Ano 12 - Edição 135 Abril de 2017
Conjuntos de manobra e comando BT
Partes 1 e 2 da ABNT NBR 61439, recém-publicadas, agitam mercado de quadros e painéis. Pesquisa exclusiva revela que empresas deste setor projetam crescimento de 9% para este ano
Iluminação pública pública Norma ABNT NBR 5101: revisão em vista
Renováveis Energia solar: análise econômica de diferentes tecnologias
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187
Suplemento Renováveis 55 Energia solar: Avaliação econômica de diferentes tecnologias fotovoltaicas com banco de baterias.
8 10
Painel de notícias Materiais de construção têm queda no consumo de energia; Brasil desperdiçou o equivalente a 1,4 vezes toda a produção de Itaipu em 2016; Setor eletroeletrônico espera ampliar produção em 2017; Evento em São Paulo discute impactos da revisão 8 do Módulo 8 do Prodist; Banco do Brasil lança programa para energia limpa. Estas e outras notícias sobre empresas, mercado e produtos do setor elétrico brasileiro.
23
Fascículos
50
Aula prática – Iluminação pública Artigo analisa aprimoramentos e novos critérios de projeto que devem ser alvo de estudo do processo de revisão da norma ABNT NBR 5101, que começará a ser revisada em breve.
66
Pesquisa – Quadros e painéis Partes 1 e 2 da ABNT NBR IEC 61439 foram publicadas no final do ano passado e extinguem conceito de TTA/PTTA. Pesquisa traz um recorte dos números de mercado deste setor e revela expectativas de fabricantes e montadores destes equipamentos.
82
Espaço 5419 Artigo analisa o perigo dos centelhamentos.
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Luis Alberto Pettoruti, Carlos Alberto Sotille, Hirofumi Takayanagi, Diogo Biasuz Dahlke, Luis R. A. Gamboa, Marcos de Carvalho Marques, Flávia L. Consoni, Camila S. B. B. Mayer, Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger, Luciene Queiroz, Luciano Rosito, Fábio Retorta, Mateus Teixeira, Pedro Block, Antonio Donadon, Ricardo Schumacher, João Carlos Camargo, Ronaldo Roncolatto, Annelise Farina, Henry Salamanca, José Barbosa, Edson Bittar Henriques, Rodolfo Nardez Sirol. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Divulgação Rittal Sistemas Eletromecânicos Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Agenda
Colunistas
84 86 88 90 92
Jobson Modena – Proteção contra raios
94
Dicas de instalação Operações com matrizes complexas no Excel.
96
Ponto de vista Os cinco R’s do setor elétrico para um planeta mais sustentável.
João José Barrico – NR 10 José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex Plinio Godoy – Falando sobre a luz
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
3
Editorial
4
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Capa ed 135_A.pdf
1
4/28/17
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Ano 12 - Edição 135 Abril de 2017
Conjuntos de manobra e comando BT
Partes 1 e 2 da ABNT NBR 61439, recém-publicadas, agitam mercado O Setor Elétrico - Ano 12 - Edição 135 – Abril de 2017
de quadros e painéis. Pesquisa exclusiva revela que empresas deste setor projetam crescimento de 9% para este ano
Iluminação pública pública Norma ABNT NBR 5101: revisão em vista
Renováveis Energia solar: análise econômica de diferentes tecnologias
Edição 135
Sinal amarelo
Uma das notícias desta edição é a de que o ano de 2016 bateu recorde de produção de energia renovável
adicionada no período. De acordo com a Agência ONU Meio Ambiente, a proporção da eletricidade global fornecida pelas energias renováveis (com exceção das grandes hidrelétricas) aumentou de 10,3% em 2015 para 11,3% em 2016, o que evitou uma estimativa de 1,7 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono. Ocorre que, por outro lado, o investimento global total foi de US$ 241,6 bilhões em 2016, 23% a menos que 2015 e o menor desde 2013. Essa comparação nos faz pensar que a informação pode ser compreendida de duas maneiras: após um rápido e expressivo aumento da produção de energia eólica e solar, principalmente, estimulada por incentivos regulatórios, pode ser que este setor esteja passando por um momento de estagnação; ou as tecnologias de produção de energia a partir das fontes renováveis eólica, solar e biomassa estão tornando-se, realmente, mais acessíveis, propiciando mais geração com cada vez menos investimentos.
Fato é que os novos investimentos globais em energia solar totalizaram US$ 113,7 bilhões, uma queda de
34% em relação ao recorde registrado em 2015. As adições à capacidade solar, no entanto, aumentaram para 75 gigawatts. Eólica recebeu investimento global de US$ 112.5 bilhão, 9% abaixo do valor do ano anterior. A adição de capacidade de eólica também caiu: 54 gigawatts ante os 63 gigawatts de 2015.
No Brasil, as estimativas para as duas fontes ainda são bastante otimistas. A solar vê seu futuro promissor
tendo em vista, especialmente, a micro e a minigeração, cada vez mais presente no país. A eólica passa por um momento delicado com os investidores. A promessa é de que o cenário mude com a retomada econômica do país. Só falta mesmo a chegada da tão esperada retomada, não apenas para o segmento eólico, como para todos os setores da economia.
Também nesta edição, vale a pena conferir uma pesquisa exclusiva realizada com fabricantes e montadores
de quadros e painéis elétricos, que revela as expectativas deste setor para o ano de 2017 e traz informações importantes sobre as empresas participantes. Vale lembrar que este mercado está agitado por conta da publicação recente das partes 1 e 2 da norma ABNT NBR IEC 61439 (Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão), que estabelecem mudanças significativas no setor, uma vez que extinguem os conceitos de totalmente testado (TTA) e parcialmente testado (PTTA), lançados com a publicação da ABNT NBR IEC 60439-1, em 2003.
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Revista O Setor Elétrico
6
Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Abril de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Vamos ter que esperar a limpeza do rastro do pau do galinheiro?
Para qualquer lado que virarmos o
tecnologias de cargas e controles,
nariz sentiremos o clássico cheiro, cada
geração distribuída e um mundo a ser
dia é uma fonte diferente. O pau do
trabalhado e desenvolvido, mas quem
galinheiro já está carregado e o rastro
vai investir? Quem vai fazer? O que
está cada vez maior. Alguns juristas
pode ser feito?
informam que até que a última galinha
O
tenha sua pena (judicial a ser cumprida,
desenvolvimento prevê investimentos que
se assim o for) poderá levar até mais de
são liderados pelo governo e as empresas
dez anos. Enquanto os excrementos de
privadas
Brasília, Rio e outros estados alimentam
complementares que são dirigidos para
o biodigestor de Curitiba e do próprio
áreas especificas. No estágio atual, este
Rio de Janeiro, o povo “normal” continua
modelo parece estar congelado, senão
esperando estas e outras definições,
morto. Afinal, as grandes empresas
como
previdência,
privadas que sempre foram as grandes
trabalhista, terceirização e outras saídas
engrenagens desta roda também estão
estratégicas que venham a atenuar o
no poleiro. Deveremos ter criatividade
imbróglio que nos metemos por deixar
para mudar sem ficar esperando as
a condução do País na mão de uma
ocorrências no quintal, afinal, como diz
quadrilha de incompetentes. Alguém
o ditado, “as galinhas podem mudar,
tem dúvida sobre quem vai pagar por
mas os excrementos serão sempre os
isso? Estas definições atenderão aos
mesmos”. Nossas associações formadas
interesses de que desta vez? Só do
por empresas e profissionais com a
Estado Brasileiro?
crença de que resultados são obtidos
O
a
reforma
mais
importante
com
de
investimentos
com trabalho em ambiente livre de
negócio,
corrupção e de interesses mesquinhos
de desenvolvimento profissional e de
deverão criar oportunidades para fazer
mercado dependem destas amarras.
a roda voltar a girar. Qualquer iniciativa
Temos
pode gerar energia ativa. Mãos à obra,
oportunidades
oportunidades
renováveis,
eficiência
de
em
é
seguem
clássico
que
nossas
fato
da
modelo
energias
energética
e
qualidade da energia com as novas
“povo do bem”, e haja biodigestor para tanta m...
8
Agenda 3 a 5 de julho
Cursos
Cálculo de curto-circuito em redes e aplicações (Teoria e prática)
Descrição
Informações
O objetivo do curso oferecido pela Conprove Engenharia é capacitar o participante a realizar cálculos de curtos-circuitos em sistemas elétricos e suas aplicações nas especificações e dimensionamento de disjuntores, transformadores de corrente e nos ajustes de relés de proteção. Voltado para técnicos e engenheiros que trabalham com engenharia, especificação, estudos, operação e planejamento de sistemas elétricos.
Local: Uberlândia (MG) Contato: (34) 3218-6800 conprove@conprove.com.br
4 de julho
Marketing pessoal para arquitetos, engenheiros e designers
Descrição
Informações
Todo profissional liberal precisa vender a sua imagem para vender os seus serviços ou conquistar um bom emprego. Por isso, o marketing pessoal deve ser planejado e estruturado para promover o profissional comercialmente e gerar resultados financeiros. Neste curso, o participante irá aprender estratégias para se tornar mais conhecido em sua área de atuação e gerar mais negócios e oportunidades. Dessa maneira, os objetivos do curso são: introduzir estratégias de marketing pessoal para profissionais liberais e ajudar o profissional a elaborar um plano de marketing pessoal para projetar seu nome no mercado, conquistar sua base de clientes e gerar vendas e oportunidades.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3816-0441 cursos@ycon.com.br
10 a 14 de julho
Gerência eficaz da manutenção
Descrição
Informações
Informar ao profissional da área de manutenção todo ferramental atual para que possa avaliar e implementar ações para otimização da manutenção, seja ela industrial ou predial. Esta é a proposta do curso oferecido pela NTT Treinamentos. O curso é direcionado para profissionais graduados, ou não, que atuam em todos os segmentos da gestão da manutenção. Conceitos básicos, organização de um serviço de manutenção, processos e certificação, materiais e serviços, contratação e informatização são alguns dos itens a serem abordados durante o treinamento.
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: (21) 3325-9942 cursos@ntt.com.br
6 a 8 de junho
Redes Subterrâneas de Energia Elétrica 2017
Descrição
Informações
Em sua 13ª edição, o evento Redes Subterrâneas de Energia Elétrica 2017 contará, além do fórum técnico, com dois eventos paralelos no primeiro dia do evento: o Workshop sobre Cabos Isolados e o Workshop sobre Critérios e Soluções para RDS, além da exposição para visitantes. O tema desta edição será “A visão dos novos gestores sobre o enterramento de redes de distribuição de energia elétrica”. O evento é voltado para profissionais de todo o setor elétrico, incluindo engenheiros, arquitetos, fornecedores de produtos e tecnologias, tecnólogos, técnicos e outros.
Local: São Paulo (SP) Contato: (11) 3051-3159 rpmbrasil@rpmbrasil.com.br www.rpmbrasil.com.br
13 de junho
Eventos
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Qualidade da energia – Prodist e seus impactos
Descrição
Informações
As alterações propostas na revisão 8 do Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição (Prodist) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e suas implicações para o setor industrial e comercial são foco das discussões que acontecerão no workshop promovido pelos Institutos Lactec – e apoiado pela revista O Setor Elétrico – em São Paulo (SP). Especialistas apresentarão os conceitos da revisão 8 do Módulo 8 do Prodist e abordarão outras questões relativas ao tema, como medição, estudos e soluções de problemas de qualidade de energia em ambientes industriais e comerciais. O workshop será realizado na Escola Politécnica da USP.
Local: São Paulo (SP) Contato: http://www.sbqee.org.br/sbqee/ eventos/workshop
5 e 6 de julho
Brasil Solar Power
Descrição
Informações
Será a segunda edição do Brasil Solar Power, evento constituído por um congresso sobre energia solar fotovoltaica e por uma exposição paralela com a exibição de produtos e tecnologias deste segmento. Organizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e pelo grupo Canal Energia, o evento reúne as principais autoridades do setor, além de um público altamente qualificado. O congresso é voltado a profissionais do setor (engenheiros, técnicos etc.), arquitetos, clientes finais (residenciais, comerciais e industriais), estudantes, além de executivos de empresas inseridas na cadeia da energia solar fotovoltaica, tanto na geração centralizada quanto na micro e minigeração distribuída.
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: www.brasilsolarpower.com.br
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Materiais de construção têm queda de 18,9% no consumo de energia Índice Comerc Energia reflete a dificuldade do segmento, que representa 5,6% do PIB nacional, segundo o IBGE
O
consumo
de
energia
no
País
ainda está abaixo do nível registrado
Consumo de energia por segmento (jan-Fev 2017 / Jan-Fev 2016)
em fevereiro de 2016. O Índice Comerc Energia,
que
cobre
12
setores
da
economia, registrou uma queda de 1,58% entre fevereiro de 2017 e o mesmo mês de 2016 e de 1,63% no consumo acumulado no primeiro bimestre do ano.
Em particular, chama a atenção a queda
de 18,9% no consumo da categoria de Materiais de Construção, considerando o acumulado no primeiro bimestre de 2017 frente ao mesmo período de 2016.
Somam-se a isso os dados revelados
em 7 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o PIB do setor da Construção sofreu uma retração de 5,2% em 2016. Também de acordo com o IBGE, o segmento
Consumo de energia por segmento (Fev 2017 / Fev 2016)
assistiu no ano passado a uma redução de 2,8% da ocupação de sua mão de obra (PNAD contínua/IBGE). Para
José
Romeu
Ferraz
Neto,
presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), no entanto, a queda apontada pelo IBGE dimensiona apenas uma parcela da extensão da retração vivida pelo setor no ano passado. “Somente a atividade das construtoras formais caiu 18,2% em 2016, de acordo com o Índice Nacional de Atividades da Construção Civil”, afirmou.
Esse aumento indica que as empresas
energia em relação a janeiro, sendo que,
estão retomando sua produção em um
em cinco deles, o aumento foi superior a
ritmo mais forte depois das festas de
5%.
final do ano, quando muitas adotam férias
O Índice Comerc Energia leva em
É possível, no entanto, ver alguns
coletivas, com consequente queda na
consideração
sinais de aumento do consumo de energia
produção. À exceção de Siderurgia e
de 1.300 unidades na sua carteira,
entre fevereiro de 2016 e fevereiro
Metalurgia, cuja retração na demanda foi
pertencentes a mais de 700 grupos
de 2017 em seis das 12 categorias
de 0,66%, todos os demais segmentos
industriais e comerciais que compram a
monitoradas pelo Índice Comerc Energia.
apresentaram aumento no consumo de
energia elétrica no mercado livre.
Sinais positivos
o
consumo
das
cerca
Painel de mercado
12
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Brasil desperdiçou o equivalente a 1,4 vezes toda a produção de Itaipu em 2016 Segundo Abesco, o país desperdiçou 143.647 GWh nos últimos três anos e um potencial de economia de R$ 61,71 bilhões Nos últimos três anos, o Brasil desperdiçou
energia diminuiu de 48.582,17GW em 2014
amplo
143.647 GWh, ou seja, um volume 1,4 vezes
para 47.455,74GW em 2016, uma redução
que haja um crescimento sustentável de
maior que toda a produção de energia elétrica
de 2,37% no período. Considerando que, nos
eficiência energética em todas as esferas
de Itaipu em 2016. O potencial de economia,
últimos dois anos, o Produto Interno Bruto
consumidoras e do setor elétrico como um
nesse período, chega aos R$ 61,71 bilhões.
(PIB) do Brasil caiu 7,4% (3,8% em 2015
todo. “Somente o potencial de economia
Os dados são da Associação Brasileira das
e 3,6% em 2016), podemos dizer que se o
de energia de 2016 (47.455GW) daria
Empresas de Serviços de Conservação
país não tivesse tido recessão (mesmo sem
para abastecer durante um ano inteiro
de Energia (Abesco), que diz ainda que o
crescimento), o potencial de economia seria
cidades como Águas de Lindóia e Piracaia
desperdício só não foi maior porque o país
aproximadamente maior em 5%”, explica o
ou seis meses de consumo de cidades
entrou em recessão e a produção industrial
presidente da Associação, Alexandre Moana.
como Presidente Prudente, Mogi Mirim,
caiu drasticamente entre 2015 e 2016.
Para
Marília, Carapicuíba, Botucatu OU Bragança
”O potencial nominal de economia de
apenas confirmam a importância de um
o
especialista,
os
resultados
envolvimento
do
governo
para
Paulista”, finaliza.
Setor eletroeletrônico espera ampliar produção em 2017 Segundo a Abinee, 45% das consultadas projetam aumento na atividade produtiva este ano Uma sondagem feita com associados
nas vendas em fevereiro, em relação ao
Barbato, o resultado vai ao encontro do
da Associação em fevereiro indicou que
mesmo período do ano anterior. Outras 37%
Índice de Confiança do Empresário Industrial
a maioria das empresas espera aumentar
indicaram queda no indicador.
(ICEI),
sua produção em 2017. De acordo com
Segundo a Abinee, esta foi a primeira
Nacional da Indústria (CNI), que apontou,
uma pesquisa realizada pela Associação
vez, desde janeiro de 2015, que o percentual
em março, o aumento da confiança do
Brasileira
Eletroeletrônica
de empresas com queda nas vendas não foi
setor produtivo. “Os recentes indicadores
(Abinee) com seus associados, 45% das
superior ao das que obtiveram crescimento.
demonstram que iniciamos uma tendência
consultadas acreditam na ampliação da
de recuperação”, afirma.
da
Indústria
Para o presidente da Abinee, Humberto
divulgado
pela
Confederação
atividade industrial este ano. Deste total, 10% das empresas têm a intenção de realizar o aumento no primeiro trimestre; 35%, no segundo trimestre e 55%, no segundo semestre de 2017.
Vendas O
levantamento
também
indicou
melhora nas vendas e encomendas do setor. De acordo com a sondagem, 37% das consultadas apontaram crescimento Fonte: Abinee
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O Setor Elétrico / Abril de 2017
Qualidade da energia: Prodist e seus impactos para a indústria e comércio Especialistas discutirão as recentes alterações dos Procedimentos de Distribuição da Aneel em evento a ser realizado em São Paulo As
alterações
propostas
na
nova
versão dos Procedimentos de Distribuição (Prodist) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e suas implicações para o setor industrial e comercial são foco das discussões que acontecerão no Workshop promovido pelos Institutos Lactec – e apoiado pela revista O Setor Elétrico – em São Paulo (SP).
Especialistas apresentarão os conceitos
da revisão 8 do Módulo 8 do Prodist e abordarão estudos elétricos e soluções para distribuidoras, indústrias e comércios, entre outros temas, tendo em vista as novas alterações do documento. A abertura do evento será feita pelo presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade da Energia Elétrica (SBQEE), Gilson Paulillo.
O evento tem como objetivo informar
os gestores, engenheiros e técnicos da indústria sobre as possíveis consequências da Revisão 8 do Módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica para o setor industrial e comercial, trazendo a visão dos diversos agentes
envolvidos,
como
academia,
concessionária e a própria indústria. O evento também abordará temas como medição, estudo e soluções de problemas de qualidade de energia em ambientes industriais e comerciais. O
evento
será
realizado
no
dia
13 de junho na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). O valor para participação de sócios da SBQEE é de R$ 60 e para não sócios, R$ 100. Mais informações estão disponíveis no site http:// www.sbqee.org.br/sbqee/eventos/workshop
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Abril de 2017
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Georreferenciamento – Prodist 2018 http://www.indracompany.com/pt-br/pais/brasil
Em consequência dos Procedimentos de Distribuição (Prodist), da Aneel, as concessionárias de distribuição
estão obrigadas a fornecer à Aneel, desde janeiro de 2011, o cadastro georreferenciado completo das linhas e redes de distribuição, dentro de um modelo de dados padrão - o já conhecido Banco de Dados Geográfico da Distribuidora (BDGD). Porém, para o ano de 2018, o relatório contará com um grande volume de novas informações estabelecido pela agência, colocando muitas distribuidoras em estado de despreparo para a entrega em 2018.
Até 2017 as distribuidoras enviavam somente os ativos cadastrados no GIS. Para 2018 também será
necessário o envio de dados regulatórios de operação, recursos humanos e outros. Frente a esta nova necessidade, a Indra antecipou a customização de sua solução, dando origem ao InGRID BDGD, que atenderá ao novo modelo, incluindo funcionalidades de grande relevância na qualidade de entrega.
Entre as principais características do InGRID BDGD estão o Quality Assurance, que faz a validação prévia das
informações perante o Dicionário de Dados da Aneel (DDA), possibilitando ao usuário visualizar e atuar de forma proativa antes do envio dos dados à Aneel; a configuração DDA, que permite ao usuário administrativo configurações de alterações do dicionário sem a necessidade de intervenção da TI (regras de de-para); o histórico das informações, que armazena a extração mensal, possibilitando um histórico para futuras auditorias e acompanhamento da evolução e crescimento dos
Solução agiliza e padroniza com a base do Controle Patrimonial o cadastro georreferenciado das distribuidoras de energia elétrica atendendo às exigências Aneel 2018.
ativos; e a extração Shape no formato Aneel, que consiste em um arquivo gerado sem intervenções manuais para entrega à Aneel com confiabilidade e integridade ao histórico armazenado.
Gerenciamento de energia para a indústria www.mitsubishielectric.com.br
A Divisão de Automação Industrial da Mitsubishi Electric do Brasil promete facilitar o gerenciamento
da energia elétrica de plantas industriais com o EcoWebServer III, uma plataforma industrial para coleta de dados de medição de energia, bem como dados de produção através de rede Ethernet e CCLink.
Por meio da rede industrial, o EcoWebServer III consegue coletar estes dados e disponibilizar para
todos os colaboradores pela Internet ou Intranet. A plataforma conta com um servidor web integrado que permite a exibição de gráficos históricos de energia, tendências e análise em tempo real do consumo.
Outra vantagem do dispositivo é a coleta de dados de energia por departamento, linha de produção ou
instalação, contribuindo para a gestão financeira da empresa. Além disso, o EcoWebServer III também atua
O sistema é capaz de auxiliar os gestores das plantas a identificarem gastos desnecessários e aprimorarem a eficiência energética.
como concentrador de dados de energia para servir dados para software de informações de energia baseado em PC, como AX Energy para KPIs e Dashboards e relatórios avançados.
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Os produtos são 100% de fabricação nacional e estão em conformidade com as normas brasileiras, IEC, EM
e VDE.
Segundo a empresa, os sistemas são concebidos de tal forma que podem ser colocados em operação de
forma rápida e segura. Além disso, conta com uma equipe técnica à disposição dos clientes para dúvidas de aplicação e instalação.
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Painel de empresas
16
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
1º Encontro de Usuários Omicron no Brasil Evento reuniu clientes e parceiros em seminário para discutir proteção e automação de subestações e marcou a chegada da empresa no país
Durante o encontro, especialistas nacionais e internacionais abordaram aspectos práticos da proteção e automação de subestações.
Especializada em testes e soluções de
deverá se repetir no Brasil a cada um ou
diagnóstico de proteção e automação de
dois anos com a proposta de disseminar
subestações, a Omicron inaugurou suas
conhecimento,
operações no Brasil no último dia 2 de
nos demais países em que a empresa
março. Não por acaso, a empresa realizou
está presente. Segundo ele, esse tipo de
seu Primeiro Encontro de Usuários nos
encontro é uma tendência da indústria de
dias 22 e 23 do mesmo mês para não
modo geral, cujo propósito é abordar os
apenas lançar a empresa oficialmente no
produtos tecnicamente e, dessa maneira,
país, mas, principalmente, para discutir
ainda reforçar o relacionamento com o
aspectos
cliente.
relacionados
a
tecnologias
assim
como
acontece
emergentes em testes de sistemas de
proteção e automação e avaliação de
seja a base da empresa, é fundamental
ativos em subestações.
o
investimento
em
e
a
acaba
Para isso, o evento, que contou com
Para o executivo, embora o produto
distância
relacionamento
suporte
dificultando.
a presença de, aproximadamente, 80
“Conhecimento,
profissionais – entre parceiros, clientes
logística, tudo isso é o que faz um
técnico,
cativos e clientes em potencial – levou
relacionamento forte. Você consegue
palestrantes brasileiros e internacionais a
a lealdade do cliente através de uma
apresentarem discussões técnicas sobre
experiência completa. Não é fornecer
tecnologias e a mostrarem casos práticos
o produto simplesmente. Tem que ter
com equipamentos Omicron no Brasil e no
um suporte rápido e eficiente e isso
mundo.
exige uma presença local”, considera.
O gerente de vendas para a América
Ele enfatiza que, por isso, a filosofia da
Latina da Omicron, Paulo Garrone, explica
Omicron é estar presente nos mercados
que o evento é uma prática global, que
mais importantes do mundo e, na América
17
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Latina,
existem
dois
mercados
importantes para a empresa: México, onde a empresa já possui escritório desde 2011, e agora o Brasil. Garrone conta que o Brasil já estava escolhido há muito tempo, mas algumas dificuldades – especialmente quanto
à
economia
do
país
–
retardaram o processo. “Finalmente, no início do ano passado, chegamos à conclusão de que precisávamos estar no Brasil. Além disso, crise é também oportunidade. Você encontra custos menores, bons profissionais no mercado e se prepara melhor para o momento da retomada”, conclui. O
gerente
empresa
no
de
operações
Brasil,
o
da
engenheiro
Marcelo Paulino, acrescenta que a proposta da Omicron vai além do interesse comercial. “Agora, o cliente está
falando
diretamente
com
o
desenvolvedor do equipamento, da tecnologia. Começar a Omicron no Brasil com um evento que dissemina informações técnicas é uma ação que mostra que a empresa investe muito em conhecimento e no relacionamento com o cliente”, reforça.
