Ano 13 - Edição 148 Maio de 2018
Redes subterrâneas Melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão
RENOVÁVEIS: atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro CINASE PREMIA MELHORES PROJETOS DO CEARÁ Congresso realizado em Fortaleza (CE) reuniu as principais autoridades locais e foi marcado pela premiação que reconheceu as melhores instalações elétricas da região
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br | claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
Suplemento Renováveis 47 O quarto capítulo do fascículo sobre fontes renováveis traz os resultados do trabalho conjunto entre o Cepel e o Cptec, que estimou o potencial eólico para todo o território nacional através do uso de modelos numéricos utilizados para previsões do tempo. Elbia Gannoum, em sua coluna, fala sobre um mundo com cada vez mais eólicas, e a coluna sobre energia solar passa a ser assinada, conjuntamente, por Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk, sob a chancela da Absolar.
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Painel de notícias Engie instala centro global de pesquisa em Santa Catarina; Energia solar fotovoltaica atinge 250 MW em microgeração e minigeração distribuída; Tribunal de Justiça de São Paulo quer reduzir despesas com eletricidade; Produção da indústria eletroeletrônica cresce 11% no primeiro trimestre; Reymaster Materiais Elétricos abre nova unidade em Joinville; Shell e Fapesp investem R$ 110 milhões em centro de pesquisa em novas energias. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.
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Evento – CINASE Confira as novidades da primeira edição do Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) de 2018, realizada em Fortaleza (CE). Destaque para o Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas, que reconheceu as melhores instalações elétricas da região.
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Fascículos
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Aula prática – Redes subterrâneas Especialistas discutem as melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão.
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Pesquisa – Equipamentos para transmissão e distribuição Retomada do crescimento para a indústria eletroeletrônica está mais lenta do que o esperado. Para fabricantes e distribuidores de equipamentos para T&D, a crise política e a falta de confiança dos investidores são os principais obstáculos.
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Espaço 5419 A relação de algumas normas que podem contribuir para a adequada utilização da ABNT NBR 5419:2015.
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Espaço SBQEE Sistemas de geração fotovoltaica, inversores inteligentes e impactos para a qualidade de energia elétrica.
Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Angelo Cabrera, Antonio Carlos Neiva, Ary Vaz Pinto Junior, Benedito Donizeti Bonatto, Cláudio S. Mardegan, Elbia Gannoum, Giuseppe Parise, José Barbosa de Oliveira, Juliano Gonçalves, Luciano Haas Rosito, Luiz Carlos Ribeiro Junior, Nunziante Graziano, Paul Whitelam, Paulo Fernando Ribeiro, Rafael Morgado, Ricardo Marques Dutra, Rodrigo Braz, Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, Sergio Roberto de Melo, Sergio Roberto Santos, Vanessa Guedes e Waldenio de Almeida. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Images Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
80 82 83 84
Colunistas Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com qualidade Daniel Bento – Redes subterrâneas em foco Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
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Dicas de instalação Considerações para a utilização de centelhadores como DPS tipo I ou I+II.
88
Ponto de vista Tendências que contribuem para aperfeiçoar a experiência do cliente e da prestação de serviços.
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Editorial
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O Setor Elétrico / Maio de 2018 Capa ed 148_D.pdf
1
6/4/18
12:51 PM
www.osetoreletrico.com.br
Ano 13 - Edição 148 Maio de 2018
Redes subterrâneas O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 148 – Maio de 2018
Melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão
RENOVÁVEIS: atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro CINASE PREMIA MELHORES PROJETOS DO CEARÁ Congresso realizado em Fortaleza (CE) reuniu as principais autoridades locais e foi marcado pela premiação que reconheceu as melhores instalações elétricas da região
Edição 148
Inovar é preciso
Design thinking, Big Data, inteligência artificial, Internet
a exemplo de instituições financeiras, lançando programas
das Coisas (IoT). O que esses termos da moda, as conhecidas
de parcerias com startups com o intuito de fomentar novas
tecnologias disruptivas, têm a ver com o setor elétrico? Tudo! Se
tecnologias e pensar em novos mercados. Enxutas, flexíveis e
você não conhece exatamente esses conceitos e as vantagens
inovadoras, as startups têm a agilidade que as grandes empresas
competitivas que essas novas tecnologias podem e vêm fazendo
não têm. As grandes são burocráticas e qualquer movimento
no mundo dos negócios, você precisa se atualizar. Agora!
demanda gente, tempo e muitas reuniões e papéis, ao contrário
das startups, que são rápidas e têm permissão para errar e
Não importa se a sua empresa tem dez ou dez mil
funcionários. Inovar não é mais uma opção.
recomeçar o tempo todo. Essa aproximação é importante para
as companhias do setor elétrico considerando a transformação
Se engana quem pensa que inovação diz respeito
somente ao departamento de engenharia responsável pelo
pela qual passa o setor: as renováveis estão ganhando cada vez
desenvolvimento de um produto. Inovação é cultura; é mudança
mais espaço na matriz energética nacional e mundial; os veículos
de comportamento; é DNA de uma empresa e deve estar em
elétricos, finalmente, começam a se tornar uma realidade muito
tudo: do RH à equipe comercial. Inovação pode ser tecnológica
próxima; e o consumidor começa a gerar a sua própria energia.
referente a produtos e serviços, mas também diz respeito a
novos modelos de negócio e a métodos organizacionais. Depois
pelas grandes empresas de energia têm seu novo produto
da globalização, ninguém está mais sozinho e as empresas,
ou serviço com futuro garantido, se for realmente uma ideia
especialmente, precisam estar atentas às transformações do
próspera. Essa relação entre as startups e as empresas ajudam a
mundo para sobreviverem e, principalmente, se destacarem.
complementar a oferta de produtos e serviços para os clientes.
O setor de energia é tradicionalmente conservador. Muitas
Com espaço garantido para inovar, as startups amparadas
Este assunto não é tema dos artigos principais publicados
normas, políticas e características do sistema datam de décadas
nesta edição. Ao menos, não diretamente, mas, como
atrás e, mesmo os equipamentos instalados na rede não são
complemento, sugiro que leiam o Ponto de Vista, na página 88
exatamente novos. Este é um cenário que vem mudando
para entender mais sobre o assunto.
muito rapidamente. Ainda bem. As concessionárias de energia,
Boa leitura!
por exemplo, especialmente as distribuidoras, percebendo a mudança de comportamento do consumidor e a tendência de
Abraços,
ser mais participativo, deixando de ser meramente receptivo, começam a procurar parcerias para desenvolver seus negócios.
É comum, atualmente, encontrar empresas de energia,
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Maio de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
O Prêmio OSE de norte ao sul e a bandeira vermelha que vem aí
Apesar de tudo e de todos, temos que ir em frente. A esperança nos
move e com a certeza dos dias melhores deixamos para trás lamentos e os que lamentam. Com a devida vênia dos “irmãos caminhoneiros”, vamos traçar os caminhos por estrada livre. Na segunda semana de maio no início do CINASE-Fortaleza, aconteceu a primeira edição do Prêmio O Setor Elétrico, um brinde à competência de bons projetos nas áreas de instalações elétricas e de energia. Além da premiação, o evento teve a oportunidade de homenagear o Prof. João Mamede, ícone de nosso mercado e autor de diversas publicações; parabéns Mestre! Agora na rota do Sul, a próxima edição do prêmio vai a Porto Alegre, também coincidindo com o Cinase, que ocorrerá na segunda semana de agosto. Alô amigos dos pampas, preparem seus trabalhos e “cases”, vejam o regulamento da premiação e apresentem seus projetos (www.premioose.com.br).
Aproxima-se o período seco e o esvaziamento dos lagos nos traz
novamente a tarifa vermelha, incrementando o custo das contas de energia elétrica. Quem sabe possa ser um alento à redução de desperdício! Na esteira da eficiência energética, a consulta pública da Aneel nº 007/2018 estabelece as discussões sobre o primeiro leilão de eficiência energética. Há muito esperado pelo setor, o projeto será implantando no estado de Roraima com data prevista do leilão para meados de dezembro de 2018. De uma forma geral, o leilão irá escolher os melhores projetos que se proponham a retirar da rede elétrica supridora a melhor relação de energia e demanda na ponta pelos valores que serão pagos. Em outras palavras, a energia assim “gerada” será escolhida pelo menor investimento por kWh evitado. Devido ao complexo mecanismo que envolve garantias e procedimentos específicos, o mercado aguarda ansioso este primeiro leilão, um bom aprendizado apesar de tardio.
Fica a torcida para melhores dias, com planejamento e investimento
de verdade em projetos de infraestrutura de longo prazo que perenizem o desenvolvimento do Brasil não nos deixando reféns a cada instante “destes” ou “daqueles”. Merecemos muito mais do que os últimos vinte anos de mediocridade com desorganização e destruição do país. Será que merecemos passar por estes vexames?
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
Produção da indústria eletroeletrônica cresce 11% no primeiro trimestre Resultado foi puxado pela área eletrônica. Segmento elétrico apresentou queda no período
A
produção
industrial
do
Abaixo da expectativa
setor
eletroeletrônico apontou crescimento de
11,1% nos três primeiros meses do ano, em
Humberto
relação ao igual período de 2017. É o que
produção apontam movimentos distintos
mostram os dados divulgados pelo IBGE
entre
e agregados pela Associação Brasileira da
Enquanto os bens de consumo vão bem, as
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O
indústrias ligadas à área de infraestrutura
desempenho foi estimulado pela expansão
apresentam
de 26,1% na área eletrônica, visto que
expectativas das empresas. “Esse quadro
a produção da área elétrica apresentou
reflete-se nas duas últimas sondagens da
retração de 1,4%.
Abinee, nas quais foi observado o aumento
No
segmento
eletrônico,
foram
Na opinião do presidente da Abinee,
as
Barbato, áreas
os
resultados
eletrônica
desempenho
e
da
elétrica.
abaixo
das
no número de empresas que indicaram
expressivos os acréscimos de 26,3% na
negócios aquém do esperado”, diz.
produção de equipamentos de informática
e de 47,4% de aparelhos de áudio e vídeo.
das
Em março de 2018, a produção
resultados abaixo da expectativa. De
industrial do setor elétrico e eletrônico
acordo com as indústrias, as incertezas
cresceu 6,8% em relação ao igual mês de
referentes ao atual cenário político com
2017, resultado do incremento de 24,6%
as eleições este ano inibem a tomada de
na indústria eletrônica enquanto a indústria
decisões dos investidores, prejudicando o
elétrica recuou 7,8%.
ritmo da atividade industrial.
Na pesquisa realizada em março, 49% empresas
consultadas
apontaram
Shell e Fapesp investem R$ 110 milhões em centro de pesquisa em novas energias Centro de Inovação em Novas Energias terá pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen
A Shell Brasil, a Fundação de Amparo à
de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp),
Centros de Pesquisa em Engenharia, garantirá
as universidades Estadual de Campinas
o desenvolvimento de pesquisas avançadas
(Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Ipen
com foco na conversão de energia solar em
(Instituto
e
produtos químicos e no armazenamento de
Nucleares) anunciaram investimento recorde
de
Pesquisas
Energéticas
energia, além da transformação de gás natural
de R$ 110 milhões, em cinco anos, na
em combustíveis que produzam menos gases
criação do Centro de Inovação em Novas
do efeito estufa ao gerar energia.
Energias (Cine).
para ampliar a participação de fontes
O investimento, o maior já feito no Estado
O CINE se alinha ao esforço internacional
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
Diretor da Aneel, André Pepitone, é eleito para presidir associação internacional de regulação O especialista foi eleito presidente da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (Ariae). Esta é a primeira vez que um brasileiro assume a posição na entidade André Pepitone da Nóbrega, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acaba de ser eleito para a presidência da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia (Ariae), organismo que reúne 27 organismos reguladores de energia de 20 países ibero-americanos, com objetivo de promover debates, troca de experiências e fortalecimento do contato
André Pepitone, novo presidente da Associação Iberoamericana de Entidades Reguladoras de Energia.
institucional entre os reguladores dos paísesmembros. Servidor de carreira da Aneel, André
envolvidos no processo regulatório, de
Pepitone exercia o cargo de segundo vice-
modo a atrair investimentos e impulsionar
presidente da Ariae desde 2015. Pepitone
o desenvolvimento da matriz energética”,
destacou que é fundamental para os países
reforçou.
associados criar as condições regulatórias
adequadas para que o mercado e os
atuar na preparação dos órgãos reguladores
consumidores de energia elétrica possam
de
se beneficiar dos avanços tecnológicos.
com as tecnologias disruptivas, como o
“Precisamos consolidar um ambiente que
armazenamento
privilegie a transparência, a estabilidade
solar fotovoltaica, os veículos elétricos e a
e a participação de todos os atores
microgeração distribuída.
O principal desafio da nova gestão é energia
ibero-americanos de
energia,
para a
lidar
geração
renováveis na matriz energética mundial,
reduzir a dependência de combustíveis
divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp
fósseis e moderar o ritmo das mudanças
(as divisões Armazenamento Avançado de
climáticas globais. A missão do novo Centro
Energia e Portadores Densos de Energia),
será produzir conhecimento na fronteira da
na USP (Ciência de Materiais e Química
pesquisa.
Computacionais) e no IPEN (Rota sustentável
Paralelamente,
o
novo
Centro
de
Linhas de pesquisa – o Cine terá quatro
para a conversão de metano com tecnologias
Pesquisa em Engenharia deverá transferir
eletroquímicas avançadas).
tecnologia para o setor empresarial. Para
isso, ele poderá alcançar resultados que
Energias, a Shell aportará um total de até R$
serão usados pela Shell, gerar startups e
34,7 milhões, enquanto a Fapesp reservou
firmar parcerias com outras empresas. O
um investimento de R$ 23,14 milhões.
projeto contribui para manter a liderança do
Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da
Brasil no desenvolvimento e na exploração de
Unicamp, USP e IPEN, financiando pessoal
fontes alternativas de energia.
e infraestrutura.
No novo Centro de Inovação em Novas
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
Leilão de energia às avessas Aneel propõe um projeto-piloto de eficiência energética em Roraima. Objetivo é incentivar ações que visam promover o uso eficiente da energia elétrica em todos os setores da economia
A Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) promoveu, durante o mês de maio, três
reuniões
com
agentes,
autoridades
e interessados nos Leilões de Eficiência Energética no Brasil, objeto da Consulta Pública nº 7/2018, que propõe um projeto-piloto em Roraima para testar o modelo. Roraima foi escolhida, pois é um estado isolado do Sistema Interligado Nacional (SIN) e dependente de importação de energia e de geração local, a diesel, de alto custo e poluente. Nas
reuniões,
foram
apresentadas
e
Aneel discute leilão de eficiência energética com agentes.
debatidas as principais características do que
O “leilão às avessas”, algo inédito no Brasil,
anuais a partir de ações nos segmentos
seria um “leilão de geração de energia às avessas”.
permitiria que diversos atores concorressem
residencial, comercial, poder público e
Nesse leilão, a Aneel definiria o montante anual
entre si pelo menor preço, por meio de
instalação de geração solar distribuída. A
cujo consumo se pretende reduzir ao longo do
diferentes carteiras de projetos de redução
proposta é a de que cada competidor tenha
programa, e os empreendedores competiriam
no consumo de energia (por exemplo, troca
que ofertar pelo menos 0,5 MW médio e no
pelo menor preço para se comprometerem com
de lâmpadas, geladeiras ou condicionadores
máximo 1 MW médio, assegurado o mínimo
a redução de um percentual desse montante. Os
de ar, instalação de geração distribuída,
de quatro ARCs vencedores.
vencedores do leilão seriam uma nova espécie
modernização de iluminação pública).
Para
de agente regulado, o Agente Redutor de
Consulta Pública e sobre o novo leilão,
Consumo (ARC).
potencial de eficientização de 4 MW médios
O estudo estima, no cenário moderado, um
mais
informações
sobre
a
acesse www.aneel.gov.br
Tribunal de Justiça de São Paulo quer reduzir despesas com eletricidade Por meio do programa Gesfat, a Secretaria de Energia e Mineração pretende fazer a gestão das contas de energia elétrica dos prédios do TJ-SP A Secretaria de Energia e Mineração e o
a ampliação do quadro de funcionários”, explica
penalidades e da otimização dos contratos de
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
o secretário de Energia e Mineração, João Carlos
fornecimento com as distribuidoras de energia.
firmaram no dia 8 de maio, um acordo de
Meirelles.
cooperação técnica para realizar a gestão de
O Tribunal de Justiça de São Paulo conta
unidades analisadas em 2017 pela Secretaria
contratos de fornecimento de energia elétrica de
atualmente com mais de 800 unidades. “Temos
de Energia e Mineração do Estado de São
alta e média tensão, visando a redução do gasto
colocado em prática ações para reduzir custos e
Paulo foi de R$ 372,8 milhões. Com a gestão
na conta de luz dos edifícios públicos ocupados
despesas fazendo mais com menos e aplicando
dos contratos via Gesfat foi possível gerar uma
pelo poder judiciário.
o dinheiro do povo paulista da melhor forma
economia no ano passado de aproximadamente
Pelo acordo, caberá à Secretaria de Energia
possível atendendo os anseios da sociedade”,
R$ 38 milhões, o que representa uma redução
e Mineração analisar as demandas de energia
afirma o desembargador e presidente do TJ-SP,
de mais de 10%.
elétrica dos edifícios do TJ paulista, através do
Manoel de Queiroz Pereira Calças.
Sistema Gesfat – Gestão e Análise de Faturas e
Em operação há seis anos, o Gesfat já
capacitar as equipes administrativas regionais do
Contratos de Energia Elétrica.
economizou para os cofres públicos mais de R$
Tribunal para operar o sistema com o objetivo de
O custo com energia elétrica de todas as
A Secretaria de Energia e Mineração irá
“É fundamental que o Governo realize a
80 milhões. Atualmente, a Secretaria de Energia
utilizar um consumo racional de energia elétrica.
gestão de seus contratos nos mais diversos
e Mineração realiza o monitoramento e a gestão
O Gesfat utiliza dados gerenciais de
setores para que não haja desperdício de
de 1.648 unidades de alta e média tensão do
histórico de demanda, faturamento, leitura e
dinheiro público. A energia elétrica requer uma
governo estadual. Nesse período, mais de 700
informações de consumo “na ponta” e “fora da
atenção especial devido à variação da demanda
contratos sofreram adequações de demanda.
ponta”. O acordo tem duração de cinco anos e
que é sentida imediatamente como, por exemplo,
não gera custo para o executivo e o judiciário
a utilização de mais equipamentos eletrônicos ou
com energia elétrica, por meio da eliminação de
O sistema visa a redução de despesas
paulista.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Mancal para parques solares www.igus.com.br
A Igus desenvolveu um mancal robusto e resistente para aplicação em parques
solares. De acordo com a empresa, o equipamento suporta perfis quadrados grandes de 110 milímetros. Assim, em parques solares com painéis móveis, os perfis quadrados podem ser suportados sem lubrificação e manutenção.
A indústria solar está crescendo no país e investindo em parques modernos com
sistemas de rastreamento automático e com baixa manutenção. Pensando nisso, o mancal foi desenvolvido para atuar em parceria com o sistema das usinas. Segundo a Igus, tanto a capa, como a esfera interna do mancal são resistentes ao desgaste.
A Igus desenvolveu o mancal ESQM-110 para suportar perfis quadrados em parques solares.
Acessórios de cabos de energia www.nexans.com.br
A Nexans apresenta para o mercado sua nova linha de acessórios para cabos de
energia de baixa, média e alta tensão. Produzida na Europa, a linha é composta pelos seguintes produtos: - Conectores de borracha EDPM pré-moldados e terminações de silicone para cabos, fornecendo soluções para todas as interfaces padrão até 42 kV; - Terminações poliméricas/muflas aplicáveis a frio: produtos contráteis a frio de 1000 mm² produzidos a partir de borracha siliconada, com fácil instalação;
Um dos itens da nova linha de acessórios é a solução contrátil a frio, indicada para qualquer cabo unipolar ou tripolar de 12 kV, 24 kV e 36 kV.
- Produtos e componentes termocontráteis, emendas e terminações poliméricas, que, ao entrar em contato com altas temperaturas, se contraem garantindo um correto isolamento e com superfície anti tracking, fornecendo um desempenho de longo prazo. A principal aplicação é nos segmentos de infraestrutura, indústria e construção civil; - A linha de bushings para equipamentos a óleo ou ar com montagem plug-in ou por parafusos, produzia em resina epóxi.
Relé de proteção digital www.engepolienergia.com
A Engepoli acaba de lançar o relé de proteção NA050, indicado para aplicações industriais,
subestações de alta tensão, cabines primárias de média tensão e projetos de cogeração.
O novo modelo NA050 possui diversas funções que podem ser utilizadas para proteger
alimentadores, transformadores e geradores.
Equipamento de alta precisão, simples de ser configurado e comissionado através de teclado
frontal ou via software de parametrização ThySetter. Dispõe de interface de comunicação com sistemas supervisórios através de protocolos padronizados. O NA050 possui as funções 50/51, 50/51N, 27, 59, 47, 32, 74, medições, registros de eventos e oscilografia.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
Engie instala centro global de pesquisa em Santa Catarina Parceria com Apex-Brasil, governo do Estado de SC e prefeitura de Florianópolis viabiliza investimento para instalação de centro de pesquisas em novas tecnologias em eólica, solar e cidades inteligentes
A Engie assinou com a Apex-Brasil, o
governo do Estado de Santa Catarina e a Prefeitura de Florianópolis um memorando de entendimentos para a instalação do Engie Lab Brasil, um centro global de pesquisas e inovação. A princípio, o instituto se dedicará a estudo de novas tecnologias nas áreas de energias solar e eólica, cidades inteligentes, biogás e hidrogênio.
Com sede em Florianópolis (SC), a unidade
estará concluída no final do ano de 2018. O laboratório deverá alavancar os investimentos da Engie em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil, que somam, atualmente, cerca de R$ 15 milhões ao ano.
Centro de pesquisa foi viabilizado por meio de parceria entre prefeitura, governo do Estado, Apex-Brasil e Engie.
incentivadores estabelecidos no município.
inovações
da parceria com a Universidade Federal de
no Brasil”, afirma o CEO da Engie Brasil,
Santa Catarina e o enquadramento do Engie
em parceria, com entidades de pesquisa,
Lab na Lei do Bem e na Lei de Informática. Já
empresas e startups. Os recursos aportados
O centro de pesquisa será o segundo
a Prefeitura de Florianópolis apoiou o projeto
vão privilegiar projetos que contribuam com
do grupo no Hemisfério Sul e terá uma
por meio da Lei Municipal de Inovação –
novos negócios da Engie ou aprimorem
aceleradora de startups. No mundo, a Engie
que permite obter dedução de até 20%
soluções já oferecidas pelo grupo no Brasil
mantém unidades em países como França,
do ISS e do IPTU devido de contribuintes
e no mundo. Há a perspectiva de exportar
Bélgica, Singapura e China.
Do governo federal, os incentivos virão
“A maioria dos projetos será executada
e
tecnologias
desenvolvidas
Maurício Bähr.
Reymaster Materiais Elétricos abre nova unidade em Joinville Filial é uma loja física-virtual, com atendimento presencial, inspirada no modelo omnichannel Materiais
e do próximo ano. A empresa já conta com
Elétricos, com sede em Curitiba (PR), acaba
representantes contratados nos estados de
de inaugurar um escritório na cidade de Joinville
São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande
(SC), que funcionará como uma loja física virtual,
do Sul e seu planejamento de expansão inclui
com atendimento presencial de profissionais
a abertura de unidades nestes locais também.
espe cializados,
A
distribuidora
mas
Reymaster
sem
exposição
de
Segundo o diretor da Reymaster, Marco A nova unidade de Joinville (SC) é a primeira do projeto de expansão da empresa.
produtos, como omnichannel, uma tendência
Stoppa, a entrega dos produtos vendidos
focada em fornecer uma experiência ao cliente.
na cidade catarinense acontecerá em até
A grande vantagem do modelo de negócio
dois dias úteis, com frete próprio e também
catarinense e este é um dos segmentos que
é o suporte técnico adequado e o acesso às
através de parceiros credenciados, tendo
estamos focando muitos esforços atualmente,
soluções de última geração comercializadas
saídas programadas diariamente. “Estamos
com produtos voltados à automação e NR
pela empresa, principalmente às ligadas ao
animados e confiantes com a nova unidade da
12”, afirma Stoppa.
conceito de Indústria 4.0.
empresa em Joinville. A cidade foi escolhida
Esta é a primeira das filiais que a
para a primeira filial devido à crescente
Wiest, 277, sala 304, bairro Bom Retiro,
Reymaster pretende abrir ao longo de 2018
concentração
Joinville (SC).
de
indústrias
no
interior
A nova unidade está localizada à Avenida
O Setor Elétrico / Maio de 2018
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Brametal inaugura fábrica em Linhares Unidade produzirá torres metálicas para mercado de transmissão, distribuição e telecom
A Brametal inaugurou, em maio, uma unidade industrial
na sua planta de Linhares, no Espírito Santo. A nova fábrica produzirá torres metálicas monotubulares para atendimento aos mercados de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de telecomunicações.
Com a nova fábrica, a unidade fabril de Linhares, que
participa do programa estadual de incentivo ao desenvolvimento (Invest-ES), passa a ter 38 mil m² de área construída.
Atualmente, a produção da Brametal na unidade já existente
em Linhares é de 7.500 toneladas/mês, mas com a nova fábrica a empresa passará a produzir 11 mil toneladas/mês no município capixaba e 140 mil toneladas/ano nas três unidades fabris que possui no Brasil. O investimento total foi da ordem de R$ 34 milhões.
