Banda
Entrevista + pôster da banda O Homem Amarelo
Sinewave Festival
Conheça o tipo de som desse festival e saiba tudo o que rolou por lá
PA RA FU SO
Aquilo que faltava pra sua cabeça
#03 MAR/A
2011 BR
Profissões Conheça os mundos da engenharia industrial madeireira, da música, da terapia ocupacional e da engenharia mecânica
Minha Adolescência
Tudo o que essa DJ Lena aprontava na adolescência; sua relação com a família; as dicas pra juventude de hoje e um depoimento Quando a perseguição, as brincadeiras que humilham e a imperdível sobre violência fogem do controle, é sinal de que já se foi longe demais. o seu livro Conheça histórias de quem sofreu bullying, os problemas que ainda enfrentam e como estão tentando superar essa agressão
BULLYING
Aluno nota 10
Entrevistamos o cara que tirou a maior nota no Enem. E ele te dá dicas de como conciliar estudos e lazer
Cotas Raciais
A psicóloga Michely convida para um novo olhar diante desse assunto
E mais: A primeira ida ao ginecologista | Tamanho é documento? | #fica dica | Fala Garot@
02
editorial
PARA FU SO Vamos falar de PARAFUSO amig@s Parafuso, escola, e futuro REDAÇÃO Diego Silva (@diegohsilva) ediegohenrique@hotmail.com
@dilairqueiroz Agora já era! A Parafuso chegou com tudo e tá conquistando espaço entre a galera. Essa é nossa terceira edição e a cada mês buscamos fazer o melhor pra informar e divertir você. Esse é um dos nossos compromisssos! Neste mês, a galera já está a todo o vapor, continuando a seguir em frente em mais um ano de descobertas e desafios neste lugar que tem um papel super importante nas nossas vidas: a escola. É na escola que a gente começa a responder os inúmeros por quês que confundem nossas cabeças desde crianças. E é lá que, aos poucos, vamos dando forma ao nosso futuro, aprendendo coisas que faz a gente entender melhor o mundo em que vivemos. Mas escola também
é diversão! Quem aí não conheceu seus melhores amigos numa sala de aula? Não é massa ver eles praticademte todos os dias? Ficar conversando, fazer os trabalhos em grupo, contar com a ajuda deles quando não tá indo bem em química e ouvir eles reclamarem como português é difícil? Então, estudar é isso! Uma mistura de esforço e diversão. E pra quem não curte muito estudar, a Parafuso deixa o recado: se você acha isso chato, pense que está perdendo uma grande oportunidade de construir um futuro legal. Já pensou quando você for fazer vestibular pro curso dos seus sonhos e não passar porque não sabia uma questão simples de biologia ou história? Então, será que não vale mais se esforçar agora do que se arrepender depois? #ficadica A equipe da Revista Parafuso vai compartilhar sua experiência num congresso científico! Que nerd, né? hasuhaushuhaus Dentro do maior evento acadêmico de comunicação do sul do país, o Intercom Sul, também rola uma mostra competitiva. E é nessa Mostra, chamada de Expocom Sul, que vamos mostrar um pouco das nossas práticas com a revista. Nossa revista também foi inscrita no 16º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense. Contamos com você pra cruzar os dedos e torcer pela vitória da gente =] Boa energias, galera!!!
Dilair Queiroz (@dilairqueiroz) dilairqueiroz@hotmail.com
Dilcélia Queiroz (@dilceliaqueiroz) dilceliabueno@gmail.com Nathalia Cavalcante (@cmnathalia) nathalia.jornal@gmail.com ORIENTAÇÃO Elza Aparecida de Oliveira Filha Parafuso na Web revistaparafuso.blogspot.com
@revistaparafuso Revista Parafuso revistaparafuso@hotmail.com
Piás e Gurias
Pra gente vocês tem o mesmo valor!
@
Nada de ficar privilegiando só os homens. Aqui, as mulheres tem o mesmo valor! É por isso que, quando a gente usar o símbolo arroba (@) é pra vocês imaginarem tanto a letra A, quanto a letra O. Entenderam menin@s ?
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Eu
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LEIO
a Parafuso >>> euleioaparafuso@gmail.com
@RevistaParafuso Muito bem produzida, diagramada e c/ excelentes entrevistas, aliás gostei muito da realizada com o rapper MV Bill, Parabéns. >>> @leonardoterra
@RevistaParafuso Parabéns pelo trabalho, pessoal! >>> @AndrePiegel
@RevistaParafuso Excelente trabalho de vcs com a publicação,excelentes matérias que informam de forma consciente o mundo jovem. >>> @danheberle
@RevistaParafuso Parabéns!!!! Está ótima a revista (= >>> @sulorianny
@RevistaParafuso eeeuu Vii e adoreii ta legal mesmoo Parabéns *-* >>> @TainaMuraro
@RevistaParafuso Tá beem legaal , adoreii *--* Estão de parabéns , já sou fã =D >>>@MandyBettega
@RevistaParafuso manda o pdf pra mim? em alguns trechos, chorei... beijo carinhoso pra vcs. >>> @elenitaaah
@RevistaParafuso Melhor do que a primeira! Vocês estão “impossíveis”. Muito bom! :D >>> @diegosarza
Super #INDICO @ RevistaParafuso uma revista mt mt mt massa vale a pena conferir ! >>> @JeanTorress
Fãzoca do MV Bill
grande fã dele. Admirei a estrutura da reportagem, Olá, meu nome é Ana Ca- colocando a palavra de rolina Lopes, sou de SP, um sociólogo explicando amiga de Rodrigo dos Reis, e reforçando a ideia já e mando esse e-mail para explicada em músicas e parabenizar pela matéria do entrevistas do MV BILL. MV BILL, fora que sou uma Parabéns! Tudo de bom : )
@RevistaParafuso A revista está ótima! Parabéns mesmo! >>> @Pahwerner
@RevistaParafuso estamos lendo aqui... Nossa, muito legal! Parabéns!!! @Le_ite <<<
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A cara da galera Nossa, ficou ÓTIMA *-* Gostei muito, ficou muito a cara da galera de hoje em dia! O design ficou super legal, prendeu bastante a atenção. Adoro os detalhes super despojados. AMEI. Lummy Caroline Fernandes, 17 anos
@RevistaParafuso Wow, muito boa a segunda edição! A diagramação da matéria do MV Bill ficou muito boa >>>@RobertoHammer
Vocês tem uma paginação interessante, gostei de certas páginas mas por vezes vocês exageram na quantidade de informação visual, no tanto contraste das cores juntamente com vários elementos gráficos, mas no geral a revista esta um bom trabalho. Parabéns! E continuem com a vossa revista! Abraço >>> Filipe Silvério, Lisboa - Portugal Criada em 2010 na disciplina de Projetos e Tecnologia, do Curso Design de Comunicação da na Escola Secundária Artística António Arroio. Conheça a revista do Filipe em http://issuu. com/filipeetc
Quem procura, acha! Sou uma daquelas pessoas que ficam fuçando páginas e textos interessantes na internet. Esses dias eu estava louco para ler algo interessante, não sei como e nem onde encontrei essa @RevistaParafuso, pois quando começo a vasculhar as páginas encontro várias coisas, só não sei onde foi o ponto de partida. Enfim, encontrei e comecei a ler e verdadeiramente fiquei apaixonado pela revista ONLINE. A
primeira coisa que me chamou muito a atenção é o design *-* enfim, adorei demais essa revista. Como eu disse e eles colaram na revista: arrasem, esse projeto tem tudo para dar certo. Anderson Trindade (@ smash_decode), via Fotolog - De algum lugar de São Paulo [seria Carapicuíba?]
@raphaelmoroz @RevistaParafuso Está muito boa a revista! Parabéns!
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#ficadica Por: Dilair Queiroz | Fotos: Nathalia Cavalcante
Passeio Cult
ue anos | “Acho q 17 , ro ei ur Lo li a Nath fui aos museus. Só ir é a ic d a o b uma r, mas Oscar Niemeye u e us M o a z ve uma r ao bém gosto de vi m ta E . to ui m i e gost aqui.” tem mais jovens ri, he c a c Ba ue Parq
^
Em panico! Marcos Vinicius, 17 anos | “Eu assisto bastante ao programa “Pânic o na TV”. É muito engraçado. Gosto dos personagens deles, porque são bem feitos. ”
LUIZ BOCIAN
s? Ela ama o Chri
| “Eu uski, 15 anos Luisa Vicicho eia o o Mundo Od d o ‘T rie sé a gosto d , mas ue é ridículo q i se u e , Tá Chris’. is pra ertido. É ma iv d o h c a , o eu gost po mesmo”. passar o tem
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E a pro´ xima sessao vai ser...
ão vai ser... E a próxima sess to 16 anos | Eu cur Tuyse Samara, refiro uer tipo, mas p ver filmes. Qualq sso ntica e terror. Po comédia româ s ncia dos “Jogo indicar a sequê uito medo! Mortais”! Dá m
Pura diversa~ o
Luan Luiz, 18 ano
s | “Vou indica r uns esportes aí pra galera. Eu gost o de jogar futebol e andar de skate com os amigos. É a melhor diversão ”.
Muito fofo Na tela Caroline Russi, 16 anos | “Bem, tem o Museu Egípcio e Rosacruz. É interessante, eu acho. Tem uma múmia de verdade lá”. Joel Pereira Farias, 18 anos | “Eu gosto de filmes de ação. Um filme que vi esses dias e achei massa foi o ‘Jonah Hex – O caçador de recompensas’. O cara fala com os mortos, achei isso muito louco”.
Fabiana Vicichouski, 17 anos | “Eu gosto do filme ‘As Crônicas de Nárnia’, acho bonitinho. Não que eu ame, mas quando passa na TV eu assisto. Eu gosto do leão.”
