Ano 12 - Edição 141 Outubro de 2017
Manutenção e proteção Painel móvel para linhas de transmissão pode garantir confiabilidade e segurança para o sistema PESQUISA DE MERCADO Distribuidores e revendas de materiais elétricos têm leve recuperação, mas aguardam reação da construção civil RENOVÁVEIS Impacto do uso de baterias em usinas solares na distribuição
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Suely Mascaretti - Suely@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565
Suplemento Renováveis 59 Avaliação do impacto da utilização de baterias na distribuição com a inserção da geração fotovoltaica distribuída.
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Taschibra inicia produção SMD no Brasil; Neosolar inicia fabricação de produtos de marca própria;
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
Atlantic Energias Renováveis inicia a operação comercial do Complexo Santa Vitória do Palmar; Complexo eólico é inaugurado pela Voltalia no Rio Grande do Norte. Estas e outras notícias do setor elétrico
Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Marcelo Paulino, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Alan Rômulo Queiroz, Bruna Hoffman, Carlos Alberto Sotille, Carlos Eduardo Borges, Carlos Lorena Neto, Dick Melgarejo, Diogo Dahlke, Edemir Kowalski, Eduardo César Senger, Frederico Kós Botelho, João Carlos Mello, José Rubens Macedo Jr., Juliana Rios, Luciene Queiroz, Marcelo Scabora, Mateus Teixeira, Rafael Moreno, Raphael Dutenkefer, Renato Coutinho, Renato Mendes, Sergio Roberto Santos e Victor Borges Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Shutterstock.com | ETAJOE Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Painel de notícias
brasileiro.
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Fascículos
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Aula prática – Transmissão Instalação de painel móvel de proteção para linhas de transmissão de energia.
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Pesquisa – Mercado de distribuição e revenda de materiais elétricos Cerca de 100 empresas participaram da pesquisa desta edição. Para a maioria delas, o mercado de distribuição e revenda de materiais elétricos vem apresentando leves sinais de recuperação, mas retomada depende mesmo do desempenho econômico do país e da melhoria do setor da construção civil.
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Espaço 5419 Artigo analisa o uso de interfaces isolantes: dispositivos capazes de reduzir os surtos conduzidos que passam de uma Zona de Proteção contra Raios (ZPR) para outra. Colunistas
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Jobson Modena – Proteção contra raios
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Dicas de instalação
João José Barrico – NR 10 José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
A segunda parte do tutorial sobre variações de tensão de curta duração.
97
Ponto de vista Esclarecimentos sobre a tarifa branca, que deve entrar em vigor em 2018.
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Editorial
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017 Capa ed 141_D.pdf
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11/3/17
9:28 AM
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Ano 12 - Edição 141 Outubro de 2017
Manutenção e proteção Painel móvel para linhas de transmissão pode garantir O Setor Elétrico - Ano 12 - Edição 141 – Outubro de 2017
O futuro é a conexão
confiabilidade e segurança para o sistema PESQUISA DE MERCADO Distribuidores e revendas de materiais elétricos têm leve recuperação, mas aguardam reação da construção civil RENOVÁVEIS Impacto do uso de baterias em usinas solares na distribuição
Edição 141
De acordo com a Associação Brasileira da Internet das Coisas (Abinc), a previsão é
de que todas as coisas, ou boa parte delas, estejam conectadas em até dez anos. A IoT, que consiste na conexão de smartphones, brinquedos, eletrodomésticos, carros, câmeras de monitoramento, redes sociais, sites de compra e venda de alimentos, webcams, etc., etc., pode estar presente em praticamente tudo e, embora ainda se saiba pouco sobre o assunto, a tendência é que essa transformação aconteça em alta velocidade.
Algumas dessas conexões já podem ser observadas atualmente, especialmente em
algumas áreas, como mobilidade e equipamentos eletrônicos. Um artigo publicado recentemente pela Abinc revelou alguns projetos com Internet das Coisas avançada que estão em andamento, como: controle de glicose pelo usuário e por médicos conectados remotamente; monitores de gravidez de risco com análise de dados em tempo real; monitor de temperatura e pressão com previsão comportamental; cesto de lixo que processa latas de refrigerante e ainda envia dados estatísticos pela internet; termostato que ajusta a temperatura da casa conforme a rotina dos moradores e veículos autônomos. Incrível, não? Boa parte disso já foi prevista pelos “Os Jetsons”, só está faltando mesmo os carros voarem!
No setor elétrico, por conta de todo o aspecto regulatório e por ser, culturalmente,
um segmento bastante conservador, as mudanças ocorrem mais lentamente. Mas as redes inteligentes – cada vez mais realidade – certamente, utilizam-se da conexão e transmissão de dados para desempenhar seus propósitos com mais autonomia, segurança e confiabilidade.
Este assunto foi debatido ao longo deste ano com muita autoridade pelo Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD), especialista em tecnologia e inovação. Nesta edição, é encerrada uma série de dez artigos sobre Internet das Coisas, em que foram abordados não apenas conceitos, mas exemplos de criações que já empregam IoT e oportunidades de desenvolvimento do setor a partir das possiblidades oferecidas pela tecnologia da conexão.
Outro fascículo que se encerra nesta edição é uma série sobre ensaios de
equipamentos elétricos industriais produzida pelos Institutos Lactec, instituição renomada e com alta expertise na área elétrica.
Se você não acompanhou estes fascículos, mas deseja tê-los, ou perdeu algum
capítulo, basta acessar o site www.osetoreletrico.com.br, no menu Fascículos, e encontrar todos os artigos disponíveis gratuitamente para download.
Boa leitura!
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
A iluminação, os iluminados, os outros e as tarifas de energia no vermelho
O “Dia da Iluminação”, instituído no estado de São Paulo em dezembro de 1988 pelo
então governador Orestes Quércia e que é celebrado em 21 de outubro de cada ano, pode ser uma oportunidade para se avaliar o estágio da evolução desta área específica com imensa capacidade de geração de emprego e renda. As mudanças recentes devido às pesquisas e novas tecnologias modificou drasticamente o cenário mundial de fabricantes destes sistemas.
Vivemos uma nova fase de conceitos de projetos, aplicações, qualidade de vida,
oportunidades de eficiência energética, aspectos de redução de resíduos, redução de custos com mão de obra, aspectos de sustentabilidade e muitas outras vantagens. A importância do fato e dos feitos premiou os cientistas Akasaki, Amano e Nakamura com o prêmio Nobel de Física em 2014 pela descoberta da geração da luz azul com Led, e que, em conjunto com as anteriormente existentes vermelha e verde, viabilizou a produção da luz branca. Os três laureados teriam passado suas vidas trabalhando neste desenvolvimento em uma lição de persistência que os orientais sempre nos ensinam. O mercado de iluminação se mostra promissor e resiliente e se encontra em franca evolução tecnológica. Que saibamos tirar proveito desta onda com produtos e serviços de alta qualidade e eficiência.
Uma semana antes, precisamente, o dia 15 de outubro lembra os nossos heróis,
principais responsáveis por aquilo que nos tornamos. Aos nossos queridos e alguns já saudosos mestres, obrigado por dedicaram suas vidas por tornar o mundo melhor compartilhando o bem mais valioso: o conhecimento.
Como nem só de luz e bons propósitos tem sido nosso cotidiano, o lado negro da
força continua a seduzir nossos homens que eleitos ou indicados para cumprir um papel digno insistem em se conectar às paixões mundanas. Pelo que tudo indica, nossos dirigentes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) apavoram até os deuses do Olimpo e uma nova tragédia não necessariamente grega, mas euro-latino-africana estaria por ser desvendada envolvendo novos personagens e ouro. Muito ouro. Olímpico? Não! Vergonhoso, típico daqueles que frequentam as sombras mal iluminadas, se seduzem pelo falso brilho das coisas, se desviando e também desviando verbas que poderiam ser aplicadas em programas educacionais desenhados por aqueles verdadeiros mestres supracitados. Isso evitaria a produção de milhões de analfabetos funcionais de nosso povo. Isso sim é tragédia!
No final deste outubro iluminado, a Aneel anuncia novo modelo da cobrança das
bandeiras tarifárias, aumentando significativamente a tarifa vermelha, tornando o novo modelo de mais rápida reação ao ciclo dos reservatórios.
Vamos em frente, tirando o lixo da frente, arando e irrigando nossa terra. Das trevas
para a luz!
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Abilux premia melhores projetos de iluminação Em oitava edição, Prêmio Abilux Projetos de Iluminação recebeu 149 inscrições e reconheceu instalações luminotécnicas por design e eficiência A Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux)
da Capital, Boituva, Campinas, Limeira, São Carlos, São José do Rio
anunciou recentemente, em festividade em comemoração ao Dia da
Preto e São José dos Campos. Santa Catarina ficou em segundo lugar
Iluminação, os vencedores da oitava edição do Prêmio Abilux Projetos
com inscritos de Blumenau, Florianópolis, Joinville, Palhoça e São José.
de Iluminação. A premiação recebeu, durante a fase de avaliação, 149
O Rio Grande do Sul foi representado por profissionais de Caxias
inscrições de projetos provenientes de 50 escritórios diferentes.
do Sul, Gramado e Porto Alegre e de Minas Gerais das cidades de
Dos 149 inscritos, a categoria com mais projetos classificados foi a
Belo Horizonte, Juiz de Fora e Contagem. Brasília (DF); Pato Branco
comercial, com 38. As demais categorias ficaram assim representadas:
(PR); Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ) tiveram, cada um deles, um
residencial, 25; corporativo, 23; urbano, 20 e o Prêmio Especial de
representante.
Iluminação Eficiente, 29.
os projetos vencedores podem ser conhecidos no site www.abilux.
Profissionais e escritórios de 22 cidades de sete estados e do
Confira, a seguir, os projetos premiados em primeiro lugar. Todos
Distrito Federal concorreram. Do Estado de São Paulo vieram projetos
com.br
Categoria residencial Primeiro lugar: Casa Flamenco Autores do projeto: Rodrigo Jardim e Fabiana Rodrigues
Categoria Corporativa Primeiro lugar: LINX Autor: Rafael Leão
Categoria comercial e Prêmio Especial Eficiência Energética Primeiro lugar: Centro Cultural Japan House Autor do projeto: Marcos Castilha
Categoria Urbana Primeiro lugar: Edifício Oriente Square Autor do projeto: Paulo Torniziello Rodrigues
Painel de mercado Por Guilherme Semerene*
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Complexo eólico é inaugurado no Rio Grande do Norte Com investimentos de R$ 500 milhões, projeto idealizado pela Voltalia e Copel terá capacidade instalada de 108 MW, podendo abastecer até 270 mil famílias
Parque eólico apresenta capacidade instalada de 105 MW, energia equivalente ao consumo de 270 mil famílias.
Fontes de energia renováveis e limpas
energia a partir de fontes renováveis é a
O diretor geral da Voltalia no Brasil,
não são mais maneiras alternativas de
grande investidora do projeto, com 51%
Robert Klein, relembrou como foi o início
produzir eletricidade há anos e assumem,
das ações, em parceria com a Companhia
desacreditado da empresa no Nordeste. “A
definitivamente, papel essencial nas matrizes
Paranaense de Energia (Copel), que detém
Voltalia apostou desde o início nos ventos do
elétricas de diversos países por todo o mundo.
os outros 49%. Com apoio do financiamento
Rio Grande do Norte. Andei por estas terras
No Brasil, signatário do Tratado de Paris em
do BNDES, foram investidos R$ 500 milhões
há mais de dez anos, pensando sobre como
2015, o crescimento dessas fontes, eólica e
na nova operação, que conta com capacidade
seria ver um parque eólico feito por nós. Hoje,
solar especialmente, parecia inimaginável há
instalada de 108 MW, energia suficiente para
me sinto feliz em ver meu sonho ser realizado”,
algum tempo, mas vem se tornando cada vez
abastecer até 270 mil famílias, além de reduzir
declarou.
mais real nos últimos anos.
a emissão de CO2 em até 205 toneladas por
ano.
comentou sobre a heterogeneidade dos
Inaugurado no último dia 19 de outubro,
O presidente da Copel, Antônio Guetter,
o Complexo Eólico São Miguel do Gostoso,
Fornecidos
espanhola
investimentos feitos pela empresa, que
localizado na cidade de mesmo nome a 101
Acciona, os 36 aerogeradores, com 120
investe em algumas instalações no Rio
km da capital potiguar Natal, é o mais novo
metros de altura e 125 de diâmetro, estão
Grande do Norte, estado que está localizado
exemplo do crescimento da utilização das
divididos igualmente nos quatro parques
a mais de três mil quilômetros da cidade de
energias renováveis no país. A obra, que
do complexo – Santo Cristo, São João,
Curitiba, sede da empresa. “Participamos
durou 823 dias e gerou em seu pico 590
Carnaúbas e Reduto. Os terrenos de todos
do projeto em São Miguel do Gostoso
empregos diretos, foi encerrada em junho
os parques são arrendados e as atividades já
porque aqui os ventos sopram com mais
de 2015, mas teve sua operação iniciada há
existentes nas regiões foram mantidas, como
abundância. Estamos diversificando nossa
apenas quatro meses, quando se conectou
a criação de gado de corte, plantação de
matriz energética e garantindo retorno aos
ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e
frutas e cultivo de espécies nativas da região.
paranaenses”, justificou.
iniciou sua operação comercial.
O contrato de manutenção e operação do
A Voltalia, multinacional produtora de
complexo é de 20 anos.
Voltalia em parques eólicos no Rio Grande do
pela
empresa
O valor total dos investimentos feitos pela
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Complexo conta com 36 aerogeradores em torres de 120 metros de altura.
nenhuma obra de operação em andamento.
31 já foram desenvolvidos e 11 estão em
Isto poderia ser diferente, caso o para novas
desenvolvimento.
linhas realizado em 2016, não tivesse sido
Os
cancelado. Faltando dois meses para o leilão
diferentes áreas, como: responsabilidade
deste ano, cresce a expectativa da empresa
social,
para o começo de novos investimentos.
sustentável. No que diz respeito à cultura,
Pensando
destaca
alguns exemplos são a “3ª Mostra de Cinema
a expectativa para o próximo leilão que
de São Miguel do Gostoso e o “Projeto Só
acontecerá no final do ano. “Queremos
Melodia”. Na área da saúde, o destaque é a
participar com vários projetos que acredito
“Operação Sorriso”, organização global com
que
Estamos
mais de cinco mil voluntários dedicados a
Norte é de R$ 2,5 bilhões, dos quais 70%
prontos para o leilão e esperamos vencer
ajudar crianças com deformidades faciais,
foram provenientes de financiamentos do
para dar continuidade aos investimentos.
como o problema da fissura labiopalatina
BNDES. Vale lembrar que São Miguel do
Pretendemos
presente em uma a cada dez crianças
Gostoso é um dos cinco empreendimentos
projetos que consideramos essenciais para
nascidas no mundo.
que a empresa tem no estado, se juntando
o desenvolvimento econômico e social do
No Brasil, a parceria com a Voltalia
a: Areia Branca (90 MW), Vamcruz (93MW),
estado e da região em especial”.
teve seu contrato formalizado em 2016
são
na
muito
frente,
Klein
competitivos.
continuar
investindo
em
projetos
acontecem
educação,
nas
mais
desenvolvimento
e irá até 2019, divida em três etapas.
Serra Pará (99 MW) e Vila Acre I (27,3MW). Um projeto híbrido (térmica, solar e PCH) no
PROJETOS SOCIAIS
As duas primeiras partes já realizadas
Oiapoque (AP) (12MW) fecha a operação da
Tendo em vista os impactos socioambientais
beneficiaram 200 crianças, sendo feitos 142
multinacional no Brasil, que contabiliza 429,3
causados pelas obras de geração de energia,
procedimentos e 1836 consultas. A última
MW instalados.
mesmo no caso da eólica, a Voltalia e a Copel
etapa deverá acontecer no próximo ano no
implantaram alguns projetos sociais na região
município de São Miguel do Gostoso.
Futuro
como contrapartida. Desde a chegada a
Com o complexo de São Miguel do Gostoso
São Miguel do Gostoso, foram colocados
*Miguel Semerene é jornalista e viajou a São
finalizado, a Voltalia não conta com mais
em prática 42 projetos sociais, dos quais
Miguel do Gostoso (RN) a convite da Voltalia.
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Setor solar fotovoltaico deve movimentar R$ 4,5 bilhões em 2017 Projeção é da Absolar, que prevê a marca de 1 mil MW até o final do ano, com a criação de 20 mil empregos
O setor solar fotovoltaico brasileiro está
em
franca
expansão
e
deverá
movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. Esta é a projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que estima que o Brasil deverá atingir a marca histórica de 1 mil MW da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o fim de 2017.
Para se ter uma ideia da evolução
deste setor, em janeiro deste ano, a fonte contabilizava em janeiro deste ano com 90 MW de energia em operação, o que representa um crescimento de mais de 11 vezes no período. A entidade estima ainda que, em um ano, a fonte solar fotovoltaica tenha sido responsável pela criação de cerca de 20 mil empregos no país.
Para a Absolar, o crescimento deste ano
colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do mundo e, com um programa desenvolver
nacional este
estruturado setor,
poderá
para se
tornar um dos dez maiores mercados fotovoltaicos nos próximos anos. Hoje já somos referência em energia hidrelétrica, biomassa e eólica e não podemos ficar para trás na área solar, cada vez mais estratégica no setor elétrico internacional”, avalia o presidente da associação, Rodrigo Sauaia.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Cabo de cobre nu com fita de identificação www.induscabos.com.br/
Com o objetivo de facilitar a identificação de fabricante e das bitolas
nos cabos de cobre nu, a Induscabos acaba de lançar o cabo de cobre nu com fita de identificação. Dessa maneira, é possível identificar o fabricante do produto mesmo após a retirada da bobina ou da instalação.
Segundo a fabricante, sem esta fita de identificação, a conferência no recebimento do produto é prejudicada e, eventualmente, produtos
podem ser entregues com seções menores do que as informadas.
Além disso, a fita de identificação impede que fabricantes e/ou revendedores entreguem produtos fabricados por terceiros como se fossem de
marcas “premium”. Com o uso da fita, o cliente tem a certeza de estar recebendo exatamente o produto do fabricante que comprou.
Inversor fotovoltaico www.yaskawa.com.br/
A Yaskawa apresenta para o mercado o seu primeiro inversor fotovoltaico produzido no
Brasil. O inversor central Smartgrid 1000 XTM foi desenvolvido para aplicação em usinas fotovoltaicas e instalação ao tempo e se adapta a ambientes agressivos.
“Trata-se de uma nova tecnologia direcionada a expansão da indústria de geração de
energia renovável, que a empresa está começando a produzir em sua fábrica”, afirmou o diretor da Yaskawa, Luís Simione.
Disponível nas potências de 750 KW e 1000 KW, o inversor central fotovoltaico Smartgrid
1000 XTM foi projetado para conexão direta com um transformador externo de média tensão, podendo ser combinados dois a dois, oferecendo módulos de até 2 MW. Com grau de proteção IP55, o produto opera em uma ampla faixa de temperatura.
O Smartgrid 1000 XTM é um inversor central fotovoltaico de alta eficiência, robustez e confiabilidade, destinado à aplicação em 1000 Vcc, e
atende às normas locais e internacionais, gerando assim, um maior índice de segurança. Dispõe ainda de dispositivo de detecção de falha à terra e monitor de corrente residual. O equipamento é fornecido com um combinador DC integrado e equipado com seccionadora e até 16 entradas protegidas com fusível e monitoradas individualmente via web como opcional.
Fonte de alimentação chaveada www.schmersal.com.br
Novidade da Schmersal, a linha de fontes de alimentação chaveadas monofásicas PSS
permite alcançar níveis de eficiência superiores a 85% às instalações, proporcionando mais segurança e rendimento dos equipamentos e sistemas produtivos. Esta é a proposta da fabricante, que projetou as fontes de alimentação para fornecer energia aos sistemas de automação e segurança.
O produto disponibiliza ainda recursos de proteção contra curto-circuito, sobrecargas,
bem como contemplar um circuito inteligente que resulta em ripple e ruídos mínimos. Com design compacto, os gabinetes das fontes possuem suporte integrado para fixação em trilho DIN, economizando espaço e facilitando a montagem em painéis.
Fontes de alimentação chaveadas contam com proteção contra curto-circuito e possuem certificação CE.
Entre os principais benefícios das fontes de alimentação chaveadas PSS, estão a
possibilidade de serem montadas sobre trilhos DIN; tensão de saída ajustável por potenciômetro; ampla faixa de tensão de entrada CA; certificação CE; e redundância por meio de conexão em paralelo.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Neosolar Energia inicia a fabricação de produtos de marca própria Empresa atuava apenas com consultoria, instalação e comercialização de produtos para o mercado fotovoltaico
A NeoSolar Energia, que atua há mais
fixados ao solo em local exposto ao sol.
de sete anos no mercado energético com
consultoria, instalação e comercialização
tem capacidade para alimentar cinco
de produtos para a área solar fotovoltaica,
notebooks e 40 celulares por dia. O
anuncia que agora atuará também na
Gerador Plug and Play de 40 kwh /
fabricação de itens de marca própria.
mês tem capacidade, por exemplo, para
Neste mês, a empresa apresentou para
alimentar uma TV, cinco lâmpadas de 10
o mercado três novidades: traz três
W por quatro horas, além de notebook,
novidades ao mercado: o Totem Solar
celular, som e pequenos consumos. Já a
carregador NeoSolar, Gerador Solar
versão de 60 kwh/mês pode alimentar uma
Plug and Play NeoSolar 40 kWh/mês e o
geladeira de 240 L, além de TV e cinco
Gerador Solar Plug and Play NeoSolar 60
lâmpadas de 10 W, por quatro horas.
kWh/mês.
como shows, festivais de música,
Os lançamentos utilizam a luz do
O Totem Solar carregador NeoSolar
Totens solares de marca própria são algumas das novidades da empresa.
Os produtos são ideais para eventos,
sol como fonte e fornecem energia
gastronomia, entre outros, e podem
elétrica para carregamento de diversos
também ser instalados em parques,
viabilizam o uso da energia solar em locais
dispositivos, conectados pela tomada
praças, condomínios, resorts, clubes,
de alta rotatividade de pessoas, além de
ou USB. Para funcionar, produzindo e
hotéis e afins. Segundo o sócio-diretor da
terem baixo custo e esforço técnico para
armazenando energia, basta que sejam
NeoSolar, Raphael Pintão, os produtos
instalação.
Teatro Amazonas mais eficiente Comerc Energia e GE Current criam projeto de eficiência energética que permitiu redução de 82% do consumo de energia da iluminação
jardins foram todos beneficiados pelo projeto que
“Esta ação no teatro de Manaus mostra a
trouxe mais luz às fachadas e áreas adjacentes
sinergia existente entre nossas empresas, que
ao edifício, que são iluminadas diariamente, das
visa, além da eficiência energética, levar qualidade
18h30 às 5h30 da manhã seguinte.
visual por meio da adoção do Led para nossos
Além de um menor consumo de energia, os
clientes. Esta foi a nossa proposta para este
pontos com Led agora têm uma luminosidade
patrimônio, que é um emblemático cartão postal
até 15% maior. A tecnologia adotada também
da capital do Amazonas”, afirma Ricardo Resende,
apresenta outras vantagens, como a menor
Gerente de Vendas Brasil da GE Current.
necessidade de manutenção das lâmpadas, cuja Nova iluminação apresenta ainda luminosidade até 15% maior comparada à anterior.
vida útil média varia de 30 mil a 50 mil horas –
Ópera na floresta
versus as 20 mil horas da tecnologia anterior.
No ano em que a Zona Franca completa 50
A longevidade das luminárias instaladas, aliás,
é o mais belo ícone do ciclo da borracha e levou
anos, a Comerc Energia e a GE Current levam
permite à GE Current oferecer garantia de 3 a 5
12 anos para ser construído, em um momento
mais brilho ao Teatro Amazonas, principal marco
anos, conforme o modelo do produto usado.
histórico em que Manaus vivia um ápice
histórico da capital amazonense. Uma ação
O Teatro Amazonas, inaugurado em 1896,
econômico e buscava trazer para o interior da
conjunta das duas empresas desenvolveu um
Homenagem à cidade
floresta o melhor da ópera internacional.
projeto de eficiência energética que reduziu o
“Quando pensamos em homenagear a
consumo de eletricidade nas luminárias externas
cidade, essa foi a escolha mais natural possível”,
cúpula do teatro, formado por 36 mil azulejos
do teatro em 82%, ao substituir 120 lâmpadas por
comenta Cristopher Vlavianos, presidente da
decorados, aludindo à bandeira brasileira. No
outras, de tecnologia Led. Esse montante equivale
Comerc Energia, empresa que atua em Manaus
seu interior, no centro de um teto abobadado,
a uma economia mínima de R$ 22 mil anuais na
desde 2016. “O teatro é o cartão postal mais
pende-se um imponente lustre dourado com
conta de luz da instituição. Halls laterais, cúpula e
emblemático da cidade”, acrescenta.
cristais venezianos.
Chama a atenção o fascinante mosaico da
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Plataforma controla geração, operação e demanda Indra desenvolve solução para gerenciar, de forma automática, todo o sistema elétrico, melhorando a confiabilidade da rede de distribuição de regulamento agregando os pontos de
energéticos distribuídos, como a geração
uma solução criada pela Indra, empresa
consumo, os quais se denominam VPPs
renovável, armazenamento de energia, plantas
de consultoria e tecnologia, para controlar,
(Virtual Power Plants), um novo conceito de
de geração virtuais ou veículo elétrico.
de forma automática, o sistema elétrico,
gestão de energia que entrelaça diferentes
Permite, assim, que geradores, operadores
permitindo que o consumidor possa gerir
pequenas fontes de energia, sobretudo
e consumidores troquem serviços em tempo
seu autoconsumo e participar ativamente
renováveis, geridas a partir de um único
real.
de novos modelos de negócio que
sistema de controle. Isto permitirá a redução
melhorem a confiabilidade, a eficiência e a
dos custos de geração e transporte
cliente final automatizar os critérios de gestão
sustentabilidade do sistema elétrico.
