
X
X X
Sistemas de controle automático de iluminação
(11) 4431-4300 www.dialight.com
DINATEL
X X
Variadores de intensidade
DIALIGHT
X
Interruptores
SP
Sensores para iluminação
Itatiba
Relés fotoelétricos
(11) 4894-8800 www.demape,com.br
Reatores e/ou Ignitores
DEMAPE
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
Cidade Curitiba
Especiais
Telefone Site (41) 3029-1144 www.decorlux.com.br
Miniaturas
Decorativas
Leds
De Indução
Vapor metálico
Vapor de mercúrio
Halógenas
Dicróicas
Fluorescentes compactas
Fluorescente tubulares
Mistas
Especiais
Incandescentes
Refletores
Projetores
Decorativas
Lâmpadas
DECORLUX
EMPRESA
Estado PR
Para Atmosferas Explosivas
Luminárias
X X X
X
X
X X X
X X
X
X
X X X X X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X X
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X X X X X X X X X X
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SP
X X X X
X X X X X X X
São Paulo
SP
X X X X X
São Paulo
SP
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X X X X
X
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X
X X X X X
X
X X X
X X X X
X
X
X X X X X X
X
X
SP
X X X
X X
X
X
X
RJ
X X X
X X
X
X
X
X
X X X
X
X X X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X X X X X
X
SP
X
X X X X X
X
X X X
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
(54) 3209-1300 www.intral.com.br
Caxias do Sul
RS
ITAIM ILUMINAÇÃO
(11) 4785-1010 www.itaimiluminacao.com.br
Embu das Artes
SP
X X X X
KDL ILUMINAÇÃO
(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br
Cotia
SP
X X X X X
L.D.X
(11) 4044-1378 www.luminariasdom.com.br
Diadema
SP
X
LALUX
(31) 3476-6144 www.lalux.com.br
Belo Horizonte
MG
X
LÂMPADAS GOLDEN
(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br
São Paulo
SP
X X X
LEDSTAR
(11) 5078-5506 www.ledstar.com.br
São Paulo
SP
X X X X X
LEGRAND
0800 11 8008 www.legrand.com.br
São Paulo
SP
LG ELETRONICS
(11) 4004-5400 www.lge.com.br
São Paulo
SP
LIGHT TOOL
(15) 3489-8313 www.lighttool.com.br
Iperó
SP
LLUM BRONZEARTE
0800 880 2153 www.bronzearte.com.br
Embu das Artes
SP
LUCCHI
(11) 3704-3737 www.lucchi.com.br
São Paulo
SP
LUMAVI
(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br
São José do Rio Preto
SP
X
LUMICENTER
(41) 2103-2750 www.lumicenter.com
São José dos Pinhais
PR
X X
LUMIMUNDI
(41) 3291-1717 www.lumimundi.com.br
Campo Largo
PR
X
LUMINÁRIAS PROJETO
(11) 2946-8200 www.luminariasprojeto.com.br São Paulo
LUMINARIAS SUN WAY
(21) 3860-2688 www.coloniallustres.com.br
Rio de Janeiro
RJ
LUTRON
(11) 3257-6745 www.lutron.com
São Paulo
SP
MACCOMEVAP
(21) 2688-1216 www.maccomevap.com.br
Itaguaí
RJ
X
MAEX
(19) 3455-5266 www.maexengenharia.com.br Santa Barbara D'Oeste
SP
X
X
MAGNANI
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X X X X X X X X X X X X X
X X X X
MAR-GIRIUS
0800 707 3262 www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
NAVILLE
(11) 2431-4500 www.naville.com.br
Guarulhos
SP
X X X X X
NORTEL
(19) 2102-7700 www.nortel.com.br
Campinas
SP
X X X X
NOVVALIGHT
(41) 3291-1550 www.novvalight.com
Campo Largo
PR
X X
NUTSTEEL
(11) 2122-5777 www.nutsteel.com.br
São Paulo
SP
NVC LIGHTING
(11) 4435-1603 www.nvc-lighting.com.br
São Paulo
SP
X X X
OLIVO
(48) 2102-8820 www.olivosa.com.br
Siderópolis
SC
X X X
SP
X X
X X
X X X X
X X X
X
X X
X
X X
X X
X
X X X X X
X
Sistemas de gerenciamento de iluminação pública
INTRAL
X X X X X
X
Sistemas de controle automático de iluminação
SP
Variadores de intensidade
Barueri
Interruptores
(11) 4163-1296 www.i9lux.com
Sensores para iluminação
INOVELUX
Relés fotoelétricos
Telefone Site Cidade (47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau
Reatores e/ou Ignitores
Especiais
Miniaturas
Decorativas
Leds
De Indução
Vapor metálico
Vapor de mercúrio
Halógenas
Dicróicas
Fluorescentes compactas
Fluorescente tubulares
Mistas
Especiais
Incandescentes
Refletores
Projetores
Decorativas
Lâmpadas
IMPERIAL LUMINARIAS
EMPRESA
Estado SC
Para Atmosferas Explosivas
Luminárias
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
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X
X X X
X
X X
X
X
X
X
X X
X X
X
X X
X X X X X X X X
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X X
X
X
X X X X
X
X
X
X X X X X
X
X
X X
X
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
São Paulo
SP
0800 979 1925 www.lighting.philips.com.br
Barueri
SP
POLIMETAL
(31) 3361-8575 www.polimetal.com.br
Contagem
MG
POLLUX
(47) 3804-9474 www.pollux.ind.br
Joinville
SC
POWER LUME
(54) 3222-3515 www.powerlume.com.br
Caxias do Sul
RS
PRISMÁTICOS
(11) 2227-0540 www.prismaticosdobrasil.com.br São Paulo
QUALITRAFO
(35) 3559-0200 www.qualitrafo.com.br
Guaxupé
MG
QUALITRONIX
(35) 3471-3300 www.qualitronix.com.br
Santa Rita do Sapucaí
MG
REATIVA SERVICE
(42) 3222-3500 www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X
REEME
(11) 5562-1944 www.reeme.com.br
São Paulo
SP
X X X X X
RENETEC
(11) 4991-1999 www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
REPUME
(11) 4139-1656 www.repume.com.br
Taboão da Serra
SP
REVOLUZ
(11) 3474-1274 www.revoluz.com.br
Diadema
SP
SANTA RITA
(48) 3271-5112 www.santarita.com.br
Florianópolis
SC
X X X
SCHRÉDER L
(19) 3856-9680 www.schreder.com/brs-pt
Vinhedo
SP
X X X X X
SP
X
Sistemas de gerenciamento de iluminação pública
(11) 3948-0042 www.paraklin.com.br
PHILIPS
Sistemas de controle automático de iluminação
PARAKLIN
X X X
Variadores de intensidade
SP
X X
X X X X X X X
X X
X
Interruptores
São Paulo
X
X X X X
X X X
X
X
Sensores para iluminação
(11) 2172-1000 www.ourolux.com.br
X
Relés fotoelétricos
OUROLUX
X
X X
X X
Reatores e/ou Ignitores
SP
X X
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
SP
Osasco
Especiais
São Paulo
0800 55 7084 www.osram.com.br
X X X X X X
Miniaturas
(11) 4329-6787 www.opusled.com.br
OSRAM
X
Decorativas
OPUS LED
X X
Leds
PR
De Indução
Mandaguari
Vapor metálico
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Vapor de mercúrio
ONIX
Halógenas
Estado SP
Dicróicas
Cidade São Paulo
Fluorescentes compactas
Telefone Site (11) 5034-1233 www.omegalight.com.br
Fluorescente tubulares
EMPRESA OMEGA LIGHT
Mistas
Especiais
Lâmpadas
Incandescentes
Refletores
Projetores
Decorativas
Para Atmosferas Explosivas
Luminárias
X
X X
X X
X X X X X X X X X X X X X X
X X
X
X X X
X
X
X
X
X X
X X X
X X
X
X
X X
X
X X X X
X
X
X
X X X X
X X
X X X
X
X
X X X X X X X X X X X X
X
X X X X
X X X
X X X X X
X X
X
X X X X
X X
X X
X X X X X X X X X X
X X X X
X
X X X X X X X
X
X
X
X
X
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
X X X
SOB BRASIL
(11) 5090-0030 www.sob-brasil.com
São Paulo
SP
X
STARTEC
(11) 2916-2357 www.startecimport.com.br
São Paulo
SP
X X X
STRAHL
(11) 2818-3838 www.strahl.com
São Paulo
SP
X
SULMINAS
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas
SUNLAB
(11) 4035-8575 www.sunlab.com.br
Bragança Paulista
SP
X X X X
X
SUPERLED
(11) 3104-1591 www.sueprled.com.br
São Paulo
SP
X X X X X
X
SYLVANIA
(11) 3133-2400 www.sylvania-americas.com/pt São Paulo
SP
TASCO
0800 770 3171 www.tasco.com.br
Boituva
SP
TRANSVOLTEC
(11) 2014-2266 www.transvoltec.com.br
São Paulo
SP
TRÓPICO
(19) 3885-6428 www.tropico.com.br
Indaiatuba
SP
UNITRON
(11) 3931-4744 www.unitron.com.br
São Paulo
SP
VARIXX
(19) 3424-4000 www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
WALMONOF
(11) 2421-0230 www.walmonof.com.br
São Paulo
SP
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
WGR
(11) 2155-5500 www.wgr.com.br
São Paulo
SP
Z.LIGHT
(49) 3366-6000 www.zlight.com.br
Pinhalzinho
SC
Sistemas de gerenciamento de iluminação pública
SP
Sistemas de controle automático de iluminação
Pirassununga
Variadores de intensidade
(19) 3563-0303 www.skylux.com.br
Interruptores
SKYLUX
Sensores para iluminação
SP
Relés fotoelétricos
São Paulo
Reatores e/ou Ignitores
(11) 5622-0840 www.setson.com.br
Especiais
SETSON LIGHT
Miniaturas
Telefone Site Cidade (11) 3207-8152 www.scorpiusiluminacao.com.br São Paulo
Decorativas
Leds
De Indução
Vapor metálico
Vapor de mercúrio
Halógenas
Dicróicas
Fluorescentes compactas
Fluorescente tubulares
Mistas
Especiais
Incandescentes
Refletores
Projetores
Decorativas
Lâmpadas
SCORPIUS
EMPRESA
Estado SP
Para Atmosferas Explosivas
Luminárias
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
100
X X X X X
X X
X X X X X X
X X X X X X X
MG
X
X
X X
X X X
X X X X X X X X X X X X
X
X X
X
X X
X X X X
X
X
X
X
X X
X X
X X X X X X X
X
X
X X X X
X X
X X X X
X X X X X
X
X
X X
X
X X X
X
X
102
Aula prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
MANUTENÇÃO PREDITIVA COM INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA INTELIGENTE SISTEMA DE MONITORAMENTO PERMITE A REALIZAÇÃO DE INSPEÇÕES REMOTAS E PERSONALIZADAS NO CAMPO DE VISÃO DAS CÂMERAS TERMOGRÁFICAS Por Daniel Sampaio, Victor Gomes de Sousa, Daniel Rubbo, Alan Costa e Ruben Glatt*
C
âmeras infravermelhas que ori
ginalmente foram desenvolvidas para uso militar durante a guerra da Coreia acharam rapidamente aplicação em segurança pública e depois migraram para
uso
comercial
em
diversas
aplicações. Por meio desta tecnologia é possível detectar processos de falhas, gerados
por
anomalias
térmicas,
em estágios iniciais, em um dado componente
de
elétrico
mecânico,
ou
um
equipamento antes
de
interromper sua operação. Atualmente, devido ao seu processamento digital, câmeras
termográficas
permitem
facilmente a aquisição, transmissão e
pós-processamento
de
imagens
infravermelhas de alta qualidade. Inspeções sistemas
termográficas elétricos
em
identificam
problemas causados por anomalias térmicas
devido
ao
efeito
joule.
