Ano 12 - Edição 139 Agosto de 2017
Exigências da NR 12 Seis anos após a publicação do Anexo XII da NR 12, acidentes ainda são rotineiros no setor
Mercado de iluminação em ascensão Mas com ressalva: respaldo técnico oferecido aos consumidores ainda é insatisfatório Energia solar: uso de Leds como microgeradores de energia solar fotovoltaica
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Suely Mascaretti - Suely@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
Suplemento Renováveis
Energia solar: estudo analisa viabilidade do Led como microgerador de energia solar fotovoltaica para suprir demanda de pequenas cargas em stand-by.
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certificação para edificações autossustentáveis em energia; Sondagem da Abinee indica leve recuperação do setor; Reymaster comemora 30 anos; Cemig investe em melhorias no sistema elétrico. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.
Colaborador técnico de normas Jobson Modena
Colaboradores desta edição: Alan Rômulo Queiroz, Carlos Alberto Sotille, Carlos Henrique Rocha, Daniel dos Anjos Martins, Diogo Biasuz Dahlke, Diogo de Souza Prado, Eduardo César Senger, Eduardo Peixoto, Fernando Avelar Filho, Francisco Alves Leite, Hélio Domingos R. Carvalho, Idalmir de Souza Queiroz, Jorge Luiz de Souza, Lucas Santos Borges, Luciene Queiroz, Luís A. Gamboa, Luis Alberto Petorutti, Maurício Casotti, Normando V. B. Alves, Pedro Biasuz Block e Renan da Costa Barros. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Shutterstock.com Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Painel de notícias Institutos Lactec recebem acreditação para ensaios em luminárias públicas com Led; GBC Brasil lança
Consultor técnico José Starosta
Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Marcelo Paulino, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos.
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Fascículos
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Aula prática – Segurança Exigências da NR 12 ainda são descumpridas no que diz respeito à realização de ensaios e inspeções em cestas aéreas e em guindastes com cestos acoplados.
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Pesquisa – Mercado de produtos e sistemas de iluminação Para projetistas e outros consumidores, o mercado de equipamentos de iluminação está em crescimento, mas enfrenta dificuldades para oferecer assistência e suporte técnicos satisfatórios.
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Espaço 5419 Uma reflexão sobre a burocracia e a falta de comunicação na chamada “Engenharia de segurança”. Colunistas
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Jobson Modena – Proteção contra raios
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Dicas de instalação
Roberval Bulgarelli – Instalações Ex João José Barrico – NR 10 Nunziante Graziano – Quadros e painéis José Starosta – Energia com qualidade
Capacitação Ex durante a formação eletrotécnica.
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Ponto de vista Segurança em ensaios de tensão elétrica durante e após a instalação de cabos BT, MT e AT.
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Editorial
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
O seguro morreu de velho Publicado em 2011 e em vigor desde 2013, o Anexo XII da NR 12 estabeleceu
seu artigo periódico, nos lembra da importância de
novas exigências para a segurança de profissionais que trabalham em alturas elevadas
se checar a estirpe da empresa terceirizada a ser
erguidos por cestos aéreos. Ocorre que, como evidenciado pelo artigo publicado na
contratada, considerando que a contratante também
seção Aula Prática desta edição, passados seis anos da publicação do documento
assume alguma responsabilidade pelos profissionais
normativo, acidentes graves com esses equipamentos continuam ocorrendo. Uma
indiretos que prestarão serviços de eletricidade. Nesse
pesquisa rápida no Google permite que se visualize uma série de fotos e vídeos
sentido, deve-se averiguar com critérios muito bem
que registram muitos desses incidentes, os quais poderiam ter sido evitados, em
definidos a qualidade não apenas dos profissionais
sua maioria, caso as determinações da NR 12 e seus anexos fossem cumpridas.
(habilitação, qualificação, etc.), mas também das
Capa ed 139.pdf
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8/30/17
11:18 PM
Ano 12 - Edição 139 Agosto de 2017
Exigências da NR 12 Seis anos após a publicação do Anexo XII da NR 12, O Setor Elétrico - Ano 12 - Edição 139 – Agosto de 2017
acidentes ainda são rotineiros no setor
Mercado de iluminação em ascensão Mas com ressalva: respaldo técnico oferecido aos consumidores ainda é insatisfatório Energia solar: uso de Leds como microgeradores de energia solar fotovoltaica
Edição 139
Especialmente, os equipamentos de guindar que recebem cestos acoplados para
condições de trabalho oferecidas pela terceirizada.
elevação de pessoas devem ser submetidos a ensaios e a inspeções periódicas de
Mais que cumprir com todas as disposições das normas
forma a garantir seu bom funcionamento e sua integridade estrutural.
regulamentadoras, alguns cuidados fazem a diferença. Equipamentos de proteção
individual e ferramentas em bom estado de conservação, por exemplo, dão uma ideia da
Se, por um lado, falta compromisso com a segurança, por outro, sobra. É o que
nos conta o engenheiro Normando Alves em seu relato sobre a segurança exagerada
atenção que a empresa dá para a manutenção da integridade do colaborador.
cobrada por algumas empresas. Segundo ele, a burocracia para que uma prestadora
Estas e outras discussões estão nas páginas a seguir. Boa leitura!
de serviços seja “aprovada” por algumas companhias pode ser tamanha que, se o gestor não contabilizar todas as exigências, poderá sair no prejuízo do trabalho
Abraços,
executado. Isso porque, zelando demais pela segurança – ou, muitas vezes, tentando evitar a reincidência de acidentes –, empresas solicitam exames e treinamentos além do necessário para os profissionais que irão executar os serviços. Muitos deles extrapolam
flavia@atitudeeditorial.com.br
as imposições legais. É o caso da exigência de exames, como eletroencefalograma, exames de sangue e psicológicos, acuidade visual, entre outros, para atividades que, a
Redes sociais
princípio, não demandam essas investigações. Na opinião do especialista, este excesso de zelo pode causar desperdício de tempo e custos desnecessários.
E, para continuar no assunto “segurança”, nosso colunista João Barrico, em
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www.facebook.com/osetoreletrico
@osetoreletrico
Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
Sobre a proposta de aprimoramento ao marco regulatório do setor elétrico
Em meados deste mês de agosto,
de sua própria preservação) e que sinalize
em projetos de eficiência energética,
estava previsto para expirar o prazo
ao consumidor seus custos em médio
com modelos de retorno com lastro em
para as contribuições à consulta pública
prazo. O texto proposto apresenta menções
resultados dos próprios projetos;
proposta pelo MME para o aprimoramento
aos necessários aspectos de eficiência,
- Fontes não sustentáveis: usinas térmicas
do marco legal do setor elétrico. Trata-se
equidade e sustentabilidade. Efetivamente
têm variação de custos de operação
de uma importante iniciativa do Ministério,
espera-se que a própria eficiência
e emissão/poluição por fatores que
sinalizando com muito oportunismo que
energética seja tratada e considerada como
dependem da localização, de combustível e
não se pode depender da inoperância de
a fonte de energia mais limpa e sustentável,
de outras variáveis. A eficiência energética
seus vizinhos de Brasília. De fato, alguns
com custos de implantação da ordem de
tem capacidade de mitigar de forma
eventos mostraram o esgotamento do
R$ 80 a R$ 90 por MWh “gerado” e R$
contundente estes efeitos. Especial atenção
sistema corrente: o desastre da MP 579
600 por kW retirado do sistema elétrico;
aos sistemas ainda não interligados do
e o esvaziamento dos lagos, as mudanças
valores significativamente menores que
país, que poderiam ser inseridos em bons
ocorridas na geração distribuída com as
os de geração convencional ou renovável.
programas financiados pela Conta de
renováveis, o mercado livre de energia,
Não custa lembrar que gerar energia com
Consumo de Combustíveis (CCC). Os
o desequilíbrio financeiro das geradoras
fonte sustentável para alimentar carga de
números da CCC atingem expressivos
e distribuidoras, a sofrível qualidade da
baixa eficiência é uma excrescência. A
valores da ordem de R$ 7 Bilhões para
distribuição, e outros fatores certamente
eficiência energética, fonte mais limpa e
2017;
levaram o MME a repensar. Louvável
barata do planeta, tem ainda as importantes
- Incentivo à gestão de energia nas
iniciativa. É a hora das cartas irem à
características de não ser interruptível
indústrias e prédios comerciais: definir
mesa e a choradeira habitual dar lugar às
e de atuar diretamente na redução da
um modelo de bonificação, quer por
discussões fundamentadas em aspectos
potência, além da redução da energia. É
tarifa, quer por investimento com taxas
técnicos e econômicos evitando novas
uma atividade que deve ser tratada como
atraentes aos consumidores que por sua
situações indigestas de difícil solução.
estrutural e não como conjuntural.
própria competência venham a obter bons
indicadores de eficiência energética em
São muitos os pontos a considerar,
como os custos que expressem com justiça
Alguns pontos merecem atenção sobre
a eficiência energética:
o fio (demanda-kW) e energia (kWh) frente
suas atividades. Atenção especial para a implantação da ISO 50001;
a uma realidade de autoprodução pelos
- PROPEE: o programa de eficiência
- Montagem de um banco de dados de
próprios consumidores e necessidade
energética da Aneel tem ótima
referência de energia consumida por
de qualidade que deve ser garantida
oportunidade para ser reformulado e
consumidores comerciais, indústrias
pela distribuidora diante do novo fator
aplicado como verdadeira ferramenta de
por atividade específica, e claro, os
de impacto do Módulo 8. Um mercado
financiamento, servindo a bons projetos
eletrointensivos;
livre que possa ser democratizado até os
de eficiência energética livre de seu uso
- Tarifas flexíveis e possibilidade de tarifa
pequenos consumidores, um sistema que
politico. Com a migração dos menores
binômia a pequenos consumidores.
seja sustentável (sob o ponto de vista de
consumidores ao mercado livre, pode-se
redução de impactos ambientais como pelo
também esperar maiores investimentos
Vamos lá! Tem tudo para dar certo!
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Institutos Lactec são acreditados para ensaios em luminárias públicas com Led Extensão da acreditação pelo Inmetro também incluiu ensaios de segurança com lâmpadas Led
Institutos
Lactec
receberam,
Divulgação/ Lactec
Os
recentemente, a acreditação pelo Instituto Nacional
de
Metrologia,
Qualidade
e
Tecnologia (Inmetro) para a realização de ensaios de certificação de desempenho e segurança em luminárias públicas com tecnologia Led, atendendo à Portaria nº 20/2017 do organismo. A
Portaria
publicada
em
determina
a
nº
20
fevereiro
do
Inmetro,
deste
ano,
obrigatoriedade
da
certificação de luminárias públicas com Led.
O
documento
estabelece
uma
série de prazos para que fabricantes, importadores e comerciantes passem a utilizar apenas produtos certificados, de modo a evitar que luminárias de baixa qualidade sejam utilizadas na iluminação
Registro de ensaio feito para certificação de produtos de iluminação.
viária, comprometendo a segurança dos cidadãos.
• Fator de potência;
corrente de saída;
Revisado pela Coordenação Geral de
• Corrente de alimentação;
• Corrente de fuga;
Acreditação (Cgcre) do Inmetro no dia 2
• Tensão e corrente de saída do
• Proteção contra choque elétrico;
de agosto, o escopo da acreditação foi
dispositivo de controle durante a
• Resistência ao torque dos parafusos e
estendido ainda para ensaios de segurança
operação;
conexões;
com lâmpadas Led – os Institutos Lactec
• Classificação das distribuições de
• Fiação interna e externa;
já eram acreditados para realização de
intensidade luminosa;
• Resistência à força do vento;
ensaios de desempenho nesse tipo de
• Temperatura de cor correlatada (TCC);
• Resistência à vibração;
produto.
• Índice de reprodução de cor (IRC);
• Proteção contra impactos mecânicos
A atualização do escopo de acreditação
• Eficiência Energética;
externos;
dos Institutos Lactec é resultado de
• Controle da distribuição luminosa;
• Resistência à radiação ultravioleta (UV);
uma auditoria realizada nos laboratórios
• Manutenção do fluxo luminoso da
• Grau de proteção.
e comprova que a empresa está apta a
luminária – Desempenho do componente
atender requisitos definidos por normas
Led;
técnicas,
• Manutenção do fluxo luminoso da
demonstrando
competência
Lâmpadas Led
para a realização dos ensaios. Ao todo,
luminária – Desempenho da luminária;
• Marcação;
os Institutos Lactec têm 272 ensaios
• Qualificação do dispositivo de controle
• Intercambialidade da base;
acreditados.
eletrônico CC ou CA para módulos Led;
• Proteção contra contato acidental com
Confira a lista de novos ensaios
• Marcações;
partes vivas;
acreditados:
• Condições de operação /
• Resistência de isolação e rigidez
Acondicionamento;
dielétrica após exposição à umidade;
Luminárias Led
• Rigidez dielétrica;
• Resistência à torção;
• Resistência de isolamento;
• Resistência ao aquecimento;
• Corrente de alimentação/Tensão e
• Resistência à chama e ignição.
• Potência total do circuito;
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Lançada certificação para edificações autossuficientes em energia Objetivo do GBC Brasil é estimular as construções que reúnem eficiência energética e geração de energia renovável O
Green
Building
Council
Brasil
(GBC Brasil) lançou, recentemente, a Certificação Zero Energy Building para as edificações que comprovarem que o consumo de energia local de sua operação anual é zerado por uma combinação de alta eficiência energética e da geração de energia por fontes renováveis. Como premissa de desenvolvimento foi assegurada a participação de todos os tipos e padrões de edificações existentes no Brasil, sem a necessidade de grandes investimentos financeiros para isso. “Há total viabilidade econômica e estaremos
Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso. São
premiando os melhores do mercado que
eles:
atuam com excelência no planejamento, conceituação
integrada
de
projeto,
•
CICS
–
Centro
de
Inovação
em
comunicação entre equipes, automação,
Construção Sustentável (USP);
tecnologia, estímulo a energias renováveis,
• Sede RAC Engenharia – Curitiba (PR);
conscientização
• Creche Municipal Hassis – Florianópolis
dos
ocupantes
e
excelência na operação predial. Já temos
(SC);
projetos diversos registrados no Brasil,
• Sede SINDUSCON PR – Curitiba (PR);
casas, prédio residencial, creche pública,
• Casa do Futuro – Atibaia (SP);
prédio comercial, centro de pesquisas e
• Catuçaba – São Luiz do Paraitinga (SP);
outros”, afirma Felipe Faria, diretor executivo
• Montage Botafogo – Campinas (SP);
do GBC Brasil e presidente Regional da
• Escritório Advocacia De Paola & Panasolo
Rede das Américas.
– Curitiba (PR);
• Casa Mão Verde – Piracicaba (SP);
Os quesitos para a certificação estão
nas ações para maximizar a eficiência
• Lar Verde Lar – Governador Valadares
energética, a geração de energia renovável
(MG);
no local ou remoto (on-site ou off-site)
• Sede Sebrae MT – Cuiabá (MT);
e a compra de Certificados de Energia
• Geonergia - Tamboara (PR).
Renovável
(REC),
que
comprovam
a
natureza da energia que a edificação utiliza.
A certificação foi lançada durante a
Canadá) a implementar essa certificação
O Brasil é o segundo país (depois do
oitava edição do Greenbuilding Brasil
para o setor de construção, tornando-se
Conferência Internacional e Expo, realizada
um exemplo para os demais países. A
em São Paulo, entre 8 e 10 de agosto.
iniciativa é do World Green Building
No entanto, antes mesmo do lançamento
Council, que tem por objetivo acelerar a
oficial da certificação, o GBC Brasil já
geração de energia por fontes renováveis, o
havia registrado 12 projetos pioneiros que
conceito de geração distribuída e fomentar
buscam a certificação GBC NET ZERO
grandes avanços no que tange à eficiência
nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa
energética.
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Hidrelétrica Santo Antônio já pagou R$ 250 milhões em royalties Em operação há cinco anos, a usina deverá contribuir com R$ 90 milhões só em 2017
Quarta maior geradora hídrica do país e uma das
20 maiores do mundo, a Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), já pagou R$ 250 milhões em royalties nos cinco anos em que está em operação. Só em 2017 já foram mais de R$ 50 milhões e a estimativa é de que R$ 90 milhões sejam destinados ao Estado, ao Município e à União até o fim deste ano.
O valor pago em royalties pela Santo Antônio para a
Prefeitura de Porto Velho no primeiro semestre deste ano é o equivalente a 8% da arrecadação municipal.
Instituídos pela Constituição Federal de 1988, os
royalties são uma compensação financeira permanente que as hidrelétricas pagam ao Estado pela utilização da água para gerar energia.
No caso da Hidrelétrica Santo Antônio, esse dinheiro
é distribuído entre Estado de Rondônia (45%), Município
Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO).
de Porto Velho (45%) e União (10%), que devem utilizar esses recursos para fazer investimentos em infraestrutura, saúde e educação, além de ampliar os programas de melhoria de renda e da qualidade de vida da população.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Inversores de frequência www.mitsubishielectric.com.br/ia
Os novos modelos de inversores de frequência lançados pela Mitsubishi Electric,
FR-A800-E e FR-F800-E, oferecem conectividade Ethernet, permitindo que as unidades sejam conectadas diretamente aos sistemas de gerenciamento de informações e aos equipamentos de automação.
De acordo com a empresa, os modelos são ideais para a automação industrial nos
setores automotivo e de processamento de alimentos, além de plantas de tratamento de água. Eles podem ser utilizados em aplicações de controle de processo, sistemas de controle de bombas múltiplas e em redes que exigem monitoramento contínuo, como a medição do consumo de energia.
Os novos inversores podem ainda ser conectados a uma rede MES, oferecendo
Os novos inversores suportam os protocolos CC-Link IE Field e Modbus/ TCP Ethernet.
a capacidade de trocar dados em qualquer direção. Juntos, podem atuar como uma "equipe" de inversores interconectada, sem a necessidade de um controlador separado, simplesmente entrando
com a programação do CLP diretamente nos inversores. Dessa forma, eles podem operar simultaneamente dentro de um ambiente Ethernet e em qualquer outra rede de automação, formando um gateway conveniente entre os outros equipamentos de automação de uma planta.
Monitor de pontos quentes www.gracesense.com | www.intereng.com.br
O monitor de pontos quentes (Hot Spot Monitor (HSM)), fabricado pela GraceSense™, é um dispositivo
que monitora aumentos de temperatura em pontos específicos de uma instalação, sinalizando elevações e permitindo a prevenção de falhas em equipamentos elétricos.
O HSM GraceSense™ integra-se ao sistema de comunicação da instalação por meio de sistemas
MODBUS TCP/IP ou Ethernet IP; é possível ainda armazenar suas informações para posterior transferência.
O dispositivo é indicado para permitir a inspeção termográfica em locais de difícil acesso à termografia
tradicional, ou em pontos críticos que precisam ser monitorados permanentemente.
O HSM GraceSense™ é distribuído no Brasil pelas empresas do grupo EDGE™ Ladder Automação
Industrial e Intereng Automação Industrial.
Mini CLP www.metaltex.com.br
Novidade da Metaltex, o mini CLP NeXo une as características básicas dos tradicionais
relés programáveis aos mais avançados recursos dos CLPs.
De acordo com a empresa, o sistema avançado de controle do mini CLP possibilita o uso
em, por exemplo, controle analógico, leitura de encoder, controle de motores de passo ou servomotor, comunicação Modbus, entre outros.
O equipamento apresenta programação através de software, em conformidade com a IEC
61131-3, e conta com display gráfico, que pode ser usado como Interface Homem-Máquina (IHM), permitindo alteração e monitoração de estados e valores.
Monitor de pontos quentes HSM indica pontos de elevada temperatura com o objetivo de evitar falhas em equipamentos.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Um giro pelas empresas que compõem o setor elétrico brasileiro.
Reymaster celebra 30 anos de atividades Lançamento de mascote e linha do tempo no site da empresa marcam as comemorações
A Reymaster Materiais Elétricos está
meio de fotos e legendas. Para acessar
comemorando 30 anos de atividades e,
basta entrar no link Linha do Tempo no
para celebrar, lançou o mascote Capitão
site da Reymaster (www.reymaster.com.
Rey, um tipo de super herói dos materiais
br/linha-do-tempo) e viajar até 1987, ano
elétricos.
novo
em que os paranaenses Reinaldo Gabardo
representante visual da Reymaster nas
e seu filho Reynaldo G. Junior iniciaram a
ações voltadas aos clientes.
empresa na cidade de Curitiba (PR).
O
personagem
é
o
O novo mascote da Reymaster surge
“A Reymaster surgiu literalmente na
como um super herói que possui o poder
nossa garagem e foi tomando conta dos
da eletricidade em seu anel. Por meio dele
fundos de nossa casa, localizada no bairro
faz surgir diversas soluções elétricas para
água verde. O espaço inicial limitava-se a
quem precisar. Outra habilidade do Capitão
80 metros quadrados e dois funcionários
Rey é levar conhecimento e informação
que compravam cabos e revendiam. Já nos
sobre tudo que envolve materiais elétricos.
primeiros anos construímos um mezanino,
Segundo
foi
e após um espaço maior, onde funcionava o
desenvolvido na intenção de transmitir os
primeiro departamento de vendas internas
valores da empresa e ser o identificador
da empresa. Todo o restante era estoque”,
de sua marca. “Com um sorriso no rosto,
recorda Reynaldo G. Junior.
o Rey demonstra confiança, seriedade
Em 2004, a Reymaster mudou-se
e alegria aos clientes, que são algumas
para a atual sede, localizada no bairro
de nossas principais políticas”, explica o
Lindóia, em um empreendimento de 3.000
sócio-fundador da Reymaster, Reynaldo
m2 de área construída. E, como antes,
Gabardo Jr.
foi incorporando terrenos vizinhos até
Outra ação comemorativa é a criação
chegar ao espaço de hoje: seis mil metros
de uma linha do tempo no site da empresa,
quadrados e um estoque com mais de 40
que conta a história da companhia por
mil produtos de 150 marcas nacionais e
seus
idealizadores,
ele
Capitão Rey é o mascote lançado pela Engerey Materiais Elétricos em comemoração ao seu 30º aniversário.
internacionais. A empresa conta hoje com 200 profissionais e é certificada com a ISO 9001:2015, processos.
dedicada
à
gestão
de
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Cemig investe R$ 115 milhões em melhorias no sistema elétrico Foto: Elderth Theza
Investimento foi destinado à ampliação, ao reforço e à manutenção da rede elétrica da região Sudoeste
A população da região foi beneficiada com a implantação de projetos de eficiência energética em quatro hospitais e em duas instituições de repouso para idosos.
A Companhia Energética de Minas
filantrópicas.
Gerais (Cemig) investiu R$ 115 milhões,
Já o Programa de Eletrificação Rural
desde 2015, na ampliação, reforço e
no território Sudoeste tem beneficiado
manutenção da rede elétrica que atende
mais de 1.700 famílias com o investimento
empresas e moradores dos 33 municípios
da ordem de R$ 16,6 milhões. A previsão
do território Sudoeste, incluindo a troca
é de que pelo menos outras 820 famílias
de equipamentos elétricos pelo Programa
sejam atendidas e outros R$ 23 milhões
de Eficiência Energética e a ligação de
sejam aplicados no programa até o final de
moradores de áreas rurais pelo Programa
2018. A implantação da eletrificação rural
de Eletrificação Rural.
permite a modernização da agricultura,
Os projetos de eficiência energética
trazem
diversos
benefícios
para
a
população. Além de reduzirem o consumo
contribui para o desenvolvimento local e melhora a qualidade de vida das pessoas. Os
investimentos
no
território
energético – o que impacta no valor das
Sudoeste fazem parte dos Programas
contas e no meio ambiente –, os projetos
de Desenvolvimento da Distribuição, de
têm o objetivo de disseminar a cultura do
Eficiência Energética e Eletrificação Rural,
uso consciente e sustentável da energia
realizados
entre a sociedade, e também de transmitir
integral da Cemig, cujos valores são
dicas importantes de segurança com rede
informados regularmente e acompanhados
elétrica. Entre os principais beneficiários,
pela Agência Nacional de Energia Elétrica
estão famílias de baixa renda e entidades
(Aneel).
pela
Cemig
D,
subsidiária
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Prysmian obtém certificação internacional para linha de cabos Com o Afumex Solar, desenvolvido e fabricado no Brasil, a companhia pretende atender a um mercado nacional estimado em R$ 620 milhões
A Prysmian Brasil conquistou, recentemente,
Prysmian está em conformidade com as
técnica da TÜV Rheinland. Um dos estudos
a certificação internacional de conformidade
normas brasileiras e é destinado ao uso
mais rigorosos é o teste de envelhecimento
para a linha de cabos Afumex Solar, destinada
em sistemas de fornecimento de energia
para garantia de vida útil, que assegura
a sistemas de energia fotovoltaica. Trata-se
fotovoltaica indoor e/ou outdoor, em áreas
que o cabo suporta trabalhar por até 20
da certificação TÜV Rheinland, uma avaliação
industriais
mil horas a 120 graus Celsius.
externa não obrigatória que a Prysmian
Podem ser aplicados em equipamentos
submeteu seu produto voluntariamente para
com proteção isolada (Classe II) e em
e publicada neste mês de agosto de 2017
comprovar o alto desempenho.
áreas com risco de explosão, e podem
como ABNT NBR 16612. Como a norma
O Afumex Solar é uma tecnologia
também serem instalados de forma fixa ou
brasileira é baseada na EN 50618, o
desenvolvida exclusivamente no Brasil
suspensa.
produto já nasce automaticamente em
e constitui-se em um cabo de cobre
estanhado, altamente flexível e com baixa
atende
norma
é um tradicional fornecedor de cabos para
emissão de fumaça. Com o novo produto,
internacional EN 50618, muito utilizada
parques solares nos Estados Unidos e na
a intenção da empresa é atender a um
na Europa para materiais empregados na
Europa. Esse mercado é relativamente novo
mercado estimado de R$ 620 milhões no
implantação de parques solares”, explica o
no Brasil, e estávamos dependendo dessa
Brasil, a partir dos 99 projetos de geração
gerente de engenharia da Prysmian Brasil,
homologação para ter uma participação
de energia solar já contratados em leilões
Flávio Ochiutto Orbetelli.
mais expressiva em grandes parques”,
no País, cujo investimento é da ordem de
Para conquistar a certificação pela
afirma o gerente de marketing Sandro
R$ 12,5 bilhões até 2018, segundo dados
TÜV Rheinland, o produto passou por
Rezende. Segundo ele, desde 2016, a
da Associação Brasileira de Energia Solar
dez meses de testes nos laboratórios de
linha Afumex Solar vem sendo utilizada em
Fotovoltaica (Absolar).
pesquisa e desenvolvimento da Prysmian
projetos pilotos e em pequenas e médias
Brasil, com acompanhamento da equipe
instalações de consumidores.