(dependendo do mercado poderiam alcançar
de seus consumos e geração de forma
A Active Grid Management (AGM) é
A inteligência distribuída permite ao
10%) e a integração de energia renovável e
coordenada com os demais operadores e
reduzir as perdas de energia na rede de
outros recursos energéticos distribuídos na
facilita a reação automática da rede perante
distribuição entre 10% e 20% e melhorar
rede de mídia e de baixa tensão.
riscos como interrupção do serviço ou
a qualidade do fornecimento alcançando
desequilíbrios entre a oferta e a demanda.
reduções superiores a 10% no número de
integrado de gestão das redes de distribuição
Por sua parte, a aplicação de tecnologias IoT
incidências e no tempo de restabelecimento
da Indra, e facilita o monitoramento e o
permite aos operadores e comercializadoras
de serviço.
controle direto com uma visão integral das
trocar informações e petições de atuação em
redes de mídia e baixa tensão, bem como
tempo real com milhões de dispositivos e para
companhias energéticas estabeleçam
a integração eficiente dos sistemas de
os clientes realizarem uma operação mais
esquemas de gestão de demanda e serviços
autoconsumo dos clientes e os recursos
confiável e eficiente.
Segundo a empresa, a AGM permitiria
Sua implantação facilitará que
A AGM faz parte do InGRID, o sistema
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Outubro de 2017
AES Eletropaulo investe R$ 47 milhões em automação Montante será aplicado até o final do ano em religadores automáticos na rede de distribuição da concessionária
Até o final de 2017, o valor de
R$46.885.920 será investido na instalação de religadores automáticos (RA) na rede de distribuição de energia elétrica da AES Eletropaulo. Esses equipamentos evitam a interrupção de energia, no caso dos chamados “defeitos temporários”, quando, por exemplo, galhos de árvores encostam na fiação e, depois, caem.
Em 2016, a distribuidora implantou
mais de 1.100 RAs em toda a área de concessão. A expectativa é que, até o final de 2017, mais de 5.500 equipamentos sejam instalados em toda a área de concessão da concessionária.
“O religador consegue identificar se
deslocamento de equipes. Já o cliente
concessão da empresa. Só na região
o defeito precisa ou não do trabalho do
percebe rápidas oscilações e redução
do ABC, por exemplo, constituída
eletricista em campo para restabelecer
no tempo da falta de energia”, explica
pelos municípios de Santo André, São
a energia. Caso não seja necessário,
o gerente de engenharia da AES
Bernardo e São Caetano do Sul estão
automaticamente, em segundos, o
Eletropaulo, Ricardo Martins.
previstos, até dezembro, a instalação
equipamento se religa e normaliza o
de 142 equipamentos, totalizando
fornecimento. Isso evita, também, o
sendo instalados em toda a área de
Os religadores automáticos estão
investimento de mais de R$ 7 milhões.
Instituto Elektro instala painéis fotovoltaicos em instituições carentes Ao todo, foram instalados 62 painéis em abrigos da sua área de concessão
O Instituto Elektro, braço da Fundação Iberdrola no Brasil, em parceria com o Instituto Phi e a Elektro Comercializadora, entre julho e
setembro, finalizou um projeto da vertente de Cooperação e Solidariedade, patrocinando a instalação de 62 painéis fotovoltaicos em abrigos da área de concessão. As instituições beneficiadas foram a Casa de Apoio ao Menor Irmã Dulce, em São João da Boa Vista, a Fundação da Criança e Adolescente, em Ubatuba e o Recanto do Bom Velhinho, localizada em Tatuí. Além de receber uma tecnologia de ponta, as instituições serão beneficiadas com, em média, a redução de mais de 70% no valor da conta de energia.
Nos eventos de entrega dos painéis, as instituições de São João da Boa Vista e de Ubatuba, estiveram representantes da CIPA, orientando
as crianças e adolescentes sobre a segurança com a rede elétrica e os cuidados na hora de brincar com pipas. Já no Recanto do Bom Velhinho, em Tatuí, a necessidade de produtos de higiene pessoal mobilizou os colaboradores da Sede e da região Centro na arrecadação de materiais.
“São projetos como esse que mostram a força da nossa energia. É assim que fazemos o bem à população e conseguimos investir nas
comunidades em que atuamos”, comenta Renata Koga, Especialista em Sustentabilidade da Elektro e representante do Instituto Elektro Brasil.
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
19
Taschibra inicia produção SMD no Brasil Tecnologia é utilizada na fabricação de produtos Led, em sua fábrica em Santa Catarina
O Grupo Taschibra iniciou sua
produção com a tecnologia SMD (do inglês, Surface Mounted Diode) para fabricação de produtos Led, na fábrica de Indaial em Santa Catarina. Segundo a empresa, esta é uma das primeiras operações brasileiras a empregar esse conceito de montagem no país.
A implementação dos novos processos
na empresa visa aumentar a qualidade e flexibilidade na montagem dos produtos. Até o momento já foram fabricadas mais de 15 mil placas e aproximadamente 800 mil componentes já foram inseridos com a tecnologia SMD. “Estamos trabalhando em processo crescente de produção devido a criação de novas linhas de produtos, esse incremento no volume das produções só deve aumentar", explica o presidente da Taschibra, Afonso Schreiber.
Além das placas produzidas
atualmente, em breve, a empresa deve iniciar a montagem de novos projetos com a tecnologia SMD e ainda implantar a tecnologia Driver On Board, que visa diminuir a quantidade de processos intermediários, aumentando ainda mais a qualidade do produto final.
Painel de empresas
20
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Atlantic Energias Renováveis inicia a operação comercial do Complexo Santa Vitória do Palmar Com investimento de R$ 1,3 bilhão de reais, o maior empreendimento da empresa tem capacidade instalada de 207 MW
A Atlantic Energias Renováveis, empresa
que atua no desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, iniciou no fim de setembro a operação comercial plena do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, localizado no município de Santa Vitória do Palmar, extremo sul do Rio Grande do Sul.
Maior empreendimento da Atlantic, o
Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar teve investimento de R$ 1,3 bilhão e possui 207 megawatts (MW) de potência instalada – suficiente para abastecer uma cidade de 400 mil habitantes. O empreendimento conta com 69 aerogeradores de 3 MW e
Parque conta com 69 aerogeradores de 3 MW em torres de 120 metros de altura.
pás com 125 metros de diâmetro, instaladas em torres de concreto de 120 metros de altura.
O empreendimento é composto por 12 parques eólicos distribuídos em uma área de 10.424 hectares e possui 53% de fator de
capacidade previsto. A implantação do Complexo levou cerca de dois anos e, para conectá-lo ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a Atlantic construiu 21 quilômetros de linhas de transmissão, além de 68 quilômetros de estradas de acessos e três subestações.
ATERRAMENTO ELÉTRICO
23
Carlos Alberto Sotille Capítulo X – Medições em instalações energizadas – Método da injeção de alta frequência • Medição em alta frequência • Medição de aterramento • Competências do instrumento • Avaliação da resistência do aterramento
ENSAIOS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
28
Victor Borges, Diogo Dahlke, Bruna Hoffman, Mateus Teixeira e Edemir Kowalski Capítulo X – Prontuário das instalações elétricas • Contextualização • Composição e abrangência • Documentações • EPIs e EPCs • Qualificação, habilitação, capacitação e autorização
INTERNET DAS COISAS
36
Rafael Moreno, Carlos Lorena Neto, Dick Melgarejo e Renato Coutinho Capítulo X – IoT e conectividade para áreas remotas • Arquitetura proposta no projeto AgroTICS • Resultados obtidos em campo • Aplicabilidade para o setor elétrico • Inovação tecnológica a serviço das cidades inteligentes
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
42
Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz Capítulo X – Hierarquização dos ativos e criticidade dos equipamentos • Exemplos de hierarquização de ativos • Criticidade dos equipamentos
Fascículos
Apoio
Apoio
Por Carlos Alberto Sotille*
Aterramento elétrico
22
Capítulo X Medições em instalações energizadas – Método da injeção de alta frequência
O envelhecimento das malhas de terra
prejudicar a qualidade do fornecimento
distribuição e contrapesos contínuos de
de subestações, aliado ao grau cada vez
e de forma segura. Na sua elaboração,
linhas de transmissão. Argumenta ainda,
maior de contato com pessoas qualificadas
procurou-se mesclar os procedimentos
que o efeito do acoplamento entre os cabos
ou não para essa interação, impõe uma
atualmente utilizados na medição de
de interligação dos circuitos de corrente e
necessidade
malhas de subestações desenergizadas
potencial torna-se um fator importante nas
com experimentos feitos em instalações
medições de resistência de aterramento
energizadas
com valores muito baixos, particularmente
premente
de
avaliá-las
periodicamente. As
concessionárias
brasileiras
por
concessionárias
e
efetuam tal avaliação com o sistema
pesquisadores do país e de fora, acreditando
envolvendo
–
linha
–
desenergizado
de
distribuição/transmissão
de
aterramento
assim, ter dado um passo, sabe-se discutível
de grande porte, que exigem grandes
vezes
e ainda pequeno, mas para a frente, em um
comprimentos de cabos de interligação.
somente no comissionamento da malha
tema que se mostra de interesse para o setor
original). Esporadicamente, uma ou outra
elétrico e para a comunidade em geral.
(muitas
das
empresa buscou desenvolver técnicas de medições com as instalações energizadas,
Introdução
Método de injeção de alta frequência Um equipamento deste tipo deve
deparando-se, porém, com obstáculos Os
às
permitir a determinação da resistência
resultados de ensaios, como interferências
avaliações em malhas de subestações no
de aterramento do sistema constituído
eletromagnéticas
instrumentos
Brasil foram objeto das partes 1 e 2 do
de todos os sistemas de aterramentos
utilizados e, consequentemente, nas leituras
capítulo VII, em que se deu ênfase ao
interconectados.
realizadas, exposição a riscos (segurança
método da queda de potencial e instalações
A configuração para esta medição
pessoal e aparelhos utilizados), bem como
desenergizadas, não se fazendo referência,
é similar à medição de resistência de
os longos tempos de execução dos ensaios.
assim como na norma ABNT NBR
aterramento de um sistema qualquer, com a
que comprometiam a qualidade dos
Fascículo
sistemas
nos
procedimentos
aplicáveis
15749, aos procedimentos para a situação
particularidade de que os pontos de fixação
às restrições de desligamentos do sistema de
de
dos eletrodos de potencial serão nas regiões
transmissão e distribuição recebe, a cada dia,
evidente a necessidade de se desenvolver
mais e mais aliados, por razões de interesse
metodologia para essa situação. A norma
É importante registrar que não será
das áreas técnica e comercial, passando
faz clara menção de que os cabos para-
necessário especificar a quantidade e
sempre pelas questões regulatórias da Agência
raios de todas as linhas de transmissão
o tipo dos aterramentos dos sistemas
Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A busca pela adequação dos processos
instalações
energizadas,
deixando
limítrofes da malha.
que chegam à instalação devam ser
interconectados, visto que, para a medição
uma
desconectados do sistema de aterramento
da resistência da malha, a alta frequência
proposta de metodologia que propicia
sob ensaio, bem como as blindagens
injetada deve garantir o desacoplamento
uma rápida avaliação da malha, sem
dos cabos isolados, neutros de linhas de
das demais instalações.
Neste
artigo
apresenta-se
23
Apoio
Da medição em alta frequência
circuitos das linhas de transmissão (mútua
O instrumento deve operar em uma
malha formada pelo cabo para-raios e
frequência tal que a impedância indutiva
retorno pelo solo), utiliza-se a formulação
do(s) cabo(s) para-raios de uma ou
de Carson para as frequências de 60 Hz e a
mais linhas de transmissão acopladas à
que está em análise.
entre cabo para-raios e fases e própria da
subestação, em um vão de comprimento
Observa-se que, para a frequência de
normal, seja razoavelmente alta, a ponto
25 kHz, a impedância mútua entre cabo
de se reduzir o efeito dos aterramentos
para-raios e fases aumenta cerca de 200
adjacentes ao que se está medindo.
vezes enquanto que a impedância própria
A utilização de uma frequência alta
da malha formada pelo cabo para-raios e
nas medições deve permitir que se teste o
retorno pelo solo aumenta cerca de 100
aterramento numa condição mais próxima
vezes, passando o ângulo para próximo de
daquela em que este será chamado para
90°.
dissipar um surto tipo de chaveamento ou mesmo de descarga atmosférica.
Dessa forma, os parâmetros (resistência + reatância) dos cabos para-raios tendem a infinito, ou seja, passam a ser excluídos da
- Compensação da componente reativa
medição em alta frequência.
O instrumento deve possuir um módulo
Assim sendo, a corrente de alta
que permite a introdução de capacitâncias
frequência tenderá a circular na sua
com a finalidade de efetuar a compensação
totalidade pelo circuito formado agora
dos reativos presentes na medição.
pela malha de terra e o eletrodo auxiliar
Para uma subestação da qual partem/
de corrente, elevando os potenciais de
chegam linhas de transmissão com seus
superfície junto a ele. Em consequência, ao
cabos para-raios ligados à malha de terra,
se deslocar o eletrodo auxiliar de potencial
estima-se que um instrumento com tal
em uma região livre das influências, tanto
frequência deve medir somente a resistência
da malha de aterramento sob ensaio quanto
da malha de terra em estudo.
do eletrodo auxiliar de corrente (patamar
Impedâncias envolvidas entre cabo PR
da curva com compensação obtido na
e retorno pelo solo (exemplo para uma alta
região B), aparecerá o valor procurado para
frequência de 25 kHz)
a resistência da malha.
Para se ter uma ideia da ordem de
A Figura 1 mostra a tendência das
grandeza das impedâncias envolvidas nos
curvas com e sem compensação de reativos.
Figura 1 – Tendência das curvas “sem e com” compensação de reativos.
Apoio
Aterramento elétrico
24
e
pequenas
áreas
disponíveis
para
colocação dos eletrodos de retorno de corrente e de potencial, tais como áreas em regiões semi-urbanas ou rurais. Nessa metodologia de medição, é utilizado o método convencional da queda de tensão aplicado, porém, a eletrodos
de
corrente
posicionados
“relativamente próximos” do sistema de aterramento em teste. Nessas medições, com frequências de
algumas
dezenas
de
kHz,
o
posicionamento do eletrodo de corrente se dará a distâncias máximas de 1,25
Figura 2 – Esquema simplificado da medição com alta frequência.
Elementos envolvidos na medição de aterramento
vez a maior dimensão do sistema de
aterramento do eletrodo de corrente;
aterramento.
• LEp representa a parte indutiva da
O
levantamento
da
curva
de
impedância do eletrodo de potencial;
resistência de aterramento em função
• R Ep representa a parte resistiva da
da distância do eletrodo de potencial
encontram-se, de forma simplificada, os
impedância do eletrodo de potencial;
se processará tal como definido no
parâmetros que compõem a medição alta
• Rat Ep representa a resistência de
levantamento
frequência.
aterramento do eletrodo de potencial;
desenergizadas.
No
esquema
da
Figura
2
Neste esquema é possível identificar
• C 1, C2, C3 representam o banco de
com
as
instalações
os parâmetros envolvidos na medição,
capacitores utilizado para compensar a
Metodologia DDPprox (diferenças
sendo que:
parte reativa do circuito.
de potencial em pontos próximos ao
• L 1... L n representam a parte indutiva da
sistema de aterramento)
Metodologia
Essa metodologia se aplica a sistemas
impedância do circuito formada pelas torres (cabos para-raios das linhas de transmissão); • R 1...R n representam uma parte da resistência do circuito (cabos para-raios
Metodologia convencional reduzida Essa
metodologia
se
aplica
energizados e localizados principalmente a
em áreas de nenhuma disponibilidade
sistemas de aterramento na condição
(densamente edificadas) para colocação
de energizados, em locais com poucas
dos eletrodos de corrente e potencial, a
Fascículo
das linhas de transmissão); • R at1... R atn representam as resistências dos aterramentos de cada torre das linhas de transmissão; • L m representa a parte indutiva da impedância da malha de aterramento sob ensaio; • R m representa a parte resistiva da impedância da malha de aterramento sob ensaio; • L Ec representa a parte indutiva da impedância do eletrodo de corrente; • R Ec representa a parte resistiva da impedância do eletrodo de corrente; • R at Ec representa a resistência de
Figura 3 – Metodologia DDPprox aplicadas a malhas de aterramento com configuração conhecida.
Apoio
25
Apoio
Aterramento elétrico
26
não ser aquela imediatamente adjacente
Metodologia DDPprox aplicada
frequência e possua filtros, altamente
à do sistema em teste.
a malhas de aterramento com
seletivos, dimensionados para eliminar
configuração desconhecida
o efeito das correntes parasitas de
Nessa metodologia não se utiliza o conceito de queda de potencial
Não dispondo de informações do
em relação a um ponto remoto, o
sistema de aterramento (dimensões reais,
O instrumento deve possuir um
que
freqüência industrial presentes no solo;
medições
tamanhos de quadrículas, profundidade
módulo de aquisição e armazenamento
notadamente de sistemas de aterramento
de condutores, etc.), estimam-se as
dos dados coletados dos eletrodos de
de médias e grandes dimensões feitas
coordenadas de um provável condutor
corrente e potencial.
convencionalmente. São realizadas em
periférico previsto a partir da presença de
O instrumento deve possuir um
espaços bem pequenos as medições de
algum elemento (final de camada de brita,
módulo de controle dos dados, no qual
diferença de potencial em pontos pré-
alambrado divisório de área energizada,
se efetue a correção de erros e redução
determinados do sistema de aterramento,
etc.) e efetua-se o posicionamento do
de ruídos, bem como a proteção contra
dependendo do grau de conhecimento
eletrodo de corrente; os eletrodos de
sobretensões.
que se tenha de sua configuração,
potencial devem ser posicionados (em
relativamente ao ponto de injeção de
número e espaçamentos diferentes e
corrente.
aleatórios função das características da
pode
inviabilizar
as
Imunidade O
instrumento
deve
apresentar
planta do local), independentemente de
imunidade
Metodologia DDPprox aplicada
se conhecer a posição relativa do sistema
IEC 61000-4-2, imunidade a radiação
a malhas de aterramento com
de aterramento, até uma distância em
eletromagnética segundo a IEC 61000-
configuração conhecida
torno de 1/10 do eletrodo de corrente
4-3, EMC segundo a IEC 61326-1 e
para cada direção escolhida.
proteção ambiental IP 54.
Competências do instrumento
Medição de tensões de passo e toque
Definidas as coordenadas limítrofes da configuração, posiciona-se o eletrodo de corrente em função da maior dimensão da malha, os eletrodos de potencial devem
eletrostática
segundo
a
O instrumento deve permitir a possuir
obtenção dos potenciais de passo e
de maior e menor quadrícula, próximos
um módulo gerador de sinal de alta
toque em V/A de corrente injetada
da periferia e, a partir desta, de metro em
frequência (algumas dezenas de kHz),
para posterior extrapolação ao valor de
metro, até em torno de 1/10 da distância
com sinais de corrente da ordem de
corrente de malha.
do eletrodo de corrente.
algumas dezenas de mA, controlado
ser posicionados em pontos como centro
O
instrumento
deve
por um cristal que dê estabilidade à
Determinação da continuidade elétrica entre elementos vinculados à malha da subestação
Fascículo
O instrumento deve permitir a medição da impedância entre dois pontos do sistema que engloba a malha de aterramento na condição de sistema de
energizado.
continuidade,
deve
permitir
resistências
a
vistas
Como o
detector
instrumento
determinação por
esses
das dois
pontos, concluindo-se, então, pela sua continuidade.
Da corrente de medição Figura 4 – Metodologia DDPprox aplicada a malhas de aterramento com configuração desconhecida.
A corrente de medição é função da resistência de aterramento do eletrodo
Apoio
27
Metodologia DDPprox Para avaliação da resistência de aterramento utilizando-se a metodologia DDPprox, as malhas deverão estar conectadas
a
outros
sistemas
de
aterramento, via, por exemplo, cabo(s) para-raios de linhas de transmissão. Nessa condição: • o valor mínimo da curva sem compensação (obtido nas proximidades da periferia da malha) tende ao valor da resistência da malha;
Figura 5 – Curva para o método convencional reduzido.
• o valor mínimo da curva com compensação (obtido nas proximidades da periferia da malha) tende ao valor da impedância do sistema. Pela metodologia DDPprox, basta então medir-se o valor da diferença de potencial entre malha e um ponto a 1 m de sua periferia, referenciando-se à corrente de medição, para obter-se: - A resistência específica da malha de terra (valor sem compensação); - A impedância do sistema (valor com compensação).
Figura 6 – Curvas para a metodologia DDPprox.
de corrente; eletrodos com poucas hastes em paralelo ou em solos de resistividades altas podem propiciar correntes baixas de medição, incompatíveis com as
Avaliação da resistência de aterramento Metodologia convencional reduzida
correntes indicadas pelos fabricantes dos instrumentos, quando se definem
Deve-se efetuar o levantamento dos
as precisões dos mesmos. Como regra
valores de resistência com compensação
prática, a resistência de aterramento do
capacitiva pelo deslocamento do eletrodo
eletrodo de corrente usualmente deve ser
de potencial a partir da periferia da
inferior a 500 Ω, devendo a relação entre
malha em direção ao eletrodo de corrente
a resistência de aterramento do eletrodo
posicionado para distâncias da ordem de
de corrente e a resistência do sistema
1,25 vez a maior dimensão da malha.
de aterramento sob ensaio não exceder
A
resistência
de
aterramento
1000:1, sendo preferíveis relações abaixo
procurada será dada pelo patamar da
de 100:1.
curva com compensação obtida.
*Carlos Alberto Sotille é engenheiro eletricista, mestre em Ciências pela Coppe/ UFRJ e pesquisador. Atualmente, é diretor técnico da Sota Consultoria e Projetos Ltda. e membro da CE-03:102 – Comissão de estudos “Segurança em aterramento elétrico de subestações C.A.”, do Cobei.
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
28
Por Victor Borges, Diogo Dahlke, Bruna Hoffman, Mateus Teixeira e Edemir Kowalski*
Capítulo X Prontuário das instalações elétricas
Introdução
trabalhos realizados em sua proximidade. Desde a atualização da NR 10 de
ao
local
de
armazenamento
das
No Brasil, o Ministério do Trabalho
2004, foram incluídas obrigações para
informações a respeito de um paciente
(MTE) tem como um de seus objetivos o
o empregador como o fornecimento de
e que poderão ser acessadas a qualquer
fornecimento das diretrizes de trabalho
equipamentos de proteção individual
momento. A maneira mais utilizada ao
para que sejam atendidos os critérios
aos
de
longo dos anos foi através do registro
mínimos de saúde e de segurança aos
treinamento específico aos trabalhadores
de papel em um único documento,
trabalhadores.
em eletricidade, elaborar procedimentos
porém, atualmente, devido à facilidade
utilizados
de trabalho, e elaborar e manter um
de armazenamento e de consulta, têm-se
pelo MTE para regulamentar e orientar
prontuário das instalações elétricas (PIE),
optado pelo uso de meios eletrônicos.
as práticas de segurança e saúde dos
assunto este que será abordado neste
trabalhadores é por meio de normas
artigo.
Um
dos
instrumentos
regulamentadoras (NRs). As NRs foram aprovadas a partir da portaria n° 3.214 no
trabalhadores,
fornecimento
Contextualização
e modificações são realizadas através de
O termo prontuário é comumente
comissões tripartites, das quais participam representantes do governo, de empresas e de trabalhadores. Atualmente, as NRs abrangem uma diversa gama de temas que totalizam 36 normas. Os tópicos abordados variam desde questões relativas à ergonomia do trabalho até proteção contra incêndios, trabalho
em
altura,
programas
de
prevenção de riscos ambientais, entre outros. No que diz respeito à área de eletricidade, a NR 10 abrange atividades desde a geração, transmissão, distribuição e consumo, e também inclui as áreas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e
Como benefício, além de organizar todos
os
procedimentos
relativos
à
terapia e aos medicamentos utilizados pelo paciente, o prontuário também pode a vir a ser utilizado na esfera judicial, na
ano de 1978, sendo que suas elaborações
Fascículo
utilizado na área da medicina, referindo-se
Figura 1 – Prontuários em papel.
ocorrência de um processo.
