O Setor Elétrico (edição 148 - Maio/2018)

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Ano 13 - Edição 148 Maio de 2018

Redes subterrâneas Melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão

RENOVÁVEIS: atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro CINASE PREMIA MELHORES PROJETOS DO CEARÁ Congresso realizado em Fortaleza (CE) reuniu as principais autoridades locais e foi marcado pela premiação que reconheceu as melhores instalações elétricas da região



Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br | claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira

Suplemento Renováveis 47 O quarto capítulo do fascículo sobre fontes renováveis traz os resultados do trabalho conjunto entre o Cepel e o Cptec, que estimou o potencial eólico para todo o território nacional através do uso de modelos numéricos utilizados para previsões do tempo. Elbia Gannoum, em sua coluna, fala sobre um mundo com cada vez mais eólicas, e a coluna sobre energia solar passa a ser assinada, conjuntamente, por Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk, sob a chancela da Absolar.

12

Painel de notícias Engie instala centro global de pesquisa em Santa Catarina; Energia solar fotovoltaica atinge 250 MW em microgeração e minigeração distribuída; Tribunal de Justiça de São Paulo quer reduzir despesas com eletricidade; Produção da indústria eletroeletrônica cresce 11% no primeiro trimestre; Reymaster Materiais Elétricos abre nova unidade em Joinville; Shell e Fapesp investem R$ 110 milhões em centro de pesquisa em novas energias. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.

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Evento – CINASE Confira as novidades da primeira edição do Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) de 2018, realizada em Fortaleza (CE). Destaque para o Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas, que reconheceu as melhores instalações elétricas da região.

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Fascículos

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Aula prática – Redes subterrâneas Especialistas discutem as melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão.

62

Pesquisa – Equipamentos para transmissão e distribuição Retomada do crescimento para a indústria eletroeletrônica está mais lenta do que o esperado. Para fabricantes e distribuidores de equipamentos para T&D, a crise política e a falta de confiança dos investidores são os principais obstáculos.

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Espaço 5419 A relação de algumas normas que podem contribuir para a adequada utilização da ABNT NBR 5419:2015.

78

Espaço SBQEE Sistemas de geração fotovoltaica, inversores inteligentes e impactos para a qualidade de energia elétrica.

Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Angelo Cabrera, Antonio Carlos Neiva, Ary Vaz Pinto Junior, Benedito Donizeti Bonatto, Cláudio S. Mardegan, Elbia Gannoum, Giuseppe Parise, José Barbosa de Oliveira, Juliano Gonçalves, Luciano Haas Rosito, Luiz Carlos Ribeiro Junior, Nunziante Graziano, Paul Whitelam, Paulo Fernando Ribeiro, Rafael Morgado, Ricardo Marques Dutra, Rodrigo Braz, Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, Sergio Roberto de Melo, Sergio Roberto Santos, Vanessa Guedes e Waldenio de Almeida. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Images Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à

80 82 83 84

Colunistas Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com qualidade Daniel Bento – Redes subterrâneas em foco Roberval Bulgarelli – Instalações Ex

86

Dicas de instalação Considerações para a utilização de centelhadores como DPS tipo I ou I+II.

88

Ponto de vista Tendências que contribuem para aperfeiçoar a experiência do cliente e da prestação de serviços.

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Editorial

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O Setor Elétrico / Maio de 2018 Capa ed 148_D.pdf

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6/4/18

12:51 PM

www.osetoreletrico.com.br

Ano 13 - Edição 148 Maio de 2018

Redes subterrâneas O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 148 – Maio de 2018

Melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão

RENOVÁVEIS: atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro CINASE PREMIA MELHORES PROJETOS DO CEARÁ Congresso realizado em Fortaleza (CE) reuniu as principais autoridades locais e foi marcado pela premiação que reconheceu as melhores instalações elétricas da região

Edição 148

Inovar é preciso

Design thinking, Big Data, inteligência artificial, Internet

a exemplo de instituições financeiras, lançando programas

das Coisas (IoT). O que esses termos da moda, as conhecidas

de parcerias com startups com o intuito de fomentar novas

tecnologias disruptivas, têm a ver com o setor elétrico? Tudo! Se

tecnologias e pensar em novos mercados. Enxutas, flexíveis e

você não conhece exatamente esses conceitos e as vantagens

inovadoras, as startups têm a agilidade que as grandes empresas

competitivas que essas novas tecnologias podem e vêm fazendo

não têm. As grandes são burocráticas e qualquer movimento

no mundo dos negócios, você precisa se atualizar. Agora!

demanda gente, tempo e muitas reuniões e papéis, ao contrário

das startups, que são rápidas e têm permissão para errar e

Não importa se a sua empresa tem dez ou dez mil

funcionários. Inovar não é mais uma opção.

recomeçar o tempo todo. Essa aproximação é importante para

as companhias do setor elétrico considerando a transformação

Se engana quem pensa que inovação diz respeito

somente ao departamento de engenharia responsável pelo

pela qual passa o setor: as renováveis estão ganhando cada vez

desenvolvimento de um produto. Inovação é cultura; é mudança

mais espaço na matriz energética nacional e mundial; os veículos

de comportamento; é DNA de uma empresa e deve estar em

elétricos, finalmente, começam a se tornar uma realidade muito

tudo: do RH à equipe comercial. Inovação pode ser tecnológica

próxima; e o consumidor começa a gerar a sua própria energia.

referente a produtos e serviços, mas também diz respeito a

novos modelos de negócio e a métodos organizacionais. Depois

pelas grandes empresas de energia têm seu novo produto

da globalização, ninguém está mais sozinho e as empresas,

ou serviço com futuro garantido, se for realmente uma ideia

especialmente, precisam estar atentas às transformações do

próspera. Essa relação entre as startups e as empresas ajudam a

mundo para sobreviverem e, principalmente, se destacarem.

complementar a oferta de produtos e serviços para os clientes.

O setor de energia é tradicionalmente conservador. Muitas

Com espaço garantido para inovar, as startups amparadas

Este assunto não é tema dos artigos principais publicados

normas, políticas e características do sistema datam de décadas

nesta edição. Ao menos, não diretamente, mas, como

atrás e, mesmo os equipamentos instalados na rede não são

complemento, sugiro que leiam o Ponto de Vista, na página 88

exatamente novos. Este é um cenário que vem mudando

para entender mais sobre o assunto.

muito rapidamente. Ainda bem. As concessionárias de energia,

Boa leitura!

por exemplo, especialmente as distribuidoras, percebendo a mudança de comportamento do consumidor e a tendência de

Abraços,

ser mais participativo, deixando de ser meramente receptivo, começam a procurar parcerias para desenvolver seus negócios.

É comum, atualmente, encontrar empresas de energia,

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Revista O Setor Elétrico



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Coluna do consultor

O Setor Elétrico / Maio de 2018

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br

O Prêmio OSE de norte ao sul e a bandeira vermelha que vem aí

Apesar de tudo e de todos, temos que ir em frente. A esperança nos

move e com a certeza dos dias melhores deixamos para trás lamentos e os que lamentam. Com a devida vênia dos “irmãos caminhoneiros”, vamos traçar os caminhos por estrada livre. Na segunda semana de maio no início do CINASE-Fortaleza, aconteceu a primeira edição do Prêmio O Setor Elétrico, um brinde à competência de bons projetos nas áreas de instalações elétricas e de energia. Além da premiação, o evento teve a oportunidade de homenagear o Prof. João Mamede, ícone de nosso mercado e autor de diversas publicações; parabéns Mestre! Agora na rota do Sul, a próxima edição do prêmio vai a Porto Alegre, também coincidindo com o Cinase, que ocorrerá na segunda semana de agosto. Alô amigos dos pampas, preparem seus trabalhos e “cases”, vejam o regulamento da premiação e apresentem seus projetos (www.premioose.com.br).

Aproxima-se o período seco e o esvaziamento dos lagos nos traz

novamente a tarifa vermelha, incrementando o custo das contas de energia elétrica. Quem sabe possa ser um alento à redução de desperdício! Na esteira da eficiência energética, a consulta pública da Aneel nº 007/2018 estabelece as discussões sobre o primeiro leilão de eficiência energética. Há muito esperado pelo setor, o projeto será implantando no estado de Roraima com data prevista do leilão para meados de dezembro de 2018. De uma forma geral, o leilão irá escolher os melhores projetos que se proponham a retirar da rede elétrica supridora a melhor relação de energia e demanda na ponta pelos valores que serão pagos. Em outras palavras, a energia assim “gerada” será escolhida pelo menor investimento por kWh evitado. Devido ao complexo mecanismo que envolve garantias e procedimentos específicos, o mercado aguarda ansioso este primeiro leilão, um bom aprendizado apesar de tardio.

Fica a torcida para melhores dias, com planejamento e investimento

de verdade em projetos de infraestrutura de longo prazo que perenizem o desenvolvimento do Brasil não nos deixando reféns a cada instante “destes” ou “daqueles”. Merecemos muito mais do que os últimos vinte anos de mediocridade com desorganização e destruição do país. Será que merecemos passar por estes vexames?





Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Maio de 2018

Produção da indústria eletroeletrônica cresce 11% no primeiro trimestre Resultado foi puxado pela área eletrônica. Segmento elétrico apresentou queda no período

A

produção

industrial

do

Abaixo da expectativa

setor

eletroeletrônico apontou crescimento de

11,1% nos três primeiros meses do ano, em

Humberto

relação ao igual período de 2017. É o que

produção apontam movimentos distintos

mostram os dados divulgados pelo IBGE

entre

e agregados pela Associação Brasileira da

Enquanto os bens de consumo vão bem, as

Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O

indústrias ligadas à área de infraestrutura

desempenho foi estimulado pela expansão

apresentam

de 26,1% na área eletrônica, visto que

expectativas das empresas. “Esse quadro

a produção da área elétrica apresentou

reflete-se nas duas últimas sondagens da

retração de 1,4%.

Abinee, nas quais foi observado o aumento

No

segmento

eletrônico,

foram

Na opinião do presidente da Abinee,

as

Barbato, áreas

os

resultados

eletrônica

desempenho

e

da

elétrica.

abaixo

das

no número de empresas que indicaram

expressivos os acréscimos de 26,3% na

negócios aquém do esperado”, diz.

produção de equipamentos de informática

e de 47,4% de aparelhos de áudio e vídeo.

das

Em março de 2018, a produção

resultados abaixo da expectativa. De

industrial do setor elétrico e eletrônico

acordo com as indústrias, as incertezas

cresceu 6,8% em relação ao igual mês de

referentes ao atual cenário político com

2017, resultado do incremento de 24,6%

as eleições este ano inibem a tomada de

na indústria eletrônica enquanto a indústria

decisões dos investidores, prejudicando o

elétrica recuou 7,8%.

ritmo da atividade industrial.

Na pesquisa realizada em março, 49% empresas

consultadas

apontaram

Shell e Fapesp investem R$ 110 milhões em centro de pesquisa em novas energias Centro de Inovação em Novas Energias terá pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen

A Shell Brasil, a Fundação de Amparo à

de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp

Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp),

Centros de Pesquisa em Engenharia, garantirá

as universidades Estadual de Campinas

o desenvolvimento de pesquisas avançadas

(Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Ipen

com foco na conversão de energia solar em

(Instituto

e

produtos químicos e no armazenamento de

Nucleares) anunciaram investimento recorde

de

Pesquisas

Energéticas

energia, além da transformação de gás natural

de R$ 110 milhões, em cinco anos, na

em combustíveis que produzam menos gases

criação do Centro de Inovação em Novas

do efeito estufa ao gerar energia.

Energias (Cine).

para ampliar a participação de fontes

O investimento, o maior já feito no Estado

O CINE se alinha ao esforço internacional


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O Setor Elétrico / Maio de 2018

Diretor da Aneel, André Pepitone, é eleito para presidir associação internacional de regulação O especialista foi eleito presidente da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (Ariae). Esta é a primeira vez que um brasileiro assume a posição na entidade André Pepitone da Nóbrega, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acaba de ser eleito para a presidência da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (Ariae), organismo que reúne 27 organismos reguladores de energia de 20 países ibero-americanos, com objetivo de promover debates, troca de experiências e fortalecimento do contato

André Pepitone, novo presidente da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia.

institucional entre os reguladores dos paísesmembros. Servidor de carreira da Aneel, André

envolvidos no processo regulatório, de

Pepitone exercia o cargo de segundo vice-

modo a atrair investimentos e impulsionar

presidente da Ariae desde 2015. Pepitone

o desenvolvimento da matriz energética”,

destacou que é fundamental para os países

reforçou.

associados criar as condições regulatórias

adequadas para que o mercado e os

atuar na preparação dos órgãos reguladores

consumidores de energia elétrica possam

de

se beneficiar dos avanços tecnológicos.

com as tecnologias disruptivas, como o

“Precisamos consolidar um ambiente que

armazenamento

privilegie a transparência, a estabilidade

solar fotovoltaica, os veículos elétricos e a

e a participação de todos os atores

microgeração distribuída.

O principal desafio da nova gestão é energia

ibero-americanos de

energia,

para a

lidar

geração

renováveis na matriz energética mundial,

reduzir a dependência de combustíveis

divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp

fósseis e moderar o ritmo das mudanças

(as divisões Armazenamento Avançado de

climáticas globais. A missão do novo Centro

Energia e Portadores Densos de Energia),

será produzir conhecimento na fronteira da

na USP (Ciência de Materiais e Química

pesquisa.

Computacionais) e no IPEN (Rota sustentável

Paralelamente,

o

novo

Centro

de

Linhas de pesquisa – o Cine terá quatro

para a conversão de metano com tecnologias

Pesquisa em Engenharia deverá transferir

eletroquímicas avançadas).

tecnologia para o setor empresarial. Para

isso, ele poderá alcançar resultados que

Energias, a Shell aportará um total de até R$

serão usados pela Shell, gerar startups e

34,7 milhões, enquanto a Fapesp reservou

firmar parcerias com outras empresas. O

um investimento de R$ 23,14 milhões.

projeto contribui para manter a liderança do

Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da

Brasil no desenvolvimento e na exploração de

Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal

fontes alternativas de energia.

e infraestrutura.

No novo Centro de Inovação em Novas


Painel de mercado

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O Setor Elétrico / Maio de 2018

Leilão de energia às avessas Aneel propõe um projeto-piloto de eficiência energética em Roraima. Objetivo é incentivar ações que visam promover o uso eficiente da energia elétrica em todos os setores da economia

A Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) promoveu, durante o mês de maio, três

reuniões

com

agentes,

autoridades

e interessados nos Leilões de Eficiência Energética no Brasil, objeto da Consulta Pública nº 7/2018, que propõe um projeto-piloto em Roraima para testar o modelo. Roraima foi escolhida, pois é um estado isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN) e dependente de importação de energia e de geração local, a diesel, de alto custo e poluente. Nas

reuniões,

foram

apresentadas

e

Aneel discute leilão de eficiência energética com agentes.

debatidas as principais características do que

O “leilão às avessas”, algo inédito no Brasil,

anuais a partir de ações nos segmentos

seria um “leilão de geração de energia às avessas”.

permitiria que diversos atores concorressem

residencial, comercial, poder público e

Nesse leilão, a Aneel definiria o montante anual

entre si pelo menor preço, por meio de

instalação de geração solar distribuída. A

cujo consumo se pretende reduzir ao longo do

diferentes carteiras de projetos de redução

proposta é a de que cada competidor tenha

programa, e os empreendedores competiriam

no consumo de energia (por exemplo, troca

que ofertar pelo menos 0,5 MW médio e no

pelo menor preço para se comprometerem com

de lâmpadas, geladeiras ou condicionadores

máximo 1 MW médio, assegurado o mínimo

a redução de um percentual desse montante. Os

de ar, instalação de geração distribuída,

de quatro ARCs vencedores.

vencedores do leilão seriam uma nova espécie

modernização de iluminação pública).

Para

de agente regulado, o Agente Redutor de

Consulta Pública e sobre o novo leilão,

Consumo (ARC).

potencial de eficientização de 4 MW médios

O estudo estima, no cenário moderado, um

mais

informações

sobre

a

acesse www.aneel.gov.br

Tribunal de Justiça de São Paulo quer reduzir despesas com eletricidade Por meio do programa Gesfat, a Secretaria de Energia e Mineração pretende fazer a gestão das contas de energia elétrica dos prédios do TJ-SP A Secretaria de Energia e Mineração e o

a ampliação do quadro de funcionários”, explica

penalidades e da otimização dos contratos de

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

o secretário de Energia e Mineração, João Carlos

fornecimento com as distribuidoras de energia.

firmaram no dia 8 de maio, um acordo de

Meirelles.

cooperação técnica para realizar a gestão de

O Tribunal de Justiça de São Paulo conta

unidades analisadas em 2017 pela Secretaria

contratos de fornecimento de energia elétrica de

atualmente com mais de 800 unidades. “Temos

de Energia e Mineração do Estado de São

alta e média tensão, visando a redução do gasto

colocado em prática ações para reduzir custos e

Paulo foi de R$ 372,8 milhões. Com a gestão

na conta de luz dos edifícios públicos ocupados

despesas fazendo mais com menos e aplicando

dos contratos via Gesfat foi possível gerar uma

pelo poder judiciário.

o dinheiro do povo paulista da melhor forma

economia no ano passado de aproximadamente

Pelo acordo, caberá à Secretaria de Energia

possível atendendo os anseios da sociedade”,

R$ 38 milhões, o que representa uma redução

e Mineração analisar as demandas de energia

afirma o desembargador e presidente do TJ-SP,

de mais de 10%.

elétrica dos edifícios do TJ paulista, através do

Manoel de Queiroz Pereira Calças.

Sistema Gesfat – Gestão e Análise de Faturas e

Em operação há seis anos, o Gesfat já

capacitar as equipes administrativas regionais do

Contratos de Energia Elétrica.

economizou para os cofres públicos mais de R$

Tribunal para operar o sistema com o objetivo de

O custo com energia elétrica de todas as

A Secretaria de Energia e Mineração irá

“É fundamental que o Governo realize a

80 milhões. Atualmente, a Secretaria de Energia

utilizar um consumo racional de energia elétrica.

gestão de seus contratos nos mais diversos

e Mineração realiza o monitoramento e a gestão

O Gesfat utiliza dados gerenciais de

setores para que não haja desperdício de

de 1.648 unidades de alta e média tensão do

histórico de demanda, faturamento, leitura e

dinheiro público. A energia elétrica requer uma

governo estadual. Nesse período, mais de 700

informações de consumo “na ponta” e “fora da

atenção especial devido à variação da demanda

contratos sofreram adequações de demanda.

ponta”. O acordo tem duração de cinco anos e

que é sentida imediatamente como, por exemplo,

não gera custo para o executivo e o judiciário

a utilização de mais equipamentos eletrônicos ou

com energia elétrica, por meio da eliminação de

O sistema visa a redução de despesas

paulista.



Painel de produtos

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O Setor Elétrico / Maio de 2018

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Mancal para parques solares www.igus.com.br

A Igus desenvolveu um mancal robusto e resistente para aplicação em parques

solares. De acordo com a empresa, o equipamento suporta perfis quadrados grandes de 110 milímetros. Assim, em parques solares com painéis móveis, os perfis quadrados podem ser suportados sem lubrificação e manutenção.

A indústria solar está crescendo no país e investindo em parques modernos com

sistemas de rastreamento automático e com baixa manutenção. Pensando nisso, o mancal foi desenvolvido para atuar em parceria com o sistema das usinas. Segundo a Igus, tanto a capa, como a esfera interna do mancal são resistentes ao desgaste.

A Igus desenvolveu o mancal ESQM-110 para suportar perfis quadrados em parques solares.

Acessórios de cabos de energia www.nexans.com.br

A Nexans apresenta para o mercado sua nova linha de acessórios para cabos de

energia de baixa, média e alta tensão. Produzida na Europa, a linha é composta pelos seguintes produtos: - Conectores de borracha EDPM pré-moldados e terminações de silicone para cabos, fornecendo soluções para todas as interfaces padrão até 42 kV; - Terminações poliméricas/muflas aplicáveis a frio: produtos contráteis a frio de 1000 mm² produzidos a partir de borracha siliconada, com fácil instalação;

Um dos itens da nova linha de acessórios é a solução contrátil a frio, indicada para qualquer cabo unipolar ou tripolar de 12 kV, 24 kV e 36 kV.

- Produtos e componentes termocontráteis, emendas e terminações poliméricas, que, ao entrar em contato com altas temperaturas, se contraem garantindo um correto isolamento e com superfície anti tracking, fornecendo um desempenho de longo prazo. A principal aplicação é nos segmentos de infraestrutura, indústria e construção civil; - A linha de bushings para equipamentos a óleo ou ar com montagem plug-in ou por parafusos, produzia em resina epóxi.

Relé de proteção digital www.engepolienergia.com

A Engepoli acaba de lançar o relé de proteção NA050, indicado para aplicações industriais,

subestações de alta tensão, cabines primárias de média tensão e projetos de cogeração.

O novo modelo NA050 possui diversas funções que podem ser utilizadas para proteger

alimentadores, transformadores e geradores.

Equipamento de alta precisão, simples de ser configurado e comissionado através de teclado

frontal ou via software de parametrização ThySetter. Dispõe de interface de comunicação com sistemas supervisórios através de protocolos padronizados. O NA050 possui as funções 50/51, 50/51N, 27, 59, 47, 32, 74, medições, registros de eventos e oscilografia.



Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Maio de 2018

Engie instala centro global de pesquisa em Santa Catarina Parceria com Apex-Brasil, governo do Estado de SC e prefeitura de Florianópolis viabiliza investimento para instalação de centro de pesquisas em novas tecnologias em eólica, solar e cidades inteligentes

A Engie assinou com a Apex-Brasil, o

governo do Estado de Santa Catarina e a Prefeitura de Florianópolis um memorando de entendimentos para a instalação do Engie Lab Brasil, um centro global de pesquisas e inovação. A princípio, o instituto se dedicará a estudo de novas tecnologias nas áreas de energias solar e eólica, cidades inteligentes, biogás e hidrogênio.

Com sede em Florianópolis (SC), a unidade

estará concluída no final do ano de 2018. O laboratório deverá alavancar os investimentos da Engie em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil, que somam, atualmente, cerca de R$ 15 milhões ao ano.

Centro de pesquisa foi viabilizado por meio de parceria entre prefeitura, governo do Estado, Apex-Brasil e Engie.

incentivadores estabelecidos no município.

inovações

da parceria com a Universidade Federal de

no Brasil”, afirma o CEO da Engie Brasil,

Santa Catarina e o enquadramento do Engie

em parceria, com entidades de pesquisa,

Lab na Lei do Bem e na Lei de Informática. Já

empresas e startups. Os recursos aportados

O centro de pesquisa será o segundo

a Prefeitura de Florianópolis apoiou o projeto

vão privilegiar projetos que contribuam com

do grupo no Hemisfério Sul e terá uma

por meio da Lei Municipal de Inovação –

novos negócios da Engie ou aprimorem

aceleradora de startups. No mundo, a Engie

que permite obter dedução de até 20%

soluções já oferecidas pelo grupo no Brasil

mantém unidades em países como França,

do ISS e do IPTU devido de contribuintes

e no mundo. Há a perspectiva de exportar

Bélgica, Singapura e China.

Do governo federal, os incentivos virão

“A maioria dos projetos será executada

e

tecnologias

desenvolvidas

Maurício Bähr.

Reymaster Materiais Elétricos abre nova unidade em Joinville Filial é uma loja física-virtual, com atendimento presencial, inspirada no modelo omnichannel Materiais

e do próximo ano. A empresa já conta com

Elétricos, com sede em Curitiba (PR), acaba

representantes contratados nos estados de

de inaugurar um escritório na cidade de Joinville

São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande

(SC), que funcionará como uma loja física virtual,

do Sul e seu planejamento de expansão inclui

com atendimento presencial de profissionais

a abertura de unidades nestes locais também.

espe­ cializados,

A

distribuidora

mas

Reymaster

sem

exposição

de

Segundo o diretor da Reymaster, Marco A nova unidade de Joinville (SC) é a primeira do projeto de expansão da empresa.

produtos, como omnichannel, uma tendência

Stoppa, a entrega dos produtos vendidos

focada em fornecer uma experiência ao cliente.

na cidade catarinense acontecerá em até

A grande vantagem do modelo de negócio

dois dias úteis, com frete próprio e também

catarinense e este é um dos segmentos que

é o suporte técnico adequado e o acesso às

através de parceiros credenciados, tendo

estamos focando muitos esforços atualmente,

soluções de última geração comercializadas

saídas programadas diariamente. “Estamos

com produtos voltados à automação e NR

pela empresa, principalmente às ligadas ao

animados e confiantes com a nova unidade da

12”, afirma Stoppa.

conceito de Indústria 4.0.

empresa em Joinville. A cidade foi escolhida

Esta é a primeira das filiais que a

para a primeira filial devido à crescente

Wiest, 277, sala 304, bairro Bom Retiro,

Reymaster pretende abrir ao longo de 2018

concentração

Joinville (SC).

de

indústrias

no

interior

A nova unidade está localizada à Avenida


O Setor Elétrico / Maio de 2018

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Brametal inaugura fábrica em Linhares Unidade produzirá torres metálicas para mercado de transmissão, distribuição e telecom

A Brametal inaugurou, em maio, uma unidade industrial

na sua planta de Linhares, no Espírito Santo. A nova fábrica produzirá torres metálicas monotubulares para atendimento aos mercados de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de telecomunicações.

Com a nova fábrica, a unidade fabril de Linhares, que

participa do programa estadual de incentivo ao desenvolvimento (Invest-ES), passa a ter 38 mil m² de área construída.

Atualmente, a produção da Brametal na unidade já existente

em Linhares é de 7.500 toneladas/mês, mas com a nova fábrica a empresa passará a produzir 11 mil toneladas/mês no município capixaba e 140 mil toneladas/ano nas três unidades fabris que possui no Brasil. O investimento total foi da ordem de R$ 34 milhões.