Fabricado no Brasil, o Afumex Solar da
e
propriedades
agrícolas.
“A certificação indica que o produto aos
requisitos
da
No Brasil, a norma técnica foi elaborada
conformidade com a NBR. “A Prysmian já
ATERRAMENTO ELÉTRICO
20
Carlos Alberto Sotille e Luis Alberto Petorutti
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Capítulo VIII – Medição da resistência de aterramento e dos potenciais de superfície – Parte 2 • Método da queda de potencial com injeção de alta corrente • Medições em sistemas de aterramento interligados • Medição de potenciais na superfície do solo
Ensaios em instalações elétricas industriais
Diogo de Souza Prado, Diogo Biasuz Dahlke, Luís A. Gamboa, Pedro Biasuz Block, Daniel dos
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Anjos Martins, Fernando Avelar Filho e Lucas Santos Borges Capítulo VIII – Compatibilidade eletromagnética no setor industrial • Emissão e imunidade • Principais normas • Ensaios EMC • Casos ilustrativos
INTERNET DAS COISAS
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Maurício Casotti e Eduardo Peixoto Capítulo VIII – O mundo será das plataformas • O início da transformação • Plataformas multilaterais • Potencial de ganho com a IoT • Inovação tecnológica a serviço das cidades inteligentes
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
38
Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz Capítulo VIII – Etapas de projeto e requisitos relacionados à manutenção • Fases de implantação de um projeto • Investimentos • Modelo de critérios de decisão
Apoio
Por Carlos Alberto Sotille e Luis Alberto Petorutti*
Aterramento elétrico
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Capítulo VIII Medição da resistência de aterramento e dos potenciais de superfície Parte 2
No capítulo anterior, parte 1, tratamos
de corrente com o eletrodo de corrente
da medição da resistência de aterramento
Havendo limitações importantes na
deve estar a uma distância mínima superior
pelo método da queda de potencial,
aplicação do método da queda de potencial
a cinco vezes a maior dimensão do sistema
enfatizando as limitações na aplicação do
com baixas correntes, a injeção de alta
de aterramento sob ensaio; observa-se que
método, bem como os procedimentos para
corrente consiste em alternativa confiável
esta distância é função da configuração do
minimizar os erros de medição.
para a determinação da resistência ou
sistema de aterramento, do sistema elétrico
impedância de sistemas de aterramento.
e do tipo de solo. O procedimento usual é
Este artigo (parte 2) trata do método de injeção de alta corrente, o qual, em função
A opção de injeção de alta corrente
utilizar como circuito de corrente as fases
dos níveis bem mais elevados de corrente
consiste em fazê-la circular entre o sistema
de uma linha de transmissão desenergizada,
injetada
aterramento,
de aterramento sob ensaio e o solo, através
pertencente
associados a procedimentos para correção
de um eletrodo auxiliar de corrente,
ligando-as à estrutura {simulando um
dos resultados, pode propiciar medições
medindo-se os potenciais na superfície
curto-circuito) a uma distância adequada
bastante confiáveis, superando as limitações
do solo, obtendo-se a resistência de
do sistema de aterramento.
inerentes ao método da queda de potencial.
aterramento.
no
sistema
de
medição
Aplicação do método da queda de
dos potenciais de superfície (toque e
potencial com injeção de alta corrente na
passo) importantíssima na avaliação e
medição de aterramento de subestações
Será
Fascículo
alimentadores e outros).
tratada
também
a
à
instalação
sob
ensaio,
Circuito de potencial O eletrodo do potencial consiste de uma haste metálica cravada firmemente no solo. No processo de medição, o eletrodo de
comprovação dos valores permissíveis de segurança.
Circuito de corrente O eletrodo de corrente, de modo
Método da queda de potencial com injeção de alta corrente
a partir da periferia do sistema de
geral, consiste em uma torre, um trecho
aterramento sob ensaio, fazendo-se a leitura
de uma linha de transmissão, uma malha
da tensão entre o eletrodo de potencial e o
de aterramento de subestação adjacente ou
aterramento sob ensaio com um voltímetro de alta impedância de entrada.
potencial deve ser deslocado radialmente,
O método de injeção de corrente
malha de aterramento auxiliar construída
é recomendado para a medição dos
especificamente para este fim. Para não
potenciais na superfície do solo, bem
limitar
corrente
do eletrodo de corrente (usualmente,
como da resistência de um sistema de
injetada, o eletrodo de corrente deve ter
uma LT desenergizada), o eletrodo de
aterramento particular ou impedância
uma resistência baixa, de valor compatível
potencial deve-se deslocar em uma
de um sistema de aterramento global
com o sistema de medição.
direção que faça um ângulo entre 90° e
demasiadamente
a
(envolvendo subestações com cabos para-
Para se evitar a superposição entre as
raios das linhas de transmissão, neutro de
regiões de influência, a conexão do circuito
Tendo em vista a característica física
180° em relação à direção do eletrodo de
corrente
para
evitar
possíveis
21
Apoio
acoplamentos entre os dois circuitos.
se verificar o comportamento do sistema
A resistência do sistema de aterramento
de aterramento como um todo, envolvendo
sob ensaio é a relação entre a tensão medida
não só a malha, como também os cabos
e a corrente total injetada no sistema de
para-raios, de linha de transmissão, neutros
aterramento sob ensaio.
de alimentadores, blindagem de cabos de
Para efeito da medição da resistência
potência isolados e outros que por ventura a
de aterramento, quanto maior a corrente
ela estejam ligados em condições operativas
injetada, maior a confiabilidade dos valores
normais.
obtidos devido à menor influência relativa
A única maneira direta de se fazer esta
das correntes de interferência. Entretanto,
verificação é realizar os ensaios de injeção
além das possíveis limitações da fonte de
de alta corrente com todos os caminhos de
injeção de corrente, existem os problemas
retorno ligados à malha, conforme indicado
relativos à segurança do pessoal envolvido
na Figura 1, selecionando-se uma linha de
nas medições.
transmissão como circuito de corrente.
Medições em sistemas de aterramento interligados
transmissão saindo da subestação, a rigor,
No caso de se ter várias linhas de a simulação de curto-circuito (circuito de corrente) deveria ser feita em cada
Conforme
ensaios
uma delas, verificando a influência do
aplicam-se,
acoplamento da LT com as correntes
especialmente, às malhas de aterramento
de retorno pelo solo, na distribuição de
de subestações, usinas e outros. Nestes
corrente pelos condutores da malha e,
casos, por razões práticas, de modo geral,
portanto, nos potenciais na superfície
a corrente é injetada exclusivamente entre
do solo. Contudo, devido às dificuldades
a malha e o eletrodo de corrente auxiliar.
inerentes, tal procedimento raramente é
Entretanto, muitas vezes, há interesse em
utilizado.
de
injeção
já de
citado, corrente
os
Figura 1 - Método de injeção de grandes correntes.
Apoio
Aterramento elétrico
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As correntes retomando pelos diversos caminhos do sistema de aterramento interligados (para-raios de LTs, neutros de alimentadores e outros) podem ser determinadas
diretamente
por
meio
de amperímetros para corrente eficaz. Entretanto, a corrente que retoma pela malha não pode ser determinada diretamente. Um procedimento aplicável é instalar um circuito de medição diferencial através de transformadores de corrente (TCs) nos diversos caminhos de retorno, conforme indicado na Figura 2, em que Ie é a corrente de ensaio (A); IM a corrente de malha (A); IA e IB são as correntes pelos cabos para-raios (A); e RSE é a resistência de aterramento da instalação (Ω). Devido às grandes áreas abrangidas pelos sistemas de aterramento interligados, pode ser necessária a utilização de uma das fases da linha de transmissão como circuito de potencial.
Medição de potenciais na superfície do solo É aconselhável que o levantamento dos perfis de potenciais na superfície do solo e das tensões de toque e passo seja realizado
Figura 2- Monitoração da corrente de malha.
subestações existentes com voltímetro de
partes metálicas, estruturas metálicas,
alta impedância de entrada, de modo geral,
carcaças de equipamentos ligadas ao
não inferior a 1MΩ/volt (particularmente
sistema de aterramento sob ensaio e o
adequados são os voltímetros eletrônicos).
eletrodo de potencial cravado no solo, a
Medição da tensão de toque
um metro de distância da parte metálica
Esta medição deve ser feita entre as
com injeção de alta corrente. Para medição de tensões de passo e de toque em determinados locais, como casas, edificações simples e locais em que não há suspeita de fortes correntes parasitas, também se pode introduzir a medição com terrômetro comum, deixando para o
Fascículo
fabricante a instrução para medição. Circuito de corrente O circuito de injeção de corrente deve ser estabelecido de forma análoga ao da medição da resistência de aterramento, devendo, quando necessário, receber tratamento adequado com o objetivo de possibilitar a circulação de um valor de corrente compatível com o sistema de medição. Circuito de potencial As medições de potenciais devem ser efetuadas nos pontos assinalados em projeto ou em regiões estratégicas de
Figura 3 – Medição de potencial de toque.
envolvida, conforme indicado na Figura 3.
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Aterramento elétrico
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Medição da tensão de passo No caso das tensões de passo, a tensão deve ser medida entre dois eletrodos de potencial cravados no solo e afastados de um metro, conforme indicado na Figura 4. Fonte de injeção de corrente A fonte de injeção de corrente deve ter potência e tensão adequadas para fornecer corrente suficientemente elevada de modo a reduzir os erros nas medições, devido às correntes de interferência que normalmente circulam no solo. A fonte pode ser um grupo motorgerador ou um transformador isolador (abaixador ou não) ligado a uma rede primária ou secundária de distribuição que passe nas proximidades do sistema de aterramento sob ensaio. Comentários e observações adicionais para a execução das medições em
Fascículo
subestações
Figura 4- Medição de potencial de passo.
não só por simulações teóricas como
(particularmente, as direções que se afastam
– Os cabos para-raios e contrapesos
por ensaios de campo) que as maiores
dos condutores enterrados do sistema de
de linhas de transmissão, neutros dos
tensões na superfície do solo (tensões de
aterramento e/ou as que se aproximam da
alimentadores, blindagem e capas metálicas
toque, passo e outros) surgem nas regiões
periferia).
de cabos isolados que chegam à instalação
periféricas dos sistemas de aterramento,
devem ser desconectados do sistema de
porém, o fato de as regiões periféricas
c) Cabe lembrar que, para os ensaios com
aterramento sob ensaio;
serem selecionadas como preferenciais
todo o sistema de aterramento interligado,
– Para efeito de medição dos potenciais
não significa que a região central deva ser
correntes acima de 100 A são, de modo
na superfície do solo, quanto maior for
ignorada, mas sim que pode ser pesquisada
geral, necessárias para que as tensões
a corrente injetada maiores serão as
com menor detalhe;
medidas na superfície do solo sejam da
tensões medidas e, portanto, maior a
Nota: No caso de sistemas de aterramento
ordem de volt.
confiabilidade dos valores obtidos devido à
projetados com técnicas de espaçamento não
menor influência relativa das correntes de
uniforme, em que a densidade de condutores
interferência. Entretanto, além das possíveis
é muito maior na periferia do que no centro,
As medidas devem ser referidas ao
limitações da fonte de injeção de corrente,
a região central deve também ser investigada
valor real de corrente de malha (IM),
existem os problemas relativos à segurança
com rigor, tendo em vista a possibilidade de se
determinadas para a pior condição de
do pessoal envolvido nas medições;
encontrar nesta região tensões significativas.
defeito para a terra, ou seja, a tensão real
– Para produzir tensões na superfície do
Correção dos valores de tensão medidos
durante uma falha para a terra (VR) será
solo da ordem de volt, pode-se estabelecer
b) Outro aspecto importante diz respeito
a tensão medida durante o ensaio (Ve)
como regra prática a tensão de ensaio do
à medição das tensões de toque nas partes
multiplicada pela relação entre a corrente
gerador/fonte de alimentação da ordem de
metálicas aterradas conforme indicado
de malha (IM) e a corrente de ensaio (le).
100 V;
anteriormente.
– Os locais preferenciais para medição
antemão, não se sabe em qual ponto, em
Determinação das resistências de contato
dos potenciais na superfície do solo são os
torno da parte metálica investigada, pode
pé-brita (ou solo)
descritos a seguir:
ser obtida a maior tensão, recomenda-se
Uma das investigações que pode ser
a realização de várias medições (no
realizada no ensaio de injeção de corrente
mínimo três) em direções diferentes
é a determinação da resistência de contato
a) É fato bem conhecido (e comprovado
Considerando
que,
de
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pé-brita (ou solo) bem como a tensão
Que, resolvidas, fornecem RCT:
não é exatamente a mesma que a existente
aplicada diretamente sobre a pessoa.
no caso de 3000 Ω, tendo em vista não se
Neste caso, utilizam-se dois pesos de
tratar de fonte de tensão constante, mas sim
b.3
25 kg, com uma área de contato da base de
resultado de queda de tensão provocada pela
200 cm² cada e duas resistências, uma de
dispersão da corrente pelo solo. Contudo,
1000 Ω (simulando a resistência do corpo
Nota: Na realidade, a tensão (V1K)
a aproximação considerada é, para fins
humano) e outra de 3000 Ω, conforme
aplicada com uma resistência de 1000 Ω
práticos, admissível.
montagem indicada na Figura 5. Para melhorar a resistência de contato peso-brita é comum utilizar-se um feltro umedecido em água. Além disso, é interessante fazer a investigação com a brita primeiramente seca e depois molhada no ponto de medição. A tensão que surge sobre a "pessoa" é a tensão medida nos terminais da resistência de 1000 Ω (V1K) . Para a determinação da resistência de contato peso-brita (RCT simulando a tensão de toque e RCP simulando a tensão de passo), são necessárias duas medições: com a resistência de 1000 Ω e com a resistência de 3000 Ω. Reportando-se aos circuitos equivalentes representados na Figura 5, as seguintes relações podem ser obtidas: a) No circuito para a tensão de toque obtêm-se:
a.1
a.2
Que, resolvidas, fornecem RCT:
S = solo F- Feltro embebido em água e sal L – 1,0 metro para tensão de passo
B – pedra britada (brita) P -peso de 25 kg. V – voltímetro eletrônico
a.3 Figura 5 - Medição das tensões de toque e passo.
b) No circuito para a tensão de passo obtêm-se:
b.1
b.2
*Carlos Alberto Sotille é engenheiro eletricista, mestre em Ciências pela Coppe/UFRJ e pesquisador. Atualmente, é diretor técnico da Sota Consultoria e Projetos Ltda. e membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em aterramento elétrico de subestações C.A.”, do Cobei. Luis Alberto Pettoruti é engenheiro eletricista e eletrônico e pesquisador. Atualmente, é sócio fundador e diretor técnico da Megabras. É ainda membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em Aterramento elétrico de Subestações C.A.” do Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações (Cobei). Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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Ensaios em instalações elétricas industriais
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Por Diogo de Souza Prado, Diogo Biasuz Dahlke, Luís A. Gamboa, Pedro Biasuz Block, Daniel dos Anjos Martins, Fernando Avelar Filho e Lucas Santos Borges*
Capítulo VIII Compatibilidade eletromagnética no setor industrial A
expressão
Compatibilidade
A interferência conduzida ocorre através do
• (61000-1) – Generalidades, definições,
Eletromagnética (EMC) pode ser definida
meio que transporta o sinal (condutores),
terminologia e considerações gerais;
como a capacidade de equipamentos ou
enquanto a interferência radiada se propaga
•
dispositivos eletroeletrônicos funcionarem
pelo ar.
equipamentos deverão ser instalados;
–
Ambiente
onde
os
de maneira satisfatória em seus meios,
Testes de imunidade são realizados
sem ocasionar ou sofrer interferências
para verificar a susceptibilidade de um
perturbações eletromagnéticas;
eletromagnéticas.
determinado produto quando exposto
• (61000-4) – Execução de ensaios e
a
medidas;
interferências
A
ocorrência
eletromagnéticas
de
(EMI)
perturbações
eletromagnéticas.
• (61000-3) – Limites e níveis de
está diretamente relacionada com a EMC.
As
Problemas de EMI dependem de três
diretamente ligadas ao tipo de acoplamento
situações conjuntas. Deve existir uma fonte
utilizado, como imunidade a campos
responsável pela geração da perturbação
eletromagnéticos radiados, imunidade a
Dentre as normas pertencentes ao
eletromagnética, um trajeto por onde as
perturbações na entrada de alimentação,
subgrupo IEC 61000-4, vale a pena destacar
perturbações são propagadas e um receptor.
imunidade a perturbações conduzidas e
as seguintes:
O receptor pode ser um dispositivo ou
imunidade a descargas eletrostáticas.
equipamento
Fascículo
(61000-2)
sensível
à
perturbações
ocasionadas
estão
• (61000-5) – Instalação e atenuação; • (61000-6) – Normas gerais e produto.
perturbação
Ensaios de emissão e ensaios de
eletromagnética, que pode ocorrer por meio
imunidade possuem limites estabelecidos
descargas eletrostáticas;
de condução, radiação, ou acoplamentos
por normas a fim de preservar a integridade
• 2. IEC 61000-4-3 – Teste de Imunidade
capacitivos e indutivos. Conforme suas
e segurança de equipamentos, sistemas e
a perturbações radiadas, induzidas por
características, o receptor será suscetível ou
pessoas.
campos de radiofrequência;
não aos efeitos ocasionados pelos sinais da fonte.
Emissão e imunidade
Principais normas EMC
• 1. IEC 61000-4-2 – Teste de imunidade a
• 3. IEC 61000-4-4 – Teste de imunidade a transientes elétricos rápidos; • 4. IEC 61000-4-5 – Teste de imunidade a
Entre as normas de compatibilidade
impulso combinado;
eletromagnética destacam-se as da IEC
• 5. IEC 61000-4-11 – Teste de Imunidade
Os testes de EMC podem ser divididos
(Comissão Eletrotécnica Internacional) e
a quedas, variações e interrupções rápidas
em dois principais grupos: testes de emissão
do CISPR (Comitê Internacional Especial
de tensão.
e testes de imunidade. Testes de emissão
de Perturbações Radioelétricas). As normas
têm como objetivo principal verificar o
publicadas pela CISPR são diretamente
quanto um determinado equipamento
relacionadas a interferências conduzidas e
emite perturbações eletromagnéticas. As
radiadas. As principais normas pertencentes
perturbações ocasionadas podem estar
à série IEC 61000 apresentam as seguintes
presentes na forma conduzida ou radiada.
informações:
Ensaios EMC Imunidade a descargas eletrostáticas O ensaio de imunidade a descargas eletrostáticas (ESD), conforme a norma
Apoio
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IEC 61000-4-2, tem como objetivo avaliar o desempenho de equipamentos elétricos submetidos (descarga
a
descargas
inesperada
de
eletrostáticas eletricidade
estática), seja por aplicações diretas (por contato e pelo ar) ou por aplicações de descargas indiretas (via plano de acoplamento vertical e via plano de acoplamento horizontal). A Figura 1 ao lado mostra o setup utilizado na realização dos ensaios. Para os ensaios de descarga direta por contato, as aplicações das descargas são realizadas nas superfícies condutoras do equipamento. Para as aplicações de descargas diretas pelo ar, as aplicações são realizadas aproximando o gerador de descarga eletrostática à superfície isolante. Para as aplicações indiretas via plano
Figura 1 – Setup – Ensaio de descarga eletrostática.
de acoplamento vertical, as aplicações
Para as aplicações indiretas via plano de
eletrodo de descarga por contato. O ensaio
são efetuadas paralelamente à chapa de
acoplamento horizontal, as aplicações
é
alumínio que está na orientação vertical,
são efetuadas paralelamente à chapa de
positiva e negativa.
presa por um material não condutor, por
alumínio que se encontra na orientação
A execução do ensaio utiliza uma tabela
meio do eletrodo de descarga por contato.
horizontal fixada na mesa, por meio do
de níveis de severidade, que define os níveis
realizado
aplicando-se
polarizações
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Ensaios em instalações elétricas industriais
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de aplicação. Os níveis de severidade vão de 1 a 4, sendo o nível 1 realizado com 2 kV para aplicações por contato e pelo ar. O nível mais elevado (nível 4) define aplicações com 8 kV para aplicações por contato e 15 kV para aplicações pelo ar. A Figura 2 apresenta a forma de onda para as descargas eletrostáticas. Imunidade a quedas, variações e interrupções rápidas de tensão O ensaio de imunidade a quedas, variações e interrupções rápidas de tensão atende à norma IEC 61000-4-11. Esta norma tem o objetivo de estabelecer uma referência comum para avaliar a imunidade de
equipamentos
eletroeletrônicos
conectados a redes de alimentação de baixa tensão, quando estes são submetidos a quedas de tensão, interrupções curtas e variação de tensão. Este modelo é aplicado a equipamentos que apresentam corrente nominal inferior a 16 A por fase, para conexões de redes de 50 Hz ou 60 Hz. Para a realização deste ensaio, o equipamento deve ser testado com uma sequência de três quedas/interrupções com um intervalo mínimo de 10 s entre elas. Para interrupções rápidas, a posição defasagem angular deve ser definida. Caso contrário, a recomendação é utilizar 0º. Para o ensaio referente à variação de tensão, o equipamento é testado para cada
Figura 2 – Forma de onda – Ensaio de descargas eletrostáticas.
de transmissão, entre outras situações.
características, também pode ser realizada
Devido às consequências em equipamentos
nas entradas de sinais.
e demais produtos ligados à mesma rede, há
Para a realização dos testes utiliza-se
necessidade de testar a suportabilidade do
uma tabela com níveis de severidade, que
produto perante estas perturbações.
vão de 1 a 4, sendo o nível 1 realizado com
O ensaio de imunidade a transientes
0,5 kV para portas de alimentação e plano
elétricos rápidos (sequência de um número
de terra, e 0,25 kV para entradas de sinal
limitado de pulsos distintos ou uma
e controle, enquanto o nível mais elevado
oscilação de duração limitada), realizado
(nível 4), com aplicações de 4 kV para as
conforme a norma IEC 61000-4-4, consiste
portas de alimentação e plano de terra, e
na aplicação repetitiva de transientes
2 kV para entradas de sinal. Para todos
elétricos rápidos no objeto de teste. A
os níveis de aplicação, a frequência de
aplicação é realizada durante o período
repetição corresponde a 5 kHz ou 100 kHz.
de um minuto com polaridade positiva e
A Figura 3 demonstra as características
negativa em cada combinação da entrada de
de um pulso e do seu respectivo trem de
alimentação do produto e, conforme suas
pulsos.
variação de tensão especificada, realizada três vezes dentro de um intervalo de 10 s. Para a correta sequência do ensaio, a
Fascículo
tabela com os níveis de severidade que deve ser utilizada como referência. Os níveis de severidade vão de 1 a 4, com afundamentos de 20% até 100% da amplitude, e interrupções de 0,5 até 300 ciclos, conforme condições descritas na norma. Teste de imunidade a transientes elétricos rápidos Transientes elétricos rápidos (burst) podem ser causados por acionamentos e chaveamentos de equipamentos, como: relés, disjuntores, motores, inversores de frequência, operação de manobra na rede
Figura 3 – Forma de onda. Ensaio de transientes elétricos rápidos.
Apoio
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Ensaios em instalações elétricas industriais
30
Ensaio de imunidade ao impulso combinado As
descargas
atmosféricas
são
descargas elétricas que ocorrem entre nuvens carregadas e o solo, possuem elevada energia e são responsáveis pela propagação de surtos de tensão e surtos de corrente na rede elétrica. Os surtos ocasionados são conduzidos pela rede elétrica, podendo chegar diretamente à entrada de alimentação de equipamentos eletroeletrônicos. O ensaio de imunidade ao impulso combinado, conforme a norma IEC 61000-4-5, é realizado para verificar a imunidade de equipamentos perante a ocorrência de descargas atmosféricas. O teste consiste na aplicação de impulso
Figura 4 – Forma de onda. Circuito aberto.
combinado de tensão e corrente. O ensaio é realizado aplicando 5 impulsos com polaridade positiva e 5 impulsos com polaridade negativa sincronizados com a rede de alimentação e intervalos prédefinidos de no mínimo 60 segundos. Para o correto procedimento do ensaio, uma tabela com os níveis de severidade é utilizada como referência. Os níveis de severidade vão de 1 a 4. No nível 1 aplica-se 0,5 kV entre fase e terra. No nível mais elevado (nível 4), aplicam-se 4 kV entre fase e terra e 2 kV entre fases. O formato de onda de tensão para as aplicações é de 1,2/50 µs para circuitos abertos e 8/20 µs para circuitos fechados.
Figura 5 – Forma de onda. Circuito fechado.