Apoio
As informações presentes nesse tipo
carga instalada acima de 75 kW. Além
que trabalham, direta ou indiretamente,
de documento, tais como sinais, imagens,
da existência do PIE, é necessária
em instalações elétricas de uma empresa,
acontecimentos e situações sobre a saúde
dedicação para que ele sempre se
a preservação da integridade, saúde e
do paciente e o atendimento realizado,
mantenha atualizado, uma vez que as
segurança. Para que essas condições
possibilitam
técnica
modificações elétricas na planta são
sejam seguidas, é muito importante
entre os profissionais da área de saúde
atividades bastante frequentes no meio
que as documentações relacionadas à
e a continuidade do atendimento ao
industrial. É comum a necessidade de
saúde e segurança dos trabalhadores
indivíduo.
a
comunicação
nova especificação das características
estejam devidamente organizadas em
de
elétricas, em face de modificações na
pastas e por área de atuação, seja técnica
eletricidade, o PIE tem por objetivo reunir
planta, tais como a substituição de
ou
todas as informações pertinentes sobre
maquinários obsoletos, ou mudanças no
Essa organização visa a deixar claras as
uma instalação elétrica. Isso contribui de
processo de produção.
atribuições e limitações de cada área
De
forma
análoga,
na
área
administrativa,
de
cada
pessoa.
maneira fundamental para a segurança
Porém, mais que isso, o PIE não se
profissional que estejam vinculadas com
em atividades que envolvam eletricidade.
limita apenas à atualização dos projetos e
eletricidade no ambiente profissional. É
Assim, com um prontuário preciso e bem
diagramas elétricos, sendo que, para sua
fundamental ainda que os trabalhadores
elaborado, é possível, por exemplo, que
composição, é necessária uma série de itens
tenham conhecimento e orientação sobre
os trabalhadores analisem previamente
que requer constante acompanhamento
as medidas de controle que devem ser
condições impróprias para a realização do
e atualização, conforme apresentado nos
adotadas pelos mesmos.
serviço evitando o risco com acidentes.
subtópicos a seguir:
Composição e abrangência
Procedimentos e instruções técnicas e
as atividades, as responsabilidades, os
administrativas de segurança e saúde
apontamentos sobre os riscos existentes
Cada procedimento de trabalho deve conter os passos a serem seguidos durante
Segundo a NR 10, o PIE é necessário
O principal objetivo da elaboração
para qualquer estabelecimento com
e aplicação do PIE é oferecer às pessoas
e as medidas de proteção que devem ser adotadas.
29
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
30
Inspeções e medições do sistema de
normatização brasileira, as NBRs 5419,
• Durante a construção do sistema;
proteção contra descargas atmosféricas e
15749, 15751, 7117 e 5410.
• Após a construção (emissão “as built”);
aterramentos
• Após alteração ou reparos, ou após
Uma das finalidades para a qual se
Como exemplo referente ao tema
destina a utilização de um sistema de
do sistema de proteção contra descargas
atmosférica;
aterramento é como medida de proteção
atmosféricas (SPDA), a última atualização
• Inspeção semestral apontando eventual
para
da norma (5419:2015) informa qual é a
deterioração;
documentação necessária:
• Inspeção periódica (anual ou trianual,
se
prevenir
envolvendo
choque
contra
acidentes
elétrico.
Dessa
maneira, uma eventual falha de isolamento,
conforme a característica da instalação),
que possa a vir a energizar a carcaça de
• Relatório técnico da análise de risco
realizada por profissional habilitado e
um equipamento aterrado, acarretará
verificando a necessidade do SPDA
capacitado.
num
(externo e interno) e seleção do nível de
curto-circuito
e
consequente
desligamento pelo sistema de proteção,
proteção para a estrutura;
desde que corretamente dimensionado.
• Desenhos em escala mostrando
de cada atividade do setor industrial, para a
Muito mais do que isso, o sistema de
a posição, materiais de todos os
composição de um bom prontuário, devem
aterramento é empregado no sistema de
componentes do SPDA;
ser observadas legislações mais específicas
proteção contra descargas atmosféricas
• Relatório das medições e estratificação
que poderão incluir recomendações e
(SPDA) para prevenir contra os efeitos
do solo quando aplicável;
observações adicionais, como níveis de
das descargas diretamente em estruturas e
• Relatório de ensaios no sistema de
tensão elevados e ambientes explosivos.
equipamentos. Para tanto, se faz necessário
aterramento e das medidas de prevenção
que o projeto do sistema de aterramento
contra tensões de toque e passo, ensaios
e
de continuidade elétrica e medidas
EPIS, EPCs e ferramental para serviços
adicionais (acréscimo de materiais
em eletricidade
de
SPDA
corretamente
sejam,
inicialmente,
dimensionados,
levando
em consideração as características do
isolantes, afastamentos do local, etc.).
solo, questões dimensionais na estrutura
Na prática, devido às particularidades
De acordo com a NR 10, para qualquer serviço executado em instalações elétricas,
a ser protegida e até mesmo as filosofias
Essa norma também especifica quando
de proteção adotadas no projeto, a fim de
devem ser realizadas as inspeções no
medidas de proteção coletiva. A principal
garantir a extinção do risco no caso de um
SPDA, sendo que as documentações
medida de segurança nesse caso, quando
eventual defeito.
geradas por essas inspeções se somam ao
possível, é realizar o desligamento da
PIE:
rede elétrica onde se executará o trabalho
Verificou-se que, em muitas empresas, informações essenciais e relevantes para que possam ser levantados os riscos de choque elétrico em uma instalação – como os relatórios da inspeção da resistividade do solo previamente ao projeto e construção da malha, os projetos da malha de aterramento, memoriais
Fascículo
suspeita de incidência de descarga
de cálculo dos potenciais permissíveis, relatórios de medição dos potenciais de toque e de passo – são inexistentes, incompletos, ou muitas vezes omitidas do PIE quando solicitadas. Dessa maneira, assumem-se riscos contra a segurança das pessoas e trabalhadores em proximidade destas instalações. Ressalta-se que o atendimento do item 10.2.4 b) “documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos” se dá em consonância com a
Figura 2 – Roupa condutiva.
devem-se
adotar
prioritariamente
as
Apoio
31
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
32
e, em seguida, executar o aterramento
caso do método ao potencial, o eletricista
reconhecido pelo Sistema Oficial de
provisório da mesma. Devido às demandas
utiliza uma roupa condutiva ligada ao cabo
Ensino.
cada vez mais rígidas da continuidade do
onde será realizada a atividade, ficando,
fornecimento de energia elétrica, as quais
desta forma, com o mesmo potencial
Habilitação
impactam nos índices de continuidade
dos condutores para a realização das
Quanto à habilitação, o indivíduo deve
impostos pela Aneel às concessionárias
atividades. Essa roupa condutiva pode ser
ter a qualificação prévia com registro no
de energia elétrica ou a empresas em
visualizada na Figura 2.
competente conselho de classe.
que a interrupção do fornecimento de
Nas
manutenções
de
redes
de Capacitação
energia elétrica pode impactar na perda
distribuição de energia no Brasil, o
de produtividade, cada vez mais tem-se
método mais aplicado é pelo contato.
Para ser um trabalhador capacitado,
a execução de atividades em redes
Desta maneira, o EPI mais utilizado é a
conforme a norma exige, deve atender
energizadas, conhecidas como trabalho
luva isolante, ilustrada na Figura 3.
a duas condições: receber a capacitação
em linha viva. Para que atividades com as redes
com orientação e sob responsabilidade de Documentações comprobatórias
um profissional habilitado e autorizado,
energizadas sejam realizadas, é necessário
Para a realização de atividades que
o uso de equipamentos de proteção
envolvam contato direto com instalações
profissional
individual e coletiva específicos para a
elétricas, os empregadores necessitam
Entretanto, essa capacitação será válida
classe de tensão em que se dará a atividade
apresentar e manter as documentações
apenas para a empresa que o capacitou
e o método de trabalho a ser empregado,
dos funcionários sobre suas qualificações,
e
podendo ser a atividade realizada pelos
habilitações, capacitações, autorizações
profissional habilitado e autorizado que
métodos ao contato, a distância e ao
e treinamentos, permitindo atestar o
efetuou a capacitação.
potencial. No método ao contato, o
enquadramento e a designação de um
eletricista munido de luvas isolantes entre
trabalhador a uma determinada atividade.
em contato com o condutor energizado,
e trabalhar sob a reponsabilidade de
nas
habilitado
condições
e
autorizado.
estabelecidas
pelo
Autorização A autorização é dada para trabalha
Qualificação
dores qualificados ou capacitados e os
realizado com o uso de bastões de manobra
Um indivíduo qualificado é aquele que
profissionais habilitados com anuência
para que o trabalhador fique a uma
possua o curso superior na área elétrica,
formal da empresa. Nesse contexto também
distância segura das partes energizadas. No
técnico em eletricidade ou eletricista
se exige que a empresa possua um banco
já no método a distância, o trabalho é
de dados contendo as informações sobre o tipo de autorização de cada funcionário. Também é necessário que a pessoa com autorização para intervir em instalações elétricas seja submetida a um exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, sendo realizado conforme a NR 7. Esta norma torna
Fascículo
obrigação da instituição ou do empregador que admite empregados a elaboração e a implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) visando à promoção e à preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Esse exame deve ser registrado no prontuário médico do trabalhador. Tendo em vista a exposição dos trabalhadores a riscos por conta do uso da energia elétrica, os autorizados a realizar atividades em instalações elétricas devem receber um treinamento específico para Figura 3 – Luva isolante de borracha classe 2.
saberem sobre os tais riscos.
Apoio
Testes em EPIs e EPCs
luva, a sua tensão máxima de uso, a tensão a
valor da corrente elétrica de fuga medida inferior ao definido pela norma.
A NR 10 define como conteúdo
ser utilizada nos testes periódicos e o valor
mínimo para prontuário de instalações
da corrente de fuga máxima permissível
O arranjo de ensaio adotado para o
elétricas o que aparece em seu item e):
medida durante o ensaio elétrico. Estes
teste elétrico de luva consiste na colocação
“os resultados dos testes elétricos tanto
valores são apresentados na Tabela 1.
da luva em uma cuba com água. O interior
dos equipamentos de proteção individual quanto coletivo”.
A periodicidade dos ensaios de luvas
da luva também deve ser preenchido com
definido pela norma indica que estas
água, sendo que os níveis externo e interno
A título ilustrativo, para as luvas
sejam ensaiadas semestralmente, sendo
à luva devem ser iguais. A água externa à
isolantes, os ensaios elétricos são definidos
necessários para o certificado de aprovação
luva refere-se ao eletrodo de terra e a água
pela ABNT NBR 16295. Nesta norma, são
nos testes elétricos a suportabilidade à
interna à luva é o eletrodo de potencial.
apresentadas, para cada classe de tensão de
tensão de teste durante todo o ensaio e o
Para cada classe de luva isolante, o nível da água é diferente, ou seja, a distância
Tabela 1 – Classes de luvas isolantes e indicação da tensão máxima de uso e de ensaio, além da corrente máxima de fuga. Fonte: ABNT NBR 16295
Classe de Luva
Tensão
Tensão
Corrente
máxima de
de Prova
máxima de fuga
uso [Vrms]
[kVrms]
[mA rms]*
00
0.5
2.5
12
0
1
5
16
1
7.5
10
18
2
17
20
20
3
26.5
30
22
4
36
40
24
*Os valores máximos de corrente de fuga permitido podem variar conforme o comprimento da luva
entre o nível da água até a orla da luva deve aumentar em função do aumento da classe de isolamento da luva. O diagrama da Figura 3 apresenta o esquema para o ensaio elétrico de tensão aplicada e medida da corrente elétrica de fuga. Assim como descrito para as luvas isolantes, todos os outros EPIs e EPCs com características isolantes, necessários para a execução de intervenções em redes energizadas, devem ter sua capacidade de isolação verificada através de testes
33
Apoio
Ensaios em instalações elétricas industriais
34
técnicos da inspeção realizada contendo um diagnóstico sobre a adequação da rede perante a normatização vigente. Eventualmente, conforme a complexidade da instalação e conforme a particularidade de cada tipo de inspeção podem ser necessárias
especialidades
dentro da área da elétrica, como sistemas de
aterramentos,
compatibilidade
eletromagnética, equipamentos de alta tensão, qualidade de energia, eficiência energética, entre outras. No relatório técnico das inspeções serão identificadas características que ofereçam riscos às pessoas em proximidade com as áreas energizadas, riscos operacionais ou não compatíveis à normatização. Os itens não conformes serão identificados e deverão ser informadas as recomendações
Figura 4 – Diagrama do ensaio de luvas isolantes.
para correção dos problemas. elétricos com periodicidade que varia
que quaisquer equipamentos utilizados em
de seis meses a um ano, conforme o
áreas classificadas comercializados no país
determinado
independentemente da origem, nacional
em
norma
técnica
ou
recomendação pelo fabricante.
ou
A lista dos EPIs e EPCs necessários para
internacional,
sejam
certificados
conforme a norma manda.
a execução de atividades em determinada
Atualmente, está em vigor a Portaria 83
instalação deve estar armazenada no
de 03.04.2006, que mantém a certificação
Prontuário
Elétricas,
compulsória, excluindo apenas algumas
juntamente com todos os certificados de
exceções previstas na própria portaria
aprovação dos testes elétricos.
e no Regulamento de Avaliação de
de
Instalações
Conformidade Certificações dos equipamentos
Fascículo
diferentes
(RAC).
A
certificação
compulsória é exigida pelo Governo para
Outros itens que devem estar inseridos
fabricação, importação e comercialização
no prontuário são as documentações dos
de produtos que tenham impacto sobre
equipamentos e dispositivos elétricos
a saúde e a segurança do consumidor, e
usados em áreas classificadas, tendo
ainda sobre o meio ambiente. O organismo
como objetivo verificar se são seguros
responsável pela certificação é reconhecido
para estarem em funcionamento em
pelo Inmetro.
determinado ambiente, conforme exigem No PIE deve haver um documento que comprove que os equipamentos que serão
recomendações e cronograma de adequações
utilizados na execução das atividades em instalações elétricas foram fabricados
As inspeções podem ser realizadas
características
em uma instalação por meio de equipes
necessárias conforme as normas ABNT
especializadas na área da elétrica. Serão
NBR IEC 60079 e ABNT NBR 61241.
avaliados os componentes do sistema,
e
possuem
todas
as
Além disso, a portaria 164 de 16.07.1991, em vigência desde fevereiro de 1992, exige
realizados ensaios e medições e como produto
serão
emitidos
na
instalação,
estabelecer
um
é
também cronograma
necessário para
a
execução dos reparos. *Victor Salvino Borges é mestre em engenharia elétrica e atua nos Institutos Lactec como pesquisador na área de medição de equipamentos, ensaios elétricos e equipamentos e metodologias para trabalhos com a rede energizada e inspeção de redes de transmissão de energia elétrica. Diogo Biasuz Dahlke atua como pesquisador nos Institutos Lactec na área de sistemas de aterramentos, descargas atmosféricas e compatibilidade teletromagnética. Bruna Ventura Hoffman é aluna de Engenharia elétrica da UFPR e trabalha como bolsista na Divisão de sistemas elétricos (DVSE) do Lactec. Mateus Duarte Teixeira atua como pesquisador na área de qualidade de energia elétrica nos Institutos Lactec. Também é professor da UFPR e presidente da SBQEE.
Relatório técnico das inspeções,
as normas técnicas.
Uma vez identificados os problemas
relatórios
Edemir Luis Kowalski atua como pesquisador nos Institutos Lactec na área de sistemas de aterramentos, em Curitiba, PR. FIM Acesse este e outros artigos do fascículo sobre “Ensaios em instalações elétricas industriais” em www.osetoreletrico.com.br
Apoio
35
Apoio
Internet das Coisas
36
Por Rafael Moreno, Carlos Lorena Neto, Dick Melgarejo e Renato Coutinho*
Capítulo IX IoT e conectividade para áreas remotas
Introdução
se difere de uma rede SMP ou SCM
totalmente
principalmente pelos requisitos de alta
atualmente no setor elétrico e têm grande
Durante a série de artigos sobre Internet
disponibilidade e abrangência na cobertura,
potencial em auxiliar tais companhias
das Coisas (IoT) da revista O Setor Elétrico,
com baixa densidade de terminais se
a prover conectividade que viabilizam
tratamos dos benefícios que as soluções
comparada às demais redes. Em outras
projetos de IoT através da maior cobertura
em IoT podem trazer para a companhia de
palavras, as redes SMP e SCM não atendem
de seu sinal, bem como barateamento da
energia elétrica e seus usuários, explorando
a aspectos e requisitos de missão crítica,
infraestrutura.
aspectos desde a introdução de seu conceito
seja em cobertura, seja em disponibilidade.
Fascículo
no setor e sua relação com o Smart Grid,
Para
suprir
esta
limitação,
as
diferentes
das
utilizadas
Este artigo apresenta um importante resultado
obtido
através
do
projeto
até aplicações em lares e carros inteligentes,
distribuidoras investiram em infraestrutura
AgroTICS, apoiado pelo BNDES através
indústria e iluminação pública, por meio
de telecomunicações própria, incluindo não
do Plano de Ação Conjunta PAISS
do uso de plataformas de dados e modelos
só o investimento inicial na construção da
Agrícola, lançado em 2014 com o objetivo
analíticos, sustentadas por modelos de
rede, como também seu custo de operação
de fomentar a inovação em tecnologias
negócio consistentes para sua viabilização.
e manutenção. Além do custo recorrente,
agrícolas para o setor sucroalcooleiro. O
Para que as oportunidades sejam
na maioria dos casos, a demanda por
projeto está em andamento e é executado
aproveitadas, as ‘coisas’ já fazem parte do
banda de comunicação é bem menor que
pela Fundação CPqD, responsável por
dia a dia das empresas, porém, o acesso
a suportada pelas tecnologias implantadas
todo o desenvolvimento tecnológico, tendo
à internet nem sempre é um recurso
pelas grandes operadoras. Este cenário
como interveniente a empresa Trópico,
disponível. No ambiente urbano temos o
resultou no processo de criação de empresas
indústria responsável pela implantação e
atendimento de acesso à internet ofertado
independentes para prestação de serviços
comercialização da solução no mercado,
pelas operadoras de rede móvel - Serviço
de telecomunicação, não só para a própria
sendo ambas localizadas em Campinas/SP.
Móvel Pessoal (SMP) – e provedores
distribuidora, mas para clientes externos
Além disso, o projeto conta com a parceria do
regionais para Serviço de Comunicação
também, originando uma nova empresa
Grupo São Martinho, o maior produtor do
Multimídia (SCM), sendo ambos os
dentro da distribuidora.
setor sucroenergético do Brasil e beneficiária
serviços na maioria das vezes classificados
Este cenário é muito similar ao de
como essenciais. Já a rede para atendimento
outros setores da economia que também
às demandas de automação ou telemetria
têm forte necessidade de conectividade em
no ambiente das distribuidoras de energia
localidades remotas, como por exemplo,
elétrica são classificadas como redes de
o setor agrícola. Alguns projetos de
missão crítica. A rede de missão crítica
sucesso neste setor utilizaram tecnologias
da tecnologia gerada no projeto.
Conectividade em áreas remotas Um
dos
principais
motivadores
endereçados através do projeto AgroTICS é
Apoio
É
possível
notar
uma
grande
a escassez de conectividade banda larga em
é apresentada na Figura 1 uma visão de
áreas remotas do Brasil, o que inviabiliza a
todas as estações rádio base atualmente
concentração destes equipamentos em
implantação massiva de aplicações de IoT
implantadas
móveis
centros com alta densidade urbana, como
para o setor agrícola ou outros que possuam
no Mato Grosso. Tais equipamentos são
é o caso de Cuiabá e Rondonópolis, e
cenários de implantação de dispositivos
montados no alto de torres de comunicação
também ao longo da extensão de rodovias,
similares, como é o caso do setor elétrico.
e visam o provimento de cobertura celular
onde existe muita demanda por capacidade
(2G/3G/4G) para uma determinada região,
de rede e uso de dados por consumidores,
limitada a alguns quilômetros de raio.
sendo empresas ou assinantes comuns
Para melhor ilustrar o panorama da conectividade em locais afastados no Brasil,
pelas
operadoras
do serviço móvel pessoal. Uma vez fora destes eixos existem grandes vales, da ordem de centenas de quilômetros, onde não há atualmente conectividade banda larga móvel, ou até mesmo serviço de voz, dificultando, portanto, a implantação de soluções em IoT para o setor elétrico ou agrícola com operação nestas regiões. O cenário de conectividade no Mato Grosso pode ser extrapolado para todo o Brasil, incluindo-se para regiões melhores servidas pelas operadoras móveis, como é o caso do estado de São Paulo. Assim, evidencia-se a existência da escassez de conectividade em áreas remotas no país. Figura 1 – Mapa de localização de estações rádio base de operadoras celulares em Mato Grosso.
Diante
desta
situação,
empresas
37
Apoio
38
com o objetivo de promover a inovação
Internet das Coisas
no setor sucroenergético por meio do desenvolvimento de equipamentos ou processos que aumentem a produtividade no setor. Pela aproximação e, com o avanço das discussões com o grupo, elegeu-se como um dos objetivos do projeto o principal fator bloqueante para a implantação de IoT no campo: o desenvolvimento de uma infraestrutura de conectividade banda larga IoT para áreas remotas. Apesar de o foco do projeto ser para o setor agrícola, a solução gerada tem aplicação direta nos cenários remotos do setor elétrico.
Arquitetura proposta no projeto AgroTICS
Figura 2 – Tecnologias utilizadas atualmente em áreas remotas.
concessionárias
e
a uma rede de comunicação. Muitas delas
O projeto AgroTICS foi concebido e
produtores agrícolas costumam adotar
do
setor
elétrico
baseiam-se em topologias mesh, em que
estruturado a partir de uma arquitetura típica
tecnologias existentes no mercado, como
cada dispositivo se conecta a outro situado
adotada para soluções verticalizadas em
forma de minimizar a escassez de recursos
em sua proximidade e, através de saltos, a
IoT, conforme apresentado na Figura 3. Em
de telecomunicações e, assim, implementar
informação é levada até um ponto de acesso
um primeiro nível, apresenta uma camada
o mínimo de facilidades e melhorias de
à internet, em que poderá ser armazenada
de sensores e atuadores (dispositivos),
processos em sua operação. A Figura 2
em uma infraestrutura computacional
tipicamente encontrados a baixo custo
apresenta as principais tecnologias em
local ou em nuvem. Apesar de atenderem
no mercado e que possuem interfaces de
uso em áreas remotas atualmente para o
a alguns cenários de conectividade em
comunicação padronizadas para facilitar
provimento de conectividade a sensores/
áreas remotas, essas interfaces operam
sua integração às diversas alternativas de
atuadores e para coordenação de atividades
com baixa taxa de dados, o que restringe a
tecnologias de conectividade disponíveis.
e operações em campo.
gama de aplicações IoT possíveis de serem
No caso específico do projeto, os sensores
implementadas sobre elas.
em questão estão montados de forma
Excetuando-se as tecnologias 2G/3G ofertadas pelas operadoras móveis que,
Fascículo
conforme
mencionado
Já o uso de satélites é majoritariamente
nativa nas máquinas agrícolas envolvidas
anteriormente,
para localização (GPS), com pouco uso
nos processos de plantio e colheita da cana-
apresentam uma cobertura muito incipiente
para tráfego de dados, devido a custos
de-açúcar, e disponibilizam seus dados
em áreas rurais e remotas, observa-se um
elevados de uso do espectro de frequência
através de barramentos CAN (Controller
uso muito disseminado de redes privadas de
e dos equipamentos envolvidos, e também
Area Network), amplamente difundidos
voz (trunking) para comando e coordenação
às restrições de taxa do tráfego de subida
no setor automotivo. Outros exemplos
de operações em campo, seja para suporte
(uplink), que dificultam sua adoção.
de elementos e dispositivos conectados
e despacho de equipes de manutenção
Diante deste cenário e das alternativas
através da infraestrutura do AgroTICS são
de redes elétricas, quanto para atividades
disponíveis no mercado para atender
sensores diversos (além dos disponíveis
relacionadas à operação agrícola de um
às
em
nativamente nas máquinas), GPS para geo-
determinado produtor. A infraestrutura
áreas remotas e, considerando a alta
posicionamento e para habilitar aplicações
geralmente é provida e mantida por terceiros
demanda por aplicações que exijam,
futuras em agricultura de precisão, displays
e o uso de frequências é autorizado pela
para
no
e computadores de bordo para controle de
Anatel para a própria concessionária através
setor agrícola, o uso de banda larga,
produtividade e apontamento de eventos
do Serviço Limitado Privado (SLP).
iniciou-se em 2014 uma aproximação
de parada de máquina, entre outros.
demandas
seu
de
melhor
conectividade
aproveitamento
Quando falamos de conectividade com
do CPqD com o Grupo São Martinho.
Dispositivos adicionais, como câmeras
sensores existem hoje tecnologias bem
O encontro deu-se contextualizado pela
de alta resolução e smartphones/tablets
difundidas no mercado, com interfaces sem
oportunidade de submissão de projetos
também podem se conectar à infraestrutura
fio padronizadas e facilmente integráveis
no edital do PAISS Agrícola do BNDES,
através de uma interface padrão WiFi.
Apoio
39
Apoio
Internet das Coisas
40
a Telefônica e a NEC. O principal objetivo da plataforma é estruturar e armazenar os dados para que estes sejam consumidos por
aplicações
a
desenvolvidas
ecossistema de IoT implantado no campo. Atualmente, a infraestrutura resultante do projeto está operacional no campo e com excelentes resultados, sendo alguns deles apresentados a seguir.
Resultados obtidos em campo Figura 3 – Arquitetura do projeto AgroTICS.
