Ano 12 - Edição 143 Dezembro de 2017
Partida de motores
Estudo de caso sobre afundamentos de tensão em motores de indução trifásicos MEDIÇÃO, AUTOMAÇÃO E GERENCIAMENTO DE ENERGIA Empresas encerram 2017 com crescimento médio de 8,5% RENOVÁVEIS Geração solar fotovoltaica: aspectos que influenciam o rendimento da instalação
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Suely Mascaretti - Suely@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
Suplemento Renováveis 39 Geração solar fotovoltaica: análise dos aspectos que influenciam o rendimento da instalação.
8
Indústria eletroeletrônica deve crescer 7% em 2018; Tarifa branca entra em vigor; Leilões de transmissão e de geração movimentam mercado de GTD em dezembro; EDP e BMW criam espécie de corredor elétrico entre
Consultor técnico José Starosta
Rio e São Paulo; Osram conquista prêmio internacional de iluminação. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.
Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Marcelo Paulino, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Alan Rômulo Queiroz, Cristiano Santos Carvalho, Eduardo César Senger, Guilherme Freitas, Hirofumi Takayanagi, Igor Ferreira do Prado, João Henrique Zancanella, Luciene Queiroz, Marcelo Bento Pisani, Normando V. B. Alves, Paulo Victor de Souza Borges, Rinaldo Botelho, Rodrigo Dórea da Silva, Taís Mirele da Silva e Uriel Horta. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Shutterstock | supergenijalac Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
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Filiada à
Painel de notícias
21
Fascículos
32
Aula prática - Eficiência Queda de tensão na partida de motores em sistemas industriais.
50
Pesquisa – Teste, medição, gerenciamento de energia e automação Apesar da desaceleração econômica, empresas do setor preveem encerrar o ano de 2017 com 8,5% de crescimento médio.
60
Espaço 5419 Os motivos para não aplicar a norma técnica e as razões para usá-la. Colunistas
62 64 66 68
Jobson Modena – Proteção contra raios
72
Dicas de instalação
João José Barrico – NR 10 José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
O impacto do aumento do preço da energia elétrica sobre os data centers.
73
Ponto de vista Proteção e seletividade: o pouco conhecimento compartilhado.
3
Editorial
4
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017 Capa ed 143_A.pdf
1
1/5/18
4:40 PM
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Ano 12 - Edição 143 Dezembro de 2017
Partida de motores
Estudo de caso sobre afundamentos de tensão em motores de indução trifásicos O Setor Elétrico - Ano 12 - Edição 143 – Dezembro de 2017
Fôlego para o setor
Aconteceu de tudo em 2017. De “carne fraca” a milhões em
MEDIÇÃO, AUTOMAÇÃO E GERENCIAMENTO DE ENERGIA Empresas encerram 2017 com crescimento médio de 8,5% RENOVÁVEIS Geração solar fotovoltaica: aspectos que influenciam o rendimento da instalação
Edição 143
ano. No entanto, em outubro, o mercado financeiro ampliou as
apartamento (não coube na tradicional cueca), o ano conta com
projeções para o crescimento da economia brasileira. Os analistas
uma retrospectiva digna de filme de terror ou, ao menos, uma
ampliaram de 0,70% para 0,72% a previsão para a expansão do
trágica comédia, considerando alguns fatos que é melhor rir do
PIB e, para 2018, a projeção de aumento para o PIB, que era
que chorar.
de 2,43%, passou para 2,50%. Isso fez com que os ânimos da
indústria melhorassem e a Abinee chegou a elevar sua projeção
O ano começou com a posse do novo presidente norte-
americano, que já nos primeiros dias mostrou a que veio e
de crescimento do setor eletroeletrônico para 7% em 2018, com
provocou polêmicas durante o ano inteiro. E este foi apenas o
estimativa de que o nível de emprego aumente dos atuais 237,2
primeiro ano de mandato. Aqui no Brasil, as delações premiadas
mil para 241 mil postos de trabalho.
nos trouxeram surpresas quase que diariamente. A maioria
delas, no entanto, estampava os jornais num dia e era esquecida
importante e que deverão movimentar o setor elétrico neste
no outro. Já a Reforma Trabalhista foi, enfim, aprovada. Entre
ano, especialmente, o leilão de transmissão e os certames
outras coisas, a nova CLT promete um “diálogo” aberto entre
de energia nova A-4 e A-6. O primeiro negociou 11 lotes de
empregado e empregador. A indústria, claro, respira aliviada e o
transmissão localizados em 10 Estados e gerou R$ 8,7 bilhões de
fato tem motivado o empresariado. Tivemos ainda o fenômeno
investimentos. Já no leilão de energia nova A-6, foram contratados
(e case de marketing) Anitta, que é, hoje, considerada a cantora
63 novos empreendimentos de geração provenientes de eólica,
brasileira mais famosa mundo afora. Só dividiu os noticiários com
pequenas hidrelétricas, usinas térmicas e biomassa. Por fim, o A-4
a violência no Rio de Janeiro, que parece não ter fim, a começar
negociou 25 projetos de geração.
pela violência praticada pelos que lideraram o Estado por anos,
os ex-governadores Anthony Garotinho e Luiz Fernando Pezão,
de aprimoramento do marco legal anunciada pelo Ministério de
que foram, finalmente, presos. Não, espera. Garotinho foi solto
Minas e Energia (MME) e que esteve em consulta pública em
há algumas semanas. Por que mesmo? E ainda teve Paulo Maluf,
2017. Para os agentes do setor, o novo marco legal promoverá a
que, para o espanto de todos, foi preso no alto dos seus 86
desjudicialização do setor e estimulará as fontes renováveis.
anos, fazendo jus à máxima “a justiça tarda, mas não falha”. A
questão que fica é: com essa idade, privá-lo de sua liberdade fará
todos!
Os leilões realizados em dezembro de 2017 são outro ponto
Além disso, é esperada pelo setor a aprovação da proposta
Que 2018 seja mais produtivo e de muitas conquistas para
mesmo alguma diferença? E o valor arrecadado com as obras superfaturadas retornará para os cofres públicos?
Boa leitura!
No que diz respeito ao setor elétrico brasileiro, pouca coisa
de fato aconteceu. Nos boletins divulgados pela Abinee, mês
Abraços,
a mês acompanhamos uma intenção das indústrias elétrica e eletrônica de recuperação, mas os percentuais de expectativa de crescimento permaneceram muito tímidos durante todo o
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
Só o otimismo não basta. É preciso mão na massa
As perspectivas econômicas mostram boas chances de recuperação
para 2018, boas expectativas com alguns bons indicadores, apenas. Até que novos projetos cheguem às nossas empresas e nos ajudem a tirar o pé da lama vai demorar mais um pouco. Antes disso, teremos que assistir a esta turma que ainda está por aí a resolver o que fazer com o buraco acumulado por dezenas de anos da previdência, da consolidação da reforma trabalhista e como ficará a disputa eleitoral. Será que haverá aparentes mocinhos na briga ou ficaremos com os velhos (e até condenados) bandidos? Nossos sindicatos buscarão as saídas de sobrevivência. O que parece razoável é que os patronais sejam reduzidos àqueles que sempre trabalharam e, por esta razão, continuarão, claro, tendo que aumentar a atratividade, talvez com um pouco do modelo das associações de classe. Treinamentos e atualizações técnicas oferecidas aos associados parecem ser boas soluções. A mesma situação deverá ocorrer nos sindicatos de trabalhadores, que, agora, defenderão de forma efetiva seus associados, quando solicitados.
Na economia, a falta de investimentos decorrentes do momento político
continua a nos travar e tudo fica para depois do carnaval. Os homens de Brasília estão com suas remunerações garantidas, então, por que trabalhar?
Deveríamos estar agora discutindo a mudança no paradigma da geração
de energia no Brasil. Teremos chuva? O modelo das térmicas na base é bom? Teremos o “storage” e as PVs? Eólicas talvez? Quanto e como investiremos? Temos dinheiro? Leilão de eficiência energética? Loucura? E a construção civil? Voltará a empregar? Que tecnologias aplicadas são capazes de reduzir os custos de produção? Quais os congressos para 2018? Perguntas sem respostas. Respostas que talvez estejam nas urnas, mas antes das urnas, na análise, na discussão e no debate aberto de quem serão os escolhidos para nos representar em 2018. Vamos a ele, evitando que aventureiros tomem de assalto (literalmente) nosso país. Não podemos permitir isso outra vez!
É hora de seriedade, senão para que serve a democracia?
Painel de mercado
8
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Setor eletroeletrônico deverá crescer 7% em 2018 Faturamento do setor encerrará 2017 com crescimento de 5%. Para 2018, a estimativa é de que área de GTD cresça 10%. Leilões de energia ocorridos em dezembro são os grandes propulsores deste mercado
O faturamento da indústria eletroele
Faturamento da indústria elétrica e eletrônica (R$ milhões)
trônica deve encerrar 2017 em R$ 136
2016
Áreas
bilhões, o que representa um crescimento de 5% em relação ao ano passado, revertendo a tendência de resultados negativos dos últimos três anos. As
2017* X 2016
Automação industrial
4.167
4.375
5%
Componentes
9.913
10.490
5%
Equipamentos industriais
13.790
23.810
0%
GTD**
16.580
16.346
-1%
Informática
21.200
22.896
8%
Material de instalação
7.867
7.788
-1%
informações são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee),
2017*
que prevê que a produção do setor cresça
Telecomunicações
29.583
32.541
10%
cerca de 7% em 2018, considerando a
Utilidades domésticas
16.346
17.981
10%
Total
129.446
136.146
5%
perspectiva de crescimento do PIB de 2,5%.
*projeção
A produção industrial deve fechar
Fonte: Abinee
**GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
o ano de 2017 com aumento de 5% na
Faturamento da indústria elétrica e eletrônica (R$ milhões)
comparação com 2016, mesmo percentual é esperado para os investimentos, que
Indicadores
2016
2017
2017 X 2016
devem encerrar o ano com resultado de
Faturamento (R$ milhões)
136.146
145.391
7%
R$ 2,5 bilhões ante R$ 2,38 bilhões no
Faturamento (US$ milhões)
41.557
44.394
7%
ano passado. A utilização da capacidade
Produção física (variação % no ano)
5,0%
7,0%
-
instalada do setor passou de 71% para
Exportações (US$ milhões)
5.800
6.000
3%
77% em 2017. O desempenho é motivado
Importações (US$ milhões)
29.900
31.400
5%
Saldo (US$ milhões)
-24.100
-25.400
5%
Número de empregados (mil)
237,2
241,0
2%
pelo crescimento dos segmentos de bens de consumo, especialmente das áreas de informática e telecomunicações. Os
setores
que
dependem
Utilização da capacidade instalada (%)
77%
80%
-
Investimentos (R$ milhões)
2.505
2.762
10%
Investimentos (% do faturamento)
1,8%
1.,9%
-
1
de
investimentos mostraram pouca variação entre 2016 e 2017. É o caso do setor
1
Considerando a capacidade total 100%
Fonte: Abinee
de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) e de equipamentos industriais. As
237,2 mil trabalhadores. “Aos poucos a
294 mil trabalhadores.
empresas desses segmentos sentiram
economia vai se reativando e o nosso
No
redução das encomendas e reflexo do
setor parece um dos primeiros a dar sinais
crescimento deve ser de 3% neste ano de
fluxo de caixa das distribuidoras, tendo em
claros de retomada”, disse o presidente
2017, passando de US$ 5,6 bilhões para
vista o custo da energia mais elevado em
do Conselho da Abinee, Irineu Govêa. No
US$ 5,8 bilhões. Já as importações devem
decorrência do acionamento das usinas
entanto, apesar do crescimento do número
subir em torno de 17%, alcançando US$ 29,9
térmicas.
de empregos, o setor ainda não recuperou
bilhões no encerramento do ano. Com isso, o
Segundo a Abinee, o número de
as perdas nos níveis de emprego. Para se
déficit da balança comercial atingirá US$ 24,1
empregos no setor, que era de 232,8 mil
ter uma ideia, em dezembro de 2014, a
bilhões, valor 21% superior ao apresentado no
no final de 2016, deve fechar o ano em
indústria elétrica e eletrônica empregava
ano passado, de US$ 20 bilhões.
que
tange
às
exportações,
o
9
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Perspectivas para 2018
As empresas do setor eletroeletrônico
projetam para 2018 crescimento de 7% no faturamento em relação a 2017. A projeção leva em consideração a nova estimativa do PIB prevista para o ano, de 2,5%. Os investimentos da indústria eletroeletrônica devem
aumentar
10%,
alcançando
o
montante de R$ 2,76 bilhões em 2018. “2018 terá um ambiente de expectativas positivas,
favoráveis
para
o
setor
eletroeletrônico”, avaliou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
A estimativa da Abinee é que o nível de
emprego aumente para 241 mil postos de trabalho, um incremento de 3,8 mil pessoas. As exportações e as importações também devem crescer em 2018. As exportações devem aumentar 3% e as importações subirem 5%. “Estamos percebendo que grandes empresas de elétrica e eletrônica começaram a procurar a Abinee em busca de maneiras para facilitar a exportação. A perspectiva de 3% de aumento nas exportações parece pouco, mas não é. Se a indústria eletrônica começar a exportar efetivamente, esse incremento deverá ser bem maior”, prevê Barbato. Surpreendeu a projeção da Abinee para o setor de GTD, que regrediu 1% em 2017, e deverá crescer 10% no próximo ano.
Barbato
explica
que
os
leilões
frustrados de 2016 anularam a reposição de encomendas nas fábricas. “Em 2017 praticamente
se
vendeu
somente
o
resquício dos leilões anteriores”, diz.
Os leilões de energia que ocorreram no
final de 2017 deverão trazer algum fôlego para o setor e novas encomendas passarão a ser feitas, o que explica a estimativa de crescimento para este segmento. “O que norteia GTD é essa expectativa de colher os frutos dos últimos leilões. Isso especialmente para o setor de transmissão. Para geração, pretendemos levar para o presidente uma política de geração utilizando as renováveis, que são fontes econômicas de geração”, conclui Barbato.
Painel de mercado
10
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Tarifa branca entra em vigor A partir de 1º de janeiro a nova modalidade tarifária estará disponível para consumidores com média mensal superior a 500 kWh e para novas ligações
A tarifa branca é uma nova opção
que sinaliza aos consumidores a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela será oferecida para as unidades consumidoras que são atendidas em baixa tensão (residências e pequenos comércios, por exemplo). A partir de 1º de janeiro de 2018, todas as distribuidoras do país deverão atender aos pedidos de adesão à tarifa branca das novas ligações e dos consumidores com média mensal superior a 500 kWh. Em 2019, deverão ser atendidas unidades com consumo médio superior a 250 kWh/ mês e, em 2020, para os consumidores de baixa tensão, qualquer que seja o consumo.
Com a tarifa branca, o consumidor
é possível aderir, se o consumidor não
intermediário e não houver possibilidade de
passa a ter a possibilidade de pagar
perceber a vantagem, ele pode solicitar
transferência do uso dessa energia elétrica
valores diferentes em função da hora
sua volta ao sistema tarifário anterior
para o período fora de ponta. Nessas
e do dia da semana em que consome
(tarifa convencional). A distribuidora terá
situações, o valor da fatura pode subir.
a energia elétrica. Se o consumidor
30 dias após o pedido para retornar o
adotar hábitos que priorizem o uso da
consumidor ao sistema convencional.
havia apenas uma tarifa, a convencional,
energia nos períodos de menor demanda
Caso queira participar de novo da
que tem um valor único (em R$/kWh)
(manhã, início da tarde e madrugada,
modalidade tarifária branca, o consumidor
cobrado pela energia consumida que
por exemplo), a opção pela tarifa branca
deverá cumprir um período de carência
é igual em todos os dias, em todas as
oferece a oportunidade de reduzir o valor
de 180 dias. A tarifa branca não se
horas. A nova modalidade cria condições
pago pela energia consumida. Nos dias
aplica aos consumidores residenciais
que incentivam alguns consumidores a
úteis, a tarifa branca tem três valores:
classificados como baixa renda.
deslocarem o consumo dos períodos
ponta, intermediário e fora de ponta.
de ponta para aqueles em que a rede
Esses períodos são estabelecidos pela
de optar pela tarifa branca, conheça
de distribuição de energia elétrica tem
Agência Nacional de Energia Elétrica
seu perfil de consumo. Quanto mais o
capacidade ociosa. Este benefício reduz a
(Aneel) e são diferentes para cada
consumidor deslocar seu consumo para
necessidade de expandir a rede elétrica.
distribuidora.
o período fora de ponta, maiores são os
benefícios desta modalidade. Todavia,
tarifária branca podem ser consultadas
tarifa amplia os direitos dos consumidores
a tarifa branca não é recomendada se o
no site da Aneel: http://www.aneel.gov.br/
de energia elétrica. Da mesma forma que
consumo for maior nos períodos de ponta e
tarifa-branca
A possibilidade de optar por essa
É importante que o consumidor, antes
Antes da criação da tarifa branca,
Mais informações sobre a modalidade
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O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Setor pede por aprovação do novo marco legal Entidades da área de energia pressionam Congresso Nacional para aprovar reforma do setor elétrico e, assim, combater alta dos preços da tarifa Apine (produtores independentes), Cogen
bilhões por ano na conta de luz se a CP
dos Comercializadores de Energia
(cogeração), Abrace (grandes consumidores
033 (consulta pública que diz respeito
(Abraceel), a tarifa de energia subiu cerca
industriais e livres) e Anace (consumidores).
ao novo marco legal) for aprovada pelo
de 80% para a indústria brasileira, atingindo
Poder Legislativo e sancionada pelo Poder
o patamar atual de R$ 387,63 o Megawatt/
mágicas que procuram resolver apenas
Executivo.
hora, um dos mais altos do mundo. No
problemas pontuais sem enfrentar as
intuito de reduzir esse custo e, assim,
deficiências do modelo comercial que
ampliação do mercado livre de energia,
promover competitividade para o setor
afastam o setor das melhores práticas
o aprimoramento do modelo de formação
industrial, seis entidades solicitam a imediata
concorrenciais e da eficiência”, diz o
de preços, a separação entre lastro e
aprovação da reforma do setor elétrico.
documento que foi enviado ao presidente da
energia, a alocação dos riscos fora do
O documento intitulado “Carta aberta em
República, Michel Temer, ao presidente do
MRE, a privatização da Eletrobras, a
prol do desenvolvimento sustentável do
Senado, Eunício de Oliveira, e ao presidente
racionalização dos subsídios e encargos,
setor elétrico” afirma que o setor está em
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
a reversão gradual dos modelos de cotas
“crise estrutural e na iminência de entrar em
em dezembro.
de energia e a separação da atividade
colapso”. A carta é assinada pela Abraceel,
de fio da de venda de energia nas
Abiape (investidores em autoprodução),
pode obter um abatimento de R$ 2
De acordo com a Associação Brasileira
“Não há mais espaço para soluções
Segundo a Abraceel, o setor produtivo
As associações pedem também a
distribuidoras.
Painel de mercado
12
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Aneel leiloa 4.919 km de linhas de transmissão em dez estados Certame negociou 11 lotes e gerou R$ 8,7 bilhões de investimentos em transmissão
O leilão de transmissão nº 2/2017, realizado em 15 de
ficará menor que o previsto inicialmente, o que contribui para
dezembro de 2017, negociou 11 lotes com empreendimentos
modicidade tarifária de energia. O maior deságio foi verificado
localizados nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Minas Gerais,
no lote 5, 53,94%.
Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte
e Tocantins. Foram arrematados os 11 lotes ofertados, o que
Receita Anual Permitida para a prestação do serviço a partir da
representa R$ 8,7 bilhões de investimentos em transmissão.
operação comercial dos empreendimentos. O prazo das obras
varia de 36 a 60 meses e as concessões de 30 anos valem a
O deságio médio foi de 40,46%, o que significa que a
receita dos empreendedores para exploração dos investimentos
As empresas vencedoras terão direito ao recebimento da
partir da assinatura dos contratos.
Leilão A-1 movimenta R$ 895 milhões e 288 MW médios em energia Leilão de energia existente negociou 288 MW médios em energia elétrica para fornecimento a partir de 1º de janeiro de 2018
Ao todo, o leilão movimentou R$ 895,4 milhões em contratos, tendo negociado energia ao preço médio de R$ 177,46 por
MWh. O deságio do leilão foi de 18,2% em relação ao preço-teto estabelecido para o produto, o que representou uma economia de R$ 199,5 milhões para os consumidores de energia.
Participaram do certame, realizado em 22 de dezembro, como compradoras da energia negociada, dez concessionárias de
distribuição com destaque para a RGE (34% do total negociado), Eletropaulo (28% do total) e Coelba (12% do total negociado).
O certame teve como objetivo a venda de energia elétrica proveniente de empreendimentos existentes para suprir as
necessidades de distribuidoras que atendem ao consumidor final.
13
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Leilão A-2 movimenta R$ 1,3 bilhão Certame realizado em 22 de dezembro negociou 423 MW médios em energia
O leilão de geração A-2, realizado
Realizado pela Agência Nacional
est abelecido para o produto, o que
no último dia 22 de dezembro, negociou
de Energia Elétrica (Aneel), por
representou uma economia de R$
423 MW médios em energia elétrica para
meio de sistema eletrônico na sede
137 milhões para os consumidores de
fornecimento a partir de 1º de janeiro de
da Câmara de Comercialização de
energia.
2019 e término em 31 de dezembro de
Energia Elétrica (C C E E), o cert ame
2020. O certame teve como objetivo a
movimentou, ao todo, R$ 1,29 bilhão
compradoras da energia negociada, 12
venda de energia elétrica proveniente de
em contratos, tendo negociado
concessionárias de distribuição com
empreendimentos existentes para suprir
energia ao preço médio de R$ 174,52
destaque para a Coelba (30% do total
as necessidades de distribuidoras que
por MWh. O deságio do leilão foi
negociado), Eletropaulo (17% do total) e
atendem ao consumidor final.
de 9,6% em relação ao preço-teto
Cepisa (12% do total).