"É um momento de profunda emoção. É uma celebração
de um esforço conjunto para entregar a mais moderna e informatizada fábrica de torres metálicas monotubulares", disse o presidente do Conselho de Administração da Brametal, Ricardo Brandão. Ricardo Brandão, presidente do Conselho de Administração da Brametal
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
RDS e Baur agora são Baur do Brasil Empresas uniram conhecimentos em produtos e em serviços para oferecer soluções completas em diagnósticos de cabos para o mercado brasileiro
A fabricante austríaca Baur e a RDS,
teste e de medição que localiza defeitos de
empresa brasileira de análises em cabos
forma precisa, permitindo o planejamento de
isolados,
um
investimentos e evitando danos em redes
acordo para criação da Baur do Brasil, uma
e instalações. Com a parceria, além dos
joint-venture envolvendo as duas companhias.
equipamentos, os clientes contarão com o
A nova empresa passa a oferecer, então, a
conhecimento da antiga RDS em serviços
solução completa para o cliente: equipamento
de campo, desde ensaios e testes em
e serviço de diagnóstico, incluindo assistência
equipamentos a treinamentos de equipes de
técnica e treinamento.
manutenção. Entre os objetivos da parceria,
assinaram,
recentemente,
“O Brasil é um mercado dinâmico e com
estão: tornar a tecnologia Baur melhor
muito potencial. Percebemos que a conexão
aceita e implementada e conquistar novos
entre bons produtos e o know-how em
clientes, aumentado a participação em novos
serviços de qualidade seria bem aceita pelos
segmentos, especialmente, o mercado de
clientes. Este foi o motivo pelo qual decidimos
energias renováveis, como a solar e a eólica.
ficar mais perto”, declara Markus Baur, CEO
da matriz Baur. “Foi uma grande decisão fazer
General Manager da nova empresa, “o
essa parceria e nós acreditamos que nossos
principal ponto dessa união é o ganho de
clientes serão mais bem assistidos a partir de
robustez e mais qualidade, aumentando
Markus Baur e Daniel Bento (à direita) assinam documento para criação da Baur do Brasil.
agora”, completa.
as soluções que podem ser entregues ao
euros em pesquisa e desenvolvimento em
Para Daniel Bento, que assume como
cliente”.
equipamentos e softwares em escala global.
Baur, que já estava no Brasil desde 2006,
“Ter uma parceria com uma empresa de
“Também estamos investindo em outros
é especialista em fornecer tecnologia de
ponta, como a Baur, é aumentar a nossa
mercados, além do Brasil, como Índia, China
capacidade de fornecer um serviço premium
e Abu Dhabi”, conta.
para os clientes. A nossa experiência de
Uma
muitos anos de trabalho em campo nos deu
Baur e motivo de orgulho da companhia diz
muito conhecimento técnico, principalmente
respeito à tecnologia VLF (sigla para Very
sobre as dificuldades e as necessidades
Low Frequency – Frequência muito baixa).
de campo, pois já estivemos do outro lado.
Markus Baur conta que, embora o VLF tenha
Agora, estamos em uma posição de oferecer
sido descoberto nos anos de 1940, foi a
para o cliente o que há de melhor em
Baur quem primeiro utilizou a tecnologia para
termos de tecnologia e de metodologia de
realizar testes em cabos, nos anos de 1980, e
diagnóstico”, avalia Juliano Gonçalves, diretor
está sendo aceita em todo o mundo nos dias
de operações da Baur do Brasil.
de hoje.
Com mais de 70 anos de atividades, a
“O Brasil é um mercado dinâmico e com muito potencial. Percebemos que a conexão entre bons produtos e o know-how em serviços de qualidade seria bem aceita pelos clientes. Este foi o motivo pelo qual decidimos ficar mais perto”.
Tecnologia
das
soluções
fornecidas
pela
As medições de diagnóstico fornecem
importantes informações sobre os cabos, como envelhecimento e defeitos ocultos. A
Cabos em centros urbanos podem ser
eficácia dos resultados de medição depende
acometidos por muitas situações de risco
da fonte de tensão do equipamento de teste
e a Baur vem investindo em softwares e
e do instrumento de medição. Os testes
equipamentos para ser capaz de identificar
realizados em VLF (frequência de 0,1 Hz)
todas as falhas e possíveis desgastes o mais
são, segundo a empresa, os que fornecem
rápido possível. Para isso, Markus Baur conta
melhores resultados, com baixa talha de
que a empresa está investindo 2 milhões de
falhas.
Evento
22
Por Flávia Lima
premia melhores projetos do Ceará Em cerimônia que antecedeu a 30ª edição do CINASE, prêmio reconheceu os melhores projetos elétricos da região do Ceará, que priorizaram aspectos como sustentabilidade, eficiência energética e conformidade com as normas técnicas brasileiras vigentes
O Setor Elétrico / Maio de 2018
23
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Com o objetivo de incentivar os profissionais
com um pocket show da humorista Madame
grandes obras da engenharia. Então, hoje, me
de engenharia elétrica do país a projetarem e
Mastrogilda, sucesso na região, e com uma
sinto confortável, aos 72 anos, com o sentimento
executarem instalações elétricas mais seguras,
palestra magna ministrada pela professora Ruth
de missão cumprida”, declarou o homenageado.
sustentáveis e confiáveis, surgiu o Prêmio O Setor
Pastôra Saraiva Leão.
Emocionado, o engenheiro Mamede conta que
Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas,
Um dos momentos marcantes da cerimônia
sua vida foi marcada por vários pontos altos. “Me
uma iniciativa da revista O Setor Elétrico e do
de entrega do prêmio foi a homenagem feita
orgulho por ter chegado à diretoria da Coelce,
Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE)
ao engenheiro João Mamede Filho, uma
a empresa de eletricidade mais importante do
lançada no início de 2018. A premiação terá três
sumidade na área de energia do Ceará. Com
Estado, sem fazer parte de qualquer grupo
edições neste ano e reconhecerá os melhores
mais de 40 anos de profissão, acumulou uma
político. Lá encontrei grandes desafios e fiquei
projetos de instalação elétrica das regiões que
vasta experiência no setor elétrico nacional,
muito entusiasmado por isso. Eram projetos
receberão o CINASE. Além do Ceará, o evento
tendo sido diretor da Coelce por dez anos e
completamente diferentes e muito maiores do
passará pelos Estados de Rio Grande do Sul e
ex-presidente do CCON (Comitê Coordenador
que eu estava acostumado a lidar até então”,
Rio de Janeiro.
de Operação do Norte/Nordeste. Foi ainda
afirmou. E relembra também os pontos baixos
A primeira edição do prêmio já aconteceu e
professor universitário por 33 anos e autor
da carreira: “Minha pequena frustração é não
foi um sucesso! No último dia 8 de maio, na noite
de diversos livros voltados para a engenharia
ter realizado o sonho do mestrado e doutorado.
que antecedeu a 30ª etapa do CINASE, em
elétrica. Por seu trabalho e legado para o setor
Saí do interior, da cidade de Massapê (CE),
Fortaleza, foi realizada a cerimônia de entrega
elétrico cearense, a revista O Setor Elétrico e o
sem luz, para morar no Rio de Janeiro, onde
do Prêmio OSE de Qualidade das Insta
CINASE aproveitaram a ocasião para entregar
fiz o curso de Engenharia. Sempre sonhei em
lações Elétricas, reunindo, aproximadamente,
uma placa de homenagem ao engenheiro
fazer o mestrado e o doutorado, mas temia
200
Mamede.
em ficar novamente longe da família, por isso,
para a solenidade. A jornalista Taís Lopes,
“Ter ganhado o prêmio me traz o sentimento
acabei perdendo algumas oportunidades na
apresentadora do programa de televisão “Bom
de ter vencido porque quando a gente entra na
vida acadêmica”, conta. Mamede, que lutou
dia Ceará”, conduziu a cerimônia que contou
faculdade, sonha em ver e participar daquelas
algumas vezes contra o câncer, lembrou ainda
profissionais
e
autoridades
locais
das dificuldades pelas quais passou por conta da doença e como ele se aproveitou do tempo livre que dispunha em São Paulo, devido ao tratamento médico, para armazenar seu conhecimento em mais uma obra literária. O seu quinto livro, intitulado “Projetos de subestações de alta tensão”, está em processo de edição e deverá ser publicado em breve.
Evento
24
O Setor Elétrico / Maio de 2018
O prêmio reconheceu a excelência de projetos elétricos nas seguintes categorias: instalações elétricas industriais e comerciais;
Vencedores do Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas 2018 – edição Fortaleza
pesquisa & desenvolvimento; energia renovável; projeto luminotécnico; inovação tecnológica; e projeto do ano (um por região). Confira os vencedores ao lado. Vencedor em duas categorias (Projeto luminotécnico e Projeto do ano), o engenheiro eletricista Francisco Itaimbé Matias, responsável pela reforma e ampliação da Escola de Ensino Médio Maria Antonieta Nunes, conta que a premiação potencializa as oportunidades de negócio por ser um diferencial para clientes
Instalações Elétricas Industriais e Comerciais
que buscam profissionais para a elaboração de
1º lugar
Menção honrosa
Eng. Domingos Sávio Dias da Silva
Eng. Paulo Wesney Costa Tavares de Oliveira
seus projetos. “É extremamente gratificante ser
Empresa: Fase Projetos e Engenharia
Empresa: GPS Engenharia
um dos vencedores. Aumenta a convicção de
Projeto de grandes obras
Projeto de subestação para atender
que, na elaboração de projetos de instalações
ao data center que receberá o cabo
elétricas, a rigorosa observância às normas
Monet da Angola Cable
técnicas é sempre a decisão mais acertada. Receber o prêmio OSE representa para mim a satisfação e o orgulho de ter o trabalho reconhecido,
num
mercado
de
grandes
projetistas como o cearense. Orgulho não só para mim, mas também para o Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará”, declara Matias.
Pesquisa & Desenvolvimento 1º lugar
Menção honrosa
Prof. Ruth Pastora Saraiva Leão
Marcos Aurélio Izumida Martins
Universidade Federal do Ceará
Empresa: CERTI
Projeto, desenvolvimento e implantação de
Projeto de microrrede inteligente
microrrede CA em campus universitário com tecnologia fotovoltaica e de armazenamento
Energia Renovável
Vencedor do primeiro lugar na categoria
Inovação Tecnológica, o engenheiro Júlio
1º lugar
Menção honrosa
Cezar Freire de Menezes revelou-se muito
Eng. Bruno Dantas Gomes
Prof. Luiz Daniel Bezerra
honrado com o reconhecimento. “Sou intra-
Empresa: Fotaic Energia Solar
Fundação Cearense de Pesquisa (Funcap)
empreendedor da Enel e, no mundo das
Projeto: sistema solar fotovoltaico residencial
Projeto: desenvolvimento da plataforma de
startups, todos os dias são conturbados.
com sistema de monitoramento inteligente
inversor monofásico grid-tie para geração
Existem os dias de passos importantes e dias
de consumo e geração de energia
distribuída
mais desanimados. Tudo o que temos que fazer é nunca desistir. Minha startup cura a dor de grandes clientes e intermedia serviços de manutenção elétrica nas indústrias. Estar no meio de personalidades da geração distribuída no Brasil, como a Dra. Ruth Leão e o autor de livros de engenharia mais adotados do Brasil, o
Projeto Luminotécnico 1º lugar
Menção honrosa
Eng. Francisco Itaimbé Matias
Eng. Jamil Cavalcanti Kerbage
Empresa: Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE)
Projeto luminotécnico industrial
Projeto: reforma e ampliação da Escola de Ensino Médio Maria Antonieta Nunes
professor Mamede, tem um valor imensurável”, comemora. O engenheiro Menezes fez questão de mencionar o quanto sua participação e vitória na premiação contribuiu para aumentar a sua rede de contatos, especialmente, profissional LinkedIn.
Compõem a comissão julgadora renomados
especialistas nas categorias em que a premiação foi segmentada, além de profissionais das áreas técnicas de associações setoriais, institutos de
Inovação Tecnológica 1º lugar Eng. Júlio Cesar Freire de Menezes Empresa: GC Soluções Elétricas Projeto: soluções elétricas para grandes clientes
Projeto OSE 2018 – Fortaleza (CE) Eng. Francisco Itaimbé Matias Empresa: Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE) Projeto: reforma e ampliação da Escola de Ensino Médio Maria Antonieta Nunes
Evento
26
pesquisa, universidades e outros profissionais de reconhecida atuação técnica. Os projetos inscritos foram avaliados, considerando critérios como topologia da instalação; aspectos de proteção; conformidade com as normas técnicas; aspectos de automação e informação; originalidade e referência.
CINASE Fortaleza
Considerado o principal congresso
itinerante de instalações elétricas no país, o Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) ancorou em Fortaleza nos dias 9 e 10 de maio. Esta é a primeira cidade a receber o evento em 2018. O congresso passará ainda por Canoas (RS), Rio de Janeiro (RJ) e uma edição extraordinária em São Paulo (SP).
Composto por congresso e área de
exposição, o CINASE aborda temáticas que envolvem desde a geração até a instalação elétrica final de baixa e média tensão. Em Fortaleza, a energia renovável foi destaque no primeiro dia do evento. O diretor da Enel Brasil, Bruno Cecchetti, abriu a programação com uma palestra sobre inovação na área de distribuição e falou sobre o novo consumidor de energia, que é impactado pelas novas tecnologias que estão transformando a sociedade, como digitalização, mobilidade elétrica, redes inteligentes, armazenamento de energia e indústria 4.0. Cecchetti apontou para o novo “prossumidor” de energia, que não é mais apenas receptivo, mas participativo, que terá maior controle sobre o uso da energia, que terá a disponibilidade de outros players para oferta de energia, não sendo mais dependente do fio. A Enel vem se preparando para essa nova realidade, pensando e executando projetos que vão ao encontro dessa transformação que vem ocorrendo no mundo. O executivo aproveitou a oportunidade para falar sobre projetos, como a planta dessalinizadora do Ceará, que está sendo construída para contribuir com o abastecimento do sistema de resfriamento do ciclo de vapor frente ao iminente colapso do fornecimento de água no Estado.
O Setor Elétrico / Maio de 2018
28
Evento
O Setor Elétrico / Maio de 2018
O presidente da Câmara Setorial de
Energias Renováveis do Ceará, Jurandir
“As palestras que vi até agora foram
dadas por profissionais de renome, que
Picanço, foi um grande apoiador do
trouxeram novas formas de operação,
evento e agregou à programação com uma
que trazem novidades. Este mercado
palestra que apresentou um panorama
de energia sempre tem novidades e são
mundial e brasileiro das fontes de energia
nesses lugares que a gente consegue se
renováveis e geração distribuída. Lembrou,
atualizar. Quem vem para cá já vê de forma
em sua apresentação, dos compromissos
condensada as novidades, aplicadas em
para 2030 assumidos pelo Brasil no que
produtos”, avaliou o eng. Mamede.
diz respeito à energia: expansão do uso
de outras fontes renováveis de energia,
intercaladas com mini palestras técnicas
que não hidroelétrica, entre 28% e 33%; e
feitas por convidados da indústria, que
As palestras dos especialistas são
aumento da cota das energias renováveis
aproveitam o espaço para apresentar,
(além da hidroelétrica) no fornecimento de
tecnicamente,
energia elétrica para, pelo menos, 23%.
aplicações de soluções que tenham relação
Apontou o Estado do Ceará como líder da
com as apresentações principais.
região Nordeste em geração distribuída.
dos
O homenageado na noite anterior,
durante o Prêmio OSE, João Mamede
novas
tecnologias
e
O congresso conta com a coordenação engenheiros
Jobson
Modena,
especialista em proteção e aterramento,
Filho e seu filho, Daniel Ribeiro Mamede,
coordenador da comissão que revisou a
iniciaram os debates mais técnicos do
recém-publicada ABNT NBR 5419 (SPDA),
primeiro dia, apresentando um trabalho
e José Starosta, especialista em eficiência
sobre compartilhamento de perdas em
energética, membro das diretorias do
linhas de transmissão em parques eólicos.
Deinfra/Fiesp e da Sociedade Brasileira de
Qualidade de Energia (SBQEE).
As palestras que se seguiram abordaram
temas, como operação e manutenção de
Para promover o networking e facilitar
subestações;
a
comunicação
microrredes
inteligentes;
palestrantes
especificação de painéis elétricos de média
o evento conta com uma ferramenta
tensão e qualidade de energia.
interativa para auxiliar os participantes
A
novidade
do
segundo
dia
empresas
participantes,
transformador elétrico e o meio ambiente;
e
entre
expositoras,
do
antes, durante e depois do congresso.
pela
Com o aplicativo, que leva o nome do
primeira vez no evento, do engenheiro
evento, os congressistas conseguem fazer
Paulo
congresso
foi
a
participação,
renomado
perguntas e os palestrantes respondê-las,
em instalações elétricas de baixa tensão.
além de permitir ações promocionais e
Barreto abriu o segundo dia do evento
fomentar o relacionamento entre todos os
Barreto,
especialista
com uma apresentação sobre a ABNT NBR
participantes: congressistas, palestrantes,
5410, norma que está em revisão técnica
organizadores
atualmente.
evento.
e
patrocinadores
Save the date
Fique atento às próximas edições do CINASE: 08 e 09 de agosto – Canoas (RS) 03 e 04 de outubro – São Paulo (SP) 07 e 08 de novembro – Rio de Janeiro (RJ) As inscrições para o Prêmio OSE de Qualidade das Instalações Elétricas 2018 – etapa Rio Grande do Sul já estão abertas. Mais informações e inscrições em: www.premioose.com.br
do
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
30
Nunziante Graziano Capítulo V – Requisitos de projeto e construção: sistemas de pressão, flamabilidade e compatibilidade eletromagnética • Estanqueidade ao gás e ao vácuo • Sistemas de pressão controlada para gás • Sistema autônomo de pressão a gás • Inflamabilidade • Compatibilidade eletromagnética
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
34
Luciano Haas Rosito Capítulo V – Luminância e uniformidade • Fator de uniformidade da luminância (global) • Fator de uniformidade da luminância (longitudinal) • Classes de iluminação para cada tipo de via • Requisitos de luminância e uniformidade
Proteção contra arco elétrico
38
Cláudio Mardegan e Giuseppe Parise Capítulo V – Equipamentos, dispositivos e técnicas para melhorar a segurança • Conjunto de manobra e controle de baixa tensão • Classes de arco • Proteção de pessoas • Classe de acessibilidade
Fascículos
Apoio
Apoio
Fascículo
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
30
Por Nunziante Graziano*
Capítulo V Requisitos de projeto e construção: sistemas de pressão, flamabilidade e compatibilidade eletromagnética
Prezado leitor, este fascículo pretende
circuito nominal, valores nominais dos
ao gás e ao vácuo, sistemas de pressão
apresentar em detalhes o conjunto de normas
componentes que fazem parte do conjunto
controlada para gás, sistemas de pressão
Brasileiras para construção de conjuntos de
de manobra e controle em invólucro
autônomo para gás, sistemas de pressão
manobra e controle em alta tensão, acima de
metálico, incluindo seus dispositivos de
selados, sistemas de pressão controlados
1 kV até 52 kV inclusive.
operação e seus equipamentos auxiliares
para líquido, sistemas autônomos de pressão
e nível de preenchimento nominal dos
a líquidos, flamabilidade e compatibilidade
compartimentos preenchidos com fluído.
eletromagnética.
No capítulo inicial deste fascículo apresentamos ao leitor os objetivos deste trabalho, que contemplou a apresentação
No terceiro capítulo, abordamos as características
principais
IEC-62271-200 vigente no Brasil, suas
normal, partes removíveis, aterramento
subdivisões, principais pontos de interesse,
do conjunto e do invólucro, fechamentos,
suas interpretações e definições. Neste
conceitos
dos
queidade de compartimentos preenchidos
segundo capítulo, continuaremos a análise
conjuntos, janelas de inspeção e plaquetas de
com gás ou onde se presume que seja vácuo,
da ABNT NBR IEC 62271-200, suas regras
identificação.
elencadas a seguir, aplicam-se a todos os
de
de
operação
Estanqueidade ao gás e ao vácuo
do panorama atual da ABNT NBR
compartimentação
As especificações relativas à estan
gerais, definições, características nominais
No quarto capítulo, abordamos os
equipamentos de manobra e controle que
obrigatórias dos conjuntos, além dos
requisitos de projeto e construção obriga
utilizam vácuo ou gás, exceto ar a pressão
requisitos de projeto e construção.
tórios para os conjuntos, notadamente,
atmosférica, como meio de isolação,
dispositivos de intertravamento, indicadores
isolação combinada com interrupção, ou manobra.
No segundo capítulo, abordamos as principais
de
de posição, grau de proteção dos invólucros,
um conjunto de manobra e controle em
características
nominais
proteção de pessoas contra acesso a partes
invólucro metálico de alta tensão, desde
perigosas e proteção do equipamento contra
de
tensão nominal e número de fases, nível de
penetração de objetos sólidos estranhos,
estanqueidade para um sistema de pressão
isolamento nominal, frequência nominal,
proteção
água,
fechado. Esse cálculo tem como objetivo
corrente nominal de regime contínuo,
proteção do equipamento contra impacto
estimar a vida útil do sistema avaliando
corrente suportável nominal de curta
mecânico e distâncias de escoamento.
a taxa de perda de gás, de modo que uma
contra
penetração
de
A ilustração a seguir é um exemplo um
gráfico
de
coordenação
de
duração para circuitos principais e de
Neste capítulo, abordaremos os requisitos
programação de manutenção seja possível,
aterramento, valor de crista da corrente
de projeto e construção obrigatórios para os
além da capacidade do sistema de operar
suportável nominal, duração de curto-
conjuntos, principalmente, estanqueidade
com segurança.
Apoio
Nota 1 - “Rastreador de vazamento” em boas condições. Medição por integração de vazamento pode resultar melhor sensibilidade; Nota 2 - Medição por integração de vazamento; Nota 3 - Por “Rastreador de vazamento”.
Sistemas de pressão controlada para gás A estanqueidade de sistemas de pressão controlada para gás é especificada pelo número de reabastecimentos por dia (N) ou pela queda de pressão por dia (Δp). Os valores permissíveis devem ser fornecidos pelo fabricante. O usuário deve estar bastante atento aos limites de operação informados pelo fabricante, pois um volume e pressão reduzidos de gás pode impedir o bom funcionamento de um dispositivo de manobra ou seccionamento, impedindo-o de extinguir o arco durante a manobra.
Figura 1 – Exemplo de gráfico de coordenação de estanqueidade para um sistema de pressão fechado.
Sistema autônomo de pressão a gás A característica de estanqueidade de
31
Apoio
Fascículo
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
32 autônomos
de
pressão
a
líquidos,
pressurizados ou não, deve ser especificado pelo fabricante. O nível de estanqueidade para líquido deve ser indicado pelo fabricante. Uma distinção clara deve ser feita entre estanqueidade interna e externa. Algumas categorias de estanqueidade são estabelecidas pela norma, a saber: 1 - Estanqueidade total: nenhuma perda de líquido pode ser detectada; 2 - Estanqueidade relativa: perda desprezível é aceitável sob as seguintes condições: Figura 2 – Sensibilidade e aplicação de diferentes métodos de detecção de vazamento para ensaios de estanqueidade. Fonte: Anexo E da ABNT NBR IEC 62271-1.
2.1. E taxa de vazamento, Fliq deve ser menor que a taxa de vazamento permissível, Fp(liq); 2.2 - A taxa de vazamento, Fliq não deve
um sistema autônomo de pressão a gás
de vida útil. Os valores normalizados são 20
aumentar continuamente com tempo, ou
definido pelo fabricante deve ser consistente
anos, 30 anos ou 40 anos.
no caso de equipamento de manobra e
com uma filosofia mínima de manutenção e
Para que seja alcançado o tempo
controle, com número de operações;
previsto de operação requerido e declarado
2.3 - O vazamento de líquido não
sistema
pelo fabricante, a taxa de vazamento para
deve causar mal funcionamento do
autônomo de pressão a gás é especificada
sistemas com SF6 é considerada para ser de
equipamento de manobra e mecanismo
pela taxa de vazamento relativa Frel de
0,1% ao ano.
de comando, nem constituir qualquer
inspeção. A
estanqueidade
de
um
cada compartimento, sendo que os valores normalizados estabelecidos são 1% e 3% por ano. Esses valores também podem
Sistemas de pressão controlados para líquido
risco para os eletricistas empenhados na manobra dos aparelhos no curso normal do seu trabalho.
ser utilizados para calcular tempos entre reabastecimentos, T, exceto condições
A estanqueidade de sistemas de pressão
extremas de temperatura ou frequência de
controlados para líquido é especificada
operações.
pelo número de reabastecimentos por dia,
Inflamabilidade
A possibilidade de vazamentos entre
Nliq, ou pela queda de pressão, Δpliq, sem
Uma característica de líquidos e gases
subconjuntos de pressões diferentes também
reabastecimento, ambos causados pela taxa
que normalmente nós, os profissionais da
deve ser considerada. No caso particular
de vazamento Fliq. Os valores permissíveis
eletricidade, tratamos com certa displicência
de manutenção em um entre vários
devem ser fornecidos pelo fabricante. Cabe
é a característica de flamabilidade. Assim
compartimentos, quando compartimentos
ressaltar novamente que estes sistemas
sendo, é conveniente que a escolha e
adjacentes contendo gás sob pressão, a taxa
devem ser submetidos a rígidos programas
a concepção das partes sejam tais que
de vazamento permissível de gás também
de manutenção de modo que seja garantida
retardem a propagação de qualquer chama
deve ser especificada pelo fabricante e o
a capacidade de operação dos sistemas
resultante de sobreaquecimento acidental
tempo entre reabastecimentos não deve ser
até que a pressão ou nível mínimos sejam
no equipamento de manobra e controle.
menor que um mês.
atingidos. Quando esses valores mínimos
Tanques de contenção, barreiras corta-
Devem ser estabelecidos meios seguros
forem atingidos, os sistemas devem ser
fogo, entre outras providências, podem ser
providos para habilitar o sistema de gás a
retirados de operação e submetidos a
necessárias para a mitigação dos efeitos da
ser preenchido enquanto o equipamento
reabastecimento dentro dos limites e
flamabilidade dos meios de extinção e/ou
estiver em serviço.
especificações do fabricante.
isolamento dos sistemas.