Pontos quentes em circuitos elétricos são
geralmente
causados
pelo
aumento da resistência ôhmica devido ao mau contato de componentes, corrosão ou oxidação de conexões, distribuição
inadequada
de
carga
ou falha no componente. Embora pareça um procedimento simples, a inspeção termográfica, tanto na aquisição das imagens quanto em sua análise, depende de conhecimento
103
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
e avaliação de diversas influências
medir temperatura e umidade, sendo
após a descoberta de um defeito por
inerentes ao processo ou inseridas
possível obter suas medições pela
meio de uma inspeção termográfica.
nele. Essas influências podem estar
rede de dados. Estas informações são
Já Madding e Lyon Jr. fazem uma
relacionadas
qualificação
do
importantes para calibrar as imagens
revisão dos fatores de avaliação dos
características
a
da
adquiridas pela câmera termográfica,
resultados obtidos usando termografia
câmera termográfica, características
com o intuito de se ter valores
infravermelha,
do alvo da inspeção e condições
precisos de temperatura. O sistema
carga até elementos climáticos. O
ambientais
inspeção
desenvolvido analisa então regiões
mesmo Lyon Jr., alguns anos depois,
primeiras
do sistema elétrico alvo, escolhido e
discute a relação entre a corrente e a
influências citadas forem controladas,
configurado previamente, e produz
temperatura de uma conexão falha,
os principais obstáculos em uma
um diagnóstico.
tanto
termografista,
ocorre.
nas
Se
quais
as
a
duas
inspeção termográfica em um sistema carga
variável
e
quanto
a
corrente
resposta
de
térmica
como uma função da corrente da
Aspectos gerais
elétrico serão emissividade, corrente de
desde
carga. Ele defende que processos
condições
de diagnóstico, com base apenas na
ambientais (vento, umidade, tempe
ratura radiação solar etc.).
de
É importante entender o processo suas
ou aumento de temperatura, correm
Para a detecção automática de
características e limitações, além do
o risco de resultar em diagnósticos
falhas foi desenvolvido um sistema de
processo de análise das imagens
errados. O trabalho de Madding, em
monitoramento que foi instalado em
termográficas obtidas para se obter
2002, aborda como a emissividade
um computador servidor conectado
um diagnóstico correto. O trabalho de
afeta a medição da temperatura e
à rede de dados da empresa. Este
Epperly et al. mostra que um programa
discute técnicas para a sua estimação.
computador recebe imagens de uma
de
Madding
câmera IP com visão noturna e de uma
equipamento adequado e pessoal
que
câmera termográfica, ambas instaladas
treinado
ser cobertos por materiais com alta
em
inspeção
termográfica,
inspeção
termográfica
pode
ser
usando
extremamente
medição
da
seus
temperatura
propõe
as
absoluta
manufaturas
equipamentos
deveriam
eficiente na prevenção de potenciais
emissividade
que possibilita movimento vertical e
falhas
É
em relação a assinatura térmica e
horizontal sobre o seu eixo fixo. Este
apresentada
definição
modelo térmico sob todos os tipos de
sistema também tem acesso a alguns
de termografia infravermelha, suas
condições ambientais.
dados em tempo real, como potência
vantagens e limitações, critérios para
ativa, corrente e tensão pela rede
seleção de uma câmera termográfica
a termografia é comumente usada
OPC da empresa. No suporte das
e diversos critérios e recomendações
para
câmeras está instalado um sensor para
para determinar a urgência de reparo
de distribuição elétrica. O método
um
suporte
microcontrolado
em
sistemas uma
elétricos.
breve
e
trazer
informações
O trabalho de Ishino afirma que inspecionar
equipamentos
104
Aula prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
proposto usa a câmera anexada a um
Um tópico importante discutido é
falhas
cabo aéreo para capturar imagens
o processamento de imagem, em
processamento
de cadeia de isoladores no topo de
que são usados vários algoritmos
utilizando inteligência artificial por
linhas de transmissão ou distribuição.
conhecidos (Itada para segmentação
meio de redes neurais artificiais. Com
A princípio, alguém deveria extrair os
de imagem e Otsu para seleção
o intuito de validar este trabalho, o
isoladores da imagem capturada pela
de limiares) a fim de achar pontos
sistema elétrico alvo escolhido foi a
câmera. Como as temperaturas do
quentes na imagem. Foi realizada uma
região de um transformador elevador
suporte e do seu braço são uniformes,
análise quantitativa e qualitativa dos
localizado na área externa de uma
é
imagem
pontos quentes usando lógica Fuzzy.
pequena
original, deixando, em teoria, apenas
O trabalho de Usamentiaga et al.
elementos
objetos com uma temperatura mais
mostra que a medição de temperatura
são chaves seccionadoras, isoladores,
alta que aquela, que são geralmente
baseada em radiação infravermelha
para-raios, conexões na saída do
os objetos sob efeito de estudo.
depende
transformador
da
possível
subtraí-las
da
Salem, Ibitayo e Geil apresentam
da
configuração
emissividade.
correta
Entretanto,
automaticamente, de
usina a
aplicando
imagem
hidrelétrica
serem
e
cujos
inspecionados
elevador
e
vários
a
conectores que unem os cabos entre
calibração
configuração da emissividade não é
a saída do transformador elevador e a
de sistemas com base em câmeras
uma tarefa fácil, pois geralmente não
linha de transmissão.
infravermelhas para a caracterização
é conhecida precisamente, é muito
de
de
influenciada por efeitos de radiação e
alta potência. Omar at al. mostra
pode, inclusive, mudar de acordo com
que autorreferência é uma técnica
a temperatura.
infravermelha,
uma
metodologia
componentes
para
eletrônicos
que
elimina
a
O sistema de monitoramento desenvolvido
Neste trabalho, por meio de uma
necessidade de conhecimento prévio
sequência de imagens termográficas
O
do local para uma detecção automática
adquiridas de um sistema elétrico
foi desenvolvido para identificação
de defeitos em termogramas. Esta
alvo,
automática
é
desejado
identificar
suas
sistema de
de
monitoramento
falhas
técnica consiste em dividir a imagem termográfica em pequenas vizinhanças [10]. O trabalho de Ng revisa o método de
Otsu
para
selecionar
Sistema de controle
limiares
Banco de dados
ideais para distribuição bimodais e unimodais [8]. Já o trabalho de Neto, Costa e Maia mostra os resultados obtidos a partir de testes projetados
Posicionamento das câmeras
para avaliar a precisão da medição da temperatura de materiais submetidos a
diferentes
uma
condições,
câmera
usando
termográfica.
Além
Câmeras térmicas e IP
disso, busca definir os valores mais apropriados
de
emissividade
para
materiais normalmente encontrados em
um
equipamento
de
uma
subestação. Em geral, para a maioria
Análise de imagem para confirmação da posição
Sensores OPC
dos materiais testados, os melhores valores de emissividade encontrados Análise e detecção das falhas
estavam na faixa de 0,85 a 0,95. o
O trabalho de Oliveira propôs uso
da
termografia
para
a
previsão de manutenção de linhas de transmissão de energia elétrica.
Relatório Figura 1 – Visão geral do sistema inteligente de monitoramento.
de
um
105
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
determinado
sistema
elétrico
por
intermédio de uma sequência de imagens
termográficas.
As
partes
do sistema de monitoramento são apresentadas na Figura 1.
Os
sensores e a rede
OPC
A usina hidrelétrica tem diversos
sensores
instalados,
usados
para
medir corrente, tensão, potência ativa, potência reativa e fator de potência da energia gerada. Estes sensores são conectados a uma rede OPC e por meio dela é possível obter valores instantâneos
para
estas
variáveis.
Estas medições são importantes para calibrar as informações obtidas das imagens adquiridas usando a câmera termográfica e a análise delas.
C âmeras
e posicionamento
das câmeras
Esta parte do sistema consiste em
um suporte de câmera, mostrado na Figura 2, que é capaz de mover 180° na vertical e na horizontal sobre seu eixo. O movimento da câmera é realizado
Figura 2 – Visão explodida do suporte com movimentação para as câmeras.
106
Aula prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
por meio de dois motores de passo
predeterminadas. As coordenadas
Os contornos dos objetos nas
que são controlados por um Arduino,
destas posições são salvas em um
imagens
que
banco de dados e internamente
filtro padrão passa-alta tipo Sobel.
aberta de prototipagem composta
convertidas
os
Se
algumas
por uma placa microcontrolada muito
motores
motores
da
imagem
usada para automação doméstica.
de passo são usados devido à sua
coincidem com as mesmas partes da
Existem duas câmeras, uma câmera
alta precisão no posicionamento.
imagem que foi recém-adquirida, isto
IP com visão noturna e uma câmera
As imagens com os elementos alvo
significa que o posicionamento foi
infravermelha
Além
destas seis posições são mostradas
efetuado com sucesso. Caso contrário
disso, a temperatura e a umidade
nas Figuras 3 e 4, respectivamente,
as
ao redor da câmera são monitoradas
para a câmera IP com visão noturna
posição inicial, na qual um sensor de
continuamente.
e a câmera térmica infravermelha.
fim de curso é usado para calibrar e
é
O
uma
plataforma
termográfica.
controle
integrado usuário
a
na
eletrônica
das uma
câmeras interface
plataforma
de
em
passos
passo.
Os
para
câmeras
obtidos partes
usando
selecionadas
pré-processada
são
um
enviadas
salva
para
a
definir sua posição inicial.
é
C onfirmação
de
LabView,
são
de posicionamento
Comparando uma imagem pré-
Após a calibração, as câmeras são
enviadas
novamente
para
o
motores
processada salva com uma imagem
ponto desejado e o posicionamento
e indicadores de temperatura e
adquirida logo após o posicionamento
é
umidade. O programa se comunica
da câmera, é possível verificar se o
tentativas,
com o Arduino usando uma conexão
posicionamento
com
não funcionar, o sistema para e uma
Ethernet.
inspecionar
sucesso. Isto é necessário porque
mensagem de erro é enviada para a
todos os elementos desejados no
o sistema não consegue detectar
equipe de manutenção.
sistema elétrico alvo, é necessário
falhas
mover a câmeras para seis posições
movimentação das câmeras.
com
controles
A
para
fim
de
os
foi
mecânicas
efetuado
no
sistema
de
novamente
testado.
se
o
Após
três
posicionamento
Depois de confirmado o posiciona
mento
das
câmeras,
a
imagem
107
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
adquirida de ambas as câmeras e a informação instantânea dos sensores conectados na rede OPC são enviados para a análise e identificação de falhas.
A nálise Cada
das medições e detecção de falhas
posição
de
interesse
tem
uma
imagem
processada salva previamente em um banco de dados. Para cada posição, a região de cada elemento de interesse é marcada utilizando um programa qualquer de
Figura 3 – Imagens das seis posições de interesse obtidas com a câmera IP com visão noturna.
Figura 4 – Imagens das seis posições de interesse obtidas com a câmera termográfica infravermelha.
108
Aula prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Figura 5 – Exemplo da sequência de processamento para isolamento da região de cada objeto de interesse.
Figura 6 – Imagens pré-processadas com os elementos de interesse de cada uma das seis posições.
edição de imagens. Depois esta região
mínima e a temperatura mediana de
é isolada e uma imagem contendo
cada região são salvas junto aos valores
todos os pixels pertencentes a cada
de corrente, potência ativa, potência
elemento de interesse é criada e
reativa e fator de potência. Primeiro, uma
salva. Um exemplo desta sequência
rede neural artificial (RNA) foi treinada e
de processamento para isolamento da
validada para cada região usando um
região de cada objeto de interesse é
conjunto de cinquenta imagens com os
mostrado na Figura 5.
respectivos dados de sensores.
As
imagens
dos
elementos
de
A RNA possui a seguinte topologia:
interesse de cada uma das seis posições
cinco neurônios para a camada de
são mostradas na Figura 6.
entrada, cinco neurônios na camada
Todos os valores de temperatura são
intermediária e um neurônio na camada
lidos nas novas imagens adquiridas para
de saída. As cinco variáveis submetidas
cada região. Usando as informações
à camada de entrada são: temperatura
de temperatura e umidade do sensor
medida pelo sensor na câmera, umidade
presente no suporte das câmeras, os
medida pelo sensor na câmera, corrente,
valores de temperatura são corrigidos
potência ativa e potência reativa. A
e salvos. A temperatura média, a
camada de saída está relacionada à
temperatura máxima, a temperatura
temperatura média estimada para aquela
110
Aula prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Agradecimentos
região, de acordo com as condições
para cada região. Portanto, o banco
submetidas. O valor de saída da RNA
de dados possui todas as informações
é então comparado com o valor da
necessárias para o diagnóstico e
temperatura média obtida na região
também
a ajuda dos funcionários da empresa
da imagem. Se a diferença for maior
pelo diagnóstico. As informações são
Ceran
que a tolerância (neste trabalho foi
salvas cronologicamente.
atividade relacionada a este trabalho.
usado 15%), uma mensagem de alerta
é gerada. A temperatura máxima é
possível encontrar uma agenda do
também comparada com a temperatura
sistema,
máxima permitida para o material da
em que os elementos de interesse
EPPERLY, R. A.; HEBERTEIN,
região analisada e se for maior que o
do sistema devem ser inspecionados.