"É um momento de profunda emoção. É uma celebração

de um esforço conjunto para entregar a mais moderna e informatizada fábrica de torres metálicas monotubulares", disse o presidente do Conselho de Administração da Brametal, Ricardo Brandão. Ricardo Brandão, presidente do Conselho de Administração da Brametal


Painel de empresas

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O Setor Elétrico / Maio de 2018

RDS e Baur agora são Baur do Brasil Empresas uniram conhecimentos em produtos e em serviços para oferecer soluções completas em diagnósticos de cabos para o mercado brasileiro

A fabricante austríaca Baur e a RDS,

teste e de medição que localiza defeitos de

empresa brasileira de análises em cabos

forma precisa, permitindo o planejamento de

isolados,

um

investimentos e evitando danos em redes

acordo para criação da Baur do Brasil, uma

e instalações. Com a parceria, além dos

joint-venture envolvendo as duas companhias.

equipamentos, os clientes contarão com o

A nova empresa passa a oferecer, então, a

conhecimento da antiga RDS em serviços

solução completa para o cliente: equipamento

de campo, desde ensaios e testes em

e serviço de diagnóstico, incluindo assistência

equipamentos a treinamentos de equipes de

técnica e treinamento.

manutenção. Entre os objetivos da parceria,

assinaram,

recentemente,

“O Brasil é um mercado dinâmico e com

estão: tornar a tecnologia Baur melhor

muito potencial. Percebemos que a conexão

aceita e implementada e conquistar novos

entre bons produtos e o know-how em

clientes, aumentado a participação em novos

serviços de qualidade seria bem aceita pelos

segmentos, especialmente, o mercado de

clientes. Este foi o motivo pelo qual decidimos

energias renováveis, como a solar e a eólica.

ficar mais perto”, declara Markus Baur, CEO

da matriz Baur. “Foi uma grande decisão fazer

General Manager da nova empresa, “o

essa parceria e nós acreditamos que nossos

principal ponto dessa união é o ganho de

clientes serão mais bem assistidos a partir de

robustez e mais qualidade, aumentando

Markus Baur e Daniel Bento (à direita) assinam documento para criação da Baur do Brasil.

agora”, completa.

as soluções que podem ser entregues ao

euros em pesquisa e desenvolvimento em

Para Daniel Bento, que assume como

cliente”.

equipamentos e softwares em escala global.

Baur, que já estava no Brasil desde 2006,

“Ter uma parceria com uma empresa de

“Também estamos investindo em outros

é especialista em fornecer tecnologia de

ponta, como a Baur, é aumentar a nossa

mercados, além do Brasil, como Índia, China

capacidade de fornecer um serviço premium

e Abu Dhabi”, conta.

para os clientes. A nossa experiência de

Uma

muitos anos de trabalho em campo nos deu

Baur e motivo de orgulho da companhia diz

muito conhecimento técnico, principalmente

respeito à tecnologia VLF (sigla para Very

sobre as dificuldades e as necessidades

Low Frequency – Frequência muito baixa).

de campo, pois já estivemos do outro lado.

Markus Baur conta que, embora o VLF tenha

Agora, estamos em uma posição de oferecer

sido descoberto nos anos de 1940, foi a

para o cliente o que há de melhor em

Baur quem primeiro utilizou a tecnologia para

termos de tecnologia e de metodologia de

realizar testes em cabos, nos anos de 1980, e

diagnóstico”, avalia Juliano Gonçalves, diretor

está sendo aceita em todo o mundo nos dias

de operações da Baur do Brasil.

de hoje.

Com mais de 70 anos de atividades, a

“O Brasil é um mercado dinâmico e com muito potencial. Percebemos que a conexão entre bons produtos e o know-how em serviços de qualidade seria bem aceita pelos clientes. Este foi o motivo pelo qual decidimos ficar mais perto”.

Tecnologia

das

soluções

fornecidas

pela

As medições de diagnóstico fornecem

importantes informações sobre os cabos, como envelhecimento e defeitos ocultos. A

Cabos em centros urbanos podem ser

eficácia dos resultados de medição depende

acometidos por muitas situações de risco

da fonte de tensão do equipamento de teste

e a Baur vem investindo em softwares e

e do instrumento de medição. Os testes

equipamentos para ser capaz de identificar

realizados em VLF (frequência de 0,1 Hz)

todas as falhas e possíveis desgastes o mais

são, segundo a empresa, os que fornecem

rápido possível. Para isso, Markus Baur conta

melhores resultados, com baixa talha de

que a empresa está investindo 2 milhões de

falhas.



Evento

22

Por Flávia Lima

premia melhores projetos do Ceará Em cerimônia que antecedeu a 30ª edição do CINASE, prêmio reconheceu os melhores projetos elétricos da região do Ceará, que priorizaram aspectos como sustentabilidade, eficiência energética e conformidade com as normas técnicas brasileiras vigentes

O Setor Elétrico / Maio de 2018


23

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Com o objetivo de incentivar os profissionais

com um pocket show da humorista Madame

grandes obras da engenharia. Então, hoje, me

de engenharia elétrica do país a projetarem e

Mastrogilda, sucesso na região, e com uma

sinto confortável, aos 72 anos, com o sentimento

executarem instalações elétricas mais seguras,

palestra magna ministrada pela professora Ruth

de missão cumprida”, declarou o homenageado.

sustentáveis e confiáveis, surgiu o Prêmio O Setor

Pastôra Saraiva Leão.

Emocionado, o engenheiro Mamede conta que

Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas,

Um dos momentos marcantes da cerimônia

sua vida foi marcada por vários pontos altos. “Me

uma iniciativa da revista O Setor Elétrico e do

de entrega do prêmio foi a homenagem feita

orgulho por ter chegado à diretoria da Coelce,

Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE)

ao engenheiro João Mamede Filho, uma

a empresa de eletricidade mais importante do

lançada no início de 2018. A premiação terá três

sumidade na área de energia do Ceará. Com

Estado, sem fazer parte de qualquer grupo

edições neste ano e reconhecerá os melhores

mais de 40 anos de profissão, acumulou uma

político. Lá encontrei grandes desafios e fiquei

projetos de instalação elétrica das regiões que

vasta experiência no setor elétrico nacional,

muito entusiasmado por isso. Eram projetos

receberão o CINASE. Além do Ceará, o evento

tendo sido diretor da Coelce por dez anos e

completamente diferentes e muito maiores do

passará pelos Estados de Rio Grande do Sul e

ex-presidente do CCON (Comitê Coordenador

que eu estava acostumado a lidar até então”,

Rio de Janeiro.

de Operação do Norte/Nordeste. Foi ainda

afirmou. E relembra também os pontos baixos

A primeira edição do prêmio já aconteceu e

professor universitário por 33 anos e autor

da carreira: “Minha pequena frustração é não

foi um sucesso! No último dia 8 de maio, na noite

de diversos livros voltados para a engenharia

ter realizado o sonho do mestrado e doutorado.

que antecedeu a 30ª etapa do CINASE, em

elétrica. Por seu trabalho e legado para o setor

Saí do interior, da cidade de Massapê (CE),

Fortaleza, foi realizada a cerimônia de entrega

elétrico cearense, a revista O Setor Elétrico e o

sem luz, para morar no Rio de Janeiro, onde

do Prêmio OSE de Qualidade das Insta­

CINASE aproveitaram a ocasião para entregar

fiz o curso de Engenharia. Sempre sonhei em

lações Elétricas, reunindo, aproximadamente,

uma placa de homenagem ao engenheiro

fazer o mestrado e o doutorado, mas temia

200

Mamede.

em ficar novamente longe da família, por isso,

para a solenidade. A jornalista Taís Lopes,

“Ter ganhado o prêmio me traz o sentimento

acabei perdendo algumas oportunidades na

apresentadora do programa de televisão “Bom

de ter vencido porque quando a gente entra na

vida acadêmica”, conta. Mamede, que lutou

dia Ceará”, conduziu a cerimônia que contou

faculdade, sonha em ver e participar daquelas

algumas vezes contra o câncer, lembrou ainda

profissionais

e

autoridades

locais

das dificuldades pelas quais passou por conta da doença e como ele se aproveitou do tempo livre que dispunha em São Paulo, devido ao tratamento médico, para armazenar seu conhecimento em mais uma obra literária. O seu quinto livro, intitulado “Projetos de subestações de alta tensão”, está em processo de edição e deverá ser publicado em breve.


Evento

24

O Setor Elétrico / Maio de 2018

O prêmio reconheceu a excelência de projetos elétricos nas seguintes categorias: instalações elétricas industriais e comerciais;

Vencedores do Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas 2018 – edição Fortaleza

pesquisa & desenvolvimento; energia renovável; projeto luminotécnico; inovação tecnológica; e projeto do ano (um por região). Confira os vencedores ao lado. Vencedor em duas categorias (Projeto luminotécnico e Projeto do ano), o engenheiro eletricista Francisco Itaimbé Matias, responsável pela reforma e ampliação da Escola de Ensino Médio Maria Antonieta Nunes, conta que a premiação potencializa as oportunidades de negócio por ser um diferencial para clientes

Instalações Elétricas Industriais e Comerciais

que buscam profissionais para a elaboração de

1º lugar

Menção honrosa

Eng. Domingos Sávio Dias da Silva

Eng. Paulo Wesney Costa Tavares de Oliveira

seus projetos. “É extremamente gratificante ser

Empresa: Fase Projetos e Engenharia

Empresa: GPS Engenharia

um dos vencedores. Aumenta a convicção de

Projeto de grandes obras

Projeto de subestação para atender

que, na elaboração de projetos de instalações

ao data center que receberá o cabo

elétricas, a rigorosa observância às normas

Monet da Angola Cable

técnicas é sempre a decisão mais acertada. Receber o prêmio OSE representa para mim a satisfação e o orgulho de ter o trabalho reconhecido,

num

mercado

de

grandes

projetistas como o cearense. Orgulho não só para mim, mas também para o Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará”, declara Matias.

Pesquisa & Desenvolvimento 1º lugar

Menção honrosa

Prof. Ruth Pastora Saraiva Leão

Marcos Aurélio Izumida Martins

Universidade Federal do Ceará

Empresa: CERTI

Projeto, desenvolvimento e implantação de

Projeto de microrrede inteligente

microrrede CA em campus universitário com tecnologia fotovoltaica e de armazenamento

Energia Renovável

Vencedor do primeiro lugar na categoria

Inovação Tecnológica, o engenheiro Júlio

1º lugar

Menção honrosa

Cezar Freire de Menezes revelou-se muito

Eng. Bruno Dantas Gomes

Prof. Luiz Daniel Bezerra

honrado com o reconhecimento. “Sou intra-

Empresa: Fotaic Energia Solar

Fundação Cearense de Pesquisa (Funcap)

empreendedor da Enel e, no mundo das

Projeto: sistema solar fotovoltaico residencial

Projeto: desenvolvimento da plataforma de

startups, todos os dias são conturbados.

com sistema de monitoramento inteligente

inversor monofásico grid-tie para geração

Existem os dias de passos importantes e dias

de consumo e geração de energia

distribuída

mais desanimados. Tudo o que temos que fazer é nunca desistir. Minha startup cura a dor de grandes clientes e intermedia serviços de manutenção elétrica nas indústrias. Estar no meio de personalidades da geração distribuída no Brasil, como a Dra. Ruth Leão e o autor de livros de engenharia mais adotados do Brasil, o

Projeto Luminotécnico 1º lugar

Menção honrosa

Eng. Francisco Itaimbé Matias

Eng. Jamil Cavalcanti Kerbage

Empresa: Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE)

Projeto luminotécnico industrial

Projeto: reforma e ampliação da Escola de Ensino Médio Maria Antonieta Nunes

professor Mamede, tem um valor imensurável”, comemora. O engenheiro Menezes fez questão de mencionar o quanto sua participação e vitória na premiação contribuiu para aumentar a sua rede de contatos, especialmente, profissional LinkedIn.

Compõem a comissão julgadora renomados

especialistas nas categorias em que a premiação foi segmentada, além de profissionais das áreas técnicas de associações setoriais, institutos de

Inovação Tecnológica 1º lugar Eng. Júlio Cesar Freire de Menezes Empresa: GC Soluções Elétricas Projeto: soluções elétricas para grandes clientes

Projeto OSE 2018 – Fortaleza (CE) Eng. Francisco Itaimbé Matias Empresa: Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE) Projeto: reforma e ampliação da Escola de Ensino Médio Maria Antonieta Nunes



Evento

26

pesquisa, universidades e outros profissionais de reconhecida atuação técnica. Os projetos inscritos foram avaliados, considerando critérios como topologia da instalação; aspectos de proteção; conformidade com as normas técnicas; aspectos de automação e informação; originalidade e referência.

CINASE Fortaleza

Considerado o principal congresso

itinerante de instalações elétricas no país, o Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) ancorou em Fortaleza nos dias 9 e 10 de maio. Esta é a primeira cidade a receber o evento em 2018. O congresso passará ainda por Canoas (RS), Rio de Janeiro (RJ) e uma edição extraordinária em São Paulo (SP).

Composto por congresso e área de

exposição, o CINASE aborda temáticas que envolvem desde a geração até a instalação elétrica final de baixa e média tensão. Em Fortaleza, a energia renovável foi destaque no primeiro dia do evento. O diretor da Enel Brasil, Bruno Cecchetti, abriu a programação com uma palestra sobre inovação na área de distribuição e falou sobre o novo consumidor de energia, que é impactado pelas novas tecnologias que estão transformando a sociedade, como digitalização, mobilidade elétrica, redes inteligentes, armazenamento de energia e indústria 4.0. Cecchetti apontou para o novo “prossumidor” de energia, que não é mais apenas receptivo, mas participativo, que terá maior controle sobre o uso da energia, que terá a disponibilidade de outros players para oferta de energia, não sendo mais dependente do fio. A Enel vem se preparando para essa nova realidade, pensando e executando projetos que vão ao encontro dessa transformação que vem ocorrendo no mundo. O executivo aproveitou a oportunidade para falar sobre projetos, como a planta dessalinizadora do Ceará, que está sendo construída para contribuir com o abastecimento do sistema de resfriamento do ciclo de vapor frente ao iminente colapso do fornecimento de água no Estado.

O Setor Elétrico / Maio de 2018



28

Evento

O Setor Elétrico / Maio de 2018

O presidente da Câmara Setorial de

Energias Renováveis do Ceará, Jurandir

“As palestras que vi até agora foram

dadas por profissionais de renome, que

Picanço, foi um grande apoiador do

trouxeram novas formas de operação,

evento e agregou à programação com uma

que trazem novidades. Este mercado

palestra que apresentou um panorama

de energia sempre tem novidades e são

mundial e brasileiro das fontes de energia

nesses lugares que a gente consegue se

renováveis e geração distribuída. Lembrou,

atualizar. Quem vem para cá já vê de forma

em sua apresentação, dos compromissos

condensada as novidades, aplicadas em

para 2030 assumidos pelo Brasil no que

produtos”, avaliou o eng. Mamede.

diz respeito à energia: expansão do uso

de outras fontes renováveis de energia,

intercaladas com mini palestras técnicas

que não hidroelétrica, entre 28% e 33%; e

feitas por convidados da indústria, que

As palestras dos especialistas são

aumento da cota das energias renováveis

aproveitam o espaço para apresentar,

(além da hidroelétrica) no fornecimento de

tecnicamente,

energia elétrica para, pelo menos, 23%.

aplicações de soluções que tenham relação

Apontou o Estado do Ceará como líder da

com as apresentações principais.

região Nordeste em geração distribuída.

dos

O homenageado na noite anterior,

durante o Prêmio OSE, João Mamede

novas

tecnologias

e

O congresso conta com a coordenação engenheiros

Jobson

Modena,

especialista em proteção e aterramento,

Filho e seu filho, Daniel Ribeiro Mamede,

coordenador da comissão que revisou a

iniciaram os debates mais técnicos do

recém-publicada ABNT NBR 5419 (SPDA),

primeiro dia, apresentando um trabalho

e José Starosta, especialista em eficiência

sobre compartilhamento de perdas em

energética, membro das diretorias do

linhas de transmissão em parques eólicos.

Deinfra/Fiesp e da Sociedade Brasileira de

Qualidade de Energia (SBQEE).

As palestras que se seguiram abordaram

temas, como operação e manutenção de

Para promover o networking e facilitar

subestações;

a

comunicação

microrredes

inteligentes;

palestrantes

especificação de painéis elétricos de média

o evento conta com uma ferramenta

tensão e qualidade de energia.

interativa para auxiliar os participantes

A

novidade

do

segundo

dia

empresas

participantes,

transformador elétrico e o meio ambiente;

e

entre

expositoras,

do

antes, durante e depois do congresso.

pela

Com o aplicativo, que leva o nome do

primeira vez no evento, do engenheiro

evento, os congressistas conseguem fazer

Paulo

congresso

foi

a

participação,

renomado

perguntas e os palestrantes respondê-las,

em instalações elétricas de baixa tensão.

além de permitir ações promocionais e

Barreto abriu o segundo dia do evento

fomentar o relacionamento entre todos os

Barreto,

especialista

com uma apresentação sobre a ABNT NBR

participantes: congressistas, palestrantes,

5410, norma que está em revisão técnica

organizadores

atualmente.

evento.

e

patrocinadores

Save the date

Fique atento às próximas edições do CINASE: 08 e 09 de agosto – Canoas (RS) 03 e 04 de outubro – São Paulo (SP) 07 e 08 de novembro – Rio de Janeiro (RJ) As inscrições para o Prêmio OSE de Qualidade das Instalações Elétricas 2018 – etapa Rio Grande do Sul já estão abertas. Mais informações e inscrições em: www.premioose.com.br

do


Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

30

Nunziante Graziano Capítulo V – Requisitos de projeto e construção: sistemas de pressão, flamabilidade e compatibilidade eletromagnética • Estanqueidade ao gás e ao vácuo • Sistemas de pressão controlada para gás • Sistema autônomo de pressão a gás • Inflamabilidade • Compatibilidade eletromagnética

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

34

Luciano Haas Rosito Capítulo V – Luminância e uniformidade • Fator de uniformidade da luminância (global) • Fator de uniformidade da luminância (longitudinal) • Classes de iluminação para cada tipo de via • Requisitos de luminância e uniformidade

Proteção contra arco elétrico

38

Cláudio Mardegan e Giuseppe Parise Capítulo V – Equipamentos, dispositivos e técnicas para melhorar a segurança • Conjunto de manobra e controle de baixa tensão • Classes de arco • Proteção de pessoas • Classe de acessibilidade

Fascículos

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Apoio

Fascículo

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

30

Por Nunziante Graziano*

Capítulo V Requisitos de projeto e construção: sistemas de pressão, flamabilidade e compatibilidade eletromagnética

Prezado leitor, este fascículo pretende

circuito nominal, valores nominais dos

ao gás e ao vácuo, sistemas de pressão

apresentar em detalhes o conjunto de normas

componentes que fazem parte do conjunto

controlada para gás, sistemas de pressão

Brasileiras para construção de conjuntos de

de manobra e controle em invólucro

autônomo para gás, sistemas de pressão

manobra e controle em alta tensão, acima de

metálico, incluindo seus dispositivos de

selados, sistemas de pressão controlados

1 kV até 52 kV inclusive.

operação e seus equipamentos auxiliares

para líquido, sistemas autônomos de pressão

e nível de preenchimento nominal dos

a líquidos, flamabilidade e compatibilidade

compartimentos preenchidos com fluído.

eletromagnética.

No capítulo inicial deste fascículo apresentamos ao leitor os objetivos deste trabalho, que contemplou a apresentação

No terceiro capítulo, abordamos as características

principais

IEC-62271-200 vigente no Brasil, suas

normal, partes removíveis, aterramento

subdivisões, principais pontos de interesse,

do conjunto e do invólucro, fechamentos,

suas interpretações e definições. Neste

conceitos

dos

queidade de compartimentos preen­chidos

segundo capítulo, continuaremos a análise

conjuntos, janelas de inspeção e plaquetas de

com gás ou onde se presume que seja vácuo,

da ABNT NBR IEC 62271-200, suas regras

identificação.

elencadas a seguir, aplicam-se a todos os

de

de

operação

Estanqueidade ao gás e ao vácuo

do panorama atual da ABNT NBR

compartimentação

As especificações relativas à estan­

gerais, definições, características nominais

No quarto capítulo, abordamos os

equipamentos de manobra e controle que

obrigatórias dos conjuntos, além dos

requisitos de projeto e construção obriga­

utilizam vácuo ou gás, exceto ar a pressão

requisitos de projeto e construção.

tórios para os conjuntos, notadamente,

atmosférica, como meio de isolação,

dispositivos de intertravamento, indicadores

isolação combinada com interrupção, ou manobra.

No segundo capítulo, abordamos as principais

de

de posição, grau de proteção dos invólucros,

um conjunto de manobra e controle em

características

nominais

proteção de pessoas contra acesso a partes

invólucro metálico de alta tensão, desde

perigosas e proteção do equipamento contra

de

tensão nominal e número de fases, nível de

penetração de objetos sólidos estranhos,

estanqueidade para um sistema de pressão

isolamento nominal, frequência nominal,

proteção

água,

fechado. Esse cálculo tem como objetivo

corrente nominal de regime contínuo,

proteção do equipamento contra impacto

estimar a vida útil do sistema avaliando

corrente suportável nominal de curta

mecânico e distâncias de escoamento.

a taxa de perda de gás, de modo que uma

contra

penetração

de

A ilustração a seguir é um exemplo um

gráfico

de

coordenação

de

duração para circuitos principais e de

Neste capítulo, abordaremos os requisitos

programação de manutenção seja possível,

aterramento, valor de crista da corrente

de projeto e construção obrigatórios para os

além da capacidade do sistema de operar

suportável nominal, duração de curto-

conjuntos, principalmente, estanqueidade

com segurança.


Apoio

Nota 1 - “Rastreador de vazamento” em boas condições. Medição por integração de vazamento pode resultar melhor sensibilidade; Nota 2 - Medição por integração de vazamento; Nota 3 - Por “Rastreador de vazamento”.

Sistemas de pressão controlada para gás A estanqueidade de sistemas de pressão controlada para gás é especificada pelo número de reabastecimentos por dia (N) ou pela queda de pressão por dia (Δp). Os valores permissíveis devem ser fornecidos pelo fabricante. O usuário deve estar bastante atento aos limites de operação informados pelo fabricante, pois um volume e pressão reduzidos de gás pode impedir o bom funcionamento de um dispositivo de manobra ou seccionamento, impedindo-o de extinguir o arco durante a manobra.

Figura 1 – Exemplo de gráfico de coordenação de estanqueidade para um sistema de pressão fechado.

Sistema autônomo de pressão a gás A característica de estanqueidade de

31


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Fascículo

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

32 autônomos

de

pressão

a

líquidos,

pressurizados ou não, deve ser especificado pelo fabricante. O nível de estanqueidade para líquido deve ser indicado pelo fabricante. Uma distinção clara deve ser feita entre estanqueidade interna e externa. Algumas categorias de estanqueidade são estabelecidas pela norma, a saber: 1 - Estanqueidade total: nenhuma perda de líquido pode ser detectada; 2 - Estanqueidade relativa: perda desprezível é aceitável sob as seguintes condições: Figura 2 – Sensibilidade e aplicação de diferentes métodos de detecção de vazamento para ensaios de estanqueidade. Fonte: Anexo E da ABNT NBR IEC 62271-1.

2.1. E taxa de vazamento, Fliq deve ser menor que a taxa de vazamento permissível, Fp(liq); 2.2 - A taxa de vazamento, Fliq não deve

um sistema autônomo de pressão a gás

de vida útil. Os valores normalizados são 20

aumentar continuamente com tempo, ou

definido pelo fabricante deve ser consistente

anos, 30 anos ou 40 anos.

no caso de equipamento de manobra e

com uma filosofia mínima de manutenção e

Para que seja alcançado o tempo

controle, com número de operações;

previsto de operação requerido e declarado

2.3 - O vazamento de líquido não

sistema

pelo fabricante, a taxa de vazamento para

deve causar mal funcionamento do

autônomo de pressão a gás é especificada

sistemas com SF6 é considerada para ser de

equipamento de manobra e mecanismo

pela taxa de vazamento relativa Frel de

0,1% ao ano.

de comando, nem constituir qualquer

inspeção. A

estanqueidade

de

um

cada compartimento, sendo que os valores normalizados estabelecidos são 1% e 3% por ano. Esses valores também podem

Sistemas de pressão controlados para líquido

risco para os eletricistas empenhados na manobra dos aparelhos no curso normal do seu trabalho.

ser utilizados para calcular tempos entre reabastecimentos, T, exceto condições

A estanqueidade de sistemas de pressão

extremas de temperatura ou frequência de

controlados para líquido é especificada

operações.

pelo número de reabastecimentos por dia,

Inflamabilidade

A possibilidade de vazamentos entre

Nliq, ou pela queda de pressão, Δpliq, sem

Uma característica de líquidos e gases

subconjuntos de pressões diferentes também

reabastecimento, ambos causados pela taxa

que normalmente nós, os profissionais da

deve ser considerada. No caso particular

de vazamento Fliq. Os valores permissíveis

eletricidade, tratamos com certa displicência

de manutenção em um entre vários

devem ser fornecidos pelo fabricante. Cabe

é a característica de flamabilidade. Assim

compartimentos, quando compartimentos

ressaltar novamente que estes sistemas

sendo, é conveniente que a escolha e

adjacentes contendo gás sob pressão, a taxa

devem ser submetidos a rígidos programas

a concepção das partes sejam tais que

de vazamento permissível de gás também

de manutenção de modo que seja garantida

retardem a propagação de qualquer chama

deve ser especificada pelo fabricante e o

a capacidade de operação dos sistemas

resultante de sobreaquecimento acidental

tempo entre reabastecimentos não deve ser

até que a pressão ou nível mínimos sejam

no equipamento de manobra e controle.

menor que um mês.

atingidos. Quando esses valores mínimos

Tanques de contenção, barreiras corta-

Devem ser estabelecidos meios seguros

forem atingidos, os sistemas devem ser

fogo, entre outras providências, podem ser

providos para habilitar o sistema de gás a

retirados de operação e submetidos a

necessárias para a mitigação dos efeitos da

ser preenchido enquanto o equipamento

reabastecimento dentro dos limites e

flamabilidade dos meios de extinção e/ou

estiver em serviço.

especificações do fabricante.

isolamento dos sistemas.