Sistemas de pressão selados
Sistemas autônomos de pressão a líquidos
A estanqueidade de sistemas de pressão selados é especificada pela sua expectativa
A IEC 60695-1 é uma excelente orientação para avaliar o risco de incêndio de produtos eletrotécnicos. A IEC 60695-7 também é uma
O nível de estanqueidade de sistemas
excelente opção para estudar formas de
33
Apoio
Figura 3 – Sistema com duas classes de severidade de EMC.
minimizar os riscos tóxicos decorrentes de incêndios envolvendo produtos eletrotécnicos. Evidentemente, os riscos devem ser informados pelo fabricante do aparelho que utiliza o produto com risco de flamabilidade em questão para que o usuário esteja ciente dos riscos e possa prover meios de mitigá-los.
Compatibilidade eletromagnética (EMC) Os sistemas, tanto o principal como os de comando e controle, devem ser capazes de suportar distúrbios eletromagnéticos sem avaria ou mau funcionamento. Estas condições se aplicam para todos os tipos de manobra, incluindo interrupções de correntes de faltas no circuito principal. Duas classes de severidade de EMC são definidas para interfaces ou sistemas secundários de portas ou subconjuntos: 1 - Classe de severidade de EMC normal: 1.1 - Interfaces ou portas próximas de sistema primário de alta tensão; 1.2 - Interfaces ou portas destinadas a conexões entre cubículos dentro de um sistema secundário; 2 - Classe de severidade EMC reduzida: interfaces ou portas destinadas a conexão somente dentro do cubículo, não próximas de sistema primário de alta-tensão. Um sistema completo pode consistir em partes pertencendo a duas classes. Um exemplo é mostrado na Figura 3. *Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/ CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Fascículo
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
34
Por Luciano Haas Rosito*
Capítulo V Luminância e uniformidade
Neste artigo serão abordados os
seja, a intensidade luminosa refletida
também está definida a luminância
critérios estabelecidos para a avaliação
por unidade de área, logo, estamos
de velamento ou luminância de véu,
da
de
falamos de intensidade luminosa por
sendo: o efeito provocado pela luz que
luminância estabelecidas no capítulo 5
área em metros quadrados. Usualmente,
incide sobre o olho do observador no
da norma ABNT NBR 5101:2012. Antes
pode ser definida como: a luz refletida
plano perpendicular à linha de visão.
de avaliarmos os critérios da norma,
de uma superfície, que transmite uma
Depende do ângulo entre o centro da
é importante entender o conceito da
sensação de claridade aos olhos. Está
fonte de ofuscamento e a linha de visão,
grandeza em pauta e sua unidade,
muito ligada ao brilho, mas o conceito
bem como da idade do observador.
bem como o que ela representa e sua
é diferente do brilho da luz e do brilho
A luminância varia de acordo com
importância.
luminância
e
uniformidade
refletido. A luminância não deixa de ser
a classe de reflexão da pista, sendo
A luminância é expressa em candelas
uma excitação visual no olho humano
necessário o conhecimento desta classe
por metro quadrado, sendo a luz refletida
e o que realmente enxergamos são
para o projeto luminotécnico. Varia
a partir de uma determinada área, ou
contrastes de luminância. Na norma
também de acordo com as condições da
Figura 1 – Luminância.
35
Apoio
pista, por exemplo, uma pista molhada tem características diferentes da mesma pista seca. Logo, luminância e contraste de luminância, também neste caso é o que realmente enxergamos, e o que importa para nossa visão na iluminação pública para transitarmos de forma segura. A ABNT NBR 5101 estabelece os valores mínimos para a luminância média mantida em cada classe de via para veículos e calçada para pedestres. Estes valores são obtidos pela média aritmética das leituras realizadas em campo ou cálculo realizado em software de iluminação, em plano horizontal, no nível do piso da via, sob as condições estabelecidas. Na ABNT NBR 5101, a luminância média é definida como: valor médio da luminância na área delimitada
pela
malha
de
pontos
considerada, ao nível da via. Nos instrumentos de medição, a norma define o luminancímetro como o instrumento apropriado para medir diretamente
a
luminância
(cd/m2)
média de uma área ou a luminância de diversas áreas elementares. Esta definição deve ser ampliada e definido melhor o instrumento a ser utilizado, sua
especificação
detalhada
sem
restringir marca, modelo ou tecnologia, bem como a classe de exatidão e calibração do equipamento. Para o projeto correto deve haver uma classificação do tipo de pavimento da via. Tanto a CIE quanto a IES adotam quatro classes de pavimento para fins de projeto de luminância. Esta classificação deverá ser considerada na revisão da ABNT NBR 5101 a fim de aprimorar e melhor definir as condições para
o
projeto
luminotécnico.
A
classe de pavimento nas publicações internacionais vai de R1 até R4, sendo:
Apoio
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
36 Fator Qo (coeficiente de luminância)
levando em conta o Lmin e o Lmax. A
devido aos equipamentos utilizados
aplicado a cada classe de R1 a R4 de
avaliação destes pontos é importante
e sua precisão na medição. Deve ser
acordo com o modo de refletância de
para que não tenhamos diferenças
estabelecida uma malha de medição de
cada um dos tipos. Desde um concreto
significativas de valores de luminância
luminância bem como o detalhamento
claro com reflexão difusa até um asfalto
que gerem pontos claros e escuros,
dos
com reflexão especular.
comumente conhecido como “efeito
incluindo os equipamentos necessários
zebra” ou “zebrado” na iluminação das
e sua aplicação, lentes, etc.
Nas definições da ABNT NBR 5101 também se encontram as definições dos fatores de uniformidade de luminância, sendo:
procedimentos
de
medição
Para luminância, a norma também
vias. A seção 7 da norma ABNT NBR 5101
estabelece que estes valores não são os
é a que trata da inspeção dos valores
iniciais quando é implantado o projeto,
em projeto e medição de iluminância
e sim os valores no final da vida útil do
- Fator de uniformidade da luminância
e luminância. Este é um ponto a ser
sistema, após a depreciação da fonte de
(uniformidade global): Uo igual à
discutido na revisão da ABNT NBR
luz e condições de pó acumulado na
razão entre a luminância mínima e
5101, visto que a malha de projeto e
parte externa do refrator da luminária
a luminância média em um plano
verificação de campo foi projetada
e demais depreciações neste refrator
especificado:
originalmente para iluminância, e é
(perdas
necessário avaliar se esta é a melhor
também devem ser considerados os
forma de avaliação de luminância em
fatores de manutenção ao longo do
projeto, bem como as dificuldades de
tempo de utilização de acordo com
avaliação da luminância em campo
o fator de manutenção local. O valor
Em que:
de
luz).
Para
luminância
L min é igual à luminância mínima; L med é igual à luminância média. - Fator de uniformidade da luminância (uniformidade longitudinal): UL igual à razão entre a luminância mínima e a luminância máxima ao longo das linhas paralelas ao eixo longitudinal da via em um plano especificado:
Tabela 1 – Classes de iluminação para cada tipo de via (Tabela 4 da ABNT NBR 5101)
Descrição da via
Classe de Iluminação
Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem cruzamentos em nível e com controle de acesso; vias de trânsito rápido em geral; Auto-estradas Volume de tráfego intenso
V1
Volume de tráfego médio
V2
Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego com
Em que:
Fascículo
L min é igual à luminância mínima; L max é igual à luminância máxima. Assim como na iluminância, o menor valor de luminância é definido como Lmin, conhecido como ponto de mínima iluminância na área que está sendo avaliada e deve ser aplicado para cálculo do fator de uniformidade em conjunto com o Lmed calculado/ medido. O fator de uniformidade é definido na tabela 3 da norma, também de acordo com cada classe de via. Para luminância também devemos avaliar a uniformidade de luminância UL,
separaçãode pistas; vias de mão dupla, com cruzamento e travessias de pedestres eventuais em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiros ou obstáculos Volume de tráfego intenso
V1
Volume de tráfego médio
V2
Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre bairros, com tráfego de pedestres elevado Volume de tráfego intenso
V2
Volume de tráfego médio
V3
Volume de tráfego leve
V4
Vias locais; vias de conexão menos importantes; vias de acesso residencial Volume de tráfego médio
V4
Volume de tráfego leve
V5
Apoio
37 mais importante e aplicada da ABNT
Tabela 2 – Classes de iluminação para cada tipo de via (Tabela 6 da ABNT NBR 5101)
Descrição da via
Classe de Iluminação
Vias de uso noturno intenso por pedestres
P1
esta
P2
como
referência
para
para a luminância.
P3
Para o critério de luminância, a
(por exemplo, passeios, acostamentos) Vias de pouco uso por pedestres
tabela
determinar os níveis mínimos exigidos
(por exemplo, passeios de avenidas, praças, áreas de lazer) Vias de uso noturno moderado por pedestres
que editais de licitação de compra de equipamentos, projetos e PPPs utilizem
(por exemplo, calçadões, passeios de zonas comerciais) Vias de grande tráfego noturno de pedestres
NBR 5101. Infelizmente, ainda é raro
ABNT NBR 5101 também não define
P4
um fator de manutenção que deve ser
(por exemplo, passeios de bairros residenciais)
utilizado para todos projetos, mas sim que este deve ser definido de acordo com as condições locais, densidade de tráfego devendo ser realizada a
Tabela 3 – Requisitos de luminância e uniformidade (Tabela 3 da ABNT NBR 5101)
Classe de iluminação
Lmed
UO ≥
UL ≥
TI %
SR
V1
2,00
0,40
0,70
10
0,5
V2
1,50
0,40
0,70
10
0,5
V3
1,00
0,40
0,70
10
0,5
V4
0,75
0,40
0,60
15
-
V5
0,50
0,40
0,60
15
-
manutenção
quando
a
iluminância
média atingir 70% do valor inicial. Sendo assim, de forma indireta, indica o conceito da vida útil do sistema, devendo
o
projetista/contratante
estabelecer se os equipamentos a serem utilizados depreciam em que tempo
Lmed: luminância média; UO: uniformidade global; UL: uniformidade longitudinal; TI: incremento linear. NOTA 1 Os critérios de TI% e SR são orientativos assim como as classe V4 e V5. NOTA 2 As classes V1, V2 e V3 são obrigatórias para a luminância.
para atingir este índice de 70% do valor inicial. Desta forma, deve ser utilizado o mesmo fator utilizado para os cálculos de iluminância.
médio mantido é estabelecido a partir
em ambas as situações (veículos e
Para a revisão da ABNT NBR 5101,
da necessidade de visão das pessoas
pedestres). A classificação deve levar
recomenda-se a inclusão das condições
para circulação de forma segura, logo,
em conta a via como um todo e todos os
de projeto e medição de luminância
o valor inicial deve ser maior que este
tipos de usuários que irão trafegar por
como nas recomendações internacionais
estabelecido na tabela a seguir, caso
ela, e as características específicas de
que estabelecem a padronização do
não haja um sistema de controle que
cada espaço a ser iluminado.
observador a uma distância média
mantenha o fluxo constante ao longo
A
tabela
3,
que
estabelece
de 83,07 metros e uma altura do olho
da vida levando em conta os fatores de
os
e
do observador a 1,45m em direção ao
manutenção. Os valores estabelecidos
uniformidade, deve ser considerada em
ponto de visualização. Critérios como
em norma levam em conta a necessidade
todos os projetos de iluminação pública,
método STV (Small Target Visibility)
de luminância que necessitamos para
sendo as vias classificadas como V1, V2
também poderiam ser avaliados, assim
cada situação e não uma média dos
e V3 obrigatórias para os requisitos de
como a criação de um capítulo sobre
valores ao longo do tempo.
luminância. Esta tabele deveria ser a
ofuscamento.
requisitos
de
luminância
Os níveis de luminância para a parte da via onde circulam os veículos são definidos nas classes de V1 a V5 e na calçada onde circulam pedestres de P1 a P4. As classes são definidas de acordo com a função da via, volume de tráfego, separação de tráfego e demais características
definidas
no
Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética.
código
brasileiro de trânsito. Importante na prática é saber interpretar estes valores e classificar as vias de forma correta
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Apoio
Proteção contra arco elétrico
38
Por Cláudio S. Mardegan e Giuseppe Parise*
Capítulo V Equipamentos, dispositivos e técnicas para melhorar a segurança
É muito importante que o engenheiro de proteção conheça os
62271-200. Lembramos que esta norma é um TR (Test Report). Os
equipamentos mais adequados para as aplicações relativas ao arco.
conjuntos de manobra devem ser dimensionados para permitirem
A seguir serão abordados alguns aspectos a serem considerados
a circulação da corrente nominal do sistema e ainda suportarem
quando da aplicação desses equipamentos.
os esforços decorrentes das correntes de curto-circuito: térmico,
Conjunto de manobra e controle de baixa tensão A norma brasileira que trata deste tema é a ABNT NBR IEC
dinâmico e de interrupção. A especificação deve estar de acordo com a norma ABNT NBR IEC 62271-200. Veja exemplo: LSC2B – PM – IAC – AFLR
60439-1. Para melhor garantir que o painel foi projetado, fabricado e testado, é importante considerar a utilização de painéis TTA (Type-Tested Assembly). Isso significa que você estará comprando
A primeira parte da mantissa (LSC) dá a classe da continuidade de serviço.
um painel que tem um projeto, foi fabricado, foram realizados os ensaios de tipo em protótipo por uma entidade acreditada. Esta
Classe da continuidade do serviço: dá informação sobre a
entidade acreditada emite um certificado. Assim, a maneira que se
continuidade de serviço do painel e a quantidade de compartimentos
tem para saber se o painel é TTA consiste em solicitar este ensaio ao
internos.
Fascículo
fabricante do painel.
A primeira classe ou designação dá informação sobre a
Um painel TTA não significa que o mesmo é resistente ao
conveniência de intervenção, em caso de uma manutenção ser
arco. Caso seja desejado um painel arco resistente deve-se solicitar
necessária. Utiliza-se o termo LSC (Loss of service continuity). A
um painel que também foi projeto, fabricado e testado para estas
norma prevê duas designações possíveis:
condições. Hoje em dia, o ideal é que os painéis sejam resistentes a arco. É importante saber do fabricante se o painel arco-resistente
• LSC2: perda da continuidade de serviço tipo 2
terá condições de operar após um arco interno. Como isso é difícil
“Todos os painéis que tem outros compartimentos, além do
de acontecer recomenda-se que os painéis arco-resistentes sejam
compartimento de barramentos são do tipo LSC2”
adquiridos já com relés monitores de arco para que, na ocorrência de um arco, a destruição interna seja a mínima e o painel esteja apto
• LSC1: perda da continuidade de serviço tipo 1
a operar após o arco interno.
“Todos painéis que forem diferentes de LSC2 são da classe tipo 1”
Conjunto de manobra de média tensão
O painel LSC2 possui duas subdivisões: LSC2A e LSC2B As cláusulas A e B do painel LSC2 dão informação sobre a
A norma brasileira que trata deste tema é a ABNT NBR IEC
continuidade de serviço que pode ser conseguida em caso de
Apoio
manutenção do painel ou partes dele:
Classe do arco interno: dá informação se o painel foi ou não ensaiado para suportar o arco interno.
• LSC2B: o painel que é classificado como tendo perda da
A terceira classe ou termo de classificação de painéis de média
continuidade de serviço B é o conjunto que tem a seguintes
tensão identifica se o equipamento foi ou não ensaiado para suportar
características:
o arco interno. Utiliza-se o termo IAC (internal arc cubicle) para
• Ao se fazer uma manutenção, apenas o compartimento de entrada
painéis ensaiados.
de cabos do cubículo pode ficar energizado; • O cubículo deve ter, pelo menos, três compartimentos: o do
LSC2B-PM-IAC
aparelho de manobra, o da entrada do aparelho de manobra e o de
Se o painel não foi ensaiado contra o arco interno, o termo IAC
saída do aparelho de manobra;
é omitido:
• LSC2A: são todos os cubículos diferentes da classe LSC2B. LSC2B-PM A segunda parte (PM) dá a compartimentação.
A norma que trata dos testes de arco interno é a IEC TR 616412014.
Classe da compartimentação: dá informação sobre o tipo de material utilizado nas divisões, compartimentos internos e guilhotinas.
Classes de arco segundo a IEC TR 61641-2014
A segunda classe ou designação indica qual é o tipo de material utilizado nos compartimentos, divisões internas ou guilhotinas do
✓ Classe de Arco A – É usada para proteção de pessoas. Utiliza os
painel. São dois tipos:
critérios de 1 a 5, mostrados a seguir. ✓ Classe de Arco B – É usada para proteção de pessoas mais arcos
• PM: partições feitas de material metálico
restritos a uma área específica dentro do conjunto de manobra.
• PI: partições feitas de material isolante
Utiliza os critérios de 1 a 6 seguintes. ✓ Classe de Arc C - É usada para proteção de pessoas mais arcos
A terceira parte (IAC) indica se os cubículos são resistentes ao arco.
restritos a uma área específica dentro do conjunto de manobra. É
39
Apoio
Proteção contra arco elétrico
40
possível a operação limitada após uma falta. Utiliza os critérios de
caráter de emergência da parte restante do conjunto de manobra
1 a 7.
deve ser possível. Isto deve ser verificado através de teste de
✓ Classe de Arco I – Conjunto de manobras provendo proteção por
tensão aplicada: 1.5 vezes a tensão nominal de operação por um
meio de zonas protegidas para a ignição do arco.
minuto, conforme prescrito na norma IEC 61439-2:2011, item
Nota: Se é feito um acordo entre o usuário e o fabricante, um critério
10.9.2. O abaulamento de portas e tampas da unidade sob teste e
diferente ou inferior pode ser aplicado.
adjacências é aceitável, podendo ser prontamente substituídas, restaurando a um grau de proteção de invólucro mínimo de
O item 8.7 da norma IEC TR 61641:2014 cita os critérios usados
IPXXB da IEC 60259. Excetuando-se a zona testada declarada
para validação do teste de arco nas condições detalhadas na cláusula
pelo fabricante, todas as outras unidades devem permanecer
4 da mesma norma.
completamente operacionais elétrica e mecanicamente e
Para a proteção das pessoas os critérios de 1 a 5 seguintes devem
estarem na mesma condição de antes dos testes.
ser atendidos: A quarta parte (AFLR) indica a acessibilidade do painel. 1) As tampas e portas devem estar corretamente seguras e se manterem no lugar, provendo um nível mínimo de proteção
Classe da acessibilidade: dá informação sobre a acessibilidade
de acordo com os requisitos de proteção de invólucro IP1X da
permitida ao redor do painel; em que lados do painel as pessoas
norma IEC 60529. São aceitas deformações. Alguma ruptura de
podem circular, de forma segura, quando ocorre um arco interno.
um número limitado de dobradiças e fixações são aceitáveis.
A quarta classe ou termo indica a) tipo de acessibilidade e
O conjunto de manobra não necessita estar em conformidade
b) em que lados do painel pode haver circulação de pessoas. A
com sua classe de IP após o teste.
acessibilidade pode ser de dois tipos:
Nota 1: O objetivo do critério 1 é minimizar o risco de lesões às pessoas por impacto de portas, tampas, etc., e assegurar um nível
• A: acesso ao painel é restrito a pessoas autorizadas – ensaio com
mínimo de proteção às pessoas contra contato acidental perigoso
indicadores a 300 mm.
com partes energizadas.
• B: acesso ao painel é irrestrito de pessoas – ensaio com indicadores
2) Nenhuma parte do conjunto de manobra com mais de 60g
a 100 mm.
deve ser ejetada, exceto aquelas que estão desalojadas e caem entre o conjunto de manobra e os indicadores. Nota 2: O objetivo deste critério é minimizar o risco de lesões
Junto ao termo de acessibilidade deve ser informado em que lados do painel as pessoas podem transitar:
sérias às pessoas por impacto de partes ejetadas. 3) O arco não deve causar buracos nas partes externas do
• R (Rear): traseira
invólucro abaixo de 2m de altura nos lados declarados acessíveis
• L (Lateral): lateral
em caso de queima.
• F (Frontal): frontal
Nota 3: O objetivo deste critério é minimizar o risco de lesões às
Exemplo: LSC2B-PM-IAC-BFL
pessoas por queimadura direta. 4) Os indicadores não devem ficar chamuscados (chamuscados na pintura ou em adesivos estão exclusos dessa avaliação).
Fascículo
5) Os circuitos de proteção para as partes acessíveis do invólucro ainda devem estar efetivos conforme descrito na norma IEC 61439-2. 6) O conjunto de manobra deve ser capaz de confinar o arco à área definida onde o mesmo se iniciou e não deve haver propagação do arco para outras áreas do conjunto de manobra. Efeitos de gases quentes e deposição de fuligem em áreas adjacentes que não estejam sob o arco são aceitáveis, uma vez que apenas uma limpeza é suficiente. Proteção às pessoas e ao conjunto de manobra com capacidade de operação limitada é alcançada quando os critérios de 1 a 7 são atendidos: 7) Após a eliminação da falta ou após o isolamento ou desmontagem da unidade funcional afetada, a operação em
Cláudio S. Mardegan é engenheiro especialista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia. É membro sênior do IEEE e chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Falut Protection. É chair ainda do Capítulo 13 – Protection Coordination e vice-chair de Surge Protection do IEEE. É diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. Giuseppe Parise é engenheiro eletricista e, desde 1973, trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Sapienza em Roma, onde é Professor Pleno de Sistemas Elétricos de Potência. Tem mais de 320 artigos publicados e é autor de duas patentes e três prêmios de artigos do IEEE/IAS PSD. É membro ativo do IEEE Industry Applications Society (past Member at Large of Executive Board).
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Apoio
41
42
Aula Prática
Por Juliano Gonçalves e Rafael Morgado*
Instalações em redes subterrâneas Melhores práticas na gestão da manutenção de cabos isolados de média tensão
O Setor Elétrico / Maio de 2018
43
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Redes subterrâneas no Brasil
indicado nessas instalações. Nos últimos
são elementos essenciais para o perfeito
dez anos, um crescimento exponencial da
funcionamento desta infraestrutura. Portanto,
A construção de redes elétricas em média
geração eólica ocorreu no Brasil e mais
uma falha neste componente afeta toda a operação do sistema.
tensão utilizando cabos isolados, de forma
recentemente, nos últimos dois anos, no
aérea ou subterrânea, no Brasil, teve início
setor de usinas fotovoltaicas .
no segmento de distribuição de energia
elétrica há aproximadamente 100 anos.
eletricidade, como a Eletropaulo ou a
geralmente nas redes das empresas de
Especialmente no segmento de distribuição
Light, têm realizado a conversão de suas
distribuição, porém, grandes instalações
subterrânea, os cabos isolados tiveram
redes aéreas em redes substerrâneas. A
industriais
maior destaque, tendo em vista a maior
substituição
apresentam este tipo de recurso. Mesmo
As
próprias
distribuidoras
comprovadamente
reduz
de
a
Algumas configurações de redes elétricas
subterrâneas
apresentam
e
contingência,
comerciais
dificilmente
criticidade desta operação em relação à rede
frequência equivalente de interrupção (FEC)
quando existentes, as contingências são
aérea, pois qualquer falha nessa instalação
e os custos associados com manutenção.
limitadas e muitas vezes não permitem o
apresenta maior complexidade para reparo e
Assim, as perpectivas de crescimento das
atendimento integral da carga.
reestabelecimento da condição operativa.
redes subterrâneas no Brasil são excelentes
e acompanham a tendência mundial.
cabos utilizados em baixa tensão, os cabos
Mesmo após um centenário do início da
isolados de média tensão apresentam
utilização de cabos isolados na construção de redes de distribuição de energia elétrica, apenas pequenas regiões de algumas cidades do país são providas de redes instaladas de
Relevância dos cabos isolados em média tensão em redes subterrâneas
componentes apresenta uma funcionalidade o sistema.
várias
da rede instalada de forma aérea. As redes subterrâneas, no entanto, apresentam uma
subterrânea de média tensão é um projeto
série de vantagens em relação às redes
planejado para que a operação seja confiável
A construção de uma rede elétrica
áereas, como: estética mais agradável,
e segura, retornando assim o investimento
maior segurança operativa, menores custos
aportado em sua construção, mais alto do que
sua
construção,
Manutenção centrada em confiabilidade para cabos isolados em média tensão
de manutenção e maior confiabilidade.
o de redes aéreas. Para obter esse resultado
São
é importante que a rede se mantenha em
na
em
e qualquer problema acaba por desequilibrar
predominantemente,
camadas
conforme ilustrado na Figura I. Cada um dos
forma subterrânea, sendo a predominância
aplicadas,
Vale destacar que, diferentemente dos
Todo e qualquer cabo de potência,
atualidade, em indústrias de grande porte,
perfeitas condições de funcionamento o
trabalhando em média ou alta tensão, é
distribuidoras de rede elétrica e usinas de
maior tempo possível, permitindo assim a
sujeito à ação do tempo, sofre degradação
geração de energia.
continuidade do abastecimento.
e um dia irá falhar. Vários são os fatores
que determinam a durabilidade de um
Em instalações industriais e comerciais
As
redes
compostas
elétricas de
subterrâneas
de grande porte é comum o uso de redes
são
de
cabo, como os materiais empregados em
elétricas subterrâneas de média tensão
média tensão, chaves de manobra e
alimentadores
sua composição ou as condições a que
devido aos requisitos dessas instalações.
transformadores, que podem ser instalados
são submetidos. Cabos com isolamento
O
de forma subterrânea ou acima do nível
polimérico, por exemplo, têm expectativa
abastecimento
de
eletricidade
em
média tensão deve ocorrer em diversos
do solo, dependendo da característica da
de vida média estimada entre 20 e 40 anos,
pontos da planta, que nem sempre estão
instalação.
no entanto, não é incomum que sejam
próximos. Devido às distâncias envolvidas e
verificadas falhas antes deste período.
