Ano 13 - Edição 154 Novembro de 2018
Edição Rio de Janeiro
Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica PESQUISA ATERRAMENTO & SPDA Setor termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17% COBERTURA ESPECIAL CINASE RJ Maior evento técnico itinerante do setor elétrico do Brasil encerra ciclo em 2018 com chave de ouro
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Bruna Leite – bruna@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Cristiane Pinheiro - 25.696-SP cristiane.pinheiro@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565 Rio Grande do Sul e Minas Gerais Ransconsult Consultoria Claudio Rancoleta – rancoleta@atitudeeditorial.com.br claudio@urkraft.com.br Tel: (11) 3872- 4404 | 99621-9305 Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Denise Ferreira
Suplemento Renováveis 45 Notícias de Mercado - Geração de energia alternativa cresce 13% no último ano - Fonte solar fotovoltaica é nova aposta para expandir mercado livre com 2GW negociados este ano - Investimento em renováveis não aumenta custos e nem afeta competitividade do setor elétrico no Brasil, diz estudo Coluna eólica: Já temos mais de uma Itaipu de eólicas Coluna solar: Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira
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Mitsubishi Electric registrou crescimento de 70% em vendas no Brasil nos últimos três anos; Wago apresenta casos de sucesso na Oktobertech; Itaipu tem o melhor outubro da história; Ipiranga Mococa e Siemens firmam parceria
Consultor técnico José Starosta
para nova turbina de 50MW; TÜV Rheinland cresce em emissões de certificados de lâmpadas Led; e Seção Produtos. Estas e outras notícias do setor elétrico brasileiro.
Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sérgio Roberto Santos. Colaboradores desta edição: Bárbara Morais Gianesini, Daniel Bento, Elbia Gannoum, Geraldo R. de Almeida, Ivan Nunes Santos, Jobson Modena, José Starosta, Luciano Haas Rosito, Mário Anauate Neto, Markus Vlasits, Normando V.B. Alves, Nunziante Graziano, Osvaldo Pires de Araujo, Roberval Bulgarelli, Rodrigo Cunha, Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, Vinícius Henrique Farias Brito. Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Google Impressão - Ipsis Gráfica e Editora Distribuição - Correio
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CINASE RJ
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Fascículos
40
Aula prática Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica
52
Filiada à
Pesquisa – Aterramento Setor termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17%, aponta pesquisa do OSE
60
Espaço 5419 Eletrodo de aterramento de PDA – parte 2
62
Espaço SBQEE Requisitos de acesso: filtrando a norma
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Painel de notícias
Colunistas
64 65 66 68
Daniel Bento - Redes subterrâneas em foco Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com Qualidade Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
3
Editorial
4
O Setor Elétrico / Novembro de 2018 Capa ed 154_C.pdf
1
11/12/18
12:20
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Ano 13 - Edição 154 Novembro de 2018
Edição Rio de Janeiro
O Setor Elétrico - Ano 13 - Edição 154 – Novebro de 2018
Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica PESQUISA ATERRAMENTO & SPDA Setor termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17% COBERTURA ESPECIAL CINASE RJ Maior evento técnico itinerante do setor elétrico do Brasil encerra ciclo em 2018 com chave de ouro
Edição 154
Mercado de energia em aquecimento
2018 está chegando ao fim e com ele boa parte dos planos
hidráulica. Segundo estudo da Associação Brasileira dos
que foram traçados pelas empresas. Na Editora Atitude, que
Comercializadores de Energia (Abraceel), houve aumento
edita todos os meses a revista O Setor Elétrico e realiza o Cinase
de 13% na geração de energia alternativa no último ano. O
– Circuito Nacional do Setor Elétrico, evento itinerante que
dado se refere ao Ambiente de Comercialização Livre (ACL),
percorre as principais capitais e cidades do Brasil com o objetivo
segmento onde se realizam as operações de compra e venda
de levar informações técnicas do setor elétrico, agregadas ao
de energia elétrica. Para entrar nesse mercado, a demanda
conhecimento que cada Estado tem a oferecer, não foi diferente.
do consumidor tem de ser maior que 500 kW, o que engloba,
geralmente, indústrias, comércios e grandes condomínios
E podemos dizer que, apesar de todas as incertezas da
Economia e da Política brasileira, temos de comemorar. E sabe
residenciais. A energia eólica representa 43% do mercado livre
por que? Porque idealizamos e fizemos quatro edições do
de energia, enquanto a biomassa chega a 67% e as Pequenas
Cinase: Fortaleza (CE), Canoas (RS), São Paulo e Rio de Janeiro,
Centrais Hidrelétricas (PCHs), 45%. Aproximadamente 39%
totalizando mais de 4 mil pessoas, cerca de 150 palestrantes e
do consumo do ACL vêm de fontes renováveis. E a solar
mais de 120 patrocinadores e diversos apoiadores, com forte
fotovoltaica é a mais nova aposta brasileira para expandir
peso no mercado de energia nacional. Foram oportunidades
o mercado livre de energia. Ficaremos de olho nessas
geradas para troca de informações, de experiências e até
tendências e excelentes oportunidades que movimentarão o
abertura de novos negócios para as empresas que lá estiveram.
nosso setor elétrico.
Esta edição da revista O Setor Elétrico traz uma matéria especial
sobre o Cinase RJ, que encerrou este ciclo de 2018. Nesses já
excelente conteúdo técnico. Entre ele, luminárias LED para áreas
oito anos de existência, cerca de 20 mil pessoas já passaram
classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à
pelo evento por todo o País. A todos vocês que nos ajudaram e
radiação óptica; revisão da NBR 5410 e a proteção adicional do
participaram de todas as edições o nosso muito obrigada e que
neutro; correntes e tensões induzidas interna e externamente em
possamos continuar realizando esse sucesso em 2019! O próximo
prédios atingidos por raios; motores elétricos “Ex”: o efeito dos
acontece em maio, em Florianópolis, e já estamos a todo vapor,
serviços de reenrolamento na eficiência energética; NBR 5101
ops, energia, organizando mais este Cinase.
– Comentada; conjuntos de manobra e controle em alta tensão –
Acima de 1kV até 52kV; cabos aéreos para linhas de transmissão
Além deste movimento em nosso mercado elétrico,
notamos neste mês que o setor está voltando a se
E como não podemos deixar de lado, esta edição traz um
de energia elétrica, entre outros. Boa leitura!
movimentar. Seguindo tendência mundial, o investimento em energia limpa vem aumentado. E fontes como petróleo,
Abraços,
carvão e gás vêm dando lugar à energia eólica, solar e
Cristiane Pinheiro
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Revista O Setor Elétrico
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Coluna do consultor
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
Direita volver!
Como dizem alguns “estava escrito nas estrelas”, outros mais céticos e mais “terrenos”
observam o fim do romantismo de esquerda e por enquanto da centro-esquerda. Talvez os últimos 16 anos pudessem apresentar um bom modelo de gestão do Governo, talvez.... pudesse....; mas não foi. O sucesso econômico alcançado pelo neoliberalismo e pelo Plano Real de Fernando Henrique Cardoso (FHC) nos deu fortes esperanças. “Agora vai!!!”. Em 2002, o governo eleito de Lula tratou com bastante juízo de manter o modelo econômico, ampliando, contudo, as benesses sociais e fortificando os sindicatos e empresas públicas. Sua sucessora errou na dose e na fórmula e a “mantega” desandou. A presidente Dilma foi destronada quando jogou o País à bancarrota.
O setor elétrico que o diga. Perdemos a chance de um governo de padrões políticos
que deveria valorizar o Estado. Deveria!!! O apetite na mordida foi maior que o tamanho do “sanduba”. Quebramos e o que deveria ter sido investido no País foi para as contas superfaturadas, para as malas de sujeitos medíocres, para os “hermanos” bolivarianos, para os cofres dos políticos e suas quadrilhas e toda sorte de descaminhos. Dilma pedalava não só em seus exercícios matinais (literalmente) no Planalto. Seu sucessor que tentou no primeiro instante semear a terra arrasada foi tentar contemporizar com a dupla caipira bandida e a vaca foi pro brejo. Mesmo depois do desfalque promovido pelo Governo, um número aproximado de 47 milhões de brasileiros preferiram esquecer o que se passou e dar a segunda chance a esta turma, como que em um perdão velado ou puro e cego fanatismo (o que é isso meus Jovens!). Outros 42 milhões preferiram não escolher A ou B, não comparecendo às urnas ou não validando seus votos e os restantes 58 milhões elegeram o candidato Jair Bolsonaro, dono de um discurso fácil, irônico e até atraente para a maioria, típico de roda de amigos. Agora que foi eleito esperamos que alguns conceitos apresentados sejam filtrados, recheado de conteúdo e por que não reposicionados. O mercado reagiu bem e o que se espera é uma época de novos investimentos internos e externos que consiga nos movimentar de novo. Temos um País inteiro para (re)construir e, por incrível que pareça, gente disposta a trabalhar. Durante o CINASE-RJ, o presidente do CREA-RJ, Eng. Luis Cosenza, apontava para a redução dos engenheiros empregados em função da crise. O SENDI, em Fortaleza, também nos deu esperança de dias melhores. Que a sociedade possa testemunhar a inversão desta curva para o sucesso e para o progresso de todos. Está na hora!
Eaton
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Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Por Adriana Dorante
Wago apresenta casos de sucesso na Oktobertech Segunda edição do evento mostrou diferentes tecnologias ligadas à indústria 4.0
Pensando na segurança da cidade que
armazenamento de cargas que chegam
abriga o maior Porto da América Latina,
ao Brasil, além de acomodar diversas
a Engemon, empresa brasileira focada
indústrias com um perfil de atmosferas
em engenharia e tecnologia, e a Alpha
explosivas, área com risco de acidentes por
Equipamentos Elétricos realizaram, no dia
excesso de produtos inflamáveis. “A ideia
10 de outubro, o 1º Fórum de Segurança
do evento surgiu justamente para aculturar
em Atmosferas Explosivas, no Parque
os profissionais que trabalham na região
Balneário Hotel, em Santos.
sobre a importância de investimentos
“O
Porto
de
Santos
é
a
maior
em segurança que podem salvar vidas e
fonte de renda de Santos e região ao
negócios.”
realizar um terço das trocas comerciais
Segundo o engenheiro e consultor
brasileiras e gerar 33 mil empregos.
técnico da Petrobrás, Roberval Bulgarelli,
Para armazenamento de líquidos, conta
as
com uma capacidade de 700 mil m³ e,
das instalações “Ex”, como preditiva e
para granéis sólidos, instalações para
preventiva, ainda não são as ideias e a
acondicionar mais de 2,5 milhões de
segurança depende mais das pessoas do
toneladas. Com essa alta quantidade de
que dos equipamentos. “Devemos tirar
produtos, é necessária cautela na hora
da cabeça esse mito do Brasil de que
de transportar produtos inflamáveis que
basta ter equipamento certificado que já
podem prejudicar a segurança portuária”
é suficiente. É preciso que as pessoas
explicou
Salma
diretora-geral
da
diárias
de
manutenção
Appes
Scaramuzzino,
envolvidas
Alpha
Equipamentos
Instaladores, executantes, supervisores,
Elétricos. Para
atividades
(executantes,
supervisores,
técnicos e engenheiros de montagem) Marco
Silva,
presidente
da
conheçam as Normas e o processo de
Engemon, a área portuária de Santos
instalação dos equipamentos”, ressaltou.
é fundamental para o escoamento e
Bulgarelli é coordenador do Subcomitê
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
SC-31 do Cobei, representa o Brasil
proprietária
no Comitê Técnico TC 31 (Atmosferas
importância da classificação de risco
explosivas) e TC 95 (Dispositivos de
e suas etapas básicas. “Tudo começa
proteção) da IEC e no IECEx. Foi o
com a classificação de riscos, como a
primeiro brasileiro a receber o Prêmio de
determinação dos produtos inflamáveis,
reconhecimento internacional IEC 1906
das fontes de riscos e suas taxas de
Award. “É preciso a adoção de uma
liberação e dos tipos de zonas e sua
abordagem de segurança ao longo ciclo
extensão”, explicou
total de vida das instalações “EX”, desde
a atividade do projeto, até as atividades
análise e classificação do ambiente onde
rotineiras
uma atmosfera explosiva de gás, poeiras e
de
manutenção,
reparo
e,
da
Maex,
falou
sobre
a
A classificação de área é um método de
principalmente, de inspeção”, explicou.
camadas de poeiras combustíveis possa
Segundo Bulgarelli, as certificações
ocorrer, facilitando a adequada seleção e
devem ser feitas de acordo com as
instalação de equipamentos utilizados com
Normas Técnicas Brasileiras adotadas da
segurança nesses ambientes.
série ABNT NBRIEC 60079 Atmosferas
As áreas classificadas são as que
Explosivas, elaboradas pelas Comissões
contêm gás, vapor, poeira combustível,
de Estudos do Subcomitê SC-31 do
fibras ou partículas suspensas. “Se numa
Cobei.
área há substância inflamável e oxigênio é
Ele também reforçou que o Brasil faz
considerada uma área de risco”, reforçou.
parte do IECx – Sistema Internacional
Ela deu alguns exemplos de fontes de
de
de
risco, como tanque de armazenamento
competências pessoais “Ex”, de empresas
interno de açúcar e álcool de medição
de prestação de serviços “EX” e de
manual. Ao abrir a tampa e colocar a régua
equipamentos
de medição é uma fonte de risco, já que
Certificação
“Ex”,
certificação
elétricos
e
mecânicos
“EX,” apoiados pelas Nações Unidas. “O
tem vapor presente.
objetivo do IECx é a aceitação mundial da
Outros exemplos são carregamento
normalização.”
e descarregamento de caminhões, torres
O
evento
participação coordenador
ainda de de
contou Heleno
certificação
a
de destilação internas das usinas, selo
Ferreira,
mecânico de bombas, que pode ocorrer
Ex,
vazamento em condição anormal, entre
com
na
DNV GL, destacando o processo de
outros.
certificação de produtos destinados ao
uso em atmosferas explosivas de acordo
fonte de risco o descarregamento de
com a Norma administrativa nº 179 do
grãos, ensacamento de leite em pó, amido
INMETRO, baseada no parâmetros do
de milho e a açúcar, entre outros. “Existem
IEC.
graus de riscos que podem ser contínuos
ou não esperados para cada tipo de
A palestra também abordou sobre os
Em relação à liberação de poeira é
três tipos de certificação compulsória para
componente e de situação”, apontou
equipamentos elétricos e eletrônicos para
atmosferas explosivas de gases, vapores
técnico da Alpha, falou da importância do
inflamáveis e poeira combustíveis, tais
produto “Ex” para atmosferas explosivas,
como: certificação de linha, certificação de
trazendo segurança à instalação desde
lote e de situações especiais para produtos
que seja corretamente instalado. “A Alpha
importados, utilizada principalmente para
conta com uma diversidade de produtos
regularização de Skids (unidade modular
específicos certificados para esse tipo
de processos).
de instalação, desde painéis, luminárias,
Alessandra
Renata
Junk,
sócia
Maikel Murpf, gerente do departamento
motores elétricos, entre outros”, disse.
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Mitsubishi Electric registrou crescimento de 70% em vendas no Brasil nos últimos três anos Com um portfólio completo de soluções em automação industrial, companhia atende às necessidades da indústria de maneira eficiente em todo o País
A Mitsubishi Electric registrou crescimento
expressivo nos últimos anos: de 2014 a 2017, a divisão de Automação Industrial (IA) aumentou suas vendas em 70% e, de 2016 a 2017, incrementou o número de colaboradores em 34%, além de expandir o estoque local em 28%.
O crescimento no período foi suportado
pelo aumento expressivo da rede de parceiros de vendas, composta por distribuidores e integradores de sistemas. De 2015 a 2018, o número de distribuidores aumentou 118% e a quantidade de integradores parceiros teve incremento de 320%. Como resultado do crescimento da demanda, a companhia também teve de ampliar sua capacidade de operação. Nesse sentido, duas iniciativas recentes merecem destaque: a inauguração do centro de reparos próprio no País, proporcionando maior agilidade na manutenção de produtos, e a inauguração de um novo escritório comercial em Blumenau, com o objetivo de atender de maneira ainda mais eficiente o público da região Sul. “Em 2018, nosso principal intuito é continuar crescendo de maneira sustentável, com o apoio de integradores, distribuidores e clientes finais. Nossa meta é dobrar a divisão até 2020. Para isso, contamos com o
produtos disponibilizados pela companhia –
lançamento de novos produtos, como a linha
em todas as divisões, de automação industrial
conhecer de perto a linha de automação
de baixa tensão, além de continuar investindo
a ar condicionado.
industrial da companhia, com destaque para
no treinamento de profissionais da área.”, afirma
Com quase cem anos de existência, a
um robô industrial, que demonstrou a linha de
Fabiano Lourenço, gerente geral da divisão de
companhia viu no evento uma oportunidade
produtos de baixa tensão, recém-lançada no
Automação Industrial da Mitsubishi Electric.
de reforçar sua trajetória. “Estamos muito
Brasil. No local, o público também pode ver
Durante a exposição, os visitantes puderam
felizes com essa oportunidade de mostrar a
de perto soluções de economia de energia,
Mitsubishi Electric Total Solution Exhibition
importância de nossos produtos e serviços,
automação predial, sistemas de visualização,
que têm qualidade ímpar, além de trazer
sistemas de ar condicionado, entre outras,
No dia 18 de outubro, a empresa realizou
os atletas do tênis de mesa que estamos
oferecidas pela companhia. A maior parte das
uma exposição na Japan House São Paulo.
patrocinando com o objetivo que disputem os
soluções é fabricada no Japão e se destaca
Intitulada Mitsubishi Electric Total Solution
Jogos de 2020 no Japão”, afirma Koji Miyashita,
por sua qualidade e eficiência, atendendo
Exhibition, a companhia mostrou todos os
presidente da Mitsubishi Electric do Brasil.
milhares de clientes ao redor do mundo.
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
TÜV Rheinland cresce em emissões de certificados de lâmpadas Led Incremento de negócios foi acima do mercado e reforça atuação da empresa no segmento de iluminação
A TÜV Rheinland Brasil, subsidiária
do segmento em programas de certificação
de um dos maiores grupos mundiais de
do Inmetro e de eficiência energética –
certificação, inspeção, treinamento e
como o PROCEL da Eletrobrás.
gerenciamento de projetos, registrou
Acreditada pela Coordenação Geral
crescimento superior ao do mercado
de Acreditação do Inmetro como Órgão
no negócio de certificação de lâmpadas
certificador,
LED. Até o mês de outubro de 2018,
uma equipe altamente qualificada e uma
a empresa elevou em mais de 250%
ampla estrutura em seu Laboratório do
as
a
TÜV
Rheinland
possui
destes
Jabaquara, em São Paulo. No laboratório,
produtos, em relação ao ano de 2017,
também acreditado pela CGCRE/Inmetro,
enquanto o mercado de certificação
são realizados os testes dos produtos que
destas lâmpadas teve um aumento de
garantem a conformidade das lâmpadas
40% no mesmo período.
LED, que circulam no mercado com
emissões
de
certificados
Este incremento de negócios reforça
os padrões de segurança, qualidade e
o papel da empresa como uma das
desempenho de normas técnicas nacionais
organizações
e internacionais.
que
são
referência
no
e importadores estão cada vez mais de
ofertando aos consumidores finais um
em certificação de reatores eletrônicos
certificados emitidos de lâmpadas LED
produto seguro, eficiente e com qualidade",
e luminárias públicas viárias. A TÜV
representa um avanço importante neste
afirma Fabio Sora de Araújo, coordenador
Rheinland avalia também outros produtos
mercado, pois evidencia que fabricantes
geral de operações.
segmento de iluminação, no qual é líder
"O
crescimento
do
número
Painel de empresas
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Ipiranga Mococa e Siemens firmam parceria para nova turbina de 50MW
A Siemens, um dos principais parceiros
da indústria sucroenergética, acaba de fechar contrato com a Ipiranga Agroindustrial S/A, Unidade Mococa (SP), para fornecimento da Turbina SST-400, que será fabricada no complexo industrial de Jundiaí (SP) e entregue ao cliente em setembro de 2019. Trata-se de umas das maiores turbinas de contrapressão já vendidas para o setor sucroenergético brasileiro (50 MW).
O contrato com a companhia inclui um
programa de manutenção de longo prazo e de baixo custo em conjunto com o escopo completo do sistema de diagnóstico remoto da Siemens (Remote Diagnostics Systems
relatórios. O DNA da Siemens está em produzir
no custo benefício final desse investimento,"
– RDS). Um complemento ao sistema
equipamentos de alta performance e a prova de
afirma Leandro Costa, Diretor de Vendas da
de controle da turbina composto por um
paradas e o sistema de monitoramento remoto
Siemens no Brasil.
Microbox PC que, por meio de um roteador
aumenta a segurança operacional, além de
Para o diretor industrial da Ipiranga
e modem, envia diariamente dados para os
ser pré-requisito para quem busca 100% de
Industrial, Luiz Cunali Filho, a confiabilidade
servidores da Siemens. Essas informações
disponibilidade", afirma Murilo Teixeira, Gerente
operacional foi um dos principais fatores para
são recebidas por um sistema inteligente que,
de Vendas da Siemens no Brasil.
a escolha da Siemens para o fornecimento
por meio de algoritmos proprietários, indicam
"O modelo de negócio é uma quebra de
dessa solução, visto que toda a cogeração
ao engenheiro de monitoramento se há alguma
paradigma no mercado sucroenergético, que
da usina estará "pendurada" em uma única
anormalidade ou tendência para tal.
normalmente compra somente equipamentos
turbina. "Essa é uma mudança de cultura
turbos
desvinculados de programas de manutenção
empresarial
monitorados globalmente e a Ipiranga Mococa
de longo prazo. Com essa parceria, a Ipiranga
baseada na manutenção preventiva, que
será a primeira do setor sucroenergético
Agroindustrial S/A reforça seu perfil inovador
vai nos proporcionar maior segurança na
brasileiro a ter o pacote completo de serviços e
neste setor, pensando no valor agregado e
operação do dia a dia." afirma o executivo.
"Possuímos
mais
de
100
do
setor
sucroenergético,
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
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Itaipu tem o melhor outubro da história Expectativa é fechar 2018 com uma produção excepcional A
usina
de
Itaipu
voltou a bater recorde de geração. A binacional registrou o melhor outubro em 34 anos e meio, desde o início de sua operação. O desempenho excepcional da geração deve-se à grande
quantidade
de
chuva registrada na área do reservatório (mais de 300 milímetros no mês, bem acima
da
média
histórica), aliado à boa coordenação operativa da área técnica, que trabalha em sinergia para garantir uma produção eficiente e sustentável.
Segundo o diretor técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbellini, a expectativa é fechar 2018 com uma produção excepcional. "É possível
que coloquemos a geração deste ano entre as cinco melhores da nossa história, excluindo o ano de 2008 desse ranking de excelência.” E conclui: “Se isso acontecer, confirmaremos o processo contínuo de eficiência operacional da área técnica da usina, uma vez que todos esses cinco anos são recentes: 2016, 2013, 2012, 2017 e, quem sabe, com 2018, nesse seleto grupo".
Painel de produtos
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Novidades em produtos e serviços voltados para o setor de instalações de baixa, média e alta tensões.
