O Setor Elétrico (Edição 130 - Nov/2016)

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Ano 11 - Edição 130 N o ve m b r o d e 2 0 1 6

PPP da iluminação pública Municípios recorrem à iniciativa privada para garantir gestão da iluminação nas cidades

Medições em transformadores de potência Pesquisas exclusivas: Fabricantes e distribuidores de equipamentos para aterramento e condicionamento de energia preveem crescimento moderado para seus mercados



Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de marketing Emerson Cardoso – emerson@atitudeeditorial.com.br Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Redação Bruno Moreira – bruno@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Carla Kos Duboc - carla@atitudeeditorial.com.br

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Aula prática Estudo aborda medições para diagnóstico de transformadores de potência.

Representantes Paraná / Santa Catarina / Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Claudio Mardegan, Cornelius Plath, Daniel Bernardon, Ederson Pereira Madruga, Gilberto Vieira Filho, Luciano Pfitscher, Martin Anglhuber, Normando Alves, Nunziante Graziano, Rodrigo Vieira e Vicente Scopacasa Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Thiago Leite | shutterstock.com Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio

Coluna do consultor Painel de notícias

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Pesquisa – Equipamentos para

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condicionamento de energia e grupos

8

geradores

Financiamento é desafio para mercado de renováveis;

Por conta da crise econômica e dos recentes aumentos do

Duke Energy vende seus negócios no Brasil a estatal

preço da energia, a indústria vem reduzindo seu consumo

chinesa; Fluke inaugura nova sede no país. Estas e

de energia. Fabricantes do mercado de condicionamento

outras notícias sobre empresas, mercado e produtos

sentem os efeitos colaterais.

do setor elétrico brasileiro. Fascículos

Espaço 5419

17

70

Considerações importantes a respeito das partes 3 e 4 da nova ABNT NBR 5419.

Reportagem

46

Diante do desafio de cuidar da gestão dos ativos

Colunistas

de iluminação pública, muitos municípios recorrem

Jobson Modena – Proteção contra raios

à Parceria Público Privada (PPP), solução que

José Starosta – Energia com qualidade

terceiriza a responsabilidade para uma empresa

Roberval Bulgarelli – Instalações Ex

privada.

Plinio Godoy – Falando sobre a luz

Pesquisa – Materiais para

58

João José Barrico – NR 10

aterramento

Ponto de vista

72 74

76 78

80

81

Fabricantes e distribuidores de equipamentos para

Opinião sobre o Processo Produtivo Básico (PPB) de

Av. General Olímpio da Silveira, 655 – 6º andar, sala 62 CEP: 01150-020 – Santa Cecília – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

aterramento, que, em 2015, pouco sentiram as

luminárias a Led em Manaus.

agora, menos otimistas e projetam crescimento

Agenda 82

Filiada à

negativo para o mercado neste ano.

Cursos e eventos do setor de energia elétrica nos próximos meses.

Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.

consequências da crise econômica, mostram-se,

3


Editorial

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O Setor Elétrico / Novembro de 2016 Capa ed 130_C.pdf

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05/12/16

22:59

www.osetoreletrico.com.br

Ano 11 - Edição 130 N o ve m b r o d e 2 0 1 6

PPP da iluminação pública O Setor Elétrico - Ano 11 - Edição 130 – Novembro de 2016

Municípios recorrem à iniciativa privada para garantir gestão da iluminação nas cidades

Medições em transformadores de potência Pesquisas exclusivas: Fabricantes e distribuidores de equipamentos para aterramento e condicionamento de energia preveem crescimento moderado para seus mercados

2017 de estabilidade

Edição 130

Tendo em vista o que se ouve de especialistas em entrevistas, coletivas de imprensa, congressos técnicos e outros

eventos setoriais, entre as projeções mais otimistas e as mais pessimistas, talvez possamos concluir que 2017 será, ao menos, um ano de estabilidade.

Enquanto alguns possam entender essa conclusão como “pior do que está não fica”, muitos outros apostam em

um quadro bastante razoável, considerando a recessão que perdura já há longos trimestres. A expectativa do governo, divulgada no fim de novembro, é de que o Brasil volte a crescer. De acordo com o Ministério da Fazenda, a projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) alcance 1% de crescimento a partir de 2017.

No entanto, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central reduziram suas expectativas para a economia

brasileira no próximo ano, especialmente, após a vitória do presidente Donald Trump nos Estados Unidos. Ainda assim, economistas mantêm as estimativas positivas. De acordo com o Relatório Focus divulgado no início de dezembro, os analistas preveem uma queda de 3,43% no PIB, no lugar dos 3,49% da semana anterior. Para o ano que vem, a previsão foi levemente piorada, passando de expansão de 0,98% para 0,80%.

Nessa linha, o próprio setor eletroeletrônico está confiante de que 2017 será o ano da retomada. Dados da

Abinee (publicados com mais detalhes nas páginas a seguir) mostram que boa parte (71%) das empresas pesquisadas projetam crescimento e outras tantas (28%) esperam estabilidade. Apenas 1% das pesquisadas prevê queda. A esperança de um ano melhor reside na nova condução da política econômica.

Nós, do mercado editorial e publicitário, confiamos que o próximo ano seja de recuperação e que o setor comece a

dar passos importantes na direção de um próspero recomeço econômico.

No que tange a esta edição, as pesquisas setoriais publicadas a seguir mostram que os mercados de

equipamentos para condicionamento de energia e aterramento ainda sofrem as consequências da crise econômica que assola o país e também reflexos dos altos preços da energia elétrica. O levantamento traz ainda dados importantes, que merecem atenção, como impressões sobre o tamanho desses mercados (em faturamento médio anual) e expectativas futuras de crescimento e contratação.

Já a reportagem do mês discorre sobre as Parcerias Público Privadas (PPP), que surgem como aliadas das

prefeituras municipais no sentido de dividir ou transferir as responsabilidades sobre a gestão da iluminação pública das cidades. Entenda mais sobre o assunto nas próximas páginas.

Faça uma ótima leitura e nos vemos em 2017.

Boas festas!

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Coluna do consultor

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José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do DeinfraFiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

Um novembro azul de doer

Inevitavelmente, somos lembrados

ainda está na ameaça; os indicadores

a cada novo novembro azul: “você já foi

são todos desfavoráveis. O que se ouve

lá?”. Este não foi diferente, não fossem

são as “percepções” de alguns que a

as situações que passamos além da

coisa estaria melhorando. Certamente,

tradicional visita ao homem de branco

estes que possuem as percepções

de dedo grande. No Rio de Janeiro,

não devem pagar impostos, folhas

o governador enfia o pezão pelas

de pagamentos e outras obrigações

mãos, numa tentativa de jogar mais

assumidas, muito menos ter família para

uma vez para a torcida, convidando a

criar, apenas se propõe a “perceber” o

“viúva” de Brasília a bancar a farra dos

que estaria acontecendo, uma versão

governadores.

piorada de palpites “para religiosos”.

Garotinho tenta sair pela tangente

com

o

stent

concêntrico.

Cabral

de

Falando sério, nossas vidas dependem empregos

que

dependem

de

assiste sua nau afundar no porto de

investimentos em infraestrutura e a carência

Bangu e as travessuras com dinheiro

é enorme. Obras no setor de transporte e

público (não só no Rio de Janeiro ou

logística, energia e saneamento estão na

no Rio Grande do Sul) protagonizada

fila aguardando serem executadas com

pelo seus governantes e principais

competência. Parece que aí está o ponto.

dirigentes que levam as instituições

Competência, alguém se habilita?

a ruírem ao ponto de faltar verba para

folha de pagamento. Tudo isso muito

derrubam ministros por aqui, delações

previsto, constatado e a ser provado

dão as pistas do futuro e nosso irmão

pela justiça.

do Norte aponta para o endurecimento

O

grande

aqueles

das relações, antes fraternas. Para

que intencionam trabalhar de forma

onde corremos? Quais as saídas? Será

tida

é

que continuarão a pensar em somente

que a grande roda da economia que

se defender? Depois do novembro

ameaçava voltar a girar na troca do

azul, somente um dezembro verde para

governo que a devastou ou a devassou

aliviar a dor. “Vamos, verdão!”

ainda

galho

como

para

Enquanto as vacas e as vaquejadas

convencional



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.

Financiamento é desafio para o mercado de energias renováveis Durante o Congresso Internacional de Energias Renováveis no Brasil (Birec), debateu-se o impacto que o risco cambial causa no investimento para o setor elétrico do país e, consequentemente, para o financiamento de projetos na área

O financiamento é uma das dúvidas que

A questão do financiamento também

um todo. Conforme Alves, a Bloomberg

ainda pesa sobre o mercado de energias

está atrelada ao tamanho dos projetos de

analisa

renováveis no Brasil. Esta foi uma das

energias renováveis. Conforme o secretário

de solar e eólica, mas também o de gás

constatações do Congresso Internacional

da Aladee, são projetos com escalas

natural. “Sabemos que está havendo uma

de Energias Renováveis no Brasil (Birec),

menores, que apresentam outro tipo de

transição para uma matriz elétrica mais

realizado entre os dias 7 e 10 de novembro

investidor, tais como autoprodutores e

renovável”, afirmou.

na cidade de São Paulo (SP). De acordo

comunidades. “Bancos comerciais da área

com o professor do Instituto de Economia

de energia não estão acostumados com

com estudos que projetam a matriz de

da

de

isso, mas sim com grandes empresas e

energia

Janeiro (UFRJ) e secretário da Asociación

grandes projetos. Ainda estão tentando se

Segundo ela, o Brasil continuará sendo

Latinoamericana

la

adaptar”, disse. Nesse sentido, as fontes de

o segundo maior mercado da América

Energía (Aladee), Edmar de Almeida, o

financiamento estão mudando, sendo usado

Latina, investindo menos no setor de

que torna o financiamento tão complicado

de forma mais intensiva o Project Finance.

combustível fóssil e mais em solar e eólica.

é o risco cambial e o impacto que causa

no investimento para o setor de energia

relativa

o

conte com 50 GW instalados de energia

elétrica no Brasil.

professor da UFRJ, é que no Brasil as

eólica onshore e 38 GW de energia solar

Almeida explica que o Brasil até 2003

empresas estão com grandes dificuldades

fotovoltaica centralizada. Não obstante,

apresentava uma grande vulnerabilidade

de se diversificarem com capital próprio

a energia hídrica continuará sendo a

externa que contribuía para a volatilidade

em relação às novas energias renováveis,

principal fonte.

do câmbio. Contudo, a partir dessa data,

tais como eólica e solar. Isso aumenta a

a vulnerabilidade foi reduzida, mas o

necessidade do financiamento, diminui

câmbio continuou instável. O que explica

o equity e eleva a parte de dívidas do

isso, segundo o professor da UFRJ, são

financiamento

vários fatores. Em 1995, por exemplo,

isso o fato de que o Banco Nacional do

a política cambial brasileira tornou-se

Desenvolvimento

Social

de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar),

flexível, ou seja, a flutuação do câmbio

(BNDES) já anunciou a redução de seu

Rodrigo Sauaia, abordou durante o Birec

passou a variar conforme o humor do

volume de financiamento. “Assim, o custo

o momento propício para as energias

mercado. Nas últimas décadas, o mercado

dos repasses tende a aumentar, o crédito

renováveis não só no Brasil como no

brasileiro integrou-se cada vez mais com

a ficar mais caro”, contou. A outra opção, o

mundo. De acordo com Sauaia, um dos

o internacional, deixando o país muito

financiamento privado, tem um custo muito

sinais que mostram como o cenário é

mais exposto ao mercado de capitais.

alto.

favorável para as fontes renováveis é o

Universidade

Federal de

do

Economia

Rio de

Outro fator que complica a situação ao

financiamento,

dos

explica

projetos.

Econômico

Junte e

econômica e política no Brasil. Atualmente,

os

segmentos

Alves explica que a Bloomberg trabalha elétrica

mundial

para

2040.

A expectativa é de que até 2040, o Brasil

COP 21 e desafios para o setor de energia solar fotovoltaica

a

Essa abertura ao mercado de capitais ocorreu em um contexto de instabilidade

principalmente

O presidente da Associação Brasileira

acordo internacional sobre o clima firmado,

O futuro do mercado elétrico brasileiro

comenta Almeida, o câmbio brasileiro

em 2015, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP 21, que teve a participação do Brasil.

não está acima ou abaixo da média, mas

Ainda durante o Birec, a chefe de Pesquisa

Neste acordo, o país estabeleceu a meta

não há uma tendência clara do que irá

da América Latina na Bloomberg New

de que até 2030 sua matriz elétrica seja

ocorrer. De qualquer maneira, “olhando

Energy Finance, Lilian Alves, explanou

composta em 23% por fontes renováveis

para o contexto histórico, a instabilidade

sobre o futuro do mercado elétrico do país,

não hídricas, sendo 8% só de energia

cambial é possível, o que pode afetar os

destacando que não é possível debater a

solar. “De 0% a 8% é um crescimento bem

investimentos no setor de energia elétrica

energia renovável de maneira isolada, mas

significativo”, comentou o presidente da

do país”, afirma.

sim pensar a matriz elétrica do país como

Absolar.



Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Indústrias do setor eletroeletrônico esperam retomada em 2017 Segundo sondagem da Abinee, empresas deste segmento estão projetando crescimento ou estabilidade econômica para próximo ano

O setor eletroeletrônico está confiante

Barbato

acrescentou

ainda

que

o

de que 2017 será o ano da retomada. É

crescimento esperado para 2017 ainda

o que mostram os dados da Sondagem

será pouco significativo para recuperar as

da

Indústria

perdas de 2015 e as previstas para 2016. “A

Elétrica e Eletrônica (Abinee). De acordo

capacidade ociosa da indústria não diminuirá

com o levantamento, 71% das empresas

muito rapidamente”, conclui.

Associação

Brasileira

da

pesquisadas estão projetando crescimento, 28% estabilidade e apenas 1% queda.

Déficit no setor

A pesquisa identificou que um dos

O déficit da balança comercial dos

principais motivos dessa perspectiva positiva

produtos elétricos e eletrônicos somou US$

reside na condução da política econômica

16,43 bilhões no acumulado de janeiro-

do País. De acordo com a Sondagem, 85%

outubro de 2016. Segundo a Abinee, o

das empresas pesquisadas acreditam na

resultado é 28% inferior ao apontado nos

capacidade do governo de aprovar, junto ao

primeiros dez meses do ano passado (US$

Congresso, as medidas necessárias para a

22,82 bilhões).

retomada do crescimento econômico.

Barbato afirma que o desempenho é

“O encaminhamento da PEC do teto

consequência da queda das importações,

dos gastos do governo, a desaceleração

refletindo o baixo nível de atividade da

da inflação e a redução da taxa de juros,

indústria. No acumulado de janeiro-outubro

iniciada no último dia 19 pelo Copom, geram

de 2016, as exportações de produtos

expectativas positivas para o setor, mas a

elétricos e eletrônicos somaram US$ 4,66

efetiva retomada das vendas deve ser lenta e

bilhões, 3,2% inferiores às registradas

deverá ocorrer a partir do próximo ano”, diz o

no mesmo período de 2015 (US$ 4,81

presidente da Abinee, Humberto Barbato. Ele

bilhões). Já as importações somaram US$

ressaltou, no entanto, que o governo precisa

21,1 bilhões no mesmo período, 23,7%

agir efetivamente para que as expectativas

abaixo das ocorridas em igual período de

positivas se concretizem.

2015 (US$ 27,6 bilhões).



Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Canaletas arredondadas

Quadros de tomadas

www.schneider-electric.com.br

www.engerey.com.br

A Schneider Electric lançou recentemente um novo modelo de

A Engerey, fabricante de painéis elétricos, acaba de lançar quadros

canaletas da linha Dexson. Segundo a empresa, o design curvo é

de tomadas práticos, que ajudam a evitar acidentes em obras. Isso

único no mercado e traz uma nova tendência de design.

porque os novos produtos contam com alças para melhor manuseio e

suportes especiais para fios e rodinhas, que facilitam o transporte com

As canaletas são adaptáveis a qualquer projeto que precise

esconder, organizar ou distribuir os cabos de eletricidade,

segurança para qualquer lugar que necessite ligar um equipamento

televisão, internet, vídeo ou áudio, mesmo para aplicações que

provisório.

visam um melhor acabamento nos filtros de água da cozinha.

de choques elétricos, curtos e incêndios nos canteiros de obras. Eles

O produto acompanha dupla face de alta aderência que não

Segundo a empresa, os quadros de tomadas diminuem o risco

descola com o tempo, película protetora que protege contra riscos

evitam que os equipamentos

e sujeira durante a instalação, resistência a impactos, cor branca

elétricos utilizados durante

de verdade. Outra novidade é que a fita dupla face conta com uma

a construção sejam ligados

As canaletas dispensam parafusos e permitem modificações na fiação elétrica de forma mais cômoda e segura, sem precisar quebrar paredes.

marcação, que facilita o

através de fios soltos,

corte mais preciso.

desencapados e espalhados.

Disponíveis em

O diretor da Engerey, Fábio

dois tamanhos para atender

Amaral, explica que a Norma

diversas quantidades de

Regulamentadora NR 10

cabos e uma completa

recomenda o uso dos painéis

gama de acessórios, as

de tomadas, pensando na

novas canaletas garantem

segurança dos profissionais

uma melhor conectividade

do setor. Por este motivo,

dos dispositivos de uso

os painéis contêm tomadas

diário, além de evitar

industriais devidamente

acidentes, interrupções e

protegidas e próprias para

emaranhados de fios pelo

a ligação de equipamentos

ambiente.

diversos.

Os quadros de tomadas da Engerey podem ser customizados de acordo com a necessidade de cada cliente.



Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.

Duke Energy vende seus negócios no Brasil à estatal chinesa de energia O valor da negociação é de US$ 1,2 bilhão e inclui a assunção das dívidas da holding por parte da compradora, a China Three Gorges Corporation

A Duke Energy, holding de energia

Administrativo

de

Defesa

Econômica

elétrica norte-americana, venderá todos

(Cade) e às necessárias aprovações das

os seus negócios de energia no Brasil

autoridades chinesas e demais condições

para a companhia China Three Gorges

suspensivas.

Corporation, empresa estatal de energia.

A negociação, que deverá ser concluída

MW de potência instalada de geração de

nos próximos meses, custará US$ 1,2

energia, sendo oito usinas hidrelétricas

bilhão para a empresa chinesa. O valor

com capacidade para 2.057 megawatts

inclui a assunção das dívidas da holding.

situadas na divisa entre os estados de São

A Duke Energy também está negociando

Paulo e Paraná e duas pequenas usinas

a venda de seus ativos restantes na

hidrelétricas, cada uma das quais com

América Latina, processo que já está em

capacidade para 16,5 megawatts, situadas

fase final. A empresa começou o processo

no rio Sapucaí-Mirim, no norte do estado

de saída do seu segmento internacional

de São Paulo. Contando, todos os seus

de negócios de energia em fevereiro de

empreendimentos de geração de energia

2016.

na América Central e do Sul, a empesa

norte-americana possui aproximadamente

Segundo o presidente e CEO da Duke

A Duke Energy Brasil conta com 2.090

Energy, Lynn Good, a venda dos ativos da

4.400 MW de capacidade.

empresa no Brasil trata-se de um avanço

significativo na inciativa de adequação

de energia limpa cujo foco é desenvolver

ao foco da companhia no seu principal

empreendimentos de geração hidrelétrica

negócio doméstico regulado, que é o gás

em larga escala. Contudo, realiza também

natural. Good afirma que a Duke Energy

negócios na área de energia renovável,

trabalhará com a compradora chinesa até

incluindo eólica e solar. Presente em 40

a obtenção das aprovações necessárias

países, a companhia chinesa é a maior

para o fechamento da transação. Essa

produtora mundial de energia hidrelétrica,

conclusão está condicionada à aprovação,

com capacidade instalada de cerca de

no

100 GW, tanto em operação quanto em

Brasil,

da

Agência

Nacional

de

Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho

A China Three Gorges é uma empresa

construção.


15

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Weidmüller compra Bosch Rexroth Monitoring Systems Com a aquisição, a empresa fortalece suas atividades no mercado de energia eólica e expande seu portfólio na área de monitoramento

O Grupo Weidmüller concluiu, em novembro deste ano, a aquisição da Bosch Rexroth Monitoring Systems GmbH, da Bosch Rexroth. Com a aquisição, a empresa fortaleceu suas atividades no segmento de energia eólica e expandiu seu portfólio de soluções para tecnologias de monitoramento. A nova subsidiária emprega 25 pessoas e operará com o nome de "Weidmüller Monitoring Systems".

"Graças à nossa nova subsidiária e

à sua excelência na área de detecção de danos em turbinas eólicas, nosso portfólio

tornou-se

consideravelmente

mais atraente na Alemanha e em todo o mundo. Estamos muito satisfeitos em trabalhar juntamente com nossos novos funcionários na concepção de sistemas de energia eólica do futuro com soluções de automação personalizadas", afirmou o diretor executivo do Grupo Weidmüller, Peter Köhler.

Como parte deste processo, o Grupo

Weidmüller adquiriu também o espaço ocupado pela Bosch Rexroth Monitoring Systems,

em

Dresden,

onde

são

desenvolvidos, fabricados e distribuídos os sistemas de monitoramento de condições para instalações eólicas.


Painel de empresas

16

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Fluke inaugura nova sede no Brasil Nova estrutura reúne estoque, operação e ainda uma sala técnica para showroom e treinamento

capacitar ainda mais a rede de distribuidores

Connect®

da companhia por meio de treinamentos

conectadas para teste da indústria - que

-

sistema

de

ferramentas

além

o

permite aos técnicos transmitir via Wi-Fi

cliente final. “Criamos um espaço técnico

todos os dados, imagens térmicas e

que nos aproximará de nossos públicos

medições elétricas provenientes de mais

(distribuidores e cliente final). Um ambiente

de 40 ferramentas de teste diretamente

próprio facilitará a realização de seminários e

para seus smartphones ou tablets, para a

treinamentos com mais frequência”, finaliza.

realização de uma análise detalhada. As

de

seminários

voltados

para

informações podem ser enviadas para a A nova sede da Fluke está localizada no Centro Empresarial São Paulo (Cenesp) e conta com uma área superior a 1000 m².

A

Fluke

Corporation,

especialista

Multímetro com imagem térmica

nuvem, por meio do armazenamento seguro

A empresa também apresentou recen­

Fluke Connect Cloud®, possibilitando o

te­mente o multímetro Fluke 279 FC True-

acesso universal a todas as equipes de

RMS, dispositivo que reúne um multímetro

trabalho.

digital com equipamento a uma câmera de

em equipamentos de teste e medição

imagens térmicas.

eletrônica, acaba de inaugurar sua nova

sede

FC permite que os técnicos verifiquem

no

país,

localizada

no

Centro

O multímetro com imagem térmica 279

A

de maneira rápida e segura os pontos de

proposta foi reunir em um mesmo prédio

aquecimento em fusíveis, fios, isoladores,

todo o estoque e a operação da companhia,

conectores, junções e interruptores por

a fim de assegurar maior rapidez nos

meio da termografia, para depois analisar

processos.

os problemas com o multímetro digital.

A nova estrutura conta com uma

sala técnica criada especialmente para

15 funções de medição elétrica, incluindo

treinamentos e showroom de produtos. De

tensão CA/CC, resistência, continuidade,

acordo com a diretora geral da Fluke no

capacidade, teste de diodos, mín./máx. e

Brasil e América Latina, Poliana Lanari, o

frequência.

novo centro de treinamento possibilitará

Empresarial

São

Paulo

(Cenesp).

A nova ferramenta da Fluke conta com

O Fluke 279FC faz parte do Fluke

O novo multímetro térmico possui classificação de segurança CAT III 1000 V, CAT IV, 600 V e bateria de íon-lítio recarregável com autonomia de até 10 horas.


