Ano 12 - Edição 136 M a i o d e 2 0 1 7
Energia eólica cresce 55% em 2016 Mais 2 GW de energia dos ventos foram adicionados no ano passado, com 81 novas usinas Transformador móvel com alta densidade de potência Queda nas encomendas prejudica setor de GTD
Cinase Goiânia Primeira edição do ano supera expectativas do público e das empresas participantes
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul / Minas Gerais Marson Werner - marson@atitudeeditorial.com.br (11) 3872-4404 / 99488-8187
Suplemento Renováveis 51 Energia dos ventos: eólica encerra 2016 com 10,75 GW de capacidade instalada e com 7% de participação na matriz elétrica brasileira.
8
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta
18
Evento – CINASE Primeira edição do ano tem 450 congressistas e 27 empresas patrocinadoras. Evento discutiu temas, como geração distribuída, painéis de baixa e média tensão, automação de subestações, iluminação e segurança do trabalho.
23
Fascículos
44
Aula prática – Transformador Testes de fábrica em transformador móvel com alta densidade potência, utilizando novos materiais.
58
Pesquisa – Equipamentos para transmissão e distribuição Redução da demanda por energia elétrica, reflexo da crise econômica, diminui as encomendas de equipamentos e, consequentemente, puxa para baixo as expectativas de crescimento dos mercados de geração, transmissão e distribuição.
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Espaço 5419 A necessidade de adequação da instalação à nova ABNT NBR 5419.
Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Aléssio Borelli, Cláudio Mardegan, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Luiz Fernando Arruda, Marcelo Paulino, Michel Epelbaum, Roberval Bulgarelli e Saulo José Nascimento. Colaboradores desta edição: Adriano Nicioli, Alan Rômulo Queiroz, Carlos Alberto Sotille, Eduardo César Senger, Fábio Sester Retorta, Fumiaki Uemura, Hirofumi Takayanagi, João Carneiro, José Antonio Jardini, José Maurílio, Luciene Queiroz, Marco Bini, Marcos Malveira, Masao Yasiro, Mateus Duarte Teixeira, Normando V. B. Alves, Paulo Mayon, Paulo Mündel, Pedro Augustho Biasuz Block e Thales Sousa. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora.
Painel de notícias Conexled discute iluminação em fórum técnico; Noja Power anuncia expansão; Sil lança aplicativo. Estas e outras notícias sobre empresas, mercado e produtos do setor elétrico brasileiro. Acidentes de origem elétrica matam quase duas pessoas por dia; Indústria eletroeletrônica tem leve melhora no primeiro trimestre; Conexled discute iluminação em fórum técnico; Noja Power anuncia expansão; Sil lança aplicativo. Estas e outras notícias sobre empresas, mercado e produtos do setor elétrico brasileiro.
Colunistas
74 78 79 80 82
Jobson Modena – Proteção contra raios
Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
86
Dicas de instalação Como as empresas de iluminação podem orientar melhor seus consumidores sobre o momento da troca de uma lâmpada.
Filiada à
88
Ponto de vista A maturidade do cidadão, enquanto consumidor de energia elétrica.
Capa: Divulgação Rittal Sistemas Eletromecânicos Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda.
João José Barrico – NR 10 Marcelo Paulino – Proteção, automação e controle José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
3
Editorial
4
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Capa ed 136_A.pdf
1
5/30/17
6:45 PM
www.osetoreletrico.com.br
Ano 12 - Edição 136 M a i o d e 2 0 1 7
Energia eólica cresce 55% em 2016 Mais 2 GW de energia dos ventos foram adicionados no O Setor Elétrico - Ano 12 - Edição 136 – Maio de 2017
ano passado, com 81 novas usinas Transformador móvel com alta densidade de potência Queda nas encomendas prejudica setor de GTD
Cinase Goiânia Primeira edição do ano supera expectativas do público e das empresas participantes
Edição 136
Os riscos da eletricidade
A eletricidade mata. Você provavelmente já sabia disso, mas parece que muita gente não. Estatísticas
da Abracopel revelam que acidentes com energia elétrica matam quase duas pessoas por dia. Outro estudo também da Abracopel, mas em parceria com o Procobre, afirma que praticamente todas as instalações residenciais apresentam não conformidades técnicas. E sempre que é publicada uma nova norma, incontáveis ‘profissionais’ fazem o seguinte questionamento: “preciso adequar minha instalação?” Precisamos mesmo responder? (Leia o artigo do eng. Normando Alves na coluna Espaço 5419). Não surpreende o fato de que muitos dos acidentes fatais com eletricidade acontecem com os próprios profissionais da área.
Enquanto publicação técnica, estamos sempre divulgando as mais recentes informações sobre novos
padrões, novas normas, novas tecnologias e todas as novidades costumam obedecer sempre a dois critérios: qualidade e segurança. Mesmo assim, os acidentes persistem. Foram 1319 acidentes de origem elétrica em 2016, segundo a Abracopel. Destes, 662 foram fatais, dos quais 599 foram mortes causadas por choque elétrico. Isso nos leva a pensar nas vezes em que não exigimos do parente, do vizinho, de nós mesmos a contratação de um profissional qualificado e habilitado para consertar aquele “probleminha” elétrico de casa.
E se passamos à esfera comercial ou industrial, o problema continua. É comum encontrar engenheiros
civis, mecânicos ou eletrônicos desempenhando o papel de um eletricista. Esta questão foi abordada com propriedade pelo presidente da ABEE-Goiás, Jovanilson Freitas, durante o Cinase, evento promovido pela revista O Setor Elétrico (veja reportagem a partir da página 18). Segundo ele, a engenharia, há algumas décadas, era apenas engenharia, não havia tantas segmentações como hoje, o que acaba provocando certa confusão sobre as atribuições de cada uma delas.
Fato é que, mesmo que se estudem conceitos de elétrica em todos os cursos de engenharia, isso não
dá o direito de o engenheiro civil fazer um projeto elétrico. Da mesma maneira, o engenheiro eletricista não pode elaborar projetos estruturais de um edifício, mesmo tendo conhecimentos sobre o assunto. Em entrevista sobre o tema, Freitas comparou a situação com a habilitação de motorista. Uma pessoa com habilitação categoria B não pode dirigir um caminhão, mesmo tendo conhecimento para isso. É preciso testar suas habilidades para então conquistar o documento de categoria D. Por que isso? Porque eletricidade mata.
Ótima leitura a todos!
Abraços,
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Maio de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
Mayday
Aparentemente, em tradução direta poderia
de propinas (e haja inspiração para justificar os
parecer alguma coisa como “um dia de maio”,
atos ilícitos) que facilmente superarão o bilhão
contudo, o termo tem origem no francês “venha
de reais. Dependendo do apetite dos políticos,
me ajudar”, sendo aplicado em situações de
pode-se estimar qual foi o prejuízo de nossos
emergências aéreas e navais. Por aqui, tivemos
cofres para esta quadrilha. Ai está o golpe de
o “privilégio” de juntar as duas definições e,
mestre, além dos empréstimos do BNDES de
naquela quarta-feira de maio, quando, para
pai para fliho que receberam durante pelo menos
desespero dobrado dos amigos flamenguistas,
uma década, deixaram de pagar impostos
o time se despedia inesperadamente da
e obrigações devidas pelos benefícios que
Libertadores em derrota para o time do
foram plantados por aqueles que receberam as
Papa, surgiam, os (já) esperados indícios da
propinas. Qual seria este número? Dez, talvez 15
sacanagem que aquela dupla de empresários
bilhões de reais em conta conservadora. Pior. Os
(que cabelo tem o cara de nome esquisito!!!)
caras já estão fora do país onde estão agora os
teria aplicado em conjunto com centenas ou
seus negócios construídos da forma desprezível
milhares de políticos.
com a ajuda de homens mais desprezíveis ainda.
Talvez a surpresa fosse a forma como a
Algumas questões:
coisa veio à tona: por eles próprios, os autores em um espetacular ato de trairagem. Em mais
*A conta da forma como os números estão
uma delação premiada, protagonizaram em
expostos fecha? Não acho.
uma oportunista relação de custo-benefício.
*Por que a outra empresa investigada tem
Segundo especialistas do mercado, a dupla
seus diretores presos, e mesmo os ladrões da
sairá com algum dinheiro no bolso em função
Petrobras devolveram boas quantias, enquanto
do tsunami causado no mercado financeiro por
esta dupla é multada em valores ínfimos em
eles próprios, em um golpe de mestre.
relação ao montante estimado e saem do país
tranquilamente? A justiça de Curitiba não é a
A população atônita tentava entender até
onde estaria o grau de subserviência daqueles
mesma de Brasília?
que escolhemos (ou escolheram) para nos
*Quem são os tais dos juízes citados pelo cara
governar. Pior. A “outra parte”, que perdeu a
do cabelo?
eleição, mostra também o seu lado bandido.
*Será que os “companheiros” e as damas de
Aquele que poderia estar sentado na cadeira do
vermelho acham que agora estão livres da
planalto teria usado o mesmo expediente dos
roubalheira que praticaram?
que ultimamente o fizeram, e o atual ocupante da cadeira teria perdido a oportunidade de
Mayday! Estamos em vôo cego, com tripulação
limpá-la em se confirmando o que o bandido
dopada.
milionário (o do cabelo) estaria dizendo, dando
nos livrar dos silvas, batistas, cunhas, sarneys,
nome aos bois (ops!). Uma pena a vaca ir pro
renans, collors, dirceus, cabrais e outros tantos
brejo desta forma.
que nos enojam? E que nos roubam?
Depende de nós!
Os valores informados pela dupla dão conta
Sobreviveremos?
Conseguiremos
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Maio de 2017
Notícias relevantes dos mercados de instalações elétricas de baixa, média e alta tensões.
Acidentes de origem elétrica matam quase duas pessoas por dia Dados divulgados pela Abracopel revelam que, somente em 2016, ocorreram 1319 acidentes de origem elétrica, dos quais 662 foram fatais
A
Associação
Conscientização
para
Brasileira
de
os
da
Perigos
Total geral de acidentes de origem elétrica
Eletricidade (Abracopel) lançou, no mês
2013-2016
de maio deste ano, o Anuário Estatístico Brasileiro
dos
Acidentes
de
Origem
Elétrica, documento que traz uma série de dados e números a respeito dos acidentes registrados no país em decorrência do mau uso da eletricidade. Entre os anos de 2013 e 2016, foram contabilizados 4828 acidentes com causa elétrica – choque elétrico, incêndios por curto-circuito e descargas atmosféricas.
As
estatísticas
são
geradas pela Associação a partir da investigação de notícias veiculadas na imprensa. Somente em 2016, foram 1319 acidentes, dos quais 662 foram fatais. Entre as mortes, 599 ocorreram por choque elétrico, 33 foram consequência de incêndios provocados por curtoscircuitos,
e
30
em
decorrência
de
descargas atmosféricas.
De acordo com o documento, a maior
concentração
de
mortes
por
choque
elétrico deu-se na região Nordeste, em que 271 pessoas perderam suas vidas em 2016, a grande maioria entre 21 e 40 anos. Uma
pesquisa
realizada
pela
Abracopel e Pelo Instituto Brasileiro do
Outro dado preocupante diz respeito
“Não consigo enxergar uma ação
Cobre (Procobre) mostrou que quase
aos acidentes envolvendo profissionais.
efetiva do governo e também das empresas
todas as casas pesquisadas possuem, ao
Mesmo após 12 anos de publicação
para a segurança dos trabalhadores na
menos, um item que não atende à norma
da revisão da NR 10 (que traz uma
área de eletricidade. Passados 12 anos do
técnica. As instalações residenciais são
série
a
texto atual da NR 10, ainda vejo inúmeras
as mais precárias e concentram a maior
segurança das pessoas que trabalham
empresas, para não dizer a maioria,
parte dos acidentes. Segundo o Anuário
com eletricidade), profissionais ainda não
fazendo o mínimo para não ser autuada”,
da Abracopel, é comum encontrar em
seguem procedimentos de segurança e
analisa o diretor executivo da Abracopel,
residências
de
exigências
para
garantir
qualidade
se acidentam. Para se ter uma ideia, em
Edson Martinho.
duvidosa e instalações realizadas por
2016, ocorreram 75 acidentes na rede
profissionais não qualificados.
aérea envolvendo profissionais.
pode ser encontrado em www.abracopel.org
produtos
de
O Anuário de Estatísticas na íntegra
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Maio de 2017
Indústria eletroeletrônica tem leve melhora no primeiro trimestre Números da Abinee revelam que produção cresceu 4,3% no período e empresas pretendem ampliar seus investimentos em 2017 A produção do setor eletroeletrônico
geral, cujo acréscimo foi de 0,5%, e da
crescimento nas vendas, tanto para o mês
apontou crescimento de 4,3% no primeiro
indústria de transformação, que recuou
de abril (51%), quanto para o segundo
trimestre de 2017 na comparação com
0,6%.
trimestre (54%) e para o segundo semestre
o mesmo período de 2016. É o que
mostram os dados divulgados pelo IBGE
positivo
e agregados pela Associação Brasileira da
presidente da Abinee, Humberto Barbato.
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Ele acrescenta que empresas do setor
consultadas
O
“Não tínhamos um primeiro trimestre desde
2014”,
comemora
o
de 2017 (57%), sempre em comparação com iguais períodos do ano passado. A sondagem apontou que 42% das pretendem
aumentar
os
esperam desempenho favorável durante
investimentos em 2017. Deste total, 55%
desempenho da indústria eletrônica, que
todo o ano.
já começaram a ampliar os investimentos
apresentou expansão de 17,3%, enquanto
De acordo com a última sondagem
no primeiro trimestre, enquanto 21% têm a
a indústria elétrica sofreu decréscimo
realizada pela Abinee, as expectativas para
intenção de realizar o aumento no segundo
de 4,4%.
O incremento da indústria
os próximos meses são positivas, com
trimestre, e 24%, a partir do segundo
eletroeletrônica foi superior ao da indústria
a maioria das entrevistadas projetando
semestre.
resultado
foi
puxado
pelo
11
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Brasil fica em penúltimo lugar em ranking internacional de eficiência energética
Pelo segundo período consecutivo, o Brasil fica em penúltimo lugar no ranking de eficiência energética, atrás somente da Arábia Saudita. O ranking foi divulgado pelo Conselho Americano para uma Economia Eficiente de Energia (ACEEE, sigla em inglês), que analisou as 23 maiores economias do mundo sob a ótica da eficiência energética. Foram quatro os tópicos principais avaliados em cada um dos países: esforços nacionais, edificações, industrial e transporte.
Na opinião da Associação Brasileira das
Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o resultado da pesquisa apenas ressalta a falta de investimentos e o grande potencial de economia de energia dos brasileiros.
Para o presidente da Abesco, Alexandre
Moana, a situação do Brasil fica ainda pior quando o país é comparado com os outros membros dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “O fato de o Brasil ter ficado atrás, inclusive da África do Sul, no Scorecard só revela o quanto nossa matriz energética é ineficiente. As
ações
governamentais
nas
últimas
décadas visaram apenas implementações relacionadas à geração de energia. Hoje temos uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, porém com altos níveis de desperdício”, explica.
Painel de produtos
12
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Conectores perfurantes de média tensão www.te.com
Indicados para cabos protegidos de até 15 kV, os conectores perfurantes da
TE Connectivity foram especialmente desenvolvidos para conectar redes protegidas também conhecidas como redes ‘spacer’ ou compacta de média tensão como uma solução integrada para conexão e proteção.
De acordo com a fabricante, a solução evita a necessidade de remoção das
camadas de proteção e, ao mesmo tempo, facilita a instalação por meio do parafuso torquimétrico, que não requer ferramentas especiais e garante o contato ideal entre as partes.
A TE Connectivity é uma empresa global com faturamento mundial de US$ 14
bilhões que desenvolve e produz aproximadamente 500.000 produtos para conexão e proteção de sistemas elétricos.
Conectores foram fabricados para conectar redes protegidas.
Fusíveis para sistemas fotovoltaicos www.siba.com.br
A Siba e a Elos Eletrotécnica anunciam para o mercado um produto
desenvolvido por meio de uma parceria entre as empresas. São os fusíveis gPV, indicados para proteção de sistemas fotovoltaicos e fabricados em conformidade com os requisitos das normas IEC 60269-6 e UL 2579.
Os modelos disponíveis abrangem a faixa de tensão entre 600 VDC e
1500 VDC e possuem bases fusíveis em tamanhos 10x38mm, 10/14x85mm, entre outras opções. Podem ser utilizados em inversores de frequência e outros equipamentos empregados em projetos de energia fotovoltaica.
Fusíveis podem ser aplicados em inversores de frequência ou outros equipamentos em instalações fotovoltaicas.
Software de automação www.wago.com.br
Lançado pela Wago, o software e!Cockpit é um software de engenharia integrada voltado
para automatizar sistemas e máquinas. A proposta da empresa é que a ferramenta apoie todo o processo de desenvolvimento de automação, desde a concepção do software até a operação da máquina. De acordo com a empresa, como o software é baseado no Codesys 3 (base para os softwares de programação da Wago), os usuários terão facilidade em navegar no e!Cockpit, podendo realizar as tarefas relacionadas a um projeto de automação de uma forma mais produtiva.
O novo software permite que as tarefas de automação sejam implementadas e executadas
de forma mais rápida e econômica - particularmente para projetos de automação industrial, predial, na área de energia, saneamento, e as mais diversas aplicações. Ele foi desenhado para otimizar os recursos da linha de controladores PFC da Wago.
O e!Cockpit está disponível para download em www.wago.com/ecockpit e conta com licença de
teste por 30 dias.
O software permite que os usuários tenham suas topologias de rede exibidas graficamente para, em seguida, configurá-las diretamente a partir dessa visualização.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Maio de 2017
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Conexled discute iluminação em fórum Realizado em São Paulo (SP), Fórum Conled reuniu especialistas em Led para abordar tendências e tecnologia
Arquitetos e engenheiros participaram do evento realizado pela Conexled.
Entre os dias 3 e 4 de maio, em São Paulo
as informações técnicas no catálogo de
de empresas de prestação de serviços Ex
(SP), foi realizada a primeira edição do Fórum
produtos. Para ele, o projeto luminotécnico
e de profissionais Ex certificados para ter a
Conled, evento criado pela Conexled com o
realizado antes da aplicação é fundamental
confiança de que todos os equipamentos
objetivo de discutir tecnicamente a tecnologia
para especificar o produto e obter o efeito
estarão devidamente certificados, instalados
Led e também apresentar ao mercado as
desejado.
e reparados”, afirmou. Segundo ele, empresas
novidades da empresa.
O
em
como a Petrobras já começam a exigir a
e
atmosferas explosivas, Roberval Bulgarelli,
certificação da empresa a ser contratada para
engenheiros, o evento tratou de temas,
abordou em sua apresentação a importância
trabalhos em instalações com atmosferas
como telegestão e sistemas fotovoltaicos;
da certificação nesse ambiente. Segundo ele,
explosivas.
tendências e tecnologias do futuro; segurança
embora todos os equipamentos utilizados
A arquiteta especializada em sistema
em instalações em atmosferas explosivas;
em
de iluminação, Juliana Iwashita, em suas
certificações Led; e luminárias para áreas
devam ser, obrigatoriamente, certificados,
apresentações,
industriais e públicas.
tem-se verificado que certificar apenas os
da iluminação do Led e falou sobre a
Direcionado
para
arquitetos
especialista
áreas
com
em
instalações
atmosferas
explosivas
simulou
as
variações
O Fórum nasceu com a proposta de
equipamentos não é suficiente. Empresas
valorização de produtos que pode ser obtida
reunir profissionais que buscam atualização
que fazem serviços de instalação e reparos,
com a iluminação adequada. Ofereceu
e ainda promover uma oportunidade de
assim como os profissionais que atuam
aos participantes ainda orientações para
interação entre todos os participantes.
nesse tipo de instalação, também precisam
bem avaliar um produto Led, por meio de
Abrindo o evento nos dois dias, o
comprovar suas qualificações.
características
diretor comercial e fundador da Conexled,
elétricas,
Ricardo Braz, apresentou a palestra “Como
enfatizou que o Brasil possui Organismos
Finalizou o evento com informações sobre
selecionar
áreas
de Certificação acreditados pelo sistema
requisitos e prazos para a certificação de
industriais e públicas”, em que destacou
IECEx para a certificação de competências
lâmpadas Led e luminárias para iluminação
os cuidados que o cliente precisa ter na
pessoais Ex, para a certificação de oficinas de
pública.
hora de adquirir os produtos. Na ocasião,
serviços de reparo Ex e para a certificação de
Segundo os organizadores, o Fórum
o diretor lembrou ainda a importância
equipamentos Ex. “Sob o ponto de vista da
deverá ter novas edições em breve, mas
de os fabricantes disponibilizarem todas
segurança, existe a necessidade da existência
ainda não possui data definida.
luminárias
Led
para
Por este motivo, o engenheiro Bulgarelli
fotométricas,
mecânicas
e
cromáticas, confiabilidade.
Painel de empresas
16
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Noja Power anuncia expansão da fábrica Nova sede brasileira é três vezes maior que a anterior e foi planejada para atender à crescente demanda do mercado de equipamentos de interrupção de média tensão
Expansão permitirá aumento da escala do processo produtivo da Noja Power Brasil.
Na contramão da crise econômica que
capacidade de suprimento e, assim, amplie
paira sobre o país, a Noja Power anunciou,
os negócios no campo da proteção e
no último mês de abril, as novas instalações
automação de sistemas de distribuição.
da sua fábrica dentro do condomínio
Techno Park de Campinas (SP), triplicando
“essa cultura de apoio e compartilhamento
o tamanho da sede anterior, também
sob a missão de trazer soluções integradas,
localizada no mesmo condomínio industrial.
produtos
incomparável em todo o mundo permite que
De acordo com a empresa, com o
aconselhamento
e
o
suporte
técnico
No comunicado, a empresa afirmou que
inovadores
e
um
serviço
a Noja Power Brasil e a sede australiana
fornecidos pelo escritório internacional da
cresçam juntas”.
Noja Power, a companhia brasileira está
bem equipada com linhas de produção
quanto crescemos na última década – de
e processos que já possuem a marca da
uma startup até um dos principais players
engenharia industrial em larga escala.
no setor de energia no Brasil. Fornecemos
“Não é suficiente simplesmente aceitar
ao Brasil equipamentos estratégicos para
ordens de compra e reivindicar atender
manter as luzes acesas e a economia
às exigências de entrega do mercado.
crescendo,
A
máquina
de
fabricação
"É muito gratificante refletir sobre o
incluindo
grandes
eventos
finamente
como a Copa do Mundo (2014) e os Jogos
sintonizada que a Noja Power Brasil
Olímpicos (2016)”, comemora o diretor
disponibiliza hoje permite que produtos
geral da Noja Power Brasil, Bruno Kimura.
sejam entregues de acordo com as rígidas
"A
diretrizes e cronogramas impostos pelas
possamos atender à crescente demanda por
mais exigentes concessionárias do Brasil”,
nossos produtos no Brasil. É uma conquista
informa a empresa em comunicado.
significativa para a equipe brasileira da qual
ela pode se orgulhar plenamente", avalia o
A expansão da fábrica permitirá que
a empresa aumente consideravelmente a
expansão
agora
garante
diretor geral do Grupo, Neil O'Sullivan.
que
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O Setor Elétrico / Maio de 2017
Sil lança aplicativo para clientes App oferece simuladores, catálogo de produtos, treinamento e tabelas técnicas
A fabricante de fios e cabos Sil lançou,
conquistadas de organizações ligadas à
recentemente, o App Sil, aplicativo para
indústria e às revendas dos setores de
smartphones e tablets, desenvolvido com o
material de construção e elétrico.
objetivo de aproximar a companhia de seus
clientes, oferecendo serviços tanto para
um “atendimento remoto descomplicado”
eletricistas e consumidor final, quanto para
ao usuário e já trabalha no desenvolvimento
representantes.
de novas funcionalidades para a ferramenta.
O primeiro grupo tem à disposição
O App está disponível para download no
simulador residencial, simulador técnico,
Google Play e na Apple Store.
simulador
“Temos
de
decoração,
catálogo
de
Segundo a empresa, o aplicativo permite
trabalhado
fortemente,
produtos, treinamento e tabelas técnicas
especialmente nos últimos dois anos,
(todos disponíveis em versão PDF para
quando
utilização offline), além de videoaulas.
mercado, para estar ainda mais próximos
Outras duas janelas, Marketing e Prêmios,
aos clientes e esta ferramenta era o
podem também ser consultadas para mais
que faltava para compor esse cenário”,
informações sobre as ações da SIL no que
comemora o supervisor de marketing da Sil,
diz respeito a publicidade e premiações
Rodrigo Morelli.
adotamos
nova
estratégia
de
App oferece serviços tanto para eletricistas e consumidor final quanto para representantes da empesa.