Engerey lança painel elétrico de remota portátil para automação www.engerey.com.br
A Engerey Painéis Elétricos idealizou um painel elétrico de remota portátil para automação,
seguindo a tendência atual que é a de compactação de componentes em equipamentos e máquinas. O novo produto conta com módulos de interface profinet, que também possuem dimensões reduzidas. Os painéis são de fácil instalação, pois contam com borne triplo com tecnologia de conexão push-in, ou seja, que dispensa o uso de ferramentas.
Os painéis de remota da Engerey podem ser fabricados em inox ou aço carbono, com a
opção de acompanhar sistema de fixação externa e prensa cabo bipartido. Os quadros de remota podem ser aplicados em instalações industriais novas ou que passam por um processo de expansão, com grandes benefícios relacionados à praticidade e à economia.
Os novos quadros elétricos de remota da Engerey possuem configurações padrões, mas podem ser construídos de acordo com a
necessidade dos clientes a partir de projetos de engenharia customizados.
Os Quadros Elétricos de Remota Padrões estão disponíveis no Catálogo Online de Produtos da empresa, no link: https://catalogo.
engerey.com.br.
Yaskawa desenvolve novas linhas de inversores de frequência para uso em elevadores www.yaskawa.com.br
A Yaskawa Elétrico do Brasil, líder mundial na fabricação de inversores de frequência e servo acionamentos e
integrante do grupo Yaskawa Electric Corporation, disponibiliza para o mercado nacional novas linhas de produtos, como o Inversor de Frequência L1000E e o Módulo Regenerativo R1000, ambos para uso em elevadores.
O Inversor de Frequência L1000E traz muitos benefícios e recursos de alta performance como maior eficiência
energética e vida útil, parametrização fácil, ajustes de segurança e conforto de viagem. “O L1000E incorpora inovação tecnológica, resultado de um projeto especial de hardware para operação até 70.000 horas livre de manutenção. Oferece funções avançadas de controle para operar motores de indução e imã permanente, em aplicações com máquinas de tração com ou sem engrenagem”, afirma o gerente de engenharia de aplicação e vendas da Yaskawa, Anderson Sato.
Já o Módulo Regenerativo R1000 traz maior eficiência energética em suas aplicações. “De forma muito simples
e com baixo investimento o R1000 pode ser instalado em novos elevadores e sistemas existentes, proporcionando uma economia de energia de até 50% por ano. Qualquer elevador que utiliza inversor de frequência pode usar esse equipamento.”, explica Sato.
3M lança lubrificante para puxamento de fios e cabos www.3m.com.br
A 3M desenvolveu o lubrificante para puxamento de fios e cabos feito à base d'água para proteger a superfície
dos cabos, não manchar, não deixar resíduo, além de ser muito mais fácil e limpo de se manusear. Ele substitui o uso de outros líquidos não recomendados que podem comprometer a qualidade da instalação e corroer fios e cabos. O produto é indicado para instalações elétricas em geral, de TV a cabo, antenas, linha telefônica, extensão e interfones.
O lubrificante 3M para puxamento de fios e cabos já está disponível nas principais redes de revenda pelo país.
Produzido no Brasil, o produto possui tecnologia exclusiva 3M. Para outras informações sobre o produto, acesse o site oficial 3M.
Evento
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Por Adriana Dorante Edição Cristiane Pinheiro
Após a jornada por três Estados brasileiros,
passando por Fortaleza (CE), Canoas (RS) e São Paulo (SP) a 33ª edição do Cinase Circuito Nacional do Setor Elétrico encerrou 2018 com chave de ouro. O evento realizado
Maior evento técnico itinerante do setor elétrico do Brasil encerra ciclo em 2018 com chave de ouro Cinase RJ contou com mais de 40 palestras, 29 patrocinadores, 21 apoiadores e com mais de 1000 pessoas nos dois dias do evento
no Rio de Janeiro em novembro recebeu mais de 1000 pessoas durante os dois dias, contou com a participação de 29 patrocinadores, que apresentaram novidades e alguns lançamentos, 21 apoiadores e 40 palestras com especialistas de diversas áreas do segmento elétrico.
A
edição interativa contou ainda com o Prêmio O Setor Elétrico para projetos desenvolvidos pelas empresas locais.
Segundo Adolfo Vaiser, diretor da revista
O Setor Elétrico e organizador do Cinase, pelo fato da revista estar presente no mercado há 13 anos, está rodeada de renomados especialistas que são convidados ao Cinase para enriquecer o setor de informações. “O
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O Setor Elétrico / Novembro de 2018
evento é itinerante e pelo fato de sair de São
na área criminal como convênios com a
Paulo faz com que preenchamos uma carência
polícia, delegacia de defesa, delegacias
elétrica que existe Brasil afora. Criamos um
locais, no intuito de prendermos as pessoas
evento que possa marcar a região em que o
que se enriquecem do furto de energia”,
Cinase passa, com a chance do profissional se
complementou.
atualizar do que há de mais novo no setor. Um
congresso técnico com exposição simultânea
específico para Pesquisa e Desenvolvimento
onde todos os estandes são padronizados”,
(P&D) e até março de 2019 haverá 60 projetos
destacou.
em P&D na área de eficiência energética. “Não
Paralelamente a isso, a Light tem um setor
Alexandre Morais, da BRVAL Electrical,
é à toa que temos os melhores indicadores de
patrocinadora master do evento, líder no
uso de qualidade de energia do Brasil (TEX
fornecimento de cabines e subestações
e FEX). Parabenizo esse evento maravilhoso,
blindadas no Estado do Rio de Janeiro,
por podemos discutir sobre essas questões e
afirmou estar muito feliz do Cinase acontecer
reforço que o problema de furto de energia não é
na cidade carioca, trazendo novos conceitos e
só da Light. É da sociedade carioca e do Brasil.”
informações para o Brasil. “É muito importante para minha empresa e sou muito grato pela
Eficiência energética
oportunidade. Também foi bom para fortalecer
A eficiência energética é uma frente
outras companhias devido à qualidade do
de trabalho da Light, considerada um fator
evento e das palestras”, disse.
de inovação. Segundo Roberto Musser,
Marcel Campos Araújo, diretor técnico
coordenador de planejamento gestão e
do Sindistal, um dos apoiadores, também
eficiência energética da companhia, desde
reforçou a importância do roadshow ser
o início da obrigatoriedade de investir 0,5%
realizado no Rio de Janeiro, tornando-se o
da receita operacional líquida anual em
centro dos debates científicos do que há de
programas de eficiência energética, em 1998,
melhor no setor.
o PEE – Projeto de Eficiência Energética da
Palestra de abertura
Light executou 188 projetos, que somam
Na ocasião, a Light, responsável pela
um investimento de R$ 482,10 milhões. A
geração,
distribuição
economia de energia decorrente dessas
de energia elétrica no Estado do Rio de
iniciativas é de 815,64 GWh ao ano. No ano
Janeiro, abriu o Cinase RJ abordando sobre o
de 2017, o investimento da Light foi de R$
trabalho da companhia no combate ao furto.
13,03 milhões em 19 projetos.
Segundo Rainilton Andrade, superintendente
de recuperação de Energia da Light, na
alteração de processos produtivos, passando
companhia há uma estatística de que 70% de
pela
interrupções de energia estão relacionadas ao
equivalentes mais eficientes, nos sistemas
furto de energia.
de
“A Light precisa fornecer a 1 TWh a
aquecimento de água, geração de energia por
mais por ano para atender somente ao
fontes incentivadas, até ações educativas e de
desperdício provocado pelo furto de energia.
cunho social.
E isso está embutido no custo das bandeiras,
onerando em até 17% a conta de energia dos
mecanismo para a participação de uma
consumidores cariocas”, destacou.
empresa num projeto de eficiência energética.
As áreas com maior furto de energia,
“Esse ano lançamos dois editais, um de R$
explicou, são justamente as que têm mais
25 milhões para clientes residências, serviços,
interrupções, devido à sobrecarga na rede. O
comerciais e industrial, e uma chamada, para
Rio de Janeiro é o Estado com o maior volume
iluminação pública em R$ 15 milhões. Foram
de furto de energia no Brasil por fatores
R$ 40 milhões só em editais de projetos”,
complexos, como ausência do Estado nas
disse.
áreas de risco, violência, entre outros.
comercialização
e
As ações executadas incluem desde a substituição iluminação,
de
equipamentos
climatização,
por
refrigeração,
Musser destacou que o edital é o principal
O número de projetos qualificados para
Para combater esse risco e antecipar as
atender ao edital aumentou, segundo Musser,
ocorrências na rede, a Light tem investindo
principalmente com incentivos na questão de
pesado em tecnologia, como termovisão
múltiplos uso. Por exemplo, ao invés de projeto
em linhas de transmissão, drones, entre
só de iluminação, é possível conjugar com
outras ações. “Também temos várias frentes
fotosolar, boilers em hospitais, entre outros.
Evento
18
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
RD3 Engenharia é premiada em duas categorias No total foram 22 projetos inscritos para concorrer em seis categorias
A Revista O Setor Elétrico realizou pela
empresas vencedoras foram a P&D ANEEL
critérios de avaliação foram atribuídos por notas
primeira no Rio de Janeiro o Prêmio O Setor Elétrico
/ Pós - PUC RIO MQI E Light, com o projeto
de um time formado pelos especialistas do
de Qualidade das Instalações Elétricas 2018. A
de “Avaliação da eficácia de operação do Sirea:
Cinase e por quatro especialistas locais: Clayton
premiação ocorreu em seis categorias divididas
vantagens e benefícios da alternativa tecnológica
Vabo, Diretor do Senge RJ; Vinicius Ayrão,
em: Instalações Elétricas Industriais e Comerciais,
proposta de limpeza de trocadores de calor de
consultor em instalações elétricas e sistemas
Energia Renovável, Pesquisa & Desenvolvimento,
hidrogeradores”.
fotovoltaicos da Sinergia Consultoria; Eduardo
Projeto Luminotécnico, Inovação Tecnológica e
Em Projeto Luminotécnico, a vencedora foi
Sabatino, conselheiro da Câmara de Engenharia
Projeto do Ano. No total foram 22 projetos inscritos
Centelha Equipamentos Elétricos, com o projeto
Elétrica do CREA RJ; e Vitor Hugo Ferreira,
em todas as categorias.
de “Substituição do sistema de iluminação
chefe do departamento de engenharia elétrica
convencional para soluções em LED e adequação
da Universidade Federal Fluminense.
categorias: Instalações Elétricas Industriais e
a Norma Técnica ANT ISO/CIE 8995-1”.
Comerciais e Projeto O Setor Elétrico 2018,
Por último, em Inovação Tecnológica, a
instalação elétrica ou sistema (distribuição e uso
Edição Rio de Janeiro. O que levou a empresa
UFF – Universidade Federal Fluminense ganhou
de energia em baixa tensão); fontes principais,
a garantir as duas premiações foi o projeto “As
o prêmio com a “Avaliação da atualização
complementares e de emergência; definição
Instalações Elétricas Aplicadas em uma Obra
tecnológica da iluminação pública no Brasil”
de linhas elétricas e circuitos de distribuição;
de Arte”. A companhia participou do projeto
subestações,
de revitalização do Hotel Nacional, ícone da
os profissionais a respeitarem as Normas
geradores e outros; proteção elétrica; proteção
arquitetura do Rio de Janeiro de Oscar Niemeyer,
técnicas e a proverem soluções cada vez mais
contra descargas atmosféricas; atendimentos às
em seus 34 andares, com o desafio de manter
sustentáveis e eficientes para as instalações
Normas 5410, 14039, 5419; NR10; aspectos
os traços da arquitetura alinhando com as novas
brasileiras”, afirmou Adolfo Vaiser, diretor da
e vantagens de operação e manutenção
tecnologias em projetos.
revista O Setor Elétrico e Organizador do Cinase.
automação e informação qualidade de energia
A RD3 Engenharia foi a vencedora em duas
“Acreditamos que essa iniciativa incentivará
Na categoria Energia Renovável, o vencedor
Cada um deles avaliou 12 itens: topologia da
painéis,
transformadores,
e eficiência energética sistemas de iluminação
foi a Solfortes Engenharia Sustentável, com o
Sobre o Prêmio
característica de originalidade e referência.
projeto de “Instalação de um sistema de micro
geração de energia solar fotovoltaica”. Já na
de 2018, com forte empenho das associações
ponderada devido à especificidade e aplicação
Categoria Pesquisa & Desenvolvimento, as
e entidades da região do Rio de Janeiro. Os
de cada trabalho.
A divulgação do prêmio teve início em janeiro
O resultado final foi obtido através de média
19
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
ABNT publica Normas inéditas para instalações em atmosferas explosivas Destaque é a normalização sobre requisitos básicos de avaliação para equipamentos não elétricos A
Associação
Normas
Segundo Bulgarelli, na década de 80, o
recentemente
Brasil começou a se alinhar com as Normas
Normas inéditas que orientam as instalações
internacionais e, já na década de 90, a maior
em atmosferas explosivas. Entre elas estão
parte das Normas brasileiras já estava alinhada
requisitos de avaliação de conjuntos pré-
com as IECs.
montados, tipos de proteção de equipamentos
“A ABNT elabora Normas equivalentes
mecânicos adequados para instalação segura e
às internacionais por uma série de vantagens,
métodos e requisitos básicos de avaliação para
como maior facilidade na adoção das melhores
equipamentos não elétricos, aperfeiçoando
práticas
ainda mais a segurança das instalações.
qualidade, eficiência energética, confiabilidade
Técnicas
(ABNT)
Brasileira publicou
de
internacionais
sobre
segurança,
e quebras de barreiras técnicas que dificultem
isso é preocupante. É preciso ter confiança nas
o fato de que não só os equipamentos elétricos
comercialização de produtos”, destacou.
empresas envolvidas em todas as etapas das
têm provocado acidentes de atmosferas
instalações e acredito que esse seja o principal
explosivas”,
Bulgarelli,
de vida das instalações elétricas em atmosferas
desafio mundial”, reforçou.
coordenador do Subcomitê SC-31 do Cobei,
explosivas começa com a classificação de área,
Para auxiliar nesse desafio, Bulgarelli
representante do Brasil no Comitê Técnico
especificações de equipamentos, inspeção
destacou que dentro da IEC foram criados
TC 31 (Atmosferas Explosivas) e TC 95
para a instalação, compra dos equipamentos
sistemas de avaliação da Norma e um
(Dispositivos de Proteção) da IEC e no IECEx.
e por fim, inspeções periódicas. Todas essas
deles especificamente para IEC Ex, com a
“Agora se dá um passo a mais, considerando
destacou
Roberval
Bulgarelli reforçou ainda que o ciclo total
fases precisam ser realizadas seguindo as
participação de 33 países, abordando não
Normas sobre classificação de área contendo
normas de segurança.
só a de certificação de equipamentos, mas
gases inflamáveis, proteção de equipamentos
Ele destacou que atividades rotineiras,
de um ciclo total de vida das instalações,
por segurança aumentada, entre outras.
como manutenção preditiva e preventiva, além
integrando todos os itens de segurança
“O Brasil trabalha publicando e atualizando
de inspeção periódica são fundamentais para
desde equipamentos, até empresas e pessoas
periodicamente suas Normas técnicas que
garantir que tudo esteja em ordem. “Existem
certificadas. O sistema oferece testes para
estão no mesmo nível internacional”, afirmou.
empresas que não conhecem essas Normas e
certificação de competências pessoais.
Segundo ele, também houve atualização nas
20
Evento
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Certificação é um dos caminhos para iluminar o Brasil com qualidade A
discussão
sobre
certificação
de
analisamos todos esses dados no software
uma pessoa que eventualmente encoste no
lâmpadas e luminárias ainda é recente,
e simulamos a forma mais adequada de
poste é muito baixa. Também conversamos
mas já é obrigatória pelo Inmetro para a
iluminação para o local,” disse.
com fornecedores para que eles envolvam
comercialização desses produtos. A arquiteta
tampões com materiais isolantes”, explicou.
Juliana Iwashita, diretora da Exper, falou
segundo Marcia, além do fotométrico, é
A Rio Luz também exige dos fornecedores
sobre tipos de certificações do Inmetro para
o elétrico, principalmente na questão de
testes mecânicos de resistência, de vibração
lâmpadas LED e luminárias públicas.
“É
segurança. “Analisamos itens que possam dar
e de carga, já que as luminárias estão em cima
importante destacar que a confiabilidade do
choque. Em grandes áreas de convivência,
de postes sujeitos a vibração e ao e vento.
produto não está só num selo. Depende de
como praças, indicamos poste de fibra, que
Em relação à questão ambiental, o
toda a cadeia para ter a qualidade e a vida útil
é isolante elétrico e a chance de choque para
abrigo de inseto nas luminárias é a mais
Outro parâmetro de avaliação da luminária,
adequadas”, disse.
Segundo ela, o processo de certificação
das lâmpadas e luminárias iniciou há cerca de três anos. Os requisitos básicos são o selo do Inmetro, informação de potência, fluxo e eficiência luminosa. Marcia Antônio da Silva, diretora de tecnologia da Rio Luz, responsável pela implantação
e
manutenção
do
sistema
de iluminação pública do Rio de Janeiro, destacou como é o trabalho de certificação no município, que conta com 450 mil pontos de luz. No caso do Rio de janeiro, é exigido do fornecedor de luminárias públicas parâmetros de curvas IES que representam todos os vetores da luminária em 360º. Os itens são analisados por meio de software.
Ela explicou que um dos parâmetros
para a avaliação do IES depende do fluxo e da uniformidade. “A impressão é a de que para iluminar é preciso só fluxo, mas o cérebro que constrói a imagem também precisa de contraste, de uniformidade. Numa via onde transitamos em velocidade, nossa visibilidade tem de ser muito boa para construirmos a imagem associada à velocidade que estamos transitando. Se houver faixa de claro e escuro na rua, nossa visão vai ficar permanentemente focando e desfocando e isso cansa e traz consequências no nosso tempo de reação, podendo causar acidente. Então
Engenheiros José Starosta e Jobson Modena foram homenageados no Cinase RJ
21
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
importante. “Por serem quentes, as luminárias atraem insetos que morrem no local e se depositam sobre o dissipador de calor. Isso pode comprometer a dissipação e impactar na vida do LED, então exigimos luminárias apropriadas para evitar isso.”
Um fator bastante considerado na cidade
carioca é a estética. Para esse lugar turístico a Rio Luz determina mobiliários urbanos cleans.
O fornecedor de luminária pública no Rio
de Janeiro passa por três fases de avaliação: documental, de amostra e avaliação da fábrica. Depois de homologação também há inspeção para não entregar produto diferente. Para Adriano Pinheiros Fragoso, gerente técnico
da
Lablux,
da
Universidade
Federal Fluminense, que realiza ensaios de certificações creditados pelo Inmetro. O carro chefe da empresa são os ensaios de segurança e de desempenho elétrico, que comtemplam toda a portaria do Inmetro, como
ensaios
fotométricos,
de
vida
eletromagnético e mecânico. “É indiscutível o quanto a regulamentação traz de benefícios para o produto. Mas ainda temos muito a desenvolver”, disse. Uma dos desafios é a questão de especificação de produtos. O Brasil é um dos poucos países que aceita ensaio de fora. Mas se for exportar para Argentina, por exemplo, o produto tem de ser ensaiado lá. Com isso, estimamos que dois terços de ensaios de energia de iluminação e certificação são feitos fora do País. Isso tira nosso mercado e torna o produto mais difícil de se rastrear. É um ponto falho da certificação, embora seja ainda benéfica para o nosso mercado”, destacou
Segundo ele, a maioria dos produtos de
iluminação é importado por causa do menor custo, mas a montagem de luminárias no Brasil voltou a crescer. A vantagem é que a portaria 20 do Inmetro estipulou que, em fevereiro de 2019, expira o prazo para importação desse tipo de produto. É um mercado promissor e acreditamos que a universidade tem de estar próxima da indústria, ajudando a formar profissionais com maior qualidade.”
Crescimento da energia limpa no País depende do Governo, diz estudo da UFF Geraldo Tavares, professor da UFF, destacou que o Rio de Janeiro passou de segundo lugar para sétimo no ranking de potência instalada de energia renovável
A Universidade Federal Fluminense (UFF) estuda como aumentar a geração de energia
renovável na matriz energética brasileira. Diante de algumas barreiras, a principal é o aval do Governo. Segundo Geraldo Tavares, professor da UFF, o Rio de Janeiro, por exemplo, que segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) representava o segundo Estado do País em potência instalada de energia limpa, agora, está em sétimo lugar.
“Em 2015, após três anos da Aneel criar portaria 482 instituiu-se uma política de incentivo
à energia solar no Rio de Janeiro, mas o Governo passou por um período conturbado e a lei não “pegou”. Hoje, o Estado tem apenas 20 MW de potência instalada de energia fotovoltaica”, destacou.
Minas Gerais é o primeiro Estado no ranking da Aneel, com 100 MW de potência instalada
de fonte limpa. “Em Belo Horizonte, por exemplo, onde faz bastante sol, o governo tirou IPTU de todas as casas que usassem energia fotovoltaica. Esse incentivo está correta e bem sucedido”, disse.
O professor explicou ainda que impostos e taxas representam 40% do custo de energia no
Brasil. “Diante disso, quem pode fazer mudanças e criar leis para o incentivo às renováveis é o Governo. Todas as energias são caras, o que existe são os subsídios que o Governo oferece”, reforçou.
Segundo ele, a pressão da sociedade é uma forma de fazer o Governo criar alternativas ao
incentivo da energia limpa. “Uma vantagem percebida é que as tecnologias estão reduzindo muito o preço desse tipo de energia e, por isso, acredito que daqui a algum tempo não dependerá muito de subsídio para crescer no mercado”, explicou.
O professor salientou que a preocupação com as visíveis mudanças climáticas e com meio
ambiente, além da questão do menor custo, tornam as renováveis cada vez mais consolidadas no mundo.
Evento
22
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Exposição no Rio de Janeiro é palco de muito networking e novidades para o setor elétrico
ou rede.
apresentação de diversas novidades para
“Também viemos apresentar ao mercado
no Rio de Janeiro, a Sandler apresentou
o setor elétrico nacional, a última exposição
o protótipo do Pro7, conjunto de manobras
sua ampla linha de cabos navais offshore e
do ano do Cinase realizada no Rio de
de baixa tensão que será ensaiado conforme
óleo e gás, além de cabos de temperatura,
Janeiro foi uma excelente oportunidade para
Norma NBR IEC 61439, com lançamento
de controle e de média tensão. “Nosso
as empresas mostrarem seus portfólios
previsto para o primeiro semestre de 2019.
foco foi apresentar o que temos a pronta
de produtos e serviços e iniciarem novos
Aproveitamos o Cinase para ouvir a opinião
entrega especificamente para cabo naval,
negócios.
do público e colher informações para
contemplando
Segundo Alexandre Morais, diretor da
fazermos os ajustes finais”, concluiu.
No Estado somos a empresa com maior
BRVAL Electrical, patrocinadora master do
amplitude neste segmento”, afirmou Marcelo
Cinase, esta edição foi a melhor de todas que a
Rio de Janeiro, também exibiu sua linha de
Ferreira
empresa participou desde 2014. “Recebemos
grupo geradores de fabricação própria. Além
A Andaluz, parceira da Eletromil, também
elogios dos nossos clientes convidados
de apresentar seus serviços de manutenção,
participou
pelo conteúdo técnico do congresso, pela
instalação, projetos para grupo geradores e
produtos, como quadros de medição de
qualidade e quantidade de público presente,
subestação de média e baixa tensão. “Temos
energia elétrica, padrão Light, quadros de
além da oportunidade de renovarmos contatos
a proposta no evento de fortalecer as marcas
comando, de distribuição, eletrodutos e
com clientes. Temos certeza de que vai render
e produtos nacionais, buscando novos
contatores, entre outros.
muitos negócios”, disse.
parceiros e networking”, disse Felipe Pais.
