Ano 13 - Edição 149 Junho de 2018
Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Em pesquisa exclusiva, fabricantes e distribuidores apontam crise política e desaceleração econômica como entraves, mas esperam crescer, em média, 7% em 2018 A natureza da corrente de curto-circuito trifásica RENOVÁVEIS: Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br | claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305
Suplemento Renováveis 47 Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI alimentando refrigeradores. Na coluna da Abeeólica, uma reflexão: qual é a nossa responsabilidade sobre a energia do futuro? Já a Absolar fala sobre como o Programa Indústria Solar vem fomentando a geração distribuída pelo país.
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Cemig e Governo do Estado investem em novas subestações de energia; Leilão de transmissão: 20 lotes arrematados com 55% de deságio médio; Energisa investe em qualificação de mão de obra; ABB ingressa na Aliança 4.0; Engerey lança catálogo online com chat integrado; Soprano anuncia novo posicionamento de marca; Philips Lighting agora é
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena
Signify. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.
23
Fascículos
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Aula prática – Curto-circuito Elementos para um entendimento mais profundo acerca da natureza real e do comportamento físico da corrente de
Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Arthur Bonelli, Claudio Mardegan, Demóstenes Barbosa da Silva, Elbia Gannoum, Evandro Vaciloto Filho, Filipe Barcelos Resende, Giuseppe Parise, Hélio Sueta, Leonardo Vieira, Luciano Rosito, Márcia Ramos, Marco Bonelli, Marco Galdino, Marta Maria Olivieri, Nunziante Graziano, Paulo Fernandes Costa, Pedro Augustho Block, Rodrigo Kimura, Rodrigo Lopes Sauaia e Ronaldo Koloszuk. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Images Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Painel de notícias
curto-circuito trifásica.
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Pesquisa – Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Para fabricantes e distribuidores desses produtos, a crise política e a desaceleração econômica seguem dificultando a realização de negócios. Não obstante, setor esperar crescer em torno de 5% neste ano.
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Espaço 5419 Artigo analisa risco e aspectos específicos da proteção de postos de combustíveis.
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Espaço SBQEE Impacto de dessintonias em filtros harmônicos passivos.
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Colunistas Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex Dicas de instalação Você já ouviu falar em acessórios para loadbreak?
84
Ponto de vista Produção de hidrogênio a partir das fontes renováveis de energia.
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Editorial
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O Setor Elétrico / Junho de 2018 Capa ed 149.pdf
1
7/4/18
10:54 AM
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Ano 13 - Edição 149 Junho de 2018
O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 149 – Junho de 2018
Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Em pesquisa exclusiva, fabricantes e distribuidores apontam crise política e desaceleração econômica como entraves, mas esperam crescer, em média, 7% em 2018 A natureza da corrente de curto-circuito trifásica RENOVÁVEIS: Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI
Edição 149
O desafio de “estocar vento”
Estocar vento literalmente ainda não é possível, mas,
próximo a nós, os smartphones. É comum ouvirmos que
certamente, a ex-presidente Dilma Rousseff tenha apenas
um telefone celular não dura mais que dois anos e já nos
escolhido mal as palavras para se referir às dificuldades para se
acostumamos com essa “verdade”. Fato é que boa parte dessa
armazenar energia elétrica. A boa notícia trazida por esta edição
vida útil se deve ao desempenho da bateria, que ainda deixa a
é que os avanços tecnológicos poderão resolver esta questão
desejar. Vivemos pendurados na tomada porque o smartphone
muito em breve.
hoje é praticamente um complemento do nosso corpo.
Esquecemos de pegar o casaco no inverno, o guarda-chuva em
Um estudo divulgado anualmente pela Bloomberg, cuja
última versão acaba de ser publicada, prevê que a energia eólica
dias nublados, mas não nos esquecemos do celular. E quando
e a energia solar deverão aumentar para quase 50% da geração
isso acontece, fatalmente, é o fim do mundo!
mundial até 2050 devido à crescente redução dos custos e ao
surgimento de baterias eficientes e mais baratas, que permitirão
desenvolver soluções para aumentar a eficiência das baterias e a
As empresas de ponta estão cada vez mais empenhadas em
que a eletricidade seja armazenada (em larga escala) e utilizada
evolução dos veículos elétricos contribuirá muito para isso. Prova
para atender à demanda em momentos de pico. Muito dessa
disso é a GE, que anunciou a plataforma de armazenamento
evolução deve-se ao crescimento do mercado de veículos
de energia chamada de GE Reservoir. Trata-se de um sistema
elétricos e híbridos. Segundo o mesmo estudo, os preços da
de gestão de baterias e de contêineres que são instalados no
bateria de lítio-íon já caíram cerca de 80% por megawatt-hora
cliente, como uma planta industrial, por exemplo. A plataforma
desde 2010 e continuarão diminuindo conforme a produção
permite o armazenamento de eletricidade e a sua utilização
de veículos elétricos aumente. A título de conhecimento, cito
pode ser feita quando e onde for mais conveniente. Hoje, esses
aqui outra pesquisa, feita pelo Conselho Internacional sobre
sistemas estão alocados em contêineres, mas será que dá para
Transporte Limpo, que estima que até 2025 as vendas globais de
compará-los com os primeiros computadores, que ocupavam
veículos elétricos alcancem 13 milhões de unidades por ano, o
uma sala inteira há algumas décadas? Como serão as baterias do
que significa um crescimento à taxa anual média de 35%. Não é
futuro?
à toa que gigantes da inovação, como Apple e Tesla, estão neste
Boa leitura!
mercado. Sobre isso, o estudo da Bloomberg avalia que carros e ônibus elétricos estarão usando 3.461 Twh de eletricidade no
Abraços,
mundo até 2050, equivalendo a 9% da demanda total.
O armazenamento de energia ainda é um desafio para a
engenharia em todos os setores, incluindo aí um item muito
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Junho de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
Melancólica prorrogação Enquanto aguardávamos uma final com boas expectativas, pelo menos, para o próximo campeonato, parte da torcida resolve “parar de rodar” e tudo vai à bancarrota. Ficou evidente a falta de planejamento das diretorias atuais e das anteriores nos cuidados com a infraestrutura de transportes e dependência do modal rodoviário em relação ao multimodal, modelo de países desenvolvidos. A dependência do transporte aéreo também é ridícula e a galera, para assistir a um jogo de 90 minutos em cidades distantes 400 km a 600 km, precisa gastar 12 horas com custos altíssimos por não possuirmos transporte ferroviário adequado e decente. Se havia uma ponta de esperança de que os reservas chamados para substituir os jogadores expulsos pudessem ao menos ganhar por vantagem mínima de 1%, talvez 2%, a torcida já duvida; não há gás para tal. Como diria o saudoso locutor, “o tempo passa...”. O jogo está entregue ao adversário e sem resistência, até parece que o time está comprado! Pior, os árbitros lá no planalto não conseguem apitar nem com a ajuda dos colegas de vídeo, dão a sensação de que cada um torce para um time e ainda tratam de cancelar os cartões vermelhos e perdoar as ultrajantes faltas cometidas por jogadores inescrupulosos, colocando-os de volta no jogo sem suspensão.
Não bastasse esta situação interna, times adversários de além-mar
não conseguem se entender prejudicando ainda mais nosso desempenho, desvalorizando o nosso poder de compra e nossos investimentos; estamos fracos e desacreditados. Teremos que aguardar os aspirantes disputar a eleição para assumir o comando. Enquanto isso, a torcida verde e amarela paga o salário do time e da comissão técnica, talvez por puro amor e paixão nacional.
Enquanto o novo time não entra em campo, a galera procura novas
opções para o novo campeonato. A carência técnica está evidente e o treinamento é sempre o caminho certeiro, mesmo no nosso contexto do “mundo elétrico”. O CINASE na etapa Porto Alegre vem com toda a capacidade para trazer novidades, cases e informações consistentes de profissionais experientes, além do Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas, que reconhecerá os melhores projetos do Rio Grande do Sul.
Quem sabe o jogo possa virar ou mesmo que possamos ganhar nos
pênaltis! Fato é que a galera não aguenta mais!
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
MME e Aneel reconhecem importância das cooperativas Entidades apoiaram o lançamento de uma cartilha para a constituição de cooperativas de geração compartilhada de energia
O Ministério de Minas e Energia (MME),
a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Instituto Ideal apoiaram a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) no lançamento de uma cartilha para a constituição de cooperativas de geração compartilhada
de
energia.
O
material,
disponível em formato impresso e digital, explica o que é uma cooperativa de geração distribuída, como montar sua estrutura e formalizá-la, os cuidados na preparação dos estudos de viabilidade e diferentes modelos de negócio, entre outros temas. Para o diretor do Departamento de Desenvolvimento
Energético
do
MME, Deutscher
no sistema energético brasileiro, além de ter
Raiffeisenverband
como uma de suas vertentes a disseminação
(DGVR). O Guia foi desenvolvido no âmbito
de modelos de negócio com alto potencial de
Carlos Alexandre Pires, a cartilha chega em
Zusammenarbeit
(GIZ)
e
um momento em que o Brasil intensifica as
Genossenschafts-
ações de combate às mudanças climáticas no contexto dos compromissos assumidos
do projeto “Sistemas de Energia do Futuro”,
escalabilidade.
no Acordo de Paris.
que faz parte da cooperação Brasil-Alemanha
O material conta ainda com o apoio de
und
da
Para o desenvolvimento do material foi
e é implementado conjuntamente pelo MME
divulgação da Associação Brasileira de
utilizada uma parceria com a Cooperação Alemã
e GIZ. O projeto tem como objetivo aprimorar
Geração Distribuída (ABGD) e da Associação
para o Desenvolvimento Sustentável, por meio
as condições para a integração sistemática
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
da Deutsche Gesellschaft für Internationale
de energias renováveis e eficiência energética
(Absolar).
Eletronuclear, Eletrobras e grupo EDF fomentam energia nuclear Companhias assinam memorando de entendimento para estudar oportunidades na área nuclear
A Eletrobras Eletronuclear e a Eletrobras
De acordo com o texto, as três empresas
treinamento. Para tanto, estão previstos
de
estudarão oportunidades de a EDF colaborar
workshops,
entendimento (MOU, na sigla em inglês) com
na retomada e conclusão de Angra 3 e no
especialistas e a criação de grupos de
o grupo EDF para promover cooperação
desenvolvimento de novas usinas nucleares
trabalho.
na área nuclear. O documento foi assinado
no Brasil.
As atividades a serem realizadas no
pelos presidentes da Eletronuclear, Leonam
Além disso, a EDF poderá contribuir
âmbito do acordo serão feitas por meio de
dos Santos Guimarães, e da Eletrobras,
com
contratos específicos, que serão definidos
Wilson Ferreira Junior, além do presidente
do
na
posteriormente. A validade do memorando é
da companhia energética francesa, Jean-
identificação do risco de obsolescência
de três anos, podendo ser estendida para até
Bernard Lévy.
de
cinco anos.
holding
firmaram
um
memorando
sua
expertise
envelhecimento equipamentos,
de em
na
prevenção
materiais, manutenção
e
seminários,
visitas
de
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
Cemig e Governo do Estado investem cerca de R$ 400 milhões em novas subestações Montante foi investido entre 2015 e 2018 em 19 subestações em Minas Gerais
As subestações tornam o fornecimento de energia elétrica mais estável.
Entre 2015 e 2018, a Cemig e o
Governo de Minas Gerais investiram R$
396
milhões
na
cada nova subestação reduz até dez vezes o risco de queda de energia.
implantação
“Essas obras tornam o sistema
de 19 subestações de energia em
elétrico muito mais estável e seguro.
Minas Gerais. Entre as obras de
Isso é percebido por toda a população,
maior destaque estão as subestações
que recebe a energia com qualidade e
BH Centro 2 e BH Calafate, ambas
de forma contínua, sem interrupções”,
localizadas em Belo Horizonte, e Nova
esclarece.
Lima 7, no Vale do Sereno, que, juntas,
O
superintendente
esclarece,
receberam mais de R$ 220 milhões
ainda, que as instalações contam com
em
essas
equipamentos que transformam o nível
instalações aumentaram em 35% a
de tensão com alta confiabilidade,
capacidade do sistema elétrico da
possibilitando a distribuição da energia
região, especialmente no hipercentro
pelos centros urbanos e zonas rurais.
da capital.
“Para se tornar adequada ao consumo,
investimentos.
Juntas,
Além de aumentar a disponibilidade
a energia passa por transformadores
de cargas, as subestações tornam
menores, instalados nos postes das
mais
de
ruas. Eles, então, reduzem a tensão
energia elétrica. De acordo com o
para que a eletricidade possa ser
superintendente de Gestão de Ativos da
entregue
Distribuição da Cemig, Danilo Gusmão,
estabelecimentos comerciais”, explica.
estável
o
fornecimento
nas
casas,
indústrias
e
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
Leilão de transmissão: 20 lotes arrematados com 55% de deságio médio Segundo o MME, consumidores terão economia de R$ 14,1 bilhões nos próximos 30 anos
O 1º leilão de transmissão de 2018,
Paulo, foi o que teve o maior deságio:
O leilão conferiu às empresas
realizado no dia 28 de junho, em São
73,93%.
vencedoras
Paulo (SP), trouxe resultados positivos
serão construídos vão gerar cerca de
km de linhas de transmissão e de
para o desenvolvimento do setor elétrico
R$ 6 bilhões em investimento e 13,6
12.223 mega-volt-amperes (MVA) de
nacional. Os 20 lotes oferecidos foram
mil empregos diretos – a maioria deles
potência de subestações, divididos
arrematados,
com
deságio
recorde
Os
empreendimentos
que
o
arremate
de
2562
nas regiões Norte e Nordeste.
em
de 55%. Na prática, quanto maior o
Ceará,
Goiás,
deságio, menor o dinheiro pago pelo
importante para o setor. Nossa gestão
Gerais,
Pará,
consumidor para garantir a expansão do
tem possibilitado que os investimentos
de Janeiro, Rio Grande do Norte,
sistema de transmissão. Isso significa
voltem a fluir. Estamos renovando e
Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
que, durante o período de concessão
melhorando serviços que vão trazer um
São Paulo, Sergipe e Tocantins. O
às empresas vencedoras, que é de 30
aumento substantivo na qualidade de
prazo para operação comercial dos
anos, o consumidor terá uma economia
vida e nenhum setor da economia pode
empreendimentos varia de 36 a 60
de cerca R$ 14,1 bilhões.
prosperar sem energia farta e segura”,
meses, para concessões por 30 anos,
afirmou o ministro de Minas e Energia,
contados a partir da celebração dos
Moreira Franco.
contratos.
O lote 10, que prevê atendimento
elétrico à região de Lorena, em São
“O resultado do leilão foi um passo
16
estados:
Alagoas,
Bahia,
Maranhão,
Minas
Paraíba,
Piauí,
Rio
O Setor Elétrico / Junho de 2018
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Nova norma sobre atmosferas explosivas A ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-2:2018 descreve métodos de ensaio de poeiras combustíveis. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou, em 17 de maio, a ABNT NBR ISO/IEC 80079-202:2018 - Atmosferas explosivas - Parte 20-2: Características dos materiais - Métodos de ensaio de poeiras combustíveis, resultado de trabalho de Comissão de Estudo do Subcomitê de Atmosferas Explosivas (SC-31) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003).
Esta parte da série de normas ABNT NBR ISO/IEC 80079
descreve os métodos de ensaios e os procedimentos de consenso internacional para a identificação e características de poeiras combustíveis na forma de nuvem e de camadas, de forma a permitir a classificação de áreas onde tais materiais possam estar presentes. Esses procedimentos visam à adequada seleção e instalação de equipamentos elétricos e mecânicos “Ex” para utilização na presença de poeiras combustíveis.
O coordenador do Subcomitê SC-31, Roberval Bulgarelli,
da Petrobras, destaca entre as características das poeiras que são determinadas pelos procedimentos internacionais especificados nesta norma: Temperatura mínima de ignição (MIT) de uma nuvem de poeira; Temperatura mínima de ignição (MIT) de uma camada de poeira; Energia mínima de ignição (MIE) de misturas poeira combustível com o ar; e Resistividade das poeiras combustíveis.
Como exemplo dos elevados riscos e consequências de
explosão de poeiras combustíveis, Bulgarelli cita o caso da grave explosão da refinaria de açúcar de cana ocorrido em 2008 na empresa Imperial Sugar, nos Estados Unidos. “A existência de camadas de poeira combustível, representadas pelo açúcar, em conjunto com outros fatores, levou à ocorrência de grandes explosões, as quais causaram a morte de 14 pessoas e ferimentos em cerca de outros 40 trabalhadores”, ele afirma,
Esta nova norma brasileira é uma adoção idêntica, em conteúdo
técnico, estrutura e redação, à ISO/IEC 80079-20-2:2016, Ed. 1.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive Atmospheres (IEC/TC 31). Esta nova norma cancela e substitui a ABNT NBR IEC 61241-2-3:2011 - Aparelhagem elétrica para utilização em presença de poeira combustível Parte 2: Métodos de ensaio - Seção 3: Método para determinação da energia mínima de ignição de misturas de poeira com o ar.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Interruptores e tomadas www.simon-brasil.com.br
A Simon apresenta para o mercado sua nova linha de tomadas e interruptores
com alta performance de rendimento. Ideais para projetos de decoração, os produtos contam com acabamentos diferenciados e práticos com o intuito de contribuir para a versatilidade e sofisticação dos ambientes.
A linha Simon 35 está alinhada ao design europeu e tendências de mercado,
que permite projetar em seu ambiente até seis opções de cores nas placas: gamas de brilho, fosco e amadeirados, duas cores de módulos e duas cores de suportes. A linha possui placas e módulos de cor branca fabricados em policarbonato, matéria-prima nobre que suporta impactos e conta com tecnologia exclusiva que garante a integridade da cor mesmo depois de muitos anos, ou seja, não amarela. Segundo a empresa, a instalação também é fácil, todos os mecanismos são instalados sob pressão, permanecendo firmemente conectados por um simples clique.
Painéis para atmosferas explosivas www.tramontina.com.br
A divisão Ex da Tramontina conta com os painéis CEEx, utilizados em ambientes com a presença
de atmosferas explosivas, com foco no mercado industrial, especialmente, refinarias, plataformas, silos e indústrias alimentícia e farmacêutica.
Preparados para atender a todos os tipos de instalações em atmosferas explosivas, os painéis
CEEx da Tramontina são projetados para montagem com equipamentos e componentes internos, de acordo com as necessidades de usuários e projetistas. Os equipamentos têm proteção combinada à prova de explosão com segurança aumentada (Ex d e) e poeiras combustíveis (Ex tb), para zonas 1, 2, 21 e 22 e grupos IIC e IIIC.
Podem ser fornecidos com bornes, acionamentos de comando e sinalização, amperímetros,
voltímetros, disjuntores, relés, repetidores digitais e analógicos, drivers digitais e analógicos, monitor de velocidade, conversores de sinais, monitores de movimento, entre outros.
Os equipamentos são fabricados em aço inox, aço carbono, poliéster e liga de alumínio.
Quadros para proteção para energia solar www.rstequipamentos.com.br
A RST Quadros Elétricos lançou sua linha de quadros “String Box” para proteção e
controle das instalações de energia solar. Atende às normas brasileiras e internacionais. Segundo a fabricante, os equipamentos são de fácil instalação e protegem contra descargas atmosférica nos inversores e demais equipamentos ligados às instalações. Também protege contra curto-circuito nas placas solares e possibilita o seccionamento seguro e rápido da energia solar.
A caixa é produzida de material em policarbonato resistente e isolante de alta
durabilidade, possui grau de proteção IP 66, podendo ser instalada ao tempo. O quadro pode ser personalizado com o nome do revendedor, conta com total identificação de entrada e saída dos cabos, bem como uma etiqueta com dados técnicos de toda à instalação.
Os quadros são produzidos de policarbonato e possuem grau de proteção IP 66.
CONGRESSO & EXPOSIÇÃO 08 E 09 DE AGOSTO AGOST AGOS TO TO CENTRO DE EVENTOS PARKSHOPPING CANOAS
Está chegando a 31ª edição do CINASE em Canoas (RS) - Região Sul. Programe-se e não fique de fora!
1º Dia
2º Dia Eng. Nunziante Graziano
Eng. Claudio Mardegan
Conceitos modernos de especificações de painéis de média tensão e a revisão da NBR-IEC - 62271-200.
Operação, manutenção e ensaios em subestações.
Os impactos da nova NBR IEC 61439-1: Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão.
Eng. José Starosta
Claudio Rancoleta
Qualidade de energia Compensação reativa e eficiência energética na indústria.
Transformadores
Eng. Paulo Barreto
Panorama normalização baixa tensão: NBR 5410 - a revisão e o panorama da NBR 5410
Arq. Juliana Iwashita Iluminação - Certificação em produtos de iluminação. Lâmpadas LED e luminárias publicas
Eng. Jobson Modena NBR 5419:2015 e Proteção em áreas abertas novidades em tendências na PDA (proteção de descargas atmosféricas)
Eng. João Barrico Segurança no trabalho, as NR´s
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Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
Energisa investe R$ 2 milhões em qualificação de mão de obra Empresa doou equipamentos para projeto Escola de Energia, do Senai, que beneficiará 440 estudantes O Grupo Energisa fechou uma parceria
promissor, fundamental e estratégico para
as unidades que receberão as aulas de
com o Serviço Nacional de Aprendizagem
assegurar o desenvolvimento econômico
qualificação. O objetivo é contribuir para
Industrial
um
do país. Por isso, é essencial termos
potencializar a formação dos alunos e
investimento de R$ 2 milhões no projeto
profissionais cada vez mais qualificados e
adaptar a realidade prática dos cursos às
Escola de Energia, que busca qualificar
preparados para o mercado. Esse projeto
atuais demandas tecnológicas do setor
técnicos
prepará-
mostra o compromisso da Energisa com o
elétrico.
los para o mercado de trabalho no setor
a busca de excelência, que parte de dentro
de energia. Com duração de um ano, o
do Grupo para fora agora", diz.
realizado um alinhamento disciplinar do
programa beneficiará diretamente 440
A iniciativa prevê dois momentos: a
conteúdo das aulas. A ideia é compartilhar
estudantes das unidades do Senai nos
Energisa será responsável pela ampliação
o knowhow técnico da Energisa e avançar
municípios de João Pessoa (PB), Campina
dos laboratórios do Senai e fará um
a
Grande (PB), Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e
alinhamento disciplinar dentro dos cursos.
cursos. Para isso, a empresa organizou
Palmas (TO).
Na primeira etapa, já em andamento desde
reuniões com os professores do Senai que
o fim de 2017, foi realizado um diagnóstico
estarão responsáveis por passar adiante
e Comunicação da Energisa, Daniele
para
o
Salomão, o projeto é muito importante
Desde então, a empresa iniciou a doação
disso, a companhia vai contribuir com os
para o mercado como um todo. "O setor
de novos equipamentos e tecnologias,
materiais didáticos que serão usados no
de energia elétrica no Brasil é muito
como aparelhos de realidade virtual, para
período.
(Senai)
e
para
eletricistas
realizar
para
Para a diretora de Gestão de Pessoas
a
adequação
dos
laboratórios.
Depois, em uma segunda fase, será
curva
do
aprendizado
conhecimento
compartilhado.
Engerey lança catálogo online com chat integrado Além de consultar os produtos do portfólio da empresa, os clientes poderão tirar dúvidas por meio do chat online
A Engerey Painéis Elétricos acaba de lançar para o mercado um catálogo
de produtos que permite a fácil localização de produtos, onde é possível obter especificações técnicas, fotos e preços. A página pode ser acessada no endereço:https://catalogo.engerey.com.br/.
No catálogo constam inicialmente os produtos: QTCO (Quadro de Tomadas
para Canteiros de Obras), EPTs (Painéis de Tomadas) e BCEs (Bancos de Capacitores). “Ao desenvolver este catálogo digital, o objetivo foi aprimorar nosso atendimento, levando ao cliente fotos, preços e informações detalhadas sobre os produtos que produzimos em formato padrão. Assim, visualiza-se melhor a solução, tornando prática e rápida a escolha”, afirma Fábio Amaral, diretor da Engerey Painéis Elétricos.
A intenção da empresa é alimentar o catálogo online regularmente,
incorporando novos painéis elétricos destinados a diferentes segmentos.
O site conta ainda com um chat: um canal direto de contato com os
clientes que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h15 e das 13h30 às 18h. O atendimento é realizado em tempo real por engenheiros eletricistas aptos a sanar dúvidas, receber demandas e realizar cotações.
dentro
dos
Além
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
ABB ingressa na Aliança 4.0 Acordo firmado durante o Fórum Econômico Mundial objetiva fomentar a digitalização da indústria nacional A
ABB
é
a
nova
signatária
da
Aliança Brasil 4.0, um pacto público entre empresas do setor industrial e de tecnologia para o desenvolvimento e a democratização da digitalização no país. Por meio da colaboração entre os associados, o objetivo é inserir a indústria brasileira na cadeia de valor global com as novas tecnologias para manufatura avançada.
