Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 23 / Maio de 2018
Atualização do Atlas do Expansão da geração solar Potencial Eólicodas fontes Brasileiro Planejamento do crescimento renováveis, especialmente a solar fotovoltaica,
Revisão levavista em as conta alturas superiores 50 metros novas tecnologias disponíveis comercialmente tendo em metas assumidas peloa Brasil juntoe àascomunidade internacional Energia sobredao fonte Relatório Anual Global de Energia Eólica, do GWEC Energiaeólica: eólica:considerações o futuro promissor no país Energia crescedaa mobilidade taxas superiores a 100% ao ano desde 2013 Energiasolar: solar:aafonte nova que realidade elétrica *Notícias *Notíciasselecionadas selecionadassobre sobreasasfontes fontesrenováveis renováveisque quemais maiscrescem crescemno nopaís* país* APOIO
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Renováveis
Por Antonio Carlos Neiva, Ary Vaz Pinto Junior, Ricardo Marques Dutra, Sergio Roberto de Melo, Vanessa Guedes, Waldenio de Almeida, Rodrigo Braz e Angelo Cabrera*
Capítulo IV Atlas do potencial eólico brasileiro
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O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado em 2001 e concebido para a altura de 50
metros (altura suficiente para as tecnologias dos aerogeradores da época), foi, sem dúvida, um importante marco para o desenvolvimento do setor eólico no Brasil. Com o passar dos anos, o mercado eólico brasileiro experimentou crescimento significativo, tanto devido à implantação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), quanto aos resultados alcançados pelos leilões de energia. Ao longo do tempo, a tecnologia de aerogeradores se desenvolveu significativamente disponibilizando modelos de maiores potências e dimensões para operação em alturas mais elevadas, quando comparados aos modelos comercializados em 2001.
Com o objetivo de promover a atualização do Atlas do Potencial Eólico Brasileiro de 2001,
considerando alturas superiores a 50 metros e as novas tecnologias disponíveis comercialmente, foi aprovado, pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial de Energia (CT-ENERG), um projeto de encomenda vertical ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), implementado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Para a realização deste projeto, o Cepel estabeleceu parceria com o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) para alocação da infraestrutura e de profissionais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). A partir do trabalho conjunto entre o Cepel e o CPTEC, foi possível estimar o potencial eólico para todo o território nacional através do uso de modelos numéricos utilizados para previsões do tempo. Considerando a complexidade de tais modelos e a necessidade de abranger todo o território brasileiro, o processamento das informações contou amplamente com o uso do supercomputador do CPTEC.
Dentre os diversos modelos numéricos utilizados pelo CPTEC para previsão do tempo, o
modelo de mesoescala Brams (Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System) foi escolhido para estimar a velocidade e a direção do vento em todo o país, para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Tal escolha foi baseada tanto no fato deste modelo ser o resultado da consolidação de várias adaptações do modelo Rams (Regional Atmospheric Modeling System) para as condições climáticas brasileiras, quanto na existência de um grande número de meteorologistas que o utilizam para previsão do tempo em todo o Brasil. Como o modelo Brams apresenta melhores resultados para simulações realizadas com base numa grade de 5 km x 5 km, escolheu-se esta resolução para a elaboração do presente Atlas.
Para a obtenção de um ano típico, que representasse informações médias de um período e não de
um ano específico, decidiu-se que seriam simulados os anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. A partir dos dados simulados e, posteriormente, ajustados com dados medidos, seria, então, obtido o ano típico para o período dos quatro anos mencionados. Uma grande preocupação ao longo da elaboração do presente Atlas foi a questão da comparação dos resultados das simulações geradas pelo modelo Brams com dados efetivamente medidos. Apesar da vasta rede climatológica distribuída por todo o Brasil, disponibilizada pelo Inpe 1, os melhores dados para comparação e ajuste dos resultados das simulações obtidas com o modelo Brams são aqueles provenientes de estações anemométricas específicas para empreendimentos eólicos. Uma das grandes vantagens de se utilizar estes dados está nas alturas de medição, que coincidem com as alturas dos aerogeradores disponíveis comercialmente no Brasil. Através do apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 12 empreendedores autorizaram o uso de informações anemométricas oriundas de 39 parques eólicos e relativas ao período dos anos simulados. As autorizações concedidas para o uso de dados anemométricos provenientes de parques eólicos em operação no Brasil, considerados de alta qualidade, possibilitaram ajustes importantes com relação aos resultados simulados nas principais áreas de comprovado potencial.
