# 116 2017 R$ 15
drinks Uma seleção de coquetéis para receber com estilo.
turismo um passeio pelo charme da riviera francesa
cristiano e luciano watzko empreendedorismo em família
+ Negócios | a grife social omunga - negócios de impacto social
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#confortoabsoluto
NA VIDA VOCÊ JÁ DEVE TER EXPERIMENTADO REALIZAR SEUS SONHOS.
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O NOME DO CONFORTO DESDE 1959
MAS SERÁ QUE VOCÊ JÁ EXPERIMENTOU O CONFORTO ABSOLUTO?
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AMBIENTES QUE COMBINAM COM SUAS ESCOLHAS DE VIDA.
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Curitiba: Alameda Carlos de Carvalho, 1731 | Batel | F: 41 3222.0900 Foz do Iguaçu: Av. José Maria de Brito, 1488 | Jardim Central | F: 45 3525.8255 Joinville: Rua Blumenau, 850 | América | F: 47 3432.0114 revista PREMIER Ciudad del Este: Gabriel Casaccia con Av. Paraná | Paraná Country Club | F: 0981 164919
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Editorial Expediente Diretor executivo Douglas Hoffmann # 116 2017 R$ 15
douglas@revistapremier.com.br Jornalista # 116 - 2017
Fabiane Lima Ribeiro (Mtb: 0005003/SC) jornalismo@revistapremier.com.br
DRINKS UMA SELEÇÃO DE COQUETÉIS PARA RECEBER COM ESTILO.
TURISMO w w w.revistapremier.com.br
Capa: Cristiano e Luciano Watzko FOTO: Valéria Grams
UM PASSEIO PELO CHARME DA RIVIERA FRANCESA
Fotografia e tratamento de imagens Valéria Grams
CRISTIANO E LUCIANO WATZKO
Design gráfico Agência Espresso
EMPREENDEDORISMO EM FAMÍLIA
+ NEGÓCIOS | A GRIFE OMUNGA DE EMPREENDEDORISMO SOCIAL
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Administrativo 1
apertem os cintos Depois de uma pesada turbulência durante todo o ano de 2016 e início de 2017, o céu azul de brigadeiro finalmente começa a aparecer no Brasil. As delações “premiadas” vem mostrando que nenhum dinheiro fácil é honesto, como há muito tempo os empreendedores deste país já o sabiam. O governo por sua parte vem apresentando reformas na previdência, na relação empregado x empregador, na área tributária, que só melhoram os cenários econômicos para aqueles que decidiram em algum momento abrir seu negócio no país. A taxa de juros voltou a cair, e em ritmo acelerado. É HORA DE SAIR DE CASA! Aqueles que souberam trabalhar durante esta turbulência e mantiveram-se firmes nas suas rotas terão muito que comemorar em breve. É hora de mostrar para o mundo que sua empresa continua forte, que como bom brasileiro não desistiu tão fácil, que você soube se reinventar no momento de crise. Nós continuamos trazendo histórias inspiradoras, como a dos irmãos Cristiano e Luciano Watzko, que em família construíram um modelo de negócio de sucesso. Batemos um papo ainda com Roberto Pascoal, sobre o empreendedorismo social e a grife OMUNGA. E conversamos com a presidente do Joinville e Região Convention e Visitors Bureau, que continua forte com o seu propósito de captar eventos e fortalecer o turismo de nossa cidade. Ainda passeamos pela Riviera Francesa e aprendemos as receitas de alguns coqueteis para esquentar as noites de outono que estão aí. Apertem os cintos, que a nave Brasil vai acelerar. Boa leitura e um excelente mês! Equipe Revista Premier Anúncios e assinaturas: (47) 3227.4905 | 8801.8450 comercial@revistapremier.com.br
administrativo@revistapremier.com.br Publicidade comercial@revistapremier.com.br Revisão Revista Premier Colunistas Alessandra Lobo, Byanca Bell, Carlos Büst, Julio Franco, Maithê Brandt, Marinaldo de Silva e Silva, Fabio Espinosa. Impressão Maxxi Gráfica Tiragem 5 mil exemplares
As matérias assinadas por colaboradores e colunistas não correspondem ao pensamento da direção e são de inteira responsabilidade de seus produtores, bem como as fotos utilizadas nas mesmas.
PREMIER JOINVILLE ISSN 2178-8928 É uma publicação mensal da Revista Premier Editoração Gráfica Ltda. CNPJ 15.429.203/0001-75 Rua Germano Stein, 249 - Sala 11B. América. CEP: 89204-190 Joinville/SC Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização. Todas as informações técnicas são de responsabilidade dos respectivos autores.
Índice
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Turismo 10 Tecnologia 30 Saúde 38 Bazar Cultural 48 Negócios 52 Negócios Sustentáveis 54 Decoração 62 Circuito Cidades 64 Tendências 68 Moda 70 Contemporânes 72 Sem Frescura 74 Societá 78 Radar Social 80 Wish List 82 Mr President
Os encantos e cenários da Riviera Francesa
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+Negócios
A Omunga Grife Social e seus projetos pelo mundo
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Drinks
Receitas para aquecer as noites de outono
42 Capa
Empreendedorismo em família com Luciano e Cristiano Watzko e os empreendimentos da Construtora LHW LEITOR: Você tem um canal direto com a Premier. Envie sua opinião, sugestões e críticas para administrativo@revistapremier.com.br
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Hi-tech
Um dispenser de alimentos inteligente para gatos Conectar qualquer coisa e torná-la inteligente é a principal tendência e, com o Catspad, não é diferente. O produto é um dispenser de alimentos que fornece água limpa e ração diariamente para gatos e cachorros. O controle é feito a partir do smartphone, permitindo que o usuário esqueça essa tarefa cotidiana ou fique despreocupado durante as férias. O aparelho é financiado por meio do Kickstarter. Valor: US$ 199,00 Mais informações: catspad.com
na vanguarda Conceitos e desejos que vem por aí
Por Eduardo Tristão - hitechjoinville@hitechjoinville.com.br Fotos Divulgação
Baby-tech Como a moda é monitorar tudo, por que não o sono dos pequenos? O Remi tem esse formato de fantasminha do Pac-Man, mas pode mudar seu rosto para quatro expressões diferentes. Elas podem ajudar a criança a reconhecer o momento cer to de se acalmar e pegar no sono. Além disso, o produto mede temperatura e luz do quar to para avaliar as condições em que a criança dorme melhor, toca músicas, conta histórias e funciona como walkie-talkie dos pais. E sim, é controlado por app. Valor: US$ 93,00 Mais informações: urbanhello.com
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BVLGARI Divas’ Dream Inspirado na opulência e na decadência de Roma, a coleção de relógio Divas Dream da Bvlgari é uma celebração da rica herança da marca italiana. Projetada para se assemelhar a um florescer de um jardim e presa a uma cinta de cetim, esta jóia de 18 quilates de ouro-rosa é incrustada com diamantes brilhantes - cortados e centralizados numa pulseira absolutamente luxuosa e fina. Valor: £ 56,000.00 Mais informações: bvlgari.com
Tattoo Machine Esta é uma inovação de alta qualidade, uma máquina de tatuagem rotativa. A Estigma Amen tem motor de 4.5 watt (made in Taiwan), forte e estável para o trabalho. O produto foi projetado com sistema ajustável completo, para que o artista possa trabalhar livremente e ajustar o curso a partir do disco. O dispositivo vem com needlebar ajustável e sistema de estabilização que permite operar a máquina sem rubberbands, basta adicionar a quantidade exata de pressão contra o needlebar e obter uma perfeita agulha estabilizada. A velocidade de rotação pode ser ajustada pelo fornecimento de energia a partir de 3000-15000 stitchs/min, tensão de funcionamento de 7-13 V, barras de interface RCA e cabo de clipe, ambas ligadas na máquina. O aparelho é compatível com todos os padrões de fornecimento de energia, agulhas, apertos e tubos. Valor: US $36.69 Mais informações: stigma-rotary-tattoo.com
Rumores do Iphone 8 Parece que a Apple preparou muitas novidades para o aniversário de 10 anos desde que o primeiro iPhone foi lançado por Steve Jobs. E o foco desta revolução deve estar no próximo smartphone, que para começar pode ter o design totalmente inovador, semelhante a uma “lâmina de vidro”. A tela OLED deve ocupar toda a parte frontal do aparelho e o tradicional botão de menu físico irá desaparecer. Entre as novidades revolucionárias está o carregamento por wireless, ou seja, sem fio. Além disso, tecnologias biométricas como o reconhecimento facial e scanner da íris também devem integrar o novo aparelho. revistapremier.com.br
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Turismo
Glamour
cinematográfico O charme da Riviera Francesa para um roteiro de cinema Por fabiane lima ribeiro Fotos Divulgação
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ão é à toa que a Côte d’Azur (Costa Azul), como também é chamada a Riviera Francesa, é conhecida por ser uma região cinematográfica. Entre os diversos filmes rodados no local, o mais célebre foi o clássico “Ladrão de Casaca”, de Alfred Hitchcock. O filme tem cenas gravadas em Nice, Cannes e Mônaco, entre outras locações. Além de ser lembrada pelos filmes, a região é referência de luxo e glamour na Europa. Por ser banhada pelo mar mediterrâneo e rodeada por montanhas como os Alpes, é uma das mais cobiçadas pelas celebridades no verão e vai de Toulon a Menton, na fronteira com a Itália. Dentre as várias cidadezinhas, as mais conhecidas são Nice, Mônaco, Monte Carlo, Cannes e Saint Tropez, todas muito próximas umas das outras e lugares que dão as boas-vindas aos amantes da “art de vivre”, da gastronomia, das compras, dos cassinos, dos esportes, da cultura e da natureza. Viajando a negócios, a dois ou com a família, o ano todo e é possível descobrir este lugar mágico. Confira!
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Turismo
Clima de verão No verão, a Riviera Francesa atinge o seu esplendor: altas temperaturas, muitas horas de sol e todo o movimento que faz o destino ter a fama que tem. Os meses de junho e julho são os que oferecem mais horas de sol, já agosto é o mês mais quente. No extremo oposto, setembro, outubro e novembro são os meses mais chuvosos e, por fim, dezembro, janeiro e fevereiro os meses mais frios. Na Côte como um todo, um costume muito comum é o esquema de “praias privadas” (como a Castel Plage ou a Hi Beach, em Nice, por exemplo) onde você paga uma valor fixo para frequentar e tem direito a espreguiçadeiras, guarda sol, restaurante, garçons e champagne.
o que vale conferir
cassis Uma das cidades mais interessantes da região, com seus lindos edifícios antigos e belas praias, é ideal para conhecer os calanques, uma formação geológica onde o mar adentra ao território formando vales pedregosos.
Toulon Os passeios na cidade começam pelos centros históricos, com parada no mercado de rua da Cours Lafayette e monumentos como a Igreja de Saint Louis e a Fonte dos Três Golfinhos. Já o Museu Nacional de Navegação, aberto em 1981, é o grande destaque turístico. No local, chamado de Arsenal, estão diversos modelos de navios militares.
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Saint Tropez Na cidade que ficou famosa após o filme “Et Dieu… Créa La Femme” (E Deus Criou a Mulher, em português) com a musa Brigitte Bardot ser rodado, em 1956, vale a pena passar uma ou duas noites para percorrer suas ruelas com calma, aproveitar o final de tarde no porto, bebericar um bom drink e a noite descer em um dos sótãos das construções antigas para as baladinhas locais, como as festas concorridas dos clubes de praia de Pampaleonne.
Antibes Na cidade, que foi lar do artista Pablo Picasso, está o Museu Picasso. No acervo, é possível conferir mais de 300 peças do pintor, muitas delas inspiradas na própria Antibes. A Cap D’Antibes, península lendária que “separa” Antibes de Juan les Pins e desde o século 19 atrai aristocratas, artistas e celebridades em geral, é conhecida por ter sido lar de figuras como o pintor francês Claude Monet, o duque e a duquesa de Windsor, o magnata grego Stavros Niarchos, Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald, entre muitos outros.
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Éze e Grasse As duas cidades são famosas pela fabricação de perfumes franceses. Se você é apreciador desse item de luxo e quer conhecer mais sobre a história dele, seu destino é Grasse, no Museu Internacional do Perfume. Em Éze, a pequena cidade de becos, você se encanta pela construção, toda fundada no alto de uma montanha com vista para o Mar Mediterrâneo.
Nice O carnaval da cidade é um dos mais prestigiados da região. Um passeio pela Promenadedes Anglais também é imperdível, mas para conferir a cidade do alto, vá ao Parc de La Colline Du Chateau. Não deixe também de caminhar pelas ruas de Vieilleville, onde é possível notar de perto a mistura da França com a Itália. Uma outra boa pedida é a visita aos museus de Lasar Chagall e Matisse, que possuem um bom acervo de obras destes dois renomados artistas da cidade.
Menton Na fronteira com a Itália, a cidade aparenta ser mais italiana que francesa. Com clima ameno, é florida e arborizada, tendo como um dos atrativos principais o Jardim Botânico. Em fevereiro, realiza o Festival do Limão, onde são expostas esculturas de limão e outras invenções com a fruta.
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Saint Jean Du Cap Ferrat Para visitar museus, ruínas e a praia. A cidade ainda oferece opções de hotéis e restaurantes de luxo. O Grand Hôtel Du Cap Ferrat é famoso por seus jardins e vista do mediterrâneo.
Vence e St. Paul de Vence
Villefranche Chegar a Villefranche é fácil, pois fica a poucos minutos de Nice de trem ou de carro, mas é possível também alugar uma lancha para percorrer os cantinhos escondidos das baías e de quebra conhecer as praias exclusivas de Cap Ferrat. Depois do passeio de barco ou em um final de tarde, vá a um dos barzinhos do porto para um belo fim de tarde. Esta vila, que pertencia a Itália antes da Primeira Guerra Mundial, tem ruelas e prédios coloridos com roupas penduradas nas janelas, que lembram de fato uma das vilas à beira-mar da costa italiana.
Duas cidades com construções medievais em pedra, que abrigaram muitos dos pintores famosos que viveram na Provence e são ótimas opções de passeio durante o ano inteiro, com clima de montanha e um friozinho bem romântico. Tire um dia para subir as encostas e visitá-las. Não deixe de ir na “master piece” de Matisse, a capela do Rosário que ele projetou para as freiras em Vence. Dependendo do dia, há feiras de produtos provençais e bons lugares para um almoço ou café nos restaurantes de alta qualidade.