O suporte técnico, segundo Paulino,
traz ainda outro grande benefício: “com a engenharia do fabricante presente localmente, é possível entender melhor a necessidade do cliente e, com isso, elaborar uma proposta mais adequada”.
O escritório brasileiro está localizado
na cidade de Sorocaba (SP), mas a empresa conta com representantes distribuídos por todas as regiões do país. A unidade brasileira conta com um centro de treinamentos e com um laboratório de reparo e calibração. Com garantia local, a expectativa é de que toda a logística – especialmente no que diz respeito a prazos e custos – seja facilitada, tanto para a companhia, quanto para os usuários.
Painel de empresas
18
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Nexans e Ffly4u conecta clientes por meio de IoT Sistema de acompanhamento e gestão de serviços criado por empresas permite que os clientes conheçam exatamente a localização dos tambores de cabos e a quantidade de cabos utilizados
A Nexans, em parceria com a Ffly4u,
companhia
especializada
em
Internet
Industrial das Coisas, lançaram um serviço de rastreamento e gerenciamento, que promete facilitar, para os clientes, a localização exata de seus tambores e a quantidade de cabos que sobram em projetos de cabeamento diversos. Há cerca de 18 meses, a Nexans uniu forças com a Ffly4u para realizar um programa-piloto na frota Enedis, companhia de serviço público de distribuição de energia da França, com 404 mil pessoas conectadas. Os
primeiros
testes
na
Enedis
serão
realizados em cerca de 40 mil tambores de
em nuvem, que fornecerá à Nexans e à
quantidade de cabo em cada tambor.
cabos Nexans.
Enedis informações em tempo real sobre a
Na parceria firmada com a Nexans, a
localização do tambor e seu status em todo o
risco de roubo de cabos, pois o dispositivo
Ffly4u atuará desenvolvendo o sensor a pilhas,
trajeto (condições de temperatura, impactos
dispara um alarme se o tambor for movido
elemento chave para o monitoramento dos
em função no transporte, umidade, etc.).
para fora do perímetro pré-definido ou
ativos (cabos). O mecanismo é incorporado
Entre as informações que o sensor fornece
durante períodos não operacionais, como em
dentro de cada um dos tambores de madeira,
estão quantos cabos foram usados em cada
transporte noturno ou em regiões inseguras.
usado para transportar cabos de média
projeto, planta, instalação e quando estará
tensão para os projetos de infraestrutura de
pronto para coleta – assim que estiver vazio.
imediato, a tecnologia de rastreamento sem
energia da Enedis. Esse dispositivo fornece
fio poderia ter muitas outras aplicações
uma maneira única de identificação tanto do
do local planejem suas operações diárias de
para
tambor quanto do tipo e da quantidade de
forma mais eficaz, já que podem localizar os
transformadores e geradores”, avaliou o
cabo que ele carrega. Ele se conecta sem
tambores de cabo facilmente, além de passar
diretor de Sistemas da Nexans Europa, Olivier
fio a um sistema de gerenciamento, baseado
a ter um conhecimento detalhado do tipo e
Pinto.
O serviço permite que os operadores
O rastreamento ajuda ainda a eliminar o
"Enquanto os tambores são um objetivo
infraestrutura
elétrica,
como
em
19
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Banco do Brasil lança programa para energia limpa Programa Agro Energia estima liberar R$ 2,5 bilhões em energia limpa e renovável
Para apoiar a produção de energia limpa e
renovável em atividades do agronegócio, o Banco do Brasil lança o Programa Agro Energia, com estimativa de liberar R$ 2,5 bilhões até o fim do ano. A iniciativa engloba pessoas físicas, empresas e cooperativas do agronegócio.
A proposta do programa é possibilitar a redução
do custo de produção, a autossuficiência na geração de energia, a transferência de tecnologia ao campo, a manutenção de renda e a ampliação dos negócios com o setor agropecuário, com a implantação de usinas de energia solar, biomassa e eólica. Pelo
elevado
consumo
de
energia,
os
segmentos de avicultura, suinocultura ou que possuem estrutura de armazenagem apresentam maior propensão ao financiamento.
As linhas de financiamento são: Inovagro, Pronamp, Investe Agro, Pronaf Eco, Pronaf Agroindústria, Prodeccop e o FCO Rural, para a região
Centro-Oeste.
Painel de empresas
20
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Aplicativo orienta sobre serviços públicos de saneamento e energia elétrica App lançado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) permite que consumidores tirem dúvidas e façam reclamações
Com o intuito de orientar e solucionar
públicos, aproximando mais a agência do
problemas dos consumidores sobre os
cidadão”, afirmou o diretor de Relações
serviços
Internacionais da Agência, Paulo Arthur
de
saneamento
básico,
gás
canalizado ou energia elétrica, a Agência
Góes.
Reguladora de Saneamento e Energia do
Estado de São Paulo (Arsesp) lançou o
o aplicativo permite que o consumidor
aplicativo oficial da Agência, disponível
registre a sua reclamação sobre os
nas plataformas iOS e Android.
serviços
O
App
foi
desenvolvido
pela
Com interface simples de navegação,
de
saneamento
básico,
gás
canalizado ou energia elétrica, consultar
Prodesp, companhia de tecnologia de
seu
informação do Estado de São Paulo, com
também, conhecer os principais direitos e
coordenação das áreas de Tecnologia da
deveres dos consumidores.
Informação, do Serviço de Atendimento ao
Usuário e Comunicação, e supervisão da
irá visualizar logo na primeira tela os
Superintendência da Diretoria de Relações
setores regulados pela Arsesp. Para
Institucionais da Agência.
registrar
“Os celulares já ultrapassaram os
elétrica,
computadores, sendo o dispositivo mais
consumidor direto para o Espaço do
utilizado para acesso à internet no Brasil.
Consumidor no site da Agência Nacional
E os aplicativos vieram com o propósito de
de
agregar facilidades ao nosso cotidiano. A
ressaltar que a Arsesp atua, por meio
Arsesp, com essa ferramenta, simplifica
de delegação da Aneel, na fiscalização
Paulo. Por este motivo, as solicitações de
e torna mais acessível o atendimento
das distribuidoras de energia elétrica,
reclamação são registradas no sistema da
aos
PCHs e PCTs, situadas no Estado de São
Agência Federal.
consumidores
desses
serviços
andamento,
encaminhar
fotos
e,
Baixando o aplicativo, o consumidor
reclamação o
Energia
aplicativo
Elétrica
sobre
energia
redirecionará
(Aneel).
o
Vale
21
O Setor Elétrico / Abril de 2017
CPFL Energia investe R$ 98 milhões em eficiência energética Troca de equipamentos antigos por modelos mais eficientes de 70 mil famílias trouxe economia de 37,5 GWh de energia, suficiente para abastecer 15,6 mil residências
As nove distribuidoras da CPFL Energia
comunitários. Essas ações fazem parte do
sociedade e utilizá-la de forma sustentável é
investiram mais de R$ 98 milhões em
projeto "Comunidades Eficientes" e recebeu
vital para o futuro da humanidade. Na CPFL,
projetos de eficiência energética em 2016,
mais de R$ 52 milhões.
o programa é desenvolvido desde 1998,
propiciando economia de 37,5 GWh no
Do montante total, as concessionárias
com foco em inovação e projetos de todas
consumo de energia elétrica. Esse volume
aplicaram cerca de R$ 20 milhões em
as tipologias para todos os segmentos de
seria suficiente para abastecer 15.625
projetos
tornar
mercado, a fim de conscientizar a população
residências, ou uma cidade do porte de Serra
indústrias, clientes comerciais e residenciais
sobre o consumo inteligente e seguro
Negra, no interior do Estado de São Paulo.
mais eficientes no consumo de energia.
de energia elétrica", afirma o gerente de
Outros R$ 7,5 milhões foram destinados
Eficiência Energética da CPFL Energia, Luiz
Paraná e Rio Grande do Sul, as distribuidoras
à
Carlos Lopes Júnior.
CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL
de prédios públicos e das empresas de
Santa Cruz, CPFL Sul Paulista, CPFL Leste
serviço público, com troca de lâmpadas,
Energética provêm do valor arrecadado nas
Paulista, CPFL Jaguari, CPFL Mococa, RGE
motores e outros sistemas energéticos.
contas de energia elétrica e é aprovado
e RGE Sul beneficiaram 71.050 clientes
As iniciativas educacionais, que ajudam
junto à Agência Nacional de Energia Elétrica
com baixo poder aquisitivo, mediante a
a formar consumidores mais conscientes
(Aneel). Esse dinheiro volta para a sociedade
instalação de equipamentos mais eficientes
da importância de se economizar energia,
por meio de projetos que buscam preservar
(como chuveiros, lâmpadas, geladeiras e
receberam verba de R$ 4,7 milhões.
os recursos naturais e promover educação
aquecedores
para o uso consciente de energia elétrica,
Atuando em São Paulo, Minas Gerais,
solares),
regularização
de
ligações clandestinas e atuação de agentes
e
melhoraria
equipamentos
da
eficiência
para
energética
"A eletricidade é essencial ao bem-
estar das pessoas e ao desenvolvimento da
Os recursos do Programa de Eficiência
evitando, assim, o desperdício.
Painel de empresas
22
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Soprano entra no mercado de iluminação Empresa aproveitou a Feira da Construção (Feicon) para anunciar ao mercado e lançar produtos
A Soprano, Unidade Materiais Elétricos,
fez sua estreia no mercado da iluminação durante o 23º Salão Internacional da Construção e Arquitetura (Feicon Batimat), realizado no início de abril em São Paulo. A empresa aproveitou o momento para lançar sua grande aposta: as lâmpadas Led.
A empresa apresenta um portfólio de
produtos para o setor elétrico, que inclui quadros de distribuição, mini disjuntores, DR, DPS e sensores de presença que já fazem parte do portfólio de produtos.
As lâmpadas Led estão disponíveis
nos modelos bulbo A55 e A60 e também nos tubulares 600 mm e 1200 mm, com tensão bivolt e temperatura de cor de 3000 K e 6500 K. Com autonomia para passar 25 mil horas ligadas e com três anos de garantia, o produto possui vida longa e um alto nível de economia de energia, chegando a 83% no modelo bulbo e em 50% no modelo tubular, na comparação com as lâmpadas incandescentes comuns.
Certificadas pelo Inmetro de acordo com a portaria 389/2014, as lâmpadas Led chegam às lojas de todo o país a partir de julho. Além
das lâmpadas Led, a Soprano lança nos próximos meses os quadros de distribuição de energia de 24 e 36 polos e a prensa-cabo, utilizada na instalação de cabeamento elétrico em residências, indústrias e comércios.
ATERRAMENTO ELÉTRICO
24
Luiz Alberto Pettorutti, Carlos Alberto Sotille e Hirafumi Takayanagi Capítulo IV – Aterramento para sistema de distribuição • Objetivos • Tipos de sistemas • Valor de resistência
Ensaios em instalações elétricas industriais
26
Diogo Dahlke e Luis Gamboa Capítulo IV – Sistemas de aterramento em instalações industriais • Dimensionamento e segurança pessoal • Métodos de medição • A calibração • Aspectos de manutenção • Compatibilidade eletromagnética • Indução eletrostática e eletromagnética
INTERNET DAS COISAS
36
Marcos de Carvalho Marques, Flávia Consoni e Camila Mayer Capítulo IV – Smart Car: em rota de coalizão • Novas demandas e Soluções de IoT para mobilidade • Veículos como fonte de energia • Ecossistemas enquanto estruturas de negócio emergente
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
42
Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz Capítulo IV – Conceitos de confiabilidade • Componentes reparáveis • Modelos combinatórios • Software para simulação
Fascículos
Apoio
Apoio
Por Luis Alberto Pettoruti, Carlos Alberto Sotille e Hirofumi Takayanagi*
Aterramento elétrico
24
Capítulo IV Aterramento para sistema de distribuição terra, resultantes da circulação das correntes
todos os aspectos técnicos envolvidos, desde
objetivos do aterramento de um sistema
Este capítulo abordará inicialmente os
de desequilíbrio;
a definição de tensão suportável de impulso
de distribuição, ficando para os próximos
c) garantir a efetividade do aterramento do
até a especificação e escolha de todos
capítulos a abordagem das diretrizes para
sistema, limitando os deslocamentos do
os materiais, equipamentos e estruturas
a elaboração de projetos de aterramento de
neutro por ocasião da ocorrência de faltas à
necessários, que são sensivelmente afetados
sistemas elétricos de distribuição, em tensões
terra;
pela definição da distância de escoamento
de até 34,5 kV.
d) assegurar a operação rápida e efetiva dos
dos isoladores e pela limitação dos níveis
A origem dos sistemas de distribuição de
dispositivos de proteção de sobrecorrente,
máximos de curto-circuito.
energia elétrica está associada a redes isoladas
na ocorrência de faltas à terra, limitando
Os aterramentos dos dispositivos de
de terra, cujos índices de disponibilidade
as tensões resultantes da passagem das
proteção contra sobretensão objetivam
eram
do
correntes de curto-circuito;
viabilizar o adequado escoamento de
envolvimento de eventuais falhas, por
e) outras condições, como:
eventuais surtos, garantindo a manutenção
otimizados
pela
redução
meio da desenergização manual do menor
➢ continuidade do fornecimento no caso
da confiabilidade do sistema e a segurança
trecho necessário à execução dos reparos.
específico dos sistemas MRT;
dos usuários de seus serviços.
Contudo, a necessidade de provimento de
➢ tensões de transferência compatíveis;
condições adequadas de segurança associada
➢ minimização de falhas de
do equipamento, o valor da resistência dos
à progressiva elevação das tensões primárias
equipamentos por deficiência de
aterramentos não tem maior influência.
utilizadas nesses sistemas (consequência da
aterramento;
Desde que especificados os dispositivos de
evolução das densidades de carga) passou
➢ qualidade do fornecimento (por
proteção adequados e utilizado condutor
a exigir a utilização de sistemas primários
exemplo, valor e configuração do
de aterramento único, a limitação do
aterrados como forma de viabilizar soluções
aterramento dos para-raios).
comprimento
Fascículo
técnico-econômicas para a proteção contra sobrecorrentes e sobretensões.
No que concerne à proteção específica
das
interligações
destes
dispositivos com o tanque do equipamento A forma de se alcançar os objetivos
é suficiente à obtenção de adequado grau de
Tendo em vista o provimento das
anteriormente citados depende do tipo de
condições adequadas de segurança, o
sistema que se venha construir. Portanto,
Entretanto, o valor de resistência
aterramento de um sistema de distribuição
a elaboração do projeto específico para
oferecido pelo aterramento dos dispositivos
deve atingir, cumulativamente, os seguintes
aterramento de um sistema de distribuição
de
objetivos:
deve ser sempre precedida da definição do
fundamental para a determinação da
proteção.
proteção
contra
sobretensão
é
tipo de sistema que se pretende implantar.
diferença de potencial que deve se estabelecer
a) viabilizar adequado escoamento de
Face às múltiplas consequências desta
entre os componentes do sistema elétrico e a
sobretensões, limitando as tensões trans
escolha, ela deve ser baseada em análise
terra, em função da passagem da corrente de
feridas ao longo da rede, em consequência
técnico-econômica global em que sejam
impulso nesta resistência.
das descargas de surtos diretas ou indiretas;
avaliadas as vantagens e desvantagens de
A elevação de potencial até o ponto de
b) garantir a segurança dos usuários do
cada tipo de sistema de acordo com as
conexão do condutor de aterramento com
sistema por meio da limitação das diferenças
características específicas da instalação.
o condutor neutro (afetada também pela
de potencial entre o condutor neutro e a
Nesta análise, devem ser contemplados
queda de tensão no condutor de descida)
25
Apoio
é transmitida para os pontos de utilização,
b) Sistemas trifásicos a três fios com neutro
enquanto que a diferença de potencial entre
secundário contínuo
os condutores-fase no topo da estrutura e a
➢ Nesse sistema o condutor neutro não
terra (afetada também pela tensão residual
é interligado à malha de aterramento
dos dispositivos de proteção), deve se
da subestação, ficando restrito ao
propagar ao longo do circuito primário.
sistema secundário, correspondente.
Destes
potenciais,
os
transmitidos
São considerados como de neutro
pelo condutor neutro devem garantir
secundário contínuo aqueles em que o
condições de segurança para os usuários; os
neutro de baixa tensão interliga todos os
transmitidos pelos condutores-fase da rede
transformadores de distribuição.
primária devem ser inferiores ao valor da tensão suportável de impulso das estruturas,
c) Sistemas trifásicos a três fios com neutro
de forma a evitar disrupção nos isoladores,
secundário descontínuo
que, não raro, são inclusive danificados pela
➢ Este sistema é idêntico ao sistema
corrente de curto-circuito subsequente.
trifásico a três fios com neutro
Para o cálculo das elevações de potenciais
secundário continuo, onde nem todos
resultantes das descargas de surtos, devem
os neutros de baixa tensão dos diversos
ser estimados valores de resistência de
transformadores de distribuição são
aterramento, de forma a permitir a definição
interligados.
do seu valor-limite. O valor máximo de resistência de aterramento deve corresponder ao maior
d) Sistemas monofilares com retorno por terra – MRT
dos valores que vier a resultar em tensões
➢ Sistemas providos de um único
no condutor neutro e nos condutores-
condutor-fase que alimenta um ou mais
fase, inferiores a limites previamente
transformadores de distribuição em que
estabelecidos, em função dos critérios
o retorno da corrente é feito pelo solo.
adotados para proteção contra sobretensões. Nos próximos capítulos, falaremos sobre
as
metodologias
adequadas
à
determinação das condições mínimas a serem satisfeitas pelo projeto do aterramento da rede de distribuição de forma a atender, simultaneamente, a todas às características inerentes a cada tipo de sistema como: a)
Sistemas
trifásicos
a
quatro
fios,
multiaterrados ➢ Sistema em que o condutor neutro, oriundo da malha de aterramento da subestação, comum aos circuitos primário e secundário, acompanha toda a rede primária, sendo regularmente conectado à terra, em pontos definidos, de modo a constituir uma rede de
*Luis Alberto Pettoruti é engenheiro eletricista e eletrônico e pesquisador. Atualmente, é sócio-fundador e diretor técnico da Megabras. É ainda membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em Aterramento elétrico de Subestações C.A.” do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletronica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei). Carlos Alberto Sotille é engenheiro eletricista, mestre em Ciências pela Coppe/ UFRJ, e pesquisador. Atualmente, é diretor técnico da Sota Consultoria e Projetos Ltda. e membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em Aterramento elétrico de Subestações C.A.” do Cobei. Hirofumi Takayanagi é engenheiro eletricista e diretor da JMV Consult. É membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em Aterramento elétrico de Subestações C.A.” do Cobei/ ABNT.
terra contínua e de baixa impedância. Convém que o condutor neutro seja também interligado ao neutro de outros alimentadores, quando disponíveis, inclusive daqueles originários de outras subestações.
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
26
Por Diogo Biasuz Dahlke e Luis R. A. Gamboa*
Capítulo IV Sistemas de aterramento em instalações industriais Instalações industriais costumam ser
campo e estratificação, quando aplicável.
a terraplenagem do terreno da SE e ficar
atendidas por subestações cujos sistemas
No caso de o terreno ter uma estratificação
atento ao período de estiagem.
de aterramento devem atender aos critérios
complexa, sugerindo várias camadas de
A Figura 1 ilustra o arranjo de ensaio
de projeto da norma ABNT NBR 15751 e,
resistividades diferentes, a norma mostra
utilizado no método de Wenner, no qual
para medição, a ABNT NBR 15749. Alguns
como fazer a redução a duas camadas,
se faz uso de quatro eletrodos, dois para
tópicos práticos relacionados com operação,
por meio de médias ponderadas que
injeção de corrente nas extremidades e dois
manutenção e avaliação de anomalias
consideram as espessuras de cada uma
eletrodos intermediários para a medição
desses
delas.
dos potenciais. Os terrômetros comerciais
aterramentos
são
apresentados
neste trabalho, que inclui exemplos de avarias
relacionadas
problemas
geralmente trabalham com injeção de
de
estratificação de duas camadas para simular
corrente em uma frequência distinta
nem
como solo uniforme, mas isso só quando
da industrial e de suas harmônicas de
sempre resultantes do valor da resistência
o resultado for conservativo. É o caso de
sequência zero (1470 Hz) para minimizar
de aterramento da malha.
atribuir o pior valor de resistividade ao
efeitos de indução e eventuais correntes de
solo como um todo. A medição posterior
interferência presentes no solo na região
mostrará valores de potenciais de superfície
do ensaio. Varia-se a distância a e cada
menores aos calculados. É importante
valor obtido representa uma resistividade
realizar as medições de resistividade após
relacionada com a profundidade a.
compatibilidade
a
Algumas vezes pode-se simplificar uma
eletromagnética,
Dimensionamento e segurança pessoal Em termos de segurança pessoal,
Fascículo
uma malha de aterramento é projetada para atender às tensões de passo, toque e elevação do potencial de terra máxima, na pior condição de corrente de falta fase-terra assimétrica, em frequência industrial. Esse dimensionamento considera o aumento dos níveis de curto-circuito resultantes de futuras ampliações. A ABNT NBR 15751 orienta sobre o cálculo dessas grandezas, mas, a partir do conhecimento prévio do terreno, em termos de sua resistividade e estratificação. A medição da resistividade do solo é objeto da ABNT NBR 7117, que inclui orientações para tratamento dos dados provenientes de medições de
Figura 1 – Ilustração do método Wenner.
Apoio
Com os dados básicos para o projeto:
tal como uma subestação. Dessa forma,
da tensão de toque com plataformas de
corrente de malha, tempo de abertura para
o objetivo do projeto é otimizar a melhor
equalização em locais em que o pessoal
extinguir o curto-circuito e resistividade
disposição dos condutores de maneira que
das equipes de operação e manutenção se
do
os potenciais na superfície do solo atendam
posiciona para operar ou realizar outros
aos requesitos mínimos de segurança.
serviços em equipamentos da SE. A Figura
terreno
da
SE,
procede-se
ao
dimensionamento da malha, que inclui sua profundidade, nunca inferior a 50 cm, e o
Outro aspecto importante é o controle
3 mostra esse recurso no ponto de operação
espaçamento do reticulado. O projeto, normalmente, considera uma camada de brita de pelo menos 10 cm, para reduzir a corrente pelo corpo humano aos limites normalizados, especialmente, quando as tensões de passo e toque previstas são excessivas para atender esse requisito. A brita funciona como um material resistivo (resistividade da ordem de 3.000 Ωm, quando molhada) em série, entre o solo e a base do calçado do operador, além de funcionar como dreno de águas pluviais. Reduzir o espaçamento do reticulado em regiões críticas é outro recurso bastante empregado, especialmente nas bordas da malha. Na Figura 2, são ilustradas as tensões típicas encontradas em uma instalação
Figura 2 – Tensões típicas de interesse para dimensionamento da malha de aterramento.
27
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
28
Métodos de medição (comissionamento) Diferentes tecnologias de medição são
disponíveis
atualmente
para
verificação de sistemas de aterramento, cada
qual
com
sua
vantagem
ou
desvantagem conforme a aplicação. Tais metodologias são abordadas em maiores detalhes na ABNT NBR 15749. Nos grandes sistemas de aterramento, tais como aqueles encontrados em subestações de grande porte, devido ao baixo valor da resistência de aterramento, torna-se necessária a injeção de alta
Figura 3 – Plataforma de equalização de potenciais.
corrente (dezenas de amperes) a fim de
de uma chave seccionadora. Observar
não deve ser interligada para não transferir
garantir boa resolução dos potenciais
que a elevação do potencial da malha,
potenciais perigosos ao pessoal que estiver
medidos no solo.
durante uma eventual falta, aparecerá
próximo da cerca durante as faltas à terra.