Fascículos

Apoio

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Ederson Pereira Madruga, Daniel Pinheiro Bernardon, Rodrigo Padilha Vieira e Luciano Lopes Pfitscher

18

Capítulo XI – Metodologia para análise da estabilidade angular em sistemas de distribuição com geração distribuída

• Estabilidade transitória em sistemas de distribuição • Metodologia proposta • Definição dos eventos • Estudos de caso

IEC 61439 – QUADROS, PAINÉIS E BARRAMENTOS BT Nunziante Graziano

26

Capítulo XI – IEC 61439-2 – Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Conjuntos de manobra e comando de potência • Separação interna dos conjuntos MCP • Descrição dos símbolos utilizados nas figuras • Características, construção e opções descritas na IEC 61439-2

LED – EVOLUÇÃO E INOVAÇÃO Vicente Scopacasa

34

Capítulo XI – Consistência de cor nos Leds brancos • Como o Led branco é fabricado? • Diagrama de cromaticidade • Padrão SCDM • Elipses de MacAdam

CURTO-CIRCUITO PARA A SELETIVIDADE Cláudio Mardegan Capítulo XI – Fontes de curto-circuito • Contribuição da concessionária • Contribuição de geradores • Contribuição de motores • Contribuição de banco de capacitores • Contribuição de filtros de harmônicos

38


Apoio

Geração distribuída

18

Capítulo XI Metodologia para análise da estabilidade angular em sistemas de distribuição com geração distribuída Por Ederson Pereira Madruga, Daniel Pinheiro Bernardon, Rodrigo Padilha Vieira e Luciano Lopes Pfitscher*

Com a conexão de várias fontes de geração distribuída (GD) nas redes de

estabilidade transitória em sistemas de

no sistema.

distribuição com a presença de geração

distribuição, torna-se necessário avaliar

No entanto, a aplicação análoga destas

distribuída, incluindo geração a partir de

o impacto sobre a qualidade da energia

análises nos sistemas de distribuição,

fontes eólicas e hídricas, bem como cargas

e sobre a estabilidade transitória destes

pode não ser exequível, uma vez que

desequilibradas. A definição do conjunto

sistemas nesta nova realidade. Uma

as características diferem de sistemas

de eventos e os critérios de avaliação de

característica importante neste cenário é a

de transmissão. Tradicionalmente, em

estabilidade também são propostos, que

peculiaridade dos sistemas de distribuição

sistemas de transmissão, para análise do

representam os principais cenários de

operarem com predominância de cargas

sistema, a rede é considerada equilibrada

estudos para as diferentes condições de

desequilibradas e dispositivos de controle

e faz-se um equivalente entre a subestação

funcionamento, reduzindo o número de

limitados. Para o controle Volt-Var, os

e a GD. Em sistemas de distribuição, além

análise.

principais equipamentos de controle são

da presença de cargas desequilibradas,

os bancos de capacitores e reguladores

existem muitas derivações (ramais), o

automáticos de tensão, já para proteção

que acarreta a necessidade de avaliação

da rede, os religadores automáticos e as

de eventos fora do tronco, bem como a

chaves fusíveis podem ser citados.

análise da resposta dos dispositivos de

Estas condições combinadas com

Fascículo

e as respostas dos controles sobre eventos

proteção da GD e do sistema.

Estabilidade transitória em sistemas de distribuição A principal preocupação em estudos de estabilidade transitória consiste em

as variações bruscas e imprevisíveis da

Há poucas pesquisas que exploram

verificar a manutenção do sincronismo

geração distribuída trazem a preocupação

estudos de estabilidade transitória em

das máquinas num curto período de

sobre o seu comportamento dinâmico

sistemas de distribuição, a maioria só

tempo após a ocorrência de um distúrbio,

e, consequentemente, o impacto sobre

verifica a resposta de máquinas síncronas

durante o qual as ações dos controladores

a qualidade de energia devido a esta

frente a carga em desequilíbrio, sem

não têm um efeito significativo, assim

diversidade de fontes.

incluir as redes de distribuição. Além

como o comportamento do sistema pós estes distúrbios.

transmissão,

disso, estudos recentes consideram a rede

a estabilidade a pequenos sinais e

Em

sistemas

de

simplificada não contemplando eventos

O aumento da penetração da GD em

estabilidade

em ramais, que são significativos para

um sistema de distribuição interligada

este tipo de rede.

não afeta significativamente a velocidade

transitória

são

estudos

essenciais, que, por meio de métodos analíticos ou simulações no domínio do

Assim, este trabalho propõe uma

das máquinas em relação à velocidade

tempo, mostram a dinâmica dos geradores

metodologia para análise global de

síncrona, mas provoca um aumento


Apoio

da frequência de oscilação depois de

número de eventos nestes segmentos do

uma falha. Os geradores conectados aos

sistema, se comparado com o tronco da

sistemas de distribuição são geralmente

rede. Embora o tempo de operação dos

pequenos e têm baixa inércia, o que

fusíveis que protegem estas derivações

resulta num sistema com uma maior

seja relativamente rápido, estes elementos

probabilidade de perder o sincronismo

devem

e, consequentemente, a instabilidade. Por

descoordenação da proteção e reflexos na

esta razão deve ser dada especial atenção aos

sistemas

de

proteção,

evitando

Figura 1 - Tensão por fase e média em caso de um curto-circuito fase-terra.

ser

pela

possível

qualidade e estabilidade das máquinas.

Metodologia proposta

sobretensões, sobrecorrentes e ilhamentos equilibradas.

não intencionais.

O

objetivo

Ao contrário dos sistemas de trans­

Para ilustrar este fenômeno, a Figura

missão, em sistemas de distribuição,

1 mostra as tensões de fase e a tensão

desenvolver

o desequilíbrio de cargas e as grandes extensões

das

avaliados

deste

uma

trabalho

metodologia

é

para

média, no caso de um curto-circuito

análise global da estabilidade transitória

devem

ser

entre a fase A e a terra em uma barra do

em sistemas de distribuição com a

simulações

redes

de

sistema. Observa-se que a tensão na fase

presença de geração distribuída e cargas

transitórias, uma vez que estes podem

C é superior a 1,2 pu, enquanto a tensão

desequilibradas. Os modelos e técnicas

causar interferências nas respostas das

média se mantém em valores aceitáveis.

propostas

consideradas

nas

incluem

as

peculiaridades

máquinas e na qualidade da energia. À

Outro ponto neste tipo de análise

dos sistemas de distribuição fornecendo

medida que aumenta o desequilíbrio, no

que tem sido pouco explorado é a

uma análise representativa dentro da

caso de um curto-circuito monofásico,

representação dos ramais de rede. Devido

estabilidade transitória.

sobretensões nas fases complementares

ao grande número e à grande extensão das

A Figura 2 mostra o fluxograma da

são acentuadas, o que pode não ser

derivações, há uma maior exposição às

metodologia proposta, que é detalhada

detectada quando se realizam simulações

intempéries, o que resulta em um maior

nas seguintes seções:

19


Apoio

20

barramentos do sistema e os níveis de

Geração distribuída

tensão por fase. A Tabela I mostra os eventos para avaliação da estabilidade transitória no sistema de distribuição para cargas mínima e máxima. Como diferencial, este trabalho inclui eventos em ramais e avaliações de operação monopolar dos dispositivos de proteção para faltas fase-terra, característica esta utilizada apenas em sistemas de transmissão. Vale ressaltar que, quando ocorre um evento no sistema de distribuição, espera-se que a geração distribuída síncrona mantenha o sincronismo após a eliminação da falha temporária, mantendo os limites de operação em valores pré-estabelecidos. Critérios de avaliação Em sistemas de energia, diz-se que

Figura 2 – Fluxograma da metodologia.

o sistema é estável se ele permanece ou

Definição dos eventos

As respostas transitórias das máquinas, o

retorna a um estado operacional normal e

reflexo sobre as conexões com os sistemas

desejado após qualquer perturbação. Como

A análise da estabilidade transitória

interligados e da qualidade da energia

um critério de avaliação da estabilidade

depende diretamente das simulações de

fornecida às cargas são os principais

transitória de sistemas de distribuição,

falhas no sistema em estudo, portanto,

interesses no estudo. Para avaliar a dinâmica

espera-se que as várias GD cheguem a um

um conjunto de eventos, que representa

a pequenos sinais, pequenas mudanças

ponto estável de operação após um evento.

os principais cenários de estudos para

na carga são definidas, e para avaliar a

Além disso, espera-se que a qualidade

diferentes

estabilidade transitória, curtos-circuitos são

da energia permaneça dentro de limites

simulados no tronco e nos ramais da rede.

aceitáveis de operação e segurança, que são:

condições

de

operação,

reduzindo o número de análises, é proposto neste trabalho. Os

principais

eventos

a

A análise avalia o tempo crítico de

i) os níveis de tensão e frequência em todas

serem

eliminação dos defeitos para as máquinas

as barras do sistema não excedam os limites

analisados são curtos-circuitos e perda de

síncronas, o efeito torcional nos eixos

fixados para período transitório e regime

carga em pontos críticos para a estabilidade.

dos geradores, a frequência elétrica dos

permanente, e ii) os geradores não sejam

Tabela I – Eventos aplicados aos sistemas de distribuição com GD

Carreg.

Evento

Tipo

Local

Elemento de

Rejeição da maior

Permanente

Ramal com

Chave Fusível

Abertura trifásica

Próximo ao

Religador e/ou

Desligamento

disjuntor

e religamento

Fascículo

do Sistema

Atuação

proteção carga em ramal

maior carga

Curtos-circuitos

Temporário e

Sistema Interligado

fase-terra

permanente

Próximo às gerações

Carga Mínima e

Ramal com maior

Carga Pesada

corrente de curto-circuito

monopolar Chave fusível

Abertura monopolar

Próximo ao Sistema

Religador

Desligamento

Curtos-circuitos

Temporário e

Interligado

e/ou disjuntor

e religamento

trifásicos

permanente

Próximo as Gerações Ramal com maior corrente de curto-circuito

tripolar Chave fusível Abertura tripolar


Apoio

Estudo de caso

Tabela 2 – Limites operacionais

Variável

Valores aceitáveis

Tipo

δi

<δcrítico

Ângulo do rotor da máquina

≤0,5

em regime permanente

∆P

0,8 pu ≤ VRT ≤ 1,1

Esforço torcional

VRT

(normalizar para VRP em 10 segundos)

Nível de tensão em regime

0,93 ≤ VRP ≤ 1,1

transitório

56,9Hz ≤ FRT ≤ 60,0Hz

Nível de tensão em regime

(normalizar para FRP em no

permanente

máximo 30 segundos)

Frequência em regime

59,9Hz ≤ FRP ≤ 60,1Hz

transitório

VRP FRT FRP

Como estudo de caso, a metodologia proposta foi aplicada em um sistema de distribuição real, com 44,8 km de tronco, 6309 barras, uma PCH e uma fonte de geração de energia eólica. A Figura 3 mostra a rede de distribuição e a identificação das principais barras do sistema.

Frequência em regime permanente

submetidos a efeitos torcionais nocivos. Estas

condições

serão

imediatamente antes e imediatamente

cumpridas

após a contingência, cuja razão não

quando os limites das variáveis apresentadas

deve exceder 0,5 pu, de acordo com o

na Tabela 2 são cumpridos.

que foi empiricamente proposto por um

O ângulo crítico de operação é

grupo de trabalho do IEEE [17] para

obtido quando a derivada da potência

salvaguardar o eixo dos geradores devido

sincronizante é zero, isto é, o ponto

às interrupções na rede. Os valores

de transferência de potência máxima.

de tensão e frequência em período

O esforço torcional é obtido pela

transitório e permanente são definidos

diferença da potência ativa gerada

pelas agências reguladoras.

Figura 3 - Rede de distribuição simulada.

21


Apoio

Geração distribuída

22

As curvas de carga e geração são ilustradas na Figura 4.

proteção a operar, abrindo o circuito

em um aumento de tensão nas demais fases,

em 10,328 segundos. No tempo 10,650

o que não pode ser visto em uma análise

segundos, o disjuntor de interligação com o

equilibrada.

sistema interligado opera, eliminando todas

A Figura 9 mostra a potência ativa

as fontes de corrente de falha. Em 11,25

gerada pela PCH, em que os valores

segundos, o sistema interligado fecha seus

elevados obtidos ocorrem na perda de

contatos e em 11,328 segundos o disjuntor

sincronismo.

da PCH é fechado. Figura 4 - Curvas de carga do alimentador – Potência Ativa.

O índice de desequilíbrio da carga é mostrado na Figura 5.

A Figura 6 mostra a resposta transitória para máquina síncrona para operação tripolar de abertura e fechamento (utilizado em análises tradicionais) e para disparos monopolares, no método proposto. Figura 9 - Potência ativa da PCH.

Para o método tradicional, a potência ativa fornecida pelo gerador eólico também é interrompida durante a desconexão do sistema, pois a tensão é inferior ao mínimo

Figura 5 – Desequilíbrio de cargas.

Normalmente, o período de carga mínima é o mais crítico, uma vez que é o momento em que o sistema tem a menor inércia e a maior penetração de GD, podendo haver energia exportada do sistema de distribuição para o sistema interligado. Em todos os cenários estudados, espera-se que

permitido pelo conversor. Este limite não é Figura 6 - Ângulo do rotor da PCH.

O método tradicional faz com que ocorra o desligamento da PCH, enquanto o religamento monopolar mantém a geração conectada. A Figura 7 mostra a frequência nas barras com geração.

atingido em uma operação monopolar. A Figura 10 mostra a potência ativa gerada pela fonte eólica, em que se observa a desconexão quando de abertura tripolar e o suporte de potência dado quando de uma operação monopolar.

a GD permaneça conectada ao sistema de distribuição, sem perda de sincronismo e violação dos limites operacionais. Neste trabalho será detalhado o estudo realizado para condição de carga leve, às 5h. O software Power Factory - DigSilent foi usado como ferramenta de simulação no domínio do tempo.

Figura 7 - Frequência nas barras com geração.

A Figura 8 ilustra as tensões sobre a

Fascículo

barra 20, onde se percebe que a operação

Figura 10 – Potência ativa da geração eólica.

Estudo de caso 2 – Falta permanente em derivação

Estudo de caso 1 – Falta temporária no

monopolar oferece quedas de tensões

Este estudo avalia a estabilidade

tronco do alimentador

menos severas ao sistema. Para uma análise

transitória para um evento ocorrido em

trifásica, falhas fase-terra podem resultar

um ramal, que tradicionalmente não é

Este cenário contempla a aplicação de um curto-circuito fase-terra na barra 35,

observado, pois usa-se rede equivalente

perto da PCH. Para a análise tradicional,

entre as subestações e a GD. A proteção

o circuito tem cargas equilibradas e a

primária para defeitos em ramais são os

operação dos elementos de proteção é

fusíveis, em que o tempo de operação

tripolar. O método proposto considera

depende do nível de curto-circuito do

as cargas desequilibradas e o religamento

sistema. Um curto-circuito trifásico foi aplicado

unipolar.

a barra 43, que deriva da barra 27. O curto-

A falha no sistema ocorre no tempo 10 segundos e o disjuntor da PCH é a primeira

Figura 8 - Tensões nos principais bares da rede.

circuito é da ordem de 400 A e o tempo


Apoio

23


Apoio

Geração distribuída

24

de resposta do fusível é de cerca de 680

Nesta

simulação,

foi

verificado

ms. A Figura 11 ilustra o ângulo do rotor

que eventos em ramais podem causar

da máquina síncrona, em que se verifica

desconexão das GDs e violações de limites

uma convergência para um novo ponto de

de qualidade da energia.

operação após a eliminação do defeito.

Conclusões Este trabalho traz uma metodologia para avaliar a estabilidade transitória em sistema de distribuição com carga desequilibrada e geração distribuída. Um conjunto de eventos é proposto e os resultados obtidos são comparados com limites aceitáveis. O trabalho mostra a importância de se

Figura 11 - Rotor Ângulo da SHP com o novo ajuste.

A Figura 12 mostra a frequência de oscilação dentro dos limites operacionais impostos.

considerar as cargas em desequilíbrio e a representação dos ramais em um sistema de distribuição. Falhas nas derivações podem levar à instabilidade dos sistemas de distribuição. A modelagem trifásica permite a detecção de violações significativas, que em uma representação equilibrada passa despercebida. O trabalho também indica as vantagens da aplicação da operação monopolar para sistemas de distribuição, em que as simulações mostraram sucesso na estabilidade transitória de geradores no caso

Figura 12 - Frequência nas barras com geração.

de curtos-circuitos monofásicos, que são

A Figura 13 apresenta um afundamento

predominantes em sistemas de distribuição.

momentâneo de tensão, causado pelo

A abertura e fechamento monopolar permite

curto-circuito. A duração deste SAG está

que as GD permaneçam em sincronismo

ligada ao tempo de atuação do fusível, que

com o sistema elétrico durante a eliminação

irá isolar o circuito sob defeito.

da falta, contribuindo para o apoio da potência ativa e reativa no momento da oscilação do sistema, aumentando deste modo a qualidade da energia fornecida.

Fascículo

Referências

Figura 13 - Tensão Bar com geração eólica.

A Figura 14 mostra a variação da potência ativa gerada por fase.

Figura 14 – Potência ativa gerada pela PCH.

[1] ACKERMANN . T.. ANDERSSON . G.; SÖDER. L. Distributed generation: a definition. Electric Power Systems Research. vol. 57. no. 3. pp. 195 – 204. 2001. [2] BOEMER. J. C.. GIBESCU. M.; KLING. W. L.; Dynamic Models for Transient Stability Analysis of Transmission and Distribution Systems with Distributed Generation: an overview. IEEE Bucharest Power Tech Conference. Romania. 2009; [3] NASR-AZADANI. E.; CAÑIZARES. C. A.; OLIVARES. D. E.; Stability Analysis of Unbalanced Distribution Systems With Synchronous Machine and DFIG Based Distributed Generators; IEEE Transactions on Smart Grid. Sep 2014; [4] RESENER. M.; SALIM. R. H.; BRETAS. A. S.; Impacts of Excitation Control Modes of Distributed Generators on Distribution Systems Transient Stability: A case study. IEEE. 2012; [5] KUNDUR. P. – Power System Stability and Control. Editora McGraw-Hill. New York. 1994. [6] ARRILLAGA. J.. SMITH B. – AC-DC Power System Analysis. Editora IEE. Londres. 1998. [7] ANDERSON. P.M.; FOUAD. A.A. Power System Control and Stability. 2nd dition. IEEE Press. Wiley Interscience. 2003; [8] SAADAT. H. Power System Analysis. PSA Publishing. 3rd edition. 2010;

[9] MONTICELLI. A.J.; GARCIA. A.; “Introdução a Sistemas de Energia Elétrica”. First Edition UNICAMP. São Paulo-SP. Brazil. 2003. [10] NAZARI. M.H.. ILIC. M.; Dynamic modelling and control of distribution energy systems: comparison with transmission power systems. IET Generation. Transmission & Distribution. 2013. [11] SALIM. R. H.; RAMOS. R. A.; BRETAS. N. G.; Analysis of the Small Signal Dynamic Performance of Synchronous Generators under Unbalanced Operating Conditions. IEEE. 2010; [12] ABREU. L. V. L.; MARQUES. Frederico A. S. ; MORÁN. Jesús ; FREITAS. Walmir ; SILVA. Luiz C. P. da . Impact of Distributed Synchronous Generators on the Dynamic Performance of Electrical Power Distribution Systems. In: IEEE/PES T&D 2004 Latin America. 2004. São Paulo. 2004. [13] GRILO. A. P.; MOTA. A. A. ; MOTA. L. T. M. ; FREITAS. W. . An Analytical Method for Analysis of Large-Disturbance Stability of Induction Generators. IEEE Transactions on Power Systems. v. 22. p. 1861-1869. 2007. [14] DIAS. I. C.; RESENER. M.; CANHA. L.N.; PEREIRA. P.R.S. Transient Stability Study of an Unbalanced Distribution System with Distributed Generation. IEEE. 2014. [15] KAHNI. D.; YAZDANKHAH. A. S.; KOJABADI. H. M. Impacts of distributed generations on power system transient and voltage stability. International Journal of Electrical Power and Energy Systems. [S.l.]. v. 43. n. 1. p. 488-500. 2012. [16] EDWARDS. F. V. et al. Dynamics of distribution networks with distributed generation. In: POWER ENGINEERING SOCIETY SUMMER MEETING. 2000. Seattle. [17] IEEE Working Group Report. “IEEE Screening Guide for Planned Steady-State Switching Operations to Minimize Harmful Effects on Steam Turbine-Generators.” IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems. Vol. PAS-99. No. 4. July/August 1980. pp. 1519-1521. [18] DIgSILENT POWERFACTORY – Technical References. Version 14.1. Germany. 2011.

Ederson Pereira Madruga é mestre em engenharia elétrica pela UFSM e especialista em Sistemas de Transmissão pela Unifei. Atualmente, é aluno de Doutorado do PPGEE da UFSM. Atua como gerente de distribuição da permissionária Certaja Energia e é ainda professor dos cursos de graduação em engenharia elétrica e controle e automação na Univates. Luciano Lopes Pfitscher possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria. É professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Araranguá, Departamento de Energia e Sustentabilidade. Rodrigo Padilha Vieira é engenheiro eletricista, com mestrado e doutorado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria. É professor da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Tecnologia, Departamento de Eletromecânica e Sistemas de Potência. Daniel Pinheiro Bernardon possui graduação, mestrado e doutorado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria. É professor da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Tecnologia, Departamento de Eletromecânica e Sistemas de Potência. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

25


Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

26

Capítulo XI IEC-61439-2 – Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão Parte 2: Conjuntos de manobra e comando de potência Por Nunziante Graziano*

Prezado leitor, o intuito deste fascículo é

destinado

para

aplicações

industriais,

apresentar em detalhes o projeto de revisão

comerciais e similares, em que a operação

da norma brasileira para construção de

por pessoas comuns não é prevista.

série IEC 60204.

quadros elétricos e barramentos blindados

Gostaria de lembrar aos leitores que

Esta norma é aplicável a todos os

de baixa tensão. Desde o capitulo inicial,

esta parte da norma só consegue ser lida e

conjuntos que são projetados, fabricados

foram abordados temas como: panorama

compreendida quando a parte “IEC-61439-

e verificados sob encomenda (uma única

atual da ABNT NBR IEC 60439 e seus

1, Conjuntos de manobra e controle de

vez) ou completamente padronizados e

principais pontos de interesse; definições

baixa tensão – Parte 1: Regras gerais” estiver

fabricados em quantidade.

e termos usuais; condições de instalação;

bem entendida, em muitos casos, deve ser

características de isolamento; proteção

lida em conjunto.

contra choques elétricos; requisitos de marcação; resistência dos materiais e das

Sua

particularização

A fabricação e/ou a montagem pode ser realizada por terceiros que não pelo

deve-se

aos

seguintes aspectos:

fabricante original (organização que realizou o projeto original e a verificação associada

partes; verificação dos materiais no tocante

de um conjunto conforme a norma do

à corrosão; condições de verificação,

− Conjuntos em que a tensão nominal não

conjunto aplicável), ou seja, o montador do

construção

e

performance;

proteção

exceda 1.000 V em corrente alternada ou

conjunto (uma organização que assume a

contra choques elétricos e os métodos de

1.500 V em corrente contínua;

responsabilidade pelo conjunto completo),

incorporação de dispositivos de manobra

− Conjuntos fixos ou móveis com ou sem

sendo que esse montador do conjunto pode

e de componentes conjuntos; circuitos

invólucro;

ser uma organização diferente do fabricante

elétricos internos, conexões e refrigeração;

− Conjuntos destinados para uso em

original.

formas de avaliação e a qualificação dos

conexão com a geração, transmissão,

Esta norma não é aplicável aos

conjuntos de manobra, etc.

distribuição e conversão de energia elétrica

dispositivos individuais e aos componentes

e para o comando de equipamentos que

independentes como chaves de partida

61439-0, um guia para especificação dos

consomem energia elétrica;

de

conjuntos, importante ferramenta e grande

− Conjuntos projetados para uso em

equipamentos

inovação em relação à versão atual. E neste

condições de serviços especiais, como

são conforme as normas dos produtos

capítulo, será analisada a parte 2 da norma,

por exemplo, em navios e em veículos

pertinentes.

que se ocupa de detalhar as particularidades

ferroviários, na condição que outros

e os requisitos específicos aplicáveis aos

requisitos específicos pertinentes sejam

conjuntos de manobra e comando de

respeitados. Neste particular, requisitos

potência, Conjuntos-MCP.

adicionais para Conjuntos-MCP em navios

O capítulo anterior analisou a IEC TR

Fascículo

parte de uma máquina são cobertos pela

Um Conjunto-MCP é um conjunto

são tratados na IEC 60092-302.

motores,

fusíveis-interruptores, eletrônicos,

etc.,

que

Vamos nos dedicar a examinar algumas partes importantes dos conjuntos-MCP. Separação interna dos conjuntos-MCP Os arranjos típicos para separação interna

de manobra e comando de baixa tensão

− Conjuntos projetados para equipamento

por barreiras ou divisórias são descritos

utilizado para distribuir e comandar a

elétrico

na Tabela a seguir e são classificados como

energia para todos os tipos de cargas e

adicionais para os conjuntos que fazem

de

máquinas.

Os

requisitos

formas (ver os exemplos a seguir).


Apoio

Formas de separação interna Critério principal

Subcritério

A forma de separação e os graus de

Forma Forma 1

Sem separação interna. Bornes para condutores externos não separados Separação entre barramentos e todas as

dos barramentos.

unidades funcionais.

Bornes para condutores externos separados dos

Forma 2a

Bornes para condutores

unidades funcionais.

externos não separados

- Separação de todas as unidades funcionais,

dos barramentos.