G. E.; EADS, L. G. A tool for
máximo aceito, um aviso de falha é
O controle das atividades é feito por
reliability and safety: predict and
emitido imediatamente.
meio da plataforma LabView.
prevent equipment failures with
as
informações
geradas
Os autores agradecem a atenção e envolvidos
em
qualquer
No banco de dados também é definindo
cada
Referências
momento
thermography. IEEE IAS 44th Annual
Todos os valores são salvos em
Conclusão e trabalho futuro
um banco de dados e uma tabela
Petroleum and Chemical Industry Conference, Sept. 1997, p. 59-68.
com a temperatura em cada região é atualizada. Se a região com a
O sistema desenvolvido analisa
FLIR SYSTEMS, Technical Data FLIR
mensagem de alerta persistir depois
regiões
A300, Part number 48201-1001, pp.
de três inspeções seguidas, um aviso
definido e configurado previamente,
1-30, [EN:ENGLISH], 2013.
de falha e um diagnóstico baseado
e produz um diagnóstico. O sistema
ISHINO, R. Detection of a Faulty
na diferença entre o valor esperado
permite também que um termografista
Power Distribution Apparatus by
e
o
gerados.
realize
Using Thermal Images, Image
O
diagnóstico
gerado
dentro
valor
medido
são
também
é
do
sistema
inspeções do
campo
elétrico
alvo,
personalizadas de
visão
das
(Rochester, N.Y.), n. c, p. 1.332-
comparando imagens diferentes. Por
câmeras de maneira remota, uma vez
1.337, 2002.
exemplo,
seccionadoras
que o sistema pode ser acessado
LYON JR, Bernard R.; ORLOVE,
são instaladas em três diferentes fases
remotamente e ser operado no modo
Gary L.; PETERS, Donna L. The
do sistema elétrico. Uma vez que
manual. Isso torna o sistema atrativo
Relationship between Current Load
o sistema é submetido às mesmas
para inspeção em áreas de difícil
and Temperature for Quasi-Steady
condições e o equipamento tem as
acesso, instalações em áreas perigosas
State and Transient Conditions,
mesmas especificações, a diferença
ou instalações remotamente operadas,
Infrared Training Center, 2002.
de temperatura entre estas regiões
uma vez que o termografista não
MADDING, Robert, Emissivity
deve ser pequena. Se a diferença de
precisa estar presente, sendo capaz
Measurement and Temperature
temperatura entre estas regiões for
de acessar as câmeras remotamente
Correction Accuracy Considerations,
maior do que 10%, um diagnóstico de
por uma conexão de internet ou
Infrared Training Center, 2002.
falha também é gerado.
conectado à rede da empresa.
MADDING, Robert; LYON JR,
Bernard. Environmental Influences
Banco
as
chaves
O sistema ainda está sendo implan
tado e em fase de aprimoramento,
on IR Thermography Surveys,
Para este projeto foi usado um
porém com os resultados obtidos até
Maintenance Technology, 1999.
banco de dados em MySQL uma vez
agora é possível dizer que os objetivos
NETO, E. T. W.; COSTA, E. D.;
que é um programa de banco de
deste trabalho foram alcançados. Os
MAIA, M. Influence of emissivity and
dados livre. No banco de dados são
próximos passos deste trabalho são
distance in high voltage equipments
armazenados os dados adquiridos
o desenvolvimento de uma correção
thermal imaging, Transmission
da rede OPC, as imagens obtidas
digital de imagem para pequenos
& Distribution Conference and
com
desvios
da
Exposition: Latin America, 2006.
processadas (para as imagens apenas
câmera e um relatório de inspeção
TDC’06. IEEE/PES, 2006, p. 1-4.
os
para
termográfica completamente automá
NG, H. Automatic thresholding for defect
acessá-las que é salvo) e os pesos
tico baseado em padrões nacionais e
detection, Pattern Recognition Letters, v.
sinápticos da RNA treinada e validada
internacionais.
27, n. 14, p. 1.644-1.649, out. 2006.
as
de dados e controle
câmeras
endereços
e
as
imagens
necessários
no
posicionamento
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
111
OLIVEIRA, J. H. E.; LAGES, W. F. Robotized Inspection of Power Lines with Infrared Vision, 1st International Conference on Applied Robotics for the Power Industry, October, 5-7, Montréal, Canada, 2010. OMAR, M. et al. IR self-referencing thermography for detection of in-depth defects, Infrared Physics & Technology, v. 46, n. 4, p. 283-289, abr. 2005. SALEM, T. E.; IBITAYO, D.; GEIL, B. R. Calibration of an Infrared Camera for Thermal Characterization of High Voltage Power Electronic Components. 2005 IEEE Instrumentation and Measurement Technology Conference Proceedings, v. 2, p. 17-19, maio 2005. USAMENTIAGA, R. et al. Comparing temperature measurement using infrared line scanners and the wedge method. 2010 IEEE Instrumentation & Measurement Technology Conference Proceedings, p. 1.256-1.261, 2010. * Daniel Julien Barros da Silva Sampaio é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Mecânica e Doutorado em Engenharia Mecatrônica. Atualmente, é Professor Doutor no Departamento de Engenharia Elétrica da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – Unesp. Ruben Glatt é engenheiro mecatrônico, com mestrado em Engenharia Mecânica. Atualmente, é doutorando no Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP. Victor Gomes Soares de Souza é engenheiro eletricista. Atualmente, exerce o cargo de engenheiro de projetos na iniciativa privada. Daniel Rubbo é engenheiro eletricista e engenheiro eletrônico na iniciativa privada. Alan Porto Costa possui graduação em Gestão da Tecnologia da Informação e atua como web designer.
ESPAÇO 5419
112
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Por José Barbosa de Oliveira*
A visão da nova ABNT NBR 5419 sobre os materiais
Os
pilares
descargas
da
proteção
atmosféricas
contra
são
a
eventos que desafiam os materiais, principalmente os condutores.
configuração do sistema estabelecida no
projeto, a prática utilizada na instalação,
5419:2015 apresentam os materiais, a
e a especificação e a qualidade dos
configuração e as dimensões mínimas
materiais
descuido
para os captores, descidas e eletrodos
com um dos pilares é suficiente para
de aterramento. Umas das mudanças em
comprometer
dos
relação à versão anterior é a coluna de
sistemas. Os materiais têm uma atenção
comentários, apresentando dimensões
especial na nova ABNT NBR 5419:2015.
complementares, além da seção. Nela
Ela traz mudanças significativas em
podemos obter diâmetros e espessuras
relação à edição anterior, 2005.
para os condutores que irão permitir
No Sistema de Proteção contra
uma melhor seleção, orientando para
Descargas
uma qualidade maior.
utilizados. o
O
desempenho
Atmosféricas
(SPDA),
As tabelas 6 e 7 da ABNT NBR
estabelecido pela parte 3 da nova
ABNT NBR 5419:2015, os materiais
diâmetro dos fios que o compõem irá
são compostos principalmente pelos
definir a sua formação. No mercado,
condutores,
e
temos disponíveis cabos com várias
conexões. Todos são dimensionados para
formações e quantidades de fios.
suportar os esforços eletromecânicos
Logo, ao especificar somente a seção,
gerados pela descarga atmosférica, mas
deixa em aberto a seleção do cabo pela
o principal critério para a especificação
quantidade de fios. No caso do cabo
das dimensões e características dos
de cobre, para captores e descidas, a
materiais é a resistência aos efeitos
seção estabelecida na tabela 6 é de
causados pelo ambiente onde serão
35 mm². Na coluna de comentários,
aplicados. A corrosão causada pela
a
composição
além
do
das
meio
fixações
onde
No caso do cabo encordoado, o
informação
complementar
é
o
são
diâmetro de cada fio do cabo que
aplicados, a movimentação do solo e a
deve ser de 2,5 mm. Neste caso, a
fusão causada pela descarga atmosférica
formação será de sete fios. No caso
no ponto de impacto, são alguns dos
do cabo de cobre como eletrodo de
113
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
aterramento, a seção estabelecida
tabelas, eles têm a mesma seção dos seus
para a revisão não permite a utilização
na tabela 7 é de 50 mm². Na coluna
equivalentes do material da alma. O cabo
de seção menor que 50 mm² para
de
informação
de aço cobreado tem a mesma seção do
nenhum tipo de material. Por exemplo,
complementar é o diâmetro de cada
aço galvanizado a quente e o alumínio
no caso do cabo de cobre como captor,
fio do cabo que deve ser de 3 mm.
cobreado, a mesma seção do alumínio.
a seção mínima estabelecida pela IEC é
Aqui a formação também deverá ser
Além da seção, os cabos cobreados têm a
de 50 mm². Essa é uma das diferenças
de sete fios. Ou seja, a formação de 19
especificação da condutibilidade mínima
entre a nova ABNT NBR 5419 e a IEC.
fios, também disponível no mercado
em IACS (International Annealed Copper
Os condutores em cobre como captor
para esse cabo, não estará de acordo
Standart). No caso do aço cobreado, a
têm uma seção menor, como a versão
com a nova norma.
condutividade mínima deverá ser de 30%
anterior da 5419.
IACS e, no caso do alumínio cobreado,
versão anterior da norma, o percentual
deverá ser no mínimo 64% IACS.
5419:2015 apresentam um avanço na
de tolerância máxima das dimensões dos
A simplificação e a unificação da
especificação dos condutores. Como
condutores. A NBR 5419:2015 admite
tabela de captores e descidas foram
há uma norma que estabelece os
um erro de 5% para as dimensões dos
possíveis pela exclusão da opção de
parâmetros para os condutores para
condutores, exceto para o diâmetro dos
seções menores para condutores de
SPDA e a diversificação dos tipos de
fios dos cabos que deverá ser de 2%. No
descidas, com comprimento menor do
condutores disponíveis no mercado, o
caso do cabo de cobre de 50mm² como
que 20 metros. A exclusão, em uma
detalhamento maior permite uma clareza
eletrodo de aterramento, o fio deverá ter
primeira análise, poderia aumentar o
no dimensionamento. Orientará mais
no mínimo 2,94 mm de diâmetro.
custo da solução. Porém, a simplificação
objetivamente os trabalhos de inspeção
os
promove a integração dos componentes
quando da verificação da conformidade
condutores em aço cobreado e alumínio
dos captores e descidas, minimizando
dos condutores.
cobreado, já disponíveis no mercado há
possíveis
*José Barbosa de Oliveira é engenheiro
algum tempo, mas sem especificação
conectores e fixadores.
eletricista e membro da comissão de estudos CE
para utilização no SPDA. Nas duas
03:64.10, do CB-3 da ABNT.
comentários,
a
Também é novidade em relação à
A
nova
versão
acrescentou
sobras
de
condutores,
A IEC 62305 utilizada como referência
As tabelas 6 e 7 da ABNT NBR
114
Espaço 5410
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Por Eduardo Daniel*
Esclarecimentos sobre as classificações BD1, BD2, BD3 e BD4
Esta seção é dedicada a um resumo
da IT 41 da Corporação, aplicável à
Comissão em relação à classificação
do que vem sendo discutido nas reuniões
inspeção de instalações elétricas de
BD1, BD2, BD3 e BD4.
de 2015 de revisão da norma ABNT
baixa tensão no Estado de São Paulo.
