O Setor Elétrico (edição 149 - Jun/2018)

Page 1

Ano 13 - Edição 149 Junho de 2018

Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Em pesquisa exclusiva, fabricantes e distribuidores apontam crise política e desaceleração econômica como entraves, mas esperam crescer, em média, 7% em 2018 A natureza da corrente de curto-circuito trifásica RENOVÁVEIS: Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI



Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br | claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305

Suplemento Renováveis 47 Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI alimentando refrigeradores. Na coluna da Abeeólica, uma reflexão: qual é a nossa responsabilidade sobre a energia do futuro? Já a Absolar fala sobre como o Programa Indústria Solar vem fomentando a geração distribuída pelo país.

10

Cemig e Governo do Estado investem em novas subestações de energia; Leilão de transmissão: 20 lotes arrematados com 55% de deságio médio; Energisa investe em qualificação de mão de obra; ABB ingressa na Aliança 4.0; Engerey lança catálogo online com chat integrado; Soprano anuncia novo posicionamento de marca; Philips Lighting agora é

Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena

Signify. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.

23

Fascículos

40

Aula prática – Curto-circuito Elementos para um entendimento mais profundo acerca da natureza real e do comportamento físico da corrente de

Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Arthur Bonelli, Claudio Mardegan, Demóstenes Barbosa da Silva, Elbia Gannoum, Evandro Vaciloto Filho, Filipe Barcelos Resende, Giuseppe Parise, Hélio Sueta, Leonardo Vieira, Luciano Rosito, Márcia Ramos, Marco Bonelli, Marco Galdino, Marta Maria Olivieri, Nunziante Graziano, Paulo Fernandes Costa, Pedro Augustho Block, Rodrigo Kimura, Rodrigo Lopes Sauaia e Ronaldo Koloszuk. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Images Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio

Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br

Filiada à

Painel de notícias

curto-circuito trifásica.

62

Pesquisa – Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Para fabricantes e distribuidores desses produtos, a crise política e a desaceleração econômica seguem dificultando a realização de negócios. Não obstante, setor esperar crescer em torno de 5% neste ano.

72

Espaço 5419 Artigo analisa risco e aspectos específicos da proteção de postos de combustíveis.

74

Espaço SBQEE Impacto de dessintonias em filtros harmônicos passivos.

76 78 80 82

Colunistas Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex Dicas de instalação Você já ouviu falar em acessórios para loadbreak?

84

Ponto de vista Produção de hidrogênio a partir das fontes renováveis de energia.

3




Editorial

6

O Setor Elétrico / Junho de 2018 Capa ed 149.pdf

1

7/4/18

10:54 AM

www.osetoreletrico.com.br

Ano 13 - Edição 149 Junho de 2018

O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 149 – Junho de 2018

Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Em pesquisa exclusiva, fabricantes e distribuidores apontam crise política e desaceleração econômica como entraves, mas esperam crescer, em média, 7% em 2018 A natureza da corrente de curto-circuito trifásica RENOVÁVEIS: Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI

Edição 149

O desafio de “estocar vento”

Estocar vento literalmente ainda não é possível, mas,

próximo a nós, os smartphones. É comum ouvirmos que

certamente, a ex-presidente Dilma Rousseff tenha apenas

um telefone celular não dura mais que dois anos e já nos

escolhido mal as palavras para se referir às dificuldades para se

acostumamos com essa “verdade”. Fato é que boa parte dessa

armazenar energia elétrica. A boa notícia trazida por esta edição

vida útil se deve ao desempenho da bateria, que ainda deixa a

é que os avanços tecnológicos poderão resolver esta questão

desejar. Vivemos pendurados na tomada porque o smartphone

muito em breve.

hoje é praticamente um complemento do nosso corpo.

Esquecemos de pegar o casaco no inverno, o guarda-chuva em

Um estudo divulgado anualmente pela Bloomberg, cuja

última versão acaba de ser publicada, prevê que a energia eólica

dias nublados, mas não nos esquecemos do celular. E quando

e a energia solar deverão aumentar para quase 50% da geração

isso acontece, fatalmente, é o fim do mundo!

mundial até 2050 devido à crescente redução dos custos e ao

surgimento de baterias eficientes e mais baratas, que permitirão

desenvolver soluções para aumentar a eficiência das baterias e a

As empresas de ponta estão cada vez mais empenhadas em

que a eletricidade seja armazenada (em larga escala) e utilizada

evolução dos veículos elétricos contribuirá muito para isso. Prova

para atender à demanda em momentos de pico. Muito dessa

disso é a GE, que anunciou a plataforma de armazenamento

evolução deve-se ao crescimento do mercado de veículos

de energia chamada de GE Reservoir. Trata-se de um sistema

elétricos e híbridos. Segundo o mesmo estudo, os preços da

de gestão de baterias e de contêineres que são instalados no

bateria de lítio-íon já caíram cerca de 80% por megawatt-hora

cliente, como uma planta industrial, por exemplo. A plataforma

desde 2010 e continuarão diminuindo conforme a produção

permite o armazenamento de eletricidade e a sua utilização

de veículos elétricos aumente. A título de conhecimento, cito

pode ser feita quando e onde for mais conveniente. Hoje, esses

aqui outra pesquisa, feita pelo Conselho Internacional sobre

sistemas estão alocados em contêineres, mas será que dá para

Transporte Limpo, que estima que até 2025 as vendas globais de

compará-los com os primeiros computadores, que ocupavam

veículos elétricos alcancem 13 milhões de unidades por ano, o

uma sala inteira há algumas décadas? Como serão as baterias do

que significa um crescimento à taxa anual média de 35%. Não é

futuro?

à toa que gigantes da inovação, como Apple e Tesla, estão neste

Boa leitura!

mercado. Sobre isso, o estudo da Bloomberg avalia que carros e ônibus elétricos estarão usando 3.461 Twh de eletricidade no

Abraços,

mundo até 2050, equivalendo a 9% da demanda total.

O armazenamento de energia ainda é um desafio para a

engenharia em todos os setores, incluindo aí um item muito

flavia@atitudeeditorial.com.br

Redes sociais

@osetoreletrico

www.facebook.com/osetoreletrico

@osetoreletrico

Revista O Setor Elétrico



8

Coluna do consultor

O Setor Elétrico / Junho de 2018

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br

Melancólica prorrogação Enquanto aguardávamos uma final com boas expectativas, pelo menos, para o próximo campeonato, parte da torcida resolve “parar de rodar” e tudo vai à bancarrota. Ficou evidente a falta de planejamento das diretorias atuais e das anteriores nos cuidados com a infraestrutura de transportes e dependência do modal rodoviário em relação ao multimodal, modelo de países desenvolvidos. A dependência do transporte aéreo também é ridícula e a galera, para assistir a um jogo de 90 minutos em cidades distantes 400 km a 600 km, precisa gastar 12 horas com custos altíssimos por não possuirmos transporte ferroviário adequado e decente. Se havia uma ponta de esperança de que os reservas chamados para substituir os jogadores expulsos pudessem ao menos ganhar por vantagem mínima de 1%, talvez 2%, a torcida já duvida; não há gás para tal. Como diria o saudoso locutor, “o tempo passa...”. O jogo está entregue ao adversário e sem resistência, até parece que o time está comprado! Pior, os árbitros lá no planalto não conseguem apitar nem com a ajuda dos colegas de vídeo, dão a sensação de que cada um torce para um time e ainda tratam de cancelar os cartões vermelhos e perdoar as ultrajantes faltas cometidas por jogadores inescrupulosos, colocando-os de volta no jogo sem suspensão.

Não bastasse esta situação interna, times adversários de além-mar

não conseguem se entender prejudicando ainda mais nosso desempenho, desvalorizando o nosso poder de compra e nossos investimentos; estamos fracos e desacreditados. Teremos que aguardar os aspirantes disputar a eleição para assumir o comando. Enquanto isso, a torcida verde e amarela paga o salário do time e da comissão técnica, talvez por puro amor e paixão nacional.

Enquanto o novo time não entra em campo, a galera procura novas

opções para o novo campeonato. A carência técnica está evidente e o treinamento é sempre o caminho certeiro, mesmo no nosso contexto do “mundo elétrico”. O CINASE na etapa Porto Alegre vem com toda a capacidade para trazer novidades, cases e informações consistentes de profissionais experientes, além do Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas, que reconhecerá os melhores projetos do Rio Grande do Sul.

Quem sabe o jogo possa virar ou mesmo que possamos ganhar nos

pênaltis! Fato é que a galera não aguenta mais!



Painel de mercado

10

O Setor Elétrico / Junho de 2018

MME e Aneel reconhecem importância das cooperativas Entidades apoiaram o lançamento de uma cartilha para a constituição de cooperativas de geração compartilhada de energia

O Ministério de Minas e Energia (MME),

a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Instituto Ideal apoiaram a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) no lançamento de uma cartilha para a constituição de cooperativas de geração compartilhada

de

energia.

O

material,

disponível em formato impresso e digital, explica o que é uma cooperativa de geração distribuída, como montar sua estrutura e formalizá-la, os cuidados na preparação dos estudos de viabilidade e diferentes modelos de negócio, entre outros temas. Para o diretor do Departamento de Desenvolvimento

Energético

do

MME, Deutscher

no sistema energético brasileiro, além de ter

Raiffeisenverband

como uma de suas vertentes a disseminação

(DGVR). O Guia foi desenvolvido no âmbito

de modelos de negócio com alto potencial de

Carlos Alexandre Pires, a cartilha chega em

Zusammenarbeit

(GIZ)

e

um momento em que o Brasil intensifica as

Genossenschafts-

ações de combate às mudanças climáticas no contexto dos compromissos assumidos

do projeto “Sistemas de Energia do Futuro”,

escalabilidade.

no Acordo de Paris.

que faz parte da cooperação Brasil-Alemanha

O material conta ainda com o apoio de

und

da

Para o desenvolvimento do material foi

e é implementado conjuntamente pelo MME

divulgação da Associação Brasileira de

utilizada uma parceria com a Cooperação Alemã

e GIZ. O projeto tem como objetivo aprimorar

Geração Distribuída (ABGD) e da Associação

para o Desenvolvimento Sustentável, por meio

as condições para a integração sistemática

Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

da Deutsche Gesellschaft für Internationale

de energias renováveis e eficiência energética

(Absolar).

Eletronuclear, Eletrobras e grupo EDF fomentam energia nuclear Companhias assinam memorando de entendimento para estudar oportunidades na área nuclear

A Eletrobras Eletronuclear e a Eletrobras

De acordo com o texto, as três empresas

treinamento. Para tanto, estão previstos

de

estudarão oportunidades de a EDF colaborar

workshops,

entendimento (MOU, na sigla em inglês) com

na retomada e conclusão de Angra 3 e no

especialistas e a criação de grupos de

o grupo EDF para promover cooperação

desenvolvimento de novas usinas nucleares

trabalho.

na área nuclear. O documento foi assinado

no Brasil.

As atividades a serem realizadas no

pelos presidentes da Eletronuclear, Leonam

Além disso, a EDF poderá contribuir

âmbito do acordo serão feitas por meio de

dos Santos Guimarães, e da Eletrobras,

com

contratos específicos, que serão definidos

Wilson Ferreira Junior, além do presidente

do

na

posteriormente. A validade do memorando é

da companhia energética francesa, Jean-

identificação do risco de obsolescência

de três anos, podendo ser estendida para até

Bernard Lévy.

de

cinco anos.

holding

firmaram

um

memorando

sua

expertise

envelhecimento equipamentos,

de em

na

prevenção

materiais, manutenção

e

seminários,

visitas

de


11

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Cemig e Governo do Estado investem cerca de R$ 400 milhões em novas subestações Montante foi investido entre 2015 e 2018 em 19 subestações em Minas Gerais

As subestações tornam o fornecimento de energia elétrica mais estável.

Entre 2015 e 2018, a Cemig e o

Governo de Minas Gerais investiram R$

396

milhões

na

cada nova subestação reduz até dez vezes o risco de queda de energia.

implantação

“Essas obras tornam o sistema

de 19 subestações de energia em

elétrico muito mais estável e seguro.

Minas Gerais. Entre as obras de

Isso é percebido por toda a população,

maior destaque estão as subestações

que recebe a energia com qualidade e

BH Centro 2 e BH Calafate, ambas

de forma contínua, sem interrupções”,

localizadas em Belo Horizonte, e Nova

esclarece.

Lima 7, no Vale do Sereno, que, juntas,

O

superintendente

esclarece,

receberam mais de R$ 220 milhões

ainda, que as instalações contam com

em

essas

equipamentos que transformam o nível

instalações aumentaram em 35% a

de tensão com alta confiabilidade,

capacidade do sistema elétrico da

possibilitando a distribuição da energia

região, especialmente no hipercentro

pelos centros urbanos e zonas rurais.

da capital.

“Para se tornar adequada ao consumo,

investimentos.

Juntas,

Além de aumentar a disponibilidade

a energia passa por transformadores

de cargas, as subestações tornam

menores, instalados nos postes das

mais

de

ruas. Eles, então, reduzem a tensão

energia elétrica. De acordo com o

para que a eletricidade possa ser

superintendente de Gestão de Ativos da

entregue

Distribuição da Cemig, Danilo Gusmão,

estabelecimentos comerciais”, explica.

estável

o

fornecimento

nas

casas,

indústrias

e


Painel de mercado

12

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Leilão de transmissão: 20 lotes arrematados com 55% de deságio médio Segundo o MME, consumidores terão economia de R$ 14,1 bilhões nos próximos 30 anos

O 1º leilão de transmissão de 2018,

Paulo, foi o que teve o maior deságio:

O leilão conferiu às empresas

realizado no dia 28 de junho, em São

73,93%.

vencedoras

Paulo (SP), trouxe resultados positivos

serão construídos vão gerar cerca de

km de linhas de transmissão e de

para o desenvolvimento do setor elétrico

R$ 6 bilhões em investimento e 13,6

12.223 mega-volt-amperes (MVA) de

nacional. Os 20 lotes oferecidos foram

mil empregos diretos – a maioria deles

potência de subestações, divididos

arrematados,

com

deságio

recorde

Os

empreendimentos

que

o

arremate

de

2562

nas regiões Norte e Nordeste.

em

de 55%. Na prática, quanto maior o

Ceará,

Goiás,

deságio, menor o dinheiro pago pelo

importante para o setor. Nossa gestão

Gerais,

Pará,

consumidor para garantir a expansão do

tem possibilitado que os investimentos

de Janeiro, Rio Grande do Norte,

sistema de transmissão. Isso significa

voltem a fluir. Estamos renovando e

Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

que, durante o período de concessão

melhorando serviços que vão trazer um

São Paulo, Sergipe e Tocantins. O

às empresas vencedoras, que é de 30

aumento substantivo na qualidade de

prazo para operação comercial dos

anos, o consumidor terá uma economia

vida e nenhum setor da economia pode

empreendimentos varia de 36 a 60

de cerca R$ 14,1 bilhões.

prosperar sem energia farta e segura”,

meses, para concessões por 30 anos,

afirmou o ministro de Minas e Energia,

contados a partir da celebração dos

Moreira Franco.

contratos.

O lote 10, que prevê atendimento

elétrico à região de Lorena, em São

“O resultado do leilão foi um passo

16

estados:

Alagoas,

Bahia,

Maranhão,

Minas

Paraíba,

Piauí,

Rio


O Setor Elétrico / Junho de 2018

13

Nova norma sobre atmosferas explosivas A ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-2:2018 descreve métodos de ensaio de poeiras combustíveis. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, em 17 de maio, a ABNT NBR ISO/IEC 80079-202:2018 - Atmosferas explosivas - Parte 20-2: Características dos materiais - Métodos de ensaio de poeiras combustíveis, resultado de trabalho de Comissão de Estudo do Subcomitê de Atmosferas Explosivas (SC-31) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003).

Esta parte da série de normas ABNT NBR ISO/IEC 80079

descreve os métodos de ensaios e os procedimentos de consenso internacional para a identificação e características de poeiras combustíveis na forma de nuvem e de camadas, de forma a permitir a classificação de áreas onde tais materiais possam estar presentes. Esses procedimentos visam à adequada seleção e instalação de equipamentos elétricos e mecânicos “Ex” para utilização na presença de poeiras combustíveis.

O coordenador do Subcomitê SC-31, Roberval Bulgarelli,

da Petrobras, destaca entre as características das poeiras que são determinadas pelos procedimentos internacionais especificados nesta norma: Temperatura mínima de ignição (MIT) de uma nuvem de poeira; Temperatura mínima de ignição (MIT) de uma camada de poeira; Energia mínima de ignição (MIE) de misturas poeira combustível com o ar; e Resistividade das poeiras combustíveis.

Como exemplo dos elevados riscos e consequências de

explosão de poeiras combustíveis, Bulgarelli cita o caso da grave explosão da refinaria de açúcar de cana ocorrido em 2008 na empresa Imperial Sugar, nos Estados Unidos. “A existência de camadas de poeira combustível, representadas pelo açúcar, em conjunto com outros fatores, levou à ocorrência de grandes explosões, as quais causaram a morte de 14 pessoas e ferimentos em cerca de outros 40 trabalhadores”, ele afirma,

Esta nova norma brasileira é uma adoção idêntica, em conteúdo

técnico, estrutura e redação, à ISO/IEC 80079-20-2:2016, Ed. 1.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive Atmospheres (IEC/TC 31). Esta nova norma cancela e substitui a ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011 - Aparelhagem elétrica para utilização em presença de poeira combustível Parte 2: Métodos de ensaio - Seção 3: Método para determinação da energia mínima de ignição de misturas de poeira com o ar.


Painel de produtos

14

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.

Interruptores e tomadas www.simon-brasil.com.br

A Simon apresenta para o mercado sua nova linha de tomadas e interruptores

com alta performance de rendimento. Ideais para projetos de decoração, os produtos contam com acabamentos diferenciados e práticos com o intuito de contribuir para a versatilidade e sofisticação dos ambientes.

A linha Simon 35 está alinhada ao design europeu e tendências de mercado,

que permite projetar em seu ambiente até seis opções de cores nas placas: gamas de brilho, fosco e amadeirados, duas cores de módulos e duas cores de suportes. A linha possui placas e módulos de cor branca fabricados em policarbonato, matéria-prima nobre que suporta impactos e conta com tecnologia exclusiva que garante a integridade da cor mesmo depois de muitos anos, ou seja, não amarela. Segundo a empresa, a instalação também é fácil, todos os mecanismos são instalados sob pressão, permanecendo firmemente conectados por um simples clique.

Painéis para atmosferas explosivas www.tramontina.com.br

A divisão Ex da Tramontina conta com os painéis CEEx, utilizados em ambientes com a presença

de atmosferas explosivas, com foco no mercado industrial, especialmente, refinarias, plataformas, silos e indústrias alimentícia e farmacêutica.

Preparados para atender a todos os tipos de instalações em atmosferas explosivas, os painéis

CEEx da Tramontina são projetados para montagem com equipamentos e componentes internos, de acordo com as necessidades de usuários e projetistas. Os equipamentos têm proteção combinada à prova de explosão com segurança aumentada (Ex d e) e poeiras combustíveis (Ex tb), para zonas 1, 2, 21 e 22 e grupos IIC e IIIC.

Podem ser fornecidos com bornes, acionamentos de comando e sinalização, amperímetros,

voltímetros, disjuntores, relés, repetidores digitais e analógicos, drivers digitais e analógicos, monitor de velocidade, conversores de sinais, monitores de movimento, entre outros.

Os equipamentos são fabricados em aço inox, aço carbono, poliéster e liga de alumínio.

Quadros para proteção para energia solar www.rstequipamentos.com.br

A RST Quadros Elétricos lançou sua linha de quadros “String Box” para proteção e

controle das instalações de energia solar. Atende às normas brasileiras e internacionais. Segundo a fabricante, os equipamentos são de fácil instalação e protegem contra descargas atmosférica nos inversores e demais equipamentos ligados às instalações. Também protege contra curto-circuito nas placas solares e possibilita o seccionamento seguro e rápido da energia solar.

A caixa é produzida de material em policarbonato resistente e isolante de alta

durabilidade, possui grau de proteção IP 66, podendo ser instalada ao tempo. O quadro pode ser personalizado com o nome do revendedor, conta com total identificação de entrada e saída dos cabos, bem como uma etiqueta com dados técnicos de toda à instalação.

Os quadros são produzidos de policarbonato e possuem grau de proteção IP 66.


CONGRESSO & EXPOSIÇÃO 08 E 09 DE AGOSTO AGOST AGOS TO TO CENTRO DE EVENTOS PARKSHOPPING CANOAS

Está chegando a 31ª edição do CINASE em Canoas (RS) - Região Sul. Programe-se e não fique de fora!

1º Dia

2º Dia Eng. Nunziante Graziano

Eng. Claudio Mardegan

Conceitos modernos de especificações de painéis de média tensão e a revisão da NBR-IEC - 62271-200.

Operação, manutenção e ensaios em subestações.

Os impactos da nova NBR IEC 61439-1: Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão.

Eng. José Starosta

Claudio Rancoleta

Qualidade de energia Compensação reativa e eficiência energética na indústria.

Transformadores

Eng. Paulo Barreto

Panorama normalização baixa tensão: NBR 5410 - a revisão e o panorama da NBR 5410

Arq. Juliana Iwashita Iluminação - Certificação em produtos de iluminação. Lâmpadas LED e luminárias publicas

Eng. Jobson Modena NBR 5419:2015 e Proteção em áreas abertas novidades em tendências na PDA (proteção de descargas atmosféricas)

Eng. João Barrico Segurança no trabalho, as NR´s

PROGRAMAÇÃO COMPLETA NO SITE APP:

PATROCINADOR MASTER:

PATROCINADORES:

Soluções em Energia

APOIADORES:

Faça seu credenciamento através do site: www.cinase.com.br ou através do app. /CINASE.setoreletrico

@cinase

/cinasevideos

cinase@cinase.com.br

+55 11 3872.4404


Painel de empresas

16

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Energisa investe R$ 2 milhões em qualificação de mão de obra Empresa doou equipamentos para projeto Escola de Energia, do Senai, que beneficiará 440 estudantes O Grupo Energisa fechou uma parceria

promissor, fundamental e estratégico para

as unidades que receberão as aulas de

com o Serviço Nacional de Aprendizagem

assegurar o desenvolvimento econômico

qualificação. O objetivo é contribuir para

Industrial

um

do país. Por isso, é essencial termos

potencializar a formação dos alunos e

investimento de R$ 2 milhões no projeto

profissionais cada vez mais qualificados e

adaptar a realidade prática dos cursos às

Escola de Energia, que busca qualificar

preparados para o mercado. Esse projeto

atuais demandas tecnológicas do setor

técnicos

prepará-

mostra o compromisso da Energisa com o

elétrico.

los para o mercado de trabalho no setor

a busca de excelência, que parte de dentro

de energia. Com duração de um ano, o

do Grupo para fora agora", diz.

realizado um alinhamento disciplinar do

programa beneficiará diretamente 440

A iniciativa prevê dois momentos: a

conteúdo das aulas. A ideia é compartilhar

estudantes das unidades do Senai nos

Energisa será responsável pela ampliação

o knowhow técnico da Energisa e avançar

municípios de João Pessoa (PB), Campina

dos laboratórios do Senai e fará um

a

Grande (PB), Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e

alinhamento disciplinar dentro dos cursos.

cursos. Para isso, a empresa organizou

Palmas (TO).

Na primeira etapa, já em andamento desde

reuniões com os professores do Senai que

o fim de 2017, foi realizado um diagnóstico

estarão responsáveis por passar adiante

e Comunicação da Energisa, Daniele

para

o

Salomão, o projeto é muito importante

Desde então, a empresa iniciou a doação

disso, a companhia vai contribuir com os

para o mercado como um todo. "O setor

de novos equipamentos e tecnologias,

materiais didáticos que serão usados no

de energia elétrica no Brasil é muito

como aparelhos de realidade virtual, para

período.

(Senai)

e

para

eletricistas

realizar

para

Para a diretora de Gestão de Pessoas

a

adequação

dos

laboratórios.

Depois, em uma segunda fase, será

curva

do

aprendizado

conhecimento

compartilhado.

Engerey lança catálogo online com chat integrado Além de consultar os produtos do portfólio da empresa, os clientes poderão tirar dúvidas por meio do chat online

A Engerey Painéis Elétricos acaba de lançar para o mercado um catálogo

de produtos que permite a fácil localização de produtos, onde é possível obter especificações técnicas, fotos e preços. A página pode ser acessada no endereço:https://catalogo.engerey.com.br/.

No catálogo constam inicialmente os produtos: QTCO (Quadro de Tomadas

para Canteiros de Obras), EPTs (Painéis de Tomadas) e BCEs (Bancos de Capacitores). “Ao desenvolver este catálogo digital, o objetivo foi aprimorar nosso atendimento, levando ao cliente fotos, preços e informações detalhadas sobre os produtos que produzimos em formato padrão. Assim, visualiza-se melhor a solução, tornando prática e rápida a escolha”, afirma Fábio Amaral, diretor da Engerey Painéis Elétricos.

A intenção da empresa é alimentar o catálogo online regularmente,

incorporando novos painéis elétricos destinados a diferentes segmentos.

O site conta ainda com um chat: um canal direto de contato com os

clientes que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h15 e das 13h30 às 18h. O atendimento é realizado em tempo real por engenheiros eletricistas aptos a sanar dúvidas, receber demandas e realizar cotações.

dentro

dos

Além


17

O Setor Elétrico / Junho de 2018

ABB ingressa na Aliança 4.0 Acordo firmado durante o Fórum Econômico Mundial objetiva fomentar a digitalização da indústria nacional A

ABB

é

a

nova

signatária

da

Aliança Brasil 4.0, um pacto público entre empresas do setor industrial e de tecnologia para o desenvolvimento e a democratização da digitalização no país. Por meio da colaboração entre os associados, o objetivo é inserir a indústria brasileira na cadeia de valor global com as novas tecnologias para manufatura avançada.