Evento
18
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Por Flávia Lima
Goiânia: superação de expectativas Primeira edição do ano do Circuito Nacional do Setor Elétrico (Cinase) reuniu 450 participantes interessados em conhecimento técnico e em novos produtos e tecnologias
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O Setor Elétrico / Maio de 2017
Godoy, diretor comercial do Grupo Eletro Transol, um dos patrocinadores do evento, o CINASE é muito importante para a região em que ele é realizado, pois aproxima empresas, fornecedores e projetistas, munindo os profissionais de informações técnicas específicas, propiciando uma especificação adequada com custobenefício apropriado às necessidades dos clientes. “O evento também cria uma network muito importante entre os participantes, facilitando o contato na busca de soluções atualizadas que o mercado oferece”, comenta o executivo. A
gerente
comercial
da
Trael,
outra
patrocinadora, concorda: “O CINASE já tem um posicionamento definido como sendo um dos eventos de melhor custo benefício do nosso segmento. Na etapa Goiânia não poderia ser diferente e, em meio aos colegas da Cia de energia, sindicatos, entidades representativas do setor, lojistas, engenheiros, técnicos, acadêmicos e gestores das diversas áreas que orbitam o mundo da energia, sentimos todos com um só propósito, transformar informação em conhecimento”.
“O CINASE provou, mais uma vez, ser um
importante instrumento para disseminação de informações técnicas relevantes através daqueles que mais entendem do assunto: os especialistas ativos na área, que participam diretamente da confecção e revisão das normas técnicas que entram em vigor todos os anos. E a exposição A primeira edição de 2017 do tradicional
das empresas, que acontece paralelamente,
evento técnico itinerante Circuito Nacional do
agrega valor ao evento à medida que oferece
Setor Elétrico (CINASE) foi realizada na cidade
para o participante a oportunidade de ver de perto
de Goiânia (GO) e surpreendeu organizadores,
produtos que já operam a partir da técnica e/ou
patrocinadores e apoiadores pela forte presença
da tecnologia apresentada no congresso”, avalia o
do público – 450 pessoas, somente de
diretor do evento, Adolfo Vaiser.
congressistas – e pela expectativa de negócios
Mantendo o lema “Uma viagem pelo
gerada.
mundo das instalações elétricas”, o CINASE
Realizado nos dias 10 e 11 de maio,
foi inaugurado com uma apresentação da Enel
no Centro de Convenções de Goiânia, o
(que adquiriu recentemente a Companhia
CINASE ofereceu aos profissionais da região a
Energética de Goiás – Celg Distribuição), em
oportunidade de conhecer mais sobre os temas
que o especialista de inovação Weules Correia
de maior relevância no setor elétrico atual, como
aproveitou a oportunidade para falar sobre as
geração distribuída, redes inteligentes, novas
ações da companhia previstas para o Estado de
normas e regulamentos para equipamentos de
Goiás e sobre tendências para o futuro do setor
média e baixa tensão, incluindo iluminação Led,
elétrico de maneira global. Para ele, a mobilidade
além de discutir outros assuntos importantes,
elétrica é um caminho sem volta. “Hoje, a
como segurança do trabalho e atribuições e
distribuidora de energia deve estar preparada
oportunidades do profissional da engenharia
para esse movimento que deve acontecer em
elétrica.
um curto espaço de tempo. Um exemplo é a
sinalização que tivemos da Alemanha, que, a partir
Na opinião do engenheiro Paulo José de
Evento
20
O Setor Elétrico / Maio de 2017
de 2030, não terá mais a fabricação de veículos a combustão. Isso é uma sinalização bastante forte do que vai estar acontecendo em todo o mundo e é uma área relativamente nova do setor elétrico”, alertou.
Pensando nisso, a Enel já conta com um
projeto, chamado de “Car Sharing”, que conta com 20 carros elétricos e 12 estações de recarga, na cidade de Fortaleza (CE). “Esse projeto nos permite entender quais impactos teremos e o que precisamos para gerir a rede elétrica do futuro que terá essa carga móvel”, avaliou.
O especialista tocou ainda em outro assunto
em alta: smart grid. A Enel transformou a cidade de Búzios, no Rio de Janeiro, na primeira cidade inteligente do país. O projeto, que contou com investimentos da ordem de R$ 54 milhões, foi
A Rittal levou para o Cinase um container com os seus equipamentos para visitação.
iniciado em 2011 e concluído no final de 2016, reunindo diversas tecnologias que priorizam inovação e sustentabilidade.
“É um grande laboratório de tecnologias do
setor elétrico pensando no futuro”, definiu Correia. A cidade conta com medição inteligente com comunicação PLC, ligação remota, controle de potência. Ele explica que os clientes conseguem acompanhar pela internet seu consumo e informações sobre a energia injetada na rede. São 84 km de rede de fibra ótica, 55 veículos elétricos em circulação, 17 chaves automáticas na rede, 4 aerogeradores verticais de 2 kWp e oito plantas solares de 5 kWp cada. Ao todo, são 23 mil clientes beneficiados por estas ações.
Ele conta que a mesma automação utilizada
em Búzios será empregada em toda a rede da concessionária. “Atualmente, são 4.500
Congressistas aproveitaram os intervalos para conhecer de perto as tecnologias das empresas expositoras.
equipamentos no Rio de Janeiro e Ceará, que
significativa, que não está apenas relacionada aos
Nunziante Graziano, José Starosta e Jovanilson
também serão instalados em Goiás. A previsão
equipamentos, mas a todo o monitoramento da
Freitas,
é de que haja 6.300 chaves seccionadoras e
rede”, afirmou o especialista da Enel.
operação e manutenção em subestações;
religadores na rede de distribuição da Enel, o
Ainda no primeiro dia do evento, os
transformadores e meio ambiente; painéis de
que deve propiciar redução de 40% no índice
congressistas assistiram às apresentações dos
média tensão; eficiência energética; e tendências
DEC e 50% do FEC. Uma redução bastante
especialistas Marcelo Paulino, Cláudio Rancoleta,
na engenharia elétrica.
que
abordaram,
respectivamente,
21
O Setor Elétrico / Maio de 2017
“Hoje, são outras visões, por isso, estamos
comparativo bastante didático: quem dirige carros
do Crea Goiás, Jovanilson Freitas, em sua palestra,
tentando entrar em uma conformidade, onde
e é habilitado na categoria B tem o conhecimento,
tocou em uma questão polêmica: as atribuições
apenas os profissionais qualificados possam
mas não pode dirigir um caminhão, pois não
e as responsabilidades do engenheiro. Segundo
atuar”, relatou. O engenheiro citou o caso da
é habilitado para isso. Para dirigir caminhões,
ele, algumas décadas atrás, a engenharia não
proteção contra descargas atmosféricas, o SPDA,
é preciso estar habilitado na categoria D. Isso
contava com tantas modalidades e, hoje, ela
que é feito por engenheiros civis por entenderem
ocorre também entre engenheiros e arquitetos, os
foi tão segmentada que provoca o "conflito de
que podem atuar nessa área. “O engenheiro
quais, inclusive, não fazem mais parte do CREA,
sombreamento", ou seja, uma confusão sobre qual
civil pode até ter o conhecimento, mas não é
tendo criado seu próprio conselho. “É uma briga
profissional pode exercer uma ou outra atribuição.
habilitado, assim como o engenheiro eletricista
jurídica”, conclui.
Em função desse histórico, o engenheiro civil, por
não pode se aventurar na parte de estrutura de um
exemplo, acredita que pode atuar em áreas da
projeto, porque ele tem apenas o conhecimento
por palestras técnicas envolvendo os seguintes
engenharia elétrica por ter suprido essa demanda
básico; não pode fazer e, eventualmente, criar
temas: os impactos da nova norma para
por muitos anos, quando não existia o engenheiro
uma situação de risco”, analisou.
conjuntos de manobra e controle de baixa tensão;
eletricista.
Freitas exemplificou a situação com um
uma atualização a respeito da revisão da ABNT
O presidente da ABEE-GO e vice-presidente
O segundo dia do congresso foi marcado
Evento
22
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Patrocinadores apresentaram suas tecnologias em miniapresentações técnicas durante o evento.
NBR 5410 (instalações BT); proteção contra
mais do que a outra, deixando em evidência
qualificadas”, relata Adolfo Vaiser.
descargas atmosféricas; certificação de lâmpadas
apenas os produtos levados por cada uma delas.
e luminárias; e segurança do trabalho.
com
A edição de Goiânia foi uma das que mais
Na edição de Goiânia, o CINASE contou o
apoio
das
seguintes
entidades:
Intercalando as palestras principais, nos dois
atraíram os patrocinadores. Foram, ao total,
Abee-GO, distribuidora Brava, BRS, Canal
dias do congresso, os patrocinadores contaram
27 empresas que participaram do evento na
E, Celg Distribuição, Crea-GO, Eco Energia,
com um espaço para falarem tecnicamente sobre
forma de expositor: Adeel, AltoQi, Aplicaciones
Eletro Transol, Enerwatt, Fox Engenharia, Krista,
suas tecnologias. A proposta foi arquitetada
Tecnológicas, Balestro, BRVal, Chardon, Clamper,
Mutua, Nathusa Transformadores, NobreakCia,
pensando em oferecer para os participantes o lado
Embrastec, Flir, Gazquez, General Cable, Grupo
Senge (Sindicato dos Engenheiros de Goiás),
prático do conhecimento – assim, era possível
A.Cabine, IFG, Kian Iluminação, KitFrame,
Sindcel (Sindicat da Indústria da Construção e
ter uma ideia mais clara sobre as novidades das
Omicron, Phoenix Contact, Proauto, Rittal, SEL,
GTD de Goiás), Sinduscon-GO (Sindicato da
empresas e aproveitar os intervalos para tirar
Soprano, TAF, Tavrida Electric, Tecnowatt, Simon,
Construção) e Stonos.
dúvidas nos estandes.
Trael e Weg.
O sucesso do evento deveu-se ainda ao
Setor Elétrico, que já passou por todo o Brasil
A exposição
trabalho de divulgação feito anteriormente
levando conhecimento técnico para mais de
Paralelamente ao congresso, o CINASE
à sua realização. “As reuniões preliminares
18 mil pessoas. A próxima cidade a receber o
conta com uma área de exposição que chama
que fazemos com instituições importantes da
evento será Belém (PA), nos dias 2 e 3 de agosto.
a atenção do público e do patrocinador por
região, nas cidades que receberão o CINASE,
Em seguida será a vez de Vitória (ES), em 19 e
apresentar uma única formatação de estande.
são fundamentais para a divulgação bem-feita
20 de outubro. Mais informações podem ser
Dessa maneira, nenhuma empresa se destaca
do congresso, atraindo pessoas realmente
encontradas em: www.cinase.com.br
Esta foi a 27ª etapa do Circuito Nacional do
ATERRAMENTO ELÉTRICO
24
Carlos Alberto Sotille, Hirafumi Takayanagi e José Maurílio da Silva Capítulo V – Aterramento da rede de distribuição • Sistema trifásico a três e quatro fios • Sistemas monofilares • Tipos de rede MRT
Ensaios em instalações elétricas industriais
28
Mateus Teixeira, Pedro Block e Fábio Retorta Capítulo V – Ensaios e a solução para qualidade de energia elétrica na indústria • Transitórios e VTCDs • Distorções da forma de onda • Flutuação de tensão • Ensaios e estudos
INTERNET DAS COISAS
36
Marcos Malveira Capítulo V – Indústria 4.0: IoT revolucionando processos • A revolução industrial • Novas tecnologias de monitoramento e diagnóstico • Energia 4.0 – impactos nos modelos de negócio das concessionárias
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
42
Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz Capítulo V – A manutenção centrada na confiabilidade • Benefícios da manutenção centrada em confiabilidade • Estratégias de manutenção
Fascículos
Apoio
Apoio
Aterramento elétrico
24
Por Carlos Sotille, Hirofumi Takayanagi e José Maurílio*
Capítulo V Aterramento da rede de distribuição
Neste capítulo, vamos abordar as metodologias para atender às determinações das condições mínimas a serem satisfeitas pelo projeto, focando o objetivo principal do aterramento da rede
requisitos básicos como: ➢
Garantir a efetividade do aterramento do sistema;
de distribuição que visa garantir, entre outros, escoamento das
condição, na prática, satisfeita quando a resistência do aterramento
sobretensões, tensão de toque e passo pela circulação da corrente
equivalente se situar na faixa de 0,1 Ω a 0,3 Ω;
de desequilíbrio, bem como, assegurar a operação rápida e efetiva
➢
Garantir a manutenção do neutro, em condições normais
dos dispositivos de proteção. Inclusive, em situações de defeito ou
de operação, a um potencial inferior a 10 V em relação à terra,
rompimento da isolação dos equipamentos limitando a valores não
condição que assegura a não alcançar o limite de 10 mA, quando de
perigosos durante a passagem da corrente à terra, principalmente
um eventual toque no condutor neutro;
em relação à tensão de toque e passo.
➢
Garantir a manutenção dos potenciais de passo dentro
Para obter os objetivos propostos para o aterramento,
de limites toleráveis, em condições de defeito; condição restrita aos
é necessário ter um projeto específico para cada sistema de
potenciais de passo, por não ser sempre viável a manutenção dos
distribuição, considerando a análise técnico-econômica global,
potenciais de toque e de transferência, em condições de defeito,
avaliar as vantagens e as desvantagens de cada tipo de sistema,
dentro dos limites toleráveis, tendo em vista os tempos de operação
considerando, nesta análise, os aspectos da tensão suportável
dos dispositivos de proteção usuais. A proteção parcial para os
de impulso, materiais empregados, equipamentos, estruturas de
potenciais de toque é possível ser obtida instalando o condutor
sustentação, distâncias de escoamento dos isoladores e níveis
de aterramento interno ou externo ao poste; no caso de instalação
máximos de curto-circuito.
externa, o condutor deve ter uma proteção eletromecânica por meio
As metodologias adequadas às condições mínimas a serem satisfeitas pelo projeto de aterramento da rede de distribuição são:
Fascículo
o adequado escoamento adequado dos surtos, devem satisfazer aos
Sistema trifásico a quatro fios, multiaterrados e a três fios com secundário contínuo
de canaletas até a altura de 3 m. Esta proteção é totalmente inviável nos casos de postes metálicos, em que a própria estrutura é utilizada como condutor de aterramento. Cabe ressaltar que, no caso de sistemas a três fios com secundário contínuo, em condições normais de operação, o potencial do neutro deve ser inferior a 10 V em relação à terra, já que a circulação da corrente de desequilíbrio (no caso de rede secundária BT) restringe-se à zona de influência de cada transformador de distribuição, implicando no seu confinamento, quase que total, ao neutro do circuito. Permanece em estudo a padronização de uma sistemática para cálculo preciso das tensões passíveis de serem transferidas pelo neutro para as entradas consumidoras atendidas em baixa tensão,
Neste tipo de sistema de rede multiaterrada, os aterramentos do neutro da rede e efetivados ao longo da rede, além de propiciarem
por ocasião de curtos-circuitos fase e neutro nas redes de MT, valores estes a serem compatibilizados com os limites de suportabilidade.
25
Apoio
Sistemas trifásicos a três fios com neutro secundário descontínuo
Neste caso, devido ao fato de ser inviável a limitação das tensões passíveis de serem transferidas pelo neutro para as entradas consumidoras atendidas pela rede secundária de distribuição (BT), como alternativa, é necessário que os transformadores e demais equipamentos ligados na rede primária de distribuição (MT) sejam contemplados com aterramento independente, bem como o aterramento do neutro da rede secundaria de distribuição (BT), ou seja: ➢
Do lado da rede de distribuição primária ou de media tensão (MT), aterrar as
carcaças e/ou as ferragens de todos os equipamentos, garantindo as condições operacionais e de segurança e, em cada ponto, interligar as malhas de terra por meio de condutores de aterramento independente para o sistema primário (MT) e secundário (BT); ➢
O lado da rede secundária deve ser provido de aterramento com hastes alinhadas
nos pontos de instalação dos transformadores de distribuição, no mínimo, com três hastes distribuídas em relação ao condutor de descida de aterramento, a intervalos de até 150 metros, mantendo o afastamento em relação ao aterramento de MT; ➢
Todo fim da rede de distribuição secundária (BT) deve ser aterrado, no mínimo,
com uma haste.
Sistemas monofilares com retorno por terra (MRT) As redes de média tensão (MT) no sistema monofilar com retorno por terra (MRT) são providas de um único condutor-fase que alimenta um ou mais transformadores de distribuição, sendo o retorno da corrente feito pelo solo. O circuito secundário é composto de três condutores (duas fases e neutro) nas tensões de 230/115 V. Na rede de média tensão (MT) devem ser projetados aterramentos somente nos pontos de instalação das subestações de isolamento e distribuição, salva a necessidade de instalação de dispositivos de proteção contra sobretensão em outros pontos da rede. O condutor neutro deve ser contínuo entre o transformador e as instalações consumidoras, não vinculando ao aterramento do poste do transformador e sim ao do poste da entrada do consumidor. Por questões de segurança, o poste do consumidor deve situar-se a uma distância mínima de 30 metros do aterramento do poste do transformador. Para o confinamento das correntes que retornam pelo solo, deve-se utilizar um transformador de isolamento para evitar as possíveis interferências na proteção da linha supridora. Sua relação de transformação depende do planejamento elétrico da área,
Apoio
26
podendo ser ainda utilizado o transformador de isolamento para adequar as tensões na linha supridora, bem como as derivações MRT, apresentando, para tanto, um enrolamento primário adequado às tensões de fase da linha supridora e um enrolamento secundário ao qual liga-se o ramal MRT. Nos sistemas MRT, as correntes de carga dos transformadores de distribuição passam necessária e continuamente pelos aterramentos destes. Dessa forma, pela função essencial que cumprem para o desempenho do sistema e para a segurança de pessoas e animais, os
Para as potências de transformadores MRT normalmente
aterramentos devem ser executados de forma criteriosa, envolvendo
utilizados (5 kVA a 25 kVA), os valores de correntes de cargas
a medição da resistividade do solo, o projeto, a construção e o
que podem circular entre o sistema de aterramento e o solo,
acompanhamento periódico.
considerados seus valores nominais, podem ser encontrados na
As características necessárias ao sistema de aterramento dos transformadores nas redes MRT, sejam eles de distribuição ou de isolamento, são determinadas em função de segurança, levando-se em consideração a corrente de carga e a máxima corrente de falta
tabela a seguir, confeccionado para sistemas supridores em 13,8 kV e 34,5 kV. Transformador MRT
Corrente
kV A
prevista para o ponto.
Tipos de rede MRT • Rede monofilar não isolada da linha supridora trifásica A rede do sistema MRT é alimentada diretamente de uma
A 13,8/√ 3 kV
34,5/√ 3 kV
5
0,63
0,25
10
1,26
0,50
15
1,88
0,75
25
3,14
1,26
linha trifásica. É imperativo, nesse tipo de rede, que se proceda ao balanceamento das correntes no alimentador trifásico.
Os transformadores instalados no sistema MRT devem ser contemplados com dois aterramentos distintos: ➢ no aterramento denominado “aterramento primário”, são interligados o terminal H2 do enrolamento de alta tensão (se existir), na sua respectiva carcaça e o para-raios nele instalado; ➢ o aterramento, denominado “aterramento secundário” ou do padrão de entrada do consumidor, destina-se exclusivamente à conexão do neutro do circuito de baixa tensão. A filosofia de se adotar o sistema de aterramentos independentes visa permite a manutenção em condições de
Fascículo
segurança, quando do eventual rompimento do condutor do aterramento primário, independentemente de qualquer exigência complementar no que se refere aos valores de • Rede monofilar isolada da linha supridora trifásica
resistências dos demais aterramentos secundários (redes e consumidores).
A rede do sistema MRT é alimentada por meio de um
Para minimizar ou evitar a transferência de potencial ao
transformador de isolamento instalado na rede trifásica,
consumidor, com a separação entre aterramentos primário e
proporcionando um seccionamento elétrico entre os dois
secundário, basta que o aterramento secundário seja composto
sistemas.
por uma única haste de referência, independentemente de seu
Esta alternativa é apropriada a ramais com cargas mais significativas e onde a corrente de desequilíbrio à terra possa influenciar a proteção. O dimensionamento do aterramento do transformador de
valor ôhmico. Nesta configuração de aterramentos independentes, quando da ocorrência de circulação de corrente de curto-circuito, a mesma deverá circular preferencialmente pelo aterramento
isolamento deve ser feito de forma a atender às características
primário,
de operação em regime de carga, sobrecarga e curto-circuito.
indesejáveis na região do padrão do consumidor.
minimizando
desta
maneira,
os
potenciais
27 Para
minimizar
provocadas
pelas
as
induções
sobretensões
no
enrolamento secundário, quando da descarga de surtos por meio dos pararaios, deve-se manter uma distância mínima entre os aterramentos primário e secundário. Os
detalhamentos
quanto
às
metodologias adequadas à determinação das
condições
mínimas
a
serem
satisfeitas pelo projeto do aterramento de forma a atender, simultaneamente, a todos os requisitos, poderão ser obtidos no item 5, bem como nos anexos da ABNT NBR 16527-1 Aterramento para Sistema de Distribuição - Requisitos Gerais, publicada em 06/10/2016. Nos abordaremos
próximos a
capítulos,
metodologia
para
aterramento das cercas em função da configuração da rede de distribuição, as características dos condutores de aterramento e as configurações dos eletrodos de aterramento.
*Carlos Alberto Sotille é engenheiro eletricista, mestre em Ciências pela Coppe/ UFRJ e pesquisador. Atualmente, é diretor técnico da Sota Consultoria e Projetos Ltda. e membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em aterramento elétrico de subestações C.A.”, do Cobei. Hirofumi Takayanagi é engenheiro eletricista e diretor técnico da JMV Consult. É secretário da comissão “Aterramentos elétricos”, do Cobei/ABNT. José Maurílio da Silva é pesquisador, doutor em físico química, especialista em corrosão pelo solo, trabalhou no Lactec e é membro da CE 03:102 – Comissão de estudos de “Segurança em Aterramento Elétrico de Subestações C.A”, que faz parte do Comitê Brasileiro de Eletricidade (CB-03), do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei).
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
28
Por Mateus Duarte Teixeira, Pedro Augustho Biasuz Block e Fábio Sester Retorta*
Capítulo V Ensaios e a solução para qualidade de energia elétrica na indústria Distúrbios de qualidade de energia e
diretos com paradas de produção e lucro
seus impactos em equipamentos e processos
cessante, fenômenos como desequilíbrio,
industriais vêm sendo estudados nas últimas
flutuação de tensão e distorções harmônicas
décadas, fato que se comprova através de
não são investigados até que causem
inúmeras publicações acerca do assunto.
queimas severas de equipamentos.
Transitórios O termo transitório é aplicado à análise das variações do sistema de energia para
Todavia, muito embora se conheçam
Dessa maneira, é muito importante
denotar um evento que é indesejável, mas
os problemas de qualidade de energia e
conhecer os fenômenos causas e efeitos
momentâneo, em sua natureza. Ou ainda,
alguns dos seus efeitos para os processos
dos diversos problemas de qualidade de
entende-se por transitórios eletromagnéticos
industriais, cada situação deve ser encarada
energia elétrica para poder buscar soluções
as manifestações ou respostas elétricas locais
como fato desconhecido, uma vez que
específicas que melhor se adequam a cada
ou nas adjacências, oriundas de alterações
características intrínsecas a cada instalação
tipo de instalação elétrica.
súbitas nas condições operacionais de um
industrial, bem como equipamentos e processos, perceberão de maneira distinta um determinado fenômeno de qualidade de
Distúrbios de qualidade da energia
energia. Tais aspectos levarão a diferentes formas de estudo, análise e solução. Fato relevante é que alguns equipamentos
sistema de energia elétrica. Geralmente,
a
duração
de
um
transitório é muito pequena, com conteúdo de alta frequência, e grande importância,
O termo Qualidade da Energia Elétrica
uma vez que os equipamentos presentes
(QEE) refere-se a uma ampla variedade de
nos sistemas elétricos estarão submetidos
de
fenômenos eletromagnéticos conduzidos
a grandes solicitações de tensão e/ou
em
que caracterizam a tensão e a corrente em
corrente.
eletrônica de potência, podem se apresentar
um dado tempo e local do sistema elétrico.
De forma geral, transitórios podem ser
como “vítima” e “vilão” em uma instalação
Os itens a seguir apresentam de forma
classificados em duas categorias: impulsivos
industrial. “Vítima”, pois esses equipamentos
sucinta os distúrbios, suas causas e efeitos
e oscilatórios.
industriais, velocidade
Fascículo
para sistemas elétricos industriais.
como de
controladores
motores,
baseados
são sensíveis a distúrbios de variação momentânea de curta duração (VTCD), como os afundamentos de tensão, causando seu desligamento ou má operação. “Vilão”, pois, causam distorções na forma de onda da corrente elétrica que, por sua vez, pode distorcer a tensão de alimentação. Outra
constatação
importante
verificada por pesquisadores e engenheiros que estudam os problemas de qualidade de energia em indústrias é o fato de que, fora problemas de VTCDs, que causam prejuízos
Figura 1 – Transitório oscilatório devido à energização de capacitores.