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Mônaco Circular de carro pelas ruas de Mônaco dá a impressão que se está numa corrida de Fórmula 1. Se você costuma assistir às competições, vai sentir que tudo parece muito familiar. Outro lugar que dá a sensação de “dèja vu” é o Casino de Montecarlo, onde foi gravado o filme “007 contra GoldenEye”, com Pierce Brosnan, em 1995. No País-Principado, o roteiro com o Palais du Prince, a Vieux Monaco e a Saint Nicholas Cathedral, onde se casaram a Princesa Grace (Kelly) e o Príncipe Rainier - e estão seus restos mortais, é obrigatório.
Cannes Como não poderia deixar de ser, o Festival de Cinema de Cannes, que acontece em maio, é uma das atrações mais imperdíveis da cidade. Vale conhecer a cidade antiga, o porto e o Palácio dos Festivais, além do porto de onde zarpam passeios de barco para ilhas mediterrâneas e uma seleção respeitável de hotéis, restaurantes e lojas de grife na Croisette, avenida que margeia boa parte da costa da cidade. Não deixe de ir às praias de Plage de La Bocca ou à Plage Du Midi, lindas e concorridíssimas!
Como Chegar Há dois aeroportos principais para chegar à região – nas cidades de Marselha e Nice. A Riviera também é bem servida de trens, caso você escolha ir em um vôo direto do Brasil para Milão e de lá pegar um trem para um dos destinos escolhidos. De Nice, a principal cidade da Côte D’azur, é possível pegar o trem que percorre a costa e custa 3,00 euros por ticket, para ir a Cannes, Saint Rafael, Villefranche, Mônaco e fazer um roteiro completo da Riviera. n
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drinks
um brinde às noites de calor O verão pode até ter chegado ao fim no último dia 20 de março, mas para quem sente falta do calor que acompanha a animação das festas, confira uma seleção de coquetéis do especialista em drinks e proprietário do De Richters Pub, Bernard Robert de Richter, para aquecer o friozinho das noites de outono Por fabiane lima ribeiro Fotos valéria grams
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Mojito A Cuba é um país fascinante, conhecido por seu povo animado e festeiro. Fazendo jus a fama do país, surgiu há mais de 100 anos o Mojito, drink próprio para os momentos quentes e alegres. No entanto, vale o aviso de Bernard, que segundo ele, foi dado pelos próprios cubanos: “Não abuse da bebida, pois apesar de leve e refrescante, o Mojito é um drink que sobe muito rápido!”. Ingredientes: 1/2 copo de água com gás ou soda (mais ou menos 100ml) 1 dose de rum (sugestão: Bacardi) 1 colher de sopa de açúcar 1 ramo de hortelã (cerca de 10 a 12 folhas) Gelo picado a gosto Suco de 1 limão Preparo: Em copo próprio para servir o drink, sirva o suco de limão, adicione ½ copo de água com gás, 1 ramo de hortelã amassado e gelo picado. Em seguida, acrescente o rum e o gelo. Depois disso é só apreciar a bebida. DICA: Amasse bem a hortelã, pois esse é o segredo de um bom mojito. Aproveite também as folhas para decorar o copo e dar um toque mais interessante ao drink.
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drinks
Hunion Esse drink, que é uma criação original do proprietário do De Richters Pub, não tem um nome que soa como “união” à toa. A bebida foi pensada por Bernard como forma de resolver um desentimento de um casal frequentador do pub. “Eles, que eram um casal de amigos, chegaram ao pub meio calados e desanimados, pois haviam acabado de ter uma discussão. Para descontrair, perguntei a eles o que gostariam de beber. Ela pediu um drink doce e ele algo seco e mais forte, então pensei em unir os dois. Como resultado, surgiu o drink, que na intenção de fazê-los interagir, servi num único copo. Alguns goles depois, com ambos mais relaxados, o casal já estava rindo e conversando um com outro. Final feliz e regado a um bom drink!” Ingredientes: 60ml de Gin (Tanqueray) 30ml de Absolut Açai 30ml Suco de limão 6 folhas de hortelã 3 colheres (bar) de açúcar. Preparo: Em um copo de whiskey, adicione suco de meio limão, 3 colheres de açúcar e 6 folhas de hortelã (frescas). Macere levemente os ingredientes para soltar o sabor da hortelã, adicione o gin, a vodka e misture.
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Tequila Sunrise Umas das diversas versões da origem deste drinque típico do verão é curiosamente creditada ao astro Mick Jagger, líder e vocalista de umas da maiores bandas de rock de todos os tempos, os Rolling Stones. Segundo contam, Mick era apaixonado por tequila e tomava cerca de meia garrafa por dia. Contudo, durante uma turnê na década de 70, o médico que acompanhava a banda teria proibido Jagger de tomar qualquer bebida alcoólica. Para burlar a recomendação, Jagger pediu ao bartender do hotel onde estava hospedado que misturasse tequila ao suco de laranja. O médico só descobriu a mentira do músico após o término da temporada, quando o vocalista já estava gozando de boa saúde. Ingredientes: 1 dose de tequila ouro 3 doses de suco de laranja 1 lance de Grenadine Preparo: Despeje num copo alto a dose de tequila e o suco de laranja e gelo. Misture bem e coloque o Grenadine.
Bar secreto Se você nunca ouviu falar do De Richters Pub, não se admire. O bar é um esconderijo secreto em Joinville do seu criador, Bernard Robert de Richter. O local foi pensado como ponto de encontro de pessoas que desejam beber e se divertir num local mais reservado e com direito a drinks exclusivos. Bernard teve a ideia por sempre receber amigos em sua casa para uma bebida, que por saber do apreço dele por drinks, costumavam levar ingredientes diferentes para que ele pudesse criar sabores novos. “Aqui em Joinville existe uma dificuldade muito grande de se beber drinks clássicos como o Manhattan ou o Dry Martini... Bebe-se mais cervejas e choppes, mas como eu sempre fui fã da coquetelaria, quis oferecer os coquetéis tradicionais. Afinal, se você conhece e serve as bebidas clás-
sicas, você está em condições de criar e oferecer algo original, criado por você”, conta ele. Sem compromisso de ser oficialmente um bar, o De Richters só recebe aqueles que forem convidados ou se forem pessoas indicadas por quem já frequenta. No pub, é possível apreciar um rock clássico tocado no vinil, bater papo, saborear as mais de 40 opções de drinks e coquetéis do cardápio ou pedir uma bebida inventada na hora com ingredientes personalizados, algo que Bernard faz questão de manter como tradição. “A coquetelaria é como a culinária. Os ingredientes e as possibilidades são quase infinitas, então você pode fazer as suas próprias criações, algo que eu gosto e incentivo muito aqui”, garante. A única regra do Pub é não exagerar na dose, literalmente! n
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+ negócios
Sociais
empreendendo transformações
por fabiane lima ribeiro Fotos Max Schwoelk, Daniel Machado e Valeria Grams
A OMUNGA Grife Social, fundada por Roberto Pascoal, visa gerar impactos sociais na área da educação no Brasil e no mundo, por meio do empreendedorismo social.
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oa intenção é linha de largada e não linha de chegada”, já dizia Viviane Senna, uma visão da qual o empreendedor social Roberto Pascoal compartilha e complementa: “Para criar uma ferramenta de transformação permanente e autossustentável, é necessário utilizar criatividade, boas métricas de gestão e governança, fluxo de caixa saudável, mensuração de resultados e muita transparência. Além de uma causa pertinente e pessoas apaixonadas por transformações sociais”, explica. A afirmação de Pascoal é reflexo de uma nova modalidade de empreendedorismo, o empreendedorismo social, um setor em alta no Brasil, onde empresas oferecem, de forma intencional, soluções escaláveis para problemas sociais a população de baixa renda. No caso da OMUNGA, marca de Pascoal que comercializa camisetas e itens sazonais como Colombas de Páscoa e Panetones de Natal, o objetivo é potencializar transformações sociais por meio da educação. “Ao invés de vender uma história triste e pedir doações ou patrocínio, apresentamos um produto ou serviço que além de oferecer um benefício, tem a garantia de que o lucro do valor arrecadado será usado para um fim social, gerenciado pela própria OMUNGA”. A métrica de atuação é por meio da construção de bibliotecas e capacitação de professores de forma contínua em regiões de extrema carência social. Regiões isoladas, remotas e com indicadores (Índices de Desenvolvimento Humano - IDH, Índice de Vulnerabilidade Social – IVS, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB) em patamares extremos. Cidades e povoados com possibilidade de auxílio quase nula. A empresa privada mantém crescimento de 15% desde a sua fundação em 2013. Somando a cooperação com poder público e privado, a OMUNGA já potencializou a construção de três bibliotecas, sendo duas no sertão do Brasil com o projeto Escolas do Sertão, e uma na Angola, por meio do projeto Livros para África, beneficiando seiscentos professores e três mil alunos. Suas metas este ano são fortalecer o fluxo de caixa e contratar mais pessoas, diminuindo a dependência de voluntários, já que, de acordo com Pascoal - apesar do alto poder de engajamento, para crescer, “é necessário contar com uma equipe voltada exclusivamente para manter os projetos atuais e viabilizar duas novas iniciativas: OMUNGA na Amazô24
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+ negócios nia’ e ‘OMUNGA em Joinville’”, esclarece.
marca, propósito e causa Mais do que promover uma causa, o empreendedor social se preocupa com a construção de uma marca, do posicionamento de valor e do relacionamento com seus clientes, “Cada vez mais, as pessoas buscam sentido, propósito e significância para suas vidas e o consumo de produtos também entra nessa. Nesse contexto, a OMUNGA engaja um número cada vez maior de pessoas, pois muitos desejam uma causa e nossos projetos passam a ser a causa de muitas pessoas. Sinto que elas se sentem fortalecidas em fazer parte da construção de um mundo melhor, por meio da educação e do valor de nossa marca”, pondera. Na perspectiva de Pascoal, o empreendedorismo social e o propósito da marca caminham juntos. “A OMUNGA nasceu disso, de um propósito de potencializar liberdade e autonomia para crianças e professores que vivem em situações de extrema vulnerabilidade social, mas ao mesmo tempo ser um negócio autossustentável por gerar lucro. Só que esse lucro ao invés de ir para o bolso do empreendedor ou investidor, gera impacto social positivo com a venda de produtos que efetivamente estão voltados para este mesmo objetivo”, diz.
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Motivações A afinidade com projetos sociais veio depois de um período sabático de quatro anos na África. “Depois de atuar 10 anos na área da comunicação, tive o desejo de me aproximar da área social, mas ainda sem muita noção de como fazer parte dela. Conforme eu ingressei nesse mercado e tive experiências em Angola, Moçambique e depois no sertão, passei a estudar cases sociais e de empreendedorismo social como mundiais Grameen Danone, Ton - One for One, Roon to Read, Sevenly e Instituto Ayrton Senna”, conta ele, que tem formação na área da publicidade. Num momento onde se discute tanto propósitos de vida, pesquisas apontando que dois em cada três jovens querem empreender no Brasil (Firjan/2017), somado às incontáveis problemáticas sociais presentes do Brasil e no mundo, Pascoal acredita que o empreendedorismo social se
torna uma das oportunidades mais relevantes para questões que o meio privado, público e social tradicional, até então, não conseguiram resolver. “Por isso, é fundamental que empresas, universidades e associações de classe, entre outros, invistam fortemente no desenvolvimento de novos agentes de transformações sociais”, defende. Para Pascoal, o mundo e o mercado estão se abrindo para a área de negócios sociais. “Essa já é uma tendência mundial, resolver várias problemáticas sociais com inovação, gestão, estratégia e poder lucrar com isso”. Ainda assim, ele vê no Brasil um paradigma a ser quebrado. “Há no Brasil um problema de percepção de que ter lucro num negócio social é proibido, mas o conceito é justamente esse: usar suas competências e habilidades de inovação para promover produtos que resolvam problemas sociais”, conclui.
inspiração Pascoal cita ainda 3 livros que inspiraram sua mudança de atitude e o início da OMUNGA Grife Social. - Negócios com Impacto Social no Brasil - Edgar Barki - O Banqueiro dos Pobres - Muhammad Yunus - Saí da Microsoft para Mudar o Mundo - John Wood
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A Omunga por quem faz Depoimentos de quem contribui e é impactado pelos projetos da grife social “A proposta teve o intuito de aproximar experiências em sala de aula. Essa troca, além de apresentar os êxitos, focou em dois aspectos. Primeiro, compartilhar das dificuldades docentes, como as barreiras que precisamos transpor para conseguir estudar, as limitações da formação inicial e a imprescindível formação continuada, enfim, questões que evidenciamos de norte a sul do nosso país. Segundo e principalmente, as possibilidades de um trabalho significativo a partir do contexto de cada escola/região adentrando o conceito de resiliência que é a capacidade de lidar de maneira pró-ativa em situações difíceis. Desde a fase de planejamento o objetivo foi contribuir com a ampliação do repertórios destes professores para que refletissem sobre as potencialidades do lugar em que lecionam. Mais do que chegar com metodologias prontas, as discussões contribuíram para que os docentes criem suas próprias estratégias, avaliando o que é pertinente para obter qualidade no trabalho com os alunos. Foi impactante conhecer realidades sociais tão diferentes, porém gratificante reconhecer nos relatos as essências da profissão que nos aproximam”. Paula Aparecida Sestari Venturi – Pedagoga, Professora da Rede Municipal de Ensino de Joinville e Voluntária da OMUNGA Grife Social. Depois das formação voltadas ao professor como o protagonista da educação, a OMUNGA veio para mudar esta visão e, assim como um professor, tornou-se um agente de transformação social. Tudo mudou, antes nos sentíamos vitimas, esperando alguém fazer algo, hoje sou uma professora protagonista. Sem falar ainda das palestras para professores e pais. Sou professora nas duas cidades - Curral Novo e de Betânia do Piauí, e, percebo que crianças e jovens estão a caminho de um futuro melhor! Não importa as dificuldades pelas quais passam as escolas (dificuldades a que me refiro são referentes a carência de apoio do poder público), mas mesmo assim eu posso dar a melhor aula, basta ter criatividade. Depois de receber as formações, passamos a ter uma maneira lúdica e mais atrativa de estimular o gosto e hábito pela leitura. E hoje, as escolas onde a OMUNGA está presente tem apresentado resultados excelentes, tanto para os professores como para os alunos, já que temos formação de professores, e assim os professores podem desenvolver melhor sua prática na sala de aula. Arlete Modesto Macedo Fernandes, Pedagoga e Professora da cidade de Betânia do Piauí, beneficiada pelo Projeto Escolas do Sertão promovido pela OMUNGA Grife Social.