NBR 5410:2004, baseada nas alterações
O objetivo foi trazer a experiência do
está estabelecido o texto final do projeto,
do texto da IEC correspondente e nos
Corpo de Bombeiros para a elucidação
que se dará na reunião de setembro.
pontos apresentados pelos participantes.
das
Ainda fica pendente a conceituação
dúvidas
dos
participantes
da
Em função das discussões, ainda não
É importante sempre ressaltar que as citações desta coluna constituem
ABNT NBR 5410
IEC
um relato do que foi discutido e que
5.2.2.2.4 Nos locais BD2, BD3 e
5.2.3.2.2 Nas condições BD2, BD3 e
foram aprovadas na reunião plenária
BD4, os dispositivos de manobra e
BD4, os dispositivos de comando e de
pela comissão de estudos, porém, a
comando e proteção, exceto certos
proteção, exceto dertos dipositivos,
aprovação como parte oficial do projeto
dispositivos destinados a facilitar a fuga
facilitam a evacuação, devem
de norma somente será feita antes de o
nas emergências, devem ser acessíveis
ser acessíveis apenas às pessoas
texto ser enviado para consulta nacional.
apenas às pessoas autorizados. Se
autorizadas. Se forem dispostos
situados em áreas de circulação,
em áreas de circulação, devem ser
Algumas seções que serão comple
mentadas somente ao final dos trabalhos
os dispositivos devem ser alojados
abrigados em armários ou caixas
de revisão (por exemplo, referências
em gabinetes ou caixas de material
constituídas de material incombustível
incombustível ou de difícil combustão.
ou dificilmente combustível.
normativas) não estão descritas aqui.
Nota: Tal requisito não proíbe o uso
A revisão da norma ABNT NBR 5410
seguiu com a análise do texto base e
de invólucros plásticos que sejam
das sugestões. Em função da revisão de
dificilmente combustíveis.
alguns pontos que haviam sido discutidos
5.2.2.2.5 Não se admite, nas instalações
5.2.3.2.3 Não devem ser utilizados
anteriormente, está sendo reproduzido o
elétricas de BD3 ou BD4 e em saídas
produtos elétricos com líquidos
texto de consenso da reunião de agosto
de emergência, o uso de componentes
inflamáveis nas condições BD3 e BD4 e
contendo líquidos inflamáveis.
nas rotas de evacuação.
nessa última reunião, com a presença
Nota: Os capacitores auxiliares
Nota: Os capacitores incorporados a
de um representante do Corpo de
individuais incorporados aos
equipamentos não são submetidos a
Bombeiros do Estado de São Paulo, o
equipamentos (por exemplo,
tal experiência. A exceção diz respeito,
Tenente Coronel Adilson Antonio da
capacitores de lâmpadas de descarga e
principalmente, às lâmpadas de
Silva, que vem acompanhando há longa
capacitores de partida de motores) não
descarga e aos capacitores de partida
data as discussões da CE 03:064.001 e
estão sujeitos a esta prescrição.
de motores.
de 2015.
Uma importante ação foi tomada
que participou ativamente da elaboração
115
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
sobre as condições BD (tabela 21) de ser aplicada a um local/condição específico ou a toda a edificação.
Além
das
condições informações
discussões
BD,
foram
sobre
os
sobre
as
apresentadas dispositivos
detectores de arco, obrigatórios nos Estados Unidos, cuja função principal é prevenir a degradação de isolação de condutores e dispositivos em função de pequenos arcos elétricos causados por danos em instalações aparentes, tomadas e cordões de alimentação de equipamentos e que podem ter como consequência princípios de incêndio e
A última reunião da comissão da ABNT que revisa a ABNT NBR 5410:2004 contou com a participação do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, que contribuiu com suas experiências relativas à Instrução Técnica 41, que determina a inspeção de instalações elétricas de baixa tensão em São Paulo.
choques elétricos. Será
disponibilizado
pelo
incêndios e cujas normas internacionais
Coordenador da CE aos participantes
estão emitidas ou em estudo no âmbito
cadastrados no sistema Livelink da ABNT
da IEC e de países europeus.
*Eduardo Daniel é consultor da MDJ Assessoria e
um material informativo sobre o uso de
Engenharia Consultiva, superintendente da Certiel
cabos isolados em silicone em circuitos
e debate, na próxima reunião, a
Brasil e coordenador da Comissão de Estudos
de segurança que apresentam alto
Comissão continuará a revisão do
03:064-001 do CB-3/ ABNT, que revisa a norma de
desempenho no tempo de suporte a
texto base da revisão, considerando
instalações de baixa tensão ABNT NBR 5410.
Em
função
das
apresentações
as contribuições apresentadas acima.
116
Energia sustentável
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Michel Epelbaum é engenheiro químico e economista, mestre em engenharia de produção, tem mais de 20 anos de experiência em consultoria, treinamento e auditoria em gestão/ certificação da sustentabilidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional, responsabilidade social e qualidade. É professor convidado de cursos de especialização e membro de comitês da ABNT. É diretor da Ellux Consultoria.
A energia no centro da questão ambiental E “cruzamos o Cabo da Boa Esperança” do ano de 2015, querendo encontrar a Boa Esperança. Caminhamos para o final deste ano difícil, trabalhamos para pagar os impostos (até maio, de acordo com o www. impostometro.com.br) e os aumentos da conta de energia. Já virada a página de mais um vexame da seleção na Copa América (rumo ao próximo?), as capas das revistas semanais estampam as operações anticorrupção, seus desdobramentos políticos e um cada vez mais possível “impeachment” da “presidenta”. Somente a revista Isto É Dinheiro se diferenciou: “Os novos empreendedores da Energia”, em momento oportuno. Navegamos em direção à Conferência sobre o Aquecimento Global (COP21, Paris, novembro), com apenas 39 países divulgando oficialmente suas metas de redução de emissões (por exemplo, Europa, EUA, Rússia e Canadá, mas não o Japão, China e Austrália). E a presidenta Dilma apresentou em sua viagem aos EUA as fracas ações brasileiras, envoltas em marketing e pedaladas: cumprir a lei sobre o “desmatamento zero” somente em 2030 e atingir de 28% a 33% de fontes renováveis na matriz energética – o que já ocorreu em 2012, mas piorou. Sobre este último assunto, a reportagem da revista Isto É Dinheiro assinala que mais de 80% dos investimentos previstos no Brasil para a geração de energia até 2040 serão para as fontes renováveis (www.istoedinheiro.com.br). Destaco ainda alguns dados do relatório da Agência Internacional de Energia – Energy and Climate Change 2015 (www.iea.org): - Eliminação progressiva de subsídios aos combustíveis fósseis até 2030;
- Redução das emissões de metano na produção de petróleo e gás. Sobre as energias renováveis, cito ainda outro relatório recente, o REN21 2015 (www.ren21.net): - Houve crescimento em capacidade e geração em 2014, atingindo no final do ano 27,7% da capacidade mundial de geração, suprindo 22,8% da eletricidade, devido às políticas de suporte às energias renováveis e sua viabilidade econômica crescente, dentre outros fatores; - As energias eólica, solar fotovoltaica e hidrelétrica dominaram o mercado. A produção de biocombustíveis para transporte aumentou pelo segundo ano consecutivo, após a queda de 2011– 2012; - Austrália, Europa, Japão e América do Norte tiveram crescimento significativo de residências com produção própria de eletricidade. Grandes organizações ao redor do mundo assumiram compromissos substanciais em 2014 para compra de eletricidade renovável ou para investir em auto geração. Vale comentar o “golaço” do papa argentino com o lançamento da histórica encíclica sobre o meio ambiente e sua destruição, somando o componente moral à gestão da sustentabilidade. A energia (destacando as renováveis) está efetivamente no centro do equacionamento da questão ambiental, e receberá atenção, investimentos e inovações, em oposição às restrições para os combustíveis fósseis. Uma luz de esperança “deste lado do Cabo” em 2015.
118
Iluminação eficiente
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Juliana Iwashita Kawasaki é arquiteta, coordenadora da comissão de normas técnicas de Aplicações luminotécnicas e medições fotométricas do Cobei, diretora da Abesco e da Exper Soluções Luminotécnicas, especializada em treinamentos, ensaios laboratoriais, projetos e consultorias em eficiência energética e iluminação.
Chegou a vez das luminárias públicas Após a publicação das Portarias 143
são divididas em famílias e uma amostragem
(operação normal) e resistência à radiação
e 144, em março, que instituíram as regras
definida é coletada para testes de segurança
ultravioleta para as luminárias com lâmpadas
para a certificação compulsória de lâmpadas
e desempenho;
de descarga e os testes de eficiência
Led com dispositivos integrados à base,
- Modelo de Certificação 1b – Ensaio
energética: classificação de distribuição de
chegou a vez das luminárias públicas para
de lote. Engloba testes de segurança e
intensidade luminosa, eficiência energética,
lâmpadas de descarga e Led. No dia primeiro
desempenho em todos os modelos do lote,
controle de distribuição luminosa e índice de
de julho entrou em consulta pública a Portaria
sendo a amostragem definida segundo a
uniformidade da via e calçada.
do Inmetro número 317 – Requisitos de
norma ABNT NBR 5426:1985. Caso haja não
Para luminárias a Led são solicitados
Avaliação da Conformidade para luminárias
conformidade, o lote todo é reprovado e este
os seguintes testes adicionais: condições
com lâmpadas de descarga e lâmpadas Led
não pode ser liberado para comercialização. O
de operação, acondicionamento, corrente
para iluminação viária.
fornecedor deve providenciar sua destruição
de alimentação, tensão e corrente de saída,
O documento permaneceu em consulta
ou a devolução ao país de origem (quando
interferência eletromagnética e radiofrequência,
pública por 30 dias para que os interessados
se tratar de importação). Outro detalhe deste
corrente de fuga, proteção contra choque
se pronunciassem em relação à proposta.
modelo é que o certificado de conformidade
elétrico, resistência ao torque dos parafusos
terá validade apenas para o lote em questão.
e conexões, resistência de proteção contra
Segundo
previsões
do
Inmetro,
a
publicação oficial do Regulamento Técnico
surtos de tensão (DPS), resistência à força
da Qualidade (RTQ) e os Requisitos de
A portaria propôs um prazo de 18 meses
do vento e à vibração. Em relação aos testes
Avaliação da Conformidade (RAC) serão
contados a partir da data da publicação
de eficiência energética é medido: potência
publicados ainda neste ano, possivelmente
oficial, prazo para que os fabricantes e
total do circuito, fator de potência, corrente
em outubro, após a análise e as tratativas das
importadores de luminárias públicas estejam
de alimentação, tensão e corrente de saída,
contribuições enviadas na consulta nacional.
em conformidade com os requisitos técnicos
classificação das distribuições de intensidade
O documento proposto estabelece os
e devidamente registrados no sistema
luminosa, TCC/IRC, eficiência energética,
requisitos para a certificação compulsória de
orquestrado pelo Inmetro. Após seis meses
controle da distribuição luminosa, manutenção
luminárias com lâmpadas de descarga de
deste prazo, fabricantes e importadores
do fluxo luminoso da luminária / desempenho
até 600 W e tecnologia Led. Semelhante ao
poderão
produtos
do componente Led, manutenção do fluxo
aprovado para lâmpadas Led com dispositivos
devidamente certificados e registrados no
luminoso da luminária / desempenho da
integrados à base, o RAC estabelece dois
Inmetro. A portaria propõe também que, a
luminária e qualificação do dispositivo de
modelos de certificação distintos, cabendo ao
partir de 36 meses da data de publicação
controle eletrônico CC ou CA para módulos de
fornecedor, solicitante da certificação, optar
oficial, todas as luminárias com lâmpadas
Led.
por um dos modelos, sendo eles:
de descarga ou Led para iluminação viária
comercializar
apenas
Como pode-se perceber, uma série de
sejam comercializadas nacionalmente em
requisitos técnicos começará a ser exigida
- Modelo de Certificação 5 – Avaliação
conformidade com os requisitos técnicos.
das luminárias para uso viário. O que se
consistindo de ensaios em amostras retiradas
espera é que apenas os produtos de melhor
no fabricante, auditoria do Sistema de
os
marcação,
desempenho permaneçam no mercado após a
Gestão da Qualidade do fabricante, seguida
acréscimo de tensão nos terminais da
efetivação desta portaria. Os próximos meses
de avaliação de manutenção periódica por
lâmpada, resistência de isolamento e rigidez
tendem a ser bastante intensos na expectativa
meio de coleta de amostras do produto no
dielétrica, porta-lâmpadas, fiação interna e
de uma definição oficial dos requisitos
comércio para realização das atividades de
externa, tomada para relé fotoelétrico, grau
técnicos e da avaliação da conformidade para
avaliação da conformidade. As luminárias
de proteção, durabilidade, ensaio térmico
estas luminárias públicas.