Participaram do leilão, como
Fiesp prevê fortalecimento da retomada da economia em 2018 Menor endividamento das empresas e tendência de aumento do crédito são principais fatores motivadores do cenário de recuperação
A retomada da economia brasileira ganhará força em 2018 a partir, especialmente, da redução do endividamento das famílias e das
empresas, das condições favoráveis no mercado externo e redução da taxa de juros, e da tendência de expansão do crédito, que induz ao aumento do consumo e, consequentemente, da produção. A análise é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Para a economia como um todo, a expectativa da Fiesp é de crescimento de 2,8% do PIB em 2018 e, para o segmento da Indústria de
Transformação, o crescimento projetado é de 3,1%. Em relação aos investimentos (formação bruta de capital fixo), a expansão esperada é de 3,2%.
As previsões para 2018 são respaldadas por resultados positivos em diversos aspectos da economia, que vem de três trimestres
seguidos de crescimento do PIB, incluindo expansão de 0,1% no terceiro trimestre, em relação ao anterior. É um sinal de recuperação consistente, sustentada pelo consumo. Também houve no terceiro trimestre crescimento no consumo das famílias, além de volta da expansão dos investimentos, depois de longo período de quedas sucessivas.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Caixa para fibra ótica www.patola.com.br
Fabricadas em polímeros, de engenharia, as caixas de fibra ótica da Patola podem ser utilizadas
em redes de fibra ótica com oito ou 16 saídas. As caixas contam com bandeja interna para alojamento dos cabos e com suporte para conector. Além disso, apresentam tampa com fechamento rápido e travamento com parafuso de inox.
A caixa para fibra ótica conta ainda com dois prensa-cabos para entrada e saída e traz abraçadeira
interna para fixação dos cabos.
A Patola está divulgando ainda seu outro lançamento voltado para fibra ótica. Trata-se do espelho
para alojamento e saída da fibra ótica. O espelho é fabricado em polímero de engenharia com base para alojamento de cabos e conta com suporte para duas saídas de conector e com suporte para tubetes de emenda e fechamento rápido através de encaixes nas tampas.
Patola lança caixa e espelho para alojamento de fibra ótica.
Quadros para canteiro de obra www.rstequipamentos.com.br
A RST Quadros Elétricos lançou sua primeira linha de quadros de tomadas
para canteiros de obras. De acordo com a empresa, os equipamentos são aprovados pelos profissionais de eletricidade, garantindo qualidade e segurança para as instalações provisórias nos canteiros de obra e em diversas outras aplicações.
O quadro de tomadas para canteiro de obras proporciona alimentação
fácil e segura aos equipamentos e possui fecho especial para colocação de cadeado. É resistente a ambientes agressivos e pode ser reutilizado em outras obras.
Conta com interruptor DR para proteção contra choques elétricos e
acompanha diagrama de força para facilitar o trabalho dos eletricistas.
Quadro de tomadas pode ser reutilizado em diversas instalações provisórias.
Luminárias Led para atmosferas explosivas www.tramontina.com.br
A Tramontina Ex, divisão da Tramontina dedicada a produtos para atmosferas explosivas, amplia
sua oferta de luminárias com Leds com o lançamento das séries LLEx 873/1 e 874/1.
As novas luminárias são adequadas para projetos de refinarias, plataformas, silos e indústrias
alimentícia e farmacêutica, casos em que é fundamental a escolha de uma solução de iluminação que atenda às características das atividades desenvolvidas naquele ambiente e que garanta a segurança das pessoas.
As luminárias LLEx 873-1 (30 W) e 874-1 (45 W e 60 W) são fabricadas de liga de alumínio,
com globo de vidro temperado e acabamento com pintura eletrostática a pó, na cor cinza. Possuem junta de vedação e seus parafusos e conexões são de aço inox.
O grau de proteção IP66 garante que as luminárias sejam instaladas com segurança em
ambientes externos, sob sol e chuva, e possam também ser utilizadas em ambientes com grande incidência de poeira e em locais suscetíveis a jatos potentes de água.
As luminárias possuem grau de proteção IP66 e são indicadas para atender ao mercado industrial, como refinarias, plataformas, silos e indústrias alimentícia e farmacêutica.
Painel de empresas
16
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
EDP Brasil e BMW criam “corredor elétrico” entre Rio e São Paulo Empresas fecharam acordo para construção de estações de recarga entre as duas cidades
A EDP Brasil e o BMW Group oficializaram
acordo para a construção do primeiro corredor elétrico que interligará as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A iniciativa recebeu aproximadamente R$ 1 milhão em investimentos totais combinados entre as empresas e prevê a instalação de seis estações de recarga até o final do primeiro trimestre de 2018, com o objetivo de abastecer veículos com propulsão elétrica que circulam pela Rodovia Presidente Dutra, entre as capitais dos dois estados.
“Através da parceria EDP-BMW queremos
ligar duas das principais cidades brasileiras com a infraestrutura adequada para promover o carro elétrico no mercado nacional”, avalia Miguel Setas, presidente da EDP. A BMW, que disponibiliza veículos eletrificados desde 2014 para o mercado
Parceria prevê instalação de estações de recarga elétrica ao longo da rodovia Presidente Dutra.
brasileiro, aposta na eletrificação como
preceitos chamamos de ACES (Automated,
BMW Group Brasil, Helder Boavida.
realidade sustentável de mobilidade. “O
Connected, Electrified and Shared, em
Os
BMW Group tem uma visão clara de futuro:
inglês) e não iremos nos furtar do papel
pela Electric Mobility Brasil, distribuidora de
a mobilidade será autônoma, compartilhada,
de protagonistas nas discussões sobre o
Soluções de Infraestrutura de Recarga para
eletrificada e totalmente conectada. Esses
assunto”, declara o CEO e presidente do
Veículos Elétricos e Híbridos Plug In.
equipamentos
serão
idealizados
Bureau Veritas entra no mercado de energia e gás Grupo passa a realizar serviços de verificação e de inspeção em concessionárias de energia
O Grupo Bureau Veritas, especialista em Teste, Inspeção e Certificação (TIC), ingressa no setor de distribuição de energia e gás no
Brasil. A companhia já tem contratos assinados com sete importantes concessionárias de serviços públicos do país que, juntas, atendem a mais de 40 milhões de clientes em 12 estados brasileiros.
A multinacional francesa realiza serviços em todas as etapas do ciclo de distribuição das concessionárias, desde a coleta e
monitoramento de dados em campo ao gerenciamento da construção dos seus principais ativos, seguindo regras e normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das próprias concessionárias.
Para atendimento ao novo escopo, o Grupo Bureau Veritas está investindo em infraestrutura com 16 novos escritórios regionais e
contratação de mais de 650 profissionais, entre engenheiros, técnicos, inspetores e corpo administrativo, além de oferecer um sistema mais moderno para a prestação de serviços.
17
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Osram conquista prêmio por iluminação de teatro na China Empresa já havia sido premiada em 2015 e 2016, respectivamente, pela iluminação da Capela Sistina e pelo projeto de Wuhan, também na China
A multinacional alemã Osram acaba de conquistar o prêmio
Global Showcase Top 100 Award pelo trabalho realizado na iluminação do Teatro Zhuhai Grand, um dos maiores pontos turísticos da cidade de Zhuhai, na China. Este foi o terceiro ano consecutivo em que a empresa conquista a premiação internacional.
Para o projeto, foram instalados pontos coloridos de Led,
que possuem 51 mil pixels e são controláveis individualmente, o que permite animações com vídeo e luz nas paredes do edifício. A programação e a reprodução de imagens são possíveis com o uso da tecnologia de controle chamada “e: cue”.
Durante a noite, o teatro oferece um jogo de luzes
fascinante. Em dias normais, são projetadas imagens tiradas do oceano, referência à herança de Zhuhai como um importante porto de pesca. A apresentação pode, no entanto, modificar conforme o momento ou data festiva do ano.
Teatro Zhuhaid Grand, na China.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
CPFL investe R$ 66 milhões em armazenamento de energia Valor investido em pesquisa e desenvolvimento será dividido em três etapas. Programa tem o objetivo de abordar o uso de baterias em toda a cadeia de energia
A CPFL Energia anuncia o
investimento de R$ 66 milhões no Programa de Armazenamento de Energia, uma série de três projetos de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) para analisar os impactos da inserção e da utilização de sistemas de armazenamento de energia (como baterias) em toda a cadeia de energia, da geração ao consumo. Os projetos serão desenvolvidos entre 2017 e 2021 e deverão envolver 126 profissionais e três universidades brasileiras.
Os projetos fazem parte do programa de
P&D da Aneel e têm o intuito de investigar os efeitos e os impactos da inserção de tecnologias de armazenamento de energia no sistema elétrico brasileiro. A partir de aplicações e análise de dados reais, a ideia dos projetos é promover capacitação profissional e conhecimento sobre o tema,
da Universidade Federal de Pernambuco
especificações técnicas, empresa
subsidiando agentes do setor elétrico ao
(UFPE), do Instituto de Tecnologia
da região de Campinas que utilizem
recomendar ajustes para superar barreiras
Edson Mororó Moura (ITEMM) e da PSR
geradores a diesel como backup no
técnicas, regulatórias, legislativas e de
Consultoria em Energia.
horário de pico do sistema. O intuito é
tecnologia, base para permitir a aplicação na
analisar a viabilidade técnica e econômica
geração, transmissão, distribuição de energia
aplicações de sistemas de
do uso de sistemas de armazenamento
e consumidor final em larga escala no futuro.
armazenamento para redes elétricas,
para operação em clientes comerciais,
Na distribuição, serão desenvolvidas
desde a subestação em alta e média
substituindo a geração a diesel. Este
de Energia terá frentes em todos os
tensão até o consumidor em baixa tensão.
projeto contará com a participação do
segmentos do setor elétrico. Na geração
Nesta fase, o projeto terá integração
Departamento de Energia (GEPEA)
e na transmissão, o foco dos estudos
com outras iniciativas de P&D em curso
da Escola Politécnica da Universidade
será analisar como as baterias podem
pela CPFL Energia, como mobilidade
de São Paulo (USP) e do Fundo para
contribuir para otimizar a produção de
elétrica e geração solar distribuída, e os
Desenvolvimento Tecnológico para
energia elétrica de fontes renováveis
investimentos em smart grid. Este projeto
Engenharia (FDTE).
intermitentes - como a eólica e solar, além
contará com apoio da Universidade
de mitigar possíveis investimentos em
Estadual de Campinas (Unicamp) e do
serviços, modelos de negócios e
linhas de transmissão. As pesquisas serão
Instituto Lactec.
proposições regulatórias, o Programa
realizadas em usinas eólicas da CPFL
de Armazenamento de Energia também
Renováveis localizadas no Rio Grande
de baterias para os usuários finais,
pretende contribuir com a capacitação da
do Norte, em parceria com acadêmicos
serão selecionadas, com base em
mão-de-obra do setor.
O Programa de Armazenamento
Para avaliar o impacto de uso
Além do desenvolvimento de novos
19
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Weg fornece sistema de armazenamento para Florianópolis Baterias de íons de lítio serão empregados em estação de recarga de veículos elétricos
Aos poucos, os veículos elétricos – que
já são realidade em diversos países – vêm se tornando uma opção para os brasileiros. Um dos grandes desafios, no entanto, diz respeito à recarga das baterias dos veículos elétricos, que ainda demanda grande potência da rede de distribuição elétrica, que não está preparada para suportar a implantação desta infraestrutura sem alterações no seu dimensionamento. Para resolver este desafio e pensando no potencial deste mercado, a Weg desenvolveu um sistema de armazenamento de energia com baterias de íons de lítio ESSW.
Ponto de abastecimento de veículos elétricos, em Florianópolis (SC).
O primeiro fornecimento da solução
Celesc e a Fundação CERTI.
Fundação CERTI, trata-se de um projeto de
para aplicação integrada com estações
sucesso em pesquisa e desenvolvimento,
de recarga rápida de veículos elétricos foi
Weg marca sua entrada no segmento de
parte do programa Aneel de P&D.
instalada e está em operação em um ponto
soluções para armazenamento de energia
de abastecimento de veículos elétricos da
de energia elétrica, fortalecendo assim o
inovador aos clientes do posto, que passa
capital catarinense, que conta com o modelo
portfólio da empresa para mobilidade elétrica
a integrar o corredor de abastecimento
ESSW100. O empreendimento faz parte
e geração de energia renovável para usinas
para veículos elétricos no Estado de Santa
de uma parceria entre o posto Ilha Bela, a
solares e eólicas. Já para a Celesc e para a
Catarina.
Com o desenvolvimento da solução, a
A iniciativa proporciona um serviço
Painel de empresas
20
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Primeiro cabo isolado a óleo de 230 kV do mundo completa 62 anos em plena atividade Sistema de cabeamento foi instalado em 1956 na cidade de Cubatão (SP) para conduzir a energia da hidrelétrica Henry Borden até a estação transmissora
O ano era 1951 e o Brasil começava a
Brasil e que volta ao país 66 anos depois dessa
demandar muita energia, especialmente porque
encomenda histórica.
o transporte sobre trilhos ganhava as ruas e o
insumo era fundamental para o desenvolvimento
em 1951 pela São Paulo Light & Power
do país. As companhias de energia começavam
Company Limited e instalado entre 1956 e 1961
a investir mais intensamente em geração de
na planta subterrânea da usina. Os cabos são
eletricidade. Foi nesse período que o primeiro
responsáveis pela condução da energia gerada
cabo isolado a óleo de 230 kV do mundo
até a Estação Transmissora de Chaves -ETCH
foi projetado para a usina hidrelétrica Henry
Marabá, em 230 kV, por meio de um túnel de
Borden, localizada na cidade de Cubatão (SP),
450 metros de comprimento. O engenheiro
por ocasião de uma ampliação das instalações
Hesla conta que o cabo foi desenvolvido nos
energia parecida, então, a parceria certamente
da usina.
Estados Unidos e a engenharia da planta em
será um sucesso”, diz Erling Hesla, que, aos 93
O sistema de cabeamento foi encomendado
Imagem da construção da usina subterrânea Henry Borden na década de 1950.
São Paulo. Todo o processo de desenvolvimento
anos, ainda é muito ativo profissionalmente.
industrialização do país. E, com ela, a demanda
levou em torno de quatro anos.
por energia elétrica, que se permaneceu estável
“A empresa desenvolveu os cabos com
conta que os dois se conheceram por ocasião
nos anos de 1940, passava por uma curva
esse tipo de isolação especialmente para o
de uma reunião do IEEE, nos Estados Unidos,
de crescimento ascendente e iniciavam-se
Brasil”, conta. Hesla acrescenta que o sistema
e, desde então, são amigos e parceiros. “A
os projetos de usinas hidrelétricas em
foi superdimensionado justamente por não
EasyPower precisava de um representante no
complemento às térmicas existentes e rumo a
haver nada parecido no mundo e para suportar
Brasil e eu era amigo do diretor desta empresa,
uma matriz elétrica de energia limpa e renovável,
a complexidade do projeto. “Nesse tempo
então, o indiquei e a parceria foi um sucesso.
ainda que de maneira inconsciente. Foi também
todo, alguns equipamentos do sistema foram
Também escrevemos papers juntos”. Certa vez,
nesse período que Getúlio Vargas dava início
substituídos, mas não os cabos. Tanto que a
ele precisou de um trabalho de proteção e nós
aos projetos de criação da Petrobras e da
tecnologia utilizada atualmente é bastante similar
fizemos para ele. Ele gostou bastante e me
Eletrobras.
à do cabo porque funcionada e tem baixíssima
convidou a explorar o mercado americano”, conta
A década de 1950 marcou o início da
Cláudio Mardegan, diretor da Engepower,
manutenção”, acrescenta o engenheiro.
Mardegan. “Eu não conheço ninguém que faça
Borden contava com uma usina externa, com
um trabalho igual a eles”, acrescenta Hesla.
oito grupos geradores e capacidade instalada
usina Henry Borden, o sistema continua em
de 469 MW. Era uma das mais importantes
plena operação e as variações de pressão
Unidos. “Acredito que o mercado americano
usinas do país naquela época. A expansão da
de óleo são acompanhadas por meio de um
precisa de soluções que nós temos e a preços
hidrelétrica deu-se com o projeto de uma usina
registro gráfico contínuo e controladas através
bastante competitivos”, analisa Mardegan. A
subterrânea, localizada dentro de uma caverna.
de um painel de controle automático.
princípio, todos os projetos serão desenvolvidos
Inaugurada em 1926, a hidrelétrica Henry
De acordo com um relatório enviado pela
no Brasil e à medida que a demanda crescer,
O túnel abriga as turbinas, uma para cada um dos seis grupos geradores, que totalizam
Engepower abre escritório nos EUA
capacidade instalada de 420 MW.
Erling Hesla ao país: a celebração da
Para a usina subterrânea, em virtude de
Assim, nasce a empresa nos Estados
será estruturada uma equipe técnica local.
Outro motivo também trouxe o engenheiro
sua construção peculiar, foi projetado pela
sua parceria com a Engepower, empresa
empresa norte-americana Okonite um sistema
especializada em estudos, inspeções,
de seis circuitos trifásicos de cabos oleostáticos
manutenção e projetos de engenharia, com foco
de alta pressão de 230 kV, preenchidos com
em proteção e seletividade. A brasileira anuncia
óleo isolante, tendo em cada extremidade três
a criação da Engepower USA, com escritório na
terminais de porcelana para acoplamento ao
cidade de Edmonds, no Estado de Washington.
sistema aéreo. “Não havia nada parecido no
mundo”, conta o engenheiro de 93 anos, Erling
vou abrir uma empresa com a minha idade?
Hesla, que participou do projeto do primeiro
Eu digo: eu sei, mas já faz tempo que estou
cabo isolado a óleo de alta tensão instalado no
procurando algo parecido. E nós temos uma
“As pessoas me perguntam por que eu Cláudio Mardegan, diretor da Engepower, e à direita, o engenheiro Erling Hesla, atualmente Life Senior Member do IEEE, em visita ao Brasil.
Aterramento elétrico
22
Ricardo Botelho, Hirofumi Takayanagi e João Henrique Zancanella Capítulo XII – Considerações finais e atividades futuras
• Novos conceitos e estudos a serem incorporados pela normalização brasileira • Normas em processo de revisão/elaboração
Manutenção de equipamentos elétricos
24
Alan Rômulo Queiroz, Eduardo César Senger e Luciene Queiroz Capítulo XII – Aplicação da metodologia para motores elétricos
• Periodicidade da manutenção preventiva • Análise de modos de falha para motores elétricos • Locais de falha/defeito • Conclusão
Fascículos
Apoio
Apoio
Por Paulo Edmundo da Fonseca Freire*
Aterramento elétrico
22
Capítulo XII Considerações finais e atividades futuras
Prezados leitores, o ano chega ao
uma evolução contínua nos estudos de
geoelétricos;
fim, assim como este fascículo sobre
sistemas de aterramento elétrico. Novos
➢ Abordar a importância do conhecimento
aterramentos elétricos, que vem sendo
assuntos foram desenvolvidos, inclusive,
da geologia como informação essencial
publicado desde janeiro.
com a participação pública que enriqueceu
para a elaboração de um correto modelo
tanto os estudos e os trabalhos.
geoelétrico, especialmente, no caso de
A comissão de estudo CE 003:102.001 –
Aterramentos
Elétricos
tem
como
A evolução dos sistemas de geração, principalmente,
aterramento
especificação,
alternativa, com grandes parques eólicos
➢ Considerações sobre as contribuições de
parâmetros
e de geração fotovoltaica, exige que
informações geotécnicas frequentemente
de medição, nas instalações de energia
novas normas sejam estabelecidas. A
disponíveis
elétrica, geração, transmissão, distribuição,
interligação destes sistemas às subestações
(sondagens SPT, etc.) e que são capazes
telefonia e de dados” e está subordinada
e à alimentação do sistema elétrico levanta
de fornecer importantes subsídios para a
à ABNT/CB-003 e ao Comitê Brasileiro
a necessidade de que novos conceitos sejam
construção dos modelos geoelétricos, tais
de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e
estudados.
como o nível do freático e as profundidades
definição
de
envolvendo materiais
e
Fascículo
Telecomunicação (Cobei).
na
área
de
energia
aterramentos de instalações de grande
escopo “elaborar normas de sistemas de
O sistema de transmissão HVDC
Durante este período, foram analisadas
porte;
pela
engenharia
civil
do impenetrável e do embasamento;
utiliza novas tecnologias no estudo do
➢ Ênfase no volume de solo a ser prospectado
e estudadas as diversas atualizações,
aterramento
informações
para a construção do modelo geoelétrico,
modificações
e
complementações
das
utilizando
de levantamentos geofísicos e métodos
que deve ser função das dimensões do
normas que se referem a aterramento
de
terreno a ser modelado;
e medições no Brasil e no exterior,
magnetotelúricas
uma
➢ Importância das medições a serem
principalmente, as normas americanas
avaliação do comportamento do solo em
feitas em terreno limpo, em que não haja
IEEE e europeias IEC.
camadas mais profundas. Tratam-se de
a interferência de estruturas condutivas
fontes de experiência que devem ser melhor
enterradas (armaduras de fundações, cabos
estudadas e avaliadas para sua possível
de aterramento e tubulações metálicas);
incorporação às normas brasileiras, como:
➢ Abordagem mais completa das técnicas
As normas de sistemas de aterramento devem
sempre
estar
alinhadas
às
necessidades e às aplicações de outras
medições
eletromagnéticas que
permitem
e
normas que as referenciam, como ABNT
de medição de resistividade do solo,
NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR
➢ Atualizar as definições e conceitos
incorporando ao já abordado método
14039, etc. Isso é importante, pois permite
envolvidos na caracterização dos modelos
elétrico (arranjos Wenner e Schlumberger)
23
Apoio
e das técnicas eletromagnéticas (TDEM – Time-Domain Electromagnetic e MT Magnetotelúrico); ➢ Considerações sobre a natureza das curvas de resistividade aparente do solo, que são o produto das medições realizadas no campo, com especial caracterização do desvio estático (static-shift), que é um tipo de desvio que afeta todos os tipos de medições que envolvem a medição de campos elétricos na superfície do solo (tanto os métodos elétricos como o MT); ➢ Técnicas de processamento das medições e de produção de uma curva média de resistividade aparente do solo a ser invertida para a obtenção do modelo geoelétrico 1D,
caracterizado
por
multicamadas
Aterramento de Aerogeradores, com base nas IECs 61400-24, 61312, 61662 e 61663, considerando: • Procedimento de medições com baixas e altas frequências • Equalização de trafos com equipamentos nos diversos níveis e procedimentos para minimizar sobretensões • Características mínimas do sistema de proteção contra descargas atmosféricas visando atender ao modelo da esfera rolante; ➢ Elaboração de norma para sistema monofilar com retorno pela Terra, com previsão de publicação entre 2018 e 2019.
horizontais.