A Aliança 4.0 é liderada pela ICC Brasil
(Organização Mundial das Empresas) e a união das companhias sinaliza a aposta na retomada do crescimento econômico a partir da cooperação para uma agenda positiva para o setor industrial.
Com a criação de um hub digital, a ABB
poderá compartilhar sua expertise de mais de 210 soluções digitais - ABB Ability™ - que possibilitam às indústrias dar um salto tecnológico para a Quarta Revolução Industrial. O intuito é que a digitalização entregue
produtividade,
redução
de
custos operacionais e segurança para trabalhadores e processos.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
ABB conclui aquisição da GE Industrial Solutions A transação foi anunciada em 25 de setembro de 2017 e deverá aumentar o EPS operacional no primeiro ano
A ABB anuncia que concluiu a aquisição
posição da companhia como líder mundial
parte da transação, a ABB estabeleceu um
da GE Industrial Solutions (GEIS), negócio
em eletrificação e acelera nosso crescimento
relacionamento de fornecimento estratégico
global de soluções de eletrificação. A
e competitividade nos principais mercados,
de longo prazo com a GE para fornecer à
transação, de US$ 2,6 bilhões, oferece
particularmente na América do Norte. Como
empresa produtos e soluções de todo o
substancial potencial de criação de valor
um dos negócios originais de Thomas Edison,
portfólio da ABB. O direito a longo prazo de
dentro da ABB, incluindo oportunidades
a GEIS é o berço da eletrificação – um legado
usar a marca GE está incluso na aquisição.
de crescimento a serem aproveitadas da
que preservaremos e desenvolveremos, agora
"Os portfólios de produtos da GE
união da oferta digital da companhia, o ABB
que a GEIS faz parte da ABB", completou o
Industrial Solutions e da ABB são altamente
Ability™, com a extensa base instalada da
executivo.
complementares.
GEIS. A ABB espera obter aproximadamente
A GEIS será integrada à divisão de
oferta combinada e abrangente, além de
US$ 200 milhões de sinergias de custos
Produtos para Eletrificação da ABB, liderada
uma presença global expandida, força
anuais no quinto ano, o que será fundamental
por Tarak Mehta, presidente da divisão, como
de vendas e rede de distribuição," disse
para trazer a GEIS para o desempenho dos
uma nova unidade de negócios denominada
Tarak
pares.
Mehta.
Juntos,
"Estamos
teremos
uma
comprometidos
Electrification Products Industrial Solutions
com a manutenção da base instalada da
dar
(EPIS). Stephanie Mains, que anteriormente
GEIS e agora poderemos oferecer uma
as boas-vindas à GE Industrial Solutions
foi a presidente e CEO de negócios da GE
oferta tecnologicamente mais avançada e
para a ABB", disse o CEO da ABB, Ulrich
Industrial Solutions, liderará a nova unidade de
digitalmente conectada aos nossos clientes
Spiesshofer.
negócios como diretora administrativa. Como
em todo o mundo”, conclui.
"Estamos
muito
"A
satisfeitos
combinação
em
reforça
a
Gestão ecoeficiente reduz consumo de energia em fábrica da Basf Projeto de eficiência energética permitiu redução da emissão de 963 toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente a 18 voltas de caminhão ao redor da Terra Um programa iniciado no Complexo
englobando
à
2016, principalmente pelo menor consumo
Industrial de Tintas e Vernizes da Basf, em São
otimização e ao reaproveitamento de matérias-
dez
iniciativas
ligadas
de matérias-primas por tonelada de tinta
Bernardo do Campo (SP), evitou a emissão
primas, melhorias na cadeia logística para
produzida. Para o consumidor, isso significa
de 963 toneladas de CO2 na atmosfera, o
reduzir o número de viagens de caminhão,
que ele está comprando uma tinta com menor
equivalente a 18 voltas com um caminhão
eficiência energética e utilização consciente
impacto ambiental”, afirma.
ao redor da Terra, e contribuiu para reduzir
de recursos hídricos. Os dados permitiram
Na
o consumo de energia elétrica em 15%
que os gestores possam tomar melhores
interno de água, energia e emissões tem
entre 2010 e 2016. A iniciativa, chamada
decisões considerando tanto os impactos
acompanhado
Demarchi+Ecoeficiente, visa medir e otimizar
ambientais como econômicos.
ao longo dos anos, resultado de maior
os processos de produção de tinta com foco
Para Ricardo Gazmenga, diretor de
monitoramento e decisões mais rápidas para
na melhoria contínua e na implementação de
operações de tintas da Basf para a América
solução de problemas. Como resultado,
uma gestão cada vez mais ecoeficiente.
do Sul, esses indicadores mostraram a
houve
fábrica,
uma
o
uma
melhor
consumo significativa
específico melhora
performance
com
O estudo, desenvolvido pela consultoria
evolução da ecoeficiência da unidade desde a
redução de aproximadamente 12% do custo
para sustentabilidade Fundação Espaço
implementação do programa: “A performance
específico em 2016, se comparado ao ano
ECO , analisou toda a cadeia de valor
de ecoeficiência da fábrica foi melhor em
anterior.
®
19
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Cummins anuncia aquisição da EDI, desenvolvedora de motores elétrico e híbrido Empresa adquirida está baseada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e produz soluções de energias híbridas e elétricas
A Cummins Inc. acaba de anunciar a
elétrico para quatro versões de powertrains
aquisição da Efficient Drivetrains Inc. (EDI),
híbridos, a EDI ampliará os conhecimentos
baseada no Vale do Silício, na Califórnia
e produtos de eletrificação da Cummins. O
(EUA), que projeta e produz soluções de
sistema híbrido da EDI é o mais versátil do
energias híbridas e totalmente elétricas para
mercado atualmente.
o mercado. A aquisição deve ser concluída
no terceiro trimestre deste ano.
da EDI, Joerg Ferchau, “clientes e frotas
“À
necessidades
de veículos, ao avaliar novas tecnologias
e tecnologias de energia evoluem, a
elétricas e híbridas, têm preferência em
Cummins
em
trabalhar com empresas bem estabelecidas
oferecer as soluções de energia certas, no
que tenham profundidade e recursos para
momento certo, com foco no sucesso dos
fornecer o suporte necessário para aumentar
nossos clientes. Essa aquisição combinará
a produção em massa. Juntos, podemos
o talento e o conhecimento em eletrificação
liderar a categoria de eletrificação e fornecer
da EDI com a experiência da Cummins em
novas opções interessantes que o mercado
desenvolver e fabricar as tecnologias que
adotará”.
movem e energizam o mundo”, disse Tom
Com sede no Vale do Silício, na
Linebarger, chairman e CEO da Cummins
Califórnia, o portfólio de sistemas de
Inc.
transmissão elétrica híbrida da EDI, a série
A Cummins começou a desenvolver
EDI PowerDrive ™, viajou mais de 9 milhões
suas capacidades de eletrificação há mais
de quilômetros em uma frota nos Estados
de uma década. Durante os últimos nove
Unidos e na China. Os produtos e a base de
meses, acelerou o investimento nesse
clientes diversificada da EDI fornecerão um
negócio
esforços
trampolim para a Cummins nos mercados
estratégicos para construir capacidades em
eletrificados, permitindo à empresa uma
toda a gama de armazenamento elétrico.
capacidade mais imediata de aumentar sua
Após a adição de um motor único
participação no mercado.
medida
que
continua
quando
as
comprometida
empreendeu
De acordo com o presidente e CEO
Painel de empresas
20
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Soprano faz novo posicionamento de marca Empresa conquistou selo Great Place to Work e aborda a temática da confiança para marcar seu novo posicionamento
A Soprano acaba de conquistar o selo
Great Place to Work, reconhecimento concedido
às
organizações
que
possuem alto índice de satisfação de seus colaboradores. Junto a isso, lançou em maio o seu novo posicionamento de marca, com reformulação da identidade visual e foco na temática da confiança para reforçar os laços com todos os seus públicos. O Great Place to Work (GPTW) é uma certificação concedida pela consultoria de mesmo nome a empresas de todo o mundo com o objetivo de reconhecer
padrões
de
excelência
na gestão de pessoas. Para realizar a avaliação, é aplicada uma pesquisa de clima organizacional para medir a
Peça faz parte da campanha que marca o novo posicionamento da Soprano baseado no sentimento de confiança
satisfação geral dos colaboradores da empresa. É levada em consideração a
opinião
dos
funcionários
sobre
Confiança também é o foco do novo
que,
nos
últimos
tempos,
passou
temas como carreira, desenvolvimento
posicionamento de marca da empresa.
por grandes transformações e isso
pessoal e qualidade de vida, abordando
Com o slogan “A vida é melhor para
resultou em uma revisão do nosso
questões como confiança entre líder
quem confia”, a Soprano recriou sua
posicionamento. Sabemos o quanto a
e
liderado
identidade visual e lançou uma campanha
vida das pessoas depende dos nossos
a
capacidade
e
com o objetivo de reforçar os vínculos
produtos. As pessoas confiaram na
transparência
e
entre de da
colaboradores, comunicação
os
de segurança e parceria junto aos seus
gente e sabemos que a expectativa
líderes são acessíveis, se as pessoas
públicos através de suas sete unidades
fundamental é que não pode dar
são
independentemente
de negócios, sendo elas: Fechaduras e
problema. Problema com os nossos
de sexo, cor de pele, religião e opção
Ferragens, Materiais Elétricos, Utilidades
produtos significa porta aberta, luz
sexual, se as promoções são concedidas
Térmicas, Componentes para Móveis,
que não acende, café que esfriou…
por merecimento, etc.
Smart, México e Centro América.
A Soprano sabe se colocar no lugar
“A Soprano obteve nota superior
O novo posicionamento de marca
das pessoas e sabe que o nosso
a 80% na avaliação, ou seja, a cada
da Soprano reflete o feedback de
produto existe para que elas possam
dez pessoas, oito estão plenamente
seus públicos, desde consumidores
simplesmente
satisfeitas em trabalhar na Soprano. A
finais,
varejistas,
nossa marca se faz presente na vida
relação de confiança é o principal índice
revendedores, vendedores, chaveiros,
das pessoas, ela precisa ser sinônimo
de avaliação do prêmio”, explica André
eletricistas, engenheiros, arquitetos e
de
Bersano, diretor de relacionamento da
até mesmo não-clientes. “A Soprano
coordenador de Marketing Corporativo
consultoria.
é uma empresa com mais de 60 anos
Fabrício Justo.
respeitadas
liderança,
se
distribuidores,
confiar.
tranquilidade”,
Quando
contextualiza
a
o
21
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Philips Lighting agora é Signify Mudança no nome transmite a nova estratégia da empresa: de fornecer iluminação aliada a Internet das Coisas
A Philips Lighting lançou, em meados
2019. “Guiamo-nos pelo princípio de que a
de maio, seu novo nome, na sequência
luz é essencial,” acrescentou Eric Rondolat.
da alteração dos estatutos da empresa
“Ao conectar a luz a redes, software e cloud
que alteram o nome da empresa de Philips
computing, abrimos a porta para um mundo
Lighting N.V. para Signify N.V. “A escolha do
mais inteligente, onde a luz entrega valor para
novo nome da nossa empresa tem origem
além da iluminação”, afirmou.
no modo como a luz tem se tornado uma
Fundada
linguagem inteligente, que conecta e transmite
Philips,na Holanda, a Signify tem lançado
significado,” afirmou Eric Rondolat, CEO
inovações que servem tanto para o mercado
da Signify. “O nosso novo nome expressa
profissional quanto o mercado de consumo
de forma clara a nossa visão estratégica
ao longo de 127 anos. Em 2016, separou-se
e o objetivo que temos de desbloquear o
da Philips, tornando-se uma empresa à parte,
potencial extraordinário da luz para melhorar
com presença no Amsterdam’s Euronext
a vida das pessoas”, completa.
Stock Exchange. Foi incluída no AEX Index
em março de 2018.
A Signify vai continuar a utilizar a marca
inicialmente
com
o
nome
Philips para os seus produtos, sob o acordo
de licenciamento já existente com a Royal
32.000 colaboradores em todo o mundo, em
Operando em mais de 70 países, com
Philips. A empresa espera que a mudança
2017 a Signify gerou vendas no valor 7.000
de nome esteja implementada em todos os
milhões de euros e investiu 354 milhões de
países em que tem atividade até o início de
euros em Investigação e Desenvolvimento.
Painel de mercado
22
O Setor Elétrico / Junho de 2018
AES Eletropaulo prestou serviço abaixo da qualidade para 78% dos consumidores Pesquisa feita pelo Idec considerou falhas no fornecimento de energia entre 2009 e 2017
Em 2017, quase 16 milhões de pessoas
no Estado de São Paulo sofreram com interrupções no fornecimento de eletricidade feito pela AES Eletropaulo além do limite esperado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A constatação se deu por pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que revelou queda na qualidade do serviço de distribuição da concessionária desde 2009. Os dados apurados foram retirados do site da Aneel e se referem a toda a área coberta pela empresa no Estado de São Paulo. A análise considerou o
da AES Eletropaulo aceitaram a proposta
recomendando que cobre com eficiência da
número de unidades consumidoras onde
da italiana Enel para compra do controle
nova empresa os investimentos estruturais
as interrupções ultrapassaram os valores
da companhia. Aproveitando o momento
necessários na rede de distribuição e que
limites - estabelecidos pela própria Aneel -, a
de troca de controle, o Idec enviou
assegure melhorias na qualidade do serviço
quantidade de vezes (frequência) e a soma de
os
prestado.
tempo (duração). Assim, em 2002, cerca de 2,5 milhões unidades consumidoras tiveram o limite de interrupção
ultrapassado,
representando
49% do total. Em 2015 chegou a 6,5 milhões (97,3%) e, em 2017, a 5,4 milhões (78%). “Essas falhas foram se tornando mais longas e frequentes”, afirma Clauber Leite, pesquisador em energia do Idec. Cada
vez
que
os
limites
foram
ultrapassados, a AES Eletropaulo teve de compensar o consumidor com crédito na conta de luz, conforme determina a lei. Os dados mostram que, em 2017, a empresa pagou cerca de R$ 55
milhões em
penalidades. Porém, a punição não está sendo suficiente para diminuir as interrupções. Isso porque, embora pareçam altos, os valores correspondem a menos de 0,5% da receita líquida da concessionária. “A Aneel disponibiliza todos os dados sobre a qualidade do serviço. Porém, o formato dificulta a análise, impedindo o controle social”, pondera Clauber.
No último dia 4 de junho, os acionistas
resultados
da
pesquisa
à
Aneel
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
24
Nunziante Graziano Capítulo VI – Requisitos de projeto e construção – raios X, corrosão, arco interno, requisitos dos invólucros, compartimentos de alta tensão, partes removíveis e provisões para ensaios dielétricos em cabos • Requisitos de corrosão • Requisitos para invólucros • Divisões ou obturadores sendo parte do invólucro • Provisões para ensaios dielétricos em cabos
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
32
Luciano Haas Rosito Capítulo VI – Condições particulares • Curvas e elevações • Cruzamentos em níveis • Pistas convergentes • Intercâmbios • Túneis e passagens
Proteção contra arco elétrico
36
Cláudio Mardegan e Giuseppe Parise Capítulo VI – Equipamentos de proteção • Equipamentos de proteção individual • Testes das vestimentas • Equipamentos de proteção coletiva • Painéis de campo à prova de explosão • Temporização do botão de comando “liga”
Fascículos
Apoio
Apoio
Fascículo
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
24
Por Nunziante Graziano*
Capítulo VI Requisitos de projeto e construção – raios X, corrosão, arco interno, requisitos dos invólucros, compartimentos de alta tensão, partes removíveis e provisões para ensaios dielétricos em cabos Prezado leitor, este fascículo pretende
suportável nominal, duração de curto-
os requisitos de projeto e construção
apresentar em detalhes o conjunto de
circuito nominal, valores nominais dos
obrigatórios para os conjuntos, com
normas brasileiras para construção de
componentes que fazem parte do conjunto
destaque para estanqueidade ao gás e ao
conjuntos de manobra e controle em alta
de manobra e controle em invólucro
vácuo, sistemas de pressão controlada
tensão, acima de 1 kV até 52 kV inclusive.
metálico, incluindo seus dispositivos de
para gás, sistemas de pressão autônomo
No
fascículo
operação e seus equipamentos auxiliares
para gás, sistemas de pressão selados,
apresentamos ao leitor os objetivos deste
e nível de preenchimento nominal dos
sistemas de pressão controlados para
trabalho, que contemplou a apresentação
compartimentos preenchidos com fluído.
líquido, sistemas autônomos de pressão a
do panorama atual da ABNT NBR
No terceiro capítulo, abordamos as
líquidos, flamabilidade e compatibilidade
IEC 62271-200 vigente no Brasil, suas
principais características de operação
subdivisões,
capítulo
inicial
deste
de
normal, partes removíveis, aterramento
interesse, suas interpretações e definições.
do conjunto e do invólucro, fechamentos,
requisitos de projeto e de construção
Neste segundo capítulo, continuaremos
conceitos
obrigatórios
para
a análise da ABNT NBR IEC 62271-
conjuntos, janelas de inspeção e plaquetas
notadamente,
emissões
de
200,
corrosão,
arco
suas
principais
regras
gerais,
pontos
eletromagnética.
de
compartimentação
dos
Neste
capítulo,
abordaremos os
os
conjuntos, raios
X,
definições,
de identificação. No quarto capítulo,
aspectos
características nominais obrigatórias dos
falou-se sobre os requisitos de projeto
devido a falhas internas, requisitos dos
conjuntos, além dos requisitos de projeto
e
invólucros,
e construção.
conjuntos,
No segundo capítulo, abordamos
de
construção
obrigatórios
notadamente,
intertravamento,
para
os
dispositivos
indicadores
de
de
compartimentos
interno de
alta
tensão, partes removíveis e provisões para ensaios dielétricos em cabos.
as principais características nominais
posição, grau de proteção dos invólucros,
de um conjunto de manobra e controle
proteção de pessoas contra acesso a partes
em invólucro metálico de alta tensão,
perigosas e proteção do equipamento
desde tensão nominal e número de fases,
contra penetração de objetos sólidos
Quando submetidos a altas tensões
nível de isolamento nominal, frequência
estranhos, proteção contra penetração
de ensaio com os contatos abertos,
nominal, corrente nominal de regime
de
equipamento
disjuntores em vácuo podem emitir
contínuo, corrente suportável nominal de
contra impacto mecânico e distâncias de
raios-X. A fim de assegurar que estas
curta duração para circuitos principais e
escoamento.
emissões
de aterramento, valor de crista da corrente
água,
No
proteção
quinto
do
capítulo
abordamos
Emissões de raios X
permaneçam
em
níveis
aceitáveis, todos os interruptores a vácuo
Apoio
devem atender aos requisitos descritos a
devem permanecer fáceis de desmontar,
externas do conjunto de manobra e
seguir:
portanto, também os parafusos devem
controle podem ser de material isolante,
ser corretamente escolhidos para evitar
desde que partes de alta tensão sejam
1 – 5 µSv por hora a 1 m de distância sob
que a corrosão impeça a desmontagem
completamente envolvidas por divisões
a máxima tensão de operação Ur referida
do mesmo. Em particular, a
corrosão
metálicas ou obturadores previstos para
nas tabelas 1A e 1B da IEC-62.271-1;
galvânica de materiais em contato deve ser
serem aterrados. São exceções as janelas
considerada, pois, por exemplo, pode haver
de inspeção já definidas em capítulos
2 – 150 µSv por hora a 1 m de distância sob
ganho ou perda de espessura, aumento
anteriores.
tensão nominal de ensaio sob frequência
de resistência de contato, entre outros
Quando o conjunto de manobra
industrial Ud mostrado nas tabelas 1A e
problemas. Cabe ressaltar que estresse
e controle em invólucro metálico for
1B da IEC-62.271-1.
de materiais por corrosão é intimamente
instalado, o invólucro deve prover pelo
dependente da forma e do processo de
menos o grau de proteção IP2X, de
instalação, além das condições locais da
acordo com a ABNT NBR 10478, tabela
Requisitos de corrosão Cuidados devem ser tomados contra
instalação. Condições atmosféricas são
6. Ele deve também assegurar proteção de
processos de corrosão em equipamentos,
importantes, mas a instalação também
acordo com as seguintes condições:
durante seu ciclo de vida útil esperado.
precisa considerar variação da temperatura
Corrosão não deve afetar a funcionalidade
e radiação solar, fluxo de ar, umidade
- As partes metálicas dos invólucros
do equipamento sob condições definidas
relativa do ar mínimas, média e máximas
devem ser projetadas para conduzir
de serviço. Quando falamos de corrosão,
ao longo do ano.
30A(c.c.) com uma queda de tensão de no
não falamos apenas de chaparia do invólucro, mas de todas as partes metálicas
máximo 3V ao ponto de terra previsto;
Requisitos para invólucros
- A superfície do piso, mesmo não metálica, pode ser considerada como
passiveis de processos corrosivos. Assim sendo, todas as partes aparafusadas do circuito principal e do seu invólucro
os
parte do invólucro. As medidas a serem
invólucros devem ser metálicos. Partes
executadas para obter o grau de proteção
Segundo
a
IEC
62271-200,
25
Apoio
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
26
para superfície do piso devem ser fornecidas no manual de instalação;
a) Fechamentos e portas que
ser
consideradas
como
partes
correspondentes obturadores fechados;
- As paredes de uma sala não devem do
• Compartimentos acessíveis
dão acesso a compartimentos
baseados em procedimento
invólucro;
acessíveis por meio de ferramentas.
devem ser equipados com
- As partes do invólucro que limitam
Estes fechamentos e portas não
provisões de intertravamentos,
compartimentos não acessíveis devem ser
necessitam ser abertos para os
por exemplo, cadeado. Cabe
providas com uma clara indicação para
propósitos normais de operação ou
ressaltar que procedimentos
não serem desmontadas;
de manutenção (fechamentos fixos).
apropriados devem ser postos no
-
As
superfícies
horizontais
dos
Não deve ser possível serem abertos,
local pelo usuário para garantir
invólucros, por exemplo, placas do
desmontados ou removidos sem
que um compartimento acessível
teto, normalmente não são projetadas
o uso de ferramentas. Entretanto,
baseado em procedimento possa
para suportar pessoas ou equipamentos
cabe ressaltar que a abertura deve
ser aberto somente quando
adicionais não fornecidos como parte
ser permitida somente quando
a parte do circuito principal
do conjunto. Se o fabricante declarar que
tiverem sido tomadas providências
contida no compartimento
é necessário ficar em pé ou caminhar
para garantir a segurança elétrica.
que está sendo acessado esteja
sobre o conjunto de manobra e controle
Além disso, deve ser dada atenção
desligada e aterrada ou na
durante a operação ou manutenção,
ao requisito (se houver) para
posição desconectada com os
o projeto deve ser de tal modo que as
realizar operação dos dispositivos
correspondentes obturadores
áreas pertinentes suportarão o peso do
de manobra sem tensão/corrente no
fechados. Os procedimentos
operador sem excessiva deformação e o
circuito principal com fechamentos
podem ser estabelecidos pela
equipamento permanece apropriado para
e portas abertas como parte dos
legislação do país da instalação ou
seu propósito. Em tal caso, aquelas áreas
procedimentos de manutenção;
pelos documentos de segurança
sobre o equipamento onde não é seguro
do usuário.
ficar em pé ou caminhar, por exemplo,
b) Fechamentos e portas que dão
diafragmas de alívio de pressão, devem
acesso a compartimentos acessíveis
ser claramente identificadas.
controlados por intertravamentos
Divisões ou obturadores sendo parte do invólucro
ou baseados em procedimento. Estes Fechamentos e portas que são partes
fechamentos e portas devem ser
Quando divisões ou obturadores se
do invólucro, por sua vez, devem ser
fornecidos se houver necessidade
tornarem parte do invólucro com a parte
metálicos.
de acesso ao compartimento para
removível em quaisquer das posições
e portas que podem ser de material
operação normal e/ou manutenção
definidas a seguir, eles devem ser
isolante, desde que partes de alta tensão
normal como declarado pelo
metálicos, aterrados e prover o grau de
sejam envolvidas por divisões metálicas
fabricante. Estes fechamentos
proteção especificado para o invólucro.
ou obturadores previstos para serem
e portas não devem requerer
aterrados.
ferramentas para abri-los ou
• Posição de aterramento;
removê-los e devem ter as seguintes
• Posição de ensaio (de uma parte
características:
extraível);
Exceção
aos
fechamentos
Quando os fechamentos e portas
Fascículo
que eles dão acesso:
que são partes do invólucro estiverem fechados, eles devem prover o grau de
• Compartimentos
• Posição desconectada (de uma parte
acessíveis controlados por
extraível);
Os fechamentos e portas não devem
intertravamento devem ser
• Posição removida (de uma parte
ser realizados de tela de arame, metal
providos de dispositivos de
removível).
expandido ou similar. Quando aberturas
intertravamento de forma que
de ventilação, saídas de exaustão ou
somente seja possível abrir
É importante ressaltar que uma
janelas de inspeção são incorporadas aos
o compartimento quando a
divisão ou um obturador se torna parte do
fechamentos ou portas, referências são
parte do circuito principal
invólucro se for acessível em quaisquer das
realizadas a seguir.
contida no compartimento que
posições definidas acima e se nenhuma
proteção especificado para o invólucro.
