Ano 13 - Edição 150 Julho de 2018
Edição especial com circulação no CINASE RS e BRAZIL WINDPOWER
Geração heliotérmica
Estado da arte e experiência do Cepel com sistemas de Concentração de Potência Solar (CSP) ENGENHARIA, CONSULTORIA, MANUTENÇÃO E INSTALAÇÃO Um retrato do mercado das empresas prestadoras de serviços em eletricidade: principais áreas de atuação, faturamento médio e previsões de crescimento A natureza da corrente de curto-circuito trifásica
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Flávia Lima - MTB 40.703 - flavia@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br | claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305
Suplemento Renováveis 43 Conheça mais sobre as plantas de geração termossolar (heliotérmica), que produzem energia elétrica a partir da conversão da energia solar em calor com alta temperatura, com emprego de diferentes arranjos de espelhos concentradores da radiação solar.
8
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira Consultor técnico José Starosta Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Ana Paula Cardoso Guimarães, Antônio Carlos Delaiba, Claudio Mardegan, Cleber Rogério Fiori, Daniel Bento, Filipe Barcelos Resende, Frederico Gonçalves, Giuseppe Parise, Henrique J. F. Neto, Leonardo dos Santos Reis Vieira, Luciano Rosito, Luis Eduardo Camilotti, Mateus Duarte Teixeira, Nunziante Graziano, Otávio Amorim, Pablo de Abreu Lisboa, Paulo Fernandes Costa, Ricardo Barros, Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, Sergio Roberto Santos e Waldo Depolli. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Images Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Painel de notícias Consumo de energia aumentou durante a Copa do Mundo; Mercado livre completa 20 anos no Brasil; ABB e Kawasaki criam interface para robôs colaborativos; Eletropaulo intensifica treinamento para manutenção em linha energizada; inaugurado maior sistema de armazenamento de energia da Europa; Cemig define novo padrão de subestação compacta integrada. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.
17
Fascículos
30
Aula prática – Curto-circuito A última parte do artigo que traz elementos para um entendimento mais aprofundado sobre a natureza real e do comportamento físico da corrente de curto-circuito trifásica.
56
Pesquisa – Engenharia, consultoria, manutenção e instalação Levantamento exclusivo consultou cerca de 200 empresas, que afirmaram terem encerrado o ano de 2017 com crescimento médio de 10% e projetam crescer outros 10% em 2018. Confira os números de mercado destes segmentos.
72
Espaço 5419 A construção de uma zona de proteção contra raios.
74
Espaço SBQEE A resposta de frequência de transformadores de potencial e suas implicações no sistema elétrico de potência.
76 77 78 80 82
Colunistas Jobson Modena – Proteção contra raios Daniel Bento – Redes subterrâneas em foco Nunziante Graziano – Quadros e painéis José Starosta – Energia com qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
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Dicas de instalação Relés de proteção em conformidade com a NR 10.
88
Ponto de vista A relação entre machine learning e eficiência energética.
3
Editorial
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O Setor Elétrico / Julho de 2018 Capa ed 150.pdf
1
7/27/18
4:05 PM
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Ano 13 - Edição 150 Julho de 2018
Edição especial com circulação no CINASE RS e BRAZIL WINDPOWER
O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 150 – Julho de 2018
Geração heliotérmica
Estado da arte e experiência do Cepel com sistemas de Concentração de Potência Solar (CSP) ENGENHARIA, CONSULTORIA, MANUTENÇÃO E INSTALAÇÃO Um retrato do mercado das empresas prestadoras de serviços em eletricidade: principais áreas de atuação, faturamento médio e previsões de crescimento A natureza da corrente de curto-circuito trifásica
Edição 150
A luz e as estrelas
Falar em poluição luminosa pode parecer uma
e está com sua vida útil comprometida pelo aumento
preocupação puramente estética, mas passa longe disso.
descontrolado da iluminação artificial nos seus arredores,
Basta apreciar a noite de uma área rural para ter uma
que é mal projetada e direcionada para o céu. O diretor
amostra. Olhar para o céu noturno no campo quando o
do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Bruno Vaz
tempo não está nublado é absolutamente diferente do
Castilho de Souza, conta que não consegue mais fazer
que olhar para o mesmo céu em uma cidade cosmopolita.
pesquisas de observação. Ele enfatiza que o problema
Isso porque a poluição (presença de gases e outras
não é iluminar, mas iluminar incorretamente. É sobre este
substâncias na atmosfera) e a poluição luminosa impedem
assunto que trata o engenheiro especialista em iluminação
essa contemplação. Se, há um século, era possível avistar
Luciano Rosito em seu artigo publicado no Fascículo sobre
mais de quatro mil estrelas, aqui, na capital paulista, por
a ABNT NBR 1501.
exemplo, nos contentamos com meia dúzia delas. Isso se a
noite estiver limpa, sem qualquer nuvem por perto.
artigo sobre a natureza da corrente de curto-circuito
trifásica e uma pesquisa exclusiva sobre o mercado de
Por enquanto, ainda estamos no campo da estética,
Ainda nesta edição, a segunda (e última) parte do
certo? Errado. A grande preocupação dos cientistas é
prestação de serviços em engenharia elétrica, consultoria,
que a poluição luminosa está causando dificuldades
manutenção e instalação. Participaram do levantamento
de observação e, consequentemente, prejudicando o
cerca de 200 empresas, as quais admitiram crescimento
desenvolvimento de pesquisas científicas no campo da
médio de 10% em 2017 na comparação com o ano
astronomia.
anterior e projetam mais 10% para este ano. Embora as
projeções pareçam otimistas, as companhias mostraram-se
De acordo com uma reportagem produzida pela
BBC, vários cientistas já perderam sua capacidade de
preocupadas com o cenário político e econômico do país.
observação há algum tempo e, mesmo em localizações
Vale a pena uma leitura detalhada ;)
isoladas, o problema vem sendo agravado nos últimos anos com a eletrificação rural. O Observatório do Pico
Abraços,
dos Dias (OPD), instalado a 1.864 m de altitude, entre as cidades mineiras de Brazópolis e Piranguçu, conta com quatro telescópios, inclusive o maior no Brasil,
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Julho de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
O Estado, o governo, a sociedade, a educação e a cultura
Às vezes, estes temas parecem se confundir, mas eles têm significados diferentes.
Enquanto o Estado é constituído pelas instituições, o governo é simplesmente uma destas instituições, as outras seriam os sistemas públicos de saúde, de educação, as forças armadas. Os poderes judiciário e legislativo também compõem o Estado. No governo presidencialista, o chefe de Estado e de governo são exercidos pela mesma instituição, a “Presidência da República”. O governo tem a função de administrar o Estado da forma como ele está constituído. A sociedade, sua educação e cultura são associadas ao conceito de nação. Nação Brasileira que sai da anestesia “pós-Copa” e observa o que os últimos governos têm feito pelo Estado. Um Estado que sangra, fruto de má gestões e atos fraudulentos. Mau preparo das equipes, corrupção, interesses mesquinhos e outros nos três poderes destruíram o Estado. Além das decisões de caráter duvidoso, outras simplesmente não são tomadas por razões antagônicas aos interesses políticos de quem deveria tomá-las; considere que um em cada quatro dos representantes eleitos na Assembleia Legislativa (poder legislativo) é funcionário público de carreira defendendo naturalmente seus interesses e de seus pares.
Nos últimos anos, além da roubalheira já amplamente reportada e documentada, também
foi “para a conta da viúva” os débitos com a previdência, com a Petrobras, com a Eletrobras e até com a Telebrás, que, ressuscitada para o projeto do satélite, tomou R$ 2,8 bilhões dos cofres públicos para resultados abaixo dos esperados e projetados. Mais recentemente, até a Caixa Econômica Federal também precisou de injeção de capital. Além da família “Brás”, as agências de regulação e controle têm dificuldades para fazer o que tem que ser feito. É o caso da escandalosa situação das empresas de seguro saúde, que têm a função de cobrir a inoperância e incompetência do SUS. Alguém tentou nestes meses contratar ou recontratar seguro saúde? O que acharam? E os reajustes das contas de energia teriam relação com desajustes passados, ou seria somente o efeito do esvaziamento de nossas represas?
O debate na sociedade esclarecida e organizada que vislumbra as eleições que se
avizinham para o novo governo está polarizado entre público e o privado, entre direita e a esquerda, tolerância ou ignorância, cadeia ou liberdade. Será que pelo simples fato de alguma coisa ser pública, seria também corrupta e ineficiente? A resposta será “sim” se as equipes que a comporem e as fiscalizarem também o forem. Será que não existem empresas privadas que possam desempenhar um bom papel, com custos e qualidade adequadas? A resposta tem a mesma conceituação da anterior. Parece claro que o que não funciona é o atual sistema de governo para a gestão do Estado, este modelo sim é que está obsoleto. Falta coragem, coragem de homens idealistas como Bento Gonçalves, de Garibaldi, de Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo. Não com revolução armada, mas revolução de ideias, de mudanças estruturais e de conceitos, sem fanatismos nem paixões cegas e exageradas, com um senão: deste debate só devem participar pessoas de bem e comprometidas com a verdade. Difícil? Talvez; dependerá de nossa vontade e empenho em construir um país livre de fato.
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Julho de 2018
Consumo de energia na indústria aumentou durante a Copa do Mundo Setores de extração de minerais metálicos, químico e de metalurgia registraram demanda por energia acima da referência em dia útil normal
A produção de commodities da pauta
referência, na quarta-feira, 27/6, dia em que
serviços. No dia do jogo Brasil x Costa
de exportação brasileira manteve atividade,
maior parte das empresas do país dispensou
Rica, ocorrido em uma sexta-feira, às 9h, do
mesmo em dias de jogos do Brasil na Copa
funcionários no início da tarde em razão do
dia 22/06, o consumo de energia do país
do Mundo da Rússia, realizados em dias úteis
jogo Brasil x Sérvia.
recuou 2,9% no dia em relação ao valor de
e que provocaram expediente reduzido em
Na indústria de Químicos, o aumento de
referência; já no jogo da quarta-feira, 27/6,
grande parte das empresas do País. É o que
consumo de energia no mesmo dia foi de 2%,
contra a Sérvia, ocorrido às 15hs, também
revela estudo da Câmara de Comercialização
enquanto na de metalurgia houve incremento
houve diminuição de 3,6%, no resultado geral
de Energia Elétrica (CCEE), que observou o
de 1% (ambos comparados ao valor de
do dia.
comportamento do consumo de energia do
referência).
país nos dias de jogos da seleção brasileira.
Mesmo sendo indústrias eletrointensivas
Consumo Brasil versus Europa
Apesar de o consumo de energia no Brasil
(que normalmente já exigem alto consumo
ter reduzido no geral, nos dias dos jogos da
de energia), o crescimento acima do valor de
o consumo de energia de outros países da
seleção, o estudo revelou que os ramos da
referência ratifica o não impacto no consumo
Europa no dia dos jogos das suas respectivas
indústria química, de metalurgia e produção
de energia na Copa, o que pode se observar
seleções. A avaliação é que, como os jogos
de metais, e de extração de minerais metálicos
no crescimento no ramo de Extração de
da seleção brasileira ocorreram em horários
(como ferro, zinco e outros) registraram
Minerais Metálico.
comerciais (e em dias úteis), o Brasil sentiu
comportamento
consumo de energia acima do observado no
O
mesmo dia da semana anterior ao início da
commodities
Copa, valor de referência do estudo.
quedas nos níveis de consumo de energia no
O destaque foi para a indústria de
país quando observado o Sistema Interligado
da seleção de Mbappé (e cia) contra o Peru
Extração de Minerais Metálicos que aumentou
Nacional (SIN), que inclui residências e
ocorreu em uma quinta-feira, 21/6, às 17hs
o consumo em 10% em relação ao valor de
grande parte dos setores de comércio e
(horário de Paris), praticamente não alterou
contribuiu
da
indústria
para
de
O estudo da CCEE também observou
amenizar
mais os efeitos no consumo de energia, quando comparado aos países europeus. Na França, por exemplo, o segundo jogo
o consumo de energia do país – que se manteve similar ao observado na média na comparação com a média das segundasfeiras do mês (excluindo-se a data do próprio jogo). Situação similar ocorreu durante os jogos, realizados em dias úteis, em países como a Espanha e a Inglaterra que pouco sentiram impactos no consumo de energia.
Exceção foi no dia da estreia da Bélgica
na Copa, o que ocorreu, em uma segundafeira, dia 18/6, às 17hs (horário local). Neste dia, muitas empresas aparentemente anteciparam a produção, possibilitando a parada de suas atividades para acompanhar a seleção dos craques Hazard, Lukaku e De Bruyne, produzindo uma queda de 10% no consumo de energia, no horário do jogo, mas que se refletiu numa queda de apenas 0,5% no consumo do dia.
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Julho de 2018
TÜV Rheinland firma parceria com Absolar Empresa de certificação oferecerá conhecimento específico em ensaios fotovoltaicos e certificações de painéis térmicos
A TÜV Rheinland Brasil, subsidiária de um
dos maiores grupos mundiais de certificação, inspeção,
gerenciamento
de
projetos
e
treinamentos, acaba de firmar parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com o objetivo de atuar em favor do crescimento do mercado fotovoltaico no Brasil.
Com a parceria, a TÜV Rheinland, que conta
com cerca de 20 GW inspecionados em plantas fotovoltaicas ao redor do mundo, oferece ao setor nacional o seu conhecimento específico em ensaios fotovoltaicos e certificações de painéis térmicos, bem como em discussões de normas e portarias que orientem o mercado de energia solar brasileiro. Brasileiro.
"Já temos uma forte atuação no setor
manutenção, bem como avaliação de transporte
em prol do desenvolvimento da energia solar
dos módulos até o local de instalação, ensaios
fotovoltaica no Brasil e no mundo, e queremos
portáteis e treinamentos.
é estratégico, pois a energia fotovoltaica
ampliar por aqui, sendo parceiro estratégico
A empresa desenvolve serviços que
possui potencial de expansão, já que há
dos empreendedores e demais players, a fim
atestam a qualidade e a eficiência dos
abundância de irradiação solar e os custos
de avaliar as grandes plantas fotovoltaicas em
equipamentos importados ou fabricados no
da fonte já se encontram em patamares de
construção, desde inspeções de controle de
Brasil. Os ensaios em módulos, inversores e
alta competitividade", afirma o coordenador
fabricação até ensaios na planta instalada",
baterias são realizados em laboratórios TÜV
geral de operações da área de energia solar,
afirma o gerente da área de negócios de energia
Rheinland localizados na China, Taiwan, Japão,
Gerson Allegretti. A estimativa é que em 2020 a
solar da TÜV Rheinland, Robynson Molinari.
Índia, Estados Unidos e Alemanha. Os testes
energia solar represente 1,2% da matriz elétrica
Os
compreendem
são feitos conforme a portaria 004/2011 do
brasileira, o que corresponde a um crescimento
inspeções de instalação, de utilização e de
Inmetro e aceitos pelo Instituto de Metrologia
de 111% em relação a 2017.
serviços
também
"Para a TÜV Rheinland, o mercado brasileiro
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O Setor Elétrico / Julho de 2018
Mercado livre de energia completa 20 anos no Brasil Setor proporcionou economia de R$ 83 bilhões e fechou 2017 com faturamento de R$ 100 bilhões
Neste mês de julho, o Mercado Livre de Energia completa 20 anos no Brasil, com a primeira autorização de funcionamento dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para uma empresa comercializar energia no ambiente de contratação livre. A empresa pioneira desse mercado foi a Tradener, localizada em Curitiba. O mercado conta hoje com cerca de 220 empresas comercializadoras de energia livre e faturou cerca de R$ 100 bilhões em 2017.
Um levantamento feito pela Associação Brasileira dos
Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) mostra que o Mercado Livre de Energia já gerou no Brasil uma economia de R$ 83 bilhões. Também de acordo com dados da Abraceel, aproximadamente 77% da energia consumida pelas indústrias do Brasil é adquirida no mercado livre de energia, assim como cerca de 30% do consumo nacional.
As empresas defendem a abertura plena do mercado.
Um estudo entregue ao Ministério de Minas e Energia em março deste ano pela associação mostra que a aceleração do cronograma de abertura do mercado livre de 2026 para 2021 vai possibilitar uma economia de R$ 11 bilhões nas contas de luz, com a migração de pequenas e médias empresas.
Para o presidente da Tradener, Walfrido Avila, o mercado
livre brasileiro ainda tem um longo caminho de crescimento, quando comparado ao mercado livre de energia da Europa e dos Estados Unidos. “Há países que hoje têm um ambiente 100% livre na comercialização de energia. Isso significa uma abertura de mercado plena para um setor capaz de trazer aos seus clientes economia e, especialmente, planejamento dos seus custos de consumo de energia”, conclui.
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Julho de 2018
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Inversores de frequência www.yaskawa.com.br
Lançamento da Yaskawa, as duas linhas de inversores (centralizada e descentralizada) favorecem o design
flexível e são adaptáveis a diversos projetos. Trata-se dos inversores centrais XTM e o tipo string XGI, capazes de atender aos mercados de usinas solares e minigeração.
Para uma abordagem centralizada, a Yaskawa oferece os inversores centrais XTM, solução para conexão direta
que consiste em um skid de até 2 MW (duas unidades de inversores de 1 MW). Cada skid está integrado por dois inversores centrais, transformador de potência de média tensão, proteção, sistema de comunicação e monitoramento. Já a linha de inversores do tipo string XGI, solução descentralizada, possui design simplificado, resultando em menor custo de mão de obra, instalação e O&M (Operação e Manutenção). Planejado para 20 anos de vida útil, o inversor tipo spring XGI oferece rendimento maior que 98% e também reduz o tempo de comissionamento devido à capacidade de alcançar toda a rede inversores a partir de um único local usando um dispositivo wi-fi.
Para ambas as linhas de inversores centrais XTM e tipo spring XGI, a Yaskawa oferece assistência técnica especializada.
Banco de capacitores www.engerey.com.br
A fabricante de painéis elétricos Engerey acaba de lançar uma linha de bancos capacitores
compactos e totalmente prontos para instalações em transformadores de até 300 kVA. O banco de capacitor age diretamente no transformador da unidade, corrigindo o baixo fator de potência que causa multas por excedente reativo. "O desconhecimento e a falta de recursos para investimentos fazem com que as pequenas e médias empresas paguem muitas vezes multas de até 30% do valor consumido. Fazem parte deste público indústrias, comércios e até mesmo prédios residenciais", afirma Fábio Amaral, diretor da Engerey.
Mais informações sobre os bancos de capacitores podem ser encontradas em: https://catalogo.engerey.com.br
Chamada de série BCE, a nova linha integra seis modelos de bancos de capacitores, todos em conformidade com as normas ABNT NBR
5410 e NR 10. Os produtos apresentam tensão trifásica, grau de proteção IP54 contra poeira e projeções de água em qualquer direção, grau de proteção IK10 contra impactos mecânicos e sinaleiro branco na porta do painel indicando 'em operação'. Além disso, o BCE é fabricado em aço carbono de alta durabilidade, com grelhas laterais para troca de calor com o ambiente externo.
Controlador avançado de religadores https://selinc.com/pt/
O Controlador Avançado de Religadores SEL-651R oferece proteção e
recursos de comunicação para reconfiguração automática de rede, disparo trifásico e monofásico, e outras necessidades de automação da rede de distribuição. Esses recursos contribuem para manter a confiabilidade do serviço, a continuidade de fornecimento e a qualidade de energia.
Entre as principais características do produto, estão:
O equipamento faz o monitoramento da bateria com auto teste periódico, contribuindo para aumentar a confiabilidade do sistema.
• Compatibilidade com religadores (novos ou antigos) de diversos fabricantes, o que permite padronização do controle e consequente redução de estoque, facilidade de manutenção e treinamento de equipes; • Incorpora funcionalidades que normalmente são realizadas por dispositivos auxiliares, como carregador de baterias e fonte para alimentação de periféricos (rádio modem e relógio GPS); • Permite a medição e o monitoramento de seis tensões, sendo três do lado fonte e três do lado carga; • Tem função de detecção de faltas de alta impedância, como os casos de condutores ao solo. Incorporada ao controle do religador, essa função garante maior sensibilidade e aumenta a chance de sucesso na detecção dessas faltas, uma vez que está mais próximo ao ponto de defeito do que o IED de proteção do alimentador (locado na subestação).
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Julho de 2018
ABB e Kawasaki criam interface para robôs colaborativos Projeto foi criado para compartilhar conhecimento e promover os benefícios da automação colaborativa
Uma demonstração conjunta dos robôs colaborativos duAro, da Kawasaki, e YuMi®, da ABB, em uma feira de tecnologia em Tóquio, no Japão.
de pequeno e médio porte, especialmente,
novembro de 2017, projetada para compartilhar
ultrapassando os processos de aprendizado
conhecimento e promover os benefícios
de robôs industriais, que, normalmente, são
da automação colaborativa, especialmente
mais longos.
para robôs colaborativos de braço duplo.
Robôs colaborativos (cobots) podem ser
Inclui interface simplificada robótica-humana
operados por praticamente qualquer usuário.
com ícones e navegação intuitivos, que se
Sua flexibilidade em trabalhar em praticamente
assemelham aos dos smartphones.
qualquer lugar de uma fábrica sem barreiras
Além do desenvolvimento contínuo da
de segurança também os torna ideais para
interface operacional, a colaboração também
atender aos picos de demandas inesperados
foca em outros assuntos, como as normas
e repentinos.
de segurança. As normas de segurança
industriais são baseadas em anos de prática,
"A nova interface de operação de padrão
industrial de última geração irá aumentar o já
sustentadas
por
parâmetros
específicos.
colaborativos
acelerado crescimento que vemos em robôs
O objetivo da automação colaborativa é
superou a o mercado de rápido crescimento
colaborativos", afirma o diretor executivo de
desenvolver padrões de segurança que
dos robôs industriais, já que robôs de fácil
Robótica da ABB, Per Vegard Nerseth. "Isso
garantam a segurança do trabalhador, mas
manuseio abrem portas para novos usuários.
dará flexibilidade e escalabilidade a muitos
que também permitam formas totalmente
O fato é que robôs colaborativos podem ser
novos fabricantes", completa.
novas de trabalhar em conjunto sem restringir
programados e operados por pessoas sem
indevidamente os vários benefícios dos robôs
treinamento especializado, ajudando empresas
entre a ABB e Kawasaki, anunciada em
A
demanda
de
robôs
A interface é um resultado da colaboração
colaborativos.
Eletropaulo intensifica treinamento para manutenção em linha energizada Pelo método, modernização e reparos na rede são feitos sem interrupção no fornecimento de energiatransporte no Brasil A Eletropaulo está investindo na capacitação
Aproximadamente 50% das operações
Método ao contato
técnica de colaboradores para trabalhar em linha
de manutenção programada são executadas
O trabalhador fica em contato com a
viva, ou seja, realizar com segurança reparos
em linha viva. Este tipo de ação permite que
rede energizada, mas não tem a capacidade
e modernizações na rede sem interrupção no
hospitais,
de atrair ou repelir cargas elétricas pois está
fornecimento de energia, em tensões que podem
residências, bairros ou até mesmo cidades não
devidamente
chegar a 23 mil volts. Cerca de 120 funcionários
tenham corte temporário de abastecimento de
utilizando equipamentos de proteção individual e
passarão por esse treinamento em 2018. No
eletricidade por conta de reparos na rede.
de proteção coletiva adequados à tensão da rede.
ano passado, foram 514.
escolas,
indústrias,
comércios,
isolado,
em
outro
potencial,
Além de beneficiar os clientes, o trabalho em
linha viva contribui para a redução da duração
Método ao potencial
média e da frequência de interrupções no
fornecimento de energia elétrica.
com a tensão da rede, mas usa um conjunto
Essa tarefa complexa requer técnica e
de vestimentas específicas que o mantém no
processos de segurança específicos, além
mesmo potencial elétrico no corpo inteiro.
Neste caso, o técnico fica em contato direto
de roupas e equipamentos especiais. Esses
Aproximadamente, 50% das operações de manutenção programada da companhia são executadas em linha viva.
serviços geralmente exigem o uso de caminhões
Método à distância
tipo cesta-aérea com braços isolantes, que
Nestas tarefas o eletricista trabalha em
garantem que o técnico não leve uma descarga
potencial de terra, ou seja, posicionado em escadas
elétrica quando realiza a atividade.
ou no solo, devidamente equipado com os itens de
segurança. Neste método o técnico não deve ter
Existem três métodos para reparos na linha
energizada:
nenhum contato direto com a rede elétrica.
O Setor Elétrico / Julho de 2018
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Inaugurado maior sistema de armazenamento de energia da Europa Projeto utiliza baterias novas e usadas de carros elétrico e é resultado da colaboração entre Nissan, Eaton, BAM, The Mobility House e Arena Johan Cruijffv
O maior sistema de armazenamento de
energia da Europa, que utiliza baterias de carros elétricos novas e usadas, entrou em funcionamento na Holanda. Este projeto inédito é resultado da colaboração entre Nissan, Eaton, BAM, The Mobility House e ArenA Johan Cruijff, apoiado pelo Fundo de Clima e Energia de Amsterdam (AKEF) e pelo Interreg.
O sistema de armazenamento de 3 MW dá
mais confiabilidade e eficiência ao fornecimento de energia para o estádio, visitantes, vizinhança e a rede de energia holandesa. Combinando as unidades de conversão de energia da Eaton com o equivalente a 148 baterias do Nissan LEAF, esta solução não apenas habilita um sistema de energia mais sustentável, mas também cria uma economia circular para as baterias dos veículos elétricos.
"Graças a esse sistema de armazenamento,
o estádio poderá utilizar sua própria energia sustentável de forma mais inteligente e, como a Amsterdam Energy Arena, isso pode mudar a capacidade de armazenamento disponível das baterias", afirma Henk van Raan, diretor de inovação na Arena Johan Cruijff.
O sistema de armazenamento de energia
tem um importante papel no balanceamento da oferta e demanda de energia na Arena Johan Cruijff. O sistema com 3 MW e 2.8 MW por hora é suficiente para alimentar milhares de lares. Essa capacidade significa, também, que a energia produzida por 4.200 painéis solares no teto da Arena também pode ser reservada e utilizada da melhor maneira. O sistema de armazenamento de energia proverá uma energia reserva, reduzindo o uso de geradores de diesel e aliviando a rede de energia, nivelando os picos que ocorrem durante shows.
Painel de mercado
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O Setor Elétrico / Julho de 2018
Cemig define novo padrão de subestação compacta integrada Solução fornecida pela Siemens oferece montagem e comissionamento em fábrica, transporte da solução integrada, redução do tempo de instalação (plug & play), redução significativa de obras civis e redução de área em torno de 50% em se comparando a uma subestação convencional energia para cidades de Minas Gerais, com
quaisquer clientes que possuem restrição
projeto inovador de 06 subestações
aproximadamente 40.000 habitantes, os
de espaço ou com necessidade de
compactas integradas fornecidas com
equipamentos são os primeiros desse tipo
fornecimento de energia de curto prazo.
módulo híbrido (DTC), transformador de
desenvolvidos pela Siemens no Brasil.
Para se ter uma ideia, é possível montar
força de 15 MVA, painel de proteção e
uma subestação inteira em um chassi de
controle, painel de telecomunicação, banco
instalação de alta tensão e potência que
17m x 3,2m, dimensões extremamente
de baterias, retificador, transformador de
contém equipamentos para transmissão e
reduzidas perto de equipamentos
serviço auxiliar, chave seccionadora, TC, TP,
distribuição de energia, além de um sistema
convencionais, num prazo de fornecimento
para-raios e chave de média tensão isolada
de proteção e controle e telecomunicação.
de aproximadamente dez meses.
a gás SF6 com seis vias.
Na licitação para esse trabalho, a Cemig
A Siemens acaba de concluir um
Uma subestação consiste em uma
Leandro Figueiredo, engenheiro da
buscava solução capaz de prover energia
Siemens, ressalta que a solução oferecida
valor de R$ 37 milhões para a Companhia
de qualidade em prazos mais curtos e com
para esse projeto é customizável, já que é
Elétrica de Minas Gerais (Cemig), que
menores custos de implantação.
realizado todo um trabalho de engenharia a
também idealizou a concepção e definiu
fim de adaptar os equipamentos de acordo
os requisitos técnicos para o fornecimento
os requisitos das especificações Cemig,
com a necessidade dos clientes. A solução
deste tipo de solução, que se tornou
viabilizou um modelo de subestação
pode ser desenvolvida para potências até
um novo padrão a ser aplicado nas suas
compacta para desempenhar seu papel,
25 MVA e com classes de tensão variando
instalações. Destinados ao fornecimento de
podendo, inclusive, ser adotada por
de 13,8 kV a 138 kV.