Dessa forma, fechamos 2017 e iniciamos
Estas novas exigências obrigam o setor a desenvolver e estudar parâmetros do
2018 com muita vontade e muitos assuntos a serem tratados.
solo de forma mais completa, abordando não somente sua resistividade elétrica, mas
também
resistividade
térmica,
permissividade elétrica, etc.
Aterramentos
em
obras
e,
consequentemente,
o
a desenvolvimento na área de energia. Esperamos que 2018 traga bons ventos e
Para 2018, a comissão de estudo CE -
do país prejudicaram os investimentos andamento de muitos trabalhos agregados
Planos futuros
003:102.001
As dificuldades políticas e econômicas
Elétricos
deverá concentrar as suas atividades no estudo, revisão e/ou elaboração das seguintes normas e conceitos: ➢ Revisar a norma ABNT NBR 7117 e abordar não somente a medição de resistividade do solo, mas também os parâmetros de resistividade térmica do solo; ➢ Revisar a norma ABNT NBR 15751 –
que esta crise seja superada, pois a comissão está pronta e preparada para acompanhar e contribuir para o crescimento do país. Agradecemos a todos os leitores e colaboradores que nos acompanharam e que participaram de forma pessoal ou virtual, permitindo que o país tenha suas normas alinhadas às mais modernas técnicas mundiais em sistemas de aterramento para proteção. Feliz 2018!
Sistema de Aterramento de Subestações, focando: • Valores permissíveis de segurança • Considerações gerais • Melhoria de aterramento de equipamentos; ➢ Revisar a norma ABNT NBR 16254 – Materiais para Sistema de Aterramento – parte 2 – Eletrodo de Aterramento, com origem na IEC 62561-7; ➢ Elaborar a norma ABNT IEC de
*Paulo Edmundo da Fonseca Freire é engenheiro eletricista, mestre em Sistemas de Potência e doutorando em Geologia/Geofísica pela Unicamp. É membro do Cigré e do Comitê de Aterramento do Cobei/ABNT. Atualmente, é diretor da Paiol Engenharia | paulofreire@paiolengenharia.com.br. FIM Acesse este e outros artigos do fascículo sobre “Aterramentos elétricos” em www.osetoreletrico.com.br
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
24
Por Ricardo Botelho, Hirofumi Takayanagi e João Henrique Zancanella*
Capítulo XII Aplicação da metodologia para motores elétricos Tabela 1 – Análise de modos de falha para motores elétricos Item
Equipamento
Função
Função
Falhas funcionais
Local da
Mecanismo de Degradação Desgaste por vida útil
Rolamento
1
Desgaste por desalinhamento/
Vibração
falha de montagem
Aquecimento
Desgaste por deficiência de lubrificação 2 1) Motor não parte
Caixa de
Baixo isolamento (Excesso de
ligação
umidade ou poeira) Mau contato
sob demanda; sob demanda;
Curto-circuito para massa
4) Corrente alta
Baixo isolamento (Excesso de
4
Sim
umidade ou poeira)
Curto-circuito entre fases
Sobrecarga
Degradação prematura do isolamento
Estator
em vazio; Realizar
5) Corrente alta
devido ao sobreaquecimento
em carga;
Curto-circuito entre espiras
Motor
acionamento
Elétrico
de cargas de
6) Sobreaquecimento
produção e
do motor;
facilidades
7) Aquecimento
Ruído Rotor
Rompimento de barras
8) Motor com
de carga Carcaça
Perda do grau IP Corrosão
baixa isolação;
6
Aterramento
Corrosão Choque elétrico
10) Vibração Afrouxamento
excessiva; 11) Alto nível de 7
Diminuição da capacidade de troca térmica
9) Motor em curto-circuito;
Elevação da corrente Redução da capacidade
dos mancais; 5
Aquecimento Curto-circuito
partida; 3
Curto-circuito
2) Motor não para 3) Baixo torque na
Fascículo
Defeito
Falha/Defeito
Significante
Acoplamento
ruído.
8
Ventilador
9
Influências
Desgaste por desalinhamento/
Vibração
falha de montagem
Aquecimento
Ventilador quebrado
Aquecimento
Ventilador empenado Não aplicável
Não aplicável
externas Resistência de 10
aquecimento
Baixa temperatura ambiente Queima
(quando desligado) Condensação (Umidade)
Apoio
25
Definição da periodicidade da manutenção preventiva Esse capítulo apresenta a aplicação da metodologia
um motor elétrico de indução, realizada através da FMEA proposta no capítulo anterior, considerando a taxa de falha por local da falha/defeito obtida por meio do banco de dados Oreda. Com base nos modos de falha identificados, é proposta
descrita ao longo dos capítulos deste fascículo para a classe de
a árvore de falhas apresentada na Figura 1. O local de falha
equipamento “motor elétrico”.
“resistência de aquecimento” não foi considerado nesta análise por não possuir dados de falhas disponíveis no banco de dados
Etapa 1 A Tabela 1 corresponde à análise dos modos de falha para
do Oreda.
Tabela 1 – Análise de modos de falha para motores elétricos Taxa de Falha
Método de Detecção
Tarefa
Inspeção auditiva
Observar a existência de ruídos estranhos
Medição de vibração
Medição e análise de vibração
Frequência
Tipo
( x 10-6 h) 8,25
Medição temperatura
Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preditiva
Conforme recomendação do fabricante
Preventiva
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preventiva
e temperatura no mancal Realizar lubrificação do rolamento Verificar/corrigir estado das conexões Realizar limpeza da caixa de ligação
3,60
Inspeção visual
Verificar/corrigir estado de pintura, corrosão e anel de vedação Reapertar conexões da caixa de ligação
0,36
Medição de isolamento
Medir isolação para massa. Calcular IP.
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preventiva
Medição de isolamento
Medir isolação entre fases. Calcular IP.
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preventiva
Método de MCA
Realizar análise de MCA
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preditiva
Descargas parciais
Realizar análise dos dados de descargas parciais
Continuamente, sob demanda
Preditiva
Medição da resistência
Medir resistência ôhmica das bobinas
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preventiva
Método de MCA
Realizar análise de MCA
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preditiva
Inspeção auditiva
Observar a existência de ruídos estranhos
Medição de vibração
Medição e análise de vibração e temperatura
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preditiva
Realizar análise de MCA
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preditiva
ôhmica
1,08
Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional
Medição temperatura Método de MCA
Verificar pontos de corrosão e 2,52
Inspeção visual
acúmulo de poeira na carcaça.
Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional
Limpar se necessário. Inspecionar continuidade e fixação do cabo 2,51
Inspeção visual
Verificar/corrigir estado das conexões 1,08
Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional
de aterramento
Inspeção auditiva
Observar a existência de ruídos estranhos
Medição de vibração
Medição e análise de vibração
Medição temperatura
e temperatura no mancal
3,23
Inspeção visual
Verificar funcionamento do ventilador e
6,10
Inspeção visual
Observar a existência de pontos sujeitos a
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preventiva
Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preditiva
Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional
obstrução nas entradas e saídas de ar Definido conforme criticidade e taxa de falha Rota Operacional
intempéries (prensa-cabos, bujões, etc.) N/D
Medição da resistência
Medir valor da resistência ôhmica da
ôhmica
resistência de aquecimento
Definido conforme criticidade e taxa de falha
Preventiva
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
26
Figura 1 – Árvore de falhas para motor elétrico.
Etapa 2 A tabela a seguir apresenta os principais dados de confiabilidade de cada local da falha apresentado na Tabela 1. Tabela 2 – Resumo por local da falha/defeito – motor elétrico
Posição
Local da Falha/Defeito
Taxa de Falha
MTTF
(x 10 h)
(meses)
Altíssima
Alta
Média
Rolamento
8,25
166,04
8,52
17,03
25,55
2
Caixa de ligação
3,60
380,52
19,52
39,04
58,55
3
Estator
0,36
3805,18
30*
60*
90*
4
Rotor
1,08
1268,39
30*
60*
90*
5
Resistência de aquecimento
-
-
30*
60*
90*
6
Carcaça
2,52
543,60
27,88
55,77
83,65
7
Aterramento
2,51
545,76
27,99
55,99
83,98
8
Acoplamento
1,08
1268,39
30*
60*
90*
9
Ventilador
3,23
424,11
21,75
43,51
65,26
10
Influências externas
6,10
224,57
11,52
23,04
34,56
*De acordo a periodicidade máxima definida.
Etapa 3 Com base nos estudos de confiabilidade realizados na etapa 2, é
esta característica típica das falhas de desgaste do anel externo ou do anel interno, ambas em suas respectivas pistas de rolagem.
possível definir a estratégia de manutenção adequada a ser aplicada
O segundo tipo de classificação, conhecido como falha
para a classe de equipamentos “motores elétricos”, priorizando a
localizada, afeta um único ponto do rolamento. Este tipo de falha
filosofia de operações integradas preconizada por este trabalho.
pode estar presente na pista externa ou interna, além de ocorrer
Os rolamentos do motor são os elementos que apresentam o maior índice de falhas, sendo estas provenientes de diversas causas,
nas gaiolas ou esferas. Estas falhas são pontos incipientes, como rachaduras, ranhuras ou deterioração pontual.
como desalinhamento mecânico de seu eixo, montagem incorreta
Algumas características de defeito no rolamento podem ser
do próprio rolamento, lubrificação insuficiente ou excessiva,
identificadas em uma inspeção visual ou observação do elemento
sobrecarga mecânica, entre outras.
em funcionamento. É o caso dos ruídos que se tornam audíveis e
Um fator crítico para vida útil de um rolamento refere-se à
Fascículo
Intervalo para manutenção (meses)
1
-6
lubrificação, tipicamente realizada com óleo ou graxa. Estudos
constantes; das temperaturas que podem se elevar acima do normal e também das vibrações excessivas e oscilatórias.
indicam que 30% das falhas em rolamentos são relacionadas à
As técnicas mais tradicionais para identificação da condição dos
lubrificação deficiente. Os rolamentos do tipo blindado já são
rolamentos são a análise de vibração e temperatura. A análise de
projetados com a quantidade necessária de lubrificante para
vibração baseia-se na inserção de vários sensores de vibração em
todo o período de vida útil do rolamento, não sendo necessárias
pontos específicos no entorno do motor e de seus acoplamentos,
relubrificações. Contudo, a maioria dos rolamentos não é blindada,
podendo ser um conjunto de sensores fixos instalados no
devendo ser realizada a relubrificação conforme intervalos definidos
equipamento ou sensores utilizados para coletas pontuais de
pelo fabricante. A quantidade de lubrificante também deve ser
vibração em intervalos de tempo pré-determinados. Estes sensores
adequada à recomendação do fabricante, pois tanto a falta quanto o
medem a vibração mecânica de todo o conjunto. Uma vez adquiridos
excesso de lubrificação podem ser causas de falhas nos rolamentos.
os sinais, estes são avaliados pela análise e identificação em janelas
Pela forma construtiva do rolamento, as falhas nesta peça
de frequências das falhas e amplitude de cada uma.
podem ser consideradas distribuídas ou localizadas. A primeira
Já para a análise de temperatura, são necessários equipamentos
determina uma falha que afeta toda uma região do rolamento, sendo
específicos como sensores de temperatura ou ainda termovisores
Apoio
27
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
28
que permitam monitorar e verificar as variações de temperaturas de
Posteriormente, todos os dados coletados no PDA são
trabalho e a transposição de limites em pontos específicos do motor
transferidos para o banco de dados da aplicação e podem ser
ou peças, como tampa traseira, dianteira e acoplamentos.
acessados e tratados por uma equipe especialista localizada em
A estratégia de manutenção proposta para bloquear os modos
qualquer ambiente, conforme ilustra a Figura 4.
de falha no componente rolamento é: • Realizar a lubrificação do rolamento conforme recomendações e intervalos definido pelo fabricante; • Adotar a manutenção preditiva, realizando o monitoramento e substituição do rolamento com base na condição, acompanhada através das técnicas de análise de vibração e temperatura. Com base na filosofia de Operações Integradas, a análise dos dados de vibração e temperatura deve ser realizada por uma equipe especializada, que deve configurar valores de alerta e de limite para vibração e temperatura de cada equipamento. Os dados que
Figura 4 – Transmissão dos dados entre o PDA e o banco de dados.
são coletados online não necessitam de nenhuma interferência da equipe de operação, visto que estão disponíveis para análise a qualquer momento por parte da equipe especializada.
No caso de detecção de qualquer anormalidade nos dados coletados e analisados, deve ser emitida uma ordem de manutenção
A coleta de vibração e temperatura também pode ser realizada
para intervenção no rolamento, a fim de reestabelecer sua condição
de forma offline, ou seja, é necessário que um profissional realize
adequada em uma faixa satisfatória da curva P-F, antes da ocorrência
a coleta dos dados manualmente através de sensores portáteis.
de uma falha funcional. A mesma abordagem pode ser aplicada
Este trabalho propõe que a coleta dos dados seja realizada pela
para o componente “acoplamento”, que possui uma taxa de falhas
equipe de operadores da instalação através de aparelhos portáteis,
muito menor que o rolamento.
conjuntamente com outras tarefas pertinentes à manutenção de primeira linha.
A segunda maior causa de falhas, influência externa, é afetada por condições climáticas, objetos estranhos, influência de sistemas
O mercado oferece coletores portáteis de vibração e temperatura
vizinhos, produtos químicos no ambiente, entre outros. O bloqueio
que podem ser empregados nessa atividade. A Figura 2 apresenta um
desse modo de falha se dá, principalmente, através da especificação
modelo de coletor portátil que pode ser acoplado ao motor elétrico
correta do equipamento de acordo com o ambiente onde o mesmo
para coleta de dados. Este coletor transmite os dados coletados via
será instalado, tais como o material da carcaça e o grau IP adequado.
Bluetooth para um PDA, conforme ilustra a Figura 3.
Verificações de rotina auxiliam na manutenção das características técnicas originais do equipamento, visto que a degradação de determinados componentes, tais como prensa-cabos, pode acarretar no ingresso de água no interior do equipamento, levando a falha devido à baixa isolação por conta da umidade. A terceira maior causa de falhas ocorre no componente “caixa de
Fascículo
ligação", sendo que os modos de falha são bloqueados basicamente por atividades de manutenção preventiva. Em relação às atividades, as mesmas estão relacionadas basicamente ao reaperto das conexões Figura 2 – Coletor portátil de vibração e temperatura.
na caixa de ligação e às atividades de preservação da caixa de ligação, a fim de evitar degradação por processo de corrosão. Em relação ao componente “ventilador”, as atividades se constituem basicamente por tarefas pertencentes à rotina de verificação. Assim como a causa de falha “Influências externas”, as atividades relacionadas são de baixa complexidade e rápida execução, podendo ser agrupadas juntamente com a rota para coleta dos dados de vibração e temperatura. Por fim, dois componentes muito importantes para o
Figura 3 – Transmissão via bluetooth dos dados coletados de vibração e temperatura.
funcionamento do motor elétrico possuem uma baixa taxa de falhas: o estator e o rotor. Contudo, falhas nesses componentes possuem
Apoio
alto custo de reparo, especialmente em motores de maior potência.
corrente de fuga que atravessa o isolamento. Este valor é convertido
As falhas elétricas nesses componentes estão relacionadas aos
em resistência usando equipamentos chamados Megôhmetros.
enrolamentos abertos ou em curto, barras quebradas ou anéis de
Como neste teste os dipolos do isolamento são excitados apenas
curto circuito danificados. Já para as falhas de origem mecânica,
em DC, é necessário algum tempo para que eles se polarizem. As
tem-se a excentricidade do rotor deslocado do seu centro
normas normalmente indicam um tempo de carga de um minuto.
magnético, rolamento defeituoso, bem como eixo do rotor torto ou
A resistência de isolamento é diretamente afetada pela temperatura
desalinhamento dos acoplamentos mecânicos.
e umidade;
As bobinas do estator estão sujeitas a diversas anomalias e
• Índice de Polarização (IP): é executado para medir
estas, por sua vez, ocasionam variadas respostas do equipamento.
quantitativamente a habilidade do isolamento em se polarizar.
As alterações no estator podem se manifestar de diversas maneiras,
Quando um isolante se polariza, os dipolos elétricos distribuídos
entre as quais, podem ser citados o aquecimento excessivo do
no isolante se alinham com o campo elétrico aplicado. Como as
motor, a sobrecarga elétrica e a falha no isolamento da bobina.
moléculas se polarizam, uma corrente de polarização (também
Geralmente, as alterações são avaliadas com a realização de testes de
chamada de corrente de absorção), é desenvolvida e adicionada à
isolamento do estator com a carcaça da máquina, bem como testes
corrente de fuga. O índice de polarização geralmente é efetuado
de isolamento entre fases.
na mesma tensão do teste de resistência de isolamento e leva 10
Os principais testes elétricos a serem aplicados são:
minutos para ser completado. O valor IP é calculado dividindo-se o valor da resistência de isolamento obtido em dez minutos pelo
• Medição de resistência: a medição da resistência utiliza uma baixa
valor da resistência de isolamento obtido em 1 minuto. Em geral,
tensão DC (tensão contínua) e uma ponte de Wheatstone ou Kelvin.
isolamentos em boas condições apresentarão altos valores IP,
O principal propósito é detectar conexões com alta resistência
enquanto baixos valores IP representarão isolamentos danificados
(malfeitas), conexões abertas e curtos-circuitos que apresentem
ou comprometidos. Em alguns casos, deve-se tomar algum
grande variação de resistência elétrica;
cuidado com testes de motores com novos e modernos materiais de
• Resistência de isolamento: consiste na aplicação de uma tensão
isolamento que não polarizam e que apresentarão, portanto, baixa
DC entre os condutores do motor e a terra, resultando em uma
corrente de polarização e consequente baixo valor IP. Nota-se que
29
Apoio
Manutenção de equipamentos elétricos
30
nesse caso, apesar do IP ser baixo, o isolamento pode perfeitamente estar adequado, conforme é discutido na norma IEEE 43. Para motores, cuja criticidade for classificada como “alta” ou “altíssima”, recomenda-se ainda a aplicação da técnica conhecida comercialmente como “Análise de Circuito de Motores (MCA)”. Os aparelhos modernos que executam o método de análise do circuito do motor utilizam uma baixa tensão de saída senoidal para excitar os dipolos do sistema de isolamento. A partir da coleta de resistência, impedância, indutância, ângulo de fase, resposta I/F e resistência de isolamento, com o motor elétrico desenergizado e bloqueado, esta técnica de manutenção preditiva permite o diagnóstico de falhas no estator (contaminação ou sobreaquecimento, curto-circuito entre espiras, entre bobinas de mesma fase e entre bobinas de fases quebradas ou trincadas, excentricidade estática e porosidade). Também é recomendável a aplicação da técnica preditiva de descargas parciais para motores de grande porte e classificados com uma criticidade “Alta” ou “Altíssima”. Trata-se de um ensaio não destrutivo cuja finalidade é medir o nível de descargas parciais em um determinado equipamento em uma dada tensão, onde existem diversos tipos de isolamentos envolvidos (sólido, líquido e gasoso) e que permite a detecção de eventuais danos ao motor com ele energizado, podendo suas
Figura 6 – Esquema de ligação.
variáveis serem acompanhadas e analisadas por uma equipe especializada (inclusive por empresas através de contratos,
no eixo também é capaz de provocar a ruptura ou trinca, além de
conforme preconiza a geração G2 da filosofia das Operações
fatores como temperaturas que podem ser consequências dos outros
Integradas). De maneira geral, o nível de descarga parcial
problemas ou mesmo desgaste dos mancais do motor.
medido deve estar abaixo de um valor prefixado por norma ou especificação do equipamento ensaiado.