A Aliança 4.0 é liderada pela ICC Brasil

(Organização Mundial das Empresas) e a união das companhias sinaliza a aposta na retomada do crescimento econômico a partir da cooperação para uma agenda positiva para o setor industrial.

Com a criação de um hub digital, a ABB

poderá compartilhar sua expertise de mais de 210 soluções digitais - ABB Ability™ - que possibilitam às indústrias dar um salto tecnológico para a Quarta Revolução Industrial. O intuito é que a digitalização entregue

produtividade,

redução

de

custos operacionais e segurança para trabalhadores e processos.


Painel de empresas

18

O Setor Elétrico / Junho de 2018

ABB conclui aquisição da GE Industrial Solutions A transação foi anunciada em 25 de setembro de 2017 e deverá aumentar o EPS operacional no primeiro ano

A ABB anuncia que concluiu a aquisição

posição da companhia como líder mundial

parte da transação, a ABB estabeleceu um

da GE Industrial Solutions (GEIS), negócio

em eletrificação e acelera nosso crescimento

relacionamento de fornecimento estratégico

global de soluções de eletrificação. A

e competitividade nos principais mercados,

de longo prazo com a GE para fornecer à

transação, de US$ 2,6 bilhões, oferece

particularmente na América do Norte. Como

empresa produtos e soluções de todo o

substancial potencial de criação de valor

um dos negócios originais de Thomas Edison,

portfólio da ABB. O direito a longo prazo de

dentro da ABB, incluindo oportunidades

a GEIS é o berço da eletrificação – um legado

usar a marca GE está incluso na aquisição.

de crescimento a serem aproveitadas da

que preservaremos e desenvolveremos, agora

"Os portfólios de produtos da GE

união da oferta digital da companhia, o ABB

que a GEIS faz parte da ABB", completou o

Industrial Solutions e da ABB são altamente

Ability™, com a extensa base instalada da

executivo.

complementares.

GEIS. A ABB espera obter aproximadamente

A GEIS será integrada à divisão de

oferta combinada e abrangente, além de

US$ 200 milhões de sinergias de custos

Produtos para Eletrificação da ABB, liderada

uma presença global expandida, força

anuais no quinto ano, o que será fundamental

por Tarak Mehta, presidente da divisão, como

de vendas e rede de distribuição," disse

para trazer a GEIS para o desempenho dos

uma nova unidade de negócios denominada

Tarak

pares.

Mehta.

Juntos,

"Estamos

teremos

uma

comprometidos

Electrification Products Industrial Solutions

com a manutenção da base instalada da

dar

(EPIS). Stephanie Mains, que anteriormente

GEIS e agora poderemos oferecer uma

as boas-vindas à GE Industrial Solutions

foi a presidente e CEO de negócios da GE

oferta tecnologicamente mais avançada e

para a ABB", disse o CEO da ABB, Ulrich

Industrial Solutions, liderará a nova unidade de

digitalmente conectada aos nossos clientes

Spiesshofer.

negócios como diretora administrativa. Como

em todo o mundo”, conclui.

"Estamos

muito

"A

satisfeitos

combinação

em

reforça

a

Gestão ecoeficiente reduz consumo de energia em fábrica da Basf Projeto de eficiência energética permitiu redução da emissão de 963 toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente a 18 voltas de caminhão ao redor da Terra Um programa iniciado no Complexo

englobando

à

2016, principalmente pelo menor consumo

Industrial de Tintas e Vernizes da Basf, em São

otimização e ao reaproveitamento de matérias-

dez

iniciativas

ligadas

de matérias-primas por tonelada de tinta

Bernardo do Campo (SP), evitou a emissão

primas, melhorias na cadeia logística para

produzida. Para o consumidor, isso significa

de 963 toneladas de CO2 na atmosfera, o

reduzir o número de viagens de caminhão,

que ele está comprando uma tinta com menor

equivalente a 18 voltas com um caminhão

eficiência energética e utilização consciente

impacto ambiental”, afirma.

ao redor da Terra, e contribuiu para reduzir

de recursos hídricos. Os dados permitiram

Na

o consumo de energia elétrica em 15%

que os gestores possam tomar melhores

interno de água, energia e emissões tem

entre 2010 e 2016. A iniciativa, chamada

decisões considerando tanto os impactos

acompanhado

Demarchi+Ecoeficiente, visa medir e otimizar

ambientais como econômicos.

ao longo dos anos, resultado de maior

os processos de produção de tinta com foco

Para Ricardo Gazmenga, diretor de

monitoramento e decisões mais rápidas para

na melhoria contínua e na implementação de

operações de tintas da Basf para a América

solução de problemas. Como resultado,

uma gestão cada vez mais ecoeficiente.

do Sul, esses indicadores mostraram a

houve

fábrica,

uma

o

uma

melhor

consumo significativa

específico melhora

performance

com

O estudo, desenvolvido pela consultoria

evolução da ecoeficiência da unidade desde a

redução de aproximadamente 12% do custo

para sustentabilidade Fundação Espaço

implementação do programa: “A performance

específico em 2016, se comparado ao ano

ECO , analisou toda a cadeia de valor

de ecoeficiência da fábrica foi melhor em

anterior.

®


19

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Cummins anuncia aquisição da EDI, desenvolvedora de motores elétrico e híbrido Empresa adquirida está baseada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e produz soluções de energias híbridas e elétricas

A Cummins Inc. acaba de anunciar a

elétrico para quatro versões de powertrains

aquisição da Efficient Drivetrains Inc. (EDI),

híbridos, a EDI ampliará os conhecimentos

baseada no Vale do Silício, na Califórnia

e produtos de eletrificação da Cummins. O

(EUA), que projeta e produz soluções de

sistema híbrido da EDI é o mais versátil do

energias híbridas e totalmente elétricas para

mercado atualmente.

o mercado. A aquisição deve ser concluída

no terceiro trimestre deste ano.

da EDI, Joerg Ferchau, “clientes e frotas

“À

necessidades

de veículos, ao avaliar novas tecnologias

e tecnologias de energia evoluem, a

elétricas e híbridas, têm preferência em

Cummins

em

trabalhar com empresas bem estabelecidas

oferecer as soluções de energia certas, no

que tenham profundidade e recursos para

momento certo, com foco no sucesso dos

fornecer o suporte necessário para aumentar

nossos clientes. Essa aquisição combinará

a produção em massa. Juntos, podemos

o talento e o conhecimento em eletrificação

liderar a categoria de eletrificação e fornecer

da EDI com a experiência da Cummins em

novas opções interessantes que o mercado

desenvolver e fabricar as tecnologias que

adotará”.

movem e energizam o mundo”, disse Tom

Com sede no Vale do Silício, na

Linebarger, chairman e CEO da Cummins

Califórnia, o portfólio de sistemas de

Inc.

transmissão elétrica híbrida da EDI, a série

A Cummins começou a desenvolver

EDI PowerDrive ™, viajou mais de 9 milhões

suas capacidades de eletrificação há mais

de quilômetros em uma frota nos Estados

de uma década. Durante os últimos nove

Unidos e na China. Os produtos e a base de

meses, acelerou o investimento nesse

clientes diversificada da EDI fornecerão um

negócio

esforços

trampolim para a Cummins nos mercados

estratégicos para construir capacidades em

eletrificados, permitindo à empresa uma

toda a gama de armazenamento elétrico.

capacidade mais imediata de aumentar sua

Após a adição de um motor único

participação no mercado.

medida

que

continua

quando

as

comprometida

empreendeu

De acordo com o presidente e CEO


Painel de empresas

20

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Soprano faz novo posicionamento de marca Empresa conquistou selo Great Place to Work e aborda a temática da confiança para marcar seu novo posicionamento

A Soprano acaba de conquistar o selo

Great Place to Work, reconhecimento concedido

às

organizações

que

possuem alto índice de satisfação de seus colaboradores. Junto a isso, lançou em maio o seu novo posicionamento de marca, com reformulação da identidade visual e foco na temática da confiança para reforçar os laços com todos os seus públicos. O Great Place to Work (GPTW) é uma certificação concedida pela consultoria de mesmo nome a empresas de todo o mundo com o objetivo de reconhecer

padrões

de

excelência

na gestão de pessoas. Para realizar a avaliação, é aplicada uma pesquisa de clima organizacional para medir a

Peça faz parte da campanha que marca o novo posicionamento da Soprano baseado no sentimento de confiança

satisfação geral dos colaboradores da empresa. É levada em consideração a

opinião

dos

funcionários

sobre

Confiança também é o foco do novo

que,

nos

últimos

tempos,

passou

temas como carreira, desenvolvimento

posicionamento de marca da empresa.

por grandes transformações e isso

pessoal e qualidade de vida, abordando

Com o slogan “A vida é melhor para

resultou em uma revisão do nosso

questões como confiança entre líder

quem confia”, a Soprano recriou sua

posicionamento. Sabemos o quanto a

e

liderado

identidade visual e lançou uma campanha

vida das pessoas depende dos nossos

a

capacidade

e

com o objetivo de reforçar os vínculos

produtos. As pessoas confiaram na

transparência

e

entre de da

colaboradores, comunicação

os

de segurança e parceria junto aos seus

gente e sabemos que a expectativa

líderes são acessíveis, se as pessoas

públicos através de suas sete unidades

fundamental é que não pode dar

são

independentemente

de negócios, sendo elas: Fechaduras e

problema. Problema com os nossos

de sexo, cor de pele, religião e opção

Ferragens, Materiais Elétricos, Utilidades

produtos significa porta aberta, luz

sexual, se as promoções são concedidas

Térmicas, Componentes para Móveis,

que não acende, café que esfriou…

por merecimento, etc.

Smart, México e Centro América.

A Soprano sabe se colocar no lugar

“A Soprano obteve nota superior

O novo posicionamento de marca

das pessoas e sabe que o nosso

a 80% na avaliação, ou seja, a cada

da Soprano reflete o feedback de

produto existe para que elas possam

dez pessoas, oito estão plenamente

seus públicos, desde consumidores

simplesmente

satisfeitas em trabalhar na Soprano. A

finais,

varejistas,

nossa marca se faz presente na vida

relação de confiança é o principal índice

revendedores, vendedores, chaveiros,

das pessoas, ela precisa ser sinônimo

de avaliação do prêmio”, explica André

eletricistas, engenheiros, arquitetos e

de

Bersano, diretor de relacionamento da

até mesmo não-clientes. “A Soprano

coordenador de Marketing Corporativo

consultoria.

é uma empresa com mais de 60 anos

Fabrício Justo.

respeitadas

liderança,

se

distribuidores,

confiar.

tranquilidade”,

Quando

contextualiza

a

o


21

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Philips Lighting agora é Signify Mudança no nome transmite a nova estratégia da empresa: de fornecer iluminação aliada a Internet das Coisas

A Philips Lighting lançou, em meados

2019. “Guiamo-nos pelo princípio de que a

de maio, seu novo nome, na sequência

luz é essencial,” acrescentou Eric Rondolat.

da alteração dos estatutos da empresa

“Ao conectar a luz a redes, software e cloud

que alteram o nome da empresa de Philips

computing, abrimos a porta para um mundo

Lighting N.V. para Signify N.V. “A escolha do

mais inteligente, onde a luz entrega valor para

novo nome da nossa empresa tem origem

além da iluminação”, afirmou.

no modo como a luz tem se tornado uma

Fundada

linguagem inteligente, que conecta e transmite

Philips,na Holanda, a Signify tem lançado

significado,” afirmou Eric Rondolat, CEO

inovações que servem tanto para o mercado

da Signify. “O nosso novo nome expressa

profissional quanto o mercado de consumo

de forma clara a nossa visão estratégica

ao longo de 127 anos. Em 2016, separou-se

e o objetivo que temos de desbloquear o

da Philips, tornando-se uma empresa à parte,

potencial extraordinário da luz para melhorar

com presença no Amsterdam’s Euronext

a vida das pessoas”, completa.

Stock Exchange. Foi incluída no AEX Index

em março de 2018.

A Signify vai continuar a utilizar a marca

inicialmente

com

o

nome

Philips para os seus produtos, sob o acordo

de licenciamento já existente com a Royal

32.000 colaboradores em todo o mundo, em

Operando em mais de 70 países, com

Philips. A empresa espera que a mudança

2017 a Signify gerou vendas no valor 7.000

de nome esteja implementada em todos os

milhões de euros e investiu 354 milhões de

países em que tem atividade até o início de

euros em Investigação e Desenvolvimento.


Painel de mercado

22

O Setor Elétrico / Junho de 2018

AES Eletropaulo prestou serviço abaixo da qualidade para 78% dos consumidores Pesquisa feita pelo Idec considerou falhas no fornecimento de energia entre 2009 e 2017

Em 2017, quase 16 milhões de pessoas

no Estado de São Paulo sofreram com interrupções no fornecimento de eletricidade feito pela AES Eletropaulo além do limite esperado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A constatação se deu por pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que revelou queda na qualidade do serviço de distribuição da concessionária desde 2009. Os dados apurados foram retirados do site da Aneel e se referem a toda a área coberta pela empresa no Estado de São Paulo. A análise considerou o

da AES Eletropaulo aceitaram a proposta

recomendando que cobre com eficiência da

número de unidades consumidoras onde

da italiana Enel para compra do controle

nova empresa os investimentos estruturais

as interrupções ultrapassaram os valores

da companhia. Aproveitando o momento

necessários na rede de distribuição e que

limites - estabelecidos pela própria Aneel -, a

de troca de controle, o Idec enviou

assegure melhorias na qualidade do serviço

quantidade de vezes (frequência) e a soma de

os

prestado.

tempo (duração). Assim, em 2002, cerca de 2,5 milhões unidades consumidoras tiveram o limite de interrupção

ultrapassado,

representando

49% do total. Em 2015 chegou a 6,5 milhões (97,3%) e, em 2017, a 5,4 milhões (78%). “Essas falhas foram se tornando mais longas e frequentes”, afirma Clauber Leite, pesquisador em energia do Idec. Cada

vez

que

os

limites

foram

ultrapassados, a AES Eletropaulo teve de compensar o consumidor com crédito na conta de luz, conforme determina a lei. Os dados mostram que, em 2017, a empresa pagou cerca de R$ 55

milhões em

penalidades. Porém, a punição não está sendo suficiente para diminuir as interrupções. Isso porque, embora pareçam altos, os valores correspondem a menos de 0,5% da receita líquida da concessionária. “A Aneel disponibiliza todos os dados sobre a qualidade do serviço. Porém, o formato dificulta a análise, impedindo o controle social”, pondera Clauber.

No último dia 4 de junho, os acionistas

resultados

da

pesquisa

à

Aneel


Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

24

Nunziante Graziano Capítulo VI – Requisitos de projeto e construção – raios X, corrosão, arco interno, requisitos dos invólucros, compartimentos de alta tensão, partes removíveis e provisões para ensaios dielétricos em cabos • Requisitos de corrosão • Requisitos para invólucros • Divisões ou obturadores sendo parte do invólucro • Provisões para ensaios dielétricos em cabos

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

32

Luciano Haas Rosito Capítulo VI – Condições particulares • Curvas e elevações • Cruzamentos em níveis • Pistas convergentes • Intercâmbios • Túneis e passagens

Proteção contra arco elétrico

36

Cláudio Mardegan e Giuseppe Parise Capítulo VI – Equipamentos de proteção • Equipamentos de proteção individual • Testes das vestimentas • Equipamentos de proteção coletiva • Painéis de campo à prova de explosão • Temporização do botão de comando “liga”

Fascículos

Apoio


Apoio

Fascículo

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

24

Por Nunziante Graziano*

Capítulo VI Requisitos de projeto e construção – raios X, corrosão, arco interno, requisitos dos invólucros, compartimentos de alta tensão, partes removíveis e provisões para ensaios dielétricos em cabos Prezado leitor, este fascículo pretende

suportável nominal, duração de curto-

os requisitos de projeto e construção

apresentar em detalhes o conjunto de

circuito nominal, valores nominais dos

obrigatórios para os conjuntos, com

normas brasileiras para construção de

componentes que fazem parte do conjunto

destaque para estanqueidade ao gás e ao

conjuntos de manobra e controle em alta

de manobra e controle em invólucro

vácuo, sistemas de pressão controlada

tensão, acima de 1 kV até 52 kV inclusive.

metálico, incluindo seus dispositivos de

para gás, sistemas de pressão autônomo

No

fascículo

operação e seus equipamentos auxiliares

para gás, sistemas de pressão selados,

apresentamos ao leitor os objetivos deste

e nível de preenchimento nominal dos

sistemas de pressão controlados para

trabalho, que contemplou a apresentação

compartimentos preenchidos com fluído.

líquido, sistemas autônomos de pressão a

do panorama atual da ABNT NBR

No terceiro capítulo, abordamos as

líquidos, flamabilidade e compatibilidade

IEC 62271-200 vigente no Brasil, suas

principais características de operação

subdivisões,

capítulo

inicial

deste

de

normal, partes removíveis, aterramento

interesse, suas interpretações e definições.

do conjunto e do invólucro, fechamentos,

requisitos de projeto e de construção

Neste segundo capítulo, continuaremos

conceitos

obrigatórios

para

a análise da ABNT NBR IEC 62271-

conjuntos, janelas de inspeção e plaquetas

notadamente,

emissões

de

200,

corrosão,

arco

suas

principais

regras

gerais,

pontos

eletromagnética.

de

compartimentação

dos

Neste

capítulo,

abordaremos os

os

conjuntos, raios

X,

definições,

de identificação. No quarto capítulo,

aspectos

características nominais obrigatórias dos

falou-se sobre os requisitos de projeto

devido a falhas internas, requisitos dos

conjuntos, além dos requisitos de projeto

e

invólucros,

e construção.

conjuntos,

No segundo capítulo, abordamos

de

construção

obrigatórios

notadamente,

intertravamento,

para

os

dispositivos

indicadores

de

de

compartimentos

interno de

alta

tensão, partes removíveis e provisões para ensaios dielétricos em cabos.

as principais características nominais

posição, grau de proteção dos invólucros,

de um conjunto de manobra e controle

proteção de pessoas contra acesso a partes

em invólucro metálico de alta tensão,

perigosas e proteção do equipamento

desde tensão nominal e número de fases,

contra penetração de objetos sólidos

Quando submetidos a altas tensões

nível de isolamento nominal, frequência

estranhos, proteção contra penetração

de ensaio com os contatos abertos,

nominal, corrente nominal de regime

de

equipamento

disjuntores em vácuo podem emitir

contínuo, corrente suportável nominal de

contra impacto mecânico e distâncias de

raios-X. A fim de assegurar que estas

curta duração para circuitos principais e

escoamento.

emissões

de aterramento, valor de crista da corrente

água,

No

proteção

quinto

do

capítulo

abordamos

Emissões de raios X

permaneçam

em

níveis

aceitáveis, todos os interruptores a vácuo


Apoio

devem atender aos requisitos descritos a

devem permanecer fáceis de desmontar,

externas do conjunto de manobra e

seguir:

portanto, também os parafusos devem

controle podem ser de material isolante,

ser corretamente escolhidos para evitar

desde que partes de alta tensão sejam

1 – 5 µSv por hora a 1 m de distância sob

que a corrosão impeça a desmontagem

completamente envolvidas por divisões

a máxima tensão de operação Ur referida

do mesmo. Em particular, a

corrosão

metálicas ou obturadores previstos para

nas tabelas 1A e 1B da IEC-62.271-1;

galvânica de materiais em contato deve ser

serem aterrados. São exceções as janelas

considerada, pois, por exemplo, pode haver

de inspeção já definidas em capítulos

2 – 150 µSv por hora a 1 m de distância sob

ganho ou perda de espessura, aumento

anteriores.

tensão nominal de ensaio sob frequência

de resistência de contato, entre outros

Quando o conjunto de manobra

industrial Ud mostrado nas tabelas 1A e

problemas. Cabe ressaltar que estresse

e controle em invólucro metálico for

1B da IEC-62.271-1.

de materiais por corrosão é intimamente

instalado, o invólucro deve prover pelo

dependente da forma e do processo de

menos o grau de proteção IP2X, de

instalação, além das condições locais da

acordo com a ABNT NBR 10478, tabela

Requisitos de corrosão Cuidados devem ser tomados contra

instalação. Condições atmosféricas são

6. Ele deve também assegurar proteção de

processos de corrosão em equipamentos,

importantes, mas a instalação também

acordo com as seguintes condições:

durante seu ciclo de vida útil esperado.

precisa considerar variação da temperatura

Corrosão não deve afetar a funcionalidade

e radiação solar, fluxo de ar, umidade

- As partes metálicas dos invólucros

do equipamento sob condições definidas

relativa do ar mínimas, média e máximas

devem ser projetadas para conduzir

de serviço. Quando falamos de corrosão,

ao longo do ano.

30A(c.c.) com uma queda de tensão de no

não falamos apenas de chaparia do invólucro, mas de todas as partes metálicas

máximo 3V ao ponto de terra previsto;

Requisitos para invólucros

- A superfície do piso, mesmo não metálica, pode ser considerada como

passiveis de processos corrosivos. Assim sendo, todas as partes aparafusadas do circuito principal e do seu invólucro

os

parte do invólucro. As medidas a serem

invólucros devem ser metálicos. Partes

executadas para obter o grau de proteção

Segundo

a

IEC

62271-200,

25


Apoio

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

26

para superfície do piso devem ser fornecidas no manual de instalação;

a) Fechamentos e portas que

ser

consideradas

como

partes

correspondentes obturadores fechados;

- As paredes de uma sala não devem do

• Compartimentos acessíveis

dão acesso a compartimentos

baseados em procedimento

invólucro;

acessíveis por meio de ferramentas.

devem ser equipados com

- As partes do invólucro que limitam

Estes fechamentos e portas não

provisões de intertravamentos,

compartimentos não acessíveis devem ser

necessitam ser abertos para os

por exemplo, cadeado. Cabe

providas com uma clara indicação para

propósitos normais de operação ou

ressaltar que procedimentos

não serem desmontadas;

de manutenção (fechamentos fixos).

apropriados devem ser postos no

-

As

superfícies

horizontais

dos

Não deve ser possível serem abertos,

local pelo usuário para garantir

invólucros, por exemplo, placas do

desmontados ou removidos sem

que um compartimento acessível

teto, normalmente não são projetadas

o uso de ferramentas. Entretanto,

baseado em procedimento possa

para suportar pessoas ou equipamentos

cabe ressaltar que a abertura deve

ser aberto somente quando

adicionais não fornecidos como parte

ser permitida somente quando

a parte do circuito principal

do conjunto. Se o fabricante declarar que

tiverem sido tomadas providências

contida no compartimento

é necessário ficar em pé ou caminhar

para garantir a segurança elétrica.

que está sendo acessado esteja

sobre o conjunto de manobra e controle

Além disso, deve ser dada atenção

desligada e aterrada ou na

durante a operação ou manutenção,

ao requisito (se houver) para

posição desconectada com os

o projeto deve ser de tal modo que as

realizar operação dos dispositivos

correspondentes obturadores

áreas pertinentes suportarão o peso do

de manobra sem tensão/corrente no

fechados. Os procedimentos

operador sem excessiva deformação e o

circuito principal com fechamentos

podem ser estabelecidos pela

equipamento permanece apropriado para

e portas abertas como parte dos

legislação do país da instalação ou

seu propósito. Em tal caso, aquelas áreas

procedimentos de manutenção;

pelos documentos de segurança

sobre o equipamento onde não é seguro

do usuário.

ficar em pé ou caminhar, por exemplo,

b) Fechamentos e portas que dão

diafragmas de alívio de pressão, devem

acesso a compartimentos acessíveis

ser claramente identificadas.

controlados por intertravamentos

Divisões ou obturadores sendo parte do invólucro

ou baseados em procedimento. Estes Fechamentos e portas que são partes

fechamentos e portas devem ser

Quando divisões ou obturadores se

do invólucro, por sua vez, devem ser

fornecidos se houver necessidade

tornarem parte do invólucro com a parte

metálicos.

de acesso ao compartimento para

removível em quaisquer das posições

e portas que podem ser de material

operação normal e/ou manutenção

definidas a seguir, eles devem ser

isolante, desde que partes de alta tensão

normal como declarado pelo

metálicos, aterrados e prover o grau de

sejam envolvidas por divisões metálicas

fabricante. Estes fechamentos

proteção especificado para o invólucro.

ou obturadores previstos para serem

e portas não devem requerer

aterrados.

ferramentas para abri-los ou

• Posição de aterramento;

removê-los e devem ter as seguintes

• Posição de ensaio (de uma parte

características:

extraível);

Exceção

aos

fechamentos

Quando os fechamentos e portas

Fascículo

que eles dão acesso:

que são partes do invólucro estiverem fechados, eles devem prover o grau de

• Compartimentos

• Posição desconectada (de uma parte

acessíveis controlados por

extraível);

Os fechamentos e portas não devem

intertravamento devem ser

• Posição removida (de uma parte

ser realizados de tela de arame, metal

providos de dispositivos de

removível).

expandido ou similar. Quando aberturas

intertravamento de forma que

de ventilação, saídas de exaustão ou

somente seja possível abrir

É importante ressaltar que uma

janelas de inspeção são incorporadas aos

o compartimento quando a

divisão ou um obturador se torna parte do

fechamentos ou portas, referências são

parte do circuito principal

invólucro se for acessível em quaisquer das

realizadas a seguir.

contida no compartimento que

posições definidas acima e se nenhuma

proteção especificado para o invólucro.