Diversas categorias de fechamentos
está sendo realizado o acesso,
porta puder ser fechada nas posições
ou portas são reconhecidos com relação
esteja desligada e aterrada, ou
definidas acima. Se for provida uma
aos tipos de compartimentos acessíveis
na posição desconectada com
porta que possa ser fechada nas posições
Apoio
27
Apoio
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
28
definidas acima, a divisão ou obturador atrás da porta não é considerado uma parte do invólucro.
levar em consideração a influência das
Os compartimentos podem ser de
condições climáticas.
vários tipos, por exemplo:
Janelas de inspeção, por sua vez, devem
O projeto de um compartimento
prover pelo menos o grau de proteção
- Preenchimento com líquido;
preenchido com fluido deve estar baseado
especificado para o invólucro. Elas devem
- Preenchimento a gás;
na natureza do fluido, na temperatura de
ser cobertas por uma folha transparente
- Isolação sólida.
projeto e, quando aplicável, no nível do
de
resistência
mecânica
comparável
projeto como definido na especificação
àquela do invólucro. Devem ser tomadas
As
aberturas
necessárias
para
do produto e em conformidade com
compartimentos
a norma. A temperatura de projeto
precauções para prevenir a formação
interconexão
de cargas eletrostáticas perigosas, seja
devem ser fechadas com buchas de
do
pela distância de isolamento ou pela
passagem ou outros meios equivalentes.
fluido, geralmente, é o limite superior
blindagem eletrostática (por exemplo,
Compartimentos de barramentos podem
de temperatura ambiente aumentado
uma malha de arame adequadamente
se estender por várias unidades funcionais
pela elevação de temperatura do fluido
aterrada no lado interno da janela).
sem a necessidade de buchas de passagem
devido à passagem de corrente nominal.
O isolamento entre as partes vivas do
ou outros meios equivalentes. Porém, no
Para instalações externas, devem ser
circuito principal e a superfície acessível
caso de categoria LSC2 de continuidade
levadas em consideração outras possíveis
das janelas de inspeção deve resistir às
de
providos
influências, tais como radiação solar.
tensões de ensaio especificadas em 4.2 da
compartimentos separados para cada
A pressão de projeto do invólucro não
ABNT NBR 10478 para ensaios de tensão
conjunto de barramentos, por exemplo,
deve ser menor que o limite superior da
para terra e entre polos.
em sistemas de barramentos duplo e para
pressão alcançada dentro do invólucro à
desconectáveis.
temperatura de projeto. Deve ser levada
As aberturas de ventilação e saídas de gás devem ser dispostas ou protegidas de
serviço,
entre
devem
ser
preenchido
com
em conta a possibilidade da ocorrência
maneira que o mesmo grau de proteção
com fluido (gás ou líquido) devem ser
de um arco interno devido a uma
daquele especificado para o invólucro seja
capazes de suportar as pressões normais
falha interna. Para os compartimentos
obtido. Tais aberturas podem fazer uso de
e transitórias para as quais eles são
preenchidos
malha de arame ou semelhante, contanto
submetidos em serviço. Devem ainda,
considerar:
que
sejam
de
resistência
Compartimentos
compartimento
preenchidos
com
fluido,
devem-se
mecânica
quando permanentemente pressurizados
satisfatória. Devem ainda ser dispostas de
em serviço, ser submetidos às condições
• A diferença total de pressão possível
tal maneira que gás ou vapor que escapa
particulares de serviço que os diferenciam
através das paredes de compartimento
sob pressão não coloque o operador em
dos reservatórios de ar comprimido e
ou divisões, incluindo qualquer processo
perigo.
vasos de armazenamento semelhantes.
de
esvaziamento
Estas condições são as seguintes:
as
operações
Compartimentos Um
Fascículo
compartimento de cabos/TC, etc.
de
se
usado,
durante
preenchimento
ou
manutenção;
compartimento
• A pressão resultante no caso de
ser
gás são normalmente preenchidos com
um
projetado pelo componente principal que
um gás não-corrosivo, completamente
compartimentos no caso de compar
ele contém, por exemplo, compartimento
seco, estável e inerte; desde que medidas
timentos adjacentes terem pressões de
de
de
para manter o gás nesta condição com
serviço diferentes.
barramentos, compartimento de cabos,
somente pequenas flutuações de pressão
etc. Onde as terminações de cabo são
sejam fundamentais para a operação
O fabricante deve declarar o sistema
contidas em um compartimento com
do conjunto de manobra e controle e
de pressão usado e a taxa de vazamento
outros
(por
desde que os compartimentos não sejam
permissível
para
exemplo, disjuntor, barramentos, etc.),
submetidos à corrosão interna, não há
preenchido
com
a designação deve ser prioritariamente
necessidade de se fazer considerações
como parâmetros de estanqueidade. Se,
aquela do outro componente principal.
para estes fatores na determinação do
solicitado pelo usuário, para permitir
Cabe especial atenção ao fato de que os
projeto dos compartimentos;
acesso a um compartimento preenchido
compartimentos podem ser igualmente
• A pressão de projeto é inferior ou
com fluido de sistemas de pressão
identificados de acordo com os vários
igual a 300 kPa (pressão relativa). Para
fechados ou controlados, convém também
componentes contidos, por exemplo,
instalações externas, o fabricante deve
que seja declarado pelo fabricante o
disjuntor,
deve
• Os compartimentos preenchidos a
compartimento
componentes
principais
vazamento
acidental
os
entre
os
compartimentos
fluido,
conhecido
Apoio
vazamento permissível por divisões.
de pressão não devem operar abaixo
de obturadores automáticos, manobrados
Para compartimentos preenchidos
de 1,3 vezes a pressão de projeto. O
em
com gás em que o nível funcional mínimo
dispositivo de alívio de pressão pode ser,
para garantir a proteção de pessoas em
exceda 100 kPa (pressão relativa), uma
por exemplo, uma área frágil projetada
quaisquer das posições definidas como
indicação deve ser fornecida quando
do compartimento ou um dispositivo
posição de aterramento, de ensaio (de
a pressão a 20 ºC cair abaixo do nível
apropriado,
uma parte extraível), desconectada (de
funcional mínimo, conforme definição já
ruptura.
apresentada nos capítulos anteriores. Uma
divisão,
separando
por
exemplo,
disco
de
As divisões e os obturadores devem
operações
de
serviço
normais,
uma parte extraível) e removida (de uma parte removível).
um
prover, pelo menos, um grau de proteção
compartimento preenchido a gás isolante
IP2X de acordo com a ABNT NBR IEC
garantir
de um compartimento vizinho preenchido
60529. Essas divisões devem prover
obturadores,
com líquido, tal como uma caixa de cabo
proteção mecânica contra a pressão de
acionamento
ou um transformador de potencial, não
gás normal presente no compartimento
movimento dos obturadores é dirigido
deve apresentar qualquer vazamento que
adjacente. Os condutores que atravessam
obrigatoriamente pelo movimento da
afete as propriedades dielétricas dos dois
as divisões devem ser providos com
parte removível ou extraível. O estado
meios.
buchas de passagem ou outros meios
do obturador não pode, em todas as
equivalentes para prover o nível de IP
situações, ser confirmado prontamente
requerido.
de um compartimento aberto, (por
Onde os projetos ou dispositivos de alívio de pressão são fornecidos, eles
Devem ser providos meios para a
operação por
confiável
exemplo,
mecânico,
dos
por
um
onde
o
devem ser colocados de forma a minimizar
As aberturas no invólucro metálico
exemplo, compartimento de cabo aberto,
o perigo para um operador durante o
do conjunto de manobra e controle em
mas com obturadores montados em
período em que ele está executando
invólucro metálico e nas divisões de
compartimento do disjuntor). Em tais
seus deveres operacionais normais se os
compartimentos pelas quais os contatos de
situações, a verificação do estado dos
gases ou os vapores estiverem escapando
partes removíveis ou extraíveis engatam
obturadores pode requerer acesso ao
sob pressão. Os dispositivos de alívio
com os contatos fixos devem ser providas
segundo compartimento, provisão de
29
Apoio
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
30
uma janela de inspeção ou dispositivo de
tensão de ensaio à frequência industrial
indicação confiável.
especificada;
Se, para propósitos de manutenção
• O isolamento entre as partes vivas do
ou de ensaio, houver um requisito em
circuito principal e a superfície interna de
Quando não for prático desconectar o
que um ou mais jogos de contatos fixos
divisões isolantes e obturadores faceando
cabo do conjunto de manobra e controle
devem ser acessíveis pelos obturadores
estas partes devem suportar, pelo menos,
em invólucro metálico, aquelas partes
abertos, os obturadores devem ser
150% da tensão nominal do equipamento;
que permanecem conectadas ao cabo
providos de meios de trava, cada jogo
• Se uma corrente de fuga puder alcançar
devem ser capazes de suportar as tensões
independente,
fechada.
o lado acessível das divisões isolantes e
de ensaio no cabo, conforme declarado
Quando, para propósitos de manutenção
obturadores por um caminho contínuo
pelo fabricante e baseado nas normas de
ou de ensaio, o fechamento automático
sobre as superfícies isolantes ou por um
cabos pertinentes. Isto é, quando um lado
de obturadores é desabilitado para
caminho
por
da distância de isolamento for energizado
retê-los na posição aberta, não deve
pequenos espaços de gás ou de líquido,
à tensão do sistema à terra e os ensaios
ser possível retornar o dispositivo de
não deve ser superior a 0,5 mA nas
estiverem sendo realizados no cabo
manobra à posição de serviço até que a
condições de ensaio especificadas.
conectado do outro lado da distância de
na
posição
interrompido
somente
operação automática dos obturadores
isolamento.
seja restabelecida. Este restabelecimento
As partes removíveis para garantir
pode ser alcançado pela ação de retornar
a distância de secionamento entre os
praticamente
o dispositivo de manobra à posição de
condutores de alta tensão só são previstas
segurança permanece em alguns casos
serviço.
para propósitos de manutenção. O
entre a tensão de ensaio à frequência
Para a classe PM, as divisões e os
requisito que deve ser possível conhecer
industrial nominal para a distância
obturadores entre os compartimentos
a posição de operação do secionador ou
de isolamento e o esforço da tensão
abertos e as partes vivas do circuito
da chave de aterramento é alcançado
resultante pela distância de isolamento
principal devem ser metálicos, caso
se uma das seguintes condições for
devido à aplicação da tensão de ensaio
contrário, a classe é PI.
cumprida:
no cabo se o outro lado da distância de
As divisões e obturadores metálicos
Deve-se dar atenção ao fato de que nenhuma
margem
de
secionamento do conjunto de manobra e
ou as partes metálicas deles devem ser
• Distância de secionamento visível;
conectadas ao ponto de aterramento
• Posição da parte extraível, em relação
da unidade funcional e ser projetadas
à
para conduzir 30 A (c.c.) com uma
posições
queda de tensão inferior a 3 V ao
e
ponto de aterramento fornecido. A
identificadas;
quais são realizados os ensaios, resultados
descontinuidade nas divisões metálicas
• Posição da parte extraível indicada por
esperados e suas características mais
e obturadores fechados não deve exceder
um dispositivo de indicação confiável.
importantes.
parte ao
fixa,
claramente
correspondentes isolamento
pleno
visível
controle em invólucro metálico ainda está
de proteção IP2X.
No próximo capítulo deste fascículo
conexão
iniciaremos a abordagem dos ensaios de
claramente
tipo, elencando as principais razões pelas
à
Até lá! Qualquer parte removível deve ser fixada à parte fixa de maneira que seus
As
divisões
energizado.
e
12,5 mm para estar de acordo com o grau
Fascículo
Provisões para ensaios dielétricos em cabos
não
contatos não abram inadvertidamente
metálicos, fabricados ou parcialmente
e
obturadores
devido às forças que possam ocorrer em
fabricados de material isolante, devem
serviço, em particular àquelas devido ao
atender aos seguintes requisitos:
curto-circuito. Em conjuntos de manobra e controle de classe IAC, a transferência
• O isolamento entre as partes vivas do
de partes extraíveis para ou da posição de
circuito principal e a superfície acessível
serviço deve ser realizada sem redução
de divisões isolantes e obturadores
do nível especificado de proteção no caso
deve suportar as tensões de ensaio
de um arco interno. Isto é alcançado, por
especificadas em 4.2.1 da ABNT NBR
exemplo, quando a operação somente
10478 para ensaios de tensão para terra e
é possível quando as portas e as tampas
entre polos;
destinadas a garantir proteção de pessoal
• O material isolante deve suportar a
estão fechadas.
*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos.
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Apoio
31
Apoio
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
32
Por Luciano Haas Rosito*
Capítulo VI Condições particulares
Neste artigo serão abordados os
para cada classificação de vias. No caso
ser observada a questão dos índices de
critérios estabelecidos na ABNT NBR
de cruzamento de vias com diferentes
ofuscamento.
5101 referente às condições particulares
classificações, os níveis além de serem
descritas no capítulo 6 da norma ABNT
somados, a uniformidade que prevalece é
- Cruzamento em dois níveis: quando uma
NBR 5101:2012. O capítulo inicia com uma
aquela da via com maior complexidade. Na
via passa por baixo de outra via de duas
explicação referente às seções anteriores já
prática, pouco se observa em projetos de
ou quatro pistas adjacentes. A iluminação
comentadas, deixando claro que os dados
iluminação que consideram esta condição
recomendada é a normal da via obtendo os
apresentados se destinam às áreas de vias
particular de cruzamento e, da mesma
índices indicados nas tabelas. As luminárias
retas e em nível e às áreas com curvas de
forma, em campo, não são feitas medições
da via inferior devem ser projetadas de
desníveis menores, ressaltando que, em
e verificações dos níveis e uniformidades
forma que a estrutura não interfira na
diversas situações que apresentaremos
nesta
no
iluminação, sem a necessidade de instalação
a seguir, existem condições e situações
atendimento à norma, infelizmente, acaba
de luminárias abaixo da pista superior.
específicas em que podem haver problemas
ficando restrita a trechos típicos das vias.
Dependendo da largura, poderá haver
condição.
A
preocupação
de visão e de manobra dos veículos que
necessidade de instalação de luminárias
são mais complexas que as vias retas e sem
- Curvas e elevações: quando de grande
abaixo da pista superior para obtenção dos
desníveis.
raio e suaves ficam iluminadas de forma
índices.
As situações descritas são:
satisfatória, mesmo sendo tratadas como
Fascículo
vias retas. Haverá uma variação que pode - Cruzamentos em nível, podendo ter
ser considerada constante e compensada
o trânsito livre ou semáforos, sinais de
com a fotometria adequada da luminária
parada ou outros meios. A ABNT NBR
utilizada. No caso de ângulos agudos e
5101 ressalta ainda que, neste tipo de
subidas acentuadas, a norma considera
cruzamento, ainda pode haver a circulação
que deve ser feito projeto com menor
de pedestres, tornando mais complexos
espaçamento de luminárias a fim de se
a ocupação e o conflito entre pedestres e
obter maiores níveis e maior uniformidade.
veículos. Dessa forma, a norma estabelece
A recomendação é que as luminárias sejam
que a iluminância dessas áreas seja, no
colocadas nos lados externos das curvas,
mínimo, a soma das iluminâncias das
observando critérios de segurança a fim de
duas vias que formam o cruzamento. Tais
minimizar os riscos de choque dos veículos
iluminâncias são obtidas nas tabelas que
no caso de saídas de pista e outros acidentes.
foram temas dos capítulos anteriores e
Em função da diminuição das distâncias e,
estabelecem a necessidade de iluminação
principalmente, no caso de elevações, deve
Figura 1 - Cruzamento em nível.
Apoio
descrito nas tabelas da norma. - Pistas divergentes de tráfego (saída da pista principal): a norma alerta para este tipo de situação particular onde pode haver algum tipo de confusão por parte do motorista durante a decisão de saída, na prática, podendo haver mudanças abruptas de direção e retomada em direção da pista principal. Dessa forma, a iluminação deve ser pensada de forma a proporcionar mais altos níveis sobre os meios fios, balizas, defensas, etc., e, principalmente, nessa área de desaceleração para saída para a pista lateral. Deve também ser considerada a Figura 2 - Maiores e mais complexos cruzamentos de nível.
Figura 3 - Cruzamento em dois níveis.
- Pistas convergentes de tráfego (entrada
motorista que circula pela via principal
na pista principal): para entrada em uma
deve enxergar os veículos que entram nesta
pista, com necessidade de visibilidade
pista de forma a compreender a velocidade
do
via
e o deslocamento lateral para poder
principal, apresenta esta particularidade
motorista
para
entrada
na
avaliar a necessidade de frear ou manter a
da iluminação direta sobre os veículos
velocidade. As iluminâncias devem seguir
que circulam nas pistas adjacentes. O
a necessidade de acordo com o tipo de via
curva necessária para esta saída.
Figura 4 - Pistas convergentes de tráfego.
33
Apoio
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
34
Figura 5 - Pistas divergentes de tráfego.
- Intercâmbios: nestas situações é recomendada a iluminação total do intercâmbio com a maior uniformidade possível a fim de não haver descontinuidade da iluminação.
Figura 6 - Intercâmbio de tráfego.
Figura 8 - Cruzamento em nível com ferrovias.
Fascículo
Figura 7 - Intercâmbio de tráfego.
e suas posições, quanto à iluminância,
definidas. Situações de curvas, aclives e declives
em lux, sobre a área do leito da ferrovia,
devem ser melhor detalhadas e definidas, tais
recomenda que a dimensão longitudinal
como posicionamento dos postes de forma
da via iluminada, antes do cruzamento,
interna a fim de evitar abalroamento, com o
em metros, seja numericamente igual à
cuidado de não mudar o posicionamento para
velocidade máxima, em km/h, permitida aos
não confundir o motorista. Outro ponto seria
veículos nas proximidades do cruzamento.
evitar o posicionamento bilateral em curvas
Esta é uma regra básica para iluminação no
acentuadas.
- Cruzamento de nível com estrada de ferro:
trecho anterior ao cruzamento e auxilia na
estas situações devem ser iluminadas de modo
prevenção de acidentes.
a permitirem identificação da existência de um cruzamento, presença ou não de
- Túneis e passagens abaixo do nível: a
trem no cruzamento e reconhecimento de
iluminação de túneis e passagens abaixo do
objetos ou veículos não iluminados, que
nível é uma situação especial coberta pela
estejam próximos ou não do cruzamento
ABNT NBR 5181.
com a ferrovia. A iluminação vertical deve ser observada para a identificação de placas
de sinalização do cruzamento, bem como
ano de 2018, deverão ser consideradas outras
não interferir na sinalização que possua
condições particulares de acesso a pistas,
fonte de luz em seu interior. O princípio
cruzamentos, trevos complexo e rotatórias que,
geral a ser seguido na escolha das luminárias
atualmente, não estão cobertas ou não estão bem
Na revisão da ABNT NBR 5101 durante o
Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
35
Apoio
Por Cláudio S. Mardegan e Giuseppe Parise*
Proteção contra arco elétrico
36
Capítulo VI Equipamentos de proteção
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
➢ Algodão com 12% de nylon (ITEX ou Wsek) Nota: Mesmo utilizando as metodologias de cálculo das normas NFPA 70E ou
A norma NR 10, item 10.2.9 (Medidas de Controle), declara
IEEE Std 1584 não se consegue 100% de proteção, apenas 95%.
que, na impossibilidade do uso de proteção coletiva, na extra baixa tensão ou desenergização das instalações, deve ser empregado o
Using the methods in NFPA 70E or IEEE Std-1584 does not
uso de proteção individual através de vestimentas adequadas que
insure that a worker will not be injured by burns from an arc-flash.
atendam aos critérios:
Following the NFPA 70E and IEEE 1584 procedures and wearing the proper protective equipment will greatly reduce the possibility of
➢ Condutibilidade;
burns. Using the incident energy equations developed from the arc
➢ Inflamabilidade;
flash tests, it is expected that the personal protective equipment (PPE)
➢ Influências Externas.
classification per the tables in NFPA 70E will be adequate for 95% of the classifications based on test results.
As seguintes vestimentas são mais usuais:
Teste das vestimentas
Fascículo
➢ Calça / Camisa ➢ Cueca de algodão (nunca usar de nylon)
Para garantir as calorias especificadas nas vestimentas, as
➢ Macacão
mesmas são testadas conforme a norma IEC 61482-1-1 de 2009
➢ Jaleco
“Protective clothing against the thermal hazards of an electric arc –
➢ Balaclave
Part 1-1: Test methods – Method 1: Determination of the arc rating
➢ Mangote
(ATPV or Ebt50) of flame resistant materials for clothing (method
➢ Luva
A)”. O material a ser testado deve ser lavado de acordo com a ISO
➢ Capuz
6330, método 2 A e seco conforme procedimento E (tumble drying).
➢ Bota
Após isto, as amostras são cortadas e colocadas no painel de teste.
➢ Bota de borracha
Normalmente, o programa de testes inclui um número mínimo de 20 amostras. Os seguintes dados são registrados para cada amostra:
As tecnologias mais usuais são: ✓ Condições de exposição ao arco: número de arcos, corrente de ➢ Pirovatec (algodão tratado)
arco RMS, corrente de arco de pico, tensão do arco, duração do arco,
➢ Protera® Fibra de aramida (nome da Dupont)
energia dissipada no arco, plotagem da corrente e tensão de arco;
Apoio
✓ Resposta da elevação de temperatura dos dois sensores de cada amostra com a plotagem da resposta média, plotagem da
Com base nos resultados das amostras plota-se um gráfico como o mostrado na Figura 2.
distribuição de energia incidente; ✓ Fotografia do material exposto nos painéis; ✓ Vídeo Os tecidos são testados para que sua perfomance seja garantida. Aplica-se a fonte de calor de um lado e verifica-se a densidade de calor (cal/cm2) do outro lado. São realizados os testes em várias amostras. Veja Figura 1.
Figura 2 – Probabilidade de queima (%) versus energia incidente.
As vestimentas são testadas para verificar se estão atendendo à especificação (Figura 3).
Figura 1 – Ensaio com a quantidade de calor aplicado de um lado do tecido e o sensor colocado no outro lado.
Figura 3 – Vestimenta testada com energia de 9.4 cal/cm2 indicando que alguma energia passa para o lado interno da vestimenta.
37
Apoio
Proteção contra arco elétrico
38
As vestimentas de algodão tratado, normalmente, têm um
arco, pois é onde há a dissipação de energia. No mercado, existe
limite de número de lavagens e restrições de produtos para lavar
um equipamento que consiste de uma chave de aterramento
essas vestimentas. Geralmente, o número máximo de lavagens é
ultrarrápida, cujo nome comercial é UFES® (Ultra-Fast Earthing
100, em empresa especializada.
Switch). Na prática, o que esta chave faz é aplicar um curto-circuito
A utilização de fibra garante um maior número de lavagens, além de um peso menor porque a fibra já fabricada para ser FR.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Entre os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), os mais utilizados são: ✓ Detectores de tensão;
trifásico franco jumpeando um arco à terra. Com isto, elimina-se a resistência de arco e a corrente de falta não cai, fazendo com que os tempos de eliminação não se elevem. A Figura 4 mostra o princípio de funcionamento.
Painéis de campo à prova de explosão com disjuntores WFR Para melhorar a proteção dos trabalhadores em painéis de
✓ Conjunto de aterramento;
campo, uma solução que pode ser usada é utilizar painéis à prova
✓ Tapetes isolantes;
de explosão, com proteção de entrada utilizada com um dos
✓ Luvas de borracha;
dispositivos mostrados a seguir:
✓ Varas de manobra; ✓ Bloqueio (Lockout);
✓ Disjuntor de baixa tensão com WFR (Wave Form Recognition);
✓ Impedimento (Tagout).
✓ Fusível ultrarrápido;
Relés monitores de arco fotossensíveis associados a uma chave de aterramento ultrarrápida
✓ Fusível limitador. As Figuras 5 e 6 ilustram o exposto.