Sistemas de pressão selados

Sistemas autônomos de pressão a líquidos

A estanqueidade de sistemas de pressão selados é especificada pela sua expectativa

A IEC 60695-1 é uma excelente orientação para avaliar o risco de incêndio de produtos eletrotécnicos. A IEC 60695-7 também é uma

O nível de estanqueidade de sistemas

excelente opção para estudar formas de


33

Apoio

Figura 3 – Sistema com duas classes de severidade de EMC.

minimizar os riscos tóxicos decorrentes de incêndios envolvendo produtos eletrotécnicos. Evidentemente, os riscos devem ser informados pelo fabricante do aparelho que utiliza o produto com risco de flamabilidade em questão para que o usuário esteja ciente dos riscos e possa prover meios de mitigá-los.

Compatibilidade eletromagnética (EMC) Os sistemas, tanto o principal como os de comando e controle, devem ser capazes de suportar distúrbios eletromagnéticos sem avaria ou mau funcionamento. Estas condições se aplicam para todos os tipos de manobra, incluindo interrupções de correntes de faltas no circuito principal. Duas classes de severidade de EMC são definidas para interfaces ou sistemas secundários de portas ou subconjuntos: 1 - Classe de severidade de EMC normal: 1.1 - Interfaces ou portas próximas de sistema primário de alta tensão; 1.2 - Interfaces ou portas destinadas a conexões entre cubículos dentro de um sistema secundário; 2 - Classe de severidade EMC reduzida: interfaces ou portas destinadas a conexão somente dentro do cubículo, não próximas de sistema primário de alta-tensão. Um sistema completo pode consistir em partes pertencendo a duas classes. Um exemplo é mostrado na Figura 3. *Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/ CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

Fascículo

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

34

Por Luciano Haas Rosito*

Capítulo V Luminância e uniformidade

Neste artigo serão abordados os

seja, a intensidade luminosa refletida

também está definida a luminância

critérios estabelecidos para a avaliação

por unidade de área, logo, estamos

de velamento ou luminância de véu,

da

de

falamos de intensidade luminosa por

sendo: o efeito provocado pela luz que

luminância estabelecidas no capítulo 5

área em metros quadrados. Usualmente,

incide sobre o olho do observador no

da norma ABNT NBR 5101:2012. Antes

pode ser definida como: a luz refletida

plano perpendicular à linha de visão.

de avaliarmos os critérios da norma,

de uma superfície, que transmite uma

Depende do ângulo entre o centro da

é importante entender o conceito da

sensação de claridade aos olhos. Está

fonte de ofuscamento e a linha de visão,

grandeza em pauta e sua unidade,

muito ligada ao brilho, mas o conceito

bem como da idade do observador.

bem como o que ela representa e sua

é diferente do brilho da luz e do brilho

A luminância varia de acordo com

importância.

luminância

e

uniformidade

refletido. A luminância não deixa de ser

a classe de reflexão da pista, sendo

A luminância é expressa em candelas

uma excitação visual no olho humano

necessário o conhecimento desta classe

por metro quadrado, sendo a luz refletida

e o que realmente enxergamos são

para o projeto luminotécnico. Varia

a partir de uma determinada área, ou

contrastes de luminância. Na norma

também de acordo com as condições da

Figura 1 – Luminância.


35

Apoio

pista, por exemplo, uma pista molhada tem características diferentes da mesma pista seca. Logo, luminância e contraste de luminância, também neste caso é o que realmente enxergamos, e o que importa para nossa visão na iluminação pública para transitarmos de forma segura. A ABNT NBR 5101 estabelece os valores mínimos para a luminância média mantida em cada classe de via para veículos e calçada para pedestres. Estes valores são obtidos pela média aritmética das leituras realizadas em campo ou cálculo realizado em software de iluminação, em plano horizontal, no nível do piso da via, sob as condições estabelecidas. Na ABNT NBR 5101, a luminância média é definida como: valor médio da luminância na área delimitada

pela

malha

de

pontos

considerada, ao nível da via. Nos instrumentos de medição, a norma define o luminancímetro como o instrumento apropriado para medir diretamente

a

luminância

(cd/m2)

média de uma área ou a luminância de diversas áreas elementares. Esta definição deve ser ampliada e definido melhor o instrumento a ser utilizado, sua

especificação

detalhada

sem

restringir marca, modelo ou tecnologia, bem como a classe de exatidão e calibração do equipamento. Para o projeto correto deve haver uma classificação do tipo de pavimento da via. Tanto a CIE quanto a IES adotam quatro classes de pavimento para fins de projeto de luminância. Esta classificação deverá ser considerada na revisão da ABNT NBR 5101 a fim de aprimorar e melhor definir as condições para

o

projeto

luminotécnico.

A

classe de pavimento nas publicações internacionais vai de R1 até R4, sendo:


Apoio

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

36 Fator Qo (coeficiente de luminância)

levando em conta o Lmin e o Lmax. A

devido aos equipamentos utilizados

aplicado a cada classe de R1 a R4 de

avaliação destes pontos é importante

e sua precisão na medição. Deve ser

acordo com o modo de refletância de

para que não tenhamos diferenças

estabelecida uma malha de medição de

cada um dos tipos. Desde um concreto

significativas de valores de luminância

luminância bem como o detalhamento

claro com reflexão difusa até um asfalto

que gerem pontos claros e escuros,

dos

com reflexão especular.

comumente conhecido como “efeito

incluindo os equipamentos necessários

zebra” ou “zebrado” na iluminação das

e sua aplicação, lentes, etc.

Nas definições da ABNT NBR 5101 também se encontram as definições dos fatores de uniformidade de luminância, sendo:

procedimentos

de

medição

Para luminância, a norma também

vias. A seção 7 da norma ABNT NBR 5101

estabelece que estes valores não são os

é a que trata da inspeção dos valores

iniciais quando é implantado o projeto,

em projeto e medição de iluminância

e sim os valores no final da vida útil do

- Fator de uniformidade da luminância

e luminância. Este é um ponto a ser

sistema, após a depreciação da fonte de

(uniformidade global): Uo igual à

discutido na revisão da ABNT NBR

luz e condições de pó acumulado na

razão entre a luminância mínima e

5101, visto que a malha de projeto e

parte externa do refrator da luminária

a luminância média em um plano

verificação de campo foi projetada

e demais depreciações neste refrator

especificado:

originalmente para iluminância, e é

(perdas

necessário avaliar se esta é a melhor

também devem ser considerados os

forma de avaliação de luminância em

fatores de manutenção ao longo do

projeto, bem como as dificuldades de

tempo de utilização de acordo com

avaliação da luminância em campo

o fator de manutenção local. O valor

Em que:

de

luz).

Para

luminância

L min é igual à luminância mínima; L med é igual à luminância média. - Fator de uniformidade da luminância (uniformidade longitudinal): UL igual à razão entre a luminância mínima e a luminância máxima ao longo das linhas paralelas ao eixo longitudinal da via em um plano especificado:

Tabela 1 – Classes de iluminação para cada tipo de via (Tabela 4 da ABNT NBR 5101)

Descrição da via

Classe de Iluminação

Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem cruzamentos em nível e com controle de acesso; vias de trânsito rápido em geral; Auto-estradas Volume de tráfego intenso

V1

Volume de tráfego médio

V2

Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego com

Em que:

Fascículo

L min é igual à luminância mínima; L max é igual à luminância máxima. Assim como na iluminância, o menor valor de luminância é definido como Lmin, conhecido como ponto de mínima iluminância na área que está sendo avaliada e deve ser aplicado para cálculo do fator de uniformidade em conjunto com o Lmed calculado/ medido. O fator de uniformidade é definido na tabela 3 da norma, também de acordo com cada classe de via. Para luminância também devemos avaliar a uniformidade de luminância UL,

separaçãode pistas; vias de mão dupla, com cruzamento e travessias de pedestres eventuais em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiros ou obstáculos Volume de tráfego intenso

V1

Volume de tráfego médio

V2

Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre bairros, com tráfego de pedestres elevado Volume de tráfego intenso

V2

Volume de tráfego médio

V3

Volume de tráfego leve

V4

Vias locais; vias de conexão menos importantes; vias de acesso residencial Volume de tráfego médio

V4

Volume de tráfego leve

V5


Apoio

37 mais importante e aplicada da ABNT

Tabela 2 – Classes de iluminação para cada tipo de via (Tabela 6 da ABNT NBR 5101)

Descrição da via

Classe de Iluminação

Vias de uso noturno intenso por pedestres

P1

esta

P2

como

referência

para

para a luminância.

P3

Para o critério de luminância, a

(por exemplo, passeios, acostamentos) Vias de pouco uso por pedestres

tabela

determinar os níveis mínimos exigidos

(por exemplo, passeios de avenidas, praças, áreas de lazer) Vias de uso noturno moderado por pedestres

que editais de licitação de compra de equipamentos, projetos e PPPs utilizem

(por exemplo, calçadões, passeios de zonas comerciais) Vias de grande tráfego noturno de pedestres

NBR 5101. Infelizmente, ainda é raro

ABNT NBR 5101 também não define

P4

um fator de manutenção que deve ser

(por exemplo, passeios de bairros residenciais)

utilizado para todos projetos, mas sim que este deve ser definido de acordo com as condições locais, densidade de tráfego devendo ser realizada a

Tabela 3 – Requisitos de luminância e uniformidade (Tabela 3 da ABNT NBR 5101)

Classe de iluminação

Lmed

UO ≥

UL ≥

TI %

SR

V1

2,00

0,40

0,70

10

0,5

V2

1,50

0,40

0,70

10

0,5

V3

1,00

0,40

0,70

10

0,5

V4

0,75

0,40

0,60

15

-

V5

0,50

0,40

0,60

15

-

manutenção

quando

a

iluminância

média atingir 70% do valor inicial. Sendo assim, de forma indireta, indica o conceito da vida útil do sistema, devendo

o

projetista/contratante

estabelecer se os equipamentos a serem utilizados depreciam em que tempo

Lmed: luminância média; UO: uniformidade global; UL: uniformidade longitudinal; TI: incremento linear. NOTA 1 Os critérios de TI% e SR são orientativos assim como as classe V4 e V5. NOTA 2 As classes V1, V2 e V3 são obrigatórias para a luminância.

para atingir este índice de 70% do valor inicial. Desta forma, deve ser utilizado o mesmo fator utilizado para os cálculos de iluminância.

médio mantido é estabelecido a partir

em ambas as situações (veículos e

Para a revisão da ABNT NBR 5101,

da necessidade de visão das pessoas

pedestres). A classificação deve levar

recomenda-se a inclusão das condições

para circulação de forma segura, logo,

em conta a via como um todo e todos os

de projeto e medição de luminância

o valor inicial deve ser maior que este

tipos de usuários que irão trafegar por

como nas recomendações internacionais

estabelecido na tabela a seguir, caso

ela, e as características específicas de

que estabelecem a padronização do

não haja um sistema de controle que

cada espaço a ser iluminado.

observador a uma distância média

mantenha o fluxo constante ao longo

A

tabela

3,

que

estabelece

de 83,07 metros e uma altura do olho

da vida levando em conta os fatores de

os

e

do observador a 1,45m em direção ao

manutenção. Os valores estabelecidos

uniformidade, deve ser considerada em

ponto de visualização. Critérios como

em norma levam em conta a necessidade

todos os projetos de iluminação pública,

método STV (Small Target Visibility)

de luminância que necessitamos para

sendo as vias classificadas como V1, V2

também poderiam ser avaliados, assim

cada situação e não uma média dos

e V3 obrigatórias para os requisitos de

como a criação de um capítulo sobre

valores ao longo do tempo.

luminância. Esta tabele deveria ser a

ofuscamento.

requisitos

de

luminância

Os níveis de luminância para a parte da via onde circulam os veículos são definidos nas classes de V1 a V5 e na calçada onde circulam pedestres de P1 a P4. As classes são definidas de acordo com a função da via, volume de tráfego, separação de tráfego e demais características

definidas

no

Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética.

código

brasileiro de trânsito. Importante na prática é saber interpretar estes valores e classificar as vias de forma correta

Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

Proteção contra arco elétrico

38

Por Cláudio S. Mardegan e Giuseppe Parise*

Capítulo V Equipamentos, dispositivos e técnicas para melhorar a segurança

É muito importante que o engenheiro de proteção conheça os

62271-200. Lembramos que esta norma é um TR (Test Report). Os

equipamentos mais adequados para as aplicações relativas ao arco.

conjuntos de manobra devem ser dimensionados para permitirem

A seguir serão abordados alguns aspectos a serem considerados

a circulação da corrente nominal do sistema e ainda suportarem

quando da aplicação desses equipamentos.

os esforços decorrentes das correntes de curto-circuito: térmico,

Conjunto de manobra e controle de baixa tensão A norma brasileira que trata deste tema é a ABNT NBR IEC

dinâmico e de interrupção. A especificação deve estar de acordo com a norma ABNT NBR IEC 62271-200. Veja exemplo: LSC2B – PM – IAC – AFLR

60439-1. Para melhor garantir que o painel foi projetado, fabricado e testado, é importante considerar a utilização de painéis TTA (Type-Tested Assembly). Isso significa que você estará comprando

A primeira parte da mantissa (LSC) dá a classe da continuidade de serviço.

um painel que tem um projeto, foi fabricado, foram realizados os ensaios de tipo em protótipo por uma entidade acreditada. Esta

Classe da continuidade do serviço: dá informação sobre a

entidade acreditada emite um certificado. Assim, a maneira que se

continuidade de serviço do painel e a quantidade de compartimentos

tem para saber se o painel é TTA consiste em solicitar este ensaio ao

internos.

Fascículo

fabricante do painel.

A primeira classe ou designação dá informação sobre a

Um painel TTA não significa que o mesmo é resistente ao

conveniência de intervenção, em caso de uma manutenção ser

arco. Caso seja desejado um painel arco resistente deve-se solicitar

necessária. Utiliza-se o termo LSC (Loss of service continuity). A

um painel que também foi projeto, fabricado e testado para estas

norma prevê duas designações possíveis:

condições. Hoje em dia, o ideal é que os painéis sejam resistentes a arco. É importante saber do fabricante se o painel arco-resistente

• LSC2: perda da continuidade de serviço tipo 2

terá condições de operar após um arco interno. Como isso é difícil

“Todos os painéis que tem outros compartimentos, além do

de acontecer recomenda-se que os painéis arco-resistentes sejam

compartimento de barramentos são do tipo LSC2”

adquiridos já com relés monitores de arco para que, na ocorrência de um arco, a destruição interna seja a mínima e o painel esteja apto

• LSC1: perda da continuidade de serviço tipo 1

a operar após o arco interno.

“Todos painéis que forem diferentes de LSC2 são da classe tipo 1”

Conjunto de manobra de média tensão

O painel LSC2 possui duas subdivisões: LSC2A e LSC2B As cláusulas A e B do painel LSC2 dão informação sobre a

A norma brasileira que trata deste tema é a ABNT NBR IEC

continuidade de serviço que pode ser conseguida em caso de


Apoio

manutenção do painel ou partes dele:

Classe do arco interno: dá informação se o painel foi ou não ensaiado para suportar o arco interno.

• LSC2B: o painel que é classificado como tendo perda da

A terceira classe ou termo de classificação de painéis de média

continuidade de serviço B é o conjunto que tem a seguintes

tensão identifica se o equipamento foi ou não ensaiado para suportar

características:

o arco interno. Utiliza-se o termo IAC (internal arc cubicle) para

• Ao se fazer uma manutenção, apenas o compartimento de entrada

painéis ensaiados.

de cabos do cubículo pode ficar energizado; • O cubículo deve ter, pelo menos, três compartimentos: o do

LSC2B-PM-IAC

aparelho de manobra, o da entrada do aparelho de manobra e o de

Se o painel não foi ensaiado contra o arco interno, o termo IAC

saída do aparelho de manobra;

é omitido:

• LSC2A: são todos os cubículos diferentes da classe LSC2B. LSC2B-PM A segunda parte (PM) dá a compartimentação.

A norma que trata dos testes de arco interno é a IEC TR 616412014.

Classe da compartimentação: dá informação sobre o tipo de material utilizado nas divisões, compartimentos internos e guilhotinas.

Classes de arco segundo a IEC TR 61641-2014

A segunda classe ou designação indica qual é o tipo de material utilizado nos compartimentos, divisões internas ou guilhotinas do

✓ Classe de Arco A – É usada para proteção de pessoas. Utiliza os

painel. São dois tipos:

critérios de 1 a 5, mostrados a seguir. ✓ Classe de Arco B – É usada para proteção de pessoas mais arcos

• PM: partições feitas de material metálico

restritos a uma área específica dentro do conjunto de manobra.

• PI: partições feitas de material isolante

Utiliza os critérios de 1 a 6 seguintes. ✓ Classe de Arc C - É usada para proteção de pessoas mais arcos

A terceira parte (IAC) indica se os cubículos são resistentes ao arco.

restritos a uma área específica dentro do conjunto de manobra. É

39


Apoio

Proteção contra arco elétrico

40

possível a operação limitada após uma falta. Utiliza os critérios de

caráter de emergência da parte restante do conjunto de manobra

1 a 7.

deve ser possível. Isto deve ser verificado através de teste de

✓ Classe de Arco I – Conjunto de manobras provendo proteção por

tensão aplicada: 1.5 vezes a tensão nominal de operação por um

meio de zonas protegidas para a ignição do arco.

minuto, conforme prescrito na norma IEC 61439-2:2011, item

Nota: Se é feito um acordo entre o usuário e o fabricante, um critério

10.9.2. O abaulamento de portas e tampas da unidade sob teste e

diferente ou inferior pode ser aplicado.

adjacências é aceitável, podendo ser prontamente substituídas, restaurando a um grau de proteção de invólucro mínimo de

O item 8.7 da norma IEC TR 61641:2014 cita os critérios usados

IPXXB da IEC 60259. Excetuando-se a zona testada declarada

para validação do teste de arco nas condições detalhadas na cláusula

pelo fabricante, todas as outras unidades devem permanecer

4 da mesma norma.

completamente operacionais elétrica e mecanicamente e

Para a proteção das pessoas os critérios de 1 a 5 seguintes devem

estarem na mesma condição de antes dos testes.

ser atendidos: A quarta parte (AFLR) indica a acessibilidade do painel. 1) As tampas e portas devem estar corretamente seguras e se manterem no lugar, provendo um nível mínimo de proteção

Classe da acessibilidade: dá informação sobre a acessibilidade

de acordo com os requisitos de proteção de invólucro IP1X da

permitida ao redor do painel; em que lados do painel as pessoas

norma IEC 60529. São aceitas deformações. Alguma ruptura de

podem circular, de forma segura, quando ocorre um arco interno.

um número limitado de dobradiças e fixações são aceitáveis.

A quarta classe ou termo indica a) tipo de acessibilidade e

O conjunto de manobra não necessita estar em conformidade

b) em que lados do painel pode haver circulação de pessoas. A

com sua classe de IP após o teste.

acessibilidade pode ser de dois tipos:

Nota 1: O objetivo do critério 1 é minimizar o risco de lesões às pessoas por impacto de portas, tampas, etc., e assegurar um nível

• A: acesso ao painel é restrito a pessoas autorizadas – ensaio com

mínimo de proteção às pessoas contra contato acidental perigoso

indicadores a 300 mm.

com partes energizadas.

• B: acesso ao painel é irrestrito de pessoas – ensaio com indicadores

2) Nenhuma parte do conjunto de manobra com mais de 60g

a 100 mm.

deve ser ejetada, exceto aquelas que estão desalojadas e caem entre o conjunto de manobra e os indicadores. Nota 2: O objetivo deste critério é minimizar o risco de lesões

Junto ao termo de acessibilidade deve ser informado em que lados do painel as pessoas podem transitar:

sérias às pessoas por impacto de partes ejetadas. 3) O arco não deve causar buracos nas partes externas do

• R (Rear): traseira

invólucro abaixo de 2m de altura nos lados declarados acessíveis

• L (Lateral): lateral

em caso de queima.

• F (Frontal): frontal

Nota 3: O objetivo deste critério é minimizar o risco de lesões às

Exemplo: LSC2B-PM-IAC-BFL

pessoas por queimadura direta. 4) Os indicadores não devem ficar chamuscados (chamuscados na pintura ou em adesivos estão exclusos dessa avaliação).

Fascículo

5) Os circuitos de proteção para as partes acessíveis do invólucro ainda devem estar efetivos conforme descrito na norma IEC 61439-2. 6) O conjunto de manobra deve ser capaz de confinar o arco à área definida onde o mesmo se iniciou e não deve haver propagação do arco para outras áreas do conjunto de manobra. Efeitos de gases quentes e deposição de fuligem em áreas adjacentes que não estejam sob o arco são aceitáveis, uma vez que apenas uma limpeza é suficiente. Proteção às pessoas e ao conjunto de manobra com capacidade de operação limitada é alcançada quando os critérios de 1 a 7 são atendidos: 7) Após a eliminação da falta ou após o isolamento ou desmontagem da unidade funcional afetada, a operação em

Cláudio S. Mardegan é engenheiro especialista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia. É membro sênior do IEEE e chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Falut Protection. É chair ainda do Capítulo 13 – Protection Coordination e vice-chair de Surge Protection do IEEE. É diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. Giuseppe Parise é engenheiro eletricista e, desde 1973, trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Sapienza em Roma, onde é Professor Pleno de Sistemas Elétricos de Potência. Tem mais de 320 artigos publicados e é autor de duas patentes e três prêmios de artigos do IEEE/IAS PSD. É membro ativo do IEEE Industry Applications Society (past Member at Large of Executive Board).

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Apoio

41


42

Aula Prática

Por Juliano Gonçalves e Rafael Morgado*

Instalações em redes subterrâneas Melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão

O Setor Elétrico / Maio de 2018


43

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Redes subterrâneas no Brasil

indicado nessas instalações. Nos últimos

são elementos essenciais para o perfeito

dez anos, um crescimento exponencial da

funcionamento desta infraestrutura. Portanto,

A construção de redes elétricas em média

geração eólica ocorreu no Brasil e mais

uma falha neste componente afeta toda a operação do sistema.

tensão utilizando cabos isolados, de forma

recentemente, nos últimos dois anos, no

aérea ou subterrânea, no Brasil, teve início

setor de usinas fotovoltaicas .

no segmento de distribuição de energia

elétrica há aproximadamente 100 anos.

eletricidade, como a Eletropaulo ou a

geralmente nas redes das empresas de

Especialmente no segmento de distribuição

Light, têm realizado a conversão de suas

distribuição, porém, grandes instalações

subterrânea, os cabos isolados tiveram

redes aéreas em redes substerrâneas. A

industriais

maior destaque, tendo em vista a maior

substituição

apresentam este tipo de recurso. Mesmo

As

próprias

distribuidoras

comprovadamente

reduz

de

a

Algumas configurações de redes elétricas

subterrâneas

apresentam

e

contingência,

comerciais

dificilmente

criticidade desta operação em relação à rede

frequência equivalente de interrupção (FEC)

quando existentes, as contingências são

aérea, pois qualquer falha nessa instalação

e os custos associados com manutenção.

limitadas e muitas vezes não permitem o

apresenta maior complexidade para reparo e

Assim, as perpectivas de crescimento das

atendimento integral da carga.

reestabelecimento da condição operativa.

redes subterrâneas no Brasil são excelentes

e acompanham a tendência mundial.

cabos utilizados em baixa tensão, os cabos

Mesmo após um centenário do início da

isolados de média tensão apresentam

utilização de cabos isolados na construção de redes de distribuição de energia elétrica, apenas pequenas regiões de algumas cidades do país são providas de redes instaladas de

Relevância dos cabos isolados em média tensão em redes subterrâneas

componentes apresenta uma funcionalidade o sistema.

várias

da rede instalada de forma aérea. As redes subterrâneas, no entanto, apresentam uma

subterrânea de média tensão é um projeto

série de vantagens em relação às redes

planejado para que a operação seja confiável

A construção de uma rede elétrica

áereas, como: estética mais agradável,

e segura, retornando assim o investimento

maior segurança operativa, menores custos

aportado em sua construção, mais alto do que

sua

construção,

Manutenção centrada em confiabilidade para cabos isolados em média tensão

de manutenção e maior confiabilidade.

o de redes aéreas. Para obter esse resultado

São

é importante que a rede se mantenha em

na

em

e qualquer problema acaba por desequilibrar

predominantemente,

camadas

conforme ilustrado na Figura I. Cada um dos

forma subterrânea, sendo a predominância

aplicadas,

Vale destacar que, diferentemente dos

Todo e qualquer cabo de potência,

atualidade, em indústrias de grande porte,

perfeitas condições de funcionamento o

trabalhando em média ou alta tensão, é

distribuidoras de rede elétrica e usinas de

maior tempo possível, permitindo assim a

sujeito à ação do tempo, sofre degradação

geração de energia.

continuidade do abastecimento.

e um dia irá falhar. Vários são os fatores

que determinam a durabilidade de um

Em instalações industriais e comerciais

As

redes

compostas

elétricas de

subterrâneas

de grande porte é comum o uso de redes

são

de

cabo, como os materiais empregados em

elétricas subterrâneas de média tensão

média tensão, chaves de manobra e

alimentadores

sua composição ou as condições a que

devido aos requisitos dessas instalações.

transformadores, que podem ser instalados

são submetidos. Cabos com isolamento

O

de forma subterrânea ou acima do nível

polimérico, por exemplo, têm expectativa

abastecimento

de

eletricidade

em

média tensão deve ocorrer em diversos

do solo, dependendo da característica da

de vida média estimada entre 20 e 40 anos,

pontos da planta, que nem sempre estão

instalação.

no entanto, não é incomum que sejam

próximos. Devido às distâncias envolvidas e

verificadas falhas antes deste período.

Os cabos isolados de média tensão

à tensão empregada, torna-se mais segura a utilização de redes subterrâneas. A maior confiabilidade é outro ponto favorável, pois paradas não programadas acabam por afetar a operação de modo imprevisível, afetando o faturamento.