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fala garot@ a enquete nova feita com você! , um
A cada edição
] a i e d o u o [ a m a + ê c o v e u q O ? s a l u a e d o d no perío o Henrique | Fo
Entrevistas: Dieg
lcante
: Nathalia Cava
| Transcrição tos: Diego Silva
+NOVIDADES r os Eu gosto de reve er ec nh co e amigos no va no e nt ge s ai m de colégio. Gosto o, nd sa er nv co ar fic -furado batendo papoAmabilly | no intervalo. anos, Kofanovski, 13 estudante O FUTURO +EM DIA COM o tempo ar ss pa Eu gosto mais de igos na escola. a com os meus am am nas férias pra. di Saber o que fizer em s dade colocar as noviguês, de saber rtu po de o st Eu go s palavras. Meu o significado daiança é ser juíza. sonho desde cr drigues, 13 anos, Larissa Ro estagiária
+O ARTISTA Gosto de fazer novos amigos, conhecer gente nova. Não tenho preferência pra material, escolho qualquer um. Gosto mais de artes. Eu desenho bem. Douglas Henrique Javorski, 14 e anos, estudant
09 +ANO NOVO você É bom porque série passa de uma sto pra outra. Eu go vos de conhecer nontrar amigos, reenco os, os amigos antig er além de conhec res. novos professo e qu ia ér A mat é eu vou melhor a. ic át matem iffer Cristofer Luis Che, os an 15 z, da Cru estudante
À SORVETERIA +DA PAPELARIAe gosto de comprar Eu fico ansiosa Eu gosto de ir pra aula meus materiais. igos. Não gosto de pra ver meus amsou boa aluna. Gosto estudar, mas euia com meus amigos. de ir à sorveter ski, 12 anos, estudante Amanda Kilaro PO +SEGUNDO TEM os, ig am s eu m r ve Gosto de re jo. po que não ve porque faz tem e saio com eles. ite Eu estudo à no frente da escola e na os os Nós ficam Às vezes, faltam jogamos bola. r bola, também. pra joga , garçom Nunes, 16 anos o dr Pe João
TICA +CONTRA A CRÍA ÍD RU ST ue DESCON eu colégio, porq Não gosto do m o”. E, tipo, eu sou é cheio de “man e e todo mundo a única diferent eu sou excluída me odeia. Cara, ado?! Sabe, do colégio, tá liga sozinho? É muito quando você ficpessoas não curtem engraçado. As es nem conversam o meu estilo, el sou legal ou não, pra saber se eu o pessoas que, ecer e já criticam. Sã iticam sem conh geralmente, cr colégio não é tão os outros. E meufuma maconha bom. A galera faz nada, é meio e o diretor não complicado. , 18 anos, Lilian dos Santos estudante
+NOVOS ASSUNTOS Gosto de reencontrar os amigos, conversar, interagir. Nós vamos à sorveteria, sempre. Juliana Kilaroski, 15 anos, estudante
10 CIOLÓGICA +DIVERSÃO SO ite, então, eu gosto no à Eu estudo ndo bastante. Eu porque eu apre do de algumas nte gosto do conteú ser à noite a ge matérias. E, porbem divertido! Já sai bastante. É é bem legal! Meus emenda e sai, bons. Eu adoro professores são o de estudar a sociologia, gost isar. sociedade, analle, 17 anos, auxiliar Amanda Nitche administrativo ZONTE +ALÉM DO HORIporque s, la au ltar às Eu gosto de vo eu voltar, antes vou s te an to an o qu futuro. e antes vou pro passar de ano mpenho é melhor em Meu dese geografia. dante n, 12 anos, estu Srystyan Crystya AS TAREFAS +E QUE VENHAMé conhecer O mais bacana os professores novos amigos e são. Gosto de para ver como, pesquisar, sair fazer trabalhos onte de coisas pra fazer um maté me distrair. sobre a aula e Ayres Tovar, 14 Vitória Edwigese anos, estudant
R +A TODO VAPO . os ig ltar a ver os am Eu gosto de vo o agitado, ter coisa an o s Começar beça. Nas féria i va pra ocupar a ca o nã em , pra qu é meio parado sto de escolher os go Eu a. ai pr à o, não. não tô mais nisstagiária as m is, ia er at m 16 anos, es Yasmin Bassetti,
NÇÕES +CHEIO DE INTEamigos, os Gosto de rever educação jogar futebol, demeninas. As física e de ver as são bonitas. meninas z, 14 anos, Otson Felipe Cru estudante
S +ENTRE AMIGO emática e português. Em at m de o st r melhor e Eu go aprende a fala e. português vocêmaioria dos trabalhos, te exig s a eu m a, ic ro át efi pr em eu mat mais, res são chatos, Alguns professoersando com eles eu aprendo nv co e os ig am dante assim comigo. pelo menos, é Cheiffer da Cruz, 13 anos, estu Yeverly Jessica
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sem
Estudando mistérios Conheça as dicas do cara que tirou a melhor nota do Brasil no Enem 2009. A prova valia dez e ele tirou nove!
bre a o s o c u o p m eite fala u mília, L i fa in a n d a F ia e c u n q â Henri s, a import o d u t s e e d redação a o b a m sua rotina u r iso pra faze de bom e de c re p é e u q o que tem a h c a le e e e o qu sileira. ra b o ã ç a c u ruim na ed rquivo Silva | Fotos: A o g ie D : ta is Entrev
Pessoal
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O Henrique disse que vai até lançar um livro sobre a importância dos estudos, além de dar um monte de dicas valiosas
Em sua opinião, qual deve ser o perfil do bom estudante? Se definimos bom estudante como aquele que tira boas notas, não há um perfil específico. Basta que o aluno dedique tempo suficiente de sua rotina para o estudo e seja disciplinado no cumprimento de suas tarefas. Para mim, porém, ser um bom estudante é muito mais que apenas tirar boas notas. O bom estudante é aquele aluno que está comprometido com os valores éticos e com seu desenvolvimento pessoal, que sempre mostra-se disposto a ajudar seus colegas e não deixa que seu sucesso o torne arrogante. Traduzindo em ações, ele não cola, procura sempre aprender a matéria (considerando a obtenção de boas notas consequência disso), ajuda seus amigos com dúvidas e não se gaba da sua inteligência a ponte de ser desagradável (embora deva sim ter orgulho dela). Dá pra conciliar estudos com lazer e diversão? Como? Sim e isso é bem mais fácil do que parece. Para se ter idéia, no meu ano de preparação para o vestibular, praticava natação, estudava violão, saía com meus amigos e ainda arranjava tempo de estudar quatro horas diárias. Para isso basta se organizar, ser disciplinado e, principalmente, eficiente. O que ocorre muitas vezes é que as pessoas não sabem como estudar, o que faz com que alunos dedicados acabem estudanto muitas horas diárias (às vezes sete ou oito) para obter um bom desempenho escolar. Estudando de forma tão ineficiente, é claro que não sobra tempo pra mais nada. Além de aprender a estudar, fazer uma tabela com seus horários e seguí-la
à risca poupa muito tempo (quem nunca passou vários minutos pensando: “E agora? O que eu faço?”) Qual foi a importância da sua família em relação aos seus estudos? Em quê ela mais te ajudou durante a sua vida escolar? Minha família foi fundamental para meu bom desempenho. Se eu fosse listar todos os aspectos em que eles me ajudaram, provavelmente seria necessário escrever outro livro, mas dois fatores foram muito importantes: incentivo e auxílio. Sempre fui incentivado a ler, estudar e procurar descobrir coisas que não sabia. Graças a isso, desenvolvi uma boa capacidade de interpretação, aquisição de novas informações e senso crítico. É claro que nem sempre as coisas eram fáceis, mas quando não conseguia superar algum desafio minha família sempre estava lá para ajudar. Qual a lembrança mais forte que você tem de si na época em que estava no ensino médio? Tenho muitas lembranças, a maioria delas muito boa, mas nenhuma que queira destacar. De forma geral, como foi a sua rotina de estudos no ano em que prestou o Enem? Quatro horas de estudo de segunda a sexta desde que as aulas começaram até um dia antes do vestibular do ITA. O estudo era centrado na resolução de exercícios e inicialmente não muito metódico. Com o tempo, desenvolvi um método de estudos muito eficiente, que está detalhado em meu livro.
IRMÃ
PAIZÃO MÃE
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Quais as dicas que você dá pra quem quer ter um bom resultado no Enem? No livro que escrevi, há alguns capítulos que tratam especificamente do Enem, com dicas para se preparar para a prova e sobre como resolvê-la de forma eficiente. No entanto, a chave para um bom resultado no Enem é simples: ter um bom conhecimento de todas as matérias do ensino médio, mas sem se aprofundar em nenhuma delas. Ou seja, se o aluno souber razoavelmente bem aquilo que seria ensinado em uma escola de dificuldade mediana, terá um bom desempenho, enquanto um aluno que entenda tudo de matemática, inclusive assuntos muito complexos, mas que tem dificuldades em história, pode ter um desempenho bem pior. Em sua opinião, o que não pode faltar para se fazer uma boa redação? Por quê? Isso depende da redação. No caso da dissertação, um dos tipos mais comuns de redação, é imprescindível que o estudante leia muitos artigos de opinião. Se considerarmos que os dois principais desafios quando se escreve uma dissertação são ter uma opinião bem embasada sobre o tema e saber como escrever essa opinião com a formalidade necessária, fica evidente a importância desse tipo de leitura. Lendo artigos é possível formar uma opinião sólida e ainda aprender como defendêla com bons argumentos. Em sua opinião, o que a educação no Brasil tem de melhor? E o que é pior? Como sempre estudei em colégios considerados bons, não sei até que ponto
GALERA !!!
minha resposta reflete a realidade daqueles menos privilegiados, mas acredito que a educação brasileira tem um ponto muito positivo: o estudo de filosofia e sociologia. O estudo dessas matérias induz os jovens a pensar sobre a realidade que os cerca, algo fundamental para a criação de uma sociedade mais crítica e ativa, tão necessária para o nosso país. No entanto, há muitos problemas com a educação, dos quais destaco a péssima qualidade do ensino público, que prejudica a todos: prejudica o rico, tem que pagar duas vezes -impostos e mensalidade- para providenciar uma educação de qualidade para seu filho e também o pobre, que paga apenas uma vez mas não recebe aquilo pelo que pagou. O que você faz da vida hoje? E quais são os seus planos para o futuro? Hoje estudo engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, em São Paulo. Como comecei o curso há pouco tempo, ainda não sei o que quero para o futuro (além, é claro, de me formar), mas gostaria de trabalhar com algo que envolvesse química e aviação, duas das coisas que mais gosto. P
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ARQUIVO PESSOAL
Um papo sobre
cotas e
determinação
Suas dúvidas surgiram quando ingressou pelo sistema de cotas raciais na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Logo no primeiro dia de aula, a faixa de boas-vindas aos alunos cotistas foi uma confirmação de que a partir daquele momento, teria seu lugar garantido no ensino superior. Michely Ribeiro da Silva, de 23 anos, hoje já está formada em Psicologia e é engajada em diversos movimentos sociais, mas lembra que esse início de faculdade a fez começar a refletir sobre a questão do negro na sociedade. Como você começou a se preocupar com as questões raciais? Depois que entrei na universidade através da política afirmativa de cota, vi que havia muitas perguntas das quais eu não sabia a resposta. Mas as pessoas cobravam que eu, enquan-
to negra, tivesse respostas para tais questões. A partir de minhas reflexões em sala de aula, comecei a compreender porque até então tive apenas um professor negro, porque queriam que eu alisasse meu cabelo, porque nas novelas os negros tinham sempre o papel de empregado, vilão ou pobre, porque sempre que tinha uma discussão com um colega ele rebatia com ofensas raciais. Vi que essas coisas tinham um motivo. Você ingressou na UFPR no primeiro ano de implantação das cotas raciais. O que esse programa significou pra você e como ele era visto pelas outras pessoas? ARQUIVO PE
SSOAL/ MICH
ELY
17 ARQUIVO PESSOAL/ MICHELY
Eu conversava com meus colegas cotistas que essa mudança não só nos afetou, nos dando essa oportunidade, como também afetou nossas famílias. Irmãos, tios, amigos que passaram a ver uma nova oportunidade de futuro. Alguns voltaram a estudar, pensaram em fazer um curso técnico, outros pensaram direto na universidade também, e ainda aqueles que simplesmente viram o que não esperavam acontecer: uma pessoa próxima em uma universidade pública. Foram mudanças para além dos nossos lares. E isso dava um sentimento de que é possível. É possível para nós, mas tem que ser possível para outros também. Já a maioria das pessoas e a mídia veiculavam informações de que as cotas eram um erro, que trariam preconceito para a sociedade que vivia ‘harmoniosamente’.