Os cabos isolados de média tensão
à tensão empregada, torna-se mais segura a utilização de redes subterrâneas. A maior confiabilidade é outro ponto favorável, pois paradas não programadas acabam por afetar a operação de modo imprevisível, afetando o faturamento.
Usinas eólicas e fotovoltáicas também
fazem uso de redes subterrâneas. Nessas instalações, redes de distribuição aérea permaneceriam expostas a condições climáticas agressivas, levando a diversos transtornos operacionais. Assim, o uso de redes substerrâneas é o mais comum e
Figura 1 – Características construtivas de um cabo isolado de média tensão.
44
Aula Prática
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Dentre as causas mais comuns para falhas
Ensaios de tangente delta: nos ensaios de
Ensaios de descargas parciais: descargas
prematuras podem-se citar imperfeições de
tangente delta, uma tensão alternada de
parciais são fenômenos produzidos devido
manufatura, defeitos introduzidos durante a
baixa frequência (VLF – 0,1Hz) é aplicada
à amplificação do campo elétrico em
instalação ou produzidos pelas condições de
entre o condutor e o terra, submetendo uma
regiões de interface. Em defeitos como
operação.
diferença de potencial ao isolamento. O
descolamentos de camadas, bolhas no
Falhas que ocorram durante a operação
equipamento realiza a medição da corrente
isolamento,
entre
outros,
às
tensões
podem conduzir a paradas não programadas
elétrica e do ângulo de defasagem em
elétricas nas interface podem superar a
na produção, trazendo prejuízos para a
relação à tensão. Resolve, a partir dessas
rigidez dielétrica do meio, produzindo
empresa. O lucro cessante, dependendo do
informações, a corrente elétrica, separando-a
descargas.
circuito em que a falha ocorre, pode alcançar
em dois componentes, a corrente resistiva e
são ditas parciais, pois não produzem a
altas quantias e afetar definitivamente o
a corrente capacitiva. A razão entre os dois
ruptura dielétrica total do cabo, mas apenas
faturamento de um período. Para mitigar
componentes da corrente elétrica define o
em uma fração de seu volume. Como
o risco de tais eventualidades, a gestão de
tangente delta, ou também o denominado
consequência, não promovem a falha, mas
manutenção com foco em confiabilidade é a
fator de dissipação.
promovem a degradação dos isolamentos,
solução mais indicada.
Note que, quanto melhor o isolamento do
aumentando a concentração de defeitos na
As
descargas,
no
entanto,
A política de manutenção centrada em
cabo, espera-se que o componente resistivo
microestrutura e tornando o material ainda
confiabilidade, quando aplicada a cabos
da corrente elétrica seja menor (pois a
mais suscetível a novas descargas parciais.
de potência, tem como objetivo principal
condução eletrônica através do material seria
Em determinado estágio de degradação, as
a otimização de seus ativos, aumentando
menor). Assim, baixos valores do tangente
características dielétricas do isolamento já
sua vida útil e reduzindo o número de
delta sugerem isolamentos em melhores
não são satisfatórias e ocorre a ruptura total
paradas de manutenção. Inicialmente, um
condições.
do meio dielétrico, com a consequente falha
estudo deve ser realizado para identificar
são muito importantes para a avaliação
do cabo.
os elementos mais críticos ao sistema. Uma
dos isolamentos, como a estabilidade do
análise é realizada sequencialmente para
tangente delta e a sua variação, quando
métodos nos quais se aplicam uma alta
determinar as possíveis ações a serem
sujeito à variações na tensão aplicada.
tensão elétrica entre o condutor e o terra,
tomadas e, por fim, programar as paradas
Irregularidades nos parâmetros citados
submetendo o isolamento à alta tensão.
para execução dos planos de manutenção.
são geralmente associadas a problemas
Correntes elétricas ou tensões transientes,
Outros
parâmetros
também
Ensaios de descargas parciais são
Desta forma, investimentos para substituição
no conjunto cabo + acessórios. Quando
da ordem de microamperes ou milivolts, são
de cabos ou paradas desnecessárias são
identificados, podem ser investigados para
identificadas e o sinal de resposta medido.
evitadas e garante-se a máxima eficiência
determinação da causa raiz, permitindo a
Por meio da avaliação da forma do sinal e
dos ativos. Pesquisas realizadas nesse âmbito
tomada de ações corretivas. Atualmente,
de suas reflexões, é possível identificar a
têm provado os benefícios operativos e
uma ampla base de dados é disponível, que
existência de descargas parciais e a posição
financeiros.
permite o estabelecimento de valores críticos
em que ocorrem.
aos parâmetros do tangente delta. Através
Paradas de manutenção e técnicas empregadas
Ativos considerados críticos durante
a etapa de planejamento da manutenção
da comparação dos resultados obtidos
Ensaios de reflectometria no domínio do
durante análises com os valores críticos,
tempo: na reflectometria, um pulso de baixa
normatizados pela IEEE 400.2, é possível
tensão é injetado em uma extremidade do
avaliar as condições gerais dos componentes
cabo e este viaja até a sua outra extremidade,
dos cabos.
onde é refletido. Durante este percurso,
são avaliados quanto à confiabilidade em paradas programadas da operação. Nessas paradas, os componentes dos cabos são caracterizados utilizando diversas técnicas. Os objetivos das análises são três: prevenir futuras falhas, predizer o comportamento dos ativos e verificar possíveis ações corretivas, a fim de eliminar problemas que foram observados.
Os ensaios mais amplamente difundidos
e empregados, tanto em indústrias, quanto em concessionárias são:
Figura 2 – Definição do tangente delta, circuito equivalente para medição e diagrama fasorial.
45
O Setor Elétrico / Maio de 2018
o sinal viaja através do cabo e, qualquer variação significativa na impedância, produz uma nova reflexão do sinal.
Variações na impedância do cabo
podem ser produzidas por emendas, falhas, problemas de corrosão na blindagem metálica
e
infiltrações
de
água
em
emendas (ver Figura 3). Assim, a técnica permite a identificação de uma série de irregularidades que outras técnicas não são capazes de identificar. Embora não tão utilizada quanto as outras duas técnicas citadas
anteriormente,
tem
importante
aplicabilidade também.
Além dos ensaios acima, é importante
também citar os testes de tensão aplicada, tanto para capa quanto para os isolamentos. No caso dos testes de tensão aplicados à capa, níveis de tensões normatizados são aplicados entre a blindagem metálica e o solo. Através dos níveis verificados para a corrente de fuga é possível inferir se falhas na capa existem. Falhas desse tipo não impedem a operação dos cabos de potência, mas certamente promovem uma degradação mais acelerada dos mesmos.
Testes
de
tensão
aplicados
aos
isolamentos são indicados tanto por normas nacionais, como por normas internacionais.
Figura 3 – Curvas características obtidas por Reflectometria e interpretações associadas.
Grandes instituições, como o IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) e e o IEC (International Electrotechnical Commission), incorporaram a prática de
cabos
tensões em baixas frequências (VLF) em
instáveis sejam colocados em operação.
características de cada cabo avaliado.
suas normas e guias. A ABNT (Associação
São utilizados no comissionamento de
Brasileira de Normas Técnicas), por outro
cabos novos, em testes de aceitação após
se um cabo estiver na iminência de falhar,
degradados
ou
em
condições
normatizada e deve estar em acordo com as A filosofia empregada no teste é que,
lado, ainda não o fez. Esta discrepância
a troca de componentes (como emendas e
é melhor que falhe durante o teste, numa
acaba por confundir alguns gestores e
terminações) ou na gestão de confiabilidade
parada programada, do que de uma
promove, por vezes, tomadas de decisões
de
conforme
imprevista, promovendo uma parada não
equivocadas. Mais detalhes e informações
determinado pelas normas brasileiras ABNT
programada. Os custos envolvidos numa
são dados a seguir.
NBR 7286, ABNT NBR 7287 e normas
parada programada são muito inferiores.
internacionais IEEE 400.2 e IEC 60060-1.
nos testes, sendo classificadas de acordo
Testes de tensão aplicada em VLF vs testes HiPot - DC
sistemas
Os
testes
importantes,
consistem
na
aplicação
Diferentes configurações são utilizadas
de tensões superiores àquelas utilizadas
com a forma do sinal injetado no circuito
durante a operação, por um período
em avaliação. Algumas das configurações
Testes de tensão aplicada têm um
determinado, que pode alcançar até 60
mais usuais são: testes em tensão contínua
papel fundamental na avaliação de cabos
minutos. São executados com o objetivo
(HiPot-DC), em tensão alternada a 60 Hz e
de
de
de identificar se um cabo tem condições
utilizando frequências muito baixas (Very
outras técnicas empregadas, esses testes
de entrar em operação de modo seguro,
Low Frequency - VLF). Os testes em tensão
têm a finalidade de realizar a manutenção
minimizando a possibilidade de apresentar
contínua eram amplamente utilizados no
preventiva dos sistemas, evitando que
falhas posteriores. A tensão empregada é
passado, onde cabos com isolação de papel
média
tensão.
Diferentemente
46
Aula Prática
O Setor Elétrico / Maio de 2018
impregnado com óleo (PILC) eram avaliados.
normas IEEE400.2 e IEC 60060-1. Uma série
resultados são otimizados proporcionando
de implementações têm sido propostas
um menor stress aos cabos avaliados e
Sua aplicabilidade, no entanto, começou
a ser questionada a partir dos anos 1980, com
nos últimos anos, como o monitoramento
realizando um menor número de paradas
a substituição dos cabos antigos por cabos
de diversas características durante o teste,
para manutenção durante a vida útil dos
com isolamentos em materiais poliméricos,
atribuindo ainda mais valor à técnica.
ativos.
como o XLPE ou o HMWPE. Foi verificado
Os
testes
de
tensão
aplicada
Diversas
técnicas para
são
empregadas
nessa época que os testes DC promoviam a
monitorados (MWT-VLF) são o estado da
atualmente
falha em grande número de cabos, mesmo
arte no diagnóstico de cabos com foco
componentes
caracterização
muitos deles sendo considerados novos e
em manutenção preventiva. Dentre os
métodos mais amplamente empregados
sadios.
parâmetros que podem ser monitorados
destacam-se
dos os
cabos.
ensaios
dos
Dentre de
os
tangente
Diversos estudos foram realizados a partir
durante os ensaios destacam-se o fator de
delta, os de descargas parciais e os de
de então para investigar tais resultados, onde
dissipação (Tangente Delta) e a verificação
reflectometria no domínio do tempo.
se atribuiu como causa principal o acúmulo
de descargas parciais. Os testes de tensão
e “armadilhamento” de cargas espaciais,
aplicada monitorados não serão abordados
nacionais para realização de testes de
gerado pela forte polarização durante os
nesse trabalho, mas para os que desejarem,
tensão aplicada em corrente alternada,
testes. Quando recolocados em operação,
informações
sendo necessária a utilização de normas
as cargas espaciais, que permaneciam
contato com os autores.
internacionais.
Conclusões
polimérico, a aplicação de tensões elétricas
podem
ser
obtidas
pelo
internacionais
em baixa frequência (VLF), de cerca de 0,1Hz.
crescimento de electron trees e levando a falhas prematuras. Atualmente, os ensaios
HiPot-DC não são recomendados em
sejam amplamente empregadas no Brasil
nenhuma norma internacional para sistemas
atualmente, estas têm adquirido cada vez
Embora
redes
subterrâneas
não
de cabos com isolamentos poliméricos,
mais espaço e destaque devido às suas
independentemente de sua idade.
vantagens em relação às redes aéreas.
Referências
recomendam, para cabos com isolamento
armadilhadas na estrutura dos cabos, causavam uma sobretensão, favorecendo o
O Brasil ainda não possui padrões
A utilização de frequências muito baixas
Paralelamente a esse fato, a gestão dos
(VLF) é a alternativa viável para realização
ativos associados, como cabos isolados,
dos ensaios. Sua utilização é tida como a
também tem adquirido cada vez maior
solução encontrada para eliminar/mitigar os
importância.
problemas de polarização encontrados nos
testes HiPot-DC e apresenta boa relação
centrada em confiabilidade é a que
de custo-eficiência. Cada vez mais têm-se
traz mais benefícios ao sistema, pois é
A política de gestão de manutenção
optado pela sua utilização no diagnóstico
decorrente de uma análise de criticidade e
de cabos, sendo indicado dentro das
de avaliações de custo benefício. Os custo e
*Juliano Gonçalves é engenheiro eletricista, pós-graduado em Administração e Senior Leadership Program pela Darden University/ USA. Atualmente, é diretor de operações da Baur do Brasil, com ampla experiência no setor elétrico, tendo gerenciado áreas de distribuição subterrânea, subtransmissão e inovação na Eletropaulo. Rafael Morgado possui graduação em Física, com mestrado e doutorado pelo IPEN-USP com ênfase em propriedades elétricas de materiais. Atualmente, é analista de desenvolvimento técnico da Baur do Brasil. É autor de artigos internacionais, trabalhos para congressos nacionais e internacionais, três livros didáticos e um software de tratamento estatístico de dados. É ainda professor universitário e membro do Cigré.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 23 / Maio de 2018
Atualização do Atlas do Expansão da geração solar Potencial Eólicodas fontes Brasileiro Planejamento do crescimento renováveis, especialmente a solar fotovoltaica,
Revisão levavista em as conta alturas superiores 50 metros novas tecnologias disponíveis comercialmente tendo em metas assumidas peloa Brasil juntoe àascomunidade internacional Energia sobredao fonte Relatório Anual Global de Energia Eólica, do GWEC Energiaeólica: eólica:considerações o futuro promissor no país Energia crescedaa mobilidade taxas superiores a 100% ao ano desde 2013 Energiasolar: solar:aafonte nova que realidade elétrica *Notícias *Notíciasselecionadas selecionadassobre sobreasasfontes fontesrenováveis renováveisque quemais maiscrescem crescemno nopaís* país* APOIO
Apoio
48
Fascículo
Renováveis
Por Antonio Carlos Neiva, Ary Vaz Pinto Junior, Ricardo Marques Dutra, Sergio Roberto de Melo, Vanessa Guedes, Waldenio de Almeida, Rodrigo Braz e Angelo Cabrera*
Capítulo IV Atlas do potencial eólico brasileiro
Apoio
49
O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado em 2001 e concebido para a altura de 50
metros (altura suficiente para as tecnologias dos aerogeradores da época), foi, sem dúvida, um importante marco para o desenvolvimento do setor eólico no Brasil. Com o passar dos anos, o mercado eólico brasileiro experimentou crescimento significativo, tanto devido à implantação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), quanto aos resultados alcançados pelos leilões de energia. Ao longo do tempo, a tecnologia de aerogeradores se desenvolveu significativamente disponibilizando modelos de maiores potências e dimensões para operação em alturas mais elevadas, quando comparados aos modelos comercializados em 2001.
Com o objetivo de promover a atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro de 2001,
considerando alturas superiores a 50 metros e as novas tecnologias disponíveis comercialmente, foi aprovado, pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial de Energia (CT-ENERG), um projeto de encomenda vertical ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), implementado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Para a realização deste projeto, o Cepel estabeleceu parceria com o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) para alocação da infraestrutura e de profissionais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). A partir do trabalho conjunto entre o Cepel e o CPTEC, foi possível estimar o potencial eólico para todo o território nacional através do uso de modelos numéricos utilizados para previsões do tempo. Considerando a complexidade de tais modelos e a necessidade de abranger todo o território brasileiro, o processamento das informações contou amplamente com o uso do supercomputador do CPTEC.
Dentre os diversos modelos numéricos utilizados pelo CPTEC para previsão do tempo, o
modelo de mesoescala Brams (Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System) foi escolhido para estimar a velocidade e a direção do vento em todo o país, para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Tal escolha foi baseada tanto no fato deste modelo ser o resultado da consolidação de várias adaptações do modelo Rams (Regional Atmospheric Modeling System) para as condições climáticas brasileiras, quanto na existência de um grande número de meteorologistas que o utilizam para previsão do tempo em todo o Brasil. Como o modelo Brams apresenta melhores resultados para simulações realizadas com base numa grade de 5 km x 5 km, escolheu-se esta resolução para a elaboração do presente Atlas.
Para a obtenção de um ano típico, que representasse informações médias de um período e não de
um ano específico, decidiu-se que seriam simulados os anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. A partir dos dados simulados e, posteriormente, ajustados com dados medidos, seria, então, obtido o ano típico para o período dos quatro anos mencionados. Uma grande preocupação ao longo da elaboração do presente Atlas foi a questão da comparação dos resultados das simulações geradas pelo modelo Brams com dados efetivamente medidos. Apesar da vasta rede climatológica distribuída por todo o Brasil, disponibilizada pelo Inpe 1, os melhores dados para comparação e ajuste dos resultados das simulações obtidas com o modelo Brams são aqueles provenientes de estações anemométricas específicas para empreendimentos eólicos. Uma das grandes vantagens de se utilizar estes dados está nas alturas de medição, que coincidem com as alturas dos aerogeradores disponíveis comercialmente no Brasil. Através do apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 12 empreendedores autorizaram o uso de informações anemométricas oriundas de 39 parques eólicos e relativas ao período dos anos simulados. As autorizações concedidas para o uso de dados anemométricos provenientes de parques eólicos em operação no Brasil, considerados de alta qualidade, possibilitaram ajustes importantes com relação aos resultados simulados nas principais áreas de comprovado potencial.
1 A base de dados meteorológicos do Inpe é formada por dados de estações meteorológicas convencionais e automáticas do INMET e de outras instituições, dados de aeroportos (METAR) do DECEA, relatórios climatológicos do INMET e do DECEA, estudos acadêmicos e agrícolas para locais específicos e campos de dados interpolados obtidos a partir de todas as observações disponíveis na base de dados do CPTEC.
Apoio
Fascículo
50
Renováveis
Metodologia
resultados com performance igual ou superior a modelos de outros
O Brams, ao longo das simulações realizadas para elaboração do
Atlas, era o modelo numérico do CPTEC/Inpe que possuía os melhores
O mapeamento do potencial eólico para todo o território brasileiro
foi realizado a partir do modelo numérico de mesoescala Brams
centros internacionais (FREITAS, et al., 2017).
(Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System),
com resolução horizontal de 5 km x 5 km e uma rede de medições
do Brams a fim de estimar, com todos os detalhes possíveis para uma
anemométricas utilizada para ajuste dos resultados.
grade com 5 km de resolução, a intensidade e a direção do vento em
Nesta seção serão apresentadas as metodologias utilizadas para
diferentes alturas para todo o território nacional. O modelo Brams
ajuste dos resultados de mesoescala. Também serão descritos os dados
do CPTEC/Inpe pode ser executado com maior resolução espacial,
anemométricos utilizados no ajuste e validação dos resultados além dos
mas optou-se pela mesma grade de 5 km já utilizada nas versões
cálculos necessários para elaboração dos diversos mapas temáticos,
operacionais sendo utilizadas para gerar a previsão de tempo para o
tais como os de velocidade e direção do vento em diversas alturas, fator
Brasil, pois a mudança da resolução poderia exigir a recalibração de
de forma e escala da distribuição de Weibull, regime diurno etc.
alguns parâmetros internos do modelo.
Para o trabalho do novo Atlas foi desenvolvida uma versão especial
A resolução temporal dos resultados é horária, o que permite uma
O modelo Brams
avaliação do comportamento das variáveis meteorológicas ao longo
do dia (ciclo diurno), e para não extrapolar excessivamente o volume
O modelo utilizado neste trabalho foi o Brams, que é um modelo para
previsão numérica de tempo e clima (PNTC) desenvolvido pelo Inpe a
de dados, apenas um subconjunto dos dados de saída do modelo foi
partir de um modelo desenvolvido na década de 1980 na Universidade
armazenado. Foram selecionadas algumas variáveis de superfície, que
Estadual do Colorado, o Rams (Regional Atmospheric Modeling System),
também foram disponibilizadas para as alturas “nativas” do modelo de
que é uma ferramenta flexível e de código aberto para modelagem
32,2 m, 80,5 m, 120,1 m, 160,0 m, 200,0 m e 240,0 metros. Outra
e previsão de fenômenos atmosféricos. O Rams tem como base um
modificação importante nesta versão do Brams foi a geração da rosa dos
conjunto de equações não hidrostáticas e compressíveis e dois modelos
ventos no pós-processamento do modelo, obtido a partir da direção do
de mesoescala hidrostáticos (PILKE, et al., 1992).
vento de cada timestep do modelo, gerando uma “rosa dos ventos” para
cada horário de saída.
O modelo Brams, conforme apresentado na Figura 1, é
constantemente aprimorado (FREITAS, et al., 2017), incluindo
funcionalidades e modificações com o objetivo de melhorar a
duas partes, a fim de economizar tempo de processamento no
O domínio de execução do modelo numérico foi dividido em
representação numérica de processos físicos fundamentais sobre
supercomputador. Uma parte foi executada com a resolução de 5
regiões tropicais e subtropicais.
km, englobando toda a região do Brasil onde pode existir potencial de
Figura 1 - Representação esquemática do modelo Brams (FREITAS, et al., 2017).
Apoio
Fascículo
52
Renováveis
geração eólica de energia elétrica, e a outra, compreendendo a Amazônia
Controle do Espaço Aéreo - DECEA/ICEA);
ocidental, onde se sabe que não existe potencial de geração eólica, foi
• Dados da rede de estações da Marinha do Brasil;
gerada com 15 km de resolução horizontal. Posteriormente, as duas
• Dados de outras redes regionais (PCDs do Inpe, Funceme, ANA, Cemig, etc.)
partes foram reunidas para gerar um campo único, a fim de fazer o ajuste estatístico e gerar os produtos numéricos derivados.
Adicionalmente, uma vez que a finalidade do Atlas do Potencial Eólico
Brasileiro é disponibilizar informações com o objetivo de identificar sítios
Dados anemométricos
promissores para implantação de parques eólicos de geração de energia elétrica em todo o território nacional, o ajuste dos resultados do modelo
Apesar de todos os avanços e desenvolvimentos recentes dos
Brams deveria contar com séries históricas de alta qualidade destinadas
modelos numéricos de previsão de tempo e clima, os resultados atuais
para este fim. Neste sentido, o Cepel, através do apoio do então MCTIC e da
ainda possuem um razoável grau de imprecisão e incertezas. Uma vez
EPE, obteve a autorização de 12 empreendedores para utilização de dados
que os modelos numéricos (incluindo o modelo Brams) representam
anemométricos provenientes de 39 parques eólicos em operação espalhados
uma simplificação de um sistema real (Figura 2) e que as imperfeições
por todo o Brasil. Foi autorizada a utilização de médias mensais da velocidade
da modelagem decorrem do conhecimento incompleto dos processos
do vento medidas na altura dos aerogeradores instalados. As autorizações
físicos, da formulação matemática simplificada dos processos
foram concedidas para uso das médias mensais da velocidade e direção
modelados, assim como dos processos que ocorrem em escalas que
do vento exclusivamente para ajuste das simulações do modelo Brams
não podem ser representados na solução numérica adotada, faz-se
referentes aos anos de 2013 a 20152.
necessário ajustar (ou calibrar) os resultados dos modelos numéricos
tornando-os, assim, uma base de dados mais coerente com as
anemométricas) que abrangesse grande parte do território brasileiro, foram
condições observadas em campo e, consequentemente, um produto de
selecionados um conjunto de dados de aeroportos distribuídos por todos
melhor resultado para os usuários finais.
os estados brasileiros, com preferência para aeroportos internacionais, por
Par aumentar a representatividade de pontos de referência (estações
possuírem dados de melhor qualidade e maior cobertura temporal. Estes dados foram extraídos do sistema de processamento do CPTEC/Inpe e consolidados em médias mensais. Vale citar que, diferentemente dos dados medidos em parques eólicos, cuja altura de medição é próxima a 100 m (altura dos modelos de aerogeradores comercializados atualmente), a altura padrão das medições nas estações sinóticas é de 10 m.
Após um controle de qualidade realizado pelo Cepel nos dados de mais
de 300 estações que compõem o banco de dados observados do CPTEC/ Inpe (conforme apresentado acima), foram selecionadas 99 estações Figura 2 - Ilustração das diferenças entre o "mundo real" e a representação matemática dos modelos numéricos (KARL, et al., 1989).