Nesse
tipo
de
ensaio,
medidas
simultaneamente na alavanca de operação
A principal função desse aterramento é
de segurança adicionais devem ser
da chave e na plataforma aterrada. Uma
fornecer um caminho fácil para a proteção,
adotadas para prevenir o contato de
plataforma isolada também pode ser
na eventualidade de ruptura e queda de um
pessoas e animais com áreas energizadas
empregada em pontos críticos para limitar
cabo da LT.
próximas do local do ensaio. Também
Materiais não condutivos, tais como
é necessária a desconexão dos sistemas
telas plásticas, também são uma boa
de aterramento adjacentes conectados à
cerca (se de arame) da subestação deverá
alternativa
potenciais
malha sob ensaio, como, por exemplo,
estar interligada com a malha principal
transferidos e de toque. Um exemplo
os cabos de blindagem de uma linha
apenas quando estiver dentro da área desta.
do emprego desse tipo de material é
de transmissão que se conectam à
No caso de ficar distante da malha principal,
apresentado na Figura 4.
subestação. Outro ponto relevante é
a tensão de toque. A malha do aterramento perimetral da
para
prevenir
o afastamento adequado do ponto de injeção de corrente remoto, que em grandes sistemas de aterramento pode atingir vários quilômetros. Sistemas de medição comerciais (terrômetros),
são
projetados
para
Fascículo
malhas de menor porte e possuem diferentes
faixas
de
frequência
de
operação, além de filtros sintonizados, que permitem minimizar a influência de
interferências
em
frequência
industrial. Esse tipo de instrumentação propicia
maior
segurança
para
as
equipes de medição, porém, em solos de alta resistividade, a corrente de ensaio poderá ser limitada pela máxima tensão de saída da fonte do terrômetro, da ordem de 40 V. Nesses casos, uma vez que muitos equipamentos não informam a corrente Figura 4 – Cerca de material não condutor.
injetada durante o ensaio, recomenda-se
Apoio
29
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
30
Em muitos casos, medições periódicas de resistência da malha são tecnicamente inviáveis,
em
áreas
urbanas, em que as possibilidades de esticar cabos de ensaio até áreas livres de
elementos
metálicos
enterrados
(fundações prediais e eletrodos de terra), para atender às distâncias normalizadas, são raras. Mas como nem a área da malha nem a resistividade do terreno sobre o qual foi instalada mudam ao longo do tempo, a resistência global, em termos Figura 5 – Redução da resistência do eletrodo auxiliar de corrente com hastes em paralelo.
como as do neutro de enrolamentos estrela de transformadores de potência, realizar esse acompanhamento através de
que devem suportar a sobrecorrentes até
um alicate terrômetro, que geralmente
a correta atuação do sistema de proteção.
possui faixa de medição compatível
Outros pontos, como as conexões de
com a corrente injetada pelo terrômetro
para-raios, TPCs – sujeitos a altas
(poucos
correntes transitórias – ou aterramentos
mA). Dessa maneira, é possível
de carcaças de equipamentos, que devem
constatar se o terrômetro está operando
prevenir o choque elétrico por toque,
com correntes dentro de sua faixa de
devido
exatidão. Ver Figura 5.
(relacionado com a indução eletrostática)
Caso a corrente de ensaio esteja muito baixa, será necessário diminuir
ao
acoplamento
capacitivo
entre os barramentos energizados e as
com o emprego de várias hastes de em paralelo e, em casos críticos, molhar seu
que um dos objetivos é a detecção de falhas na instalação dos componentes de aterramento (conexões frouxas, soldas exotérmicas de baixa qualidade), pode ser necessário aplicar altas correntes para sensibilizar termicamente a resistência de contato com suspeita de falha. Conexões defeituosas se aquecem de forma não linear com a corrente aplicada e provocam um aumento da resistência medida, que tende a crescer durante o próprio ensaio, facilitando o diagnóstico. particularmente
importante para comissionar conexões de aterramento sujeitas a conduzir elevadas correntes de curto-circuito,
Defeitos
nesses
provocados e/ou
pontos
por
podem
esforços
aquecimento
ser
mecânicos
durante
curtos-
circuitos, ou por corrosão, mas sem que a resistência global da malha tenha sido afetada. Dessa
forma,
uma
periódica
das
é
importante,
muito
conexões
verificação enterradas
especialmente
quando há registro de choque elétrico por contato pessoal com carcaças de
como a dificuldade de coordenar a
uma instalação de grande porte, em
é
das conexões defeituosas enterradas.
Aspectos de manutenção
Nas inspeções de recebimento de
ensaio
provavelmente muda é a resistência
equipamentos
entorno.
Tal
práticos, permanece inalterada. O que
massas mal aterradas.
a resistência das hastes de aterramento
Fascículo
especialmente,
Figura 6 – Método do alicate terrômetro.
aterrados.
aparentemente
Problemas
mais
bem graves,
atuação de relés de proteção por falha
Apoio
na conexão enterrada do neutro de um
pequenas plantas industriais em AT, até
transformador
transformador, por exemplo, também
34,5 kV, uma atenção especial deve ser
realizar
merecem uma avaliação pontual. O
dada ao aterramento dos para-raios que
adequado, com protetores de surto
método do alicate terrômetro, por ser
protegem o transformador principal. A
(DPS) no quadro de entrada de BT,
fácil e prático, pode auxiliar na detecção
ABNT NBR 16527:2016 - Aterramento
especialmente para prevenir os efeitos
de pontos suspeitos, medindo-se a
para Sistemas de Distribuição (até 34,5
secundários da operação dos para-raios
resistência
de
kV), no item 5.4.3, recomenda afastar os
do transformador.
aterramento interligadas conforme a
eletrodos de terra do neutro do circuito
Figura 6.
secundário do aterramento do circuito de
entre
duas
descidas
um
principal projeto
obriga
de
a
proteção
Compatibilidade eletromagnética
Se uma das conexões enterradas
AT (cabo de descida das bases dos para-
(3 ou 4) estiver com defeito, o valor
raios e da carcaça do transformador),
medido será comparativamente maior
de modo a limitar as tensões devidas
Vários fenômenos causadores de
em relação a outro par de descidas,
a falhas no isolamento primário do
anomalias, desde o mau funcionamento
e facilmente poderá se identificar a
transformador ou à própria operação
até a falha de instrumentos na SE,
conexão defeituosa.
dos para-raios. Quando existem vãos
são
transitórios,
por
indução
ou
Antes da programação do reparo,
aéreos de rede secundária, a solução mais
transferência de potenciais. Os efeitos
uma validação com micro-ohmímetro e
simples é aterrar o neutro no(s) poste(s)
desses eventos nem sempre dependem
corrente de pelo menos 100A CC ou CA
adjacente(s). Dessa forma, uma falha na
do valor de resistência da malha, mas
é recomendável.
isolação entre o enrolamento de AT e a
também do modo de interligar, ou não,
carcaça não será transferida diretamente
pontos de aterramentos específicos,
pelo neutro da BT para os equipamentos
distâncias envolvidas entre as fontes de
com classe de isolamento inferior.
perturbações e os instrumentos sensíveis,
Interligações dos aterramentos de AT e BT
O compartilhamento dos aterra— Para os casos de atendimento de
cmentos de AT e BT no poste do
cablagem, magnitude e frequência das perturbações.
31
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
32
barramento de AT, a blindagem e a malha de terra, ficará aterrado e a capacitância secundária (C2) bypassada. A eficiência dessa técnica somente é limitada para frequências muito elevadas.
Indução eletromagnética Tensões induzidas eletromagnetica mente, normalmente, ocorrem pelas variações rápidas da corrente e, portanto, do campo magnético, resultante da energização e desenergização de circuitos de AT e BT, além das relacionadas com descargas atmosféricas próximas aos Figura 7 – Uso de blindagem eletrostática.
circuitos
Aterramento de equipamentos e sinais
Indução eletrostática Quando se preveem problemas desse
Os
procedimentos
Atenuar
tensões
ligados
a
essas
requer
estudos
detalhados. Uma referência importante é o Guia “EMC within Power Plants and Substations”, do Cigré.
normalizados
tipo, por manobras nos barramentos
instrumentos
de AT, os cabos que interligam a saída
A corrente induzida na blindagem,
eletrônicos em uma malha de referência,
dos equipamentos do pátio da SE com
aterrada em seus dois extremos, depende
com reticulado adequado às solicitadas
a instrumentação da sala de comando
da área do loop que a corrente fecha com
pelas perturbações. Isso serve para
deverão ter blindagem eletrostática e
a malha de terra, do valor do campo
melhor equalização de potenciais e evitar
essa ser aterrada em apenas um ponto.
magnético e de sua taxa de variação no
loops entre diferentes equipamentos,
Ver Figura 7. Isso evita o loop de
tempo. Portanto, o comprimento e a
especialmente,
corrente pela blindagem, em regime, e
orientação espacial da fiação (paralela
seu consequente aquecimento.
ou não), em relação ao barramento
recomendam
aterrar
durante
transitórios
de manobras e descargas atmosféricas na SE. Essa malha é ligada à malha
Dessa forma, o ponto médio do
energizado, são importantes. Entre as
perimetral da sala de comando (anel de
divisor capacitivo formado entre o
técnicas mais aplicadas para mitigar
amortecimento). Esse anel é ligado à malha principal da SE e serve para reduzir os potenciais de superfície dessa sala. Também serve para aterrar os diversos equipamentos
Fascículo
sensíveis.
induzidas em cablagens e instrumentos
eletrônicos dessa sala, bem como para referenciar o neutro da fonte CA dos serviços auxiliares e dos instrumentos de proteção e medição, via barramento de terra. Cabos que conduzem os sinais do secundário de TCs, TPs e TPCs até a sala de comando podem ficar sujeitos a
sobretensões
eletrostática,
devidas
à
eletromagnética,
indução ou
à
transferência de potenciais durante a injeção de corrente na malha, por curtos fase-terra, pela operação de para-raios, manobras em circuitos com TPCs, etc.
Figura 8 – Uso da blindagem eletromagnética.
Apoio
33
Apoio
Fascículo
Ensaios em instalações elétricas industriais
34
problemas dessa natureza estão: a) Uso de cabos de controle e de sinais blindados e aterrados nos dois extremos, cuja corrente induzida (corrente de blindagem) gera um campo magnético de sentido oposto (pontos em azul, da Figura 8) ao da corrente primária (em vermelho), reduzindo o campo total no loop em questão. Por causa da circulação de corrente induzida em regime, nesse loop, a blindagem deve ter espessura adequada para evitar seu aquecimento. Como alternativa, se usa um condutor paralelo à blindagem, de modo a derivar a maior parte dessa corrente. Alternativas como aterrar um dos extremos da blindagem com centelhador e/ou DPS devidamente coordenados, permitem que o circuito de blindagem
Figura 9 – Disposição inadequada do ramal de acionamento das bombas.
feche apenas durante transitórios e permaneça aberto em regime;
Estudo de caso
ensaios, o programa começava a falhar.
b) Para problemas de tensão de modo
Isso
diferencial entre condutores paralelos,
Um
gradual de clusters de informação.
costuma-se empregar fios trançados.
eletromagnética foi detectado em um
O
Dessa forma, a área total entre os
laboratório de testes automotivos. A
afastamento dos cabos de corrente em
condutores é transformada em pequenas
cada certo tempo, o programa que
relação ao cartão sensível.
áreas
têm
controlava a sequência de uma rotina
Como mostra esse exemplo, no
orientação vetorial oposta, segmento
de ensaios começava a falhar. Esse
estudo
a segmento, de modo que o somatório
programa conseguia emular e compensar
que envolvem avarias, especialmente
das tensões induzidas, que depende
pequenas falhas na sequência até travar
durante eventos transitórios, o sistema
da orientação dessas áreas (lei de
completamente. Em várias ocasiões o
de aterramento nem sempre é a causa
Faraday),
continuidade
fabricante resolvia o problema trocando
determinante.
dos próprios condutores em espiral,
o cartão do microprocessador em que
tende a se anular. Os pares telefônicos
estava gravado o programa. Também
trançados utilizam esse princípio. Em
sugeria
casos críticos é usual o emprego de DPSs
aterramento da instalação. A inspeção
ligados no modo diferencial na entrada
visual mostrou que esse cartão estava
da instrumentação mais sensível. Nesse
circundado por cabos alimentação de
caso, deve-se cuidar que sua própria
bombas necessárias para a realização dos
operação não se dê muito próxima de
ensaios.
componentes sensíveis a sobretensões
induzidas
como
sobre o cartão que costumava falhar,
cujas
tensões
obtido
normais
pela
magneticamente,
problema
melhorias
de
no
indução
sistema
de
A Figura 9 mostra o campo magnético
programas
contendo o processador em que estava
gravados magneticamente. Efeitos de
gravado magneticamente o programa.
desmagnetização não são raros quando o
Com a sobrecorrente do acionamento
afastamento é insuficiente.
das bombas, pouco a pouco, em função
microprocessadores
com
do número de bombas acionadas nos
propiciava problema
de
a foi
desmagnetização resolvido
problemas
pelo
operacionais
*Diogo Biasuz Dahlke atua como pesquisador dos Institutos Lactec na área de sistemas de aterramentos, em Curitiba (PR). Luis Gamboa é pesquisador da R. Aguiar Treinamentos e Energia Ltda. e realiza pesquisas e treinamentos na área de sistemas de aterramento, em parceria com o Institutos Lactec, em Curitiba (PR).
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
35
Apoio
Por Marcos de Carvalho Marques, Flávia L. Consoni, Camila S. B. B. Mayer*
Fascículo
Internet das Coisas
36
Capítulo IV Smart Car: em rota de coalizão
A indústria automotiva global está
de rede de energia mais distribuídas,
de IoT para mobilidade; dos desafios e
se transformando em decorrência de
graças à capacidade de armazenamento
oportunidades para a incorporação dos
mudanças, tanto pelo lado da demanda,
de energia. As funcionalidades e serviços
automóveis enquanto fonte de energia
quanto pela evolução da oferta tecnológica.
de informação e automação veicular estão
distribuída na rede elétrica (V2G); e dos
Novas expectativas se formam a partir
se constituindo a partir de um conjunto
ecossistemas
da mudança de perfil das novas gerações,
de tecnologias habilitadoras denominado
negócio emergente. Este artigo se encerra
mais conectadas, colaborativas e menos
Internet das Coisas (IoT). De acordo com
com considerações para empresas que
dependentes do uso do automóvel, assim
o ITU-T [1], a IoT é uma infraestrutura
buscam superar os desafios ligados à IoT e à
como, devido à ampliação das discussões e
global para a sociedade da informação,
eletromobilidade, melhor posicionando-se
políticas governamentais para a redução de
que habilita serviços avançados por
para as oportunidades.
emissões de gases de efeito estufa, controle
meio da interconexão de coisas (físicas
de tráfego de veículos e maior segurança
e virtuais) com base em tecnologias
dos passageiros. Já a oferta tecnológica tem
de informação e comunicação (TICs)
migrado para os países emergentes com
interoperáveis.
enquanto
estruturas
de
Novas demandas e soluções de IoT para mobilidade
destaque para China e Índia, possibilitando
Segundo Forbes [2], as oportunidades
Demandas locais mais intensas deverão
a incorporação das novas tecnologias com
de mercado para veículos conectados
estimular a consolidação da indústria
custos cada vez mais acessíveis.
serão crescentes, uma vez que se superem
automotiva em países emergentes. O
desafios relacionados à necessidade de
mercado de veículos na China deve manter
a
cooperação entre diversos atores. De modo
crescimento expressivo, devendo alcançar
conectividade e a inteligência nos veículos,
semelhante, há desafios na incorporação de
30 milhões de veículos, ao ano, ainda em
tornando os veículos mais flexíveis,
veículos elétricos (VEs) ao grid de energia
2020.
ambientalmente sustentáveis e integráveis
que também demandam novos níveis de
Segundo Mckinsey [4], mudanças
à infraestrutura de energia. O produto da
cooperação entre fabricantes de automóveis,
nas preferências dos usuários estão em
incorporação dessas tecnologias são os
proprietários de VEs e utilities. Esse artigo
curso. As novas gerações atribuem um
smart cars, dotados de uma variedade de
visa apresentar desafios e oportunidades,
sentido mais utilitário, ambientalmente
aplicações e serviços de comunicação de
técnicas e de negócios, para empresas que
sustentável e menos icônico dos veículos.
dados, processamento de grandes volumes
atuam ou pretendem atuar nesse novo
Noutro estudo, McKinsey [5] indica que,
de informação e de propulsão elétrica.
contexto da mobilidade.
em 2030, a propriedade do veículo também
As novas trajetórias tecnológicas habilitam
a
propulsão
elétrica,
deve perder relevância, ao passo que o
Os veículos elétricos (VEs) agregam,
Esta reflexão é trabalhada nas próximas
inclusive, o potencial de se tornarem
seções, nas perspectivas: das mudanças
compartilhamento
elementos essenciais das arquiteturas
na demanda e na oferta de soluções
pooling) responderá por 30% do crescimento
(car-sharing
e
car-
Apoio
das receitas do setor e estimulará a venda
dados obtida é armazenada e processada,
usuários finais (B2C ou B2B). A arquitetura
de veículos para propósitos específicos
muitas vezes, em tempo real, para geração
das soluções da IoT automotiva pode ser
(lazer, campo, viagem, comutação urbana,
de informação que agregue valor aos
representada como na Figura 1.
etc.). A segmentação de mercados será mais baseada em cidades e as políticas para redução das emissões de CO2 devem continuar exercendo pressão. Accenture [6] realizou, em 2014, uma pesquisa global com 14.195 usuários de automóveis, em 12 países, identificando que mais da metade dos entrevistados já gostaria de ter disponível streaming de música, acesso à internet e sistemas de apoio à condução. Já há, inclusive, demanda significativa para funcionalidades que facilitem a interação com os novos sistemas digitais, como leitura e digitação de mensagens. No que tange à oferta tecnológica, algumas aplicações e serviços oferecem diagnóstico que são obtidos a partir de sensores veiculares,
instalados por
em
exemplo,
componentes nos
pneus,
motores, baterias, etc. Em geral, a massa de
Figura 1 - Elementos nas camadas da IoT automotiva.
37
Apoio
Internet das Coisas
38
A camada inferior contempla sensores, micro-controladores,
radiocomunicadores
que medem, processam, comunicam e atuam a partir de diversas grandezas do meio ambiente e do próprio veículo. Alguns veículos já contam com dezenas de sensores, que permitem o monitoramento da condução, da velocidade do veículo e da roda, intensidade da frenagem, pressão dos pneus e diferentes condições climáticas. A radiocomunicação é realizada por meio de protocolos que estão sendo aprimorados para diversas aplicações, por exemplo, IEEE 80211p, DASH7, Bluetooth Low Energy (BLE). Na camada logo acima, encontram-se os
dispositivos
que
combinam
esses
diversos componentes, formando módulos
Figura 2 - Smart Car: produto das principais tendências da indústria automotiva.
inteligentes que são incorporados aos
No cerne desse processo de transformação
(infotainment), a conectividade e a inteli
veículos. Esses módulos contemplam ou
da oferta e demanda, desenvolve-se o smart
gência presentes nos automóveis possibilitam
possibilitam a incorporação de aplicações de
car, conforme mostra a Figura 2. Os smart
uma nova gama de aplicações e serviços
software (Apps) que utilizam interfaces de
cars ou carros inteligentes são veículos com
de gestão de tráfego e infraestruturas,
programação específicas (APIs).
recursos avançados de conectividade, com
denominados Veículo a Veículo (V2V) e
Combinações específicas de Apps e
sistemas de condução autônoma, com elevada
Veículo à Infraestrutura (V2I). Esses serviços
ambientes operacionais constituem distintas
eficiência energética, portanto, aptos a atender
utilizam diversos protocolos de comunicação,
plataformas. Segundo a Application Developer
a maior diversidade de usos, inclusive,
por exemplo, DSRC (Dedicated-Short-Range)
Alliance, destacam-se:
demandas de micro-mobilidade.
e tecnologias de radar e Lidar (Light Detection
Alguns veículos já possuem sistemas de i) execução de Apps no sistema veicular
segurança para assistência à condução. Dentre
Além desses, a IoT automotiva habilita
de entretenimento (Blackberry QNX
esses sistemas semiautônomos, encontram-se
o desenvolvimento de diversos serviços
CAR, Windows Embedded Automotive,
os de detecção de veículos em pontos cegos,
privados, com cadeias de valor complexas.
Automotive Grade Linux and Android);
sistemas de alerta para o cruzamento de faixas
Os serviços de gestão de frotas, por exemplo,
ii) conexão do sistema veicular com
de separação de pistas, frenagem automática,
devem alcançar 40 milhões de veículos
smartphone (Airbiquity, OpenCar, CloudCar,
fechamento de olhos. Segundo a Delloite [9],
usuários, em 2017. O rastreio avançado de
SmartDeviceLink / AppLink, MirrorLink,
a geração Y já apresenta maior propensão
veículos já conta com módulos de controle
Apple CarPlay, Google Open Automotive
ao uso em todos os níveis da condução
e telemática, de fábrica. A Tabela 1 mostra a
Alliance and Windows in the Car);
automatizada.
diversidade de papéis e atores nessa cadeia de
iii) acesso remoto ao veículo por meio de
Fascículo
and Ranging) [10].
uma API (OnStar, General Motors API, Ford Remote API, Airbiquity); iv) acesso aos dados por meio de uma
Além dos serviços de informação
valor.
Tabela 1 - Cadeia de valor de serviço de gestão de frotas
Cadeia de valor de serviço de gestão de frotas Papéis
Atores
(On Board Diagnostics) OBD-II (Dash
Provedores de serviço
AT&T, Verizon, Kore Telematics,
Labs, Mojio, Carvoyant, MetroMile and
de radiofrequência
ORBCOMM
Fornecedores de aplicações em software
Trimble, Omnitracs, MiX Telematics,
porta de sistema de diagnóstico veicular
smartdrive.io); v) uso de soluções de iniciativas emergentes (W3C Automotive and Web Platform Business Group and OpenXC). Enfim, há fragmentação e diversidade de soluções tecnológicas, plataformas e sistemas operacionais.
TomTom Comercializadores de dispositivos
Digi International, Trimble, TomTom
Comercializadores de módulos celular
Sierra Wireless, Gemalto, Telit
Comercializadores de módulos radiossensor
QUALCOMM, ST Ericsson, Intel
Apoio
39
Apoio
Internet das Coisas
40
As principais barreiras enfrentadas
mesmo quando há uma interrupção de
Nesse contexto, a criação de valor visa
à adoção dos sistemas habilitados em
fornecimento oriundo da rede elétrica,
também a evolução do ecossistema que se
um smart car são de ordem regulatória,
colocando em risco os técnicos de
constitui a partir da IoT e da inserção dos
cibersegurança e interface apropriada.
manutenção.
VEs. Seu sucesso depende da tecnologia adequada, de novos modelos de negócios
Os veículos como fonte de energia (V2G)
benefícios
e da aceitação pelos usuários. Os modelos
V2G
proporcionados pelo V2G possam se
de negócio da IoT automotiva tendem a ser
permitem que um veículo elétrico seja
difundir em larga escala, há que se evoluir
mais abertos, habilitando a participação
conectado a uma rede elétrica doméstica,
normas técnicas, padrões, modelos de
de outras empresas e mais voltados para
ou
As
de
novas
uma
funcionalidades
concessionária,
Enfim,
também
para
que
os
negócios e regulação. Isso deverá ser
o usuário final (B2C). Já no âmbito dos
para fornecer energia para a rede. Esta
alcançado,
a
VEs, há diferentes associações de atores,
possibilidade
atrativa
interdependência e diferentes interesses
na etapa produtiva, quando fabricantes de
de players que atuam em distintos setores
automóveis se associam com fabricantes
uso cerca de 95% do tempo, podendo, neste
(automobilístico, geração e distribuição
de baterias, motores elétricos e eletrônicos
período, atuar como fonte auxiliar da rede
de energia), e com diferentes expectativas,
de
elétrica.
como os proprietários de VEs, consumidores
de infraestrutura de carregamento. Na
dos serviços de energia, reguladores.
operacionalização, os fornecedores de
tecnologia
transferência
de
mais
superando-se
considerando que os veículos ficam sem
A
torna-se
inclusive,
V2G energia
contempla para
a
uma
utilities
e
fornecedores
serviços de TIC, de recarga e proprietários
residência (V2H) ou para outro veículo
Os ecossistemas enquanto estruturas de
(V2V). Uma aplicação de V2H é o uso da
negócio emergente
locais ou estacionamento se associam. Essa dinâmica de “coopetição” se
energia armazenada na bateria, em horário
Fascículo
potência,
desenvolverá por meio do estabelecimento
de ponta, permitindo-se desfrutar de tarifas
Tem havido certo consenso em torno
de novos papéis e relacionamentos entre
menores, quando disponíveis. O V2H
da necessidade de maior cooperação
esses atores. Os consumidores, além
pode ser disponibilizado, estando uma
entre atores com vistas à superação de
de proprietários e motoristas, passam
residência conectada ao grid de energia,
desafios para disponibilização das novas
a fazer parte de novas comunidades
ou não, por exemplo, quando é alimentada
soluções de mobilidade, como é o caso
de compartilhamento de veículos e de
por microgeração isolada. Na configuração
da IoT e da eletromobilidade, foco de
integração com o serviço de distribuição
V2V, os VEs são utilizados para transferir
discussão neste artigo. O alinhamento
de energia. Fabricantes de veículos novos
sua energia por meio da rede local para
das empresas aos objetivos deste novo
entrantes
recarregar outro VE.
desenvolvem
parcerias
com
ecossistema deve se tornar tão importantes
outros tradicionais, por exemplo, a Tesla
Os desafios para a disponibilização
quanto as capacidades competitivas foram
e Toyota, e a BYD e Daimler. Os governos
do V2G envolvem aspectos técnicos,
no paradigma automotivo do motor a
locais e nacionais desempenham papel
econômicos, normativos e regulatórios.
combustão interna, que se sustentava
importante na superação do aprisionamento
Nos casos de uso V2H, o VE atua de
em
(lockin)
modo semelhante a uma fonte de geração
posteriormente,
Desse
motores a combustão. Os provedores dos
distribuída de energia elétrica, devendo
modo, as empresas precisam desenvolver
novos serviços de mobilidade poderão
atender a normas e padrões exigidos,
estratégias orientadas aos ecossistemas.
desenvolver parcerias com fabricantes de
tecnologias
eletromecânicas eletroeletrônica.
e,
no Brasil, por exemplo, para sistemas fotovoltaicos (FVs) conectados à rede. O envelhecimento da bateria é um aspecto crucial que deve ser considerado nos modelos de negócio, com vistas a serem atrativos aos usuários e fabricantes. A normatização deve evoluir para assegurar a segurança dos que interagem com os VEs e com a rede de energia. Sistemas conectados à rede elétrica, caso não estejam de acordo com os padrões básicos de geração distribuída, podem continuar fornecendo energia ativa à rede,
Figura 3 - Mobilidade 2.0: um ecossistema de novas relações.
tecnológico
que
favorece
Apoio
veículos, conforme a realizada entre Renault
negócios e viabilidade econômica, que,
Doyle, C., Sade, D., & Wang, J. (2014). “Vehicle-to-
e Bolloré, para provimento de serviço de
frequentemente, demandam expertise para
vehicle communications: Readiness of V2V technology for
carsharing de veículos elétricos, na França.
o desenvolvimento de modelos de difusão de
Essa revisão e redefinição de papéis está
inovações, que irão respaldar as estimativas
no cerne do processo de formação do novo
de retorno econômico. Em se tratando de
ecossistema de mobilidade, envolvendo
soluções que demandam um longo período
Report. Report (2014). CPFL. Projeto Emotive. Relatório
atores dos setores de tecnologias da
para o retorno do investimento, pode ser
Técnico 05.3 - Veiculo Elétrico como fonte de geração
informação,
distribuição
necessário o uso de análises de sensibilidade
distribuída (V2G e V2H) - Desempenho – 001. 2015;
de energia, entidades de regulação e
e técnicas de cenários, com vistas à redução
normatização,
de complexidades inerentes ao processo.
geração e
e
seus
novos
papéis,
conforme Figura 3.