Diversas categorias de fechamentos

está sendo realizado o acesso,

porta puder ser fechada nas posições

ou portas são reconhecidos com relação

esteja desligada e aterrada, ou

definidas acima. Se for provida uma

aos tipos de compartimentos acessíveis

na posição desconectada com

porta que possa ser fechada nas posições


Apoio

27


Apoio

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

28

definidas acima, a divisão ou obturador atrás da porta não é considerado uma parte do invólucro.

levar em consideração a influência das

Os compartimentos podem ser de

condições climáticas.

vários tipos, por exemplo:

Janelas de inspeção, por sua vez, devem

O projeto de um compartimento

prover pelo menos o grau de proteção

- Preenchimento com líquido;

preenchido com fluido deve estar baseado

especificado para o invólucro. Elas devem

- Preenchimento a gás;

na natureza do fluido, na temperatura de

ser cobertas por uma folha transparente

- Isolação sólida.

projeto e, quando aplicável, no nível do

de

resistência

mecânica

comparável

projeto como definido na especificação

àquela do invólucro. Devem ser tomadas

As

aberturas

necessárias

para

do produto e em conformidade com

compartimentos

a norma. A temperatura de projeto

precauções para prevenir a formação

interconexão

de cargas eletrostáticas perigosas, seja

devem ser fechadas com buchas de

do

pela distância de isolamento ou pela

passagem ou outros meios equivalentes.

fluido, geralmente, é o limite superior

blindagem eletrostática (por exemplo,

Compartimentos de barramentos podem

de temperatura ambiente aumentado

uma malha de arame adequadamente

se estender por várias unidades funcionais

pela elevação de temperatura do fluido

aterrada no lado interno da janela).

sem a necessidade de buchas de passagem

devido à passagem de corrente nominal.

O isolamento entre as partes vivas do

ou outros meios equivalentes. Porém, no

Para instalações externas, devem ser

circuito principal e a superfície acessível

caso de categoria LSC2 de continuidade

levadas em consideração outras possíveis

das janelas de inspeção deve resistir às

de

providos

influências, tais como radiação solar.

tensões de ensaio especificadas em 4.2 da

compartimentos separados para cada

A pressão de projeto do invólucro não

ABNT NBR 10478 para ensaios de tensão

conjunto de barramentos, por exemplo,

deve ser menor que o limite superior da

para terra e entre polos.

em sistemas de barramentos duplo e para

pressão alcançada dentro do invólucro à

desconectáveis.

temperatura de projeto. Deve ser levada

As aberturas de ventilação e saídas de gás devem ser dispostas ou protegidas de

serviço,

entre

devem

ser

preenchido

com

em conta a possibilidade da ocorrência

maneira que o mesmo grau de proteção

com fluido (gás ou líquido) devem ser

de um arco interno devido a uma

daquele especificado para o invólucro seja

capazes de suportar as pressões normais

falha interna. Para os compartimentos

obtido. Tais aberturas podem fazer uso de

e transitórias para as quais eles são

preenchidos

malha de arame ou semelhante, contanto

submetidos em serviço. Devem ainda,

considerar:

que

sejam

de

resistência

Compartimentos

compartimento

preenchidos

com

fluido,

devem-se

mecânica

quando permanentemente pressurizados

satisfatória. Devem ainda ser dispostas de

em serviço, ser submetidos às condições

• A diferença total de pressão possível

tal maneira que gás ou vapor que escapa

particulares de serviço que os diferenciam

através das paredes de compartimento

sob pressão não coloque o operador em

dos reservatórios de ar comprimido e

ou divisões, incluindo qualquer processo

perigo.

vasos de armazenamento semelhantes.

de

esvaziamento

Estas condições são as seguintes:

as

operações

Compartimentos Um

Fascículo

compartimento de cabos/TC, etc.

de

se

usado,

durante

preenchimento

ou

manutenção;

compartimento

• A pressão resultante no caso de

ser

gás são normalmente preenchidos com

um

projetado pelo componente principal que

um gás não-corrosivo, completamente

compartimentos no caso de compar­

ele contém, por exemplo, compartimento

seco, estável e inerte; desde que medidas

timentos adjacentes terem pressões de

de

de

para manter o gás nesta condição com

serviço diferentes.

barramentos, compartimento de cabos,

somente pequenas flutuações de pressão

etc. Onde as terminações de cabo são

sejam fundamentais para a operação

O fabricante deve declarar o sistema

contidas em um compartimento com

do conjunto de manobra e controle e

de pressão usado e a taxa de vazamento

outros

(por

desde que os compartimentos não sejam

permissível

para

exemplo, disjuntor, barramentos, etc.),

submetidos à corrosão interna, não há

preenchido

com

a designação deve ser prioritariamente

necessidade de se fazer considerações

como parâmetros de estanqueidade. Se,

aquela do outro componente principal.

para estes fatores na determinação do

solicitado pelo usuário, para permitir

Cabe especial atenção ao fato de que os

projeto dos compartimentos;

acesso a um compartimento preenchido

compartimentos podem ser igualmente

• A pressão de projeto é inferior ou

com fluido de sistemas de pressão

identificados de acordo com os vários

igual a 300 kPa (pressão relativa). Para

fechados ou controlados, convém também

componentes contidos, por exemplo,

instalações externas, o fabricante deve

que seja declarado pelo fabricante o

disjuntor,

deve

• Os compartimentos preenchidos a

compartimento

componentes

principais

vazamento

acidental

os

entre

os

compartimentos

fluido,

conhecido


Apoio

vazamento permissível por divisões.

de pressão não devem operar abaixo

de obturadores automáticos, manobrados

Para compartimentos preenchidos

de 1,3 vezes a pressão de projeto. O

em

com gás em que o nível funcional mínimo

dispositivo de alívio de pressão pode ser,

para garantir a proteção de pessoas em

exceda 100 kPa (pressão relativa), uma

por exemplo, uma área frágil projetada

quaisquer das posições definidas como

indicação deve ser fornecida quando

do compartimento ou um dispositivo

posição de aterramento, de ensaio (de

a pressão a 20 ºC cair abaixo do nível

apropriado,

uma parte extraível), desconectada (de

funcional mínimo, conforme definição já

ruptura.

apresentada nos capítulos anteriores. Uma

divisão,

separando

por

exemplo,

disco

de

As divisões e os obturadores devem

operações

de

serviço

normais,

uma parte extraível) e removida (de uma parte removível).

um

prover, pelo menos, um grau de proteção

compartimento preenchido a gás isolante

IP2X de acordo com a ABNT NBR IEC

garantir

de um compartimento vizinho preenchido

60529. Essas divisões devem prover

obturadores,

com líquido, tal como uma caixa de cabo

proteção mecânica contra a pressão de

acionamento

ou um transformador de potencial, não

gás normal presente no compartimento

movimento dos obturadores é dirigido

deve apresentar qualquer vazamento que

adjacente. Os condutores que atravessam

obrigatoriamente pelo movimento da

afete as propriedades dielétricas dos dois

as divisões devem ser providos com

parte removível ou extraível. O estado

meios.

buchas de passagem ou outros meios

do obturador não pode, em todas as

equivalentes para prover o nível de IP

situações, ser confirmado prontamente

requerido.

de um compartimento aberto, (por

Onde os projetos ou dispositivos de alívio de pressão são fornecidos, eles

Devem ser providos meios para a

operação por

confiável

exemplo,

mecânico,

dos

por

um

onde

o

devem ser colocados de forma a minimizar

As aberturas no invólucro metálico

exemplo, compartimento de cabo aberto,

o perigo para um operador durante o

do conjunto de manobra e controle em

mas com obturadores montados em

período em que ele está executando

invólucro metálico e nas divisões de

compartimento do disjuntor). Em tais

seus deveres operacionais normais se os

compartimentos pelas quais os contatos de

situações, a verificação do estado dos

gases ou os vapores estiverem escapando

partes removíveis ou extraíveis engatam

obturadores pode requerer acesso ao

sob pressão. Os dispositivos de alívio

com os contatos fixos devem ser providas

segundo compartimento, provisão de

29


Apoio

Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão

30

uma janela de inspeção ou dispositivo de

tensão de ensaio à frequência industrial

indicação confiável.

especificada;

Se, para propósitos de manutenção

• O isolamento entre as partes vivas do

ou de ensaio, houver um requisito em

circuito principal e a superfície interna de

Quando não for prático desconectar o

que um ou mais jogos de contatos fixos

divisões isolantes e obturadores faceando

cabo do conjunto de manobra e controle

devem ser acessíveis pelos obturadores

estas partes devem suportar, pelo menos,

em invólucro metálico, aquelas partes

abertos, os obturadores devem ser

150% da tensão nominal do equipamento;

que permanecem conectadas ao cabo

providos de meios de trava, cada jogo

• Se uma corrente de fuga puder alcançar

devem ser capazes de suportar as tensões

independente,

fechada.

o lado acessível das divisões isolantes e

de ensaio no cabo, conforme declarado

Quando, para propósitos de manutenção

obturadores por um caminho contínuo

pelo fabricante e baseado nas normas de

ou de ensaio, o fechamento automático

sobre as superfícies isolantes ou por um

cabos pertinentes. Isto é, quando um lado

de obturadores é desabilitado para

caminho

por

da distância de isolamento for energizado

retê-los na posição aberta, não deve

pequenos espaços de gás ou de líquido,

à tensão do sistema à terra e os ensaios

ser possível retornar o dispositivo de

não deve ser superior a 0,5 mA nas

estiverem sendo realizados no cabo

manobra à posição de serviço até que a

condições de ensaio especificadas.

conectado do outro lado da distância de

na

posição

interrompido

somente

operação automática dos obturadores

isolamento.

seja restabelecida. Este restabelecimento

As partes removíveis para garantir

pode ser alcançado pela ação de retornar

a distância de secionamento entre os

praticamente

o dispositivo de manobra à posição de

condutores de alta tensão só são previstas

segurança permanece em alguns casos

serviço.

para propósitos de manutenção. O

entre a tensão de ensaio à frequência

Para a classe PM, as divisões e os

requisito que deve ser possível conhecer

industrial nominal para a distância

obturadores entre os compartimentos

a posição de operação do secionador ou

de isolamento e o esforço da tensão

abertos e as partes vivas do circuito

da chave de aterramento é alcançado

resultante pela distância de isolamento

principal devem ser metálicos, caso

se uma das seguintes condições for

devido à aplicação da tensão de ensaio

contrário, a classe é PI.

cumprida:

no cabo se o outro lado da distância de

As divisões e obturadores metálicos

Deve-se dar atenção ao fato de que nenhuma

margem

de

secionamento do conjunto de manobra e

ou as partes metálicas deles devem ser

• Distância de secionamento visível;

conectadas ao ponto de aterramento

• Posição da parte extraível, em relação

da unidade funcional e ser projetadas

à

para conduzir 30 A (c.c.) com uma

posições

queda de tensão inferior a 3 V ao

e

ponto de aterramento fornecido. A

identificadas;

quais são realizados os ensaios, resultados

descontinuidade nas divisões metálicas

• Posição da parte extraível indicada por

esperados e suas características mais

e obturadores fechados não deve exceder

um dispositivo de indicação confiável.

importantes.

parte ao

fixa,

claramente

correspondentes isolamento

pleno

visível

controle em invólucro metálico ainda está

de proteção IP2X.

No próximo capítulo deste fascículo

conexão

iniciaremos a abordagem dos ensaios de

claramente

tipo, elencando as principais razões pelas

à

Até lá! Qualquer parte removível deve ser fixada à parte fixa de maneira que seus

As

divisões

energizado.

e

12,5 mm para estar de acordo com o grau

Fascículo

Provisões para ensaios dielétricos em cabos

não

contatos não abram inadvertidamente

metálicos, fabricados ou parcialmente

e

obturadores

devido às forças que possam ocorrer em

fabricados de material isolante, devem

serviço, em particular àquelas devido ao

atender aos seguintes requisitos:

curto-circuito. Em conjuntos de manobra e controle de classe IAC, a transferência

• O isolamento entre as partes vivas do

de partes extraíveis para ou da posição de

circuito principal e a superfície acessível

serviço deve ser realizada sem redução

de divisões isolantes e obturadores

do nível especificado de proteção no caso

deve suportar as tensões de ensaio

de um arco interno. Isto é alcançado, por

especificadas em 4.2.1 da ABNT NBR

exemplo, quando a operação somente

10478 para ensaios de tensão para terra e

é possível quando as portas e as tampas

entre polos;

destinadas a garantir proteção de pessoal

• O material isolante deve suportar a

estão fechadas.

*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos.

Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

31


Apoio

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

32

Por Luciano Haas Rosito*

Capítulo VI Condições particulares

Neste artigo serão abordados os

para cada classificação de vias. No caso

ser observada a questão dos índices de

critérios estabelecidos na ABNT NBR

de cruzamento de vias com diferentes

ofuscamento.

5101 referente às condições particulares

classificações, os níveis além de serem

descritas no capítulo 6 da norma ABNT

somados, a uniformidade que prevalece é

- Cruzamento em dois níveis: quando uma

NBR 5101:2012. O capítulo inicia com uma

aquela da via com maior complexidade. Na

via passa por baixo de outra via de duas

explicação referente às seções anteriores já

prática, pouco se observa em projetos de

ou quatro pistas adjacentes. A iluminação

comentadas, deixando claro que os dados

iluminação que consideram esta condição

recomendada é a normal da via obtendo os

apresentados se destinam às áreas de vias

particular de cruzamento e, da mesma

índices indicados nas tabelas. As luminárias

retas e em nível e às áreas com curvas de

forma, em campo, não são feitas medições

da via inferior devem ser projetadas de

desníveis menores, ressaltando que, em

e verificações dos níveis e uniformidades

forma que a estrutura não interfira na

diversas situações que apresentaremos

nesta

no

iluminação, sem a necessidade de instalação

a seguir, existem condições e situações

atendimento à norma, infelizmente, acaba

de luminárias abaixo da pista superior.

específicas em que podem haver problemas

ficando restrita a trechos típicos das vias.

Dependendo da largura, poderá haver

condição.

A

preocupação

de visão e de manobra dos veículos que

necessidade de instalação de luminárias

são mais complexas que as vias retas e sem

- Curvas e elevações: quando de grande

abaixo da pista superior para obtenção dos

desníveis.

raio e suaves ficam iluminadas de forma

índices.

As situações descritas são:

satisfatória, mesmo sendo tratadas como

Fascículo

vias retas. Haverá uma variação que pode - Cruzamentos em nível, podendo ter

ser considerada constante e compensada

o trânsito livre ou semáforos, sinais de

com a fotometria adequada da luminária

parada ou outros meios. A ABNT NBR

utilizada. No caso de ângulos agudos e

5101 ressalta ainda que, neste tipo de

subidas acentuadas, a norma considera

cruzamento, ainda pode haver a circulação

que deve ser feito projeto com menor

de pedestres, tornando mais complexos

espaçamento de luminárias a fim de se

a ocupação e o conflito entre pedestres e

obter maiores níveis e maior uniformidade.

veículos. Dessa forma, a norma estabelece

A recomendação é que as luminárias sejam

que a iluminância dessas áreas seja, no

colocadas nos lados externos das curvas,

mínimo, a soma das iluminâncias das

observando critérios de segurança a fim de

duas vias que formam o cruzamento. Tais

minimizar os riscos de choque dos veículos

iluminâncias são obtidas nas tabelas que

no caso de saídas de pista e outros acidentes.

foram temas dos capítulos anteriores e

Em função da diminuição das distâncias e,

estabelecem a necessidade de iluminação

principalmente, no caso de elevações, deve

Figura 1 - Cruzamento em nível.


Apoio

descrito nas tabelas da norma. - Pistas divergentes de tráfego (saída da pista principal): a norma alerta para este tipo de situação particular onde pode haver algum tipo de confusão por parte do motorista durante a decisão de saída, na prática, podendo haver mudanças abruptas de direção e retomada em direção da pista principal. Dessa forma, a iluminação deve ser pensada de forma a proporcionar mais altos níveis sobre os meios fios, balizas, defensas, etc., e, principalmente, nessa área de desaceleração para saída para a pista lateral. Deve também ser considerada a Figura 2 - Maiores e mais complexos cruzamentos de nível.

Figura 3 - Cruzamento em dois níveis.

- Pistas convergentes de tráfego (entrada

motorista que circula pela via principal

na pista principal): para entrada em uma

deve enxergar os veículos que entram nesta

pista, com necessidade de visibilidade

pista de forma a compreender a velocidade

do

via

e o deslocamento lateral para poder

principal, apresenta esta particularidade

motorista

para

entrada

na

avaliar a necessidade de frear ou manter a

da iluminação direta sobre os veículos

velocidade. As iluminâncias devem seguir

que circulam nas pistas adjacentes. O

a necessidade de acordo com o tipo de via

curva necessária para esta saída.

Figura 4 - Pistas convergentes de tráfego.

33


Apoio

Iluminação pública – ABNT NBR 5101

34

Figura 5 - Pistas divergentes de tráfego.

- Intercâmbios: nestas situações é recomendada a iluminação total do intercâmbio com a maior uniformidade possível a fim de não haver descontinuidade da iluminação.

Figura 6 - Intercâmbio de tráfego.

Figura 8 - Cruzamento em nível com ferrovias.

Fascículo

Figura 7 - Intercâmbio de tráfego.

e suas posições, quanto à iluminância,

definidas. Situações de curvas, aclives e declives

em lux, sobre a área do leito da ferrovia,

devem ser melhor detalhadas e definidas, tais

recomenda que a dimensão longitudinal

como posicionamento dos postes de forma

da via iluminada, antes do cruzamento,

interna a fim de evitar abalroamento, com o

em metros, seja numericamente igual à

cuidado de não mudar o posicionamento para

velocidade máxima, em km/h, permitida aos

não confundir o motorista. Outro ponto seria

veículos nas proximidades do cruzamento.

evitar o posicionamento bilateral em curvas

Esta é uma regra básica para iluminação no

acentuadas.

- Cruzamento de nível com estrada de ferro:

trecho anterior ao cruzamento e auxilia na

estas situações devem ser iluminadas de modo

prevenção de acidentes.

a permitirem identificação da existência de um cruzamento, presença ou não de

- Túneis e passagens abaixo do nível: a

trem no cruzamento e reconhecimento de

iluminação de túneis e passagens abaixo do

objetos ou veículos não iluminados, que

nível é uma situação especial coberta pela

estejam próximos ou não do cruzamento

ABNT NBR 5181.

com a ferrovia. A iluminação vertical deve ser observada para a identificação de placas

de sinalização do cruzamento, bem como

ano de 2018, deverão ser consideradas outras

não interferir na sinalização que possua

condições particulares de acesso a pistas,

fonte de luz em seu interior. O princípio

cruzamentos, trevos complexo e rotatórias que,

geral a ser seguido na escolha das luminárias

atualmente, não estão cobertas ou não estão bem

Na revisão da ABNT NBR 5101 durante o

Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br


Apoio

35


Apoio

Por Cláudio S. Mardegan e Giuseppe Parise*

Proteção contra arco elétrico

36

Capítulo VI Equipamentos de proteção

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

➢ Algodão com 12% de nylon (ITEX ou Wsek) Nota: Mesmo utilizando as metodologias de cálculo das normas NFPA 70E ou

A norma NR 10, item 10.2.9 (Medidas de Controle), declara

IEEE Std 1584 não se consegue 100% de proteção, apenas 95%.

que, na impossibilidade do uso de proteção coletiva, na extra baixa tensão ou desenergização das instalações, deve ser empregado o

Using the methods in NFPA 70E or IEEE Std-1584 does not

uso de proteção individual através de vestimentas adequadas que

insure that a worker will not be injured by burns from an arc-flash.

atendam aos critérios:

Following the NFPA 70E and IEEE 1584 procedures and wearing the proper protective equipment will greatly reduce the possibility of

➢ Condutibilidade;

burns. Using the incident energy equations developed from the arc

➢ Inflamabilidade;

flash tests, it is expected that the personal protective equipment (PPE)

➢ Influências Externas.

classification per the tables in NFPA 70E will be adequate for 95% of the classifications based on test results.

As seguintes vestimentas são mais usuais:

Teste das vestimentas

Fascículo

➢ Calça / Camisa ➢ Cueca de algodão (nunca usar de nylon)

Para garantir as calorias especificadas nas vestimentas, as

➢ Macacão

mesmas são testadas conforme a norma IEC 61482-1-1 de 2009

➢ Jaleco

“Protective clothing against the thermal hazards of an electric arc –

➢ Balaclave

Part 1-1: Test methods – Method 1: Determination of the arc rating

➢ Mangote

(ATPV or Ebt50) of flame resistant materials for clothing (method

➢ Luva

A)”. O material a ser testado deve ser lavado de acordo com a ISO

➢ Capuz

6330, método 2 A e seco conforme procedimento E (tumble drying).

➢ Bota

Após isto, as amostras são cortadas e colocadas no painel de teste.

➢ Bota de borracha

Normalmente, o programa de testes inclui um número mínimo de 20 amostras. Os seguintes dados são registrados para cada amostra:

As tecnologias mais usuais são: ✓ Condições de exposição ao arco: número de arcos, corrente de ➢ Pirovatec (algodão tratado)

arco RMS, corrente de arco de pico, tensão do arco, duração do arco,

➢ Protera® Fibra de aramida (nome da Dupont)

energia dissipada no arco, plotagem da corrente e tensão de arco;


Apoio

✓ Resposta da elevação de temperatura dos dois sensores de cada amostra com a plotagem da resposta média, plotagem da

Com base nos resultados das amostras plota-se um gráfico como o mostrado na Figura 2.

distribuição de energia incidente; ✓ Fotografia do material exposto nos painéis; ✓ Vídeo Os tecidos são testados para que sua perfomance seja garantida. Aplica-se a fonte de calor de um lado e verifica-se a densidade de calor (cal/cm2) do outro lado. São realizados os testes em várias amostras. Veja Figura 1.

Figura 2 – Probabilidade de queima (%) versus energia incidente.

As vestimentas são testadas para verificar se estão atendendo à especificação (Figura 3).

Figura 1 – Ensaio com a quantidade de calor aplicado de um lado do tecido e o sensor colocado no outro lado.

Figura 3 – Vestimenta testada com energia de 9.4 cal/cm2 indicando que alguma energia passa para o lado interno da vestimenta.

37


Apoio

Proteção contra arco elétrico

38

As vestimentas de algodão tratado, normalmente, têm um

arco, pois é onde há a dissipação de energia. No mercado, existe

limite de número de lavagens e restrições de produtos para lavar

um equipamento que consiste de uma chave de aterramento

essas vestimentas. Geralmente, o número máximo de lavagens é

ultrarrápida, cujo nome comercial é UFES® (Ultra-Fast Earthing

100, em empresa especializada.

Switch). Na prática, o que esta chave faz é aplicar um curto-circuito

A utilização de fibra garante um maior número de lavagens, além de um peso menor porque a fibra já fabricada para ser FR.

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Entre os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), os mais utilizados são: ✓ Detectores de tensão;

trifásico franco jumpeando um arco à terra. Com isto, elimina-se a resistência de arco e a corrente de falta não cai, fazendo com que os tempos de eliminação não se elevem. A Figura 4 mostra o princípio de funcionamento.

Painéis de campo à prova de explosão com disjuntores WFR Para melhorar a proteção dos trabalhadores em painéis de

✓ Conjunto de aterramento;

campo, uma solução que pode ser usada é utilizar painéis à prova

✓ Tapetes isolantes;

de explosão, com proteção de entrada utilizada com um dos

✓ Luvas de borracha;

dispositivos mostrados a seguir:

✓ Varas de manobra; ✓ Bloqueio (Lockout);

✓ Disjuntor de baixa tensão com WFR (Wave Form Recognition);

✓ Impedimento (Tagout).

✓ Fusível ultrarrápido;

Relés monitores de arco fotossensíveis associados a uma chave de aterramento ultrarrápida

✓ Fusível limitador. As Figuras 5 e 6 ilustram o exposto.

Como mencionado neste artigo, um dos principais fatores que faz a energia incidente ter um valor elevado é a resistência do

Fascículo

Figura 5 – Painel à prova de explosão.

Figura 4 – UFES da ABB. Chave curto-circuitadora acoplada a relé monitor de arco (REA).

Figura 6 – Solução com painel à prova de explosão, disjuntor WFR ou fusível limitador ou ultrarrápido.


Apoio

O problema do arco à montante pode ser minimizado com a solução indicada na Figura 7.

✓ Intertravamentos; ✓ Procedimentos de desenergização e energização da NR 10; ✓ Lockout; ✓ Tagout. (b) Técnicas preditivas: ✓ Inspeção termográfica; ✓ Inspeção ultrassônica; ✓ Inspeção de descargas parciais.

Figura 7 – Utilização de capa isolante nas conexões entre os cabos e as terminações.