Contribuir com projetos sociais é a nossa forma de agradecer por tudo o que conquistamos e também ajudar a transformar o mundo em um lugar melhor. Represento os profissionais da Exit, que abraçaram esta causa com a empresa. Juntos, desenvolvemos um estudo de branding que definiu a identidade, o posicionamento e a arquitetura de marca para aumentar o valor e facilitar a gestão do negócio da Omunga. E é notória em toda a equipe envolvida nesse projeto a ampliação da visão de mundo. Sair do universo do nosso conhecimento e ter contato com outras frentes de trabalho é algo sensacional. Samanta Tassotti – Sócia da Exit Comunicação e Negócios e Integrante do Conselho Consultivo da OMUNGA Grife Social e do Instituto OMUNGA n 28
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saúde
Equilíbrio prática para o
por fabiane lima ribeiro Fotos Valeria Grams
Conceituado médico em Joinville, Dr. Edson Maffezzolli explica o funcionamento da prática ortomolecular
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le exerce a profissão há 45 anos. Começou como pediatra, mas depois de mais de duas décadas atendendo crianças, o conceituado médico joinvilense Edson Maffezzolli partiu para uma área da medicina que pouco havia sido explorada no Brasil no início dos anos 90. “Foi por motivos pessoais que eu busquei a prática ortomolecular. Tive casos na família que me motivaram a voltar a estudar e entender a causa de certas doenças que antes eram pouco estudadas”, lembra ele. Depois de concluir o curso de prática ortomolecular, o Dr. Maffezzolli sentiu que não tinha todas as respostas que buscava. “Então ingressei na especialização de nutrologia, que eu senti que complementaria a prática ortomolecular e ainda fiz uma pós-graduação em fito-medicina, onde 30
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aprendi a usar as ervas de maneira medicinal”. Para concluir, ele ainda cursou mais um ano de medicina quântica. “Foram seis de formação complementar. Tudo para ter uma compreensão maior do que acontecia com a minha própria saúde e da minha família”. A ideia inicial de Maffezzolli era utilizar o aprendizado de maneira particular, sem abrir o atendimento ao público, somente aos familiares. “Continuei atendendo como pediatra, mas comecei a receber pacientes adultos no meu consultório que queriam tratar doenças específicas”. Depois de um tempo, ficou difícil de conciliar, tanto que o médico optou por deixar de atender os pacientes crescidos. “Os pacientes continuaram ligando, mas aquilo já estava afetando os horários das consultas da pediatria, então decidi parar. Foi aí que recebi a esposa de um paciente com câncer, que disse que se eu não atendesse quem precisava de mim aquilo seria crueldade”. A conversa afetou Mafezzoli. “Passei um fim de semana inteiro me remoendo. Aquilo ia contra o que eu acreditava como médico. Por isso, acabei voltando atrás e quis fazer a coisa certa. Montei o consultório oficialmente para os adultos, mas ainda hoje atendo as crianças algumas horas por semana”, afirma.
Para desmistificar a prática, que ainda hoje realiza na clínica localizada na Rua Professora Laura de Andrade, Dr. Maffezolli concedeu uma entrevista à Premier e explicou alguns dos conceitos, que, para ele, são a essência da medicina: “Cuidar do equilíbrio das células do corpo, algo que é feito em três etapas: a primeira é identificar o desequilíbrio, a segunda é desintoxicar o organismo do paciente com a mudança de hábitos e a terceira é a reposição ou eliminação das substancias necessárias para o equilíbrio da célula”. Confira!
Revista Premier: De maneira simplificada, o que é a prática ortomolecular? Dr. Edson Maffezolli: Vou tentar resumir numa frase: se o seu corpo está em equilíbrio, ele não fica doente. Já quando alguma coisa não vai bem, o corpo envia mensagens, isto é, sintomas, de que o corpo está em desequilíbrio. A prática ortomolecular investiga esses sintomas e identifica o que está causando o desequilíbrio. RP: Quais são os sinais que o corpo envia para sinalizar desequilíbrio? EM: Os avisos do corpo podem ser simples como queda de cabelo, reações na pele, dor muscular etc. Na maioria dos casos, o problema está sendo causado por algo que está sendo consumido pelo paciente. Pode ser algo que não deveria estar na alimentação da pessoa ou porquê algo está faltando ou não sendo consumido como deveria. Em resumo, o que você come e bebe causa alterações de PH e dependendo do que se consome, a pessoa pode estar “envenenando” o próprio corpo. Esse “envenenamento” causa desequi-
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líbrios, isto é, doenças físicas. Para combater as doenças, temos que trabalhar os micronutrientes, que ficam dentro das células. RP: Como a prática ortomolecular atua no tratamento dos desequilíbrios? EM: A prática ortomolecular é uma ciência que estuda o funcionamento da célula. A célula é a unidade primária de tudo que existe dentro do ser humano. Ela é composta por membranas, que para funcionar bem dependem de um PH ideal provido pelo meio ambiente. Se esse meio ambiente apresenta um PH alterado, com a base ácida, por exemplo, é necessário descobrir o que está causando essa acidez no sistema do indivíduo e é aí que entra a questão da alimentação. Por exemplo, se você esquecer um copo de leite em cima da mesa, dentro de algumas horas ele azeda, correto? No corpo humano isso também acontece. Em algumas pessoas, o consumo do leite acaba sendo um prejuízo ao corpo. Outro alimento que estraga fácil é o pão e da mesma forma, em alguns casos, o consumo desse alimento interfere no PH da pessoa. Já o refrigerante tem o PH muito baixo, tanto que a gente brinca que quem gosta de bebê-lo, está tomando o mesmo de ácido que há numa bateria de carro. Então, a cada copo de refrigerante, o ideal seria tomar outros 32 copos de água, só para consertar o estrago feito no corpo. Então é só se perguntar o que é mais benéfico para o corpo:
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consumir um alimento que faz mal e tomar medicamentos que tratam o problema, mas não o extinguem, ou parar de consumir esse alimento e eliminar o problema de vez? Contudo, tudo que falamos aqui tem que ser estudado individualmente, pois cada paciente tem uma genética única. Cada corpo funciona de uma forma e cada pessoa tem um aspecto da saúde que é mais frágil. RP: Conforme envelhecemos, fica mais difícil tratar os desequilíbrios do corpo? EM: A principal diferença entre uma fruta fresca e uma fruta envelhecida é que a fruta fresca tem uma proteção extra contra as interferências do meio ambiente, como agrotóxicos e outras mudanças que vem de fora, mas a medida que ela envelhece, o mecanismo de proteção enfraquece e ela começa a degenerar. Da mesma forma, o ser humano nasce com diversos mecanismos para combater os desequilíbrios do corpo, tendo ainda o auxílio dos micronutrientes para complementar o que falta a partir da alimentação, mas com o passar do tempo esses mecanismos enfraquecem e ficamos mais suscetíveis a doenças. Então, desde sempre você precisa proteger o seu corpo para ele não degenerar. O processo de degeneração nada mais é do que a perda da capacidade de se curar sozinho. É possível protelar esse processo para que a sua qualidade de vida dure por mais tempo a partir de condições em que o corpo funcione em
equilíbrio. RP: Qual o perfil dos pacientes que buscam a prática ortomolecular? EM: A maioria dos pacientes que recebo na clínica são pessoas que já sabem que estão com algum problema. Em alguns casos, são doenças graves, que o paciente não encontrou tratamento em outro lugar. Ainda assim, de uns tempo para cá, tem aparecido mais pessoas interessadas em buscar mais longevidade e qualidade de vida. São pacientes que ainda não apresentam desequilíbrios e que buscam prevenir possíveis quadros de doenças que já são comuns na família durante a velhice. Além desses pacientes, recebo casais que pensam em ter filhos e se preocupam se a criança será saudável. Para garantir isso, a partir de exames dos mecanismos de funcionamento do corpo dos pais, é possível fazer um estudo e um tratamento específico que pode eliminar a ocorrência de problemas de formação do feto.
quando a pessoa entende o que ela tem, ela fica mais aberta ao tratamento e às práticas que vão auxiliar na recuperação. RP: Como a prática ortomolecular trabalha em conjunto com cada uma das especialidades da medicina? EM: A especialidade médica deve ser tratada com uma exceção. Todos os médicos, em essência, devem ser clínicos-gerais, isto é, devem entender o corpo humano por inteiro. Em casos específicos, como por exemplo, um problema no rim, exige-se o acompanhamento com um especialista, que é o nefrologista. A mesma coisa quando é um problema de articulação, é necessário o acompanhamento com um ortopedista Aqui na clínica nós atuamos com a medicina pura, que é a ciência do corpo humano. Tudo que temos de conhecimento sobre o paciente, utilizamos para identificar o que está causando os desequilíbrios no corpo da pessoa. Fazemos tudo que está ao nosso alcance para corrigir isso, mas claro, se for algo específico, nós encaminhamos a um especialista. Na maior parte dos casos, os hábitos alimentares são capazes de corrigir.
RP: Qual a metodologia da prática ortomolecular em pacientes que já possuem algum quadro de doença grave? EM: Eu tive um caso que após feitos os exames e com a pesquisa do histórico do paciente, nós descobrimos envenenamento por mercúrio. Em casos como esse, que são diferenciados, eu sempre recomendo que o paciente estude o que tem. É uma tarefa que a pessoa leva para casa, ler sobre o problema e entender como aquilo acontece no corpo dela. Isso ajuda bastante, porque geralmente quando a pessoa descobre que tem uma doença, ela precisa lidar com aquilo e ainda absorver tudo que o médico falou, então nem sempre ela entende o que está se passando. Já
RP: Qual a sua perspectiva para o futuro da medicina? EM: A ciência do futuro, acredito eu, será a Epigenômica que estuda tudo que acontece e interfere na sua saúde e que podem ser fatores causadores de doenças. Por exemplo, o caso da Angelina Jolie, que decidiu retirar os ovários e os seios. Ela tomou essa decisão porque depois de fazer vários exames baseados no histórico de saúde familiar, conseguiu identificar que tinha os genes para desenvolver câncer de mama e de ovário. Além disso, dentro da Epigenômica, existe outra ciência, que é a Nutrigenômica, que estuda como alimentos podem afetar ou causar doenças provenientes dos genes e vai totalmente ao encontro do que já faço. n
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Moda sob medida
por fabiane lima ribeiro fotos Empório da mulher
O conceito mais que personalizado do Empório da Mulher para o público feminino joinvilense
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m ambiente aconchegante e totalmente voltado para atender o público feminino com peças exclusivas. A proposta do Empório da Mulher é ser um espaço para criatividade, uma janela para moda, cultura e arte. “Criamos as peças visando conforto, design, qualidade, exclusividade e preço justo. Fugimos do padrão de mercado ao oferecer não só um trabalho autoral mas um atendimento especial, sob medida”, defende a proprietária Janaina Simões.
Exclusividade Para quem busca exclusividade, a ideia não poderia ser melhor. O processo criativo é desenvolvido pela própria Janaina. A marca não cria coleções, trabalha de forma espontânea, sempre focada em um conceito atemporal e não na adequação às tendências. “As peças confeccionadas por nós são únicas. Se produzirmos o mesmo modelo teremos o cuidado em utilizar outros tecidos, cores e estampas”, afirma ela. A outra opção, segundo Janaina, é que a cliente encomende o modelo, a partir da escolha dos materiais. Caso necessário, também serão realizadas provas e ajustes. “Sempre com a proposta de que cada peça produzida por nós seja exclusiva para cada cliente, já que mesmo que um tecido possa originar mais de uma peça, cada criação terá um modelo diferente. Com o tempo conhecemos o gosto individual de cada uma e criamos pensando no que elas gostam”, garante.
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Encomendas e sob medida Para encomendas, o indicado é agendar um horário. Dessa forma a cliente recebe toda a atenção necessária. O contato pode ser feito por telefone ou até mesmo via WhatsApp. “Assim que a cliente chega apresentamos nosso conceito, é feito um briefing para interpretar sua necessidade, tiramos as medidas e concluímos com a escolha dos materiais”. Outro serviço personalizado são as peças sob medida feitas para ocasiões especiais, festas e eventos formais. “Como são peças especiais a confecção leva mais tempo. Porém, a cliente tem a possibilidade de criar e a certeza de que tudo ficará perfeito, já que foi desenvolvido com as suas próprias medidas”, afirma. “Descobrir o que as clientes desejam e transformá-lo no melhor produto - esse é o nosso objetivo”. No caso da peça pronta precisar de algum ajuste ou uma bainha, tudo é providenciado sem custo nenhum. “O mais importante é a satisfação da cliente e a assertividade no resultado final”, comenta.
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ano depois, ela percebeu que era hora de expandir, visando unificar showroom e atelier. “Com o crescimento da demanda, precisei aumentar a produção e unificar os espaços, isso sem perder o viés da exclusividade”. Agora, no espaço recém-inaugurado, ela pondera: “Queria uma casa que tivesse personalidade. Foram muitas semanas procurando um lugar especial até que achei este aqui. Foram necessárias diversas adaptações. O espaço foi todo reformado pensando em criar áreas para cada situação”. Para expandir ainda mais, em breve a loja também estará disponível na internet. “Por meio de um e-commerce pessoas poderão adquirir e receber em casa a exclusividade e design autoral do Empório da Mulher”, avisa Janaina.