Apoio
Um transitório impulsivo normalmente
entre 0,5 a 180 ciclos. Em particular, os
causar afundamento de tensão, elevação de
é causado por descargas atmosféricas
afundamentos de tensão destacam-se como
tensão, ou mesmo interrupção.
contendo altas frequências. Geralmente,
as mais significantes formas com que tais
A preocupação para a indústria no estudo
não são conduzidos para muito longe
alterações se manifestam nas redes elétricas
desse fenômeno reside principalmente
do ponto onde foram gerados. Todavia,
industriais.
nos problemas que podem causar em
podem provocar queimas de diversos
Variações de tensão de curta duração,
vários tipos de equipamentos, tais como:
elevar
mais especificamente, afundamentos de
controladores de velocidade de motores,
a tensão da malha de aterramento e gerar
tensão são geralmente causados por faltas no
CLPs, computadores, etc., cargas bastante
ressonâncias no sistema elétrico.
sistema elétrico e por energização de cargas
sensíveis a variações dos níveis de tensão,
equipamentos
simultaneamente,
O transitório oscilatório é decorrente da
que absorvem grandes correntes iniciais,
uma vez que componentes falham quando
energização de linhas e circuitos elétricos,
como motores elétricos. Dependendo da
a tensão decresce para um valor abaixo de
corte de corrente indutiva, eliminação de
localização da falta e das características
85% por um ou dois ciclos, com eventual
faltas, chaveamento de bancos de capacitores
de aterramento do sistema, a falta poderá
comprometimento do processo produtivo.
e
transformadores,
etc.
Por
possuir
frequências menores que os impulsivos, se perpetua com maior facilidade pelo sistema, causando os mesmos efeitos já citados para os transitórios impulsivos. Variação de Tensão de Curta Duração (VTCDs) Entende-se por variação de tensão de curta duração (VTCD) todo o desvio significativo na amplitude da tensão por um curto intervalo de tempo, geralmente
Figura 2 – Afundamento de tensão.
29
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
30
Desequilíbrio de tensão Desequilíbrio de tensão é o desvio em sistemas trifásicos, dos módulos ou dos ângulos das tensões em relação à condição equilibrada, definida pela igualdade dos módulos e defasagem de 120º entre si. A principal fonte de desequilíbrios de tensão em sistemas elétricos industriais é a combinação de cargas monofásicas e trifásicas desequilibradas, sendo as cargas monofásicas desigualmente distribuídas ao longo das três fases do sistema. Contudo, ainda
são
relatados
transformadores
conectados em delta aberto, abertura de
harmônicos. Desses, os mais críticos para
operação de cargas com características
fusíveis em bancos de capacitores, dentre
sistemas industriais são o corte de tensão e
não lineares. A priori, essas correntes se
outras causas.
as distorções harmônicas.
propagam pelo sistema elétrico provocando
Tensões
desequilibradas
provo
O corte de tensão, também conhecido
distorções de tensão em diversos pontos e
cam consequências danosas no funcio
como “notching”, é um distúrbio periódico
ocasionando aquecimentos anormais em
namento de alguns equipamentos elétricos,
na tensão, causado pela operação normal
transformadores, banco de capacitores,
comprometendo, na maioria dos casos,
dos equipamentos que se utilizam da
condutores neutros, motores de indução,
o seu desempenho e a sua vida útil.
eletrônica de potência, quando a corrente
interferências
Entretanto, por mais paradoxal que possa
comuta de uma fase para a outra. A
eletrônicos de controle, comunicação,
parecer, as cargas elétricas se constituem na
operação de conversores estáticos é a causa
microcomputadores, etc.
principal fonte de desequilíbrio, como visto
mais comum para o surgimento do corte
anteriormente.
de tensão. Dentre seus principais efeitos,
encontradas e que produzem tais correntes,
Dentre
em
as
cargas
equipamentos
comumente
Tensões desequilibradas em motores de
estão a interferência eletromagnética em
destacam-se
indução trifásicos, seja em módulo ou em
circuitos lógicos, a má operação de circuitos
acionamentos
ângulo, causam alterações nas características
eletrônicos de automação e o controle e
controladores estáticos, retificadores em
térmicas, elétricas e mecânicas, afetando o
queimas de placas eletrônicas.
geral, tipos de iluminação fluorescente e
os
fornos
de
de
indução,
velocidade
variável,
seu desempenho e comprometendo a sua
Dentre os distúrbios de qualidade
vida útil, além de alterações no torque, na
da energia, a subárea de distorções
velocidade nominal e na corrente de rotor
harmônicas encontra-se em uma posição
bloqueado. Pode causar também ruídos e
de destaque. Trata-se de desvios na forma
As flutuações de tensão são variações
vibrações na máquina.
de onda da tensão ou corrente em regime
sistemáticas ou aleatórias no valor eficaz da
permanente. Esse desvio é usualmente
tensão, as quais normalmente não excedem
expresso
o limite especificado de 0,95 a 1,05 pu.
Em cargas não lineares, como nos sistemas
multiconversores
CA-CC,
o desequilíbrio de tensão causa um
Fascículo
Figura 3 – Sinal contendo cortes de tensão devido ao processo de retificação.
agravamento
das
harmônicas
em
termos
das
distorções
harmônicas e normalmente causadas pela
diversas cargas domésticas. Flutuação de tensão
Cargas
geradas
por esses tipos de cargas, além de gerar harmônicas de ordens diferentes daquelas verificadas sob condições equilibradas. Distorções da forma de onda Distorção de forma de onda é o desvio, em regime permanente, da forma de onda da corrente ou tensão em relação ao sinal senoidal puro. São basicamente cinco os principais tipos de distorção de forma de onda: DC offset, corte de tensão (“Notching”), ruídos, harmônicos e inter-
Figura 4 – Forma de onda contendo distorção harmônica.
industriais
que
exibem
Apoio
31
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
32
oriundos da própria rede da concessionária. Esse levantamento pode ser realizado correlacionando os instantes de operação desses eventos com paradas e partidas de equipamentos pesados da planta industrial, ou até mesmo com medições adicionais realizadas nos circuitos internos dessa planta. A solução para mitigação do problema identificado irá depender da origem do mesmo. Ademais,
solicitar
à
Figura 5 – Forma de onda contendo flutuação de tensão.
variações contínuas e rápidas na magnitude
começam a apresentar problemas de mau
elétrico alimentador da planta, a fim de
da corrente podem causar variações na
funcionamento, desligamentos frequentes
corroborar na análise dos eventos medidos
tensão que são frequentemente referidas
e até mesmo queimas. Para um correto
internamente.
como flicker ou oscilação. A flutuação de
diagnóstico da qualidade da energia elétrica
Já no caso das distorções harmônicas,
tensão é um fenômeno eletromagnético,
de uma instalação, faz-se necessário um
uma vez identificados indicadores desse
enquanto flicker é o resultado indesejável
conhecimento detalhado da instalação, com
distúrbio, a instalação deve passar por
da flutuação de tensão em algumas cargas.
histórico dos eventos que vêm ocorrendo
um estudo mais criterioso. Dentro desses
A principal fonte dessas flutuações são
na mesma, a fim de determinar o escopo de
estudos devem ser realizadas medições
os fornos a arco, em que as amplitudes
avaliação da instalação.
de distorções harmônicas nas principais
de atuação de religadores e relés do circuito
das oscilações dependem do estado de
A metodologia para avaliação da
cargas potencialmente perturbadoras, a
fusão do material, bem como do nível
qualidade de energia de uma instalação
fim de caracterizar o espectro harmônico
de curto-circuito da instalação. Existem
difere quanto ao tipo de distúrbio que
gerado pelas mesmas. Adicionalmente,
também as flutuações repetitivas que são
se busca investigar. Usualmente, em
deve-se modelar a rede interna em software
geradas principalmente por máquinas de
instalações
principais
específico com o intuito de verificar as
solda, laminadores, elevadores de minas
problemas reportados são desligamentos
relações das impedâncias internas em
e ferrovias. Existem também as oscilações
frequentes e queimas de equipamentos.
função
esporádicas cuja principal causa é a partida
Nesse tocante, deve-se avaliar a ocorrência
Com bases nesses resultados, é possível
de grandes motores.
industriais,
os
das
frequências
harmônicas.
de transitórios e VTCDs, que possam
verificar os impactos das fontes geradoras
da
justificar os desligamentos frequentes e até
de distorções harmônicas nas tensões da
cintilação luminosa, as flutuações de
mesmo a queima de equipamentos mais
instalação, bem como realizar o correto
tensão também podem causar oscilações
sensíveis, bem como conteúdo harmônico
projeto e dimensionamento das soluções
de torque em motores e sobreaquecimento.
que prejudique o funcionamento desses
mitigadoras.
Podem ainda contribuir para fenômenos
equipamentos e possa levar a uma situação
de descargas parciais em equipamentos
de ressonância indesejada.
Estudos
Fascículo
pode-se
concessionária de energia elétrica o registro
mostram
que,
além
elétricos.
Outra avaliação muito frequente em plantas industriais diz respeito à correção
Para avaliação de transitórios e VTCDs,
do fator de potência dessas instalações
usualmente, realizam-se campanhas de
através do uso de bancos de capacitores.
medição no ponto de entrada de energia
Essa correção é realizada quando se verifica
das plantas industriais, ou nos principais
um alto consumo de potência reativa por
barramentos. O período de monitoramento
uma determinada instalação, consumo este
na qualidade da energia elétrica a que
dessas
variar.
que pode levar ao pagamento de excedentes
os
instalação
Recomenda-se que elas englobem pelo
na fatura de energia elétrica. A avaliação do
estão sujeitos, bem como suas principais
menos um ciclo completo de operação da
fator de potência e o projeto das soluções
consequências,
a
instalação sob estudo. Uma vez verificada
dos bancos de capacitores usualmente são
importância de uma correta avaliação desses
a ocorrência de transitórios e/ou VTCDs,
realizados através da simples avaliação do
eventos dentro de qualquer instalação.
deve-se tentar identificar se o principal
consumo de potência reativa da instalação
Usualmente,
são
responsável pelos eventos é um processo
sob estudo. Nesse tocante, é de suma
realizadas somente quando equipamentos
interno da planta ou os distúrbios são
importância avaliar também as distorções
Ensaios e estudos Uma vez verificados os distúrbios equipamentos
de
uma
demonstra-se
essas
então
investigações
campanhas
pode
Apoio
harmônicas presentes no circuito, bem
Durante as campanhas de monitoração
como o impacto da adição dos bancos de
da qualidade da energia elétrica é primordial
dez minutos.
capacitores nessas distorções harmônicas.
utilizar equipamentos adequados para o
Para
Ao adicionar novas capacitâncias ao
escopo de distúrbios a serem avaliados.
adequado, recomenda-se a busca por
circuito, a resposta em frequência da rede
Nesse tocante, existe uma ampla gama de
equipamentos que estejam de acordo com
interna é alterada, podendo fazer com que
medidores de qualidade da energia elétrica,
a IEC 61000-4-30, a qual define os métodos
altos conteúdos harmônicos circulem pelo
os chamados “qualímetros”, os quais
de medição e a interpretação de resultados
referido banco de capacitores, reduzindo
monitoram os sinais de corrente e tensão
para parâmetros de qualidade de energia
sua vida útil ou até mesmo danificando o
trifásicas e automaticamente calculam
em corrente alternada. A IEC 61000-4-30
equipamento permanentemente.
os diversos indicadores de QEE, sempre
classifica os equipamentos em duas classes
agregados em períodos fixos, usualmente, escolha
do
equipamento
principais: Classes A e S. Os equipamentos da Classe A devem ser utilizados em casos em que são necessárias medições com alta precisão e repetibilidade como disputais com concessionárias e aplicações contratuais. Já os equipamentos de Classe S seguem também o protocolo de medição e interpretação dos dados apresentado pela IEC 61000-4-30, no entanto, devem ser aplicados para diagnósticos e avaliações de QEE pontuais, pois não possuem uma precisão e repetibilidade tão alta em Figura 6 - Software PQF utilizado em estudos de distorção harmônica. Fonte: Figura gentilmente cedida por Sérgio Ferreira de Paula (Uberlândia – 2017).
comparação aos instrumentos da Classe A. Adicionalmente,
faz-se
necessário
33
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
34
especificar
corretamente
os
sensores
de Energia Elétrica (Aneel). O módulo 8
2
de corrente e tensão a serem utilizados.
do Prodist estabelece os procedimentos
equipamentos.
Devem ser observados quesitos, como
relativos à qualidade de energia elétrica.
No caso de atuações nas causas, se
faixa de medição, ganho, linearidade e,
Esse módulo aborda tanto a qualidade
forem internas, podem-se tomar medidas
principalmente, resposta em frequência.
do serviço, como a qualidade do produto,
de separação de circuitos, isolando cargas
Este último parâmetro visa garantir que
sendo que ambos são compostos por
perturbadoras, como grandes motores
o sensor utilizado possui uma resposta
indicadores e valores de referência.
elétricos, como adotar sistemas eletrônicos
Atuar
na
sensibilidade
dos
em frequência linear dentro da faixa de
Na qualidade do produto, os seguintes
frequência do distúrbio avaliado. Fato
fenômenos são analisados: tensão em regime
No caso da redução da sensibilidade,
muito importante em análises de distorções
permanente, fator de potência, harmônicos,
alguns equipamentos eletrônicos permitem
harmônicas e transitórios.
desequilíbrio de tensão, flutuação de tensão,
o ajuste das proteções de subtensão, como o
de partida suave (Soft starters).
No tocante da normatização vigente, a
variação de frequência e variações de tensão
caso de inversores de frequência utilizados
distorção deve ser avaliada em concordância
de curta duração. Em relação à qualidade de
para controle de velocidade dos motores.
com o ponto de conexão da referida
serviço de distribuição de energia elétrica,
Da mesma forma, a adoção de sistemas
instalação no sistema elétrico nacional.
são definidos os principais indicadores
de nobreaks e UPS poderiam contribuir
Para conexões do sistema de transmissão,
referentes à continuidade dos serviços
para aumentar a suportabilidade de cargas
devem ser observados os Procedimentos
(DEC, FEC, DIC, FIC e DMIC).
sensíveis às VTCDs.
de Rede estabelecidos pelo Operador
de
Outras ações de compensação dos
Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
referência apresentados nas normatizações
afundamentos momentâneos de tensão,
mais
especificamente,
os
Ressalta-se
que
os
valores
submódulos
supracitadas se referem à qualidade da
essas mais voltadas para afundamentos
3.6 e 2.8. O submódulo 2.8 estabelece os
energia elétrica fornecida aos consumidores
provenientes da concessionária de energia,
indicadores de desempenho da Rede Básica
em seus referidos pontos de conexão.
estão baseadas no uso de equipamentos
em relação QEE e seus respectivos valores
Dessa forma, tais valores podem ser
visando
de referência. Os indicadores de tensão
utilizados como referenciais em avaliações
fenômenos sobre as cargas. Dessa forma,
são compostos pelos seguintes parâmetros:
técnicas, no entanto, não possuem validade
busca-se uma solução momentânea e
tensão em regime permanente, flutuação de
normativa para redes internas as instalações
localizada. Como exemplo de soluções,
tensão, desequilíbrio de tensão, distorção
dos consumidores e nem redes de baixa
pode-se citar a instalação de alguns
harmônica de tensão, variação de tensão de
tensão.
equipamentos, tais como:
Soluções para qualidade de energia
•
curta duração (VTCD). O ONS possui uma regulamentação definida especificamente para a conexão de instalações com características não
Fascículo
-
reduzir
os
Transformadores
impactos
desses
ferrorresonantes
(CVT) • UPS
lineares à Rede Básica, como, por exemplo,
Conforme se viu ao longo deste artigo,
complexos de geração eólica e fotovoltaica,
os distúrbios de qualidade de energia
• Flywheel
e
industriais.
possuem diferentes causas e efeitos. Da
• DVR
Essa normatização é definida através no
mesma forma, a abordagem realizada
submódulo 3.6 dos Procedimentos de Rede,
para medição e estudos também seguem
Outro tipo de ação seria mais
e detalhada na nota técnica NT 009/2016,
raciocínios diferentes. Consequentemente,
abrangente, através do controle fino da
os quais definem a obrigatoriedade da
cada tipo de distúrbio de qualidade de
tensão de alimentação de uma indústria
realização de campanhas de medições
energia necessitará diferentes soluções.
evitando a propagação dos afundamentos
grandes
consumidores
afundamentos
pelo sistema, para que o mesmo não atinja
bem como a realização de estudos de
momentâneos de tensão, os processos de
as cargas, como o aproveitamento ou
impacto harmônico através de simulações
mitigação podem ser realizados em várias
instalação de compensadores de tensão
computacionais no software HarmZs do
partes do sistema elétrico, contudo, os
como STATCOM. No entanto, essas
Cepel.
custos envolvidos aumentam à medida que
estratégias demandam grande montante financeiro.
do conteúdo harmônico nas instalações,
No
caso
dos
• Grupo motor-gerador
Já para consumidores conectados à rede
se elevam os níveis de tensão do sistema.
de distribuição, devem ser observados os
Para se reduzir os efeitos de VTCDs,
No caso dos eventos transitórios, é
Procedimentos de Distribuição de Energia
pode-se, em princípio, adotar uma das
importante a observância da necessidade
Elétrica no Sistema Elétrico Nacional
seguintes medidas básicas:
das soluções sistêmicas como aterramento
(Prodist) elaborados pela Agência Nacional
1 - Agir nas causas dos mesmos;
e sistemas PDA (ambos tratados em
Apoio
Referências
fascículos dedicados), como a instalação
complexidade de sintonia e a possibilidade
e manutenção de supressores de surtos
de ressonância paralela com a impedância
em painéis elétricos de baixa tensão e
do sistema elétrico.
[1] DUGAN, R. C.; McGRANAGHAN, M. F.;
para-raios de óxido de zinco nas entradas
• Filtros ativos: um circuito ativo gera e
SANTOSO, S.; BEATY, H. W.; “Electrical Power
de energia das indústrias. A adoção
injeta correntes harmônicas com defasagem
Systems Quality”, McGraw – Hill, 2ª Edição
de transformadores para realização de
oposta àquelas produzidas pela carga não
[2] BOLLEN, M. H. J.; “Understanding
desacoplamento
também
linear. Assim, há um cancelamento das
Power Quality Problems: Voltage Sags and
auxilia na redução dos valores de pico dos
ordens harmônicas que se deseja eliminar.
Interruptions”, Wiley-IEEE Press, October 1999.
eventos transitórios.
Embora bastante eficiente, esse dispositivo
[3] OLIVEIRA, J. C.; DELAIBA, A.
Com respeito às flutuações de tensão,
apresenta custos elevados (superiores aos
C.; CHAVES, M. L.; SAMESIMA, M.
algumas soluções utilizadas para mitigação
filtros passivos), porém a queda no preço
I.; RESENDE, J. W. RODRIGUES, K.
dois afundamentos de tensão podem
desses equipamentos nos últimos anos tem
D.; “Qualidade da Energia Elétrica –
ser empregadas também para mitigar os
aumentado seu emprego pelas indústrias,
Apostilas”, NQREE – Núcleo de Qualidade
efeitos das flutuações de tensão, como
em que não é possível conseguir um bom
e Racionalização da Energia, UFU –
nobreaks e sistemas de armazenamento de
resultado com filtragem passiva.
Universidade Federal de Uberlândia, 2007.
magnético
energia. Também podem ser empregadas
[4] TEIXEIRA, M. D., PENICHE, R. A.;
soluções, como reatores a núcleo saturado
Por fim, vale comentar que técnicas,
e sistemas de compensação estáticos de
tais como aumento do número de pulsos
Harmônicos e VTCDs”, LACTEC – Instituto de
potência reativa.
dos conversores estáticos também podem
Tecnologia para o Desenvolvimento, Curitiba
ser utilizadas, assim como compensadores
- Paraná, 2005.
causados por harmônicos, dentre as
eletromagnéticos
[5] OLESKOVICZ, M.; “Qualidade da Energia
diversas técnicas utilizadas destacam-se:
harmônicas múltiplas triplas.
•
Conclusão
Por
fim,
Filtros
diante
passivos:
dos
são
problemas
constituídos
para
eliminação
de
“Aspectos da Qualidade da Energia Elétrica –
Elétrica”, LSEE – Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica, USP – Universidade de São Paulo, 2007.
basicamente de componentes R, L e C, por meio dos quais se obtêm os filtros
Este artigo demonstrou que, de uma
sintonizados e amortecidos. Esses filtros
maneira geral, as indústrias estão muito
são instalados, geralmente, em paralelo
suscetíveis a problemas de qualidade de
com o sistema supridor, proporcionando
energia elétrica que podem, em algum
um caminho de baixa impedância para
momento,
as correntes harmônicas. Podem ser
econômicos para elas. Dessa forma, é
utilizados para a melhoria do fator de
vital a realização de ensaios e de testes nas
potência, fornecendo o reativo necessário
instalações industriais para que se possa
ao sistema. Entretanto, existem alguns
realizar análises e estudos que auxiliem
problemas relacionados à utilização desses
na definição das melhores soluções aos
filtros, dentre os quais se destacam: a
problemas identificados.
trazer
grandes
impactos
Mateus Duarte Teixeira graduou-se em Engenharia Industrial Elétrica, possui mestrado em Qualidade de Energia Elétrica e doutorado. Atualmente, é pesquisador dos Institutos Lactec e professor da UFPR. Também ocupa a vice-presidência da SBQEE (Sociedade Brasileira de Qualidade de Energia Elétrica). Publicou cerca de 50 artigos em revistas e conferências na área de energia elétrica no Brasil e no exterior. Pedro Augustho Biasuz Block é graduado em Engenharia Industrial Elétrica, com ênfase em Eletrotécnica. Atua como pesquisador dos Institutos Lactec e é aluno de mestrado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) na área de estabilidade transitório de sistemas. Fabio Sester Retorta é engenheiro eletricista graduado pela UFPR e mestrando na UFPR na área de sistemas de energia. Trabalha como Pesquisador nos Institutos Lactec nas áreas de qualidade de energia elétrica. Possui trabalhos científicos publicados em eventos nacionais e internacionais (Cigré, IEEE).
Figura 7 – Curva em preto indica a sintonia do filtro passivo em função da frequência.
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
35
Apoio
Internet das Coisas
36
Por Marcos Malveira*
Capítulo V Indústria 4.0: IoT revolucionando processos
Durante os últimos meses, temos
tecnológicos permitiram realizar tarefas que
segunda metade do século XX com o avanço
apresentado o conceito de Internet das Coisas
antes demoravam dias e semanas, sujeitos a
da robótico e dos sistemas computacionais,
e seus diversos impactos no consumidor.
grande variabilidade em um sistema rápido e
trazendo modernidade ao desenvolvimento
Novos dispositivos para residências, veículos
confiável, que permite controle de qualidade
da solução. A própria tecnologia passou
inteligentes e até mudanças na infraestrutura
e eficiência operacional.
a ser um produto dentro da cadeia de
de cidades, com soluções de smart grid e gerenciamento de tráfego.
produção, exigindo cada vez mais soluções rápidas e custo mais acessível. Produtos
Além dessas aplicações, vemos hoje
à tecnologia empregada e seus impactos
que antes eram utilizados por anos, hoje
um grande potencial de ganho através da
na cadeia produtiva. A primeira delas,
rapidamente são substituídos por versões
aplicação de IoT na eficiência operacional
com início em meados do século XVIII
mais rápidas e eficientes.
e no aumento do potencial produtivo. Este
teve sua base tecnológica centrada nas
artigo tem como objetivo apresentar uma
máquinas a vapor. Através dela, a produção
evolução, a estrutura fabril passou também
nova visão de como a Internet das Coisas
têxtil, principalmente, teve um aumento
por adaptações, com substituição gradual
pode ser um habilitador para uma nova
sem precedentes até aquela época em
da mão de obra humana por maquinários
revolução na Indústria, a chamada Indústria
agilidade e produtividade, e através dela,
e robôs, até um ponto ótimo de equilíbrio
4.0, ou manufatura avançada.
tivemos avanços em meios de transportes,
econômico.
Ao
Fascículo
Didaticamente, a revolução industrial é dividida em fases, diretamente ligadas
longo
do
artigo,
Para
acompanhar
essa
constante
vamos
metalurgia e siderurgia. Nessa época,
contextualizar o que é esse novo conceito de
o desenvolvimento permitiu melhorias
tecnologias
indústria, quais as tecnologias envolvidas
na qualidade de vida da população num
vez mais precisas e baratas, soluções de
e como o IoT poderá contribuir para que
crescimento próximo ao sustentável.
comunicação cada vez mais difundidas e
Entretanto, com o avanço das novas de
sensoriamento,
cada
ela de fato ocorra. Em complemento, será
Durante a segunda metade do século
o desenvolvimento cada vez mais assertivo
feita uma reflexão sobre o impacto dessa
XIX, surge uma nova base tecnológica
de tecnologias de análise e correlação de
mudança nos sistemas de energia, além de
baseada em energia elétrica e novos
dados massivos e inteligência artificial,
avaliar quais os novos desafios e modelos de
modelos, com foco em produção em massa,
surge uma nova frente de evolução para
negócio para o mercado nesse novo sistema.
e com a divisão do processo em tarefas
a indústria: a virtualização do sistema
simples e repetitivas. Pode-se considerar
e a construção de processos produtivos
que esse modelo de produção foi uma
autônomos, baseados em autogestão. A
importante iniciativa para a automatização
essa mudança adota-se o nome de Indústria
da indústria e a gestão da qualidade do
4.0 ou Quarta Revolução Industrial. A
produto.
