Ano 14 - Edição 160 Maio de 2019
Redes subterrâneas em foco
Descarbonização, descentralização e digitalização formam a tríade que vem transformando a distribuição de energia em todo o mundo. As redes subterrâneas já são aliadas desse desenvolvimento tecnológico em outros países, mas o que falta para que avance também no Brasil? PESQUISA SETORIAL Mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia estima crescimento de 9% até o fim deste ano. Projetos de infraestrutura devem alavancar o setor COBERTURA ESPECIAL – CINASE SC O encontro da engenharia elétrica aconteceu em Florianópolis e superou todas as expectativas em sua primeira edição de 2019
Sumário atitude@atitudeeditorial.com.br Diretores Adolfo Vaiser Simone Vaiser Coordenação de circulação, pesquisa e eventos Marina Marques – marina@atitudeeditorial.com.br Assistente de circulação, pesquisa e eventos Henrique Vaiser – henrique@atitudeeditorial.com.br Administração Paulo Martins Oliveira Sobrinho administrativo@atitudeeditorial.com.br Editora Luciana Freitas - 80.519-SP luciana@atitudeeditorial.com.br Publicidade Diretor comercial Adolfo Vaiser - adolfo@atitudeeditorial.com.br Contatos publicitários Ana Maria Rancoleta - anamaria@atitudeeditorial.com.br Representantes Paraná / Santa Catarina Spala Marketing e Representações Gilberto Paulin - gilberto@spalamkt.com.br João Batista Silva - joao@spalamkt.com.br (41) 3027-5565
Suplemento Renováveis 41 Fascículo: Configuração do Arranjo Fotovoltaico com o Inversor Notícias de mercado Coluna solar: Perspectivas para a Geração Centralizada Solar Fotovoltaica no Brasil Coluna eólica: 10 anos do Brazil Windpower
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Maior evento técnico itinerante do setor elétrico acontece em Florianópolis e supera expectativas em sua primeira edição
Direção de arte e produção Leonardo Piva - atitude@leonardopiva.com.br Consultor técnico José Starosta
de 2019
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Colaboradores desta edição Claudio Mardegan, Claudio Rancoleta, Daniel Bento, Elbia Gannoum, Fabio Henrique Dér Carrião, Francisco Gonçalves Jr., Gilson Paulillo, Hans Rauschmayer, Jobson Modena, José Starosta, Luciano Rosito, Paulo E. Q. M. Barreto, Ricardo Barros, Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, Roberval Bulgarelli e Sergio Roberto Santos Revista O Setor Elétrico é uma publicação mensal da Atitude Editorial Ltda. A Revista O Setor Elétrico é uma publicação do mercado de Instalações Elétricas, Energia, Telecomunicações e Iluminação, com tiragem de 13.000 exemplares. Distribuída entre as empresas de engenharia, projetos e instalação, manutenção, industrias de diversos segmentos, concessionárias, prefeituras e revendas de material elétrico, é enviada aos executivos e especificadores destes segmentos. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. Capa: Nick Starichenko | shutterstock.com Impressão - Mundial Gráfica e Editora Distribuição - Correio
Painel de notícias Seções Mercado e Empresas
Colaborador técnico de normas Jobson Modena Colaboradores técnicos da publicação Daniel Bento, João Barrico, Jobson Modena, José Starosta, Juliana Iwashita, Roberval Bulgarelli e Sergio Roberto Santos
Evento - CINASE SC
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Fascículos BIM – Building Information Modeling / Modelagem das Informações da Construção Equipamentos para ensaios em campo Linhas elétricas para baixa tensão
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Pesquisa Mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia estima crescimento de 9% até o fim deste ano. Projetos de infraestrutura devem alavancar o setor
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Cinase TEC Três D’s e um S
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Espaço 5419 Quem equipotencializa é a natureza
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Espaço SBQEE Desafios da Transformação Digital e a Qualidade da Energia Elétrica
Atitude Editorial Publicações Técnicas Ltda. Rua Piracuama, 280, Sala 41 Cep: 05017-040 – Perdizes – São Paulo (SP) Fone/Fax - (11) 3872-4404 www.osetoreletrico.com.br atitude@atitudeeditorial.com.br
Filiada à
Colunistas
68 70 71 72
Jobson Modena – Proteção contra raios José Starosta – Energia com qualidade Luciano Rosito – Iluminação pública Roberval Bulgarelli – Instalações Ex
3
Editorial
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O Setor Elétrico / Maio de 2019 Capa ed 160_B.pdf
1
05/06/19
17:08
www.osetoreletrico.com.br
Ano 14 - Edição 160 Maio de 2019
Redes subterrâneas em foco O Setor Elétrico - Ano 14 - Edição 160 – Maio de 2019
O mundo em plena transformação
Após uma jornada de 11 anos e meio atuando em uma outra
Descarbonização, descentralização e digitalização formam a tríade que vem transformando a distribuição de energia em todo o mundo. As redes subterrâneas já são aliadas desse desenvolvimento tecnológico em outros países, mas o que falta para que avance também no Brasil? PESQUISA SETORIAL Mercado de equipamentos para transmissão e distribuição de energia estima crescimento de 9% até o fim deste ano. Projetos de infraestrutura devem alavancar o setor COBERTURA ESPECIAL – CINASE SC O encontro da engenharia elétrica aconteceu em Florianópolis e superou todas as expectativas em sua primeira edição de 2019
Edição 160
Daniel Bento, para falar sobre os benefícios das redes subterrâneas
mídia do segmento, é com grande prazer que venho me apresentar
dentro da onda dos três D’s; sobre a influência da digitalização na
como a nova editora da revista O Setor Elétrico. Com extrema
rede de distribuição; sobre o desenvolvimento e aplicação, entre
satisfação e alegria, recebi o convite para fazer parte da família
outros pontos relevantes. O trabalho foi publicado na seção Cinase
Atitude Editorial, e me sinto privilegiada por poder retornar a esse
TEC, com o título: “Três D’s e um S”.
mercado com o qual sempre me identifiquei e continuar contribuindo
para o seu desenvolvimento.
a revista O Setor Elétrico, ao longo de seus mais de 13 anos de
trajetória, tem constantemente renovado suas ideias e aprimorado
O meu desejo é honrar a confiança em mim depositada, agregar
Sempre atenta ao comportamento e às tendências do mercado,
todo o conhecimento e expertise que adquiri ao longo do tempo e
processos e ações, e com isso, obtido êxito nos segmentos em que
cada dia mais aprender para informar nosso público leitor sobre o
atua, sendo considerada o principal veículo do ramo. Prova disso foi
fantástico universo da eletricidade. Então, mãos à obra!
o grande sucesso resultante da primeira edição de 2019 do Circuito
Nacional do Setor Elétrico (CINASE), realizada nos dias 8 e 9 de maio,
É inegável que o mundo vem se transformando a uma velocidade
difícil de processarmos, e tal fato exige de nós a capacidade de
pela primeira vez em Florianópolis (SC), a qual recebeu cerca de
adaptação à realidade em que estamos inseridos. Se antes sofríamos
1.000 participantes, contou com mais de 30 expositores e debateu
por falta de informação, hoje, um dos grandes problemas da vida
temas atuais, como a Indústria 4.0, Smart Grid, entre outros diversos
cotidiana é o excesso dela, uma vez que a sociedade atual precisa
conteúdos ligados à inovação em mais de 50 palestras ministradas
ser multitarefa e atender prontamente às inúmeras demandas que
por um time de verdadeiras feras do setor.
surgem.
comemorando seu décimo ano de existência, e a previsão é que
De modo geral, as transformações têm ocorrido, principalmente,
O evento itinerante, que já chegou à sua 34ª edição, está
nas esferas econômica, tecnológica e social. No caso do segmento de
as expectativas sejam superadas a cada Etapa realizada pelo País.
energia elétrica – que, para nós, é o cerne da questão –, as mudanças
Confira, na cobertura especial presente nas páginas a seguir, tudo
mais recentes estão baseadas em três pilares importantes, conhecidos
o que aconteceu nos dois dias de evento, incluindo o coquetel de
como os três D’s do momento. São eles: “Descarbonização,
lançamento do “Prêmio OSE de Qualidade nas Instalações Elétricas”,
Descentralização e Digitalização”, sendo cada país o responsável
promovido na noite de 7 de maio, o qual reconheceu e contemplou
por investir em seu desenvolvimento tecnológico no que tange à
os melhores projetos elétricos da região.
distribuição de energia. O tema, inclusive, foi discutido em um dos
painéis apresentados no evento Brazil Windpower 2019, que ocorreu
vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente
de 28 a 30 de maio, em São Paulo (SP).
irão, com certeza, perder o futuro”.
Sem dúvida, o Brasil possui pleno potencial para ingressar nesse
Termino com uma frase de John Kennedy: “A mudança é a lei da
Espero que apreciem a edição.
conceito, porém é necessário que disponha de uma infraestrutura
adequada para que tudo funcione corretamente; nesse aspecto,
A todos, uma boa leitura!
redes subterrâneas são consideradas a bola da vez por permitirem maior confiabilidade e robustez às instalações. Face à importante
Abraços,
necessidade de reflexão do assunto, convidamos o especialista
Luciana Freitas
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Revista O Setor Elétrico
Coluna do consultor
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. É consultor da revista O Setor Elétrico jstarosta@acaoenge.com.br
“Dá cá”, antes do “Toma lá”. As moscas mudam!
O desencanto toma o moral da tropa, enquanto alguns
bravos tentam levar a coisa com dignidade, encontram pelo caminho sorrateiros inimigos em franca negociação. Não há como botar o nosso País nos trilhos sem uma dose de sacrifício coletivo e ajuste de contas. Os ovos devem ser quebrados. Os indicadores econômicos na contramão neste final de maio indicam a estagnação dos projetos enquanto as reformas não chegam.
Naturalmente, os cortes de verbas têm que ser feitos
como o seriam em qualquer empresa privada em que a conta não pode ser menor que zero; agora, elegantemente tratado por contingenciamento. O tema da verba da educação das universidades federais expõe mais ainda algumas mazelas e baixarias de todos os lados. Não bastasse isso, observa-se um cenário internacional pouco promissor, com as constantes rugas dos ianques com os chineses e iranianos que podem empelotar ainda mais o nosso angu de cada dia – e que ele não falte!
Bom mesmo é acompanhar alguns bons nichos de economia
no Brasil que insistem em continuar produzindo e buscando crescimento. Parabéns a eles; pena que a agricultura (já bem mecanizada) emprega pouca mão de obra. A “pegada” de tecnologia, indústria 4.0, IoT e outros sinaliza claramente para a necessária especialização de nossa mão de obra. É hora de reciclar nossas equipes.
A turma do CINASE voltou da lindíssima Floripa com gosto
de quero mais. O evento de maio foi espetacular e superou as expectativas. Mais uma etapa de sucesso, que será certamente repetido em Belo Horizonte. Sempre é hora de esperar por uma virada, que ela venha rápida com a vitória, e que os custos tratados e ajustados sejam só aqueles que precisam ser equilibrados. Que desta vez, os bolsos dos negociadores não sejam contaminados com desvios de cursos e recursos; será que dá?
Evento
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
Por Adriana Dorante Edição: Cristiane Pinheiro Fotos: Divulgação / FotoCongresso
A 34ª edição do CINASE – Circuito
Nacional
do
Setor
Elétrico
recebeu
cerca de 1.000 pessoas durante os dias 8 e 9 de maio, em Florianópolis, Santa Catarina.
Comemorando
seu
décimo
ano de existência e consolidado como o
CINASE SC recebe cerca de 1.000 pessoas e é considerado sucesso unânime por congressistas, patrocinadores e apoiadores
melhor evento itinerante do segmento, o CINASE contou com mais de 30 estandes de empresas nacionais e locais e mais de 50 palestras que abordaram Smart Grid (Redes Inteligentes), Indústria 4.0, Internet das Coisas, entre outras inovações do setor, debatidas por especialistas da região e de todo o País. A resposta de todos os participantes foi unânime: o evento superou todas as expectativas em sua primeira edição de 2019.
De acordo com Simone Vaiser, diretora
da revista O Setor Elétrico e responsável
O evento itinerante contou com mais de 30 expositores e debateu temas como Indústria 4.0, Smart Grid, além de conteúdos ligados à inovação em mais de 50 palestras
pela coordenação da infraestrutura do evento,
esta
edição
foi
espetacular
também na opinião dos patrocinadores e apoiadores. “Já conseguimos, inclusive, renovar as cotas de patrocínio para a
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
realização do CINASE em outras regiões do País. A gerente de comunicação das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc),
Lau
Macarini,
envolveu
a
concessionária em todo o programa do evento.
Esteve
presente
na
abertura
e teve participação com palestras e debates em outras partes do congresso, além do trabalho de divulgação exemplar, abrangendo todas as divisões da Celesc”, afirmou.
O CINASE já percorreu Santa Catarina,
em Joinville, em 2011 e 2015, mas é a primeira vez na capital Florianópolis. O evento contou com o importantíssimo apoio de empresas e entidades ligadas ao setor elétrico regional, como Celesc, Eletrosul,
Senge
–
SC
–
Sindicato
dos Engenheiros de Santa Catarina, a Associação Catarinense de Engenheiros (ACE), todas as grandes universidades, entre elas a Udesc –
Universidade do
Estado de Santa Catarina, entre outras, Engerey Painéis Elétricos e Reymaster Materiais Elétricos.
Programação Este
CINASE
importante
contou
modificação
com
uma
em
sua
programação: novos temas e palestras inéditas
dos
especialistas
Anteriormente,
a
do
setor.
concessionária
só
participava da abertura do evento, fazendo um panorama do setor na região. Agora, esteve
presente
em
diversos
painéis
ao longo dos dois dias do evento, se aproximando
ainda
mais
do
público
e tornando os temas do Congresso ainda
mais
dinâmicos.
“O
CINASE
chega ao seu décimo ano de existência, percorrendo 15 cidades diferentes no auge do reconhecimento da indústria, que nos acompanha e que hoje enxerga esse modelo como um sucesso, não só por ser o maior, mas o melhor evento técnico itinerante. O congresso tem um propósito muito bem definido, misturando profundidade
dos
temas
técnicos,
Evento
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
visibilidade e trabalho de divulgação total e diferenciado nas regiões por onde passa. Desde o ano passado, também levamos ao evento o “Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade
das
Instalações
Elétricas”,
que agrega cada vez mais participantes. Tudo isso é o CINASE”, destacou Adolfo Vaiser, diretor da revista O Setor Elétrico e organizador do evento.
Agradecimentos e homenagens
José Antônio Latrônico Filho, presidente
da ABEE – Associação Brasileira de Engenheiros Elétricos de Santa Catarina, agradeceu à equipe do CINASE por
Evento
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
trazer o evento ao Estado e enfatizou
exaltou a participação da associação no
sobre a importância da qualificação dos
CINASE.
profissionais na nova era tecnológica, com a onda do ensino a distância (EAD).
Feedback dos participantes
“Devemos reconhecer que é possível sim,
termos EAD, mas devemos ter qualificação
na parte técnica presencial. Formularemos
Florianópolis foi mais uma vez um sucesso.
uma proposta em nível nacional na área
Para Celso Ternes Leal, os patrocinadores
elétrica e definiremos o que deve ou não
e os participantes com os quais conversou
ser presencial. A qualificação profissional
foram unânimes em dizer que o evento esteve
é um trabalho que empresas e entidades
sempre acima das expectativas, pois muitas
de classe devem se preocupar”, destacou.
novidades e diversas apresentações trouxeram
valiosas
O diretor do CREA Santa Catarina,
Na opinião dos participantes, o CINASE
informações.
“Os
profissionais
Evânio Ramos Nicoleit, também reforçou
de Santa Catarina tiveram a oportunidade
a importância de o CINASE ocorrer
de conversarem com os fabricantes e
no Estado. “É uma honra acompanhar
representantes da região; isso também foi
e participar desse evento de grande
muito proveitoso. Parabéns à equipe pelo
relevância para o setor. O CREA de
grande sucesso do evento”, declarou.
Santa Catarina vem há mais de 60
Segundo
anos
Fernandes,
acompanhando
os
avanços
do
Rubipiara apoiador,
o
Cavalcante feedback
dos
setor na região, que atrai cada vez mais
participantes foi fantástico. “Parabéns pelo
investimentos, colocando o Estado em
sucesso do evento! É muito gratificante
uma posição de excelência tecnológica”,
ver o êxito pelo trabalho realizado. Os
disse.
participantes chegaram a comentar que,
O
engenheiro
Carlos
Nakazima,
devido à quantidade e relevância dos temas
da ACE – Associação Catarinense de
tratados, caberia mais um dia de congresso.
Engenheiros ressaltou a importância da
Fica a sugestão. Muito obrigado pela
energia na vida das pessoas e também
oportunidade de ter participado!”, agradece.
Evento
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
Inovação do setor elétrico e mercado fotovoltaico em pauta no CINASE SC do âmbito do Programa, explicou Passos, foram as criações do Selo Solar e do Fundo Solar. O primeiro é uma certificação concedida para empresas, instituições públicas e privadas e proprietários de edificações que consomem um valor mínimo anual de eletricidade vinda de fonte solar, lançado em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já a segunda, é fruto de uma parceria com a alemã GLS – Grüner Strom Label, que oferece apoio financeiro para instalar microgeradores FV com uma potência de até 5 kW. Também integra o América do Sol o projeto 50 telhados, executado em 25 cidades brasileiras por empresas do setor FV que foram responsáveis pela instalação de pelo menos 50 telhados FV (ou 100 kWp de potência) em cada município, até o final de 2015. A confiabilidade da geração fotovoltaica A Celesc – Centrais Elétricas de Santa
entre outros, uma média de R$ 390 milhões
foi uma questão bastante trazida por Ricardo
Catarina foi convidada a abrir o evento com Pablo
ao ano. Para 2019, o objetivo é injetar R$
Ruther, diretor do Instituto Ideal e do Laboratório
Cupani Carena, diretor de GTD – Geração,
530 milhões somente no sistema elétrico para
Fotovoltaico da Universidade Federal de Santa
Transmissão e Distribuição de Energia e novos
que consiga dar vasão e atender à demanda
Catarina (UFSC). Segundo ele, a resolução 482
negócios da concessionária, falando sobre
crescente e requisitos de qualidade”, contou.
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
inovação e investimentos da concessionária em
Em Geração, Cupani afirmou que o foco é a
que trata da compensação de energia para
GTD. Segundo ele, o carro chefe da Celesc é a
ampliação de usinas mais antigas, como a Celso
microgeração ou minigeração distribuída, sofreu
distribuição e 92% da área de concessão estão
Ramos, na região Oeste, que operava com 5,6
revisão em 2015 e está em consulta pública
no Estado de Santa Catarina.
MW e será ampliada para mais 8,3 MW, e a usina
para definir se a compensação de energia para
Do ponto de vista de inovação, um dos
em Blumenau que depende do licenciamento
os consumidores de energia solar FV terá um
conceitos bastante válidos no setor é transformar
ambiental para finalizar o projeto. Hoje, opera com
retorno de 0,72% do total de 1kW investido.
novas ideias em resultados. De acordo com
6,3 MW e a ideia é ampliar para 23 MW.
“Não podemos deixar esse mercado morrer
Cupani, a Celesc atua na melhoria da qualidade
antes de pegar o embalo que precisa”, declarou.
do serviço, na satisfação do consumidor, no
Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, que
atendimento às exigências regulatórias, na
falou sobre o mercado de energia fotovoltaica (FV)
destaques no CINASE SC
redução de custo operacional e na melhoria da
no Brasil. “Este mercado ganhou conhecimento,
segurança. A concessionária também investe
legislação e investimento, crescendo a 50% ao
Subestações digitais
em processos de sustentabilidade, tanto
ano, e crescerá mais. Hoje, o País já conta com
ambiental quanto corporativa. “Nos últimos oito
quase quatro mil instaladores de painéis solares
e a automatização de subestações de média e
anos, investimos R$ 3 bilhões na rede em novas
fotovoltaicos”, afirmou.
baixa tensão são uma realidade. O setor atinge
subestações, ampliações, novos alimentadores,
uma transformação significativa da forma como
Outro convidado na abertura do CINASE foi
Outras duas iniciativas importantes dentro
Conheça alguns outros assuntos que foram
Com o avanço tecnológico, a digitalização
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O Setor Elétrico / Maio de 2019
o usuário e o time de manutenção interagem, monitoram e operam suas instalações elétricas. Segundo
Vinicius
Rocha,
Engenheiro
de
Aplicação ABB, as subestações digitais trazem uma série de benefícios, entre eles: aumento da previsibilidade de falhas, fornecimento de informações mais precisas e detalhadas para a engenharia e manutenção, conseguindo assim tomar decisões ou analisar históricos e eventos, gerenciamento móvel das subestações elétrica, entre outros. “Componentes elétricos, que tinham sua estrutura puramente mecânica, como disjuntores, se tornam autônomos e inteligentes e são capazes de antecipar algumas falhas no sistema elétrico, diagnosticar falhas, armazenar informações a longo prazo, conseguem se comunicar em redes de comunicação industriais e auto gerenciando sua vida útil”, destacou Painéis Elétricos, o evento surpreendeu pela
na indústria da construção civil como uma
qualidade do público visitante, tornando-se uma
ferramenta de inovação para todo o ciclo de vida
Indústria 4.0
boa oportunidade de apresentar as soluções da
da edificação. Iniciando pelo projeto, passando
A WEG apresentou suas principais soluções
empresa, como quadros elétricos, certificados,
pela construção, manutenção e até a demolição,
da WEG Automação dentro da indústria 4.0.
bancos de capacitores, quadros de tomadas,
essa consolidação tem alcance mundial e agora
Entre elas, a Soft-starter SSW900, ideal para
entre outros. “Como demonstração, levamos
também no Brasil. O tema foi abordado por
controle total da partida, parada e proteção de
alguns painéis de nossa linha de modelos
Francisco de Assis Araujo Gonçalves Junior, da
motores. A solução possui módulos plug-in
portáteis e padrões e que chamaram a atenção
ALTO QI.
para conectividade em redes Ethernet-based
dos profissionais da área, como o QTCO
Segundo o especialista, o BIM está
(Modbus-TCP, EtherNet/IP e PROFINET IO) e
(Quadro de Tomadas para Canteiro de Obras
baseado na construção virtual da edificação em
redes Fieldbus (CANopen, DeviceNet, Modbus-
Compacto). Foi extremamente positiva a nossa
3D, proporcionando a antecipação e resolução
RTU e Profibus-DP), além de comunicação por
participação no CINASE, ainda mais em Santa
de problemas, trata-se de um modelo virtual
Bluetooth, permitindo programar, monitorar, fazer
Catarina, que é para onde estamos expandindo
rico em informações e que será utilizado em
backup de parâmetros, salvar log de eventos e
ainda mais a nossa atuação”, comentou.
todo o ciclo da edificação do projeto, execução
enviá-los por mensagem.