Evolução Pensado inicialmente para ser um local diversificado, com roupas, móveis, objetos de arte, livros e calçados, o Empório foi criado na cidade do Chuí, no Rio Grande do Sul. “Depois de quase dois anos me dedicando ao meu filho Arthur, surgiu o momento de realizar um sonho antigo, abrir um espaço dedicado ao mundo feminino”. Quando Janaina e sua família retornaram para Joinville em 2015, onde ela havia cursado o técnico em Moda e Estilismo do Senai no começo dos anos 2000, o Empório veio junto. “Iniciamos num espaço pequeno, dentro de um excelente salão de beleza aqui da cidade, chamado Bela Brasil. Eu atendia as clientes – que eram do próprio salão, tirava as medidas, criava os moldes, talhava as peças e produzia de maneira terceirizada. Comecei com um showroom, desenvolvendo peças de modelagem ampla, circulando entre o minimalismo e maximalismo sem perder o foco na atemporalidade. Criando para mulheres reais e fugindo de um padrão estético pré-definido”. Com o tempo, a demanda de Janaina, que é responsável pela criação até hoje, aumentou. “Precisei de mais espaço e alguns meses depois, acabei mudando para uma sala com o dobro da área, onde coloquei mais uma arara e incluí prateleiras, além dos materiais para fazer o molde e corte das peças”. Sempre em busca de evoluir o atendimento, quase um
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Espaço amplo e personalizado A nova loja foi inaugurada no mês de março, na Rua General Sampaio, 116. Com espaços individuais: atelier, sala intimista pensada para receber as clientes com um café ou até para um happy hour, minibiblioteca com livros, vinis e DVDs - todos disponíveis para empréstimo. “Qualquer pessoa pode emprestar os títulos. Temos vários filmes e livros interessantes, incluindo material especifico para quem gosta de moda, basta fazer um cadastro e levar para curtir em casa”. Pensando em sustentabilidade e reaproveitamento de materiais, são criados quadros com sobras de tecidos e uma linha Home de jogos americanos, guardanapos entre outros. A loja tem como meta desenvolver parcerias com marcas e artistas da cidade. Hoje conta com a participação da BLUEMARY Designs, cuja especialidade são maxi colares exclusivos, cem por cento produzidos a mão. Comercializa ainda as belas velas da Ceraluz, de processo totalmente artesanal e diversificado. Se a mudança de ares provocou alguma preocupação em Janaina, agora ela sorri e comemora. “Antes de vir para cá eu tinha receio com respeito ao público nos acompanhar. Aos poucos as clientes têm vindo conhecer o novo espaço, curiosas e vizinhas têm aparecido trazendo ideias e desejos para podermos realizar”, celebra. n
Empório da Mulher
Rua General Sampaio, 116 - Anita Garibaldi Fone/Whats: (47) 99932-1076 www.emporiodamulhervoce.com facebook.com/emporiodamulhervoce instagram.com/emporiodamulher_voce
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Bazar cultural
Propósito Em Propósito, o mestre espiritual Sri Prem Baba aborda temas que têm a ver com os anseios mais íntimos do ser humano, como “Por que existimos?” e “Qual é a nossa missão durante esta vida?” O livro, dividido em sete partes, tem ao longo das seis primeiras, tópicos que tratam do nascimento à transcendência. Nelas, o leitor encontrará as coordenadas para fazer a própria viagem interior. Já na sétima, aprenderá as chaves práticas que vão guiar suas descobertas rumo ao despertar do amor. Autor: Sri Prem Baba Editora: Sextante Número de páginas: 160 Valor sugerido: R$ 29,90
Mitologia Nórdica Fascinado pela mitologia nórdica desde a infância, Neil Gaiman compôs uma coletânea de quinze contos que começa com a narração da origem do mundo e mostra a relação conturbada entre deuses, gigantes e anões, indo até o Ragnarök, o assustador cenário do apocalipse que vai levar ao fim no mundo. Mitologia nórdica é o livro perfeito para quem quer descobrir mais sobre a mitologia escandinava e também para aqueles que desejam desvelar novas facetas dessas histórias. Autor: Neil Gaiman Editora: Intrínseca Número de páginas: 288 Valor sugerido: R$ 44,90
24k Magic Bruno Mars está de volta com seu terceiro álbum de estúdio em aproximadamente quatro anos, desde o lançamento de Unorthodox Jukebox, em 2014. Junto ao anúncio do novo álbum, o artista liberou o primeiro single também entitulado “24K Magic”. Na faixa, que ganhou um videoclipe dirigido pelo próprio Mars e seu parceiro de longa data Cameron Duddy, o artista dá o recado de como será o estilo do álbum - descontraído, com roupas estilosas e um clima de festa nas famosas fontes do Bellagio, em Las Vegas. Valor sugerido: R$ 29,90
This House Is Not For Sale A banda Bon Jovi está de volta com o lançamento do álbum This House Is Not For Sale, que traz o antigo rock da banda icônica dos anos 80. Produzido por John Shanks and Jon Bon Jovi, o single de lançamento tem o mesmo nome do novo trabalho e já conta com mais de 3 milhões de visualizações. Segundo Jon Bon Jovi, vocalista da banda, o novo álbum envolve muito empenho e conta a trajetória da banda em suas três décadas com mais de 130 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro. Valor sugerido: R$ 29,90
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ALUGUEL PELO USO EXCLUSIVO DE IMÓVEL COMUM Foto Pablo Teixeira
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parte que deixar de residir no lar conjugal, quando da separação do casal, seja por vontade própria em função da animosidade do casal, ou por determinação judicial, em regra, queixa-se por entender como injusto o uso do patrimônio comum pelo outro sem o pagamento de uma compensação financeira através de aluguel. Apesar dos lamentos das partes, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) sempre entendeu como indevidos os alugueres pelo uso do imóvel comum por apenas um dos litigantes. Entretanto, recentemente, o STJ, em recente decisão, apresentou entendimento no sentido que um dos divorciandos terá de pagar aluguel ao outro. No caso, inicialmente, o Tribunal de segunda instância havia decidido pela inviabilidade da compensação financeira, sob a justificativa de que, para tal, seria primordial a realização da partilha de bens, porém, a decisão foi reformada pelo STJ, que, por meio do relator, Ministro Raul Araújo, entendeu que, quando homologada a separação judicial, a mancomunhão, antes existente entre os cônjuges, transforma-se em condomínio regido pelas
regras comuns da copropriedade, admitindo, assim, o ressarcimento. Sendo, deste modo, atribuição das instâncias ordinárias determinarem quem é a parte mais fraca da lide a merecer a devida proteção e quem está procrastinando a efetivação da partilha e que, portanto, deve sofrer as consequências adversas de seus atos. E, ainda, se o pagamento da indenização, ou o uso exclusivo do bem, representa prestação de alimentos in natura. O Ministro entendeu que o reconhecimento do direito à indenização exige que a parte devida a cada cônjuge tenha sido definida por qualquer meio inequívoco. Ainda de acordo com Araújo, a fixação do aluguel pode influir no valor da prestação de alimentos, já que afeta a renda do devedor, o que, automaticamente, determina que as obrigações sejam reciprocamente consideradas. É inegável que os Tribunais oscilam bastante entre a procedência e improcedência do pedido de arbitramento de indenização por uso exclusivo de imóvel do casal, mas aqueles que pretendem verem este direito atendido, agora contam com uma importante e recente decisão do STJ a seu favor. n
Jefferson Lauro Olsen
Advogado, OAB/SC 12.831 Especialista em Direito de Família e membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM. (47) 3435 0628
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know-how de família Os irmãos Cristiano e Luciano Watzko, da LHW Engenharia, contam a história de crescimento da empresa e revelam como é empreender em família Por fabiane lima ribeiro Fotos valéria grams
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m know-how que foi passado de pai para filhos. Foi assim que começou a história da Construtora e Incorporadora LHW Engenharia, dos irmãos Cristiano e Luciano Watzko, em Joinville. “O negócio começou com o nosso pai, Orlando, que fazia algumas casas para vender. Ele tinha alguns empreiteiros conhecidos, comprava terrenos, fazia projetos com os arquitetos, executava as obras e vendia as casas de alto padrão”, lembra Luciano Humberto Watzko, Diretor Executivo da LHW. Segundo Luciano, Orlando percebeu que o negócio poderia ser rentável e que seria uma forma do filho mais novo empreender após se formar na área de Engenharia Civil. “Ele já era um empresário bem-sucedido da área de TI e acabou vendo nessa oportunidade a ideia de montar uma construtora. Principalmente porque ele, com toda a bagagem de gestor e administrador, notou que era um segmento que tinha uma boa rentabilidade”.
Primeiros passos Para dar o pontapé inicial, o pai de Luciano concedeu um empréstimo para a primeira obra do negócio. A empresa foi aberta oficialmente em 2002, tendo Luciano como gestor e administrador, uma única secretária como colaboradora e Cristiano apenas como sócio. “Com o capital cedido pelo nosso pai, iniciamos o primeiro projeto. Eu que projetei tudo, com exceção do estrutural e do elétrico, incluindo projeto arquitetônico e todos os orçamentos. Nessa época, o Cristiano entrou como sócio, mas permaneceu trabalhando com Direito”. O projeto inicial teve percalços e foi um teste de resiliência para o jovem empresário. “A obra levou 18 meses para ser concluída e o mercado não estava propício para compra. Para ajudar, não éramos ainda conhecidos na cidade. Como os financiamentos eram direto conosco e não havia muito crédito de financiamento bancário, as vendas demoraram a
acontecer”, revela. Aos 23 anos, tentando empreender pela primeira vez, Luciano sentiu o peso da responsabilidade recair sobre ele. “Queria muito que o negócio decolasse, pois se não conseguíssemos vender não seria possível começar outros projetos, mas também me sentia pressionado para fazer dar certo porque precisava devolver o capital que o meu pai havia emprestado”, admite. Foi somente a partir do décimo quarto mês de obra que Luciano sentiu a sorte mudar. “Quando faltavam somente quatro meses para finalizar a obra que a percepção das pessoas em relação a nossa empreitada acabou mudando, pois já era possível ver o andamento do projeto e logo em seguida começamos a vender”. Ao avaliar o negócio hoje, um empreendimento com foco no público jovem de classe média, Luciano admite que as projeções iniciais levaram às dificuldades de venda do projeto. “Percebemos depois que houveram alguns erros na nossa percepção do mercado, pois ele era menor do que a gente esperava, mas conseguimos reverter a situação e partir para o próximo projeto. Foi um alívio, pois se esse primeiro empreendimento não tivesse dado certo, o negócio todo teria acabado ali mesmo”. Cristiano Roberto Watzko, que ingressou efetivamente nas atividades da empresa após três anos de existência e é hoje Diretor Comercial da LHW, considera a primeira empreitada como uma aposta que definiu o posicionamento da Construtora e Incorporadora, mas que também levou o negócio a sofrer ajustes. “O foco do projeto era oferecer apartamentos com baixo custo de condomínio e manutenção. Hoje são várias incorporadoras com esse perfil de empreendimento, mas acredito que fomos pioneiros na época. Chegamos como uma novidade que o mercado absorveu, só não acertamos de primeira porque haviam outros empreendimentos com área menor e mais dormitórios com o custo parecido”.
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Pensamos que seria interessante um empreendimento para pessoas com o mesmo perfil que a gente, então o projeto foi pensando para o joinvilense jovem. Luciano Watzko
Luciano, que viu no nicho da classe média um espaço do mercado a ser preenchido, explica a estratégia adotada na época. “Joinville possuía pouquíssimas incorporadoras e quase todas elas ofereciam somente duas opções de empreendimentos: de alto padrão ou populares. Por isso, pensamos que seria interessante um empreendimento para pessoas com o mesmo perfil que a gente, então o projeto foi pensando para o joinvilense jovem”. O foco do público, que acabou sendo copiado por outras construtoras depois, era acertado, mas o perfil do empreendimento acabou não encaixando com o mercado. “Fizemos apartamentos de dois quartos, que era algo que quase não havia, buscando como referência projetos de grandes centros - que já estavam diminuindo o número de cômodos dos apartamentos, então pensamos em dois quartos grandes para um casal jovem que buscasse mais espaço”. Os apartamentos, que ficaram maiores do que os de outros empreendimentos disponíveis na época, demoraram a ser vendidos. “Como esses apartamentos ficaram maiores que outros apartamentos de três quartos, a concorrência acabou sendo desleal para com a gente, porque por mais que o nosso fosse maior em metragem, acabava parecendo mais vantajoso comprar um apartamento com mais cômodos”, pondera Luciano.
Enfim, sucesso Quando os clientes enfim vieram, Luciano pôde então partir para o segundo empreendimento tendo a partir daí uma boa bagagem de referência. “No segundo projeto, todo o aprendizado do primeiro serviu de lição para que passássemos a oferecer apartamentos com dois e três quartos menores, mas mais competitivos”. As duas torres do Edifício Botticelli foram o sucesso
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que a LHW precisava para decolar e superar as dúvidas que o primeiro projeto havia deixado. “Lançamos o projeto em 2005, no mesmo período que houve a ascensão da classe média no Brasil e que trouxe aquele boom da construção civil. O nosso produto, com 22 apartamentos em cada torre e metragem maior do que a do primeiro empreendimento, se destacou por apresentar projetos mais estéticos, com design e com arquitetos contratados especialmente para isso”, Cristiano recorda orgulhoso. Luciano considera o projeto um divisor de águas do negócio. “Pela experiência do primeiro empreendimento, lançamos o Botticelli com previsão de entrega da primeira torre em um ano e meio. Nossa ideia inicial era partir para a segunda torre somente depois disso, só que as vendas se esgotaram em menos de quatro meses e por causa da demanda tivemos que antecipar o lançamento da segunda torre”. Com o sucesso do empreendimento, que ao todo estava previsto para durar três anos e em dois anos e meio já estava concluído, o Diretor Executivo percebeu que era hora de crescer. “A equipe permanecia a mesma do começo, eu, uma secretária e meu pai, que se mantinha como consultor do negócio. Foi quando quis dar um passo à frente ao contratar uma equipe de engenharia e financeiro, além de buscar alguém com foco no comercial, o que coincidiu com o momento do Cristiano se reaproximar do negócio”.
Sobrevive em tempos de crise não o mais forte, mas aquele que mais rápido se adaptar. Cristiano Watzko
Sinergia fraterna Cristiano, que até então buscava empreender de maneira própria, tinha como projeto se mudar para São Paulo, onde iniciaria um negócio do ramo alimentício. “Eu tinha entrado no ramo alimentício aqui em Joinville com um empório, mas que acabou não dando certo por uma série de questões. E a ideia era ficar nesse mercado, mas partindo pra outro lugar. A experiência com o comercial e com a administração de um negócio, ainda que pequeno, acabou me trazendo satisfação e foi o que me fez aceitar o convite do Luciano e do nosso pai para abraçar o negócio da família de vez”. O atual Diretor Comercial da LHW, que tem Graduação em Direito, Especialização e MBA na área Empresarial, ingressou na empresa com a ideia de permanecer durante um período de no máximo um ano para auxiliar na parte comercial. “A ideia do Cris era ajudar até a empresa se estabelecer, mas lembro que ele dizia que tão logo fosse possível iria novamente empreender em outro negócio, já que não via identificação com a construção civil”, relembra Luciano. O êxito de vendas do Botticelli acabou mudando o rumo profissional de Cristiano. “Eu entrei no final do Botticelli I e no começo do Botticelli II, então assumi essa parte do comercial, que era o que a empresa precisava para decolar. Além disso, os negócios com investidores, relação com o mercado, marketing, coordenação financeira e jurídico fica-
ram sob a minha responsabilidade”. A união de forças dos irmãos impulsionou a empresa a uma nova fase. “Tivemos a partir daí dois momentos bem marcantes: o início do Botticelli, que definiu o nosso modelo de negócio e o potencial de crescimento; E a entrada do Cristiano, que foi quando conseguimos nos organizar e criar um ritmo de trabalho conjunto, com as responsabilidades divididas. As vendas melhoraram com o expertise dele no comercial. Tivemos a oportunidade de aumentar a estrutura e construir uma sede própria”, comenta Luciano Alguns anos e quatorze empreendimentos depois, a LHW continua trilhando uma trajetória de sucesso, que se mantém firme mesmo em meio a crise econômica. “Sobrevive em tempos de crise não o mais forte, mas aquele que mais rápido se adaptar. Nós por termos uma empresa de perfil jovem e low cost, temos essa visão, de nunca aumentar demais a estrutura e nunca arriscar demais. Esse é ensinamento do noss pai, que sempre quis nos deixar preparados para lidar com situações adversas”, considera Cristiano. Para Luciano, o negócio tem o resultado positivo exatamente por ser de família, onde o conhecimento de cada um agregou e fez a diferença. “Aqui a confiança é 100%. E a influência do nosso pai foi muito benéfica, pois trouxe essa bagagem da gestão que ele tinha. Já eu trouxe minha bagagem da área técnica e o Cristiano da área comercial. Em todos os momentos, nosso pai esteve presente nos aconselhando e servindo de guia”. Cristiano concorda. “Esse sempre foi um pilar foi muito valioso, ainda mais agora num momento de incertezas com o que passamos, em que temos que nos reinventar. A confiança no outro sempre nos ajuda muito”.