Como mencionado neste artigo, um dos principais fatores que faz a energia incidente ter um valor elevado é a resistência do
Fascículo
Figura 5 – Painel à prova de explosão.
Figura 4 – UFES da ABB. Chave curto-circuitadora acoplada a relé monitor de arco (REA).
Figura 6 – Solução com painel à prova de explosão, disjuntor WFR ou fusível limitador ou ultrarrápido.
Apoio
O problema do arco à montante pode ser minimizado com a solução indicada na Figura 7.
✓ Intertravamentos; ✓ Procedimentos de desenergização e energização da NR 10; ✓ Lockout; ✓ Tagout. (b) Técnicas preditivas: ✓ Inspeção termográfica; ✓ Inspeção ultrassônica; ✓ Inspeção de descargas parciais.
Figura 7 – Utilização de capa isolante nas conexões entre os cabos e as terminações.
Temporização do botão de comando “Liga” Uma boa técnica para proteger o trabalhador que opera painéis é a de temporizar o comando “liga”. Isto é feito colocando um relé de tempo para acionar a bobina de fechamento do disjuntor. O relé de tempo é acionado pela chave de comando liga. Outros dispositivos e técnicas (a) Técnicas preventivas: ✓ Treinamento; ✓ Operações remotas; ✓ Controle de acesso;
Cláudio S. Mardegan é engenheiro especialista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia. É membro sênior do IEEE e chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Falut Protection. É chair ainda do Capítulo 13 – Protection Coordination e vice-chair de Surge Protection do IEEE. É diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. Giuseppe Parise é engenheiro eletricista e, desde 1973, trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Sapienza em Roma, onde é Professor Pleno de Sistemas Elétricos de Potência. Tem mais de 320 artigos publicados e é autor de duas patentes e três prêmios de artigos do IEEE/IAS PSD. É membro ativo do IEEE Industry Applications Society (past Member at Large of Executive Board). Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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40
Aula Prática
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Por Paulo Fernandes Costa e Filipe Barcelos Resende*
A natureza da corrente de curto-circuito trifásica Parte 1/2
41
O Setor Elétrico / Junho de 2018
1 - Introdução
2 - Considerações para análise
O objetivo deste artigo é fornecer elementos para um melhor
A análise de circuitos trifásicos equilibrados (tensões equilibradas
entendimento da natureza da corrente de curto-circuito trifásica.
e impedâncias iguais nas fases) pode ser reduzida a apenas uma
A corrente de curto-circuito trifásica é utilizada para determinar os
fase, com a tensão fase-neutro aplicada em série com a impedância
esforços térmicos e dinâmicos que os equipamentos do sistema
equivalente de uma fase. Isto ocorre devido às correntes serem
elétrico devem suportar na avaliação da capacidade de abertura
iguais em módulo e defasadas 120º umas das outras.
e fechamento de disjuntores e dispositivos que secionam o curto-
circuito, na operação de relés, dimensionamento e análise de
deste tipo de curto-circuito é simplificada considerando-se uma
saturação de transformadores de corrente, no cálculo dos efeitos
fonte de tensão senoidal em série com uma impedância constante
do arco elétrico, na análise de oscilografias de relés digitais e
(curto quilométrico) formada essencialmente por uma resistência (R)
outros.
e uma reatância (L), que constituem a impedância Thévenin vista do
ponto de defeito. O que foi visto está resumido na Figura 1.
Infelizmente, devido à existência de alguma complexidade
Como no curto-circuito trifásico a rede é equilibrada, a análise
matemática, a análise do curto-circuito trifásico tem sido realizada de forma superficial, impedindo um entendimento mais profundo da natureza real e do comportamento físico da corrente de falta. Dessa forma, muitos profissionais ligados à área de proteção elétrica ficam privados de um conhecimento fundamental no exercício da sua profissão. É sabido que todo curto-circuito trifásico apresenta uma componente alternada simétrica e uma componente contínua decrescente. A corrente de curto-circuito próxima a um gerador (nos seus terminais, por exemplo) apresenta um decaimento no seu valor, tanto da componente alternada simétrica quanto da
Figura 1 - Aplicando-se a lei de Kirchhoff das correntes no ponto de curtocircuito da figura 2-a (ponto P), obtêm-se:
componente contínua. Este comportamento é caracterizado por uma “fonte local” para o curto-circuito. Nesse cenário, a reatância varia ao longo do tempo, de forma que o curto passa pelos períodos subtransitório, transitório e permanente.
No entanto, quando o curto-circuito está mais afastado do
gerador (existindo uma linha de transmissão relativamente longa entre o ponto de defeito e o gerador, por exemplo), não ocorre o decaimento da componente alternada simétrica, mas apenas da componente contínua. Nesse caso, o curto é denominado “quilométrico”, ou na terminologia inglesa “NACD” (No Alternating Current Decrement) e a reatância vista do ponto de curto-circuito pode ser considerada constante.
Figura 2-a
De forma geral, considera-se que o curto-circuito apresenta
“fonte local” quando existe uma reatância externa ao gerador, a qual é menor ou igual a 1,5 vezes a reatância do gerador. Em outras palavras, isto significa que o curto após a reatância adicional é maior ou igual que 40% do valor do curto nos terminais do gerador. Inversamente, pode-se afirmar que o curto-circuito é “quilométrico” se existe uma reatância externa maior que 1,5 vezes a reatância do gerador, de forma que o curto após a reatância adicional é menor que 40% do valor do curto nos terminais do mesmo.
Observa-se que nos dois tipos de curto-circuito, a resistência é
Figura 2-b
considerada constante, uma vez que a análise se dá à frequência
fundamental. Neste trabalho será abordado apenas o curto-circuito
ao ponto N (neutro do sistema) através de um fio condutor, sem
“quilométrico” (NACD), ficando o curto com “fonte local” para
nenhum impacto no circuito (Figura 2-b). Dado que o circuito é
outro trabalho.
equilibrado, temos:
Podemos, portanto, ligar o ponto P (local do curto trifásico)
42
Aula Prática
O Setor Elétrico / Junho de 2018
(2-1)
corrente periódica (Ampere ou kA); Em = valor da crista (pico) da onda de tensão senoidal da fonte
Agora podemos calcular a corrente de curto-circuito através de
(Volts ou kV);
qualquer um dos três circuitos fechados que utilizem o fio neutro
ω = velocidade angular, rad/s. (ω = 2.π.f, onde f é a frequência
como retorno. Por exemplo, aplicando-se a lei de Kirchhoff para a
(ciclos/s));
fase A, no laço NAPN, obtém-se o circuito da Figura 2-c, do qual se
t = tempo, em segundos;
pode concluir:
λ = ângulo sobre a onda de tensão senoidal para qual o curtocircuito é iniciado, dado em rad (radianos).
O ângulo λ é o ângulo no qual a tensão passa por zero antes
de ocorrer o curto-circuito. Este estudo considera que a onda de tensão passa pelo zero das abscissas quando
e sobe na
direção positiva do eixo das ordenadas, conforme visto na Figura 3-a. Na Figura 3-b observa-se a tensão crescendo no sentido negativo do eixo das ordenadas a partir de
Figura 2-c
.
(2-2) = Módulo do curto-circuito
(2-3)
Sabe-se que İb está defasada de İa de 120°, e İc defasada de
İb de 120°. Na equação (2-2), Van é o valor eficaz da tensão faseneutro (Vrms), e então, | İa | será o valor eficaz (Irms) da corrente na fase A. A equação (2-3) deixa claro que | İa | é o módulo do próprio curto-circuito trifásico, uma vez que as três correntes são iguais. Vmax é o valor de pico da onda de tensão senoidal.
Será mostrado adiante que o valor eficaz da corrente obtido
Figura 3-A
na equação (2-2) corresponde ao valor eficaz da componente alternada simétrica da corrente de curto-circuito trifásica. Para um determinado sistema de potência, o curto-circuito em uma barra qualquer pode ser calculado conforme indicado anteriormente, porém, é necessário primeiramente obter o equivalente do sistema (aplicação do teorema de Thévenin).
3 - Equação da corrente instantânea
Tendo em vista as considerações anteriores e presumindo uma
fonte de tensão senoidal, o comportamento da corrente de falta trifásica, em função do tempo, envolve a solução de uma equação diferencial, equação (3-1). Essa equação, obtida a partir do circuito da Figura 1, é não homogênea e de primeira ordem.
Figura 3-B
(3-1)
Este detalhe é importante, uma vez que a forma de apresentação
(forma de onda) da corrente de curto-circuito depende da forma Em que:
de evolução (crescimento) da onda de tensão na sua primeira passagem por zero antes da falta ocorrer. O ângulo inicial pode ser
R = resistência do circuito (Ohms); L = indutância do circuito (Henrys); i(t) = corrente em um instante de tempo qualquer, na onda de
expresso em graus, λ = 0º, λ = -23º, λ = -30º, ou em radianos, como λ = -π/2, λ = -π/6, etc. Assumindo a corrente de pré falta igual a zero, a solução da equação (3-1) torna-se:
43
O Setor Elétrico / Junho de 2018
(3-2)
Na equação (3-2), ø é o ângulo da impedância e também o ângulo de defasamento entre
tensão e a corrente. Verifica-se que a corrente de curto-circuito trifásica é composta por duas componentes, sendo uma componente alternada simétrica permanente (componente AC), e uma componente exponencial decrescente. Quando o tempo t tende ao infinito (t ≈ ∞), a componente exponencial decrescente se anula e a corrente de curto-circuito se reduz ao seu valor simétrico permanente. A componente exponencial decrescente é denominada componente transitória, enquanto a componente AC, componente permanente. Observa-se que a componente transitória é unidirecional e, por isso, é denominada também componente contínua (DC), apesar de decrescente. As Figuras 4-a e 4-b mostram esse comportamento.
A Figura 4-a mostra as componentes da corrente de curto separadamente, componente
AC (Iac) e componente DC (Idc) e também a corrente total (Icc). Nota-se que Icc = Idc + Iac. A Figura 4-b é mais usual e indica apenas a corrente total (Icc) e a componente contínua (Idc), bem como as envoltórias exponenciais de amplitude.
Figura 4-A
Figura 4-B
Deve ser notado também que o termo Em/Z da equação (3-2) equivale ao valor Vmáx/Z da equação (2-2), isto é, Em/Z é o valor de pico da corrente de curto-circuito, o qual dividido por √2 fornece o valor eficaz da componente alternada simétrica permanente. A soma das
duas componentes resulta na corrente de curto-circuito total (ou final). Verifica-se que esta é uma corrente alternada periódica, porém, assimétrica até o desaparecimento da componente contínua.
Cabe observar que, fixados λ e φ, a componente exponencial decai de acordo com a constante de tempo τ = L/R , no caso dada em segundos. De fato, para τ = L/R segue que: (3-3)
Para t = τ = L/R , segue que
(3-4)
Logo, para t = L/R, a componente contínua cai a 36,8% do seu valor máximo inicial, valor
este que ocorre no instante t = 0, em que
, isto é, 100% do valor da componente
contínua. O ângulo de fase φ (ângulo da impedância) é: φ = arctg (X/R) = arctg (ω.L/R) = arctg (ω.τ) (3-5) Sendo:
(3-6)
Desde que:
(3-7)
44
Aula Prática
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Sendo Im o valor máximo da onda de uma corrente senoidal
se não forem identificadas e bem entendidas, podem ocasionar
simétrica cujo valor eficaz é Irms , temos:
transtornos e erros de cálculo. As principais variantes são obtidas (3-8)
Então, quando se toma o valor Irms como referência (1 p.u) segue: (3-9)
realizando as seguintes alterações: a) Considerando o tempo em ciclos em vez de segundos; b) Substituindo o ângulo φ por
ou
,
equação (3-5);
Considerando que: L = (X/ω ),
(3-10) c) Modificando o sinal do termo da componente de corrente contínua de menos (-) para mais (+);
segue:
(3-11) d) Escrevendo as equações em função da corrente eficaz simétrica
Dividindo-se dois lados da equação (3-2) por Irms e utilizando as
relações (3-7), (3-9) e (3-11), resulta uma equação geral completa para calcular i(t) em função de X/R , ω, t, λ e φ , porém, em p.u do valor Irms.
(Irms ); e) Escrevendo a equação em termo da função cosseno, em vez de utilizar a função seno.
Denominando
(3-12)
A seguir são mostradas algumas destas equações. O leitor
deve familiarizar-se com as variantes, sendo que existem inúmeras possibilidades de combinações entre elas. No entanto, com o conhecimento aqui exposto, facilmente se identifica a forma na
segue então:
(3-13)
qual a corrente de curto-circuito está concebida e pode-se, com alguma manipulação matemática, transitar entre as formulações.
Apenas utilizando as relações (3-7) e (3-11), sem considerar a
corrente em p.u a equação (3-2) se torna:
Equações com o tempo em ciclos em vez de segundos Em todas equações da corrente de curto-circuito vistas
(3-14)
Observa-se que o tempo t em todas equações mostradas até
aqui está em segundos. Observe ainda que a constante de tempo em segundos pode ser escrita também da seguinte forma:
anteriormente, o tempo está em segundos. Para determinadas análises, como abertura de disjuntores e operação de relés instantâneos, por exemplo, é comum utilizar o tempo em ciclos.
Lembrando que em um segundo ocorrem f ciclos (em que f
é a frequência em ciclos/segundos), a relação entre o tempo em segundos, e o tempo t’ em ciclos será:
(3-15)
(4-1)
Utilizando a relação (3-3), as equações (3-2), (3-13) e (3-14)
podem ser reescritas da seguinte forma:
(3-16)
Podemos então substituir nas equações t por t´/f e estas ficarão
expressas com o tempo em ciclos. Na maioria das equações onde aparece o termo ω.t, com t em segundos, passando t para ciclos tem-se:
(3-17) (4-2) (3-18)
4 – Variantes na apresentação da equação da corrente de curto-circuito
Portanto, com o tempo em ciclos, o termo f (frequência)
desaparece das equações, onde o termo ω.t está presente. Com estes conceitos podemos reescrever todas as equações anteriores (3-3), (3-13), (3-14), (3-16), (3-17) e (3-18).
Em áreas da engenharia elétrica relacionadas ao fenômeno
Apenas para ilustração reescreveremos as equações (3-13) e
do curto-circuito, dimensionamento de disjuntores, estudos de
(3-14), em que o termo w aparece tanto na componente alternada
transitórios, estudos de proteção, dentre outros, é usual o emprego
como na contínua:
da equação (3-2). Essa equação aparece na forma de variantes, que,
A equação (3-13), em que i(t)` está em p.u do valor Irms , torna-se:
46
Aula Prática
O Setor Elétrico / Junho de 2018
(4-3)
A equação (3-14) torna-se:
(4-4)
Essa substituição é imediatamente reconhecida e não necessita
maiores considerações. A equação (3-18), por exemplo, torna-se:
Modificando o sinal do termo da componente de
expressar as equações de forma diferente, apenas com recursos algébricos. Por exemplo, observando que Im , √2 . Irms, √2 ou estão componente DC, podemos colocá-los em evidência. Podemos ainda substituir a notação da base do logaritmo neperiano ‘e’ pela expressão exp. Com essas modificações, a equação (4-7), por exemplo, torna-se:
(4-5)
corrente contínua
É possível ainda, sem prejuízo do conteúdo já apresentado,
presentes, tanto no termo da componente CA como no termo da
Substituição do ângulo por arctg ( X/R )
5 - Outras formas de apresentação da corrente de curto-circuito
(5-1) Podemos ainda substituir λ – φ por α e teremos, na equação (4-2):
Sabe-se que para um ângulo qualquer β, é verdade que:
sen(-β) = -sen(β). Aplicando esta igualdade para o termo da corrente contínua, segue:
(5-2)
.
A equação (3-18) anterior, por exemplo, torna-se:
(4-6)
Verifica-se, portanto, que a corrente de curto-circuito trifásica
possui uma componente contínua e uma componente alternada e que a impedância envolvida na falta pode ser aproximada por uma
Escrevendo as equações em função da corrente simétrica eficaz (Irms)
impedância RL. A expressão matemática que define essa corrente
Nesta forma, substitui-se o valor de Im por √2 . Irms, conforme
circuito elétrico, na condição de curto-circuito. A solução da equação
equação (3-8). A título de exemplo, a equação (3-18) ficará da
apresenta uma componente senoidal, relativa à contribuição da
seguinte forma:
fonte, e uma componente exponencial decrescente. A componente
surge naturalmente como solução da equação diferencial relativa ao
senoidal depende, essencialmente, do valor da impedância do circuito, enquanto a componente exponencial, ou componente DC, (4-7)
irá depender do instante em que ocorre o curto-circuito, do valor
Escrevendo as equações em p.u da corrente de pico Im
de sen(λ – ), e do valor da razão X/R do circuito. O termo sen(λ – )
As equações que não estiverem expressas em p.u podem ser
irá definir o valor inicial da componente DC ao passo que o valor de
facilmente formuladas em p.u em função do valor máximo (valor de
X/R irá determinar quão “rápido” a componente DC irá decrescer.
pico) da componente simétrica. Chamando:
(4-8)
Continua...
Referências bibliográficas
a equação (4-5), por exemplo, fica:
(4-9)
Escrevendo as equações com a função cosseno no lugar da função seno
Considerando os ângulos em radianos, sabemos que para um ângulo β qualquer: sen(β + π/2) = cosβ. Portanto, se somarmos π/ a λ, (o que equivale a deslocar o eixo das ordenadas de π/ 2 2 para direita), todas as equações anteriores poderão ser escritas em termos de cosseno no lugar de seno. Isto equivale também a aplicarmos no circuito da Figura 3 uma fonte: Em . cos(ω.t + λ) em vez de Em . sen(ω.t + λ). A equação (3-2) ficaria, por exemplo: (4-10)
1- IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS, VOL. 1A021, NO.2, MARCH/APRIL 1985 – Relationship of X/R, Ip, and Irms’ to Asymmetry in Resistance Circuits. 2- IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS, VOL. 1A-21. NO 4, JULY/AUGUST 1985 – Understanding Asymmetry. Craig N. Hartman. Hermann W. Reichenstein; Juan C. Gomez. 3- EDMINISTER, Joseph A. Circuitos Elétricos, 2ª ed. São Paulo: editora McGRAWHILL LTDA. 4- IEC 62271-100: Alternating-current circuit-breakers. 5- C37.09-1999 - IEEE Standard Test Procedure for AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis *Filipe Barcelos Resende é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é professor auxiliar do Instituto Eduacional Candida de Souza e engenheiro eletricista da Vale S.A. Paulo Fernandes costa é engenheiro com mestrado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é professor efetivo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas Elétricos de Potência.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 24 / Junho de 2018
Sistemas fotovoltaicos isolados
Avaliação técnica e econômica de sistemas do tipo SIGFI alimentando refrigeradores Energia eólica: a responsabilidade de cada um para garantir a energia do futuro Energia solar: Programa Indústria Solar impulsiona geração distribuída *Notícias selecionadas sobre as fontes renováveis que mais crescem no país* APOIO
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48
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Renováveis
Por Leonardo Vieira, Márcia Ramos, Marco Galdino e Marta Maria Olivieri*
Capítulo V Avaliação técnica e econômica de sistemas fotovoltaicos isolados tipo SIGFI alimentando refrigeradores
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49
A Resolução Normativa Aneel 83/2004, posteriormente substituída pela RN 493/2012
[1], estabeleceu as especificações para o atendimento a consumidores por meio de sistemas fotovoltaicos individuais, denominados SIGFI (Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente). Desde a primeira RN, vem se acumulando no país experiência considerável na utilização dos SIGFIs em vários projetos de eletrificação rural, principalmente, no âmbito do Programa Brasileiro de Universalização de Acesso à Energia (LpT – Programa Luz para Todos).
Em 2012, a Eletrobras solicitou ao Cepel a análise do desempenho de sistemas SIGFI para
alimentação de refrigeradores em conjunto com outras cargas. Foi instalado um sistema SIGFI 30 (30 kWh/mês) na área de testes externos do Cepel, buscando simular as condições encontradas em campo. Foram realizados ensaios entre abr/12 e dez/14, compreendendo diferentes padrões de utilização dos refrigeradores. O objetivo principal desses ensaios foi avaliar a capacidade dos sistemas SIGFI 30 de atender a uma carga correspondente a 13 kWh/mês (carga mínima prevista na RN Aneel), somada à carga de um refrigerador c.a. de baixo consumo. Os ensaios revelaram que os sistemas projetados para capacidade de 30 kWh/mês não são adequados para utilização com refrigeradores c.a. nas condições de temperatura e irradiação encontradas na região Norte.
O Ministério de Minas e Energia (MME), considerando o relatório do Cepel Nº 3117/2014
[2], definiu que os Programas de Obras previstos no Programa LpT (recentemente prorrogado pelo Decreto Lei 7520, até 2020 [3]) deverão contemplar, para unidades consumidoras de uso individual residencial, a disponibilidade mensal garantida de 45 kWh/unidade [4].
A grande maioria dos sistemas SIGFI utilizados em eletrificação rural é de sistemas
fotovoltaicos, cujos componentes principais são: conjunto de módulos fotovoltaicos, inversor fotovoltaico, banco de baterias e controlador de carga e descarga da bateria. Sugestões de dimensionamento para o Programa LpT podem ser consultados em Programa Luz para Todos: Especificações Técnicas dos Programas para Atendimento às Regiões Remotas dos Sistemas Isolados no âmbito do Programa Luz para Todos [4].
Ao longo dos últimos anos, o custo dos módulos fotovoltaicos vem caindo em maior taxa
do que os custos das baterias. Em função disso, o MME solicitou ao Cepel a avaliação técnica e econômica de sistemas alternativos ao SIGFI 45, em que a configuração alternativa apresentaria uma maior potência do conjunto de módulos fotovoltaicos e uma menor potência do banco de baterias.
Um resumo dos resultados da avaliação de desempenho e custo de sistemas SIGFI
dimensionados para cargas totais 60 kWh/mês e autonomia do banco de baterias de 24h (sistema alternativo) e de 48h é apresentado. Os resultados são comparados aos de sistemas SIGFI 45, com autonomia de 48 horas [5].
Metodologia
A avaliação foi realizada utilizando-se o programa computacional Homer Pro, versão 3.9.2.,
que permite a simulação do desempenho em base horária e estima os custos de geração de energia elétrica dos sistemas. É estimado o número total de horas de desligamento (DIC1) a cada mês e no período anual, cujos valores máximos admitidos são estabelecidos na Resolução Normativa da Aneel N° 493/2012.
As seguintes premissas foram consideradas:
• Carga total do sistema: constituída da carga de um refrigerador adicionada a cargas de outros equipamentos, estas últimas com maior intensidade no período noturno; • Custos de instalação: custo de investimento dos equipamentos principais; 1 Duração de interrupção individual por unidade consumidora (DIC): intervalo de tempo que, no período de apuração, em cada unidade consumidora ou ponto de conexão ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica.
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Fascículo
50
Renováveis Tabela 1 – Parâmetros dos equipamentos do SIGFI
EQUIPAMENTO
PARÂMETRO
VALOR
Painel fotovoltaico
Vida útil
20 anos
Inclinação do painel
10o
Tipo (recomendado pelo Programa LpT)
OPzS2
Vida útil
De 5 a 15 anos; caso base: 7 anos
Bateria chumbo-ácido
Conjunto inversor / controlador
2
Estado inicial de carga
80%
Mínimo estado de carga
40%
Eficiência
86%
Eficiência do inversor
85%
Eficiência do controlador
95%
Vida útil
10 anos
A Bateria OPzS é uma bateria chumbo-ácido ventilada com eletrólito líquido, cuja designação é da norma DIN para bateria estacionária com placas positivas tubulares (em alemão Panzer
platten que significa placas reforçadas). Este tipo de bateria requer reposição de água destilada do eletrólito ao longo do período de operação da bateria.
• Custos de operação e manutenção: custo de reposição dos
somando-se o perfil de carga de um refrigerador ao perfil estimado de
equipamentos principais ao final de sua vida útil, igual ao custo de
cargas de outros equipamentos, com maior intensidade no período
aquisição do equipamento novo;
noturno. A carga do refrigerador foi determinada com base em curvas
• Os custos de mão de obra e transporte para a instalação não foram
experimentais obtidas pelo Cepel em sistemas SIGFI, nos anos de
considerados (valor nulo), pois foi julgado, para efeito de comparação
2012 a 2014 [2], com o refrigerador modelo Consul RC28. Como
dos sistemas, que o custo de instalação seria aproximadamente o
este refrigerador não é mais fornecido no mercado, os seus valores
mesmo para todos eles;
foram extrapolados para o refrigerador modelo Electrolux RDE33 (236
• Taxa de desconto: 6%;
litros), atualmente em teste no Cepel, e ainda disponível no mercado.