Figura 1 apresenta um breve resumo das
A Revolução Industrial em constante evolução Desde os trabalhos iniciais de James Watt com as máquinas a vapor até as fábricas 100%
automatizadas,
diversos
avanços
Essa evolução vem ocorrer de fato na
evoluções da revolução industrial
Apoio
37
Figura 1 – Revoluções Industriais ao longo do tempo.
Novas tecnologias de monitoramento e diagnóstico – dos sensores aos sistemas cyber físicos Para chegar ao estágio de “fábricas inteligentes”, é preciso inicialmente entender
que alguns requisitos necessários para
O primeiro requisito a ser considerado
que essa evolução ocorra. A medição de
é o desenvolvimento de uma sólida camada
grandezas e estruturação de aplicações para
de sensoriamento. Para garantir que uma
inteligência das máquinas está diretamente
tomada de decisão seja correta, é necessário
relacionada aos conceitos de Internet das
que se tenham informações confiáveis
Coisas, Computação em Nuvem e Big Data.
sobre o estado atual dos equipamentos ou
Apoio
Internet das Coisas
38
componentes que se deseja atuar. Em um
todos os dados coletados. Uma indústria
Assim, deve-se considerar a segurança da
processo fabril, são diversos fatores que
possui dezenas de equipamentos diferentes,
informação como um conceito transversal
devem ser analisados para garantir que todas
com parâmetros distintos a ser medidos. É
e necessário a todos os demais requisitos já
as etapas estão de acordo.
razoável imaginar que os sensores utilizados
levantados.
de
para monitorar todas essas variáveis possam
De
sensoriamento, cada vez mais acessíveis
ser de fabricantes diferentes. Um ambiente
considerar que uma solução é tão robusta
e precisas, passa a ser economicamente
em que seja possível o acesso a todos esses
quanto forem seus dados de entrada e a
viável a implantação massiva de sensores
dados sem restrições de fornecedor tornam
confiabilidade no envio dessas informações.
nas indústrias. Medições de temperatura,
o processo de análise mais completo e
Deste modo, a gestão da infraestrutura é
controle de qualidade do produto, ou mesmo
eficiente. Como nem sempre esse ambiente
outro requisito transversal e que deve ser
a inserção de tags RFID para a gestão do
é possível de ser construído olhando apenas
aplicado a toda a arquitetura da solução.
estoque passam a ser cada vez mais comuns
os sensores, será considerada a existência de
A Figura 2 apresenta uma arquitetura
no dia a dia das empresas.
um middleware que fará a devida integração
prevista para atender aos requisitos para uma indústria inteligente.
Com
Essas
as
novas
tecnologias
informações,
uma
modo
semelhante,
devemos
vez
e organização dos dados desses dispositivos.
disponibilizadas em nuvem, desde que
O próximo requisito a ser avaliado
Por fim, dispondo de todos os requisitos
corretamente agrupadas, permitem uma
é uma consequência direta do aumento
discutidos, é importante gerar aplicações
visão de qual o estado do equipamento e
do sensoriamento: com mais sensores,
funcionais e que tragam benefício à indústria.
de todos os equipamentos a ele ligados,
também é gerado um volume muito maior
Nesse aspecto, uma das tecnologias mais
podendo até mesmo atuar preventivamente
de dados e, nesse caso, como analisar tantas
alinhadas e que pode ser considerada uma
para evitar algum defeito.
informações?
das bases da manufatura avançada é o
O que leva a um segundo requisito
Nesse caso, as tecnologias de Big Data
importante que é garantir que a comunicação
e Data Mining têm grande impacto na
A solução nada mais é que uma cópia
entre esses sensores e atuadores se dê
construção de soluções para automação dos
virtualizada de processos reais. Isso significa
com
confiabilidade,
disponibilidade
conceito de Gêmeo Digital (Digital Twink).
e
sistemas fabris. Modelos que correlacionem
que, ao mesmo tempo em que um novo
performance, ou seja, a infraestrutura de
eventos, avaliem o comportamento histórico
produto é desenvolvido no plano físico, sua
comunicação deve garantir que os dados
de um dispositivo ou que identifiquem
criação é emulada de forma digital em todos
sejam enviados corretamente e com o
uma anomalia no comportamento do
os seus aspectos.
menor atraso possível, de forma a permitir
equipamento
uma atuação rápida entre os dispositivos,
benefícios à Indústria.
podem
trazer
inúmeros
Para isso, são usados sensores que captam informações do ambiente e aplicam
caso necessário. Essa estrutura deve dar-se
Ainda nos requisitos, é importante
esses dados na simulação do gêmeo digital.
tanto entre dispositivos (M2M, machine-
considerar que as soluções apontam para
É justamente a partir desses dados que
to-machine) quanto do dispositivo com o
o funcionamento autônomo de processos
são realizadas análises e testes na versão
centro de inteligência.
industriais e, nesse caso, garantir que os
virtualizada antes da transferência para o
O terceiro requisito a ser abordado é
comandos e dados dos sensores trafeguem
produto de fato.
o de interoperabilidade e integração de
em um ambiente seguro é fundamental.
Esse tipo de ação permite mitigar eventuais problemas no desenvolvimento
Fascículo
de um produto e corrigi-los antes mesmo de se iniciar a produção real, gerando maior economia dos recursos, eficiência operacional e auxiliando na construção de um processo de inovação com menos riscos. Em
complemento,
ampliar
a
virtualização para toda a cadeia produtiva permite uma visão mais completa e contribui para a identificação de melhorias no processo e a simulação de novos procedimentos sem interromper a linha de produção. Associando
o
Gêmeo
Digital
às
tecnologias de Data Mining e Analytics, Figura 2 – Arquitetura para implantação do conceito de Indústria 4.0.
passa a ser possível correlacionar o volume
Apoio
39
Apoio
Internet das Coisas
40
massivo de dados dos sensores e identificar
ser um fornecedor de infraestrutura do que
as informações detalhadas desejadas são
padrões ou causas que apontem para onde
propriamente um provedor de energia.
separadas das informações físicas do produto,
está ocorrendo um defeito, e, em alguns
Em ambos os casos, a estratégia para
casos, até mesmo qual o defeito mais
abordagem desses desafios tecnológicos está
• Colaboração: a colaboração é uma das
provável, se tornando assim uma solução
no desenvolvimento de ferramentas de apoio
coisas mais poderosas que podemos fazer -
não somente para a operação como para
à operação que atuem de forma rápida e
o que nos permite trazer mais perspectivas
a manutenção das fábricas. Uma vez bem
assertiva sobre a rede, atendendo a diversos
e conhecimentos para a resolução de
mapeados os problemas, é possível inclusive
critérios de produtividade e qualidade. Isso
problemas e inovação.
automatizar algumas ações preventivas,
só se torna possível com o monitoramento
corretivas ou até preditivas, caso necessário.
massivo dos sistemas de geração, transmissão
Energia 4.0 – Como as mudanças no setor industrial podem ter impactos diretos nos modelos de negócio das concessionárias
A
associação
dessa
tecnologia
a
e distribuição de energia para identificar
ferramentas de análise de dados habilita o
o estado atual da rede, simular diferentes
desenvolvimento de uma série de ferramentas
cenários e garantir que se decida por uma
computacionais que podem servir desde o
solução adequada. Ora, essa abordagem
diagnóstico e prevenção de falhas no sistema,
em muito se assemelha aos benefícios e
até a mudanças no processo de modo a gerar maior operacionalidade e eficiência.
Dadas todas as mudanças previstas para
estruturas abordados na Indústria 4.0, e, por
o setor industrial, é de se esperar que os
isso, podemos considerar esse movimento
Além dessas aplicações, vemos hoje
conceitos e as tecnologias por ele empregados
como um guia para a evolução das redes
um grande potencial de ganho por meio
sejam aplicados a demais setores. O setor de
elétricas inteligentes.
da aplicação desses conceitos em outros
energia apresenta uma série de fatores que talvez o tornem um dos mais propensos
Fascículo
podemos comparar, mas é ineficiente;
Conclusão
mercados, como é o caso do setor elétrico. Embora ainda muitas das tecnologias estejam
a aderir esse novo modelo. Deste modo,
Desde o seu início, a humanidade
em fase inicial, já existem fortes indícios que
faremos um panorama dos cenários futuros
caminha para o desenvolvimento de soluções
apontam as novas tendências para o mercado
para esse setor nos parágrafos seguintes.
cada vez mais eficientes e seguras. Deste
e que garantirão uma produção com maior
Em primeiro lugar, há uma relação
modo, é fácil entender o desenvolvimento
eficiência, segurança e confiabilidade.
direta entre fontes de energia e a produção
de sistemas para o desenvolvimento do setor
industrial. Para que soluções de controle
industrial e fabril.
Referências
e automação estejam de fato disponíveis,
Atualmente, com o desenvolvimento
são fundamentais a disponibilidade e a
de sensores mais baratos e precisos e a
for Industry 4.0 Scenarios”;
confiabilidade no fornecimento de energia
grande disponibilidade de infraestrutura
• Silveira, Cristiano Bertulucci: “O Que é Indústria
elétrica. Deste modo, pode-se afirmar que
de comunicação, caminhamos para um
4.0 e Como Ela Vai Impactar o Mundo”;
a tendência em médio prazo será a maior
futuro em que cada vez mais dispositivos
• Krasser, Marco: “Energy 4.0 - Ensuring a reliable
cobrança dos indicadores de continuidade e
estarão conectados à Internet e fornecerão
energy system for the future”;
qualidade do serviço para as distribuidoras
informações que podem ser utilizadas para
• Cruz, Cristina: “Indústria 4.0: muito além da
de energia.
a melhoria da produção.
automação industrial”;
• Hermann, Pentek, Otto, 2015: “Design Principles
Além disso, o próprio fornecimento de
Dentre as principais tecnologias para o
• Lang, Matthias: “From Industry 4.0 to Energy
energia vem passando por uma mudança
desenvolvimento industrial, o Gêmeo Digital
4.0: Future Business, Models and Legal Relations”.
significativa com a redução de fontes de
ganha um importante destaque à medida que
maior impacto ambiental, como é o caso
possui uma base de desenvolvimento muito
das usinas nucleares e termoelétricas, e
semelhante a como os seres humanos lidam
substituição por fontes mais limpas, porém
com o conhecimento, ou seja, através de:
que geram energia de modo intermitentes, como é o caso das células fotovoltaicas e
• Conceitualização: virtualizar um conceito
geradores eólicos. Sem uma correta gestão
e apresentá-lo visualmente permite aos seres
desses recursos, através do armazenamento
humanos visualizar melhor um conceito,
de energia e de sistemas de controle precisos,
problema ou solução;
a rede passaria por sérias instabilidades. Isso
• Comparação: na avaliação de situações,
ainda sem considerar que, com a entrada
tendemos a comparar o resultado desejado
massiva de geração distribuída, cada vez
com o resultado real e tentar encontrar
mais o papel das concessionárias passa a
maneiras de eliminar a diferença. Quando
*Marcos Malveira possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (2010). Atualmente, é engenheiro no CPqD e trabalha em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento voltados para Smart Grid e Internet das Coisas com ênfase nas áreas de automação de redes de distribuição, monitoramento de ativos e diagnóstico de rede. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@ atitudeeditorial.com.br
Apoio
41
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
42
Por Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz*
Capítulo V A manutenção centrada na confiabilidade
Este capítulo trata da metodologia de
manutenção menos onerosa;
sistemas operam sob demanda na ocorrência
Manutenção Centrada em Confiabilidade
• Tornar o equipamento mais seguro,
de um evento, como os sistemas de segurança.
(MCC),
ambientalmente
mais
Cada função também possui um número
mais
limite de operações. Esses parâmetros definem
apresentando
os
principais
atributos.
Manutenção centrada em confiabilidade e seus atributos O objetivo primário da MCC é preservar a função do sistema, de forma a mantê-lo operacional. A aplicação da MCC requer
produtivo,
mais
mais
amigável,
sustentável
e
econômico para operar.
a operação normal do sistema sob as condições ambientais especificadas. Após a análise inicial,
A
metodologia
desenvolvida
na
devem ser selecionadas as funções significantes.
MCC busca desenvolver as estratégias
Etapa 3 – Definição das falhas funcionais:
de manutenção através de um rigoroso
quando um sistema opera fora dos parâmetros
processo de decisão, ilustrado na Figura 1.
normais, é considerado que há uma falha. A
Esse processo de decisão é constituído das seguintes etapas:
um amplo conhecimento da funcionalidade
consideração todos os limites de operação do sistema. Essas falhas podem ser totais, parciais
dos equipamentos e sistemas, bem como as
Etapa 1 – Seleção e priorização dos
ou intermitentes.
falhas funcionais relacionadas aos mesmos.
equipamentos: os processos de produção e
Etapa 4 – Identificação dos modos de falha:
A MCC pode produzir os seguintes
suporte são analisados para identificar os ativos
nesta etapa objetiva-se identificar e documentar
físicos principais. Esses ativos físicos devem ser
os modos de falha e suas causas.
benefícios:
Fascículo
definição das falhas funcionais deve levar em
priorizados conforme sua criticidade para as
Etapa 5 – Identificação dos efeitos das falhas
• Aumentar o conhecimento sobre os
operações, custo da inatividade e custo para
e consequências: esta etapa irá determinar
equipamentos – como ocorrem as falhas e
reparo.
o que poderá acontecer quando uma falha
quais as suas consequências;
Etapa 2 – Definição das funções e padrões
funcional ocorrer e a severidade da mesma
• Evidenciar os papéis que os operadores e
de performance: as funções de cada sistema
para a segurança, meio ambiente, operação e
mantenedores devem cumprir para tornar
selecionado para a análise de MCC precisam
economia da empresa.
um equipamento mais confiável e com uma
ser definidas. É importante ressaltar que alguns
Os resultados das análises realizadas
Figura 1 – Processo de MCC.
Apoio
43
na etapa de 2 a 5 devem ser devidamente documentados.
Para
realização
dessas
etapas, é adequado que se empregue a metodologia de FMEA (Failure Modes and Effects Analysis) ou FMECA (Failure Modes, Effects and Criticality Analysis). A FMEA, de acordo com a norma ABNT NBR 5462, é um método qualitativo de análise de confiabilidade que envolve o estudo dos modos de falha que podem existir para cada
*Alan Rômulo Silva Queiroz é engenheiro eletricista graduado pela Universidade Santa Cecília (Santos – SP), mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Eduardo César Senger é engenheiro eletricista e doutor pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É professor livre-docente na área de Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade de São Paulo e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Proteção de Sistemas Elétricos (Lprot). Luciene Coelho Lopez Queiroz é bacharel em Ciências da Computação graduada pela Universidade Católica de Santos e mestre em Engenharia da Computação pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
subitem, e a determinação dos efeitos de cada modo de falha sobre os outros subitens e sobre a função requerida do item. Já a FMECA também realiza a análise dos modos de falha e seus efeitos, em conjunto com uma avaliação da probabilidade de ocorrência e do grau de criticidade das falhas. Etapa 6 – Selecionar as estratégias de manutenção: as ações de manutenção devem ser realizadas para mitigar as falhas funcionais. Portanto, nesta etapa devem ser definidas e agrupadas as tarefas de manutenção aplicáveis e efetivas para cada modo de falha, bem como os intervalos iniciais de manutenção. Essas tarefas compõem a estratégia de manutenção para cada equipamento, podendo ser compostas de diferentes técnicas de manutenção integradas. Etapa 7 – Implementar e refinar os planos de manutenção: após a implementação dos planos de manutenção é necessário acompanhar a eficácia dos mesmos e, caso necessário, implementar as alterações necessárias. O próximo capitulo tratará dos principais conceitos de operações integradas.
Referências • Jardine, A. K. S.; Tsang, A. H. C. “Maintenance, Replacement, and Reliability -Theory and Applications”. 2ª Edição. Editora CRC Press, 2006. • Moubray,J. “RCM II Reliability-Centered Maintenance”. 2ª Edição, Editora Industrial Press Inc, Nova York, 1997. • NBR 5462. “Confiabilidade e mantenabilidade”. Rio de Janeiro, 1994. • Queiroz, A. R. S. Estratégia de manutenção de equipamentos elétricos em unidades offshore de produção de petróleo e gás baseada na filosofia de operações integradas. Tese (Doutorado em Ciências – Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo, 2016. • Rigone, E. “Metodologia para implantação da manutenção centrada na confiabilidade: uma abordagem fundamentada em sistemas baseados em conhecimento e lógica Fuzzy”. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009.
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
44
Aula Prática
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Por Thales Sousa, José Antonio Jardini, Fumiaki Uemura, Masao Yasiro, João Carneiro, Adriano Nicioli e Marco Bini*
Transformador móvel com alta densidade de potência Testes de fábrica com o emprego de novos materiais, considerando dimensões e peso que não demandam licença especial para tráfego O transformador de potência é um dos
ao limite de carregamento; ou não terem
há a necessidade de definir esquemas
equipamentos mais importantes do sistema
condições de realizar obras de expansão, em
de transporte e esquemas especiais de
de distribuição, sendo responsável por
função da relação entre a necessidade e o
acompanhamento de tráfego, podendo
transferir energia elétrica ou potência elétrica
tempo de obra. Nesses casos, são utilizados
retardar o atendimento previsto.
de um circuito a outro, transformando
transformadores ou subestações móveis que
Nessas
tensões e correntes de um circuito elétrico.
possibilitam a minimização dos transtornos e
compactas construídas a partir do emprego
Em muitas situações, resultantes de
corte de cargas, decorrentes das condições
de novos materiais isolantes, que tenham
contingências ou aumento de demanda por
impostas anteriormente.
um limite de operação maior a altas
períodos pré-determinados, as redes de
Um grande problema é que, em muitos
temperaturas, atenderiam as necessidades
transmissão e distribuição estão limitadas
casos, quando da necessidade de transportar
impostas. Assim, foi proposta a construção de
quanto à realização de operações ou
os
subestações
um transformador móvel de alta densidade
manobras, por estarem operando próximas
móveis em vias de transporte normais,
de potência com base nas recomendações
transformadores
ou
situações,
unidades
móveis
45
O Setor Elétrico / Maio de 2017
dadas em Std 1276-1997 (IEEE, 1997).
não requer licença especial para se mover
Ademais, no Brasil, existem valores
nas estradas. Neste sentido, o presente
limites para o peso e dimensões físicas
trabalho apresenta as características do
que devem ser cumpridas a fim de evitar a
transformador móvel com alta densidade
necessidade de licença especial de trânsito.
de potência, bem como os resultados
Para a configuração do transformador móvel
obtidos a partir de teste de fábrica.
proposto, os limites são: peso total (incluindo caminhões e semi-reboque) igual a 53,0 t,
Desenvolvimento
comprimento máximo igual a 18,6 m, largura máxima de 2,6 m e altura máxima igual a
4,4m, como representado na Figura 1.
processo construtivo
Variáveis do projeto e racionalização do
A. Resultados do projeto
O projeto inicial previa uma potência de
20-25 MVA. Porém, com o desenvolvimento da
pesquisa
e
a
exploração
das
características térmicas dos novos materiais, Figura 1 - Limites de peso e de dimensões físicas que devem ser atendidos de maneira a evitar a necessidade de licenças especiais de tráfego.
verificou-se que a potência poderia alcançar o valor de 30-40 MVA.
Nesse sentido, um projeto com os pesos
dos enrolamentos e do núcleo inferiores ao A ideia por trás deste projeto foi obter
conceito inicial proposto foi desenvolvido.
o máximo possível de potência mantendo
Os pesos atuais obtidos são apresentados
as dimensões e o peso a um nível que
na Tabela 1.
46
Aula Prática
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Tabela 1 - Resultado do projeto – Pesos
Potência (MVA)
Peso do núcleo (kg)
Peso do cobre (kg)
Peso da parte ativa (kg)
25
12.651
4.850
17.501
30
8.541
4.886
13.427
Tabela 2 - Resultado do projeto – Enrolamentos
Tensão (kV)
Taps
Alta
138/88/69
145/138/131/123/117
Baixa
24/13,8;11,95
-
Enrolamentos
Os
materiais
inicialmente
não suportaria. Dessa forma, optou-se por
previstos para 20-25 MVA eram compostos
utilizar a isolação sólida desenvolvida 100%
de papel Kraft e Nomex em uma isolação
em Nomex, inclusive nas capas isolantes.
híbrida. Nessa condição, somente nos
Tal isolação, associada ao emprego de óleo
pontos críticos seriam utilizados o Nomex,
vegetal suportaria a condição de elevadas
visto que tem custo muito superior em
temperaturas.
relação ao papel Kraft.
Ademais, para obter uma potência
Para atingir os novos valores de
entre os valores de 30 MVA e 40 MVA e
potência (30-40 MVA), o ambiente interno
atender aos limites de pesos e dimensões
ao tanque do transformador atingiria
desejadas
elevadas temperaturas que o papel Kraft
especial, foi necessário o aumento de
Figura 2 - Dimensões do transformador.
isolantes
para
tráfego
sem
licença
47
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Figura 3 - Pré-projeto da carreta de transporte.
temperatura de trabalho dos enrolamentos
Sistema
de monitoramento
e dos materiais isolantes. Para tanto, foi proposto um sistema complementar de
O
resfriamento composto por três módulos.
composto por sensores de temperatura
sistema
São eles: conjunto de trocadores de calor
via
aletados com ar forçado em série, sistema
transformador, um Dispositivo Eletrônico
de nebulização e um trocador de calor a
Inteligente (Intelligent Electronic Device
placas com resfriamento com água gelada
- IED) e um sistema de comunicação
produzida em Chiller.
GPRS
fibras
de
monitoramento
óticas
que
realizará
instaladas
a
é no
comunicação
com o centro de controle. Sensores
B. Características finais de projeto
de temperatura PT100 também foram
O
transformador
instalados no topo do óleo e na entrada
dimensões
e saída do óleo para o sistema de troca
desenho
considerando
as
do suas
é
apresentado na Figura 2. A Figura 3
de calor.
ilustra o pré-projeto do caminhão de
transporte, considerando o transformador
via sistema de comunicação GPRS à sala
móvel. A Tabela 2 apresenta a tensão
de controle pré-definida, permitindo
nominal especificada para o projeto
a gestão otimizada do despacho e
transformador.
operação do transformador. Dessa forma,
A potência de 30 MVA foi obtida no
a partir das informações coletadas, será
mínimo valor de tap para o enrolamento de
possível realizar consultas voltadas à
alta tensão. Os enrolamentos e as posições
operação e manutenção preventiva do
onde foram inseridos os sensores óticos
equipamento monitorado.
são apresentados na Figura 4.
O
Os dados aquisitados são enviados
sistema
de
monitoramento
proposto deu suporte aos testes de fábrica realizados junto ao transformador.
R esultados
dos testes de fábrica
Os testes de fábrica foram realizados inicialmente para uma potência de 32 MVA. Porém, para essa potência, o transformador resultou em uma elevação de temperatura maior que a especificada em projeto. Por conseguinte, de forma a adequar ao valor especificado de Figura 4 – Enrolamentos e posições dos sensores óticos.
elevação,
foi
feita
a
correção
da
potência para o valor de 30 MVA,
48
Aula Prática
O Setor Elétrico / Maio de 2017
definindo, assim, a potência máxima de operação do transformador. A seguir são apresentados os resultados dos testes de fábrica: - Perdas em vazio; - Perda de potência nominal (tensão mínima do enrolamento de alta tensão); - Impedância de curto-circuito; - Aumento da temperatura (em condição nominal); - Resistência média dos enrolamentos. a)
R esistência
dos enrolamentos
As resistências foram medidas em
Figura 5 - Teste de aumento de temperatura em condição nominal e mínima tensão do enrolamento de alta tensão.
vazio a uma temperatura de 26 °C. A Tabela 3 apresenta os valores de resistências medidos.