Usinas eólicas e fotovoltáicas também

fazem uso de redes subterrâneas. Nessas instalações, redes de distribuição aérea permaneceriam expostas a condições climáticas agressivas, levando a diversos transtornos operacionais. Assim, o uso de redes substerrâneas é o mais comum e

Figura 1 – Características construtivas de um cabo isolado de média tensão.


44

Aula Prática

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Dentre as causas mais comuns para falhas

Ensaios de tangente delta: nos ensaios de

Ensaios de descargas parciais: descargas

prematuras podem-se citar imperfeições de

tangente delta, uma tensão alternada de

parciais são fenômenos produzidos devido

manufatura, defeitos introduzidos durante a

baixa frequência (VLF – 0,1Hz) é aplicada

à amplificação do campo elétrico em

instalação ou produzidos pelas condições de

entre o condutor e o terra, submetendo uma

regiões de interface. Em defeitos como

operação.

diferença de potencial ao isolamento. O

descolamentos de camadas, bolhas no

Falhas que ocorram durante a operação

equipamento realiza a medição da corrente

isolamento,

entre

outros,

às

tensões

podem conduzir a paradas não programadas

elétrica e do ângulo de defasagem em

elétricas nas interface podem superar a

na produção, trazendo prejuízos para a

relação à tensão. Resolve, a partir dessas

rigidez dielétrica do meio, produzindo

empresa. O lucro cessante, dependendo do

informações, a corrente elétrica, separando-a

descargas.

circuito em que a falha ocorre, pode alcançar

em dois componentes, a corrente resistiva e

são ditas parciais, pois não produzem a

altas quantias e afetar definitivamente o

a corrente capacitiva. A razão entre os dois

ruptura dielétrica total do cabo, mas apenas

faturamento de um período. Para mitigar

componentes da corrente elétrica define o

em uma fração de seu volume. Como

o risco de tais eventualidades, a gestão de

tangente delta, ou também o denominado

consequência, não promovem a falha, mas

manutenção com foco em confiabilidade é a

fator de dissipação.

promovem a degradação dos isolamentos,

solução mais indicada.

Note que, quanto melhor o isolamento do

aumentando a concentração de defeitos na

As

descargas,

no

entanto,

A política de manutenção centrada em

cabo, espera-se que o componente resistivo

microestrutura e tornando o material ainda

confiabilidade, quando aplicada a cabos

da corrente elétrica seja menor (pois a

mais suscetível a novas descargas parciais.

de potência, tem como objetivo principal

condução eletrônica através do material seria

Em determinado estágio de degradação, as

a otimização de seus ativos, aumentando

menor). Assim, baixos valores do tangente

características dielétricas do isolamento já

sua vida útil e reduzindo o número de

delta sugerem isolamentos em melhores

não são satisfatórias e ocorre a ruptura total

paradas de manutenção. Inicialmente, um

condições.

do meio dielétrico, com a consequente falha

estudo deve ser realizado para identificar

são muito importantes para a avaliação

do cabo.

os elementos mais críticos ao sistema. Uma

dos isolamentos, como a estabilidade do

análise é realizada sequencialmente para

tangente delta e a sua variação, quando

métodos nos quais se aplicam uma alta

determinar as possíveis ações a serem

sujeito à variações na tensão aplicada.

tensão elétrica entre o condutor e o terra,

tomadas e, por fim, programar as paradas

Irregularidades nos parâmetros citados

submetendo o isolamento à alta tensão.

para execução dos planos de manutenção.

são geralmente associadas a problemas

Correntes elétricas ou tensões transientes,

Outros

parâmetros

também

Ensaios de descargas parciais são

Desta forma, investimentos para substituição

no conjunto cabo + acessórios. Quando

da ordem de microamperes ou milivolts, são

de cabos ou paradas desnecessárias são

identificados, podem ser investigados para

identificadas e o sinal de resposta medido.

evitadas e garante-se a máxima eficiência

determinação da causa raiz, permitindo a

Por meio da avaliação da forma do sinal e

dos ativos. Pesquisas realizadas nesse âmbito

tomada de ações corretivas. Atualmente,

de suas reflexões, é possível identificar a

têm provado os benefícios operativos e

uma ampla base de dados é disponível, que

existência de descargas parciais e a posição

financeiros.

permite o estabelecimento de valores críticos

em que ocorrem.

aos parâmetros do tangente delta. Através

Paradas de manutenção e técnicas empregadas

Ativos considerados críticos durante

a etapa de planejamento da manutenção

da comparação dos resultados obtidos

Ensaios de reflectometria no domínio do

durante análises com os valores críticos,

tempo: na reflectometria, um pulso de baixa

normatizados pela IEEE 400.2, é possível

tensão é injetado em uma extremidade do

avaliar as condições gerais dos componentes

cabo e este viaja até a sua outra extremidade,

dos cabos.

onde é refletido. Durante este percurso,

são avaliados quanto à confiabilidade em paradas programadas da operação. Nessas paradas, os componentes dos cabos são caracterizados utilizando diversas técnicas. Os objetivos das análises são três: prevenir futuras falhas, predizer o comportamento dos ativos e verificar possíveis ações corretivas, a fim de eliminar problemas que foram observados.

Os ensaios mais amplamente difundidos

e empregados, tanto em indústrias, quanto em concessionárias são:

Figura 2 – Definição do tangente delta, circuito equivalente para medição e diagrama fasorial.


45

O Setor Elétrico / Maio de 2018

o sinal viaja através do cabo e, qualquer variação significativa na impedância, produz uma nova reflexão do sinal.

Variações na impedância do cabo

podem ser produzidas por emendas, falhas, problemas de corrosão na blindagem metálica

e

infiltrações

de

água

em

emendas (ver Figura 3). Assim, a técnica permite a identificação de uma série de irregularidades que outras técnicas não são capazes de identificar. Embora não tão utilizada quanto as outras duas técnicas citadas

anteriormente,

tem

importante

aplicabilidade também.

Além dos ensaios acima, é importante

também citar os testes de tensão aplicada, tanto para capa quanto para os isolamentos. No caso dos testes de tensão aplicados à capa, níveis de tensões normatizados são aplicados entre a blindagem metálica e o solo. Através dos níveis verificados para a corrente de fuga é possível inferir se falhas na capa existem. Falhas desse tipo não impedem a operação dos cabos de potência, mas certamente promovem uma degradação mais acelerada dos mesmos.

Testes

de

tensão

aplicados

aos

isolamentos são indicados tanto por normas nacionais, como por normas internacionais.

Figura 3 – Curvas características obtidas por Reflectometria e interpretações associadas.

Grandes instituições, como o IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) e e o IEC (International Electrotechnical Commission), incorporaram a prática de

cabos

tensões em baixas frequências (VLF) em

instáveis sejam colocados em operação.

características de cada cabo avaliado.

suas normas e guias. A ABNT (Associação

São utilizados no comissionamento de

Brasileira de Normas Técnicas), por outro

cabos novos, em testes de aceitação após

se um cabo estiver na iminência de falhar,

degradados

ou

em

condições

normatizada e deve estar em acordo com as A filosofia empregada no teste é que,

lado, ainda não o fez. Esta discrepância

a troca de componentes (como emendas e

é melhor que falhe durante o teste, numa

acaba por confundir alguns gestores e

terminações) ou na gestão de confiabilidade

parada programada, do que de uma

promove, por vezes, tomadas de decisões

de

conforme

imprevista, promovendo uma parada não

equivocadas. Mais detalhes e informações

determinado pelas normas brasileiras ABNT

programada. Os custos envolvidos numa

são dados a seguir.

NBR 7286, ABNT NBR 7287 e normas

parada programada são muito inferiores.

internacionais IEEE 400.2 e IEC 60060-1.

nos testes, sendo classificadas de acordo

Testes de tensão aplicada em VLF vs testes HiPot - DC

sistemas

Os

testes

importantes,

consistem

na

aplicação

Diferentes configurações são utilizadas

de tensões superiores àquelas utilizadas

com a forma do sinal injetado no circuito

durante a operação, por um período

em avaliação. Algumas das configurações

Testes de tensão aplicada têm um

determinado, que pode alcançar até 60

mais usuais são: testes em tensão contínua

papel fundamental na avaliação de cabos

minutos. São executados com o objetivo

(HiPot-DC), em tensão alternada a 60 Hz e

de

de

de identificar se um cabo tem condições

utilizando frequências muito baixas (Very

outras técnicas empregadas, esses testes

de entrar em operação de modo seguro,

Low Frequency - VLF). Os testes em tensão

têm a finalidade de realizar a manutenção

minimizando a possibilidade de apresentar

contínua eram amplamente utilizados no

preventiva dos sistemas, evitando que

falhas posteriores. A tensão empregada é

passado, onde cabos com isolação de papel

média

tensão.

Diferentemente


46

Aula Prática

O Setor Elétrico / Maio de 2018

impregnado com óleo (PILC) eram avaliados.

normas IEEE400.2 e IEC 60060-1. Uma série

resultados são otimizados proporcionando

de implementações têm sido propostas

um menor stress aos cabos avaliados e

Sua aplicabilidade, no entanto, começou

a ser questionada a partir dos anos 1980, com

nos últimos anos, como o monitoramento

realizando um menor número de paradas

a substituição dos cabos antigos por cabos

de diversas características durante o teste,

para manutenção durante a vida útil dos

com isolamentos em materiais poliméricos,

atribuindo ainda mais valor à técnica.

ativos.

como o XLPE ou o HMWPE. Foi verificado

Os

testes

de

tensão

aplicada

Diversas

técnicas para

são

empregadas

nessa época que os testes DC promoviam a

monitorados (MWT-VLF) são o estado da

atualmente

falha em grande número de cabos, mesmo

arte no diagnóstico de cabos com foco

componentes

caracterização

muitos deles sendo considerados novos e

em manutenção preventiva. Dentre os

métodos mais amplamente empregados

sadios.

parâmetros que podem ser monitorados

destacam-se

dos os

cabos.

ensaios

dos

Dentre de

os

tangente

Diversos estudos foram realizados a partir

durante os ensaios destacam-se o fator de

delta, os de descargas parciais e os de

de então para investigar tais resultados, onde

dissipação (Tangente Delta) e a verificação

reflectometria no domínio do tempo.

se atribuiu como causa principal o acúmulo

de descargas parciais. Os testes de tensão

e “armadilhamento” de cargas espaciais,

aplicada monitorados não serão abordados

nacionais para realização de testes de

gerado pela forte polarização durante os

nesse trabalho, mas para os que desejarem,

tensão aplicada em corrente alternada,

testes. Quando recolocados em operação,

informações

sendo necessária a utilização de normas

as cargas espaciais, que permaneciam

contato com os autores.

internacionais.

Conclusões

polimérico, a aplicação de tensões elétricas

podem

ser

obtidas

pelo

internacionais

em baixa frequência (VLF), de cerca de 0,1Hz.

crescimento de electron trees e levando a falhas prematuras. Atualmente, os ensaios

HiPot-DC não são recomendados em

sejam amplamente empregadas no Brasil

nenhuma norma internacional para sistemas

atualmente, estas têm adquirido cada vez

Embora

redes

subterrâneas

não

de cabos com isolamentos poliméricos,

mais espaço e destaque devido às suas

independentemente de sua idade.

vantagens em relação às redes aéreas.

Referências

recomendam, para cabos com isolamento

armadilhadas na estrutura dos cabos, causavam uma sobretensão, favorecendo o

O Brasil ainda não possui padrões

A utilização de frequências muito baixas

Paralelamente a esse fato, a gestão dos

(VLF) é a alternativa viável para realização

ativos associados, como cabos isolados,

dos ensaios. Sua utilização é tida como a

também tem adquirido cada vez maior

solução encontrada para eliminar/mitigar os

importância.

problemas de polarização encontrados nos

testes HiPot-DC e apresenta boa relação

centrada em confiabilidade é a que

de custo-eficiência. Cada vez mais têm-se

traz mais benefícios ao sistema, pois é

A política de gestão de manutenção

optado pela sua utilização no diagnóstico

decorrente de uma análise de criticidade e

de cabos, sendo indicado dentro das

de avaliações de custo benefício. Os custo e

*Juliano Gonçalves é engenheiro eletricista, pós-graduado em Administração e Senior Leadership Program pela Darden University/ USA. Atualmente, é diretor de operações da Baur do Brasil, com ampla experiência no setor elétrico, tendo gerenciado áreas de distribuição subterrânea, subtransmissão e inovação na Eletropaulo. Rafael Morgado possui graduação em Física, com mestrado e doutorado pelo IPEN-USP com ênfase em propriedades elétricas de materiais. Atualmente, é analista de desenvolvimento técnico da Baur do Brasil. É autor de artigos internacionais, trabalhos para congressos nacionais e internacionais, três livros didáticos e um software de tratamento estatístico de dados. É ainda professor universitário e membro do Cigré.


Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES

Ano 2 - Edição 23 / Maio de 2018

Atualização do Atlas do Expansão da geração solar Potencial Eólicodas fontes Brasileiro Planejamento do crescimento renováveis, especialmente a solar fotovoltaica,

Revisão levavista em as conta alturas superiores 50 metros novas tecnologias disponíveis comercialmente tendo em metas assumidas peloa Brasil juntoe àascomunidade internacional Energia sobredao fonte Relatório Anual Global de Energia Eólica, do GWEC Energiaeólica: eólica:considerações o futuro promissor no país Energia crescedaa mobilidade taxas superiores a 100% ao ano desde 2013 Energiasolar: solar:aafonte nova que realidade elétrica *Notícias *Notíciasselecionadas selecionadassobre sobreasasfontes fontesrenováveis renováveisque quemais maiscrescem crescemno nopaís* país* APOIO


Apoio

48

Fascículo

Renováveis

Por Antonio Carlos Neiva, Ary Vaz Pinto Junior, Ricardo Marques Dutra, Sergio Roberto de Melo, Vanessa Guedes, Waldenio de Almeida, Rodrigo Braz e Angelo Cabrera*

Capítulo IV Atlas do potencial eólico brasileiro


Apoio

49

O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado em 2001 e concebido para a altura de 50

metros (altura suficiente para as tecnologias dos aerogeradores da época), foi, sem dúvida, um importante marco para o desenvolvimento do setor eólico no Brasil. Com o passar dos anos, o mercado eólico brasileiro experimentou crescimento significativo, tanto devido à implantação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), quanto aos resultados alcançados pelos leilões de energia. Ao longo do tempo, a tecnologia de aerogeradores se desenvolveu significativamente disponibilizando modelos de maiores potências e dimensões para operação em alturas mais elevadas, quando comparados aos modelos comercializados em 2001.

Com o objetivo de promover a atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro de 2001,

considerando alturas superiores a 50 metros e as novas tecnologias disponíveis comercialmente, foi aprovado, pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial de Energia (CT-ENERG), um projeto de encomenda vertical ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), implementado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Para a realização deste projeto, o Cepel estabeleceu parceria com o Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) para alocação da infraestrutura e de profissionais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). A partir do trabalho conjunto entre o Cepel e o CPTEC, foi possível estimar o potencial eólico para todo o território nacional através do uso de modelos numéricos utilizados para previsões do tempo. Considerando a complexidade de tais modelos e a necessidade de abranger todo o território brasileiro, o processamento das informações contou amplamente com o uso do supercomputador do CPTEC.

Dentre os diversos modelos numéricos utilizados pelo CPTEC para previsão do tempo, o

modelo de mesoescala Brams (Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System) foi escolhido para estimar a velocidade e a direção do vento em todo o país, para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Tal escolha foi baseada tanto no fato deste modelo ser o resultado da consolidação de várias adaptações do modelo Rams (Regional Atmospheric Modeling System) para as condições climáticas brasileiras, quanto na existência de um grande número de meteorologistas que o utilizam para previsão do tempo em todo o Brasil. Como o modelo Brams apresenta melhores resultados para simulações realizadas com base numa grade de 5 km x 5 km, escolheu-se esta resolução para a elaboração do presente Atlas.

Para a obtenção de um ano típico, que representasse informações médias de um período e não de

um ano específico, decidiu-se que seriam simulados os anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. A partir dos dados simulados e, posteriormente, ajustados com dados medidos, seria, então, obtido o ano típico para o período dos quatro anos mencionados. Uma grande preocupação ao longo da elaboração do presente Atlas foi a questão da comparação dos resultados das simulações geradas pelo modelo Brams com dados efetivamente medidos. Apesar da vasta rede climatológica distribuída por todo o Brasil, disponibilizada pelo Inpe 1, os melhores dados para comparação e ajuste dos resultados das simulações obtidas com o modelo Brams são aqueles provenientes de estações anemométricas específicas para empreendimentos eólicos. Uma das grandes vantagens de se utilizar estes dados está nas alturas de medição, que coincidem com as alturas dos aerogeradores disponíveis comercialmente no Brasil. Através do apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 12 empreendedores autorizaram o uso de informações anemométricas oriundas de 39 parques eólicos e relativas ao período dos anos simulados. As autorizações concedidas para o uso de dados anemométricos provenientes de parques eólicos em operação no Brasil, considerados de alta qualidade, possibilitaram ajustes importantes com relação aos resultados simulados nas principais áreas de comprovado potencial.

1 A base de dados meteorológicos do Inpe é formada por dados de estações meteorológicas convencionais e automáticas do INMET e de outras instituições, dados de aeroportos (METAR) do DECEA, relatórios climatológicos do INMET e do DECEA, estudos acadêmicos e agrícolas para locais específicos e campos de dados interpolados obtidos a partir de todas as observações disponíveis na base de dados do CPTEC.


Apoio

Fascículo

50

Renováveis

Metodologia

resultados com performance igual ou superior a modelos de outros

O Brams, ao longo das simulações realizadas para elaboração do

Atlas, era o modelo numérico do CPTEC/Inpe que possuía os melhores

O mapeamento do potencial eólico para todo o território brasileiro

foi realizado a partir do modelo numérico de mesoescala Brams

centros internacionais (FREITAS, et al., 2017).

(Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System),

com resolução horizontal de 5 km x 5 km e uma rede de medições

do Brams a fim de estimar, com todos os detalhes possíveis para uma

anemométricas utilizada para ajuste dos resultados.

grade com 5 km de resolução, a intensidade e a direção do vento em

Nesta seção serão apresentadas as metodologias utilizadas para

diferentes alturas para todo o território nacional. O modelo Brams

ajuste dos resultados de mesoescala. Também serão descritos os dados

do CPTEC/Inpe pode ser executado com maior resolução espacial,

anemométricos utilizados no ajuste e validação dos resultados além dos

mas optou-se pela mesma grade de 5 km já utilizada nas versões

cálculos necessários para elaboração dos diversos mapas temáticos,

operacionais sendo utilizadas para gerar a previsão de tempo para o

tais como os de velocidade e direção do vento em diversas alturas, fator

Brasil, pois a mudança da resolução poderia exigir a recalibração de

de forma e escala da distribuição de Weibull, regime diurno etc.

alguns parâmetros internos do modelo.

Para o trabalho do novo Atlas foi desenvolvida uma versão especial

A resolução temporal dos resultados é horária, o que permite uma

O modelo Brams

avaliação do comportamento das variáveis meteorológicas ao longo

do dia (ciclo diurno), e para não extrapolar excessivamente o volume

O modelo utilizado neste trabalho foi o Brams, que é um modelo para

previsão numérica de tempo e clima (PNTC) desenvolvido pelo Inpe a

de dados, apenas um subconjunto dos dados de saída do modelo foi

partir de um modelo desenvolvido na década de 1980 na Universidade

armazenado. Foram selecionadas algumas variáveis de superfície, que

Estadual do Colorado, o Rams (Regional Atmospheric Modeling System),

também foram disponibilizadas para as alturas “nativas” do modelo de

que é uma ferramenta flexível e de código aberto para modelagem

32,2 m, 80,5 m, 120,1 m, 160,0 m, 200,0 m e 240,0 metros. Outra

e previsão de fenômenos atmosféricos. O Rams tem como base um

modificação importante nesta versão do Brams foi a geração da rosa dos

conjunto de equações não hidrostáticas e compressíveis e dois modelos

ventos no pós-processamento do modelo, obtido a partir da direção do

de mesoescala hidrostáticos (PILKE, et al., 1992).

vento de cada timestep do modelo, gerando uma “rosa dos ventos” para

cada horário de saída.

O modelo Brams, conforme apresentado na Figura 1, é

constantemente aprimorado (FREITAS, et al., 2017), incluindo

funcionalidades e modificações com o objetivo de melhorar a

duas partes, a fim de economizar tempo de processamento no

O domínio de execução do modelo numérico foi dividido em

representação numérica de processos físicos fundamentais sobre

supercomputador. Uma parte foi executada com a resolução de 5

regiões tropicais e subtropicais.

km, englobando toda a região do Brasil onde pode existir potencial de

Figura 1 - Representação esquemática do modelo Brams (FREITAS, et al., 2017).



Apoio

Fascículo

52

Renováveis

geração eólica de energia elétrica, e a outra, compreendendo a Amazônia

Controle do Espaço Aéreo - DECEA/ICEA);

ocidental, onde se sabe que não existe potencial de geração eólica, foi

• Dados da rede de estações da Marinha do Brasil;

gerada com 15 km de resolução horizontal. Posteriormente, as duas

• Dados de outras redes regionais (PCDs do Inpe, Funceme, ANA, Cemig, etc.)

partes foram reunidas para gerar um campo único, a fim de fazer o ajuste estatístico e gerar os produtos numéricos derivados.

Adicionalmente, uma vez que a finalidade do Atlas do Potencial Eólico

Brasileiro é disponibilizar informações com o objetivo de identificar sítios

Dados anemométricos

promissores para implantação de parques eólicos de geração de energia elétrica em todo o território nacional, o ajuste dos resultados do modelo

Apesar de todos os avanços e desenvolvimentos recentes dos

Brams deveria contar com séries históricas de alta qualidade destinadas

modelos numéricos de previsão de tempo e clima, os resultados atuais

para este fim. Neste sentido, o Cepel, através do apoio do então MCTIC e da

ainda possuem um razoável grau de imprecisão e incertezas. Uma vez

EPE, obteve a autorização de 12 empreendedores para utilização de dados

que os modelos numéricos (incluindo o modelo Brams) representam

anemométricos provenientes de 39 parques eólicos em operação espalhados

uma simplificação de um sistema real (Figura 2) e que as imperfeições

por todo o Brasil. Foi autorizada a utilização de médias mensais da velocidade

da modelagem decorrem do conhecimento incompleto dos processos

do vento medidas na altura dos aerogeradores instalados. As autorizações

físicos, da formulação matemática simplificada dos processos

foram concedidas para uso das médias mensais da velocidade e direção

modelados, assim como dos processos que ocorrem em escalas que

do vento exclusivamente para ajuste das simulações do modelo Brams

não podem ser representados na solução numérica adotada, faz-se

referentes aos anos de 2013 a 20152.

necessário ajustar (ou calibrar) os resultados dos modelos numéricos

tornando-os, assim, uma base de dados mais coerente com as

anemométricas) que abrangesse grande parte do território brasileiro, foram

condições observadas em campo e, consequentemente, um produto de

selecionados um conjunto de dados de aeroportos distribuídos por todos

melhor resultado para os usuários finais.

os estados brasileiros, com preferência para aeroportos internacionais, por

Par aumentar a representatividade de pontos de referência (estações

possuírem dados de melhor qualidade e maior cobertura temporal. Estes dados foram extraídos do sistema de processamento do CPTEC/Inpe e consolidados em médias mensais. Vale citar que, diferentemente dos dados medidos em parques eólicos, cuja altura de medição é próxima a 100 m (altura dos modelos de aerogeradores comercializados atualmente), a altura padrão das medições nas estações sinóticas é de 10 m.

Após um controle de qualidade realizado pelo Cepel nos dados de mais

de 300 estações que compõem o banco de dados observados do CPTEC/ Inpe (conforme apresentado acima), foram selecionadas 99 estações Figura 2 - Ilustração das diferenças entre o "mundo real" e a representação matemática dos modelos numéricos (KARL, et al., 1989).

Uma vez que é necessário obter um número significativo de dados

representativas em todo o território nacional para aferição e ajuste dos resultados da simulação do Brams para o ano de 2013.

anemométricos para validação dos resultados do modelo Brams, foram

Metodologia de ajuste

utilizadas informações provenientes de estações climatológicas espalhadas

por todo o Brasil, pertencentes ao Inpe, ao Inmet (Instituto Nacional de

previsão de clima apresentam, para cada ponto, desvios sistemáticos3, faz-se

Meteorologia), ao DECEA/ICEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo/

necessário identificá-los e corrigi-los através de informações providas de

Instituto de Controle do Espaço Aéreo), entre outras instituições. Vale

medições em campo de forma que haja maior aderência entre as previsões

ressaltar que uma parte importante do acervo de ambas as instituições

apresentadas pelo modelo e as condições observadas.

apresentou séries históricas de boa qualidade, que se mostraram adequadas

para ajuste dos resultados simulados. Os dados utilizados para gerar o campo

dados observados em estações meteorológicas ou anemométricas com os

de ajustes foram obtidos através do banco de dados observados do CPTEC/

respectivos dados simulados fornecerá uma indicação da intensidade e do

Inpe, que inclui informações de diversas fontes, tais como:

sinal destes desvios sistemáticos, que dessa forma poderão ser mensurados

• Dados de estações sinóticas convencionais e estações automáticas do

e removidos.

Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia);

• Dados de aeroportos e aeródromos (a maior parte do Departamento de

largamente utilizado em meteorologia numérica, com diversos exemplos de

Uma vez que dados simulados através de um modelo numérico de

O método de ajuste aplicado no Atlas assume que a comparação dos

O método da correção do viés médio, utilizado neste trabalho, é

2 Apesar de incluir simulações do modelo Brams para o ano de 2012 para elaboração do ano típico e de vários parques já estarem em operação no mesmo ano, somente em 2013 havia disponibilidade de séries históricas completas. 3 Desvios sistemáticos ou erros sistemáticos são devidos a causas identificáveis e podem, em princípio, ser eliminados. Erros desse tipo resultam em valores que são sistematicamente mais altos ou mais baixos em relação a um valor esperado. Um exemplo deste tipo de desvio pode ser observado nas medições realizadas em equipamentos descalibrados. 4 Estes desvios significativos também foram identificados através de inspeção visual do campo de interpolação. Este recurso, apesar de ser um critério subjetivo, permitiu identificar e eliminar rapidamente dados impróprios para o ajuste final dos dados simulados.