O fornecimento da solução foi no
A proposta da Siemens, cumprindo
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
18
Nunziante Graziano e Cleber Fiori Capítulo VII – Ensaios de tensão suportável de impulso atmosférico, frequência industrial e descargas parciais • Ensaio de impulso atmosférico • Ensaio em frequência industrial • Medição da intensidade de descargas parciais
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
22
Luciano Haas Rosito Capítulo VII – Poluição luminosa • Definição • Uso de projetores • Luz intrusa
Proteção contra arco elétrico
26
Cláudio Mardegan e Giuseppe Parise Capítulo VII – Integração do estudo de curto-circuito, seletividade e arco elétrico • Estudo de curto-circuito e seletividade • Estudo de arc flash • Importância da integração dos estudos • Conclusões • Recomendações
Fascículos
Apoio
Apoio
Fascículo
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
18
Por Cleber Fiori e Nunziante Graziano*
Capítulo VII Ensaios de tensão suportável de impulso atmosférico, frequência industrial e descargas parciais
do conjunto e do invólucro, fechamentos,
dos ensaios, resultados esperados e suas
apresentar em detalhes o conjunto de normas
Prezado leitor, este fascículo pretende
conceitos
dos
características mais importantes. Com o
brasileiras para construção de conjuntos de
conjuntos, janelas de inspeção e plaquetas
objetivo de apresentar ao leitor uma opinião
manobra e controle em alta tensão, acima de
de identificação. No quarto capítulo,
mais precisa e relevante sobre o tema,
1 kV até 52 kV inclusive. No capítulo inicial
falou-se sobre os requisitos de projeto
convidamos para assumir esse capítulo
deste fascículo apresentamos ao leitor os
e
os
do nosso fascículo o amigo e físico Cleber
objetivos deste trabalho, que contemplou a
conjuntos, notadamente, dispositivos de
Rogério Fiori, especialista de laboratório
apresentação do panorama atual da ABNT
intertravamento, indicadores de posição,
de serviços técnicos de altas tensões e
NBR IEC 62271-200 vigente no Brasil, suas
grau de proteção dos invólucros, proteção
descargas atmosféricas do Instituto de
subdivisões, principais pontos de interesse,
de pessoas contra acesso a partes perigosas,
Energia e Ambiente da Universidade de São
suas
interpretações
e
definições.
de
construção
compartimentação
obrigatórios
para
No
entre outros aspectos. Já no quinto capítulo,
Paulo (IEE/USP), sendo um dos maiores
segundo capítulo, abordamos as principais
foram abordados os requisitos de projeto e
especialistas que conheço sobre ensaios
características nominais de um conjunto de
construção obrigatórios para os conjuntos,
de tensão para conjuntos de manobra e
manobra e controle em invólucro metálico
com destaque para estanqueidade ao gás e
controle em alta tensão. Com a caneta,
de alta tensão, desde tensão nominal e
ao vácuo, sistemas de pressão controlada
então, Cleber!
número de fases, nível de isolamento
para gás, sistemas autônomos de pressão a
As normas técnicas são importantes
nominal, frequência nominal, corrente
líquidos, flamabilidade e compatibilidade
porque através delas busca-se estabelecer
nominal de regime contínuo, corrente
eletromagnética. O capítulo anterior tratou
requisitos, critérios e condições mínimas
suportável nominal de curta duração para
dos requisitos de projeto e de construção
para a escolha e o bom funcionamento e
circuitos principais e de aterramento,
obrigatórios para os conjuntos, entre eles,
desempenho dos equipamentos em uso
valores nominais dos componentes que
emissões de raios X, aspectos de corrosão,
durante sua vida útil.
fazem parte do conjunto de manobra e
arco interno devido a falhas internas,
Uma boa norma, do ponto de vista da
controle em invólucro metálico, incluindo
requisitos dos invólucros, compartimentos
execução de ensaios, é aquela que apresenta
seus dispositivos de operação e seus
de alta tensão, partes removíveis e provisões
procedimento de ensaio e critérios de
equipamentos auxiliares.
para ensaios dielétricos em cabos.
aprovação claros e completos. Se por um
No terceiro capítulo, abordamos as
Neste capítulo iniciamos a abordagem
lado, o bom desempenho dos equipamentos
operação
dos ensaios de tipo, elencando as principais
nos ensaios, por vezes, não é garantia de que
normal, partes removíveis, aterramento
razões pelas quais são realizados cada um
este equipamento terá boa performance
principais
características
de
Apoio
Ensaio de tensão suportável de impulso atmosférico
em seu ciclo de vida, a falha durante a
A realização dos ensaios em conjuntos
realização dos ensaios traz a certeza de que
de manobra e controle de alta tensão tem
este equipamento não tem condições de ir
tomado maior importância à medida que
a campo e desempenhar suas funções sem
a busca pela otimização do uso do espaço
O objetivo deste ensaio é testar a
trazer algum prejuízo.
físico e pela competitividade nos preços
suportabilidade da isolação do conjunto de
Vamos falar sobre três ensaios da norma
tem tornado os conjuntos de manobra e
manobra e controle de média tensão quando
ABNT NBR IEC 60271-200:2007 que têm
controle e os equipamentos utilizados na
submetido às sobretensões decorrentes de
por objetivo testar a qualidade da isolação
sua produção cada vez mais compactos,
descargas atmosféricas ou manobras de
do conjunto de manobra e controle, dada
diminuindo a margem de segurança que,
circuitos, nas diversas condições exigidas
pelo projeto construtivo e pelos materiais
no passado, era grande.
pela configuração do conjunto de manobra
isolantes utilizados na sua produção.
É importante observar também que os
e controle.
Existe uma preocupação nesta norma
equipamentos utilizados na produção destes
O ensaio é realizado com impulsos de
com a segurança das pessoas, além da
conjuntos de manobra e controle em alta
tensão com forma de onda padronizada
preocupação usual com a estabilidade e a
tensão são ensaiados segundo suas normas
para impulso atmosférico (1,2 x 50 µs, onde
confiabilidade do sistema de fornecimento
específicas e em condições de campo
1,2 µs é o tempo da frente de onda, enquanto
de energia elétrica, porque, não raramente,
elétrico muito menos severa (distâncias
50 µs corresponde ao tempo de calda da
estes
instalados
mínimas em torno do equipamento são
onda), em polaridade positiva e polaridade
onde o fluxo de passagem de pessoas,
estabelecidas para que objetos próximos
negativa. Os valores de tensão (NBI) devem
próximo ao local de instalação, é grande.
não interfiram no resultado destes ensaios)
ser escolhidos em conformidade com as
Acidentes graves ocorrem quando há
do que quando instalados dentro dos
normas ABNT NBR 6939:2000, ABNT
falha de isolação e estes equipamentos são
conjuntos de manobra e controle de média
NBR 8186:2011 e ABNT NBR 8841:2010
instalados em barramentos com potência
tensão, resultando em alteração significativa
(coordenação de isolamento), com os
nominal grande.
de desempenho para alguns ensaios.
dispositivos de proteção contra descarga
equipamentos
são
19
Apoio
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
20 atmosférica utilizados na rede e com o nível
as condições atmosféricas padronizadas,
de exposição a que esta rede está submetida.
mantido por 1 (um) minuto (procedimento
Para que o equipamento seja considerado
padrão recomendado pela ABNT NBR IEC
aprovado, não devem ocorrer mais do que
6060-1:2013).
duas descargas disruptivas nem perfuração
Para
seja
É característica marcante dos materiais
de material isolante em cada série de 15
considerado aprovado, não devem ocorrer
isolantes sólidos a presença de pequenos
aplicações por polaridade. Particularidades
descargas disruptivas ou perfuração de
espaços confinados preenchidos por gases
sobre os critérios de aprovação devem ser
materiais isolantes. Os valores de tensão
chamados de “vazios”.
consultados na norma ABNT NBR IEC
devem ser escolhidos em conformidade
Processos de produção mais modernos
60271-200:2007.
com a normas ABNT NBR 6939:2000,
e criteriosos, além de matérias-primas de
ABNT NBR 8186:2011 e ABNT NBR
melhor qualidade, permitem diminuir
8841:2010 (coordenação de isolamento).
a quantidade de “vazios” existentes nos
É comum a pergunta sobre qual a origem dos parâmetros de tempo que
que
o
equipamento
isolantes sólidos produzidos.
caracterizam a forma de onda padronizada
Apesar de o objetivo deste ensaio
para impulso atmosférico. As formas de
ser a verificação da suportabilidade
onda das sobretensões ocasionadas em
da
sobretensões
elétricas que ocorrem dentro destes “vazios”
decorrência de descargas atmosféricas
em frequência industrial que possam
e, em líquidos isolantes, dentro de bolhas,
variam em função de diversos aspectos
ocorrer na rede onde os equipamentos
quando o isolamento é submetido a campos
podendo apresentar parâmetros de tempo
estejam
fatores,
elétricos intensos. Em decorrência das
bem distintos umas das outras. A definição
além da pior condição de sobretensão
descargas parciais ocorre a carbonização do
de uma forma de onda padronizada vem
esperada, que ocorrem quando sob
material isolante, deteriorando o material
de estudos e medições coletadas por
curto-circuito monofásico em linhas
e produzindo gases que, a longo prazo,
pesquisadores que apontam que a maioria
bifásicas ou trifásicas, outros fatores
levam à ocorrência de falha de isolação no
delas ocorre nesta faixa de frequência
são considerados preponderantes para
equipamento e, em alguns casos, até mesmo
e principalmente com o objetivo de
determinação dos níveis de tensão para
explosão deste equipamento.
padronizar os resultados obtidos neste
este ensaio, tais como:
isolação
frente
às
instalados,
outros
onde foi realizado.
Descargas parciais então, são descargas
Quando em uso, esforços mecânicos e o fenômeno de dilatação, além do
ensaio independentemente do laboratório • Resistência à formação de arco elétrico em
envelhecimento natural do material, podem
função da distância de isolação;
ocasionar
corrigir os valores de tensão aplicados para
• Fragilidade da isolação em relação
rachaduras e delaminação do material
as condições atmosféricas padronizadas
às perdas parciais da capacidade de
sólido isolante, provocando o aparecimento
pelas normas técnicas de ensaio elétrico
isolamento;
de vazios que não existiam quando o
de alta tensão, quando o meio de isolação
•
principal dos conjuntos de manobra e
condição de uso;
controle for o ar.
• Agressividade ambiental do local onde
exige muita perícia e experiência de
será instalado;
quem executa os ensaios, um ambiente
de isolação, a definição do Nível Básico
• Importância da rede onde está instalada;
aprimorado de ensaio que deve incluir
de Impulso (NBI) é quem tem a maior
• Periodicidade de manutenção, entre
os equipamentos de geração e medição
importância na caracterização de linhas e
outros.
da tensão aplicados ao objeto sob ensaio
Para isto então, é necessário também
Quando falamos em coordenação
Fascículo
Medição da intensidade de descargas parciais
Longevidade
do
equipamento
em
de
trincamento,
isolante foi produzido. A medição de descargas parciais
que sejam controlados para evitar que
equipamentos elétricos de alta tensão.
Ensaio de tensão suportável em frequência industrial
processos
Por estes motivos, os valores de tensão suportável
em
frequência
industrial
interferências externas ao objeto sob ensaio, e que levem a interpretações incorretas
tensão
dos resultados obtidos. O método mais
menores são proporcionalmente maiores
comumente utilizado para medição de
especificados
para
classes
de
Este ensaio é realizado em conjuntos
em relação às suas tensões nominais
descargas parciais é o de carga aparente,
de manobra e controle de média tensão
para equipamentos de classe tensão mais
sendo os valores medidos de descargas
nas diversas condições exigidas pela
elevadas. Chegaram-se a estes valores hoje
parciais expressos em picocoulombs (pC).
configuração do conjunto de manobra e
estabelecidos, com algumas variações,
Na norma ABNT NBR IEC 60271-
controle em alta tensão, aplicando-se o
empiricamente, com alguns ajustes ao
200:2007, a medição de descargas parciais
valor de tensão especificado corrigido para
longo do tempo.
está classificada como ensaio de tipo e
21
também como ensaio de rotina, mas sua realização deve ser estabelecida por acordo entre fabricante e comprador. Devido configurações
à
grande e
do
variedade alto
grau
de de
complexidade que alguns conjuntos de manobra e controle de média tensão, que por vezes apresentam combinações de diferentes tipos de isolantes em sua constituição, é difícil definir um procedimento de ensaio único e limites de descargas parciais que sejam adequados a todos casos. Sendo assim, caso decida-se por fazer a medição de descargas parciais, as
recomendações
e
as
orientações
descritas nos itens 6.2.9, 7.101 e no Anexo B da norma ABNT NBR IEC 60271200:2007 devem ser lidos e discutidos criteriosamente pelas partes interessadas antes de sua execução. No próximo capítulo continuaremos a abordagem dos ensaios de tipo, elencando as principais razões pelas quais são realizados os ensaios, resultados esperados e suas características mais importantes. Até lá! * Cleber Rogério Fiori é graduado em física pela Universidade de São Paulo. Possui 26 anos de experiência em laboratório de alta tensão, dez como técnico de laboratório e 16 como especialista do laboratório de serviços técnicos de altas tensões e descargas atmosféricas do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP). Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos.
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
22
Por Luciano Haas Rosito*
Capítulo VII Poluição luminosa
Neste artigo serão abordados os
também como o desperdício de energia,
A Figura 1 ilustra os pontos da Terra
provocada por luminárias, instalações e
5101 referente às recomendações e limites
em que se percebe uma maior quantidade
projetos ineficientes e mal elaborados.
no que diz respeito à poluição luminosa.
de poluição luminosa. Muitas vezes é
Neste ponto, em quatro exemplos citados
Inicialmente, é importante conceituar a
associada ao desenvolvimento econômico
na norma, percebemos que este problema
poluição luminosa, contaminação lumínica,
de determinadas regiões ou países, mas,
é composto por várias variáveis que não
luz intrusa e tipos de ofuscamento, que estão
acima de tudo, denota o problema que
são observadas na maior parte da aplicação
intimamente ligados entre si. Estes conceitos
vem aumentando com o passar dos anos,
da norma, quando pensamos somente
são importantes para o entendimento do
de ocupação das áreas urbanas e uso
da obtenção de índices luminotécnicos
tema e avaliação dos índices até o momento
indiscriminado da luz no período noturno.
mínimos.
estabelecidos na ABNT NBR 5101 que tem ligação com o tema poluição luminosa.
Fascículo
adequada, evitando a poluição luminosa.
critérios estabelecidos na ABNT NBR
Na ABNT NBR 5101, em sua revisão
No que diz respeito às luminárias,
publicada em 2012, a poluição luminosa
raramente observa-se a preocupação na
Até a década de 1990, no Brasil pouco
é definida como o brilho noturno no
especificação de luminárias com distribuição
se falava sobre este tema e não havia uma
céu acima das áreas características de
totalmente
conscientização da necessidade da redução
concentração urbana que é provocada
deste fascículo, foram apresentadas estas
da
principalmente
pela luz artificial mal direcionada de casas,
distribuições de intensidades luminosas
nas cidades, mas não menos importante
prédios e demais instalações que é refletida
descritas no capítulo 4 da ABNT NBR
combater este tipo de iluminação em áreas
na poeira, vapor de água e outras partículas
5101, item 4.3.3., onde comentamos que:
afastadas dos grandes centros urbanos.
dispersas na atmosfera. Pode ser entendida
idealmente, todas as luminárias públicas
poluição
luminosa
Com a popularização do uso das lâmpadas a vapor de sódio no Brasil nos anos 2000, tivemos um incremento considerável na iluminação das cidades, incentivado este uso por projetos como o Reluz, que transformou a iluminação a vapor de mercúrio e outras tecnologias menos eficientes para vapor de sódio e vapor metálico e atualmente inicia o ciclo de substituições para a tecnologia Led. Com a aplicação do Led em mais larga escala durante esta década, é necessária a observação destes critérios de escolha de produtos e projetos que iluminem de forma
Figura 1 – Foto noturna da Terra.
limitada.
No
capítulo
III
Apoio
deveriam possuir distribuição totalmente
superior da luminária dirigindo luz para o
e reduzir a luz intrusa, que é aquela
limitada a fim de não gerar poluição
céu e muitas vezes também aumentando o
parcela de luz que acaba atingindo áreas
luminosa, entretanto, com a necessidade
ofuscamento às pessoas.
que não devem ser iluminadas, causando
de abertura de facho para atingir maiores
No que diz respeito a instalações,
transtornos às pessoas. Como exemplo
espaçamentos, muitas vezes, a intensidade
projetos ineficientes e mal elaborados, há
em iluminação pública, a iluminação que
nos ângulos superiores acaba ultrapassando
diversas situações como a não observância
entra indevidamente nas casas e ilumina
os limites máximos estabelecidos. Na
do ângulo de saída da luminária junto
áreas privadas que não deveriam ser
portaria 20 do Inmetro, que estabelece a
ao braço de instalação, que quanto mais
iluminadas. Um mau projeto de iluminação
certificação compulsória de luminárias
elevado, mais gerará poluição luminosa. Este
de fachadas e monumentos pode causar
públicas convencionais e Led, somente são
ponto poderia ser melhor observado desde
excessiva poluição luminosa quando se
permitidas luminárias Led com controle
o projeto luminotécnico até a instalação
utilizam projetores e projetores embutidos
de
limitado,
da luminária em campo, e poderia existir
de piso com o facho direcionado de baixo
entretanto, para luminárias com lâmpadas
distribuição
totalmente
legislação específica que impedisse a
para cima, iluminando o céu diretamente.
de descarga é permitida a distribuição
instalação de luminárias com ângulos de
Em áreas afastadas, isto fica mais visível
semi-limitada, que acaba contribuindo
montagem superiores a determinados graus.
até na fachada em projetos de iluminação
mais significativamente para a geração de
A revisão da norma deve contemplar esta
residencial, pois as altas potências utilizadas
poluição luminosa. Se estamos falando da
análise e definir quais os limites permitidos
e mal direcionadas estão em áreas com
mesma aplicação, independentemente da
para projetos em função da necessidade de
entorno totalmente escuro.
tecnologia, não deveríamos ter o mesmo
redução da poluição luminosa e melhoria
critério e não permitir luminárias que não
das distribuições fotométricas necessárias
devem possuir aletas internas ou externas
sejam totalmente limitadas? De forma
em todos tipos de luminárias.
que limitem a propagação da luz para
Os
projetores,
quando
necessário,
geral e prática, luminárias com refrator de
O bom projeto, além de levar em conta
fora da área a ser iluminada. Este tipo
vidro curvo e policarbonato curvo geram
a necessidade de redução de poluição
de dispositivo, além de contribuir para
distribuições de luz acima do hemisfério
luminosa, deve avaliar as áreas adjacentes
evitar a poluição luminosa, podem reduzir
23
Apoio
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
24
consideravelmente o grau de ofuscamento da fonte de luz diretamente às pessoas, tornando a iluminação mais agradável e o objeto a ser iluminado mais visível sem este ofuscamento. A norma também cita a questão do aumento da poluição luminosa devido ao aumento dos níveis de iluminação. Em específico, no caso da iluminação pública, a poluição luminosa é traduzida
Figura 2 – Luminárias pública e decorativa obsoletas.
em projetos com níveis de iluminância superdimensionados não condizentes com a iluminação recomendada na norma ou por luminárias sem o correto controle de dispersão de luz. Há cidades que, em vias onde a norma recomenda um índice médio mantido de 30 lux, estão sendo projetados níveis médios mantidos de 80 a 100 lux. Logo, o aumento da eficácia das luminárias e dos projetos, além de não refletirem uma economia de energia possível, estão contribuindo para a luz retornar para o céu. Não somente falando de iluminância, a difusão do conceito da luminância também contribuiria para um céu mais escuro, visto que em vias com o piso mais claro não necessitamos de altos níveis de iluminação para que a via esteja bem iluminada e segura.
Figura 3 – Poluição luminosa e luz intrusa.
Fascículo
Nas Figuras 2 e 3 podemos ver o tipo de luminárias e efeitos de luz, poluição
o ano de 2018, deverão ser consideradas as
pessoas continuarem enxergando o céu no
luminosa e luz intrusa que causam. Estes
diversas formas de poluição luminosa e luz
período noturno e a beleza das estrelas e do
modelos de luminárias, além de não
intrusa para que possa ser elaborado um
ambiente natural.
atenderem normas técnicas, são ineficientes
capítulo específico sobre o tema para que a
e não devem mais serem utilizados nos
temática seja mais aprofundada. A poluição
recomenda-se a consulta aos sites:
projetos de iluminação pública e externa de
luminosa e luz intrusa têm impacto não
- www.darksky.org
maneira geral.
Para mais informações sobre o tema
somente nas pessoas interferindo no ciclo
- www.lna.br/lp/
Para avaliação e medição da poluição
circadiano, mas na fauna e na flora de
- https://academo.org/demos/bortle-scale/
luminosa existe uma escala disponível. A
maneira geral, tendo impacto sobre toda
Escala de Bortle é uma escala numérica
forma de vida na Terra, influenciando
de nove níveis que mede o brilho do céu
as
noturno de uma localidade em particular.
tartarugas marinhas etc. É fundamental
Esta escala quantifica a observabilidade
que, além da conscientização das pessoas
astronômica de um corpo celeste e qual
e dos profissionais que atuam nas áreas
a interferência causada pela poluição
de iluminação pública e iluminação de
luminosa. A faixa da escala vai da Classe
exteriores, existam formas de avaliação e
1, com os céus mais escuros observáveis na
pontuação dos projetos luminotécnicos
Terra, até a Classe 9, com os céus de grandes
nos editais de licitações e projetos Reluz,
cidades
levando em conta o índice máximo de
contaminados
pela
poluição
luminosa. Na revisão da ABNT NBR 5101 durante
aves
migratórias,
reprodução
de
luz para o céu e luz intrusa. Desta forma, estaremos preservando a capacidade de as
Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
25
Apoio
Proteção contra arco elétrico
26
Por Cláudio S. Mardegan e Giuseppe Parise*
Capítulo VII Integração do estudo de curto-circuito, seletividade e arco elétrico Estudo de curto-circuito O estudo de curto-circuito é importante para determinar os valores das correntes de curto-circuito simétricas francas. Estas correntes são utilizadas na determinação das correntes de arco.
Estudo de seletividade O estudo de seletividade é importante para determinar os tempos de eliminação da falta para a corrente de curto-circuito franco, mas também serve para determinar os tempos de eliminação de falta para as correntes de arco a 85% do valor da corrente de arco e a 100%.
Fascículo
Veja a Figura 1.
Figura 1 – Folha de seletividade com a corrente de curto-circuito franca, curto-circuito por arco e 85% da corrente de arco.
Apoio
Estudo de arc flash
d) Muitas vezes, mesmo com a classe de vestimenta máxima
O estudo de arc flash determina a energia incidente no painel.
(40 cal/cm2), não se consegue dar uma proteção adequada aos
Esta energia depende da corrente e do tempo de eliminação da falta.
trabalhadores. Nestes casos deve-se tentar atuar no sentido de baixar o tempo da proteção usando as técnicas propostas neste
Importância da integração dos estudos de curto-circuito, seletividade e arc flash
treinamento; e) Os estudos de seletividade mudam com o tempo. Hoje em dia
É fundamental a realização do estudo de arc flash enquanto se
não é mais admissível se fazer um estudo de seletividade sem
realizam os estudos de curto-circuito e seletividade, pois, quando
estar fazendo um estudo de arc flash em paralelo, uma vez que os
as energias incidentes estão acima dos limites considerados
tempos utilizados no estudo de seletividade afetam os resultados da
seguros, pode-se interagir com os outros estudos para alcançar os
seletividade e vice-versa;
limites de energia incidente desejáveis, seja pela diminuição do
f) Os estudos de arc flash auxiliam não só a proteção das pessoas,
tempo de eliminação dos dispositivos de proteção existentes, seja
mas também a continuidade operacional da planta e MTTR (mean
por utilização de outros dispositivos de proteção mais velozes e
time to repair) no caso de dano devido a faltas;
eficientes para a redução da energia incidente.
g) Atuando rápido nas faltas por arco pode-se evitar a queima de cabos e muitas vezes incêndios que poderiam culminar com o efeito
Conclusões e recomendações
“flashover”, em que o incêndio se torna praticamente incontrolável.
Conclusões
Recomendações
a) A realização dos estudos de curto-circuito, seletividade e arc flash
a) Todas as vestimentas devem ser adquiridas de fornecedores
são obrigatórios pela NR 10;
confiáveis
b) As normas prescrevem as condições mínimas de segurança.
Recomenda-se adquirir de empresas que têm suas roupas garantidas
Devemos sempre avaliar a condição que preserva a vida dos
por ensaios certificados;
trabalhadores;
b) Recomenda-se, para o uso cotidiano, que todos os trabalhadores
c) As vestimentas não garantem 100% de probabilidade de proteção;
envolvidos nas áreas elétricas utilizem vestimentas de trabalho
que
garantam
suas
características
nominais.
27
Apoio
Proteção contra arco elétrico
28
que sejam adequadas às atividades, devendo contemplar a
elas se tornarem evidentes, possibilitando assim que as devidas
condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas,
correções sejam feitas antes do problema se concretizar. Deve-se
tendo como mínimo a categoria 2;
também executar periodicamente as manutenções preventivas, que
c) É importante ressaltar que os níveis de energia incidente usados
eliminam impurezas que se acumulam sobre as instalações com o
nos calculados baseiam-se nos dados de ajustes e tempos de atuação
passar do tempo e que poderiam futuramente também provocar
dos dispositivos de proteção obtidos do estudo de seletividade
falhas de isolação e o rompimento do dielétrico, promovendo assim
implementado. As placas de advertência propostas como solução
as condições para a ocorrência dos arcos elétricos. As manutenções
do estudo somente podem ser afixadas nos respectivos lugares após
preventivas também permitem o acompanhamento da vida útil da
os novos ajustes terem sido configurados, testados e ainda que o
isolação;
trip-test tenha sido realizado;
k) Quando os trabalhadores estiverem em contato com partes
d) Qualquer alteração destes valores pode provocar mudanças
energizadas expostas ou se os painéis existentes não tiverem
significativas nos níveis de energia incidente obtidos, e,
sido fabricados em concordância com as normas vigentes de
consequentemente, nas categorias de vestimentas;
forma a suportarem os arcos internos, além das vestimentas
e) Sempre que possível deve-se tentar implementar as técnicas
recomendadas por este relatório devem ser utilizados: capacete,
com ajustes otimizados antes de se partir para soluções que
máscara de policarbonato, óculos de segurança, luvas (atentar para
envolvam novas instalações e substituições de equipamentos.
classe de tensão) e botas de segurança com sola de borracha. Tais
Estes recursos e modernas técnicas foram apresentados no
equipamentos devem ser adquiridos de fornecedores confiáveis que
Seminário Internacional do IEEE, ESW Brasil 2009 em Blumenau,
garantam suas características nominais;
no minicurso intitulado “A importância da integração dos estudos
l) Recomenda-se que permaneçam nas áreas elétricas que tiverem
de curto-circuito, seletividade e arc flash para a proteção dos
partes energizadas expostas ou nas quais os painéis existentes não
trabalhadores em eletricidade”. Adicionalmente, com a diminuição
tiverem sido fabricados em concordância com as normas vigentes
da temporização das proteções, os danos ao sistema também
(não suportando dessa maneira os possíveis arcos internos)
diminuem e, consequentemente, o MTTR (Medium Time to
somente os trabalhadores que estiverem utilizando as vestimentas
Repair), o que é desejável;
especificadas nesse relatório e sejam autorizados (tenham curso de
f) Em plantas que possuam geradores deve-se visualizar a curva de
NR 10 básico/complementar). Se em uma determinada área elétrica
decremento dos geradores em cada folha de seletividade apresentada
houver especificações de classes de roupas diferentes, a maior classe
para se verificar o tempo de atuação real dos dispositivos;
deve ser considerada para ser utilizada nesse local;
g) Devido à limitação dos softwares atuais, bem como da versão
m) Recomenda-se realizar os estudos de arc flash sempre para
atual da norma IEEE Std 1584, no caso dos painéis à prova de arco
que a energia incidente fique abaixo de 8 cal/cm2 e que todos
interno, os parâmetros do GAP e distância de trabalho podem ser
os trabalhadores em eletricidade usem pelo menos roupas que
manipulados para atingirem o valor que o painel foi testado para o
suportem energia incidente até 8 cal/cm2;
arco interno. Esta técnica deve ser utilizada sempre que houver os
n) Recomenda-se que, mesmo possuindo painéis arco resistentes,
painéis arco resistentes;
sejam instalados relés monitores de arco fotossensíveis, pois assim,
h) O explanado no item anterior também se aplica em painéis onde
preserva-se o painel e o mesmo fica pronto para operar após um
se encapsulam os barramentos de baixa tensão;
arco.
i) As categorias de vestimentas calculadas neste estudo são baseadas
Fascículo
no valor da energia incidente calculada correspondente à distância
Referências bibliográficas
de trabalho considerada em cada ponto (utilizados valores padrão de acordo com a norma). Sendo assim, se o trabalhador estiver em
[01] IEEE STD 1584
uma distância diferente daquela considerada no cálculo, a energia
incidente também será diferente;
[02] NFPA-70E
j) É importante frisar que as energias incidentes calculadas somente
existirão na prática na ocorrência de uma falta por arco nos pontos
[03] NR-10
considerados. Estas faltas por arco podem acontecer durante
Norma Regulamentadora Número 10 – Segurança em
chaveamentos, inserção ou retirada de disjuntores, ou ainda devido
Eletricidade
a falhas de isolação. As possíveis faltas por arco devido a falhas de
[04] INDUSTRAIL POWER SYSTEM GROUNDING DESIGN
isolação devem ser minimizadas com a realização periódica de
HANDBOOK
manutenções preditivas, utilizando-se, entre outras, as técnicas de
J.R. Dunk-Jacobs, F.J. Shields, Conrad St. Pierre
inspeção termográfica e inspeção por ultrassom. Estes diagnósticos
2007 –Thonson-Shore, Dexter, MI, 48130, USA
são capazes de detectar as falhas na isolação antes mesmo de
[05] Myths and Facts in Selection of Personnel Protective Equipment
IEEE Guide for Performing Arc-Flash Hazard Calculations Standard for Electrical Safety in the Worksplace - 2004 Edition.