Qual foi o maior desafio em desenvolver ações voltadas para a valorização da cultura e da etnia negra em uma sociedade repleta de estereótipos? No início eu sentia dificuldade porque não tinha muito conhecimento sobre o tema e nem sabia aonde buscar. Atualmente, eu sinto isso com relação às outras pessoas. Esse desconhecimento do assunto leva ao preconceito e, inicialmente, foi muito ruim sentir os olhares de desprezo e descrédito sobre o que falávamos. E muitos verbalizavam “essas coisas de negro não me interessam”. A partir disso, também considero que a falta de vontade das pessoas dificulta nosso trabalho, pois elas não se interessam em compreender outra realidade além da sua. Nesse sentido, temos que entender que para o preconceito racial acabar, precisamos da ação de todos, negros e brancos.
A partir de então, quais foram seus principais envolvimentos com projetos de tema racial? Logo que ingressei na universidade participei de um projeto chamado Brasil AfroAtitude, que disria das o i a m A cutia a questão da mulher negra na ea sociedade e tratava também o lado pessoas histórico dessa discussão. Logo deiculavam e v a i d í m pois, ingressei na Rede Mulheres Neões gras, à qual sou ligada até hoje. Lá eu informaç otas desenvolvia atividades voltadas pra sc de que a ro, saúde e juventude negras. Na Secreer taria Especial para Assuntos Estratégieram um cos (Seae - PR) desenvolvi ações voltaam que trari das pra prevenção de doenças e direitos to para i e c n o c humanos. Atualmente, também acome pr panho a Rede Nacional de Controle Soiedade c o s a cial e Saúde da População Negra, a Rede Lai Lai Apejo e o Fórum Paranaense de que vivia amente’ Juventude Negra. ios ‘harmon iro, 23 anos Ribe Michely
ARQUIVO PESSOAL/ MICHELY
“
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Qual é a sua orientação para os jovens que, de alguma forma, carregam algum tipo de preconceito racial? Um recado aos jovens que, infelizmente, desconhecem a verdadeira história da
“
nando os o ti s e u q e c e Com istas c a r s to n e m ta compor
negritude brasileira é que questionem seus professores e familiares sobre isso. Comece questionando os comportamentos racistas, mas que, principalmente, questione suas atitudes e pense porque você se sente a vontade pra manifestá-lo. Esse exercício já é de grande valia para o debate racial. Enquanto tivermos pessoas, principalmente jovens, questionando o que está determinado, temos possibilidades reais de mudar a realidade. E para aqueles jovens que são vítimas dessa discriminação? Para os jovens negros e negras peço que acreditem que um mundo sem preconceito e discriminação é possível, desde que cada um faça sua parte. Também é importante ter informações para, sem prepotência, dialogar com as pessoas que não tem argumentos pra basear seus conceitos. Além disso, temos que denunciar, lutar por nossos direitos, sem esquecer que o direito a informação é um deles. E recomendo realizar um exercício diário de se olhar no espelho e visualizar a pessoa que você realmente é e não deixar que seus sonhos lhe sejam negados devido a preconceito e discriminação. P
ARQUIVO PESSOAL/ MICHELY
Qual a importância e a gratificação do trabalho desenvolvido nessa área? O trabalho desenvolvido pelas organizações de discussão racial de matriz africana é de extrema importância, principalmente no Paraná devido a ampla colonização europeia. O trabalho dessas organizações promove a resistência e a dignidade de uma população que ainda se encontra à margem da sociedade. Isso é gratificante, porque, se hoje os negros tem uma melhor visibilidade social, deve-se muito à essas instituições que trabalham e brigam para que os direitos humanos sejam respeitados.
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BULLYING: o medo que marca Texto e fotos Dilair Queiroz
ofreu Você játispo de algum na escola? re ag ssão agrediu? Pior, já c lega algum eor porque Quer savbiolência essa nsformar a pode trlm ente sua a ic rad escubra vida? Do ag ra!
Ela tinha um estilo diferente. Usava o cabelo curto, com franja. As roupas eram mais largas, sempre acompanhadas de um boné. Seu comportamento e jeito de falar também eram diferentes. Ela tinha um visual alternativo e nunca achou que isso fosse motivo de vergonha. Mas, assim que mudou pra uma nova escola, Ana Claudia Bussolo, de 14 anos, começou a ser perseguida pelos outros colegas. O motivo? Ela era skatista. Quando Ana Claudia estava na 6ª série teve que mudar com seus pais pra outra cidade. A menina começou a estudar em um novo colégio e desde o primeiro dia de aula seus novos colegas começaram a persegui-la por causa de seu estilo diferente. “Eu não conhecia ninguém nesse colégio, era tipo a novata do lugar. Daí, por eu ter um jeito diferente, os caras acharam que eu era tipo um brinquedo pra eles se divertirem. Zoavam meu cabelo, minhas roupas, o jeito que eu falava”, conta. Isso que aconteceu com a Ana é um tipo muito grave de violência e tem o nome de bullying. Esse termo vem da
palavra em inglês bully, que quer dizer valentão. Apesar de ser um conceito recente, o bullying é uma situação comum nas escolas. Qualquer tipo de agressão física ou verbal, feitas diversas vezes contra a mesma pessoa deve ser considerada bullying. Por exemplo, sabe aquele ‘nerd’ da sua sala que todo dia é zoado? Aquela menina gordinha que todo mundo xinga? Ou aquela mais tímida que todos provocam? Então, todos eles sofrem bullying. O que você pode achar que é apenas uma brincadeira, na real pode ser muito mais sério. Se você nunca passou por isso na escola, tente imaginar como seria. Imagine se vários alunos de repente começassem a rir de você, a te xingar e ameaçar, te forçar a fazer coisas que não quer, a roubar seus materiais ou até mesmo te bater. Seria terrível, né? Você se sentiria rejeitado, excluído, teria raiva e medo. Foi assim que Ana Claudia se sentiu. O pessoal da sala dela começou a espalhar que ela era lésbica por causa de seu visual mais largado. “Eles falavam que eu parecia um piá por causa do meu cabelo e por eu andar de skate. Teve um dia que me intimaram uma menina, disseram que eu queria ficar com ela, todo mundo ficou rindo. Naquele dia eu voltei pra casa chorando de raiva. Depois disso eu não queria mais saber de colégio, não queria saber de estudar. Parecia que tava perdendo a vontade de viver” , diz Ana. O bullying é tão sério que pode
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causar muito mal ao aluno. O psicólogo e psicoterapeuta, Leonardo Araújo, explica que essa violência pode deixar marcas profundas na vítima. “Os prejuízos podem aparecer logo ou ainda levar anos para serem sentidos. Inicialmente, o aluno pode ter medo de ir pra escola e se for obrigado a ir, pode ter reações como vômito, dor de cabeça, insônia e até convulsões. Se o bullying acontecer por muito tempo, pode prejudicar o desenvolvimento psicológico da pessoa, tornando-a depressiva, com medo das pessoas, solitária e agressiva. E esses sentimentos podem até levar a pessoa ao suicídio”, explica Araújo. Foi exatamente isso que aconteceu com Ana. Depois de meses sofrendo as mesmas agressões todo dia, ela parou de ir à escola. Ela não contava pra ninguém o que sofria, tinha vergonha de falar que era tão criticada no colégio. Como os pais trabalhavam o dia inteiro, demoraram três meses pra descobrirem que a menina não ia mais à aula. Só então a garota contou tudo a eles. Ana Claudia reprovou a 6ª série por causa dessas agressões, porque não se sentia mais motivada a estu-
u dia mudo u la C a n A i Trauma: ois que fo p e d l a u scola seu vis bica na e s lé e d a apelidad
dar e acabou faltando durante meses. “Eu não entendia por que ela não queria ir pra escola. Demorei pra perceber como ela era humilhada na sala. E agora eu vejo o quanto isso foi ruim pra autoestima dela, até hoje ela tem complexo de ficar se arrumando, passando maquiagem.”, conta Terezinha Maia, mãe de Ana Claudia. Depois disso, a menina voltou a estudar em seu antigo colégio, mas ainda se lembra de tudo que passou. “Faz mais de dois anos que isso aconteceu, mas ainda penso muito nisso. Quando vou sair, fico perguntando se não estou parecendo um piá. Eu mudei o modo de me vestir, o jeito de falar, o comportamento. Eu mudei tudo achando que ia me sentir mais feminina”.