Enfim,
Considerações finais A
transformação
da
automobilística
em
de
conectada,
o
posicionamento
11. James, R. (2014). The Internet of Things: A study in Hype, Reality, Disruption, and Growth. Raymond James US Research, Technology & Communications, Industry
12. Liu, C., Chau, K. T., Wu, D., & Gao, S. (2013). Opportunities and challenges of vehicle-to-home, vehicleto-vehicle, and vehicle-to-grid technologies. Proceedings of the IEEE, 101(11), 2409-2427.
estratégico das empresas que atuarão
13. Codani, P. “EV smart grid integration: OEM
nesse
Perspectives”. Presentation at Electromobility Challenging
contexto
de
transformação
da
mobilidade, requer-se o monitoramento
Issues. Singapure. 2015; 14. Leminen, S., Westerlund, M., Rajahonka, M.,
ecossistema
de
elétrica
e
tecnológicas, e de diagnóstico interno
desafios
e
sobre capacidades técnicas e de negócios,
oportunidades para as empresas atuantes
próprias ou de parceiros, existentes ou
Heidelberg.
nesse processo. A superação dos desafios
a serem desenvolvidas. Esses elementos
15. Giesecke, R. “The electric mobility business ecosystem”.
técnicos
um
serão centrais na criação e captura de valor
diagnóstico de requisitos e competências
e para o fortalecimento do ecossistema de
necessários
mobilidade, viabilizando, assim, as soluções
mobilidade
compartilhada,
e
de à
um
indústria
para
application” (No. DOT HS 812 014);
apresenta
negócios
sugere
viabilização
de
novos
produtos, serviços, modelos de negócios e necessidades de parcerias. Na perspectiva técnica, um tema
macrotendências
de
mercado
e
para o smart car.
Referências
que ganha relevância é a segurança de informação e privacidade. Ao se desenvolver ou disponibilizar uma nova solução, cabe considerar questões sobre quem terá permissão para emitir um comando para uma aplicação, como
1. ITU-T (2012). Recommendation ITU-T Y.2060. Overview of the Internet of things. 2. Forbes (2016). 10 Obstacles for Connected Cars. Acesso em 27/02/2016. Disponível em: http://www.forbes. com/pictures/mkk45ihlk/10-obstacles-for-connected-cars/. 3. IHS. The Outlook for the Global Economy and
assegurar a privacidade de dados sensíveis,
Automotive Demand. 2015.
como evitar o controle remoto do veículo
4.
(hacking).
Outras
questões
também
relevantes referem-se à facilidade de uso (usabilidade) das interfaces, por exemplo, o uso de métodos compatíveis para emissão de
Gao, P.; HENSLEY, R.; ZIELKE, A.. “A road map to
the future for the auto industry”. McKinsey Quarterly, Oct, 2014 5. Kaas, H. W. “Automotive revolution–perspective towards 2030: How the convergence of disruptive technology-driven trends could transform the auto
comando, como síntese e reconhecimento
industry”. 2016;
de fala. Outras dizem respeito ao tempo de
6.
resposta, capacidade preditiva e de análise de padrões, bem como da necessidade de armazenamento e processamento de grandes quantidades de dados. Há, também,
Accenture. Reach out and Touch the Future: Accenture
Connected Vehicle Services. 2014; 7. Application
Developer
Alliance
(2015).
“Internet of Things: Automotive as a Microcosm of
IoT”.
Available
in:
https://gallery.mailchimp.
com/0c150e697037106a0da794489/files/Internet_
a necessidade de interoperabilidade entre os
of_Things_Automotive_Whitepaper.pdf . Acesso em :
componentes das soluções que dependem,
17/04/2015;
em larga medida, da adoção de padrões técnicos ou de mercado. Os desafios inerentes ao negócio requerem análises elaboradas para a seleção de oportunidades, modelos de
8. Frost & Sullivan. “Global Trends in New Urban Electric Mobility”. 2015; 9.
Brown, B. et al. “Global automotive consumer study:
Exploring consumers’ mobility choices and transportation decisions”. 2014; 10. Harding, J., Powell, G., Yoon, R., Fikentscher, J.,
& Siuruainen, R. (2012). Towards iot ecosystems and business models. In Internet of Things, Smart Spaces, and Next Generation Networking (pp. 15-26). Springer Berlin
In: Ecological Vehicles and Renewable Energies (EVER), 2014 Ninth International Conference on. IEEE, 2014. p. 1-13.
*Marcos de Carvalho Marques é doutorando e tem mestrado em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp, MBA Executivo Internacional e-Business pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e bacharelado em Ciência da Computação. Atua como consultor e pesquisador da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), coordenando, desde de 2013, o Programa de Pesquisa sobre Mobilidade Elétrica em Regiões Metropolitana, da Companhia Paulista de Força e Luz. Flávia Luciane Consoni de Mello é professora do programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (1995), mestrado (1998) e doutorado (2004) em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas, além de pós-doutorado no Depto Sociologia, USP (2005-2006). Camila Silvia Beozzo Bassanezi Mayer é graduada em Comunicação Social pela USP e especializada em Administração Mercadológica pela FGV, tendo se aprofundado nos últimos anos em técnicas de Design Thinking e Marketing Digital. Tem experiência em Marketing, Gestão de Produto, Comunicação e Inteligência de Mercado. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@ atitudeeditorial.com.br
41
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
42
Por Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz*
Capítulo IV Conceitos de confiabilidade – Componentes reparáveis e modelos combinatórios
Este capítulo aborda os principais conceitos de confiabilidade
“probabilidade de falha”.
para componentes reparáveis e modelos combinatórios.
Observa-se que a função confiabilidade R(t) de objetos não
Apresenta também as informações básicas acerca do software
reparáveis foi definida para regime transitório, enquanto que as
utilizado nas simulações realizadas neste trabalho.
probabilidades anteriormente referidas dizem respeito a regime permanente. Dessa forma, uma escolha adequada para definir
Componentes reparáveis
a confiabilidade de objetos reparáveis é tornar a confiabilidade igual à disponibilidade. Se os objetos estão sempre na sua vida
Um sistema reparável é um conjunto de elementos em que a ocorrência de avaria não significa o fim da operacionalidade, mas somente uma interrupção dessa mesma funcionalidade. Para
componentes
reparáveis,
o
comportamento
probabilístico no intervalo de tempo, que vai desde a colocação
útil (novos ou consertados), a disponibilidade será constante e a confiabilidade também. O comportamento de um componente reparável ao longo do tempo, em regime permanente, pode ser ilustrado graficamente pela Figura 1.
em operação até a falha, pode ser descrito ainda pela função confiabilidade R(t). Entretanto, tal função não representa a probabilidade de se encontrar o componente funcionando, num instante genérico, levando-se em consideração a possibilidade de
Fascículo
conserto (ou de troca). Esta probabilidade é representada pela disponibilidade D do componente, que é a fração do tempo que o componente passa em operação. Analogamente, chama-se indisponibilidade I a fração de tempo que o componente passa fora de operação (durante o conserto ou durante a operação de substituição). A
Figura 1 – Comportamento de um componente reparável ao longo do tempo.
indisponibilidade representa a probabilidade de o componente ser encontrado fora de operação, em um instante genérico.
Tomando-se a média dos tempos de operação, verifica-se que
Obviamente, D + I =1. Assim, se certo componente passa 95%
coincide com o tempo médio para falha, MTTF. Suponha-se agora
do tempo operando normalmente, e 5% em conserto, pode-se
que o tempo necessário para o reparo possa também ser considerado
estimar que a probabilidade de ser encontrado em operação,
uma variável aleatória, com certa distribuição. A média desta nova
amostrando-se ao acaso um instante qualquer de tempo, é
variável aleatória é chamada “tempo médio para reparo”, ou MTTR.
de 0,95. Da mesma forma, a probabilidade de se encontrar o
A soma MTTF + MTTR constitui o ciclo ou período médio do
componente fora de operação, por amostragem ao acaso no
desempenho do objeto, e é chamado “tempo médio entre falhas”,
tempo, é de 0,05. A indisponibilidade também é chamada de
ou MTBF.
Apoio
(1)
(6)
Como a disponibilidade D do objeto funcional é a fração do tempo passado em operação, resulta:
Em que µ é o número médio de consertos por unidade de (2)
tempo. Destas duas últimas expressões, resulta: (7)
Como a indisponibilidade I do objeto funcional é a fração do tempo passado fora de operação, resulta: E da equação 2, resulta: (3)
(8) Toma-se, então, a disponibilidade D como representando a confiabilidade R do objeto em regime permanente.
Modelos combinatórios (4)
Para determinação exponencial dos tempos de falha com parâmetro λ, observa-se que:
Os modelos combinatórios usam técnicas probabilísticas que enumeram os diferentes caminhos em que um sistema possa permanecer operacional. A confiabilidade de um sistema está geralmente associada à confiabilidade dos componentes individuais
(5)
que compõem o sistema. Os dois modelos de sistema mais comuns na prática são os modelos série e paralelo. Em um sistema série, é
Em que λ é o número médio de falhas por unidade de
necessário que cada elemento do sistema opere sem falhas para que
tempo. Supõe-se que os tempos de conserto também obedecem
todo o sistema opere corretamente enquanto que, em um sistema
a uma distribuição exponencial, com parâmetro μ, resultando,
paralelo, somente um dos vários elementos em paralelo pode estar
analogamente, em:
operacional para que todo o sistema funcione corretamente. Na
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Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
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prática, os sistemas são tipicamente combinações de subsistemas séries e paralelos. Os sistemas série são sistemas que não possuem qualquer tipo de redundância. Uma maneira de representar esses sistemas é utilizar um diagrama em bloco de confiabilidade. Esse diagrama é representado como um diagrama de fluxo com uma entrada e uma saída do sistema. Cada elemento do sistema é um bloco e, no caso do sistema série, os blocos são alocados de forma que as saídas de
(10) Em que: UN(t)= Não-Confiabilidade de um bloco N. RN(t) = Confiabilidade de um bloco N. Neste caso, a confiabilidade do sistema paralelo apresentado na Figura 3 é calculada da seguinte maneira:
cada bloco são a entrada do bloco subsequente. Um diagrama em
(11)
blocos genéricos de um sistema série, contendo N elementos, é mostrado na Figura 2.
Em que: Rsist(t)= Confiabilidade do sistema paralelo. U1(t), U2(t), UN-1(t), UN(t) = Não-confiabilidade de cada bloco. Logo, um sistema em paralelo possui maior confiabilidade
Figura 2 – Sistema série de N blocos.
quando comparado a um sistema série dotado dos mesmos
Independentemente das distribuições usadas para calcular a confiabilidade de cada bloco (ou subsistema), a fórmula para calcular a confiabilidade do sistema série é: (9) Em que: Rsist(t)= Confiabilidade do sistema série. R1(t), R2(t), RN-1(t), RN(t) = Confiabilidade de cada bloco. Em um sistema paralelo, é necessário que apenas um dos N componentes idênticos em paralelo esteja funcionando para que todo o sistema esteja operando corretamente. O diagrama de confiabilidade em blocos é mostrado na Figura 3.
equipamentos.
Software para simulação As simulações apresentadas nestes artigos foram realizadas através do software comercial Blocksim. Este software utiliza distribuições estatísticas para a realização dos cálculos envolvendo engenharia de confiabilidade e está muito relacionado com a função densidade de probabilidade f(t) e a função distribuição de probabilidade F(t) (ver capítulo III para definição destas funções). A partir destas funções, de acordo com o tipo de distribuição estatística definida, o software processa os cálculos de análise de dados de vida, tais como a função de confiabilidade e taxa de falha, utilizando simulações de Monte Carlo, permitindo simular milhões de vezes uma determinada situação. A função taxa de falha permite a determinação do número de falhas que ocorrem por unidade de tempo. O software utiliza essa informação na caracterização do comportamento de falha de um componente, podendo ser parametrizadas ainda informações sobre
Fascículo
a alocação de equipe de manutenção, planejamento de materiais sobressalentes, etc. A taxa de falhas é denotada como falhas por unidade de tempo. O tipo de distribuição adotado nas simulações realizadas é a distribuição exponencial, devido à característica de taxa de falha Figura 3 – Sistema paralelo de N blocos.
constante dos equipamentos.
Para o cálculo da confiabilidade em sistemas paralelos,
Dessa forma, considerando o arranjo dos equipamentos
é necessário determinar a não-confiabilidade de cada bloco
no sistema, o software processa os cálculos das variáveis de
primeiramente. A não-confiabilidade U(t) de um sistema é
confiabilidade, em que o primeiro objetivo é obter a taxa de falha de
também uma função do tempo, definida como uma probabilidade
todo o sistema baseado na taxa de falhas dos componentes.
condicional que um sistema operará incorretamente durante o
A expressão matemática a ser processada é decorrente do
intervalo [t0,t], dado que o sistema estava operando corretamente
arranjo do sistema que se deseja simular. A Figura 4 apresenta a
no instante t0.
expressão matemática processada pelo software decorrente de uma
A não-confiabilidade pode ser obtida através da seguinte fórmula:
configuração série e que exemplificará uma simulação realizada pelo software.
Apoio
45
Apoio
Fascículo
Manutenção de equipamentos elétricos
46
A expressão analítica da confiabilidade do sistema é dada por:
(13)
Para 43800 horas em operação (cinco anos), a confiabilidade
Figura 4 – Expressão matemática de uma configuração série.
Os valores de RGERADOR, RRELE e RDISJUNTOR foram
do sistema é:
dados para um período de cinco anos e a confiabilidade do
(14)
sistema foi estimada para esse período. No entanto, uma vez que a característica de falha de um componente pode ser descrita por distribuições, a confiabilidade do sistema é, na verdade, dependente
O resultado da confiabilidade para Rs(43800) foi calculado em 0,6631 ou 66,31%. Este resultado é representado na Figura 5.
do tempo. Neste caso, a equação acima pode ser reescrita como: (12) A confiabilidade do sistema para qualquer intervalo de tempo pode agora ser calculada, por exemplo, considerando o sistema em série representado na Figura 4, com as seguintes taxas de falha (falhas por hora): • Gerador: λG = 9,05 x 10-6 • Relé: λR = 0,1 x 10-6 • Disjuntor: λD = 0,23 x 10-6
Figura 5 – Cálculo de confiabilidade realizado pelo software.
Apoio
47
O resultado também pode ser observado graficamente na Figura 6.
A taxa de falha do sistema é calculada por meio do quociente da função densidade de probabilidade e da função de confiabilidade, obtidas anteriormente.
(16)
Este resultado é representado na Figura 7, extraída da simulação realizada com o software.
Figura 6 – Curva de confiabilidade gerada pelo software.
Com o objetivo de obter a função densidade de probabilidade, f(x), do sistema, é calculada a derivada da função de confiabilidade, conforme demonstrado a seguir:
(15)
Figura 7 – Cálculo de taxa de falha realizado pelo software.
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
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• ASQ’s Foundations in Quality – Module Six: Quantitative Methods.
Calculando o tempo médio para falha, tem-se:
American Society for Quality, 2000. (17)
• Certified Quality Engineer Primer. 9ª Edição. Quality Council of Indiana, 2012. 878p. • Conlon, J. C.; Lilius, W. A.; Tubbesing, F. H. “Test and Evaluation of
Este resultado é representado na Figura 8, extraída da simulação realizada. A diferença de 51,12 horas (0,48%) decorre dos arredondamentos realizados pelo software.
System Reliability, Availability and Maintainability”. Department of Defense. Report Number 3235.1-H. Washington D.C., 1982 • Cunha, J. B. F. “Raciocínio baseado em caso: uma aplicação em manutenção de máquinas e equipamentos”. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002. • Ferreira, E. “Análise de confiabilidade de sistemas redundantes de armazenamento em discos magnéticos”. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade de São Paulo. 2003. • Gambirasio, G. “Confiabilidade de sistemas elétricos”. Universidade de São Paulo, 1980. • NASA - National Aeronautics and Space Administration. “Systems Engineering Handbook”. Washington D.C. 2007. 360p.
Figura 8 – Cálculo do tempo médio para falha realizado pelo software.
As informações de manutenção e reparo podem ser parametrizadas e consideradas no estudo, realizado através da simulação de eventos discretos. Neste caso, tempos aleatórios de falha são gerados pelo software para cada componente do sistema. Esses tempos de falha são, então, combinados de acordo com a configuração do sistema. Os resultados são analisados de modo a determinar o comportamento do sistema nessas condições. O software divide a manutenção em três técnicas: manutenção corretiva, manutenção preventiva e inspeções. As ações de manutenção preventiva e corretiva não são instantâneas. Há um tempo associado a cada ação. Este tempo considera o item em manutenção indisponível. Dessa forma, para sistemas reparáveis, o tempo em operação não é contínuo. Isto significa que o ciclo de vida é descrito por uma sequência de estados disponíveis e indisponíveis. O sistema
• Pereira, F. J. D.; Sena, F. M. V. “Fiabilidade e sua Aplicação à Manutenção”. Editora Publindústria, 2012. 200p. • Queiroz, A. R. S. Estratégia de manutenção de equipamentos elétricos em unidades offshore de produção de petróleo e gás baseada na filosofia de operações integradas. Tese (Doutorado em Ciências – Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo, 2016. • Reliasoft. Disponível em www.reliawiki.org/index.php/Main_Page. • Rigone, E. “Metodologia para implantação da manutenção centrada na confiabilidade: uma abordagem fundamentada em sistemas baseados em conhecimento e lógica Fuzzy”. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. • Siewiorek, D. P.; Swarz, R. S. “The Theory and Practice of Reliable Systems Design”. Editora Digital Press. 1982. 772p. • Stapelberg, R. F. “Handbook of Reliability, Maintainability and Safety in Engineering Design”. Editora Springer. Londres, 2009. 827p.
opera até falhar e é restaurado à sua condição original. Irá falhar
Fascículo
novamente após um período de operação aleatório, e será reparado novamente, e assim sucessivamente. Quando se considera a manutenção preventiva, o sistema pode ser reparado antes da sua falha, retomando a sua condição original. Neste caso, as variáveis aleatórias são o tempo para falha e tempo para reparo. O próximo capítulo tratará resumidamente da metodologia de manutenção centrada em confiabilidade, apresentando o resumo histórico e os principais atributos desta metodologia.
Referências • Araújo, E. G. “Confiabilidade aplicada a sistemas elétricos industriais”. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica). Universidade Federal de São João Del-Rei. Minas Gerais, 2011.
*Alan Rômulo Silva Queiroz é engenheiro eletricista graduado pela Universidade Santa Cecília (Santos – SP), mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Eduardo César Senger é engenheiro eletricista e doutor pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É professor livre-docente na área de Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade de São Paulo e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Proteção de Sistemas Elétricos (Lprot). Luciene Coelho Lopez Queiroz é bacharel em Ciências da Computação graduada pela Universidade Católica de Santos e mestre em Engenharia da Computação pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
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Aula Prática
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Por Luciano Haas Rosito*
Iluminação pública ABNT NBR 5101 - Procedimento: revisão em vista
51
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Frequentemente, nos deparamos com
o trânsito seguro e o auxílio a redução
dúvidas em relação a como desenvolver
dos índices de acidentes.
um projeto luminotécnico de qualidade
Outro ponto a ser discutido na
que
visuais
revisão é a questão das classificações de
dos cidadãos que demandam cada vez
distribuições fotométricas e controle de
mais iluminação eficiente e confortável
distribuições luminosas. As classificações
para transitar e usufruir das cidades
atuais longitudinais curta, média e longa,
no período noturno. Considerando a
bem como as transversais dos tipos I,
revisão anterior desta norma, publicada
II, III e IV são formas de se classificar as
em 1992, a norma atual de 2012 já
luminárias públicas, mas será necessário
trouxe muitos avanços em seu último
um estudo aprofundado da comissão
período de revisão de 2009 a 2011.
no sentido de verificar se luminárias
Com a necessidade de atualizar a norma
com
espera-se que a comissão de estudo
com determinado tipo de classificação,
realize um trabalho que dure em torno de
realmente
doze meses e novamente traga avanços
satisfatório e qual a importância de saber
principalmente em critérios qualitativos e
e determinar certas classes para cada
condições específicas de projeto.
aplicação. Atualmente, com a utilização
atenda
às
necessidades
tecnologia
Led,
garantem
por um
exemplo, resultado
A ABNT NBR 5101 estabelece os
de softwares de cálculo, o atendimento
requisitos, considerados como mínimos
aos critérios de luminância e luminância
necessários para iluminação de vias
são fundamentais e podem ser atingidos
públicas, os quais são destinados a
com diferentes classificações. O controle
propiciar segurança aos tráfegos de
quanto à emissão de luz ao hemisfério
pedestres e veículos. A iluminação para
superior também deve ser exigido de
o pedestre, muitas vezes negligenciada
forma a evitar ao máximo a poluição
nas décadas passadas, atualmente, teve
luminosa e ser critério obrigatório de
a importância reconhecida e consolidada
atendimento na revisão da norma. Da
a
foram
mesma forma, os critérios de ofuscamento
partir
de
2012,
quando
mínimos
terão que ser estudados a fim de avaliar
de iluminância e uniformidade. Um dos
não somente o ofuscamento gerado
novos critérios que pode ser discutido
para luminária, mas àquele gerado pela
para melhoria na avaliação da iluminação
instalação de acordo com a altura de
de pedestres pode ser a iluminância
montagem
vertical não somente nas faixas de
envolvidas.
pedestres, mas também nas calçadas e
estabelecidos
os
requisitos
e
intensidades
luminosas
A discussão sobre S/P ratio e sobre
Cinco anos após a revisão publicada
demais vias específicas para pedestres.
fatores que consideram as vantagens
em 2012, chega a hora de discutir
As condições específicas para ciclovias,
do
os aprimoramentos e novos critérios
ciclofaixa e áreas de conflito entre
considerada
de projeto que devem ser realizados
pedestres, ciclistas e veículos também
internacionais
na
uso
de
luz em e
branca
vem
outras
publicações
deve
ser
sendo
tema
de
iluminação
devem ser criadas e revisadas para os
discussão nesta comissão de revisão. A
pública. Vivemos na era do Led, que,
projetos que necessitem estas condições
percepção visual com este tipo de luz
gradativamente, vem tomando conta
particulares.
em
com espectro melhor distribuído e maior
das novas instalações de iluminação
vista a qualidade de vida das pessoas,
qualidade deve ser levada em conta na
pública no Brasil e muitas substituições
a ocupação dos espaços públicos com
elaboração dos futuros projetos. Fatores
de
por
atividades lícitas e de que maneira os
de mérito para instalações com alto IRC
tecnologias Led vem sendo realizadas.
critérios normativos podem auxiliar para
(ìndice de reprodução de cores) podem
norma
brasileira
luminárias
de
convencionais
Isso
sempre
tendo
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Aula Prática
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Figura 1 – Parque do Ibirapuera: aumento de 30% na ocupação no período noturno após adequação do projeto com luz branca e níves de iluminação acima dos exigidos em norma.
ser considerados, bem como temas
acima do requisito mínimo da norma o
ligados a iluminação e saúde, visando
projeto será realizado. Ou seja, exageros
a
temperaturas
de iluminação podem ser realizados
de cor e índices de reprodução de
sem nenhum critério estabelecido. A
cores para determinadas situações e
consolidação dos critérios de luminância
aplicações. A aplicação de temperaturas
e um detalhamento sobre a medição
de cor para diferentes tipos de vias e a
em campo dos índices de luminância
diferenciação de temperaturas de cor
deve ser discutida. Poucos profissionais
são fatores importantes na concepção
realizam este tipo de atividade e não há
do projeto, principalmente, no caso do
um detalhamento sobre o procedimento
desenvolvimento de um plano diretor de
de medição em campo.
iluminação pública.
