Renováveis ENERGIAS COMPLEMENTARES
Ano 2 - Edição 29 / Novembro de 2018
NOTÍCIAS DE MERCADO ENERGIA EÓLICA: Já temos mais de uma Itaipu de eólicas ENERGIA SOLAR: Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira APOIO
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Notícias
renováveis
Investimento em renováveis não aumenta custos e nem afeta competitividade do setor elétrico no Brasil, diz estudo
O Instituto Escolhas lançou o estudo
indicou o real custo de cada um deles para
"Quais os reais custos e benefícios das fontes
a sociedade e destaca que a melhor opção
de geração elétrica no Brasil?", no mês de
é a complementaridade entre as fontes de
outubro, apontando que a expansão de fontes
geração, que devem operar de forma conjunta.
renováveis não aumentaria custos ou afetaria
competitividade do setor elétrico no Brasil.
renováveis são as que apresentam o menor
custo de investimento e operação em
Segundo a pesquisa, o Brasil, até 2026,
A análise mostrou que as novas fontes
pode aumentar a participação de renováveis
relação às demais. Dentre as renováveis, a
em sua matriz elétrica sem que isso acarrete
biomassa é a que possui o menor custo de
custos significativos para a operação do
infraestrutura.
sistema elétrico, cumprindo assim as
Quando avaliados os serviços prestados
diretrizes do Plano Decenal de Energia 2026.
pela fonte além da produção de energia
Dados da Empresa de Pesquisa Energética
propriamente dita, como modulação
(EPE), apontaram que hoje mais de 80% da
(capacidade de atender à demanda
eletricidade usada no País é proveniente de
durante todo o ano) e robustez (capacidade
fontes renováveis, porém em sua maior parte
de produzir energia acima do que foi
a hidráulica (68%).
planejado), a termelétrica é a fonte que se
Em 2035, o País pode aumentar em
sai melhor. A hidrelétrica tem problemas
68% a participação de energia eólica, solar e
com a sazonalidade e eólica e solar com
biomassa em sua matriz elétrica, em relação
a variabilidade na produção de energia.
a previsão do PDE 2026, totalizando 44%
Entretanto, é também a termelétrica a
da composição da matriz. Essa mudança
fonte com o maior custo ambiental para a
pode ocorrer sem afetar a competitividade
sociedade relativo às emissões de gases de
e a atratividade dos megawatt-hora (MWh)
efeito estufa.
dessas fontes para os consumidores.
um componente dos custos de energia
Os MWh das novas renováveis são
Segundo o estudo, os subsídios são
bastante competitivos e atrativos ao
que potencialmente causam distorção na
consumidor, mesmo em cenários de sua
precificação das fontes. Hoje as fontes que
maior penetração no sistema, o que indica
mais recebem subsídios e isenções são solar,
haver ainda bastante espaço para estas
eólica e pequenas centrais hidroelétricas.
fontes na matriz energética do País.
fundamental de que os estudos de
O estudo ainda mostra que o plano de
A conclusão da pesquisa é a necessidade
expansão ideal para o sistema não deve
planejamento e o setor elétrico incorporem
necessariamente selecionar apenas a
os custos e benefícios econômicos das fontes
opção com o menor custo, pois nem todo
de geração para uma eficiente composição da
MWh é economicamente igual. A pesquisa
matriz energética do País.
Notícias
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Geração de energia alternativa cresce 13% no último ano
Seguindo tendência mundial, o investimento
em energia limpa vem aumentado. E fontes como petróleo, carvão e gás vêm dando lugar à energia eólica, solar e hidráulica. Segundo estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), houve aumento de 13% na geração de energia alternativa no último ano.
O dado se refere ao Ambiente de
Comercialização Livre (ACL), segmento onde se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica. Para entrar nesse mercado, a demanda do consumidor tem de ser maior que 500 kW, o que engloba, geralmente, indústrias, comércios e grandes condomínios residenciais. A energia eólica representa 43% do mercado livre de energia, enquanto a biomassa chega a 67% e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), 45%. Aproximadamente 39% do consumo do ACL vêm de fontes renováveis.