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a c u h c a m e u q a r bri nc a d ei
ssores não ndo a garota, seus profe gu Se e qu ida pelos perigoso é quando ela era agred m va da O que torna o bullying aju einem aí. A de dessas ‘brincad nos. “Eles não estavam alu s tro ou poucos notam a gravida um um ou outro começa xingando sabia o que acontecia, ia ior ma ras’. Aquele aluno que e nt mandaltratá-lo fisicame rtava comigo, mas me po im se até colega, pode passar a ma o bém não mentando porque com o diretor, que tam ar fal m va também. O abuso vai au an bullying) vai ganh fazia nada.” bully (aquele que faz o e ninguém o por parte da esqu a did me à em rag co Essa falta de atenção do mais a Claudia. bém aconteceu com An ciativa. tam la co impede. 16 a tiveram ini inokervicz, de A estudante Ketrin Zv “Meus professores nunc m co a os lor do ndendo, mas nem ia ofe nc Eles viam os piás me anos, teve uma experiê isolada na escola etor me chamava de iu faziam nada. Até o dir isso. Ela sempre se sent , quieta e se inteia que ele não se imsa emo, de NX Zero. Parec porque era mais estudio es, como ler, cano comigo”, reclama nt portava de fazerem aquil ressava por coisas difere órias em quadri(hist a garota. tar e desenhar mangás rede estalégio era assim: co u me o “N ). re Monaro, professor da as es ier on Th nhos jap o nã da que a ese drogas. Se você ensino público, concor de al du ensino fraco, gangues eu as a resolver apanhava. E como da tem muitos problem ain la co fosse como a maioria, a, iet “No caso do bullying gunça e ficava qu pra melhorar o ensino. estudava, não fazia ba da escola. a ajuda de todos, não só iso ec pr é sempre apanhava.” te ento disso colégio duran s fazer um acompanham s pais é mo de Ketrin estudou nesse Po s. ria presença do eram quase diá em sala de aula, mas a anos, então as agressões maram um rumo diz. O psicólogo a”, to lut s ental nessa am nd fu Mas, as ofensas e as surra , dia m concorda que o 12 anos. Certo Leonardo Araújo també trágico quando ela tinha sala de aula, quatrabalhado da a do bullying deve ser lem ob pr quando o professor saiu npa ria família começaram a es escola, quanto na próp tipo de na to tan tro alunos a cercaram e da e fazem esse conseguiu fugir dos alunos que sofrem cá-la. Quando a garota ram rra pu em a e s a família empurra m ze ira ve “Muitas o. sã res ag sala, os meninos a segu do ndo só pra a continuou fugin lema pra escola, deixa ob pr se es duma escada. A menin e mã . Pra acaois disso, minha ão de educar seus filhos nç fu a ela até sair do colégio. “Dep ? se is devem participar sabe o que ele dis barmos com isso, os pa os”, afirma. foi falar com o diretor e ando, tire ela dafilh od melhor da vida de seus ‘Se sua filha está incom a. qui’ ”, relembra a menin
“
não fosse Se você aioria, como a m o a. E com apanhav ava, não eu estud unça fazia bag quieta, e ficava ” panhava sempre a
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r efl exos do medo O bullying é um problema que afeta tanto quem pratica quanto quem é vítima. Os dois lados são prejudicados. Para o psicólogo Leonardo Araújo, o bully é sempre aquele aluno popular, forte, que de alguma forma tem uma família desestruturada e busca nesse tipo de violência um meio de se afirmar entre os colegas. “É um jovem que tem carências dentro de casa. Seja uma carência afetiva ou até mesmo falta de educação e disciplina vinda dos pais”, diz. Já a vítima tem um perfil contrário. É aquele aluno mais isolado, que apresenta alguma característica física ou comportamental que se torna alvo de piadas na sala. Assim, o bullying também está relacionado ao preconceito. Muitos casos de violência ocorrem contra pessoas de etnia e opção sexual diferentes do padrão aceito pelos bullies e até mesmo contra quem apresenta algum tipo de necessidade especial. Em um caso de bullying, o psicólogo explica que os agressores, geralmente, tem noção de que fazem algo errado, por isso é necessário um apoio rápido a esses alunos, prevenindo que seu comportamento violento piore. “O bully pode sofrer de transtorno de conduta, que é muito comum em adolescentes infratores. Se isso não for tratado, pode haver uma evolução para transtornos mais graves e difíceis de curar”, explica. Ketrin também vê as agressões que sofreu como um desvio da frustração de seus colegas: “Sinceramente, acho que isso é medo e um pouco de inveja também. Porque eu era meio excêntrica, não tinha medo de aprender coisas diferentes. Sabia de muitas coisas que não eram pra minha idade. Vai ver que os outros alunos não gostavam de mim
por isso. É como aquela velha história, quando você tem medo de alguma coisa, qual sua primeira reação? Se armar e tentar destruí-la”. Apesar de terem sofrido e afirmarem que nunca esquecerão as humilhações que passaram na escola, Ana Claudia e Ketrin conseguiram contornar a situação. Tiveram o apoio da família, mudaram de escola e procuram encarar essa experiência da melhor forma possível, desafiando seus traumas. “Eu fiquei bem mais tímida do que eu era, parei de praticar esportes e até mesmo de ficar lendo muitos livros. Tentei tirar notas mais baixas e não chamar atenção na sala, tanto que teve uma época que fiquei conhecida como o fantasma da turma”, relembra Ketrin. A menina conta que teve ajuda de três amigos pra ir, aos poucos, enfrentando os reflexos do bulllying. “Eles desmentiam os boatos que os outros faziam sobre mim e me forçavam a fazer as coisas que eu gostava. Tinham muita paciência comigo, graças a eles eu voltei a ser eu mesma”. A força dos amigos nessas situações é super importante. Assim como ter coragem de contar pr’os pais o que está acontecendo com você na escola. Bullying é crime e ninguém tem direito de humilhar as pessoas porque são diferentes. E esse recado não é só pra quem é vítima de bullying, não! Quem faz também tem que se tocar e ver como está sendo infantil. Você pode achar que aquelas piadinhas que faz na sala não ofendem, mas certeza que quem é zoado não pensa assim. Depois de tanto tempo sofrendo com isso, Ketrin tem uma mensagem pro pessoal que acha divertido rir dos colegas: “Não façam bullying! Não importa se a pessoa é diferente de você, se é quieta ou reservada, se é branca, negra, verde ou roxa. Não importa se os times são rivais. Qualé? Somos todos humanos, gente! Tenham consciência disso! Eu tô viva, mas tem muita gente que pira e se suicida por isso”. Alguém aí quer ser responsável por isso? P
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Trampo
Seu futuro começa agora - Par Chegou a hora de quem quer trabalhar com música, beneficiamento da madeira, engenharia mecânica e na reabilitação de pessoas
Texto: Nathalia Cavalcante Fotos: Diego Silva E aí, galera! Mais uma missão cumprida! As aulas voltaram e pra reforçar que você deve encarar o vestiba com segurança, aí vão mais algumas dicas de profissões iradas! Saca só, nesta edição vamos apresentar a você o curso de Engenharia Industrial Madeireira, Engenharia Mecânica, Terapia Ocupacional e Música. Prepare-se pra mais uma viagem! Vamos começar com a Engenharia Industrial Madeireira, porque o meio ambiente é um dos assuntos do momento! Ariadne Thiele Gabriel tem 19 anos, está no 5º período e é ela quem vai apresentar a profissão pra você. O curso é ofertado na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com duração de cinco anos, os
alunos trabalham com o beneficiamento da madeira. A partir do momento que a tora é retirada da floresta entram em ação os tratamentos, pra que o produto final tenha longa duração e seja resistente. Os setores atendidos são, por exemplo, o moveleiro, o de celulose e o da construção civil. Lembrando que a matéria-prima pode ser aplicada na bio-energia, para as empresas de grande porte. Existem seis universidades por todo o Brasil que apresentam esse curso, a UFPR, foi a primeira delas, abrindo o curso há 11 anos. Ariadne lembra que o profissional tem espaço no mercado de trabalho e, devido ao potencial do país, as multinacionais estão vindo com bastante força para o Paraná. “Pela falta de profissional, o mercado de trabalho é extenso. O Brasil tem potencial forte para o curso, pela área que temos pra plantar, além das condições climáticas,
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rte 3 que ajudam muito no desenvolvimento da madeira”, reforça. O estágio começa a surgir no 3º ano, até lá o aluno deve adquirir muito conhecimento. Existem em torno de 200 engenheiros dessa área formados. Você pensa que é suficiente? Engano seu! A Ariadne explica! “Pelo volume de madeireira que existe no Brasil, são poucos. O potencial do Brasil é muito grande”, acrescenta. Outra dica pra você! Quando tiver palestras e semanas de estudos, procure saber do veterano como tá o mercado de trabalho e se ele tá satisfeito com a escolha dele! A Thiele fez exatamente isso. “Quando acontece algum evento, as pessoas que já se formaram estão por lá. Eles trabalham em diferentes áreas:
Laís esco lheu estu dar à noite p ra poder f azer estágio n um muse u
celulose, em universidade... É um campo bastante promissor, pelo que eles passam pra gente. O nosso vice-coordenador é um engenheiro industrial madeireiro, formado na primeira turma”, afirma. O meio ambiente é muito bem lembrado pelo Engenheiro Industrial Madeireiro. Desde as aulas da facul eles aprendem que se deve ter consciência da importância da natureza. “Aprendemos a retirar a matériaprima de florestas plantadas, ou seja, é um trabalho consciente. Sabemos que o que retiramos foi plantado para aquela finalidade, sabendo que teremos que plantar de novo”, reforça.
FOTO: DIEGO SILVA/ PARAFUSO
ENGENHARIA INDUSTRIAL MADEIREIRA
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ENGENHARIA MECÂNICA aria: A e a China r em outra engenh eiros, enquanto qu Agora, vamos para de nh do ge en río il pe m 6º 30 do o, e ande e an o estudant diferença muito gr a , um os É an mecânica! Pra isso, il. 19 m de 0 , 50 da forma gente necessita ica, André Espa ou em inuar crescendo a Engenharia Mecân ss nt pa co m ís bé pa m o ta pr e, acrescenta. Ariadn eiros mecânicos”, onda nh que, assim como a a ge é en al de qu , po to ar ui ic m pl a, vai ex quentíssima! O pa seu primeiro vestib era, mais uma dica al G nã e o curso só porque el um ta em es ue desse profissional! s, rq ia ba ar nh em é: Não outras enge o curso porque Como todas as rido, mas sim faça lculo e or cá nc to co ui o m tã é de s pessoas me anos ca com ele. “Muita essas proporciona dois tifi m co en id de se da ni cê afi vo idato-vaga. não tem é a relação cand no al er física. “Se a pessoa qu ec an m ta rm un pe rg il outros pe meio difíc am preferindo ab ac am s tr duas matérias é oa en ss , pe os an s cê se Muita epois de dois orrência, mas se vo nc co i a va ix o ba curso”, lembra. D r un te al r o cursos po cisão que você áticas, em que uco mais, é uma de nheiro as modalidades pr po ge En um ar um rç fo de es a cê estudar da rotin o da sua vida. Se vo s, st ea re ár ficar por dentro o as pr rs o ve nd di va le ar pro tá de atuar em o vai te recompens an o se r es be s, Mecânico. Ele po sa ai , m as a ic o ál pelo um an truturas met to bem lembrado ui m ra ”, pa da vi passando pelas es eo a ól su de resto da pintura e o tipo primeiro dia do uina aquele lance: O tipo de solda, de áq m be Sa de . o ré tip nd o A do , não?! Mas indo, to é s. Nossa! Profundo o da ic um carro. Resum vi ân as ec su m a de m o te st re nsar com ução ou sis um motivo pra pe s ai M . que envolva prod ra le ga , al é a re ado?! #ficadica desse profissa. responsabilidade trabalho colha do curso, fech es de na do a ca lm er ca m o orelha, bóra Atenção aê, porque em sse puxãozinho de e, de nt s le oi ce ep ex D tá do merca pacional! tá bombando! “O ecer a Terapia Ocu asil forma, por Br nh o co e oj H . to en extremo crescim