Apoio
for Arc Flash Hazard Mitigation Utilizing NFPA 70E and applicable
ASTM standards.
na electric arc – Part 1.1 – Test Methods – Method 1: Determination
Hugh Hoagland
of arc rating (ATPV or EBT50) of flame resistant materials for
48th Conferência Annual do IEEE-IAS, em 2012 em Louisville-
clothing
Live working protective clothing against the thermal hazards of
KY-USA
[13] The historical Evolution of Arcing-Fault Models for Low
[06] Practical Solution Guide for Arc Flash Hazards
Voltage Systems
Tammy Gammon, John Matthews
IEEE I&CPS Conference – Sparks-NV - 1999
Chet Davis, P.E.; Conrad St. Pierre; David Castor, P.E.; Robert
Luo, PhD; Satish Shrestha
First Edition - ESA, Inc., 2003
[07] Practical Solution Guide for Arc Flash Hazards
Chet Davis, P.E.; Conrad St. Pierre; David Castor, P.E.; Robert
Luo, PhD; Satish Shrestha
Second Edition - ESA, Inc., 2003
[08] NESC 2012
National Electric Safety Code
[09] NESC 2012 Handbook – 7ª Edição – Allan L. Clapp
IEEE Standards Association
[10] Manual de Equipamentos Elétricos – Volume 1 – 2ª Edição
João Mamede Filho
Livros Técnicos e Científicos Editora
[11] Manual Técnico sobre Vestimenta de Proteção ao Risco de Arco Elétrico e Fogo Repentino Aguinaldo Bizzo de Almeida e Reyder Knupfer Goecking [12] IEC61482-1-1 Edition 1.0 - 2009
Cláudio S. Mardegan é engenheiro especialista formado pela Unifei, especialista em proteção de sistemas elétricos industriais e qualidade de energia. É membro sênior do IEEE e chairman do Capítulo 6 do Buff Book, atual 3004 series (3004.6) sobre Ground Falut Protection. É chair ainda do Capítulo 13 – Protection Coordination e vice-chair de Surge Protection do IEEE. É diretor da EngePower Engenharia e Comércio Ltda. Giuseppe Parise é engenheiro eletricista e, desde 1973, trabalha no Departamento de Engenharia Elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Sapienza em Roma, onde é Professor Pleno de Sistemas Elétricos de Potência. Tem mais de 320 artigos publicados e é autor de duas patentes e três prêmios de artigos do IEEE/IAS PSD. É membro ativo do IEEE Industry Applications Society (past Member at Large of Executive Board). FIM Todos os artigos deste fascículo estão disponíveis para consulta em www. osetoreletrico.com.br
29
30
Aula Prática
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Por Paulo Fernandes Costa e Filipe Barcelos Resende*
A natureza da corrente de curto-circuito trifásica Parte 2/2
31
O Setor Elétrico / Julho de 2018
6 - Condições especiais para a corrente de curtocircuito Após apresentar a dedução matemática da expressão da corrente de curto-circuito e suas variantes mais usuais, iremos considerar agora as condições especiais (condições limites) que o sistema elétrico pode apresentar, e verificar como a corrente de curto-circuito se comporta nessas condições. Para esse exame deve ser lembrado que: • Numa associação L e R série, a corrente está atrasada em relação à tensão de um ângulo φ compreendido entre 0° e 90°, dependendo dos valores de R e X (X = ω.L) (6-1) • A componente contínua (componente DC na equação (3-2)), é formada pelo produto de dois termos, sendo: • Um termo constante cuja expressão é:
Figura 5-b
6.1 – Circuito puramente resistivo Se R >> X, então a relação X/R → 0, e o termo exponencial decrescente tende também a zero, pois na equação (6.3):
(6-2) (6-4)
Este termo é constante desde que, para um determinado curto-
circuito já ocorrido, Em e Z são constantes, λ foi fixado no momento da falta, e φ está fixado pela relação X/R.
Isso significa que a componente contínua é igual a zero e só
existe o termo da componente AC simétrica:
• Uma exponencial que decresce e modula o termo constante,
(6-5)
utilizando (3-3) e (3-11), pode ser escrito nas formas: (6-3)
Observa-se que quando τ é muito grande, isto é, τ ≈ ∞, o valor
de
e a componente contínua será igual ao termo constante,
equação (6-2). Nota-se também que se λ = φ, a componente contínua não existe, pois o termo sen(λ – φ) será nulo. Ambos os casos, τ → ∞ e λ = φ são mostrados, respectivamente, nas Figuras
Também o ângulo φ é igual a zero, pois φ = arctg(X/R) = arctg(0°),
ou seja, a componente AC está em fase com a tensão. Logo, quando o circuito é puramente resistivo, a corrente de curto-circuito está em fase com a tensão, não existe componente contínua e nem assimetria e a equação (3-2) da corrente de curto se resume a sua componente alternada simétrica. Esse comportamento é ilustrado na Figura 6.
5-a e 5-b (para 5 ciclos).
(6-6)
6.2 – Circuito puramente indutivo Se X >> R, a relação X/R → ∞ e φ = arctg(∞) = 90°. Logo, a corrente de curto-circuito está defasada de 90° da tensão.
(6-7)
Conclui-se que a componente contínua, se existir (isto é λ ≠
90°), será igual ao seu termo constante e nunca decairá. Em outras palavras, a corrente de falta resultante será sempre assimétrica (com exceção de λ = 90°), pois será a soma do termo simétrico mais um termo constante. A Figura 7 mostra esse comportamento. Figura 5-a
(6-8)
32
Aula Prática
O Setor Elétrico / Julho de 2018
plena simetria da corrente de curto-circuito em uma fase.
A equação (6-9) é importante, pois mostra que para qualquer sistema, isto é para qualquer X/R , é possível ter a corrente de curto simétrica. Se o sistema é indutivo, X >> R, condição de sistemas de potência (SEP), φ ≈ 90° e para que haja somente a corrente AC simétrica a corrente de curto deve se iniciar obrigatoriamente no momento que a tensão passa pelo máximo (λ = 90°). Esse comportamento pode ser visto na Figura 9.
Figura 6
Figura 8
Figura 7- Para λ = 60° e X/R = 2000
6.3 – Condição geral
Após a análise das condições anteriores (R >> X e X >> R), que
são condições limites, entende-se facilmente a condição em que R e X têm valores diferentes de zero, sendo essa a condição geral. A forma de onda da corrente apresentará tanto a componente AC permanente simétrica, como a componente DC (exponencial decrescente). A forma de onda será como na Figura 8. Figura 9
6.4 – Condição geral de plena simetria
Vimos que, em sistemas puramente resistivos ( R >> X ), a
componente contínua é nula e a corrente de curto-circuito é sempre simétrica, conforme equação (6-5). E para um sistema qualquer? É possível que a corrente de curto-circuito seja simétrica? Sabemos que o ângulo λ é definido no momento de ocorrência do
6.5 – Condição de máxima assimetria Entende-se como condição de máxima assimetria aquela condição do sistema elétrico que produz o maior valor possível de componente contínua, no curto-circuito. Esta condição pode ser obtida da análise da componente contínua:
curto-circuito. Pela expressão da componente DC, equação (3-2), (6-10)
verifica-se que: (6-9)
Como se trata de uma exponencial decrescente com o tempo,
Portanto, na situação anterior, a componente contínua
multiplicada por uma função seno com sinal negativo bem como
desaparece na fase e a corrente de curto-circuito resultante será
multiplicada por um termo constante Im, o máximo da função dc(t)
simétrica. Observa-se que, no sistema trifásico, pelo defasamento
ocorrerá quando forem atendidas simultaneamente as seguintes
angular de 120° entre as correntes, só existe a possibilidade de
condições:
33
O Setor Elétrico / Julho de 2018
a) No instante t = 0 pois
terá o seu valor máximo
b) Quando – sen(λ – φ) = ±1, o que implica duas condições: – sen(λ – φ) = ±1, levando a λ – φ = -π/2 ou λ = φ - π/2
(6-11)
– sen(λ – φ) = -1, levando a λ – φ = +π/2 ou λ = φ + π/2
(6-12)
Nestas condições e considerando t = 0 teremos dois valores simétricos para o máximo
da corrente dc(t): (6-13)
O sinal positivo significa que a componente DC está no primeiro quadrante dos eixos
cartesianos, fato que ocorrerá somente quando a onda de tensão, passando por zero em ω.t = –λ = –(φ – π/2) = π/2 – φ, cresce na direção positiva do eixo das ordenadas, conforme Figura 10-a.
Figura 10-a
Figura 10-b
O sinal negativo significa que a componente DC está no quarto quadrante, o que ocorre
quando a onda de tensão passando for zero em ω.t = –λ = –(φ – π/2) cresce na direção negativa do eixo das ordenadas, conforme Figura 10-b.
Portanto, podemos resumir, afirmando que a componente contínua apresenta o seu valor
máximo possível no instante t = 0 (momento de ocorrência do curto), e quando λ = φ ± π/2, concluindo ainda que o seu valor máximo é igual ao valor de pico da componente AC simétrica.
34
Aula Prática
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Para sistemas indutivos (X >> R), condição de sistemas de (6-18)
potência (SEP), φ = 90°, λ = φ – 90° = 0°. Isto significa que a máxima assimetria ocorrerá quando a tensão estiver passando por zero, no condição de máxima assimetria, a expressão geral da corrente i(t) se
Considerando que, para um sistema de potência, φ ≈ π/2, os valores de tp para as condições de máxima assimetria, condição
tornará:
de plena simetria e condição parcial de assimetria valem
Para λ = φ - π/2 , conforme equação (6-11)
respectivamente:
momento do curto. Observa-se ainda que, levando-se em conta a
(6-14)
• Condição de máxima assimetria expressa na equação (6-11) isto é λ – φ = π/2 ou λ – π/2 = - π/2 ou λ = λ0 = 0
(6-15) Para λ = φ + π/2 , conforme equação (6-12)
(6-16)
(6-19) • Condição de máxima assimetria expressa na equação (6-12) isto é λ – φ = + π/2 ou λ – π/2 = π/2 ou λ = λ0 = π (6-20)
(6-17)
Esta condição é impossível fisicamente, pois a corrente não
Esta relação é importantíssima para analisar a saturação dos
pode alcançar o seu valor máximo instantaneamente (t = 0) em
transformadores de corrente, pois a pior condição de saturação
um circuito indutivo. A Figura 12-a mostra a curva da corrente de
ocorre na condição de máxima assimetria, isto é, maior presença
curto-circuito para a máxima assimetria, a Figura 12-b mostra a
possível da componente contínua.
onda de tensão e corrente no mesmo sistema de eixos, o valor de
6.6 – Determinação do tempo para a corrente de curto-
λo = π é que provoca a máxima assimetria uma vez que X >> R e, consequentemente, φ ≈ π/2.
circuito atingir o valor de pico
Em um sistema elétrico existente (onde são conhecidos Emax,
Z, φ e f), o valor de pico da corrente de curto-circuito só depende do¬ valor inicial do ângulo λ (λ = λ0), e ocorrerá em um certo tempo t (t = tp).
Para cada valor de λ = λ0 existirá um valor de t = tp, no qual a
corrente atinge o valor de pico (Figura 11).
Figura 12-a
Figura 11
O valor de tp pode ser determinado inserindo-se λ = λ0 na
equação geral, equação (3-2), ou qualquer de suas variantes, derivando-se a referida equação em relação a t e igualando-se o resultado a zero. Com este procedimento, o valor de tp encontrado será:
Figura 12-b
36
Aula Prática
O Setor Elétrico / Julho de 2018
• Condição de plena simetria expressa na equação (6-9) isto é λ – φ =0 ou λ = λ0 = π/2 (Figura 13) (6-21)
(6-23)
6.8 – Fator de assimetria
A relação entre o valor de pico da corrente de curto-circuito e o
valor eficaz da componente simétrica senoidal é denominado “fator • Condição parcial de assimetria considerando-se λ = π/3 (Figura 14)
de assimetria”, conforme equação abaixo: (6-24)
(6-22)
Este fator pode ser obtido das equações (3-13), (4-3) e suas
variantes, apenas introduzindo λ = λ0 e t = tp nas mesmas. Por exemplo, a partir da equação (3-13), onde o tempo está em segundos:
" " Figura 13
(6-25)
Considerando f=60Hz e um sistema de potência tal que φ ≈ π/2 X e /R ≈ ∞, a tabela a seguir mostra os valores de Kassim, obtidos da
equação (6-25) para as condições de máxima assimetria, condição de plena simetria e uma condição parcial de assimetria, situações vistas no item 6.6. Condição φ (radianos) λo (radianos) tp (segundos) tp (ciclos) Kassim Máxima
π/2
0
0,0083
1/2
2,83
π/2
π/2
0,0042
1/4
1,41
π/2
π/3
0,0056
1/3
2,18
assimetria Simetria plena Assimetria parcial Figura 14
Variando-se λ e mantendo-se fixo o valor de X/R, conclui-se que o tempo tp no qual ocorre o valor de pico da corrente de curtocircuito, situa-se teoricamente entre tp = 0 ciclo e tp = ½ ciclo.
6.7 – Determinação do valor de pico da corrente de curto-circuito
Observa-se que considerar φ ≈ π/2 para SEP é muito conservativo, elevando o valor de Kassim.. Uma situação mais real seria considerar, por exemplo, o SEP com uma constante de tempo em torno de 0,1 segundo. Nesta condição, temos da equação (3-15), onde τ está em segundos;
Com os parâmetros do sistema definidos, e para um dado
λ = λ 0, a equação (6-18) permite calcular o valor do tempo t p no qual ocorrerá o valor de pico da corrente de curto-circuito.
Para determinar o valor de pico da corrente do curto trifásica
resultante (isto é, considerando-se a soma das componentes AC e
DC) basta entrar com λ = λ0 e t = tp em qualquer uma das equações
de K assim para as condições de máxima assimetria e assimetria
Mantendo-se os valores de λ 0 e t p da tabela 6-1, os valores
gerais, por exemplo a equação (3-2), obtendo-se então:
parcial, seriam respectivamente:
37
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Para a condição de máxima assimetria (φ = 88,46°, λ o = 0, t p = 0,0083 s) → K assim =
2,72 (em vez de de 2,83). Para a condição de assimetria parcial (φ = 88,46°, λp = π/3 = 60°, tp = 0,0055 s) → K assim = 2,05 (em vez de 2,18).
6.9 – C ondição
para ocorrer o valor máximo de pico
(I pm)
da corrente de
curto
Chamamos de valor máximo, ou valor de pico da corrente de curto-circuito trifásica,
o valor instantâneo máximo medido na onda resultante da corrente, considerada sua expressão geral (presença simultânea da componente AC e da componente DC). A componente contínua, que define a assimetria, depende do ângulo λ. Dessa forma, verifica-se que um dado sistema com X/R definido, apresentará um valor de pico para cada λ. Assim, existirá um valor λ = λ pm para o qual o valor de pico será máximo.
Chamaremos esse valor de pico de I pm para diferenciar do valor de pico I m da
componente alternada simétrica, bem como do valor de pico Ip que ocorre para um λ qualquer, isto é λ = λ0 que não produz o valor Ipm. O valor de Ip para um determinado λ = λ0 qualquer é dado pela equação (6-23) ou uma de suas equivalentes. Derivando-se no tempo a equação geral e igualando o resultado a zero, mostra-se que a condição para ocorrer o valor máximo de pico I pm, é: (6-26)
Esta condição só é satisfeita se:
(6-27)
Verifica-se que, quando λpm = 180° a corrente de curto é a “imagem espelho” da
condição λpm = 0°, isto é, a componente contínua está no quarto quadrante ao invés de estar no primeiro quadrante, e o valor de pico da corrente assimétrica resultante é negativo ao invés de positivo. Em todas as considerações a seguir, o valor de λ para a condição de máximo de pico I pm será λpm = 0° Conclui-se, pois, que a condição de máximo pico I pm, isto é (λ pm = 0), difere da condição de máxima assimetria λ = φ + π/2 ou λ = φ - π/2.
7 - Comparação das condições de máxima assimetria e máximo pico
Vimos que as condições de ocorrência de máxima assimetria e máximo pico são
diferentes. É interessante comparar os parâmetros mais importantes da corrente de curto-circuito para essas duas situações. A tabela 7.1 mostra os principais parâmetros da corrente de curto-circuito, avaliados para diferentes valores de X/R na condição de máximo valor de pico (λ = λ pm = 0) e o tempo para ocorrer este valor de pico, (tempo tpm dado em ciclos)
Observa-se na tabela 7.1 que o tempo para o qual ocorre o valor máximo de pico (t pm), varia com o valor de X/R, variando de 0,26 ciclos para X/R = 0,1 até 0,5 ciclo para X/R = 1000. O valor máximo de pico, em p.u, da corrente simétrica varia de 1 para X/ R = 0,1 até 2 para X / R = 1000. A tabela 7.2 compara os valores de pico para condição de máxima assimetria com valores de pico para a condição de máximo valor de pico, para diferentes valores de ( X/R).
38
Aula Prática Tabela 7.1 – Máximo valor de pico para cada (X/R)
O Setor Elétrico / Julho de 2018
λpm = 0; t = tpm); Irms – (máxima assimetria) – corrente eficaz conforme condições de máxima assimetria (λ0 = φ ± π/ 2; t = tp); Irms – (máximo pico) – corrente eficaz conforme condições de corrente de pico máxima (λ0 = λpm = 0; t = tpm); Irms – corrente eficaz calculada sobre o 1º ciclo, em condições de máxima assimetria (λ0 = φ ± π/ 2; t = 0,0167s = 1 ciclo).
Observa-se que as diferenças percentuais entre os valores
de pico para a condição de máxima assimetria (Ip-ma) e os valores de pico para a condição de máximo pico (Ipm) são relativamente pequenas, atingindo, no máximo, 2,75% para X/R=2. Para valores de X/R > 15, os dois valores são praticamente iguais.
Com esta observação, e considerando também a tabela 7.1 que para valores de X/ R > 5 o tempo para ocorrer o valor máximo de pico (Ipm) é praticamente igual a 0,5 (meio) ciclo, podemos formar um critério simples de calcular o próprio valor máximo de pico (Ipm), como indicado a seguir. Tabela 7.2 – Valores de pico durante a máxima assimetria
8 - Determinação simplificada do valor máximo de pico (Ipm)
O valor máximo de pico (Ipm) da corrente resultante de curto-
circuito pode naturalmente ser obtido derivando a equação geral, (3-2). Deve ser verificado que, definido o local de cálculo de curto-circuito do sistema, os valores de X/ R, ƒ (frequência) e φ = arctg(X/R ) são previamente conhecidos.
A equação geral se torna então função de λ e t. Portanto, o
valor máximo de pico ocorrerá para um dado valor apropriado de λ = λ pm e um dado valor apropriado de t = tpm , isto é: Ipm = ƒ(λ pm , tpm)
A determinação de Ipm derivando a equação geral (3-2) ou
qualquer de suas equivalentes já vista, é trabalhosa, envolvendo derivadas parciais. Uma primeira conclusão importante derivando em relação a λ, nos leva à equação (6-26), isto é, o valor máximo de pico ocorre para λ = λpm = 0.
Para a tabela 7.1, tem-se:
A partir daí, para calcular o valor de Ipm, seria necessário antes
determinar o valor do tempo para o qual o mesmo ocorre (tpm), o
Ipm – Máximo valor de pico da corrente para cada X/ R, em p.u do
que pode ser realizado utilizando a equação (6-18).
valor de pico da corrente simétrica (λpm = 0, t = tpm);
Após determinarmos tpm, teríamos de voltar a equação (3-2) e
Idc – Valor máximo da componente DC, em p.u do valor de pico da
introduzir λpm = 0 e o valor de λpm, calculando então o valor final de Ipm.
corrente simétrica (λpm = 0, t = tpm);
Iac – Valor instantâneo da componente AC, em p.u do valor de pico
as conclusões do item anterior, ou seja:
No entanto, podemos evitar todo este trabalho, aproveitando
da corrente simétrica (λ pm = 0, t = tpm); Irms – corrente rms resultante (assimétrica), em p.u, do valor de pico
- A diferença entre o valor máximo de pico (Ipm) e o valor de pico
da corrente simétrica (λpm = 0, t = tpm); tpm – tempo para Ipm ocorrer em ciclos.
calculado para a condição de máxima assimetria (Ip-ma), é menor que 3% para todos os valores de X/R (tabela 2); - As diferenças maiores ocorrem para baixos valores de X/R , que,
Para a tabela 7.2, tem-se:
em geral, não acontecem em sistemas de alta tensão (SEP) e mesmo
Ip-ma – (máxima assimetria) – corrente de pico conforme condições
em sistemas industriais (SEI);
Ip-mp – (máximo pico) – máxima corrente de pico possível (Ipm) (λ0=
- O tempo para o qual Ipm ocorre pode ser considerado de 0,5 ciclo para todos os valores de X/ R > 5 (tabela 7-1);
de máxima assimetria (λ 0 = φ ± π/2; t = tp);
39
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Logo, para calcular Ipm, supomos a condição de máxima assimetria (λ = φ ± π/2) e o tempo de 0,5 ciclo. Se escrevermos a equação (3-2) da seguinte forma, com o tempo em
ciclos, e em p.u do valor máximo da componente: (8-1) substituindo na equação λ por (λ = φ – π/2) e t’ = ½ ciclo obteremos o valor máximo p.u de i(t)”, que chamaremos .
Em que Ipm é o valor máximo de pico (em Ampéres).
(8-2)
O valor de
na equação (8-2) está em p.u do valor de Im (valor de pico da compo
nente simétrica). Se
. Irms, estiver em Ampéres, podemos obter os valores de Ipm
em Ampéres com as seguintes equações:
(8-3)
(8-4)
Deve ser lembrado que as fórmulas (8-2) a (8-4) são utilizadas com maior precisão para o coeficiente X/ R > 5. Quando for necessária uma precisão maior ainda, poderá ser utilizado o procedimento geral de encontrar tpm através da equação (6-18) fazendo λ0 = λpm = 0 e em seguida entrar com o valor encontrado de tpm na equação (6-23) ou outra equação geral, determinando finalmente o valor de Ipm. As equações (6-18) e (6-23) ficam conforme a seguir: (8-5)
(8-6)
Observe que, nestas equações, tpm está em segundos. Para o tempo em ciclos, utiliza-se
as relações (4-1) e (4-2), isto é:
, donde: t → segundos , t’ → ciclos. A equação (8-5) ficará
então: (8-7)
A equação (8-6) ficará:
40
Aula Prática
O Setor Elétrico / Julho de 2018
(8-8)
Considerando (9-5), a equação (9-3) pode ser escrita como:
9 - Determinação do valor eficaz da corrente de curto-circuito em um instante qualquer
(9-4)
(9-5)
A partir do momento que a bobina de abertura de um disjuntor
é energizada com sua tensão nominal, através da operação de um relé de proteção por exemplo, é despendido um certo tempo para que os seus contatos se separem inteiramente, e então a corrente
Considerando agora o tempo em ciclos, segue:
de curto-circuito seja extinta na sua passagem subsequente por zero. O tempo de separação de contatos é indicado pelo fabricante
(9-6)
em ciclos, podendo variar em geral de 1.0 a 3,0 ciclos conforme a tecnologia do disjuntor. Considerando que um relé de proteção rápido opera em cerca de meio (0,5) ciclo, a separação de contatos completa ocorrerá entre 1,5 a 3,5 ciclos.
Considerando (9-5), a equação (9-3) pode ser escrita como:
Neste tempo, considerando os valores de X/R normais dos sistemas de potência, a corrente de curto é ainda assimétrica, pois
(9-7)
a componente contínua ainda não desapareceu. Naturalmente, o maior percentual da componente contínua aparecerá nas condições de máxima assimetria, e para valores de X /R elevados. Os disjuntores são dimensionados para abrir uma certa corrente eficaz (Irms), sob um certo valor de X/ R. Para a norma ANSI, X /R = 15 e na NBR / IEC, X/ R = 17.
Como determinar o valor eficaz da corrente que o disjuntor irá
(9-8)
Considerando-se o valor de dc(t) em percentual de Im, segue a
expressão bastante utilizada para o cálculo do valor da corrente de abertura dos disjuntores:
abrir, se neste momento existem duas componentes, uma alternada simétrica (AC) e outra contínua (DC), isto é, a corrente de abertura é assimétrica.
Sabe-se que o valor eficaz desta corrente assimétrica é calculado
pela expressão: (9-9)
(9-1) Em que Irms = Valor eficaz da corrente simétrica =
Substituindo
pelo seu valor da equação (9-6) resulta:
dc(t) = valor instantâneo da componente contínua no momento da abertura (final da separação de contatos), considerando a condição de máxima assimetria (λ = φ – π/2) A equação (9-1) pode ser colocada em p.u do valor eficaz da componente alternada simétrica (Irms).
(9-10) (9-2)
As equações (9-9) e (9-10) são importantíssimas, pois fornecem
o valor eficaz da corrente assimétrica de abertura dos disjuntores. Na equação (9-10), o valor eficaz da corrente assimétrica está em
(9-3)
função do valor eficaz da componente simétrica AC (Irms) do tempo em ciclos (t’) e do valor X/ R. Na equação (9-11), a corrente está somente em função do valor eficaz da componente simétrica AC (Irms) e do percentual [dc(t)%] da
Porém, da equação (6-10), considerando as condições de
máxima assimetria, segue que:
componente contínua em relação ao valor de pico da componente simétrica (Im), no momento da abertura do disjuntor.
42
42
Aula Prática
O coeficiente
O Setor Elétrico / Julho de 2018
(9-11)
é denominado fator de capacidade dos disjuntores na norma ANSI, sendo designado pela letra S.
(9-12)
O fator S permite também calcular o valor Irms da corrente
assimétrica para qualquer outra aplicação, como por exemplo, para ajustar relés instantâneos eletromecânicos que, em geral, operam na faixa de 0,5 (meio) ciclo a 3 (três) ciclos. Na literatura inglesa, o fator S é chamado também de “fator de multiplicação para decaimento da componente continua” (DC Decrement Multiplying Factor) ou simplesmente “fator de multiplicação”, (Multiplying Factor).
10 - Conclusão Neste trabalho procurou-se esclarecer diversos aspectos importantes relativos ao comportamento da corrente de curtocircuito trifásico em um sistema elétrico. Considerou-se o curtocircuito “quilométrico”, onde o valor da reatância é constante ao longo do tempo. O caso do curto com “Fonte Local”, próximo a máquinas rotativas, onde a reatância é variável ao longo do tempo será objeto de outro trabalho. Os autores recomendam a leitura da bibliografia indicada para ampliação do conhecimento aqui adquirido.
Referências bibliográficas 1- IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS, VOL. 1A021, NO.2, MARCH/APRIL 1985 – Relationship of X/R, Ip, and Irms’ to Asymmetry in Resistance Circuits. 2- IEEE TRANSACTIONS ON INDUSTRY APPLICATIONS, VOL. 1A-21. NO 4, JULY/AUGUST 1985 – Understanding Asymmetry. Craig N. Hartman. Hermann W. Reichenstein; Juan C. Gomez. 3- EDMINISTER, Joseph A. Circuitos Elétricos, 2ª ed. São Paulo: editora McGRAWHILL LTDA. 4- IEC 62271-100: Alternating-current circuit-breakers. 5- C37.09-1999 - IEEE Standard Test Procedure for AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis
*Filipe Barcelos Resende é engenheiro eletricista, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, é professor auxiliar do Instituto Eduacional Candida de Souza e engenheiro eletricista da Vale S.A. Paulo costa é engenheiro eletricista e Msc pela Universidade Federal de Minas Gerais, professor aposentado dos cursos de engenharia elétrica da UFMG e CEFET-MG e diretor da Senior Engenharia e Serviços LTDA, Belo Horizonte (MG). É palestrante e autor de vários artigos. Atua como consultor, bem como na área de desenvolvimento tecnológico, com experiência de mais de 40 anos.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 25 / Julho de 2018
Energia solar heliotérmica
Aproveitamento de energia solar a partir de Sistemas de Concentração de Potência Solar (CSP) e tecnologias de geração disponíveis Energia eólica: Abeeólica antecipa discussões que acontecerão no Brazil Wind Power 2018 Energia solar: Geração centralizada e seu valor para a sociedade APOIO
Apoio
44
Fascículo
Renováveis
Por Leonardo S. R. Vieira, Ana Paula C. Guimarães e Pablo A. Lisboa*
Capítulo VI Geração heliotérmica: estado da arte e experiência do Cepel
Apoio
45
As plantas de geração termossolar produzem energia elétrica a partir da conversão da
energia solar em calor com alta temperatura, com emprego de diferentes arranjos de espelhos concentradores da radiação direta normal (DNI – Direct Normal Irradiance). A terminologia utilizada de forma genérica para essas tecnologias de aproveitamento da energia solar na produção de energia elétrica é “Sistemas de Concentração de Potência Solar”, mais conhecida pelo termo em inglês Concentrated Solar Power (CSP). O calor produzido pela concentração da energia solar é utilizado em um ciclo térmico convencional de potência, com emprego de turbinas a vapor ou a gás, ou com a utilização de motores Stirling. As aplicações cobrem uma faixa de potência bastante ampla (kW a MW) dependendo da tecnologia utilizada. Alguns sistemas prevêem o armazenamento térmico (TES - Thermal Energy Storage) para utilização durante períodos de baixa insolação ou até mesmo durante a noite. Os sistemas CSP se baseiam em quatro tecnologias: cilindros parabólicos (CP), torre central (TC), concentradores lineares Fresnel e discos parabólicos. Estas tecnologias encontram-se descritas resumidamente na Figura 1.
Figura 1 – Tecnologias de geração CSP [1].