Segundo Carlos Barbosa, o carro-
Entre as novidades apresentadas na
Já a líder no mercado de materiais
chefe da empresa é a caixa de medição de
feira pela empresa estava o transformador
elétricos, a Centelha expôs suas soluções
energia modular e o quadro de distribuição
de média tensão fabricado neste ano com
para indústria e empresas de médio porte,
de energia, responsável pela proteção de
vendas importantes para todo o País. A
como
circuitos elétricos nas áreas comercial,
empresa também expôs o consagrado BR6,
automação
de
residencial e industrial. A caixa de medição
conjunto de manobras de média tensão, com
frequência que levam melhor eficiência
ainda está em fase de homologação em todas
a novidade de um relé que dá a possibilidade
energética e melhoram a continuidade e
concessionárias, mas já existem algumas
de ligar e desligar o disjuntor via celular, WiFi
disponibilidade das plantas industriais.
homologadas.
Palco
de
muito
networking
e
de
A Lufetec, localizada em Três Rios, no
cabos,
soluções
industrial
e
de
iluminação,
inversores
Voltada ao mercado de cabos especiais
da
Normas
e
exposição,
certificações.
apresentando
O Setor ElĂŠtrico / Novembro de 2018
23
24
Evento
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Diálogo é primeiro passo para desenvolvimento de projetos fotovoltaicos com softwares Convidado especial do Cinase Rio de Janeiro dá dicas sobre software para projetos de energia solar
O Cinase Rio de Janeiro convidou a
empresa Solarize para realizar palestra especial sobre o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos
com
softwares
no
Brasil.
Segundo Hans Rauschmayer, especialista em energia solar, para o desenvolvimento desses projetos é fundamental garantir, antes de tudo, sua viabilidade técnica.
“É preciso um diálogo para a integração
do técnico, do vendedor e do engenheiro. Muitas vezes é o vendedor que propõe o projeto ao cliente e tem de ser viável, alinhado com todos os envolvidos”, disse. Em
relação
ao
cliente,
o
fator
preponderante é entender as prioridades de
será implementado, como telhado e áreas
Equipamentos nacionais
cada um. “Se o cliente for residencial vai
disponíveis (sem sombra). “Hoje, há muitos
Os
dar prioridade ao visual, se for comercial vai
sistemas prontos para serem instalados para
mais vantagens em projetos de Engenharia.
priorizar o retorno financeiro”, explicou.
cada tipo de telhado. A instalação é realizada
De acordo com Felipe Pais, da Lufetec, os
equipamentos
nacionais
trazem
de acordo com a Norma da concessionária
benefícios são baixo custo de operação,
projeto em software, o primeiro passo é pedir
daquela região.
de
manutenção
a conta de luz do cliente para calcular pelo
do
sistema.
software, a geração ideal, junto com dados
elaborar passo a passo um projeto, numa
conseguimos trazer maior retorno financeiro
climáticos da região, resultando na potência
sequência lógica e simples e criar cenários
ao investidor”, destacou.
ideal de geração. “É importante para o
3D, compreensíveis por clientes leigos. Ainda
Segundo
projetista ter gráficos em softwares para saber
prevê horizonte, prédios, recortes no telhado,
equipamentos
onde se perde e onde se ganha”, explicou.
vegetação, antenas e muito mais para o
técnicos e logísticos para a sociedade,
A segunda etapa, explica, é olhar as
cálculo do sombreamento, que é crítico para
impulsionando o desenvolvimento de novas
características do local onde o projeto
instalações fotovoltaicas, entre outras ações.
tecnologias no País.
Em relação as características técnicas do
Além dessas etapas, é possível ainda
e
“Com
Pais,
maior
confiabilidade
esses
o
brasileiros
três
fatores
investimento traz
em
benefícios
Conjuntos de manobra e controle em alta tensão – Acima de 1kV até 52kV
26
Nunziante Graziano Capítulo XI – Ensaios de operação mecânica - Ensaios em dispositivos de manobra e partes removíveis - Ensaio de resistência à pressão de compartimentos preenchidos com gás e sem válvula de alívio de pressão - Ensaio de impacto mecânico
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
30
Luciano Haas Rosito Capítulo XI - Novos critérios a serem avaliados na revisão da NBR5101 - Praças, parques e monumentos. Temperatura de cor e IRC - Iluminação de praças e parques - Iluminação de fachadas públicas, pontes e monumentos - Temperatura de cor e Índice de Reprodução de Cores
Cabos aéreos para linhas de transmissão de energia elétrica
34
Geraldo R. de Almeida Desempenho mecânico de cabos em “ligas de alumínio em linhas de transmissão” - Propriedades físicas de alguns metais - Tensão deformação-fluência
Fascículos
Apoio
Apoio
Fascículo
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
26
Por Nunziante Graziano*
Capítulo XI Ensaios de operação mecânica Prezado leitor, este fascículo pretende
e do invólucro, fechamentos, conceitos de
principais razões pelas quais são realizados
apresentar em detalhes o conjunto de Normas
compartimentação dos conjuntos, janelas de
cada um dos ensaios, resultados esperados e
Brasileiras para construção de conjuntos de
inspeção e plaquetas de identificação.
suas características mais importantes, com a
manobra e controle em alta tensão, acima de 1kV até 52kV inclusive.
No quarto capítulo, abordamos os
participação do físico Cleber Rogério Fiori,
requisitos de projeto e construção obrigatórios
abordando ensaios de tensão para conjuntos de manobra e controle em alta tensão.
No capítulo inicial deste fascículo,
para os conjuntos, notadamente dispositivos
apresentamos ao leitor os objetivos deste
de intertravamento, indicadores de posição,
No oitavo capítulo, continuamos a
trabalho, que contemplou a apresentação
grau de proteção dos invólucros, proteção
abordagem dos ensaios de tipo, elencando as
do panorama atual da NBR-IEC-62271-200
de pessoas contra acesso a partes perigosas e
principais razões pelas quais são realizados
vigente no Brasil, suas subdivisões, principais
proteção do equipamento contra penetração
cada um dos ensaios, resultados esperados
pontos de interesse, suas interpretações e
de objetos sólidos estranhos, proteção contra
e suas características mais importantes, com
definições.
penetração de água, proteção do equipamento
a participação do Engenheiro Eletricista
contra impacto mecânico e distâncias de
Luis Eduardo Caires, abordando ensaios de
escoamento.
Corrente Suportável de Curta Duração e de
No segundo capítulo, abordamos as principais
características
nominais
de
um conjunto de manobra e controle em
No quinto capítulo, trouxemos os requisitos
invólucro metálico de alta tensão, desde
de projeto e construção obrigatórios para os
tensão nominal e número de fases, nível de
conjuntos, notadamente Estanqueidade ao gás
Nos capítulos nono e décimo assumiu o
isolamento nominal, frequência nominal,
e ao vácuo, Sistemas de pressão controlada para
comando o Dr. Marcelo Guimarães Rodrigues,
corrente nominal de regime contínuo,
gás, Sistemas de pressão autônomo para gás,
pesquisador no CEPEL - Centro de Pesquisas
corrente suportável nominal de curta
sistemas de pressão selados, Sistemas de pressão
de
duração para circuitos principais e de
controlados para líquido, Sistemas autônomos
Laboratórios de Adrianópolis – Laboratório
aterramento, valor de crista da corrente
de pressão a líquidos, Flamabilidade e
de Alta Potência, abordando os detalhes sobre
suportável nominal, duração de curto-
compatibilidade eletromagnética.
o ensaio de Arco interno devido a Falhas
Elevação de Temperatura para Conjuntos de Manobra e Controle em Alta Tensão.
Energia
Elétrica,
Departamento
de
circuito nominal, valores nominais dos
No sexto capítulo, abordamos os requisitos
componentes que fazem parte do conjunto
de projeto e construção obrigatórios para os
Neste último capítulo abordamos os
de manobra e controle em invólucro
conjuntos, notadamente emissões de raios
ensaios de operação mecânica, fechando a série
metálico, incluindo seus dispositivos de
X, aspectos de corrosão, Arco interno devido
de ensaios de tipo aplicáveis aos conjuntos.
operação e seus equipamentos auxiliares
à falha interna, requisitos dos invólucros,
Ensaios de operação mecânica são os
e nível de preenchimento nominal dos
Compartimentos de alta tensão, partes
ensaios aplicados a partes e dispositivos dos
compartimentos preenchidos com fluído.
removíveis e provisões para ensaios dielétricos
conjuntos de manobra que se movem durante
em cabos.
operação normal, manobra e operação, mas
No terceiro capítulo, mostramos as principais características de operação normal, partes removíveis, aterramento do conjunto
No
sétimo
capítulo,
iniciamos
a
abordagem dos ensaios de tipo, elencando as
Internas.
também são aplicados ao invólucro como ensaio de grau de proteção.
27
Apoio
Ensaios em dispositivos de manobra e partes removíveis Devem ser ensaiados de acordo com suas Normas de produto, tal como disjuntores. Se uma parte removível é presumidamente utilizada também como seccionador, então ensaios de resistência mecânica deve ser realizado em conformidade com a IEC-62271-102. Adicionalmente, todos os dispositivos de manobra instalados em conjuntos de manobra e controle de alta tensão devem ser operados em ciclo de abertura e fechamento de 50 operações. Partes removíveis devem ser inseridas 25 vezes e removidas outras 25 vezes para verificar operação satisfatória do equipamento. A força requerida para inserção e extração deve ser inferior a 150% da força requerida na primeira operação de inserção e extração. Em caso de equipamento de operação manual, a manivela de operação manual deve ser utilizada para realização dos ensaios de performance exigidos.
Ensaios em intertravamentos Mecânicos e Eletromecânicos Os intertravamentos devem ser ajustados em todas as posições previstas para impedir a operação dos dispositivos de manobra, acesso a interfaces de operação e inserção e extração de partes removíveis. Os ensaios a seguir devem ser realizados com o objetivo de detectar defeitos em intertravamentos: - 25 tentativas de abertura de quaisquer portas ou fechamentos; - 50 tentativas de acesso ou abertura de interfaces de operação, quando este acesso é controlado por um dispositivo de intertravamento (guilhotina, alavanca seletora etc.); - 50 tentativas de operação manual de dispositivos de manobra, quando a interface de operação esteja acessível; - 10 tentativas de operação manual do dispositivo de manobra em direção inversa à sua direção correta de operação; - 25 tentativas de inserção e 25 tentativas de extração de partes removíveis. A alavanca de operação manual normal deve ser utilizada para realização dos ensaios acima descritos. Durante os ensaios, força duplicada à força normal de um operador deve ser aplicada. Nenhum ajuste pode ser realizado nos dispositivos de manobra, partes removíveis ou intertravamentos durante os ensaios acima descritos. A integridade de guilhotinas ou portinholas deslizantes que previnam acesso devem ser verificadas de acordo com os ensaios de impacto mecânico IK. Os intertravamentos são considerados satisfatórios se: - os dispositivos de manobra não possam ser operados; - o acesso a compartimentos restritos por intertravamento é evitado; - a inserção ou extração de partes removíveis é evitada; - dispositivos de manobra, partes removíveis e intertravamentos estejam
Apoio
Conjuntos de manobra e controle em alta-tensão
28
ainda íntegros e capazes de operar após os
nas posições aberta, fechada ou, quando
invólucro, com respeito a pessoas, bem como a
ensaios, sem que seja necessária aplicação
apropriado, aterrada, devem estar de acordo
proteção do equipamento dentro do invólucro
de força superior ao limite estabelecido
com a IEC 60073.
contra penetração de corpos sólidos estranhos.
para operação manual, ou para operação
A posição fechada deve ser marcada,
Se somente a proteção contra acesso a partes
motorizada, o pico de consumo não deve
preferencialmente com um I (conforme
perigosas for solicitada ou se esta for maior
superar 50% do previsto e realizado na
indicado
417-IEC-5007-a
que aquela indicado pelo primeiro numeral
primeira operação.
da IEC 60417). A posição aberta deve ser
característico, uma letra adicional pode ser
marcada, preferencialmente com um O
usada como na tabela a seguir.
Ensaio de resistência à pressão de compartimentos preenchidos com gás
pelo
símbolo
(conforme indicado pelo símbolo 417-IEC-
A tabela informa também os detalhes de
5008-a da IEC 60417). O funcionamento
objetos que serão “excluídos” do invólucro
Cada compartimento projetado para ser
dos indicadores deve ser verificado com o
para cada um dos graus de proteção. O termo
preenchido com gás deve ser submetido a
funcionamento mecânico dos dispositivos de
“excluído” implica que objetos sólidos estranhos
ensaios de pressão conforme abaixo:
manobra nos quais estejam instalados.
não entrarão completamente no invólucro e que uma parte do corpo ou um objeto segurado
- a pressão relativa deve ser aumentada até 1,3 vezes a pressão de projeto por um período de 1 minuto. A válvula de alívio de pressão não deve
Graus de proteção pelos invólucros Devem ser especificados graus de proteção
se entrar, a distância adequada será mantida e nenhuma parte móvel perigosa será tocada.
operar;
de acordo com a ABNT NBR IEC 60529,
- a seguir, a pressão deve ser aumentada até
para todos os invólucros de equipamentos de
o máximo de 3 vezes a pressão de projeto. É
manobra e controle de alta tensão, referentes
aceitável que a válvula de alívio de pressão
ao circuito principal, permitindo penetração
Nenhum grau de proteção contra entrada
opere, conforme projeto do fabricante, abaixo
pelo lado de fora, bem como para invólucros
prejudicial de água é especificado, como
desse valor estabelecido por ele. A pressão de
apropriados para circuito de comando e/ou
indicado pelo segundo numeral característico
alívio da válvula deve constar no relatório de
auxiliares de baixa tensão e equipamentos de
do código IP (segundo numeral característico
ensaio. Após o ensaio, o compartimento pode
manobra mecânica e dispositivos.
X). Equipamento para uso externo fornecido
estar distorcido, mas não pode haver ruptura do compartimento. Ensaio de resistência à pressão de compartimentos preenchidos com gás sem válvula de alívio de pressão
com características de proteção adicionais
condições de serviço dos equipamentos e
contra chuva e outras condições atmosféricas
devem ser selecionados adequadamente para
deve ser especificado por meio da letra
evitar excessos que custam caro ou deficiências
suplementar W, colocada depois do segundo
que comprometam seu funcionamento.
numeral característico, ou depois da letra
É importante ressaltar que o mesmo equipamento pode apresentar declarações de
preenchido com gás deve ser submetido a
grau de proteção diferentes para condições
ensaios de pressão conforme abaixo:
do equipamento tais como: operação normal, manutenção, ensaio etc.
a pressão de projeto por um período de 1 minuto. Após o ensaio, o compartimento pode estar distorcido, mas não pode haver ruptura do compartimento.
Funcionamento mecânico de indicador de posição
Proteção contra penetração de água
Os graus de proteção aplicam-se às
Cada compartimento projetado para ser
- a pressão deve ser aumentada até 3 vezes
Fascículo
por uma pessoa não entrará no invólucro ou,
adicional, se for o caso.
Proteção do equipamento contra impacto mecânico sob condições normais de utilização Os invólucros dos equipamentos de
Proteção de pessoas contra acesso a partes perigosas e proteção do equipamento contra penetração de objetos sólidos estranhos O grau de proteção proporcionado por
manobra e controle encapsulado devem ter resistência mecânica suficiente (ensaios correspondentes são os de impacto mecânico descritos a seguir). Para uso interno, o nível de impacto proposto é 2 J.
um invólucro contra acesso de pessoas a partes
Para uso externo sem proteção mecânica
Deve prover indicação clara e confiável
perigosas do circuito principal, de comando e/
adicional, níveis de impacto mais elevados
da posição dos contatos do circuito principal
ou auxiliar e a qualquer parte móvel perigosa
podem ser especificados, mediante acordo
que deve ser fornecida no caso destes contatos
(exceto hastes rotatórias, lisas e articulações
entre fabricante e usuário.
não serem visíveis. Deve ser possível verificar
de movimentos lentos) deve ser indicado por
facilmente o estado do dispositivo indicador
meio de uma designação especificada na tabela.
Verificação do código IP
de posição no caso de uma Manobra local.
O primeiro numeral característico indica
De acordo com os requisitos especificados
As cores do dispositivo indicador de posição
o grau de proteção proporcionado pelo
nas seções 11, 12, 13 e 15 da ABNT NBR
Apoio
29
Tabela – Graus de proteção (Tabela 6 da NBR-IEC-62271-1)
Proteção contra penetração de corpos
Graus de proteção
Proteção contra acesso
sólidos estranhos
a partes perigosas
IP1XB
Objetos de 50 mm de diâmetro e maior
Acesso com um dedo (dedo-de-ensaio 12 mm
IP2X
Objetos de 12,5 mm de diâmetro e maior
Acesso com um dedo (dedo-de-ensaio 12 mm
IP2XC
Objetos de 12,5 mm de diâmetro e maior
Acesso com uma ferramenta (haste de ensaio
IP2XD
Objetos de 12,5 mm de diâmetro e maior
Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de
IP3X
Objetos de 2,5 mm de diâmetro e maior
Acesso com uma ferramenta (haste de ensaio
IP3XD
Objetos de 2,5 mm de diâmetro e maior
Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de
IP4X
Objetos de 1,0 mm de diâmetro e maior
Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de
IP5X
Poeira
Acesso com um fio (fio de ensaio 1,0 mm de
de diâmetro, 80 mm de comprimento) de diâmetro, 80 mm de comprimento) 2,5 mm de diâmetro, 100 mm de comprimento) diâmetro, 100 mm de comprimento) 2,5 mm de diâmetro, 100 mm de comprimento) diâmetro, 100 mm de comprimento) diâmetro, 100 mm de comprimento) A penetração de poeira não pode ser totalmente
diâmetro, 100 mm de comprimento)
evitada, porém a quantidade penetrada não pode interferir na Manobra satisfatória do equipamento, nem prejudicar a segurança. NOTA 1 A designação do grau de proteção corresponde à ABNT NBR IEC 60529. NOTA 2 No caso do IP5X, é aplicável a categoria 2 de 13.4 da ABNT NBR IEC 60529. NOTA 3 Se for considerada somente a proteção contra acesso a partes perigosas, a letra adicional é usada e o primeiro numeral é substituído por um X
IEC 60529, devem ser realizados ensaios em
Três golpes são aplicados a pontos do invólucro
atendimento a estas solicitações, em cada posição
invólucros de equipamentos de manobra e
que são suscetíveis de serem, provavelmente,
das partes relevantes julgadas necessárias.
controle completamente montados da mesma
os pontos mais fracos de cada invólucro,
maneira que em condições de serviço. Como
excetuando-se
as conexões definitivas dos cabos entrando
medidores etc.
dispositivos
como
relés,
Para instalação externa, o ensaio deve ser objeto de acordo entre fabricante e usuário. Com este capítulo, encerramos esta série
no invólucro não são normalmente instaladas
A cabeça do martelo com o qual o impacto
que pretendeu ampliar os conhecimentos dos
para os ensaios de tipo, podem ser utilizadas
é aplicado tem uma face hemisférica com um
leitores quanto aos requisitos construtivos e de
peças correspondentes para pré-abastecimento.
raio de 25 mm de aço com dureza Rockwell de
ensaios para os conjuntos de manobra e controle
As unidades de transporte do equipamento de
R100. É recomendado o uso de um aparato de
em alta tensão.
manobra devem ser fechadas para os ensaios
ensaio de impacto manobrado a mola, como
por coberturas que forneçam qualidade de
definido na IEC 60068-2-63.
proteção idêntica das juntas.
Após o ensaio, o invólucro não deve
Entretanto, estes ensaios somente devem
apresentar quebras e a deformação do
ser realizados se existirem dúvidas em relação ao
invólucro não deve afetar a função normal do
atendimento a esses requisitos, em cada posição
equipamento, reduzir a isolação e/ou a distância
das partes relevantes julgadas necessárias.
de escoamento, ou reduzir o grau de proteção
Quando a letra suplementar W é utilizada,
especificado contra acesso a partes perigosas
um método de ensaio recomendado é dado no
abaixo de valores permitidos. Podem ser
anexo C.
ignorados danos superficiais, tais como remoção
Ensaio de impacto mecânico Quando houver acordo entre fabricante
de pintura, quebra de aletas de resfriamento ou partes similares, ou achatamento de pequena dimensão.
e usuário, invólucros para instalação interna
Entretanto, estes ensaios somente devem
devem ser submetidos a um ensaio de impacto.
ser realizados se existir dúvida em relação ao
*Nunziante Graziano é engenheiro eletricista, mestre em energia, redes e equipamentos pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), Doutor em Business Administration pela Florida Christian University, membro do ABNT/CB-003/CE 003 017 003 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão", Conselheiro Regional do CREA-SP da Câmara Especializada em Engenharia Elétrica e diretor da Gimi Pogliano Blindosbarra Barramentos Blindados e da GIMI Quadros Elétricos. FIM Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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Fascículo
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
30
Por Luciano Haas Rosito*
Capítulo XI Novos critérios a serem avaliados na revisão da NBR5101 - Praças, parques e monumentos. Temperatura de cor e IRC
Neste artigo serão abordados outros
recomendações precisas sobre os níveis
destes equipamentos nestes locais, nem
novos critérios e temas que estão na pauta
mínimos para praças, parques, jardins e
competir com a arquitetura local. Ainda
da comissão de revisão da NBR 5101, que
caminhos para pedestres dentro destas
que o projeto luminotécnico de qualquer
devem ser avaliados e, posteriormente,
áreas em uma praça pública por exemplo.
área com diferença de nível, necessidade de
poderão ser estabelecidos na minuta que
Somente a recomendação que a iluminação
visualização de detalhes, a iluminação deve
deve ser colocada em consulta pública nos
destes espaços deve permitir no mínimo a
favorecer esta visibilidade assegurando
próximos meses. Além da revisão do texto
orientação, o reconhecimento mútuo entre
a segurança do pedestre. Sempre que
atual, o objetivo de uma revisão de Norma
as pessoas e a segurança para o tráfego de
necessário a locação dos postes deve levar
técnica é trazer o que existe de mais moderno
pedestres, a identificação de obstáculos e
em conta este tipo de situação, considerando
em relação às técnicas de projeto e aplicação
informação visual suficiente a respeito do
estes acessos como prioridade. Nestas
de tecnologia em iluminação pública, sem
movimento das pessoas. É estabelecido um
áreas, alguns espaços em função de sua
limitar a criatividade do projetista nem
nível mínimo para haver reconhecimento
arquitetura apresentam áreas distintas de
limitar a alguma tecnologia específica de
facial, que é de 3 lux na vertical, em uma
utilização como jardins, brinquedos, jogos
fonte de luz ou produtos aplicados. Neste
distância segura de 4m do pedestre.
de mesa, quadras etc. Nestes casos, a NBR
sentido, estes novos temas que não estão na
Também é estabelecido que na via não deve
5101 estabelece que podem ser aplicados
Norma atual entram em pauta e devem ser
haver valores inferiores a 1 lux, o que é um
critérios de projetos diferenciados para
cuidadosamente analisados e discutidos nas
nível bastante baixo.
cada área utilizando arranjos de luminárias,
reuniões.