Marco Stoppa, diretor da Reymaster
e operação. “Com o BIM é possível entregar
Outra tecnologia é o WEG IoT Platform
Materiais Elétricos, também celebra a ocasião e
projetos de maior qualidade e mais detalhados e
voltado para indústria, geração de energias
conta que, participar de um evento do segmento
compatibilizados, com uma relação de materiais
e cidades inteligentes, permitindo gerenciar
elétrico como o CINASE, em Florianópolis, veio
para a geração de orçamentos mais assertivos”,
produtos, conectando serviços de análise
ao encontro dos objetivos comerciais da empresa
destacou.
de dados e armazenamento em nuvem. A
na região de Santa Catarina. “Recentemente,
WEG ainda desenvolveu o Smart Machine,
abrimos uma unidade em Joinville, onde
Revisão da NBR 5410
especialmente para proporcionar controle total
distribuímos materiais elétricos, de conectividade,
do processo e dos parâmetros de desempenho
mas, principalmente, de automação, como
adequadas para o funcionamento usual e seguro
de máquinas, possibilitando o gerenciamento por
sensoriamento, monitoramento e manutenção
das instalações elétricas de baixa tensão, é
meio de coleta e visualização online de dados;
preditiva. O Estado tem um setor industrial
bastante complexa e passa por uma revisão
dashboards customizáveis para cada cliente;
que vem evoluindo a cada dia, caracterizando
detalhada. Segundo o especialista Paulo Barreto,
controle de performance e medição de OEE
a região como promissora para os negócios”,
o CINASE foi uma oportunidade de debater sobre
(Overall Equipment Effectiveness); determinação
explicou.
as principais novidades discutidas na Comissão,
Rocha.
de planos de manutenção e rastreamento e
A NBR 5410, que estipula as condições
responsável pela redação da norma.
monitoramento de máquina: localização, controle
Construção virtual em 3D
de falhas, correções e ajustes de programação e
O mercado está passando por uma quebra
ABEE SC para falar sobre a norma, a revisão,
tempo de operação.
de paradigma com a metodologia BIM, que
assim como todas as normas publicadas pela
Para Fábio Amaral, diretor da Engerey
vem ganhando espaço e se consolidando
ABNT, deve levar em consideração aspectos
Para Roberto Krieger, convidado especial da
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Evento
O Setor Elétrico / Maio de 2019
sua
em palavras simples, se compra o mais barato
concessionária, na região, a Celesc trabalha
aplicação, sempre atentando para as inovações
e basicamente não se consideram os custos
com o projeto Self Healing (Sistema para
tecnológicas e desenvolvimentos na área da
operacionais. “Desta forma, se deixam de
Reconfiguração Automática de Rede). Hoje, o
engenharia.
aproveitar muitas oportunidades, ou o que é pior,
Estado de Santa Catarina conta 174 religadores
se criam problemas. Em eficiência energética, a
envolvidos nesses sistemas reiniciando mais de
Eficiência energética
simples avaliação na especificação / compra dos
200 mil unidades consumidoras.
“A energia mais barata é aquela que não se
equipamentos do custo de energia ao longo da
consome”, afirmou o especialista Jose Starosta,
vida útil já permite evitar decisões desastrosas
Sistema de Alerta de Tempestade
indicando que não adianta iniciar um projeto
nas contas que serão pagas mensalmente por
A discussão sobre aterramento e proteção de
de instalação elétrica sem pensar em eficiência
muitos anos”, salientou.
áreas abertas volta à tona com a nova NBR
energética.
Para Thiago Jeremias, convidado da Celesc,
5419, que trata da proteção de estruturas
hora de iniciar um projeto, segundo Starosta,
a eficiência energética vai além de sua viabilidade
contra descargas atmosféricas. Segundo o
é a inclusão de todas as ações de eficiência
econômica, existe um bem comum relacionado
especialista Jobson Modena, um dos principais
energética no plano de medição e verificação
a sustentabilidade que não é mensurada
pontos da NBR 5419 é a normalização do
baseado no Protocolo Internacional de Medição
nessas análises. Existe o retorno aliado a marca
novo equipamento SAT – Sistema de Alerta
e Verificação de Performance - PIMVP para que
de empresas sustentáveis, a satisfação de
de Tempestade que detecta a tempestade
tragam confiabilidade nos resultados.
profissionais envolvidos em processos eficientes.
antecipadamente e dá condição de tomar
de
segurança
e
funcionalidade
de
Outra questão importante na
Dentro desse conceito, Starosta também
medidas de precaução, minimizando risco em
citou alguns aspectos do ISO 50001, criado para
Redes subterrâneas
relação ao raio.
auxiliar as empresas a usar a energia de maneira
mais eficiente, através da implementação de um
visual da cidade limpo, garantem maior segurança
categorização da forma de utilização do SAT. “A
Sistema de Gestão de Energia.
operacional, de risco de morte e contra eventos
norma indica a forma correta de se proceder uma
climáticos, trazendo mais eficiência para a rede
análise de risco, determinando quais são os tipos
Debate
de distribuição de energia. Mas por que o Brasil
e categorias que podem ser utilizadas”, orientou.
Em debate entre especialistas sobre
não investe em rede subterrânea? A grande
eficiência energética no CINASE, Leandro
questão, segundo Daniel Bento, diretor executivo
Capacitação profissional
Silva, convidado da WEG Motores, reiterou que
da Baur do Brasil, é que quando se fala nesses
a eficiência energética deve ser considerada
investimentos, a pergunta sempre é: quem vai
desafio quando se fala em energia fotovoltaica.
desde a fase de projeto e aquisição dos
pagar a conta de um sistema caro como esse?
Na visão de Juarez Guerra, diretor da Comissão
equipamentos. Segundo ele, há uma diretriz
Os benefícios de retorno são enormes, trazendo
GT Fotovoltaico (FV) da Associação Brasileira da
dominante sobre o custo dos projetos, que
maior de produtividade e confiabilidade da
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o governo
inclui os equipamentos e as instalações. Se
rede. “Na Alemanha, por exemplo, para cada
precisa dar um passo à frente, caso contrário
foca muito a implantação e pouco a operação,
um alemão precisamos de cinco brasileiros. O
não haverá mão de obra suficiente, devido à
DEC – Duração Equivalente de Interrupção por
velocidade cada vez maior de crescimento de
Unidade Consumidora médio do Brasil é de 18
FV. “Em 2040, a previsão é de que 32% da
horas, enquanto na Alemanha é, 23 minutos. O
nossa matriz energética seja solar. Na geração,
FEC – e Frequência Equivalente de Interrupção
a parte de instalação é a que vai gerar mais
por Unidade Consumidora no Brasil é de 11, na
emprego: entre 25 a 30 empregos direto para
França 0,3 e isso impacta muito na produtividade
cada MW instalado. Não há dúvida de que tem
e eficiência, explicou Bento.
muito emprego a vista, mas precisamos de
Dentro desse tema, Celso Ternes Leal,
capacitação”, comentou.
especialista em redes subterrâneas, afirmou que
Para Marco Aurélio Gianesini, chefe do
já deveria existir uma lei na Aneel de que todo
Departamento de Planejamento do Sistema
novo empreendimento só poderia ser construído
Elétrico, a Geração Distribuída focada na energia
com rede subterrânea. “Os custos estão
solar fotovoltaica traz diversos benefícios às redes
reduzindo com cabo polietileno e utilização do
de distribuição de energia, entre eles, baixo impacto
alumínio”, reforçou.
ambiental, tempo reduzido de implantação, redução
Em Santa Catarina, a Celesc reforçou
nas perdas dos sistemas de distribuição, redução
como tem investido em redes inteligentes.
de gases de efeito estufa, geração de empregos,
Segundo
diversificação da matriz energia e aumento da
As redes subterrâneas de energia deixam o
Rogério
Benedicto,
chefe
da
divisão de automação do sistema elétrico da
Outro ponto enfatizado na nova norma é a
A falta de mão de obra qualificada é um
confiabilidade no atendimento.
Evento
18
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Celesc garante três premiações No total, foram 18 projetos inscritos para concorrer em seis categorias
energia e uma plataforma de gerenciamento de eletropostos para aplicações no conceito de cidades inteligentes. Outra premiação aconteceu na categoria Energia Renovável, com o Projeto Bônus Fotovoltaico, com o objetivo de incentivar a geração residencial de energia solar, instalando sistemas completos de produção de energia solar fotovoltaica em até 1.000 residências (casas). O projeto é parte do Programa Eficiência Energética Celesc, sendo operacionalizado pela ENGIE Geração de Energia Fotovoltaica e pretende beneficiar os participantes com bônus de 60% na aquisição a aquisição de um sistema fotovoltaico e cinco lâmpadas de LED. A Franzmann Engenharia e Consultoria também
venceu
duas
categorias.
Em
Na noite de realização da 4ª edição do
usufrui de todos os dispositivos que criamos
Instalações Elétricas Industriais e Comerciais,
Prêmio O Setor Elétrico de Qualidade das
apenas nesse período. Mas a energia também
a companhia garantiu o prêmio com o projeto
Instalações Elétricas 2019, realizado pela
deixou a sociedade apavorada pelo seu rápido
de Viabilidade Técnica para implementação
revista O Setor Elétrico durante a abertura
desenvolvimento, principalmente nesta era
de
do CINASE SC, no dia 8 de maio, dois
digital. Talvez tudo que exista nesse mundo é
Residenciais, e em Inovação Tecnológica,
engenheiros de Santa Catarina, que tiveram
uma forma de energia e se mostra em várias
com o projeto de Garantia de abandono em
uma enorme contribuição no setor elétrico
formas. Nós somos energia, mas o que é energia
edificações de grandes alturas.
nacional, foram homenageados. O primeiro
talvez nunca vamos descobrir. Agradeço a
Na
deles foi o engenheiro eletricista Hamilton
homenagem”, destacou.
os vencedores foram Rodrigo dos Passos,
Nazareno Ramos Schaefer. “Quando fazemos
A Celesc foi premiada em três categorias
engenheiro eletricista, e Luis Eduardo Palomino
um trabalho, já existe uma realização interior,
no Prêmio OSE. No total, foram 18 projetos
Bolivar, professor e engenheiro eletricista, com
que aumenta cada vez mais quando recebemos
do Estado de Santa Catarina inscritos no
a medição real do consumo energético da carga
de uma comunidade importante e organizada
prêmio, dividido em seis categorias: Instalações
atual da iluminação no bloco C da Universidade
uma homenagem desse tipo. Estou realmente
Elétricas Industriais e Comerciais, Energia
do Contestado – Campus Marcílio Dias, visando
sensibilizado e agradeço ao Adolfo por essa
Renovável,
Desenvolvimento,
à substituição por lâmpadas LED. “Acreditamos
oportunidade”, afirmou.
Projeto Luminotécnico, Inovação Tecnológica e
que essa iniciativa incentivará os profissionais a
Pesquisa
&
Barramentos
categoria
Blindados
Projeto
em
Edifícios
Luminotécnico,
Projeto do Ano.
respeitarem as normas técnicas e a proverem
Geraldo Kindermann, autor de 10 livros
A Celesc venceu nas categorias Pesquisa
soluções cada vez mais sustentáveis e
publicados,
O segundo homenageado foi o Engenheiro e
& Desenvolvimento e Prêmio OSE 2019 edição
eficientes para as instalações brasileiras”,
atualmente professor da Unisul – Universidade
SC, com o Eletroposto Celesc “Abrindo um
afirmou Adolfo Vaiser, diretor da revista O Setor
do Sul de Santa Catarina. “A energia elétrica faz
novo caminho”. A solução desenvolvida pela
Elétrico e organizador do CINASE.
parte da natureza. A ciência da eletricidade tem
Fundação CERTI integra estações de recarga
apenas 250 anos de vida e hoje a humanidade
de veículos, sistemas de armazenamento de
janeiro de 2019, com forte empenho das
três
deles
em
espanhol,
A divulgação do prêmio teve início em
19
O Setor Elétrico / Maio de 2019
associações e entidades da região de Santa Catarina. Os critérios de avaliação foram
OS PREMIADOS
atribuídos por notas de um time formado pelos especialistas do CINASE, que avaliaram 12
Pesquisa & Desenvolvimento – Celesc
itens. O resultado foi obtido através de média
Eletroposto Celesc “Abrindo um novo caminho”
ponderada devido à especificidade e aplicação de cada trabalho.
O que disseram alguns dos ganhadores
Elton Pivato
"O fato de poder participar do evento
Prêmio OSE 2019 edição SC – Celesc Eletroposto Celesc “Abrindo um novo caminho” Energia Renovável – Celesc Projeto Bônus Fotovoltaico
CINASE e ser premiado em duas categorias, Inovação Tecnológica e Projetos Elétricos, nos
Instalações Elétricas Industriais e Comerciais –
deixa muito feliz, afinal é o reconhecimento
Franzmann Engenharia e Consultoria
de muito trabalho e comprometimento com a
Viabilidade Técnica para implementação de barramentos
Engenharia. Também motiva outros profissionais
blindados em edifícios residenciais
a promoverem soluções tecnológica cada vez mais sustentáveis e eficientes para o
Inovação Tecnológica – Franzmann Engenharia e Consultoria
desenvolvimento da sociedade como um todo."
Garantia de abandono em edificações de grandes alturas
Rodrigo dos Passos
Projeto Luminotécnico – Rodrigo dos Passos, engenheiro eletricista,
"É com imensa satisfação e alegria que recebo
e Luis Eduardo Palomino Bolivar, professor e engenheiro eletricista
o prêmio OSE de Qualidade nas Instalações
Medição real do consumo energético da carga atual da iluminação no
Elétricas. É uma honra ser reconhecido com
bloco C da Universidade do Contestado – Campus Marcílio Dias,
um dos melhores projetos do Estado de
visando a substituição por lâmpadas LED.
Santa Catarina. Esse reconhecimento é a demonstração de que estamos no caminho
ou melhorando a qualidade da iluminação.
Sandro Levandoski
correto e de que o trabalho que estamos
No caso da Revista "O Setor Elétrico" e o
desenvolvendo está sendo bem executado.
Evento "CINASE" em específico, são dos
mercado energético brasileiro demonstra que
Mais do que isso, o Prêmio OSE de Qualidade
principais elos de comunicação do público
estamos no caminho certo e alinhados às
nas Instalações Elétricas coroa um projeto
e dos profissionais da área da Engenharia
principais tendências e inovações do setor, além
que teve como objetivo demonstrar que
com o mercado e as novidades apresentadas
de ser, também, uma excelente oportunidade
com as tecnologias disponíveis no mercado
por ele, o que engrandece ainda mais o meu
para prestarmos conta à sociedade dos
é possível diminuir o consumo, mantendo
orgulho em estar entre os premiados."
trabalhos realizados pela empresa.”
"Ter o nosso trabalho reconhecido pelo
Painel de mercado
20
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Aneel atualiza metodologia de acionamento das bandeiras tarifárias Resolução estabelece as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras
A Agência Nacional de Energia Elétrica
das condições de geração.
0,99, independentemente do valor do PLD,
(Aneel) aprovou no dia 21 de maio, resolução
A definição da cor da bandeira continua
a bandeira verde é acionada. Abaixo de
que estabelece as faixas de acionamento
a ser dada pela combinação entre risco
0,99, a definição da bandeira é dada pela
e os adicionais das bandeiras tarifárias
hidrológico e preço de liquidação de
combinação com os valores de PLD da
com vigência em 2019. Foi incorporado
diferenças (PLD). Com GSF a partir de
tabela abaixo:
um avanço metodológico para a regra de acionamento que atualiza o perfil do risco hidrológico (GSF*), o qual passa a refletir exclusivamente
a
distribuição
uniforme
da energia contratada nos meses do ano ("sazonalização flat"). O efeito do GSF a ser percebido pelos consumidores retratará com maior precisão a produção da energia hidrelétrica e a conjuntura energética do sistema.
A proposta aprovada altera o valor das
bandeiras tarifárias a partir de 1º de junho. A bandeira amarela passa a R$ 1,50 a cada 100 kWh; já a bandeira vermelha no patamar 1 custará R$ 4,00 a cada 100 kWh, e no patamar 2, R$ 6,00 a cada 100 kWh. A alteração foi especialmente motivada pelo déficit hídrico do ano passado, que reposicionou a escala de valores das bandeiras.
O tema passou por audiência pública
que recebeu 56 contribuições, das quais 36% foram acatadas integralmente e 2% parcialmente.
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras
tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. Além disso, esse custo é pago de imediato nas faturas de energia, o que desonera o consumidor do pagamento de juros da taxa Selic sobre o custo da energia nos processos tarifários de reajuste e revisão tarifária.
O funcionamento das bandeiras tarifárias
é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se
*O GSF é o resultado da divisão entre a geração total das usinas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) sobre a garantia física total
a energia custará mais ou menos em função
de geração hidrelétrica não estão boas.
das usinas. Quando a geração total das usinas do MRE é inferior ao somatório de suas garantias físicas, o GSF é menor que 1, e aponta que as condições
Painel de mercado
22
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Divulgação
Registros de mortes e incêndios por sobrecarga crescem no Brasil
Em relação aos locais onde mais ocorreram os
tiveram grande repercussão nacional estão o do
incêndios por sobrecarga, as residências registraram
Museu Nacional e do Centro de Treinamentos
o maior número: foram 207, que geraram 44 mortes.
do Flamengo, ambos no Rio de Janeiro. "O DPS
Os comércios foram os locais que apresentaram o
faz toda a diferença na instalação elétrica para a
segundo maior número de incêndios elétricos fatais:
segurança pessoal e patrimonial. Este dispositivo
foram 130, resultando em um óbito.
detecta a presença de sobretensões em uma rede,
Os choques elétricos também ocorreram,
como quando cai a luz e volta repentinamente.
em sua maioria, em ambientes residenciais: foram
Esta volta pode elevar a tensão elétrica a níveis
registrados 209 choques fatais. Em segundo lugar,
extremamente altos. O DPS detecta isso e drena
estão as redes aéreas de distribuição, com 172
a tensão excedente para o sistema de aterramento
choques que resultaram em mortes.
antes que atinjam os equipamentos e possam
Fábio Amaral, engenheiro eletricista e diretor da
ocasionar um curto e com isso um incêndio. Apesar
empresa Engerey Painéis Elétricos, comenta que a
de serem importantes, infelizmente, são poucos os
relação dos acidentes elétricos com as residências
que conhecem esta tecnologia”, explica Amaral.
Aumentaram os casos de acidentes e mortes
se deve ao fato de que, no Brasil, há muitas
relacionados à energia elétrica no País, segundo a
instalações ruins e gambiarras, que podem levar a
maior número de mortes originadas por choque
edição 2019 do Anuário Estatístico da Associação
um grande número de acidentes fatais, conforme
elétrico em 2018: foram 261, representando 42%
Brasileira de Conscientização para os Perigos da
revela o levantamento feito pela Abracopel. “Desde
de todos os incidentes dessa natureza ocasionados
Eletricidade (Abracopel). O levantamento mostra
2012, é obrigatório o uso do Dispositivo Residual
no Brasil. É o terceiro ano consecutivo em que
que ocorreram 1.424 acidentes elétricos em 2018,
(DR) no Brasil, pois ele pode impedir a maior
essa Região registra o maior número de mortes por
sendo que 836 foram ocasionados por choque, o
parte dos acidentes ocasionados por choques
choque em relação ao restante do País.
equivalente a 59% do total. Deles, 622 foram fatais,
elétricos. Mas 27% das residências não dispunham
resultando em mortes. Já os incêndios derivados de
do equipamento em seus quadros elétricos no
esse registro no Nordeste são desconhecimento
curto-circuito ficaram em 537, o que corresponde a
ano passado. Isso explica o grande número de
dos riscos gerados pela eletricidade e descaso com
38%, e ocasionaram 61 óbitos.
acidentes elétricos que continuam acontecendo no
os procedimentos necessários para evitá-los.
País”, afirma.
número de acidentes ocasionados por incêndios
Já o aumento de incêndios decorrentes de
número de acidentes fatais gerados por choque
de origem elétrica e de mais de 100% no número
sobrecarga no Brasil, para o especialista, demonstra
elétrico foi o Sudeste, com 20%: no total, foram
de mortes ocasionadas por esses acidentes em
o descuido com a manutenção das redes elétricas.
123. Em terceiro lugar vem o Sul, com 15%, depois
comparação com o ano anterior: em 2017, houve
De acordo com ele, elas devem acontecer de 10
Centro-Oeste, com 12%, e em último a Região
1.387 acidentes elétricos, sendo que 481 deles,
em 10 anos e ser realizadas por profissionais
Norte, com 11%.
incêndios decorrentes de curto-circuito, gerando
devidamente capacitados.
Os dados revelam um aumento de 18,84% no
30 mortes.
O Nordeste foi a Região que apresentou o
Segundo a Abracopel, os motivos principais para
A Região que apresentou o segundo maior
São Paulo foi o Estado que registrou o maior
número de mortes originadas por choque elétrico no País e no Sudeste: foram 65. A Bahia, que detém
pouco em relação a 2017, mas ainda se manteve
Sudeste foi campeão em número de incêndios em 2018
alto: foram 851, sendo que 627 deles resultaram
A Região que obteve mais casos de incêndios
segundo lugar, registrando 60 mortes causadas por
em mortes. Os acidentes originados por raios
decorrentes de sobrecarga em 2018 foi a Sudeste:
essa natureza no País e sendo o Estado que mais
equivalem a 3% do total, sendo responsáveis por
foram 155, gerando 26 mortes. Em segundo lugar,
registrou mortes no Nordeste.
51 dos incidentes elétricos ocorridos no País, e por
ficou a Região Sul, com 142 casos e nove mortes.
