Ano 11 - Edição 130 N o ve m b r o d e 2 0 1 6
PPP da iluminação pública Municípios recorrem à iniciativa privada para garantir gestão da iluminação nas cidades
Medições em transformadores de potência Pesquisas exclusivas: Fabricantes e distribuidores de equipamentos para aterramento e condicionamento de energia preveem crescimento moderado para seus mercados
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Carla Kos Duboc - carla@atitudeeditorial.com.br
67
Aula prática Estudo aborda medições para diagnóstico de transformadores de potência.
Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Claudio Mardegan, Cornelius Plath, Daniel Bernardon, Ederson Pereira Madruga, Gilberto Vieira Filho, Luciano Pfitscher, Martin Anglhuber, Normando Alves, Nunziante Graziano, Rodrigo Vieira e Vicente Scopacasa Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Thiago Leite | shutterstock.com Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Coluna do consultor Painel de notícias
6
Pesquisa – Equipamentos para
64
condicionamento de energia e grupos
8
geradores
Financiamento é desafio para mercado de renováveis;
Por conta da crise econômica e dos recentes aumentos do
Duke Energy vende seus negócios no Brasil a estatal
preço da energia, a indústria vem reduzindo seu consumo
chinesa; Fluke inaugura nova sede no país. Estas e
de energia. Fabricantes do mercado de condicionamento
outras notícias sobre empresas, mercado e produtos
sentem os efeitos colaterais.
do setor elétrico brasileiro. Fascículos
Espaço 5419
17
70
Considerações importantes a respeito das partes 3 e 4 da nova ABNT NBR 5419.
Reportagem
46
Diante do desafio de cuidar da gestão dos ativos
Colunistas
de iluminação pública, muitos municípios recorrem
Jobson Modena – Proteção contra raios
à Parceria Público Privada (PPP), solução que
José Starosta – Energia com qualidade
terceiriza a responsabilidade para uma empresa
Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
privada.
Plinio Godoy – Falando sobre a luz
Pesquisa – Materiais para
58
João José Barrico – NR 10
aterramento
Ponto de vista
72 74
76 78
80
81
Fabricantes e distribuidores de equipamentos para
Opinião sobre o Processo Produtivo Básico (PPB) de
Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
aterramento, que, em 2015, pouco sentiram as
luminárias a Led em Manaus.
agora, menos otimistas e projetam crescimento
Agenda 82
Filiada à
negativo para o mercado neste ano.
Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.
consequências da crise econômica, mostram-se,
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Editorial
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O Setor Elétrico / Novembro de 2016 Capa ed 130_C.pdf
1
05/12/16
22:59
www.osetoreletrico.com.br
Ano 11 - Edição 130 N o ve m b r o d e 2 0 1 6
PPP da iluminação pública O Setor Elétrico - Ano 11 - Edição 130 – Novembro de 2016
Municípios recorrem à iniciativa privada para garantir gestão da iluminação nas cidades
Medições em transformadores de potência Pesquisas exclusivas: Fabricantes e distribuidores de equipamentos para aterramento e condicionamento de energia preveem crescimento moderado para seus mercados
2017 de estabilidade
Edição 130
Tendo em vista o que se ouve de especialistas em entrevistas, coletivas de imprensa, congressos técnicos e outros
eventos setoriais, entre as projeções mais otimistas e as mais pessimistas, talvez possamos concluir que 2017 será, ao menos, um ano de estabilidade.
Enquanto alguns possam entender essa conclusão como “pior do que está não fica”, muitos outros apostam em
um quadro bastante razoável, considerando a recessão que perdura já há longos trimestres. A expectativa do governo, divulgada no fim de novembro, é de que o Brasil volte a crescer. De acordo com o Ministério da Fazenda, a projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) alcance 1% de crescimento a partir de 2017.
No entanto, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram suas expectativas para a economia
brasileira no próximo ano, especialmente, após a vitória do presidente Donald Trump nos Estados Unidos. Ainda assim, economistas mantêm as estimativas positivas. De acordo com o Relatório Focus divulgado no início de dezembro, os analistas preveem uma queda de 3,43% no PIB, no lugar dos 3,49% da semana anterior. Para o ano que vem, a previsão foi levemente piorada, passando de expansão de 0,98% para 0,80%.
Nessa linha, o próprio setor eletroeletrônico está confiante de que 2017 será o ano da retomada. Dados da
Abinee (publicados com mais detalhes nas páginas a seguir) mostram que boa parte (71%) das empresas pesquisadas projetam crescimento e outras tantas (28%) esperam estabilidade. Apenas 1% das pesquisadas prevê queda. A esperança de um ano melhor reside na nova condução da política econômica.
Nós, do mercado editorial e publicitário, confiamos que o próximo ano seja de recuperação e que o setor comece a
dar passos importantes na direção de um próspero recomeço econômico.
No que tange a esta edição, as pesquisas setoriais publicadas a seguir mostram que os mercados de
equipamentos para condicionamento de energia e aterramento ainda sofrem as consequências da crise econômica que assola o país e também reflexos dos altos preços da energia elétrica. O levantamento traz ainda dados importantes, que merecem atenção, como impressões sobre o tamanho desses mercados (em faturamento médio anual) e expectativas futuras de crescimento e contratação.
Já a reportagem do mês discorre sobre as Parcerias Público Privadas (PPP), que surgem como aliadas das
prefeituras municipais no sentido de dividir ou transferir as responsabilidades sobre a gestão da iluminação pública das cidades. Entenda mais sobre o assunto nas próximas páginas.
Faça uma ótima leitura e nos vemos em 2017.
Boas festas!
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Coluna do consultor
6
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DeinfraFiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Um novembro azul de doer
Inevitavelmente, somos lembrados
ainda está na ameaça; os indicadores
a cada novo novembro azul: “você já foi
são todos desfavoráveis. O que se ouve
lá?”. Este não foi diferente, não fossem
são as “percepções” de alguns que a
as situações que passamos além da
coisa estaria melhorando. Certamente,
tradicional visita ao homem de branco
estes que possuem as percepções
de dedo grande. No Rio de Janeiro,
não devem pagar impostos, folhas
o governador enfia o pezão pelas
de pagamentos e outras obrigações
mãos, numa tentativa de jogar mais
assumidas, muito menos ter família para
uma vez para a torcida, convidando a
criar, apenas se propõe a “perceber” o
“viúva” de Brasília a bancar a farra dos
que estaria acontecendo, uma versão
governadores.
piorada de palpites “para religiosos”.
Garotinho tenta sair pela tangente
com
o
stent
concêntrico.
Cabral
de
Falando sério, nossas vidas dependem empregos
que
dependem
de
assiste sua nau afundar no porto de
investimentos em infraestrutura e a carência
Bangu e as travessuras com dinheiro
é enorme. Obras no setor de transporte e
público (não só no Rio de Janeiro ou
logística, energia e saneamento estão na
no Rio Grande do Sul) protagonizada
fila aguardando serem executadas com
pelo seus governantes e principais
competência. Parece que aí está o ponto.
dirigentes que levam as instituições
Competência, alguém se habilita?
a ruírem ao ponto de faltar verba para
folha de pagamento. Tudo isso muito
derrubam ministros por aqui, delações
previsto, constatado e a ser provado
dão as pistas do futuro e nosso irmão
pela justiça.
do Norte aponta para o endurecimento
O
grande
aqueles
das relações, antes fraternas. Para
que intencionam trabalhar de forma
onde corremos? Quais as saídas? Será
tida
é
que continuarão a pensar em somente
que a grande roda da economia que
se defender? Depois do novembro
ameaçava voltar a girar na troca do
azul, somente um dezembro verde para
governo que a devastou ou a devassou
aliviar a dor. “Vamos, verdão!”
ainda
galho
como
para
Enquanto as vacas e as vaquejadas
convencional
Painel de mercado
8
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Financiamento é desafio para o mercado de energias renováveis Durante o Congresso Internacional de Energias Renováveis no Brasil (Birec), debateu-se o impacto que o risco cambial causa no investimento para o setor elétrico do país e, consequentemente, para o financiamento de projetos na área
O financiamento é uma das dúvidas que
A questão do financiamento também
um todo. Conforme Alves, a Bloomberg
ainda pesa sobre o mercado de energias
está atrelada ao tamanho dos projetos de
analisa
renováveis no Brasil. Esta foi uma das
energias renováveis. Conforme o secretário
de solar e eólica, mas também o de gás
constatações do Congresso Internacional
da Aladee, são projetos com escalas
natural. “Sabemos que está havendo uma
de Energias Renováveis no Brasil (Birec),
menores, que apresentam outro tipo de
transição para uma matriz elétrica mais
realizado entre os dias 7 e 10 de novembro
investidor, tais como autoprodutores e
renovável”, afirmou.
na cidade de São Paulo (SP). De acordo
comunidades. “Bancos comerciais da área
com o professor do Instituto de Economia
de energia não estão acostumados com
com estudos que projetam a matriz de
da
de
isso, mas sim com grandes empresas e
energia
Janeiro (UFRJ) e secretário da Asociación
grandes projetos. Ainda estão tentando se
Segundo ela, o Brasil continuará sendo
Latinoamericana
la
adaptar”, disse. Nesse sentido, as fontes de
o segundo maior mercado da América
Energía (Aladee), Edmar de Almeida, o
financiamento estão mudando, sendo usado
Latina, investindo menos no setor de
que torna o financiamento tão complicado
de forma mais intensiva o Project Finance.
combustível fóssil e mais em solar e eólica.
é o risco cambial e o impacto que causa
no investimento para o setor de energia
relativa
o
conte com 50 GW instalados de energia
elétrica no Brasil.
professor da UFRJ, é que no Brasil as
eólica onshore e 38 GW de energia solar
Almeida explica que o Brasil até 2003
empresas estão com grandes dificuldades
fotovoltaica centralizada. Não obstante,
apresentava uma grande vulnerabilidade
de se diversificarem com capital próprio
a energia hídrica continuará sendo a
externa que contribuía para a volatilidade
em relação às novas energias renováveis,
principal fonte.
do câmbio. Contudo, a partir dessa data,
tais como eólica e solar. Isso aumenta a
a vulnerabilidade foi reduzida, mas o
necessidade do financiamento, diminui
câmbio continuou instável. O que explica
o equity e eleva a parte de dívidas do
isso, segundo o professor da UFRJ, são
financiamento
vários fatores. Em 1995, por exemplo,
isso o fato de que o Banco Nacional do
a política cambial brasileira tornou-se
Desenvolvimento
Social
de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar),
flexível, ou seja, a flutuação do câmbio
(BNDES) já anunciou a redução de seu
Rodrigo Sauaia, abordou durante o Birec
passou a variar conforme o humor do
volume de financiamento. “Assim, o custo
o momento propício para as energias
mercado. Nas últimas décadas, o mercado
dos repasses tende a aumentar, o crédito
renováveis não só no Brasil como no
brasileiro integrou-se cada vez mais com
a ficar mais caro”, contou. A outra opção, o
mundo. De acordo com Sauaia, um dos
o internacional, deixando o país muito
financiamento privado, tem um custo muito
sinais que mostram como o cenário é
mais exposto ao mercado de capitais.
alto.
favorável para as fontes renováveis é o
Universidade
Federal de
do
Economia
Rio de
Outro fator que complica a situação ao
financiamento,
dos
explica
projetos.
Econômico
Junte e
econômica e política no Brasil. Atualmente,
os
segmentos
Alves explica que a Bloomberg trabalha elétrica
mundial
para
2040.
A expectativa é de que até 2040, o Brasil
COP 21 e desafios para o setor de energia solar fotovoltaica
a
Essa abertura ao mercado de capitais ocorreu em um contexto de instabilidade
principalmente
O presidente da Associação Brasileira
acordo internacional sobre o clima firmado,
O futuro do mercado elétrico brasileiro
comenta Almeida, o câmbio brasileiro
em 2015, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP 21, que teve a participação do Brasil.
não está acima ou abaixo da média, mas
Ainda durante o Birec, a chefe de Pesquisa
Neste acordo, o país estabeleceu a meta
não há uma tendência clara do que irá
da América Latina na Bloomberg New
de que até 2030 sua matriz elétrica seja
ocorrer. De qualquer maneira, “olhando
Energy Finance, Lilian Alves, explanou
composta em 23% por fontes renováveis
para o contexto histórico, a instabilidade
sobre o futuro do mercado elétrico do país,
não hídricas, sendo 8% só de energia
cambial é possível, o que pode afetar os
destacando que não é possível debater a
solar. “De 0% a 8% é um crescimento bem
investimentos no setor de energia elétrica
energia renovável de maneira isolada, mas
significativo”, comentou o presidente da
do país”, afirma.
sim pensar a matriz elétrica do país como
Absolar.
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Indústrias do setor eletroeletrônico esperam retomada em 2017 Segundo sondagem da Abinee, empresas deste segmento estão projetando crescimento ou estabilidade econômica para próximo ano
O setor eletroeletrônico está confiante
Barbato
acrescentou
ainda
que
o
de que 2017 será o ano da retomada. É
crescimento esperado para 2017 ainda
o que mostram os dados da Sondagem
será pouco significativo para recuperar as
da
Indústria
perdas de 2015 e as previstas para 2016. “A
Elétrica e Eletrônica (Abinee). De acordo
capacidade ociosa da indústria não diminuirá
com o levantamento, 71% das empresas
muito rapidamente”, conclui.
Associação
Brasileira
da
pesquisadas estão projetando crescimento, 28% estabilidade e apenas 1% queda.
Déficit no setor
A pesquisa identificou que um dos
O déficit da balança comercial dos
principais motivos dessa perspectiva positiva
produtos elétricos e eletrônicos somou US$
reside na condução da política econômica
16,43 bilhões no acumulado de janeiro-
do País. De acordo com a Sondagem, 85%
outubro de 2016. Segundo a Abinee, o
das empresas pesquisadas acreditam na
resultado é 28% inferior ao apontado nos
capacidade do governo de aprovar, junto ao
primeiros dez meses do ano passado (US$
Congresso, as medidas necessárias para a
22,82 bilhões).
retomada do crescimento econômico.
Barbato afirma que o desempenho é
“O encaminhamento da PEC do teto
consequência da queda das importações,
dos gastos do governo, a desaceleração
refletindo o baixo nível de atividade da
da inflação e a redução da taxa de juros,
indústria. No acumulado de janeiro-outubro
iniciada no último dia 19 pelo Copom, geram
de 2016, as exportações de produtos
expectativas positivas para o setor, mas a
elétricos e eletrônicos somaram US$ 4,66
efetiva retomada das vendas deve ser lenta e
bilhões, 3,2% inferiores às registradas
deverá ocorrer a partir do próximo ano”, diz o
no mesmo período de 2015 (US$ 4,81
presidente da Abinee, Humberto Barbato. Ele
bilhões). Já as importações somaram US$
ressaltou, no entanto, que o governo precisa
21,1 bilhões no mesmo período, 23,7%
agir efetivamente para que as expectativas
abaixo das ocorridas em igual período de
positivas se concretizem.
2015 (US$ 27,6 bilhões).
Painel de produtos
12
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Canaletas arredondadas
Quadros de tomadas
www.schneider-electric.com.br
www.engerey.com.br
A Schneider Electric lançou recentemente um novo modelo de
A Engerey, fabricante de painéis elétricos, acaba de lançar quadros
canaletas da linha Dexson. Segundo a empresa, o design curvo é
de tomadas práticos, que ajudam a evitar acidentes em obras. Isso
único no mercado e traz uma nova tendência de design.
porque os novos produtos contam com alças para melhor manuseio e
suportes especiais para fios e rodinhas, que facilitam o transporte com
As canaletas são adaptáveis a qualquer projeto que precise
esconder, organizar ou distribuir os cabos de eletricidade,
segurança para qualquer lugar que necessite ligar um equipamento
televisão, internet, vídeo ou áudio, mesmo para aplicações que
provisório.
visam um melhor acabamento nos filtros de água da cozinha.
de choques elétricos, curtos e incêndios nos canteiros de obras. Eles
O produto acompanha dupla face de alta aderência que não
Segundo a empresa, os quadros de tomadas diminuem o risco
descola com o tempo, película protetora que protege contra riscos
evitam que os equipamentos
e sujeira durante a instalação, resistência a impactos, cor branca
elétricos utilizados durante
de verdade. Outra novidade é que a fita dupla face conta com uma
a construção sejam ligados
As canaletas dispensam parafusos e permitem modificações na fiação elétrica de forma mais cômoda e segura, sem precisar quebrar paredes.
marcação, que facilita o
através de fios soltos,
corte mais preciso.
desencapados e espalhados.
Disponíveis em
O diretor da Engerey, Fábio
dois tamanhos para atender
Amaral, explica que a Norma
diversas quantidades de
Regulamentadora NR 10
cabos e uma completa
recomenda o uso dos painéis
gama de acessórios, as
de tomadas, pensando na
novas canaletas garantem
segurança dos profissionais
uma melhor conectividade
do setor. Por este motivo,
dos dispositivos de uso
os painéis contêm tomadas
diário, além de evitar
industriais devidamente
acidentes, interrupções e
protegidas e próprias para
emaranhados de fios pelo
a ligação de equipamentos
ambiente.
diversos.
Os quadros de tomadas da Engerey podem ser customizados de acordo com a necessidade de cada cliente.
Painel de empresas
14
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Duke Energy vende seus negócios no Brasil à estatal chinesa de energia O valor da negociação é de US$ 1,2 bilhão e inclui a assunção das dívidas da holding por parte da compradora, a China Three Gorges Corporation
A Duke Energy, holding de energia
Administrativo
de
Defesa
Econômica
elétrica norte-americana, venderá todos
(Cade) e às necessárias aprovações das
os seus negócios de energia no Brasil
autoridades chinesas e demais condições
para a companhia China Three Gorges
suspensivas.
Corporation, empresa estatal de energia.
A negociação, que deverá ser concluída
MW de potência instalada de geração de
nos próximos meses, custará US$ 1,2
energia, sendo oito usinas hidrelétricas
bilhão para a empresa chinesa. O valor
com capacidade para 2.057 megawatts
inclui a assunção das dívidas da holding.
situadas na divisa entre os estados de São
A Duke Energy também está negociando
Paulo e Paraná e duas pequenas usinas
a venda de seus ativos restantes na
hidrelétricas, cada uma das quais com
América Latina, processo que já está em
capacidade para 16,5 megawatts, situadas
fase final. A empresa começou o processo
no rio Sapucaí-Mirim, no norte do estado
de saída do seu segmento internacional
de São Paulo. Contando, todos os seus
de negócios de energia em fevereiro de
empreendimentos de geração de energia
2016.
na América Central e do Sul, a empesa
norte-americana possui aproximadamente
Segundo o presidente e CEO da Duke
A Duke Energy Brasil conta com 2.090
Energy, Lynn Good, a venda dos ativos da
4.400 MW de capacidade.
empresa no Brasil trata-se de um avanço
significativo na inciativa de adequação
de energia limpa cujo foco é desenvolver
ao foco da companhia no seu principal
empreendimentos de geração hidrelétrica
negócio doméstico regulado, que é o gás
em larga escala. Contudo, realiza também
natural. Good afirma que a Duke Energy
negócios na área de energia renovável,
trabalhará com a compradora chinesa até
incluindo eólica e solar. Presente em 40
a obtenção das aprovações necessárias
países, a companhia chinesa é a maior
para o fechamento da transação. Essa
produtora mundial de energia hidrelétrica,
conclusão está condicionada à aprovação,
com capacidade instalada de cerca de
no
100 GW, tanto em operação quanto em
Brasil,
da
Agência
Nacional
de
Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho
A China Three Gorges é uma empresa
construção.
15
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Weidmüller compra Bosch Rexroth Monitoring Systems Com a aquisição, a empresa fortalece suas atividades no mercado de energia eólica e expande seu portfólio na área de monitoramento
O Grupo Weidmüller concluiu, em novembro deste ano, a aquisição da Bosch Rexroth Monitoring Systems GmbH, da Bosch Rexroth. Com a aquisição, a empresa fortaleceu suas atividades no segmento de energia eólica e expandiu seu portfólio de soluções para tecnologias de monitoramento. A nova subsidiária emprega 25 pessoas e operará com o nome de "Weidmüller Monitoring Systems".
"Graças à nossa nova subsidiária e
à sua excelência na área de detecção de danos em turbinas eólicas, nosso portfólio
tornou-se
consideravelmente
mais atraente na Alemanha e em todo o mundo. Estamos muito satisfeitos em trabalhar juntamente com nossos novos funcionários na concepção de sistemas de energia eólica do futuro com soluções de automação personalizadas", afirmou o diretor executivo do Grupo Weidmüller, Peter Köhler.
Como parte deste processo, o Grupo
Weidmüller adquiriu também o espaço ocupado pela Bosch Rexroth Monitoring Systems,
em
Dresden,
onde
são
desenvolvidos, fabricados e distribuídos os sistemas de monitoramento de condições para instalações eólicas.
Painel de empresas
16
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Fluke inaugura nova sede no Brasil Nova estrutura reúne estoque, operação e ainda uma sala técnica para showroom e treinamento
capacitar ainda mais a rede de distribuidores
Connect®
da companhia por meio de treinamentos
conectadas para teste da indústria - que
-
sistema
de
ferramentas
além
o
permite aos técnicos transmitir via Wi-Fi
cliente final. “Criamos um espaço técnico
todos os dados, imagens térmicas e
que nos aproximará de nossos públicos
medições elétricas provenientes de mais
(distribuidores e cliente final). Um ambiente
de 40 ferramentas de teste diretamente
próprio facilitará a realização de seminários e
para seus smartphones ou tablets, para a
treinamentos com mais frequência”, finaliza.
realização de uma análise detalhada. As
de
seminários
voltados
para
informações podem ser enviadas para a A nova sede da Fluke está localizada no Centro Empresarial São Paulo (Cenesp) e conta com uma área superior a 1000 m².
A
Fluke
Corporation,
especialista
Multímetro com imagem térmica
nuvem, por meio do armazenamento seguro
A empresa também apresentou recen
Fluke Connect Cloud®, possibilitando o
temente o multímetro Fluke 279 FC True-
acesso universal a todas as equipes de
RMS, dispositivo que reúne um multímetro
trabalho.
digital com equipamento a uma câmera de
em equipamentos de teste e medição
imagens térmicas.
eletrônica, acaba de inaugurar sua nova
sede
FC permite que os técnicos verifiquem
no
país,
localizada
no
Centro
O multímetro com imagem térmica 279
A
de maneira rápida e segura os pontos de
proposta foi reunir em um mesmo prédio
aquecimento em fusíveis, fios, isoladores,
todo o estoque e a operação da companhia,
conectores, junções e interruptores por
a fim de assegurar maior rapidez nos
meio da termografia, para depois analisar
processos.
os problemas com o multímetro digital.
A nova estrutura conta com uma
sala técnica criada especialmente para
15 funções de medição elétrica, incluindo
treinamentos e showroom de produtos. De
tensão CA/CC, resistência, continuidade,
acordo com a diretora geral da Fluke no
capacidade, teste de diodos, mín./máx. e
Brasil e América Latina, Poliana Lanari, o
frequência.
novo centro de treinamento possibilitará
Empresarial
São
Paulo
(Cenesp).
A nova ferramenta da Fluke conta com
O Fluke 279FC faz parte do Fluke
O novo multímetro térmico possui classificação de segurança CAT III 1000 V, CAT IV, 600 V e bateria de íon-lítio recarregável com autonomia de até 10 horas.