Fascículo
Figura 5 – Equipamento para medição contínua de descargas parciais.
diferentes e curto-circuito de fase para terra) e no rotor (barras
No momento em que o circuito apresenta uma barra quebrada, há uma disfunção característica do sistema, uma vez que o rotor
O fenômeno das descargas parciais ocorre em cavidades ou
não está mais respondendo à excitação de maneira uniforme. Esta
inclusões de constante dielétrica diferente do material que a rodeia.
variação eletromagnética, que é criada devido a alguns pontos sem
Quando este material é submetido a um campo elétrico, este se
indução no rotor, pode causar níveis significativos de vibrações da
distribui pelo material, submetendo a cavidade ou inclusão a um
máquina.
gradiente de tensão superior ao gradiente máximo suportável
As atividades e ensaios apresentados anteriormente são
pela mesma. Este fenômeno dará origem a pequenas descargas
suficientes para prevenção e, em casos mais extremos, identificação
disruptivas no interior da cavidade, acarretando um processo
de problemas relativos a barras quebradas no rotor. Adicionalmente,
temporal de deterioração progressivo do material e eventualmente
alguns modelos comerciais de relés de proteção disponibilizam
a falha do equipamento. Logo, é importante a detecção das
informações sobre o espectro de frequência das correntes e tensões
descargas parciais em equipamentos como controle de qualidade
do estator para suporte na detecção de barras rompidas no rotor.
não destrutivo. A aquisição dos dados pode ocorrer continuamente ou
Conclusão
periodicamente, a depender da estratégia e dos equipamentos aplicados. A Figura 5 apresenta um equipamento comercial que
Este fascículo apresentou o desenvolvimento de uma
permite o monitoramento contínuo das descargas parciais de uma
metodologia para definição da estratégia de manutenção de
máquina.
equipamentos elétricos baseada na filosofia de Operações Integradas
A Figura 6 ilustra um esquema de ligação utilizado no monitoramento de descargas parciais. Em relação ao rotor, a quebra de barras pode ser provocada por vibração, desalinhamento e excentricidade. A carga excessiva
e da manutenção centrada na confiabilidade. A metodologia proposta pode ser aplicada a diversas classes de equipamentos elétricos, semelhante à classe “motor elétrico”, demonstrada neste capítulo.
Apoio
Referências bibliográficas
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31
32
Aula Prática
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Por Paulo Victor de Souza Borges e Cristiano Santos Carvalho*
Queda de tensão na partida de motores em sistemas industriais
33
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Tabela 1 – Consequências de afundamentos de tensão
O afundamento de tensão nas partidas
de motores de indução trifásicos sempre foi um problema para indústrias e distribuidoras. Provavelmente, o efeito de partida de motores
Tensão em % de Vnm
Consequências
85
Tensão abaixo da qual os contatores da classe 600 V não operam.
mais amplamente conhecido e estudado é
76
a queda de tensão experimentada por um
Tensão em qeu os motores de indução e síncronos deixam de operar, quando funcionando a 115% da sua potência nominal.
sistema elétrico industrial como resultado
71
da partida de grandes motores. Durante a
Tensão em que os motores de indução deixam de operar, quando em funcionamento a plena carga.
partida, os motores elétricos solicitam da
67
rede de alimentação uma corrente de valor
Tensão em que os motores síncronos deixam de operar.
elevado, da ordem de seis a dez vezes a
de modo a analisar o pior caso em relação
sua corrente nominal. Nestas condições, o
ao afundamento de tensão, será utilizada a
circuito, que, inicialmente fora projetado
condição de partida direta.
para transportar a potência requerida pelo motor, é solicitado agora pela corrente de acionamento durante um certo período de
Afundamentos de tensão na partida de motor
Figura 1 – Ponto de acoplamento comum.
tempo. Em consequência, o sistema fica submetido a uma queda de tensão muito
superior aos limites estabelecidos, podendo
motor solicita da rede de seis a dez vezes
provocar sérios distúrbios operacionais nos
a corrente usual para produzir o torque de
equipamentos de comando e proteção,
partida. Afundamentos de tensão devido
As
iluminação e no sistema elétrico de uma
à partida de grandes motores podem ser
sistema elétrico do presente trabalho
forma geral. A Tabela 1 fornece os valores
teoricamente calculadas de maneira similar
foram elaboradas no software PTW, da
percentuais de tensão sob os quais os
às causadas por faltas no sistema. A Figura
SKM Systems Analysis. O sistema elétrico
motores e diversos dispositivos de comando
1 mostra o circuito equivalente para partida
em estudo é parte de uma subestação
podem operar indevidamente.
de motor em um ponto de acoplamento
típica de uma unidade industrial.
comum (point of common coupling) PCC. A
tensão no PCC é dada pela equação 1:
13,8 kV de uma concessionária fictícia
Existem diversos métodos e soluções
para partida de motores de indução: partida
A corrente de partida ocorre porque o
Estudo de caso simulações
realizadas
para
o
A subestação recebe alimentação em
direta, chave estrela-triângulo, partida por
por meio de dois ramais alimentadores
autotransformador, soft-starter, inversores
no painel PN-01, o qual alimenta os
de frequência, etc. No presente trabalho,
painéis PN-02 e PN-03: um CCM de
34
Aula Prática
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Figura 2 – Diagrama unifilar.
média tensão em 4,16 kV e um de baixa
forma a salientar esta recomendação, as
condição
tensão em 480 V, respectivamente. A
referências [3] e [4] apresentam normas
interligação abertos) e ensaiada a partida
alimentação dos CCMs será feita através
técnicas de fornecimento de energia
dos maiores motores do PN-03 (480 V):
de dois ramais alimentadores, cada um
primária de duas concessionárias, onde
M-VT-01 (260 kW) e M-VT-02 (250 kW);
contendo um transformador abaixador:
é imposto o limite de 3% da tensão
• 2ª caso: O sistema operando em
TF-02A / TF-02B (4000 kVA - 13,8 kV /
nominal primária no ponto de entrega.
condição
4,16 kV) e TF-02A / TF-02B (630 kVA -
O segundo valor é de interesse do
interligação abertos) e ensaiada a partida
13,8 kV / 4,16 kV). Cada transformador
projetista na determinação da tensão
dos maiores motores do PN-02 (4,16 kV):
é capaz de suportar toda a carga em
mínima para funcionamento das cargas
M-B-03A (700 kW) e M-B-07 (515 kW);
operação do painel que alimenta.
e acionamento dos contatores, tanto
• 3ª caso: O sistema operando em
os do motor em questão como os das
condição de contingência (disjuntores
outras unidades em funcionamento [2].
de interligação fechados) e ensaiada a
Premissas
normal
normal
(disjuntores
(disjuntores
de
de
A referência [5] utilizada no presente
partida do maior motor do PN-03 (480
Como já abordado, no instante do
trabalho estabelece o limite de 15% de
V): M-VT-01 (260 kW);
acionamento de um motor elétrico,
afundamento de tensão nas barras do
• 4ª caso: O sistema operando em
é
sistema.
condição de contingência (disjuntores
solicitada
da
rede
uma
corrente
de interligação fechados) e ensaiada a
de alto valor, que proporciona um afundamento de tensão elevada no
Análise estática
partida do maior motor do PN-02 (4,16 kV): M-B-03A (700 kW).
circuito alimentador. Este afundamento de tensão pode variar de acordo com as
A
impedâncias do sistema, desde a fonte
um
de suprimento até os terminais do motor.
considerando os maiores motores na
simulados foram resumidos na Tabela 2,
O primeiro valor de interesse é da
condição de partida e os demais na
que apresenta para cada barra do sistema
concessionária local, que, normalmente,
condição em regime. Foram realizados
industrial: a tensão, a queda de tensão
limita a queda de tensão no ponto
quatro casos de simulações de fluxo de
percentual e os fluxos de potência ativa e
de entrega do sistema distribuidor.
potência na plataforma PTW:
reativa. Atenção especial pode ser dada
análise estudo
estática de
fluxo
compreende de
potência
Os resultados para os quatro casos
ao afundamento de tensão percentual
Geralmente, este valor fica limitado a 3% da tensão nominal primária. De
• 1ª caso: O sistema operando em
nas barras (ΔV %). Observando a tabela,
36
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Tabela 2: Simulação de fluxo de potência - PTW
Caso 1
Caso 2
Caso 3
Caso 4
PN-01 - A
Nominal (V)
13800,00
13800,00
13800,00
13800,00
PN-01 - A
LF Volts(V)
13357,53
12991,04
13024,61
12653,94
PN-01 - A
ΔV (%)
3,21
5,86
5,62
8,30
PN-01 - A
LF kVAR (kVAR)
2670,01
5018,12
4439,22
6696,31
PN-01 - A
LF kW (kW)
2892,44
2693,56
5447,42
5252,07
PN-01 - B
Nominal (V)
13800,00
13800,00
13800,00
13800,00
PN-01 - B
LF Volts(V)
13316,96
13087,43
13024,61
12653,94
PN-01 - B
ΔV (%)
3,50
5,16
5,62
8,30
PN-01 - B
LF kVAR (kVAR)
2917,79
4404,89
0,00
0,00
PN-01 - B
LF kW (kW)
3023,67
2820,09
0,00
0,00
PN-02 - A
Nominal (V)
4160,00
4160,00
4160,00
4160,00
PN-02 - A
LF Volts(V)
3954,17
3598,73
3761,06
3408,25
PN-02 - A
ΔV (%)
4,95
13,49
9,59
18,07
PN-02 - A
LF kVAR (kVAR)
1022,10
4265,17
2138,22
5011,45
PN-02 - A
LF kW (kW)
2027,14
2308,51
4199,88
4384,84
PN-02 - B
Nominal (V)
4160,00
4160,00
4160,00
4160,00
PN-02 - B
LF Volts(V)
3934,45
3675,96
3759,55
3406,58
PN-02 - B
ΔV (%)
5,42
11,64
9,63
18,11
PN-02 - B
LF kVAR (kVAR)
1114,54
3672,50
1114,99
1116,14
PN-02 - B
LF kW (kW)
2164,01
2332,96
2168,22
2178,92
PN-03 - A
Nominal (V)
480,00
480,00
480,00
480,00
PN-03 - A
LF Volts(V)
410,31
441,31
385,91
414,13
PN-03 - A
ΔV (%)
14,52
8,06
19,60
13,72
PN-03 - A
LF kVAR (kVAR)
1331,64
259,72
1501,41
587,65
PN-03 - A
LF kW (kW)
842,66
374,97
1204,56
840,48
PN-03 - B
Nominal (V)
480,00
480,00
480,00
480,00
PN-03 - B
LF Volts(V)
402,96
441,16
385,86
414,09
PN-03 - B
ΔV (%)
16,05
8,09
19,61
13,73
PN-03 - B
LF kVAR (kVAR)
1435,94
336,70
317,68
326,99
PN-03 - B
LF kW (kW)
829,94
476,78
449,04
462,49
nota-se que a barra da concessionária
os piores resultados em relação ao
(PN-01)
atendimento
dos
de tensão acima do limite de 3% para
de
Serão
todos os casos. O CCM de 480 V (PN-
gráficos referentes às simulações e os
03) e o de 4,16 kV (PN-02) apresentaram
comentários relativos às figuras.
apresentou
afundamentos
tensões.
limites
de
perfil
apresentados
os
afundamentos de tensão acima do limite de 15% nos casos 1, 3 e 4.
1 – A Figura 3 ilustra a tensão na barra do CCM de 480 V (PN-03) para
Análise dinâmica
a simulação do caso 3. No instante da partida, a tensão afunda para 0,8 pu, não apresentadas
respeitando o limite de 15%. À medida
simulações no tempo do comportamento
que o motor alcança sua velocidade
das tensões e de algumas características
nominal (1800 rpm), a tensão na barra se
motoras obtidas, a partir do módulo
restabelece.
Nesta
seção,
serão
Transient Motor Starting do PTW. Estas simulações foram realizadas para o caso
2 – A Figura 4 ilustra a tensão no CCM
3, pois foi o cenário que apresentou
de 480 V (PN-03), o fator de potência
37
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Figura 3 – Tensão em PN-03 e velocidade de M-B-03ª.
Figura 4 – Tensão em PN-03, fator de potência e potência reativa M-VT-01.
Figura 5 – Velocidade, corrente na linha e escorregamento M-VT-01.
Figura 6 – Torque M-VT-01 .
e a potência reativa no motor M-VT-01
3 - A Figura 5 ilustra a corrente na
(260 kW) para a simulação do caso 3. No
linha, a velocidade e o escorregamento
instante da partida, o fator de potência
do motor. A corrente no momento
é baixo, consumindo da rede quase
da partida é aproximadamente seis
que somente potência reativa. Nota-se,
vezes a corrente nominal. À medida
portanto, que o afundamento de tensão
que a velocidade do motor aumenta, a
está ligado ao consumo de potência
corrente na linha diminui e atinge seu
reativa.
valor nominal quando o motor atinge
38
Aula Prática
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
sua velocidade nominal. A sobrecorrente
considerando
de
sustenta
partida, comparando-se as vantagens
enquanto o motor acelera, só caindo
e desvantagens técnicas e econômicas,
aos níveis normais quando o motor se
podem ser realizadas como trabalhos
aproxima da velocidade de regime. O
futuros.
escorregamento antes do instante de
Por final, foi possível observar a
partida tem valor 1, pois o rotor está
importância de uma instalação industrial
parado. Seu valor decai até próximo de
que garanta a qualidade dos processos e
zero quando é atingida a velocidade
da energia elétrica. Se forem comparados
nominal. Nota-se que a velocidade do
os custos da perda da operação por
motor e o escorregamento assumem
indisponibilidade
variações aproximadamente lineares em
o custo investido na infraestrutura do
direções opostas desde o instante da
sistema elétrico, o custo do projeto
partida até o funcionamento em regime.
elétrico
partida,
portanto,
se
outros
de
apresenta
métodos
energia
valor
de
versus
desprezível
quando visto pelos onerosos prejuízos 4 – A Figura 6 ilustra o torque do motor.
associados a uma possível parada da
O torque operativo apresenta valor um
planta.
pouco abaixo do torque de partida. Como o torque do motor de indução
Referências bibliográficas
varia aproximadamente com o quadrado da tensão aplicada aos seus terminais
[1]
ABBAS,
M.;
MAJEED,
M.A.A.;
um elevado afundamento de tensão nos
KASSAS, M.; AHMAD, F.; Motor starting
terminais do motor pode fazer com que
study for a urea manufacturing plant,
o motor não consiga partir.
IEEE Power Engineering, Energy and Electrical Drives (POWERENG), 2011
Conclusões
International Conference on, 2011; [2]
MAMEDE
FILHO,
João.
Manual
Por meio da análise de partida de
de Equipamentos Elétricos, 3. ed. Rio
motores, para as diversas condições
de Janeiro, LTC - Livros Técnicos e
operativas,
Científicos Editora S.A, 2005;
foi
possível
prever
o
dimensionamento de um sistema que
[3] COELCE; NT-002/2011: Fornecimento
não operaria dentro de limiteis aceitáveis
de Energia Elétrica em Tensão Primária
de tensão, fato que comprometeria seu
de Distribuição, 2011;
correto funcionamento. Os resultados
[4] CEB; NTD – 6.05: Fornecimento de
obtidos das simulações mostraram que a
Energia Elétrica em Tensão Primária de
condição de contingência se apresentou
Distribuição, 2013;
como o pior cenário, principalmente
[5] Motors and Generators Standard
na baixa tensão (480 V). Foi também
MG1–2003, NEMA, 2004.
analisada a ligação entre o afundamento da tensão e o consumo de potência
*Paulo Victor de Souza Borges e Cristiano
reativa para controle da mesma.
Santos Carvalho são pesquisadores do
Pode-se rede reativa
concluir
incapaz
de
necessária,
que,
fornecer a
em
uma
Instituto Alberto Luiz Coimbra de pós-
potência
graduação e Pesquisa de Engenharia
tensão
cairia
até não se recuperar mais. Análises
(Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 18 / Dezembro de 2017
Geração solar fotovoltaica
Aspectos que influenciam o rendimento da instalação *Notícias selecionadas sobre as fontes renováveis que mais crescem no país* APOIO
40
Solar
Artigo
Por Igor Ferreira do Prado, Taís Mirele da Silva, Marcelo Bento Pisani e Rodrigo Dórea da Silva*
Produção eficiente de energia elétrica utilizando painéis fotovoltaicos com custo operacional reduzido
Artigo
A procura por fontes de energias
Solar
41
dimensionou-se a quantidade de carga
alternativas tem crescido em muitos países,
necessária para alimentar uma residência
buscando-se uma forma eficiente para suprir
padrão, constatando a necessidade de um
suas demandas internas. No que tange à
sistema de armazenamento de energia, este
captação da energia solar, o Brasil recebe uma
composto por quatro baterias para armazenar
irradiação média de 5 kWh/m²/dia. Esta fonte
a carga a ser consumida pela família.
alternativa de energia renovável converte diretamente a luz solar em energia elétrica,
Metodologia
e, após a conversão, a mesma é coletada, armazenada e processada por dispositivos
eletrônicos. Sabe-se que quanto maior a
voltado para a caracterização de
radiação solar maior será a quantidade de
sistemas de geração de energia elétrica
eletricidade produzida, logo, tal irradiância
fotovoltaica, com o objetivo de analisar os
mostra o espetacular potencial de utilização
aspectos que influenciam no rendimento
dessa fonte de energia dentro da matriz
global da instalação. Foi proposto um
energética brasileira.
dimensionamento eficiente do sistema
de geração fotovoltaica, bem como novas
Um desafio existente, além da produção
Este trabalho apresenta um estudo
da energia, é a sua distribuição para os locais
formas de alocação variável da angulação
de consumo. Nesse aspecto, a geração
do painel solar ao longo do ano através de
distribuída tem fundamental importância,
cálculos precisos que levam em conta a
pois é uma fonte de energia ligada
inclinação do sol no decorrer dos meses. Em
diretamente à rede de distribuição ou ao local
seguida, propôs-se a divisão do ano em duas
de medição do cliente, podendo ser instalada
partes, com diferentes angulações, a fim de
próximo aos centros de carga, minimizando
aumentar a potência máxima gerada. Outro
as perdas e atendendo, também, às regiões
fator avaliado que influencia a capacidade de
onde o potencial de expansão dos sistemas de
geração de energia elétrica é o aumento de
transmissão ou distribuição é limitado, além
temperatura.
de ter um aumento da eficiência energética
O trabalho foi desenvolvido em etapas:
global.
Com o desenvolvimento do conceito de
1ª etapa - Dimensionamento do sistema de
smart grid, cujo objetivo é tornar o sistema
geração e armazenamento de energia;
elétrico de potência mais interligado e
2ª etapa: Cálculos de posicionamento;
eficiente, surgiu a proposta de se utilizarem
3ª etapa: teste de eficiência.
diversas fontes de energia, sendo que esses sistemas incluem geradores baseados
Dimensionamento do sistema
em biomassa, turbinas de combustão, microturbinas, sistemas de concentração de
energia solar térmica e fotovoltaica, pequenas
assuntos relacionados com o aproveitamento
centrais hidrelétricas, turbinas eólicas, entre
da energia solar para geração de energia
outros e, apresentam características de serem
elétrica, bem como os aspectos gerais do
compostos por redes renováveis.
funcionamento de sistemas fotovoltaicos
Este trabalho apresenta um estudo
isolados e as características que influenciam
voltado para a caracterização de sistemas
o seu rendimento (como o posicionamento do
de geração de energia elétrica fotovoltaica,
painel fotovoltaico e efeito da temperatura),
evidenciando também a importância e
além do dimensionamento do sistema. A
a relação otimizada de uso entre fontes
Figura 1 ilustra um sistema solar fotovoltaico
renováveis de energia. Além disso,
off-grid ou autônomo.
Este projeto foi iniciado com o estudo de
Solar
42
Artigo Ec = X * P * T
(01)
Ecm = Ec * Y
(02)
A partir disso, pode-se calcular a energia
produzida pelos módulos fotovoltaicos, a potência através do método da insolação, o dimensionamento do banco de baterias, bem como a quantidade de painéis fotovoltaicos a serem usados no sistema.
Na Tabela 2, calculou-se a
energia produzida (E p) pelos módulos fotovoltaicos, adotando o método da insolação, através da potência já
Figura 1 – Ilustração de um sistema de geração fotovoltaica off-grid de energia elétrica (fonte: Atlas de energia elétrica Aneel).
Analisou-se o dimensionamento do
estabelecida pelo módulo, com um valor prévio de 205 W, e área de 1,455 m²,
tempo nublado, chuvoso ou sombreamento), o
sistema fotovoltaico, calculando a energia
banco de baterias entra em ação, alimentando,
consumida por uma casa com três pessoas,
assim, a residência. Para calcular a energia
como é apresentado na Tabela 1, podendo,
consumida diariamente (Ec), multiplicou-se
assim, dimensionar a capacidade do banco de
a quantidade de eletrodomésticos (X) pela
baterias para o sistema que será montado, ou
potência média de cada um (P) e pelo tempo
seja, a quantidade de baterias necessárias para
de uso diário (T), obtendo, então, o consumo
alimentar uma casa (com consumo médio de
diário, conforme Equação 01. Para obter o
aproximadamente 2500 Wh diariamente). Há
consumo mensal (Ecm), basta multiplicar o
obtendo assim uma eficiência (η m) de 14,0893 %, conforme Eq. 03. E utilizando a insolação diária da região do Sul da Bahia, valor obtido com o auxílio do Atlas de energia elétrica do Brasil fornecido pela Aneel, encontrou-se a energia produzida pelo painel (E p), conforme Eq. 04. ηm =
uma dada importância nesses cálculos, pois na
consumo diário (Ec) pelos dias de uso mensal
queda ou falta de energia (em decorrência do
(Y), conforme a Equação 02. Ver Tabela 1.