s fazer com que essa a pi ra Te a epartamento de pessoas revertam O professor do D ece ar cl es l, a ke pr ic N im to FPR, Rena situação ru co fo Ocupacional da U de an É gr a. “O ofissional. uma situação bo r ze fa qual é a desse pr o é r, al ta rapia Ocupacion necessário acredi ar at sg do trabalho da Te re oas s. trabalha buscando confiar que as pess is pé modificar suas vida pa humano. A gente de anto os qu s , ze ito pa je ca su a do pr o o da sã nh vi a tanto o desempe são, muitas ssoas abandonam pe e qu as , te ito je en m su sa al e es er G gente resgatar uma ocupacionais dess m motivo como da doença, e, pra gu m al o”, re r ve po vi os id rd amente complicad ando vezes, pe qu em o tr m ex es é m da ou vi , te na aciden crença lesão cerebral, um ente”, reforça. Já m al ci so do ja reforça. ga tras áreas ele não está en , né? Logo, ue diferente de ou ea rq ár po sa , es ão a nç pl te A am é isa de deu pra sentir que Ocupacional prec r com a a ha al pi ra ab tr Te i a va e, l úd na a acio da sa de trabalho tem um , caso o terapeuta ocup to do en ca er m ja m ga “O en o is. e na idades profissio mpleta ainda. recuperação de ativ mas que não foi co própria atividade a, a bo os da am us an m ós de “N . o amplas, seja necessário , enquanto uação também sã ra at ho el de m es sa çõ es op ar s , é na A humana pra busc mente em clínicas rescenta o so ac , po si” m em ca o e ic ist ut ex pê ra não abalhar meio e exercício te onde é possível tr o, m es m e ad id comun enção, cura e professor. filiado à World ão da saúde, prev é oç o om rs pr cu o m , co 05 , porque Desde 20 a. Fique ligad@ y (WFOT), ap rm er afi Th , l o” na çã io ta at ili up ab re linas de Federation of Occ passa pelas discip or interação @ ai m un a al @ um o o rs un al cu como no aluno o que possibilita ao ologia, patologia, st ao hi ia , ic ia og op ol pr bi o , çã ia a filia anatom o 4º período, @ com a área. “Ess er país do mundo rsos da saúde. N qu cu al os qu s em do r to ha ofissional al formado trab pra observar um pr Isso é uma po o. m nd ca a ua i at va T @ un FO al uno atua que tenha a W e Canadá, ríodo e último, o al o pe pã 9º Ja , no pa já ro o, Eu nd rsas na atua e já atuam em dive facilidade porque endo e qu ec lh is ve na io en ss tá ofi es pr o çã pula junto de por exemplo, a po rou? ssa área. Logo, as no da is na io áreas. E aí? Se amar ss ofi sa es a precisa de pr pr ão aç rm fo ma oportunidades co unos grande. Muitos al to ui Tanto a foto clientela é m o no ra. Eu tenho alun fo a pr o lá de cima, vã os ss no a. br m le qu ”, anto esta dá na Ca e Japão alidade de vida aqui ao lado qu a ar at sg re é a ei A id mostram algum problema de de quem sofre com tá diversos l na io ac uta ocup utensílios saúde. O terape só o nã , es sas questõ que facilitam envolvido com es mas também a, ic a vida de fís o çã ta ili ab na re a e qu a pr , pessoas al ci l, so com o emociona is, pé pa com us se ir pessoa possa assum movimentos O a. íli m fa à debilitadas se integrar junto ca pra quem di a dá professor ofissão. “É se interessa pela pr com as preciso saber lidar ssoas, pe s dificuldades da alha, ab porque a gente tr essas basicamente, com ntar dificuldades pra te ional trabalha rapeuta ocupac te o l, ke ic N to o do sujeito Para Rena o o desempenh nt ta ar at sg re buscando
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L A N O I C A P U C O TERAPIA
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MÚSICA =)
Ah, tá a fim de conhecer o curso de Música? Vamos nessa, porque a UFPR oferece duas opções: Educação Musical (licenciatura) e Produção Sonora (Bacharelado).Ei, você lembra o que diferencia a licenciatura do bacharelado? O bacharelado não tem a função de preparar o aluno pra dar aula, diferente da licenciatura, que é responsável pela formação de vários professores, tanto pro ensino fundamental quanto pro ensino médio. No curso de Música, quem optar pelo bacharelado, vai garantir uma boa bagagem em teoria e história da música. Além de toda preparação acadêmica, tem muitas disciplinas voltadas pra área de tecnologia. O coordenador do curso da UFPR, Hugo Melo, esclarece a área de atuação desse profissional. “O mercado de trabalho do pessoal de produção sonora é normalmente em estúdio de gravação. Aqui, em Curitiba, som pra cinema. Os efeitos sonoros e o tratamento de trilhas sonoras de muitos filmes nacionais são feitos aqui. O pessoal que tem banda, que trabalha com eventos culturais, que faz produção cultural pra grupos artísticos... No geral, o mercado de trabalho é esse”, acrescenta. O aluno, assim como o técnico de áudio, também vai saber mexer nos equipamentos, além é claro, de contar com formação sólida em música. “O aluno sabe compor, fazer arranjo, orientar um coral. Tem toda a formação de música em que ele não precisa ser um excelente instrumentista, mas ele sabe trabalhar com o conjunto todo de disciplinas ligadas à parte de produção de conteúdo musical”, reforça. Atenção, porque é necessário o conhecimento prévio em música. A UFPR apresenta duas fases no vestiba, sendo a segunda específica. “Tem que saber o básico. Ter um ouvido treinado, saber reconhecer escalas, intervalos, os acordes e conhecer um pouco a teoria”, lembra
to ros e o tratamen o n so s to ei ef s O s de muitos de trilhas sonora são feitos aqui. filmes nacionais
o coordenador. O curso abrange toda a história da música, da idade média à atualidade, são dez disciplinas na área de história. “Na área de formação normal eles aprendem teoria, coral, harmonia, análise, contraponto, como todo o curso de música. Essas são as ferramentas que, no último ano, fazem com que eles possam produzir composição e arranjo. E, na parte de produção, eles têm, desde o primeiro semestre, disciplinas voltadas pra área de tecnologia, porque no final do curso eles estarão compondo usando o computador como ferramenta”, afirma. Pra quem deseja estudar licenciatura, o curso reforça no item educação musical, tendo como disciplinas: Psicologia da Educação, Fundamentos da Educação Musical, Práticas Pedagógicas, Didática, Projetos Integrados em Educacional Musical, Metodologia do Ensino de Música, Regência Aplicada à Educação, Prática de Docência em Ensino de Música e Política e Planejamento da Educação Brasileira. No último período chega a vez da disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico e, por fim, o Estágio Supervisionado em Processos Interativos na Educação. P
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m e m o H O
Amarelo Silva Entrevista: Diego
a
| Fotos: Talita Lim
1. Por que escolheram “O Homem Amarelo” para dar nome à banda? Na realidade, precisávamos mudar o nome de nossa banda que, até então, chamava-se Beethoven´s, em função de estarmos concluindo o processo de gravação do nosso primeiro disco e era necessário desvincular o trabalho cover do próprio. Além disso, o antigo nome envolvia uma série de
questões legais além de que quando procuravam a gente na internet achavam tudo, menos a banda. Outro fato importante é que hoje o nome O Homem Amarelo é de nossa propriedade e dentre os diversos nomes sugeridos por nós mesmos e pelas pessoas mais chegadas, acabou sendo uma boa escolha, seja pela sonoridade ou pelo o que ele pode representar. No nosso caso, a logo da banda é uma placa com o homem amarelo, sinalizando algo novo. 2. Quem são os integrantes da banda e o que cada um faz? Hoje a banda é formada pelos seguintes integrantes: Neto Albuquerque, no vocal; Edu Bragante, na bateria; Marcelo Lissoni, no baixo; Henrique KBÇA, na percussão; Daniel Ferraz e Vinny Moura nas guitarras. 3. Alguém tem outra profissão além de tocar na banda? Qual? Sim. Ainda exercemos outras profissões, tais como designer gráfico, corretor de seguros, empresário de computação, proprietário de canchas de futebol sintético e representante de vendas. Porém, das seis da tarde em diante, nos dias de semana e em
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todos os finais de semana, somos músicos. 4. Como aconteceu a formação da banda? Já tocamos juntos a bastante tempo e com diversos músicos conceituados da cena local, uma vez que o nosso forte era o cover. A atual formação está junta desde 2003. O Neto Albuquerque é o único que está há um tempão, os demais foram entrando no decorrer do tempo como, por exemplo, o Marcelo Lissoni que veio de Novo Hamburgo (RS) e conheceu a banda através de amigos em comum, o Edu Bragante e o Daniel Ferraz eram roaldies da Beethoven´s e tocavam junto com o Henrique Kbça, em outra banda de Curitiba. Numa reformulação, em 2003, todos receberam o convite e estamos juntos até então. Recentemente, com a saída do Jeff Cavichiollo, convidamos o Vinny Moura para fazer a outra guitarra e achamos que a vaga será dele hehehe. 5. Vocês tem influência de outras bandas? Quais? É engraçado isso, pois somos seis pessoas com gostos musicais diferenciados e é claro que na hora de compormos as nossas mú-
rrista da Olha só o guita as Roque ut banda Detona o da nd pa ci Clube parti caras! m co ão aç nt aprese <<<<<<<<<<
aumentaosom Bandas | Música | Playlist
sicas, cada um tem uma influência. Por enquanto, estamos lidando naturalmente com isso. Pra se ter uma idéia, gostamos de várias bandas e músicos, como por exemplo: Faith no More, Aerosmith, Rage Against, Bob Marley, Incubus, Coldplay, Guns, AC/ DC, Titãs, O Rappa, Barão Vermelho, Detonautas Roque Clube, Arnaldo Antunes, entre outros tantos. Enfim, uma diversidade musical imensa e com certeza, em nosso primeiro CD, ainda que superficialmente, algo desses caras aí em cima pintou, seja em um timbre de teclado, seja na concepção da estrutura da música, riffes etc. Tem que dar uma conferida! 6. Tem algum acontecimento curioso ou inusitado, que já tenha acontecido com a banda, que vocês acham interessante contar? Como foi? Diversos, engraçados para nós que vivenciamos os fatos, talvez nem tanto pra galera que irá ler essa entrevista, mas enfim... Sem citar nomes, já teve integrante que caiu e
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ficou literalmente “entalado” nas ferragens da bateria, mas continuou tocando o seu instrumento; palcos que balançavam e os amplificadores escorregavam de um lado para o outro... Entre tantos outros acontecimentos. 7. Qual foi o maior “perrengue” que a banda já passou? Por quê? Estávamos tocando em uma casa noturna no litoral do Paraná, em Matinhos, na temporada de 2006 e era um show normal, salvo pelo fato de que na plateia estavam além do público da casa, convidados da banda, que eram a maioria. Amigos, pais, primos etc. Lá pelas tantas, vimos a famosa operação verão da Secretaria de Segurança do Estado do Paraná estacionando as viaturas da Polícia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros, juizado de menores, vigilância sanitária entre outras na frente do bar. O vocal, Neto Albuquerque, em tom de brincadeira, soltou a seguinte frase: “Pai, vamos ser presos mas não dá nada”. Pronto ! Na frente do palco já tinha um policial à paisana que aos berros deu voz de prisão pro Neto e do nada brotaram dezenas de policiais e fiscais querendo confiscar todo o nosso equipamento porque o som estava alto. Depois de muita conversa, vários pedidos de desculpas e explicações com o delegado chefe da operação, acabaram por não en-