Fascículos
Apoio
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Ederson Pereira Madruga, Daniel Pinheiro Bernardon, Rodrigo Padilha Vieira e Luciano Lopes Pfitscher
18
Capítulo XI – Metodologia para análise da estabilidade angular em sistemas de distribuição com geração distribuída
• Estabilidade transitória em sistemas de distribuição • Metodologia proposta • Definição dos eventos • Estudos de caso
IEC 61439 – QUADROS, PAINÉIS E BARRAMENTOS BT Nunziante Graziano
26
Capítulo XI – IEC 61439-2 – Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Conjuntos de manobra e comando de potência • Separação interna dos conjuntos MCP • Descrição dos símbolos utilizados nas figuras • Características, construção e opções descritas na IEC 61439-2
LED – EVOLUÇÃO E INOVAÇÃO Vicente Scopacasa
34
Capítulo XI – Consistência de cor nos Leds brancos • Como o Led branco é fabricado? • Diagrama de cromaticidade • Padrão SCDM • Elipses de MacAdam
CURTO-CIRCUITO PARA A SELETIVIDADE Cláudio Mardegan Capítulo XI – Fontes de curto-circuito • Contribuição da concessionária • Contribuição de geradores • Contribuição de motores • Contribuição de banco de capacitores • Contribuição de filtros de harmônicos
38
Apoio
Geração distribuída
18
Capítulo XI Metodologia para análise da estabilidade angular em sistemas de distribuição com geração distribuída Por Ederson Pereira Madruga, Daniel Pinheiro Bernardon, Rodrigo Padilha Vieira e Luciano Lopes Pfitscher*
Com a conexão de várias fontes de geração distribuída (GD) nas redes de
estabilidade transitória em sistemas de
no sistema.
distribuição com a presença de geração
distribuição, torna-se necessário avaliar
No entanto, a aplicação análoga destas
distribuída, incluindo geração a partir de
o impacto sobre a qualidade da energia
análises nos sistemas de distribuição,
fontes eólicas e hídricas, bem como cargas
e sobre a estabilidade transitória destes
pode não ser exequível, uma vez que
desequilibradas. A definição do conjunto
sistemas nesta nova realidade. Uma
as características diferem de sistemas
de eventos e os critérios de avaliação de
característica importante neste cenário é a
de transmissão. Tradicionalmente, em
estabilidade também são propostos, que
peculiaridade dos sistemas de distribuição
sistemas de transmissão, para análise do
representam os principais cenários de
operarem com predominância de cargas
sistema, a rede é considerada equilibrada
estudos para as diferentes condições de
desequilibradas e dispositivos de controle
e faz-se um equivalente entre a subestação
funcionamento, reduzindo o número de
limitados. Para o controle Volt-Var, os
e a GD. Em sistemas de distribuição, além
análise.
principais equipamentos de controle são
da presença de cargas desequilibradas,
os bancos de capacitores e reguladores
existem muitas derivações (ramais), o
automáticos de tensão, já para proteção
que acarreta a necessidade de avaliação
da rede, os religadores automáticos e as
de eventos fora do tronco, bem como a
chaves fusíveis podem ser citados.
análise da resposta dos dispositivos de
Estas condições combinadas com
Fascículo
e as respostas dos controles sobre eventos
proteção da GD e do sistema.
Estabilidade transitória em sistemas de distribuição A principal preocupação em estudos de estabilidade transitória consiste em
as variações bruscas e imprevisíveis da
Há poucas pesquisas que exploram
verificar a manutenção do sincronismo
geração distribuída trazem a preocupação
estudos de estabilidade transitória em
das máquinas num curto período de
sobre o seu comportamento dinâmico
sistemas de distribuição, a maioria só
tempo após a ocorrência de um distúrbio,
e, consequentemente, o impacto sobre
verifica a resposta de máquinas síncronas
durante o qual as ações dos controladores
a qualidade de energia devido a esta
frente a carga em desequilíbrio, sem
não têm um efeito significativo, assim
diversidade de fontes.
incluir as redes de distribuição. Além
como o comportamento do sistema pós estes distúrbios.
transmissão,
disso, estudos recentes consideram a rede
a estabilidade a pequenos sinais e
Em
sistemas
de
simplificada não contemplando eventos
O aumento da penetração da GD em
estabilidade
em ramais, que são significativos para
um sistema de distribuição interligada
este tipo de rede.
não afeta significativamente a velocidade
transitória
são
estudos
essenciais, que, por meio de métodos analíticos ou simulações no domínio do
Assim, este trabalho propõe uma
das máquinas em relação à velocidade
tempo, mostram a dinâmica dos geradores
metodologia para análise global de
síncrona, mas provoca um aumento
Apoio
da frequência de oscilação depois de
número de eventos nestes segmentos do
uma falha. Os geradores conectados aos
sistema, se comparado com o tronco da
sistemas de distribuição são geralmente
rede. Embora o tempo de operação dos
pequenos e têm baixa inércia, o que
fusíveis que protegem estas derivações
resulta num sistema com uma maior
seja relativamente rápido, estes elementos
probabilidade de perder o sincronismo
devem
e, consequentemente, a instabilidade. Por
descoordenação da proteção e reflexos na
esta razão deve ser dada especial atenção aos
sistemas
de
proteção,
evitando
Figura 1 - Tensão por fase e média em caso de um curto-circuito fase-terra.
ser
pela
possível
qualidade e estabilidade das máquinas.
Metodologia proposta
sobretensões, sobrecorrentes e ilhamentos equilibradas.
não intencionais.
O
objetivo
Ao contrário dos sistemas de trans
Para ilustrar este fenômeno, a Figura
missão, em sistemas de distribuição,
1 mostra as tensões de fase e a tensão
desenvolver
o desequilíbrio de cargas e as grandes extensões
das
avaliados
deste
uma
trabalho
metodologia
é
para
média, no caso de um curto-circuito
análise global da estabilidade transitória
devem
ser
entre a fase A e a terra em uma barra do
em sistemas de distribuição com a
simulações
redes
de
sistema. Observa-se que a tensão na fase
presença de geração distribuída e cargas
transitórias, uma vez que estes podem
C é superior a 1,2 pu, enquanto a tensão
desequilibradas. Os modelos e técnicas
causar interferências nas respostas das
média se mantém em valores aceitáveis.
propostas
consideradas
nas
incluem
as
peculiaridades
máquinas e na qualidade da energia. À
Outro ponto neste tipo de análise
dos sistemas de distribuição fornecendo
medida que aumenta o desequilíbrio, no
que tem sido pouco explorado é a
uma análise representativa dentro da
caso de um curto-circuito monofásico,
representação dos ramais de rede. Devido
estabilidade transitória.
sobretensões nas fases complementares
ao grande número e à grande extensão das
A Figura 2 mostra o fluxograma da
são acentuadas, o que pode não ser
derivações, há uma maior exposição às
metodologia proposta, que é detalhada
detectada quando se realizam simulações
intempéries, o que resulta em um maior
nas seguintes seções:
19
Apoio
20
barramentos do sistema e os níveis de
Geração distribuída
tensão por fase. A Tabela I mostra os eventos para avaliação da estabilidade transitória no sistema de distribuição para cargas mínima e máxima. Como diferencial, este trabalho inclui eventos em ramais e avaliações de operação monopolar dos dispositivos de proteção para faltas fase-terra, característica esta utilizada apenas em sistemas de transmissão. Vale ressaltar que, quando ocorre um evento no sistema de distribuição, espera-se que a geração distribuída síncrona mantenha o sincronismo após a eliminação da falha temporária, mantendo os limites de operação em valores pré-estabelecidos. Critérios de avaliação Em sistemas de energia, diz-se que
Figura 2 – Fluxograma da metodologia.
o sistema é estável se ele permanece ou
Definição dos eventos
As respostas transitórias das máquinas, o
retorna a um estado operacional normal e
reflexo sobre as conexões com os sistemas
desejado após qualquer perturbação. Como
A análise da estabilidade transitória
interligados e da qualidade da energia
um critério de avaliação da estabilidade
depende diretamente das simulações de
fornecida às cargas são os principais
transitória de sistemas de distribuição,
falhas no sistema em estudo, portanto,
interesses no estudo. Para avaliar a dinâmica
espera-se que as várias GD cheguem a um
um conjunto de eventos, que representa
a pequenos sinais, pequenas mudanças
ponto estável de operação após um evento.
os principais cenários de estudos para
na carga são definidas, e para avaliar a
Além disso, espera-se que a qualidade
diferentes
estabilidade transitória, curtos-circuitos são
da energia permaneça dentro de limites
simulados no tronco e nos ramais da rede.
aceitáveis de operação e segurança, que são:
condições
de
operação,
reduzindo o número de análises, é proposto neste trabalho. Os
principais
eventos
a
A análise avalia o tempo crítico de
i) os níveis de tensão e frequência em todas
serem
eliminação dos defeitos para as máquinas
as barras do sistema não excedam os limites
analisados são curtos-circuitos e perda de
síncronas, o efeito torcional nos eixos
fixados para período transitório e regime
carga em pontos críticos para a estabilidade.
dos geradores, a frequência elétrica dos
permanente, e ii) os geradores não sejam
Tabela I – Eventos aplicados aos sistemas de distribuição com GD
Carreg.
Evento
Tipo
Local
Elemento de
Rejeição da maior
Permanente
Ramal com
Chave Fusível
Abertura trifásica
Próximo ao
Religador e/ou
Desligamento
disjuntor
e religamento
Fascículo
do Sistema
Atuação
proteção carga em ramal
maior carga
Curtos-circuitos
Temporário e
Sistema Interligado
fase-terra
permanente
Próximo às gerações
Carga Mínima e
Ramal com maior
Carga Pesada
corrente de curto-circuito
monopolar Chave fusível
Abertura monopolar
Próximo ao Sistema
Religador
Desligamento
Curtos-circuitos
Temporário e
Interligado
e/ou disjuntor
e religamento
trifásicos
permanente
Próximo as Gerações Ramal com maior corrente de curto-circuito
tripolar Chave fusível Abertura tripolar
Apoio
Estudo de caso
Tabela 2 – Limites operacionais
Variável
Valores aceitáveis
Tipo
δi
<δcrítico
Ângulo do rotor da máquina
≤0,5
em regime permanente
∆P
0,8 pu ≤ VRT ≤ 1,1
Esforço torcional
VRT
(normalizar para VRP em 10 segundos)
Nível de tensão em regime
0,93 ≤ VRP ≤ 1,1
transitório
56,9Hz ≤ FRT ≤ 60,0Hz
Nível de tensão em regime
(normalizar para FRP em no
permanente
máximo 30 segundos)
Frequência em regime
59,9Hz ≤ FRP ≤ 60,1Hz
transitório
VRP FRT FRP
Como estudo de caso, a metodologia proposta foi aplicada em um sistema de distribuição real, com 44,8 km de tronco, 6309 barras, uma PCH e uma fonte de geração de energia eólica. A Figura 3 mostra a rede de distribuição e a identificação das principais barras do sistema.
Frequência em regime permanente
submetidos a efeitos torcionais nocivos. Estas
condições
serão
imediatamente antes e imediatamente
cumpridas
após a contingência, cuja razão não
quando os limites das variáveis apresentadas
deve exceder 0,5 pu, de acordo com o
na Tabela 2 são cumpridos.
que foi empiricamente proposto por um
O ângulo crítico de operação é
grupo de trabalho do IEEE [17] para
obtido quando a derivada da potência
salvaguardar o eixo dos geradores devido
sincronizante é zero, isto é, o ponto
às interrupções na rede. Os valores
de transferência de potência máxima.
de tensão e frequência em período
O esforço torcional é obtido pela
transitório e permanente são definidos
diferença da potência ativa gerada
pelas agências reguladoras.
Figura 3 - Rede de distribuição simulada.
21
Apoio
Geração distribuída
22
As curvas de carga e geração são ilustradas na Figura 4.
proteção a operar, abrindo o circuito
em um aumento de tensão nas demais fases,
em 10,328 segundos. No tempo 10,650
o que não pode ser visto em uma análise
segundos, o disjuntor de interligação com o
equilibrada.
sistema interligado opera, eliminando todas
A Figura 9 mostra a potência ativa
as fontes de corrente de falha. Em 11,25
gerada pela PCH, em que os valores
segundos, o sistema interligado fecha seus
elevados obtidos ocorrem na perda de
contatos e em 11,328 segundos o disjuntor
sincronismo.
da PCH é fechado. Figura 4 - Curvas de carga do alimentador – Potência Ativa.
O índice de desequilíbrio da carga é mostrado na Figura 5.
A Figura 6 mostra a resposta transitória para máquina síncrona para operação tripolar de abertura e fechamento (utilizado em análises tradicionais) e para disparos monopolares, no método proposto. Figura 9 - Potência ativa da PCH.
Para o método tradicional, a potência ativa fornecida pelo gerador eólico também é interrompida durante a desconexão do sistema, pois a tensão é inferior ao mínimo
Figura 5 – Desequilíbrio de cargas.
Normalmente, o período de carga mínima é o mais crítico, uma vez que é o momento em que o sistema tem a menor inércia e a maior penetração de GD, podendo haver energia exportada do sistema de distribuição para o sistema interligado. Em todos os cenários estudados, espera-se que
permitido pelo conversor. Este limite não é Figura 6 - Ângulo do rotor da PCH.
O método tradicional faz com que ocorra o desligamento da PCH, enquanto o religamento monopolar mantém a geração conectada. A Figura 7 mostra a frequência nas barras com geração.
atingido em uma operação monopolar. A Figura 10 mostra a potência ativa gerada pela fonte eólica, em que se observa a desconexão quando de abertura tripolar e o suporte de potência dado quando de uma operação monopolar.
a GD permaneça conectada ao sistema de distribuição, sem perda de sincronismo e violação dos limites operacionais. Neste trabalho será detalhado o estudo realizado para condição de carga leve, às 5h. O software Power Factory - DigSilent foi usado como ferramenta de simulação no domínio do tempo.
Figura 7 - Frequência nas barras com geração.
A Figura 8 ilustra as tensões sobre a
Fascículo
barra 20, onde se percebe que a operação
Figura 10 – Potência ativa da geração eólica.
Estudo de caso 2 – Falta permanente em derivação
Estudo de caso 1 – Falta temporária no
monopolar oferece quedas de tensões
Este estudo avalia a estabilidade
tronco do alimentador
menos severas ao sistema. Para uma análise
transitória para um evento ocorrido em
trifásica, falhas fase-terra podem resultar
um ramal, que tradicionalmente não é
Este cenário contempla a aplicação de um curto-circuito fase-terra na barra 35,
observado, pois usa-se rede equivalente
perto da PCH. Para a análise tradicional,
entre as subestações e a GD. A proteção
o circuito tem cargas equilibradas e a
primária para defeitos em ramais são os
operação dos elementos de proteção é
fusíveis, em que o tempo de operação
tripolar. O método proposto considera
depende do nível de curto-circuito do
as cargas desequilibradas e o religamento
sistema. Um curto-circuito trifásico foi aplicado
unipolar.
a barra 43, que deriva da barra 27. O curto-
A falha no sistema ocorre no tempo 10 segundos e o disjuntor da PCH é a primeira
Figura 8 - Tensões nos principais bares da rede.
circuito é da ordem de 400 A e o tempo
Apoio
23
Apoio
Geração distribuída
24
de resposta do fusível é de cerca de 680
Nesta
simulação,
foi
verificado
ms. A Figura 11 ilustra o ângulo do rotor
que eventos em ramais podem causar
da máquina síncrona, em que se verifica
desconexão das GDs e violações de limites
uma convergência para um novo ponto de
de qualidade da energia.
operação após a eliminação do defeito.
Conclusões Este trabalho traz uma metodologia para avaliar a estabilidade transitória em sistema de distribuição com carga desequilibrada e geração distribuída. Um conjunto de eventos é proposto e os resultados obtidos são comparados com limites aceitáveis. O trabalho mostra a importância de se
Figura 11 - Rotor Ângulo da SHP com o novo ajuste.
A Figura 12 mostra a frequência de oscilação dentro dos limites operacionais impostos.
considerar as cargas em desequilíbrio e a representação dos ramais em um sistema de distribuição. Falhas nas derivações podem levar à instabilidade dos sistemas de distribuição. A modelagem trifásica permite a detecção de violações significativas, que em uma representação equilibrada passa despercebida. O trabalho também indica as vantagens da aplicação da operação monopolar para sistemas de distribuição, em que as simulações mostraram sucesso na estabilidade transitória de geradores no caso
Figura 12 - Frequência nas barras com geração.
de curtos-circuitos monofásicos, que são
A Figura 13 apresenta um afundamento
predominantes em sistemas de distribuição.
momentâneo de tensão, causado pelo
A abertura e fechamento monopolar permite
curto-circuito. A duração deste SAG está
que as GD permaneçam em sincronismo
ligada ao tempo de atuação do fusível, que
com o sistema elétrico durante a eliminação
irá isolar o circuito sob defeito.
da falta, contribuindo para o apoio da potência ativa e reativa no momento da oscilação do sistema, aumentando deste modo a qualidade da energia fornecida.
Fascículo
Referências
Figura 13 - Tensão Bar com geração eólica.
A Figura 14 mostra a variação da potência ativa gerada por fase.
Figura 14 – Potência ativa gerada pela PCH.
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[9] MONTICELLI. A.J.; GARCIA. A.; “Introdução a Sistemas de Energia Elétrica”. First Edition UNICAMP. São Paulo-SP. Brazil. 2003. [10] NAZARI. M.H.. ILIC. M.; Dynamic modelling and control of distribution energy systems: comparison with transmission power systems. IET Generation. Transmission & Distribution. 2013. [11] SALIM. R. H.; RAMOS. R. A.; BRETAS. N. G.; Analysis of the Small Signal Dynamic Performance of Synchronous Generators under Unbalanced Operating Conditions. IEEE. 2010; [12] ABREU. L. V. L.; MARQUES. Frederico A. S. ; MORÁN. Jesús ; FREITAS. Walmir ; SILVA. Luiz C. P. da . Impact of Distributed Synchronous Generators on the Dynamic Performance of Electrical Power Distribution Systems. In: IEEE/PES T&D 2004 Latin America. 2004. São Paulo. 2004. [13] GRILO. A. P.; MOTA. A. A. ; MOTA. L. T. M. ; FREITAS. W. . An Analytical Method for Analysis of Large-Disturbance Stability of Induction Generators. IEEE Transactions on Power Systems. v. 22. p. 1861-1869. 2007. [14] DIAS. I. C.; RESENER. M.; CANHA. L.N.; PEREIRA. P.R.S. Transient Stability Study of an Unbalanced Distribution System with Distributed Generation. IEEE. 2014. [15] KAHNI. D.; YAZDANKHAH. A. S.; KOJABADI. H. M. Impacts of distributed generations on power system transient and voltage stability. International Journal of Electrical Power and Energy Systems. [S.l.]. v. 43. n. 1. p. 488-500. 2012. [16] EDWARDS. F. V. et al. Dynamics of distribution networks with distributed generation. In: POWER ENGINEERING SOCIETY SUMMER MEETING. 2000. Seattle. [17] IEEE Working Group Report. “IEEE Screening Guide for Planned Steady-State Switching Operations to Minimize Harmful Effects on Steam Turbine-Generators.” IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems. Vol. PAS-99. No. 4. July/August 1980. pp. 1519-1521. [18] DIgSILENT POWERFACTORY – Technical References. Version 14.1. Germany. 2011.
Ederson Pereira Madruga é mestre em engenharia elétrica pela UFSM e especialista em Sistemas de Transmissão pela Unifei. Atualmente, é aluno de Doutorado do PPGEE da UFSM. Atua como gerente de distribuição da permissionária Certaja Energia e é ainda professor dos cursos de graduação em engenharia elétrica e controle e automação na Univates. Luciano Lopes Pfitscher possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria. É professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Araranguá, Departamento de Energia e Sustentabilidade. Rodrigo Padilha Vieira é engenheiro eletricista, com mestrado e doutorado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria. É professor da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Tecnologia, Departamento de Eletromecânica e Sistemas de Potência. Daniel Pinheiro Bernardon possui graduação, mestrado e doutorado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria. É professor da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Tecnologia, Departamento de Eletromecânica e Sistemas de Potência. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
25
Apoio
IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
26
Capítulo XI IEC-61439-2 – Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão Parte 2: Conjuntos de manobra e comando de potência Por Nunziante Graziano*
Prezado leitor, o intuito deste fascículo é
destinado
para
aplicações
industriais,
apresentar em detalhes o projeto de revisão
comerciais e similares, em que a operação
da norma brasileira para construção de
por pessoas comuns não é prevista.
série IEC 60204.
quadros elétricos e barramentos blindados
Gostaria de lembrar aos leitores que
Esta norma é aplicável a todos os
de baixa tensão. Desde o capitulo inicial,
esta parte da norma só consegue ser lida e
conjuntos que são projetados, fabricados
foram abordados temas como: panorama
compreendida quando a parte “IEC-61439-
e verificados sob encomenda (uma única
atual da ABNT NBR IEC 60439 e seus
1, Conjuntos de manobra e controle de
vez) ou completamente padronizados e
principais pontos de interesse; definições
baixa tensão – Parte 1: Regras gerais” estiver
fabricados em quantidade.
e termos usuais; condições de instalação;
bem entendida, em muitos casos, deve ser
características de isolamento; proteção
lida em conjunto.
contra choques elétricos; requisitos de marcação; resistência dos materiais e das
Sua
particularização
A fabricação e/ou a montagem pode ser realizada por terceiros que não pelo
deve-se
aos
seguintes aspectos:
fabricante original (organização que realizou o projeto original e a verificação associada
partes; verificação dos materiais no tocante
de um conjunto conforme a norma do
à corrosão; condições de verificação,
− Conjuntos em que a tensão nominal não
conjunto aplicável), ou seja, o montador do
construção
e
performance;
proteção
exceda 1.000 V em corrente alternada ou
conjunto (uma organização que assume a
contra choques elétricos e os métodos de
1.500 V em corrente contínua;
responsabilidade pelo conjunto completo),
incorporação de dispositivos de manobra
− Conjuntos fixos ou móveis com ou sem
sendo que esse montador do conjunto pode
e de componentes conjuntos; circuitos
invólucro;
ser uma organização diferente do fabricante
elétricos internos, conexões e refrigeração;
− Conjuntos destinados para uso em
original.
formas de avaliação e a qualificação dos
conexão com a geração, transmissão,
Esta norma não é aplicável aos
conjuntos de manobra, etc.
distribuição e conversão de energia elétrica
dispositivos individuais e aos componentes
e para o comando de equipamentos que
independentes como chaves de partida
61439-0, um guia para especificação dos
consomem energia elétrica;
de
conjuntos, importante ferramenta e grande
− Conjuntos projetados para uso em
equipamentos
inovação em relação à versão atual. E neste
condições de serviços especiais, como
são conforme as normas dos produtos
capítulo, será analisada a parte 2 da norma,
por exemplo, em navios e em veículos
pertinentes.
que se ocupa de detalhar as particularidades
ferroviários, na condição que outros
e os requisitos específicos aplicáveis aos
requisitos específicos pertinentes sejam
conjuntos de manobra e comando de
respeitados. Neste particular, requisitos
potência, Conjuntos-MCP.
adicionais para Conjuntos-MCP em navios
O capítulo anterior analisou a IEC TR
Fascículo
parte de uma máquina são cobertos pela
Um Conjunto-MCP é um conjunto
são tratados na IEC 60092-302.
motores,
fusíveis-interruptores, eletrônicos,
etc.,
que
Vamos nos dedicar a examinar algumas partes importantes dos conjuntos-MCP. Separação interna dos conjuntos-MCP Os arranjos típicos para separação interna
de manobra e comando de baixa tensão
− Conjuntos projetados para equipamento
por barreiras ou divisórias são descritos
utilizado para distribuir e comandar a
elétrico
na Tabela a seguir e são classificados como
energia para todos os tipos de cargas e
adicionais para os conjuntos que fazem
de
máquinas.
Os
requisitos
formas (ver os exemplos a seguir).
Apoio
Formas de separação interna Critério principal
Subcritério
A forma de separação e os graus de
Forma Forma 1
Sem separação interna. Bornes para condutores externos não separados Separação entre barramentos e todas as
dos barramentos.
unidades funcionais.
Bornes para condutores externos separados dos
Forma 2a
Bornes para condutores
unidades funcionais.
externos não separados
- Separação de todas as unidades funcionais,
dos barramentos.
Forma 2b
Forma 3a
a uma unidade funcional, mas não para os
barramentos.
Forma 3b
Bornes para os
unidades funcionais.
condutores externos no
- Separação de todas as unidades funcionais,
mesmo compartimento
entre si.
que a unidade funcional
- Separação entre os bornes dos condutores
associada.
externos associado a uma unidade funcional
Bornes para condutores
e os bornes de qualquer outra unidade
externos não no mesmo
funcional e os barramentos.
compartimento que
- Separação entre os condutores externos e
a unidade funcional
os barramentos.
associada, mas em
- Separação dos condutores externos
espaços separados,
associados a uma unidade funcional de uma
individuais ou
outra unidade funcional e seus bornes.
compartimentos
- Os condutores externos não precisam estar
fechados protegidos.
separados entre si.
para obter ao menos uma das condições compartimentos separados ou os espaços protegidos fechados: - Proteção contra os contatos com as partes perigosas. O grau de proteção deve ser pelo
sólidos estranhos. O grau de proteção deve ser pelo menos igual a IP 2X. Este grau de proteção IP 2X abrange o grau de proteção
bornes de outras unidades funcionais. - Separação entre barramentos e todas as
A separação interna pode ser utilizada
- Proteção contra a penetração de corpos
- Separação entre os bornes para condutores Bornes para condutores externos separados dos
e o usuário.
menos igual a IP XXB;
entre si. externos e condutores externos associados
um acordo entre o montador do conjunto
seguintes entre as unidades funcionais, os
barramentos. - Separação entre barramentos e todas as
proteção mais elevados devem ser objeto de
IP XXB. A separação pode ser obtida por meio de divisórias ou de barreiras (metálicas Forma 4a
ou não), por isolação das partes vivas ou colocando o dispositivo no interior de um invólucro fechado, por exemplo, um disjuntor em caixa moldada. No que se refere à estabilidade e durabilidade das barreiras e das divisórias, tal barreira só pode ser removida com auxílio de uma chave ou
Forma 4b
ferramenta. Muito importante ressaltar que a separação interna em conjuntos, descrita neste capítulo, não é destinada a garantir a integridade do conjunto no caso de arco interno devido à uma falha interna.