• Inflação: 0%;
Considerando o efeito da variação da temperatura ambiente de Manaus
• Vida útil do sistema para contabilização do custo da energia gerada:
ao longo do ano, estimou-se o consumo médio do refrigerador RDE33, com carga térmica e aberturas de porta ao longo do dia, em 37,7 kWh/
20 anos; • Parâmetros técnicos dos principais equipamentos conforme Tabela 1.
mês3. Nas simulações, a carga de outros equipamentos foi calculada
Resultados
(37,7 kWh/mês) do valor total de carga considerado (45, 50, 60, 70 e
subtraindo-se o valor médio correspondente à carga do refrigerador 80 kWh/mês).
Irradiação solar
Dimensionamento dos sistemas SIGFI
Para a simulação, foi escolhido o perfil horário de irradiação solar
da cidade de Manaus (AM). Julgou-se que este perfil se aproxima das
O dimensionamento dos sistemas SIGFI 45 e 60, com dois dias
de autonomia (aqui denominados SIGFI 45-2d e SIGFI 60-2d),
condições em que normalmente estes tipos de sistemas são instalados
conforme padronizado na RN Aneel 493, foi realizado conforme
em regiões remotas dos sistemas isolados. Os dados deste perfil estão
as “Especificações Técnicas dos Programas para Atendimento às
disponíveis no Programa Homer, que utiliza informações da Nasa, coletados
Regiões Remotas dos Sistemas Isolados no âmbito do Programa
entre 1983 e 2005. A irradiação global média diária no plano horizontal
Luz para Todos” [4] e o “Manual de Engenharia para Sistemas
para Manaus é de 4,63 kWh/m2.dia. Entretanto, resolveu-se considerar
Fotovoltaicos Cresesb, Cepel” [7]. Para o sistema alternativo aqui
uma irradiação média mais conservadora de 4 kWh/m2.dia, mantendo-se,
chamado SIGFI 60-1d, o gerador fotovoltaico é aquele dimensionado
porém, o perfil horário de irradiação da localidade de Manaus.
para o SIGFI 60 convencional, mas a capacidade de bateria é calculada para um dia de autonomia (e não para dois dias, como estabelece a RN Aneel 493). A Tabela 2 mostra o dimensionamento
Perfil de carga diário
dos três sistemas considerados.
O perfil diário de carga total para o SIGFI foi constituído
Tabela 2 - Dimensionamento dos sistemas SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d
DENOMINAÇÃO DO SIGFI
3
POTÊNCIA DE PICO DO
CAPACIDADE DA BATERIA24V POTÊNCIA MÍNIMA DO INVERSOR (W) CORRENTE MÍNIMA DO
PAINEL FOTOVOLTAICO (Wp) BATERIA (kWh) (Ah@C100)
24VCC/127 ou 220VCA
CONTROLADOR (A)
45-2d
780
7,5
315
700
40
60-1d
1.040
5
208
1.000
45
60-2d
1.040
10
415
1.000
45
O consumo deste refrigerador, obtido em ensaios normalizados (porta fechada) no Cepel, foi de 23,1 kWh/mês [6]. Estes ensaios normalizados são utilizados para determinar o consumo de placa
do refrigerador, que não necessariamente reflete o consumo do refrigerador em condições reais de operação.
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52
Renováveis Tabela 3 – Preços dos componentes principais dos sistemas SIGFI.
SIGFI
PAINEL FV PREÇO DO CAPACIDADE PREÇO TOTAL (Wp)
PAINEL
BATERIA
DO BANCO
FV (R$)
(kWh)
(R$)
45-2d
780
$1.920
7,5
$10.538
60-1d
1.040
$2.560
5
$8.653
60-2d
1.040
$2.560
10
$12.424
POT. INVERSOR PREÇO DO CONTROLADOR 24VCC/127 ou INVERSOR 220VCA (W)
(R$)
1.000
$2.700
VALORTOTAL
PREÇO DO CONTROLADOR
DOS EQUIP.
(R$)
PRINCIPAIS (R$)
40
$988
$16.146
45
$1.329
$15.242
45
$1.329
$19.013
MPPT (A)
Custos dos equipamentos
A Tabela 3 mostra os preços dos principais componentes, obtidos
em agosto de 2017 de fornecedores nacionais, em consulta pela internet, ou formalmente em contato com fornecedores. Simulações do desempenho dos sistemas
Foram realizadas simulações para diferentes valores de carga
total, considerando-se uma vida útil das baterias de 7 anos [5]. O desempenho de cada um destes sistemas é apresentado na Figura 1. Para os sistemas SIGFI, a Resolução Aneel 493 estabelece os seguintes
Figura 1a – Horas totais de desligamento ao longo do ano.
parâmetros de atendimento: DIC mensal máximo de 216 horas e DIC anual máximo de 648 horas. A Figura 1 mostra os resultados do número de horas de desligamento ao longo do ano para cada um dos sistemas simulados e os compara com os valores máximos admitidos pela Aneel. A Figura 1a corresponde às horas totais de desligamento ao longo do ano, e a Figura 1b corresponde ao valor máximo mensal de horas de desligamento observado no ano.
A Figura 1 mostra que todos os sistemas atendem aos requisitos
do DIC anual para cargas de até 50 kWh/mês, com menor número de horas de desligamento para os SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d em relação ao SIGFI 45-2d. O SIGFI 60-1d atende aos requisitos da Aneel para o DIC
Figura 1b – Valor máximo mensal de horas de desligamento no ano.
anual para cargas próximas a 60 kWh/mês e o SIGFI 60-2d atende aos
dois dias de autonomia da bateria (SIGFI 45-2d), SIGFI 60 com 1 e
requisitos da Aneel para cargas próximas a 70 kWh/mês.
2 dias de autonomia (respectivamente, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d).
Não foi apresentada a curva do SIGFI 45-2d para a carga de 60 kWh/
Simulações adicionais mostraram que, se for considerada a média
anual de irradiação real da cidade de Manaus de 4,63 kWh/m2.dia, a
mês, pois o mesmo, como visto anteriormente, não é capaz de atender
simulação do sistema SIGFI 60-1d apresenta DIC anual inferior a 648h
satisfatoriamente a esta carga.
para a carga de 60 kWh/mês. Avaliação de custos
Foi utilizado como parâmetro comparativo o custo anualizado da
energia útil produzida pelo SIGFI, calculado como a relação entre o custo total anual (R$/ano) pelo total anual de energia entregue à carga (kWh/ ano) pelo sistema. Os valores de custo de energia são parciais, pois não englobam todos os custos para instalação e manutenção dos sistemas, como, por exemplo, material elétrico, mão de obra, transporte, etc. Considera-se que estes custos são similares entre os sistemas avaliados e, por isso, sua supressão não influencia os resultados comparativamente.
A Figura 2 apresenta curvas do custo de energia (parcial) em função
do período de troca das baterias para os três sistemas: SIGFI 45 com
Figura 2 – Curvas dos custos (parciais) de energia em função do período de troca da bateria OPzS para os sistemas SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d.
Apoio
53
Verifica-se que, independentemente do período de troca da bateria, os
custos de energia são sempre mais favoráveis para o SIGFI 60-1d, sendo
investimento em relação ao conjunto de equipamentos principais
que a diferença entre os custos de energia dos sistemas é maior, quando
dos sistemas SIGFI – cerca de 60%. Este fato ocorre especialmente
o intervalo de troca de baterias é menor.
quando se trata de baterias do tipo OPzS, que é o tipo recomendado pelo
Programa LpT devido à sua alta durabilidade, sendo mais indicado para
Devido à possível variação do preço das baterias, decidiu-se avaliar o
O preço do banco de baterias tem elevado peso no custo de
seu impacto no custo de energia dos SIGFIs. Assim, a Figura 3 apresenta
regiões remotas onde o custo de transporte é muito significativo no
curvas do custo de energia (parcial) em função da carga a ser atendida
orçamento de manutenção.
para os três tipos de sistemas, SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d, para dois preços do banco de baterias. As curvas de cada sistema são
Conclusões
traçadas até a carga que o sistema pode atender, sem ultrapassar o limite de DIC anual. As curvas de traço contínuo consideram o valor de
cotação (1 PU), para compra de poucos elementos, enquanto as curvas
SIGFI 60-1d é superior ao sistema SIGFI 45-2d para as mesmas
tracejadas consideram uma diminuição de 25% do valor cotado (0,75
condições de carga. Com relação ao custo total de investimento dos
PU), levando-se em conta uma queda de preço para a aquisição de lotes
equipamentos principais, os sistemas SIGFI 45-2d e SIGFI 60-1d
de centenas de elementos de baterias (economia de escala).
apresentam valores similares e, com relação ao custo de geração, o
sistema SIGFI 60-1d apresentou custo da energia gerada inferior ao
Comparando-se as curvas de mesmo preço relativo de bateria,
As simulações mostram que, do ponto de vista energético, o sistema
o SIGFI 60-1d sempre apresenta os menores custos de energia,
do sistema SIGFI 45-2d, mesmo quando considerada uma redução
independentemente de o preço da bateria ser de 0,75 ou 1 PU.
significativa do preço do banco de baterias. No entanto, a viabilidade
Observa-se, entretanto, que quando se compara o sistema SIGFI 60-1d
dos sistemas SIGFI 60-1d deverá ser ainda comprovada em ensaios de
com o preço cheio da bateria (1 PU) e o SIGFI 60-2d com preço inferior
longa duração, previstos para serem realizados no Cepel, nas mesmas
da bateria (0,75 PU), os custos são muito próximos, especialmente
condições já realizadas com os sistemas SIGFI45-2d.
para a carga de 60 kWh/mês. O sistema SIGFI 60-2d tem o dobro de capacidade de bateria em relação ao SIGFI 60-1d. Assim, no caso de se conseguir uma boa diminuição do preço da bateria ao se comprar o dobro de elementos, vale a pena fazer uma análise financeira do custo de energia entre os dois sistemas, já que se considerando que os dois têm a mesma quantidade de módulos, o sistema com dois dias de autonomia apresenta desempenho energético superior.
Figura 3 – Curvas dos custos (parciais) de energia em função da carga a ser atendida, para os sistemas SIGFI 45-2d, SIGFI 60-1d e SIGFI 60-2d, considerando duas situações de preço da bateria OPzS: preço cheio (1 PU) e 0,75 PU.
Quando se avalia apenas o custo de investimento inicial (Tabela 3,
seção 3.4), observa-se que o SIGFI 60-1d também apresenta o menor valor em relação aos demais. A Tabela 3 apresenta um valor total de cerca de R$ 16.000 para os principais equipamentos do SIGFI 45-1d, em que a bateria OPzS representa 65% do total, enquanto o painel fotovoltaico representa apenas 12%. Já o SIGFI 60-1d apresenta um valor total um pouco superior a R$ 15.000, em que a bateria representa menos de 60% do total e o painel FV, 17%.
Referências [1] Aneel, 2012. Resolução Normativa Aneel Nº 493, de 5 de junho de 2012. Consultada nos meses de agosto e setembro de 2017 em http://www2. aneel.gov.br/cedoc/ren2012493.pdf. [2] Cepel, 2014b. Relatório Técnico 3117/2014, Ensaios com sistemas SIGFI 20 e 30. [3] Decreto Lei 7520 (2011), alterado pelo decreto 9357 de 2018, http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7520. htm. [4] MME, 2015. Programa Luz para Todos: Especificações Técnicas dos Programas para Atendimento às Regiões Remotas dos Sistemas Isolados no âmbito do Programa Luz para Todos, Edição Revisada Julho/2017. Consultado no mês de junho de 2018 em https://www.mme.gov.br/ luzparatodos/downloads/especificacoes_tecnicas.pdf. [5] Olivieri, M. et al., 2017. Avaliações de custo e desempenho de sistemas fotovoltaicos tipo SIGFI com diferentes períodos de autonomia, VII Congresso Brasileiro de Energia Solar – Gramado, 17 a 20 de abril de 2018. [6] Cepel, 2016. Relatório de Ensaio DLF-9949/2016, Avaliação de desempenho de refrigerador. [7] Pinho, João T.; Galdino, Marco A., 2014. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Cresesb, Cepel. http://www.cresesb.cepel.br/ publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2014.pdf. *Márcia Ramos é engenheira eletrônica, M. Sc. PUC-RJ e pesquisadora do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel; Marta Olivieri é engenheira eletricista, M. Sc. COPPE-UFRJ e pesquisadora do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel; Marco Antônio Galdino é engenheiro eletrônico, M. Sc. COPPE-UFRJ e pesquisador do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel; Leonardo Vieira é engenheiro mecânico, D. Sc. COPPE-UFRJ e pesquisador do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Cepel.
Energia Eólica
54
Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
A responsabilidade de cada um de nós pela energia do futuro
na Índia e no setor offshore,
baixíssimo impacto ambiental e
energia deste futuro cheio de
fontes poluentes e priorizando
os mercados retomarão um
implantação rápida. Temos que
disrupções precisam trazer
as renováveis de baixo ou
crescimento rápido após 2018,
colocar neste cenário a queda
benefícios ambientais e sociais,
baixíssimo impacto ambiental.
analisou o GWEC no material
dos preços das baterias, os
critério este que as eólicas
Esse movimento é incontestável
de divulgação do relatório,
veículos elétricos que tendem
cumprem perfeitamente.
e, independentemente da
frisando que a energia eólica
a ter um boom nos próximos
É importante considerar,
velocidade, o fato é que esta
está liderando a mudança
anos e vão significar um choque
finalmente, que este futuro
mudança é irreversível e
na transição para longe
de demanda de eletricidade, os
cheio de possibilidades
devemos nos engajar para que
dos combustíveis fósseis e
parques híbridos, o crescimento
também exige a condução de
ela aconteça de forma cada vez
continua a impressionar em
da geração distribuída e da
líderes inovadores, criativos,
mais eficiente e rápida em todo
competitividade, desempenho e
microgeração que vai trazer
humanistas, empáticos e
o mundo.
confiabilidade. O GWEC acredita
grandes desafios para os
que saibam enxergar o futuro
que, tanto em projetos onshore
sistemas de transição.
destas disrupções a favor do
Energia Eólica (Global Wind
quanto offshore, a energia
Temos que considerar,
planeta. Empresas, governos
Energy Council – GWEC)
eólica é a chave para definir um
ainda, o desenvolvimento
e sociedade civil precisam ter
divulgou recentemente seu
futuro energético sustentável.
industrial avançado que está
isso em mente. O que pode
Relatório Anual Global de
entrando no que os acadêmicos
conduzir a humanidade para
Energia Eólica, mostrando uma
promissor para a fonte eólica.
chamam de “Quarta Revolução
um futuro melhor são pessoas
indústria madura competindo
Devemos, no entanto, ampliar
Industrial”. Este cenário
engajadas com ideais de uma
com sucesso no mercado
a discussão para discutir as
ainda traz a internet das
sociedade mais sustentável,
mundial, mesmo contra
disrupções que vão mudar toda
coisas, inteligência artificial,
justa, equilibrada e que respeite
tecnologias tradicionais de
a forma de funcionamento do
velocidades de conexão cada
a natureza como um todo.
geração de energia altamente
setor elétrico, com impactos
vez maiores, bitcoins, bigdata,
As tecnologias, todas estas
subsidiadas em alguns países.
de diferentes proporções em
etc. E tudo isso vai exigir mais
que mencionei neste artigo,
Mais de 52 GW de energia eólica
cada mercado. Os fatores
eletricidade dos sistemas.
são nossas ferramentas. A
limpa e livre de emissões foram
para que isso aconteça já
Neste novo futuro que vai
energia do bem que pode fazer
adicionados em 2017, levando
são claros: as renováveis de
se desenhando, podemos
a diferença na boa utilização
o total de instalações a 539 GW
baixo impacto, como eólica e
considerar a eletricidade como
dos recursos vem de cada um
globalmente.
solar, mostram notáveis taxas
sua coluna vertebral: sem ela,
de nós, da visão de mundo que
de crescimento oferecendo
ele não se sustenta.
temos e de nossa vontade de
energia mais barata, com
agir de forma coletiva.
Estamos nos afastando das
O Conselho Global de
Com novos recordes
estabelecidos na Europa,
O futuro, portanto, é
As novas fontes de
O reconhecimento dos melhores projetos elétricos do Brasil! 2ª Edição Canoas | Região Sul
Prêmio de Qualidade das Instalações Elétricas
Acontecerá no dia 07 de agosto de 2018 às 18h30 no Centro de Eventos ParkShopping Canoas, a segunda Edição do Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das Instalações Elétricas. Uma iniciativa da Revista O Setor Elétrico em parceria com o Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE). Serão premiados os projetos com maior reconhecimento nas categorias:
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS
INOVAÇÃO TÉCNOLOGICA
PROJETO LUMINOTÉCNICO
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
ENERGIA RENOVÁVEL
PROJETO OSE 2018
Para mais informações acesse: www.premioose.com.br.
Próxima premiação: Edição Rio de Janeiro 06 de novembro a partir das 19h00
www.premioose.com.br
premio@atitudeeditorial.com.br
(11)3872-4404 | (11) 98433-2788
Energia solar fotovoltaica
56
Por Rodrigo Kimura, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk*
Programa Indústria Solar impulsiona geração distribuída no país
O Programa Indústria Solar, lançado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em parceria com a Engie e a Weg, com apoio institucional da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), trouxe um pioneirismo que está sendo estudado e replicado ao redor do país. O programa catarinense oferece aos micros, pequenos e médios industriais a
solução solar fotovoltaica conjugada com uma opção de financiamento que viabiliza o projeto, tornando o investimento autofinanciável. Desta forma, a economia na fatura de energia elétrica do empresário que acreditou e implementou o sistema solar fotovoltaico em seu telhado servirá para pagar a parcela do financiamento, livrando a empresa de ter que mexer no seu fluxo de caixa para custear o
sistema. Este modelo foi possível devido à participação de instituições financeiras, como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Cooperativa Central de Crédito Urbano (CECRED), além do apoio das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A boa notícia é que o modelo já começa a ser disseminado em outros estados brasileiros.
O foco da iniciativa são as micros, pequenas e médias indústrias conectadas na rede elétrica de baixa tensão, pois pagam atualmente uma energia mais cara do que as indústrias de maior porte. Somente em Santa Catarina, por exemplo, o potencial é de mais de 50.000 micros, pequenas e médias empresas, sujeitas a esta condição que onera seu orçamento e prejudica sua competitividade. No estado,
Energia solar fotovoltaica
o programa estendeu as ofertas de soluções solares fotovoltaicas também aos consumidores residenciais. O projeto-piloto, lançado em novembro de 2017, foi direcionado exclusivamente aos cerca de 40.000 colaboradores das empresas e entidades participantes: FIESC, Engie, Weg, Cecred e Celesc. O modelo abre novas oportunidades de crescimento para toda a cadeia de valor do setor solar fotovoltaico. Na medida em que o programa se expande, ele congrega novos parceiros para a instalação dos sistemas nas diversas regiões, assim como leva informação qualificada sobre a tecnologia para os formadores de opinião que ainda a desconhecem. A microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica trazem inúmeras vantagens aos consumidores, o que têm acelerado sua adoção ao
redor do país. Os benefícios não estão restritos apenas à economia que a tecnologia gera na conta de energia elétrica de seus usuários. Além de competitiva, a energia solar fotovoltaica é renovável, possui baixos impactos ambientais, não utiliza recursos finitos ou escassos (como combustíveis fósseis ou água) para produzir energia elétrica, não possui partes móveis e não gera ruídos, gera empregos locais qualificados nas regiões onde os sistemas são instalados, promove a movimentação da economia local e regional, é simples de utilizar, possui baixíssima manutenção e possui garantia de performance superior a 25 anos. Segundo a Absolar, o Brasil conta atualmente com mais de 29.000 sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica conectados à rede e em
57
operação, totalizando uma potência instalada acumulada de mais de 270 MW. As indústrias, por exemplo, são responsáveis hoje por aproximadamente 8,1% da potência instalada e dos investimentos em geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil, parcela ainda inferior à de empresas dos segmentos de comércio e serviços (43,1%) e a consumidores residenciais (38,9%), porém, crescente, dada à elevada pressão das tarifas de energia elétrica sobre a competitividade das indústrias. Em seis meses, o Programa Indústria Solar obteve 2.560 inscrições, sendo 607 indústrias interessadas em sistemas para suas atividades produtivas e 1.953 pessoas físicas interessadas em sistemas para suas famílias. Um número tão expressivo de inscritos, em tão pouco tempo, não deixa dúvidas de
que, cada vez mais, as pessoas estão percebendo a viabilidade econômica de gerar sua própria energia elétrica localmente, seja na indústria, no comércio, em áreas rurais ou nas suas próprias residências. Com isso, a fonte solar fotovoltaica, antes vista como uma tecnologia inovadora distante da realidade do empresariado brasileiro, passa a se tornar uma ferramenta concreta e efetiva para aliviar os gastos recorrentes das indústrias e contribuir para o aumento de sua competitividade frente à economia nacional, aliando preço baixo de energia elétrica à sustentabilidade nos negócios. * Rodrigo Kimura é diretor de operações da Engie Geração Solar Distribuída; Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR; Dr. Rodrigo Lopes Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
58
Notícias
renováveis
Crescimento de baterias permitirá ampliação da oferta de eólica e solar Termoeletricidade a carvão deverá passar de 38% para 11% da geração global até 2050
A energia eólica e a energia
solar deverão aumentar para quase 50% da geração mundial até 2050 devido à redução drástica de custos e ao advento de baterias mais baratas, o que permitirá que a eletricidade seja armazenada e descarregada para atender a mudanças na demanda e no fornecimento. O estudo é da Bloomberg NEF, que divulgou, em junho, sua análise anual de longo prazo sobre o futuro do sistema elétrico global - o New Energy Outlook (NEO) de 2018.
As perspectivas deste ano
são as primeiras a destacar o enorme impacto que a queda nos custos das baterias terá no mix de energia nas próximas décadas.
quando o vento não estiver
de novas usinas fotovoltaicas caia
renováveis, em vez de produzir a
A BNEF prevê que os preços da
soprando e o sol não estiver
mais 71% até 2050, enquanto
chamada eletricidade de carga
bateria de lítio-íon, que já caíram
brilhando. Como resultado, as
eólica terrestre cairá mais
base ou contínua (round-the-
cerca de 80% por megawatt-
energias renováveis tomarão uma
58%. Estas duas tecnologias já
clock). A BNEF estima que a
hora desde 2010, continuarão
parte cada vez maior do mercado
registraram reduções de 77%
geração a gás tenha um aumento
a cair à medida que a produção
existente de carvão, gás e energia
e 41%, respectivamente, entre
de 15%, entre 2017 e 2050,
de veículos elétricos aumente ao
nuclear”.
2009 e 2018.
embora sua participação na
longo dos anos 2020.
eletricidade global caia de 21%
investimento de US$11,5
de economia de energia da BNEF,
para 15%.
Europa, Oriente Médio e África
trilhões em todo o mundo em
disse: “O carvão surge como o
da BNEF e principal autor do NEO
nova capacidade de geração de
maior perdedor a longo prazo.
o impacto da eletrificação do
2018, disse: “A estimativa é que
energia entre 2018 e 2050,
Superado pelo custo da energia
transporte no consumo de
US$548 bilhões sejam investidos
com US$ 8,4 trilhões deste
eólica e fotovoltaica para geração
eletricidade. A estimativa é que os
em baterias até 2050, dois
total em energia eólica e solar, e
de eletricidade em massa, e
carros elétricos e ônibus estarão
terços disso conectado à rede e
outros US $1,5 trilhão em outras
baterias e gás pela flexibilidade,
usando 3.461TWh de eletricidade
um terço instalado behind-the-
tecnologias de carbono zero,
o sistema elétrico futuro se
globalmente em 2050, o
meter em residências e empresas.
como hidrelétrica e nuclear.
reorganizará em torno de energias
equivalente a 9% da demanda
A chegada do armazenamento
renováveis baratas - o carvão será
total. A previsão é que cerca de
barato de bateria significa que fica
um aumento de 17 vezes na
pressionado”.
metade da tarifação necessária
cada vez mais possível aprimorar
capacidade solar fotovoltaica
será feita numa base "dinâmica",
a entrega de eletricidade a partir
em todo o mundo e um aumento
geração evoluirá, com aumento na
aproveitando os momentos em
da energia eólica e solar, para que
de seis vezes na capacidade de
construção e utilização de usinas
que os preços da eletricidade
essas tecnologias possam ajudar
energia eólica. A estimativa é que
elétricas a gás para proporcionar
estão baixos devido à elevada
a atender à demanda mesmo
o custo nivelado da eletricidade
suporte para as energias
produção de energias renováveis.