A
recomendação
de
atualização
dos
equipamentos
Critérios mais detalhados em relação
de medição, tanto laboratorial quanto
à iluminação eficiente também devem
em campo, deverá ser detalhada com
ser incluídos, a fim de que, cada vez
novos equipamentos de medição criados
mais, os projetos considerem sistemas
nos últimos anos e disponíveis para os
de iluminação eficientes. Atualmente,
laboratórios e empresas que realizam
não existe nenhuma limitação quanto
este
a
e
valores
máximos
recomendados,
ficando a critério do projetista quanto
tipo
de
medição.
luminancímetros
Luxímetros
tiveram
grande
evolução e esta deve estar descrita de
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O Setor Elétrico / Abril de 2017
forma clara, indicando de que maneira os equipamentos devem ser selecionados, bem como calibrados para garantia da confiabilidade dos resultados.
Em termos de produtos aplicáveis ao
projeto de iluminação pública, estamos na fase de adaptação de mercado quanto à certificação compulsória do Inmetro estabelecida através da portaria nº 20, de 15 de fevereiro de 2017, em que temos os requisitos de avaliação da conformidade e regulamento técnico da qualidade. Trata-se de um importante passo dado para a qualificação dos equipamentos de iluminação pública (luminárias Led e luminárias para lâmpada de descarga), que são os equipamentos utilizados nos projetos a
ABNT
desenvolvidos NBR
5101.
considerando Esta
evolução
nos produtos deve ser refletida nesta
norma de aplicação. Logo, os fatores
atendimento aos critérios de iluminância
de depreciação de fluxo, manutenção
e luminância estabelecidos na ABNT
das características técnicas devem estar
NBR 5101, e que ao mesmo tempo
descritos.
atendam a estes requisitos, consumindo
Assim como para o projeto
luminotécnico deve ser considerado o
o mínimo de energia elétrica possível.
coeficiente de utilização da luminária
que corresponde ao fluxo útil que atinge
possibilidades
a área a ser iluminada e que realmente
da
é o que importa para uma iluminação
dimerização do sistema e a reclassificação
correta. As luminárias Led, normalmente,
das vias durante determinados horários
têm um coeficiente de utilização melhor
da noite, devem estar mais claras no
do que as luminárias para lâmpada de
novo texto. Um guia com boas práticas
descarga, aplicadas às vias públicas
em projetos e outro com diretrizes para
e calçadas. Em última análise, o que
projetos de iluminação de destaque
queremos são vias bem iluminadas com
também serão tema das discussões.
As
características
iluminação
de
técnicas
e
telegerenciamento
pública,
incluíndo
a
54
Aula Prática
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Vista aérea e noturna do Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP).
O futuro da revisão desta norma pode
importante evolução para qualificar as
nos levar à criação de regulamentos
instalações de iluminação pública no
de aplicação de iluminação pública e,
Brasil.
quem sabe, a certificação luminotécnica
Figura 2 – Luminária pública Led.
de instalações de iluminação pública,
*Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista,
com selo de eficiência e qualidade de
gerente de Novos Negócios da Philips
projeto, assim como temos em sistemas
Iluminação e coordenador da Comissão
de iluminação de interiores. Um Selo
de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e
Procel
acessórios da ABNT/COBEI. É professor
para
sistemas
de
iluminação
pública conforme atendimento à ABNT
das disciplinas de Iluminação de exteriores e
NBR 5101 e levando em conta índices,
Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG,
como máximo W por metro quadrado
e palestrante em seminários e eventos na
e baixo consumo de energia, seria uma
área de iluminação e eficiência energética.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 1 - Edição 10 / Abril de 2017
Energia fotovoltaica
Avaliação econômica de diferentes tecnologias com banco de baterias *Notícias selecionadas sobre o mundo das energias renováveis complementares eólica e solar* APOIO
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Solar Por Fábio Retorta, Mateus Teixeira, Pedro Block, Antonio Donadon, Ricardo Schumacher, João Carlos Camargo, Ronaldo Roncolatto, Annelise Farina e Henry Salamanca*
Tecnologia fotovoltaica Avaliação econômica de diferentes tecnologias com banco de baterias
Artigo
Artigo
Solar (Aneel), há 38 empreendimentos fotovoltaicos
em 2014. A quota da tecnologia policristalina
potencial de crescimento nos próximos anos.
no Brasil, que somam uma potência de 22,933
é cerca de 56% da produção total. Em 2014, a
No Brasil, sistemas solares fotovoltaicos
MW, representando apenas 0,02% do total de
participação de todas as tecnologias de filme fino
tornaram-se uma opção interessante devido
geração no país. Porém, há 66 empreendimentos
do mercado elevou-se a cerca de 9% da produção
à combinação das altas tarifas residenciais
de centrais geradoras solares fotovoltaicas
anual total. Segundo [8], as células solares
de energia elétrica, à grande disponibilidade
em construção, totalizando uma potência de
tradicionais são feitas a partir de silício, sob a
de recursos de radiação solar (mais de 1.500
1881,645 MW. Isto significa que em poucos
forma de módulo plano e, geralmente, são as
para cerca de 2.200 kWh/m²/ano) e à redução
anos haverá um aumento de 82 vezes o valor da
mais eficientes, no caso, as de silício policristalino
internacional dos preços de módulos solares. O
geração de energia elétrica a partir da fonte solar
(poli-Si) e monocristalino (mono-Si). As células
território brasileiro recebe elevados índices de
fotovoltaica.
solares de segunda geração são chamadas de
irradiação solar, quando comparado com países
células solares de película fina, pois são feitas de
europeus, em que a tecnologia fotovoltaica é
principalmente, consequência da resolução
silício amorfo (a-Si) ou materiais que não sejam
disseminada para a produção de energia elétrica.
normativa 482 publicada em abril de 2012 pela
silício, tais como telureto de cádmio (CdTe). Tais
Aneel, a qual estabelece as condições gerais para
células usam apenas camadas de micrômetros
o acesso de micro e minigeração distribuídas aos
de espessura demateriais condutores e, devido
sistemas de distribuição de energia elétrica, além
à sua flexibilidade, podem funcionar como
de definir o sistema de compensação de energia
telhas do telhado, fachadas de edifícios, entre
elétrica. A resolução 482 criou um sistema de
outras aplicações. A Tabela 1 exibe um resumo
créditos de energia, em que, para cada kW/h
da eficiência das tecnologias de células solares
gerado e disponibilizado na rede, gera-se 1 kW/h
mais utilizadas comercialmente, de acordo com
de crédito para o consumidor, que é descontado
um estudo publicado na 47ª edição do Journal
de seu consumo em sua próxima fatura de
“Progresso em energia fotovoltaica: pesquisa
energia. Assim, o consumidor fica com créditos
e aplicações” (Progress in photovoltaics:
que podem ser utilizados para diminuir a fatura
Research and Applications). A Tabela 1 mostra as
dos meses seguintes.
eficiências da tecnologias fotovoltaicas.
A geração fotovoltaica tem um grande
Conforme o Banco de Informação de
Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica
Esta tendência de crescimento é,
Estes créditos também podem ser
Este trabalho tem como objetivo relatar a
usados para abater o consumo de unidades
análise econômica de diferentes tecnologias
consumidoras do mesmo titular situadas
fotovoltaica utilizando banco de baterias. Para
em um outro local, desde que seja na área de
isso foram utilizados dados reais de medição
atendimento de uma mesma distribuidora. Esse
de irradiância e de geração de energia elétrica
tipo de utilização de créditos foi denominado
(uma semana de agosto) a partir das quatro
“autoconsumo remoto”. O consumidor paga
tecnologias de módulos fotovoltaicos: o silício
impostos sobre o total da energia utilizada da
policristalino, o monocristalino, o silício amorfo e
rede elétrica, sendo que o ICMS é opcional para
o telureto de cadmio do sistemaSmart Integration
cada estado e o PIS e Cofins obrigatórios em
da CPFL. Com os dados de irradiância e geração,
todo o território brasileiro. Em novembro de
é necessário realizar a identificação para cada
2015, foi publicada a Resolução Normativa nº
tecnologia a fim de efetuar previsão de geração. A
687, que altera a Resolução Normativa nº 482,
simulação do fluxo de consumo da carga e injeção
de 17 de abril de 2012, e os Módulos 1 e 3 dos
de energia na rede através de um controlador
Procedimentos de Distribuição (Prodist).
para as baterias é efetuada a partir dos dados
Conforme estudos realizados por [7], a
de geração e consumo da carga. Com os dados
tecnologia fotovoltaica com base em silício
de consumo e injeção de energia, é justificável
representou cerca de 92% da produção total
calcular o payback para cada sistema fotovoltaico
Tabela 1 - Eficiência das tecnologias fotovoltaicas
Telureto de
Tecnologias
Silício
Silício
Silício
fotovoltaicas
monocristalino
policristalino
amorfo
cádmio
Valores em
25,60%
21,30%
21%
10,20%
16-22%
14-20%
5-12%
5-10%
laboratório Valores comerciais
57
Solar
58
Artigo
em conformidade com a resolução normativa
segundo a IEC 61000-4-30.
Para calcular quanto cada tecnologia irá gerar
nos outros meses do ano, as medições realizadas
687. O objetivo da análise econômica é analisar os valores de payback a fim de descobrir qual
Identificação dos sistemas fotovoltaicos
no mês de agosto foram utilizadas como base
tecnologia fotovoltaica tem o menor payback.
para encontrar um modelo matemático que
O estudo de caso analisado nesta seção
considera as quatro tecnologias diferentes de
descreve (de forma suficientemente precisa)
geração solar fotovoltaica. Para comparar tais
a relação entre a da potência ativa trifásica
tecnologias, foram realizadas medições da
gerada e a irradiância solar incidente nos painéis
Sistema Smart Integration
potência ativa trifásica gerada (kW) em função
fotovoltaicos. Através do Gráfico 2 de dispersão
da irradiância solar incidente (W/m²) nos painéis
foi concluído que a regressão linear seria o método
neste trabalho consistem em cinco tecnologias
fotovoltaicos (PV) no dia 17 a 23 de agosto de
utilizado. Para estimar um modelo matemático
diferentes de módulos, cada um com uma
2015. O valor da irradiância que incide sobre os
(um modelo para cada tecnologia) capaz de
potência instalada de, aproximadamente, 15
módulos fotovoltaicos é considerado o mesmo
descrever o comportamento de geração de
kWp. O conjunto destes sistemas é chamado de
para todas as tecnologias. Os valores de geração
potência ativa trifásica em função da irradiância
Smart Integration e está localizado na cidade de
de energia elétrica mudam conforme a tecnologia,
solar nos painéis, utilizou-se, neste trabalho,
Campinas (SP), de propriedade da CPFL Energia.
os valores máximos para esta semana de agosto
a classe de modelos matemáticos de resposta
Este sistema é resultado do projeto P&D da
foram: aSi = 11,01 kW, CdTe =11,65 kW, monoSi
finita ao impulso (ou FIR, do inglês, Finite Impulse
Aneel “DE0045 – Inserção técnico-comercial
= 11,81 kW e poliSi = 11,14 kW. Para identificar
Response). Tais modelos possuem uma estrutura
de geração solar fotovoltaica na rede da CPFL –
o modelo de cada tecnologia, foram utilizadas
genérica conforme a equação 1:
Diversificando a matriz energética brasileira”. Os
168 amostras de energia gerada, coletadas
Institutos Lactec e a CPFL Energia trabalharam
durante a semana do mês de agosto de 2015
y(t) = b0u(t) + b1u(t–1) + ... + bnbu(t–nb ) (1)
em parceria com o objetivo de desenvolver
(1 amostra por hora, totalizando 24h por dia em
Em que:
resultados e análises das medições da qualidade
7 dias semana). Durante todo o ano, foi medida
y(t) e u(t) denotam a saída estimada e a entrada
de energia elétrica (QEE). A Figura 1 mostra o
a irradiância nos painéis fotovoltaicos. Com os
medida no instante de tempo (amostra) atual.
diagrama trifilar do sistema Smart Integration.
dados de irradiância e de geração foi obtido o
Analogamente, u(t-1), ..., u(t – nb ) denotam
Para avaliar os impactos dos sistemas
Gráfico 1 para obter uma ideia da relação entre
a entrada medida nos instantes de tempo
fotovoltaicos na rede de distribuição foi realizada
as duas variáveis, irradiância e potência. Através
(amostras) anteriores. Para esta classe de
uma campanha de medição de 11 dias no mês de
deste gráfico de dispersão concluiu-se que uma
modelos, o objetivo é então estimar o conjunto
agosto de 2015. As campanhas de monitoração
regressão linear seria suficiente para representar
de coeficientes b0, bnb de tal forma que a saída
foram realizadas com equipamento Classe A,
a relação entre as variáveis.
medida do sistema (no caso, a potência ativa
Desenvolvimento
Os sistemas fotovoltaicos analisados
trifásica gerada) possa ser estimada a partir de sua entrada (no caso, a irradiância incidente nos painéis). Neste trabalho, adota-se nb=1 e estimam-se, então, os coeficientes b0 e b1 pelo método dos mínimos quadrados linear.
A Tabela 2 mostra os coeficientes do modelo
FIR obtidos para cada tecnologia de geração solar. Vale ressaltar que tais coeficientes foram estimados utilizando-se apenas as 100 primeiras amostras das 168 da semana de agosto. As 68 amostras restantes foram usadas para validar os modelos recém-estimados. A Tabela 2 também mostra o índice de desempenho R² (coeficiente de determinação) calculado nesta etapa de validação.
Como pode ser observado, todos os modelos
apresentam na validação R² > 0,9. Isto significa que tais modelos são capazes de representar de forma suficientemente precisa o comportamento de geração individual de cada tecnologia. A partir dos modelos obtidos, é possível agora realizar Figura 1 - Diagrama trifilar do sistema Smart Integration.
uma previsão do comportamento de geração de
Artigo
Solar utilizado funciona a partir da concepção de conjuntos nebulosos. Este controlador Fuzzy opera por meio do modelo clássico Mamdani [14]. A variável linguística potência SPV, a demanda da carga, a hora, o estado da bateria e o fluxo de potência DC são conjuntos que fazem parte dos valores numéricos das entradas do controlador. As quatro primeiras variáveis linguísticas são conjuntos de entrada e o fluxo de potência DC é o único conjunto de saída. O controlador contém uma base de regras com 135 regras do tipo “Se” <premissa>, “Então” <conclusão>, mapeando todas as possíveis combinações entre os termos
Gráfico 1 - Relação da irradiância pela potência trifásica do sistema silício monocristalino
Tabela 2 - Coeficientes do modelo FIR obtido para cada tecnologia de geração
Tecnologias
Silício
Silício
Silício
Telureto de
fotovoltaicas
monocristalino
policristalino
amorfo
cádmio
B0
0,01747767
0,01725049
0,01505895
0,0182721
B1
-0,00343198
-0,00417511
-0,00243731
-0,00459496
R2 de validação
0,98282965
0,97861609
0,98648594
0,99633419
cada tecnologia para os demais meses do ano.
de carga para o mês de janeiro pode ser visto no
Para tanto, basta fornecer a estes modelos as
Gráfico 4.
medições de irradiâncias coletadas nestes meses. Algoritmo e controlador Fuzzy Perfil de carga
consumo da carga e carga inicial da bateria, o
Os valores para o perfil de carga foram
Com os valores conhecidos de geração,
utilizados de um alimentador típico residencial.
gerenciamento do banco de baterias (sistema de
Três perfis de carga foram adotados para cada
armazenamento) foi simulado por hora nos 365
mês do ano. Para os dias da semana (dia útil), o
dias do ano de 2015 através de um algoritmo.
mesmo perfil de segunda a sexta foi usado, e para
os sábados e domingos perfis de carga distintos
fuzzy foi utilizado. O algoritmo e o controlador
foram utilizados. A demanda de energia nos dias
fuzzy foram modelados no MATLAB. A lógica do
úteis foi considerada 200 kWh, para os sábados
controlado fuzzy pode ser vista na Figura 2.
170 kWh e para os domingos 148 kWh. O perfil
Dentro deste algoritmo, um controlador
O controlador do sistema de armazenamento
primários. No caso de uma regra, como ter mais de uma premissa, o operador de conjunção é utilizado. Pelo fato de ser um controlador clássico, o método escolhido para interface de “Desfuzificação” foi o do centro da área. O banco de baterias foi modelado com base em [16] e tem uma capacidade de 63,36 kWh. O Gráfico 3 mostra as baterias carregando e descarregando a partir do dia 1° de janeiro (quinta-feira) ao dia 7 de janeiro (quarta-feira), mostrando, assim, a operação das baterias nos dias úteis, nos sábados e domingos. Resultados
O algoritmo proposto simula a energia
consumida pela carga e a energia injetada na rede elétrica através dos valores de geração (previstos), da demanda da carga, da distribuição horária, e do estado da bateria para todo o ano de 2015.
Com a quantidade de energia consumida
e injetada, a fatura de energia foi calculada conforme o sistema de Net Metering da RN 687. Os preços do kWh usados com e sem imposto foram R$ 0,76683 e R$ 0,49231, respectivamente. Quatro simulações foram realizadas, uma para cada tecnologia. O Gráfico 4 mostra os valores de consumo de energia da carga com e sem as tecnologias fotovoltaicas.
O valor total do consumo de energia da
carga sem nenhum sistema fotovoltaico no ano 2015 foi igual a 65.459,20 kWh. O valor total da energia consumida pela carga com as tecnologias aSi, monoSi, poliSi e CdTe foi respectivamente: 44.206 kWh, 42.688,90 kWh, 43.629 kWh e 43.000 kWh. O sistema Gráfico 2 - Perfil de carga do dia útil, sábado e domingo do mês de janeiro
com banco de baterias, controlado pela lógica
59
Solar
60
Artigo
fuzzy, e a tecnologia monoSi apresentou o menor
e CdTe foram, respectivamente: 1.815,5 kWh,
foram, respectivamente: R$ 33.004,70, R$
valor de consumo de energia demandado pela
2.958,17 kWh, 2.249,61 kWh e 2.751,88 kWh.
31.278,79, R$32.348,67 e R$ 31.619,14.
carga. Em contrapartida, a tecnologia de filme
Com a geração distribuída, a fatura de energia
fino aSi apresentou o maior valor de consumo de
apresentou o maior valor de energia injetado
chega a ser, no mínimo, 35% menor do que
energia pela carga no ano de 2015.
na rede no ano, ao contrário do silício amorfo,
a fatura da carga. A tecnologia com banco
que obteve o menor valor. O Gráfico 6 aponta os
de baterias que apresentou o menor valor da
elétrica injetada na rede por cada tecnologia
valores da conta de energia elétrica de cada mês
fatura de energia foi a de silício monocristalino,
fotovoltaica.
no ano da carga e com a operação das quatro
com 38% de redução na fatura da carga. A
tecnologias fotovoltaicas.
Tabela 3 mostra os preços dos equipamentos
mês de janeiro teve a maior quantidade de energia
das plantas fotovoltaicas de 15 kWp
injetada na rede em todas as tecnologias no ano
em 2015 pelos sistemas fotovoltaicos com
conectadas ao sistema Smart Integration.
inteiro. Em compensação, o mês de julho foi o
o banco de baterias controlados por fuzzy. O
A Tabela 4 mostra os preços do sistema de
que teve a menor quantidade de energia injetada
consumo apenas da carga no ano inteiro foi de
baterias com os controladores de carga.
na rede elétrica em todas as tecnologias no ano
R$ 50.196,08. Os preços da fatura de energia
de 2015. Os valores da energia injetados no ano
no ano de 2015 com geração distribuída (GD)
de 2015 com a tecnologia aSi, monoSi, poliSi
com as tecnologias aSi, monoSi, poliSi e CdTe
O Gráfico 5 demostra os valores de energia
Através do Gráfico 6 é possível verificar que o
O sistema com a tecnologia monoSi
O Gráfico 6 mostra o impacto financeiro
Conclusões
O objetivo deste trabalho foi realizar uma
análise econômica de quatro tecnologias de módulos fotovoltaicos do sistema Smart Integration. Para realizar esta análise foi necessário, primeiramente, identificar o modelo para cada tecnologia fotovoltaica. Para tal identificação, o modelo FIR foi usado com o índice R² para analisar o desempenho. Este índice apresentou resultados maiores que 0,97 para todas as tecnologias (Tabela 2), o que significa uma boa adequação do modelo para aplicação prática. Em seguida, os perfis de carga e as demandas dos dias úteis, sábados e domingos foram determinados. Com dados de geração e demanda, um banco de baterias foi dimensionado, o qual foi controlado pela lógica fuzzy. Este sistema de controle operou para todos os meses de 2015 e com, no máximo, 16% de profundidade de descarga (10,56 kWh), portanto, não impactando de forma negativa na vida útil das baterias. O ciclo de carga das baterias Figura 2 - Lógica do controlador fuzzy que gerencia o banco de baterias
por hora foi, no máximo, 2% da capacidade total, não comprometendo também a vida útil destes. Por último, o cálculo do payback para cada tecnologia foi efetuado como mostra os dados das Tabelas 3 e 4 e do Gráfico 6. Para realizar este cálculo, os valores da fatura de energia para cada tecnologia em 2015 como padrão fora adotado um custo de 5% da fatura de energia ao ano para manutenção e operação de cada sistema fotovoltaico. Com estes dados, os valores do payback para as tecnologias foram: aSi = 8,89 anos, monoSi = 8,25 anos, poliSi = 8,87 anos e
Gráfico 3 - Bateria em operação na primeira semana de janeiro de 2015.
CdTe = 8,43 anos.
62
Solar
Artigo
As diferenças do retorno do investimento nas
tecnologias foram de poucos meses. A tecnologia de silício monocristalino teve o melhor payback, seguida da tecnologia filme fino de telureto de cádmio. Na sequência, a tecnologia do silício policristalino mostrou-se eficiente e, por último, a do silício amorfo. Cabe ressaltar a importância de se realizar estudos como estes, pelo fato de a geração distribuída com base solar fotovoltaica ser intermitente. A utilização de sistemas de armazenamento na geração distribuída possibilita a mitigação de impactos na rede de distribuição. Estes resultados são referentes aos modelos propostos, por isso, é de extrema relevância a continuidade de medições e pesquisas para Gráfico 4 - Energia consumida em cada mês de 2015 pela carga com a operação dos sistemas fotovoltaicos de cada tecnologia.
confirmar resultados.
Referências [1] Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL). Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio Brito (CRESESB). Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. 2014. [2] PINHEIRO, E. ; NASCIMENTO, L. R. ; DESCHAMPS, E. M. ; MONTENEGRO, A. DE A. ; LACCHINI, C. ; RÜTHER, RICARDO. Avaliação do potencial da geração fotovoltaica em diferentes condições climáticas na matriz elétrica brasileira. In: V Congresso Brasileiro de Energia Solar – V CBENS, 2014, [3] SACRAMENTO, Elissandro Monteiro do. CARVALHO, Paulo C. M.. ARAÚJO, José Carlos de. RIFFEL, Douglas Bressan. CORRÊA, Ronne Michel da Cruz. NETO, José Sigefredo Pinheiro. “Scenarios for use of floating photovoltaic plants in Brazilian reservoirs”. IET Renewable Power Generation, p. 1019-1024. 2015. [4] RÜTHER,R.; PEREIRA,E. B.; MARTINS, F. R.; ABREU,
Gráfico 5 - Energia injetada na rede elétrica por cada tecnologia em cada mês no ano de 2015.
S. L. "Atlas Brasileiro de Energia Solar", 1ª Ed, 2006. [5] Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Banco de Informação de Geração (BIG). 2016. [6] Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Resolução Normativa 687. 2016. [7] Fraunhofer-Institut für Solare Energiesysteme (Fraunhofer ISE). Tecnologias de módulos fotovoltaicos. 2014. [8] National Renewable Energy Laboratory (NREL). Energia solar fotovoltaica. [9] Green et al.: Solar Cell Efficiency Tables, (Version 47), Progress in Photovoltaics: Research and Applications. 2016. Graph: PSE AG 2016. [10] IEC 61000-4-30. Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 4-30: Testing and measurement techniques- Power quality measurement methods. 2008. [11] Ljung, Lennart. System Identification: Theory for
Gráfico 6 - Valor da fatura de energia por mês de 2015 da carga com a operação das tecnologias fotovoltaicas.
the User. 2ª Ed, Prentice Hall, 1999. [12] Martins, Gilberto de Andrade. Estatística Geral e
Artigo
Solar Tabela 3 - Preço das tecnologias dos módulos fotovoltaicos e dos inversores
Módulos
Inversores
Tecnologia
Quantidade
Preço do arranjo
Modelo
Quantidade
Preço do conjunto
Mono-Si
60
R$ 43.725,00
A
1
R$ 19.297,94
Poli-Si
62
R$ 48.640,00
A
1
R$ 19.297,94
a-Si
108
R$ 51.607,05
C
3
R$ 17.247,00
CdTe
152
R$ 47.169,00
B
3
R$ 20.902,62
Tabela 4 - Preço das baterias e dos controladores de carga
Baterias
Controlador de carga
Quantidade
Preço
Quantidade
Preço
24
R$ 41.280,00
6
R$ 33.882,00
coordena o GT B1.11 do Cigré-Brasil - Manutenção em Redes Subterrâneas de Energia Elétrica em Condomínios; Mateus Duarte Teixeira é engenheiro industrial, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade
Aplicada. 2ª Ed, Atlas S.A., 2002.
na área de identificação de sistemas e doutorando na
Federal de Uberlândia (2003) e doutor em Engenharia e
[13] Zadeh, Lotfali Askar . “Fuzzy Sets,” Inf. Control,
Universidade Federal do Paraná. Participa do grupo de
Ciências pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
vol. 8, pp. 338–353, 1965.
pesquisa de Sistemas Dinâmicos e Controle. Foi bolsista
Atualmente, é pesquisador dos Institutos Lactec e
[14] Sandri, Sandra; Correa, Claudio. “Logica
CNPq na graduação e no mestrado foi bolsista da Capes;
professor efetivo do curso de Engenharia Elétrica da
Nebulosa”, V Esc. Redes Neurais, Promoção Cons. Nac.