Dentre os ensaios exigidos, encontram-se ensaios
de
segurança:
120
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Mais informação sobre o método da esfera rolante A eficiência de intercepção de um
com valores de pico maiores que o
subsistema de captação depende dos
valor de pico mínimo I correspondente
valores mínimos dos parâmetros das
são interceptadas pelo subsistema de
correntes das descargas atmosféricas
captação (natural ou convencional). Desta
e dos raios correspondentes da esfera
forma, a probabilidade para os valores
rolante.
de
As fronteiras geométricas de áreas
positivas e negativas são assumidas como
protegidas contra quedas diretas de
sendo a probabilidade de interceptação.
descargas
atmosféricas
podem
pico
das
primeiras
componentes
ser
Deve-se considerar a razão da polaridade
determinadas à razão direta de onde, ao
de 10% de descargas positivas e 90 %
rolar sobre a estrutura, a esfera se apoia
de descargas negativas para obter-se a
no subsistema de captação sem tocar na
probabilidade total de interceptação (P).
estrutura.
Segundo o modelo eletrogeométrico,
I (kA)
P
o raio da esfera rolante r (distância final
0
1
do último salto do líder antes da conexão)
3
0,99
está relacionado com o valor de pico do
5
0,95
primeiro impulso de corrente.
10
0,9
20
0,8
r = 10 × I0,65
30
0,6
35
0,5
Em que:
40
0,4
r é o raio da esfera rolante, expresso em
50
0,3
metros (m);
60
0,2
I é a corrente de pico da descarga
80
0,1
atmosférica, expressa em quilo amperes
100
0,05
(kA).
150
0,02
200
0,01
[Equação expressa a relação raio da
300
0,005
esfera rolante x corrente de pico. Obtida
400
0,002
em relatório de um grupo de trabalho do
600
0,001
IEEE]. Este cálculo de probabilidades é
Para um dado raio da esfera rolante r,
pode ser assumido que todas as descargas
componente determinante na eficiência do subsistema de captação utilizado.
122
NR 10
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Mais dúvidas sobre a NR 10
Os comentários, as dúvidas ou sugestões
ponto”. É sempre bom voltar à origem do caso
alguns trabalhadores sem o mínimo de
de nossos leitores têm prioridade e assim
e verificar se não estamos fazendo desvios,
informação. Me tire essa dúvida”.
que as recebemos procuramos respondê-
um em cima do outro e assim fugindo do
Entendo que a formação profissional
las. Algumas, no entanto, são respondidas
espírito da regra.
em pedagogia é meio caminho andado para
nesta coluna, pois pode ser a dúvida de
“Ter um dos seus trabalhadores indicado
que o treinamento seja bem aproveitado
outras pessoas, ainda que sejam assuntos
e em condições de exercer...” significa
pelos alunos e o curso atinja o seu propósito.
possivelmente tratados em edições anteriores.
unicamente o que está escrito: que um
Além disso, como técnica de segurança do
dos
Assim, temos dois casos nesta coluna. O
INDICADO
trabalho, a leitora tem a qualificação para
primeiro diz respeito ao item 10.11.6 da NR
(previamente escolhido) e EM CONDIÇÕES
membros
da
equipe,
ministrar treinamentos de segurança e isso
10, cujo texto é:
DE EXERCER A SUPERVISÃO (aquele que
está previsto na NR 10.
tem experiência, alguma liderança, visão de 10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus
conjunto, sensatez, equilíbrio emocional etc.)
10.2.7 Os documentos técnicos previstos no
trabalhadores indicado e em condições
para decidir e conduzir o grupo em caso de
Prontuário de Instalações Elétricas devem
de exercer a supervisão e condução dos
necessidade diferentemente de encarregado,
ser elaborados por profissional legalmente
trabalhos.
de chefe de equipe, de supervisor, ou outra,
habilitado.
que são funções de liderança e de supervisão,
E cujo comentário no Manual de Aplicação
com tarefas e atribuições permanentes e
Assim, na forma legal e regulamentar,
definidas.
entendemos que a leitora poderá ministrar
Em nenhum lugar foi dito que esse
os treinamentos em assuntos de segurança
O subitem determina que haja a indicação
colaborador
ficar
do trabalho. Já os assuntos relacionados a
de um dos autorizados, membro da equipe
exclusivamente em atividades de supervisão,
equipamentos elétricos, normas técnicas de
efetiva, que faça a supervisão e a condução
sem participar dos trabalhos da equipe,
eletricidade e outros assuntos especificamente
dos trabalhos “in loco”. Fica presumido
apenas é nesse profissional que deverão ser
elétricos, assim como aqueles relacionados
que o subitem está direcionado a serviços
centralizadas as informações e as decisões da
aos primeiros socorros, constantes da ementa
realizados por equipe e que “supervisão
equipe, na ausência do supervisor.
do treinamento conforme o anexo da NR 10,
esclarece:
INDICADO
deve
/ condução” quer dizer, efetivamente, a
só poderão ser ministrados por profissional
liderança da equipe no local e na situação em execução.
*********************** O
a
Observe, no entanto, que essa é a
“A questão é saber se esse trabalhador
treinamentos. Diz a nossa leitora: “Sou
exigência formalizada especificamente para
designado
atender às exigências da NR 10.
a
diz
respeito
equipe
pedagoga e técnica de segurança do trabalho e estou com uma dúvida sobre a NR 10. Eu
as atividades de liderar e conduzir o
posso assinar ou não por cursos e palestras
grupo, ou se ele poderá supervisionar
sobre a NR 10? Os cursos da mesma NR que
e ao mesmo tempo executar tarefas
fiz foram assinados por engenheiro eletricista
No ano de 2014, os casos “registrados”
incumbidas ao grupo”.
e pelo SENAI, pois dou palestras sempre que
(no trabalho, no lar e em espaço público) e
exercer
liderar
caso
EXCLUSIVAMENTE
deverá
para
segundo
habilitado em eletricidade.
*********************** Mãos à obra, pois temos muito por fazer.
necessário e tenho meus trabalhos nas outras
que viraram notícia na mídia passaram das
Pois bem, há um ditado popular que diz
NRs. Posso assinar? Quero lançar um em
600 mortes, superando os registros do ano
que “quem conta um conto aumenta um
espaço confinado, pois tenho acompanhado
anterior.
124
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Geração e consumo de energia: como estamos? Apesar do furacão, a nau tem de
seis meses, mesmo com o aumento do
a geração de energia térmica máxima
navegar e os indicadores da viagem têm
nível dos lagos (Figura 2). O que se
disponível. De fato, um equilíbrio nada
de ser monitorados. O barco não pode
pode observar destes dois gráficos é
fácil de gerir.
afundar, temos de ir em frente contra
que, ao contrário da filosofia anterior
Recentemente, o anúncio feito do
tudo e contra todos. Os indicadores
à crise que tratava a energia térmica
desligamento de 20 usinas térmicas
extraídos dos sites do Operador Nacional
como complementar à hidrelétrica, a
certamente influenciará os indicadores
do Setor Elétrico (ONS) e da Empresa de
situação se inverte em uma alusão a
dos próximos meses com a redução da
Pesquisa Energética (EPE) nos apontam
uma necessária preservação por parte
geração térmica.
para algumas informações importantes
da ONS do nível dos reservatórios com
que
merecem
nossa
atenção.
A Figura 3 extraída do site da EPE
As
conclusões não cabem nesta coluna e possuem vertentes diversas, uma vez que nossa matriz de geração de energia depende fortemente do clima.
A Figura 1 apresenta a capacidade
dos reservatórios das hidrelétricas do Brasil desde 2012, quando em fevereiro atingia níveis da ordem de 80% da capacidade. Em novembro de 2014, estávamos em valores menores que 20% e em julho de 2015 por volta de 40%. O mesmo gráfico pode ser gerado em energia
equivalente
acumulada
(em
GWh) com perfil semelhante.
Figura 1 - Capacidade dos reservatórios das usinas hidrelétricas do Brasil - SIN Fonte: ONS
A Figura 2 apresenta o perfil da carga média consumida e suas fontes de geração. Os valores de consumo da carga já foram da ordem de 68 GW em fevereiro de 2014 e agora são de 56 GW com redução possivelmente causada pela recessão da indústria. Apesar desta redução de consumo, a geração térmica continua em níveis sem muita variação, da ordem de 13 GW a 15 GW mensais. A geração hidráulica caiu de 50 GW para quase 40 GW nos últimos
Figura 2 - Geração hidráulica / térmica / eólica e carga média ("carga de energia") Fonte: ONS
125
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Figura 3 – Consumo de energia por classes - Brasil – GWh Fonte: EPE
apresenta a variação de consumo por
evitando ainda as perdas associadas por
classe desde 2004 (GWh). Observa-se
transmissão e distribuição de energia? A
uma clara evolução do consumo das
eficiência energética reduz o consumo no
classes residencial e comercial, além de
centro de consumo, uma fonte virtual de
uma estagnação do consumo industrial
energia.
desde 2010, com queda em 2014, que
• Nossa legislação de cobrança de
deverá ser ainda incrementada em 2015
excedentes de energia reativa não deveria
se as previsões se confirmarem.
ser revista como ferramenta de mitigação
de perdas de transmissão e distribuição?
Em função da importante elevação dos
custos de energia em 2015, a tendência
•
dos últimos anos dos setores residencial
adequados às necessidades? Somente o
e comercial apresentada na Figura 3
mecanismo das bandeiras tarifárias seria
deverá ser alterada. Esta mudança pode
suficiente para sinalizar o mercado?
já ser evidenciada na análise mensal do
•
consumo total na Figura 2, neste ano de
vai depender até quando da fome de
2015.
cobrança pelos estados do ICMS?
Os investimentos anunciados em
Porém,
geração hidráulica e outras renováveis
incentivado para esta fonte? Que tal um
(ver coluna do consultor desta edição)
novo Proinfa?
levarão ainda algum tempo para serem
• Como incentivar, sob os aspectos
transformados em usinas prontas em
tarifários,
operação e energia gerada. Algumas
a
questões ainda merecem reflexão:
eficientes?
Os
modelos
Geração
tarifários
distribuída
quando
haverá
novos
implantar
projetos
estariam
fotovoltaica
investimento
empreendedores inteligentes
e
• Smart grid seria somente medidores de • Ainda temos potencial para geração de
energia bidirecionais?
novas hidráulicas? • As renováveis (fotovoltaicas e solares)
Que
poderiam suprir as novas exigências do
mar calmo ou o céu de brigadeiro
aumento previsto da carga, de modo a
para o nosso merecido e almejado
manter nossa matriz energética limpa?
desenvolvimento sustentável. Chega de
•
Programas
achar
o
eficiência
lamentos, desesperanças e más notícias. Apontar o dedo para os erros cometidos
não
efetivamente não resolve nada.