As Figuras 4 e 5 apresentam as formas de
elétrica, cuja duração esteja entre um ciclo
as características da operação do sistema
onda mencionadas.
de 60 Hz e um minuto. Porém, nem sempre
elétrico, tais como manobras de rede ou
os
normatizados
energização de equipamentos, podem
podem abranger as solicitações mais
afetar a instalação. Falhas de equipamentos
severas de um equipamento, especialmente
no sistema e influências ambientais, como
em máquinas de grande porte e instalações
curtos-circuitos devido à vegetação alta ou
mais complexas.
descargas atmosféricas, podem ter relação
Fascículo
Casos ilustrativos Caso 1 – Problema típico de VTCD No setor industrial existem tecnologias
ensaios
laboratoriais
de equipamentos cujo funcionamento
Os distúrbios podem ter origem
pode ser afetado por variações de tensão
diversificada e a real causa pode exigir
de curta duração – VTCDs. Este é um
uma investigação minuciosa, por meio de
prestadas pelos Institutos Lactec para o
tema de grande relevância, pois, a simples
analisadores de energia com capacidade
setor industrial foi possível identificar o
parada de um equipamento pode acarretar
para registrar os eventos e o levantamento
impacto causado principalmente devido à
em prejuízos de elevado valor financeiro,
de características externas para estudar
frequente ocorrência de afundamentos na
como perdas de produção e danos em
prováveis correlações. Em determinadas
tensão.
equipamentos, entre outros.
situações, as características de operação da
Em uma indústria de grande porte
O termo VTCD, tratado na IEC 61000-
indústria podem ser as responsáveis pelos
com uma grande quantidade de processos
4-11, engloba distúrbios na rede de energia
distúrbios gerados. Em outras situações,
automatizados foram verificados dois pontos
com determinados eventos. Recentemente,
em
consultorias
Apoio
principais de grande fragilidade, que eram
de inversores de frequência, os diodos
do barramento cair até o ponto de trip
diretamente afetados por afundamentos
retificadores poderão não conduzir se
antes da tensão retornar, então, o circuito
de tensão. O primeiro deles referia-se à
o pico da tensão cair abaixo da tensão
de controle irá responder tipicamente
sensibilidade da alimentação do sistema de
do barramento. Se o inversor estiver
com o desligamento do inversor. A Figura
CLPs. Conforme a amplitude e a duração dos
controlando uma carga, a energia será
6 apresenta alguns afundamentos típicos
eventos, ocorria o reinício ou o desligamento
drenada pelos capacitores, o que reduzirá
registrados durante a campanha de medição
do software de controle, que, dependendo
a tensão do barramento. Se a tensão CC
realizada.
do instante do processo produtivo, chegava a demandar períodos superiores a uma hora para a reinicialização do sistema, causando prejuízos significativos. Já no sistema motriz desta indústria eram registrados desligamentos e avarias diversas como a quebra de rolamentos de equipamentos. Em sistemas motrizes, os afundamentos podem gerar perda da magnetização do motor e consequentemente redução da velocidade e torque. No reestabelecimento da tensão, os impactos podem ter severidade variada dependendo da duração, das características do motor, de sua condição de carregamento, entre outros fatores. Nos sistemas acionados por meio
Figura 6 – Exemplos de registro de VTCDs.
31
Apoio
Fascículo
Ensaios em instalações elétricas industriais
32 No
estudo
mitigação
em
dos
para
repentinas no processo de medição e
do transformador de entrada a cada 5 V.
observados
consequentemente perda da amostra e
Porém, mesmo com o posicionamento
dados dos ensaios.
da UPS, não foi verificada a extinção de
questão,
danos
foi recomendada a possibilidade de investimento em sistemas UPS para
Durante o reconhecimento do local
alimentação ininterrupta dos sistemas
foi verificada a tentativa de mitigação
O monitoramento do fornecimento
de controle.
do problema por parte da empresa, sem
de energia através de analisadores e
Em relação aos sistemas motrizes,
sucesso até então. Dentre as tentativas
osciloscópios
pode surgir a necessidade de uma análise
adotadas pela empresa, uma foi através
série de eventos, dentre eles, muitas
minuciosa. Para tanto é necessário
de uma UPS para alimentação do
perturbações em relação ao neutro
o
informações,
equipamento sensível. O equipamento
devido à característica não linear da
conhecimento sobre o processo, assim
de ensaio era sensível e demandava
carga do setor produtivo da indústria,
como acompanhamento do fabricante,
uma grande corrente, que, por sua
que afetava o fornecimento da energia
que poderá oferecer soluções especificas
vez, era aplicada à amostra sob ensaio
do laboratório.
para mitigação do problema, como filtros
para desencadear a reação química
A inclusão de um transformador
ou ajustes em parâmetros do inversor.
necessária e analisar os componentes
isolador na alimentação do circuito da
gasosos gerados. Ocorria que em um
carga sensível, assim como as correções
primeiro momento, pela falta de espaço
de problemas identificados na filosofia
realizado
no laboratório, a UPS foi instalada
de aterramento, tais como loops de
pelos Institutos Lactec foi investigado
muito afastada do equipamento, o que
aterramento,
o
de
prejudicava o fornecimento do nível
anormalidades detectadas.
uma
correto de tensão nominal de entrada do
indústria que são responsáveis por aferir
equipamento devido à queda de tensão
a qualidade dos produtos produzidos.
no circuito. Os manuais do equipamento
Durante
realizada
mostraram sua alta vulnerabilidade à
atenuação de campos magnéticos para
foram detectados diversos fatores que
tensão de entrada devido à precisão
mitigar efeitos danosos em instrumentos
contribuíam com a instabilidade das
exigida no controle da corrente injetada
sensíveis. Quando a fonte é de frequência
leituras durante os ensaios. Em alguns
no ensaio. Devido a esta sensibilidade, o
industrial, as técnicas de blindagem
casos esta situação provocava paradas
ajuste fino é conseguido através do tap
podem ser onerosas e de difícil execução,
levantamento
de
Caso 2 Num
estudo
funcionamento
equipamentos
a
recente
anormal
laboratoriais
investigação
de
todas as anormalidades.
também
revelou
permitiram
sanar
uma
as
Caso 3 Existem
Figura 7 – Distâncias entre as fases e o ponto P (alvo) de LD convencional vs LD compacta de 13,8 kV (linha tracejada).
diversas
técnicas
de
Apoio
33 especialmente se o instrumento sensível
convencional, próximo. Ver Figura 7.
é de grande porte. Além disso, a escolha
O campo magnético total distante,
dos materiais de alta permeabilidade
BT, resultante de uma LD convencional
para o projeto de uma blindagem
(com fases afastadas entre si de 0,6, 1,2 e
eficiente
uma
1,8 m) é maior que o gerado com as fases
permeabilidade inicial (para campos de
próximas de uma LD compacta (com
baixa intensidade) também elevada. Isto
fases afastadas entre si por ~ 0,2 m). Os
é particularmente importante quando o
cálculos mostraram que ao se mudar
campo que afeta o instrumento sensível
a rede convencional para compacta, o
é moderado ou baixo, como o gerado por
campo gerado por uma corrente típica
LDs a distâncias de dezenas de metros,
de 200 A, até a posição do MEV, seria
que estão na faixa de dezenas de nT até
atenuado várias vezes: de 0,23 uT para
algumas dezenas de μT.
0,025 uT, ou seja, em torno de 95%.
pode
precisar
de
Em certos casos, como o de uma
Esta mudança foi efetuada pela
sala do Lactec, em que foi instalado um
concessionária e os resultados foram
Microscópio Eletrônico de Varredura
satisfatórios,
(MEV), com capacidade de ampliação
capacidade plena do MEV.
de 500.000 vezes, o campo magnético de fundo limitaria sua operação correta, segundo o fabricante, a, no máximo, 200.000 vezes. Medições de campos de 60 Hz indicaram que a principal fonte geradora era um alimentador aéreo de 13,8 kV, rede
permitindo
usar
*Daniel dos Anjos Martins é engenheiro mecatrônico, coordenador do laboratório de compatibilidade eletromagnética nos Institutos Lactec, em Curitiba, PR. Diogo de Souza Prado atua como técnico eletricista nos Institutos Lactec
a
no laboratório de compatibilidade eletromagnética, em Curitiba, PR. Fernando Avelar Filho atua como estagiário nos Institutos Lactec no laboratório de compatibilidade eletromagnética, em Curitiba, PR. Lucas Alberto Santos Borges atua como estagiário nos Institutos Lactec no laboratório de compatibilidade eletromagnética, em Curitiba, PR. Diogo Biasuz Dahlke é pesquisador do Institutos Lactec na área de sistemas de aterramentos, em Curitiba, PR. Luis A. Gamboa é pesquisador da R. Aguiar Treinamentos e Energia Ltda e realiza pesquisas e treinamentos na área de sistemas de aterramento, em parceria com o Institutos Lactec, em Curitiba, PR. Pedro Block é pesquisador do Institutos Lactec na área de qualidade de energia, em Curitiba, PR. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Por Maurício Casotti e Eduardo Peixoto*
Internet das Coisas
34
Capítulo VIII O mundo será das plataformas No setor elétrico, idem!
As cidades representam três quartos do consumo de energia e 80% das emissões de CO2 em todo o mundo – o que representa o maior desafio de
Marc
Andreessen,
milhões de usuários e a Netflix transmitia dois bilhões de horas de conteúdo por trimestre.
cofundador
Em
paralelo
a
esses
notórios
qualquer política ambiental. As taxas
do primeiro navegador de internet,
exemplos de como o mundo dos negócios
de urbanização só aumentam: hoje, as
disse, há seis anos, que “o software está
estava sendo absorvido pelo software,
cidades abrigam metade da população
comendo o mundo". A declaração de
outros modelos ainda mais disruptivos
mundial, mas precisam estar preparadas
Andreessen parece mais verdadeira a
se desenvolviam silenciosamente.
para hospedar três quartos da população,
cada dia: as tecnologias digitais, depois
O Uber foi fundado em 2009 e
em 2050.
de revolucionar o setor de tecnologia da
lançou seu serviço em 2010. Fora uma
Para
Fascículo
Os novos caminhos não são óbvios
enfrentar
esse
crescimento
informação, agora estão transformando
pequena, mas leal comunidade de pilotos
urbano contínuo, é preciso criar novas
todos
e os motoristas de limusine do aeroporto
maneiras de gerenciar as cidades e de
infraestrutura ao setor de energia.
os
setores
econômicos,
da
local em São Francisco, poucas pessoas
torná-las mais efetivas. A convergência
Isso não significa, porém, que toda
sabiam o que era o Uber em 2011. Da
entre a tecnologia digital e o mundo da
empresa precisa se tornar uma empresa
mesma forma, Airbedandbreakfast.com
energia abrirá caminho para um novo
de software – mas que deve começar a
(mais tarde renomeado para Airbnb)
ecossistema de serviços, que permitirá
pensar e agir como uma. Essa mudança
foi fundado em 2008, mas só chegou a
uma melhor qualidade de vida e um
não é trivial para a grande maioria das
um milhão de usuários em 2014. Hoje,
consumo mais inteligente de energia.
empresas estabelecidas e esse é o motivo
é difícil imaginar se deslocar ou se
As mudanças têm origens diversas,
pelo qual temos visto o nascimento de
hospedar em cidades movimentadas sem
de demográficas a tecnológicas. Mas o
startups em diversos setores, aplicando
esses dois serviços.
maior impacto é esperado nos modelos
esse novo modo de pensar e agir.
A transformação digital avança e
de negócios. Produtos habilitados e
Para exemplificar a força dessa ideia,
produz inovações na direção de modelos
intensos em software deverão se tornar a
vale lembrar como estava esse cenário
de produção mais distribuídos e eficientes
base do provimento de serviços, muitos
em 2011, quando Andreessen cunhou
e de um consumo mais sustentável. No
deles (como Uber e Airbnb) baseados em
essa frase. A Amazon já existia há uma
setor elétrico, por exemplo, abre-se espaço
plataformas de colaboração, nas quais
década, o iPhone tinha quatro anos e
para a microgeração (com a tendência de
os ativos para prestação dos serviços
a App Store tinha três, gerando US$
crescimento do número de consumidores
pertencem
2,5 bilhões em receita para milhões de
produzindo sua própria energia), a
desenvolvedores. O Facebook tinha 845
tecnologia para controlar o consumo de
aos
funcionários).
colaboradores
(não
Apoio
energia em edifícios e dispositivos que se
com fluxos de receita estável projetados
informações e personalizassem seus
comunicam para uma tomada de decisão
para alguns anos a frente, isso é ótimo.
conteúdos,
mais inteligente ou personalizada - como
Significa que a empresa pode iniciar
possibilitam a autoprodução de energia
sensores de temperatura e de qualidade
a transformação imediatamente e que
e a personalização de usos e consumo de
do ar, medidores inteligentes e luminárias
pode ter alguns anos para aprimorá-la.
energia.
de Led que podem controlar as cores e
Essa é uma ótima circunstância, mas,
Uma boa maneira de exemplificar
a intensidade da iluminação. Esses são
mesmo nessa situação, a velocidade e
esse ponto é voltando aos exemplos do
exemplos da tecnologia que está mudando
a capacidade de testar e integrar serão
Uber e do Airbnb, que se apoiaram no
a maneira como usamos energia.
fundamentais. Para se mover rápido, é
aumento de novas plataformas como
preciso concentrar-se nas capacidades
Cloud - o iPhone e a App Store, o Android,
do core business e trabalhar abertamente
o Google Play e o Google Maps e a AWS.
no ecossistema que o cerca.
A partir delas, construíram negócios que
O início da transformação
as
novas
tecnologias
Apesar de os caminhos não serem
Escolher o que não fazer é tão
desmantelaram o setor de transportes
óbvios, os motivos de não serem triviais
importante quanto escolher o que fazer.
e reinventaram a hospedagem. Uber
são. Para uma empresa tradicional, a
Esse novo cenário exige uma estratégia
e Airbnb entenderam que inovações
transição para atuar nesse novo cenário
centrada no cliente e, mais ainda, na
incríveis geralmente emergem apenas
implica um esforço enorme.
experiência que ele tem com a empresa
nos momentos em que parece que tudo
e suas ofertas.
foi alterado e alcançamos o novo normal.
É
necessário
capacidades,
adquirir
reestruturar-se
novas em
Da mesma forma que a revolução da
torno delas, restabelecer as relações e
TI foi impulsionada pelas necessidades
expectativas dos clientes, parceiros e
dos consumidores, a revolução em outros
fornecedores, adequar a Infraestrutura.
setores também o será. Assim como blogs,
A lista é longa e árdua.
redes sociais e plataformas de vídeo
No caso de um negócio saudável,
permitiram que as pessoas produzissem
Plataformas multilaterais – um modelo em ascensão Grandes
segmentos
de
mercado
estão sendo invadidos e conquistados
35
Apoio
Internet das Coisas
36 em questão de meses, com a utilização
exemplo, capacidade de produzir imagens
avançam, ainda persistem, para o setor
de recursos tradicionais. Talvez a maior
com as câmeras dos smartphones. Mas
de energia, grandes barreiras a serem
mudança seja a forma de transferência
também consomem valor suprido por
removidas. De um lado, temos a falta de
de valor entre oferta e demanda. O
um conjunto de desenvolvedores que
um padrão aberto e de facto, que permita
modelo tradicional trabalha em arranjos
produz conteúdo para a plataforma que
a coleta de dados e a criação de um
sequenciais para criação e transferência
estende as suas funcionalidades - ou seja,
ecossistema de fornecedores distribuídos
de valor – na maioria dos casos, existem
os apps.
de soluções. Por outro, o serviço prestado
diversos elos entre os consumidores e os produtores. O
modelo
multilaterais
vem
de
plataformas
sendo
adotado
seu impacto para a sociedade e demais setores
produtivos
é
extremamente
crítico. Estas características impõem
mais e mais, em diferentes setores da
para o setor restrições ao acesso e
economia, e tem se mostrado poderoso
Um dos pontos chave para que as
compartilhamento de informações, que
por seu potencial de escalabilidade.
plataformas multilaterais potencializem
se refletem diretamente no desenho
Não faltam exemplos de setores outrora
a disrupção dos diversos setores é
de soluções: privacidade e segurança
bastante estáveis, e com atores muito
a
informação
de dados são assuntos imediatos, que
bem definidos, que hoje enfrentam
operacional. Por exemplo, as crescentes
precisam ser suportados pelos padrões
plataformas como concorrentes.
iniciativas
digitalização de
da
sua
setor
adotados no setor e considerados desde
O Airbnb, sem ter um único hotel,
(elétrico) e as novas tecnologias de
o início do desenvolvimento de qualquer
é um gigante ativo em 119 países, onde
Internet das Coisas (IoT) habilitam este
aplicação.
lista mais de 500 mil propriedades – de
setor como um dos alvos das plataformas.
A eliminação dessas barreiras é
O volume de dados gerados nos
um fator fundamental para viabilizar
pequenos apartamentos até consideráveis
Fascículo
pelo setor é de enorme importância e
A ampliação do potencial de ganho por meio da Internet das Coisas
de
automação
geração,
do
castelos, que, ao todo, acomodam mais
processos
transmissão,
a integração de diferentes sensores e
de 10 milhões de hóspedes. Seu valor,
distribuição, comercialização e consumo
sistemas, a análise de dados, o uso de
de mais de US$ 10 milhões, supera o das
de energia é gigantesco e, sem sombra
machine learning e as simulações da rede
maiores cadeias de hotéis no mundo.
de dúvida, a análise desses dados
em tempo real. Em resumo, permitirá ao
O Uber, um serviço de transporte com
traz potenciais ainda não claramente
setor elétrico experimentar a dinâmica
carros baseado em smartphones, atua
identificados.
é
de criação de soluções e o florescimento
em mais de 200 cidades no mundo, sem
que, hoje, a maioria desses dados é
de novos negócios e serviços que outros
possuir um único carro, e vale US$ 50
desprezada por não haver integração dos
setores já experimentam.
bilhões. O Alibaba, um gigante do varejo
vários sistemas - ou seja, entre os vários
baseado na China, trabalha com 1 bilhão
elos dessa cadeia de valor.
O
grande
desafio
Conclusão
de produtos diferentes, sem ter um único
Os avanços da eletrônica, permitindo
item em seus estoques. O Facebook, com
a miniaturização e o bateamento de
A lição para todos os setores da
mais 1,5 bilhão de visitantes regulares,
sensores - dos mais simples até os mais
economia, incluindo o setor elétrico,
estima US$14 bilhões em receitas anuais
complexos -, a conectividade pervasiva e
é que a transformação digital não só
de propaganda, sem produzir uma única
a baixo custo, fazendo com que os dados
tornará os setores mais eficientes, mas
peça de conteúdo original.
coletados não fiquem mais isolados, a
os habilitará a fornecer novos serviços e
Cada plataforma tem sua forma
redução dos custos de armazenamento
a crescer em plataforma, com reduzido
própria de operar, atrair usuários e
e processamento dos dados em cloud,
investimento em novos ativos. Para
criar valor na integração entre eles,
permitindo
que
os empreendedores, fica o dever de
mas estes elementos básicos podem ser
complexos
sejam
o
descobrir e realizar não somente o que
reconhecidos em todas elas.
surgimento de plataformas abertas, que
podemos fazer melhor agora, mas sim
modelos
analíticos
processados,
e
No caso da indústria de smartphones,
possibilitam o desenvolvimento ágil de
o que fazer agora que não era possível
por exemplo, vale olhar as duas maiores
aplicações que trabalhem com dados
antes.
plataformas – iOS, da Apple, e Android,
reais, estão abrindo novas possibilidades
da Google. Usuários que adotam uma
antes inviáveis.
O CESAR (www.cesar.org.br) e o CPqD (www.cpqd.com.br) trabalham
destas plataformas podem consumir
Enquanto a tecnologia habilita a
em conjunto no desenvolvimento de
valor na própria plataforma - por
transformação e os modelos de negócios
uma plataforma aberta para acelerar a
37
adoção da Internet das Coisas no Brasil e contribuir para eliminar as barreiras de interoperabilidade e permitir o desenvolvimento de aplicações seguras.
Referências: 1. Platform Revolution – How networked markets are transforming the economy – and how tom make them work for you (2016). Geoffrey G. Parker, Marshall W. Van Alstyne, e Sangeet Paul Choudary. 2. IoT - Uma Estratégia para o Brasil (2016). Peixoto, E. et al. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0Br58IACgTVsLVdmMHh5Z2U0Y1k/view 3. IoT Inc. How Your Company Can Use the Internet of Things to Win in the Outcome Economy (2017). Bruce Sinclair. 4. KNoT Network of Things (2016). Barros, T. et al. Disponível em: https:// www.knot.cesar.org.br/ *Eduardo Peixoto é mestre em comunicação de dados com distinção pela Technical University of Eindhoven-Holanda e pós MBA pela Kellog School of Management, Evanston-EUA. Há 30 anos atua na área de tecnológica da informação e comunicação, tendo trabalhado na Holanda, Suíça e Brasil, em empresas como Nederlandse PHILIPS Bedrijven B.V., ASCOM Business System AG e CESAR, respectivamente. Peixoto é fundador do capítulo do PMI em Recife, palestrante do Recife Summer School e consultor de inovação em empresas e instituições como Saraiva, Fiat, SSB, Unilever, Elcoma, Iron House e ANPROTEC. Atualmente, é o Executivo Chefe de Negócios do CESAR. Maurício Casotti é graduado em matemática pela Unicamp e MBA Executivo com concentração em Gestão de Empresas e Complementação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Com experiência de 31 anos na área de Tecnologia da Informação e Comunicações atuando em diversas frentes desde o desenvolvimento de software, gestão de projetos, vendas e marketing. Trabalha, atualmente, na área de marketing com foco Internet das Coisas e Transformação Digital. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@ atitudeeditorial.com.br
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
38
Por Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz*
Capítulo VIII Etapas de projeto e requisitos relacionados à manutenção Este capítulo apresenta as principais
instalação.
etapas para a implantação de projetos de
das
capital e sua correlação com a estratégia de
alternativas de investimento e produção.
fundamental que, na fase 4, em que o
manutenção.
São fases estritamente vinculadas às
projeto básico já deve estar minimamente
estratégias de negócio das empresas, não
definido, sejam realizados estudos de
tendo relação alguma com as políticas de
confiabilidade, como a modelagem RAM
manutenção. Nestas fases são realizados
(Reliability, Availability e Maintainability)
os estudos de viabilidade técnica e
a fim de identificar eventuais problemas
econômica
no processo ainda na fase de projeto.
Fases de implantação de um projeto A implantação e a operação de um projeto contemplam dez fases básicas,
Fascículo
As fases 1 e 2 tratam da identificação oportunidades
e
e
tomadas
seleção
as
das
primeiras
decisões sobre o negócio.
Para
a
manutenção,
é
O objetivo da análise RAM é avaliar
conforme apresentado na Figura 1. As
Já as fases 3 (projeto conceitual) e 4
o desempenho de um equipamento
fases de 1 a 8 e a 10 pertencem à categoria
(projeto básico) tratam, principalmente,
ou sistema através da definição e da
de investimento chamada CAPEX (Capital
das especificações referentes aos sistemas
melhoria dos equipamentos críticos para
Expenditure) e transcorrem em cerca
de
que o sistema atinja a disponibilidade
de 2 a 6 anos. A fase 9, chamada OPEX
as tecnologias a serem aplicadas, as
(Operational Expenditure) dura, em geral,
possibilidades
no
Para a realização da análise RAM é
de 25 a 30 anos.
processo e os principais equipamentos da
necessário um levantamento dos modos
Figura 1 – Fases de um empreendimento de capital.
produção,
definindo, de
sobretudo,
simplificação
necessária.
Apoio
de falha dos equipamentos que causam
garantir um nível de produção mais
fundamental, visto que os requisitos
perda para o sistema estudado, o
elevado. O modelo elaborado na fase 4
de operação e manutenção deverão ser
histórico de falhas e o tempo necessário
deverá ser refinado nas fases seguintes,
definidos. Dentre as principais atividades
para reparar cada modo de falha. O
incorporando
dessa etapa, destacam-se:
segundo passo dessa análise é modelar
do projeto, na medida em que ele for
o sistema segundo a metodologia do
sendo detalhado e, posteriormente, as
• A atualização do modelo RAM,
diagrama de blocos, que representa cada
informações relativas às intervenções de
incorporando as informações do projeto
equipamento considerado no sistema
manutenção.
detalhado;
maiores
informações
em série ou em paralelo, dependendo da
Outro ponto de atenção em relação
lógica de perda gerada para o sistema.
à manutenção refere-se à utilização de
preliminar de manutenção, com o objetivo
O terceiro passo é a simulação direta,
protótipos ou de equipamentos ainda não
de definir a equipe mínima necessária;
que descreve o comportamento do
consolidados no mercado, que devem ser
• Seleção do software de manutenção
sistema ao longo do tempo segundo
criteriosamente avaliados, visto que, em
(CMMS - Computerized Maintenance
as características de falha e reparo de
geral, não possuem históricos de falhas
Management System) a ser utilizado, caso
cada equipamento, dando o resultado
que permitam avaliar sua eficiência e
a empresa ainda não o tenha definido em
de disponibilidade final do sistema,
desempenho. Isto pode, inclusive, gerar
projetos anteriores;
sendo possível observar a contribuição
parâmetros equivocados de falhas para o
• Definição da estratégia de operação e
no percentual de perdas de cada
modelo RAM e acarretar em resultados
manutenção;
equipamento no sistema.
imprecisos e incoerentes de eficiência.
• Definição dos contratos de serviços de
A
realização
permitirá
do
estudo
RAM
eficiência
A fase 5 refere-se à etapa de
da
carga
de
trabalho
manutenção;
detalhamento do projeto, a fim de atender
• Definição dos requisitos para gestão de
planta e recomendar ações para a sua
às premissas do projeto básico e aos
sobressalentes;
melhoria como, por exemplo, investir
requisitos legais pertinentes.
• Definição dos requisitos para operações
equipamentos
a
Definição
da
em
estimar
•
redundantes
para
Para a manutenção, esta é uma etapa
integradas.