27
Apoio
IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
28
Formas de separação internas
Forma 3 Separação entre barramentos e todas
+ Separação dos condutores externos dos barramentos
unidades funcionais + Separação de todas unidades funcionais entre elas + Separação dos bornes para condutores externos e dos condutores externos das unidades funcionais, mas não os bornes
+ Separação dos condutores externos associados a uma unidade funcional de outras unidades funcionais e seus bornes + Os condutores externos não necessitam estar separados uns dos outros
de outras unidades funcionais. Figura 1 – Símbolos utilizados nas figuras.
Forma 1 Nenhuma separação interna
Forma 3a: Bornes não separados dos barramentos
Forma 4a: Bornes estão no mesmo compartimento da unidade funcional associada
Forma 2 Separação entre barramento e unidades funcionais
Forma 4b: Bornes não estão no mesmo compartimento da unidade funcional associada
Fascículo
Forma 3b: Bornes e condutores externos separados dos barramentos Forma 2a: Bornes não separados dos barramentos
Forma 4 Separação entre barramentos e todas unidades funcionais + Separação de todas unidades funcionais entre elas + Separação dos bornes para condutores externos associados a uma unidade funcional dos bornes de qualquer outra
Forma 2b: Bornes separados dos barramentos
unidade funcional e dos barramentos.
No
capítulo
X
deste
fascículo,
abordamos a parte IEC-61439-0, o guia de especificação genérico para todos os conjuntos. Aproveitando
aquela
metodologia,
apresentaremos a seguir a tabela que integra a IEC 61439-2, como itens sujeitos a acordo entre montador do conjunto e o usuário. A informação a seguir está sujeita a um acordo entre o montador do Conjunto-MCP e o usuário. Em certos casos, as informações indicadas pelo montador do conjunto podem substituir um acordo.
Apoio
29
Apoio
IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
30
Características
Seção ou subseção de referência
Construção padrão b
Opções relacionadas nas normas
5.6, 8.4.3.1,
Padrão do montador,
TT / TN-C / TN-C-S /
8.4.3.2.3,
escolhido para atender aos
IT, TN-S
8.6.2, 10.5,
requisitos locais
Sistema elétrico Esquema de aterramento
11.4 Tensão nominal (V) Sobretensões transitórias
3.8.9.1,
De acordo com as condi
1000 V c.a máx
5.2.1, 8.5.3
ções da instalação local
ou 1500 V c.c.
5.2.4, 8.5.3,
Determinado pelo sistema
Categoria de sobretensão
9.1, Anexo G
elétrico
I / II / III / IV
Sobretensões temporárias
9.1
Tensão nominal do sistema
Nenhum
Frequência nominal fn (Hz)
3.8.12,
De acordo com as
5.5, 8.5.3,
condições da instalação
10.10.2.3,
local
+ 1 200 V c.c./ 50 Hz/ 60 Hz
10.11.5.4 Padrão do montador de
Requisitos adicionais de ensaio no local da instalação: cabeamento e funcionamento
11.10
acordo com a aplicação
Nenhum
3.8.7
Determinada pelo sistema
Nenhum
10.11.5.3.5
Máx 60% dos valores
elétrico. Suportabilidade ao curto-circuito Corrente de curto-circuito presumida nos bornes de alimentação Icp (kA) Corrente de curto-circuito
elétrico
Corrente de curto-circuito
10.11.5.6 9.3.2
Nenhum
De acordo com as condições
Sim / Não
da instalação local
DPCC na unidade funcional de entrada
De acordo com as
Coordenação dos dispositivos de proteção contra os curtos-circuitos e incluindo as
Máx 60% dos valores de fase
presumida no circuito de proteção Requisitos relativos à presença de um
Nenhum
de fase
presumida no neutro
9.3.4
condições da instalação
Nenhum
local
informações relativas ao dispositivo de proteção externa contra os curtos-circuitos
Nenhuma carga
Dados associados às cargas suscetíveis de contribuir com a corrente de curto-circuito
9.3.2
Nenhum
suscetível de contribuir significativamente
Fascículo
Proteção das pessoas contra os choques elétricos conforme a IEC 60364-4-41 De acordo com as regras
Tipo de proteção contra os choques elétricos – Proteção básica
8.4.2
Proteção básica
de instalação local
De acordo com as
Interrupção automática da
8.4.3
condições da instalação
alimentação / separação
local
elétrica / seccionamento total
3.5, 8.1.4,
Padrão do montador de
Abrigado / ao tempo
8.2
acordo com a aplicação
(proteção contra o contato direto) Tipo de proteção contra os choques elétricos – Proteção em caso de falta (proteção contra o contato indireto) Ambiente da instalação Tipo do local
Requisições do usuárioa
Apoio
Características
Proteção contra a penetração de corpos
Seção ou subseção de referência 8.2.2, 8.2.3
sólidos estranhos e água
Construção padrão b
Opções relacionadas nas normas
Abrigado: IP 2X
IP 00, 2X, 3X, 4X, 5X, 6X
Ao tempo (min.): IP 23
Após retirar as partes removíveis: como no caso da posição conectada / Proteção reduzida conforme a Padrão do montador
Impacto mecânico externo (IK)
8.2.1, 10.2.6
Resistência à radiação UV (aplica-se somente aos conjuntos ao tempo, salvo
Nenhum
Nenhum
Abrigado: não se aplica, 10.2.4
especificação em contrário)
Ao tempo: clima
Nenhum
temperado
Resistência à corrosão
Instalação abrigada ao 10.2.2
tempo, ambos em condições
Nenhum
normais de serviço Temperatura do ar ambiente –
7.1.1
Limite inferior
Abrigado: –5 °C
Nenhum
Ao tempo: –25 °C
Temperatura do ar ambiente – Limite superior
7.1.1
40 °C
Nenhum
Temperatura do ar ambiente –
7.1.1, 9.2
35 °C
Nenhum
Umidade relativa máxima
7.1.2
Abrigado: 50 % a 40 °C
Nenhum
Grau de poluição (do ambiente da instalação)
7.1.3
Industrial: 3
1, 2, 3 e 4
Altitude
7.1.4
≤ 2.000 m
Nenhum
Ambiente EMC (A ou B)
9.4, 10.12,
A/B
A/B
Nenhum
Média diária máxima Ao tempo: 100% a 25 °C
Anexo J Condições especiais de serviço (por exemplo, vibração, condensação excepcional, forte
7.2, 8.5.4,
poluição, ambiente corrosivo, campo elétrico
9.3.3
Nenhuma condição
ou magnético elevados, fungos, pequenos
Tabela 7
especial de serviço
Tipo
3.3, 5.6
Padrão do montador
Fixo / móvel
3.5
Fixo
Fixo / Móvel
Dimensões externas máxima
5.6, 6.2.1
Padrão do montador de
Nenhuma
animais, perigos de explosão, fortes choques e vibrações, abalos sísmicos) Método de instalação Por exemplo, assentado no piso (autoportante), montado na parede
e peso máximo
acordo com a aplicação
Tipo(s) do(s) condutor(es) externo(s)
8.8
Padrão do montador
Encaminhamento dos condutores externos
8.8
Padrão do montador
Nenhum
Material do condutor externo
8.8
Cobre
Cobre/Aluminio
Seção e terminação dos condutores
8.8
Como definido na norma
Nenhum
8.8
Como definido na Norma
Nenhum
8.8
Padrão do montador
Nenhum
Canaleta para cabos e barramento pré-fabricado
de fase externos Seção e terminação dos condutores PE, N, PEN externos Requisitos especiais de identificação dos bornes
Requisições do usuárioa
31
Apoio
IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
32
Características
Seção ou subseção de referência
Construção padrão b
Opções relacionadas nas normas
Dimensões e peso máximos de
6.2.2,
Padrão do montador
Nenhum
Padrão do montador
Nenhum
Armazenamento e manuseio unidades de transporte
10.2.5
Métodos de transporte (por exemplo,
6.2.2,
elevador em garfo, guindaste)
8.1.6
Condições ambientais diferentes das de serviço
7.3
Nas condições de serviço
Nenhum
Detalhes de embalagem
6.2.2
Padrão do montador
Nenhum
Instalações operacionais Acesso aos dispositivos
Pessoa autorizada /
8.4
pessoa comum
manobrado manualmente 8.5.5
Facilmente acessível
Nenhum
Seccionamento dos equipamentos de
8.4.2, 8.4.3.3,
Padrão do montador
Individual/grupo/
instalação em carga
8.4.5.2
Localização dos dispositivos manobrados manualmente
todos os tipos
Capacidade de manutenção e de atualização Requisitos relativos à acessibilidade em serviço por pessoas comuns; requisito para manobrar
8.4.6.1
Proteção básica
Nenhum
Nenhum requisito
Nenhum
os dispositivos ou troca de componentes enquanto o conjunto é energizado Requisitos relativos à acessibilidade para
8.4.6.2.2
inspeção ou operações similares Requisitos relativos à acessibilidade para
relativo à acessibilidade 8.4.6.2.3
manutenção em serviço por pessoas autorizadas Requisitos relativos à acessibilidade para
Nenhum requisito
8.4.6.2.4
extensão em serviço por pessoas autorizadas
Nenhum requisito
Nenhum
relativo à acessibilidade
Método para conexão de unidades funcionais 8.5.1, 8.5.2
Padrão do montador
Proteção contra contato direto com
Nenhum requisito relativo
partes internas vivas perigosas durante
à proteção no decorrer
manutenção ou atualização (por exemplo,
Nenhum
relativo à acessibilidade
8.4
unidades funcionais, barramentos principais,
de uma manutenção ou
Nenhum
Nenhum
atualização
barramentos de distribuição)
Fascículo
Corrente admissível 3.8.9.1, 5.3,
Corrente nominal do conjunto InA (ampere)
8.4.3.2.3,
Padrão do montador,
8.5.3, 8.8,
conforme aplicação Nenhum
10.10.2, 10.10.3, 10.11.5, Anexo E
Corrente nominal de circuitos
5.3.2
Inc (ampere)
Padrão do montador, conforme aplicação
RDF para os grupos de
5.4, Fator de diversidade nominal
Nenhum
10.10.2.3, Anexo E
Como definido na norma
circuitos / RDF para o conjunto completo
Requisições do usuárioa
Apoio
33
Características
Seção ou subseção de referência
Construção padrão b
Opções relacionadas nas normas
8.6.1
100 %
Nenhum
8.6.1
50 % (min. 16 mm2)
Nenhum
Requisições do usuárioa
Relação da seção do condutor neutro para os condutores fase: condutores fase até e inclusive 16 mm
2
Relação da seção do condutor neutro para os condutores fase: condutores fase até e inclusive 16 mm2
a) Para aplicações excepcionalmente severas, o usuário pode necessitar especificar requisitos mais rigorosos que aqueles da norma. b) Em certos casos, as informações indicadas para o montador do conjunto podem levar em conta um acordo
No próximo e último capítulo deste
Comissão de Estudo de Manobra e Comando
fascículo faremos uma breve e superficial
de Baixa Tensão (CE-003:121.002) do Comitê
análise dos projetos de norma da ABNT IEC 61439-3, referente a quadros de distribuição; da ABNT IEC 61439-4, referente a conjuntos para canteiro de obra; da ABNT IEC 614395, referente a conjuntos para distribuição de energia elétrica; e da ABNT IEC 61439-6 referente às linhas elétricas pré-fabricadas, que se encontram em fase de estudo por parte da
Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003). Até lá!
*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro da ABNT/CB-003/CE 003 121 002 – Conjuntos de Manobra e Comando de Baixa Tensão e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Fascículo
Led – Evolução e inovação
34
Capítulo XI Consistência de cor nos Leds brancos Por Vicente Scopacasa*
A consistência de cor nos Leds brancos
de fótons de várias cores, o que provoca a
cores CIE1931. Ao definirmos os valores destas
ainda gera muita controvérsia, portanto, é de
percepção visual da luz branca. Variações no
coordenadas, definimos com exatidão o ponto
suma importância um maior detalhamento
comprimento de onda da luz azul e da largura
onde a cor vai estar localizada no diagrama e
principalmente em função de presenciarmos
da banda de emissão associadas às variações do
qual é a distância deste ponto com relação à
várias dúvidas a respeito. Este realmente é um
fósforo ocasionam em grande dispersão da cor
curva do corpo negro. Quanto maior for a
assunto polêmico e, de certa forma, confuso,
resultante em torno da curva do corpo negro
distância entre o ponto das coordenadas x,y
em função de lidarmos com vários tipos
(BBL).
com relação à curva do corpo negro, maior será
de Leds, fabricantes, especificações, etc. e,
Em função disto, os fabricantes de Leds
a interferência das cores na composição da luz
principalmente, pelo fato de que a tecnologia
costumam dividir esta área total de branco
branca resultante, fazendo com que tenhamos
ainda está em evolução e encontrarmos
no diagrama de cores em áreas menores a fim
o fenômeno chamado de “tingimento”.
diferentes tipos de desempenhos.
de que, dependendo da aplicação, possamos
Quando o ponto x,y estiver bem abaixo
Afinal, perguntas como: a luz branca
escolher e trabalhar com distribuições menores,
da curva do corpo negro, notaremos um
emitida pelo Led é mesmo branca? O Led de
garantindo com isto maior consistência na cor.
tom rosado na cor e quando o ponto x,y
temperatura de cor de 4000 K é mais “frio”
Este processo é conhecido como binning.
estiver posicionado acima da curva do corpo
comparado com as lâmpadas? Por que os
Na Figura 1, apresentamos o diagrama
negro podemos notar um tom amarelado
Leds, ora, apresentam um certo “tom” verde,
CIE 1931, em que podemos notar que
ou esverdeado da cor dependendo do valor
ora, rosa no feixe de luz? Qual o padrão a ser
a região correspondente à cor branca é
da temperatura de cor. Com isso temos a
adotado para especificar uma luminária Led
relativamente grande e, dependendo do ponto
impressão de que, por exemplo, um Led de
quanto à cor? Ouvi falar em SDCM ou elipses
de cromaticidade (coordenadas x,y), podemos
3000 K tem um aspecto “mais frio” do que uma
de MacAdam, o que é isto?
ter o que chamamos de tingimento da cor, que
lâmpada com a mesma temperatura de cor.
Estas perguntas, dentre muitas outras, são
consiste na interferência das cores no branco.
comuns no nosso dia a dia e são, na maioria
Como também podemos notar, é sobre a
designers, é comum constatarmos que a
das vezes, mal interpretadas e o que nos leva
região branca da figura que está posicionada
maioria deles prefere especificar 2700K ao
a uma falsa percepção prejudicando a real
a curva do corpo negro com os respectivos
invés de 3000 K por este motivo. Neste caso,
necessidade de fazermos a melhor especificação
valores de temperatura de cor.
quanto mais o ponto de cromaticidade estiver
Conversando
com
vários
lighting
do produto. O objetivo do presente artigo
Cumpre ressaltar que a determinação
próximo à curva do corpo negro, menor será
é obtermos as respostas para tais perguntas
do valor da temperatura de cor não
a interferência das cores e mais branca será a
visando a melhor forma de especificarmos as
necessariamente é suficiente para que possamos
luz resultante diferindo somente quanto aos
cores necessárias e conseguirmos manter a
garantir que a luminária terá a qualidade de
valores da temperatura de cor.
consistência necessária.
cor esperada além da necessária consistência
Para melhor entender este processo,
Como sabemos, os Leds são fabricados
da cor branca entre todas as luminárias. Para
apresentamos na Figura 2 uma ampliação
a partir de uma pastilha que emite luz azul
fazer a melhor escolha, temos necessariamente
da região da distribuição da cor branca
e o branco é obtido através da utilização de
que considerar também as coordenadas de
apresentada na Figura 1 e, por exemplo,
cobertura de fósforo resultando na emissão
cromaticidade (x,y) no caso do diagrama de
assumimos o valor da temperatura de cor de
Apoio
constatamos que o ponto B (acima da curva do corpo negro) apresenta tingimento verdeamarelo e o ponto A (abaixo da curva do corpo negro) apresenta um tingimento rosa, apesar de os dois pontos ainda serem considerados como branco. Portanto, se compararmos uma lumi nária feita com Leds do tipo A com a mesma luminária feita com Leds do tipo B, iremos notar que as duas são diferentes, pois teremos diferentes percepções da cor branca. A luminária feita com o Led tipo B, com temperatura de cor de 4000 K, pode parecer mais “fria” do que o normal justamente por causa do tingimento verde que ela apresenta. Como primeira conclusão, podemos dizer Figura 1 – Diagrama de cromaticidade CEI 1931 destacando a curva do corpo negro e os valores de temperatura de cor.
que quanto mais o ponto de cromaticidade estiver próximo à curva do corpo negro, mais branca será a cor, pois terá uma mínima
4000 K. Ao especificarmos somente o valor
mesma percepção da cor branca. Por exemplo,
influência de tingimento e, então, o fator
de 4000 K podemos obter vários pontos com
vamos considerar os pontos A e B. Os dois
determinante será o valor da temperatura de
diferentes coordenadas de cromaticidade,
pontos apresentam valores de coordenada “X”
cor.
todos com o mesmo valor de temperatura
muito próximos, mas valores de coordenada
Vejamos agora qual seria a melhor forma
de cor, porém, não necessariamente com a
“Y” bem diferentes. Ao analisarmos melhor,
de especificar uma luminária Led com relação
35
Apoio
Led – Evolução e inovação
36
juntamente com as temperaturas de cores normalmente utilizadas, seria adequado. Já no caso de um projeto ou especificação de um downlight, podemos determinar que 2 ou 3 SDCM seria suficiente para se obter uma boa consistência. Da mesma forma, tanto o especificador quanto o usuário final devem utilizar este parâmetro como base na especificação dos seus projetos, tendo em vista que alguns fabricantes de luminárias aqui no Brasil já especificam este parâmetro em seus produtos. Figura 2 – Pontos A e B com a mesma temperatura de cor, porém, afastados da curva do corpo negro.
Como exemplo, nas Figuras 3.1 e 3.2 apresentamos a folha de especificação de
à cor visando manter o melhor aspecto assim
temperatura de cor, equivalente a 7-degraus
cromaticidade de dois fabricantes de Leds, em
como garantir a consistência de cor entre as
das elipses de MacAdam (7 SDCM), onde se
que podemos observar que a cor é feita com
várias luminárias que irão compor o projeto.
observa alteração de cor. Hoje é possível obter
base no parâmetro SDCM, o que possibilita
Antes disso, é importante ressaltar que
Leds com 5, 3 e até 2 SDCM, tornando-os ideais
ao fabricante da luminária ter maior controle
os fabricantes de Leds, há algum tempo,
para qualquer tipo de aplicação, possibilitando
no seu produto e, consequentemente, estender
começaram a especificar produtos classificados
o fornecimento de luminárias com boa
este benefício ao cliente final.
como freedom from binning significando que
consistência de cor. Resumindo, quanto menor
agora não é mais necessária a escolha dos bins
for o valor em SDCM, menor será a percepção
da distribuição, quer seja do fabricante, quer
de variação de cor.
seja da norma ANSI C78-377. Cumpre também
Portanto,
uma
boa
sugestão
para
Como conclusão, vamos então responder as perguntas feitas no início do artigo: 1. A luz branca emitida pelo Led é mesmo
ressaltar que isto não é necessariamente válido
especificar Leds a serem utilizados no projeto
para todos os fabricantes de Leds, pois nem
da luminária, em que buscamos uma boa
Sim, a luz emitida pelo Led é branca e
todos têm a devida capacitação e preocupação
consistência de cores, seria o uso do parâmetro
classificada por valores de temperatura de cor
em disponibilizar produtos com o nível de
SDCM. De forma geral, dependendo da
conforme a norma ANSI C78-377.
qualidade de luz necessário para garantir um
aplicação da luminária e da temperatura de
2. O Led de temperatura de cor de 4000 K é mais
bom projeto.
cor especificada, podemos escolher valores
“frio” comparado com as lâmpadas?
Analisando as folhas de dados de
diferentes de SDCM. Por exemplo, se vamos
branca?
Na verdade não é, desde que o ponto de
alguns fabricantes de Leds, encontramos a
projetar
luminária
cromaticidade da cor, representado por x,y ou
especificação da distribuição da variação das
pública, podemos determinar que 5 SDCM
u’,v’, esteja o mais próximo possível da curva do
coordenadas de cromaticidade em valores
seria suficiente, pois este tipo de aplicação,
corpo negro. O parâmetro a ser identificado
ou
especificar
uma
de SCDM, sigla em Inglês para Standard Deviation Color Matching, que, na verdade, consiste em definir uma área sobre a curva
Fascículo
do diagrama CIE 1931, em forma de uma elipse, com um ponto de coordenadas central geralmente posicionado sobre, acima ou abaixo da curva do corpo negro. Os valores especificados de SDCM são proporcionais ao tamanho desta elipse de forma que, quanto maior for o valor, maior será a área da elipse. Este valor de SCDM tem relação com as elipses de MacAdam, em que 1-degrau da elipse de MacAdam define uma região na curva CIE 1931 no qual o olho humano não pode detectar diferença de cor. A norma ANSI C78-377 especifica regiões para cada
Figura 3.1 – Especificação de um Led com base no parâmetro SDCM para várias temperaturas de cores.
Apoio
do valor da temperatura de cor e da aplicação final. Quanto menor for o valor de SDCM, menor será a nossa percepção de diferenças de cores e, consequentemente, maior será a consistência de cor.
Referências 1. DS115 Luxeon CoB core range product datasheet 20150219 at www.lumileds.com 2. Cree XLamp CXA3070 LED – CLD-DS80 REV 4B at www.cree.com
Figura 3.2 – Especificação de um Led de outro fabricante, em que podemos notar Leds com 2, 3 e 4-degraus de MacAdam.
neste caso é o Δu’,v’, que representa a distância
enquanto se o ponto estiver distante e abaixo
do ponto de cromaticidade até a curva do
da curva, iremos notar um tom rosa. Este
corpo negro e, portanto, quanto menor melhor.
fenômeno é conhecido como “tingimento”.
3. Porque os Leds ora apresentam um certo
4. Qual o padrão a ser adotado para especificar
“tom” verde, ora rosa no feixe de luz?
uma luminária Led quanto à cor?
Justamente pelo fato da coordenada de
Tanto o Led quanto a luminária devem
cromaticidade estar longe da curva do corpo
ser especificados em valores de SCDM ou
negro. Caso o ponto esteja muito distante e
degraus das elipses de MacAdam. Como
acima da curva, iremos notar um tom verde,
vimos, o valor a ser especificado irá depender
*Vicente Scopacasa é engenheiro eletrônico com pós-graduação em administração de marketing. Tem sólida experiência em semicondutores, tendo trabalhado em empresas do setor por mais de 40 anos. Especificamente em Leds, atuou por mais de 30 anos em empresas líderes na fabricação de componentes, tanto no Brasil como no exterior. Atua hoje como consultor na área de iluminação de estado sólido e como professor em cursos de especialização e de pós-graduação. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
37
Apoio
Curto-circuito para a seletividade
38
Capítulo XI Fontes de curto-circuito Por Cláudio Mardegan*
As fontes mais relevantes de curto-circuito são:
transformador é considerada igual a zero. Ademais, o barramento infinito tem capacidade ideal de suprir qualquer potência requerida
(a) Concessionária
pela carga. A figura seguinte mostra a representação ideal de um
(b) Geradores
barramento infinito, para efeito de estudo de curto-circuito.
(c) Motores síncronos
É importante lembrar que, muitas vezes, o simples fato de se
(d) Motores assíncronos ou de indução
adotar impedância zero para a impedância do sistema nem sempre
(e) Capacitores
é suficiente. Não se deve esquecer das contribuições dos motores, pois, muitas vezes, o dimensionamento térmico de curta duração
A Figura 1 apresenta a forma de onda típica de como as
dos painéis fica dentro dos limites utilizando-se esta premissa de
concessionárias, os geradores, os motores síncronos, os motores
barramento infinito. Entretanto, pode não passar dinamicamente
assíncronos ou de indução contribuem para um curto-circuito.
se a contribuição dos motores for esquecida. Assim, nesta situação,
(a) Contribuição da concessionária
deve-se fazer o dimensionamento dinâmico do barramento e a partir dele obter a capacidade térmica de curta duração do painel ou barramento.