Annelise Scherer Farina é estudante de Engenharia
UFPR. É vice-presidente da SBQEE e membro do GT C4
Redes Neurais, vol. 5, pp. 73–90, 1999
Elétrica da Universidade tecnológica Federal do Paraná
Desempenho de Sistemas Elétricos do Cigré;
[15] Zadeh, , Lotfali Askar. “The concept of a
(UTFPR). Foi bolsista do programa Ciência sem
Henry Leonardo Lopez Salamanca é engenheiro
linguistic variable and its application to approximate
Fronteiras e, atualmente, integra o Grupo de Pesquisa em
eletricista, mestre em Engenharia Elétrica e doutorando
reasoning—I,”Inf. Sci. (Ny)., vol. 8, pp. 199–249,
Electrical Networks and Energy Management Systems
em Engenharia Elétrica e Informática Industrial.
1975.
do Fraunhofer Institut for Solar Energy Systems (ISE), na
Atualmente, trabalha como pesquisador nos Institutos
[16] Associação Brasileira de Normas Técnicas,
Alemanha;
Lactec na divisão de sistemas elétricos;
Sistemas fotovoltaicos- Banco de baterias-
Antonio Roberto Donadon é mestre em Planejamento
Fábio Sester Retorta é engenheiro eletricista e
de Sistemas Energéticos. Atualmente, é Analista Inovação
mestrando na UFPR na área de sistemas de energia.
Tecnológica da Companhia Piratininga de Força e Luz
Trabalha como Pesquisador nos Institutos Lactec
*Pedro Augusto Biasuz Block é engenheiro eletricista
e atua como gerente de projeto estratégico da Aneel. É
na Divisão de Sistemas Elétrico. É membro do
com mestrado na área de análise da estabilidade de
membro do GT C6 Sistemas de Distribuição e Geração
Cigré e leciona disciplinas no Centro de Educação
sistemas elétricos. É pesquisador dos Institutos Lactec e
Distribuída do Cigré;
Profissional Sineltepar (CEPS) para o curso técnico em
professor no curso de Engenharia Elétrica na Universidade
Ronaldo Antonio Roncolatto é engenheiro eletricista,
eletrotécnica;
Estácio em Curitiba. É também membro do GT C4
com MBA em Gerência de Projetos. Atualmente, é sócio-
João Carlos Camargo é engenheiro eletricista, mestre e
Desempenho de Sistemas Elétricos do Cigré;
diretor da RAR - Consultoria e Engenharia Ltda. Atua
doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos. É sócio
Ricardo Schumacher é engenheiro eletricista, mestre
como consultor em projetos de inovação tecnológica e
fundador da empresa Hytron Ind. e Com. Ltda.
Dimensionamento. 1999, p.10.
63
Renováveis
64
noticías
Emissões de carbono do setor elétrico podem ser eliminadas ainda neste século As emissões mundiais de dióxido de carbono geradas pelo setor energético podem ser reduzidas em 70% até 2050 e completamente eliminadas até 2060
As emissões mundiais de
de efeito estufa para manter o
pró-crescimento, irá:
2050, a descarbonização pode alimentar o crescimento econômico
dióxido de carbono (CO2) geradas
aumento médio da temperatura
pelo setor energético podem ser
global abaixo de dois graus Celsius,
• impulsionar o PIB mundial em
sustentável e criar mais novos
reduzidas em 70% até 2050
evitando os impactos mais severos
0,8% em 2050;
empregos nas energias renováveis.
e completamente eliminadas
das mudanças climáticas.
• gerar novos empregos no setor
Estamos em uma boa posição para
até 2060, com perspectivas
das energias renováveis que mais
transformar o sistema energético
econômicas positivas. Esta é a
determinação internacional sem
do que compensarão as perdas de
global, mas o sucesso dependerá
principal conclusão do mais novo
precedentes para agir sobre o clima.
postos de trabalho na indústria de
de ações urgentes, já que os
estudo da Agência Internacional de
O foco deve estar na descarbonização
combustíveis fósseis, além de gerar
atrasos aumentarão os custos da
Energias Renováveis (International
do sistema energético mundial,
novos empregos nas atividades de
descarbonização", completa.
Renewable Energy Agency - Irena),
já que ele representa quase dois
eficiência energética;
intitulado “Perspectivas para a
terços das emissões de gases
• melhorar o bem-estar humano
emitidas 32 gigatoneladas (Gt) de
Transição Energética: Necessidades
de efeito estufa ", lembra Adnan
graças aos benefícios ambientais
CO2 relacionadas com a energia.
de Investimento para uma Transição
Z. Amin, diretor-geral da Irena.
e de saúde proporcionados pela
O relatório recomenda que as
de Energia Baixa em Carbono”.
Embora globalmente o investimento
redução da poluição atmosférica.
emissões caiam continuamente
necessário para a descarbonização
Lançado em março durante o
"O Acordo de Paris refletiu uma
Globalmente, em 2015 foram
para 9,5 Gt até 2050 para limitar
Diálogo sobre Transição Energética
do setor energético seja substancial
"Os motivos econômicos
de Berlim, na Alemanha, o estudo
- um montante adicional de US$ 29
para a transição da energia nunca
graus acima das temperaturas
mostra como uma maior participação
trilhões até 2050 – ele representa
foram mais fortes. Hoje, em todo o
pré-industriais. A quase totalidade
das energias renováveis e o aumento
apenas uma pequena parte (0,4%)
mundo, estão sendo construídas
(90%) desta redução de emissões
da eficiência energética globalmente
do PIB global. Além disso, a análise
novas usinas de energia renovável
de CO2 pode ser alcançada com a
e nos países do G20 são suficientes
macroeconômica da Irena sugere que
que gerarão eletricidade por um
expansão da implantação de energia
para alcançarmos as reduções
esse investimento cria um estímulo
custo menor do que as usinas de
renovável e da melhoria da eficiência
necessárias nas emissões de gases
que, juntamente com outras políticas
energia fóssil”, destaca Amin. “Até
energética.
o aquecimento a não mais de dois
Renováveis
noticías
Recorde de produção de energia renovável em 2016
Segundo a Agência ONU Meio Ambiente, em termos de adição de capacidade, o ano de 2016 foi recorde, totalizando novos 138,5 gigawatts
O ano de 2016 foi recorde em
O investimento global foi de US$
termos de adição de capacidade
241,6 bilhões em 2016, 23% a
nos setores de energia renovável
menos que 2015, e agregou 138,5
(eólica, solar, PCHs e biomassa)
gigawatts de nova capacidade de
em todo mundo, totalizando
energia renovável (excluindo grandes
138,5 gigawatts, no entanto, foi
hidrelétricas), um aumento de
23% menor no que diz respeito a
8% frente aos 127,5 gigawatts
investimentos. As informações são
registrados em 2015. O custo
da Agência ONU Meio Ambiente,
médio em dólares por megawatt
que divulgou no início de abril,
para energia solar fotovoltaica e
21. O principal, segundo Radka, é
2050 – esta é a opinião de 70%
em Nova York, um relatório sobre
eólica caiu mais de 10%.
começar, a partir de já, a montar
dos que foram entrevistados para o
energias renováveis.
a infraestrutura adequada para
relatório da ONU Meio Ambiente.
da ONU Meio Ambiente, Mark
que o mundo dependa apenas de
a proporção da eletricidade
Radka, explicou que, apesar das
energias renováveis.
os governos precisam criar
global fornecida pelas energias
dificuldades, existe um consenso
políticas e buscar o financiamento
renováveis aumentou de 10,3%
internacional de que a eletricidade
consumida no mundo vem de
necessário para atingir as metas,
em 2015 para 11,3% em 2016,
renovável dominará no futuro.
fontes renováveis, beneficiando
uma vez que os custos das energias
o que evitou uma estimativa de
Ele falou sobre oportunidades
cerca de 100 milhões de pessoas.
solar e eólica já estão bastante
1,7 gigatoneladas de emissões de
e desafios para que a meta seja
Mas especialistas acreditam
competitivos. (Com informações da
dióxido de carbono.
alcançada até o meio deste século
ser possível chegar a 100% até
Agência Brasil).
De acordo com a Agência,
O chefe de Energia e Clima
O valor total de investimentos em energias renováveis (excluindo grandes hidrelétricas) em 2016 foi de US$ 241,6 bilhões, o menor desde 2013.
Atualmente, 20% da energia
Segundo o relatório da agência,
65
66
Pesquisa - Quadros e Painéis
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Novas normas agitam mercado de quadros e painéis Partes 1 e 2 da ABNT NBR IEC 61439 foram publicadas no final do ano passado e extinguem conceito de TTA/PTTA. ABNT espera que o mercado absorva os novos requisitos em até cinco anos, quando as normas antecedentes serão canceladas
As aguardadas normas ABNT NBR IEC 61439-1 – Conjuntos
conceitos de totalmente testado (TTA) e parcialmente testado
de manobra e comando de baixa tensão – Parte 1: Regras gerais
(PTTA), lançados com a publicação da ABNT NBR IEC 60439-1,
e ABNT NBR IEC 61439-2 – Conjuntos de manobra e comando
em 2003.
de baixa tensão – Parte 2: Conjuntos de manobra e comando de
potência foram, finalmente, publicadas pela ABNT em dezembro
estabeleceu um prazo de cinco anos. De acordo com o
do ano passado. Os documentos normativos estabelecem
coordenador da comissão de estudos de conjuntos de manobra
mudanças significativas no setor, uma vez que extinguem os
e comando de baixa tensão (CE-003:121.002) do Cobei/ABNT,
Para que o mercado se adeque às novas regras, a ABNT
67
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Luiz Rosendo Gomez, esse período de transição é importante
entrevistadas apontam fatores negativos, como crise internacional,
para que montadores e fabricantes adequem seus equipamentos.
desaceleração da economia brasileira e falta de confiança dos
Para isso, além de modernização, os conjuntos de manobra
investidores como pontos críticos e impeditivos ao sucesso do
deverão ser submetidos aos ensaios da norma correspondente,
mercado de quadros e painéis. Contudo, 10% das pesquisadas
isto é, não basta realizar os ensaios, os resultados devem ser
acreditam que projetos de infraestrutura em andamento podem
satisfatórios.
aliviar as previsões negativas.
Gomez explica, em seu artigo sobre o tema publicado no
Confira a pesquisa na íntegra.
Anuário O Setor Elétrico de Normas Brasileiras, publicado em
Números do mercado de quadros e painéis elétricos
março deste ano, que a nova série de normas foi elaborada para eliminar a má utilização do termo PTTA. “Alguns montadores, em diferentes partes do mundo, deturpavam o termo, pois
consideravam que a realização apenas de alguns ensaios já
o segmento industrial continua sendo o mais importante setor
classificaria o conjunto como PTTA, quando, na verdade, PTTA
de atuação dos fabricantes e montadores de quadros e painéis
deveria ser uma variante do conjunto TTA, totalmente testado”.
elétricos. Na pesquisa realizada no ano passado, esse percentual
era de 93%.
Na pesquisa deste ano, publicada a seguir, com fabricantes
Indicado por 93% das empresas participantes da pesquisa,
e montadores de quadros e painéis, já é possível perceber que a maior parte (55%) dos conjuntos comercializados pelas
Principais segmentos de atuação
empresas corresponde a outros tipos de painéis (e não mais aos do tipo TTA/PTTA), o que já evidencia uma inclinação do mercado
Residencial
à nova realidade. Inspiradas ou não pela mais recente normalização, as empresas planejam investir em recursos humanos. De acordo com o levantamento, as companhias projetam acréscimo médio de 14% aos seus quadros de colaboradores, índice otimista considerando a conjuntura econômica atual. Ademais, as empresas afirmaram que cresceram apenas 2%, na média, no ano passado em comparação a 2015. Por outro lado, esperam atingir crescimento médio de 7% para este ano de 2017. Falando
sobre
o
cenário
econômico,
boa
parte
das
24%
Comercial
58%
Industrial
93%
68
Pesquisa - Quadros e Painéis
Da mesma maneira, as vendas diretas ao cliente final foram,
novamente, consideradas como o principal canal de comercialização
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Tipos de quadros e painéis (montagem completa) mais comercializados
para os fabricantes e montadores entrevistados. Telemarketing é o meio menos relevante para este setor.
Outros
25%
Principais canais de vendas
27% 19% 21% 22%
Quadros para áreas classificadas (EX) Cubículos tipo Metal-Clad
35%
Telemarketing Outros
38%
Internet
38%
41% 44%
Cabines de barramentos Mesas de comando
41%
Distribuidores / atacadistas
Quadros para partida de motores em MT Quadros para medidores de energia
43%
Revendas / varejistas
85%
Cabines primárias
Venda direta ao cliente final
44%
Cubículos MT
46% 47%
Centro de controle de motores (CCM) Quadros de distribuição de luz
55% Os tipos de quadros e painéis (montagem completa) mais comercializados continuam sendo, na ordem: quadros de distribuição de força, quadros de automação e quadros de distribuição de luz. O maior número de empresas apontou estes equipamentos como parte do portfólio.
58% 62%
Quadros de automação Quadros de Distribuiçao de Força
70
Pesquisa - Quadros e Painéis
O Setor Elétrico / Abril de 2017
No tocante aos invólucros (caixas vazias), os quadros de
Questionadas a respeito do faturamento em 2016 (no que se refere
distribuição, seguidos dos armários modulares, foram mais indicados
aos produtos-alvo da pesquisa), a maior parcela das entrevistadas
pelas companhias.
(29%) afirmou que o valor apresentado foi de até R$ 5 milhões no período. Outras 21% revelaram ter alcançado faturamento médio entre
Tipos de invólucros (caixas vazias) mais comercializados
R$ 20 milhões e R$ 50 milhões. Veja o gráfico. Faturamento médio anual dos fabricantes e montadoras de quadros e painéis elétricos
3%
Outros
13%
4%
Cubículos
31% 31% 32% 33%
4%
Caixas de medição
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
29%
Até R$ 5 milhões
9%
CCM Acessórios e ferragens em geral para painéis
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Armários modulares
42% 58%
Quadros de distribuição
21%
17%
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 13%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
71
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Como já observado na pesquisa realizada no ano passado, os
quadros e painéis do tipo convencional, ou seja, não TTA/PTTA, são os que apresentam maior representatividade no faturamento das empresas que participaram da pesquisa.
Participação dos tipos de painéis e quadros no faturamento das empresas
21%
TTA
24%
55%
PTTA
Outros
Novamente, a indústria está no foco do consumo desses equipamentos. Assim como constatado no ano anterior, as indústrias apresentam maior participação nas vendas desses produtos.
Percentual da participação das vendas em cada segmento de mercado
15%
Outros 20%
GTD - Geração, Transmição e Distribuição de energia
27%
Construção civil (edificações residenciais e comerciais - escritórios, shoppings, hospitais, etc.)
38%
Indústrias em geral
Pesquisa - Quadros e Painéis
72
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Ainda no levantamento do ano passado, as empresas pesquisadas planejavam crescimento
médio de 8% para o ano de 2016. Foi apurado nesta edição que as companhias apresentaram, na realidade, elevação média de apenas 2% frente a 2015. No entanto, preveem crescimento médio de 9% para 2017. A boa notícia é que, na média, a previsão de contratação é surpreendentemente alta: 14% para este ano Previsões de crescimento
Crescimento médio das empresas em 2016 comparado ao ano anterior
2%
Crescimento médio do mercado de quadros e painéis para 2017
4%
Crescimento médio das empresas para 2017
9% 14%
Acréscimo ao quadro de funcionários das empresas
Mais uma vez, crise internacional, desaceleração da economia brasileira e falta de confiança
dos investidores são assinalados como pontos críticos e impeditivos ao sucesso do mercado de quadros e painéis. Não obstante, 10% das pesquisadas acreditam que projetos de infraestrutura em andamento podem influenciar positivamente o segmento. Fatores que devem influenciar o crescimento do mercado
2%
Desvalorização da moeda brasileira
2%
Bom momento econômico do país
3%
Incentivos por força de legislação ou normalização 20%
3%
Crise internacional
Setor da construção civil aquecido 5%
Falta de normalização e/ou legislação 8%
Programas de incentivo do governo 10%
19%
Projetos de infraestrutura 11%
Setor da construção civil desaquecido
Desaceleração da economia brasileira 17%
Falta de confiança dos investidores
74
Pesquisa - Quadros e Painéis
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Certificado ISO
Outros
9001 (qualidade)
14001 (ambiental)
Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Programas na área de responsabilidade social
Exporta produtos acabados
Importa produtos acabados
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte aos clientes
Oferece treinamento técnico para os clientes
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção dos equipamentos
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
Revendas / varejistas
Principal canal de vendas
Distribuidores / atacadistas
Residencial
Principal Segmento de atuação
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Cidade
Estado
www.abb.com
São Paulo
SP
X
ACABINE MAT. ELETRICOS LTDA
(11) 2842-5252
www.acabine.com.br
Guarulhos
SP
X
ADELCO
(11) 4199-7500
www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
X
AFAP
(19) 3464-5650
www.afap.com.br
Santa Barbara D'Oeste
SP
X
X
X
AGPR5
(48) 3462-3900
www.agpr5.com
Criciúma
SC
X
X
X
Alltex Equipamentos
(11) 5562-0450
www.alltexequipamentos.com.br
São Paulo
SP
X
Alpha Equipamentos Elétricos
(11) 3933-7533
www.alpha-ex.com.br
São Paulo
SP
X
Alpha Marktec
(11) 2782-3200
www.alphamarktec.com.br
São Paulo
SP
ALSET ENERGIA EIRELI
(62) 3945-5047
www.alset.com.br
Goiânia
GO
X
X
ALTERCON
(19) 2108-7000
www.altercon.com.br
Americana
SP
X
X
ANDALUZ
(27) 3041 6766
www.andaluz.ind.br
Serra
ES
X
X
BCM ELETRICIDADE
(37) 32326788
www.bcmeletricidade.com.br
Pará de Minas
MG
X
X
BRUM
(19) 3404 3835
www.brum.com.br
Limeira
SP
x
x
Beghim
(11) 2942-4500
www.beghim.com.br
São Paulo
SP
X
X
BN
(11) 4411-0844
www.industriabn.com.br
Atibaia
SP
X
BRVAL
(21) 3812-3100
www.brval.com.br
Valneça
RJ
X
X
CAESA
(41) 3699-8400
www.caesa.ind.br
Almirante Tamandaré
PR
X
X
Carthom's
(19) 3466-8600
www.carthoms.com.br
Nova Odessa
SP
X
X
Conex
(11) 2334-9393
www.conex.ind.br
São Bernardo Do Campo
SP
X
X
X
X
X
CONTROLE INFRAESTRUTURA
(31) 3542-5476
www.controleinfra.com.br
Nova Lima
MG
X
X
X
X
X
X
DBTEC
(12) 3642 9006
www.dbtec.com.br
Pindamonhangaba
SP
x
x
x
x
x
x
x
DELTA CANALETAS
(11) 4705-3133
www.deltaperfilados.com.br
Santana de Parnaíba
SP
X
X
DMA Painéis Elétricos
(41) 3528-5677
www.dmapaineiseletricos.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
Dutoplast
(11) 2524-9055
www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
X
X
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X X
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X
Internet
Site
0800 014 9111
Comercial
Telefone
ABB
Industrial
Empresa
Fabricante
Distribuidora
A empresa é
X X
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X X
X
75
O Setor Elétrico / Abril de 2017
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELETROTRAFO PROD. ELETRICOS LTDA (43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
ELOS
(41) 3383-9290
www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
Enerbrás
(41) 2111-3000
www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
X
Engelco
(41) 3239-7400
www.engelco.com.br
Curitiba
PR
X
Engerey
(41) 3022-3050
www.engerey.com.br
Curitiba
PR
X
ENGETECH
(11) 4168-4646
www.engt.com.br
São Paulo
SP
X
Erzeg
(47) 3374-6363
www.erzeg.com.br
Schroeder
SC
X
X
Fasorial Quadros Elétricos
(11) 5058-1583
www.fasorial.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
Finder
(11) 2147-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
X
X
FORZA
(41) 3023-1150
www.forza-ind.com.br
Curitiba
PR
X
X
GAZQUEZ PAINÉIS ELETRICOS.