Apoio

53

aplicação no Brasil nas áreas de agricultura (AVILA, et al. 2009), meteorologia

• Coerência com dados de estações próximas,

(AVILA, et al. 2008) a recursos hídricos (ONS, 2013).

• Desvios significativos em relação aos dados climatológicos disponíveis para

a região4;

A priori, a aplicabilidade do método de remoção de viés é válida para

os pontos onde existem dados locais para as comparações. Mas é preciso

• Falta de representatividade regional (como estações instaladas em praias,

estender o método de ajuste para as localidades onde estas observações não

isto é, numa zona limítrofe entre duas regiões muito distintas);

existem, visto que a rede de estações de medida no Brasil é relativamente

• Insuficiência de dados.

esparsa.

De forma mais detalhada, o trabalho de ajustar os resultados do modelo

Brams foi dividido nas seguintes etapas: • Avaliação dos dados observados; • Elaboração do campo de ajuste; • Validação dos resultados.

A qualidade e a disponibilidade dos dados obtidos de estações

meteorológicas, anemométricas e climatológicas foram os principais limitantes para utilização de uma quantidade maior de estações para ajuste. Todas as estações previamente escolhidas passaram por uma avaliação de qualidade onde os principais critérios utilizados para o descarte de dados medidos foram: • Comportamento temporal anômalo (como dados repetidos ou que variam muito rapidamente);

Figura 3 - Esquematização da grade do modelo Brams mostrando os pontos de referência para as simulações no entorno da localização do ponto de observação.


Apoio

Fascículo

54

Renováveis

Atlas online

Conclusões

Todas as informações das simulações realizadas para o ano de 2013

As simulações com o modelo Brams referentes ao ano de 2013, a

estão disponibilizadas através do sítio na internet criado especialmente

comparação dos resultados obtidos com dados medidos e a subsequente

para sua divulgação (Figura 4). Através do link www.novoatlas.cepel.br, o

realização de ajustes constituem marcos significativos do trabalho de

internauta terá acesso a arquivos pdf de toda publicação gerada ao longo

elaboração do presente Atlas Eólico. Após a conclusão destas etapas,

do projeto, incluindo todos os mapas temáticos e arquivos no formato kml

foram produzidos mapas temáticos relativos às médias anuais, obtidas

que possibilitarão visualização das diversas informações em plataforma

a partir de simulações para o ano de 2013. Adicionalmente, tornou-se

SIG. Também estão disponíveis todas as informações consolidadas no

possível, para a sociedade, a consulta web das informações em ambiente

formato csv que possibilitarão visualização em formato tabular para cada

georreferenciado. Para dar continuidade ao desenvolvimento do presente

ponto da grade de 5 km x 5 km dentro do território nacional.

trabalho, visando à obtenção do ano típico, pretende-se realizar o ajuste e a validação estatística dos resultados para os anos de 2012, 2014 e 2015 (cujas simulações com o modelo Brams já estão concluídas) nos mesmos moldes do que foi efetuado para o ano de 2013. Adicionalmente, pretende-se realizar simulações em resolução de microescala em sítios com elevado potencial para abrigar parques eólicos.

Referências bibliográficas • AVILA, A. M. H.; CARDOSO, A. O.; PINTO, H. S., 2009. Aplicação da correção estatística na previsão de tempo estendida, para três localidades da Região Sul. In: XVI CBA, 2009, Belo Horizonte. XVI CBA, 2009. • FREITAS, S. R. et al. 2016. Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling Figura 4 - Visualização da apresentação, via web, do conteúdo das simulações 2013 do novo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro.

A coletânea de mapas temáticos disponibilizada no Altas apresenta

informações da distribuição da velocidade média anual do vento para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Também são disponibilizadas informações dos fatores de escala e de forma da

System BRAMS version 5.2 Description of the Model Input Namelist Parameters. Disponível na internet no link ftp://ftp.cptec.inpe.br/brams/BRAMS5.2/documentation/namelist-BRAMS5.2-feb2016.pdf. • FREITAS, S. R. et al., 2017.The Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System (BRAMS 5.2): an integrated environmental model tuned for tropical areas. Geoscientific Model Development, v. 10, p. 189-222, 2017. • KARL T.R., TARPLEY J.D., QUAYLE R.G., DIAZ H.F., ROBLNSON D.A., BRADLEY R.S., 1989. The recent climate record. what it can and cannot tell us, Rev Geophys 27:405-430.

distribuição de Weibull para a altura de 100 metros; da densidade de

• NEIVA, A.C.B., RAMOS, D.A., GUEDES, V.G., WALTER, A., e MELO, S.R.F.C., 2016. Estudo

potência, massa específica e massa do ar, todas para a altura de 100

Comparativo Teórico e Experimental da Variabilidade de Dados de Velocidade de Vento em

metros. Adicionalmente, também são apresentadas a distribuição da rosa dos ventos anual (frequências x direção), o regime diurno anual e a rugosidade. A Figura 5 apresenta a distribuição da velocidade média anual do vento para a altura de 100 m.

Estações Anemométricas. Brazil Windpower 2016 Conference and Exibition – 30/08/2016. • Operador Nacional do Sistema Elétrico – NOS, 2013. Aprimoramento da Metodologia de Remoção de Viés da Previsão de Precipitação – Aplicação nas Bacias do Alto Rio Paranaíba e do Baixo Rio Grande. Nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico, 2013. • PIELKE, R. A.; COTTON, W. R.; WALKO, R. L., et al., 1992. A comprehensive meteorological modeling system - RAMS. Meteorol. Atmos. Phys., v. 49, pp. 69-91, 1992.

Figura 5 – Distribuição da velocidade média anula do vento a 100m de altura.

*Antônio Carlos de Barros Neiva é engenheiro mecânico, com mestrado em Engenharia Térmica e de Fluidos. Atualmente, é pesquisador no Cepel. Ary Vaz Pinto Junior é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Elétrica. Atualmente, é chefe do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar no Cepel. Ricardo Marques Dutra é engenheiro eletrônico, com mestrado e doutorado em Planejamento Energético. É pesquisador nível III do Cepel. Sérgio R.F.C. de Melo é engenheiro eletrotécnico, com mestrado em Computação Científica. Atua como pesquisador nível I no Cepel. Vanessa Gonçalves Guedes é engenheira mecânica, com mestrado e doutorado. É pesquisadora nível III do Cepel. Angelo Alberto Mustto Cabrera é engenheiro mecânico, com mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica. Atualmente, é funcionário da Puc-Rio, com participação e desenvolvimento de tarefas em projetos parceiros de pesquisa com o Cepel Rodrigo de Oliveira Braz é graduado em Computação Científica e em Engenharia Aeronáutica. Trabalhou, pela Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate), para o Cptec/Inpe em conjunto com o Cepel, nona preparação do novo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Waldenio Gambi de Almeida é graduado em Física Aplicado, com mestrado em Engenharia Mecânica. Trabalha no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).


55

Apoio


Energia Eólica

56

Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

Um mundo com cada vez mais eólicas

O Conselho Global de Energia

Eólica (Global Wind Energy Council - GWEC) divulgou, no mês passado, seu Relatório Anual Global de Energia Eólica, mostrando uma indústria madura competindo com sucesso no mercado mundial, mesmo contra tecnologias tradicionais de geração de energia altamente subsidiadas em alguns países. Mais de 52 GW de energia eólica limpa e livre de emissões foram adicionados em 2017, levando o total de instalações a 539 GW globalmente.

Com novos recordes

estabelecidos na Europa, na Índia e no setor offshore, os mercados retomarão um crescimento

de energia eólica, divididas por

as instalações de eólica na

eólica e já temos mais de 520

rápido após 2018, analisou o

região e por ano. Sobre a região

América Latina, realizamos

parques eólicos e mais de 6.600

GWEC no material de divulgação

“América Latina e Caribe”, que

leilões competitivos, tivemos

aerogeradores operando. No ano

do relatório, frisando que a

registrou uma nova capacidade

um crescimento virtuoso nos

passado, o montante gerado

energia eólica está liderando

de 2,57 GW em 2017, o relatório

últimos anos com uma cadeia

pelas eólicas foi equivalente ao

a mudança na transição para

destaca o papel do Brasil,

produtiva 80% nacionalizada e

consumo médio de cerca de 22

longe dos combustíveis fósseis

que mais uma vez dominou o

ainda estamos galgando novas

milhões de residências por mês.

e continua a impressionar em

mercado, com seus 2,02 GW

posições no Ranking Mundial:

competitividade, desempenho e

representando mais de três

em 2012, nós estávamos em

traz dados que merecem ser

confiabiliade. O GWEC acredita

quartos das instalações no

15º lugar e agora subimos para a

comemorados e que mostram

que, tanto em projetos onshore

região.

oitava colocação no início deste

a maturidade e força de uma

quanto offshore, a energia eólica

ano.

fonte de energia que não é

é a chave para definir um futuro

se destacado nos relatórios

apenas destaque no presente,

energético sustentável.

globais do GWEC, por inúmeros

o Brasil atingiu, em fevereiro

mas que também terá um papel

motivos, dentre os quais

deste ano, a marca de 13 GW de

fundamental na construção de

gostaria de destacar: lideramos

capacidade instalada de energia

um futuro mais sustentável.

O relatório também mostra

a instalação de nova capacidade

Ano após ano, o Brasil tem

Importante registrar que

O material do GWEC



Energia solar fotovoltaica

58

Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.

Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.

Solar fotovoltaica: a fonte renovável do século XXI*

Poucos setores no Brasil

cresceram de forma tão robusta nos últimos três anos, período em que o país atravessou uma de suas piores crises econômicas, como o solar fotovoltaico. O setor destacou-se em comparação com a economia nacional, crescendo a taxas de mais de 100% por ano desde 2013 e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) se orgulha de desempenhar papel relevante nesta trajetória.

Em 2017, o setor foi

responsável pela geração de mais de 25 mil novos

fachadas e coberturas de

mais atrativo.

- Articulação para isentar o

empregos diretos e indiretos,

residências, comércios,

ICMS sobre a energia injetada na

em sua maioria qualificados

indústrias, edifícios públicos e

Absolar contribui de forma

rede e compensada na geração

e descentralizados ao redor

propriedades rurais, somando

decisiva para este sucesso da

distribuída, via Convênio ICMS nº

do Brasil, contribuindo para

mais de 246 MW de potência

fonte solar fotovoltaica no Brasil.

16/2015. A Absolar já viabilizou

o desenvolvimento social,

e mais de R$ 1,6 bilhão em

Dentre as inúmeras iniciativas

a adesão de 23 estados e do

econômico e ambiental das cinco

investimentos privados injetados

desenvolvidas, destacam-se:

Distrito Federal, disponibilizando

regiões de nosso País.

na economia nacional.

Desde a sua fundação, a

o benefício a mais de 181 - Atuação junto ao Ministério da

milhões de brasileiros, ou seja,

ultrapassou a marca histórica

microgeração e minigeração

Integração Nacional na criação

89,3% da população do país.

de 1 GW operacionais no Brasil,

distribuída solar fotovoltaica

de novas linhas de financiamento

Em 2018, a Absolar batalha pela

posicionando o país dentro

é impulsionado por diferentes

para pessoas físicas e jurídicas,

adesão do Amazonas, Paraná e

do prestigiado clube das 30

fatores, entre eles, a redução

com recursos totais de R$

Santa Catarina a este convênio

principais nações do mundo em

de mais de 75% no preço da

3,2 bilhões disponíveis aos

estratégico.

energia solar fotovoltaica. Até o

energia solar fotovoltaica na

brasileiros das regiões Norte,

- Estruturação e lançamento

final do ano, o Brasil ultrapassará

última década e o aumento nas

Nordeste e Centro-Oeste

do Programa Goiás Solar, em

a marca de 2 GW.

tarifas de energia elétrica. Hoje,

para gerar energia renovável e

conjunto com o Governo do

o investimento em um sistema

sustentável em suas próprias

Estado de Goiás, programa

sistemas de geração distribuída

solar fotovoltaico retorna entre

residências, empresas e

estadual de referência que já

solar fotovoltaica em telhados,

cinco e sete anos, sendo cada vez

propriedades rurais.

triplicou as empresas atuando

Em janeiro de 2018, o setor

Já são mais de 27 mil

O crescimento da


Energia solar fotovoltaica

no Estado e multiplicou os investimentos e empregos do setor na região. - Participação na publicação da Portaria nº 643/2017, que autoriza o uso de energia solar fotovoltaica no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Os estudos contaram com a coordenação da FIESP e trabalhos técnicos da Absolar, Furnas e parceiros. - Proposição ao Ministério das Minas e Energia de um programa nacional solar fotovoltaico, com propostas como: contratação anual de 2 GW de usinas solares fotovoltaicas por meio de leilões de energia elétrica; meta nacional de 1 milhão de telhados solares fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural; e uma política industrial para reduzir preços de equipamentos nacionais aos consumidores.

O setor solar fotovoltaico

deve muitas dessas conquistas ao trabalho de um grupo de empreendedores voluntários que, sob a liderança inicial de Nelson Colaferro Junior, tiveram a iniciativa de fundar a Absolar e conduzi-la ativa, forte e financeiramente saudável desde seus primeiros dias.

Há muito potencial e espaço

para o setor solar fotovoltaico crescer no Brasil. Projeções recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica poderá ultrapassar 10% em 2030 da matriz elétrica nacional, ante 0,6% ao final de 2017.

A Absolar terá um papel

decisivo ao longo da evolução que

59

aguarda o setor solar fotovoltaico

cada vez maior da energia solar

de novas políticas e programas

nos próximos anos e décadas,

fotovoltaica em áreas urbanas e

para o setor e oferecendo

período marcado por inúmeras

rurais. Para fazer frente a estas

serviços e benefícios valiosos

transformações tecnológicas,

mudanças, daremos início a

para nossos associados. Você é

econômicas, políticas, sociais e

um novo ciclo de estruturação

nosso convidado especial para

ambientais. O mundo caminha

interna da Absolar, que permitirá

participar deste novo ciclo como

para um futuro repleto de

à associação nacional de nosso

associado da Absolar, ajudando-

inovações como veículos

setor continuar crescendo

nos a construir esta nova etapa

elétricos, armazenamento de

com força, contribuindo com

da história de nosso setor no

energia e, é claro, uma presença

competência para a estruturação

Brasil.


60

Notícias

renováveis

Energia solar fotovoltaica atinge 250 MW em micro e minigeração distribuída São mais de 27 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede que, juntos, representam quase R$ 2 bilhões em investimentos acumulados distribuída, com mais de 99,3%

consumidores rurais (5,6%),

protagonismo e na consciência e

a marca histórica de 250

das instalações do país.

poder público (3,7%) e outros

responsabilidade socioambiental

megawatts (MW) de potência

tipos, como iluminação pública

dos consumidores, cada vez mais

instalada em sistemas de

instalados, os consumidores

(0,03%), e serviços públicos

dispostos a economizar dinheiro

microgeração e minigeração

residenciais estão no topo da

(0,6%).

ajudando, simultaneamente, a

distribuída solar fotovoltaica

lista, representando 77,4% do

preservação do meio ambiente.

em residências, comércios,

total. Em seguida, aparecem

da Absolar, Rodrigo Sauaia,

indústrias, edifícios públicos e na

as empresas dos setores de

ressalta que o crescimento da

a evolução da microgeração

zona rural. São 27.803 sistemas

comércio e serviços (16%),

microgeração e minigeração

e minigeração distribuída

solares fotovoltaicos conectados

consumidores rurais (3,2%),

distribuída solar fotovoltaica é

solar fotovoltaica nos estados

à rede, que representam mais de

indústrias (2,4%), poder público

impulsionado por três fatores

brasileiros, a Absolar desenvolveu

R$ 1,9 bilhão em investimentos

(0,8%) e outros tipos, como

principais: (i) a forte redução

o Ranking Nacional Solar

acumulados desde 2012.

serviços públicos (0,2%) e

de mais de 75% no preço

Fotovoltaico, que compara as

O Brasil acaba de atingir

Em números de sistemas

O presidente executivo

Para acompanhar de perto

iluminação pública (0,03%).

da energia solar fotovoltaica

potências instaladas em cada

Associação Brasileira de Energia

ao longo da última década;

unidade da Federação.

Solar Fotovoltaica (Absolar), a

consumidores dos setores de

(ii) o forte aumento nas

Atualmente, o Estado de Minas

fonte solar fotovoltaica, baseada

comércio e serviços lideram o uso

tarifas de energia elétrica dos

Gerais lidera o ranking nacional,

na conversão direta da radiação

da energia solar fotovoltaica, com

consumidores brasileiros, que

com 22,9% da potência

solar em energia elétrica de forma

42,8% da potência instalada

saltaram em média 499%

instalada no país, seguido pelo

renovável, limpa e sustentável,

no país, seguidos de perto por

desde 2012, segundo dados

Rio Grande do Sul (13,9%), São

lidera com folga o segmento de

consumidores residenciais

do Ministério de Minas e

Paulo (13,5%), Ceará (5,9%) e

microgeração e minigeração

(39,1%), indústrias (8,1%),

Energia; e (iii) o aumento no

Santa Catarina (5,9%).

Segundo mapeamento da

Em potência, os

Echoenergia apresenta novos complexos eólicos no Nordeste Investimentos da empresa chegam à ordem de R$ 2 bilhões em um ano adquiridos, três já se encontram

Associação Brasileira de Energia

objetivo que é ser o player

de março completou seu primeiro

em plena operação comercial

Eólica (ABEEólica).

mais eficiente do setor”, revela

ano de atividades, acaba de

(Complexos Eólicos Echo 1, Echo

Corrochano.

ampliar sua atuação no Nordeste

2 e Echo 4) e um está em fase de

Corrochano, a aquisição atende

com a aquisição de quatro novos

obras (Complexo Eólico Echo 5).

perfeitamente à expectativa

a empresa acumula hoje seis

Complexos Eólicos: Echo 1

Juntos, eles somam 15 parques

da Echoenergia de se tornar

complexos eólicos, com 600

(RN e BA), Echo 2 (RN), Echo 4

eólicos e 167 aerogeradores, que

referência no setor de energia

MW de capacidade instalada.

(RN) e Echo 5 (RN e BA). Como

estão distribuídos pela Bahia e

renovável. “Com investimentos

O investimento total entre

resultado, a empresa ampliará

pelo Rio Grande do Norte, estados

estratégicos em regiões com alto

implantação da companhia e

em 353 megawatts (MW) de

que ocupam, respectivamente, a

fator de capacidade, onde estão

seus respectivos complexos

energia limpa sua participação na

primeira e segunda colocação no

os melhores ventos, obtivemos

até o momento são de,

matriz energética brasileira.

ranking nacional de produção de

um crescimento exponencial

aproximadamente, 2 bilhões de

energia eólica, segundo dados da

e seguimos para atingir nosso

reais.

A Echoenergia, que no início

Dos quatro empreendimentos

Para o CEO Edgard

Em um ano de atividade,


Notícias

61

Eletrosul anuncia construção de usina termossolar Projeto será implantado em Santa Catarina e testará tecnologia CSP

A Eletrosul assinou, em meados de maio, a

convertida em créditos para o consumo de

ordem de serviço para a implantação da Usina

espaços públicos sob gestão da administração

Termossolar de Laguna (SC), empreendimento

municipal. Inicialmente, a Eletrosul será

que será um dos primeiros do país a utilizar

responsável pela operação e manutenção da

exclusivamente a energia térmica solar para

usina. No futuro, poderá ser transferida para

geração de eletricidade. O objetivo é testar a

uma instituição de ensino e pesquisa.

eficiência da tecnologia CSP (Concentrated Solar Power).

Tecnologia

O empreendimento está orçado em

R$16,5 milhões, será viabilizado pelo

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da

concentradores cilindro-parabólico, com

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

espelhos curvados, formando estruturas

e terá capacidade de geração de energia

parecidas com calhas. Elas são suspensas

equivalente a 0,25 MW. O projeto será

por torres e se movimentam a partir de um

executado pelas empresas Eudora Energia e

mecanismo de rotação que faz com que os

Facto Energy. A usina será implantada numa

espelhos acompanhem a trajetória solar.

área de 2,8 hectares cedida pela Prefeitura

Municipal de Laguna.

espelhos para um tubo que absorve a radiação

solar e a transfere, na forma de calor, para

O início da implantação da usina está

A usina termossolar utilizará

Os raios solares são refletidos pelos

previsto para 2019 e a duração total do

um fluido térmico que circula no interior

projeto, incluindo os estudos acadêmicos e

dessa tubulação. O fluido troca calor com um

científicos, será de três anos. A partir do início

segundo circuito interno. Essa troca resulta em

da operação, a energia gerada será injetada

vapor que impulsiona uma turbina acoplada a

na rede de distribuição local e poderá ser

um gerador elétrico, produzindo eletricidade.

Projeto com capacidade instalada de 0,25 MW recebeu investimento de R$ 16,5 milhões.


62

Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Recuperação em marcha lenta Retomada do crescimento para a indústria eletroeletrônica está mais lenta do que o esperado. Para fabricantes e distribuidores de equipamentos para GTD, os grandes entraves são o cenário político atual e a falta de confiança dos investidores


63

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Falta de confiança dos investidores e a crise política são

Perfil das empresas

os principais obstáculos, segundo fabricantes e distribuidores de equipamentos para transmissão e distribuição (T&D), para o crescimento do setor, embora haja uma expectativa grande nos

Distribuidora de produtos para transmissão de energia

13%

projetos de infraestrutura, especialmente as obras provenientes dos leilões de energia de geração e de transmissão. As informações

29%

são da pesquisa feita pela revista O Setor Elétrico com mais de 70

Distribuidora de produtos para distribuição de energia

empresas fornecedoras de equipamentos para o setor de T&D.

Fabricante de produtos para transmissão de energia

55%

De acordo com o levantamento, apesar de o crescimento

estar aquém do esperado, o setor espera que o ano de 2018 seja

79%

positivo, com crescimento médio de 9% para as empresas e de

Fabricante de produtos para distribuição de energia

7% para o mercado de T&D. A mais recente sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), realizada em abril, corrobora com as projeções da pesquisa publicada nesta edição. O estudo da associação indica a permanência da retomada da atividade do setor, porém, em ritmo mais lento do que se esperava em pesquisas anteriores. O que preocupa é que continua alto o grau de ociosidade da indústria, o que inibe a realização de novos

Assim como identificou-se na pesquisa realizada há um ano, as

empresas utilizam-se da venda direta ao cliente final como principal meio de comercializar seus produtos. 88% das companhias fazem essa prática. Principais canais de vendas

investimentos.

Segundo foi apurado na pesquisa feita com fabricantes e

Internet

distribuidores de equipamentos para transmissão e distribuição,

21%

os problemas que mais afetam a integridade de uma rede de

28%

distribuição ou de transmissão são as sobretensões devido a descargas atmosféricas, seguidas das sobretensões ocasionadas

Outros Revendas de materiais elétricos

57%

pelas manobras e, em terceiro, por condições climáticas extremas.

Distribuidores de materiais elétricos Venda direta ao cliente final

64%

Questionadas sobre o faturamento de alguns mercados específicos, as empresas sugeriram que o mercado de cabos

88%

elétricos aéreos para distribuição de energia, por exemplo, fatura, anualmente, entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. Já para o segmento de acessórios para redes de distribuição, as empresas entendem que o faturamento não é superior a R$ 10 milhões. Na transmissão, o faturamento do mercado de subestações de alta tensão está acima de R$ 500 milhões por ano.

Confira, a seguir, a pesquisa na íntegra, com dados de

mercado e informações sobre as companhias que participaram do

Transformadores de potência e subestações de média tensão para

distribuição são os equipamentos para distribuição mais comercializados pelas empresas. Equipamentos para distribuição de energia mais comercializados

levantamento, como produtos e serviços oferecidos.

Análise do mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia

Para a produção da pesquisa, foram consultados fabricantes e

distribuidores de equipamentos para distribuição e transmissão, no entanto, a maior parte das empresas que responderam à pesquisa é de fabricantes para distribuição (79%). Destes, uma parcela também fabrica produtos para transmissão. Entenda o perfil das empresas:

16%

Interruptores

24%

Fusíveis

26% 28% 28%

Painéis Transformadores de potência Subestações de média tensão


64

Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

No que se refere à automação de sistemas para distribuição,

instrumentos para monitoramento da qualidade da energia são

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Equipamentos para transmissão de energia mais comercializados

procurados com mais frequência, mas, de modo geral, uma parcela pequena das pesquisadas oferece estes produtos. 29% das empresas, por exemplo, afirmaram trabalhar com produtos para automação de

Interruptores

subestações.

4%

Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para distribuição)

Disjuntores de alta tensão

5%

Chaves de alta tensão

8%

Transformadores de potência

18% Anunciador de alarme

4%

Transdutores

8%

Automação de estações

11%

Proteção contra arco

12%

Relés eletromecânicos

12%

Relés de estado sólido

13%

No quesito automação, os produtos mais presentes nas prateleiras

das pesquisadas são os instrumentos para monitoramento de qualidade

Automação de subestações

22% 29%

Subestações de alta tensão

18%

Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia

da energia.

Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para transmissão)

Os cabos aéreos são os mais procurados entre os cabos elétricos

Anunciador de alarme

4%

para distribuição.

Transdutores

5%

Cabos elétricos mais comercializados (para distribuição)

7%

Proteção contra arco Relés eletromecânicos

9% 9%

Cabos submarinos

7%

Automação de subestações

16%

Cabos subterrâneos

18%

Automação de estações

9%

Cabos especiais

17%

Relés de estado sólido

20%

Cabos aéreos

Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia

20%

No que diz respeito à transmissão, os equipamentos que possuem mais saída comercial são subestações de alta tensão e

Os cabos aéreos são os mais procurados. Apenas 13% das

transformadores de potência.

pesquisadas mencionaram os cabos subterrâneos, por exemplo.