O aproveitamento da energia solar a partir de tecnologias de CSP requer níveis elevados
de DNI, superiores a 1.800 kWh/m2/ano, condições topográficas adequadas, ventos de baixa velocidade e, para as aplicações de grande porte, é importante haver disponibilidade de infraestrutura de acesso (rodovias), disponibilidade de água para os sistemas convencionais de geração de vapor e limpeza dos espelhos além de acesso ao sistema interligado para conexão à rede.
Ressalta-se que a possibilidade de implementar sistemas TES é a principal vantagem das
plantas CSP em relação às outras fontes renováveis intermitentes, como solar fotovoltaica e eólica, pois fornece à planta a capacidade de produzir energia elétrica sempre que houver
Apoio
Fascículo
46
Renováveis
Figura 2 – Distribuição dos sistemas CSP operacionais, em construção e em planejamento no mundo [1].
demanda e de forma contínua (despachabilidade). O TES pode ser
integrado em cada uma das tecnologias comercialmente disponíveis em
crescendo. De acordo com o SolarPACES [1], atualmente, os projetos em
larga escala.
planejamento correspondem percentualmente, em termos de potência a ser
instalada, em 60,32% do tipo torre, 33,45% do tipo CP e 6,23% do tipo
Nas plantas sem TES, há necessidade de uma pequena fração
Nos últimos anos, porém, os projetos relativos à implantação de TC vêm
de combustível de backup com o objetivo de manter a estabilidade
linear Fresnel.
operacional de geração de energia elétrica.
A crescente integração dos TES às plantas CSP é notadamente observada
através dos cenários presente e futuro dos projetos existentes no mundo, Geração heliotérmica no mundo
os quais estão representados pelos valores percentuais seguintes [1]: 50% das plantas em operação possuem TES, 64% das plantas em construção
Atualmente, existem 94 sistemas CSP em operação no mundo
possuem TES e 100% das plantas em planejamento possuem TES.
totalizando uma potência instalada de 5.206 MW [1]. A Espanha e os
Estados Unidos respondem por 77,8% desse total com capacidades
incipiente. Embora, no território nacional existam regiões privilegiadas quanto
de 2.304 MW (44,26%) e 1.745 MW (33,52%), respectivamente,
ao nível de incidência da DNI para instalação de plantas dessa natureza,
liderando o ranking mundial de plantas em operação, sobretudo,
comparáveis ao sul da Espanha, os elevados custos da tecnologia ainda
porque, em ambos os países, foram estabelecidas políticas de incentivo
são proibitivos para aplicação no país quando comparados às outras fontes
que impulsionaram a aplicação da tecnologia CSP. Na Figura 2 estão
renováveis como solar fotovoltaica e eólica. Entretanto, existem, atualmente,
destacados todos os países que possuem plantas em operação, em
algumas iniciativas, tanto por instituições do governo quanto por instituições
construção e em planejamento, e suas correspondentes capacidades.
privadas, no sentido de fomentar e desenvolver estudos e projetos de
pesquisa em CSP no país. As iniciativas mais recentes envolvendo o Cepel
A tecnologia de CP é a mais utilizada, até o momento, por apresentar
maior maturidade e menor custo de potência instalada. A Figura 3
Em relação ao Brasil, o mercado referente às tecnologias CSP é ainda
estão descritas a seguir.
mostra a participação dos principais tipos de plantas CSP em operação no cenário mundial atual.
Custos estimados e potencial para redução dos custos
Os custos de CSP variam, dependendo da situação econômica específica
e dos níveis de DNI de um determinado local. Atualmente, o custo de geração de energia de sistemas desta natureza ainda é considerado elevado, embora venha diminuindo nos últimos anos. As informações da Figura 4 refletem o comportamento dos custos médios, no mundo [2]. Em 2011, o DOE (Departamento de Energia dos EUA) lançou a iniciativa SunShot para reduzir os custos totais da energia solar em 75% até o ano de 2020, visando atingir um valor de 0,06 US$/kWh. Embora dificilmente este valor possa ser obtido Figura 3 – Participação de potência instalada das tecnologias CSP em plantas operacionais no mundo.
até 2020, foi possível obter grande redução do custo ao longo deste período nos Estados Unidos. Por exemplo, em 2012 era registrado um custo de US$
Apoio
Fascículo
48
Renováveis
Figura 4 – Comparação do custo de CSP com outras tecnologias [2].
0,206/kWh para uma instalação com tecnologia de CP, operando com fluido de transferência de calor e TES. Em 2015, foi alcançado um valor de US$ 0,12/kWh para uma instalação com tecnologia de TC e TES de 10 horas [3]. Reduções de custo foram também observadas em outros países. Por exemplo, no Chile, recentemente foi realizada uma licitação com custo da energia solar de 0,068 US$/kWh para uma planta de 240 MW, 14 horas de TES e para uma DNI anual de 3.800 kWh/m2/ano.
Nos sistemas CSP, o capital é o principal elemento no custo de geração de
energia elétrica. Assim, de forma simplificada, o custo anual da geração pode ser estimado como sendo a relação entre o capital, anualizado a uma taxa de desconto, e a geração anual de energia elétrica, calculada pelo produto da potência nominal da usina pelo fator de capacidade anual da mesma. Dessa
Figura 5 – Potência acumulada instalada (GW) CSP desde 2008 até 2016 [3]
forma, o custo de geração pode ser reduzido: i) reduzindo-se o capital, ii)
de horas diárias). Na Figura 6, observa-se que os fatores de capacidade de
aumentando-se a produção anual de energia elétrica.
plantas sem TES (TES = 0) são inferiores a 30% e para plantas com TES = 15,
por exemplo, é possível aumentar o fator de capacidade para até 70%.
A exemplo do que ocorreu com os sistemas fotovoltaicos entre 1975 e
2015, para os quais se observou uma redução de aproximadamente 18% do custo dos painéis a cada vez que a produção dos painéis duplicava [4], também para a tecnologia CSP é esperada uma redução do capital em função do crescimento da potência total instalada. A Figura 5 mostra o aumento da potência acumulada instalada desde 2008 até 2016 [3].
O aumento da produção anual de energia elétrica de uma planta CSP tem
sido alcançado aumentando-se o fator de capacidade da planta, mediante a adoção de TES. A Figura 6 apresenta resultados de simulações realizadas pelo Cepel para usinas de 100 MW, para a localidade de Petrolina (PE), utilizando-se o programa SAM (Solar Advisor Model). Nestas simulações é avaliado o fator de capacidade da usina em função da área do campo solar (expresso pelo múltiplo solar) e do tamanho do TES (expresso pelo número
Figura 6 – Efeito da área do campo solar e do tamanho do TES no fator de capacidade da planta.
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49
Projeto Helioterm Escolha da localidade
Em 2010, foi realizado, pelo Cepel, um estudo de
caracterização de localidades potenciais para implantação de uma planta piloto CSP, que teve como resultado a identificação da cidade de Petrolina (PE) como a mais indicada, e, mais especificamente, de um terreno destinado a projetos de irrigação da Codevasf. Neste estudo foi realizada uma hierarquização de localidades na região do semiárido estabelecendo como critérios não apenas os índices de DNI, a existência de recurso hídrico e a proximidade de subestações, como também aspectos relacionados à infraestrutura local (universidades, escolas técnicas, rodovias, aeroporto, entre outros). O critério referente à infraestrutura foi considerado relevante por se tratar de uma planta experimental com objetivos específicos de P,D&I, além de constituir o marco inicial da criação de uma plataforma de pesquisa no Brasil para o desenvolvimento de diferentes tecnologias de energia solar. Por este motivo, a localidade escolhida não é necessariamente a mais adequada para instalação de uma planta comercial. No Brasil existem localidades com valores de DNI superiores ao local selecionado para a instalação da planta piloto.
A metodologia desenvolvida [5]
para a hierarquização de localidades e seleção da localização da planta piloto compreendeu as seguintes etapas: (i) obtenção de dados do número de horas de insolação, de mapas georreferenciados das rodovias e do recurso hídrico e de dados socioambientais das áreas consideradas mais promissoras; (ii) determinação da DNI através de modelos matemáticos; (iii) identificação e definição de critérios para hierarquização das áreas mais promissoras; (iv) hierarquização das áreas; (v) obtenção de dados adicionais nas áreas mais promissoras através de visitas técnicas e reuniões locais; (vi) diagnóstico ambiental preliminar; (vii) identificação de pontos principais nas áreas promissoras; (viii) definição da localização da planta piloto; (ix) disponibilização do terreno. Na Figura 7 está apresentado o gráfico resultante do estudo de hierarquização em questão.
Figura 7 – Hierarquização de localidades na região do semiárido para implantação de planta de pesquisa CSP.
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Fascículo
50
Características da planta-piloto
Renováveis DNI de 1.830 kWh/m2/ano [6] foi utilizado para o dimensionamento do campo solar na concepção da planta, de acordo com o Atlas Brasileiro de
O projeto da planta-piloto foi concebido para utilização da
Energia Solar. Nota-se que as médias anuais nos anos de 2015 e 2016
tecnologia de CP com capacidade de 1 MWe e contando com um TES
dos dados medidos na estação são superiores ao valor utilizado para o
de apenas dez minutos para a estabilidade operacional do sistema. As
dimensionamento;
características principais estão relacionadas a seguir: • Potência nominal: 1 MWe; • Temperatura do vapor : 375 °C; • Pressão do vapor: 40 bar; • Produção anual de energia líquida (estimada): 1.967 MWh; • Área dos espelhos: 9936 m²; • Número de coletores: 3 loops com 4 coletores cada; • Comprimento de cada coletor: aproximadamente 150 m.
A Figura 8 mostra um diagrama esquemático da planta-piloto.
Figura 9 – Resumo dos dados de irradiação coletados no período de junho de 2014 a março de 2017.
• Estabelecimento de um acordo de cooperação com a Univasf (Universidade Federal do Vale de São Francisco), em Petrolina, visando, essencialmente, à elaboração de pesquisas futuras ligadas ao Cresp; • Emissão de um termo de referência, pela agência municipal de meio ambiente (AMMA), específico para a elaboração de estudo técnico ambiental (ETA) de usinas heliotérmicas, como parte do Figura 8 – Diagrama esquemático da planta-piloto.
processo de licenciamento ambiental, que poderá ser utilizado de base para projetos similares.
Resultados obtidos com o Projeto Helioterm CRESP No Projeto Helioterm, embora não tenha sido possível iniciar a construção da planta piloto de 1 MWe, foram alcançados os seguintes
resultados, a seguir relacionados:
lançamento do Cresp em Petrolina pelo ministro de Minas e Energia,
Conforme já mencionado, em junho de 2017, foi realizado o
contando com a participação do Cepel e da Chesf. O terreno cedido • Consolidação da iniciativa de construção da plataforma experimental
pela Codevasf possui uma área de 45 hectares para a construção
de energia solar, denominada oficialmente de Centro de Referência em
de plantas solares, conforme indicação na Figura 10. Estão
Energia Solar de Petrolina (Cresp), no terreno cedido pela Codevasf. Em junho de 2017, deu-se o lançamento do Cresp pelo ministro de Minas e Energia, contando com a participação do Cepel e da Chesf. A planta de 1 MWe, planejada no Projeto Helioterm, é uma das instalações a serem construídas no centro; • Consolidação de uma especificação técnica, ainda inédita no Brasil, parte integrante de um processo de licitação para compra e construção de usinas CSP, incluindo informações sobre ensaios de comissionamento da instalação; • Instalação e operação de uma estação meteorológica classificada dentro dos padrões da Aneel para usinas heliotérmicas e obtenção dos dados medidos por um período completo de três anos, até o momento, em localidade distante 14 km do terreno destinado ao Cresp. Um resumo destes dados está apresentado na Figura 9. O valor estimado de
Figura 10 – Plantas solares previstas para compor o Cresp.
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51
Tabela 1 – Resultado das simulações
Potência
Múltiplo
TES
Altura da
Fator de
Área do
Energia
(MWe)
solar
(horas)
torre
capac.
campo solar
anual gerada
(m)
(%)
(hectares)
(kWhe)
2
1,5
3
61,3
21,60
6,78
3.295.589
3
1
0
61,3
13,10
6,78
3.006.398
3
1
0
52,9
13,10
6,59
3.003.662
2
1,5
3
41,5
19,60
6,84
2.981.757
1,5
1,5
3
41,6
21,10
6,10
2.409.758
1,5
1,5
5
41,6
20,8
6,10
2.381.435
1,5
1,5
3
47,8
20,7
5,51
2.368.683
contempladas a planta CSP de 1 MWe, com tecnologia de CP, uma
o desenvolvimento de projetos de pesquisa relacionados à
planta fotovoltaica de 3 MW integrada à rede e uma área livre para
implantação de sistemas CSP piloto no país que permitam acesso
desenvolvimento de projetos futuros. A planta fotovoltaica de 3
a esta tecnologia e forneçam subsídios técnicos para tomadas de
MW, cujo projeto está sendo desenvolvido pela Chesf, em parceria
decisões futuras. No ano passado, houve, por parte do Ministério
com o Cepel, conta com uma planta base de 2,5 MW, usando
de Minas e Energia, o anúncio oficial da iniciativa de construção da
tecnologia convencional para os painéis fotovoltaicos e uma planta
plataforma experimental de energia solar, denominada de Centro de
tecnológica de 0,5 MW, utilizando tecnologias avançadas de
Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp). Nesta plataforma
painéis fotovoltaicos.
estão contemplados projetos de plantas solares, de diferentes
tecnologias, incluindo a planta-piloto do Projeto Helioterm do
O Cepel realizou um estudo de viabilidade técnica para possíveis
configurações de uma planta-piloto CSP com tecnologia de TC para
Cepel.
ser instalada na área disponível do terreno, mostrada na Figura 10. Um estudo foi realizado por meio de simulações, buscando-se o
Referências bibliográficas
dimensionamento de uma planta que se adequasse às dimensões limitadas do terreno. Foi utilizado o programa SAM, buscando-se
[1] SolarPACES, 2018. <disponível em: http://www.solarpaces.
alternativas que fornecessem maior produção e menor custo de
org>
energia, considerando a limitação do terreno. O programa tem
[2] IRENA, Renewable Power generation Costs in 2017, Key findings
como resultados a altura da torre e a área do campo solar, além da
and Executive Summary, 2017.
produção anual de energia e o seu custo nivelado. Os resultados
[3] REN21, Renewables 2017 Global Status Report, 2017.
mostraram que a área disponível é adequada para a implantação de
[4] Varun Sivaram, & Shayle Kann, Solar Power Needs A More
uma das seguintes configurações: i) potência bruta de 2 MWe, com
Ambitious Cost Target, Nature Energy Volume1, Article Number:
TES de 3 horas, com múltiplo solar igual a 1,5; ii) potência bruta de
16036, 2016. <disponível em: https://www.nature.com/articles/
1,5 MWe, com TES de 3 ou 5 horas, com múltiplo solar igual a 1,5;
nenergy201636#f2>
e iii) potência bruta de 3 MWe, sem TES, com múltiplo solar igual
[5] VIEIRA, L.R.S., GUIMARÃES, A.P.C, BEZERRA. L.B., SERRA,
a 1. A Tabela 1 mostra as melhores configurações que são viáveis
E.T.I., FILHO, J.B.M., ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO DE UMA CENTRAL
tecnicamente considerando a limitação da área.
HELIOTÉRMICA DE 1MW NA REGIÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, V CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA SOLAR E V CONFERÊNCIA
Conclusão
LATINO-AMERICANA DA ISES – SÃO PAULO, 2012. [6] VIEIRA, L.R.S., GUIMARÃES, A.P.C, BEZERRA. L.B., SERRA, E.T.I.,
A expansão das plantas CSP em operação no mundo nos
FILHO, J.B.M., PROJETO BÁSICO DE UMA CENTRAL HELIOTÉRMICA DE
últimos anos e a queda dos custos da tecnologia, mesmo
1MW EM PETROLINA-PE, V CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA SOLAR
que ainda de forma lenta em relação às outras tecnologias
E V CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DA ISES – SÃO PAULO, 2012.
renováveis, vem demonstrando o amadurecimento da tecnologia e o reconhecimento de seus valores, benefícios econômicos e confiabilidade, principalmente, quando associado ao armazenamento térmico.
Uma vez que o Brasil possui uma área privilegiada em termos
do recurso solar, tem se tornado cada dia mais importante
Leonardo dos Santos Reis Vieira, Ana Paula Cardoso Guimarães e Pablo de Abreu Lisboa são pesquisadores do Departamento de Materiais, Eficiência Energética e Geração Complementar (DME) do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel).
Energia Eólica
52
Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
O Brazil Wind Power e a energia do futuro
Tecnologias disruptivas,
forma de gerar, consumir e
tanto a onshore como a offshore.
região Nordeste (mais de 57
choque de demanda de
distribuir energia.
De acordo com o Conselho
milhões de pessoas). O Brasil
energia, carros elétricos,
Global de Energia Eólica (Global
passou do 15º lugar no Ranking
baterias, parques híbridos,
empresas, associações e
Wind Energy Council – GWEC),
de Capacidade Instalada de
Indústria 4.0, desafios e mais
sociedade civil precisam
mais de 52 GW de energia
energia eólica em 2012 para
desafios. Estas são palavras
discutir tal futuro em
eólica limpa e livre de emissões
a 8ª posição no ano passado
cada vez mais frequentes nas
profundidade e temos muitas
foram adicionadas em 2017,
(dado GWEC). Importante ainda
discussões do setor elétrico,
perguntas a enfrentar. Que
levando o total de instalações
mencionar que, no ano passado,
considerando as grandes
mudanças regulatórias serão
a 539 GW globalmente. Além
a BNEF – Bloomberg New Energy
mudanças que esperamos ver
necessárias? Que novas
disso, com novos recordes
Finance estimou o investimento
num futuro nem tão distante
tecnologias serão utilizadas
estabelecidos na Europa,
do setor eólico no Brasil em
assim. Por isso, preparamos
no setor? Estamos preparados
na Índia e no setor offshore,
US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4
a grade de discussões do
para o choque de demanda
os mercados retomarão um
bilhões), representando 58%
Brazil Wind Power 2018 com
que se avizinha como, por
crescimento rápido após 2018,
dos investimentos realizados em
a preocupação de discutirmos
exemplo, os veículos elétricos?
analisa o GWEC, frisando que
renováveis no País (eólica, solar,
exatamente este futuro
São muitos os desafios
a energia eólica está liderando
biomassa, biocombustíveis
que chega cada vez mais
e precisamos de todos
a mudança na transição para
e resíduos, PCH e outros).
rápido e que vai significar
engajados! A diversidade de
longe dos combustíveis fósseis
Considerando o período de 2010
profundas mudanças no setor
saberes e de opiniões será
e continua a impressionar em
a 2017, o investimento já passa
elétrico brasileiro. Uma das
fundamental para este futuro
competitividade, desempenho e
dos US$ 30 bilhões.
discussões mais interessantes
inovador.
confiabiliade.
e importantes que vamos ter
no Brasil, país que tem um dos
está relacionada com a quarta
para enfrentar, é importante
tem mostrado um crescimento
melhores ventos do mundo,
revolução industrial e o que
destacar que não há dúvidas em
consistente, passando de
é, portanto, de muito sucesso
estamos chamando também
relação a uma coisa: a crescente
menos de 1 GW em 2010
e de consolidada eficiência.
de Wind 4.0, uma nova fase
demanda de energia tem que ser
para 13,4 GW em agosto de
Temos certeza que estes bons
da indústria eólica que deverá
atendida com geração de fontes
2018, abastecendo cerca
ventos estarão também neste
responder às demandas deste
renováveis. E a energia eólica tem
de 67 milhões de pessoas,
futuro tão inovador para o
futuro cheio de novidades na
grande destaque neste futuro,
população maior que a da
setor elétrico.
Acreditamos que governo,
Com tantas perguntas
No Brasil, a fonte eólica
A história da energia eólica
Energia solar fotovoltaica
Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.
54
Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
O papel e o valor agregado da geração centralizada solar fotovoltaica para a sociedade* atingiu novo patamar de preços
energia a partir dos anos de
de contratação atualmente
anos e fortemente acentuado
no Brasil de R$ 145,68/
2021, 2022 e 2023 tiveram
utilizados pelo MME.
pela crise hídrica e pelo baixo
MWh (LEN A-4/2017) e R$
demanda total declarada pelas
A geração centralizada solar
volume nos reservatórios das
118,07 (LEN A-4/2018),
distribuidoras muito aquém
fotovoltaica tem hoje potência
hidrelétricas é que o Operador
conforme os resultados dos
das expectativas. Todos estes
nominal de aproximadamente
Nacional do Sistema Elétrico
dois últimos leilões de energia
leilões contratam energia menos
1.300 MW em operação no
(ONS) tem despachado por
dos quais a fonte participou,
poluente e mais barata do que as
Brasil, suficientes para atender
longos períodos termelétricas a
além de contribuir com outros
termelétricas a óleo combustível,
ao consumo residencial de cerca
óleo combustível, em especial
atributos importantes para
mas não em prazo ou volume
de 2 milhões de brasileiros.
na região Nordeste, a preços
o país: rápida implantação,
suficiente para solucionar o
Teremos aproximadamente
superiores a R$ 800,00/MWh
redução das emissões de gases
problema de recorrente despacho
3.700 MW de geração
(somadas a receita fixa e o custo
do efeito estufa, geração de
termelétrico identificado neste
centralizada solar fotovoltaica
variável pago ao gerador apenas
empregos locais e qualificados,
artigo.
em operação até o final de 2022,
se o ONS precisar operar).
contribuição ao atendimento da
com uma meta modesta de
Um fato presente nos últimos
Apesar das notáveis
ponta de demanda vespertina
qualidades e benefícios da
13.300 MW acumulados até
termelétricas a óleo combustível,
e no verão, possibilidade de
fonte solar fotovoltaica ao
2026, segundo o Plano Decenal
por motivos de segurança
prestação de serviços ancilares
Brasil, o MME excluiu a fonte
de Expansão de Energia 2026
energética, acaba onerando
ao sistema, entre outros. Em se
solar fotovoltaica do Leilão
(PDE 2026).
a sociedade brasileira, pois
tratando de rápida implantação,
de Energia Nova A-6 de
seus custos são arcados
é importante destacar que
2018, medida avaliada pela
quando comparados à necessidade
pelo Encargo de Serviços do
nos projetos mais otimizados
Associação Brasileira de Energia
de expansão da matriz elétrica
Sistema (ESS), pago por todos
é possível iniciar a operação
Solar Fotovoltaica (Absolar) e
brasileira. Os valores desapontam
os consumidores do país. A
comercial 30 meses depois da
pelo setor solar fotovoltaico
quando comparados aos números
operação destas térmicas é
data de realização do leilão, já
brasileiro como em desacordo
de outros países representativos
feita pelo ONS por necessidade,
incluído o período de construção,
com os princípios da isonomia,
no setor solar fotovoltaico: Índia,
e não por preferência, para
tipicamente de 8 a 12 meses.
transparência e coerência
com meta nacional de 100.000
mitigar o risco de suprimento da
defendidos pelo próprio MME
MW até 2022; Japão que já
demanda de energia elétrica dos
agosto de 2018 contratará
e pelo setor. Entende-se
ultrapassa 49.000 MW e com
consumidores.
energia para entrega a partir de
fundamental a inclusão da
meta de 200.000 MW até 2050;
2024. Outros leilões realizados
fonte solar fotovoltaica nos
China que ultrapassou 131.000
recentemente para entrega de
leilões A-6, principais veículos
MW já operacionais, com meta de
A operação destas
Enquanto isso, a geração
centralizada solar fotovoltaica
O leilão A6 previsto para
Tais valores são tímidos
Energia solar fotovoltaica Tabela 1 – Países com maior capacidade instalada anual e acumulada
55 213.000 MW até 2020; e EUA que passou a marca de 51.000 MW e com meta de 405.000 MW para a fonte solar fotovoltaica até 2030.
Para que o Brasil possa
avançar com protagonismo no desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica, a Absolar recomenda ao MME e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) uma meta realista de, pelo menos 30.000 MW até 2030, incluindo os segmentos de mercado de geração centralizada e geração distribuída Tabela 2 – Metas internacionais de energia solar fotovoltaica
solar fotovoltaica. A meta de 30 GW até 2030, com a qual o setor solar fotovoltaico brasileiro está disposto e preparado a trabalhar, representaria a atração de mais de R$ 100 bilhões em novos investimentos privados, com a geração de mais de 1 milhão de empregos qualificados, valores bastante significativos para o país. *Este artigo contou com a colaboração de Ricardo Barros, vice-presidente de geração centralizada da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
56
Pesquisa - Empresas de engenharia, consultoria, manutenção e instalação
Serviços de eletricidade
Empresas de engenharia, consultoria, manutenção e instalação encerraram 2017 com crescimento médio de 10% na comparação com o ano anterior e projetam crescer mais 10% em 2018
Estudos da consultoria Pezco mostram que o ciclo de retomada dos
Elétrico com cerca de 200 empresas de engenharia elétrica, consultoria,
aportes públicos e privados em energia elétrica, transportes e logística,
manutenção e instalação revela as expectativas do setor. As companhias
telecomunicações e saneamento básico começará com mais vigor
revelaram que cresceram em torno de 10% em 2017 na comparação
apenas a partir do ano que vem e só alcançará os níveis pré-crise de
com o ano anterior. Para 2018, as empresas de engenharia e consultoria
2008 em 2030. No entanto, a retomada da economia brasileira, ainda
esperam crescer, em média, 11%, ao passo que as empresas de
que modesta, somada aos leilões de geração e transmissão realizados
manutenção e instalação esperam 9% de incremento nos seus
nos últimos meses, vem dando novo ânimo às empresas prestadoras de
resultados. Boa notícia é que as companhias revelaram intenção de
serviço na área de eletricidade.
aumentar seus respectivos quadros de colaboradores em 7% (empresas
de engenharia e consultoria) e 5% (manutenção e instalação) neste ano.
A pesquisa realizada neste mês de julho pela revista O Setor
57
O Setor Elétrico / Julho de 2018
A pesquisa foi organizada em duas partes: setor de engenharia
As indústrias lideram o ranking dos principais clientes. 93% dos
e consultoria e setor de manutenção e instalação. Os dois mercados
pesquisados mencionaram a indústria entre os principais clientes
apresentaram alguns pontos em comum. As empresas de engenharia
atendidos. Em seguida, estão as construtoras, referenciadas por
e consultoria afirmaram atuar mais fortemente em baixa e média tensão
72% das empresas.
e em projetos de SPDA, automação e cabeamento estruturado, assim como as companhias da área de manutenção e instalação. As
Principais clientes
pesquisadas de ambos os setores afirmaram ainda que a indústria e as construtoras são os seus principais clientes. Para se ter uma ideia
9%
do perfil das empresas que participaram desta pesquisa, a maior parte delas dos quatro mercados pesquisados fatura, anualmente, até R$ 3
Outros
31%
milhões: 77% entre as empresas de engenharia e consultoria e 63% das
39% 39%
Questionadas quanto aos fatores externos que mais influenciam
os seus resultados, as empresas que atuam com engenharia elétrica e
Condomínios Comércio
41%
consultoria afirmaram, em sua maioria, que crise política e desaceleração econômica são os principais entraves ao crescimento. Já as pesquisadas
47%
da área de manutenção e instalação apontaram com mais ênfase a
Empresas de manutenção Instaladoras
67%
desaceleração econômica como principal obstáculo.
Concessionárias de energia elétrica
36%
companhias de manutenção e instalação.
Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos
72%
A pesquisa na íntegra é publicada a seguir com gráficos que ilustram
Outras empresas de engenharia Construtoras
93%
os resultados compilados e as tabelas trazem mais informações sobre
Indústrias em geral
cada uma das empresas pesquisadas, no que diz respeito a serviços oferecidos, áreas de atuação, principais clientes e contatos. A pesquisa não revela as opiniões de mercado por empresa.
Números do mercado brasileiro de empresas de engenharia e consultoria
Instalações de baixa e média tensão são as duas principais áreas
de atuação das empresas de engenharia e consultoria que participaram deste levantamento, seguidas por SPDA e automação.
As opiniões sobre o tamanho do mercado de engenharia e
consultoria estão bem divididas. Para 26% das companhias, este mercado fatura até R$ 10 milhões por ano, enquanto que, para 22% delas, a realidade é bem diferente: este mercado ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão por ano. Tamanho anual total do mercado de engenharia elétrica e consultoria
Áreas de atuação 22%
13% 14%
Acima de R$ 1 bilhão
Outros
26%
Até R$ 10 milhões
Eólica Atmosferas explosivas
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 4%
7%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
Alta tensão
48% Automação 53% SPDA 62% 88% 91%
4%
14%
29% Telecomunicações 31% Instrumentação e controle 34% Energia solar fotovoltaica 34% Cabeamento estruturado 36%
14%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 9%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
Média tensão Baixa tensão
De modo geral, participaram desta pesquisa empresas de
pequeno porte, que faturam até R$ 3 milhões por ano. Apenas 1% das entrevistadas afirmaram apresentar resultados superiores a R$ 200 milhões.