Seb Henbest, chefe da
O NEO 2018 prevê um
Esse investimento produzirá
Elena Giannakopoulou, chefe
O papel do gás no mix de
O NEO 2018 também analisa
Notícias
59
Expansão da energia solar favorece oportunidades de trabalho Segundo a Absolar, para cada MW instalado são criados de 25 a 30 postos de trabalho De acordo com informações divulgadas
que realmente detêm conhecimentos técnicos,
pelo Ministério de Minas e Energia, cerca de
operacionais e de tomada de decisão a respeito
R$ 8 bilhões devem ser investidos no país até
desse assunto das áreas de engenharia,
2021 para os 49 novos empreendimentos
tecnologia e arquitetura, entre outras”, diz
solares contratados nos últimos leilões de
J. R. Simões Moreira, coordenador do curso
energia A-4. Dessas, 29 foram contratadas em
Energias Renováveis, Geração Distribuída
abril e a previsão é de que entrem em operação
e Eficiência Energética, do Programa de
até 2022. A expansão de usinas solares no
Educação Continuada (PECE) da Escola
Brasil, além da garantia no aumento da geração
Politécnica da USP.
de energia por fontes renováveis, também
oferece um campo de atuação profissional
e para que o Brasil avance na produção
cada vez mais promissor.
de energia limpa, é importante que haja
profissionais realmente capacitados para
A estimativa da Associação Brasileira de
“Para suprir essa demanda de mercado
Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) é de que
lidar com as novas tecnologias. No âmbito do
em 2018 as novas instalações produzam mais
curso, foram iniciadas empresas de ex-alunos
de 3.000 MW de energia, e, para cada MW, são
e também temos a satisfação de termos
criados de 25 a 30 postos de trabalho. “É uma
formado profissionais que estão à frente de
oportunidade que se abre para os profissionais
grandes empreendimentos energéticos no
com especialização em energias renováveis,
país”, conclui o coordenador do curso.
60
Notícias
renováveis
GE anuncia plataforma de armazenamento de energia
A plataforma Reservoir permite a utilização de energia renovável e melhora o desempenho da rede
As energias renováveis
vêm ganhando um papel de destaque cada vez mais na matriz
O sistema de baterias pode ser conectado diretamente no barramento de corrente contínua, DC, das plantas solares.
energética do Brasil. A energia eólica foi introduzida no Brasil em 2009 e em menos de dez anos o país tornou-se o 8º maior gerador do mundo, segundo o ranking do Global World Energy Council (GWEC) de fevereiro de 2018.
Diante desse cenário e
contribuindo para uso das energias renováveis, a GE anunciou uma nova plataforma de armazenamento de energia, o GE Reservoir. Com a possibilidade de se integrar a toda rede elétrica, a solução permite a complementariedade da energia renovável com a tradicional, podendo melhorar o desempenho da rede e permitir uma geração mais distribuída, além de potencialmente reduzir custos. Soluções de Armazenamento
comenta Rodrigo. “Com isso,
estado de carga, temperatura,
de gestão das baterias (BMS),
de Energia da GE Power. “A
a eficiência total do processo
tensão, corrente e outros
que é de propriedade da GE e
modularidade da solução
de armazenamento de energia,
fatores. Os dados podem
chamado de Blade Protection
permite que diferentes valores
incluindo carga e descarga, pode
ser enviados para um centro
Unit (BPU), bem como na
de potência e energia, MW
crescer de maneira significativa,
remoto de operações, onde
utilização de contêineres pré-
e MWh, respectivamente,
permitindo também que as
modelos de degradação são
fabricados que são montados
possam ser fornecidos aos
perdas por sombreamento ao
utilizados, também proprietários
com as baterias em fábrica,
clientes, mantendo o processo
longo do dia, no início da manhã
e desenvolvidos no Centro de
sendo enviados já prontos para a
de montagem e instalação
e no início da noite, sejam
Pesquisas Global da GE, em
instalação à planta do cliente.
do sistema extremamente
potencialmente reduzidas, pois
Niskayuna (Estados Unidos),
A inovação está no sistema
simples. A montagem do sistema
o conversor DC-DC do sistema
para determinar a vida útil
distribuição, armazenamento
em fábrica também garante
de baterias pode trabalhar com
do sistema de baterias. Com
e utilização de energia mais
potencialmente ao sistema da GE
tensões mais baixas, carregando
isto, poderia ser possível
limpa onde e quando for mais
uma das maiores densidades de
as baterias mesmo em
antecipar potenciais falhas, e
necessária. Ela se adapta
MWh/m2 do mercado”.
momentos de pouca irradiação,
potencialmente garantindo uma
em praticamente todos os
quando não se pode injetar
disponibilidade maior do sistema,
locais, desde sistemas de rede
é possível “conectar o sistema
energia na rede”.
podendo também determinar se
centralizados até comunidades
de baterias diretamente no
A solução também é
a degradação do sistema está
mais remotas”, explica Rodrigo
barramento de corrente contínua,
equipada com sensores que
conforme o planejado, ou com
Salim, líder de Baterias e
DC, das plantas solares”,
coletam informações sobre o
taxas distintas ao projetado.
“A plataforma permite
Com o Reservoir, também
Notícias
61
Usina solar da Aneel é inaugurada
O objetivo é atender entre 18% e 20% do consumo anual da autarquia. O investimento desta etapa é da ordem de R$ 1,8 milhão
A Agência Nacional de Energia Elétrica
renováveis que não seja a hídrica”, pontuou
(Aneel) inaugurou, no dia 26 de junho, a sua
Maciel.
usina solar, que atenderá entre 18% e 20% do
consumo anual da autarquia com uma média
parabenizou os parceiros e a área técnica
de geração de 710 MWh/ano.
pela conclusão do projeto e espera que a
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino,
Na ocasião, o diretor da Companhia
Agência se torne uma referência para outros
Energética de Brasília (CEB), Maurício Alves,
órgãos públicos. “O setor elétrico passa por
destacou a parceria feita com a Aneel e
várias transformações e o usuário de hoje é
ressaltou que a iniciativa representa um
muito mais participativo e preocupado com
modelo a ser seguido por todo o setor público.
a sustentabilidade. Diante desse cenário, a
Aneel não poderia deixar de dar o exemplo no
O Coordenador de Planejamento
Energético, Regulação e Gestão do Sistema
que diz respeito a boas práticas de redução do
da GIZ, Florian Geyer, afirmou que o projeto
desperdício e eficiência energética”, concluiu.
é pioneiro e deverá estimular o mercado fotovoltaico no país. "O lugar com menos sol,
A usina
que é Florianópolis, ainda tem 20% a mais de irradiação solar do que o lugar com mais sol
da Alemanha. Isso mostra o grande potencial
painéis de 1,65m2, com potência instalada
da energia solar FV comparando com outros
de 510,40 quilowatts-pico (kWp), que
países como a Alemanha. A melhor insolação
foram
da Alemanha é de 3.500 Wh/m² (watt-hora
por metro quadrado) por dia, disponível em
pelos seus acessos será de 3.580 m2. Cada
uma pequena região sul do país, já o Brasil
conjunto de 96 módulos foi conectado em
apresenta valores de insolação entre 4.500 e
um inversor, e todos os inversores serão
6.000 Wh/m²”, enfatizou.
monitorados numa central de operação,
com dados unificados. A energia gerada
Para a representante do Ministério do
A usina fotovoltaica conta com 1.760
A área total ocupada pelos módulos e
Meio Ambiente, Alexandra Maciel, a iniciativa
compensará o consumo do prédio da Agência
da agência ajudará a consolidar o papel das
pelo mecanismo do Sistema de Compensação
energias renováveis no Brasil. “A nossa matriz
de Energia, pelo qual até a geração nos fins de
é muito rica e precisamos incentivar cada
semana poderá ser injetada na rede e depois
vez mais a geração a partir de outras fontes
devolvida para a Agência.
A instalação da usina foi possível por meio de um contrato de desempenho, desenvolvido de forma pioneira no setor público
62
Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando Crise política e desaceleração da economia brasileira dificultam realização de negócios pelas empresas do mercado de dispositivos elétricos
De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada
estão confiantes de que encerrarão o ano de 2018 com crescimento
na primeira semana de julho de 2018, a previsão de crescimento
médio de 7%, índice superior ao registrado no ano passado, quando
do PIB para 2018 é de 1,55% depois de passar por oito reduções
as empresas apresentaram crescimento médio de 4% na comparação
consecutivas. Para 2019, os especialistas preveem crescimento
com o ano anterior, 2016. Para o mercado como um todo, a estimativa
de 2,50%, também após passar pela quarta redução. As projeções
das companhias consultadas é de que o crescimento médio do
já foram piores, mas estão longe de estarem em uma posição
mercado de dispositivos elétricos seja de 5%. Em virtude dos números
confortável. Ocorre que essa retomada – ainda que modesta – da
despretensiosos, a previsão de contratação também é limitada: na
atividade econômica brasileira ainda não alcançou a particularidade do
média, as empresas pesquisadas planejam aumentar seu quadro de
mercado de dispositivos elétricos. Para a maioria das empresas deste
funcionários em apenas 4%.
setor, a crise política e a desaceleração da economia brasileira ainda
provocam sérios entraves ao crescimento deste mercado. Isso é o que
de alguns mercados específicos, como o de dispositivos de proteção
mostra a pesquisa publicada nesta edição, realizada com fabricantes
e seccionamento de média tensão, que fatura, em média, acima de
e distribuidores de dispositivos elétricos de proteção, manobra e
R$ 100 milhões por ano, segundo a maior parte das empresas
comando.
pesquisadas. Mais percepções sobre outros nichos de mercado estão
na pesquisa publicada na íntegra, a seguir.
Apesar da baixa expectativa das empresas pesquisadas, elas
Com a pesquisa, também foi possível ter uma ideia sobre o tamanho
63
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Como ocorre em boa parte dos setores aqui pesquisados,
Entre os principais canais de vendas utilizados pelas
também no mercado de dispositivos elétricos o principal segmento de
companhias
atuação das companhias é o industrial, seguido pelas montadoras de
distribuidores/atacadistas,
painéis elétricos. Já o principal canal de vendas é via distribuidores
vendas diretas ao cliente final. Apenas 20% das consultadas
e atacadistas. Apenas 20% das pesquisadas mencionaram a internet
mencionaram a internet como meio de comercialização.
pesquisadas,
destacam-se, as
nessa
ordem,
revendas/varejistas
e
os as
como meio de comercialização de seus produtos.
No levantamento publicado nas páginas a seguir, são ainda
Principais canais de vendas
disponibilizadas informações como perfil das empresas consultadas, principais canais de vendas empregados, certificações conquistadas, produtos mais comercializados e porte médio das empresas
Internet
pesquisadas deste setor de dispositivos de proteção, manobra e
20%
comando de baixa e média tensão. Confira.
22%
Números do mercado brasileiro de dispositivos elétricos
Telemarketing Venda direta ao cliente final
67%
A maior parcela das empresas pesquisadas apontou o segmento
Revendas de materiais elétricos
74%
industrial como principal segmento de atuação, assim como já foi registrado nessa mesma pesquisa realizada há um ano.
85%
Distribuidores / Atacadistas
Principais segmentos de atuação
Residencial Os
43%
Comercial
70%
Montadores de painéis
74%
Industrial
89%
gráficos
a
seguir
mostram
os
dispositivos
mais
comercializados em detrimento de outros para desempenhar funções similares e/ou que se enquadram em uma mesma categoria de produtos. Percebe-se, por exemplo, que o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) é mais popular do que os Dispositivos Diferenciais Residuais (DR), mesmo que o uso de ambos seja recomendado por norma técnica. Em outras categorias, percebe-se um equilíbrio entre os tipos de produtos oferecidos/comercializados pelas empresas.
64
Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT Disjuntores BT
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Dispositivos BT
5%
Outros 19%
Acessórios para disjuntores
15%
Abertos
43%
Dispositivos Diferenciais Residuais (DR)
18%
Disjuntormotor
21%
Caixa moldada
57%
Dispositivos de proteção contra Surtos (DPS)
22%
Mini-disjuntores
Outros dispositivos BT
Relés BT
8%
Outros 12%
Outros
18%
De falta à terra
13%
15%
Temporizadores
9%
Programador horário
Fotoelétricos
15% 16%
De subtensão 22%
Outros relés de proteção eletrônicos
19%
Outros relés de proteção eletromêcanicos
Botoeira
13%
Sinalizadores em geral 10% 9%
Sensores em geral 10%
Chave fim de curso 11%
Contato
Relé de impulso
Iluminação BT
Dispositivos MT
18% 32%
Minuteria
Pára-raios 33%
24%
Disjuntores
Interruptor para iluminação 18%
Acessórios para fusíveis
35%
Variador de luminosidade
20%
Fusíveis
20%
Acessórios para disjuntores
65
O Setor Elétrico / Junho de 2018
sobre possíveis contratações, na média, a expectativa é de agregar
Relés MT
apenas 4% de recursos humanos aos seus respectivos quadros de colaboradores atuais.
23%
38%
De falta à terra
Outros relés de proteção eletrônicos
No tocante ao faturamento das empresas (fabricantes e distribuidoras) de dispositivos que participaram deste levantamento, foi apurado que a maior parte delas (58%) apresenta faturamento médio bruto de até R$ 20 milhões por ano.
19%
De subtensão
Faturamento bruto anual médio das empresas pesquisadas
20%
10%
Outros relés de proteção eletromêcanicos
Acima de R$ 200 milhões
10%
De R$ 80 milhões até R$ 200 milhões
Questionadas quanto ao faturamento anual total de alguns
3%
mercados específicos, as empresas consideraram, por exemplo, que
De R$ 60 milhões até R$ 80 milhões
o setor de dispositivos de proteção e seccionamento de média tensão fature anualmente acima de R$ 100 milhões. Veja, na tabela, o que
13%
pensam as pesquisadas.
De R$ 40 milhões até R$ 60 milhões
0%
10%
20%
De R$ 5 milhões até R$ 20 milhões
De R$ 20 milhões até R$ 40 milhões Acima de R$ 500 milhões
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
Até R$ 10 milhões
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Percepção sobre o tamanho anual total de mercados específicos
Dispositivos de proteção 13% 10%
34%
Até R$ 5 milhões
23% 19% 10% 26%
de baixa tensão
Da mesma maneira que foi registrado por esta pesquisa realizada
há um ano, os fabricantes e distribuidores de dispositivos elétricos também apontam a desaceleração da economia brasileira e a crise política como principais fatores inibidores do crescimento.
Dispositivos de comando, controle, seccionamento, 13%
7%
7%
13% 23% 23% 13%
acionamento e sinalização
FATORES QUE DEVEM INFLUENCIAR O MERCADO DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO, MANOBRA E COMANDO
de baixa tensão Dispositivos de proteção e seccionamento de
10%
0%
6%
6%
32%
26% 19%
4%
média tensão
Bom momento econômico do país
6%
Se, na pesquisa realizada em 2017, as empresas projetavam
Outros
crescimento médio de 6% para aquele ano, nesta edição, as companhias revelaram ter crescido efetivamente 4% no período. Para este ano de 2018, a expectativa de crescimento médio é de 7%
19%
para as empresas e de 5% para o mercado no geral. Questionadas
Falta de confiança dos investidores
Previsões de crescimento
4% 4%
5%
7%
Crescimento médio das empresas em 2018
10%
Setor da construção civil desaquecido 4%
22%
Crescimento médio das empresas em 2017 comparado ao ano anterior Previsão de contratação das empresas em 2018 Crescimento médio do tamanho anual total do mercado de dispositivos elétricos em 2018
20%
Desaceleração da economia brasileira
Crise política
Projetos de infraestrutura
12%
Incentivos por força de legislação ou normalização
1%
Desvalorização da moeda nacional
2%
Falta de normalização e/ou legislação
Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT
SP
X
X
X
AGPR5
(11) 96949-0029 www.agpr5.com
São Paulo
SP
Alpha Equip. Elétricos
(11) 3933-7530
www.alpha-eX.com.br
São Paulo
SP
X
X
CHINT GROUP
(11) 3266-7654
www.chint.net
São Paulo
SP
X
X
Clamper
(31) 3689-9500
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
X
DECORLUX
(41) 3029-1144
www.decorluX.com.br
Curitiba
PR
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
EATON
0800 00 32866
www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
EFE-SEMITRANS
(21) 2501 1522
www.efesemitrans.com.br
Rio de Janeiro
ELETRICTECK
(16) 3877-5510 www.eletricteck.com.br
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
ELOS
(41) 3383-9290
EMBRASTEC
(16) 3103-2021
ENERBRAS
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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RJ
X
X
X
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Ribeirao Preto
SP
X
X
X
Cornelio Procópio
PR
www.elos.com.br
Curitiba
PR
www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
X
(41) 2111-3000
www.enerbras.,com.br
Campo Largo
PR
X
Engepoli Engenharia
(11) 4335-5139
www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
EXatron
0800 541 3310
www.eXatron.com.br
Porto Alegre
RS
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
GE DO BRASIL
0800 595 6565
br.geindustrial.com
Contagem
Holec
(11) 4191-3144
www.holec.com.br
Boituva
JNG MATERIAIS ELÉTRICOS
(11) 2090-0550
www.jng.com.br
Kienzle Controls
(11) 2249-9606
www.kenzle-haller.com.br
Kraus & Naimer
(11) 2198-1288
Kron Medidores Legrand
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X X
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X
X
MG
X
X
X
X
X
X
SP
X
X
X
X
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
www.krausnaimer.com.br
Cotia
SP
X
X
X
X
X
X
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
0800 118 008
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
LUKMA ELECTRIC
(17) 2138-5050
www.lukma.com
São José do Rio Preto
SP
X
X
MAGNET
(11) 4176-7877
www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
X
MarGirius
(19) 3589-5000
www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
X
X
X
X
X
Média Tensão
(11) 2384-0155
www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
X
X
Mersen do Brasil
(11) 2348-2360
http://ep-fr.mersen.com/
Cabreuva
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
MetalteX
(11) 5683-5700
www.metalteX.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Mitsubishi Electric
(11) 4689-3000
www.mitsubishielectric.com.br São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
MTM
(11) 4125-3933
www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
X
X
NORMATEL
(85) 3031-9988
www.normatel.eng.br
Fortaleza
CE
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
PeXtron
(11) 99105-5014 www.peXtron.com.br
São Paulo
SP
X
X
PhoeniX Contact
(11) 3871-6400
São Paulo
SP
X
X
Rockwell Automation
(11) 99779-3039 www.ab.com
São Paulo
SP
X
X
Sassi
(11) 4138-5122
www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra
SP
X
SEMPRE SISTEMAS
(11) 2730-2324
www.sempremanutencao.com.br Arujá
SP
X
(54) 2101-7070
www.soprano.com.br
CaXias do Sul
RS
X
X
X
X
www.steck.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
Soprano
Steck Indústria Elétrica (11) 2248-7000
www.phoeniXcontact.com.br
X
X
X
X X
X
(19) 3875-9868
www.tee.com.br
Indaiatuba
SP
X
THS Ind. e Com. Ltda
(15) 3225-5060
www.fuses.com.br
Sorocaba
SP
X
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X
X
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TEE
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X X
X
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X
X
X
Outros
Mogi Mirim
X
X
Acessórios para disjuntores
(19) 3804-1042
X
Disjuntor-motor
ADS DISJUNTORES
www.adsdisjuntores.com.br
X
Mini-disjuntores
X
Caixa moldada
X
Oferece treinamento técnico para os clientes
X
Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X
Importa produtos acabados
SP
Exporta produtos acabados
São Paulo
Disjuntores
Possui programas na área de responsabilidade social
www.abb.com.br
Possui serviço de atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet
(11) 3688-9111
Possui certificado ISO 14001 (ambiental)
X
ABB Ltda
Dispositivos de proteção de baixa tensão
Possui certificado ISO 9001 (qualidade)
UF SP X
Internet
Cidade Guarulhos
Telemarketing
Site www.acabine.com.br
Venda direta ao cliente final
Comercial
X
Telefone (11) 2842-5252
Revendas/Varejistas
Industrial
X
EMPRESA A.Cabine Mat. Elétricos
Distribuidores/Atacadistas
Serviços (manutenção, montagem de painéis, etc.)