ser
de
logo
energética em grandes consumidores deveriam
sérios
possamos
incrementados,
126
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Orientações e ensaios sobre o risco da eletricidade estática em atmosferas explosivas Foram elaboradas pelo TC-31 e publicadas pela IEC duas novas Normas da Série IEC 60079 - Atmosferas explosivas: • Parte 32-1: Riscos da eletrostática – Orientações • Parte 32-2: Riscos da eletrostática Ensaios A norma IEC TS 60079-32-1 trata de orientações sobre os riscos eletrostáticos em atmosferas explosivas. A norma IEC TS 60079-32-1 foi publicada, nesta sua primeira edição inicial, na forma de um documento do tipo TS (Technical Specification). Esta estratégia, como um procedimento e abordagem normalmente utilizada pela IEC, tem por objetivo permitir que sejam apresentados no texto diversas recomendações, boas práticas e lições aprendidas, em abrangência internacional, sobre os riscos e prevenções de eletricidade estática em atmosferas explosivas. Com a maior consolidação destas recomendações, este documento, na forma de um TS (Especificação Técnica), será publicado como a norma IEC 60079-321, o que é previsto para ocorrer na próxima edição, com publicação estimada para 2019, dentro do ciclo normal de revisões de normas internacionais da IEC, com intervalo de cinco anos. Este documento apresenta orientações sobre equipamentos, produtos e propriedades de processos necessárias para evitar os riscos de ignição e de choques eletrostáticos que podem surgir da eletricidade estática, bem como requisitos operacionais necessários para assegurar a utilização segura do
equipamento, produto ou processo em atmosferas explosivas. Os riscos associados com a eletricidade estática em processos e ambientes industriais que mais comumente apresentam problemas são considerados nesta norma IEC TS 6007932-1. Estes processos incluem a manipulação de sólidos, líquidos, poeiras, gases, sprays (névoas) e explosivos. O principal objetivo da IEC TS 6007932-1 é o de apresentar recomendações padronizadas para o controle da eletricidade estática, tais como o aterramento de partes condutoras, redução de carregamento eletrostático e restrição de áreas de superfície de materiais isolantes que possam ser carregadas eletrostaticamente. Em alguns casos, a eletricidade estática representa uma parte integrante de um processo, por exemplo, no revestimento por pintura eletrostática, o que frequentemente, é um efeito colateral indesejado, sendo as orientações relacionadas a este caso apresentadas naquela Norma. Se as recomendações padronizadas apresentadas na IEC TS 60079-32-1 forem atendidas, pode ser previsto que o risco de descargas eletrostáticas em uma atmosfera explosiva se mantenha em um nível baixo aceitável. Deve ser ressaltado, no caso de instalações elétricas em atmosferas explosivas, o elevado risco de ignição que pode ser provocado pela geração de faíscas decorrentes do acúmulo de eletricidade estática. É conhecido que as movimentações de grandes volumes de líquidos, gases e poeiras no interior das tubulações e dos equipamentos de processo que ocorrem nas
indústrias do petróleo, petroquímica, química, sucroalcooleira e de alimentos, geram uma grande quantidade de eletricidade estática, capazes de gerar diferenças de tensão que podem provocar centelhas. Estas centelhas, por sua vez, podem representar uma fonte de ignição de atmosferas explosivas que estejam presentes em áreas classificadas contendo gases inflamáveis ou poeiras combustíveis. Nestes casos um dos principais recursos a serem considerados nos projetos e nas instalações elétricas, de instrumentação, de telecomunicações, mecânicas e de equipamentos de processo em atmosferas explosivas é a instalação de sistemas efetivos de aterramento, que permitam o escoamento contínuo das cargas eletrostáticas, evitando o seu acúmulo. Este aterramento deve ser considerado inclusive em equipamentos não metálicos, tais como invólucros plásticos de equipamentos elétricos e juntas isolantes de equipamentos elétricos, mecânicos ou de processo, de forma a evitar o acúmulo de cargas eletrostáticas devido aos efeitos de fricção ou pela passagem ou pela de movimentação de fluidos. A outra norma internacional elaborada pelo TC-31 e publicada pela IEC sobre os riscos da eletrostática em atmosferas explosivas é a Parte 32-2: Riscos da eletrostática – Ensaios. Esta norma IEC 60079-32-2 descreve os métodos de ensaios relacionados as propriedades dos equipamentos, produtos e dos processos, requeridos para se evitar os riscos de uma ignição e de choques eletrostáticos decorrentes do acúmulo da eletricidade estática em áreas contendo atmosferas explosivas. Ela é destinada a ser
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
utilizada em avaliações de risco sobre os riscos eletrostáticos e para o projeto e fabricação de famílias de produtos e de equipamentos “Ex” ou para produtos padronizados dedicados para máquinas ou equipamentos elétricos e mecânicos “Ex”. Faz parte das finalidades desta nova norma apresentar métodos padronizados de ensaios para o controle da eletricidade estática, tais como resistência de superfície, resistência de fuga para a terra, resistividade de poeiras, condutividade de líquidos, capacitância e avaliação da capacidade de centelhas provocadas por descargas eletrostáticas. A IEC 60079-32-2 apresenta o estado mais recente dos atuais conhecimentos em atmosferas explosivas, os quais podem ser um pouco diferentes dos requisitos apresentados em outras normas, especialmente relacionados com ensaios climáticos. Diversos casos de acidentes já foram registrados em atmosferas explosivas decorrentes de falhas de aterramentos em equipamentos de móveis ou fixos, sejam eles metálicos ou não metálicos, as quais proporcionaram o acúmulo de cargas
eletrostáticas, as quais deram origem a centelhas que serviram como fontes de ignição de atmosferas explosivas existentes, ocasionando grandes explosões, muitas delas com consequências fatais para as pessoas presentes aos locais destes acidentes. Como um exemplo de como a eletricidade estática pode provocar grandes explosões de atmosferas explosivas, pode ser lembrado o acidente ocorrido em 1937 com o dirigível Hinderburg, que explodiu quando estava se preparando para aterrissar. Segundo pesquisas realizadas recentemente, os cabos que estavam sendo conectados pelo pessoal de terra provocaram descargas eletrostáticas que foram geradas neste momento de aterramento, as quais foram responsáveis pela ignição da grande quantidade de hidrogênio contido na sua estrutura. De acordo com estas pesquisas, a presença de atmosfera explosiva nos dutos de ventilação foi provavelmente devido à existência de vazamentos em válvulas do sistema de hidrogênio. Neste icônico acidente morreram 35 das 100 pessoas que estavam a bordo.
A Comissão de Estudo CE 03:031.06 do Subcomitê SC-31 do Cobei, responsável pelo acompanhamento destas novas normas internacionais, participou, em nome do Brazil National Committee for IEC (Cobei), de todo o processo de elaboração, comentários, votação e aprovação destes novos documentos. Com a publicação destas novas normas internacionais sobre os riscos da eletricidade estática em atmosferas explosivas, esta Comissão de Estudo do Cobei passou a executar os necessários trabalhos de elaboração das respectivas normas brasileiras idênticas NBR TS IEC 60079-32-1 e NBR IEC 60079-32-2, a serem publicadas pela ABNT. Estas duas novas normas técnicas brasileiras serão totalmente alinhadas, harmonizadas, equivalentes e idênticas, em termos de conteúdo técnico, forma e apresentação, às duas respectivas normas internacionais, sem desvios técnicos nacionais. Mais informações sobre as novas normas podem ser encontradas na IEC webstore: http://webstore.iec.ch
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Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Por Damien Jeanneau e Viven Rineau*
A contribuição do conector perfurante (IPC) para a eficiência e a confiabilidade de redes BT - Parte 2 Definição da eficiência elétrica do conector
Como qualquer componente “passivo”
de chegar a um medidor. Considerando
altas correntes passando pelos condutores
que estas perdas são proporcionais
e conectores. Estes ciclos permitem
ao quadrado da corrente, mesmo se
simular o comportamento do conector que
a
será submetido a variações de corrente ao
resistência
do
conector
parecer
em uma rede, os conectores de baixa
consideravelmente baixa (entre algumas
longo do tempo.
tensão podem ser comparados a uma
dezenas e algumas centenas de micro-
Além da consistência do desempenho,
resistência bem pequena que estaria em
ohms), estes milhões de conectores irá
o
ensaio
série de uma derivação como ilustrado na
atuar como um pequeno aquecedor ligado
determina a evolução da resistência e
Figura 2. Esta resistência irá resultar em
perpetuamente, o que, como veremos, vai
não o valor desta resistência. Como um
perdas térmicas de acordo com a mais
incrementando os números.
exemplo da norma EN 50483, em um
trivial das fórmulas elétricas: P = RxI².
Podemos afirmar que a eficiência
ensaio com 1.000 ciclos, os requerimentos
de um conector é a sua capacidade de
com relação à resistência serão que: a) a
manter as perdas – e, consequentemente,
resistência final seja menor que duas vezes
a resistência total – baixas durante sua vida
a resistência inicial; e b) a resistência final
útil (e não somente na instalação).
seja menos que 15% mais que a resistência
de
ciclo
térmico
apenas
intermediária em 250 ciclos.
Por que as normas não garantem eficiência?
Este requerimento realmente apenas se concentra na estabilidade do conector. Em outras palavras, ele garante que o
Figura 1 – Dois conectores redundantes usados em uma conexão de neutro
Figura 2 – Um perfurante atua como uma resistência entre o cabo principal e o de derivação.
Todas
as
normas
de
referência
conector vai funcionar ao longo do tempo.
mencionadas acima foram concebidas pela
No entanto, ele não garante nada sobre a
indústria para permitir a determinação de
eficiência do conector.
quais produtos são confiáveis ao longo do
tempo. O ensaio principal para determinar
dentro
o desempenho elétrico de um conector
apresentam resistência mais alta. De fato,
é o ensaio de ciclo térmico (também
como o requerimento é baseado apenas
conhecido como envelhecimento elétrico).
em porcentagens, quanto mais alto for o
Pior ainda, este requerimento favorece, de
limites,
conectores
que
valor inicial, mais “espaço” terá o fabricante
Neste ponto, é crucial destacar outro
para aumento da resistência ao longo do
clichê da eletricidade para entender melhor
tempo. Por exemplo, um conector que
porque esta questão de perdas é crucial
apresente resistência muito baixa de 10 µΩ
para perfurantes de BT: P = UxI. De fato, os
no ciclo 250 irá falhar no ensaio de ciclo
perfurantes são usados em redes de baixa
térmico se a resistência atingir o ainda
tensão. Quanto menor a tensão, maior é a
muito baixo valor de 12 µΩ no final. Com
corrente, razão pela qual 2/3 das perdas
apenas 2 µΩ de aumento de resistência,
técnicas na rede acontecem nas redes de MT e BT (De acordo com “Prisme nº 8
Figura 3 – Típico laço para ensaio de ciclo térmico.
study”, IEPF em 2009-2012).
O fato é que, na maioria dos países, o
um conector tão eficiente não passaria no ensaio. Do lado oposto, um conector que apresentasse um valor de resistência de
Como lembrete, o princípio do ensaio
100 µΩ em 250 ciclos poderia aumentar
total da energia elétrica distribuída passa
é criar um laço. Os ciclos de aumento de
a resistência até 115 µΩ. Este segundo
por quatro ou mais perfurantes antes
temperatura são aplicados ao laço com
conector é um conector menos eficiente
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
conectores nascem iguais quando se trata deste valor ao final do ensaio. Para ilustrar estas discrepâncias, a Figura 6 apresenta o resultado de um ciclo térmico comparativo feito em cinco modelos
de
conectores
acomodando
um cabo principal de 95 mm² com um cabo 95 mm² na derivação (2 conectores Figura 4 – Gráfico dos requerimentos para envelhecimento elétrico: avaliação da evolução da resistência e não do valor da resistência.
testados por modelo). Este ensaio foi feito propositalmente apenas com conectores internacionais de marcas líderes (IPC 1-23-4-5) que apresentam uma imagem de alta qualidade, com a exceção de 1 conector (IPC4), que é um produto de qualidade média com baixo preço. O conector 4 não é estável. O nível de perdas geradas por este tipo de conectores ultrapassará qualquer cálculo que será feito nos parágrafos seguintes deste documento. Tal
Figura 5 – Gráfico do paradoxo do requerimento para envelhecimento elétrico: conectores menos eficientes têm mais latitude que conectores eficientes de acordo com a evolução da resistência.
conector provavelmente terá uma taxa de falha alta, mas ainda mais importante, elas
que mostra uma evolução bem menos
de dados mensuráveis, comparáveis e
levarão a perdas que serão maiores, em
favorável no que se refere à resistência,
razoavelmente
alguns meses, que a economia feita pela
mas que ainda assim estaria de acordo
possível comparar os conectores. Antes
concessionária graças a preços baixos.
com a norma.
de avançar, é importante observar que
Os outros perfurantes são estáveis e
Ainda que seja aconselhável aplicar
qualquer comparação entre conectores
geralmente passam nos ensaios de ciclos
os requerimentos do ensaio de ciclo
deverá ser feita com as mesmas seções
térmicos tradicionais. O que podemos
térmico para a evolução da resistência
de condutores tanto para a principal como
observar, no entanto, é que a média
para determinar a estabilidade ao longo do
para a derivação – e, preferencialmente,
da “resistência limite” varia de 28 µΩ
tempo, este exemplo mostra de forma clara
nos mesmos lotes de condutores.
para o conector mais eficiente a 67 µΩ.
que o fato de o conector ser aprovado no
Depois que este cuidado for tomado,
Portanto, mesmo entre as marcas líderes
ensaio de envelhecimento elétrico não é uma
também devemos notar que nem todos os
de boa qualidade, para exatamente a
disponíveis,
fica
agora
comprovação da eficiência do conector. Para
poder
mensurável,
propor
uma
comparável
e
base pronta
para conduzir esta análise, um dado representativo da eficiência do conector é, na verdade, o valor médio de resistência do conjunto de conectores testados no final de 1.000 ciclos (EN 50483-5)
Portanto, ainda que os requerimentos
tradicionais do ensaio de ciclo térmico não forneçam indicação da eficiência, este teste dá boa indicação da resistência quando observamos o que nós chamaremos de “resistência final” do conjunto de conectores.