39
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
40
A
partir
da
fase
5
inicia-se
nível de criticidade: altíssima. O objetivo
equipamentos, a fim ajustar eventuais
efetivamente o projeto de implantação do
é priorizar os equipamentos críticos de
planos de manutenção que não estão
planejamento da manutenção com foco
segurança operacional, definidos como
bloqueando a ocorrência de falhas nos
na fase operacional (fase 9). Nesta fase
salvaguardas nos estudos de risco ou
equipamentos.
deverão ser definidos os cronogramas
que se enquadram como equipamentos
de implantação do planejamento da
pertencentes
manutenção e também as diretrizes a
segurança operacional.
serem utilizadas nas fases seguintes.
a
sistemas
críticos
de
A
etapas
de
construção
10,
referente
ao
descomissionamento, encerra o ciclo de vida do projeto. No que diz respeito à estratégia
As fases 6, 7 e 8 tratam das
Para a elaboração do cronograma
fase
e
montagem,
de implantação, sugere-se que sejam
comissionamento/condicionamento
considerados como sistemas prioritários
startup/pré-operação, respectivamente.
e
de
operações
utilizar
integradas,
tecnologias
que
devem-se permitam
realizar o monitoramento da condição
aqueles ligados diretamente à segurança
Nestas fases estão concentradas as
dos equipamentos de forma remota,
operacional, como os sistemas de combate
atividades de execução do planejamento
com o objetivo de reduzir a carga de
a incêndio, detecção de fogo e gás e
da manutenção, sendo, portanto, as
manutenções preventivas com base no
geração de emergência, quando aplicável.
fases que detalharão a maneira como as
tempo-calendário. Porém, é fundamental
Posteriormente, são os sistemas que
estratégias de manutenção definidas na
que os custos de investimentos (Capex)
geram as maiores perdas de produção em
fase 5 serão implantadas durante o ciclo
sejam atrativos em relação aos futuros
caso de indisponibilidade (a lista desses
de operação da unidade. Maiores detalhes
custos de operação do empreendimento
sistemas pode ser obtida diretamente da
são apresentados nos capítulos seguintes.
(Opex).
modelagem RAM). Por fim, os sistemas
A fase 9 refere-se à etapa de
Ao se iniciar um novo projeto de
que possuem impacto irrelevante na
operação da unidade. Nesta etapa, as
empreendimento, é necessário que todos
produção.
estratégias de manutenção já devem
os
estar implantadas, sendo crucial que a
estejam bem definidos, pois há que se
Para complementar e auxiliar na definição
dos
sistemas
trade-offs
(escolhas
conflitantes)
prioritários,
rotina de planejamento e de controle da
desafiar uma máxima de que projetos de
propõe-se a utilização do critério de
manutenção funcione adequadamente
baixo Capex necessariamente são de alto
decisão proposto na norma NORSOK
para garantir o cumprimento de todo
custo de Opex, sendo este o grande desafio
Z-008
for
o programa de manutenção previsto.
da engenharia de confiabilidade. No caso
(Criticality
maintenance
analysis
apresentado
Nesta fase, é fundamental que sejam
específico da manutenção, projetos de
na Tabela 1. Caso a empresa possua um
purposes),
estabelecidos ciclos para análise crítica
baixo Capex em geral implicam em falta de
critério próprio, ele deve ser aplicado.
dos planos de manutenção, com base
redundância de equipamentos com uma
Adicionalmente, propõe-se um quarto
em indicadores como disponibilidade de
mesma função, em restrição/diminuição
Tabela 1 – Classificação geral de consequências
Fascículo
Classe
Alta
Média
Saúde, segurança e meio ambiente
Produção
Custo (perda de produção)
- Potencial para sérias lesões;
Parada ou perda significativa
Custo significativo, superior a
- Indisponibilidade de sistemas críticos
de produção superior a X horas
Y reais (limite especificado pela
de segurança;
(período especificado pela
empresa).
- Potencial para incêndio em área classificada;
empresa) dentro de um período
- Potencial para ampla poluição ambiental.
de tempo definido.
- Potencial para lesões que requerem
Breve parada ou redução da
Custo moderado, entre Z e Y
tratamento médico;
produção inferior a X horas
reais (limites especificados pela
- Efeito limitado em sistemas de segurança;
(período especificado pela
empresa).
- Sem potencial para incêndio em
empresa) dentro de um período
área classificada;
de tempo definido.
- Potencial para poluição ambiental moderada. Baixa
- Sem potencial para lesões;
Sem efeito sobre a produção
Custo insignificante, inferior
- Sem efeito em sistemas de segurança;
dentro de um período de tempo
a Z (limite especificado pela
- Sem potencial para incêndio;
definido.
empresa).
- Sem potencial para poluição ambiental.
41 do uso de instrumentos (o que pode prejudicar a aplicação da manutenção baseada na condição), em compra de equipamentos mais baratos (geralmente com uma confiabilidade menor), entre outros aspectos que podem levar a uma menor disponibilidade e eficiência do sistema de produção da unidade.
Referências • Araújo, A. C. F.; Lima, E. N. “Aplicação da confiabilidade e a busca pela redução de incertezas como suporte para programas de gestão de ativos e excelência operacional”. Simpósio Internacional de Confiabilidade. Florianópolis, 2013. • Calixto, E.; Bretas, R. “Análise RAM+L: Um estudo integrado de várias unidades de produção de uma refinaria”. 23º Congresso Brasileiro de Manutenção. Santos, São Paulo, 2013. • NORSOK Z-008. “Criticality analysis for maintenance purposes”. Noruega, 2001. • Queiroz, A. R. S. Estratégia de manutenção de equipamentos elétricos em unidades offshore de produção de petróleo e gás baseada na filosofia de operações integradas. Tese (Doutorado em Ciências – Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo, 2016. *Alan Rômulo Silva Queiroz é engenheiro eletricista graduado pela Universidade Santa Cecília (Santos – SP), mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Eduardo César Senger é engenheiro eletricista e doutor pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É professor livre-docente na área de Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade de São Paulo e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Proteção de Sistemas Elétricos (Lprot). Luciene Coelho Lopez Queiroz é bacharel em Ciências da Computação graduada pela Universidade Católica de Santos e mestre em Engenharia da Computação pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
42
Aula Prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Por Hélio Domingos R. Carvalho*
Exigências da NR 12 Realização de ensaios e inspeções em cestas aéreas e guindastes com cesto acoplado
43
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Em dezembro de 2011, o Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) publicou,
desde a publicação do Anexo XII da NR 12,
Apesar de passados quase seis anos
por meio da Portaria Nº 293, o Anexo XII
os fatos fazem parecer que os objetivos do
da Norma Regulamentadora Nº 12, que
MTE ainda não foram alcançados. O número
trouxe uma série de exigências aplicáveis à
de acidentes graves gerados por falhas
construção e manutenção de cestas aéreas e
estruturais em equipamentos não parece ter
de guindastes com cesto acoplado. Além das
reduzido. Somente neste primeiro semestre
exigências de projeto e de fabricação, esse
de 2017 já há diversas notícias sobre graves
mesmo corpo normativo tornou mandatória
acidentes dessa natureza com cestas aéreas,
a realização de ensaios e inspeções regulares
acidentes esses que poderiam ter sido
em cestas aéreas. Uma revisão posterior no
evitados se boas práticas de manutenção
Anexo XII, publicada em setembro de 2016,
aliadas à realização de ensaios estruturais
ampliou a obrigação de se realizar ensaios e
não destrutivos já fossem adotadas pelas
inspeções de mesma natureza em guindastes
empresas.
com cestos acoplados. O principal objetivo do MTE, com a publicação do Anexo XII, foi reduzir o número de acidentes com equipamentos de guindar para elevação de pessoas e
realização
de
trabalhos
em
altura,
acidentes que podem ter, não raramente, consequências gravíssimas.
Figura 2 – Imagens de acidente ocorrido em Goiás, em 2017.
Ensaios e inspeções regulares em cestas aéreas
Conforme definido no item 2.15 do
Anexo XII da NR 12 e na seção 10 da ABNT Figura 1 – Imagens de acidente ocorrido em São Paulo, em 2017.
NBR 16092, as cestas aéreas devem ser submetidas a três tipos de inspeções e
44
Aula Prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
ensaios e periodicidades de acordo com as
As inspeções e os ensaios periódicos
informações detalhadas a seguir.
devem
ser
realizados
por
pessoas
qualificadas e certificadas. Os relatórios
Inspeções e ensaios frequentes
devem ser emitidos e assinados por esses
O item 10.2.3 da norma ABNT NBR
profissionais, devendo ser mantidos em
16092:2012 elenca uma série de inspeções
arquivos físicos ou eletrônicos por um
que devem ser realizadas pelos próprios
período não inferior a cinco anos.
usuários das cestas aéreas em periodicidade que pode variar, a critério de cada empresa,
Inspeções e ensaios eventuais
de 1 a 30 dias. O propósito dessa inspeção
O item 10.2.5 da ABNT NBR 16092:2012
é identificar quaisquer defeitos aparentes,
define como inspeção e ensaio eventual a
como a falta de componentes, a falta de
realização do ensaio de emissão acústica nas
adesivos de instruções e de advertências,
cestas aéreas. A classificação desse ensaio
a existência de danos causados por algum
como “eventual” talvez não seja a mais
tipo de acidente ou mesmo pelo uso,
correta. Na verdade, trata-se de um ensaio
dentre outros defeitos que possam colocar
periódico para o qual a norma em questão
em risco a integridade do equipamento e
definiu um intervalo mais amplo para que o
a integridade dos usuários ou de terceiros.
proprietário ou usuário da cesta aérea defina
Esse tipo de Inspeção não precisa, por
a periodicidade de realização do ensaio, qual
norma, de registros ou da emissão de
seja, de 1 a 48 meses, no máximo.
qualquer relatório.
Figura 3 – Acidente ocorrido no Piauí, em 2017.
Trata-se de um ensaio extremamente
importante, pois permite identificar a
Inspeções e ensaios periódicos
existência
de
descontinuidades
ativas
ABNT
na estrutura de uma cesta aérea. Esse
número
ensaio, aliado a ensaios complementares
considerável de itens que devem ser
(ultrassom, partícula magnética ou líquido
inspecionados em intervalos não superiores
penetrante),
a 12 meses. A definição da periodicidade
frágeis ou em processo de degradação
cabe ao proprietário da cesta aérea e deve
mecânica.
O NBR
item
10.2.4
16092:2012
da
norma
elenca
um
permite
identificar
áreas
ser definida levando-se em conta aspectos como a intensidade e a severidade do uso, a “idade” da cesta aérea, a qualidade da manutenção e o próprio histórico
Ensaios e inspeções regulares em guindastes com cestos acoplados
de ocorrências de incidentes com o equipamento.
Tal
como
ocorre
com
as
cestas
Em linhas gerais, as inspeções e
aéreas, os guindastes que utilizam cestos
os
acoplados também devem ser submetidos
ensaios
periódicos
contemplam
a
realização de inspeções visuais e funcionais, a aplicação de carga (para confirmar o
bom
funcionamento
de
válvulas,
comandos e cilindros), a tensão aplicada (para cestas isoladas), e, sempre que for identificado algum item ou componente suspeito, devem ser realizados ensaios complementares, tais como ultrassom, partículas magnéticas, líquido penetrante, dentre outros. Isso para confirmar a existência ou não de um defeito funcional ou estrutural que possa colocar em risco a segurança dos usuários, de terceiros ou do próprio equipamento.
Figura 5 – Acidente ocorrido em Goiás, em 2014.
Figura 4 – Acidente ocorrido em São Paulo, em 2014.
Aula Prática
46
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
a inspeções e a ensaios periódicos. Essa
aérea ou guindaste, especialmente quando
exigência consta na revisão do Anexo XII
há vítimas, já seriam, por si só, suficientes
da NR 12, publicada pela Portaria nº 1.110,
para justificar a inclusão da realização
de 21 de setembro de 2016.
dos ensaios e inspeções regulares no
planejamento de manutenção preventiva
Conforme definido no item 3.16 do
Anexo XII da NR 12, os equipamentos de
das empresas.
guindar que receberem cestos acoplados
Não bastasse isso, o Anexo XII da
para elevação de pessoas devem ser
NR 12 foi categórico ao constar em seus
submetidos a ensaios e a inspeções
itens 2.15 e 3.16 que as cestas aéreas e
periódicas
seu
os guindastes com cesto acoplado devem
bom funcionamento e sua integridade
ser submetidos a inspeções e a ensaios
estrutural. Devem ser realizados ensaios
previstos nas normas ABNT NBR 16092 e
que comprovem a integridade estrutural,
ABNT NBR 14768, respectivamente. Isso
tais como ultrassom e/ou emissão acústica,
torna obrigatória a realização periódica dos
em conformidade com a norma ABNT NBR
ensaios e das inspeções previstas nos itens
14768.
das normas, dentre eles inspeções visuais,
de
forma
a
garantir
e
funcionais, aplicação de carga, tensão
comprovadas, através de registros, todas
aplicada e ensaios não destrutivos, e, em
as inspeções e os ensaios relacionados
destaque, o ensaio de emissão acústica.
na ABNT NBR 14768, a qual possui uma
estrutura de periodicidade e de itens (check
emissão acústica vale ressaltar que o
list) semelhante à norma de cestas aéreas
Brasil já dispõe de normalização própria
na seção que trata das responsabilidades
recentemente elaborada no âmbito da
dos proprietários e usuários.
ABNT, sendo elas:
A importância da realização dos ensaios e das inspeções regulares
- ABNT NBR 16601:2017 - Ensaio não
Portanto,
devem
ser
realizadas
Especificamente sobre o ensaio de
destrutivo - Emissão acústica - Procedimento para ensaios em guindastes articulados hidráulicos com ou sem cesto acoplado,
É certo que um acidente estrutural de
que
estabelece
um
procedimento
um equipamento sempre terá algumas
para ensaio de emissão acústica (EA)
causas possíveis, dentre elas a falta de
em
uma manutenção adequada, a fadiga do
instalados em veículos, incluindo aqueles
material, o mau uso da máquina ou mesmo
com cesto acoplado;
outros acidentes menores, muitas vezes não
- ABNT NBR 16593:2017 - Ensaio não
guindastes
articulados
hidráulicos
relatados pelos usuários, que debilitam a
destrutivo - Emissão acústica - Procedimento
estrutura do equipamento. É também certo
para ensaio em cestas aéreas isoladas e não
que a identificação prévia da debilidade
isoladas, que descreve um procedimento
estrutural de um equipamento irá minimizar
para ensaio de emissão acústica (EA) em
ou eliminar o risco da ocorrência de um
cestas aéreas;
acidente grave e, consequentemente, irá reduzir consideravelmente a incidência
de
patrimoniais
inspeções regulares e a falta do seu
devido a um acidente gerado pelo colapso
devido registro em relatório elaborado
estrutural do equipamento e, em casos
e assinado por pessoa qualificada e
mais extremos, evitará a perda de vidas.
certificada poderão resultar na autuação e,
Os danos e prejuízos que são gerados
em casos mais extremos, na interdição dos
quando ocorre um acidente com uma cesta
equipamentos pelo Ministério do Trabalho
prejuízos
humanos
e
A não realização dos ensaios e das
48
Aula Prática
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
e Emprego (MTE).
A questão torna-se mais delicada ainda
no caso da ocorrência de um acidente com um equipamento que não tenha sido submetido aos ensaios e inspeções regulares.
As
consequências
de
um
acidente com vítimas em um equipamento nessa situação serão certamente terríveis, seja no campo humano, administrativo, seja perante o Ministério Público.
Figura 7 – Acidente ocorrido na Bahia, em 2014.
Periodicidade de realização dos ensaios e inspeções regulares
potenciais diretas e indiretas de um acidente. A
definição
da
periodicidade
deve ser essencialmente técnica e os
Um dos pontos que também gera
intervalos
entre
ensaios
devem
ser
dos ensaios e inspeções regulares diz
aumento do risco gerado pelo consumo
respeito à periodicidade de realização
da vida útil do equipamento causado
desses
pelo passar do tempo cronológico,
ensaios.
Um
pensamento
inversamente
os
discussão quando se trata da realização
proporcionais
(e
ao
simplista, focado apenas em custos
como
também
de curto prazo, levaria à definição de
pela
intensidade
uma periodicidade baseada nos prazos
uso e, por que não, pela qualidade
máximos definidos nas normas, ou seja,
estrutural original do equipamento.
48 meses para o ensaio de emissão
As normas definem o prazo máximo,
acústica, 12 meses para os demais
porém, as empresas podem e devem
ensaios (visual, funcional, aplicação
ter periodicidades mais curtas, afinal, o
de carga e ensaios complementares,
custo com a segurança sempre é mais
na medida da necessidade, além do
barato que o custo de um acidente.
e
principalmente) severidade
do
ensaio elétrico) e um mês para as
Figura 6 – Acidente ocorrido no Rio de Janeiro, em 2017.
vistorias dos usuários.
*Hélio Domingos R. Carvalho é engenheiro
mecânico com pós-graduação em Gestão
A visão simplista não parece ser a
mais correta, pois não se trata somente
Estratégica. É coordenador da área de
de cumprir um requisito normativo/
Ferramentas e Equipamentos de Trabalho
legal
da Cemig e coordena a Comissão de
e
de
estar
quites
com
tais
exigências. A preocupação deve ser
Estudos de Cestas Aéreas da ABNT, a
com a conservação e a manutenção
CE 519.06. Coordena ainda o GT12 da
do patrimônio material e imaterial
Funcoge e o GT de Emissão Acústica para
da
Cestas Aéreas e Guindastes. É membro do
empresa
e,
principalmente,
com a segurança dos usuários dos
Grupo Técnico do Anexo XII da NR 12 e
equipamentos e de terceiros, vítimas
Membro do Grupo Tripartite da NR 35.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 14 / Agosto de 2017
Leds geradores de energia Estudo analisa viabilidade do Led como microgerador de energia solar fotovoltaica para suprir demanda de pequenas cargas em stand-by *Notícias selecionadas sobre o mundo das energias renováveis complementares eólica e solar* APOIO
Solar
50
Artigo
Por Renan da Costa Barros, Idalmir de Souza Queiroz e Francisco Alves Leite*
Leds geradores de energia solar Utilização de Leds na microgeração de energia solar fotovoltaica para pequenas cargas em estado de stand-by
não é algo atual, mas sim uma luta que vem
atmosfera. Isso resultou em uma redução de
radiação solar que chega à superfície da
se tornando evidente ao longo dos anos.
90 milhões de dólares e de 3,9 milhões de
Terra e que pode ser aproveitada por meio de
Estudos sobre este tema está presente em
toneladas a menos de CO2 emitidas.
sua conversão em energia elétrica ou calor,
vários países, a exemplo da pesquisa feita
pelo efeito fotovoltaico através de painéis
por Nakagami H. (1999), apresentada na
Segundo um estudo baseado em um modelo
fotovoltaicos ou por coletores solares. A
Conference on Energy Efficiency in Household
de família de quatro pessoas realizado pela
utilização de painéis fotovoltaicos, bem
Appliances, em que foram medidos os
Proteste em 2014, a televisão e o aparelho
como qualquer dispositivo semicondutor,
consumos energéticos de equipamentos em
de ar condicionado tipo split se destacaram
permite a geração de energia elétrica. Esta é
stand-by em diversas residências japonesas.
no estudo; ambos em modo stand-by tiveram
uma alternativa viável para vários níveis de
um gasto de R$ 12,00 e R$ 8,00 ao ano
demanda de energia elétrica.
Efficient Strategies (2006), o consumo em
respectivamente. O forno de micro-ondas e
stand-by equivalia a cerca de 807 kWh/ano,
o som eletrônico também apresentam alto
painéis solares de diversos tamanhos,
quase 10,7% da conta de energia elétrica dos
gasto em stand-by, consumindo cerca de
formatos e potências, inclusive, no
consumidores. Para o pais, o gasto estimado
20% a mais do que quando usado uma hora
formato de telhas para se adequar à
era de cerca de 950 milhões de dólares ao
todos os dias ao ano. Russo (2016) ressalta
arquitetura residencial. Os geradores solares
ano, resultando na emissão de 6,5 milhões
ainda que deixar o forno de micro-ondas
fotovoltaicos, de qualquer porte ou tamanho,
de toneladas de CO2. O governo australiano,
ligado na tomada pode gastar, por ano, quatro
podem ser instalados isoladamente ou
em conjunto com o seu departamento de
vezes mais energia do que quando usado
interligados à rede de energia elétrica, podem
tecnologia e inovação, promoveu uma meta
na potência máxima por 20 minutos por
ser combinados com aerogeradores em
estratégica com empresas distribuidoras
dia. Em termos do impacto disso na conta
sistemas híbridos, ou ainda em banco de
de eletrônicos, denominada MCE 2002,
de energia elétrica final de um consumidor,
baterias para armazenamento de energia.
tendo como propósito a redução de gastos
segundo Camargo (2015), todos os aparelhos
A energia solar é a energia contida na
Atualmente, existem, comercialmente,
Segundo o relatório australiano Energy
Este problema também atinge o Brasil.
A microgeracao solar é uma alternativa
de stand-by em dez anos. Segundo Cormack
em stand-by podem representar 12% do
viável para o consumidor final, não apenas
(2016), tendo como base um levantamento
consumo de uma casa. Caso o aparelho seja
como microgeracao de energia, mas também
realizado naquele ano, os aparelhos
usado por duas horas, duas vezes por semana,
para a redução de consumo desnecessário
eletrônicos em stand-by na Austrália
ficando o resto do tempo em stand-by, em
de energia elétrica da concessionária. A
consumiram cerca de 860 milhões de dólares
um mês vai consumir energia suficiente para
problematização acerca do gasto energético,
em um ano, resultando em cerca de 2,6
usar o aparelho de DVD por quatro meses.
presente em equipamentos em stand-by,
milhões de toneladas de CO2 emitidos na
Analisando sistemas em stand-by para
Artigo
Solar
apenas um consumidor, os valores aparentam
de Luz, do inglês Light Emitting Diode), em
pequenos, porém, o desperdício energético
cores variadas, com o intuito de ser analisada
envolvido em grande escala, como em um
a viabilidade de seu uso em pequenos
país, se torna muito alto. Segundo Cormack
equipamentos ligados em stand-by.
(2016), a Agência de Energia Internacional (International Energy Agency) estima que
51
Revisão bibliográfica
existem cerca de 14 bilhões de equipamentos eletrônicos online e esse valor pode chegar a
100 bilhões em 2030.
é recente, no entanto, o aproveitamento
da energia solar fotovoltaica só foi
Com o incentivo às energias renováveis,
O aproveitamento da energia solar não
o custo da instalação de sistemas solares
possível graças ao desenvolvimento dos
vem diminuindo anualmente, ao passo que
semicondutores na década de
o custo da eletricidade tem aumentado.
1950 e, nos últimos 50 anos, foi usada
No Brasil, a Resolução Normativa da Aneel
comercialmente após os avanços da
nº 687, de 24 de novembro de 2015, que
tecnologia de semicondutores. A geração
trata da microgeração distribuída, permite a
solar fotovoltaica é uma das fontes de energia
injeção de energia em troca de créditos em
mais promissoras para a produção de energia
kWh na conta de energia elétrica residencial
elétrica e a Alemanha é o país que mais
e comercial. Sendo assim, a geração de
investe neste tipo de fonte. O potencial solar
energia descentralizada torna-se bastante
e a produção de energia solar fotovoltaica
viável economicamente para o uso em
brasileira são muito altos, com altíssima
residências. Em longo prazo, após recuperar
qualidade em todo o Nordeste, o que nos dá
o investimento feito, pode-se observar uma
condições muito propícias ao uso deste tipo de
economia considerável, fazendo desta uma
geração. De acordo com Tolmasquim (2016),
boa alternativa. Além disso, a implementação
a irradiação solar na região Nordeste, próximo
de um sistema solar em uma residência
a linha do Equador, é praticamente constante
contribui para reduzir impactos ambientais
o ano todo, conforme apresentado na Figura 1.
e valorização do imóvel. O projeto proposto
tem como objetivo analisar a viabilidade do
extraterrestre disponível em um dia em dada
uso de sistemas de geração de energia solar
latitude, sem considerar os efeitos atenuantes
em dispositivos eletrônicos de pequeno porte
da atmosfera. Nesta figura, a irradiância é
em stand-by em unidades residenciais. Neste
representada para a linha do equador e várias
trabalho serão usados, como dispositivo
latitudes.
gerador de energia elétrica fotovoltaica,
diversos tipos de Leds (Diodos Emissores
fotovoltaico é composto de painéis
Na Figura 1, Qo indica a irradiância solar
De forma geral, um sistema solar
Figura 1 – Irradiação solar versus latitude no hemisfério sul (SENTELHAS e ANGELOCCI, 2009 apud TOLMASQUIM, 2016).
Solar
52
Artigo
inversor DC/AC (ou inversor Grid Tie para
no Brasil, conforme dados publicados pela
vermelhos de 5 mm com encapsulamento
sistemas conectados à rede) e banco de
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), está
transparente são os que apresentam melhores
baterias estacionárias quando é necessária
em torno de 20% da oferta de energia no
resultados na utilização do sistema como
armazenagem. Basicamente, os painéis
Brasil. Segundo este trabalho, deste total
célula fotovoltaica.
fotovoltaicos podem ser de silício cristalino
perto de 5% são devidos aos equipamentos
(Monocristalinos ou Policristalinos) ou
em stand-by, que chega próximo a 6% da
Kenneth (1984). Segundo os autores, quando
de filmes finos (silício amorfo, telureto de
energia gerada por Itaipu em 2016. Isso
a luz de baixa energia é emitida sobre um
cádmio ou disseleneto de cobre-índio-gálio).
mostra o quanto se perde de energia elétrica
cristal de Si, faz com que os átomos vibrem
Os painéis fotovoltaicos ainda podem ser
nestes equipamentos. Haja vista que cargas
e troquem de posições, porém, a energia
acoplados aos sistemas de rastreio solar para
individuais precisam de pequena quantidade
adquirida não é suficiente para provocar
melhor aproveitamento da radiação solar.
de energia quando estão em stand-by, que
a quebra da cadeia e da ligação covalente
painéis fotovoltaicos são dispendiosos e
existente. Os elétrons são sim afetados,
stand-by é preocupação de muitos países
requer muitos cuidados ao manusear e
ganhado mais energia, mas como o ganho
e vários trabalhos abordam este tema.
instalar, uma proposta é o uso de LEDs para
de energia não é estável, eles retornam ao
DE ALMEIDA (2011) afirma que são
geração de pequena quantidade de energia
seu nível normal, cedendo calor ao sistema.
necessários padrões mais ambiciosos
elétrica.