38 mortes em 2018.
Após, vem o Nordeste, com 124 e 18 mortes e
choque foi o Rio Grande do Sul, com 37. No Centro-
O número de choques elétricos diminuiu um
apenas 1/3 da população de São Paulo, ficou em
Na Região Sul, o Estado com mais mortes por
A faixa etária mais atingida pelos acidentes
Centro-Oeste, com 60 choques e cinco mortes. A
Oeste, quem liderou as mortes foi o Mato Grosso,
elétricos é a que compreende adultos de 31 a 40
Região Norte, mais uma vez, foi a que apresentou o
com 27. E no Norte, foi o Pará, com 21. O Estado
anos: foram 160 vítimas fatais, o equivalente a 26%.
menor número de acidentes elétricos ocasionados
que apresentou o menor número de acidentes fatais
Depois, vem a faixa de 21 a 30 anos, com 144
por choque: foram 56 e apenas três óbitos.
ocasionados por choque elétrico foi Roraima, com
vítimas e 23% do total.
apenas duas mortes.
Entre os incêndios ocorridos em 2018 e que
Divulgação/Fluke
Painel de empresas
24
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Fluke Corporation estimula aprimoramento de formação e especialização profissional
A Fluke Corporation, empresa especia
tanto em sala de aula como in company,
lizada em ferramentas de teste e medição,
contemplando profissionais e áreas, como
anunciou
lançamento
manutenção industrial e predial, técnicos
da Fluke Academy, iniciativa educacional
recentemente
o
em telecomunicações, metrologistas, entre
criada com o objetivo de contribuir para o
outras possibilidades. Os cursos oferecem um
aprimoramento da formação e especialização
importante treinamento para que engenheiros,
dos profissionais da indústria. A estimativa
técnicos e profissionais ligados à área de
é atingir cerca de dois mil profissionais
manutenção incrementem suas habilidades,
apenas em 2019 e mais de 10 mil alunos nos
bem como a eficiência e a produtividade em
próximos cinco anos.
seus processos de trabalho. Após a conclusão
A Fluke Academy marca a entrada da
e avaliação final do curso, os participantes
companhia no mercado educacional e tem
recebem um certificado da Fluke Academy.
é formada por colaboradores da empresa
como estímulo formar profissionais mais
“Definimos uma grade de cursos totalmente
e profissionais parceiros de referência no
preparados para os desafios da indústria.
customizada para atender os alunos. As
mercado
“Os cursos desenvolvidos para a Fluke
temáticas surgiram após diversas pesquisas
pesquisadores, docentes em cursos técnicos,
Academy não apenas contribuem para a
de mercado que realizamos durante o ano de
de graduação e pós-graduação em centros
especialização dos profissionais, como os
2018, estudando o perfil e necessidades dos
de excelência no Brasil e ao redor do mundo.
ajudam a enxergar novas oportunidades,
profissionais da indústria. O próprio surgimento
Além do instrutor, existe um responsável
inclusive, de empreendedorismo em diferentes
da Fluke Academy está relacionado à escolha
técnico (engenheiro da Fluke) para cada um
nichos de mercado”, declara Carla Murakami,
dessas
clientes
dos cursos. Hoje, são cerca de 40 funcionários
Sr. Marketing Manager da América Latina e
solicitavam treinamentos especializados para
envolvidos no projeto, de diferentes áreas
gestora do Projeto Fluke Academy no Brasil.
suas equipes dentro das áreas de atuação. A
da companhia, entre Engenharia de Produto,
Ela acrescenta que a qualificação da
partir daí, fizemos esse estudo aprofundado
Marketing, Financeiro, Vendas, Customer
mão de obra no Brasil é um dos principais
para entender a real necessidade dos
Service, TI e Logística.
desafios para o desenvolvimento da indústria,
profissionais da indústria em geral”, explica o
especialmente, quando se trata da indústria
engenheiro eletricista Carlos Rubim, gerente
equipamentos Fluke, materiais e conteúdos
4.0. “Hoje, a preocupação das empresas e do
de Produtos da Fluke e responsável técnico
exclusivos, como webinars, estudos de casos,
mercado vai além de melhorias relacionadas
pelos conteúdos dos cursos.
e-books, além de entrada em grupos e fóruns
à
conectividade,
velocidade
e
investimentos
em
da
internet
temáticas,
pois
nossos
e
ambiente
acadêmico,
como
Os alunos terão acesso a laboratórios com
Nove cursos já estão disponíveis e, ainda
fechados. Também serão disponibilizadas
que
no primeiro ano da Fluke Academy, a estimativa
“coaching calls”, ligações individuais para os
incorporem novas tecnologias. Outro fator
é que esse número cresça para 12. São eles:
alunos após o curso, com o objetivo de tirar
imperativo para o sucesso é a qualificação
Qualidade de Energia Elétrica; Termografia
dúvidas práticas em relação ao conteúdo
profissional,
que
equipamentos
competências
Nível 1; Técnicas de Aterramento com base na
ministrado. “Sabemos que o aprendizado
humanas e adaptações a processos. No
ABNT NBR5410; Princípios da Manutenção
vai além da sala de aula e, muitas vezes, as
geral,
algumas
permeia
aprendizado
Preditiva e suas Melhores Práticas; Fluke
principais dúvidas surgem no campo de
técnico impactam na qualificação profissional
lacunas
no
Networks Certified Cabling Test Technician
trabalho. Por isso, criamos diversas iniciativas
especializada, restringindo o número de
– CCTT; Metrologia na Grandeza Pressão;
e canais de comunicação entre alunos,
profissionais capazes de contribuir para a 4ª
Cálculo de Incerteza de Calibração; Metrologia
colegas de sala e instrutores, para que se
Revolução Industrial”, enfatiza a executiva.
na Grandeza Temperatura; Metrologia na
crie uma comunidade e rede Fluke Academy”,
Grandeza Elétrica.
finaliza Rubim.
Cursos desenvolvidos
A Fluke Academy desenvolveu uma grade
completa de cursos que podem acontecer
A grade anual já está disponível e as
Equipe e alunos qualificados
inscrições podem ser realizadas diretamente
pelo site: www.flukeacademy.com.br.
A equipe de instrutores da Fluke Academy
Clamper inaugura loja virtual
Com o objetivo de apresentar seus
produtos e lançamentos, a Clamper criou sua nova loja virtual: www.lojaclamper.com.br. A plataforma, que entrou no ar em abril deste ano, traz aos consumidores uma completa linha de dispositivos de proteção contra surtos (DPS) comumente utilizados por especialistas.
O site oferece produtos como os DPS VCL,
que servem para proteger quadros de distribuição de energia, ou ainda o Multiproteção 8, que protege os equipamentos contra raios e surtos elétricos originados tanto da rede energia quanto do sinal de rede de dados. “Com a loja virtual, oferecemos uma alternativa para a aquisição dos produtos pelos consumidores com hábitos de compra online. Nosso principal diferencial está em atender bem o cliente, pois conhecemos nossos produtos e estamos aptos a orientar o consumidor, já que muitos deles vêm até nós sem saber ao certo o que querem comprar. Além disso, oferecemos um suporte ao cliente, auxiliando-o sobre qual o melhor produto a ser utilizado em seus equipamentos eletrônicos; solucionamos também eventuais dúvidas técnicas e ensinamos qual a forma correta para a instalação dos produtos”, explica Marcelo Lobo, CEO da Clamper.
A nova loja online é um importante marco na
trajetória da companhia, que tem uma visão muito clara de crescimento para os próximos anos. O projeto é peça-chave na estratégia da empresa para ampliar sua participação de mercado através dos Marketplaces Amazon, Americanas.com, Ponto Frio, Casas Bahia, Google Shopping, Shoptime e outras grandes do varejo. Além disso, visa proporcionar uma experiência inovadora no processo de compra, visto que todas as plataformas de vendas onde a Clamper estiver, estarão interligadas com seu ERP, facilitando todo o clico dos pedidos. “Outro fator que fazemos questão de aperfeiçoar é o da entrega. O comprometimento em entregar na casa do cliente os produtos no tempo combinado é algo que levamos muito a sério, e por isso, estamos constantemente buscando parceiros sólidos para garantir o melhor serviço para o cliente”, revela Davi Assumpção, supervisor de E-commerce da Clamper.
Além da loja virtual, a empresa também está
lançando no mercado de DPSs o aplicativo MEU CLAMPER, que pode ser adquirido nas lojas da Apple Store e Google Play.
Painel de empresas
26
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Eaton oferece parametrização de baterias com tecnologia exclusiva A manutenção e parametrização de baterias
tecnologia ABM® da Eaton (que é padrão nos
permite a extensão da vida útil do sistema nobreak/
nobreaks da marca), a qual aumenta a vida útil e
baterias, levando a um melhor desempenho,
proporciona testes e diagnósticos programados
segurança de operação e à preservação
do banco de baterias, ou se em regime de
da garantia do fabricante. Neste contexto, a
flutuação com tensão constante, alinhado com
empresa Eaton está divulgando a prestação
as especificações de cada fabricante.
de manutenção e parametrização, utilizando
sua tecnologia Advanced Battery Management
especificado para cada modelo de bateria pode
(ABM). Um processo de carga adequado é fator
acarretar sua “sobrecarga”, desencadeando
importante a ser considerado quando se utiliza
aquecimento interno e consequente avalanche
baterias chumbo–ácidas reguladas por válvulas.
térmica. Isto causará danos permanentes
O desempenho, segurança de operação e vida
às baterias e, em casos extremos, riscos de
a prestar a manutenção e parametrização
útil estão diretamente ligados a este processo.
explosão.
utilizando a tecnologia Eaton ABM, que permite a
Toda vez que o banco de baterias é
Tensão e corrente abaixo do especificado,
extensão da vida útil do sistema nobreak/baterias,
substituído,
Divulgação/Eaton
Sobre a tensão/corrente, um setup acima do
Segundo a Eaton, a empresa está autorizada
há
por outro lado, retardam o processo de recarga,
levando a um melhor desempenho, segurança
diferença entre marcas, modelos e potências,
e com isso a bateria não atinge a sua capacidade
de operação e à preservação da garantia do
se faz necessário realizar procedimentos de
total, não sendo capaz de dissolver o sulfato de
fabricante. A parametrização utilizando softwares
parametrização do carregador de baterias do
chumbo, naturalmente gerado nas descargas.
não autorizados ou ilegais expõe a equipe a
nobreak. Em relação ao regime, o carregador
Este efeito é chamado de sulfatação, e pode
riscos durante a operação e pode danificar o
trabalhará, se em regime cíclico, utilizando a
danificar permanentemente a bateria.
equipamento.
principalmente
quando
Fascículos
Apoio
BIM – Building Information Modeling / Modelagem das Informações da Construção
28
Francisco Gonçalves Jr. Capítulo V – Workflow de projetos de instalações BIM x CAD - Fluxo de projeto em CAD - Compatibilização 2D - Fluxo de projeto em BIM - Tipos de Modelos - Compatibilização 3D - Colaboração - Workflow cenário atual - Por onde começar meu projeto BIM?
Equipamentos para ensaios em campo
32
Fabio Henrique Dér Carrião, Claudio Mardegan e Claudio Rancoleta Capítulo V – Testes em Chaves Seccionadoras - Introdução - Manutenção preventiva: inspeções e ensaios
Linhas elétricas para baixa tensão
36
Paulo E. Q. M. Barreto Capítulo V – Condutores - Requisitos gerais - Identificação - Influências externas
Apoio
BIM - Building Information Modeling / Modelagem das Informações da Construção
28
Por Francisco Gonçalves Jr.*
Capítulo V Workflow de projetos de instalações BIM x CAD O BIM está em processo constante de desenvolvimento e vem
Nesse cenário, os projetistas das diversas especialidades estão
sendo aplicado em toda a cadeia da construção civil, devido aos
acompanhando essa evolução tecnológica. Projetos arquitetônicos,
inúmeros benefícios que essa tecnologia inovadora traz. Por meio
estruturais e hidrossanitários já estão bem adiantados no processo
do conjunto de práticas, é possível reunir em uma representação
de aplicação dessa nova tecnologia, que utiliza ferramentas com
gráfica de todas as informações — desde as construtivas, até a
desenhos tridimensionais que possuem diversas informações.
quantificação de trabalhos e tempos de mão de obra — e, ainda,
Com a disseminação do BIM no mercado, os escritórios que
incluir dados do processo de desmontagem ao fim do ciclo de vida
elaboram projetos de instalações elétricos estão sendo demandados
útil.
para desenvolverem projetos baseados no conceito BIM para
Projetos elaborados com aplicação dos conceitos BIM permitem
integração com as demais disciplinas na concepção do modelo
uma concepção mais assertiva, com qualidade, e que representa a
virtual da edificação a ser projetada. Nesse momento, nasce a
realidade através de modelos virtuais em 3D, resultando em menos
necessidade de um novo workflow com novas rotinas, softwares, e
refações, desperdícios e um projeto mais confiável.
conhecimentos sistêmicos de todo o ciclo da edificação.
A adoção desse conceito por profissionais, como arquitetos
Fascículo
e engenheiros projetistas das mais diversas disciplinas, está se
Fluxo de projeto em CAD
tornando, cada vez mais, uma realidade. Apesar disso, é importante
O fluxo de projetos de instalações teve uma grande mudança
lembrar que a aplicação do BIM em projetos deve vir acompanhada
com o advento do CAD (Computer Aided Design), programa para
de mudanças radicais nos processos, conceitos e perfil dos
computador com o objetivo de criar desenhos técnicos e auxiliar os
profissionais de toda a cadeia.
projetistas. Os desenhos passam a ser desenvolvidos nos softwares
Paradigmas precisam ser quebrados nos processos de projetos atuais, na qual, no modelo tradicional prevalece, a graficação
CAD, trazendo um grande diferencial tecnológico, se comparados aos desenhos elaborados manualmente.
dos projetos com desenhos 2D elaborados com ferramentas já
A tecnologia CAD foi, por muito tempo, considerada uma grande
consagradas como AutoCAD, cálculo realizados manualmente com
inovação tecnológica, pois proporcionou produtividade e qualidade
diversas planilhas e levantamento de materiais efetuados de forma
com ferramentas que automatizam a produção dos desenhos,
manual, lenta e imprecisa com base nas informações dos desenhos
junto com ferramentas para comunicação e compartilhamento dos
produzidos. Além de processo individual de trabalho.
projetos.
A mudança do workflow é necessária, pois projetos no conceito
O Desenvolvimento de projeto sobre a filosofia CAD, muito
BIM são mais completos, integrados, compatibilizados e precisos
utilizado pelo método tradicional, se baseia em um fluxo sequencial
em suas especificações, documentações, orçamentos e quantitativos.
das disciplinas envolvidas no projeto da edificação, iniciando pela
Tudo isso impacta também em novas ferramentas computacionais
arquitetura, depois a estrutura, até a instalações prediais hidráulica,
e conhecimentos diversos, além de focar apenas em sua área de
ar-condicionado e elétrica, baseando-se em representações de
domínio.
desenhos CAD 2D com linhas, textos e vistas, sem informação.
29
Apoio
Fluxo de projeto em BIM O fluxo de processos do projeto BIM, diferente do CAD, aplica conceito de engenharia simultânea, ao invés do processo sequencial tradicional. No BIM, a premissa da colaboração contínua de todas as disciplinas é intensa em todas as fases de desenvolvimento do projeto. O fluxo básico de processos do projeto em BIM, na qual está baseado em um modelo tridimensional com um banco de dados de informações associado, possui uma necessidade maior de Figura 1 – Fluxo de trabalho usual.
Compatibilização 2D Nesse workflow, a compatibilização de projetos é dada de forma que os desenhos dos projetos da edificação fiquem sobrepostos, com o objetivo de identificar as suas interferências. Por não levar em conta a volumetria 3D dos elementos envolvidos, torna-se um processo manual, trabalhoso e factível a erros de interpretação das informações, podendo
coordenação, otimização e análise do modelo em todas as etapas pelos agentes envolvidos, a fim de alcançar a melhor solução, e consequentemente, um modelo validado, na qual para cada etapa de projeto será possível extrair os desenhos, quantitativos e demais documentos.
Tipos de Modelos Os modelos criados pelos projetistas de cada disciplina podem ser apresentados de diversas formas, tais como:
várias situações importantes de interferências passarem despercebidas, sendo identificadas somente na fase de
• Modelo centralizado: os projetistas de cada disciplina
execução da obra, o que gera atrasos nos cronogramas e até
envolvidos no processo BIM trabalham em um único modelo
prejuízos financeiros, dependendo da solução a ser adotada
depositado em um local virtual. Tal procedimento não é tão aplicado
de forma emergencial.
devido às restrições de hardware e conexões com velocidade com
Apoio
BIM - Building Information Modeling
30
desempenho satisfatório; • Modelo federado: cada disciplina desenvolve os próprios modelos, vinculados a um único modelo central integrado, todos depositados no mesmo local virtual. Esse cenário ainda depende de conexões com banda suficientemente larga, que permita a transmissão de grande volume de dados; • Modelo federado independente: os modelos de todas as disciplinas são desenvolvidos em cada escritório específico e disponibilizados em servidores de hospedagem, a partir de seus uploads, permitindo os downloads para visualização pelos demais envolvidos. Esse cenário pressupõe uma frequência de uploads e downloads combinados entre as partes.
Figura 3 – Curva de esforço MacLeamy – Fonte: Guia AsBEA – Boas práticas em BIM – fascículo II.
Compatibilização 3D No fluxo do projeto em BIM, o processo de compatibilização propõe um desenvolvimento coordenado e simultâneo, em que a cada etapa os problemas são evidenciados e corrigidos pelos respectivos projetistas, tornando essa tarefa muitos mais produtiva e assertiva, comparada ao processo manual realizado no fluxo CAD. Com advento da tecnologia BIM, a aplicação de sistemas computacionais especialistas, a partir da integração dos modelos, possibilita a verificação de forma automática gerando dados, relatórios precisos com imagens das situações encontradas facilitando ao projetista na tomada de decisão. Na figura abaixo, é possível observar a representação de um fluxo básico de projetos, no qual ocorre uma validação do modelo (após ciclos de otimização das disciplinas), para desenvolvimento e extração da documentação do projeto.
Fascículo
Figura 2 – Modelo Federado – Fonte (ABDI) - GUIA 1 – Processo de projeto BIM.
O grande diferencial entre os fluxos é que o fluxo BIM leva em conta o percurso da informação, na qual a decisões são antecipadas, desde as fases iniciais com uma tomada de decisão mais assertiva e
Figura 4 – Fluxo básico de projeto – Fonte: ABDI – guia 1 – Processo de Projeto BIM.
Colaboração
gerando um volume bem maior de informação nas fases do estudo
O Fluxo de projetos em BIM necessita de colaboração de
de viabilidade, preliminar, anteprojeto, projeto básico e executivo.
todos os projetistas de forma ativa e interativa em todas as
Com isso, projetos em BIM acabam tendo cronogramas, prazos,
fases de projeto, informando incompatibilidades que estão
tarefas, entregáveis e até contratos alterados, pois agora o objetivo
acontecendo nas análises de interferências, visualizando os
não é somente a entrega de desenhos, mas sim de modelos ricos em
outros sistemas e colocando as informações que são necessárias
informações e desenvolvidos de forma colaborativa.
para as demais disciplinas.
A Figura 3 representa bem a diferença entre o fluxo CAD e o
Para a otimização do fluxo, pode-se se utilizar a troca de
fluxo BIM, e os impactos das alterações no ciclo de desenvolvimento
arquivos IFC dos modelos em conjunto com arquivos BCF
do projeto.
denominados BIM Collaboration Format, que são responsáveis
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Apoio
por codificar e transmitir os problemas encontrados no modelo BIM de um software para outro, informando apenas as situações inconsistentes encontradas no modelo.
Por onde começar meu projeto BIM? Como vimos, projetar em BIM exige mudança nos fluxos de trabalho e investimentos em softwares e capacitação. Logo,
No fluxo de projeto em BIM, com aplicação do BCF, é
estabelecer um plano de migração (BIM Mandate) eficiente
possível efetuar a comunicação de forma eficaz, ordenada,
é fundamental para que os recursos financeiros empregados
documentada e com total rastreabilidade, visando a validação
gerem resultados. Pensando nisso, uma recomendação é
do modelo. Essa aplicação permite que as equipes trabalhem
começar com um projeto-piloto bem dominado e com uma
em uma plataforma na nuvem, com gerenciamento de arquivos,
equipe com perfil multidisciplinar e propensa as mudanças e
revisões, diferentes níveis de permissões e integração plena.
desafios. Como toda mudança de processo, a inserção do BIM precisa de planejamento, tanto financeiro como organizacional. Não pense que a modelagem salvará um projeto em um estalar de dedos. A tecnologia de modelagem – sozinha – não garante uma obra de excelência. É preciso educar toda a cadeia produtiva, desde projetista até especificadores, instaladores e os próprios gestores de empresas, para que o método seja aplicado corretamente. O perfil dos profissionais envolvidos com projetos em BIM é diferente daquele de quem projeta com CAD e técnicas mais
Figura 5 – Exemplo nota BCF - Fonte: QiSuporte – AltoQi.
Workflow cenário atual Com a disseminação do BIM no Brasil, podemos identificar uma mescla de padrões e processos de elaboração de projetos, sendo possível encontrar alguns padrões como os destacados a seguir: Processo 1 – Ferramenta de modelagem, CAD e planilha de cálculo Nesse workflow, a concepção do projeto de instalações é inteiramente realizada em um fluxo tradicional com ferramentas de CAD 2D e planilhas de cálculo, sendo que após definido, se tem uma etapa de modelagem da solução proposta inicialmente em uma ferramenta BIM, como o Revit e o ArchiCAD. Processo 2 – Ferramenta de modelagem e planilha de cálculo Nesse workflow, a concepção do projeto de instalações é toda realizada em ferramentas BIM de modelagem e com o auxílio de planilhas de cálculos e plugins para o dimensionamento do projeto. Processo 3 – Ferramenta de autoria de projetos de instalações com interoperabilidade IFC/BCF (OpenBIM) Nesse workflow, a concepção do projeto é toda realizada em ferramentas de autoria de projetos de instalações em BIM que integram a modelagem, detalhamento, dimensionamento normativo, como é o caso da ferramenta QiBuilder. A integração, por sua vez, é realizada por meio da importação e exportação de arquivos IFC e comunicação BCF.
antigas.