Com o objetivo de se avaliar os resultados
Para que os dispositivos acima possam
em bancos de dados locais ou em nuvem para
do projeto AgroTICS de forma prática,
se conectar à infraestrutura do AgroTICS,
uso pela plataforma IoT do CPqD (Dojot), por
uma rede experimental foi implantada na
foi considerado como parte do escopo
meio de um protocolo padrão para aplicações
área de operação determinada no projeto.
do projeto o desenvolvimento de um
em cenários de Internet das Coisas, o MQTT,
Foram realizadas as primeiras baterias de
gateway de comunicação denominado
compatível com a grande maioria de sensores
testes com 3 ERBs instaladas em torres
TIV (Terminal Inteligente Veicular). Este
e dispositivos de mercado para este foco.
da usina já pré-existentes e 20 TIVs que
dispositivo é montado no interior das
Adicionalmente, a plataforma IoT empregada
foram instalados em tratores, colhedoras e
máquinas envolvidas na operação agrícola
é de código aberto, baseada no framework
caminhões. Uma segunda fase de testes está
e se conecta a elas através de um chicote
Fiware,
em andamento, em que serão adicionados
elétrico contendo linhas de alimentação,
por
de acesso a barramentos CAN e sensores,
universidades e grandes corporações como
utilizado
diversas
internacionalmente
instituições
de
pesquisa,
mais 7 ERBs e 80 TIVs para avaliar a escalabilidade da solução.
bem como outras interfaces cabeadas para conexão com outros dispositivos. Uma vez montado e alimentado pela própria bateria destas máquinas, o dispositivo gera um campo para acesso WiFi local, bem como se comunica com o outro elemento da infraestrutura de rede, a estação rádio base, que também faz parte do escopo de desenvolvimento do projeto. Como
mencionado
anteriormente,
a estação rádio base (ERB) é o elemento responsável por irradiar o sinal banda larga
Fascículo
serem
por diferentes players e interessados no
sem fio a partir do alto de uma torre de comunicação. Um dos grandes diferenciais desta solução é que ela opera em uma das faixas SLP designadas pela Anatel para uso privado, a faixa de 250 MHz, de forma que esta habilita a implantação de uma infraestrutura proprietária,
independentemente
das
operadoras móveis atuais (SMP), porém compatível com a tecnologia LTE (Long Term Evolution), padronizada mundialmente pelo órgão 3GPP. Os dados provenientes dos TIVs e encaminhados para a ERB são armazenados
Figura 4 – Predição de cobertura conjunta para as 3 torres e escala SNR.
Apoio
de backhaul para redes de telemetria interligada aos medidores dos grupos A, B ou C. Uma rede banda larga com operação em faixa SLP abaixo de 1 GHz, similar à desenvolvida no projeto AgroTICS, trataria imediatamente tais demandas para o setor elétrico, resolvendo suas principais necessidades operacionais e preparando a concessionária para o sistema de geração distribuída.
Referências Plataforma Dojot: www.dojot.com.br Fiware: https://www.fiware.org/ Telebrasil: http://telecocare.teleco.cl9.com.br/ telebrasil/erbs/ AgroTICS: https://www.cpqd.com.br/
Figura 5 – Resultados de drive test x predição de cobertura.
releases/cpqd-implanta-rede-movel-banda-
escolhida
campo. Além disso, foram obtidas vazões
larga-em-usina-do-grupo-sao-martinho/
encontra-se no interior do Estado de
de dados na ordem de 2 Mbps em locais
3GPP: http://www.3gpp.org/
São Paulo, na região de Ribeirão Preto,
situados a 40 km de distância de uma das
consistindo em um losango com diagonal
torres de comunicação mais próximas,
de aproximadamente 85 km com uma
permitindo o uso de aplicações tanto para
extensa área de plantio e colheita de cana,
telemetria quanto com emprego de vídeo.
A
área
experimental
cuja cobertura banda larga macrocelular
Trata-se, portanto, de um resultado
será provida através da infraestrutura
relevante para o setor agrícola no âmbito
gerada no projeto AgroTICS.
do projeto AgroTICS, mas que permite
Na Figura 4 vemos sobrepostas as
reaproveitamento direto no setor elétrico,
informações de localização das 3 ERBs
dados os mesmos cenários de áreas de
iniciais, apontamento e abertura das
operação (remotas) e escassez em termos
respectivas antenas e a predição de cobertura
de conectividade.
realizada em ambiente computacional de simulação de propagação, levando-se em conta aspectos relevantes, como o
Aplicabilidade para o setor elétrico
relevo, altura, potência de transmissão, setor
elétrico
frequência de operação. A medida de SNR
operacionais
que
(Signal-to-Noise Ratio) dos equipamentos
principalmente, rede de missão crítica com
foi utilizada para escolha da composição
alta disponibilidade para automação de sua
de cores e também é apresentada na mesma
rede de geração, transmissão e distribuição.
figura. A escala mostra em tons de azul as
Estes três setores apresentam características
regiões onde o serviço de vídeo é disponível,
similares quanto à abrangência, sempre
tons laranjas para serviços de voz e, por fim,
definida por grandes áreas. Somada a
em vermelho para serviços de telemetria.
necessidade de aplicação para rede de
sensibilidade,
ganho
das
antenas
e
O
possui
questões
demandam,
Na Figura 5 foram sobrepostos ao mapa
automação, que garante o fornecimento
da figura anterior os resultados obtidos com
ininterrupto de energia elétrica, é crítica
o drive test realizado para fins de validação
uma rede de comunicação eficiente para
das predições. Nota-se uma boa correlação
suas operações em campo (despacho).
dos dados simulados com as medidas em
Uma terceira demanda é a necessidade
*Rafael Moreno é engenheiro eletricista com MBA em Gestão de Projetos pela FAE Business School. Possui mais de 15 anos de experiência em pesquisa e desenvolvimento na área de telecomunicações. Atualmente é gerente de sistemas sem fio da Fundação CPqD em Campinas (SP). Dick Carrillo é engenheiro eletrônico com mestrado em Engenharia Elétrica com ênfase em sistemas de comunicação. É, atualmente, candidato a Doutor em Engenharia Elétrica na Unicamp. Ele possui mais de 15 anos de experiência em Telecomunicações nos setores de pesquisa e desenvolvimento. Carlos Lorena Neto possui graduação em Engenharia Elétrica, especialização em Gestão Estratégica de Empresas pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente cursa mestrado em Machine Learning na Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp. É engenheiro especialista da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) na área de tecnologias de comunicações sem fio. Renato Coutinho é engenheiro eletrônico com MBA em Gestão Industrial. Possui 23 anos de experiência em telecomunicações nos setores de desenvolvimento, fabricação, operação e serviços. Experiência em elaboração de projetos de fomento e/ou financiamento FAPESP, FINEP e EMBRAPII. FIM Acesse este e outros artigos do fascículo sobre “Internet das Coisas” em www.osetoreletrico.com.br
41
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
42
Por Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz*
Capítulo X Hierarquização dos ativos e criticidade dos equipamentos Exemplo de hierarquização dos ativos Para
hierarquização
(equipamentos),
a
dos
primeira
ativos etapa
é
estabelecer os limites entre as fronteiras de
• Tracejado azul: sistema de geração
contínua e UPS;
auxiliar;
Principais equipamentos: retificadores,
Principais equipamentos: motor diesel e
bancos de baterias e UPS;
gerador elétrico;
• Tracejado vermelho: sistema de
• Tracejado cinza: sistema de corrente
distribuição de emergência;
cada sistema de acordo com a sua função. A Figura 1 apresenta um exemplo de sistema elétrico e as fronteiras entre os sistemas, a saber: • Tracejado rosa: sistema de geração principal; Principais equipamentos: turbinas a gás e geradores elétricos; • Tracejado amarelo: sistema de distribuição principal; Principais equipamentos: painel elétrico, disjuntores, relés de proteção e
Fascículo
transformadores de distribuição; • Tracejado roxo: sistema de distribuição normal; Principais equipamentos: painéis elétricos, disjuntores, relés de proteção e transformadores de distribuição; • Tracejado marrom: sistema de geração de emergência; Principais equipamentos: motor diesel e gerador elétrico; • Tracejado laranja: sistema de distribuição essencial; Principais equipamentos: painéis elétricos, disjuntores e relés de proteção;
Figura 1 – Exemplo de diagrama unifilar e suas fronteiras.
Apoio
43
Principais equipamentos: painéis elétricos; • Tracejado verde: cargas diversas; Principais equipamentos: aquecedores e motores elétricos de diversos equipamentos, tais como ventiladores, bombas, compressores, entre outros. A fronteira dos sistemas para esses equipamentos é definida de acordo com os sistemas de processo. Uma vez definidas as fronteiras para os sistemas, deve-se realizar a hierarquização dos
equipamentos
pertencentes
a
eles. Como exemplo, será realizada a hierarquização do sistema de distribuição principal, composto principalmente por
Figura 2 – Diagrama unifilar do sistema de distribuição principal.
um painel de distribuição que recebe alimentação dos turbogeradores. Esse painel será tagueado como DP PNL-01 (Sistema de Distribuição Principal - Painel 01). A Figura 2 apresenta o diagrama unifilar deste painel. Os cubículos de entrada possuem o diagrama típico ilustrado na Figura 3. Para a hierarquização do painel DP PNL-01, além do próprio painel, deverão ser cadastrados como equipamentos os disjuntores e os relés de proteção de cada cubículo, inclusive para atendimento ao item 10.4.4 da NR 10. Dessa forma, a hierarquia proposta para o painel DP PNL01, considerando apenas o cubículo de entrada 01, onde está instalado o disjuntor DP DJ -E01, é apresentada na Tabela 1.
Figura 3 – Diagrama típico do cubículo de entrada.
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
44
Tabela 1 – Modelo de hierarquização para o painel DP DJ-E01
Principal categoria
Nível taxonômico
Dados sobre uso/localização
1
Indústria
Petróleo
2
Categoria de Negócios
Upstream
3
Categoria da Instalação
Produção de Óleo/Gás
4
Categoria da Planta/Unidade
Unidade de Produção
5
Seção/Sistema
Sistema de Distribuição Principal
6
Classe/Unidade de equipamento
DP PNL-01
7
Subunidade
Cubículo de Entrada 01
8
Componente/Item manutenível
Cubículo
9
Parte
Botão comando pulsante, 22,5 mm Preto
9
Parte
Chave comutadora 2pos 600V 20A
9
Parte
Chave comutadora 3pos 600V 32A
9
Parte
Conector aferição 600V
9
Parte
Contator pot 4NA AC-3 690V(Ui)
9
Parte
Disjuntor miniatura 2P 6A 380Vca
9
Parte
Relé bloq 125Vcc 5na+5nf
9
Parte
Sinaleiro p/ painel 22,5mm 125Vca AM
9
Parte
Sinaleiro p/ painel 22,5mm 125Vca VD
9
Parte
Sinaleiro p/ painel 22,5mm 125Vca VM
9
Parte
TC barra 1500 -5A
9
Parte
TC janela 50 -5A
9
Parte
TP 13800-120V 0,3P50
8
Componente/Item manutenível
DP DJ-E01
9
Parte
Bobina de abertura
9
Parte
Bobina de fechamento
9
Parte
Motor de carregamento de mola
9
Parte
Bloco auxiliar
9
Parte
Plugue de comando
8
Componente/Item manutenível
Relé de Proteção DJ-E01
9
Parte
Relé de Proteção Fabricante X, Modelo X
Subdivisão do equipamento
Criticidade dos equipamentos Uma vez definida a hierarquia dos equipamentos,
Fascículo
Item
é
necessário
definir
a
Hierarquia Taxonômica
criticidade
classificação
dos
equipamentos.
adequada
da
A
do
tipo
de
manutenção
(corretiva,
criticidade
preventiva ou preditiva) que determinado
permite uma melhor eficácia na escolha
equipamento será submetido e otimizar a
Tabela 2 – Critérios considerados para cálculo da criticidade Definição Critério Definição
Exemplos
A
Segurança das pessoas e do meio ambiente
O foco é avaliar as consequências que a falha do equipamento pode
B
Custos da parada de produção
Permite estabelecer critérios para categorização dos equipamentos conforme
C
Fator de velocidade de manifestação da falha –
É o tempo que pode transcorrer entre o momento em que se detecta uma falha
Período P-F
em potencial e o momento em que esta se transforma em falha funcional.
D
Custos de reparação
Determinar critérios de classificação das falhas de acordo
E
Origem
Nacional ou importado.
ocasionar sobre as pessoas e seu impacto sobre o ambiente. as consequências sobre o processo de produção e satisfação da demanda.
com os custos diretos de reparação. F
Nível de redundância
Equipamento com capacidade limitada ou sem redundância.
G
Mão de obra
Manutenção realizada por pessoal próprio ou por terceiro.
H
Idade do equipamento
Idade dos equipamentos: após dez anos as empresas podem fazer descontinuidade de fabricação de peças.
Apoio
45
Apoio
46
aplicação dos recursos humanos e gestão
Tabela 3 – Exemplo de aplicação do critério de Mudge
dos custos. Em geral, cada empresa possui a sua metodologia própria para definição da criticidade de equipamentos. Neste trabalho foram estabelecidos oito critérios de avaliação para a definição dos critérios para cálculo da criticidade dos equipamentos. A Tabela 2 resume os critérios considerados na modelagem e suas definições. Com os critérios definidos, o grau de importância de cada um deles foi determinado numérica
aplicando-se relações
avaliação
critério.
outros critérios relacionados. A avaliação
Observa-se, na Tabela 4, que o critério A
Mudge. O Método de Mudge consiste
será completada somando-se os fatores-
(Segurança das pessoas e do meio ambiente)
em hierarquizar os critérios por ordem
peso para cada critério e colocando-se o
obteve o maior valor de grau de importância
de importância e deve ser usado quando
total na coluna de peso de cada critério.
(25%) para a avaliação da criticidade de um
relacionados
funcionais
comparados e avaliados com todos os
de
estiverem
de
a
mais
de
seis
critérios, comparando-os aos pares.
Dividindo-se o fator peso de cada
equipamento e os critérios E (Origem) e G
critério pelo somatório do fator peso de
(Mão de obra) obtiveram o menor valor
relacionando
todos os critérios, tem-se o percentual de
(1,56%). O valor percentual obtido para
o critério “A” com o critério “B” e
importância para cada critério. A Tabela
cada critério é divisão da soma de pesos que
determinando-se qual é o mais importante.
3 demonstra um exemplo da aplicação do
o mesmo obteve na avaliação pela soma dos
A letra-chave do critério escolhido como
critério de Mudge.
pesos obtidos por todos os critérios.
A
técnica
inicia-se
mais importante é colocada na parte
Dessa forma, a matriz de decisão
A Tabela 5 apresenta, em ordem
superior esquerda do quadro “AB”. A
apresentada na Tabela 4 foi elaborada para
decrescente, a importância de cada critério
diferença na importância dos critérios é
determinar o grau de importância de cada
avaliado na Tabela 4.
expressa pelo fator 1, 3 ou 5 de acordo com os pesos: Tabela 4 – Matriz para hierarquização dos critérios de criticidade
• 5 - Critério muito mais importante que o critério precedente; • 3 - Critério moderadamente mais importante que o critério precedente; • 1 - Critério com pouca importância a
Fascículo
mais que o critério precedente.
Após o critério “A” ter sido comparado e avaliado com o critério “B” e a letrachave da função mais importante e o seu fator-peso anotados no quadro, repete-se o procedimento para a comparação “AC”, “AD”, seguindo até o último critério. Posteriormente,
analisa-se
a
linha
subsequente e compara-se “BC”, “BD”, seguindo, também, até comparar todos os critérios. Esse
processo
de
comparação
e
avaliação deve ser realizado até que todos os critérios tenham sido individualmente
Tabela 5 – Importância dos critérios avaliados
Item
Critério
Definição Grau de Importância
A
Segurança das pessoas e do meio ambiente
25,00%
B
Custos da parada de produção
21,88%
D
Custos de reparação
17,18%
C
Fator de velocidade de manifestação da falha – Período P-F
12,50%
F
Nível de redundância
10,94%
H
Idade do equipamento
9,38%
E
Origem
1,56%
G
Mão de obra
1,56%
Apoio
Tabela 6 – Peso das condições para os critérios de criticidade dos equipamentos Definição Critério Condição do critério de criticidade
Item
47 Exemplos
Peso da condição
- Sem potencial para lesões; 0,00
- Sem efeito em sistemas de segurança; - Sem potencial para incêndio; - Sem potencial para poluição ambiental. - Potencial para lesões que requerem tratamento médico;
0,50
- Efeito limitado em sistemas de segurança; A
Segurança das pessoas e do meio ambiente
- Sem potencial para incêndio em área classificada; - Potencial para poluição ambiental moderada. - Potencial para sérias lesões; - Indisponibilidade de sistemas críticos de segurança;
1,00
- Potencial para incêndio em área classificada; - Potencial para ampla poluição ambiental. B C
Custo insignificante, inferior a Z (limite especificado pela empresa).
0,00
Custo moderado, entre Z e Y reais (limites especificados pela empresa).
0,50
Custo significativo, superior a Y reais (limite especificado pela empresa).
1,00
Fator de velocidade de manifestação da
Suficiente, possível programar a intervenção.
0,00
falha – Período P-F
Curto, possível parar o equipamento.
0,50
Muito curto, sem possibilidade para parar o equipamento.
1,00
Até 25% do valor do equipamento.
0,00
Entre 25% e 80% do valor do equipamento.
0,50
Maior que 80% do valor do equipamento.
1,00
Custos da parada de produção
D
Custos de reparação
E
Origem
F
Nível de redundância
G
Mão de obra
H
Nacional
0,50
Importado
1,00
Equipamento possui redundância.
0,00
Equipamento não possui redundância, porém possui equipamento reserva.
0,50
Equipamento não possui redundância e equipamento reserva.
1,00
Própria.
0,50
Idade do equipamento
Terceirizada.
1,00
Menor que 5 anos.
0,00
Entre 5 e 15 anos.
0,50
Maior que 15 anos.
1,00
Uma vez definida a importância de
do impacto pelo grau de importância
valor obtido para o quantitativo da
cada critério, foram definidos os seus
do critério é o valor da criticidade do
criticidade com a faixa de valores
pesos.
equipamento no critério avaliado. A
definida. Este trabalho propõe ainda
soma das criticidades parciais é o valor da
que
• Critério com dois estados – pesos 0,5
criticidade quantitativa do equipamento.
segurança
e 1,0;
A
valores
como salvaguardas nos estudos de
• Critério com três estados – pesos 0,0;
numéricos propostos neste trabalho para
risco ou que se enquadram como
0,5 e 1,0.
implementar este procedimento.
equipamentos pertencentes a sistemas
Tabela
6
apresenta
os
Quanto ao critério B (custos da Para
o
quantitativa deve-se
cálculo de
avaliar
um o
da
criticidade
equipamento, impacto
desse
os
críticos
equipamentos operacional,
de
segurança
críticos
de
definidos
operacional,
parada de produção), a norma NORSOK
sejam classificados com o maior valor
Z-008
de criticidade, visto a importância deles
sugere
que
cada
empresa
determine os seus gatilhos de perda.
para a segurança da unidade. Neste caso,
equipamento segundo cada um dos oito
O valor qualitativo da criticidade
a análise é prescritiva, ou seja, uma
critérios propostos. O produto do peso
é obtido fazendo a comparação do
vez identificado um equipamento de
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
48 da manutenção”. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2005. • Ministério do Trabalho e Emprego. “Norma Regulamentadora n.10 (NR10)”, Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília, 2004. • NORSOK Z-008. “Criticality analysis for maintenance purposes”. Noruega, 2001. • Pereira Filho, R. R. “Análise do valor – Processo de melhoria contínua”. Editora Nobel. São Paulo, 1994. 186p. • Queiroz, A. R. S. Estratégia de manutenção de equipamentos elétricos em unidades offshore de produção de petróleo e gás baseada na filosofia de operações integradas. Tese (Doutorado em Ciências – Engenharia Elétrica). Universidade de São Paulo, 2016. • Sellitto, M. A.; Walter, C. “Medição e pré controle do desempenho de Figura 4 – Algoritmo para obtenção do valor qualitativo da criticidade dos equipamentos.
manufatura”. Revista Gestão e Produção, segurança operacional, não é necessário
Edição. Editora Atlas. São Paulo, 1995.
realizar
370p.
o
procedimento
descrito
neste item para cálculo da criticidade,
• Fabro, E. “Modelo para planejamento
considerando que deve ser atribuído
de manutenção baseado em Indicadores
diretamente o maior valor de criticidade
de criticidade de processo”. Dissertação
estabelecido.
(Mestrado em Engenharia de Produção).
Dessa forma, a criticidade qualitativa do a
equipamento partir
do
quantitativa,
Fascículo
um plano de ações estratégicas em
será
valor pelo
determinada, da
criticidade
procedimento
mostrado no diagrama da Figura 4.
Referências
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2003. • Fuentes, F. F. E. “Metodologia para inovação da gestão de manutenção industrial”. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006.
• Basso, J. L. “Engenharia e análise do
• Furmann, J. C. “Desenvolvimento de
valor”. Instituto IMAM. São Paulo, 1991.
um modelo para melhoria do processo
193 p.
de manutenção mediante a análise
• Belmonte, D. L.; Scandelari, L.;
de desempenho de equipamentos”.
Marçal, R.F.M.; Kovaleski, J. L.. “Gestão
Dissertação (Mestrado em Engenharia
da manutenção auxiliada pela gestão do
de Produção). Universidade Federal de
conhecimento”. XXV Encontro Nacional
Santa Catarina. Florianópolis, 2002.
de Engenharia de Produção (ENEGEP).
• Macedo, M. A. S. “Contribuição
Porto Alegre, 2005.
Metodológica para a determinação da
• Csillag, J.M. “Análise do valor”. 4ª
criticidade de equipamentos na gestão
v.12, p. 443-458, 2005.
*Alan Rômulo Silva Queiroz é engenheiro eletricista graduado pela Universidade Santa Cecília (Santos – SP), mestre e doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Eduardo César Senger é engenheiro eletricista e doutor pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. É professor livre-docente na área de Proteção de Sistemas Elétricos pela Universidade de São Paulo e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Proteção de Sistemas Elétricos (Lprot). Luciene Coelho Lopez Queiroz é bacharel em Ciências da Computação graduada pela Universidade Católica de Santos e mestre em Engenharia da Computação pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
49
52
Aula Prática
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Por Marcelo Scabora e Carlos Eduardo Borges*
Painel móvel de proteção para linhas de transmissão
Instalação tem o objetivo de facilitar a manutenção e garantir confiabilidade e segurança para o sistema elétrico
53
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Com o passar dos anos, houve um
tensão e corrente, além do comando do(s)
aumento significativo no carregamento das
disjuntor(es) que ele estará atuando.
subestações de transmissão e distribuição
Desenvolvimento
de energia elétrica, mas em vários casos não houve uma “modernização” destas subestações, principalmente, no quesito de
proteção e controle. Existem subestações
foi montado e testado e também um
que
exemplo real de sua instalação.
possuem
relés
de
proteção
de
A seguir apresentamos como o painel
décadas passadas e que ainda estão em funcionamento como relés eletromecânicos
Montagem do painel
e eletrônicos, observados nas Figuras 1 e 2.
A princípio, a ideia original era a
Esses relés possuem componentes que,
montagem de um painel pequeno e leve
com o passar dos anos, acabaram perdendo
que pudesse ficar exposto ao tempo se
suas características originais, fabricantes
preciso, algo com fácil instalação e que
deixaram de existir e a manutenção destes
pudesse ser ligado em qualquer subestação
ficou cada vez mais difícil de ser realizada.
de nossa regional. Então, foram analisados
O projeto surgiu a partir das dificuldades
quais seriam os componentes necessários
encontradas na hora de se realizar a
para atender a toda essa filosofia de
manutenção preventiva e corretiva da
proteção existente e também no que diz
proteção, assim como o processo de retrofit
respeito ao controle e supervisão remotos.
(substituição de um equipamento por
outro mais moderno). Assim, este trabalho
que constam todos os pontos de conexão
tem o objetivo de facilitar a manutenção
com réguas, links, chaves, disjuntores
dos técnicos e engenheiros de campo,
para alimentação e relés (auxiliares e do
garantindo
principal), assim como foi escolhido um
confiabilidade
e
segurança
ao sistema e, principalmente, diminuição significativa do tempo de manutenção
Figuras 1 e 2 – Exemplos de relés eletromecânicos e eletrônicos.
emergencial e impedimento da linha de
A partir daí foi feito o projeto elétrico em
painel que comportasse tais componentes. Para
este
projeto
em
particular
escolhemos o relé de proteção de distância
transmissão devido a defeitos nos painéis e
de proteção digital. Este painel de proteção
7SA631 da Siemens, que possui as funções
relés de proteção.
móvel pode ser deslocado e instalado
21, 50/51, 67 e 79 da tabela ANSI.
Houve a necessidade de um pequeno
em qualquer subestação, necessitando
investimento para compra do painel de
apenas do lançamento e da ligação de
componentes e a fiação para conexão entre
proteção e seus componentes, além do relé
alguns cabos que realizam a medição de
os mesmos.
Finalmente foram feitas a fixação dos
54
Aula Prática
Figuras 3 e 4 – Painel de proteção móvel.
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Figuras 5 e 6 – Relé digital de proteção e fiação do painel de proteção móvel.
Figura 7 – Diagrama de ligação do circuito de corrente.
Figura 8 – Diagrama de ligação do circuito de tensão.
56
Aula Prática
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Figura 9 – Diagrama de ligação do circuito de alimentação.
Figura 10 – Diagrama de ligação do circuito de trip.
Exemplo de instalação
A SE Usina Pinhal (Figura 11) é uma subestação elevadora e de transmissão e tem como
fonte dois geradores provenientes da Usina Pinhal que alimentam um transformador de 6.9 kV/138 kV com potência de 10 MVA e duas linhas de transmissão – Eloy Chaves e Barreiro – que são interligadas por uma barra de operação de 138 kV e disjuntores. É uma subestação automatizada e supervisionada pelo sistema atual da CPFL (Figura 12).
Figura 11 – Subestação Usina Pinhal.
57
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
não parava ligado. A equipe de linhas de transmissão havia percorrido a LT e não tinha encontrado nada. Toda vez que o disjuntor era ligado, após algum tempo, o relé 21 gerava um trip indicando zona 3.
O Centro de Operação do Sistema
(COS) da CPFL notou que toda vez que era colocada uma carga acima de 9,5 MVA, passando pelo disjuntor 52-5, o relé 21 operava.