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bate-papo entre irmãos Como é lidar com seu irmão no trabalho? Cristiano: É fácil porque mesmo que haja discussões ou discordâncias, no outro dia já se resolve. Somos o tipo de irmãos que falam sempre a verdade um para o outro. Somos muito sinceros por mais que doa, mas isso não nos afasta. Mesmo sendo diferentes, ele tendo um perfil mais técnico e mais objetivo e eu mais subjetivo e mais sonhador. Esse contraste acaba sendo positivo, pois somos complementares. Luciano: Sempre fomos muito amigos, nos conhecemos muito bem e a família foi sempre muito importante para os dois. Crescemos sabendo lidar com os problemas e respeitar as diferenças, não importando quais fossem. Qual o grande segredo de um negócio de família bem-sucedido? Cristiano: Trabalho duro, bons parceiros, bons colaboradores e sócios, saber confiar e entender o teu sócio e falar a verdade sempre para ele, seja seu irmão ou não. Sempre digo que somos transparentes como família e com o negócio. Construímos no mercado essa visão do que achamos correto, sem enganar ou prometer e não cumprir. Isso, inclusive num período de crise como agora, faz a diferença. Luciano: Ter a humildade de recuar quando errar. Às vezes você avança e fala alguma coisa que não devia para o seu parceiro, uma frase mal elaborada ou o que for, então você deve voltar atrás e pedir desculpas. A questão da sinceridade é fundamental também, mas o principal é se brigar tentar conciliar as opiniões e sempre considerar o que é importante para a família. Onde a questão familiar pode deixar a empresa sujeita ao erro? Cristiano: Acho que muitas famílias erram na hora de analisar as coisas. Quando surge um problema ou um fator de decisão, os familiares tendem a colocar a emoção em primeiro lugar, trazendo à tona até mesmo alguma coisa que não esteja diretamente ligada ao negócio. Isso nós não fazemos em hipótese alguma. Sempre consideramos o mercado e as informações que recebemos
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numa tomada de decisão. Luciano: Nosso trabalho sempre é baseado em pesquisa de dados e em fatores racionais. Até mesmo para evitar que as decisões sejam tomadas baseadas somente nas nossas percepções. Iinclusive, pelas nossas primeiras experiências de projeto, hoje temos uma empresa de consultoria que traz os dados de maneira imparcial. Mas a falta de comunicação também pode prejudicar, então fazemos questão de conversar, planejar e fazer uso desse relacionamento familiar que temos para que as decisões sejam acertadas.
Quais são as expectativas da LHW para o futuro? Cristiano: Queremos trazer produtos cada vez mais bonitos para a cidade de Joinville, que tragam inovações como os que já estamos trazendo. Já realizamos o primeiro edifício com Bike Community da cidade, que é o conceito de bicicletas compartilhadas dentro de um empreendimento; Horta comunitária; Queremos trazer logo mais o conceito de cobertura com células fotovoltaicas, que convertem luz solar em energia elétrica e impactam em redução no valor do condomínio; Captação de água da chuva; Poder promover sempre a coleta seletiva nos empreendimentos e
por aí vai. Luciano: Nosso foco sempre vai ser em inovação, seja ela na parte arquitetônica, estética, sustentável ou cultural. Sempre quisemos referenciar isso nos nossos projetos com nomes de artistas, além de todos esses conceitos que o Cristiano já citou, mas sempre buscando e mantendo uma rentabilidade dentro do padrão e do valor de mercado que a gente já atua. Quais são os diferenciais dos empreendimentos da LHW? Cristiano: Hoje todos os nossos projetos contam com designers de produto, que trabalham a ergonomia, a funcionalidade e trazem inovações para os nossos produtos. Então, além do know-how de engenharia da LHW, que vai completar 15 anos em setembro, temos sempre um arquiteto renomado da região responsável pelo projeto trabalhando em conjunto com o designer de produto. São várias cabeças pensando num produto só para que ele tenha todas as condições de dar 100% certo. Inclusive depois da compra, pois se mais tarde o cliente tiver um problema, nós vamos até lá resolver, sem passar essa responsabilidade para outro. Também temos a preocupação com a responsabilidade social ajudamos instituições locais, fazemos campanha para parceiros que trabalham com grifes sociais, em nossas campanhas de marketing incluímos artistas e patrocinamos atletas locais, incentivando a cultura e o esporte na cidade. Luciano: A retroalimentação do nosso sistema de qualidade, pois cada empreendimento entregue recebe uma pesquisa de satisfação que chega em todos os clientes. O que vem de informação nas pesquisas a gente tabela e as solicitações mais frequentes de melhoria são executadas no próximo projeto. Várias inovações que foram agregadas vieram dos empreendimentos anteriores, então 90% dos nossos clientes voltariam a comprar LHW. Implantamos agora o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) para garantir esse padrão de excelência mesmo sem ser uma iniciativa obrigatória. Temos essa preocupação muito latente, por isso nosso sistema de relacionamento com o cliente é uma de nossas principais prioridades. n
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negócios
foco nos eventos No ano da comemoração dos 20 anos do Joinville e Região Convention & Visitors Bureau, a presidente Rosi Dedekin, fala dos desafios e conquistas da associação Por fabiane lima ribeiro Fotos valéria grams
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ma luta gratificante. É como Rosi Dedekind, presidente do Joinville Região Convention & Visitors Bureau, define os 20 anos da entidade privada na cidade, que tem como propósito fomentar a cadeia produtiva do turismo de negócios e eventos. Em entrevista à Premier, Dedekin faz um balanço do trabalho, comenta as vitórias nessas duas décadas e fala dos planos para o futuro da associação.
Revista Premier: Qual a função do Joinville e Região Convention & Visitors Bureau hoje na cidade? Rosi Dedekin: O Convention é o grande cartão de visitas para os eventos em Joinville. Temos tido conquistas enormes ao trazer eventos internacionais, mesmo com a difícil situação do país, porque embora haja crise, as pessoas ainda sentem a necessidade de se atualizar e eu acredito que isso acontece até com mais frequência porque os profissionais buscam mais captações nas suas áreas para superar essas dificuldades. O Convention não realiza efetivamente os eventos, mas ele procura alguém na cidade que se identifique com o evento e possa abraçá-lo. Assim, apoiamos o organizador responsável para dar todo o suporte e trazer o evento para a cidade. Durante todos esses 20 anos tivemos um grande quadro de sucessos, com eventos que inicialmente seriam realizados somente uma vez e acabaram sendo realizados várias vezes por causa da estrutura da cidade. RP: Qual o principal benefício do Convention para a cidade? RD: A grande mola propulsora da hotelaria e do turismo local são os eventos, então há um fomento da economia, pois quem vem para um congresso vai ao shopping, sai para jantar, faz compras e quer levar uma lembrança da cidade. RP: Qual o balanço geral dos 20 anos do Convention? RD: É muito gratificante chegar aos 20 anos. Foi algo que começou lá atrás com um grupo de pessoas com uma ideia inovadora de trazer um Convention Bureau para Joinville e que realmente deu certo. Hoje o Convention Bureau é o grande fomentador de novos eventos na cidade, essa é a nossa função. Procuramos sempre trazer, além daqueles eventos que já estão estabelecidos, novas feiras, congressos e outras atrações que sejam de qualquer lugar do Brasil ou até mesmo do mundo. RP: O cenário de Joinville tem sido propício para a realização dos eventos? RD: Joinville tem tudo pronto e à disposição. Com a parceria público-privado para o uso da Expoville, que antes só tinha um pavilhão disponível para eventos e hoje tem salas e auditórios, podemos dizer que realmente temos um centro de exposições profissional, com tudo para crescer e continuar dando certo. Temos trabalhado muito. Afinal, sempre surge algum entrave no caminho, mas estamos sempre em busca de uma melhoria contínua juntamente com o poder público para ter incentivo e reconhecimento de que um evento que vem para a cidade traz desenvolvimento econômico porque temos aqui 56 segmentos que
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integram a cadeia produtiva e que podem ser necessários quando se realiza um evento. RP: E qual é a sua visão do turismo de negócios em Joinville? Esse é o principal fomentador do turismo na cidade? RD: Joinville se diferencia de uma cidade como Florianópolis ou Balneário Camboriú, por exemplo, onde há o turismo de lazer, com sol e praia, que acontece basicamente durante três meses no ano. Por estar próxima de vários pontos, oferece essa possibilidade, mas não se estabelece como uma cidade exclusivamente turística. O grande foco de Joinville são os negócios, que é algo que precisamos estimular mais, pois essa é a identidade da cidade. Podemos sim unir o turismo de negócios ao de lazer. Afinal, temos o turismo rural, temos serra, mar, museus e toda uma cadeia turística, mas o que nos faz reconhecidos é o turismo de eventos. RP: Trazer os eventos para a cidade durante todo o ano é o principal desafio do Convention? RD: Sim, com certeza, nosso objetivo é poder trazer eventos toda semana, pois isso movimentaria a cidade como um todo, principalmente porque o poder público também depende dos impostos recolhidos, então essa engrenagem tem que estar sempre em funcionamento e contando com todas as peças. Temos eventos menores acontecendo quase sempre, mas o desafio é preencher o calendário com eventos de grande proporção durante todos os meses para que a cadeia produtiva possa ser mais movimentada pelo maior fluxo de pessoas vindo para a cidade. O ideal realmente seria ter eventos que acontecessem fora do calendário já estabelecido. Como por exemplo, em meses de férias ou de fevereiro a dezembro, com somente o mês de janeiro de férias para que pudéssemos organizar os eventos dos demais meses. Eu como hoteleira joinvilense, costumo dizer que o meu ano só inicia quando começam os eventos na cidade. Este ano começamos mais cedo porque houve o Congresso da Federação dos Municípios Catarinenses, então o nosso movimento já começou em março, sendo que geralmente teríamos que esperar até o primeiro congresso científico que acontece em maio ou junho. RP: Como é a relação dos hoteleiros com o Convention? RD: A hotelaria é a grande mantenedora do Convention Bureau porque temos uma taxa de turismo que repassamos para fomentar as atividades. Nós que estamos lá na outra ponta sabemos o quão importante é o trabalho do Convention. Existe esse reconhecimento da equipe que trabalha na pesquisa de eventos, pois sabemos como isso impacta na hotelaria e em toda a cadeia
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produtiva. A hotelaria é a primeira impactada pela realização de um evento, porque precisa receber e hospedar essas pessoas, então nós sabemos que se não houver um Convention articulado e em pleno funcionamento a gente irá estagnar o desenvolvimento. Existem datas em que a nossa movimentação é maior, mas o ano todo tem uma taxa de ocupação baixa até por haver muitos hotéis e também por hoje em dia haver internet e as empresas não terem tantas pessoas capacitadas porque o serviço acaba sendo feito online. O que precisamos como empresários é incentivar o Convention a trazer mais. Essa troca é muito interessante porque eu estou na outra ponta e sei como é importante. RP: Vocês possuem mais de 120 associados. E os demais parceiros, como se posicionam em relação à entidade? RD: Temos todo o tipo de associados, desde a hotelaria até as empresas de som, locais de evento etc. Temos os associados mais ativos que são aqueles que compõem a diretoria e tem aqueles que não são tão presentes, mas que são interessados em auxiliar. Tivemos recentemente a Rodada de Negócios e houve um número expressivo de âncoras. Foram 25 empresas que estão procurando fornecedores para o Convention e esse é um grande produto nosso, que é ajudar a quem vai realizar um evento a ter parceiros associados. Foi uma bela rodada e é assim que funciona, com a promoção do relacionamento. Temos pessoas que não são ativas, mas que
estão ali disponíveis para fomentar os negócios.
ciados.