Referências bibliográficas: AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (ABDI) - GUIA 1 – Processo de projeto BIM. Disponível em: <http://old.abdi.com.br/Documents/GUIA%20 BIM01_20171101_web.pdf> ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA. (AsBEA). Guia AsBEA - Boas Práticas em BIM. Fascículo II. 2015. São Paulo. Disponível em: <http://www.asbea.org.br/userfiles/manuais/ d6005212432f590eb72e0c44f25352be.pdf CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). Fluxo de trabalho BIM- Parte 4: Implementação do BIM para Construtora e Incorporadora. Brasília. Disponível em: <http:// cbic.org.br/bim/>. LEUSIN, Sérgio. Gerenciamento e coordenação de projetos BIM. 1. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. *Francisco de Assis Araújo Gonçalves Jr. é especialista em produtos e serviços na AltoQi, graduado em Engenharia de Produção Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina, pós-graduado em Instalações Elétricas e Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade do Sul de Santa Catarina, MBA em plataforma BIM – Modelagem, Planejamento e Orçamento pelo INBEC. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
Equipamentos para ensaios em campo
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Por Fabio Henrique Dér Carrião, Claudio Mardegan e Claudio Rancoleta*
Capítulo V Testes em Chaves Seccionadoras
1- Introdução
Em termos de ensaios realizados, o tipo de chave acaba não influenciando muito no que normalmente se aplica em
As chaves seccionadoras são equipamentos utilizados para isolar
procedimentos de manutenção preventiva; apenas deverão ser
da rede elétrica, equipamentos do sistema, tais como disjuntores
avaliadas com cuidado as particularidades de cada mecanismo no
e transformadores. As chaves também podem ser utilizadas, em
que tange à lubrificação, posição de contatos auxiliares, mecanismos
alguns casos, para energização desses equipamentos. Existem vários
de manobra em geral e demais detalhes.
tipos construtivos de chaves seccionadoras, dentre elas:
2 - Manutenção preventiva: inspeções e ensaios
• Chave seccionadora com abertura central; • Chave seccionadora com dupla abertura; • Chave seccionadora pantográfica;
2.1 – Inspeções periódicas Basicamente, o que se aplica às chaves seccionadoras
• Chave seccionadora semi pantográfica;
periodicamente, enquanto elas estão em operação, são apenas inspeções
• Chave seccionadora horizontal.
visuais de isoladores, contatos, mecanismos de operação, fiação de controle, contatos auxiliares, ferragens, conectores de energia, de
As chaves também podem contar com chave para
controle e de aterramento, fixações, alinhamento, nivelamento, pintura
aterramento em seus mecanismos de acordo com a utilização da
e galvanização e suporte. Os demais procedimentos necessitam que elas
mesma na subestação em que está instalada, e normalmente é
permaneçam desenergizadas, pois envolverão manobras de abertura e
fornecida como um acessório extra pela maior parte dos fabricantes
fechamento, ou ao menos, sem carga, se o objetivo for apenas verificar o
do mercado.
funcionamento de seus mecanismos de abertura e fechamento.
Fascículo
Chaves Seccionadoras de Abertura Central e Horizontal.
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Apoio
2.2 – Ensaios Alguns ensaios podem entrar no programa de manutenção da chave seccionadora, sendo que os seguintes testes são os mais aplicados, de forma geral: • Medição da resistência ôhmica dos contatos; • Medição da resistência ôhmica de isolamento. A seguir, são descritos os procedimentos adotados em cada ensaio: a) Medição da Resistencia Ôhmica dos Contatos As chaves seccionadoras podem possuir, dependendo de seus aspectos construtivos descritos no item anterior, de dois a vários pontos de contato que influenciarão no valor total de resistência
Retirado do Curso Manutenção e Operação de Subestações – Engepower.
ôhmica do equipamento, onde pode-se optar por medir cada ponto de
O melhor critério para aceitação do valor medido é compará-lo
contato separadamente, e depois, em conjunto, ou apenas a medição
com a faixa de resistência aceitável informada pelo próprio
do valor total, caso o valor encontrado, nesse caso, seja satisfatório.
fabricante do equipamento. Em caso de ausência desse, pode-se
Para se medir a resistência dos contatos da chave em ohms, tradicionalmente se utiliza um Microhmímetro (Ducter) com escala adequada.
considerar um valor entre 100 a 200 µΩ como bastante razoável. Em caso de se verificar um valor elevado nas medições, deve-se averiguar qual dos pontos de contato da seccionadora
Na figura a seguir, é mostrada a realização da medição da
está ocasionando este valor de resistência total elevado e executar
resistência ôhmica total de chave tipo horizontal, onde podem ser
as correções e ajustes mecânicos necessários para que o problema
considerados os pontos A e B de contato, e optou-se por fazer uma
possa ser regularizado, e assim, se evitar problemas no sistema, tais
medição única do valor total.
como o aparecimento de pontos quentes.
Apoio
Equipamentos para ensaios em campo
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b) Medição da Resistência Ôhmica do Isolamento A medição da Resistência Ôhmica do Isolamento das chaves é realizada por meio do uso de um Megôhmetro e tem como
c) Outros Testes e Verificações No plano de manutenção da seccionadora, também podem constar outros testes e verificações:
finalidade avaliar o estado do isolamento do equipamento. A desconexão dos cabos ou barramentos da chave seccionadora e
• Verificação das posições e possíveis ajustes dos contatos auxiliares:
a limpeza completa dos isoladores da mesma deve ser realizada antes
as chaves seccionadoras normalmente possuem contatos auxiliares
da realização deste teste para se ter uma medição do isolamento do
que podem ser utilizados para sinalização, intertravamentos e fim de
equipamento em si; caso não seja possível a desconexão, deve-se levar
curso de motores. O correto funcionamento desses contatos pode ser
em conta outros equipamentos conectados à chave na avaliação dos
verificado durante a execução da manutenção nas chaves através de
resultados do ensaio. A tensão de ensaio pode ser verificada a seguir:
procedimentos simples e da utilização de um multímetro comum para
Tensão de Ensaio para Chaves Seccionadoras
Tensão do Disjuntor
Tensão de Teste (Vcc)
Até 220 V
500
220 a 4160 V
1000
4.16 a 69 kV
2500
Acima de 69 kV
5000
As conexões podem ser realizadas conforme tabela e figura a seguir.
avaliar se as indicações dos contatos estão de acordo com a posição efetiva da chave seccionadora (aberta, fechada, em curso de abertura ou em curso de fechamento). Podem ser necessários ajustes de acordo com os resultados encontrados, sendo que a correção deve ser realizada por técnico especializado no equipamento em análise, já que os mecanismos podem variar bastante de acordo com o fabricante da chave; • Medição do tempo de abertura e fechamento: nesse caso, não é necessário se utilizar um equipamento específico para o registro dos tempos como no disjuntor, já que os tempos de curso de abertura e fechamento das chaves são elevados (alguns segundos) e pode-se avaliar visualmente, com o intuito de se garantir que não ocorra diferença significativa de tempo de abertura ou fechamento entre os polos da chave; • Medição da corrente de partida e carga do motor de acionamento: para chaves que também possuem acionamento elétrico, pode-se verificar com um amperímetro a corrente de partida e de carga do seu motor de acionamento para averiguar se o mesmo não opera em sobrecarga. Deve-se analisar também o ajuste da proteção desse motor; • Verificação da lubrificação dos mecanismos e possíveis correções: deve-se sempre observar as recomendações dos fabricantes dos equipamentos para realizar a lubrificação de seus componentes.
Conexões Ensaio de Resistência de Isolamento em Chave Seccionadora.
As partes medidas representam:
Fontes Electrical Power Equipment Maintenance and Testing Second Edition – Paul Gill Curso de Manutenção e Operação de Subestações – Engepower Eng. e Com. LTDA.
• BA: Resistência entre polos A e B; • ABT: Resistência dos polos A e B para terra.
Fascículo
*Fabio Henrique Dér Carrião é engenheiro eletricista, especialista em
A medição BA entre os polos pode ser desprezada na grande
energia e automação (USP), gestor de equipes de campo (engenharia,
maioria dos casos. Para se avaliar os resultados, pode ser feita a
comissionamentos, montagens) em subestações de alta, média e baixa tensão,
correção dos valores obtidos para a temperatura de referência de
em usinas, distribuidoras e indústrias. Gerente de Engenheira na ENGEPOWER
75oC pela fórmula:
*Claudio Mardegan é engenheiro eletricista, especialista em proteção de
R75 = Rmed / 2
a
Onde: R75 = resistência ôhmica de isolamento corrigida para 75ºC; Rmed = resistência ôhmica de isolamento medida no ensaio; a = 75 – t/10; t = temperatura ambiente no momento do ensaio. Os resultados devem ser comparados com histórico do equipamento. De forma geral, valores acima de 2000 MΩ podem ser considerados aceitáveis.
sistemas de potência, membro sênior do IEEE, professor, palestrante e CEO da ENGEPOWER. *Claudio Rancoleta é empresário, pesquisador eletrotécnico, especialista em produtos químicos para área elétrica, membro do COBEI (NBR transformadores elétricos) e CEO da URKRAFT Sistemas. Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Apoio
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Apoio
Linhas elétricas para baixa tensão
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Por Paulo E. Q. M. Barreto*
Capítulo V Condutores
Requisitos gerais
condutores devem ser de cobre ou de alumínio, sendo que, para este último, seu uso só é admitido nas seguintes condições:
Como regra geral, todos os condutores devem possuir isolação, salvo os casos nos quais forem permitidos condutores nus ou
6.2.3.8.1 Em instalações de estabelecimentos industriais podem ser
providos apenas de cobertura.
utilizados condutores de alumínio, desde que, simultaneamente,
A NBR 5410 faz uma correlação entre os tipos de cabos
a) a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm2,
(particularmente, os tipos de isolações) e as correspondentes
b) a instalação seja alimentada diretamente por subestação de
normas, ou seja:
transformação ou transformador, a partir de uma rede de alta tensão, ou possua fonte própria, e c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas
• cabos que possuem isolação de PVC devem atender a norma NBR
qualificadas (BA5).
NM 247-3 ou NBR 7288 ou NBR 8661; • cabos que possuem isolação de EPR (borracha etileno-propileno)
6.2.3.8.2 Em instalações de estabelecimentos comerciais podem ser
devem atender a norma NBR 7286;
utilizados condutores de alumínio, desde que, simultaneamente,
• cabos que possuem isolação de XLPE (polietileno reticulado)
a) a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm2,
devem atender a norma NBR 7285 ou NBR 7287;
b) os locais sejam exclusivamente BD1, e
• cabos livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases
c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5).
Fascículo
tóxicos devem atender a norma NBR 13248; • os cabos resistentes ao fogo devem atender a NBR 13418 (apesar
6.2.3.8.3 Em locais BD4 não é permitido, em nenhuma circunstância,
de não ser mencionado nessa seção da NBR 5410).
o emprego de condutores de alumínio. Ou seja, por esses requisitos, conclui-se que condutores de
Salienta ainda esta norma, na Nota do item 6.2.3.2 – os cabos em conformidade com a ABNT NBR 13249 não são admitidos nas maneiras de instalar previstas na tabela 33, tendo em vista que tais cabos se destinam tão somente à ligação de equipamentos.
alumínio não são admitidos em instalações elétricas residenciais.
Identificação
A NBR 13249 foi cancelada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e os correspondentes cabos (para
Todos os componentes da instalação devem ser adequadamente
ligação de equipamento) passaram a atender a um conjunto de
identificados, de forma legível, durável e sem possibilidade de
normas, sendo a mais relevante a NBR NM 247-5. Esses cabos são
equívocos. A NBR 5410 apresenta os requisitos em 6.1.5, tais como:
conhecidos no mercado como do tipo PP que, em outras palavras, não devem ser utilizados nas instalações fixas em geral – apesar de
6.1.5.2 Linhas elétricas
ser prática corriqueira. Para tal finalidade existem, por exemplo, os
cabos conforme NBR 7286 ou NBR 7288.
a permitir sua identificação quando da realização de verificações,
Também como regra geral, a NBR 5410 estabelece que os
As linhas elétricas devem ser dispostas ou marcadas de modo
ensaios, reparos ou modificações na instalação.
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Apoio
6.1.5.3.1 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia de cabo
exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla
multipolar utilizado como condutor neutro deve ser identificado
coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção.
conforme essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor azul-clara na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar. 6.1.5.3.2 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de proteção (PE) deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a dupla coloração verde-amarela ou a cor verde (cores exclusivas da função de proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar. 6.1.5.3.3 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor PEN deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis, na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar. 6.1.5.3.4 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar, ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, poder ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas em 6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3. NOTA – Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação
Exemplo de identificação de condutores por cor.
Apoio
Linhas elétricas para baixa tensão
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6.1.5.4 Dispositivos de proteção
Os dispositivos de proteção devem ser dispostos e identificados de
forma que seja fácil reconhecer os respectivos circuitos protegidos.
Da classificação existente em 4.2.6 da NBR 5410, para o caso específico de linhas elétricas, consideram-se relevantes as seguintes condições de influências externas, estabelecidas pela tabela 34 da norma:
Como se pode observar, a norma enfatiza a necessidade de identificar os condutores, pela sua função, sendo que o
- Temperatura ambiente (AA)
método mais utilizado é a identificação por cores da isolação,
- Presença de água (AD)
devido à sua facilidade. No entanto, admite-se outro método de
- Presença de corpos sólidos (AE)
identificação, desde que ele seja facilmente reconhecível (deve
- Presença de substâncias corrosivas ou poluentes (AF)
possuir uma legenda identificando o método e a função de
- Solicitações mecânicas – impactos (AG)
cada condutor) e existente nos pontos visíveis e acessíveis dos
- Solicitações mecânicas – vibrações (AH)
condutores. Recomenda-se que seja sempre utilizado o método de
- Presença de flora e mofo (AK)
identificação por cor. Porém, nos casos de instalações existentes,
- Presença de fauna (AL)
que não possuam identificação, em vez de substituir os cabos por
- Radiação solar (AN)
outros com cores adequadas, pode-se utilizar outro método, como
- Resistência elétrica do corpo humano (BB)
por exemplo, anilhas ou fitas coloridas. Nesse último caso, embora
- Contato das pessoas com o potencial da terra (BC)
a norma não indique quais cores devem ter as fitas, recomenda-se
- Condições de fuga das pessoas em emergências (BD)
que sejam adotadas as mesmas cores prescritas para a isolação,
- Natureza dos materiais processados ou armazenados (BE)
anteriormente citadas.
- Materiais de construção (CA)
Influências externas
- Estrutura das edificações (CB) Dessas classificações, este artigo destaca os seguintes aspectos:
É importante destacar que, antes do dimensionamento dos condutores de um circuito, deve ser feita uma avaliação das
a) As instalações elétricas em condições de temperatura ambiente
condições de sua instalação, levando em conta a classificação das
extrema (muito baixa ou muito alta) devem ter alguns cuidados. Por
influências externas constantes das tabelas 1 a 24 da subseção 4.2.6
exemplo, para instalações em câmaras frigoríficas, a norma alerta
da NBR 5410. Isso poderá definir o tipo de condutor a ser utilizado,
para o fato de que, sob temperatura inferior a –10°C, os condutores
ou até mesmo a escolha de outro percurso para o circuito em
com isolação e/ou cobertura de PVC, bem como os condutos de
questão.
PVC, não devem ser manipulados nem submetidos a esforços
Por vezes, pode passar despercebido pelo projetista que, por
mecânicos, visto que o PVC pode tornar-se quebradiço.
exemplo, uma luminária poderá ser alimentada por um tipo de condutor para uma determinada condição de instalação e, para
b) Por outro lado, em ambientes com temperatura elevada, como
outra condição, este mesmo tipo de condutor, para a mesma
é o caso de casa de caldeiras, fornos, fundição, entre outras, a
luminária, não terá o seu uso permitido. A mesma situação poderá
norma faz um alerta e apresenta fatores de correção quando a
ocorrer para o conduto a ser utilizado (eletroduto, eletrocalha,
temperatura ambiente (ou do solo) for superior aos valores de
bandeja etc.).
referência (20°C para linhas subterrâneas e 30°C para as demais), já
Fascículo
Algumas dessas condições de instalação são tão corriqueiras que acabam não recebendo os devidos cuidados na fase de projeto e
que as capacidades de condução de corrente dos condutores ficam reduzidas.
podem causar significativos prejuízos futuros se não forem notadas em tempo (antes da execução da instalação), como por exemplo:
c) Em ambientes industriais, é comum a instalação de linhas elétricas em “pipe racks”, expostas às intempéries e também compartilhando
• tipo de condutor e de conduto adequados para instalação ao
essa mesma estrutura com outras linhas de utilidades (água, vapor,
tempo;
óleo, fluídos industriais etc.). Para tanto, a norma estabelece que nas
• tipo de condutor a ser instalado em bandejas;
condições de influências externas AD3 a AD6 (presença de água)
• tipo de condutor instalado em forro de gesso em apartamentos;
só devem ser usadas linhas com proteção adicional à penetração de
• tipo de condutor para ligação de luminárias de embutir (tipo
água, com os graus IP adequados e, em princípio, sem revestimento
“caneca”) em lojas de shopping centers;
metálico externo. E se os cabos estiverem expostos à radiação
• tipo de conduto para conexão direta em caixa de ligação de
solar, devem ser resistentes às intempéries (principalmente, raio
motores;
ultravioleta) e considerada a elevação da temperatura na sua
• instalação de eletrodutos em juntas de dilatação de lajes.
superfície para o cálculo da capacidade de condução de corrente (IZ).
Apoio
39
Apoio
Linhas elétricas para baixa tensão
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devem resistir a tais esforços. Por exemplo, mediante o uso de cabos flexíveis e eletrodutos flexíveis. h) Não são incomuns relatos de curtos-circuitos provocados por roedores. Principalmente, em subestações. Assim, cita a norma: “Se existir risco devido à presença de roedores e cupins, deve ser usada uma das soluções: cabos providos de armação; ou condutores isolados em condutos com grau de proteção adequado; ou materiais especialmente aditivados ou revestimento adequado em cabos ou eletrodutos”. i) Em locais nos quais a fuga das pessoas em situação de emergência pode ser comprometida, a norma estabelece em 5.2.2.2.3: “em Exemplo de instalação de cabos ao tempo em pipe rack.
d) As poeiras, em geral, quando não corrosivas, não costumam danificar a isolação ou cobertura de um cabo ou conduto. No entanto, o acúmulo de poeira sobre um feixe de cabos, pode reduzir a sua dissipação térmica, alterando a sua capacidade de condução de corrente. Situação facilmente encontrada em certos ambientes industriais, mineradoras, usinas de concreto etc.
áreas comuns, áreas de circulação e em áreas de concentração de público, em locais BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas embutidas devem ser totalmente imersas em material incombustível, enquanto as linhas aparentes e as linhas no interior de paredes ocas ou de outros espaços de construção devem atender a uma das seguintes condições: a) no caso de linhas constituídas por cabos fixados em paredes ou em tetos, os cabos devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos; b) no caso de linhas constituídas por condutos abertos, os cabos devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Já os condutos, caso não sejam metálicos ou de outro material incombustível, devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos; c) no caso de linhas em condutos fechados, os condutos que não sejam metálicos ou de outro material incombustível, devem ser não propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Na primeira hipótese (condutos metálicos
Fascículo
Exemplo de cabo imerso – isolação inadequada.
ou de outro material incombustível), podem ser usados condutores e cabos apenas não propagantes de chama; na segunda, devem ser
e) No mesmo caso anterior, também deve ser feita análise sob a ótica
usados cabos não propagantes de chama, livres de halogênio e com
da classificação do local como atmosfera potencialmente explosiva,
baixa emissão de fumaça e gases tóxicos.”
condição na qual esse acúmulo de pó pode alterar a classificação originalmente realizada e resultar no uso de equipamentos que
*Paulo E. Q. M. Barreto é engenheiro eletricista, pós-graduado em Eletrotécnica.
atendam requisitos específicos e mais rigorosos. No caso de existir
Tem experiência nas áreas de ensino, projeto, execução, manutenção, inspeção
no local, substância capaz de causar explosão, devem ser observados
e perícia de instalações elétricas. É membro da Comissão que revisa a Norma
os requisitos da norma NBR IEC 60079-14.
ABNT NBR 5410 desde 1982. Professor em cursos de pós-graduação. Coordenador da Divisão de Instalações Elétricas do Instituto de Engenharia.
f) Em atmosferas corrosivas (usinas de álcool, indústrias químicas,
Ex-Conselheiro do CREA-SP e da ABEE-SP. Inspetor da 1ª certificação de uma
galvanizadoras etc.), cita a norma: “As linhas devem ser protegidas
instalação elétrica no Brasil, no âmbito do INMETRO, em 2001. Consultor e
contra corrosão ou contra agentes químicos; os cabos uni e
diretor da Barreto Engenharia. www.barreto.eng.br
multipolares com cobertura extrudada são considerados adequados; os condutores isolados só podem ser usados em eletrodutos que apresentem resistência adequada aos agentes presentes.” g) Linhas elétricas que alimentem equipamentos sujeitos a vibrações
Continua na próxima edição Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para redacao@atitudeeditorial.com.br
Renováveis Apoio
ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 3 - Edição 35 / Maio de 2019
FASCÍCULO
Configuração do arranjo fotovoltaico com o inversor NOTÍCIAS DE MERCADO COLUNA SOLAR: Perspectivas para a Geração Centralizada Solar Fotovoltaica no Brasil COLUNA EÓLICA: 10 anos do Brazil Windpower APOIO
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Apoio
42
Fascículo
Renováveis
Por Hans Rauschmayer*
Configuração do arranjo fotovoltaico com o inversor
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1 - Introdução
O casamento funcionará se os parâmetros elétricos de tensão,
corrente e potência dos módulos e do inversor forem compatíveis, na
Nos fascículos anteriores, abordamos características de sistemas
conexão série-paralelo escolhida.
fotovoltaicos conectados à rede (SFCR) e o passo a passo na elaboração
de um projeto solar. Depois, conhecemos os módulos fotovoltaicos e o
devemos levar ainda em consideração o local da instalação com suas
inversor, componentes principais do nosso sistema.
condições climáticas, e a ventilação dos módulos na condição em que
serão instalados (paralelo ao telhado ou em fileiras elevadas).