Temporização do botão de comando “Liga” Uma boa técnica para proteger o trabalhador que opera painéis é a de temporizar o comando “liga”. Isto é feito colocando um relé de tempo para acionar a bobina de fechamento do disjuntor. O relé de tempo é acionado pela chave de comando liga. Outros dispositivos e técnicas (a) Técnicas preventivas: ✓ Treinamento; ✓ Operações remotas; ✓ Controle de acesso;

Cláudio S. Mardegan é engenheiro especialista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia. É membro sênior do IEEE e chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Falut Protection. É chair ainda do Capítulo 13 – Protection Coordination e vice-chair de Surge Protection do IEEE. É diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. Giuseppe Parise é engenheiro eletricista e, desde 1973, trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Sapienza em Roma, onde é Professor Pleno de Sistemas Elétricos de Potência. Tem mais de 320 artigos publicados e é autor de duas patentes e três prêmios de artigos do IEEE/IAS PSD. É membro ativo do IEEE Industry Applications Society (past Member at Large of Executive Board). Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br

39


40

Aula Prática

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Por Paulo Fernandes Costa e Filipe Barcelos Resende*

A natureza da corrente de curto-circuito trifásica Parte 1/2


41

O Setor Elétrico / Junho de 2018

1 - Introdução

2 - Considerações para análise

O objetivo deste artigo é fornecer elementos para um melhor

A análise de circuitos trifásicos equilibrados (tensões equilibradas

entendimento da natureza da corrente de curto-circuito trifásica.

e impedâncias iguais nas fases) pode ser reduzida a apenas uma

A corrente de curto-circuito trifásica é utilizada para determinar os

fase, com a tensão fase-neutro aplicada em série com a impedância

esforços térmicos e dinâmicos que os equipamentos do sistema

equivalente de uma fase. Isto ocorre devido às correntes serem

elétrico devem suportar na avaliação da capacidade de abertura

iguais em módulo e defasadas 120º umas das outras.

e fechamento de disjuntores e dispositivos que secionam o curto-

circuito, na operação de relés, dimensionamento e análise de

deste tipo de curto-circuito é simplificada considerando-se uma

saturação de transformadores de corrente, no cálculo dos efeitos

fonte de tensão senoidal em série com uma impedância constante

do arco elétrico, na análise de oscilografias de relés digitais e

(curto quilométrico) formada essencialmente por uma resistência (R)

outros.

e uma reatância (L), que constituem a impedância Thévenin vista do

ponto de defeito. O que foi visto está resumido na Figura 1.

Infelizmente, devido à existência de alguma complexidade

Como no curto-circuito trifásico a rede é equilibrada, a análise

matemática, a análise do curto-circuito trifásico tem sido realizada de forma superficial, impedindo um entendimento mais profundo da natureza real e do comportamento físico da corrente de falta. Dessa forma, muitos profissionais ligados à área de proteção elétrica ficam privados de um conhecimento fundamental no exercício da sua profissão. É sabido que todo curto-circuito trifásico apresenta uma componente alternada simétrica e uma componente contínua decrescente. A corrente de curto-circuito próxima a um gerador (nos seus terminais, por exemplo) apresenta um decaimento no seu valor, tanto da componente alternada simétrica quanto da

Figura 1 - Aplicando-se a lei de Kirchhoff das correntes no ponto de curtocircuito da figura 2-a (ponto P), obtêm-se:

componente contínua. Este comportamento é caracterizado por uma “fonte local” para o curto-circuito. Nesse cenário, a reatância varia ao longo do tempo, de forma que o curto passa pelos períodos subtransitório, transitório e permanente.

No entanto, quando o curto-circuito está mais afastado do

gerador (existindo uma linha de transmissão relativamente longa entre o ponto de defeito e o gerador, por exemplo), não ocorre o decaimento da componente alternada simétrica, mas apenas da componente contínua. Nesse caso, o curto é denominado “quilométrico”, ou na terminologia inglesa “NACD” (No Alternating Current Decrement) e a reatância vista do ponto de curto-circuito pode ser considerada constante.

Figura 2-a

De forma geral, considera-se que o curto-circuito apresenta

“fonte local” quando existe uma reatância externa ao gerador, a qual é menor ou igual a 1,5 vezes a reatância do gerador. Em outras palavras, isto significa que o curto após a reatância adicional é maior ou igual que 40% do valor do curto nos terminais do gerador. Inversamente, pode-se afirmar que o curto-circuito é “quilométrico” se existe uma reatância externa maior que 1,5 vezes a reatância do gerador, de forma que o curto após a reatância adicional é menor que 40% do valor do curto nos terminais do mesmo.

Observa-se que nos dois tipos de curto-circuito, a resistência é

Figura 2-b

considerada constante, uma vez que a análise se dá à frequência

fundamental. Neste trabalho será abordado apenas o curto-circuito

ao ponto N (neutro do sistema) através de um fio condutor, sem

“quilométrico” (NACD), ficando o curto com “fonte local” para

nenhum impacto no circuito (Figura 2-b). Dado que o circuito é

outro trabalho.

equilibrado, temos:

Podemos, portanto, ligar o ponto P (local do curto trifásico)


42

Aula Prática

O Setor Elétrico / Junho de 2018

(2-1)

corrente periódica (Ampere ou kA); Em = valor da crista (pico) da onda de tensão senoidal da fonte

Agora podemos calcular a corrente de curto-circuito através de

(Volts ou kV);

qualquer um dos três circuitos fechados que utilizem o fio neutro

ω = velocidade angular, rad/s. (ω = 2.π.f, onde f é a frequência

como retorno. Por exemplo, aplicando-se a lei de Kirchhoff para a

(ciclos/s));

fase A, no laço NAPN, obtém-se o circuito da Figura 2-c, do qual se

t = tempo, em segundos;

pode concluir:

λ = ângulo sobre a onda de tensão senoidal para qual o curtocircuito é iniciado, dado em rad (radianos).

O ângulo λ é o ângulo no qual a tensão passa por zero antes

de ocorrer o curto-circuito. Este estudo considera que a onda de tensão passa pelo zero das abscissas quando

e sobe na

direção positiva do eixo das ordenadas, conforme visto na Figura 3-a. Na Figura 3-b observa-se a tensão crescendo no sentido negativo do eixo das ordenadas a partir de

Figura 2-c

.

(2-2) = Módulo do curto-circuito

(2-3)

Sabe-se que İb está defasada de İa de 120°, e İc defasada de

İb de 120°. Na equação (2-2), Van é o valor eficaz da tensão faseneutro (Vrms), e então, | İa | será o valor eficaz (Irms) da corrente na fase A. A equação (2-3) deixa claro que | İa | é o módulo do próprio curto-circuito trifásico, uma vez que as três correntes são iguais. Vmax é o valor de pico da onda de tensão senoidal.

Será mostrado adiante que o valor eficaz da corrente obtido

Figura 3-A

na equação (2-2) corresponde ao valor eficaz da componente alternada simétrica da corrente de curto-circuito trifásica. Para um determinado sistema de potência, o curto-circuito em uma barra qualquer pode ser calculado conforme indicado anteriormente, porém, é necessário primeiramente obter o equivalente do sistema (aplicação do teorema de Thévenin).

3 - Equação da corrente instantânea

Tendo em vista as considerações anteriores e presumindo uma

fonte de tensão senoidal, o comportamento da corrente de falta trifásica, em função do tempo, envolve a solução de uma equação diferencial, equação (3-1). Essa equação, obtida a partir do circuito da Figura 1, é não homogênea e de primeira ordem.

Figura 3-B

(3-1)

Este detalhe é importante, uma vez que a forma de apresentação

(forma de onda) da corrente de curto-circuito depende da forma Em que:

de evolução (crescimento) da onda de tensão na sua primeira passagem por zero antes da falta ocorrer. O ângulo inicial pode ser

R = resistência do circuito (Ohms); L = indutância do circuito (Henrys); i(t) = corrente em um instante de tempo qualquer, na onda de

expresso em graus, λ = 0º, λ = -23º, λ = -30º, ou em radianos, como λ = -π/2, λ = -π/6, etc. Assumindo a corrente de pré falta igual a zero, a solução da equação (3-1) torna-se:


43

O Setor Elétrico / Junho de 2018

(3-2)

Na equação (3-2), ø é o ângulo da impedância e também o ângulo de defasamento entre

tensão e a corrente. Verifica-se que a corrente de curto-circuito trifásica é composta por duas componentes, sendo uma componente alternada simétrica permanente (componente AC), e uma componente exponencial decrescente. Quando o tempo t tende ao infinito (t ≈ ∞), a componente exponencial decrescente se anula e a corrente de curto-circuito se reduz ao seu valor simétrico permanente. A componente exponencial decrescente é denominada componente transitória, enquanto a componente AC, componente permanente. Observa-se que a componente transitória é unidirecional e, por isso, é denominada também componente contínua (DC), apesar de decrescente. As Figuras 4-a e 4-b mostram esse comportamento.

A Figura 4-a mostra as componentes da corrente de curto separadamente, componente

AC (Iac) e componente DC (Idc) e também a corrente total (Icc). Nota-se que Icc = Idc + Iac. A Figura 4-b é mais usual e indica apenas a corrente total (Icc) e a componente contínua (Idc), bem como as envoltórias exponenciais de amplitude.

Figura 4-A

Figura 4-B

Deve ser notado também que o termo Em/Z da equação (3-2) equivale ao valor Vmáx/Z da equação (2-2), isto é, Em/Z é o valor de pico da corrente de curto-circuito, o qual dividido por √2 fornece o valor eficaz da componente alternada simétrica permanente. A soma das

duas componentes resulta na corrente de curto-circuito total (ou final). Verifica-se que esta é uma corrente alternada periódica, porém, assimétrica até o desaparecimento da componente contínua.

Cabe observar que, fixados λ e φ, a componente exponencial decai de acordo com a constante de tempo τ = L/R , no caso dada em segundos. De fato, para τ = L/R segue que: (3-3)

Para t = τ = L/R , segue que

(3-4)

Logo, para t = L/R, a componente contínua cai a 36,8% do seu valor máximo inicial, valor

este que ocorre no instante t = 0, em que

, isto é, 100% do valor da componente

contínua. O ângulo de fase φ (ângulo da impedância) é: φ = arctg (X/R) = arctg (ω.L/R) = arctg (ω.τ) (3-5) Sendo:

(3-6)

Desde que:

(3-7)


44

Aula Prática

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Sendo Im o valor máximo da onda de uma corrente senoidal

se não forem identificadas e bem entendidas, podem ocasionar

simétrica cujo valor eficaz é Irms , temos:

transtornos e erros de cálculo. As principais variantes são obtidas (3-8)

Então, quando se toma o valor Irms como referência (1 p.u) segue: (3-9)

realizando as seguintes alterações: a) Considerando o tempo em ciclos em vez de segundos; b) Substituindo o ângulo φ por

ou

,

equação (3-5);

Considerando que: L = (X/ω ),

(3-10) c) Modificando o sinal do termo da componente de corrente contínua de menos (-) para mais (+);

segue:

(3-11) d) Escrevendo as equações em função da corrente eficaz simétrica

Dividindo-se dois lados da equação (3-2) por Irms e utilizando as

relações (3-7), (3-9) e (3-11), resulta uma equação geral completa para calcular i(t) em função de X/R , ω, t, λ e φ , porém, em p.u do valor Irms.

(Irms ); e) Escrevendo a equação em termo da função cosseno, em vez de utilizar a função seno.

Denominando

(3-12)

A seguir são mostradas algumas destas equações. O leitor

deve familiarizar-se com as variantes, sendo que existem inúmeras possibilidades de combinações entre elas. No entanto, com o conhecimento aqui exposto, facilmente se identifica a forma na

segue então:

(3-13)

qual a corrente de curto-circuito está concebida e pode-se, com alguma manipulação matemática, transitar entre as formulações.

Apenas utilizando as relações (3-7) e (3-11), sem considerar a

corrente em p.u a equação (3-2) se torna:

Equações com o tempo em ciclos em vez de segundos Em todas equações da corrente de curto-circuito vistas

(3-14)

Observa-se que o tempo t em todas equações mostradas até

aqui está em segundos. Observe ainda que a constante de tempo em segundos pode ser escrita também da seguinte forma:

anteriormente, o tempo está em segundos. Para determinadas análises, como abertura de disjuntores e operação de relés instantâneos, por exemplo, é comum utilizar o tempo em ciclos.

Lembrando que em um segundo ocorrem f ciclos (em que f

é a frequência em ciclos/segundos), a relação entre o tempo em segundos, e o tempo t’ em ciclos será:

(3-15)

(4-1)

Utilizando a relação (3-3), as equações (3-2), (3-13) e (3-14)

podem ser reescritas da seguinte forma:

(3-16)

Podemos então substituir nas equações t por t´/f e estas ficarão

expressas com o tempo em ciclos. Na maioria das equações onde aparece o termo ω.t, com t em segundos, passando t para ciclos tem-se:

(3-17) (4-2) (3-18)

4 – Variantes na apresentação da equação da corrente de curto-circuito

Portanto, com o tempo em ciclos, o termo f (frequência)

desaparece das equações, onde o termo ω.t está presente. Com estes conceitos podemos reescrever todas as equações anteriores (3-3), (3-13), (3-14), (3-16), (3-17) e (3-18).

Em áreas da engenharia elétrica relacionadas ao fenômeno

Apenas para ilustração reescreveremos as equações (3-13) e

do curto-circuito, dimensionamento de disjuntores, estudos de

(3-14), em que o termo w aparece tanto na componente alternada

transitórios, estudos de proteção, dentre outros, é usual o emprego

como na contínua:

da equação (3-2). Essa equação aparece na forma de variantes, que,

A equação (3-13), em que i(t)` está em p.u do valor Irms , torna-se:



46

Aula Prática

O Setor Elétrico / Junho de 2018

(4-3)

A equação (3-14) torna-se:

(4-4)

Essa substituição é imediatamente reconhecida e não necessita

maiores considerações. A equação (3-18), por exemplo, torna-se:

Modificando o sinal do termo da componente de

expressar as equações de forma diferente, apenas com recursos algébricos. Por exemplo, observando que Im , √2 . Irms, √2 ou estão componente DC, podemos colocá-los em evidência. Podemos ainda substituir a notação da base do logaritmo neperiano ‘e’ pela expressão exp. Com essas modificações, a equação (4-7), por exemplo, torna-se:

(4-5)

corrente contínua

É possível ainda, sem prejuízo do conteúdo já apresentado,

presentes, tanto no termo da componente CA como no termo da

Substituição do ângulo por arctg ( X/R )

5 - Outras formas de apresentação da corrente de curto-circuito

(5-1) Podemos ainda substituir λ – φ por α e teremos, na equação (4-2):

Sabe-se que para um ângulo qualquer β, é verdade que:

sen(-β) = -sen(β). Aplicando esta igualdade para o termo da corrente contínua, segue:

(5-2)

.

A equação (3-18) anterior, por exemplo, torna-se:

(4-6)

Verifica-se, portanto, que a corrente de curto-circuito trifásica

possui uma componente contínua e uma componente alternada e que a impedância envolvida na falta pode ser aproximada por uma

Escrevendo as equações em função da corrente simétrica eficaz (Irms)

impedância RL. A expressão matemática que define essa corrente

Nesta forma, substitui-se o valor de Im por √2 . Irms, conforme

circuito elétrico, na condição de curto-circuito. A solução da equação

equação (3-8). A título de exemplo, a equação (3-18) ficará da

apresenta uma componente senoidal, relativa à contribuição da

seguinte forma:

fonte, e uma componente exponencial decrescente. A componente

surge naturalmente como solução da equação diferencial relativa ao

senoidal depende, essencialmente, do valor da impedância do circuito, enquanto a componente exponencial, ou componente DC, (4-7)

irá depender do instante em que ocorre o curto-circuito, do valor

Escrevendo as equações em p.u da corrente de pico Im

de sen(λ – ), e do valor da razão X/R do circuito. O termo sen(λ – )

As equações que não estiverem expressas em p.u podem ser

irá definir o valor inicial da componente DC ao passo que o valor de

facilmente formuladas em p.u em função do valor máximo (valor de

X/R irá determinar quão “rápido” a componente DC irá decrescer.

pico) da componente simétrica. Chamando:

(4-8)

Continua...

Referências bibliográficas

a equação (4-5), por exemplo, fica:

(4-9)

Escrevendo as equações com a função cosseno no lugar da função seno

Considerando os ângulos em radianos, sabemos que para um ângulo β qualquer: sen(β + π/2) = cosβ. Portanto, se somarmos π/ a λ, (o que equivale a deslocar o eixo das ordenadas de π/ 2 2 para direita), todas as equações anteriores poderão ser escritas em termos de cosseno no lugar de seno. Isto equivale também a aplicarmos no circuito da Figura 3 uma fonte: Em . cos(ω.t + λ) em vez de Em . sen(ω.t + λ). A equação (3-2) ficaria, por exemplo: (4-10)

1- IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS, VOL. 1A021, NO.2, MARCH/APRIL 1985 – Relationship of X/R, Ip, and Irms’ to Asymmetry in Resistance Circuits. 2- IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS, VOL. 1A-21. NO 4, JULY/AUGUST 1985 – Understanding Asymmetry. Craig N. Hartman. Hermann W. Reichenstein; Juan C. Gomez. 3- EDMINISTER, Joseph A. Circuitos Elétricos, 2ª ed. São Paulo: editora McGRAWHILL LTDA. 4- IEC 62271-100: Alternating-current circuit-breakers. 5- C37.09-1999 - IEEE Standard Test Procedure for AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis *Filipe Barcelos Resende é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é professor auxiliar do Instituto Eduacional Candida de Souza e engenheiro eletricista da Vale S.A. Paulo Fernandes costa é engenheiro com mestrado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é professor efetivo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas Elétricos de Potência.


Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES

Ano 2 - Edição 24 / Junho de 2018

Sistemas fotovoltaicos isolados

Avaliação técnica e econômica de sistemas do tipo SIGFI alimentando refrigeradores Energia eólica: a responsabilidade de cada um para garantir a energia do futuro Energia solar: Programa Indústria Solar impulsiona geração distribuída *Notícias selecionadas sobre as fontes renováveis que mais crescem no país* APOIO


Apoio

48

Fascículo

Renováveis

Por Leonardo Vieira, Márcia Ramos, Marco Galdino e Marta Maria Olivieri*

Capítulo V Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI alimentando refrigeradores


Apoio

49

A Resolução Normativa Aneel 83/2004, posteriormente substituída pela RN 493/2012

[1], estabeleceu as especificações para o atendimento a consumidores por meio de sistemas fotovoltaicos individuais, denominados SIGFI (Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente). Desde a primeira RN, vem se acumulando no país experiência considerável na utilização dos SIGFIs em vários projetos de eletrificação rural, principalmente, no âmbito do Programa Brasileiro de Universalização de Acesso à Energia (LpT – Programa Luz para Todos).

Em 2012, a Eletrobras solicitou ao Cepel a análise do desempenho de sistemas SIGFI para

alimentação de refrigeradores em conjunto com outras cargas. Foi instalado um sistema SIGFI 30 (30 kWh/mês) na área de testes externos do Cepel, buscando simular as condições encontradas em campo. Foram realizados ensaios entre abr/12 e dez/14, compreendendo diferentes padrões de utilização dos refrigeradores. O objetivo principal desses ensaios foi avaliar a capacidade dos sistemas SIGFI 30 de atender a uma carga correspondente a 13 kWh/mês (carga mínima prevista na RN Aneel), somada à carga de um refrigerador c.a. de baixo consumo. Os ensaios revelaram que os sistemas projetados para capacidade de 30 kWh/mês não são adequados para utilização com refrigeradores c.a. nas condições de temperatura e irradiação encontradas na região Norte.

O Ministério de Minas e Energia (MME), considerando o relatório do Cepel Nº 3117/2014

[2], definiu que os Programas de Obras previstos no Programa LpT (recentemente prorrogado pelo Decreto Lei 7520, até 2020 [3]) deverão contemplar, para unidades consumidoras de uso individual residencial, a disponibilidade mensal garantida de 45 kWh/unidade [4].

A grande maioria dos sistemas SIGFI utilizados em eletrificação rural é de sistemas

fotovoltaicos, cujos componentes principais são: conjunto de módulos fotovoltaicos, inversor fotovoltaico, banco de baterias e controlador de carga e descarga da bateria. Sugestões de dimensionamento para o Programa LpT podem ser consultados em Programa Luz para Todos: Especificações Técnicas dos Programas para Atendimento às Regiões Remotas dos Sistemas Isolados no âmbito do Programa Luz para Todos [4].

Ao longo dos últimos anos, o custo dos módulos fotovoltaicos vem caindo em maior taxa

do que os custos das baterias. Em função disso, o MME solicitou ao Cepel a avaliação técnica e econômica de sistemas alternativos ao SIGFI 45, em que a configuração alternativa apresentaria uma maior potência do conjunto de módulos fotovoltaicos e uma menor potência do banco de baterias.

Um resumo dos resultados da avaliação de desempenho e custo de sistemas SIGFI

dimensionados para cargas totais 60 kWh/mês e autonomia do banco de baterias de 24h (sistema alternativo) e de 48h é apresentado. Os resultados são comparados aos de sistemas SIGFI 45, com autonomia de 48 horas [5].

Metodologia

A avaliação foi realizada utilizando-se o programa computacional Homer Pro, versão 3.9.2.,

que permite a simulação do desempenho em base horária e estima os custos de geração de energia elétrica dos sistemas. É estimado o número total de horas de desligamento (DIC1) a cada mês e no período anual, cujos valores máximos admitidos são estabelecidos na Resolução Normativa da Aneel N° 493/2012.

As seguintes premissas foram consideradas:

• Carga total do sistema: constituída da carga de um refrigerador adicionada a cargas de outros equipamentos, estas últimas com maior intensidade no período noturno; • Custos de instalação: custo de investimento dos equipamentos principais; 1 Duração de interrupção individual por unidade consumidora (DIC): intervalo de tempo que, no período de apuração, em cada unidade consumidora ou ponto de conexão ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica.


Apoio

Fascículo

50

Renováveis Tabela 1 – Parâmetros dos equipamentos do SIGFI

EQUIPAMENTO

PARÂMETRO

VALOR

Painel fotovoltaico

Vida útil

20 anos

Inclinação do painel

10o

Tipo (recomendado pelo Programa LpT)

OPzS2

Vida útil

De 5 a 15 anos; caso base: 7 anos

Bateria chumbo-ácido

Conjunto inversor / controlador

2

Estado inicial de carga

80%

Mínimo estado de carga

40%

Eficiência

86%

Eficiência do inversor

85%

Eficiência do controlador

95%

Vida útil

10 anos

A Bateria OPzS é uma bateria chumbo-ácido ventilada com eletrólito líquido, cuja designação é da norma DIN para bateria estacionária com placas positivas tubulares (em alemão Panzer

platten que significa placas reforçadas). Este tipo de bateria requer reposição de água destilada do eletrólito ao longo do período de operação da bateria.

• Custos de operação e manutenção: custo de reposição dos

somando-se o perfil de carga de um refrigerador ao perfil estimado de

equipamentos principais ao final de sua vida útil, igual ao custo de

cargas de outros equipamentos, com maior intensidade no período

aquisição do equipamento novo;

noturno. A carga do refrigerador foi determinada com base em curvas

• Os custos de mão de obra e transporte para a instalação não foram

experimentais obtidas pelo Cepel em sistemas SIGFI, nos anos de

considerados (valor nulo), pois foi julgado, para efeito de comparação

2012 a 2014 [2], com o refrigerador modelo Consul RC28. Como

dos sistemas, que o custo de instalação seria aproximadamente o

este refrigerador não é mais fornecido no mercado, os seus valores

mesmo para todos eles;

foram extrapolados para o refrigerador modelo Electrolux RDE33 (236

• Taxa de desconto: 6%;

litros), atualmente em teste no Cepel, e ainda disponível no mercado.

• Inflação: 0%;

Considerando o efeito da variação da temperatura ambiente de Manaus

• Vida útil do sistema para contabilização do custo da energia gerada:

ao longo do ano, estimou-se o consumo médio do refrigerador RDE33, com carga térmica e aberturas de porta ao longo do dia, em 37,7 kWh/

20 anos; • Parâmetros técnicos dos principais equipamentos conforme Tabela 1.

mês3. Nas simulações, a carga de outros equipamentos foi calculada

Resultados

(37,7 kWh/mês) do valor total de carga considerado (45, 50, 60, 70 e

subtraindo-se o valor médio correspondente à carga do refrigerador 80 kWh/mês).

Irradiação solar

Dimensionamento dos sistemas SIGFI

Para a simulação, foi escolhido o perfil horário de irradiação solar

da cidade de Manaus (AM). Julgou-se que este perfil se aproxima das

O dimensionamento dos sistemas SIGFI 45 e 60, com dois dias

de autonomia (aqui denominados SIGFI 45-2d e SIGFI 60-2d),

condições em que normalmente estes tipos de sistemas são instalados

conforme padronizado na RN Aneel 493, foi realizado conforme

em regiões remotas dos sistemas isolados. Os dados deste perfil estão

as “Especificações Técnicas dos Programas para Atendimento às

disponíveis no Programa Homer, que utiliza informações da Nasa, coletados

Regiões Remotas dos Sistemas Isolados no âmbito do Programa

entre 1983 e 2005. A irradiação global média diária no plano horizontal

Luz para Todos” [4] e o “Manual de Engenharia para Sistemas

para Manaus é de 4,63 kWh/m2.dia. Entretanto, resolveu-se considerar

Fotovoltaicos Cresesb, Cepel” [7]. Para o sistema alternativo aqui

uma irradiação média mais conservadora de 4 kWh/m2.dia, mantendo-se,

chamado SIGFI 60-1d, o gerador fotovoltaico é aquele dimensionado

porém, o perfil horário de irradiação da localidade de Manaus.

para o SIGFI 60 convencional, mas a capacidade de bateria é calculada para um dia de autonomia (e não para dois dias, como estabelece a RN Aneel 493). A Tabela 2 mostra o dimensionamento

Perfil de carga diário

dos três sistemas considerados.