RP: E para o futuro? Como você vê o Convention nos próximos 20 anos? Quais são os planos a curto, médio e longo prazo? RD: O Convention é, por excelência, o grande buscador de mais espaços para eventos,então é isso o que nós nos vemos fazendo no futuro. Temos hoje o Centreventos que é utilizado em parceria com o poder público e que gostaríamos que fosse utilizado mais amplamente. Nessa rota, vejo Joinville cada vez mais consolidada como uma cidade do turismo de negócios e eventos. Já temos um nome, mas em parte perdemos o público pelo apelo dos destinos com sol e mar, sendo que hoje os congressos buscam exatamente o oposto disso, que os participantes efetivamente participem do evento e não fujam para a praia ou outro tipo de turismo. Mas, no geral, para o futuro, o que esperamos é maior reconhecimento, pois ainda hoje as pessoas associam o Convention Bureau a um braço do poder público e somos uma entidade totalmente privada, sustentada exclusivamente pelos nossos asso-
RP: Como presidente, qual o seu balanço da gestão? RD: É uma luta diária, temos alguns entraves de cunho burocrático, porque hoje para se fazer um evento em Joinville é preciso apresentar 27 alvarás e isso precisa melhorar com o tempo, até porque pela tecnologia, sabemos que o poder público tem restrições, que demandam licitações para se obter recursos e possibilitar a resposta que precisamos, mas essa integração vem cada vez mais e o entendimento que não se deve complicar e sim facilitar. Tudo para que seja mais fácil de se obter o que é necessário para a realização dos eventos. Temos que fazer com que as respostas sejam dadas de acordo com o que o mundo espera. Quanto mais fácil for o acesso do organizador às informações e dados necessários para que ele possa fazer um evento, mais pessoas virão fomentar a economia da cidade. Queremos que o boca a boca de quem vem para cá seja de que Joinville incentiva os eventos. n
O Joinville e Região Convention e Visitors Bureau tem sua sede na Rua Ottokar Doerffel, 1733 (Trevo com BR 101). Telefone: +55 47 3433.3483
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negócios sustentáveis
vai uma banana? Por Kurt Alois Morriesen
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ocê conhece a expressão “capitalismo intelectual”? Ele envolve atividades econômicas e produtivas que exigem criatividade, artes, flexibilidade, capacidade de realizar analises não lineares, inteligência emocional, e capacidade de comunicar-se de maneira clara e efetiva. Empresas que atuam no ramo do capitalismo intelectual geram mais riquezas e inovação que suas contrapartes se comparadas em tamanho e numero de colaboradores. Cidades que promovem e nutrem incentivos e politicas de capitalismo intelectual são mais resilistes e capazes de atrair novas empresas e profissionais de peso. Por exemplo, 5% do PIB americano é decorrente da indústria voltada a criatividade, sendo que apenas Hollywood responsável por US$ 504 bilhões do PIB dos Estados Unidos. Já na Inglaterra, a indústria da musica gera mais riqueza que todas a empresas de carvão. Grandes empresas de consultoria e universidades vêm desenvolvendo estudos e estratégias para ajudar organizações a aumentarem suas capacidades voltadas ao capitalismo intelectual e, consequentemente, a produtividade de seus colaboradores. Aqui vão algumas dicas para adequar a sua empresa e organização as demandas atuais e futuras no campo de capitalismo intelectual: - Estudos da Universidade de Exeter e da Califórnia demonstram que manter um escritório com pouca propaganda da própria empresa e usar plantas próximas as escrivaninhas de trabalho aumentam em 15% a produtividade do time. - Cores são importantes, estudos feitos pela universidade do Texas revelam que escritórios monocromáticos (ex. tudo branco ou cinza) são menos convidativos para processos criativos e interação de equipes. Apenas o uso de uma parede colorida já é capaz de aumentar em 5% de melhora na comunicação interna. - Não é novidade que o excesso de formalidade no escritório só proporciona menos criatividade, inovação e comunicação. Segundo praticas desenvolvidas por consultorias como WhatIfInnovation e IDEO, investir em um escritório com um design que combina moderno e com “cara de casa” é responsável por reduzir em 25% de potenciais atritos internos e stress entre colaboradores. - Segundo a Harvard Business Review, as escrivaninhas do tipo call-center (aquelas escrivaninhas dos anos 90 que todo mundo fica enfileirado numa grande sala) são consideradas um veneno para a produtividade e bem-estar de um time. Esta prática ou forma de montar um escritório já foi banido em alguns países como Áustria e Holanda. Segundo a Harvard, escrivaninhas desenhadas que proporcionam privacidade e que sejam construídas com materiais leves e bem descontraídas são fundamentais para melhorar em mais de 30% (!!) a produtividade a comunica52
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ção interna por colaborador. - Vai uma banana? Estudos feitos no Reino Unido provam que disponibilizar frutas aos seus colaboradores aumenta a produtividade e comunicação do time em 10% - Caso você queira manter seu time focado no trabalho e ao mesmo tempo deixa-lo com menos atrito, invista em luz natural, limpeza, odor neutro e no silencio do escritório. - Use e abuse de produtos de arte no escritório. Segundo estudos feitos em mais de 2000 empresas, produtos de arte no escritório ajudam em aumentar a criatividade em mais de 60%! Entretanto, vale ressalvar que a arte deve de ser provocativa e diferente entre si. - Invista em uma sala de reunião voltada a criatividade. Estudos demonstram que um time trabalha melhor para resolver difíceis problemas ou mesmo melhorar a comunicação interna quando discutem em um local que os permita abusar da criatividade e da flexibilidade. - Invista em pequenos oásis corporativos ou encontre um oásis corporativo para o seu time fora da sua empresa. É fato que os nossos escritórios são uma extensão da nossas casas e como tal, é preciso que exista um local onde colegas possam se descontrair por alguns minutos e recarregar suas baterias de forma saudável e produtiva. Por fim, crie e nutra uma cultura de criatividade e flexibilidade no escritório. De nada adianta você pintar a parede do seu escritório de amarelo ou distribuir bananas e tangerinas para o time se você não criar uma cultura focada no capitalismo intelectual. Como disse Peter Drucker “culture eats strategy for breakfast”, em outras palavras, a estratégia da sua empresa sempre será devorada pela a cultura da sua organização. O capitalismo intelectual chegou para ficar. E não se enganem, ele é tão disruptivo que qualquer outro tipo de capitalismo. As empresas e organizações que não se adaptarem ficaram a margem do desenvolvimento econômico e correrão o risco eminente de serem devoradas por empresas mais aptas e criativas. E então, vai uma banana? Kurt Morriesen é gerente sênior para investimentos de Impacto United Nation – Principles for Responsible Investiment (UNPRI), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com grandes investidores para um tornar o sistema financeiro global mais sustentável. Antes de se engajar na iniciativa, Kurt trabalhou para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e o International Finance Corporation (IFC).
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Praia
aconchego na
por fabiane lima ribeiro Fotos valĂŠria grams
O conceito de conforto do arquiteto Roberto Silva, da Casa de Projetos para um apartamento de famĂlia na Praia Brava, em ItajaĂ
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Especial Decoração
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omo uma casa de praia deve ser”. É como o arquiteto Roberto Silva, do Escritório Casa de Projetos, define o conceito de seu último trabalho, um apartamento na Praia Brava, em Itajaí, para uma família joinvilense. Segundo ele, o objetivo do projeto era criar um ambiente com uma atmosfera diferente da residência urbana dos moradores, que inclusive também foi projetada pelo escritório. “A expectativa da família era de um espaço aconchegante, sem frescuras, confortável para receber amigos e familiares”, explica.
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Áreas comuns Com o conceito de um espaço atemporal, alegre e relaxante ao mesmo tempo, Roberto fez uso de materiais especialmente selecionados para cada ambiente da residência. “Um exemplo disso são os armários ventilados. As portas foram desenhadas para uma maior circulação interna de ar”, afirma. Para contrastar energia com aconchego, o arquiteto optou por cores fortes, presentes principalmente nos móveis da cozinha. “O azul da mesa e o amarelo das banquetas, por exemplo, fazem um contraponto com a madeira bruta utilizada no living e em alguns armários da cozinha”. No lavabo, os acabamentos são os mesmos do living - madeira bruta e limestone escovado. Além disso, para melhor aproveitamento de espaço, o arquiteto projetou uma cuba esculpida no próprio revestimento. “Conferindo assim um toque personalizado e deixando o espaço, apesar de pequeno, confortável de se usar”.
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Iluminação Roberto explica ainda que o projeto luminotécnico foi todo refeito em conjunto com os moradores na aquisição do apartamento. “Fizemos tudo em Led com diferentes circuitos e cenas, possibilitando iluminação adequada para cada situação do dia”.
Dormitórios Na suíte do casal, mais uma vez o conforto se faz presente. “O objetivo do quarto do casal era transmitir aconchego e calmaria. Isto é reforçado pelos painéis de madeira clara e os tons pasteis dos estofados”, declara. Para promover a circulação de ar e dar um toque de charme, Roberto ainda optou por um armário com as portas em palha. Do mesmo modo, a suíte de hóspedes foi pensada para oferecer descanso a quem visita. “Criamos um clima de pousada, aconchegante e relaxante, com o uso de tijolos cimentícios e madeira bruta, que compõem com o desenho super despreocupado da cabeceira de linho”. Por último, o quarto da filha do casal foi projetado de maneira personalizada. “Tudo foi pensado exclusivamente para ela. Que fosse um ambiente para dormir, ficar e curtir com as amigas”, revela Roberto. No espaço, o destaque é o desenho único da cama. “Desenhado exclusivamente para este ambiente”.
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Resultado No geral, a premissa do projeto foi a praticidade. “Já que ninguém quer tirar férias e se preocupar com a manutenção da casa”, conclui satisfeito. n
Perfil
A Casa de Projetos é um escritório multidisciplinar, que conta com profissionais da área de arquitetura, design e administração. Presente no mercado há mais de 10 anos, atua nas áreas de arquitetura, interiores de residências e ambientes comercias. O escritório tem projetos em todo o Brasil, incluindo cidades como Joinville, Porto Alegre, São Paulo, Brasília, Curitibanos, Florianópolis, Balneário Camboriú e Fortaleza, entre outras. Casa de Projetos Rua João Pessoa, 860 - América Telefone: (47) 3028-0910 www.casadeprojetos.net
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Circuito cidade
Bolsa sustentável Cada vez mais, as marcas buscam formas de produzir sem agredir o meio ambiente e de quebra apresentar algo bonito, inovador e prático. A Franciscana, marca joinvilense focada em calçados exclusivos e artesanais, lança uma coleção de bolsas sustentáveis: Original Franciscana. “São tantas vantagens e benefícios que fica difícil escolher uma só”, declaram os sócios proprietários Jean Francisco e Felipe Junkes. A bolsa tem design diferenciado, com espaço amplo e de fácil acesso (principalmente para celular). Todos os modelos são únicos, sem repetir qualquer combinação. Feitas de vários tecidos reaproveitados, sem desperdício, as bolsas atendem as novas demandas dos consumidores contemporâneos, que buscam produtos que respeitem o meio ambiente e que sejam produzidos de forma consciente. Para conferir os modelos, acesse: www.usefranciscana.com.br.
CasaCor BC A coordenação da CASACOR Balneário Camboriú 2017 anunciou novas datas para a realização do evento. Considerada a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, a inauguração da CASACOR BC está prevista para o dia 13 de maio, sábado, e será restrita a convidados e imprensa. A abertura para o público ficou definida para o dia 14 de maio, domingo. O evento segue até 25 de junho, domingo, no Marina Beach Tower. Serão 32 ambientes divididos em seis pavimentos da torre II do empreendimento. Grandes nomes da arquitetura catarinense e nacional já confirmaram presença.
adidas no garten shopping No último dai 30 de março a ADIDAS naugurou sua loja no Garten Shopping. Referência em tecnologia e conforto, a marca chegou para completar de forma única a vida de atletas e apaixonados por esporte.
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a Educação
tendências
Por Lucienne Daher Laus – Diretora do Centro Europeu Joinville Fotos Divulgação
Repensando
Como podemos manter o interesse pelo ensino e as salas de aula atraentes? Quando criança, uma das minhas brincadeiras favoritas era brincar de escolinha. Não é de estranhar que minha carreira como administradora acabou se inclinando para a área da educação. É uma missão desafiadora, emocionante e que traz uma satisfação imensa. Há praticamente dez anos estou neste ramo, que, se somados aos meus anos escolares, são quase 30 anos entre escolas em alguns lugares do Brasil e até de outros países. Nesses dez anos de negócio, temos visto as exigências dos alunos mudarem, e surgiram novos os recursos de sala de aula - o que é ótimo, pois nos motiva a inovar e propor novas atitudes sempre. Mas quais mudanças de fato valem a pena? E a disseminação do ensino a distância poderá fazer desaparecer o ensino presencial? Acredito que o primeiro passo, tanto como educadores como pais, é pensar por que o sistema educacional tradicional existe nesse formato. Temos que pensar que o nosso formato de ensino foi pensado como um modelo industrial: muitas crianças para educar, então todos devem ser colocados em uma sala, divididos por faixas etárias e de acordo com esta segmentação deveriam receber determinados conteúdos. As
propostas eram pensadas para a média do perfil dos alunos, e por muito tempo, deu muito certo. A pergunta que nos fazemos todos os dias é a seguinte: num mundo sem fronteiras, com todo o tipo de informação literalmente disponível na palma das mãos, o que fará com que alunos (independente da idade), se sintam motivados a sair de casa e participar do ambiente escolar físico? Quais ferramentas podem tornar o processo de aprendizado mais atraente?
Leitura em casa, prática na escola Um dos grandes desafios que temos a vencer é mudar um pouco a dinâmica do estudo. Precisamos ajudar os alunos a “aprender a aprender”. Importantes literaturas sobre novos processos educacionais apontam que o aluno precisa vir com o conteúdo lido de casa, e na escola deve acontecer a experimentação. Neste sentido, podemos dar um exemplo que alia o benefício da tecnologia: o conteúdo expositivo pode ser coberto a distância, por meio de aulas online, e a escola assume um papel de laboratório, de experimentação prática e de debate. É necessário que todos nós, enquanto alunos, tenhamos consciência de que a partir da utilização deste modelo, participando das aulas bem preparados, atingiremos um aproveitamento infinitamente maior.
O papel do professor e a construção do conhecimento O professor assume um papel de facilitador do processo de aprendizado e encorajar a experimentação é fundamental. A forma de avaliar os alunos aos poucos também muda. E, um ponto crucial: o erro precisa ser encorajado, pois a reconstrução e o debate do que poderia ter gerado um outro resultado é uma excelente forma de aprender e promove o desenvolvimento do pensamento crítico.
Novos layouts de sala de aula Dentro deste novo contexto para os educadores, o ambiente tradicional da sala de aula também precisa ser repensado. Não precisamos de grandes investimentos, o simples fato de organizarmos os lugares dos alunos em pequenos grupos em vez das tradicionais fileiras já é um grande passo. O ambiente escolar precisa propiciar a experimentação. A tecnologia é bem-vinda, desde que professores e alunos saibam utilizá-la de modo correto, não apenas investir em equipamentos por modismo ou oportunidade de propaganda.
Respeitar as diferenças, trabalhar os pontos fracos A massificação precisa dar lugar à customização. Encaminhar direcionamentos específicos para as dificuldades de cada aluno, com exercícios e conteúdos diferenciados pode fazer toda diferença. Neste ponto, também a tecnologia pode estar a nosso favor, através de materiais online, com os quais os professores possam além de acompanhar as atividades em sala, mensurar exatamente qual está sendo o perfil de acertos e dificuldades dos alunos e direcionar leituras ou atividades que possam suprir cada demanda individualmente.