"Isso mostra a importância do setor para a
formação de uma matriz limpa de energia, que é mais barata e vantajosa", explica Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel. Para Reginaldo, se o mercado livre de energia fosse disponibilizado a toda população, os avanços em relação a sustentabilidade seriam muito maiores. "O consumidor precisa ter o direito de escolher de onde vai comprar energia", defende. Dados da ACL indicam que nos últimos 15 anos 5.544 agentes obtiveram uma economia média de 23%.
Em setembro, o Ministério de Minas e
Energia autorizou a instalação de 25 usinas de energia limpa no País, já leiloadas: 14 solares, oito eólicas, duas hidrelétricas e uma termelétrica de biomassa de bagaço de cana. "Vão conferir maior robustez, segurança e preço justo na distribuição", afirmou o ministro Moreira Franco. Em junho, as fontes de energia limpa representaram 81,9% da capacidade instalada no Brasil e 87,8% da produção total verificada.
O BNDES anunciou R$ 2,2 bilhões para
financiamento de empresas e pessoas físicas que queiram investir em energia renovável. Os consumidores vão poder financiar até 100% na compra de equipamentos de placas voltaicas e geradores a biogás, com prazo de pagamento de até 120 meses e carência de 24 meses.
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renováveis
Fonte solar fotovoltaica é nova aposta para expandir mercado livre com 2GW negociados este ano
A solar fotovoltaica é a mais nova aposta brasileira para
expandir o mercado livre de energia. A competitividade da fonte é vista pelas comercializadoras como estratégia de crescimento dos negócios no Ambiente de Contratação Livre (ACL). O tema foi debatido durante encontro promovido pela Absolar e Abraceel em São Paulo com agentes do setor elétrico e autoridades de Governo, entre eles o Ministério de Energia Elétrica (MME), o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Na ocasião, foram debatidas questões como contratos (PPAs)
no ACL, propostas de isonomia entre os ambientes regulados e livre e novos modelos regulatórios que permitam a expansão da fonte solar fotovoltaica do próprio ambiente de negócios no mercado livre.
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o País deve fechar o ano com cerca de 2 mil megawatts da fonte solar fotovoltaica negociados no mercado livre de energia. Para o CEO da entidade, Dr. Rodrigo Sauaia, o preço da solar fotovoltaica negociado no último leilão de energia nova, em abril deste ano passado, a R$ 118,07 o MWh, pode ser considerado um divisor de águas para a fonte no Ambiente de Contratação Livre.
“O fato de a solar fotovoltaica ter vendido energia elétrica a
preços inferiores aos praticados por outras renováveis, como CGHs, PCHs e biomassa, sinalizou a competitividade da fonte para ser negociada pelas comercializadoras no ACL”, comenta. “Este ganho de competitividade é fruto da redução de preços dos equipamentos, recuperação da moeda brasileira frente ao dólar e acirrada competição entre os empreendedores”, acrescenta Sauaia.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR,
Ronaldo Koloszuk, avisa que a entidade tem recomendado algumas propostas prioritárias no sentido de consolidar a fonte solar fotovoltaica no mercado livre. “Entre elas, estruturação financeira adequada, implantação de projetos, conexão com rede básica e regras claras de comercialização”, aponta.
Já o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores
de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, lembra, todavia, que a entrada do chamado “preço-horário” no sistema de cálculo do setor elétrico, previsto para 2020, será um avanço regulatório para o País. “Certamente, a entrada em vigor do ‘preço-horário’ vai favorecer ainda mais a fonte solar fotovoltaica no mercado livre de energia”, comenta. “Nossa perspectiva é que a solar fotovoltaica será, em pouco tempo, fator determinante para a expansão da oferta em todo o Ambiente de Contratação Livre”, completou.
Notícias
Energia solar fotovoltaica
Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho da ABSOLAR.