Pmáx Am * 1000
* 100
Ep = Es* Am* ηm
(03) (04)
Tabela 1 – Dimensionamento da energia consumida por uma residência padrão Eletrodomésticos
Quantidade
Potência
Dias de uso
Tempo de uso
Consumo diário
Consumo mensal
-X
média [W] - P
mensal - Y
diário [h] - T
[Wh] - Ec
[kWh] - Ecm
Geladeira
1
100
30
8,00*
800,0
24,000
Fogão
1
60
30
0,17
10,2
0,306
Ferro
1
1000
8
0,28
280,0
2,240
Televisão 29”
1
55
30
4,90
269,5
8,085
Ventilador
1
120
28
1,60
192,0
5,376
Liquidicador
1
300
28
0,03
9,0
0,252
Lâmpadas
6
5
30
4,90
147,0
4,410
Carregador de celular
3
1,5
30
2,00
9,0
0,270
Carregador de notebook
1
300
30
2,50
750,0
22,500
Aparelho de som pequeno
1
20
25
1,00
20,0
0,500
Total:
17
1961,5
269
25,38
2486,7
67,939
* Considerando que o compressor funciona apenas oito horas diárias.
Tabela 2 - Cálculo da energia produzida pelos módulos fotovoltaicos, através do método da insolação
Cálculo da energia produzida pelos módulos fotovoltaicos Método a insolação Potência máx. [W] – Pmáx
Área do módulo [m²] - Am
Eficiência - ηm
205
1,455
14,089%
Isolação diária [Wh/m².dia] – Es
Área da superf. do módulo [m²] - Am
Eficiência do módulo - ηm
Energia produzida [Wh] - Ep
5100
1,455
0,141
1046290
Artigo
Solar
Na Tabela 3, dimensionou-se o banco
Tabela 3 – Dimensionamento do banco de baterias
de baterias, encontrando o número de
sistema), conforme Eq. 05, a capacidade do banco de baterias (Cbanco) através da energia do banco (Vbanco), conforme Eq. 06. A energia armazenada foi obtida utilizando o valor encontrado na Tabela 3 – 2486,7 Wh –, da bateria, correspondente a 50%, conforme a Eq. 07. Assim como se calculou o número de baterias em série, foi calculado o número de baterias para um conjunto em paralelo, dividindo a capacidade de carga do banco de cada bateria (Cbat), conforme Eq. 08.
Ec Ea = Pd
(07)
Cbanco Nbp = Cbat
(08)
1 Capacidade do banco de baterias [Ah] - Cbanco
4973,40
12
414,45
Energia consumida
Profundidade de descarga
Energia armazenada
[Wh] – Ec
permitida (20%, 50%,
[Wh] - Ea
2486,70
0,5
4973,40
Capacidade de carga do banco
Capacidade de carga de
Número de conjuntos paralelos
de baterias [Ah] – Cbanco
cada bateria [Ah] - Cbat
– Nbp
414,45
200
2,072
Tabela 4 – Quantidade de módulos fotovoltaicos necessários para o sistema
baterias (Cbanco) pela capacidade do banco de
(06)
12 Vbanco [V]
80%, etc.) - Pd
multiplicando pela profundidade de descarga
Ea Cbanco = Vbanco
12 Energia armazenada [Wh] – Ea
armazenada (Ea) multiplicando pela tensão
(05)
Número de baterias em série – Nbs
caso estas sejam utilizadas em série no
Vbanco Nbs = Vbat
Vbat [V]
Vbanco [V]
baterias em série (valores necessários
Energia diária consumida no
Energia diária produzida por
Números de módulos
sistema [Wh] – Ec
cada módulo [Wh] - Ep
empregados no sistema – N
2486,70
1046,29
Calculado
Utilizado
2,38
3
procurou-se analisar aspectos necessários
ângulo de orientação dos raios solares em
para ter um maior aproveitamento do sistema
relação ao norte geográfico.
de geração de energia, dentre os quais podem
ser citados o posicionamento e o ângulo de
eficiência global do sistema, o projeto deu seu
inclinação da placa.
prosseguimento com a análise dos ângulos de
Com a motivação de se melhorar a
inclinação da placa solar. Como o ângulo de
Na Tabela 4, obteve-se a quantidade de
Cálculos de posicionamento
altura do sol possui grande variação ao longo das estações do ano, sendo a altura do Sol no
módulos fotovoltaicos que serão necessários
céu maior nos dias de verão, determinaram-se
para o sistema. Para encontrar o número de
painéis empregados dividiu-se a energia diária
placa houve, primeiramente, uma análise
dois ângulos para a inclinação do painel,
consumida no sistema (Ec), valor encontrado
local/regional do posicionamento do sol e
observando sua variação no período de verão-
na Tabela 3, pela energia diária produzida por
das taxas de radiação solar incidente para
primavera e outono-inverno, e obtendo os
cada módulo (Ep), valor encontrado na Tabela
localização adequada das placas, com o
ângulos para o horário de maior incidência
4, conforme Eq. 09.
intuito de maximizar a produção de energia
de luz solar. Estes fatores são importantes e
elétrica e melhorar a eficiência da placa solar.
imprescindíveis para uma melhor eficiência
das placas solares. O ângulo alfa calculado
Ec N = Ep
(09)
Na análise do ângulo de inclinação da
Atualmente, o posicionamento de placas
fotovoltaicas é realizado de modo prático
(ângulo de inclinação) é responsável por fazer
através de tabelas que relacionam a posição
os raios solares incidirem perpendicularmente
um consumo de 2486,7 Wh diariamente,
geográfica (latitude/longitude) para se obter
à superfície do módulo, maximizando a
dois módulos não seriam suficientes para
uma angulação média de inclinação da placa
captação da radiação solar direta.
gerar energia para a residência, logo, serão
fotovoltaica. Para tal situação, a placa é
utilizados três módulos, havendo uma sobra
instalada de forma fixa ao longo do ano; para
o ângulo zenital correspondente à altura solar
de energia de 652,17 Wh. Tendo em vista
região sul da Bahia utiliza-se uma inclinação
para todos os meses do ano em um dia fixo,
os constantes avanços tecnológicos, essa
fixa igual a 14° referente à latitude local.
e em horários em que os picos de incidência
sobra de energia pode ser utilizada e se faz
Com isso, a melhor maneira de se instalar
de luz são maiores, por volta de meio dia, e
necessária quando houver a compra de novos
um módulo solar fixo é orientá-lo com sua
a latitude local. Devido à grande variação do
eletrodomésticos.
face voltada para o norte geográfico, que
ângulo de inclinação nos meses, calculou-se
corresponde ao ângulo azimutal. Este é o
uma média para o ano, como é apresentado
Partindo do pressuposto que existe
Ao longo do desenvolvimento do projeto
Através do site Solar Topo [10], obteve-se
43
Solar
44
Artigo
na Tabela 5. Além da média anual, calculou-se
Tabela 5 – Latitude e inclinação para duas épocas específicas do ano para a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
a inclinação dividindo o ano em duas partes, verão-primavera e outono-inverno, obtendo,
Média anual
Média outono-inverno
Média verão-primavera
assim, a inclinação para os meses de abril
(jan-dez)
(abr-set)
(out-mar)
a setembro, correspondente ao período do
18,715833°
30,303333°
7,128333°
Latitude 14°
outono-inverno, e de outubro a março, ao período do verão-primavera.
Em seguida, foram utilizados quatro
ângulos, que foram parametrizados para simulação em bancada de laboratório, sendo zero grau referente à média anual calculada de 18,72º, cinco graus foi o ângulo aproximado referente à diferença entre a média anual e o ângulo de inclinação da latitude local (UESC: 14°). Os setes graus, aproximadamente, foram referentes à diferença entre o ângulo de inclinação calculado para o ano e a média verão-primavera; e o ângulo aproximado de dezesseis graus foi referente à média outonoinverno.
Resultados e discussões
Gráfico 1 – Curva de I x V para os diferentes ângulos calculados.
Os estudos teóricos, bem como a
execução do projeto, geraram alguns resultados para análise e comprovação do que foi estudado. A seguir estão os gráficos plotados a partir dos resultados obtidos no experimento.
Após a execução das medidas de tensão,
corrente e temperatura, foram gerados os gráficos a fim de analisar as curvas de corrente X tensão (I x V) e potência X tensão (P x V), e observar qual das angulações trouxe uma melhor eficiência para a placa solar e quais os parâmetros físicos que impossibilitaram determinadas angulações de obterem uma melhor eficiência.
Gráfico 2 – Curva de P x V para os diferentes ângulos calculados.
O melhor aproveitamento da energia
solar ocorre quando os raios incidem perpendicularmente ao módulo [7], ou seja,
com um ângulo de inclinação igual a zero
X tensão para os diferentes ângulos de
X tensão para esses mesmos ângulos.
grau. Tendo em vista essa característica
inclinação e é possível notar que a curva que
Nota-se que a curva que apresenta melhor
do módulo, utilizaram-se as medidas com
apresenta melhor rendimento refere-se à
desempenho é a curva referente à inclinação
inclinação de zero grau para analisar os
inclinação de zero grau, ou seja, quando o
de zero grau.
efeitos de temperatura e irradiânica sobre a
sol se posiciona perpendicularmente à placa
placa solar.
solar. No experimento foi utilizada uma placa
para o ângulo de zero grau, no entanto, com
No Gráfico 1 estão todas as curvas de
Este gráfico apresenta a curva de corrente
O Gráfico 2 apresenta a curva potência
O Gráfico 3 apresenta a curva de I x V
composta por 15 lâmpadas incandescentes
temperaturas de monitoramento diferentes,
posicionamento (ângulos: 0°, 5°, 7° e 16°)
para simular o efeito de radiação solar.
sendo uma curva a 25°C ~ 30°C e outra
para I x V a uma temperatura monitorada entre
a 65°C. O objetivo foi analisar o efeito da
25°C e 30°C.
diferentes ângulos calculados.
O Gráfico 2 apresenta a curva P x V para os
temperatura sobre a placa solar.
Artigo
Solar o posicionamento do módulo solar apresenta forte influência nos resultados do rendimento e eficiência que ele pode apresentar. Isso porque os fatores ambientais que influenciaram significativamente na eficiência do módulo foram a temperatura e as variações angulares.
Conclusão
A relevância deste trabalho evidenciou-se
através dos estudos feitos a fim de obter um melhor rendimento para o painel solar e, Gráfico 3 – Curva de I x V para as diferentes temperaturas.
O gráfico 3 mostra as curvas de I x V para o
As tensões são maiores para temperaturas
consequentemente, aperfeiçoar os estudos voltados para a implantação do sistema solar fotovoltaico OFF-GRID mais eficiente. Tal
ângulo de inclinação a zero grau, entretanto, com
mais baixas e, em temperaturas mais altas, as
constatação se dá em razão da análise das
as temperaturas do módulo solar diferentes.
tensões são menores e a corrente fornecida pelo
curvas de eficiência para diferentes ângulos,
A temperatura tem influência na tensão
módulo não se altera com a temperatura. É o que
avaliando assim o posicionamento do módulo
que o módulo fornece em seus terminais e,
pode ser observado no gráfico 4, haja vista que a
solar.
consequentemente, na potência fornecida.
potência é o produto da tensão e da corrente do
módulo, pois quando a temperatura aumenta, a
satisfatórios, visto que a melhor eficiência da
as diferentes temperaturas a uma mesma
potência fornecida pelo módulo diminui [7].
placa era para o posicionamento perpendicular
angulação.
ao sol, isto é, com ângulo de inclinação igual a
O gráfico 4 apresenta a curva P x V para
Os resultados deste trabalho indicam que
Conclui-se que os resultados obtidos foram
45
Solar
46
Artigo Érica. 2012. São Paulo. (8) Empresa de Pesquisa Energética (EPE). “Análise da Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira.” Rio de Janeiro, maio/2012 (Nota Técnica). (9) Atlas de energia elétrica do Brasil / Agência Nacional de Energia Elétrica. 2. Ed. – Brasília: ANEEL, 2005. 243 p.: il. (10) SOLAR TOPO. Dom calculadora posição – Azimute e Zenith. Disponível em: http://www. solartopo.com/posicao-do-sol.htm. Acesso em 04 de novembro de 2015. Gráfico 4 – Curva de P x V para diferentes temperaturas.
zero grau e isso pode ser constatado através dos
(3) Ministério de Minas e Energia.
gráficos X e Y.
Disponível em: http://www.mme.gov.br/
web/guest/paginainicial/outrasnoticas//
Portanto, foi validado em laboratório que
o método de alocação de placas fotovoltaicas
asset_publisher/32hLrOzMKwWb/content/
proposto mostrou-se eficiente, considerando
programa-de-geracao-distribuida-preve-
que apresentou uma maior quantidade de
movimentar-r-100-bi-em-investimemtos-
energia gerada quando comparado com a técnica
ate-2030. Acesso em 01 de agosto de 2016.
convencional de posicionamento utilizando
(4) Solarterra – Soluções em Energias
apenas a latitude do local. Além disso, o sistema
Alternativas. Energia Solar Fotovoltaica. Guia
apresentou baixo custo operacional.
Prático. São Paulo – SP. (5) GEOSOLARES. Energias Renováveis.
Referências bibliográficas
Disponível em: http://www.geosolares.com. br/energia-solar/. Acesso em 02 de agosto de
*Igor Ferreira do Prado é engenheiro eletricista e mestre em engenharia elétrica. Atualmente, é professor assistente na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Marcelo Bento Pisani possui graduação em Física, mestrado em Engenharia Elétrica, doutorado em Engenharia Elétrica e Microssistemas, pósdoutorado em Engenharia Elétrica e de Sistemas e pós-doutorado em Engenharia Elétrica e Materiais pela Universidade Estadual da Pensilvânia (PSU, 2011). Atualmente é professor Adjunto da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Taís Mirele Fernandes da Silva é graduanda em engenharia elétrica pela Universidade Estadual de Santa Cruz, com ênfase em Geração, Transmissão e
(1) PACHECO, Fabiana. Economia em Destaque.
2016.
distribuição de Energia Elétrica.
Energias Renováveis: breves conceitos.
(6) COELHO, Daniel. Escola da Energia: Como
Rodrigo Dórea da Silva é graduando em Engenharia
(2) PEREIRA, E. B.; MARTINS, F. R.; ABREU S. L.;
funciona a Energia Solar Fotovoltaica.
Elétrica pela Universidade Estadual de Santa Cruz,
RUTHER R. Atlas Brasileiro de Energia Solar. –
(7) Villalva, M. G.; J. R. Gazoli. “Energia Solar
com ênfase em Geração, Transmissão e distribuição
São José dos Campos: INPE, 2006.
Fotovoltaica: conceitos e aplicações”. Editora:
de Energia Elétrica.
Notícias
Renováveis
Energia solar fotovoltaica atinge 150 MW de micro e minigeração distribuída
País possui, atualmente, 18.214 sistemas fotovoltaicos conectados à rede, que representam R$ 1,3 bilhão em investimento acumulado
O Brasil atingiu, em
mais de R$ 1,33 bilhão em
dezembro, a marca histórica
investimentos acumulados
de 150 MW de potência
desde 2012, distribuídos ao
instalada acumulada
redor de todas as regiões do
em sistemas de micro e
país.
minigeração distribuída
solar fotovoltaica instalados
residenciais lideram o uso da
em residências, comércios,
energia solar fotovoltaica,
indústrias, edifícios públicos
representando 42% da
e na zona rural. A energia
potência instalada no Brasil,
solar fotovoltaica representa
seguidos por empresas dos
75,5% do total da potência
setores de comércio e serviços
instalada desse tipo de
(39%), indústrias (9%),
geração que totalizou, em
sistemas localizados na
dezembro, 200 MW. De acordo
zona rural (5%), edificações
com a Associação Brasileira
e serviços do poder público
é impulsionado por três
aumento no protagonismo e na
de Energia Solar Fotovoltaica
(5%), como escolas, hospitais,
fatores principais: a redução
consciência e responsabilidade
(Absolar), os 18.214
tribunais e iluminação pública.
de mais de 75% no preço da
socioambiental dos
sistemas solares fotovoltaicos
energia solar fotovoltaica
consumidores, cada vez
conectados à rede trouxeram
executivo da Absolar, Rodrigo
nos últimos dez anos, o
mais interessados em
economia e engajamento
Sauaia, o crescimento
aumento de mais de 50%
economizar dinheiro
ambiental a 20.518 unidades
da micro e minigeração
nas tarifas de energia elétrica
ajudando simultaneamente a
consumidoras, somando
distribuída solar fotovoltaica
nos últimos dois anos e um
preservação do meio ambiente.
Atualmente, consumidores
Na opinião do presidente
47
48
Notícias
renováveis
Fontes limpas aumentam atratividade no Mercado Livre O estado do Amazonas dispara da 11º posição em novembro para a 3º, segundo Índice FDR Energia
empresas que já estão no
ser considerados inviáveis
mercado livre de energia e
financeiramente para migração
para as que desejam migrar”,
para o ACL. Já os que têm
afirma o sócio diretor da
entre 0,4 e 0,6 podem ser
FDR Energia, Erick Azevedo.
considerados com viabilidade
O levantamento mostra que
moderada e entre 0,6 e 0,8, com
estados que possuem valores
boa viabilidade. Acima de 0,8,
no índice abaixo de 0,4 podem
com alta viabilidade.
Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia em dezembro de 2017 (por Estado)
O valor médio do Índice de
Um dos destaques é o estado
Estado
Índice de atratividade
TOCANTINS
0,648
PARÁ
0,638
AMAZONAS
0,621
ESPIRITO SANTO
0,602
GOIAS
0,600
RIO DE JANEIRO
0,599
SANTA CATARINA
0,586
MATO GROSSO
0,585
PARANÁ
0,564
DISTRITO FEDERAL
0,554
MATO GROSSO DO SUL
0,535
RONDONIA
0,516
Atratividade do Mercado Livre
do Amazonas, que saiu da 11º
SÃO PAULO
0,504
para Fontes Limpas de Energia
posição em novembro para a 3º
MINAS GERAIS
0,499
para todo o Brasil ficou em
posição em dezembro, com a
RIO GRANDE DO SUL
0,491
“0,524” no mês de dezembro,
nota “0,621”. Pelo sétimo mês
melhor índice desde agosto de
consecutivo, Tocantins lidera o
PIAUI
0,484
2017. O ranking é atualizado
ranking de atratividade entre as
MARANHÃO
0,470
pela FDR Energia, empresa de
unidades da Federação como o
ACRE
0,469
geração e comercialização de
estado em que as fontes limpas
CEARA
0,468
energia e, assim como o modelo
no Ambiente de Contratação Livre
PARAIBA
0,460
do Índice de Desenvolvimento
(ACL) são mais competitivas em
ALAGOAS
0,460
Humano (IDH), da Organização
relação ao mercado cativo, com a
das Nações Unidas (ONU), é
nota 0,648. Em segundo lugar o
PERNAMBUCO
0,447
calculado em um intervalo
Pará com “0,638”.
SERGIPE
0,432
de “0,000”, para a menor
BAHIA
0,428
atratividade, e “1,000” para a
relevante da atratividade das
RIA GRANDE DO NORTE
0,416
maior atratividade.
energias renováveis para as
AMAPÁ
0,387
“Trata-se de uma retomada
Fonte: FDR Energia
Notícias
Renováveis
Eólica alcança 12,64 GW de capacidade instalada Fonte contabiliza 503 parques eólicos e representa 8,1% da matriz elétrica brasileira
No mês de dezembro, a
abaixo do nível e com
energia eólica alcançou 12,64
bandeira vermelha. Os dados
GW de capacidade instalada
de recordes de geração
no país, distribuída em 503
do Operador Nacional do
parques. Em construção e
Sistema Elétrico (ONS) são
contratados estão outros 4,69
a prova disso. No dia 14/9,
GW em 211 parques que estarão
por exemplo, as eólicas
prontos até 2020, segundo
abasteceram 64% da
informa a Associação Brasileira
demanda média do Nordeste”,
de Energia Eólica (Abeeólica).
diz a executiva. De acordo
com a associação, as eólicas
Para a presidente
executiva da associação, Elbia
têm outros benefícios, que
Gannoum, a marca de 500
podemos resumir da seguinte
parques, o crescimento da
forma: é renovável, não polui,
geração e os 12 GW merecem
possui baixíssimo impacto
ser comemorados e são uma
ambiental, contribui para
onde estão os aerogeradores
sustentável, gera empregos
prova de um setor que vem
que o Brasil cumpra o Acordo
tenham outras atividades
que vão desde a fábrica até
mostrando sua maturidade.
do Clima, não emite CO 2 em
na mesma terra, gera renda
as regiões mais remotas
“As eólicas estão,
sua operação, tem um dos
por meio do pagamento de
onde estão os parques, e
por exemplo, salvando o
melhores custos benefícios
arrendamentos, promove
incentivam o turismo ao
Nordeste do racionamento
na tarifa de energia, permite
a fixação do homem no
promover desenvolvimento
em tempos de reservatórios
que os proprietários de terras
campo com desenvolvimento
regional.
Fonte: Abeeólica
49
50
Pesquisa - Equipamentos de teste, medição,
gerenciamento de energia e automação
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Medição, automação e gerenciamento de energia Apesar da desaceleração econômica que ainda afeta o país, empresas dos mercados de testes e medição, de automação e gerenciamento de energia preveem encerrar o ano de 2017 com crescimento médio de 8,5%
51
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Os prognósticos não são totalmente otimistas, mas já se avista
Principais segmentos de atuação
uma luz no fim do túnel, ao menos para os mercados de medição, automação e gerenciamento de energia, alvos da pesquisa de mercado desta edição. O faturamento da indústria e do setor de
Residencial
distribuição de equipamentos de teste e medição deve encerrar
15%
o ano de 2017 com crescimento médio de 5%. As companhias
Montadores de painéis
estimam que este mercado como um todo cresça em torno de
53%
8% no período. Já as pesquisadas da área de automação e gerenciamento de energia imaginam fechar o ano com crescimento
58%
médio de 12% para seus resultados.