58
Pesquisa - Empresas de engenharia, consultoria, manutenção e instalação Faturamento bruto anual das empresas (em 2016)
Fatores que devem influenciar o mercado de engenharia e consultoria em 2017
3%
3% 4%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
2%
Outros
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões 1%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
Acima de R$ 200 milhões
7%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
8%
Retomada dos investimentos 16%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
3%
77%
Até R$ 3 milhões
19%
Desaceleração da economia brasileira 2%
Falta de normalização e/ ou legislação
Setor da construção civil aquecido
6%
Setor da construção civil desaquecido
9%
Incentivos por força de legislação ou normalização 19%
Crise política
3%
Bom momento econômico do país
Falta de confiança de investidores
5%
5%
Programas de incentivo do governo
8%
Projetos de infraestrutura
Nesta mesma pesquisa realizada no ano passado, as empresas de
engenharia e consultoria projetavam crescimento médio de 8% para o ano de 2017. Constatou-se, neste levantamento, que os resultados superaram as estimativas e, na média, as companhias cresceram 10% no ano passado na comparação com 2016. Para este ano de 2018, a estimativa é de que a elevação seja de 11%. A intenção de contratação até o encerramento do ano também é positiva: em torno de 8%.
Números do mercado brasileiro de empresas de instalação e manutenção Também entre as empresas de instalação e manutenção, as instalações de baixa e média tensão são as principais áreas de atuação. Áreas de atuação
Previsão de crescimento das empresas para 2017
Outras
7% 8%
Crescimento médio para o mercado de engenharia e consultoria em 2018 Contratação média de colaboradores em 2018
10% 11%
Crescimento médio das empresas em 2017 comparado ao ano anterior Crescimento médio das empresas em 2018
As companhias de engenharia e consultoria apontam a crise
política e a desaceleração econômica como os principais fatores externos a influenciarem negativamente seus resultados.
7% Eólica 12% Telecomunicações 22% Energia solar fotovoltaica 37% Atmosferas explosivas 37% Instrumentação e controle 39% Cabeamento estruturado 39% Alta tensão 42% Automação 48% SPDA 61% Média tensão 84% Baixa tensão 90%
59
O Setor Elétrico / Julho de 2018
As indústrias, em primeiro lugar, e as construtoras são os clientes
faturamento bruto anual das empresas (em 2016)
mais atendidos pelas companhias pesquisadas. Empresas de
4%
engenharia e de manutenção aparecem logo em seguida no ranking.
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
13%
De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
Principais clientes
10%
2%
Acima de R$ 200 milhões
8%
Outros
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
Condomínios
33%
10%
Concessionárias de energia elétrica
33%
42%
63%
De R$ 3 milhões a R$ 5 milhões
Comércio
Até R$ 3 milhões
Empresas de manutenção
46% 60%
Empresas de engenharia
63%
Nesta mesma pesquisa realizada há um ano, as empresas estimavam
crescimento médio de 8% para o ano de 2017, quando, na verdade, foi revelado na presente pesquisa que as pesquisadas apresentaram
Construtoras
94%
Indústrias em geral
crescimento médio de 11% no ano passado. Para 2018, a previsão é de que haja incremento de 9% sobre seus resultados do ano anterior. Previsão de crescimento das empresas para 2017
Crescimento médio para o mercado de manutenção e instalação em 2018
3%
Aqui também as opiniões se dividem: boa parte (25%) das
5%
empresas pesquisadas acredita que o mercado brasileiro de instalação
Contratação média de colaboradores em 2018
por ano, ao passo que uma parcela exatamente igual (25%) considera que este mercado esteja acima de R$ 1 bilhão por ano.
Percepção sobre o tamanho anual total do mercado de instalação e manutenção elétrica
Para as instaladoras e empresas de manutenção, a desaceleração
da economia brasileira é o grande impeditivo dos negócios neste setor.
25%
Até R$ 10 milhões
Fatores que influenciam o mercado de manutenção e instalação
25%
Acima de R$ 1 bilhão
7%
Retomada dos investimentos
4%
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões 8% 14%
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão 10%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões 4%
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões 10%
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
17%
Falta de confiança de investidores 6%
Para se ter uma ideia do tamanho das empresas que participaram
2%
Bom momento econômico do país
34%
2%
Incentivos por força de legislação ou normalização Crise política
do levantamento, pode-se dizer que a maioria absoluta (63%) das
3%
entrevistadas fatura anualmente até R$ 3 milhões. Apenas 2% delas
Projetos de infraestrutura
ultrapassam os R$ 200 milhões por ano.
9%
Programas de incentivo do governo
Falta de normalização e/ou legislação
12%
Crescimento médio das empresas
9% em 2018Crescimento médio das empresas 2017 comparado ao ano 11% em anterior
e manutenção apresenta faturamento total em torno de R$ 10 milhões
Desaceleração da economia brasileira 2%
Setor da construção civil aquecido 6%
Setor da construção civil desaquecido
Empresas de engenharia e consultoria
O Setor Elétrico / Julho de 2018
X
Activa Eng.
(11) 99352-2597 sergiocintra@bol.com.br
São Paulo
Afap
(19) 3464-5650 www.afap.com.br
Santa Barbara d'Oeste
SP
X
X
X
X
X
X
Alset Eng. e Comércio
(62) 3945-5047 www.alset.com.br
Goiânia
GO
X
X
X
X
X
X
ARANATECH
(16) 3411-3129 www.aranatech.com.br
São Carlos
SP
X
X
X
X
X
X
AYAP ENGENHARIA
(11) 98715-0870 www.ayapengenharia.com.br
Suzano
SP
X
X
BARBOSA & ANDRADE
(31) 3551-6351 www.barbosandrade.com.br
Ouro Preto
MG
X
X
X
X
X
BELUT
(34) 3210-0342 www.belut.com.br
Uberlândia
MG
X
X
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Londrina
PR
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Ivaiporã
PR
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Maringá
PR
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Promissão
SP
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Lins
SP
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Dracena
CCPG Engenharia
(42) 3236-0100 www.ccpg.eng.br
CEL Eng. DE MANUTENÇÂO
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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SP
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X
X
X
X
X
X
X
Ponta Grossa
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
(51) 3337-9566 www.celengenharia.com.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
X
COBRAPI
(31) 3349-1400 www.cobrapi.com.br
Belo Horizonte
MG
X
COLI Engenharia
(11) 2026-2323 www.coli.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
CPFL
(19) 99368-3155 www.cpfl.com.br/cpfleficiencia
Piracicaba
SP
Conserwatt Engenharia
(41) 3262-3332 www.conserwatt.com.br
Curitiba
PR
CONSTEC CONS. ELÉTRICAS
(77) 3483-1934 constec.smv@gmail.com
Santa Maria da Vitória
CONSTEC CONS. ELÉTRICAS
(77) 3483-1934 constec.smv@gmail.com
Jaborandi
CONSTEC CONS. ELÉTRICAS
(77) 3483-1934 constec.smv@gmail.com
Diagnerg dms engenharia ltda
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
BA
X
X
X
BA
X
X
X
Correntina
BA
X
X
X
(16) 3945-1223 www.diagnerg.com.br
Sertãozinho
SP
X
X
X
(51) 3451-0151 www.dmseng.com.br
Sapucaia do sul
RS
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Atmosferas explosivas
X
X
Telecomunicações
X
X
X
X
Instrumentação e controle
X
X
Outros
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
Cabeamento estruturado
X
Média tensão
X
Baixa tensão
X
Treinamento
X
X
X
Laudos técnicos
X
X
X
Execução de obras
X
X
Direção de obras
SP
X
Fiscalização de obras
X
Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios
X
X
Ensino
X
X
Divulgação técnica
X
X
Pareceres
X
SC
Perícias
SP
Florianópolis
Vistorias
ACR Tecnologia em Energia (48) 3269-5559 www.acrtecnologia.srv.br
Estado
São Paulo
Cidade
Avaliações
Site
Análises
(11) 3883-6050 www.acaoenge.com.br
Consultoria
Telefone
AÇÃO ENGENHARIA
Projetos
EMPRESA
Estudos
Tipos de serviços
Automação
Pesquisa -
Alta tensão
60
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X
X
DUBLIN SOL. EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379 eletrodublin@eletrodublin.com.br São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
DUBLIN SOL. EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379 eletrodublin@eletrodublin.com.br Caieiras
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
DUBLIN SOL. EM ELETRICIDADE (15) 3033-3365 eletrodublin@eletrodublin.com.br Sorocaba
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
DUTRA LACROIX ENGENHARIA
(11) 5573-2327 www.dutralacroix.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Electraked
(11) 5082-4927 www.electraked.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Eletrogen Engenharia
(31) 99775-6140 www.eletrogenengenharia.com.br
Congonhas
MG
X
X
X
X
Enerenge Engenharia
(11) 3744-7853 www.enerenge.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
EnergyMAX
(51) 3723-6569 www.energymax.com.br
Cachoeira do Sul
RS
X
X
X
X
ENGECRIM ENGENHARIA
(92) 3642-3938 www.engecrim.com.br
Manaus
AM
X
X
X
X
X
X
ENGENERG ENGENHARIA
(11) 3688-1999 www.engenerg.com.br
Osasco
SP
X
X
X
X
X
X
ENGEPARC
(31) 3295-5211 www.engeparc.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X
X
X
X
Engepower
(11) 3579-8777 www.engepower.com.br
Alphaville Industrial
SP
X
X
X
X
Engepower
(11) 4620-6597 www.engepower.com.br
Osasco
SP
X
X
X
X
ENPREL ENGENHARIA
(11) 3729-7099 www.enprel.com.br
São Paulo
SP
X
X
ETELBRA ENGENHARIA
(21) 3392-8106 www.etelbra.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
X
X
Figener
(11) 3256-6999 www.figener.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
Filtroil Serviços
(41) 3672-4925 www.filtroil.ind.br
Quatro Barras
PR
X
X
X
X
Foco Engenharia
(81) 3132-4421 www.foco-ecs.com.br
Recife
PE
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(82) 3338-8016 www.foxengenharia.com.br
Maceió
AL
X
X
X
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X
X
X
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(61) 2103-9555 www.foxengenharia.com.br
Brasília
DF
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(83) 3044-5519 www.foxengenharia.com.br
Paraíba
PB
X
X
X
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X
X
X
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(84) 3234-4811 www.foxengenharia.com.br
Natal
RN
X
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X
X
X
X
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(79) 3211-6219 www.foxengenharia.com.br
Aracajú
SE
X
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X
X
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(12) 3302-2997 www.foxengenharia.com.br
Sâo José dos Campos
SP
X
X
X
X
X
X
Fox Eng. e Consultoria
(16) 3617-9798 www.foxengenharia.com.br
Ribeirão Preto
SP
X
X
X
X
X
X
GESTAL
(11) 5080-8200 www.gestal.com
São Paulo
SP
X
X
X
GFENG ENGENHARIA
(92) 3082-9495 www.gfeng-engenharia.com
Manaus
AM
X
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X X
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X X
X X
X
X
X
61
O Setor Elétrico / Julho de 2018
X X X X X
X
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X
X
X
X
X
Grupo LPEng
(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Grupo Rumo Engenharia
(15) 3331-2300 www.rumoengenharia.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
GSI - Eng. e Consultoria
(12) 3633-7184 www.gsiconsultoria.com.br
Taubaté
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
GSI SERVICE
(19) 3037-1647 www,gsiservice.com.br
Campinas
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
GUISMO ENGENHARIA
(11) 2443-0353 www.guismo.com.br
Guarulhos
SP
X
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X
X
X
X
HERTZ TECNOLOGIA
(67) 3038-6363 www.hertztecnologia.com.br
X
X
X X X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
Atmosferas explosivas
X
X
Telecomunicações
X
X
Cabeamento estruturado
Instrumentação e controle
X X X
X
Automação
X
X
Alta tensão
X
CE
Média tensão
X
Fortaleza
Baixa tensão
X X
Outros
Treinamento
X X
X
Direção de obras
Laudos técnicos
Fiscalização de obras
Pesquisa, Experimentação e ensaios
X
X
Ensino
X
X
Divulgação técnica
X
X
Pareceres
Execução de obras
GPS Eng. e Consultoria Ltda (85) 3217-3275 www.gpsengenharia.com
Áreas de atuação
X
Perícias
Boa Vista
Vistorias
(92) 3082-9495 www.gfeng-engenharia.com
Avaliações
GFENG ENGENHARIA
Estado AM X RR X
Análises
Cidade Rio Preto da Eva
Consultoria
Telefone Site (92) 981847587 www.gfeng-engenharia.com
Projetos
EMPRESA GFENG ENGENHARIA
Estudos
Tipos de serviços
X X X
X X
X X X X X X X
X X X X X
X
X X
X
Dourados
MS
X
X
X
HPF ENGENHARIA E PROJETOS (19) 3233-6233 www.hpfengenharia.com
Campinas
SP
X
X
X
X
INTELLI STORM
(16) 3826-1411 www.intellistorm.com.br
Orlândia
SP
X
X
IOCH ENGENHARIA XULTÂNEA
(47) 3028-7770 www.ioch.com.br
Joinville
SC
X
X
X
Kenyu Energia Renovável
(11) 3192-3947 www.kenyu.com.br
São Paulo
SP
X
X
LAP Engenharia
(85) 3494-5097 www.lap.com.br
Fortaleza
CE
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X
Lambda Consultoria
(11) 4456-3609 www.lambdaconsultoria,com.br
Salto
SP
X
X
X
X
L&G Engenharia
(31) 98817-5153 www.legengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X
LED Engenharia
(49) 99921-5336 www.ledengenharia.com.br
Xanxerê
SC
X
X
X
X
LEFT ENGENHARIA
(41) 3532-9653 www.leftengenharia.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
Luiz Alberto Tannous
(18) 3271-5199 challouts@uol.com.br
Presidente Venceslau
SP
X
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X
LUZVILLE
(47) 3145-4600 www.luzville.com.br
Joinville
SC
X
X
Maex Engenharia
(19) 3455-5266 www.maex.com.br
Santa Bárbara D'oeste
SP
X
Masalupri Engenharia
(27) 3325-6332 www.masalupri.com.br
Vitória
ES
X
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X
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Masalupri Engenharia
(32) 3441-2892 www.masalupri.com.br
Leopoldina
MG
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X
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X
X
Masalupri Engenharia
(81) 3498-2429 www.masalupri.com.br
Recife
PE
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Masalupri Engenharia
(21) 3496-0644 www.masalupri.com.br
Rio de Janeiro
RJ
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X
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X
X
Masalupri Engenharia
(11) 4195-8778 www.masalupri.com.br
São Paulo
SP
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X
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Megatech Consultoria
(19) 97106-9115 www.megtc.com.br
Americana
SP
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Moino
(11) 2261-1730 moinonet@uol.com.br
Sao Paulo
SP
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X X
Moino
(11) 4038-7344 moinonet@uol.com.br
Campo Limpo Paulista
SP
X
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X X
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X X
Moino
(11) 4038-7344 moinonet@uol.com.br
Jundiaí
SP
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X X X X X
Empresas de engenharia e consultoria
O Setor Elétrico / Julho de 2018
X
X
X
X
X
NORD ELECTRIC
(49) 3361-3900 www.nord.eng.br
Chapecó
SC
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X
X
X
NV Engenharia
(11) 3331-2001 www.nvengenharia.com.br
São Paulo
SP
X
OMICRON SERVICE
(11) 5061-8566 www.omicronservice.com.br
São Paulo
SP
X X
X
X
X
X
OMS Engenharia
(41) 3364-7000 www.omsengenharia.com.br
Curitiba
PR
X X
X
X
X
X
PETHRAS ENGENHARIA
(21) 2508-6711 www.pethras.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X
X
Polux Tecnologia
(11) 97619-2235 www.poluxtec.com.br
Bom Jesus dos Perdões
SP
X
X
PONTO ENGENHARIA
(22) 99203-3225 www.pontoengenharia.com.br
Rio das ostras
RJ
X X
X
X
Power Solutions Brasil
(11) 3181-5157 www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
X
X
PROERG ENGENHARIA
(31) 3372-4555 www.proerg.com.br
Belo Horizonte
MG
X X
X
X
Projetec
(35) 3421-5444 www.projetec.eng.br
Pouso Alegre
MG
X X
X
X
Provolt
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
X
X
Pulso Engenharia
(85) 3032-4200 www.pulsoengenharia.com.br
Fortaleza
CE
X X
X
X
PXM Engenharia
(12) 3622-1122 www.pxm.com.br
Taubaté
SP
X X
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Salvador
BA
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X
X
Quality Eng. e Consultoria (71) 3341-1414 www.qualityltda.com.br QUANTUM ENGENHARIA
(48) 3271-0200 www.quantumengenharia.net.br
Florianópolis
SC
X
X
Ramos Ex
(47) 3437-6092 www.ramosprojetos.com.br
Joinville
SC
X X
X
Reativa Engenharia
(42) 3222-3500 www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
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X
REWALD
(11) 5070-3799 www.rewald.com.br
São Paulo
SP
X X
X
RHBC ENGENHARIA
(21) 2622-5475 www.rhbcengenharia.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X
X
RICARDO STROPPA
(14) 3301-2505 stroppa@terra.com.br
Marília
SP
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SP
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Porto Alegre
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SE SERVIÇOS ELÉTRICOS LTDA
(44) 3263-3286 www.seengenhariaeletrica.com.br
Maringá
PR
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X
SENIOR ENGENHARIA
(31) 2105-9800 www.seniorengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X X
X
X
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Manaus
AM
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Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Salvador
BA
X X
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Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Brasília
DF
X X
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Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Recife
PE
X X
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Curitiba
PR
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Porto Alegre
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Siemens
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Indaiatuba
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(51) 3342-1860 www.sadenco.com.br
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Joinville
SC
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0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Campinas
SP
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X
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Jundiaí
SP
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X
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Sâo Paulo
SP
X X
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X
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X
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X
X
SOBRETENSÃO
(47) 3338-4484 www.sobretensao.com.br
Blumenau
SC
X
X
X
X
STDE Engenharia
(11) 3757-5757 www.stde.com.br
Guarulhos
SP
X X
X
X
TAF Eng. Assoc. Ltd. EPP
(71) 3332-0011 thales@prodenge.com.br
Salvador
BA
X X
X
X
X
X X
Target
(11) 5525-5664 www.target.com.br
São Paulo
SP
TEKNERGIA
(71) 3358-4512 www.tekenergia.com.br
Lauro de Freitas
BA
X
X
TEKNERGIA
(71) 3358-4512 www.tekenergia.com.br
Salvador
BA
X
X
TEREME ENGENHARIA
(27) 3228-2320 www.tereme.com.br
Serra
ES
X
X
Tese Projetos
(31) 3254-8000 www.teseprojetos.com.br
Belo Horizonte
MG
X X
X
TRACTEBEL
(31) 3249-7600 www.tractebel-engie.com.br
Belo Horizonte
MG
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X
TRACTEBEL
(91) 3085-6005 www.tractebel-engie.com.br
Belém
PA
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X
TRACTEBEL
(61) 2106-6800 www.tractebel-engie.com.br
Brasília
DF
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X
X
TRACTEBEL
(21) 2199-8800 www.tractebel-engie.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X
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X
X
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X
X
TRACTEBEL
(48) 2108-8000 www.tractebel-engie.com.br
Florianópolis
SC
X X
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X
X
X
X
X
X
Transforluz
(22) 2664-2174 www.transforluz.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X
X
W2brison
(35) 3332-2018 www.w2brison.com.br
São Lourenço
MG
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X
Atmosferas explosivas
X
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Telecomunicações
X
X
Cabeamento estruturado
X
X
Instrumentação e controle
X
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Outros
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X
X
SADENCO ENGENHARIA
RUBENS ELETRONICA PENTEADO (19) 3875-4269 www.ineleletrica.com.br
X
X
Média tensão
X X
Baixa tensão
PE
Treinamento
(81) 3454-0649 n2aengenharia@n2aengenharia.com.br Recife
Laudos técnicos
Noberto Barros Eng. Ltda
X
Execução de obras
X
X
Direção de obras
X
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Fiscalização de obras
X
Áreas de atuação Pesquisa, Experimentação e ensaios
X
Ensino
X
X
Divulgação técnica
X
X
Pareceres
X X
SP
Estado
Perícias
SP
Bragança Paulista
Cidade
Vistorias
NLeme Engenharia Elétrica (11) 4033-3286 www.nleme.com.br
Limeira
Avaliações
Site
Análises
(19) 3713-3239 www.mpaeletricidade.com.br
Projetos
Telefone
MPA Engenharia
Estudos
EMPRESA
Consultoria
Tipos de serviços
Automação
Pesquisa -
Alta tensão
62
X
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X
Empresas de engenharia e consultoria
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X
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X
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X
X
Ano de início de atividades da empresa
X
Programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.
X
Outros
X
Outros
X
Condomínios
X
X
Comércio
Indústria em geral
Concessionárias de energia elétrica
Transmissão, geração e distribuição
X
X X X X X
Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos
X
Empresas de manutenção
X
Outras Empresas de engenharia
SC
Instaladoras
X
SP
Florianópolis
Serviços
Outras
Estado
São Paulo
Principais clientes
Construtoras
ACR Tecnologia em Energia (48) 3269-5559 www.acrtecnologia.srv.br
Cidade
Residencial
Site
Eólica
(11) 3883-6050 www.acaoenge.com.br
SPDA
Telefone
AÇÃO ENGENHARIA
Energia solar fotovoltaica
EMPRESA
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Segmentos de atuação
Áreas de atuação
Industrial
Pesquisa -
Comercial
64
X
X
1993
X
X
2000
X
Activa Eng.
(11) 99352-2597 sergiocintra@bol.com.br
São Paulo
SP
Afap
(19) 3464-5650 www.afap.com.br
Santa Barbara d'Oeste
SP
Alset Eng. e Comércio
(62) 3945-5047 www.alset.com.br
Goiânia
GO
X
X
X X X
ARANATECH
(16) 3411-3129 www.aranatech.com.br
São Carlos
SP
X
X
X X X
X
X
AYAP ENGENHARIA
(11) 98715-0870 www.ayapengenharia.com.br
Suzano
SP
X
X X X X
X
X
BARBOSA & ANDRADE
(31) 3551-6351 www.barbosandrade.com.br
Ouro Preto
MG
BELUT
(34) 3210-0342 www.belut.com.br
Uberlândia
MG
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Londrina
PR
X X X X
X
X
X
X
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Ivaiporã
PR
X X X X
X
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X
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Maringá
PR
X X X X
X
X
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Promissão
SP
X X X X
X
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Lins
SP
X X X X
X
X
X
BOL ENGENHARIA
(43) 3325-5199 www.bolengenharia.com.br
Dracena
SP
X X X X
X
X
CCPG Engenharia
(42) 3236-0100 www.ccpg.eng.br
Ponta Grossa
PR
X
X
X
CEL Eng. DE MANUTENÇÂO
(51) 3337-9566 www.celengenharia.com.br
Porto Alegre
RS
X
COBRAPI
(31) 3349-1400 www.cobrapi.com.br
Belo Horizonte
MG
COLI Engenharia
(11) 2026-2323 www.coli.com.br
São Paulo
SP
CPFL
(19) 99368-3155 www.cpfl.com.br/cpfleficiencia
Piracicaba
SP
X X X
X X
X
Conserwatt Engenharia
(41) 3262-3332 www.conserwatt.com.br
Curitiba
PR
X X X
X
X
CONSTEC CONS. ELÉTRICAS
(77) 3483-1934 constec.smv@gmail.com
Santa Maria da Vitória
BA
X
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X X
X
X
X
X
2006
CONSTEC CONS. ELÉTRICAS
(77) 3483-1934 constec.smv@gmail.com
Jaborandi
BA
X
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X
X
X
X
2006
CONSTEC CONS. ELÉTRICAS
(77) 3483-1934 constec.smv@gmail.com
Correntina
BA
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X
X X
X
X
X
X
2006
Diagnerg
(16) 3945-1223 www.diagnerg.com.br
Sertãozinho
SP
X
X
2003
dms engenharia ltda
(51) 3451-0151 www.dmseng.com.br
Sapucaia do sul
RS
X
X
1999
DUBLIN SOL. EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379 eletrodublin@eletrodublin.com.br São Paulo
X X X X X X X
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SP
X
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DUBLIN SOL. EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379 eletrodublin@eletrodublin.com.br Caieiras
SP
X
DUBLIN SOL. EM ELETRICIDADE (15) 3033-3365 eletrodublin@eletrodublin.com.br Sorocaba
SP
DUTRA LACROIX ENGENHARIA (11) 5573-2327 www.dutralacroix.com.br
São Paulo
X
X
X
X
X
X
2013
1963 X
1983
X
2014
X
1989
X
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2000
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X
2000
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X
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X X X
X
X
X
X
X
1988
X
X
X
X
X
X
X
X X
Electraked
(11) 5082-4927 www.electraked.com.br
São Paulo
SP
Eletrogen Engenharia
(31) 99775-6140 www.eletrogenengenharia.com.br
Congonhas
MG
Enerenge Engenharia
(11) 3744-7853 www.enerenge.com.br
São Paulo
SP
EnergyMAX
(51) 3723-6569 www.energymax.com.br
Cachoeira do Sul
RS
ENGECRIM ENGENHARIA
(92) 3642-3938 www.engecrim.com.br
Manaus
AM
X
X
X X X
ENGENERG ENGENHARIA
(11) 3688-1999 www.engenerg.com.br
Osasco
SP
X
X
ENGEPARC
(31) 3295-5211 www.engeparc.com.br
Belo Horizonte
MG
X
Engepower
(11) 3579-8777 www.engepower.com.br
Alphaville Industrial
SP
X
X
X
X X
X
Engepower
(11) 4620-6597 www.engepower.com.br
Osasco
SP
X
X
X
X X
X
ENPREL ENGENHARIA
(11) 3729-7099 www.enprel.com.br
São Paulo
SP
X
ETELBRA ENGENHARIA
(21) 3392-8106 www.etelbra.com.br
Rio de Janeiro
RJ
Figener
(11) 3256-6999 www.figener.com.br
São Paulo
SP
Filtroil Serviços
(41) 3672-4925 www.filtroil.ind.br
Quatro Barras
PR
Foco Engenharia
(81) 3132-4421 www.foco-ecs.com.br
Recife
PE
Fox Eng. e Consultoria
(82) 3338-8016 www.foxengenharia.com.br
Maceió
Fox Eng. e Consultoria
(61) 2103-9555 www.foxengenharia.com.br
Fox Eng. e Consultoria
X
X X X X
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1991
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2013
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1995
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2000
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2001
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1995
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1995
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X X X
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AL
X X X
X
X
X
X
X
1997
Brasília
DF
X X X
X
X
X
X
X
1997
(83) 3044-5519 www.foxengenharia.com.br
Paraíba
PB
X X X
X
X
X
X
X
1997
Fox Eng. e Consultoria
(84) 3234-4811 www.foxengenharia.com.br
Natal
RN
X X X
X
X
X
X
X
1997
Fox Eng. e Consultoria
(79) 3211-6219 www.foxengenharia.com.br
Aracajú
SE
X X X
X
X
X
X
X
1997
Fox Eng. e Consultoria
(12) 3302-2997 www.foxengenharia.com.br
Sâo José dos Campos
SP
X X X
X
X
X
X
X
1997
Fox Eng. e Consultoria
(16) 3617-9798 www.foxengenharia.com.br
Ribeirão Preto
SP
X X X
X
X
X
X
X
GESTAL
(11) 5080-8200 www.gestal.com
São Paulo
SP
X X
X
X
X
GFENG ENGENHARIA
(92) 3082-9495 www.gfeng-engenharia.com
Manaus
AM
X X X
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X X X X
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X X X
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1988 X
X
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1983 1990
X
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1984
X
X
2009
1997
X
X
1997
X
X
2012
65
Programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.:
Condomínios
X
X
X
X
2012
X
X
X
X
X
X
X
2012
GPS Eng. e Consultoria Ltda (85) 3217-3275 www.gpsengenharia.com
Fortaleza
CE
X
X
X
X X X
X
X
X
2011
Grupo LPEng
(11) 2901-7033 www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
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X
X X X
X
X
X
X
1990
Grupo Rumo Engenharia
(15) 3331-2300 www.rumoengenharia.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
1999
GSI - Eng. e Consultoria
(12) 3633-7184 www.gsiconsultoria.com.br
Taubaté
SP
GSI SERVICE
(19) 3037-1647 www,gsiservice.com.br
Campinas
SP
GUISMO ENGENHARIA
(11) 2443-0353 www.guismo.com.br
Guarulhos
SP
HERTZ TECNOLOGIA
(67) 3038-6363 www.hertztecnologia.com.br
Dourados
MS
HPF ENGENHARIA E PROJETOS (19) 3233-6233 www.hpfengenharia.com
Campinas
INTELLI STORM
(16) 3826-1411 www.intellistorm.com.br
IOCH ENGENHARIA XULTÂNEA
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X
X X X
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X
X X X X X
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X X X
X
SP
X
X X X
Orlândia
SP
X
X X X
(47) 3028-7770 www.ioch.com.br
Joinville
SC
X
Kenyu Energia Renovável
(11) 3192-3947 www.kenyu.com.br
São Paulo
SP
X
LAP Engenharia
(85) 3494-5097 www.lap.com.br
Fortaleza
CE
Lambda Consultoria
(11) 4456-3609 www.lambdaconsultoria,com.br
Salto
L&G Engenharia
(31) 98817-5153 www.legengenharia.com.br
LED Engenharia
X X X
X
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X
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X X X X
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X X X X
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X
X
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X
X
X
SP
X X X X
X
Belo Horizonte
MG
X X X X
X
(49) 99921-5336 www.ledengenharia.com.br
Xanxerê
SC
X
X
LEFT ENGENHARIA
(41) 3532-9653 www.leftengenharia.com.br
Curitiba
PR
X
X
Luiz Alberto Tannous
(18) 3271-5199 challouts@uol.com.br
Presidente Venceslau
SP
X
X
LUZVILLE
(47) 3145-4600 www.luzville.com.br
Joinville
SC
X X X
Maex Engenharia
(19) 3455-5266 www.maex.com.br
Santa Bárbara D'oeste
SP
X
Masalupri Engenharia
(27) 3325-6332 www.masalupri.com.br
Vitória
ES
X
X X X
X
X
X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(32) 3441-2892 www.masalupri.com.br
Leopoldina
MG
X
X X X
X
X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(81) 3498-2429 www.masalupri.com.br
Recife
PE
X
X X X
X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(21) 3496-0644 www.masalupri.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(11) 4195-8778 www.masalupri.com.br
São Paulo
SP
X
X X X
X
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X
Megatech Consultoria
(19) 97106-9115 www.megtc.com.br
Americana
SP
X
X
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X
X
Moino
(11) 2261-1730 moinonet@uol.com.br
Sao Paulo
Moino
(11) 4038-7344 moinonet@uol.com.br
Moino
(11) 4038-7344 moinonet@uol.com.br
X
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2002 1989
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2005
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X
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Outros
Comércio
Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos
Empresas de manutenção
X
X
Instaladoras
X
X X X
Construtoras
X
X
Indústria em geral
X
X
Outros
X X X
RR
Transmissão, geração e distribuição
X
Boa Vista
Serviços
X
(92) 3082-9495 www.gfeng-engenharia.com
Industrial
AM
GFENG ENGENHARIA
Cidade
Comercial
SPDA
Rio Preto da Eva
Site
Residencial
Estado
(92) 981847587 www.gfeng-engenharia.com
Outras
Telefone
GFENG ENGENHARIA
Eólica
EMPRESA
Energia solar fotovoltaica
Outras Empresas de engenharia
Principais clientes Concessionárias de energia elétrica
Segmentos de atuação
Áreas de atuação
Ano de início de atividades da empresa
O Setor Elétrico / Julho de 2018
X
X X
X
X
X
X X
SP
X
X X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1990
Campo Limpo Paulista
SP
X
X X X X
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1990
Jundiaí
SP
X
X X X X
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X
1990
X
X
X
Empresas de engenharia e consultoria
O Setor Elétrico / Julho de 2018
X X X X X
PE
X
Noberto Barros Eng. Ltda (81) 3454-0649 n2aengenharia@n2aengenharia.com.br Recife
X X
Chapecó
SC
NV Engenharia
(11) 3331-2001 www.nvengenharia.com.br
São Paulo
SP
OMICRON SERVICE
(11) 5061-8566 www.omicronservice.com.br
São Paulo
SP
X
X
OMS Engenharia
(41) 3364-7000 www.omsengenharia.com.br
Curitiba
PR
X
X
X X X
PETHRAS ENGENHARIA
(21) 2508-6711 www.pethras.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X X X
Polux Tecnologia
(11) 97619-2235 www.poluxtec.com.br
Bom Jesus dos Perdões
SP
PONTO ENGENHARIA
(22) 99203-3225 www.pontoengenharia.com.br
Rio das ostras
RJ
Power Solutions Brasil
(11) 3181-5157 www.psolutionsbrasil.com.br
São Paulo
SP
PROERG ENGENHARIA
(31) 3372-4555 www.proerg.com.br
Belo Horizonte
MG
Projetec
(35) 3421-5444 www.projetec.eng.br
Pouso Alegre
MG
Provolt
(47) 3036-9666 www.provolt.com.br
Blumenau
SC
Pulso Engenharia
(85) 3032-4200 www.pulsoengenharia.com.br
Fortaleza
CE
PXM Engenharia
(12) 3622-1122 www.pxm.com.br
Taubaté
SP
Salvador
BA
X X X X X X
X
X
X X
X
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X X X
X X X X
X
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X
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X X X X
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X
X
X
X
X
Reativa Engenharia
(42) 3222-3500 www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X
X
X
REWALD
(11) 5070-3799 www.rewald.com.br
São Paulo
SP
RHBC ENGENHARIA
(21) 2622-5475 www.rhbcengenharia.com.br
Rio de Janeiro
RJ
RICARDO STROPPA
(14) 3301-2505 stroppa@terra.com.br
Marília
SP
Indaiatuba
SP
Porto Alegre
RS
Maringá
PR
X
X X X
X
X X X X X
SENIOR ENGENHARIA
(31) 2105-9800 www.seniorengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X X
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Manaus
AM
X X X
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Salvador
BA
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Brasília
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Siemens
X
X
X
1992
X
X
X
1992
Outros
X
ISO 14001
X
ISO 9001
2009
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2008
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1992
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1990
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1992
X X X
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2011 X
1992
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1988
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2005
X
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1998
2000
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1990
X
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1990
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1999
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1996
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2015
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1994
X
X
X
X
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X X
X
X
X
X
X
X
X
X
SE SERVIÇOS ELÉTRICOS LTDA (44) 3263-3286 www.seengenhariaeletrica.com.br
X
X
SC
(51) 3342-1860 www.sadenco.com.br
X
X
Joinville
SADENCO ENGENHARIA
X
X
(47) 3437-6092 www.ramosprojetos.com.br
X
X
X
Ramos Ex
X
X
X
SC
X
X
X
X X X X
X
X
X
Florianópolis
RUBENS ELETRONICA PENTEADO (19) 3875-4269 www.ineleletrica.com.br
X
X
(48) 3271-0200 www.quantumengenharia.net.br
X
2006
X
X
QUANTUM ENGENHARIA
X X
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X
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X X X X
X
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X
X
X X
(49) 3361-3900 www.nord.eng.br
X
X
Fabricantes de produtos e equipamentos elétricos
Concessionárias de energia elétrica
Outros
X X
NORD ELECTRIC
Quality Eng. e Consultoria (71) 3341-1414 www.qualityltda.com.br
X
Ano de início de atividades da empresa
X X
X
Programas na área de responsabilidade social Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores Compra produtos, equipamentos, componentes, etc.