Forma 2b

Forma 3a

a uma unidade funcional, mas não para os

barramentos.

Forma 3b

Bornes para os

unidades funcionais.

condutores externos no

- Separação de todas as unidades funcionais,

mesmo compartimento

entre si.

que a unidade funcional

- Separação entre os bornes dos condutores

associada.

externos associado a uma unidade funcional

Bornes para condutores

e os bornes de qualquer outra unidade

externos não no mesmo

funcional e os barramentos.

compartimento que

- Separação entre os condutores externos e

a unidade funcional

os barramentos.

associada, mas em

- Separação dos condutores externos

espaços separados,

associados a uma unidade funcional de uma

individuais ou

outra unidade funcional e seus bornes.

compartimentos

- Os condutores externos não precisam estar

fechados protegidos.

separados entre si.

para obter ao menos uma das condições compartimentos separados ou os espaços protegidos fechados: - Proteção contra os contatos com as partes perigosas. O grau de proteção deve ser pelo

sólidos estranhos. O grau de proteção deve ser pelo menos igual a IP 2X. Este grau de proteção IP 2X abrange o grau de proteção

bornes de outras unidades funcionais. - Separação entre barramentos e todas as

A separação interna pode ser utilizada

- Proteção contra a penetração de corpos

- Separação entre os bornes para condutores Bornes para condutores externos separados dos

e o usuário.

menos igual a IP XXB;

entre si. externos e condutores externos associados

um acordo entre o montador do conjunto

seguintes entre as unidades funcionais, os

barramentos. - Separação entre barramentos e todas as

proteção mais elevados devem ser objeto de

IP XXB. A separação pode ser obtida por meio de divisórias ou de barreiras (metálicas Forma 4a

ou não), por isolação das partes vivas ou colocando o dispositivo no interior de um invólucro fechado, por exemplo, um disjuntor em caixa moldada. No que se refere à estabilidade e durabilidade das barreiras e das divisórias, tal barreira só pode ser removida com auxílio de uma chave ou

Forma 4b

ferramenta. Muito importante ressaltar que a separação interna em conjuntos, descrita neste capítulo, não é destinada a garantir a integridade do conjunto no caso de arco interno devido à uma falha interna.

27


Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

28

Formas de separação internas

Forma 3 Separação entre barramentos e todas

+ Separação dos condutores externos dos barramentos

unidades funcionais + Separação de todas unidades funcionais entre elas + Separação dos bornes para condutores externos e dos condutores externos das unidades funcionais, mas não os bornes

+ Separação dos condutores externos associados a uma unidade funcional de outras unidades funcionais e seus bornes + Os condutores externos não necessitam estar separados uns dos outros

de outras unidades funcionais. Figura 1 – Símbolos utilizados nas figuras.

Forma 1 Nenhuma separação interna

Forma 3a: Bornes não separados dos barramentos

Forma 4a: Bornes estão no mesmo compartimento da unidade funcional associada

Forma 2 Separação entre barramento e unidades funcionais

Forma 4b: Bornes não estão no mesmo compartimento da unidade funcional associada

Fascículo

Forma 3b: Bornes e condutores externos separados dos barramentos Forma 2a: Bornes não separados dos barramentos

Forma 4 Separação entre barramentos e todas unidades funcionais + Separação de todas unidades funcionais entre elas + Separação dos bornes para condutores externos associados a uma unidade funcional dos bornes de qualquer outra

Forma 2b: Bornes separados dos barramentos

unidade funcional e dos barramentos.

No

capítulo

X

deste

fascículo,

abordamos a parte IEC-61439-0, o guia de especificação genérico para todos os conjuntos. Aproveitando

aquela

metodologia,

apresentaremos a seguir a tabela que integra a IEC 61439-2, como itens sujeitos a acordo entre montador do conjunto e o usuário. A informação a seguir está sujeita a um acordo entre o montador do Conjunto-MCP e o usuário. Em certos casos, as informações indicadas pelo montador do conjunto podem substituir um acordo.


Apoio

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Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

30

Características

Seção ou subseção de referência

Construção padrão b

Opções relacionadas nas normas

5.6, 8.4.3.1,

Padrão do montador,

TT / TN-C / TN-C-S /

8.4.3.2.3,

escolhido para atender aos

IT, TN-S

8.6.2, 10.5,

requisitos locais

Sistema elétrico Esquema de aterramento

11.4 Tensão nominal (V) Sobretensões transitórias

3.8.9.1,

De acordo com as condi­

1000 V c.a máx

5.2.1, 8.5.3

ções da instalação local

ou 1500 V c.c.

5.2.4, 8.5.3,

Determinado pelo sistema

Categoria de sobretensão

9.1, Anexo G

elétrico

I / II / III / IV

Sobretensões temporárias

9.1

Tensão nominal do sistema

Nenhum

Frequência nominal fn (Hz)

3.8.12,

De acordo com as

5.5, 8.5.3,

condições da instalação

10.10.2.3,

local

+ 1 200 V c.c./ 50 Hz/ 60 Hz

10.11.5.4 Padrão do montador de

Requisitos adicionais de ensaio no local da instalação: cabeamento e funcionamento

11.10

acordo com a aplicação

Nenhum

3.8.7

Determinada pelo sistema

Nenhum

10.11.5.3.5

Máx 60% dos valores

elétrico. Suportabilidade ao curto-circuito Corrente de curto-circuito presumida nos bornes de alimentação Icp (kA) Corrente de curto-circuito

elétrico

Corrente de curto-circuito

10.11.5.6 9.3.2

Nenhum

De acordo com as condições

Sim / Não

da instalação local

DPCC na unidade funcional de entrada

De acordo com as

Coordenação dos dispositivos de proteção contra os curtos-circuitos e incluindo as

Máx 60% dos valores de fase

presumida no circuito de proteção Requisitos relativos à presença de um

Nenhum

de fase

presumida no neutro

9.3.4

condições da instalação

Nenhum

local

informações relativas ao dispositivo de proteção externa contra os curtos-circuitos

Nenhuma carga

Dados associados às cargas suscetíveis de contribuir com a corrente de curto-circuito

9.3.2

Nenhum

suscetível de contribuir significativamente

Fascículo

Proteção das pessoas contra os choques elétricos conforme a IEC 60364-4-41 De acordo com as regras

Tipo de proteção contra os choques elétricos – Proteção básica

8.4.2

Proteção básica

de instalação local

De acordo com as

Interrupção automática da

8.4.3

condições da instalação

alimentação / separação

local

elétrica / seccionamento total

3.5, 8.1.4,

Padrão do montador de

Abrigado / ao tempo

8.2

acordo com a aplicação

(proteção contra o contato direto) Tipo de proteção contra os choques elétricos – Proteção em caso de falta (proteção contra o contato indireto) Ambiente da instalação Tipo do local

Requisições do usuárioa


Apoio

Características

Proteção contra a penetração de corpos

Seção ou subseção de referência 8.2.2, 8.2.3

sólidos estranhos e água

Construção padrão b

Opções relacionadas nas normas

Abrigado: IP 2X

IP 00, 2X, 3X, 4X, 5X, 6X

Ao tempo (min.): IP 23

Após retirar as partes removíveis: como no caso da posição conectada / Proteção reduzida conforme a Padrão do montador

Impacto mecânico externo (IK)

8.2.1, 10.2.6

Resistência à radiação UV (aplica-se somente aos conjuntos ao tempo, salvo

Nenhum

Nenhum

Abrigado: não se aplica, 10.2.4

especificação em contrário)

Ao tempo: clima

Nenhum

temperado

Resistência à corrosão

Instalação abrigada ao 10.2.2

tempo, ambos em condições

Nenhum

normais de serviço Temperatura do ar ambiente –

7.1.1

Limite inferior

Abrigado: –5 °C

Nenhum

Ao tempo: –25 °C

Temperatura do ar ambiente – Limite superior

7.1.1

40 °C

Nenhum

Temperatura do ar ambiente –

7.1.1, 9.2

35 °C

Nenhum

Umidade relativa máxima

7.1.2

Abrigado: 50 % a 40 °C

Nenhum

Grau de poluição (do ambiente da instalação)

7.1.3

Industrial: 3

1, 2, 3 e 4

Altitude

7.1.4

≤ 2.000 m

Nenhum

Ambiente EMC (A ou B)

9.4, 10.12,

A/B

A/B

Nenhum

Média diária máxima Ao tempo: 100% a 25 °C

Anexo J Condições especiais de serviço (por exemplo, vibração, condensação excepcional, forte

7.2, 8.5.4,

poluição, ambiente corrosivo, campo elétrico

9.3.3

Nenhuma condição

ou magnético elevados, fungos, pequenos

Tabela 7

especial de serviço

Tipo

3.3, 5.6

Padrão do montador

Fixo / móvel

3.5

Fixo

Fixo / Móvel

Dimensões externas máxima

5.6, 6.2.1

Padrão do montador de

Nenhuma

animais, perigos de explosão, fortes choques e vibrações, abalos sísmicos) Método de instalação Por exemplo, assentado no piso (autoportante), montado na parede

e peso máximo

acordo com a aplicação

Tipo(s) do(s) condutor(es) externo(s)

8.8

Padrão do montador

Encaminhamento dos condutores externos

8.8

Padrão do montador

Nenhum

Material do condutor externo

8.8

Cobre

Cobre/Aluminio

Seção e terminação dos condutores

8.8

Como definido na norma

Nenhum

8.8

Como definido na Norma

Nenhum

8.8

Padrão do montador

Nenhum

Canaleta para cabos e barramento pré-fabricado

de fase externos Seção e terminação dos condutores PE, N, PEN externos Requisitos especiais de identificação dos bornes

Requisições do usuárioa

31


Apoio

IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT

32

Características

Seção ou subseção de referência

Construção padrão b

Opções relacionadas nas normas

Dimensões e peso máximos de

6.2.2,

Padrão do montador

Nenhum

Padrão do montador

Nenhum

Armazenamento e manuseio unidades de transporte

10.2.5

Métodos de transporte (por exemplo,

6.2.2,

elevador em garfo, guindaste)

8.1.6

Condições ambientais diferentes das de serviço

7.3

Nas condições de serviço

Nenhum

Detalhes de embalagem

6.2.2

Padrão do montador

Nenhum

Instalações operacionais Acesso aos dispositivos

Pessoa autorizada /

8.4

pessoa comum

manobrado manualmente 8.5.5

Facilmente acessível

Nenhum

Seccionamento dos equipamentos de

8.4.2, 8.4.3.3,

Padrão do montador

Individual/grupo/

instalação em carga

8.4.5.2

Localização dos dispositivos manobrados manualmente

todos os tipos

Capacidade de manutenção e de atualização Requisitos relativos à acessibilidade em serviço por pessoas comuns; requisito para manobrar

8.4.6.1

Proteção básica

Nenhum

Nenhum requisito

Nenhum

os dispositivos ou troca de componentes enquanto o conjunto é energizado Requisitos relativos à acessibilidade para

8.4.6.2.2

inspeção ou operações similares Requisitos relativos à acessibilidade para

relativo à acessibilidade 8.4.6.2.3

manutenção em serviço por pessoas autorizadas Requisitos relativos à acessibilidade para

Nenhum requisito

8.4.6.2.4

extensão em serviço por pessoas autorizadas

Nenhum requisito

Nenhum

relativo à acessibilidade

Método para conexão de unidades funcionais 8.5.1, 8.5.2

Padrão do montador

Proteção contra contato direto com

Nenhum requisito relativo

partes internas vivas perigosas durante

à proteção no decorrer

manutenção ou atualização (por exemplo,

Nenhum

relativo à acessibilidade

8.4

unidades funcionais, barramentos principais,

de uma manutenção ou

Nenhum

Nenhum

atualização

barramentos de distribuição)

Fascículo

Corrente admissível 3.8.9.1, 5.3,

Corrente nominal do conjunto InA (ampere)

8.4.3.2.3,

Padrão do montador,

8.5.3, 8.8,

conforme aplicação Nenhum

10.10.2, 10.10.3, 10.11.5, Anexo E

Corrente nominal de circuitos

5.3.2

Inc (ampere)

Padrão do montador, conforme aplicação

RDF para os grupos de

5.4, Fator de diversidade nominal

Nenhum

10.10.2.3, Anexo E

Como definido na norma

circuitos / RDF para o conjunto completo

Requisições do usuárioa


Apoio

33

Características

Seção ou subseção de referência

Construção padrão b

Opções relacionadas nas normas

8.6.1

100 %

Nenhum

8.6.1

50 % (min. 16 mm2)

Nenhum

Requisições do usuárioa

Relação da seção do condutor neutro para os condutores fase: condutores fase até e inclusive 16 mm

2

Relação da seção do condutor neutro para os condutores fase: condutores fase até e inclusive 16 mm2

a) Para aplicações excepcionalmente severas, o usuário pode necessitar especificar requisitos mais rigorosos que aqueles da norma. b) Em certos casos, as informações indicadas para o montador do conjunto podem levar em conta um acordo

No próximo e último capítulo deste

Comissão de Estudo de Manobra e Comando

fascículo faremos uma breve e superficial

de Baixa Tensão (CE-003:121.002) do Comitê

análise dos projetos de norma da ABNT IEC 61439-3, referente a quadros de distribuição; da ABNT IEC 61439-4, referente a conjuntos para canteiro de obra; da ABNT IEC 614395, referente a conjuntos para distribuição de energia elétrica; e da ABNT IEC 61439-6 referente às linhas elétricas pré-fabricadas, que se encontram em fase de estudo por parte da

Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003). Até lá!

*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro da ABNT/CB-003/CE 003 121 002 – Conjuntos de Manobra e Comando de Baixa Tensão e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

Fascículo

Led – Evolução e inovação

34

Capítulo XI Consistência de cor nos Leds brancos Por Vicente Scopacasa*

A consistência de cor nos Leds brancos

de fótons de várias cores, o que provoca a

cores CIE1931. Ao definirmos os valores destas

ainda gera muita controvérsia, portanto, é de

percepção visual da luz branca. Variações no

coordenadas, definimos com exatidão o ponto

suma importância um maior detalhamento

comprimento de onda da luz azul e da largura

onde a cor vai estar localizada no diagrama e

principalmente em função de presenciarmos

da banda de emissão associadas às variações do

qual é a distância deste ponto com relação à

várias dúvidas a respeito. Este realmente é um

fósforo ocasionam em grande dispersão da cor

curva do corpo negro. Quanto maior for a

assunto polêmico e, de certa forma, confuso,

resultante em torno da curva do corpo negro

distância entre o ponto das coordenadas x,y

em função de lidarmos com vários tipos

(BBL).

com relação à curva do corpo negro, maior será

de Leds, fabricantes, especificações, etc. e,

Em função disto, os fabricantes de Leds

a interferência das cores na composição da luz

principalmente, pelo fato de que a tecnologia

costumam dividir esta área total de branco

branca resultante, fazendo com que tenhamos

ainda está em evolução e encontrarmos

no diagrama de cores em áreas menores a fim

o fenômeno chamado de “tingimento”.

diferentes tipos de desempenhos.

de que, dependendo da aplicação, possamos

Quando o ponto x,y estiver bem abaixo

Afinal, perguntas como: a luz branca

escolher e trabalhar com distribuições menores,

da curva do corpo negro, notaremos um

emitida pelo Led é mesmo branca? O Led de

garantindo com isto maior consistência na cor.

tom rosado na cor e quando o ponto x,y

temperatura de cor de 4000 K é mais “frio”

Este processo é conhecido como binning.

estiver posicionado acima da curva do corpo

comparado com as lâmpadas? Por que os

Na Figura 1, apresentamos o diagrama

negro podemos notar um tom amarelado

Leds, ora, apresentam um certo “tom” verde,

CIE 1931, em que podemos notar que

ou esverdeado da cor dependendo do valor

ora, rosa no feixe de luz? Qual o padrão a ser

a região correspondente à cor branca é

da temperatura de cor. Com isso temos a

adotado para especificar uma luminária Led

relativamente grande e, dependendo do ponto

impressão de que, por exemplo, um Led de

quanto à cor? Ouvi falar em SDCM ou elipses

de cromaticidade (coordenadas x,y), podemos

3000 K tem um aspecto “mais frio” do que uma

de MacAdam, o que é isto?

ter o que chamamos de tingimento da cor, que

lâmpada com a mesma temperatura de cor.

Estas perguntas, dentre muitas outras, são

consiste na interferência das cores no branco.

comuns no nosso dia a dia e são, na maioria

Como também podemos notar, é sobre a

designers, é comum constatarmos que a

das vezes, mal interpretadas e o que nos leva

região branca da figura que está posicionada

maioria deles prefere especificar 2700K ao

a uma falsa percepção prejudicando a real

a curva do corpo negro com os respectivos

invés de 3000 K por este motivo. Neste caso,

necessidade de fazermos a melhor especificação

valores de temperatura de cor.

quanto mais o ponto de cromaticidade estiver

Conversando

com

vários

lighting

do produto. O objetivo do presente artigo

Cumpre ressaltar que a determinação

próximo à curva do corpo negro, menor será

é obtermos as respostas para tais perguntas

do valor da temperatura de cor não

a interferência das cores e mais branca será a

visando a melhor forma de especificarmos as

necessariamente é suficiente para que possamos

luz resultante diferindo somente quanto aos

cores necessárias e conseguirmos manter a

garantir que a luminária terá a qualidade de

valores da temperatura de cor.

consistência necessária.

cor esperada além da necessária consistência

Para melhor entender este processo,

Como sabemos, os Leds são fabricados

da cor branca entre todas as luminárias. Para

apresentamos na Figura 2 uma ampliação

a partir de uma pastilha que emite luz azul

fazer a melhor escolha, temos necessariamente

da região da distribuição da cor branca

e o branco é obtido através da utilização de

que considerar também as coordenadas de

apresentada na Figura 1 e, por exemplo,

cobertura de fósforo resultando na emissão

cromaticidade (x,y) no caso do diagrama de

assumimos o valor da temperatura de cor de


Apoio

constatamos que o ponto B (acima da curva do corpo negro) apresenta tingimento verdeamarelo e o ponto A (abaixo da curva do corpo negro) apresenta um tingimento rosa, apesar de os dois pontos ainda serem considerados como branco. Portanto, se compararmos uma lumi­ nária feita com Leds do tipo A com a mesma luminária feita com Leds do tipo B, iremos notar que as duas são diferentes, pois teremos diferentes percepções da cor branca. A luminária feita com o Led tipo B, com temperatura de cor de 4000 K, pode parecer mais “fria” do que o normal justamente por causa do tingimento verde que ela apresenta. Como primeira conclusão, podemos dizer Figura 1 – Diagrama de cromaticidade CEI 1931 destacando a curva do corpo negro e os valores de temperatura de cor.

que quanto mais o ponto de cromaticidade estiver próximo à curva do corpo negro, mais branca será a cor, pois terá uma mínima

4000 K. Ao especificarmos somente o valor

mesma percepção da cor branca. Por exemplo,

influência de tingimento e, então, o fator

de 4000 K podemos obter vários pontos com

vamos considerar os pontos A e B. Os dois

determinante será o valor da temperatura de

diferentes coordenadas de cromaticidade,

pontos apresentam valores de coordenada “X”

cor.

todos com o mesmo valor de temperatura

muito próximos, mas valores de coordenada

Vejamos agora qual seria a melhor forma

de cor, porém, não necessariamente com a

“Y” bem diferentes. Ao analisarmos melhor,

de especificar uma luminária Led com relação

35


Apoio

Led – Evolução e inovação

36

juntamente com as temperaturas de cores normalmente utilizadas, seria adequado. Já no caso de um projeto ou especificação de um downlight, podemos determinar que 2 ou 3 SDCM seria suficiente para se obter uma boa consistência. Da mesma forma, tanto o especificador quanto o usuário final devem utilizar este parâmetro como base na especificação dos seus projetos, tendo em vista que alguns fabricantes de luminárias aqui no Brasil já especificam este parâmetro em seus produtos. Figura 2 – Pontos A e B com a mesma temperatura de cor, porém, afastados da curva do corpo negro.

Como exemplo, nas Figuras 3.1 e 3.2 apresentamos a folha de especificação de

à cor visando manter o melhor aspecto assim

temperatura de cor, equivalente a 7-degraus

cromaticidade de dois fabricantes de Leds, em

como garantir a consistência de cor entre as

das elipses de MacAdam (7 SDCM), onde se

que podemos observar que a cor é feita com

várias luminárias que irão compor o projeto.

observa alteração de cor. Hoje é possível obter

base no parâmetro SDCM, o que possibilita

Antes disso, é importante ressaltar que

Leds com 5, 3 e até 2 SDCM, tornando-os ideais

ao fabricante da luminária ter maior controle

os fabricantes de Leds, há algum tempo,

para qualquer tipo de aplicação, possibilitando

no seu produto e, consequentemente, estender

começaram a especificar produtos classificados

o fornecimento de luminárias com boa

este benefício ao cliente final.

como freedom from binning significando que

consistência de cor. Resumindo, quanto menor

agora não é mais necessária a escolha dos bins

for o valor em SDCM, menor será a percepção

da distribuição, quer seja do fabricante, quer

de variação de cor.

seja da norma ANSI C78-377. Cumpre também

Portanto,

uma

boa

sugestão

para

Como conclusão, vamos então responder as perguntas feitas no início do artigo: 1. A luz branca emitida pelo Led é mesmo

ressaltar que isto não é necessariamente válido

especificar Leds a serem utilizados no projeto

para todos os fabricantes de Leds, pois nem

da luminária, em que buscamos uma boa

Sim, a luz emitida pelo Led é branca e

todos têm a devida capacitação e preocupação

consistência de cores, seria o uso do parâmetro

classificada por valores de temperatura de cor

em disponibilizar produtos com o nível de

SDCM. De forma geral, dependendo da

conforme a norma ANSI C78-377.

qualidade de luz necessário para garantir um

aplicação da luminária e da temperatura de

2. O Led de temperatura de cor de 4000 K é mais

bom projeto.

cor especificada, podemos escolher valores

“frio” comparado com as lâmpadas?

Analisando as folhas de dados de

diferentes de SDCM. Por exemplo, se vamos

branca?

Na verdade não é, desde que o ponto de

alguns fabricantes de Leds, encontramos a

projetar

luminária

cromaticidade da cor, representado por x,y ou

especificação da distribuição da variação das

pública, podemos determinar que 5 SDCM

u’,v’, esteja o mais próximo possível da curva do

coordenadas de cromaticidade em valores

seria suficiente, pois este tipo de aplicação,

corpo negro. O parâmetro a ser identificado

ou

especificar

uma

de SCDM, sigla em Inglês para Standard Deviation Color Matching, que, na verdade, consiste em definir uma área sobre a curva

Fascículo

do diagrama CIE 1931, em forma de uma elipse, com um ponto de coordenadas central geralmente posicionado sobre, acima ou abaixo da curva do corpo negro. Os valores especificados de SDCM são proporcionais ao tamanho desta elipse de forma que, quanto maior for o valor, maior será a área da elipse. Este valor de SCDM tem relação com as elipses de MacAdam, em que 1-degrau da elipse de MacAdam define uma região na curva CIE 1931 no qual o olho humano não pode detectar diferença de cor. A norma ANSI C78-377 especifica regiões para cada

Figura 3.1 – Especificação de um Led com base no parâmetro SDCM para várias temperaturas de cores.


Apoio

do valor da temperatura de cor e da aplicação final. Quanto menor for o valor de SDCM, menor será a nossa percepção de diferenças de cores e, consequentemente, maior será a consistência de cor.

Referências 1. DS115 Luxeon CoB core range product datasheet 20150219 at www.lumileds.com 2. Cree XLamp CXA3070 LED – CLD-DS80 REV 4B at www.cree.com

Figura 3.2 – Especificação de um Led de outro fabricante, em que podemos notar Leds com 2, 3 e 4-degraus de MacAdam.

neste caso é o Δu’,v’, que representa a distância

enquanto se o ponto estiver distante e abaixo

do ponto de cromaticidade até a curva do

da curva, iremos notar um tom rosa. Este

corpo negro e, portanto, quanto menor melhor.

fenômeno é conhecido como “tingimento”.

3. Porque os Leds ora apresentam um certo

4. Qual o padrão a ser adotado para especificar

“tom” verde, ora rosa no feixe de luz?

uma luminária Led quanto à cor?