Uma vez que é necessário obter um número significativo de dados
representativas em todo o território nacional para aferição e ajuste dos resultados da simulação do Brams para o ano de 2013.
anemométricos para validação dos resultados do modelo Brams, foram
Metodologia de ajuste
utilizadas informações provenientes de estações climatológicas espalhadas
por todo o Brasil, pertencentes ao Inpe, ao Inmet (Instituto Nacional de
previsão de clima apresentam, para cada ponto, desvios sistemáticos3, faz-se
Meteorologia), ao DECEA/ICEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo/
necessário identificá-los e corrigi-los através de informações providas de
Instituto de Controle do Espaço Aéreo), entre outras instituições. Vale
medições em campo de forma que haja maior aderência entre as previsões
ressaltar que uma parte importante do acervo de ambas as instituições
apresentadas pelo modelo e as condições observadas.
apresentou séries históricas de boa qualidade, que se mostraram adequadas
para ajuste dos resultados simulados. Os dados utilizados para gerar o campo
dados observados em estações meteorológicas ou anemométricas com os
de ajustes foram obtidos através do banco de dados observados do CPTEC/
respectivos dados simulados fornecerá uma indicação da intensidade e do
Inpe, que inclui informações de diversas fontes, tais como:
sinal destes desvios sistemáticos, que dessa forma poderão ser mensurados
• Dados de estações sinóticas convencionais e estações automáticas do
e removidos.
Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia);
• Dados de aeroportos e aeródromos (a maior parte do Departamento de
largamente utilizado em meteorologia numérica, com diversos exemplos de
Uma vez que dados simulados através de um modelo numérico de
O método de ajuste aplicado no Atlas assume que a comparação dos
O método da correção do viés médio, utilizado neste trabalho, é
2 Apesar de incluir simulações do modelo Brams para o ano de 2012 para elaboração do ano típico e de vários parques já estarem em operação no mesmo ano, somente em 2013 havia disponibilidade de séries históricas completas. 3 Desvios sistemáticos ou erros sistemáticos são devidos a causas identificáveis e podem, em princípio, ser eliminados. Erros desse tipo resultam em valores que são sistematicamente mais altos ou mais baixos em relação a um valor esperado. Um exemplo deste tipo de desvio pode ser observado nas medições realizadas em equipamentos descalibrados. 4 Estes desvios significativos também foram identificados através de inspeção visual do campo de interpolação. Este recurso, apesar de ser um critério subjetivo, permitiu identificar e eliminar rapidamente dados impróprios para o ajuste final dos dados simulados.
Apoio
53
aplicação no Brasil nas áreas de agricultura (AVILA, et al. 2009), meteorologia
• Coerência com dados de estações próximas,
(AVILA, et al. 2008) a recursos hídricos (ONS, 2013).
• Desvios significativos em relação aos dados climatológicos disponíveis para
a região4;
A priori, a aplicabilidade do método de remoção de viés é válida para
os pontos onde existem dados locais para as comparações. Mas é preciso
• Falta de representatividade regional (como estações instaladas em praias,
estender o método de ajuste para as localidades onde estas observações não
isto é, numa zona limítrofe entre duas regiões muito distintas);
existem, visto que a rede de estações de medida no Brasil é relativamente
• Insuficiência de dados.
esparsa.
De forma mais detalhada, o trabalho de ajustar os resultados do modelo
Brams foi dividido nas seguintes etapas: • Avaliação dos dados observados; • Elaboração do campo de ajuste; • Validação dos resultados.
A qualidade e a disponibilidade dos dados obtidos de estações
meteorológicas, anemométricas e climatológicas foram os principais limitantes para utilização de uma quantidade maior de estações para ajuste. Todas as estações previamente escolhidas passaram por uma avaliação de qualidade onde os principais critérios utilizados para o descarte de dados medidos foram: • Comportamento temporal anômalo (como dados repetidos ou que variam muito rapidamente);
Figura 3 - Esquematização da grade do modelo Brams mostrando os pontos de referência para as simulações no entorno da localização do ponto de observação.
Apoio
Fascículo
54
Renováveis
Atlas online
Conclusões
Todas as informações das simulações realizadas para o ano de 2013
As simulações com o modelo Brams referentes ao ano de 2013, a
estão disponibilizadas através do sítio na internet criado especialmente
comparação dos resultados obtidos com dados medidos e a subsequente
para sua divulgação (Figura 4). Através do link www.novoatlas.cepel.br, o
realização de ajustes constituem marcos significativos do trabalho de
internauta terá acesso a arquivos pdf de toda publicação gerada ao longo
elaboração do presente Atlas Eólico. Após a conclusão destas etapas,
do projeto, incluindo todos os mapas temáticos e arquivos no formato kml
foram produzidos mapas temáticos relativos às médias anuais, obtidas
que possibilitarão visualização das diversas informações em plataforma
a partir de simulações para o ano de 2013. Adicionalmente, tornou-se
SIG. Também estão disponíveis todas as informações consolidadas no
possível, para a sociedade, a consulta web das informações em ambiente
formato csv que possibilitarão visualização em formato tabular para cada
georreferenciado. Para dar continuidade ao desenvolvimento do presente
ponto da grade de 5 km x 5 km dentro do território nacional.
trabalho, visando à obtenção do ano típico, pretende-se realizar o ajuste e a validação estatística dos resultados para os anos de 2012, 2014 e 2015 (cujas simulações com o modelo Brams já estão concluídas) nos mesmos moldes do que foi efetuado para o ano de 2013. Adicionalmente, pretende-se realizar simulações em resolução de microescala em sítios com elevado potencial para abrigar parques eólicos.
Referências bibliográficas • AVILA, A. M. H.; CARDOSO, A. O.; PINTO, H. S., 2009. Aplicação da correção estatística na previsão de tempo estendida, para três localidades da Região Sul. In: XVI CBA, 2009, Belo Horizonte. XVI CBA, 2009. • FREITAS, S. R. et al. 2016. Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling Figura 4 - Visualização da apresentação, via web, do conteúdo das simulações 2013 do novo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro.
A coletânea de mapas temáticos disponibilizada no Altas apresenta
informações da distribuição da velocidade média anual do vento para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Também são disponibilizadas informações dos fatores de escala e de forma da
System BRAMS version 5.2 Description of the Model Input Namelist Parameters. Disponível na internet no link ftp://ftp.cptec.inpe.br/brams/BRAMS5.2/documentation/namelist-BRAMS5.2-feb2016.pdf. • FREITAS, S. R. et al., 2017.The Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System (BRAMS 5.2): an integrated environmental model tuned for tropical areas. Geoscientific Model Development, v. 10, p. 189-222, 2017. • KARL T.R., TARPLEY J.D., QUAYLE R.G., DIAZ H.F., ROBLNSON D.A., BRADLEY R.S., 1989. The recent climate record. what it can and cannot tell us, Rev Geophys 27:405-430.
distribuição de Weibull para a altura de 100 metros; da densidade de
• NEIVA, A.C.B., RAMOS, D.A., GUEDES, V.G., WALTER, A., e MELO, S.R.F.C., 2016. Estudo
potência, massa específica e massa do ar, todas para a altura de 100
Comparativo Teórico e Experimental da Variabilidade de Dados de Velocidade de Vento em
metros. Adicionalmente, também são apresentadas a distribuição da rosa dos ventos anual (frequências x direção), o regime diurno anual e a rugosidade. A Figura 5 apresenta a distribuição da velocidade média anual do vento para a altura de 100 m.
Estações Anemométricas. Brazil Windpower 2016 Conference and Exibition – 30/08/2016. • Operador Nacional do Sistema Elétrico – NOS, 2013. Aprimoramento da Metodologia de Remoção de Viés da Previsão de Precipitação – Aplicação nas Bacias do Alto Rio Paranaíba e do Baixo Rio Grande. Nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico, 2013. • PIELKE, R. A.; COTTON, W. R.; WALKO, R. L., et al., 1992. A comprehensive meteorological modeling system - RAMS. Meteorol. Atmos. Phys., v. 49, pp. 69-91, 1992.
Figura 5 – Distribuição da velocidade média anula do vento a 100m de altura.
*Antônio Carlos de Barros Neiva é engenheiro mecânico, com mestrado em Engenharia Térmica e de Fluidos. Atualmente, é pesquisador no Cepel. Ary Vaz Pinto Junior é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Elétrica. Atualmente, é chefe do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar no Cepel. Ricardo Marques Dutra é engenheiro eletrônico, com mestrado e doutorado em Planejamento Energético. É pesquisador nível III do Cepel. Sérgio R.F.C. de Melo é engenheiro eletrotécnico, com mestrado em Computação Científica. Atua como pesquisador nível I no Cepel. Vanessa Gonçalves Guedes é engenheira mecânica, com mestrado e doutorado. É pesquisadora nível III do Cepel. Angelo Alberto Mustto Cabrera é engenheiro mecânico, com mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica. Atualmente, é funcionário da Puc-Rio, com participação e desenvolvimento de tarefas em projetos parceiros de pesquisa com o Cepel Rodrigo de Oliveira Braz é graduado em Computação Científica e em Engenharia Aeronáutica. Trabalhou, pela Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate), para o Cptec/Inpe em conjunto com o Cepel, nona preparação do novo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Waldenio Gambi de Almeida é graduado em Física Aplicado, com mestrado em Engenharia Mecânica. Trabalha no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).
55
Apoio
Energia Eólica
56
Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Um mundo com cada vez mais eólicas
O Conselho Global de Energia
Eólica (Global Wind Energy Council - GWEC) divulgou, no mês passado, seu Relatório Anual Global de Energia Eólica, mostrando uma indústria madura competindo com sucesso no mercado mundial, mesmo contra tecnologias tradicionais de geração de energia altamente subsidiadas em alguns países. Mais de 52 GW de energia eólica limpa e livre de emissões foram adicionados em 2017, levando o total de instalações a 539 GW globalmente.
Com novos recordes
estabelecidos na Europa, na Índia e no setor offshore, os mercados retomarão um crescimento
de energia eólica, divididas por
as instalações de eólica na
eólica e já temos mais de 520
rápido após 2018, analisou o
região e por ano. Sobre a região
América Latina, realizamos
parques eólicos e mais de 6.600
GWEC no material de divulgação
“América Latina e Caribe”, que
leilões competitivos, tivemos
aerogeradores operando. No ano
do relatório, frisando que a
registrou uma nova capacidade
um crescimento virtuoso nos
passado, o montante gerado
energia eólica está liderando
de 2,57 GW em 2017, o relatório
últimos anos com uma cadeia
pelas eólicas foi equivalente ao
a mudança na transição para
destaca o papel do Brasil,
produtiva 80% nacionalizada e
consumo médio de cerca de 22
longe dos combustíveis fósseis
que mais uma vez dominou o
ainda estamos galgando novas
milhões de residências por mês.
e continua a impressionar em
mercado, com seus 2,02 GW
posições no Ranking Mundial:
competitividade, desempenho e
representando mais de três
em 2012, nós estávamos em
traz dados que merecem ser
confiabiliade. O GWEC acredita
quartos das instalações no
15º lugar e agora subimos para a
comemorados e que mostram
que, tanto em projetos onshore
região.
oitava colocação no início deste
a maturidade e força de uma
quanto offshore, a energia eólica
ano.
fonte de energia que não é
é a chave para definir um futuro
se destacado nos relatórios
apenas destaque no presente,
energético sustentável.
globais do GWEC, por inúmeros
o Brasil atingiu, em fevereiro
mas que também terá um papel
motivos, dentre os quais
deste ano, a marca de 13 GW de
fundamental na construção de
gostaria de destacar: lideramos
capacidade instalada de energia
um futuro mais sustentável.
O relatório também mostra
a instalação de nova capacidade
Ano após ano, o Brasil tem
Importante registrar que
O material do GWEC
Energia solar fotovoltaica
58
Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.
Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
Solar fotovoltaica: a fonte renovável do século XXI*
Poucos setores no Brasil
cresceram de forma tão robusta nos últimos três anos, período em que o país atravessou uma de suas piores crises econômicas, como o solar fotovoltaico. O setor destacou-se em comparação com a economia nacional, crescendo a taxas de mais de 100% por ano desde 2013 e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) se orgulha de desempenhar papel relevante nesta trajetória.
Em 2017, o setor foi
responsável pela geração de mais de 25 mil novos
fachadas e coberturas de
mais atrativo.
- Articulação para isentar o
empregos diretos e indiretos,
residências, comércios,
ICMS sobre a energia injetada na
em sua maioria qualificados
indústrias, edifícios públicos e
Absolar contribui de forma
rede e compensada na geração
e descentralizados ao redor
propriedades rurais, somando
decisiva para este sucesso da
distribuída, via Convênio ICMS nº
do Brasil, contribuindo para
mais de 246 MW de potência
fonte solar fotovoltaica no Brasil.
16/2015. A Absolar já viabilizou
o desenvolvimento social,
e mais de R$ 1,6 bilhão em
Dentre as inúmeras iniciativas
a adesão de 23 estados e do
econômico e ambiental das cinco
investimentos privados injetados
desenvolvidas, destacam-se:
Distrito Federal, disponibilizando
regiões de nosso País.
na economia nacional.
Desde a sua fundação, a
o benefício a mais de 181 - Atuação junto ao Ministério da
milhões de brasileiros, ou seja,
ultrapassou a marca histórica
microgeração e minigeração
Integração Nacional na criação
89,3% da população do país.
de 1 GW operacionais no Brasil,
distribuída solar fotovoltaica
de novas linhas de financiamento
Em 2018, a Absolar batalha pela
posicionando o país dentro
é impulsionado por diferentes
para pessoas físicas e jurídicas,
adesão do Amazonas, Paraná e
do prestigiado clube das 30
fatores, entre eles, a redução
com recursos totais de R$
Santa Catarina a este convênio
principais nações do mundo em
de mais de 75% no preço da
3,2 bilhões disponíveis aos
estratégico.
energia solar fotovoltaica. Até o
energia solar fotovoltaica na
brasileiros das regiões Norte,
- Estruturação e lançamento
final do ano, o Brasil ultrapassará
última década e o aumento nas
Nordeste e Centro-Oeste
do Programa Goiás Solar, em
a marca de 2 GW.
tarifas de energia elétrica. Hoje,
para gerar energia renovável e
conjunto com o Governo do
o investimento em um sistema
sustentável em suas próprias
Estado de Goiás, programa
sistemas de geração distribuída
solar fotovoltaico retorna entre
residências, empresas e
estadual de referência que já
solar fotovoltaica em telhados,
cinco e sete anos, sendo cada vez
propriedades rurais.
triplicou as empresas atuando
Em janeiro de 2018, o setor
Já são mais de 27 mil
O crescimento da
Energia solar fotovoltaica
no Estado e multiplicou os investimentos e empregos do setor na região. - Participação na publicação da Portaria nº 643/2017, que autoriza o uso de energia solar fotovoltaica no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Os estudos contaram com a coordenação da FIESP e trabalhos técnicos da Absolar, Furnas e parceiros. - Proposição ao Ministério das Minas e Energia de um programa nacional solar fotovoltaico, com propostas como: contratação anual de 2 GW de usinas solares fotovoltaicas por meio de leilões de energia elétrica; meta nacional de 1 milhão de telhados solares fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural; e uma política industrial para reduzir preços de equipamentos nacionais aos consumidores.
O setor solar fotovoltaico
deve muitas dessas conquistas ao trabalho de um grupo de empreendedores voluntários que, sob a liderança inicial de Nelson Colaferro Junior, tiveram a iniciativa de fundar a Absolar e conduzi-la ativa, forte e financeiramente saudável desde seus primeiros dias.
Há muito potencial e espaço
para o setor solar fotovoltaico crescer no Brasil. Projeções recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica poderá ultrapassar 10% em 2030 da matriz elétrica nacional, ante 0,6% ao final de 2017.
A Absolar terá um papel
decisivo ao longo da evolução que
59
aguarda o setor solar fotovoltaico
cada vez maior da energia solar
de novas políticas e programas
nos próximos anos e décadas,
fotovoltaica em áreas urbanas e
para o setor e oferecendo
período marcado por inúmeras
rurais. Para fazer frente a estas
serviços e benefícios valiosos
transformações tecnológicas,
mudanças, daremos início a
para nossos associados. Você é
econômicas, políticas, sociais e
um novo ciclo de estruturação
nosso convidado especial para
ambientais. O mundo caminha
interna da Absolar, que permitirá
participar deste novo ciclo como
para um futuro repleto de
à associação nacional de nosso
associado da Absolar, ajudando-
inovações como veículos
setor continuar crescendo
nos a construir esta nova etapa
elétricos, armazenamento de
com força, contribuindo com
da história de nosso setor no
energia e, é claro, uma presença
competência para a estruturação
Brasil.
60
Notícias
renováveis
Energia solar fotovoltaica atinge 250 MW em micro e minigeração distribuída São mais de 27 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede que, juntos, representam quase R$ 2 bilhões em investimentos acumulados distribuída, com mais de 99,3%
consumidores rurais (5,6%),
protagonismo e na consciência e
a marca histórica de 250
das instalações do país.
poder público (3,7%) e outros
responsabilidade socioambiental
megawatts (MW) de potência
tipos, como iluminação pública
dos consumidores, cada vez mais
instalada em sistemas de
instalados, os consumidores
(0,03%), e serviços públicos
dispostos a economizar dinheiro
microgeração e minigeração
residenciais estão no topo da
(0,6%).
ajudando, simultaneamente, a
distribuída solar fotovoltaica
lista, representando 77,4% do
preservação do meio ambiente.
em residências, comércios,
total. Em seguida, aparecem
da Absolar, Rodrigo Sauaia,
indústrias, edifícios públicos e na
as empresas dos setores de
ressalta que o crescimento da
a evolução da microgeração
zona rural. São 27.803 sistemas
comércio e serviços (16%),
microgeração e minigeração
e minigeração distribuída
solares fotovoltaicos conectados
consumidores rurais (3,2%),
distribuída solar fotovoltaica é
solar fotovoltaica nos estados
à rede, que representam mais de
indústrias (2,4%), poder público
impulsionado por três fatores
brasileiros, a Absolar desenvolveu
R$ 1,9 bilhão em investimentos
(0,8%) e outros tipos, como
principais: (i) a forte redução
o Ranking Nacional Solar
acumulados desde 2012.
serviços públicos (0,2%) e
de mais de 75% no preço
Fotovoltaico, que compara as
O Brasil acaba de atingir
Em números de sistemas
O presidente executivo
Para acompanhar de perto
iluminação pública (0,03%).
da energia solar fotovoltaica
potências instaladas em cada
Associação Brasileira de Energia
ao longo da última década;
unidade da Federação.
Solar Fotovoltaica (Absolar), a
consumidores dos setores de
(ii) o forte aumento nas
Atualmente, o Estado de Minas
fonte solar fotovoltaica, baseada
comércio e serviços lideram o uso
tarifas de energia elétrica dos
Gerais lidera o ranking nacional,
na conversão direta da radiação
da energia solar fotovoltaica, com
consumidores brasileiros, que
com 22,9% da potência
solar em energia elétrica de forma
42,8% da potência instalada
saltaram em média 499%
instalada no país, seguido pelo
renovável, limpa e sustentável,
no país, seguidos de perto por
desde 2012, segundo dados
Rio Grande do Sul (13,9%), São
lidera com folga o segmento de
consumidores residenciais
do Ministério de Minas e
Paulo (13,5%), Ceará (5,9%) e
microgeração e minigeração
(39,1%), indústrias (8,1%),
Energia; e (iii) o aumento no
Santa Catarina (5,9%).
Segundo mapeamento da
Em potência, os
Echoenergia apresenta novos complexos eólicos no Nordeste Investimentos da empresa chegam à ordem de R$ 2 bilhões em um ano adquiridos, três já se encontram
Associação Brasileira de Energia
objetivo que é ser o player
de março completou seu primeiro
em plena operação comercial
Eólica (ABEEólica).
mais eficiente do setor”, revela
ano de atividades, acaba de
(Complexos Eólicos Echo 1, Echo
Corrochano.
ampliar sua atuação no Nordeste
2 e Echo 4) e um está em fase de
Corrochano, a aquisição atende
com a aquisição de quatro novos
obras (Complexo Eólico Echo 5).
perfeitamente à expectativa
a empresa acumula hoje seis
Complexos Eólicos: Echo 1
Juntos, eles somam 15 parques
da Echoenergia de se tornar
complexos eólicos, com 600
(RN e BA), Echo 2 (RN), Echo 4
eólicos e 167 aerogeradores, que
referência no setor de energia
MW de capacidade instalada.
(RN) e Echo 5 (RN e BA). Como
estão distribuídos pela Bahia e
renovável. “Com investimentos
O investimento total entre
resultado, a empresa ampliará
pelo Rio Grande do Norte, estados
estratégicos em regiões com alto
implantação da companhia e
em 353 megawatts (MW) de
que ocupam, respectivamente, a
fator de capacidade, onde estão
seus respectivos complexos
energia limpa sua participação na
primeira e segunda colocação no
os melhores ventos, obtivemos
até o momento são de,
matriz energética brasileira.
ranking nacional de produção de
um crescimento exponencial
aproximadamente, 2 bilhões de
energia eólica, segundo dados da
e seguimos para atingir nosso
reais.
A Echoenergia, que no início
Dos quatro empreendimentos
Para o CEO Edgard
Em um ano de atividade,
Notícias
61
Eletrosul anuncia construção de usina termossolar Projeto será implantado em Santa Catarina e testará tecnologia CSP
A Eletrosul assinou, em meados de maio, a
convertida em créditos para o consumo de
ordem de serviço para a implantação da Usina
espaços públicos sob gestão da administração
Termossolar de Laguna (SC), empreendimento
municipal. Inicialmente, a Eletrosul será
que será um dos primeiros do país a utilizar
responsável pela operação e manutenção da
exclusivamente a energia térmica solar para
usina. No futuro, poderá ser transferida para
geração de eletricidade. O objetivo é testar a
uma instituição de ensino e pesquisa.
eficiência da tecnologia CSP (Concentrated Solar Power).
Tecnologia
O empreendimento está orçado em
R$16,5 milhões, será viabilizado pelo
Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da
concentradores cilindro-parabólico, com
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
espelhos curvados, formando estruturas
e terá capacidade de geração de energia
parecidas com calhas. Elas são suspensas
equivalente a 0,25 MW. O projeto será
por torres e se movimentam a partir de um
executado pelas empresas Eudora Energia e
mecanismo de rotação que faz com que os
Facto Energy. A usina será implantada numa
espelhos acompanhem a trajetória solar.
área de 2,8 hectares cedida pela Prefeitura
Municipal de Laguna.
espelhos para um tubo que absorve a radiação
solar e a transfere, na forma de calor, para
O início da implantação da usina está
A usina termossolar utilizará
Os raios solares são refletidos pelos
previsto para 2019 e a duração total do
um fluido térmico que circula no interior
projeto, incluindo os estudos acadêmicos e
dessa tubulação. O fluido troca calor com um
científicos, será de três anos. A partir do início
segundo circuito interno. Essa troca resulta em
da operação, a energia gerada será injetada
vapor que impulsiona uma turbina acoplada a
na rede de distribuição local e poderá ser
um gerador elétrico, produzindo eletricidade.
Projeto com capacidade instalada de 0,25 MW recebeu investimento de R$ 16,5 milhões.
62
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Recuperação em marcha lenta Retomada do crescimento para a indústria eletroeletrônica está mais lenta do que o esperado. Para fabricantes e distribuidores de equipamentos para GTD, os grandes entraves são o cenário político atual e a falta de confiança dos investidores
63
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Falta de confiança dos investidores e a crise política são
Perfil das empresas
os principais obstáculos, segundo fabricantes e distribuidores de equipamentos para transmissão e distribuição (T&D), para o crescimento do setor, embora haja uma expectativa grande nos
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
13%
projetos de infraestrutura, especialmente as obras provenientes dos leilões de energia de geração e de transmissão. As informações
29%
são da pesquisa feita pela revista O Setor Elétrico com mais de 70
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
empresas fornecedoras de equipamentos para o setor de T&D.
Fabricante de produtos para transmissão de energia
55%
De acordo com o levantamento, apesar de o crescimento
estar aquém do esperado, o setor espera que o ano de 2018 seja
79%
positivo, com crescimento médio de 9% para as empresas e de
Fabricante de produtos para distribuição de energia
7% para o mercado de T&D. A mais recente sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), realizada em abril, corrobora com as projeções da pesquisa publicada nesta edição. O estudo da associação indica a permanência da retomada da atividade do setor, porém, em ritmo mais lento do que se esperava em pesquisas anteriores. O que preocupa é que continua alto o grau de ociosidade da indústria, o que inibe a realização de novos
Assim como identificou-se na pesquisa realizada há um ano, as
empresas utilizam-se da venda direta ao cliente final como principal meio de comercializar seus produtos. 88% das companhias fazem essa prática. Principais canais de vendas
investimentos.
Segundo foi apurado na pesquisa feita com fabricantes e
Internet
distribuidores de equipamentos para transmissão e distribuição,
21%
os problemas que mais afetam a integridade de uma rede de
28%
distribuição ou de transmissão são as sobretensões devido a descargas atmosféricas, seguidas das sobretensões ocasionadas
Outros Revendas de materiais elétricos
57%
pelas manobras e, em terceiro, por condições climáticas extremas.
Distribuidores de materiais elétricos Venda direta ao cliente final
64%
Questionadas sobre o faturamento de alguns mercados específicos, as empresas sugeriram que o mercado de cabos
88%
elétricos aéreos para distribuição de energia, por exemplo, fatura, anualmente, entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. Já para o segmento de acessórios para redes de distribuição, as empresas entendem que o faturamento não é superior a R$ 10 milhões. Na transmissão, o faturamento do mercado de subestações de alta tensão está acima de R$ 500 milhões por ano.