Distribuidoras de energia elétrica
Em concordância com a expectativa otimista-moderada das
Comercial
65%
empresas pesquisadas, segundo a Associação Brasileira da
Industrial
93%
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o faturamento do setor eletroeletrônica deve encerrar o ano de 2017 com crescimento de 5% na comparação com o ano passado, alcançando R$ 136 bilhões. Na opinião do presidente da Associação, Humberto Barbato, os números indicam que a indústria está em processo de recuperação, devolvendo, paulatinamente, a confiança aos empresários e investidores.
As vendas diretas para o cliente final são o principal formato
Na pesquisa realizada pela revista O Setor Elétrico, participam
de comercialização dos produtos, segundo apontaram 83% das
empresas de todos os portes, mas vale a pena destacar as
pesquisadas. Telemarketing, por exemplo, foi citado por apenas 23%
pequenas e médias companhias – cerca de 70% –, que faturam
das companhias.
até R$ 30 milhões por ano. Um percentual pequeno delas fatura mais de R$ 500 milhões anualmente.
No que tange aos produtos mais comercializados, para o
mercado de equipamentos para automação e gerenciamento
Principais canais de vendas
de energia, os equipamentos mais presentes nas vendas das empresas são hardware para sistemas de supervisão, controle e gerenciamento e controlador de fator de potência. Já no segmento qualidade de energia são os instrumentos mais comercializados,
Telemarketing
sendo citados pela maioria das pesquisadas.
23%
As companhias projetam crescimento modesto para 2018 e
mencionaram a desaceleração econômica brasileira e a construção
Internet
33%
desaquecida como principais entraves ao desenvolvimento dos mercados pesquisados. É importante ressaltar que para 15%
Revendas / varejistas
50%
(segunda maior fatia do gráfico) das empresas de gerenciamento,
Distribuidores / atacadistas
55%
os projetos de infraestrutura que estão acontecendo estimulam os seus resultados. No caso das empresas de teste e medição, este
Venda direta ao cliente final
83%
percentual é de 11%.
Outros
8%
de teste e medição, amperímetro, voltímetro e medidor de
Confira a pesquisa na integra:
Números do mercado de instrumentos de testes e medição
Diferentemente da pesquisa realizada no ano passado, em que o
A área industrial é o principal segmento de atuação das
medidor de qualidade foi apontado pelas empresas como o principal
empresas deste segmento. 93% das entrevistadas apontaram
produto comercializado, nesta edição, o amperímetro e o voltímetro,
a indústria como principal setor atendido. Apenas 15% das
seguidos do medidor de qualidade de energia, foram indicados como
empresas indicaram o segmento residencial.
os equipamentos mais procurados. Confira o ranking.
Pesquisa - Equipamentos de teste, medição,
52
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
gerenciamento de energia e automação
Principais produtos comercializados
Questionadas sobre previsões de crescimento, as empresas
afirmaram que encerraram o ano de 2016 com elevação de 7% nos seus resultados quando comparado a 2015 e esperam crescer em
Outros
28%
torno de 8% no próximo ano. Para o mercado de testes e medição como um todo, as companhias estimam crescimento médio de 5%.
Frequencímetro
38%
Previsões de crescimento
Megômetro
40%
Medidor de resistência de aterramento
40%
Contratação de colaboradores em 2017
Medidor de temperatura
43%
3%
Multímetro
45%
5%
Medidor de harmônicas
48%
Crescimento médio para o mercado em 2017
7%
Medidor de energia reativa
50% 53% 53%
8%
Medidor de fator de potência
Crescimento médio das empresas em 2016 comparado a 2015 Crescimento médio para as empresas em 2017
Medidor de energia ativa
55%
Medidor de qualidade de energia Voltímetro
58%
A desaceleração da economia brasileira é o fator que mais
influencia (negativamente) o mercado de testes e medição. Por outro lado, 11% acredita nos projetos de infraestrutura como ponto forte
Amperímetro
para o desenvolvimento da indústria deste setor.
60%
Fatores que influenciaram o mercado de instrumentos de testes e medição
Apenas 6% dos fabricantes e distribuidores de instrumentos
4%
8%
Programas de incentivo do governo
Outros
de testes e medição que participaram do levantamento afirmam ter faturamento bruto médio em 2016 acima de R$ 500 milhões. A maior parte das pesquisadas (71%) faturou até R$ 30 milhões no ano
3%
passado.
Desvalorização da moeda brasileira
Faturamento bruto anual médio das empresas em 2016
6%
Acima de R$ 500 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
5% 31%
Até R$ 5 milhões
3%
De R$ 70 milhões a R$ 100 milhões
1%
9%
De R$ 50 milhões a R$ 70 milhões
3%
3% 9%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões 31%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Setor da construção civil aquecido 12%
Crise internacional
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
24%
Desaceleração da economia brasileira
Falta de normalização e/ou legislação Incentivos por força de legislação ou normalização
11%
Bom momento econômico do país
14%
Falta de confiança de investidores
6%
6%
11%
Projetos de infraestrutura
Setor da construção civil desaquecido
53
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Números do mercado de equipamentos de gerenciamento de energia e automação
Neste segmento, também as vendas diretas ao cliente final são o
canal mais praticado entre as empresas. Internet e telemarketing são os canais menos utilizados.
Também entre os fabricantes e distribuidores de equipamentos
de gerenciamento de energia e automação, o principal segmento de
Principais canais de vendas
atuação são as indústrias, citadas como tal por 90% das empresas pesquisadas.
15%
Principais segmentos de atuação
Telemarketing
Outros
28% Público
36%
28%
Internet Distribuidores / atacadistas
51%
Comercial
64%
Industrial
90%
Revendas / varejistas
54%
Venda direta ao cliente final
87%
Pesquisa - Equipamentos de teste, medição,
54
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
gerenciamento de energia e automação
O produto mais vendido pelas empresas deste segmento
continua sendo o hardware para sistemas de supervisão, controle e
equipamentos de gerenciamento de energia e automação cresça, em
gerenciamento de energia, conforme apontaram 56% das entrevistadas.
média, 5% neste ano de 2017.
Na sequência, estão os controladores de potência e os softwares
para sistemas de supervisão, controle e gerenciamento de energia,
2016, na comparação com o ano anterior, esperam
apontados por, respectivamente, 49% e 46% das companhias.
Os fabricantes e distribuidores acreditam que o mercado de
Já as empresas, que declararam ter crescido em torno de 6% em
Previsões de crescimento
Principais produtos comercializados
Contratação de colaboradores em 2017
4% Capacitador p/ correção do fator de potência
36%
6%
Banco automático para correção do fator de potência
38%
Crescimento médio para o mercado em 2017
6%
12%
Controlador de demanda
38%
Crescimento médio das empresas em 2016 comparado a 2015 Crescimento médio das empresas em 2017
Controlador de consumoço
41% Software para sistemas de supervisão, controle e gerenciamento de energia Controlador de fator de potência
46%
Aos poucos, este gráfico que mostra os fatores que influenciam
o setor muda de aspecto e se torna mais diversificado. Se antes, a concentração nos fatores negativos era muito grande, agora, já é possível identificar certa esperança. Para 15% das empresas de
49% 56%
Hardware para sistemas de supervisão, controle e gerenciamento de energia
gerenciamento de energia, por exemplo, os projetos de infraestrutura começam a favorecer o setor, embora a desaceleração da economia seja ainda o fator mais evidente. Fatores que influenciaram o mercado de equipamentos de gerenciamento de energia e automação
10%
A maior parte (67%) das empresas deste setor, que participaram
Outros
do levantamento, faturaram, em 2016, até R$ 20 milhões. Faturamento bruto anual médio das empresas em 2016
7%
De R$ 60 milhões a R$ 80 milhões 11%
26%
Até R$ 3 milhões
De R$ 40 milhões a R$ 60 milhões
2%
Falta de confiança de investidores
4%
Programas de incentivo do governo 4%
Bom momento econômico do país
15%
Falta de confiança de investidores
24%
4%
Desaceleração da economia brasileira
Falta de normalização e/ou legislação 7%
15%
De R$ 20 milhões a R$ 40 milhões
15%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões 22%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
4%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
Incentivos por força de legislação ou normalização 2%
Crise internaciona
13%
15%
Projetos de infraestrutura
Setor da construção civil desaquecido
Pesquisa - Instrumentos de teste e medição
56
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Principal segmento de atuação
Certificado ISO Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte aos clientes
Oferece treinamento técnico para os clientes
Fornece serviços de aferição e/ou manutenção dos instrumentos
X
X
X
X
ALSET ENG. E COMERCIO LTDA
(62) 3945-5047
www.alset.com.br
Goiania
GO
X
X X
X X
X X X
X
X
X
X
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050
www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
CCK
(11) 5051-1297
www.cck.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X X X
X X
X
X
X
X
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
X X
X
X
X
COMERCIAL GONÇALVES
(11) 3229-4044
www.comercialgoncalves.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X X
X
X
X
X
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X X
X X X X
X X
X
X
DIGIMEC
(11) 2969-1600
www.digimec.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X X
X
X
X
EMBRASUL
(51) 3358-4000
www.embrasil.com.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
X
X
X
X
Engemet Elétrica
(11) 5073-5222
www.engemeteletrica.com.br
São Lourenço da Serra
SP
X
X
X
X
Finder
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
X X X X X X X
X
X X
X
X
FLIR
(15) 3238-8070
www.flir.com
Sorocaba
SP
X
Fluke
(11) 4058-0200
www.fluke.com.br
São Paulo
SP
X
IDEAL INDUSTRIES
(11) 4314-9930
www.idealindustries.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X X X X X X X
Instrumenti
(11) 5641-1105
www.instrumenti.com.br
Taboão da Serra
SP
X
X X
Instrutherm
(11) 2144-2800
www.instrutherm.com.br
São Paulo
SP
X
INTELLI STORM
(16) 3826-1411
www.intellistorm.com.br
Orlândia
SP
X
Isolet
(11) 2118-3000
www.isolet.com.br
Itu
SP
X
X
JNG materiais elétricos
(11) 2090-0550
www.jng.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
Kron Medidores
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
X X X X
Magnani Mat Elétricos
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X X X X X
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
Minipa do Brasil
(11) 5078-1850
www.minipa.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
MIT Meastech
(11) 4028-5653
www.meastech.com.br
Salto
SP
X
X X
MONTREL TECNOLOGIA
(19) 3861-3070
www.montrel.com.br
Mogi Guaçu
SP
X
NOVUS Produtos Eletrônicos
(51) 3323-3600
www.novus.com.br
Porto Alegre
RS
X
PLP
(11) 4448-8000
www.plp.com.br
Cajamar
SP
X
Politerm
(11) 5581-1728
www.politerm.com.br
São Paulo
SP
X X
X X
X
RDI Bender
(11) 3602-6260
www.rdibender.com.br
Osasco
SP
X
X X
X
X
Renz
(11) 4034-3655
www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
X X
RMS
(51) 3337-9500
www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
X
Sassi Medidores
(11) 4138-5122
www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra
SP
X
SEL
(19) 3515-2000
www.selinc.com.br
Campinas
SP
X
Sultech
(51) 3013-0333
www.sultech.com.br
Porto Alegre
RS
X
UNION
(11) 3512-8900
www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
UTILI
(31) 3232-0400
www.utili.com.br
Belo Horizonte
MG
X
Varixx
(19) 3301-6900
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
X
X
Walm Lab
(51) 34727810
www.walmlab.com.br
Canoas
RS
X
X
Weidmüller
(11) 4366-9600
www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
X
X X X X
X
X X X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
Importa produtos acabados
X
Exporta produtos acabados
Programas na área de responsabilidade social
X X
14001 (ambiental)
X
X X X
X
9001 (qualidade)
X
X X
Outros
X
X X
X X X
Internet
X X
X
Telemarketing
X
SC
Venda direta ao cliente final
X
Criciúma
Revendas / varejistas
X X
www.agpr5.com
Distribuidores / atacadistas
X
(48) 3462-3900
Distribuidores de energia elétrica
SP
AGPR5
Montadores de painéis
Estado
São Paulo
Residencial
Cidade
www.abb.com.br
Comercial
Site
0800-0149111
Industrial
Telefone
ABB
Distribuidora
Empresa
Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Principal canal de vendas
Fabricante
A empresa é
X X
X
X X X X X X X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X X X
X X X
X X
X
X X
X
X
X
X X X
X X
X X X
X
X
X X
X
X
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X X
X X X
X
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X X
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X X
X
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X X
X X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X X
X
X X X X
X X X X
X
X
X
X X X
X X
X
X
X X X X
X
X X
X X
X
X
X X X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X
X X
X X X X X
X
X
57
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
GO
X
X
X
São Paulo
SP
X
X
X
CCK
(11) 5051-1297
www.cck.com.br
São Paulo
SP
X
X
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
COMERCIAL GONÇALVES
(11) 3229-4044
www.comercialgoncalves.com.br
São Paulo
SP
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
DIGIMEC
(11) 2969-1600
www.digimec.com.br
São Paulo
SP
X
X
EMBRASUL
(51) 3358-4000
www.embrasil.com.br
Porto Alegre
RS
Engemet Elétrica
(11) 5073-5222
www.engemeteletrica.com.br
São Lourenço da Serra
SP
Finder
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
FLIR
(15) 3238-8070
www.flir.com
Sorocaba
SP
X
Fluke
(11) 4058-0200
www.fluke.com.br
São Paulo
SP
X
IDEAL INDUSTRIES
(11) 4314-9930
www.idealindustries.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
Instrumenti
(11) 5641-1105
www.instrumenti.com.br
Taboão da Serra
SP
X
X
X
Instrutherm
(11) 2144-2800
www.instrutherm.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
INTELLI STORM
(16) 3826-1411
www.intellistorm.com.br
Orlândia
SP
X
X
Isolet
(11) 2118-3000
www.isolet.com.br
Itu
SP
JNG materiais elétricos
(11) 2090-0550
www.jng.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Kron Medidores
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Magnani Mat Elétricos
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com.br
São Paulo
SP
Minipa do Brasil
(11) 5078-1850
www.minipa.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
MIT Meastech
(11) 4028-5653
www.meastech.com.br
Salto
SP
X
X
X
X
MONTREL TECNOLOGIA
(19) 3861-3070
www.montrel.com.br
Mogi Guaçu
SP
NOVUS Produtos Eletrônicos
(51) 3323-3600
www.novus.com.br
Porto Alegre
RS
PLP
(11) 4448-8000
www.plp.com.br
Cajamar
SP
Politerm
(11) 5581-1728
www.politerm.com.br
São Paulo
SP
RDI Bender
(11) 3602-6260
www.rdibender.com.br
Osasco
SP
Renz
(11) 4034-3655
www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
RMS
(51) 3337-9500
www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
Sassi Medidores
(11) 4138-5122
www.sassitransformadores.com.br
Taboão da Serra
SP
SEL
(19) 3515-2000
www.selinc.com.br
Campinas
SP
Sultech
(51) 3013-0333
www.sultech.com.br
Porto Alegre
RS
UNION
(11) 3512-8900
www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
UTILI
(31) 3232-0400
www.utili.com.br
Belo Horizonte
MG
Varixx
(19) 3301-6900
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
Walm Lab
(51) 34727810
www.walmlab.com.br
Canoas
RS
X
X
Weidmüller
(11) 4366-9600
www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Outros
Goiania
www.bohnen.com.br
X
Calibradores e padrões
www.alset.com.br
(11) 2711-0050
X
Pinças
(62) 3945-5047
Bohnen+Messtek
X
Transdutores
ALSET ENG. E COMERCIO LTDA
X
Equipamento de aquisição de dados
X
Osciloscópio
X
X
Medidor de temperatura
X
X
Luxímetro
X
SC
Megômetro
SP
Criciúma
Medidor de resistência de aterramento
São Paulo
www.agpr5.com
Medidor de qualidade de energia
www.abb.com.br
(48) 3462-3900
Medidor de harmônicas
Frequencímentro
0800-0149111
AGPR5
Medidor de fator de potência
Voltímetro
ABB
Estado
Medidor de demanda
Cidade
Medidor de energia ativa
Site
Medidor de energia reativa
Telefone
Multímetro
Empresa
Amperímetro
Tipos de INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO que a empresa comercializa
X
X
X X
X
X
X
X X
X
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X X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
X
Pesquisa - Gerenciamento de Energia e Automação
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
9001 (qualidade)
14001 (ambiental)
Serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
Programas na área de responsabilidade social
X
X
X
X
X
Público
Distribuidores / atacadistas
Revendas / varejistas
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Telefone
Site
Cidade
Estado
ABB
(11) 98514-5432
www.abb.com.br
São Paulo
SP
X
Acabine Materiais Elétricos
(11) 2842-5252
www.acabine.com.br
Guarulhos
SP
Ação Engenharia
(11) 3883-6050
www.acaoenge.com.br
São Paulo
SP
ADELCO
(11) 4199-7500
www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
AGPR5
(48) 3462-3900
www.agpr5.com
Criciúma
SC
X
X
X
CCA-SIBRATEC
(47) 3521-2986
www.sibratec.ind.br
Rio do Sul
SC
X
X
X
CCK
(11) 5051-1297
www.cck.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Dutoplast do Brasil
(11) 2524-9055
www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Eletromax
(51) 3475-4700
www.eletromax.com.br
Canoas
RS
X
X
X
X
EMBRASUL
(51) 3358-4000
www.embrasul.com.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
X
X
X
X
Finder Brasil
(11) 4223-1550
www.findernet.com
Sao Caetano do Sul
SP
X
X
X
X
X
X
FLASH AUTOMACAO LTDA
(11) 3982-9799
www.flashautomacao.com.br
São Paulo
SP
X
GESTAL
(11) 5080-8200
www.gestal.com
São Paulo
SP
X
IFG Eletromecânica
(51) 3431-3855
www.ifg.com.br
Gravataí
RS
X
ISOLET
(11) 2118-3000
www.isolet.com.br
Itu
SP
X
X
JNG Materiais elétricos
(11) 2090-0550
www.jng.com.br
São Paulo
SP
X
X
KDL ILUMINAÇÃO
(11) 4617-3432
www.kdliluminacao.com.br
Cotia
SP
X
Kienzle Controls
(11) 2249-9604
www.kienzle-haller.com.br
São Paulo
SP
X
Kron Medidores
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
Legrand
0800 18008
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X
Luxxel
(11) 2261-3110
www.luxxel.com.br
São Paulo
SO
X
Magnani Mat Elétricos
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com
São Paulo
SP
X
METALTEX
(11) 5683-5700
www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
MIT Meastech
(11) 4028-5653
www.meastech.com.br
Salto
SP
OBO BETTERMAMM DO BRASIL LTDA
(15) 3335-1386
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
Proauto
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
Provolt
(47) 3036-9666
www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
X
X
RMS
(51) 3337-9500
www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
X
Rovimatic
(11) 3814-1143
www.rovimatic.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
Sassi Medidores
(11) 4138-5122
www.sassitransformadores.com.br
Taboão da Serra
SP
X
X
X
X
X
SCHNEIDER ELECTRIC
(11) 4501-3434
www.schneider-electric.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
SEL
(19) 3515-2000
www.selinc.com.br
Campinas
SP
X
X
X
Siemens
(11) 4585 8040
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
UNION
(11) 3512-8900
www.unionsistemas.com.br
São Paulo
SP
Varixx e ONNO LED
(19) 3424-4000
www.varixx.com.br
Piracicaba
SP
X
X
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
Weidmüller
(11) 4366-9600
www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X X
X
X
X
X
X
X
X
Internet
EMPRESA
Fabricante
Telemarketing
Comercial
Principal canal de vendas
X
Distribuidora
Certificados ISO
Outros
Principal segmento de atuação
Industrial
A empresa é
Venda direta ao cliente final
58
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
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X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
59
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Oferece treinamento técnico para os clientes
Oferece diagnóstico energético para os clientes
Hardware para sisemas de supervisão, controle e gerenciamento de energia
Software para sistemas de supervisão, controle e gerenciamento de energia
Controlador de demanda
Controlador de consumo
Controlador de fator de potência
Capacitador p/ correção do fator de potência
Banco automático para correção do fator de potência
Outros dispositivos
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
X
EMPRESA
Telefone
Site
Cidade
Estado
Exporta produtos acabados
Importa produtos acabados
Possui corpo técnico especializado para oferecer suporte aos clientes
Principais produtos comercializados pela empresa
ABB
(11) 98514-5432
www.abb.com.br
São Paulo
SP
X
Acabine Materiais Elétricos
(11) 2842-5252
www.acabine.com.br
Guarulhos
SP
X
Ação Engenharia
(11) 3883-6050
www.acaoenge.com.br
São Paulo
SP
ADELCO
(11) 4199-7500
www.adelco.com.br
Barueri
SP
AGPR5
(48) 3462-3900
www.agpr5.com
Criciúma
SC
X
CCA-SIBRATEC
(47) 3521-2986
www.sibratec.ind.br
Rio do Sul
SC
X
CCK
(11) 5051-1297
www.cck.com.br
São Paulo
SP
X
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
X
Dutoplast do Brasil
(11) 2524-9055
www.dutoplast.com.br
São Paulo
SP
X
Eletromax
(51) 3475-4700
www.eletromax.com.br
Canoas
RS
EMBRASUL
(51) 3358-4000
www.embrasul.com.br
Porto Alegre
RS
X
Finder Brasil
(11) 4223-1550
www.findernet.com
Sao Caetano do Sul
SP
X
FLASH AUTOMACAO LTDA
(11) 3982-9799
www.flashautomacao.com.br
São Paulo
SP
GESTAL
(11) 5080-8200
www.gestal.com
São Paulo
SP
IFG Eletromecânica
(51) 3431-3855
www.ifg.com.br
Gravataí
RS
ISOLET
(11) 2118-3000
www.isolet.com.br
Itu
SP
JNG Materiais elétricos
(11) 2090-0550
www.jng.com.br
São Paulo
SP
KDL ILUMINAÇÃO
(11) 4617-3432
www.kdliluminacao.com.br
Cotia
SP
X
Kienzle Controls
(11) 2249-9604
www.kienzle-haller.com.br
São Paulo
SP
Kron Medidores
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
Legrand
0800 18008
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
Luxxel
(11) 2261-3110
www.luxxel.com.br
São Paulo
SO
X
Magnani Mat Elétricos
(54) 4009-5255
www.magnani.com.br
Caxias do Sul
RS
X
X
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com
São Paulo
SP
X
X
X
X
METALTEX
(11) 5683-5700
www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
MIT Meastech
(11) 4028-5653
www.meastech.com.br
Salto
SP
X
X
X
X
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
OBO BETTERMAMM DO BRASIL LTDA (15) 3335-1386
X X
X
X
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X X
X X X
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X X
X
X X
Proauto
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
Provolt
(47) 3036-9666
www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
X
X
X
X
RMS
(51) 3337-9500
www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
X
Rovimatic
(11) 3814-1143
www.rovimatic.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Sassi Medidores
(11) 4138-5122
www.sassitransformadores.com.br
Taboão da Serra
SP
X
SCHNEIDER ELECTRIC
(11) 4501-3434
www.schneider-electric.com.br
São Paulo
SP
X
SEL
(19) 3515-2000
www.selinc.com.br
Campinas
SP
Siemens
(11) 4585 8040
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
UNION
(11) 3512-8900
www.unionsistemas.com.br
São Paulo
Varixx e ONNO LED
(19) 3424-4000
www.varixx.com.br
Piracicaba
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Weidmüller
(11) 4366-9600
www.weidmueller.com.br
X X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
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X
X
SP
X
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X
X
X
SP
X
X
X
X
X
Jaraguá do Sul
SC
X
X
X
X
X
Diadema
SP
X
X
X
X
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X X
X
X
X
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X
X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Por Normando V. B. Alves*
Existem dezenas de motivos para não se usar normas técnicas e centenas de motivos para usá-las
O título parece assustador, mas a ideia
alternativa seria tentar usar as fundações
é exatamente essa: impressionar os usuários
(vigas baldrames) como elemento natural de
para despertar seu senso crítico.