Justamente pelo fato da coordenada de

Tanto o Led quanto a luminária devem

cromaticidade estar longe da curva do corpo

ser especificados em valores de SCDM ou

negro. Caso o ponto esteja muito distante e

degraus das elipses de MacAdam. Como

acima da curva, iremos notar um tom verde,

vimos, o valor a ser especificado irá depender

*Vicente Scopacasa é engenheiro eletrônico com pós-graduação em administração de marketing. Tem sólida experiência em semicondutores, tendo trabalhado em empresas do setor por mais de 40 anos. Especificamente em Leds, atuou por mais de 30 anos em empresas líderes na fabricação de componentes, tanto no Brasil como no exterior. Atua hoje como consultor na área de iluminação de estado sólido e como professor em cursos de especialização e de pós-graduação. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br

37


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

38

Capítulo XI Fontes de curto-circuito Por Cláudio Mardegan*

As fontes mais relevantes de curto-circuito são:

transformador é considerada igual a zero. Ademais, o barramento infinito tem capacidade ideal de suprir qualquer potência requerida

(a) Concessionária

pela carga. A figura seguinte mostra a representação ideal de um

(b) Geradores

barramento infinito, para efeito de estudo de curto-circuito.

(c) Motores síncronos

É importante lembrar que, muitas vezes, o simples fato de se

(d) Motores assíncronos ou de indução

adotar impedância zero para a impedância do sistema nem sempre

(e) Capacitores

é suficiente. Não se deve esquecer das contribuições dos motores, pois, muitas vezes, o dimensionamento térmico de curta duração

A Figura 1 apresenta a forma de onda típica de como as

dos painéis fica dentro dos limites utilizando-se esta premissa de

concessionárias, os geradores, os motores síncronos, os motores

barramento infinito. Entretanto, pode não passar dinamicamente

assíncronos ou de indução contribuem para um curto-circuito.

se a contribuição dos motores for esquecida. Assim, nesta situação,

(a) Contribuição da concessionária

deve-se fazer o dimensionamento dinâmico do barramento e a partir dele obter a capacidade térmica de curta duração do painel ou barramento.

Quando os sistemas de geração estão interligados, como a maior

Também, em etapas de projeto, quando se vai conectar aos

parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) no Brasil, os mesmos

sistemas concessionários, é fundamental obter o curto-circuito

costumam possuir elevada constante de inércia (H) e este fato faz com

máximo futuro.

que os curtos-circuitos sejam alimentados como se fossem cargas, praticamente sem alteração do módulo da corrente de falta simétrica.

(b) Contribuição de geradores

Fascículo

Neste caso, a corrente de falta não amortece no tempo, visto que as variações das impedâncias dos geradores do sistema (decaimento

Os geradores instalados dentro das plantas industriais alimentam

AC das máquinas) com o tempo ficam irrelevantes devido ao fato da

o curto-circuito, mas não conseguem manter a corrente de falta no

impedância total até o ponto de falta (impedâncias dos transformadores

mesmo valor do instante inicial, decaindo com o tempo.

elevadores, das linhas de transmissão, subtransmissão, transformadores rebaixadores, etc), ser muito maior do que a variação das impedâncias dos geradores de X”d para X’d e de X’d para Xd.

Períodos da corrente de curto-circuito Embora o transitório eletromagnético durante o curto-circuito

Em etapas de projeto é prudente utilizar barramento infinito atrás

apresente variações analógicas dentro das máquinas, os estudiosos

de transformadores, considerando que não se sabe como irá crescer a

das máquinas síncronas dividiram didática e tecnicamente em três

impedância do sistema atrás do transformador. Assim, é importante

períodos, ou degraus, chamados de período subtransitório cuja

conceituar o que significa barramento infinito.

duração é de 9 a 12 ciclos, o período transitório de duração aproximada

Barra infinita é uma situação ideal, em que a tensão e a frequência

de 90 ciclos e o período permanente que sucede ao transitório.

no ponto de entrega são mantidas constantes independentemente

Esses períodos podem ser visualizados na forma de onda da

da potência da carga, ou seja, não há perdas no sistema. Em

corrente de curto-circuito nos terminais de um gerador mostrados

outras palavras, significa que a impedância do sistema atrás do

na Figura 3.


39

Apoio

Figura 1 – Fontes que contribuem para o curto-circuito.

Figura 2 – Barramento infinito.

Figura 3 – Períodos subtransitório, transitório e permanente da corrente de curto-circuito

Corrente de decremento dos geradores Quando ocorre um curto-circuito em um sistema alimentado por geradores locais, a corrente de curto-circuito apresenta um pico inicial e a seguir começa a decair rapidamente, uma vez que


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

40

os mesmos não têm inércia suficiente para sustentar o valor inicial permanentemente, como uma concessionária. Na maioria dos casos, a corrente de curto-circuito permanente pode, inclusive, ser menor que a corrente nominal do gerador. Isto ocorre quando Xd é maior que 1pu e depende também do carregamento do gerador

Analogamente, pode-se escrever:

no instante da falta. O valor da corrente inicial de curto-circuito depende do carregamento do gerador e, assim, na prática, o valor da corrente de decremento do gerador vai estar dentro de uma família de curvas que varia entre a condição a vazio e a plena carga. Embora tenha se dividido a duração da corrente de curtocircuito em três períodos: substransitório, transitório e permanente internamente na máquina, o fluxo não varia em degrau (discretamente), mas sim de maneira analógica.

Para turbo-geradores:

k”= 1,08 k’=1,11

k=2,35.

Para máquinas de polos salientes:

k”= 1,12 k’=1,18

k=1,8.

Na Figura 4 apresenta-se uma curva típica de decremento de

As constantes de tempo são obtidas a partir das equações:

gerador, a vazio e a plena carga gerada pelo software PTW. Existem geradores que possuem um sistema que mantém a corrente acima da corrente nominal por um certo tempo, normalmente, 1.6In - 10s. O amortecimento da corrente de curto-circuito do gerador no tempo é conhecido como curva de decremento do gerador. O amortecimento da componente AC da corrente de curto-circuito é obtido através da equação abaixo, conforme indicado no IEEE Std 242:

Em que: τ”do = Constante de tempo subtransitória a vazio τ’do = Constante de tempo transitória a vazio τg = Constante de tempo da componente de corrente contínua

Em que: I”K= Corrente de curto-circuito subtransitória I’K= Corrente de curto-circuito transitória IK= Corrente de curto-circuito permanente

(da armadura)

τ”d = Constante de tempo subtransitória τ’d = Constante de tempo transitória Ra = Resistência da armadura

τ”d = Constante de tempo subtransitória τ’d = Constante de tempo transitória As correntes são calculadas como segue:

Em que:

Fascículo

E” Y= F.E.M atrás da reatância subtransitória saturada de eixo direto E’ Y= F.E.M atrás da reatância transitória saturada de eixo direto EY= F.E.M atrás da reatância síncrona saturada X”d = Reatância subtransitória saturada de eixo direto X’d = Reatância transitória saturada de eixo direto Xd = Reatância síncrona saturada ZN = Impedância externa ao gerador (até o ponto de falta) UY = Tensão nos terminais da máquina I = Corrente de carga do gerador O diagrama fasorial para a obtenção das f.e.m. de máquinas de polos lisos é apresentado na Figura 5. A partir do diagrama fasorial apresentado pode-se escrever as seguintes equações para os valores eficazes das f.e.m.:

Figura 4.1 – Curva de decremento de gerador a vazio e a plena carga.


Apoio

iniciando-se com o valor de X”d, passando por X’d até atingir Xd. As reatâncias de sequência negativa (X2) e sequência zero (Xo) não variam com o tempo. O valor de X2 = (X”d+X”q)/2 ≈X”d, o valor típico de Xo se situa entre 0.17 e 0.75 de X”d. Veja Figura 5.

Figura 4.2 – Diagrama fasorial da tensão subtransitória de eixo direto para máquinas de polos lisos.

Apresentam-se, a seguir, alguns valores típicos dos parâmetros

das máquinas: τ”do ~ 50 ms e é menor que τ’d, visto que X’d > X”d τ’do ~ (5 a 12) s – Os valores menores ocorrem em máquinas de

Figura 5 – Variação da impedância da máquina no tempo, durante o curto-circuito.

polos salientes. Os valores maiores ocorrem em turbo-geradores.

Curtos-circuitos locais e remotos

τ”d ~ 3 a 4 semi-ciclos (para curtos nos terminais do gerador). X’d ~ 1.5 X”d

O livro IEEE Violet Book [108], no seu capítulo 4 “Calculating short-circuit currents for systems without ac decay” cita que um

A componente DC é calculada a partir da equação seguinte:

gerador (ou geração ou fonte) é considerado eletricamente remoto se: XG-PF ≥ 1.5 x X"d . Onde XG-PF = Impedância do gerador até o ponto de falta Ou, alternativamente, se houver mais de um transformador

A corrente de curto-circuito assimétrica eficaz total é calculada como segue:

entre o gerador e ponto de falta. A norma ANSI C37.010, não faz distinção se falta é local ou remota. Fontes remotas não terão decaimento AC, também conhecido em inglês como NACD (No AC Decay – Sem decaimento AC – SDAC). O decaimento AC implica na não aplicação dos fatores de multiplicação nas reatâncias das máquinas. Assim, quando se

Para curto-circuito nos terminais do gerador o valor de τ’d se reduz a 1s para turbo-geradores e a 2s para máquinas de polos salientes. Vale a pena lembrar que a utilização de fusíveis para proteger o

simula como NACD, não poderá haver a contribuição de qualquer máquina das circunvizinhanças.

c) Motores síncronos

gerador contra curto-circuito fica impraticável, pois o mesmo deve permitir circular corrente nominal e dificilmente irá “enxergar” a corrente de decremento do gerador.

O comportamento dos motores síncronos é similar ao dos geradores, entretanto, o amortecimento ocorre mais rápido visto que os motores não possuem uma máquina primária.

Variação da frequência Quando as fontes de curto-circuito estão conectadas a sistemas

d) Motores assíncronos ou de indução

de elevada constante de inércia, no caso de curto-circuito, a frequência praticamente não deve variar. Assim, em sistemas de

O comportamento do motor de indução depende do tipo de

geração constituídos apenas por pequenos geradores, em caso de

falta, do tipo de aterramento do neutro do motor e se o mesmo

curto-circuito, a frequência irá variar (a tendência é aumentar a

possui ou não inversores de frequência.

frequência, pois os geradores, sob curto-circuito abruptamente deixam de fornecer potência ativa e pelo princípio de conservação de energia não tem para quem entregar e transformam esta energia em energia cinética).

Comportamento do motor de indução sob curto-circuito trifásico O motor de indução em regime, ao ser alimentado pela tensão da rede, puxa uma corrente da rede e passa a gerar uma força contra eletromotriz (f.c.e.m). Ao ocorrer uma falta trifásica externa ao

Variação das reatâncias das máquinas síncronas As impedâncias de sequência positiva variam no tempo

mesmo, a tensão no ponto de falta fica menor que a f.c.e.m.. Nesse instante, o motor passa a entregar corrente de rotor bloqueado

41


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

42

(independentemente do carregamento que o motor se encontrava),

Nesta condição, o motor se comporta como uma segunda fonte

ao invés de puxar corrente da rede. Esta corrente normalmente

para a falta, entretanto, seu comportamento é similar a quando o

apresenta duração de até 3 ciclos, visto que o campo do motor não

mesmo está sem uma fase, visto que, na fase “a”, a tensão é nula e

possui alimentação. A tensão não cai instantaneamente devido ao

possui tensão nas outras duas fases. Com esta condição, gera apenas

fato de que não se consegue variar o fluxo instantaneamente. Isto

correntes de sequência positiva e negativa, nas fases “b” e “c”, que se

posto, a contribuição do motor de indução para faltas trifásicas

somam e vão para o ponto de falta pela fase “a”.

afeta as proteções instantâneas, os valores de pico da corrente de curto-circuito e, consequentemente, os valores de suportabilidade

O circuito de sequência típico desta situação para o unifilar abaixo é apresentado na Figura 7.

dinâmica dos equipamentos. Afeta também a capacidade de interrupção de disjuntores. Na simulação do curto-circuito trifásico subtransitório assimétricos, os motores de indução devem estar em serviço. Na simulação dos curtos-circuitos trifásicos transitórios simétricos os motores de indução devem estar fora de operação. Comportamento do motor de indução sob curto-circuito fase-terra Como citado na norma IEC 60909, item 3.8, primeiro parágrafo, sob faltas desbalanceadas, os motores de indução também contribuem com corrente para o curto-circuito, podendo esta corrente atingir até o valor permanente de curto-circuito, ou seja, como ficam com uma alimentação de tensão permanecem contribuindo. Existem duas situações a serem analisadas: o neutro do motor é não aterrado ou o neutro do motor é aterrado. Neutro do motor não aterrado Muitos profissionais, por pensarem que o neutro da estrela dos motores de indução normalmente é não aterrado, imaginam erroneamente que os mesmos não contribuem para a corrente de falta à terra, porém, é importante lembrar que ele contribui (com as correntes de sequência positiva e negativa). Para esta avaliação considere a Figura 6, seguinte.

Figura 7 – Circuitos de sequência para o unifilar desta figura

Neutro do motor aterrado Quando o neutro do motor está aterrado, ele contribui para a falta fase-terra com correntes de sequência positiva, negativa e zero.

Fascículo

A Figura 8 ilustra o exposto.

Figura 6 – Esquema trifilar mostrando a corrente de curto-circuito fase-terra, com contribuição de sequência zero da fonte e a de sequência positiva e negativa do motor de indução

A fonte irá contribuir com corrente de curto-circuito fase-terra, gerando as correntes de sequência zero nas três fases. Irá entregar Io na fase “a”. As contribuições de sequência zero das fases “b” e “c” irão

Figura 8 – Esquema trifilar mostrando a corrente de curto-circuito fase-terra, com contribuição de sequência zero do motor de indução.

para o ponto de falta através do motor, haja visto que o neutro do mesmo é não aterrado, chegando no ponto de falta 3Io, que retorna ao neutro da fonte.

A Figura 9 apresenta os diagramas de sequência correspondentes à Figura 8.


Apoio

43

Faltas à terra, devido ao fato de que a ruptura da isolação quase sempre ocorre no valor de pico da tensão, a corrente está passando por zero e a assimetria praticamente deixa de existir, razão pela qual, na prática, simula-se quase sempre, apenas as correntes de falta simétricas.

e) Contribuição de banco de capacitores Como mencionado anteriormente, os bancos de capacitores,

Figura 9 – Circuitos de sequência para o unifilar da Figura 8.

Tanto

na

simulação

dos

curtos-circuitos

fase-terra

subtransitórios assimétricos como nos transitórios simétricos, os motores de indução devem estar em operação.

no instante do curto-circuito ficam com uma tensão maior que no ponto de falta e a rigor contribuem para o curto-circuito e com uma corrente de alta frequência, dada pela equação seguinte:

Motores aplicados a conversores de frequência/inversores de frequência/ retificadores O “Red Book”, IEEE Std 141, no item 4.2.5, informa que os motores de indução aplicados a inversores de frequência e motores DC aplicados a retificadores, em algumas circunstâncias específicas, podem contribuir para a corrente de curto-circuito. Na verdade, é no projeto do sistema que é definido se o motor pode ou não reverter potência. Quando é possível, é o modo de operação do sistema de potência que determina o valor da contribuição e a respectiva

Em que: IPK = É a corrente de contribuição de pico do banco de capacitores [A] VFF = Tensão entre fases do banco de capacitores [V] R = Resistência entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [Ω] L = Indutância entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [H] C = Capacitância do banco de capacitores em [F]

duração. O fabricante deve ser consultado sobre estes aspectos. A norma IEC 60909-0-2001, no item 3.9, prescreve que os “drives” (conversores estáticos) reversíveis, contribuem para o curtocircuito somente se as massas dos motores e o equipamento estático proporciona a reversão na transferência de potência na desaceleração (frenagem regenerativa). Assim, eles contribuem somente para o

O valor de pico máximo da corrente de contribuição do banco de capacitores é dada pela equação seguinte:

valor inicial da corrente de curto-circuito I”k e para o valor de pico da corrente de curto-circuito Ip. Eles não contribuem para a corrente de interrupção simétrica Ib e para a corrente de regime permanente Ik. Sem reversão de potência (os mais comumente encontrados na indústria) Eles somente contribuem para o curto-circuito se estiverem sendo alimentados pela chave de by-pass (caso possuam), o que

A corrente de descarga percorre um circuito RLC série, cuja constante de tempo, que representa o tempo necessário para que o valor da corrente decaia até 36.7% de seu valor, é calculada como segue:

é condição quase sempre, pouco provável. Assim, é um bom procedimento assumir que os motores não contribuem para o curto-circuito. Com reversão de potência (frenagem regenerativa) O valor da impedância será:

(f) Contribuição de filtros de harmônicos A maneira como os filtros de harmônicos contribuem para as faltas obedece praticamente a mesma equação da contribuição


Apoio

Curto-circuito para a seletividade

44

dos bancos de capacitores. Entretanto, como o valor do X/R no

Em que:

circuito do filtro é elevado devido à indutância do filtro, o mesmo

h = ordem harmônica de sintonia do filtro

contribui para a falta com um amortecimento mais lento do que no caso de se ter apenas bancos de capacitores. A contribuição irá

Para o cálculo das correntes de interrupção o fator de

passar pelo período do meio ciclo e irá afetar também as correntes

multiplicação (FM) da corrente dos filtros deve ser calculado como

de interrupção.

segue:

Em que: IPK = É a corrente de contribuição de pico do banco de capacitores [A] VFF = Tensão entre fases do banco de capacitores [V] R = Resistência entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [Ω] L = Indutância entre o banco de capacitores e o ponto de falta em [H] C = Capacitância do banco de capacitores em [F]

Considerando-se tcy = ½ ciclo e um disjuntor com tempo de interrupção igual a 3 ciclos (tinterrupção_DJ_CY = 3), a equação se transforma em:

O fator de multiplicação (FM) versus o X/R plotado será visualizado como mostrado na Figura 11. O valor do X/R do ramo do filtro, normalmente varia entre 20 e 400.

Figura 10 – Contribuição do capacitor para curto-circuito do exemplo.

A corrente de descarga percorre um circuito RLC série, cuja constante de tempo, que representa o tempo necessário para que

Fascículo

o valor da corrente decaia até 36.7% de seu valor, é calculada como segue:

As equações apresentadas anteriormente refletem o valor instantâneo (pico). O valor da impedância no primeiro ciclo, a calculada tomando como base a potência efetiva do filtro, fica:

Figura 11 – Fator de Multiplicação da impedância de um filtro para disjuntor de 3 ciclos em função do X/R.

*Cláudio Sérgio Mardegan é diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. É engenheiro eletricista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia, com experiência de mais de 35 anos nesta área. É autor do livro “Proteção e Seletividade em Sistemas Elétricos Industriais”, patrocinado pela Schneider, e coautor do “Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras”. É membro sênior do IEEE e participa também dos Working Groups do IEEE que elaboram os “Color Books”. É Chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Fault Protection e também participa de Forensics. Continua na Próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

45


46

Reportagem

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Por Bruno Moreira

PPP de iluminação pública aparece como solução para os municípios Após RN nº 414 da Aneel, as prefeituras tornaram-se responsáveis pela gestão de seus ativos de IP. Diante deste desafio, muitas administrações optaram pela PPP, alternativa que terceiriza a responsabilidade à empresa privada

E

investimentos e a busca por financiamento

Prefeitura. A licitação havia sido suspensa

o prazo estabelecido pela Agência Nacional

às empresas.

inicialmente em maio deste ano, pelo

de Energia Elétrica (Aneel), por meio do

Não à toa, diversas prefeituras iniciaram

TCM, e posteriormente liberada pela

artigo 218 da Resolução Normativa nº 414,

o processo de licitação para estabelecer

Justiça no dia 2 de novembro, fazendo

para que as distribuidoras de energia elétrica

uma PPP de iluminação pública em seus

com que a prefeitura marcasse a abertura

transferissem os ativos de iluminação

municípios. Entre os quais, a cidade de

dos envelopes com as propostas no dia

pública (IP) às prefeituras municipais. Desde

São Paulo, que lançou em abril de 2015

18 de novembro. Contudo, no dia 14 de

então, e até antes do tempo limite – já que

o edital de licitação da PPP, visando a

novembro, o Tribunal de Justiça (TJ) de

a resolução foi publicada em setembro de

modernização,

São Paulo voltou a suspender o processo

2010 – muitas prefeituras entraram com

operação e manutenção da infraestrutura

liminares na justiça para que os ativos

da rede de iluminação pública do município.

não

continuando

O prazo estipulado pela parceria é de 20

sob responsabilidade das distribuidoras.

anos, com previsão de que sejam investidos

A maioria, contudo, cumpriu à risca a

aproximadamente R$ 7,2 bilhões, recursos

norma e se viu, de maneira até repentina,

pagos com a economia gerada pela nova

diante do desafio de gerir o parque de

tecnologia. O vencedor da concorrência

do Ordenamento, Urbanismo e Ambiente,

iluminação pública dos municípios sob sua

terá de trocar as lâmpadas a vapor de sódio

sócio do escritório de advocacia Manesco,

administração, o que significa realizar a

ou mercúrio por lâmpadas de tecnologia

Ramires, Perez, Azevedo Marques, Wladimir

modernização, a manutenção e a expansão

Led nos primeiros cinco anos de contrato.

Antonio Ribeiro, afirma que, a despeito da

do sistema.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, a

Resolução Normativa nº 414, o serviço de

Neste cenário, ganhou força a Parceria

parceria possibilitaria a redução em 50% do

IP já era, segundo a Constituição Federal,

Público Privada (PPP), tipo de contrato de

custeio de energia elétrica, que deveria cair

de responsabilidade do município. Ou seja,

prestação de obras ou serviços não inferior

de R$ 15 milhões para R$ 7,5 milhões.

em parte do país, o serviço já era prestado

a R$ 20 milhões, com duração mínima

No momento, porém, a PPP está

pelo próprio município, através de seus

de cinco e máxima de 35 anos, realizado

suspensa até que o Tribunal de Contas do

servidores ou por contratos regidos pela Lei

entre empresa privada e o governo federal,

Município de São Paulo (TCM) delibere

8666/93, que institui normas para licitações

estadual ou municipal. Para as prefeituras, a

sobre a disputa travada entre os dois

e contratos da Administração Pública. Em

PPP mostra-se bastante atrativa, já de saída,

consórcios concorrentes, o FM Rodrigues/

muitos outros municípios, porém, com ou

porque terceiriza a responsabilidade para a

CLD e Walks, formados pelas empresas

sem contrato, o serviço era prestado pelas

iniciativa privada, que, teoricamente, conta

Alumini e WTorre. O TCM questiona as

distribuidoras de energia elétrica.

com mais experiência para desenvolver

garantias financeiras apresentadas pelo

tal

consórcio Walks que já foram aceitas pela

realizado o serviço, o município era quem

m 31 de dezembro de 2014 terminou

fossem

atividade,

transferidos,

passando

também

os

otimização,

expansão,

licitatório.