X
SP
Empresas de manutenção
SP
Bragança Paulista
Transmissão, geração e distribuição
Serviços
Industrial
Comercial
Outras
Estado
Limeira
Construtoras
NLeme Engenharia Elétrica (11) 4033-3286 www.nleme.com.br
Cidade
Residencial
Site (19) 3713-3239 www.mpaeletricidade.com.br
Eólica
Telefone
Principais clientes
Indústria em geral
MPA Engenharia
SPDA
EMPRESA
Energia solar fotovoltaica
Segmentos de atuação
Outras Empresas de engenharia
Pesquisa -
Instaladoras
66
1962
X
X
X
X
X
X
X
1989
X
X
1994
X
X
X
2008
X
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1990
X
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2007 1994
X
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1905
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X
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X
1905
DF
X X X
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X
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X
1905
Recife
PE
X X X
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X
X
X
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X
X
1905
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Curitiba
PR
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Porto Alegre
RS
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Joinville
SC
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Campinas
SP
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Jundiaí
SP
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84 www.siemens.com.br
Sâo Paulo
SP
X X X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
SOBRETENSÃO
(47) 3338-4484 www.sobretensao.com.br
Blumenau
SC
X
X X X
X
X
X
X
1999
STDE Engenharia
(11) 3757-5757 www.stde.com.br
Guarulhos
SP
X
X X X
X
X
X
2015
TAF Eng. Assoc. Ltd. EPP
(71) 3332-0011 thales@prodenge.com.br
Salvador
BA
Target
(11) 5525-5664 www.target.com.br
São Paulo
SP
TEKNERGIA
(71) 3358-4512 www.tekenergia.com.br
Lauro de Freitas
BA
TEKNERGIA
(71) 3358-4512 www.tekenergia.com.br
Salvador
BA
TEREME ENGENHARIA
(27) 3228-2320 www.tereme.com.br
Serra
ES
Tese Projetos
(31) 3254-8000 www.teseprojetos.com.br
Belo Horizonte
MG
X
TRACTEBEL
(31) 3249-7600 www.tractebel-engie.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X X X
X
TRACTEBEL
(91) 3085-6005 www.tractebel-engie.com.br
Belém
PA
X
X
X X X
TRACTEBEL
(61) 2106-6800 www.tractebel-engie.com.br
Brasília
DF
X
X
TRACTEBEL
(21) 2199-8800 www.tractebel-engie.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
TRACTEBEL
(48) 2108-8000 www.tractebel-engie.com.br
Florianópolis
SC
X
Transforluz
(22) 2664-2174 www.transforluz.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
W2brison
(35) 3332-2018 www.w2brison.com.br
São Lourenço
MG
X
X
X
X
X
X X
X X X X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
X
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X X X
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X
X
X
1990
X X X
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1990
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1984
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X X X
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1975 1994
X
X
1975
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1965
X
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1965
X
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X
1965
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1965
X
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X
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X
X
X
1965
X
X
1982
X
X
1987
Pesquisa - Empresas de manutenção e instalação
O Setor Elétrico / Julho de 2018
sergiocintra@bol.com.br
São Paulo
SP
X X X
Afap
(19) 3464-5650
www.afap.com.br
Santa Barbara d'Oeste
SP
X X X X X
Alset Engenharia e Comércio
(62) 3945-5047
www.alset.com.br
Goiânia
GO
X X X X X X
Base Energia
(19) 3837-5067
www.baseenergia.com.br
Jaguariúna
SP
X X
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050
www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
X X
X X
X
X
X X X X X X X X X X X X
X
www.cepinstalacoes.com.br
São Paulo
SP
X
(42) 3236-0100
www.ccpg.eng.br
Ponta Grossa
PR
X X X
CEL ENG. DE MANUTENÇÂO
(51) 3337-9566
www.celengenharia.com.br
Porto Alegre
RS
X
X X X
COLI Engenharia
(11) 2026-2323
www.coli.com.br
São Paulo
SP
Dalo Eletrotécnica
(11) 2081-8130
www.dalo.com.br
São Paulo
SP
X
DUBLIN SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379
eletrodublin@eletrodublin.com.br
São Paulo
SP
X X X
DUBLIN SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379
eletrodublin@eletrodublin.com.br
Caieiras
SP
X X X
DUBLIN SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE (15) 3033-3365
eletrodublin@eletrodublin.com.br
Sorocaba
SP
X X X
X
X
X
X X
X X X X X
X X
X
X X X X
X X X
X X X X X X X X
CCPG Engenharia
C & P Engenharia de Instalações (11) 2696-0313
Outras
(11) 99352-2597
Eólica
Activa eng.
Energia solar fotovoltaica
SC
SPDA
Florianópolis
Atmosferas explosivas
www.acrtecnologia.srv.br
Telecomunicações
(48) 3269-5559
Instrumentação e controle
ACR Tecnologia em Energia
X X
X
Automação
SP
Alta tensão
Guarulhos
Média tensão
www.acabine.com.br
Baixa tensão
(11) 2842-5252
Outros
A.cabine Materiais Eletricos
Ensaios e análises
Cidade São Paulo
Montagens
Site www.acaoenge.com.br
Reparos
Telefone (11) 3883-6050
Áreas de atuação
Direção de obra
AÇÃO ENGENHARIA
Fiscalização de obra
Vistorias
Manutenção
Operação
Consultoria
Estado SP
Instalação
EMPRESA
Projeto
Tipos de serviços
Cabeamento estruturado
68
X
X X X X X X
X X
X X
X
X
X X
X X
X X
X
X
X X X X X X X X X X X
X
X X
X X
X X X X
X X
X X X X X
X
X X X
X X
X X X X X X X X
X X X
X X X
X X
X X X
X X X
X X X
X X
X X X
X X X
X X X
X X
X X X
X X X
X
DUTRA LACROIX ENGENHARIA
(11) 5573-2327
www.dutralacroix.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X X X X X X
Eletrogen Engenharia
(31) 99775-6140
www.eletrogenengenharia.com.br
Congonhas
MG
X X X
ENGECRIM ENGENHARIA
(92) 3642-3938
www.engecrim.com.br
Manaus
AM
X X X X X X X X X X X
ENGENERG ENGENHARIA
(11) 3688-1999
www.engenerg.com.br
Osasco
SP
X X X
Engepower
(11) 3579-8777
www.engepower.com.br
Alphaville Industrial
SP
X X X
X
X
X X X
X
Engepower
(11) 4620-6597
www.engepower.com.br
Osasco
SP
X X X
X
X
X X X
X
ENGIE
(92) 3236 3110
www.engieservicos.com.br
Manaus
AM
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(71) 3033 3089
www.engieservicos.com.br
Salvador
BA
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(85) 3032 3778
www.engieservicos.com.br
Fortaleza
CE
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(27) 3225 9074
www.engieservicos.com.br
Vitória
ES
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(91) 3249-0203
www.engieservicos.com.br
São Luis
MA
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(31) 2125 8500
www.engieservicos.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(91) 3249 0203
www.engieservicos.com.br
Belém
PA
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(81) 3093 0886
www.engieservicos.com.br
Jabotão
PE
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(21)3593 9233
www.engieservicos.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X
X X X X X X
ENGIE
(11) 3644 5789
www.engieservicos.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X X X X X X
ESO ENGENHARIA
(73) 3525-3407
esoengenharia@yahoo.com.br
Jequié
BA
X X X
ETELBRA ENGENHARIA
(21) 3392-8106
www.etelbra.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X X X X X
EXPERTISE ENGENHARIA
(19) 3289-3435
www.expertise-eng.com.br
Campinas
SP
X X X
Filtroil Serviços
(41) 3672-4925
www.filtroil.ind.br
Quatro Barras
PR
Fockink Instalações Elétricas
(55) 3375-9500
www.fockink.ind.br
Panambi
RS
Foco Engenharia
(81) 3132-4421
www.foco-ecs.com.br
Recife
PE
Fox ENG. e Consultoria Ltda
(82) 3338-8016
www.foxengenharia.com.br
Maceió
AL
X
X
X X
X X X
X
X X
X
Fox ENG. e Consultoria Ltda
(61) 2103-9555
www.foxengenharia.com.br
Brasília
DF
X
X
X X
X X X
X
X X
X
Fox ENG. e Consultoria Ltda
(83) 3044-5519
www.foxengenharia.com.br
Paraíba
PB
X
X
X X
X X X
X
X X
X
Fox ENG. e Consultoria Ltda
(84) 3234-4811
www.foxengenharia.com.br
Natal
RN
X
X
X X
X X X
X
X X
X
Fox ENG. e Consultoria Ltda
(79) 3211-6219
www.foxengenharia.com.br
Aracajú
SE
X
X
X X
X X X
X
X X
X
Fox ENG. e Consultoria Ltda
(12) 3302-2997
www.foxengenharia.com.br
Sâo José dos Campos
SP
X
X
X X
X X X
X
X X
GFENG ENGENHARIA
(92) 3082-9495
www.gfeng-engenharia.com
Manaus
AM
X X
X
X
X X
X X X
GFENG ENGENHARIA
(92) 981847587
www.gfeng-engenharia.com
Rio Preto da Eva
AM
X X
X
X
X X
X X X
GFENG ENGENHARIA
(92) 3082-9495
www.gfeng-engenharia.com
Boa Vista
RR
X X
X
X
X X
GPS ENG. e Consultoria Ltda
(85) 3217-3275
www.gpsengenharia.com
Fortaleza
CE
X X X X X X X X X X X
X X X
Grupo LPEng
(11) 2901-7033
www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X
X X X X X
Grupo Rumo Engenharia
(15) 3331-2300
www.rumoengenharia.com.br
Sorocaba
SP
X X X X X
GSI SERVICE
(19) 3037-1647
www,gsiservice.com.br
Campinas
SP
INFRA ENGENHARIA
(11) 3312-0200
WWW.INFRAENGENHARIA.COM.BR
São Paulo
SP
X
X
X X
X
X
X X X
X X X
X X X X
X
X X
X
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X X
X
X X X
X X X X X X X X X X
X
X X
X X X X X X X
X
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X X X X X X X
X X X X
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X X X X
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X X X
X X X X X
X X
X
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X
X X
X
X X X X
X X X X X
X
X X X X X X X X X
X X X X
X X
69
O Setor Elétrico / Julho de 2018
(21) 3496-0644
www.masalupri.com.br
Masalupri Engenharia
(11) 4195-8778
MATRIX Energética LTDA
X X X
X
X X
X X X X X X X
X X
X
X
MG
X X X X X X X
X X
X
X
PE
X X X X X X X
X X
X
X
Rio de Janeiro
RJ
X X X X X X X
X X
X
X
www.masalupri.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X X
X X
X
X
(11) 98382-0000
www.matrixenergetica.com.br
São José dos Campos
SP
X X X
MBA Construtora
(34) 3271-7700
www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
X
X
X X X X X
X X
MBA Construtora
(34) 3234-6907
www.mbaconstrutora.com.br
Uberlândia
MG
X
X
X
X X X X X
X X
Moino
(11) 2261-1730
moinonet@uol.com.br
Sao Paulo
SP
X X X
X X X X
X
X X
X X X X
X
Moino
(11) 4038-7344
moinonet@uol.com.br
Campo Limpo Paulista
SP
X X X
X X X X
X
X X
X X X X
X
Moino
(11) 4038-7344
moinonet@uol.com.br
Jundiaí
SP
X X X
X X X X
X
X X
X X X X
MPA Engenharia
(19) 3713-3239
www.mpaeletricidade.com.br
Limeira
SP
X X X
X X X X
NLeme Engenharia Elétrica
(11) 4033-3286
www.nleme.com.br
Bragança Paulista
SP
X X
Noberto Barros ENG. Ltda
(81) 3454-0649
n2aengenharia@n2aengenharia.com.br
Recife
PE
X
OMICRON SERVICE
(11) 5061-8566
www.omicronservice.com.br
São Paulo
SP
X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X
OMS Engenharia
(41) 3364-7000
www.omsengenharia.com.br
Curitiba
PR
X X X X X X X X X X X
X X
X
PERFITEC ELETRICA
(11) 4356-2729
www.perfitec-eletrica.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X X
X
X X
PETHRAS ENGENHARIA
(21) 2508-6711
www.pethras.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X X
PROSERVINCOM
(11) 2975 3106
www.proservincom
São Paulo
SP
X X
PROVOLT
(47) 3036-9666
www.provolt.com.br
Blumenau
SC
X
Pulso Engenharia
(85) 3032-4200
www.pulsoengenharia.com.br
Fortaleza
CE
X X X X X X
PXM Engenharia
(12) 3622-1122
www.pxm.com.br
Taubaté
SP
X X X
Ramos Ex
(47) 3437-6092
www.ramosprojetos.com.br
Joinville
SC
X X X
Reativa Engenharia
(42) 3222-3500
www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X X
RHBC Engenharia
(21) 999-892479
www.rhbcengenharia.com.br
Curitiba
PR
X X X X X X X X
X X
X X X
RHBC Engenharia
(21) 2622-5475
www.rhbcengenharia.com.br
Niterói
RJ
X X X X X X X X
X X
X X X
RHBC Engenharia
(21) 2622-5475
www.rhbcengenharia.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X X X X X X X
X X
X X X
RHBC Engenharia
(21) 999-892479
www.rhbcengenharia.com.br
Sâo Paulo
SP
X X X X X X X X
X X
X X X
RUBENS ELETRONICA PENTEADO
(19) 3875-4269
www.ineleletrica.com.br
Indaiatuba
SP
X X X
X X X
SDS Automação
(47) 2106-3300
www.sdsautomacao.com.br
Jaraguá do Sul
SC
X X
SE SERVIÇOS ELÉTRICOS LTDA
(44) 3263-3286
www.seengenhariaeletrica.com.br
Maringá
PR
X X X
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Manaus
AM
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Salvador
BA
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Brasília
DF
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Recife
PE
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Curitiba
PR
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Porto Alegre
RS
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Joinville
SC
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Campinas
SP
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Jundiaí
SP
X X X X X
X
X X X X
x
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Sâo Paulo
SP
X X X X X
X
X X X X
x
SOBRETENSÃO
(47) 3338-4484
www.sobretensao.com.br
Blumenau
SC
X
STDE Engenharia
(11) 3757-5757
www.stde.com.br
Guarulhos
SP
X X X
www.sysmont.com.br
São Leopoldo
RS
X X
SYSMONT Serviços e Manutenções (51) 3592-0499
X
X
X X X X
X
X X X
X
X X X X X
X X X X
X X X X
X X X X
X X
X
X
X X
X X X
X X X
X X
X X X
X
X
X X
X X
Lauro de Freitas
BA
X X
TEKNERGIA
(71) 3358-4512
www.tekenergia.com.br
Salvador
BA
X X
TEREME ENGENHARIA
(27) 3228-2320
www.tereme.com.br
Serra
ES
X X
Testari Energia
(11) 4018-6800
www.testarienergia.com.br
Pinhalzinho
SP
X X X
Transforluz
(22) 2664-2174
www.transforluz.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X X
W2brison projetos
(35) 3332-2018
www.w2brison.com.br
São Lourenço
MG
X X X X X X X X X X
X X
X
X X
X
X X
X X X
X X
X X
X X
X
X X
X
X X X
X X X
www.tekenergia.com.br
X
X
X X X
X
X X X X
X X
X
(71) 3358-4512
X
X
X X X X
X X
TEKNERGIA
X
X X X
X X
X
X X X X
X
X X X X X
X X
X
X X X X
X X X
X
X
X X
X X X
X X
X X
X X
X X X X X X X
X
Outras
Masalupri Engenharia
Eólica
Recife
Energia solar fotovoltaica
Leopoldina
www.masalupri.com.br
SPDA
www.masalupri.com.br
(81) 3498-2429
Atmosferas explosivas
(32) 3441-2892
Masalupri Engenharia
X X
X
Telecomunicações
Masalupri Engenharia
Cabeamento estruturado
ES
Instrumentação e controle
SP
Vitória
Automação
Santa Bárbara D'Oeste
www.masalupri.com.br
X X
Alta tensão
www.maex.com.br
(27) 3325-6332
X X
Média tensão
(19) 3455-5266
Masalupri Engenharia
X
X X X
Baixa tensão
MAEX ENGENHARIA
X X
Outros
SC
Ensaios e análises
Xanxerê
Montagens
www.ledengenharia.com.br
Reparos
(49) 99921-5336
Áreas de atuação
Direção de obra
LED Engenharia
Fiscalização de obra
Estado MG
Vistorias
Cidade Belo Horizonte
Manutenção
Site www.legengenharia.com.br
Operação
Telefone (31) 98817-5153
Consultoria
L&G Engenharia
Instalação
EMPRESA
Projeto
Tipos de serviços
X
X X
X X X
X X
X
X X X X
X X X
X X
X
X X X X
X X
X X X X
X X X
X X X X X X
X X
X
Pesquisa - Empresas de manutenção e instalação
www.acrtecnologia.srv.br
Florianópolis
SC
Activa eng.
(11) 99352-2597
sergiocintra@bol.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Afap
(19) 3464-5650
www.afap.com.br
Santa Barbara d'Oeste
SP
X
X
X
Alset Engenharia e Comércio (62) 3945-5047
www.alset.com.br
Goiânia
GO
X
X
X
X
X
X
X
X
Base Energia
(19) 3837-5067
www.baseenergia.com.br
Jaguariúna
SP
Bohnen+Messtek
(11) 2711-0050
www.bohnen.com.br
São Paulo
SP
www.cepinstalacoes.com.br
São Paulo
SP
C & P Engenharia de Instalações (11) 2696-0313
X X
X
Ano de inicio de atividades da empresa
(48) 3269-5559
X
Compra produtos, equipamentos, componentes, etc
X
X
X
1993
X
X
X
X
X
1990
X
X
X
X
2000
X
X
X
X
X
X
X
X
1980
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1980
X
X
X
X
X
X
X
X
2011
X
X
X
2014
Programas na area de responsabilidade social
X
X
ISO 9001
X
X
X
ACR Tecnologia em Energia
X
X
Outros
X
Condomínios
X
Comércio
X
X
Empresas de manutenção.
X
Empresas de engenharia
SP
Indústrias em geral
Guarulhos
Concessionárias de energia elétrica
www.acabine.com.br
Outros
Estado SP
Transmissão, geração e distribuição
Cidade São Paulo
Principais clientes
Construtoras
A.cabine Materiais Eletricos (11) 2842-5252
Site www.acaoenge.com.br
Serviços
Telefone (11) 3883-6050
Industrial
AÇÃO ENGENHARIA
Comercial
EMPRESA
Residencial
Segmentos de atuação
Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores
O Setor Elétrico / Julho de 2018
ISO 14001
70
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1989 X
1996
X
X
2005
X
X
X
1986
X
X
X
1973
X
X
X
X
X
X
CCPG Engenharia
(42) 3236-0100
www.ccpg.eng.br
Ponta Grossa
PR
X
X
CEL ENG. DE MANUTENÇÂO
(51) 3337-9566
www.celengenharia.com.br
Porto Alegre
RS
X
X
COLI Engenharia
(11) 2026-2323
www.coli.com.br
São Paulo
SP
X
X
Dalo Eletrotécnica
(11) 2081-8130
www.dalo.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
DUBLIN SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379
eletrodublin@eletrodublin.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
2000
DUBLIN SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE (11) 4442-1379
eletrodublin@eletrodublin.com.br
Caieiras
SP
X
X
X
X
X
X
2000
DUBLIN SOLUÇÕES EM ELETRICIDADE (15) 3033-3365
eletrodublin@eletrodublin.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
X
X
X
2000
X
X
X
X
X
X
X
1988
X
X
X
X
X
X
X
2013
X
X
X
X
X
X
2001
X
X
X
X
X
X
1999
X
X
X
X
X
X
X
1983
X
X
X
DUTRA LACROIX ENGENHARIA
(11) 5573-2327
www.dutralacroix.com.br
São Paulo
SP
Eletrogen Engenharia
(31) 99775-6140
www.eletrogenengenharia.com.br
Congonhas
MG
ENGECRIM ENGENHARIA
(92) 3642-3938
www.engecrim.com.br
Manaus
AM
X
X
X
ENGENERG ENGENHARIA
(11) 3688-1999
www.engenerg.com.br
Osasco
SP
X
X
X
Engepower
(11) 3579-8777
www.engepower.com.br
Alphaville Industrial
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Engepower
(11) 4620-6597
www.engepower.com.br
Osasco
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
ENGIE
(92) 3236 3110
www.engieservicos.com.br
Manaus
AM
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(71) 3033 3089
www.engieservicos.com.br
Salvador
BA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(85) 3032 3778
www.engieservicos.com.br
Fortaleza
CE
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(27) 3225 9074
www.engieservicos.com.br
Vitória
ES
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(91) 3249-0203
www.engieservicos.com.br
São Luis
MA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(31) 2125 8500
www.engieservicos.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(91) 3249 0203
www.engieservicos.com.br
Belém
PA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(81) 3093 0886
www.engieservicos.com.br
Jabotão
PE
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(21)3593 9233
www.engieservicos.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ENGIE
(11) 3644 5789
www.engieservicos.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1976
ESO ENGENHARIA
(73) 3525-3407
esoengenharia@yahoo.com.br
Jequié
BA
X
X
X
X
X
X
1998
ETELBRA ENGENHARIA
(21) 3392-8106
www.etelbra.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
X
X
X
X
X
1983
EXPERTISE ENGENHARIA
(19) 3289-3435
www.expertise-eng.com.br
Campinas
SP
X
X
X
X
X
X
2000
Filtroil Serviços
(41) 3672-4925
www.filtroil.ind.br
Quatro Barras
PR
X
X
X
X
X
1984
www.fockink.ind.br
Panambi
RS
X
X
X
X
1947
www.foco-ecs.com.br
Recife
PE
X
X
X
X
X
X
2009
Fox ENG. e Consultoria Ltda (82) 3338-8016
www.foxengenharia.com.br
Maceió
AL
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1997
Fox ENG. e Consultoria Ltda (61) 2103-9555
www.foxengenharia.com.br
Brasília
DF
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1997
Fox ENG. e Consultoria Ltda (83) 3044-5519
www.foxengenharia.com.br
Paraíba
PB
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1997
Fox ENG. e Consultoria Ltda (84) 3234-4811
www.foxengenharia.com.br
Natal
RN
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1997
Fox ENG. e Consultoria Ltda (79) 3211-6219
www.foxengenharia.com.br
Aracajú
SE
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1997
Fox ENG. e Consultoria Ltda (12) 3302-2997
www.foxengenharia.com.br
Sâo José dos Campos
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
GFENG ENGENHARIA
(92) 3082-9495
www.gfeng-engenharia.com
Manaus
AM
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
2012
GFENG ENGENHARIA
(92) 981847587
www.gfeng-engenharia.com
Rio Preto da Eva
AM
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
2012
GFENG ENGENHARIA
(92) 3082-9495
www.gfeng-engenharia.com
Boa Vista
RR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
2012
www.gpsengenharia.com
Fortaleza
CE
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
2011
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1990
X
X
X
X
X
X
X
X
1999
X
X
X
X
X
X
X
X
2008
X
X
X
X
X
X
X
1995
Fockink Instalações Elétricas (55) 3375-9500 Foco Engenharia
(81) 3132-4421
GPS ENG. e Consultoria Ltda (85) 3217-3275
X
X
X X
X
X
Grupo LPEng
(11) 2901-7033
www.lpeng.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Grupo Rumo Engenharia
(15) 3331-2300
www.rumoengenharia.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
GSI SERVICE
(19) 3037-1647
www,gsiservice.com.br
Campinas
SP
X
X
X
INFRA ENGENHARIA
(11) 3312-0200
WWW.INFRAENGENHARIA.COM.BR
São Paulo
SP
X
X
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X
X
X
X
X
X
X
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X X
X X
X
1995 1995
X X
X
X
X
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X
X
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X X
X X
X
X
X
X X
X
X
X
X X X X
1997
71
Ano de inicio de atividades da empresa
X
2013
X
X
2013
X
X
X
1995
X
X
X
X
2001
X
X
X
X
X
2001
X
X
X
X
X
X
2001
X
X
X
X
X
X
X
2001
X
X
X
X
X
X
X
2001
X
X
X
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X
2001
X
X
X
2005
X
X
X
2005
X
X
X
1990
X
X
X
X
1990
X
X
X
X
1990
X
X
2006
X
X
2009
X
X
2007
X
X
2008
X
X
1992
X
X
2003
X
X
X
1990
X
X
X
1993
X
X
X
1988
X
X
2005
X
X
1998
X
X
1999
X
X
X
1996
SC
X
X
MAEX ENGENHARIA
(19) 3455-5266
www.maex.com.br
Santa Bárbara D'Oeste
SP
X
X
Masalupri Engenharia
(27) 3325-6332
www.masalupri.com.br
Vitória
ES
X
X
X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(32) 3441-2892
www.masalupri.com.br
Leopoldina
MG
X
X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(81) 3498-2429
www.masalupri.com.br
Recife
PE
X
X
X
X
Masalupri Engenharia
(21) 3496-0644
www.masalupri.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
Masalupri Engenharia
(11) 4195-8778
www.masalupri.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
MATRIX Energética LTDA
(11) 98382-0000
www.matrixenergetica.com.br
São José dos Campos
SP
X
X
X
MBA Construtora
(34) 3271-7700
www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
X
X
MBA Construtora
(34) 3234-6907
www.mbaconstrutora.com.br
Uberlândia
MG
X
X
X
Moino
(11) 2261-1730
moinonet@uol.com.br
Sao Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Moino
(11) 4038-7344
moinonet@uol.com.br
Campo Limpo Paulista
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
Moino
(11) 4038-7344
moinonet@uol.com.br
Jundiaí
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
MPA Engenharia
(19) 3713-3239
www.mpaeletricidade.com.br
Limeira
SP
X
X
X
NLeme Engenharia Elétrica
(11) 4033-3286
www.nleme.com.br
Bragança Paulista
SP
X
X
X
Noberto Barros ENG. Ltda
(81) 3454-0649
n2aengenharia@n2aengenharia.com.br Recife
PE
X
X
X
OMICRON SERVICE
(11) 5061-8566
www.omicronservice.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
OMS Engenharia
(41) 3364-7000
www.omsengenharia.com.br
Curitiba
PR
X
X
PERFITEC ELETRICA
(11) 4356-2729
www.perfitec-eletrica.com.br
São Bernardo do Campo
SP
PETHRAS ENGENHARIA
(21) 2508-6711
www.pethras.com.br
Rio de Janeiro
RJ
PROSERVINCOM
(11) 2975 3106
www.proservincom
São Paulo
SP
PROVOLT
(47) 3036-9666
www.provolt.com.br
Blumenau
SC
Pulso Engenharia
(85) 3032-4200
www.pulsoengenharia.com.br
Fortaleza
CE
PXM Engenharia
(12) 3622-1122
www.pxm.com.br
Taubaté
SP
Ramos Ex
(47) 3437-6092
www.ramosprojetos.com.br
Joinville
SC
X
Reativa Engenharia
(42) 3222-3500
www.reativa.com
Ponta Grossa
PR
X
RHBC Engenharia
(21) 999-892479
www.rhbcengenharia.com.br
Curitiba
PR
X
X
RHBC Engenharia
(21) 2622-5475
www.rhbcengenharia.com.br
Niterói
RJ
X
RHBC Engenharia
(21) 2622-5475
www.rhbcengenharia.com.br
Rio de Janeiro
RJ
RHBC Engenharia
(21) 999-892479
www.rhbcengenharia.com.br
Sâo Paulo
SP
www.ineleletrica.com.br
Indaiatuba
SP
RUBENS ELETRONICA PENTEADO (19) 3875-4269
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
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X
X
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X
X
X
X
X
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X
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X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X X
X X
X X
X
Programas na area de responsabilidade social
Xanxerê
ISO 14001
www.ledengenharia.com.br
Comércio
X
(49) 99921-5336
Outros
MG
LED Engenharia
Serviços
Estado
Belo Horizonte
Industrial
Cidade
www.legengenharia.com.br
Comercial
Site
(31) 98817-5153
ISO 9001
X
Telefone
L&G Engenharia
Outros
Empresas de manutenção.