Chegou a hora de compreender como se configura um arranjo
Como a tensão do módulo depende da temperatura das células,
fotovoltaico com determinados módulos e o inversor escolhido e definir, chegando à conexão série-paralelo dos módulos.
3 - Temperaturas no Local da Instalação
Uma planilha que efetua os cálculos apresentados neste fascículo pode ser baixada no site www.solarize.com.br. 2 - Visão Geral
Figura 2: Curva característica V-P em diferentes temperaturas, gerada no software PV*SOL. Figura 1: O arranjo fotovoltaico é uma conexão série-paralela de módulos que precisa combinar com as características do inversor.
Costumo chamar a configuração entre módulos e inversor de
“casamento”, já que ela deve funcionar por muitos anos, em dias de sol e de chuva, e em horas de calor e de frio.
Aprendemos no fascículo 3 que a tensão produzida pelo módulo
é fortemente afetada pela temperatura, com comportamento inverso: quanto maior o calor do módulo, menor é a tensão de saída. • A faixa de temperatura do módulo em operação determina a faixa de tensão na saída do módulo V PMP. A temperatura máxima do
Apoio
Fascículo
44
Renováveis
módulo Tcélula,máx determina a menor tensão de saída do módulo em
• Tensão mínima e máxima em operação Vmód,PMP,mín e Vmód,MP,máx (obs.:
operação V PMP,mín. A literatura recomenda usar um valor 30°C a 40°C
usando a fórmula, chegamos a um valor aproximado para Vmód,PMP, já
acima da máxima ambiental do local, dependendo da ventilação
que o valor exato pode ser determinado somente com um software de
dos módulos e da ocorrência de vento no local.
simulação).
• A temperatura mínima da célula em operação Tcélula,mín determina a tensão V PMP,máx. É a temperatura que o módulo alcança com um
5 - Dados Características do Inversor
pouco de irradiação. • A terceira condição climática a ser considerada é a temperatura
Na ficha técnica do inversor escolhido, buscamos os seguintes dados:
mínima do local da instalação Tambiente,mín. Ela causa a tensão máxima que o módulo produz, V OC,máx.
• Potência nominal Pinv,nom;
• Corrente máxima Iinv,máx;
• Potência máxima Pinv,máx; O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) oferece
a busca por dados climáticos, mas geralmente, prevalece o bom
• Tensão máxima Vinv,máx;
senso e a experiência na definição do trio das temperaturas. A
• Faixa de tensão de operação Vinv,PMP,mín e Vinv,PMP,máx.
tabela 1 lista valores que podem servir como referência.
O objetivo é calcular a combinação entre os módulos e o inversor,
portanto, devemos buscar os valores da entrada do inversor, em c.c.. No entanto, a potência nominal pode ser informada na seção c.c. ou c.a., Tabela 1: Valores referenciais para a escolha
dependendo do fabricante.
das temperaturas características
Fonte
Tcélula,máx
Tcélula,mín
Tambiente,mín
Alemanha
70°C
15°C
-10°C
Sistema Solarize
75°C
25°C
+10°C
6 - O Cálculo do Arranjo Fotovoltaico
(Rio de Janeiro – RJ)
A variação da corrente com a temperatura é tão pequena que não
costuma ser levada em consideração. 4 - Dados Características do Módulo
Para efetuar o cálculo, buscamos os seguintes dados na ficha
técnica do módulo:
Figura 3: O layout do arranjo fotovoltaico é determinado respeitando os limites do inversor.
• Potência nominal Pmód,nom;
Depois de colher as informações básicas, podemos agora mapear as
• Corrente de curto-circuito Imód,SC;
características elétricas dos módulos com as do inversor escolhido. O
• Tensão PMP nominal Vmód,PMP;
objetivo é definir o arranjo fotovoltaico, que é a associação de n séries
• Tensão em circuito aberto Vmód,OC;
fotovoltaicas (usamos a seguir o nome inglês, string) em paralelo,
• Coeficiente da variação da tensão com a temperatura Coef V,
cada com m módulos conectados em série (figura 3).
comumente informado em % / °C ou % / K (observação: 1 K = 1 °C). Importante: O arranjo precisa ser homogêneo, usando somente
Em seguida, calculamos as tensões derivadas das temperaturas
um modelo de módulo e o mesmo número de módulos em todos
no local da instalação. As tensões informadas na ficha técnica foram
os strings. Casos onde isto não é possível, serão analisados
medidas nas condições STC, sob 25°C (veja fascículo 3). A seguinte
no próximo fascículo, que tratará também de sombreamento
fórmula aplica o coeficiente da variação da tensão e a diferença da
parcial.
temperatura:
Pelas leis ôhmicas, a tensão resultante de cada string é o produto
do número de módulos m com a tensão de cada módulo. A corrente
Os valores derivados são:
• Tensão máxima e circuito aberto Vmód,OC,máx
resultante do arranjo é o produto do número de strings n com a corrente de cada string.
O mapeamento é feito por condições independentes que, depois,
são reunidas.
Apoio
45
(A) Número máximo de módulos por string pela tensão máxima do
(C) Número mínimo de módulos por string pela tensão de operação
inversor
é calculado dividindo a tensão mínima do inversor pela tensão mínima
A primeira condição calcula o número máximo de módulos m por
string que podemos conectar em série, respeitando a limitação do
O inversor exige um número mínimo de módulos para trabalhar, que
do módulo, ambos em condição de operação:
inversor.
O número máximo de módulos por string mmáx é igual à tensão
máxima da entrada do inversor Vinv,máx, dividida pela tensão máxima do módulo em circuito aberto Vmod,OC,máx.
O número resultante deve ser arredondado para cima.
(D) Número máximo de strings
O número máximo de strings conectados em paralelo é calculada
dividindo a corrente máxima de entrada do inversor pela corrente gerada (B) Número máximo de módulos por string pela tensão de operação
pelos módulos em condições padrão:
A segunda condição calcula quantos módulos podemos conectar em
série, considerando agora o limite de tensão de operação do inversor: (E) Potência máxima
O fabricante indica a potência máxima do arranjo fotovoltaico na
ficha técnica, que determina número máximo total de módulos que
Esta condição é calculada independentemente de (A), mas como
resultado, deve valer o menor número dos dois, ainda arredondado para baixo.
devem ser conectados:
Apoio
Fascículo
46
A potência máxima é correlacionada ao fator de dimensionamento,
que discutiremos em seguida, e não representa uma restrição crítica.
Renováveis
Outra desvantagem de um alto FDI é o aquecimento da
eletrônica de potência que pode reduzir a longevidade do inversor. Recomenda-se consultar o fabricante para assegurar as condições
(F) Fator de dimensionamento
de garantia.
O fator de dimensionamento expressa a relação da potência entre o
arranjo fotovoltaico e o inversor e costuma ser informado em porcento.
Um FDI abaixo de 100% é aceitável quando não se encontra um
inversor menor com potência adequada, algo frequente em sistemas muito pequenos. 7 - Verificação de Alternativas
É normal superdimensionar o arranjo, já que a potência nominal dos
Depois de calcular as condições, podemos verificar alternativas
módulos raramente é alcançada em clima tropical. Um FDI entre 100%
do layout elétrico. Vamos usar um exemplo resumido para
e 120% é considerado conservador. Um FDI mais alto traz a vantagem
compreender este procedimento:
de reduzir o investimento, mas acarreta um corte de produção em horas de alta irradiância. A figura 4 mostra este efeito: o sistema com
• Pretendemos montar um sistema de 12 kWp, usando 40 módulos
FDI de 158% (linha azul) perde energia quando a potência máxima do
de 300 Wp de um determinado modelo;
inversor é alcançada. Já o sistema com FDI de 119% raramente alcança
• Um inversor de 10 kW seria adequado, levando em consideração
a potência máxima.
um FDI de 120%; • Usamos as fichas técnicas do módulo e do inversor para levantar os dados listados acima e calcular das condições listadas acima; • Com 40 módulos, temos as seguintes alternativas de layout: cinco strings de oito módulos, quatro strings de 10 módulos ou dois strings de 20 módulos; • Testamos as alternativas contra as condições apresentadas no capítulo anterior para determinar quais delas são permitidas. • Em termos elétricos, é favorável aumentar o número de módulos por string para manter a corrente baixa. No entanto, pode haver outros critérios da execução que nos levam a priorizar uma alternativa diferente.
Figura 4: Comparação entre um sistema com FDI de 119% (linha amarela) com um de 158% (linha azul), simulado no software PV*SOL.
Figura 5: A planilha de configuração.
Se nenhuma das alternativas for viável, então é necessário
Apoio
47
mudar a escolha do equipamento e refazer o cálculo. Isso ocorre com
9 - Outros tipos de inversores
certa frequência com inversores que apresentam uma faixa estreita Apresentamos o cálculo para a tipologia chamada de “inversor
de tensão.
string”, com apenas uma entrada. Há outras opções, cuja discussão
Se um determinado inversor, por exemplo, permitir somente 19
ou 20 módulos por string, então o número total de módulos deve ser
detalhada extrapola o espaço do fascículo:
divisível por 19 ou 20, e a área de montagem deve permitir a fixação deste número de módulos.
• Inversores multi-MPPT oferecem mais do que uma entrada, cada uma com seu seguidor de ponto de máxima potência SPMP (inglês
8 - Uso da Planilha
MPPT). Neste caso, o cálculo deve ser repetido para cada entrada separadamente, cujas características podem ser diferentes. O fator de
Disponibilizamos no site www.solarize.com.br uma planilha
dimensionamento deve ser avaliado para cada entrada, e também para
(figura 5) que efetua os cálculos apresentados neste fascículo e
inversor como um todo;
que contém um exemplo completo. A planilha serve para configurar
• A configuração de Microinversores, que atendem de um a quatro
projetos reais, ela não é meramente didática. Ela deve ser preenchida
módulos, usa os mesmos cálculos apresentados acima;
na seguinte sequência:
• Para sistemas com otimizadores de potência é necessário efetuar o cálculo para cada otimizador separadamente. Além disso, há regras para
1 - Local da instalação;
o número de otimizadores que podem ser conectados a cada entrada do
2 - Dados do módulo: preencha os campos em azul. Os campos
inversor. Consulte a documentação do fabricante.
em cinza apresentam resultados intermediários, e os em verde, resultados finais;
10 - Previsão
3 - Dados do inversor: procure os dados na ficha técnica; 4 - Após preencher os dados acima, o quadro “Cálculo” já apresenta
as condições de mapeamento, com números mínimos e máximos de
homogêneos. A realidade, no entanto, nos desafia com telhados
módulos e strings;
complexos de várias águas e com objetos que causam sombreamento,
5 - Fator de dimensionamento: informe aqui o limite inferior e
atrapalhando a geração de energia. Estes desafios serão o tema do
superior da faixa tolerada e da faixa ideal;
próximo fascículo.
No presente fascículo, tratamos de arranjos fotovoltaicos
6 - Verificação de alternativas: preenche os campos “Nº de strings” e “Nº módulos por string” e observe o campo “Verificação”
*Hans Rauschmayer é sócio-gerente da empresa Solarize Treinamentos
à direita, que testa a alternativa contra as condições no quadro
Profissionais Ltda., onde montou a abrangente grade de capacitação
“Cálculo”.
[visite www.solarize.com.br]. Reconhecido especialista em energia solar,
A planilha está com os campos todos abertos para que você possa
já foi convidado para ensinar e palestrar em universidades, instituições,
verificar e, se for necessário, modificar as fórmulas.
congressos nacionais e internacionais e vários programas de TV.
48
Notícias
renováveis
Divulgação
ABB vence concorrência para projeto de transmissão de energia eólica no Mar do Norte
Saxônia, na Alemanha. A TenneT,
de transmissão. As soluções de
dos desafios de integração de
ABB recebeu um pedido de três
um dos principais operadores
conexão eólica offshore HVDC da
renováveis, a abordagem de
dígitos de milhões de Euros do
europeus de sistemas de
ABB são compactas e modulares
parceria e estreita colaboração
consórcio Aibel/Keppel FELS,
transmissão de eletricidade,
para atender especificamente
com a TenneT foram os
que projetará e construirá o
com atividades na Holanda e na
aos desafios do setor de energia
principais diferenciais na
sistema de transmissão de
Alemanha, será responsável por
eólica offshore, e suportam uma
conquista deste projeto”, afirma
corrente contínua em alta
fornecer as conexões de energia
melhoria substancial no LCOE
Claudio Facchin, presidente da
tensão (da sigla, em inglês,
para os parques eólicos offshore
(custo nivelado da eletricidade),
divisão Power Grids da ABB.
HVDC) para o projeto de conexão
neste projeto.
bem como a pegada de carbono.
eólica offshore DolWin5. A ABB
energética (“Energiewende”),
será a provedora da tecnologia
usada para transportar a energia
conversão de fonte de tensão
a Alemanha planeja gerar
HVDC. Este projeto fornecerá
gerada pelos parques eólicos
da ABB, comercializada sob a
65% de sua energia a partir de
900 megawatts de eletricidade
offshore, convertendo a corrente
marca HVDC Light®, é possível
fontes renováveis até 2030.
zero carbono – suficiente para
alternada (AC) em corrente
manter as perdas de conversão
Uma proporção crescente
abastecer cerca de um milhão
contínua (DC) na plataforma do
muito baixas. Além disso,
dessa energia limpa é gerada
de residências – de três parques
conversor. Isso torna possível
o pedido também incluirá o
em enormes parques eólicos
eólicos, a cerca de 100 km da
transmitir a energia através
Controle Avançado Modular ABB
offshore no Mar do Norte. Em
costa alemã. A conclusão está
de um sistema de cabos DC de
Ability™ para HVDC (MACH™),
apenas 10 anos, a produção
prevista para 2024.
130 quilômetros de extensão,
que é fundamental no controle
eólica offshore da Alemanha
com perdas muito baixas
da conexão complexa entre
cresceu de zero para 6,382
plataforma conversora no Mar do
para o continente. Na estação
parques eólicos e a rede AC
megawatts, tornando-se o
Norte, bem como uma estação
conversora onshore, a energia
onshore. “Nossa inovadora
segundo maior produtor de
conversora onshore, localizada
é convertida de volta para AC
tecnologia HVDC, expertise
energia eólica offshore do
em Emden, na região da Baixa
e, em seguida, integrada à rede
mundial, profunda compreensão
mundo, depois do Reino Unido.
O negócio Power Grids da
O pedido inclui uma
A solução HVDC da ABB é
Com o uso da tecnologia de
Como parte de sua transição
renováveis
Notícias
Energia solar cresce 135% no 1º trimestre de 2019
Nos últimos anos, a oferta de incentivos e a crescente procura dos brasileiros pelos sistemas de energia solar impulsionou o mercado nacional a
níveis similares ao de países estrangeiros.
Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), somente no primeiro trimestre deste ano, houve 13.941 novas instalações.
Isso representa um crescimento de aproximadamente 135% em relação ao mesmo período de 2018, quando haviam sido conectados 5.933 sistemas à rede das distribuidoras do País.
Em termos de potência, o volume de sistemas instalados até o final de março deste ano já acumulava 157,3 megawatts (MW), 132,69% a mais
que os 67,6 MW de 2018. De acordo com os representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o aumento na procura pela tecnologia se deve, principalmente, a dois fatores: à queda dos seus custos nos últimos 10 anos e ao inverso aumento no valor da conta de luz.
Somam-se a isso os vários incentivos oferecidos para quem deseja instalar as placas solares, incluindo isenções tributárias sobre a energia
produzida e consumida. É nessas placas que começa o funcionamento dos geradores solares, mais conhecidos como sistemas fotovoltaicos, que captam e convertem a luz do sol em energia elétrica limpa.
Toda energia gerada durante o dia e que não é consumida no momento é enviada à rede elétrica pública, sendo emprestada para a distribuidora local,
que compensa posteriormente o consumidor com créditos energéticos. O consumidor, então, usa esses créditos para abater da energia que consumiu da rede nos momentos em que o sistema não está produzindo, ou seja, à noite e, dessa forma, consegue reduzir em até 95% a sua conta de luz.
Esse sistema de créditos é o grande marco do segmento distribuído criado pela Aneel em 2012, que projeta um público total de 886.700
brasileiros com energia solar até 2024.
49
Energia solar fotovoltaica
50
Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
Ricardo Barros é vice-presidente de Geração Centralizada da Absolar
Perspectivas para a Geração Centralizada Solar Fotovoltaica no Brasil
A geração centralizada solar
ampliando a diversificação do
fotovoltaica, composta por
suprimento elétrico de nosso País,
projetos de usinas de grande
hoje, demasiadamente dependente
porte, assim como tantas outras
de hidrelétricas e termelétricas
aplicações da tecnologia solar
fósseis. Isso contribui para o
fotovoltaica no Brasil, tem se
alívio de nossos reservatórios
consolidado cada vez mais como
hídricos e reduz a pressão para
uma fonte renovável de geração
outros usos estratégicos, como
de energia elétrica com alto valor
suprimento humano, agricultura,
agregado à sociedade brasileira.
irrigação e processos industriais.
Adicionalmente, garante a redução
De acordo com levantamento
da Associação Brasileira de Energia
do acionamento de termelétricas
Solar Fotovoltaica (Absolar) a partir
fósseis, mais caras e poluentes,
de dados oficiais, hoje, já são mais
ajudando na diminuição de custos
de 2.000 megawatts (MW) em
aos consumidores e na mitigação
usinas de geração centralizada solar
dos impactos do aquecimento
fotovoltaica em operação no Brasil.
global.
fotovoltaica participará do Leilão
realizado no dia 26/09/2019, com
O número representa mais de R$ 10
de Energia Nova A-6 (LEN A-6).
início do suprimento de energia
bilhões em investimentos privados
fotovoltaica era cara já caiu por terra.
Essa conquista foi fruto do intenso
elétrica em 01/01/2025.
atraídos ao País desde 2014, que
Atualmente, a fonte já apresenta um
trabalho desenvolvido pela Absolar
viabilizaram a geração de mais
dos preços mais competitivos para a
junto aos seus associados em
fotovoltaica é, e continuará sendo,
de 50 mil novos empregos locais
geração de energia limpa e renovável
reuniões com o Ministério de Minas e
um dos principais pilares para o
qualificados pelo setor nas regiões
no mercado elétrico brasileiro, além
Energia (MME) e inserções na mídia
crescimento da fonte no País, com
onde os projetos foram implantados.
de promover o alívio financeiro
defendendo a visão do setor.
a participação do setor em leilões
das famílias e o aumento da
A Portaria Nº 222, de
de energia elétrica organizados pelo
energia elétrica limpa e renovável
competitividade do setor produtivo
06/05/2019, publicada pelo
Governo Federal, por meio dos quais
suficiente para suprir um consumo
no País.
Diário Oficial da União, estabeleceu
já foram contratados os 2.000 MW
equivalente à necessidade de mais
as Diretrizes para a realização
que estão em operação no Brasil.
de três milhões de brasileiros.
mas ainda estão muito aquém
do Leilão de Compra de Energia
Adicionalmente, há mais de 1.700
do potencial da tecnologia e
Elétrica Proveniente de Novos
preparado e a postos para participar
MW em novos projetos em fase de
das necessidades do Brasil.
Empreendimentos de Geração,
de todos os leilões A-4 e A-6, deste
desenvolvimento e construção,
Entretanto, o Governo Federal
denominado "A-6", de 2019, com a
e dos próximos anos, contribuindo
com início de operação prevista
acaba de dar um sinal claro de
inclusão da fonte solar fotovoltaica
para a expansão renovável da
para até 2022.
isonomia e transparência, que
na modalidade por quantidade
matriz elétrica brasileira a preços
contribuirá para a ampliação
de energia elétrica, com prazo de
competitivos. Queremos ajudar o
não apenas limpa e renovável, mas
dos investimentos em geração
suprimento de 20 anos, em linha
País a crescer com competitividade
também cada vez mais competitiva,
centralizada solar fotovoltaica.
com a recomendação da associação.
e sustentabilidade.
As usinas em operação geram
Trata-se de energia elétrica
O mito de que a energia solar
Os números já impressionam,
Pela primeira vez, a fonte solar
O LEN A-6 tem previsão de ser
A geração centralizada solar
O setor solar fotovoltaico está
Energia Eólica
51
Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
10 anos do Brazil Windpower respeito e protegê-la. Estas
também encontrou no stand da
apresentou os principais dados
muitas comemorações! Além
foram algumas das discussões
Associação Brasileira de Energia
do setor e que ficará disponível
dos 15 GWs e de sermos hoje a
programadas para o BWP 2019.
Eólica (ABEEólica) os principais
no YouTube 360, onde poderá
segunda fonte da matriz elétrica,
e mais recentes dados do setor.
ser assistido com interação do
estamos agora comemorando
discussões deste ano com a
O Brasil tem hoje mais de 15
usuário que poderão passear
os 10 anos do Brazil Windpower.
preocupação de olhar de frente
GW de capacidade instalada,
pelas imagens em todas as
Neste ano, pela primeira vez, o
para um futuro que chega cada
7.500 aerogeradores, em
direções, explorando diversas
evento foi realizado em São Paulo,
vez mais rápido e que significará
602 parques eólicos, em 12
visões de fábricas de pás,
de 28 a 30 de maio. E foram três
profundas mudanças no setor
Estados. Considerando leilões já
aerogeradores, parques eólicos
dias fundamentais para o setor.
elétrico brasileiro e enormes
realizados e contratos firmados
e até na parte de cima de um
Estamos em um mês de
Preparamos a grade de
desafios para todos nós,
no mercado livre, o Brasil terá
aerogerador.
planeta mais sustentável; o
exigindo diversidade de saberes
cerca de 19,4 GW de capacidade
futuro e suas inovações para
e de opiniões e muito diálogo.
eólica instalada até 2023.
acreditamos na importância
energia; as experiências das
Entendemos que o setor de
Novos leilões e novos contratos
da diversidade de saberes e de
empresas do setor que estão
energia eólica, que já abastece
no mercado devem aumentar
opiniões como algo fundamental
expandindo as fronteiras do
mensalmente, em média, cerca de
os números projetados
para este futuro inovador, motivo
conhecimento da energia eólica
80 milhões de pessoas, tem um
consideravelmente. E sempre é
pelo qual este momento de
e do próprio setor elétrico; a
papel fundamental na construção
bom lembrar que teremos dois
realização do Brazil Windpower
importância de se investir em
do futuro do setor elétrico e no
leilões em 2019.