Tabela 3 - Resultado do projeto - Resistência dos enrolamentos
Enrolamentos
Resistência (ohm) 7,2 a 7,6
Alta
(dependendo da posição do tap) 0,190
Baixa
b)
P erdas
em vazio
As perdas em vazio obtidas nos testes de fábrica foram de 10,4 kW. As perdas no cobre a uma temperatura de 150 °C foram de 933 kW (para o pior tap)
Figura 6 - Curva de resfriamento do enrolamento.
e as perdas totais obtidas foram de 944 kW. e) c)
I mpedância
A
de curto - circuito
impedância
de
curto-circuito
Medição da temperatura do ponto
f)
Cálculo da temperatura do
mais quente
ponto mais quente a partir do
carregamento do transformador
A curva de resfriamento do enrolamento
obtida durante os testes de fábrica foram
(após a temperatura nominal ser atingida) é
de 111 ohm a 176 ohm, dependendo da
apresentada na Figura 6.
temperatura do ponto mais quente a partir
posição do tap do transformador.
do carregamento do transformador (IEC,
O valor de resistência média obtido
para o enrolamento de baixa foi igual d)
A umento
de temperatura em
2004).
a 0,290 ohm e para o enrolamento de
potência nominal
alta foi igual a 0,6 ohm. A constante de
tempo de temperatura do enrolamento
O teste de aumento de temperatura
A Equação (1) permite o cálculo da
foi feito para o tap de tensão mínima do
(ponto
enrolamento de alta tensão (117kV) e
aproximadamente 2,5 min. Este valor
mais
qh é a temperatura do ponto mais quente;
potência igual a 32 MW, resultando em
foi obtido para medidas de temperatura
qa é a temperatura ambiente;
uma corrente igual a 158,9 A. O aumento
no
Dqor é a elevação do topo do óleo em
da temperatura do topo do óleo e da
120°C (enrolamento de alta) e 165°C
potência nominal (= 78 °C);
temperatura absoluta são apresentados
(enrolamento de baixa) em potência
R é a relação entre as perdas sob carga e
na Figura 5.
nominal.
em vazio (= 89,7);
ponto
quente)
mais
resultou
quente
iguais
em
a
Em que:
50
Aula Prática
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Hgré o gradiente entre o topo do óleo e
Conclusões
o ponto quente para potência nominal (=
O
41,6 °C);
móveis minimiza alguns inconvenientes,
satisfatórios,
x,y são constantes a serem determinadas
bem como evita o corte de cargas,
propostos
em ensaio (para o presente transformador
proporcionando
fornecimento
desenvolvimento de um transformador
foram considerados x = 0,9 e y = 1,6);
contínuo
ao
móvel com alta densidade de potência
K é o valor da potência dividido pelo valor
Consequentemente,
da potência nominal.
transformadores móveis ajuda a manter
emprego
de
de
transformadores
o energia o
sistema.
emprego
de
bons índices de energia, mitigando A Figura 7 ilustra o transformador
alguns dos riscos regulatórios. Quando
móvel durante os testes de fábrica.
necessário, transportar transformadores
Por fim, os resultados apresentados
pelos testes de fábrica mostraram-se validando no
os
que
objetivos
tange
ao
para tráfego sem licença especial.
Referências • Oliveira, C. C. M.; Brittes, J. L. P.;
de grande porte é caro, e esquemas de
Junior, V. S.. Avaliação do Resfriamento
transporte especiais (rotas especiais,
complementar
batedores, etc.) retarda o atendimento
transformador móvel de alta potência.
ao consumidor.
Submetido ao XXII SENDI, Curitiba,
Neste
projeto
específico,
o
2016.
de
DuPont.
óleo
“Nomex
Tipo
de
410”.
desafio proposto foi o de construir um
Disponível
transformador móvel com alta densidade
com/Energy_Solutions/en_US/assets/
de potência, com carregamento flexível
downloads/Nomex%20Paper%20410/
e
DPP_Nomex410_K20612-1.pdf. Acesso
transporte
de
logística
simples,
em:
vegetal
http://www2.dupont.
satisfazendo as necessidades da rede
em: 25/04/2016.
elétrica. Para fazer isso, novos conceitos,
• Hamoud,
processo de construção e os materiais
unit transformers in high voltage load
G.A.
“Use
of
mobile
tiveram de ser considerados. Para tanto,
stations”, In: 2008 Power and Energy
foi necessário desenvolver um projeto
Society General Meeting - Conversion
específico de maneira a racionalizar
and Delivery of Electrical Energy in the
as variáveis de projeto e processo
21st Century, Pittsburgh, PA, 20-24 July
construtivo.
2008. pp. 1-8.
As
principais
dificuldades
• IEEE, “Std 1276-1997: IEEE Guide
ao
for the Application of High-Temperature
sistema de transporte, resultado dos
Insulation Materials in Liquid-Immersed
limites de peso e dimensão impostos
Power Transformers”, 1997.
ao projeto, à utilização da isolação
• International
sólida 100% em Nomex, uma vez que
Commission. “Power Transformers - Part
até os dias de hoje não se construiu
14: Design and application of liquid-
capas do transformador em Nomex; e
immersed
ao dimensionamento dos trocadores de
high-temperature insulation materials”,
Nesse ponto, vale destacar que para
calor, uma vez que é objetivo do projeto
2004, Switzerland.
operação com potência superior a 30
dissipar as perdas, com a maior eficiência
• Sousa, T.; Jardini, J. A.; Bini, M. A.;
MVA, considerando o intervalo de 30 MVA
e com o menor nível de ruído possível.
Carneiro, J. C.; Uemura, F.; Brittes, J.
a 40 MVA, foi considerado o emprego do
Adicionalmente, verificou-se que o
L. P.. “Characteristics of High Power
sistema de resfriamento complementar.
emprego do resfriamento complementar
Density Transformer without a Special
Nesse caso, em ensaios de operação, o
do óleo vegetal permitiu um aumento
License to Traffic” IEEE T&D Latin
transformador após recebido o resfriamento
da potência de até 32% (em relação
America 2014, Medellin, 2014.
complementar do óleo vegetal, teve sua
ao valor de 30 MVA), com propensão a
capacidade de operação aumentada para
alcançar maiores patamares de potência
o valor de 39,5 MVA, com propensão a
devido à maior capacidade existente
alcançar maiores patamares de potência,
da
mantendo as condições de operação do
resultados
óleo dentro dos limites adequados de
no que diz respeito à compactação de
elevação de temperatura.
transformadores móveis de alta tensão.
encontradas
Figura 7 - (a) Visão geral da construção do transformador, (b) Detalhes do sistema de troca de calor.
unidade
estão
de
relacionadas
resfriamento.
mostram-se
Estes
promissores
Power
Electrotechnical
transformers
using
Este trabalho foi originalmente apresentado durante o Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi), realizado entre os dias 7 e 10 de novembro, na cidade de Curitiba (PR).
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 1 - Edição 11 / Maio de 2017
Energia eólica cresce 55% em 2016 No ano passado, a geração de energia a partir dos ventos alcançou 10,75 GW, alcançando 7% de participação na matriz elétrica brasileira APOIO
52
Eólica
Reportagem
Por Flávia Lima
Eólica alcança 7% da matriz elétrica brasileira Em 2016, mais 2 GW da energia gerada a partir dos ventos foram
instalados, totalizando 10,75 GW; investimento no período foi de US$ 5,4 bilhões
Reportagem
Eólica
As fontes renováveis de energia
Matriz Elétrica Brasileira (GW)
estão cada vez mais presentes na matriz elétrica mundial. O Brasil, apesar de contar com uma matriz majoritariamente proveniente de energia limpa, enfrenta grandes dificuldades de abastecimento por conta da sazonalidade dos reservatórios das hidrelétricas, nossa principal fonte. As energias solar e eólica aparecem como grandes aliadas para garantir o suprimento do sistema. A redução dos custos dos equipamentos para estes tipos de geração, as políticas de incentivo e de financiamento e a existência dos leilões, ao longo dos anos, vêm facilitando a entrada das fontes renováveis, que, em pouco tempo, já conquistaram uma importante participação nessa matriz.
A energia eólica vem alcançando
números que impressionam. Em 2016, foram adicionados mais 2 GW de energia
Fonte: Aneel / Abeeólica
eólica de capacidade instalada à matriz elétrica brasileira distribuídos em 81 novos parques. Os estados contemplados com os novos empreendimentos foram: Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pernambuco,
para um aumento de 7% no emprego eólico
2016, foram instalados 9,43 GW de
Piauí e Rio Grande do Sul. Por mais um
global, que alcançou a marca de 1,2 milhão
potência, cujo crescimento foi liderado
ano consecutivo, o Rio Grande do Norte é
de postos de trabalho.
principalmente pelas fontes hidrelétrica
o líder de nova capacidade instalada, com
e eólica, que representaram 60,15% e
640 MW e 25 usinas. O segundo colocado,
o número de empregos nos setores solar
21,35%, respectivamente. Em 2016, 52
Ceará, contou com 21 novas usinas e
e eólico mais do que dobrou. As energias
milhões de pessoas receberam energia
485,03 MW de fonte eólica instalada.
renováveis estão apoiando diretamente
elétrica produzida pelos ventos. Com isso, a
No período, foram US$ 5,4 bilhões de
objetivos socioeconômicos mais amplos,
fonte passa a ser responsável por 7,1% da
investimentos na fonte. No total, são
com a geração de empregos cada vez mais
matriz elétrica do país.
10,75 GW de capacidade instalada em 430
reconhecida como um componente central
parques eólicos.
da transição energética global. À medida
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE),
que a balança continua a pender em favor
a geração de energia eólica cresceu, no ano
de Geração Eólica 2016, lançado pela
das energias renováveis, esperamos
passado, 55% em relação a 2015, quando
Associação Brasileira de Energia Eólica
que o número de pessoas trabalhando
a capacidade instalada era de 8,73 GW.
(Abeeólica), neste mês de maio, e que
no setor de energias renováveis possa
fornece as principais informações da
chegar a 24 milhões até 2030, mais do
capacidade instalada de 10,75 GW é
indústria eólica no país.
que compensando as perdas de postos
composta por 10,22 GW de parques em
As informações são do Boletim Anual
"Nos últimos quatro anos, por exemplo,
De acordo com a Câmara de
Segundo o boletim da Abeeólica, a
de trabalho com combustíveis fósseis
operação comercial (95,11%), 0,17 GW
responsável por gerar mais de 30 mil
e se tornando um grande motor de
de operação em teste (1,59%) e 0,35
postos de trabalho em 2016. Segundo
desenvolvimento econômico em todo o
GW de parques aptos a operar (3,30%).
o mais recente relatório da Agência
mundo”, analisou o diretor geral da Irena,
Estes últimos estariam impedidos a
Internacional de Energia Renovável (Irena),
Adnan Z. Amin.
disponibilizar sua energia para o sistema
publicado também em maio deste ano, as
em razão de atraso ou restrição no sistema
novas instalações eólicas contribuíram
de geração de energia elétrica, em
De acordo com o boletim, a fonte foi
Considerando todas as fontes
de distribuição ou transmissão.
53
Eólica
54
Reportagem Evolução da capacidade instalada (MW)
18.000.0
16.179,5
16.000.0
16.978,6
17.299,0
2019
2020
17.960,2
13.226,0
14.000.0
12.000.0
10.747,3
10.000.0
8.733,4
8.000.0
5.979,6 3.484,1 4.000.0
2.529,0
0.0
1.535,1
235,4
245,6
341,4
600,8
932,4
27,1
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2.000.0
Nova
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
SEM PREVISÃO
Fonte: ANEEL / ABEEólica
6.000.0
Acumulada
é bom lembrar que ele é consequência
começaram a participar de leilões, em
refletem um setor vigoroso e com grande
de leilões realizados em anos anteriores.
que não houve contratação de energia
capacidade de captação de recursos e de
Como sabemos, o cancelamento do Leilão
dessa fonte. Por isso, todos os nossos
investimentos. Em 2017, vamos instalar
de Reserva no final do ano foi uma notícia
esforços neste momento estão num
uma considerável nova capacidade e
muito negativa para a indústria e tirou
diálogo transparente e técnico com governo
devemos terminar o ano com cerca de 13
o setor de sua trajetória positiva: 2016
sobre a necessidade de novos leilões. A
GW. Será um bom resultado, mas sempre
foi o primeiro ano, desde que as eólicas
contratação de energia eólica em 2017
“Os números apresentados no boletim
é indispensável para o futuro da fonte no Brasil”, declarou a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum.
O ano de 2016 foi encerrado com US# 5,4 bilhões investidos no setor eólico. Considerando o período de 2009 a 2016, esse número chega a US$ 32 bilhões.
Fator de capacidade
O vento brasileiro é um dos melhores
do mundo. O aproveitamento do vento para gerar energia (relação entre o GWh gerado e a potência instalada ao longo de um ano) em 2016 no Brasil foi de 40,7%. Resultado que, conforme diz o boletim, consolida a fonte que, mesmo contemplando todos os parques eólicos instalados no Brasil, inclusive os adquiridos no Proinfa (cm fator de capacidade médio igual a 29%), mantém um valor de desempenho ímpar, superior a diversos países no mundo.
Investimento em milhões (US$)
78%
74%
71% 69%
por conta de três fatores: alta velocidade
US$ 5,4 bilhões
2011
3.767,84 2012
2013
5.363,03
5.299,64
2014
2015 Eólica(US$)
2016 Representatividade (%)
Fonte: Bloomberg New Energy Finance BNEF/ABEEólica
2010
3.057,58
1.908,20
5.099,51
25%
2009 Total investido em 2016:
5.855,96
46%
21%
Elbia Gannoum explica que o vento
brasileiro é um dos melhores do mundo
49%
1.685,41
(entre 10 m/s e 12 m/s), constância e por ser unidirecional.
Em picos instantâneos, o fator de
capacidade dos parques eólicos atingiu valores superiores a 70%, como foi o caso no recorde de geração do subsistema Nordeste, quando, em 05/11/2016, a
Reportagem
Eólica
Fator de capacidade 2016 (%)
queda no nível de água dos reservatórios mostrou-se preocupante. “O reservatório de Sobradinho, por exemplo, iniciou o ano de 2017 com cerca de 12% de sua capacidade, mesmo com redução de vazão”, diz o documento. Nesse sentido, a diversificação da matriz é fundamental para garantir o suprimento do sistema, ganhando destaque a ampliação da oferta de energia eólica.
Os desafios da eólica
O Brasil tem alguns dos melhores
geração eólica média diária atingiu 5.077
Nordeste, certamente, teria problemas de
recursos eólicos do mundo, excedendo as
MWmed. Neste dia, 52% da energia
racionamento, não fossem as eólicas. A
necessidades atuais de eletricidade do país
consumida no Nordeste foi proveniente de
executiva se referiu aos baixos níveis dos
três vezes, de acordo com o Global Wind
eólicas.
reservatórios das hidrelétricas da região.
Energy Council (GWEC).
Sobre a força das eólicas no Nordeste,
O boletim da Associação informa que,
Embora o mercado de eólica continue
a presidente da Abeeólica chegou a afirmar
mesmo com a queda na demanda por
crescendo, o setor tem diversos desafios
que se o Brasil não fosse interligado, o
energia elétrica no sistema em 2016, a
pela frente, além da crise econômica e da
55
Eólica
56
Reportagem
redução da demanda por energia. O ano de
No que diz respeito à capacidade eólica acumulada, o Brasil ocupa agora a nona posição, tendo ultrapassado a Itália no ranking mundial.
2016 foi o primeiro ano, desde 2009, a não realizar um leilão para a fonte eólica, o que, certamente, terá um impacto sobre a indústria do setor, que foi surpreendida com o cancelamento do segundo leilão de reserva, em dezembro do ano passado. “Os fabricantes de aerogeradores estão com 50% a 60% de ociosidade em 2017. Eles precisam de uma previsão, de planejamento do governo para continuarem no país”, afirmou Elbia Gannoum.
Top 10 de capacidade eólica acumulada em 2016
Segundo o GWEC, em relatório
divulgado em abril deste ano, o cancelamento do leilão significa dizer que não haverá energia de reserva disponível quando a economia voltar a crescer. Quando isso acontecer, mais térmicas terão de ser ativadas e, com isso, o custo da energia aumentará.
Em concordância com a Abeeólica,
o GWEC afirma que os leilões de reserva fazem parte de um planejamento estratégico e o seu cancelamento vai de encontro ao objetivo do Governo de colocar a economia de volta na trilha do crescimento. “Além disso, o planejamento baseado em segurança é ainda mais importante agora, enquanto o governo tem uma intensa agenda para promover um crescimento renovado, que envolve novos investimentos em infraestrutura”, diz o documento.
Para 2017, há grandes desafios:
demanda, transmissão e financiamento. Segundo o GWEC, a situação chamada de “sobra de energia” está superestimada e pode desaparecer em um ano ruim para a hidroeletricidade ou em uma rápida recuperação econômica. “É fundamental
manter o volume de acréscimo de 2GW
notícia é que o BNDES anunciou novas
desafios, as expectativas para o futuro da
de energia eólica por ano para manter a
regras para o setor de energia e pretende
fonte eólica no país são otimistas. Segundo
cadeia de suprimento”, diz o relatório.
apoiar as energias renováveis de baixo
a Abeeólica, em 2017, a previsão é de que
No que diz respeito à transmissão,
impacto e manter as condições para a
uma grande capacidade seja instalada
o GWEC entende que é um problema
energia eólica. Para o GWEC, o Brasil, no
e o ano termine com cerca de 13 GW, o
grave no país. Três estados – Rio Grande
entanto, precisa também desenvolver
que ainda será consequência de leilões
do Norte, Rio Grande do Sul e Bahia,
suas linhas de financiamento e promover
realizados em anos anteriores. Em maio
grandes produtores de energia eólica
mais discussões sobre a possibilidade
deste ano, a fonte alcançou a marca de
– não puderam participar do Leilão de
de bancos privados estarem mais
11 GW de capacidade eólica instalada,
Reserva (cancelado) por problemas de
envolvidos em financiamentos de
distribuída em 443 parques e mais de
transmissão.
infraestrutura.
5.700 aerogeradores.
No tocante ao financiamento, a boa
De qualquer maneira, apesar dos
58
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Queda nas encomendas prejudica setor de GTD Redução da demanda por energia elétrica por conta do baixo crescimento econômico diminui expectativa de crescimento dos mercados de geração, transmissão e distribuição
A crise econômica afeta todos os setores, especialmente, o da
na comparação com 2015. No entanto, esperam melhores resultados
infraestrutura. A baixa expectativa de crescimento econômico afugenta
para este ano de 2017, devendo chegar à média de 6% até o fim do ano.
os investidores e freia aportes em grandes projetos com receio
de que fiquem ociosos, já que o aumento da demanda por energia
pouco otimista, como desaceleração da economia brasileira, cenário
elétrica depende do crescimento do país. Em geração, por exemplo,
político desfavorável e falta de confiança dos investidores.
é esperada a realização de apenas um leilão de energia reserva neste
ano, em função da queda da demanda de energia no ano passado
a tomada de decisões e adiam investimentos, no entanto, boa parte
e das perspectivas menos otimistas para este ano. Com isso, do
das empresas consultadas acredita em uma retomada da economia,
ponto de vista dos fabricantes de produtos para este segmento,
ainda que a passos lentos.
sem novas usinas a serem construídas, espera-se um período de
baixas encomendas, situação que pode permanecer estagnada pelos
informações sobre as companhias que participaram do levantamento,
próximos três anos.
como produtos e serviços oferecidos.
Para os entrevistados, as incertezas que assolam o país prejudicam
Confira, a seguir, a pesquisa na íntegra, com dados de mercado e
O diagnóstico é da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Análise do mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia
Eletrônica (Abinee), em sondagem conjuntural realizada com seus associados em abril deste ano.
Segundo as pesquisadas, diversos fatores explicam a conjuntura
Para o segmento da transmissão, a situação parece um pouco
melhor. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou, em
abril deste ano, um leilão de transmissão, em que foram arrematados
distribuidores de equipamentos para distribuição e transmissão, no
31 dos 35 lotes licitados. Das linhas de transmissão leiloadas, 93%
entanto, a maior parte das empresas que responderam à pesquisa é
foram arrematadas, totalizando 7.068 quilômetros de extensão. As
de fabricantes para distribuição (82%). Destes, uma parcela também
subestações foram 100% assumidas. A transmissão já foi considerada
fornece para transmissão. Entenda o perfil das empresas:
um grande problema para a ligação de usinas já em operação ao sistema, especialmente, as eólicas. Por este motivo, este é um mercado
Para a produção da pesquisa, foram consultados fabricantes e
Perfil das empresas
com melhor perspectiva de resultados positivos para este ano de 2017.
Na distribuição, segundo a Abinee, nos primeiros meses deste ano
verificou-se que os investimentos continuam parados, o que demonstra que este cenário não deve apresentar alterações significativas no primeiro semestre de 2017. A queda da demanda também inibiu investimentos das concessionárias.
Em pesquisa realizada pela revista O Setor Elétrico, fabricantes
e distribuidores de equipamentos para transmissão e distribuição mostraram-se céticos com relação ao futuro próximo do setor. Se, no mesmo levantamento do ano anterior, as empresas planejavam crescer 7% em 2016, a realidade (constatada no estudo deste ano) foi bem diferente. Na média, as empresas cresceram apenas 3% no ano passado
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
18% 30%
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
49%
Fabricante de produtos para transmissão de energia
82%
Fabricante de produtos para distribuição de energia
59
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Assim como identificou-se na pesquisa realizada há um ano, as
No que se refere à automação da distribuição, instrumentos para
empresas utilizam-se da venda direta ao cliente final como principal
monitoramento da qualidade da energia são procurados com mais
meio de comercializar seus produtos. 90% das companhias fazem essa
frequência, mas, de modo geral, uma parcela pequena das pesquisadas
prática.
oferece estes produtos. 19% das empresas, por exemplo, afirmaram
Principais canais de vendas
trabalhar com produtos para automação de subestações. Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para distribuição)
29%
Internet
37%
14%
Outros
60% 63%
14% 14%
Revendas de materiais elétricos Distribuidores de materiais elétricos Venda direta ao cliente final
15%
92%
Transdutores Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco
16% 18%
Relés de estado sólido
19%
Relés eletromecânicos Automação de subestações
26%
Painéis e subestações de média tensão são os equipamentos para
distribuição mais citados pelas empresas. Equipamentos para distribuição de energia mais comercializados
Entre as pesquisadas, apenas 16% oferecem cabos aéreos em seu
portfólio e 14% cabos subterrâneos.
21% 21%
Cabos elétricos mais comercializados (para distribuição)
Interruptores Fusíveis
29%
Transformadores de potência
36% 38%
Subestações de média tensão Painéis
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
5%
Cabos submarinos Cabos especiais
11% Cabos subterrâneos 14% Cabos aéreos 16%
60
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
Os produtos que, aparentemente, possuem mais saída comercial
são subestações de alta tensão e transformadores de potência.
Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para transmissão)
Equipamentos para transmissão de energia mais comercializados
8% 8%
Interruptores
3%
Proteção contra arco Automação de estações
12% 12%
Chaves de alta tensão
10% 21% 21%
Anunciador de alarme
10%
Disjuntores de alta tensão
5%
Transdutores Automação de subestações
15%
Transformadores de potência
Relés de estado sólido
16%
Subestações de alta tensão
No quesito automação, os produtos mais presentes nas prateleiras
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
18%
Relés eletromecânicos
Os cabos aéreos e os subterrâneos também para transmissão são
das pesquisadas são os relés eletromecânicos e os instrumentos para
os que mais preenchem as prateleiras das empresas que participaram
monitoramento de qualidade da energia.
da pesquisa.
61
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Cabos elétricos mais comercializados (para transmissão)
Cabos submarinos
4%
Especiais
7%
Cabos subterrâneos
12%
Cabos aéreos
16%
Na tabela a seguir é possível identificar a opinião das empresas
que participaram da pesquisa acerca do possível faturamento de cada um dos mercados específicos do setor de distribuição de energia. Por exemplo, para a maior parte das pesquisadas (41%), o mercado de disjuntores para distribuição fatura até R$ 10 milhões anualmente.
Subestações de média
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Até R$ 10 milhões
Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de distribuição de energia
27% 24% 10% 12%
7%
10% 10%
41% 27% 11% 16%
3%
3%
0%
39% 16% 21% 8%
8%
3%
5%
13% 10% 13%
0%
tensão Disjuntores Automação, proteção e controle Painéis Transformadores de
33% 26% 5%
33% 15% 13% 3%
3%
15% 18%
38% 41% 5%
8%
0%
8%
0%
33% 19% 14% 8%
6%
6%
14%
28% 36% 11%
6%
14%
3%
potência Transformadores de instrumentação Cabos elétricos aéreos Cabos elétricos
3%
subterrâneos
O mesmo questionamento foi feito com relação ao faturamento
para mercados do setor de transmissão. Para 65% das pesquisadas, o mercado de cabos elétricos subterrâneos fatura até R$ 30 milhões por ano.