Quando se trata de materiais com uma
de desempenho energético mínimo em
Existe uma vasta bibliografia que trata de
junção PN, o processo de absorção da luz
conformidade com a diretiva Eco-Design.
dispositivos semicondutores e Leds. Segundo
é semelhante ao do cristal de Si, ou a um
Além disso, serão necessárias campanhas
Grundmann (2006), Leds são dispositivos
semicondutor comum.
de informação adicionais para superar a
fotônicos que utilizam do princípio básico
falta de informação e a conscientização dos
da geração de luz através dos fótons. Para
aplicação em potencial: a microgeração de
consumidores e varejistas para alcançar
Sze e Ng (2007), Leds são semicondutores
energia elétrica para consumo de energia
mudanças comportamentais em relação aos
que foram injetados com portadores
elétrica em stand-by de equipamentos
aparelhos com eficiência energética. Segundo
recombinados radioativamente, em que o
eletroeletrônicos. Propomos o uso de Leds, por
AJAY-D-VIMAL et al (2009), o consumo de
processo de recombinação responsável por
serem simples de obter, de baixo custo, fáceis
energia em stand-by pode ser reduzido, em
emitir luz pode ser de natureza intrínseca,
e seguros de manusear.
média, até 75%, com projetos econômicos
extrínseca ou recombinação de banda e,
e melhorias tecnológicas, e economias de
dependendo das condições de fabricação, um
até 90% podem ser alcançadas em muitos
Led pode emitir radiação ultravioleta, visível
aparelhos sem redução nos serviços. Na
e infravermelha do espectro eletromagnético.
Tabela 1 é apresentado o consumo de alguns
Devido à característica de junção PN na
os equipamentos usados para a realização do
equipamentos eletroeletrônicos em stand-by,
interface semicondutora, um Led é capaz de
trabalho, bem como a montagem, as medidas
com dados obtidos do Laboratório Nacional
gerar energia elétrica pela captação de energia
e os testes realizados. A geração de energia
Lawrence Berkeley, de 2016.
solar através do efeito fotovoltaico. Além
do sistema fotovoltaico a Led conectada a
O problema dos equipamentos em
O consumo residencial de energia elétrica
disso, segundo Alves e Silva (2008), os Leds
fotovoltaicos, controlador de carga,
Esse efeito é explicado por Zweibel e
O foco deste artigo reside em uma
Resultados experimentais Aqui serão descritos os componentes e
Tabela 01 – Consumo em stand-by de equipamentos eletrônicos
Total (W/h/mês)
Produto
Potência (W)
Horas (h)
Ar condicionado (desligado)
0,9
10
270
Carregador celular
0,26
2
15,6
Monitor LCD (modo sleep)
1,38
8
331,2
Notebook
4,42
8
1060,8
Modem (DSL)
3,85
8
924
Computador (desktop)
2,84
8
681,6
TV 32’’
4,37
8
1048,8
TV 40’’
4,37
8
1048,8
TV 50’’
4,37
8
1048,8
Micro-ondas
1,3
12
468
Home theater (com controle remoto)
4,37
8
1048,8
DVD (com controle remoto)
1,55
8
372
Console
1,01
8
242,4 Fonte: Adaptado de Lawrence Berkeley National Laboratory (2016)
54
Solar
Artigo
pequenas cargas pode ser dimensionada para
para cada aferição. O proto board é disposto
horários: 9h00 às 09h45 com o proto-board
pequenas aplicações sem muito esforço e os
rente ao plano e com carga. Os dados foram
voltado ao Norte e no segundo horário, 13h10
resultados foram coletados em laboratório
coletados em dois horários: 9h00 às
às 14h10 com o proto-board voltado ao
na Universidade Federal Rural do Semi-Árido,
09h45, 13h10 às 14h10, conforme
Noroeste, como mostrado nas Tabelas 4 e 5.
Campus Central (Mossoró). Foram feitos três
apresentados nas Tabelas 2 e 3.
3 – Proto board com quatro circuitos de 10
conjuntos de medições:
2 – Proto board com quatro circuitos de 10
Leds (10 mm) de alto brilho expostos ao
Leds (10 mm) de alto brilho expostos ao
ambiente interno do laboratório (indoor),
1 – Proto board com quatro circuitos de 10
sol, dispostos em série, cada um com um
dispostos em série-paralelo, sendo 5 Leds
Leds (10 mm) de alto brilho expostos ao sol e
espectro de emissão diferente (vermelho,
em série organizados em duas fileiras em
em dia semi nublado, dispostos em série, cada
branco, amarelo e verde) em dia ensolarado,
paralelo uma com a outra, cada um com um
um com um espectro de emissão diferente
com 1057 W/m2 e 1016 W/m2 de irradiação
espectro de emissão diferente (vermelho,
(vermelho, branco, amarelo e verde) voltados
solar para cada aferição, proto-board com
branco, amarelo e verde) para ter um nível
ao norte, com 593 W/m2 (céu limpo) e
aproximadamente 23° de inclinação e com
de corrente elétrica maior. Os resultados são
337,3 W/m2 (céu nublado) de irradiação solar
carga. Os dados foram coletados em dois
apresentados na Tabela 6.
Tabela 2 – Conjunto de medições 1 realizada pela manhã – ambiente externo
Led vermelho
Led amarelo
Led branco
Led verde
Carga
Carga medida
(Ω)
(Ω)
10¹
10,5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
10²
99,6
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
10³
990
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
9860
1,60
0,16
0,26
1,60
0,16
0,26
1,60
0,16
0,26
1,60
0,16
0,26
17,80
0,18
3,25
17,80
0,18
3,25
V (mV)
104
I (mA) P (µW)
I (mA) P (µW)
3,25
27,69
163,80
0,17
27,69
163,80
0,17
27,69
163,80
0,17
27,69
0,00
1740,00
0,00
0,00
1740,00
0,00
0,00
1740,00
0,00
0,00
3,25
969000
163,80
0,17
Circuito
Circuito
1740,00
0,00
aberto
aberto
Carga
Carga medida
(Ω)
(Ω)
106
V (mV)
0,18
0,18
97500
I (mA) P (µW)
V (mV)
17,80
17,80
105
I (mA) P (µW)
V (mV)
Tabela 3 – Conjunto de medições 1 realizada pela tarde – ambiente externo
V (mV)
Led vermelho
Led amarelo
Led branco
Led verde
V (mV)
I (mA)
P (µW)
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
I (mA) P (µW)
I (mA) P (µW)
V (mV)
I (mA) P (µW)
V (mV)
10¹
10,5
0,00
10²
99,6
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
990
0,10
0,10
0,01
0,20
0,20
0,04
0,20
0,20
0,04
0,70
0,71
0,49
2,50
0,25
0,63
7,10
0,72
5,11
10³
0,26
0,25
2,59
26,40
0,27
7,15
24,00
0,25
5,91
71,20
0,73
51,99
22,18
254,00
0,26
66,58
218,00
0,22
49,04
675,00
0,70
470,20
2380,00
0,00
0,00
2540,00
0,00
0,00
6470,00
0,00
0,00
0,16
97500
15,90
0,16 0,15 0,00
0,00
9860
105 106
969000
146,60
Circuito
Circuito
1480,00
aberto
aberto
Carga
Carga medida
(Ω)
(Ω)
0,63
2,50
1,60
104
Tabela 4 – Conjunto de medições 2 realizada pela manhã – ambiente externo
V (mV)
Led vermelho
Led amarelo
Led branco
Led verde V (mV)
I (mA)
P (µW)
V (mV)
I (mA)
P (µW)
V (mV)
I (mA)
P (µW)
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,10
8,55
0,85 0,40
I (mA) P (µW)
10¹
10,5
0,00
10²
99,6
0,00
0,00
0,00
0,10
1,00
0,10
0,10
1,00
0,10
0,20
1,99
990
0,30
0,30
0,09
0,40
0,41
0,16
0,70
0,71
0,50
1,60
1,63
2,60
4,20
0,43
1,79
7,00
0,71
4,97
15,80
1,60
25,34
41,50
0,43
17,66
64,50
0,66
42,67
154,00
1,58
243,24
365,00
0,38
137,20
560,00
0,58
322,97
1331,00
10³ 104
9860
2,70
0,27
0,74
105
97500
26,00
0,27
6,93
227,00
106
969000
Circuito
Circuito
aberto
aberto
0,23 53,07
1730,00 0,00
0,00
4750,00 0,00
0,00
6360,00 0,00
0,00
1,37 1824,47
11470,00 0,00
0,00
Artigo
Solar Tabela 5 – Conjunto de medições 2 realizada pela tarde – ambiente externo
Carga
Carga medida
(Ω)
(Ω)
Led verde
Led branco
Led vermelho
V (mV)
I (mA)
P (µW)
V (mV)
I (mA)
P (µW)
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,10
8,55
0,85 0,40
I (mA) P (µW)
V (mV)
Led amarelo
V (mV)
I (mA) P (µW)
10¹
10,5
0,00
10²
99,6
0,10
0,00
0,00
0,10
1,00
0,10
0,10
1,00
0,10
0,20
1,99
10³
990
0,20
0,20
0,04
0,30
0,30
0,09
0,70
0,71
0,50
1,40
1,42
1,99
104
9860
1,60
0,16
0,26
3,20
0,32
1,04
7,30
0,74
5,41
14,10
1,43
20,18
105
97500
15,10
0,15
2,34
32,00
0,33
10,50
72,10
0,74
53,32
136,00
1,39
189,70
140,00
0,14
20,19
291,00
0,30
87,21
625,00
0,64
402,29
1225,00
106
969000
Circuito
Circuito
aberto
aberto
1500,00 0,00
0,00
3390,00 0,00
0,00
6810,00 0,00
0,00
1,26 1545,44 0,00
11300,00 0,00
Tabela 6 – Conjunto de medições 3 – ambiente interno (indoor)
Led verde
Led branco
Led amarelo
Led vermelho
Carga
Carga medida
(Ω)
(Ω)
10¹
10,5
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,10
0,00
0,00
99,6
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,20
0,00
0,00
10³
990
0,10
0,10
0,01
0,00
0,00
0,00
0,10
0,10
0,01
1,60
0,20
0,04
104
9860
0,60
0,06
0,04
0,30
0,03
0,01
1,10
0,11
0,12
15,80
0,16
0,26
105
97500
5,70
0,06
0,33
2,60
0,03
0,07
110
0,11
1,24
154,00
0,16
2,40
106
969000
51,60
0,05
2,74
23,60
0,02
0,57
97,7
0,10
9,84
132,6
0,14
18,13
Circuito
Circuito
502,00
0,00
0,00
347,00
0,00
0,00
1270,00
0,00
0,00
1444,00
0,00
0,00
aberto
aberto
V (mV) 10²
I (mA) P (µW)
V (mV)
I (mA) P (µW)
V (mV)
I (mA) P (µW)
V (mV)
I (mA) P (µW)
Leds de cor verde a darem o pior resultado,
(indoor). Este é o caso mais interessante,
acrescentado um capacitor eletrolítico de
seguidos dos Leds brancos, amarelos e, por
que mostra a quantidade de energia elétrica
220 µF para manter o nível de tensão mais
fim, os vermelhos, com melhores resultados.
gerada dentro do laboratório e que poderia
estável e uma pequena carga de poucos mW,
O horário do dia é um fator importante na
ser usado para alimentar pequenas cargas
o que resultou nas medidas apresentadas
geração de energia e a geração quando se está
em stand-by. A Figura 4 apresenta as curvas
nas Tabelas 2 a 6. Foi usado um proto-board
em ambiente indoor é muito reduzida, quando
características para o diodo vermelho, por ser
MP-2420 A, da Minipa, e as medidas foram
comparada com o ambiente externo.
a cor que apresentou melhores condições.
feitas com um multímetro digital profissional
Neste gráfico são apresentadas as correntes
MD-5770 da ICEL.
tensões, em mV, e as potências, em µW,
elétricas em mA e as potências em µW
em comparação com as cargas, em Ω, para
geradas nas medições versus as tensões
o terceiro caso medido, ambiente interno
geradas em mV.
Para a conexão dos Leds com a carga foi
Para o circuito montado, referente
à Tabela 6, foi possível carregar uma
Na Figura 3 são apresentadas as
calculadora digital simples, utilizando o circuito de Leds vermelhos em paralelo com um capacitor de 220 µF para manter a tensão de saída mais estável. O sistema também conseguiu funcionar e carregar o capacitor ao ser colocado dentro do laboratório (indoor). Isso permite que o circuito seja aplicado a dispositivos eletrônicos fornecendo carga para stand-by, aumentando a eficiência e diminuindo o gasto energético.
Nas medidas, se percebe que as cores
dos Leds influenciam no resultado, sendo os
Figura 3 – Tensão em mV e potência em µW geradas dentro do laboratório
55
Solar
56
Artigo and PHILOMEN-D-ANAND RAJ P. Estimation of Standby Power Consumption for Typical Appliances. Journal of Engineering Science and Technology Review 2 (1), pp. 71-75, 2009. • ALVES E.G. e SILVA A.F. Usando um LED como fonte de Energia. Física na Escola. Minas Gerais, v.9, n. 1, p.26-28, 2008. Disponível em: <http:// www.sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num1/led.pdf>. Acesso em: 22/08/2016. • ANEEL. BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Agência Nacional de Energia Elétrica - MME. Atlas de Energia Elétrica
do Brasil. 3ª
Edição. 2008. <http://www2.aneel.gov.br/ Figura 4 – Curva característica da corrente, em mV, e da potência, em µW, versus a tensão, em mV, para as medidas realizadas dentro do laboratório - indoor
arquivos/pdf/livro_atlas.pdf>. Acessado em 26/12/2016. • ANEEL. BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Agência Nacional de Energia Elétrica - MME.
As Figuras 3 e 4 mostram que cargas
aumentar a tensão e a corrente elétrica
Resolução Normativa nº 687, de 24 de novembro
com baixa exigência de potência, como no
geradas, respectivamente. Para manter a
de 2015. 2015. <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/
caso de equipamentos em stand-by, podem
tensão mais estável para a carga, podem ser
ser alimentadas por Leds. Obteve-se,
conectados capacitores em paralelo. Apesar
com os Leds vermelhos, uma tensão mais
da baixíssima potência gerada, é possível
elevada do que com os demais Leds e uma
alcançar miliwatts (mW). No experimento
potência gerada suficiente para alimentar
indoor chegou-se a 0,02 mW, e, fora do
pequenas cargas.
laboratório, foi obtido 1,8 mW com o Led
vermelho a sol pleno no céu.
Conclusão
• CAMARGO S. Aparelhos em stand-by gastam 12% da luz de uma casa; aprenda a economizar. UOL NOTÍCIAS. 28 de janeiro de 2015. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/ financas- pessoais/noticias/redacao/2015/01/28/ aparelhos-em-stand-by-gastam-12-da-luz-deuma-casa- aprenda-a-economizar.htm>. Acesso
Pode-se destacar como uma aplicação
muito útil a alimentação de cargas em
ren2015687.pdf>. Acessado em 26/12/2016.
em: 22/08/2016. • CORMACK L. Standby energy consumption
Neste trabalho, o Led vermelho, nas
stand-by. Os Leds geram energia apenas
adds $860 million to electricity bills. The Sydney
medições dentro do laboratório (indoor),
durante o dia ou quando as luzes do ambiente
Morning Herald. May, 22, 2016. Disponível em:
mostrou-se o melhor candidato para gerar
estiverem
<http://www.smh.com.au/business/consumer-
energia elétrica por efeito fotovoltaico. O
deficitária, mas suficiente para alimentar
affairs/standby-energy-consumption-adds-860-
sistema foi conectado a uma calculadora
pequenas cargas. Outra possibilidade seria
million-to-electricity-bills-20160519- gozbny.
digital e a instrumentos de medição, e teve
o uso como sistema isolado com banco de
html>. Acesso em: 22/08/2016.
seu regime de funcionamento mantido,
baterias para alimentar o equipamento em
mesmo com iluminação artificial.
stand-by no período noturno. De qualquer
Foi verificado experimentalmente que
forma, o objetivo principal seria atingido,
os Leds podem gerar energia elétrica,
ou seja, a redução de consumo de energia
porém, as cores dos Leds influenciam.
elétrica, evitando-se desperdício.
Cada cor é gerada por um tipo de material
diferente,
dispositivo
viável, independentemente da forma como
semicondutor do Led, e isso influencia na
ocorre a geração ou da quantidade de
2006. Disponível em: <http://www.ji.com.au/pdf
geração de energia elétrica. Foi observado
energia gerada. As aplicações em pequenas
s/2005IntrusiveResidentialStandbySurvyReport.
também que a cor vermelha é a que melhor
cargas são muitas e possíveis de serem
pdf>. Acesso em: 22/08/2016.
atende ao propósito do equipamento.
alimentadas pelo próprio equipamento por
• GRUNDMANN M. The Physics of
meio de Leds.
Semiconductors. Leipzig: Springer, 2006.
que
constitui
o
Como foi apresentado no texto, um
acesas,
com
uma
geração
O uso da microgeração de energia é
Characterization of the household electricity consumption in the EU, potential energy savings and specific policy recommendations. vol 43, issue 8, pp 1884-1894, August 2011. • ENERGY EFFICIENT STRATEGIES. 2005 Intrusive Residential Standby Survey Report.
Referências
2016. Disponível em: <https://www.itaipu.gov.
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22/08/2016.
mesmo pequena. Porém, vários Leds podem ser conectados em série e em paralelo para
SCHLOMANNC B., FEILBERG N.
• ITAIPU BINACIONAL. Produção ano a ano.
único Led não consegue sozinho suprir as necessidades de uma pequena carga,
• DE ALMEIDA A., FONSECA P.,
br/energia/producao-ano-ano>. Acesso em:
Artigo
Solar
• LAWRENCE BERKELEY NATIONAL
<http://oglobo.globo.com/economia/defesa-
*Ítalo Renan da Costa Barros é estudante da
LABORATORY. Standby Power Summary Table.
do-consumidor/modo-stand-by-pequeno-vilao-
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2016. Disponível em: <http://standby.lbl.gov/
domestico-do-consumo-de-energia-14542263>.
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• SENTELHAS, P. ANGELOCCI, L. Meteorologia
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Tecnologia de Pernambuco (IFPE) no curso
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Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente,
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Solar, Oceânica. EPE (Empresa de Pesquisa
é professor do curso de Engenharia Elétrica da
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Idalmir de Souza Queiroz Junior é engenheiro eletricista com mestrado em Engenharia Elétrica, Doutorado em Física e Pós-Doutorado em Nanomagnetismo e Spintrônica pela Universidade
em: 22/08/2016.
- Online 2016maio2016.pdf>. Acesso:
Francisco Edcarlos Alves Leite é formado em
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Globo. 13 de novembro de 2014 e atualizado
Methods. Washington: van Nostrand Reinhold,
em 04 de fevereiro de 2015. Disponível em:
1984. 249 p.
(UFRN). Atualmente, é professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).
57
Solar
58
Noticias
Nova linha de crédito para projetos de energia solar BV Financeira vai financiar sistema de energia solar em parceria com Portal Solar. Linha terá prazo de pagamento entre 12 e 60 meses
A BV Financeira anuncia
da operação é de R$ 5 mil. Os
gire em torno de R$ 24 mil e o
2016 foram a China, seguida
parceria com o Portal Solar para
prazos de pagamento variam
retorno desse montante, por
por Estados Unidos e Japão,
ser a financiadora exclusiva dos
entre 12 e 60 meses. Em sua
meio da economia de energia,
instalando 34,5 GW, 14,7 GW
clientes do site interessados em
primeira versão, o financiamento
seja feito em cinco anos. Já a
e 8,6 GW em painéis solares,
comprar um sistema de energia
será pré-fixado e cobrirá apenas
vida útil dos equipamentos é
respectivamente. A China é,
solar de placas fotovoltaicas.
o sistema de energia, não
de cerca de 25 anos, o que faz
atualmente, o maior mercado
englobando a mão de obra da
com que o investimento seja
fotovoltaico, com um total de
taxas a partir de 1,56%
instalação.
bastante viável.
mais de 78 GW de energia solar
a.m., são voltados apenas às
instalada, seguida por Japão,
pessoas físicas que pretendem
investimento no sistema
Portal Solar, os mercados
com 42,8 GW; Alemanha, 41,2
adquirir um equipamento de
fotovoltaico de uma casa padrão
de energia fotovoltaica que
GW; Estados Unidos, 40,3 GW; e
energia solar e o valor mínimo
do público-alvo do produto
mais cresceram no mundo em
Itália, com 19,3 GW.
Os financiamentos, com
A estimativa é que o
De acordo com dados do
60
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Setor em franco crescimento Para os projetistas e especificadores, o mercado de equipamentos para iluminação está em ascensão, mas é deficitário no que diz respeito ao respaldo técnico oferecido aos clientes
Uma área em franco crescimento. Esta é a avaliação de boa parte
Outro ponto de destaque revelado na pesquisa diz respeito às
dos profissionais consumidores de equipamentos de iluminação, como
preferências do público consumidor. Segundo a pesquisa, os itens
projetistas, engenheiros e arquitetos de iluminação que participaram
mais importantes na hora de decidir pela compra e/ou especificação de
da a pesquisa realizada pela revista O Setor Elétrico, publicada
um equipamento de iluminação são: assistência técnica do fabricante,
nas páginas a seguir. Para 37% dos entrevistados, o mercado de
garantia e disponibilidade de informações técnicas. Em contrapartida,
equipamentos de iluminação está em ascensão, mesmo apresentando
os critérios menos importantes são o local de fabricação do produto e
ainda deficiências técnicas, como dificuldades de assistência e
o fornecedor ter certificação ISO 9001 ou 14001.
suporte técnicos por parte das empresas fabricantes. Apenas 5% dos
profissionais pesquisados afirmaram que o mercado de iluminação
iluminação em até cinco anos, segundo afirmaram 64% dos projetistas
oferece bom respaldo técnico.
consultados.
Já na opinião dos próprios fabricantes e distribuidores de produtos
De acordo com a pesquisa, os Leds serão a principal fonte de
Confira a seguir, na íntegra, a pesquisa feita com fabricantes e
de iluminação, o setor deverá crescer, em média, 4% neste ano de
distribuidores de produtos e sistemas de iluminação e o levantamento
2017. As empresas, no entanto, afirmaram ter apresentado média de
realizado com os projetistas da área.
crescimento de 11% em 2016 na comparação com o ano anterior e
Mercado brasileiro de produtos e sistemas de iluminação
projetam para este ano elevação de 7% para seus resultados.
Participaram desta pesquisa empresas de todas as regiões do país
e de todos os portes. No entanto, destacaram-se as companhias com
faturamento anual de até R$ 50 milhões. Apenas 2% das pesquisadas
ano, os setores comercial e industrial são os principais segmentos de
faturaram entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão em 2016.
atuação atendidos.
Assim como foi registrado nessa mesma pesquisa realizada há um
61
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Principais segmentos de atuação
Público
46%
Residencial
51% Comercial
78%
Industrial
86%
As luminárias industriais e os refletores foram indicados pelos
pesquisados como os itens mais oferecidos pelas empresas, o que pode indicar que são estes os produtos com mais procura, logo, mais comercializados, seguidos pelos projetores e pelas luminárias comerciais.
Luminárias mais comercializadas
De Sinalização (saídas, heliportos, aeroportos, etc.)
25%
Para Atmosferas Explosivas
33%
Especiais
33% 37%
De Emergência Decorativas
46%
Específicas para Leds
51% 54% 56% 60%
Públicas Comerciais Projetores Refletores
62%
Industriais
73%
Cada vez mais presentes nas prateleiras e nos projetos, os Leds
estão no portfólio de 63% das empresas pesquisadas. Em segundo lugar, estão as fluorescentes tubulares, presentes em 40% das companhias.
62
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
Lâmpadas mais comercializadas
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Os próximos gráficos exibem a opinião dos fabricantes e distribuidores
entrevistados acerca do tamanho total do mercado das cinco luminárias
11% 13% 13% 14%
mais representativas do setor. Para se ter uma ideia, de acordo com as
Miniaturas
entrevistadas, o mercado de luminárias para atmosferas explosivas fatura
Indução
até R$ 10 milhões por ano, já o mercado de luminárias para Led, por
Dicróicas
exemplo, deve faturar até R$ 1 bilhão por ano, segundo estimaram 29% dos pesquisados. Confira a percepção das empresas participantes da pesquisa
Decorativas
sobre cada nicho de mercado.
Incandescentes
14% Especiais 16% Halógenas 24%
Percepção do tamanho anual do mercado de luminárias Industriais
3%
Mistas
27% 33% 35% 35%
Acima de R$ 1 bilhão
10%
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
Vapor de mercúrio Fluorescentes compactas
10%
Fluorescentes tubulares
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
40%
23%
Vapor metálico
63%
18%
Até R$ 10 milhões
Leds
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
10%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões 26%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Assim como constatado na pesquisa feita há um ano, os reatores e
ignitores continuam sendo os acessórios mais presentes entre os acessórios
Públicas
de iluminação.
8%
Acima de R$ 1 bilhão
Acessórios para iluminação mais utilizados
18%
Até R$ 10 milhões 8%
21%
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
15%
Variadores de intensidade (dimmers)
17%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
20%
Interruptores
27% 29%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Sistemas de controle automático de iluminação Sensores para iluminação
30%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
10%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Comerciais
5%
Relés fotoelétricos
Acima de R$ 1 bilhão 5%
30% 35%
Porta lâmpadas (soquetes) e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias Reatores e/ou ignitores
41%
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
20%
Até R$ 10 milhões
15%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
17%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões 18%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
20%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
64
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
para atmosferas explosivas
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
De acordo com o levantamento, os fabricantes e distribuidores de
produtos e sistemas de iluminação apresentaram um crescimento de 11% 3%
em 2016 na comparação com o ano anterior. O índice, no entanto, foi inferior
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
8%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
54%
aos 15% médios planejados pelas empresas, em pesquisa realizada há um
Até R$ 10 milhões
ano. Para este ano de 2017, as companhias preveem crescimento médio de 7% para seus resultados e 4% para o mercado como um todo.