Escala de eficiência dos perfurantres
Uma vez que já está definido um conjunto
Figura 6 – Ensaio de envelhecimento elétrico comparativo em conexões 95-95 mm2 – Cinco tipos de conectores testados.
130
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
mesma aplicação, a resistência varia de 1
valor extremamente baixo de corrente
a 2, mesmo de 1 a 3 em outros ensaios
envolvido, a classificação de conectores
executados.
de acordo com a tabela proposta se
Também deve ser notado que o valor
torna significativo para conectores de
de resistência inicial (resistência logo após
serviço (derivações entre 16 mm² e 35
instalação) não é representativo do valor
mm2) e até crucial para aplicações de
final obtido.
rede (derivações acima de 50 mm2) para
Considerando estes vários compor
as quais classificações A e A+ devem ser
tamentos em conectores, uma maneira
consideradas.
simples de ilustrar as variações em eficiência é usar uma escala de eficiência que vai da classe de conectores mais
O impacto econômico da eficiência do conector
eficiente para a menos eficiente, tal como é usada para eletrodomésticos, por exemplo.
O cálculo do impacto econômico de
perdas geradas por conectores de BT depende de múltiplas variáveis que cada concessionária terá de ajustar de acordo com sua situação atual. Apresentamos um estudo de caso com os dados a seguir: Aplicação:
Perfurante
150
mm²
principal / 150 mm² derivação Comparação:
vamos
comparar
o
impacto econômico entre um conector Figura 7 – Proposta de escala de eficiência para conectores perfurantes BT.
Esta escala foi feita de maneira que
realmente eficiente de classificação A+ (20 µΩ - conector 1 – IPC1) e um conector de média qualidade classificação D (90 µΩ - conector 2 – IPC2). Vamos
a maior parte dos perfurantes oferecidos
assumir
no mercado, hoje em dia, ficaria entre B
seja representativa da resistência do
para as marcas líderes conhecidas, C-E
conector. Isto é razoável considerando-se
para conectores médios e F-G para os
a forma assíntota típica da evolução da
piores.
resistência dos conectores perfurantes.
que
a
“resistência
limite”
Enquanto poucos produtos alcançam
a classificação A da escala, apenas um
Preço
tipo de conector do painel estudado (mais
que o IPC1 custa US$ 1 a mais que o
de
compra:
de 30 modelos de conectores de várias
IPC2 para esta demonstração. Preço
marcas) alcança a classificação A+.
da energia elétrica: assumiremos um
assumiremos
são
custo de, aproximadamente, US$ 0,08
proporcionais ao quadrado da corrente
/ kWh2, o que deve incluir a produção
que passa pelo conector, a eficiência do
(~US$0,05) e transmissão/distribuição
conector (e, portanto, sua “resistência
(~US$0,03). Embora US$ 0,08 possa
limite”) fica mais crítica à medida que as
parecer um valor baixo na maioria dos
seções dos condutores instalados ficam
países, qualquer preço mais alto apenas
maiores.
reforçaria o caso em favor dos conectores
Dessa maneira, embora o uso de
eficientes, encurtando o retorno do
classificação A para um conector de
investimento.
Mais
uma
vez,
as
perdas
iluminação pública (derivação de até 10 mm²) pode não ser o melhor investimento
Corrente: a avaliação de perdas é
tecnológico-econômico
altamente
devido
ao
contingente
ao
fluxo
de
131
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
eletricidade. Embora em nosso caso,
cada ano nas redes das concessionárias.
para cabos de 150 mm², a intensidade
Além disso, enquanto o exemplo
de corrente de trabalho seja de 389 A,
dado
este valor não representa o fluxo regular
excelente com um bom conector, o
de ampères. Vamos usar, como uma
impacto econômico de um conector
intensidade média, 30% do volume para
de má qualidade (classificação F & G
o qual está classificado o cabo, o que
com resistência maior que 120 µΩ) se
representa o melhor cenário intermediário
tornará um desastre para as perdas da
técnico-econômico entre investimento
concessionária (bem mais que US$ 1 por
e perdas devido ao cabo (117 A, em
ano por conector).
média,
rede
Mais uma vez, estas estimativas
ocupada acima de 30% da carga máxima
conservadoras devem ser ajustadas à
apresenta um retorno sobre investimento
situação de cada concessionária. Ainda
ainda mais acelerado.
que seja relativamente simples fazê-los a
neste
caso).
Qualquer
aqui
compara
um
conector
partir do zero, estes cálculos podem ser Vida útil: todo perfurante de qualidade
respaldados por planilhas pré-projetadas.
decente deve ser projetado para uma vida
Eficiência do perfurante de baixa
útil entre 30 e 40 anos de serviço. Vamos
tensão:
deixar em 30 anos. Sob as hipóteses
concessionárias
acima, a média de energia dissipada
pode ser calculada da seguinte maneira:
do conector de BT, ainda que pequenas
uma
oportunidade
para
as
Em suma, a eficiência e a confiabilidade
quando
considerada
apenas
uma
P(IPC1) = R x I² = 20E-6 x 117² =
peça, tornam-se significativas quando
0,274 W
consideramos: a) milhões de conectores
P(IPC2) = 90E-6 x 117² = 1,232 W
instalados em uma rede; e b) o fato de que cada kWh que chega aos medidores
Isto resultaria em um consumo anual
de energia:
deve antes passar por quatro ou mais destes conectores. Se, de 0,30 a 1,60, podem ser
E(IPC1) = 0,274*24*365 = 2,4 kWh
economizados todos os anos em cada
(~ US$0,192)
conector instalado na rede, a economia para
E(IPC2) = 1,232*24*265 = 10,8 kWh
as concessionárias pode atingir valores de
(~ US$0,864)
seis a sete dígitos todos os anos. O
objetivo
deste
documento
é
oferecido
às
Em essência, o que se demonstra
destacar
aqui é que a cada ano o IPC2 terá um
concessionárias: garantir confiabilidade
custo anual operacional que ultrapassa o
e melhorar a eficiência em suas redes.
do IPC1 em US$0,067.
Espera-se
Em tal situação, o retorno sobre
possam se beneficiar dos caminhos
investimento para uma diferença de
bem práticos que foram mostrados para
US$1 fica um pouco acima de um ano
atingir este potencial.
o
potencial
que
as
concessionárias
comparado a um tempo de vida útil de ~30 anos. Durante sua vida útil, o IPC1 terá causado uma perda de 72 kWh, enquanto as perdas do IPC2 chegam a 324 kWh.
Tais valores, ainda que relativamente
pequenos quando consideramos apenas um
conector,
significantes
se
tornam
quando
bastante
milhões
de
conectores similares são instalados a
*Damien Jeanneau é engenheiro e mestre em Engenharia e em Empreendimento de Negócios. Atuou em diversos cargos de gerenciamento de produto e, atualmente, é diretor da área de negócios para acessórios de redes aéreas em baixa e média tensão da Sicame da França, coordenado projetos de P&D, inovação e gerenciamento de produtos. Vivien Rineau é engenheiro e mestre em Engenharia. Trabalha como engenheiro líder global e gerente de produtos (perfurantes) na Sicame da França.
132
Espaço IEEE
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Por Roberto Asano Junior e Shevine Silva Oliveira Risso*
A quem interessa que um país se desenvolva com abundante energia limpa e soberana?
A energia hidrelétrica é a obtenção de
do rio para gerar energia. Essas usinas a fio
energia elétrica pelo aproveitamento do
d’água reduzem as áreas de alagamento e
potencial hidráulico de um rio, porém, para que
não formam reservatórios para estocar a água,
esse processo seja realizado, é necessária a
ou seja, a ausência de reservatório diminui
construção de usinas em rios que possuam
a capacidade de armazenamento de água,
elevado volume de água e que apresentem
sendo a única maneira de poupar energia
desníveis em seu curso ou que possam ter
elétrica para os períodos de seca, tornando
esses desníveis criados artificialmente.
a operação do sistema menos segura e mais
cara.
Com a água armazenada no reservatório,
ocorre o processo de transformação de
O Brasil é um dos países com maior
energia potencial (energia da água) em
disponibilidade de recursos hídricos renováveis
energia mecânica (movimento das turbinas).
do mundo e utiliza hoje apenas 40% desse
As turbinas em movimento estão conectadas
potencial, enquanto países desenvolvidos já
a um gerador, que é responsável pela
ultrapassam os 60% de exploração. As novas
conversão da energia mecânica em energia
fronteiras desse desenvolvimento estão na
elétrica.
região Norte, todavia, por pressão pública
Atualmente, as usinas hidrelétricas são
estimulada por ONGs estrangeiras, os novos
responsáveis por aproximadamente 18% da
empreendimentos estão sendo construídos
produção de energia elétrica no mundo. Esses
subutilizando esses recursos, diminuindo
dados só não são maiores pelo fato de poucos
seu aproveitamento e aumentando o risco de
países apresentarem as condições naturais
déficit energético e a dependência ao regime
para a instalação de usinas hidrelétricas.
de chuvas.
As nações que possuem grande potencial
Outras fontes renováveis, além da
hidráulico são os Estados Unidos, Canadá,
incerteza quanto à energia gerada devido
Brasil, Rússia e China. No Brasil, mais de 70%
ao fator de capacidade, não oferecem
da energia elétrica produzida é proveniente de
capacidade de rápida resposta à demanda
usinas hidrelétricas.
nem recursos próprios de armazenagem,
Existem dois tipos de reservatórios:
sem os quais se torna impossível assegurar
acumulação e fio d’água. Usinas com
o
reservatório de acumulação, além de “estocar”
são
a água, esses reservatórios têm outras funções:
hidroeletricidade de grande porte, a qual
permitem a formação do desnível necessário
poderia inclusive (caso disponha de suficiente
para a configuração da energia hidráulica, a
reservatório de armazenagem) acumular
captação da água em volume adequado e a
eventuais excessos de energia provenientes
regularização da vazão dos rios em períodos
da energia eólica ou solar.
de chuva ou estiagem. Existem também
algumas usinas hidroelétricas chamadas “a
Os esforços efetivos em sustentabilidade dos
fio d’água”, ou seja, próximas à superfície e
recursos naturais devem ser direcionados
utilizam turbinas que aproveitam a velocidade
para a melhor utilização da energia e seu
abastecimento. amplamente
Essas
características
complementadas
pela
Não há produção de energia sem impacto.
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O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Referências The United Nations World Water Development Report 3 Volume 1. The United Nations World Water Development Report 4 Volume 1. The United Nations World Water Development Report 2014 - Water and Energy. EPE - Demanda de Energia 2050. MURPHY, D. J.; HALL, C.A.S. "Year in review EROI or energy return on (energy) invested". Annals of the New York Academy of Sciences 1185, 2010. MAXIM, Alexandru. Sustainability assessment of electricity generation technologies using weighted multi-criteria decision analysis, Energy Policy, v. 65, Elsevier, 2014. Figura 1 – Vazão natural em Belo Monte. Sem o reservatório de regulação e armazenamento, a usina operará com a plena capacidade de sua potência instalada por apenas um trimestre e passará o resto do ano subutilizada.
GOMES, Rafael de Oliveira. Estudo do impacto da incorporação de usinas hidrelétricas a fio d’água no sistema interligado nacional, 2012. Statistics on the web: http://www.iea.org/statistics/ http://world-statistics.org.
uso eficiente. Uma vez que uma maior oferta
extinção (algumas delas que nunca foram
de energia é necessária, o uso dos recursos
conhecidas) e com as comunidades afetadas
disponíveis e o investimento para utilizá-los
pelas represas, a sociedade também deveria
também devem ser usados eficientemente e
ser convidada a discutir a soberania e a
outras questões, além do impacto ambiental,
segurança energética do Brasil, a importância
também devem ser consideradas e melhor
da independência tecnológica e os benefícios
esclarecidas com a sociedade.
que a disponibilidade de energia traz para
o desenvolvimento social e crescimento
Da mesma forma que a sociedade foi
levada a comover-se com as espécies em
econômico.