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
62
Subestações de alta
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Até R$ 10 milhões
Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de transmissão de energia
32% 17% 5%
10% 15% 5%
17%
40% 31% 9%
11%
tensão
0%
3%
6%
Sistema de automação
36% 25% 11% 8%
6%
8%
6%
Cabos elétricos aéreos
30% 22% 14% 8%
8%
5%
14%
35% 30%
8%
14%
5%
Disjuntores
Cabos elétricos
8%
0%
subterrâneos
Sobretensões devido a descargas atmosféricas e intempéries,
como ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas são os problemas mais encontrados pelas redes de transmissão e distribuição. Problemas que assolam a integridade de uma rede de transmissão/distribuição
7% 8%
Poluição
36%
Eletrocorrosão
Sobretensões devido a manobras
15%
Sobretensões devido a manobras
18%
Ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas
16%
Vandalismo
No mesmo levantamento do ano anterior, as empresas planejavam
crescer 7% em 2016, a realidade foi bem diferente. Na média, as empresas cresceram apenas 3% no ano passado na comparação com 2015. No entanto, esperam melhores resultados para este ano de 2017 e almejam chegar a 6% no encerramento do ano. Previsões de crescimento
3%
Crescimento médio das empresas em 2016 comparado ao ano anterior Crescimento médio para o mercado em 2017 5% Crescimento médio das empresas em 2017
6%
63
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Como já constatado em pesquisas também com outros mercados, os fatores que mais impactam e emperram o crescimento do mercado de
distribuição e transmissão são a crise econômica, o cenário político de incertezas e a falta de confiança dos investidores. Fatores que devem influenciar os mercados de distribuição e de transmissão de energia
2% 2%
Bom momento econômico do país
1%
Setor da construção civil aquecido
Incentivos por força de legislação ou normalização
21%
4%
Desaceleração da economia brasileira
Falta de normalização e/ou legislação 5%
Crise internacional 5%
Desvalorização da moeda brasileira 21%
6%
Cenário político
Projetos de infraestrutura 7%
Programas de incentivo do governo 9%
Setor da construção civil desaquecido
17%
Falta de confiança dos investidores
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
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x x x x x x x
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X
X
X
X
SP
ABB
0800 0149111 www.abb.com.br
Osasco
SP
x
Adelco
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
Alubar
(91) 3574-7110 www.alubar.net
Barcarena
PA
x
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
x
Beghim
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
X
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X X X
Building Conectores Elét. (11) 2621 4811 www.building.com.br
São Paulo
SP
X
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X X X X
X
X
X
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X
x X
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SP
X
Clamper
(31) 3689-9500 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X
Olímpia
SP
X
X
X
X
(16) 3951-9596 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
(11) 2902-1070 www.crossfoxeletrica.com.br
São Paulo
SP
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X X
Itapevi
SP
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DMI
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
X
Eaton
0800-003 2866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
X
Elos
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
São José dos Pinhais
PR
Embramat
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
SP
(11) 4223-1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
Suzano
SP
X
Finder Gimi soluções em energia
(11) 4752-9900 www.gimi.com.br
Grantel
(41) 3393-2122 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
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Cornélio Procópio
PR
X
X X
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
x
x x x
Intelli
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
X
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Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão Da Serra
SP
x
x
x x x x x x
Isolet
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
X
X
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
SP
x
Kron Medidores
(11) 5525-200 www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
Magnani Materiáis Elétricos (54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
Maxxweld Conec. Elét. Ltda (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
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X
X X
X
X
(11) 3254-8111 megabras.com.br
São Paulo
SP
X
(11) 4072-1933 www.melfex.com.br
Diadema
SP
X
Metaltex
(11) 5686-5706 www.metaltex.com.br
Sao Paulo
SP
X
Noja Power
(19) 3283-0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
x
Ormazabal
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
x
Pextron
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
X
Pfiffner do Brasil
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
X
PhoenixContact
(11) 3871-6400 phoenixcontact.com.br
Sao Paulo
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x
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x x
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X
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X
X X
x X
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
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X X X
Poleoduto
(11) 2413-1200 www.poleoduto.com.br
Arujá
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X
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X X X
Contagem
MG
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São Paulo
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Melfex
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X X X
Megabrás
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x x
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X X X
X
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SP
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br/
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X
x
x x
x x
x
x
Guarulhos
X
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x
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x
X x
x
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Power Solutions Ltda
X
x x
x
Média Tensão
Polimetal Ligas e Metais Ltda (31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
X
X X X X x
Incesa
Iguaçumec Eletromec. Ltda (43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
X
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X X
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X X
X X X
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PR
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X X X X X X
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x
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X X X
X
D'Light
Densitel Transformadores (11) 4143-7800 www.densitel.com.br
X
X X
X
X
Pedreira
x
X X X X
X
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Crossfox Elétrica
x x x X
Cerâmica São José
Conimel
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
x x
Guarulhos
Condumax Fios e Cabos Elét. (17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
x x
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Exporta produtos acabados
x
A Cabine Mat. Elétricos
Estado SP x
Importa produtos acabados
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
x
Cidade Sumaré
Outros
x
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Montagem de equipamentos
x
3M
Manutenção de redes
x x x x x x x x
Engenharia
x x x
Transmissão de energia elétrica
X X
Distribuição de energia elétrica
x x
X
Outros
x
X
Internet
x
X
Venda direta ao cliente final
x
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Revendas de materiais elétricos
x
X X X
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Montagem de redes de transmissão
Principais clientes Montagem de redes de distribuição
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
x
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Oferece treinamento técnico para os clientes Possui programas na área de responsabilidade social
64
X
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X
X X
X
65
SP
X
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
Romagnole Prod. Elét. S.A
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Mandaguari
PR
X
Sarel
(11) 4072-1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
x
SEL
(19) 3518-2110 www.selinc.com
Campinas
SP
x
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklo.com.br
Florianópolis
SC
Steck
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
São Paulo
SP
Sulminas
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br
Poços de Caldas
MG
X
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com
Bragança Paulista
SP
X
Tecsys Brasil
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
X
Terex
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
x
x
x x x
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
x
x
x
Trael Transfor. Elét. Ltda
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
X X
Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
x
x x x x
Tranformadores União
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
x
x
Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
X
X
Ultrapower Mat
(11) 4028-4376 www.ultrapowermat.com.br
Salto
SP
X
Urkraft
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
X
Vicentinos
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
X
Wago Brasil
(11) 2923-7222 www.wago.com.br
Jundiaí
SP
x
x
x
Weg
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
X
X X X
Weidmüller do Brasil
(11) 4366-9600 www.weidmuller.com.br
Diadema
SP
X
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X X X
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X
X
X
x x x x x x X
X
X X X X X X X
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
Mogi Guaçu
X
X
Exporta produtos acabados
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
X
X
Importa produtos acabados
Rehtom
X
X
Possui programas na área de responsabilidade social
X
X
Oferece treinamento técnico para os clientes
SP
X
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Osasco
X
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
X
Outros
X
RDI Bender
X
Montagem de equipamentos
SC
Manutenção de redes
Blumenau
Engenharia
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Montagem de redes de transmissão
Provolt
Montagem de redes de distribuição
Cidade Sorocaba
Transmissão de energia elétrica
Telefone Site (15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Principais clientes
Distribuição de energia elétrica
Proauto
Outros
Internet
Venda direta ao cliente final
Revendas de materiais elétricos
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Estado SP
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
O Setor Elétrico / Maio de 2017
X
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X X X
X X x
X
X
X
66
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Guarulhos
SP
X X X X X X x x x x x x
X
x
ABB
0800 0149111 www.abb.com.br
Osasco
SP
Adelco
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
Alubar
(91) 3574-7110 www.alubar.net
Barcarena
PA
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
Beghim
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
Building Conectores Elét.
(11) 2621 4811 www.building.com.br
São Paulo
SP
Cerâmica São José
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
Clamper
(31) 3689-9500 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
Condumax Fios e Cabos Elét. (17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
Conimel
(16) 3951-9596 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
Crossfox Elétrica
(11) 2902-1070 www.crossfoxeletrica.com.br
São Paulo
SP
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
X X
Densitel Transformadores
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
X
X
D'Light
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X X X X X X
DMI
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
Eaton
0800-003 2866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
X X X X
X
Elos
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
X
Embramat
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
SP
X
X
X
Finder
(11) 4223-1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
Gimi soluções em energia
(11) 4752-9900 www.gimi.com.br
Suzano
SP
Grantel
(41) 3393-2122 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
X
X X
X X X X X
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X X X X X X
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X X
X X X X
X
PR
Iguaçumec Eletromec. Ltda (43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
Incesa
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
Intelli
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão Da Serra
SP
Isolet
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
SP
Kron Medidores
(11) 5525-200 www.kron.com.br
X x X x
x
x
x x
X
x
x X
X X
x
São Paulo
SP
X
Magnani Materiáis Elétricos (54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X X X X X X
Maxxweld Conec. Elét. Ltda (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
Média Tensão
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
x x x x x x
Megabrás
(11) 3254-8111 megabras.com.br
São Paulo
SP
Melfex
(11) 4072-1933 www.melfex.com.br
Diadema
SP
Metaltex
(11) 5686-5706 www.metaltex.com.br
Sao Paulo
SP
Noja Power
(19) 3283-0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
x x
Ormazabal
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
x x x
Pextron
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
Pfiffner do Brasil
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
PhoenixContact
(11) 3871-6400 phoenixcontact.com.br
Sao Paulo
SP
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
Poleoduto
(11) 2413-1200 www.poleoduto.com.br
Arujá
SP
Polimetal Ligas e Metais Ltda (31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
Contagem
MG
X
Power Solutions Ltda
São Paulo
SP
X X X X X X
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br/
X X
Cabos elétricos
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
A Cabine Mat. Elétricos
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Automação de subestações
Cidade Sumaré
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Disjuntores
Uso interno Uso externo
3M
Uso externo
Estado SP x
Uso interno
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X
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X
67
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações
Estado SP
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
X
RDI Bender
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X
X
Rehtom
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
Mandaguari
PR
X X
(11) 4072-1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
x x x x
SEL
(19) 3518-2110 www.selinc.com
Campinas
SP
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklo.com.br
Florianópolis
SC
Steck
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
São Paulo
SP
Sulminas
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br
Poços de Caldas
MG
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com
Bragança Paulista
SP
Tecsys Brasil
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
Terex
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
x
Cuiabá
MT
X
Jundiai
SP
x
SP
x
Trael Transfor. Elét. Ltda (65) 3611-6500 www.trael.com.br Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Tranformadores União (11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
X X
X X X
X
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X X
x
X
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X X X X X X
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X X X X X X X X X X X X
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x X X X X X X X
X
X X
X X X X X
X X X
X X X X
X X
X X
X
x
Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
Ultrapower Mat
(11) 4028-4376 www.ultrapowermat.com.br
Salto
SP
Urkraft
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
Vicentinos
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
Wago Brasil
(11) 2923-7222 www.wago.com.br
Jundiaí
SP
x x
Weg
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X X X X
Diadema
SP
Weidmüller do Brasil (11) 4366-9600 www.weidmuller.com.br
Cabos elétricos
X
Sarel
Romagnole Prod. Elét. S.A (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
Cidade Sorocaba
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
Disjuntores
Uso interno Uso externo
Provolt
Uso externo
Telefone Site (15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Uso interno
Proauto
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X
X
X X
X X
X
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x x x
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X
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X X
X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Distribuição de energia
Barueri
SP
Alubar
(91) 3574-7110 www.alubar.net
Barcarena
PA
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
Beghim
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
Building Conectores Elét.
(11) 2621 4811 www.building.com.br
São Paulo
SP
Cerâmica São José
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
Clamper
(31) 3689-9500 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X x
x
x
x X
x
X X
Olímpia
SP
(16) 3951-9596 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
X
X
X
Crossfox Elétrica
(11) 2902-1070 www.crossfoxeletrica.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Densitel Transformadores
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
D'Light
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DMI
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
Eaton
0800-003 2866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
Elos
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
São José dos Pinhais
PR
Embramat
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
Finder
(11) 4223-1550 www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
Gimi soluções em energia
(11) 4752-9900 www.gimi.com.br
Suzano
SP
Grantel
(41) 3393-2122 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
Iguaçumec Eletromec. Ltda
(43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
Cornélio Procópio
PR
Incesa
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
x
x
x
Intelli
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
X
X
X
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão Da Serra
SP
Isolet
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
Kron Medidores
(11) 5525-200 www.kron.com.br
SP
x
X
Conimel
Condumax Fios e Cabos Elét. (17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Relés de estado sólido
x
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Transdutores
x
Adelco
Proteção contra arco
SP
Automação de estações
Osasco
Anunciador de alarme
0800 0149111 www.abb.com.br
X
Transformadores de potência
ABB
X
Disjuntores de alta tensão
X
Chaves de alta tensão
X
Filtro de harmônicas
SP
Sistemas de automação
Subestações de alta tensão
Guarulhos
Compensação em tempo real
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Compensação paralela
A Cabine Mat. Elétricos
Compensação serial
x
Cidade Sumaré
Transmissão de energia Compensação de reativos
Vidro
x
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Poliméricos
Espaçadores
x
3M
Isoladores
Cerâmica
Terminações
Estado SP x
Emendas
EMPRESA
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
Interruptores
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X
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X X
PR
x x x
x X
X
SP
São Paulo
SP
Magnani Materiáis Elétricos (54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
X
X
Maxxweld Conec. Elét. Ltda (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
X
X
x
x
x
x
X
X
X
Média Tensão
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
Megabrás
(11) 3254-8111 megabras.com.br
São Paulo
SP
Melfex
(11) 4072-1933 www.melfex.com.br
Diadema
SP
Metaltex
(11) 5686-5706 www.metaltex.com.br
Sao Paulo
SP
Noja Power
(19) 3283-0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
Ormazabal
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
Pextron
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
Pfiffner do Brasil
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
PhoenixContact
(11) 3871-6400 phoenixcontact.com.br
Sao Paulo
SP
X
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
X
Poleoduto
(11) 2413-1200 www.poleoduto.com.br
Arujá
SP
X
Polimetal Ligas e Metais Ltda
(31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
Contagem
MG
X
Power Solutions Ltda
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br/
São Paulo
SP
X
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X X X
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O Setor Elétrico / Maio de 2017
Transmissão de energia
Distribuição de energia
Estado SP
Provolt
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
RDI Bender
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X
SP
Rehtom
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
RMS SISTEMAS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
Mandaguari
PR
Romagnole Prod. Elét. S.A (44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
X
X
X
X
X
Relés de estado sólido
Cidade Sorocaba
Transdutores
Telefone Site (15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Proteção contra arco
Proauto
Automação de estações
Anunciador de alarme
Transformadores de potência
Interruptores
Disjuntores de alta tensão
Chaves de alta tensão
Filtro de harmônicas
Sistemas de automação
Subestações de alta tensão
Compensação em tempo real
Compensação paralela
Compensação serial
Compensação de reativos
Vidro
Poliméricos
Isoladores
Cerâmica
Espaçadores
Terminações
Emendas
EMPRESA
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
X
X x
Sarel
(11) 4072-1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SEL
(19) 3518-2110 www.selinc.com
Campinas
SP
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklo.com.br
Florianópolis
SC
Steck
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
São Paulo
SP
Sulminas
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br
Poços de Caldas
MG
X
X
X
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com
Bragança Paulista
SP
X
X
X
Tecsys Brasil
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
Terex
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
x
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
x
Trael Transfor. Elét. Ltda
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
x
Tranformadores União
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
x
Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
Ultrapower Mat
(11) 4028-4376 www.ultrapowermat.com.br
Salto
SP
Urkraft
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
Vicentinos
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
Wago Brasil
(11) 2923-7222 www.wago.com.br
Jundiaí
SP
Weg
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
Weidmüller do Brasil
(11) 4366-9600 www.weidmuller.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
x
x
x
X
X
X
X
X
X
X
x
X
X
X X x
X x
x X
X
X
x
x
x
x
X
X
X X
70
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Transmissão de energia
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
Beghim
(11) 2942-4500 www.beghim.com.br
São Paulo
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.braspel.com.br
São Paulo
SP
Building Conectores Elét.
(11) 2621 4811 www.building.com.br
São Paulo
SP
Cerâmica São José
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
Clamper
(31) 3689-9500 www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
Olímpia
SP
Conimel
(16) 3951-9596 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
Crossfox Elétrica
(11) 2902-1070 www.crossfoxeletrica.com.br
São Paulo
SP
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
Densitel Transformadores
(11) 4143-7800 www.densitel.com.br
Itapevi
SP
D'Light
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DMI
(11) 4393-4300 www.dmibr.com
São Bernardo do Campo
SP
Eaton
0800-003 2866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
Elos
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
São José dos Pinhais
PR
Embramat
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
Finder
(11) 4223-1550 www.findernet.com
Gimi soluções em energia
(11) 4752-9900 www.gimi.com.br
Grantel
(41) 3393-2122 www.grantelequipamentos.com.br Campo Largo
Condumax Fios e Cabos Elét. (17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Iguaçumec Eletromec. Ltda (43) 3401-1000 www.iguacumec.com.br
X x
x
x
x
X X X X
X
X X
X
X X
X
SP
X
X
São Caetano do Sul
SP
X
Suzano
SP
X
X
PR
Incesa
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olímpia
SP
Intelli
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão Da Serra
SP
Isolet
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
Kron Medidores
X
X
X
X
X
X
X
(11) 5525-200 www.kron.com.br
São Paulo
SP
Caxias do Sul
RS
Maxxweld Conec. Elét. Ltda (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
x
x
X
X
X
x
X
x X X X
X
X
X
X
X
X
X
x
x
X
X
X
X
X
x
x
x
X
X X
X
X
X
X
X
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
Megabrás
(11) 3254-8111 megabras.com.br
São Paulo
SP
Melfex
(11) 4072-1933 www.melfex.com.br
Diadema
SP
Metaltex
(11) 5686-5706 www.metaltex.com.br
Sao Paulo
SP
Noja Power
(19) 3283-0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
Ormazabal
(11) 5070-2900 www.ormazabal.com
São Paulo
SP
Pextron
(11) 5543-2199 www.pextron.com.br
São Paulo
SP
Pfiffner do Brasil
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Itajaí
SC
PhoenixContact
(11) 3871-6400 phoenixcontact.com.br
Sao Paulo
SP
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
X
Poleoduto
(11) 2413-1200 www.poleoduto.com.br
Arujá
SP
X
Contagem
MG
São Paulo
SP
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br/
X
X
X
Média Tensão
Power Solutions Ltda
X
X
SP
Magnani Materiáis Elétricos (54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Polimetal Ligas e Metais Ltda (31) 3361-8982 www.polimetal.com.br
X
X
X X
X
PR
Cornélio Procópio
Filtro de harmônicas
PA
X
Compensação em tempo real
Barcarena
X
Compensação paralela
(91) 3574-7110 www.alubar.net
x
X
Compensação serial
Alubar
x
X
Compensação de reativos
Vidro
SP
x
X
Poliméricos
Barueri
x
Isoladores
Cerâmica
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
X
Espaçadores
Adelco
x
Terminações
SP
X
Emendas
Osasco
X
Conectores
ABB
0800 0149111 www.abb.com.br
X
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
SP
Cabos submarinos
Guarulhos
Cabos subterrâneos
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Cabos aéreos
A Cabine Mat. Elétricos
Encapsulados
Estado SP
Cabos elétricos
Com isolador polimérico
Cidade Sumaré
Para-raios Com isoladores de porcelana
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Automação de subestações
3M
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
x
x
x
X
X
X
X
x
x
x
X X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
71
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Transmissão de energia
(11) 4072-1722 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SEL
(19) 3518-2110 www.selinc.com
Campinas
SP
x
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklo.com.br
Florianópolis
SC
Steck
(11) 2248-7000 www.steck.com.br
São Paulo
Sulminas
(35) 3714-2660 www.sulminasfiosecabos.com.br Poços de Caldas
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com
Tecsys Brasil
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Filtro de harmônicas
Sarel
Compensação em tempo real
PR
Compensação paralela
RS
Mandaguari
Compensação serial
Porto Alegre
(44) 3233-8500 www.romagnole.com.br
Vidro
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Romagnole Prod. Elét. S.A
X
Poliméricos
RMS SISTEMAS
X
Compensação de reativos
Cerâmica
SP
X
Isoladores
Espaçadores
SP
Mogi Guaçu
Terminações
Osasco
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Emendas
(11) 3602-6260 www.rdibender.com.br
Rehtom
Conectores
RDI Bender
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
SC
Cabos submarinos
Blumenau
Cabos subterrâneos
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Cabos aéreos
Provolt
Cabos elétricos
Encapsulados
Estado SP X
Com isolador polimérico
Cidade Sorocaba
Para-raios Com isoladores de porcelana
Telefone Site (15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Automação de subestações
Proauto
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
X
X
X
X
X X
x X
X
X
X
X
X
X
SP MG
X
X
Bragança Paulista
SP
X
X
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
Terex
(31) 2125-4000 www.terexutilities.com.br
Betim
MG
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
Trael Transfor. Elét. Ltda
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
Tranformadores União
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
Ultrapower Mat
(11) 4028-4376 www.ultrapowermat.com.br
Salto
SP
Urkraft
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
São Paulo
SP
Vicentinos
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
Wago Brasil
(11) 2923-7222 www.wago.com.br
Jundiaí
SP
Weg
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
Weidmüller do Brasil
(11) 4366-9600 www.weidmuller.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
x
x
X
X
X
SP X
X
x
x
x
X
X
X
X X
X
X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Por Normando V. B. Alves*
A nova ABNT NBR 5419 Preciso adequar a minha instalação? Haverá choro e ranger de dentes Quando um profissional ou uma empresa
e adequações de instalações, o objetivo é
especializada é contratada para fazer uma
agir de forma preventiva, ou seja, adotar uma
vistoria de uma instalação de Proteção contra
série de medidas com antecedência para
Descargas Atmosféricas (PDA), é de se esperar
minimizar o risco do dano ou perda. Esse
que esse profissional faça uma avaliação à
é o propósito da atualização periódica das
luz das novas regras vigentes na data dessa
normas e também a missão do vistoriador e
vistoria. Caso contrário, seria o mesmo que
do projetista, que devem oferecer a melhor
você ir ao médico e sugerir que ele te indique
opção existente nas normas vigentes.
um remédio que não é mais fabricado.
o cliente vai ou não tomar essas medidas é
Alguns profissionais alegam que deveriam
uma responsabilidade dele, que terá o bônus
ser mantidas as instalações executadas na
e o ônus dessa decisão, a menos que tenha
norma anterior e somente exigir o seguimento
algum órgão exigindo essa adequação, então,
da nova norma em novos projetos. O que
o cliente tem o direito de solicitar os direitos
tenho visto na prática é que a maioria das
que ele entenda que tem e recorrer de forma
instalações
legal.
que
inspecionamos
sequer
Se
atendem à norma anterior. E qual anterior?
Um exemplo clássico é mostrado
A de 1993, 2001 ou 2005? Na verdade,
na Figura 1, retirada da Internet, e que
não existem grandes diferenças entre essas
infelizmente corresponde à maioria das
normas; as maiores mudanças ocorreram em
situações vistoriadas no nosso dia a dia. Não
1993 e 2015.
atende a nenhuma das versões anteriores
Se a norma nova somente atingir as novas
da norma. Basta comparar com a Figura 2,
construções não faz muito sentido atualizar
cuja instalação atende à norma de 2001 e,
as normas, pois a esmagadora maioria das
provavelmente, também a de 2005. Qual
edificações é justamente a existente e são
seria a conclusão do laudo: “Apesar de não
nelas que residem os maiores riscos de
atender à norma atual, o sistema poderá
acidentes e de perda de equipamentos,
ser mantido, pois foi feito sob ditames
informações e perdas patrimoniais.
das normas anteriores”? Qual norma?
Um amigo perito, ao fazer um treinamento,
Não atende a nenhum dos subsistemas
comentou que já teve de recorrer a uma norma
de um SPDA atual ou anterior. Alguém
anterior de instalações elétricas para fazer uma
arriscaria a sugestão de manter algo que
perícia e analisar se o engenheiro que projetou
tenha o mínimo respaldo normativo? Isso
na época seguiu as normas e determinar
sem falar nas Medidas de Proteção (MPs)
se este poderia ser responsabilizado pelo
contra surtos e para diminuição dos riscos
seguimento das normas técnicas naquela
às pessoas, por exemplo, tensões de passo
época. Eu argumentei que essa é uma
e toque.
conduta para realizar uma perícia e imputar
responsabilidades. No nosso caso de vistorias
de uma inspeção:
Gostaria de lembrar quais são os objetivos
73
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Figura 1 – Instalação não atende a nenhuma versão da ABNT NBR 5419.
a choradeira) se é obrigatório atualizar a
NR 10, do Ministério do Trabalho, que são leis
instalação existente que estava de acordo
federais, exigem a sua aplicação.
com a norma anterior.