quadrar nosso vocalista, porém, temos uma mesa de som que é fiel depositária em uma ação que respondemos até hoje movida pelos órgãos competentes. 8.Pra gostar da banda, o público também precisa gostar do quê? Na real é preciso gostar de música. Nosso objetivo é levar arte, cultura e entretenimento pra pessoas que se identifiquem com o nosso som e o principal, que se sintam bem com isso... E essa identificação é muito pessoal, saca? Depende do momento que cada um vive e o que nossa música pode representar. Nesse cenário, tem gente que curte as letras, outras preferem a pegada da música e da banda ao vivo e acredite, tem uma galera que simplesmente nos acham uns caras legais, enfim, tudo isso é válido. O som está aí para quem quiser ouvir e se identificar, estamos abertos para qualquer tipo de opinião. 9. Já lançaram CD? Como foi o processo de conseguir gravá-lo? Gravamos nosso primeiro CD e estamos trabalhando nele junto às rádios, produtoras e gravadoras. O processo de gravação é intenso, mas gratificante. E por tratar-se do primeiro trabalho, procuramos antes de mais nada, obter uma qualidade sonora que fosse excelente. Pra isso, escolhemos um dos melhores estúdios de gravação que existe no Brasil e que fica aqui mesmo em Curitiba, O
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NA WEB Site Oficial: www.ohome CLICK (http://www.clickaudioworks. mamarelo.com.br Tw itter: http://twitter.com/O com.br/). HomemAmarelo Blog: http://ohomemam Antigamente, se falava muito em arelo2009.blogspot.com Myspace: http://www.m yspace.com/ohomemam gravar em São Paulo ou Rio de Jaarelo Orkut: O Homem Amare lo neiro, onde existem estúdios fantásticos, é verdade, mas santo de casa também faz milagre; tanto que o CLICK A Mundo livre FM tem um projeto charecebe artistas de renome nacional como mado acústico Mundo Livre, onde as bandas Roupa Nova, Hermeto Pascoal, Garotos de apresentam seus trabalhos em um formato Ouro, Hugo Pena & Gabriel, entre outros, acústico. O Homem Amarelo já tinha uma o que, de certa forma, contribuiu muito data marcada para a sua apresentação e para essa escolha. como o Detonautas tinha acabado de lançar Mas voltando ao processo, trabalhamos o seu DVD acústico, achamos legal convidar bastante para pagar as horas de gravação, alguém da banda por tudo o que já foi exmixagem, masterização e prensagem. plicado... E é aí que entrou o Renato Rocha Cada casa noturna, festa fechada e bares, na parada. Entramos em contato com ele e contribuíram pra que isso fosse possível. fizemos o convite, o qual foi aceito e o show Também, é claro, o esforço de todos nós foi muito massa. Depois disso, fomos convique lançamos mão de toda a renda condados pelo Renato para irmos a um show do seguida com a banda para investirmos exDetonautas, em Mallet, e pudemos, além de clusivamente nesse projeto. curtir o show, vivenciar o backstage de uma banda desse porte. Os registros estão lá no 10) Como foi [ou está sendo] a parceria nosso blog.É só entrar e dar uma olhada. com o guitarrista da banda Detonautas? No mais, estamos sempre mantendo Por quê essa parceria é importante? contato com o Renato Rocha e com certeNa verdade, esse lance foi e está sendo za no nosso próximo CD queremos que ele legal porque, como já dissemos nessa enparticipe de alguma forma. Mas, enquanto trevista, o Detonautas faz parte do nosso isso não acontece, estamos programando cotidiano, pois gostamos bastante do trabamais alguns shows juntos. Nada confirmalho dos caras e tocamos músicas deles em do ainda, pois existe o lance de conciliar as nossos shows e além disso, trabalhar com agendas (risos). P pessoas desse gabarito, nos enriquece tanto musicalmente quanto pessoalmente.
PARAFUSO
m e m o OH
o l e r a m Am
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Lena.
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Olhando de perto...
Você confere agora a segunda parte da matéria, resultado de uma entrevista exclusiva concedida pela doutora em linguística, professora universitária e DJ Lena. Nesta edição, revelamos pra você o que a nossa entrevistada pensa sobre família, juventude, segurança na internet, além de um depoimento sobre seu livro Entrevista: Diego Silva | Fotos: Antonio Carlos Senkovski
Hoje aqui, amanhã não se sabe... Quem quiser saber como foi a adolescência de Lena, vai ter que esperar. É que, segundo ela, está vivendo essa fase agora. “Meu irmão mais novo brinca, ele diz: ‘Elenita, quando você tinha 17 anos, queria ser doutora e professora da UnB. Hoje, você tem 30, é DJ e não sabe o que você quer da vida!’ ”, conta. Lena admite: “Eu não sei o que eu quero da minha vida, eu acho que foi por isso que fui pro BBB”. A DJ revela que estava “entediada” de ter alcançado tudo aquilo que tanto queria. “De repente, eu pensei: ‘Poxa, e agora? Pra onde eu vou?’ ”. Ela também diz que está numa fase bacana e pretende ir tocando seus projetos. “Eu sei que vou continuar escrevendo, sei que vou
continuar dando aula, continuar tocando, mas tem outras coisas que não fiz e quero fazer. Só não sei pra qual lado essas coisas irão me levar...” É bem provável que você, leitor, também já tenha se sentido assim em algum momento da vida. Parar pra refletir sobre o futuro, às vezes, faz a cabeça dar o maior nózão, mas pode ser bastante válido. É pensando que a gente se descobre. “Não saber o que se quer dá uma ansiedade, incomoda, mas é uma ansiedade que me enche de tesão, porque é o que dá movimento à vida, é o que mostra que a gente pode ser qualquer coisa”, comenta Lena. A ex-BBB namorou dos 14 aos 18 e dos 18 aos 22 anos, somando oito anos de namoro em sequência. “Me fez bem, porque a ausência da vida da balada, que eu só comecei a viver depois dos 24 e, agora, eu vivo totalmente, fez com que eu pudesse me concentrar na minha carreira.
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Exemplo que vem de casa
Internet para o bem e para o mal
Se tem uma pessoa que é o grande exemplo e referência pra Lena, essa pessoa é sua mãe, a quem ela chama de heroína. “Minha mãe sempre foi modelo de tudo o que eu quis ser, porque ela foi uma mulher de atitude, e sempre teve personalidade”, conta. Lena admira o fato de sua mãe sempre ter tido um posicionamento muito firme sobre o próprio papel dela, enquanto mulher, perante outras pessoas. “Minha mãe foi extremamente feminista, do jeito dela, mesmo sem ter lido nenhuma autora feminista”, comenta. Conversando com a gente, ela disse uma coisa bem bacana. Ressaltou que, mesmo sem ter feito uma faculdade, sua mãe aprendeu e coloca em prática ações bastante conscientes no que diz respeito ao valor de ser mulher. “Minha mãe tem primeiro grau e é uma das mulheres mais inteligentes que eu conheço! Ela sabe subverter algumas relações de dominação que eu acho que precisam ser repensadas”. Aqui, ela está falando especificamente do machismo. “Vai dizer que não existe machismo no Brasil?! Existe, e não é pouco”, afirma a DJ, com bastante ênfase.
Aqui é o espaço pra uma dica que, às vezes, é tão repetida por aí que chega a dar mó canseira na galera =\ Cuidado com a internet, cuidado com o quê você acessa, cuidado, cuidado... Aff, que coisa chata, né? Não. A coisa é bem tensa mesmo. Na época da adolescência da Lena, a internet nem tinha toda essa moral e esse maior acesso que tem hoje. Por isso, seria mais difícil que um adulto mal intencionado mentisse ter a idade dela pra marcar um encontro e tentar alguma maldade ou um próprio abuso sexual. “O meu risco era, se eu quisesse ligar pro tele-amizade mas, hoje, é totalmente diferente. A internet, ao mesmo tempo em que facilita a vida das pessoas, abre a vida delas para um monte de coisas ruins também”, opina. Ela afirma que a internet foi a grande e principal mudança no período da adolescência dela para com os adolescentes de hoje. “O resto continua igual. Pessoas com sentimentos, imperfeições, medos, receios, traumas, alegrias, infelicidades”. Tipo, o tempo passa, mas alguns valores continuam bastante parecidos... E ela reforça: “atenção leitores da Parafuso! Tudo aquilo que eu briguei com a minha mãe, com meu pai, porque eu achava que eles enchiam o meu saco, fez muito bem pra mim. Me protegeram de forma que eu não vou conseguir agradecer nunca”. #ficadica
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* “
Eu me apaixonei pelo teatro. Fui estudar letras, porque eu queria ler os grandes nomes da literatura pra poder ir pro palco brincar de encenar. Eu acho que, por isso, eu descobri que minha vocação era ir pra sala de aula, ser professora. O que é dar uma aula? É subir num palco, não pra fingir, mas pra gerar deslocamentos, fazer as pessoas pensarem, refletirem sobre quem elas são, sobre o papel que elas irão construir, como elas irão intervir na vida das pessoas.
“
!
Lena Diz aí,
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Eu participava de grupos de leitura, de estudo, de dança, de teatro. Fiz teatro dois anos quando era adolescente. Eu estava sempre envolvida com projetos que tinham alguma coisa a ver com cultura.
Eu passei no vestibular muito cedo, minha mãe me colocou pra estudar línguas. Eu vim de uma família pobre, mas tinha a iniciativa da escola pública pra fazer inglês, francês, projetos que eram mais populares.
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Bem, a minha história é um pouco atípica. A adolescência, para a maioria das pessoas, é aquela fase em que se vive de forma mais intensa e menos responsável. Pra mim, foi ao contrário. Eu sempre fui aquela aluna nerdzinha”
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Eu passei no vestibular com 16 anos; com 20, eu já estava formada. Fui bolsista de um programa de iniciação científica por muitos anos. Nesse período, já havia participado de congresso internacional, já havia coordenado projeto internacional, coordenei um projeto grande, em parceria com a Universidade de Lancaster, e aí tive que ir pra Inglaterra. Pra minha família, que é pobre, de periferia, ir pra Inglaterra, falar inglês, apresentar trabalho...
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Fui a típica adolescente estudiosa, nerd, chata, no bom sentido do termo. Não era aquela que saía na rua pra encher a cara. Meu critério sempre foi esse”
Eu acho que a minha adolescência começou lá pelo meio de 2005, lá pelos meus 24, 25 anos. Foi uma fase que eu acho que tô até agora.
Adoro Gossip Girl, adoro Glee, adoro essas séries todas. Eu escuto Justin Bieber! E quando eu posto isso no Twitter, vejo uns comentários do tipo: Que negócio de adolescente?! E aí, ser adolescente é o máximo. É uma fase da vida da gente que eu demorei pra viver. Vivi um pouco fora do período. Eu acho que temos que ver com esse espírito de viver, sem se preocupar com o que as outras pessoas irão pensar a seu respeito. Não de uma forma irresponsável, mas de uma forma um pouco mais leve, um pouco mais livre.
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Aí, eu fui estudar música, fiz aula de bateria, teclado, fiz um curso de DJ, fui experimentar outras coisas que, até então, não havia experimentado ainda.