aterramento, certificando-as com os testes
Na minha vida profissional de 35 anos,
de continuidade prescritos na norma. Em
tenho visto e ouvido as desculpas mais
resumo, não sendo possível fazer de um
esfarrapadas para que as normas não
modo, é necessário conhecer bem a norma
sejam aplicadas. Via de regra, são usados
para verificar quais outras alternativas podem
argumentos fracos, mas na verdade estes
ser usadas.
argumentos escondem outros interesses
que, na maioria dos casos, são, na verdade,
descidas não naturais são questões estéticas,
financeiros.
tendo em vista que as descidas ficam visíveis e
Quando se trata da instalação do
podem desvalorizar o imóvel, etc. Estes casos
eletrodo de aterramento não natural, a
são bem mais fáceis de serem resolvidos,
desculpa é instantânea: “Não dá para fazer”.
pois a norma oferece diversas alternativas de
Porque vai ter que quebrar o piso, porque vai
materiais e tipo de perfil dos materiais que
ficar um remendo no piso, porque o piso é
podem ser usados ou pintados na mesma cor
caro, porque vai causar transtornos, barulho,
da fachada, reduzindo substancialmente o
poeira, etc. Ok, mas tratam-se de dificuldades,
impacto estético, obviamente, dependendo
não de impossibilidades. Impossibilidades
da sugestão, os custos podem aumentar ou
são ações que, ao serem aplicadas, podem
diminuir.
trazer mais prejuízos do que benefícios
e não são apenas prejuízos financeiros.
com o SPDA quase pronto, exigiu que eu
Por exemplo, ter que destruir uma caixa
colocasse todas as descidas nos fundos do
d´água subterrânea ou um transformador
prédio, alegando que iria depreciar o imóvel.
subterrâneo, ou mesmo ter que rasgar uma
Como recusei a fazer algo fora das normas,
laje de contenção no subterrâneo de um
fizemos um acordo e acerto financeiro,
edifício para que o eletrodo de aterramento
demos baixa da nossa ART e daí em diante
passe por essa estrutura, os malefícios serão
o cliente fez o que achava certo com a sua
maiores que os benefícios da proteção. Neste
responsabilidade, não com a nossa. Em outra
caso, considera-se uma impossibilidade,
vez, um condomínio alegou que não iria fazer
justifica-se no projeto e adota-se outra
o SPDA porque iria ficar feio nas fachadas,
solução que esteja dentro da norma,
mesmo sugerindo perfis chatos pintados da
como, por exemplo, passar esse eletrodo
cor da fachada. Seis meses após, ao passar
a uma profundidade menor que os 50 cm
por esse prédio, reparei que havia diversas
exigidos pela norma, porém, explicitamente
antenas de repetição de sinal de telefonia
justificados e sem superar os 20% permitidos
móvel. Então, me perguntei se as antenas
na norma, em casos especiais. Outra
não ficavam feias, tal como as descidas. Claro
Outras alegações usadas no caso das
Certa vez, uma cliente, após ver o prédio
61
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
que, mais uma vez, era o interesse financeiro
quando um sindico pede para fazer uma
estava fiscalizando, eu poderia fazer um
que estava à frente dessa decisão. O SPDA
inspeção do SPDA e constata que o seu
laudo baseado nesse documento. O cliente
era visto como despesa e as antenas eram
sistema não atende às normas vigentes. Este
não conseguiu esse documento e acabou
vistas como receita para o condomínio, por
é obrigado a adequar ou não o seu sistema
aceitando a sugestão de fazer a adequação.
isso, eu digo que muitas vezes os interesses
à norma vigente? Não existe nenhuma lei ou
A decisão foi do cliente, não minha. Ele
são financeiros e não de preocupação com a
qualquer menção no código civil brasileiro
poderia
segurança.
que garanta a manutenção de um sistema
contratar uma empresa que fizesse o que ele
Outro item muito desprezado na norma
obsoleto à luz da nova norma nem uma lei
queria e depois brigar com esse órgão para
é a execução dos anéis externos (no SPDA
que exija a adequação à norma existente.
ter a aprovação, mas esse não seria o melhor
externo) que seguem o mesmo espaçamento
Para todas as situações existem três verdades:
caminho, nem o mais amigável.
das descidas. Muitos projetistas e instaladores
a minha, a sua e a verdadeira.
alegam que não é possível executar os anéis.
tem o poder de exigir que o cliente siga
É difícil, mas não é impossível. São necessários
forma o mais isenta possível.
a norma, essa atribuição é dos órgãos
equipamentos
Quem é a favor de continuar com um
públicos (prefeituras ou secretarias), Corpo
comprometidas e treinadas, medidas de
sistema com um mastro de 3 m com apenas
de Bombeiros, Ministério do trabalho,
segurança, mas é possível executar. Talvez Belo
duas descidas próximas e um aterramento
órgãos certificadores e seguradoras. Apesar
Horizonte seja uma das capitais que mais exibe
em triângulo vai alegar direito adquirido
de seguradoras serem da iniciativa privada,
este item do subsistema de descida do SPDA.
porque, na época, seguiu a norma existente
existe uma diferença na apólice do seguro
O que acontece é que quando a empresa
(na maioria das vezes isso não é verdade) e
muito grande quando o SPDA atende ou
instaladora não atende aos quesitos mínimos,
por isso ele quer continuar com a mesma
não à norma vigente. Grandes seguradoras,
ela diz que é impossível fazer, quando, na
instalação.
normalmente,
verdade, o cliente contratou uma empresa que
Quem é contra vai alegar que os sistemas
engenharia que faz essa análise técnica e, em
não é especializada neste tipo de serviço. Mais
antigos têm baixíssima eficiência e, como o
grandes indústrias, a diferença da apólice é
uma impossibilidade derrubada.
código de defesa do consumidor, a NR 10 e
tão grande que muitas vezes o cliente prefere
Já o subsistema de captação é o que
outros regulamentos exigem que as normas
investir em uma adequação do sistema novo,
menos causa problemas, pois chama pouco
sejam seguidas, não faz sentido adequar uma
que a diferença na apólice cobre esses
a atenção. Mesmo assim, é preciso ficar
instalação que está há décadas desatualizada.
custos e em poucos anos se recupera esse
atento aos locais com fácil acesso de público
investimento.
para que essas pessoas não se aproximem
uma edificação possuir uma instalação antiga
facilmente dos condutores de captação
não quer dizer que ela tenha a obrigação
motivos para não aplicar as normas técnicas,
e também orientar para que as pessoas
de mantê-la. Existem diversas empresas que
mas, caso aconteça um acidente, certamente,
não permaneçam em áreas descobertas
fazem retrofit de suas instalações prediais.
haverá centenas de motivos para que as
em dias de tempestade. Mesmo assim,
Fazer uma adequação do seu SPDA à norma
normas devessem ter sido aplicadas e aí irão
algumas aberrações são feitas quando o
vigente não é algo impossível ou tão caro
aparecer dezenas de Leis Federais, estaduais,
instalador coloca o subsistema de captação
que seja inacessível, desde que projetado e
municipais, etc.
por baixo dos telhados, ao invés de colocar
planejado de forma correta. Tenho projetado e
por cima, conforme detalhado no projeto.
fiscalizado diversas instalações de adequação
existe uma grande chance de alguém ser
Normalmente, a desculpa do instalador
sem traumas, embora nem tudo seja flores.
responsabilizado,
é que ele “achou que não fazia diferença
Então, de quem é a decisão se o sistema
imperícia ou má fé. É neste momento que
colocar por cima ou por baixo”. Neste caso,
será mantido ou atualizado? A resposta é
você tem que decidir se quer estar dentro ou
quem tem que opinar é o projetista e não
fácil, será do cliente, que, em acordo com o
fora da conformidade. Quem já passou por
o instalador, este deverá apenas executar o
órgão que está exigindo ou fiscalizando essa
algo parecido tem uma ideia do tamanho do
que o projeto, ou, então, caso identifique um
instalação, deverá decidir fazer a adequação
problema.
possível erro, se reportar ao projetista antes
ou não. Recentemente, um cliente alegou
de fazer algo.
que gostaria de manter a instalação antiga
*Normando Virgílio Borges Alves é diretor de
Por fim, um assunto polêmico, mas não
e eu disse que se ele conseguisse do
engenharia da Termotécnica e membro da
menos importante que os demais, é o caso
Corpo de Bombeiros, que era o órgão que
comissão que revisa a norma ABNT NBR 5419.
adequados,
equipes
Vamos analisar os dois pontos de vista de
Gostaria apenas de lembrar que o fato de
desprezar
a
minha
sugestão,
Nenhuma empresa da iniciativa privada
possuem
um
setor
de
Resumindo, podem existir dezenas de
Uma coisa é certa: em caso de sinistro, seja
por
negligência,
62
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Onde foi parar o PVC?
A versão 2005 da AB NT N B R 5419
que o tubo de PVC não promovia
contemplava em seu texto um tubo de
isolação elétrica efetiva e essa condição
PVC por condutor de descida do SPDA
definitivamente decretou seu fim, uma
quando este fosse construído com cabo.
vez que indivíduos sem essa informação
Mesmo naquela edição, a utilização
tendem a pensar que estão protegidos de
do tubo já não era obrigatória quando
eventuais choques elétricos pelo PVC e
o condutor de descida era construído
assim poderiam ficar próximos e até tocar
com fita ou barra metálica. Esse tubo
nas descidas durante as tempestades, o
deveria, prioritariamente, proteger os
que não é verdade.
cabos de esforços mecânicos desde o
Analisando os fatos expostos, os
nível do piso até uma altura que variava
especialistas da CE 64.10 retiraram a
entre 2,5 m e 3 m.
obrigatoriedade da instalação do tubo de
PVC do texto da versão 2015 da ABNT
A má interpretação do texto, somada
à falta de cuidado no momento da
NBR 5419.
instalação,
transformou
esse
agente
Caso seja feita a opção pela instalação
protetor em vilão. O tubo, na maioria das
do PVC, manda a boa engenharia que o
vezes, era instalado com a extremidade
mesmo fique enterrado em algo como
inferior rente ao piso e essa condição
0,5 m e seja fixado apropriadamente,
o
de
no máximo, a cada metro, além de
cisalhamento, forçando o rompimento
obrigatoriamente observarem todas as
dos cabos de descida no ponto em que
medidas para reduzir centelhamentos
o mesmo penetra o solo. Além disso,
perigosos e tensões de toque naquele
ensaios com corrente impulsiva provaram
ponto.
transformava
em
um
agente
NR 10
64
Segurança nos trabalhos com eletricidade
João José Barrico de Souza é engenheiro eletricista e de segurança no trabalho, consultor técnico, diretor da Engeletric, membro do GTT-10 e professor no curso de engenharia de segurança (FEI/PECE-USP/Unip).
Poderia ser mais específica?
É o que frequentemente se ouve sobre
como tinha sido escrita não precisou
omissas ou insuficientes, são passíveis de
a NR 10. Acontece, no entanto, que
nem mesmo de uma nota técnica para
aplicação as normas técnicas internacionais
não se trata de uma norma técnica, de
esclarecimento face à evolução trazida
relativas ao assunto. Podem-se destacar
especificação, trata-se de uma norma que
pela ABNT NBR 5410.
alguns
busca a segurança servindo-se de tudo
elaboração
o que existe para atingir seu objetivo de
“nova NR 10”, foi deixado para as normas
de reconhecido valor e aplicação, como
regulamentar os aspectos de segurança
técnicas um campo livre para evolução e
International
com eletricidade.
aplicação e em “em conformidade “ com a
(IEC); National Electrical Code (NEC);
A versão anterior da NR 10, que
NR 10.
National
vigorou de 1978 a 2004, já possuía esse
viés, pois não menos que 19 vezes ela
seria
mencionava em seu texto que esta ou
páginas do texto aprovado e, dessa forma,
aquela condição deveria atender ao que
ela se alicerça nas normas técnicas oficiais
quanto a outras exigências da NR 10,
determinava o item 10.1.2:
estabelecidas pelos órgãos competentes
como os ensaios de luvas, adequação
e, na ausência ou omissão destas, nas
de vestimentas, ensaios de ferramentas
“10.1.2 Nas instalações e serviços em
normas internacionais cabíveis.
isoladas e de tapetes isolantes, análises
eletricidade, devem ser observadas,
As instalações elétricas e serviços
de risco, certificação de equipamentos
no projeto, execução, operação,
com
e até mesmo os princípios que norteiam
manutenção, reforma e ampliação, as
obrigatoriamente,
normas técnicas oficiais estabelecidas
requisitos fixados nas normas técnicas
Foi assim que a NR 10 buscou
pelos órgãos competentes e, na falta
aplicáveis, tais como: ABNT NBR 5410
permanecer atualizada com a evolução
destas, as normas internacionais
– Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
tecnológica. Em especial, quando se
vigentes”.
ABNT NBR 14039 para média tensão
tratam de medidas de proteção contra
até 36,2 kV; ABNT NBR IEC 60079 para
choques, elas estão relacionadas ao
Quando esse texto foi escrito ainda
áreas sujeitas a atmosferas explosivas;
capítulo 5 da ABNT NBR 5410.
vigorava a NB-3 para instalações de baixa
ABNT NBR 5419 para proteção contra
tensão. Tivemos uma “revolução” com o
descargas atmosféricas; entre outras.
exigências da NR 10, portanto, encontram
advento da ABNT NBR 5410, dois anos depois, e, no entanto, a NR 10 da forma
Essa lição foi aprendida e, ao redigir a
A aplicabilidade da norma legal não possível
com
eletricidade
algumas
devem a
poucas
atender,
especificações
e
Nas situações em que as normas técnicas
nacionais
inexistirem,
forem
códigos
ou
de
Fire
comissões
normas
Eletrotecnic Protection
de
internacionais Commission Association
(NFPA); Normas da Comunidade Europeia (CEI); European Standards (EN). Da mesma maneira se aplica o conceito
sistemas de gestão.
Os detalhes e a forma de atender às
respostas “mais específicas” nas normas técnicas vigentes.
66
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
Conexão das renováveis e qualidade da energia Boas respostas em mais um excelente encontro técnico na Poli-USP
No último dia 5 de dezembro ocorreu
além dos desafios do poder concedente
de
mais um workshop organizado pela
na regulação de todo este modelo.
modelos de simulação disponíveis e sues
Sociedade Brasileira de Qualidade da
As apresentações que se seguiram
pontos críticos, argumentando sobre
Energia Elétrica (SBQEE) com importante
trouxeram
e
a necessidade de se buscar modelos
colaboração da Escola Politécnica da
geração de muitas outras dúvidas que
que atendam aos requisitos de todos
USP, onde o evento ocorreu. A exemplo do
enriqueceram os debates. O professor
os lados. Apresentou modelamento em
primeiro seminário, realizado no primeiro
Maurício Salles, do LGrid (laboratório
laboratório da UFU. O engenheiro Artur
semestre, em que foram abordados
de redes elétricas avançadas) da Escola
Bonelli, representante da SBQEE e de
temas, como VTCDs, harmônicas e
Politécnica,
interessante
Furnas, apresentou soluções aplicáveis
a nova legislação, o segundo evento
retrospecto sobre as eólicas, tecnologias
na mitigação dos efeitos de qualidade de
apresentou, sob diversos pontos de vista,
e estado da arte, apresentando as
energia nas conexões com renováveis.
as questões relacionadas à qualidade
linhas de pesquisa e conclusões de seu
de energia nas conexões da rede com
grupo na Universidade de São Paulo.
Rubens Macedo, com experiência no setor
as fontes renováveis. As apresentações
Na
Walmir
de distribuição e no desenvolvimento
estão disponíveis no site da SBQEE –
Freitas,
representando
das normas e seus critérios, discutiu, de
www.sbqee.org.br. Além disso, a SBQEE
também a CPFL, apresentou resultados
forma bastante didática e com a habitual
passará a ter, a partir da próxima edição,
de
em
competência, os aspectos do Prodist
uma coluna específica nesta publicação.
convênio com a universidade e as boas
e dos Procedimentos de Rede com
Na abertura do evento, em substituição
perspectivas em relação à qualidade
suas nuances específicas e aplicações.
ao atual presidente da SBQEE, Mateus
de energia, enfatizando o cumprimento
Sobretudo, justificou aos presentes os
Duarte Teixeira, apresentei alguns pontos
dos indicadores no que diz respeito
critérios que se consideram quando da
de reflexão sobre o tema das conexões
às distorções de tensões nos pontos
elaboração das normas específicas. O
às redes das “GDs e “GñDs” sob os
de
apresentou
engenheiro Alessio Fernandes trouxe
aspectos de cargas e suas características
interessantes registros e medições sobre
aspectos operacionais de discussão entre
intrínsecas, sobre as decisões técnicas
o projeto “Telhados solares”, da CPFL.
acessantes e distribuidoras e critérios
envolvidas quanto à redução de perdas
Professor da Universidade Federal
a
pela GD, modelamentos e aspectos de
de Uberlândia (UFU), Ivan Nunes Santos
investimentos e compromissos. Muito
qualidade de energia das renováveis,
trouxe discussão sobre compartilhamento
boas referências e boas ideias.
importantes
apresentou
sequência, da
o
professor
Unicamp,
projetos
conexão.
da
conclusões
distribuidora
Walmir
responsabilidades,
apresentando
O também professor da UFU, José
serem
considerados
envolvendo
67
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
No último bloco, o professor Paulo
Ribeiro, da Unifei, apresentou sua tese do “entrelaçamento enkáptico de parâmetros elétricos e de sistemas irredutíveis”, com
interessantes
posicionamentos
“quasi-filosóficos”, envolvendo uma viva discussão sobre os limites estabelecidos sem tolerância e clara referência às diferenças entre os valores modelados e aqueles efetivamente medidos. De acordo com o professor, o termo “Enkapsis” diz respeito a “entrelaçamento” associado ao relacionamento entre fenômenos que, com identidades próprias, são unidas em um relacionamento estrutural nas quais todos são necessários e mutualmente interdependentes. O professor Antonio Carlos Zambroni de Souza, também da Unifei, tratou da robustez como métrica da qualidade na inserção de renováveis com inúmeros exemplos obtidos na universidade na aplicação de redes ilhadas.
Importante mencionar a participação
do representante do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), o engenheiro Fabiano Oliveira, durante os dois debates coordenados pelo professor Benedito Bonatto, da Unifei e da SBQEE. O tema
central
ainda
está
indefinido,
considerando que o investimento em filtros e em mitigações nas renováveis deve ser feito durante o empreendimento não havendo condições de se esperar até o final para, então, providenciar as soluções. Espera-se uma convergência de interesses e modelamentos. Um grande dia de bons debates, de reencontro de amigos e busca de soluções para os desafios. Até o próximo! Críticas e sugestões podem ser direcionadas ao SBQEE (pelo site) ou ainda para o autor desta coluna.