X
Principal canal de vendas
Montadores de painéis
Distribuidora
Fabricante
X
Residencial
Principal segmento de atuação
Empresa
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Abertos
66
X
X
X
X
X
X
X
X
X
67
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Dispositivos de comando, controle, seccionamento, acionamento e sinalização de baixa tensão
Alpha Equip. Elétricos
(11) 3933-7530
www.alpha-eX.com.br
São Paulo
SP
CHINT GROUP
(11) 3266-7654
www.chint.net
São Paulo
SP
Clamper
(31) 3689-9500
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
DECORLUX
(41) 3029-1144
www.decorluX.com.br
Curitiba
PR
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
EATON
0800 00 32866
www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
EFE-SEMITRANS
(21) 2501 1522
www.efesemitrans.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ELETRICTECK
(16) 3877-5510
www.eletricteck.com.br
Ribeirao Preto
SP
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
Cornelio Procópio
PR
X X X X X
ELOS
(41) 3383-9290
www.elos.com.br
Curitiba
PR
X
EMBRASTEC
(16) 3103-2021
www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
ENERBRAS
(41) 2111-3000
www.enerbras.,com.br
Campo Largo
PR
Engepoli Engenharia
(11) 4335-5139
www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
EXatron
0800 541 3310
www.eXatron.com.br
Porto Alegre
RS
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
GE DO BRASIL
0800 595 6565
br.geindustrial.com
Contagem
MG
Holec
(11) 4191-3144
www.holec.com.br
Boituva
SP
X
www.jng.com.br
São Paulo
SP
X X X X
JNG MATERIAIS ELÉTRICOS (11) 2090-0550
X X
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X
X
X
X
www.kenzle-haller.com.br
São Paulo
SP
X
Kraus & Naimer
(11) 2198-1288
www.krausnaimer.com.br
Cotia
SP
X
Kron Medidores
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
Legrand
0800 118 008
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
LUKMA ELECTRIC
(17) 2138-5050
www.lukma.com
São José do Rio Preto
SP
MAGNET
(11) 4176-7877
www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
MarGirius
(19) 3589-5000
www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
X
Média Tensão
(11) 2384-0155
www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
X
Mersen do Brasil
(11) 2348-2360
http://ep-fr.mersen.com/
Cabreuva
SP
X X X X X X
MetalteX
(11) 5683-5700
www.metalteX.com.br
São Paulo
SP
Mitsubishi Electric
(11) 4689-3000
www.mitsubishielectric.com.br São Paulo
SP
MTM
(11) 4125-3933
www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X X
X
NORMATEL
(85) 3031-9988
www.normatel.eng.br
Fortaleza
CE
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
PeXtron
(11) 99105-5014 www.peXtron.com.br
São Paulo
SP
PhoeniX Contact
(11) 3871-6400
São Paulo
SP
Rockwell Automation
(11) 99779-3039 www.ab.com
São Paulo
SP
Sassi
(11) 4138-5122
www.sassitransformadores.com.br Taboão da Serra
SP
SEMPRE SISTEMAS
(11) 2730-2324
www.sempremanutencao.com.br
Arujá
SP
Soprano
(54) 2101-7070
www.soprano.com.br
CaXias do Sul
RS
www.steck.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
X
X
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X X
X
X
(11) 2249-9606
Steck Indústria Elétrica (11) 2248-7000
X
X
Kienzle Controls
www.phoeniXcontact.com.br
X
Minuteria
X
X
Variador de luminosidade
X
SP
X
Religadora
SP
São Paulo
X
Fusível
Mogi Mirim
X
Seccionadora fusível
www.adsdisjuntores.com.br
(11) 96949-0029 www.agpr5.com
X
Seccionadora
(19) 3804-1042
AGPR5
X
Reversora
ADS DISJUNTORES
X
Comutadora
SP
Iluminação BT
Manual
São Paulo
Chaves BT
Automática
www.abb.com.br
Outros
(11) 3688-9111
Fotoelétricos
SP
ABB Ltda
Outros relés de proteção Eletrônicos
UF
Guarulhos
Outros relés de proteção Eletromecânicos
Cidade
www.acabine.com.br
De subtensão
Site
(11) 2842-5252
De falta à terra
Telefone
Dispositivos Diferenciais Residuais (DR)
EMPRESA A.Cabine Mat. Elétricos
Relés BT
Dispositivos de proteção contra Surtos (DPS)
Outros
Dispositivos BT
Especiais
Acessórios para fusíveis
Tipo cartucho
Tipo D
Tipo NH
Fusíveis BT
Chaves de transferência BT
Interruptor para iluminação
Dispositivos de proteção de baixa tensão - DISJUNTORES
X
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X
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X
X X
X X
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X
X X
TEE
(19) 3875-9868
www.tee.com.br
Indaiatuba
SP
X X X X X
THS Ind. e Com. Ltda
(15) 3225-5060
www.fuses.com.br
Sorocaba
SP
X X X X X X
WEG
(47) 3276-4000
www.weg.net
Jaraguá do Sul
SC
X X
X X
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X
X
Pesquisa - Dispositivos elétricos de proteção, manobra e comando BT-MT Dispositivos de comando, controle, seccionamento, acionamento e sinalização de baixa tensão
(19) 3804-1042
Mogi Mirim
SP
AGPR5
(11) 96949-0029
www.agpr5.com
São Paulo
SP
Alpha Equip. Elétricos
(11) 3933-7530
www.alpha-eX.com.br
São Paulo
SP
X
CHINT GROUP
(11) 3266-7654
www.chint.net
São Paulo
SP
X
Clamper
(31) 3689-9500
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
COEL
(11) 2066-3211
www.coel.com.br
São Paulo
SP
X
DECORLUX
(41) 3029-1144
www.decorluX.com.br
Curitiba
PR
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
EATON
0800 00 32866
www.eaton.com.br
Porto Feliz
SP
EFE-SEMITRANS
(21) 2501 1522
www.efesemitrans.com.br
Rio de Janeiro
RJ
ELETRICTECK
(16) 3877-5510
www.eletricteck.com.br
Ribeirao Preto
SP
ELETROTRAFO
(43) 3520-5000
www.eletrotrafo.com.br
Cornelio Procópio
PR
ELOS
(41) 3383-9290
www.elos.com.br
Curitiba
PR
EMBRASTEC
(16) 3103-2021
www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
ENERBRAS
(41) 2111-3000
www.enerbras.,com.br
Campo Largo
PR
Engepoli Engenharia
(11) 4335-5139
www.engepolienergia.com
São Bernardo do Campo
SP
EXatron
0800 541 3310
www.eXatron.com.br
Porto Alegre
RS
X
FINDER
(11) 4223-1550
www.findernet.com
São Caetano do Sul
SP
X
GE DO BRASIL
0800 595 6565
br.geindustrial.com
Contagem
MG
Holec
(11) 4191-3144
www.holec.com.br
Boituva
SP
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(11) 2198-1288
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Cotia
SP
Kron Medidores
(11) 5525-2000
www.kron.com.br
São Paulo
SP
Legrand
0800 118 008
www.legrand.com.br
São Paulo
SP
LUKMA ELECTRIC
(17) 2138-5050
www.lukma.com
São José do Rio Preto
SP
MAGNET
(11) 4176-7877
www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
MarGirius
(19) 3589-5000
www.margirius.com.br
Porto Ferreira
SP
Média Tensão
(11) 2384-0155
www.mediatensao.com.br
Guarulhos
SP
Mersen do Brasil
(11) 2348-2360
http://ep-fr.mersen.com/
Cabreuva
SP
MetalteX
(11) 5683-5700
www.metalteX.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Mitsubishi Electric
(11) 4689-3000
www.mitsubishielectric.com.br
São Paulo
SP
X
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X
MTM
(11) 4125-3933
www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
NORMATEL
(85) 3031-9988
www.normatel.eng.br
Fortaleza
CE
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
PeXtron
(11) 99105-5014
www.peXtron.com.br
São Paulo
SP
PhoeniX Contact
(11) 3871-6400
www.phoeniXcontact.com.br
São Paulo
X
X
Rockwell Automation
(11) 99779-3039
www.ab.com
Sassi
(11) 4138-5122
SEMPRE SISTEMAS Soprano
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X X
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Taboão da Serra
SP
(11) 2730-2324
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Arujá
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(54) 2101-7070
www.soprano.com.br
CaXias do Sul
RS
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São Paulo
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SC
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SP
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São Paulo
Jaraguá do Sul
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www.fuses.com.br
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(47) 3276-4000
X
X
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(15) 3225-5060
X
X
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Kraus & Naimer
WEG
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THS Ind. e Com. Ltda
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SP
SP
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São Paulo
Indaiatuba
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São Paulo
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(19) 3875-9868
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www.jng.com.br
TEE
X
X X
(11) 2249-9606
Steck Indústria Elétrica (11) 2248-7000
X X
Kienzle Controls
JNG MATERIAIS ELÉTRICOS (11) 2090-0550
X
Outros relés de proteção Eletrônicos
ADS DISJUNTORES
www.adsdisjuntores.com.br
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Outros relés de proteção Eletromecânicos
SP
De subtensão
São Paulo
De falta à terra
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Acessórios para fusíveis
X
(11) 3688-9111
Fusíveis
Relé de Impulso
X
ABB Ltda
Acessórios para disjuntores
Contato
X
UF SP
Relés MT
Disjuntores
Chave fim de curso
X
Cidade Guarulhos
Outros
Botoeira
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Site www.acabine.com.br
Programador horário
Temporizador
X
Telefone (11) 2842-5252
Sensores em geral
Inversor de freqüência
X
A.Cabine Mat. Elétricos
Dispositivos MT
Sinalizadores em geral
Chave de partida de motor
EMPRESA
Dispositivos de proteção e seccionamento de média tensão
Outros BT
Soft starter
Motor BT
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Pára-raios
68
X
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X X X
X
X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Por Hélio Sueta*
Proteção de postos de combustíveis: análise de risco e aspectos específicos
A
descargas
realizarem uma análise de risco para este
atmosféricas de postos de combustíveis
proteção
contra
tipo de estrutura é a definição do fator de
deve seguir as recomendações das quatro
redução rf em função do risco de incêndio
partes da norma ABNT NBR 5419: 2015
ou explosão da Tabela C.5 da parte 2.
incluindo o Anexo D da parte 3, que fornece
informações adicionais para SPDA no caso
específica para postos de gasolina. É a
de estruturas com risco de explosão.
ABNT NBR 14639 que apresenta alguns
Um primeiro ponto de dúvida que
desenhos definindo a classificação de
muitos
áreas.
profissionais
encontram
ao
Figura 1 – Classificação de áreas durante o abastecimento.
A ABNT publicou uma norma em 2014
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Figura 2 – Classificação de áreas em postos de combustíveis.
Figura 3 – Respiro do tanque.
71
72
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Nas Figuras 1, 2 e 3 podemos
total no qual a atmosfera inflamável irá
a menos que os respiros possuam
verificar que são consideradas zonas
existir. Isto irá compreender a duração
válvulas corta-fogo funcionando (na
2, o volume ao redor das bombas de
total da ocorrência mais o tempo
maioria dos tipos existentes são de
abastecimento a uma distância de
levado para que a atmosfera inflamável
difícil manutenção).
6 metros e uma altura de 0,5 metro.
se disperse depois da ocorrência ter
Perto das bombas a uma distância
parado”.
ascendentes são descargas no ar oriundas
de 0,5 metro, a altura deste volume
aumenta a 1,2 metros, durante o
quando
da
ocorrem nestes objetos em direção
abastecimento.
1
frequência de ocorrência e duração
para a nuvem que podem se conectar
apenas dentro do gabinete e ao
podem ser obtidas das normas relativas
com o líder descendente (que vem da
redor da saída de gases nos respiros
a indústrias ou aplicações específicas”.
nuvem) ou não, neste caso chamados de
considerando uma semiesfera com 1
Assim, de uma forma geral, para a
líder ascendente não conectante. Estes
metro de raio. Nesta saída, também
maior parte do posto de combustíveis,
líderes ascendentes surgem devido ao
temos uma zona 2 que seria outra
o fator de redução rf, em função
campo elétrico oriundo da aproximação
semiesfera prolongada com um raio
do risco de incêndio ou explosão,
do líder descendente.
de 1,5 metros envolvendo a primeira
deve ser 10-3 que corresponde a um
(ver Figura 3).
incêndio baixo, que para estarmos a
edificações mais altas (de preferência,
Relembrando a classificação por
favor da segurança, podemos utilizar
dentro do volume de proteção desta
zonas:
10-2 que corresponde a um incêndio
edificação) estão mais protegidos,
normal. Somente ao redor da saída
porém,
Zona 0 é o “local no qual uma atmosfera
dos respiros, segundo a ABNT NBR
estarão mais expostos às descargas
explosiva consistindo de uma mistura
14639 de 2014, teremos um volume
atmosféricas diretas e aos efeitos
de ar e substâncias inflamáveis em
semiesférico (com um metro de raio)
indiretos das mesmas.
forma de gás, vapor ou névoa estão
com uma zona 1, sendo que, neste
Uma
presentes
caso, o fator de redução seria de 10-1
possibilidade de ocorrência de ignição
que corresponde a um incêndio alto.
dos gases que saem dos respiros
Geralmente,
Teremos
continuamente
zona
ou
por
longos períodos ou frequentemente”;
Remete também às outras normas cita
que
“indicações
nos
postos
É importante relembrar que os líderes
de objetos em contato com a terra que
Postos de combustíveis próximos a
se
estiverem
forma
de
isolados,
minimizar
a
de
é instalar hastes tipo Franklin nas
Zona 1 é o “local no qual uma
combustíveis, esta saída dos respiros
redondezas dos respiros de forma
atmosfera explosiva consistindo de
é uma “ponta de uma ou mais
que o volume de proteção definido
uma mistura de ar e substâncias
(geralmente três, uma para gasolina,
por estas hastes englobe, com uma
inflamáveis em forma de gás, vapor
uma para etanol e a outra para diesel)
margem de segurança, o volume dos
ou névoa são esperados a ocorrer em
tubulações metálicas” fixadas em um
gases combustíveis. Estas hastes, se
operação normal ocasionalmente”;
dos muros do posto ou em um canto
bem dimensionadas, além de evitar
da edificação de serviços ou loja de
que a descarga direta passe pelo
Zona 2 é o “local no qual uma
conveniência.
volume dos gases, podem fazer com
atmosfera explosiva consistindo de
Um grande perigo seria a descarga
que os líderes ascendentes surjam de
uma mistura de ar e substâncias
atmosférica, ao atingir o posto ou
suas pontas e, desta forma, um pouco
inflamáveis em forma de gás, vapor
muito perto deste, passar pelo volume
mais distante do volume dos gases.
ou névoa não são esperados a ocorrer
gerado pelos gases que saem destes
em operação normal, mas, se isto
respiros ou houver um líder ascendente
volume dos gases que formam as
acontecer, irá persistir somente por
conectante ou não conectante nestes
Zonas 1 e 2 não é uma esfera perfeita.
períodos curtos”.
respiros com energia suficiente para
O formato e o tamanho deste volume
Na
realidade,
sabemos
que
o
iniciar uma ignição. Esta situação,
de gases dependem das velocidades
A norma ainda complementa que
felizmente com baixa probabilidade
do vento no local e da saída dos gases,
“a palavra persistir significa o tempo
de ocorrência, é de difícil solução,
além do tipo de gás.
73
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Como consideramos os postos de
combustíveis
sendo
uma
estrutura
que contém zonas de risco, todos os elementos do SPDA externo (captação e descidas) devem ficar a pelo menos um metro distante da zona de risco.
Os protetores contra surtos devem
ser instalados em quadros fora das zonas de risco. No caso onde isto não for praticável, devem ser específicos para este uso (certificados como a prova de explosão e/ou encapsulados). Cuidados especiais nas ligações equipotenciais para evitar qualquer
Figura 4 – Exemplo de proteção de respiros de tanques de combustível.
A título de exemplo, se considerarmos
Neste
exemplo
tipo de centelhamento (por exemplo, (Figura
4),
se
conexões, flanges e junções). Os
que o volume de gás na saída do respiro
instalarmos três hastes distantes de 2,5
tubos de metal devem ser ligados à
é uma semiesfera de raio um metro
metros da saída dos gases, espaçadas
terra conforme as regras da parte 3 da
para zona 1, de 1,5 metro para zona 2
em forma de triângulo equilátero, e
ABNT NBR 5419: 2015.
e, com uma margem de segurança,
com altura no mínimo de 2,2 metros
As coberturas metálicas, se em
podemos especificar pelo menos 3
acima da altura da saída dos gases,
contato com zonas de risco, não
hastes ao redor da saída dos gases,
estes estarão confinados no volume de
podem ser perfuradas. Se não tiverem
considerando a proteção de uma esfera
proteção. Este um metro de distância
em contato com as zonas de risco,
de 2,5 metros de raio. O posicionamento
das zonas de risco geralmente é
verificar, se perfuradas, o material
e as dimensões destas hastes devem ser
maior que as distâncias de segurança
fundido não irá cair em zona de risco.
feitos pelo método eletrogeométrico,
calculadas conforme o item 6.3 e anexo
considerando, por exemplo, nível de
C da parte 3 da ABNT NBR 5419: 2015,
proteção I e, portanto, um raio da esfera
porém, se a distância de segurança for
rolante de 20 metros.
maior, esta deve ser utilizada.
*Hélio Eiji Sueta é doutor em Engenharia Elétrica e Secretário da CE-003.064-10 do Cobei/ABNT.
74
Espaço SBQEE
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Por Arthur Bonelli, Marco Bonelli, Evandro Vaciloto Filho e Pedro Augustho Block*
Impacto de dessintonias em filtros harmônicos passivos
Até aproximadamente uma década
outros efeitos colaterais, geram distorções
atrás,
harmônicas de tensão e corrente.
salvo
poucas
aplicações,
as
preocupações com geração de distorção
harmônica
O Operador Nacional do Sistema
cargas
Elétrico (ONS) solicita que os novos agentes
denominadas não lineares. Havia um
acessantes ao Sistema Interligado Nacional
senso comum de que a Geração e a
realizem estudos para analisar o impacto
Transmissão de energia elétrica (G&T) eram
do empreendimento no sistema elétrico
sempre “limpas”. As únicas aplicações em
brasileiro. Caso os resultados apresentem
que havia preocupação com distorções
valores de distorções harmônicas acima
harmônicas na G&T eram em transmissão
dos limites regulatórios, é necessário
em corrente contínua e em compensadores
implementar
estáticos.
quais podem ser compostos por filtros
No
eram
entanto,
advindas
a
matriz
de
energética
sistemas
mitigadores,
os
harmônicos passivos e/ou ativos.
brasileira vem se diversificando e as fontes
Apesar do avanço da eletrônica de
de energias renováveis estão ganhando
potência, os filtros passivos ainda possuem
mais espaço. Atualmente, a energia eólica
maior aplicabilidade, pois:
está em destaque e já representa 8% da matriz elétrica brasileira. Já a energia
• Os equipamentos são mais robustos e
solar fotovoltaica encontra-se em pleno
de fácil manutenção;
desenvolvimento com empreendimentos
• A solução está consagrada em diversas
de grande porte entrando em operação.
aplicações há décadas;
Devido às características intrínsecas
• Há uma maior gama de fornecedores
à fonte de energia primária, no caso, o
no mercado;
vento e a radiação solar, há a necessidade
• Na maioria das aplicações possui preço
de trabalhar com tecnologias que possam
mais competitivo.
compatibilizar a energia gerada com os requisitos de conexão do sistema elétrico.
Via de regra, estas conexões são realizadas
o próprio nome diz, são equipamentos
por conversores de frequência que, dentre
constituídos
Os filtros harmônicos passivos, como por
elementos
passivos
Espaço SBQEE
75
Figura 1 - Configurações de filtros harmônicos passivos: (a) sintonizado; (b) amortecido; (c) tipo C.
(capacitores, reatores e resistores). A Figura
na ordem de 0,5 a 3, a efetividade dos
1 apresenta as três configurações mais
mesmos praticamente não é afetada pela
utilizadas no sistema elétrico.
dissintonia, diferentemente dos casos com
Em suma, o filtro sintonizado possui alta
fator de amortecimento alto (por exemplo
efetividade, no entanto, é projetado para
10), quando a dessintonia começa a
filtrar apenas uma ordem harmônica. Já o
influenciar na efetividade dos filtros.
filtro amortecido possui eficácia menor se
comparado com o sintonizado, contudo, é
dos filtros harmônicos na etapa de projeto é
capaz de filtrar diversas ordens harmônicas.
de suma importância, visto que este afeta o
Por sua vez, o filtro tipo C possui
real funcionamento destes equipamentos.
desempenho similar ao filtro amortecido,
Quanto à dessintonia, parâmetro muitas
mas com baixas perdas.
vezes desconsiderado por projetistas, esta
Dentre
os
diversos
necessários
para
Portanto, o correto dimensionamento
parâmetros
causa grande impacto no desempenho
correto
de filtros harmônicos, principalmente nos
o
dimensionamento dos filtros harmônicos,
sintonizados.
a dessintonia vem ganhando destaque,
Mais informações sobre dimensio na
pois a falta de cuidado com a mesma pode
mento dos filtros harmônicos passivos e
implicar na ineficiência da filtragem.
impacto da dessintonia em sua efetividade
Resumidamente, a dessintonia é o
pode ser verificado no artigo da referência
distanciamento da ordem de ressonância
[2], que foi apresentado na XII CBQEE.
de um filtro com a frequência harmônica que se deseja filtrar. Quanto maior este
Referências
valor, o filtro mitigará um percentual menor [1] Associação
desta harmônica. A
dessintonia
propositalmente
pode por
ser
causada
necessidade
de
Brasileira
de
Energia
Eólica. Annual Wind Energy Report 2017. Disponível
em:
<http://www.abeeolica.
projeto ou pela variação indesejada dos
org.br/dados-abeeolica/>.
componentes do filtro e/ou características
19/06/2018.
do sistema. No caso de não ser proposital,
[2] BONELLI, Arthur F.; BONELLI, Marco
as variáveis que mais influenciam são:
L.; VACILOTO FILHO, Evandro M.; BLOCK,
tolerância de fabricação dos componentes
Pedro A. B.. Análise do Impacto de
passivos, variação da temperatura, queima
Dessintonias em Filtros Harmônicos Passivos.
de elementos capacitivos e alteração da
XII CBQEE - Conferência Brasileira sobre
frequência da rede elétrica.
Qualidade da Energia Elétrica. Curitiba, 2017.
Os
grande
filtros
sintonizados
sensibilidade
à
Acesso
em:
apresentam variação
da
*Arthur Fernando Bonelli é engenheiro de Furnas
dessintonia, o que fica mais evidente
Centrais Elétricas;
quanto menor for a frequência de sintonia
Marco Leandro Bonelli atua na GE;
e/ou menor for a potência reativa. Em
Evandro Marcos Vaciloto Filho atua na GE;
relação aos filtros amortecidos e tipo C,
Pedro Augustho Biasuz Block é pesquisador do
para baixos fatores de amortecimento,
Institutos Lactec.
76
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Medidas de proteção
Para se reduzir o risco de acordo com o tipo de dano que advém das
descargas atmosféricas as seguintes medidas de proteção são adotadas: Proteção para reduzir danos a pessoas devido a choque elétrico – observar o tipo de isolação adequada para partes condutoras expostas; a adoção de subsistema de aterramento contendo, no mínimo, um anel sob a estrutura a ser aterrada; a utilização de restrições físicas e avisos e as ligações equipotenciais para descargas atmosféricas.
Medidas de proteção para redução de danos físicos – a proteção é
alcançada por meio de sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) externo e interno, o que inclui as seguintes características: subsistemas de captação, descida e aterramento; ligação equipotencial para descargas atmosféricas; isolação elétrica através da aplicação da distância de segurança; para áreas abertas recomenda-se a adoção do sistema de alerta de tempestades elétricas (SATE).
Medidas de proteção para redução de falhas dos sistemas elétricos
e eletrônicos – sSão possíveis as seguintes medidas de proteção contra surtos (MPS): medidas de aterramento e equipotencialização; blindagem magnética; correto roteamento dos cabos de energia e sinal; utilização de DPSs coordenados e aplicação de interfaces isolantes. Podem-se utilizar essas medidas individualmente ou combinadas.
Tais medidas de proteção compõem uma proteção contra descargas
atmosféricas (PDA). A escolha das medidas mais adequadas de proteção deve ser feita pelo responsável técnico embasado nas necessidades locais de proteção, de acordo com o tipo e valor de cada dano correspondente, com os aspectos técnicos e econômicos das diferentes medidas de proteção e dos resultados da avaliação de riscos, conforme a parte 2 da ABNT NBR 5419.
As medidas de proteção devem satisfazer, no mínimo, os requisitos da
ABNT NBR 5419-1 a 4 e também serem capazes de suportar os esforços esperados nos respectivos locais de suas instalações.
78
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Junho de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
Os fatores das instalações
demanda para o quadro e, naturalmente,
ser calculada considerado somente a
de planejamento e projeto, mesmo nas
seu alimentador, não significa que cada
relação quadrática entre as potências
medições do comportamento de fontes e
circuito possuirá o mesmo fator de
ativa e reativa medidas em valores médios
cargas em instalações elétricas, são definidos
demanda.
a cada hora do período de medição (mês),
Durante as estimativas iniciais, etapas
a definição que considera a relação da
diversos fatores que constituem importantes variáveis do comportamento das cargas nas
FD=Demanda (W) / Potência instalada
potência ativa em relação à aparente
instalações. Estes fatores possuem diversas
(W) - FD<=1.
considera as correntes harmônicas na
aplicações e podem ser úteis em aplicações
Se a potência instalada de um quadro for
composição desta potência aparente,
em ações corretivas e modificações ou
100 kW e a demanda máxima medida ou
distinta, portanto, do modelo de tarifação.
ainda servirem de referência em situações
estimada for 70 kW, o fator de demanda
O fator de potência possui, portanto,
semelhantes em outros locais. Além de
será, portanto, de 70%.
importante participação na cobrança de energia reativa excedente pelas
possuírem influências no custo e na qualidade da energia, também provocam impactos nas
2 – Fator de simultaneidade (F.Sim.):
distribuidoras. Tem ainda forte impacto
fontes de alimentação.
é a relação entre a demanda total de
na qualidade da energia das instalações
são
um grupo de cargas e a somatória da
e sua correção adequada contribui para
adimensionais por serem definidos por
demanda de cada carga que compõe
a mitigação da regulação de tensão e
relação de grandezas de mesma unidade.
este grupo. Em uma instalação industrial,
distorções harmônicas. A estimativa do
A terminologia “demanda” está sempre
o fator de simultaneidade pode ser
fator de potência das cargas na etapa de
associada
representado pela relação da máxima
projeto já pode definir as ações corretivas
previsto) da carga, caso outra informação não
demanda medida no transformador e a
de compensação reativa e filtro de
seja associada, o termo é entendido como a
soma das demandas máximas de cada
harmônicos. Por definição do modelo, se
demanda máxima em determinado período
um dos quadros que o transformador (ou
a carga é indutiva, 0<FP<1; se a carga é
e, de uma forma geral, sua unidade é um
quadro geral a ele associado) alimenta
capacitiva 0>FP>-1.
múltiplo de watt no caso de potência ativa,
durante um mesmo período.
Normalmente,
ao
os
coeficientes
comportamento
real
(ou
4 – Fator de Carga (FC): é a relação
apesar de poder ser apresentada em kvar em caso de demanda de potência reativa e KVA
F.Sim.= (Demanda máxima grupo cargas)
entre a demanda média registrada em um
em demanda de potência aparente.
/ Σ (demandas máximas das cargas
período (horas, dias ou mês) e a demanda
individuais) FSim <=1
máxima registrada no mesmo período. Os modelos atuais de tarifação definidos
1 – Fator de demanda (F.D.): é a relação entre a demanda real (ou estimada) e a
3 – Fator de Potência (FP): é a relação
pela Aneel 414 consideram a medição
potência total instalada, normalmente,
entre a potência ativa (W) e a potência
das demandas a cada 15 minutos, e são
aplicada para um quadro terminal que
aparente (VA). FP=P/S. Apesar de as
calculados pela medição do consumo de
contempla a alimentação de diversos
regras da Aneel determinarem que a
energia nestes mesmos períodos de 15
circuitos. A adoção de um fator de
cobrança de excedente de energia deve
minutos divididos por 1/4 de hora. Não se
79
O Setor Elétrico / Junho de 2018
pode confundir com picos instantâneos
impacto. O valor será relacionado a um
1,25 e são apresentados nas placas dos
de demanda nestes mesmos intervalos,
fator de impacto de base e se o resultado
motores.
portanto, cada demanda nos intervalos
for maior que 1 pu merecerá ser avaliado
de 15 minutos representa, na verdade,
pela companhia distribuidora responsável
9 – Fator de Crista (FC): representa a relação
a demanda média neste período e, ao
pela alimentação da planta. FI<1
da corrente de pico na forma de onda
final de um mês, o maior destes 2880
representa uma situação tolerável e FI >1
senoidal (em geral de corrente) e o valor
intervalos ou subdivisão será considerada
a situação deverá ser passível de análise
eficaz da mesma onda no mesmo ciclo. É
a demanda máxima ou simplesmente
pela distribuidora.
utilizado para representar a severidade do conteúdo harmônico de cargas não lineares.
demanda daquele mês. O fator de carga pode ser ainda medido e avaliado
7 – Fator k de transformadores: utilizado
Em uma carga linear, o Fator de Crista vale
especificamente nos períodos de ponta,
na especificação e construção de
(raiz) de 2 (ou 1,4). O fator de crista pode
fora de ponta, etc. De uma forma geral,
transformadores que alimentarão cargas
atingir até 3 em cargas com alto conteúdo
o valor da energia faturada (em R$)
não lineares que contenham correntes
harmônico. Normalmente. o F.C. é utilizado na
relacionada à energia consumida em kWh
harmônicas. Um outro coeficiente
especificação de UPS que alimentará cargas
será tanto menor quanto mais próximo de
com a mesma terminologia e uso
não lineares.