Verificação Na
in loco
subestação
para
verificar
o
ocorrido e o relé de proteção, ao realizar os ensaios no relé de proteção,
Figura 12 – Exemplo da tela de controle do supervisório da SE Usina Pinhal.
A subestação possui uma casa de
controle onde ficam os painéis e os relés de proteção tanto do transformador
Figura 14 – Vista traseira dos painéis de controle e proteção onde estão localizados os relés de proteção.
foi verificado que o mesmo não estava gerando trip nas zonas 1 e 2 fase C e na zona 3 fases A e C. Neste relé, a zona 3 é que dá permissão para trip nas demais
quanto das linhas de transmissão. Pelas
ainda não é uma SE digitalizada, possui
zonas, logo descobrimos que o relé não
Figuras 13 e 14 pode-se observar que
chaves para comando dos disjuntores,
estava medindo a corrente que passava
medidores
e
na fase C, gerando um desequilíbrio na
potência analógicos e relés de proteção
corrente de neutro devido às correntes
eletrônicos.
passantes nas fases A e B que fazia com
de
tensão,
corrente
que o relé operasse erroneamente para
Descrição No
Figura 13 – Vista frontal dos painéis de controle e proteção do transformador e das linhas de transmissão.
uma carga acima de 9,5 MVA.
da ocorrência
dia
18/02/2014,
fomos
O relé de proteção era um DI na
informados que houve o desligamento
Inepar – Figuras 15 e 16 –, eletrônico
do disjuntor 52-5 (LT Barreiro) da SE
já com aproximadamente 20 anos de
Usina Pinhal por atuação da proteção
uso, que havia passado por manutenção
de distância – relé 21, e que o mesmo
preventiva em outubro de 2013.
58
Aula Prática
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Realizamos
então
a
instalação
linha de transmissão ou nos equipamentos
conforme diagramas de ligação das
de proteção que compõem a mesma.
Figuras 7, 8, 9 e 10. A montagem final
Por questões de planejamento e
pode ser observada nas Figuras 3, 4, 5 e
gestão de riscos, atualmente, existem
6.
dois
Com
a
instalação,
foi
possível
normalizar o sistema e permitir o início
destes
painéis,
ficando
mais
preparados para as atividades corretivas e emergenciais que possam acontecer.
do processo de licitação para retrofit do painel e relés antigos, o que demanda Figura 15 – Relé de proteção de distância modelo DI na Inepar.
Referências bibliográficas
certo tempo e isolamento do painel velho.
• Brasil. Carga de demanda SE/CO.
Podemos considerar o tempo para
Acesso em 15/04/2014, disponível em:
todo o processo (deslocamento para
http://www.ons.org.br/historico/carga_
SE, ensaios no relé, transporte do painel
propria_de_demanda_out.aspx
móvel, instalação e testes com o mesmo)
• Aneel. P&D – Revista Pesquisa e
de dois dias úteis.
Desenvolvimento. p.11. Acesso em 15/04/2014, disponível em:
Conclusões
http://www.aneel.gov.br/biblioteca/ downloads/livros/Revista%20P&D_05.
Projeto de simples aplicação, com
excelente
relação
custo-benefício
e
muita eficiência no que se propõe:
*Marcelo Scabora é técnico em Eletrotécnica
praticidade e agilidade para a equipe de
e engenheiro eletricista, com pós-graduação
manutenção, além da confiabilidade e
em Proteção de Sistemas Elétricos. Trabalha
R esolução
segurança para o sistema elétrico.
como engenheiro de serviços da transmissão
Uma vez constatado o problema
Temos aplicado esta solução para
na CPFL, regional Sudeste – Campinas (SP).
conforme descrito anteriormente, foi
casos semelhantes, em que linhas de
Carlos Eduardo Borges é técnico em
verificado se havia algum relé deste
transmissão não podem ficar desligadas,
Eletrotécnica e administrador. Trabalha há
modelo, mas não havia. Então, decidiu-se
seja por demanda, seja por multas
33 anos na CPFL, exercendo, atualmente, o
pela instalação do painel de proteção
contratuais - pela impossibilidade de
cargo de Técnico de Proteção e Automação
móvel de linhas de transmissão.
gerar e transmitir por um problema na
III, na regional Sudeste – Campinas (SP).
Figura 16 – Relé de proteção de distância modelo DI na Inepar.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 16 / Outubro de 2017
Impacto na distribuição Avaliação das consequências para a distribuição do uso de baterias na geração distribuída de energia solar fotovoltaica
*Notícias selecionadas sobre o mundo das energias renováveis complementares eólica e solar* APOIO
60
Solar
Artigo
Por Frederico Kós Botelho, Raphael Dutenkefer, João Carlos Mello e Renato Mendes*
Utilização de baterias na distribuição com a inserção da geração fotovoltaica distribuída – Avaliação do impacto
Artigo
Vem sendo observado nos últimos
Solar
61
da rede (transformadores, cabos,
anos um crescimento muito acelerado nos
equipamento de proteção), também afetadas
investimentos em geração renovável ao
pela intermitência das renováveis e que
redor do mundo. Os painéis solares, assim
representam um custo altamente relevante no
como as turbinas eólicas, vêm alterando
fluxo de caixa das concessionárias.
rapidamente o perfil da matriz energética
mundial de modo a torná-la mais limpa
vêm se consolidando como os grandes
e renovável. Outra mudança importante
responsáveis da transformação da matriz
é o papel do consumidor na geração de
energética mundial, outra tecnologia de
energia elétrica. Antes exclusivamente um
enorme potencial está se viabilizando
consumidor de fato, recebendo energia
para complementar essas mudanças: o
gerada centralizada por grandes usinas
armazenamento com baterias. Por mais
termelétricas e hidrelétricas, agora temos a
que a tecnologia em si seja antiga, a sua
figura do prosumer, ou prosumidor em uma
utilização cada vez maior em projetos
tradução literal. Este, além de consumir,
utility-scale é uma novidade para o setor
também produz energia, mudando o desenho
elétrico mundial. Como o preço da mesma
das redes elétricas e assim impactando
vem sofrendo importantes reduções ano a
significativamente o planejamento das
ano e há uma necessidade cada vez maior
distribuidoras.
de sua presença para reduzir os efeitos
negativos associados às fontes renováveis,
Um dos grandes desafios das
Enquanto as fontes renováveis
concessionárias é se manter eficiente em
é uma questão de poucos anos até que sua
um cenário com cada vez mais incertezas
utilização pelas empresas do setor elétrico
no planejamento, principalmente ao
brasileiro seja cada vez mais frequente.
considerar a intermitência das fontes
Baseado nessas expectativas de cenários
renováveis cada vez mais presentes nas
para o futuro do Brasil que este artigo
redes. Por mais que esse cenário ainda
procura quantificar um dos benefícios do
não seja o centro de preocupação das
investimento em baterias de forma a reduzir
concessionárias de distribuição, é um
essa grande ineficiência potencial que pode
assunto que certamente virá à tona com
vir a ser um dos principais problemas do
mais força nos próximos dez anos. Um dos
setor nas próximas décadas.
pontos estratégicos que serão afetados é justamente a contratação do Montante de Uso do Sistema de Transmissão (MUST), que
Inserção da geração fotovoltaica distribuída e desafios para a rede
representa a potência elétrica contratada pela distribuidora em um ponto de conexão
com a transmissão para atender à carga de
presentes na matriz energética mundial,
um ou mais alimentadores.
a geração fotovoltaica certamente é a que
apresenta a maior variabilidade. A geração
Como a potência importada atenderá à
Dentre as fontes renováveis mais
carga líquida, diferença entre a carga real e
dessa fonte varia entre zero e valores próximos
a energia gerada naquela área, a incerteza
da sua potência máxima em questão de horas,
em ambas as variáveis aumenta a incerteza
diariamente. Portanto, os desafios para a rede
de uma decisão que antes só dependia da
relacionados à geração solar são os maiores
estocasticidade do consumo na rede. E quanto
também.
maior a incerteza, maior a ineficiência em
uma contratação que normalmente é feita de
ser quase irrelevante em comparação com
maneira conservadora pelas distribuidoras,
outras fontes, outros países já estão tendo
muito em questão das próprias penalidades
que lidar com os desafios comentados
associadas aos possíveis erros desse
anteriormente. Um deles é a necessidade
processo. O mesmo vale para decisões acerca
elevada de entrada de potência no sistema
do aumento de capacidade dos equipamentos
causado pela queda rápida na geração solar
Apesar de, no Brasil, a geração fotovoltaica
Solar
62
Artigo
ao fim do dia, o que pode causar variações na tensão e frequência do
projeção realizada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no último
sistema. Esse impacto já é observado em estados americanos como o
Plano Nacional de Energia (PNE 2050) que aponta um crescimento
Havaí (1), aonde o perfil de carga foi alterado devido ao elevado número de
exponencial da geração fotovoltaica distribuída daqui para frente, se
painéis solares instalados, como mostra a Figura 1.
tornando altamente relevante na década de 2030. A vantagem do Brasil é que os problemas que aparecerão futuramente já estão sendo enfrentados hoje em outros países e é justamente nas melhores práticas internacionais que o setor elétrico brasileiro deve se espelhar.
Figura 1 – Evolução da carga líquida no Havaí nos últimos anos.
Além da alta variação horária da geração solar, existe também
a volatilidade diária dos valores gerados. E isso afeta diretamente o planejamento das distribuidoras no caso estudado de contratação do MUST, já que esse montante deve ser equivalente à potência máxima importada do sistema de transmissão para atender a carga líquida. Para evitar penalidades, a distribuidora utilizará cenários de geração
Figura 3 – Projeção da geração de energia fotovoltaica distribuída no Brasil.
Utilização de baterias
fotovoltaica reduzida em relação à média ao calcular a carga líquida, gerando uma sobrecapacidade contratada na imensa maioria dos
dias. Essa alta variação é observada no gráfico da Figura 2, simulado
países é a instalação de baterias na rede elétrica. Essa tecnologia ainda
Uma das possíveis soluções que começa a ser adotada em certos
utilizando os dados históricos de solarimetria (2) (ano de 2014) da
pouco presente no Brasil devido ao elevado preço (e à falta de incentivos
cidade de Jaguariúna, no estado de São Paulo, para uma determinada
regulatórios) já é realidade nos Estados Unidos, onde os acréscimos
capacidade fotovoltaica instalada.
anuais de potência crescerão vertiginosamente nos próximos anos segundo projeções recentes.
Figura 2 – Comparação entre a geração solar simulada em diferentes dias de março.
Figura 4 – Projeção de acréscimo de potência no mercado de armazenamento americano [MW].
A diferença entre os valores simulados para o dia 7 de março em
relação à geração média no mês atinge quase 7000 kW nos horários de
pico da geração solar, que resultará em um MUST contratado também
renováveis, há diversos outros benefícios da utilização das baterias
muito superior aos valores médios de potência máxima importada do
na rede elétrica. Para citar alguns: reserva operativa, melhoria
sistema de transmissão. E essa ineficiência sistêmica se tornará uma
no fornecimento de energia em relação à tensão e frequência,
conta a mais para o consumidor pagar, em um país aonde a tarifa de
confiabilidade, postergação de investimentos na transmissão e
energia elétrica já abriga diversas outras ineficiências do setor elétrico.
distribuição, utilização na ponta e entrada durante o ramp-up das
termelétricas. Na cidade de Nova Iorque o armazenamento já é utilizado
Ainda que casos como o do Havaí ou da Califórnia estejam um
Além de reduzir os efeitos negativos da intermitência das fontes
pouco distante da realidade brasileira, é dever tanto dos órgãos
como forma de otimizar os investimentos na rede. O custo de aumentar
governamentais de planejamento e regulação como dos próprios
a capacidade da fiação da rede subterrânea é cerca de USD 1 milhão
agentes do setor de estudarem e se anteciparem aos possíveis
por quarteirão, portanto, a bateria é um meio viável de postergar esses
problemas que poderão ocorrer no futuro. A Figura 3 mostra uma
investimentos ao armazenar energia em horários de carga mais baixa
Artigo
Solar
para utilizá-la nos picos do sistema, o chamado time-shifting. A Figura
5 organiza os possíveis usos da tecnologia em relação à proximidade
armazenamento em larga escala no setor de energia. Primeiramente,
com o centro de carga.
o alto custo. Um sistema de baterias de íon-lítio de alta qualidade,
No Brasil, ainda há obstáculos para a difusão do uso do
tecnologia de armazenamento que mais cresce no mundo em termos de investimento e cuja eficiência é consideravelmente elevada, custa hoje cerca de USD 800 mil mais o custo do inversor, cotado em R$ 1 milhão para essa utilização. É o inversor que, de acordo com a necessidade da rede, armazenará ou despachará energia para o sistema. Esse custo não considera tributos, mas pode ser muito reduzido (em relação ao imposto de importação, principalmente) por não haver produção nacional dessa tecnologia.
Outro grande obstáculo é a falta de incentivos econômicos
regulados para remunerar adequadamente os serviços ancilares que a bateria poderia realizar na rede devido a sua capacidade de resposta instantânea. Um exemplo é o controle de frequência, serviço de extrema Figura 5 – Diversas utilizações da bateria na rede elétrica.
relevância em regiões com alta penetração de fontes renováveis, como o Nordeste do Brasil, onde estão presentes os maiores parques eólicos
Uma boa notícia é que os preços vêm caindo rapidamente ao longo
do país. A existência de um preço horário de energia também ajudaria
dos anos. A indústria está aumentando sua produção, motivada tanto
a viabilizar investimentos nesse campo, já que armazenar (consumir)
pelo aumento do mercado de armazenamento de energia no mundo como
energia nos horários de preço baixo e gerar (vender) nos horários de pico
pelo avanço dos carros elétricos, e com isso vêm conseguindo reduzir
é mais um modelo de negócios possível para os investidores em relação
custos. Em 2016, essa queda foi de 10% em relação ao ano anterior em
à utilização do seu sistema de baterias. Apesar disso, projeções de
alguns lugares. E a tendência é que essa curva decrescente continuará
mercado apontam um ingresso maior dessa tecnologia no setor elétrico
assim nos próximos anos, aumentando a viabilidade da tecnologia.
brasileiro a partir da década de 2030, como mostra a Figura 6.
63
Solar
64
Artigo próximos quatro anos e representa os máximos montantes anuais de demanda de potência elétrica por ponto de conexão e horário de contratação (ponta e fora ponta). Como ele é definido ex-ante, há uma grande incerteza associada a essa contratação.
De modo a aumentar a eficiência, há penalidades relacionadas
à subcontratação e à sobrecontratação. Mensalmente, a máxima potência medida não deve ser superior a 110% do MUST e anualmente a máxima potência verificada não deve ser inferior a 90% do MUST. Caso o valor medido no mês seja superior a 100%, a distribuidora pagará o valor medido e não o contratado. Porém apenas acima dos 110% há a Figura 6 – Projeção da Capacidade Instalada no Brasil [GW].
Este artigo buscou modelar a utilização da bateria em um possível
ocorrência de penalidades (montante que exceder os 110% é multado em 3 vezes o valor da TUST).
Como qualquer valor acima do MUST contratado é ônus apenas da
uso dentre os diversos citados: a contratação do MUST. Em um
distribuidora, enquanto os custos relacionados ao MUST definido são
cenário de alta penetração de geração fotovoltaica distribuída em um
repassados para a tarifa, a tendência é que a concessionária aposte
alimentador conectado em um só ponto com o sistema de transmissão,
em uma contratação mais conservadora para evitar as possíveis
a bateria poderia modular de forma otimizada a geração fotovoltaica,
penalidades, o que fará com que os consumidores daquela área de
despachando a energia armazenada com uma determinada potência
concessão paguem uma capacidade ociosa de transmissão (MUST
nos momentos de possível ultrapassagem dos montantes de uso do
subótimo).
sistema de transmissão contratados. Isso aumentaria a eficiência
na contratação e reduziria os custos totais. Esse benefício simulado
contratar eficientemente o Montante de Uso do Sistema de
no estudo de casos foi comparado ao investimento necessário para a
Transmissão. Por mais que a empresa consiga repassar os custos para
instalação da bateria na rede de distribuição. Além dos preços, outras
seus consumidores, ao realizar uma contratação ineficiente sua tarifa
informações técnicas foram consideradas como a vida útil de 15 anos
sofrerá reflexos, acarretando em problemas indiretos como um possível
(varia de acordo principalmente com o número de ciclos de carga/
aumento da inadimplência ou diminuição do seu mercado consumidor
descarga e a temperatura) e a baixa resistência interna, permitindo que
(mesmo considerando uma elasticidade baixa entre preço de energia
a bateria armazene energia por dias com perdas pouco relevantes. Os
x consumo). Também existe uma questão de fluxo de caixa, já que o
custos com operação não são significativos enquanto a manutenção
pagamento à transmissora é realizado mensalmente enquanto esse
é garantida pela empresa fornecedora da bateria, portanto custos
custo é repassado ao consumidor apenas no reajuste tarifário. Quanto
com O&M não foram incluídos no fluxo de caixa do projeto. A Tabela 1
maior é o MUST, maior é o impacto negativo no fluxo de caixa ao longo do
apresenta todas as especificações consideradas na modelagem.
ano.
Tabela 1 – Informações técnicas e comerciais da bateria modelada
Porém, há que se destacar que é de interesse da distribuidora
O modelo de otimização desenvolvido no artigo busca minimizar
o custo global de contratação, incluindo as possíveis penalidades. O objetivo é analisar os custos sistêmicos relativos a esse processo de
Tipo da bateria
Íon-lítio
Armazenamento de energia (kWh)
1000
Capacidade de descarga (kW)
500
uma economia final para os consumidores enquanto considera a aversão
Capacidade de carga (kW)
500
ao risco da própria distribuidora que busca evitar a ocorrência de valores
Vida útil (anos)
15
Custo da bateria (USD)
900.000
Custo do inversor (R$)
1.000.000
Contratação do MUST
contratação, de forma a testar se a inclusão das baterias representaria
não reconhecidos na tarifa.
Modelo de otimização
O modelo foi construindo tomando como base a resolução
normativa Nº666. Uma vez que o objetivo do modelo é ser uma
A Resolução Normativa 666 da Aneel regulamenta a contratação
ferramenta de análise para a viabilidade econômica do uso de uma
do Montante do Uso do Sistema de Transmissão (MUST) por parte das
bateria no sistema de distribuição, a MUST foi considerada como
distribuidoras, geradores e consumidores. Em relação às empresas de
um valor único e não subdivida em permanente e flexível. Segundo a
distribuição, estas têm como obrigação contratar um montante para
REN666 existem dois casos passíveis de penalização: a parcela de
cada ponto de conexão com uma rede de transmissão, que será valorado
ineficiência por ultrapassagem (PIU), cobrada mensalmente e a parcela
à Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST), calculado pela
de ineficiência por sobrecontratação (PIS), cobrada anualmente. A PIU
soma da TUST fronteira com a TUST rede básica, e pago mensalmente
é cobrada toda vez que a demanda máxima mensal, medida, ultrapassa
à transmissora. O MUST deve ser contratado anualmente para os
em 10% a demanda máxima contratada. Já a PIS é cobrada caso a
Artigo
Solar
demanda medida máxima do ano seja inferir em mais de 10% do que o valor da MUST contratada. Assim, as cobranças de penalidades podem ser sintetizadas nas equações abaixo, onde DMAXm significa demanda máxima medida no mês m, DMAXa significa demanda máxima medida no ano e MUST significa Montante de Uso do Sistema de Transmissão contratado. (1) (2)
A partir das regras de penalidades acima, pode-se propor a seguinte
função objetivo para o modelo:
(3)
Contudo, como PIUm e PIS foram definidos pela função Máximo,
essa função objetivo torna-se não-linear. Trabalhar com um modelo não-linear envolveria enfrentar diversas complexidades computacionais que estão aquém do escopo desse trabalho. Logo os autores optaram por utilizar um artifício para linearizar as equações de PIUm e PIS. Para cada um dos meses m inseriu-se na função objetivo uma variável artificial Ym, interpretada como o montante de demanda ultrapassado no mês m. Além disso, impomos as seguintes restrições no modelo: (4) (5)
Também de maneira análoga para linearizar a equação PIS
introduz-se a variável artificial Xa na função objetivo e as seguintes restrições no modelo: (6) (7)
Caso a demanda medida fique entre 100% e 110%, o volume
cobrado é igual ao valor consumido. Para captar esse efeito introduz-se a variável artificial Zm multiplicada pela TUST na função objetivo e as seguintes restrições: (8) (9)
Para o computo das 12 demandas máximas medidas mensais,
DMAXm, o modelo deve investigar hora a hora dentro do mês onde está o valor da demanda máxima. Para esse procedimento desconta-se do consumo a energia proveniente da geração distribuída e da bateria previamente carregada. Para essa tarefa define-se a variável artificial Sm e impõem no modelo as seguintes restrições: (10) (11) (12)
Solar
66
Artigo
Onde Cmdh significa a demanda consumida no mês m, dia d
evitar incorrer em uma penalidade ao longo do ano. Quanto maior o
e hora h, Emdh significa a energia líquida proveniente da energia
componente, mais o agente irá preferir não selecionar uma MUST
distribuída utilizada no mês m, dia d e hora h e Bmdh significa a energia
que eventualmente lhe ocasionará uma necessidade de pagamento
previamente armazenada na bateria utilizada no mês m, dia d e hora h.
não reconhecido na tarifa. O modelo final utilizado no estudo está
O balanço energético que determina a energia líquida proveniente da
sintetizado a seguir. Na versão final do modelo foi contemplada a
energia distribuída é definido por:
implementação da decisão de MUST ponta e fora ponta.
(13) Tendo GDmdh, como a energia gerada no mês m, dia d e hora h e
Estudo de caso
Bmdh como a energia armazenada no mês m, dia d e hora h. Por fim,
resta apenas determinar o balanço energético da bateria. Definindo Lmdh
MUST, foram feitas análises simulando a contratação ótima do MUST,
como o saldo da bateria no mês m, dia d e hora h, tem-se que:
De modo a modelar o benefício da bateria na contratação do
utilizando o modelo de otimização desenvolvido no artigo, com e sem a bateria. A diferença entre os resultados encontrados pelas simulações, que representam a economia em relação ao uso do sistema de
(14)
Ou seja, o saldo atual é igual ao saldo anterior somando o que entrou
na bateria e subtraindo o que saiu. Logo o montante de energia que pode ser descarregado no mês m, dia d e hora h deve ser limitado pelo saldo da bateria:
Além disso, por questões técnicas existem limites de potência para
cargas e descargas da bateria, incorporados no modelo através das seguintes equações: (16)
Para isso, foi considerada a área de concessão de uma pequena
distribuidora fictícia com apenas um ponto de conexão. No caso apresentado, foi utilizado como exemplo para a busca de dados a região atendida pela CPFL Jaguari em um cenário de penetração de geração fotovoltaica distribuída relevante (algo esperado para os próximos
(15)
transmissão, é justamente o benefício da bateria.
O último aspecto a ser destacado na construção do modelo é a
10, 20 anos). A otimização foi feita com base em dados de carga (MW médio) hora a hora do ano de 2016 inteiro e uma geração fotovoltaica distribuída baseada nos dados de solarimetria da cidade de Jaguariúna (2). A relação entre esses dados de entrada está ilustrada na Figura 7, que apresenta apenas uma pequena parcela do histórico utilizado como input no modelo de otimização. O valor de TUST utilizado foi de 2,97 (R$/kW.mês) tanto para ponta como para fora ponta, somatório da
multiplicação de ambas as penalidades por um fator de aversão ao
TUST rede básica e fronteira no ponto de conexão de Jaguariúna (TUST
risco AR. Esse componente capta o quão o agente está disposto a
ciclo 2015-2016).
Artigo
Solar Tabela 2 – Resultados do estudo de caso
Figura 7 – Carga e geração distribuída utilizadas no estudo de caso.
Na simulação, dadas as séries de carga e de geração distribuída,
o modelo otimizou a utilização da bateria (carga e descarga) de modo a minimizar os custos da distribuidora advindo do uso do sistema de
Cap. Bateria (kWh)
0 (caso sem bateria)
1000
4000
MUST ponta (kW)
82063
81563
80703
Σ Ypm (kW)
0
0
0
Σ Zpm (kW)
3221
3221
3466
XPa (kW)
0
0
0
MUST fora ponta (kW)
90610
90110
88610
Σ YFPm (kW)
0
0
0
Σ ZFPm (kW)
3466
3466
4124
XFPa (kW)
0
0
0
Custo ano (R$)
6.401.116
6.365.428
6.291.768
Benefício (R$)
-
35.688
109.348
transmissão. No caso simulado, uma das premissas utilizadas é que a bateria apenas poderia ser carregada pela geração distribuída.
kWh. Para a bateria de 4000 kWh, se considerarmos os custos
quadruplicados como uma aproximação, o percentual do benefício em
A Figura 8 exemplifica como o modelo utilizou a bateria ao longo
do ano na simulação realizada. Percebe-se que ela está sendo utilizada
relação ao custo total da bateria é ligeiramente menor.
em poucos momentos, o que já é um indício de que todo o potencial da bateria de íon-lítio não está sendo devidamente aproveitado.
Figura 9 – Comparação econômica entre o custo total da bateria (1000kWh) e o benefício no MUST.
Os resultados apontam que o benefício na contratação do
MUST ótimo, mesmo em um cenário com alta penetração de energia renovável, não é comparável com o custo total da bateria e incapaz de viabilizar o investimento na tecnologia analisada. Já que a análise considerou apenas um dentre diversos benefícios possíveis do armazenamento de energia, a redução dos custos Figura 8 – (a) Utilização da bateria (1000 kWh) durante todo o ano (b) Utilização da bateria durante período.
que certamente irá ocorrer no futuro e a consideração de outros benefícios quantitativos irá diminuir a grande diferença observada no gráfico da Figura 9.