O perfil diário de carga total para o SIGFI foi constituído

Tabela 2 - Dimensionamento dos sistemas SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d

DENOMINAÇÃO DO SIGFI

3

POTÊNCIA DE PICO DO

CAPACIDADE DA BATERIA24V POTÊNCIA MÍNIMA DO INVERSOR (W) CORRENTE MÍNIMA DO

PAINEL FOTOVOLTAICO (Wp) BATERIA (kWh) (Ah@C100)

24VCC/127 ou 220VCA

CONTROLADOR (A)

45-2d

780

7,5

315

700

40

60-1d

1.040

5

208

1.000

45

60-2d

1.040

10

415

1.000

45

O consumo deste refrigerador, obtido em ensaios normalizados (porta fechada) no Cepel, foi de 23,1 kWh/mês [6]. Estes ensaios normalizados são utilizados para determinar o consumo de placa

do refrigerador, que não necessariamente reflete o consumo do refrigerador em condições reais de operação.


O maior congresso técnico itinerante do Brasil, estará em São Paulo!

CONGRESSO & EXPOSIÇÃO

Edição Especial São Paulo SAVE THE DATE

03 e 04 de outubro Novotel Center Norte Aproveite que o 1º lote já está disponível com um desconto especial, participe e tenha acesso a: ARENAS EXCLUSIVAS PALESTRAS COM ESPECIALISTAS RENOMADOS 02 AUDITÓRIOS SIMULTÂNEOS NETWORKING DE ALTO NÍVEL

E MUITO MAIS... Descubra como participar deste grande congresso! Acesse: www.cinase.com.br /CINASE.setoreletrico

@cinase

/cinasevideos

cinase@cinase.com.br

+55 11 3872.4404


Apoio

Fascículo

52

Renováveis Tabela 3 – Preços dos componentes principais dos sistemas SIGFI.

SIGFI

PAINEL FV PREÇO DO CAPACIDADE PREÇO TOTAL (Wp)

PAINEL

BATERIA

DO BANCO

FV (R$)

(kWh)

(R$)

45-2d

780

$1.920

7,5

$10.538

60-1d

1.040

$2.560

5

$8.653

60-2d

1.040

$2.560

10

$12.424

POT. INVERSOR PREÇO DO CONTROLADOR 24VCC/127 ou INVERSOR 220VCA (W)

(R$)

1.000

$2.700

VALORTOTAL

PREÇO DO CONTROLADOR

DOS EQUIP.

(R$)

PRINCIPAIS (R$)

40

$988

$16.146

45

$1.329

$15.242

45

$1.329

$19.013

MPPT (A)

Custos dos equipamentos

A Tabela 3 mostra os preços dos principais componentes, obtidos

em agosto de 2017 de fornecedores nacionais, em consulta pela internet, ou formalmente em contato com fornecedores. Simulações do desempenho dos sistemas

Foram realizadas simulações para diferentes valores de carga

total, considerando-se uma vida útil das baterias de 7 anos [5]. O desempenho de cada um destes sistemas é apresentado na Figura 1. Para os sistemas SIGFI, a Resolução Aneel 493 estabelece os seguintes

Figura 1a – Horas totais de desligamento ao longo do ano.

parâmetros de atendimento: DIC mensal máximo de 216 horas e DIC anual máximo de 648 horas. A Figura 1 mostra os resultados do número de horas de desligamento ao longo do ano para cada um dos sistemas simulados e os compara com os valores máximos admitidos pela Aneel. A Figura 1a corresponde às horas totais de desligamento ao longo do ano, e a Figura 1b corresponde ao valor máximo mensal de horas de desligamento observado no ano.

A Figura 1 mostra que todos os sistemas atendem aos requisitos

do DIC anual para cargas de até 50 kWh/mês, com menor número de horas de desligamento para os SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d em relação ao SIGFI 45-2d. O SIGFI 60-1d atende aos requisitos da Aneel para o DIC

Figura 1b – Valor máximo mensal de horas de desligamento no ano.

anual para cargas próximas a 60 kWh/mês e o SIGFI 60-2d atende aos

dois dias de autonomia da bateria (SIGFI 45-2d), SIGFI 60 com 1 e

requisitos da Aneel para cargas próximas a 70 kWh/mês.

2 dias de autonomia (respectivamente, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d).

Não foi apresentada a curva do SIGFI 45-2d para a carga de 60 kWh/

Simulações adicionais mostraram que, se for considerada a média

anual de irradiação real da cidade de Manaus de 4,63 kWh/m2.dia, a

mês, pois o mesmo, como visto anteriormente, não é capaz de atender

simulação do sistema SIGFI 60-1d apresenta DIC anual inferior a 648h

satisfatoriamente a esta carga.

para a carga de 60 kWh/mês. Avaliação de custos

Foi utilizado como parâmetro comparativo o custo anualizado da

energia útil produzida pelo SIGFI, calculado como a relação entre o custo total anual (R$/ano) pelo total anual de energia entregue à carga (kWh/ ano) pelo sistema. Os valores de custo de energia são parciais, pois não englobam todos os custos para instalação e manutenção dos sistemas, como, por exemplo, material elétrico, mão de obra, transporte, etc. Considera-se que estes custos são similares entre os sistemas avaliados e, por isso, sua supressão não influencia os resultados comparativamente.

A Figura 2 apresenta curvas do custo de energia (parcial) em função

do período de troca das baterias para os três sistemas: SIGFI 45 com

Figura 2 – Curvas dos custos (parciais) de energia em função do período de troca da bateria OPzS para os sistemas SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d.


Apoio

53

Verifica-se que, independentemente do período de troca da bateria, os

custos de energia são sempre mais favoráveis para o SIGFI 60-1d, sendo

investimento em relação ao conjunto de equipamentos principais

que a diferença entre os custos de energia dos sistemas é maior, quando

dos sistemas SIGFI – cerca de 60%. Este fato ocorre especialmente

o intervalo de troca de baterias é menor.

quando se trata de baterias do tipo OPzS, que é o tipo recomendado pelo

Programa LpT devido à sua alta durabilidade, sendo mais indicado para

Devido à possível variação do preço das baterias, decidiu-se avaliar o

O preço do banco de baterias tem elevado peso no custo de

seu impacto no custo de energia dos SIGFIs. Assim, a Figura 3 apresenta

regiões remotas onde o custo de transporte é muito significativo no

curvas do custo de energia (parcial) em função da carga a ser atendida

orçamento de manutenção.

para os três tipos de sistemas, SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d, para dois preços do banco de baterias. As curvas de cada sistema são

Conclusões

traçadas até a carga que o sistema pode atender, sem ultrapassar o limite de DIC anual. As curvas de traço contínuo consideram o valor de

cotação (1 PU), para compra de poucos elementos, enquanto as curvas

SIGFI 60-1d é superior ao sistema SIGFI 45-2d para as mesmas

tracejadas consideram uma diminuição de 25% do valor cotado (0,75

condições de carga. Com relação ao custo total de investimento dos

PU), levando-se em conta uma queda de preço para a aquisição de lotes

equipamentos principais, os sistemas SIGFI 45-2d e SIGFI 60-1d

de centenas de elementos de baterias (economia de escala).

apresentam valores similares e, com relação ao custo de geração, o

sistema SIGFI 60-1d apresentou custo da energia gerada inferior ao

Comparando-se as curvas de mesmo preço relativo de bateria,

As simulações mostram que, do ponto de vista energético, o sistema

o SIGFI 60-1d sempre apresenta os menores custos de energia,

do sistema SIGFI 45-2d, mesmo quando considerada uma redução

independentemente de o preço da bateria ser de 0,75 ou 1 PU.

significativa do preço do banco de baterias. No entanto, a viabilidade

Observa-se, entretanto, que quando se compara o sistema SIGFI 60-1d

dos sistemas SIGFI 60-1d deverá ser ainda comprovada em ensaios de

com o preço cheio da bateria (1 PU) e o SIGFI 60-2d com preço inferior

longa duração, previstos para serem realizados no Cepel, nas mesmas

da bateria (0,75 PU), os custos são muito próximos, especialmente

condições já realizadas com os sistemas SIGFI45-2d.

para a carga de 60 kWh/mês. O sistema SIGFI 60-2d tem o dobro de capacidade de bateria em relação ao SIGFI 60-1d. Assim, no caso de se conseguir uma boa diminuição do preço da bateria ao se comprar o dobro de elementos, vale a pena fazer uma análise financeira do custo de energia entre os dois sistemas, já que se considerando que os dois têm a mesma quantidade de módulos, o sistema com dois dias de autonomia apresenta desempenho energético superior.

Figura 3 – Curvas dos custos (parciais) de energia em função da carga a ser atendida, para os sistemas SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d, considerando duas situações de preço da bateria OPzS: preço cheio (1 PU) e 0,75 PU.

Quando se avalia apenas o custo de investimento inicial (Tabela 3,

seção 3.4), observa-se que o SIGFI 60-1d também apresenta o menor valor em relação aos demais. A Tabela 3 apresenta um valor total de cerca de R$ 16.000 para os principais equipamentos do SIGFI 45-1d, em que a bateria OPzS representa 65% do total, enquanto o painel fotovoltaico representa apenas 12%. Já o SIGFI 60-1d apresenta um valor total um pouco superior a R$ 15.000, em que a bateria representa menos de 60% do total e o painel FV, 17%.

Referências [1] Aneel, 2012. Resolução Normativa Aneel Nº 493, de 5 de junho de 2012. Consultada nos meses de agosto e setembro de 2017 em http://www2. aneel.gov.br/cedoc/ren2012493.pdf. [2] Cepel, 2014b. Relatório Técnico 3117/2014, Ensaios com sistemas SIGFI 20 e 30. [3] Decreto Lei 7520 (2011), alterado pelo decreto 9357 de 2018, http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7520. htm. [4] MME, 2015. Programa Luz para Todos: Especificações Técnicas dos Programas para Atendimento às Regiões Remotas dos Sistemas Isolados no âmbito do Programa Luz para Todos, Edição Revisada Julho/2017. Consultado no mês de junho de 2018 em https://www.mme.gov.br/ luzparatodos/downloads/especificacoes_tecnicas.pdf. [5] Olivieri, M. et al., 2017. Avaliações de custo e desempenho de sistemas fotovoltaicos tipo SIGFI com diferentes períodos de autonomia, VII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Gramado, 17 a 20 de abril de 2018. [6] Cepel, 2016. Relatório de Ensaio DLF-9949/2016, Avaliação de desempenho de refrigerador. [7] Pinho, João T.; Galdino, Marco A., 2014. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Cresesb, Cepel. http://www.cresesb.cepel.br/ publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2014.pdf. *Márcia Ramos é engenheira eletrônica, M. Sc. PUC-RJ e pesquisadora do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel; Marta Olivieri é engenheira eletricista, M. Sc. COPPE-UFRJ e pesquisadora do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel; Marco Antônio Galdino é engenheiro eletrônico, M. Sc. COPPE-UFRJ e pesquisador do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel; Leonardo Vieira é engenheiro mecânico, D. Sc. COPPE-UFRJ e pesquisador do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel.


Energia Eólica

54

Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

A responsabilidade de cada um de nós pela energia do futuro

na Índia e no setor offshore,

baixíssimo impacto ambiental e

energia deste futuro cheio de

fontes poluentes e priorizando

os mercados retomarão um

implantação rápida. Temos que

disrupções precisam trazer

as renováveis de baixo ou

crescimento rápido após 2018,

colocar neste cenário a queda

benefícios ambientais e sociais,

baixíssimo impacto ambiental.

analisou o GWEC no material

dos preços das baterias, os

critério este que as eólicas

Esse movimento é incontestável

de divulgação do relatório,

veículos elétricos que tendem

cumprem perfeitamente.

e, independentemente da

frisando que a energia eólica

a ter um boom nos próximos

É importante considerar,

velocidade, o fato é que esta

está liderando a mudança

anos e vão significar um choque

finalmente, que este futuro

mudança é irreversível e

na transição para longe

de demanda de eletricidade, os

cheio de possibilidades

devemos nos engajar para que

dos combustíveis fósseis e

parques híbridos, o crescimento

também exige a condução de

ela aconteça de forma cada vez

continua a impressionar em

da geração distribuída e da

líderes inovadores, criativos,

mais eficiente e rápida em todo

competitividade, desempenho e

microgeração que vai trazer

humanistas, empáticos e

o mundo.

confiabilidade. O GWEC acredita

grandes desafios para os

que saibam enxergar o futuro

que, tanto em projetos onshore

sistemas de transição.

destas disrupções a favor do

Energia Eólica (Global Wind

quanto offshore, a energia

Temos que considerar,

planeta. Empresas, governos

Energy Council – GWEC)

eólica é a chave para definir um

ainda, o desenvolvimento

e sociedade civil precisam ter

divulgou recentemente seu

futuro energético sustentável.

industrial avançado que está

isso em mente. O que pode

Relatório Anual Global de

entrando no que os acadêmicos

conduzir a humanidade para

Energia Eólica, mostrando uma

promissor para a fonte eólica.

chamam de “Quarta Revolução

um futuro melhor são pessoas

indústria madura competindo

Devemos, no entanto, ampliar

Industrial”. Este cenário

engajadas com ideais de uma

com sucesso no mercado

a discussão para discutir as

ainda traz a internet das

sociedade mais sustentável,

mundial, mesmo contra

disrupções que vão mudar toda

coisas, inteligência artificial,

justa, equilibrada e que respeite

tecnologias tradicionais de

a forma de funcionamento do

velocidades de conexão cada

a natureza como um todo.

geração de energia altamente

setor elétrico, com impactos

vez maiores, bitcoins, bigdata,

As tecnologias, todas estas

subsidiadas em alguns países.

de diferentes proporções em

etc. E tudo isso vai exigir mais

que mencionei neste artigo,

Mais de 52 GW de energia eólica

cada mercado. Os fatores

eletricidade dos sistemas.

são nossas ferramentas. A

limpa e livre de emissões foram

para que isso aconteça já

Neste novo futuro que vai

energia do bem que pode fazer

adicionados em 2017, levando

são claros: as renováveis de

se desenhando, podemos

a diferença na boa utilização

o total de instalações a 539 GW

baixo impacto, como eólica e

considerar a eletricidade como

dos recursos vem de cada um

globalmente.

solar, mostram notáveis taxas

sua coluna vertebral: sem ela,

de nós, da visão de mundo que

de crescimento oferecendo

ele não se sustenta.

temos e de nossa vontade de

energia mais barata, com

agir de forma coletiva.

Estamos nos afastando das

O Conselho Global de

Com novos recordes

estabelecidos na Europa,

O futuro, portanto, é

As novas fontes de


O reconhecimento dos melhores projetos elétricos do Brasil! 2ª Edição Canoas | Região Sul

Prêmio de Qualidade das Instalações Elétricas

Acontecerá no dia 07 de agosto de 2018 às 18h30 no Centro de Eventos ParkShopping Canoas, a segunda Edição do Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas. Uma iniciativa da Revista O Setor Elétrico em parceria com o Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE). Serão premiados os projetos com maior reconhecimento nas categorias:

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS

INOVAÇÃO TÉCNOLOGICA

PROJETO LUMINOTÉCNICO

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

ENERGIA RENOVÁVEL

PROJETO OSE 2018

Para mais informações acesse: www.premioose.com.br.

Próxima premiação: Edição Rio de Janeiro 06 de novembro a partir das 19h00

www.premioose.com.br

premio@atitudeeditorial.com.br

(11)3872-4404 | (11) 98433-2788


Energia solar fotovoltaica

56

Por Rodrigo Kimura, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk*

Programa Indústria Solar impulsiona geração distribuída no país

O Programa Indústria Solar, lançado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em parceria com a Engie e a Weg, com apoio institucional da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), trouxe um pioneirismo que está sendo estudado e replicado ao redor do país. O programa catarinense oferece aos micros, pequenos e médios industriais a

solução solar fotovoltaica conjugada com uma opção de financiamento que viabiliza o projeto, tornando o investimento autofinanciável. Desta forma, a economia na fatura de energia elétrica do empresário que acreditou e implementou o sistema solar fotovoltaico em seu telhado servirá para pagar a parcela do financiamento, livrando a empresa de ter que mexer no seu fluxo de caixa para custear o

sistema. Este modelo foi possível devido à participação de instituições financeiras, como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Cooperativa Central de Crédito Urbano (CECRED), além do apoio das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A boa notícia é que o modelo já começa a ser disseminado em outros estados brasileiros.

O foco da iniciativa são as micros, pequenas e médias indústrias conectadas na rede elétrica de baixa tensão, pois pagam atualmente uma energia mais cara do que as indústrias de maior porte. Somente em Santa Catarina, por exemplo, o potencial é de mais de 50.000 micros, pequenas e médias empresas, sujeitas a esta condição que onera seu orçamento e prejudica sua competitividade. No estado,


Energia solar fotovoltaica

o programa estendeu as ofertas de soluções solares fotovoltaicas também aos consumidores residenciais. O projeto-piloto, lançado em novembro de 2017, foi direcionado exclusivamente aos cerca de 40.000 colaboradores das empresas e entidades participantes: FIESC, Engie, Weg, Cecred e Celesc. O modelo abre novas oportunidades de crescimento para toda a cadeia de valor do setor solar fotovoltaico. Na medida em que o programa se expande, ele congrega novos parceiros para a instalação dos sistemas nas diversas regiões, assim como leva informação qualificada sobre a tecnologia para os formadores de opinião que ainda a desconhecem. A microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica trazem inúmeras vantagens aos consumidores, o que têm acelerado sua adoção ao

redor do país. Os benefícios não estão restritos apenas à economia que a tecnologia gera na conta de energia elétrica de seus usuários. Além de competitiva, a energia solar fotovoltaica é renovável, possui baixos impactos ambientais, não utiliza recursos finitos ou escassos (como combustíveis fósseis ou água) para produzir energia elétrica, não possui partes móveis e não gera ruídos, gera empregos locais qualificados nas regiões onde os sistemas são instalados, promove a movimentação da economia local e regional, é simples de utilizar, possui baixíssima manutenção e possui garantia de performance superior a 25 anos. Segundo a Absolar, o Brasil conta atualmente com mais de 29.000 sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica conectados à rede e em

57

operação, totalizando uma potência instalada acumulada de mais de 270 MW. As indústrias, por exemplo, são responsáveis hoje por aproximadamente 8,1% da potência instalada e dos investimentos em geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil, parcela ainda inferior à de empresas dos segmentos de comércio e serviços (43,1%) e a consumidores residenciais (38,9%), porém, crescente, dada à elevada pressão das tarifas de energia elétrica sobre a competitividade das indústrias. Em seis meses, o Programa Indústria Solar obteve 2.560 inscrições, sendo 607 indústrias interessadas em sistemas para suas atividades produtivas e 1.953 pessoas físicas interessadas em sistemas para suas famílias. Um número tão expressivo de inscritos, em tão pouco tempo, não deixa dúvidas de

que, cada vez mais, as pessoas estão percebendo a viabilidade econômica de gerar sua própria energia elétrica localmente, seja na indústria, no comércio, em áreas rurais ou nas suas próprias residências. Com isso, a fonte solar fotovoltaica, antes vista como uma tecnologia inovadora distante da realidade do empresariado brasileiro, passa a se tornar uma ferramenta concreta e efetiva para aliviar os gastos recorrentes das indústrias e contribuir para o aumento de sua competitividade frente à economia nacional, aliando preço baixo de energia elétrica à sustentabilidade nos negócios. * Rodrigo Kimura é diretor de operações da Engie Geração Solar Distribuída; Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR; Dr. Rodrigo Lopes Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.


58

Notícias

renováveis

Crescimento de baterias permitirá ampliação da oferta de eólica e solar Termoeletricidade a carvão deverá passar de 38% para 11% da geração global até 2050

A energia eólica e a energia

solar deverão aumentar para quase 50% da geração mundial até 2050 devido à redução drástica de custos e ao advento de baterias mais baratas, o que permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada para atender a mudanças na demanda e no fornecimento. O estudo é da Bloomberg NEF, que divulgou, em junho, sua análise anual de longo prazo sobre o futuro do sistema elétrico global - o New Energy Outlook (NEO) de 2018.

As perspectivas deste ano

são as primeiras a destacar o enorme impacto que a queda nos custos das baterias terá no mix de energia nas próximas décadas.

quando o vento não estiver

de novas usinas fotovoltaicas caia

renováveis, em vez de produzir a

A BNEF prevê que os preços da

soprando e o sol não estiver

mais 71% até 2050, enquanto

chamada eletricidade de carga

bateria de lítio-íon, que já caíram

brilhando. Como resultado, as

eólica terrestre cairá mais

base ou contínua (round-the-

cerca de 80% por megawatt-

energias renováveis tomarão uma

58%. Estas duas tecnologias já

clock). A BNEF estima que a

hora desde 2010, continuarão

parte cada vez maior do mercado

registraram reduções de 77%

geração a gás tenha um aumento

a cair à medida que a produção

existente de carvão, gás e energia

e 41%, respectivamente, entre

de 15%, entre 2017 e 2050,

de veículos elétricos aumente ao

nuclear”.

2009 e 2018.

embora sua participação na

longo dos anos 2020.

eletricidade global caia de 21%

investimento de US$11,5

de economia de energia da BNEF,

para 15%.

Europa, Oriente Médio e África

trilhões em todo o mundo em

disse: “O carvão surge como o

da BNEF e principal autor do NEO

nova capacidade de geração de

maior perdedor a longo prazo.

o impacto da eletrificação do

2018, disse: “A estimativa é que

energia entre 2018 e 2050,

Superado pelo custo da energia

transporte no consumo de

US$548 bilhões sejam investidos

com US$ 8,4 trilhões deste

eólica e fotovoltaica para geração

eletricidade. A estimativa é que os

em baterias até 2050, dois

total em energia eólica e solar, e

de eletricidade em massa, e

carros elétricos e ônibus estarão

terços disso conectado à rede e

outros US $1,5 trilhão em outras

baterias e gás pela flexibilidade,

usando 3.461TWh de eletricidade

um terço instalado behind-the-

tecnologias de carbono zero,

o sistema elétrico futuro se

globalmente em 2050, o

meter em residências e empresas.

como hidrelétrica e nuclear.

reorganizará em torno de energias

equivalente a 9% da demanda

A chegada do armazenamento

renováveis baratas - o carvão será

total. A previsão é que cerca de

barato de bateria significa que fica

um aumento de 17 vezes na

pressionado”.

metade da tarifação necessária

cada vez mais possível aprimorar

capacidade solar fotovoltaica

será feita numa base "dinâmica",

a entrega de eletricidade a partir

em todo o mundo e um aumento

geração evoluirá, com aumento na

aproveitando os momentos em

da energia eólica e solar, para que

de seis vezes na capacidade de

construção e utilização de usinas

que os preços da eletricidade

essas tecnologias possam ajudar

energia eólica. A estimativa é que

elétricas a gás para proporcionar

estão baixos devido à elevada

a atender à demanda mesmo

o custo nivelado da eletricidade

suporte para as energias

produção de energias renováveis.

Seb Henbest, chefe da

O NEO 2018 prevê um

Esse investimento produzirá

Elena Giannakopoulou, chefe

O papel do gás no mix de

O NEO 2018 também analisa


Notícias

59

Expansão da energia solar favorece oportunidades de trabalho Segundo a Absolar, para cada MW instalado são criados de 25 a 30 postos de trabalho De acordo com informações divulgadas

que realmente detêm conhecimentos técnicos,

pelo Ministério de Minas e Energia, cerca de

operacionais e de tomada de decisão a respeito

R$ 8 bilhões devem ser investidos no país até

desse assunto das áreas de engenharia,

2021 para os 49 novos empreendimentos

tecnologia e arquitetura, entre outras”, diz

solares contratados nos últimos leilões de

J. R. Simões Moreira, coordenador do curso

energia A-4. Dessas, 29 foram contratadas em

Energias Renováveis, Geração Distribuída

abril e a previsão é de que entrem em operação

e Eficiência Energética, do Programa de

até 2022. A expansão de usinas solares no

Educação Continuada (PECE) da Escola

Brasil, além da garantia no aumento da geração

Politécnica da USP.

de energia por fontes renováveis, também

oferece um campo de atuação profissional

e para que o Brasil avance na produção

cada vez mais promissor.

de energia limpa, é importante que haja

profissionais realmente capacitados para

A estimativa da Associação Brasileira de

“Para suprir essa demanda de mercado

Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) é de que

lidar com as novas tecnologias. No âmbito do

em 2018 as novas instalações produzam mais

curso, foram iniciadas empresas de ex-alunos

de 3.000 MW de energia, e, para cada MW, são

e também temos a satisfação de termos

criados de 25 a 30 postos de trabalho. “É uma

formado profissionais que estão à frente de

oportunidade que se abre para os profissionais

grandes empreendimentos energéticos no

com especialização em energias renováveis,

país”, conclui o coordenador do curso.


60

Notícias

renováveis

GE anuncia plataforma de armazenamento de energia

A plataforma Reservoir permite a utilização de energia renovável e melhora o desempenho da rede

As energias renováveis

vêm ganhando um papel de destaque cada vez mais na matriz

O sistema de baterias pode ser conectado diretamente no barramento de corrente contínua, DC, das plantas solares.

energética do Brasil. A energia eólica foi introduzida no Brasil em 2009 e em menos de dez anos o país tornou-se o 8º maior gerador do mundo, segundo o ranking do Global World Energy Council (GWEC) de fevereiro de 2018.