Confira, a seguir, a pesquisa na íntegra, com dados de
mercado e informações sobre as companhias que participaram do
Transformadores de potência e subestações de média tensão para
distribuição são os equipamentos para distribuição mais comercializados pelas empresas. Equipamentos para distribuição de energia mais comercializados
levantamento, como produtos e serviços oferecidos.
Análise do mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia
Para a produção da pesquisa, foram consultados fabricantes e
distribuidores de equipamentos para distribuição e transmissão, no entanto, a maior parte das empresas que responderam à pesquisa é de fabricantes para distribuição (79%). Destes, uma parcela também fabrica produtos para transmissão. Entenda o perfil das empresas:
16%
Interruptores
24%
Fusíveis
26% 28% 28%
Painéis Transformadores de potência Subestações de média tensão
64
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
No que se refere à automação de sistemas para distribuição,
instrumentos para monitoramento da qualidade da energia são
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Equipamentos para transmissão de energia mais comercializados
procurados com mais frequência, mas, de modo geral, uma parcela pequena das pesquisadas oferece estes produtos. 29% das empresas, por exemplo, afirmaram trabalhar com produtos para automação de
Interruptores
subestações.
4%
Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para distribuição)
Disjuntores de alta tensão
5%
Chaves de alta tensão
8%
Transformadores de potência
18% Anunciador de alarme
4%
Transdutores
8%
Automação de estações
11%
Proteção contra arco
12%
Relés eletromecânicos
12%
Relés de estado sólido
13%
No quesito automação, os produtos mais presentes nas prateleiras
das pesquisadas são os instrumentos para monitoramento de qualidade
Automação de subestações
22% 29%
Subestações de alta tensão
18%
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
da energia.
Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para transmissão)
Os cabos aéreos são os mais procurados entre os cabos elétricos
Anunciador de alarme
4%
para distribuição.
Transdutores
5%
Cabos elétricos mais comercializados (para distribuição)
7%
Proteção contra arco Relés eletromecânicos
9% 9%
Cabos submarinos
7%
Automação de subestações
16%
Cabos subterrâneos
18%
Automação de estações
9%
Cabos especiais
17%
Relés de estado sólido
20%
Cabos aéreos
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
20%
No que diz respeito à transmissão, os equipamentos que possuem mais saída comercial são subestações de alta tensão e
Os cabos aéreos são os mais procurados. Apenas 13% das
transformadores de potência.
pesquisadas mencionaram os cabos subterrâneos, por exemplo.
65
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Cabos elétricos mais comercializados (para transmissão)
Cabos submarinos
5%
Especiais
13%
Cabos subterrâneos
14%
Cabos aéreos
16%
Na tabela a seguir é possível identificar a opinião das empresas que participaram
da pesquisa acerca do possível faturamento de cada um dos mercados específicos do setor de distribuição de energia. As empresas sugeriram, por exemplo, que o mercado de cabos elétricos aéreos para distribuição fatura, anualmente, entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. Já para o segmento de acessórios para redes de distribuição, as empresas entendem que o faturamento não é superior a R$ 10 milhões.
Até R$ 10 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Acima de R$ 500 milhões
Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de distribuição de energia
22%
5%
3%
11%
8%
24%
27%
Disjuntores
30%
9%
3%
21%
21%
6%
10%
Automação, proteção
21%
11%
8%
21%
18%
11%
10%
Painéis
20%
14%
6%
11%
17%
9%
23%
Transformadores
24%
9%
9%
9%
15%
6%
28%
26%
18%
15%
15%
18%
3%
5%
Cabos elétricos aéreos
21%
3%
3%
3%
33%
15%
22%
Cabos elétricos
29%
3%
9%
18%
12%
12%
17%
42%
21%
13%
11%
5%
5%
3%
Subestações de média tensão
e controle
de potência Transformadores de instrumentação
subterrâneos Acessórios
O mesmo questionamento foi feito com relação ao faturamento para mercados do setor de
transmissão. De acordo com a pesquisa, o faturamento do mercado de subestações de alta tensão está acima de R$ 500 milhões por ano.
66
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2018
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Acima de R$ 500 milhões
Subestações de alta
Até R$ 10 milhões
Percepção de faturamento para mercados específicos do setor de transmissão de energia
23%
3%
0%
6%
20%
14%
34%
tensão Disjuntores
26%
13%
23%
13%
13%
3%
9%
Sistema de automação
23%
0%
17%
17%
23%
9%
11%
Cabos elétricos aéreos
21%
3%
9%
18%
18%
6%
25%
Cabos elétricos
26%
9%
9%
12%
12%
12%
20%
subterrâneos
Sobretensões devido a descargas atmosféricas são, disparado, o problema mais comum em
redes de distribuição e transmissão. A causa foi mencionada por 48% das entrevistadas.
Problemas que assolam a integridade de uma rede de transmissão/ distribuição
12%
Eletrocorrosão 37%
13%
Vandalismo
Sobretensões devido a descargas atmosféricas
7%
Poluição
16%
15%
Sobretensões devido a manobras
Ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas
No mesmo levantamento do ano anterior, as empresas planejavam crescer 6% em 2017. A
pesquisa deste ano mostrou que, em verdade, as companhias apresentaram crescimento médio de 14% na comparação com 2016. Para 2018, as pesquisadas projetam crescimento médio de 9% e de 7% para o mercado de T&D. Previsões de crescimento
Crescimento médio do mercado de T&D em 2018
7%
Crescimento médio das empresas em 2018
9% 14%
Crescimento médio das empresas em 2017 comparado ao ano anterior
67
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Cenário político e a falta de confiança dos investidores foram apontados como os principais fatores que devem influenciar os mercados de T&D
no decorrer de 2018. 9% dos pesquisados, no entanto, confiam que os projetos de infraestrutura possam dar algum fôlego para o setor. Fatores que devem influenciar os mercados de distribuição e de transmissão de energia
5%
Programas de incentivo do governo
7%
Outros
4%
Bom momento econômico do país
13%
Falta de confiança de investidores
12%
Desaceleração da economia brasileira 10%
3%
Desvalorização da moeda nacional
Setor da construção civil aquecido 6%
Setor da construção civil desaquecido 16%
9%
Cenário político 4%
Falta de normalização e/ou legislação
Projetos de infraestrutura 6%
Incentivos por força de legislação ou normalização
5%
Crise internacional
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X X X X X X X
X
X
X
X
X X X X
X
X
X
X
X
X
X X X
X X X X X X X
X
X
X
X
X
X
X
X X X X X X X X
X
X
X
X
X X X X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X X X X X X
X
X
X
0800 0149111
Osasco
SP
X
ADELCO
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
X
X
Alubar
(91) 3754-7159 www.alubar.net.br
Barcarena
PA
X
X
X X X
Altus S.A.
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
X
X
X
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
X
X
X X X
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
X
X
BUILDING CONEC. ELETRICOS
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
X
X
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
X
Cerâmica São José Ltda.
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
X
Chardon Group
(21) 99351-9765 www.chardongroup.com
Rio de Janeiro
RJ
X
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(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
X
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X X X
X X X X
CONIMEL
(16) 3951-9595 www.conimel.com.br
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SP
X
X
X X X
X X
Crimper
(19) 3246-1722 www.crimper.com.br
Campinas
SP
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
EATON
0800 00 32866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
Eletro H-3 Engenharia
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
Eletropoll
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELOS
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
PR
EMBRASTEC
(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
X
Engepoli
(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
EPOXIFORMAS
(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar
Taboão da Serra
SP
X
X
X X X
FASTWELD
(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X
X
FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br
Maringá
PR
Finder
(11) 4223-1550 www.finder.com.br
Sao Caetano do Sul
SP
X
X
X X X
General Cable Brasil
(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
X
X
X
GRUPO INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
Grupo LPEng
(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olimpia
SP
X
X X X
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
X
X X
X
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão da Serra
SP
X
X
X
X
INTELLI
(16) 3820-1500 www.intelli.com.br
Orlândia
SP
X
X
X X
Itu
SP
X
X
X
X
X
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
X X X X
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X X X
X X X X X X X
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X
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X
X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
SP
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
X
Kron Medidores
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X X
MAGNET
(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
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X X
X X X X X X X
X
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X X
X
X X
X X X X X X X X X X
X
Maxxweld Conec. Elétricos (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
X X X X
MBA CONSTRUTORA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
X
X X
Media Tensao
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X
X X X X
Metaltex
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
Nexans Brasil
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
São Paulo
SP
X
NOJA Power
(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
X
Mandaguari
PR
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X
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X X
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X
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X
X X X
Itaipu Transformadores
Onix Distr. de Prod. Elétr. (44) 3233-8500 www.onixcd.com.br
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
X
X
ABB
X X
X
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
X X
X
SP
Exporta produtos acabados
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X X
Guarulhos
Importa produtos acabados
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X
X
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Outros
X
X
A Cabine Mat. Elétricos
Montagem de equipamentos
X
X
Cidade Sumaré
Manutenção de redes
X
X X X X X X X
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Engenharia
X X X X X X X
X
Transmissão de energia elétrica
X X X
Distribuição de energia elétrica
X X
Outros
X X
X
Internet
X
X
Venda direta ao cliente final
X
X
Revendas de materiais elétricos
X
X
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
X
X X X
3M
www.abb.com.br
Montagem de redes de transmissão
Principais clientes Montagem de redes de distribuição
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
X
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Estado SP X
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Oferece treinamento técnico para os clientes Possui programas na área de responsabilidade social
68
X X X X
X X
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X X
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X X
(11) 38716400 www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
X
POWER SOLUTIONS BRASIL
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
Proauto
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
X X X
Provolt
(47) 3036-9666 www.provolt.com,br
Blumenau
SC
X
X
Prysmian
(15) 3235-9000 www.prysmiangroup.com.br
Sorocaba
SP
X
X
REHTOM ELETROMECÂNICA
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
X
Renz
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
RMS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
SAREL
(11) 4072-1580 www.sarel.com.br
Diadema
SP
X
SEL
(19) 3515-2010 www.selinc.com/pt
Campinas
SP
X
X
X
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X X
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianopolis
SC
X
X
Solano Transkav
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
Osasco
SP
X
X
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com/energy
Bragança Paulista
SP
X
Tecsys
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
X
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
X
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
X
X X X X
Transformadores União
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
X
X X
Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
X
X
X
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
Embu das Artes
SP
X
X
X X X X X
VICENTINOS
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
X
WEG - Trans. & Distr.
(47) 3276-4000 www.weg.net
Blumenau
SC
X
X
Weidmüller Conexel Ltda
(11) 4366-9600 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
X
X
X X X
ZILMER
(11) 2148-7121 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X X
X
X X X
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X X X
X X X X
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X X X X X X X X X X X
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X X
X
X
X
X
X
X X X X
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
X
Phoenix Contact
X
Exporta produtos acabados
Oferece treinamento técnico para os clientes
X
X
Importa produtos acabados
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X
SC
Possui programas na área de responsabilidade social
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
X
Itajaí
Outros
X
X X
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Montagem de equipamentos
X X
PFIFFNER
Manutenção de redes
X
Cidade São Paulo
Engenharia
X
Telefone Site (11) 99105-5014 www.pextron.com.br
X
Montagem de redes de transmissão
X
X
Transmissão de energia elétrica
X
X
Distribuição de energia elétrica
X
X
Outros
X
X X X X X
Internet
X X
X
Pextron
X
Montagem de redes de distribuição
Principais clientes
X
Venda direta ao cliente final
Revendas de materiais elétricos
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Estado SP
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Fabricante de produtos para distribuição de energia
Empresa
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
O Setor Elétrico / Maio de 2018
X
X X X X
X X
X
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X X X X X X X
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X X
X X X X X
X
X X X
X X
X X
70
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2018
SP
X X X X X X
ABB
0800 0149111
Osasco
SP
X X X X X X
ADELCO
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
Alubar
(91) 3754-7159 www.alubar.net.br
Barcarena
PA
Altus S.A.
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
BUILDING CONEC. ELETRICOS
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
Cerâmica São José Ltda.
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
Chardon Group
(21) 99351-9765 www.chardongroup.com
Rio de Janeiro
RJ
Condumax Fios e Cabos
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
CONIMEL
(16) 3951-9595 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
Crimper
(19) 3246-1722 www.crimper.com.br
Campinas
SP
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X X X
X X
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X
X
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X X
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X X
X
X X X X
X X X X
X X X
X X X X X X X
0800 00 32866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
Eletro H-3 Engenharia
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
X X X X X X
Eletropoll
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
X X
ELOS
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
EMBRASTEC
(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
Engepoli
(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
EPOXIFORMAS
(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar
Taboão da Serra
SP
FASTWELD
(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br
Maringá
PR
Finder
(11) 4223-1550 www.finder.com.br
Sao Caetano do Sul
SP
General Cable Brasil
(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
GRUPO INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
Grupo LPEng
(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olimpia
SP
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão da Serra
SP
INTELLI
(16) 3820-1500 www.intelli.com.br
Orlândia
SP
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
X
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
SP
X
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
Kron Medidores
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
MAGNET
(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X X
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X X X X X
X
EATON
X X X
X
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X X X X X X
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X X X X X X
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X X X X X
X
X
X X
X
X
X
Maxxweld Conec. Elétricos (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
MBA CONSTRUTORA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X X
Media Tensao
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X X X X X X
Metaltex
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
Nexans Brasil
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
São Paulo
SP
NOJA Power
(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
X X
Mandaguari
PR
X X X X X X
Onix Distr. de Prod. Elétr. (44) 3233-8500 www.onixcd.com.br
X X
Cabos elétricos
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
Guarulhos
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Automação de subestações
A Cabine Mat. Elétricos
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
Cidade Sumaré
Disjuntores
Uso interno Uso externo
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Uso externo
3M
www.abb.com.br
Estado SP X
Uso interno
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X X
X X X X X X
X X X X X X X X X
X
X
X
X
X
X X
X
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X X X X X X
X
X X X
X X
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X X
X X X X
X X X X X X
X X X X
71
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Phoenix Contact
(11) 38716400
São Paulo
SP
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
POWER SOLUTIONS BRASIL (11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
X X
Proauto
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
Provolt
(47) 3036-9666 www.provolt.com,br
Blumenau
SC
X
Prysmian
(15) 3235-9000 www.prysmiangroup.com.br
Sorocaba
SP
Mogi Guaçu
SP
X
X X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X
X
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
RMS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
SAREL
(11) 4072-1580 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SEL
(19) 3515-2010 www.selinc.com/pt
Campinas
SP
X X
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianopolis
SC
Solano Transkav
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
Osasco
SP
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com/energy
Bragança Paulista
SP
Tecsys
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
X
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
X
SP
X
Transformadores União (11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
Embu das Artes
SP
VICENTINOS
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
X
X X X X X
X
X X
X
X X X X X X X X X X X X
X X
X X X
X
X X
X X
X
X X
X X X X
X X
X X
X
Marialva
PR
X
Blumenau
SC
X X X X X X
Weidmüller Conexel Ltda (11) 4366-9600 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
São Paulo
SP
(11) 2148-7121 www.zilmer.com.br
X
X
WEG - Trans. & Distr. (47) 3276-4000 www.weg.net ZILMER
X
X X X X
X X
X
X X
Renz
X X
X
X
X X
X
X
X X
X X
X X
X X
X X
X X
Cabos elétricos
Componentes, materiais e acessórios Reguladores de tensão Indicadores de tensão Cabos aéreos Cabos subterrâneos Cabos submarinos Cabos especiais
SC
Transformadores de instrumentação
Para-raios
Isoladores de porcelana Isolador polimérico Encapsulados De corrente De potencial
Itajaí
Automação de sistemas Anunciador de alarme Automação de estações Proteção contra arco Transdutores Relés de estado sólido Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Disjuntores
Uso interno Uso externo
PFIFFNER
REHTOM ELETROMECÂNICA (19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Estado SP
Uso externo
Telefone Site (11) 99105-5014 www.pextron.com.br
Uso interno
Pextron
www.phoenixcontact.com.br
Cidade São Paulo
Subestações de média tensão Painéis Fusíveis Interruptores Transformadores de potência
EMPRESA
Chaves fusíveis
Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
Distribuição de energia Chaves seccionadoras
X X
X
X
X
X
X X X X
X X
X
X X X X X X
X
X X X
X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Distribuição de energia
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
Alubar
(91) 3754-7159 www.alubar.net.br
Barcarena
PA
Altus S.A.
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
BUILDING CONEC. ELETRICOS
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
Cerâmica São José Ltda.
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
Chardon Group
(21) 99351-9765 www.chardongroup.com
Rio de Janeiro
RJ
Condumax Fios e Cabos
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
CONIMEL
(16) 3951-9595 www.conimel.com.br
Cravinhos
Crimper
(19) 3246-1722 www.crimper.com.br
Campinas
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Delta P
X X X
X
X
X X
X X
Relés de estado sólido
ADELCO
Transdutores
X
Proteção contra arco
X
Automação de estações
SP
Anunciador de alarme
Osasco
Transformadores de potência
0800 0149111
X
Disjuntores de alta tensão
ABB
X
Chaves de alta tensão
X
Filtro de harmônicas
X
Sistemas de automação
Subestações de alta tensão
SP
Compensação em tempo real
Guarulhos
Compensação paralela
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Compensação serial
A Cabine Mat. Elétricos
Transmissão de energia Compensação de reativos
Vidro
X
Cidade Sumaré
Poliméricos
Espaçadores
X
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Isoladores
Cerâmica
Terminações
X
3M
www.abb.com.br
Estado SP X
Emendas
EMPRESA
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
Interruptores
72
X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
SP
X
X
X
SP
X
X
X
Guarulhos
SP
X
X
X
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
EATON
0800 00 32866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
Eletro H-3 Engenharia
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
X
X
X
X
Eletropoll
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELOS
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
EMBRASTEC
(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
X
X
Engepoli
(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
EPOXIFORMAS
(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar
Taboão da Serra
SP
FASTWELD
(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X X X
X
X
X
X
Guarulhos
SP
FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br
Maringá
PR
Finder
(11) 4223-1550 www.finder.com.br
Sao Caetano do Sul
SP
General Cable Brasil
(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
GRUPO INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
Grupo LPEng
(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olimpia
SP
X
X
X
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
X
X
X
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão da Serra
SP
INTELLI
(16) 3820-1500 www.intelli.com.br
Orlândia
SP
X
X
X
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
SP
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
Kron Medidores
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
MAGNET
(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
Maxxweld Conec. Elétricos
(41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br
São José dos Pinhais
PR
X
X
X
X
MBA CONSTRUTORA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
X
X
X
X
X
Media Tensao
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
X
X
Metaltex
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Nexans Brasil
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
NOJA Power
(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
Onix Distr. de Prod. Elétr.
(44) 3233-8500 www.onixcd.com.br
Mandaguari
PR
X
X
X
X
X
X X
X
X X X X
X X X X
X
X
X X
X X
X
X
X
X
73
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Transmissão de energia
Distribuição de energia
Itajaí
SC
Phoenix Contact
(11) 38716400
São Paulo
SP
X
X
X
X
PLP
(11) 4448-8000 www.plp.com.br
Cajamar
SP
X
X
X
X
POWER SOLUTIONS BRASIL
(11) 3181-5160 www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
Proauto
(15) 3031-7400 www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
Provolt
(47) 3036-9666 www.provolt.com,br
Blumenau
SC
Prysmian
(15) 3235-9000 www.prysmiangroup.com.br
Sorocaba
SP
X
X
REHTOM ELETROMECÂNICA
(19) 3818-5858 www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
Renz
(11) 4034-3655 www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
RMS
(51) 3337-9500 www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
SAREL
(11) 4072-1580 www.sarel.com.br
Diadema
SP
SEL
(19) 3515-2010 www.selinc.com/pt
Campinas
SP
X
Siemens
(11) 4585-8040 www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
Siklowatt
(48) 3028-0809 www.siklowatt.com.br
Florianopolis
SC
Solano Transkav
(11) 3026-9655 www.stkv.com.br
Osasco
SP
TE Connectivity
(11) 2103-6000 www.te.com/energy
Bragança Paulista
SP
Tecsys
(12) 3797-8800 www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
Toshiba
(31) 3329-6650 www.toshiba.com.br
Contagem
MG
TRAEL
(65) 3611-6500 www.trael.com.br
Cuiabá
MT
X
Trafomil
(11) 4815-6444 www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
X
Transformadores União
(11) 2023-9000 www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
Treetech
(11) 2410-1190 www.treetech.com.br
Atibaia
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115 www.urkraft.com.br
Embu das Artes
SP
VICENTINOS
(44) 3232-0101 www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
WEG - Trans. & Distr.
(47) 3276-4000 www.weg.net
Blumenau
SC
Weidmüller Conexel Ltda
(11) 4366-9600 www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
ZILMER
(11) 2148-7121 www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
X
Relés de estado sólido
(47) 3348-1700 www.pfiffner.com.br
Transdutores
PFIFFNER
Proteção contra arco
Cidade São Paulo
Automação de estações
Telefone Site (11) 99105-5014 www.pextron.com.br
Anunciador de alarme
Transformadores de potência
Interruptores
Disjuntores de alta tensão
Chaves de alta tensão
Filtro de harmônicas
Sistemas de automação
Subestações de alta tensão
Compensação em tempo real
Compensação paralela
Compensação serial
Compensação de reativos
Vidro
Poliméricos
Cerâmica
Espaçadores
Terminações
Isoladores
Pextron
www.phoenixcontact.com.br
Estado SP
Emendas
EMPRESA
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
X
X X
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
X X
X
X X
X X
74
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Transmissão de energia
Guarulhos
SP
ABB
0800 0149111
Osasco
SP
ADELCO
(11) 4199-7500 www.adelco.com.br
Barueri
SP
Alubar
(91) 3754-7159 www.alubar.net.br
Barcarena
PA
Altus S.A.
(51) 3589-9500 www.altus.com.br
São Leopoldo
RS
Balestro
(19) 3814-9000 www.balestro.com.br
Mogi Mirim
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050 www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
Brasformer Braspel
(11) 2969-2244 www.brasformer.com.br
São Paulo
SP
BUILDING CONEC. ELETRICOS
(11) 2621-4811 www.building.ind.br
São Paulo
SP
CABELAUTO BRASIL
(35) 3629-2500 www.cabelauto.com.br
Itajubá
MG
Cerâmica São José Ltda.
(19) 3852-9555 www.ceramicasaojose.com.br
Pedreira
SP
Chardon Group
(21) 99351-9765 www.chardongroup.com
Rio de Janeiro
RJ
Condumax Fios e Cabos
(17) 3279-3700 www.condumax.com.br
Olímpia
SP
CONIMEL
(16) 3951-9595 www.conimel.com.br
Cravinhos
SP
X
X
X
Crimper
(19) 3246-1722 www.crimper.com.br
Campinas
SP
X
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650 www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
Delta P
(11) 2154-0666 www.deltapltda.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
EATON
0800 00 32866 www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
Eletro H-3 Engenharia
(16) 3720-9252 www.eletroh3.com.br
Franca
SP
Eletropoll
(47) 3375-6700 www.eletropoll.com.br
Corupá
SC
ELOS
(41) 3383-9290 www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
EMBRASTEC
(16) 3103-2021 www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
ENERCOM
(11) 2919-0911 www.enercom.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Engepoli
(11) 4335-5139 www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
EPOXIFORMAS
(11) 4137-5495 www.epoxiformas.ar
Taboão da Serra
SP
FASTWELD
(11) 2421-7150 www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
Maringá
PR
X
X
X
X
X
X
X
FEITEP - Facul. de Eng. e Arq. (44) 3029-4500 www.feitep.edu.br Finder
(11) 4223-1550 www.finder.com.br
Sao Caetano do Sul
SP
General Cable Brasil
(11) 3457-0300 www.generalcablebrasil.com
São Paulo
SP
GRUPO INTELLI
(16) 3820-1500 www.grupointelli.com.br
Orlândia
SP
Grupo LPEng
(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
IBT
(11) 4398-6634 www.ibt.com.br
São Bernardo do Campo
SP
INCESA
(17) 3279-2600 www.incesa.com.br
Olimpia
SP
INDEL BAURU
(14) 3281-7070 www.indelbauru.com.br
Bauru
SP
Instrumenti
(11) 5641-1105 www.instrumenti.com.br
Taboão da Serra
SP
INTELLI
(16) 3820-1500 www.intelli.com.br
Orlândia
SP
ISOLET
(11) 2118-3000 www.isolet.com.br
Itu
SP
Itaipu Transformadores
(16) 3263-9400 www.itaiputransformadores.com.br Itápolis
SP
KRJ
(11) 2971-2300 www.krj.com.br
São Paulo
SP
Kron Medidores
(11) 5525-2000 www.kron.com.br
São Paulo
SP
MAGNET
(11) 4176-7877 www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
São José dos Pinhais
PR
Maxxweld Conec. Elétricos (41) 3383-9120 www.maxxweld.com.br MBA CONSTRUTORA
(34) 3271-7700 www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
Media Tensao
(11) 2384-0155 www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
Metaltex
(11) 5683-5700 www.metaltex.com.br
São Paulo
SP
Nexans Brasil
(11) 3084-1600 www.nexans.com.br
São Paulo
SP
NOJA Power
(19) 3283 0041 www.nojapower.com.br
Campinas
SP
Onix Distr. de Prod. Elétr.