A Tabela 2 apresenta os resultados encontrados nas simulações
para três casos distintos simulados: sem bateria, bateria com
Conclusão
capacidade de armazenamento de energia de 1000 kWh e bateria com capacidade de 4000 kWh.
relacionado à contratação do MUST pela distribuidora é muito
Calculado o benefício, foi aplicado o método do fluxo de caixa
Os resultados mostram que o benefício do uso da bateria
descontado para comparar o investimento inicial com os benefícios
pequeno para viabilizar o investimento pela distribuidora. Porém,
(considerados constantes) ao longo de toda a vida útil da bateria. Para
há diversas outras utilizações cujo benefício econômico não foi
isso, foi utilizado um WACC de 15%, similar à taxa utilizada em outros
quantificado neste artigo, como o aumento da confiabilidade da
projetos do setor elétrico com vida útil não tão longa.
rede e a melhoria na qualidade do fornecimento da energia (tensão
e frequência), reduzindo o DEC e FEC das distribuidoras. As baterias
A Figura 9 compara o custo total da bateria (bateria + inversor),
valor negativo no fluxo de caixa no instante inicial, com os benefícios
também podem ser utilizadas para postergar investimentos
positivos durante os 15 anos de vida útil do ativo da bateria de 1000
necessários na rede para aumento de capacidade, assim como
67
Solar
68
Artigo
no caso de Nova Iorque citado no artigo, que podem causar um
Energy Storage. Julho de 2013. Disponível em: http://www.
impacto relevante no fluxo de caixa das distribuidoras.
renewableenergyworld.com/articles/print/volume-16/issue-4/
storage/the-case-for-distributed-energy-storage.html;
A tendência é que, no futuro, a bateria seja um importante ativo
para a operação eficiente da rede, como já está acontecendo em outros
(6) BLOOMBERG NEW ENERGY FINANCE. Mercado Brasileiro de
países no mundo, e a utilização dela representará um ganho tanto de
Energia Renovável: As incertezas do presente e o potencial do
qualidade quanto econômico para os consumidores. Assim, a Aneel tem
futuro. Junho de 2016;
que estar atenta para a evolução dessa tecnologia no país. A regulação
(7) ANEEL. Resolução Normativa n° 666. Junho de 2016.
do setor deve permitir a existência de incentivos financeiros de modo que a bateria se torne um investimento atrativo para as empresas. Um
*Frederico Kós Botelho é engenheiro eletricista e ocupa,
exemplo é a remuneração adequada dos serviços ancilares que essa
atualmente, a posição de consultor na Thymos Energia, sendo
tecnologia pode fornecer. Também há a possibilidade de inclusão das
responsável pelas simulações de preço de energia, utilizando os modelos
baterias na base regulatória de ativos (RAB) das distribuidoras.
computacionais oficiais do setor elétrico, e pela realização de estudos
Iniciativas já são observadas, como o P&D estratégico
21 da Aneel, cujo objetivo é avaliar a inserção de sistemas de armazenamento de energia no setor elétrico brasileiro. A participação dos demais agentes nesta fase ainda embrionária do armazenamento no Brasil é essencial para o crescimento da tecnologia no país. Este artigo buscou contribuir analisando um dentre diversos temas que abordam a utilização das baterias na rede elétrica brasileira.
Referências bibliográficas (1) GREENTECH MEDIA. The California Duck Curve Is Real, and Bigger Than Expected. Novembro de 2016. Disponível em https:// www.greentechmedia.com/articles/read/the-california-duck-
regulatórios. Raphael Dutenkefer é economista, com mestrado em engenharia de produção. Atualmente, cursa o programa de doutorado do departamento de Economia da Produção e Engenharia Financeira na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Atua como consultor na Thymos Energia. João Carlos Mello é engenheiro eletricista, com mestrado e doutorado em engenharia elétrica. Trabalhou no Cepel e, no ano 2000, tornou-se sócio da Andrade & Canellas, onde foi intitulado CEO em 2006. Atualmente é CEO da Thymos Energia. Renato Mendes é engenheiro com mestrado em engenharia elétrica.
curve-is-real-and-bigger-than-expected;
Trabalhou na Duke Energy, AES Eletropaulo e Brookfield Renewable
(2) RENEWABLE NINJA. Dados disponíveis em https://www.
Energy Partners, nas áreas de estudos energéticos, inteligência de
renewables.ninja/;
mercado, e gestão de risco na comercialização de energia. Atualmente, é
(3) EPE. Demanda de Energia 2050. Agosto de 2014;
consultor sênior e sócio da Thymos Energia.
(4) DELLOITE. Electricity Storage: Technologies, impacts and prospects. Setembro de 2015; (5) RENEWABLE ENERGY WORLD. The Case for Distributed
Este artigo foi originalmente apresentado no XXIV Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE), realizado entre os dias 22 e 25 de outubro, em Curitiba (PR).
Noticias
Renováveis
Energia eólica já representa 10% da matriz elétrica brasileira
Registro foi feito no mês de agosto pela CCEE, quando a fonte eólica alcançou a marca de 5.825 MWmédios
No mês de agosto, a geração de energia eólica foi responsável
Mapa da fonte eólica no Brasil
pelo abastecimento de 10% da demanda do país, com 5.825 MWmédios, segundo registrou a Câmara de Comercialização da Energia Elétrica (CCEE). Esta foi a primeira vez em que a fonte atingiu os dois dígitos de representação na matriz.
Outra informação importante sobre a fonte é a de que, de acordo
com o Boletim de Energia Eólica Brasil e Mundo – Base 2016, produzido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil subiu mais uma posição e assumiu o sétimo lugar entre os países com maior geração de energia eólica no mundo, ultrapassando o Canadá, que caiu para a oitava posição.
“Estes dados mostram que a fonte eólica está entrando numa
nova fase. Já é absolutamente claro para a sociedade como um todo, para os técnicos que decidem o futuro do setor e também para os integrantes do governo que a eólica não apenas é uma escolha sustentável e financeiramente vantajosa, já que apresenta grande competitividade nos leilões, mas também é uma escolha segura”, declarou a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum. Para ela, o que o Brasil mais precisa é de uma matriz diversificada e limpa, sendo que a inclusão de mais eólicas é fundamental nesse processo.
O Brasil tem hoje mais de 12,3 GW de capacidade instalada em mais de 490 parques distribuídos pelo Brasil.
69
70
Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Mercado de materiais elétricos aguarda reação da construção Setor apresenta sinais de leve recuperação, mas retomada depende da prosperidade econômica e melhoria da construção civil
71
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Distribuidores e revendas de materiais elétricos são alvo da pesquisa desta
A pesquisa de O Setor Elétrico também questionou as empresas
edição, que constatou que o setor apresenta sinais de recuperação, superando
sobre principais produtos comercializados, formas de captação de clientes
levemente a expectativa de crescimento projetada para 2016, conforme foi
e segmentos atendidos. Indústrias em geral, construtoras e empresas de
apurado por este mesmo estudo realizado há exatamente um ano. Na ocasião,
instalação foram indicadas como os principais clientes deste setor. Já as
as empresas que participaram da pesquisa estimaram crescimento médio
vendas, em sua maioria, são concretizadas graças à rede de relacionamento
de 6% para o fechamento do ano. No levantamento publicado nas próximas
desenvolvida no mercado e pela indicação/especialização do segmento,
páginas, as companhias relevaram ter apresentado em 2016 resultados
em detrimento do telemarketing, apontado por pesquisas anteriores. Por
com crescimento médio de 7% na comparação com 2015. Para este ano,
fim, entre os produtos mais comercializados, encabeçam a lista materiais
a estimativa é que as empresas alcancem elevação média de 9% nos seus
elétricos de baixa tensão, quadros e painéis e produtos para iluminação.
números e que o mercado como um todo cresça, em média, 3%.
assim como mais detalhes deste mercado são divulgados a seguir.
O cenário, no entanto, poderia ser muito mais positivo se a economia
Informações sobre cada uma das empresas participantes da pesquisa,
brasileira já estivesse de volta à trilha de crescimento. A desaceleração
Números do mercado de revenda e distribuição de materiais elétricos
econômica, a falta de confiança dos investidores e a construção civil desaquecida foram os fatores mais citados pelas empresas pesquisadas como entraves ao desenvolvimento deste mercado.
Em consonância ao que foi apurado por O Setor Elétrico, a última
O segmento industrial, assim como registrado na pesquisa realizada
sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
há um ano, é o principal segmento de atuação deste mercado, que é, no
(Abinee) aponta que os fabricantes de materiais elétricos de instalação
entanto, seguido de perto pelas instalações comerciais, apontadas por
continuam sofrendo com a queda da atividade da construção civil.
70% das pesquisadas. Confira.
“Os negócios observados foram mais concentrados no segmento de varejo, que vende materiais principalmente para reforma de edificações”,
Principais segmentos de atuação
diz o relatório. O levantamento aponta, no entanto, para perspectivas cada vez mais otimistas. As expectativas de nível de atividade, novos empreendimentos, número de empregados e com¬pras de matériasprimas estão todas otimistas, o que não acontecia há mais de três anos.
Ainda de acordo com a sondagem da Abinee, mas no que concerne
a toda a indústria eletroeletrônica brasileira, 56% das empresas que participaram do levantamento indicaram crescimento nas vendas/
Residencial
43%
Comercial
70%
encomendas em relação ao igual mês do ano passado. Este foi o maior percentual verificado pelas sondagens da associação desde fevereiro de 2014, quando 61% das entrevistadas deram essa indicação. Concomitantemente a essa constatação, foi observada redução de 35% para 28% no total de empresas que indicaram retração.
78%
Industrial
Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
72
Se a indústria foi apontada como a principal área de atuação, é
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Formato de captação de clientes
ela também o principal cliente deste mercado, conforme indicaram 81% das pesquisadas. Construtoras, instaladoras, empresas de engenharia e manutenção aparecem em seguida. Principais clientes
Loja virtual
31% Outros
16%
31%
Empresas públicas
27%
Concessionárias de energia elétrica
41%
40%
Consumidor final
41% 58% 61%
Vendedores externos
Telemarketing
42%
Empresas de engenharia
54%
Balcão
56%
Empresas de manutenção
Rede de relacionamentos
Instaladoras
59%
Construtoras
61%
71%
Indústrias em geral
81%
Administração de contatos
O telemarketing, que apareceu em evidência, na pesquisa do
Indicação / especialização de mercado
No que diz respeito aos produtos mais comercializados, destaque
ano passado, como principal meio de captação de clientes, passou a
para os materiais elétricos de baixa tensão, citados por 80% das
ocupar a quarta posição neste ranking. Na pesquisa desta edição, os
empresas. Na sequência, estão os quadros e painéis (74%), os
clientes são conquistados principalmente no boca-a-boca, por meio
produtos para iluminação, como lâmpadas e luminárias (68%) e
de indicações, e também pela rede de relacionamento da empresa
automação industrial (61%). Confira o gráfico com mais detalhes.
com os profissionais.
73
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Produtos mais comercializados
Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)
33%
Ferramentas
46%
Equipamentos de proteção individual e coletiva
46%
Importações diretas de produtos
52%
Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV)
56%
Automação residencial
56%
Automação comercial
58%
Automação industrial
61% 68%
Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores
74% 80%
Quadros e painéis Material elétrico de baixa tensão
Para se ter uma ideia do recorte de mercado desta pesquisa,
as empresas foram questionadas sobre os seus respectivos faturamentos (em 2016). A maior parcela (37%) das companhias é de pequeno porte, apresentando faturamento de até R$ 5 milhões. 9% delas declararam ter faturado, no ano passado, acima de R$ 100 milhões. Faturamento bruto anual das empresas em 2016
9% 5%
Acima de R$ 100 milhões
De R$ 80 milhões a R$ 100 milhões 4%
25%
Até R$ 3 milhões
De R$ 60 milhões a R$ 80 milhões 9%
De R$ 40 milhões a R$ 60 milhões
12%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
13%
De R$ 20 milhões a R$ 40 milhões
9% 14%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
74
As previsões de crescimento continuam modestas, mas com
uma sutil recuperação. No ano passado, as pesquisadas projetaram
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Fatores que devem influenciar o mercado de materiais elétricos em 2017
elevação de 6% para o fechamento de 2016 e, neste ano, elas afirmaram que cresceram no período, efetivamente, 7% na média. Para este ano de 2017, elas esperam alcançar 9% de crescimento e estimam para o mercado de materiais elétricos uma elevação de 3%.
2%
Setor da construção civil aquecido
Previsões de crescimento
2%
Bom momento econômico do país Crescimento do mercado de materiais elétricos em 2017
3% Contratação de colaboradores em 2017
4% 7%
Crescimento das empresas em 2016 comparado ao ano anterior Crescimento das empresas em 2017
9%
4%
Programas de incentivo do governo
1%
Incentivos por força de legislação ou normalização
5%
Falta de normalização e/ou legislação 6%
24%
Desaceleração da economia brasileira
Crise internacional 6%
Projetos de infraestrutura 6%
Outros 7%
Desvalorização da moeda brasileira
20%
Falta de confiança de investidores 18%
Assim como no ano passado, tendo em vista o momento econômico atual em que o país se encontra, as empresas acreditam que a desaceleração econômica, o desaquecimento da construção civil e a falta de confiança dos investidores são os grandes entraves ao crescimento deste mercado.
Setor da construção civil desaquecido
Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
X X X X X X X X X X X
X X X
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Certificado ISO 14001
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Loja Virtual
Administração de contratos
Telemarketing
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Rede de Relacionamento
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Principais produtos que comercializa
Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores
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Possui loja(s) in-company
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Possui filiais
Cidade Balneario Camburiu Bauru Belém Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte belo horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Bento Gonçalves Blumenau Blumenau Blumenau Blumenau Campinas Campinas Campinas Campinas Campinas Campinas Campinas Campo Bom Canoas Canoas Canoas Cascavel Caxias do Sul Caxias do Sul Caxias do Sul Caxias do Sul Cornélio Procópio Cravinhos Cuiabá Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Diadema Flores da Cunha Florianópolis Florianópolis Florianópolis Floripa Fortaleza Fortaleza Fortaleza Goiânia Goiânia Guarulhos Guarulhos Guarulhos Guarulhos
Residencial
Site www.rossimateriaiseletricos.com.br www.eletropainel.com.br www.eletrotransol.com.br www.alphamarktec.com.br www.ceibe.com.br www.dimexbr.com www.eXponencialmg.com.br www.lojaeletrica.com.br www.nortel.com.br www.othondecarvalho.com.br www.realcenter.com.br www.eletricadw.com.br www.provolt.com.br www.sobretensao.com.br www.womatel.com.br www.dimensional.com.br www.everestnet.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.peu.com.br www.proautomacao.com.br zinieletro@yahoo.com.br www.eletricadw.com.br www.eletronor.com.br www.nortel.com.br www.eletricadz.com.br www.eletronor.com.br www.magnani.com.br www.realcenter.com.br www.trentocomercial.com.br www.eletrotrafo.com.br www.itapuaeletro.com.br www.eletrotartari.com.br www.2a.com.br www.andra.com.br www.eletricadw.com.br www.dimensional.com.br www.eletronor.com.br www.elos.com.br www.everestnet.com.br www.irmaosabage.com.br www.proautomacao.com.br www.reymaster.com.br www.grupopolicom.com.br www.eurocabos.com.br www.trentocomercial.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.proautomacao.com.br www.carmehil.com.br www.iseletrica.com.br www.sveletrica.com www.eletrotransol.com.br www.nortel.com.br www.acabine.com.br www.eletricadw.com.br www.dlight.com.br www.fortlight.com.br
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Comercial
Telefone (47) 3367-2788 (44) 9991-1360 (91) 3204-7711 (31) 3477-7004 (31) 3292-9522 (31) 3448-0300 (31) 3317-5150 (31) 3218-8000 (31) 3555-8577 (31) 2103-3000 (54) 3449-5000 (47) 3321-7500 (47) 3036-9666 (47)3338-4484 (47) 3322-4357 (19) 3322-0000 (19) 3772-4500 (19) 2115-7700 (19) 3234-3616 (19) 3721-7700 (19) 3709-2171 (19) 98809-9133 (51) 3597-3997 (51) 3326-4000 (51) 3314-8000 (51) 3052-2500 (45) 3220-9498 (54) 3220-3800 (54) 4009-5255 (54) 3534-4400 (51) 3292-3700 (43) 3520-5000 (16) 3951-2195 (65) 3637-8000 (41) 3019-5050 (41) 3778-7000 (41) 3316-5000 (41) 2104-8203 (41) 3217-1900 (41) 3383-9290 (41) 3071-7100 (41) 3371-5707 (15) 99132-1374 (41) 3021-5049 (41) 3371-1430 (11) 4092-9292 (51) 3292-3700 (48) 3225-1600 (48) 3271-5000 (48) 3343-4000 (15) 9.8829-1223 (85) 4008-6666 (85) 3535-7177 (85) 3214-7931 (62) 3531-2200 (62) 4013-7770 (11) 2842-5252 (11) 3393-2500 (11) 2937-4650 (11) 2087-6000
Industrial
EMPRESA ROSSI MATERIAIS ELETRICOS E ILUMINAÇÃO EletroPainel Eletro Transol Alpha Marktec Materiais Elétricos Ceibe Automação DIMEX EXponencial Loja Elétrica NORTEL OTHON DE CARVALHO Realcenter Materiais Elétricos COMERCIAL ELETRICA DW PROVOLT SOBRETENSAO Womatel Material Eletrico DIMENSIONAL EVEREST ELETRICIDADE NORTEL NORTEL NORTEL PEU ELETRICIDADE Proauto Zini materiais eletricos COMERCIAL ELETRICA DW ELETRONOR MATERIAIS ELÉTRICOS NORTEL DZ MATERIAIS ELETRICOS ELETRONOR MATERIAIS ELÉTRICOS Magnani Materiais Eletricos Realcenter Materiais Elétricos TRENTO COMERCIAL ELÉTRICA E HIDRAULICA LTDA ELETROTRAFO Itapuã Eletro Comercial TARTARI ENGENHARIA E TECNOLOGIA 2A Materiais Eletricos Andra Materiais Elétricos COMERCIAL ELETRICA DW DIMENSIONAL ELETRONOR MATERIAIS ELÉTRICOS ELOS EVEREST ELETRICIDADE Irmãos Abage Proauto Reymaster GRUPO POLICOM EUROCABOS TRENTO COMERCIAL ELÉTRICA E HIDRAULICA LTDA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA Proauto CARMEHIL LINSELETRICA LTDA SV ELÉTRICA Eletro Transol NORTEL A CABINE MATERIAIS ELÉTRICOS LTDA COMERCIAL ELETRICA DW D´LIGHT FORTLIGHT
Revendedora (varejista)
A empresa é Principal segmento de atuação
Distribuidora (atacadista)
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Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV)
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Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores
Certificado ISO 14001
Certificado ISO 9001
Loja Virtual
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Rede de Relacionamento
Balcão
Indicação/especialização de mercado
Vendedores externos
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Quadros & Painéis
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Administração de contratos
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Telemarketing
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Principais produtos que comercializa Material elétrico de Baixa Tensão
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Possui loja(s) in-company
UF SP SP SC PE RE MG SC SC SC SC MG SP SP SP BA BA SP SP SP BA RJ RJ AM PR
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possui filiais
Cidade Guarulhos Interior de SP Itapema Jaboatão dos Guararapes Jaboatão dos Guararapes João Pinheiro Joinville Joinville Joinville Joinville Juiz de For a Jundiaí Jundiaí Jundiaí Lauro de Freitas Lauro de Freitas Leme Limeira Limeira Luis Eduardo Magalhães Macaé Macaé Manaus Mandaguari
Residencial
Site www.mediatensao.com.br www.proautomacao.com.br www.rossimateriaiseletricos.com.br www.oniXcd.com.br www.eletricapj.com.br www.albernazelectric.com.br www.andra.com.br www.eletricadw.com.br www.nortel.com.br www.santarita.com.br www.reimatel.com.br www.cetti.com.br www.comesp.com.br www.bravema.com.br www.centelhario.com.br www.nortel.com.br www.darozeletricidade.com.br www.dimensional.com.br www.peu.com.br www.2a.com.br www.centelhario.com.br www.polarb2b.com www.baeletrica.com.br www.oniXcd.com.br
Comercial
Telefone (11) 2384-0155 (15) 99132-1374 (47) 3368-2929 (44) 3233-8500 (81) 3479-7100 (38) 3561-4522 (47) 3419-7000 (47) 3177-2000 (47) 3801-7700 (47) 3431-2800 (32) 3215-6292 (11) 4527-4500 (11) 3379-5500 (11) 95405-4500 (71) 3186-3666 (71) 3616-7700 (19) 3573-6900 (19) 3446-7400 (19) 3404-3660 (77) 3628-8777 (22) 2105-9000 (22) 2105-7755 (92) 2125-8000 (44) 3233-8588
Industrial
Média Tensão Proauto ROSSI MATERIAIS ELETRICOS E ILUMINAÇÃO OniX Distribuidora De Prod. Elét. Ltda. Eletrica PJ ALBERNAZ Andra Materiais Elétricos COMERCIAL ELETRICA DW NORTEL SANTA RITA REI MATERIAIS ELETRICO LTDA CETTI Comesp Comercial Elétrica Ltda BRAVEMA Centelha NORTEL DA ROZ DIMENSIONAL PEU ELETRICIDADE 2A Materiais Eletricos Centelha Polar Materiais Elétricos BA Elétrica OniX Distribuidora De Prod. Elét. Ltda.