Serviço de iluminação pública no Brasil O advogado especialista em Direito

Independentemente da forma como era


47

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

custeava. “No caso das distribuidoras, era

iluminação pública e a possibilidade de

gerenciamento do parque de iluminação

apresentado ao município fatura com o

dita contribuição ser cobrada na fatura

pública. Junto às condições, despontaram

gasto com energia e, ainda, com os serviços

de consumo de energia elétrica. “Assim,

os desafios, como o de escolher o

de manutenção e instalação/troca de

a questão da receita vinculada ao serviço

modelo de gestão de serviço, que pode

lâmpadas e de luminárias”, conta Ribeiro.

ficou equacionada”, diz.

ser feito de três maneiras. A primeira é

Conforme o advogado, os municípios,

Concomitantemente, relata o especia­

prestação mediante contrato de PPP (já

incomodados com esta situação, e a fim

lista, a Aneel, que regula a atividade das

mencionada). A segunda é a prestação

de viabilizar o pagamento, instituíram, na

distribuidoras, mostrou-se indisposta com

direta (pelo próprio município), em que a

década de 1990, taxas específicas para

estas

federais,

prefeitura realiza um concurso público para

custear os serviços de iluminação pública,

prestando serviços de esfera municipal

contratar os funcionários que realizarão

que eram cobradas no carnê do Imposto

(gestão do parque de IP). Conforme Ribeiro,

os serviços e abre licitação para compra

Predial Territorial Urbano (IPTU) ou na

foi detectado ali também um conflito de

dos equipamentos. Por fim, a prestação

fatura de energia elétrica.

interesses, já que a saúde financeira das

direta com forte terceirização, mediante

empresas,

concessões

considerada

distribuidoras vem do consumo de energia

contratos de prestação de serviços regidos

inconstitucional. Ribeiro explica que taxa

elétrica. Dessa forma, não seria proveitosa

pela Lei 8.666/93. Esta última é uma mera

é uma exigência financeira pessoal e

para elas investir na modernização do

prestação de serviço, com a prefeitura

individual, o que não era o caso do tributo

parque de iluminação pública, apostando

pagando mensalmente o contratado.

de iluminação pública, já que a luz do poste

em tecnologias cujo objetivo principal é

Segundo Ribeiro, cada um destes

pode ser usufruída por qualquer pessoa.

reduzir o consumo. Ante este impasse,

modelos

Descontentes, os municípios se mobilizaram

surgiu a Resolução Normativa nº 414.

municípios, isoladamente, ou através de

e conseguiram que, em 2002, fosse editada

consórcios públicos intermunicipais.

a Emenda Constitucional nº 39, que inseriu

ativos e a instituição da contribuição, foram

O

o art. 149-A na Constituição Federal,

criadas as condições para que os municípios

Ordenamento, Urbanismo e Ambiente

prevendo a contribuição pelo serviço de

assumissem de vez a responsabilidade pelo

acredita que o modelo de PPP seja o melhor

A

taxa,

contudo,

foi

Com a obrigação da devolução dos

pode

ser

especialista

executado

em

Direito

pelos

do


48

Reportagem

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

para os municípios, pois, em sua opinião,

utilizado para realizar a modelagem da

para desenvolver uma PPP. Isto leva tempo,

é o único que permite a amortização

PPP”, diz.

demanda recurso, precisa ser sustentado

de

O Led também propiciaria às empresas

por várias gestões”, afirma. Além disso,

modernização do parque de iluminação

coletar e analisar dados relativos ao

contratos que vislumbram a coleta de dados

pública. Ribeiro explica que o segmento

próprio funcionamento do parque de

relativos à segurança pública, controle de

de iluminação está sendo atravessado por

iluminação. Dessa forma, conforme o

tráfegos, etc., apresentam um grau maior

um período de transformação tecnológica,

gerente da Promon, se a PPP de iluminação

de complexidade, necessitando um acordo

capitaneado pelo Led, que é muito mais

pública for bem desenhada, será pos­

entre várias esferas administrativas do

eficiente se comparado a outros tipos de

sível estabelecer no contrato indicadores

município.

lâmpadas. Levando em consideração que

de qualidade de serviços atrelados à

os equipamentos de iluminação pública

remuneração, com diferentes incentivos

da Universidade Federal Fluminense (UFF),

das cidades brasileiras são obsoletos e

à melhoria da qualidade de serviço. Ou

Marco Aurélio Cabral Pinto, traz o debate

necessitam de uma troca completa, o

seja, diferentemente do que ocorre no

em relação às PPPs para o âmbito da

Led geraria uma economia de energia

modelo de contrato estipulado pela Lei

Contribuição de Custeio de Iluminação

considerável, que “pode ser suficiente para

8.666/93, no qual a empresa contratada

Pública, pois é ela que irá, de uma forma ou

custear os investimentos necessários para a

recebe apenas pelo serviço prestado, a

de outra, bancar os investimentos na gestão,

troca do parque de IP, tornando o serviço

concessionária vencedora da licitação seria

manutenção e modernização do parque

de melhor qualidade e bem mais barato”.

remunerada também pela melhoria dos

de iluminação pública dos municípios.

Para Eduardo Werneck, engenheiro

índices de qualidade.

O docente realizou um estudo no qual

e

Promon

Segundo Werneck, não obstante as

mapeou os municípios que possuem a

engenharia

vantagens, o modelo de PPP levanta

contribuição. De acordo com o documento,

que fornece soluções de infraestrutura,

algumas questões, como o fato de que

dos 5.565 municípios analisados, somente

o modelo de PPP também é o mais

somente municípios maiores podem ter

2,8 mil cobram o tributo e um pouco mais

interessante, já que permite a realização de

acesso a ela. “A PPP, por definição, tem que

de 1.250 mostram viabilidade econômico-

contratos mais longos (20 a 30 anos) e abre

ser de determinado porte”, diz o gerente

financeira para atrair empresas interessadas

a possibilidade para que não se dependa

de negócios da Promon, destacando a

em participar de uma PPP. Ou seja, mesmo

exclusivamente dos recursos públicos dos

não possibilidade de fazer uma micro

entre as cidades que têm a contribuição há

municípios. “Há possibilidade de modelar

PPP, com valores de contratos inferiores

tempos, é necessário que os recursos obtidos

a PPP de forma que haja contrapartida

a R$ 20 milhões. Nesse sentido, acabam

por meio dela sejam suficientes para pagar

à empresa privada, de modo que esse

ficando excluídos deste modelo municípios

as contas de manutenção e ainda sobrar. “O

prestador obtenha receitas acessórias”,

pequenos, com população inferior a dez

investimento privado só irá se interessar se

destaca Werneck.

mil habitantes. De acordo com Werneck,

houver retorno”, afirma Pinto.

Algumas características do parque de

a melhor solução para estes municípios

iluminação pública e das novas tecnologias

seria negociar junto às distribuidoras de

conforme o professor da UFF, é a forma

que podem nele ser implantadas propiciam

energia elétrica ou prestadores de serviços

como se percebe a segurança do fluxo de

que o negócio fique bem mais atrativo para

regionais a contratação direta de serviços

caixa da empresa. No modelo de PPP, o

as empresas privadas. Para Werneck, a

de operação e manutenção de iluminação.

fluxo de caixa depende do município, pois

iluminação pública se distribui pela cidade

Dos

população

é através da contribuição que o município

inteira e o Led, além de mais econômico que

superior a dez mil habitantes, outros tantos

irá pagar à empresa responsável por gerir

as outras lâmpadas, apresenta tecnologia

necessitam fortalecer suas finanças públicas

o parque de iluminação pública. Dessa

que permite a coleta de informações do

ou se organizar em grupos regionais para

forma, a prefeitura controla os recursos da

ambiente, tais como dados referentes à

viabilizar contratos, e poucos já apresentam

maneira que acha melhor, podendo reter

segurança pública, ao tráfego de veículos,

grandes

maturidade

os ganhos. “Sugerimos que se estenda o

ao monitoramento do consumo de energia,

para a implantação de PPPs. Entretanto,

modelo de concessão para o investimento

e às condições da rede elétrica. Essas duas

todos necessitam de um certo arranjo

de iluminação pública. E este modelo

particularidades abrem espaço para que as

institucional para que a PPP consiga ser

não seria o de PPP, mas o de concessão

empresas utilizem os ativos para diversos

gerida de modo eficiente. “Os municípios

regular”, explica.

fins. “Trata-se de um ativo de informações

precisam ter uma legislação própria para

Na

valioso, que pode ser monetizado e

isso, estar amadurecidos, com governança

custeio de iluminação pública é arrecadada

investimentos

gerente

Engenharia,

de

para

Negócios

empresa

de

a

imediata

da

municípios

com

oportunidades

e

O professor da Escola de Engenharia

O ponto mais relevante deste assunto,

atualidade,

a

contribuição

de


49

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

pela concessionária de distribuição em

assinado contrato com o vencedor no dia

consumo de energia de Belo Horizonte no

nome do Poder Público por meio da conta

13 de julho deste ano. O consórcio IP Belo

final dos cincos primeiros anos de contrato.

de energia elétrica. Posteriormente, os

Horizonte foi o responsável pela melhor

A consulta pública do processo de

recursos são repassados para a prefeitura

proposta, tendo requerido R$ 4.158.076,00

licitação ocorreu entre outubro e novembro

municipal. No novo modelo, que seria

como valor da contraprestação mensal,

de 2015 e o edital foi publicado em janeiro

de concessão normal e não de PPP, a

ante o valor máximo previsto no edital de

de 2016. Para estruturar o modelo de

distribuidora celebraria acordo diretamente

R$ 6.151.000,00.

licitação foi realizado um Procedimento

com as empresas privadas contratadas

O contrato terá a duração de 20 anos,

de Manifestação de Interesse (PMI), que

para gerir os ativos de iluminação. “Desse

com valor estimado de R$ 1,4 bilhão. O

aproveitou os estudos de viabilidade

jeito, a contribuição não passaria pela

consórcio ganhador será responsável pela

da Estruturadora Brasileira de Projetos

prefeitura, indo direto da distribuidora para

prestação dos serviços de iluminação

S/A (EBP). Para isso, a empresa recebeu

a concessionária responsável pela gestão

pública,

aproximadamente R$ 5 milhões.

da IP”, argumenta.

modernização, ampliação, eficientização

energética, operação e manutenção da

formado pela Construtora Barbosa Mello

Rede Municipal de Iluminação Pública.

S.A., Construtora Remo Ltda., Planova

Pelo edital, o IP Belo Horizonte terá que

Planejamento Construções S/A e Selt

executar a troca de todas as luminárias

Engenharia Ltda., participaram da licitação:

pertencentes ao parque de iluminação

o

Entre os municípios brasileiros que

pública do município no prazo de cinco

Conasa/Urbeluz-BH, constituído pela FM

objetivam gerir os ativos de iluminação

anos, contados a partir do momento que

Rodrigues Ltda., Brasiluz Eletrificação e

pública via PPP, a cidade de Belo Horizonte,

a prefeitura aprovar um plano de transição

Eletrônica Ltda., Companhia Nacional de

no Estado de Minas Gerais, é um dos que

que será proposto pelo consórcio. O edital

Saneamento (Conasa) e Urbeluz Energética

já finalizaram o processo de licitação, tendo

prevê também uma redução de 45% do

S/A.

Revitalização do parque de iluminação pública de Belo Horizonte

incluídos

o

desenvolvimento,

Além do Consórcio IP Belo Horizonte,

Consórcio

FM

Rodrigues/Brasiluz/


50

Aula prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Medições para diagnóstico em transformadores de potência Por Cornelius Plath e Martin Anglhuber*

V

resfriamento e buchas.

maioria das falhas relatadas ocorreu em

determinar a condição dos transformadores

enrolamentos, comutadores de derivação e

de potência. A análise de gás dissolvido

diagnóstico são necessárias para identificar

buchas.

(DGA) é um exemplo para testes de

uma condição ou localização específica

rotina. Outros valores elétricos, como

com falha. Recomenda-se, sempre que

dor e o modo de falha foram incluídos

enrolamento e resistência de isolamento,

possível, utilizar diferentes métodos de

no estudo. Os resultados do teste estão

corrente sem carga ou capacitância e

teste para confirmar condições de falha

resumidos na Figura 2. As falhas do

fator de dissipação/fator de potência na

indicadas pela medição inicial. Assim, é

modo dielétrico foram relatadas com

frequência de linha, também são medidos

possível poupar bastante tempo e dinheiro

mais frequência em transformadores de

periodicamente no local. Sistemas de

antes de empregar medidas caras de

subestação, seguidos por modos de falha

monitoramento em linha foram introduzidos

manutenção.

mecânica e elétrica.

ários testes podem ser feitos para

Em vários casos, várias medições de

O componente afetado do transforma­

O estudo, conduzido entre 1996

para coletar dados atuais sobre tensão,

e

ajudar a reconhecer mudanças rápidas na

Estudo de confiabilidade do transformador

condição do transformador assim que elas

Em 2015, os resultados de um estudo

para monitorar no intuito de prevenir

ocorrerem. Nem todo teste pode ser feito

internacional sobre falhas no transformador

falhas. Portanto, vários métodos de

em linha, mas sistemas de monitoramento

de potência em subestações feito pelo

diagnóstico foram abordados com foco

em linha já estão disponíveis para óleo,

Cigré

nos modos de falha e nos componentes

comutadores de derivação, sistemas de

divulgados. A Figura 1 mostra que a

corrente

e

temperatura.

Eles

podem

Working

Group

A2.37

2010,

indica

quais

componentes

do transformador são os mais críticos

foram

já mencionados.


51

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Figura 1 – Localização da falha, transformadores de subestação de 100 kV e superiores.

Diagnóstico de diferentes modos de falha

Figura 2 – Análise do modo de falha baseada em 799 falhas graves em transformadores de subestação.

potência para transmissão de energia elétrica é o de papel e cartão comprimido imerso em óleo. A propriedade dielétrica

DGA é a medição mais amplamente

deste isolamento depende da temperatura,

aceita e utilizada rotineiramente em transfor­

da condutividade do óleo, da geometria

madores. Determinar as concen­ trações de

e do teor de água no papel e no cartão

gás e a taxa de variação no óleo provou ser

comprimido. No passado, o fator de

significativo para indicar a presença de uma

dissipação ou fator de potência era

falha. A falha deve ser localizada o quanto

medido somente na frequência da linha

antes, especialmente, se for detectado um

(50 Hz ou 60 Hz). Contudo, investigações

aumento nas proporções de hidrogênio

mostram que os fatores de influência se

(H2) e de gases hidrocarbonetos. A fim

tornam mais predominantes em outras

de localizar o problema, são necessários

frequências, dessa forma, medições com

métodos de diagnóstico adicionais como os

uma faixa de frequência mais ampla

métodos dielétrico, elétrico e mecânico.

podem ser empregadas para aumentar a sensibilidade do método. Uma faixa de

Modos de falha dielétrica

frequência comum usada em aplicações

Os modos de falha dielétrica descrevem

de campo é de 15 Hz a 400 Hz. Devido ao

condições nas quais o isolamento do

aumento da faixa de frequência, é possível

transformador

analisar a dependência da frequência de

está

comprometido

utilizando descarga parcial, rastreamento

propriedades dielétricas.

ou contornamento. Contudo, antes destas

Embora

falhas ocorrerem, sinais de degradação e

isolamento

envelhecimento podem ser geralmente

abordagem similar pode ser utilizada para

detectados através da medição do fator de

buchas de transformadores. A medida da

dissipação/potência.

capacitância e do fator de dissipação/fator

diferentes sejam

sistemas

empregados,

de uma

de potência na frequência de linha tem sido

Medições na frequência de linha

um procedimento muito comum por muitas

Atualmente, o sistema de isolamento

décadas. Considerando que uma mudança

mais utilizado em transformadores de

na capacitância indica um colapso entre

Tabela 1 – Limites e fator de dissipação comum (tan(δ)) e valores de fator de potência (PF) na IEC 60137 e IEEE C57.19.01 em 1.05 Um3 e 20 °C/70 °F

frequência de linha de acordo com a


52

Aula prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

as camadas capacitivas de isoladores de travessia condensadores, um aumento da dissipação/fator de potência pode também indicar problemas como umidade, envelhecimento, partes carbonizadas ou maus contatos.

Ambos os padrões – IEEE e IEC – de

buchas requerem a medição de fator de

dissipação/fator

de

potência

na

temperatura ambiente como um teste de rotina em novas buchas. A Tabela 1 mostra os limites recomendados na frequência de linha de acordo com a IEC 60137 e a IEEE C57.19.01 para diferentes tipos de buchas

Figura 3 – Frequência variável tan(δ) de um bucha seca e uma úmida com 33 kV OIP a 30 °C (úmido; seco).

novas. Em um transformador de potência,

Tabela 2 – Valores indicativos de limites de tan(δ) para buchas a 20 °C (novo, usada).

geralmente, mais de uma bucha do mesmo tipo e idade é instalado, o que permite uma comparação de propriedades dielétricas entre unidades idênticas, além de uma comparação de limites absolutos. Assim, se três buchas idênticas exibirem propriedades

dielétricas

idênticas,

é

improvável a existência do problema

Além da capacidade de aplicar diferentes

obter um diagnóstico mais detalhado.

em qualquer deles. Além disso, sempre

frequências para diagnóstico, as medições

Essas medições (comumente chamadas de

que medidas dielétricas forem feitas em

em frequências diferentes da frequência de

DFR, Resposta em Frequência Dielétrica)

buchas, a dependência da temperatura

linha e seus harmônicos também limitam o

são realizadas em uma faixa de frequência

deve

Investigações

efeito da interferência eletromagnética em

de µHz para região mais baixa de kHz e

técnicas

subestações de alta tensão.

também permitem a separação de vários

compensação complexas não são capazes

Se os problemas forem indicados pelas

fatores de influência (Figura 4). Esse método

de

em

medições de fator de dissipação/fator de

também é capaz de determinar o conteúdo

todos os casos. Portanto, recomenda-se

potência em uma variação de frequência

absoluto de água no isolamento do papel/

comparar valores dielétricos de buchas

limitada, medições de diagnóstico de

cartão comprimido e a condutividade do

com medições feitas em temperatura igual

banda larga podem ser empregadas para

óleo [6].

ser

mostram

considerada. que

compensar

mesmo a

confiabilidade

de

ou similar.

Medidas de frequência variável A medição do fator de dissipação/ fator de potência em buchas abaixo da frequência de linha aumenta a sensibilidade em relação à umidade e ao envelhecimento. A Figura 3 mostra o fator de dissipação para uma bucha seca e uma úmida entre 20 Hz e 400 Hz. Embora a diferença seja também visível na frequência de linha e maior, é mais significativa em frequências mais baixas. A Figura 1 mostra limites indicativos

em

diferentes

frequências

recomendadas no guia de manutenção de transformador de potência da Cigré para diferentes frequências.

Figura 4 – Propriedades dielétricas de um transformador de potência com isolamento de papel impregnado com óleo, alta tensão para a baixa (CHL) do isolamento do enrolamento.


53

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Modos de falha elétrica

A fim de confirmar ou eliminar um

Medições da resistência do

problema suspeito, uma medição adicional

enrolamento

Os modos de falha elétrica descrevem

das correntes sem carga é útil para

condições como circuito aberto, curto-

diagnosticar condições de curto-circuito.

validar e avaliar a continuidade do caminho

circuito, assim como más junções ou maus

As correntes sem carga em tensões mais

de transporte de corrente e, assim, identificar

contatos. Em transformadores de potência,

baixas em uma faixa de algumas centenas de

condições de circuito aberto assim como más

circuitos abertos e curtos-circuitos podem

volts são medidas simultaneamente dentro

junções e maus contatos. Cabos de conexão

ocorrer nas espiras do enrolamento e nas

da medição da relação. Contudo, a fim de

soltos, fios de enrolamento quebrados ou

junções entre enrolamentos, terminais de

aplicar um estresse no isolamento em cada

contato em más condições em comutadores

isoladores e em comutadores de derivação.

espira do enrolamento, as medições na faixa

de derivação geralmente são indicados por

Os

de kV podem ser feitas com equipamentos

uma medição de resistência alta ou instável.

de teste modernos em campo.

problemas

de

contato

geralmente

são encontrados no seletor e em chaves de comutação dentro do comutador de derivação.

Medições da relação de transformação do transformador

As medições da relação de transformação

de transformador (TTR) podem ser utilizadas para identificar espiras em curto nos enrolamentos. Através da energização do enrolamento primário e da medição, os enrolamentos

secundários

ou

terciários,

a relação e o ângulo de fase podem ser determinados e comparados com os valores da placa de identificação medidos na fábrica. A relação medida, que é diretamente afetada pelas espiras em curto, deve ter um desvio menor que 0,5% do valor nominal de acordo com os padrões internacionais.

Quando for usada uma fonte de fase

única para realizar medições TTR nos transformadores

trifásicos

é

essencial

assegurar, de acordo com o grupo de vetores, que a tensão correta do enrolamento correspondente é medida no enrolamento secundário ou terciário. Os equipamentos de teste atuais com uma fonte trifásica verdadeira já estão disponíveis para teste em campo. No caso de uma fonte de tensão trifásica todas as três fases são medidas ao mesmo tempo. Portanto, o operador não precisa se preocupar em medir o enrolamento correspondente e o tempo de teste é reduzido significativamente. A medição pode ser influenciada por um núcleo magnetizado ou por falta de uma referência de terra, o que pode gerar resultados incorretos. Assim, é muito importante desmagnetizar o núcleo do transformador e fazer o aterramento apropriado em cada enrolamento.

Esse é o teste padrão de campo para

Os resultados da resistência do enrola­


54

Aula prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

mento são interpretados com base na

de transmissão quebrado e desalinhamento

de dispersão pode ser afetado e mudanças

comparação entre fases. As comparações

do seletor e da chave comutadora.

na impedância em curto-circuito podem ser

também podem ser feitas usando os

detectadas.

Impedância de curto-circuito e

resultados de testes anteriores. Ao comparar

medições de reatância de fuga

medição trifásica que pode ser comparada ao

dados de testes feitos em outras datas, os

As medições de impedância em curto-

valor da placa de identifi­cação determinado

resultados devem ser normalizados para uma

circuito, também chamada de impedância

pelo fabricante durante os testes de aceitação

temperatura de referência comum. Espera-se

de curto-circuito, são métodos sensíveis

de fábrica. Como esse valor representa a média

que as medições de todas as três fases sejam

para avaliar a possível deformação ou

entre todas as três fases, uma medição por fase

de até 2% entre si [5].

deslocamento

Em

também é recomendada para diagnóstico do

resultados

originais

de

fábrica

ou

os

dos

enrolamentos.

O teste geralmente é realizado como uma

A tensão CC aplicada durante o teste

condições de carga e curto-circuito, um fluxo

enrolamento. O valor da impedância em curto-

deixará o núcleo do transformador em um

adicional, em oposição ao fluxo principal, é

circuito obtido na medição trifásica não deve

estado magnetizado quando o teste estiver

induzido devido à corrente no enrolamento

ter um desvio superior a 2% do valor da placa

completo. Para a maioria das aplicações

secundário. Este fluxo adicional não é

de identificação [5]. Se problemas mecânicos

de transformador, este teste é considerado

totalmente contido no núcleo e, ao invés

forem indicados em medições de impedância

benigno,

disso, também invade o espaço entre os

em curto-circuito, uma SFRA adicional pode

todavia,

magnetizados

transformadores de

enrolamentos. Por isso, ele é chamado de

ser conduzida para confirmar e diagnosticar

entrada mais altas na energização. Outro

produzem

correntes

fluxo de dispersão, que é representado pela

o problema com mais detalhes. Os resultados

efeito colateral da magnetização é que

impedância em curto-circuito (Figura 5). Se a

SFRA são recomendados para comparar uma

ela pode influenciar outros testes de

área entre os enrolamentos mudar devido ao

medição comprovada de referência.

diagnóstico, especificamente, correntes sem

deslocamento ou deformação deles, o fluxo

Medições de resistência dinâmica

carga e análise de resposta de varredura de frequência (SFRA). Portanto, recomenda-se desmagnetizar

o

transformador

depois

que testes de resistência do enrolamento forem feitos para evitar a contaminação dos testes mencionados acima e limitar a influência de correntes de partida quando os transformadores forem energizados.

Se resistências altas forem detectadas no

caminho de transporte de corrente, é bem provável que estas áreas se tornem pontos críticos

Figura 5 – Fluxo principal e de dispersão em um núcleo energizado.

em condições de carga. Nesse caso, uma maior concentração de metano, etano e etileno no óleo pode ser detectada. Portanto, as medições da resistência do enrolamento geralmente são desencadeadas pelos resultados DGA. Se não for feito antes do teste, é recomendado verificar valores de alta resistência através da análise dos resultados DGA.

Modos de falha mecânica Os

modos

de

falha

mecânica

incluem deslocamento e deformação de enrolamentos geralmente devido a estresses mecânicos altos que podem ocorrer durante o transporte ou como resultado de correntes de curto-circuito. No comutador de derivação, problemas mecânicos no mecanismo de operação podem incluir operação lenta, eixo

Figura 6 – Assinatura de corrente DRM típica e posições correspondentes de chaves comutadoras do tipo resistivo.


55

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Existem

diversos

métodos

para

diagnosticar problemas mecânicos no comutador de derivação, que podem ser feitos ao registrar o processo de comutação do seletor e da chave comutadora. O mais comum hoje é a medição da resistência dinâmica

(DRM).

Tempos

típicos

de

comutação da chave comutadora (entre 40 ms e 60 ms) dificultam a detecção de quaisquer efeitos durante o processo de comutação usando uma medição de resistência do enrolamento convencional, que pode levar alguns minutos. Portanto, o princípio da DRM é servir como um método de diagnóstico suplementar para esse uso específico.

Usando a mesma configuração, os

rápidos processos de comutação da chave comutadora podem ser medidos pela DRM. Além disso, arco nos contatos, tempos de comutação da chave comutadora, interrupções na comutação, por exemplo, devido a resistores de comutação ou cabos quebrados e desgaste completo de contatos, podem ser detectados na DRM. Dessa forma, ela fornece mais detalhes sobre a condição dinâmica no comutador de derivação em carga (OLTC). A Figura 6 – mostra uma assinatura típica de corrente/ tempo de chave comutadora do tipo resistivo.

Com base nesse método de teste não

invasivo, as falhas podem ser detectadas sem abrir o compartimento do OLTC. O tipo e o modelo do OLTC devem ser conhecidos para analisar e avaliar a medição de DRM de uma maneira adequada. Uma medida comprovada de referência, que é obtida depois do comissionamento ou quando o switch desviador está em boas condições, permite uma análise eficiente. A propriedade mais importante para avaliar problemas mecânicos no comutador de derivação é a assinatura de tempo do processo de comutação. Dependendo do modelo, variações dentro de uma tolerância específica podem ser aceitas, contudo, diferenças de tempo podem indicar desalinhamento, problemas de lubrificação, desgaste excessivo de contatos e/ou repique do contato.