22%
Previsões de crescimento
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
13%
Contratação de colaboradores em 2017
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
3% 4%
Específicas para Leds
Crescimento do mercado de iluminação em 2017
7% 13%
13%
Acima de R$ 1 bilhão
11%
Até R$ 10 milhões 11%
29%
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
Crescimento das empresas em 2016 comparado ao ano anterior
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões 13%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 13%
Desaceleração da economia brasileira e a construção civil desaquecidas são os principais fatores que devem influenciar,
8%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Crescimento das empresas em 2017
negativamente, o mercado de produtos e sistemas de iluminação.
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
Fatores que justificam as previsões de crescimento para este mercado em 2017
Questionadas sobre seus respectivos faturamentos em 2016, a maioria
das empresas que participou deste levantamento (41%) diz ter faturado até R$ 10 milhões no ano passado. Outra parcela importante dos entrevistados
5%
(36%) faturou entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões em 2016.
Desvalorização da moeda brasileira
4%
Programas de incentivo do governo
15%
Faturamento bruto anual das empresas em 2016
Falta de confiança de investidores 5% 2%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
2%
Acima de R$ 1 bilhão
8%
30%
Desaceleração da economia brasileira
Falta de normalização e/ou legislação
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
6%
14%
Incentivos por força de legislação ou normalização
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
25% 41% 36%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões
Até R$ 10 milhões
7%
Projetos de infraestrutura
Setor da construção civil desaquecido
65
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Análise do mercado de projetistas
As áreas industrial, pública e comercial são, nessa ordem, os principais segmentos
atendidos pelos projetistas que participaram desta segunda parte da pesquisa. Projetos residenciais ocupam a quarta posição entre os clientes atendidos por esses profissionais. Principais áreas de atuação das empresas
5% 8%
Hospitalar
Monumentos, edifícios históricos e xilares Outros
13% 13%
Hotéis Shopping centers e lojas em geral
13%
Esportiva
13%
Residencial
36% 51%
Escritórios, Edifícios corporativos / públicos Iluminação pública
56%
Industrial
67%
A principal evolução tecnológica da área de iluminação nos últimos anos, o Led, tende
a ser dominante em pouco tempo. De acordo com 64% dos projetistas de iluminação que participaram desta pesquisa, levarão apenas cinco anos para que o Led se torne a principal fonte luminosa do mercado. Tempo para os Leds serem a principal fonte luminosa do país
5%
De 11 a 20 anos
31%
De 6 a 10 anos
64%
Em até 5 anos
66
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Questionados sobre a aplicação de sistemas de gerenciamento
fatores mais relevantes no momento da compra ou especificação
em seus projetos, a maior parte dos profissionais (41%) afirmou
de produtos e sistemas de iluminação. Treinamento oferecido
empregar técnicas de controle em menos de 25% de seus
pelo fabricante e o fornecedor ter ISO 9001 e/ou 14001 são os
trabalhos. 31% deles, no entanto, afirmaram que utilizam sistemas
itens menos considerados, conforme o levantamento.
de controle e gerenciamento em até 50% dos seus projetos. Avaliação dos fatores que envolvem decisão de especificação e/ou
Assistência técnica do fabricante
Disponibilidade de informações técnicas
5%
8%
0%
3%
3%
5% 16% 13% 3% 18%
31%
Entre 25% e 50% dos projetos
5 e 6 16% 13% 16% 0%
O fornecedor ter ISO 9001 e/ou 14001
Garantia
1a4
41%
Menos de 25% dos projetos
Prazo de entrega
Notas
Preço
18%
Entre 50% e 75% dos projetos
Possuir selo do Inmetro
Entre 75% e 100% dos projetos
Marca (fabricante)
10%
Local de fabricação do produto (nacional ou importado)
compra de produtos e sistemas de iluminação
Treinamento oferecido pelo fabricante
Aplicação de sistemas de controle e gerenciamento de iluminação
3% 11% 21% 37% 5% 34%
7 e 8 47% 16% 50% 21% 18% 16% 37% 24% 42% 18% 9 e 10 32% 63% 34% 76% 76% 68% 26% 26% 50% 29%
A maioria absoluta (64%) das empresas entrevistadas
Garantia, assistência técnica do fabricantes e disponibilidade
de informações técnicas (catálogos, site, etc.) continuam sendo os
pretende especificar e/ou comprar até R$ 1 milhão em produtos de iluminação neste ano de 2017.
67
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Estimativa de compra/especificação de produtos de iluminação para 2017
10%
De R$ 10 milhões a R$ 50 milhões 3%
41%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
Até R$ 500 mil
23%
De R$ 1 milhão a R$ 5 milhões
23%
De R$ 500 mil a R$ 1 milhão
A opinião dos projetistas sobre o mercado brasileiro de
produtos de iluminação é, na média, positiva. 37% dos entrevistados classificam este mercado como em franco crescimento. Ponderam, no entanto, que ainda existem deficiências técnicas (assistência e suporte) que precisam ser sanadas.
Classificação do mercado brasileiro de produtos e sistemas de iluminação
5%
Maduro e responsável 5%
Desatualizado 3%
5%
Oferece bom respaldo técnico 10%
Produtos com pouca qualidade técnica
Produtos de boa qualidade técnica 11%
Atento às tendências internacionais 24%
Com deficiencias tecnicas (assistência e suporte)
37%
Em franco crescimento
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
São Paulo
SP
X
Alumini Engenharia
(11) 2161-9900 www.aluminieng.com
São Paulo
SP
X
Anolight
(31) 3476-6144 www.anolight.com.br
Indaial
SC
X
ARM Iluminação
(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br
Barueri
SP
X
X X
X
Artiere Eletrônica
(41) 3018-4444 www.artiere.com.br
Curitiba
PR
X
X X X
X X X
X
Avant Lux
(11) 3355-2220 www.avantlux.com.br
São Paulo
SP
X
x x x x x x x
x
x
ATEX BR
(19) 3054-7017 www.atexbr.com.br
Campinas
SP
X
X
X X
Blumenau Iluminação
(47) 3036-5155 www.blumenau.ind.br
Blumenau
SC
X
X
Brilia
(11) 2365-0665 www.brilia.com
São Paulo
SP
X
CENTRAL EX
(19) 3708-9200 www.central-ex.com.br
Campinas
SP
COEL
(11) 2066-3211 www.coel.com.br
São Paulo
SP
COISARADA
(49) 3251-9000 www.coisarada.net
Lages
SC
CONEXLED
(11) 2334-9393 www.conexled.com.br
São Bernardo do Campo
SP
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
DECORLUX
(41) 3029-1144 www.decorlux.com.br
Curitiba
PR
X
DEMAPE
(11) 4894-8800 www.demape.com.br
Itatiba
SP
X
Dialight do Brasil
(19) 3113-4300 www.dialight.com
Indaiatuba
SP
X
X
DINATEL
(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br
São Paulo
SP
X
X
DNI - KEY WEST
(11) 3933-2120 www.dni.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
ECOLUMIX
(11) 4883-0005 www.rovimatic.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
ELETRO TERRÍVEL
(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br
São Paulo
SP
X
Embramat
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
SP
Enerbrás
(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
X
Euroled Brasil
(11) 3842-3773 www.euroledbrasil.com.br
São Paulo
SP
X
Exatron
0800 541 3310 www.exatron.com.br
Porto Alegre
RS
X
X X X X X X
FINDER
(11) 4223-1550 www.finder.com.br
Sâo Caetano do Sul
SP
X
X X X X X X X
FORTLIGHT
(11) 2087-6000 www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
Golden
(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X X X
HDA ILUMINAÇÃO LED
(54) 3298-2100 www.hda.ind.br
Nova Petrópolis
RS
X
X X
X
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X X
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X X
X X
X
X
X
X X
X
X
De Emergência
(11) 2782-3200 www.alphamarktec.com.br
X
Públicas
ALPHA MARKTEC MAT. ELETRICOS LTDA
X X
Comerciais
X
Luminárias
Industriais
X
Oferece treinamento técnico para os clientes Fornece projetos de iluminação
SP
Importa produtos acabados
X X X
São Paulo
Certificado ISO 14.001 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
X
(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br
Outros
PR
Alpha Equipamentos Elétricos
Internet
Estado
São José dos Pinhais
Público
Cidade
0800 7072977 www.abalux.com.br
Comercial
Telefone Site
Abalux
Industrial
EMPRESA
Certificado ISO 9001
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Venda direta ao cliente final Telemarketing
Revendas/varejistas
Distribuidores/atacadistas
Residencial
Canal de vendas
Fabricante
Distribuidora
segmento A empresa é Principal de atuação
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
68
X
X X X X X X X X X
X
X X X
69
Ilumatic
(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br
São Paulo
SP
X
X
X x x x
IMPERIAL LUMINARIAS
(47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau
SC
X
X X
X X X
X
Interlight Iluminação
(11) 4789-9966 www.interlight.com.br
Itapevi
SP
X
X X
X
Itaim Iluminação
(11) 3181-5223 www.itaimiluminacao.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
X
X
KDL ILUMINAÇÃO
(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br
Cotia
SP
X
X X
X
X X X
X
KIAN ILUMINAÇÃO
(21) 2702-4500 www.kian.com.br
São Gonçalo
RJ
X
X
LEGRAND
0800 118008
São Paulo
SP
X
Lumavi
(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br
São José do Rio Preto
SP
X
Lumicenter Lighting
(41) 2103-2750 www.lumicenter.com
São José dos Pinhais
PR
X
Lutron
(11) 3257-6745 www.lutron.com
São Paulo
SP
X
Maccomevap
(21) 2687-0070 www.maccomevap.com.br
Itaguai
RJ
x
MAGNANI MATÉRIAIS ELÉTRICOS
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
MELFEX
(11) 4072-1933 www.melfex.com.br
Diadema
SP
X
Murrelektrontik
(11) 5632-3000 www.murrelektronik.com.br
São Paulo
SP
X
Naville Iluminação
(11) 2431-4500 www.naville.com.br
Guarulhos
SP
X
X X
Obo Bettermann
(15) 3335-1382 www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X X
X
ONNO LED
(19) 3424-4000 www.onnoled.com.br
Piracicaba
SP
X
X X
OUROLUX
(11) 2172-1000 www.ourolux.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X X X
Philips Lighting
(11) 2125-0745 luz.spot@philips.com
Barueri
SP
X
Prilux do Brasil
(19) 3116-1300 www.grupoprilux.com.br
Hortolândia
SP
X
X X X X X X
Reativa
(42) 3222-3500 www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X
X
REEME ILUMINAÇÃO
(11) 3525-3290 www.reeme.com.br
São Paulo
SP
X
X
Sensotron Iluminação Sustentável
(35) 3471-7529 www.sensotron.com.br
Santa Rita do Sapucaí
MG
X
X
Schreder
(19) 3517-9680 www.schreder.com.br
Vinhedo
SP
x
x x
STRAHL
(11) 2818-3838 www.strahl.com.br
São Paulo
SP
X
X
Sunlab Power Iluminação
(11) 4035-8575 www.sunlab.com.br
Bragança Paulista
SP
X
X X
X
Trópico Equip. Elét. e Ilum. Ltda
(19) 3885-6428 www.tropico.com.br
Indaiatuba
SP
X
X
X X X X
Unitron
(11) 3931-4744 www.unitron.com.br
São Paulo
SP
X
X X X X X X X
X
Varixx
(19) 3301-6900 www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
X
X X X X X X X
X
X
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
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X X
De Emergência
Campinas
Públicas
(19) 3756-6744 www.idealiluminacao.com.br
Comerciais
Ideal Iluminação
Luminárias
Industriais
São Paulo
Oferece treinamento técnico para os clientes Fornece projetos de iluminação
Cidade
(11) 5621-4358 www.ibright.com.br
Corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
Telefone Site
iBright Iluminação
Importa produtos acabados
Certificado ISO 14.001 Programas na área de responsabilidade social Exporta produtos acabados
Atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Certificado ISO 9001
Outros
Internet
Venda direta ao cliente final Telemarketing
Revendas/varejistas
Distribuidores/atacadistas
Público
Residencial
Comercial
Industrial
Canal de vendas
EMPRESA
www.legrand.com.br
Estado SP X SP X
Distribuidora
Fabricante
segmento A empresa é Principal de atuação
Fornece serviços de instalação e/ou manutenção sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
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X
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X
Pesquisa - Produtos e sistemas de iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
X
X X X
X X X
Alumini Engenharia
(11) 2161-9900 www.aluminieng.com
São Paulo
SP
Anolight
(31) 3476-6144 www.anolight.com.br
Indaial
SC
ARM Iluminação
(11) 4163-1484 www.armiluminacao.com.br
Barueri
SP
Artiere Eletrônica
(41) 3018-4444 www.artiere.com.br
Curitiba
PR
Avant Lux
(11) 3355-2220 www.avantlux.com.br
São Paulo
SP
ATEX BR
(19) 3054-7017 www.atexbr.com.br
Campinas
SP
Blumenau Iluminação
(47) 3036-5155 www.blumenau.ind.br
Blumenau
SC
X X
Brilia
(11) 2365-0665 www.brilia.com
São Paulo
SP
X X X X
CENTRAL EX
(19) 3708-9200 www.central-ex.com.br
Campinas
SP
COEL
(11) 2066-3211 www.coel.com.br
São Paulo
SP
COISARADA
(49) 3251-9000 www.coisarada.net
Lages
SC
CONEXLED
(11) 2334-9393 www.conexled.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X X
X X
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X X
DECORLUX
(41) 3029-1144 www.decorlux.com.br
Curitiba
PR
DEMAPE
(11) 4894-8800 www.demape.com.br
Itatiba
SP
Dialight do Brasil
(19) 3113-4300 www.dialight.com
Indaiatuba
SP
DINATEL
(11) 3997-7012 www.dinatelreator.com.br
São Paulo
SP
DNI - KEY WEST
(11) 3933-2120 www.dni.com.br
São Paulo
SP
ECOLUMIX
(11) 4883-0005 www.rovimatic.com.br
São Paulo
SP
ELETRO TERRÍVEL
(11) 3959-6855 www.eletroterrivel.com.br
São Paulo
SP
Embramat
(11) 2098-0371 www.embramataltatensao.com.br São Paulo
SP
Enerbrás
(41) 2111-3000 www.enerbras.com.br
Campo Largo
PR
Euroled Brasil
(11) 3842-3773 www.euroledbrasil.com.br
São Paulo
SP
Exatron
0800 541 3310 www.exatron.com.br
Porto Alegre
RS
FINDER
(11) 4223-1550 www.finder.com.br
Sâo Caetano do Sul
SP
FORTLIGHT
(11) 2087-6000 www.fortlight.com.br
Guarulhos
SP
Golden
(11) 2122-6666 www.lampadasgolden.com.br
São Paulo
SP
X X X
HDA ILUMINAÇÃO LED
(54) 3298-2100 www.hda.ind.br
Nova Petrópolis
RS
X X
X X
X
X X X X X
X X
X X X X X X X
X
X X
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X X
X
X X
X
x
x X
X X
X
x x x x X X
Sistemas de controle automático de iluminação
SP
Variadores de intensidade
São Paulo
Interruptores
(11) 2782-3200 www.alphamarktec.com.br
Sensores para iluminação
ALPHA MARKTEC MAT. ELETRICOS LTDA
Relés fotoelétricos
X X
Reatores e/ou Ignitores
X X X
X X X X
Especiais
X X
Miniaturas
SP
Decorativas
São Paulo
Leds
(11) 3933-7533 www.alpha-ex.com.br
Acessórios
De Indução
PR
Alpha Equipamentos Elétricos
Vapor metálico
São José dos Pinhais
Vapor de mercúrio
Cidade
0800 7072977 www.abalux.com.br
Halógenas
Telefone Site
Dicróicas
EMPRESA Abalux
Fluorescentes compactas
Fluorescente tubulares
Mistas
Especiais
Incandescentes
Refletores
Lâmpadas
Projetores
Específicas para Leds
Decorativas
Para Atmosferas Explosivas
Estado
De Sinalização
Luminárias
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
70
X
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X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
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X X x
X X
X
X
X
71
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
X
Ilumatic
(11) 2149-0299 www.ilumatic.com.br
São Paulo
SP
x x x x
IMPERIAL LUMINARIAS
(47) 3325-1306 www.imperialluminarias.com.br Blumenau
SC
X
Interlight Iluminação
(11) 4789-9966 www.interlight.com.br
Itapevi
SP
X X X
Itaim Iluminação
(11) 3181-5223 www.itaimiluminacao.com.br
São Paulo
SP
X X X X X
X X
X
X
KDL ILUMINAÇÃO
(11) 4617-3432 www.kdliluminacao.com.br
Cotia
SP
X
X X
X X
X
KIAN ILUMINAÇÃO
(21) 2702-4500 www.kian.com.br
São Gonçalo
RJ
X X
X X X X
LEGRAND
0800 118008
São Paulo
SP
Lumavi
(17) 3121-2900 www.lumavi.com.br
São José do Rio Preto
SP
x
Lumicenter Lighting
(41) 2103-2750 www.lumicenter.com
São José dos Pinhais
PR
X X X X X
Lutron
(11) 3257-6745 www.lutron.com
São Paulo
SP
Maccomevap
(21) 2687-0070 www.maccomevap.com.br
Itaguai
RJ
x x
MAGNANI MATÉRIAIS ELÉTRICOS
(54) 4009-5255 www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X X X X X X X X X X X X X
MELFEX
(11) 4072-1933 www.melfex.com.br
Diadema
SP
Murrelektrontik
(11) 5632-3000 www.murrelektronik.com.br
São Paulo
SP
Naville Iluminação
(11) 2431-4500 www.naville.com.br
Guarulhos
SP
Obo Bettermann
(15) 3335-1382 www.obo.com.br
Sorocaba
SP
ONNO LED
(19) 3424-4000 www.onnoled.com.br
Piracicaba
SP
OUROLUX
(11) 2172-1000 www.ourolux.com.br
São Paulo
SP
Philips Lighting
(11) 2125-0745 luz.spot@philips.com
Barueri
SP
Prilux do Brasil
(19) 3116-1300 www.grupoprilux.com.br
Hortolândia
SP
Reativa
(42) 3222-3500 www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X
X X
REEME ILUMINAÇÃO
(11) 3525-3290 www.reeme.com.br
São Paulo
SP
X X
X
Sensotron Iluminação Sustentável
(35) 3471-7529 www.sensotron.com.br
Santa Rita do Sapucaí
MG
X
Schreder
(19) 3517-9680 www.schreder.com.br
Vinhedo
SP
x x x x
STRAHL
(11) 2818-3838 www.strahl.com.br
São Paulo
SP
X
Sunlab Power Iluminação
(11) 4035-8575 www.sunlab.com.br
Bragança Paulista
SP
Trópico Equip. Elét. e Ilum. Ltda
(19) 3885-6428 www.tropico.com.br
Indaiatuba
SP
Unitron
(11) 3931-4744 www.unitron.com.br
São Paulo
SP
Varixx
(19) 3301-6900 www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
WEG
(47) 3276-4000 www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
www.legrand.com.br
X X X
X X X x x
x
X X X
X X
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X X X X
X X
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X x
x
X X
X
X X X X X X X
Sistemas de controle automático de iluminação
SP
Variadores de intensidade
Campinas
Interruptores
(19) 3756-6744 www.idealiluminacao.com.br
Sensores para iluminação
Ideal Iluminação
Relés fotoelétricos
Cidade São Paulo
Reatores e/ou Ignitores
Telefone Site (11) 5621-4358 www.ibright.com.br
Porta lâmpadas e outros acessórios para lâmpadas e/ou luminárias
Especiais
Miniaturas
Decorativas
Leds
De Indução
Vapor metálico
Vapor de mercúrio
Halógenas
Dicróicas
Fluorescentes compactas
Fluorescente tubulares
Mistas
Especiais
Incandescentes
Refletores
Projetores
Específicas para Leds
Decorativas
De Sinalização
Acessórios
Lâmpadas
iBright Iluminação
EMPRESA
Estado SP
Para Atmosferas Explosivas
Luminárias
X X
X X X X X
X
X
X
X X X X
Pesquisa - Projetistas de Iluminação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
BA
Barueri
SP
Artiere Eletrônica
(41) 3018-4444
www.artiere.com.br
Curitiba
PR
CEILUX - Centro de Exce. em Ilum. (31) 3547-8598
www.ceilux.com.br
Nova Lima
MG
DIMENSIONAL EQUIP. ELÉTRICOS LTDA
(19) 3446-7400
www.dimensional.com.br
Limeira
SP
DIWALI ILUMINAÇÃO
(11) 4508-0090
ronaldo@diwali.com.br
São Paulo
SP
X
Eletrica dluz
(77) 3452-0170
www.dluzecia.com.br
Guanambi
BA
X
Engelux Soluções em Energia
(27) 3097-9100
www.engeluxenergia.com.br
Vitória
ES
Engeluz
(22) 2647-1899
www.grupoengeluz.com.br
Cabo Frio
RJ
ENGENHARIA DA LUZ
(99) 3525-4557
eng.luz@uol.com.br
Imperatriz
MA
Franco Associados
(11) 3064-6861
www.francoassociados.com
São Paulo
SP
FRONTEC
(51) 3201-2477
www.frontec.com.br
São Leopoldo
RS
Gubro
(21) 2592-0190
www. gubro.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ILUMINATI
(21) 2501-5971
www.barsotti.ind.br
Rio de Janeiro
RJ
JSA Engenharia
(11) 5081-7799
www.jsaconsultoria.eng.br
São Paulo
SP
L&G Engenharia
(31) 3643-5153
www.legengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
Luminárias PROJETO
(11) 2946-8200
www.luminariasprojeto.com.br
São Paulo
LÚMIT
(12) 3863-2334
www.lumit.com.br
São Sebastião
LUZ URBANA
(11) 5571-2928
www.luzurbana.com.br
São Paulo
SP
MELFEX
(11) 4072-1933
www.melfex.com.br
Diadema
SP
X
MICROLED
(11) 4872-9850
www.microled.ind.br
Sao Paulo
SP
X
NBV ENGENHARIA ELETRICA
(43) 3025-2408
www.nbvengenhariaeletrica.com.br Londrina
PR
X
Olivo Produtos Elétricos
X
X
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SP
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X X X
X
X
X X
X
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X
SC
X
Mandaguari
PR
X
OSRAM
(11) 4280-4844
www.osram.com.br
Barueri
SP
Philips Lighting
(11) 2125-0745
luz.spot@philips.com
Barueri
SP
QUALITY ENGENHARIA
(71) 3341-1414
www.qualityltda.com.br
Salvador
BA
Reeme Iluminação
(11) 3525-3290
www.reeme.com.br
São Paulo
SP
Renetec Eletromecânica Ltda
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
X
X
SADENCO Engenharia
(48) 3028-2222
www.sadenco.com.br
Florianópolis
SC
X
X
X
SAVE Iluminação - prod. e serv.
(21) 3349-0220
www.save.eng.br
Rio de Janeiro
RJ
Sensotron Eletrônica Ltda
(35) 3471-7529
www.sensotron.com.br
Santa Rita do Sapucaí
MG
Senzi lighting
(11) 5052-8752
www.senzilighting.com.br
São Paulo
sp
Studioix
(11) 3872-9919
www.studioix.com.br
São Paulo
SP
Sunlab Power Iluminação
(11) 4035-8575
www.sunlab.com.br
Bragança Paulista
SP
TRANSFORLUZ
(22) 2664-2174
www.transforluz.com.br
Araruama
RJ
X
Vextrom
(11) 3672-0506
www.vextrom.com.br
São Paulo
SP
X
ZAGONEL
(49) 3366-6000
www.zagonel.com.br
Pinhalzinho
SC
X
Zettatecck Projetos
(19) 3321-8400
www.zettatecck.com.br
Araras
SP
X
X
X
X X
Siderópolis
www.onixcd.com.br
X
X
X
X
www.olivosa.com.br
X
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X X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
(48) 2102-8820
ONIX DISTR. DE PROD. ELÉTRICOS LTDA (44) 3233-8500
X
X
X
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X X
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X
X
X
X X
X
Não possui e não acho importante
Juazeiro
www.armiluminacao.com.br
X X
Não possui ainda, mais acho importante
comercialalves_@hotmail.com
(11) 4163-1484
Sim
(74) 3612-4840
ARM Iluminação
X
X
Certificado ISO 9001
Mais de 30
ALVES ILUMINAÇÃO
X
De 10 a 20
GO
Até 5
Goiânia
Outros
www.alset.com.br
Iluminação pública
X
(62) 3945-5047
Hotéis
SP
ALSET ENGENHARIA E COMERCIO
Monumentos e edifícios históricos
São Paulo
Hospitalar
UF
4bprojetos@uol.com.br
Shopping centers e lojas em geral
Cidade
(11) 3257-2160
Esportiva
Site
4B PROJETOS
Industrial
Telefone
Residencial
Escritórios, Edifícios corporativos / Edifícios públicos
EMPRESA
De 5 a 10
Número de funcionários das empresas
Principais áreas de atuação das empresas
De 20 a 30
72
X X
X X
73
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Site
Cidade
UF
(11) 3257-2160
4bprojetos@uol.com.br
São Paulo
SP
X
ALSET ENGENHARIA E COMERCIO
(62) 3945-5047
www.alset.com.br
Goiânia
GO
X
ALVES ILUMINAÇÃO
(74) 3612-4840
comercialalves_@hotmail.com
Juazeiro
BA
ARM Iluminação
(11) 4163-1484
www.armiluminacao.com.br
Barueri
SP
X
X
X
Artiere Eletrônica
(41) 3018-4444
www.artiere.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
CEILUX - Centro de Exce. em Ilum. (31) 3547-8598
www.ceilux.com.br
Nova Lima
MG
X
X
X
DIMENSIONAL EQUIP. ELÉTRICOS LTDA (19) 3446-7400
www.dimensional.com.br
Limeira
SP
X
X
X
X
X
DIWALI ILUMINAÇÃO
(11) 4508-0090
ronaldo@diwali.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
Eletrica dluz
(77) 3452-0170
www.dluzecia.com.br
Guanambi
BA
X
X
Engelux Soluções em Energia
(27) 3097-9100
www.engeluxenergia.com.br
Vitória
ES
X
X
X
Engeluz
(22) 2647-1899
www.grupoengeluz.com.br
Cabo Frio
RJ
X
X
X
ENGENHARIA DA LUZ
(99) 3525-4557
eng.luz@uol.com.br
Imperatriz
MA
X
X
Franco Associados
(11) 3064-6861
www.francoassociados.com
São Paulo
SP
X
FRONTEC
(51) 3201-2477
www.frontec.com.br
São Leopoldo
RS
X
Gubro
(21) 2592-0190
www. gubro.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ILUMINATI
(21) 2501-5971
www.barsotti.ind.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
JSA Engenharia
(11) 5081-7799
www.jsaconsultoria.eng.br
São Paulo
SP
X
X
L&G Engenharia
(31) 3643-5153
www.legengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X
Luminárias PROJETO
(11) 2946-8200
www.luminariasprojeto.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
LÚMIT
(12) 3863-2334
www.lumit.com.br
São Sebastião
SP
X
X
X
X
LUZ URBANA
(11) 5571-2928
www.luzurbana.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
MELFEX
(11) 4072-1933
www.melfex.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X
X
MICROLED
(11) 4872-9850
www.microled.ind.br
Sao Paulo
SP
X
X
X
X
X
NBV ENGENHARIA ELETRICA
(43) 3025-2408
www.nbvengenhariaeletrica.com.br Londrina
PR
X
X
X
Olivo Produtos Elétricos
X
X
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X X
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X
X X
X
Entre 75% e 100%
X
Telefone
4B PROJETOS
Entre 50% e 75 %
X
EMPRESA
Entre 25% e 50 %
Menos de 25%
Aplicação de sistemas de controle e gerenciamento de iluminação
Entre 75% e 100%
Entre 50% e 75 %
Menos de 25%
Não é utilizada nos projetos de sua empresa
Ocasionalmente é utilizada nos projetos de sua empresa
Faz parte do dia a dia dos projetos de sua empresa
Entre 25% e 50 %
Aplicação de conceitos e soluções de iluminação energeticamente eficientes
Em relação ao uso de Leds em projetos luminotécnicos
As vezes
Não
Sim
As vezes
Compra produtos, equipamentos, componentes, etc
Sim
Não
Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores
X X X
X X
X
(48) 2102-8820
www.olivosa.com.br
Siderópolis
SC
ONIX DISTR. DE PROD. ELÉTRICOS LTDA (44) 3233-8500
www.onixcd.com.br
Mandaguari
PR
X
OSRAM
(11) 4280-4844
www.osram.com.br
Barueri
SP
X
Philips Lighting
(11) 2125-0745
luz.spot@philips.com
Barueri
SP
X
QUALITY ENGENHARIA
(71) 3341-1414
www.qualityltda.com.br
Salvador
BA
X
Reeme Iluminação
(11) 3525-3290
www.reeme.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Renetec Eletromecânica Ltda
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
X
X
SADENCO Engenharia
(48) 3028-2222
www.sadenco.com.br
Florianópolis
SC
X
X
X
X
SAVE Iluminação - prod. e serv.