Desenvolvimento de habilidades Além do conteúdo, a educação precisa encorajar o desenvolvimento das chamadas “soft skills”, como por exemplo: atitude positiva, resolução de problemas, resiliência, gestão de tempo, capacidade de comunicação, trabalho em equipe. Mas este é um tema que merece seu próprio artigo! n
Menu Degustação
Por Chef Fábio Espinosa Fotos Divulgação chef_fabioespinosa@icloud.com
Café com ovo do Vietnã
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etornei recentemente da Tailândia e Vietnã e, entre tantas experiências, sabores, aromas e variedade cultural que conquistaram meu coração, o café com ovo vietnamita tem um destaque especial. Eu sou viciado em café, tomo muitos ao longo do dia. Quando sai do país, a temperatura beirava os 40 graus. A apenas uma hora e meia de vôo, em Hanói, a louca e apaixonante capital do Vietnã, onde tive a oportunidade de cozinhar para a embaixada brasileira (esta história eu conto na próxima coluna) a temperatura era de 8 graus. Um grande amigo me recebeu e levou a um dos inúmeros “rooftops” da cidade. Um verdadeiro labirinto. Começava em uma loja que vendia lenços de seda. Entramos nela e fomos para um corredor escuro que surgia à esquerda. Andando nele, surgiu uma porta, andamos mais um pouco e... um jardim. Um jardim dentro de uma sala, cheio de imagens, buda, e uma enorme escada caracol que dava acesso a outros quatro andares. E de lá de cima, olhando para o lago e a pagoda fui apresentado ao café com ovo. Os ingredientes se resumem a ovo, café e leite condensado. O resultado é uma perfeita combinação entre a doce e cremosa nuvem de ovo e leite condensado e o amargo café. A título de curiosidade, o café surgiu no Vietnã com a chegada dos franceses e holandeses nos séculos XVIII e XIX, tendo os vietnamitas adotado a bebida, tornando-a sua. O Vietnã é atualmente o segundo maior produtor de café do planeta, atrás justamente do Brasil.
receita do café vietnamita com ovo Ingredientes: •1 Ovo; •3 Colheres de chá de café em pó; •2 Colheres de chá de leite condensado; •Água a ferver. Preparação: •Prepare uma pequena xícara de café; •Parta um ovo e separe a gema da clara; •Coloque a gema do ovo e o leite condensado numa tigela pequena e funda. Mexa vigorosamente até obter uma mistura fofa e espumosa; •Adicione uma colher de sopa do café, assim que acabar de fazer e envolva-a no preparado anterior; •Em um xícara, coloca o restante do café e adicione a mistura de ovo à parte superior.
Bocuse D’Or Um cozinheiro dos Estados Unidos, Mathew Peters, foi eleito dia 25/01 campeão da competição mundial Bocuse D’Or, criada em 1987 na França pelo lendário chef Paul Bocuse. Conhecida como a Copa da gastronomia, a competição é realizada a cada dois anos. Mathew conseguiu o feito de ser o primeiro representante das Américas a alcançar alguma das três posições do pódio. O Brasil, que foi à final em Lyon dez vezes, mandou neste ano pela primeira vez uma mulher para representá-lo, a alagoana Giovanna Grossi, de 25 anos. A cozinheira terminou em 15º lugar. Nossa melhor posição foi o décimo lugar em 1997 com o piauiense Naim dos Santos.
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“Alta gastronomia séria nunca deu dinheiro. Nem nunca dará.” Com esta frase e após quase 12 anos o restaurante RS de Roberta Sudbrack fecha as portas. Aclamado por crítica e público, dono de incontáveis prêmios nacionais e internacionais, a cozinheira gaúcha disse ter cansado do formato da alta gastronomia. “Jamais vou cuspir no prato em que comi. Tenho certeza de que esse ritualismo foi fundamental para a introdução da linguagem da moderna cozinha brasileira. Mas o excesso saturou. Excesso de informação, excesso de cursos num jantar, excesso de louças, excesso de explicações. Também não vou jogar a culpa na crise econômica, que sim, obviamente pesou na decisão”, afirmou. Uma grande perda para a cozinha nacional!
Vinho azul Com aromas herbáceos e boa dose de corante azul, o vinho espanhol Mar Profundo chegou ao país no final de 2016, porém, teve sua comercialização barrada no Brasil no dia 2 de janeiro por conter corante, de acordo com uma determinação do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento. Visto como moda dos espumantes e vinhos para se tomar com gelo, o primeiro exemplar de vinho azul apareceu em 2015 e é visto com muita antipatia pelo setor de vitivinícola.
dicas Biblioteca: O homem que comeu de tudo Neste livro divertido e impiedosamente irônico, Jeffrey Steingarten, temido e festejado crítico gastronômico da Vogue americana, é o homem que comeu de tudo e sobreviveu para contar.
NETFLIX: King Georges Documentário sensacional, sobre o grande chef Georges Perrier e a luta para salvar seu restaurante de quatro décadas na Filadélfia.
Você Sabia? Umas das tantas empresas que possuí o novo presidente norte americano, uma é a vinícola Trump Winery, localizada em Virgínia. www.trumpwinery.com
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MODA
Por Byanca Bell Fotos Divulgação byancabelL@hotmail.com
Maison Margiela E o povo enlouquece com as criações de John Galliano para Margiela. A desconstrução, o detalhe, a ousadia, a impossibilidade de unir formas e detalhes capazes de se encaixar. Um show mágico para movimentar a moda, ainda bem que alguns designers lembraram que a criatividade existe. Chega de cópias, chega de mesmice, a moda exige renovação e ousadia.
Bonjour Couture
O ano começa borbulhante com os desfiles de Alta Costura em Paris, acompanhe as apresentações para o Verão 2017.
Dior Optando por um encantado jardim como cenário Maria Grazia Chiuri, ex Valentino, faz sua estreia. O lado místico é revelado! Em bordados, acessórios e detalhes ela apresenta uma coleção etérea e feminina. Ponto alto: Fascinators! Esses acessórios roubam a cena e criam a atmosfera lúdica para complementar qualquer vestido.
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Chanel O cenário da vez foi escolhido lembrando os espelhos da famosa escadaria do ateliê da Rue Cambon em Paris. Na passarela Karl relembra seu amor pelas plumas, babados, tweed e tons pastel. Um detalhe decidiu os looks dessa coleção, todos eram arrematados com cintos de tecidos ou couro. O olhar estava na cintura de todas as peças, desde os famosos tailleurs até o mais esperado vestido de noiva que sempre é o ultimo look do desfile. Para os pés, um scarpin prata criava o ponto de luz dos looks.
Valentino Um desfile leve, com silhuetas limpas, quase minimalistas este foi o desfile de Pierpaolo Piccioli sem a sua parceira fiel, que agora integra a direção criativa da Maison Dior. Cores neutras, longos completamente plissados e claro, tímidos bordados e texturas revelavam um ar delicado. Podemos esperar uma nova fase da Maison? Talvez, para quem deseja looks nas versões “princess” essa pode ser uma coleção sem muita graça, mas para quem cansou e prefere a renovação aqui pode estar o up que as mulheres almejam.
Street Style Haute Couture Se na passarela os longos e luxuosos vestidos estão presentes aqui fora a correria do dia-a-dia transforma os looks e faz deles algo mais usável e real. Os fashionistas optaram por uma alfaiataria bem talhada e clean, focando em detalhes preciosos para criar o ponto focal. Porta de desfile em Paris é assim, do tênis ao salto porém a elegância sempre prevalece.
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Contemporânea
Por júlio franco Fotos Divulgação francoeditor@hotmail.com
FRITZ & FRIDA JULIO CESAR SKOWASCH O gente fina Julio Skowasch chegou de mansinho no Núcleo de Jovens Empreendedores da ACIJ e tomou conta do pedaço. Vem realizando grandes eventos e destaca-se pela liderança discreta, mas firme. Gerente comercial da Furgões Joinville, tem MBA em Administração pela Fundação Getúlio Vargas. Mora na Manchester há mais de 30 anos, com carreira profissional desenvolvida ao longo de 22 anos, na área administrativa e comercial em empresas do segmento de implementos rodoviários e com rápida passagem por empresa do segmento farmacêutico. Também é diretor de comércio exterior da Associação Empresarial de Garuva. Na área social, participou como voluntário em vários projetos, com destaque para a Internacional Junior Achieviment.
SHOPPING CENTER O privilegiado espaço da rua Ministro Calógeras, que já abrigou os supermercados Riachuelo, Santa Monica, Angeloni e Super Sabor, está praticamente abandonado. Nossas principais avenidas estão com inúmeros prédios comerciais fechados e o encerramento das atividades do supermercado do Garten (nunca consegui entender o nome daquele lugar) são reflexos de dois anos de recessão e desemprego. A boa notícia é que, quem aguentou até agora, começa a pensar em deslanchar novamente, por conta da melhora do humor do mercado, aliado à redução de juros e da taxa de inflação. Já não era sem tempo!
SOHO PAULISTANO Todo mundo tem uma dica de São Paulo. Vou passar a minha. Pegue o Metrô e desça na estação Fradique Coutinho, no bairro de Pinheiros, apelidados pelos “locais” de Soho Paulistano. O local tem de tudo que é despojado, moderno, com economia compartilhada. Um exemplo que ilustra bem é o local onde você pode tomar uma cerveja enquanto lava suas roupas. E se quiser vestir um look diferente, depois da roupa secar, pode fazê-lo no andar de cima, onde uma banda se apresenta na vitrine. No lado, tem uma cozinha aberta, onde amadores cozinham e divulgam na internet o cardápio diário. É só chegar e pagar um valor simbólico pelo almoço comunitário.
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g Ransekmin dó nem piedade. Março
la, na pacata ntro de uma saco - Uma cabeça de Joinvile! to! mas o preço é al - A carne é fraca, ! arço, castigaram - As águas de m torial. Quem ri er T to en am en rd O de - A Lei entende? meu? ador? O gato co - Cadê o govern
Coluna vertebral • Vai passear ou trabalhar em Jaraguá do Sul, aqui do ladinho? Visite a Bodega do Richter, almoço e bistrô, com cardápio caprichado, menu executivo e carta de vinhos e espumantes, na adega da casa.
• Se a esticada for para Curitiba, a cantina A Panphylia é a dica para noites frias. Massas, sopas e outras especialidades italianas encantam locais e famosos que visitam a cidade – as fotos das celebridades estão espalhadas nas paredes do restaurante.
• Mas se ficar em Joinville, não faltam opções bacanas, para todos os gostos. Estou curioso pelo Café Olímpio, na Plácido Olímpio, e pela A Cucaria, na Lages.
Perguntas e respostas IEDA MARIA MARTINS GASSO Ieda Maria Martins Gasso administra o aconchegante restaurante Só Panquecas (agora Del Nonno Massas Artesanais), na pracinha da rua XV de Novembro, que oferece muito mais do que isso, a começar pelas massas especiais Del Nonno. Com formação na área administrativa, já atuou como consultora na Gestão de Suprimentos em empresas de diversos segmentos de pequeno e médio porte, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Qual é a proposta do seu restaurante? Apresentar uma excelente experiência gastronômica com produtos honestos e preço justo. Nosso espaço é pequeno e estamos tornando o restaurante cada dia mais aconchegante. Trabalhamos com massas artesanais produzidas por nós mesmos com ingredientes sem conservantes, trazendo o estilo caseiro das nossas avós. Quais os destaques do cardápio? Temos uma sessão do cardápio de massas especiais: tais como Spaetzle, Agnolotti, Pirogue, Tortei. É uma excelente pedida, porém, o que mais vendemos e o que mais os clientes se apaixonam são as massas tradicionais com um variado número de molhos. A casa oferece serviços diferenciados? Produzimos panquecas com massas integrais, sem glúten ou lactose. Estamos trabalhando para tornar a massa artesanal Del Nonno cada dia mais o nosso principal negócio, porém hoje temos uma variedade incrível de panquecas, que é o carro chefe no momento. Estamos ampliando nossa oferta de vinhos: brasileiros, chilenos, argentinos, uruguaios, portugueses, italianos e sul Africanos. Quais os projetos para os próximos anos? Ampliação? Continuaremos a oferecer as nossas massas frescas e para inverno vamos retomar com o Buffet de sopas e cremes que foi um sucesso no ano passado. E quem sabe seguir oferecendo uma casa de sopas? Talvez uma alteração um pouco mais significativa no salão. Abrir postos de venda do produto congelado Massas Artesanais Del Nonno para facilitar o dia a dia das pessoas. O que tem de melhor e de pior em Joinville? Joinville pode oferecer a população uma excelente qualidade de vida. Nos últimos anos, houve um crescimento na área gastronômica ampliando as opções de restaurantes e especialidades, porém, ainda existe uma carência em oferecer o estilo caseiro, saboroso e artesanal. n
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Sem frescura
Por Maithê Brandt Fotos Divulgação maithebrandt@gmail.com
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FLÁVIA WERNER
SHAZAM DA ARTE Smartify é o nome do app que faz a leitura da obra de arte proporcionando informações incluindo história, críticas e dados biográficos do autor. O melhor é que independe da sua localização, podendo ser um postal, uma fotografia num livro ou uma obra exposta na rua. A ideia é aproximar as pessoas cada vez mais ao mundo da arte.
HONIQUE E ALANA ROX,P DT N A MAITHÊ BR
NTONI FÁBIO PA
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Viagem
Mario Guto Ferrarini Data: Setembro/2016 Lugar: Zanzibar, Tanzânia e África Dica: “Quando se fala em África, logo se pensa em leões, elefantes e girafas, mas esse continente surpreende. Primeiro pela facilidade de viajar para lá e o aeroporto de Joanesburgo é a porta de entrada. De lá, partem vôos para os principais destinos africanos, com exceção aos VANESSA DE BR UNS, MARIANA FIU ZA, países da região norte, que são acessados CLÁUDIA MOREIR A E ANGELITA HA RDT pela Europa. A ilha de Zanzibar encanta. Os habitantes locais têm a alegria e simpatia que marcam o povo africano. A principal cidade - Old Town, é constituída de ruelas e construções antigas estilo Árabe. De maioria muçulmana, as mulheres com seus trajes dão um toque único à beleza da cidade. O azul do mar completa a beleza. E ainda há ilhas menores de areia branca, água cristalina, com as famosas árvores milenares Baobá que garantem os melhores momentos. Visite a África! Surpreenda-se!”.
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RIO DE JANEIRO Em 6,5 mil metros quadrados que incluem boxes de produtos alimentícios, floriculturas, empórios, lojas de bebidas, além de bares e restaurantes, foi inaugurado na cidade maravilhosa o Mercado dos Produtores. A inspiração foi o Mercado da Ribera, em Lisboa, que também conta com oficinas nos segmentos do Mercado. Ainda em fase de vendas de espaço, o empreendimento fica localizado no Uptow Barra.
PÉ NA TABUA João Guilherme da Costa e Sarah Pinnow já não tem mais a parede como suporte, a dupla resolveu trocar o concreto pelo formato virtual e itinerante. E foi assim que o casal partiu para a primeira experiência em quatro rodas rumo a São Paulo no inicio do mês de abril. A parada foi o SP-Arte, onde aconteceu a intervenção chamada El Clandestino Galeria Virtual e Itinerante com obras dos artistas Rogerio Negrão,Paulo Agostini e outros.
