Revista primeira impressão II

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CAMARÁ:

O PESADELO E AS NOVAS

CONTROVÉRSIAS Reportagem Especial


EXPEDIENTE

EDITORIAL Dizem que a primeira impressão é a que ca, pois bem, na prática muitas vezes isso é diferente. A primeira impressão sempre deve ser revista, repensada, analisada e sempre melhorada. Não dá pra acertar de primeira, deixar tudo perfeito, sem deslizes, sem erros. Até porque a vida nos mostra que sempre podemos melhorar, aprender com nossos erros. Foi o que zemos. Trazemos para vocês a segunda edição da Revista Primeira Impressão. Tivemos aí um pequeno intervalo de tempo e nessa pausa não camos parados, ao contrário do que se possa pensar, nós pensamos, ouvimos as críticas, revisamos nossos erros e o mais importante: nos abrimos para aprender. Estamos em uma longa caminhada em busca do conhecimento jornalístico e esta Revista é nossa primeira ''cria'', foi realmente nossa primeira impressão sobre o curso que se descortinava para nós. Agora mais maduros, com um pouquinho mais de conhecimento técnico e teórico, nos lançamos a repensar nossa Revista, partimos para rever a nossa Primeira Impressão que ressurge não mais como fruto de um Laboratório de Iniciação Jornalística, ela agora faz parte do Jornalismo Impresso. Pois é, até ela cresceu. Analisamos onde deveria ser mudado, colocamos todo o projeto a baixo, começamos tudo de novo, abrimos novos horizontes e pensamos novas possibilidades. A única coisa que não mudou é a vontade de fazer jornalismo e fazer bem feito. Sabemos que não encontraremos a perfeição, mas se já chegamos até aqui é sinal que a nossa Primeira Impressão estava certa e ela, mesmo diferente, veio para car. Desta vez, estamos com a orientação da Professora Ada Guedes, que se mostrou bastante paciente com tudo, mas não poderia deixar de agradecer a gentileza da Professora Adriana Alves por ter embarcado conosco no primeiro período dando todo o gás necessário para que o projeto viesse à tona. Fiquem a vontade para ver e rever as primeiras impressões, e sintam-se mais que convidados para conhecer a nossa Primeira Impressão. Diogo de Mendonça.

veja nossa edição online



ÍNDICE

4

6

Cidades digitais lugares capazes de pensar

8

14

Duas faces de uma realidade

Música Eletrênica

16

CAMARÁ:

10

Paraíba lidera ranking

22

Ensaio Fotográco

12

Água, um problema de clima ou questão política?

26

Filhos do Thinner

O PESADELO E AS NOVAS CONTROVÉRSIAS


30

Inuência da cultura hippie em Campina Grande

32

S.O.S Positivo

34

O Brasil que muda pra car com cara de Brasil

36

Campina, 150 anos atrás da sua história

5


Tecnologia

CIDADES DIG

lugares cap

Em um futuro próximo, as ações cotidianas estarão conectadas em uma teia de informação que facilitará as tarefas diárias

I

magine uma cidade na qual a

população conte com serviços digitais integrados: sinais de

trânsito, monitoramento de câmeras de segurança e horário do transporte público. Essa seria uma cidade inteligente. Cidades digitais é o tema da pesqui6

sa do professor Francisco Brasileiro, docente da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O pesquisador explica que uma cidade digital seria aquela onde os dados, depois de capturados por sensores espalhados em diversos pontos, transformam-se em informação. Embora a maioria das pessoas ignore o fato, os sujeitos são fontes geradoras de dados, pois carregam cotidianamente sensores consigo, como celulares e cartões magnéticos. Tornando-se potenciais pontos de captura de energia. Um fenômeno contemporâneo que ilustra o processo de digitalização da vida social é a web 2.0, ao torná-la um ambiente de comunidades e serviços gerados e administrados pelos

próprios usuários cria-se uma nova forma de experimentar o ambiente virtual. O Youtube, Twitter e Facebook são sites ícones da Web 2.0. Nesse processo de convergência várias tecnologias surgem com o intuito de melhorar a vida das pessoas: são aplicativos como Waze, que monitora o trânsito nas cidades, ou Foursquare, que indica onde encontrar os melhores serviços da região. A evolução digital de uma cidade ocorre quando os dados disponíveis são gerenciados em um sistema cooperativo, governamental ou social interativo, como no caso dos aplicativos de celulares. Ao transformar os dados capturados em informação útil para a população a cidade tornar-se inteligente.