(11) 3380-8080
www.gazquez.com.br
Mairiporã
SP
X
X
X
GE DO BRASIL
0800 595 6565
br.geindustrial.com
Contagem
MG
X
X
X
X
GIMI SOLUÇÕES EM ENERGIA
(11) 4752-9900
www.gimi.com.br
Suzano
SP
X
X
X
X
Grupo BTM
(11) 2431-4953
www.grupobtm.com.br
Guarulhos
SP
X
X
Grupo Rumo Engenharia
(15) 3331-2300
www.rumoengenharia.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
HOLEC
(11) 4191-3144
vendas@holec.com.br
Boituva
SP
X
X
X
IGUAÇUMEC ELETROMECÂNICA LTDA
(43) 3401-1050
www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X
X
Kienzle Controls
(11) 2249-9604
www.kienzle-haller.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
KitFrame
(11) 4613-4555
www.kitframe.com
Cotia
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Exporta produtos acabados
Importa produtos acabados
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte aos clientes
Oferece treinamento técnico para os clientes
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção dos equipamentos
X
X
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X
X
X
X X
X
X
X X
X X
X
X
X
X X
X
X
Programas na área de responsabilidade social
(47) 3375-6700
X X
Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Eletropoll
X
14001 (ambiental)
(44) 3027-9868
X
9001 (qualidade)
ELETROPAINEL
X
Outros
PR
www.elcosul.com.br
X
Internet
Maringá
www.ebmsolucoes.com.br
(41) 3376-2441
Telemarketing
www.eletropainel.com.br
(11) 3648-7716
Elcosul
X
Venda direta ao cliente final
X
EBM
X
Revendas / varejistas
X
PR
Jundiaí
Certificado ISO
Principal canal de vendas
Distribuidores / atacadistas
SP
Curitiba
Cidade
www.eaton.com.br
Residencial
São Paulo
Site
(11) 4525-7001
Comercial
X
Telefone
Principal Segmento de atuação
Industrial
SP
Empresa
Eaton
Distribuidora
Estado
Fabricante
A empresa é
X
X
X
X
X
Pesquisa - Quadros e Painéis
O Setor Elétrico / Abril de 2017
SC
X
Magnani Mat Elétricos
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do sul
RS
Megabrás
(11) 5641-8111
www.megabras.com.br
São Paulo
SP
Metalúrgica Moratori
(32) 3311-5540
www.moratori.com.br
Juiz de Fora
MG
X
Mon-ter Elétrica
(11) 4487-6760
www.montereletrica.com.br
Itatiba
SP
X
MURRELEKTRONIK
(11) 5632-3003
www.murrelektronik.com.br
São Paulo
SP
NORD ELECTRIC S/A
(49) 3361-3900
www.nord.eng.br
Chapecó
SC
X
X
Novemp
(11) 4093-5300
www.novemp.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1282
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X
Opção Paineis
(44) 35621623
www.opcaopaineis.com.br
Araruna
PR
X
X
X
Patola
(11)2193-7500
www.patola.com.br
São Paulo
SP
X
Pentair Taunus
(11) 5184-2100
www.pentairhoffman.com
Boituva
SP
X
Pfannenberg do Brasil
(19) 3935-7187
www.pfannenberg.com.br
Indaiatuba
SP
X
X
PHAYNELL
(11) 4652-0066
www.phaynell.com.br
Arujá
SP
X
X
Phoenix Contact
(11) 38716400
www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
X
POWER SOLUTIONS BRASIL
(11)3181-5157
www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
X
X
PRESSMAT
11 45347878
www.pressmat.com.br
Itatiba
SP
x
x
PROAUTO
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X X
X
X
PROPAINEL
(11) 2499-1314
www.propainel.com.br
Guarulhos
SP
X X
X
X
RDI Bender
(11) 3602-6260
www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X X
X
X
Renetec Eletromecânica Ltda
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
Rio-Tech
(17) 4009-0500
www.rio-tech.com.br
São José do Rio Preto
SP
Rittal
(11)3 622-2377
www.rittal.com.br
São Paulo
SP
Sec Power Painéis Elétricos
(19) 98144-6012
Diadema
SEL
(19) 3515-2000
www.selinc.com.br
Senior Engenharia
(31) 2105-9800
www.seniorengenharia.com.br
Siemens
0800 11 9484
Sigeral Soprano
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção dos equipamentos
São José
X
Oferece treinamento técnico para os clientes
www.macroquadros.com.br
X
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte aos clientes
(48) 3240-7999
X
Importa produtos acabados
Macro Quadros Elétricos
X
Exporta produtos acabados
X
Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X
SP
14001 (ambiental)
SP
São Paulo
9001 (qualidade)
São Paulo
www.legrand.com.br
Outros
www.kron.com.br
0800 118008
Internet
(11) 5525-2000
Legrand
Telemarketing
Kron Medidores
Venda direta ao cliente final
Estado
Revendas / varejistas
Cidade
Certificado ISO
Principal canal de vendas
Distribuidores / atacadistas
Site
Comercial
Telefone
Industrial
Empresa
Residencial
Principal Segmento de atuação
Fabricante
Distribuidora
A empresa é
Programas na área de responsabilidade social
76
X
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SP
X
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X
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X
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X
X
X
Campinas
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
Belo Horizonte
MG
X X
X
X
X
X
X
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
(21) 3757-3800
www.sigeral.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
(54) 2101.7070
www.soprano.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
Steck
(11) 2248-7000
www.steck.com.br
São Paulo
SP
X
X
Strahl
(11) 2818-3838
www.strahl.com
São Paulo
SP
X
X
TAF
(47) 3441-9100
www.taf.ind.br
Joinville
SC
X
Tasco
0800 770 3171
www.tasco.com.br
Boituva
SP
X
X
X
X
X X
TELBRA EX
(11) 2946-4646
www.telbra.com.br
São Paulo
SP
X X
X
X
X
X X
Tigre
0800 7074700
www.tigre.com
Joinville
SC
X
X
X
X
X
TRANSFER
(11) 41899110
www.transfersistemas.com.br
Carapicuíba
SP
X
X
X
Turn Key SI - Soluções Industriais
(92) 99189-5189 www.turnkeysi.com.br
Manaus
AM
X
X
Varixx
(19) 3301-6900
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
X
X
VR Painéis Elétricos
(17) 4009-5100
www.vrpaineis.com.br
São José do Rio Preto
SP
X
X
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
X
ZETTATECCK
(19) 3321 8400
www.zettatecck.com.br
Araras
SP
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
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X
X
Pesquisa - Quadros e Painéis
O Setor Elétrico / Abril de 2017
www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
X
X
AFAP
(19) 3464-5650
www.afap.com.br
Santa Barbara D'Oeste
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
AGPR5
(48) 3462-3900
www.agpr5.com
Criciúma
SC
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Alltex Equipamentos
(11) 5562-0450
www.alltexequipamentos.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Alpha Equipamentos Elétricos
(11) 3933-7533
www.alpha-ex.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Alpha Marktec
(11) 2782-3200
www.alphamarktec.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
ALSET ENERGIA EIRELI
(62) 3945-5047
www.alset.com.br
Goiânia
GO
X
X
X
ALTERCON
(19) 2108-7000
www.altercon.com.br
Americana
SP
X
ANDALUZ
(27) 3041 6766
www.andaluz.ind.br
Serra
ES
BCM ELETRICIDADE
(37) 32326788
www.bcmeletricidade.com.br
Pará de Minas
MG
BRUM
(19) 3404 3835
www.brum.com.br
Limeira
SP
Beghim
(11) 2942-4500
www.beghim.com.br
São Paulo
BN
(11) 4411-0844
www.industriabn.com.br
Atibaia
BRVAL
(21) 3812-3100
www.brval.com.br
CAESA
(41) 3699-8400
www.caesa.ind.br
Carthom's
(19) 3466-8600
Conex
X
X X
X
X
X
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X
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X
X
X
X
X
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SP
X
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X
SP
X
X
Valneça
RJ
X
Almirante Tamandaré
PR
www.carthoms.com.br
Nova Odessa
SP
(11) 2334-9393
www.conex.ind.br
São Bernardo Do Campo
SP
CONTROLE INFRAESTRUTURA
(31) 3542-5476
www.controleinfra.com.br
Nova Lima
MG
X
X
DBTEC
(12) 3642 9006
www.dbtec.com.br
Pindamonhangaba
SP
x
x
DELTA CANALETAS
(11) 4705-3133
www.deltaperfilados.com.br
Santana de Parnaíba
SP
DMA Painéis Elétricos
(41) 3528-5677
www.dmapaineiseletricos.com.br
Curitiba
PR
Dutoplast
(11) 2524-9055
www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
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X X X
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X
X
X
X
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X
X
X
X x
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x
X X
Outros
(11) 4199-7500
X
Acessórios e ferragens em geral para painéis
ADELCO
X
X X
Cubículos
X
Quadros de distribuição
X
CCM
SP
Armários modulares
SP
Guarulhos
Outros
São Paulo
www.acabine.com.br
Quadros para medidores de energia
www.abb.com
(11) 2842-5252
Tipos de invólucros (caixas vazias)
Mesas de comando
Quadros para áreas classificadas (EX)
0800 014 9111
ACABINE MAT. ELETRICOS LTDA
Quadros de automação
Quadros de distribuição de luz
ABB
Cabines primárias
Estado
Cabines de barramentos
Cidade
Cubículos MT
Site
Quadros para partida de motores em MT
Telefone
Cubículos tipo Metal-Clad
Empresa
Quadros de distribuição de força
Centro de controle de motores (CCM)
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
Caixas de medição
78
79
O Setor Elétrico / Abril de 2017
X
X
X
X
X
www.elcosul.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
(44) 3027-9868
www.eletropainel.com.br
Maringá
PR
X
X
(47) 3375-6700
www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELETROTRAFO PROD. ELETRICOS LTDA (43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
ELOS
(41) 3383-9290
www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
Enerbrás
(41) 2111-3000
www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
Engelco
(41) 3239-7400
www.engelco.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Engerey
(41) 3022-3050
www.engerey.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
ENGETECH
(11) 4168-4646
www.engt.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
Erzeg
(47) 3374-6363
www.erzeg.com.br
Schroeder
SC
X
X
Fasorial Quadros Elétricos
(11) 5058-1583
www.fasorial.com.br
São Bernardo do Campo
SP
Finder
(11) 2147-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
FORZA
(41) 3023-1150
www.forza-ind.com.br
Curitiba
PR
X
GAZQUEZ PAINÉIS ELETRICOS.
(11) 3380-8080
www.gazquez.com.br
Mairiporã
SP
X
GE DO BRASIL
0800 595 6565
br.geindustrial.com
Contagem
MG
X
GIMI SOLUÇÕES EM ENERGIA
(11) 4752-9900
www.gimi.com.br
Suzano
SP
X
Grupo BTM
(11) 2431-4953
www.grupobtm.com.br
Guarulhos
SP
X
Grupo Rumo Engenharia
(15) 3331-2300
www.rumoengenharia.com.br
Sorocaba
SP
X
X
HOLEC
(11) 4191-3144
vendas@holec.com.br
Boituva
SP
X
X
IGUAÇUMEC ELETROMECÂNICA LTDA
(43) 3401-1050
www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
X
X
Kienzle Controls
(11) 2249-9604
www.kienzle-haller.com.br
São Paulo
SP
KitFrame
(11) 4613-4555
www.kitframe.com
Cotia
SP
Elcosul
(41) 3376-2441
ELETROPAINEL Eletropoll
X
X
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X X
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X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Outros
X
X
Acessórios e ferragens em geral para painéis
Quadros para áreas classificadas (EX)
X
X
www.ebmsolucoes.com.br
Cubículos
Quadros de automação
X
X
www.eaton.com.br
(11) 3648-7716
Quadros de distribuição
Cabines primárias
X
X
(11) 4525-7001
EBM
CCM
Cabines de barramentos
X
X
Eaton
Caixas de medição
Cubículos MT
X
X
Cidade
Armários modulares
Centro de controle de motores (CCM)
X
SP
Site
Outros
Quadros para partida de motores em MT
SP
São Paulo
Telefone
Quadros para medidores de energia
Cubículos tipo Metal-Clad
Jundiaí
Empresa
Mesas de comando
Estado
Quadros de distribuição de luz
Tipos de invólucros (caixas vazias)
Quadros de distribuição de força
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
Pesquisa - Quadros e Painéis
O Setor Elétrico / Abril de 2017
SP
Macro Quadros Elétricos
(48) 3240-7999
www.macroquadros.com.br
São José
SC
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Magnani Mat Elétricos
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do sul
RS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Megabrás
(11) 5641-8111
www.megabras.com.br
São Paulo
SP
Metalúrgica Moratori
(32) 3311-5540
www.moratori.com.br
Juiz de Fora
MG
X
X
Mon-ter Elétrica
(11) 4487-6760
www.montereletrica.com.br
Itatiba
SP
X
X
MURRELEKTRONIK
(11) 5632-3003
www.murrelektronik.com.br
São Paulo
SP
NORD ELECTRIC S/A
(49) 3361-3900
www.nord.eng.br
Chapecó
SC
X
X
Novemp
(11) 4093-5300
www.novemp.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1282
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
Opção Paineis
(44) 35621623
www.opcaopaineis.com.br
Araruna
PR
X
X
Patola
(11)2193-7500
www.patola.com.br
São Paulo
SP
Pentair Taunus
(11) 5184-2100
www.pentairhoffman.com
Boituva
SP
Pfannenberg do Brasil
(19) 3935-7187
www.pfannenberg.com.br
Indaiatuba
SP
PHAYNELL
(11) 4652-0066
www.phaynell.com.br
Arujá
SP
Phoenix Contact
(11) 38716400
www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
POWER SOLUTIONS BRASIL
(11)3181-5157
www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
PRESSMAT
11 45347878
www.pressmat.com.br
Itatiba
SP
PROAUTO
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
PROPAINEL
(11) 2499-1314
www.propainel.com.br
Guarulhos
SP
X
X
RDI Bender
(11) 3602-6260
www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X
X
Renetec Eletromecânica Ltda
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
Rio-Tech
(17) 4009-0500
www.rio-tech.com.br
São José do Rio Preto
SP
X
X
X
X
X
X
Rittal
(11)3 622-2377
www.rittal.com.br
São Paulo
SP
Sec Power Painéis Elétricos
(19) 98144-6012
Diadema
SP
X
X
X
X
X
X
SEL
(19) 3515-2000
www.selinc.com.br
Campinas
SP
Senior Engenharia
(31) 2105-9800
www.seniorengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
Siemens
0800 11 9484
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Sigeral
(21) 3757-3800
www.sigeral.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
Soprano
(54) 2101.7070
www.soprano.com.br
Caxias do Sul
RS
Steck
(11) 2248-7000
www.steck.com.br
São Paulo
SP
X
Strahl
(11) 2818-3838
www.strahl.com
São Paulo
SP
X
TAF
(47) 3441-9100
www.taf.ind.br
Joinville
SC
Tasco
0800 770 3171
www.tasco.com.br
Boituva
SP
TELBRA EX
(11) 2946-4646
www.telbra.com.br
São Paulo
SP
Tigre
0800 7074700
www.tigre.com
Joinville
SC
X
X
TRANSFER
(11) 41899110
www.transfersistemas.com.br
Carapicuíba
SP
X
X
Turn Key SI - Soluções Industriais
(92) 99189-5189 www.turnkeysi.com.br
Manaus
AM
X
X
Varixx
(19) 3301-6900
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
VR Painéis Elétricos
(17) 4009-5100
www.vrpaineis.com.br
São José do Rio Preto
SP
X
X
X
X
X
X
X
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
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X
X
X
X
ZETTATECCK
(19) 3321 8400
www.zettatecck.com.br
Araras
SP
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Outros
São Paulo
Acessórios e ferragens em geral para painéis
www.legrand.com.br
Cubículos
0800 118008
Quadros de distribuição
SP
Legrand
CCM
Estado
São Paulo
Armários modulares
Cidade
www.kron.com.br
Outros
Site
(11) 5525-2000
Quadros para medidores de energia
Telefone
Kron Medidores
Tipos de invólucros (caixas vazias)
Mesas de comando
Empresa
Quadros para áreas classificadas (EX)
Quadros de automação
Cabines primárias
Cabines de barramentos
Cubículos MT
Centro de controle de motores (CCM)
Quadros para partida de motores em MT
Cubículos tipo Metal-Clad
Quadros de distribuição de luz
Quadros de distribuição de força
Tipos de Quadros e Painéis (Montagem Completa)
Caixas de medição
80
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Por José Barbosa*
Os centelhamentos perigosos
O incêndio é a maior causa de
ser considerada, bastaria o sistema ser
danos materiais e perdas de valores
protegido contra sobretensões e outros
econômicos
danos.
em
uma
ocorrência
de
descarga atmosférica. Ele também tem
um potencial enorme de causar perda de
medida de proteção que reduz o risco de
Como dito, o SPDA também é uma
vidas humanas. Há no Brasil ocorrências
incêndio. Porém, o seu dimensionamento
de incêndios causados por descargas
deve
atmosféricas onde há pequenos danos
a
até a destruição completa da edificação
centelhamentos
e seu conteúdo.
centelhamentos podem ocorrer entre o
considerar
possibilidade
fundamentalmente de
ocorrências
perigosos.
de
Estes
estabelece
SPDA e as demais estruturas metálicas
duas principais medidas de proteção
existentes na instalação e os sistemas
para reduzir o risco de haver perdas
internos de energia e de sinal. Logo, se
por incêndio causado por descargas
um SPDA for dimensionado e instalado
atmosféricas. A primeira é o Sistema de
sem os devidos cuidados para se evitar
Proteção contra Descargas Atmosféricas
os centelhamentos perigos, poderão
(SPDA) e a segunda é o Sistema de
ocorrer incêndios e explosões, mesmo
Combate a Incêndio. Sim, a ABNT
com a presença do SPDA.
NBR 5419 estabelece como medida
O
de proteção para se reduzir o risco de
centelhamentos perigosos é reduzido
incêndio os sistemas de combate a
em uma instalação através de ligações
incêndio. A redução do risco será maior
equipotenciais ou isolamentos. Um erro
se o sistema de combate a incêndio for
muito comum nos projetos e instalações
automatizado e menor se for manual. No
de SPDA é considerar uma interligação
caso do sistema automatizado através de
entre
alarmes automáticos, somente poderão
metálica uma ligação equipotencial. A
ser
for
interligação e a ligação equipotencial só
protegido contra sobretensões e outros
serão a mesma coisa se forem utilizados
danos e se os bombeiros puderem
curtos comprimentos de condutores.
chegar em menos de dez minutos. No
Dependendo
caso do sistema através de instalações
da
fixas operadas automaticamente, para
interligação
A
ABNT
NBR
considerados
5419
se
o
sistema
risco
o
de
SPDA
ocorrência
e
do
disposição
uma
estrutura
comprimento
e
condutores
de
dos
entre
de
o
SPDA
e
uma
83
O Setor Elétrico / Abril de 2017
estrutura, ainda poderemos ter o risco
centelhamentos perigosos. À espessura
de ocorrência centelhamentos perigosos
desta camada a NBR 5419 dá o nome
em níveis importantes.
de distância de segurança. Ou seja, a pode
distância de segurança é a espessura
ser realizada diretamente através de
da camada de ar, concreto, tijolos ou
condutores ou indiretamente através de
de outro material isolante, capaz de
Dispositivos de Proteção contra Surtos
evitar o centelhamentos perigoso entre
(DPS). Estes dispositivos são utilizados
o SPDA e uma estrutura metálica ou
para realizar a ligação equipotencial
sistemas internos de energia e sinal.
do SPDA com os elementos vivos que
Esta espessura não é fixa e dependerá
não podem ser ligados diretamente.
de vários fatores. A ABNT NBR 5419
É o caso dos condutores das fases
apresenta a fórmula a seguir para o
da instalação elétrica de energia. É
cálculo da distância de segurança para
possível acontecer um centelhamento
cada caso:
A
ligação
equipotencial
perigoso do SPDA para a instalação interna de energia, podendo originar
S=
um incêndio, passando pela explosão de componentes da instalação elétrica.
ki km
• kc • l
A ligação equipotencial através de DPS
Em que,
reduziria drasticamente a possibilidade
S é a distância de segurança;
desta ocorrência.
ki
A outra forma de se evitar os
escolhido para o SPDA;
centelhamentos perigosos é através da
kc
isolação elétrica. Porém, temos que estar
pelos condutores de descida;
depende do nível de proteção depende da corrente de descarga
atentos aos níveis das tensões gerados e
k m depende do material isolante;
utilizarmos isolantes capazes de suportar
l
tais valores. Elementos dimensionados
longo do subsistema de captação ou de
para as instalações elétricas de baixa
descida, desde o ponto onde a distância
tensão tipicamente não suportam as
de segurança deve ser considerada até
tensões geradas na ocorrência de uma
a equipotencialização mais próxima.
é o comprimento, em metros, ao
descarga atmosférica. É o caso dos eletrodutos de PVC. Há uma percepção
errada em algumas instalações que
e podem ser encontrados na parte
os
3 da ABNT NBR 5419. Já os valores
eletrodutos
de
PVC
comumente
Os valores de ki e km são tabelados
instalados nos condutores de descidas
de kc
e l exigem um cuidado no
de um SPDA tem a função de proteger
seu
pessoas contra tensões de toque ou
anteriores desta coluna e também na
evitar centelhamentos perigosos. Estes
parte 3 da norma ABNT NBR 5419 há
eletrodutos não foram dimensionados
os critérios para o dimensionamento
para suportar as tensões geradas na
adequado.
dimensionamento.
Em
edições
ocorrência de uma descarga atmosférica.
A boa notícia é que uma camada
*José Barbosa de Oliveira é engenheiro
de ar, concreto e tijolos pode ser
eletricista e membro da comissão de estudos
suficiente para se evitar a ocorrência de
CE 03:64.10, do CB-3 da ABNT.
84
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Utilização da lâmpada-piloto – Atualização das informações Parte 1 A instalação de sinalização aérea (lâmpada-
cabos suspensos ou outros objetos de
quadriláteros, cujos lados meçam no mínimo
piloto, luz-piloto, etc.) não é um item da ABNT
configuração semelhante, que atravessem rios,
1,5 metros e no máximo 3 metros, com os de
NBR 5419. Na realidade, a exigência de
hidrovias, vales ou estradas;
cor mais escura situados nas extremidades.
sinalização de obstáculo consta da Portaria
III - Quando se tratar de objetos que se elevem
Nº 957/GC3, de 9 de julho de 2015, e as
a 150 metros ou mais de altura;
II - Sinalização por meio de pintura de faixas
prescrições para instalação estão no capítulo V
IV - Quando se tratar de um obstáculo; ou
alternadas:
desse documento. Ocorre que, por ser exigida
V - quando for solicitado, a critério do Órgão
a) Deve ser utilizada quando o objeto possuir
em situações em que as estruturas geralmente
Regional do DECEA.
uma de suas dimensões, vertical ou horizontal,
maior que 1,5 metro e a outra inferior a 4,5 metros
possuem altura elevada, mesmo local onde são instalados os componentes do subsistema
§ 1º No caso previsto no Inciso III deste artigo,
e a sua superfície não possuir desnivelamento
de captação do sistema de proteção contra
a sinalização não será obrigatória quando se
ou quando o objeto possuir configuração de
descargas atmosféricas (SPDA), a confusão
tratar de objeto de fácil visualização e que se
armação ou estrutura e uma de suas dimensões,
sobre as origens das exigências dos itens
mantenha iluminado durante o dia por luzes de
horizontal ou vertical, for inferior a 1,5 metros;
normalizados acaba sendo inevitável.
obstáculos de alta intensidade.
b) As
faixas
alternadas
devem
ser
perpendiculares à maior dimensão do objeto
Selecionamos, neste artigo e na próxima edição,
fragmentos da mencionada portaria com o intuito
§ 2º As turbinas eólicas serão sinalizadas
com a sua largura definida em função da maior
de atualizar a informação veiculada neste espaço,
e iluminadas quando classificadas como
dimensão ou 30 metros, o que for menor, com as
em abril de 2012. Para aqueles que necessitarem
obstáculos.
de cor mais escura situadas nas extremidades, conforme Tabela 5-1.
instalar esta sinalização, recomenda-se a leitura completa da mencionada portaria.
Capítulo V – Sinalização e iluminação de objetos Art. 68. Um novo objeto ou objeto existente
§ 3º A sinalização e iluminação dos objetos citados no caput deste artigo é responsabilidade
§ 1º Quando as cores citadas no caput deste
do proprietário ou responsável legal pelo mesmo.
artigo puderem ser confundidas com o meio circunvizinho do objeto, deverão ser utilizadas
Seção I - Critérios de sinalização e iluminação de objetos
outras cores que contrastem com o meio. § 2º A sinalização de um objeto que possuir
deve ser sinalizado e iluminado, de acordo com Art. 69. A sinalização de um objeto deve ser
dimensões inferiores a 1,5 metros, deve ser
realizada por meio da pintura, nas cores laranja
realizada por meio da pintura de sua superfície
I - Quando se tratar de torres, mastros, postes,
(ou vermelha) e branca, de um quadriculado
com uma única cor.
linhas elétricas elevadas, cabos suspensos ou
ou de faixas alternadas, conforme ilustrado na
outros objetos, cuja configuração seja pouco
Figura 5-1, obedecendo aos seguintes critérios:
o previsto nesse capítulo, nos seguintes casos:
Art. 70. A sinalização de um objeto pode ser realizada, ainda, por meio de bandeiras ou
visível a distância que estejam localizados dentro dos limites laterais da superfície de transição
I - Sinalização por meio de pintura de um
balizas quando não for possível a pintura,
ou dentro dos 3.000 metros da borda interna
quadriculado:
obedecendo aos seguintes critérios:
das superfícies de aproximação ou decolagem,
a) Deve ser utilizada quando o objeto possuir
ainda que não ultrapassem os limites verticais
dimensões iguais ou superiores a 4,5 metros e
dessas superfícies;
sua superfície não possuir desnivelamento;
a) devem possuir pelo menos 0,6 metros em
II - Quando se tratar de linhas elétricas elevadas,
b) O quadriculado deve ser formado por
cada lado e ser posicionadas nas laterais, na
I - Sinalização por meio de bandeiras:
85
O Setor Elétrico / Abril de 2017
parte superior do objeto ou nas laterais de
média e alta intensidade em cada nível que
sua borda mais elevada;
deva ser iluminado serão tais que o objeto seja
b) devem ser dispostas pelo menos a cada
indicado em todos os ângulos de azimute. Caso
15 metros, quando se tratar de objetos
uma luz seja ocultada em qualquer direção
extensos ou agrupados entre si; e
por outra parte do objeto ou por um objeto
c) devem ser de uma única cor (laranja ou
adjacente, devem ser instaladas luzes adicionais
vermelha) ou, caso sejam formadas por duas
sobre a parte do objeto ou objeto adjacente que
seções triangulares, de cores combinadas,
ocultou a luz, a fim de conservar o perfil geral do
uma laranja (ou vermelha) e a outra branca.
objeto que se tenha que iluminar; e c) a quantidade de lâmpadas a serem instaladas
II - Sinalização por meio de balizas: a) devem ser posicionadas em locais visíveis,
por nível em função do diâmetro do objeto a ser iluminado está especificada na Tabela 5-5.
de modo que definam a forma geral do objeto e sejam identificáveis a partir de uma
II - Espaçamento das luzes:
distância de, pelo menos, 1.000 metros,
a) quando forem utilizadas luzes de baixa
quando se tratar de objetos que devem ser
intensidade para definir a forma geral de um
identificados por aeronaves em voo, e a partir
objeto de grande extensão ou de objetos
de uma distância de pelo menos 300 metros,
agrupados entre si, estas devem ser espaçadas
quando se tratar de objetos que devem ser
a intervalos longitudinais que não excedam 45
identificados por aeronaves no solo;
metros; e
b) devem ter sua forma característica, a fim
b) quando forem utilizadas luzes de média
de que não se confundam com as utilizadas
intensidade para definir a forma geral de um objeto
para indicar outro tipo de informação; e
de grande extensão ou de objetos agrupados
c) devem ser de uma única cor (laranja ou
entre si, estas devem ser espaçadas a intervalos
vermelha) ou de cores combinadas, uma
longitudinais que não excedam 900 metros.
laranja (ou vermelha) e a outra branca. Neste último caso, as balizas devem ser dispostas
III - Emprego de luzes de baixa intensidade:
alternadamente.
a) as luzes de baixa intensidade tipo B podem ser utilizadas sozinhas ou em combinação com
§ 1º Quando as cores das bandeiras ou
luzes de média intensidade tipo B.
balizas puderem ser confundidas com o meio circunvizinho do objeto, deverão ser utilizadas
IV - Emprego de luzes de média intensidade:
outras cores que contrastem com o meio.
a) as luzes de média intensidade tipo A e C devem ser utilizadas sozinhas;
§ 2º A sinalização de um objeto por meio de
b) as luzes de média intensidade tipo B podem
bandeiras ou balizas não deve aumentar o
ser utilizadas sozinhas ou em combinação com
perigo que representa esse objeto às operações
luzes de baixa intensidade tipo B, conforme
aéreas.
ilustrado nas Figuras 5-4, 5-5, 5-6 e 5-7; c) quando a utilização noturna de luzes de
Art. 71. A iluminação de um objeto deve ser
média intensidade tipo A possa ofuscar os
realizada por meio da instalação, o mais próximo
pilotos dentro de um raio de aproximadamente
possível da sua extremidade superior, de uma ou
10.000 metros do aeródromo, deve ser utilizado
mais luzes de baixa, média ou alta intensidade
um sistema duplo de iluminação composto por
ou, ainda, de uma combinação dessas luzes,
essas luzes para uso diurno e crepúsculo e por
conforme ilustrado na Figura 5-2, obedecendo
luzes de média intensidade tipo B ou C para uso
aos seguintes critérios:
noturno; e d) os flashes das luzes de média intensidade
I - Especificações das luzes:
tipos A e B instaladas em um objeto devem ser
a) as luzes de baixa intensidade tipos A, B, C
simultâneos.
e E; as luzes de média intensidade tipos A, B e C; e as luzes de alta intensidade tipos A e B
deverão obedecer às especificações constantes
dizem respeito às imagens da própria Portaria.