68
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS: PANORAMA E RETROSPECTIVA “EX” 2017
Ao longo de 2017 foram realizados no Brasil e em diversos outros países do mundo muitas ações envolvendo o setor de equipamentos e de instalações elétricas e mecânicas em áreas classificadas, sob o ponto de vista de segurança durante o ciclo total de vida deste tipo de instalações industriais
“Ex”
contendo
atmosferas
explosivas de gases inflamáveis ou de poeiras combustíveis. Na última edição, começamos a relacionar algumas das ações mais significativas. Continuamos a seguir:
12. Primeiros certificados de conformidade para equipamentos eletrônicos “Ex” emitidos pela ABNT
Foram emitidos pela ABNT em junho e
setembro de 2017 os primeiros certificados de instalações “Ex” do Senai/Santos, que
emitidos para a empresa Yokogawa América
13. 3º Encontro Anual Abendi sobre Certificação de Competências Pessoais Ex
do Sul, abrangendo as linhas de produto
proteção “Ex”.
de transmissores de temperatura modelos
de Ensaios não Destrutivos e Inspeção
YTA610 / YTA 710 (Certificado ABNT
(Abendi), em setembro de 2017, o 3º Encontro
Competências Pessoais “Ex” da Abendi está
17.0001X) e transmissores de pressão
Anual sobre Certificação de Competências
programado para ser realizado na cidade de
modelos
Pessoais em Atmosferas Explosivas com o
São Paulo, nos dias 28 e 29/08/2017. Mais
17.0002X).
objetivo de mostrar o desenvolvimento dos
sobre o evento em: www.abendieventos.org.br
A ABNT atua desde 1950 na área
sistemas de certificação de competências
de certificação de produtos, participando
“Ex” e o seu envolvimento com os usuários,
atualmente mais de 400 programas de
candidatos e provedores de treinamentos
certificação, sendo o organismo certificador
“Ex” do Brasil.
14. Evolução do sistema de certificação de competências pessoais Ex da Abendi
com o maior escopo de acreditação junto ao
Inmetro.
Visual Ex 007, utilizando os laboratórios
de
conformidade
eletrônicos
“Ex”.
para Os
EJA/EJX
equipamentos
certificados
(Certificado
foram
ABNT
Foi realizado pela Associação Brasileira
Houve também uma prova de Inspeção
contam com a instalação de diversos tipos de equipamentos “Ex” com diversos tipos de O 4º Encontro Anual de Certificação de
Ao longo de 2017 houve uma evolução
do sistema de certificação de competências
69
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
especial em luminárias Led Ex; • Nova versão do Documento Operacional IECEx
OD
017
–
Orientação
sobre
documentos e desenhos na certificação IECEx para utilização por fabricantes e organismos de certificação; • Publicação da nova especificação técnica IEC TS 60079-46 – Atmosferas explosivas – Parte 46: Conjunto de equipamentos prémontados; • Ensaios, avaliação e certificação de equipamentos mecânicos “Ex”. Mais informações sobre as reuniões plenárias do IECEx nos Estados Unidos em
Representantes de 33 países, incluindo o Brasil, na reunião do IECEx, em Washington (EUA).
2017, incluindo os documentos analisados e
pessoais “Ex” da Abendi, lançado em 2014,
prestação de serviços “Ex”, organismos de
as decisões tomadas estão disponíveis em:
incluindo as unidades de competências
certificação de equipamentos “Ex”, fabricante
http://washington2017.iecex.com/
Ex 000 a Ex 010. Por meio de certificação
de equipamentos elétricos e eletrônicos “Ex”
pela sistemática de créditos estruturados.
e consultor.
Até o presente momento, já se encontram
Os organismos de certificação “Ex”
16. Certificação no Brasil de novas empresas de prestação de serviços EX
certificadas
brasileiros que estiveram presentes nestas
Foram
competências pessoais “Ex” mais de 70
reuniões
acreditados
novas empresas de prestação de serviços
profissionais, em todas as unidades de
pelo IECEx ou já foram auditados para o
de reparo, revisão e recuperação de
competências pessoais.
processo
internacional.
equipamentos “Ex”. Desde 2009 até o
Foram discutidos nestas reuniões, entre
presente momento foram certificadas no
outros, os seguintes assuntos:
Brasil um total de 70 empresas de prestação
pela
Abendi
na
área
de
Até 12/2017, foram emitidos certificados
no total de cerca de 120 unidades de competências
pessoais
“Ex”.
já
se
de
encontram
acreditação
http://
certificadas
em
2017
três
de serviços de reparo de equipamentos “Ex”,
abendicertificadora.org.br/atmosferas_
• Atualização dos documentos operacionais
localizadas em 11 estados do Brasil: RJ, SP,
explosivas/index.html
do sistema de certificação de empresas
MG, ES, PR, RS, SC, BA, CE, GO e PE.
de prestação de serviços de inspeção e
15. Reuniões gerais 2017 do IECEx em Washington
manutenção “Ex” (tendo como base a norma
Organismos
IEC 60079-17);
acreditados, de acordo com os requisitos
Estas empresas foram certificadas por de
Certificação
brasileiros
Foram realizadas entre os dias 25 e
• Revisão do Documento Operacional IECEx
da norma ABNT NBR IEC 60079-19 e dos
29 de setembro, em Washington/EUA, as
OD 024 - Procedimento englobando ensaios
Documentos Operacionais IECEx OD 314-5
reuniões plenárias do IECEx - Sistema de
ou testemunho de ensaios nas instalações
e IECEx OD 315-5.
Certificação da IEC em relação às normas
do fabricante ou do usuário ou de terceira
sobre atmosferas explosivas. Estas reuniões
parte;
gerais do IECEx contaram com a presença
• Ensaio de sensores termo catalíticos com
de mais de 110 delegados, representantes
marcação Ex ia IIC;
dos 33 países que participam do IECEx,
• Programa de ensaios de proficiência
incluindo cinco profissionais representantes
interlaboratorial
do Brasil.
laboratoriais “Ex”;
Foi
Estiveram brasileira
presentes
nestas
na
reuniões
melhores
práticas
aprovada
a
Edição
2.0
dos
• Orientação sobre a emissão de relatórios
documentos operacionais IECEx OD 313-4,
IECEx
de avaliação da qualidade (ExQAR) quando
IECEx OD 314-4 e IECEx OD 316-4, bem
de
delegação do
e
17. Revisão dos documentos operacionais do IECEX para o sistema de certificação de empresa de prestação de serviços de inspeção e manutenção EX
produtos “Ex” são fabricados em diferentes
como os procedimentos a serem seguidos
certificação de competências pessoais “Ex”,
instalações;
pelos organismos de certificação “Ex” -
organismos de certificação de empresas de
•
IECEx 03-4. Além destes documentos,
representantes
de
organismos
Aplicabilidade da IEC 60079-28, em
70
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
estão disponíveis no website do IECEx os
tram-se disponíveis para acesso público no
industrial,
Documentos Operacionais para os sistemas
sistema no sistema online de certificação
grande quantidade de não conformidades
de certificação de empresas de prestação
do IECEx e podem ser encontrados com a
que são verificadas nas inspeções das
de serviços de projeto, montagem e reparo
pesquisa pela norma “80079”. http://iecex.
instalações “Ex” existentes, bem como os
de equipamentos e instalações “Ex”. http://
iec.ch/iecex/exs.nsf/ex_eq.xsp?v=e
graves acidentes e explosões que ocorrem
levando
em
consideração
a
neste tipo de instalação, decorrentes destas
www.iecex.com/operational.htm
20. Auditorias da ANP em diversas plantas industriais contendo atmosferas explosivas
não conformidades, pode ser verificado que
18. Primeiro avaliador brasileiro aprovado pelo IECEX
Foram realizadas pela Agência Nacional
segurança das instalações em atmosferas
primeiro certificado de reconhecimento de
do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
explosivas, nem das pessoas que nelas
um assessor do Brasil, para o sistema de
(ANP), ao longo de 2017, visitas técnicas e
trabalham.
certificação de equipamentos “Ex”. O Sr.
de gestão, bem como visitas de auditorias
• Para a elevação dos níveis de conformidade
Eduardo Galera, da UL do Brasil, evidenciou
a diversas plantas industriais contendo
normativa e de segurança industrial das
seus conhecimentos e experiências em
atmosferas explosivas, tanto em instalações
instalações “Ex”, ao longo do ciclo total de
avaliações
terrestres como em instalações marítimas.
vida das instalações “Ex”, existe também a
qualidade e de equipamentos com diversos
Nestas
geralmente
necessidade da certificação prioritária das
tipos de proteção “Ex”.
solicitados a apresentação de um sistema
empresas de prestação de serviços “Ex”
Foi emitido em 09/2017 pelo IECEx o
de
sistema
de
gestão
da
auditorias
foram
somente a certificação dos equipamentos “Ex” não é suficiente para garantir a
O processo de reconhecimento inclui
de gestão de segurança envolvendo as
(incluindo classificação de áreas, projeto,
também uma análise e votação pelos
instalações em atmosferas explosivas e
montagem,
33 países membros do IECEx. O IECEx
um plano de inspeções periódicas das
manutenção e reparos de equipamentos e
possui uma equipe de assessores para a
instalações “Ex”.
instalações “Ex”), bem como da certificação
execução das auditorias nos Organismos
Este
de Certificação, Laboratórios de Ensaios
considerado muito importante, sob o ponto
“Ex” dos profissionais que executam tais
e
“Ex”
de vista dos usuários de equipamentos e
atividades.
(peer-
instalações “Ex”, uma vez que se trata de
• Pode ser verificado que estão sendo
oportunidades de melhoria no sistema de
realizadas no Brasil e em diversos
gestão dos equipamentos e instalações
outros países do mundo, ações no
19. Novos certificados de conformidade IECES para equipamentos mecânicos EX
em atmosferas explosivas, incluindo as
sentido de aumentar a abrangência
atividades de classificação de áreas, projeto,
dos
compra
atmosferas
Foram emitidos ao longo de 2017
montagem, inspeção inicial, manutenção,
seguem as recomendações da ON U,
dezenas de novos certificados internacionais
inspeções periódicas e auditorias internas.
sobre o alinhamento e harmonização
IECEx para equipamentos mecânicos “Ex”,
Este tipo de ação, por parte de uma
dos regulamentos locais dos diversos
de acordo com as normas ISO 80079-36 e
entidade legal, traz diversos benefícios em
países participantes com os sistemas
ISO 80079-37, destinados para instalação
termos de postura e de conscientização da
do I ECEx. Estas ações têm como base
em áreas classificadas contendo atmosferas
necessidade de atendimentos dos requisitos
a convergência normativa “Ex” com
explosivas de gases inflamáveis ou de
normativos da série ABNT NBR IEC 60079
base nas normas da série I EC 60079 e
poeiras combustíveis.
com relação às instalações em áreas
ISO 80079, bem como a convergência
Podem ser citados, como exemplos de
classificadas, bem como às competências
regulatória “Ex” com base nos sistemas
equipamentos mecânicos com certificação
pessoais das pessoas envolvidas com as
de avaliação da conformidade do I ECEx.
“Ex”,
atividades “Ex”.
• Ações como estas são necessárias para a
Provedores
reconhecidos
de entre
Treinamentos os
pares
assessment).
compressores
de
engrenagens,
tipo
de
de
auditoria
equipamentos
pode
ser
certificados,
ventiladores axiais e centrífugos e resfriadores
21. Considerações sobre o panorama e a retrospectiva EX em 2017
sistemas
competências
de
pessoais
certificação
explosivas.
Estas
em
ações
instalações brasileiras envolvendo plantas industriais contendo atmosferas explosivas, tanto terrestres como marítimas, bem como
do tipo “vortex”. Os certificados internacionais para equipamentos mecânicos “Ex” encon
das
comissionamento,
elevação dos atuais níveis de segurança das
agitadores para tanques, medidores do tipo turbina e rotativos, bombas dosadoras,
prioritária
inspeção,
• Sob o ponto de vista de segurança
das pessoas que nelas trabalham.
72
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Por Guilherme Freitas*
Brasil aumenta o preço da energia: o impacto sobre os data centers
Os baixos níveis dos reservatórios, as
gerada no país; um data center típico
deste ambiente demanda profissionais com
chuvas abaixo da média e a necessidade
tem uma intensidade de uso de energia
grande experiência técnica e profundo
de acionar termoelétricas vão levar o
equivalente à de 100 a 200 edifícios
conhecimento
governo brasileiro a aumentar o preço
comerciais. A boa notícia é que o uso de
entre os vários elementos do data center
da energia. No início de outubro, as
energia nos data centers mais eficientes
(servidores, UPS, unidades de refrigeração,
hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste,
pode ser até 80% menor do que o que
etc.). É fundamental trabalhar em paralelo:
por exemplo, tinham só 19,54% de sua
ocorre
qualquer
capacidade; as do Nordeste, 7,22%. A
(dados do relatório US Department of
computacional do data center deve ser
situação é tal que se estuda, inclusive,
Energy, 2016).
acompanhada por ações que promovam
aumentar a importação de energia de
o uso excelente da energia (eficiência
países vizinhos como Argentina e Uruguai.
do
principais
energética). Embora uma parte dos serviços
Essa realidade tem forte impacto sobre
frentes de batalha é apostar em serviços
de otimização de refrigeração e de consumo
indústrias
com
data
centers
ineficientes
Para aumentar a eficiência energética data
center,
uma
das
das
mudança
complexas
na
relações
capacidade
de
e soluções de controle de temperatura
de energia possa ocorrer de forma remota,
alumínio e, como não poderia deixar de ser,
(cooling) desenhadas para esta nova
a partir da monitoração do data center, é
sobre os data centers.
era energética. É bom lembrar que, hoje,
fundamental inserir nesta receita de serviços,
Em 2018, será essencial que os
até 37% do consumo enérgico de um
também, visitas ao site que demanda
gestores
petroquímicas,
de
aço,
data center pode vir dos sistemas de ar
ajustes e, em alguns casos, treinamento dos
digitais contem, em casa, com os produtos
condicionado,
profissionais que operam este site.
e serviços que os ajudarão a minimizar o
para o bom funcionamento do data center
Diante
impacto do preço da energia sobre o valor
e o suporte à continuidade dos negócios
despesas com energia, é cada vez mais
dos seus serviços. A competitividade e
dos clientes.
importante que o gestor do data center
excelência de cada data center depende
Serviços de otimização do controle
instalado no Brasil consiga ajustar a
desta
desses
grandes
ambientes
infraestrutura
essencial
do
iminente
aumento
das
resolvida.
térmico do data center podem reduzir
refrigeração de modo a operar com
Este fator é tão dramático que pode
o consumo energético em até 50%. Em
eficiência máxima. O uso de controles
efetivamente impactar as chances de
tempos de aumento da conta de luz, esse
inteligentes leva às múltiplas unidades
crescimento da economia brasileira em
é um ganho que vale a pena ser analisado.
térmicas de um data center uma gestão de
2018 – especialmente dos setores que já
Trata-se
consultiva
alto nível, comprometida com o atingimento
vivem a transformação digital e o uso da
que parte da constatação de que os
das metas de eficiência energética que
computação em nuvem como uma base
sistemas térmicos se tornaram cada vez
marcarão o país e as empresas em 2018.
fluida para a inovação nos negócios.
mais complexos – algo natural, já que
Nos EUA, os data centers usam
os ambientes de data center estão em
*Guilherme Freitas é gerente de marketing e
aproximadamente 2% da energia elétrica
constante transformação. O assessment
estratégia para a Vertiv América Latina.
equação
ser
bem
de
uma
oferta
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
O futuro é elétrico e verde Hidrelétrica
Como a ABNT NBR 14039 passou a
subestações próprias, terão dificuldades de
de Itaipu em 1984 (apenas 34 anos atrás)
exigir o emprego de relés de proteção nas
conseguir índices aceitáveis de qualidade de
possibilitou uma oferta generosa de eletricidade
cabines primárias acima de 300 KVA, a falta
fornecimento de energia, se existirem milhares
para o Brasil. Os críticos da época chegaram,
de profissionais em condições de executar
de cabines primárias em condições inaceitáveis
inclusive, a considerar esta obra desnecessária,
um projeto de proteção e seletividade para
de funcionamento. E isto é o que ocorre, em
uma vez que não acreditavam ser possível o país
ser aprovado junto às concessionárias foi um
particular com os sistemas de proteção.
consumir tamanho volume de energia elétrica.
fato alarmante. Para os poucos que estavam
O cenário da eletricidade nesta época
habilitados, esta foi uma grande oportunidade.
de toda esta situação. A crise está passando, a
era de um “bem” abundante. No entanto, a
Apesar dos 13 anos passados, percebemos
economia voltará a crescer e a energia elétrica
consequência de todo “bem” abundante é ser de
que ainda atualmente o desconhecimento
precisará, como nunca, ser melhor cuidada. Até
baixo custo e, como tudo que é barato, dispensa
sobre o tema é grande. Poucas universidades
porque este insumo continuará cada vez mais
gerenciamento. Isto foi muito prejudicial ao setor
passaram a incluir o tema em suas grades e
caro e escasso.
elétrico, uma vez que a falta de gerenciamento
aqueles que dominam o assunto e lucram com
está sempre ligada à negligência na aplicação de
esta atividade não têm interesse em passar o
poder atender a toda essa demanda de trabalho
normas técnicas.
conhecimento adiante.
em proteção e seletividade que virá.
A
inauguração
da
Usina
Este cenário sofreu uma forte mudança em
Soma-se a isso o fato de que a crise
É importante uma tomada de consciência
Os engenheiros precisam se qualificar para
Hoje já são possíveis treinamentos online
2001, com o evento que ficou conhecido como
econômica vivida no Brasil nos últimos três anos
de proteção e seletividade. Empresas como
“apagão”. A partir deste momento, a energia
esfriou o mercado em termos de novos projetos.
a Engepower (www.engepower.com.br) e a
elétrica deixou, então, de ser considerada um
A norma ABNT NBR 14039 também exige
Treineinsite (www.treineinsite.com.br) oferecem
“bem” abundante, passando a ser um “bem”
adequação no caso de reformas ou solicitações
esta possibilidade.
escasso. Como todo “bem” escasso, o preço
de aumento de demandas. Com a crise, porém,
sobe e, como custa caro, passou a demandar
até isto parou.
dos combustíveis fósseis pela eletricidade já
gerenciamento. Por conta disso, assistimos a
Estima-se que existam cerca de 100 mil
é realidade. Automóveis, caminhões, ônibus
partir daí uma maior preocupação dos players
entradas de média tensão no Brasil. É possível
elétricos, tudo isto estará em nossas ruas
do setor elétrico em editarem normas técnicas
que cerca de 80% delas estejam em condições
dentro de poucos anos. Será preciso investir
brasileiras, que até então inexistiam.
totalmente desfavoráveis com relação à norma.
cada vez mais em geração e esta energia virá
As
O futuro é elétrico e verde. A substituição
instalações
de fontes renováveis. Nosso país é abençoado.
proteção e seletividade de sistemas elétricos no
inadequadas são facilmente identificáveis, na
Temos vento, sol, biomassa, tudo a nosso favor.
qual eu atuo, a entrada em vigor da ABNT NBR
mesma medida em que são negligenciadas:
Indústrias e profissionais do setor elétrico:
14039 (instalações elétricas de média tensão
a sobrecarga ou um curto-circuito em um
estejamos preparados para o futuro que já
de 1,0 kV a 36,2 KV) em janeiro de 2004 (13
consumidor que não possua um sistema de
começou!
anos atrás), evidenciou um quadro preocupante:
proteção adequado, por vezes, desarma o relé
poucos engenheiros tinham conhecimento do
do alimentador da concessionária, deixando sem
que era proteção e seletividade.
energia centenas ou milhares de consumidores.
Falando especificamente do segmento de
Poucas universidades ofereciam esta disciplina
consequências
dessas
O prejuízo da concessionária não é apenas
em suas grades curriculares e os poucos cursos
momentâneo, altera seus índices de DEC/FEC,
extracurriculares existentes eram de alto custo e
que vão contribuir negativamente na hora da
ministrados somente nos grandes centros.
revisão tarifária.
Conhecimento sobre proteção e seletividade
A percepção que eu tenho é que a
era privilégio de poucos profissionais que
maioria das concessionárias não enxerga as
atuavam na indústria de base (óleo e gás,
cabines primárias como uma extensão das
siderurgia, mineração) ou na cadeia de Geração,
suas subestações. Mesmo gastando milhões
Transmissão e Distribuição (GTD).
na modernização de algumas dezenas de
Por Uriel Horta, gerente de vendas na Pextron Controles Eletrônicos.
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Índice de anunciantes
O Setor Elétrico / Dezembro de 2017
Andaluz 33 (27) 3041-6766 andaluz@andaluz.ind.com www.andaluz.ind.br
Detector de raios 47 (51) 9.9988-0265 silveira@detectorderaios.com.br www.detectorderaios.com.br
Lukma Electric 55 (17) 2138-5050 lukma@lukma.com www.lukma.com
Beghim 5 (11) 2942-4500 beghim@beghim.com.br www.beghim.com.br
Embramat 63 (11) 2098-0371 embramat@embramataltatensao.com.br www.embramataltatensao.com.br
Maccomevap 6 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br
Brametal (27) 2103-9400 comercial@brametal.com.br www.brametal.com.br
Engerey 11 (41) 3022-3050 engerey@engerey.com.br www.engerey.com.br
Melfex 36 (11) 4072-1933 contato@melfex.com.br www.melfex.com.br
Cablena 67 (11) 3587-9590 vendas@cablena.com.br www.cablena.com.br
Expolux 71 (11) 3060-5000 info@expolux.com.br www.expolux.com.br
45
38
Chardon Group (11) 4033-2210 wvalentim@chardongroup.com.br www.chardongroup.com.br 7
23
Fastweld (11) 2425-7180 fastweld@fastweld.com.br www.fastweld.com.br 13
Cinase (11) 3872-4404 cinase@cinase.com.br www.cinase.com.br
Gazquez (11) 3380-8080 vendas@gazquez.com.br www.gazquez.com.br
Clamper Fascículos (31) 3689-9500 / 0800 7030 55 comunicacao@clamper.com.br www.clamper.com.br
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Conexled (11) 2334-9393 www.conexled.com.br 41
Crossfox (11) 2902-1070 www.crossfox.com.br 3ª capa
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Monter Elétrica 37 (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica.com.br www.montereletrica.com.br Novemp 27 e Fascículos (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br Paratec 62 (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br Patola 29 (11) 2193-7500 vendas@patola.com.br www.patola.com.br 31
Rittal (11) 3622-2377 info@rittal.com.br www.rittal.com.br 49
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