Diante desse cenário e

contribuindo para uso das energias renováveis, a GE anunciou uma nova plataforma de armazenamento de energia, o GE Reservoir. Com a possibilidade de se integrar a toda rede elétrica, a solução permite a complementariedade da energia renovável com a tradicional, podendo melhorar o desempenho da rede e permitir uma geração mais distribuída, além de potencialmente reduzir custos. Soluções de Armazenamento

comenta Rodrigo. “Com isso,

estado de carga, temperatura,

de gestão das baterias (BMS),

de Energia da GE Power. “A

a eficiência total do processo

tensão, corrente e outros

que é de propriedade da GE e

modularidade da solução

de armazenamento de energia,

fatores. Os dados podem

chamado de Blade Protection

permite que diferentes valores

incluindo carga e descarga, pode

ser enviados para um centro

Unit (BPU), bem como na

de potência e energia, MW

crescer de maneira significativa,

remoto de operações, onde

utilização de contêineres pré-

e MWh, respectivamente,

permitindo também que as

modelos de degradação são

fabricados que são montados

possam ser fornecidos aos

perdas por sombreamento ao

utilizados, também proprietários

com as baterias em fábrica,

clientes, mantendo o processo

longo do dia, no início da manhã

e desenvolvidos no Centro de

sendo enviados já prontos para a

de montagem e instalação

e no início da noite, sejam

Pesquisas Global da GE, em

instalação à planta do cliente.

do sistema extremamente

potencialmente reduzidas, pois

Niskayuna (Estados Unidos),

A inovação está no sistema

simples. A montagem do sistema

o conversor DC-DC do sistema

para determinar a vida útil

distribuição, armazenamento

em fábrica também garante

de baterias pode trabalhar com

do sistema de baterias. Com

e utilização de energia mais

potencialmente ao sistema da GE

tensões mais baixas, carregando

isto, poderia ser possível

limpa onde e quando for mais

uma das maiores densidades de

as baterias mesmo em

antecipar potenciais falhas, e

necessária. Ela se adapta

MWh/m2 do mercado”.

momentos de pouca irradiação,

potencialmente garantindo uma

em praticamente todos os

quando não se pode injetar

disponibilidade maior do sistema,

locais, desde sistemas de rede

é possível “conectar o sistema

energia na rede”.

podendo também determinar se

centralizados até comunidades

de baterias diretamente no

A solução também é

a degradação do sistema está

mais remotas”, explica Rodrigo

barramento de corrente contínua,

equipada com sensores que

conforme o planejado, ou com

Salim, líder de Baterias e

DC, das plantas solares”,

coletam informações sobre o

taxas distintas ao projetado.

“A plataforma permite

Com o Reservoir, também


Notícias

61

Usina solar da Aneel é inaugurada

O objetivo é atender entre 18% e 20% do consumo anual da autarquia. O investimento desta etapa é da ordem de R$ 1,8 milhão

A Agência Nacional de Energia Elétrica

renováveis que não seja a hídrica”, pontuou

(Aneel) inaugurou, no dia 26 de junho, a sua

Maciel.

usina solar, que atenderá entre 18% e 20% do

consumo anual da autarquia com uma média

parabenizou os parceiros e a área técnica

de geração de 710 MWh/ano.

pela conclusão do projeto e espera que a

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino,

Na ocasião, o diretor da Companhia

Agência se torne uma referência para outros

Energética de Brasília (CEB), Maurício Alves,

órgãos públicos. “O setor elétrico passa por

destacou a parceria feita com a Aneel e

várias transformações e o usuário de hoje é

ressaltou que a iniciativa representa um

muito mais participativo e preocupado com

modelo a ser seguido por todo o setor público.

a sustentabilidade. Diante desse cenário, a

Aneel não poderia deixar de dar o exemplo no

O Coordenador de Planejamento

Energético, Regulação e Gestão do Sistema

que diz respeito a boas práticas de redução do

da GIZ, Florian Geyer, afirmou que o projeto

desperdício e eficiência energética”, concluiu.

é pioneiro e deverá estimular o mercado fotovoltaico no país. "O lugar com menos sol,

A usina

que é Florianópolis, ainda tem 20% a mais de irradiação solar do que o lugar com mais sol

da Alemanha. Isso mostra o grande potencial

painéis de 1,65m2, com potência instalada

da energia solar FV comparando com outros

de 510,40 quilowatts-pico (kWp), que

países como a Alemanha. A melhor insolação

foram

da Alemanha é de 3.500 Wh/m² (watt-hora

por metro quadrado) por dia, disponível em

pelos seus acessos será de 3.580 m2. Cada

uma pequena região sul do país, já o Brasil

conjunto de 96 módulos foi conectado em

apresenta valores de insolação entre 4.500 e

um inversor, e todos os inversores serão

6.000 Wh/m²”, enfatizou.

monitorados numa central de operação,

com dados unificados. A energia gerada

Para a representante do Ministério do

A usina fotovoltaica conta com 1.760

A área total ocupada pelos módulos e

Meio Ambiente, Alexandra Maciel, a iniciativa

compensará o consumo do prédio da Agência

da agência ajudará a consolidar o papel das

pelo mecanismo do Sistema de Compensação

energias renováveis no Brasil. “A nossa matriz

de Energia, pelo qual até a geração nos fins de

é muito rica e precisamos incentivar cada

semana poderá ser injetada na rede e depois

vez mais a geração a partir de outras fontes

devolvida para a Agência.

A instalação da usina foi possível por meio de um contrato de desempenho, desenvolvido de forma pioneira no setor público


62

Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Crise política e desaceleração da economia brasileira dificultam realização de negócios pelas empresas do mercado de dispositivos elétricos

De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada

estão confiantes de que encerrarão o ano de 2018 com crescimento

na primeira semana de julho de 2018, a previsão de crescimento

médio de 7%, índice superior ao registrado no ano passado, quando

do PIB para 2018 é de 1,55% depois de passar por oito reduções

as empresas apresentaram crescimento médio de 4% na comparação

consecutivas. Para 2019, os especialistas preveem crescimento

com o ano anterior, 2016. Para o mercado como um todo, a estimativa

de 2,50%, também após passar pela quarta redução. As projeções

das companhias consultadas é de que o crescimento médio do

já foram piores, mas estão longe de estarem em uma posição

mercado de dispositivos elétricos seja de 5%. Em virtude dos números

confortável. Ocorre que essa retomada – ainda que modesta – da

despretensiosos, a previsão de contratação também é limitada: na

atividade econômica brasileira ainda não alcançou a particularidade do

média, as empresas pesquisadas planejam aumentar seu quadro de

mercado de dispositivos elétricos. Para a maioria das empresas deste

funcionários em apenas 4%.

setor, a crise política e a desaceleração da economia brasileira ainda

provocam sérios entraves ao crescimento deste mercado. Isso é o que

de alguns mercados específicos, como o de dispositivos de proteção

mostra a pesquisa publicada nesta edição, realizada com fabricantes

e seccionamento de média tensão, que fatura, em média, acima de

e distribuidores de dispositivos elétricos de proteção, manobra e

R$ 100 milhões por ano, segundo a maior parte das empresas

comando.

pesquisadas. Mais percepções sobre outros nichos de mercado estão

na pesquisa publicada na íntegra, a seguir.

Apesar da baixa expectativa das empresas pesquisadas, elas

Com a pesquisa, também foi possível ter uma ideia sobre o tamanho


63

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Como ocorre em boa parte dos setores aqui pesquisados,

Entre os principais canais de vendas utilizados pelas

também no mercado de dispositivos elétricos o principal segmento de

companhias

atuação das companhias é o industrial, seguido pelas montadoras de

distribuidores/atacadistas,

painéis elétricos. Já o principal canal de vendas é via distribuidores

vendas diretas ao cliente final. Apenas 20% das consultadas

e atacadistas. Apenas 20% das pesquisadas mencionaram a internet

mencionaram a internet como meio de comercialização.

pesquisadas,

destacam-se, as

nessa

ordem,

revendas/varejistas

e

os as

como meio de comercialização de seus produtos.

No levantamento publicado nas páginas a seguir, são ainda

Principais canais de vendas

disponibilizadas informações como perfil das empresas consultadas, principais canais de vendas empregados, certificações conquistadas, produtos mais comercializados e porte médio das empresas

Internet

pesquisadas deste setor de dispositivos de proteção, manobra e

20%

comando de baixa e média tensão. Confira.

22%

Números do mercado brasileiro de dispositivos elétricos

Telemarketing Venda direta ao cliente final

67%

A maior parcela das empresas pesquisadas apontou o segmento

Revendas de materiais elétricos

74%

industrial como principal segmento de atuação, assim como já foi registrado nessa mesma pesquisa realizada há um ano.

85%

Distribuidores / Atacadistas

Principais segmentos de atuação

Residencial Os

43%

Comercial

70%

Montadores de painéis

74%

Industrial

89%

gráficos

a

seguir

mostram

os

dispositivos

mais

comercializados em detrimento de outros para desempenhar funções similares e/ou que se enquadram em uma mesma categoria de produtos. Percebe-se, por exemplo, que o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) é mais popular do que os Dispositivos Diferenciais Residuais (DR), mesmo que o uso de ambos seja recomendado por norma técnica. Em outras categorias, percebe-se um equilíbrio entre os tipos de produtos oferecidos/comercializados pelas empresas.


64

Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT Disjuntores BT

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Dispositivos BT

5%

Outros 19%

Acessórios para disjuntores

15%

Abertos

43%

Dispositivos Diferenciais Residuais (DR)

18%

Disjuntormotor

21%

Caixa moldada

57%

Dispositivos de proteção contra Surtos (DPS)

22%

Mini-disjuntores

Outros dispositivos BT

Relés BT

8%

Outros 12%

Outros

18%

De falta à terra

13%

15%

Temporizadores

9%

Programador horário

Fotoelétricos

15% 16%

De subtensão 22%

Outros relés de proteção eletrônicos

19%

Outros relés de proteção eletromêcanicos

Botoeira

13%

Sinalizadores em geral 10% 9%

Sensores em geral 10%

Chave fim de curso 11%

Contato

Relé de impulso

Iluminação BT

Dispositivos MT

18% 32%

Minuteria

Pára-raios 33%

24%

Disjuntores

Interruptor para iluminação 18%

Acessórios para fusíveis

35%

Variador de luminosidade

20%

Fusíveis

20%

Acessórios para disjuntores


65

O Setor Elétrico / Junho de 2018

sobre possíveis contratações, na média, a expectativa é de agregar

Relés MT

apenas 4% de recursos humanos aos seus respectivos quadros de colaboradores atuais.

23%

38%

De falta à terra

Outros relés de proteção eletrônicos

No tocante ao faturamento das empresas (fabricantes e distribuidoras) de dispositivos que participaram deste levantamento, foi apurado que a maior parte delas (58%) apresenta faturamento médio bruto de até R$ 20 milhões por ano.

19%

De subtensão

Faturamento bruto anual médio das empresas pesquisadas

20%

10%

Outros relés de proteção eletromêcanicos

Acima de R$ 200 milhões

10%

De R$ 80 milhões até R$ 200 milhões

Questionadas quanto ao faturamento anual total de alguns

3%

mercados específicos, as empresas consideraram, por exemplo, que

De R$ 60 milhões até R$ 80 milhões

o setor de dispositivos de proteção e seccionamento de média tensão fature anualmente acima de R$ 100 milhões. Veja, na tabela, o que

13%

pensam as pesquisadas.

De R$ 40 milhões até R$ 60 milhões

0%

10%

20%

De R$ 5 milhões até R$ 20 milhões

De R$ 20 milhões até R$ 40 milhões Acima de R$ 500 milhões

De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões

De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões

De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões

De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões

Até R$ 10 milhões

De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões

Percepção sobre o tamanho anual total de mercados específicos

Dispositivos de proteção 13% 10%

34%

Até R$ 5 milhões

23% 19% 10% 26%

de baixa tensão

Da mesma maneira que foi registrado por esta pesquisa realizada

há um ano, os fabricantes e distribuidores de dispositivos elétricos também apontam a desaceleração da economia brasileira e a crise política como principais fatores inibidores do crescimento.

Dispositivos de comando, controle, seccionamento, 13%

7%

7%

13% 23% 23% 13%

acionamento e sinalização

FATORES QUE DEVEM INFLUENCIAR O MERCADO DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO, MANOBRA E COMANDO

de baixa tensão Dispositivos de proteção e seccionamento de

10%

0%

6%

6%

32%

26% 19%

4%

média tensão

Bom momento econômico do país

6%

Se, na pesquisa realizada em 2017, as empresas projetavam

Outros

crescimento médio de 6% para aquele ano, nesta edição, as companhias revelaram ter crescido efetivamente 4% no período. Para este ano de 2018, a expectativa de crescimento médio é de 7%

19%

para as empresas e de 5% para o mercado no geral. Questionadas

Falta de confiança dos investidores

Previsões de crescimento

4% 4%

5%

7%

Crescimento médio das empresas em 2018

10%

Setor da construção civil desaquecido 4%

22%

Crescimento médio das empresas em 2017 comparado ao ano anterior Previsão de contratação das empresas em 2018 Crescimento médio do tamanho anual total do mercado de dispositivos elétricos em 2018

20%

Desaceleração da economia brasileira

Crise política

Projetos de infraestrutura

12%

Incentivos por força de legislação ou normalização

1%

Desvalorização da moeda nacional

2%

Falta de normalização e/ou legislação


Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT

SP

X

X

X

AGPR5

(11) 96949-0029 www.agpr5.com

São Paulo

SP

Alpha Equip. Elétricos

(11) 3933-7530

www.alpha-eX.com.br

São Paulo

SP

X

X

CHINT GROUP

(11) 3266-7654

www.chint.net

São Paulo

SP

X

X

Clamper

(31) 3689-9500

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

X

COEL

(11) 2066-3211

www.coel.com.br

São Paulo

SP

X

DECORLUX

(41) 3029-1144

www.decorluX.com.br

Curitiba

PR

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

EATON

0800 00 32866

www.eaton.com.br

Porto Feliz

SP

EFE-SEMITRANS

(21) 2501 1522

www.efesemitrans.com.br

Rio de Janeiro

ELETRICTECK

(16) 3877-5510 www.eletricteck.com.br

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

ELOS

(41) 3383-9290

EMBRASTEC

(16) 3103-2021

ENERBRAS

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

RJ

X

X

X

X

Ribeirao Preto

SP

X

X

X

Cornelio Procópio

PR

www.elos.com.br

Curitiba

PR

www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

X

(41) 2111-3000

www.enerbras.,com.br

Campo Largo

PR

X

Engepoli Engenharia

(11) 4335-5139

www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

EXatron

0800 541 3310

www.eXatron.com.br

Porto Alegre

RS

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

GE DO BRASIL

0800 595 6565

br.geindustrial.com

Contagem

Holec

(11) 4191-3144

www.holec.com.br

Boituva

JNG MATERIAIS ELÉTRICOS

(11) 2090-0550

www.jng.com.br

Kienzle Controls

(11) 2249-9606

www.kenzle-haller.com.br

Kraus & Naimer

(11) 2198-1288

Kron Medidores Legrand

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X X

X

X

X

X

X

MG

X

X

X

X

X

X

SP

X

X

X

X

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

www.krausnaimer.com.br

Cotia

SP

X

X

X

X

X

X

(11) 5525-2000

www.kron.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

0800 118 008

www.legrand.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

LUKMA ELECTRIC

(17) 2138-5050

www.lukma.com

São José do Rio Preto

SP

X

X

MAGNET

(11) 4176-7877

www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

X

MarGirius

(19) 3589-5000

www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

X

X

X

X

X

Média Tensão

(11) 2384-0155

www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

X

X

X

X

X

X

Mersen do Brasil

(11) 2348-2360

http://ep-fr.mersen.com/

Cabreuva

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

MetalteX

(11) 5683-5700

www.metalteX.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Mitsubishi Electric

(11) 4689-3000

www.mitsubishielectric.com.br São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

MTM

(11) 4125-3933

www.mtm.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X

X

X

X

X

NORMATEL

(85) 3031-9988

www.normatel.eng.br

Fortaleza

CE

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

X

PeXtron

(11) 99105-5014 www.peXtron.com.br

São Paulo

SP

X

X

PhoeniX Contact

(11) 3871-6400

São Paulo

SP

X

X

Rockwell Automation

(11) 99779-3039 www.ab.com

São Paulo

SP

X

X

Sassi

(11) 4138-5122

www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra

SP

X

SEMPRE SISTEMAS

(11) 2730-2324

www.sempremanutencao.com.br Arujá

SP

X

(54) 2101-7070

www.soprano.com.br

CaXias do Sul

RS

X

X

X

X

www.steck.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

Soprano

Steck Indústria Elétrica (11) 2248-7000

www.phoeniXcontact.com.br

X

X

X

X X

X

(19) 3875-9868

www.tee.com.br

Indaiatuba

SP

X

THS Ind. e Com. Ltda

(15) 3225-5060

www.fuses.com.br

Sorocaba

SP

X

WEG

(47) 3276-4000

www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

TEE

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Outros

Mogi Mirim

X

X

Acessórios para disjuntores

(19) 3804-1042

X

Disjuntor-motor

ADS DISJUNTORES

www.adsdisjuntores.com.br

X

Mini-disjuntores

X

Caixa moldada

X

Oferece treinamento técnico para os clientes

X

Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente

X

Importa produtos acabados

SP

Exporta produtos acabados

São Paulo

Disjuntores

Possui programas na área de responsabilidade social

www.abb.com.br

Possui serviço de atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet

(11) 3688-9111

Possui certificado ISO 14001 (ambiental)

X

ABB Ltda

Dispositivos de proteção de baixa tensão

Possui certificado ISO 9001 (qualidade)

UF SP X

Internet

Cidade Guarulhos

Telemarketing

Site www.acabine.com.br

Venda direta ao cliente final

Comercial

X

Telefone (11) 2842-5252

Revendas/Varejistas

Industrial

X

EMPRESA A.Cabine Mat. Elétricos

Distribuidores/Atacadistas

Serviços (manutenção, montagem de painéis, etc.)

X

Principal canal de vendas

Montadores de painéis

Distribuidora

Fabricante

X

Residencial

Principal segmento de atuação

Empresa

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Abertos

66

X

X

X

X

X

X

X

X

X


67

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Dispositivos de comando, controle, seccionamento, acionamento e sinalização de baixa tensão

Alpha Equip. Elétricos

(11) 3933-7530

www.alpha-eX.com.br

São Paulo

SP

CHINT GROUP

(11) 3266-7654

www.chint.net

São Paulo

SP

Clamper

(31) 3689-9500

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

COEL

(11) 2066-3211

www.coel.com.br

São Paulo

SP

DECORLUX

(41) 3029-1144

www.decorluX.com.br

Curitiba

PR

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

EATON

0800 00 32866

www.eaton.com.br

Porto Feliz

SP

EFE-SEMITRANS

(21) 2501 1522

www.efesemitrans.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ELETRICTECK

(16) 3877-5510

www.eletricteck.com.br

Ribeirao Preto

SP

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

Cornelio Procópio

PR

X X X X X

ELOS

(41) 3383-9290

www.elos.com.br

Curitiba

PR

X

EMBRASTEC

(16) 3103-2021

www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

ENERBRAS

(41) 2111-3000

www.enerbras.,com.br

Campo Largo

PR

Engepoli Engenharia

(11) 4335-5139

www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

EXatron

0800 541 3310

www.eXatron.com.br

Porto Alegre

RS

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

GE DO BRASIL

0800 595 6565

br.geindustrial.com

Contagem

MG

Holec

(11) 4191-3144

www.holec.com.br

Boituva

SP

X

www.jng.com.br

São Paulo

SP

X X X X

JNG MATERIAIS ELÉTRICOS (11) 2090-0550

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X X

X X

X X

X

X

X

X

X X X X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X X X X

X X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

www.kenzle-haller.com.br

São Paulo

SP

X

Kraus & Naimer

(11) 2198-1288

www.krausnaimer.com.br

Cotia

SP

X

Kron Medidores

(11) 5525-2000

www.kron.com.br

São Paulo

SP

Legrand

0800 118 008

www.legrand.com.br

São Paulo

SP

LUKMA ELECTRIC

(17) 2138-5050

www.lukma.com

São José do Rio Preto

SP

MAGNET

(11) 4176-7877

www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

X

MarGirius

(19) 3589-5000

www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

X

Média Tensão

(11) 2384-0155

www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

X

Mersen do Brasil

(11) 2348-2360

http://ep-fr.mersen.com/

Cabreuva

SP

X X X X X X

MetalteX

(11) 5683-5700

www.metalteX.com.br

São Paulo

SP

Mitsubishi Electric

(11) 4689-3000

www.mitsubishielectric.com.br São Paulo

SP

MTM

(11) 4125-3933

www.mtm.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

X X

X

NORMATEL

(85) 3031-9988

www.normatel.eng.br

Fortaleza

CE

X

X

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

PeXtron

(11) 99105-5014 www.peXtron.com.br

São Paulo

SP

PhoeniX Contact

(11) 3871-6400

São Paulo

SP

Rockwell Automation

(11) 99779-3039 www.ab.com

São Paulo

SP

Sassi

(11) 4138-5122

www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra

SP

SEMPRE SISTEMAS

(11) 2730-2324

www.sempremanutencao.com.br

Arujá

SP

Soprano

(54) 2101-7070

www.soprano.com.br

CaXias do Sul

RS

www.steck.com.br

São Paulo

SP

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X X

X X

X

X

(11) 2249-9606

Steck Indústria Elétrica (11) 2248-7000

X

X

Kienzle Controls

www.phoeniXcontact.com.br

X

Minuteria

X

X

Variador de luminosidade

X

SP

X

Religadora

SP

São Paulo

X

Fusível

Mogi Mirim

X

Seccionadora fusível

www.adsdisjuntores.com.br

(11) 96949-0029 www.agpr5.com

X

Seccionadora

(19) 3804-1042

AGPR5

X

Reversora

ADS DISJUNTORES

X

Comutadora

SP

Iluminação BT

Manual

São Paulo

Chaves BT

Automática

www.abb.com.br

Outros

(11) 3688-9111

Fotoelétricos

SP

ABB Ltda

Outros relés de proteção Eletrônicos

UF

Guarulhos

Outros relés de proteção Eletromecânicos

Cidade

www.acabine.com.br

De subtensão

Site

(11) 2842-5252

De falta à terra

Telefone

Dispositivos Diferenciais Residuais (DR)

EMPRESA A.Cabine Mat. Elétricos

Relés BT

Dispositivos de proteção contra Surtos (DPS)

Outros

Dispositivos BT

Especiais

Acessórios para fusíveis

Tipo cartucho

Tipo D

Tipo NH

Fusíveis BT

Chaves de trans­­ferência BT

Interruptor para iluminação

Dispositivos de proteção de baixa tensão - DISJUNTORES

X

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X X

X

X X

X

X

X

X

X X

X X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X X

X

X X

TEE

(19) 3875-9868

www.tee.com.br

Indaiatuba

SP

X X X X X

THS Ind. e Com. Ltda

(15) 3225-5060

www.fuses.com.br

Sorocaba

SP

X X X X X X

WEG

(47) 3276-4000

www.weg.net

Jaraguá do Sul

SC

X X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X X

X X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X X

X

X


Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT Dispositivos de comando, controle, seccionamento, acionamento e sinalização de baixa tensão

(19) 3804-1042

Mogi Mirim

SP

AGPR5

(11) 96949-0029

www.agpr5.com

São Paulo

SP

Alpha Equip. Elétricos

(11) 3933-7530

www.alpha-eX.com.br

São Paulo

SP

X

CHINT GROUP

(11) 3266-7654

www.chint.net

São Paulo

SP

X

Clamper

(31) 3689-9500

www.clamper.com.br

Lagoa Santa

MG

COEL

(11) 2066-3211

www.coel.com.br

São Paulo

SP

X

DECORLUX

(41) 3029-1144

www.decorluX.com.br

Curitiba

PR

X

D´LIGHT

(11) 2937-4650

www.dlight.com.br

Guarulhos

SP

EATON

0800 00 32866

www.eaton.com.br

Porto Feliz

SP

EFE-SEMITRANS

(21) 2501 1522

www.efesemitrans.com.br

Rio de Janeiro

RJ

ELETRICTECK

(16) 3877-5510

www.eletricteck.com.br

Ribeirao Preto

SP

ELETROTRAFO

(43) 3520-5000

www.eletrotrafo.com.br

Cornelio Procópio

PR

ELOS

(41) 3383-9290

www.elos.com.br

Curitiba

PR

EMBRASTEC

(16) 3103-2021

www.embrastec.com.br

Ribeirão Preto

SP

ENERBRAS

(41) 2111-3000

www.enerbras.,com.br

Campo Largo

PR

Engepoli Engenharia

(11) 4335-5139

www.engepolienergia.com

São Bernardo do Campo

SP

EXatron

0800 541 3310

www.eXatron.com.br

Porto Alegre

RS

X

FINDER

(11) 4223-1550

www.findernet.com

São Caetano do Sul

SP

X

GE DO BRASIL

0800 595 6565

br.geindustrial.com

Contagem

MG

Holec

(11) 4191-3144

www.holec.com.br

Boituva

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

(11) 2198-1288

www.krausnaimer.com.br

Cotia

SP

Kron Medidores

(11) 5525-2000

www.kron.com.br

São Paulo

SP

Legrand

0800 118 008

www.legrand.com.br

São Paulo

SP

LUKMA ELECTRIC

(17) 2138-5050

www.lukma.com

São José do Rio Preto

SP

MAGNET

(11) 4176-7877

www.mmmagnet.com.br

São Bernardo do Campo

SP

MarGirius

(19) 3589-5000

www.margirius.com.br

Porto Ferreira

SP

Média Tensão

(11) 2384-0155

www.mediatensao.com.br

Guarulhos

SP

Mersen do Brasil

(11) 2348-2360

http://ep-fr.mersen.com/

Cabreuva

SP

MetalteX

(11) 5683-5700

www.metalteX.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

Mitsubishi Electric

(11) 4689-3000

www.mitsubishielectric.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

MTM

(11) 4125-3933

www.mtm.ind.br

São Bernardo do Campo

SP

NORMATEL

(85) 3031-9988

www.normatel.eng.br

Fortaleza

CE

OBO BETTERMANN

(15) 3335-1382

www.obo.com.br

Sorocaba

SP

PeXtron

(11) 99105-5014

www.peXtron.com.br

São Paulo

SP

PhoeniX Contact

(11) 3871-6400

www.phoeniXcontact.com.br

São Paulo

X

X

Rockwell Automation

(11) 99779-3039

www.ab.com

Sassi

(11) 4138-5122

SEMPRE SISTEMAS Soprano

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X X

X X

X

www.sassitransformadores.com.br

Taboão da Serra

SP

(11) 2730-2324

www.sempremanutencao.com.br

Arujá

SP

(54) 2101-7070

www.soprano.com.br

CaXias do Sul

RS

X

X

www.steck.com.br

São Paulo

SP

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X X

X

X

X X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X X

X

X

X X

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X X

X

X

X

X

X X

X X

X

X

SC

X

X

SP

SP

X

X

São Paulo

Jaraguá do Sul

X

X

X

Sorocaba

X

X

X

www.weg.net

X

X

SP

www.fuses.com.br

X

X

X

X

X

X

(47) 3276-4000

X

X

X

X

X

X

(15) 3225-5060

X

X

X

Kraus & Naimer

WEG

X

X

X

SP

THS Ind. e Com. Ltda

X

X

SP

SP

X

X

São Paulo

Indaiatuba

X

X

X X

São Paulo

www.tee.com.br

X

X

X

www.kenzle-haller.com.br

(19) 3875-9868

X

X

X

X

www.jng.com.br

TEE

X

X X

(11) 2249-9606

Steck Indústria Elétrica (11) 2248-7000

X X

Kienzle Controls

JNG MATERIAIS ELÉTRICOS (11) 2090-0550

X

Outros relés de proteção Eletrônicos

ADS DISJUNTORES

www.adsdisjuntores.com.br

X

Outros relés de proteção Eletromecânicos

SP

De subtensão

São Paulo

De falta à terra

X

www.abb.com.br

Acessórios para fusíveis

X

(11) 3688-9111

Fusíveis

Relé de Impulso

X

ABB Ltda

Acessórios para disjuntores

Contato

X

UF SP

Relés MT

Disjuntores

Chave fim de curso

X

Cidade Guarulhos

Outros

Botoeira

X

Site www.acabine.com.br

Programador horário

Temporizador

X

Telefone (11) 2842-5252

Sensores em geral

Inversor de freqüência

X

A.Cabine Mat. Elétricos

Dispositivos MT

Sinalizadores em geral

Chave de partida de motor

EMPRESA

Dispositivos de proteção e seccionamento de média tensão

Outros BT

Soft starter

Motor BT

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Pára-raios

68

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X



Espaço 5419

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Por Hélio Sueta*

Proteção de postos de combustíveis: análise de risco e aspectos específicos

A

descargas

realizarem uma análise de risco para este

atmosféricas de postos de combustíveis

proteção

contra

tipo de estrutura é a definição do fator de

deve seguir as recomendações das quatro

redução rf em função do risco de incêndio

partes da norma ABNT NBR 5419: 2015

ou explosão da Tabela C.5 da parte 2.

incluindo o Anexo D da parte 3, que fornece

informações adicionais para SPDA no caso

específica para postos de gasolina. É a

de estruturas com risco de explosão.