Iluminação de praças e parques
Neste ponto também há a indicação de que o nível médio pode variar até
iluminações decorativas, ou o uso de projetores.
40 lux, ou seja, o dobro do mínimo
Nestas áreas, a diferença da NBR 5101
estabelecido para uma classe de pedestres
para a RP-8 e outras Normas internacionais
Na atual NBR 5101:2012, existe apenas
P1 na tabela 7 da NBR 5101. Há também
é que as Normas internacionais estabelecem,
uma parte de um capítulo que trata da
a preocupação do projeto luminotécnico
em seu escopo de aplicação, a iluminação
iluminação para os espaços públicos com
distribuir corretamente os equipamentos de
de ruas e rodovias, incluindo as calçadas e
predominância de pedestres, tais como
iluminação de modo a não obstruir acesso
áreas adjacentes, enquanto a NBR 5101 por
praças, parques, calçadões e equivalentes.
dos veículos de emergência, de entrega ou
questão da classificação e conceituação das
Neste ponto, não existe uma tabela ou
mesmo os veículos que farão a manutenção
vias públicas no Brasil, admite que as áreas
Apoio
31
públicas não somente a calçada e áreas adjacentes também devem ser consideradas. Desta forma, é necessária uma melhor definição das classes de pedestres e um correto projeto para iluminação de praças e parques no sentido de prover segurança na identificação das pessoas nos caminhos destes locais, para a circulação ser feita de forma segura. Da mesma forma, na atual NBR 5101 não estão estabelecidos critérios para praças de pedágio que na maior parte das Normas internacionais estão estabelecidos. Esta revisão seria a oportunidade de acrescentar este tipo de iluminação, mesmo sendo grande parte das vezes uma área concessionada, mas não deixa de ser um tipo de iluminação pública viária a ser desenvolvido por outro ente, parte de uma concessão pública. Outro ponto que as Normas internacionais destacam e seria importante termos um item específico é a iluminação de rotatórias e suas respectivas faixas de pedestres.
Foto 1 – Iluminação de praça por colunas favorecendo iluminação vertical
Apoio
Iluminação pública – ABNT NBR 5101
32
Foto 2 – Iluminação de áreas para uso de pedestres
Iluminação de fachadas públicas, pontes e monumentos Não faz parte da NBR 5101 este tipo de iluminação e não deve ser incluído na revisão. Entretanto faz-se importante
Foto 3 – Iluminação da estrutura de pontes
a discussão deste tipo de projeto pois
parte da cidade, seja uma praça, rotatória,
cor, mas do IRC da lâmpada vapor de sódio
faz parte da conceituação de iluminação
calçadão etc., devendo ser iluminada de
que fica em torno de 20 enquanto fontes de
pública estabelecida pela res. 414 da ANEEL
forma a fazer parte do ambiente urbano.
luz como o LED apresentam IRC maior
para fins de fornecimento de energia e
O uso de “luz colorida” também deve
que 70 nos equipamentos projetados para
porque não existe muita documentação,
ser avaliado e esta é uma questão a ser
iluminação pública. Ainda o que deve ser
normas específicas e publicações nacionais
definida pela cidade e não ser parte de uma
discutido é o espectro da luz, bem como a
sobre este tipo de projeto. Uma das fontes
Norma ou recomendação para iluminação
variação da temperatura de cor ao longo
bibliográficas para este tipo de situação
pública. Fachadas históricas e públicas
da vida e suas interferências no projeto de
é a RP-33 da IES “Lighting for Exterior
também podem ser iluminadas levando em
iluminação pública.
Environments”.
conta o que deve ser estabelecido em um
acredito que seja viável restringir a iluminação
plano diretor de iluminação pública que
pública no Brasil para valores de temperatura
normalmente tem por base a NBR 5101.
de cor abaixo de 4000K, ainda que esta seja
Para a correta iluminação de estruturas como pontes é importante saber como projetar a luz e criar os efeitos desejados utilizando as técnicas corretas. Da mesma forma para monumentos que devem
Temperatura de cor e Índice de Reprodução de Cores
Fascículo
ser vistos e levar em conta a posição
Particularmente não
uma tendência de utilização em algumas cidades, mas a conscientização e discussão sobre este tema a fim de que uma decisão seja tecnicamente embasada é de grande
do observador para, então, começar a
Nas últimas reuniões de 2018, a Comissão
importância, visto que hoje a decisão da
determinar os critérios de projeto. De acordo
de Estudos tem debatido as questões de
temperatura de cor em um projeto é subjetiva
com o entorno do objeto a ser iluminado
temperatura de cor e índice de reprodução
e motivada por questões não técnicas.
e sua respectiva cor e característica de
de cores a serem consideradas na NBR 5101.
reflexão que vamos determinar os níveis
Se por um lado a tendência é da utilização
de iluminância média que devem ser
de temperaturas de cor mais baixas, em geral
atingidos. Ou seja, é o mesmo princípio da
até 4000K, por outro lado não existe nada
iluminância e luminância horizontais para
cientificamente comprovado em relação
vias públicas, aplicados agora de forma
aos níveis utilizados em iluminação pública
mais específica em estruturas verticais que
de interferência real na saúde utilizando
serão iluminadas. Uma fachada clara com
temperatura de cor até 5000K.
um entorno escuro necessitará um menor
No Brasil ainda existe uma grande
nível de iluminação que uma fachada escura
demanda por parte dos gestores públicos em
situada em um entorno iluminado, que
relação à temperatura de cor de 5000K para
necessitará nível maior de iluminação para
diferenciação das luminárias que utilizam
ter algum destaque. A mesma consideração
lâmpadas a vapor de sódio com 2000K. A
deve ser feita para monumentos em alguma
questão não é somente da temperatura de
Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
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33
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Fascículo
Cabos para linhas de transmissão de energia elétrica
34
Por Geraldo R. de Almeida*
Capítulo IV Cabos aéreos para linhas de transmissão de energia elétrica Desempenho mecânico de cabos em ligas de alumínio em linhas de transmissão
Resumo
Introdução
Alumínio é um elemento químico de nº atômico 13. Ocupa
Diferentemente do elemento químico alumínio, o material
no quadro periódico a coluna do elemento Boro, está no terceiro
alumínio é o material de engenharia mais usado pela tecnologia,
período e compartilha 8% dos elementos totais na crosta terrestre. É
depois do ferro (aço). Devido a sua baixa densidade, um grande
o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, atrás apenas
volume de material pesa muito pouco e considerando sua
do oxigênio e silício. Por ser considerado elemento abundante (preço
abundância na crosta terrestre é fácil entender sua utilidade.
baixo), ser excelente condutor de calor e eletricidade e possuir baixa
Na tabela 1 encontramos os principais parâmetros físico-
densidade (2,703 g/cm³) e ter propriedades mecânicas razoáveis,
mecânico de diversos materiais que apresentam grande interesse
o alumínio tem muitas aplicações como material de engenharia
como material de engenharia; seja para uso mecânico estrutural,
mecânica e elétrica. O principal minério da crosta que permite a
seja como condutor elétrico.
extração do alumínio é a bauxita. A extração é feita pelo processo
Como material para uso elétrico, os parâmetros mais
Hall-Héroult e considerado eletro-intensivo. Aproximadamente 70%
importantes são a resistividade elétrica e o coeficiente de variação
do preço da commodity alumínio é energia elétrica. O minério do
da resistividade com a variação da temperatura.
alumínio é contaminado por vários elementos do segundo, terceiro
Como material para construção mecânica, especialmente como
e quarto períodos (quadro periódico) e o processo de purificação
cabo suspenso para distribuição e transmissão de energia elétrica,
é caro. Assim, o alumínio puro não é explorável comercialmente.
Os parâmetros Módulo de elasticidade, Coeficiente de dilatação
O que a tecnologia disponibiliza para a comercialização como
linear, Tensão máxima de ruptura são os mais importantes.
material de engenharia são ligas de alumínio, com nível de pureza
A tensão máxima de ruptura depende muito da modalidade
de até 99,5% de alumínio contido. Todavia, existem no planeta Terra
de ensaio. A modalidade mais difundida no mundo é aquela
minérios de alumínio com contaminações variadas: silício, ferro,
denominada ensaio de tensão e deformação (veja figura 1) e que foi
cobre, manganês etc. Isto tem propiciado a existência de várias
analisada no artigo [01] anterior.
ligas de alumínio dependendo da contaminação dos minérios e dos
Na ausência de informações mais robustas, todas as ligas
custos necessários para purificá-los. As ligas 1350, 1120 e 6201 são
de alumínio terão seus desempenhos comparados usando a
apresentadas nas suas composições químicas e propriedades física
experiência disponível dos ensaios tensão e deformação mais o
e mecânica. São apresentadas uma breve análise sobre o papel dos
ensaio de fluência desenvolvido pela AAA (Aluminum Association
componentes de ligas, bem como o diagrama de fase destas. São
of America), disponíveis desde 1950.
enunciadas as razões para uso e as razões para não uso das ligas em análise. Considerando todos os pontos são apresentadas algumas proposições de caráter prático.
Liga 1350 A liga de alumínio EC 1350 é a mais conhecida e mais usada
Apoio
Tabela 1 - Propriedades físicas de alguns metais
em todo o mundo. Sua composição com todos os contaminantes fornece uma pureza de 99,5% com uma contribuição de outros elementos são: “Na têmpera H19, o vergalhão 3/8” apresenta os seguintes parâmetros; Tabela 2 - Parâmetros mecânicos da EC 1350
Figura 1 - Tensão deformação-fluência
35
Apoio
Fascículo
Cabos para linhas de transmissão de energia elétrica
36
“Ainda na mesma têmpera o vergalhão 3/8” apresenta os seguintes parâmetros físicos e elétricos: Tabela 3 - Parâmetros térmicos e elétricos da EC 1350
Se não houvessem perdas mecânicas, o ganho de condutividade IACS (por massa) seria definitivo para eleição do alumínio como o material elétrico ÓTIMO como cabos suspensos para linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica. Tabela 4 - Limites químico típico
Figura 2 - Diagrama de fase Al - Si
No diagrama de fase (algumas vezes também denominado diagrama de equilíbrio de fase), o eixo das abscissas indica a proporção de elemento de liga presente (Al 100% deste elemento – Si 100% deste elemento), No diagrama da figura 2, o eixo das ordenadas indicam Temperatura (no caso em questão ºC). Toda a linha (retas e curva) delimita a região de transição de fase: líquido sólido, ou fase de intermetálicos que podem conviver em grãos sólidos com fase liquida. Esta convivência de grãos sólidos de um elemento com fase líquida do outro é muito frequente em diagramas de fase onde o ponto de fusão dos elementos é muito diferente entre si. No caso alumínio (660ºC) e silício (1414ºC). Como no caso em questão, o silício é um contaminante (baixa proporção na liga), olharemos apenas para o lado esquerdo do diagrama (alumínio tem alta proporção e silício baixa). Em
Na tabela 4 estão mostrados os limites químicos das principais
temperaturas na faixa de fusão do alumínio é natural existir grãos
ligas de alumínio usadas como condutores de linhas de transmissão.
de silício na liga. Como o grão de silício é muito mais duro que
A diferença entre as ligas decorre de elementos contaminantes
o alumínio fundido, torna-se necessário alguma operação de
do alumínio puro. As ligas especiais muito duras (com contaminação
metalurgia para agregar este grão à massa de alumínio.
de silício) foram as primeiras a serem aplicadas na França em 1939.
Esta operação metalúrgica é feira com o elemento magnésio
Com a guerra, o desenvolvimento foi suspenso e retomado em 1950. O
(alcalino terroso – está à esquerda do quadro periódico – é eletro
silício é um “não metal” muito abundante na crosta terrestre (2º, atrás
positivo – ponto de fusão 650ºC, muito próximo ao ponto de fusão
apenas do oxigênio), muito próximo ao elemento alumínio no quadro
do alumínio) que por suas características físico-químicas envolve o
periódico e, por isso, naturalmente presente nos minérios de bauxita.
silício. Esta operação geralmente é feita no próprio forno de fusão
Liga 6201
da liga e o envolvimento do silício é denominado metalurgicamente de Solubilização.
O problema da presença do silício no minério de alumínio está na
Este conjunto possui um tempo de validade denominado Shelf
dificuldade de sua remoção. No processo Hall-Héroult, a purificação
Life. Neste tempo de validade, que varia para cada fabricante de liga,
para por decisão econômica. Assim, minérios que possuem muito
pois depende da tecnologia de quem executa, o material deve ser
silício levam a desenvolvimento de ligas. A Aluminum Association
trefilado para que o conjunto ganhe tensão de ruptura. Os grãos
classifica as ligas com base em silício rotulando sua numeração por
de silício solubilizados e trefilados simulam o mesmo papel da
{6}, daí as ligas 6201 e 6202 serem de base silício.
Cementita nas ligas de Ferro-Carbono (AÇO).
A dificuldade do alumínio e o silício conviverem em liga está nas temperaturas de fusão dos elementos químicos, muito distante uma da outra. Para melhor observar esta dificuldade, uma olhada direta no diagrama de fase dos dois materiais torna-se necessário.
Liga 1120 A liga 1120, assim como a liga 1350 que iniciam por {1}, é rotulada como liga de alumínio (elemento dominante). Mas a liga 1120 possui
Apoio
uma notável contribuição do elemento cobre (veja tabela 5). No limite inferior da participação do cobre, teríamos uma liga 1350, mas no
Tabela 5 - Propriedades elétricas e mecânicas
limite superior temos uma liga 1120 (99,20% de pureza). A primeira menção de uso de liga 1120 vem da Suécia, mas sua grande difusão veio da Austrália. O minério de extração de alumínio quando possui uma “boa” dosagem de cobre sua purificação pode não ser convenientemente econômica. Neste caso, a produção de alguma liga pode ser muito conveniente (usa-se o contaminante como elemento de liga). A melhor maneira de estudar uma liga é olhar seu diagrama de equilíbrio de fase. Na figura 3 é apresentado o diagrama Al-Cu.
Razões para uso das ligas As ligas com silício e magnésio aparecem em 1939 e começam a ser exploradas comercialmente a partir de 1950 com o critério “Overall Diameter”. Encontram seu melhor espaço de competição nas bitolas AWG até a formação 26/7 ACSR.
Figura 4 - Cabos de alumínio série AWG
O critério “Overall Diameter” aplicou-se naturalmente nas bitolas AWG. Onde o fio da alma (AZ ou AW) era substituído por Figura 3 - Diagrama de fase Al - Cu
A leitura e interpretação de um diagrama de fase são únicas e aquelas feitas anteriormente (para ligas Al-Si) podem ser usadas também neste caso. Como estamos analisando uma liga de alumínio e cobre no limite extremo da concentração do alumínio, qualquer
um fio de alumínio liga, o ganho era visível com a redução de peso, sem nenhuma redução de condutividade elétrica. O mesmo critério foi paulatinamente expandido para as formações ACSR 26/7 (26 fios de alumínio + 7 fios de aço). Estas formações são muito usadas em linhas de transmissão de 138 kV.
participação ínfima de cobre (0,35%) pode conviver em fase líquida em temperatura acima da temperatura de fusão do alumínio. Todavia, em temperatura inferior de 660ºC (sólida), haverá a formação de um intermetálico AlCu (a quantidade depende da velocidade de resfriamento do fundido) que tem uma dureza maior que a fase FCC Al e que pode ser usada como reforço da matriz de alumínio. O alumínio e o cobre são metais dúcteis, por isso é muito fácil acomodar um intermetálico AlCu na matriz de alumínio. A ductilidade é a maneira mais fácil de usar este reforço para aumentar a carga de ruptura da liga.
Figura 5 - Cabos ACSR 26/7 de AAAC 19 fios
Hoje, bons fabricantes expandiram os cabos AAAL (All Aluminum Alloy) para formações com 39 fios e 61 fios.
A acomodação do intermetálico na matriz de alumínio é feito
O ganho notório em peso nas formações AWG permitiu que
durante a trefilação do vergalhão da liga (trabalho a frio – “Cold
os cabos ligas fossem paulatinamente substituindo os cabos ACSR,
Work”). Esta liga apresenta várias vantagens em relação à liga
mas o uso explorava o ganho na tensão de ruptura.
de silício (Condutividade Elétrica e Shelf Life), mas perde nas propriedades mecânicas (P. E. Tensão de Ruptura).
Então, naturalmente, os fabricantes começaram a oferecer as ligas para transmissão onde os ganhos de tensão de ruptura podem
Também na liga 1120, o intermetálico simula na liga de alumínio
ser explorados como maior eficácia (ganha-se no vão e torres e
o mesmo papel da cementita no aço. Neste caso por dimensões
ganha-se no peso linear). Os cabos Greeley substituindo os cabos
e formas, o intermetálico se apresenta como uma variação da
Gross Beck podem ser observados em várias regiões do Brasil.
cementita, a Perlita.
Redução de peso linear com aumento da tensão de ruptura são
37
Apoio
Cabos para linhas de transmissão de energia elétrica
38
as razões fundamentais para o uso de ligas. A razão para o uso das ligas duras de alumínio está nas bitolas AWG em circuitos primários
mecânica) para modificar a estrutura do material com
de distribuição ou em cabos neutro mensageiro, quando o ganho de
orientação dos grãos. Esta tecnologia promove um aumento da
peso (e preço) é apreciável e este circuitos não estão submetidos à
tensão de ruptura e uma redução do alongamento. A figura 6
fadiga cíclica. Assim, a maior razão confina o uso em circuitos de
apresenta de modo lúdico o que acontece com a subestrutura
distribuição.
do material.
Razões para não uso das ligas
a
Este tipo de tecnologia é de uso geral para todos os materiais, especialmente as ligas de alumínio. No caso das ligas
A caraterização de um material condutor do ponto de vista
de silício, os grãos ficam protegidos (no contorno de grão) pelo
elétrico é a resistividade elétrica específica do material. Do ponto
magnésio. No caso das ligas com cobre, os intermetálicos são
de vista mecânico é seu módulo de elasticidade.
protegidos pelo mesmo cobre. Isto confere uma condutividade
A resistividade (condutividade) é a capacidade de um material de conduzir elétrons, seja termicamente, seja eletricamente. Os
elétrica muito melhor que aquela das ligas de silício (58% IACS).
materiais mais condutores são os metais de sub orbitais {f} mais centrados no quadro periódico: platina, prata, cobre. Alumínio está entre estes metais (o alumínio está na região de sub orbital {p}). O módulo de elasticidade é a capacidade de um material resistir ao escoamento sobre tração. Este conceito é muito parecido com a viscosidade. Se o módulo estiver afetado pelo tempo de aplicação de um esforço (E∂t) tem a mesma unidade de viscosidade {hiper} (MPa∙S). Outros parâmetros como: Coeficiente de variação da resistividade com a temperatura, Coeficiente de variação linear com a temperatura, Tensão de ruptura são derivativos dos parâmetros anteriores. Especificamente a tensão de ruptura pode ser manejada com adição de agregados na matriz do metal, provocando variação em outras propriedades no metal. O exemplo clássico do manejo da carga de ruptura é aquela do aço, onde o conteúdo de carbono na liga (ferro – cementita) é apresentado na figura 6. A informação mais evidente da figura anterior é a variação inversa do alongamento à ruptura com o aumento da carga de ruptura. Este andamento é comum a todas as ligas onde um acréscimo da carga de ruptura é pago com a redução da elasticidade do material.
Fascículo
O trabalho a frio (Cold Work) é uma tecnologia (metalurgia
Figura 7 - Influência do trabalho a frio
A razão, para não uso de ligas, vem da metalurgia mecânica, algumas vezes denominada trabalho (deformação a frio) mecânico de conformação. Na figura anterior está ilustrado em grande dimensão o que acontece com os “grãos” da liga duramente a deformação. O trabalho a frio (cold work) provoca uma notável deformação dos grãos de liga, eliminando a fase plástica, do material dúctil, deixando apenas a fase elástica. Este trabalho a frio não muda o módulo de elasticidade do metal, mas confere um aumento notável de tensão de ruptura. O preço a pagar por isto é uma redução apreciável de resistência à fadiga cíclica. Deste modo, em linhas de transmissão longas e sujeitas a vibrações eólicas, não se recomenda uso de condutores ligas. Se um cabo com alma de aço romper algum fio de alumínio, o cabo não cai por possui aço na alma. Os cabos de apenas alumínio liga não possuem este predicado. A figura 8 é uma animação útil para exibir o efeito do trabalho a frio sobre os materiais. O módulo de elasticidade é mantido inalterado, enquanto que a tensão de ruptura aumenta em prejuízo do alongamento. As ligas de silício (série 6) são materiais intensamente encruados, enquanto que a liga 1120 (série 1) é um material moderadamente encruado. As ligas 1350 são materiais com
Figura 6 - Influência do teor de carbono no aço.
cerca de 40%-50% de encruamento.
Apoio
usadas pode-se avançar que: 1 - ligas duras do tipo 6201 são competitivas (leves e de menor preço) para uso como cabos de fase em sistemas de distribuição primária urbana e suburbano, nas bitolas AWG, onde edificações e árvores protegem os cabos contra vibrações eólicas. As mesmas ligas podem ser usadas como neutro mensageiro de circuitos primários e secundários (ambos isolados); 2 - ligas duras do tipo 6201 até o diâmetro de 25 mm podem ser usadas como fases em linhas de transmissão, desde que os vãos permitam apenas oscilações moderadas dos condutores. Este protocolo tem sido usado em transmissão como alternativa às formações ACSR 26/7; 3 - ligas duras do tipo 6201 são alternativas aceitáveis a (1) e (2),
Figura 8 - Incruamento no trabalho a frio
observando em (2) sempre os aspectos de oscilações moderadas. As
Vibrações eólicas e fadiga cíclica
oscilações moderadas são aquelas de vão de vento máximo, recorrente
As vibrações eólicas, naturais em linhas de transmissão, por sua natureza oscilatória, induzem fadiga cíclica nos materiais componentes dos cabos. A fadiga cíclica é mais sentida em cabos com diâmetros superiores a 25 mm, mas é de modo especial sentida em cabos com fios de encordoamento muito encruados. Vibrações eólicas são enfrentadas com soluções tópicas (locais sobre os cabos) ou soluções com materiais. As soluções tópicas são geralmente uso de amortecedores (o mais comum o Stockbrige). As soluções com materiais manejam a metalurgia física e a metalurgia mecânica dos materiais. Este trabalho analisa apenas as soluções
diário, de manhãs frias; 4 - as ligas suaves do tipo 1350 em qualquer diâmetro podem ser usadas em secundário aéreo de distribuição (vão muito curto e protegida de vento); 5 - as ligas suaves do tipo 1350 em qualquer diâmetro podem ser usadas como metal condutor em cabos do tipo ACSR; 6 - todas as ligas duras ou suaves são sensíveis a fadiga cíclica devido a vibrações eólicas num crescendo: (i) 1350, (ii) 1120 e (iii) 6201; 7 - nos cabos ACSR, o condutor não rompe porque o cabo tem aço na alma.
Agradecimentos
com materiais.
O autor, consultor do grupo INTELLI, agradece a permissão para publicar este trabalho.