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Botando fé n@s adolescentes “A minha esperança é a adolescência, porque aqueles caras de cinquenta e tantos/ sessenta e tantos anos, não irão mudar mais”. É assim que a Lena resumiu a esperança que ela coloca na juventude para mudar certos hábitos sociais, que hoje parecem estar tão enraizados, como o machismo e o preconceito de forma geral. Na opinião dela, uma pessoa com idéias muito fixas e pouco aberta à mudanças, tende a rejeitar mais às novidades. É necessário que esse tipo de pessoa muito conservadora, leve um “tiro de advertência”. Seria uma espécie de chacoalhão a ser recebido com uma experiência traumática, por exemplo. “Depois de uma determinada idade, só com um tiro de advertência, você resignifica”, defende. Já com os adolescentes, isso é diferente. “A adolescência é a fase da experimentação. Você está ali pra descobrir... A adolescência me dá esperança, porque sei que o curso das coisas pode mudar”. E aí? Muito massa essa moral que ela dá pra galera, né? Continuando o bate-papo, ela diz que @ adolescente deve saber usar seu poder de decisão com consciência. “Se eu tiver uma filha e, se ela quiser crescer virgem ou não, eu vou respeitar. Eu acho que a pessoa tem que ter a liberdade pra trilhar os próprios caminhos, mas com responsabilidade”, pondera.
A mídia não é espelho A adolescência é uma fase em que a galera tá sempre buscando mostrar a sua identidade. Tô mentindo? De certa forma, todo mundo quer deixar bem claro quem é e no que acredita. No meio dessa história, muitas vezes, pode acabar rolando aquele Ctrl+C/ Ctrl+V do artista preferido, do atleta que mais gosta, do jeito de falar usado por um amigo, da postura de um ator ou atriz da novela e por aí vai... Enfim, vai dizer que nunca ficou admirado pelo jeito de uma pessoa falar, se vestir ou se comportar? Assim como em outras gerações, estamos cheios de artistas e pessoas famosos que, mesmo sem querer, podem acabar influenciando a maneira de outras pessoas se comportarem e tals... Tipo, a gente fica com aquela sensação de que depois do sucesso da banda Fresno e do NX Zero, um monte de gente apareceu usando alargador; depois do surgimento da Restart, as lojas nunca tiveram tantas calças multicoloridas pra vender; entre outros exemplos que encheriam algumas páginas se fôssemos descrever. Mas afinal, o quê a Lena tem a ver com isso tudo que tratamos agora? É que ela tem uma visão sobre esse assunto que vale a pena discutirmos. “Ninguém é retratado na sua totalidade em lugar algum, porque as pessoas são múltiplas. O problema é quando você pega uma representação que é externa a você e usa como se fosse um modelo. O problema é usar o padrão da TV, por exemplo, pra modelar a você mesmo”, disse ela. Pra evitar que apenas a TV dê as regras do jogo pra galera, é que Lena defende a presença da família. “A gente pode se identificar com qualquer coisa, mas a família tem um papel que nunca vai ser substituído”.
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Um livro para chamar de seu Textos reflexivos, alguns bem-humorados, outros com um gosto de domingo e aquele que, de repente, mete um soco na sua cara, sem avisar. É bem difícil descrever, em uma frase, o que se vai encontrar em “O homem ideal e outras conversas: porque a gente nasceu para ser feliz”. Ele tem 144 páginas, publicado pela editora Talon Rouge e lançado no ano passado. Uma outra forma de conhecer um pouco mais dessa mulher... Confira a seguir, a íntegra do que ela nos contou sobre sua obra ;)
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O livro é muito bacana. E uma das coisas que eu mais escutei, depois de ter saído do BBB é: “Nossa, eu não acredito que aquela mulher do BBB é a autora desses textos”. “Aquela mulher do BBB”. É claro que isso não vem da parcela da população que gostou muito, que se identificou, que virou fã. Vem do outro lado que, de alguma forma, não se identificou e antipatizou – uma imagem que a emissora acabou vendendo. Mas isso é bacana, porque as pessoas se identificam com os textos. São textos que escrevi pra mim, sem nenhuma pretensão literária. Todos eles foram escritos pra dizer alguma coisa pra mim. Tem um texto que eu gosto muito “Sobre
O livro dela teve lançamento em diversas livrarias do país,. Aqui em Curitiba, o evento aconteceu na Livrarias Curitiba do Shopping Estação
Ferraris e bobos”, não vou esclarecer, propriamente, como eu escrevi. É um texto de uma página, que conta basicamente o seguinte: alguns homens têm a oportunidade rara de possuir uma ‘Ferrari’ vermelha, mas se sentem impressionados pela sua imponência e acabam preferindo um “Golzinho”. Eu dou o maior apoio se você se sentir mais confortável num Golzinho. A gente nasceu pra ser feliz. Se é o Golzinho que te faz confortável... Viva o seu Golzinho! Só que se você for uma Ferrari, você não pode ficar deprimida. A frase final desse texto é: Se um homem acha que você é demais pra ele, é porque você seguramente é. A gente é que acaba criando desculpas... Algumas pessoas perguntam se é um livro de autoajuda. Não é. Mas sei que ele me ajuda pra caramba! Tem um capítulo pra os meninos também. O texto “O homem ideal” é bacana, porque ele não descreve o homem ideal, ele fala sobre amor, na verdade. O amor é uma escolha. E a gente fica o tempo inteiro querendo encontrar o parceiro ou parceira ideal, como se fosse uma listinha. Não é isso que é um relacionamento. Isso já aconteceu comigo, de encontrar um cara incrível, que tem todos os itens da listinha e que não é o cara que você quer pra você, porque você não estava aberta pra viver aquilo. Então, esse texto termina dizendo que viver uma relação, é escolher. Na verdade, o ideal, parte sempre de uma escolha. A gente precisa parar de racionalizar e começar a viver. Se você me perguntar se eu faço isso. Claro que não, eu fiz o texto pra mim! Eu fiz pra me dizer que devo parar de racionalizar, e pra me dizer que eu devo começar a viver as coisas sem matemática, sem cálculo, sem medo. E acho que é por isso, que as pessoas gostam tanto. P
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VAI TER QUE MOSTRAR TUDO?
PAPO SUTIÃ
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A primeira consulta ao ginecologista ainda faz muitas meninas tremerem. Medo e vergonha se misturam. Mas a gente conta pra você qual é a real dessa história. Fica ligada!
Texto: Dilair Queiroz Não tem segredos. Ir ao ginecologista é simples. É como ir a qualquer outro médico ou ao dentista, por exemplo. Sabe quando você tá com aquela dorzinha chata no dente, mas só de pensar em ir ao dentista te dá um frio na barriga? E vai adiando, adiando, até que finalmente encara o medo. E fala sério, depois da consulta você não se sente boba por ter pensado tanta besteira de algo tão simples? Então, com o ginecologista é a mesma coisa. A maioria das garotas tem medo de ir porque não sabem ao certo como é a consulta. Pensam que vai doer e sentem vergonha de falar sobre suas dúvidas e curiosidades. Mas, meninas, fiquem tranquilas! Consultar um ginecologista não é nenhum bicho de sete cabeças. Na real, é muito importante pra você saber se está tudo certo com sua saúde íntima e um ótimo momento pra perguntar tudo o que quer saber sobre sexualidade. Pra desvendar os segredos sobre esse temido assunto, conversamos com o ginecologista Hugo Joaquim, que explicou as principais dúvidas das meninas na hora da primeira consulta. Então, atenção garotas! Esqueçam já a vergonha de falar sobre isso e fiquem de olho nessas dicas: - Por que devemos consultar um ginecologista? O ginecologista é especializado na saúde da mulher. Então, é super importante visitálo com frequência pra saber como está seu corpo, ver se tem algum problema sexual e também pra tirar qualquer dúvida que você tenha. - Mas com qual idade eu posso fazer minha primeira consulta? O indicado é que a garota comece a consultar um ginecologista quando entra na puberdade, entre 10 e 13 anos, que é quando ela tem sua primeira menstruação e seu corpo começa a se transformar. - E o que eu posso perguntar pra ele? Não tenha medo de perguntar as coisas
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que te grilam, por mais que as ache bobas. Pode ser desde dúvidas sobre sexo e doenças sexualmente transmissíveis até menstruação ou detalhes do seu corpo. O ginecologista tá lá pra te ajudar a entender as transformações que tão acontecendo no seu universo, então relaxa e pergunte tudo! - Mas e o exame? Dói? Na primeira consulta você é quem manda. Se estiver nervosa, só rolará uma conversa entre vocês. O ginecologista fará perguntas sobre sua saúde e hábitos e você aproveitará pra perguntar tudo o que quer saber. Mas, se sentir confiança no médico, ele fará um exame geral em você. Pras garotas que são virgens o exame é feito apenas nos seios, na barriga e na vulva (parte externa da vagina), mas pra quem já transou, o médico também faz um exame interno na vagina. Mas nenhum desses casos causará dor pra garota. - Sozinha ou acompanhada? Você decide! Se você é acostumada a conversar sobre isso com sua mãe e quiser que ela te acompanhe, beleza! Mas se preferir entrar no consultório sozinha, também é permitido. E ainda vale pedir pra sua melhor amiga ir junto. O importante é você se sentir a vontade pra conversar com o médico. - E se depois o ginecologista contar tudo pra minha mãe? Desencana! O ginecologista, assim como outros médicos, tem o compromisso de manter segredo sobre tudo o que você contou dentro do consultório. Então, se você ainda não se sente a vontade pra contar certas coisas pros seus pais, fique tranquila que seu médico guardará bem suas confissões. Mas, atenção: pra ele poder te ajudar direito, não pode esconder nada, ok?! - Mas eu não posso pagar! Não é porque você não tem grana que vai deixar de cuidar de sua saúde! O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento ginecológico gratuito. É só marcar uma consulta em um posto de saúde que você será encaminhada pra esse especialista. Então, não tem desculpas! Corre logo consultar um gineco e esquecer essas neuras aí. P
Desencana com o tamanho, piÁ
PAPO CUECA
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ado tá encuc a d in a rPra quem r o tamanho no e b ê a p s o m querend dia de u é m a : * ó s cm . mal, olha entre 10,5 e 17,5 de é eiros é nis ereto os brasil ,5cm de d ia d é de 2 Já a m m torno e adule m c 14,5 so é pros em is s a M . * t a espessur Pros garotos não m u ? a o d t r a e c tos, c al porque m r o n o o m até tamanh róprio rit p u e s s 21 o cresce n uberdade, lá pelo p o final da anos. úde BC da Sa A : e t n o F