é sempre muito especial para o
pesquisa e desenvolvimento e
enfrentamento dos desafios
setor por todas as discussões
a imprescindível necessidade
tecnológicos que virão.
pela ABEEólica foi um vídeo
que serão realizadas e que devem
de tratar a natureza com mais
feito como realidade virtual, que
impactar o setor.
Bons ventos para um
Quem foi ao evento,
Outra novidade apresentada
Termino reforçando que
52
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2019
À espera de investimentos A falta de confiança de investidores e do empresariado em relação ao desempenho do mercado eletroeletrônico em geral tem gerado projeções cautelosas para 2019, resultando em um cenário de estagnação e baixa estimativa de crescimento. Contudo, projetos de infraestrutura devem influenciar o segmento de equipamentos para distribuição e transmissão de energia
53
O Setor Elétrico / Maio de 2019
2019 está chegando ao segundo semestre e o clima de instabilidade econômica e financeira continua a pairar pelo ar. Por
Fatores que devem influenciar os mercados de distribuição e de transmissão de energia
conta da insegurança em relação ao comportamento do mercado ao
4%
longo do ano, grande parte das empresas tem adiado investimentos
Outros
7%
e permanece em um estado de retração ou estagnação, à espera de
Falta de confiança de investidores
momentos mais oportunos para apostas. Segundo sondagem realizada recentemente pela Associação
6%
Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), cerca de 65% das
Desvalorização da moeda nacional
empresas do setor eletroeletrônico estão adiando ou não têm intenção
9%
Programas de incentivo do governo
de investir para esse ano. Desse total, 38% não investirão em 2019,
9%
Bom momento econômico do país 6%
Desaceleração da economia brasileira
enquanto 28% das entrevistadas estão postergando os investimentos, a maioria porque aguarda a aprovação da Reforma da Previdência.
Os empresários também estão cautelosos em razão de outros
fatores, como a alta carga tributária, a demora na aprovação das demais
Cenário político
reformas do governo, as incertezas quanto ao mercado internacional, a
4%
indecisão quanto à Lei de Informática, entre outros.
6%
14%
6%
Falta de normalização e/ou legislação
A revista O Setor Elétrico realizou, em maio deste ano, uma
pesquisa com aproximadamente 70 empresas que comercializam equipamentos para transmissão e distribuição de energia (T&D), a
6%
qual indicou que este mercado espera crescer 9% em 2019, ao passo
Incentivos por força de legislação ou normalização
que o levantamento feito em 2018 mostrou que o crescimento das empresas foi de 12%. Já a previsão de crescimento percentual para as
Setor da construção civil aquecido Setor da construção civil desaquecido 19%
Projetos de infraestrutura
4%
companhias é de 11%.
Crise internacional
Previsões de crescimento
São inúmeros os problemas que assolam a integridade de uma
rede de transmissão/distribuição, mas dentro de todo o montante, os mais destacados pelas empresas consultadas foram: sobretensões
9%
Crescimento do tamanho anual total do mercado para o ano de 2019
11% 12%
Crescimento percentual para sua empresa em 2019 Crescimento da sua empresa em 2018 comparando ao ano anterior
devido a descargas atmosféricas (31%); sobretensões devido a manobras (15%); ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas (14%), entre outros entraves.
Problemas que assolam a integridade de uma rede de transmissão/distribuição
14%
Outros 31%
Ainda de acordo com a pesquisa, 19% das empresas consultadas
acreditam que projetos de infraestrutura devam contribuir para que o
9%
Eletrocorrosão
Sobretensões devido a descargas atmosféricas
setor recupere o fôlego – interessante ressaltar que esse também foi o principal fator apontado no levantamento realizado no ano passado.
12%
Na sequência, o aspecto que deve influenciar o mercado é o cenário
Vandalismo
político, indicado por 14% das entrevistadas, seguido pelo bom momento econômico do País (9%), e por programas de incentivo do governo (9%). A falta de confiança de investidores, correspondente a 7% das respostas; a desvalorização da moeda nacional, equivalente a 6%; e a desaceleração da economia brasileira (6%) também entraram na lista dos fatores que devem impactar na decolagem do mercado de T&D no Brasil em 2019.
5%
Poluição 14%
Ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas
15%
Sobretensões devido a manobras
54
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O perfil das empresas participantes da pesquisa está dividido da
seguinte maneira: 77% são fabricantes de produtos para distribuição
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Equipamentos para distribuição de energia mais comercializados
de energia; 47% correspondem a fabricantes de produtos para transmissão de energia; 30% se referem a distribuidoras de produtos para distribuição de energia; e apenas 13% resultam de distribuidoras
Interruptores
16%
de produtos para transmissão de energia.
Transformadores de potência
27%
Perfil das empresas
Fusíveis
27%
Painéis
28%
33%
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
13%
Subestações de média tensão
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
30%
Fabricante de produtos para transmissão de energia
47%
77%
Fabricante de produtos para distribuição de energia
No que se refere a produtos para automação de sistemas
mais
comercializados
(para
distribuição),
o
segmento
está
dividido em: automação de subestações (25%); instrumentos para monitoramento de qualidade de energia (23%); proteção contra arco (16%); automação de estações (13%); relés de estado sólido (13%); relés eletromecânicos (13%); transdutores (11%); e
Os principais canais de vendas para a grande maioria das empresas
(92%) é a venda direta ao cliente final, enquanto que, para 64% delas, a melhor forma de negociação acontece em distribuidores de materiais
anunciador de alarme (6%). Produtos para automação de sistemas mais comercializados (para distribuição)
elétricos. 58% responderam que revendas de materiais elétricos são os ambientes mais propícios. Principais canais de vendas
Anunciador de alarme
6%
Transdutores
Internet
19%
11%
Outros
23% 58% 64%
13%
Revendas de materiais elétricos Distribuidores de materiais elétricos
92%
Relés eletromecânicos
Venda direta ao cliente final
13%
Relés de estado sólido Automação de estações
13%
Proteção contra arco
16% 23% 25%
O levantamento feito pela revista apurou também quais são os tipos
de equipamentos para distribuição de energia mais comercializados: subestações de média tensão (33%); painéis (28%); fusíveis (27%); transformadores de potência (27%) e interruptores (16%).
Instrumentos para monitora mento de qualidade de energia Automação de subestações
55
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Em relação a cabos elétricos para distribuição, o resultado obtido
Os sistemas de automação para transmissão estão divididos
foi: cabos subterrâneos (22%); cabos aéreos (20%); cabos especiais
em: instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
(19%); cabos submarinos (5%).
(20%); automação de subestações (19%); relés eletromecânicos (14%); proteção contra arco (11%); relés de estado sólido (11%); sistemas de Automação [Transdutores] (6%); anunciador de alarme
Cabos elétricos mais comercializados (para distribuição)
(5%); e automação de estações (5%). Sistemas de Automação para transmissão
Cabos submarinos
Automação de estações
5%
5%
Cabos especiais
19%
Cabos aéreos
20%
5%
Cabos subterrâneos
Anunciador de alarme Sistemas de Automação [Transdutores]
6%
22%
Relés de estado sólido
11%
Proteção contra arco
11%
Relés eletromecânicos
14%
Automação de subestações
Sobre os equipamentos para transmissão de energia mais
19%
comercializados, a pesquisa constatou o seguinte agrupamento: subestações de alta tensão (22%); transformadores de potência
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia
20%
(16%); chaves de alta tensão (8%); disjuntores de alta tensão (5%); e interruptores (5%).
Equipamentos para transmissão de energia mais comercializados
Dentre os tipos de cabos elétricos para transmissão, o percentual
está fatiado em: cabos aéreos (16%); cabos subterrâneos (16%); especiais (14%); e cabos submarinos (3%). Cabos elétricos mais comercializados (para transmissão)
Interruptores
5% Disjuntores de alta tensão
5%
Cabos submarinos
Chaves de alta tensão
8% 16%
3%
Transformadores de potência
22%
Subestações de alta tensão
Especiais
14% Cabos subterrâneos
16% 16%
Cabos aéreos
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
X X
X
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X
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X X X X X
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X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X
X X X X X
X X X
X X X X X X X X X
Possui certificado ISO 14.001 (ambiental)
z X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Possui certificado ISO 9001(qualidade)
Oferece treinamento técnico para os clientes Possui programas na área de responsabilidade social
Outros
Montagem de equipamentos
Manutenção de redes
Engenharia
Montagem de redes de transmissão
Transmissão de energia elétrica
Distribuição de energia elétrica
Outros
Montagem de redes de distribuição
X X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
X
X X X X X X X
Exporta produtos acabados
X
X X X X X X X X X X X
Importa produtos acabados
X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Principais clientes Tem corpo técnico especializado para oferecer suporte ao cliente
X
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Possui serviço de atendimento ao cliente por telefone e/ou internet
WEG - Trans. & Dist.
X
X
Internet
SP SP SP SP PA SP SP MG RJ SP SP SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP RJ SP SP SP SP MG SP SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP SP SC SP SP RS SP SP SP SC SP SP MG MT SP SP MG SP SC
Venda direta ao cliente final
UF
Sumaré Guarulhos Osasco Barueri Barcarena São Paulo São Paulo Itajubá Rio de Janeiro Olímpia Campinas Guarulhos São Paulo Porto Feliz Barueri Curitiba Ribeirão Preto Taboão da Serra Guarulhos Sao Caetano do Sul Suzano Orlândia Diadema Maringá Olimpia Itu Itápolis Birigui Pindamonhangaba Rio de Janeiro São Paulo São Paulo São Paulo São Bernardo do Campo Ituiutaba Guarulhos São Paulo São Paulo Campinas Boituva Mandaguari São Paulo São Paulo Cajamar São Paulo Pedreira Sorocaba Blumenau Sorocaba Bragança Paulista Porto Alegre Diadema Campinas São Paulo Florianópolis Bragança Paulista São Jose dos Campos Contagem Cuiabá São Paulo Embu das Artes Betim Diadema Blumenau
Revendas de materiais elétricos
Cidade
www.3m.com.br www.acabine.com.br www.abb.com.br www.adelco.com.br www.alubar.net.br www.bohnen.com.br www.brasformer.com.br www.cabelauto.com.br www.chardongroup.com www.condumax.com.br www.crimper.com.br www.dlight.com.br www.deltapltda.com.br www.eaton.com www.eletric-produtos .com.br www.elos.com.br www.embrastec.com.br www.epoxiformas.com.ar www.fastweld.com.br www.finder.com.br www.gimi.com.br www.grupointelli.com.br www.hawser.com.br www.ig-td.com.br www.incesa.com.br www.isolet.com.br www.itaiputransformadores.com.br www.itb.ind.br www.dbtec.com.br www.kitacessorios.com.br www.krj.com.br www.kron.com.br www.lpeng.com.br www.mmmagnet.com.br www.mbaconstrutora.com.br www.mediatensao.com.br www.metaltex.com.br www.nexans.com.br www.nojapower.com.br www.nvent.com www.onixcd.com.br www.pextron.com.br www.phoenixcontact.com.br www.plp.com.br www.psolutionsbrasil.com.br www.ppcinsulators.com www.proautomacao.com.br www.provolt.com.br br.prysmiangroup.com www.renzbr.com www.rms.ind.br www.sarel.com.br www.selinc.com/pt www.siemens.com.br www.siklowatt.com.br www.te.com/energy www.tecsysbrasil.com.br www.toshiba.com.br www.trael.com.br transformadoresuniao.com.br www.urkraft.com.br www.velp.com.br www.weidmueller.com.br www.weg.net
Distribuidora de produtos para transmissão de energia
Site
0800 013 2333 (11) 2842-5252 0800 0149111 (11) 4199-7500 (91) 3754-7155 (11) 2711-0050 (11) 2969-2244 (35) 3629-2500 (21) 99459-9136 0800 701 3701 (19) 3246-1722 (11) 2937-4650 (11) 2154-0666 (15) 3481-9201 (11) 4168-4302 (41) 3383-9290 (16) 3103-2021 (11) 4137-5495 (11) 2421-7150 (11) 4223-1550 (11) 4752-9900 (16) 3820-1500 (11) 4056-7047 (44) 3304-2550 (17) 3279-2600 (11) 2118-3000 (16) 3263-9400 (18) 3643-8000 (12) 3642-9006 (21) 2290-1588 (11) 2971-2300 (11) 5525-2000 (11) 2901-7033 (11) 4176-7878 (34) 3271-7700 (11) 2384-0155 (11) 5683-5700 (11) 3084-1600 (19) 3283 0041 (11) 3623-4338 (44) 3233-8500 (11) 5094-3200 (11) 38716400 (11) 4448-8000 (11) 3181-5160 (19) 3893-9205 (15) 3031-7400 (47) 3036-9666 (15) 3235-6400 (11) 4034-3655 (51) 3337-9500 (11) 4072-1580 (19) 3515-2010 (11) 4585-8040 (48) 3028-0809 (11) 2103-6000 (12) 3797-8800 (31) 3329-6650 (65) 3611-6500 (11) 2023-9000 (11) 3662-0115 (31) 3595-6730 (11) 4366-9600 (47) 3276-4000
Fabricante de produtos para transmissão de energia
Telefone
3M A.Cabine Materiais Elétricos ABB Adelco Alubar Bohnen+Messtek Brasformer Braspel CABELAUTO CABOS ELETRICOS Chardon Group Condumax Fios e Cabos Elé. Crimper D´LIGHT Delta P EATON ELETRIC PRODUTOS ELOS EMBRASTEC EPOXIFORMAS FASTWELD Finder GIMI SOLUÇÕES EM ENERGIA GRUPO INTELLI HAWSER I.G. Trans. e Dist. de Energia INCESA ISOLET Itaipu Transformadores ITB Equipamentos Elétricos DBTEC KIT ACESSÓRIOS KRJ Kron Medidores LPEng Engenharia MAGNET MBA Construtora Media Tensao Metaltex Nexans Brasil NOJA Power nVent Onix Dist. de Prod. Elétricos Pextron Phoenix Contact PLP Power Solutions PPC SANTANA PROAUTO Provolt Prysmian Group Renz RMS SAREL SEL Siemens SIKLOWATT TE CONNECTIVITY Tecsys do Brasil Ind. Toshiba Trael Transformadores União URKRAFT VELP TECNOLOGIA Weidmuller Conexel
Distribuidora de produtos para distribuição de energia
EMPRESA
Distribuidores de materiais elétricos
Principal canal de vendas
A empresa é
Fabricante de produtos para distribuição de energia
56
X X X X X X X X X X X X X X
X X X X
X X
X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X
X
X
X X X X X X X X X X X X
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X X
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X
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X X X
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Painéis Fusíveis Interruptores
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X X X
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X
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X
X Sem abertura em carga Com abertura sob carga Religadora
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X X
X
X X
Anunciador de alarme
X
X
X
X
X
X
X
Relés eletromecânicos Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações Isoladores de porcelana Isolador polimérico
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X X
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Indicadores de tensão
X X
Reguladores de tensão
Componentes, materiais e acessórios
X
De potencial
Para-raios
De corrente
Automação de sistemas
Encapsulados
Relés de estado sólido
X X
Transdutores
Disjuntores
Proteção contra arco
Automação de estações
Chaves fusíveis
Uso externo
Chaves seccionadoras
Uso interno
Uso externo
X X X Uso interno
Transformadores de potência
Subestações de média tensão
O Setor Elétrico / Maio de 2019
57
Distribuição de energia Transformadores de instrumentação
X X X
X X
X
X X X
X X
X X X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
Pesquisa - Equipamentos para transmissão e distribuição de energia
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Distribuição de energia
WEG - Trans. & Dist.
Transformadores de potência
X X
Interruptores
X X
Disjuntores de alta tensão
X X
Chaves de alta tensão
X
Subestações de alta tensão
X
Filtro de harmônicas
X X
Vidro
X X X
Compensação em tempo real
X X
Compensação paralela
X
X X X
Compensação de reativos
Compensação serial
X
Poliméricos
X
Cerâmica
X X
Espaçadores
SP SP SP SP PA SP SP MG RJ SP SP SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP RJ SP SP SP SP MG SP SP SP SP SP PR SP SP SP SP SP SP SC SP SP RS SP SP SP SC SP SP MG MT SP SP MG SP SC
Transmissão de energia
Isoladores
Terminações
UF
Sumaré Guarulhos Osasco Barueri Barcarena São Paulo São Paulo Itajubá Rio de Janeiro Olímpia Campinas Guarulhos São Paulo Porto Feliz Barueri Curitiba Ribeirão Preto Taboão da Serra Guarulhos Sao Caetano do Sul Suzano Orlândia Diadema Maringá Olimpia Itu Itápolis Birigui Pindamonhangaba Rio de Janeiro São Paulo São Paulo São Paulo São Bernardo do Campo Ituiutaba Guarulhos São Paulo São Paulo Campinas Boituva Mandaguari São Paulo São Paulo Cajamar São Paulo Pedreira Sorocaba Blumenau Sorocaba Bragança Paulista Porto Alegre Diadema Campinas São Paulo Florianópolis Bragança Paulista São Jose dos Campos Contagem Cuiabá São Paulo Embu das Artes Betim Diadema Blumenau
Emendas
Cidade
www.3m.com.br www.acabine.com.br www.abb.com.br www.adelco.com.br www.alubar.net.br www.bohnen.com.br www.brasformer.com.br www.cabelauto.com.br www.chardongroup.com www.condumax.com.br www.crimper.com.br www.dlight.com.br www.deltapltda.com.br www.eaton.com www.eletric-produtos .com.br www.elos.com.br www.embrastec.com.br www.epoxiformas.com.ar www.fastweld.com.br www.finder.com.br www.gimi.com.br www.grupointelli.com.br www.hawser.com.br www.ig-td.com.br www.incesa.com.br www.isolet.com.br www.itaiputransformadores.com.br www.itb.ind.br www.dbtec.com.br www.kitacessorios.com.br www.krj.com.br www.kron.com.br www.lpeng.com.br www.mmmagnet.com.br www.mbaconstrutora.com.br www.mediatensao.com.br www.metaltex.com.br www.nexans.com.br www.nojapower.com.br www.nvent.com www.onixcd.com.br www.pextron.com.br www.phoenixcontact.com.br www.plp.com.br www.psolutionsbrasil.com.br www.ppcinsulators.com www.proautomacao.com.br www.provolt.com.br br.prysmiangroup.com www.renzbr.com www.rms.ind.br www.sarel.com.br www.selinc.com/pt www.siemens.com.br www.siklowatt.com.br www.te.com/energy www.tecsysbrasil.com.br www.toshiba.com.br www.trael.com.br transformadoresuniao.com.br www.urkraft.com.br www.velp.com.br www.weidmueller.com.br www.weg.net
Conectores
Site
0800 013 2333 (11) 2842-5252 0800 0149111 (11) 4199-7500 (91) 3754-7155 (11) 2711-0050 (11) 2969-2244 (35) 3629-2500 (21) 99459-9136 0800 701 3701 (19) 3246-1722 (11) 2937-4650 (11) 2154-0666 (15) 3481-9201 (11) 4168-4302 (41) 3383-9290 (16) 3103-2021 (11) 4137-5495 (11) 2421-7150 (11) 4223-1550 (11) 4752-9900 (16) 3820-1500 (11) 4056-7047 (44) 3304-2550 (17) 3279-2600 (11) 2118-3000 (16) 3263-9400 (18) 3643-8000 (12) 3642-9006 (21) 2290-1588 (11) 2971-2300 (11) 5525-2000 (11) 2901-7033 (11) 4176-7878 (34) 3271-7700 (11) 2384-0155 (11) 5683-5700 (11) 3084-1600 (19) 3283 0041 (11) 3623-4338 (44) 3233-8500 (11) 5094-3200 (11) 38716400 (11) 4448-8000 (11) 3181-5160 (19) 3893-9205 (15) 3031-7400 (47) 3036-9666 (15) 3235-6400 (11) 4034-3655 (51) 3337-9500 (11) 4072-1580 (19) 3515-2010 (11) 4585-8040 (48) 3028-0809 (11) 2103-6000 (12) 3797-8800 (31) 3329-6650 (65) 3611-6500 (11) 2023-9000 (11) 3662-0115 (31) 3595-6730 (11) 4366-9600 (47) 3276-4000
Acessórios para cabos elétricos
Cabos especiais
Telefone
3M A.Cabine Materiais Elétricos ABB Adelco Alubar Bohnen+Messtek Brasformer Braspel CABELAUTO CABOS ELETRICOS Chardon Group Condumax Fios e Cabos Elé. Crimper D´LIGHT Delta P EATON ELETRIC PRODUTOS ELOS EMBRASTEC EPOXIFORMAS FASTWELD Finder GIMI SOLUÇÕES EM ENERGIA GRUPO INTELLI HAWSER I.G. Trans. e Dist. de Energia INCESA ISOLET Itaipu Transformadores ITB Equipamentos Elétricos DBTEC KIT ACESSÓRIOS KRJ Kron Medidores LPEng Engenharia MAGNET MBA Construtora Media Tensao Metaltex Nexans Brasil NOJA Power nVent Onix Dist. de Prod. Elétricos Pextron Phoenix Contact PLP Power Solutions PPC SANTANA PROAUTO Provolt Prysmian Group Renz RMS SAREL SEL Siemens SIKLOWATT TE CONNECTIVITY Tecsys do Brasil Ind. Toshiba Trael Transformadores União URKRAFT VELP TECNOLOGIA Weidmuller Conexel
Cabos submarinos
EMPRESA
Cabos subterrâneos
Cabos elétricos
Cabos aéreos
58
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X
X
Instrumentos para monitoramento de qualidade de energia Automação de subestações Com isoladores de porcelana Com isolador polimérico Encapsulados Cabos aéreos Cabos subterrâneos
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X X X
Filtro de harmônicas
Compensação em tempo real
X X
Compensação paralela
Isoladores
Compensação serial
Acessórios para cabos elétricos
Vidro
Poliméricos
X X
Cerâmica
X X
Espaçadores
Terminações
X
Emendas
Cabos elétricos
Conectores
Para-raios
Especiais
Sistemas de automação
Cabos submarinos
Relés eletromecânicos
X Relés de estado sólido
Transdutores
Proteção contra arco
Automação de estações
Anunciador de alarme
O Setor Elétrico / Maio de 2019
59
Transmissão de energia Compensação de reativos
X
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X X
X
X
X
60
Tec
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Por Daniel Bento*
Três D’s e um S Descarbonização, descentralização e digitalização formam a tríade que vem transformando a distribuição de energia em todo o mundo. As redes subterrâneas já são aliadas desse desenvolvimento tecnológico em outros países. O que falta para que avance também no Brasil?