ABNT NBR 14639 que apresenta alguns

Um primeiro ponto de dúvida que

desenhos definindo a classificação de

muitos

áreas.

profissionais

encontram

ao

Figura 1 – Classificação de áreas durante o abastecimento.

A ABNT publicou uma norma em 2014


O Setor Elétrico / Junho de 2018

Figura 2 – Classificação de áreas em postos de combustíveis.

Figura 3 – Respiro do tanque.

71


72

Espaço 5419

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Nas Figuras 1, 2 e 3 podemos

total no qual a atmosfera inflamável irá

a menos que os respiros possuam

verificar que são consideradas zonas

existir. Isto irá compreender a duração

válvulas corta-fogo funcionando (na

2, o volume ao redor das bombas de

total da ocorrência mais o tempo

maioria dos tipos existentes são de

abastecimento a uma distância de

levado para que a atmosfera inflamável

difícil manutenção).

6 metros e uma altura de 0,5 metro.

se disperse depois da ocorrência ter

Perto das bombas a uma distância

parado”.

ascendentes são descargas no ar oriundas

de 0,5 metro, a altura deste volume

aumenta a 1,2 metros, durante o

quando

da

ocorrem nestes objetos em direção

abastecimento.

1

frequência de ocorrência e duração

para a nuvem que podem se conectar

apenas dentro do gabinete e ao

podem ser obtidas das normas relativas

com o líder descendente (que vem da

redor da saída de gases nos respiros

a indústrias ou aplicações específicas”.

nuvem) ou não, neste caso chamados de

considerando uma semiesfera com 1

Assim, de uma forma geral, para a

líder ascendente não conectante. Estes

metro de raio. Nesta saída, também

maior parte do posto de combustíveis,

líderes ascendentes surgem devido ao

temos uma zona 2 que seria outra

o fator de redução rf, em função

campo elétrico oriundo da aproximação

semiesfera prolongada com um raio

do risco de incêndio ou explosão,

do líder descendente.

de 1,5 metros envolvendo a primeira

deve ser 10-3 que corresponde a um

(ver Figura 3).

incêndio baixo, que para estarmos a

edificações mais altas (de preferência,

Relembrando a classificação por

favor da segurança, podemos utilizar

dentro do volume de proteção desta

zonas:

10-2 que corresponde a um incêndio

edificação) estão mais protegidos,

normal. Somente ao redor da saída

porém,

Zona 0 é o “local no qual uma atmosfera

dos respiros, segundo a ABNT NBR

estarão mais expostos às descargas

explosiva consistindo de uma mistura

14639 de 2014, teremos um volume

atmosféricas diretas e aos efeitos

de ar e substâncias inflamáveis em

semiesférico (com um metro de raio)

indiretos das mesmas.

forma de gás, vapor ou névoa estão

com uma zona 1, sendo que, neste

Uma

presentes

caso, o fator de redução seria de 10-1

possibilidade de ocorrência de ignição

que corresponde a um incêndio alto.

dos gases que saem dos respiros

Geralmente,

Teremos

continuamente

zona

ou

por

longos períodos ou frequentemente”;

Remete também às outras normas cita

que

“indicações

nos

postos

É importante relembrar que os líderes

de objetos em contato com a terra que

Postos de combustíveis próximos a

se

estiverem

forma

de

isolados,

minimizar

a

de

é instalar hastes tipo Franklin nas

Zona 1 é o “local no qual uma

combustíveis, esta saída dos respiros

redondezas dos respiros de forma

atmosfera explosiva consistindo de

é uma “ponta de uma ou mais

que o volume de proteção definido

uma mistura de ar e substâncias

(geralmente três, uma para gasolina,

por estas hastes englobe, com uma

inflamáveis em forma de gás, vapor

uma para etanol e a outra para diesel)

margem de segurança, o volume dos

ou névoa são esperados a ocorrer em

tubulações metálicas” fixadas em um

gases combustíveis. Estas hastes, se

operação normal ocasionalmente”;

dos muros do posto ou em um canto

bem dimensionadas, além de evitar

da edificação de serviços ou loja de

que a descarga direta passe pelo

Zona 2 é o “local no qual uma

conveniência.

volume dos gases, podem fazer com

atmosfera explosiva consistindo de

Um grande perigo seria a descarga

que os líderes ascendentes surjam de

uma mistura de ar e substâncias

atmosférica, ao atingir o posto ou

suas pontas e, desta forma, um pouco

inflamáveis em forma de gás, vapor

muito perto deste, passar pelo volume

mais distante do volume dos gases.

ou névoa não são esperados a ocorrer

gerado pelos gases que saem destes

em operação normal, mas, se isto

respiros ou houver um líder ascendente

volume dos gases que formam as

acontecer, irá persistir somente por

conectante ou não conectante nestes

Zonas 1 e 2 não é uma esfera perfeita.

períodos curtos”.

respiros com energia suficiente para

O formato e o tamanho deste volume

Na

realidade,

sabemos

que

o

iniciar uma ignição. Esta situação,

de gases dependem das velocidades

A norma ainda complementa que

felizmente com baixa probabilidade

do vento no local e da saída dos gases,

“a palavra persistir significa o tempo

de ocorrência, é de difícil solução,

além do tipo de gás.


73

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Como consideramos os postos de

combustíveis

sendo

uma

estrutura

que contém zonas de risco, todos os elementos do SPDA externo (captação e descidas) devem ficar a pelo menos um metro distante da zona de risco.

Os protetores contra surtos devem

ser instalados em quadros fora das zonas de risco. No caso onde isto não for praticável, devem ser específicos para este uso (certificados como a prova de explosão e/ou encapsulados). Cuidados especiais nas ligações equipotenciais para evitar qualquer

Figura 4 – Exemplo de proteção de respiros de tanques de combustível.

A título de exemplo, se considerarmos

Neste

exemplo

tipo de centelhamento (por exemplo, (Figura

4),

se

conexões, flanges e junções). Os

que o volume de gás na saída do respiro

instalarmos três hastes distantes de 2,5

tubos de metal devem ser ligados à

é uma semiesfera de raio um metro

metros da saída dos gases, espaçadas

terra conforme as regras da parte 3 da

para zona 1, de 1,5 metro para zona 2

em forma de triângulo equilátero, e

ABNT NBR 5419: 2015.

e, com uma margem de segurança,

com altura no mínimo de 2,2 metros

As coberturas metálicas, se em

podemos especificar pelo menos 3

acima da altura da saída dos gases,

contato com zonas de risco, não

hastes ao redor da saída dos gases,

estes estarão confinados no volume de

podem ser perfuradas. Se não tiverem

considerando a proteção de uma esfera

proteção. Este um metro de distância

em contato com as zonas de risco,

de 2,5 metros de raio. O posicionamento

das zonas de risco geralmente é

verificar, se perfuradas, o material

e as dimensões destas hastes devem ser

maior que as distâncias de segurança

fundido não irá cair em zona de risco.

feitos pelo método eletrogeométrico,

calculadas conforme o item 6.3 e anexo

considerando, por exemplo, nível de

C da parte 3 da ABNT NBR 5419: 2015,

proteção I e, portanto, um raio da esfera

porém, se a distância de segurança for

rolante de 20 metros.

maior, esta deve ser utilizada.

*Hélio Eiji Sueta é doutor em Engenharia Elétrica e Secretário da CE-003.064-10 do Cobei/ABNT.


74

Espaço SBQEE

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Por Arthur Bonelli, Marco Bonelli, Evandro Vaciloto Filho e Pedro Augustho Block*

Impacto de dessintonias em filtros harmônicos passivos

Até aproximadamente uma década

outros efeitos colaterais, geram distorções

atrás,

harmônicas de tensão e corrente.

salvo

poucas

aplicações,

as

preocupações com geração de distorção

harmônica

O Operador Nacional do Sistema

cargas

Elétrico (ONS) solicita que os novos agentes

denominadas não lineares. Havia um

acessantes ao Sistema Interligado Nacional

senso comum de que a Geração e a

realizem estudos para analisar o impacto

Transmissão de energia elétrica (G&T) eram

do empreendimento no sistema elétrico

sempre “limpas”. As únicas aplicações em

brasileiro. Caso os resultados apresentem

que havia preocupação com distorções

valores de distorções harmônicas acima

harmônicas na G&T eram em transmissão

dos limites regulatórios, é necessário

em corrente contínua e em compensadores

implementar

estáticos.

quais podem ser compostos por filtros

No

eram

entanto,

advindas

a

matriz

de

energética

sistemas

mitigadores,

os

harmônicos passivos e/ou ativos.

brasileira vem se diversificando e as fontes

Apesar do avanço da eletrônica de

de energias renováveis estão ganhando

potência, os filtros passivos ainda possuem

mais espaço. Atualmente, a energia eólica

maior aplicabilidade, pois:

está em destaque e já representa 8% da matriz elétrica brasileira. Já a energia

• Os equipamentos são mais robustos e

solar fotovoltaica encontra-se em pleno

de fácil manutenção;

desenvolvimento com empreendimentos

• A solução está consagrada em diversas

de grande porte entrando em operação.

aplicações há décadas;

Devido às características intrínsecas

• Há uma maior gama de fornecedores

à fonte de energia primária, no caso, o

no mercado;

vento e a radiação solar, há a necessidade

• Na maioria das aplicações possui preço

de trabalhar com tecnologias que possam

mais competitivo.

compatibilizar a energia gerada com os requisitos de conexão do sistema elétrico.

Via de regra, estas conexões são realizadas

o próprio nome diz, são equipamentos

por conversores de frequência que, dentre

constituídos

Os filtros harmônicos passivos, como por

elementos

passivos


Espaço SBQEE

75

Figura 1 - Configurações de filtros harmônicos passivos: (a) sintonizado; (b) amortecido; (c) tipo C.

(capacitores, reatores e resistores). A Figura

na ordem de 0,5 a 3, a efetividade dos

1 apresenta as três configurações mais

mesmos praticamente não é afetada pela

utilizadas no sistema elétrico.

dissintonia, diferentemente dos casos com

Em suma, o filtro sintonizado possui alta

fator de amortecimento alto (por exemplo

efetividade, no entanto, é projetado para

10), quando a dessintonia começa a

filtrar apenas uma ordem harmônica. Já o

influenciar na efetividade dos filtros.

filtro amortecido possui eficácia menor se

comparado com o sintonizado, contudo, é

dos filtros harmônicos na etapa de projeto é

capaz de filtrar diversas ordens harmônicas.

de suma importância, visto que este afeta o

Por sua vez, o filtro tipo C possui

real funcionamento destes equipamentos.

desempenho similar ao filtro amortecido,

Quanto à dessintonia, parâmetro muitas

mas com baixas perdas.

vezes desconsiderado por projetistas, esta

Dentre

os

diversos

necessários

para

Portanto, o correto dimensionamento

parâmetros

causa grande impacto no desempenho

correto

de filtros harmônicos, principalmente nos

o

dimensionamento dos filtros harmônicos,

sintonizados.

a dessintonia vem ganhando destaque,

Mais informações sobre dimensio­ na­

pois a falta de cuidado com a mesma pode

mento dos filtros harmônicos passivos e

implicar na ineficiência da filtragem.

impacto da dessintonia em sua efetividade

Resumidamente, a dessintonia é o

pode ser verificado no artigo da referência

distanciamento da ordem de ressonância

[2], que foi apresentado na XII CBQEE.

de um filtro com a frequência harmônica que se deseja filtrar. Quanto maior este

Referências

valor, o filtro mitigará um percentual menor [1] Associação

desta harmônica. A

dessintonia

propositalmente

pode por

ser

causada

necessidade

de

Brasileira

de

Energia

Eólica. Annual Wind Energy Report 2017. Disponível

em:

<http://www.abeeolica.

projeto ou pela variação indesejada dos

org.br/dados-abeeolica/>.

componentes do filtro e/ou características

19/06/2018.

do sistema. No caso de não ser proposital,

[2] BONELLI, Arthur F.; BONELLI, Marco

as variáveis que mais influenciam são:

L.; VACILOTO FILHO, Evandro M.; BLOCK,

tolerância de fabricação dos componentes

Pedro A. B.. Análise do Impacto de

passivos, variação da temperatura, queima

Dessintonias em Filtros Harmônicos Passivos.

de elementos capacitivos e alteração da

XII CBQEE - Conferência Brasileira sobre

frequência da rede elétrica.

Qualidade da Energia Elétrica. Curitiba, 2017.

Os

grande

filtros

sintonizados

sensibilidade

à

Acesso

em:

apresentam variação

da

*Arthur Fernando Bonelli é engenheiro de Furnas

dessintonia, o que fica mais evidente

Centrais Elétricas;

quanto menor for a frequência de sintonia

Marco Leandro Bonelli atua na GE;

e/ou menor for a potência reativa. Em

Evandro Marcos Vaciloto Filho atua na GE;

relação aos filtros amortecidos e tipo C,

Pedro Augustho Biasuz Block é pesquisador do

para baixos fatores de amortecimento,

Institutos Lactec.


76

Proteção contra raios

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br

Medidas de proteção

Para se reduzir o risco de acordo com o tipo de dano que advém das

descargas atmosféricas as seguintes medidas de proteção são adotadas: Proteção para reduzir danos a pessoas devido a choque elétrico – observar o tipo de isolação adequada para partes condutoras expostas; a adoção de subsistema de aterramento contendo, no mínimo, um anel sob a estrutura a ser aterrada; a utilização de restrições físicas e avisos e as ligações equipotenciais para descargas atmosféricas.

Medidas de proteção para redução de danos físicos – a proteção é

alcançada por meio de sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) externo e interno, o que inclui as seguintes características: subsistemas de captação, descida e aterramento; ligação equipotencial para descargas atmosféricas; isolação elétrica através da aplicação da distância de segurança; para áreas abertas recomenda-se a adoção do sistema de alerta de tempestades elétricas (SATE).

Medidas de proteção para redução de falhas dos sistemas elétricos

e eletrônicos – sSão possíveis as seguintes medidas de proteção contra surtos (MPS): medidas de aterramento e equipotencialização; blindagem magnética; correto roteamento dos cabos de energia e sinal; utilização de DPSs coordenados e aplicação de interfaces isolantes. Podem-se utilizar essas medidas individualmente ou combinadas.

Tais medidas de proteção compõem uma proteção contra descargas

atmosféricas (PDA). A escolha das medidas mais adequadas de proteção deve ser feita pelo responsável técnico embasado nas necessidades locais de proteção, de acordo com o tipo e valor de cada dano correspondente, com os aspectos técnicos e econômicos das diferentes medidas de proteção e dos resultados da avaliação de riscos, conforme a parte 2 da ABNT NBR 5419.

As medidas de proteção devem satisfazer, no mínimo, os requisitos da

ABNT NBR 5419-1 a 4 e também serem capazes de suportar os esforços esperados nos respectivos locais de suas instalações.



78

Energia com qualidade

O Setor Elétrico / Junho de 2018

José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br

Os fatores das instalações

demanda para o quadro e, naturalmente,

ser calculada considerado somente a

de planejamento e projeto, mesmo nas

seu alimentador, não significa que cada

relação quadrática entre as potências

medições do comportamento de fontes e

circuito possuirá o mesmo fator de

ativa e reativa medidas em valores médios

cargas em instalações elétricas, são definidos

demanda.

a cada hora do período de medição (mês),

Durante as estimativas iniciais, etapas

a definição que considera a relação da

diversos fatores que constituem importantes variáveis do comportamento das cargas nas

FD=Demanda (W) / Potência instalada

potência ativa em relação à aparente

instalações. Estes fatores possuem diversas

(W) - FD<=1.

considera as correntes harmônicas na

aplicações e podem ser úteis em aplicações

Se a potência instalada de um quadro for

composição desta potência aparente,

em ações corretivas e modificações ou

100 kW e a demanda máxima medida ou

distinta, portanto, do modelo de tarifação.

ainda servirem de referência em situações

estimada for 70 kW, o fator de demanda

O fator de potência possui, portanto,

semelhantes em outros locais. Além de

será, portanto, de 70%.

importante participação na cobrança de energia reativa excedente pelas

possuírem influências no custo e na qualidade da energia, também provocam impactos nas

2 – Fator de simultaneidade (F.Sim.):

distribuidoras. Tem ainda forte impacto

fontes de alimentação.

é a relação entre a demanda total de

na qualidade da energia das instalações

são

um grupo de cargas e a somatória da

e sua correção adequada contribui para

adimensionais por serem definidos por

demanda de cada carga que compõe

a mitigação da regulação de tensão e

relação de grandezas de mesma unidade.

este grupo. Em uma instalação industrial,

distorções harmônicas. A estimativa do

A terminologia “demanda” está sempre

o fator de simultaneidade pode ser

fator de potência das cargas na etapa de

associada

representado pela relação da máxima

projeto já pode definir as ações corretivas

previsto) da carga, caso outra informação não

demanda medida no transformador e a

de compensação reativa e filtro de

seja associada, o termo é entendido como a

soma das demandas máximas de cada

harmônicos. Por definição do modelo, se

demanda máxima em determinado período

um dos quadros que o transformador (ou

a carga é indutiva, 0<FP<1; se a carga é

e, de uma forma geral, sua unidade é um

quadro geral a ele associado) alimenta

capacitiva 0>FP>-1.

múltiplo de watt no caso de potência ativa,

durante um mesmo período.

Normalmente,

ao

os

coeficientes

comportamento

real

(ou

4 – Fator de Carga (FC): é a relação

apesar de poder ser apresentada em kvar em caso de demanda de potência reativa e KVA

F.Sim.= (Demanda máxima grupo cargas)

entre a demanda média registrada em um

em demanda de potência aparente.

/ Σ (demandas máximas das cargas

período (horas, dias ou mês) e a demanda

individuais) FSim <=1

máxima registrada no mesmo período. Os modelos atuais de tarifação definidos

1 – Fator de demanda (F.D.): é a relação entre a demanda real (ou estimada) e a

3 – Fator de Potência (FP): é a relação

pela Aneel 414 consideram a medição

potência total instalada, normalmente,

entre a potência ativa (W) e a potência

das demandas a cada 15 minutos, e são

aplicada para um quadro terminal que

aparente (VA). FP=P/S. Apesar de as

calculados pela medição do consumo de

contempla a alimentação de diversos

regras da Aneel determinarem que a

energia nestes mesmos períodos de 15

circuitos. A adoção de um fator de

cobrança de excedente de energia deve

minutos divididos por 1/4 de hora. Não se


79

O Setor Elétrico / Junho de 2018

pode confundir com picos instantâneos

impacto. O valor será relacionado a um

1,25 e são apresentados nas placas dos

de demanda nestes mesmos intervalos,

fator de impacto de base e se o resultado

motores.

portanto, cada demanda nos intervalos

for maior que 1 pu merecerá ser avaliado

de 15 minutos representa, na verdade,

pela companhia distribuidora responsável

9 – Fator de Crista (FC): representa a relação

a demanda média neste período e, ao

pela alimentação da planta. FI<1

da corrente de pico na forma de onda

final de um mês, o maior destes 2880

representa uma situação tolerável e FI >1

senoidal (em geral de corrente) e o valor

intervalos ou subdivisão será considerada

a situação deverá ser passível de análise

eficaz da mesma onda no mesmo ciclo. É

a demanda máxima ou simplesmente

pela distribuidora.

utilizado para representar a severidade do conteúdo harmônico de cargas não lineares.

demanda daquele mês. O fator de carga pode ser ainda medido e avaliado

7 – Fator k de transformadores: utilizado

Em uma carga linear, o Fator de Crista vale

especificamente nos períodos de ponta,

na especificação e construção de

(raiz) de 2 (ou 1,4). O fator de crista pode

fora de ponta, etc. De uma forma geral,

transformadores que alimentarão cargas

atingir até 3 em cargas com alto conteúdo

o valor da energia faturada (em R$)

não lineares que contenham correntes

harmônico. Normalmente. o F.C. é utilizado na

relacionada à energia consumida em kWh

harmônicas. Um outro coeficiente

especificação de UPS que alimentará cargas

será tanto menor quanto mais próximo de

com a mesma terminologia e uso

não lineares.

1 for o fator de carga.

similar é utilizado para desclassificar transformadores que alimentam as

Os fatores das instalações, se bem

Dmed=kWh/T; sendo “kWh” a energia

cargas com correntes harmônicas.

aplicados, são boas ferramentas na busca da

consumida em período “T(h)”.

Duas terminologias semelhantes com

segurança, economia e qualidade.

Dmaxn= Maior demanda de um conjunto

aplicações distintas, uma relativa a norma

de “n” demandas medidas em intervalos

UL(americana) e outra a norma BS

em período aproximado de 14 dias em instalação

de 15 minutos durante um período T de

(inglesa).

industrial de alguns dos fatores acima definidos.

O gráfico da Figura 1 apresenta a medição

Note que o fator de carga pode ser calculado

amostragem ou medição. 8 – Fator de Serviço (FS): normalmente

pela relação da demanda média (da ordem de

aplicado em motores elétricos, representa

300 kW) e a demanda máxima, da ordem de

5 – Fator de Utilização (FU): aplicado a

a capacidade de motores operarem em

700 kW. Neste caso, o FC é da ordem de 42%.

equipamentos, associado geralmente

valores superiores à corrente nominal

A demanda média foi obtida pela integração

às capacidades destes equipamentos

em função de atendimento a cargas

da curva de demanda dividida pelo período em

(potência) e sua utilização. Um

acima da nominal, sem consideração de

horas. O fator de utilização do trafo de 1500 kVA

transformador com 750 kVA de potência

sobrecarga. Normalmente, os F.S., quando

será a relação da potência aparente e a potência

nominal, com demanda medida (máxima)

especificados, são da ordem de 1,15 ou

nominal do Trafo, portanto, 780/1500 ou 52%.