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Rodrigo Sauaia é presidente executivo da ABSOLAR.
Markus Vlasits é Coordenador da Força-Tarefa de Armazenamento da ABSOLAR
Armazenamento da energia solar fotovoltaica: a nova fronteira entre 2010 e 2018, sendo a
geração solar fotovoltaica
baterias, lembramos de
segunda tecnologia que mais
e armazenamento. Para os
Brasileira de Energia Solar
dispositivos eletroeletrônicos
se barateou no setor elétrico
consumidores conectados
Fotovoltaica (ABSOLAR) e
ou de veículos elétricos. Porém,
mundial, atrás apenas da solar
à rede, em áreas urbanas e
o setor solar fotovoltaico, o
outros usos de baterias crescem
fotovoltaica, com redução de
rurais, que reclamam das
armazenamento competitivo
rapidamente no mundo.
83% no mesmo período.
interrupções ou instabilidades
é tema de grande interesse:
no fornecimento de eletricidade,
ele proporcionará mais valor
Quando pensamos em
Nos Estados Unidos há mais
O barateamento das baterias
Para a Associação
de 800 MWh em bancos de
continuará firme nos próximos
as baterias serão parte da
e novas funcionalidades aos
baterias “estacionárias”, ou seja,
anos, aproximando a tecnologia
solução. Adicionalmente, muitos
sistemas solares fotovoltaicos,
instaladas na infraestrutura
do mercado. Para dispositivos
consumidores em média tensão,
trazendo aos consumidores
da matriz elétrica ou em
eletroeletrônicos e na
especialmente nas regiões
maior liberdade e autonomia,
consumidores. As baterias
mobilidade elétrica, a tecnologia
Norte e Nordeste, pagam tarifas
e contribuindo para ampliar
estacionárias são usadas para
de íons de lítio tem sido a mais
elevadíssimas no horário ponta
a participação da fonte
regular e melhorar a frequência
indicada, pela maior densidade
e as baterias ajudarão a reduzir
solar fotovoltaica na matriz
e tensão da rede elétrica,
elétrica em comparação com
estes custos.
elétrica brasileira. Com isso,
para “arbitrar” o consumo em
as opções disponíveis. Já para o
ofereceremos novos serviços
horários de ponta e fora-ponta
uso estacionário existem boas
um ativo valioso para as
e opções, como uma gestão
e para proteger consumidores
alternativas, com vantagens
distribuidoras: além de melhorar
precisa da geração e do
contra surtos e falhas de
importantes. Uma delas, por
a qualidade do fornecimento
consumo locais, a criação de
fornecimento. Tais usos
exemplo, é a bateria de fluxo
de energia elétrica, o
microrredes e comunidades
deverão crescer fortemente,
de ferro que, apesar da menor
armazenamento permite
de compartilhamento e
contribuindo para acelerar
densidade elétrica, é mais
a expansão mais eficiente
armazenamento da geração
a transição de geradores
resistente à degradação, não
das redes de distribuição,
solar fotovoltaica, e o aumento
baseados em fontes fósseis,
é inflamável e não contêm
aliviando os picos de demanda
do poder de decisão do
poluidoras e mais caras para
materiais escassos ou de alta
em momentos de consumo
consumidor, usando a rede
fontes renováveis, limpas e mais
toxicidade em sua composição.
elevado. Em 2017, a ANEEL
elétrica quando for vantajoso e
Baterias também serão
aprovou 23 projetos de P&D de
protegendo os consumidores de
de geração variável.
E o que esperar do
armazenamento por meio da
custos elevadados.
armazenamento no Brasil?
