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Ricardo Zanlorenzi

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Iaçanã Woyames

Iaçanã Woyames

*CEO (Chief Executive Offi cer) da Nexcore

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RICARDO ZANLORENZI

Chegou a hora do adeus aos “brokers do WhatsApp”?

Estamos diante de um momento que pode ser crucial para a de nição dos caminhos da comunicação entre empresas e consumidores. Um passo dado pelo WhatsApp deve mudar a forma como empresários alocam e distribuem os recursos que têm disponíveis para seus canais de relacionamento com o cliente.

Agora, qualquer empresa pode se conectar à API (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações) o cial do WhatsApp, sem a necessidade de um broker. Antes, era necessário estar inserido com algum provedor terceirizado — Business Solution Providers (BSPs) — que auxiliava as empresas a se comunicarem com os clientes no WhatsApp. Porém, essa solução custava caro para muitas instituições, que pagavam mensalmente para continuarem tendo acesso ao WhatsApp.

Mas, e os brokers? Com essa nova atualização, o poder dos brokers foi reduzido, facilitando o acesso para qualquer empresa, independentemente do porte, utilizando a API direto com o WhatsApp. A diminuição dos custos vai direto para as contas das companhias, pois quem optar pela API direto com o WhatsApp não terá mais os custos dos BSPs. Além disso, o WhatsApp oferece até mil conversas gratuitas por mês por meio da sua API. Após essa quantidade, começa a ser contabilizado. O pagamento também é direto com o WhatsApp, sem custos adicionais.

Esse anúncio do WhatsApp impacta diretamente as empresas de pequeno porte que não conseguiam acesso aos brokers pelo alto custo. O poder estabelecido pelos brokers di cultava essa validação. Agora, em poucos minutos, qualquer companhia consegue fazer a ativação do número com a possibilidade de, caso não ultrapassem mil conversas, não ter nenhum custo.

A conexão direta à API do WhatsApp permite acompanhar as métricas em tempo real. Isso possibilita ter um monitoramento do desempenho do canal e estabelecer estratégias. A plataforma é muito crítica caso o número da conta tenha muitas denúncias. Por meio do dashboard, é possível avaliar essas informações e ter controle. A novidade também é uma API baseada na nuvem, podendo acessar em qualquer lugar do mundo e não tendo a necessidade de nenhum servidor extra para utilizar.

Os desenvolvedores já precisam estar atentos a essa nova atualização, fazendo essa integração direto à API o cial do WhatsApp das contas dos clientes. Essa novidade vem para facilitar a integração com qualquer sistema. Os BSPs que ofereciam serviços simples com uma cobrança alta vão dar adeus a muitos reféns. O fornecimento de sistemas básicos e limitados já não sustenta as empresas. Cada vez mais o omnichannel está presente nas companhias. A integração dos canais é necessária e plataformas básicas não comportam para muitas empresas.

Ainda terão instituições que continuarão a utilizar os brokers pelo comodismo e pelo pacote básico dos sistemas ser adequado para algumas corporações. Porém, o WhatsApp facilitou a possibilidade de qualquer companhia ter acesso à API o cial.

Com isso, os custos das grandes Com isso, os custos das grandes organizações podem ser organizações podem ser destinados a plataformas destinados a plataformas completas com serviços completas com serviços personalizados e personalizados e integrados. Já as menores integrados. Já as menores terão a oportunidade de terão a oportunidade de entrar no WhatsApp, entrar no WhatsApp, sem custos extras sem custos extras desnecessários, e desnecessários, e começar a investir em começar a investir em serviço de qualidade serviço de qualidade e ter autonomia no e ter autonomia no controle dos canais de controle dos canais de comunicação.

Mas e os brokers? Investem em serviços mais completos e so sticados ou adeus! ? Investem em serviços

Série marca os 25 anos do Terra da Gente

Programa da EPTV, afi liada da Rede Globo no interior paulista e na região sul de Minas Gerais, comemora aniversário e faz grande produção para encantar os telespectadores

VALÉRIA FLORES

Ao completar 25 anos de sucesso, o Terra da Gente está celebrando a importante data com uma série de conteúdo histórico. O programa da EPTV é considerado um grande case de sucesso no mercado publicitário.

Único programa 100% dedicado à natureza na tevê aberta brasileira, o Terra da Gente preparou a série Terra Brasilis, com 26 reportagens divididas em oito episódios que serão exibidos aos sábados, até nal de junho. O material completo tem cerca de oito horas. Uma série que proporciona uma viagem no tempo, no século XVI, para uma expedição pelos caminhos da Mata Atlântica por meio das cartas do padre espanhol José de Anchieta. O jesuíta foi responsável por um dos primeiros registros da natureza do Brasil.

Em um projeto inovador que une jornalismo e dramaturgia, a produção reconstruiu algumas cenas para contar a história do europeu em território brasileiro, o contato com os indígenas e com a natureza. Mamíferos, aves, peixes, árvores, ores, plantas medicinais, paisagens, técnicas de pesca, rituais e lendas são mostrados em detalhes pelas equipes do programa apresentado por Ciro Porto e Daniela Lemos. A intenção foi refazer trechos dos caminhos percorridos pelo padre.

CARTAS FORAM O PONTO DE PARTIDA

A base da produção foram as cartas escritas pelo Padre Anchieta. De acordo com Lizzy Martins, editora executiva do Terra da Gente, o programa procurou trilhar lugares por onde o clérigo passou, mostrando a natureza encontrada na época e que pode ser contemplada até hoje.