FC = Dmed/Dmaxn

FC<=1.

de 500 kVA, possuirá um fator de utilização de 500/750=66% 6 – Fator de Impacto (FI): Definido pelo modulo 8 do Prodist/Aneel a partir da revisão 8. É calculado pelas características das VTCDs (variação de tensão de curta duração) medidas nas entradas de energia de instalações no ponto de acoplamento comum (PAC) e considera as variações de tensão de curta duração e os intervalos relativos, obtidos com instrumentos adequados. Após a tabulação necessária durante o mês, as VTCDs e intervalos associados são ponderados e somados por método específico, obtendo-se, então, o fator de

Figura 1 – Medição de alguns fatores de instalação industrial.


80

Instalações Ex

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).

Novos requisitos sobre a certificação de equipamentos “Ex” para plataformas marítimas nos EUA – Parte 2/2 De acordo com a Guarda Costeira norte-

nos sistemas internacionais de avaliação

quais podem operar na bacia continental de

americana, a proliferação de equipamentos

da conformidade, quando da execução

diversos países, a instalação de equipamentos

e de instalações em atmosferas explosivas

dos diversos ensaios e certificações de

“Ex” com certificação no Sistema IECEx

certificadas de acordo com os requisitos

equipamentos elétrico para utilização em

é a opção mais comum entre os grandes

indicados

com

atmosferas explosivas. A Guarda Costeira

fabricantes mundiais de tais instalações

que houvesse um nível considerável de

dos EUA reconhece que, no presente

offshore. Pode ser verificado, inclusive,

inconsistências com relação à determinação

momento, em que tantas plataformas, navios

que já existem tais tipos de plataformas

da devida conformidade de embarcações

petroleiros e FPSOs possuem bandeiras

com equipamentos com certificação IECEx

móveis marítimas que atracam nos diversos

“estrangeiras”, que existem ações no sentido

operando na Bacia Continental dos Estados

portos dos EUA e que operam na área de

de harmonização dos requisitos legais e

Unidos.

sua plataforma continental marítima. As

de aceitação de equipamentos “Ex” com

inconsistências referem-se à necessidade

certificação internacional IECEx.

requisitos legais da Guarda Costeira dos

de equipamentos que fossem “listados” ou

De acordo com a NEMA (National

EUA envolvendo equipamentos e instalações

“aprovados” por “entidades” norte-americanas

Electrical Manufacturers Association), antes

em áreas classificadas foi a de determinar

para utilização em áreas classificadas.

da existência do sistema IECEx, os fabricantes

uma associação e um vínculo necessário

A finalidade da revisão do regulamento

norte-americanos interessados na exportação

entre as normas técnicas e os sistemas de

“Ex” elaborado pela Guarda Costeira dos

de seus produtos e equipamentos “Ex”, se

certificação “Ex” que são requeridos nos EUA

EUA (USCG), em vigor desde 02/04/2018,

deparavam com incertezas com relação

e as normas e os sistemas de certificação

foi a de propor que as instalações marítimas

à aceitação ou não, pelos organismos de

“Ex” internacionais. A iniciativa e a motivação

offshore, que operem na área da plataforma

certificação e pelas autoridades de avaliação

da Guarda Costeira dos EUA são também

continental marítima dos EUA, estejam de

de outros países, dos resultados de ensaios

baseadas no reconhecimento de que existem

acordo com as normas equivalentes indicadas

que haviam sido realizados pelos laboratórios

sistemas internacionais de proteção de

nos regulamentos existentes nos EUA para

de ensaios reconhecidos nos Estados Unidos

equipamentos “Ex” e de instalações elétricas

os MODUs (Mobile Offshore Drilling Units)

(NRTL). A NEMA mostra-se preocupada

em atmosferas explosivas além dos códigos

ou com o Capítulo 6 do IMO MODU Code

no sentido de que uma eventual falha ou

existentes nos Estados Unidos, tornando,

2009, incluindo os relatórios de ensaios e a

atraso em referenciar a aceitação do sistema

assim, possível para as plataformas de

certificação por organismos independentes,

IECEx no sistema legal de regulamentos dos

produção de petróleo, navios petroleiros

reconhecidos no Sistema IECEx.

Estados Unidos pode colocar os fabricantes

e FPSOs que são fabricados em diversos

na

Diretiva

ATEX

fez

A intenção deste esforço em termos de

De acordo com este novo regulamento,

norte-americanos de equipamentos elétricos

países para executarem serviços globais

a Guarda Costeira acredita ser de vital

para atmosferas explosivas em uma posição

poderem ser realmente globais.

importância e uma medida de segurança que

de desvantagem competitiva no mercado

os laboratórios de ensaio e os organismos

internacional.

de equipamentos com certificação emitida

de certificação sigam os procedimentos

Além disso, em função da natureza

pelo Sistema IECEx ensaiado por um

estabelecidos nos sistemas internacionais

“móvel” do local de operação das plataformas

Laboratório reconhecido nos EUA, mas não

de certificação de equipamentos “Ex” e

marítimas de perfuração e de produção, as

mais aceita a instalação de equipamentos

Resumindo, a USCG aceita a instalação


81

O Setor Elétrico / Junho de 2018

que possuam somente certificação ATEX

embarcações, plataformas de produção,

ponto de vista da segurança durante o ciclo

para embarcações estrangeiras que operem

navios petroleiros e FPSOs, os equipamentos

total de vida das instalações “Ex”.

na Bacia Continental dos EUA (Golfo do

para atmosferas explosivas que atendam

México). Sob o ponto de vista da USCG,

aos requisitos das normas da série IEC

regulatória “Ex” e os requisitos de certificação

por diversas razões de ordem normativas,

60079, sejam ensaiados e certificados por

internacional IECEx incluídos no regulamento

técnicas e de segurança, não mais são

organismos de certificação ou laboratórios

publicado

aceitáveis equipamentos “Ex” que sejam

de ensaios independentes, acreditados no

Americana podem ser encontradas em:

certificados somente de acordo com os

sistema IECEx.

requisitos da Diretiva ATEX. Dentre estas

Sobre o atual regulamento “Ex” dos

IECEx: Sistema de avaliação da

razões destacadas pela USCG estão as

EUA, vigente desde 02/04/2018, a USCG

conformidade da IEC em relação às normas

deficiências reconhecidas existentes nas

declara não ser capaz de quantificar todos

sobre atmosferas explosivas

Diretivas ATEX, como a falta de certificação

os

http://www.iecex.com/assets/Uploads/

de terceira parte para todos os equipamentos

requisitos legais que requerem equipamentos

IECEx-Brochure-The-way-to-safety-

“Ex” e a falta de critérios de avaliação,

“Ex” ensaiados de acordo com as normas

compliance-170718.pdf

ensaios e certificação de equipamentos “Ex”

internacionais

com base em normas técnicas harmonizadas

certificados de terceira parte por Organismo

Nações Unidas: Marco Regulatório

da Série 60079.

benefícios

decorrentes

da

série

IEC

dos

novos

60079

Mais informações sobre a convergência

pela

Guarda

Costeira

Norte

e

de Certificação reconhecido pelo IECEx. No

Comum para equipamentos utilizados em

positivos

entanto, sobre esta abordagem, a USCG

atmosferas explosivas

observados que são provenientes destes

afirma a importância da execução de ensaios

http://www.iec.ch/about/brochures/pdf/

novos requisitos da USCG é a mudança

com base em normas IEC e da certificação

conformity_assessment/IEC_A%20

cultural nas partes envolvidas com estas

independente para todos os equipamentos

Common%20Regulatory%20Framework_

instalações

críticos, como é o caso dos equipamentos

UN_Pt.pdf

Um

dos

resultados

(fabricantes,

mais

fornecedores, de

“Ex”, os quais envolvem riscos potencialmente

certificação) com relação à certificação

catastrófico. Este tipo de ensaios e de

Final Rule by the US Coast Guard

de equipamentos “Ex”. A revisão deste

certificação é entendido pela indústria como

on 31/03/2015 - Electrical Equipment in

regulamento

da

uma medida adequada para elevar os níveis

Hazardous Locations - Federal Register

equipamentos

fabricantes,

usuários

enfatiza

e

a

organismos

importância

de segurança e de proteção à vida, ao meio

https://www.federalregister.gov/

elétricos em áreas classificadas, durante

ambiente e à propriedade.

articles/2015/03/31/2015-06946/electrical-

as atividades de perfuração e exploração,

Nesse sentido, o apoio demonstrado

equipment-in-hazardous-locations

em águas territoriais norte-americanas, de

pelas Nações Unidas no sentido de aceitação

plataformas, navios e FPSOs estrangeiros.

das normas técnicas internacionais das séries

US Coast Guard Notification to World

A Guarda Costeira dos EUA reconhece

IEC 60079 e ISO/IEC 80079, bem como dos

Trade Organization (WTO) - Technical

que cada vez mais e mais embarcações e

sistemas de certificação do IECEx, indicados

Barriers to Trade (TBT) - Electrical

unidades móveis offshore para a indústria

no documento “Marco Regulatório Comum

Equipment in Hazardous Locations – Final

do petróleo de bandeiras estrangeiras serão

para Equipamentos Utilizados em Ambientes

Rules - G/TBT/N/USA/837/Addendum 1 -

construídas de acordo com as normas

de

09/04/2015

técnicas internacionais da Série IEC 60079

em 2011, tem motivado diversos países

https://docs.wto.org/dol2fe/Pages/

(atmosferas explosivas), elaboradas pelo

a adotarem ações para o alinhamento e

FE_Search/DDFDocuments/131417/q/G/

TC 31 da IEC. Além disso, são autorizados

harmonização de seus regulamentos “locais”

TBTN13/USA837A1.pdf

pela Guarda Costeira norte-americana para

com as normas técnicas da série IEC 60079

https://www.gpo.gov/fdsys/pkg/FR-2015-

instalação nestas unidades móveis marítimas,

e com os sistemas de certificação sob o

03-31/pdf/2015-06946.pdf

instalação

adequada

de

Atmosferas

Explosivas”

elaborado


82

Dicas de instalação

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Por William Valentim*

Acessórios para cabos Loadbreak

Entre as vantagens do uso desses produtos, estão a facilidade e o custo reduzido com manutenções periódicas ou emergenciais, além de oferecer mais segurança para poluição visual controlada, revitalização de

usuários e profissionais eletricistas.

centros históricos, segurança em redes aéreas de energia em grandes avenidas e

A população é beneficiada com

em condomínios de alto padrão, o mercado

mais acessibilidade e otimização

vem observando o crescimento das redes

de espaços na pavimentação, o que

subterrâneas de energia e, com elas, o

evita acidentes em época de chuvas

aumento do uso de acessórios para cabos Loadbreak submersíveis.

e facilita a poda de árvores feita

Entre as vantagens do uso desses

pelas prefeituras.

produtos, estão a facilidade e o custo reduzido com manutenções periódicas ou emergenciais, além de oferecer mais

viabilizando o trabalho local.

segurança para usuários e profissionais

O mercado brasileiro de redes de

eletricistas. A população é beneficiada

vem sendo viabilizada também devido ao

A demanda pelos acessórios Loadbreak

distribuição

está

com mais acessibilidade e otimização de

seu custo mais acessível devido à adesão

exigindo muitas adaptações necessárias

espaços na pavimentação, o que evita

de boa parte das distribuidoras de energia

para atender à grande demanda de

acidentes em época de chuvas e facilita

e também de grandes construtoras para

consumo de energia do país. Essas

a poda de árvores feita pelas prefeituras.

novas instalações e revitalizações. As

atualizações

de

energia

elétrica

também

A rede enterrada também evita poluição

concessionárias, por exemplo, poderão

sob o ponto de vista tecnológico, tendo

visual, especialmente, com furto de energia,

reduzir o número de manutenção em

em vista as novidades que surgem a todo

os conhecidos “gatos”, e os emaranhados

redes

momento no setor.

de fios tão comuns em grandes centros

investimentos em outras áreas, como em

são

importantes

áreas,

podendo

canalizar

seus

urbanos com rede de distribuição aérea.

religadores de redes aéreas por exemplo.

comentado, especialmente pelas conces­

Nesse

sionárias de energia, diz respeito aos

acessórios para cabos Loadbreak vem

desde

acessórios

Loadbreak

crescendo em alta velocidade, não apenas

regiões mais remotas estão procurando

(operação com carga). Em um passado não

em grandes capitais, mas por várias regiões

se modernizar utilizando equipamentos

muito distante, os acessórios mais comuns

do país. O uso desses acessórios também

e acessórios de baixa e média tensão

utilizados eram para cabos de baixa e

ajuda muito em casos de emergências, em

Loadbreak e o Brasil está seguindo a

média tensão chamados de deadbreak

que uma rede necessita ser desconectada

trilha, com vários projetos realizados e em

(operação sem carga).

em poucos segundos sem a necessidade

andamento.

Ocorre que, com as novas demandas

de um desligamento geral de uma área

*William Valentim é Diretor de Vendas e de Marketing

e exigências, como acessibilidade urbana,

para a realização de uma manutenção,

para a América do Sul do Grupo Chardon.

Um assunto que tem sido bastante

para

cabos

sentido,

a

demanda

por

É possível observar que, atualmente, os

Emirados

Árabes

até

as



84

Ponto de vista

O Setor Elétrico / Junho de 2018

Power-to-gas via hidrogênio

A produção de hidrogênio a partir das

aumentando a complementariedade dos

era produzir o gás a partir da hidroeletricidade

fontes renováveis de energia vai ajudar na

respectivos sistemas. A alternativa é mais

para uso como combustível. Mas até hoje

otimização e na integração dos setores de

eficiente do que as baterias tradicionais de

o País conta, via de regra, apenas com o

gás natural e de energia elétrica no Brasil.

íons de lítio.

hidrogênio produzido a partir de combustíveis

A ideia é produzi-lo a partir da eletricidade

No caso brasileiro, o exemplo mais

fósseis para processos industriais.

gerada por meio de fontes intermitentes ou

significativo de otimização do setor elétrico

As pesquisas em andamento indicam

sazonais e de mais difícil previsibilidade, e

poderia se dar no Nordeste, região em que

que há muito mais espaço para o insumo no

injetá-lo em gasodutos. O power-to-gas é uma

a participação de fontes eólicas na matriz

armazenamento de energia. Hoje, os desafios

tendência global e pode ajudar a melhorar as

local tem aumentado significativamente e,

da mudança climática somam-se à necessidade

condições de ambos os sistemas, o elétrico e

com esse aumento, também é crescente a

que tem o Brasil de melhorar suas condições

o de gás natural, aumentar o aproveitamento

necessidade de realocações de cargas cada

de abastecimento de gás natural e eletricidade.

de ambos e atender de forma mais eficiente

vez maiores, em curtos intervalos de tempo,

O fato é que o país tem espaço para otimizar

às

para compensar as variações nas intensidades

as condições de aproveitamento de sua matriz

com a otimização de recursos disponíveis

de ventos e consequente geração eólica.

elétrica, utilizando recursos disponíveis com

e consequente redução de custos e de

Na Europa, os projetos já começam a sair

maior eficiência: a produção de hidrogênio

impactos ambientais.

no papel. No ano passado, a Hydrogenics

a partir de energéticos circunstancialmente

A produção do hidrogênio é feita a partir

Corp. assinou um contrato com a Wind

excedentes e sua adição aos gasodutos

da eletrólise da água, um processo que resulta

to Gas Südermarsch para instalação de

certamente representa alternativa importante

também em oxigênio. A eletricidade para

uma planta de 2,4 MW em Brunsbüttel, na

nesse sentido.

tanto poderia ser gerada com excedentes

Alemanha. Na França, por sua vez, a Engie

de bagaço de cana ou outras biomassas,

acaba de inaugurar o projeto GRHYD, de

usinas solares, energia eólica produzida

gestão da rede de gás por meio da ingestão

em momentos de menor demanda (como

de hidrogênio em Durquerque.

de madrugada), ou a partir de excedentes

No Brasil, os esforços neste momento estão

ou

hidroeletricidade

direcionados ao entendimento sobre como

de menor custo, como eventuais volumes

a lógica, a eficiência, a economicidade

d’água que teriam que ser vertidos, caso não

e o potencial dos arranjos energéticos

pudessem ser armazenados em reservatórios

com o hidrogênio poderão favorecer o

de usinas hidrelétricas.

desenvolvimento do setor de energia, a

O passo seguinte é adicionar o hidrogênio

melhoria da otimização das fontes da matriz

ao gás natural nos gasodutos de transporte.

energética (tanto em nível regional como

A adição de até 15% de hidrogênio puro no

nacional), as possibilidades de aprimoramento

metano não teria qualquer impacto negativo

conjunto com as redes de gás natural e as

na combustão nos diversos equipamentos

reduções de custos de capital e ambientais.

industriais e domésticos alimentados pelas

redes de gás. Por outro lado, proporcionaria

novidade por aqui: os estudos começaram na

vantagens, como favorecer a integração dos

década de 1980, após a segunda crise do

Por Demóstenes Barbosa da Silva, presidente

setores de energia elétrica de gás natural,

petróleo. Naquele momento, a perspectiva

da Base Energia Sustentável.

necessidades

energéticas

disponibilidades

de

do

país

O interesse pelo hidrogênio não é uma


Agenda

O Setor Elétrico / Junho de 2018

7 a 9 de agosto

Brazil Windpower 2018

Descrição

Informações

O Brazil Windpower é um grande encontro do setor eólico e, em sua 9ª edição, o evento contará com um congresso que deverá reunir executivos e autoridades do setor eólico nacional e internacional, a fim de buscar o desenvolvimento da fonte eólica no Brasil, através de debates sobre os temas mais relevantes da área no momento. Paralelamente ao congresso, o evento apresenta uma feira de negócios, com toda a atmosfera profissional do setor de energia eólica, reunindo mais de 2500 pessoas. Haverá ainda workshops para todo o público, onde serão apresentados cases de sucesso, novas tecnologias, novidades do setor e muito mais.

Local: Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro (RJ) Contato: www.brazilwindpower.com.br

Eventos

8 e 9 de agosto

CINASE etapa Rio Grande do Sul

Descrição

Informações

O Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) consiste em um evento técnico itinerante que, através de congressos e exposições, objetiva discutir as principais técnicas e tecnologias do setor elétrico, com o propósito de levar informações técnicas de qualidade para os profissionais se atualizarem tecnicamente e para empresas mostrarem suas novidades em produtos e tecnologias, explorando e/ou reforçando sua atuação em cada uma das regiões visitadas. As palestras são ministradas por especialistas do segmento. Ao final de cada bloco de palestras é realizado um debate de perguntas e respostas entre os palestrantes e o público, a fim de sanar as dúvidas. Além das palestras, o evento conta com uma área de exposição, possibilitando a apresentação das principais novidades e inovações tecnológicas do mercado elétrico, trazendo as maiores e melhores oportunidades de networking e negócios que envolvem o setor.

Local: Centro de Eventos ParkShopping Canoas – Rio Grande do Sul (RS) Contato: www.cinase.com.br (11) 3872 – 4404 cinase@cinase.com.br

27 e 28 de agosto

Congresso Brasileiro de Eficiência Energética

Descrição

Informações

Realizado anualmente pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee) chega à 15ª edição com a proposta de discutir o desperdício de energia e sua relação com o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente. O evento se apresenta em um formado chamado de business driven, cuja ideia é fornecer um ambiente de negócios através de congresso com palestras técnicas e de mercado, ao mesmo tempo em que ocorre a ExpoEficiência, uma área de exposição de produtos e serviços relacionados à eficiência energética. O evento é direcionado para engenheiros, pesquisadores, técnicos e tecnólogos, além de executivos de empresas do setor elétrico e da indústria em geral.

Local: Holiday Inn Parque Anhembi – São Paulo (SP)) Contato: www.cobee.com.br (11) 3266-3591 cobee@blueoceanevents.com.br

23 a 25 de julho

Conformidade das instalações elétricas de baixa tensão – Parte prática

Descrição

Informações

Ao longo do curso são utilizados oscilografias obtidas durante distúrbios, fundamentos de análise de sistemas elétricos e conceitos de proteção com o objetivo de capacitar técnicos e engenheiros a diagnosticar ocorrências e a recuperar o sistema em menor tempo, agilizando os trabalhos de manutenção. Serão apresentados exemplos práticos através da análise de distúrbios em sistemas de geração, transmissão e distribuição. Durante o curso, serão abordados principais tópicos que envolvem o tema, tais como: importância da oscilografia e a revolução tecnológica; recursos disponíveis nos softwares comerciais; fundamentos de análise de sistemas elétricos; análise de distúrbios em sistemas de geração; estudo de oscilografias produzidas durante distúrbios ocorridos em redes elétricas; entre outros.

Local: Uberlândia (MG) Contato: www.conprove.com.br (34) 3218 – 6800 conprove@conprove.com.br

15 de agosto

Cursos

85

Conceitos avançados para aplicação da tecnologia Led

Descrição

Informações

Este curso oferece atualização técnica para profissionais da área de iluminação que desejam especificar, projetar ou vender sistemas de iluminação utilizando Leds. O objetivo do treinamento é conscientizar os profissionais da área de iluminação sobre os requisitos técnicos de desempenho e segurança que devem ser observados durante a especificação e o projeto que utiliza lâmpadas e luminárias de Led. O curso é indicado para engenheiros, arquitetos, lighting designers, além de equipes de engenharia e de manutenção que desejam se aperfeiçoar na área.

Local: Centro de Treinamentos Exper – Cotia (SP) Contato: www.expersolution.com.br (11) 4704 – 5972 treinamentos@expersolution.com.br

20 a 22 de agosto

Gestão das Instalações Prediais

Descrição

Informações

O curso de Gestão das Instalações Prediais, oferecido pela NTT, objetiva capacitar o profissional ligado à administração predial a conhecer as instalações prediais, capacitando-o a intervir no momento adequado. O curso é destinado aos profissionais envolvidos direta ou indiretamente em todos os aspectos da gestão de complexos prediais, focando principalmente nos administradores prediais. Durante os três dias do curso, terão ênfase alguns temas, como: a importância das instalações prediais em edificações de alto desempenho; acessibilidade nas instalações prediais; gestão das instalações do sistema elétrico; gestão das instalações do sistema de iluminação, entre outros.

Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: www.ntt.com.br (21) 3325 – 9942 cursos@ntt.com.br


86

Índice de anunciantes

O Setor Elétrico / Junho de 2018

71

Ação Engenharia 75 (11) 3883-6050 orcamentos@acaoenge.com.br www.acaoenge.com.br

Embrastec (16) 3103-2021 embrastec@embrastec.com.br www.embrastec.com.br

Alubar 27 (91) 3754-7155 comercial.cabos@alubar.net www.alubar.net.br

Gimi Pogliano 31 (11) 4752-9900 www.gimipogliano.com.br

73

Reymaster (41) 3021-5000 www.sitrain-learning.siemens.com/BR/pt/index.do 57

4e5

Beghim (11) 2942-4500 beghim@beghim.com.br www.beghim.com.br 77

Brazil Wind Power www.brazilwindpower.com.br 39

BRVAL (21) 3812-3100 vendas@brval.com.br www.brval.com.br 43

Rittal (11) 3622-2377 info@rittal.com.br www.rittal.com.br

25

IFG (51) 3431-3855 www.ifg.com.br

Romagnole 13 (44) 3233-8500 comercial@romagnole.com.br www.romagnole.com.br

35

Intelli (16) 3820-1614 ricardo@intelli.com.br www.grupointelli.com.br

Sendi 83 www.sendi.org.br 17

Itaipu Transformadores (16) 3263-9400 comercial@itaiputransformadores.com.br www.itaiputransformadores.com.br

Chardon Group (11) 99351-9765 rafael.costa@chardongroup.com www.chardongroup.com.br

Lukma Electric 69 (17) 2138-5050 vendas@lukbox.com.br www.lukma.com

Cinase 15 e 51 (11) 3872-4404 cinase@cinase.com.br www.cinase.com.br

Maccomevap 33 (21) 2687-0070 comercial@maccomevap.com.br www.maccomevap.com.br

Fascículos

Clamper (31) 3689-9500 comunicacao@clamper.com.br www.clamper.com.br 63

Megabrás 11 (11) 3254-8111 vendas@megabras.com.br www.megabras.com

Cobrecom (11) 2118-3200 cobrecom@cobrecom.com.br www.cobrecom.com.br

Novemp 9 e Fascículos (11) 4093-5300 vendas@novemp.com.br www.novemp.com.br

Conexled 4ª capa (11) 2334-9393 www.conexled.com.br

Omicron 7 www.omicronenergy.com/newARCO400 info.latam@omicronenergy.com

D’Light 3ª capa e Fascículos (11) 2937-4650 vendas@dlight.com.br www.dlight.com.br

Paratec (11) 3641-9063 vendas@paratec.com.br www.paratec.com.br

Elos 8 e 21 (41) 3383-9290 elos@elos.com.br www.elos.com.br

Premio OSE (11) 3872-4404 premio@atitudeeditorial.com.br www.premioose.com.br

76

55

Sel 37 (19) 3518-2110 vendas@selinc.com www.selinc.com.br Sil 29 (11) 3377-3333 vendas@sil.com.br www.sil.com.br Te Connectivity 59 (11) 2103-6095 te.energia@te.com www.te.com/energy 45

THS (11) 5666-5550 vendas@fuses.com.br www.fuses.com.br 61

Trael (65) 3611-6500 comercial@trael.com.br www.trael.com.br Thytronic/Engepoli 19 (11) 4335-5139 | 96309-8393 engepoli@engenhariaengepoli.com.br www.engepolienergia.com Unitron 2ª capa e 49 (11) 3931-4744 vendas@unitron.com.br www.unitron.com.br




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.