1 for o fator de carga.
similar é utilizado para desclassificar transformadores que alimentam as
Os fatores das instalações, se bem
Dmed=kWh/T; sendo “kWh” a energia
cargas com correntes harmônicas.
aplicados, são boas ferramentas na busca da
consumida em período “T(h)”.
Duas terminologias semelhantes com
segurança, economia e qualidade.
Dmaxn= Maior demanda de um conjunto
aplicações distintas, uma relativa a norma
de “n” demandas medidas em intervalos
UL(americana) e outra a norma BS
em período aproximado de 14 dias em instalação
de 15 minutos durante um período T de
(inglesa).
industrial de alguns dos fatores acima definidos.
O gráfico da Figura 1 apresenta a medição
Note que o fator de carga pode ser calculado
amostragem ou medição. 8 – Fator de Serviço (FS): normalmente
pela relação da demanda média (da ordem de
aplicado em motores elétricos, representa
300 kW) e a demanda máxima, da ordem de
5 – Fator de Utilização (FU): aplicado a
a capacidade de motores operarem em
700 kW. Neste caso, o FC é da ordem de 42%.
equipamentos, associado geralmente
valores superiores à corrente nominal
A demanda média foi obtida pela integração
às capacidades destes equipamentos
em função de atendimento a cargas
da curva de demanda dividida pelo período em
(potência) e sua utilização. Um
acima da nominal, sem consideração de
horas. O fator de utilização do trafo de 1500 kVA
transformador com 750 kVA de potência
sobrecarga. Normalmente, os F.S., quando
será a relação da potência aparente e a potência
nominal, com demanda medida (máxima)
especificados, são da ordem de 1,15 ou
nominal do Trafo, portanto, 780/1500 ou 52%.
FC = Dmed/Dmaxn
FC<=1.
de 500 kVA, possuirá um fator de utilização de 500/750=66% 6 – Fator de Impacto (FI): Definido pelo modulo 8 do Prodist/Aneel a partir da revisão 8. É calculado pelas características das VTCDs (variação de tensão de curta duração) medidas nas entradas de energia de instalações no ponto de acoplamento comum (PAC) e considera as variações de tensão de curta duração e os intervalos relativos, obtidos com instrumentos adequados. Após a tabulação necessária durante o mês, as VTCDs e intervalos associados são ponderados e somados por método específico, obtendo-se, então, o fator de
Figura 1 – Medição de alguns fatores de instalação industrial.
80
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Novos requisitos sobre a certificação de equipamentos “Ex” para plataformas marítimas nos EUA – Parte 2/2 De acordo com a Guarda Costeira norte-
nos sistemas internacionais de avaliação
quais podem operar na bacia continental de
americana, a proliferação de equipamentos
da conformidade, quando da execução
diversos países, a instalação de equipamentos
e de instalações em atmosferas explosivas
dos diversos ensaios e certificações de
“Ex” com certificação no Sistema IECEx
certificadas de acordo com os requisitos
equipamentos elétrico para utilização em
é a opção mais comum entre os grandes
indicados
com
atmosferas explosivas. A Guarda Costeira
fabricantes mundiais de tais instalações
que houvesse um nível considerável de
dos EUA reconhece que, no presente
offshore. Pode ser verificado, inclusive,
inconsistências com relação à determinação
momento, em que tantas plataformas, navios
que já existem tais tipos de plataformas
da devida conformidade de embarcações
petroleiros e FPSOs possuem bandeiras
com equipamentos com certificação IECEx
móveis marítimas que atracam nos diversos
“estrangeiras”, que existem ações no sentido
operando na Bacia Continental dos Estados
portos dos EUA e que operam na área de
de harmonização dos requisitos legais e
Unidos.
sua plataforma continental marítima. As
de aceitação de equipamentos “Ex” com
inconsistências referem-se à necessidade
certificação internacional IECEx.
requisitos legais da Guarda Costeira dos
de equipamentos que fossem “listados” ou
De acordo com a NEMA (National
EUA envolvendo equipamentos e instalações
“aprovados” por “entidades” norte-americanas
Electrical Manufacturers Association), antes
em áreas classificadas foi a de determinar
para utilização em áreas classificadas.
da existência do sistema IECEx, os fabricantes
uma associação e um vínculo necessário
A finalidade da revisão do regulamento
norte-americanos interessados na exportação
entre as normas técnicas e os sistemas de
“Ex” elaborado pela Guarda Costeira dos
de seus produtos e equipamentos “Ex”, se
certificação “Ex” que são requeridos nos EUA
EUA (USCG), em vigor desde 02/04/2018,
deparavam com incertezas com relação
e as normas e os sistemas de certificação
foi a de propor que as instalações marítimas
à aceitação ou não, pelos organismos de
“Ex” internacionais. A iniciativa e a motivação
offshore, que operem na área da plataforma
certificação e pelas autoridades de avaliação
da Guarda Costeira dos EUA são também
continental marítima dos EUA, estejam de
de outros países, dos resultados de ensaios
baseadas no reconhecimento de que existem
acordo com as normas equivalentes indicadas
que haviam sido realizados pelos laboratórios
sistemas internacionais de proteção de
nos regulamentos existentes nos EUA para
de ensaios reconhecidos nos Estados Unidos
equipamentos “Ex” e de instalações elétricas
os MODUs (Mobile Offshore Drilling Units)
(NRTL). A NEMA mostra-se preocupada
em atmosferas explosivas além dos códigos
ou com o Capítulo 6 do IMO MODU Code
no sentido de que uma eventual falha ou
existentes nos Estados Unidos, tornando,
2009, incluindo os relatórios de ensaios e a
atraso em referenciar a aceitação do sistema
assim, possível para as plataformas de
certificação por organismos independentes,
IECEx no sistema legal de regulamentos dos
produção de petróleo, navios petroleiros
reconhecidos no Sistema IECEx.
Estados Unidos pode colocar os fabricantes
e FPSOs que são fabricados em diversos
na
Diretiva
ATEX
fez
A intenção deste esforço em termos de
De acordo com este novo regulamento,
norte-americanos de equipamentos elétricos
países para executarem serviços globais
a Guarda Costeira acredita ser de vital
para atmosferas explosivas em uma posição
poderem ser realmente globais.
importância e uma medida de segurança que
de desvantagem competitiva no mercado
os laboratórios de ensaio e os organismos
internacional.
de equipamentos com certificação emitida
de certificação sigam os procedimentos
Além disso, em função da natureza
pelo Sistema IECEx ensaiado por um
estabelecidos nos sistemas internacionais
“móvel” do local de operação das plataformas
Laboratório reconhecido nos EUA, mas não
de certificação de equipamentos “Ex” e
marítimas de perfuração e de produção, as
mais aceita a instalação de equipamentos
Resumindo, a USCG aceita a instalação
81
O Setor Elétrico / Junho de 2018
que possuam somente certificação ATEX
embarcações, plataformas de produção,
ponto de vista da segurança durante o ciclo
para embarcações estrangeiras que operem
navios petroleiros e FPSOs, os equipamentos
total de vida das instalações “Ex”.
na Bacia Continental dos EUA (Golfo do
para atmosferas explosivas que atendam
México). Sob o ponto de vista da USCG,
aos requisitos das normas da série IEC
regulatória “Ex” e os requisitos de certificação
por diversas razões de ordem normativas,
60079, sejam ensaiados e certificados por
internacional IECEx incluídos no regulamento
técnicas e de segurança, não mais são
organismos de certificação ou laboratórios
publicado
aceitáveis equipamentos “Ex” que sejam
de ensaios independentes, acreditados no
Americana podem ser encontradas em:
certificados somente de acordo com os
sistema IECEx.
requisitos da Diretiva ATEX. Dentre estas
Sobre o atual regulamento “Ex” dos
IECEx: Sistema de avaliação da
razões destacadas pela USCG estão as
EUA, vigente desde 02/04/2018, a USCG
conformidade da IEC em relação às normas
deficiências reconhecidas existentes nas
declara não ser capaz de quantificar todos
sobre atmosferas explosivas
Diretivas ATEX, como a falta de certificação
os
http://www.iecex.com/assets/Uploads/
de terceira parte para todos os equipamentos
requisitos legais que requerem equipamentos
IECEx-Brochure-The-way-to-safety-
“Ex” e a falta de critérios de avaliação,
“Ex” ensaiados de acordo com as normas
compliance-170718.pdf
ensaios e certificação de equipamentos “Ex”
internacionais
com base em normas técnicas harmonizadas
certificados de terceira parte por Organismo
Nações Unidas: Marco Regulatório
da Série 60079.
benefícios
decorrentes
da
série
IEC
dos
novos
60079
Mais informações sobre a convergência
pela
Guarda
Costeira
Norte
e
de Certificação reconhecido pelo IECEx. No
Comum para equipamentos utilizados em
positivos
entanto, sobre esta abordagem, a USCG
atmosferas explosivas
observados que são provenientes destes
afirma a importância da execução de ensaios
http://www.iec.ch/about/brochures/pdf/
novos requisitos da USCG é a mudança
com base em normas IEC e da certificação
conformity_assessment/IEC_A%20
cultural nas partes envolvidas com estas
independente para todos os equipamentos
Common%20Regulatory%20Framework_
instalações
críticos, como é o caso dos equipamentos
UN_Pt.pdf
Um
dos
resultados
(fabricantes,
mais
fornecedores, de
“Ex”, os quais envolvem riscos potencialmente
certificação) com relação à certificação
catastrófico. Este tipo de ensaios e de
Final Rule by the US Coast Guard
de equipamentos “Ex”. A revisão deste
certificação é entendido pela indústria como
on 31/03/2015 - Electrical Equipment in
regulamento
da
uma medida adequada para elevar os níveis
Hazardous Locations - Federal Register
equipamentos
fabricantes,
usuários
enfatiza
e
a
organismos
importância
de segurança e de proteção à vida, ao meio
https://www.federalregister.gov/
elétricos em áreas classificadas, durante
ambiente e à propriedade.
articles/2015/03/31/2015-06946/electrical-
as atividades de perfuração e exploração,
Nesse sentido, o apoio demonstrado
equipment-in-hazardous-locations
em águas territoriais norte-americanas, de
pelas Nações Unidas no sentido de aceitação
plataformas, navios e FPSOs estrangeiros.
das normas técnicas internacionais das séries
US Coast Guard Notification to World
A Guarda Costeira dos EUA reconhece
IEC 60079 e ISO/IEC 80079, bem como dos
Trade Organization (WTO) - Technical
que cada vez mais e mais embarcações e
sistemas de certificação do IECEx, indicados
Barriers to Trade (TBT) - Electrical
unidades móveis offshore para a indústria
no documento “Marco Regulatório Comum
Equipment in Hazardous Locations – Final
do petróleo de bandeiras estrangeiras serão
para Equipamentos Utilizados em Ambientes
Rules - G/TBT/N/USA/837/Addendum 1 -
construídas de acordo com as normas
de
09/04/2015
técnicas internacionais da Série IEC 60079
em 2011, tem motivado diversos países
https://docs.wto.org/dol2fe/Pages/
(atmosferas explosivas), elaboradas pelo
a adotarem ações para o alinhamento e
FE_Search/DDFDocuments/131417/q/G/
TC 31 da IEC. Além disso, são autorizados
harmonização de seus regulamentos “locais”
TBTN13/USA837A1.pdf
pela Guarda Costeira norte-americana para
com as normas técnicas da série IEC 60079
https://www.gpo.gov/fdsys/pkg/FR-2015-
instalação nestas unidades móveis marítimas,
e com os sistemas de certificação sob o
03-31/pdf/2015-06946.pdf
instalação
adequada
de
Atmosferas
Explosivas”
elaborado
82
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Por William Valentim*
Acessórios para cabos Loadbreak
Entre as vantagens do uso desses produtos, estão a facilidade e o custo reduzido com manutenções periódicas ou emergenciais, além de oferecer mais segurança para poluição visual controlada, revitalização de
usuários e profissionais eletricistas.
centros históricos, segurança em redes aéreas de energia em grandes avenidas e
A população é beneficiada com
em condomínios de alto padrão, o mercado
mais acessibilidade e otimização
vem observando o crescimento das redes
de espaços na pavimentação, o que
subterrâneas de energia e, com elas, o
evita acidentes em época de chuvas
aumento do uso de acessórios para cabos Loadbreak submersíveis.
e facilita a poda de árvores feita
Entre as vantagens do uso desses
pelas prefeituras.
produtos, estão a facilidade e o custo reduzido com manutenções periódicas ou emergenciais, além de oferecer mais
viabilizando o trabalho local.
segurança para usuários e profissionais
O mercado brasileiro de redes de
eletricistas. A população é beneficiada
vem sendo viabilizada também devido ao
A demanda pelos acessórios Loadbreak
distribuição
está
com mais acessibilidade e otimização de
seu custo mais acessível devido à adesão
exigindo muitas adaptações necessárias
espaços na pavimentação, o que evita
de boa parte das distribuidoras de energia
para atender à grande demanda de
acidentes em época de chuvas e facilita
e também de grandes construtoras para
consumo de energia do país. Essas
a poda de árvores feita pelas prefeituras.
novas instalações e revitalizações. As
atualizações
de
energia
elétrica
também
A rede enterrada também evita poluição
concessionárias, por exemplo, poderão
sob o ponto de vista tecnológico, tendo
visual, especialmente, com furto de energia,
reduzir o número de manutenção em
em vista as novidades que surgem a todo
os conhecidos “gatos”, e os emaranhados
redes
momento no setor.
de fios tão comuns em grandes centros
investimentos em outras áreas, como em
são
importantes
áreas,
podendo
canalizar
seus
urbanos com rede de distribuição aérea.
religadores de redes aéreas por exemplo.
comentado, especialmente pelas conces
Nesse
sionárias de energia, diz respeito aos
acessórios para cabos Loadbreak vem
desde
acessórios
Loadbreak
crescendo em alta velocidade, não apenas
regiões mais remotas estão procurando
(operação com carga). Em um passado não
em grandes capitais, mas por várias regiões
se modernizar utilizando equipamentos
muito distante, os acessórios mais comuns
do país. O uso desses acessórios também
e acessórios de baixa e média tensão
utilizados eram para cabos de baixa e
ajuda muito em casos de emergências, em
Loadbreak e o Brasil está seguindo a
média tensão chamados de deadbreak
que uma rede necessita ser desconectada
trilha, com vários projetos realizados e em
(operação sem carga).
em poucos segundos sem a necessidade
andamento.
Ocorre que, com as novas demandas
de um desligamento geral de uma área
*William Valentim é Diretor de Vendas e de Marketing
e exigências, como acessibilidade urbana,
para a realização de uma manutenção,
para a América do Sul do Grupo Chardon.
Um assunto que tem sido bastante
para
cabos
sentido,
a
demanda
por
É possível observar que, atualmente, os
Emirados
Árabes
até
as
84
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Junho de 2018
Power-to-gas via hidrogênio
A produção de hidrogênio a partir das
aumentando a complementariedade dos
era produzir o gás a partir da hidroeletricidade
fontes renováveis de energia vai ajudar na
respectivos sistemas. A alternativa é mais
para uso como combustível. Mas até hoje
otimização e na integração dos setores de
eficiente do que as baterias tradicionais de
o País conta, via de regra, apenas com o
gás natural e de energia elétrica no Brasil.
íons de lítio.
hidrogênio produzido a partir de combustíveis
A ideia é produzi-lo a partir da eletricidade
No caso brasileiro, o exemplo mais
fósseis para processos industriais.
gerada por meio de fontes intermitentes ou
significativo de otimização do setor elétrico
As pesquisas em andamento indicam
sazonais e de mais difícil previsibilidade, e
poderia se dar no Nordeste, região em que
que há muito mais espaço para o insumo no
injetá-lo em gasodutos. O power-to-gas é uma
a participação de fontes eólicas na matriz
armazenamento de energia. Hoje, os desafios
tendência global e pode ajudar a melhorar as
local tem aumentado significativamente e,
da mudança climática somam-se à necessidade
condições de ambos os sistemas, o elétrico e
com esse aumento, também é crescente a
que tem o Brasil de melhorar suas condições
o de gás natural, aumentar o aproveitamento
necessidade de realocações de cargas cada
de abastecimento de gás natural e eletricidade.
de ambos e atender de forma mais eficiente
vez maiores, em curtos intervalos de tempo,
O fato é que o país tem espaço para otimizar
às
para compensar as variações nas intensidades
as condições de aproveitamento de sua matriz
com a otimização de recursos disponíveis
de ventos e consequente geração eólica.
elétrica, utilizando recursos disponíveis com
e consequente redução de custos e de
Na Europa, os projetos já começam a sair
maior eficiência: a produção de hidrogênio
impactos ambientais.
no papel. No ano passado, a Hydrogenics
a partir de energéticos circunstancialmente
A produção do hidrogênio é feita a partir
Corp. assinou um contrato com a Wind
excedentes e sua adição aos gasodutos
da eletrólise da água, um processo que resulta
to Gas Südermarsch para instalação de
certamente representa alternativa importante
também em oxigênio. A eletricidade para
uma planta de 2,4 MW em Brunsbüttel, na
nesse sentido.
tanto poderia ser gerada com excedentes
Alemanha. Na França, por sua vez, a Engie
de bagaço de cana ou outras biomassas,
acaba de inaugurar o projeto GRHYD, de
usinas solares, energia eólica produzida
gestão da rede de gás por meio da ingestão
em momentos de menor demanda (como
de hidrogênio em Durquerque.
de madrugada), ou a partir de excedentes
No Brasil, os esforços neste momento estão
ou
hidroeletricidade
direcionados ao entendimento sobre como
de menor custo, como eventuais volumes
a lógica, a eficiência, a economicidade
d’água que teriam que ser vertidos, caso não
e o potencial dos arranjos energéticos
pudessem ser armazenados em reservatórios
com o hidrogênio poderão favorecer o
de usinas hidrelétricas.
desenvolvimento do setor de energia, a
O passo seguinte é adicionar o hidrogênio
melhoria da otimização das fontes da matriz
ao gás natural nos gasodutos de transporte.
energética (tanto em nível regional como
A adição de até 15% de hidrogênio puro no
nacional), as possibilidades de aprimoramento
metano não teria qualquer impacto negativo
conjunto com as redes de gás natural e as
na combustão nos diversos equipamentos
reduções de custos de capital e ambientais.
industriais e domésticos alimentados pelas
redes de gás. Por outro lado, proporcionaria
novidade por aqui: os estudos começaram na
vantagens, como favorecer a integração dos
década de 1980, após a segunda crise do
Por Demóstenes Barbosa da Silva, presidente
setores de energia elétrica de gás natural,
petróleo. Naquele momento, a perspectiva
da Base Energia Sustentável.
necessidades
energéticas
disponibilidades
de
do
país
O interesse pelo hidrogênio não é uma
Agenda
O Setor Elétrico / Junho de 2018
7 a 9 de agosto
Brazil Windpower 2018
Descrição
Informações
O Brazil Windpower é um grande encontro do setor eólico e, em sua 9ª edição, o evento contará com um congresso que deverá reunir executivos e autoridades do setor eólico nacional e internacional, a fim de buscar o desenvolvimento da fonte eólica no Brasil, através de debates sobre os temas mais relevantes da área no momento. Paralelamente ao congresso, o evento apresenta uma feira de negócios, com toda a atmosfera profissional do setor de energia eólica, reunindo mais de 2500 pessoas. Haverá ainda workshops para todo o público, onde serão apresentados cases de sucesso, novas tecnologias, novidades do setor e muito mais.
Local: Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro (RJ) Contato: www.brazilwindpower.com.br
Eventos
8 e 9 de agosto
CINASE etapa Rio Grande do Sul
Descrição
Informações
O Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) consiste em um evento técnico itinerante que, através de congressos e exposições, objetiva discutir as principais técnicas e tecnologias do setor elétrico, com o propósito de levar informações técnicas de qualidade para os profissionais se atualizarem tecnicamente e para empresas mostrarem suas novidades em produtos e tecnologias, explorando e/ou reforçando sua atuação em cada uma das regiões visitadas. As palestras são ministradas por especialistas do segmento. Ao final de cada bloco de palestras é realizado um debate de perguntas e respostas entre os palestrantes e o público, a fim de sanar as dúvidas. Além das palestras, o evento conta com uma área de exposição, possibilitando a apresentação das principais novidades e inovações tecnológicas do mercado elétrico, trazendo as maiores e melhores oportunidades de networking e negócios que envolvem o setor.
Local: Centro de Eventos ParkShopping Canoas – Rio Grande do Sul (RS) Contato: www.cinase.com.br (11) 3872 – 4404 cinase@cinase.com.br
27 e 28 de agosto
Congresso Brasileiro de Eficiência Energética
Descrição
Informações
Realizado anualmente pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee) chega à 15ª edição com a proposta de discutir o desperdício de energia e sua relação com o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente. O evento se apresenta em um formado chamado de business driven, cuja ideia é fornecer um ambiente de negócios através de congresso com palestras técnicas e de mercado, ao mesmo tempo em que ocorre a ExpoEficiência, uma área de exposição de produtos e serviços relacionados à eficiência energética. O evento é direcionado para engenheiros, pesquisadores, técnicos e tecnólogos, além de executivos de empresas do setor elétrico e da indústria em geral.
Local: Holiday Inn Parque Anhembi – São Paulo (SP)) Contato: www.cobee.com.br (11) 3266-3591 cobee@blueoceanevents.com.br
23 a 25 de julho
Conformidade das instalações elétricas de baixa tensão – Parte prática
Descrição
Informações
Ao longo do curso são utilizados oscilografias obtidas durante distúrbios, fundamentos de análise de sistemas elétricos e conceitos de proteção com o objetivo de capacitar técnicos e engenheiros a diagnosticar ocorrências e a recuperar o sistema em menor tempo, agilizando os trabalhos de manutenção. Serão apresentados exemplos práticos através da análise de distúrbios em sistemas de geração, transmissão e distribuição. Durante o curso, serão abordados principais tópicos que envolvem o tema, tais como: importância da oscilografia e a revolução tecnológica; recursos disponíveis nos softwares comerciais; fundamentos de análise de sistemas elétricos; análise de distúrbios em sistemas de geração; estudo de oscilografias produzidas durante distúrbios ocorridos em redes elétricas; entre outros.
Local: Uberlândia (MG) Contato: www.conprove.com.br (34) 3218 – 6800 conprove@conprove.com.br
15 de agosto
Cursos
85
Conceitos avançados para aplicação da tecnologia Led
Descrição
Informações
Este curso oferece atualização técnica para profissionais da área de iluminação que desejam especificar, projetar ou vender sistemas de iluminação utilizando Leds. O objetivo do treinamento é conscientizar os profissionais da área de iluminação sobre os requisitos técnicos de desempenho e segurança que devem ser observados durante a especificação e o projeto que utiliza lâmpadas e luminárias de Led. O curso é indicado para engenheiros, arquitetos, lighting designers, além de equipes de engenharia e de manutenção que desejam se aperfeiçoar na área.
Local: Centro de Treinamentos Exper – Cotia (SP) Contato: www.expersolution.com.br (11) 4704 – 5972 treinamentos@expersolution.com.br
20 a 22 de agosto
Gestão das Instalações Prediais
Descrição
Informações
O curso de Gestão das Instalações Prediais, oferecido pela NTT, objetiva capacitar o profissional ligado à administração predial a conhecer as instalações prediais, capacitando-o a intervir no momento adequado. O curso é destinado aos profissionais envolvidos direta ou indiretamente em todos os aspectos da gestão de complexos prediais, focando principalmente nos administradores prediais. Durante os três dias do curso, terão ênfase alguns temas, como: a importância das instalações prediais em edificações de alto desempenho; acessibilidade nas instalações prediais; gestão das instalações do sistema elétrico; gestão das instalações do sistema de iluminação, entre outros.
Local: Rio de Janeiro (RJ) Contato: www.ntt.com.br (21) 3325 – 9942 cursos@ntt.com.br
86
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O Setor Elétrico / Junho de 2018
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