Referências [01] “PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS AÉREAS DE TRANSMISSÃO”- Paulo Roberto Labegalini , José Ayrton Labegalini , Rubens Dario Fuchs , Márcio Tadeu de Almeida- Editora Blucher [02] Sarah Chao Sun - Joe Yung “Vibration Damping for Transmission Line Conductors” Sun SC, A Model of Transmission Line Vibration, PhD Thesis, The University of Queensland, Australia, 1999. [03] Callister Jr W. D. Materials Science and Tachniologt: An Introduction John Wiley and Sons 2000 [04] NBR 7306 – ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas – Condutores elétricos de Figura 9 - Curva S-N de WÖHLER para ligas de alumínio.
A figura 9 apresenta o valor médio do número de ciclos a ruptura
alumínio – Tensão e deformação em condutores de alumínio – MÉTODO DE ENSAIO. [05] AAA (ALUMINUM ASSOCIATION OF AMERICA) – Stress-Strain-Creep curves for Aluminum Overhead Electrical Conductors. A technical report for aluminum association’s
para um determinado estado de tensão. Quando a liga é a EC 1350, existe
Electrical Technical Commitee.
um consenso de que este valor médio deve ser de 10 ciclos para uma
[06] J Gilbert Kalfman - Aluminum Alloys and Tempers ASM International 2000 258 pp
7
tensão de 80 Mpa. Para ligas 1120 e 6201 ainda são desconhecidos.
Conclusões Foram apresentadas as razões para uso e para não uso de cabos aéreos construídos com ligas de alumínio, considerando os aspectos de metais contidos nas ligas e o trabalho mecânico a frio para trefilação e encordoamento dos cabos. De todo conhecimento dentro das tecnologias
[07] Avner S H Introduction to Physical Metallurgy Mc Graw Hill 1974. [08] Dieter G E Metalurgia Mecânica Guanabara Koogan AS
Geraldo R. de Almeida é Engenheiro Eletricista da INTELLI – Terminais e Conectores. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
39
40
Aula Prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Por Mario Anauate Neto e Osvaldo Pires de Araujo*
Luminárias LED para áreas classificadas: chegou a hora de se preocupar com relação à radiação óptica
41
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Com
o
avanço
tecnológico
dos
para revolucionar.
LED´s (Diodo Emissor de Luz) ano após
Substituir lâmpadas de altíssimos
ano e o aumento de suas potências, os
consumo por luminárias LED´s com 1/3,
riscos destes componentes para áreas
às vezes até mais, do consumo ajudou
classificadas aumentam. Determinação
a impulsionar o mercado de iluminação,
de padrões, Normas e procedimentos de
porém como tudo o que é novo a
ensaios começaram a ser criados, porém
tecnologia demorou um pouco a chegar
estes ainda não são o suficiente.
em áreas classificadas.
Por
que
muitos
anos,
as
utilizavam
como
fonte
luminárias de
luz
Por possuírem uma alta potência
dissipada, os LEDs têm uma temperatura
lâmpadas incandescentes, fluorescentes
de emissão de calor alta e todos sabem
e de descarga reinaram no mercado,
que temperaturas muito altas em áreas
porém com a chegada dos LEDs e sua
classificadas não combinam muito, ou
capacidade de emissão de luz e baixo
seja, devem ser avaliadas.
consumo agora são os mais requeridos
Então
surgiu
a
pergunta:
como
no mercado.
vamos adotar iluminação LED em áreas
classificadas?
Com a evolução dos LED´s e sua
aplicação em áreas classificadas, hoje
se faz necessária a preocupação com
equipamentos para áreas classificadas
a
começaram a realizar seus ensaios e
correta
especificação
para
evitar
acidentes nas áreas.
As
empresas
que
desenvolvem
todas perceberam que o segredo para poder ter uma boa luminária estava
A revolução dos LED e a redução do consumo de energia
de junção entre o LED e a placa
a 55°C), e ter um bom material para
em conseguir fazer uma boa placa dissipadora de calor, onde a temperatura dissipadora não fosse muito alta (inferior
Desde que surgiram, as luminárias
de LED prometiam mudar o mundo
dissipar o calor gerado para a atmosfera.
da iluminação e, mesmo com certa
Por esse motivo, muitos fabricantes
resistência e desconfiança, aos poucos
adotaram o alumínio, que é um ótimo
isso acabou acontecendo.
dissipador de calor. uma
Voltando a parte do consumo, agora é
lâmpada de descarga a vapor de sódio
possível também economizar energia
de 250W por uma placa de LED de 80W
em ambientes com áreas classificadas!
Como
era
possível
trocar
e manter o mesmo resultado final em
Podemos
quantidade de luz? Foi devido a este
de uma pequena área dentro de uma
usar
um
exemplo
fictício
custo benefício que os LEDs chegaram
refinaria onde temos 100 luminárias com
42
Aula Prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
luz que pode levar a queima de diversos materiais.
Os
LEDs
de
alta
dependendo
da
forma
focalizados,
podem
potência, que
atuar
forem como
lasers, capazes de inflamar partículas transportadas pelo ar.
Devido ao risco apresentado, todos
os estudos e esforços dedicados sobre o assunto foram transformados em Norma, conforme a IEC 60079-28, Proteção de
Equipamentos
e
Sistemas
de
Transmissão, utilizando radiação óptica, Estação de carregamento com luminárias vapor de sódio 250W versus LED 50W.
lâmpadas de vapor metálico de 250W.
de energia.
Temos assim uma potência instalada de 25kW. Ao substituir por luminárias LED
Podemos dar como exemplo aqui uma
utilizaríamos luminárias, por exemplo,
lente de aumento. Ela pode concentrar
de 80W, que resultaria em uma potência
a radiação solar, um poderoso ponto de
instalada de 8kW, uma redução de 68%
publicada em 2016. Mesmo com essa Norma estando em vigor há mais de 10 anos, menos de 10% dos certificados emitidos nesse período riscos que a radiação óptica pode causar.
Imaginem agora esta troca em toda a
refinaria? Ou um FPSO ou até mesmo economia teríamos em conservação de
e posterior revisão em 2015. No Brasil, a Norma ABNT NBR IEC 60079-28 foi
no mundo levaram em consideração os
no consumo de energia.
um galpão operacional? O quanto de
sendo sua primeira publicação em 2006
A
ilustração
abaixo
exemplifica
alguns cenários básicos onde a radiação Luminária LED Ex para zona 1
ótica pode se tornar um perigo.
energia? Os números quando calculados são grandes, porém por se tratar de áreas classificadas nem sempre as coisas são tão fáceis assim.
Radiação óptica
Em setembro de 2016, na reunião
da IECEx, em Umhlanga, África do Sul, as conversas sobre o tema de radiação óptica se transformaram em
A distância entre uma fonte de luz e uma superfície externa com materiais de absorção pode ser crítica quando se considera a radiação óptica.
ações. O presidente do Ex Technical Advisory Group (ExTAG) apresentou um documento detalhado sobre as questões relativas aos LEDs e as possíveis fontes de ignição causadas pela luz forte.
Quando falamos em radiação óptica,
precisamos avaliar 4 fatores: 1) saída
de
energia
da
fonte
da
luminária; 2) ponto focal das ondas; 3) distância do ponto de luz; 4) presença de um material de absorção
Uma única fonte de luz pode ser segura, mas múltiplas fontes de luz adjacentes podem se sobrepor e criar radiação intensiva.
Se o invólucro não for à prova de poeira (por exemplo, IP5X), os materiais de absorção podem se infiltrar no invólucro e se tornar uma possível fonte de ignição.
43
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Para melhor visualização do risco
suspensão de materiais na atmosfera,
responsabilidade total de produção é do
da radiação óptica, vamos utilizar, com
diversas dessas substâncias podem se
fabricante.
exemplo, mesmo com comprimento de
depositar na luminária. Quando esse
onda de radiação diferente, um utensílio
acúmulo de material se dá no difusor
que segue a IECEX é um pouco mais
doméstico emissor de radiação comum
e/ou parte emissora de luz, ela começa
complexa. O organismo certificador é
nas
Uma
a absorver a radiação óptica emitida
responsável pela certificação do projeto
residências:
a
torradeira.
Já
a
certificação
internacional
torradeira com potência de 750W torra
pelos LEDs e podem começar a aquecer,
de produção e processo de produção.
duas fatias de pão com aproximadamente
com isso o risco de ignição aumenta se
Os ensaios requeridos vão muito além
5mW/mm². Com essa energia, o pão
tornando
das amostras de produtos.
é torrado depois de um tempo ou até
se a radiação óptica emitida não for
mesmo totalmente queimado.
contabilizada
adota
extremamente no
projeto
significativo inicial
das
uma
possível
fonte
de
ignição
na
diretiva Europeia ATEX 94/9/CE e, por
padrões
tipo
de
certificação
diferentes,
isso
faz
com que os processos e produtos
sejam
e
A radiação óptica é descrita como
cada
luminárias. Como todo equipamento para áreas
classificadas, o projeto deve ser ensaiado
Como
aprovado
por
um
organismo
de
diferentemente
avaliados.
Independentemente disso, o resultado final
das
certificações
devem
ser
terceira parte. Os organismos emitem os
semelhantes. E isso deve valer para a
certificados de acordo com os requisitos
certificação de radiação óptica.
das Normas aplicáveis para o tipo de
proteção Ex. Para a radiação óptica,
são instaladas por diversos segmentos
As luminárias para áreas classificadas
existem diversas maneiras de realizar
no Brasil e no mundo. Ao comprar um
a
equipamento, o usuário final espera
certificação
e
também
diferentes
avaliações.
receber um produto de qualidade e que atenda a todos os requisitos de
Mercado atual
segurança existentes para que suas áreas possam continuar operando sem
sua vez, a Norma EN1127-1 [2] estipula Essas variações de avaliações são
riscos.
Normalmente,
as
empresas
princípios gerais de proteção para ondas
eletromagnéticas na faixa de frequência
decorrentes dos diferentes mercados
de 3.1011Hz a 3.1015Hz (faixa espectral
existentes. Na Europa, no processo de
usuário é responsável por selecionar e
ótica). Como as informações iniciais
certificação ATEX, o projeto é avaliado
aceitar os produtos acreditando o que
eram muito escassas sobre os limites
pela certificadora com base em dados
está especificado no certificado. Com
quantitativos, algumas pesquisas foram
de ensaios e documentações técnicas.
base nisso é de suma importância que os
desenvolvidas para poder obter esse
A
organismo
organismos certificadores adotem todas
limite operacional seguro para sistemas
certificador fica limitado aos dados
os requisitos de segurança destinados
responsabilidade
do
não têm um especialista nessa área. O
que emitem radiação óptica em áreas
de ensaios fornecidos, documentação
a um produto para áreas classificadas.
classificadas.
técnica
ensaios
Por muitas vezes, o comprador apenas
realizados em amostras de produtos. A
está verificando se a certificação Ex
Após a realização de alguns testes
e
seus
próprios
chegou-se ao valor limite de 50mW para todas as misturas de gás / vapor, com exceção ao CS2 que ficou em 20mW, em radiação contínua. Com esses valores foi determinado o valor de 10mW/mm² para a irradiância mínima capaz de causar ignição.
Esse valor de radiação é o limite
seguro de radiação óptica estipulado pela ABNT NBR IEC 60079-28.
Como
as
luminárias
para
áreas
classificadas em sua grande maioria trabalham em ambientes agressivos com
Moega rodoviária com presença constante de poeira
44
Aula Prática
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
existe e não entra nos pormenores da
em outros, luminárias totalmente sujas
certificadas
certificação vigente.
conforme a foto abaixo e, às vezes, até
possuem certificação “op is”.
contra
radiação
óptica
piores do que esse estado.
Tipos de radiação óptica e onde é aplicável a certificação
consideração é que os padrões estipulados
de
pelas Normas para as classificações de
por mais que esteja em Norma, não
referência e Normas, vemos que a
temperatura não levam em consideração
é um requisito obrigatório no Brasil,
questão dos testes de radiação ótica são
a sujeira que se pode acumular ao
os fabricantes locais não testam suas
aplicáveis em luminárias com classificação
longo do tempo de instalação. Todas as
luminárias para esse tipo de situação.
de EPL Gb, zona 1. Lembrando um pouco
luminárias são ensaiadas e certificadas
Já as empresas estrangeiras com filiais
Ao
consultar
os
documentos
O
que
precisamos
levar
em
O que deve ser feito Como a questão da radiação óptica,
o conceito de zonas, a zona 1 é aquela
quando os produtos são produzidos ou
no País, já possuem os relatórios e
onde a ocorrência da mistura inflamável
seja novos e limpos.
certificações com a marcação “op is”.
/ explosiva é provável de acontecer em
condições Normais de operação do
áreas
em
certificados e ensaiados conforme manda
equipamento de processo. Por ter o
áreas de gases / vapores, a ABNT NBR
a Norma, podemos tomar uma atitude
equipamento em processo o tempo todo,
IEC 60079-28 é o único padrão que
simples que pode evitar que acidentes
o risco da mistura inflamável na atmosfera
temos para seguir hoje onde se especifica
envolvendo radiação óptica aconteçam,
Se falamos de risco de explosão em potencialmente
explosivas
Enquanto os equipamentos não são
é constante, por esse motivo o acúmulo
ensaios para luminárias sujas iguais as
inspeção visual constante das luminárias.
de resíduos na luminária é maior e é
que encontramos em campo hoje.
Caso você identifique que a luminária
onde se faz necessário a certificação de
Conforme a ABNT NBR IEC 60079-28
está suja, então está na hora de limpar.
radiação óptica já no projeto da luminária.
temos hoje três tipos de proteção para
Esse simples ato faz com que a camada
radiação ótica. São elas:
de sujeira na lente da luminária, que é
Para a zona 2, onde a ocorrência da
a causadora do super aquecimento, não
mistura inflamável / explosiva é pouco provável de acontecer e, caso aconteça,
1) radiação óptica inerentemente segura
ocorra. Mesmo com a inspeção visual
será por pouco tempo, não se faz
ou OP IS: nesse caso, a radiação visível
feita, isso não quer dizer que as luminárias
necessário a aplicação da certificação de
em infravermelho que é incapaz de
estão seguras, porém estarão aptas a
radiação óptica.
produzir energia suficiente sob condições
atuar em um ambiente mais seguro.
Como citado no texto no exemplo
normais ou de falha especificada para
da torradeira, o pão atua absorvendo a
causar a ignição de uma atmosfera
real risco que temos com a questão da
radiação. Com as luminárias, o material
explosiva especifica;
radiação óptica, o correto é se antecipar
de absorção é uma mistura de óleo,
2) radiação óptica protegida OP PR:
e já começar a adequar os produtos para
sujeira, graxas etc.
radiação visível ou em infravermelho que
essa realidade. Como estamos falando
Luminária recoberta de sujeira aumento do risco de radiação ótica
Aqui vale a pergunta: as luminárias
que ficam nas áreas são realmente tão sujas assim? Respondo essa com um relato pessoal, em todas as minhas visitas às áreas, nunca me deparei com uma luminária limpa, como as saídas de fábricas. Em alguns casos, vemos algumas com acúmulos de poeiras,
Mediante aos fatos expostos do
está confinada em uma fibra óptica ou
de áreas classificadas, não podemos nos
outro meio de transmissão sob condições
dar ao luxo de esperar que acidentes
normais de construção ou construções
aconteçam para que depois tomemos as
com
adicional
ações necessárias. Quando o assunto são
baseado na premissa de que não há fuga
áreas classificadas, a responsabilidade
de radiação do confinamento;
é de sempre estar um passo à frente
proteção
mecânica
3) sistema óptico com intertravamento
quando o quesito é segurança, pois
OP SH: sistema para confinar a radiação
no final do dia não estamos somente
visível
de
assegurando as áreas de processo, mas
uma fibra óptica ou outro meio de
ou
infravermelha
sim a vida das pessoas e a preservação
transmissão
do meio ambiente.
com
dentro
desligamento
por
intertravamento para reduzir de forma confiável a intensidade do feixe não
* Mário Anauate Neto é engenheiro
confinado a níveis seguros, dentro de um
eletricista, especialista em iluminação e áreas
período especificado, no caso de falha
classificadas.
do confinamento, tornando a radiação
Osvaldo Pires de Araujo é
não confinada.
engenheiro eletricista, especialista em áreas classificadas, coordenador do
Hoje,
as
luminárias
que
estão
CE-003.031.002.
Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 29 / Novembro de 2018
NOTÍCIAS DE MERCADO ENERGIA EÓLICA: Já temos mais de uma Itaipu de eólicas ENERGIA SOLAR: Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira APOIO
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Notícias
renováveis
Investimento em renováveis não aumenta custos e nem afeta competitividade do setor elétrico no Brasil, diz estudo
O Instituto Escolhas lançou o estudo
indicou o real custo de cada um deles para
"Quais os reais custos e benefícios das fontes
a sociedade e destaca que a melhor opção
de geração elétrica no Brasil?", no mês de
é a complementaridade entre as fontes de
outubro, apontando que a expansão de fontes
geração, que devem operar de forma conjunta.
renováveis não aumentaria custos ou afetaria
competitividade do setor elétrico no Brasil.
renováveis são as que apresentam o menor
custo de investimento e operação em
Segundo a pesquisa, o Brasil, até 2026,
A análise mostrou que as novas fontes
pode aumentar a participação de renováveis
relação às demais. Dentre as renováveis, a
em sua matriz elétrica sem que isso acarrete
biomassa é a que possui o menor custo de
custos significativos para a operação do
infraestrutura.
sistema elétrico, cumprindo assim as
Quando avaliados os serviços prestados
diretrizes do Plano Decenal de Energia 2026.
pela fonte além da produção de energia
Dados da Empresa de Pesquisa Energética
propriamente dita, como modulação
(EPE), apontaram que hoje mais de 80% da
(capacidade de atender à demanda
eletricidade usada no País é proveniente de
durante todo o ano) e robustez (capacidade
fontes renováveis, porém em sua maior parte
de produzir energia acima do que foi
a hidráulica (68%).
planejado), a termelétrica é a fonte que se
Em 2035, o País pode aumentar em
sai melhor. A hidrelétrica tem problemas
68% a participação de energia eólica, solar e
com a sazonalidade e eólica e solar com
biomassa em sua matriz elétrica, em relação
a variabilidade na produção de energia.
a previsão do PDE 2026, totalizando 44%
Entretanto, é também a termelétrica a
da composição da matriz. Essa mudança
fonte com o maior custo ambiental para a
pode ocorrer sem afetar a competitividade
sociedade relativo às emissões de gases de
e a atratividade dos megawatt-hora (MWh)
efeito estufa.
dessas fontes para os consumidores.
um componente dos custos de energia
Os MWh das novas renováveis são
Segundo o estudo, os subsídios são
bastante competitivos e atrativos ao
que potencialmente causam distorção na
consumidor, mesmo em cenários de sua
precificação das fontes. Hoje as fontes que
maior penetração no sistema, o que indica
mais recebem subsídios e isenções são solar,
haver ainda bastante espaço para estas
eólica e pequenas centrais hidroelétricas.
fontes na matriz energética do País.
fundamental de que os estudos de
O estudo ainda mostra que o plano de
A conclusão da pesquisa é a necessidade
expansão ideal para o sistema não deve
planejamento e o setor elétrico incorporem
necessariamente selecionar apenas a
os custos e benefícios econômicos das fontes
opção com o menor custo, pois nem todo
de geração para uma eficiente composição da
MWh é economicamente igual. A pesquisa
matriz energética do País.
Notícias
47
Geração de energia alternativa cresce 13% no último ano
Seguindo tendência mundial, o investimento
em energia limpa vem aumentado. E fontes como petróleo, carvão e gás vêm dando lugar à energia eólica, solar e hidráulica. Segundo estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), houve aumento de 13% na geração de energia alternativa no último ano.
O dado se refere ao Ambiente de
Comercialização Livre (ACL), segmento onde se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica. Para entrar nesse mercado, a demanda do consumidor tem de ser maior que 500 kW, o que engloba, geralmente, indústrias, comércios e grandes condomínios residenciais. A energia eólica representa 43% do mercado livre de energia, enquanto a biomassa chega a 67% e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), 45%. Aproximadamente 39% do consumo do ACL vêm de fontes renováveis.
"Isso mostra a importância do setor para a
formação de uma matriz limpa de energia, que é mais barata e vantajosa", explica Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. Para Reginaldo, se o mercado livre de energia fosse disponibilizado a toda população, os avanços em relação a sustentabilidade seriam muito maiores. "O consumidor precisa ter o direito de escolher de onde vai comprar energia", defende. Dados da ACL indicam que nos últimos 15 anos 5.544 agentes obtiveram uma economia média de 23%.
Em setembro, o Ministério de Minas e
Energia autorizou a instalação de 25 usinas de energia limpa no País, já leiloadas: 14 solares, oito eólicas, duas hidrelétricas e uma termelétrica de biomassa de bagaço de cana. "Vão conferir maior robustez, segurança e preço justo na distribuição", afirmou o ministro Moreira Franco. Em junho, as fontes de energia limpa representaram 81,9% da capacidade instalada no Brasil e 87,8% da produção total verificada.
O BNDES anunciou R$ 2,2 bilhões para
financiamento de empresas e pessoas físicas que queiram investir em energia renovável. Os consumidores vão poder financiar até 100% na compra de equipamentos de placas voltaicas e geradores a biogás, com prazo de pagamento de até 120 meses e carência de 24 meses.
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renováveis
Fonte solar fotovoltaica é nova aposta para expandir mercado livre com 2GW negociados este ano
A solar fotovoltaica é a mais nova aposta brasileira para
expandir o mercado livre de energia. A competitividade da fonte é vista pelas comercializadoras como estratégia de crescimento dos negócios no Ambiente de Contratação Livre (ACL). O tema foi debatido durante encontro promovido pela Absolar e Abraceel em São Paulo com agentes do setor elétrico e autoridades de Governo, entre eles o Ministério de Energia Elétrica (MME), o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Na ocasião, foram debatidas questões como contratos (PPAs)
no ACL, propostas de isonomia entre os ambientes regulados e livre e novos modelos regulatórios que permitam a expansão da fonte solar fotovoltaica do próprio ambiente de negócios no mercado livre.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o País deve fechar o ano com cerca de 2 mil megawatts da fonte solar fotovoltaica negociados no mercado livre de energia. Para o CEO da entidade, Dr. Rodrigo Sauaia, o preço da solar fotovoltaica negociado no último leilão de energia nova, em abril deste ano passado, a R$ 118,07 o MWh, pode ser considerado um divisor de águas para a fonte no Ambiente de Contratação Livre.
“O fato de a solar fotovoltaica ter vendido energia elétrica a
preços inferiores aos praticados por outras renováveis, como CGHs, PCHs e biomassa, sinalizou a competitividade da fonte para ser negociada pelas comercializadoras no ACL”, comenta. “Este ganho de competitividade é fruto da redução de preços dos equipamentos, recuperação da moeda brasileira frente ao dólar e acirrada competição entre os empreendedores”, acrescenta Sauaia.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR,
Ronaldo Koloszuk, avisa que a entidade tem recomendado algumas propostas prioritárias no sentido de consolidar a fonte solar fotovoltaica no mercado livre. “Entre elas, estruturação financeira adequada, implantação de projetos, conexão com rede básica e regras claras de comercialização”, aponta.