65

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Cabos elétricos mais comercializados (para transmissão)

Cabos submarinos

5%

Especiais

13%

Cabos subterrâneos

14%

Cabos aéreos

16%

Na tabela a seguir é possível identificar a opinião das empresas que participaram

da pesquisa acerca do possível faturamento de cada um dos mercados específicos do setor de distribuição de energia. As empresas sugeriram, por exemplo, que o mercado de cabos elétricos aéreos para distribuição fatura, anualmente, entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. Já para o segmento de acessórios para redes de distribuição, as empresas entendem que o faturamento não é superior a R$ 10 milhões.

Até R$ 10 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

Acima de R$ 500 milhões

Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de distribuição de energia

22%

5%

3%

11%

8%

24%

27%

Disjuntores

30%

9%

3%

21%

21%

6%

10%

Automação, proteção

21%

11%

8%

21%

18%

11%

10%

Painéis

20%

14%

6%

11%

17%

9%

23%

Transformadores

24%

9%

9%

9%

15%

6%

28%

26%

18%

15%

15%

18%

3%

5%

Cabos elétricos aéreos

21%

3%

3%

3%

33%

15%

22%

Cabos elétricos

29%

3%

9%

18%

12%

12%

17%

42%

21%

13%

11%

5%

5%

3%

Subestações de média tensão

e controle

de potência Transformadores de instrumentação

subterrâneos Acessórios

O mesmo questionamento foi feito com relação ao faturamento para mercados do setor de

transmissão. De acordo com a pesquisa, o faturamento do mercado de subestações de alta tensão está acima de R$ 500 milhões por ano.


66

Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

O Setor Elétrico / Maio de 2018

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

Acima de R$ 500 milhões

Subestações de alta

Até R$ 10 milhões

Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de transmissão de energia

23%

3%

0%

6%

20%

14%

34%

tensão Disjuntores

26%

13%

23%

13%

13%

3%

9%

Sistema de automação

23%

0%

17%

17%

23%

9%

11%

Cabos elétricos aéreos

21%

3%

9%

18%

18%

6%

25%

Cabos elétricos

26%

9%

9%

12%

12%

12%

20%

subterrâneos

Sobretensões devido a descargas atmosféricas são, disparado, o problema mais comum em

redes de distribuição e transmissão. A causa foi mencionada por 48% das entrevistadas.

Problemas que assolam a integridade de uma rede de transmissão/ distribuição

12%

Eletrocorrosão 37%

13%

Vandalismo

Sobretensões devido a descargas atmosféricas

7%

Poluição

16%

15%

Sobretensões devido a manobras

Ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas

No mesmo levantamento do ano anterior, as empresas planejavam crescer 6% em 2017. A

pesquisa deste ano mostrou que, em verdade, as companhias apresentaram crescimento médio de 14% na comparação com 2016. Para 2018, as pesquisadas projetam crescimento médio de 9% e de 7% para o mercado de T&D. Previsões de crescimento

Crescimento médio do mercado de T&D em 2018

7%

Crescimento médio das empresas em 2018

9% 14%

Crescimento médio das empresas em 2017 comparado ao ano anterior


67

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Cenário político e a falta de confiança dos investidores foram apontados como os principais fatores que devem influenciar os mercados de T&D

no decorrer de 2018. 9% dos pesquisados, no entanto, confiam que os projetos de infraestrutura possam dar algum fôlego para o setor. Fatores que devem influenciar os mercados de distribuição e de transmissão de energia

5%

Programas de incentivo do governo

7%

Outros

4%

Bom momento econômico do país

13%

Falta de confiança de investidores

12%

Desaceleração da economia brasileira 10%

3%

Desvalorização da moeda nacional

Setor da construção civil aquecido 6%

Setor da construção civil desaquecido 16%

9%

Cenário político 4%

Falta de normalização e/ou legislação

Projetos de infraestrutura 6%

Incentivos por força de legislação ou normalização

5%

Crise internacional


Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

X

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X

X X X X X X X

X

X

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0800 0149111

Osasco

SP

X

ADELCO

(11) 4199-7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

X

X

Alubar

(91) 3754-7159 www.alubar.net.br

Barcarena

PA

X

X

X X X

Altus S.A.

(51) 3589-9500 www.altus.com.br

São Leopoldo

RS

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Balestro

(19) 3814-9000 www.balestro.com.br

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SP

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Bohnen+Messtek

(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br

São Paulo

SP

Brasformer Braspel

(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br

São Paulo

SP

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(11) 2621-4811 www.building.ind.br

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SP

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CABELAUTO BRASIL

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RJ

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(11) 2937-4650 www.dlight.com.br

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SP

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São Paulo

SP

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SP

Eletro H-3 Engenharia

(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br

Franca

SP

Eletropoll

(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

ELOS

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Curitiba

PR

EMBRASTEC

(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

ENERCOM

(11) 2919-0911 www.enercom.com.br

São Paulo

SP

X

Engepoli

(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

X

X

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EPOXIFORMAS

(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar

Taboão da Serra

SP

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FASTWELD

(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

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FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br

Maringá

PR

Finder

(11) 4223-1550 www.finder.com.br

Sao Caetano do Sul

SP

X

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X X X

General Cable Brasil

(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

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GRUPO INTELLI

(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br

Orlândia

SP

Grupo LPEng

(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

IBT

(11) 4398-6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

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INCESA

(17) 3279-2600 www.incesa.com.br

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SP

X

X X X

INDEL BAURU

(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br

Bauru

SP

X

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X

Instrumenti

(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br

Taboão da Serra

SP

X

X

X

X

INTELLI

(16) 3820-1500 www.intelli.com.br

Orlândia

SP

X

X

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Itu

SP

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X

ISOLET

(11) 2118-3000 www.isolet.com.br

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(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

SP

KRJ

(11) 2971-2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

X

Kron Medidores

(11) 5525-2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

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MAGNET

(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

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X

Maxxweld Conec. Elétricos (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br

São José dos Pinhais

PR

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MBA CONSTRUTORA

(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X

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X X

Media Tensao

(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

X

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Metaltex

(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

X

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Nexans Brasil

(11) 3084-1600 www.nexans.com.br

São Paulo

SP

X

NOJA Power

(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

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Mandaguari

PR

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Itaipu Transformadores

Onix Distr. de Prod. Elétr. (44) 3233-8500 www.onixcd.com.br

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

X

X

ABB

X X

X

Possui certificado ISO 9001(qualidade)

X X

X

SP

Exporta produtos acabados

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

X X

Guarulhos

Importa produtos acabados

Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

X

X

(11) 2842-5252 www.acabine.com.br

Outros

X

X

A Cabine Mat. Elétricos

Montagem de equipamentos

X

X

Cidade Sumaré

Manutenção de redes

X

X X X X X X X

Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br

Engenharia

X X X X X X X

X

Transmissão de energia elétrica

X X X

Distribuição de energia elétrica

X X

Outros

X X

X

Internet

X

X

Venda direta ao cliente final

X

X

Revendas de materiais elétricos

X

X

Distribuidora de produtos para transmissão de energia

X

X X X

3M

www.abb.com.br

Montagem de redes de transmissão

Principais clientes Montagem de redes de distribuição

Distribuidores de materiais elétricos

Principal canal de vendas

X

Fabricante de produtos para transmissão de energia

Estado SP X

Distribuidora de produtos para distribuição de energia

EMPRESA

Fabricante de produtos para distribuição de energia

Empresa

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Oferece treinamento técnico para os clientes Possui programas na área de responsabilidade social

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(11) 38716400 www.phoenixcontact.com.br

São Paulo

SP

X

PLP

(11) 4448-8000 www.plp.com.br

Cajamar

SP

X

POWER SOLUTIONS BRASIL

(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br

São Paulo

SP

X

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X

X

Proauto

(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X

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Provolt

(47) 3036-9666 www.provolt.com,br

Blumenau

SC

X

X

Prysmian

(15) 3235-9000 www.prysmiangroup.com.br

Sorocaba

SP

X

X

REHTOM ELETROMECÂNICA

(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br

Mogi Guaçu

SP

X

Renz

(11) 4034-3655 www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

X

RMS

(51) 3337-9500 www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

X

SAREL

(11) 4072-1580 www.sarel.com.br

Diadema

SP

X

SEL

(19) 3515-2010 www.selinc.com/pt

Campinas

SP

X

X

X

Siemens

(11) 4585-8040 www.siemens.com.br

São Paulo

SP

X

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X X X

Siklowatt

(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br

Florianopolis

SC

X

X

Solano Transkav

(11) 3026-9655 www.stkv.com.br

Osasco

SP

X

X

TE Connectivity

(11) 2103-6000 www.te.com/energy

Bragança Paulista

SP

X

Tecsys

(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br

São José dos Campos

SP

X

Toshiba

(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br

Contagem

MG

X

TRAEL

(65) 3611-6500 www.trael.com.br

Cuiabá

MT

X

Trafomil

(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br

Jundiai

SP

X

X X X X

Transformadores União

(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo

SP

X

X X

Treetech

(11) 2410-1190 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

X

X

X

URKRAFT

(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br

Embu das Artes

SP

X

X

X X X X X

VICENTINOS

(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br

Marialva

PR

X

WEG - Trans. & Distr.

(47) 3276-4000 www.weg.net

Blumenau

SC

X

X

Weidmüller Conexel Ltda

(11) 4366-9600 www.weidmueller.com.br

Diadema

SP

X

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ZILMER

(11) 2148-7121 www.zilmer.com.br

São Paulo

SP

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Possui certificado ISO 9001(qualidade)

X

Phoenix Contact

X

Exporta produtos acabados

Oferece treinamento técnico para os clientes

X

X

Importa produtos acabados

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

X

SC

Possui programas na área de responsabilidade social

Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet

X

Itajaí

Outros

X

X X

(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br

Montagem de equipamentos

X X

PFIFFNER

Manutenção de redes

X

Cidade São Paulo

Engenharia

X

Telefone Site (11) 99105-5014 www.pextron.com.br

X

Montagem de redes de transmissão

X

X

Transmissão de energia elétrica

X

X

Distribuição de energia elétrica

X

X

Outros

X

X X X X X

Internet

X X

X

Pextron

X

Montagem de redes de distribuição

Principais clientes

X

Venda direta ao cliente final

Revendas de materiais elétricos

Distribuidores de materiais elétricos

Principal canal de vendas

Distribuidora de produtos para transmissão de energia

Fabricante de produtos para transmissão de energia

Estado SP

Distribuidora de produtos para distribuição de energia

EMPRESA

Fabricante de produtos para distribuição de energia

Empresa

Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)

O Setor Elétrico / Maio de 2018

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Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

O Setor Elétrico / Maio de 2018

SP

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ABB

0800 0149111

Osasco

SP

X X X X X X

ADELCO

(11) 4199-7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

Alubar

(91) 3754-7159 www.alubar.net.br

Barcarena

PA

Altus S.A.

(51) 3589-9500 www.altus.com.br

São Leopoldo

RS

Balestro

(19) 3814-9000 www.balestro.com.br

Mogi Mirim

SP

Bohnen+Messtek

(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br

São Paulo

SP

Brasformer Braspel

(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br

São Paulo

SP

BUILDING CONEC. ELETRICOS

(11) 2621-4811 www.building.ind.br

São Paulo

SP

CABELAUTO BRASIL

(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br

Itajubá

MG

Cerâmica São José Ltda.

(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br

Pedreira

SP

Chardon Group

(21) 99351-9765 www.chardongroup.com

Rio de Janeiro

RJ

Condumax Fios e Cabos

(17) 3279-3700 www.condumax.com.br

Olímpia

SP

CONIMEL

(16) 3951-9595 www.conimel.com.br

Cravinhos

SP

Crimper

(19) 3246-1722 www.crimper.com.br

Campinas

SP

D´LIGHT

(11) 2937-4650 www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

X X X

X X

Delta P

(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br

São Paulo

SP

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0800 00 32866 www.eaton.com.br

Porto Feliz

SP

Eletro H-3 Engenharia

(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br

Franca

SP

X X X X X X

Eletropoll

(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

X X

ELOS

(41) 3383-9290 www.elos.com.br

Curitiba

PR

X

EMBRASTEC

(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

ENERCOM

(11) 2919-0911 www.enercom.com.br

São Paulo

SP

Engepoli

(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

EPOXIFORMAS

(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar

Taboão da Serra

SP

FASTWELD

(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br

Maringá

PR

Finder

(11) 4223-1550 www.finder.com.br

Sao Caetano do Sul

SP

General Cable Brasil

(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

GRUPO INTELLI

(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br

Orlândia

SP

Grupo LPEng

(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

IBT

(11) 4398-6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

INCESA

(17) 3279-2600 www.incesa.com.br

Olimpia

SP

INDEL BAURU

(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br

Bauru

SP

Instrumenti

(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br

Taboão da Serra

SP

INTELLI

(16) 3820-1500 www.intelli.com.br

Orlândia

SP

ISOLET

(11) 2118-3000 www.isolet.com.br

Itu

SP

X

Itaipu Transformadores

(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

SP

X

KRJ

(11) 2971-2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

Kron Medidores

(11) 5525-2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

MAGNET

(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

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EATON

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Maxxweld Conec. Elétricos (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br

São José dos Pinhais

PR

X

MBA CONSTRUTORA

(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X X

Media Tensao

(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

X X X X X X

Metaltex

(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

Nexans Brasil

(11) 3084-1600 www.nexans.com.br

São Paulo

SP

NOJA Power

(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

X X

Mandaguari

PR

X X X X X X

Onix Distr. de Prod. Elétr. (44) 3233-8500 www.onixcd.com.br

X X

Cabos elétricos

Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais

Guarulhos

Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial

(11) 2842-5252 www.acabine.com.br

Transformadores de instrumentação

Para-raios

Automação de subestações

A Cabine Mat. Elétricos

Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia

Cidade Sumaré

Disjuntores

Uso interno Uso externo

Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br

Uso externo

3M

www.abb.com.br

Estado SP X

Uso interno

Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência

EMPRESA

Chaves fusíveis

Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora

Distribuição de energia Chaves seccionadoras

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71

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Phoenix Contact

(11) 38716400

São Paulo

SP

PLP

(11) 4448-8000 www.plp.com.br

Cajamar

SP

POWER SOLUTIONS BRASIL (11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br

São Paulo

SP

X X

Proauto

(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X

Provolt

(47) 3036-9666 www.provolt.com,br

Blumenau

SC

X

Prysmian

(15) 3235-9000 www.prysmiangroup.com.br

Sorocaba

SP

Mogi Guaçu

SP

X

X X X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X X

X

(11) 4034-3655 www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

X

RMS

(51) 3337-9500 www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

X

SAREL

(11) 4072-1580 www.sarel.com.br

Diadema

SP

SEL

(19) 3515-2010 www.selinc.com/pt

Campinas

SP

X X

Siemens

(11) 4585-8040 www.siemens.com.br

São Paulo

SP

X X X X X X

Siklowatt

(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br

Florianopolis

SC

Solano Transkav

(11) 3026-9655 www.stkv.com.br

Osasco

SP

TE Connectivity

(11) 2103-6000 www.te.com/energy

Bragança Paulista

SP

Tecsys

(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br

São José dos Campos

SP

Toshiba

(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br

Contagem

MG

X

TRAEL

(65) 3611-6500 www.trael.com.br

Cuiabá

MT

X

Trafomil

(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br

Jundiai

SP

X

SP

X

Transformadores União (11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo Treetech

(11) 2410-1190 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

URKRAFT

(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br

Embu das Artes

SP

VICENTINOS

(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br

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Marialva

PR

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Blumenau

SC

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Weidmüller Conexel Ltda (11) 4366-9600 www.weidmueller.com.br

Diadema

SP

São Paulo

SP

(11) 2148-7121 www.zilmer.com.br

X

X

WEG - Trans. & Distr. (47) 3276-4000 www.weg.net ZILMER

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Renz

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Cabos elétricos

Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais

SC

Transformadores de instrumentação

Para-raios

Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial

Itajaí

Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações

(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br

Disjuntores

Uso interno Uso externo

PFIFFNER

REHTOM ELETROMECÂNICA (19) 3818-5858 www.rehtom.com.br

Estado SP

Uso externo

Telefone Site (11) 99105-5014 www.pextron.com.br

Uso interno

Pextron

www.phoenixcontact.com.br

Cidade São Paulo

Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência

EMPRESA

Chaves fusíveis

Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora

Distribuição de energia Chaves seccionadoras

X X

X

X

X

X

X X X X

X X

X

X X X X X X

X

X X X

X


Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Distribuição de energia

(11) 4199-7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

Alubar

(91) 3754-7159 www.alubar.net.br

Barcarena

PA

Altus S.A.

(51) 3589-9500 www.altus.com.br

São Leopoldo

RS

Balestro

(19) 3814-9000 www.balestro.com.br

Mogi Mirim

SP

Bohnen+Messtek

(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br

São Paulo

SP

Brasformer Braspel

(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br

São Paulo

SP

BUILDING CONEC. ELETRICOS

(11) 2621-4811 www.building.ind.br

São Paulo

SP

CABELAUTO BRASIL

(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br

Itajubá

MG

Cerâmica São José Ltda.

(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br

Pedreira

SP

Chardon Group

(21) 99351-9765 www.chardongroup.com

Rio de Janeiro

RJ

Condumax Fios e Cabos

(17) 3279-3700 www.condumax.com.br

Olímpia

SP

CONIMEL

(16) 3951-9595 www.conimel.com.br

Cravinhos

Crimper

(19) 3246-1722 www.crimper.com.br

Campinas

D´LIGHT

(11) 2937-4650 www.dlight.com.br

Delta P

X X X

X

X

X X

X X

Relés de estado sólido

ADELCO

Transdutores

X

Proteção contra arco

X

Automação de estações

SP

Anunciador de alarme

Osasco

Transformadores de potência

0800 0149111

X

Disjuntores de alta tensão

ABB

X

Chaves de alta tensão

X

Filtro de harmônicas

X

Sistemas de automação

Subestações de alta tensão

SP

Compensação em tempo real

Guarulhos

Compensação paralela

(11) 2842-5252 www.acabine.com.br

Compensação serial

A Cabine Mat. Elétricos

Transmissão de energia Compensação de reativos

Vidro

X

Cidade Sumaré

Poliméricos

Espaçadores

X

Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br

Isoladores

Cerâmica

Terminações

X

3M

www.abb.com.br

Estado SP X

Emendas

EMPRESA

Conectores

Acessórios para cabos elétricos

Interruptores

72

X

X

X X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

SP

X

X

X

SP

X

X

X

Guarulhos

SP

X

X

X

(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

EATON

0800 00 32866 www.eaton.com.br

Porto Feliz

SP

Eletro H-3 Engenharia

(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br

Franca

SP

X

X

X

X

Eletropoll

(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

ELOS

(41) 3383-9290 www.elos.com.br

Curitiba

PR

X

X

X

EMBRASTEC

(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

ENERCOM

(11) 2919-0911 www.enercom.com.br

São Paulo

SP

X

X

Engepoli

(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

EPOXIFORMAS

(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar

Taboão da Serra

SP

FASTWELD

(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X X

X X X

X

X

X

X

Guarulhos

SP

FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br

Maringá

PR

Finder

(11) 4223-1550 www.finder.com.br

Sao Caetano do Sul

SP

General Cable Brasil

(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

GRUPO INTELLI

(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br

Orlândia

SP

Grupo LPEng

(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

IBT

(11) 4398-6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

INCESA

(17) 3279-2600 www.incesa.com.br

Olimpia

SP

X

X

X

INDEL BAURU

(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br

Bauru

SP

X

X

X

Instrumenti

(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br

Taboão da Serra

SP

INTELLI

(16) 3820-1500 www.intelli.com.br

Orlândia

SP

X

X

X

ISOLET

(11) 2118-3000 www.isolet.com.br

Itu

SP

Itaipu Transformadores

(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

SP

KRJ

(11) 2971-2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

Kron Medidores

(11) 5525-2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

MAGNET

(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

Maxxweld Conec. Elétricos

(41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br

São José dos Pinhais

PR

X

X

X

X

MBA CONSTRUTORA

(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

X

X

X

X

X

X

Media Tensao

(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

X

X

Metaltex

(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

Nexans Brasil

(11) 3084-1600 www.nexans.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

NOJA Power

(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

Onix Distr. de Prod. Elétr.

(44) 3233-8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

X

X

X

X

X

X X

X

X X X X

X X X X

X

X

X X

X X

X

X

X

X


73

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Transmissão de energia

Distribuição de energia

Itajaí

SC

Phoenix Contact

(11) 38716400

São Paulo

SP

X

X

X

X

PLP

(11) 4448-8000 www.plp.com.br

Cajamar

SP

X

X

X

X

POWER SOLUTIONS BRASIL

(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br

São Paulo

SP

Proauto

(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

X

X

X

Provolt

(47) 3036-9666 www.provolt.com,br

Blumenau

SC

Prysmian

(15) 3235-9000 www.prysmiangroup.com.br

Sorocaba

SP

X

X

REHTOM ELETROMECÂNICA

(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br

Mogi Guaçu

SP

Renz

(11) 4034-3655 www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

RMS

(51) 3337-9500 www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

SAREL

(11) 4072-1580 www.sarel.com.br

Diadema

SP

SEL

(19) 3515-2010 www.selinc.com/pt

Campinas

SP

X

Siemens

(11) 4585-8040 www.siemens.com.br

São Paulo

SP

X

Siklowatt

(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br

Florianopolis

SC

Solano Transkav

(11) 3026-9655 www.stkv.com.br

Osasco

SP

TE Connectivity

(11) 2103-6000 www.te.com/energy

Bragança Paulista

SP

Tecsys

(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br

São José dos Campos

SP

Toshiba

(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br

Contagem

MG

TRAEL

(65) 3611-6500 www.trael.com.br

Cuiabá

MT

X

Trafomil

(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br

Jundiai

SP

X

Transformadores União

(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo

SP

Treetech

(11) 2410-1190 www.treetech.com.br

Atibaia

SP

URKRAFT

(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br

Embu das Artes

SP

VICENTINOS

(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br

Marialva

PR

WEG - Trans. & Distr.

(47) 3276-4000 www.weg.net

Blumenau

SC

Weidmüller Conexel Ltda

(11) 4366-9600 www.weidmueller.com.br

Diadema

SP

ZILMER

(11) 2148-7121 www.zilmer.com.br

São Paulo

SP

X

Relés de estado sólido

(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br

Transdutores

PFIFFNER

Proteção contra arco

Cidade São Paulo

Automação de estações

Telefone Site (11) 99105-5014 www.pextron.com.br

Anunciador de alarme

Transformadores de potência

Interruptores

Disjuntores de alta tensão

Chaves de alta tensão

Filtro de harmônicas

Sistemas de automação

Subestações de alta tensão

Compensação em tempo real

Compensação paralela

Compensação serial

Compensação de reativos

Vidro

Poliméricos

Cerâmica

Espaçadores

Terminações

Isoladores

Pextron

www.phoenixcontact.com.br

Estado SP

Emendas

EMPRESA

Conectores

Acessórios para cabos elétricos

X

X X

X X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

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X

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X X

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X X

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X

X

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X

X

X X

X

X X

X

X

X X

X

X X

X X


74

Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Transmissão de energia

Guarulhos

SP

ABB

0800 0149111

Osasco

SP

ADELCO

(11) 4199-7500 www.adelco.com.br

Barueri

SP

Alubar

(91) 3754-7159 www.alubar.net.br

Barcarena

PA

Altus S.A.

(51) 3589-9500 www.altus.com.br

São Leopoldo

RS

Balestro

(19) 3814-9000 www.balestro.com.br

Mogi Mirim

SP

Bohnen+Messtek

(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br

São Paulo

SP

Brasformer Braspel

(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br

São Paulo

SP

BUILDING CONEC. ELETRICOS

(11) 2621-4811 www.building.ind.br

São Paulo

SP

CABELAUTO BRASIL

(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br

Itajubá

MG

Cerâmica São José Ltda.

(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br

Pedreira

SP

Chardon Group

(21) 99351-9765 www.chardongroup.com

Rio de Janeiro

RJ

Condumax Fios e Cabos

(17) 3279-3700 www.condumax.com.br

Olímpia

SP

CONIMEL

(16) 3951-9595 www.conimel.com.br

Cravinhos

SP

X

X

X

Crimper

(19) 3246-1722 www.crimper.com.br

Campinas

SP

X

X

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650 www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

Delta P

(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

EATON

0800 00 32866 www.eaton.com.br

Porto Feliz

SP

Eletro H-3 Engenharia

(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br

Franca

SP

Eletropoll

(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br

Corupá

SC

ELOS

(41) 3383-9290 www.elos.com.br

Curitiba

PR

X

X

X

EMBRASTEC

(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

ENERCOM

(11) 2919-0911 www.enercom.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

Engepoli

(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

EPOXIFORMAS

(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar

Taboão da Serra

SP

FASTWELD

(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

Maringá

PR

X

X

X

X

X

X

X

FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br Finder

(11) 4223-1550 www.finder.com.br

Sao Caetano do Sul

SP

General Cable Brasil

(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com

São Paulo

SP

GRUPO INTELLI

(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br

Orlândia

SP

Grupo LPEng

(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br

São Paulo

SP

IBT

(11) 4398-6634 www.ibt.com.br

São Bernardo do Campo

SP

INCESA

(17) 3279-2600 www.incesa.com.br

Olimpia

SP

INDEL BAURU

(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br

Bauru

SP

Instrumenti

(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br

Taboão da Serra

SP

INTELLI

(16) 3820-1500 www.intelli.com.br

Orlândia

SP

ISOLET

(11) 2118-3000 www.isolet.com.br

Itu

SP

Itaipu Transformadores

(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis

SP

KRJ

(11) 2971-2300 www.krj.com.br

São Paulo

SP

Kron Medidores

(11) 5525-2000 www.kron.com.br

São Paulo

SP

MAGNET

(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

São José dos Pinhais

PR

Maxxweld Conec. Elétricos (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br MBA CONSTRUTORA

(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br

Ituiutaba

MG

Media Tensao

(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

Metaltex

(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br

São Paulo

SP

Nexans Brasil

(11) 3084-1600 www.nexans.com.br

São Paulo

SP

NOJA Power

(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br

Campinas

SP

Onix Distr. de Prod. Elétr.