Quando os sistemas de geração estão interligados, como a maior
Também, em etapas de projeto, quando se vai conectar aos
parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Brasil, os mesmos
sistemas concessionários, é fundamental obter o curto-circuito
costumam possuir elevada constante de inércia (H) e este fato faz com
máximo futuro.
que os curtos-circuitos sejam alimentados como se fossem cargas, praticamente sem alteração do módulo da corrente de falta simétrica.
(b) Contribuição de geradores
Fascículo
Neste caso, a corrente de falta não amortece no tempo, visto que as variações das impedâncias dos geradores do sistema (decaimento
Os geradores instalados dentro das plantas industriais alimentam
AC das máquinas) com o tempo ficam irrelevantes devido ao fato da
o curto-circuito, mas não conseguem manter a corrente de falta no
impedância total até o ponto de falta (impedâncias dos transformadores
mesmo valor do instante inicial, decaindo com o tempo.
elevadores, das linhas de transmissão, subtransmissão, transformadores rebaixadores, etc), ser muito maior do que a variação das impedâncias dos geradores de X”d para X’d e de X’d para Xd.
Períodos da corrente de curto-circuito Embora o transitório eletromagnético durante o curto-circuito
Em etapas de projeto é prudente utilizar barramento infinito atrás
apresente variações analógicas dentro das máquinas, os estudiosos
de transformadores, considerando que não se sabe como irá crescer a
das máquinas síncronas dividiram didática e tecnicamente em três
impedância do sistema atrás do transformador. Assim, é importante
períodos, ou degraus, chamados de período subtransitório cuja
conceituar o que significa barramento infinito.
duração é de 9 a 12 ciclos, o período transitório de duração aproximada
Barra infinita é uma situação ideal, em que a tensão e a frequência
de 90 ciclos e o período permanente que sucede ao transitório.
no ponto de entrega são mantidas constantes independentemente
Esses períodos podem ser visualizados na forma de onda da
da potência da carga, ou seja, não há perdas no sistema. Em
corrente de curto-circuito nos terminais de um gerador mostrados
outras palavras, significa que a impedância do sistema atrás do
na Figura 3.
39
Apoio
Figura 1 – Fontes que contribuem para o curto-circuito.
Figura 2 – Barramento infinito.
Figura 3 – Períodos subtransitório, transitório e permanente da corrente de curto-circuito
Corrente de decremento dos geradores Quando ocorre um curto-circuito em um sistema alimentado por geradores locais, a corrente de curto-circuito apresenta um pico inicial e a seguir começa a decair rapidamente, uma vez que
Apoio
Curto-circuito para a seletividade
40
os mesmos não têm inércia suficiente para sustentar o valor inicial permanentemente, como uma concessionária. Na maioria dos casos, a corrente de curto-circuito permanente pode, inclusive, ser menor que a corrente nominal do gerador. Isto ocorre quando Xd é maior que 1pu e depende também do carregamento do gerador
Analogamente, pode-se escrever:
no instante da falta. O valor da corrente inicial de curto-circuito depende do carregamento do gerador e, assim, na prática, o valor da corrente de decremento do gerador vai estar dentro de uma família de curvas que varia entre a condição a vazio e a plena carga. Embora tenha se dividido a duração da corrente de curtocircuito em três períodos: substransitório, transitório e permanente internamente na máquina, o fluxo não varia em degrau (discretamente), mas sim de maneira analógica.
Para turbo-geradores:
k”= 1,08 k’=1,11
k=2,35.
Para máquinas de polos salientes:
k”= 1,12 k’=1,18
k=1,8.
Na Figura 4 apresenta-se uma curva típica de decremento de
As constantes de tempo são obtidas a partir das equações:
gerador, a vazio e a plena carga gerada pelo software PTW. Existem geradores que possuem um sistema que mantém a corrente acima da corrente nominal por um certo tempo, normalmente, 1.6In - 10s. O amortecimento da corrente de curto-circuito do gerador no tempo é conhecido como curva de decremento do gerador. O amortecimento da componente AC da corrente de curto-circuito é obtido através da equação abaixo, conforme indicado no IEEE Std 242:
Em que: τ”do = Constante de tempo subtransitória a vazio τ’do = Constante de tempo transitória a vazio τg = Constante de tempo da componente de corrente contínua
Em que: I”K= Corrente de curto-circuito subtransitória I’K= Corrente de curto-circuito transitória IK= Corrente de curto-circuito permanente
(da armadura)
τ”d = Constante de tempo subtransitória τ’d = Constante de tempo transitória Ra = Resistência da armadura
τ”d = Constante de tempo subtransitória τ’d = Constante de tempo transitória As correntes são calculadas como segue:
Em que:
Fascículo
E” Y= F.E.M atrás da reatância subtransitória saturada de eixo direto E’ Y= F.E.M atrás da reatância transitória saturada de eixo direto EY= F.E.M atrás da reatância síncrona saturada X”d = Reatância subtransitória saturada de eixo direto X’d = Reatância transitória saturada de eixo direto Xd = Reatância síncrona saturada ZN = Impedância externa ao gerador (até o ponto de falta) UY = Tensão nos terminais da máquina I = Corrente de carga do gerador O diagrama fasorial para a obtenção das f.e.m. de máquinas de polos lisos é apresentado na Figura 5. A partir do diagrama fasorial apresentado pode-se escrever as seguintes equações para os valores eficazes das f.e.m.:
Figura 4.1 – Curva de decremento de gerador a vazio e a plena carga.
Apoio
iniciando-se com o valor de X”d, passando por X’d até atingir Xd. As reatâncias de sequência negativa (X2) e sequência zero (Xo) não variam com o tempo. O valor de X2 = (X”d+X”q)/2 ≈X”d, o valor típico de Xo se situa entre 0.17 e 0.75 de X”d. Veja Figura 5.
Figura 4.2 – Diagrama fasorial da tensão subtransitória de eixo direto para máquinas de polos lisos.
Apresentam-se, a seguir, alguns valores típicos dos parâmetros
das máquinas: τ”do ~ 50 ms e é menor que τ’d, visto que X’d > X”d τ’do ~ (5 a 12) s – Os valores menores ocorrem em máquinas de
Figura 5 – Variação da impedância da máquina no tempo, durante o curto-circuito.
polos salientes. Os valores maiores ocorrem em turbo-geradores.
Curtos-circuitos locais e remotos
τ”d ~ 3 a 4 semi-ciclos (para curtos nos terminais do gerador). X’d ~ 1.5 X”d
O livro IEEE Violet Book [108], no seu capítulo 4 “Calculating short-circuit currents for systems without ac decay” cita que um
A componente DC é calculada a partir da equação seguinte:
gerador (ou geração ou fonte) é considerado eletricamente remoto se: XG-PF ≥ 1.5 x X"d . Onde XG-PF = Impedância do gerador até o ponto de falta Ou, alternativamente, se houver mais de um transformador
A corrente de curto-circuito assimétrica eficaz total é calculada como segue:
entre o gerador e ponto de falta. A norma ANSI C37.010, não faz distinção se falta é local ou remota. Fontes remotas não terão decaimento AC, também conhecido em inglês como NACD (No AC Decay – Sem decaimento AC – SDAC). O decaimento AC implica na não aplicação dos fatores de multiplicação nas reatâncias das máquinas. Assim, quando se
Para curto-circuito nos terminais do gerador o valor de τ’d se reduz a 1s para turbo-geradores e a 2s para máquinas de polos salientes. Vale a pena lembrar que a utilização de fusíveis para proteger o
simula como NACD, não poderá haver a contribuição de qualquer máquina das circunvizinhanças.
c) Motores síncronos
gerador contra curto-circuito fica impraticável, pois o mesmo deve permitir circular corrente nominal e dificilmente irá “enxergar” a corrente de decremento do gerador.
O comportamento dos motores síncronos é similar ao dos geradores, entretanto, o amortecimento ocorre mais rápido visto que os motores não possuem uma máquina primária.
Variação da frequência Quando as fontes de curto-circuito estão conectadas a sistemas
d) Motores assíncronos ou de indução
de elevada constante de inércia, no caso de curto-circuito, a frequência praticamente não deve variar. Assim, em sistemas de
O comportamento do motor de indução depende do tipo de
geração constituídos apenas por pequenos geradores, em caso de
falta, do tipo de aterramento do neutro do motor e se o mesmo
curto-circuito, a frequência irá variar (a tendência é aumentar a
possui ou não inversores de frequência.
frequência, pois os geradores, sob curto-circuito abruptamente deixam de fornecer potência ativa e pelo princípio de conservação de energia não tem para quem entregar e transformam esta energia em energia cinética).
Comportamento do motor de indução sob curto-circuito trifásico O motor de indução em regime, ao ser alimentado pela tensão da rede, puxa uma corrente da rede e passa a gerar uma força contra eletromotriz (f.c.e.m). Ao ocorrer uma falta trifásica externa ao
Variação das reatâncias das máquinas síncronas As impedâncias de sequência positiva variam no tempo
mesmo, a tensão no ponto de falta fica menor que a f.c.e.m.. Nesse instante, o motor passa a entregar corrente de rotor bloqueado
41
Apoio
Curto-circuito para a seletividade
42
(independentemente do carregamento que o motor se encontrava),
Nesta condição, o motor se comporta como uma segunda fonte
ao invés de puxar corrente da rede. Esta corrente normalmente
para a falta, entretanto, seu comportamento é similar a quando o
apresenta duração de até 3 ciclos, visto que o campo do motor não
mesmo está sem uma fase, visto que, na fase “a”, a tensão é nula e
possui alimentação. A tensão não cai instantaneamente devido ao
possui tensão nas outras duas fases. Com esta condição, gera apenas
fato de que não se consegue variar o fluxo instantaneamente. Isto
correntes de sequência positiva e negativa, nas fases “b” e “c”, que se
posto, a contribuição do motor de indução para faltas trifásicas
somam e vão para o ponto de falta pela fase “a”.
afeta as proteções instantâneas, os valores de pico da corrente de curto-circuito e, consequentemente, os valores de suportabilidade
O circuito de sequência típico desta situação para o unifilar abaixo é apresentado na Figura 7.
dinâmica dos equipamentos. Afeta também a capacidade de interrupção de disjuntores. Na simulação do curto-circuito trifásico subtransitório assimétricos, os motores de indução devem estar em serviço. Na simulação dos curtos-circuitos trifásicos transitórios simétricos os motores de indução devem estar fora de operação. Comportamento do motor de indução sob curto-circuito fase-terra Como citado na norma IEC 60909, item 3.8, primeiro parágrafo, sob faltas desbalanceadas, os motores de indução também contribuem com corrente para o curto-circuito, podendo esta corrente atingir até o valor permanente de curto-circuito, ou seja, como ficam com uma alimentação de tensão permanecem contribuindo. Existem duas situações a serem analisadas: o neutro do motor é não aterrado ou o neutro do motor é aterrado. Neutro do motor não aterrado Muitos profissionais, por pensarem que o neutro da estrela dos motores de indução normalmente é não aterrado, imaginam erroneamente que os mesmos não contribuem para a corrente de falta à terra, porém, é importante lembrar que ele contribui (com as correntes de sequência positiva e negativa). Para esta avaliação considere a Figura 6, seguinte.
Figura 7 – Circuitos de sequência para o unifilar desta figura
Neutro do motor aterrado Quando o neutro do motor está aterrado, ele contribui para a falta fase-terra com correntes de sequência positiva, negativa e zero.
Fascículo
A Figura 8 ilustra o exposto.
Figura 6 – Esquema trifilar mostrando a corrente de curto-circuito fase-terra, com contribuição de sequência zero da fonte e a de sequência positiva e negativa do motor de indução
A fonte irá contribuir com corrente de curto-circuito fase-terra, gerando as correntes de sequência zero nas três fases. Irá entregar Io na fase “a”. As contribuições de sequência zero das fases “b” e “c” irão
Figura 8 – Esquema trifilar mostrando a corrente de curto-circuito fase-terra, com contribuição de sequência zero do motor de indução.
para o ponto de falta através do motor, haja visto que o neutro do mesmo é não aterrado, chegando no ponto de falta 3Io, que retorna ao neutro da fonte.
A Figura 9 apresenta os diagramas de sequência correspondentes à Figura 8.
Apoio
43
Faltas à terra, devido ao fato de que a ruptura da isolação quase sempre ocorre no valor de pico da tensão, a corrente está passando por zero e a assimetria praticamente deixa de existir, razão pela qual, na prática, simula-se quase sempre, apenas as correntes de falta simétricas.
e) Contribuição de banco de capacitores Como mencionado anteriormente, os bancos de capacitores,
Figura 9 – Circuitos de sequência para o unifilar da Figura 8.
Tanto
na
simulação
dos
curtos-circuitos
fase-terra
subtransitórios assimétricos como nos transitórios simétricos, os motores de indução devem estar em operação.
no instante do curto-circuito ficam com uma tensão maior que no ponto de falta e a rigor contribuem para o curto-circuito e com uma corrente de alta frequência, dada pela equação seguinte:
Motores aplicados a conversores de frequência/inversores de frequência/ retificadores O “Red Book”, IEEE Std 141, no item 4.2.5, informa que os motores de indução aplicados a inversores de frequência e motores DC aplicados a retificadores, em algumas circunstâncias específicas, podem contribuir para a corrente de curto-circuito. Na verdade, é no projeto do sistema que é definido se o motor pode ou não reverter potência. Quando é possível, é o modo de operação do sistema de potência que determina o valor da contribuição e a respectiva
Em que: IPK = É a corrente de contribuição de pico do banco de capacitores [A] VFF = Tensão entre fases do banco de capacitores [V] R = Resistência entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [Ω] L = Indutância entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [H] C = Capacitância do banco de capacitores em [F]
duração. O fabricante deve ser consultado sobre estes aspectos. A norma IEC 60909-0-2001, no item 3.9, prescreve que os “drives” (conversores estáticos) reversíveis, contribuem para o curtocircuito somente se as massas dos motores e o equipamento estático proporciona a reversão na transferência de potência na desaceleração (frenagem regenerativa). Assim, eles contribuem somente para o
O valor de pico máximo da corrente de contribuição do banco de capacitores é dada pela equação seguinte:
valor inicial da corrente de curto-circuito I”k e para o valor de pico da corrente de curto-circuito Ip. Eles não contribuem para a corrente de interrupção simétrica Ib e para a corrente de regime permanente Ik. Sem reversão de potência (os mais comumente encontrados na indústria) Eles somente contribuem para o curto-circuito se estiverem sendo alimentados pela chave de by-pass (caso possuam), o que
A corrente de descarga percorre um circuito RLC série, cuja constante de tempo, que representa o tempo necessário para que o valor da corrente decaia até 36.7% de seu valor, é calculada como segue:
é condição quase sempre, pouco provável. Assim, é um bom procedimento assumir que os motores não contribuem para o curto-circuito. Com reversão de potência (frenagem regenerativa) O valor da impedância será:
(f) Contribuição de filtros de harmônicos A maneira como os filtros de harmônicos contribuem para as faltas obedece praticamente a mesma equação da contribuição
Apoio
Curto-circuito para a seletividade
44
dos bancos de capacitores. Entretanto, como o valor do X/R no
Em que:
circuito do filtro é elevado devido à indutância do filtro, o mesmo
h = ordem harmônica de sintonia do filtro
contribui para a falta com um amortecimento mais lento do que no caso de se ter apenas bancos de capacitores. A contribuição irá
Para o cálculo das correntes de interrupção o fator de
passar pelo período do meio ciclo e irá afetar também as correntes
multiplicação (FM) da corrente dos filtros deve ser calculado como
de interrupção.
segue:
Em que: IPK = É a corrente de contribuição de pico do banco de capacitores [A] VFF = Tensão entre fases do banco de capacitores [V] R = Resistência entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [Ω] L = Indutância entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [H] C = Capacitância do banco de capacitores em [F]
Considerando-se tcy = ½ ciclo e um disjuntor com tempo de interrupção igual a 3 ciclos (tinterrupção_DJ_CY = 3), a equação se transforma em:
O fator de multiplicação (FM) versus o X/R plotado será visualizado como mostrado na Figura 11. O valor do X/R do ramo do filtro, normalmente varia entre 20 e 400.
Figura 10 – Contribuição do capacitor para curto-circuito do exemplo.
A corrente de descarga percorre um circuito RLC série, cuja constante de tempo, que representa o tempo necessário para que
Fascículo
o valor da corrente decaia até 36.7% de seu valor, é calculada como segue:
As equações apresentadas anteriormente refletem o valor instantâneo (pico). O valor da impedância no primeiro ciclo, a calculada tomando como base a potência efetiva do filtro, fica:
Figura 11 – Fator de Multiplicação da impedância de um filtro para disjuntor de 3 ciclos em função do X/R.
*Cláudio Sérgio Mardegan é diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. É engenheiro eletricista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia, com experiência de mais de 35 anos nesta área. É autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas Elétricos Industriais”, patrocinado pela Schneider, e coautor do “Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras”. É membro sênior do IEEE e participa também dos Working Groups do IEEE que elaboram os “Color Books”. É Chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Fault Protection e também participa de Forensics. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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45
46
Reportagem
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Por Bruno Moreira
PPP de iluminação pública aparece como solução para os municípios Após RN nº 414 da Aneel, as prefeituras tornaram-se responsáveis pela gestão de seus ativos de IP. Diante deste desafio, muitas administrações optaram pela PPP, alternativa que terceiriza a responsabilidade à empresa privada
E
investimentos e a busca por financiamento
Prefeitura. A licitação havia sido suspensa
o prazo estabelecido pela Agência Nacional
às empresas.
inicialmente em maio deste ano, pelo
de Energia Elétrica (Aneel), por meio do
Não à toa, diversas prefeituras iniciaram
TCM, e posteriormente liberada pela
artigo 218 da Resolução Normativa nº 414,
o processo de licitação para estabelecer
Justiça no dia 2 de novembro, fazendo
para que as distribuidoras de energia elétrica
uma PPP de iluminação pública em seus
com que a prefeitura marcasse a abertura
transferissem os ativos de iluminação
municípios. Entre os quais, a cidade de
dos envelopes com as propostas no dia
pública (IP) às prefeituras municipais. Desde
São Paulo, que lançou em abril de 2015
18 de novembro. Contudo, no dia 14 de
então, e até antes do tempo limite – já que
o edital de licitação da PPP, visando a
novembro, o Tribunal de Justiça (TJ) de
a resolução foi publicada em setembro de
modernização,
São Paulo voltou a suspender o processo
2010 – muitas prefeituras entraram com
operação e manutenção da infraestrutura
liminares na justiça para que os ativos
da rede de iluminação pública do município.
não
continuando
O prazo estipulado pela parceria é de 20
sob responsabilidade das distribuidoras.
anos, com previsão de que sejam investidos
A maioria, contudo, cumpriu à risca a
aproximadamente R$ 7,2 bilhões, recursos
norma e se viu, de maneira até repentina,
pagos com a economia gerada pela nova
diante do desafio de gerir o parque de
tecnologia. O vencedor da concorrência
do Ordenamento, Urbanismo e Ambiente,
iluminação pública dos municípios sob sua
terá de trocar as lâmpadas a vapor de sódio
sócio do escritório de advocacia Manesco,
administração, o que significa realizar a
ou mercúrio por lâmpadas de tecnologia
Ramires, Perez, Azevedo Marques, Wladimir
modernização, a manutenção e a expansão
Led nos primeiros cinco anos de contrato.
Antonio Ribeiro, afirma que, a despeito da
do sistema.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a
Resolução Normativa nº 414, o serviço de
Neste cenário, ganhou força a Parceria
parceria possibilitaria a redução em 50% do
IP já era, segundo a Constituição Federal,
Público Privada (PPP), tipo de contrato de
custeio de energia elétrica, que deveria cair
de responsabilidade do município. Ou seja,
prestação de obras ou serviços não inferior
de R$ 15 milhões para R$ 7,5 milhões.
em parte do país, o serviço já era prestado
a R$ 20 milhões, com duração mínima
No momento, porém, a PPP está
pelo próprio município, através de seus
de cinco e máxima de 35 anos, realizado
suspensa até que o Tribunal de Contas do
servidores ou por contratos regidos pela Lei
entre empresa privada e o governo federal,
Município de São Paulo (TCM) delibere
8666/93, que institui normas para licitações
estadual ou municipal. Para as prefeituras, a
sobre a disputa travada entre os dois
e contratos da Administração Pública. Em
PPP mostra-se bastante atrativa, já de saída,
consórcios concorrentes, o FM Rodrigues/
muitos outros municípios, porém, com ou
porque terceiriza a responsabilidade para a
CLD e Walks, formados pelas empresas
sem contrato, o serviço era prestado pelas
iniciativa privada, que, teoricamente, conta
Alumini e WTorre. O TCM questiona as
distribuidoras de energia elétrica.
com mais experiência para desenvolver
garantias financeiras apresentadas pelo
tal
consórcio Walks que já foram aceitas pela
realizado o serviço, o município era quem
m 31 de dezembro de 2014 terminou
fossem
atividade,
transferidos,
passando
também
os
otimização,
expansão,
licitatório.
Serviço de iluminação pública no Brasil O advogado especialista em Direito
Independentemente da forma como era
47
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
custeava. “No caso das distribuidoras, era
iluminação pública e a possibilidade de
gerenciamento do parque de iluminação
apresentado ao município fatura com o
dita contribuição ser cobrada na fatura
pública. Junto às condições, despontaram
gasto com energia e, ainda, com os serviços
de consumo de energia elétrica. “Assim,
os desafios, como o de escolher o
de manutenção e instalação/troca de
a questão da receita vinculada ao serviço
modelo de gestão de serviço, que pode
lâmpadas e de luminárias”, conta Ribeiro.
ficou equacionada”, diz.
ser feito de três maneiras. A primeira é
Conforme o advogado, os municípios,
Concomitantemente, relata o especia
prestação mediante contrato de PPP (já
incomodados com esta situação, e a fim
lista, a Aneel, que regula a atividade das
mencionada). A segunda é a prestação
de viabilizar o pagamento, instituíram, na
distribuidoras, mostrou-se indisposta com
direta (pelo próprio município), em que a
década de 1990, taxas específicas para
estas
federais,
prefeitura realiza um concurso público para
custear os serviços de iluminação pública,
prestando serviços de esfera municipal
contratar os funcionários que realizarão
que eram cobradas no carnê do Imposto
(gestão do parque de IP). Conforme Ribeiro,
os serviços e abre licitação para compra
Predial Territorial Urbano (IPTU) ou na
foi detectado ali também um conflito de
dos equipamentos. Por fim, a prestação
fatura de energia elétrica.
interesses, já que a saúde financeira das
direta com forte terceirização, mediante
empresas,
concessões
considerada
distribuidoras vem do consumo de energia
contratos de prestação de serviços regidos
inconstitucional. Ribeiro explica que taxa
elétrica. Dessa forma, não seria proveitosa
pela Lei 8.666/93. Esta última é uma mera
é uma exigência financeira pessoal e
para elas investir na modernização do
prestação de serviço, com a prefeitura
individual, o que não era o caso do tributo
parque de iluminação pública, apostando
pagando mensalmente o contratado.
de iluminação pública, já que a luz do poste
em tecnologias cujo objetivo principal é
Segundo Ribeiro, cada um destes
pode ser usufruída por qualquer pessoa.
reduzir o consumo. Ante este impasse,
modelos
Descontentes, os municípios se mobilizaram
surgiu a Resolução Normativa nº 414.
municípios, isoladamente, ou através de
e conseguiram que, em 2002, fosse editada
consórcios públicos intermunicipais.
a Emenda Constitucional nº 39, que inseriu
ativos e a instituição da contribuição, foram
O
o art. 149-A na Constituição Federal,
criadas as condições para que os municípios
Ordenamento, Urbanismo e Ambiente
prevendo a contribuição pelo serviço de
assumissem de vez a responsabilidade pelo
acredita que o modelo de PPP seja o melhor
A
taxa,
contudo,
foi
Com a obrigação da devolução dos
pode
ser
especialista
executado
em
Direito
pelos
do
48
Reportagem
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
para os municípios, pois, em sua opinião,
utilizado para realizar a modelagem da
para desenvolver uma PPP. Isto leva tempo,
é o único que permite a amortização
PPP”, diz.
demanda recurso, precisa ser sustentado
de
O Led também propiciaria às empresas
por várias gestões”, afirma. Além disso,
modernização do parque de iluminação
coletar e analisar dados relativos ao
contratos que vislumbram a coleta de dados
pública. Ribeiro explica que o segmento
próprio funcionamento do parque de
relativos à segurança pública, controle de
de iluminação está sendo atravessado por
iluminação. Dessa forma, conforme o
tráfegos, etc., apresentam um grau maior
um período de transformação tecnológica,
gerente da Promon, se a PPP de iluminação
de complexidade, necessitando um acordo
capitaneado pelo Led, que é muito mais
pública for bem desenhada, será pos
entre várias esferas administrativas do
eficiente se comparado a outros tipos de
sível estabelecer no contrato indicadores
município.
lâmpadas. Levando em consideração que
de qualidade de serviços atrelados à
os equipamentos de iluminação pública
remuneração, com diferentes incentivos
da Universidade Federal Fluminense (UFF),
das cidades brasileiras são obsoletos e
à melhoria da qualidade de serviço. Ou
Marco Aurélio Cabral Pinto, traz o debate
necessitam de uma troca completa, o
seja, diferentemente do que ocorre no
em relação às PPPs para o âmbito da
Led geraria uma economia de energia
modelo de contrato estipulado pela Lei
Contribuição de Custeio de Iluminação
considerável, que “pode ser suficiente para
8.666/93, no qual a empresa contratada
Pública, pois é ela que irá, de uma forma ou
custear os investimentos necessários para a
recebe apenas pelo serviço prestado, a
de outra, bancar os investimentos na gestão,
troca do parque de IP, tornando o serviço
concessionária vencedora da licitação seria
manutenção e modernização do parque
de melhor qualidade e bem mais barato”.
remunerada também pela melhoria dos
de iluminação pública dos municípios.