1 A base de dados meteorológicos do Inpe é formada por dados de estações meteorológicas convencionais e automáticas do INMET e de outras instituições, dados de aeroportos (METAR) do DECEA, relatórios climatológicos do INMET e do DECEA, estudos acadêmicos e agrícolas para locais específicos e campos de dados interpolados obtidos a partir de todas as observações disponíveis na base de dados do CPTEC.
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Metodologia
resultados com performance igual ou superior a modelos de outros
O Brams, ao longo das simulações realizadas para elaboração do
Atlas, era o modelo numérico do CPTEC/Inpe que possuía os melhores
O mapeamento do potencial eólico para todo o território brasileiro
foi realizado a partir do modelo numérico de mesoescala Brams
centros internacionais (FREITAS, et al., 2017).
(Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System),
com resolução horizontal de 5 km x 5 km e uma rede de medições
do Brams a fim de estimar, com todos os detalhes possíveis para uma
anemométricas utilizada para ajuste dos resultados.
grade com 5 km de resolução, a intensidade e a direção do vento em
Nesta seção serão apresentadas as metodologias utilizadas para
diferentes alturas para todo o território nacional. O modelo Brams
ajuste dos resultados de mesoescala. Também serão descritos os dados
do CPTEC/Inpe pode ser executado com maior resolução espacial,
anemométricos utilizados no ajuste e validação dos resultados além dos
mas optou-se pela mesma grade de 5 km já utilizada nas versões
cálculos necessários para elaboração dos diversos mapas temáticos,
operacionais sendo utilizadas para gerar a previsão de tempo para o
tais como os de velocidade e direção do vento em diversas alturas, fator
Brasil, pois a mudança da resolução poderia exigir a recalibração de
de forma e escala da distribuição de Weibull, regime diurno etc.
alguns parâmetros internos do modelo.
Para o trabalho do novo Atlas foi desenvolvida uma versão especial
A resolução temporal dos resultados é horária, o que permite uma
O modelo Brams
avaliação do comportamento das variáveis meteorológicas ao longo
do dia (ciclo diurno), e para não extrapolar excessivamente o volume
O modelo utilizado neste trabalho foi o Brams, que é um modelo para
previsão numérica de tempo e clima (PNTC) desenvolvido pelo Inpe a
de dados, apenas um subconjunto dos dados de saída do modelo foi
partir de um modelo desenvolvido na década de 1980 na Universidade
armazenado. Foram selecionadas algumas variáveis de superfície, que
Estadual do Colorado, o Rams (Regional Atmospheric Modeling System),
também foram disponibilizadas para as alturas “nativas” do modelo de
que é uma ferramenta flexível e de código aberto para modelagem
32,2 m, 80,5 m, 120,1 m, 160,0 m, 200,0 m e 240,0 metros. Outra
e previsão de fenômenos atmosféricos. O Rams tem como base um
modificação importante nesta versão do Brams foi a geração da rosa dos
conjunto de equações não hidrostáticas e compressíveis e dois modelos
ventos no pós-processamento do modelo, obtido a partir da direção do
de mesoescala hidrostáticos (PILKE, et al., 1992).
vento de cada timestep do modelo, gerando uma “rosa dos ventos” para
cada horário de saída.
O modelo Brams, conforme apresentado na Figura 1, é
constantemente aprimorado (FREITAS, et al., 2017), incluindo
funcionalidades e modificações com o objetivo de melhorar a
duas partes, a fim de economizar tempo de processamento no
O domínio de execução do modelo numérico foi dividido em
representação numérica de processos físicos fundamentais sobre
supercomputador. Uma parte foi executada com a resolução de 5
regiões tropicais e subtropicais.
km, englobando toda a região do Brasil onde pode existir potencial de
Figura 1 - Representação esquemática do modelo Brams (FREITAS, et al., 2017).