(44) 3233-8500 www.onixcd.com.br

Mandaguari

PR

X X

Filtro de harmônicas

X

(11) 2842-5252 www.acabine.com.br

Compensação em tempo real

X

A Cabine Mat. Elétricos

Compensação paralela

X

X

Cidade Sumaré

Compensação serial

Espaçadores

X

X

Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br

Compensação de reativos

Vidro

Terminações

X

X

Poliméricos

Emendas

X

Isoladores

Cerâmica

Conectores

Acessórios para cabos elétricos

Especiais

X

Cabos submarinos

X

Cabos subterrâneos

Encapsulados

X

Cabos aéreos

Com isolador polimérico

Cabos elétricos

Com isoladores de porcelana

Automação de subestações

Para-raios

3M

www.abb.com.br

Estado SP

Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia

EMPRESA

Relés eletromecânicos

Sistemas de automação

X X X

X

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X

X X

X X

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X X

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X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X


75

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Transmissão de energia

(15) 3031-7400

www.proautomacao.com.br

Sorocaba

SP

Provolt

(47) 3036-9666

www.provolt.com,br

Blumenau

SC

Prysmian

(15) 3235-9000

www.prysmiangroup.com.br

Sorocaba

SP

REHTOM ELETROMECÂNICA

(19) 3818-5858

www.rehtom.com.br

Mogi Guaçu

SP

Renz

(11) 4034-3655

www.renzbr.com

Bragança Paulista

SP

X

RMS

(51) 3337-9500

www.rms.ind.br

Porto Alegre

RS

X

SAREL

(11) 4072-1580

www.sarel.com.br

Diadema

SP

SEL

(19) 3515-2010

www.selinc.com/pt

Campinas

SP

X

X

X

Siemens

(11) 4585-8040

www.siemens.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

Siklowatt

(48) 3028-0809

www.siklowatt.com.br

Florianopolis

SC

Solano Transkav

(11) 3026-9655

www.stkv.com.br

Osasco

SP

TE Connectivity

(11) 2103-6000

www.te.com/energy

Bragança Paulista

SP

Tecsys

(12) 3797-8800

www.tecsysbrasil.com.br

São José dos Campos

SP

Toshiba

(31) 3329-6650

www.toshiba.com.br

Contagem

MG

TRAEL

(65) 3611-6500

www.trael.com.br

Cuiabá

MT

Trafomil

(11) 4815-6444

www.trafomil.com.br

Jundiai

SP

Transformadores União

(11) 2023-9000

www.transformadoresuniao.com.br São Paulo

SP

Treetech

(11) 2410-1190

www.treetech.com.br

Atibaia

SP

URKRAFT

(11) 3662-0115

www.urkraft.com.br

Embu das Artes

SP

VICENTINOS

(44) 3232-0101

www.vicentinos.com.br

Marialva

PR

WEG - Trans. & Distr.

(47) 3276-4000

www.weg.net

Blumenau

SC

Weidmüller Conexel Ltda

(11) 4366-9600

www.weidmueller.com.br

Diadema

SP

ZILMER

(11) 2148-7121

www.zilmer.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

Filtro de harmônicas

Proauto

X

Compensação em tempo real

SP

X

Compensação paralela

SP

São Paulo

X

Compensação serial

Cajamar

www.psolutionsbrasil.com.br

X

Compensação de reativos

Vidro

www.plp.com.br

(11) 3181-5160

X

Poliméricos

(11) 4448-8000

POWER SOLUTIONS BRASIL

X

Isoladores

Cerâmica

PLP

X

Espaçadores

SP

Terminações

SC

São Paulo

Emendas

Itajaí

www.phoenixcontact.com.br

Conectores

www.pfiffner.com.br

(11) 38716400

Acessórios para cabos elétricos

Especiais

(47) 3348-1700

Phoenix Contact

Cabos submarinos

X

PFIFFNER

Cabos subterrâneos

X

Cidade São Paulo

Cabos aéreos

X

Site www.pextron.com.br

Cabos elétricos

Encapsulados

X

Telefone (11) 99105-5014

Com isolador polimérico

X

Pextron

Para-raios Com isoladores de porcelana

Automação de subestações

Estado SP

Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia

EMPRESA

Relés eletromecânicos

Sistemas de automação

X X

X X X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X


Espaço 5419

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Por José Barbosa de Oliveira*

Normas auxiliares

Para a adequada utilização da ABNT

em uma estrutura ou edificação, causadas

NBR 5419:2015, precisamos coletar várias

por descargas atmosféricas, é o valor da

informações que não estão presentes

carga específica de incêndio de cada zona

nesta norma, mas podem ser obtidas em

considerada. Ela tem um peso significativo

outras. Este artigo apresenta algumas

nos valores dos componentes de risco RB

informações importantes presentes em

e RV que expressam o risco de incêndio

outras normas, desde os parâmetros

devido a descarga direta na estrutura e na

de entrada para o gerenciamento de

linha, respectivamente. A primeira fonte do

risco conforme a parte 2 da ABNT NBR

valor da carga específica de incêndio é a

5419:2015 até o desenvolvimento de

documentação do sistema de combate a

projetos de Sistemas de Proteção contra

incêndio, mas quando ela não existe, podemos

Descargas Atmosféricas (SPDA).

obter o valor na Tabela 1 (tabela C.1 da ABNT

NBR 14432:2001). Nesta tabela há vários tipos

ABNT NBR 14432:2001 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento

de ocupação ou uso com a indicação do valor

Um dos parâmetros mais importantes

nos cálculos dos riscos de haver perdas

da carga específica de incêndio.

ABNT NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão

Outro parâmetro necessário nos

Tabela 1 - Trecho da Tabela C.1 da ABNT NBR 14432:2001

OCUPAÇÃO Residencial

DESCRIÇÃO

CARGA DE INCÊNDIO (MJ/m2)

Alojamento estudantil

300

Apartamentos

300

Casas térreas

300

Pensionatos

300

Tabela 2 - Trecho da tabela 31 da ABNT NBR 5419:2004

EQUIPAMENTO

TENSÃO DE SUPORTABILIDADE (kV)

Produto a ser utilizado na entrada da instalação

4

Produto a ser utilizado em circuitos de

2,5

distribuição e circuitos terminais Equipamentos de utilização

1,5

Produtos especialmente protegidos

0,8


77

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Figura 1 - Exemplo de figura da ABNT NBR 14639:2014.

cálculos dos riscos de se haver perdas

risco quando no desenvolvimento das

em

medidas de proteção.

uma

estrutura

ou

edificação,

causadas por descargas atmosféricas,

pelo fabricante de um equipamento

ABNT NBR 7117:2012 - Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo

ou de uma parte dele, caracterizando a

é o valor da tensão suportável de impulso (UW). Esta tensão é definida

Quando o assunto for o dimensionamento

capacidade de sua isolação de suportar

do subsistema de aterramento do SPDA

surtos. Porém, em vários casos, este

que tenha que atender aos níveis de

valor

junto

proteção I ou II, será fundamental conhecer

aos

é

de

difícil

fabricantes

obtenção

equipamentos.

o valor da resistividade do solo onde esse

Uma alternativa para estes casos é a

dos

subsistema será instalado. O gráfico da

utilização da tabela 31 da ABNT NBR

Figura 3 da parte 3 da ABNT NBR 5419:2015

5419:2004.

estabelece uma relação entre a quantidade

ABNT NBR 14639:2014 Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Posto revendedor veicular (serviços) e ponto de abastecimento — Instalações elétricas

utilizado e a resistividade do solo. Esta

determinação dos valores da resistividade

do solo. A ABNT NBR 7117:2012 dará todos

mínima de eletrodo de aterramento a ser

Quando for necessário estabelecer

não pode ser obtida através de uma faixa de valores em função da característica do solo, pois as faixas têm uma largura enorme que inviabilizaria a aplicação. Ou seja, será necessário realizar a medição e a

Descargas

os subsídios necessários para tal medição,

Atmosféricas (PDA) para um posto de

desde o aparelho que deve ser utilizado,

combustível, a ABNT NBR 14639 pode

passando pelos métodos de medição e a

ser utilizada principalmente para se

estrutura de cálculo.

uma

Proteção

conta

identificar os pontos ou regiões onde há área classificada, quando não existir

*José Barbosa de Oliveira é engenheiro

o

eletricista e membro da comissão de estudos CE

mapeamento.

Estas

áreas

serão

necessárias tanto no gerenciamento de

03:64.10, do CB-3 da ABNT.


78

Espaço SBQEE

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Por Benedito Donizeti Bonatto, Luiz Carlos Ribeiro Junior e Paulo Fernando Ribeiro*

Sistemas de geração fotovoltaica, inversores inteligentes e impactos para a qualidade de energia elétrica

Uma questão técnica que se aparenta

fotovoltaicos é comumente conectada

geração

à rede através de um inversor com fator

fotovoltaica (vide Figura 1) é a sua

de potência unitário, maximizando a

relevante

em

sistemas

de

operação clássica com fator de potência

injeção de potência ativa, o que pode

fixo unitário, para maximizar injeção

impactar as tensões ao redor do ponto

de energia ativa e, portanto, maximizar

de acoplamento comum (PAC) por causa

a receita econômica destes sistemas.

do fluxo de potência reverso local. Não

Todavia, isso pode gerar elevações de

raro, em inversores trifásicos, a lógica

tensão na rede de distribuição, com

de operação monofásica em função

impactos na Qualidade da Energia Elétrica

do

(QEE),

impactar no desequilíbrio da rede local.

transferindo

à

concessionária

nível

de

irradiação

pode

ainda

e usuários finais o que deveria ser

O uso de inversores inteligentes [1]-[2],

estabelecido

que trabalham com diferentes fatores

como

responsabilidade

do prosumer (não impactar no sistema

de

onde se conecta ==> compatibilidade

contribuir

potência

poderia

elétrica). O uso de inversores inteligentes

problema. Para isto são necessários

com o dimensionamento adequado do

estudos e pesquisas com uma análise

para

a

eventualmente

mitigação

deste

sistema fotovoltaico permite a regulação

detalhada para investigar o impacto do

da tensão local. Isto deveria ser requisito

fator de potência na saída do sistema

normativo e legal (por órgãos como

fotovoltaico sobre a tensão da rede de

Inmetro e Aneel). Tal qual foi citado em

distribuição em um sistema de distribuição

sessão

real

plenária

com

representantes

que

contenha

várias

unidades

da Aneel e Abradee durante a XII

fotovoltaicas. Devem ser analisadas as

Conferência Brasileira sobre Qualidade

várias condições operativas do inversor e

de Energia Elétrica (CBQEE 2017), a

como elas influenciam a tensão em vários

expansão de energias renováveis não

pontos da rede, tanto no período diurno,

deve ocorrer como um “fenômeno Robin

onde se possa utilizar a capacidade

Wood às avessas”.

remanescente do inversor após a geração

de energia, quanto no período noturno,

No Brasil, a maioria dos sistemas


Espaço SBQEE

79

contexto de redes elétricas inteligentes e integração de renováveis devem observar a interdependência e correlação entre os fenômenos, e por premissa regulatória e normativa devem ter compatibilidade elétrica, assegurando a otimização e o equilíbrio

técnico-econômico-financeiro

ao desenvolvimento do setor.

Referências bibliográficas [1] M. J. Reno, R. J. Broderick and S. Grijalva, “Smart Inverter Capabilities for Mitigating Over-Voltage on Distribution Systems with High Penetrations of PV”, Photovoltaic

Specialists

Conference

(PVSC), 2013 IEEE 39th, Tampa, FL, USA Jun 2013. [2] A. Huque, “Smart Inverter Grid Figura 1 – Sistema de geração fotovoltaica de 27 kWp instalado no campus da Unifei - Itajubá.

support functions and Potential Impact on Reliability”, NREL Photovoltaic Reliability Workshop, Golden CO, 2015.

onde o inversor está ocioso e toda sua

pode sintetizar uma corrente adiantada

[3] McGranaghan.M, et al. “Renewable

capacidade pode ser utilizada. Com

da tensão; se a tensão da rede subir, o

Systems Interconnection Study: Advanced

resultados de medições e simulações,

inversor produz uma corrente atrasada

Grid Planning and Operations”, Electric

pode-se,

a

em relação à tensão, absorvendo reativos

Power Research Institute, Sandia National

porcentagem de inversores inteligentes

da rede. Logo, na tentativa de solucionar

Laboratories, Albuquerque, New Mexico,

em sistemas PVs que permitem ampliar

o problema de sobretensão ocasionado

2008.

a introdução de energias renováveis no

pelos sistemas fotovoltaicos, deve-se

sistema de distribuição.

investigar o uso de inversores inteligentes

*Benedito Donizeti Bonatto é professor na

idealmente,

para sua mitigação, tornando o sistema

Universidade Federal de Itajubá (Unifei);

uma maior flexibilidade do sistema,

de distribuição mais confiável e trazendo

Luiz Carlos Ribeiro Junior é mestrando na

controlando-se o módulo e a fase da

impactos mínimos para as concessionárias

Universidade Federal de Itajubá (Unifei);

corrente do inversor. Se a tensão no ponto

e

Paulo Fernando Ribeiro é professor na

de acoplamento comum cair, o inversor

de Qualidade da Energia Elétrica no

por

Espera-se,

exemplo,

assim,

analisar

os

clientes

atendidos.

Soluções

Universidade Federal de Itajubá (Unifei).


80

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br

Alguns efeitos provenientes dos raios

Uma das consequências físicas da incidência de uma descarga atmosférica ao penetrar no solo é a formação de linhas de tensão na superfície do mesmo que se propagam desde o ponto do impacto, dependendo de uma série de condições, até centenas de metros de distância.

O

fenômeno

acontece

em

função da corrente elétrica do raio que se dispersa no solo a partir do ponto de incidência e segue em sentidos distintos e

irregulares,

principalmente,

devido Figura 1 – Situação real.

à oposição à circulação criada pelos diversos componentes presentes no solo, sua composição e outros elementos ali

Figura 2 – Situação ideal.

Nota: As Figuras 1 e 2 mostram um croqui visto em planta.

presentes. Esses fatores agregados dão origem ao conceito da resistividade do solo. É

ao

corrente

longo

dessas

elétrica

que

linhas podem

de ser

medidos os diferentes valores de tensão decrescentes a partir do ponto de impacto. Hipoteticamente,

unindo

determinados

pontos de cada linha de corrente que tenham o mesmo valor de tensão, têm-se figuras equipotenciais concêntricas (Figura 1). Se considerarmos uma situação ideal, em que o solo tenha resistividade constante em todas as direções, então as linhas de

Figura 3 – Tensão de passo em seres quadrúpedes.

corrente seriam retas, radiais, divergentes ao ponto de impacto e as de tensão seriam círculos concêntricos ao ponto de impacto,

quando ficam em áreas abertas, pois há

intensidade

como em um alvo (Figura 2).

grande possibilidade de a corrente elétrica

danos físicos ou até levá-lo à morte.

O

aparecimento

dessas

suficiente

para

causar-lhe

tensões

circular pelo corpo do ser vivo que se

superficiais no solo causa risco aos seres

posicionar sobre duas linhas equipotenciais

entre

vivos, principalmente aos quadrúpedes,

diferentes.

de tecnologia da informação (ETI), nas

Esta

corrente

pode

ter

Analogamente, essas tensões aparecem os

terminais

dos

equipamentos


81

O Setor Elétrico / Maio de 2018

linhas de energia e sinal das instalações elétricas e nas massas metálicas trazendo risco de danos às instalações elétricas, equipamentos e pessoas que deles se utilizem. A é

fim

de

necessário

minimizar abrigar

os

esses seres

riscos vivos

posicionando-os de forma a ficarem em local onde as diferenças de tensão não sejam suficientemente altas para causarlhes risco. No caso das instalações elétricas é preciso que os eletrodos de aterramento sejam projetados e construídos de forma correta, que os componentes da instalação sejam convenientemente aterrados, direta (interligação física através de condutores) ou indiretamente (através de dispositivos de proteção contra surtos ou seus componentes). As

normas

determinam

como

confeccionar corretamente um eletrodo de aterramento a existência de pontos específicos

de

equipotencialização,

geralmente barras de cobre, que promovam as interligações da PDA com a instalação elétrica, massas metálicas, ETIs, outros dispositivos de proteção e o eletrodo de aterramento além de outras medidas complementares. Dessa forma teremos: Aterramento: - ABNT NBR 5419, parte 3, Item 5.4 - ABNT NBR 5419, parte 3, Tabela 7 - ABNT NBR 5419, parte 4, Seção 5 - ABNT NBR 5410, subitem 6.4.2 e 6.4.4 - ABNT NBR 14039, subitem 5.1.2.1.1 Equipotencialização: - ABNT NBR 5419, parte 3, Item 6.2 - ABNT NBR 5419, parte 3, Tabelas 8 e 9 - ABNT NBR 5419, parte 4, Seção 5 - ABNT NBR 5410, subitem 6.4.2 e 6.4.4 - ABNT NBR 14039, subitem 5.1.2.1.2

Medidas de proteção contra acidentes

com seres vivos devido a tensões de toque e passo: - ABNT NBR 5419, parte 3, Seção 8


82

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Maio de 2018

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br

O caminho das correntes elétricas Na edição 92, de outubro de 2013¹,

defeito para a fonte, promovendo a correta atuação

de um fornecedor de variadores de velocidade em

abordávamos

tratamento

dos dispositivos de proteção; deve também evitar a

acionamento de motores aponta recomendação

adequado entre os condutores de neutro e de

ocorrência de “loopings” de corrente, causadores

para ajuste da proteção de corrente de fuga de até

proteção (PE) nas instalações elétricas. Na edição

de ruídos de modo comum, com o uso adequado

25% das correntes de fase, contrariando o que seria

124, de maio de 2016², comentávamos sobre a

de sistemas radiais.

convencionalmente ou classicamente aceitável.

nas instalações. Passado já algum tempo daquelas

Geradores ligados em paralelo e In rush de

publicações, vale a pena ampliar um pouco mais

bem como nos textos referenciados, devem também

transformadores

a visão anterior. Algumas premissas são sempre

ser consideradas e dependem de aspectos que

Geradores com ligação em Yn podem

válidas ontem, hoje e até quando os condutores

variam de instalação para instalação, lembrando

ser inseridos em paralelo um a um na barra de

elétricos possuírem suas impedâncias maiores que

que, apesar de algumas normas não mais se

paralelismo. Até que o equilíbrio ocorra, são

zero, seguem algumas:

referirem diretamente aos valores de resistência de

verificadas correntes de desequilíbrio nas fases

aterramento, tal resultado ainda é importante para

que somadas (correntes diferenciais) podem ser

• Condutores “terra” e “neutro” possuem funções

que se saiba se simplesmente o aterramento existe

interpretadas como defeito à terra, desligando o

diferentes. Quando se adota o condutor PEN,

(e, portanto, possui uma resistência de aterramento).

relé de defeito à terra, função 50/51 GS. Da mesma

a

importância

do

necessária detecção das correntes diferenciais Outras questões, além das acima expostas,

forma, correntes de In Rush de transformadores

o mesmo condutor exerce as duas funções combinadas;

Correntes diferenciais e correntes de fuga

possuem desequilíbrio de corrente e podem ser

• Malhas de terra e topologia definem o esquema

Os filtros presentes em fontes eletrônicas de

igualmente identificadas como corrente de defeito

de aterramento;

computadores e assemelhados, outros equipamentos

atuando até mesmo a proteção de sobrecorrente de

• Aterramento deve ser compartilhado para todas as

de TI, e mesmo nos acionamentos industriais

forma indevida.

funções, normalmente, com o uso de barramento de

(variadores de velocidade) de grande porte possuem

equipotencialização principal, o BEP;

convenientes ligações à terra como parte de suas

Ligações equipotenciais

• Fontes e massas devem ser adequadamente

topologias de alimentação e podem drenar correntes

As ligações equipotenciais recomendadas

interligadas ao sistema de aterramento. O correto

para a terra; os DPSs também o fazem, e claro, os

pelas normas, se não possuírem topologia

esquema de aterramento das fontes possui relação

sistemas de proteção atmosférica, estes últimos

adequada, causarão circulações de corrente

direta com a regulação da tensão;

campeões em kA. Por outro lado, dependendo do

distintas daquelas esperadas (loops de correntes) e

• Autotransformadores não são fontes e, portanto,

comportamento da tensão da fonte e do acionamento

poderão causar interferências em operação normal

seus neutros não devem ser aterrados diretamente;

da carga (com uso de variadores de velocidade),

de cargas com acionamento eletrônico, ou mesmo

• A topologia do aterramento deve garantir proteção

poderão haver desequilíbrios de correntes incluindo

provocando disparos indesejáveis em dispositivos

contra contatos diretos e indiretos. Todas as

as diferenças de 60 Hz nas três fases. Correntes

de proteção.

massas metálicas não energizadas devem estar

diferenciais poderão atuar a proteção de fuga à terra,

Por conclusão, espera-se que a solução

convenientemente interligadas ao sistema;

mesmo que a corrente não circule exatamente pelo

adotada para topologias de aterramento, proteções

• O condutor-neutro tem como função conduzir

condutor de proteção como se esperaria. Ainda,

contra contatos diretos e indiretos, ligações

as correntes elétricas de alimentação das cargas

aspectos da presença de componentes de alta

equipotenciais, aterramento e interligações de

alimentadas com tensões de fase (fase-neutro) e

frequência nos condutores fases e terra, poderão

neutros, proteção atmosférica e outros usos

merece cuidados no dimensionamento na presença

interferir na correta operação destes acionamentos

compartilhados do aterramento considere uma

de cargas não lineares com conteúdo de correntes

por incompatibilidade eletromagnética.

visão de 360° com foco em todas as variáveis em

harmônicas múltiplas de três;

• A ABNT NBR 5410 estabelece as regras para

na

dimensionamento, especificação, critérios e regras

adequadamente

para o condutor de proteção ou “terra” e ligações

características das cargas e fontes, mas também da

equipotenciais;

topologia dos aterramentos e dos filtros adequados.

• Topologia deve garantir o retorno das correntes de

Para esquentar ainda mais o tema, especificação

Os compromissos e desafios se apresentam manutenção

das em

instalações função

não

operando só

uma verdadeira visão holística das instalações. Boa sorte para nós!

das ¹ https://www.osetoreletrico.com.br/neutro-e-neutro-terra-e-terra/# ² https://www.osetoreletrico.com.br/correntes-de-fuga-correntesdiferenciais-residuais-faltas-e-a-importancia-da-deteccaoaspectos-de-manutencao-preditiva-em-sistemas-de-baixatensao/


Redes subterrâneas em foco

O Setor Elétrico / Maio de 2018

83

Daniel Bento, PMP®, é engenheiro eletricista, membro do Cigré Brasil (cabos isolados) e atua há mais de 25 anos em redes isoladas, tendo sido responsável técnico por toda a rede de distribuição subterrânea da cidade de São Paulo. Atualmente, é diretor executivo da empresa Baur do Brasil | daniel.bento@baurdobrasil.com.br

Complexo de vira-lata

Quando o Brasil perdeu a Copa do

Mundo

de 1950, o então dramaturgo

Acreditar que não devemos ter redes

melhoria

da

produtividade.