Revendedora (varejista)
EMPRESA
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
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Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
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Quadros & Painéis
Certificado ISO 14001
Material elétrico de Baixa Tensão
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Certificado ISO 9001
Loja Virtual
Rede de Relacionamento
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Indicação/especialização de mercado
Vendedores externos
Telemarketing
Administração de contratos
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Principais produtos que comercializa
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Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV)
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Possui loja(s) in-company
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Principal formato na captação de clientes/atendimento
Possui filiais
Cidade Maringá Maringá Mogi Guaçu Nova Iguaçu Nova Padua Ouro Branco Outras regiões Palhoça Parauapebas Piracicaba Poços de Caldas Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Belo Porto Ferreira Recife Recife Recife Ribeirão Preto Ribeirão Preto Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio do Sul Salvador Salvador Santos Santos São Bernardo do Campo São Caetano do Sul São José São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo
Residencial
Site www.eletropainel.com.br www.eletropainel.com.br www.nortel.com.br www.eletroforconecta.com.br www.trentocomercial.com.br diskmat@uol.com.br www.apscomponentes.com.br www.santarita.com.br www.dimexbr.com www.peu.com.br www.sulminasfiosecabos.com.br www.dimensional.com.br www.santaclaradistribuidora.com.br www.plenobras.com.br www.proautomacao.com.br www.realcenter.com.br www.santarita.com.br www.womatel.com.br www.mutter.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.nortel.com.br www.eletrotransol.com.br www.nortel.com.br www.centelhario.com.br www.coloniallustres.com www.eletricapj.com.br www.grupopolicom.com.br www.polarb2b.com www.suldistribuidora.com.br www.eletromil.com.br www.ccaeletronica.com.br www,costabahiaent.com.br www.everestnet.com.br www.andra.com.br www.galassosantos.com.br www.berteleletrica.com.br www.nortel.com.br www.santarita.com.br www.sensorestenet.com.br www.alphamarktec.com.br www.andra.com.br www.apscomponentes.com.br www.casaferreira.com.br www.dimel.com.br www.comercialgoncalves.com.br www.comesp.com.br www.crossfoXeletrica.com.br www.dimensional.com.br www.aricanduva.com www.neblina.com.br www.eletricapj.com.br www.eletroferro.com.br www.embramataltatensao.com.br www.fecva.com.br www.grupopolicom.com.br www.salfatis.com.br www.jmc.com.br www.kienzle-haller.com.br www.histeccomercial.com.br www.megabras.com.br
Comercial
Telefone (44) 3027-9868 (44) 3027-9868 (19) 3569-3757 (21) 2667-1443 (51) 3292-3700 (31) 3742-2503 (11) 5645-0800 (48) 3342-8100 (94) 3356-1278 (19) 3437-3030 (35) 3714-2660 (51) 3271-1404 (51) 3062-1004 (51) 2101-6800 (15) 9.8119-8832 (51) 3363-4700 (51) 3337-6400 (47) 3369-6393 (19) 3589-1220 (81) 3087-3450 (81) 2123-2300 (81) 2137-7700 (16) 2102-5444 (16) 2102-7700 (21) 3976-9330 (21) 3860-2688 (21) 3534-8600 (21) 3888-3727 (21) 3570-4944 (21) 3866-0055 (21) 3865-2000 (47) 3521-2986 (71) 3312-0222 (71) 3311-4500 (13) 3040-7000 (13) 3326-2568 (11) 2198-0825 (11) 4428-7300 (48) 3241-9100 (11) 2095-4500 (11) 2782-3200 (11) 3855-7000 (11) 5645-0800 (11) 3324-3099 (11) 2884-3883 (11) 3229-4044 (11) 21377500 (11) 2902-1095 (11) 3643-6953 (11) 2723-8233 (11) 3619-1600 (11) 3649-9800 (11) 3674-0663 (11) 2098-0371 (11) 2915-7744 (11) 2065-0800 (11) 3312-8544 (11) 3358-8000 (11) 2249-9604 (11) 3018-0500 (11) 3254-8111
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores
EletroPainel EletroPainel NORTEL ELETROFOR CONECTA TRENTO COM. ELÉTRICA E HIDRAULICA LTDA Diskmatel APS SANTA RITA DIMEX PEU ELETRICIDADE SULMINAS FIOS E CABOS LTDA DIMENSIONAL Grupo Santa Clara Materiais Elétricos Plenobras Proauto Realcenter Materiais Elétricos SANTA RITA Womatel Material Eletrico MUTTER DISTRIBUIDORA Centelha DIMEX NORTEL Eletro Transol NORTEL Centelha COLONIAL LUSTRES Eletrica PJ GRUPO POLICOM Polar Materiais Elétricos Sul Distribuidora ELETROMIL CCA SIBRATEC COSTABAHIA EVEREST ELETRICIDADE Andra Materiais Elétricos GALASSO MATERIAIS ELÉTRICOS E TINTAS Bertel NORTEL SANTA RITA TENET DO BRASIL Alpha Marktec Materiais Elétricos Andra Materiais Elétricos APS CASA FERREIRA Comercial Dimel Ltda Comercial Gonçalves Comesp Comercial Elétrica Ltda CrossfoX Elétrica DIMENSIONAL Elétrica Aricanduva Eletrica Neblina Eletrica PJ Eletroferro EMBRAMAT Fecva GRUPO POLICOM IRMÃOS SALFATIS JMC Comercial Elétrica LTDA Kienzle Controls Histec Comercial Megabras
Industrial
EMPRESA
Revendedora (varejista)
A empresa é Principal segmento de atuação
Distribuidora (atacadista)
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Quadros & Painéis
Material elétrico de Baixa Tensão
Certificado ISO 14001
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Material elétrico de Média Tensão (1 a 36 kV)
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Principais produtos que comercializa
Iluminação – Lâmpadas, Luminárias, Reatores
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Telemarketing
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Possui loja(s) in-company
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Possui filiais
Cidade São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Serra Serra Serra Serra Sorocaba Terra Preta Tijucas Uberaba Uberlândia Uberlândia Vitoria Vitoria
Comercial
Site www.nofercoeX.com.br www.nortel.com.br www.omicronservice.com.br www.pandaeletrica.com.br www.polarb2b.com www.safebysafe.com.br www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.supereletrica.com.br www.dimexbr.com www.everestnet.com.br www.alphamarktec.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.nortel.com.br www.proautomacao.com.br www.lugo.com.br www.santarita.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricapj.com.br www.eletromil.com.br
Industrial
Telefone (11) 3473-3913 (11) 3728-3000 (11) 5061-8566 (11) 5525-3320 (11) 3181-8545 (11) 2609-0600 (11) 2165-8244 (11) 5641-7288 (11) 3931-0522 (11) 5018-1030 (11) 2902-4700 (27) 3064-8100 (27) 2123-5700 (27) 3421-1000 (27) 2125-7700 (15) 3031-7400 (11) 4486-8400 (48) 3263-0352 (34) 99817-6006 (34) 4009-3800 (34) 3256-4944 (27) 2104-0812 (27) 3357-1000
Principal formato na captação de clientes/atendimento
Residencial
Noferco NORTEL OMICRON SERVICE PANDA Polar Materiais Elétricos SAFE BY SAFE EQUIP. SEGURANÇAS Sonepar Brasil Sul Distribuidora SUPERELETRICA DIMEX EVEREST ELETRICIDADE Alpha Marktec Materiais Elétricos Centelha DIMEX NORTEL Proauto LUGO SANTA RITA ELÉTRICA CIDADE LTDA COMERCIAL ELETRICA DW ELÉTRICA CIDADE LTDA Eletrica PJ ELETROMIL
Revendedora (varejista)
EMPRESA
Distribuidora (atacadista)
A empresa é Principal segmento de atuação
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Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
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Outros
Consumidor final
Empresas públicas
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Empresas de manutenção
X X X X X
Empresas de engenharia
Indústria em geral
Concessionárias de energia elétrica
Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
Importações diretas de produtos
X
Instaladoras
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Principais clientes
Construtoras
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Corpo técnico especializado para suporte ao cliente
SC SP PA MG MG MG MG MG MG MG RS SC SC SC SC SP SP SP SP SP SP SP RS RS RS RS PR RS RS RS RS PR SP MT PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR SP RS SC SC SC SC CE CE CE GO GO SP SP SP SP SP
Equipamentos de proteção individual e coletiva
UF
Ferramentas
Cidade Balneario Camburiu Bauru Belém Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte belo horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Bento Gonçalves Blumenau Blumenau Blumenau Blumenau Campinas Campinas Campinas Campinas Campinas Campinas Campinas Campo Bom Canoas Canoas Canoas Cascavel Caxias do Sul Caxias do Sul Caxias do Sul Caxias do Sul Cornélio Procópio Cravinhos Cuiabá Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Curitiba Diadema Flores da Cunha Florianópolis Florianópolis Florianópolis Floripa Fortaleza Fortaleza Fortaleza Goiânia Goiânia Guarulhos Guarulhos Guarulhos Guarulhos Guarulhos
Automação industrial
Site www.rossimateriaiseletricos.com.br www.eletropainel.com.br www.eletrotransol.com.br www.alphamarktec.com.br www.ceibe.com.br www.dimexbr.com www.eXponencialmg.com.br www.lojaeletrica.com.br www.nortel.com.br www.othondecarvalho.com.br www.realcenter.com.br www.eletricadw.com.br www.provolt.com.br www.sobretensao.com.br www.womatel.com.br www.dimensional.com.br www.everestnet.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.nortel.com.br www.peu.com.br www.proautomacao.com.br zinieletro@yahoo.com.br www.eletricadw.com.br www.eletronor.com.br www.nortel.com.br www.eletricadz.com.br www.eletronor.com.br www.magnani.com.br www.realcenter.com.br www.trentocomercial.com.br www.eletrotrafo.com.br www.itapuaeletro.com.br www.eletrotartari.com.br www.2a.com.br www.andra.com.br www.eletricadw.com.br www.dimensional.com.br www.eletronor.com.br www.elos.com.br www.everestnet.com.br www.irmaosabage.com.br www.proautomacao.com.br www.reymaster.com.br www.grupopolicom.com.br www.eurocabos.com.br www.trentocomercial.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.santarita.com.br www.proautomacao.com.br www.carmehil.com.br www.iseletrica.com.br www.sveletrica.com www.eletrotransol.com.br www.nortel.com.br www.acabine.com.br www.eletricadw.com.br www.dlight.com.br www.fortlight.com.br www.mediatensao.com.br
Automação comercial
Telefone (47) 3367-2788 (44) 9991-1360 (91) 3204-7711 (31) 3477-7004 (31) 3292-9522 (31) 3448-0300 (31) 3317-5150 (31) 3218-8000 (31) 3555-8577 (31) 2103-3000 (54) 3449-5000 (47) 3321-7500 (47) 3036-9666 (47)3338-4484 (47) 3322-4357 (19) 3322-0000 (19) 3772-4500 (19) 2115-7700 (19) 3234-3616 (19) 3721-7700 (19) 3709-2171 (19) 98809-9133 (51) 3597-3997 (51) 3326-4000 (51) 3314-8000 (51) 3052-2500 (45) 3220-9498 (54) 3220-3800 (54) 4009-5255 (54) 3534-4400 (51) 3292-3700 (43) 3520-5000 (16) 3951-2195 (65) 3637-8000 (41) 3019-5050 (41) 3778-7000 (41) 3316-5000 (41) 2104-8203 (41) 3217-1900 (41) 3383-9290 (41) 3071-7100 (41) 3371-5707 (15) 99132-1374 (41) 3021-5049 (41) 3371-1430 (11) 4092-9292 (51) 3292-3700 (48) 3225-1600 (48) 3271-5000 (48) 3343-4000 (15) 9.8829-1223 (85) 4008-6666 (85) 3535-7177 (85) 3214-7931 (62) 3531-2200 (62) 4013-7770 (11) 2842-5252 (11) 3393-2500 (11) 2937-4650 (11) 2087-6000 (11) 2384-0155
Automação residencial
Empresa ROSSI MATERIAIS ELETRICOS E ILUMINAÇÃO EletroPainel Eletro Transol Alpha Marktec Materiais Elétricos Ceibe Automação DIMEX EXponencial Loja Elétrica NORTEL OTHON DE CARVALHO Realcenter Materiais Elétricos COMERCIAL ELETRICA DW PROVOLT SOBRETENSAO Womatel Material Eletrico DIMENSIONAL EVEREST ELETRICIDADE NORTEL NORTEL NORTEL PEU ELETRICIDADE Proauto Zini materiais eletricos COMERCIAL ELETRICA DW ELETRONOR MATERIAIS ELÉTRICOS NORTEL DZ MATERIAIS ELETRICOS ELETRONOR MATERIAIS ELÉTRICOS Magnani Materiais Eletricos Realcenter Materiais Elétricos TRENTO COMERCIAL ELÉTRICA E HIDRAULICA LTDA ELETROTRAFO Itapuã Eletro Comercial TARTARI ENGENHARIA E TECNOLOGIA 2A Materiais Eletricos Andra Materiais Elétricos COMERCIAL ELETRICA DW DIMENSIONAL ELETRONOR MATERIAIS ELÉTRICOS ELOS EVEREST ELETRICIDADE Irmãos Abage Proauto Reymaster GRUPO POLICOM EUROCABOS TRENTO COMERCIAL ELÉTRICA E HIDRAULICA LTDA SANTA RITA SANTA RITA SANTA RITA Proauto CARMEHIL LINSELETRICA LTDA SV ELÉTRICA Eletro Transol NORTEL A CABINE MATERIAIS ELÉTRICOS LTDA COMERCIAL ELETRICA DW D´LIGHT FORTLIGHT Média Tensão
Treinamento técnico para os clientes
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Principais produtos que comercializa
Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)
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Outros
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Consumidor final
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Empresas públicas
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Instaladoras
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Construtoras
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Indústria em geral
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Concessionárias de energia elétrica
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Treinamento técnico para os clientes
Importações diretas de produtos
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Empresas de manutenção
X X X X X X X X X X X X X X X
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Empresas de engenharia
X
Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
X X X
X X
Principais clientes
Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
X X X
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Corpo técnico especializado para suporte ao cliente
SP SC PE RE MG SC SC SC SC MG SP SP SP BA BA SP SP SP BA RJ RJ AM PR
Equipamentos de proteção individual e coletiva
UF
Interior de SP Itapema Jaboatão dos Guararapes Jaboatão dos Guararapes João Pinheiro Joinville Joinville Joinville Joinville Juiz de For a Jundiaí Jundiaí Jundiaí Lauro de Freitas Lauro de Freitas Leme Limeira Limeira Luis Eduardo Magalhães Macaé Macaé Manaus Mandaguari
Ferramentas
Cidade
www.proautomacao.com.br www.rossimateriaiseletricos.com.br www.oniXcd.com.br www.eletricapj.com.br www.albernazelectric.com.br www.andra.com.br www.eletricadw.com.br www.nortel.com.br www.santarita.com.br www.reimatel.com.br www.cetti.com.br www.comesp.com.br www.bravema.com.br www.centelhario.com.br www.nortel.com.br www.darozeletricidade.com.br www.dimensional.com.br www.peu.com.br www.2a.com.br www.centelhario.com.br www.polarb2b.com www.baeletrica.com.br www.oniXcd.com.br
Automação industrial
Site
(15) 99132-1374 (47) 3368-2929 (44) 3233-8500 (81) 3479-7100 (38) 3561-4522 (47) 3419-7000 (47) 3177-2000 (47) 3801-7700 (47) 3431-2800 (32) 3215-6292 (11) 4527-4500 (11) 3379-5500 (11) 95405-4500 (71) 3186-3666 (71) 3616-7700 (19) 3573-6900 (19) 3446-7400 (19) 3404-3660 (77) 3628-8777 (22) 2105-9000 (22) 2105-7755 (92) 2125-8000 (44) 3233-8588
Automação comercial
Telefone
Proauto ROSSI MATERIAIS ELETRICOS E ILUMINAÇÃO OniX Distribuidora De Prod. Elét. Ltda. Eletrica PJ ALBERNAZ Andra Materiais Elétricos COMERCIAL ELETRICA DW NORTEL SANTA RITA REI MATERIAIS ELETRICO LTDA CETTI Comesp Comercial Elétrica Ltda BRAVEMA Centelha NORTEL DA ROZ DIMENSIONAL PEU ELETRICIDADE 2A Materiais Eletricos Centelha Polar Materiais Elétricos BA Elétrica OniX Distribuidora De Prod. Elét. Ltda.
Automação residencial
Empresa
Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)
Principais produtos que comercializa
X X
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Pesquisa - Distribuidores e revendedores de matérias elétricos
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Outros
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Consumidor final
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Empresas de engenharia
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Instaladoras
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Construtoras
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X
Indústria em geral
X X X X X
Concessionárias de energia elétrica
X X X X X
Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
Importações diretas de produtos
X
Treinamento técnico para os clientes
SC PA SP MG RS RS RS RS RS RS SC SP PE PE PE SP SP RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RS BA BA SP SP SP SP SC SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP
X
X X X X X X X
Principais clientes
Corpo técnico especializado para suporte ao cliente
PR PR SP RJ RS MG
Equipamentos de proteção individual e coletiva
UF
Ferramentas
Cidade Maringá Maringá Mogi Guaçu Nova Iguaçu Nova Padua Ouro Branco Outras regiões Palhoça Parauapebas Piracicaba Poços de Caldas Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Alegre Porto Belo Porto Ferreira Recife Recife Recife Ribeirão Preto Ribeirão Preto Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio do Sul Salvador Salvador Santos Santos São Bernardo do Campo São Caetano do Sul São José São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo
Automação industrial
Site www.eletropainel.com.br www.eletropainel.com.br www.nortel.com.br www.eletroforconecta.com.br www.trentocomercial.com.br diskmat@uol.com.br www.apscomponentes.com.br www.santarita.com.br www.dimexbr.com www.peu.com.br www.sulminasfiosecabos.com.br www.dimensional.com.br www.santaclaradistribuidora.com.br www.plenobras.com.br www.proautomacao.com.br www.realcenter.com.br www.santarita.com.br www.womatel.com.br www.mutter.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.nortel.com.br www.eletrotransol.com.br www.nortel.com.br www.centelhario.com.br www.coloniallustres.com www.eletricapj.com.br www.grupopolicom.com.br www.polarb2b.com www.suldistribuidora.com.br www.eletromil.com.br www.ccaeletronica.com.br www,costabahiaent.com.br www.everestnet.com.br www.andra.com.br www.galassosantos.com.br www.berteleletrica.com.br www.nortel.com.br www.santarita.com.br www.sensorestenet.com.br www.alphamarktec.com.br www.andra.com.br www.apscomponentes.com.br www.casaferreira.com.br www.dimel.com.br www.comercialgoncalves.com.br www.comesp.com.br www.crossfoXeletrica.com.br www.dimensional.com.br www.aricanduva.com www.neblina.com.br www.eletricapj.com.br www.eletroferro.com.br www.embramataltatensao.com.br www.fecva.com.br www.grupopolicom.com.br www.salfatis.com.br www.jmc.com.br www.kienzle-haller.com.br www.histeccomercial.com.br www.megabras.com.br
Automação comercial
Telefone (44) 3027-9868 (44) 3027-9868 (19) 3569-3757 (21) 2667-1443 (51) 3292-3700 (31) 3742-2503 (11) 5645-0800 (48) 3342-8100 (94) 3356-1278 (19) 3437-3030 (35) 3714-2660 (51) 3271-1404 (51) 3062-1004 (51) 2101-6800 (15) 9.8119-8832 (51) 3363-4700 (51) 3337-6400 (47) 3369-6393 (19) 3589-1220 (81) 3087-3450 (81) 2123-2300 (81) 2137-7700 (16) 2102-5444 (16) 2102-7700 (21) 3976-9330 (21) 3860-2688 (21) 3534-8600 (21) 3888-3727 (21) 3570-4944 (21) 3866-0055 (21) 3865-2000 (47) 3521-2986 (71) 3312-0222 (71) 3311-4500 (13) 3040-7000 (13) 3326-2568 (11) 2198-0825 (11) 4428-7300 (48) 3241-9100 (11) 2095-4500 (11) 2782-3200 (11) 3855-7000 (11) 5645-0800 (11) 3324-3099 (11) 2884-3883 (11) 3229-4044 (11) 21377500 (11) 2902-1095 (11) 3643-6953 (11) 2723-8233 (11) 3619-1600 (11) 3649-9800 (11) 3674-0663 (11) 2098-0371 (11) 2915-7744 (11) 2065-0800 (11) 3312-8544 (11) 3358-8000 (11) 2249-9604 (11) 3018-0500 (11) 3254-8111
Automação residencial
Empresa EletroPainel EletroPainel NORTEL ELETROFOR CONECTA TRENTO COM. ELÉTRICA E HIDRAULICA LTDA Diskmatel APS SANTA RITA DIMEX PEU ELETRICIDADE SULMINAS FIOS E CABOS LTDA DIMENSIONAL Grupo Santa Clara Materiais Elétricos Plenobras Proauto Realcenter Materiais Elétricos SANTA RITA Womatel Material Eletrico MUTTER DISTRIBUIDORA Centelha DIMEX NORTEL Eletro Transol NORTEL Centelha COLONIAL LUSTRES Eletrica PJ GRUPO POLICOM Polar Materiais Elétricos Sul Distribuidora ELETROMIL CCA SIBRATEC COSTABAHIA EVEREST ELETRICIDADE Andra Materiais Elétricos GALASSO MATERIAIS ELÉTRICOS E TINTAS Bertel NORTEL SANTA RITA TENET DO BRASIL Alpha Marktec Materiais Elétricos Andra Materiais Elétricos APS CASA FERREIRA Comercial Dimel Ltda Comercial Gonçalves Comesp Comercial Elétrica Ltda CrossfoX Elétrica DIMENSIONAL Elétrica Aricanduva Eletrica Neblina Eletrica PJ Eletroferro EMBRAMAT Fecva GRUPO POLICOM IRMÃOS SALFATIS JMC Comercial Elétrica LTDA Kienzle Controls Histec Comercial Megabras
Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Principais produtos que comercializa
Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)
82
X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X x x X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X x x x X X X X X X X X X X X
X X X X
X X
X
X x
X
83
X X X X X
X X
X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X
X X X X X x
X X X X X x
X X X X X x
X X X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X X X
X X X X X X X X X X
X
X X X X X X X X
X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X x
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X x
X X
X
X
X
X
X X X
X
X X
X X X X X
X X X
X X
X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X x x x
X X X X X X X X X X x
Outros
X X X X
Consumidor final
X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Empresas públicas
X X X X
Empresas de manutenção
X X X X
Empresas de engenharia
Indústria em geral
Concessionárias de energia elétrica
Serviços de instalação ou manutenção de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
Projetos de instalações elétricas, iluminação, sistemas de automação, etc
Importações diretas de produtos
X X X
X X X
X
Instaladoras
X X
X X X X X X X X X X X
Principais clientes
Construtoras
X X X
Corpo técnico especializado para suporte ao cliente
SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP SP ES ES ES ES SP SP SC MG MG MG ES ES
Equipamentos de proteção individual e coletiva
UF
São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo São Paulo Serra Serra Serra Serra Sorocaba Terra Preta Tijucas Uberaba Uberlândia Uberlândia Vitoria Vitoria
Ferramentas
Cidade
www.nofercoeX.com.br www.nortel.com.br www.omicronservice.com.br www.pandaeletrica.com.br www.polarb2b.com www.safebysafe.com.br www.sonepar.com.br www.suldistribuidora.com.br www.supereletrica.com.br www.dimexbr.com www.everestnet.com.br www.alphamarktec.com.br www.centelhario.com.br www.dimexbr.com www.nortel.com.br www.proautomacao.com.br www.lugo.com.br www.santarita.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricadw.com.br www.eletricacidade.com.br www.eletricapj.com.br www.eletromil.com.br
Automação industrial
Site
(11) 3473-3913 (11) 3728-3000 (11) 5061-8566 (11) 5525-3320 (11) 3181-8545 (11) 2609-0600 (11) 2165-8244 (11) 5641-7288 (11) 3931-0522 (11) 5018-1030 (11) 2902-4700 (27) 3064-8100 (27) 2123-5700 (27) 3421-1000 (27) 2125-7700 (15) 3031-7400 (11) 4486-8400 (48) 3263-0352 (34) 99817-6006 (34) 4009-3800 (34) 3256-4944 (27) 2104-0812 (27) 3357-1000
Automação comercial
Telefone
Noferco NORTEL OMICRON SERVICE PANDA Polar Materiais Elétricos SAFE BY SAFE EQUIP. SEGURANÇAS Sonepar Brasil Sul Distribuidora SUPERELETRICA DIMEX EVEREST ELETRICIDADE Alpha Marktec Materiais Elétricos Centelha DIMEX NORTEL Proauto LUGO SANTA RITA ELÉTRICA CIDADE LTDA COMERCIAL ELETRICA DW ELÉTRICA CIDADE LTDA Eletrica PJ ELETROMIL
Automação residencial
Empresa
Material elétrico de Alta Tensão (> 36 kV)
Principais produtos que comercializa
Treinamento técnico para os clientes
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X x x x
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Por Sergio Roberto Santos*
Interfaces isolantes
Para proteger as instalações elétricas
fornecedores destas interfaces.
e seus equipamentos eletroeletrônicos, a
As interfaces isolantes interrompem
norma ABNT NBR 5419:2015 - Proteção
a condução galvânica em parte de um
contra Descargas Atmosféricas apresenta
circuito elétrico, impedindo a passagem
as Medidas de Proteção contra Surtos
da corrente conduzida. A energia ou
(MPS). Uma destas medidas é a utilização
sinal sendo transmitido é restabelecido
de
posteriormente na saída da interface
interfaces
isolantes,
que
serão
apresentadas neste artigo.
isolante, eliminando um surto de corrente,
Interfaces isolantes são dispositivos
atuando como MPS, ou outras formas de
capazes
eliminam
interferência eletromagnética. Por isso, ao
conduzidos
contrário dos DPSs, as interfaces isolantes
de
reduzir,
completamente,
os
não
surtos
que
são utilizadas em outras aplicações para a
passam de uma Zona de Proteção contra
compatibilidade eletromagnéticas além da
Raios (ZPR) ¹ para outra. Por minimizar os
proteção contra surtos.
efeitos dos surtos nas linhas que entram em
Interfaces
uma ZPR, as interfaces isolantes podem ser
ser
utilizadas como uma medida complementar
optoacopladores (Figura 1) ou, em sentido
ou substituta à instalação dos Dispositivos
mais amplo, uma rede de fibras óticas,
de Proteção contra Surtos (DPS).
sendo mais empregadas como filtros para
evitar
através
de
condutores
elétricos
Embora as interfaces isolantes possam
isolantes
transformadores
interferências
de
podem isolação,
eletromagnéticas
ser empregadas na redução dos efeitos
em circuitos de medição, automação ou
do LEMP (Pulso eletromagnético devido
segurança. Por este motivo, as interfaces
às descargas atmosféricas), elas próprias,
isolantes não são dispositivos aos quais
muitas vezes, necessitam da proteção
muitos engenheiros eletricistas estejam
de um DPS instalado antes delas, já que
familiarizados, subavaliando a sua eficiência
possuem, como qualquer equipamento
como MPSs.
eletroeletrônico,
Ao implementar as MPSs em uma
uma
determinada
suportabilidade. A coordenação entre a
estrutura
suportabilidade das interfaces isolantes
desfavorável
com o nível de proteção (Up) dos DPSs é
aplicar interfaces isolantes para evitar
obtida por meio da aplicação da norma
interferências
internacional IEC 60664-1:2007, Insulation
causadas nos equipamentos e suas linhas
coordination for equipment within low-
de sinal por grandes laços condutores ou
voltage
principles,
a falta de uma interligação equipotencial
requirements and tests. De um ponto
de baixa impedância. Neste caso, mais
de vista mais prático, estas informações
frequente em instalações TN-C, pode-se
deverão
separar
systems,
ser
Part
1
disponibilizadas
pelos
existente, ao em
uma
projetista, frequência
adequadamente
situação pode-se industrial
instalações
85
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
As interfaces isolantes são uma das
medidas de proteção contra surtos, devendo por isso ser estudadas e consideradas por todos profissionais envolvidos na proteção contra descargas atmosféricas, que em algum
momento
deverão
projetá-las,
instalá-las ou inspecioná-las, dentro dos princípios apresentados na ABNT NBR Figura 1 – Diagrama de um optoacoplador.
5419:2015.
existentes de novas instalações através da
A nossa norma de proteção contra
Referências:
utilização de interfaces isolantes, como:
descargas atmosféricas recomenda, em
1 – Zonas de Proteção Contra Raios. Revista
relação às medidas apresentadas acima,
O Setor Elétrico, edição 114, junho de
1) Equipamentos isolados classe 2 (Como
que os instaladores não permitam a
2015. Disponível www.osetoreletrico.com.
aparelhos com dupla isolação, sem a
existência de conexões não intencionais
br/2016/2015/08/26/zonas-de-protecao-
presença de um condutor PE);
dos invólucros metálicos dos equipamentos
contra-raios
2) Transformador isolador;
com
3) Cabos de fibra ótica sem componentes
ou outras partes metálicas, quaisquer, da
*Sergio Roberto Santos é engenheiro eletricista
estruturais metálicos;
instalação, para que eles estejam de fato
e membro da comissão de estudos CE 03:64.10,
4) Optoacopladores.
isolados.
do CB-3 da ABNT.
terminais
de
equipotencialização
86
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
O que deve ser ensaiado em uma PDA?
Quando o assunto é descarga atmosférica, o valor referência a ser
constantemente perseguido nos ensaios deve sempre estar atrelado à integridade física dos componentes e, consequentemente, da instalação da Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA).