Já o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores
de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, lembra, todavia, que a entrada do chamado “preço-horário” no sistema de cálculo do setor elétrico, previsto para 2020, será um avanço regulatório para o País. “Certamente, a entrada em vigor do ‘preço-horário’ vai favorecer ainda mais a fonte solar fotovoltaica no mercado livre de energia”, comenta. “Nossa perspectiva é que a solar fotovoltaica será, em pouco tempo, fator determinante para a expansão da oferta em todo o Ambiente de Contratação Livre”, completou.
Notícias
Energia solar fotovoltaica
Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.
50
Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
Markus Vlasits é Coordenador da Força-Tarefa de Armazenamento da ABSOLAR
Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira entre 2010 e 2018, sendo a
geração solar fotovoltaica
baterias, lembramos de
segunda tecnologia que mais
e armazenamento. Para os
Brasileira de Energia Solar
dispositivos eletroeletrônicos
se barateou no setor elétrico
consumidores conectados
Fotovoltaica (ABSOLAR) e
ou de veículos elétricos. Porém,
mundial, atrás apenas da solar
à rede, em áreas urbanas e
o setor solar fotovoltaico, o
outros usos de baterias crescem
fotovoltaica, com redução de
rurais, que reclamam das
armazenamento competitivo
rapidamente no mundo.
83% no mesmo período.
interrupções ou instabilidades
é tema de grande interesse:
no fornecimento de eletricidade,
ele proporcionará mais valor
Quando pensamos em
Nos Estados Unidos há mais
O barateamento das baterias
Para a Associação
de 800 MWh em bancos de
continuará firme nos próximos
as baterias serão parte da
e novas funcionalidades aos
baterias “estacionárias”, ou seja,
anos, aproximando a tecnologia
solução. Adicionalmente, muitos
sistemas solares fotovoltaicos,
instaladas na infraestrutura
do mercado. Para dispositivos
consumidores em média tensão,
trazendo aos consumidores
da matriz elétrica ou em
eletroeletrônicos e na
especialmente nas regiões
maior liberdade e autonomia,
consumidores. As baterias
mobilidade elétrica, a tecnologia
Norte e Nordeste, pagam tarifas
e contribuindo para ampliar
estacionárias são usadas para
de íons de lítio tem sido a mais
elevadíssimas no horário ponta
a participação da fonte
regular e melhorar a frequência
indicada, pela maior densidade
e as baterias ajudarão a reduzir
solar fotovoltaica na matriz
e tensão da rede elétrica,
elétrica em comparação com
estes custos.
elétrica brasileira. Com isso,
para “arbitrar” o consumo em
as opções disponíveis. Já para o
ofereceremos novos serviços
horários de ponta e fora-ponta
uso estacionário existem boas
um ativo valioso para as
e opções, como uma gestão
e para proteger consumidores
alternativas, com vantagens
distribuidoras: além de melhorar
precisa da geração e do
contra surtos e falhas de
importantes. Uma delas, por
a qualidade do fornecimento
consumo locais, a criação de
fornecimento. Tais usos
exemplo, é a bateria de fluxo
de energia elétrica, o
microrredes e comunidades
deverão crescer fortemente,
de ferro que, apesar da menor
armazenamento permite
de compartilhamento e
contribuindo para acelerar
densidade elétrica, é mais
a expansão mais eficiente
armazenamento da geração
a transição de geradores
resistente à degradação, não
das redes de distribuição,
solar fotovoltaica, e o aumento
baseados em fontes fósseis,
é inflamável e não contêm
aliviando os picos de demanda
do poder de decisão do
poluidoras e mais caras para
materiais escassos ou de alta
em momentos de consumo
consumidor, usando a rede
fontes renováveis, limpas e mais
toxicidade em sua composição.
elevado. Em 2017, a ANEEL
elétrica quando for vantajoso e
Baterias também serão
aprovou 23 projetos de P&D de
protegendo os consumidores de
de geração variável.
E o que esperar do
armazenamento por meio da
custos elevadados.
armazenamento no Brasil?
Chamada de P&D Estratégico nº
21/2016, atualmente em fase
solar fotovoltaica, cada vez mais
de implantação. Adicionalmente,
competitivas, seguirão juntas,
competitivas, porém com perfil Um fator decisivo para o
avanço do armazenamento de Baterias cada vez mais
Armazenamento e energia
energia elétrica é a redução dos
custos das baterias. Segundo a
baratas acelerarão a substituição
estão sendo desenvolvidos os
abrindo as portas para novas
Bloomberg New Energy Finance,
de geradores a diesel, caros,
primeiros projetos comerciais no
oportunidades de negócio e de
o preço de baterias de íons de
poluentes e barulhentos, por
Brasil, em regiões como Goiás,
crescimento no setor elétrico
lítio despencou mais de 75%
sistemas híbridos combinando
Pernambuco e Minas Gerais.
brasileiro.
Energia Eólica
51
Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
O Brasil acaba de ultrapassar
bilhões), representando 58%
a expressiva marca de 14 GW de
dos investimentos realizados em
capacidade instalada de energia
renováveis no País (eólica, solar,
eólica. Já são 14,34 GW de
biomassa, biocombustíveis e
capacidade instalada em 568
resíduos, PCH e outros).
parques eólicos e mais de 7.000
aerogeradores em 12 Estados.
chegando a atender quase
Para comparação, podemos, por
14% do Sistema Interligado
exemplo, citar que esta é a mesma
Nacional – SIN, de acordo com
capacidade instalada de Itaipu, a
o último Boletim Mensal de
maior usina hidrelétrica do Brasil.
Dados do ONS, referente ao
mês de setembro e que mostra
A fonte eólica tem mostrado
A energia eólica já está
Minas e Energia Crédito: Portal Brasil
Já temos mais de uma Itaipu de eólicas
um crescimento consistente,
que, no dia 19 de setembro,
passando de menos de 1 GW em
uma quarta-feira, a energia
2011 para os 14 GW de agora,
eólica chegou ao percentual
completamente conectados à
de 13,98% de atendimento
rede de transmissão. Em média,
recorde do SIN. No caso
a energia gerada por estas eólicas
específico do Nordeste, os
médios. A produção elevou a
matriz tem a admirável qualidade
equivale atualmente ao consumo
recordes de atendimentos a
representatividade da fonte, em
de ser diversificada e assim deve
residencial médio de cerca de
carga já ultrapassam 70%. Nos
relação a toda energia gerada no
continuar. Cada fonte tem seus
26 milhões de habitações (80
primeiros oito meses do ano de
período pelas usinas do Sistema,
méritos e precisamos de todas.
milhões de pessoas).
2018, as eólicas geraram uma
para 11,5% em 2018.
É preciso que isso fique claro.
Do lado da energia eólica, o que
quantidade de energia 19%
o Brasil passou do 15º lugar no
superior ao gerado no mesmo
mais 4,46 GW em 186 novos
podemos dizer é que a escolha
Ranking de Capacidade Instalada
período do ano passado, de
parques eólicos, levando o
de sua contratação faz sentido
de energia eólica em 2012 para
acordo com dados consolidados
setor à marca de 18,80 GW,
do ponto de vista técnico, social,
a 8ª posição no ano passado,
do boletim InfoMercado mensal
considerando apenas leilões já
ambiental e econômico, já que
segundo o Global Wind Energy
da Câmara de Comercialização
realizados e contratos firmados
tem sido a mais competitiva
Council. Também é importante
de Energia Elétrica (CCEE). A
no mercado livre. Com novos
nos últimos leilões. Além disso,
mencionar que, no ano passado,
CCEE também informou que,
leilões, estes montantes
acreditamos ser uma escolha
a Bloomberg New Energy
durante o mês de agosto, as
se elevarão. Sobre novas
lúcida quando se tem ideais de
Finance estimou o investimento
usinas eólicas registraram a
contratações e sobre o futuro
uma sociedade mais justa e de
do setor eólico no Brasil em
maior produção de energia da
da energia eólica, acho sempre
um futuro mais sustentável e de
US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4
história ao alcançar 7.017 MW
importante explicar que nossa
respeito à natureza.
Gosto sempre de lembrar que
Até 2024, serão instalados
52
Pesquisa - Materiais para aterramento
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Setor de aterramento termina 2018 otimista e com previsão de crescimento de 17%, aponta pesquisa do OSE
Projetos de infraestrutura e aquecimento do setor de construção civil impulsionaram o segmento. Expectativa só não é maior devido ao cenário econômico ainda em recuperação
53
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
O setor de aterramento espera crescer 17% neste ano, segundo pesquisa realizada
pela revista O Setor Elétrico (OSE), com 75 empresas do segmento. Em relação a 2017, o crescimento esperado é de 15%. Já a expectativa do setor de crescimento do tamanho anual total do mercado em 2018 é de 8%, com um acréscimo de 15% no quadro de funcionários neste ano. Previsões de crescimento
8%
Previsão de crescimento do tamanho anual total do mercado para o ano de 2018 Acréscimo (em percentual) ao quadro de funcionários da empresa
15% 15%
Crescimento da sua empresa em 2017 comparado ao ano anterior Previsão de crescimento em 2018
17%
A pesquisa apontou que projetos de infraestrutura (19%), seguido por aquecimento do
setor da construção civil (12%) e incentivos de legislação ou normalização (10%), estimularam o crescimento do segmento em 2018. Em contrapartida, para 14%, o crescimento não foi maior devido à desaceleração da economia brasileira e a falta de confiança dos investidores (11%). Fatores que influenciam o mercado de materiais para aterramento
3%
Outros 7%
Desvalorização da moeda brasileira
6%
Programas de incentivo do governo 12%
11%
Bom momento econômico do país
Falta de confiança de investidores 4%
Falta de normalização e/ou legislação
14%
Desaceleração da economia brasileira
10%
Incentivos por força de legislação ou normalização
5%
Setor da construção civil aquecido
1%
Crise internacional
19%
Projetos de infraestrutura
8%
Setor da construção civil desaquecido
Pesquisa - Materiais para aterramento
54
Mais de 50% do segmento de aterramento, segundo a pesquisa
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
No ano passado, a maior parte do segmento, que atingiu o
OSE, atingiram um faturamento médio de até R$ 20 milhões em 2017.
faturamento de até R$ 20 milhões foi impulsionado pela linha
A fatia de 20% atingiu um faturamento médio entre R$5 milhões a
de resistores de aterramento (77%), medidores de resistência
R$10 milhões e 7%, entre R$10 milhões a R$ 50 milhões. A faixa
e impedância de aterramento (68%), solda exotérmica (67%),
que atingiu um faturamento de R$200 milhões até mais de R$ 500
malhas de aterramento pré-fabricadas (62%) e barramentos de
milhões ficou empatada com 5%.
aterramento e equipotencialização (61%).
Faturamento bruto anual em 2017
5%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
Acima de R$ 1 bilhão 4%
68% 16%
8%
5%
3%
0%
0%
77% 11%
6%
0%
6%
0%
0%
Hastes de aterramento
34% 23% 25%
7%
7%
5%
0%
Malhas de aterramento
62% 13% 18%
5%
3%
0%
0%
61% 17% 15%
2%
2%
2%
0%
22% 24% 22% 10% 12%
4%
4%
67% 24%
2%
De R$ 50 milhões a R$ 70 milhões
SPDA (captores, cabos e acessórios)
52%
7%
Medidores de
Até R$ 5 milhões
De R$ 30 milhões a R$ 50 milhões
De R$ 100 milhões a R$ 200 milhões
4%
2%
De R$ 70 milhões a R$ 100 milhões
De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
2%
De R$ 200 milhões a R$ 500 milhões
De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões
33% 24% 15% 17%
Até R$ 20 milhões
5%
Percepção sobre o tamanho anual de alguns nichos de mercado
Acima de R$ 500 milhões
resistência e/ ou impedância de
7%
aterramento
De R$ 10 milhões a R$ 30 milhões
Resistores de aterramento
20%
De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões
pré-fabricadas Barramentos de aterramento e/ou
O setor industrial corresponde por 91% do mercado de
equipotencialização
aterramento, seguido pelo comercial (61%), pelo público (38%) e,
Cabos, cordoalhas
por fim, pelo residencial (31%).
e conectores para sistemas de
Principais segmentos de atuação
aterramento e/ou equipotencialização Solda exotérmica Dispositivo protetor de
5%
0%
0%
0%
2%
2%
0%
56% 23% 10%
5%
0%
0%
surtos de energia
Residencial
31%
5%
45% 21% 12% 17%
Dispositivo
5%
protetor de surtos
Público
de sinal (telefonia,
38%
dados, etc.)
Comercial
61%
Industrial
91%
De acordo com a pesquisa, o principal canal de venda do setor
de aterramento é a venda direta ao cliente final (78%), seguido por revendas e varejistas (45%), distribuidores e atacadistas (40%), internet (29%) e telemarketing (23%).
55
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Principais canais de vendas
Outros
18%
Telemarketing
23%
Internet
29%
Distribuidores/tacadistas
40%
Revendas/varejistas
45%
Venda direta ao cliente final
78%
O SPDA (captores, cabos e acessórios) lidera o ranking dos produtos mais fabricados
e distribuídos pelo segmento, com 69% da fatia, seguido pelos dispositivos de protetor de surtos (62%), cabos cordoalhas e conectores (61%) e hastes de aterramento (61%). Principais produtos comercializados pelas empresas
Resistores de aterramento
12% 26%
Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento Malhas de aterramento pré-fabricadas
29%
Dispositivo protetor de surtos de sinal
40%
Solda exotérmica
44% 49%
Barramentos de aterramento e/ou equipotencialização Hastes de aterramento
61% 61%
Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ou equipotencialização
62% 69%
Dispositivo protetor de surtos de energia SPDA (captores, cabos e acessórios)
IFG 1/3
Pesquisa - Materiais para aterramento
Site
Cidade
(11) 3228-1577
www.a3eletro.com.br
São Paulo
SP
X
ANX ENGENHARIA
(31) 3657-7941
www.anxengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
ATR Soluções
(28) 3521.5707
www.atrs.com.br
Cachoeiro de Itapemirim
ES
X
X
Barbosa & Andrade
(31) 3551-6351
www.barbosandrade.com.br
Ouro Preto
MG
X
X
BASE Energia
(19) 3837-5067
www.baseenergia.com.br
Jaguariuna
SP
X
X
BKNAV INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
(21) 4063-9100
www.bknav.com.br
Duque de Caxias
RJ
X
X
X
X
CAESA
(41) 3699-8400
www.caesa.ind.br
Almirante Tamandaré
PR
X
X
X
X
CAO ENERGIA E ENG. ELÉTRICA LTDA
(61) 3447-8714
www.caoenergia.com.br
Brasília
DF
X
X
X
Carvalho Group
(11) 4695-1246
www.carvalhogroup.com.br
Guararema
SP
X
X
X
CASP S/A Industria e Comercio
(19) 98115-6582
www.casp.com.br
Amparo
SP
X
X
X
CCPG Engenharia
(42) 3236-0100
www.ccpg.eng.br
Ponta Grossa
PR
X
X
X
Clamper
0800 703 0555
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X
COBRACE
(11) 4991-1747
www.cobrace.com.br
Santo André
SP
X
Condumax Fios e Cabos Elétricos
0800 701 3701
www.condumax.com.br
Olímpia
SP
X
Crossfox Elétrica
(11) 2902-1070
www.crossfoxeletrica.com.br
São Paulo
SP
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
Dinâmica MG
(31) 3426-1668
www.dinamicaelevadores.com.br
EATON
0800 00 32866
Eficaz Engenharia
(51) 3342-5650
ELETRIC Elétrica Cidade Ltda
Estado
X X
X
X
X
X
X
X
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X
X
X
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X
X
X
X
X
SP
X
X
X
Belo Horizonte
MG
X
www.eaton.com
Porto Feliz
SP
www.eficaz.eng.br
Canoas
RS
(11) 4168-1302
eletric-produtos@superig.com.br
Barueri
SP
(34) 3256-4944
www.eletricacidade.com.br
Uberlândia
MG
X
X
Eletroeltz Engenharia
(41) 3369-5663
www.eletroeltz.com.br
Curitiba
PR
X
X
Eletroos Engenharia
(55) 99913-2383
www.eletroos.com.br
Santiago
RS
X
Eletrotécnica Vera Cruz
(11) 4941-0251
www.eletrotecnicaveracruz.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
Eletrotil Soluções Técnicas
(34) 3268-2033
www.eletrotil.com.br
Itaiatuba
MG
X
X
X
Embramat
(11) 2098-0371
www.embramataltatensao.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
EMBRASTEC
(16) 3103-2021
www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
X
X
Exatron
0800 541 3310
www.exatron.com.br
Canoas
RS
X
X
X
X
FASTWELD
(11) 2421-7150
www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X
X
X
FAW7 ENGENHARIA
(11) 2768-0800
www.faw7.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Finder
(11) 4223-1550
www.findernet.com
Sao Caetano do Sul
SP
X
X
X
Fluke do Brasil
(11) 3741-1370
www.fluke.com.br
São Paulo
SP
X
X
FRONTEC
(51) 3201-2477
www.frontec.com.br
São Leopoldo
RS
X
FTTeng
(14) 3245-5478
www.ftteng.com.br
Bauru
SP
GALASSO MATERIAIS ELÉTRICOS E TINTAS
(13) 3326-2568
www.galassosantos.com.br
Santos
SP
X
X
X
X
Ideal Engenharia
(11) 3287-0622
www.idealengenharia.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
INTELLI
(16) 3820-1500
www.intelli.com.br
Orlândia
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
IPT Engenharia
(61) 99627-1181
www.iptengenharia.com
Brasília
DF
X
X
X
X
Itapuã Eletro Comercial
(16) 3951-2195
www.itapuaeletro.com.br
Cravinhos
SP
X
X
X
X
José Marcos
(41) 3285-2242
www.enghive.com.br
Araucaria
PR
X
X
X
LPM
(11) 3976-1636
www.lpmmil.com.br
São Paulo
SP
X
X
MAGNET
(11) 4176-7877
www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
Makrocil
(15) 99756-7416
alexandresat99@gmail.com
Sorocaba
SP
MBA Construtora
(34) 3271-7700
www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
Mecânica do Brasil
(11) 2026-6060
www.mecdobrasil.com.br
São Paulo
SP
X
X
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com
São Paulo
SP
X
X
MGALTECK SOLUÇÕES INDUSTRIAIS
(47) 3285-7708
www.mgalteck.com.br
Blumenau
SC
X
MONTAL PARA-RAIOS
(31) 3476-7675
www.montal.com.br
Belo Horizonte
MG
X
MTM
(11) 4125-3933
www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
MULTITAREFA TECH
(11) 2258-8443
multitarefa@yahoo.com.br
São Paulo
SP
X
Mundo Elétrico
(11) 4029-7168
mundoeletrico@gmail.com
Salto
SP
X
Naville Iluminação
(11) 2431-4500
www.naville.com.br
Guarulhos
SP
X
X
nVent
(15) 3363-9160
www.nvent.com
Boituva
SP
X
X
X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
Olivo S/A
(48) 2102-8820
www.olivosa.com.br
Siderópolis
SC
X
PAES ENGENHARIA
(31) 98831-1957
engenharia@paesengenharia.net
Belo Horizonte
MG
X
X X
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X
X
X
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X
X X
X
X
X
X
X X
Programas na área de responsabilidade social
Telefone
A3 ELETRO COMERCIAL
Certificado ISO 14001
EMPRESA
Certificado ISO 9001
X
Outros
Telemarketing
X
Internet
Venda direta ao cliente final
Revendas / varejistas
X
Distribuidores / atacadista
X
Canal de Vendas
Público
Residencial
Principal segmento
Industrial
Distribuidora
Fabricante
A empresa é
Atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Comercial
56
X
X X X
X
57
X
X
MG
X
PARATEC
(11) 3641-9063
www.paratec.com.br
São Paulo
SP
X
Pentean Proj. Consult. e Ins.s Elétricas
(19) 3327-5327
www.pentean@eletrica.com.br
Valinho
SP
Petrobras
(22) 3377-3164
www.petrobras.com.br
Macaé
RJ
X
Phoenix Contact
(11) 2871-6400
www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
Potencia Engenharia
(91) 99983-3260 www.potenciaeng.com.br
Belém
PA
X
PROAUTO
(15) 3031-7444
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
PROVITEL
(11) 2239-1484
www.provitel.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
Quadrimar Quadros e Painéis Elétricos
(21) 2428-3155
www.quadrimar.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X
X
X
RAYCON DO BRASIL
(11) 3994-1906
www.raycon.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Redes TI
(69) 3229-5287
www.gruporedemixx.com.br
Porto Velho
RO
X
X
X
Renetec
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
X
X
SENAI
(42) 3219-4900
www.senaipr.org.br
Ponta Grossa
Pr
X
X
X
X
Senior Engenharia
(31) 2105-9800
www.seniorengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X
SIEMENS
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
TAG EQUIPAMENTOS
(15) 99104-2105 www.tagequipamentos.webnode.com.br Sorocaba
SP
X
X
X
X
TecnEnge Telecomunicação Ltda
(41) 9997-3534
tecnenge@mps.com.br
Curitiba
X
X
X
Telbra Ex
(11) 2946-4646
www.telbra.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
TERMOTÉCNICA PARA-RAIOS
(31) 3308-7000
www.tel.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X
UTILI
(31) 3232-0400
www.utili.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
Weidmüller
(11) 4366-9600
www.weidmuller.com.br
Diadema
SP
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
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X
X
PR
X
Outros
Estado
Belo Horizonte
Internet
Cidade
www.paraeng.com.br
Público
Site
(31) 3394-7433
Programas na área de responsabilidade social
X
Telefone
Paraeng Para raios
Certificado ISO 14001
X
X
EMPRESA
Certificado ISO 9001
X X
Telemarketing
Venda direta ao cliente final
X
Revendas / varejistas
X
X
Distribuidores / atacadista
X
Residencial
Comercial
X
Canal de Vendas
Fabricante
Industrial
Principal segmento
Distribuidora
A empresa é
Atendiemnto ao cliente por telefone e/ou internet
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
X X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
Pesquisa - Materiais para aterramento
X
X
X
ATR Soluções
(28) 3521.5707
www.atrs.com.br
Cachoeiro de Itapemirim
ES
X
X X
X
X
X
X X
Barbosa & Andrade
(31) 3551-6351
www.barbosandrade.com.br
Ouro Preto
MG
X
X X
X
X
X
X
X
BASE Energia
(19) 3837-5067
www.baseenergia.com.br
Jaguariuna
SP
X
X
X
X
X
X
BKNAV INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
(21) 4063-9100
www.bknav.com.br
Duque de Caxias
RJ
CAESA
(41) 3699-8400
www.caesa.ind.br
Almirante Tamandaré
PR
X
X
CAO ENERGIA E ENG. ELÉTRICA LTDA
(61) 3447-8714
www.caoenergia.com.br
Brasília
DF
X
X X
Carvalho Group
(11) 4695-1246
www.carvalhogroup.com.br
Guararema
SP
CASP S/A Industria e Comercio
(19) 98115-6582 www.casp.com.br
Amparo
SP
CCPG Engenharia
(42) 3236-0100
www.ccpg.eng.br
Ponta Grossa
PR
Clamper
0800 703 0555
www.clamper.com.br
Lagoa Santa
MG
X X
COBRACE
(11) 4991-1747
www.cobrace.com.br
Santo André
SP
X
Condumax Fios e Cabos Elétricos
0800 701 3701
www.condumax.com.br
Olímpia
SP
Crossfox Elétrica
(11) 2902-1070
www.crossfoxeletrica.com.br
São Paulo
SP
X
X
D´LIGHT
(11) 2937-4650
www.dlight.com.br
Guarulhos
SP
X
X
Dinâmica MG
(31) 3426-1668
www.dinamicaelevadores.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X X
EATON
0800 00 32866
www.eaton.com
Porto Feliz
SP
X X
X
X
Eficaz Engenharia
(51) 3342-5650
www.eficaz.eng.br
Canoas
RS
X
X
X X
X
ELETRIC
(11) 4168-1302
eletric-produtos@superig.com.br
Barueri
SP
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X
Dispositivo protetor de surtos de energia
X X
Solda exotérmica
X
Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ ou equipotencialização
X
MG
Barramentos de aterramento e/ ou equipotencialização
X
Belo Horizonte
Malhas de aterramento préfabricadas
X
www.anxengenharia.com.br
Hastes de aterramento
X
(31) 3657-7941
Resistores de aterramento
SP
ANX ENGENHARIA
Estado
Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento
São Paulo
SPDA(captores,cabos e acessórios)
Cidade
www.a3eletro.com.br
Manutenção dos produtos para os clientes
Site
(11) 3228-1577
Importa produtos acabados
Telefone
A3 ELETRO COMERCIAL
Exporta produtos acabados
EMPRESA
X
X
X
X X
X
X
X
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X X
X
X
X
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X
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X
X
X
X
X
X
X
X
Elétrica Cidade Ltda
(34) 3256-4944
www.eletricacidade.com.br
Uberlândia
MG
X
X
X
X
X
Eletroeltz Engenharia
(41) 3369-5663
www.eletroeltz.com.br
Curitiba
PR
X
X
X
X
X
X
X
X
Eletroos Engenharia
(55) 99913-2383 www.eletroos.com.br
Santiago
RS
X
X
X
X
X
X
X
X
Eletrotécnica Vera Cruz
(11) 4941-0251
www.eletrotecnicaveracruz.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
X
X
Eletrotil Soluções Técnicas
(34) 3268-2033
www.eletrotil.com.br
Itaiatuba
MG
X
X X
X
X
X
X
X
Embramat
(11) 2098-0371
www.embramataltatensao.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
X
EMBRASTEC
(16) 3103-2021
www.embrastec.com.br
Ribeirão Preto
SP
X
X X
X
Exatron
0800 541 3310
www.exatron.com.br
Canoas
RS
X X
X
X
X
FASTWELD
(11) 2421-7150
www.fastweld.com.br
Guarulhos
SP
X X
X
X
X
X
FAW7 ENGENHARIA
(11) 2768-0800
www.faw7.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
X
Finder
(11) 4223-1550
www.findernet.com
Sao Caetano do Sul
SP
X X
X
X
Fluke do Brasil
(11) 3741-1370
www.fluke.com.br
São Paulo
SP
X
X
X X
FRONTEC
(51) 3201-2477
www.frontec.com.br
São Leopoldo
RS
X X
X
X
FTTeng
(14) 3245-5478
www.ftteng.com.br
Bauru
SP
X
GALASSO MATERIAIS ELÉTRICOS E TINTAS
(13) 3326-2568
www.galassosantos.com.br
Santos
SP
Ideal Engenharia
(11) 3287-0622
www.idealengenharia.com.br
São Paulo
SP
INTELLI
(16) 3820-1500
www.intelli.com.br
Orlândia
SP
IPT Engenharia
(61) 99627-1181 www.iptengenharia.com
Brasília
DF
Itapuã Eletro Comercial
(16) 3951-2195
www.itapuaeletro.com.br
Cravinhos
SP
José Marcos
(41) 3285-2242
www.enghive.com.br
Araucaria
PR
X
X X
X
X
LPM
(11) 3976-1636
www.lpmmil.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
X
MAGNET
(11) 4176-7877
www.mmmagnet.com.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X
X
Makrocil
(15) 99756-7416 alexandresat99@gmail.com
Sorocaba
SP
X
X X
X
X
X
MBA Construtora
(34) 3271-7700
www.mbaconstrutora.com.br
Ituiutaba
MG
X
X
X
X
Mecânica do Brasil
(11) 2026-6060
www.mecdobrasil.com.br
São Paulo
SP
Megabras
(11) 3254-8111
www.megabras.com
São Paulo
SP
X X
X
X
X
MGALTECK SOLUÇÕES INDUSTRIAIS
(47) 3285-7708
www.mgalteck.com.br
Blumenau
SC
X X
X
X X
X
MONTAL PARA-RAIOS
(31) 3476-7675
www.montal.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X X
MTM
(11) 4125-3933
www.mtm.ind.br
São Bernardo do Campo
SP
X
X
X X
X
MULTITAREFA TECH
(11) 2258-8443
multitarefa@yahoo.com.br
São Paulo
SP
X
X
Mundo Elétrico
(11) 4029-7168
mundoeletrico@gmail.com
Salto
SP
X
X X
Naville Iluminação
(11) 2431-4500
www.naville.com.br
Guarulhos
SP
X
X
X X
nVent
(15) 3363-9160
www.nvent.com
Boituva
SP
X X
X
X X
OBO BETTERMANN
(15) 3335-1382
www.obo.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X
Olivo S/A
(48) 2102-8820
www.olivosa.com.br
Siderópolis
SC
X
X
PAES ENGENHARIA
(31) 98831-1957 engenharia@paesengenharia.net
Belo Horizonte
MG
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X
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Dispositivo protetor de surtos de sinal (telefonia, dados, etc.)