Para facilitar a conversa vamos imaginar
a ABNT que irão te obrigar a adequar o seu
uma instalação hipotética, em que a norma
sistema à norma atual; mas sempre será um
anterior de 2005 estava sendo atendida. As
órgão do poder público, certificadoras ISO ou
mudanças no SPDA serão tão poucas que
seguradoras. É neste momento que poderá
certamente essa adaptação à norma vigente
ser invocada a lei do direito adquirido com as
se justifique financeiramente ou seria, inclusive,
devidas alegações, legais ou não, para defesa,
desnecessária. Poderá também acontecer
mas esse trabalho deverá ser feito por um
que, ao fazer o cálculo para gerenciamento
advogado, não por um engenheiro, ou seja,
de risco, a edificação de nível ll de proteção
esse assunto foge de nossa alçada.
passe a ter PDA nível lV e, provavelmente, o
SPDA não precise ser modificado. Poderia
encontrei algumas não conformidades com
também acontecer de nem precisar de SPDA
relação à norma vigente. O cliente, então,
ou, mais raramente, de MPS.
disse que seu prédio atendia à norma anterior
Mesmo assim, não será essa empresa ou
Recentemente, ao realizar uma inspeção,
O que certamente será necessário fazer
(neste caso atendia mesmo) e que ele queria
é atualização da documentação, talvez fazer
que eu emitisse um relatório que falasse que a
algum ensaio de continuidade, dimensionar
edificação atende à norma vigente para ter a
(ou redimensionar) as MPS, caso existam. O
liberação dos Bombeiros.
problema, como disse anteriormente, é que a
maioria das edificações com proteção contra
documento falando que a instalação atende à
raios não oferecia proteção há muito tempo,
norma, sendo que isso não é verdade? E, se
nem na norma anterior, nem na anterior a
acontecer um sinistro, como vou justificar que
anterior.
a edificação está dentro da norma, sendo que
não está? Isso pode trazer problemas jurídicos
Para as edificações existentes, a sugestão
Aqui começa a encrenca: como emito um
é, em primeiro lugar, fazer a análise de risco
muito embaraçosos no futuro.
contida na parte 2 para verificar o que está
instalado, o que precisa ser instalado ou
tem que ser resolvida por advogados e não
Figura 2 – Instalação de acordo com a ABNT NBR 5419:2001.
documentado e sugerir a implantação dessas
por engenheiros, cada profissional em seu
medidas.
galho. Para nós, que somos engenheiros de
“O objetivo das inspeções é assegurar que:
aplicação, cabe-nos o trabalho hercúleo de
a) o SPDA esteja de acordo com projeto
pergunta:
convencer os clientes a aplicar as normas
baseado nesta norma;
“Meu SPDA foi instalado seguindo a norma
técnicas. É essa a nossa missão e demos
b) todos os componentes do SPDA estão em
da época. Agora sou obrigado a adequar à
fazê-la com todas as forças e deixar essas
Voltando alguns parágrafos atrás, refaço a
Por isso, eu aleguei que essa questão
boas condições e são capazes de cumprir
nova norma?”
questões jurídicas para os especialistas.
suas funções; que não apresentem corrosão,
Essa pergunta tem duas respostas. A
e atendam às suas respectivas normas;
primeira seria uma resposta técnica e a
história toda é que tenho visto muito mais
c) qualquer nova construção ou reforma
segunda seria uma resposta legal.
reclamações de colegas da área de projetos
O que me deixa mais frustrado nessa
que altere as condições iniciais previstas em
A primeira é fácil de resolver, pois como
do que de clientes. A impressão que tenho é
projeto além de novas tubulações metálicas,
mostrei no item anterior da norma, é obrigação
que esses colegas não têm paciência para ler,
linhas de energia e sinal que adentrem a
do profissional responsável pela vistoria fazer
se atualizar e aplicar a nova versão da norma
estrutura e que estejam incorporados ao
a inspeção à luz da norma vigente, que não
e preferem apenas criticar, pois é muito mais
SPDA externo e interno se enquadrem nesta
coincide com o objetivo do perito. Uma
fácil criticar do que fazer.
norma”. (ABNT NBR 5419:2015)
vistoria é diferente de uma perícia. O relatório resultado dessa inspeção
*Normando V. B. Alves é diretor de engenharia da
mesmo
é feito à luz de uma norma técnica e não é
Termotécnica Para-raios e membro da comissão
instaladores, têm questionado (sempre que
uma lei, mas passa a ter força de lei quando
da ABNT que revisa a norma ABNT NBR 5419 |
sai uma nova versão da norma começa
o código de defesa do consumidor ou uma
normandoalves@gmail.com
Alguns
clientes,
projetistas,
74
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Utilização da lâmpada-piloto – Atualização das informações Parte 2
Em continuidade ao artigo anterior, são
altura inferior a 45 metros deve ser
superior dos edifícios próximos, conforme o
publicados a seguir fragmentos da Portaria
realizada, conforme ilustrado na Figura 5-3,
caso, com uma separação que não exceda
nº 957/GC3, do Ministério da Defesa, de 9
obedecendo aos seguintes critérios:
105 metros;
de julho de 2015, com o intuito de atualizar
I - quando se tratar de objetos estreitos,
II - quando forem utilizadas luzes de
as informações sobre a instalação de
devem
baixa
média intensidade tipos B ou C e a parte
sinalização aérea (lâmpada-piloto, luz-piloto,
intensidade tipo A ou B ou luzes de média
superior do objeto estiver a 45 metros ou
etc.). Para aqueles que necessitarem instalar
ou alta intensidade, quando a instalação de
mais sobre o nível do terreno adjacente
essa sinalização, no entanto, recomenda-se a
luzes de baixa intensidade não for adequada
a ele ou sobre a elevação em que se
leitura completa da mencionada portaria.
ou for requerido maior destaque ao objeto;
encontram as extremidades superiores dos
II - quando se tratar de objetos extensos
edifícios próximos (quando o objeto estiver
ou de um grupo de edifícios, devem ser
rodeado de edifícios), devem ser instaladas
utilizadas luzes de média intensidade tipo A,
luzes adicionais em níveis intermediários,
B ou C.
conforme
Emprego de luzes de alta intensidade a) o emprego das luzes de alta intensidade
ser
utilizadas
luzes
de
ilustrado
na
Figura
5-8,
alternadamente de baixa intensidade tipo B e
está previsto tanto para o uso diurno quanto noturno;
Art. 73. A iluminação de um objeto com
de média intensidade tipo B, espaçadas tão
b) quando a utilização noturna de luzes de alta
altura igual ou superior a 45 metros e inferior
uniformemente quanto seja possível entre
intensidade tipo A possa ofuscar os pilotos
a 150 metros deve ser realizada por meio de
as luzes superiores e o nível do terreno, ou
dentro de um raio de aproximadamente
luzes de média intensidade tipo A, B ou C,
entre as luzes superiores e o nível da parte
10.000 metros do aeródromo, deve ser
conforme ilustrado nas Figuras 5-4 e 5-5,
superior dos edifícios próximos, conforme o
utilizado um sistema duplo de iluminação
obedecendo aos seguintes critérios:
caso, com uma separação que não exceda
composto por essas luzes para uso diurno e
I - quando forem utilizadas luzes de média
52 metros.
crepúsculo e por luzes de média intensidade
intensidade tipo A e a parte superior do objeto
Art. 74. A iluminação de um objeto com
tipo B ou C para uso noturno;
estiver a mais de 105 metros sobre o nível do
altura igual ou superior a 150 metros deve
c) os flashes das luzes de alta intensidade
terreno adjacente a ele ou sobre a elevação
ser realizada por meio de luzes de alta
tipo A instaladas em um objeto devem ser
em que se encontram as extremidades
intensidade tipo A, conforme ilustrado nas
simultâneos; e
superiores dos edifícios próximos (quando
Figuras 5-6 e 5-7, ou, se não for possível a
d) os ângulos de regulagem de instalação
o objeto estiver rodeado de edifícios),
utilização dessas luzes, por meio de luzes
das luzes de alta intensidade tipos A e B
devem
adicionais
de média intensidade associadas com a
devem ser ajustados como indicado na
em níveis intermediários, espaçadas tão
sinalização com cores (pintura), obedecendo
Tabela 5-6
uniformemente quanto seja possível entre
aos seguintes critérios:
.
as luzes superiores e o nível do terreno, ou
I - as luzes de alta intensidade tipo A devem
Art. 72. A iluminação de um objeto com
entre as luzes superiores e o nível da parte
ser espaçadas a intervalos uniformes que
ser
instaladas
luzes
75
O Setor Elétrico / Maio de 2017
não excedam 105 metros entre as luzes
intensidade na parte superior dessa haste
superiores e o nível do terreno, ou entre as
ou suporte, as luzes devem ser instaladas
luzes superiores e o nível da parte superior
no ponto mais alto possível e, se for viável,
dos edifícios próximos, conforme o caso;
devem ser instaladas luzes de média
II - quando forem utilizadas luzes de média
intensidade tipo A, na parte superior dessa
intensidade tipo A, devem ser instaladas
haste ou suporte;
luzes adicionais em níveis intermediários
III - quando se tratar de objetos de grande
espaçadas tão uniformemente quanto seja
extensão
possível entre as luzes superiores e o nível
ultrapassem os limites verticais de uma
do terreno, ou entre as luzes superiores e o
superfície limitadora de obstáculos, as luzes
nível da parte superior dos edifícios próximos,
superiores devem ser dispostas de modo
conforme o caso, com uma separação que
que (i) indiquem os pontos ou extremidades
não exceda 105 metros;
mais altas do objeto mais elevado em relação
III - quando forem utilizadas luzes de média
à superfície limitadora de obstáculos; e (ii)
intensidade tipo B, devem ser instaladas
definam a forma e a extensão geral do objeto
luzes adicionais em níveis intermediários,
ou agrupamento:
alternadamente de baixa intensidade tipo B e
a) caso o objeto apresente duas ou mais
de média intensidade tipo B, espaçadas tão
extremidades à mesma altura, deve ser
uniformemente quanto seja possível entre
iluminada a que se encontra mais próxima da
as luzes superiores e o nível do terreno, ou
área de pouso; e
entre as luzes superiores e o nível da parte
b) caso o ponto mais alto do objeto que
superior dos edifícios próximos, conforme o
sobressaia uma OLS inclinada não seja o seu
caso, com uma separação que não exceda
ponto mais elevado, devem ser instaladas
52 metros;
luzes adicionais no ponto mais elevado do
IV - quando forem utilizadas luzes de média
obstáculo.
ou
agrupados
entre
si
que
intensidade tipo C, devem ser instaladas luzes adicionais em níveis intermediários espaçadas tão uniformemente quanto seja
Seção II - Critérios de sinalização e iluminação de turbinas eólicas
possível entre as luzes superiores e o nível do terreno, ou entre as luzes superiores e o
Art. 76. A sinalização de uma turbina eólica
nível da parte superior dos edifícios próximos,
deve ser realizada por meio da pintura, na cor
conforme o caso, com uma separação que
branca, das pás do rotor, nacele e dois terços
não exceda 52 metros.
superiores do mastro e por meio da pintura, na cor laranja (ou vermelha), do primeiro
Art. 75. Independentemente da sua altura,
terço do mastro, conforme ilustrado na Figura
a iluminação dos objetos abaixo deve
5-9, padrão A.
ser realizada obedecendo aos seguintes critérios:
Parágrafo único. Quando o padrão ou as
I - quando se tratar de chaminés ou outras
cores citadas no caput deste artigo não forem
estruturas
funções
suficientes para contrastar a turbina eólica
similares, as luzes da parte superior devem
com o seu meio circunvizinho, deverá ser
ser colocadas com suficiente distância da
utilizado o padrão B da Figura 5-9 e poderão
cúspide (topo), com vistas a minimizar a
ser utilizadas outras cores que contrastem
contaminação devido à fumaça ou a outras
com o meio.
que
desempenhem
emanações, conforme ilustrado na Figura 5-2;
Art. 77. A iluminação de uma turbina eólica
II - quando se tratar de torres ou antenas
deve ser realizada, de maneira que as
iluminadas durante o dia por luzes de
aeronaves que se aproximem de qualquer
alta intensidade instaladas em uma haste
direção tenham a percepção da sua altura,
ou suporte superior a 12 metros e não
por meio da instalação de luzes na nacele,
seja factível a instalação de luzes de alta
obedecendo aos seguintes critérios:
76
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Maio de 2017
I - O regime de intermitência das luzes,
de maneira que as luzes emitam flashes
não forem auto apoiadas, ou seja, forem
quando for o caso, deve ser 40 fpm;
simultaneamente em todo o parque eólico.
suportadas por meio de rédeas metálicas ou tensores, estes devem ser sinalizados
II - O tipo e a localização das luzes são definidos em função da altura da turbina
Parágrafo único. As turbinas eólicas que se
por meio de balizas, conforme ilustrado na
eólica e de seu posicionamento em relação
enquadrarem nos casos previstos nos Incisos
Figura 5-12.
às superfícies limitadoras de obstáculos;
I e II, devem ser iluminadas obedecendo ao
III - Os sistemas dualizados deverão dispor
disposto no artigo 78.
Art. 81. A iluminação de linhas elétricas, cabos suspensos ou objetos de configuração
de um sistema que permita a troca do tipo de luz em função da iluminação do meio
Seção III - Critérios de sinalização e iluminação
semelhante deve ser realizada quando não
circunvizinho.
de linhas elétricas, cabos suspensos ou
for possível a instalação de balizas, por meio
objetos de configuração semelhante
da instalação, nas torres de sustentação, de luzes de alta intensidade tipo B em três
Art. 78. A iluminação de uma única turbina eólica deve ser realizada por meio da
Art. 80. A sinalização de linhas elétricas,
instalação de luzes na nacele, conforme
cabos suspensos ou objetos de configuração
Tabela 5-2, em função da sua altura total,
semelhante deve ser realizada por meio de
I - Posicionamento:
obedecendo aos seguintes critérios:
balizas, conforme ilustrado na Figura 5-10,
a) o nível 1 deve estar localizado na parte
obedecendo aos seguintes critérios:
superior das torres;
I - Quando se tratar de turbinas eólicas com
I - devem ser esféricas, de diâmetro não
b) o nível 2 deve estar localizado em um nível
altura total inferior a 150 metros, luzes de
inferior a 60 centímetros;
equidistante dos níveis 1 e 3; e
média intensidade na nacele;
II - o espaçamento entre duas balizas
c) o nível 3 deve estar localizado na altura
II - Quando se tratar de turbinas eólicas com
consecutivas ou entre uma baliza e uma torre
do ponto mais baixo da catenária da linha
altura total maior ou igual a 150 metros e
de sustentação deve acomodar o diâmetro da
elétrica ou cabo suspenso.
menor ou igual a 315 metros:
baliza e em nenhum caso poderá ultrapassar
a) luzes de média intensidade da nacele;
o indicado na Tabela 5-7;
II - Emprego de luzes:
b) um nível intermediário localizado na
III - não devem ser posicionadas em um
a) o emprego das luzes de alta intensidade
metade da altura da nacele com pelo menos
nível inferior ao cabo mais elevado no ponto
está previsto tanto para o uso diurno quanto
três luzes de baixa intensidade tipo A, B ou
sinalizado;
noturno;
E, configuradas para que emitam flashes a
IV - devem ter sua forma característica, a fim
b) quando a utilização noturna de luzes de alta
intervalos iguais aos da luz da nacele; e
de que não se confundam com as utilizadas
intensidade tipo B possa ofuscar os pilotos
c) Quando se tratar de turbinas eólicas com
para indicar outro tipo de informação; e
dentro de um raio de aproximadamente
altura total maior que 315 metros, é possível
V - devem ser de uma única cor (laranja ou
10.000 metros do aeródromo, deve ser
que sejam requeridas sinalização e luzes
vermelha) ou de cores combinadas, uma
utilizado um sistema duplo de iluminação
adicionais, a critério do Órgão Regional do
laranja (ou vermelha) e a outra branca,
composto por essas luzes para uso diurno e
DECEA.
conforme ilustrado na Figura 5-11. Neste
crepúsculo e por luzes de média intensidade
último caso, as balizas devem ser dispostas
tipo B para uso noturno;
alternadamente.
c) quando forem utilizadas luzes de média
Parágrafo único. Altura total citada no caput
níveis, obedecendo aos seguintes critérios:
intensidade, estas devem ser instaladas no
deste artigo é calculada pela soma da altura § 1º As torres de sustentação devem
mesmo nível que as luzes de alta intensidade;
obedecer
de
d) os flashes das luzes de alta intensidade
Art. 79. A iluminação de parques eólicos deve
sinalização e iluminação previstos na Seção
tipo B devem ser simultâneos, obedecendo
ser realizada obedecendo aos seguintes
I deste Capítulo, podendo ser omitida essa
ao intervalo previsto na Tabela 5-8 e à
critérios:
sinalização quando forem iluminadas durante
sequência: em primeiro lugar a luz do nível
I - as luzes devem definir o perímetro do
o dia por luzes de alta intensidade.
2, depois a luz do nível 1 e por último a luz
parque eólico;
§ 2º Quando as cores das balizas puderem
do nível 3; e
II - dentro do parque eólico toda turbina de
ser confundidas com o meio circunvizinho
e) os ângulos de regulagem de instalação
elevação significativa deve ser iluminada,
do objeto, deverão ser utilizadas outras cores
das luzes de alta intensidade tipo B devem
independentemente de sua localização.
que contrastem com o meio.
ser ajustados como indicado na Tabela 5-6...”
III - o espaçamento máximo entre as luzes ao
§ 3º Quando não for possível a instalação de
longo do perímetro deve ser de 900 metros;
balizas, devem ser instaladas luzes de alta
Todas as figuras e tabelas referenciadas
IV - quando forem utilizadas luzes com
intensidade tipo B nas torres de sustentação.
dizem respeito às imagens da própria
flashes, a instalação deverá ser realizada
§ 4º Quando as torres de sustentação
Portaria.
da nacele mais a altura vertical da pá.
aos
mesmos
critérios
NR 10
78
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
NR 10 e a terceirização No a
início
terceirização
deste
século,
já
quando
assombrava
As novas tecnologias implementadas
terceirização.
os
em sistemas e equipamentos, tanto no
O primeiro aspecto que deveremos
trabalhadores, com a privatização do setor
setor elétrico, como em outras atividades
observar é que a NR 10, embora use
elétrico e das telecomunicações, é que
envolvendo os serviços elétricos dos
algumas vezes os termos “empregado e
surgiu a necessidade de se fazer uma
consumidores, associadas a alterações
empregador”, dá ênfase muito maior na
atualização na Norma Regulamentadora
no sistema de organização do trabalho
relação contratual, de forma que, ao tratar
nº 10 (NR 10), que tinha sido elaborada
levaram a significativas penalizações aos
das responsabilidades, os termos utilizados
em 1977. Diga-se de passagem, tratava-se
trabalhadores, facilmente verificados com o
são “contratados e contratantes”, o que se
de um excelente texto, bastante técnico e
aumento do desemprego e a precarização
sobrepõe ao vínculo de emprego.
cuidadoso, tanto que, em mais de 25 anos
das condições de segurança e saúde no
de vigência, sofreu apenas uma alteração,
trabalho, com consequente elevação no
As responsabilidades quanto
em 1983, especialmente no que diz
número de acidentes envolvendo esse
ao cumprimento desta NR são
respeito ao artigo 180 da CLT.
agente.
Ocorre
Pois bem, se era tão boa, por que
mudou?
e
A necessidade de atualização da
terceirização
Norma
Regulamentadora
nº
10
teve
a
solidárias aos contratantes e que
entre
precarização, que
a
ficou ainda
globalização embutida assombra
contratados envolvidos (10.13.1).
a os
Sempre
que
uma
individuais
ou
mais
trabalhadores.
empresas,
transformação
É inegável que houve precarização,
com personalidades jurídicas próprias,
organizacional do trabalho ocorrida no
tanto que se refletiu no número de
estiverem sob o comando ou controle
setor elétrico a partir da década de 1990.
acidentes e mortes no trabalho, em
ou
Em especial, no ano de 1998, quando se
especial no setor elétrico.
administração
iniciou o processo de privatização do setor
empresa, serão, para efeito de aplicação
elétrico, que atingiu na época 80% das
clima é que a NR 10 foi alterada e o seu
das
atividades da área de distribuição e cerca
texto reflete nitidamente a preocupação
solidariamente responsáveis a empresa
de 20% das atividades na área de geração,
com o resultado de uma terceirização
principal, ou contratante, e as demais
trazendo
baseada exclusivamente na redução de
empresas subordinadas, contratadas. São
outros setores e atividades econômicas.
custos.
equiparados à empresa os profissionais
Esse processo trouxe a globalização,
liberais, os trabalhadores autônomos e
com a consequente introdução de novas
os principais aspectos e ferramentas
avulsos.
tecnologias, materiais e, principalmente,
inseridas na revisão da NR 10 para
mudanças significativas no processo e
imunização contra os efeitos perversos da
que haveremos de abordar proximamente,
organização do trabalho.
precarização, muitas vezes fantasiada de
começando pela contratação.
fundamento
na
grande
consigo,
subsidiariamente,
Ocorre que foi nesse panorama, nesse
Vamos procurar abordar, nesta coluna,
ainda
ou
prestarem ou
Normas
coletivas
serviços
contrato
a
e
sob outra
Regulamentadoras,
Aí está a base para os demais aspectos
Proteção, automação e controle
O Setor Elétrico / Maio de 2017
79
Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino é engenheiro eletricista e especialista em manutenção de sistemas elétricos pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI), atual Unifei. É gerente de aplicações da Omicron electronics. marcelo.paulino@omicronenergy.com
Aplicação das novas tecnologias – Os caminhos para associar confiabilidade, desempenho e custos valiosa ajuda para enfrentar antigos e novos
proteção e automação de sistemas elétricos,
desafios, tais como:
começamos essa discussão, não é raro que
surgiu uma discussão sobre a implantação
•
das
novas
Participando de uma conferência sobre
novas
tecnologias
para
geração,
Aumento dos custos de instalação de subestações,
incluindo
terrenos,
Entretanto, no primeiro momento em que
profissionais sempre levantem a bandeira da redução de custos como o melhor caminho
transmissão e distribuição de energia elétrica,
equipamentos,
e
de convencimento de gestores que, na
e lembramos que há muito nossas mães e
comissionamento, devido ao intenso trabalho
maioria das vezes, não possuem a informação
avós já utilizavam tais tecnologias. Quando
de conexão entre os equipamentos do
técnica adequada para compor uma decisão.
elas colocavam as roupas lavadas no varal,
pátio (TCs, TPs, disjuntores, etc.) e os IEDs
para secar, utilizavam todo o poder da energia
multifuncionais;
e os riscos da mudança, devemos descrever
eólica e da energia solar para desempenhar
•
Limitação de entradas e saídas de
uma visão completa dos novos requisitos para
um papel fundamental em nossa vida
IED multifuncionais que podem exigir o
as redes inteligentes, incluindo não apenas
cotidiana. De uma forma simplista, o que
uso de equipamentos auxiliares adicionais,
as justificativas, mas também as estratégias
mudou foi a necessidade de previsibilidade
resultando em aumento de custos, redução
de migração. Lembrando que seguiremos a
e controle desse processo. Atualmente,
da confiabilidade e desempenho do esquema
utilizar as soluções tradicionais e conviveremos
mesmo em um dia chuvoso, podemos obter o
de proteção;
durante muito tempo com instalações híbridas e
mesmo resultado com nossos equipamentos
•
dispositivos de todas as idades e procedências.
multifuncionais que já lavam e secam.
esquemas de proteção cada vez mais difíceis
de serem realizados, podendo resultar na
etapas dessa transição para aplicação das novas
Já comentamos aqui que os relés
diminuição da confiabilidade do sistema de
tecnologias, seus benefícios e riscos sejam
eletromecânicos
não
energia elétrica, além do intensivo trabalho
apresentados sem o uso de terminologia muito
porque deixaram de atuar conforme o
e retrabalho para o mapeamento entre IEDs
técnica, principalmente quando abordamos os
esperado, mas porque sua atuação se tornara
multifuncionais e os sistemas de supervisão
projetos baseados na norma IEC 61850. Com
insuficiente para atender às necessidades de
da subestação;
base na análise de inúmeros casos de sucesso
uma rede inteligente.
•
Supervisão inadequada das interfaces
já implementados e dos itens acima expostos,
Então o que mudou? foram
substituídos
transporte,
construção
Interrupções para testes de IEDs e
Neste caso, além de considerar os custos
Assim, é importante que os objetivos e as
sem fio entre saídas de relés de proteção,
podemos claramente afirmar que a norma IEC
faz com que todos os agentes, do produtor
entradas
de
61850 oferece economia significativa em tempo
ao consumidor de energia elétrica, criem
supervisão, podendo ocasionar uma falha de
e dinheiro, especialmente, quando totalmente
um ambiente para uma rede mais confiável,
funcionamento quando necessário;
implementada
eficiente e segura. Para isso, é necessária
•
Intensivas atividades de manutenção,
com transformadores de instrumentos não
a constatação de que as tecnologias
faltas de equipes e mão de obra adequadas e
convencionais. Nesse processo constata-se
tradicionais
Assim, a adoção dessa rede inteligente
digitais
e
dispositivos
em
subestações
digitais
deslocamento dessas equipes;
que os riscos são mínimos. Entretanto,
proteção, automação e controle não atendem
•
Diminuição dos tempos destinados às
deve-se deixar claro que o treinamento
mais aos requisitos das novas exigências e a
atividades de manutenção e desligamento,
adequado das equipes técnicas envolvidas e
aplicação das novas tecnologias se tornam
podendo acarretar em condições perigosas,
o uso de ferramentas adequadas para teste e
essenciais.
aumentando
a
validação de dispositivos e sistemas devem ser
A norma IEC 61850 cumpre um papel central
segurança e as possibilidades de erros
implementados garantindo todo processo com
neste caminho e sua abordagem oferece
humanos.
qualidade e de acordo com o esperado.
usadas
para
soluções
de
as
preocupações
com
80
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Maio de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp. jstarosta@acaoenge.com.br
As supra-harmônicas
De acordo com algumas fontes consultadas, as supra-harmônicas
• CISPR-16-equipment and methods for measuring disturbances and
podem ser definidas como ruídos ou distúrbios com frequências entre 2
immunity to them at frequencies above 9 kHz;
KHz e 150 kHz que estão presentes nas redes elétricas de frequência
• IEC 61000-4-19 – testing revenue meters for immunity;
industrial devido aos aspectos do comportamento de cargas não lineares
• IEC 61000-4-30 Ed3 –in-situ measurements of 2 kHz – 150 kHz
- sistemas de iluminação fluorescentes e Leds, sistemas de controle de
emissions.
iluminação, drivers com controles em alta frequência, cargas de fontes chaveadas, UPS, carregadores de baterias de automóveis elétricos,
cargas eletromédicas, assim como fontes renováveis como eólica, células
topologias de redes e circuitos, cuidados com a emissão de equipamentos
combustíveis e solares fotovoltaicas conectadas às redes de frequência
e fontes, uso de filtros e outras em desenvolvimento.
industrial.
possa ser detectado.