Sendo assim, a seção 7 da parte 3 e o item 9.3 da parte 4 tratam,
dentre outras, das premissas recomendadas para a correta inspeção em uma PDA. Dessa maneira, as recomendações ali presentes complementadas pelo anexo F da parte 3 visam determinar se não há descontinuidade elétrica no eletrodo de aterramento convencional, subitem 7.3.2 da parte 3, e nos condutores de equipotencialização da instalação, subitem 9.3.2.3 da parte 4.
Já o mencionado anexo F apresenta a forma de ensaio para validar
os pilares como condutores naturais de descida e os elementos da estrutura do concreto armado ou outros elementos metálicos (desde que estes estejam em conformidade com as exigências normativas) em prédios existentes. Neste anexo é descrita também uma verificação final que mostra a maneira de ensaiar continuidade elétrica desde o ponto extremo superior do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas(SPDA) até o seu eletrodo de aterramento. Mas e os 10 Ohm?
A ABNT NBR 5419:2015 adota outras medidas para contenção
das tensões superficiais (toque e passo), veja seção 8 da parte 3 e, portanto, não recomenda nenhum valor de resistência ôhmica relacionado ao eletrodo de aterramento.
Sendo assim, pode-se afirmar que os ensaios normalizados,
relacionados na ABNT NBR 5419:2015, estão resumidos na verificação da continuidade elétrica de elementos condutores em suas mais variadas nuances.
NR 10
88
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Voltando às raízes Na
edição
passada,
terceirização,
que
determinantes
da
foi
tratamos
um
dos
necessidade
da
fatores de
se
reescrever a NR 10. Já tratamos desse assunto mais de uma vez nesta coluna em 2015 e focamos no item 14.2: 10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.
Sempre que forem verificadas situações
perigosas nas instalações elétricas, quer pelo seu uso inadequado, pela aproximação indevida, construções vizinhas ou qualquer outra ação de terceiros, as empresas responsáveis devem adotar as medidas de controle imediato e oferecer denúncia aos órgãos públicos que tenham competência para intervir a favor da segurança com a eliminação da situação perigosa e demais providências necessárias. Ocorre,
no
entanto,
que
empresas
concessionárias na área de distribuição, que reclamam constantemente das “perdas não comerciais”, acabam proporcionando perda e risco.
Naturalmente, alguém paga as “perdas”,
já que nenhuma empresa poderia sobreviver com uma sangria de 20% ou 30% de seu
facilita os “gatos” e expõe a risco moradores
(postes), o que, aliás, é feito ao total arrepio
faturamento.
de prédios vizinhos das instalações e os
das regras estabelecidas pela Aneel.
Mas o que realmente impressiona é que
trabalhadores não apenas da área elétrica,
a desordem da distribuição elétrica, além
mas também de telefonia, TV a cabo e
de mosaico de fotos de instalações elétricas
de ser a principal responsável pelas perdas,
qualquer um que compartilhe as estruturas
que dispensam legenda.
Confira, na página ao lado, uma espécie
O Setor ElĂŠtrico / Outubro de 2017
89
90
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
Os desafios técnicos da geração distribuída
Em
uma
utilizada
pelo
adaptação Instituto
da
de consumo, a associação das fontes
Devido a sua extensão o modelo sofre
de
renováveis (solar, eólica, biomassa) a
críticas quanto às consideráveis perdas
definição
Nacional
Geração
um conjunto de baterias produziria um
e exposição a riscos físicos e redução
Distribuída (GD) seria uma “expressão
sistema de energia autônomo sem a
da confiabilidade, contudo, do ponto de
utilizada para designar a geração de
necessidade de distribuidora de energia
vista dos grandes consumidores que
energia elétrica realizada junto ou próxima
local que se apresenta como uma solução
possuem, por exemplo, grupos geradores
do(s) consumidor (es) independentemente
de fonte “tempo real” para as cargas. As
para operação em contingência e de forma
da potência, tecnologia e fonte de energia
vedetes da GD, geração eólica e solar,
isolada, percebe-se a redução da qualidade
e com independência, mesmo que em parte
são as oportunidades no campo das
de energia quando estes equipamentos
do tempo, da companhia distribuidora
fontes sustentáveis. A biomassa é outra
abastecem as cargas. De uma forma
local.
Eficiência
Energética
(Inee),
As resoluções Aneel 482 e 687
fonte com características semelhantes
geral, os geradores de contingência local
trataram de organizar e normalizar as
neste aspecto. As pequenas centrais
possuem impedâncias maiores da ordem
condições
de
hidrelétricas (PCHs) a fio d´água apesar
de três vezes às dos transformadores
sistemas de GD dos consumidores aos
de gerarem energia com fonte renovável
(em valores pu) e este resultados são
das distribuidoras locais preparando os
são questionadas pelo uso da água e
observados na regulação de tensão mais
aspectos técnicos e de segurança, a
dependência da mesma, além de baixo
pobre na mesma proporção quando a
relação financeira, a compensação de
fator de capacidade.
carga é alimentada pelos geradores que
energias, o financiamento da infraestrutura
substituem a rede da distribuidora por
e outras questões e responsabilidades em
reflexão:
técnicas
de
conexão
Vejamos, porém, alguns aspectos para
alguma razão. A regulação de tensão é definida diretamente pela potência de
sistemas conectados aos da distribuidora local.
A questão a ser aqui tratada considera
1 - Aspectos de atendimento da carga e regulação de tensão
curto-circuito nos barramentos. Geradores com motores a gás natural possuem ainda uma resposta mais pobre que os clássicos
a discussão desta operação da GD
que
usam
diesel
como
combustível,
com independência parcial ou total da
A
distribuidora local, ou como o mercado
utilizando
tem tratado a operação denominada
termelétricas associadas a sistemas de
da energia.
“ilhada” ou “isolada”, quando não existe
transmissão e distribuição impõe ao nosso
Imaginando-se
a conexão. O tema é cada vez mais
sistema elétrico interligado capacidade
com fonte fotovoltaica associada a um
discutido e a entrada no mercado de
de atendimento aos consumidores com
sistema de “storage” com baterias, a
sistemas de storage merece efetivamente
qualidade de energia adequada e que
tarefa da manutenção da qualidade da
atenção
devem atender a padrões de normalização.
energia na alimentação das cargas em
especial.
Como
um
sonho
geração
clássica
grandes
de
energia
hidrelétricas
e
contribuindo para a redução da qualidade um
sistema
isolado
91
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
tensão alternada terá forte dependência
geração com baixa carga, ou flutuações
reduzem o tamanho da fonte PV e
do comportamento dos inversores. Estes
de tensão em instantes de sombra ou
naturalmente os investimentos associados.
por sua vez possuem limitação em atender
ainda a ocorrência de supra harmônicas
O
a partida de motores e outras cargas
características do sistema de controle
relacionado a compatibilidade da fonte
“nervosas” como elevadores e cargas
(frequência dos pulsos) do inversor / IGBT.
(regulação de tensão, que até então
industriais. A interação entre os inversores
desafio
a
ser
vencido
está
tem sido dependente da potência de
da geração e os outros inversores de
5 - Investimentos
curto) às cargas. Cargas que demandem
acionamento da carga responderá pela boa
Antes de se definir por investimentos
confiabilidade operacional ou que possuam
operação do sistema além de rendimento e
em geração PV ou outra, recomenda-se
ciclos de operação variáveis devem ser
outras variáveis operacionais.
avaliar potenciais de Eficiência energética,
conectadas a fontes compatíveis. Todo
uma vez que ações de eficiência energética
cuidado é pouco e necessário.
2 - Aspectos de confiabilidade e disponibilidade
Sistemas de suprimento de energia
pelas
distribuidoras
em
consumidores
industriais e comerciais como conhecemos possuem aspectos de disponibilidade que dependem da topologia destas redes de distribuição e interligação ao sistema de transmissão. Devido a esta topologia e investimentos em sistemas de manobra e proteção, os indicadores de confiabilidade têm aumentado. A energia de alimentação destas cargas é um “mix” disponibilizado pelo planejamento de operação do Sistema interligado nacional (SIN) em cuidadosa operação.
3 - Aspectos de disponibilidade das fontes da GD
Ao contrário da disponibilidade de gás
natural, biomassa, ou óleo, as fontes de GD, como o sol, vento e mesmo biomassa, dependem de fatores naturais e outros. Mesmo que se preveja o uso de baterias, a fonte pode não estar sempre presente comprometendo
toda
a
operação.
O
perfil de carga e “de fonte” é outro ponto importante. No instante em que a carga for acionada deve haver fonte para supri-la.
4 - Cuidados com operação da GD em paralelo com a rede
Mesmo nos casos da GD operando
em paralelo com a rede da distribuidora em geração conectada, que se apresenta como a melhor solução técnica são verificadas sobre tensões em situações de
92
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Novos requisitos para proteção de ambientes pressurizados “Ex” localizados em áreas classificadas
Quando
do
de
de frequência e equipamentos para o
permanecer
instalações em atmosferas explosivas,
sistema digital de automação, tais como
possuir um tipo de proteção “Ex” e um
as subestações elétricas e as casas
Switches óticos, GPS e servidores.
EPL adequado, de forma a proporcionar
de
controle
projeto
locais
são
básico
planejadas
energizados
necessitam
Nas salas de controle são instalados,
segurança na eventual presença de
para serem instaladas, sempre que
dentre outros equipamentos e sistemas,
uma atmosfera explosiva no interior do
possível, fora das extensões das áreas
os sistemas de telecomunicações e
ambiente pressurizado ou ventilado.
classificadas.
faz
o SSC (Sistema de Supervisão de
Os
com que os equipamentos elétricos,
Controle), incluindo painéis de SDCD
requerem atender a uma série de
de automação e de telecomunicações
e de PLC. Todos estes equipamentos
requisitos, indicados na norma técnica
a serem instalados no seu interior
não são adequados para instalação
brasileira adotada ABNT NBR IEC
possam ser equipamentos industriais
em áreas classificadas e, por este
60079-13 – Atmosferas explosivas -
“comuns” ou seja, sem a necessidade
motivo, nestes casos, necessitam ser
Parte 13: Proteção de equipamentos
de possuírem tipos de proteção “Ex”.
instalados em ambientes protegidos por
por ambiente pressurizado “p”. Podem
pressurização, livres da presença de
ser citados como exemplos destes
atmosferas explosivas.
requisitos a necessidade de o sistema
de
Esta
boa
prática
No entanto, em diversas ocasiões,
esta
boa
utilizada,
prática por
econômicas,
não
questões como,
pode técnicas
e
Nestes casos, as salas de painéis e
pressurização
de
pressurização
possuir
máquinas
exemplo,
salas de controle são instaladas dentro
redundantes (ventiladores em stand-by),
pela indisponibilidade de áreas não
de áreas classificadas. De forma a
instalação de sensores de pressão
classificadas ou pela existência de
manter estes ambientes devidamente
diferencial entre o ambiente interno e
grandes distâncias entre a área não
seguros,
de
o externo, instalação de detectores de
classificada
atmosferas explosivas ao seu redor, são
gases inflamáveis no ponto de captação
contendo atmosferas explosiva.
instalados sistemas de pressurização
de ar externo.
Podem ser citados como exemplos
que fazem com que exista sempre um
São
destes casos os módulos de salas de
sobrepressão de ar interna, impedindo
dentre outros, os seguintes tópicos:
painéis elétricos e casas de controle
que a atmosfera explosiva existente no
rigidez
em FPSOS e subestações elétricas e
lado externo possa ingressar para o
pressurizado, portas de acesso de
casas de controle locais em refinarias
interior dos ambientes pressurizados.
pessoal, dutos de ventilação, ciclos de
de petróleo e em plantas petroquímicas.
Além disso, em caso de perda
purga, prevenção de ignição em caso
Nestas
de
os
de falha do sistema de pressurização,
painéis de distribuição e manobra de alta
equipamentos elétricos, eletrônicos e
fonte do ar limpo de pressurização,
e baixa tensão, bem como conversores
de telecomunicações que necessitem
antecâmaras, sistema de pressurização,
e
as
subestações
por
ser
sistemas
áreas
são
industriais
instalados
mesmo
na
sobrepressão
existência
interna,
especificados mecânica
nesta do
norma,
ambiente
93
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
dispositivos de segurança, detectores
proteção “px”, “py”, “pz” e “pv”;
a execução dos respectivos trabalhos
de gases, ensaios de purga e de
c) Definição das diferenças técnicas
de atualização, de forma a manter esta
sobrepressão,
entre os tipos de proteção “Ex” para
norma ABNT devidamente equivalente
mínima e marcação dos ambientes.
os sistemas de pressurização e de
e harmonizada com os requisitos da
Foi publicada em 22/05/2017 a
ventilação artificial;
respectiva norma internacional IEC.
Edição 2.0 da norma técnica internacional
d) Exclusão
IEC 60079-13 – Atmosferas explosivas
proteção dos ambientes por meio de
ambientes
– Parte 13: Proteção de equipamentos
gás inerte ou com gás inflamável do
emitidos
por ambiente pressurizado “p” e por
escopo desta norma;
dentro do sistema de certificação de
ambiente artificialmente ventilado “v”.
e) Inclusão de um Anexo (informativo)
equipamentos
Esta segunda edição desta norma,
para a apresentação de exemplos e
diversos organismos de certificação
elaborada pelos países participantes
de guias de aplicações onde os tipos
“Ex”
do TC 31 da IEC, incluindo o Brasil,
de proteção por pressurização ou por
Norma IEC 60079-13, cerca de 20
incorpora as seguintes modificações
ventilação artificial podem ser utilizados
certificados internacionais para este tipo
técnicas significativas em relação à
de forma independentes ou em conjunto.
de construção, incluindo contêineres
pressão
diferencial
da
possibilidade
de
edição anterior, publicada em 2010:
No
âmbito
da
certificação
pressurizados até
o
“p”,
presente
“Ex”
reconhecidos,
do com
de
foram
momento,
IECEx, base
por na
pressurizados, sistemas de purga e A
Comissão
de
Estudo
CE
pressurização e módulos pressurizados
a) Modificação no título da Norma, de
003.031.005 do Subcomitê SC 31 do
móveis para utilização offshore.
forma a incluir os ambientes artificialmente
Cobei, responsável pela elaboração e
Mais informações sobre a nova
ventilados
“v”,
adicionalmente
aos
atualização da respectiva norma técnica
edição da norma internacional IEC
ambientes pressurizados “p”;
brasileira adotada ABNT NBR IEC
60079-33 estão disponíveis em:
b) Incluídos os tipos de proteção “pb”,
60079-13 (inicialmente publicada em
https://webstore.iec.ch/
“pc” e “vc” e excluídos os tipos de
2007 e atualizada em 2012) já iniciou
publication/32164
94
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Por José Rubens Macedo Jr.*
Tutorial Variações de tensão de curta duração – Parte 2
Agregação de eventos de VTCD
• Agregação de fases pelo critério da união
os eventos registrados. Ao mesmo tempo, a
A quantificação dos índices de severidade
de fases: quando o sistema de monitoração
amplitude do evento agregado será igual à
dos pontos de monitoração, associada à
possuir múltiplos canais de registro como,
amplitude do evento que mais se distanciou
ocorrência de VTCDs (a exemplo do Fator de
por exemplo, três canais de tensão para
da tensão de referência. A Figura 2 ilustra a
Impacto), nem sempre pode ser realizada pela
medição
a
aplicação do critério dos parâmetros críticos.
simples caracterização de eventos individuais.
amplitude do evento agregado será definida
• Agregação de fases peto critério da fase
Em termos práticos, diferentes interpretações
pela tensão residual da fase com maior desvio
crítica: considerando-se eventos simultâneos
podem ser obtidas visando a caracterização
em relação à tensão de referência. O instante
associados
de um determinado evento individual. Nesse
de início do evento agregado será o instante
com registro trifásico, considera-se que a
sentido, o presente tópico apresenta os
no qual a primeira das fases ultrapassa o
magnitude do evento agregado seja aquela
fundamentos básicos, assim como exemplos
limite estabelecido. O instante final do evento
associada à fase que mais se distanciou da
de aplicação nos quais diferentes registros
agregado será o instante no qual a última
tensão de referência, sendo que a duração
de VTCD devem ser agregados antes de se
das fases volta a transpor o mesmo limite,
desse mesmo evento individual será a
proceder o cálculo do Fator de Impacto (FI).
acrescido da histerese. A duração do evento
duração do evento agregado. A Figura 3
O
eventos
agregado, portanto, será a diferença entre
ilustra a aplicação desse critério.
simultâneos e/ou consecutivos, registrados
esses dois instantes, conforme ilustrado na
em um determinado ponto de monitoração,
Figura 1.
devem ser agregados de forma a caracterizar
• Agregação de fases pelo critério dos
de fases deve ser preferencialmente utilizada,
um único evento de VTCD. Dessa forma, o
parâmetros
considerando-se
conforme sugestão dos pesquisadores da
indicador FI somente deverá ser quantificado
eventos simultâneos associados a pontos
UFU. No entanto, conforme definido pelo
após
de monitoração com registro trifásico, a
Prodist, o critério dos parâmetros críticos,
Prodist
duração do evento agregado será definida
assim como o critério da fase crítica, podem
estabelece duas formas específicas de
como sendo a máxima duração entre todos
ser utilizados como formas alternativas.
Prodist
estabelece
concluídas
pertinentes.
todas
Nesse
que
as
sentido,
agregações o
de
barramentos
trifásicos,
críticos:
a
pontos
agregação de fases e agregação temporal.
Agregação de fases A agregação de fases estabelece que,
para um determinado ponto de monitoração, uma VTCD deve ser caracterizada a partir da agregação da amplitude e da duração dos eventos individuais registrados em cada fase ou canal de medição. Dessa forma, eventos simultâneos são primeiramente agregados compondo um mesmo evento no ponto de monitoração. Para esse tipo de agregação são definidos os seguintes critérios:
monitoração
A agregação de fases pelo critério da união
agregação de eventos individuais, a saber:
de
Figura 1 – Exemplo de aplicação do critério da união de fases.
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
95
Figura 2 – Exemplo de aplicação do critério dos parâmetros críticos.
Figura 3 – Exemplo de aplicação do critério da fase crítica.
O Prodist estabelece ainda que elevações e afundamentos de tensão de curta duração
devem compor eventos separados. A Figura 4 ilustra essa situação, considerando-se o critério da união de fases.
Figura 4 – Eventos simultâneos envolvendo elevação e afundamento de tensão de curta duração.
Agregação temporal
A agregação temporal considera que eventos consecutivos, em um período de três
minutos, para um mesmo ponto de monitoração, sejam agregados compondo um único
96
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
evento de VTCD. Os eventos consecutivos associados a religamentos automáticos na rede de distribuição são exemplos típicos de situações nas quais deve ser utilizado esse tipo de agregação. A
agregação
referência
[2],
temporal, deverá
ser
conforme aplicada
considerando-se os parâmetros críticos dos eventos consecutivos registrados. Assim, a duração do evento agregado será
Figura 5 – Exemplo de aplicação da agregação temporal para eventos consecutivos.
definida como sendo a máxima duração entre todos os eventos registrados. Ao mesmo tempo, a amplitude do evento agregado será igual a amplitude do evento que mais se distanciou da tensão de referência. A Figura 5 ilustra a aplicação de um exemplo de agregação temporal com base nos parâmetros críticos (maior duração e maior amplitude). Ressalta-se que a agregação temporal deve ser realizada após as devidas agregações de fase para eventos simultâneos. De
forma
a
se
subjetividade
na
determinada
sequência
evitar
agregação de
Figura 6 – Exemplo de aplicação da agregação temporal quando um dos eventos consecutivos coincide com o instante final da janela de agregação de três minutos.
qualquer de
uma
eventos
consecutivos, ainda que eles estejam associados a uma mesma falha na rede elétrica, sugere-se que quando um dos eventos consecutivos for coincidente com o instante final da janela de agregação de três minutos, ou estiver no limiar desse instante, sejam adotados os critérios indicados nas Figuras 6 e 7.
No caso da Figura 6, o fim da janela
de agregação de três minutos coincide
Figura 7 – Exemplo de aplicação da agregação temporal quando a sequência de eventos ultrapassa o período de agregação de três minutos.
com a janela de duração do último evento da sequência. Nesse caso, esse
instante final da janela de agregação de
Referências bibliográficas
último evento deverá ser considerado
três minutos, deverão ser computados
[1] ANEEL – Agência Nacional de Energia
para efeito de agregação temporal da
dois eventos agregados distintos.
Elétrica. Procedimentos de Distribuição.
sequência de eventos, ainda que o tempo
Por fim, a referência [2] apresenta
Módulo 8, Qualidade da Energia Elétrica.
total decorrido entre o instante inicial do
uma outra forma de agregação temporal,
Revisão 8. 2016.
primeiro evento e o instante final do último
a qual considera que a duração do evento
[2] IEEE PES. IEEE Guide for Voltage Sag
evento da sequência extrapole a janela
agregado é igual a soma das durações
Indices. IEEE Std 1564 -2014.
de três minutos. Nesse caso, portanto, o
de todos os eventos, desde que o tempo
[3] IEC
resultado da agregação consistirá em um
decorrido entre os eventos consecutivos
Commission.
único evento agregado. Por outro lado,
seja muito curto (< 1 segundo). Todavia,
(EMC) – Part 4.30: Testing and measurement
a Figura 7 sugere que quando um dos
essa situação não está prevista no Prodist
techniques
eventos consecutivos se iniciar após o
e não deve ser considerada.
methods. IEC 61000-4-30. Edition 2.0, 2008-10.
–
International Electromagnetic
–
Power
quality
Electrotechnical compatibility measurement
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
97
Sobre a Tarifa Branca
A tarifa branca é uma nova opção de tarifa
priorizem o uso desses itens fora do período
unidades a partir de 2020. Caso a unidade
para a conta de luz do consumidor brasileiro
de ponta. O chuveiro elétrico é o elemento
que aderir não fique satisfeita, poderá retornar
prevista para entrar em vigor em janeiro de
da residência que mais consome energia,
para a tarifa convencional depois de 30 dias.
2018. A seguir, alguns esclarecimentos:
portanto, se você utiliza chuveiro a gás, a
Se mudarem de ideia novamente e quiserem
adesão à tarifa já pode se justificar sem a
voltar para a tarifa branca, só poderão fazê-lo
necessidade de alterar o padrão de consumo.
depois de 180 dias. Vale ressaltar que a
1 – O que é a tarifa branca? A partir de 1º
tarifa diferenciada não valerá para os grandes
de janeiro do próximo ano, os consumidores poderão solicitar a adesão à tarifa branca
4 – E o que muda para as concessionárias
consumidores, como as indústrias, nem para
de energia elétrica, que basicamente é a
e distribuidoras de energia? A distribuição
quem é incluído na tarifa social de energia.
escolha da adoção de preço diferente de
do consumo ao longo do dia deve resultar
acordo com o horário de consumo, o que já
em postergação de investimentos na rede
7 – O que será preciso fazer para aderir?
ocorre em países da Europa. Com a tarifa
de energia. A adoção da tarifa branca tem
Para aderir à tarifa branca, os consumidores
branca, a energia consumida fora do horário
um impacto significativo nos processos
precisam
de pico será mais barata, porém, é importante
de medição e eficiência energética que as
distribuidora a partir de janeiro do ano
que cada consumidor conheça o seu perfil
distribuidoras de energia adotam. O uso da
referente ao planejamento. A distribuidora irá
de consumo na hora de optar entre a tarifa
tecnologia será fundamental para colher os
instalar um novo tipo de medidor de energia
branca e a convencional.
dados de consumo remotamente, cruzar
que contabilize o consumo para os diferentes
formalizar
sua
opção
na
esses dados e direcionar melhor ações
postos horários. Os custos do medidor e
2 – O que muda para o consumidor? Com
de eficiência energética na distribuição de
do serviço serão de responsabilidade da
as novas regras, nos dias úteis o preço da
energia.
distribuidora.
ponta, intermediário e fora de ponta. O
5 – Por que a tarifa branca pode ser
8 – Qual a expectativa de adesão? A
horário de ponta, com a energia mais cara,
importante para a nossa economia? Com a
expectativa da Aneel é que 2,5 milhões de
terá duração de três horas, geralmente na
adesão da tarifa branca por grande parte dos
unidades consumidoras façam a adesão à
parte da noite. A taxa intermediária será uma
brasileiros, o hábito de consumo de energia
tarifa branca nessa primeira fase.
hora antes e uma hora depois do horário de
no país poderia mudar, resultando em melhora
ponta. Nos feriados nacionais e nos fins de
e aumento da eficiência das distribuidoras de
semana, o valor é sempre fora de ponta. As
energia e diminuição de custos repassados à
faixas de horários variam de acordo com a
sociedade, inclusive no alivio da inflação. Um
distribuidora que atende a região.
amplo programa de comunicação por parte
energia será dividido em três postos horários:
do governo sobre as vantagens da tarifa 3 – Como saber se a adesão é vantajosa ou
branca seria de fundamental importância.
não? É necessário observar em quais horários você e sua família normalmente fazem uso do
6 – Quem pode e quem não pode aderir?
chuveiro elétrico e dos eletrodomésticos, tais
A Aneel determina um cronograma de três
como ar condicionado, forno elétrico, micro-
fases: (1) Unidades que consomem mais de
ondas, ferro de passar roupa e secador de
500 kWh em média por mês poderão optar
cabelos (que são geralmente os que mais
por aderir à tarifa branca a partir de 2018; (2)
consomem energia). Se optar pela tarifa
para quem consome entre 250 kWh e 500
branca, você pode adotar hábitos que
kWh, a partir de 2019; (3) e o restante das
Por Juliana Rios, gerente da CAS Tecnologia.
98
Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Outubro de 2017
Alubar 35 (91) 3754-7100 comercial.cabos@alubar.net www.alubar.net.br
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