(44) 3233-8500 www.onixcd.com.br
Mandaguari
PR
X X
Filtro de harmônicas
X
(11) 2842-5252 www.acabine.com.br
Compensação em tempo real
X
A Cabine Mat. Elétricos
Compensação paralela
X
X
Cidade Sumaré
Compensação serial
Espaçadores
X
X
Telefone Site 0800 013 2333 www.3m.com.br
Compensação de reativos
Vidro
Terminações
X
X
Poliméricos
Emendas
X
Isoladores
Cerâmica
Conectores
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
X
Cabos submarinos
X
Cabos subterrâneos
Encapsulados
X
Cabos aéreos
Com isolador polimérico
Cabos elétricos
Com isoladores de porcelana
Automação de subestações
Para-raios
3M
www.abb.com.br
Estado SP
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X X
X
X
X
X X
X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
75
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Transmissão de energia
(15) 3031-7400
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
Provolt
(47) 3036-9666
www.provolt.com,br
Blumenau
SC
Prysmian
(15) 3235-9000
www.prysmiangroup.com.br
Sorocaba
SP
REHTOM ELETROMECÂNICA
(19) 3818-5858
www.rehtom.com.br
Mogi Guaçu
SP
Renz
(11) 4034-3655
www.renzbr.com
Bragança Paulista
SP
X
RMS
(51) 3337-9500
www.rms.ind.br
Porto Alegre
RS
X
SAREL
(11) 4072-1580
www.sarel.com.br
Diadema
SP
SEL
(19) 3515-2010
www.selinc.com/pt
Campinas
SP
X
X
X
Siemens
(11) 4585-8040
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Siklowatt
(48) 3028-0809
www.siklowatt.com.br
Florianopolis
SC
Solano Transkav
(11) 3026-9655
www.stkv.com.br
Osasco
SP
TE Connectivity
(11) 2103-6000
www.te.com/energy
Bragança Paulista
SP
Tecsys
(12) 3797-8800
www.tecsysbrasil.com.br
São José dos Campos
SP
Toshiba
(31) 3329-6650
www.toshiba.com.br
Contagem
MG
TRAEL
(65) 3611-6500
www.trael.com.br
Cuiabá
MT
Trafomil
(11) 4815-6444
www.trafomil.com.br
Jundiai
SP
Transformadores União
(11) 2023-9000
www.transformadoresuniao.com.br São Paulo
SP
Treetech
(11) 2410-1190
www.treetech.com.br
Atibaia
SP
URKRAFT
(11) 3662-0115
www.urkraft.com.br
Embu das Artes
SP
VICENTINOS
(44) 3232-0101
www.vicentinos.com.br
Marialva
PR
WEG - Trans. & Distr.
(47) 3276-4000
www.weg.net
Blumenau
SC
Weidmüller Conexel Ltda
(11) 4366-9600
www.weidmueller.com.br
Diadema
SP
ZILMER
(11) 2148-7121
www.zilmer.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
Filtro de harmônicas
Proauto
X
Compensação em tempo real
SP
X
Compensação paralela
SP
São Paulo
X
Compensação serial
Cajamar
www.psolutionsbrasil.com.br
X
Compensação de reativos
Vidro
www.plp.com.br
(11) 3181-5160
X
Poliméricos
(11) 4448-8000
POWER SOLUTIONS BRASIL
X
Isoladores
Cerâmica
PLP
X
Espaçadores
SP
Terminações
SC
São Paulo
Emendas
Itajaí
www.phoenixcontact.com.br
Conectores
www.pfiffner.com.br
(11) 38716400
Acessórios para cabos elétricos
Especiais
(47) 3348-1700
Phoenix Contact
Cabos submarinos
X
PFIFFNER
Cabos subterrâneos
X
Cidade São Paulo
Cabos aéreos
X
Site www.pextron.com.br
Cabos elétricos
Encapsulados
X
Telefone (11) 99105-5014
Com isolador polimérico
X
Pextron
Para-raios Com isoladores de porcelana
Automação de subestações
Estado SP
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
EMPRESA
Relés eletromecânicos
Sistemas de automação
X X
X X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Por José Barbosa de Oliveira*
Normas auxiliares
Para a adequada utilização da ABNT
em uma estrutura ou edificação, causadas
NBR 5419:2015, precisamos coletar várias
por descargas atmosféricas, é o valor da
informações que não estão presentes
carga específica de incêndio de cada zona
nesta norma, mas podem ser obtidas em
considerada. Ela tem um peso significativo
outras. Este artigo apresenta algumas
nos valores dos componentes de risco RB
informações importantes presentes em
e RV que expressam o risco de incêndio
outras normas, desde os parâmetros
devido a descarga direta na estrutura e na
de entrada para o gerenciamento de
linha, respectivamente. A primeira fonte do
risco conforme a parte 2 da ABNT NBR
valor da carga específica de incêndio é a
5419:2015 até o desenvolvimento de
documentação do sistema de combate a
projetos de Sistemas de Proteção contra
incêndio, mas quando ela não existe, podemos
Descargas Atmosféricas (SPDA).
obter o valor na Tabela 1 (tabela C.1 da ABNT
NBR 14432:2001). Nesta tabela há vários tipos
ABNT NBR 14432:2001 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento
de ocupação ou uso com a indicação do valor
Um dos parâmetros mais importantes
nos cálculos dos riscos de haver perdas
da carga específica de incêndio.
ABNT NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão
Outro parâmetro necessário nos
Tabela 1 - Trecho da Tabela C.1 da ABNT NBR 14432:2001
OCUPAÇÃO Residencial
DESCRIÇÃO
CARGA DE INCÊNDIO (MJ/m2)
Alojamento estudantil
300
Apartamentos
300
Casas térreas
300
Pensionatos
300
Tabela 2 - Trecho da tabela 31 da ABNT NBR 5419:2004
EQUIPAMENTO
TENSÃO DE SUPORTABILIDADE (kV)
Produto a ser utilizado na entrada da instalação
4
Produto a ser utilizado em circuitos de
2,5
distribuição e circuitos terminais Equipamentos de utilização
1,5
Produtos especialmente protegidos
0,8
77
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Figura 1 - Exemplo de figura da ABNT NBR 14639:2014.
cálculos dos riscos de se haver perdas
risco quando no desenvolvimento das
em
medidas de proteção.
uma
estrutura
ou
edificação,
causadas por descargas atmosféricas,
pelo fabricante de um equipamento
ABNT NBR 7117:2012 - Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo
ou de uma parte dele, caracterizando a
é o valor da tensão suportável de impulso (UW). Esta tensão é definida
Quando o assunto for o dimensionamento
capacidade de sua isolação de suportar
do subsistema de aterramento do SPDA
surtos. Porém, em vários casos, este
que tenha que atender aos níveis de
valor
junto
proteção I ou II, será fundamental conhecer
aos
é
de
difícil
fabricantes
obtenção
equipamentos.
o valor da resistividade do solo onde esse
Uma alternativa para estes casos é a
dos
subsistema será instalado. O gráfico da
utilização da tabela 31 da ABNT NBR
Figura 3 da parte 3 da ABNT NBR 5419:2015
5419:2004.
estabelece uma relação entre a quantidade
ABNT NBR 14639:2014 Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Posto revendedor veicular (serviços) e ponto de abastecimento — Instalações elétricas
utilizado e a resistividade do solo. Esta
determinação dos valores da resistividade
do solo. A ABNT NBR 7117:2012 dará todos
mínima de eletrodo de aterramento a ser
Quando for necessário estabelecer
não pode ser obtida através de uma faixa de valores em função da característica do solo, pois as faixas têm uma largura enorme que inviabilizaria a aplicação. Ou seja, será necessário realizar a medição e a
Descargas
os subsídios necessários para tal medição,
Atmosféricas (PDA) para um posto de
desde o aparelho que deve ser utilizado,
combustível, a ABNT NBR 14639 pode
passando pelos métodos de medição e a
ser utilizada principalmente para se
estrutura de cálculo.
uma
Proteção
conta
identificar os pontos ou regiões onde há área classificada, quando não existir
*José Barbosa de Oliveira é engenheiro
o
eletricista e membro da comissão de estudos CE
mapeamento.
Estas
áreas
serão
necessárias tanto no gerenciamento de
03:64.10, do CB-3 da ABNT.
78
Espaço SBQEE
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Por Benedito Donizeti Bonatto, Luiz Carlos Ribeiro Junior e Paulo Fernando Ribeiro*
Sistemas de geração fotovoltaica, inversores inteligentes e impactos para a qualidade de energia elétrica
Uma questão técnica que se aparenta
fotovoltaicos é comumente conectada
geração
à rede através de um inversor com fator
fotovoltaica (vide Figura 1) é a sua
de potência unitário, maximizando a
relevante
em
sistemas
de
operação clássica com fator de potência
injeção de potência ativa, o que pode
fixo unitário, para maximizar injeção
impactar as tensões ao redor do ponto
de energia ativa e, portanto, maximizar
de acoplamento comum (PAC) por causa
a receita econômica destes sistemas.
do fluxo de potência reverso local. Não
Todavia, isso pode gerar elevações de
raro, em inversores trifásicos, a lógica
tensão na rede de distribuição, com
de operação monofásica em função
impactos na Qualidade da Energia Elétrica
do
(QEE),
impactar no desequilíbrio da rede local.
transferindo
à
concessionária
nível
de
irradiação
pode
ainda
e usuários finais o que deveria ser
O uso de inversores inteligentes [1]-[2],
estabelecido
que trabalham com diferentes fatores
como
responsabilidade
do prosumer (não impactar no sistema
de
onde se conecta ==> compatibilidade
contribuir
potência
poderia
elétrica). O uso de inversores inteligentes
problema. Para isto são necessários
com o dimensionamento adequado do
estudos e pesquisas com uma análise
para
a
eventualmente
mitigação
deste
sistema fotovoltaico permite a regulação
detalhada para investigar o impacto do
da tensão local. Isto deveria ser requisito
fator de potência na saída do sistema
normativo e legal (por órgãos como
fotovoltaico sobre a tensão da rede de
Inmetro e Aneel). Tal qual foi citado em
distribuição em um sistema de distribuição
sessão
real
plenária
com
representantes
que
contenha
várias
unidades
da Aneel e Abradee durante a XII
fotovoltaicas. Devem ser analisadas as
Conferência Brasileira sobre Qualidade
várias condições operativas do inversor e
de Energia Elétrica (CBQEE 2017), a
como elas influenciam a tensão em vários
expansão de energias renováveis não
pontos da rede, tanto no período diurno,
deve ocorrer como um “fenômeno Robin
onde se possa utilizar a capacidade
Wood às avessas”.
remanescente do inversor após a geração
de energia, quanto no período noturno,
No Brasil, a maioria dos sistemas
Espaço SBQEE
79
contexto de redes elétricas inteligentes e integração de renováveis devem observar a interdependência e correlação entre os fenômenos, e por premissa regulatória e normativa devem ter compatibilidade elétrica, assegurando a otimização e o equilíbrio
técnico-econômico-financeiro
ao desenvolvimento do setor.
Referências bibliográficas [1] M. J. Reno, R. J. Broderick and S. Grijalva, “Smart Inverter Capabilities for Mitigating Over-Voltage on Distribution Systems with High Penetrations of PV”, Photovoltaic
Specialists
Conference
(PVSC), 2013 IEEE 39th, Tampa, FL, USA Jun 2013. [2] A. Huque, “Smart Inverter Grid Figura 1 – Sistema de geração fotovoltaica de 27 kWp instalado no campus da Unifei - Itajubá.
support functions and Potential Impact on Reliability”, NREL Photovoltaic Reliability Workshop, Golden CO, 2015.
onde o inversor está ocioso e toda sua
pode sintetizar uma corrente adiantada
[3] McGranaghan.M, et al. “Renewable
capacidade pode ser utilizada. Com
da tensão; se a tensão da rede subir, o
Systems Interconnection Study: Advanced
resultados de medições e simulações,
inversor produz uma corrente atrasada
Grid Planning and Operations”, Electric
pode-se,
a
em relação à tensão, absorvendo reativos
Power Research Institute, Sandia National
porcentagem de inversores inteligentes
da rede. Logo, na tentativa de solucionar
Laboratories, Albuquerque, New Mexico,
em sistemas PVs que permitem ampliar
o problema de sobretensão ocasionado
2008.
a introdução de energias renováveis no
pelos sistemas fotovoltaicos, deve-se
sistema de distribuição.
investigar o uso de inversores inteligentes
*Benedito Donizeti Bonatto é professor na
idealmente,
para sua mitigação, tornando o sistema
Universidade Federal de Itajubá (Unifei);
uma maior flexibilidade do sistema,
de distribuição mais confiável e trazendo
Luiz Carlos Ribeiro Junior é mestrando na
controlando-se o módulo e a fase da
impactos mínimos para as concessionárias
Universidade Federal de Itajubá (Unifei);
corrente do inversor. Se a tensão no ponto
e
Paulo Fernando Ribeiro é professor na
de acoplamento comum cair, o inversor
de Qualidade da Energia Elétrica no
por
Espera-se,
exemplo,
assim,
analisar
os
clientes
atendidos.
Soluções
Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
80
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Alguns efeitos provenientes dos raios
Uma das consequências físicas da incidência de uma descarga atmosférica ao penetrar no solo é a formação de linhas de tensão na superfície do mesmo que se propagam desde o ponto do impacto, dependendo de uma série de condições, até centenas de metros de distância.
O
fenômeno
acontece
em
função da corrente elétrica do raio que se dispersa no solo a partir do ponto de incidência e segue em sentidos distintos e
irregulares,
principalmente,
devido Figura 1 – Situação real.
à oposição à circulação criada pelos diversos componentes presentes no solo, sua composição e outros elementos ali
Figura 2 – Situação ideal.
Nota: As Figuras 1 e 2 mostram um croqui visto em planta.
presentes. Esses fatores agregados dão origem ao conceito da resistividade do solo. É
ao
corrente
longo
dessas
elétrica
que
linhas podem
de ser
medidos os diferentes valores de tensão decrescentes a partir do ponto de impacto. Hipoteticamente,
unindo
determinados
pontos de cada linha de corrente que tenham o mesmo valor de tensão, têm-se figuras equipotenciais concêntricas (Figura 1). Se considerarmos uma situação ideal, em que o solo tenha resistividade constante em todas as direções, então as linhas de
Figura 3 – Tensão de passo em seres quadrúpedes.
corrente seriam retas, radiais, divergentes ao ponto de impacto e as de tensão seriam círculos concêntricos ao ponto de impacto,
quando ficam em áreas abertas, pois há
intensidade
como em um alvo (Figura 2).
grande possibilidade de a corrente elétrica
danos físicos ou até levá-lo à morte.
O
aparecimento
dessas
suficiente
para
causar-lhe
tensões
circular pelo corpo do ser vivo que se
superficiais no solo causa risco aos seres
posicionar sobre duas linhas equipotenciais
entre
vivos, principalmente aos quadrúpedes,
diferentes.
de tecnologia da informação (ETI), nas
Esta
corrente
pode
ter
Analogamente, essas tensões aparecem os
terminais
dos
equipamentos
81
O Setor Elétrico / Maio de 2018
linhas de energia e sinal das instalações elétricas e nas massas metálicas trazendo risco de danos às instalações elétricas, equipamentos e pessoas que deles se utilizem. A é
fim
de
necessário
minimizar abrigar
os
esses seres
riscos vivos
posicionando-os de forma a ficarem em local onde as diferenças de tensão não sejam suficientemente altas para causarlhes risco. No caso das instalações elétricas é preciso que os eletrodos de aterramento sejam projetados e construídos de forma correta, que os componentes da instalação sejam convenientemente aterrados, direta (interligação física através de condutores) ou indiretamente (através de dispositivos de proteção contra surtos ou seus componentes). As
normas
determinam
como
confeccionar corretamente um eletrodo de aterramento a existência de pontos específicos
de
equipotencialização,
geralmente barras de cobre, que promovam as interligações da PDA com a instalação elétrica, massas metálicas, ETIs, outros dispositivos de proteção e o eletrodo de aterramento além de outras medidas complementares. Dessa forma teremos: Aterramento: - ABNT NBR 5419, parte 3, Item 5.4 - ABNT NBR 5419, parte 3, Tabela 7 - ABNT NBR 5419, parte 4, Seção 5 - ABNT NBR 5410, subitem 6.4.2 e 6.4.4 - ABNT NBR 14039, subitem 5.1.2.1.1 Equipotencialização: - ABNT NBR 5419, parte 3, Item 6.2 - ABNT NBR 5419, parte 3, Tabelas 8 e 9 - ABNT NBR 5419, parte 4, Seção 5 - ABNT NBR 5410, subitem 6.4.2 e 6.4.4 - ABNT NBR 14039, subitem 5.1.2.1.2
Medidas de proteção contra acidentes
com seres vivos devido a tensões de toque e passo: - ABNT NBR 5419, parte 3, Seção 8
82
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Maio de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
O caminho das correntes elétricas Na edição 92, de outubro de 2013¹,
defeito para a fonte, promovendo a correta atuação
de um fornecedor de variadores de velocidade em
abordávamos
tratamento
dos dispositivos de proteção; deve também evitar a
acionamento de motores aponta recomendação
adequado entre os condutores de neutro e de
ocorrência de “loopings” de corrente, causadores
para ajuste da proteção de corrente de fuga de até
proteção (PE) nas instalações elétricas. Na edição
de ruídos de modo comum, com o uso adequado
25% das correntes de fase, contrariando o que seria
124, de maio de 2016², comentávamos sobre a
de sistemas radiais.
convencionalmente ou classicamente aceitável.
nas instalações. Passado já algum tempo daquelas
Geradores ligados em paralelo e In rush de
publicações, vale a pena ampliar um pouco mais
bem como nos textos referenciados, devem também
transformadores
a visão anterior. Algumas premissas são sempre
ser consideradas e dependem de aspectos que
Geradores com ligação em Yn podem
válidas ontem, hoje e até quando os condutores
variam de instalação para instalação, lembrando
ser inseridos em paralelo um a um na barra de
elétricos possuírem suas impedâncias maiores que
que, apesar de algumas normas não mais se
paralelismo. Até que o equilíbrio ocorra, são
zero, seguem algumas:
referirem diretamente aos valores de resistência de
verificadas correntes de desequilíbrio nas fases
aterramento, tal resultado ainda é importante para
que somadas (correntes diferenciais) podem ser
• Condutores “terra” e “neutro” possuem funções
que se saiba se simplesmente o aterramento existe
interpretadas como defeito à terra, desligando o
diferentes. Quando se adota o condutor PEN,
(e, portanto, possui uma resistência de aterramento).
relé de defeito à terra, função 50/51 GS. Da mesma
a
importância
do
necessária detecção das correntes diferenciais Outras questões, além das acima expostas,
forma, correntes de In Rush de transformadores
o mesmo condutor exerce as duas funções combinadas;
Correntes diferenciais e correntes de fuga
possuem desequilíbrio de corrente e podem ser
• Malhas de terra e topologia definem o esquema
Os filtros presentes em fontes eletrônicas de
igualmente identificadas como corrente de defeito
de aterramento;
computadores e assemelhados, outros equipamentos
atuando até mesmo a proteção de sobrecorrente de
• Aterramento deve ser compartilhado para todas as
de TI, e mesmo nos acionamentos industriais
forma indevida.
funções, normalmente, com o uso de barramento de
(variadores de velocidade) de grande porte possuem
equipotencialização principal, o BEP;
convenientes ligações à terra como parte de suas
Ligações equipotenciais
• Fontes e massas devem ser adequadamente
topologias de alimentação e podem drenar correntes
As ligações equipotenciais recomendadas
interligadas ao sistema de aterramento. O correto
para a terra; os DPSs também o fazem, e claro, os
pelas normas, se não possuírem topologia
esquema de aterramento das fontes possui relação
sistemas de proteção atmosférica, estes últimos
adequada, causarão circulações de corrente
direta com a regulação da tensão;
campeões em kA. Por outro lado, dependendo do
distintas daquelas esperadas (loops de correntes) e
• Autotransformadores não são fontes e, portanto,
comportamento da tensão da fonte e do acionamento
poderão causar interferências em operação normal
seus neutros não devem ser aterrados diretamente;
da carga (com uso de variadores de velocidade),
de cargas com acionamento eletrônico, ou mesmo
• A topologia do aterramento deve garantir proteção
poderão haver desequilíbrios de correntes incluindo
provocando disparos indesejáveis em dispositivos
contra contatos diretos e indiretos. Todas as
as diferenças de 60 Hz nas três fases. Correntes
de proteção.
massas metálicas não energizadas devem estar
diferenciais poderão atuar a proteção de fuga à terra,
Por conclusão, espera-se que a solução
convenientemente interligadas ao sistema;
mesmo que a corrente não circule exatamente pelo
adotada para topologias de aterramento, proteções
• O condutor-neutro tem como função conduzir
condutor de proteção como se esperaria. Ainda,
contra contatos diretos e indiretos, ligações
as correntes elétricas de alimentação das cargas
aspectos da presença de componentes de alta
equipotenciais, aterramento e interligações de
alimentadas com tensões de fase (fase-neutro) e
frequência nos condutores fases e terra, poderão
neutros, proteção atmosférica e outros usos
merece cuidados no dimensionamento na presença
interferir na correta operação destes acionamentos
compartilhados do aterramento considere uma
de cargas não lineares com conteúdo de correntes
por incompatibilidade eletromagnética.
visão de 360° com foco em todas as variáveis em
harmônicas múltiplas de três;
• A ABNT NBR 5410 estabelece as regras para
na
dimensionamento, especificação, critérios e regras
adequadamente
para o condutor de proteção ou “terra” e ligações
características das cargas e fontes, mas também da
equipotenciais;
topologia dos aterramentos e dos filtros adequados.
• Topologia deve garantir o retorno das correntes de
Para esquentar ainda mais o tema, especificação
Os compromissos e desafios se apresentam manutenção
das em
instalações função
não
operando só
uma verdadeira visão holística das instalações. Boa sorte para nós!
das ¹ https://www.osetoreletrico.com.br/neutro-e-neutro-terra-e-terra/# ² https://www.osetoreletrico.com.br/correntes-de-fuga-correntesdiferenciais-residuais-faltas-e-a-importancia-da-deteccaoaspectos-de-manutencao-preditiva-em-sistemas-de-baixatensao/
Redes subterrâneas em foco
O Setor Elétrico / Maio de 2018
83
Daniel Bento, PMP®, é engenheiro eletricista, membro do Cigré Brasil (cabos isolados) e atua há mais de 25 anos em redes isoladas, tendo sido responsável técnico por toda a rede de distribuição subterrânea da cidade de São Paulo. Atualmente, é diretor executivo da empresa Baur do Brasil | daniel.bento@baurdobrasil.com.br
Complexo de vira-lata
Quando o Brasil perdeu a Copa do
Mundo
de 1950, o então dramaturgo
Acreditar que não devemos ter redes
melhoria
da
produtividade.