Para Eduardo Werneck, engenheiro
índices de qualidade.
O docente realizou um estudo no qual
e
Promon
Segundo Werneck, não obstante as
mapeou os municípios que possuem a
engenharia
vantagens, o modelo de PPP levanta
contribuição. De acordo com o documento,
que fornece soluções de infraestrutura,
algumas questões, como o fato de que
dos 5.565 municípios analisados, somente
o modelo de PPP também é o mais
somente municípios maiores podem ter
2,8 mil cobram o tributo e um pouco mais
interessante, já que permite a realização de
acesso a ela. “A PPP, por definição, tem que
de 1.250 mostram viabilidade econômico-
contratos mais longos (20 a 30 anos) e abre
ser de determinado porte”, diz o gerente
financeira para atrair empresas interessadas
a possibilidade para que não se dependa
de negócios da Promon, destacando a
em participar de uma PPP. Ou seja, mesmo
exclusivamente dos recursos públicos dos
não possibilidade de fazer uma micro
entre as cidades que têm a contribuição há
municípios. “Há possibilidade de modelar
PPP, com valores de contratos inferiores
tempos, é necessário que os recursos obtidos
a PPP de forma que haja contrapartida
a R$ 20 milhões. Nesse sentido, acabam
por meio dela sejam suficientes para pagar
à empresa privada, de modo que esse
ficando excluídos deste modelo municípios
as contas de manutenção e ainda sobrar. “O
prestador obtenha receitas acessórias”,
pequenos, com população inferior a dez
investimento privado só irá se interessar se
destaca Werneck.
mil habitantes. De acordo com Werneck,
houver retorno”, afirma Pinto.
Algumas características do parque de
a melhor solução para estes municípios
iluminação pública e das novas tecnologias
seria negociar junto às distribuidoras de
conforme o professor da UFF, é a forma
que podem nele ser implantadas propiciam
energia elétrica ou prestadores de serviços
como se percebe a segurança do fluxo de
que o negócio fique bem mais atrativo para
regionais a contratação direta de serviços
caixa da empresa. No modelo de PPP, o
as empresas privadas. Para Werneck, a
de operação e manutenção de iluminação.
fluxo de caixa depende do município, pois
iluminação pública se distribui pela cidade
Dos
população
é através da contribuição que o município
inteira e o Led, além de mais econômico que
superior a dez mil habitantes, outros tantos
irá pagar à empresa responsável por gerir
as outras lâmpadas, apresenta tecnologia
necessitam fortalecer suas finanças públicas
o parque de iluminação pública. Dessa
que permite a coleta de informações do
ou se organizar em grupos regionais para
forma, a prefeitura controla os recursos da
ambiente, tais como dados referentes à
viabilizar contratos, e poucos já apresentam
maneira que acha melhor, podendo reter
segurança pública, ao tráfego de veículos,
grandes
maturidade
os ganhos. “Sugerimos que se estenda o
ao monitoramento do consumo de energia,
para a implantação de PPPs. Entretanto,
modelo de concessão para o investimento
e às condições da rede elétrica. Essas duas
todos necessitam de um certo arranjo
de iluminação pública. E este modelo
particularidades abrem espaço para que as
institucional para que a PPP consiga ser
não seria o de PPP, mas o de concessão
empresas utilizem os ativos para diversos
gerida de modo eficiente. “Os municípios
regular”, explica.
fins. “Trata-se de um ativo de informações
precisam ter uma legislação própria para
Na
valioso, que pode ser monetizado e
isso, estar amadurecidos, com governança
custeio de iluminação pública é arrecadada
investimentos
gerente
Engenharia,
de
para
Negócios
empresa
de
a
imediata
da
municípios
com
oportunidades
e
O professor da Escola de Engenharia
O ponto mais relevante deste assunto,
atualidade,
a
contribuição
de
49
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
pela concessionária de distribuição em
assinado contrato com o vencedor no dia
consumo de energia de Belo Horizonte no
nome do Poder Público por meio da conta
13 de julho deste ano. O consórcio IP Belo
final dos cincos primeiros anos de contrato.
de energia elétrica. Posteriormente, os
Horizonte foi o responsável pela melhor
A consulta pública do processo de
recursos são repassados para a prefeitura
proposta, tendo requerido R$ 4.158.076,00
licitação ocorreu entre outubro e novembro
municipal. No novo modelo, que seria
como valor da contraprestação mensal,
de 2015 e o edital foi publicado em janeiro
de concessão normal e não de PPP, a
ante o valor máximo previsto no edital de
de 2016. Para estruturar o modelo de
distribuidora celebraria acordo diretamente
R$ 6.151.000,00.
licitação foi realizado um Procedimento
com as empresas privadas contratadas
O contrato terá a duração de 20 anos,
de Manifestação de Interesse (PMI), que
para gerir os ativos de iluminação. “Desse
com valor estimado de R$ 1,4 bilhão. O
aproveitou os estudos de viabilidade
jeito, a contribuição não passaria pela
consórcio ganhador será responsável pela
da Estruturadora Brasileira de Projetos
prefeitura, indo direto da distribuidora para
prestação dos serviços de iluminação
S/A (EBP). Para isso, a empresa recebeu
a concessionária responsável pela gestão
pública,
aproximadamente R$ 5 milhões.
da IP”, argumenta.
modernização, ampliação, eficientização
energética, operação e manutenção da
formado pela Construtora Barbosa Mello
Rede Municipal de Iluminação Pública.
S.A., Construtora Remo Ltda., Planova
Pelo edital, o IP Belo Horizonte terá que
Planejamento Construções S/A e Selt
executar a troca de todas as luminárias
Engenharia Ltda., participaram da licitação:
pertencentes ao parque de iluminação
o
Entre os municípios brasileiros que
pública do município no prazo de cinco
Conasa/Urbeluz-BH, constituído pela FM
objetivam gerir os ativos de iluminação
anos, contados a partir do momento que
Rodrigues Ltda., Brasiluz Eletrificação e
pública via PPP, a cidade de Belo Horizonte,
a prefeitura aprovar um plano de transição
Eletrônica Ltda., Companhia Nacional de
no Estado de Minas Gerais, é um dos que
que será proposto pelo consórcio. O edital
Saneamento (Conasa) e Urbeluz Energética
já finalizaram o processo de licitação, tendo
prevê também uma redução de 45% do
S/A.
Revitalização do parque de iluminação pública de Belo Horizonte
incluídos
o
desenvolvimento,
Além do Consórcio IP Belo Horizonte,
Consórcio
FM
Rodrigues/Brasiluz/
50
Aula prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Medições para diagnóstico em transformadores de potência Por Cornelius Plath e Martin Anglhuber*
V
resfriamento e buchas.
maioria das falhas relatadas ocorreu em
determinar a condição dos transformadores
enrolamentos, comutadores de derivação e
de potência. A análise de gás dissolvido
diagnóstico são necessárias para identificar
buchas.
(DGA) é um exemplo para testes de
uma condição ou localização específica
rotina. Outros valores elétricos, como
com falha. Recomenda-se, sempre que
dor e o modo de falha foram incluídos
enrolamento e resistência de isolamento,
possível, utilizar diferentes métodos de
no estudo. Os resultados do teste estão
corrente sem carga ou capacitância e
teste para confirmar condições de falha
resumidos na Figura 2. As falhas do
fator de dissipação/fator de potência na
indicadas pela medição inicial. Assim, é
modo dielétrico foram relatadas com
frequência de linha, também são medidos
possível poupar bastante tempo e dinheiro
mais frequência em transformadores de
periodicamente no local. Sistemas de
antes de empregar medidas caras de
subestação, seguidos por modos de falha
monitoramento em linha foram introduzidos
manutenção.
mecânica e elétrica.
ários testes podem ser feitos para
Em vários casos, várias medições de
O componente afetado do transforma
O estudo, conduzido entre 1996
para coletar dados atuais sobre tensão,
e
ajudar a reconhecer mudanças rápidas na
Estudo de confiabilidade do transformador
condição do transformador assim que elas
Em 2015, os resultados de um estudo
para monitorar no intuito de prevenir
ocorrerem. Nem todo teste pode ser feito
internacional sobre falhas no transformador
falhas. Portanto, vários métodos de
em linha, mas sistemas de monitoramento
de potência em subestações feito pelo
diagnóstico foram abordados com foco
em linha já estão disponíveis para óleo,
Cigré
nos modos de falha e nos componentes
comutadores de derivação, sistemas de
divulgados. A Figura 1 mostra que a
corrente
e
temperatura.
Eles
podem
Working
Group
A2.37
2010,
indica
quais
componentes
do transformador são os mais críticos
foram
já mencionados.
51
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Figura 1 – Localização da falha, transformadores de subestação de 100 kV e superiores.
Diagnóstico de diferentes modos de falha
Figura 2 – Análise do modo de falha baseada em 799 falhas graves em transformadores de subestação.
potência para transmissão de energia elétrica é o de papel e cartão comprimido imerso em óleo. A propriedade dielétrica
DGA é a medição mais amplamente
deste isolamento depende da temperatura,
aceita e utilizada rotineiramente em transfor
da condutividade do óleo, da geometria
madores. Determinar as concen trações de
e do teor de água no papel e no cartão
gás e a taxa de variação no óleo provou ser
comprimido. No passado, o fator de
significativo para indicar a presença de uma
dissipação ou fator de potência era
falha. A falha deve ser localizada o quanto
medido somente na frequência da linha
antes, especialmente, se for detectado um
(50 Hz ou 60 Hz). Contudo, investigações
aumento nas proporções de hidrogênio
mostram que os fatores de influência se
(H2) e de gases hidrocarbonetos. A fim
tornam mais predominantes em outras
de localizar o problema, são necessários
frequências, dessa forma, medições com
métodos de diagnóstico adicionais como os
uma faixa de frequência mais ampla
métodos dielétrico, elétrico e mecânico.
podem ser empregadas para aumentar a sensibilidade do método. Uma faixa de
Modos de falha dielétrica
frequência comum usada em aplicações
Os modos de falha dielétrica descrevem
de campo é de 15 Hz a 400 Hz. Devido ao
condições nas quais o isolamento do
aumento da faixa de frequência, é possível
transformador
analisar a dependência da frequência de
está
comprometido
utilizando descarga parcial, rastreamento
propriedades dielétricas.
ou contornamento. Contudo, antes destas
Embora
falhas ocorrerem, sinais de degradação e
isolamento
envelhecimento podem ser geralmente
abordagem similar pode ser utilizada para
detectados através da medição do fator de
buchas de transformadores. A medida da
dissipação/potência.
capacitância e do fator de dissipação/fator
diferentes sejam
sistemas
empregados,
de uma
de potência na frequência de linha tem sido
Medições na frequência de linha
um procedimento muito comum por muitas
Atualmente, o sistema de isolamento
décadas. Considerando que uma mudança
mais utilizado em transformadores de
na capacitância indica um colapso entre
Tabela 1 – Limites e fator de dissipação comum (tan(δ)) e valores de fator de potência (PF) na IEC 60137 e IEEE C57.19.01 em 1.05 Um3 e 20 °C/70 °F
frequência de linha de acordo com a
52
Aula prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
as camadas capacitivas de isoladores de travessia condensadores, um aumento da dissipação/fator de potência pode também indicar problemas como umidade, envelhecimento, partes carbonizadas ou maus contatos.
Ambos os padrões – IEEE e IEC – de
buchas requerem a medição de fator de
dissipação/fator
de
potência
na
temperatura ambiente como um teste de rotina em novas buchas. A Tabela 1 mostra os limites recomendados na frequência de linha de acordo com a IEC 60137 e a IEEE C57.19.01 para diferentes tipos de buchas
Figura 3 – Frequência variável tan(δ) de um bucha seca e uma úmida com 33 kV OIP a 30 °C (úmido; seco).
novas. Em um transformador de potência,
Tabela 2 – Valores indicativos de limites de tan(δ) para buchas a 20 °C (novo, usada).
geralmente, mais de uma bucha do mesmo tipo e idade é instalado, o que permite uma comparação de propriedades dielétricas entre unidades idênticas, além de uma comparação de limites absolutos. Assim, se três buchas idênticas exibirem propriedades
dielétricas
idênticas,
é
improvável a existência do problema
Além da capacidade de aplicar diferentes
obter um diagnóstico mais detalhado.
em qualquer deles. Além disso, sempre
frequências para diagnóstico, as medições
Essas medições (comumente chamadas de
que medidas dielétricas forem feitas em
em frequências diferentes da frequência de
DFR, Resposta em Frequência Dielétrica)
buchas, a dependência da temperatura
linha e seus harmônicos também limitam o
são realizadas em uma faixa de frequência
deve
Investigações
efeito da interferência eletromagnética em
de µHz para região mais baixa de kHz e
técnicas
subestações de alta tensão.
também permitem a separação de vários
compensação complexas não são capazes
Se os problemas forem indicados pelas
fatores de influência (Figura 4). Esse método
de
em
medições de fator de dissipação/fator de
também é capaz de determinar o conteúdo
todos os casos. Portanto, recomenda-se
potência em uma variação de frequência
absoluto de água no isolamento do papel/
comparar valores dielétricos de buchas
limitada, medições de diagnóstico de
cartão comprimido e a condutividade do
com medições feitas em temperatura igual
banda larga podem ser empregadas para
óleo [6].
ser
mostram
considerada. que
compensar
mesmo a
confiabilidade
de
ou similar.
Medidas de frequência variável A medição do fator de dissipação/ fator de potência em buchas abaixo da frequência de linha aumenta a sensibilidade em relação à umidade e ao envelhecimento. A Figura 3 mostra o fator de dissipação para uma bucha seca e uma úmida entre 20 Hz e 400 Hz. Embora a diferença seja também visível na frequência de linha e maior, é mais significativa em frequências mais baixas. A Figura 1 mostra limites indicativos
em
diferentes
frequências
recomendadas no guia de manutenção de transformador de potência da Cigré para diferentes frequências.
Figura 4 – Propriedades dielétricas de um transformador de potência com isolamento de papel impregnado com óleo, alta tensão para a baixa (CHL) do isolamento do enrolamento.
53
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Modos de falha elétrica
A fim de confirmar ou eliminar um
Medições da resistência do
problema suspeito, uma medição adicional
enrolamento
Os modos de falha elétrica descrevem
das correntes sem carga é útil para
condições como circuito aberto, curto-
diagnosticar condições de curto-circuito.
validar e avaliar a continuidade do caminho
circuito, assim como más junções ou maus
As correntes sem carga em tensões mais
de transporte de corrente e, assim, identificar
contatos. Em transformadores de potência,
baixas em uma faixa de algumas centenas de
condições de circuito aberto assim como más
circuitos abertos e curtos-circuitos podem
volts são medidas simultaneamente dentro
junções e maus contatos. Cabos de conexão
ocorrer nas espiras do enrolamento e nas
da medição da relação. Contudo, a fim de
soltos, fios de enrolamento quebrados ou
junções entre enrolamentos, terminais de
aplicar um estresse no isolamento em cada
contato em más condições em comutadores
isoladores e em comutadores de derivação.
espira do enrolamento, as medições na faixa
de derivação geralmente são indicados por
Os
de kV podem ser feitas com equipamentos
uma medição de resistência alta ou instável.
de teste modernos em campo.
problemas
de
contato
geralmente
são encontrados no seletor e em chaves de comutação dentro do comutador de derivação.
Medições da relação de transformação do transformador
As medições da relação de transformação
de transformador (TTR) podem ser utilizadas para identificar espiras em curto nos enrolamentos. Através da energização do enrolamento primário e da medição, os enrolamentos
secundários
ou
terciários,
a relação e o ângulo de fase podem ser determinados e comparados com os valores da placa de identificação medidos na fábrica. A relação medida, que é diretamente afetada pelas espiras em curto, deve ter um desvio menor que 0,5% do valor nominal de acordo com os padrões internacionais.
Quando for usada uma fonte de fase
única para realizar medições TTR nos transformadores
trifásicos
é
essencial
assegurar, de acordo com o grupo de vetores, que a tensão correta do enrolamento correspondente é medida no enrolamento secundário ou terciário. Os equipamentos de teste atuais com uma fonte trifásica verdadeira já estão disponíveis para teste em campo. No caso de uma fonte de tensão trifásica todas as três fases são medidas ao mesmo tempo. Portanto, o operador não precisa se preocupar em medir o enrolamento correspondente e o tempo de teste é reduzido significativamente. A medição pode ser influenciada por um núcleo magnetizado ou por falta de uma referência de terra, o que pode gerar resultados incorretos. Assim, é muito importante desmagnetizar o núcleo do transformador e fazer o aterramento apropriado em cada enrolamento.
Esse é o teste padrão de campo para
Os resultados da resistência do enrola
54
Aula prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
mento são interpretados com base na
de transmissão quebrado e desalinhamento
de dispersão pode ser afetado e mudanças
comparação entre fases. As comparações
do seletor e da chave comutadora.
na impedância em curto-circuito podem ser
também podem ser feitas usando os
detectadas.
Impedância de curto-circuito e
resultados de testes anteriores. Ao comparar
medições de reatância de fuga
medição trifásica que pode ser comparada ao
dados de testes feitos em outras datas, os
As medições de impedância em curto-
valor da placa de identificação determinado
resultados devem ser normalizados para uma
circuito, também chamada de impedância
pelo fabricante durante os testes de aceitação
temperatura de referência comum. Espera-se
de curto-circuito, são métodos sensíveis
de fábrica. Como esse valor representa a média
que as medições de todas as três fases sejam
para avaliar a possível deformação ou
entre todas as três fases, uma medição por fase
de até 2% entre si [5].
deslocamento
Em
também é recomendada para diagnóstico do
resultados
originais
de
fábrica
ou
os
dos
enrolamentos.
O teste geralmente é realizado como uma
A tensão CC aplicada durante o teste
condições de carga e curto-circuito, um fluxo
enrolamento. O valor da impedância em curto-
deixará o núcleo do transformador em um
adicional, em oposição ao fluxo principal, é
circuito obtido na medição trifásica não deve
estado magnetizado quando o teste estiver
induzido devido à corrente no enrolamento
ter um desvio superior a 2% do valor da placa
completo. Para a maioria das aplicações
secundário. Este fluxo adicional não é
de identificação [5]. Se problemas mecânicos
de transformador, este teste é considerado
totalmente contido no núcleo e, ao invés
forem indicados em medições de impedância
benigno,
disso, também invade o espaço entre os
em curto-circuito, uma SFRA adicional pode
todavia,
magnetizados
transformadores de
enrolamentos. Por isso, ele é chamado de
ser conduzida para confirmar e diagnosticar
entrada mais altas na energização. Outro
produzem
correntes
fluxo de dispersão, que é representado pela
o problema com mais detalhes. Os resultados
efeito colateral da magnetização é que
impedância em curto-circuito (Figura 5). Se a
SFRA são recomendados para comparar uma
ela pode influenciar outros testes de
área entre os enrolamentos mudar devido ao
medição comprovada de referência.
diagnóstico, especificamente, correntes sem
deslocamento ou deformação deles, o fluxo
Medições de resistência dinâmica
carga e análise de resposta de varredura de frequência (SFRA). Portanto, recomenda-se desmagnetizar
o
transformador
depois
que testes de resistência do enrolamento forem feitos para evitar a contaminação dos testes mencionados acima e limitar a influência de correntes de partida quando os transformadores forem energizados.
Se resistências altas forem detectadas no
caminho de transporte de corrente, é bem provável que estas áreas se tornem pontos críticos
Figura 5 – Fluxo principal e de dispersão em um núcleo energizado.
em condições de carga. Nesse caso, uma maior concentração de metano, etano e etileno no óleo pode ser detectada. Portanto, as medições da resistência do enrolamento geralmente são desencadeadas pelos resultados DGA. Se não for feito antes do teste, é recomendado verificar valores de alta resistência através da análise dos resultados DGA.
Modos de falha mecânica Os
modos
de
falha
mecânica
incluem deslocamento e deformação de enrolamentos geralmente devido a estresses mecânicos altos que podem ocorrer durante o transporte ou como resultado de correntes de curto-circuito. No comutador de derivação, problemas mecânicos no mecanismo de operação podem incluir operação lenta, eixo
Figura 6 – Assinatura de corrente DRM típica e posições correspondentes de chaves comutadoras do tipo resistivo.
55
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Existem
diversos
métodos
para
diagnosticar problemas mecânicos no comutador de derivação, que podem ser feitos ao registrar o processo de comutação do seletor e da chave comutadora. O mais comum hoje é a medição da resistência dinâmica
(DRM).
Tempos
típicos
de
comutação da chave comutadora (entre 40 ms e 60 ms) dificultam a detecção de quaisquer efeitos durante o processo de comutação usando uma medição de resistência do enrolamento convencional, que pode levar alguns minutos. Portanto, o princípio da DRM é servir como um método de diagnóstico suplementar para esse uso específico.
Usando a mesma configuração, os
rápidos processos de comutação da chave comutadora podem ser medidos pela DRM. Além disso, arco nos contatos, tempos de comutação da chave comutadora, interrupções na comutação, por exemplo, devido a resistores de comutação ou cabos quebrados e desgaste completo de contatos, podem ser detectados na DRM. Dessa forma, ela fornece mais detalhes sobre a condição dinâmica no comutador de derivação em carga (OLTC). A Figura 6 – mostra uma assinatura típica de corrente/ tempo de chave comutadora do tipo resistivo.
Com base nesse método de teste não
invasivo, as falhas podem ser detectadas sem abrir o compartimento do OLTC. O tipo e o modelo do OLTC devem ser conhecidos para analisar e avaliar a medição de DRM de uma maneira adequada. Uma medida comprovada de referência, que é obtida depois do comissionamento ou quando o switch desviador está em boas condições, permite uma análise eficiente. A propriedade mais importante para avaliar problemas mecânicos no comutador de derivação é a assinatura de tempo do processo de comutação. Dependendo do modelo, variações dentro de uma tolerância específica podem ser aceitas, contudo, diferenças de tempo podem indicar desalinhamento, problemas de lubrificação, desgaste excessivo de contatos e/ou repique do contato.
56
Aula prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Estudo de caso em um transformador de potência de 25 MVA
similar, conexões muito apertadas entre os
subestações concluiu que as falhas mais
enrolamentos e o comutador de derivação
comuns ocorrem em enrolamentos, buchas
mostraram ser propensas à abrasão. É muito
e comutadores de derivação. Os modos
improvável ocorrer abrasão nos contatos
de falha dielétrico, elétrico e mecânico
as
dos comutadores de derivação ou falha de
foram os mais relatados. Vários métodos
medições feitas em um transformador de
espira a espira no enrolamento primário,
de diagnóstico se mostraram eficazes na
dois enrolamentos de 25 MVA com uma
pois a resistência do enrolamento desvia
identificação das condições que causaram
tensão nominal de 67 kV no enrolamento
uniformemente ao longo das posições
esses modos de falha. Ao empregar estes
primário a 13,2 kV no secundário. O DGA do
de comutação e a relação e as medições
métodos, é possível realizar manutenções
transformador, que ficou 40 anos em serviço,
de corrente sem carga não indicaram um
importantes a tempo para evitar uma
indicou uma falha térmica acima dos 700 °C,
problema de espira a espira.
falha total repentina do transformador.