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geração eólica de energia elétrica, e a outra, compreendendo a Amazônia
Controle do Espaço Aéreo - DECEA/ICEA);
ocidental, onde se sabe que não existe potencial de geração eólica, foi
• Dados da rede de estações da Marinha do Brasil;
gerada com 15 km de resolução horizontal. Posteriormente, as duas
• Dados de outras redes regionais (PCDs do Inpe, Funceme, ANA, Cemig, etc.)
partes foram reunidas para gerar um campo único, a fim de fazer o ajuste estatístico e gerar os produtos numéricos derivados.
Adicionalmente, uma vez que a finalidade do Atlas do Potencial Eólico
Brasileiro é disponibilizar informações com o objetivo de identificar sítios
Dados anemométricos
promissores para implantação de parques eólicos de geração de energia elétrica em todo o território nacional, o ajuste dos resultados do modelo
Apesar de todos os avanços e desenvolvimentos recentes dos
Brams deveria contar com séries históricas de alta qualidade destinadas
modelos numéricos de previsão de tempo e clima, os resultados atuais
para este fim. Neste sentido, o Cepel, através do apoio do então MCTIC e da
ainda possuem um razoável grau de imprecisão e incertezas. Uma vez
EPE, obteve a autorização de 12 empreendedores para utilização de dados
que os modelos numéricos (incluindo o modelo Brams) representam
anemométricos provenientes de 39 parques eólicos em operação espalhados
uma simplificação de um sistema real (Figura 2) e que as imperfeições
por todo o Brasil. Foi autorizada a utilização de médias mensais da velocidade
da modelagem decorrem do conhecimento incompleto dos processos
do vento medidas na altura dos aerogeradores instalados. As autorizações
físicos, da formulação matemática simplificada dos processos
foram concedidas para uso das médias mensais da velocidade e direção
modelados, assim como dos processos que ocorrem em escalas que
do vento exclusivamente para ajuste das simulações do modelo Brams
não podem ser representados na solução numérica adotada, faz-se
referentes aos anos de 2013 a 20152.
necessário ajustar (ou calibrar) os resultados dos modelos numéricos
tornando-os, assim, uma base de dados mais coerente com as
anemométricas) que abrangesse grande parte do território brasileiro, foram
condições observadas em campo e, consequentemente, um produto de
selecionados um conjunto de dados de aeroportos distribuídos por todos
melhor resultado para os usuários finais.
os estados brasileiros, com preferência para aeroportos internacionais, por
Par aumentar a representatividade de pontos de referência (estações
possuírem dados de melhor qualidade e maior cobertura temporal. Estes dados foram extraídos do sistema de processamento do CPTEC/Inpe e consolidados em médias mensais. Vale citar que, diferentemente dos dados medidos em parques eólicos, cuja altura de medição é próxima a 100 m (altura dos modelos de aerogeradores comercializados atualmente), a altura padrão das medições nas estações sinóticas é de 10 m.
Após um controle de qualidade realizado pelo Cepel nos dados de mais
de 300 estações que compõem o banco de dados observados do CPTEC/ Inpe (conforme apresentado acima), foram selecionadas 99 estações Figura 2 - Ilustração das diferenças entre o "mundo real" e a representação matemática dos modelos numéricos (KARL, et al., 1989).
Uma vez que é necessário obter um número significativo de dados
representativas em todo o território nacional para aferição e ajuste dos resultados da simulação do Brams para o ano de 2013.
anemométricos para validação dos resultados do modelo Brams, foram
Metodologia de ajuste
utilizadas informações provenientes de estações climatológicas espalhadas
por todo o Brasil, pertencentes ao Inpe, ao Inmet (Instituto Nacional de
previsão de clima apresentam, para cada ponto, desvios sistemáticos3, faz-se
Meteorologia), ao DECEA/ICEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo/
necessário identificá-los e corrigi-los através de informações providas de
Instituto de Controle do Espaço Aéreo), entre outras instituições. Vale
medições em campo de forma que haja maior aderência entre as previsões
ressaltar que uma parte importante do acervo de ambas as instituições
apresentadas pelo modelo e as condições observadas.
apresentou séries históricas de boa qualidade, que se mostraram adequadas
para ajuste dos resultados simulados. Os dados utilizados para gerar o campo
dados observados em estações meteorológicas ou anemométricas com os
de ajustes foram obtidos através do banco de dados observados do CPTEC/
respectivos dados simulados fornecerá uma indicação da intensidade e do
Inpe, que inclui informações de diversas fontes, tais como:
sinal destes desvios sistemáticos, que dessa forma poderão ser mensurados
• Dados de estações sinóticas convencionais e estações automáticas do
e removidos.
Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia);
• Dados de aeroportos e aeródromos (a maior parte do Departamento de
largamente utilizado em meteorologia numérica, com diversos exemplos de
Uma vez que dados simulados através de um modelo numérico de
O método de ajuste aplicado no Atlas assume que a comparação dos
O método da correção do viés médio, utilizado neste trabalho, é
2 Apesar de incluir simulações do modelo Brams para o ano de 2012 para elaboração do ano típico e de vários parques já estarem em operação no mesmo ano, somente em 2013 havia disponibilidade de séries históricas completas. 3 Desvios sistemáticos ou erros sistemáticos são devidos a causas identificáveis e podem, em princípio, ser eliminados. Erros desse tipo resultam em valores que são sistematicamente mais altos ou mais baixos em relação a um valor esperado. Um exemplo deste tipo de desvio pode ser observado nas medições realizadas em equipamentos descalibrados. 4 Estes desvios significativos também foram identificados através de inspeção visual do campo de interpolação. Este recurso, apesar de ser um critério subjetivo, permitiu identificar e eliminar rapidamente dados impróprios para o ajuste final dos dados simulados.
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aplicação no Brasil nas áreas de agricultura (AVILA, et al. 2009), meteorologia
• Coerência com dados de estações próximas,
(AVILA, et al. 2008) a recursos hídricos (ONS, 2013).
• Desvios significativos em relação aos dados climatológicos disponíveis para
a região4;
A priori, a aplicabilidade do método de remoção de viés é válida para
os pontos onde existem dados locais para as comparações. Mas é preciso
• Falta de representatividade regional (como estações instaladas em praias,
estender o método de ajuste para as localidades onde estas observações não
isto é, numa zona limítrofe entre duas regiões muito distintas);
existem, visto que a rede de estações de medida no Brasil é relativamente
• Insuficiência de dados.
esparsa.
De forma mais detalhada, o trabalho de ajustar os resultados do modelo
Brams foi dividido nas seguintes etapas: • Avaliação dos dados observados; • Elaboração do campo de ajuste; • Validação dos resultados.
A qualidade e a disponibilidade dos dados obtidos de estações
meteorológicas, anemométricas e climatológicas foram os principais limitantes para utilização de uma quantidade maior de estações para ajuste. Todas as estações previamente escolhidas passaram por uma avaliação de qualidade onde os principais critérios utilizados para o descarte de dados medidos foram: • Comportamento temporal anômalo (como dados repetidos ou que variam muito rapidamente);
Figura 3 - Esquematização da grade do modelo Brams mostrando os pontos de referência para as simulações no entorno da localização do ponto de observação.
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Atlas online
Conclusões
Todas as informações das simulações realizadas para o ano de 2013
As simulações com o modelo Brams referentes ao ano de 2013, a
estão disponibilizadas através do sítio na internet criado especialmente
comparação dos resultados obtidos com dados medidos e a subsequente
para sua divulgação (Figura 4). Através do link www.novoatlas.cepel.br, o
realização de ajustes constituem marcos significativos do trabalho de
internauta terá acesso a arquivos pdf de toda publicação gerada ao longo
elaboração do presente Atlas Eólico. Após a conclusão destas etapas,
do projeto, incluindo todos os mapas temáticos e arquivos no formato kml
foram produzidos mapas temáticos relativos às médias anuais, obtidas
que possibilitarão visualização das diversas informações em plataforma
a partir de simulações para o ano de 2013. Adicionalmente, tornou-se
SIG. Também estão disponíveis todas as informações consolidadas no
possível, para a sociedade, a consulta web das informações em ambiente
formato csv que possibilitarão visualização em formato tabular para cada
georreferenciado. Para dar continuidade ao desenvolvimento do presente
ponto da grade de 5 km x 5 km dentro do território nacional.