Segundo a referência [1], a denominação “supraharmonic” ou “supra-
Soluções aplicáveis: as soluções aplicáveis estão associadas a
A monitoração parece ser a primeira atividade, caso algum fenômeno
harmônicas” (com adaptação do hífen antes da letra h justificada pelas
regras da nova ortografia da língua portuguesa) teria sido proposta por A.
eletromédicos, em que se verifica a presença de ruídos a partir de 60 kHz,
McAechern no IEEE-PES GM 2013, em Vancouver, e estaria associada à
com valores de 10,8 dbV, da ordem de 3,5 V nesta frequência de 60 kHz,
presença de sinais de tensão no intervalo de frequências acima definido.
podendo ser a causa de ruídos no equipamento a este ponto conectado.
A Figura 1 apresenta a medição em ponto de alimentação utilizada por
Algumas considerações são importantes, já que as normas existentes
trazem poucas referências sobre estes fenômenos e mesmo os instrumentos aplicados em medição de qualidade de energia não atingem a faixa de frequência proposta (os atuais de até 1024 amostras por ciclo podem registrar até a 512ª ordem harmônica), sendo necessária a visualização de pequenas quantidades de tensões harmônicas até a 2500ª ordem (!!) ou da ordem de quatro vezes mais resolução e naturalmente possuem outra concepção se assemelhando aos osciloscópios. De uma forma geral, os instrumentos de medição e identificação destas supraharmônicas passam a monitorar a sua presença em tempo real, cabendo análise posterior do modelo de cargas e fontes quando se observa a presença destas altas frequências.
As consequências nas redes elétricas relatadas são semelhantes
àquelas relativas às harmônicas em frequências mais baixas, com danos em bancos de capacitores e interferências de operação em redes elétricas de baixa e media tensão e má operação de equipamentos e cargas sensíveis. Apesar de projetadas para operar em 50 Hz ou 60 Hz, as redes elétricas industriais e componentes em função de suas impedâncias características acabam por converter sinais de correntes em tensões nestas altas frequências, caracterizando-se, então, estas “supra-harmônicas”.
Algumas das normas relativas à imunidade e medições na faixa de 2
kHz a 150 kHz são:
Figura 1 – Medição de supra-harmônicas em circuito fase-neutro 127 V. Fonte: Ação Engenharia e Instalações.
Referências 1. Agudelo-Martínez, Daniel e outros: Supraharmonic Bands detection for low voltage devices – 17th International conference on Harmonics and Quality of Power; 2. Conducted emissions in the 2kHz -150kHz band Supra-harmonics –Pqube- 3 Application Note v3.0; 3. Busatto Tatiano e outros: Interaction between Grid-Connected PV systems and LED Lamps: Directions for Further Research on Harmonics and Supraharmonics 17th International conference on Harmonics and Quality of Power; 4. Ação Engenharia e Instalações – relatórios técnicos.
82
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Novos requisitos de grau de proteção de invólucros de equipamentos elétricos - IP 69 Requisitos gerais do Grau de Proteção IP
24/04/2017 a nova edição da norma técnica
O invólucro dos equipamentos elétricos
constituída por dois dígitos, sendo que o
brasileira ABNT NBR IEC 60529 - Graus de
e mecânicos “Ex” é formado pelas paredes
primeiro se refere às medidas que foram
proteção providos por invólucros (Códigos
externas que envolvem estes equipamentos,
tomadas para impedir a entrada de objetos
IP). Esta Norma foi elaborada e atualizada
incluindo portas, tampas e entradas de cabos,
sólidos ou de poeira e o segundo dígito
pela Comissão de Estudo CE 003.031.005
eixos, hastes e apoios. O grau de proteção
para as que foram tomadas para impedir o
do Subcomitê SC-31 do Cobei e contou com
proporcionado pelos invólucros é definido
ingresso de líquidos no seu interior.
a participação de profissionais representantes
pelas normas ABNT NBR IEC 60529 (Graus
das seguintes empresas ou entidades:
de proteção providos por invólucros) e
do Código IP (proteção contra o ingresso de
Associação IEx Certificações, Eaton/Blinda,
ABNT NBR IEC 60034-5 (Grau de proteção
sólidos ou poeira), de acordo com a norma
HLR Serviços, Petrobras, SEW Eurodrive,
de máquinas elétricas girantes), que são
ABNT NBR IEC 60529.
Techmultlab e WEG Cestari.
idênticas em termos de conteúdo, formato
A Tabela 2 apresenta o segundo dígito do
Foi
publicada
pela
ABNT
no
dia
A informação do Grau de Proteção é
A Tabela 1 apresenta o primeiro dígito
Esta norma define um sistema para a
e apresentação em relação às respectivas
Código IP (proteção contra o ingresso de
classificação dos graus de proteção providos
normas internacionais, sem desvios nacionais.
líquidos), de acordo com a norma ABNT NBR
para os invólucros dos equipamentos elétricos.
IEC 60529.
A adoção deste sistema de classificação de
elétricos envolve as medidas construtivas
grau de proteção de invólucro, onde possível,
aplicadas aos invólucros de equipamentos
grau de proteção contra ingresso de poeiras
promove a uniformidade internacional nos
de forma a assegurar a proteção contra o
ou água para o interior do invólucro faz parte
métodos de descrição da proteção provida ao
ingresso de poeira e de água ao seu interior.
das medidas de proteção, especificam um
invólucro e nos ensaios destinados a verificar
O Grau de Proteção (Código IP) de um
grau de proteção mínimo para o projeto,
os diversos níveis de graus de proteção. Este
equipamento é uma informação indicada
fabricação, ensaios, avaliação e certificação
tipo de convergência normativa internacional
pelo seu fabricante, com base em relatórios
destes equipamentos. Podem ser citados
colabora, dentre outros benefícios, para
de ensaios executados em laboratórios.
como exemplo de tipo de equipamentos
a redução da quantidade de tipos de
No caso de certificação de equipamentos
“Ex” que requerem um grau de proteção
dispositivos de ensaios requeridos para
elétricos
em
mínimo a segurança aumentada - Ex “e” (IP
ensaiar uma ampla variedade de produtos
áreas classificadas contendo atmosferas
54), tipo de proteção por invólucro para
elétricos.
explosivas, determinados tipos de proteção
poeiras combustíveis - Ex “t” (IP 5X/6X) e a
Esta nova edição introduz o segundo
“Ex”, tais como Ex “e”, Ex “p” e Ex “t”, esta
proteção por invólucros pressurizados - Ex
numeral IPX9 para ensaios dos invólucros
característica de grau de proteção é também
“p” (IP 4X). Isto reduz o risco de danos aos
dos equipamentos elétricos contra o ingresso
avaliada em ensaios laboratoriais e atestado
componentes elétricos internos, desta forma,
de água quente com jato de alta pressão e
por um Organismo de Certificação no sentido
reduzindo também o risco de ocorrência
a pequena distância do invólucro. A inclusão
de que o equipamento “Ex” sob avaliação
de arcos e centelhas devido a correntes de
deste novo tipo de grau de proteção não
atende aos requisitos normativos de proteção
fuga a terra ou a falhas de isolamento dos
afeta a metodologia de ensaio dos graus de
contra o ingresso de poeira e de água para o
materiais isolantes, as quais podem evoluir
proteção até então existentes.
interior de seu invólucro.
para correntes de curto-circuito.
O Grau de Proteção dos equipamentos
destinados
à
instalação
Alguns tipos de proteção “Ex”, em que o
83
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Tabela 1
Primeiro dígito
Graus de proteção (Códigos IP) Corpos que não devem ingressar no interior do invólucro
Descrição
0
Não protegido
Não protegido
1
Protegido contra objetos sólidos
Uma parte do corpo humano, como o dorso da mão
2
Protegido contra objetos sólidos
de dimensão maior que 50 mm Dedos ou objetos similares que o comprimento seja
de dimensão maior que 12,5 mm
maior que 80 mm e a menor dimensão > 12 mm
3
Protegido contra objetos sólidos
Ferramentas, fios, etc. de diâmetro e ou espessura maiores
de dimensão maior que 2,5 mm
que 2,5 mm cuja menor dimensão > 2,5 mm
4
Protegido contra objetos sólidos
Fios, fitas de largura maior que 1,0 mm, objetos cuja
de dimensão maior que 1,0 mm
menor dimensão seja maior que 1,0 mm
Protegido contra o ingresso de poeira
O ingresso de poeira não é totalmente evitado, mas a poeira
5
não deve ingressar em quantidade que possa interferir na operação do equipamento ou prejudicar sua segurança 6
Tabela 2
Segundo dígito
Nenhum ingresso de poeira
Totalmente protegido contra o ingresso de poeira
Graus de proteção (Códigos IP)
Descrição
Proteção proporcionada pelo invólucro
0
Não protegido
Não protegido
1
Protegido contra queda vertical de gotas
Gotas de água caindo verticalmente não devem
de água
provocar efeitos prejudiciais
2
Protegido contra quedas de água com
Gotas caindo verticalmente não devem provocar efeitos prejudiciais quando o
inclinações de até 15º com a vertical
invólucro é inclinado num ângulo de até 15° de cada lado da vertical
3
Protegido contra água aspergida
Água aspergida num ângulo de até 60° de cada lado da vertical
4
Protegido contra projeções de água
Água esguichada contra o invólucro em qualquer direção
contra o invólucro não deve provocar efeitos prejudiciais não deve provocar efeitos prejudiciais 5
Protegido contra jatos de água
A água projetada em jatos contra o invólucro em qualquer direção não deve provocar efeitos prejudiciais (com vazão de 12,5 L/min)
6
Protegido contra jatos potentes de água
Quando o invólucro estiver continuamente imerso em água sob condições previamente acordadas entre o fabricante e o usuário, não deve ser possível o ingresso de água em quantidade que provoque efeitos prejudiciais, porém as condições devem ser mais severas do que para segundo numeral 7
7
Sob determinadas condições de tempo e
Quando o invólucro estiver imerso temporariamente em
pressão, não há ingresso de água
água sob condições padronizadas de pressão (profundidade do invólucro de 1 m) e tempo (30 min), não deve ser possível o ingresso de água em quantidade que provoque efeitos prejudiciais
8
Adequado à submersão contínua sob
Adequado à submersão contínua sob condições específicas
condições específicas 9
Protegido contra jatos de água de alta
Água projetada a alta pressão e alta temperatura (80 ºC) contra o
pressão e alta temperatura
invólucro em qualquer direção não apresenta efeitos prejudiciais
Requisitos específicos para o Grau de Proteção IP 69
definido em 1993, como uma extensão aos
consolidada 2.2 da IEC 60529.
requisitos da norma Internacional IEC 60529
O Grau de Proteção IP 69 é destinado a
e foi inicialmente desenvolvido para veículos
posteriormente adotou o Grau de Proteção IP
equipamentos onde jatos de água com alta
rodoviários que requeiram uma limpeza
69 de forma a assegurar a durabilidade dos
pressão e alta temperatura são utilizados
intensiva, tais como caminhões de lixo e
equipamentos elétricos e mecânicos que são
para a lavagem e limpeza das instalações e
misturadores de cimento. Em 2013, o grau
sujeitos aos rigorosos procedimentos diários
dos equipamentos. Este grau de proteção foi
de proteção IP X9 foi incorporado à edição
de lavagem. Os equipamentos nas indústrias
A indústria de alimentos e de bebidas
84
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Figura 1 – Posições e distância do bico de jato d´água para o ensaio IP X9 – Norma ABNT NBR IEC 60529.
submetidos
invólucro do equipamento resistir ao ingresso
procedimentos
de água proveniente de jatos dirigidos, a
de limpeza e higiene, de forma a evitar
curta distância, com a alta pressão e alta
contaminações por fungos ou bactérias e
temperatura.
prevenir contra problemas de saúde dos
consumidores dos produtos alimentícios.
X9 requer um jato concentrado de água
Em
alimentícias
necessitam
diariamente
a
ser
rigorosos
O ensaio para o Grau de Proteção IP
áreas
com bico especificado na ABNT NBR IEC
classificadas na indústria de alimentos e
60529, com pressão entre 80 bar a 100 bar,
de bebidas, com a presença de atmosferas
a uma vazão de cerca de 15 L/min a uma
explosivas de gases inflamáveis (tal como
temperatura de 80 °C. O bico a partir do qual
o
muitos
casos,
existem
combustíveis
o jato concentrado de água é lançado fica
(tal como farinha de trigo e de soja e
posicionado a uma curta distância, entre 100
materiais particulados de leite, chocolate
mm e 150 mm do equipamento sob ensaio. O
e café), os quais requerem a instalação de
jato de água a alta pressão e alta temperatura
equipamentos com tipos de proteção “Ex” e
é aspergido em ângulos de 0°, 30°, 60° e 90°
com graus de proteção adequados. Dentre
com o plano horizontal durante um período
outros tipos de instalações industriais onde
de 30 s para cada um dos quatro ângulos
são também requeridos equipamentos com
de aspersão, enquanto o equipamento sob
grau de proteção IP 69 podem ser citadas
ensaio é rotacionado a 5 rpm, posicionado
as indústrias petroquímicas e as indústrias
sobre uma mesa giratória.
farmacêuticas e cosméticas.
A montagem dos equipamentos de
No grau de proteção IP 69 o primeiro
laboratório requeridos para a execução
numeral “6” indica proteção total contra o
de ensaios do Grau de Proteção IP X9, de
ingresso de poeira ao interior do invólucro. O
acordo com a ABNT NBR IEC 60529 é
segundo numeral “9” indica proteção contra
indicada na Figura a seguir.
fortes jatos de água à curta distância e a alta
O ensaio pode ser considerado aprovado se,
temperatura (80 °C). No grau de proteção
após a conclusão do ensaio, não for verificado
IP 69 da IEC 60529, IP 6X refere-se à
o ingresso de água no interior do invólucro do
capacidade de o invólucro do equipamento
equipamento sob ensaio.
resistir ao ingresso de poeira. O grau de
Mais
proteção IP X9 refere-se à capacidade de o
abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=369851
álcool)
ou
de
poeiras
informações
em:
http://www.
86
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Por Paulo Mündel*
A hora certa para trocar de lâmpada
Se perguntássemos para a maioria
adequado para o sistema elétrico existente
ambientes mais aconchegantes e com pouca
dos brasileiros quando é que eles decidem
nas residências e prédios comerciais no país.
iluminação. Ao escolher a nova lâmpada,
comprar uma lâmpada nova, é certo que uma
As lâmpadas de Led são comprovadamente
o que muitos olham, de forma equivocada,
grande porcentagem de pessoas responderia
mais econômicas, pois consomem menos
é apenas a sua potência que é declarada
em uníssono: quando a lâmpada queima.
energia que as incandescentes (geram
em watts. Mas a forma correta de escolher
Esse é um hábito que os consumidores do
economia de até 90% na conta de luz do
a lâmpada, pensando em sua capacidade
mercado nacional mantêm há gerações. No
consumidor) e conseguem iluminar bem
de iluminação, é verificar a quantidade de
entanto, o ideal é que as lâmpadas sejam
mais. Essas lâmpadas podem ser aplicadas
entrega dos lúmens finais do produto, o
trocadas de acordo com o que o consumidor
em residências, escritórios, uso decorativo,
responsável pela capacidade da lâmpada em
procura para iluminar diferentes tipos de
comercial e industrial.
iluminar menos ou mais um ambiente.
ambiente, seja em sua casa ou escritório.
Dito isso, o que as empresas de
o meio ambiente, considerando que não
iluminação devem começar a pensar é em
contêm metais pesados e possuem uma
como instruir esse consumidor a escolher a
estrutura até 95% reciclável, tornando o
melhor solução para iluminação, pensando
descarte muito mais fácil do que as lâmpadas
não é apenas a potência (Watts) que
em fatores como economia de energia,
tradicionais.
radiação
determina a eficiência de iluminação de uma
descarte correto de lâmpadas usadas e tipos
infravermelha (responsável por gerar o calor),
lâmpada. A potência indica o consumo, mas
de iluminação para cada ambiente.
é possível diminuir o uso de ar condicionado
a capacidade de iluminação de uma lâmpada
A discussão em torno do consumo
em regiões mais quentes, o que pode resultar
depende da quantidade de lúmens finais do
de lâmpadas no Brasil tem aumentado
em uma economia de energia e no custo na
produto. Lúmens é a unidade usada para
constantemente. Uma parte disso deve-se ao
conta de luz.
medir a intensidade de iluminação.
fim das vendas de lâmpadas incandescentes
no país. Com isso, o mercado tem se voltado
um produto com a tecnologia Led, é preciso
a intensidade luminosa de luz visível emitido
para os produtos de Led, que estão sendo
ficar atento a inúmeros detalhes. O primeiro
por uma fonte. Por meio dessa unidade
sugeridos como uma nova opção. Mas
deles é checar se o produto tem certificação
de medida se pode comparar o brilho de
poucas pessoas conhecem os benefícios
do Inmetro. Alguns dos principais fabricantes
qualquer fonte de luz, seja ela incandescente
e as diferenças entre as lâmpadas que têm
de lâmpada Led no Brasil já são certificados.
ou Led. E é exatamente esse o grande
essa tecnologia.
É possível verificar na hora da compra o selo
diferencial do Led, que consegue oferecer
de garantia do Inmetro, que fica visível nas
uma grande quantidade de lúmens, com
embalagens dos produtos certificados.
uma potência menor que qualquer outra
O próximo passo ao escolher uma
lâmpada, aumentando sua eficiência. É aí que
O Led
Os Leds oferecem ainda vantagens para
Como
não
emite
Quando o consumidor decide comprar
Lúmens Diferentemente do que muitos pensam,
O lúmen também é usado para declarar
lâmpada nova é entender qual tipo de
o consumidor sai ganhando. Quanto menos
inovador em termos de iluminação. Possui
ambiente
potência a lâmpada tiver, mais barato será o
alta durabilidade (de 25 mil a 50 mil horas)
sala, cozinha, o consumidor tem um gosto
gasto com energia.
e economia, além de ser, em sua maioria, um
particular para cada ambiente. Uns preferem
As lâmpadas Led emitem ainda mais
produto bivolt que pode ser completamente
mais
luminosidade. Para exemplificar melhor, uma
A tecnologia de Led é o que existe de mais
será
iluminado.
luminosidade,
Seja
outros
quarto,
preferem
87
O Setor Elétrico / Maio de 2017
lâmpada incandescente só consegue emitir até 15 lúmens por watt. Já o Led pode emitir
Descarte de lâmpadas:
de 100 a 130 lúmens por watt. Lâmpada incandescente
Às compras
- Não é reciclável - Como não possui resíduos tóxicos, pode ser
A forma como os produtos estão
descartada em lixo comum, mas não é o ideal.
dispostos nas grandes redes de lojas de material
de
construção,
supermercados,
Lâmpada fluorescente
home centers e outros estabelecimentos
- Reciclável. Possui componentes químicos e, por isso,
comercias, é algo que ajuda muito na hora do
não pode ser descartada em lixo comum.
consumidor escolher uma lâmpada nova. Atualmente, já existem empresas que
Lâmpada halógena ou lâmpada Led
pensam nisso ao elaborar a comunicação
- Pode ser reciclada.
visual de seus materiais nos pontos de venda. É importante simplificar a procura
Há postos públicos e privados para todos os tipos de lâmpadas. Postos de reciclagem
do consumidor pelo produto e facilitar
podem ser encontrados no site: http://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php
a identificação da lâmpada ideal para cada ambiente da casa. As embalagens
Algumas empresas já separam os produtos
É importante que as empresas de lâmpadas
das lâmpadas Led estão cada vez mais
por categorias: Casa & Escritório, Decor e
e soluções de iluminação tenham em mente
inovadoras, permitindo que o consumidor
Profissional, e investem em embalagens com
manter o seu consumidor bem informado e
encontre de forma rápida e fácil qual é a
cores diferentes para categorizar o tipo de
instruído sobre o tipo de produto que procura.
tecnologia, produto e temperatura de cor
tecnologia do produto. Isso ajuda bastante na
ideal para o ambiente que ele quer iluminar.
hora da compra.
*Paulo Mündel é diretor de Marketing da FLC.
88
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Maio de 2017
Hora da maturidade como cidadão, e por que não, como consumidor de energia elétrica Em diversos países do nosso hemisfério,
é pernicioso pela crença que se consolida na
desperdício. Pode facilitar o entendimento de
governos vêm fazendo, com as tarifas e
cabeça dos consumidores no abastecimento
que em um ano como o corrente (2017), em
preços regulados de energia elétrica e
barato e disponibilidade ilimitada.
que o período chuvoso foi idêntico ao ano de
combustíveis, um verdadeiro estrago para os
A questão que se coloca é: depois de
2001 (ano do racionamento), é necessário
cidadãos, acionistas e toda a cadeia setorial
uma escolha nas urnas por outro modelo
o acionamento imediato do parque térmico
que circunda esse tão importante setor. A
de governo, o realismo tarifário que se
(hoje) existente. E que esse conforto e a
África do Sul teve seu rating rebaixado e
apresenta se confronta diretamente com o
eliminação do risco do “apagão” têm um
classificado como “junk” no início do mês de
comportamento de gerações que cresceram
custo, traduzido no atual regramento das
abril. Além da leitura de que o atual governo
estimuladas a consumir energia barata,
bandeiras tarifárias. Custa mais caro sim.
terá dificuldades em promover reformas
livremente,
No
Esse novo cidadão em formação pode usar
estruturais, o suporte econômico dado à
Brasil, sem necessariamente forçar qualquer
a energia elétrica, mas sabendo que custará
estatal de energia Eskom foi destacado como
paralelo, foram quase dois anos, em que o
mais caro provavelmente até que o próximo
relevante pelo mercado. Na vizinha Argentina,
risco de racionamento era iminente, e o sinal
período chuvoso promova uma reversão
que assim como o Brasil, viveu recentemente
e o discurso governamentais dados para
desse quadro. Como alternativa, ele pode
um período de 12 anos de populismo
a sociedade eram “baixamos o preço da
economizar. Seja qual for a sua decisão,
energético, com tarifas de gás e eletricidade
energia elétrica”, “não existe nenhum risco de
ela garantirá a saúde econômica de toda
praticamente
sem
qualquer
restrição.
desabastecimento”, e “consumam à vontade”.
a cadeia setorial para que tanto o cidadão
também foram desastrosos.
O preço spot da energia para transações
como o consumidor possam contar com
congelados,
os
resultados
As consequências são usualmente as
entre grandes indústrias estava no seu
os investimentos necessários aos serviços
mesmas: declínio dos investimentos, perda
teto, e o discurso era indutor de consumo
de qualidade e o abastecimento seguro de
de confiabilidade e aumento da dependência
sem limites, o que usualmente promove até
qualquer fonte energética do país.
do caixa do governo para manter o setor
desperdício.
energético moribundo, mas ainda vivo. O
futuro fica comprometido e pode ser definido
vários países iniciavam forte campanha de
pelo binômio: investimento zero e recursos
comunicação e modelagem na formação de
finitos do tesouro. Nenhum governo consegue
preços de energia para restringir e adequar
manter subsídios indefinidamente e ninguém
o consumo de energia por várias razões,
do setor privado investe para sofrer depois
entre outras, escassez e meio ambiente.
congelamento de preços, mudanças nas
Somos atrasados nesse sentido? Melhor
regras do jogo e por fim o calote ou até a
olhar para a frente. É recente o “renascer”
retomada das concessões a preço vil.
da cidadania por aqui; a ida às ruas de forma
No caso argentino, a situação chega a ser
livre e independente para protestar contra a
mais grave do que o que enfrentamos aqui,
corrupção e tantas outras mazelas. Esse ainda
mesmo considerando os efeitos que ainda
pequeno, mas importante passo do brasileiro
sentimos, como ressaca da gestão anterior.
em direção a se sentir responsável (pelo voto
Há algumas décadas, a sociedade argentina
e os seus efeitos), pode representar um ativo
foi acostumada ao modelo de gestão dos
importante para o nosso país.
salvadores da pátria, aqueles que sacrificam
diariamente o futuro no altar do presente. Isso
também erradicar hábitos e culturas de
Por outro lado, já no fim do século 20,
Pode ser um embrião para que possamos Por Paulo Mayon, sócio da Compass Energia.
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