56

Aula prática

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Estudo de caso em um transformador de potência de 25 MVA

similar, conexões muito apertadas entre os

subestações concluiu que as falhas mais

enrolamentos e o comutador de derivação

comuns ocorrem em enrolamentos, buchas

mostraram ser propensas à abrasão. É muito

e comutadores de derivação. Os modos

improvável ocorrer abrasão nos contatos

de falha dielétrico, elétrico e mecânico

as

dos comutadores de derivação ou falha de

foram os mais relatados. Vários métodos

medições feitas em um transformador de

espira a espira no enrolamento primário,

de diagnóstico se mostraram eficazes na

dois enrolamentos de 25 MVA com uma

pois a resistência do enrolamento desvia

identificação das condições que causaram

tensão nominal de 67 kV no enrolamento

uniformemente ao longo das posições

esses modos de falha. Ao empregar estes

primário a 13,2 kV no secundário. O DGA do

de comutação e a relação e as medições

métodos, é possível realizar manutenções

transformador, que ficou 40 anos em serviço,

de corrente sem carga não indicaram um

importantes a tempo para evitar uma

indicou uma falha térmica acima dos 700 °C,

problema de espira a espira.

falha total repentina do transformador.

T3 de acordo com a IEC60599, o que levou

Neste caso, os resultados de um plano

Recomenda-se utilizar diferentes métodos

a vários de testes elétricos subsequentes

de teste completo fornecem uma base para

de teste para confirmar as condições de

para investigar a causa da falha mais a fundo

uma avaliação de condição comprovada no

falha indicadas pela medição inicial antes

(Tabela 3).

campo dos métodos de teste não invasivos.

de se comprometer com medidas de

Vários testes de diagnóstico, tais como

Com base nessas descobertas, a decisão

manutenção de alto custo.

testes de resistência do enrolamento,

tomada foi de monitorar o transformador

relação e medidas de correntes sem

mais

carga foram feitos para investigar melhor

frequência de amostragem da DGA. Ainda

o problema. O teste de resistência do

não foram feitas maiores investigações

enrolamento indicou uma maior resistência

sobre o problema.

O

exemplo

seguinte

mostra

detalhadamente

ao

aumentar

a

na fase B, o que sugere que os problemas térmicos podem ser causados por uma

Conclusão

conexão comprometida (Figura 6). Neste transformador em especial, o comutador

Com

de derivação fica em um compartimento

transformadores necessitam de verificações

separado

regulares

conectado

ao

enrolamento

o

passar

das

do

condições

secundário. Com base em investigações

Um

estudo

anteriores em transformadores de modelo

de

transformadores

internacional de

tempo,

os

operacionais. sobre

falhas

potência

em

Tabela 3 – Análise de gás dissolvido de um transformador de dois enrolamentos de 25 MVA.

Referências [1] CIGRE, Technical Brochure 642: Transformer Reliability Survey, 2015. [2] IEC 60137: Insulated bushings for alternating voltages above 1000 V, 2008. [3] IEEE Std C57.19.01: Performance Characteristics and Dimensions for Outdoor Apparatus Bushings, 2000. [4] M. Puetter, et al., New Diagnostic Tools for High Voltage Bushings by Considering the Temperature Dependency, in International Conference on Condition Monitoring and Diagnosis, Jeju, Korea, 2014. [5] CIGRE, Technical Brochure 445: Guide for Transformer Maintenance, 2011. [6] M. Anglhuber, M. Krüger, Dielectric analysis of high voltage power transformers, Transformer Magazine, Vol. 3, Issue 1, 2016. [7] C. Plath, M. Puetter: Dynamic analysis and testing of On-Load Tap Changer with dynamic resistance measurement, Transformers Magazine, Vol. 3, Issue 3, 2016. Cornelius Plath é engenheiro eletricista e administrador pela RWTH Aachen University, da Alemanha. É engenheiro da Omicron desde 2010, ocupando, atualmente, o cargo de gerente de produção. Dr. Martin Anglhuber é engenheiro eletricista pela TU München, da Alemanha. De 2007 a 2011, trabalhou como assistente científico no Institute for High Voltage Technology and Power Transmission da TU München. Concluiu seu doutorado (Ph.D.E.E.) em 2012. Atualmente, trabalha na Omicron como gerente de produtos especializado na área de diagnósticos de

Figura 6 – Resultados do teste de resistência do enrolamento no lado primário de um transformador de dois enrolamentos de 25 MVA.

transformador dielétrico.



Pesquisa - Materiais para aterramento

58

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Mercado de aterramento Fabricantes e distribuidores de equipamentos para aterramento, que, em 2015, pouco sentiram as consequências da crise econômica, mostram-se menos otimistas e projetam crescimento negativo para o mercado neste ano

-2%. Considerando as baixas projeções,

entrevistados disseram comercializar seus

ABNT NBR 5419, em suas quatro partes,

as

produtos com mais intensidade nas áreas

que trata dos Sistemas de Proteção contra

contrataram. No entanto, o saldo ainda é

industrial

Descargas Atmosféricas (SPDA), contribuiu

positivo: na média, houve acréscimo de 2%

Neste ano, os índices foram atualizados para

para movimentar o mercado de aterramento

ao quadro de funcionários das companhias

91% e 72%.

no ano passado. Foi um dos fatores que

que responderam a este estudo.

impulsionou o setor e permitiu que as

Os dados foram constatados na pesquisa

os números se mantiveram praticamente os

empresas deste segmento apresentassem

exclusiva realizada pela revista O Setor

mesmos. Na pesquisa de 2015, 60% das

crescimento médio de 9% em 2015 na

Elétrico com fabricantes e distribuidores

empresas declararam ter a ISO 9001 e 24%

comparação com o ano anterior. Ocorre

de equipamentos para aterramento e que é

a ISO 14001. Já no levantamento deste ano,

que, para 2016, o entusiasmo já não é mais

publicada nas páginas a seguir.

56% dos entrevistados disseram contar com

o mesmo e as empresas que participaram

Questionadas quanto aos segmentos

a certificação de gestão da qualidade e 25%

desta pesquisa projetam fechar o ano com

de atuação, as empresas afirmaram que a

com a de gestão ambiental.

crescimento médio de apenas 1%. Já o

indústria e o comércio continuam sendo os

mercado como um todo deve encerrar o

principais clientes. Nessa mesma pesquisa

dados

ano negativo, com decréscimo médio de

realizada há um ano, 92% e 68% dos

participaram do estudo, assim como suas

A publicação em 2015 da revisão da

empresas

mais

demitiram

do

que

e

comercial,

respectivamente.

No que diz respeito à certificação ISO,

A pesquisa traz ainda diversos outros a

respeito

das

empresas

que


O Setor Elétrico / Novembro de 2016

previsões e conclusões sobre os números do mercado de aterramento. O leitor encontrará informações sobre atendimento ao cliente, certificações, importação, exportação, treinamento, manutenção, atendimento técnico especializado e produtos e serviços oferecidos.

Confira a pesquisa na íntegra:

Análise do mercado brasileiro de materiais para aterramento

Indústrias e comércios continuam sendo os principais segmentos de

atuação das empresas que compõem o mercado brasileiro de materiais para aterramento. Nessa mesma pesquisa realizada há um ano, 92% e 68% dos entrevistados afirmaram comercializar seus produtos com mais intensidade nas áreas industrial e comercial, respectivamente. Neste ano, os índices foram atualizados para 91% e 72%.

Principais segmentos de atuação

Público

28%

Residencial

44%

Comercial

72%

Industrial

91%

Diferentemente do que foi constatado na pesquisa anterior, em

que as vendas diretas ao cliente final e os distribuidores/atacadistas eram os meios mais empregados para comercialização dos produtos, neste ano, as vendas diretas e as revendas/varejistas despontaram como os meios mais utilizados. O canal de vendas diretas ao cliente final foi apontado por 84% das empresas e as revendas tendo sido mencionadas por 66% das pesquisadas. Principais canais de vendas

Telemarketing

22%

Internet

22%

Distribuidores/tacadistas

56% 66%

Revendas/varejistas

84%

Venda direta ao cliente final


Pesquisa - Materiais para aterramento

60

Dispositivos e acessórios para Sistemas de Proteção contra

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Para se ter uma ideia do porte das empresas que compõem o

Descargas Atmosféricas (SPDA), cabos cordoalhas e conectores,

mercado de equipamentos para aterramento, perguntamos a elas

e dispositivos protetores de surtos ocupam o primeiro lugar no

sobre o seu faturamento em 2015. A maioria delas, 61%, apresentou

ranking dos produtos para aterramento mais comercializados.

faturamento de até R$ 10 milhões no ano passado.

Isso foi apontado por 56% das empresas que participaram deste levantamento. Confira outros produtos também mencionados

Faturamento médio anual das empresas em 2014

Principais produtos comercializados pelas empresas

6%

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 22%

Resistores de aterramento

9% 28%

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento

28%

Até R$ 5 milhões

Malhas de aterramento pré-fabricadas

38%

Dispositivo protetor de surtos de energia

41%

11%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Solda exotérmica

33%

44% 47%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

Barramentos de aterramento e/ou equipotencialização

53% 56% 56% 56%

Hastes de aterramento Cabos, cordoalhas e conectores Dispositivo protetor de surtos de sinal SPDA (captores, cabos e acessórios)

A seguir, publicamos, no formato de uma tabela, as opiniões das

empresas pesquisadas a respeito do tamanho total de alguns nichos de mercado. No caso, por exemplo, do mercado de medidores de resistência e/ou impedância de aterramento, 80% das companhias que participaram deste estudo acreditam que este segmento fature anualmente até R$ 20 milhões. O mesmo acontece com o mercado de resistores de aterramento, cuja maioria (67%) das pesquisadas entendem que este setor apresenta resultados anuais até este valor.


61

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

Acima de R$ 500 milhões

14%

0

Medidores de resistência e/ou

80% 10%

0

10%

0

0

11%

0

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

0

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

14% 36% 36%

Até R$ 20 milhões SPDA (captores, cabos e acessórios)

Previsões de crescimento

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Percepção sobre o tamanho anual de alguns nichos de mercado

0

2% -2%

Crescimento do tamanho anual total do mercado de aterramento em 2016

1%

Hastes de aterramento

67% 11% 11%

15% 31% 31% 15% 8%

0

14% 29% 29% 7%

21%

0

25% 25% 25%

8%

8%

Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento

Crescimento das empresas em 2016

9%

impedância de aterramento Resistores de aterramento

Acréscimo ao quadro de funcionários da empresa

Crescimento das empresas em 2015 comparado ao ano anterior

Fatores que influenciaram (positiva ou negativamente) o mercado de aterramento em 2014

e/ou equipotencialização Dispositivo protetor de surtos

9%

8%

Outros

de energia

Os prognósticos das empresas fabricantes e distribuidoras de

4%

equipamentos de aterramento para o fechamento de 2016 não são

6%

os mais otimistas. As entrevistadas acreditam que este mercado,

Desvalorização da moeda brasileira

como um todo, deve encerrar o ano negativo, com decréscimo médio de -2%. As empresas, que apresentaram um crescimento médio de 9% em 2015 comparado ao ano anterior, não devem repetir o feito neste ano. A expectativa é fechar 2016 com crescimento médio de

13%

Falta de confiança de investidores

2%

4%

demitiram do que contrataram. No entanto, o saldo ainda é positivo:

Falta de normalização e/ou legislação

companhias que responderam a este estudo.

Em um ano, pouco mudou no que diz respeito à influência dos fatores

11%

externos no desempenho deste mercado. A maior parte dos entrevistados,

Incentivos por força de legislação ou normalização

assim como registrou-se no ano passado, indicou a desaceleração da

8%

economia como o fator que mais vem afetando este setor neste ano. A falta de confiança de investidores aparece como o segundo fator mais preocupante, tendo sido apontada por 15% das companhias.

23%

Desaceleração da economia brasileira

apenas 1%. Tendo em vista as baixas estimativas, as empresas mais na média, houve acréscimo de 2% ao quadro de funcionários das

Programas de incentivo do governo

Crise internacional

Setor da construção civil aquecido 15%

Setor da construção civil desaquecido 6 %

Projetos de infraestrutura


Pesquisa - Materiais para aterramento

62

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Outros

Atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet

Certificado ISO 9001

Certificado ISO 14001

Programas na área de responsabilidade social

X

X

X

X

X

X

X

X

(31) 3551 6351

www.barbosandrade.com.br

Ouro Preto

MG

X

X

X

Belgo Bekaert Arames

0800 727 2000

www.belgobekaert.com.br

Contagem

MG

X

X

X

CELTRE MATERIAIS ELETRICOS

(34) 3671-2488

celtreeletrica@yahoo.com.br

RIO PARANAIBA/IBIA/SAO GOTARDO

MG

X

X

X

Clamper

0800 703 0555

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

X

X

X

X

Condumax Fios e Cabos Elétricos

0800 701 3701

www.condumax.com.br

Olimpia

SP

X

X

X

X

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

GUARULHOS

SP

X

X

X

X

X

X

X

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

CORNELIO PROCOPIO

PR

X

X

X

X

X

Embramat

(11) 2098.0371

www.embramataltatensao.com.br

São Paulo

SP

X

X

Exatron

0800 541 3310

WWW.EXATRON.COM.BR

Porto Alegre

RS

X

ExSuper

(15) 4062 9447

www.exsuper.com.br

Tietê

SP

X

X

FASTWELD

(11) 2425-7180

WWW.FASTWELD.COM.BR

GUARULHOS

SP

X

X

X

X

FINDER

(11) 2147-1550

WWW.FINDERNET.COM

SAO CAETANO DO SUL

SP

X

X

X

X

X

X

IDEAL ENGENHARIA

(11) 3287-0622

www.idealengenharia.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

INCESA

(17) 3279-2600

www.incesa.com.br

Olímpia

SP

X

X

X

X

X

INSTRUTHERM INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

(11) 2144-2800

WWW.INSTRUTHERM.COM.BR

São Paulo

SP

X

INTELLI STORM

(16) 3826-1411

www.intellistorm.com.br

ORLANDIA

SP

LEGRAND

(11) 5644-2508

www.legrand.com.br

São Paulo

SP

LPM

(11) 3976-1636

www.lpmmil.com.br

São Paulo

SP

MAGNET

(11) 4176-7878

www.mmmagnet.com.br

S.BERNARDO DO CAMPA

SP

X

X

MAXXWELD

(41) 3383-9120

www.maxxweld.com.br

São José dos Pinhais

PR

X

X

Megabras

(11) 3254-8111

www.megabras.com

São Paulo

SP

X

X

Mersen do Brasil

(11) 2348-2360

www.mersen.com

Cabreúva

SP

X

X

X

MONTAL PARA-RAIOS

(31) 3476-7675

www.montal.com.br

BELO HORIZONTE

MG

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X

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

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X

X

PARAENG

(31) 3394-7433

www.paraeng.com.br

Contagem

MG

X

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X

PARATEC

(11) 3641-9063

www.paratec.com.br

São Paulo

SP

X

X

Pentair Equipment Protection

(11) 3623-4333

https://www.erico.com/

São Paulo

SP

X

X

PHOENIX CONTACT

(11) 3871-6400

www.phoenixcontact.com.br

São Paulo

SP

X

X

TE Connectivity

(11) 2103-6095

www.te.com/energy

São Paulo

SP

X

X

X

Termotécnica Para-raios

(31) 3308-7000

www.tel.com.br

Belo Horizonte

MG

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Barbosa & Andrade

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Internet

X

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Telemarketing

X

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(11) 3933-7533

Venda direta ao cliente final

X

SP

Alpha Equipamentos Elétricos

Site

Revendas / varejistas

X

São Paulo

(11) 98514-5432 www.abb.com.br

Distribuidores / atacadista

Residencial

SP

www.alpha-ex.com.br

Telefone

ABB

Público

Estado

São Paulo

EMPRESA

Distribuidora

Cidade

Comercial

Canal de Vendas

Industrial

Principal segmento

Fabricante

A empresa é

X

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X

X


63

Ouro Preto

MG

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www.belgobekaert.com.br

Contagem

MG

X

X

CELTRE MATERIAIS ELETRICOS

(34) 3671-2488

celtreeletrica@yahoo.com.br

RIO PARANAIBA/IBIA/SAO GOTARDO

MG

X

X

Clamper

0800 703 0555

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

X X

X

X X

Condumax Fios e Cabos Elétricos

0800 701 3701

www.condumax.com.br

Olimpia

SP

X

X

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

GUARULHOS

SP

X

X

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

CORNELIO PROCOPIO

PR

X

X X

Embramat

(11) 2098.0371

www.embramataltatensao.com.br

São Paulo

SP

X

Exatron

0800 541 3310

WWW.EXATRON.COM.BR

Porto Alegre

RS

ExSuper

(15) 4062 9447

www.exsuper.com.br

Tietê

SP

FASTWELD

(11) 2425-7180

WWW.FASTWELD.COM.BR

GUARULHOS

SP

FINDER

(11) 2147-1550

WWW.FINDERNET.COM

SAO CAETANO DO SUL

SP

IDEAL ENGENHARIA

(11) 3287-0622

www.idealengenharia.com.br

São Paulo

INCESA

(17) 3279-2600

www.incesa.com.br

X X

X

X

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X X

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X X

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X

SP

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X

Olímpia

SP

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X

WWW.INSTRUTHERM.COM.BR

São Paulo

SP

X

X

X X

(16) 3826-1411

www.intellistorm.com.br

ORLANDIA

SP

X X

X

X X

LEGRAND

(11) 5644-2508

www.legrand.com.br

São Paulo

SP

X X

X

X X

X

LPM

(11) 3976-1636

www.lpmmil.com.br

São Paulo

SP

X

X

MAGNET

(11) 4176-7878

www.mmmagnet.com.br

S.BERNARDO DO CAMPA

SP

X

X

X

MAXXWELD

(41) 3383-9120

www.maxxweld.com.br

São José dos Pinhais

PR

X X

X

X X

Megabras

(11) 3254-8111

www.megabras.com

São Paulo

SP

X X

X

X

Mersen do Brasil

(11) 2348-2360

www.mersen.com

Cabreúva

SP

X X

X

X

MONTAL PARA-RAIOS

(31) 3476-7675

www.montal.com.br

BELO HORIZONTE

MG

X

X

X X

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382 www.obo.com.br

Sorocaba

SP

X X

X

X

PARAENG

(31) 3394-7433

www.paraeng.com.br

Contagem

MG

PARATEC

(11) 3641-9063

www.paratec.com.br

São Paulo

SP

X

X

Pentair Equipment Protection

(11) 3623-4333

https://www.erico.com/

São Paulo

SP

X X

X

X X

PHOENIX CONTACT

(11) 3871-6400

www.phoenixcontact.com.br

São Paulo

SP

X

X

X X

TE Connectivity

(11) 2103-6095

www.te.com/energy

São Paulo

SP

X X

X

X

Termotécnica Para-raios

(31) 3308-7000

www.tel.com.br

Belo Horizonte

MG

X X

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INTELLI STORM

INSTRUTHERM INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO (11) 2144-2800

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Dispositivo protetor de surtos de sinal (telefonia, dados, etc.)

www.barbosandrade.com.br

0800 727 2000

Dispositivo protetor de surtos de energia

(31) 3551 6351

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Solda exotérmica

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Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ ou equipotencialização

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Barramentos de aterramento e/ ou equipotencialização

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Malhas de aterramento préfabricadas

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SP

Hastes de aterramento

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São Paulo

Resistores de aterramento

SP

www.alpha-ex.com.br

Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento

Belgo Bekaert Arames

Estado

São Paulo

SPDA(captores,cabos e acessórios)

Barbosa & Andrade

Cidade

Principais Produtos que a Empresa Fabrica e/ou Distribui

Manutenção dos produtos para os clientes

(11) 3933-7533

Instalação dos produtos para os clientes

Alpha Equipamentos Elétricos

Site

Treinamento técnico para os clientes

(11) 98514-5432 www.abb.com.br

Oferece corpo técnico especializado para suporte aos clientes

Telefone

ABB

Importa produtos acabados

EMPRESA

Exporta produtos acabados

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

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Pesquisa - Equipamentos para condicionamento de energia e grupos geradores

64

Condicionamento e geração de energia A indústria, principal segmento de atuação das empresas dessa área, reduziu o consumo de energia elétrica em razão da crise econômica brasileira. Fabricantes e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para condicionamento de energia sofrem as consequências pesquisa

2014, registraram crescimento de suas empresas em torno de 14%.

Energética (EPE), o consumo de energia elétrica das indústrias

No ano de 2015, o aumento apresentado caiu para 9%. E agora, em

brasileiras registrou, entre janeiro e setembro de 2016, queda de

2016, projetam elevação de apenas 7%. No que se refere ao tamanho

3,7% em relação ao mesmo período de 2015. A crise econômica,

anual total do mercado, a expectativa se manteve a mesma entre

obviamente, fez o setor industrial reduzir seu ritmo de produção e,

2015 e 2016, com as empresas acreditando em acréscimo de 5%.

consequentemente, consumir menos eletricidade para o acionamento

Em relação ao crescimento do número de funcionários, as empresas

de máquinas e equipamentos. Segundo pesquisa exclusiva com

registraram queda considerável. Em 2015, as empresas afirmaram

fabricantes e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para

ter aumentado em 9% o quadro de empregados. Atualmente, este

condicionamento de energia, realizada pela revista O Setor Elétrico e

número caiu para 5%.

publicada nas páginas a seguir, a indústria é o principal segmento de

atuação das empresas entrevistadas; 95% das companhias afirmam

impacto no crescimento do mercado em 2016, os fabricantes e

comercializar seus produtos para o setor industrial.

distribuidores que participaram deste levantamento deram respostas,

Com seu principal mercado de atuação em crise, os fabricantes

sinalizando que, não obstante a troca no poder executivo no país, a

e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para

crise insiste em ficar. Tendo 12 opções, grande parte dos entrevistados

condicionamento de energia pesquisados acusaram o golpe. Em

(28%) escolheu a desaceleração da economia brasileira como

Segundo

a

Resenha

Mensal

da

Empresa

de

Perguntadas a respeito dos fatores que mais causaram e causarão


65

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

principal fator. A falta de confiança nos investidores também foi um

item muito lembrado, com 15% das indicações. Apesar disso, algumas

direta ao cliente. 95% das empresas empregam este meio. Em

empresas ainda se mantêm otimistas (16%), acreditando que projetos

segundo lugar vem as revendas e os varejistas, utilizados por 53%

de infraestrutura influenciarão positivamente o mercado neste ano.

das empresas. A internet ainda é um meio não muito valorizado, sendo

usada por 28% das companhias.

A pesquisa traz ainda o faturamento bruto anual dos fabricantes

O canal de vendas mais utilizado pelos entrevistados é a venda

e distribuidores de grupos geradores e equipamentos para condicionamento de energia em 2015. Conforme o estudo, a grande

Principais canais de vendas

maioria dos pesquisados (41%) afirmou ter faturado até R$ 5 milhões. Número semelhante ao registrado no levantamento do ano passado, em que 39% das empresas questionadas declararam faturar este montante. Confira a seguir a pesquisa na íntegra:

Telemarketing

16%

Números do mercado de grupo geradores e equipamentos para condicionamento de energia

A indústria é o principal segmento de atuação dos fabricantes

e

distribuidores

de

grupo

geradores

e

equipamentos

Outros

26%

Internet

28%

para

Distribuidores / atacadistas

40%

condicionamento de energia elétrica. 95% dos entrevistados vendem seus produtos para o setor industrial. O segmento que menos realiza

Revendas / varejistas

53%

negócios com estas empresas é o residencial (21%).

95%

Principais segmentos de atuação

Venda direta ao cliente final

Residencial

21%

Público

37%

Comercial

72%

Industrial

95%

As baterias são os equipamentos mais comercializados pelos

fabricantes e distribuidores. Segundo o levantamento, 47% das empresas vendem este tipo de produto. Na pesquisa realizada no ano passado, as baterias também foram indicadas por 41% como os produtos mais vendidos.


Pesquisa - Equipamentos para condicionamento de energia e grupos geradores

26%

Nobreaks acima de 3 kVA 22%

Retificadores

33%

Estabilizadores até

40% 40%

Estabilizadores acima

Acima de R$ 1 bilhão 0

6%

0%

6%

51% 13% 9%

9%

9%

0

9%

10% 15% 24%

44% 16% 22%

6%

15% 15% 15% 0

12%

0

gerenciamento de energia

Nobreaks estáticos acima de 3 kVA

Outros produtos para condicionamento de energia Baterias

No estudo de 2015, a expectativa de crescimento das empresas

para o referido ano foi de 9%. Na pesquisa deste ano, vê-se que esta projeção se concretizou. Para o ano de 2016, as empresas estão mais pessimistas e esperam crescer 7%.