X
EMPRESA
Condomínios
Empresas de engenharia
Construtoras
Indústrias em geral
Concessionárias de energia elétrica
Principais clientes
Residencial
Transmissão, geração e distribuição
Segmentos de atuação
X
X
X
X
Especifica produtos, equipamentos, componentes, fornecedores
Compra produtos, equipamentos, componentes, etc
O Setor Elétrico / Julho de 2018
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1989
X
X
X
X
X
X
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1989
X
X
X
X
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X
X
X
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1989
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1989
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X
X
X
X
X
X
1989
X
X
X
X
1996
X
X
X
2008
X
X
X
X
SDS Automação
(47) 2106-3300
www.sdsautomacao.com.br
Jaraguá do Sul
SC
SE SERVIÇOS ELÉTRICOS LTDA
(44) 3263-3286
www.seengenhariaeletrica.com.br
Maringá
PR
X
X
X
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Manaus
AM
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Salvador
BA
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Brasília
DF
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Recife
PE
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Porto Alegre
RS
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Joinville
SC
X
X
X
X
X
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X
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X
X
X
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X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Campinas
SP
X
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X
X
X
X
X
X
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X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Jundiaí
SP
X
X
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X
X
X
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X
X
X
X
1905
Siemens
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
Sâo Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1905
SOBRETENSÃO
(47) 3338-4484
www.sobretensao.com.br
Blumenau
SC
X
X
X
X
X
X
1999
STDE Engenharia
(11) 3757-5757
www.stde.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
2015
www.sysmont.com.br
São Leopoldo
RS
X
X
X
X
SYSMONT Serviços e Manutenções (51) 3592-0499
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
2004
TEKNERGIA
(71) 3358-4512
www.tekenergia.com.br
Lauro de Freitas
BA
X
X
X
X
X
X
X
X
1990
TEKNERGIA
(71) 3358-4512
www.tekenergia.com.br
Salvador
BA
X
X
X
X
X
X
X
X
1990
TEREME ENGENHARIA
(27) 3228-2320
www.tereme.com.br
Serra
ES
X
X
X
X
X
X
1984
Testari Energia
(11) 4018-6800
www.testarienergia.com.br
Pinhalzinho
SP
X
X
X
1987
Transforluz
(22) 2664-2174
www.transforluz.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
X
X
X
1982
W2brison projetos
(35) 3332-2018
www.w2brison.com.br
São Lourenço
MG
X
X
X
X
X
X
1987
X
X X X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Por Sergio Roberto Santos*
A construção de uma zona de proteção contra raios
Entre os conceitos apresentados pela
diretamente por uma descarga atmosférica
norma técnica ABNT NBR 5419:2015 –
onde ele se encontra, então, ele estará em
Proteção contra descargas atmosféricas,
uma zona sem proteção contra descargas
está o de Zona de Proteção contra
atmosféricas e sem nenhuma blindagem,
Raios (ZPR). Uma ZPR é um espaço
neste caso, totalmente desprotegido.
eletromagneticamente
definido,
Caso passemos para um segundo
onde é possível esperar em seu interior
ambiente, referente à mesma edificação,
um determinado nível de tensões e
em que uma descarga atmosférica não
de
originadas
poderá mais atingir um objeto lá existente,
por descargas atmosféricas diretas ou
por ele estar protegido pelo sistema
indiretas em uma edificação onde a ZPR
de captação de um SPDA, mas ainda se
se encontra.
encontrando desprotegido em relação às
Nos primórdios da proteção contra
tensões e correntes induzidas, o objeto
surtos, era ensinado que as ZPRs eram
estará em uma zona protegida contra
formadas pelas ferragens da edificação,
descargas diretas, mas não protegida por
que existiam devido a razões estruturais
blindagens.
e
correntes
transitórias
construtivas,
engenheiros
bem
determinadas
civis.
Mas
embora
por este
Quando um objeto estiver dentro de
uma edificação construída utilizando-se
fato ainda seja verdadeiro, a origem do
estruturas
metálicas,
conceito de ZPRs remonta à década de
estruturais
por
1970, do século passado, através dos
protegido contra descargas diretas e
trabalhos de C.E. Baum, F.M. Tesche e
contra as induções, caracterizando, neste
E.F. Vanceas [1][2] sobre compatibilidade
caso, a sua presença dentro de uma região
eletromagnética. Por isso, as ZPRs devem
protegida contra descargas diretas e por
ser projetadas como uma Medida de
uma forma de blindagem.
Proteção Contra Surtos (MPS), segundo
Visto dessa forma, proteger uma
o que nos orienta a norma ABNT NBR
edificação contra descargas atmosféricas
5419:2015 - Proteção contra Descargas
é colocá-la dentro da ZPR0B e protegê-la
Atmosféricas.
contra surtos de tensão e corrente
Uma
ZPR
consequências atmosférica
no
é de
uma
exemplo,
ferragens ele
estará
pelas
provocados por descargas atmosféricas é
descarga
colocar a sua instalação eletroeletrônica
por
dentro, no mínimo, de uma ZPR1 (tabela
definida
ambiente
como
ela
definido. Se um objeto pode ser atingido
1).
73
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Tabela 1 – Características das ZPRs
Zonas de Proteção contra
Características
Raios (ZPR) Zona externa à edificação. Local passível de ser atingido ZPR0A
por uma descarga atmosférica direta. Não existe nenhuma blindagem contra interferências causadas por pulsos eletromagnéticos criados por descargas atmosféricas.
ZPR0B
Zona sobre a proteção de um SPDA externo, mas ainda sem a proteção de uma blindagem. Zona interna à edificação. A energia das
ZPR1
descargas atmosféricas é relativamente baixa. Zona interna à edificação.
ZPR2
Somente podem aparecer pequenos surtos. dois
objetivos
deverá ser avaliada através do método de
anteriormente,
proteção
gerenciamento de risco apresentado na
contra descargas atmosféricas e surtos,
parte 2 da norma ABNT NBR 5419:2015.
deverão ser construídas as respectivas ZPRs,
Será ele que determinará a necessidade
mesmo que no projeto civil isto não tenha
de construção das ZPRs, cuja inexistência
sido determinado. As ZPRs são construídas
poderá significar um risco intolerável, ou
através de estruturas metálicas, barras,
levará à utilização de outras MPSs, talvez
tubos e chapas, envolvendo o ambiente
de maior custo, como a instalação de um
a ser protegido (imagem 1). A relação
maior número de Dispositivos de Proteção
econômica custo-benefício desta decisão
contra Surtos (DPS).
Para
atingir
apresentados
os
A construção de uma ZPR está muito
bem explicada no anexo B da parte 4 da norma ABNT NBR 5419:2015. Através da leitura das 19 páginas do referido anexo é possível compreender claramente como uma ZPR deve ser construída e utilizada, avaliando-se algumas dificuldades que, porventura, possam existir nesta construção para obtenção do seu único, mas valioso, benefício: a colocação dos elementos de uma instalação eletroeletrônica dentro de um ambiente eletromagneticamente controlado.
A norma ABNT NBR 5419:2015 não
tornou a vida dos projetistas mais difícil, mas a utilização intensiva de equipamentos eletroeletrônicos sensíveis sim. As MPSs surgiram para proteger as pessoas contra os efeitos de tensões e correntes de surto e para evitar falhas temporárias ou permanentes em sistemas eletroeletrônicos utilizados pelas sociedades modernas.
Cabe aos projetistas se aprofundarem
nas MPSs, não tornando a parte 4 da ABNT NBR 5419:2015 um mero guia de especificação dos DPSs. Embora não seja tão simples envolver engenheiros civis e arquitetos na decisão de utilizar estruturas metálicas como blindagens estruturais, em muitas situações, esta será a segunda providência para se obter alto grau de proteção contra surtos, sendo a primeira a construção de uma malha de aterramento eficiente.
Referência bibliográfica: 1 – Vance, E.F. Elektromagnetic interference control. IEEE Trans. Of Electromagnetic 22, 1980, H.4, páginas 319-328. 2 – Hasse, P; Wiesinger, J. EMV BlitzSchutzzonenn-Konzept.
Editora
Pflaum,
Munique, 1994, Página 53. *Sergio Roberto Santos é engenheiro eletricista e membro da comissão de estudos CE 03:64.10, Figura 1 – Construção de uma ZPR.
do CB-3 da ABNT.
74
Espaço SBQEE
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Por Mateus D. Teixeira, Luis E. Camilotti, Henrique J. F. Neto e Antônio C. Delaiba*
Uma reflexão sobre a resposta em frequência de transformadores de potencial e suas implicações no sistema elétrico de potência
Os setores de geração de energia
seu desempenho não linear dependendo
elétrica provenientes das fontes eólica e solar
da faixa de frequências harmônicas a serem
passaram, nos últimos anos, a representar
medidas, uma vez que os transdutores são
parcela significativa na matriz energética
projetados para aferir sinais de tensão de
brasileira. São mais de 400 parques eólicos
amplitude fixada por seus dados de placa e
distribuídos ao redor do país e mais de
frequência de ordem fundamental (60 Hz).
5.200
geradores
instalados.
Como
de
Uma vez que normas internacionais,
conhecimento geral, a conexão destes
como a IEC61000-4-30, não estabelecem
geradores à rede elétrica é feita por meio de
limites para a precisão de equipamentos de
inversores frequência que são causadores de
medição como TPs, para frequências distintas
distorção da forma de onda da tensão nos
da fundamental, é de total interesse para
barramentos onde estão conectados. Assim,
operadores e reguladores do sistema elétrico
torna-se evidente quantificar o nível destas
conhecer a curva característica de resposta em
distorções harmônicas com o intuito de
frequência destes componentes, assim como
atenuar ao máximo os efeitos causados por
o impacto da precisão destes equipamentos
elas ou mesmo deixá-las dentro dos limites
quando realizam a medição em pontos do
estabelecidos pelo Operador Nacional do
sistema que requerem mais atenção, do ponto
Sistema (ONS).
de vista de distorções prévias de tensão. Ou das
seja, a curva de resposta em frequência servirá
grandes gerações de energia fotovoltaica
como garantia de medições confiáveis para
ou eólica, os geradores estão conectados a
assegurar medidas corretivas acertadas.
barramentos que possuem níveis de tensão
Das
elevados, sendo indispensável a utilização
dos TPs, o custo de construção, design e
dos transdutores de potencial para realizar a
complexidade para TPs indutivos (TPIs) de
interface entres os analisadores de qualidade
alta tensão tornam esse tipo de transformador
de energia e os elevados potenciais elétricos
inviável economicamente para medições
encontrados nestes pontos do sistema
em sistemas com tensões superiores a 230
elétrico.
por
kV, fazendo com que os transformadores
questões tecnológicas e construtivas, tem
de potencial capacitivos (TPCs) sejam uma
Como
na
maioria
Porém,
tal
dos
casos
equipamento,
diferentes
formas
construtivas
Espaço SBQEE
75
Figura 1 – Comparação entre TPs e DPC em estudo.
opção economicamente mais viável. Este
comparação. Pelos resultados, percebe-se
é amplamente utilizado para medições em
uma clara diferença na resposta em frequência
redes básicas, acima de 230 kV, especialmente
entre os equipamentos, dependendo do
em conexões de parques eólicos, usinas
fabricante e da tecnologia empregada na sua
geradoras, dentre outras instalações. Sua
construção.
desvantagem, porém, está condicionada
aos maiores erros encontrados nas tensões
em frequência destes componentes, não é
elétricas medidas quando comparadas aos
possível a determinação de valores reais de
transdutores de potencial indutivo.
sua medição. Decisões tomadas baseadas em
Assim, sem o levantamento da resposta
Vale destacar ainda que as medições de
seus resultados podem estar em desacordo
distorções harmônicas pré e pós conexão
com as legislações nacionais, ou seja, levando
no parque eólico são fundamentais para os
a diagnósticos errados.
estudos computacionais que podem definir a instalação de filtros harmônicos necessários
Referência bibliográfica:
à manutenção do indicador Distorção de
[1] L. E. Camilotti, M. D. Teixeira, H. J. F. Neto e
Tensão Harmônica Total (DTHT) abaixo dos
A. C. Delaiba, “Frequency Response Analysis
valores especificados pelo ONS. Ou seja,
Applied in Potential Transformers and theirs
medições influenciadas por erros de medição
Implications in the Electrical Power System”,
podem levar, ocasionalmente, à concepção
VII SBSE – Simpósio Brasileiro de Sistemas
de soluções não adequadas.
Elétricos, Niterói, 2018.
Nesse sentido, pesquisadores de três diferentes instituições (UFPR, UFU e LACTEC)
*Mateus Duarte Teixeira é gerente de P&D na
realizaram estudos e análises da resposta em
BREE Brazilian Energy Efficiency, professor
frequência de TP indutivos de forma a avaliar
da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e
os erros impostos em medições que envolvam
presidente da Sociedade Brasileira de Qualidade de
sinais de tensão distorcidos [1]. Não foram
Enrgia Elétrica (SBQEE);
realizados estudos da resposta em frequência
Luis Eduardo Camilotti é Engenheiro na Exxon Mobil;
de TP capacitivos devido à indisponibilidade
Henrique J. F. Neto é estudante de Mestrado na
de equipamentos para tal procedimento. Os
Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
resultados podem ser conferidos na Figura
Antônio Carlos Delaiba é Professor de
1, em que é usado um divisor capacitivo
Engenharia Elétrica da Universidade Federal de
(resposta em frequência linear) para fins de
Uberlândia (UFU).
76
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Perguntas e repostas
Mais uma vez, este espaço será utilizado para
seu código de obras ou documento similar uma
responder a algumas questões feitas por leitores:
prescrição inferior ao que consta na ABNT NBR 5419, porém já me deparei com situações onde
1 - Estou fazendo um projeto para a Proteção
foram exigidas prescrições mais rigorosas.
contra Descarga Atmosférica (PDA) de uma cabine de energia. O mesmo está sendo
3 - Tenho um caso de uma chaminé com mais
questionado quanto à classificação, pois está
de 50 metros de altura cujas descidas do SPDA
sendo enquadrado no nível III indústria. Gostaria
(externas), feitas há mais de dez anos, são em
de saber ao certo qual é o método que devo
cabos de 16 mm² sem os anéis de interligação. A
classificar.
armadura de aço atende aos requisitos da norma.
Resposta: Atualmente, com a versão 2015 da
A pergunta é: precisam ser retirados os cabos
ABNT NBR 5419, a classificação do SPDA de
externos ou basta interligá-los na captação e no
uma PDA deve ser obtida a partir da análise de
aterramento?
risco, como consta da parte 2 da referida norma.
Resposta: Se houver condutor de descida externo, este deve estar ligado à captação, ao
2 - Quem determina a necessidade de instalação
aterramento e às armaduras metálicas. Deve haver
do SPDA em estruturas?
anéis intermediários espaçados conforme mostra
Resposta: A competência para determinar a
a tabela 4 da parte 3 ao longo da chaminé. Se
necessidade ou não da instalação do SPDA
foi realizado o ensaio de continuidade elétrica das
em estruturas e edificações, e depois fiscalizar
armaduras, de acordo com o anexo F da ABNT
se o trabalho foi executado corretamente é
NBR 5419, e os resultados desse ensaio foram
da Secretaria de Obras de cada Município
satisfatórios, o colega deveria, após se certificar
ou Estado, quando for o caso. Na cidade de
que a captação e o aterramento estivessem
São Paulo temos o exemplo do Departamento
conectados às armaduras da estrutura, retirar
de Controle do Uso de Imóveis (CONTRU),
os cabos de descida. Isto reduziria também o
conhecemos outras cidades em que a função
problema com manutenção do sistema.
foi delegada para o Corpo de Bombeiros. Uma vez determinada essa necessidade, a ABNT
4 - Um prédio baixo construído ao lado de dois
NBR 5419:2015 – Proteção contra descargas
prédios mais altos, um de cada lado. Podemos
atmosféricas é o documento que passa a
dizer que este prédio estaria protegido contra
direcionar os demais passos (projeto, instalação,
descargas diretas se a esfera rolante tocar nos
inspeção, manutenção, etc.). Há locais onde as
prédios vizinhos e não tocar no prédio menor?
secretarias de obras apenas mencionam no texto
Se a resposta for sim, mesmo que este seja de
dos documentos oficiais que as normas nacionais
nivel 2 ou nível 1?
(ou normas ABNT) devem ser seguidas; neste
Resposta: Considerando que todas as estruturas
caso, a análise de necessidade deve ser realizada
pertencem ao mesmo dono, sim.
através da aplicação da análise e gerenciamento
proteção, neste caso, atuará para a determinação
de risco contido na parte 2 da ABNT NBR 5419.
do raio da esfera, e não como elemento
Até hoje não conheci uma cidade que tenha em
determinante para a existência da proteção.
O nível de
Redes subterrâneas em foco
O Setor Elétrico / Julho de 2018
77
Daniel Bento, PMP®, é engenheiro eletricista, membro do Cigré Brasil (cabos isolados) e atua há mais de 25 anos em redes isoladas, tendo sido responsável técnico por toda a rede de distribuição subterrânea da cidade de São Paulo. Atualmente, é diretor executivo da empresa Baur do Brasil | daniel.bento@baurdobrasil.com.br
Vive la France Estamos no momento de celebrar e
mundo gera conhecimento e forma um
de
reverenciar a França por se destacar no
círculo virtuoso, pois à medida que surge
especialistas de todo o mundo e eu tenho a
cenário mundial frente a muitos países.
uma ideia para resolver um problema pode
honra de ser o representante brasileiro em
Como o futebol é um esporte que desperta
despertar a solução para outro problema
ambos.
paixões, antes que vocês sintam um
semelhante. Esse é um dos processos
desconforto na cadeira ao ler esta coluna,
criativos
falhas está chegando ao final. Iniciamos
me permitam esclarecer que não estou
incrementais.
as atividades em 2015 e a brochura
falando da vitória da França sobre a Croácia
O Cigré possui um caráter abrangente
técnica contendo as melhores práticas
na final da copa do mundo de 2018, mas
no setor elétrico com diversos comitês de
internacionais para fazer a localização de
sim de um grande evento que a França
estudos (Study Committee). Como esta
falhas em cabos isolados de média, alta e
sediará entre os dias 26 e 31 de agosto, o
coluna é dedicada às redes subterrâneas
extra alta tensão está nos detalhes finais.
Cigré Session 2018.
de energia, e sendo os cabos elétricos
Foi enriquecedor participar durante este
Para quem não conhece, o Cigré é
isolados elementos fundamentais para
tempo juntamente com outros especialistas
uma instituição não governamental quase
estas redes, quero dar destaque ao
no
centenária, que tem como objetivo facilitar a
Comitê de Estudos de Cabos Isolados –
contribuindo
troca de experiências e conhecimento entre
B1, (Study Committee - Insulated Cables).
documento robusto que será a base da
profissionais de diversos países nos ramos
Este comitê trata da teoria, design,
localização de falhas para muitas normais
de geração, transmissão e distribuição de
aplicações,
em diversos países.
energia elétrica.
testes, operação, manutenção e técnicas
que
fomentam
as
fabricação,
inovações
instalação,
falha.
Estes
grupos
congregam
O grupo de trabalho de localização de
mundo,
analisando, para
discutindo
formatarmos
e um
Já o grupo de trabalho que trata de
O Cigré Session 2018 contará com
de diagnóstico de cabos isolados de
diagnóstico em cabos isolados de média
mais de 3.200 delegados internacionais e
média, alta e extra alta tensão. No
tensão está com seus trabalhos a pleno
cerca de 6.000 visitantes de 93 países para
Brasil, ele é brilhantemente coordenado
vapor. Assuntos como tangente delta,
debater sobre as mais recentes tecnologias
e secretariado pela engenheira Nadia
descargas parciais e análise na blindagem
empregadas no setor elétrico. O nosso
Helena
são matérias de discussão e aprendizado.
país estará presente através do Cigré-
Karabolad, respectivamente.
O grupo é formado por especialistas de
Brasil com mais de 100 especialistas,
mais de 20 países, sendo a coordenação a
participando deste grande evento. Essa
do Cigré Brasil –, nos últimos anos, tem
cargo do representante da Suíça.
troca de experiência é muito rica, pois
se destacado nos grupos de trabalho
permite que toda a comunidade se beneficie
com contribuições significativas e este
troca conhecimento do que cada um tem de
dos avanços tecnológicos obtidos pelos
ano estaremos presentes em Paris no
melhor, todos ganham. É exatamente esse
profissionais
Cigré Session 2018. Dentro deste comitê
o espírito desse evento que participarei
mundo.
existem grupos de trabalhos, dos quais eu
e que trarei para vocês em primeira mão,
A oportunidade de escutar, refletir
gostaria de destacar dois deles: o grupo de
na próxima coluna, os aspectos mais
e discutir com os principais agentes do
diagnóstico e outro grupo de localização
relevantes tratados. Vive la France!
especialistas
em
todo
o
e
pelo
engenheiro
Eduardo
O nosso Comitê B1 – Cabos Isolados
Portanto, quando toda a comunidade
78
Quadros e painéis
O Setor Elétrico / Julho de 2018
*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro da ABNT/CB-003/CE 003 121 002 – Conjuntos de Manobra e Comando de Baixa Tensão e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros elétricos |nunziante@gimi.com.br
A cor do meu painel interfere na sua performance?
Muitas vezes, leitores perguntam: “Em
transmitir energia térmica. Dessa forma,
calor para sua carcaça rapidamente e
uum conjunto de manobra e controle,
definimos irradiação térmica como sendo
que sua carcaça seja capaz de emitir
tanto de baixa como de alta tensão, o
a propagação de calor na qual a energia
mais e com maior velocidade, é um
que inclui barramentos blindados, a cor e
térmica é transmitida através de ondas
bom conjunto. Como a troca de calor
o tipo de pintura do invólucro interferem
eletromagnéticas. Dentre a diversidade
do corpo com o meio também depende
na performance e no funcionamento do
de ondas eletromagnéticas, os raios
da temperatura ambiente, é necessário
equipamento?” Vejamos...
infravermelhos são os que apresentam
estabelecer padrões e realizar ensaios
Na Física, um corpo negro é um objeto
efeitos térmicos com maior intensidade.
para determinar a performance de um
teórico que absorve toda a radiação
Todos
determinado equipamento.
eletromagnética que nele incide, ou seja,
constantemente, perdendo energia. Os
nenhuma luz o atravessa e nem é refletida.
corpos
de manobra e controle, tanto em baixa
Apesar do nome, corpos negros emitem
precisam, então, absorver energia para
como
radiação, o que permite determinar sua
depois emiti-la. Portanto, aquele que mais
critérios de avaliação e métodos de
temperatura. Em equilíbrio termodinâmico,
absorve é também o que mais pode emitir,
ensaio, que, após realizados, configuram
um corpo negro ideal irradia energia na
conforme a teoria do poder emissivo do
um conjunto de grandezas conhecidas
mesma taxa que a absorve, sendo essa
corpo negro. Porém, segundo a Lei de
e com performance também conhecida.
uma das propriedades que o tornam uma
Stefan-Boltzmann, o poder emissivo (E)
Resta então a pergunta: Se um fabricante
fonte ideal de radiação térmica.
de um corpo negro (cn) é proporcional
realizar o ensaio com um conjunto de
Essa característica levaria os mais
à quarta potência de sua temperatura
manobra e controle em invólucro metálico
incautos
a
pensar
que,
por
óbvio,
os
sem
corpos energia
irradiam térmica
calor própria
Assim sendo, as normas de conjuntos em
alta
tensão,
estabelecem
absoluta multiplicada por uma constante.
sendo este pintado na cor Cinza Munsell
pintando equipamentos elétricos de preto
O leitor então deve estar concluindo
N6,5, o usuário pode solicitar, em um
fosco teríamos algo que se aproximasse
que esse monte de teorias não leva a
processo de encomenda, a alteração
do referido “corpo negro”. Entretanto,
nada. De fato, a capacidade de emitir
da cor para o Bege RAL 7032, por
na natureza não existem corpos negros
e trocar calor de um corpo depende,
exemplo? Aos olhos das normas, a
perfeitos, já que nenhum objeto consegue
definitivamente, de algumas variáveis,
resposta seria negativa, visto que, em
ter
quais sejam: a cor da superfície que troca
um ensaio de elevação de temperatura,
calor com o meio, o material (substrato)
uma das variáveis em jogo é justamente
absorção
e
emissão
perfeitas.
Voltamos então à estaca zero. Diferentemente
dos
processos
com o qual o corpo é fabricado, a
a cor do invólucro, portanto, alterar uma
calor
(condução
temperatura ambiente e a temperatura
das variáveis leva a performance do
térmica
da superfície do corpo. Na prática então,
equipamento ao campo do desconhecido.
não necessita de meio material para
um invólucro que seja capaz de levar
de e
propagação convecção),
de a
irradiação
Boa leitura!