*Roberto Asano Junior é formado em engenharia elétrica e atuou no desenvolvimento de produtos e tecnologia para transmissão de energia. Ele é doutorando em energia (UFABC), voluntário em associações profissionais e normativas e membro do IEEE. Shevine Silva Oliveira Risso é formada em engenharia civil e em tecnologia em saneamento ambiental (IFS 2009). Desenvolveu o projeto de Aplicação de Indicadores de Desempenho para Análise de Sistemas Hídricos: Estudo de Caso na Bacia do São Francisco. Atualmente, é mestranda em energia (UFABC).
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Ponto de vista
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
Uma luz para a redução das contas de energia elétrica
Nos últimos anos, a escassez de
já que alguns de seus componentes são
conceito de transporte previsto em nossa
água vem assolando grandes regiões do
reconhecidamente indevidos da forma
legislação civil, e utilizada para conceitos
Brasil. Em 2014 essa situação alcançou
como exigido. Desta forma, cabe a cada
tributários por força do artigo 110 do
seu ápice com o alongamento do período
consumidor buscar seus direitos a fim de
Código Tributário Nacional.
de estiagem, chegando até ao setor
tê-los reconhecido no intuito de alcançar
energético que tem nas hidrelétricas as
tais reduções.
consumidores de energia elétrica, a busca
suas principais fontes de geração de
Atualmente, a cobrança de ICMS
da redução de suas contas por meio da
energia. Uma forma de deixar de falar em
sobre as contas de energia elétrica, por
revisão da base de cálculo do ICMS nelas
recesso foi investir nas termoelétricas, com
exemplo, traz na composição da sua base
embutida, lembrando que empresas que
custo muito mais elevado.
de cálculo dois elementos que jamais
não utilizaram os valores referentes a tais
No entanto, o ano de 2014 foi um
deveriam compô-la: a Tarifa de Uso do
créditos como insumos em suas contas
ano eleitoral, em que a pretensão era a
Sistema de Transmissão (Tust) e a Tarifa
gráficas têm, ainda, a possibilidade de
de manter as contas congeladas, caso
de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd).
revê-los dentro do prazo estipulado em lei,
contrário, o impacto destes aumentos
A segregação destas duas tarifas da base
ou seja, dos últimos cinco anos.
poderia ser catastrófico nas urnas em
de cálculo do ICMS pode representar uma
outubro, motivo pelo qual a sociedade em
redução de até 30% da conta final a ser
geral não percebeu o resultado desastroso
paga.
dessa falta de uma política energética.
As
tarifas
acima
citadas
Portanto, é direito dos contribuintes,
não
Este impacto chegou ao consumidor de
compreendem o fator gerador de ICMS
energia elétrica no início deste ano, quando
e também não se apresentam como
as contas começaram a ser reajustadas.
mercadoria, pois não se consubstanciam
Dados do Instituto Brasileiro de Economia
em nenhum dos elementos do Artigo 13,
e Finanças (Ibecon) demonstram que no
parágrafo 1o, inciso II, alíneas “a” e “b”
Estado de São Paulo as contas alcançaram
da Lei Complementar 87/96 e, da mesma
um aumento de quase 75% desde o início
forma, também não se amoldam ao conceito
do ano, impulsionadas principalmente
de transporte descrito no Código Civil
pela adoção do sistema de bandeiras
Brasileiro em seus artigos 730, 743 e 744.
tarifárias, assim como pela Revisão Tarifária
Ou seja, as duas hipóteses de incidência
Extraordinária (RTE), ambos aprovados
do ICMS não abraçam o conceito destas
pela Agência Nacional de Energia Elétrica
tarifas. Isto ocorre tendo em vista que
(Aneel).
toda a energia produzida é lançada em um
Por André Brunialti, diretor do Grupo Avanth.
Se levarmos em consideração que
sistema único integrado pelas empresas
Tem pós-graduação em Processo Civil, Direito
a energia elétrica representa um dos
de transmissão e de distribuição, e é
Tributário e Processo tributário. Graduado em
principais insumos das empresas, também
deste sistema concentrado que é retirada
direito, tem 20 anos de experiência na área
seria correto afirmar que este percentual
a energia veiculada por estas empresas,
tributária em empresas de pequeno, médio e
(75%) tem um impacto direto no custo
sendo assim, impossível de definir qual
grande porte. É membro da Academia Brasileira
de seus produtos. Por outro lado, o que
parcela de energia gerada foi distribuída
de Direito Tributário (ABDT), do Instituto Brasileiro
se tem que observar com cautela é a
para aquele ou outro consumidor específico.
de Estudos Tributários (Ibet) e da Associação
composição das contas de energia elétrica,
Esta impossibilidade descaracteriza o
Paulista de Estudos Tributários (Apet).
136
Agenda 1º DE OUTUBRO
MEDIÇÃO DA QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA
Descrição
Informações
Durante as aulas, os participantes serão apresentados aos aspectos fundamentais referentes à medição e à análise da qualidade da energia elétrica. Ao final, estarão aptos a realizar a compreensão, a análise e a interpretação dos principais fenômenos e indicadores da qualidade da energia elétrica (QEE), segundo as normas vigentes nacionais e internacionais. O curso é voltado para engenheiros e técnicos de operação, projeto e manutenção ligados a concessionárias, indústrias, empresas de serviços e consultoria.
Local: Campinas (SP) Contato: (19) 3515-2060 universidade_br@selinc.com
9 DE OUTUBRO
Cursos
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
CONTROLE DE ILUMINAÇÃO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Descrição
Informações
O tema principal deste curso é o controle de iluminação, que será tratado pelo palestrante desde os fundamentos da dimerização até a integração do controle aos sistemas BMS - Building Management Systems. As aulas enfatizarão também a importância do controle de iluminação para os processos de certificação de edificações. O curso é voltado para profissionais da área de iluminação e energia; engenheiros; arquitetos, lighting designers; designers de interiores; e estudantes, entre outros.
Local: Cotia (SP) Contato: (11) 4704-5972 treinamentos@expersolution.com.br
26 A 28 DE OUTUBRO
PROTEÇÃO DE MOTORES E ALIMENTADORES COM RELÉS NUMÉRICOS
Descrição
Informações
O objetivo deste curso é ensinar aos participantes os conceitos relacionados à proteção de motores e alimentadores, assim como realizar estudo, parametrização e testes em relés comerciais como: Siemens 7SJ 61, GE 469 e ABB SPAM. Entre os temas a serem apresentados no curso estão: partes constituintes e princípio de funcionamento de motores de indução e motores síncronos; filosofia de proteção de grandes motores; e estudo dos relés 7SJ-61 da Siemens; 469 da GE; e SPAM da ABB.
Local: Uberlândia (MG) Contato: (34) 3218-6810 conprove@conprove.com.br
26 A 30 DE OUTUBRO
INSTALADOR FOTOVOLTAICO OFFGRID
Descrição
Informações
O curso de capacitação profissional com foco na energia solar tem módulos para aperfeiçoamento prático e teórico. Na parte prática, os alunos aprendem a fazer instalações, ligar e configurar diferentes sistemas. Na parte teórica, aprendem os conceitos do sistema, como as características dos equipamentos, formas de dimensionar os sistemas, dentre outros. Com carga horária total de 40h, o curso é direcionado a instaladores, eletricistas técnicos, engenheiros, arquitetos, empreendedores e público em geral.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 4328-5113 www.neosolar.com.br/aprenda/ cursos
18 A 21 DE OUTUBRO SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (SNPTEE) Descrição
Informações
Em sua 23ª edição, o SNPTEE mantém o seu foco principal, que é de promover o intercâmbio de informações de naturezas técnicas e gerenciais entre empresas e entidades que atuam no setor de produção e transmissão de energia elétrica. Os trabalhos dos especialistas, que serão apresentados no seminário, têm como intuito ampliar e aperfeiçoar o conhecimento e o progresso técnicos das pesquisas em desenvolvimento para assim melhorar a efetividade dos sistemas brasileiros de potência.
Local: Foz do Iguaçu (PR) Contato: (45) 3520-9494 www.xxiiisnptee.com.br
Eventos
19 A 21 DE OUTUBRO
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIAS INTELIGENTES
Descrição
Informações
Diversos aspectos que dizem respeito a smart energy serão abordados nas palestras que constituirão esta conferência, entre os quais: mercado, evolução tecnológica, regulamentação, desenvolvimento de negócios, políticas públicas etc. A temática principal do evento, contudo, será a geração e a otimização de energia como eixo transversal para o desenvolvimento territorial, considerada a importância da caracterização e utilização do potencial regional para fontes eólica, fotovoltaica, biogás, biomassa e PCHs.
Local: Curitiba (PR) Contato: (41) 3362-6622 kloss@paranametrologia.org.br
20 A 22 DE OUTUBRO
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA (CBE)
Descrição
Informações
O Congresso Brasileiro de Energia (CBE) terá como tema oficial “A Otimização da Produção e do Uso da Energia”, refletindo a preocupação e os esforços na busca de soluções para o setor energético neste momento. O evento, que está em sua 16ª edição, é realizado pelo Instituto Coppe UFRJ, por meio do Programa de Planejamento Energético (PPE). O congresso acontecerá no Centro de Convenções da Firjan, na cidade do Rio de Janeiro.
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 2562-8772 contato@congressoenergia.com.br
26 A 28 DE OUTUBRO
SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO SETOR ELÉTRICO (SEPEF)
Descrição
Informações
O seminário consistirá na apresentação de 18 trabalhos técnicos, no período matutino do evento, em três salas simultâneas. No período vespertino, serão apresentados painéis, com temas atuais e relevantes em relação ao atual cenário do setor elétrico nacional, entre os quais: reflexos da prorrogação das concessões no setor elétrico; o capital externo e o setor elétrico brasileiro; o futuro da matriz energética brasileira e seus impactos no preço da energia.
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 3973-8490 bianca.santos@funcoge.org.br
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
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(11) 5641-1105 instrumenti@instrumenti.com.br www.instrumenti.com.br Intelli 121 (16) 3820-1539 copp@intelli.com.br www.grupointelli.com.br Itaim Iluminação 2ª capa e 3 (11) 4785-1010 vendas@itaimiluminacao.com.br www.itaimiluminacao.com.br Itaipu Transformadores 27 (16) 3263-9400 comercial@itaiputransformadores.com.br www.itaiputransformadores.com.br Kanaflex 18 (11) 3779-1670 vendapead@kanaflex.com.br www.kanaflex.com.br Kian Brasil 83
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What’s wrong here?
O Setor Elétrico / Agosto de 2015
O que há de errado?
Observe a imagem e identifique as não conformidades com relação às normas técnicas
brasileiras vigentes. Para enviar sua resposta, acesse www.osetoreletrico.com.br, clique em “What’s wrong here?” e preencha o pequeno formulário!
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O leitor que mandar a melhor
resposta, relatando todas as não conformidades da instalação ilustrada, de acordo com as normas técnicas vigentes, receberá como prêmio um exemplar da mais nova edição do Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, que traz as principais atualizações normativas do setor!
Esta instalação foi registrada pelo engenheiro Paulo Barreto, da Barreto Engenharia.
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Resposta da edição 113 (Junho/2015)
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e conseguiu fotografá-la, envie a sua foto para
o e-mail interativo@atitudeeditorial.com.br e
Confira a resposta correta:
nos ajude a denunciar os disparates cometidos
a) Equipotencialização ou separação
por amadores e por profissionais da área
em não terem sido consideradas as
através de cálculo da distância de
de instalações elétricas. Não se esqueça de
medidas contra centelhamento e o
segurança e do uso de obstáculo fixo;
mencionar o local e a situação em que a falha foi
aparecimento de possíveis tensões
b) Uso do condutor de descida isolado
superficiais.
com material apropriado (o PVC que
Nessas condições, há duas formas de
envolve o cabo serve apenas como
evitar o centelhamento:
proteção mecânica do mesmo).
A principal não conformidade reside
encontrada (cidade/Estado, tipo de instalação – residencial, comercial, industrial –, circulação de pessoas, etc.) apenas para dar alguma referência sobre o perigo da malfeitoria.