trabalho, visando à obtenção do ano típico, pretende-se realizar o ajuste e a validação estatística dos resultados para os anos de 2012, 2014 e 2015 (cujas simulações com o modelo Brams já estão concluídas) nos mesmos moldes do que foi efetuado para o ano de 2013. Adicionalmente, pretende-se realizar simulações em resolução de microescala em sítios com elevado potencial para abrigar parques eólicos.
Referências bibliográficas • AVILA, A. M. H.; CARDOSO, A. O.; PINTO, H. S., 2009. Aplicação da correção estatística na previsão de tempo estendida, para três localidades da Região Sul. In: XVI CBA, 2009, Belo Horizonte. XVI CBA, 2009. • FREITAS, S. R. et al. 2016. Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling Figura 4 - Visualização da apresentação, via web, do conteúdo das simulações 2013 do novo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro.
A coletânea de mapas temáticos disponibilizada no Altas apresenta
informações da distribuição da velocidade média anual do vento para as alturas de 30, 50, 80, 100, 120, 150 e 200 metros. Também são disponibilizadas informações dos fatores de escala e de forma da
System BRAMS version 5.2 Description of the Model Input Namelist Parameters. Disponível na internet no link ftp://ftp.cptec.inpe.br/brams/BRAMS5.2/documentation/namelist-BRAMS5.2-feb2016.pdf. • FREITAS, S. R. et al., 2017.The Brazilian developments on the Regional Atmospheric Modeling System (BRAMS 5.2): an integrated environmental model tuned for tropical areas. Geoscientific Model Development, v. 10, p. 189-222, 2017. • KARL T.R., TARPLEY J.D., QUAYLE R.G., DIAZ H.F., ROBLNSON D.A., BRADLEY R.S., 1989. The recent climate record. what it can and cannot tell us, Rev Geophys 27:405-430.
distribuição de Weibull para a altura de 100 metros; da densidade de
• NEIVA, A.C.B., RAMOS, D.A., GUEDES, V.G., WALTER, A., e MELO, S.R.F.C., 2016. Estudo
potência, massa específica e massa do ar, todas para a altura de 100
Comparativo Teórico e Experimental da Variabilidade de Dados de Velocidade de Vento em
metros. Adicionalmente, também são apresentadas a distribuição da rosa dos ventos anual (frequências x direção), o regime diurno anual e a rugosidade. A Figura 5 apresenta a distribuição da velocidade média anual do vento para a altura de 100 m.
Estações Anemométricas. Brazil Windpower 2016 Conference and Exibition – 30/08/2016. • Operador Nacional do Sistema Elétrico – NOS, 2013. Aprimoramento da Metodologia de Remoção de Viés da Previsão de Precipitação – Aplicação nas Bacias do Alto Rio Paranaíba e do Baixo Rio Grande. Nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico, 2013. • PIELKE, R. A.; COTTON, W. R.; WALKO, R. L., et al., 1992. A comprehensive meteorological modeling system - RAMS. Meteorol. Atmos. Phys., v. 49, pp. 69-91, 1992.
Figura 5 – Distribuição da velocidade média anula do vento a 100m de altura.
*Antônio Carlos de Barros Neiva é engenheiro mecânico, com mestrado em Engenharia Térmica e de Fluidos. Atualmente, é pesquisador no Cepel. Ary Vaz Pinto Junior é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Elétrica. Atualmente, é chefe do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar no Cepel. Ricardo Marques Dutra é engenheiro eletrônico, com mestrado e doutorado em Planejamento Energético. É pesquisador nível III do Cepel. Sérgio R.F.C. de Melo é engenheiro eletrotécnico, com mestrado em Computação Científica. Atua como pesquisador nível I no Cepel. Vanessa Gonçalves Guedes é engenheira mecânica, com mestrado e doutorado. É pesquisadora nível III do Cepel. Angelo Alberto Mustto Cabrera é engenheiro mecânico, com mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica. Atualmente, é funcionário da Puc-Rio, com participação e desenvolvimento de tarefas em projetos parceiros de pesquisa com o Cepel Rodrigo de Oliveira Braz é graduado em Computação Científica e em Engenharia Aeronáutica. Trabalhou, pela Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate), para o Cptec/Inpe em conjunto com o Cepel, nona preparação do novo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Waldenio Gambi de Almeida é graduado em Física Aplicado, com mestrado em Engenharia Mecânica. Trabalha no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).