Entre todos os registros, a carta de São Vicente, escrita em 1560, foi a principal referência para essa reconstrução. Da mesma forma que o Padre Anchieta compartilhou com o mundo a diversidade da Mata Atlântica, “nós vamos compartilhar a história dele e os tesouros da natureza”, diz a editora executiva. O especial Terra Brasilis foi produzido por uma equipe numerosa, composta por produtores, editores, repórteres, repórteres cinematográ cos, auxiliares de iluminação e consultores cientí cos. Foram mais de 100 pessoas envolvidas, dentre jornalistas, atores, entrevistados e pesquisadores.

Para o apresentador e diretor de Conteúdo da EPTV, o jornalista Ciro Porto, a natureza exuberante foi o primeiro contato de um europeu. Era a visão mais pura do que o Brasil foi um dia, do que a Mata Atlântica foi um dia. “Então, recuperar essa história e comparar com os dias de hoje é uma coisa bem marcante para comemorar os 25 anos do programa”, observa Porto.

REGISTROS DA DIVERSIDADE

Em Terra Brasilis, a diversidade da fauna da Mata Atlântica é um dos grandes destaques, assim como foi descrito nas cartas: grandes mamíferos, como a anta e o peixe-boi; aves coloridas, como os guarás e os beija- ores; serpentes e a onça-pintada, o maior felino das Américas, foram agrados pelas lentes do Terra da Gente. “Foram muitas espécies relatadas. Então zemos uma seleção para mostrar em detalhes algumas delas. Vamos juntos descobrir muitas coisas e, quem sabe, inspirar o telespectador a ter um novo olhar sobre

O Padre José de Anchieta chegou ao Brasil com apenas 19 anos de idade

Ciro Porto: a produção é muito rica porque foi idealizada, montada e produzida por muitas cabeças

A exuberante fauna e ora da Mata Atlântica, retratada por uma série especial e comemorativa

a natureza”, destaca a repórter Ananda Porto, que foi até Cubatão, no interior paulista atrás dos belos e vermelhos

Guarás (Eudocimus ruber).

As bromélias, orquídeas, plantas medicinais e árvores de grande porte também foram espécies destacadas nas cartas do Padre

Anchieta e registradas em detalhes pela equipe do Terra da Gente.

Entre tantas surpresas, a equipe encontrou o exemplar de pau-brasil mais antigo do País. “O Brasil foi chamado assim pelos europeus por causa do pau-brasil, que é chamado pelos povos originais de pindorama, que signi ca em tupi-guarani

‘terra das palmeiras’. Então, tanto o nome dado pelos europeus quanto pelos indígenas têm a ver com mata. Isso mostra tal é a nossa identidade com a Mata Atlântica e com a natureza. Está na essência da nossa nação”, comenta Marcelo Ferri, repórter responsável por mostrar não só a diversidade de plantas do bioma, como também questões culturais, tradicionais dos povos indígenas, que também foram contadas pelos europeus.

De barco, nos rios e nas praias do Sul e Sudeste do País, o repórter

Paulo Augusto mostra na série especial as tradições de pesca, essenciais para a sobrevivência de indígenas e que perduram até os dias de hoje. “Terra

Brasilis é uma oportunidade de descobrir o Brasil a fundo. É um resgate da nossa história, com muita aventura e natureza”, diz o jornalista que também se aventurou pelo imaginário dos povos tradicionais brasileiros para contar lendas que impressionaram tanto os europeus no passado. A série será exibida até o dia 25 de junho, sábados às 14h, na EPTV. Mas todo o material também está disponível no Globoplay.

CONSOLIDAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO NACIONAL

Ao comemorar bodas de prata, o Terra da Gente se consolida no mercado publicitário nacional como um programa multiplataforma de números históricos. São mais de mil edições produzidas, exibição para os 317 municípios paulistas e mineiros de abrangência do Grupo EP, transmissão também no Globo Internacional e milhões de acessos no site.

Somente no segundo semestre de 2020, foram mais de 6,6 milhões de acessos ao portal que reúne reportagens e imagens de um Brasil colorido e diverso.

Dentre as novidades nos formatos comerciais do Terra da Gente nos últimos anos está a possibilidade de ações de merchandising. As marcas podem, de forma orgânica, cocriar junto ao programa e despertar o engajamento da audiência. “Nossos parceiros têm encontrado bastante sinergia com os quadros do programa. Juntamente com as agências publicitárias e nosso departamento de marketing, chegamos a uma fórmula criativa e atrativa de construir histórias dentro do contexto do Terra da Gente e de seus quadros já consolidados e esperados aos sábados”, a rma André Giron, diretor comercial do Grupo EP.

Recentemente o Terra da Gente foi a primeira marca do Grupo EP a realizar uma ação de merchandising na rede social do programa (com cerca de meio milhão de seguidores), por meio de uma estratégia de marketing de in uência com o apresentador do semanal e diretor do programa, Ciro Porto.

A expertise em produzir conteúdo e conversar com a audiência, que é el à programação, tem possibilitado diversi car a produção de narrativas em todas as plataformas. “A marca Terra da Gente tem credibilidade e é forte em todos os meios em que atua. Seja nas redes sociais ou nos podcasts no canal Sons da Terra”, completa Giron.

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