(21) 3349-0220
www.save.eng.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
X
Sensotron Eletrônica Ltda
(35) 3471-7529
www.sensotron.com.br
Santa Rita do Sapucaí
MG
X
X
X
X
Senzi lighting
(11) 5052-8752
www.senzilighting.com.br
São Paulo
sp
X
X
X
X
Studioix
(11) 3872-9919
www.studioix.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
Sunlab Power Iluminação
(11) 4035-8575
www.sunlab.com.br
Bragança Paulista
SP
X
X
X
X
X
TRANSFORLUZ
(22) 2664-2174
www.transforluz.com.br
Araruama
RJ
X
X
X
Vextrom
(11) 3672-0506
www.vextrom.com.br
São Paulo
SP
X
X
ZAGONEL
(49) 3366-6000
www.zagonel.com.br
Pinhalzinho
SC
X
X
X
X
Zettatecck Projetos
(19) 3321-8400
www.zettatecck.com.br
Araras
SP
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
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X
X
X
X
X
X X
X X
X X X
X X
X X
X
X X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Por Normando V. B. Alves*
Engenharia de segurança, burocracia, falta de comunicação ou egos, nivelamento por baixo ou medo das injustiças? Este artigo não tem por objetivo criticar a
capacete, luvas, óculos de proteção e
segurança do trabalho, mas sim evidenciar o
abafadores de ruído. Se sua empresa executa
caminho que ela vem tomando. As situações
dez serviços (contratos separados) em um mês
descritas a seguir são reais e não têm nada de
em clientes diferentes, seus colaboradores
fantasiosas, apesar de parecerem ser.
terão
A proposta deste artigo é informar a
representando uma repetição desnecessária,
burocracia necessária para entrar em alguns
enfadonha e onerosa para os dois lados. Já é
clientes, mas também mostrar ao empreiteiro
uma obrigação legal das empresas fornecerem
de instalações de Sistemas de Proteção contra
esse treinamento para seus colaboradores,
Descargas Atmosféricas (SPDA) quais são
então, por que não se cria uma carteirinha que
os exames e treinamentos que ele terá que
explicite quais treinamentos e qual a validade
dez
treinamentos
sobre
EPI,
computar na sua planilha de custos diretos para
de cada um deles? Essa repetição torna-se
preservar o seu lucro. Caso ele não se atente a
enfadonha e faz com que o colaborador não
estes detalhes, seu lucro poderá ser prejudicado
preste mais atenção nesses treinamentos e
e ele será tentado a abandonar a obra, reduzindo
todos perdem com isso. A ideia seria a mesma
seu prejuízo, e executando serviços com risco de
que o treinamento da NR 10, que tem validade
acidentes e baixa qualidade.
e reciclagem definidos.
Pensando nisso, minha sugestão é que os
Outro ponto importante é a exigência de
empresários destas áreas aprendam a planejar
exames ou treinamentos que vão além do
seus custos de forma correta para avaliarem
que a lei exige. Por exemplo, determinados
lucros e perdas. Ocorre que, infelizmente, a
clientes exigem eletroencefalograma para
maioria desses profissionais não sabe calcular
qualquer atividade dentro da empresa, sendo
o custo e qualquer imprevisto afeta seu lucro.
que essa exigência é somente para trabalhos
Ao executar algum serviço ou visita
em altura e a partir de determinada idade.
técnica,
Exames
solicitamos
explicitamente,
com
de
sangue,
plaquetometria,
alguma antecedência, que o cliente nos envie
glicemia, exames psicológicos, acuidade
uma relação de exames ou de treinamentos
visual, audiometria e outros são exigidos
necessários para que possamos executar o
legalmente só para algumas atividades
trabalho. Essa interação prévia é interessante,
específicas, mas existem clientes que exigem
pois, caso (e normalmente isso acontece) o
uma série de exames para todas as atividades.
cliente exija algo além das práticas normais,
Por exemplo, o eletrocardiograma é
esse valor deverá ser computado como custo
exigido para o colaborador que dirige veículo,
direto para essa obra, o que vai alterar sua
mas se isso é realmente importante e pode
rentabilidade.
evitar acidentes, por que o Detran não exige de
esse exame? Se o profissional foi aprovado
integração. O tempo deste varia em função do
em um exame rigoroso do Departamento de
tipo de trabalho que será realizado e do tempo
Trânsito, por que outras empresas questionam
do contrato. É comum que esses treinamentos
se a pessoa está apta a dirigir ou não?
incluam o uso de EPIs básicos, como botina,
Comecemos
pelo
treinamento
Existe no Brasil uma prática de nivelar as
75
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
coisas por baixo. Um exemplo: uma grande
exigidos”;
O prazo esgotou-se e não conseguimos entrar,
empresa proibiu que os funcionários andem
• “O novo engenheiro de segurança é muito
então, declinei do serviço, pois paciência e
de moto porque, certo dia, um motociclista
chato e ampliou as exigências”;
incompetência também têm limites.
teve um acidente fatal dentro da empresa. Dali
• “Não sei porque o pessoal do administrativo
Está faltando bom senso e sobrando
em diante passou a ser proibida a presença
te mandou a relação antiga”;
burocracia. Há a ilusão de que muita burocracia
de motociclistas dentro da companhia. Me
• “Sou novo aqui e não sei qual era o
reduz culpa e riscos, mas isso não acontece.
pergunto se seria usado o mesmo critério se
procedimento anterior”;
Muitas das exigências descabidas têm como
o acidente tivesse ocorrido com um ônibus ou
• “Agora esses exames passaram a ser
base um histórico recente de alguma ação
carro de passeio. Provavelmente, não.
exigidos, não sei o porquê”;
judicial em que a empresa acabou sendo
• “Concordo com você, mas são novos
penalizada, mesmo cumprindo com todas as
das condições da suspensão do seu veículo,
procedimentos e não posso fazer nada”;
exigências legais.
consequência de um acidente que se suspeita
• “ Esse serviço foi terceirizado, agora
que foi por causa de problemas com a
depende da nova empresa”;
vezes, privilegiando o negligente, alegando
suspensão. Desde então todos os veículos são
• “ Foi adquirido um novo aplicativo que
que a empresa é a maior beneficiária e, assim,
obrigados a fazer uma inspeção agendada
controla essa documentação”.
premia quem está errado.
Em outro cliente é obrigatório um laudo
em uma oficina credenciada que tem dias e
O sistema judiciário acaba, na maioria das
Como dito no início do artigo, não se trata
horários exclusivos para esses atendimentos.
Os próprios setores da mesma empresa
de uma crítica à segurança do trabalho, mas
Tudo piora quando a informação só é dada
não se comunicam corretamente, deixando
sim ao excesso de burocracia e exigências.
quando as equipes de trabalho chegam à
o empreiteiro doidinho, gastando muito
Os sindicatos deveriam ser responsáveis por
portaria do cliente.
tempo com burocracia e pouco tempo com
incrementar essa cultura no trabalhador, a de
Esse fato me remete a outro assunto, que
segurança. O cliente passa uma relação de
que acidente de trabalho não é bom para
é a falta de comunicação dentro e fora das
exames e treinamentos e quando o pessoal
ninguém.
empresas. Quando vamos apresentar uma
chega na obra são exigidos mais outros
proposta comercial solicitamos que o cliente
exames. Isso se chama “custo Brasil”.
nos envie todos os exames e treinamentos
exigidos para que esses custos sejam alocados
ouviu o seguinte: “Não entendo porque tanto
No que diz respeito a serviços em
nessa
rigor no treinamento, pois, no campo do
proteção contra descargas atmosféricas (PDA),
somos contratados e começamos a enviar
trabalho, ninguém fiscaliza nada”. Em outro
via de regra, as exigências básicas no tocante
a documentação começam as surpresas,
ficamos tentando entrar durante cinco meses
à segurança do trabalho são:
algumas transcritas a seguir:
e, a cada nova tentativa, apareciam novas
obra,
mas,
infelizmente,
quando
• “Houve uma atualização dos exames
Segurança do trabalho em PDA
Em um dos treinamentos, meu pessoal
exigências. Dei um prazo de mais 30 dias para
• PPRA;
o cliente nos colocar para dentro da empresa.
• PCMSO;
76
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
• Treinamento na NR 10;
No solo:
• Treinamento em altura NR 35;
• Treinamento em altura NR 35;
• Abertura de valetas
• Isolamento de áreas nos locais onde
• Risco mecânico durante a cravação
serão executados serviços nas bordas
mecânica das hastes de aterramento,
da edificação, como conexão das
abertura de valetas com risco de tropeço,
descidas com a captação e captação
dependem diretamente dos tipos de serviços
risco de romper instalações subterrâneas
nas bordas da edificação;
que serão realizados, mas, para levantamento de
existentes, sejam elétricas, hidráulicas,
• Risco de danos a instalações
dados e ensaios, usualmente, eles podem ser:
telecom, esgoto, etc. Medidas preventivas:
existentes, como antenas, placas de
• Integração.
Os riscos envolvidos e tipos de exames
• Queda em nível (abertura de valetas);
• Isolamento de áreas, uso de
• Queda em altura (execução de descidas não
escoramento em caso de solo fraco e
naturais e captação);
profundidades maiores que 50 cm;
• Audiometria;
• Inspeção visual no entorno da região
• Risco de choque elétrico e danos a
• Exames de sangue;
a ser rompida para análise prévia das
instalações existentes. Medidas preventivas:
• Acuidade visual;
possíveis interferências e evitar danos
• Interligação elétrica das instalações
• Audiometria;
nas instalações existentes;
metálicas mencionadas no projeto, com
• Avaliação psicossocial;
• Execução de soldas exotérmicas,
cuidado para remover a tinta (quando
• Eletrocardiograma-ECG;
com risco de respirar gases pesados
for o caso) e recomposição da tinta nos
• Eletroencefalograma-EEG;
ou queimaduras devido à projeção de
locais que foi removida. Cuidados para
• Exame clínico;
material;
não perfurar as tubulações;
• Glicemia de jejum;
• Risco de atropelamento devido ao
• Treinamento de NR 10 para instalação
• Hemograma completo.
trânsito de veículos.
de DPS e/ou o BEP (caso sejam
aquecimento solar, outdoor, etc. • Equalização de potenciais
exigidos pelo projeto), havendo risco de NOTA: Alguns desses exames estão inclusos
Nas fachadas
no PPRA e/ou no PCMSO, outros não.
• Descidas convencionais
choque elétrico.
Alguns clientes exigem também PPRA e
• Risco de queda, via cadeirinha ou
NOTA: Todos os serviços, antes de serem
PCMSO específicos por contrato.
plataforma elevatória, risco de queda
iniciados, deverão ser vistoriados junto com
de material ou ferramentas. Medidas
o cliente, fazendo uma Análise Preliminar de
preventivas:
Risco (APR), em que são constados os riscos
Em alguns serviços especiais, como subida em chaminés, são exigidas presença
• Cadeirinha com cabo de aço em
e as medidas preventivas. Reuniões de bom
de ambulância com enfermeiro e medição
bom estado, linha de vida paralela com
dia com foco na segurança são altamente
da pressão arterial antes de iniciar a subida.
trava queda e cinto de segurança com
recomendáveis, além de serem obrigatórios
Também para esta atividade é necessário o
amortecimento de queda;
pela maioria dos clientes.
uso de oxímetro e trabalho em dupla. Esta
• Isolamento de área nas proximidades
exigência é totalmente necessária, mas deverá
da descida contra queda de materiais
As
ser previamente comunicada ao empreiteiro.
ou ferramentas;
artigo são meramente informativas e podem
Por tudo o apresentado acima, é
• Treinamento em altura NR 35;
carecer de algum cunho jurídico ou legal mais
interessante que a empresa, antes de levantar
• No caso de plataforma elevatória, é
detalhado ou atualizado.
seus custos, solicite um e-mail da contratante
exigido que o operador tenha treinamento
Estas recomendações são genéricas,
com a relação completa de documentos para
de uso do equipamento NR 11.
pois podem se aplicar apenas a serviços mais
recomendações
contidas
neste
rápidos, de poucos dias, como inspeções
inclusão nos seus custos e evitar transtornos e morosidade desnecessária.
No topo da edificação
visuais, visitas de levantamento de dados
• Captação
para projetos ou consultorias, ou ainda
Essa situação é mais crítica em serviços
de pouca duração, em que, muitas vezes, o
• Risco de queda, afundamento ou quebra
para uma implantação do projeto de PDA,
tempo gasto com exames e treinamentos
do telhado. Medidas preventivas:
mais demorada como meses ou até anos,
poderá ser igual ou maior que o próprio
• Uso de linha de vida horizontal NR 18
serviço contratado. No entanto, se estiver
e outras, com cinto de segurança com
contabilizado na planilha de custos, não haverá
2 talabartes com amortecimento de
*Normando Virgílio Borges Alves é engenheiro
problemas, pois, seu lucro estará preservado.
queda;
eletricista, diretor de engenharia da Termotécnica
• Pranchas ou madeirites para caminhar
Ind. Com. Ltda. e membro da comissão da
Atmosféricas (SPDA) exige uma atenção
por cima do telhado e evitar danos na
ABNT que revisa a norma ABNT NBR 5419 |
especial nas seguintes situações:
telha ou amassamento das telhas;
normandoalves@gmail.com.
O Sistema de Proteção contra Descargas
dependendo do tipo de contratação.
78
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Inspeção no SPDA O assunto é tratado nas partes 3 e 4 da
habilitado e que tenha conhecimento específico,
Essas inspeções completas têm a seguinte
ABNT NBR 5419:2015 e é de fundamental
que possa emitir um documento técnico -
periodicidade
importância em várias etapas da Proteção
relatório ou laudo - e recolher uma ART.
5419:2015:
definida
pela
ABNT
NBR
Contra Descargas Atmosféricas (PDA). A rigor, a inspeção deveria iniciar no projeto,
Segundo as prescrições da norma vigente,
- Um ano para estruturas contendo munição ou
pois é comum encontrarmos documentos
essas inspeções visam submeter a PDA a
explosivos, ou em locais expostos à corrosão
incompletos, contendo cálculos errados ou
análises visuais para detecção de:
atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes
ainda especificando incorretamente o material.
- Existência de documentação correta e completa
industriais com atmosfera agressiva etc.), ou
Infelizmente, raramente, este procedimento
no local. Sem ela não há como obter referência
ainda estruturas pertencentes a fornecedores de
é adotado e verdadeiros monumentos à
para a realização de uma inspeção coerente;
serviços considerados essenciais (energia, água,
insegurança são projetados e construídos com
- Se o SPDA e as MPSs instalados mantém-se
telecomunicações etc.);
o objetivo de proteger as estruturas, pessoas,
conforme documentação existente;
- Três anos para as demais estruturas.
equipamentos e instalações contra os raios.
- Se os componentes da PDA estão em bom
Outras etapas de inspeção comumente
estado de conservação, com conexões e
negligenciadas deveriam ocorrer:
fixações bem feitas e livres do efeito da corrosão;
que é comumente explorado pelos “laudistas
Outro detalhe pertinente a ser tratado e
de plantão”, e deve ser combatido, é a validade É importante destacar que, na inspeção, o
dessas
inspeções
quando
as
mesmas
- Durante a construção da proteção, o que
evitaria desvios de projeto;
subsistema de aterramento convencional será
complementam
- Imediatamente após o término da instalação,
submetido a ensaios de continuidade elétrica
abrangente. Façamos uma comparação simples:
o que garantiria a confiabilidade da relação
para definir sua integridade física e eficiência.
você está com dor de cabeça e vai até uma
instalação versus projeto as built;
farmácia para comprar um analgésico. Compra
- Após qualquer modificação no objeto a ser
adequação/manutenção:
No caso de a inspeção apresentar item de
uma
documentação
mais
uma cartela com quatro comprimidos, toma um ou dois e, se na próxima dor de cabeça,
protegido ou na PDA, que descaracterizasse a relação anteriormente citada, o que forçaria uma
- Para o SPDA, o responsável pela estrutura
os comprimidos restantes estiverem dentro do
readequação da proteção;
deve ser informado de todas as irregularidades
prazo de validade, e você não os tiver perdido,
- Quando houver suspeita que o SPDA, a
observadas por meio de relatório técnico
poderá tomá-los sem o menor problema. De
estrutura ou imediações tenham sido atingidos
emitido após cada inspeção periódica. Cabe
forma análoga, o prontuário de instalações
por raio, medida utilizada para garantir a
ao profissional emitente da documentação
elétricas exigido pela NR 10 deve ser atualizado
integridade e confiabilidade da proteção.
recomendar, baseado nos danos encontrados,
anualmente. Nesse prontuário deve constar a
o prazo de manutenção no sistema, que pode
documentação da PDA atualizada. Suponha
variar desde “imediato” a “item de manutenção
que essa documentação seja para um prédio
vinculada à segurança com outras áreas da
preventiva”;
comercial localizado no centro de uma grande
edificação/estrutura, com a segurança dos
- Para as MPSs, todos os problemas
cidade do interior do país, esta documentação
trabalhadores que por ela trafegam ou nela
relacionados no relatório, incluindo discrepâncias
de PDA poderá constar do prontuário por três
exerçam alguma atividade, é que as inspeções
na
anos consecutivos sem impedir que o mesmo
chamadas na norma como “periódicas” têm
imediatamente.
fique atualizado, ou seja, a NR 10 não determina
presença mais comum, ainda assim, não
que você atualize a documentação da PDA,
garantida. A título de esclarecimento, essas
inspeções devem ser realizadas por profissional
fundamental para a confiabilidade da PDA.
Apenas nos locais onde existe fiscalização
documentação,
devem
ser
corrigidos
A regularidade das inspeções é condição
quem faz isso é a ABNT NBR 5419.
Vale sempre a máxima: “quem cuida, tem”.
80
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Guia para a certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas (CoPC - Certificate of Personnel Competence)
ou ISO referenciadas são indicadas como
Orientações e instruções para obter um
ou
nas
normas NBR IEC ou NBR ISO. Isto se deve
certificado de competências pessoais ‘Ex’.
Instalações Ex (EFOC - Ex Facility Orientation
ao fato de que tais normas são também escritas
Este
informações
Certificates) somente poderá ser emitido
em português e são idênticas, em conteúdo
requeridas para a inscrição por parte de uma
quando a conformidade com os requisitos do
técnico, forma e apresentação, sem desvios
pessoa para um Organismo de Certificação
sistema IECEx forem alcançados e a pessoa
nacionais em relação às respectivas normas
IECEx (ExCB) para a obtenção de um
seja competente de acordo com as unidades
internacionais publicadas pela IEC ou pela
Certificado de Competências Pessoais / CoPC
de competência indicadas no escopo da
ISO”.
(Unidades de Competências Ex 001 a Ex 010)
certificação.
ou um Certificado de Orientação nas Instalações
Conforme informado neste Guia “Ex”, o
adotadas da série ABNT NBR IEC 60079
Ex / EFOC (Unidades de Competência Ex
esquema de certificação de competências
aplicáveis para a certificação nestas unidades
000). O guia inclui uma descrição geral dos
pessoais “Ex” do IECEx opera de forma
de competências “Ex” são as seguintes:
procedimentos para as pessoas obterem e
voluntária e pode ser utilizado dentro de uma
manterem a sua certificação.
estrutura de regulamentos nacionais, conforme
• ABNT NBR IEC 60079-10-1: Classificação
Recentemente, o IECEx publicou o Guia
guia
descreve
as
um
Certificado
de
Orientação
As principais normas técnicas brasileiras
Estão também incluídos no documento os
orientação e recomendação de alinhamento
de áreas contendo gases inflamáveis;
requisitos para as evidências das experiências,
e harmonização internacional publicada pela
• ABNT NBR IEC 60079-10-2: Classificação
treinamentos, avaliação da competência e as
ONU.
de áreas contendo poeiras combustíveis;
condições para a emissão de um CoPC ou de
O
um EFOC.
informações
de competências pessoais “Ex” a serem
“Ex”;
tipicamente obtidas para a certificação de
• ABNT NBR IEC 60079-17: Inspeção e
profissionais que atuam em diferentes atividades
manutenção de instalações “Ex”;
relacionadas com atmosferas explosivas, tais
• ABNT NBR IEC 60079-19: Reparo, revisão e
como prestadores de serviços, supervisores
recuperação de equipamentos “Ex”.
Um Certificado de Competências Pessoais
Guia
apresenta,
dentre
importantes,
as
outras unidades
•
ABNT
NBR
IEC
60079-14:
Projeto,
montagem e inspeção inicial de instalações
de serviços gerais, gerentes, representantes técnicos e comerciais, técnicos de execução e
supervisores de serviços técnicos e nas áreas
de competências Ex que fazem parte do sistema
de eletricidade, instrumentação, automação,
internacional de certificação de competências
telecomunicações,
e
pessoais em atmosferas explosivas do IECEx:
o
•
mecânica,
processo
São relacionadas a seguir as 11 unidades
segurança industrial “Ex”. O
documento
foi
traduzido
para
Unidade
Ex
000:
Conhecimentos
e
português pelo subcomitê SC IECEx BR do
percepções básicas para entrar em uma
Cobei e apresenta a seguinte nota: “Ao longo
instalação contendo áreas classificadas;
deste Documento Operacional IECEx, escrito
• Unidade Ex 001: Aplicação dos princípios
em português, as normas internacionais IEC
básicos
de
segurança
em
atmosferas
81
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
explosivas;
• Unidade Ex 002: Execução de classificação
interfaces entre as funções de trabalho e as
de áreas;
unidades de competências Ex 001 a Ex 010, os
• Unidade Ex 003: Instalação de equipamentos
sistemas do IECEx de certificação de empresas
com tipos de proteção “Ex” e respectivos
de prestação de serviços “Ex” de projeto,
sistemas de fiação;
instalação, montagem, inspeção, manutenção
•
Unidade
Ex
004:
Manutenção
de
e
Podem ser citados como exemplos das
reparo.
Nos
respectivos
Documentos
equipamentos em atmosferas explosivas;
Operacionais do IECEx para estes sistemas
• Unidade Ex 005: Reparo e revisão de
de certificação de serviços para atmosferas
equipamentos com tipos de proteção “Ex”;
explosivas são indicados os seguintes requisitos
• Unidade Ex 006: Testes de equipamentos
de Unidades de Competência “Ex” para cada
e instalações elétricas em, ou associadas a
uma das seguintes funções de trabalho:
atmosferas explosivas; • Unidade Ex 007: Execução de inspeções
• As pessoas envolvidas com a função de
visuais e apuradas de equipamentos e
instalações “Ex” necessitam possuir certificação
instalações em, ou associadas a atmosferas
nas unidades de competência Ex 001, Ex 003,
explosivas;
Ex 006 e Ex 008;
• Unidade Ex 008: Execução de inspeções
• As pessoas envolvidas com a função de
detalhadas de equipamentos ou instalações
inspeções “Ex” necessitam possuir certificação
elétricas em, ou associadas a atmosferas
nas unidades de competência Ex 001, Ex 004,
explosivas;
Ex 007 e Ex 008;
• Unidade Ex 009: Projeto de instalações
• As pessoas envolvidas com a função
elétricas em – ou associadas a – atmosferas
de manutenção “Ex” necessitam possuir
explosivas;
certificação nas unidades de competência Ex
• Unidade Ex 010: Execução de inspeções
001 e Ex 004;
de auditoria ou de avaliação das instalações
• As pessoas envolvidas com a função de
elétricas em – ou associadas a – atmosferas
projetos “Ex” necessitam possuir certificação
explosivas.
nas unidades de competência Ex 001 e Ex 009; • As pessoas envolvidas com a função de
Devem ser destacadas e esclarecidas as
reparos “Ex” necessitam possuir certificação
diferenças e as interfaces que existem entre as
nas unidades de competência Ex 001 e Ex 005.
unidades de competências Ex 001 a Ex 010 e as funções de trabalho das pessoas que
possuam tais competências. As certificações
pessoais “Ex” encontra-se disponível em
O guia sobre certificação de competências
de acordo com as unidades de competências
português no site: http://www.iecex.com/docs/
Ex não definem a função de uma pessoa, mas
IECEx_Guide_05A_Ed2.1_pt_rev.pdf
somente as atividades para as quais a pessoa
demonstrou ser competente.