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Energia Eólica
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Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Um mundo com cada vez mais eólicas
O Conselho Global de Energia
Eólica (Global Wind Energy Council - GWEC) divulgou, no mês passado, seu Relatório Anual Global de Energia Eólica, mostrando uma indústria madura competindo com sucesso no mercado mundial, mesmo contra tecnologias tradicionais de geração de energia altamente subsidiadas em alguns países. Mais de 52 GW de energia eólica limpa e livre de emissões foram adicionados em 2017, levando o total de instalações a 539 GW globalmente.
Com novos recordes
estabelecidos na Europa, na Índia e no setor offshore, os mercados retomarão um crescimento
de energia eólica, divididas por
as instalações de eólica na
eólica e já temos mais de 520
rápido após 2018, analisou o
região e por ano. Sobre a região
América Latina, realizamos
parques eólicos e mais de 6.600
GWEC no material de divulgação
“América Latina e Caribe”, que
leilões competitivos, tivemos
aerogeradores operando. No ano
do relatório, frisando que a
registrou uma nova capacidade
um crescimento virtuoso nos
passado, o montante gerado
energia eólica está liderando
de 2,57 GW em 2017, o relatório
últimos anos com uma cadeia
pelas eólicas foi equivalente ao
a mudança na transição para
destaca o papel do Brasil,
produtiva 80% nacionalizada e
consumo médio de cerca de 22
longe dos combustíveis fósseis
que mais uma vez dominou o
ainda estamos galgando novas
milhões de residências por mês.
e continua a impressionar em
mercado, com seus 2,02 GW
posições no Ranking Mundial:
competitividade, desempenho e
representando mais de três
em 2012, nós estávamos em
traz dados que merecem ser
confiabiliade. O GWEC acredita
quartos das instalações no
15º lugar e agora subimos para a
comemorados e que mostram
que, tanto em projetos onshore
região.
oitava colocação no início deste
a maturidade e força de uma
quanto offshore, a energia eólica
ano.
fonte de energia que não é
é a chave para definir um futuro
se destacado nos relatórios
apenas destaque no presente,
energético sustentável.
globais do GWEC, por inúmeros
o Brasil atingiu, em fevereiro
mas que também terá um papel
motivos, dentre os quais
deste ano, a marca de 13 GW de
fundamental na construção de
gostaria de destacar: lideramos
capacidade instalada de energia
um futuro mais sustentável.
O relatório também mostra
a instalação de nova capacidade
Ano após ano, o Brasil tem
Importante registrar que
O material do GWEC
Energia solar fotovoltaica
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Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.
Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
Solar fotovoltaica: a fonte renovável do século XXI*
Poucos setores no Brasil
cresceram de forma tão robusta nos últimos três anos, período em que o país atravessou uma de suas piores crises econômicas, como o solar fotovoltaico. O setor destacou-se em comparação com a economia nacional, crescendo a taxas de mais de 100% por ano desde 2013 e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) se orgulha de desempenhar papel relevante nesta trajetória.
Em 2017, o setor foi
responsável pela geração de mais de 25 mil novos
fachadas e coberturas de
mais atrativo.
- Articulação para isentar o
empregos diretos e indiretos,
residências, comércios,
ICMS sobre a energia injetada na
em sua maioria qualificados
indústrias, edifícios públicos e
Absolar contribui de forma
rede e compensada na geração
e descentralizados ao redor
propriedades rurais, somando
decisiva para este sucesso da
distribuída, via Convênio ICMS nº
do Brasil, contribuindo para
mais de 246 MW de potência
fonte solar fotovoltaica no Brasil.