Quando
subterrâneas em nosso país e conviver
os sistemas semafóricos das cidades
e escritor Nelson Rodrigues cunhou a
aceitando
nosso
funcionam em dias de chuva, deixando
expressão “Complexo de vira-lata”, porém,
absurdo
equivalente
o trânsito fluir, as redes subterrâneas
ele não se limitou ao futebol. Nas palavras
de interrupção) de mais de 15 horas
colaboram com o meio ambiente na menor
dele: "por 'complexo de vira-lata' entendo
sem energia e nosso FEC (frequência
emissão de dióxido de carbono (CO2)
eu a inferioridade em que o brasileiro se
equivalente de interrupção) com mais
pelos carros.
coloca, voluntariamente, em face do resto
de dez vezes de interrupções no ano –
Podemos nos inspirar como nação
do mundo".
enquanto a nossa arquirrival no futebol,
na nossa magnífica recuperação após a
Muitos anos depois e com muitas
a Alemanha, que possui mais de 80% de
famigerada Copa de 1950, onde ano após
Copas do Mundo realizadas, podemos
sua rede na forma subterrânea com um
ano, fomos conquistando e mostrando ao
perceber como Nelson Rodrigues estava
DEC de 20 minutos e a França com sua
mundo nosso valor e alcançamos o título
certo. O Brasil, no decorrer dos anos, foi
extensa redes subterrâneas com FEC de
de “Potência mundial do futebol”. Com a
o primeiro a ser consagrado tricampeão,
0,7 – é acreditar que somos inferiores,
receita do futebol (muito planeamento,
tetracampeão e pentacampeão e, apesar
menores, lembrando o “complexo de vira-
treino, estratégia e estudo) e trabalhando
da última derrota para Alemanha (2014 –
lata”, de Nelson Rodrigues.
fortemente, podemos melhorar nossa vida
Brasil), é o único que pode ser consagrado
A
os
hoje e para as futuras gerações, como
hexacampeão na próxima Copa do Mundo
mundiais de futebol que conquistamos foi
brasileiros que têm orgulho em todas as
(2018 – Rússia). Podemos afirmar que
resultado de muito planejamento, treino,
áreas, inclusive no futebol.
não havia nada errado com o nosso futebol
estratégia e estudo. Para também sermos
Livres
em 1950, apesar de todo sentimento de
campeões como nação, devemos atuar em
inferioridade,
inferioridade percebido pelo dramaturgo
diversas áreas e as redes subterrâneas de
aprender com os erros e acertos dos
na época que motivou a criação da famosa
energia ajudam muito.
países desenvolvidos na implementação
frase.
e manutenção das redes subterrâneas,
Além do futebol, o Brasil também
aula, as redes subterrâneas ajudam na
seguindo
apresenta excelência em algumas áreas,
educação. Quando um médico não tem a
práticas
tais
agricultura,
cirurgia interrompida por falta de energia,
comitês internacionais (CIGRÉ, IEC, IEEE),
gastronomia, jiu-jitsu, música e outras
as redes subterrâneas contribuem na
fazendo nosso melhor inspirado pelas
artes. Sendo que muitas vezes qualquer
saúde. Quando as máquinas das fábricas
nossas seleções brasileiras de futebol de
revés
funcionam sem paradas não programadas,
1958, 1962, 1970, 1998 e 2002 e, quem
as
sabe, a de 2018. Torcida não vai faltar!
como:
nestas
arquitetura,
áreas
é
percebido
rapidamente o “complexo de vira-lata”.
com DEC
história
normalidade (duração
mostra
que
todos
Quando não falta energia na sala de
redes
subterrâneas
cooperam
na
de
qualquer podemos
padrões
sentimento e
mundiais
estabelecidas
em
de
devemos
de
boas
normas
e
84
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Novos requisitos sobre a certificação de equipamentos “Ex” para plataformas marítimas nos EUA – Parte 1/2 Entraram em vigor em 2018 novos
(Atmosferas explosivas) e nem que tenham
por uma terceira parte, por um organismo de
requisitos sobre certificação de equipamentos
uma certificação emitida por um organismo de
certificação independente, acreditado nos
para atmosferas explosivas a serem instalados
certificação reconhecido nos EUA (NRTL –
EUA (NRTL). Dessa forma, uma certificação de
em plataformas de petróleo, especificados
Nationally Recognized Testing Laboratory).
primeira parte ou uma “autodeclaração” emitida
em Regulamentos elaborados pela Guarda
Tais laboratórios de ensaios reconhecidos
por um fabricante de um equipamento “Ex”,
Costeira dos Estados Unidos. A Guarda
(NRTL) são listados pela OSHA (Occupational
aceitável dentro da Diretiva ATEX, mesmo cuja
Costeira dos Estados Unidos (USCG – US
Safety
para
instalação pretendida seja apenas para Zona
Coast Guard) é a entidade responsável pela
reconhecimento de laboratórios que executam
2 (EPL Gc) ou Zona 22 (EPL Dc) não atenda
segurança da Bacia Continental dos EUA
ensaios de segurança em equipamentos
aos requisitos de ensaio dos equipamentos
(OCS - U.S. Offshore Continental Shelf). A
produzidos por fabricantes norte-americanos.
de acordo com as normas internacionais,
USCG elaborou em 2015, com um prazo
Os requisitos para a acreditação dos NRTL
não atendem aos requisitos do Código de
para entrada em vigor de três anos, revisões
são elaborados com base nas normas técnicas
Regulamento Federal CRF 46 111.105-5.
alterando de forma significativa o Documento
internacionais ISO/IEC 17025 (Requisitos
A Diretiva ATEX tem como objetivo
46 do CFR (Code of Federal Regulations) -
gerais para a competência de laboratórios
assegurar a certificação de equipamentos
Parte 110 (General Provisions) e Parte 111
de ensaio e calibração) e ISO/IEC 17065
para atmosferas explosivas de acordo com os
(Eletric Systems - General Requirements), que
(Avaliação da conformidade - Requisitos para
requisitos essenciais de segurança e saúde
contem requisitos para equipamentos elétricos
organismos de certificação de produtos,
que são especificados naquela Diretiva ou nas
para instalação em áreas classificadas offshore.
processos e serviços).
normas europeias harmonizadas da IEC, mas
De acordo com a edição atual deste
Os fabricantes de plataformas, navios
não requer, especificamente, que os ensaios e
regulamento,
que
entrou
em
02/04/2018,
em
todas
as
and
Health
Administration)
em
petroleiros, FPSOs e de instalações similares
a certificação sejam feitos por um laboratório de
unidades
são agora diretamente afetados por estas
ensaio independente de terceira parte.
vigor
plataformas
novas alterações do Documento 46 CFR
semissubmersíveis, FPSO e navios petroleiros)
Partes 110/111. Nesta nova revisão, a USCG
“Ex” certificados sob a Diretiva ATEX podem
os equipamentos “Ex” instalados em áreas
reconhece também que as competências
ter sido avaliados, ensaiados e certificados por
classificadas necessitam ser certificados de
pessoais dos profissionais envolvidos com
Organismos de Certificação independentes,
acordo com os regulamentos nacionais dos
atmosferas explosivas, bem como o registro
mas, mesmo assim, a USCG não mais aceita
EUA ou então certificados pelo Sistema IECEx.
atualizado da documentação, são fatores
equipamentos
móveis
marítimas
(incluindo
A USCG reconhece que equipamentos
somente
com
certificação
críticos para a segurança destas instalações
ATEX em função de não ser assegurado que a
USCG, não mais são aceitos, desde abril
“Ex” marítimas.
avaliação dos equipamentos e a totalidade os
de 2018, equipamentos elétricos “Ex” que
De acordo com o Código de Regulamentos
ensaios tenham sido feitos por laboratórios de
tenham somente a certificação “ATEX”, em
Federais (CRF) Nº 46 - Parte 111.105-5,
ensaios independentes e nem de acordo com
função de que não são evidenciados que estes
a “integridade do sistema” não permite a
as normas harmonizadas da série 60079.
equipamentos tenham sido completamente
utilização de equipamentos Ex “não aprovados”.
ensaiados de acordo com as normas técnicas
Por definição, equipamentos “aprovados” são
entidades ou associações, pode ser verificado
internacionais aplicáveis da Série IEC 60079
equipamentos que tenham sido ensaiados
que a “autodeclaração” emitida pelos próprios
De acordo com os atuais requisitos da
Sob o ponto de vista da USCG e de outras
85
O Setor Elétrico / Maio de 2018
fabricantes, bem como a qualidade dos “Organismos Reconhecidos” (NB – Notified Bodies) na Comunidade Europeia estão levando a um crescimento de preocupações sobre a segurança de equipamentos “Ex” certificados de acordo com a Diretiva Europeia, fazendo com que sejam evitados certificados regionais ATEX, em favor de certificados internacionais IECEx.
A IEC possui em sua estrutura de avaliação
da conformidade, um sistema internacional de certificação “Ex” denominado de IECEx (Certification
to
Standards
Relating
to
Equipment for use in Explosive Atmospheres). Um dos principais objetivos do IECEx é de facilitar a aceitação de resultados de ensaios e de certificados de conformidade para equipamentos elétricos e mecânicos “Ex”
incluindo a participação de laboratórios de
Equipamentos para Unidades Móveis Offshore
entre os organismos de Certificação de todo
ensaios de equipamentos “Ex” e de organismos
(Mobile Offshore Drilling Units - MODU Code
o mundo, tendo como base exclusivamente
de certificação independentes.
2009) define as normas para os ensaios e para
normas técnicas internacionais da IEC da
Dentro do sistema IECEx, os Laboratórios
a certificação de equipamentos elétricos para
ISO, sem a necessidade de ensaios adicionais
de Ensaios (ExTL) ensaiam os equipamentos
instalação nestas Unidades Móveis Offshore.
ou de repetição de ensaios já realizados por
“Ex” para verificação da conformidade com
O IMO MODU Code 2009 recomenda que
Laboratório de Ensaios de equipamentos “Ex”
as respectivas normas técnicas da série IEC
os equipamentos e as instalações elétricas
reconhecidos. Este também é um dos objetivos
60079 e elaboram os respectivos Relatórios
em atmosferas explosivas sejam ensaiados
finais entre os fornecedores, usuários e outras
de Ensaios (ExTR). Os Organismos de
e certificados de acordo com as Normas
partes interessadas. Por este motivo, a Guarda
Certificação (ExCB) avaliam o Sistema de
internacionais da Série IEC 60079, elaboradas
Costeira dos EUA estabeleceu a adoção do
Gestão da Qualidade do fabricante e emitem os
pelo TC 31 da IEC.
sistema internacional IECEx, o qual adota as
respectivos relatórios de avaliação da qualidade
Desta
normas da Série IEC 60079 e requer, em todos
(ExQAR). Os Certificados de Conformidade
convergência regulatória, a Guarda Costeira
os casos, que os ensaios sejam feitos por
(ExCoC) são emitidos dentro do Sistema
dos EUA revisou os regulamentos norte-
laboratórios e os certificados sejam emitidos
IECEx com base nos resultados dos ExTR e do
americanos para instalações “Ex” para as
por organismos de certificação independentes,
ExQAR.
unidades
mesmo para equipamentos “Ex” destinados a serem instalado em áreas classificadas do tipo Zona 2 (proporcionando EPL Gc) ou em Zona
móveis
com
base
marítimas
em
que
uma
estejam
envolvidas em operações na área da plataforma
O que motivou esta grande mudança nos regulamentos pela USCG?
22 (proporcionando EPL Dc).
forma,
continental dos EUA. Após aquele acidente catastrófico de 2010 a Guarda Costeira dos EUA declarou pela primeira vez que acredita que
Dentre os objetivos do IECEx está também a
conformidades
tais embarcações envolvidas com a indústria do
certificação do ciclo total de vida das instalações
encontradas pela USCG durante o processo
petróleo necessitam utilizar normas técnicas e
“Ex”, com uma abordagem que vai além da
de investigação da explosão, incêndio e
os sistemas de certificação internacionais sobre
simples certificação de equipamentos elétricos
afundamento da Plataforma DeepWater Horizon,
os tipos de proteção “Ex”.
ou mecânicos “Ex”. O Sistema IECEx possui
ocorrida em 2010, de propriedade da empresa
Para atender de forma adequada as
três sistemas de certificação: de empresas
British Petroleum, serviu como motivação para
recomendações do relatório de avaliação da
de prestação de serviços “Ex” (classificação
a necessidade de assegurar uma adequada
Plataforma Deepwater Horizon, a fim de se
de
inspeção,
instalação de equipamentos certificados em
evitar a repetição de acidentes, explosões,
manutenção e reparos de equipamentos e
áreas classificadas, em plataformas marítimas
incêndios, mortes, perdas de vidas humanas,
instalações “Ex”), de competências pessoais
de perfuração e de produção, tanto fabricadas
perdas de instalações e de graves danos ao
para atmosferas explosivas e de equipamentos
nos EUA como estrangeiras.
meio ambiente, a Guarda Costeira dos EUA
elétricos ou mecânicos “Ex”. Estes sistemas de
Vale lembrar que o Capítulo 6 da Edição
incluiu na edição vigente do Regulamento “Ex”,
certificação são totalmente baseados de acordo
2009 do Código da Organização Internacional
a aceitação de equipamentos certificados pelo
nas normas internacionais da Série IEC 60079,
Marítima (IMO) para a Construção e de
sistema IECEx.
áreas,
projeto,
montagem,
As
principais
não
86
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Por Sergio Roberto Santos*
Considerações para a utilização de centelhadores como DPSs tipo I ou I +II Dispositivos de proteção contra surtos
a proteção contra surtos têm motivado os
fabricantes de DPSs a grandes investimentos
fabricantes de DPSs a oferecer novas soluções
em pesquisa para evitar que correntes de curto-
A utilização de Dispositivos de Proteção
para que os projetistas possam especificar
circuito ou em regime permanente passassem
contra Surtos (DPS) para a proteção das
protetores de surtos mais eficazes e econômicos,
através do DPS para o sistema de aterramento,
instalações elétricas e seus equipamentos
tornando as instalações elétricas cada vez
após a condução da corrente de surto.
eletroeletrônicos já é parte da realidade dos
mais protegidas contra os surtos de tensão.
Podemos denominar os DPSs tipo I
nossos engenheiros eletricistas e técnicos em
Entre estas novas tendências, embora já muito
de descarregadores de corrente de raios,
eletricidade. Como, onde e porque instalar os
empregadas em outros países, destacam-se a
para
DPSs constam das normas técnicas ABNT
utilização de centelhadores como DPSs tipo
sobretensões, DPSs tipo II. Dessa forma, fica
NBR 5410:2004/2008 - Instalações elétricas
I+II e varistores como DPSs tipo I. Para que
claro que os requisitos de tempo de condução
de baixa tensão, e ABNT NBR 5419:2015 -
não se tornem profissionais presos a conceitos
e energia específica que um DPS tipo I deve
Proteção contra descargas atmosféricas. Os
ultrapassados e acabem fora do mercado,
atender serão os mais altos possíveis, além
dispositivos de proteção contra surtos em si
é fundamental que quem trabalha na área
de ele ter que conduzir e posteriormente
estão normalizados na norma técnica ABNT
elétrica aprofunde seus conhecimentos sobre
interromper correntes de curto-circuito ou em
NBR IEC 61643-1:2007 - Dispositivos de
as principais características que diferenciam
regime permanente, chamadas de correntes de
proteção contra surtos em baixa tensão - Parte 1:
centelhadores e varistores, para que tirem o
seguimento, após a passagem da corrente de
Dispositivos de proteção conectados a sistemas
máximo proveito das vantagens existentes em
surto.
de distribuição de energia de baixa tensão
cada um destes componentes.
- Requisitos de desempenho e métodos de
eletrodos
ensaio. Mas, neste caso, é necessário recorrer
questão envolvendo a opção entre centelhadores
específica, que determinava o valor de tensão em
a outras normas IEC da série 61643 a fim de
[4] e varistores é econômica. Centelhadores
seus terminais, para o qual ele deveria começar
se conhecer mais sobre as características dos
não se degradam com o uso e possuem uma
a conduzir. Como esta configuração rudimentar
DPSs.
vida útil praticamente ilimitada. Entretanto, o
não era capaz de interromper as correntes de
Como engenharia não é ciência, a primeira
diferenciá-los
dos
protetores
contra
Os primeiros centelhadores eram apenas separados
por
uma
distância
Os DPSs se dividem em protetores para
custo de um varistor, quando comparado a um
seguimento, os fabricantes de DPSs investiram
energia e sinal, sendo que, no primeiro caso, eles
centelhador com os mesmos valores de corrente
no desenvolvimento de novas tecnologias para
ainda são subdivididos nos tipos, ou classes,
de surto e nível de proteção, é bem inferior
que os centelhadores, além de conduzir as
de proteção, I, II e III. Uma combinação de
[5]. Neste caso, caberia ao projetista analisar
correntes de surto, pudessem, por suas próprias
critérios técnicos e econômicos levou à seguinte
junto com o seu cliente qual a melhor opção.
características, interromper estas correntes de
utilização de três componentes não lineares para
Comprar um varistor, cujo preço seria menor,
seguimento.
a fabricação dos DPSs:
ou um centelhador que custaria mais, mas não
necessitaria ser substituído durante o período de
correntes de seguimento foi a modificação do
1) Centelhadores para fabricação de DPSs tipo I;
operação do empreendimento, proporcionando
formato dos eletrodos para aumentar a distância
2) Varistores para fabricação de DPSs tipos I+II
um menor custo de ciclo de vida, além de maior
percorrida pelas correntes entre os eletrodos,
e II;
confiabilidade para a instalação elétrica.
facilitando a extinção das correntes de surto e
A primeira solução para interrupção das
de seguimento. Isto permitiu que fosse possível
3) Diodos para fabricação de DPSs tipo III.
Novas tecnologias para os centelhadores Novos conceitos em DPSs
extinguir as correntes de curto-circuito, até certo valor, e em regime permanente, evitando que a
Em relação aos centelhadores, a maior
atuação dos centelhadores levasse à abertura
O desenvolvimento tecnológico, a con
objeção à sua utilização sempre foram as suas
dos fusíveis e disjuntores a montante (Figura 1),
corrência e o aumento do conhecimento sobre
características curto-circuitantes, o que levou os
tornando muito mais confiáveis as instalações
87
O Setor Elétrico / Maio de 2018
representaria uma enorme economia para a sociedade.
Conclusão
Devido ao seu menor preço, os varistores
estão sendo utilizados como DPSs tipo I ou I +II, onde centelhadores deveriam ser instalados, permitindo um menor custo de ciclo de vida das instalações, maior confiabilidade e melhor coordenação energética entre os diversos níveis de proteção e os equipamentos protegidos. Cabe ao projetista da instalação aprofundar os seus conhecimentos sobre as características Figura 1 – Atuação do DPS não deve provocar a abertura dos fusíveis ou disjuntores a montante.
elétricas protegidas pelos centelhadores com
alcançando, pela primeira vez, níveis de proteção
eletrodos modificados.
semelhantes aos varistores, o que possibilitou a
Encontrada
solução,
instalação de centelhadores e varistores em um
satisfatória para o problema das correntes
esta
mesmo painel, sem a utilização de bobinas ou
de seguimento, o passo seguinte foi, além de
determinado comprimento de cabos entre eles.
aperfeiçoá-la, tentar reduzir o valor do nível de
Uma
proteção obtido por estes centelhadores. Para
ainda mais a eficiência dos centelhadores na
isso foi empregada uma segunda tecnologia
interrupção das correntes de seguimento e
utilizando
de
coordenação com os equipamentos protegidos
carbono, em que elas substituiriam o ar como
utilizou um mecanismo de disparo para gerar
dielétrico, para que existissem vários, e não
uma tensão oposta e de valor similar a tensão
apenas um, centelhamentos entre os eletrodos,
da rede, limitando a corrente de seguimento
o que reduziria a energia da corrente de curto-
conduzida pelo centelhador a um valor mínimo,
circuito entre as placas, tornando a extinção das
independentemente
correntes de curto-circuito muito mais fácil. Como
de curto-circuito da rede. Esta tecnologia,
benefício colateral, os centelhadores com placas
patenteada com o nome de Radax-Flow®
de carbono permitiram a redução do nível de
(Figura 2), permitiu a utilização de centelhadores
proteção para valores iguais, ou abaixo, de 2 KV,
nos quadros de entrada, mesmo em instalações
centelhadores
primeira
com
placas
outra
tecnologia
do
nível
para
da
melhorar
corrente
com alto nível de curto-circuito.
Uma aplicação em que deveria ser feita
uma análise cuidadosa de qual tecnologia utilizar é a instalação de DPSs antes dos medidores de energia. Embora por razões de padronização, as concessionárias que permitem a instalação de DPSs antes de seus medidores não façam distinção entre centelhadores e varistores, o fato de se degradarem com o uso torna inevitável, após algum tempo, a substituição dos varistores, com todos os inconvenientes associados. Caso Figura 2 – Interior de um DPS utilizando a tecnologia Radax Flow®.
fossem
instalados
melhor DPS seja utilizado, assegurando que a proteção contra surtos seja a mais eficaz e eficiente possível.
Referências 1
–
ABNT
NBR
5410:2004;
Versão
corrigida:2008, Instalações elétricas de baixa tensão. 2 – ABNT NBR5419-1/2/3/4:2015: Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 1: Princípios gerais. Parte 2: Gerenciamento de risco. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida. Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. 3 - ABNT NBR IEC 61643-1:2007: Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão. Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão Requisitos de desempenho e métodos de ensaio.
Utilização de DPSs antes dos medidores de energia
dos centelhadores e varistores para que o
centelhadores,
tais substituições não aconteceriam, o que
4- Neste artigo os termos centelhador e varistor serão utilizados para se referir a DPS fabricados com respectivamente centelhadores ou varistores como único componente não linear. 5- SANTOS, Sergio Roberto Silva. Estudo da relação entre o valor de venda e a qualidade percebida: uma aplicação aos dispositivos de proteção contra surtos. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, para obtenção do título de Especialista em Economia & Negócios. Sorocaba, São Paulo. 2017. *Sergio Roberto Santos é engenheiro eletricista da Lambda Consultoria.
88
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Maio de 2018
Você está preparado para atender às expectativas do cliente?
As organizações de serviços em campo
estão
sempre
pensando
em
melhorar
sem energia e de 7,55% na frequência das
campo realmente ágil utiliza recursos, como
interrupções de energia.
mobilidade e otimização automatizada de
tendências
provavelmente
horários para reduzir o tempo de realização
as expectativas de seus clientes. Os
Essas
principais impulsionadores dessa evolução
moldarão o próximo estágio da experiência
do trabalho.
incluem mobilidade, novos padrões de
do cliente e da prestação de serviços. O
serviço estabelecidos por empresas como
grande ponto é explorar como a tecnologia
disponibilidade de recursos pode possibilitar
Uber e Amazon, e outras que cada vez
pode permitir que uma empresa abrace o
a reorganização de agendas de forma
mais medem suas operações por meio
futuro e encante seus clientes.
dinâmica, fornecer horários de atendimento mais precisos e oferecer aos clientes a
de pesquisas de satisfação do cliente, processos aprimorados, softwares mais
Ter visibilidade completa do local e da
Tudo sob demanda
capacidade
de
marcar
compromissos
em seus celulares, proporcionando essa
inteligentes e cloud computing. Desta
experiência on demand que eles esperam.
forma, muitas organizações de serviços
em campo conseguiram transformar a
para pizza. Os serviços de streaming
maneira como enxergam e fornecem seus
de vídeo oferecem aos consumidores
serviços. No entanto, esse trabalho nunca
acesso instantâneo a milhares de filmes e
está totalmente finalizado e a tendência é
programas de TV em vários dispositivos.
que as expectativas dos clientes continuem
Ocupado demais para ir ao supermercado?
é mais rápido e barato do que escolher o
subindo, bem como a capacidade de
É possível escolher e receber mercadorias
Uber ou o Cabify, e ainda assim, os clientes
atendê-los.
em sua porta, através de aplicativos como
continuam
A entrega rápida, agora, não é apenas
Experiência do usuário Há momentos em que chamar um táxi
recorrendo
aos
aplicativos
No Brasil, o uso de tecnologias digitais
Instacart ou Postmates. A Amazon já
de
vem melhorando a qualidade de serviços
oferece entrega no mesmo dia para itens
Isso mostra o quanto eles valorizam a
como transporte público coletivo, gerando
selecionados.
transparência e a visibilidade no processo
comodidade aos usuários em cidades como
Como tem sido o caso há algum
de serviço. A facilidade de pagamento
Rio, Curitiba e Goiânia. Também a qualidade
tempo, não são os concorrentes diretos
não consegue ser superada - o preço
dos serviços de distribuição de energia
que definem as expectativas dos clientes,
de uma corrida é mostrado na hora e o
elétrica melhorou em 2017 na comparação
mas sim as melhorias das experiências que
cliente é cobrado automaticamente. Esse
com o ano anterior, de acordo com
esses clientes tiveram em outros lugares.
nível de transparência também pode ser
pesquisa da Agência Nacional de Energia
Hoje, os consumidores podem ter e obter
fornecido ao cliente do serviço em campo.
Elétrica (Aneel). Pelo estudo, houve uma
rapidamente o que desejam, o que é um
A onipresença dos dispositivos móveis
redução de 9,23% na quantidade de horas
desafio para a maioria das empresas de
significa poder fornecer informações em
em média em que os consumidores ficaram
serviços. Uma organização de serviço em
tempo real aos clientes sobre a localização
compartilhamento
de
viagens.
89
O Setor Elétrico / Maio de 2018
e o tempo provável de chegada do
pré-requisitos de uma tarefa bem-sucedida,
profissional - aumentando a satisfação com
elas ficam melhores em prever o tempo que
o serviço e atuando como um diferenciador
a tarefa e a viagem consumirão e, assim,
em mercados competitivos.
desenvolvem melhores agendamentos. uma
Combinando isso com modelos de
variedade de canais para se comunicar
machine learning que incorporam padrões
com o provedor de serviços sobre a visita,
de tráfego, os provedores de serviços
fornecendo detalhes de acesso ao local,
estão se tornando mais cada vez precisos
bem como antes do dia do serviço (com o
na previsão dos horários diários da equipe
envio de fotos sobre o assunto que precisa
de serviço em campo e podem fazer
ser tratado para preparar melhor o técnico),
promessas mais assertivas a seus clientes
por exemplo. E mesmo depois (com o envio
– fidelizando-os. Informações com exatidão
de questionários sobre a qualidade do
sobre o tempo e a duração de uma visita - e
serviço quando a visita ainda está fresca na
essa capacidade de entregar – irá aumentar
memória).
não apenas a satisfação do cliente, mas
também a confiança e a lealdade do
Os
clientes
poderão
usar
O cliente pode ficar assim envolvido
no processo de prestação de serviços e,
consumidor.
como resultado, sentir-se mais informado e
fortalecido, tudo com rapidez e facilidade.
Em 2018 e nos anos seguintes, os clientes
Prevendo o futuro do serviço em campo
esperam
Machine Learning
velocidade,
transparência,
precisão e interações sem atritos. Ninguém pode adivinhar qual aplicativo ou modelo
À medida que mais organizações de
de serviço não qualificado irá redefinir suas
serviços em campo migram para soluções
expectativas, mas aperfeiçoar a capacidade
baseadas na nuvem para gerenciar suas
de cumprir o que foi dito acima é uma aposta
operações, elas ganham a capacidade de
segura. Entender os fatores que contribuem
alavancar o poder maciço da computação
para uma ótima experiência do cliente
elástica
rapidamente
facilita a avaliação de quais tecnologias
grandes quantias de dados, para decisões
existentes e emergentes podem ajudar a
automatizadas
atender, antecipar e superar as expectativas
mais
para
processar de
dependentes
infraestrutura,
as
agendamento. das
Não
limitações
empresas
de
dos serviços.
podem
aproveitar ao máximo o machine learning, a mobilidade e o gerenciamento de dados, que se integram para melhorar a eficiência operacional e o atendimento ao cliente.
Assim como a Netflix pode fornecer
recomendações
de
filmes
específicos
com base nos hábitos dos usuários, o uso de dados históricos sobre a entrega de serviços e os resultados de compromissos anteriores permitem que as organizações criem modelos cada vez mais precisos quanto ao tempo que um determinado tipo de trabalho tomará, o técnico mais adequado e as ferramentas ou peças que serão necessárias para o reparo. À medida que as
Por Paul Whitelam, vice-presidente de Marketing
empresas aprimoram sua compreensão dos
de Produto da ClickSoftware.
90
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O Setor Elétrico / Maio de 2018
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