Estamos vivendo uma era de
da tecnologia no sistema elétrico. Essa
comprometida. Nos países mais avançados
transformações em diversos aspectos de
tecnologia está presente na geração ao
com os três pilares fundamentais de
nossas vidas, transformação na forma como
consumo. A sua aplicação próxima do
desenvolvimento do setor elétrico, a maior
as pessoas de deslocam, se comunicam, se
consumo, onde é mais visível por toda
parte da rede de distribuição nos centros
relacionam e também na maneira como a
a população, reside nas redes elétricas
urbanos está instalada de forma subterrânea.
energia elétrica é produzida e consumida.
inteligentes que podem ter diversos recursos
Tal situação não é uma particularidade do Brasil. Todo o mundo tem passado por
e serviços oferecidos aos consumidores. Esses pilares estão presentes em todo
A rede de distribuição subterrânea apresenta vantagens significativas, sendo, inclusive, essas vantagens que motivam há
essas transformações que, no segmento
o mundo, sendo que cada país avança com
muitos anos o emprego deste tipo de rede nas
de energia elétrica, estão baseadas em três
velocidade distinta, de acordo com o incentivo
cidades mais modernas do mundo.
pilares fundamentais: descarbonização,
e diretriz que cada nação dedica ao tema.
descentralização e digitalização. A descarbonização é uma evolução e
O Brasil também apresenta condições
Algumas das vantagens sequer estão ligadas aos pilares aqui apontados de
para seguir esses pilares mundiais; contudo,
evolução do setor elétrico, como o maior
adaptação do conceito de sustentabilidade que
no nosso caso, há uma particularidade
atrativo ao turismo e a maior segurança para
foi muito debatida em anos passados e que já
que se refere à infraestrutura para que
a população. Locais com redes subterrâneas
está bem consolidada no mercado. No setor
tudo funcione. Dentre os aspectos de
apresentam uma paisagem urbana muito
de energia elétrica, a descarbonização consiste
infraestrutura relevantes e fundamentais,
mais bonita, sendo, consequentemente,
na troca de fontes de geração de elevado nível
destacam-se a rede de telecomunicações e a
muito mais agradável ao turista. Ademais,
de emissões dos gases causadores do efeito
robustez da rede de distribuição de energia.
a rede exposta oferece riscos gravíssimos
estufa por outras consideradas limpas e,
Tendo em vista a ênfase desta revista no setor
de acidentes com a população, o que
preferencialmente, renováveis.
elétrico, será destacado neste artigo apenas a
efetivamente ocorre, inclusive, com muitos
rede de distribuição de energia.
acidentes fatais. Contudo, apesar de estes
A descentralização parte do princípio de que o consumidor, que está na ponta do sistema elétrico, passa a ter a possibilidade de gerar e armazenar a energia elétrica, fazendo com que a produção não fique mais apenas localizada nas grandes usinas. A digitalização passa pelo emprego
Os benefícios da rede subterrânea Como no Brasil quase a totalidade da rede de distribuição está construída de forma aérea, a robustez desejada fica
argumentos por si só já serem suficientes para justificar o emprego de redes de forma subterrânea, vamos nos ater aos três pilares citados no início deste artigo. Analisando a descarbonização, vamos avaliar uma situação muito interessante e
Tec
O Setor Elétrico / Maio de 2019
A partir do índice de envelhecimento obtido com apenas uma medida de Tangente Delta, o software determina a velocidade de envelhecimento do cabo. Quanto mais medidas são realizadas, melhor a assertividade, no entanto, o software usa também o banco de dados de mais de 45 mil medidas para determinar o tempo remanescente de operação com apenas uma medida de Tangente Delta. que não está ligada diretamente à operação
a topologia da rede, como a capacidade de
da rede, que seria a sua manutenção, seja ela
condução dos condutores, permite a conexão
corretiva ou preventiva. Vale destacar que a
de maiores potências do que as redes de
rede aérea apresenta muito mais necessidade
distribuição que, pela sua característica
de realização de manutenções corretivas do
predominantemente radial, apresentam
que a rede subterrânea.
limitações.
Para realizar as ações de manutenção
Topologias subterrâneas, em geral,
das redes aéreas, geralmente, as equipes
possuem uma alta confiabilidade. Mesmo
precisam de um caminhão provido de cesta
não considerando o sistema reticulado
aérea. Durante a realização das atividades,
(Network) pelo seu alto custo, é possível ter
o caminhão precisa permanecer ligado para
confiabilidade dezenas de vezes superior
o funcionamento do sistema hidráulico
à das redes aéreas, utilizando topologias
da cesta aérea. Imagine as centenas de
elétricas, tais como: radial com recurso,
caminhões movidos a óleo diesel utilizados
primários seletivos e outros. Isso permite a
pelas distribuidoras de todo o País que
inclusão de outras maneiras de escoamento
permanecem ligados o dia todo, não apenas
da energia elétrica produzida de forma
para o deslocamento, mas também durante
descentralizada que, sem essa alternativa,
as horas que permanecem parados para
seria uma barreira para a instalação deste
realização das atividades.
tipo de geração.
Nas redes subterrâneas, não há essa necessidade, pois os veículos podem permanecer desligados durante a realização dos trabalhos. Adicionalmente, deve-se
A influência da digitalização na rede de distribuição Em relação à digitalização, podemos
considerar também a menor quantidade
projetar o que ocorrerá no futuro usando
de deslocamento de veículos devido à
a nossa experiência presente da televisão
quantidade reduzida de ações de manutenção
e vídeos assistidos pela internet. No
corretiva, além do fato de que, em média, os
passado, quando a TV chegava apenas
veículos possuem menor porte.
pelo sinal transmitido por meio de ondas
Tratando da descentralização, também há um benefício da rede subterrânea, pois tanto
no ar ou através de um cabo dedicado para essa finalidade, a internet em casa
62
Tec
O Setor Elétrico / Maio de 2019
era apenas utilizada para computador e
maioria possui alta confiabilidade, é comum
auxiliar o entendimento da evolução da
celular, geralmente, com uma exigência de
não ser considerado para a manutenção
Tangente Delta em um cabo de média tensão.
desempenho reduzida.
preventiva e preditiva. Entretanto, sabemos
A partir da evolução da Tangente Delta
que, em se tratando de um elemento elétrico,
(TD), isto é, o comportamento no tempo, foi
as tecnologias de streaming, diversas
a pergunta correta não é se o cabo irá falhar,
possível quantificar com uma boa margem
empresas de TV passaram a oferecer seus
mas sim quando irá falhar?
de confiança o tempo útil (ou de vida)
A partir do momento em que surgiram
serviços de vídeo junto com a internet, além do que novas empresas surgiram apenas com o propósito de prestação deste serviço
Desenvolvimento e aplicação Manutenções para cabos isolados de
remanescente do cabo isolado. Para a determinação do tempo útil, a ICEPCO e a BAUR definiram duas novas
pela internet. A partir desse momento, a
média tensão estão previstas já há alguns
nossa exigência com o serviço de internet
anos em referências internacionais (IEC,
aumentou muito, afinal, é muito desagradável
IEEE, CENELEC). Está em andamento no
• O TD-Skirt define o grau de variação de
quando estamos assistindo nosso filme ou
Cigré um grupo de trabalho (WG B1.58)
uma medida de Tangente Delta no mesmo
série favorita e a imagem congela por conta
envolvendo diversos países, inclusive, com
passo de tensão. Ou seja, é uma medida da
de problemas no sinal.
a participação do Brasil, para confeccionar
flutuação que a Tangente Delta exibe em
grandezas para a análise de Tangente Delta:
Com a energia elétrica não deve ser
uma brochura técnica sobre as melhores
determinada tensão aplicada no cabo. Este
diferente. A partir do momento em que
práticas internacionais nas manutenções
parâmetro é importante para determinar
tivermos uma grande diversidade de
preditivas e preventivas para os cabos
e diferenciar as perdas dielétricas em si
serviços digitalizados associados à energia
isolados de média tensão.
daquelas perdas que são originadas em
elétrica, nos tornaremos mais exigentes em
As técnicas referenciadas nas normas
acessórios (emendas e terminações). A
relação a sua confiabilidade e neste aspecto
existentes, principalmente no guia do IEEE
TD-Skirt é a inclinação da reta traçada entre
a rede subterrânea apresenta índices muito
400.2, estabelecem os ensaios de Tangente
o valor máximo e mínimo das TDs medidas.
superiores de confiabilidade.
Delta em tensão alternada na frequência de
Vale, inclusive, o destaque para o aspecto da confiabilidade, que é um segmento com grandes avanços nas redes subterrâneas. Nos últimos
0,1 Hz. Com este ensaio é possível avaliar o grau de degradação do isolante do cabo. Essas medições são realizadas há algumas
anos, surgiram alguns produtos que oferecem
décadas e a análise de toda essa massa
uma inteligência embarcada que, associada ao
de dados, utilizando técnicas de big data,
poder computacional, permite realizar avaliações
permite elaborar uma série de projeções
e análises preventivas, proporcionando
por meio de apenas uma única medição ou
intervenções mais assertivas na rede.
algumas poucas medidas.
Na prática, as manutenções nas
Um exemplo desta aplicação é o
redes subterrâneas concentram-se nos
estudo e o desenvolvimento de um
cabos, transformadores e chaves, além
software especializado em calcular a vida
das infraestruturas civis. A ABNT NBR
remanescente dos cabos isolados em
ISO 55000, que trata da gestão de ativos,
operação, elaborado em parceria pela
já comentada nesta revista (Coluna:
empresa austríaca Baur, líder mundial
Redes Subterrâneas em Foco – Edição
na fabricação de equipamentos para
de abril 19), pode e deve servir de
manutenção em cabos, e a empresa Kepco,
referência para estabelecer o programa de
concessionária sul-coreana.
manutenção; contudo, as manutenções
O estudo se baseou em mais de 45 mil
em transformadores e chaves (elementos
medidas de Tangente Delta em 15 mil circuitos
elétricos) estão relativamente consolidadas,
de cabos subterrâneos de média tensão.
tendo em vista que não diferem muito da
O resultado foi o desenvolvimento de
• A outra grandeza estabelecida foi o ageing index (índice de envelhecimento), que define
maneira utilizada em outras aplicações, tais
um eficiente software de análise estatística
o atual estado de envelhecimento do cabo. Ou
como, subestações e outros.
(STATEX), no qual as medidas de Tangente
seja, é uma medida proporcional à idade do
Delta são analisadas através de uma série de
cabo. Este parâmetro é uma soma vetorial de
parâmetros que foram desenvolvidos para
três grandezas normalizadas com o auxílio
Porém, quando o assunto é o cabo isolado de média tensão, que em sua grande
Tec 63
O Setor Elétrico / Maio de 2019
O estudo se baseou em mais de 45 mil medidas de Tangente Delta em 15 mil circuitos de cabos subterrâneos de média tensão.
das mais de 45 mil medidas de TD realizadas
de envelhecimento do cabo. Quanto mais
inclusive, do Brasil (Baur do Brasil),
no projeto de pesquisa. Estas grandezas são a
medidas são realizadas, melhor a assertividade,
colaborando com sugestões na melhoria dos
média da TD em 1 U0, a diferença da TD entre
no entanto, o software usa também o banco
produtos que são oferecidos e utilizados da
1,5 e 0,5 U0 e a TD skirt em 1 U0. O índice
de dados de mais de 45 mil medidas para
mesma forma em todo o mundo.
de envelhecimento é o parâmetro essencial
determinar o tempo remanescente de operação
para a determinação do tempo remanescente
com apenas uma medida de Tangente Delta.
de operação do cabo. Ele é maior que zero é menor que dez (varia de 0 a 10). A partir do índice de envelhecimento
Com este exemplo, podemos perceber o
Neste contexto, podemos afirmar que as redes subterrâneas se apresentam de forma muito alinhada com os pilares, ou seja, os
quanto a digitalização estará cada vez mais
três D's: Descarbonizar, Descentralizar e
presente no setor elétrico. Outro fenômeno
Digitalizar de forma ordenada e estruturada,
que podemos verificar é a cooperação entre
permitindo que os resultados efetivos desse
obtido com apenas uma medida de Tangente
empresas de países e culturas diferentes,
avanço metodológico proporcionem os
Delta, o software determina a velocidade
empresa austríaca, sul-coreana e outras,
frutos necessários e esperados. Com este objetivo em mente, passa a ser urgente a necessidade de o Brasil, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estabelecer uma agenda sobre redes subterrâneas de energia. *Daniel Bento é engenheiro eletricista com MBA em Finanças e certificação internacional em gerenciamento de projetos (PMP®). É membro do Cigré, onde representa o Brasil em dois grupos de trabalho sobre cabos isolados. Atua há mais de 25 anos com redes isoladas, tendo sido o responsável técnico por toda a rede de distribuição subterrânea da cidade de São Paulo. É diretor executivo da Baur do Brasil | www.baurdobrasil.com.br.
Espaço 5419
Espaço 5419
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Por Sergio Roberto Santos*
Quem equipotencializa é a natureza
A
proteção
contra
descargas
Apenas este fato deveria ser suficiente
fenômenos
para alertar-nos de que a partir de
eletromagnéticos cuja nossa capacidade
determinados valores a natureza irá agir
de controlá-los é mais limitada do que
para reduzir as diferenças de potencial
supomos.
existentes, o que justamente chamamos
atmosféricas
A
envolve
filosofia
da
proteção
contra
de equipotencialização. Como é muito
consiste
em
difícil impedi-la, devemos concentrar
elétrica
de
nossos esforços em determinar onde esta
grande intensidade e curtíssima duração
equipotencialização deverá ocorrer, de
através de caminhos pré-determinados,
modo a evitar que as suas consequências
evitando, ao máximo, elevações de
nos causem prejuízos.
temperatura,
descargas conduzir
atmosféricas uma
corrente
esforços
mecânicos
e
A norma ABNT NBR 5419:2015 define
aumentos de tensão.
equipotencialização
Este desafio é maior porque não
contra descargas atmosféricas, como a
basta disponibilizar para a corrente
“ligação ao SPDA de partes condutoras
da
separadas, por conexões diretas ou
descarga
atmosférica
condutores
dispositivos
para
de
a
proteção
elétricos, mas garantir que o caminho
via
oferecido por eles seja o de menor
surto (DPS), para reduzir diferenças de
proteção
contra
impedância entre vários outros caminhos
potencial causadas pela corrente da
existentes na estrutura que devemos
descarga atmosférica”.
proteger, muitas vezes, não evidentes
para nós.
quais não temos total controle, a norma é
Por se tratar de fenômenos sobre os
Uma descarga atmosférica acontece
extremamente cautelosa ao afirmar que
devido à enorme diferença de potencial
“equipotencialização” e “equalização de
existente no interior de uma nuvem,
potenciais”, mais do que expressões de
onde, devido a mecanismos complexos,
sentido genérico, são recomendações
acontece a separação de cargas elétricas.
de práticas para reduzir ou limitar as
Tendo a natureza criado esta diferença
tensões
de potencial, ela própria se encarregará
e,
de desfazê-la, através de descargas
condutores, agentes dessa equalização,
atmosféricas intra-nuvens, entre nuvens
sejam instalados o mais próximo possível
ou nuvens solo.
dos elementos a serem protegidos”.
entre
pontos
principalmente:
da
“desde
instalação que
os
65
Apoio
O Setor Elétrico / Maio de 2019
caminho para seguir, mas, felizmente, ela seguirá, a natureza não faz escolhas, de
forma
inversamente
proporcional
os caminhos de menor impedância, cabendo aos responsáveis pela Proteção Contra Descargas Atmosféricas (PDA) disponibilizá-los na estrutura protegida, para
que
a
corrente
da
descarga
atmosférica por ali seja conduzida de forma segura até um ponto onde ela não mais será perigosa, normalmente, as barras de equipotencialização ou o subsistema de aterramento (imagem 2).
Imagem 1 – Interligação de tubulações para evitar centelhamentos entre elas.
As observações da norma ABNT NBR
Apesar de ser comum a utilização
da expressão “ligação equipotencial de
equipotencialização.
baixa impedância”, temos, neste caso,
5419:2015 vão muito além do conceito
simplista de que para equipotencializar
endermos
que
é necessário apenas interligar duas
“condutor
de
partes da estrutura ou componentes da instalação eletroeletrônica através
determinarmos onde esta equipoten
equipotencialização.
de
que
cialização, passagem de uma corrente
condutores
dependendo
do
elétricos,
já
diâmetro,
Desta forma, é fundamental compre ao
instalarmos
uma grande redundância, já que se for
um
de baixa impedância, será uma ligação
equipotencialização”,
equipotencial, intencional ou não, e se
o que realmente estamos fazendo é
não for, não obteremos a tão desejada Desta forma, deve ficar claro para
formato
elétrica, acontecerá, já que caso não
todo profissional envolvido na proteção
e comprimento destes condutores, a
exista este condutor, colocado por nós,
contra descargas atmosféricas que a partir
interligação
impedância
esta corrente poderá passar por lugares
de certo valor de tensão e determinada
significativamente próxima ou superior a
poderá
ter
indesejados e perigosos, como o interior
distância, uma corrente elétrica será
outras interligações também existentes
de equipamentos eletroeletrônicos ou o
criada, sendo ela a responsável pela
no local, o que será suficiente para que
ar, originando centelhamentos perigosos
equipotencialização entre duas partes
toda ou parte da corrente da descarga
(imagem 1).
da estrutura. Cabe a nós apenas, o que
atmosférica não circule pelos condutores
Infelizmente, sempre a corrente da
em si já é muito importante e desafiador,
instalados por nós para a desejada
descarga atmosférica terá mais de um
oferecer caminhos para que esta corrente seja conduzida de forma a mais segura possível.
Como em outros textos da seção
Espaço 5419, este também deve ser complementado pela leitura da norma ABNT NBR 5419:2015 e, neste caso, também pelo estudo do artigo publicado em quatro partes, a partir da edição 158, na coluna Proteção contra raios desta revista. *Sergio Roberto Santos é engenheiro eletricista e membro da comissão de estudos CE 03:64.10 do CB-3 da Associação Imagem 2 – As ligações equipotenciais devem merecer a máxima atenção.
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
66
Espaço SBQEE
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Por Gilson Paulillo*
Desafios da Transformação Digital e a Qualidade da Energia Elétrica Vivemos
uma
era
de
constantes
residenciais, comerciais e industriais.
transformações em muitos segmentos da
sociedade. Diversos setores, impulsionados
considerada o principal motor de crescimento e
pelos
associados
de geração de valor para as empresas de todo
às demandas da população e à força das
o mundo, os principais motivados para esse
mídias sociais, vêm passando por grandes
processo de transformação são:
avanços
tecnológicos,
Em um momento em que a Inovação é
transformações que, em geral, rompem com modelos de negócio tradicionais e impactam
• Indústria 4.0 – incorporação das principais
diretamente a vida de setores, segmentos,
inovações
empresas e consumidores em seus diversos
informação, impulsionando a convergência
níveis. Exemplos não faltam em termos de
entre os sistemas de operação e de informação;
novos modelos de negócios, novos produtos
• Automação e Sensoriamento da rede –
e serviços: serviços bancários digitais, novos
forte expansão e incorporação de sistemas
meios e sistemas de pagamentos, serviços
de monitoramento, automação, controle e
de streaming e de conteúdo, serviços de
sensoriamento na rede elétrica, associado
hospedagem e hotelaria, dentre outros.
às novas tecnologias de comunicação de
em
automação,
controle
e
mais
larga escala, de baixo custo e em tempo real,
conectada, engajada e ativa, que tem à sua
proporcionando o aumento da observabilidade
disposição o acesso a qualquer conteúdo a
da rede;
um clique, a pressão sobre todos os demais
• Geração Distribuída e Energias Renováveis
setores convencionais acaba acontecendo de
– expansão das fontes renováveis de energia,
forma involuntária e natural. E, dentre os setores
seja na Transmissão e na Distribuição, com
impactados, encontra-se o setor elétrico e, de
desafios importantes na conexão e operação
forma mais específica, a Qualidade da Energia
de tais sistemas, em especial a sazonalidade e
Elétrica em seu espectro mais amplo, ou seja,
a variabilidade de tais fontes;
pelos aspectos relacionados à Qualidade
• Sustentabilidade e Meio Ambiente – as
do Produto, do Serviço e do Atendimento
mudanças
Comercial.
sociedade em geral, com ampla discussão e
Impulsionado pelos mais diversos fatores, o
engajamento de diversos setores, gerando
processo de transformação digital encontra-se
mudanças importantes na matriz energética,
em grande expansão no setor, motivado pela
na comercialização de energia e na opinião
busca por maiores índices de produtividade
pública;
e
Em
uma
sociedade
cada
vez
climáticas
e
seu
impacto
na
e,
• Geração de grandes volumes de dados – a
consequentemente, por maiores resultados
concretização da incorporação das tecnologias
técnicos e financeiros concomitantemente ao
anteriores, associado à expansão do conceito
atendimento dos indicadores regulatórios; por
de Internet das Coisas (IoT), proporciona
outro lado, pela necessidade de explorar novos
a
serviços, muitos dos quais em um ambiente
Computacional – Analtics, Machine Learning,
não regulado, ao mesmo tempo em que
Inteligência Artificial, Big Data, etc. – para fins
buscar formas de engajar e fidelizar sua base
de geração de conhecimento e valor ao negócio
de consumidores em seus diversos níveis –
da cadeia de GTDC;
aumento
da
eficiência
operacional
aplicação
de
técnicas
de
Inteligência
Espaço SBQEE
O Setor Elétrico / Maio de 2019
67
• Mobilidade elétrica – motivado pelas discussões acerca da matriz energética pari passu ao desenvolvimento de tecnologias e inovação em termos de armazenamento de energia, trata-se de uma tendência irreversível, posto que diversos países já adotam posições definitivas em relação à incorporação desta tecnologia no dia-a-dia da sociedade; • Armazenamento de energia – próxima onda de disseminação na rede elétrica para os próximos cinco anos, trata-se de uma tecnologia que estará incorporada ao setor, seja para atendimento das necessidades da própria empresa (suporte a tensão e reativos), seja para atendimento das necessidades do próprio consumidor.