T3 de acordo com a IEC60599, o que levou
Neste caso, os resultados de um plano
Recomenda-se utilizar diferentes métodos
a vários de testes elétricos subsequentes
de teste completo fornecem uma base para
de teste para confirmar as condições de
para investigar a causa da falha mais a fundo
uma avaliação de condição comprovada no
falha indicadas pela medição inicial antes
(Tabela 3).
campo dos métodos de teste não invasivos.
de se comprometer com medidas de
Vários testes de diagnóstico, tais como
Com base nessas descobertas, a decisão
manutenção de alto custo.
testes de resistência do enrolamento,
tomada foi de monitorar o transformador
relação e medidas de correntes sem
mais
carga foram feitos para investigar melhor
frequência de amostragem da DGA. Ainda
o problema. O teste de resistência do
não foram feitas maiores investigações
enrolamento indicou uma maior resistência
sobre o problema.
O
exemplo
seguinte
mostra
detalhadamente
ao
aumentar
a
na fase B, o que sugere que os problemas térmicos podem ser causados por uma
Conclusão
conexão comprometida (Figura 6). Neste transformador em especial, o comutador
Com
de derivação fica em um compartimento
transformadores necessitam de verificações
separado
regulares
conectado
ao
enrolamento
o
passar
das
do
condições
secundário. Com base em investigações
Um
estudo
anteriores em transformadores de modelo
de
transformadores
internacional de
tempo,
os
operacionais. sobre
falhas
potência
em
Tabela 3 – Análise de gás dissolvido de um transformador de dois enrolamentos de 25 MVA.
Referências [1] CIGRE, Technical Brochure 642: Transformer Reliability Survey, 2015. [2] IEC 60137: Insulated bushings for alternating voltages above 1000 V, 2008. [3] IEEE Std C57.19.01: Performance Characteristics and Dimensions for Outdoor Apparatus Bushings, 2000. [4] M. Puetter, et al., New Diagnostic Tools for High Voltage Bushings by Considering the Temperature Dependency, in International Conference on Condition Monitoring and Diagnosis, Jeju, Korea, 2014. [5] CIGRE, Technical Brochure 445: Guide for Transformer Maintenance, 2011. [6] M. Anglhuber, M. Krüger, Dielectric analysis of high voltage power transformers, Transformer Magazine, Vol. 3, Issue 1, 2016. [7] C. Plath, M. Puetter: Dynamic analysis and testing of On-Load Tap Changer with dynamic resistance measurement, Transformers Magazine, Vol. 3, Issue 3, 2016. Cornelius Plath é engenheiro eletricista e administrador pela RWTH Aachen University, da Alemanha. É engenheiro da Omicron desde 2010, ocupando, atualmente, o cargo de gerente de produção. Dr. Martin Anglhuber é engenheiro eletricista pela TU München, da Alemanha. De 2007 a 2011, trabalhou como assistente científico no Institute for High Voltage Technology and Power Transmission da TU München. Concluiu seu doutorado (Ph.D.E.E.) em 2012. Atualmente, trabalha na Omicron como gerente de produtos especializado na área de diagnósticos de
Figura 6 – Resultados do teste de resistência do enrolamento no lado primário de um transformador de dois enrolamentos de 25 MVA.
transformador dielétrico.
Pesquisa - Materiais para aterramento
58
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Mercado de aterramento Fabricantes e distribuidores de equipamentos para aterramento, que, em 2015, pouco sentiram as consequências da crise econômica, mostram-se menos otimistas e projetam crescimento negativo para o mercado neste ano
-2%. Considerando as baixas projeções,
entrevistados disseram comercializar seus
ABNT NBR 5419, em suas quatro partes,
as
produtos com mais intensidade nas áreas
que trata dos Sistemas de Proteção contra
contrataram. No entanto, o saldo ainda é
industrial
Descargas Atmosféricas (SPDA), contribuiu
positivo: na média, houve acréscimo de 2%
Neste ano, os índices foram atualizados para
para movimentar o mercado de aterramento
ao quadro de funcionários das companhias
91% e 72%.
no ano passado. Foi um dos fatores que
que responderam a este estudo.
impulsionou o setor e permitiu que as
Os dados foram constatados na pesquisa
os números se mantiveram praticamente os
empresas deste segmento apresentassem
exclusiva realizada pela revista O Setor
mesmos. Na pesquisa de 2015, 60% das
crescimento médio de 9% em 2015 na
Elétrico com fabricantes e distribuidores
empresas declararam ter a ISO 9001 e 24%
comparação com o ano anterior. Ocorre
de equipamentos para aterramento e que é
a ISO 14001. Já no levantamento deste ano,
que, para 2016, o entusiasmo já não é mais
publicada nas páginas a seguir.
56% dos entrevistados disseram contar com
o mesmo e as empresas que participaram
Questionadas quanto aos segmentos
a certificação de gestão da qualidade e 25%
desta pesquisa projetam fechar o ano com
de atuação, as empresas afirmaram que a
com a de gestão ambiental.
crescimento médio de apenas 1%. Já o
indústria e o comércio continuam sendo os
mercado como um todo deve encerrar o
principais clientes. Nessa mesma pesquisa
dados
ano negativo, com decréscimo médio de
realizada há um ano, 92% e 68% dos
participaram do estudo, assim como suas
A publicação em 2015 da revisão da
empresas
mais
demitiram
do
que
e
comercial,
respectivamente.
No que diz respeito à certificação ISO,
A pesquisa traz ainda diversos outros a
respeito
das
empresas
que
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
previsões e conclusões sobre os números do mercado de aterramento. O leitor encontrará informações sobre atendimento ao cliente, certificações, importação, exportação, treinamento, manutenção, atendimento técnico especializado e produtos e serviços oferecidos.
Confira a pesquisa na íntegra:
Análise do mercado brasileiro de materiais para aterramento
Indústrias e comércios continuam sendo os principais segmentos de
atuação das empresas que compõem o mercado brasileiro de materiais para aterramento. Nessa mesma pesquisa realizada há um ano, 92% e 68% dos entrevistados afirmaram comercializar seus produtos com mais intensidade nas áreas industrial e comercial, respectivamente. Neste ano, os índices foram atualizados para 91% e 72%.
Principais segmentos de atuação
Público
28%
Residencial
44%
Comercial
72%
Industrial
91%
Diferentemente do que foi constatado na pesquisa anterior, em
que as vendas diretas ao cliente final e os distribuidores/atacadistas eram os meios mais empregados para comercialização dos produtos, neste ano, as vendas diretas e as revendas/varejistas despontaram como os meios mais utilizados. O canal de vendas diretas ao cliente final foi apontado por 84% das empresas e as revendas tendo sido mencionadas por 66% das pesquisadas. Principais canais de vendas
Telemarketing
22%
Internet
22%
Distribuidores/tacadistas
56% 66%
Revendas/varejistas
84%
Venda direta ao cliente final
Pesquisa - Materiais para aterramento
60
Dispositivos e acessórios para Sistemas de Proteção contra
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Para se ter uma ideia do porte das empresas que compõem o
Descargas Atmosféricas (SPDA), cabos cordoalhas e conectores,
mercado de equipamentos para aterramento, perguntamos a elas
e dispositivos protetores de surtos ocupam o primeiro lugar no
sobre o seu faturamento em 2015. A maioria delas, 61%, apresentou
ranking dos produtos para aterramento mais comercializados.
faturamento de até R$ 10 milhões no ano passado.
Isso foi apontado por 56% das empresas que participaram deste levantamento. Confira outros produtos também mencionados
Faturamento médio anual das empresas em 2014
Principais produtos comercializados pelas empresas
6%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 22%
Resistores de aterramento
9% 28%
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento
28%
Até R$ 5 milhões
Malhas de aterramento pré-fabricadas
38%
Dispositivo protetor de surtos de energia
41%
11%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Solda exotérmica
33%
44% 47%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
Barramentos de aterramento e/ou equipotencialização
53% 56% 56% 56%
Hastes de aterramento Cabos, cordoalhas e conectores Dispositivo protetor de surtos de sinal SPDA (captores, cabos e acessórios)
A seguir, publicamos, no formato de uma tabela, as opiniões das
empresas pesquisadas a respeito do tamanho total de alguns nichos de mercado. No caso, por exemplo, do mercado de medidores de resistência e/ou impedância de aterramento, 80% das companhias que participaram deste estudo acreditam que este segmento fature anualmente até R$ 20 milhões. O mesmo acontece com o mercado de resistores de aterramento, cuja maioria (67%) das pesquisadas entendem que este setor apresenta resultados anuais até este valor.
61
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Acima de R$ 500 milhões
14%
0
Medidores de resistência e/ou
80% 10%
0
10%
0
0
11%
0
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
0
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
14% 36% 36%
Até R$ 20 milhões SPDA (captores, cabos e acessórios)
Previsões de crescimento
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Percepção sobre o tamanho anual de alguns nichos de mercado
0
2% -2%
Crescimento do tamanho anual total do mercado de aterramento em 2016
1%
Hastes de aterramento
67% 11% 11%
15% 31% 31% 15% 8%
0
14% 29% 29% 7%
21%
0
25% 25% 25%
8%
8%
Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento
Crescimento das empresas em 2016
9%
impedância de aterramento Resistores de aterramento
Acréscimo ao quadro de funcionários da empresa
Crescimento das empresas em 2015 comparado ao ano anterior
Fatores que influenciaram (positiva ou negativamente) o mercado de aterramento em 2014
e/ou equipotencialização Dispositivo protetor de surtos
9%
8%
Outros
de energia
Os prognósticos das empresas fabricantes e distribuidoras de
4%
equipamentos de aterramento para o fechamento de 2016 não são
6%
os mais otimistas. As entrevistadas acreditam que este mercado,
Desvalorização da moeda brasileira
como um todo, deve encerrar o ano negativo, com decréscimo médio de -2%. As empresas, que apresentaram um crescimento médio de 9% em 2015 comparado ao ano anterior, não devem repetir o feito neste ano. A expectativa é fechar 2016 com crescimento médio de
13%
Falta de confiança de investidores
2%
4%
demitiram do que contrataram. No entanto, o saldo ainda é positivo:
Falta de normalização e/ou legislação
companhias que responderam a este estudo.
Em um ano, pouco mudou no que diz respeito à influência dos fatores
11%
externos no desempenho deste mercado. A maior parte dos entrevistados,
Incentivos por força de legislação ou normalização
assim como registrou-se no ano passado, indicou a desaceleração da
8%
economia como o fator que mais vem afetando este setor neste ano. A falta de confiança de investidores aparece como o segundo fator mais preocupante, tendo sido apontada por 15% das companhias.
23%
Desaceleração da economia brasileira
apenas 1%. Tendo em vista as baixas estimativas, as empresas mais na média, houve acréscimo de 2% ao quadro de funcionários das
Programas de incentivo do governo
Crise internacional
Setor da construção civil aquecido 15%
Setor da construção civil desaquecido 6 %
Projetos de infraestrutura
Pesquisa - Materiais para aterramento
62
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Outros
Atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet
Certificado ISO 9001
Certificado ISO 14001
Programas na área de responsabilidade social
X
X
X
X
X
X
X
X
(31) 3551 6351
www.barbosandrade.com.br
Ouro Preto
MG
X
X
X
Belgo Bekaert Arames
0800 727 2000
www.belgobekaert.com.br
Contagem
MG
X
X
X
CELTRE MATERIAIS ELETRICOS
(34) 3671-2488
celtreeletrica@yahoo.com.br
RIO PARANAIBA/IBIA/SAO GOTARDO
MG
X
X
X
Clamper
0800 703 0555
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X
X
X
X
Condumax Fios e Cabos Elétricos
0800 701 3701
www.condumax.com.br
Olimpia
SP
X
X
X
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
GUARULHOS
SP
X
X
X
X
X
X
X
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
CORNELIO PROCOPIO
PR
X
X
X
X
X
Embramat
(11) 2098.0371
www.embramataltatensao.com.br
São Paulo
SP
X
X
Exatron
0800 541 3310
WWW.EXATRON.COM.BR
Porto Alegre
RS
X
ExSuper
(15) 4062 9447
www.exsuper.com.br
Tietê
SP
X
X
FASTWELD
(11) 2425-7180
WWW.FASTWELD.COM.BR
GUARULHOS
SP
X
X
X
X
FINDER
(11) 2147-1550
WWW.FINDERNET.COM
SAO CAETANO DO SUL
SP
X
X
X
X
X
X
IDEAL ENGENHARIA
(11) 3287-0622
www.idealengenharia.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
INCESA
(17) 3279-2600
www.incesa.com.br
Olímpia
SP
X
X
X
X
X
INSTRUTHERM INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
(11) 2144-2800
WWW.INSTRUTHERM.COM.BR
São Paulo
SP
X
INTELLI STORM
(16) 3826-1411
www.intellistorm.com.br
ORLANDIA
SP
LEGRAND
(11) 5644-2508
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
LPM
(11) 3976-1636
www.lpmmil.com.br
São Paulo
SP
MAGNET
(11) 4176-7878
www.mmmagnet.com.br
S.BERNARDO DO CAMPA
SP
X
X
MAXXWELD
(41) 3383-9120
www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com
São Paulo
SP
X
X
Mersen do Brasil
(11) 2348-2360
www.mersen.com
Cabreúva
SP
X
X
X
MONTAL PARA-RAIOS
(31) 3476-7675
www.montal.com.br
BELO HORIZONTE
MG
X
X
X
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
X
PARAENG
(31) 3394-7433
www.paraeng.com.br
Contagem
MG
X
X
X
X
PARATEC
(11) 3641-9063
www.paratec.com.br
São Paulo
SP
X
X
Pentair Equipment Protection
(11) 3623-4333
https://www.erico.com/
São Paulo
SP
X
X
PHOENIX CONTACT
(11) 3871-6400
www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
X
TE Connectivity
(11) 2103-6095
www.te.com/energy
São Paulo
SP
X
X
X
Termotécnica Para-raios
(31) 3308-7000
www.tel.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X
Barbosa & Andrade
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
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X X X X X
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X X
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X
X
X
X
X X
X X
X
X
X
X
X
X X
X
X
Internet
X
X
Telemarketing
X
X
(11) 3933-7533
Venda direta ao cliente final
X
SP
Alpha Equipamentos Elétricos
Site
Revendas / varejistas
X
São Paulo
(11) 98514-5432 www.abb.com.br
Distribuidores / atacadista
Residencial
SP
www.alpha-ex.com.br
Telefone
ABB
Público
Estado
São Paulo
EMPRESA
Distribuidora
Cidade
Comercial
Canal de Vendas
Industrial
Principal segmento
Fabricante
A empresa é
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
63
Ouro Preto
MG
X
X X
www.belgobekaert.com.br
Contagem
MG
X
X
CELTRE MATERIAIS ELETRICOS
(34) 3671-2488
celtreeletrica@yahoo.com.br
RIO PARANAIBA/IBIA/SAO GOTARDO
MG
X
X
Clamper
0800 703 0555
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X X
X
X X
Condumax Fios e Cabos Elétricos
0800 701 3701
www.condumax.com.br
Olimpia
SP
X
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
GUARULHOS
SP
X
X
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
CORNELIO PROCOPIO
PR
X
X X
Embramat
(11) 2098.0371
www.embramataltatensao.com.br
São Paulo
SP
X
Exatron
0800 541 3310
WWW.EXATRON.COM.BR
Porto Alegre
RS
ExSuper
(15) 4062 9447
www.exsuper.com.br
Tietê
SP
FASTWELD
(11) 2425-7180
WWW.FASTWELD.COM.BR
GUARULHOS
SP
FINDER
(11) 2147-1550
WWW.FINDERNET.COM
SAO CAETANO DO SUL
SP
IDEAL ENGENHARIA
(11) 3287-0622
www.idealengenharia.com.br
São Paulo
INCESA
(17) 3279-2600
www.incesa.com.br
X X
X
X
X
X X
X
X
X X
X
X
SP
X
X
Olímpia
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
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X X
X X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
WWW.INSTRUTHERM.COM.BR
São Paulo
SP
X
X
X X
(16) 3826-1411
www.intellistorm.com.br
ORLANDIA
SP
X X
X
X X
LEGRAND
(11) 5644-2508
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X X
X
X X
X
LPM
(11) 3976-1636
www.lpmmil.com.br
São Paulo
SP
X
X
MAGNET
(11) 4176-7878
www.mmmagnet.com.br
S.BERNARDO DO CAMPA
SP
X
X
X
MAXXWELD
(41) 3383-9120
www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X X
X
X X
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com
São Paulo
SP
X X
X
X
Mersen do Brasil
(11) 2348-2360
www.mersen.com
Cabreúva
SP
X X
X
X
MONTAL PARA-RAIOS
(31) 3476-7675
www.montal.com.br
BELO HORIZONTE
MG
X
X
X X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382 www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X X
X
X
PARAENG
(31) 3394-7433
www.paraeng.com.br
Contagem
MG
PARATEC
(11) 3641-9063
www.paratec.com.br
São Paulo
SP
X
X
Pentair Equipment Protection
(11) 3623-4333
https://www.erico.com/
São Paulo
SP
X X
X
X X
PHOENIX CONTACT
(11) 3871-6400
www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
TE Connectivity
(11) 2103-6095
www.te.com/energy
São Paulo
SP
X X
X
X
Termotécnica Para-raios
(31) 3308-7000
www.tel.com.br
Belo Horizonte
MG
X X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
INTELLI STORM
INSTRUTHERM INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO (11) 2144-2800
X X
X
X
X
X
X
X X
X
Dispositivo protetor de surtos de sinal (telefonia, dados, etc.)
www.barbosandrade.com.br
0800 727 2000
Dispositivo protetor de surtos de energia
(31) 3551 6351
X
Solda exotérmica
X
Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ ou equipotencialização
X
Barramentos de aterramento e/ ou equipotencialização
X X
X X
Malhas de aterramento préfabricadas
X
SP
Hastes de aterramento
X X
São Paulo
Resistores de aterramento
SP
www.alpha-ex.com.br
Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento
Belgo Bekaert Arames
Estado
São Paulo
SPDA(captores,cabos e acessórios)
Barbosa & Andrade
Cidade
Principais Produtos que a Empresa Fabrica e/ou Distribui
Manutenção dos produtos para os clientes
(11) 3933-7533
Instalação dos produtos para os clientes
Alpha Equipamentos Elétricos
Site
Treinamento técnico para os clientes
(11) 98514-5432 www.abb.com.br
Oferece corpo técnico especializado para suporte aos clientes
Telefone
ABB
Importa produtos acabados
EMPRESA
Exporta produtos acabados
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
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X X
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X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
Pesquisa - Equipamentos para condicionamento de energia e grupos geradores
64
Condicionamento e geração de energia A indústria, principal segmento de atuação das empresas dessa área, reduziu o consumo de energia elétrica em razão da crise econômica brasileira. Fabricantes e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para condicionamento de energia sofrem as consequências pesquisa
2014, registraram crescimento de suas empresas em torno de 14%.
Energética (EPE), o consumo de energia elétrica das indústrias
No ano de 2015, o aumento apresentado caiu para 9%. E agora, em
brasileiras registrou, entre janeiro e setembro de 2016, queda de
2016, projetam elevação de apenas 7%. No que se refere ao tamanho
3,7% em relação ao mesmo período de 2015. A crise econômica,
anual total do mercado, a expectativa se manteve a mesma entre
obviamente, fez o setor industrial reduzir seu ritmo de produção e,
2015 e 2016, com as empresas acreditando em acréscimo de 5%.
consequentemente, consumir menos eletricidade para o acionamento
Em relação ao crescimento do número de funcionários, as empresas
de máquinas e equipamentos. Segundo pesquisa exclusiva com
registraram queda considerável. Em 2015, as empresas afirmaram
fabricantes e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para
ter aumentado em 9% o quadro de empregados. Atualmente, este
condicionamento de energia, realizada pela revista O Setor Elétrico e
número caiu para 5%.
publicada nas páginas a seguir, a indústria é o principal segmento de
atuação das empresas entrevistadas; 95% das companhias afirmam
impacto no crescimento do mercado em 2016, os fabricantes e
comercializar seus produtos para o setor industrial.
distribuidores que participaram deste levantamento deram respostas,
Com seu principal mercado de atuação em crise, os fabricantes
sinalizando que, não obstante a troca no poder executivo no país, a
e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para
crise insiste em ficar. Tendo 12 opções, grande parte dos entrevistados
condicionamento de energia pesquisados acusaram o golpe. Em
(28%) escolheu a desaceleração da economia brasileira como
Segundo
a
Resenha
Mensal
da
Empresa
de
Perguntadas a respeito dos fatores que mais causaram e causarão
65
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
principal fator. A falta de confiança nos investidores também foi um
item muito lembrado, com 15% das indicações. Apesar disso, algumas
direta ao cliente. 95% das empresas empregam este meio. Em
empresas ainda se mantêm otimistas (16%), acreditando que projetos
segundo lugar vem as revendas e os varejistas, utilizados por 53%
de infraestrutura influenciarão positivamente o mercado neste ano.
das empresas. A internet ainda é um meio não muito valorizado, sendo
usada por 28% das companhias.
A pesquisa traz ainda o faturamento bruto anual dos fabricantes
O canal de vendas mais utilizado pelos entrevistados é a venda
e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para condicionamento de energia em 2015. Conforme o estudo, a grande
Principais canais de vendas
maioria dos pesquisados (41%) afirmou ter faturado até R$ 5 milhões. Número semelhante ao registrado no levantamento do ano passado, em que 39% das empresas questionadas declararam faturar este montante. Confira a seguir a pesquisa na íntegra:
Telemarketing
16%
Números do mercado de grupo geradores e equipamentos para condicionamento de energia
A indústria é o principal segmento de atuação dos fabricantes
e
distribuidores
de
grupo
geradores
e
equipamentos
Outros
26%
Internet
28%
para
Distribuidores / atacadistas
40%
condicionamento de energia elétrica. 95% dos entrevistados vendem seus produtos para o setor industrial. O segmento que menos realiza
Revendas / varejistas
53%
negócios com estas empresas é o residencial (21%).
95%
Principais segmentos de atuação
Venda direta ao cliente final
Residencial
21%
Público
37%
Comercial
72%
Industrial
95%
As baterias são os equipamentos mais comercializados pelos
fabricantes e distribuidores. Segundo o levantamento, 47% das empresas vendem este tipo de produto. Na pesquisa realizada no ano passado, as baterias também foram indicadas por 41% como os produtos mais vendidos.
Pesquisa - Equipamentos para condicionamento de energia e grupos geradores
26%
Nobreaks acima de 3 kVA 22%
Retificadores
33%
Estabilizadores até
40% 40%
Estabilizadores acima
Acima de R$ 1 bilhão 0
6%
0%
6%
51% 13% 9%
9%
9%
0
9%
10% 15% 24%
44% 16% 22%
6%
15% 15% 15% 0
12%
0
gerenciamento de energia
Nobreaks estáticos acima de 3 kVA
Outros produtos para condicionamento de energia Baterias
No estudo de 2015, a expectativa de crescimento das empresas
para o referido ano foi de 9%. Na pesquisa deste ano, vê-se que esta projeção se concretizou. Para o ano de 2016, as empresas estão mais pessimistas e esperam crescer 7%.
47%
0
37% 31% 13% 6%
5%
Baterias Softwares de
Nobreaks estáticos de até 3 kVA
44%
8%
de 3 kVA
Softwares de gerenciamento de energia
42%
15% 25%
16% 12% 16% 22% 11%
de 3 kVA
Chaves de tranferência
40%
32% 15% 6%
Nobreaks até 3 kVA
Filtros de harmônicas
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
Estabilizadores acima de 3 kVA
30%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
21%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Nobreaks rotativos
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Percepção sobre o tamanho anual do mercado no ano passado
Até R$ 20 milhões
Principais produtos comercializados
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
66
Previsoes de crescimento
5%
A maioria das empresas entrevistadas (41%) disse ter faturado
5%
até R$ 5 milhões em 2015. Na pesquisa realizada no ano passado,
Acréscimo ao quadro de funcionários das empresas Previsão de crescimento percentual do tamanho anual total do mercado para 2016 Previsão de crescimento percentual para 2016
7%
4% das companhias deste segmento afirmaram ter faturado acima de R$ 500 milhões em 2014. No levantamento deste ano, nenhuma
9%
companhia declarou faturamento deste valor.