47%

0

37% 31% 13% 6%

5%

Baterias Softwares de

Nobreaks estáticos de até 3 kVA

44%

8%

de 3 kVA

Softwares de gerenciamento de energia

42%

15% 25%

16% 12% 16% 22% 11%

de 3 kVA

Chaves de tranferência

40%

32% 15% 6%

Nobreaks até 3 kVA

Filtros de harmônicas

De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão

Estabilizadores acima de 3 kVA

30%

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

21%

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

Nobreaks rotativos

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

Percepção sobre o tamanho anual do mercado no ano passado

Até R$ 20 milhões

Principais produtos comercializados

De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões

66

Previsoes de crescimento

5%

A maioria das empresas entrevistadas (41%) disse ter faturado

5%

até R$ 5 milhões em 2015. Na pesquisa realizada no ano passado,

Acréscimo ao quadro de funcionários das empresas Previsão de crescimento percentual do tamanho anual total do mercado para 2016 Previsão de crescimento percentual para 2016

7%

4% das companhias deste segmento afirmaram ter faturado acima de R$ 500 milhões em 2014. No levantamento deste ano, nenhuma

9%

companhia declarou faturamento deste valor.

Percentual de Crescimento de 2015 comparado ao ano anterior

Faturamento bruto anual das empresas (em 2015)

17%

De R$ 50 milhões a R$ 70 milhões 14%

Como já é costumeiro nas pesquisas realizadas pela revista com

as empresas do segmento elétrico, a desaceleração da economia 41%

Até R$ 5 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

brasileira foi escolhida pela maioria (28%) como principal fator de impacto no mercado em 2016. Fatores que devem influenciar o mercado em 2016

5 % 8 %

24%

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

4%

De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões

15%

Outros

Desvalorização da moeda brasileira

7%

Programas de incentivo do governo 1%

Bom momento econômico do país

Falta de confiança de investidores

28%

4%

Desaceleração da economia brasileira

Falta de normalização e/ ou legislação

Conforme o levantamento, o mercado de baterias é o mais

rico com 15% dos entrevistados dizendo faturar mais do que R$ 1 bilhão em 2015. Com exceção deste segmento e do mercado de estabilizadores até 3 kVA, que, segundo 6% dos entrevistados,

3%

Setor da construção civil aquecido

1%

Incentivos por força de legislação ou normalização

faturou quantia superior a R$ 1 bilhão, nenhum outro mercado

5%

específico obteve tal montante.

Crise internacional

7% 16%

Projetos de infraestrutura

Setor da construção civil desaquecido



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Certificado ISO 9001 (qualidade)

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Importa produtos acabados

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Exporta produtos acabados

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Programas na área de responsabilidade social

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Certificado ISO 14.001 (ambiental)

X

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Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

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Venda direta ao cliente final

X

Outros

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X

Internet

X

X X

Telemarketing

X

X X X

Revendas / varejistas

X X X X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Distribuidores / atacadista

X

Principal canal de vendas

Público

Cidade Estado SP Guarulhos X SP São Paulo X MG Belo Horizonte SP São Paulo PR SÃO JOSÉ DOS PINHAIS X PE Belo Jardim X SP BARUERI X SP MOGI MIRIM X SP Itapevi X MG ITAJUBA X SP São Paulo SP São Paulo X SP São Paulo RJ RIO DE JANEIRO X RS PanambI X PR Pinhais X SP Taboão da Serra X SP Orlândia X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Bernardo do Campo X PR Londrina X SP Barueri X PE Paulista SP Guarulhos X SP Sorocaba X SP São Caetano do Sul PR Pinhais SP São Caetano do Sul X SP Sorocaba X SC Blumenau X SP Bragança Paulista X SP São Paulo X SP São Paulo SP São Paulo X RS Porto Alegre X SP Diadema X SP CARAPICUIBA X SP CAMPINAS SP São Paulo X SP São Paulo X SC Jaraguá do Sul

Residencial

Site www.acabine.com.br www.abb.com.br www.grupoabaco.com.br www.acaoenge.com.br www.acmesolar.com.br www.moura.com.br www.adelco.com.br www.adsdisjuntores.com.br www.aepi.com.br www.balteau.com.br www.eaton.com.br www.dataenergy.com.br www.emersonnetworkpower.com.br www.etelbra.com.br www.fockink.ind.br www.hdspr.com.br www.instrumenti.com.br www.grupointelli.com.br www.jng.com.br www.krj.com.br www.kron.com.br www.lacerdasistemas.com.br www.leaoenergia.com.br www.leistung.ind.br www.heimer.com.br www.mediatensao.com.br www.obo.com.br www.phdonline.com.br www.powercombrasil.com.br www.powersafe.com.br www.proautomacao.com.br www.provolt.com.br www.renzbr.com www.rta.com.br br.sdmo.com www.secpower.com.br www.stemac.com.br www.tease.com.br www.transfersistemas.com.br www.transformadoresminuzzi.com.br www.unionsistemas.com.br www.upsbr.com.br www.weg.net

Comercial

Telefone (11) 2842-5252 (11) 98514-5432 (31) 3481-1890 (11) 3883-6050 (41) 3556-1166 (81) 3411-2999 (11) 4199-7500 (19) 3804-1119 (11) 4143-9600 (35) 3629-5500 (11) 3616-8500 (11) 3872-5641 (11) 3618-6600 (21) 3392-8106 (55) 3375-9500 (41) 21098800 (11) 5641-1105 (16) 3820-1500 (11) 2090-0550 (11) 2971-2300 (11) 5525-2000 (11) 2147-9777 (43) 3294-6444 (11) 4196-8650 (81) 3372-8888 (11) 2384-0155 (15) 3335-1382 (11) 3215-6500 (41) 3016-7181 (11) 4227-2477 (15) 3031-7400 (47) 3036-9666 (11) 4034-3655 (11) 2171-3244 (11) 3789-6000 (11) 5541-5120 (51) 2131-3800 (11) 5671-2065 (11) 4189-9700 (19) 3272-6380 (11) 3512-8900 (41) 3286-3286 (47) 3276-4000

Principal segmento de atuação

Industrial

EMPRESA A.cabine Materiais Eletricos ABB Abck com mat eletrico ltda AÇÃO ENGENHARIA ACME MATERIAIS TÉRMICOS LTDA Acumuladores Moura S.A. ADELCO SISTEMAS DE ENERGIA LTDA. ADS DISJUNTORES INDUSTRIA E COMERCIO LTDA AEPI do Brasil Ind. e Comercio Ltda. BALTEAU PRODUTOS ELÉTRICOS LTDA. Eaton Power Solution Ltda Electron Sistemas de Energia Ltda Emerson Network Power do Brasil ETELBRA ENG. TELECOM. E ELETRICIDADE LTDA Fockink Indústrias Elétricas Ltda HDS Sistemas de Energia LTDA INSTRUMENTI Intelli Ind.Term.El.Ltda. Joining Comércio Eletro Elétricos Ltda KRJ Ind. e Com. Ltda. KRON MEDIDORES LACERDA SISTEMAS LEÃO ENERGIA LEISTUNG Leon Heimer S/A MÉDIA TENSÃO OBO BETTERMANN PHD ON LINE POWERCOM POWERSAFE PROAUTO - Produtos de Automação Provolt Tecnologia Eletrônica Ltda RENZ RTA rede de tecnologia avançada ltda SDMO-MAQUIGERAL SEC POWER STEMAC Grupos Geradores Tease Eletrônica Ltda TRANSFER SISTEMAS TRANSFORMADORES MINUZZI LTDA UNION SISTEMAS E ENERGIA LTDA UPS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A WEG Drives & Controls - Automação Ltda.

Distribuidora

A empresa é

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Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

Pesquisa - Equipamentos para condicionamento de energia e grupos geradores

Fabricante

68

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Outros produtos para condicionamento de energia

X X

Outros tipos de grupos geradores

X

Grupos geradores a gasolina

X

Grupos geradores a biogás

Softwares de Gerenciamento de energia

X

Grupos geradores a gás natural

Filtros de harmônicas

X X X

Grupos geradores a diesel

Chaves de transferência

X

Retificadores

X

Baterias

X X

Estabilizadores acima de 3 kVA

X X X

Estabilizadores até 3 kVA

X X X X X X X

No breaks rotativos

X X X X X X X

No breaks estático acima de 3 kVA

Cidade Estado SP Guarulhos X SP São Paulo X MG Belo Horizonte X SP São Paulo X PR SÃO JOSÉ DOS PINHAIS X PE Belo Jardim X SP BARUERI X SP MOGI MIRIM X SP Itapevi X MG ITAJUBA X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X RJ RIO DE JANEIRO X RS PanambI X PR Pinhais X SP Taboão da Serra X SP Orlândia X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Bernardo do Campo X PR Londrina X SP Barueri X PE Paulista X SP Guarulhos X SP Sorocaba X SP São Caetano do Sul X PR Pinhais X SP São Caetano do Sul X SP Sorocaba X SC Blumenau X SP Bragança Paulista X SP São Paulo X SP São Paulo X SP São Paulo X RS Porto Alegre X SP Diadema X SP CARAPICUIBA X SP CAMPINAS X SP São Paulo X SP São Paulo X SC Jaraguá do Sul X

No break estático até 3 kVA

Site www.acabine.com.br www.abb.com.br www.grupoabaco.com.br www.acaoenge.com.br www.acmesolar.com.br www.moura.com.br www.adelco.com.br www.adsdisjuntores.com.br www.aepi.com.br www.balteau.com.br www.eaton.com.br www.dataenergy.com.br www.emersonnetworkpower.com.br www.etelbra.com.br www.fockink.ind.br www.hdspr.com.br www.instrumenti.com.br www.grupointelli.com.br www.jng.com.br www.krj.com.br www.kron.com.br www.lacerdasistemas.com.br www.leaoenergia.com.br www.leistung.ind.br www.heimer.com.br www.mediatensao.com.br www.obo.com.br www.phdonline.com.br www.powercombrasil.com.br www.powersafe.com.br www.proautomacao.com.br www.provolt.com.br www.renzbr.com www.rta.com.br br.sdmo.com www.secpower.com.br www.stemac.com.br www.tease.com.br www.transfersistemas.com.br www.transformadoresminuzzi.com.br www.unionsistemas.com.br www.upsbr.com.br www.weg.net

Oferece manutenção dos produtos para os clientes

Telefone (11) 2842-5252 (11) 98514-5432 (31) 3481-1890 (11) 3883-6050 (41) 3556-1166 (81) 3411-2999 (11) 4199-7500 (19) 3804-1119 (11) 4143-9600 (35) 3629-5500 (11) 3616-8500 (11) 3872-5641 (11) 3618-6600 (21) 3392-8106 (55) 3375-9500 (41) 21098800 (11) 5641-1105 (16) 3820-1500 (11) 2090-0550 (11) 2971-2300 (11) 5525-2000 (11) 2147-9777 (43) 3294-6444 (11) 4196-8650 (81) 3372-8888 (11) 2384-0155 (15) 3335-1382 (11) 3215-6500 (41) 3016-7181 (11) 4227-2477 (15) 3031-7400 (47) 3036-9666 (11) 4034-3655 (11) 2171-3244 (11) 3789-6000 (11) 5541-5120 (51) 2131-3800 (11) 5671-2065 (11) 4189-9700 (19) 3272-6380 (11) 3512-8900 (41) 3286-3286 (47) 3276-4000

Principais produtos comercializados pela empresa

Oferece instalação dos produtos para os clientes

EMPRESA A.cabine Materiais Eletricos ABB Abck com mat eletrico ltda AÇÃO ENGENHARIA ACME MATERIAIS TÉRMICOS LTDA Acumuladores Moura S.A. ADELCO SISTEMAS DE ENERGIA LTDA. ADS DISJUNTORES INDUSTRIA E COMERCIO LTDA AEPI do Brasil Ind. e Comercio Ltda. BALTEAU PRODUTOS ELÉTRICOS LTDA. Eaton Power Solution Ltda Electron Sistemas de Energia Ltda Emerson Network Power do Brasil ETELBRA ENG. TELECOM. E ELETRICIDADE LTDA Fockink Indústrias Elétricas Ltda HDS Sistemas de Energia LTDA INSTRUMENTI Intelli Ind.Term.El.Ltda. Joining Comércio Eletro Elétricos Ltda KRJ Ind. e Com. Ltda. KRON MEDIDORES LACERDA SISTEMAS LEÃO ENERGIA LEISTUNG Leon Heimer S/A MÉDIA TENSÃO OBO BETTERMANN PHD ON LINE POWERCOM POWERSAFE PROAUTO - Produtos de Automação Provolt Tecnologia Eletrônica Ltda RENZ RTA rede de tecnologia avançada ltda SDMO-MAQUIGERAL SEC POWER STEMAC Grupos Geradores Tease Eletrônica Ltda TRANSFER SISTEMAS TRANSFORMADORES MINUZZI LTDA UNION SISTEMAS E ENERGIA LTDA UPS BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A WEG Drives & Controls - Automação Ltda.

Oferece treinamento técnico para os clientes

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

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Espaço 5419

Espaço 5419 Por Normando V.B. Alves*

Considerações sobre as partes 3 e 4 da ABNT NBR 5419

A parte 3 da ABNT NBR 5419:2015 é a

desse produto.

que mais está ligada à norma anterior, que

traz os critérios de projeto, instalação e e

norma nova é o item “5.2.3.2.- Estruturas

manutenção dos Sistemas de Proteção contra

acima de 60 m de altura” que exige que o

Descargas Atmosféricas (SPDA). A revisão

sistema de captação no topo da edificação

trouxe algumas mudanças interessantes.

seja estendido para as fachadas da edificação

As

principais

mudanças

são:

Um item que merece destaque nesta

os

cobrindo pelo menos 20% do total da altura

fechamentos dos meshes do método das

no topo do prédio. Esta exigência se deve

malhas; uma apresentação visual mais fácil

ao fato de que edificações acima de 60 m

dos ângulos do método dos ângulos em

de altura estão muito expostas a descargas

função das alturas de referência; a redução

diretas no entorno do seu topo.

dos espaçamentos dos condutores de

descida; a redução dos espaçamentos dos

para as Medidas de Proteção contra Surtos

anéis de captação lateral; e o método da

(MPS) nas instalações e equipamentos, dentro

esfera rolante não apresentou nenhuma

da edificação e que venham a conduzir

modificação.

surtos nessas instalações, gerando perda

de equipamentos, informações, acidentes

Um passo importante foi feito nas tabelas

Já a parte 4 estabelece critérios técnicos

6 e 7 da parte 3 com a especificação mais

pessoais, explosões ou incêndios, etc.

detalhada dos condutores de captação,

As consequências podem ser perda

descida e aterramento, evitando, assim,

patrimonial, acidentes pessoais ou perda de

os condutores fora das normas, chamados

vida, paralização das atividades do cliente e

“cabos

prejuízos com paradas ou perdas financeiras.

comerciais”.

Gostaria

aqui

de

destacar que a norma anterior nunca permitiu

o uso de cabos de 19 fios, na verdade, quem

zonas para dimensionar as MPSs adequadas

definia isso era a ABNT NBR 6524 e para

em função dos riscos existentes em cada

cabos classe 2, só aceita 19 fios a partir de

zona, o que está diretamente ligado com

95 mm². Nesta versão da ABNT NBR 5419

a quantidade de pessoas, tempo de

- parte 3, essa questão ficou definitivamente

permanência e tipo de atividade que é

fechada, assim, as artimanhas dos fabricantes

desenvolvido em cada zona. Assim, as MPSs

de cabos inidôneos caíram por terra.

vão variar de acordo com o risco de cada

Alguns projetistas sempre perguntam:

zona, otimizando os custos de implantação.

“por

que

a

norma

não

especificava

A norma recomenda a definição de

Para que estas MPS tenham eficiência

corretamente os cabos, as hastes de

é necessário que as instalações elétricas

aterramento, a galvanização a fogo, etc.”?

da edificação atendam à ABNT NBR 5410,

correndo o risco de estas se tornarem

É bom deixar claro que a ABNT NBR

5419 não é uma norma de produto, mas

inócuas.

sim uma norma de aplicação de critérios de

dimensionamento de engenharia. Se ela tiver

tenho percebido que a maioria dos clientes

que chamar para si a responsabilidade de

tem visto com bons olhos a norma nova, pois

especificar a qualidade dos produtos a serem

percebem que aumentando a segurança

usados, essa norma deixaria de ser uma

deles e do seu patrimônio está melhor

norma de aplicação de engenharia e iria virar

protegido.

um compêndio de normas de produtos e que

Com relação aos projetistas, tenho

na verdade já existem. Assim, se a norma cita

percebido algumas reclamações, pois a

um produto, ele tem que obedecer à norma

norma passou de 42 para 309 páginas. Essa

Com relação à recepção do mercado,


71

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

mudança acabou por tirar os projetistas

c) qualquer nova construção ou reforma que

A primeira é fácil de resolver, pois

da zona de conforto, obrigando-os a se

altere as condições iniciais previstas em projeto

como mostrei no item anterior da norma é

reciclarem para entenderem melhor a nova

além de novas tubulações metálicas, linhas de

obrigação do profissional fazer a inspeção à

norma e as novas exigências, fazendo-os

energia e sinal que adentrem a estrutura e

luz da norma vigente. O relatório resultado

investir mais tempo em ler as normas, fazer

que estejam incorporados ao SPDA externo e

dessa inspeção é feito à luz de uma norma

treinamentos de atualização, participar de

interno se enquadrem nesta norma.

técnica e não é uma lei, mas passa a ter força de lei quando o código de defesa do

congressos, etc. Eu pessoalmente não vejo isso como um problema, pois quem está na

Alguns clientes, projetistas ou mesmo

consumidor ou uma NR 10 do Ministério do

engenharia e quer ser um bom profissional

instaladores têm questionado (sempre que

Trabalho, que são leis federais, exigem a sua

tem que estar sempre se atualizando, tal

sai uma nova norma, começa a choradeira) se

aplicação.

como acontece com os melhores médicos,

é obrigatório atualizar a instalação existente

biólogos, advogados, etc. O aprendizado

que estava de acordo com a norma anterior.

ou a ABNT que irão te obrigar a adequar o

não termina com o diploma na mão, na

Bom, em primeiro lugar, é raro encontrar

seu sistema à norma atual. Sempre será um

verdade ele só começa.

um local em conformidade com a norma de

órgão do poder público ou seguradoras que

Mesmo assim não será essa empresa

Por último, vamos falar sobre o prazo

2005. A maioria das instalações existentes

irão fazer essa exigência. É neste momento

para aplicação da norma. A ABNT deu um

mal atende à legislação de 1993, que foi

que poderá ser invocada a lei do direito

mês para que o mercado começasse a usar

considerada a grande virada em termos de

adquirido com as devidas alegações, legais

a nova norma após a sua publicação, que

mudanças técnicas profundas na área de

ou não, para defesa, mas esse trabalho

aconteceu em julho de 2015. Assim, desde

proteção contra descargas atmosféricas.

deverá ser feito por um advogado, não por

esta data, a norma tem que ser usada.

um engenheiro, ou seja, esse assunto foge

Pode parecer que 30 dias é muito pouco

instalação hipotética em que a norma anterior

de nossa alçada.

para tantas mudanças da norma, e reconheço

de 2005 estava sendo atendida. As mudanças

que é, mas também temos que lembrar que

do SPDA serão tão poucas que, certamente,

uma inspeção e, com ela, vieram as não

esta norma foi revisada durante dez anos por

essa adaptação à norma vigente se justifica

conformidades. O cliente disse que seu prédio

uma equipe de profissionais especializados

financeiramente. Poderá também acontecer

atendia à norma anterior (nesse caso, atendia

na área. Ou seja, durante todo esse tempo,

que, ao fazer o gerenciamento de risco, a

mesmo) e queria que eu emitisse um relatório

as

Para facilitar a conversa, vamos imaginar uma

Recentemente, um cliente me solicitou

em

edificação ter nível ll de proteção e agora o

que falasse que a edificação atendia à norma

congressos, em revistas técnicas, nas redes

SPDA ser nível lV de proteção e, provavelmente,

vigente para ter a liberação dos Bombeiros.

sociais e ainda o período em que a norma

o SPDA não precisará ser modificado.

esteve em consulta pública. Dessa maneira,

O que, certamente, será necessário fazer

Como emito um documento falando que a

alegar que houve pouco tempo para

é a atualização da documentação, talvez fazer

instalação atende à norma, sendo que isso

conhecimento da norma não é verdade, ao

algum ensaio de continuidade e dimensionar

não é verdade? E se acontecer um sinistro,

menos para quem investe em atualização

(ou redimensionar) as MPSs caso já existam.

como vou justificar que a edificação está

profissional.

O problema, como disse anteriormente, é

dentro da norma, sendo que não está?

mudanças

foram

apresentadas

Nesse momento, começa a “encrenca”.

Para novas instalações não vejo problema

que a maioria das edificações com “proteção

Isto pode trazer problemas jurídicos muito

algum, pois é obrigação do projetista estar

contra raios” não oferecia proteção há muito

embaraçosos no futuro.

atualizado e aplicar sempre a norma mais

tempo nem na norma anterior.

recente.

Para as edificações existentes, a sugestão

tem que ser resolvida por advogados e não

Por isso que eu aleguei que essa questão

O item 7.2, descrito a seguir, dispõe

é, em primeiro lugar, fazer a análise de risco

por engenheiros, cada profissional em seu

sobre o assunto. Deixa claro que o SPDA

(parte 2) para analisar o que está instalado, o

galho. Para nós, que somos engenheiros de

deve estar de acordo com a norma vigente.

que precisa ser instalado ou documentado e

aplicação, cabe-nos o trabalho hercúleo de

sugerir a implantação dessas medidas.

convencer os clientes a aplicar as normas

7.2 Aplicação das inspeções

técnicas. Esta é a nossa missão e devemos

de novo a mesma pergunta:

O objetivo das inspeções é assegurar

Voltando alguns parágrafos atrás coloco

fazê-la com todas as forças e deixar essas questões jurídicas para outros especialistas.

que: a) o SPDA esteja de acordo com projeto

• Meu SPDA foi instalado seguindo a norma

baseado nesta norma;

da época. Agora sou obrigado a adequar à

*Normando V. B. Alves é diretor de engenharia

b) todos os componentes do SPDA estão em

nova norma?

da Termotécnica Para-raios e membro da

boas condições e são capazes de cumprir

Essa pergunta tem duas respostas. A

comissão da ABNT que revisou a norma

suas funções; que não apresentem corrosão,

primeira seria uma resposta técnica e a

ABNT NBR 5419:2015 | normandoalves@

e atendam às suas respectivas normas;

segunda seria uma resposta legal.

gmail.com


72

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br

Qual seu nível de atualização em relação ao assunto “proteção contra descargas atmosféricas”?

Sistematicamente, tenho sido procurado

1) No assunto “proteção contra raios”,

por pessoas que não sabem ao certo

quando tratado segundo a ABNT NBR

como proceder para se atualizar à ABNT

5419:2015, deve(m) ser considerado(s):

NBR 5419:2015 – dúvidas relativas a

a) ( ) Somente o SPDA

conceitos básicos e práticos que envolvem

b) ( ) O SPDA externo, o SPDA Interno

cálculos e ensaios ou sobre o dia a dia da

e as MPSs

instalação. Dessa demanda surgiu a ideia de

c) ( ) O Para-raios e a instalação de

utilizar este espaço para nortear aos bem-

DPSs

intencionados. A seguir são relacionadas dez

d) ( ) Nenhuma das anteriores

questões básicas para uma autoavaliação e determinação da real necessidade do leitor.

2) Qual a medida mais eficiente na

Após

proteção à vida em áreas abertas contra

responder

às

dez

questões

compare com o gabarito fornecido e decida.

descargas atmosféricas? a) ( ) Instalar SPDA externo

Sugestão: se após passar pelo teste, sem

b) ( ) Retirar as pessoas antes da

pressão ou qualquer tipo de distração, sua

ocorrência de raios transferindo-as para

nota for menor do que oito você precisa

locais fechados, providos de PDA

urgentemente de atualização de conceitos

c) ( ) Retirar as pessoas antes da

básicos. Se conseguir entre nove e dez

ocorrência de raios transferindo-as para

acertos, avalie qual a dificuldade que teve

locais cobertos, providos de PDA

para obtê-los e procure o caminho que julgar

d) ( ) Nenhuma das anteriores

mais indicado. 3) Quanto de eficiência estimada provê

Quero advertir que esta ferramenta não teve

uma PDA nível 2?

nenhum apoio psicológico ou de profissionais

a) ( ) 90%

de RH, estando baseada apenas na experiência

b) ( ) 98%

adquirida no envolvimento com cerca de 800

c) ( ) 84%

profissionais que participaram dos cursos e

d) ( ) 95%

palestras que ministrei desde julho de 2015. As siglas, nomenclaturas e definições

4) Quais são os requisitos básicos para

constam

utilização de elementos metálicos, como

Sucesso!

da

ABNT

NBR

5419:2015.