Considerando apenas os aspectos acima,
aos quais poderiam ser associados outros tópicos tecnológicos tais como microrredes, virtual power
Figura 1 – Sinais, Tecnologias e Interações da SGrids e a Qualidade de Energia Elétrica.
plant, portabilidade elétrica, comércio varejista de energia (já uma realidade na Europa e nos EUA), redes elétricas inteligentes (smart grids)
geradores eólicos, painéis solares fotovoltaicos,
nos negócios associados à energia elétrica, em
e cidades inteligentes (smart cities), pode-se
microturbinas, conversores tipo fonte de tensão
particular nos aspectos relacionados à Qualidade
correlacionar com vários desafios técnicos
e outros dispositivos DFACTS. O crescimento
da Energia nos próximos anos. Devido ao impacto
importantes relacionados à QEE, a saber:
deste tipo de equipamento na rede demanda
técnico, econômico e regulatório associado, a
conhecer detalhadamente a emissão e a
área de QEE continuará sendo foco de grande
• Análise das variações de magnitude de
propagação da forma de onda de distorção em
interesse por parte de todos os agentes do
tensão, de emissão harmônica e ressonância
frequências superiores a 2 kHz;
setor elétrico – concessionárias, consumidores,
harmônica em função da introdução em larga
•
Análise de desempenho da rede elétrica no
fabricantes de equipamentos e órgãos reguladores
escala de novas fontes de geração distribuída,
tocante aos aspectos relacionados à QEE por
–, caracterizando um ambiente complexo para as
principalmente solar, eólica, térmica a biogás,
meio de métodos e técnicas de processamento
redes de transmissão e distribuição, bem como
microturbinas e células a combustível etc.;
de sinais, especialmente o processamento
para comercialização e serviços, proporcionando
de
de grande quantidade de dados (Big Data),
novos desafios para estudos, pesquisas e inovações
desempenho estatísticos e limites associados à
conforme mostra a figura 1 aplicada ao conceito
no contexto da Qualidade da Energia Elétrica.
capacidade de hospedagem do sistema elétrico
de Smart Grids [1]:
para fontes renováveis e que inclui todas as
•
fontes de energia;
em tempo real e com acesso total liberador
[1] Paulillo, G., Ribeiro, P. et. all. “Aspectos
• Desenvolvimento de métodos de análise
a todos os consumidores. Com a atual
da Qualidade da Energia no Contexto das
automática para tratar e gerar informação a
desenvolvimento tecnológico é imprescindível
Redes Eletricas Inteligentes (Smart Grids),
partir do grande volume de dados gerados pela
a implantação de tal sistema para atender
SNPTEE, 2015.
incorporação das Inovações na rede elétrica;
todos os agentes – regulador, empresas e
• Adoção de técnicas para identificar a emissão,
consumidores –, possibilitando-se demonstrar
*Gilson Paulillo é engenheiro, mestre e Doutor em
propagação e mitigação de sinais de tensão e
com confiabilidade e transparência a qualidade
Engenharia Elétrica pela Universidade Federal
corrente em alta frequência, geradas a partir de
do serviço e do produto ofertado em todas as
de Itajubá (MG), tendo atuado diretamente com
equipamentos com interface eletrônica. Outros
regiões do País.
Inovação e Tecnologia aplicada ao setor elétrico,
equipamentos que contribuem com emissões
Nesse
nessa faixa de potência incluem certos tipos de
Transformação Digital tem impacto significativo
•
Desenvolvimento
de
indicadores
Sistemas de monitoramento de QEE,
contexto,
verifica-se
que
a
Referências bibliográficas
nas áreas de Qualidade, GD, Automação e Equipamentos. Atualmente, é diretor da GP Consult.
68
Proteção contra raios
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Jobson Modena é engenheiro eletricista, membro do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei), CB-3 da ABNT, onde participa atualmente como coordenador da comissão revisora da norma de proteção contra descargas atmosféricas (ABNT NBR 5419). É diretor da Guismo Engenharia | www.guismo.com.br
A efetividade (limitada!) dos eletrodos de aterramento para as correntes dos raios. Ou você ainda acredita em equalização de potencial? – Parte 03/04 Continuamos trazendo nesta edição o artigo do professor Antônio Roberto Panicali, da Proelco, sobre aterramento e equipotencialização, trabalho originalmente apresentado no CINASE-SP em 2018
O gráfico da figura 7, elaborado com base no método dos
momentos [3], mostra a variação do comprimento efetivo, Lef, com a frequência, para um eletrodo horizontal de 200 m, enterrado 50 cm abaixo da superfície, em solos com resistividades baixa, média e alta, ou seja, respectivamente 100, 500 e 2.000 Ohm.m; com base no que foi exposto anteriormente, para o impulso de um raio injetado nesse eletrodo, a frequência a ser considerada estará relacionada ao tempo de subida ou de decaimento do impulso: f=1/(2*T) sendo T=tempo subida ou de meia cauda da descarga.
Figura 7: Comprimento efetivo de um eletrodo com Lf=200m, imerso em três diferentes de solo.
Por exemplo, a figura 7 indica as frequências típicas
correspondentes aos tempos de subida para uma descarga
decorrente de medições
positiva, uma primeira descarga negativa e uma descarga negativa
frequências mais altas, no caso, 25 kHz, como em alguns
subsequente, ou seja, 100 kHz, 1 MHz e 4 MHz respectivamente,
equipamentos disponíveis no mercado; por exemplo, suponhamos
vide figura 6. Como pode ser observado para qualquer dos três
que se queira avaliar a resistência, em 60 Hz, de um contrapeso de
tipos de solo considerados Lef<<Lf.
200 m de uma torre de transmissão, em um solo de 100 Ohm.m.
A figura 7 chama também a atenção para o possível erro da resistência de aterramento usando
Vemos que um eletrodo de 200 m, enterrado em um solo com
Como mostrado na figura 8, esse eletrodo, se medido em corrente
resistividade de 100 Ohm.m, quando submetido a trecho de subida
contínua, apresentará uma resistência de aproximadamente 1,0
de um impulso negativo subsequente típico, se comportará como
Ohm; se medido em 10 Hz, apresentará uma impedância de 1,2
um eletrodo com apenas 1 m de comprimento! Consequentemente,
Ohm, portanto, cerca de 20% de erro com relação a seu valor em
o potencial no ponto de injeção de corrente no eletrodo será,
corrente contínua. Porém, se medido em 25 kHz, resultará em uma
aproximadamente, 200 vezes aquele que resultaria se as cargas
impedância de 7,1 Ohm, ou seja, uma diferença de aproximadamente
elétricas tivessem se distribuído uniformemente no eletrodo!
700% com relação ao valor em frequência nula. Tais diferenças têm
Apoio
O Setor Elétrico / Maio de 2019
69
sido verificadas na prática! Convém salientar que, como indicado na figura 7, mesmo para um solo bem mais resistivo, por exemplo, com 2.000 Ohm.m, o comprimento efetivo de um eletrodo com Lf=200m será significativamente reduzido: da ordem de 100m.
Figura 8: Variação da impedância de um eletrodo de terra, em função da frequência de medição.
Distribuição de potencial em malhas de aterramento
Consideremos agora, como os efeitos descritos acima afetam a
distribuição de potencial nos condutores de uma malha de aterramento de 60 m x 60 m, típicas de uma SE, quando atingida no seu ponto central por uma descarga atmosférica com 1 kA de pico 1/50 μs, ou seja, tempo de subida de 1μs e tempo de meia cauda de 50μs.
A figura 9 [4] mostra a variação temporal da distribuição de potencial
nos cabos de uma malha de aterramento típica de uma subestação; chama a atenção que, somente no instante t=1μs, portanto, próximo ao instante de corrente máxima da descarga, a distribuição de potencial pelos condutores atinge a borda do eletrodo de aterramento, ou seja, a propagação de potenciais nos condutores da malha em questão se deu a uma velocidade: V=30m/1μs=3x107 m/s ou seja, cerca de 10 vezes mais lenta do que a velocidade da propagação dos sinais no ar!
Figura 9: Distribuição do potencial dos condutores de uma malha de terra, 60 m x 60 m, em quatro instantes diferentes, quando atingida, no centro, por uma descarga com 1,2/50 μs.
Continua na próxima edição.
70
Energia com qualidade
O Setor Elétrico / Maio de 2019
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações e membro da diretoria do Deinfra-Fiesp e da SBQEE. jstarosta@acaoenge.com.br
Sistemas de compensação de energia reativa. A importância da manutenção e os cuidados com a ressonância harmônica A redução da capacitância equivalente
de cada um dos grupos (degraus) dos bancos
operados em condições ideais podem possuir
do grupo ligado a um indutor aumenta o valor
de capacitores e a imediata intervenção em
tempo de vida útil superior a 100.000 horas.
da frequência de ressonância, modificando o
caso de perda de capacidade.
Contudo, este valor é exponencialmente
valor inicial e incrementando a circulação das
reduzido
Capacitores
quando
instalados
e
Também deve-se pesquisar as causas
de
correntes harmônicas tanto nos capacitores
que teriam ocasionado a queima parcial.
operação diferem das ideais, como as altas
como na rede, dando origem a uma nova
Um compensador de energia reativa/banco
temperaturas, ou quando os capacitores são
e
harmônica,
de capacitores em situação de ressonância
submetidos a transientes de manobra, às
incorrendo em queima de outras células
elevará a tensão do barramento onde
correntes harmônicas, sobretensões e outras
capacitivas. A figura 1 ilustra a mudança de
está conectado, produzindo danos nos
situações que contribuem para as suas falhas.
frequência de ressonância de um sistema
capacitores por perda de isolação e até
quando
as
condições
indesejada
ressonância
Capacitores para compensação reativa
de compensação inicialmente operando de
em outros componentes internos, como
como os conhecemos (em latas, ou canecas)
forma antirressonante e que, devido, à perda
chaves estáticas e outros elementos de
são associação adequadas de capacitores
da capacitância, passa a sintonizar uma
manobras. Os equipamentos são sempre
menores, que possuem característica de
outra frequência harmônica, que provocará a
dimensionados através de medições ou
construção que considera a operação parcial
queima dos capacitores existentes em curto
estimativas prévias ao projeto que definem
mesmo que parte da capacitância tenha sido
prazo, causando transtornos às instalações.
suas especificações, incluindo o valor da
perdida devido a falhas no dielétrico (sistemas
Portanto, a operação confiável de sistemas de
frequência de ressonância nominal que deve
regenerativos ou self-healing).
compensação reativa deve prever a contínua
ser mantida. Sua modificação compromete a
Sistemas de compensação de energia
observação dos valores de potência reativa
integridade do sistema.
reativa instalados na presença de cargas não lineares devem prever a existência de reatores que são associados aos seus capacitores, formando grupos sintonizados em alguma(s) frequência(s) que sejam adequadas ao projeto. Nesta situação, a operação confiável destes sistemas deve prever a contínua observação dos valores de potência reativa de cada um dos grupos (degraus) dos bancos de capacitores e a imediata intervenção em caso de perda de capacidade, evitando que o problema se alastre para as outras células vivas, principalmente por conta da mudança de frequência de ressonância.
Figura 1 – Comportamento da impedância em sistema antirressonante original e com redução da potência reativa dos capacitores.
Iluminação pública
O Setor Elétrico / Maio de 2019
71
Luciano Haas Rosito é engenheiro eletricista, diretor comercial da Tecnowatt e coordenador da Comissão de Estudos CE 03:034:03 – Luminárias e acessórios da ABNT/COBEI. É professor das disciplinas de Iluminação de exteriores e Projeto de iluminação de exteriores, do IPOG, e palestrante em seminários e eventos na área de iluminação e eficiência energética.
A Certificação Compulsória de Luminárias Públicas no Brasil Dando sequência nesta série de artigos
poucos dias. Do ponto de vista dos fabricantes,
a interpretação poderá gerar mais dúvidas, pois
sobre o tema iluminação, iremos tratar do
diversas demandas quanto a revisões técnicas
os prazos originais já venceram. Também está
tema da certificação compulsória de luminárias
nesta Portaria ainda não foram ajustadas e há
revogado o Apêndice A-1 que trata da malha
públicas no Brasil, que foi instituída através de
necessidade de que um processo de certificação
de medições e item B.3.3 do Anexo 1-A, que
Portaria n° 20 do Instituto Nacional de Metrologia,
ao mesmo tempo garanta a segurança e
estabelecia as uniformidades mínimas. O ponto
Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com data de
desempenho dos produtos, e não impeça
mais questionado em relação a esta portaria
publicação de 15 de fevereiro de 2017.
ou atrase o contínuo avanço tecnológico e a
n°239 diz respeito ao art. 3º, onde ficam
evolução da tecnologia que vem sendo bastante
incluídos no art. 10 da Portaria Inmetro nº 20,
luminárias públicas para lâmpadas de descarga de
rápida e constante ao longo dos últimos anos.
de 2017, os seguintes parágrafos:
até 600 W e luminárias públicas com tecnologia
LED. Já portaria n° 404, de 23 de agosto de 2018,
bem como os avanços com a evolução dos
§1º Ficam dispensadas de cumprir as
postergou os dois primeiros prazos estabelecidos
LEDs, devem ser rapidamente assimilados e
determinações desta Portaria, as luminárias
na Portaria 20, para 17 de fevereiro de 2019,
postos à disposição do mercado através de uma
para iluminação pública viária objeto de
data limite em que os fabricantes nacionais e
avaliação ágil de conformidade destas fontes
licitações ocorridas em data anterior ao prazo
importadores poderão fabricar ou importar, para
de luz aplicadas às luminárias já certificadas. A
fixado no caput do art. 15.
o mercado nacional, luminárias para iluminação
qualidade do produto deveria ser avaliada como
§2º Durante as ações de fiscalização, previstas
pública viária sem a conformidade com as
um todo por meio da vida completa da luminária,
no caput, a comprovação da condição
disposições contidas na Portaria, e 17 de agosto
e não somente a vida do componente LED
estabelecida no §1º deverá se dar por meio
de 2019, data limite em que os fabricantes e
aplicado ao produto por extrapolação da vida útil.
da apresentação, por parte do fiscalizado, de
importadores poderão comercializar, no mercado
documentação que sustente tal condição.
nacional, luminárias sem a conformidade com as
o desconhecimento quase unânime nos
disposições contidas na Portaria.
consumidores públicos e privados que a
Esta portaria tem por escopo a certificação de
Os critérios atuais de família de produtos,
De maneira geral, há também é percebido
Após mais de dois anos da Portaria 20
Ainda há a data de 15 de fevereiro de
obtenção do Registro é condicionante para a
publicada, o Inmetro anuncia sua intenção de
2020, sendo este o prazo limite em que os
autorização do uso do Selo de Identificação da
mudar os processos de certificação, revogar
estabelecimentos que exercerem atividade de
Conformidade nos produtos certificados e para
portarias, gradativamente desregulamentar o
distribuição ou de comércio deverão vender,
sua disponibilização no mercado nacional. Os
que atualmente está regulamentado e realiza
no mercado nacional, somente luminárias para
Editais de licitação de registro de preços, válidos
a avaliação através de entes delegados como
iluminação pública viária em conformidade com
por pelo menos 12 meses, exigem certificação
as OCPS, laboratórios e demais parceiros, não
a Portaria 20. Ou seja, estamos atualmente
do produto, quando também deveriam estar
mais aprovando novas certificações específicas
chegando no prazo de venda de estoque de
cientes da necessidade do Registro.
de produtos e, muitas vezes, e deixando o
fabricantes sem certificação e a poucos meses
mercado se autorregular.
do prazo final de comercialização de produtos
publicada a Portaria n°239, aprovando ajustes
não certificados, em fevereiro de 2020.
de na Portaria 20, entre eles, postergando por
regulamentos gerais e requisitos essências, e
Neste cenário, a cada semana vemos novos
três meses, exclusivamente para as luminárias
não mais de forma prescritiva detalhada como
fornecedores com produtos certificados, tendo
para iluminação pública viária com lâmpadas
estava sendo feita. Para este modelo ser efetivo
um prazo relativamente alto para a obtenção
de
estabelecidos
é necessário o monitoramento e fiscalização
do registro que é necessário para a venda
anteriormente. Entretanto, estes prazos já
dos envolvidos e a responsabilização de todos
da luminária certificada, que deveria ser de
haviam sido postergados pela Portaria 404, e
caso as regras não estejam sendo cumpridas.
Por fim, no dia 17 de maio de 2019, é
descarga,
os
prazos
As certificações tendem a ser baseadas em
72
Instalações Ex
O Setor Elétrico / Maio de 2019
Roberval Bulgarelli é consultor técnico e engenheiro sênior da Petrobras. É representante do Brasil no TC-31 da IEC e no IECEx e coordenador do Subcomitê SC-31 do Comitê Brasileiro de Eletricidade (Cobei).
Novas Normas ABNT NBR ISO 80079 – Partes 36 e 37: avaliação de riscos e tipos de proteção para equipamentos mecânicos “Ex” – Parte 02/02 Avaliação dos riscos de ignição de equipamentos mecânicos “Ex”: Segundo a ABNT NBR ISO 80079-36, o fabricante do equipamento mecânicos “Ex” deve efetuar uma avaliação de risco de ignição de forma a demonstrar que o equipamento não possua fontes efetivas de ignição durante falhas raras de ocorrer ou durante falhas que possam ser esperadas ou durante operação normal do equipamento, dependendo do nível de proteção de equipamento (EPL – Equipment Protection Level) pretendido. De acordo com os resultados de
avaliações
e
ensaios
realizados
por
organismos de certificação e por laboratórios de ensaios, é atribuído ao equipamento mecânico “Ex” sob avaliação o EPL Ga/Da, Gb/Db ou Gc/ Dc. Os equipamentos mecânicos “Ex” com
1. Superfícies quentes;
EPL Ga/Da podem ser instalados em áreas
2. Chamas ou gases aquecidos, incluindo
37 especifica os requisitos para o projeto e
classificadas do tipo Zona 0 / Zona 20. Os
partículas quentes;
a fabricação de equipamentos mecânicos
equipamentos mecânicos “Ex” com EPL Gb/
3. Faíscas geradas mecanicamente;
destinados para instalação em atmosferas
Db podem ser instalados em áreas classificadas
4. Dispositivos elétricos;
explosivas contendo gases inflamáveis ou
do tipo Zona 1 / Zona 21. Os equipamentos
5. Correntes parasitas ou proteção catódica
poeiras combustíveis, protegidos pelos tipos
mecânicos “Ex” com EPL Gc/Dc podem ser
de corrosão;
de proteção por segurança construtiva - Ex “c”,
instalados em áreas classificadas do tipo Zona
6. Eletricidade estática;
controle de fontes de ignição – Ex “b” e por
2 / Zona 22.
7. Descargas eletrostáticas;
imersão em líquido - Ex “k”.
Esta avaliação de risco deve ser feita com
A nova Norma ABNT NBR ISO 80079-
8. Radiofrequência ou ondas
uma abordagem escalonada, a ser seguida
eletromagnéticas;
“k” especificados na Norma ABNT NBR ISO
Os tipos de proteção Ex “c”, Ex “b” e Ex
pelo fabricante do equipamento mecânico “Ex”.
9. Radiação óptica;
80079-37 podem ser utilizados de forma
No início da avaliação de risco, o fabricante
10. Radiação ionizante;
individual ou em combinação entre si, de forma
deve decidir qual das seguintes 13 possíveis
11. Ultrassom;
a atingir os requisitos pretendidos de EPL
fontes possíveis de ignição são aplicáveis, isto
12. Compressão adiabática e ondas de
(Equipment Protection Level) para equipamentos
é, estão relacionadas com o equipamento e
choque;
do Grupo I (Minas subterrâneas de carvão),
presentes, para o equipamento mecânico “Ex”
13. Reações exotérmicas, incluindo a
Grupo II (Gases inflamáveis) e Grupo III (Poeiras
sob avaliação:
autoignição de poeiras combustíveis.
combustíveis), dependendo dos resultados da
O Setor Elétrico / Maio de 2019
73
avaliação de risco de ignição, de acordo com o indicado na ABNT NBR ISO 80079 36 – Equipamentos não elétricos para atmosferas explosivas – Métodos e requisitos básicos.
De acordo com a Norma ABNT NBR ISO
80079-37, os tipos de proteção Ex “c”, Ex “b” e Ex “k” para equipamentos mecânicos “Ex” possuem as seguintes características básicas: • Segurança construtiva Ex “c”: Tipo de proteção contra ignição onde medidas construtivas são aplicadas de forma a prover proteção contra a possibilidade de ignição a partir de fontes quentes, faíscas de origem mecânicas ou compressão adiabática gerada por partes móveis. • Controle de fonte de ignição Ex “b”: Tipo de proteção contra ignição onde dispositivos elétricos, eletrônicos ou mecânicos são utilizados em conjunto com equipamentos mecânicos, de forma reduzir, automaticamente ou manualmente a possibilidade de uma fonte potencial de ignição de se tornar uma fonte efetiva de ignição. Podem ser citados como exemplos destes dispositivos, um sensor de nível para alarmar a perda de nível de óleo de lubrificação ou um sensor de temperatura para alarmar a existência de um mancal aquecido ou um sensor de rotação para alarmar uma rotação acima do normal. • Imersão em líquido Ex “k”: Tipo de proteção onde as fontes potenciais de ignição são tornadas não efetivas ou separadas de atmosferas explosivas por meio de submersão total destas fontes de ignição em um líquido de proteção, ou por submersão parcial e recobrimento contínuo das superfícies ativas desta fontes de ignição com um líquido de proteção, de forma que uma atmosfera explosiva que possa estar presente acima do líquido de proteção, ou no lado externo do involucro do equipamento “Ex”, não possa entrar em ignição.
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