80
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Julho de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
VAR e var – a medição da potência reativa
Nosso bom e velho “var” deu lugar
causa sofrimento para ser bem entendido.
e o da IEEE 1459 foram apresentados
à
novidade
da
Trata-se do comportamento de redes
outros três modelos. As informações foram
Rússia, o homônimo em letras maiúsculas
elétricas com fontes e cargas não lineares
obtidas da referência [2] de autoria do
“VAR”
que
próprio professor Emmanuel, conforme
tecnológica
(Vídeo
Assistant
da
copa
Referee)
ou
contenham,
portanto,
conteúdo
segue:
árbitro assistente de vídeo. Na prática, a
harmônico, e como melhor encontrar as
tecnologia já tinha sido testada aqui no
definições das potências ativas, reativas,
Brasil na final do campeonato paulista,
aparentes e outras. Passados quase 80
• Modelo de Constantin I. Budeanu;
agora falta ser oficializada.
anos, seu discipulo, o também ilustre
• Modelo de Stanislaw Fryze;
A diferença do novo VAR com o
professor e muito conhecido (mesmo entre
• Modelo de Manfred Depenbrock;
bom e velho “var”, além das grafias, é
os brasileiros), o Professor Alexandre
• Modelo de Leszek Czarnecki;
que o var (em minúsculo) foi definido
E. Emanuel publica uma nova versão de
• Modelo de Alexander E. Emmanuel;
pela comunidade científica pelos idos
modelagem, dando origem à publicação
• Modelo da IEEE1459-2010.
de 1930 por proposta do pesquisador
da IEEE 1459-2010, que é o modelo
engenheiro e professor romeno Constantin
atual aceito pela comunidade técnica,
O modelo de Budeanu considera
Budeanu, que dirigiu suas pesquisas no
acadêmica e científica. Entre o modelo
a substituição do clássico triângulo de
comportamento de fontes e cargas em
de Budeanu (ver Figura 1), o de Emanuel
potências pelo tetraedro da Figura 1.
sistemas não lineares, definindo o “var” como a unidade de potência reativa. Vale a pena ressaltar a grande contribuição e legado que este cientista nos deixou no estudo do comportamento destes sistemas não lineares. Portanto, as grafias que encontramos em nossos textos técnicos para esta unidade com as mais variadas formas e com todas as combinações de maiúsculas e minúsculas devem ser corrigidas. Unidade de potência reativa é var com as possíveis variações, como kvar ou kvarh (energia reativa). Budeanu definiu em 1927, em seu famoso livro [1], o tetraedro de potências que viria a substituir o triângulo de potências e começou a “botar o dedo na ferida” de um assunto que até hoje
Figura 1 – Modelo do tetraedro de potências ou de Budeanu.
81
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Em que:
• PH[W] é a potência ativa harmônica;
• P: Potência Ativa (W);
harmônica.
• DH [var] é a potência de distorção • Q:Potência Reativa (var); • S: Potência Aparente (inclui as
componentes harmônicas) (VA);
esperados são diferentes. Nas próximas
• S´: Potência Aparente 60 Hz (frequência
edições serão detalhados alguns casos, com
fundamental) (VA);
o objetivo de aclarar o entendimento. Do
• φ1: ângulo de fase na frequência fundamental;
Naturalmente, os valores e os resultados
ponto de vista de tarifação de energia atual, Figura 2 – Árvore de potências. Fonte: IEEE 1452
• cos φ1: fator de potência na frequência
valem as referências do Inmetro [3] e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
fundamental;
[4], que ainda seguem os modelos clássicos.
• φ:ângulo de fase considerando as
Em que:
componentes harmônicas;
• S[VA] é potência aparente;
• cos φ: fator de potência considerando as
• S1[VA] é a potência aparente na frequência
componentes harmônicas;
fundamental;
• λ: Ângulo entre as duas potências
• P1[W] e Q1[var] são as potencias ativas e
[1] Budeanu, Constantin- Reactive and
aparentes (fundamental e total);
reativas na frequência fundamental;
Fictive Powers.
• D: Potência de distorção (var).
• SN[VA] é a potência aparente não
[2]
fundamental;
Definitions and the Physical Mechanism of
• DI[var] é a potência de distorção da
Power Flow
IEEE 1459 [5] depois dos diversos modelos
corrente;
[3] Portaria Inmetro nº 587, de 05 de
propostos, define um modelo que considera
• DV[var] é a potencia de distorção de
novembro de 2012.
as outras variáveis resumidas na “árvore” da
tensão;
[4] ANEEL – resolução 414
Figura 2 e legenda relativa:
• SH [VA] é a potência aparente harmônica;
[5] IEEE 1459
Passados mais de 80 anos, em 2010, a
Referências
Emmanuel,
Alexander
E.
-
Power
82
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Motores elétricos “Ex”: requisitos sobre especificação e instalação anos. Os custos operacionais dos motores
aborda os aspectos de especificação,
elétricos
mais
com diversos tipos de proteção “Ex”, sendo
instalação, inspeção, manutenção, reparo,
de 90% do custo total da instalação
que os usuários ou empresas projetistas
revisão, recuperação e eficiência energética
e operação, principalmente devido ao
devem especificar os tipos de proteção
de motores elétricos “Ex”.
custo da energia elétrica requerida para a
mais adequados para cada aplicação em
De acordo com dados da International
alimentação do motor, de acordo o indicado
particular. Os tipos de proteção “Ex” a serem
Energy Agency (IEA), contidos no Estudo
na IEC 60034-31 - Máquinas elétricas
especificados devem levar em consideração
Energy-efficiency policy opportunities for
girantes – Parte 31: Seleção de motores
os
electric motor-driven systems, os motores
eficientes incluindo aplicações de rotação
as atividades de montagem, inspeção,
elétricos são responsáveis pelo consumo
variável - Guia de aplicação.
manutenção, reparo e recuperação, tais
de 46% do total de energia elétrica
Os
devem
como os motores “Ex” com tipo de proteção
demandada no mundo. Os motores elétricos
ser especificados de acordo com o EPL
por segurança aumentada (Ex “eb”, Ex “ec”),
representam cerca de 90% do total de
(Equipment Protection Level) requerido pelo
invólucros pressurizados (Ex “pzc”, Ex “pyb”)
acionamentos do setor industrial. Dentre
local da instalação (EPL Gb ou Gc para áreas
e com proteção contra ignição de poeiras
os principais tipos de máquinas rotativas
classificadas contendo gases inflamáveis ou
por invólucro (Ex “tb”, Ex “tc”). Deve ser
acionadas por motores elétricos estão
EPL Db ou Dc áreas classificadas contendo
ressaltado que o tipo de proteção Ex “nA”
os compressores (32 %), as bombas (19
poeiras combustíveis). Os motores “Ex”
encontra-se sendo substituído nos últimos
%) e os ventiladores (19 %). Os motores
devem também possuir um tipo de proteção
anos pelo tipo de proteção Ex “ec”.
“Ex” representam os acionamentos mais
adequado pela classificação da área do local
frequentemente utilizados nos processos
da instalação (Zona 1 ou Zona 2 para áreas
seleção
das indústrias das áreas de petróleo, gás
classificadas de gases inflamáveis ou Zona
elétricas em atmosferas explosivas) indica
e
atmosferas
21 ou Zona 22 para áreas classificadas
os requisitos, critérios e metodologias a
Neste artigo é iniciada uma série que
petroquímica,
contendo
representam
motores
geralmente
elétricos
“Ex”
Existem disponíveis no mercado motores
requisitos
mais
simplificados
para
A ABNT NBR IEC 60079-14 (Projeto, e
montagem
de
instalações
demonstram
contendo poeiras combustíveis). Os motores
serem seguidas para a devida seleção dos
a grande importância operacional dos
“Ex” devem ser especificados também de
EPL, tipos de proteção “Ex”, grupo de gases
motores elétricos “Ex” para a produção
acordo com o Grupo de equipamento do
inflamáveis ou de poeiras combustíveis,
industrial em áreas classificadas. Desta
local a ser instalado (Grupos IIA, IIB ou
classes de temperatura de motores elétricos
forma, é fundamental que os motores
IIC para gases inflamáveis ou Grupos IIIA,
para instalação em atmosferas explosivas.
elétricos “Ex” possuam elevados requisitos
IIIB ou IIIC para poeiras combustíveis). Os
de proteção, segurança, confiabilidade e
motores devem ser especificados também
do EPL requerido para o motor pode ser
eficiência energética.
de acordo com a classe de temperatura
realizada de forma “tradicional”, relacionando
explosivas.
Estes
dados
A seleção do tipo de proteção “Ex” e
O custo de aquisição de um motor
do local da instalação, seja para áreas
os tipos de proteção “Ex” e os EPL
“Ex” pode ser considerado relativamente
classificadas de gases inflamáveis (T1 a T6)
requeridos com as zonas de classificação de
baixo, quando comparado com os custos
ou em função da temperatura de ignição
áreas do local da instalação ou podem ser
operacionais durante todo o seu período
da poeira combustível existente no local da
realizados, de forma “alternativa”, levando-se
de operação, estimado em cerca de 20
instalação.
em consideração os resultados de estudos
83
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Relação entre os tipos de proteção “Ex” normalizados aplicáveis a motores industriais e os EPL proporcionados pelos equipamentos “Ex” para gases inflamáveis (Grupo II)
de ligação de força ou controle frouxos, espanados ou faltantes, ou com a falta de instalação de unidades seladoras de eletrodutos ou ainda de unidades seladoras sem
a
devida
selagem
interna.
São
encontrados também motores Ex “d” com a conexão de eletrodutos ou de acessórios de conexões incorretamente fixados com Relação entre os tipos de proteção “Ex” normalizados aplicáveis a motores industriais e os EPL proporcionados pelos equipamentos “Ex” para poeiras combustíveis (Grupo III)
menos de cinco de fios de rosca, o que é um requisito complexo e obrigatório de instalação para motores com este tipo de proteção Ex “d”.
Deve ser ressaltado, sob o ponto de vista
do mercado, que a maioria dos fabricantes de motores “Ex” possui, em suas linhas de fabricação, motores com tipos de proteção de avaliações adicionais de risco, de acordo
“eb”, Ex “ec”, Ex “nA”, Ex “tb”, Ex “tc”, Ex
Ex “eb”, Ex “ec”, Ex “nA”, Ex “tb”, Ex “tc”,
com o indicado na ABNT NBR IEC 60079-
“pzc” ou Ex “pxb”, dependendo do EPL
fazendo com que este tipo de especificação
14. Os tipos de proteção mais comumente
proporcionado pelos motores “Ex” ou da
técnica com tipos de proteção prioritários
aplicáveis a motores de indução ou síncronos
zona da área classificada. Tais empresas
sob o ponto de vista de facilidade de
trifásicos “Ex” são relacionados com o EPL
usuárias de motores “Ex” restringem a
procedimentos de usuários não represente
de acordo com as tabelas apresentadas a
aplicação de motores com invólucros à
nenhuma restrição, sob o ponto de vista dos
seguir, para áreas classificadas contendo
prova de explosão (Ex “d”) somente a
fabricantes de motores “Ex”.
gases inflamáveis (Grupo II) ou poeiras
casos excepcionais onde a utilização de
combustíveis (Grupo III).
motores “Ex” com outros tipos de proteção
elétricos “Ex” de alta tensão (tanto síncronos
não seja eventualmente aplicável. Isto se
como
Sob o ponto de vista das atividades
Nos casos de aplicação de motores de
indução)
para
acionamento
montagem,
deve ao fato da existência de complexos
de compressores centrífugos de gases
inspeção, manutenção, reparo, revisão e
procedimentos que são aplicáveis aos
inflamáveis (tais como compressores de
recuperação de motores “Ex”, devem ser
motores com carcaças à prova de explosão,
gás natural ou de hidrogênio), o sistema
especificados os tipos de proteção “Ex”
que sob responsabilidade dos usuários, tais
de óleo de lubrificação do motor “Ex” deve
que apresentem requisitos mais facilitados
como montagem, inspeção, manutenção,
ser independente e não ser compartilhado
e de execução mais simplificados. Com
reparos, revisão e recuperação.
com o sistema de óleo de lubrificação do
este critério de projeto e de especificação,
A adoção deste tipo de critério de
compressor de gás. Isto se deve ao risco de
os motores “Ex” tais equipamentos podem
especificação tem como base o fato de
contaminação do óleo de lubrificação por
ser instalados e mantidos de uma forma
que são frequentemente verificados nas
gases dissolvidos no óleo do seu sistema
adequada, atendendo de forma segura
inspeções que são feitas nas instalações
de selagem, devido a eventuais vazamentos
aos requisitos das normas aplicáveis sobre
elétricas em áreas classificadas, tanto
que podem ocorrer nas interligações e por
instalações elétricas “Ex”. Além disso, com
terrestres como marítimas, diversos casos
falta de vedação das válvulas de bloqueio
o desenvolvimento da tecnologia ao longo
de motores à prova de explosão (Ex “d”)
existentes entre estes diferentes sistemas
das últimas décadas, os tipos de proteção
que se apresentam com parafusos de
de óleo de selagem e de lubrificação. Tal
Ex “eb”, Ex “ec”, Ex “tb”, Ex “tc” passaram a
fixação das tampas dos mancais ou caixas
contaminação pode fazer com que haja a
e
serviços
de
campo
de
proporcionar níveis de proteção adequados
presença indevida de gases inflamáveis
aos motores “Ex”, com requisitos mais
dissolvidos no óleo de lubrificação do
simplificados quando comparados com
motor “Ex” e, portanto, no interior do motor,
a “antiga” tecnologia de motores com
fato este que tem originado explosões em
invólucros à prova de explosão.
instalações deste tipo.
Nesse sentido, empresas das áreas
da indústria de petróleo e petroquímica
nesta série de artigos sobre motores
elaboram
normas
elétricos para atmosferas explosivas, serão
técnicas próprias priorizando a aquisição
abordados requisitos de motores elétricos
de motores com tipos de proteção Ex
“Ex” acionados por conversores.
especificações
ou
Na próxima edição, dando continuidade
84
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Por Otávio Amorim e Waldo Depolli*
Utilização de relés de proteção em conformidade à NR 10
Introdução
serviços com eletricidade.
de religamento do disjuntor principal.
A abrangência da NR na área elétrica
Ocorre que, em muitas ocasiões, como
Devido aos altos níveis de energia e altas
é realmente muito ampla, indo desde a
por exemplo, em finais de semana, período
tensões envolvidas, sempre haverá riscos
distribuição, geração e consumo até a
da noite, a pessoa habilitada a adentrar
potenciais envolvidos no trabalho com painéis
manutenção, criação e projeto de instalações
a cabine primária não estará disponível.
de média tensão (MT). O equipamento de
elétricas.
Nesses momentos, inclusive, para reduzir o
risco de algum acidente, visto que estamos
MT não perdoa erros, cujas consequências
operando com altas tensões e correntes,
de MT deve, portanto, ser realizado apenas
Aplicações em cabine primária e painéis de média tensão
por
principal é poder fazê-lo sem a necessidade
podem ser letais. O trabalho em equipamentos pessoal
autorizado
e
competente,
uma alternativa para a operação do disjuntor
A cabine primária – ponto de entrega energia
elétrica
de
não é apenas uma questão de bom senso
de distribuição de energia – obrigatória
e responsabilidade. O não atendimento
em
à legislação pode levar ao pagamento de
administrativos, shoppings centers, hospitais,
pesadas multas, além de responsabilizar civil
supermercados,
e criminalmente as empresas e seus líderes
demais instalações elétricas, deve cumprir
em caso de acidentes.
as determinações impostas pela NR 10.
a cabine primária para operar o disjuntor
Algumas delas estão descritas a seguir:
principal, a solução tem sido a instalação de
indústrias,
da
concessionária
de adentrar a cabine primária.
devidamente treinado e qualificado. E isto
prédios etc.,
comerciais
assim
como
e as
A norma NR 10
Soluções para atender à NR 10 Quadro de comando remoto do disjuntor Para evitar a necessidade de adentrar
um pequeno painel de controle com botões
A Norma Reguladora nº 10 (NR 10)
• É proibido fazer manobras sem equipamento
e lâmpadas de sinalização em um local de
do Ministério do Trabalho está vinculada à
de proteção (roupas, luvas, bastões, isolantes
fácil acesso. Este quadro de comando não é
segurança nos serviços e instalações em
e tapetes de borracha etc.);
conectado diretamente ao relé de proteção,
eletricidade, estabelecendo condições e
• Não é permitido efetuar sozinho as manobras
mas sim diretamente ao circuito de comando
requisitos mínimos para garantir a segurança
– sempre deverá haver mais de uma pessoa
do disjuntor por cabo elétrico de várias vias,
de pessoas que trabalham com instalações
autorizada no recinto durante as manobras;
disponibilizando ao operador em seu painel
elétricas, seja direta ou indiretamente. A
•
frontal:
norma especifica medidas e equipamentos
capacitados ou habilitados, após treinamento,
que se fazem necessários para a mínimo de
podem
segurança do profissional.
eletricidade.
Apenas
trabalhadores
fazer
qualquer
qualificados,
atividade
com
• Botão de comando de abrir disjuntor; • Botão de comando de fechar disjuntor; • Lâmpada de sinalização disjuntor aberto;
A NR 10 é uma norma regulamentadora
que determina as condições de segurança
Como visto, a cabine primária de
aplicáveis não só às concessionárias de
qualquer
energia, mas também a todos os segmentos
de seu tamanho e ramo de atuação, não
industriais e comerciais que direta ou
pode ser acessada por qualquer pessoa da
fornece pouca informação ao operador, a
indiretamente interagem em instalações e
empresa, mesmo para uma simples operação
menos que ele adentre a cabine primária.
empresa,
• Lâmpada de sinalização disjuntor fechado.
independentemente Como podemos verificar, esta alternativa
85
O Setor Elétrico / Julho de 2018
de bloqueio local na cabine primária que impede que qualquer tipo de comando possa ser feito remotamente. Nesta alternativa, a qualidade e o detalhamento das informações são bem maiores do que na alternativa da caixa elétrica de comando remoto.
Além dos estados do disjuntor, alarmes
são configurados para registrar a data e a hora dos eventos de falha (por exemplo, falta por sobrecorrente ou subtensão) e o reconhecimento por algum operador dessa falta para providências. Estes alarmes são também enviados por e-mail para os usuários cadastrados, aumentando, assim, a rapidez de resolução de faltas que podem trazer sérios danos à operação da
Sistema de monitoramento remoto (IoT)
a solução consiste na conexão de um
empresa.
módulo de comunicação celular (Modem celular GPRS) ao canal de comunicação
IHM para controle remoto
Mas na era da Informação, Automação e
serial do relé de proteção da cabine primária.
Uma alternativa intermediária entre a
Internet das Coisas (IoT), a solução anterior
Se estiver disponível um ponto de acesso à
caixa elétrica e a internet (IOT) é a solução
parece ultrapassada e fornece pouca ou
internet no local da cabine primária, este
utilizada uma Interface Homem Máquina
quase nenhuma informação adicional para
modem pode ser substituído por um módulo
(IHM). Esta IHM é composta por um display
quem vai tomar a decisão de operação do
de internet sem o chip de celular.
LCD e teclas de comando, como mostrado a
disjuntor principal da cabine primária.
As informações do relé de proteção
seguir.
Uma alternativa interessante é a de
são enviadas para uma aplicação na nuvem
disponibilizar as informações sobre o relé de
(cloud), que, por sua vez, disponibiliza
de comunicação à porta de comunicação
proteção e estado do disjuntor via internet,
estas informações via qualquer navegador
RS-485 com protocolo Modbus RTU do relé
trazendo as vantagens da facilidade de
de internet (Chrome, Explorer etc.) para os
de proteção da cabine primária. Disponibiliza
acesso e informações mais detalhadas e
usuários cadastrados.
ao operador a informação sobre o tipo das
completas.
Vale lembrar que, para garantir a
faltas ocorridas e detectadas pelo relé
segurança de operadores, existe uma chave
(sobrecorrente e subtensão, por exemplo).
Como se pode ver no esquema a seguir,
A conexão é feita por meio de um cabo
Uma outra vantagem dessa solução sobre o quadro de comando remoto é que pode ser utilizada uma única IHM em indústrias ou empresas que possuam mais de uma cabine primária. Vale lembrar que, para garantir a segurança dos operadores, existe uma chave de bloqueio local na cabine primária que impede qualquer tipo de comando possa ser feito remotamente. A
instalação
é
simplificada
pela
utilização de um cabo de comunicação de duas vias apenas. Para aquelas empresas ou indústrias que precisam que a IHM seja instalada em locai mais distantes da cabine primária, pode ser utilizada um link wireless RS-485.
86
Dicas de instalação
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Características necessárias ao relé de proteção para a implementação da solução de automação IHM e Web Cloud
Para que seja possível as soluções
IHM e WEB Cloud descritas acima, o relé de proteção deve possuir pelo menos: A seguir, alguns exemplos mostrados na IHM:
Entradas
Disjuntor principal
estado do disjuntor: disjuntor aberto,
Ligado
disjuntor fechado;
Falta > Sobrecorrente de fase
Saídas digitais para comando remoto do
Falta > Subtensão
disjuntor: abrir disjuntor, fechar disjuntor;
Ligar disjuntor
Porta
Confirmar?
protocolo
Tabela comparativa das soluções
de
digitais
de
supervisão
comunicação de
serial
comunicação
do
com
padrão
industrial: uma porta padrão RS485
Característica
Quadro elétrico de comando remoto
IHM remota
WEB Cloud
Conexão
Cabo elétrico
Cabo de comunicação 2
Transmissor GPRS /
fechamento do disjuntor recebidos pelo
convencional -6 ou
vias RS485
ou cabo de internet
canal de comunicação;
Estado do disjuntor.
Estado do disjuntor.
Tipo de falta.
Tipo de falta.
subtensão etc.): o canal de comunicação
Hora da falta.
deve permitir o envio do tipo de falta que
Reconhecimento de
foi detectada pelo relé para facilitar a
deverá aceitar comandos de abertura e
mais vias Informação
Estado do disjuntor
disponibilizada
com protocolo Modbus RTU. O relé
Envio de informações sobre as faltas
alarme.
ocorridas
(sobrecorrente
de
fase,
análise pelo operador.
Envio de e-mail de alarme. Apenas no local da IHM.
Disponível em
Disponibilidade
Apenas no local do
de informação
quadro de comando Pode ser montada mais de qualquer computador
as
soluções
mais
facilidade
e
possibilitam
uma
ou celular. Disponível
resposta mais rápida na ocorrência de
para disponibilizar
além dos limites da
faltas que ocorrem na cabine primária. Estas
soluções
de
automação
com
local da empresa.
Manutenção.
IHM e via web (IoT) descritas já estão
Uma IHM para várias
Um ponto de acesso
disponíveis no mercado e sem dúvida
Um quadro por cabine
cabines primárias ou
à internet para várias
serão uma tendência a ser utilizada cada
primária ou relé /
Relés/Disjuntores
cabines ou relés/
vez mais pelas indústrias e empresas de
disjuntores
disjuntor Instalação e
Instalação de cabos,
Instalação de cabo de
Sistema pré-testado
Testes
conexão e testes
comunicação e teste
de fábrica.
elétricos.
simplificado.
$
$
Custo
vimos,
referenciadas trazem mais segurança,
uma IHM se necessário,
informação em mais de um empresa para setor de
Utilização
Como
todos os segmentos. *Otavio Amorim é Diretor de Tecnologia da Engepoli.
$
Waldo Depolli é Diretor da Engepoli.
88
Ponto de vista
O Setor Elétrico / Julho de 2018
Machine learning beneficia consumo consciente e eficiência energética
A transformação digital dos últimos anos
de smart grids (redes inteligentes, em
para smartphones ou sites. Não tendo mais
modificou profundamente nossa sociedade,
inglês) que permitirão acesso em tempo
que esperar até o fim do mês para obter
trazendo desafios e oportunidades para
real às informações de consumo de energia
informações sobre sua conta de energia, os
empresas. O setor de Utilities, em especial,
elétrica.
consumidores podem acessar esses dados
empresas de fornecimento de energia
a qualquer instante e agir imediatamente
elétrica, também vem se adaptando a essa
das smart grids, as empresas podem
para controle de seu consumo.
nova realidade. Conceitos como Consumer
gerar informações mais detalhadas sobre
Engagement,
A partir dos dados básicos de consumo
Essa transformação não está ocorrendo
IoT,
o uso da energia. Nesse sentido, técnicas
apenas em países de primeiro mundo. Aqui
Machine Learning e Cybersecurity, dentre
de aprendizado de máquina (ou machine
no Brasil também existem projetos em
outros, passaram a fazer parte da agenda
learning) vêm sendo aplicadas para separar
andamento para a implantação de smart
de CIOs e ITleaders dessas empresas.
o consumo de cada equipamento de uma
grids. A AES Eletropaulo iniciou em 2013
Outras mudanças globais, como o
residência, permitindo aos consumidores
um projeto para instalação de medidores
crescente apelo do tema sustentabilidade
entender melhor seus hábitos e incentivando
inteligentes na cidade de Barueri, no
e conservação do meio ambiente, também
ações espontâneas de uso consciente de
Estado de São Paulo. Os medidores
trazem
energia.
serão instalados em 62.000 residências.
Cloud
novos
Computing,
desafios
para
essas
A Eletrobras Amazonas também tem um
companhias. Mesmo no Brasil, onde a energia é predominantemente de origem hidrelétrica,
iniciativas
de
Projetos de smart grids no Brasil
projeto para instalação de medidores inteligentes nos estados do Acre, Alagoas,
eficiência
Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima.
energética vêm ganhando cada vez mais
espaço. Em alguns casos, novas tecnologias
no final do mês traz o consumo de energia
da era da digitalização podem ser aplicadas
do mês e o valor a ser pago. Essa dinâmica,
também
para promover maior eficiência energética,
na qual só se tem acesso às informações
para avaliar a implantação de medidores
oferecendo, por exemplo, informações que
de consumo no fim do mês, dificulta ações
inteligentes. A expectativa é que, em
permitam que consumidores entendam
reais de economia de energia. Empresas
alguns anos, tanto as empresas como os
melhor seu perfil de consumo e tomem
do setor de energia estão fazendo uso do
consumidores tenham acesso aos dados de
decisões para a economia de energia.
Normalmente, a conta de energia elétrica
Outras companhias do setor de energia estão
desenvolvendo
projetos
conceito de IoT (Internet of Things) em suas
consumo de energia de forma mais rápida e
e
redes de energia para criar as smart grids.
eficiente.
desenvolvimento em temas relacionados
As empresas estão substituindo medidores
à digitalização e eficiência energética
analógicos de energia por smart meters
devem ser cada vez mais frequentes
(medidores inteligentes), que são capazes
nessas empresas, assim como políticas
de fazer as medidas e disponibilizar as
de
Iniciativas
investimento
de
pesquisa
governamentais
que
Desagregação de energia e seus benefícios
informações para as concessionárias em
alavanquem essas áreas. Muitas empresas
tempo real.
dados básicos de consumo pode promover
do setor de energia elétrica já começaram
ações de economia de energia. Entretanto,
a trilhar esse caminho. Uma das iniciativas
ter acesso às informações de consumo de
um
de destaque nesse sentido são os projetos
forma mais rápida por meio de aplicativos
sobre desagregação de energia, mostra
Os consumidores também passam a
O acesso mais rápido dos usuários aos
estudo
da
Universidade
Stanford,
89
que informações mais detalhadas sobre
ar-condicionado) provoca no sinal elétrico
o uso da energia podem trazer resultados
da residência. Equipamentos diferentes
significativamente melhores.
provocam alterações diferentes no sinal
as
Esse resultado só é possível porque informações
de
consumo
não
indicam apenas quanto foi gasto em um
elétrico, de modo que cada equipamento tem um padrão de assinatura, que é identificado pelo algoritmo.
determinado período, mas também como a energia foi gasta. Ou seja, a conta mostraria
Oportunidades de projetos futuros
o gasto total e a parcela de consumo de cada equipamento, como ar-condicionado,
geladeira, máquina de lavar, entre outros
de P&D relacionadas à desagregação de
objetos.
energia nos próximos anos, especialmente
Assim,
o
consumidor
pode
Esperamos novas iniciativas em projetos
entender melhor seus hábitos de consumo
por
e adotar medidas que de fato levem a maior
iniciaram atividades para o desenvolvimento
economia.
de smart grids.
Existem
diferentes
soluções
para
distribuidoras
de
energia
que
já
O uso de algoritmos de aprendizado
realizar a desagregação do consumo de
de máquina para análise dos dados de
energia elétrica. Uma delas consiste no
consumo parece ser a solução mais
uso
adequada
de
medidores
independentes
em
nesse
contexto,
devido
à
cada ponto de acesso. Ou seja, cada
facilidade de implantação e ao baixo nível
tomada de uma residência (associada a
de investimento necessário para viabilizar a
um determinado equipamento) teria um
solução em larga escala.
medidor inteligente (ou smart plug) para
medir e enviar as informações de consumo
fato contribuam para um maior engajamento
para a concessionária. Com os dados dos
dos consumidores residenciais, promovendo
medidores independentes e do medidor
o consumo mais consciente de energia
geral da residência, seria possível separar
elétrica. O conhecimento mais detalhado
a parcela de consumo de cada tomada em
do perfil dos usuários pode, ainda, gerar
relação ao consumo total.
outras oportunidades de negócios para as
A
abordagem
inteligentes
do
uso
possibilita
de uma
tomadas
A expectativa é que esses projetos de
distribuidoras e empresas do setor.
excelente
precisão nas medidas. Entretanto, essa solução demanda alteração da instalação elétrica interna das residências (para adição das tomadas inteligentes), o que torna sua implantação em larga escala complexa e de alto custo. Outra
abordagem
que
tem
sido
adotada é a análise dos dados do medidor geral, utilizando técnicas de aprendizado de máquina para identificar quando um determinado equipamento foi ligado ou desligado e, a partir daí, inferir seu consumo. A técnica baseia-se no uso de um algoritmo treinado para identificar as alterações que
Por Frederico Gonçalves, Head da unidade de
um determinado equipamento (como um
Utilities do Venturus
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