Principais Produtos que a Empresa Fabrica e/ou Distribui
Treinamento técnico para os clientes
Instalação dos produtos para os clientes
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Oferece corpo técnico especializado para suporte aos clientes
58
X
X X
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X
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X
X
59
Cabos, cordoalhas e conectores para sistemas de aterramento e/ ou equipotencialização
Solda exotérmica
Dispositivo protetor de surtos de energia
X
X
X
X
X
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X
X
X
X
X
X
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X
X
X
EMPRESA
Telefone
Site
Cidade
Paraeng Para raios
(31) 3394-7433
www.paraeng.com.br
Belo Horizonte
MG
X
PARATEC
(11) 3641-9063
www.paratec.com.br
São Paulo
SP
X
Pentean Proj. Consult. e Ins.s Elétricas
(19) 3327-5327
www.pentean@eletrica.com.br
Valinho
SP
Petrobras
(22) 3377-3164
www.petrobras.com.br
Macaé
RJ
X
Phoenix Contact
(11) 2871-6400
www.phoenixcontact.com.br
São Paulo
SP
X
Potencia Engenharia
(91) 99983-3260 www.potenciaeng.com.br
Belém
PA
X
X
X X
PROAUTO
(15) 3031-7444
www.proautomacao.com.br
Sorocaba
SP
X
X
X X
PROVITEL
(11) 2239-1484
www.provitel.com.br
São Paulo
SP
X
X
X
X
Quadrimar Quadros e Painéis Elétricos
(21) 2428-3155
www.quadrimar.com.br
Rio de Janeiro
RJ
X
X X
X
X
RAYCON DO BRASIL
(11) 3994-1906
www.raycon.com.br
São Paulo
SP
X
X X
X
X
X
X
Redes TI
(69) 3229-5287
www.gruporedemixx.com.br
Porto Velho
RO
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
Renetec
(11) 4991-1999
www.renetec.com.br
Santo André
SP
X
X X
X
X
X
X X
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SENAI
(42) 3219-4900
www.senaipr.org.br
Ponta Grossa
Pr
X
X X
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X
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X
Senior Engenharia
(31) 2105-9800
www.seniorengenharia.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
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X
X
SIEMENS
0800 11 94 84
www.siemens.com.br
São Paulo
SP
X X
X
TAG EQUIPAMENTOS
(15) 99104-2105 www.tagequipamentos.webnode.com.br Sorocaba
TecnEnge Telecomunicação Ltda
(41) 9997-3534
tecnenge@mps.com.br
Curitiba
Telbra Ex
(11) 2946-4646
www.telbra.com.br
São Paulo
SP
X
X
TERMOTÉCNICA PARA-RAIOS
(31) 3308-7000
www.tel.com.br
Belo Horizonte
MG
X
X
X X
UTILI
(31) 3232-0400
www.utili.com.br
Belo Horizonte
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Weidmüller
(11) 4366-9600
www.weidmuller.com.br
Diadema
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Estado
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Dispositivo protetor de surtos de sinal (telefonia, dados, etc.)
Barramentos de aterramento e/ ou equipotencialização
X
X
Malhas de aterramento préfabricadas
X
X
Hastes de aterramento
X
Resistores de aterramento
X
Medidores de resistência e/ou impedância de aterramento
SPDA(captores,cabos e acessórios)
Principais Produtos que a Empresa Fabrica e/ou Distribui
Manutenção dos produtos para os clientes
Instalação dos produtos para os clientes
Treinamento técnico para os clientes
Oferece corpo técnico especializado para suporte aos clientes
Importa produtos acabados
Exporta produtos acabados
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
X
X X
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X
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Por Eng. Normando V.B. Alves*
Eletrodo de aterramento de PDA Parte 2
O
que é um eletrodo de
aterramento ?
Algumas
pessoas
ainda
Reparem na tabela 7 que, além
estão
do cabo de cobre, existem outras
presas a algumas nomenclaturas e têm
opções, como cabo de aço cobreado,
dificuldade de entender. Á luz da Norma,
aço galvanizado a fogo e aço inox. O
o que é um eletrodo de aterramento?
alumínio é proibido na tabela 5 para o
subsistema de aterramento, veja a tabela
Definição da Norma na parte 3:
5.
“3.10 - Eletrodo
de aterramento
Parte ou conjunto de partes do
Para o caso de serem usadas hastes
de aterramento (arredondado maciço)
subsistema de aterramento capaz de
deverão atender à Norma NBR 13571,
realizar o contato elétrico direto com
hastes de aterramento (COPPERWELD)
a terra e que dispersa a corrente da
cobreadas
descarga atmosférica nesta”
cobre de 254 micras (alta camada) e
com
uma
camada
de
diâmetro mínimo de 12,7 mm, sendo as Tradução:
material
ou
conjunto
de
hastes “comerciais” de baixa camada,
materiais que atendam aos quesitos
proibidas. Caso seja usado o cabo
mínimos
cobreado, a seção mínima é de 70 mm2
das
tabelas
desta
Norma,
em contato elétrico com o solo, e que
e diâmetro de cada fio de 3,45 mm, com
ajuda a dispersar as correntes do raio no
254 micras de cobre também.
solo. Os materiais mais usados e mais
facilmente encontrados no mercado são
alumínio é proibido em contato com
basicamente os cabos de cobre e as
o solo, pois este se degrada muito
hastes de aterramento, não se limitando
rapidamente nesse ambiente, por isso
apenas a estes.
também é proibido no reboco e no
Resumindo: o eletrodo de aterramento
concreto.
Como podem observar, o cabo de
do subsistema de aterramento pode ser composto de cabos e hastes. O cabo é um eletrodo horizontal, que a
Arranjo do eletrodo de aterramento
Norma chama de eletrodo não cravado
e as hastes são eletrodos verticais, que a
eram permitidos 2 tipos de arranjo de
Norma chama de eletrodo cravado.
aterramento.
Na norma anterior, datada de 2005,
61
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
1- O
arranjo
A ( pontual)
a) Este arranjo poderia ser constituído por uma haste de aterramento ou por um triângulo com cabos e hastes ou por um quadrado etc. Todos esses arranjos pontuais eram instalados próxima a cada descida do SPDA. b) Para se usar este tipo de arranjo era necessário atender a 2 quesitos: que a edificação tivesse um perímetro de, no máximo, 25 m e a resistividade do solo fosse no máximo 100 Ω.m, ou seja, para usar este arranjo é obrigatório ser realizada a prospecção do solo e estratificar este em camadas mostrando a sua resistividade e a profundidade de cada camada. Se a camada onde esse aterramento pontual iria ser instalado tivesse uma resistividade maior, ou se o perímetro da edificação for acima de 25 m, este arranjo não poderia ser usado. c) O que estava acontecendo na prática é que muitos projetos e instalações estavam
sendo
implantados
sem
atender a esses 2 quesitos exigidos pela Norma, de forma indiscriminada. Por esse motivo, na revisão da Norma, este arranjo foi retirado, mas também por entendermos que a resistividade de 100 Ω.m está fora da realidade da maioria dos solos brasileiros e porque este tipo de arranjo aumenta muito o risco para as pessoas e animais, devido ao aumento do risco de descarga lateral, tensão de passo e tensão de toque. *Eng. Normando V.B. Alves é Diretor de Engenharia da Termotécnica Continua na próxima edição
62
Espaço SBQEE
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Por Ivan Nunes Santos, Bárbara Morais Gianesini e Vinícius Henrique Farias Brito*
Requisitos de acesso: filtrando a norma
O crescimento exponencial de acesso
associações setoriais, profissionais da
ao sistema elétrico de potência por
área e da academia. Diante disto, é
parte de instalações de parques eólicos
realizada, na sequência, uma síntese dos
e fazendas fotovoltaicas tem aumentado
principais pontos de questionamentos
consideravelmente
levantados por parte deste Núcleo de
a
demanda
por
estudos de acesso junto ao ONS. No
Pesquisa (NQEE-FEELT/UFU) [2].
que tange à qualidade da energia elétrica (QEE), são requeridos estudos e medições, sobretudo vinculados aos
Utilização de lei de agregação de correntes harmônicas
indicadores de distorções harmônicas e flutuações de tensão. O documento
balizador de tais estudos e medições
corrente harmônica total representativa
é a Nota Técnica (NT) 009/2016-REV.02
do
[1], a qual estabelece os chamados
da rede interna, utiliza-se da lei de
requisitos
agregação
de
acesso
para
parques
Na
NT,
circuito
para
determinação
equivalente de
de
correntes
da
Norton proposta
eólicos e fazendas solares, discutidos
pela IEC 61000-3-6 [3]. Todavia, tal
neste artigo.
formulação não é necessariamente a
Num primeiro momento, pode-se
agregação verificada na prática [4], pois
afirmar que esta NT é direcionada
as correntes harmônicas são geradas,
praticamente distorções, tensão
para
sendo
pouco
o
indicador
de
via de regra, com magnitudes e ângulos
as
flutuações
de
diferentes, tendo grande influência da
o
impedância do ponto de conexão, das
foco ora considerado será apenas as
exploradas.
Assim,
condições da fonte primária de energia
distorções harmônicas, as quais, por sua
e também do seu controle.
vez, poderão gerar a obrigatoriedade de soluções mitigatórias envolvendo a
compra
e
instalação
de
filtros
Utilização de correntes certificadas
harmônicos, elevando ainda mais o custo dos empreendimentos.
Na atualidade, o emprego desta NT para
fabricantes e nem sempre são indicadas
os estudos de QEE tem suscitado muitas
as condições em que as mesmas foram
críticas,
dúvidas,
obtidas. Via de regra são medidas em
acessantes,
barramentos ideais (elevados níveis de
por
questionamentos
parte
de
agentes
e
Estas correntes são fornecidas pelos
Espaço SBQEE
curto-circuito), o que dificilmente será
sempre
são
factíveis.
Outra
encontrado em campo. Diante disso, o
percebida
diz
emprego destas correntes em estudos
chamado
LG-Alternativo,
representativos
se
frequências
de
situações
reais
utiliza
respeito
ao
crítica uso
no
do qual
harmônicas
e
interharmônicas para a obtenção do
poderá incorrer em erros grosseiros.
de de
responsabilidade harmônicos
no
pela
63
geração
sistema
elétrico,
realizando-se, assim, uma divisão dos custos dos procedimentos de mitigação de forma clara e justa.
mesmo.
Não se considera a real lógica de propagação harmônica
Devido
ao
uso,
em
geral,
de
Referências Medições de corrente para avaliação das correntes certificadas
[1]
NT
009/2016-REV.02
(2018);
“Instruções para realização de estudos
simulador de sequência positiva para
e
medições
de
QEE
relacionados
estimativa de distorções harmônicas,
Ao
se
utilizar
no
aos acessos à rede básica ou nos
não é possível obter uma análise da
ponto
de
entrada
aerogerador/
barramentos de fronteira com a rede
propagação harmônica condizente com
inversor para se verificar a validade das
básica para parques eólicos, solares,
a realidade do sistema elétrico. Por
correntes certificadas, erros poderão
consumidores livres e distribuidoras”,
exemplo, na prática, os harmônicos de
ser percebidos devido ao fato que esta
Operador Nacional do Sistema Elétrico
3ª ordem e pares não se propagam da
corrente medida, em verdade, trata-se de
(ONS).
maneira que os harmônicos de 5ª e 7ª
uma composição de correntes naquele
[2] Núcleo de Pesquisa em Qualidade
ordens.
Representação da rede da concessionária (rede externa)
A
NT
considera
concessionaria
ideal,
a ou
rede seja,
da sem
distorção harmônica prévia. No entanto,
de do
medições
ponto. Em outras palavras, as correntes
da Energia Elétrica (NQEE), Faculdade
harmônicas medidas na entrada desta
de
Engenharia
Elétrica
Federal
de
(FEELT),
geração serão, em parte, advindas desta
Universidade
unidade e, em parte, provenientes do
(UFU) – www.nqee.com.br.
Uberlândia
sistema elétrico ou mesmo de unidades
[3] IEC/TR 61000-3-6 - Electromagnetic
geradoras adjacentes.
compatibility (EMC) - Part 38: Limits pontos
Assessment of emission limits for the
levantados, há de se considerar que as
connection of distorting installations to
Apesar
de
todos
os
as
eólicas e fotovoltaicas são potenciais
MV, HV and EHV power systems, 2008.
barras do SIN possuem background
geradoras de distorções harmônicas,
[4] SANTOS, I. N.; BONFIM, L. R. .
distortion diferente de zero. Desta forma,
além do que temos de ponderar o fato
Performance Analysis of the Current
tal idealização não é condizente com a
de que muitos barramentos da rede
Summation Law in Wind Generation. In:
realidade do sistema elétrico brasileiro.
básica já se encontram com níveis de
ICHQP - International Conference on
distorções harmônicas muito elevados,
Harmonics and Quality of Power, 2016,
em
Belo Horizonte. ICHQP - International
sabe-se
que
praticamente
todas
Emprego do Lugar Geométrico (LG)
o
alguns limite.
casos
Portanto,
já os
ultrapassando estudos
ora
requeridos pelo ONS, muito embora as
Conference on Harmonics and Quality of Power, 2016.
A utilização do método do LG para
críticas e questionamentos elencados,
representação da rede externa, tal como
são de fundamental importância para a
* Ivan Nunes Santos é coordenador do NQEE,
vem sendo aplicado, é considerado
garantia da manutenção da QEE na rede
professor e pesquisador na FEELT/UFU.
bastante conservador, haja vista que
básica.
Bárbara Morais Gianesini é engenheira
a impedância resultante do mesmo
deverá ser aquela encontrada na região
em um dilema, o qual poderá ter um
Assim
posto,
nos
encontramos
FEELT/UFU.
limítrofe
eletricista (UFMT), estudante de mestrado
um
desdobramento satisfatório a partir da
Vinícius Henrique Farias Brito é engenheiro
elevado número de contingenciamento
definição de uma metodologia para o
eletricista (UFMT), estudante de mestrado
em distintos cenários, os quais nem
estabelecimento de compartilhamento
FEELT/UFU.
do
LG,
considerando
Redes subterrâneas em foco
64
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Daniel Bento, PMP®, é engenheiro eletricista, membro do Cigré Brasil (cabos isolados) e atua há mais de 25 anos em redes isoladas, tendo sido responsável técnico por toda a rede de distribuição subterrânea da cidade de São Paulo. Atualmente, é diretor executivo da empresa Baur do Brasil | daniel.bento@baurdobrasil.com.br
Manutenção ou gestão, eis a questão sinônimos
faz a relação entre os objetivos organizacionais
um trabalho muito relevante como sendo
ou palavras que expressam significados
de negócio da empresa com os objetivos das
um catalisador do emprego da Norma de
diferentes? Parecem ser palavras simples,
ações de gestão de ativos.
gestão de ativos, que faz uma distinção
mas que têm um significado amplo e
Esse conjunto de técnicas se aplicam
muito clara entre esses papéis, de modo
com grande relevância. As pessoas que
perfeitamente às redes subterrâneas, que
que toda a comunidade envolvida possa
lideram uma organização são conhecidas
são ativos importantes do sistema elétrico e
evoluir, deixando de ser apenas uma
por desenvolver um trabalho de manter a
crítico para a operação da organização. Essa
simples manutenção e passando a se fazer
empresa ou por geri-la? A mesma analogia
criticidade deve-se ao fato de que uma falha
gestão.
poderíamos fazer em nossas casas com o
em seu funcionamento pode deixar toda uma
orçamento doméstico, a agenda da família e
empresa, um parque eólico ou solar ou até
a manutenção como o “mal necessário”,
muitos outros exemplos.
mesmo um bairro (no caso da rede pública de
logo o ponto relevante desta “releitura” do
Manutenção
ou
gestão,
É comum em muitas empresas encarar
distribuição) sem energia elétrica.
cuidado com os ativos é que a manutenção
existe uma Norma da Associação Brasileira
Apesar
subterrâneas
agregada à gestão de ativos deixa de ser
de Normas Técnicas (ABNT) que trata da
existirem há mais de 100 anos e possuir
vista como um custo da operação para fazer
questão, a série ISO 55000, que se intitula
alta confiabilidade, podemos concluir que
parte da estratégia da empresa para atingir
“Gestão de Ativos”. O 33º Congresso
realizar sua manutenção já é uma atividade
seus resultados. É uma mudança de conceito
Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos,
madura, tendo em vista as décadas de
relevante.
realizado no mês de outubro, apresentou
aperfeiçoamento pelo qual esse trabalho já
grande destaque para essa série de Normas.
passou.
de manutenção das redes subterrâneas é uma
Diversos
Tendo em vista a importância do assunto,
das
redes
Desta forma, a adoção da ISO nas ações
Porém, evoluir e melhorar deve ser a meta
excelente oportunidade para os responsáveis
presentes ao evento demonstraram suas
de qualquer processo e a dinâmica trazida
por manter os ativos, pois será necessário
experiências com o assunto, enfatizando a
pela série de Normas ISO 55000 é um aliado
rever as técnicas desenvolvidas a décadas
importância da aplicação da Norma da ABNT,
robusto neste objetivo para o desenvolvimento
para evolui-las de modo a se encaixar na
que disciplina as ações relacionadas à gestão
das ações de gestão deste importante ativo
estratégia de gestão dos ativos que estão
de ativos.
que são as redes subterrâneas.
inseridas na gestão estratégica do negócio
da organização.
profissionais
que
estiveram
A implementação da Norma tem como
Diferente do dilema vivido por Hamlet,
do
gestão e manutenção não são uma questão
desempenho e dos custos associados
de escolha entre uma decisão ou outra.
manutenção e gestão, para evitar que ocorra
ao ciclo de vida dos ativos, obtendo a
Ambas convivem em harmonia, sendo que
o mesmo fim da obra de Shakespeare, ambos
maximização de resultados dos investimentos
elas ocupam lugares diferentes. As ações
feridos e mortos. O que deve existir é um
nos ativos, para que se atenda à satisfação
de manutenção devem fazer parte de uma
convívio em que cada atribuição esteja em seu
dos clientes e acionistas, agregando valor ao
estratégia de gestão e que por sua vez
papel, mas principalmente que as pessoas
negócio.
precisa estar alinhada com a estratégia de
responsáveis pelas organizações possam
Uma das metodologias estabelecidas
negócio da própria organização.
dar valor à gestão dos ativos, para apoiar o
pela Norma é a elaboração de um “Plano
atingimento dos objetivos estratégicos de
estratégico de gestão de ativos”. Este plano
e Gestão de Ativos – Abraman desenvolve
resultados
esperados
a
otimização
A Associação Brasileira de Manutenção
Portanto, não há de haver um duelo entre
negócio.