Chamada de P&D Estratégico nº
21/2016, atualmente em fase
solar fotovoltaica, cada vez mais
de implantação. Adicionalmente,
competitivas, seguirão juntas,
competitivas, porém com perfil Um fator decisivo para o
avanço do armazenamento de Baterias cada vez mais
Armazenamento e energia
energia elétrica é a redução dos
custos das baterias. Segundo a
baratas acelerarão a substituição
estão sendo desenvolvidos os
abrindo as portas para novas
Bloomberg New Energy Finance,
de geradores a diesel, caros,
primeiros projetos comerciais no
oportunidades de negócio e de
o preço de baterias de íons de
poluentes e barulhentos, por
Brasil, em regiões como Goiás,
crescimento no setor elétrico
lítio despencou mais de 75%
sistemas híbridos combinando
Pernambuco e Minas Gerais.
brasileiro.
Energia Eólica
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Elbia Gannoum é presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
O Brasil acaba de ultrapassar
bilhões), representando 58%
a expressiva marca de 14 GW de
dos investimentos realizados em
capacidade instalada de energia
renováveis no País (eólica, solar,
eólica. Já são 14,34 GW de
biomassa, biocombustíveis e
capacidade instalada em 568
resíduos, PCH e outros).
parques eólicos e mais de 7.000
aerogeradores em 12 Estados.
chegando a atender quase
Para comparação, podemos, por
14% do Sistema Interligado
exemplo, citar que esta é a mesma
Nacional – SIN, de acordo com
capacidade instalada de Itaipu, a
o último Boletim Mensal de
maior usina hidrelétrica do Brasil.
Dados do ONS, referente ao
mês de setembro e que mostra
A fonte eólica tem mostrado
A energia eólica já está
Minas e Energia Crédito: Portal Brasil
Já temos mais de uma Itaipu de eólicas
um crescimento consistente,
que, no dia 19 de setembro,
passando de menos de 1 GW em
uma quarta-feira, a energia
2011 para os 14 GW de agora,
eólica chegou ao percentual
completamente conectados à
de 13,98% de atendimento
rede de transmissão. Em média,
recorde do SIN. No caso
a energia gerada por estas eólicas
específico do Nordeste, os
médios. A produção elevou a
matriz tem a admirável qualidade
equivale atualmente ao consumo
recordes de atendimentos a
representatividade da fonte, em
de ser diversificada e assim deve
residencial médio de cerca de
carga já ultrapassam 70%. Nos
relação a toda energia gerada no
continuar. Cada fonte tem seus
26 milhões de habitações (80
primeiros oito meses do ano de
período pelas usinas do Sistema,
méritos e precisamos de todas.
milhões de pessoas).
2018, as eólicas geraram uma
para 11,5% em 2018.
É preciso que isso fique claro.
Do lado da energia eólica, o que
quantidade de energia 19%
o Brasil passou do 15º lugar no
superior ao gerado no mesmo
mais 4,46 GW em 186 novos
podemos dizer é que a escolha
Ranking de Capacidade Instalada
período do ano passado, de
parques eólicos, levando o
de sua contratação faz sentido
de energia eólica em 2012 para
acordo com dados consolidados
setor à marca de 18,80 GW,
do ponto de vista técnico, social,
a 8ª posição no ano passado,
do boletim InfoMercado mensal
considerando apenas leilões já
ambiental e econômico, já que
segundo o Global Wind Energy
da Câmara de Comercialização
realizados e contratos firmados
tem sido a mais competitiva
Council. Também é importante
de Energia Elétrica (CCEE). A
no mercado livre. Com novos
nos últimos leilões. Além disso,
mencionar que, no ano passado,
CCEE também informou que,
leilões, estes montantes
acreditamos ser uma escolha
a Bloomberg New Energy
durante o mês de agosto, as
se elevarão. Sobre novas
lúcida quando se tem ideais de
Finance estimou o investimento
usinas eólicas registraram a
contratações e sobre o futuro
uma sociedade mais justa e de
do setor eólico no Brasil em
maior produção de energia da
da energia eólica, acho sempre
um futuro mais sustentável e de
US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4
história ao alcançar 7.017 MW
importante explicar que nossa
respeito à natureza.
Gosto sempre de lembrar que
Até 2024, serão instalados
Conex 1