Percentual de Crescimento de 2015 comparado ao ano anterior
Faturamento bruto anual das empresas (em 2015)
17%
De R$ 50 milhões a R$ 70 milhões 14%
Como já é costumeiro nas pesquisas realizadas pela revista com
as empresas do segmento elétrico, a desaceleração da economia 41%
Até R$ 5 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
brasileira foi escolhida pela maioria (28%) como principal fator de impacto no mercado em 2016. Fatores que devem influenciar o mercado em 2016
5 % 8 %
24%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
4%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
15%
Outros
Desvalorização da moeda brasileira
7%
Programas de incentivo do governo 1%
Bom momento econômico do país
Falta de confiança de investidores
28%
4%
Desaceleração da economia brasileira
Falta de normalização e/ ou legislação
Conforme o levantamento, o mercado de baterias é o mais
rico com 15% dos entrevistados dizendo faturar mais do que R$ 1 bilhão em 2015. Com exceção deste segmento e do mercado de estabilizadores até 3 kVA, que, segundo 6% dos entrevistados,
3%
Setor da construção civil aquecido
1%
Incentivos por força de legislação ou normalização
faturou quantia superior a R$ 1 bilhão, nenhum outro mercado
5%
específico obteve tal montante.
Crise internacional
7% 16%
Projetos de infraestrutura
Setor da construção civil desaquecido
X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X
X X X X X X X
X X X X X X X X X X
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X X X X X X X
X X X X X X X
X X X
X X X X X X X X X X X X
X X
X X
X X X
X
X X
X
X X X X X
X
X X X
X
X X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X X
X X
X X
X X X X
X X
X X
X
X
X
Certificado ISO 9001 (qualidade)
X X X X X X X X X X X X
X
X X X X
X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X
Importa produtos acabados
X
X X
Exporta produtos acabados
X
X
Programas na área de responsabilidade social
X
X
Certificado ISO 14.001 (ambiental)
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X X
Venda direta ao cliente final
X
Outros
X
X X
X
Internet
X
X X
Telemarketing
X
X X X
Revendas / varejistas
X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Distribuidores / atacadista
X
Principal canal de vendas
Público
Cidade Estado SP Guarulhos X SP São Paulo X MG Belo Horizonte SP São Paulo PR SÃO JOSÉ DOS PINHAIS X PE Belo Jardim X SP BARUERI X SP MOGI MIRIM X SP Itapevi X MG ITAJUBA X SP São Paulo SP São Paulo X SP São Paulo RJ RIO DE JANEIRO X RS PanambI X PR Pinhais X SP Taboão da Serra X SP Orlândia X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Bernardo do Campo X PR Londrina X SP Barueri X PE Paulista SP Guarulhos X SP Sorocaba X SP São Caetano do Sul PR Pinhais SP São Caetano do Sul X SP Sorocaba X SC Blumenau X SP Bragança Paulista X SP São Paulo X SP São Paulo SP São Paulo X RS Porto Alegre X SP Diadema X SP CARAPICUIBA X SP CAMPINAS SP São Paulo X SP São Paulo X SC Jaraguá do Sul
Residencial
Site www.acabine.com.br www.abb.com.br www.grupoabaco.com.br www.acaoenge.com.br www.acmesolar.com.br www.moura.com.br www.adelco.com.br www.adsdisjuntores.com.br www.aepi.com.br www.balteau.com.br www.eaton.com.br www.dataenergy.com.br www.emersonnetworkpower.com.br www.etelbra.com.br www.fockink.ind.br www.hdspr.com.br www.instrumenti.com.br www.grupointelli.com.br www.jng.com.br www.krj.com.br www.kron.com.br www.lacerdasistemas.com.br www.leaoenergia.com.br www.leistung.ind.br www.heimer.com.br www.mediatensao.com.br www.obo.com.br www.phdonline.com.br www.powercombrasil.com.br www.powersafe.com.br www.proautomacao.com.br www.provolt.com.br www.renzbr.com www.rta.com.br br.sdmo.com www.secpower.com.br www.stemac.com.br www.tease.com.br www.transfersistemas.com.br www.transformadoresminuzzi.com.br www.unionsistemas.com.br www.upsbr.com.br www.weg.net
Comercial
Telefone (11) 2842-5252 (11) 98514-5432 (31) 3481-1890 (11) 3883-6050 (41) 3556-1166 (81) 3411-2999 (11) 4199-7500 (19) 3804-1119 (11) 4143-9600 (35) 3629-5500 (11) 3616-8500 (11) 3872-5641 (11) 3618-6600 (21) 3392-8106 (55) 3375-9500 (41) 21098800 (11) 5641-1105 (16) 3820-1500 (11) 2090-0550 (11) 2971-2300 (11) 5525-2000 (11) 2147-9777 (43) 3294-6444 (11) 4196-8650 (81) 3372-8888 (11) 2384-0155 (15) 3335-1382 (11) 3215-6500 (41) 3016-7181 (11) 4227-2477 (15) 3031-7400 (47) 3036-9666 (11) 4034-3655 (11) 2171-3244 (11) 3789-6000 (11) 5541-5120 (51) 2131-3800 (11) 5671-2065 (11) 4189-9700 (19) 3272-6380 (11) 3512-8900 (41) 3286-3286 (47) 3276-4000
Principal segmento de atuação
Industrial
EMPRESA A.cabine Materiais Eletricos ABB Abck com mat eletrico ltda AÇÃO ENGENHARIA ACME MATERIAIS TÉRMICOS LTDA Acumuladores Moura S.A. ADELCO SISTEMAS DE ENERGIA LTDA. ADS DISJUNTORES INDUSTRIA E COMERCIO LTDA AEPI do Brasil Ind. e Comercio Ltda. BALTEAU PRODUTOS ELÉTRICOS LTDA. Eaton Power Solution Ltda Electron Sistemas de Energia Ltda Emerson Network Power do Brasil ETELBRA ENG. TELECOM. E ELETRICIDADE LTDA Fockink Indústrias Elétricas Ltda HDS Sistemas de Energia LTDA INSTRUMENTI Intelli Ind.Term.El.Ltda. Joining Comércio Eletro Elétricos Ltda KRJ Ind. e Com. Ltda. KRON MEDIDORES LACERDA SISTEMAS LEÃO ENERGIA LEISTUNG Leon Heimer S/A MÉDIA TENSÃO OBO BETTERMANN PHD ON LINE POWERCOM POWERSAFE PROAUTO - Produtos de Automação Provolt Tecnologia Eletrônica Ltda RENZ RTA rede de tecnologia avançada ltda SDMO-MAQUIGERAL SEC POWER STEMAC Grupos Geradores Tease Eletrônica Ltda TRANSFER SISTEMAS TRANSFORMADORES MINUZZI LTDA UNION SISTEMAS E ENERGIA LTDA UPS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A WEG Drives & Controls - Automação Ltda.
Distribuidora
A empresa é
X X
X X
X
X X X X X X
X
X X X
X X X
X
X X
X
X
X X X X
X X X
X X X X X X X X X
X X
X X X X X
X X X X
X X X X
X
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X X X X X
X X X X X X
X
X X
X X X
X X X X
X
X X X
X X X
X X X
X X
X
X
X
X X X X
X X X X X
X X X X X
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Pesquisa - Equipamentos para condicionamento de energia e grupos geradores
Fabricante
68
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
69
X X X X X X
X X X X X X
X
X
X
X X
X X X
X X X
X
X
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X
X
X
X
X
X X X
X X
X X X
X X
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X
X
X X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X X
X X
X X X
X X X X
X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X
X X X
X X
X X X
X X X
X X X X X
Outros produtos para condicionamento de energia
X X
Outros tipos de grupos geradores
X
Grupos geradores a gasolina
X
Grupos geradores a biogás
Softwares de Gerenciamento de energia
X
Grupos geradores a gás natural
Filtros de harmônicas
X X X
Grupos geradores a diesel
Chaves de transferência
X
Retificadores
X
Baterias
X X
Estabilizadores acima de 3 kVA
X X X
Estabilizadores até 3 kVA
X X X X X X X
No breaks rotativos
X X X X X X X
No breaks estático acima de 3 kVA
Cidade Estado SP Guarulhos X SP São Paulo X MG Belo Horizonte X SP São Paulo X PR SÃO JOSÉ DOS PINHAIS X PE Belo Jardim X SP BARUERI X SP MOGI MIRIM X SP Itapevi X MG ITAJUBA X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X RJ RIO DE JANEIRO X RS PanambI X PR Pinhais X SP Taboão da Serra X SP Orlândia X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Bernardo do Campo X PR Londrina X SP Barueri X PE Paulista X SP Guarulhos X SP Sorocaba X SP São Caetano do Sul X PR Pinhais X SP São Caetano do Sul X SP Sorocaba X SC Blumenau X SP Bragança Paulista X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X RS Porto Alegre X SP Diadema X SP CARAPICUIBA X SP CAMPINAS X SP São Paulo X SP São Paulo X SC Jaraguá do Sul X
No break estático até 3 kVA
Site www.acabine.com.br www.abb.com.br www.grupoabaco.com.br www.acaoenge.com.br www.acmesolar.com.br www.moura.com.br www.adelco.com.br www.adsdisjuntores.com.br www.aepi.com.br www.balteau.com.br www.eaton.com.br www.dataenergy.com.br www.emersonnetworkpower.com.br www.etelbra.com.br www.fockink.ind.br www.hdspr.com.br www.instrumenti.com.br www.grupointelli.com.br www.jng.com.br www.krj.com.br www.kron.com.br www.lacerdasistemas.com.br www.leaoenergia.com.br www.leistung.ind.br www.heimer.com.br www.mediatensao.com.br www.obo.com.br www.phdonline.com.br www.powercombrasil.com.br www.powersafe.com.br www.proautomacao.com.br www.provolt.com.br www.renzbr.com www.rta.com.br br.sdmo.com www.secpower.com.br www.stemac.com.br www.tease.com.br www.transfersistemas.com.br www.transformadoresminuzzi.com.br www.unionsistemas.com.br www.upsbr.com.br www.weg.net
Oferece manutenção dos produtos para os clientes
Telefone (11) 2842-5252 (11) 98514-5432 (31) 3481-1890 (11) 3883-6050 (41) 3556-1166 (81) 3411-2999 (11) 4199-7500 (19) 3804-1119 (11) 4143-9600 (35) 3629-5500 (11) 3616-8500 (11) 3872-5641 (11) 3618-6600 (21) 3392-8106 (55) 3375-9500 (41) 21098800 (11) 5641-1105 (16) 3820-1500 (11) 2090-0550 (11) 2971-2300 (11) 5525-2000 (11) 2147-9777 (43) 3294-6444 (11) 4196-8650 (81) 3372-8888 (11) 2384-0155 (15) 3335-1382 (11) 3215-6500 (41) 3016-7181 (11) 4227-2477 (15) 3031-7400 (47) 3036-9666 (11) 4034-3655 (11) 2171-3244 (11) 3789-6000 (11) 5541-5120 (51) 2131-3800 (11) 5671-2065 (11) 4189-9700 (19) 3272-6380 (11) 3512-8900 (41) 3286-3286 (47) 3276-4000
Principais produtos comercializados pela empresa
Oferece instalação dos produtos para os clientes
EMPRESA A.cabine Materiais Eletricos ABB Abck com mat eletrico ltda AÇÃO ENGENHARIA ACME MATERIAIS TÉRMICOS LTDA Acumuladores Moura S.A. ADELCO SISTEMAS DE ENERGIA LTDA. ADS DISJUNTORES INDUSTRIA E COMERCIO LTDA AEPI do Brasil Ind. e Comercio Ltda. BALTEAU PRODUTOS ELÉTRICOS LTDA. Eaton Power Solution Ltda Electron Sistemas de Energia Ltda Emerson Network Power do Brasil ETELBRA ENG. TELECOM. E ELETRICIDADE LTDA Fockink Indústrias Elétricas Ltda HDS Sistemas de Energia LTDA INSTRUMENTI Intelli Ind.Term.El.Ltda. Joining Comércio Eletro Elétricos Ltda KRJ Ind. e Com. Ltda. KRON MEDIDORES LACERDA SISTEMAS LEÃO ENERGIA LEISTUNG Leon Heimer S/A MÉDIA TENSÃO OBO BETTERMANN PHD ON LINE POWERCOM POWERSAFE PROAUTO - Produtos de Automação Provolt Tecnologia Eletrônica Ltda RENZ RTA rede de tecnologia avançada ltda SDMO-MAQUIGERAL SEC POWER STEMAC Grupos Geradores Tease Eletrônica Ltda TRANSFER SISTEMAS TRANSFORMADORES MINUZZI LTDA UNION SISTEMAS E ENERGIA LTDA UPS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A WEG Drives & Controls - Automação Ltda.
Oferece treinamento técnico para os clientes
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
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X X X
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Espaço 5419
Espaço 5419 Por Normando V.B. Alves*
Considerações sobre as partes 3 e 4 da ABNT NBR 5419
A parte 3 da ABNT NBR 5419:2015 é a
desse produto.
que mais está ligada à norma anterior, que
traz os critérios de projeto, instalação e e
norma nova é o item “5.2.3.2.- Estruturas
manutenção dos Sistemas de Proteção contra
acima de 60 m de altura” que exige que o
Descargas Atmosféricas (SPDA). A revisão
sistema de captação no topo da edificação
trouxe algumas mudanças interessantes.
seja estendido para as fachadas da edificação
As
principais
mudanças
são:
Um item que merece destaque nesta
os
cobrindo pelo menos 20% do total da altura
fechamentos dos meshes do método das
no topo do prédio. Esta exigência se deve
malhas; uma apresentação visual mais fácil
ao fato de que edificações acima de 60 m
dos ângulos do método dos ângulos em
de altura estão muito expostas a descargas
função das alturas de referência; a redução
diretas no entorno do seu topo.
dos espaçamentos dos condutores de
descida; a redução dos espaçamentos dos
para as Medidas de Proteção contra Surtos
anéis de captação lateral; e o método da
(MPS) nas instalações e equipamentos, dentro
esfera rolante não apresentou nenhuma
da edificação e que venham a conduzir
modificação.
surtos nessas instalações, gerando perda
de equipamentos, informações, acidentes
Um passo importante foi feito nas tabelas
Já a parte 4 estabelece critérios técnicos
6 e 7 da parte 3 com a especificação mais
pessoais, explosões ou incêndios, etc.
detalhada dos condutores de captação,
As consequências podem ser perda
descida e aterramento, evitando, assim,
patrimonial, acidentes pessoais ou perda de
os condutores fora das normas, chamados
vida, paralização das atividades do cliente e
“cabos
prejuízos com paradas ou perdas financeiras.
comerciais”.
Gostaria
aqui
de
destacar que a norma anterior nunca permitiu
o uso de cabos de 19 fios, na verdade, quem
zonas para dimensionar as MPSs adequadas
definia isso era a ABNT NBR 6524 e para
em função dos riscos existentes em cada
cabos classe 2, só aceita 19 fios a partir de
zona, o que está diretamente ligado com
95 mm². Nesta versão da ABNT NBR 5419
a quantidade de pessoas, tempo de
- parte 3, essa questão ficou definitivamente
permanência e tipo de atividade que é
fechada, assim, as artimanhas dos fabricantes
desenvolvido em cada zona. Assim, as MPSs
de cabos inidôneos caíram por terra.
vão variar de acordo com o risco de cada
Alguns projetistas sempre perguntam:
zona, otimizando os custos de implantação.
“por
que
a
norma
não
especificava
A norma recomenda a definição de
Para que estas MPS tenham eficiência
corretamente os cabos, as hastes de
é necessário que as instalações elétricas
aterramento, a galvanização a fogo, etc.”?
da edificação atendam à ABNT NBR 5410,
correndo o risco de estas se tornarem
É bom deixar claro que a ABNT NBR
5419 não é uma norma de produto, mas
inócuas.
sim uma norma de aplicação de critérios de
dimensionamento de engenharia. Se ela tiver
tenho percebido que a maioria dos clientes
que chamar para si a responsabilidade de
tem visto com bons olhos a norma nova, pois
especificar a qualidade dos produtos a serem
percebem que aumentando a segurança
usados, essa norma deixaria de ser uma
deles e do seu patrimônio está melhor
norma de aplicação de engenharia e iria virar
protegido.
um compêndio de normas de produtos e que
Com relação aos projetistas, tenho
na verdade já existem. Assim, se a norma cita
percebido algumas reclamações, pois a
um produto, ele tem que obedecer à norma
norma passou de 42 para 309 páginas. Essa
Com relação à recepção do mercado,
71
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
mudança acabou por tirar os projetistas
c) qualquer nova construção ou reforma que
A primeira é fácil de resolver, pois
da zona de conforto, obrigando-os a se
altere as condições iniciais previstas em projeto
como mostrei no item anterior da norma é
reciclarem para entenderem melhor a nova
além de novas tubulações metálicas, linhas de
obrigação do profissional fazer a inspeção à
norma e as novas exigências, fazendo-os
energia e sinal que adentrem a estrutura e
luz da norma vigente. O relatório resultado
investir mais tempo em ler as normas, fazer
que estejam incorporados ao SPDA externo e
dessa inspeção é feito à luz de uma norma
treinamentos de atualização, participar de
interno se enquadrem nesta norma.
técnica e não é uma lei, mas passa a ter força de lei quando o código de defesa do
congressos, etc. Eu pessoalmente não vejo isso como um problema, pois quem está na
Alguns clientes, projetistas ou mesmo
consumidor ou uma NR 10 do Ministério do
engenharia e quer ser um bom profissional
instaladores têm questionado (sempre que
Trabalho, que são leis federais, exigem a sua
tem que estar sempre se atualizando, tal
sai uma nova norma, começa a choradeira) se
aplicação.
como acontece com os melhores médicos,
é obrigatório atualizar a instalação existente
biólogos, advogados, etc. O aprendizado
que estava de acordo com a norma anterior.
ou a ABNT que irão te obrigar a adequar o
não termina com o diploma na mão, na
Bom, em primeiro lugar, é raro encontrar
seu sistema à norma atual. Sempre será um
verdade ele só começa.
um local em conformidade com a norma de
órgão do poder público ou seguradoras que
Mesmo assim não será essa empresa
Por último, vamos falar sobre o prazo
2005. A maioria das instalações existentes
irão fazer essa exigência. É neste momento
para aplicação da norma. A ABNT deu um
mal atende à legislação de 1993, que foi
que poderá ser invocada a lei do direito
mês para que o mercado começasse a usar
considerada a grande virada em termos de
adquirido com as devidas alegações, legais
a nova norma após a sua publicação, que
mudanças técnicas profundas na área de
ou não, para defesa, mas esse trabalho
aconteceu em julho de 2015. Assim, desde
proteção contra descargas atmosféricas.
deverá ser feito por um advogado, não por
esta data, a norma tem que ser usada.
um engenheiro, ou seja, esse assunto foge
Pode parecer que 30 dias é muito pouco
instalação hipotética em que a norma anterior
de nossa alçada.
para tantas mudanças da norma, e reconheço
de 2005 estava sendo atendida. As mudanças
que é, mas também temos que lembrar que
do SPDA serão tão poucas que, certamente,
uma inspeção e, com ela, vieram as não
esta norma foi revisada durante dez anos por
essa adaptação à norma vigente se justifica
conformidades. O cliente disse que seu prédio
uma equipe de profissionais especializados
financeiramente. Poderá também acontecer
atendia à norma anterior (nesse caso, atendia
na área. Ou seja, durante todo esse tempo,
que, ao fazer o gerenciamento de risco, a
mesmo) e queria que eu emitisse um relatório
as
Para facilitar a conversa, vamos imaginar uma
Recentemente, um cliente me solicitou
em
edificação ter nível ll de proteção e agora o
que falasse que a edificação atendia à norma
congressos, em revistas técnicas, nas redes
SPDA ser nível lV de proteção e, provavelmente,
vigente para ter a liberação dos Bombeiros.
sociais e ainda o período em que a norma
o SPDA não precisará ser modificado.
esteve em consulta pública. Dessa maneira,
O que, certamente, será necessário fazer
Como emito um documento falando que a
alegar que houve pouco tempo para
é a atualização da documentação, talvez fazer
instalação atende à norma, sendo que isso
conhecimento da norma não é verdade, ao
algum ensaio de continuidade e dimensionar
não é verdade? E se acontecer um sinistro,
menos para quem investe em atualização
(ou redimensionar) as MPSs caso já existam.
como vou justificar que a edificação está
profissional.
O problema, como disse anteriormente, é
dentro da norma, sendo que não está?
mudanças
foram
apresentadas
Nesse momento, começa a “encrenca”.
Para novas instalações não vejo problema
que a maioria das edificações com “proteção
Isto pode trazer problemas jurídicos muito
algum, pois é obrigação do projetista estar
contra raios” não oferecia proteção há muito
embaraçosos no futuro.
atualizado e aplicar sempre a norma mais
tempo nem na norma anterior.
recente.
Para as edificações existentes, a sugestão
tem que ser resolvida por advogados e não
Por isso que eu aleguei que essa questão
O item 7.2, descrito a seguir, dispõe
é, em primeiro lugar, fazer a análise de risco
por engenheiros, cada profissional em seu
sobre o assunto. Deixa claro que o SPDA
(parte 2) para analisar o que está instalado, o
galho. Para nós, que somos engenheiros de
deve estar de acordo com a norma vigente.
que precisa ser instalado ou documentado e
aplicação, cabe-nos o trabalho hercúleo de
sugerir a implantação dessas medidas.
convencer os clientes a aplicar as normas
7.2 Aplicação das inspeções
técnicas. Esta é a nossa missão e devemos
de novo a mesma pergunta:
O objetivo das inspeções é assegurar
Voltando alguns parágrafos atrás coloco
fazê-la com todas as forças e deixar essas questões jurídicas para outros especialistas.
que: a) o SPDA esteja de acordo com projeto
• Meu SPDA foi instalado seguindo a norma
baseado nesta norma;
da época. Agora sou obrigado a adequar à
*Normando V. B. Alves é diretor de engenharia
b) todos os componentes do SPDA estão em
nova norma?
da Termotécnica Para-raios e membro da
boas condições e são capazes de cumprir
Essa pergunta tem duas respostas. A
comissão da ABNT que revisou a norma
suas funções; que não apresentem corrosão,
primeira seria uma resposta técnica e a
ABNT NBR 5419:2015 | normandoalves@
e atendam às suas respectivas normas;
segunda seria uma resposta legal.
gmail.com
72
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Qual seu nível de atualização em relação ao assunto “proteção contra descargas atmosféricas”?
Sistematicamente, tenho sido procurado
1) No assunto “proteção contra raios”,
por pessoas que não sabem ao certo
quando tratado segundo a ABNT NBR
como proceder para se atualizar à ABNT
5419:2015, deve(m) ser considerado(s):
NBR 5419:2015 – dúvidas relativas a
a) ( ) Somente o SPDA
conceitos básicos e práticos que envolvem
b) ( ) O SPDA externo, o SPDA Interno
cálculos e ensaios ou sobre o dia a dia da
e as MPSs
instalação. Dessa demanda surgiu a ideia de
c) ( ) O Para-raios e a instalação de
utilizar este espaço para nortear aos bem-
DPSs
intencionados. A seguir são relacionadas dez
d) ( ) Nenhuma das anteriores
questões básicas para uma autoavaliação e determinação da real necessidade do leitor.
2) Qual a medida mais eficiente na
Após
proteção à vida em áreas abertas contra
responder
às
dez
questões
compare com o gabarito fornecido e decida.
descargas atmosféricas? a) ( ) Instalar SPDA externo
Sugestão: se após passar pelo teste, sem
b) ( ) Retirar as pessoas antes da
pressão ou qualquer tipo de distração, sua
ocorrência de raios transferindo-as para
nota for menor do que oito você precisa
locais fechados, providos de PDA
urgentemente de atualização de conceitos
c) ( ) Retirar as pessoas antes da
básicos. Se conseguir entre nove e dez
ocorrência de raios transferindo-as para
acertos, avalie qual a dificuldade que teve
locais cobertos, providos de PDA
para obtê-los e procure o caminho que julgar
d) ( ) Nenhuma das anteriores
mais indicado. 3) Quanto de eficiência estimada provê
Quero advertir que esta ferramenta não teve
uma PDA nível 2?
nenhum apoio psicológico ou de profissionais
a) ( ) 90%
de RH, estando baseada apenas na experiência
b) ( ) 98%
adquirida no envolvimento com cerca de 800
c) ( ) 84%
profissionais que participaram dos cursos e
d) ( ) 95%
palestras que ministrei desde julho de 2015. As siglas, nomenclaturas e definições
4) Quais são os requisitos básicos para
constam
utilização de elementos metálicos, como
Sucesso!
da
ABNT
NBR
5419:2015.
SPDA externo natural?