Quando

subterrâneas em nosso país e conviver

os sistemas semafóricos das cidades

e escritor Nelson Rodrigues cunhou a

aceitando

nosso

funcionam em dias de chuva, deixando

expressão “Complexo de vira-lata”, porém,

absurdo

equivalente

o trânsito fluir, as redes subterrâneas

ele não se limitou ao futebol. Nas palavras

de interrupção) de mais de 15 horas

colaboram com o meio ambiente na menor

dele: "por 'complexo de vira-lata' entendo

sem energia e nosso FEC (frequência

emissão de dióxido de carbono (CO2)

eu a inferioridade em que o brasileiro se

equivalente de interrupção) com mais

pelos carros.

coloca, voluntariamente, em face do resto

de dez vezes de interrupções no ano –

Podemos nos inspirar como nação

do mundo".

enquanto a nossa arquirrival no futebol,

na nossa magnífica recuperação após a

Muitos anos depois e com muitas

a Alemanha, que possui mais de 80% de

famigerada Copa de 1950, onde ano após

Copas do Mundo realizadas, podemos

sua rede na forma subterrânea com um

ano, fomos conquistando e mostrando ao

perceber como Nelson Rodrigues estava

DEC de 20 minutos e a França com sua

mundo nosso valor e alcançamos o título

certo. O Brasil, no decorrer dos anos, foi

extensa redes subterrâneas com FEC de

de “Potência mundial do futebol”. Com a

o primeiro a ser consagrado tricampeão,

0,7 – é acreditar que somos inferiores,

receita do futebol (muito planeamento,

tetracampeão e pentacampeão e, apesar

menores, lembrando o “complexo de vira-

treino, estratégia e estudo) e trabalhando

da última derrota para Alemanha (2014 –

lata”, de Nelson Rodrigues.

fortemente, podemos melhorar nossa vida

Brasil), é o único que pode ser consagrado

A

os

hoje e para as futuras gerações, como

hexacampeão na próxima Copa do Mundo

mundiais de futebol que conquistamos foi

brasileiros que têm orgulho em todas as

(2018 – Rússia). Podemos afirmar que

resultado de muito planejamento, treino,

áreas, inclusive no futebol.

não havia nada errado com o nosso futebol

estratégia e estudo. Para também sermos

Livres

em 1950, apesar de todo sentimento de

campeões como nação, devemos atuar em

inferioridade,

inferioridade percebido pelo dramaturgo

diversas áreas e as redes subterrâneas de

aprender com os erros e acertos dos

na época que motivou a criação da famosa

energia ajudam muito.

países desenvolvidos na implementação

frase.

e manutenção das redes subterrâneas,

Além do futebol, o Brasil também

aula, as redes subterrâneas ajudam na

seguindo

apresenta excelência em algumas áreas,

educação. Quando um médico não tem a

práticas

tais

agricultura,

cirurgia interrompida por falta de energia,

comitês internacionais (CIGRÉ, IEC, IEEE),

gastronomia, jiu-jitsu, música e outras

as redes subterrâneas contribuem na

fazendo nosso melhor inspirado pelas

artes. Sendo que muitas vezes qualquer

saúde. Quando as máquinas das fábricas

nossas seleções brasileiras de futebol de

revés

funcionam sem paradas não programadas,

1958, 1962, 1970, 1998 e 2002 e, quem

as

sabe, a de 2018. Torcida não vai faltar!

como:

nestas

arquitetura,

áreas

é

percebido

rapidamente o “complexo de vira-lata”.

com DEC

história

normalidade (duração

mostra

que

todos

Quando não falta energia na sala de

redes

subterrâneas

cooperam

na

de

qualquer podemos

padrões

sentimento e

mundiais

estabelecidas

em

de

devemos

de

boas

normas

e


84

Instalações Ex

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Novos requisitos sobre a certificação de equipamentos “Ex” para plataformas marítimas nos EUA – Parte 1/2 Entraram em vigor em 2018 novos

(Atmosferas explosivas) e nem que tenham

por uma terceira parte, por um organismo de

requisitos sobre certificação de equipamentos

uma certificação emitida por um organismo de

certificação independente, acreditado nos

para atmosferas explosivas a serem instalados

certificação reconhecido nos EUA (NRTL –

EUA (NRTL). Dessa forma, uma certificação de

em plataformas de petróleo, especificados

Nationally Recognized Testing Laboratory).

primeira parte ou uma “autodeclaração” emitida

em Regulamentos elaborados pela Guarda

Tais laboratórios de ensaios reconhecidos

por um fabricante de um equipamento “Ex”,

Costeira dos Estados Unidos. A Guarda

(NRTL) são listados pela OSHA (Occupational

aceitável dentro da Diretiva ATEX, mesmo cuja

Costeira dos Estados Unidos (USCG – US

Safety

para

instalação pretendida seja apenas para Zona

Coast Guard) é a entidade responsável pela

reconhecimento de laboratórios que executam

2 (EPL Gc) ou Zona 22 (EPL Dc) não atenda

segurança da Bacia Continental dos EUA

ensaios de segurança em equipamentos

aos requisitos de ensaio dos equipamentos

(OCS - U.S. Offshore Continental Shelf). A

produzidos por fabricantes norte-americanos.

de acordo com as normas internacionais,

USCG elaborou em 2015, com um prazo

Os requisitos para a acreditação dos NRTL

não atendem aos requisitos do Código de

para entrada em vigor de três anos, revisões

são elaborados com base nas normas técnicas

Regulamento Federal CRF 46 111.105-5.

alterando de forma significativa o Documento

internacionais ISO/IEC 17025 (Requisitos

A Diretiva ATEX tem como objetivo

46 do CFR (Code of Federal Regulations) -

gerais para a competência de laboratórios

assegurar a certificação de equipamentos

Parte 110 (General Provisions) e Parte 111

de ensaio e calibração) e ISO/IEC 17065

para atmosferas explosivas de acordo com os

(Eletric Systems - General Requirements), que

(Avaliação da conformidade - Requisitos para

requisitos essenciais de segurança e saúde

contem requisitos para equipamentos elétricos

organismos de certificação de produtos,

que são especificados naquela Diretiva ou nas

para instalação em áreas classificadas offshore.

processos e serviços).

normas europeias harmonizadas da IEC, mas

De acordo com a edição atual deste

Os fabricantes de plataformas, navios

não requer, especificamente, que os ensaios e

regulamento,

que

entrou

em

02/04/2018,

em

todas

as

and

Health

Administration)

em

petroleiros, FPSOs e de instalações similares

a certificação sejam feitos por um laboratório de

unidades

são agora diretamente afetados por estas

ensaio independente de terceira parte.

vigor

plataformas

novas alterações do Documento 46 CFR

semissubmersíveis, FPSO e navios petroleiros)

Partes 110/111. Nesta nova revisão, a USCG

“Ex” certificados sob a Diretiva ATEX podem

os equipamentos “Ex” instalados em áreas

reconhece também que as competências

ter sido avaliados, ensaiados e certificados por

classificadas necessitam ser certificados de

pessoais dos profissionais envolvidos com

Organismos de Certificação independentes,

acordo com os regulamentos nacionais dos

atmosferas explosivas, bem como o registro

mas, mesmo assim, a USCG não mais aceita

EUA ou então certificados pelo Sistema IECEx.

atualizado da documentação, são fatores

equipamentos

móveis

marítimas

(incluindo

A USCG reconhece que equipamentos

somente

com

certificação

críticos para a segurança destas instalações

ATEX em função de não ser assegurado que a

USCG, não mais são aceitos, desde abril

“Ex” marítimas.

avaliação dos equipamentos e a totalidade os

de 2018, equipamentos elétricos “Ex” que

De acordo com o Código de Regulamentos

ensaios tenham sido feitos por laboratórios de

tenham somente a certificação “ATEX”, em

Federais (CRF) Nº 46 - Parte 111.105-5,

ensaios independentes e nem de acordo com

função de que não são evidenciados que estes

a “integridade do sistema” não permite a

as normas harmonizadas da série 60079.

equipamentos tenham sido completamente

utilização de equipamentos Ex “não aprovados”.

ensaiados de acordo com as normas técnicas

Por definição, equipamentos “aprovados” são

entidades ou associações, pode ser verificado

internacionais aplicáveis da Série IEC 60079

equipamentos que tenham sido ensaiados

que a “autodeclaração” emitida pelos próprios

De acordo com os atuais requisitos da

Sob o ponto de vista da USCG e de outras


85

O Setor Elétrico / Maio de 2018

fabricantes, bem como a qualidade dos “Organismos Reconhecidos” (NB – Notified Bodies) na Comunidade Europeia estão levando a um crescimento de preocupações sobre a segurança de equipamentos “Ex” certificados de acordo com a Diretiva Europeia, fazendo com que sejam evitados certificados regionais ATEX, em favor de certificados internacionais IECEx.

A IEC possui em sua estrutura de avaliação

da conformidade, um sistema internacional de certificação “Ex” denominado de IECEx (Certification

to

Standards

Relating

to

Equipment for use in Explosive Atmospheres). Um dos principais objetivos do IECEx é de facilitar a aceitação de resultados de ensaios e de certificados de conformidade para equipamentos elétricos e mecânicos “Ex”

incluindo a participação de laboratórios de

Equipamentos para Unidades Móveis Offshore

entre os organismos de Certificação de todo

ensaios de equipamentos “Ex” e de organismos

(Mobile Offshore Drilling Units - MODU Code

o mundo, tendo como base exclusivamente

de certificação independentes.

2009) define as normas para os ensaios e para

normas técnicas internacionais da IEC da

Dentro do sistema IECEx, os Laboratórios

a certificação de equipamentos elétricos para

ISO, sem a necessidade de ensaios adicionais

de Ensaios (ExTL) ensaiam os equipamentos

instalação nestas Unidades Móveis Offshore.

ou de repetição de ensaios já realizados por

“Ex” para verificação da conformidade com

O IMO MODU Code 2009 recomenda que

Laboratório de Ensaios de equipamentos “Ex”

as respectivas normas técnicas da série IEC

os equipamentos e as instalações elétricas

reconhecidos. Este também é um dos objetivos

60079 e elaboram os respectivos Relatórios

em atmosferas explosivas sejam ensaiados

finais entre os fornecedores, usuários e outras

de Ensaios (ExTR). Os Organismos de

e certificados de acordo com as Normas

partes interessadas. Por este motivo, a Guarda

Certificação (ExCB) avaliam o Sistema de

internacionais da Série IEC 60079, elaboradas

Costeira dos EUA estabeleceu a adoção do

Gestão da Qualidade do fabricante e emitem os

pelo TC 31 da IEC.

sistema internacional IECEx, o qual adota as

respectivos relatórios de avaliação da qualidade

Desta

normas da Série IEC 60079 e requer, em todos

(ExQAR). Os Certificados de Conformidade

convergência regulatória, a Guarda Costeira

os casos, que os ensaios sejam feitos por

(ExCoC) são emitidos dentro do Sistema

dos EUA revisou os regulamentos norte-

laboratórios e os certificados sejam emitidos

IECEx com base nos resultados dos ExTR e do

americanos para instalações “Ex” para as

por organismos de certificação independentes,

ExQAR.

unidades

mesmo para equipamentos “Ex” destinados a serem instalado em áreas classificadas do tipo Zona 2 (proporcionando EPL Gc) ou em Zona

móveis

com

base

marítimas

em

que

uma

estejam

envolvidas em operações na área da plataforma

O que motivou esta grande mudança nos regulamentos pela USCG?

22 (proporcionando EPL Dc).

forma,

continental dos EUA. Após aquele acidente catastrófico de 2010 a Guarda Costeira dos EUA declarou pela primeira vez que acredita que

Dentre os objetivos do IECEx está também a

conformidades

tais embarcações envolvidas com a indústria do

certificação do ciclo total de vida das instalações

encontradas pela USCG durante o processo

petróleo necessitam utilizar normas técnicas e

“Ex”, com uma abordagem que vai além da

de investigação da explosão, incêndio e

os sistemas de certificação internacionais sobre

simples certificação de equipamentos elétricos

afundamento da Plataforma DeepWater Horizon,

os tipos de proteção “Ex”.

ou mecânicos “Ex”. O Sistema IECEx possui

ocorrida em 2010, de propriedade da empresa

Para atender de forma adequada as

três sistemas de certificação: de empresas

British Petroleum, serviu como motivação para

recomendações do relatório de avaliação da

de prestação de serviços “Ex” (classificação

a necessidade de assegurar uma adequada

Plataforma Deepwater Horizon, a fim de se

de

inspeção,

instalação de equipamentos certificados em

evitar a repetição de acidentes, explosões,

manutenção e reparos de equipamentos e

áreas classificadas, em plataformas marítimas

incêndios, mortes, perdas de vidas humanas,

instalações “Ex”), de competências pessoais

de perfuração e de produção, tanto fabricadas

perdas de instalações e de graves danos ao

para atmosferas explosivas e de equipamentos

nos EUA como estrangeiras.

meio ambiente, a Guarda Costeira dos EUA

elétricos ou mecânicos “Ex”. Estes sistemas de

Vale lembrar que o Capítulo 6 da Edição

incluiu na edição vigente do Regulamento “Ex”,

certificação são totalmente baseados de acordo

2009 do Código da Organização Internacional

a aceitação de equipamentos certificados pelo

nas normas internacionais da Série IEC 60079,

Marítima (IMO) para a Construção e de

sistema IECEx.

áreas,

projeto,

montagem,

As

principais

não


86

Dicas de instalação

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Por Sergio Roberto Santos*

Considerações para a utilização de centelhadores como DPSs tipo I ou I +II Dispositivos de proteção contra surtos

a proteção contra surtos têm motivado os

fabricantes de DPSs a grandes investimentos

fabricantes de DPSs a oferecer novas soluções

em pesquisa para evitar que correntes de curto-

A utilização de Dispositivos de Proteção

para que os projetistas possam especificar

circuito ou em regime permanente passassem

contra Surtos (DPS) para a proteção das

protetores de surtos mais eficazes e econômicos,

através do DPS para o sistema de aterramento,

instalações elétricas e seus equipamentos

tornando as instalações elétricas cada vez

após a condução da corrente de surto.

eletroeletrônicos já é parte da realidade dos

mais protegidas contra os surtos de tensão.

Podemos denominar os DPSs tipo I

nossos engenheiros eletricistas e técnicos em

Entre estas novas tendências, embora já muito

de descarregadores de corrente de raios,

eletricidade. Como, onde e porque instalar os

empregadas em outros países, destacam-se a

para

DPSs constam das normas técnicas ABNT

utilização de centelhadores como DPSs tipo

sobretensões, DPSs tipo II. Dessa forma, fica

NBR 5410:2004/2008 - Instalações elétricas

I+II e varistores como DPSs tipo I. Para que

claro que os requisitos de tempo de condução

de baixa tensão, e ABNT NBR 5419:2015 -

não se tornem profissionais presos a conceitos

e energia específica que um DPS tipo I deve

Proteção contra descargas atmosféricas. Os

ultrapassados e acabem fora do mercado,

atender serão os mais altos possíveis, além

dispositivos de proteção contra surtos em si

é fundamental que quem trabalha na área

de ele ter que conduzir e posteriormente

estão normalizados na norma técnica ABNT

elétrica aprofunde seus conhecimentos sobre

interromper correntes de curto-circuito ou em

NBR IEC 61643-1:2007 - Dispositivos de

as principais características que diferenciam

regime permanente, chamadas de correntes de

proteção contra surtos em baixa tensão - Parte 1:

centelhadores e varistores, para que tirem o

seguimento, após a passagem da corrente de

Dispositivos de proteção conectados a sistemas

máximo proveito das vantagens existentes em

surto.

de distribuição de energia de baixa tensão

cada um destes componentes.

- Requisitos de desempenho e métodos de

eletrodos

ensaio. Mas, neste caso, é necessário recorrer

questão envolvendo a opção entre centelhadores

específica, que determinava o valor de tensão em

a outras normas IEC da série 61643 a fim de

[4] e varistores é econômica. Centelhadores

seus terminais, para o qual ele deveria começar

se conhecer mais sobre as características dos

não se degradam com o uso e possuem uma

a conduzir. Como esta configuração rudimentar

DPSs.

vida útil praticamente ilimitada. Entretanto, o

não era capaz de interromper as correntes de

Como engenharia não é ciência, a primeira

diferenciá-los

dos

protetores

contra

Os primeiros centelhadores eram apenas separados

por

uma

distância

Os DPSs se dividem em protetores para

custo de um varistor, quando comparado a um

seguimento, os fabricantes de DPSs investiram

energia e sinal, sendo que, no primeiro caso, eles

centelhador com os mesmos valores de corrente

no desenvolvimento de novas tecnologias para

ainda são subdivididos nos tipos, ou classes,

de surto e nível de proteção, é bem inferior

que os centelhadores, além de conduzir as

de proteção, I, II e III. Uma combinação de

[5]. Neste caso, caberia ao projetista analisar

correntes de surto, pudessem, por suas próprias

critérios técnicos e econômicos levou à seguinte

junto com o seu cliente qual a melhor opção.

características, interromper estas correntes de

utilização de três componentes não lineares para

Comprar um varistor, cujo preço seria menor,

seguimento.

a fabricação dos DPSs:

ou um centelhador que custaria mais, mas não

necessitaria ser substituído durante o período de

correntes de seguimento foi a modificação do

1) Centelhadores para fabricação de DPSs tipo I;

operação do empreendimento, proporcionando

formato dos eletrodos para aumentar a distância

2) Varistores para fabricação de DPSs tipos I+II

um menor custo de ciclo de vida, além de maior

percorrida pelas correntes entre os eletrodos,

e II;

confiabilidade para a instalação elétrica.

facilitando a extinção das correntes de surto e

A primeira solução para interrupção das

de seguimento. Isto permitiu que fosse possível

3) Diodos para fabricação de DPSs tipo III.

Novas tecnologias para os centelhadores Novos conceitos em DPSs

extinguir as correntes de curto-circuito, até certo valor, e em regime permanente, evitando que a

Em relação aos centelhadores, a maior

atuação dos centelhadores levasse à abertura

O desenvolvimento tecnológico, a con­

objeção à sua utilização sempre foram as suas

dos fusíveis e disjuntores a montante (Figura 1),

corrência e o aumento do conhecimento sobre

características curto-circuitantes, o que levou os

tornando muito mais confiáveis as instalações


87

O Setor Elétrico / Maio de 2018

representaria uma enorme economia para a sociedade.

Conclusão

Devido ao seu menor preço, os varistores

estão sendo utilizados como DPSs tipo I ou I +II, onde centelhadores deveriam ser instalados, permitindo um menor custo de ciclo de vida das instalações, maior confiabilidade e melhor coordenação energética entre os diversos níveis de proteção e os equipamentos protegidos. Cabe ao projetista da instalação aprofundar os seus conhecimentos sobre as características Figura 1 – Atuação do DPS não deve provocar a abertura dos fusíveis ou disjuntores a montante.

elétricas protegidas pelos centelhadores com

alcançando, pela primeira vez, níveis de proteção

eletrodos modificados.

semelhantes aos varistores, o que possibilitou a

Encontrada

solução,

instalação de centelhadores e varistores em um

satisfatória para o problema das correntes

esta

mesmo painel, sem a utilização de bobinas ou

de seguimento, o passo seguinte foi, além de

determinado comprimento de cabos entre eles.

aperfeiçoá-la, tentar reduzir o valor do nível de

Uma

proteção obtido por estes centelhadores. Para

ainda mais a eficiência dos centelhadores na

isso foi empregada uma segunda tecnologia

interrupção das correntes de seguimento e

utilizando

de

coordenação com os equipamentos protegidos

carbono, em que elas substituiriam o ar como

utilizou um mecanismo de disparo para gerar

dielétrico, para que existissem vários, e não

uma tensão oposta e de valor similar a tensão

apenas um, centelhamentos entre os eletrodos,

da rede, limitando a corrente de seguimento

o que reduziria a energia da corrente de curto-

conduzida pelo centelhador a um valor mínimo,

circuito entre as placas, tornando a extinção das

independentemente

correntes de curto-circuito muito mais fácil. Como

de curto-circuito da rede. Esta tecnologia,

benefício colateral, os centelhadores com placas

patenteada com o nome de Radax-Flow®

de carbono permitiram a redução do nível de

(Figura 2), permitiu a utilização de centelhadores

proteção para valores iguais, ou abaixo, de 2 KV,

nos quadros de entrada, mesmo em instalações

centelhadores

primeira

com

placas

outra

tecnologia

do

nível

para

da

melhorar

corrente

com alto nível de curto-circuito.

Uma aplicação em que deveria ser feita

uma análise cuidadosa de qual tecnologia utilizar é a instalação de DPSs antes dos medidores de energia. Embora por razões de padronização, as concessionárias que permitem a instalação de DPSs antes de seus medidores não façam distinção entre centelhadores e varistores, o fato de se degradarem com o uso torna inevitável, após algum tempo, a substituição dos varistores, com todos os inconvenientes associados. Caso Figura 2 – Interior de um DPS utilizando a tecnologia Radax Flow®.

fossem

instalados

melhor DPS seja utilizado, assegurando que a proteção contra surtos seja a mais eficaz e eficiente possível.

Referências 1

ABNT

NBR

5410:2004;

Versão

corrigida:2008, Instalações elétricas de baixa tensão. 2 – ABNT NBR5419-1/2/3/4:2015: Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 1: Princípios gerais. Parte 2: Gerenciamento de risco. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida. Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. 3 - ABNT NBR IEC 61643-1:2007: Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão. Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão Requisitos de desempenho e métodos de ensaio.

Utilização de DPSs antes dos medidores de energia

dos centelhadores e varistores para que o

centelhadores,

tais substituições não aconteceriam, o que

4- Neste artigo os termos centelhador e varistor serão utilizados para se referir a DPS fabricados com respectivamente centelhadores ou varistores como único componente não linear. 5- SANTOS, Sergio Roberto Silva. Estudo da relação entre o valor de venda e a qualidade percebida: uma aplicação aos dispositivos de proteção contra surtos. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, para obtenção do título de Especialista em Economia & Negócios. Sorocaba, São Paulo. 2017. *Sergio Roberto Santos é engenheiro eletricista da Lambda Consultoria.


88

Ponto de vista

O Setor Elétrico / Maio de 2018

Você está preparado para atender às expectativas do cliente?

As organizações de serviços em campo

estão

sempre

pensando

em

melhorar

sem energia e de 7,55% na frequência das

campo realmente ágil utiliza recursos, como

interrupções de energia.

mobilidade e otimização automatizada de

tendências

provavelmente

horários para reduzir o tempo de realização

as expectativas de seus clientes. Os

Essas

principais impulsionadores dessa evolução

moldarão o próximo estágio da experiência

do trabalho.

incluem mobilidade, novos padrões de

do cliente e da prestação de serviços. O

serviço estabelecidos por empresas como

grande ponto é explorar como a tecnologia

disponibilidade de recursos pode possibilitar

Uber e Amazon, e outras que cada vez

pode permitir que uma empresa abrace o

a reorganização de agendas de forma

mais medem suas operações por meio

futuro e encante seus clientes.

dinâmica, fornecer horários de atendimento mais precisos e oferecer aos clientes a

de pesquisas de satisfação do cliente, processos aprimorados, softwares mais

Ter visibilidade completa do local e da

Tudo sob demanda

capacidade

de

marcar

compromissos

em seus celulares, proporcionando essa

inteligentes e cloud computing. Desta

experiência on demand que eles esperam.

forma, muitas organizações de serviços

em campo conseguiram transformar a

para pizza. Os serviços de streaming

maneira como enxergam e fornecem seus

de vídeo oferecem aos consumidores

serviços. No entanto, esse trabalho nunca

acesso instantâneo a milhares de filmes e

está totalmente finalizado e a tendência é

programas de TV em vários dispositivos.

que as expectativas dos clientes continuem

Ocupado demais para ir ao supermercado?

é mais rápido e barato do que escolher o

subindo, bem como a capacidade de

É possível escolher e receber mercadorias

Uber ou o Cabify, e ainda assim, os clientes

atendê-los.

em sua porta, através de aplicativos como

continuam

A entrega rápida, agora, não é apenas

Experiência do usuário Há momentos em que chamar um táxi

recorrendo

aos

aplicativos

No Brasil, o uso de tecnologias digitais

Instacart ou Postmates. A Amazon já

de

vem melhorando a qualidade de serviços

oferece entrega no mesmo dia para itens

Isso mostra o quanto eles valorizam a

como transporte público coletivo, gerando

selecionados.

transparência e a visibilidade no processo

comodidade aos usuários em cidades como

Como tem sido o caso há algum

de serviço. A facilidade de pagamento

Rio, Curitiba e Goiânia. Também a qualidade

tempo, não são os concorrentes diretos

não consegue ser superada - o preço

dos serviços de distribuição de energia

que definem as expectativas dos clientes,

de uma corrida é mostrado na hora e o

elétrica melhorou em 2017 na comparação

mas sim as melhorias das experiências que

cliente é cobrado automaticamente. Esse

com o ano anterior, de acordo com

esses clientes tiveram em outros lugares.

nível de transparência também pode ser

pesquisa da Agência Nacional de Energia

Hoje, os consumidores podem ter e obter

fornecido ao cliente do serviço em campo.

Elétrica (Aneel). Pelo estudo, houve uma

rapidamente o que desejam, o que é um

A onipresença dos dispositivos móveis

redução de 9,23% na quantidade de horas

desafio para a maioria das empresas de

significa poder fornecer informações em

em média em que os consumidores ficaram

serviços. Uma organização de serviço em

tempo real aos clientes sobre a localização

compartilhamento

de

viagens.


89

O Setor Elétrico / Maio de 2018

e o tempo provável de chegada do

pré-requisitos de uma tarefa bem-sucedida,

profissional - aumentando a satisfação com

elas ficam melhores em prever o tempo que

o serviço e atuando como um diferenciador

a tarefa e a viagem consumirão e, assim,

em mercados competitivos.

desenvolvem melhores agendamentos. uma

Combinando isso com modelos de

variedade de canais para se comunicar

machine learning que incorporam padrões

com o provedor de serviços sobre a visita,

de tráfego, os provedores de serviços

fornecendo detalhes de acesso ao local,

estão se tornando mais cada vez precisos

bem como antes do dia do serviço (com o

na previsão dos horários diários da equipe

envio de fotos sobre o assunto que precisa

de serviço em campo e podem fazer

ser tratado para preparar melhor o técnico),

promessas mais assertivas a seus clientes

por exemplo. E mesmo depois (com o envio

– fidelizando-os. Informações com exatidão

de questionários sobre a qualidade do

sobre o tempo e a duração de uma visita - e

serviço quando a visita ainda está fresca na

essa capacidade de entregar – irá aumentar

memória).

não apenas a satisfação do cliente, mas

também a confiança e a lealdade do

Os

clientes

poderão

usar

O cliente pode ficar assim envolvido

no processo de prestação de serviços e,

consumidor.

como resultado, sentir-se mais informado e

fortalecido, tudo com rapidez e facilidade.

Em 2018 e nos anos seguintes, os clientes

Prevendo o futuro do serviço em campo

esperam

Machine Learning

velocidade,

transparência,

precisão e interações sem atritos. Ninguém pode adivinhar qual aplicativo ou modelo

À medida que mais organizações de

de serviço não qualificado irá redefinir suas

serviços em campo migram para soluções

expectativas, mas aperfeiçoar a capacidade

baseadas na nuvem para gerenciar suas

de cumprir o que foi dito acima é uma aposta

operações, elas ganham a capacidade de

segura. Entender os fatores que contribuem

alavancar o poder maciço da computação

para uma ótima experiência do cliente

elástica

rapidamente

facilita a avaliação de quais tecnologias

grandes quantias de dados, para decisões

existentes e emergentes podem ajudar a

automatizadas

atender, antecipar e superar as expectativas

mais

para

processar de

dependentes

infraestrutura,

as

agendamento. das

Não

limitações

empresas

de

dos serviços.

podem

aproveitar ao máximo o machine learning, a mobilidade e o gerenciamento de dados, que se integram para melhorar a eficiência operacional e o atendimento ao cliente.

Assim como a Netflix pode fornecer

recomendações

de

filmes

específicos

com base nos hábitos dos usuários, o uso de dados históricos sobre a entrega de serviços e os resultados de compromissos anteriores permitem que as organizações criem modelos cada vez mais precisos quanto ao tempo que um determinado tipo de trabalho tomará, o técnico mais adequado e as ferramentas ou peças que serão necessárias para o reparo. À medida que as

Por Paul Whitelam, vice-presidente de Marketing

empresas aprimoram sua compreensão dos

de Produto da ClickSoftware.


90

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