Texto: Antonio Carlos Senkovski Quantos quilômetros separam Curitiba de Tóquio, da Lua, da galáxia além do alcance dos olhos? Quantas voltas é possível dar na terra se forem colocados em fila todos os carros do mundo? Já parou pra pensar quanta coisa dá pra medir, comparar, juntar, somar e saber quanto de comprimento tem? Bom, se você é um daqueles que mesmo com esse tanto de coisa pra medir no mundo quer ver quantos centímetros tem seu dito cujo órgão sexual, aqui vai uma dica: desencana, meu! Vai dizer que já pegou a régua que usa pra desenhar na aula de artes, ou então pra medir os desenhos da aula de geometria pra ver quantos centímetros lhe pulam pra fora das calças quando as tira? Sabe pra que serve pênis grande? Pra vender produtos milagrosos na internet e espalhar spam na web. É lógico que você já deve ter passado por um desses anúncios por aí que prometem aumentar em até 15, 20 cm o músculo. E esse talvez seja o cálculo mais engraçado de se fazer quando o assunto é tamanho. Se alguém clicasse nos anúncios e comprasse todos os produtos milagrosos durante a vida para aumentar o pênis, é possível que o órgão sexual dessa pessoa pudesse dar algumas voltas na terra. Não seria lá uma grande vantagem contar com uma ferramenta dessas nas calças, não é mesmo? É óbvio que tamanho não tem uma regra e se você ainda não está contente com o volume que guarda nas cuecas, calma. Cada pessoa tem o desenvolvimento do órgão sexual num ritmo próprio. Mas calma. Pra você que já tinha pegado a régua quando viu o título desse texto, não esquente a cabeça. Aproveite que está com ela, faça uma linha, desenho, caricatura, charge ou história e mande sua dúvida sobre sexo em forma de obra de arte (ou não) para @parafuso ou para revistaparafuso@gmail. com. As perguntas serão respondidas por um sexólogo ou por uma sexóloga na próxima edição. Até a próxima, galera! P
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Sinewave Festival
Barulho e música para os ouvidos Festival realizado em Curitiba exigiu muita resistência dos ouvidos. E isso é bom Texto e fotos: Felipe Gollnick
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A noite do dia 21 de janeiro de 2011 foi barulhenta. Pelo menos no Jokers Pub, em Curitiba, onde aconteceu a terceira edição do Sinewave Festival. Cinco bandas (duas delas curitibanas) que tocam músicas aos estilos Shoegaze, Noise e Post-rock se reuniram para fazer barulho, muito barulho. Para quem não conhece, esses três estilos são vertentes do rock que são, no mínimo, mais difíceis de digerir. Neles, o que costuma acontecer são momentos de calmaria interrompidos abruptamente por enormes barreiras de som produzidas por várias guitarras cheias de efeitos de pedais e em volumes altíssimos. Ou não. Não há uma receita fixa, mas o que importa mesmo é o barulho. Ter um tímpano forte é um pré-requisito para apreciar esse tipo de música e os seus shows. A festa foi uma iniciativa do selo Sinewave, uma espécie de agência paulistana só de bandas que fazem rock mais ou menos nesse estilo. “O Sinewave é um selo virtual voltado para bandas brasileiras que façam um trabalho um pouco mais experimental. E a gente só lança álbuns gratuitos”, explica Elson Barbosa, um dos responsáveis pelo empreendimento. “A gente acredita muito na cooperação entre as bandas e temos uma filosofia de trabalho de não buscar lucro. Até hoje nenhuma das atividades que a gente fez envolveu dinheiro e só conseguimos realizar esse festival com a cooperação das bandas de Curitiba”,
completa Luiz Freitas, o parceiro de Elson na empreitada. Conforme a hora dos primeiros shows ia se aproximando, o público ia chegando ao bar - até compor um bom número de espectadores, principalmente se era levada em consideração a dificuldade dos gêneros musicais em questão (você provavelmente não escutará uma música Post-rock em uma rádio). Entre as pessoas presentes, muitos estavam ali por curiosidade, como o músico e produtor Vitor Moraes, de 23 anos. “Me interessou vir ao evento e ver essa diversidade. São bandas que eu não conheço vindo aqui para Curitiba, é interessante virem essas coisas que a gente não conhece para cá e termos esse contato. É uma sonoridade que o pessoal está começando a dar mais valor e se interessar um pouco mais”, explicou Moraes antes da primeira banda subir ao palco. O pontapé inicial da noite ficou a cargo da banda curitibana Black Sea. Encontrando aprovação no underground da cidade e em sites e blogs estrangeiros, o grupo mistura aos gêneros já mencionados uma boa pitada de Hardcore a partir de vocais berrados. O instrumental bem elaborado também chama a atenção e agrada aos ouvidos mais exigentes. A próxima banda a subir ao palco foi a também curitibana This Lonely Crowd: menos urgente e sombria que a banda anterior, pela primeira vez o conjunto se apresentava publicamente. Em um clima de um pouco mais de descontração, o This Lonely Crowd mostrou suas músicas de letras escritas a partir de histórias fantásticas como Alice no País das Maravilhas, uma das declaradas referências
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do grupo (para se ter uma ideia, todos os integrantes da banda adotaram como codinomes os nomes de personagens de diversas histórias criadas por Lewis Carroll). A terceira atração e o auge da noite foram os paulistanos da banda Herod Layne. Entre climáticas linhas de guitarra e baixo surgiam, de repente, imensas paredes sonoras. Nessas horas os músicos pareciam se descontrolar para tocar seus instrumentos da maneira a fazer o maior barulho possível. Não há mais notas, mas apenas ruídos. Um desavisado que chegasse ao festival nesses momentos não entenderia nada, mas aí é que entra a beleza do estilo. Talvez um barulho ensurdecedor como esse nunca faria sentido isoladamente, mas as músicas são co m p o s tas de uma maneira que aquilo acaba virando perfeitamente compreensível - e bonito, por mais que possa não parecer. Uma das bandas mais aguardadas da noite, a porto alegrense Loomer enfrentou problemas técnicos no palco e acabou não realizando um show tão legal quanto o esperado. O grupo se esforçou, mas os microfones e as caixas de som teimaram em não ajudar. A madrugada já começava a ficar
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alta e algumas pessoas na plateia davam sinais de terem bebido demais, o que também pode ter atrapalhado um pouco a performance do grupo. Por fim, eram quase três horas da manhã quando a última banda da noite, o Duelectrum, subiu ao palco. O Jokers Pub já havia esvaziado e menos de vinte pessoas tinham sobrado, resistentes, na frente do palco. O grupo, que não pôde contar com o seu baixista (que tinha perdido seu voo em São Paulo), teve de improvisar Elson Barbosa no baixo, que acabou aprendendo a tocar todas as músicas da banda durante a própria apresentação. Quando o show acabou, as luzes do bar estavam praticamente apagadas, as cadeiras estavam em cima das mesas e os funcionários pareciam aguardar apenas a saída desses poucos loucos
como nós, que teimamos em ficar ouvindo toda essa barulheira até altas horas da madrugada. Mal sabiam eles. Nossos ouvidos agora estavam muito mais resistentes. Ou estamos mais surdos. Mas com certeza ficamos mais felizes. P
DIEGO SILVA/ REVISTA PARAFUSO
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u sso rca . a . p já ace uar. l va xão ntin a o e rn ca a refl ve c O s de eiroz a o m lix a Qu do Dilcéli r Po
ECOFOLIA 1. Diminua o lixo Só na cidade de Salvador são recolhidas 1.500 toneladas a mais de lixo nos 6 dias de festa. Isto causa um gasto maior com a coleta, pago com dinheiro público que poderia ser investido, por exemplo, para melhorar a segurança no próximo carnaval.
4. Cuidado com os excessos Não passe da conta nesse carnaval, consuma bebidas e alimentos com moderação, assim você protege sua saúde e garante maior diversão no feriado.
2. Lugar de lixo é no lixo O lixo acumulado nas ruas entopem bueiros e aumenta o risco de enchentes. Nas estradas, o lixo agride e coloca em risco o meio ambiente e os animais. Por isso, não marque bobeira, jogue lixo exclusivamente na lixeira.
5. Seja um turista consciente
Se for para outra cidade, procure diminuir os impactos ambientais de sua viagem. Respeite os costumes dos lugares visitados, prestigie a cultura e a economia locais.
3. Reutilize as fantasias
As fantasias de carnaval são usadas, em geral, apenas por um dia. Então, que tal por a imaginação pra funcionar e reformá-la para o próximo ano? Outra alternativa é trocá-las com os amigos ou reciclá-las.
6. Gaste menos combustível Prefira os transportes com menor consumo de combustível fóssil. Aproveite para andar de bicicleta ou a pé.
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maioria dos materiais utilizados não permite desmonte, vão direto para o lixo, e as escolas não sabem estocar. Não precisa ser especialista para ver a quantidade de lixo que é gerada”, diz Heliana Marinho, gerente da Área Econômica Criativa do Sebrae. Agora, se você não curte “pular” o carnaval, não é muito fã de samba e usa aquele feriado pra cair na estrada, você também tem que se ligar nos cuidados com o meio ambiente. Imagine sair de casa e esquecer uma luz acesa ou uma torneira aberta? E que tal escolher para sua viagem um meio de transporte que gaste menos combustível fóssil? Prefira o carro ao avião, o ônibus ao carro ou aproveite seus dias de descanso para pedalar. Foi pensando em tudo isso que o Instituto Akatu elaborou 10 dicas para você curtir o carnaval sem descuidar da consciência ambiental e social. Então, confere aí e borá ficar ligad@ no assunto!
7. Tire os equipamentos da tomada
8. Não desperdice água
9. Aproveite a cidade vazia
10. Divulgue o consumo consciente
Antes de viajar, não esqueça de tirar todos os aparelhos eletrônicos da tomada. Lembre-se: o modo “stand-by”, que fica acionado quando o aparelho está desligado, mas conectado à tomada, é responsável por 25% da energia consumida por esses equipamentos.
Se sua cidade não for destino de foliões, aproveite a tranquilidade e o tempo livre em atividades que não custam nada e não consomem recursos naturais. Chame seus amigos para uma caminhada, visitas a parques ou centros culturais.
O carnaval é a época em que muitas cidades enfrentam sérios problemas de abastecimento de água por causa do grande aumento no consumo. Então, redobre os cuidados: evite brincadeiras que causam desperdício, tome banhos mais curtos, desligue o chuveiro na hora de se ensaboar.
Durante o carnaval, se você presenciar casos de desrespeito ao meio ambiente, não deixe de orientar as pessoas. Sempre que tiver oportunidade, divulgue os princípios do consumo consciente. P
Fonte: http://www.oeco.com.br
O carnaval já era, mas algumas lições devem continuar. No mês da folia, o Brasil esteve cheio de estrangeiros loucos por samba, desfiles por toda parte e as ruas inundadas por música e gente à procura de diversão. Todos ficam ansiosos esperando essa data: tanto os que gostam das festas e dos desfiles, quanto aqueles que preferem aproveitar o feriadão para viajar ou descansar. Mas você já parou para pensar o que essa farra toda pode causar ao meio ambiente? O desperdício de materiais, o uso de produtos de difícil reciclagem, como o isopor ou de produtos tóxicos, como algumas tintas, fazem do carnaval uma festa insustentável do ponto de vista ambiental. Para montar um desfile, uma escola de samba de grande porte gasta, no mínimo, de 3 a 6 milhões de reais. E acredite, terminada a festa, 80% disso tudo vai parar no lixo comum. “Quando acabam os desfiles, começa o problema. A grande
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