Todas as figuras e tabelas referenciadas
das Tabelas 5-2, 5-3 e 5-4;
A continuação deste artigo será publicada na
b) o número e a disposição das luzes de baixa,
próxima edição.
NR 10
86
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
NR 10 nas áreas classificadas
O item 10.9 da NR 10 é dedicado à
classificação de áreas para atmosferas
a
proteção contra incêndio e explosão e,
explosivas pela presença de gases e
superfícies, visando inibir a ocorrência
como de praxe, remeteu o assunto à NR
pela presença de poeiras explosivas,
descargas sobre os trabalhadores e de
23, que trata especificamente da proteção
respectivamente.
arcos capazes de gerar incêndios ou
contra incêndio nos locais de trabalho.
explosões.
A redação da NR 23, por sua vez,
de equipe multiprofissional que deverá
sofreu uma alteração que remeteu o
envolver principalmente a área técnica,
ar acima de 50%, a aplicação de produtos
assunto às normas técnicas aplicáveis e à
considerando
matérias-primas,
antiestáticos nas superfícies susceptíveis
legislação estadual.
produtos finais, fases intermediárias e
de eletrização, o emprego de ionizadores
condições específicas das várias fases
do ar ambiente, a redução de velocidade
(Redação dada pela Portaria SIT n.º
dos processos.
e do atrito em transporte de materiais pelo
221, de 06 de maio de 2011)
No
a
redimensionamento dos dutos, o emprego
A classificação de área é um trabalho
item
as
10.9.3,
é
destacada
equipotencialização
controlada
das
A manutenção de umidade relativa do
23.1 Todos os empregadores devem
preocupação com o trabalho nas áreas
de pisos condutivos, vestimentas com
adotar medidas de prevenção de
classificadas, ainda que não envolvam
tratamento antiestático, o que inclui os
incêndios, em conformidade com
as instalações elétricas, mas inclui o
calçados, são métodos complementares
a legislação estadual e as normas
fenômeno de acúmulo de eletricidade
para o controle de eletricidade estática.
técnicas aplicáveis.
estática, que se manifesta no processo
É certo que a NR 10, por tratar
industrial ou até no simples deslocamento
especificamente
Deve-se notar, no entanto, que a
de pessoas, em condições favoráveis para
eletricidade, menciona, no item 10.9.5, as
NR 10 não ficou apenas no item 10.9.1,
a ocorrência do fenômeno.
restrições de trabalho nessas áreas apenas
remetendo à NR 23, porém, foi adiante e
para pessoas devidamente treinadas.
dedicou mais alguns itens especificamente
que, pela movimentação de materiais,
para áreas classificadas.
líquidos, granulados ou pulverizados, ou
esse assunto evoluiu bastante, de forma
ainda em processos de bobinamento
que o trabalho (ou a simples permanência)
com áreas sujeitas a incêndios ou explosões
e
em áreas classificadas seja restrito a
(áreas classificadas) só é possível com
acúmulo indesejado de cargas elétricas.
pessoas devidamente advertidas.
instalações apropriadas com base em
Outras vezes, a criação de superfícies
normas específicas e que pressupõe
eletricamente carregadas é proposital e
eletricidade estática, ao tocar uma parte
uma prévia classificação de área, que
necessária como meio de se realizar uma
metálica, abrir porta, tomar ônibus, etc.,
indicará quais as técnicas e categorias
etapa específica de um processo.
considerada apenas uma inconveniência
de equipamentos recomendáveis, o que
Seja qual for a razão, devem ser
sem consequências, se ocorrer em área
implica em atender à ABNT NBR IEC
adotadas medidas para dissipação segura
classificada, é catastrófica e com severas
60079, partes 10-1 e 10-2, que trata da
das cargas elétricas acumuladas, mediante
perdas, via de regra, humanas e materiais.
O convívio das instalações elétricas
São vários os processos industriais
desbobinamento,
desenvolvem
o
das
atividades
com
Posteriormente à publicação da NR 10,
Vale lembrar que a manifestação de
88
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Abril de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Os cuidados com a qualidade de energia e os Leds Parte 2
Há uma preocupação quanto ao comportamento do fator de
potência das lâmpadas de Led acima de 5 W (maior que 70%), de 25 W e tubulares (maior que 92%), contudo, a resolução Inmetro nº 389/2014 é omissa com relação à característica do fator de potência (indutivo ou capacitivo).
Desta omissão pode-se entender que o fator de potência
deve estar entre os limites: • -0,7<FP<0,7 para P>5W; • -0,92<FP<0,92 para P>25W e tubulares. *FP negativo indicado é relacionado à característica capacitiva. Medições
efetuadas:
foram
efetuadas
medições
para
Figura 2 – Fator de potência entre -5% e 60% (característica capacitiva).
avaliação de comportamento de duas lâmpadas (bulbo e tubular). Durante o ensaio, a tensão de alimentação foi sendo variada, uma vez que as lâmpadas testadas são apresentadas com faixa larga de tensão de alimentação (bivolt).
Medições efetuadas em lâmpada tipo bulbo de 6 W apresentaram os resultados do ensaio realizado: Figura 3 – Distorção harmônica de corrente entre 200% e 80%.
Ensaio em lâmpada tubular de 18 W
Figura 1 – Variação da tensão entre 240 V e 90 V; variação de corrente entre 60 mA e 100 mA; potência ativa entre 6 W e 5 W; e potência reativa entre -12 var e -8 var.
Figura 4 – variação do fator de potência entre 60% e 95% com característica capacitiva.
89
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Figura 5 – Distorção total de corrente entre 25% e 140%.
Conclusões
corrente da carga; • Cuidados com sobretensões devido à característica capacitiva das
• Ensaios da lâmpada de 6 W não atenderam às expectativas de
cargas;
comportamento de fator de potência. Os resultados de distorção de
• Incompatibilidade com grupos moto-geradores;
corrente, apesar de não serem exigidos pelo Inmetro, apresentam
• Cuidados com surtos de tensão na alimentação, uma vez que os Leds
características muito ruins;
são cargas eletrônicas sensíveis;
• Ensaios da lâmpada tubular apresentam variação súbita do fator de
• Cuidados com índice de reprodução de cor e temperatura de cor;
potência e distorção de corrente em determinado intervalo de tensão
• Pontos positivos: eficiência energética, isenção de mercúrio, maior
entre 210 V e 220 V. Neste intervalo, os valores são também bastante
vida útil, equipamentos leves e compactos, menor consumo de
ruins.
sistemas de ar condicionado onde os Leds estão instalados.
De uma forma geral, as preocupações com o comportamento
Nota:
geral das instalações elétricas, quando lâmpadas como as ensaiadas
Esclarecemos que o termo “FLC”, mencionado na primeira parte
estiverem presentes em volume significativo, são:
deste artigo, é comumente empregado no mercado como uma designação abreviada de lâmpada fluorescente compacta e não
• Aumento da distorção de tensão consequente da alta distorção de
tem qualquer relação com a empresa FLC.
90
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Primeiro certificado IECEx para equipamento “Ex” nacional emitido por organismo de certificação brasileiro
Foi emitido no último dia 14 de março, o
primeiro certificado de conformidade IECEx para equipamentos “Ex” por parte de um Organismo de Certificação Brasileiro. Trata-se do certificado IECEx NCC 17.0001, emitido pela NCC Certificações do Brasil para uma das linhas de caixas de teminais com o tipo de proteção Ex “e” (segurança
aumentada)
fabricadas
pela
Tramontina Eletrik.
As marcações destas caixas de terminais
modelo CCEx-1 são: • Ex e IIC T6 Gb (para temperatura ambiente até 40 °C) • Ex e IIC T5 Gb (para temperatura ambiente acima de 40 °C até 55 °C) O grau de proteção (Código IP) provido
são baseados exclusivamente em normas
Dentre
os
principais
pelo invólucro destas caixas de terminais Ex
técnicas internacionais da ISO e da IEC, tais
obtenção
da
certificação
“e” é IP 66 (Norma ABNT NBR IEC 60529),
como as normas das séries IEC 60079 e
pelo IECEx estão a não necessidade de
provendo proteção contra o ingresso de água
ISO/IEC 80079 - Atmosferas explosivas.
repetição, nos diversos países onde são
e poeira ao seu interior.
Os sistemas de certificação “Ex” do
requeridas
certificações
benefícios
da
internacional
“locais”,
dos
O IECEx é o sistema de certificação em
IECEx contam com o apoio e incentivo da
diversos e complexos ensaios laboratoriais
atmosferas explosivas da IEC, formado até o
ONU para servirem de base para a elaboração
já realizados por outros laboratórios de
presente momento por 33 países. O Sistema
dos regulamentos nacionais dos diversos
ensaios “Ex” acreditados pelo IECEx. Esta
de Certificação IECEx tem como principais
países, uma vez que são considerados como
estratégia colabora para a redução dos
características a abordagem do ciclo total
as melhores práticas mundiais relacionados
custos e dos prazos dos diversos processos
de vida das instalações “Ex”, possuindo
com sistemas de certificação para atmosferas
de certificação “Ex” nos diversos países do
sistemas de certificação de competências
explosivas.
mundo.
pessoais “Ex”, de empresas de prestação de
O Brasil é um país membro do IECEx
De acordo com a Portaria Inmetro
serviços “Ex” e de equipamentos elétricos e
desde 2009, sendo representado pelo
179/2010, por exemplo, tendo como base
mecânicos “Ex”.
Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei)
a
como país participante (Member Body).
da série IEC 60079 e a convergência
Os sistemas de certificação do IECEx
convergência
normativa
internacional
91
O Setor Elétrico / Abril de 2017
regulatória mundial com base nos sistemas de certificação do IECEx, um Organismo de Certificação “Ex” “local” (nacional) pode emitir uma certificação “local” com base na análise dos respectivos Relatórios de Ensaios (ExTR) e Relatórios de Avaliação da Qualidade (QAR)
emitidos
pelos
Laboratórios
de
Ensaios (ExTL) e Organismos de Certificação (ExCB) acreditados pelos pares, no sistema IECEx.
Os ensaios que serviram de base para
esta certificação das caixas de terminais Ex “e” da Tramontina foram realizados pelo ExVeritas do Reino Unido, que é um Laboratório de Ensaio (ExTL) acreditado pelos pares (peerevaluation) dentro do sistema IECEx.
A NCC Certificações do Brasil foi o
primeiro Organismo de Certificação “Ex” brasileiro (ExCB) acreditado pelo IECEx, em 2011, no sistema internacional de certificação de equipamentos elétricos “Ex”.
A NCC Certificações do Brasil também
se inscreveu para acreditação internacional no IECEx como Organismo de Certificação para Empresas de Prestação de Serviços “Ex” (serviços de projeto, montagem, inspeção, manutenção e reparos “Ex”). Nesta área de atuação, a NCC Certificações emitiu em 2009 o primeiro Certificado de Conformidade para uma Oficina de Serviços de Reparo e Recuperação de Motores Elétricos “Ex” do Brasil, com base na ABNT NBR IEC 6007919 e nos Documentos Operacionais IECEx aplicáveis.
Que este Certificado emitido dentro do
sistema IECEx seja apenas o primeiro de uma longa série de certificados a serem emitidos tanto para a Tramontina, como também para diversos outros fabricantes brasileiros de equipamentos "Ex" que estejam interessados em colocar seus produtos no mercado internacional.
O novo certificado IECEx NCC 17.0001
obtido pela Tramontina Eletrik para estas caixas de terminais Ex “e” encontra-se disponível na Internet para acesso público no sistema online de certificados do IECEx: h t t p : / / i e c e x . i e c . ch / i e c e x / e x s . n s f / e x _ eq.xsp?v=e#
92
Falando sobre a luz
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Plinio Godoy é engenheiro eletricista e atua no campo da iluminação desde 1983. É proprietário do escritório CityLights Urban Solutions, especializado em iluminação urbana; da Godoy Luminotecnia, voltada para iluminação arquitetônica; e da Lienco Lighting Solutions, onde atua no campo da integração da iluminação e controles digitais. É coautor do livro Iluminação urbana e professor do curso de pós-graduação em Instalações Elétricas na FacensSorocaba. É palestrante em diversos congressos nacionais e internacionais. | plinio.godoy@lienco.com.br
Residências: sala de estar
Nesta coluna, falaremos sobre um dos mais importantes cômodos
de uma residência: as salas de estar.
Uma das áreas mais importantes de uma residência é a sala de
estar, que pode também ser um espaço de convivência, jantares, festas, até um local para assistir a um bom filme.
O que mais precisamos estar cientes é de que a iluminação deve
ser planejada para estar absolutamente alinhada ao layout, às cores, aos diferentes usos e momentos do ambiente. Assim, não é admissível o desenvolvimento de qualquer solução sem o conhecimento detalhado do interior do espaço.
Como será o layout? Onde estarão as pessoas? Quando estarão
utilizando? Como será a pintura do espaço? Como será a disposição de quadros e esculturas? Enfim, como o espaço será composto?
Figura 2 – Sistemas externos de iluminação. Fonte: https://goo.gl/images/PIkXv8v
Quanto mais pudermos evitar o famoso “ponto central na sala” melhor,
pois os espaços são muito complexos, com propostas de decoração interessantes para serem iluminadas somente por pontos centrais.
Quais os sistemas que devemos prever? Basicamente, temos o
sistema de iluminação geral, que nos dará a ambiência do espaço.
Figura 1 – Layout do ambiente. Fonte: http://www.decorlock.pics/architecture-exciting-interior-designlayouts-inspiration.html
É fundamental entender o layout, o posicionamento dos móveis e
as posições de interesse. E se não tivermos esta definição no momento da concepção do projeto elétrico? Minha sugestão é considerar a utilização de um forro abaixo da laje, distribuir os pontos de alimentação e aguardar a definição do layout.
E se não pudermos utilizar forro? Então, precisamos combinar
com a arquitetura qual o próximo passo, definir pontos básicos e trabalharmos com trilhos e sistemas externos.
Figura 3 – Exemplo de iluminação geral. Fonte: https://goo.gl/images/suQvqH
93
O Setor Elétrico / Abril de 2017
A iluminação geral pode ser composta por:
Flexibilidade
• Sancas;
É muito importante estabelecer os diferentes modos de
• Focos;
iluminação de um ambiente, como as salas de estar, pois são
• Pendentes;
utilizadas diferentemente em momentos distintos.
• Embutidos.
Assim, sempre recomendo a utilização de sistemas de dimerização que possibilitem a criação de cenas de luz
Este sistema deve ser desenvolvido considerando o resultado geral
programadas, deixando seus espaços adequados para os
do espaço. Outro sistema importante é o da valorização pontual, dos
diferentes momentos.
destaques.
como a sala de estar, utilizando-se equipamentos alinhados com
Este sistema pode ser composto por:
É possível controlar uma casa inteira ou somente um cômodo,
• Trilhos;
a Internet, possibilitando muitos benefícios e comodidade, como
• Embutidos;
economia de energia.
• Spots; • Sancas.
Figura 4 – Exemplo de iluminação pontual. Fonte: https://goo.gl/images/RAXIiR
Figura 6 – Automação da iluminação. Fonte: https://goo.gl/images/6HDAOJ
A luz de leitura é um sistema também importante, pois permite uma
utilização adequada quando o momento de relaxamento for desejado.
Para isso, devemos ter bem definidos quais os equipamentos
a serem acionados e as zonas de luz, ou quais equipamentos funcionam como grupos de acionamento, definindo, assim, a potência de cada zona.
Isto é importante para o bom dimensionamento dos sistemas
de dimerização e sua devida programação.
Conclusão
Desenvolver os sistemas de iluminação residenciais exige o
conhecimento profundo da decoração e layout dos espaços, uma integração com a arquitetura de interiores e os proprietários, pois muitas são as expectativas deles sobre seu futuro lar.
Definir os sistemas é uma primeira etapa, circuitos e zonas
de luz, passando depois para o estabelecimento do design das peças, o que exige outras referências estéticas. Definitivamente, os engenheiros devem ficar preocupados, porém, nada melhor do que o trabalho conjunto com um lighting designer ou um profissional que saiba o que está sendo projetado, não?
No próximo artigo, falaremos sobre a iluminação dos ambientes
externos de uma residência. Figura 5 – Iluminação de leitura. Fonte: https://goo.gl/images/fprn0h
Até lá!
94
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Por Edson Bittar Henriques*
Operações com matrizes complexas no Excel
O software Excel da Microsoft (MS)
No final, teremos uma matriz com a parte real e outra com a parte imaginária e, com elas,
trabalha, normalmente, com operações de
monta-se a matriz complexa final.
números complexos e operações de matrizes reais, no entanto, embora o fato não esteja
a) Inversão de matriz complexa
explícito, pelo que foi verificado, o Excel não possui recursos prontos para multiplicar e
Pode-se deduzir que:
inverter matrizes complexas (nas quais cada elemento é um número complexo). Como
Inv(A+B.i) = Inv [ A+B.Inv(A).B ] – Inv [ B+A.Inv(B).A ].i
exemplo de aplicação deste recurso, cito os estudos de circuitos elétricos de corrente
[se existirem Inv(A) e Inv(B)]
alternada (nas equações matriciais de malhas e nas equações nodais, usuais em cálculos de
Em que:
curto-circuito e fluxo de carga dos sistemas
A = matriz da parte real e B = matriz da parte imaginária. Obs: A e B são matrizes reais;
de potência).
Inv(A) = matriz inversa de A;
Inv(B) = matriz inversa de B.
O problema se deve ao fato de que as
funções do Excel “MATRIZ.INVERSO” e “MATRIZ.MULT” que invertem e multiplicam
No exemplo a seguir, a equação matricial acima está programada.
matrizes, respectivamente, funcionam para matrizes reais apenas. Há,
então,
duas
alternativas
como
solução: 1.
Usar outro software que trabalhe
com matrizes complexas diretamente (como Matlab, Scilab ou outros), sendo que estes citados não são softwares tipo planilha, são do tipo linguagem; 2.
Caso
se
pretenda
resolver
no Excel, deve-se desenvolver uma programação, que dá um certo trabalho e está baseada em um artifício matemático: a matriz complexa pode ser decomposta em duas matrizes reais, uma contendo a parte real e outra a parte imaginária. A partir de então, trabalhar diversas operações com estas matrizes reais.
b) Multiplicação de matrizes complexas (A+B.i) . (C+Di) = (AC-BD) + (AD+BC) i Em que A, B, C e D são matrizes reais.
95
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Exemplo: neste caso, multiplicou-se o resultado do item “a” anterior, que é inv(M), por M , que
o item “ajuda” do programa e outras
tende a gerar a matriz identidade (valor aproximado a ela), comprovando que os resultados dos
referências sobre operações com matrizes,
itens “a” e “b” estão corretos:
informando que os comandos são válidos para matrizes reais (e não para matrizes complexas), o que evita perda de tempo e dúvidas; - Ainda enquanto isso não existe, sugiro também informar essa limitação ao pessoal de suporte técnico, mesmo internacional,
embora
considero
que
se já constasse nos textos de “ajuda” do programa atual, presumo que esse pessoal teria uma rápida resposta quando questionados. Obs: a MS disponibiliza um canal
Oportunidades de melhorias para o software Excel:
para inversão e multiplicação de matrizes complexas de forma simples, similar ao que foi implantado para inversão e multiplicação
Não havendo solução pronta via Excel,
de
matrizes
reais
(funções
MATRIZ.
de sugestões para melhorias para os softwares, o que é saudável e louvável, assim, enviei para lá minhas sugestões acima.
como presumo, vejo algumas oportunidades
INVERSO e MATRIZ.MULT). Mas não sei
de melhorias para a MS relativas a este tema:
se isso será possível para um programa tipo
*Edson Bittar Henriques é engenheiro
planilha, realmente;
eletricista, pós-graduado em energia e
- Se possível, tentar implantar recursos
- Enquanto isso não existe, sugiro revisar
automação e consultor | www.projebh.com
96
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Abril de 2017
Os cinco R’s do setor elétrico para um planeta mais sustentável
A mitigação de carbono e o cuidado
Energia, em 2015, a geração de energia
Existem casos em que se rompe os lacres
com o desenvolvimento econômico e social
elétrica oriunda de fontes não renováveis
do
relógio
medidor,
das comunidades tornaram-se as principais
representou 75,9% na matriz elétrica
o
sistema
elétrico
preocupações das corporações mundiais.
mundial. E como elas podem reduzir
interrupções no fornecimento de energia. A
Para se aproximar deste objetivo, as
as emissões de gases de efeito estufa
regularização não só traz cidadania, como
empresas introduziram cinco importantes
adotando os 5 R’s?
também beneficia todos os consumidores
mudanças de comportamento. Trata-se da
sobrecarregando e
provocando
com um serviço de melhor qualidade. No
política dos cinco R’s - repense, recuse,
1º REPENSAR ações e equipamentos
Brasil, o prejuízo com este tipo de prática
reduza, reuse e recicle –, possíveis pilares
utilizados
chega a R$ 8 bilhões.
que buscam tornar o planeta Terra mais
a micro e minigeração distribuída e a
sustentável.
forma de levar o excedente de energia
3° REDUZIR o desperdício de energia
na
rede
elétrica.
Estimular
Cada indivíduo também pode adotar
para a rede de distribuição, ampliando a
elétrica. Preservar os recursos naturais e
uma dessas formas e inserir na sua
oferta. Outra maneira positiva de atuar é
promover educação para o uso racional
rotina. Ações que vão desde o consumo
repensando a utilização de equipamentos.
de energia elétrica. Esses são os objetivos
de produtores locais, segregação de
Ao usar os transformadores verdes, a CPFL
dos programas de eficiência energética
recicláveis e dar novos usos a materiais
reduz riscos de acidentes ambientais. A
das distribuidoras brasileiras. Pela lei,
descartados. As empresas, por meio de
substituição do óleo isolante mineral, o
elas devem aplicar 0,4% de sua receita
sistemas de produção e distribuição mais
ascarel, usado no sistema de refrigeração
operacional líquida em ações que evitem
eficientes, devem buscar o uso racional
dos transformadores, pelo óleo isolante
o desperdício. Graças à aplicação dos
dos recursos naturais, a minimização dos
vegetal biodegradável, reduz o tempo de
projetos de eficiência energética. De 2008
impactos ambientais e a conservação
degradação do óleo no solo de 15 anos
até junho de 2016, a Agência Nacional de
da biodiversidade, em um contexto de
para 45 dias.
Energia Elétrica (Aneel) contabilizou uma
estratégia empresarial voltada para a
economia de 4.629 GWh ao longo dos
sustentabilidade.
2°
O setor elétrico é o grupo econômico
identificá-los e regularizá-los. Uma ligação
RECUSAR
os
famosos
“gatos”,
que mais busca oportunidades e enfrenta
direta na rede elétrica sem o conhecimento
4° REUTILIZAR material em benefício da
desafios para incorporar a sustentabilidade
e autorização da distribuidora de energia
população. Equipamentos oriundos da rede
aos seus valores. De acordo com o último
elétrica é crime previsto no Código Penal
elétrica e não mais utilizados, como postes
levantamento do Ministério de Minas e
e a reclusão pode chegar a quatro anos.
e cruzetas de madeira, com o passar do
anos.
tempo, devem ser trocados e seu descarte
e
Equipamentos
operação dos seus empreendimentos,
deve ser adequado. Ainda, a adoção de
e peças que não possuem qualidade
fortalece o Respeito e o caminho para o
uma logística reversa, para a reforma de
suficiente para serem reutilizados, como
reconhecimento de uma empresa social e
medidores e transformadores, evita custos
porcelanas de isoladores, alumínio de
ambientalmente responsável.
e contribui para o reaproveitamento por
cabos e luminárias, metais componentes
terceiros. É o caso da triagem nas bases
de transformadores, vidro de lâmpadas,
operacionais, em que os equipamentos
passam
sem possibilidade de recuperação são
classificados e viram matéria-prima para
retirados
aterros
a indústria. Os materiais são destinados
industriais, que comercializam a sucata
para setores diversos como construção
para fabricantes de panelas, móveis e
civil, indústria cerâmica e metalúrgica,
confecção de cercas. Os materiais bons
entre outras. A comercialização desses
permanecem, são recuperados e retornam
insumos gera recursos, que tornam toda a
ao estoque.
cadeia sustentável.
5°
e
destinados
RECICLAR
por
meio
para
da
Política
ao
A
meio
por
ambiente.
um
adoção
processamento,
dessas
medidas
são
pode
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
concretizar a sustentabilidade nas políticas
decorrente da Lei nº 12.305. Assim, as
de qualquer empresa, independentemente
empresas podem dar o devido retorno
do
de
processos
peças
e
equipamentos
retirados
seu
negócio. de
Integrar
tomada
de
em
seus
decisão,
Por Rodolfo Nardez Sirol, diretor de
de serviço, a partir de processos que
considerações ambientais e sociais, desde
Sustentabilidade e Meio Ambiente da CPFL
descontaminam e evitam danos ao homem
as fases de projeto até a construção e
Energia.
98
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Abril de 2017
16
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