SPDA externo natural?


73

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

a) ( ) Materiais e dimensões conforme

descida com o eletrodo de aterramento

c) ( ) Deixando portas e janelas

tab 3-Parte 3, fixação permanente e

b) ( ) Na conexão entre o condutor de

afastadas mais do que meio metro do

continuidade elétrica garantida

descida com o rabicho de aterramento

SPDA

b) ( ) Materiais metálicos, continuidade

c) ( ) Esse limite depende de onde os

d) ( ) Nenhuma das anteriores

elétrica garantida e fixação permanente

condutores estão fixados

c) ( ) Estar dentro do volume de

d) ( ) Nenhuma das anteriores

proteção imposto pala captação

9) Surto modo comum é a diferença de tensão que aparece entre:

projetada

7) Qual a profundidade mínima a partir

a) ( ) Condutores fase somente

d) ( ) Ter uso exclusivo como elementos

da superfície do solo para um eletrodo de

b) ( ) Condutores fase e PE ou o

de descida e aterramento

aterramento convencional?

aterramento

a) ( ) 0,30 m

c) ( ) Condutores vivos e PE ou o

5) Qual o raio de proteção adotado para

b) ( ) 0,50 cm

aterramento

a esfera rolante se o SPDA externo for

c) ( ) 0,60 cm

d) ( ) Condutores vivos e condutores

classe II?

d) ( ) 0,5 m

de sinal

a) ( ) 10 m b) ( ) 20 m

8) Como se pode prevenir

10) Qual o período para inspeção de uma

c) ( ) 30 m

centelhamentos entre a PDA e partes

usina termoelétrica?

d) ( ) 40 m

metálicas expostas?

6) Defina o limite entre os subsistemas

envolvidos

de descida e de aterramento em um SPDA

b) ( ) Por equipotencialização (direta ou

externo convencional:

indireta) ou observando-se a distância de

a) ( ) Na conexão do condutor de

segurança

a) ( ) 1 ano – Por quê? b) ( ) 3 anos – Por quê?

1-B, 2-B, 3-D, 4-A, 5-C, 6-B, 7-D, 8-B, 9-C, 10-A

a) ( ) Verificando a isolação do materiais


74

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br

A qualidade no consumo de energia elétrica

Não, não iremos abordar diretamente

energética antes de se implantar, por

o tema que todos conhecemos como a

exemplo, um sistema fotovoltaico. Não por

“qualidade da energia elétrica”, analisando

acaso inauguramos o mês de novembro

as harmônicas ou os afundamentos e

com a tarifa majorada pela bandeira amarela,

outros distúrbios da tensão de alimentação

sinalizando que estamos consumindo mais

de nossas fontes para as nossas cargas,

energia gerada com combustíveis fósseis,

ou vice-versa. O objetivo aqui é chamar

sujando nossa matriz energética e pagando

a atenção da forma como consumimos

mais caro por estas fontes de energia.

a energia elétrica. Em outras palavras,

Nossos sistemas de armazenamento

a ”qualidade” aqui é entendida como

nos reservatórios não têm colaborado. A

quanto de energia elétrica consumimos

Figura 1 mostra o nível equivalente total dos

para desenvolver nossas atividades na

reservatórios (em todos os sistemas-total

indústria, nas instalações comerciais e

Brasil). Os valores foram obtidos pela relação

em nossas residências e quanto poderia

das integrações da energia acumulada

ser utilizada para este mesmo fim. Desta

total em relação à capacidade total dos

relação quantitativa deduzimos a relação

reservatórios.

”qualitativa”.

Algumas observações são válidas a partir

Na coluna do mês anterior, chamávamos

da análise do gráfico da Figura 1, mesmo que

a atenção para a necessidade de se avaliar

a análise de cada sistema de armazenamento

alguns

deva ser feita individualmente até mesmo para

tópicos

básicos

de

eficiência

Figura 1 – Volume de reservatórios equivalentes e vigência das bandeiras tarifárias.


75

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

definição das parcelas de custos de energia,

justo dar o mesmo tratamento de tarifa aos

que a geração fotovoltaica surge como vedete,

como PLD e outros:

empreendedores que constroem prédios para

a implantação de novas fontes de energia, por

os futuros consumidores pagarem a conta,

mais sustentáveis que pareçam ser, torna-se

• Neste outubro de 2016, o volume

sem qualquer comprometimento com o custo

uma excrecência se a eficiência energética não

equivalente está um pouco melhor que os

operacional em contraponto àqueles que

for inicialmente considerada. Isto não apenas

últimos dois anos, mas pior que 2013;

agem com responsabilidade em construções

pelo fato de gerar energia para alimentar uma

• Há de se considerar a estagnação da

eficientes e sustentáveis?

carga numericamente superior à necessária,

economia e que estaríamos em situação pior

Por que então estes últimos deveriam

como também pelos custos em si, já que o

em outro cenário;

financiar de forma isonômica os investimentos

investimento para se economizar “um” kWh é

• A política de atendimento das cargas

no sistema elétrico causados pelos primeiros?

bem menor que aquele para gerá-lo pelas tais

depende das fontes térmicas poluidoras;

O uso e a especificação de sistemas eficientes

fontes sustentáveis. Isto é, investe-se menos

• A análise do nível dos reservatórios deve ser

requerem investimentos em equipamentos,

já que a carga seria hipoteticamente menor.

“cruzada” com a geração térmica (por tipo de

instalações, acionamentos e controles de

A mensagem é clara: projetos sustentáveis

fonte) das próprias hidráulicas e eólicas.

tecnologias atualizadas e isso é normalmente

devem considerar “fontes de energia, cargas

mais caro do que as tecnologias ultrapassadas!

e operação”.

Seria

Implantar

A qualidade no consumo da energia, como

natural

e

perfeitamente

justo

novas

fontes

de

energia

ora proposto, trata da preservação sustentável

que aqueles que buscam esta eficiência,

sustentáveis ou não, sem levar a sério a

deste nosso patrimônio, base do sistema de

mediante investimentos adicionais, obtivessem

eficiência energética, beira a estupidez. O

geração de energia do Brasil. Por que as tarifas

um

justificá-los.

colega engenheiro Nunziante Graziano fez

de energia são iguais para consumidores que

Independentemente do modelo de cálculo

uma interessante pesquisa em projetos

tratam esta energia consumida de formas

desta bonificação ou penalidade que se adote.

prediais e constatou estas diferenças (autor

diferentes? Será que o consumidor que

Fica claro que esta variável, de uso eficiente de

aborda o tema no livro Coeficiente da

investe em eficiência energética não deveria

energia, deve também participar do custo final

eficiência, que será lançado em breve pela

ser diferenciado? Em outras palavras, seria

do kWh. Considerando ainda esta época em

Editora Laços). Vale a pena a consulta.

benefício

tarifário

para


76

Instalações Ex

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Balanço “Ex”: panorama e retrospectiva de 2016 – Parte 1 2. Atualização de normas técnicas brasileiras sobre atmosferas explosivas

2. ABNT NBR IEC 60079-2: Tipo de proteção

no Brasil e em diversos outros países do mundo muitas ações envolvendo o setor de

3. ABNT NBR IEC 60079-5: Tipo de proteção

instalações elétricas em áreas classificadas,

as seis Comissões de Estudo do Subcomitê

Ex “q” (Imersão em areia);

sob o ponto de vista de segurança durante o

SC-31 trabalharam para a elaboração das

4. ABNT NBR IEC 60079-10-2: Classificação

ciclo total de vida deste tipo de instalações

respectivas normas técnicas brasileiras da

de áreas contendo poeiras combustíveis;

industriais

atmosferas

Série NBR IEC 60079 ou na atualização das

5. ABNT NBR IEC 60079-14: Projeto, seleção

explosivas de gases inflamáveis ou de poeiras

respectivas normas existentes, de forma a

e montagem de instalações “Ex”;

combustíveis. São relacionados a seguir

manter a devida equivalência com as atuais

6. ABNT NBR IEC 60079-18: Tipo de proteção

algumas destas ações “Ex” mais significativas.

edições das normas internacionais. Foram

Ex “m” (Encapsulamento em resina);

realizadas por estas seis Comissões de Estudo

7. ABNT NBR IEC 60079-19: Reparo, revisão e

1. Atualização de normas técnicas internacionais sobre atmosferas explosivas

do Subcomitê SC-31 do Cobei mais de 50

recuperação de equipamentos “Ex”;

reuniões ao longo do ano de 2016, tanto no

8. ABNT NBR IEC 60079-26: Equipamentos

Cobei como nos escritórios das empresas e

com EPL Ga;

No âmbito internacional, foram revisadas

entidades representadas. Foram publicadas

9. ABNT NBR IEC 60079-28: Proteção de

e

atualizadas

Ao longo de 2016 foram realizados

“Ex”

contendo

No âmbito nacional do Cobei e da ABNT,

Ex “p” (Invólucros pressurizados);

TC-31

pela ABNT ao longo de 2016 a novas edições

equipamentos e sistemas com proteção óptica

(Equipment for explosive atmospheres), com

das seguintes normas técnicas brasileiras sobre

(Ex “op”).

a participação dos 49 países representados,

atmosferas explosivas:

em

2016

pelo

A

incluindo o Brasil, as novas edições das

evolução

das

normas

técnicas

seguintes normas técnicas sobre atmosferas

1. ABNT NBR IEC 60079-1: Tipo de proteção

brasileiras adotadas sobre atmosferas

explosivas:

Ex “d” (Invólucros à prova de explosão);

explosivas das séries ABNT NBR IEC

• IEC 60079-29-1: Requisitos de desempenho de detectores para gases inflamáveis; • ISO/IEC 60079-20-2: Características dos materiais – Procedimentos de ensaios de poeiras combustíveis; • ISO 80079-36: Equipamentos não elétricos para utilização em atmosferas explosivas - Métodos e requisitos básicos - Tipo de proteção Ex “h”; • ISO 80079-37: Tipos de proteção não elétricos: segurança construtiva “c”, controle de fonte de ignição “b” e imersão em óleo “k”; • ISO/IEC 80079-38: Equipamentos não elétricos para utilização em atmosferas explosivas - Equipamentos e componentes em

atmosferas

subterrâneas.

explosivas

em

minas


77

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

60079 e ABNT NBR ISO/IEC 80079 elaboradas

e

mantidas

atualizadas

e

6. Evolução do sistema de certificação de competências pessoais “Ex” da Abendi

equivalentes pelas Comissões de Estudo

do SC-31 do Cobei desde 2005 é

do sistema de certificação de competências

apresentada no gráfico.

pessoais “Ex” da Abendi, que foi lançado em

Mais informações estão disponíveis em:

2014. Por meio de certificação pela sistemática

http://cobei-sc-31-atmosferas-explosivas.

de créditos estruturados, até o presente

blogspot.com.br

momento já se encontram certificadas pela

Ao longo de 2016 houve uma evolução

Abendi na área de competências pessoais

3. Acreditação da UL do Brasil nos sistemas de certificação de competências pessoais e de equipamentos “Ex” do IECEx

“Ex” cerca de 70 profissionais, em todas as

A UL do Brasil (São Paulo) foi acreditada

emitidos certificados no total cerca de 100

no IECEx em 04/2016, no sistema de

Unidades de Competências pessoais “Ex”.

certificação

http://abendicertificadora.org.br/atmosferas_

de

competências

pessoais

“Ex” e em julho de 2016 no sistema de

Unidades de Competências Pessoais (Ex 000 a Ex 010). Até 10/2016 já haviam sido

explosivas/index.html

certificação de equipamentos “Ex”.

acronym=UL+do+Brasil&s_type=

7. Publicação do primeiro ExQAR do IECEx por ExCB Brasileiro para fábrica de equipamentos “Ex” no Brasil

A UL do Brasil publicou também em maio

Foi emitido pela UL do Brasil em

de 2016 um artigo (White Paper) intitulado

26/08/2016, dentro do sistema IECEx, o

“A certificação das competências pessoais

primeiro Relatório de Avaliação do Sistema

para atividades em atmosferas explosivas’,

de Gestão da Qualidade (ExQAR - Ex Quality

disponível no seguinte endereço: http://

Assessment Report) de um fabricante de

brazil.ul.com/whitepaper/

equipamentos “Ex” com fábricas no Brasil.

http://www.iecex.com/directory/ bodies/OD001.asp?s_country=&s_

A avaliação do sistema de gestão da

4. Primeira turma do curso sobre instalações elétricas em atmosferas explosivas pela USP/POLI em Santos

qualidade foi efetuada nas fábricas da SEW

Foram realizadas entre os meses de junho

de São Paulo, para a fabricação de linhas de

e agosto de 2016 treze aulas sobre o tema

motores elétricos trifásicos de baixa tensão com

instalações elétricas em atmosferas explosivas,

tipos de proteção Ex “e”, Ex “n” e Ex “t”.

no programa de pós-graduação em Engenharia

http://iecex.iec.ch/iecex/exs.nsf/ex_foqar.xsp?d

de Minas e Petróleo, pela USP/POLI, em

ocumentId=E26BE94F76693A2CC1258004

Santos. A ementa do treinamento encontra-se

0048E740#

do Brasil, instaladas no complexo industrial das cidades de Indaiatuba e Rio Claro, no Estado

disponível no catálogo de disciplinas da USP https://uspdigit al.usp.br/janus/compo­

8. Lançamento do perfil do Cobei na rede social profissional LinkedIn

n e n­t e­/ c a t a l o g o D i s c i p l i n a s I n i c i a l .

jsf?action=3&sgldis=PMI5923

Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica,

(Sigla PMI5923):

Foi lançado em agosto de 2016 o perfil do

Iluminação

e

Telecomunicações

(Cobei)

5. 2º Encontro Anual Abendi sobre Certificação de Competências Pessoais “Ex”

na rede social profissional LinkedIn. Até

Foi realizado pela Associação Brasileira

de 5.200 seguidores. Por meio deste meio de

de Ensaios não Destrutivos e Inspeção

comunicação, o Cobei tem periodicamente

(Abendi) no dia 25/08/2016 o 2º Encontro

divulgado mensagens sobre a publicação

Anual sobre Certificação de Competências

pela ABNT de normas técnicas brasileiras

Pessoais em Atmosferas Explosivas, com o

sobre eletricidade (CB-003), inclusive sobre

objetivo de mostrar o desenvolvimento dos

as normas das séries NBR IEC 60079 e NBR

sistemas de certificação de competências

ISO/IEC 80079 sobre atmosferas explosivas.

“Ex” e o seu envolvimento com os usuários,

https://br.linkedin.com/in/cobei-normalização-

candidatos e provedores de treinamentos

técnica-do-setor-elétrico-86039a127

dezembro deste ano, o Cobei possuía mais

“Ex” do Brasil. http://abendieventos.org.br/ atmosferas_explosivas/

Continua....


78

Falando sobre a luz

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Plinio Godoy é engenheiro eletricista e atua no campo da iluminação desde 1983. É proprietário do escritório CityLights Urban Solutions, especializado em iluminação urbana; da Godoy Luminotecnia, voltada para iluminação arquitetônica; e da Lienco Lighting Solutions, onde atua no campo da integração da iluminação e controles digitais. É coautor do livro Iluminação urbana e professor do curso de pós-graduação em Instalações Elétricas na Facens-Sorocaba. É palestrante em diversos congressos nacionais e internacionais.

Controlando a luz – Alguns conceitos

Uma máxima no mundo da propaganda

dos controles de luz é um simples

carga) possui características individuais,

diz que “potência não é nada sem controle”.

interruptor liga / desliga e não um dimmer.

que exigem tipos especiais de dimmers.

Assim também podemos entender o mundo

Isto significa que, durante o dia ou à

É importante usar um dimmer que seja

da iluminação nos dias de hoje.

noite, suas luminárias estão produzindo a

projetado para a sua fonte de iluminação

Neste e no próximo artigo, vamos

mesma quantidade de luz. Na verdade, os

específica / tipo de carga:

abordar os princípios básicos dos controles

interruptores de luz são um dos poucos

de luz e apresentaremos até onde a

aparelhos que só têm duas configurações -

• Incandescente / halógena

tecnologia pode nos levar. Posteriormente,

ligado e desligado. Através da dimerização,

Característica elétrica: ligação direta na

aprofundaremos mais os conceitos.

os usuários podem controlar a quantidade

rede, resistiva;

Estamos caminhando para a iluminação

de luz que suas luminárias proporcionam

digital, ou seja, passando dos sistemas

para se ajustar a tarefas, estados de

• Lâmpadas 12 V

analógicos, filamentos e descargas, em que o

ânimo ou situações específicas. Isso não

Característica elétrica: ligação através de

controle é mais complexo, para o sistema digital,

só melhora a experiência, como também

um transformador magnético, indutiva;

Led, drivers, onde a comunicação de dados é

economiza

Característica elétrica: ligação através

muito mais fácil. A luz conversa com sensores,

processo.

energia

desperdiçada

no

de um transformador eletrônico digital, capacitiva;

há mais programações, interatividade, enfim, integração do mundo da iluminação ao mundo

Conceitos básicos

da computação. Podemos, então, dizer que

“luz não é nada sem controle”.

de controle de luz, você deve entender

As características dos reatores eletrônicos

alguns fatos básicos sobre dimmers.

podem ser sinal de controle ou potência do

Antes de desenvolver uma estratégia

O que são os controles?

Controle de luz é a capacidade de

regular o nível e a qualidade da luz em um determinado espaço para tarefas ou situações específicas. Controlar a luz corretamente não só aumenta e amplia a experiência das pessoas nos espaços, mas ajuda a economizar energia usando luz quando e onde for mais necessário. Quais os benefícios da dimerização?

Em uma residência comum, a maioria

• Fluorescentes

dimmer. Normalmente, no Brasil, utilizamos Tipos de dimmers

os reatores dimerizáveis baseados em

Cada tipo de fonte de iluminação (tipos de

sinal analógico ou digital.


79

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

• Leds

Os sensores

utiliza? Imagine quanta energia podemos

Como nas fluorescentes, os Leds podem

Interagir com o meio pode trazer

economizar

utilizar diferentes tipos de drivers e os

informações importantes para o controle

percebe o espaço não utilizado, desliga os

controles devem ser coerentes com estas

da luz. A melhor luz é àquela que atende às

circuitos de iluminação?

tecnologias.

necessidades das pessoas dependendo

quando

um

sensor

que

E quando há luz natural suficiente?

da tarefa, ou seja, para cada tarefa temos

Qual o motivo da iluminação estar ligada

Um conceito antigo

a luz certa, na sua quantidade, nas suas

100%?

Há tempos, os dimmers que controlavam

qualidades, como aparência, intensidade,

Estamos até aqui nos referindo ao

lâmpadas incandescentes e halógenas

uniformidade,

básico do básico quando iniciamos a

não diminuíam o consumo de energia do

definidos pelo projeto luminotécnico.

iluminação no mundo digital, onde o

circuito, pois simplesmente dividiam a

objetivo é economizar energia.

potência entre a lâmpada e um resistor.

as condições podem mudar, como a luz

Hoje

natural incidente e a própria presença das

Mahone Group, 1999, “Lighting Efficiency

em

dia,

com

a

tecnologia

e

estes

quesitos

são

Porém, em um determinado ambiente,

Um estudo desenvolvido por Heschong

pessoas.

Technology Report”, que foi desenvolvido

o consumo energético do circuito com

E para que temos uma iluminação

para a Comissão de Energia da Califórnia,

dimerização, atuando na forma de onda da

perfeita em um ambiente se ninguém o

EUA, nos mostra algumas referências:

eletrônica,

conseguimos

sim

diminuir

potência entregue.

Outra vantagem da dimerização é a

extensão da vida útil dos sistemas, de maneira

bem

resumida,

diminuindo

a

potência média do sistema, utilizando menos os equipamentos e aumentando, assim, sua vida útil.

USO RESIDENCIAL

POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA

DIMMERS

20%

SENSORES DE OCUPAÇÃO

50%

DIMMERS E SENSORES

60%


80

NR 10

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

Segurança nos trabalhos com eletricidade

João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).

Das instalações temporárias É certo que esta coluna se destina aos colegas, profissionais da área elétrica, cansados de saber da necessidade de cuidados especiais com qualquer tipo de instalação. No entanto, com a liberdade que me foi dada para usar este espaço precioso, optei por insistir na prevenção dos riscos a que se expõem os usuários, leigos, nas instalações e equipamentos elétricos.

Mais uma vez, se aproximam as datas

festivas em que vão sendo colocados enfeites e penduradas séries de lâmpadas decorativas das mais variadas cores e combinações de efeitos. Alguns já com tecnologia Led, outros na velha “lampadinha”,

fusível depois de iniciado um incêndio.

ambientais, chuva e ventos, também o fato

seja na frente de casa, no beiral na árvore,

As normas técnicas não diferenciam as

de que nossas redes aéreas de distribuição

interna ou externa.

instalações temporárias ou permanentes

e ramais alimentadores têm sim partes vivas

É hora de lembrar que instalação festiva,

quanto à proteção das pessoas e a norma

expostas, como condição normal da instalação.

natalina, é temporária sim, mas não deve ser

de segurança, nossa NR 10, também não

A aproximação a esses pontos energizados,

precária.

faz qualquer concessão para instalações

seja para o fim que for, só poderá acontecer

“provisórias”.

por profissionais qualificados e com o uso

de ferramental, equipamentos de proteção e

Ano após ano, o Natal ou o Réveillon

acabam

marcados

por

notícias

tristes

Além da proteção elétrica, que deverá

de incêndios e choques elétricos com

garantir a segurança contra os curtos-

metodologia de trabalho apropriados.

consequências terrivelmente desagradáveis

circuitos e sobrecargas, devemos considerar

que empalidecem o brilho das comemo­

o aquecimento pelo uso de dispositivos

da fixação de enfeites, são utilizadas escadas

rações.

com contato deficiente que produzem o

e na sua maioria fabricadas em alumínio,

aquecimento junto a materiais inflamáveis.

que, além do risco de queda, facilitam a

casa, na via pública, na indústria, seja no

Adicionalmente,

o

ocorrência dos choques.

escritório, a instalação temporária deve

fabricados

laminados

atender aos requisitos de segurança, quanto

condutores associados aos equipamentos

profissional para os serviços de iluminação

à carga e quanto à forma de instalar e mais

luminosos têm contribuído para aumentar a

festiva é uma decisão inteligente.

ainda quanto à proteção, coisa difícil de

frequência e o risco dos acidentes.

se conseguir nos circuitos de potência tão

A colocação de enfeites em áreas

felicidade, paz e segurança para o ano que

baixa que só acionarão um disjuntor ou

externas deve considerar, além das influências

vai chegar.

Independentemente do local, seja em

com

uso

de

enfeites metálicos

Para alcançar partes elevadas, quando

Então, contar com a colaboração de um

Boas festas aos nossos leitores, muita


Ponto de vista

O Setor Elétrico / Novembro de 2016

81

O futuro dos empregos com a energia solar

Internacionalmente, o Brasil é conhecido

até 2050, de acordo com o Plano Nacional

pela abundante oferta de recursos. Porém,

de Energia, 13% da demanda nacional seja

nos últimos anos, fomos surpreendidos com

suprida por este tipo de energia.

uma crise hídrica preocupante. A escassez

É

de água mostrou que é preciso investir em

mantenhamos

alternativas para geração de energia limpa

para o futuro. Nosso país tem enormes

e sustentável. E não depender somente

possibilidades de crescimento, aproveitando

das hidrelétricas, responsáveis por 70% da

a incidência solar para gerar energia e

produção brasileira atualmente.

movimentar a economia. Em toda a América

de

extrema nossos

importância olhos

que

voltados

Outros modelos e experiências devem

Latina somos vistos como uma potência e,

ser buscados e aprendidos. Nesse sentido,

para tanto, é fundamental que os governos

experiências de sucesso implantadas em

incentivem cada vez mais os investimentos,

países mais desenvolvidos, que há anos

facilitando o acesso a essas tecnologias e,

investem em diferentes fontes para geração,

acima de tudo, reconhecendo quem busca

podem auxiliar o Brasil nesse caminho.

uma postura consciente com a sociedade e

Afinal, opções mais inteligentes existem

meio ambiente.

e, gradativamente, tornam-se atraentes e acessíveis para a população, ampliando o número de brasileiros que decidem pela geração distribuída. É o que aponta a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao revelar que o número de consumidores que produz a própria energia cresceu 308% neste ano. Parte dessa mudança deve-se à redução nos custos desta tecnologia e à elevação nas tarifas de eletricidade. Há muitos aspectos que favorecem o crescimento de usinas não poluentes e um fator que necessita ser considerado é o aumento na oferta de empregos. Nos próximos anos devem ser gerados, somente para responder a necessidade brasileira, mais de 90 mil vagas no setor de energia solar.

Por Gilberto Vieira Filho, presidente da Quantum

Este total corresponde à previsão de que

Engenharia.


82

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