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
65
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
Correntes e tensões induzidas interna e externamente em prédios atingidos por raios – parte 1
Mesmo nas aplicações industriais da época
especialmente pela introdução da parte NBR-
irei reproduzir um artigo do professor Antônio
A partir desta e nas próximas duas edições
(transmissores de AM/FM, telefonia em ondas-
5419-4, Sistemas elétricos e eletrônicos internos na
R.
Panicali,
da
Proelco,
e
colaboradores*
curtas ou micro-ondas e eletrônica industrial), as
estrutura. Esse é também o tema que procuraremos
sobre correntes e tensões induzidas interna e
tecnologias disponíveis eram aquelas: válvulas
focar nessa série de dois artigos, visando permitir
externamente em prédios atingidos por raios. O
termoiônicas!
uma visão mais profunda de alguns dos fenômenos
trabalho foi originalmente apresentado no evento
especiais, dispunha-se de retificadores de selênio!
eletromagnéticos envolvidos e apresentar uma
ENIE-2018. Segundo os autores, o texto que
Consequentemente, os equipamentos daquela
metodologia capaz de avaliar previamente, os
se segue procurou reproduzir, o mais fielmente
época eram “infinitamente” mais robustos: resistiam
níveis de campos e tensões resultantes dentro de
possível, o conteúdo das apresentações, além de
com facilidade às perturbações eletromagnéticas
edificações atingidas por raios.
incluir uma seção inicial sobre a motivação.
de todo tipo, inclusive àquelas devidas à incidência
de raios nas instalações! Além disso, para a maioria
dos raios, abordaremos os seguintes tópicos:
Ah!
Para
algumas
aplicações
1- Motivação
da população, uma falha do rádio ou da TV causaria,
Após um resumo das principais características
1950, Rio de Janeiro. Na época capital do
no máximo, a perda do noticiário (Repórter Esso
- distribuição de correntes e tensões internas em
Brasil, onde morei até 1952! Na casa de meus pais,
ou Hora do Brasil) ou de um capítulo da novela O
edificações atingidas por raios;
tínhamos os seguintes equipamentos eletrônicos:
Direito de Nascer da Rádio Nacional. A função de
- efeito de ferragens complementares, tais como
uma rádio-vitrola AM - 78RPM e uma televisão
um SPDA restringia-se, principalmente, à proteção
teto e contrapiso, na redução de tensões internas;
“preto e branco” GE, novinha em folha, de 12
da edificação. Note-se que, até 2015, quando foi
- tensões entre ferragens estruturais e SPDA
polegadas, uma das primeiras do bairro. Nossa
emitida a mais recente versão da NBR-5419, a
externo.
casa vivia cheia de televizinhos! Tudo isso a válvulas
proteção contra raios da instalação elétrica interna
termo-iônicas!!! Talvez, numa ou outra casa tivesse
de uma edificação ficava a cargo da Norma NBR-
Hoje em dia dispomos de ferramentas
um receptor de FM: funções apenas recreativas!
5410 (2005), focada principalmente em problemas
computacionais capazes de simular, com razoável
Era o que se esperava encontrar nos lares da
da rede elétrica.
precisão, o comportamento eletromagnético dos
época, além de dispositivos eletromecânicos, tais
Vamos agora para a atualidade, século XXI:
canais ionizados dos raios, das ferragens estruturais,
como ventilador, geladeira, liquidificador e “que tais”.
IoT (Internet das Coisas), Indústria 4.0, implantes
assim como das instalações elétricas internas de
Ah! Tínhamos também um telefone pretão, de disco,
bioeletrônicos,
para citar as novidades mais
edificações atingidas por raios. Em particular, todos
ligado a rede de fios da Telefônica: 26-3793 ainda
proeminentes.
São
executando
os resultados aqui apresentados foram baseados
me lembro do número. Código de área??? Não
tarefas cada vez mais complexas e vitais, usando
no Método dos Momentos (MOM) no domínio da
tinha não: interurbano era só via telefonista!!!
componentes cada dia menores e mais sensíveis,
frequência e transferidos para o domínio do tempo
Para os mais jovens, convém informar que
operando em tensões cada vez mais baixas, o que
através da Transformada Rápida de Fourier (FFT).
cada válvula termoiônica, figura 1a, corresponde
os torna cada vez mais susceptíveis às perturbações
aproximadamente, na tecnologia atual, a um
eletromagnéticas das mais variadas fontes, dentre
ordem de kV´s ou mesmo MV´s em alguns pontos,
transistor, com as seguintes diferenças: válvulas
outras aquelas devidas às descargas atmosféricas!
entre as partes metálicas, estruturais e/ou elétricas.
operam com tensões de dezenas a centenas de
volts e cada uma ocupa um volume da ordem de
em
comportamento
tema e falaremos sobre raios e as correntes em
100 cm3, enquanto que transistores têm dimensões
eletromagnético dos elementos estruturais das
ferragens estruturais e tensões dentro de um prédio
nano métricas, figura 1b, e operam com tensões
edificações que abrigam tais dispositivos quando
atingido por raio.
de poucos volts. Conclusão: válvulas eram muito
atingidas por raios, visto que, como veremos,
mais robustas, tanto física como eletricamente
podem afetar profundamente o ambiente interno
* Antônio R. Panicali, Proelco; C.F. Barbosa
do que CI´s atuais que necessitam ser mais bem
das instalações. Nesse sentido, a NBR-5419
, CPqD; J.C.O.Silva, APTEMC; e N.V.B Alves,
protegidos!
de 2015 representou um avanço considerável,
Termotécnica
dispositivos
Decorre daí a necessidade de conhecermos maior
profundidade
o
Como será mostrado, poderão surgir tensões da
Na próxima edição, daremos continuidade ao
66
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
A revisão da NBR 5410 e a proteção adicional do neutro
A edição da NBR 5410/2004 (atualmente
o comportamento das correntes fundamentais
aplicável) considera algumas condições a
e de terceira harmônica. Nota-se que a soma
serem aplicadas no dimensionamento do
das correntes fundamentais será zero, se as
condutor neutro objetivando a preservação
cargas forem equilibradas, ao contrário das
da integridade do mesmo, evitando possíveis
correntes de terceira harmônica.
sobrecargas devido à circulação eventual de correntes não previstas. O dimensionamento do neutro dependerá, naturalmente, da corrente prevista que circulará no condutor e
Figura 1 – Espectro de correntes harmônicas – medição instantânea ou média.
esta corrente no neutro deverá levar em conta algumas situações de topologia da instalação dependendo, principalmente, se o circuito é trifásico ou monofásico e também os aspectos operacionais da carga. Neste caso se a carga é balanceada ou desbalanceada em circuitos trifásicos (naturalmente estrela a quatro fios) e o aspecto da linearidade da mesma e presença de componentes
Figura 2 – Espectro de correntes harmônicas – medição temporal.
harmônicas ou correntes harmônicas. Outra
das correntes das fases em cada frequência
consideração importante é relacionada ao
(fundamental e harmônicas). A corrente
princípio da sobreposição dos efeitos que
fundamental em particular está relacionada
A corrente de terceira harmônica e
se encarregará de incorporar as correntes
ao desequilibrio das cargas monofásicas
múltiplas são normalmente originadas por
de todas as frequências nos condutores e
ligadas entre fases e neutro; quanto melhor
cargas não lineares monofásicas, alimentadas
no neutro em particular. Há de se considerar
for o equilíbrio de cargas, menor será a
neste caso entre fases e neutro. Em circuitos
ainda que as cargas possuem perfis variáveis
corrente fundamental que circulará pelo
monofásicos, a corrente do neutro será igual
e com elas as correntes fundamentais e
neutro. A corrente de 3ª harmônica (e
à corrente da fase pelas próprias razões
harmônicas que circularão pelos circuitos,
múltiplas) oriundas de cargas monofásicas
construtivas e também será composta pela
razão pela qual uma medição instantânea,
não lineares ligadas entre as fases e o
corrente fundamental e harmônicas da carga.
conforme ilustrado na figura 1, poderá não ser
neutro deste circuito serão somadas no
Para se ilustrar o que está se tratando vamos
suficiente para a análise necessária, sendo
neutro escalarmente devido ao sincronismo
assumir uma instalação com um transformador
importante uma análise do comportamento
das formas de onda nas três fases nestas
trifásico 300 kVA com secundário em sistema
das correntes fundamentais e harmônicas ao
frequências. As outras harmônicas tambem
estrela a 4 fios, (220/380V) associado a um
longo do tempo, conforme a figura 2.
serão somadas vetorialmente e circularão
QGBT que alimenta três quadros terminais
Se o circuito for trifásico, a corrente do
pelas fases junto com a corrente fundamental
com
neutro será composta pela soma vetorial
e múltiplas. A figura 3 ilustra sequencialmente
220V), conforme representado na figura 4.
Figura 3 – Representação das correntes fundamentais e de terceira harmônica Aplicativo do Prof. Alex Mc Eachern.
circuitos
monofásicos
(fase/neutro,
67
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
com o tema), o atual comitê de revisão da NBR 5410 adotou o texto abaixo que fará parte do projeto em elaboraçao a ser submetido para aprovação:
Texto proposto:
“5.3.2.2.3 Correntes harmônicas Nos casos em que o conteúdo harmônico das correntes de fase de circuitos polifásicos possam causar valores de corrente de neutro superiores à capacidade de condução de corrente deste condutor, deve ser prevista
Figura 4 – Secundário de transformador, QGBT, QL´s e circuitos
detecção de sobrecarga no condutor neutro.
Tabela I: Correntes previstas nos circuitos de alimentaçao dos QL´s da figura 2
A detecção de sobrecarga deve ser compatível
S(kVA)
I1 (A)
I3 (A)
If=In (A)
com a natureza da corrente do condutor neutro
QL1-fase R
50
253
177
308
e deve seccionar os condutores de fase, mas
QL2-fase S
60
303
152
339
não necessariamente o condutor neutro. Para o
QL3-fase T
80
404
242
471
seccionamento do neutro ver 5.3.2.3”. Nota: para requisitos adicionais relativos à
Assumindo a seguinte situação de carga:
proteção do condutor neutro ver 6.2. QL1: 50 kVA/FP:0,9; I3= 70%.I1 QL2: 60 kVA/FP:0,9; I3= 50%.I1
Ainda:
QL3: 80 kVA/FP:0,9; I3= 60%. I1
“5.3.2.3 Seccionamento e fechamento do condutor neutro
Sendo FP o fator de potência, I1 e I3 as
Quando exigido o seccionamento do condutor
correntes fundamentais e de terceira harmônica
neutro, as operações de abertura e fechamento
das cargas, pode-se prever de forma simplificada
dos circuitos correspondentes devem ser de
as correntes nos circuitos de alimentação dos
modo a garantir que o condutor neutro não seja
QL´s, representadas na tabela I
seccionado antes nem restabelecido após os
As correntes nas fases e neutro de
condutores de fase”.
alimentaçao de cada um dos QLs é a mesma, pois a alimentação é monofásica (F+N) e a corrente eficaz (rms) é composta pelas correntes fundamentais e terceiras harmônicas obtidas pela expressão clássica (raiz da soma dos
Figura 5: Soma vetorial das correntes fundamentais
A tabela II apresenta os valores das correntes do circuito de alimentação do QGBT.
quadrados das correntes).
Tabela II: Composição da corrente de alimentação do QGBT
A situação merece atenção quando se avalia
Fica claro que a contribuição da revisão
da Norma apresenta a preocupação com a necessidade de se prever um sistema de proteção adicional a possíveis sobrecorrentes no neutro que considere a detecção do comportamento das correntes nas fases com
I1 (A)
I3 (A)
Itotal (A)
proteção diferencial residual ou mesmo de
QGBT desde o transformador, uma vez que as
Ir
253
177
308
medição de corrente no neutro e todos os
correntes são somadas no neutro de alimentação
Is
303
152
339
cuidados para atuação desta proteção sem
deste QGBT. O comportamento da corrente do
It
404
242
471
o desligamento do neutro propriamente dito,
Ineutro
134
571
586
mas das fases de forma indireta. Caso seja
o comportamento do circuito de alimentação do
neutro considerará então as premissas:
desejável a abertura do neutro, deve-se atentar - a corrente fundamental do neutro (I1n) será
O que se pode observar é que a corrente do
para que as fases sejam antes desligadas e
a soma fasorial das correntes dos circuitos de
neutro supera em valores da ordem de 25% a
inversamente ligadas anteriormente durante o
alimentação dos QL´s, conforme figura 5;
maior corrente de fase, fato que merece cuidado
processo de religamento do neutro, lembrando
- a corrente de terceira harmônica (I3n) será a
adicional.
que a operação da instalação sem neutro
soma escalar das terceiras harmônicas das fases,
Além dos cuidados presentes nas outras
causará má operação, queima de equipamentos
pelas razões acima expostas de sincronismo
edições da Norma (a primeira edição da NB3-
e sobretensões, não se recomendando efetuar
destas correntes.
5410 de 1980, já apresentava preocupações
tal manobra intempestivamente.
68
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Motores elétricos “Ex”: O efeito dos serviços de reenrolamento na eficiência energética Técnica
Internacional de Avaliação da Conformidade da
faixa de precisão para os métodos de ensaio dos
Internacional IEC 60034-31 (Máquinas elétricas
IEC para Equipamentos Eletrotécnicos (IECEE)
Índices de Eficiência – Códigos IE (da ordem
girantes - Parte 31: Seleção de motores
elaborou um Programa Global de Eficiência
de ± 0,2%), demonstrando que os motores “Ex”
energeticamente eficientes incluindo aplicações
Energética de Motores (GMEE - Global
reparados ou reenrolados que seguiram tais
com rotação variável - Guia de aplicação),
Motor Energy Efficiency), como uma proposta
boas práticas mantiveram seus Índices originais
o custo de aquisição de um motor elétrico
de harmonização dos diversos programas
de Eficiência Energética.
representa apenas cerca de 3% do seu custo
existentes entre os diversos países (https://goo.
total de operação, ao longo de sua vida útil. Os
gl/WfVXT6).
motores “Ex” de alta tensão, em muitos casos
restantes 97% do custo se refere ao consumo
Sob o aspecto de custos relacionados com
existe a ocorrência de danos aos enrolamentos
de energia elétrica. Por este motivo, por questões
os motores elétricos, deve ser ressaltado que
do estator, fazendo com que haja a necessidade
de eficiência energética e de redução de custos
mesmo uma única falha de um motor pode afetar
de substituição destes enrolamentos. Nestes
de operação, é importante que os motores
adversamente a lucratividade de curto prazo de
casos, a oficina de serviços de recuperação
“Ex” possuam os maiores Índices de Eficiência
uma empresa, em função das possíveis paradas
de equipamentos “Ex” deve obter do fabricante
(Código IE) possíveis.
de produção e perdas por lucros cessantes.
original do motor (OEM), se disponível, os
Motores elétricos “Ex” frequentemente
Falhas múltiplas ou repetitivas de motores
dados de fabricação, isolamento e impregnação
convertem cerca de 90% a 96% da sua energia
podem até mesmo reduzir a competitividade
e montagem destes enrolamentos, de forma
elétrica de entrada em energia mecânica. Por
de uma empresa, tanto em curto como em
a assegurar que o motor “Ex” recuperado
isto, em função da grande quantidade de energia
longo prazo. Por estes motivos, as empresas
apresente
elétrica que estes motores consomem em todo
industriais necessitam de estratégias efetivas de
desempenho eletromecânico e térmico, em
o mundo, mesmo pequenas alterações em seus
gestão e de manutenção de forma a minimizar
relação ao motor original.
índices de eficiência podem representar grandes
os custos gerais de compra e de operação de
Em
efeitos nos seus custos de operação. Existem,
motores elétricos, além de evitar as paradas
informações ou dados de fabricação, as
em diversos países do mundo, inclusive no
não programadas que são causadas pelas suas
oficinas de serviços de reparo de equipamentos
Brasil, regulamentos que determinam o Índice de
falhas não previstas.
“Ex” aplicam a tradicional técnica de “cópia
Eficiência energética mínimo (Códigos IE) a ser
Os serviços de reenrolamento de motores
de enrolamento”, mundialmente utilizada há
atendido pelos fabricantes de motores.
elétricos “Ex” representam uma atividade
décadas pelos usuários de motores “Ex” e
No âmbito internacional, a Norma IEC
bastante frequente, em função dos elevados
pelas empresas de prestação de serviços de
60034-30-1 (Máquinas elétricas girantes -
custos dos motores “Ex” de grande porte.
reparo e recuperação de motores. Esta técnica
Parte 30-1: Classes de eficiência de motores
Para
economicamente
de cópia de enrolamento consiste em fabricar
c.a. alimentados pela rede - Códigos IE)
viável a realização de serviços de reparos nos
os novos enrolamentos substituintes, tendo
estabelece os índices de eficiência energética
enrolamentos do estator e do rotor, ao invés da
como base a análise e a verificação dimensional
internacionalmente consensados para motores
substituição do equipamento completo.
dos enrolamentos existentes, reproduzindo
elétricos (tais como IE3 ou IE4) pelos países
Pode ser verificado que, caso os serviços de
as mesmas características de fios, espiras,
participantes do TC-2 da IEC, do qual o Brasil
reenrolamentos dos motores “Ex” sejam feitos
formatos, materiais de isolamento, sistema de
é um país membro do tipo “P” (Participante).
de acordo com as “boas práticas de engenharia”
impregnação, montagem e amarração.
Sobre este tema relacionado com a eficiência
existentes no mercado, a alteração da média da
energética de motores elétricos, o Sistema
eficiência destes motores “Ex” fica dentro da
Atmosferas explosivas – Parte 19: Reparo,
De
acordo
com
a
Norma
estes
motores,
é
No caso de ocorrência de falha destes
as
muitos
mesmas
casos,
características
na
falta
de
destas
A Norma ABNT NBR IEC 60079-19 –
69
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
revisão e recuperação de equipamentos “Ex” apresenta os requisitos aplicáveis à execução deste tipo de serviços de reenrolamentos de motores “Ex”, incluindo motores com tipo de proteção não centelhante – Ex “nA” e de segurança aumentada (Ex “eb” ou Ex “ec”), cuja proteção não depende de carcaças com invólucros especiais à prova de explosão ou pressurizados.
Para a execução dos serviços de remoção
dos enrolamentos danificados do pacote do estator é aceitável o procedimento de diluição do verniz de impregnação das bobinas com solventes, antes da sua remoção, ou remoção a frio. O procedimento alternativo, que utiliza a aplicação de calor para facilitar a remoção dos enrolamentos, é aceitável, desde que esta
test” ou “loop-test”. O ensaio deve ser realizado
fabricante original do equipamento (OEM –
operação seja realizada com cautela, com
pela indução, no núcleo do pacote do estator, de
Original Equipment Manufacturer) do motor
temperatura controlada no interior de um forno,
um fluxo magnético, com uma densidade mínima
“Ex” deve ser avaliado, identificando se os
de forma que não afete significativamente as
de 1,5 T (Tesla).
enrolamentos foram impregnados por meio
propriedades magnéticas, as características de
O ensaio deve ser realizado pela colocação
de imersão, impregnação por meio de vácuo e
desempenho e o nível de isolamento entre as
de espiras através do pacote magnético do
pressão (VPI – Vacuum Pressure Impregnation)
chapas magnéticas dos pacotes do estator e do
estator, de uma forma similar ao das espiras de
ou gotejamento.
rotor do motor.
um transformador. O fluxo magnético deve ser
A cópia do enrolamento deve utilizar o
A necessidade de cautelas especiais
mantido continuamente por um período mínimo
mesmo processo e, caso isto não seja possível,
nestas circunstâncias deve-se ao fato de que
de 30 min, enquanto se realiza uma monitoração
deve utilizar um processo alternativo para atingir
um aumento nas perdas no núcleo do estator,
da temperatura atingida pelo pacote magnético
a mesma penetração e recobrimento da resina
que podem ser resultantes da perda das
do estator, por meio de uma câmera termográfica
de impregnação nos enrolamentos.
propriedades magnéticas das chapas de aço
do tipo infravermelho. O critério de aceitação do
silício e da degradação do isolamento entre
ensaio é a não existência de pontos quentes no
exemplo, por meio de forro ou fita linear ou
estas chapas, pode afetar significativamente os
pacote magnético, com temperaturas acima de
espessura da parede de bobinas com espiras
parâmetros do tipo de proteção “e” (tempo tE)
5 ºC acima das temperaturas médias dos pontos
pré-formadas deve ser medido e o material
ou resultar em que a temperatura de operação
adjacentes no pacote do estator.
utilizado deve ser identificado. Muitas das
seja mais elevada em função das maiores
Existe também a necessidade de que o
máquinas de baixa tensão possuem forros
perdas, fazendo com que classe de temperatura
sistema de isolamento do motor “Ex” a ser
ou fitas fabricadas de um material laminado,
seja excedida, comprometendo a segurança do
recuperado seja refeito com os mesmos materiais
tipicamente Nomex e Mylar, normalmente como
motor “Ex” após o reparo.
e componentes do motor “Ex” original, de forma
três camadas de Nomex / Mylar / Nomex e,
A oficina de serviços de recuperação de
a manter as características de transferência de
quando possível, a espessura total do material e
motores “Ex” deve certificar-se, em todos os
calor entre o cobre e o aço do pacote do estator
das camadas individuais devem ser mantidas.
procedimentos de recuperação, que após
ou do rotor. No caso de bobinas de enrolamentos
A Norma ABNT NBR IEC 60079-19
a conclusão dos serviços, os equipamentos
com espiras pré-formadas, a localização e
especifica os requisitos para a execução dos
estejam em perfeitas condições de operação
a espessura dos blocos de amarração nas
serviços de reenrolamento de motores “Ex”,
e em conformidade com as normas técnicas
cabeças de bobinas devem ser replicadas na
incluindo a referência à Folha de Decisão
aplicáveis para os tipos de proteção “Ex” do
cópia do enrolamento, sendo importante que o
IECEx TAG 2013/006 - informações requeridas
motor a ser reparado ou reenrolado. Sempre
espaço entre os lados da bobina nas cabeças da
para assegurar que o motor “Ex” com cópia
que aplicável, antes da inserção das espiras
bobina seja mantido tão próximo como possível
de enrolamento tenha um comportamento
do estator nas suas ranhuras do núcleo, a
daquele do fabricante original do equipamento.
eletromecânico e térmico similar ao do motor
integridade do isolamento interlaminar entre as
A rigidez dos materiais da amarração deve ser
“Ex” original.
chapas magnéticas do núcleo deve ser verificada,
equivalente ou melhor daqueles utilizados pelo
http://www.iecex.com/assets/
pela execução de ensaio de aplicação de fluxo,
fabricante original do equipamento.
dmsdocuments/70/DS-2013-006-60079-19-
também denominado popularmente de “core-
Portugese.pdf
O método de impregnação utilizado pelo
O isolamento da ranhura para a terra, por
70
Índice de anunciantes Ação Engenharia
19
O Setor Elétrico / Novembro de 2018
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