16/2015. A Absolar já viabilizou
o desenvolvimento social,
e mais de R$ 1,6 bilhão em
Dentre as inúmeras iniciativas
a adesão de 23 estados e do
econômico e ambiental das cinco
investimentos privados injetados
desenvolvidas, destacam-se:
Distrito Federal, disponibilizando
regiões de nosso País.
na economia nacional.
Desde a sua fundação, a
o benefício a mais de 181 - Atuação junto ao Ministério da
milhões de brasileiros, ou seja,
ultrapassou a marca histórica
microgeração e minigeração
Integração Nacional na criação
89,3% da população do país.
de 1 GW operacionais no Brasil,
distribuída solar fotovoltaica
de novas linhas de financiamento
Em 2018, a Absolar batalha pela
posicionando o país dentro
é impulsionado por diferentes
para pessoas físicas e jurídicas,
adesão do Amazonas, Paraná e
do prestigiado clube das 30
fatores, entre eles, a redução
com recursos totais de R$
Santa Catarina a este convênio
principais nações do mundo em
de mais de 75% no preço da
3,2 bilhões disponíveis aos
estratégico.
energia solar fotovoltaica. Até o
energia solar fotovoltaica na
brasileiros das regiões Norte,
- Estruturação e lançamento
final do ano, o Brasil ultrapassará
última década e o aumento nas
Nordeste e Centro-Oeste
do Programa Goiás Solar, em
a marca de 2 GW.
tarifas de energia elétrica. Hoje,
para gerar energia renovável e
conjunto com o Governo do
o investimento em um sistema
sustentável em suas próprias
Estado de Goiás, programa
sistemas de geração distribuída
solar fotovoltaico retorna entre
residências, empresas e
estadual de referência que já
solar fotovoltaica em telhados,
cinco e sete anos, sendo cada vez
propriedades rurais.
triplicou as empresas atuando
Em janeiro de 2018, o setor
Já são mais de 27 mil
O crescimento da
Energia solar fotovoltaica
no Estado e multiplicou os investimentos e empregos do setor na região. - Participação na publicação da Portaria nº 643/2017, que autoriza o uso de energia solar fotovoltaica no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Os estudos contaram com a coordenação da FIESP e trabalhos técnicos da Absolar, Furnas e parceiros. - Proposição ao Ministério das Minas e Energia de um programa nacional solar fotovoltaico, com propostas como: contratação anual de 2 GW de usinas solares fotovoltaicas por meio de leilões de energia elétrica; meta nacional de 1 milhão de telhados solares fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural; e uma política industrial para reduzir preços de equipamentos nacionais aos consumidores.
O setor solar fotovoltaico
deve muitas dessas conquistas ao trabalho de um grupo de empreendedores voluntários que, sob a liderança inicial de Nelson Colaferro Junior, tiveram a iniciativa de fundar a Absolar e conduzi-la ativa, forte e financeiramente saudável desde seus primeiros dias.
Há muito potencial e espaço
para o setor solar fotovoltaico crescer no Brasil. Projeções recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que a fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica poderá ultrapassar 10% em 2030 da matriz elétrica nacional, ante 0,6% ao final de 2017.
A Absolar terá um papel
decisivo ao longo da evolução que
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aguarda o setor solar fotovoltaico
cada vez maior da energia solar
de novas políticas e programas
nos próximos anos e décadas,
fotovoltaica em áreas urbanas e
para o setor e oferecendo
período marcado por inúmeras
rurais. Para fazer frente a estas
serviços e benefícios valiosos
transformações tecnológicas,
mudanças, daremos início a
para nossos associados. Você é
econômicas, políticas, sociais e
um novo ciclo de estruturação
nosso convidado especial para
ambientais. O mundo caminha
interna da Absolar, que permitirá
participar deste novo ciclo como
para um futuro repleto de
à associação nacional de nosso
associado da Absolar, ajudando-
inovações como veículos
setor continuar crescendo
nos a construir esta nova etapa
elétricos, armazenamento de
com força, contribuindo com
da história de nosso setor no
energia e, é claro, uma presença
competência para a estruturação
Brasil.