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Por Alessandra Lobo Fotos Divulgação alessandraloboblog@gmail.com Divulgação
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Empreendedorismo Lição de empreendedorismo e perseverança foi o resultado da palestra do empresário Jaimes Almeida Junior (na foto com a equipe do Garten Shopping), presidente do Grupo Almeida Junior, que administra seis shoppings centers nas principais cidades de Santa Catarina, no mês de março na ACIJ. Secretários do Município, vereadores e outras lideranças prestigiaram o encontro, sob a liderança do presidente do Núcleo de Jovens, Júlio César Scowasch
Rodrigo Arsego
Novidade no ar
Os integrantes da Amor Arte, Sabrina Lermen, Lucas David e Letícia Souza apresentam grandes novidades para 2017. O trio de artistas passa a oferecer para Joinville espetáculos híbridos, aulas regulares de teatro, palestras e workshops que abordam temas relacionados às artes e processos criativos. Mais informações pelo fone (47) 3023-4186
Daniel Machado
Jantar beneficente
Maria Emília, assessora de comunicação do Madero, Raphaela Requião, coordenadora de comunicação do Madero, Anna Paula Kegel, coordenadora do Lar Abdon Batista, Virgínia Selbach, vice presidente do Lar, Tatiane de Aguiar, financeiro do Lar, e Ellen Vivian Kegel, presidente da Federação de Ginástica Rítmica e Árbitra Internacional, em jantar beneficente que o restaurante Madero promoveu em prol do Lar Abdon Batista, no Garten Shopping. Pablo Teixeira
Preparativos
O lutador joinvilense Vitor Miranda já tem data para retornar ao octógono: será dia 25 de junho. Ele vai encarar Marvin Vettori num duelo peso-médio, no UFC Fight Night 112 em Oklahoma City, nos Estados Unidos. Após se recuperar de uma cirurgia feita no final do ano passado no ombro esquerdo, Vitor está se preparando no Rio de Janeiro. Ea grande novidade é que ele acaba de assinar contrato de patrocínio com a Anagê Imóveis
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Por Alessandra Lobo Fotos divulgação alessandraloboblog@gmail.com Foto: Camila Vaz Honorato
Entrevista
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Marjori Orbem
omunicativa e assertiva, Marjori Orbem se destaca em Joinville e região como organizadora de eventos (casamentos e festas de 15 anos, por exemplo), por ter formação, certificação e expertise de coach, que traz para os eventos uma habilidade comportamental e técnica de decisão e de organização, que faz toda a diferença para o cliente. Atualmente Marjori tem duas empresas: de eventos (festas) e de coach. A primeira traz toda roupagem de coach, com auxílio na execução do evento em si. E na outra onde atende adolescentes, mães e profissionais que precisam de direcionamento no mercado e vêem no coach uma fonte inesgotável de auxílio nesse sentido. Formada em Administração e Pessoas, é também pós-graduada pela Fundação Getúlio Vargas em Administração e certificada internacionalmente em Coach, em Master Mind e em PNL. 76
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Como você entrou nesse mundo de coach e eventos? Desde cedo em ambiente corporativo, observei que gestão de pessoas era meu nicho. Em escritório, clínica e logo mais na indústria, pude perceber minha aptidão por gestão de terceiros, gestão de conflitos e por fim a arte de lidar com pessoas. Nesse meio tempo o primeiro evento apareceu, um casamento. Já que comunicação, organização e liderança já vinham aflorando cada vez mais, em resposta ao pedido de uma amiga, fiz meu primeiro casamento. Isso há dez anos! Tomei gosto pela coisa. Não parei mais, sempre estudando, lendo e me inteirando. Já atuava como gestora administrativa e de pessoas no mundo corporativo (que me trouxe muita expertise), mantinha os eventos e trabalhava através de indicações. Quando decidi ser mãe, abdiquei da minha carreira corporativa para me dedicar a maternidade e timidamente diminui os eventos, afinal, noitada alternada com mamadas não davam certo. Engraçado como o
Como é seu trabalho como organizadora (coach) de casamentos e festas de 15 anos, por exemplo? Percebi que informação e poder de decisão é que faz um evento de Sucesso! Nisso entra minha expertise de coach. Não apenas indico fornecedor e dou sugestões: mas de maneira inteligente, com perguntas poderosas e ferramentas, extraio o verdadeiro sonho dos anfitriões (às vezes noivos, às vezes debutantes ou ainda eventos corporativos). Desde a primeira conversa já fica claro: o evento é seu, o sonho deve ser o seu! Indico fornecedores, criativamente dou opções para o evento, mas respeitando duas premissas: o gosto e o bolso do cliente.Trabalho como se o dinheiro investido fosse o meu! Por isso penso, analiso e avalio cada decisão para ser a mais acertada. Junto com os anfitriões montamos o Script do evento e vamos por partes fazendo os fechamentos. Meu whatsapp é fulltime para meus clientes. Sem limite de reuniões, de considerações r de parceria. Acompanho o evento do planejamento até o final – final mesmo! Sabe a contagem da bebida? Ou ainda as sobras de bolo e doce que ninguém quer guardar porque os pés estão doendo? Então, organizo tudo. Em média, quanto tempo antes da data desejada os noivos devem te procurar e começar a ver os detalhes do casamento? O correto é decidir a data e me procurar! Porque auxilio na busca de lugares para o casamento de maneira mais acertada para a realidade deles. Então isso pode ser um ano e meio antes. Já me contrataram quase três anos antes, mais tudo bem! Rs... Qual foi o pedido mais inusitado que você recebeu de uma noiva? Na verdade foram dois: “Mah! Nao estranhe uma coisa? Meu vestido é preto!” Ou no banheiro com a noiva, ajudando-a a segurar o vestido para ela fazer pipi, aí ela pede: “Tapa o ouvido amiga?”. Qual a maior dificuldade você tem para lidar nessa área? Dificuldade? Nenhuma. Pontos de desenvolvimento: desenvolver poder de decisão e boa forma emocional nos anfitriões – ou seja noivos, noiva, familiares, 15 aninhos. Porque pessoas bem informadas, decididas e sem mimimi, têm muito mais resultado em tudo! E o que mais te encanta? Estar e viver o sonho delas e com elas! O que espera de 2017? Um 2017 Rico. n
Foto: Gee e Djon Fotografia
universo conspira: fui cliente de coach (no caso coachee) e desse processo nasceu o sonho em me tornar uma profissional com essa especialização. Isa maiorzinha, voltei a estudar avidamente e cá estou eu, com as duas empresas, de Eventos e de Coach.
CURTAS
As pessoas se surpreenderiam se soubessem que eu: canto. Sonho: ser rica – na real isso é meta, né?! Definição de Paraíso na Terra: o abraço de bom dia da Isadora Hobby: cozinhar Momento inesquecível: a primeira canção que cantei para a Isadora assim que ela nasceu O que não pode faltar na nécessaire de uma mulher? Delineador e elegância Mulher símbolo de elegância no Brasil: Cristiane Torloni Não vive sem: Deus O que te irrita: MIMIMI Lugar preferido para férias: Praia Saudades: da manhã de domingo de Páscoa da minha infância Cidade em que moraria: Estou muito feliz em Joinville TOP 5 de um casamento: Identidade dos noivos(tudo tem que ter a cara deles) – Transparência – Organização – Leveza – Bom humor Frase: “Sou Foda!” n
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Radar Social | com Carlos Büst carlosbust@carlosbust.com.br
A coluna Radar Social apresenta os eventos de destaque dos últimos meses, entre esses a inauguração do Baturité Lounge House, do Grupo Embraed, em Balneário Camboriú. A abertura da exposição fotográfica Sombras Selvagens, do fotógrafo Dante Bejarano, no Garten Shopping; a comemoração de um ano da Bentec Móveis Planejados em Joinville; a Sunset Incorposul, a inauguração do Edifício Sonata da Incorposul Empreendimentos Imobiliários e a posse da diretoria 2017/2018 da Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville, na Expoville.
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Arthur Andrade
Angelo Borba
3. Júlia Porcher
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Jomas Ferreira
Jomas Ferreira
Jomas Ferreira revista PREMIER
Valéria Grams
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1. Em destaque a dermatologista Bianca Gastaldi 2. A presidente do Grupo Embraed Tatiana Rosa Cequinel com os designers Moacir Schmitt Jr e Sálvio Moraes Jr responsáveis pelo projeto de interiores do Baturité Lounge House 3. Família Bejarano: Orlando, o fotógrafo Dante e Rosilene na abertura da exposição fotográfica Sombras Selvagens no Garten Shopping 4. Alex e Monique Belo na comemoração de um ano da Bentec Móveis Planejados em Joinville 5. Marcaram presença no coquetel: Leonardo Dantas, Tiago Gelatti, Willian Agostinelli e Fabrício Vieira 6. Eduardo Liz e Joana em noite de festa na Bentec Joinville 7. Na Sunset Incorposul Mario Ghanna, Renata Baggio e Luis Carlos Presente 8. Na inauguração de Edifício Sonata Maria Eduarda dos Santos, Andréa Kaiser, Renata Baggio e Tina Marcato 9. Em família, Gabriel Luis Presente e Luis Carlos Presente na Inauguração do Edifício Sonata
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1. A diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville para gestão 2017/2018. | Fotos: Nilson Bastian 2. A família Brandão: Alexandre, Larissa, Andréa e Marco prestigiaram a posse da diretoria 3. Homenageados pelo Mérito Lojista 2017: Dr. Emir Amin Ghanem e Dra. Cleusa Coral-Ghanem, do Hospital de Olhos, com o presidente da FCDL Ivan Tauffer e o presidente do CDL, Frederico Cardoso dos Santos 4. O presidente do conselho deliberativo do Sebrae Sérgio Medeiros, o vice-presidente da FCDL Olai Klemtz, o presidente da FCDL Ivan Tauffer e o o vice-presidente Administrativo e de Patrimônio da CDL de Joinville, Raulino Esbiteskoski 5. O presidente da CDL Joinville, Frederico Cardoso dos Santos é diplomado pelo presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC, Ivan Tauffer 6. Homenageado com o Mérito Lojista 2017 o presidente da Sociedade Harmonia-Lyra, Álvaro Cauduro, recebeu a homenagem do presidente empossado da CDL de Joinville de Frederico Cardoso dos Santos 7. Frederico Cardoso dos Santos com a esposa Vera, filhos e netos. | Fotos: Nilson Bastian
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bentley continental supersport O novo Continental Supersport traz o desempenho fenomenal, manipulação e velocidade da primeira geração para novos níveis. A essência pura do Bentley chega a um poderoso modelo nunca antes produzido. O novo Continental Supersport é um prazer raro, e apenas pouquíssimas unidades serão produzidas pela marca, portanto quem quiser garantir deve correr para a concessionária.
WISH LIST Para quem quer estar no topo.
panerai luminor limited edition A Panerai fez seu nome produzindo instrumentos marítimos para a Royal Navy italiana. Hoje já não produz mais os instrumentos militares, mas manteve-se fiel às suas raízes oceânicas. Este ano a Panerai fechou a parceria oficial da 35a América’s Cup, um dos mais antigos e prestigiados campeonatos de vela do mundo. Para assinalar a ocasião lançou uma linha exclusiva com 5 modelo de seus desejados relógios.
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piaget rose ring O luxuoso anel de diamante é a encarnação perfeita do talento dos joalheiros Piaget, unindo a arte de gemsetting e a poesia estética. É uma das jóias da natureza, fundindo a simplicidade do ouro rosa com todo o brilho de diamantes de corte brilhante.
PREMIER mochila rucksack burberry A peça foi inspirada nas mochilas de estilo militar arquivadas que datam do início do século XX, renovada com diversos bolsos com zíper para adicionar funcionalidade.
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Mr. President
A INFÂNCIA DE JESUS Por marinaldo de silva e silva Foto Divulgação
Antes de começar esta história em forma de crônica, meus desejos de feliz páscoa, aos crentes. Aos descrentes, meu desejo de um eterno recomeçar, sempre pra melhor. Eu sou um depósito de fé. A fé é algo sensacional. A vida é explicada pela ciência com suas teorias tão mirabolantes quanto a criação. A fé na ciência é precisa, a na que não temos prova, é como uma mágica. Crianças veem a mágica e ficam abismadas, isso as encanta. Adultos olham a mágica e creditam nela, um truque. Eu tenho o olhar da criança, e a fé se movimenta em mim duma forma que nenhuma ciência extirpa
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em forma de passarinho (Sim, o menino Jesus achava que a odas as mães de Nazaré viviam comparando borboleta era um passarinho) ela abria um sorriso, depois seus filhos com anjos, Maria era a única que o de tanto franzir a testa porque vivia sonhando um futuro de comparava com Deus. Sob constante auto-vigíaceitação onde ela teria que suportar na carne algo que só a lia dominava sua vaidade em ser mãe da luz do força do espirito é capaz de suportar. É desse pequeno mimundo, da promessa do farol que aproximaria todas as ilhas, lagre que aqui escrevo: dessa capacidade tão tênue, e tão insem saber que viria a ser venerada como dona de um ventre tensa, que uma criança tem ao transformar o cenho fechado livre, grandiloquente, redentor. Mas aos 8 anos, Jesus nada e franzido no rosto dos pais, devido a tantos problemas, com mais era como toda e qualquer criança aos olhos humanos, suas histórias mais inocentes que a correnteza que agride cheia de questionamentos e olhando tudo com o olhar do sem saber que agride, e que em tudo resvala e maravilhoso, referendando assim o que todos leva. já sabemos: na idade da pureza é que somos No dia de seu nono aniversário, Jesus foi mais semelhantes. buscar uma flor para dar para a mãe de pre Aos 8 anos de idade, sem merencória sente, porque era costume em Nazaré as mães e rupturas, sem isolamento e com maestria, o receberem os presentes ao invés dos filhos, jusmenino crescia fazendo pequenos milagres, os to que elas que tinham a vida criado. Lembrou primeiros, não narrados nos testamentos porque na noite anterior havia visto no quintal um que isso o igualaria a todos. Saía Jesus, fugido botão de Íris, decepado ao talo, e daria aquele dos pais, a brincar nas colinas de Nazaré, onde Marinaldo de Silva e Silva, botão roxo de presente. Espantou-se quando gostava de cantarolar hinos de Graças enquané um escritor joinvilense. viu que, na manhã seguinte, mesmo decepado, to desenhava na areia pequenos seres alados. Escreve profissionalmente desde 2002, quando o botão havia aberto e virado um grande sinal Na aridez do deserto as borboletas quase eram publicou seu primeiro livro, de esperança em forma de flor. Era o grande miragens e, quando uma aparecia, lá ia Jesus “O beijo de Mephisto”. É cronista fixo do Jornal milagre da vida que ninguém havia percebido! atrás delas tentando entender como algo poNotícias do Dia e lançou Naquele dia ele levou à mãe, deu parabéns e dia ser tão perfeito, iluminando-se por dentro recentemente o livro usou pela primeira vez o termo ressusreição ao ver a luz laranja do solstício atravessando a infantil “Respostas para tudo”. Formado em Letras, em alusão ao que era botão e virou flor, e disasa daquela criatura e quebrando-se, excelsa, atualmente é mestrando em se: Mãe, um dia eu serei essa Íris.n dentro de seus olhos. Quando chegava em casa Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. e contava à mãe que havia conhecido a glória
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