Organismo de Certificação de Competências
Deve ser ressaltado que a UL do Brasil é um
A definição do escopo das funções
Pessoais acreditado pelo IECEx desde 2016,
de
pelo
efetuando todo o processo de certificação
empregador (ou empresa contratante dos
internacional de profissionais brasileiros no
serviços), pelo proprietário ou operador da
Brasil, com exames realizados em português.
planta. Uma definição geral do escopo das
Mais
funções dos profissionais que trabalham em
certificacoes/atex/
áreas classificadas foi também considerada
nos sistemas do IECEx de certificação de
um sistema de certificação de competências
empresas de prestação de serviços de
pessoais em atmosferas explosivas, totalmente
projeto, montagem, inspeção e manutenção,
elaborado com base no sistema internacional
os quais também definem os requisitos de
de certificação do IECEx. Mais informações em:
competências pessoais dos empregados
http://abendicertificadora.org.br/atmosferas_
destas empresas.
explosivas/index.html
trabalho
normalmente
é
feita
informações
em:
http://brazil.ul.com/
A Abendi também possui desde 2014
NR 10
82
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
NR 10 e a terceirização: contratação Quando as empresas buscam uma
que essas exigências não sejam apenas as
Naturalmente, não estamos tratando
parceria para terceirizar serviços ou para
óbvias e genéricas do tipo “atender a todas
de mão de obra braçal e temporária que se
fornecer materiais especiais ou montagens, faz
as exigências determinadas pelas normas
contrata à base de hora/homem, assumindo
parte do trabalho “desenvolver fornecedores”,
regulamentadoras do Ministério do Trabalho
todas as demais responsabilidades, mas
que pode ser auditoria ou capacitação para o
e Emprego”. Em especial, a NR 10, que prevê
sim de mão de obra técnica, especializada,
bom atendimento de um projeto ou uma fase
que terceiros sejam, além de qualificados
e que tem suas próprias ferramentas e
qualquer da contratante.
tecnicamente, interessados na preservação
aparelhamento
Colocar uma empresa ou um profissional
da integridade de seus colaboradores e
estado de conservação e as especificações
para realizar atividades, ainda que específicas,
esse compromisso é claro quando há algum
de equipamentos, ferramentas e aparelhos
na contratante é um passo importante que
sistema de gestão implantado.
dão a primeira ideia da qualidade e das
exige cuidados e muito critério, que vão muito
É preciso que a empresa parceira tenha
características da terceira. Equipamentos,
além do preço.
como procedimento a realização de uma
ferramentas e aparelhos são elementos com
técnico.
A
qualidade,
o
É natural que as áreas de compras e
análise de riscos de suas atividades com
grande importância para a segurança e a
suprimentos tenham um compromisso com
eletricidade e que essa prática possa ser
integridade dos colaboradores e, por essa
as suas missões e a maior delas é o menor
fiscalizada pela contratante.
razão, serão auditados em sua qualidade,
custo. No entanto, aspectos técnicos devem
Os
sempre ser avaliados por especialistas com
informados
visão e conhecimento específico e isso vale para todas as áreas. Na área elétrica em
a contratante os conheça e os aprove, ou
reflexo financeiro nas cláusulas contratuais.
especial, a contratada deve ser legalmente
não. A desobediência aos procedimentos
São muito importantes a análise e a
habilitada para realizar os trabalhos a que
preestabelecidos precisa de uma previsão de
especificação das categorias de trabalhadores.
se propõe. Empresas, por pequenas que
punição contratual.
A quantidade de trabalhadores capacitados
sejam, devem ter como mínimo o registro
A necessidade de uso e adequação de
deve ser reduzida ao menor número possível,
no Conselho Regional de Engenharia e
EPI é um aspecto a ser resolvido em função
sendo tolerada para o caso em que o
Agronomia regularizado para poder atuar na
da atividade, ambiente, método de trabalho,
contratado (terceiro) mantiver junto com sua
área elétrica. Isso impõe, como consequência,
etc., porém, alguns Equipamentos de Proteção
equipe um colaborador qualificado habilitado.
a existência de um profissional responsável
Individual (EPI) são básicos e fundamentais
técnico
para o trabalho com eletricidade e a
apresentadas a documentação de treinamento
regularidade profissional.
contratante precisa também conhecer quais
e as reciclagens periódicas devidamente
Há de se ter no processo de classificação
os EPIs escolhidos, usados pela contratante,
assinadas na forma da regulamentação
ou ainda na habilitação a necessidade de que
para concordar ou não com as especificações.
vigente. Ao longo da vigência do contrato,
essas exigências básicas sejam atendidas.
O seu uso, quando determinado como
essa
com
atribuições
compatíveis
e
escritos,
adequação e estado de conservação, além de
obrigatória
testes periódicos quando for o caso e, mais
precisam ser fornecidos à priori para que
uma vez, deve ser previsto em contrato um
procedimentos e
de
básicos prática
Para todos os colaboradores devem ser
condição
será
“fiscalizada”
pela
As cláusulas contratuais bem claras e
obrigatório, deve ser observado e fiscalizado.
contratante e a sua irregularidade precisa ter
objetivas permitirão um acompanhamento
As cláusulas contratuais devem prever medidas
reflexos financeiros. Isso deve estar previsto
efetivo da área técnica sobre o atendimento
corretivas e até punitivas pela desobediência
nas cláusulas do contrato.
das exigências de segurança mencionadas
ao uso de EPI adequado ou pelo mau estado
na norma regulamentadora. É muito salutar
de conservação.
na próxima coluna!
A continuação deste assunto será dada
Quadros e painéis
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
83
*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro da ABNT/CB-003/CE 003 121 002 – Conjuntos de Manobra e Comando de Baixa Tensão e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos |nunziante@gimi.com.br
Barramentos blindados – “Largados e pelados” Parafraseando a série do Discovery
não medida em edifícios comerciais ou
recomendações técnicas dos fabricantes
Channel, gostaria de abordar um assunto
residenciais, aplicados em sistemas de
quanto à suportação, manuseio, preservação,
bastante
aos
medição eletrônica, viram-se obrigadas a
aperto dos parafusos das emendas ou
barramentos blindados de baixa tensão:
importante
exigir os produtos com grau de proteção mais
junções, etc.
instalação.
elevado (abandono do IP 31 e migração para
Algumas distribuidoras têm trilhado o
Com o crescente aumento na aplicação
o grau de proteção mínimo IP 54) não por
caminho da homologação de instaladores,
de linhas elétricas pré-fabricadas nos últimos
conta da funcionalidade do produto, mas por
ou seja, uma qualificação de empresas
15 anos – os famosos barramentos blindados
conta dos vícios e defeitos decerto produzidos
e profissionais para habilitá-los a instalar
ou busways –, inúmeras experiências bem
durante o período de armazenagem e
sistemas de distribuição de energia não
e
desses
instalação no canteiro de obras. Entre os
medida com uso de barramentos blindados
equipamentos contribuíram para a publicação
defeitos, podemos citar: penetração de
com o objetivo de fiscalizar as instalações
pela ABNT, em dezembro de 2011, e vigente
poeira, cascalho, entulho, ampla sorte de
durante sua execução; outras distribuidoras
desde janeiro de 2012, da norma brasileira
limalha ou cavaco de metais, penetração de
têm, por sua vez, exigido que os fabricantes
ABNT NBR 16019:2011, intitulada de
líquidos como água da chuva, vazamentos
de
“Linhas elétricas pré-fabricadas (barramentos
de água limpa de diversas fontes, água
instaladores para seus produtos, vinculando
blindados) de baixa tensão – Requisitos para
suja de várias origens (lavagem do canteiro,
a homologação dos produtos juntamente
instalação”. Esta norma é complementar à
lavagem dos andares com drenagem pelas
com a mão de obra de instalação, uma
ABNT NBR 5410 - Instalações elétricas de
prumadas, etc.), urina e fezes de animais
boa iniciativa do ponto de vista técnico e
baixa tensão e tem o objetivo de especificar
(surpreendentemente inclui-se nesta lista o
administrativo, mas que cria um descompasso
os requisitos para a instalação de linhas
“bicho homem”), entre outros.
mercadológico, pois limita a quantidade de
elétricas de baixa tensão pré-fabricadas.
As
empreendido
empresas autorizadas a instalar os produtos
O leitor deve estar se perguntando:
grandes esforços para regulamentar os
gerando represamento da demanda pelo
onde está a correlação entre a instalação de
fabricantes
serviço.
barramentos blindados com a série de TV
incluindo aprimoramento dos métodos de
Bom,
citada no título deste artigo? Respondo com
cálculo dos fatores de queda de tensão,
propostas, certo de que tantas outras podem
simplicidade, pois esta é a forma como eu
os famosos fatores “K” (que relacionam a
vir quando chamamos os leitores para
analiso a realidade de muitas das instalações
queda de tensão concatenada nas linhas por
debruçarem-se sobre um problema, finalizo
elétricas com barramentos blindados, ou seja,
V/m.A.10¯ ³), visando isonomia de condições
este artigo esperançoso de que o mercado
os barramentos são “largados e pelados” à
entre as diversas tecnologias de construção
esteja realmente em reação, mas, sobretudo,
sua própria sorte enquanto a construção civil
dos barramentos blindados, mas a vida
que,
avança durante o período de obras.
útil dos barramentos blindados depende
realmente um referencial da boa técnica ou
Muitas distribuidoras de energia que
substancialmente da qualidade dos serviços
patamar mínimo de qualidade e exigência
permitem
a
barramentos
de instalação, adequado armazenamento no
para produtos e serviços. Será utopia? Quem
blindados
para
de
canteiro de obras, observação de todas as
viver, verá.
malsucedidas
de
relacionado
instalação
instalação
de
distribuição
energia
distribuidoras dos
têm
barramentos
blindados,
barramentos
um
elencadas
dia,
blindados
algumas
normas
autorizem
soluções
técnicas
sejam
84
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
Enquanto o Led não vem... Eficiência energética em sistemas de iluminação pública Na edição de setembro de 2016,
da ordem de 5% a 10% acima da nominal ou
Em que:
apresentávamos, nesta coluna, os modelos
tensão de operação de 1,05 pu a 1,1 pu;
ap, parcela de carga ativa modelada como
aplicáveis de tipologias de cargas elétricas
• Durante a madrugada, o trânsito de veículos
potência constante;
e as simulações do comportamento da
é sensivelmente reduzido;
bp, parcela de carga ativa modelada como
potência ativa com a variação da tensão
• O fluxo emitido pelos sistemas de iluminação
corrente constante;
de alimentação destas cargas. Em outras
é proporcional à tensão de alimentação;
cp, parcela de carga ativa modelada como
palavras, em função do tipo de carga
• Sobretensões podem influir na vida dos
impedância constante.
(potência constante, impedância constante
componentes do circuito do conjunto com
ou corrente constante) poderia ser obtida
interferências no capacitor, ignitor e, inclusive,
Espera-se, portanto, uma variação da
uma ação de eficiência energética com o
na própria lâmpada.
potência consumida em função da variação
controle adequado da tensão. O modelo foi
da tensão em função do tipo de carga
apresentado, bem como os resultados de
uma simulação dinâmica efetuada em leituras
artigo referenciado, e que é ora apresentado
O modelamento da carga, detalhado no
(coeficientes ap, bp, cp). A Figura 1 ilustra a medição das
reais.
na equação [1], indica uma potência “P”
variáveis elétricas, potência ativa e tensão
dos
relativa a uma tensão “V” em relação a uma
de alimentação no mesmo instante (base de
sistemas de iluminação pública (IP), de
potência inicial P0 associada a uma tensão V0
tempo) com instrumento classe A (IEC61000-
Tratamos
agora
responsabilidade
dos
das
retrofits
prefeituras
dos
municípios e que terão que esperar modelos de financiamentos e outros mecanismos como as PPPs pela absoluta falta de recurso
4-30) e a Figura 2 relaciona o comportamento
P = P0 ap + bp V + cp V0
V V0
2
destas variáveis em “por unidade (pu)”, construída a partir da Tabela 1. A Figura 3 ilustra o ensaio efetuado em laboratório.
na maioria dos casos. O parque instalado no país é dominado pelas lâmpadas a vapor de sódio e vapor metálico, que foram instaladas nas ultimas décadas e possuem (a princípio) característica típica de impedância constante. Efetuamos avaliação em bancada do comportamento destes sistemas de iluminação a fim de constatar de fato o modelo desta carga e definir os potenciais de economia mediante o controle da tensão.
Considerações iniciais:
• Tensões de operação em regime permanente durante a noite e madrugada atingem valores
Figura 1 – Comportamento da potência ativa com a variação da tensão - vapor de sódio de 250 W. Fonte: Ação Engenharia e Instalações Ltda.
85
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Figura 2 – Comportamento da potência ativa com a variação da tensão - vapor de sódio de 250 W.
Tabela 1
u(pu)
p(pu)
0,91
0,80
0,93
0,85
0,95
0,89
0,98
0,94
1,00
1,00
1,02
1,05
1,05
1,13
1,07
1,18
1,09
1,23
Figura 3 – ilustração do ensaio efetuado.
Conclusões:
circuitos de alimentação de IP e, mesmo, a adoção de sistemas de dimerização com
• Conforme previsto, o comportamento da carga
redução de fluxo luminoso ou ainda reatores de
tem importante característica de impedância
potência constante podem se caracterizar como
constante, resultando redução da potência
importantes medidas de eficiência energética;
consumida com a variação da tensão ao
• O potencial de eficiência energética é da
quadrado – ver a curva de tendência da função
ordem de 13% com sobretensão de 5%;
p=f(u) na Figura 2;
• A sobretensão pode ainda interferir na vida
• O incremento natural da tensão dos circuitos
dos componentes do conjunto do sistema de
de distribuição de iluminação pública durante
iluminação.
o período da noite e madrugada alimentando este tipo de carga caracteriza-se como ponto
Sinceros agradecimentos ao engenheiro Isac
importante de desperdício de energia;
Roizenblatt, que revisou e fez importantes
• O controle da tensão de alimentação dos
recomendações no texto.
86
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Por Carlos Henrique Rocha*
Instalações Ex: uma experiência de capacitação durante a formação eletrotécnica da
alunos do curso técnico em eletrotécnica para
conhecida pela maioria dos profissionais,
implantação do processo de certificação de
o mercado de trabalho, uma Escola Técnica
principalmente os recém-formados.
equipamentos e acessórios para atmosferas
Estadual do Rio de Janeiro incluiu na grade
explosivas no Brasil, chega-se à conclusão
curricular o curso de NR 10, módulo básico de
em 2009, na mesma escola, foi desenvolvido
de que esta não é suficiente para eliminar
40h, ministrado ao final do terceiro e último ano
um projeto pedagógico, que possibilitou a
os acidentes que ocorrem nas instalações
da formação técnica. A inserção do treinamento
criação de um Laboratório de Atmosferas
industriais com a presença de gases, vapores,
buscou enriquecer o currículo dos alunos,
Explosivas, batizado como “JKEx”.
névoas ou poeiras combustíveis.
aumentando suas possibilidades no mercado
O
Passados
mais
de
trinta
anos
Atentos a esta necessidade de capacitação,
laboratório
possui
seis
cabines
A falta de profissionais capacitados para
de trabalho, como estagiários ou técnicos e, ao
didáticas, padronizadas, conforme mostra a
este tipo específico de instalação é apontada
mesmo tempo, cumprindo a exigência legal de
Figura 1, que simulam as instalações elétricas
como o elo fraco da corrente, tornando-se a
treinamento que consta na NR 10.
em áreas classificadas, possuindo diversos
causa de muitos acidentes que ainda ocorrem
equipamentos
em diversas plantas industriais.
surgiu a preocupação em relação ao item
possuem dois circuitos independentes: um de
Via de regra, técnicos e engenheiros
10.8.8.4 da NR 10, que fala sobre a necessidade
iluminação com duas luminárias (incandescente
não recebem capacitação sobre o assunto
de
que
e fluorescente), duas caixas de passagem e
durante sua formação acadêmica e muitos
desenvolvem suas atividades nas instalações
uma chave liga/desliga; e um circuito de força
destes profissionais vão para o mercado de
elétricas em áreas classificadas e vislumbrou-se
motriz com uma caixa de passagem, um painel
trabalho sem sequer ouvir falar sobre este
a possiblidade de inserção dos alunos em uma
de comando simples e um motor Ex.
tema. Cabe às empresas proporcionar aos
área de atuação profissional até então pouco
Para fins didáticos, os equipamentos
Durante a condução destes treinamentos,
capacitação
dos
profissionais
seus colaboradores este tipo de capacitação, porém, muitas vezes, isto só acontece após estes profissionais estarem desempenhando suas atividades nas áreas classificadas de forma deficiente, contribuindo para o aumento das não conformidades nas instalações, ou seja, contribuindo para o aumento dos riscos de explosão.
O começo da mudança deste cenário
passa certamente pela revisão da NR 10, publicada em dezembro de 2004, em que podemos
encontrar,
especificamente
no
item 10.8.8.4, a seguinte recomendação: “os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento específico, de acordo com o risco envolvido”. Esta exigência normativa fomentou a procura e aumentou a oferta dos treinamentos sobre o assunto atmosferas explosivas no Brasil.
Em 2006, buscando preparar melhor os
Figura 1 – Vista geral das cabines.
e
acessórios.
As
cabines
87
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
utilizados na montagem possuem vários tipos de proteção, diversos grupos de gases, classes de temperatura e níveis de proteção, com os tipos de proteção “Ex d”, “Ex e”, “Ex n” e híbridos. Ainda trabalhando a questão didática, as cabines possuem uma marcação móvel da classificação de área, permitindo simular as variações de zonas de risco (0, 1 e 2), grupos dos gases (IIA, IIB e IIC) e classes de temperatura (T1 a T6).
Ao longo da realização das atividades
práticas, é fornecido aos alunos o prontuário da instalação, contendo os certificados de
conformidade
dos
equipamentos
e
acessórios, mapa de classificação de área, diagramas
de
fiação/ligação
etc.
Esta
Figura 2 – Alunos recebendo a capacitação.
característica didática visa proporcionar ao aluno um ambiente que simula fielmente uma
A Figura 2 mostra um grupo de alunos
instalação Ex e sua parte documental.
durante a realização de uma aula prática.
Alunos
É possível quebrar o “tabu” de mão de
obra deficiente até então atribuído ao tema escola
Ex, mostrando a viabilidade de uma formação
de área, possibilita a realização de treinamentos
mencionada relataram que foram contratados
técnica que contemple a capacitação do
teóricos e práticos de instalação, manutenção
por conta da realização do treinamento Ex,
profissional a fim de que este possa desenvolver
e inspeção de equipamentos e instalações
destacando a surpresa que seus entrevistadores
suas
elétricas para áreas classificadas.
demonstraram ao constatar que já possuíam
classificadas de forma segura, minimizando os
Como benefício adicional, as cabines
esta capacitação.
riscos de explosão.
e o quadro geral de distribuição permitem
trabalhar também o conceito de isolamento
da Portaria que versará sobre a certificação
Referências
seguro estabelecido na NR 10, ou seja,
voluntária de competências pessoais em
• NR 10 – Norma Regulamentadora 10 do
desligamento, bloqueio, sinalização, teste de
atmosferas explosivas, fato que poderá ser
Ministério do Trabalho e Emprego, Portaria
gás, constatação da ausência de tensão e
considerado como novo marco em relação às
598 de 07/12/2004;
aterramento temporário.
atividades em áreas classificadas.
• RANGEL Jr, Estellito. Capacitação em áreas
classificadas: o momento é agora! Revista
Este laboratório, com a devida classificação
O laboratório começou a funcionar em
formados
na
atividades
profissionais
nas
áreas
O Inmetro está em fase de finalização
No entanto, a realização de treinamentos
dezembro de 2010, tornando-se o primeiro
efetivos sobre o assunto antecede a questão da
Petro & Química, n° 366, pg. 20-23, Ed
e único ambiente de formação prática em
certificação de competências, ou seja, o Brasil
Valete, 2016;
Ex, dentro do contexto de formação em
precisa primeiramente intensificar programas
• Proposta de Portaria INMETRO/MDIC 484,
nível médio/técnico, no Brasil, apresentando
de capacitação de mão de obra a fim de que
- Requisitos de avaliação da conformidade
como grande diferencial a possibilidade
esta seja um pré-requisito à certificação.
para competências pessoais Ex para
de realização de atividades práticas. Estas
atmosferas explosivas. Consulta Pública em
atividades vêm sendo apontadas por diversos
provedores de bons treinamentos Ex no Brasil,
01/10/2015;
especialistas da área como essenciais à
principalmente quanto a treinamentos com
• RANGEL Jr., Estellito, QUEIROZ, Alan R.
formação efetiva do profissional. RANGEL Jr
viés prático. E o processo de certificação de
e OLIVEIRA, Maurício F. – Inspeções em
(2016) afirma que o uso de técnicas didáticas
profissionais tem como objetivo identificar
instalações Ex na indústria do petróleo. In:
é essencial à formação dos treinandos e o
aqueles que sabem executar corretamente um
IV PCIC Brasil 2012, Rio de Janeiro, Anais,
uso de tarefas práticas é a alternativa correta
conjunto de tarefas, seguindo-se não só as
CD-ROM.
aos cursos deficientes que ele define como
diretrizes técnicas, como as de segurança.
“sessão de PowerPoint”.
Ainda é muito pequena a quantidade de
Estimamos que o programa desenvolvido
*Carlos Henrique Rocha é engenheiro eletricista
Desde sua criação, o laboratório já treinou
nesta escola atenda às necessidades das
e mestre em Ensino das Ciências na Educação
mais de 200 alunos, entre 18 e 22 anos,
indústrias, bem como seus alunos terão uma boa
Básica, pela UNIGRANRIO. Atua como professor
diferenciando-os no momento de buscarem
base para se candidatarem ao futuro programa
contratado no curso de extensão universitária de
sua primeira oportunidade no competitivo
de certificação voluntária de competências
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas na
mercado de trabalho.
pessoais em atmosferas explosivas.
Universidade Veiga de Almeida.
88
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Agosto de 2017
Boas práticas de segurança em ensaios de tensão elétrica durante e após a instalação de cabos de energia de baixa, média e alta tensão
sistema de alimentação, assim como a tensão
aparelho para ensaio de tensão aplicada,
elétrica de alimentação do equipamento;
desligar a alimentação;
ensaios de comissionamento. O mais crítico é
5. O equipamento de teste deverá ser
12. Sempre curto-circuitar a alta tensão à
o ensaio de tensão elétrica aplicada, utilizado
alimentado por meio de cabos elétricos
terra antes de desconectar a amostra sob
com maior frequência nos cabos de média e
com plugues apropriados;
teste;
6. Antes de ligar a alimentação do aparelho
13. O condutor terra deverá permanecer
As especificações aplicáveis recomendam
que qualquer circuito elétrico (cabo elétrico), após a sua instalação, seja submetido aos
alta tensão, a fim de garantir boa performance e confiabilidade em sistemas elétricos. Esse ensaio é destinado a demonstrar
para o ensaio de tensão aplicada, conectar
conectado até que a alta tensão seja
a integridade do cabo e seus acessórios
todo e qualquer cabo, equipamento e
desconectada.
durante a instalação e após a conclusão
proteção ao sistema de aterramento;
Nota: Para circuitos médios ou longos,
desta. que
A boa prática de instalação recomenda este
ensaio
seja
realizado
com
7. Antes de ligar o equipamento, verificar
recomenda-se que os corpos de prova
toda
sua
(cabos elétricos) permaneçam aterrados
e
qualquer
etapa
para
a
equipamento
por um período não inferior a uma hora
ou técnico de segurança da empresa
ao corpo de prova (cabo), sistema de
para evitar possíveis acidentes em função
responsável pela instalação e/ou ensaio
proteção e isolamento da área;
da diferença de potencial (tensão elétrica
acompanhamento
de
um
engenheiro
montagem,
conexão
do
entre condutor fase e blindagem metálica)
para evitar possíveis acidentes durante a sua realização.
8. Para a realização do ensaio, o operador
Dicas de procedimentos iniciais de segurança para a realização do ensaio
modalidade e tempo de ensaio;
1. Montar as unidades do conjunto do
9.
equipamento e isolar a área trabalhada
rigorosamente, as condições de segurança
com cones ou fitas de sinalização;
(equipamento e pessoal);
2. Providenciar iluminação extra, em caso
10. Após o término das verificações,
de a existente ser insuficiente;
somente o operador e a fiscalização
O
deverão
ensaio
deverá
permanecer
obedecer,
próximos
ao
3. Limpar as extremidades das conexões,
equipamento na área do ensaio, garantindo
acessórios
e
cabos
com
provocada por elétrons livres na isolação.
deverá consultar a especificação aplicável,
produtos
que o cabo e as partes metálicas sejam
apropriados (solvente) para que não haja
completamente descarregadas, de acordo
resíduos;
com os procedimentos de teste; *Jorge Luiz de Souza é líder de Assistência
4. Verificar a tensão elétrica de serviço do
11. Antes de desaterrar a carcaça do
Técnica da Nexans Brasil.
90
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