73
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
a) ( ) Materiais e dimensões conforme
descida com o eletrodo de aterramento
c) ( ) Deixando portas e janelas
tab 3-Parte 3, fixação permanente e
b) ( ) Na conexão entre o condutor de
afastadas mais do que meio metro do
continuidade elétrica garantida
descida com o rabicho de aterramento
SPDA
b) ( ) Materiais metálicos, continuidade
c) ( ) Esse limite depende de onde os
d) ( ) Nenhuma das anteriores
elétrica garantida e fixação permanente
condutores estão fixados
c) ( ) Estar dentro do volume de
d) ( ) Nenhuma das anteriores
proteção imposto pala captação
9) Surto modo comum é a diferença de tensão que aparece entre:
projetada
7) Qual a profundidade mínima a partir
a) ( ) Condutores fase somente
d) ( ) Ter uso exclusivo como elementos
da superfície do solo para um eletrodo de
b) ( ) Condutores fase e PE ou o
de descida e aterramento
aterramento convencional?
aterramento
a) ( ) 0,30 m
c) ( ) Condutores vivos e PE ou o
5) Qual o raio de proteção adotado para
b) ( ) 0,50 cm
aterramento
a esfera rolante se o SPDA externo for
c) ( ) 0,60 cm
d) ( ) Condutores vivos e condutores
classe II?
d) ( ) 0,5 m
de sinal
a) ( ) 10 m b) ( ) 20 m
8) Como se pode prevenir
10) Qual o período para inspeção de uma
c) ( ) 30 m
centelhamentos entre a PDA e partes
usina termoelétrica?
d) ( ) 40 m
metálicas expostas?
6) Defina o limite entre os subsistemas
envolvidos
de descida e de aterramento em um SPDA
b) ( ) Por equipotencialização (direta ou
externo convencional:
indireta) ou observando-se a distância de
a) ( ) Na conexão do condutor de
segurança
a) ( ) 1 ano – Por quê? b) ( ) 3 anos – Por quê?
1-B, 2-B, 3-D, 4-A, 5-C, 6-B, 7-D, 8-B, 9-C, 10-A
a) ( ) Verificando a isolação do materiais
74
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
A qualidade no consumo de energia elétrica
Não, não iremos abordar diretamente
energética antes de se implantar, por
o tema que todos conhecemos como a
exemplo, um sistema fotovoltaico. Não por
“qualidade da energia elétrica”, analisando
acaso inauguramos o mês de novembro
as harmônicas ou os afundamentos e
com a tarifa majorada pela bandeira amarela,
outros distúrbios da tensão de alimentação
sinalizando que estamos consumindo mais
de nossas fontes para as nossas cargas,
energia gerada com combustíveis fósseis,
ou vice-versa. O objetivo aqui é chamar
sujando nossa matriz energética e pagando
a atenção da forma como consumimos
mais caro por estas fontes de energia.
a energia elétrica. Em outras palavras,
Nossos sistemas de armazenamento
a ”qualidade” aqui é entendida como
nos reservatórios não têm colaborado. A
quanto de energia elétrica consumimos
Figura 1 mostra o nível equivalente total dos
para desenvolver nossas atividades na
reservatórios (em todos os sistemas-total
indústria, nas instalações comerciais e
Brasil). Os valores foram obtidos pela relação
em nossas residências e quanto poderia
das integrações da energia acumulada
ser utilizada para este mesmo fim. Desta
total em relação à capacidade total dos
relação quantitativa deduzimos a relação
reservatórios.
”qualitativa”.
Algumas observações são válidas a partir
Na coluna do mês anterior, chamávamos
da análise do gráfico da Figura 1, mesmo que
a atenção para a necessidade de se avaliar
a análise de cada sistema de armazenamento
alguns
deva ser feita individualmente até mesmo para
tópicos
básicos
de
eficiência
Figura 1 – Volume de reservatórios equivalentes e vigência das bandeiras tarifárias.
75
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
definição das parcelas de custos de energia,
justo dar o mesmo tratamento de tarifa aos
que a geração fotovoltaica surge como vedete,
como PLD e outros:
empreendedores que constroem prédios para
a implantação de novas fontes de energia, por
os futuros consumidores pagarem a conta,
mais sustentáveis que pareçam ser, torna-se
• Neste outubro de 2016, o volume
sem qualquer comprometimento com o custo
uma excrecência se a eficiência energética não
equivalente está um pouco melhor que os
operacional em contraponto àqueles que
for inicialmente considerada. Isto não apenas
últimos dois anos, mas pior que 2013;
agem com responsabilidade em construções
pelo fato de gerar energia para alimentar uma
• Há de se considerar a estagnação da
eficientes e sustentáveis?
carga numericamente superior à necessária,
economia e que estaríamos em situação pior
Por que então estes últimos deveriam
como também pelos custos em si, já que o
em outro cenário;
financiar de forma isonômica os investimentos
investimento para se economizar “um” kWh é
• A política de atendimento das cargas
no sistema elétrico causados pelos primeiros?
bem menor que aquele para gerá-lo pelas tais
depende das fontes térmicas poluidoras;
O uso e a especificação de sistemas eficientes
fontes sustentáveis. Isto é, investe-se menos
• A análise do nível dos reservatórios deve ser
requerem investimentos em equipamentos,
já que a carga seria hipoteticamente menor.
“cruzada” com a geração térmica (por tipo de
instalações, acionamentos e controles de
A mensagem é clara: projetos sustentáveis
fonte) das próprias hidráulicas e eólicas.
tecnologias atualizadas e isso é normalmente
devem considerar “fontes de energia, cargas
mais caro do que as tecnologias ultrapassadas!
e operação”.
Seria
Implantar
A qualidade no consumo da energia, como
natural
e
perfeitamente
justo
novas
fontes
de
energia
ora proposto, trata da preservação sustentável
que aqueles que buscam esta eficiência,
sustentáveis ou não, sem levar a sério a
deste nosso patrimônio, base do sistema de
mediante investimentos adicionais, obtivessem
eficiência energética, beira a estupidez. O
geração de energia do Brasil. Por que as tarifas
um
justificá-los.
colega engenheiro Nunziante Graziano fez
de energia são iguais para consumidores que
Independentemente do modelo de cálculo
uma interessante pesquisa em projetos
tratam esta energia consumida de formas
desta bonificação ou penalidade que se adote.
prediais e constatou estas diferenças (autor
diferentes? Será que o consumidor que
Fica claro que esta variável, de uso eficiente de
aborda o tema no livro Coeficiente da
investe em eficiência energética não deveria
energia, deve também participar do custo final
eficiência, que será lançado em breve pela
ser diferenciado? Em outras palavras, seria
do kWh. Considerando ainda esta época em
Editora Laços). Vale a pena a consulta.
benefício
tarifário
para
76
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Balanço “Ex”: panorama e retrospectiva de 2016 – Parte 1 2. Atualização de normas técnicas brasileiras sobre atmosferas explosivas
2. ABNT NBR IEC 60079-2: Tipo de proteção
no Brasil e em diversos outros países do mundo muitas ações envolvendo o setor de
3. ABNT NBR IEC 60079-5: Tipo de proteção
instalações elétricas em áreas classificadas,
as seis Comissões de Estudo do Subcomitê
Ex “q” (Imersão em areia);
sob o ponto de vista de segurança durante o
SC-31 trabalharam para a elaboração das
4. ABNT NBR IEC 60079-10-2: Classificação
ciclo total de vida deste tipo de instalações
respectivas normas técnicas brasileiras da
de áreas contendo poeiras combustíveis;
industriais
atmosferas
Série NBR IEC 60079 ou na atualização das
5. ABNT NBR IEC 60079-14: Projeto, seleção
explosivas de gases inflamáveis ou de poeiras
respectivas normas existentes, de forma a
e montagem de instalações “Ex”;
combustíveis. São relacionados a seguir
manter a devida equivalência com as atuais
6. ABNT NBR IEC 60079-18: Tipo de proteção
algumas destas ações “Ex” mais significativas.
edições das normas internacionais. Foram
Ex “m” (Encapsulamento em resina);
realizadas por estas seis Comissões de Estudo
7. ABNT NBR IEC 60079-19: Reparo, revisão e
1. Atualização de normas técnicas internacionais sobre atmosferas explosivas
do Subcomitê SC-31 do Cobei mais de 50
recuperação de equipamentos “Ex”;
reuniões ao longo do ano de 2016, tanto no
8. ABNT NBR IEC 60079-26: Equipamentos
Cobei como nos escritórios das empresas e
com EPL Ga;
No âmbito internacional, foram revisadas
entidades representadas. Foram publicadas
9. ABNT NBR IEC 60079-28: Proteção de
e
atualizadas
Ao longo de 2016 foram realizados
“Ex”
contendo
No âmbito nacional do Cobei e da ABNT,
Ex “p” (Invólucros pressurizados);
TC-31
pela ABNT ao longo de 2016 a novas edições
equipamentos e sistemas com proteção óptica
(Equipment for explosive atmospheres), com
das seguintes normas técnicas brasileiras sobre
(Ex “op”).
a participação dos 49 países representados,
atmosferas explosivas:
em
2016
pelo
A
incluindo o Brasil, as novas edições das
evolução
das
normas
técnicas
seguintes normas técnicas sobre atmosferas
1. ABNT NBR IEC 60079-1: Tipo de proteção
brasileiras adotadas sobre atmosferas
explosivas:
Ex “d” (Invólucros à prova de explosão);
explosivas das séries ABNT NBR IEC
• IEC 60079-29-1: Requisitos de desempenho de detectores para gases inflamáveis; • ISO/IEC 60079-20-2: Características dos materiais – Procedimentos de ensaios de poeiras combustíveis; • ISO 80079-36: Equipamentos não elétricos para utilização em atmosferas explosivas - Métodos e requisitos básicos - Tipo de proteção Ex “h”; • ISO 80079-37: Tipos de proteção não elétricos: segurança construtiva “c”, controle de fonte de ignição “b” e imersão em óleo “k”; • ISO/IEC 80079-38: Equipamentos não elétricos para utilização em atmosferas explosivas - Equipamentos e componentes em
atmosferas
subterrâneas.
explosivas
em
minas
77
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
60079 e ABNT NBR ISO/IEC 80079 elaboradas
e
mantidas
atualizadas
e
6. Evolução do sistema de certificação de competências pessoais “Ex” da Abendi
equivalentes pelas Comissões de Estudo
do SC-31 do Cobei desde 2005 é
do sistema de certificação de competências
apresentada no gráfico.
pessoais “Ex” da Abendi, que foi lançado em
Mais informações estão disponíveis em:
2014. Por meio de certificação pela sistemática
http://cobei-sc-31-atmosferas-explosivas.
de créditos estruturados, até o presente
blogspot.com.br
momento já se encontram certificadas pela
Ao longo de 2016 houve uma evolução
Abendi na área de competências pessoais
3. Acreditação da UL do Brasil nos sistemas de certificação de competências pessoais e de equipamentos “Ex” do IECEx
“Ex” cerca de 70 profissionais, em todas as
A UL do Brasil (São Paulo) foi acreditada
emitidos certificados no total cerca de 100
no IECEx em 04/2016, no sistema de
Unidades de Competências pessoais “Ex”.
certificação
http://abendicertificadora.org.br/atmosferas_
de
competências
pessoais
“Ex” e em julho de 2016 no sistema de
Unidades de Competências Pessoais (Ex 000 a Ex 010). Até 10/2016 já haviam sido
explosivas/index.html
certificação de equipamentos “Ex”.
acronym=UL+do+Brasil&s_type=
7. Publicação do primeiro ExQAR do IECEx por ExCB Brasileiro para fábrica de equipamentos “Ex” no Brasil
A UL do Brasil publicou também em maio
Foi emitido pela UL do Brasil em
de 2016 um artigo (White Paper) intitulado
26/08/2016, dentro do sistema IECEx, o
“A certificação das competências pessoais
primeiro Relatório de Avaliação do Sistema
para atividades em atmosferas explosivas’,
de Gestão da Qualidade (ExQAR - Ex Quality
disponível no seguinte endereço: http://
Assessment Report) de um fabricante de
brazil.ul.com/whitepaper/
equipamentos “Ex” com fábricas no Brasil.
http://www.iecex.com/directory/ bodies/OD001.asp?s_country=&s_
A avaliação do sistema de gestão da
4. Primeira turma do curso sobre instalações elétricas em atmosferas explosivas pela USP/POLI em Santos
qualidade foi efetuada nas fábricas da SEW
Foram realizadas entre os meses de junho
de São Paulo, para a fabricação de linhas de
e agosto de 2016 treze aulas sobre o tema
motores elétricos trifásicos de baixa tensão com
instalações elétricas em atmosferas explosivas,
tipos de proteção Ex “e”, Ex “n” e Ex “t”.
no programa de pós-graduação em Engenharia
http://iecex.iec.ch/iecex/exs.nsf/ex_foqar.xsp?d
de Minas e Petróleo, pela USP/POLI, em
ocumentId=E26BE94F76693A2CC1258004
Santos. A ementa do treinamento encontra-se
0048E740#
do Brasil, instaladas no complexo industrial das cidades de Indaiatuba e Rio Claro, no Estado
disponível no catálogo de disciplinas da USP https://uspdigit al.usp.br/janus/compo
8. Lançamento do perfil do Cobei na rede social profissional LinkedIn
n e nt e/ c a t a l o g o D i s c i p l i n a s I n i c i a l .
jsf?action=3&sgldis=PMI5923
Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica,
(Sigla PMI5923):
Foi lançado em agosto de 2016 o perfil do
Iluminação
e
Telecomunicações
(Cobei)
5. 2º Encontro Anual Abendi sobre Certificação de Competências Pessoais “Ex”
na rede social profissional LinkedIn. Até
Foi realizado pela Associação Brasileira
de 5.200 seguidores. Por meio deste meio de
de Ensaios não Destrutivos e Inspeção
comunicação, o Cobei tem periodicamente
(Abendi) no dia 25/08/2016 o 2º Encontro
divulgado mensagens sobre a publicação
Anual sobre Certificação de Competências
pela ABNT de normas técnicas brasileiras
Pessoais em Atmosferas Explosivas, com o
sobre eletricidade (CB-003), inclusive sobre
objetivo de mostrar o desenvolvimento dos
as normas das séries NBR IEC 60079 e NBR
sistemas de certificação de competências
ISO/IEC 80079 sobre atmosferas explosivas.
“Ex” e o seu envolvimento com os usuários,
https://br.linkedin.com/in/cobei-normalização-
candidatos e provedores de treinamentos
técnica-do-setor-elétrico-86039a127
dezembro deste ano, o Cobei possuía mais
“Ex” do Brasil. http://abendieventos.org.br/ atmosferas_explosivas/
Continua....
78
Falando sobre a luz
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Plinio Godoy é engenheiro eletricista e atua no campo da iluminação desde 1983. É proprietário do escritório CityLights Urban Solutions, especializado em iluminação urbana; da Godoy Luminotecnia, voltada para iluminação arquitetônica; e da Lienco Lighting Solutions, onde atua no campo da integração da iluminação e controles digitais. É coautor do livro Iluminação urbana e professor do curso de pós-graduação em Instalações Elétricas na Facens-Sorocaba. É palestrante em diversos congressos nacionais e internacionais.
Controlando a luz – Alguns conceitos
Uma máxima no mundo da propaganda
dos controles de luz é um simples
carga) possui características individuais,
diz que “potência não é nada sem controle”.
interruptor liga / desliga e não um dimmer.
que exigem tipos especiais de dimmers.
Assim também podemos entender o mundo
Isto significa que, durante o dia ou à
É importante usar um dimmer que seja
da iluminação nos dias de hoje.
noite, suas luminárias estão produzindo a
projetado para a sua fonte de iluminação
Neste e no próximo artigo, vamos
mesma quantidade de luz. Na verdade, os
específica / tipo de carga:
abordar os princípios básicos dos controles
interruptores de luz são um dos poucos
de luz e apresentaremos até onde a
aparelhos que só têm duas configurações -
• Incandescente / halógena
tecnologia pode nos levar. Posteriormente,
ligado e desligado. Através da dimerização,
Característica elétrica: ligação direta na
aprofundaremos mais os conceitos.
os usuários podem controlar a quantidade
rede, resistiva;
Estamos caminhando para a iluminação
de luz que suas luminárias proporcionam
digital, ou seja, passando dos sistemas
para se ajustar a tarefas, estados de
• Lâmpadas 12 V
analógicos, filamentos e descargas, em que o
ânimo ou situações específicas. Isso não
Característica elétrica: ligação através de
controle é mais complexo, para o sistema digital,
só melhora a experiência, como também
um transformador magnético, indutiva;
Led, drivers, onde a comunicação de dados é
economiza
Característica elétrica: ligação através
muito mais fácil. A luz conversa com sensores,
processo.
energia
desperdiçada
no
de um transformador eletrônico digital, capacitiva;
há mais programações, interatividade, enfim, integração do mundo da iluminação ao mundo
Conceitos básicos
da computação. Podemos, então, dizer que
“luz não é nada sem controle”.
de controle de luz, você deve entender
As características dos reatores eletrônicos
alguns fatos básicos sobre dimmers.
podem ser sinal de controle ou potência do
Antes de desenvolver uma estratégia
O que são os controles?
Controle de luz é a capacidade de
regular o nível e a qualidade da luz em um determinado espaço para tarefas ou situações específicas. Controlar a luz corretamente não só aumenta e amplia a experiência das pessoas nos espaços, mas ajuda a economizar energia usando luz quando e onde for mais necessário. Quais os benefícios da dimerização?
Em uma residência comum, a maioria
• Fluorescentes
dimmer. Normalmente, no Brasil, utilizamos Tipos de dimmers
os reatores dimerizáveis baseados em
Cada tipo de fonte de iluminação (tipos de
sinal analógico ou digital.
79
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
• Leds
Os sensores
utiliza? Imagine quanta energia podemos
Como nas fluorescentes, os Leds podem
Interagir com o meio pode trazer
economizar
utilizar diferentes tipos de drivers e os
informações importantes para o controle
percebe o espaço não utilizado, desliga os
controles devem ser coerentes com estas
da luz. A melhor luz é àquela que atende às
circuitos de iluminação?
tecnologias.
necessidades das pessoas dependendo
quando
um
sensor
que
E quando há luz natural suficiente?
da tarefa, ou seja, para cada tarefa temos
Qual o motivo da iluminação estar ligada
Um conceito antigo
a luz certa, na sua quantidade, nas suas
100%?
Há tempos, os dimmers que controlavam
qualidades, como aparência, intensidade,
Estamos até aqui nos referindo ao
lâmpadas incandescentes e halógenas
uniformidade,
básico do básico quando iniciamos a
não diminuíam o consumo de energia do
definidos pelo projeto luminotécnico.
iluminação no mundo digital, onde o
circuito, pois simplesmente dividiam a
objetivo é economizar energia.
potência entre a lâmpada e um resistor.
as condições podem mudar, como a luz
Hoje
natural incidente e a própria presença das
Mahone Group, 1999, “Lighting Efficiency
em
dia,
com
a
tecnologia
e
estes
quesitos
são
Porém, em um determinado ambiente,
Um estudo desenvolvido por Heschong
pessoas.
Technology Report”, que foi desenvolvido
o consumo energético do circuito com
E para que temos uma iluminação
para a Comissão de Energia da Califórnia,
dimerização, atuando na forma de onda da
perfeita em um ambiente se ninguém o
EUA, nos mostra algumas referências:
eletrônica,
conseguimos
sim
diminuir
potência entregue.
Outra vantagem da dimerização é a
extensão da vida útil dos sistemas, de maneira
bem
resumida,
diminuindo
a
potência média do sistema, utilizando menos os equipamentos e aumentando, assim, sua vida útil.
USO RESIDENCIAL
POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA
DIMMERS
20%
SENSORES DE OCUPAÇÃO
50%
DIMMERS E SENSORES
60%
80
NR 10
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Das instalações temporárias É certo que esta coluna se destina aos colegas, profissionais da área elétrica, cansados de saber da necessidade de cuidados especiais com qualquer tipo de instalação. No entanto, com a liberdade que me foi dada para usar este espaço precioso, optei por insistir na prevenção dos riscos a que se expõem os usuários, leigos, nas instalações e equipamentos elétricos.
Mais uma vez, se aproximam as datas
festivas em que vão sendo colocados enfeites e penduradas séries de lâmpadas decorativas das mais variadas cores e combinações de efeitos. Alguns já com tecnologia Led, outros na velha “lampadinha”,
fusível depois de iniciado um incêndio.
ambientais, chuva e ventos, também o fato
seja na frente de casa, no beiral na árvore,
As normas técnicas não diferenciam as
de que nossas redes aéreas de distribuição
interna ou externa.
instalações temporárias ou permanentes
e ramais alimentadores têm sim partes vivas
É hora de lembrar que instalação festiva,
quanto à proteção das pessoas e a norma
expostas, como condição normal da instalação.
natalina, é temporária sim, mas não deve ser
de segurança, nossa NR 10, também não
A aproximação a esses pontos energizados,
precária.
faz qualquer concessão para instalações
seja para o fim que for, só poderá acontecer
“provisórias”.
por profissionais qualificados e com o uso
de ferramental, equipamentos de proteção e
Ano após ano, o Natal ou o Réveillon
acabam
marcados
por
notícias
tristes
Além da proteção elétrica, que deverá
de incêndios e choques elétricos com
garantir a segurança contra os curtos-
metodologia de trabalho apropriados.
consequências terrivelmente desagradáveis
circuitos e sobrecargas, devemos considerar
que empalidecem o brilho das comemo
o aquecimento pelo uso de dispositivos
da fixação de enfeites, são utilizadas escadas
rações.
com contato deficiente que produzem o
e na sua maioria fabricadas em alumínio,
aquecimento junto a materiais inflamáveis.
que, além do risco de queda, facilitam a
casa, na via pública, na indústria, seja no
Adicionalmente,
o
ocorrência dos choques.
escritório, a instalação temporária deve
fabricados
laminados
atender aos requisitos de segurança, quanto
condutores associados aos equipamentos
profissional para os serviços de iluminação
à carga e quanto à forma de instalar e mais
luminosos têm contribuído para aumentar a
festiva é uma decisão inteligente.
ainda quanto à proteção, coisa difícil de
frequência e o risco dos acidentes.
se conseguir nos circuitos de potência tão
A colocação de enfeites em áreas
felicidade, paz e segurança para o ano que
baixa que só acionarão um disjuntor ou
externas deve considerar, além das influências
vai chegar.
Independentemente do local, seja em
com
uso
de
enfeites metálicos
Para alcançar partes elevadas, quando
Então, contar com a colaboração de um
Boas festas aos nossos leitores, muita
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Novembro de 2016
81
O futuro dos empregos com a energia solar
Internacionalmente, o Brasil é conhecido
até 2050, de acordo com o Plano Nacional
pela abundante oferta de recursos. Porém,
de Energia, 13% da demanda nacional seja
nos últimos anos, fomos surpreendidos com
suprida por este tipo de energia.
uma crise hídrica preocupante. A escassez
É
de água mostrou que é preciso investir em
mantenhamos
alternativas para geração de energia limpa
para o futuro. Nosso país tem enormes
e sustentável. E não depender somente
possibilidades de crescimento, aproveitando
das hidrelétricas, responsáveis por 70% da
a incidência solar para gerar energia e
produção brasileira atualmente.
movimentar a economia. Em toda a América
de
extrema nossos
importância olhos
que
voltados
Outros modelos e experiências devem
Latina somos vistos como uma potência e,
ser buscados e aprendidos. Nesse sentido,
para tanto, é fundamental que os governos
experiências de sucesso implantadas em
incentivem cada vez mais os investimentos,
países mais desenvolvidos, que há anos
facilitando o acesso a essas tecnologias e,
investem em diferentes fontes para geração,
acima de tudo, reconhecendo quem busca
podem auxiliar o Brasil nesse caminho.
uma postura consciente com a sociedade e
Afinal, opções mais inteligentes existem
meio ambiente.
e, gradativamente, tornam-se atraentes e acessíveis para a população, ampliando o número de brasileiros que decidem pela geração distribuída. É o que aponta a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao revelar que o número de consumidores que produz a própria energia cresceu 308% neste ano. Parte dessa mudança deve-se à redução nos custos desta tecnologia e à elevação nas tarifas de eletricidade. Há muitos aspectos que favorecem o crescimento de usinas não poluentes e um fator que necessita ser considerado é o aumento na oferta de empregos. Nos próximos anos devem ser gerados, somente para responder a necessidade brasileira, mais de 90 mil vagas no setor de energia solar.
Por Gilberto Vieira Filho, presidente da Quantum
Este total corresponde à previsão de que
Engenharia.
82
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