GITAIS:

pazes de pensar Dados Abertos versus Dados Públicos

D

esde 2011, o Brasil possui u m a Le i d e A c e s s o à Informação, que garante aos cidadãos o acesso à informação nos órgãos públicos. Mas Francisco Brasileiro faz um alerta “os dados abertos são aqueles organizados antes de serem disponibilizados, por sua vez, os dados públicos são expostos sem que exista uma preocupação em torná-los inteligíveis”. Um bom parâmetro para saber se um dado pode ser considerado aberto ou apenas público é o número de cliques que o usuário precisa executar até chegar à informação desejada.

Quanto mais cliques o usuário de um site precisa dar para encontrar uma informação, mais longe do domínio público ela estará. Brasileiro exemplica, “se determinado órgão disponibiliza o salário de cada funcionário esse dado será público, uma vez que qualquer um pode acessá-lo, mas se a instituição monta uma planilha, em vários formatos – Word, Excel, PDF – com a despesa mensal e anual do gasto com o funcionalismo – a informação constituirá um dado aberto. Países com democracia consolidadas prezam pela transparência

institucional, já que os cidadãos somente podem scalizar os atos administrativos com eciência ao conhecerem a forma como o Governo executa o orçamento público. Esses recursos e formas de captura e gestão das informações são apenas o começo de uma nova conguração da vida em centros urbanos. A pesquisa de Brasileiro, bem como outras nesta área, ajudam a entender um fenômeno que já estamos vivenciando, mas muito tem a se delinear, cabe a nós sabermos como usufruir de forma positiva de todas as possibilidades. 7


Tecnologia

8


A

levada music eletrizante que contagia a todos, surgiu em meados da década 40 pela inuencia do francês Pierre Shaeffer, onde as mixagens eram feitas através apenas ruídos gerados por tocadiscos. E a partir daí não parou mais. A música eletrônica é totalmente produzida e modicada através de instrumentos eletrônicos, passando por todos os ritmos: desde o erudito até rock roll. O DJ Humberto Lima explica melhor como se dá esse tipo de produção: Assim como todas as outras prossões, o DJ também tem seus desaos. Além de animar festas, fazendo daquele momento um ambiente ideal para m de noite, é preciso muita dedicação e conhecimento técnico para execução do seu trabalho. Mas de nada isso adianta se o entrosamento entre público e o Disc Jockey não for total. “O DJ e a pista de dança possuem uma forte relação, pois o DJ deve estar sempre conectado com a frequência das pessoas, quando ela está muito agitada deve-se manter uma linha agitada, ao perceber um certo cansaço, o ideal é soltar um bom groove onde mantem-se a agitação com a possibilidade de uma dança mais centrada sem tanto movimento. O melhor a ser feito para se iniciar

uma apresentação é esperar o DJ anterior terminar seu set para decidir qual a música ideal para abrir o seu, uma pré-seleção as vezes é falha, tendo em vista que deve-se manter o nível de animação da pista.” Arma Humberto. Em grande parte das vezes o repertorio das baladas é escolhido pelos DJs. Segundo Humberto a audição do público é muito sensível, e

É um trabalho complexo a discotecagem, exige um alto grau de prossionalismo para pegar os melhores e mais seletos públicos.

por isso todo cuidado é pouco na hora de selecionar as músicas que irão ser tocadas, pois uma vez perdido o ritmo é difícil de recupera-lo. “É um trabalho complexo a discotecagem, exige um alto grau de prossionalismo para pegar os melhores e mais seletos públicos.” Um elemento importante para o desenvolvimento da musica eletrônica foi o desenvolvimento das raves. Estas festas de músicas eletrônicas, começaram como uma reação ás tendências da música popular, a cultura das casas noturnas e ao rádio comercial. Mas o seu objetivo principal era a interação entre pessoas e elevação da consciência, ou seja, uma fuga da realidade, através das innitas formas de arte. Mas quem é adepto desse estilo, ainda tem que conviver com a reação negativa da mídia em relação a tal cultura rave. Isso tudo porque, ainda se faz relação entre entorpecentes e as baladas eletrônicas. A batida envolvente e repetitiva do eletrônico vira combinação perfeita para o uso de drogas e bebidas alucinógenas. Contudo o estilo tem se sobreposto a tudo isso, e vem conquistando seguidores éis a cada dia. Proporcionando a todos, alegria, encontros, descontração e bom astral. 9




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