Pรกg. 26
Pรกg. 20 Pรกg. 40
Sumário
44
06 ORIENTISTAS EM FOCO
PORTO CITY RACE
Nesse mês foram abordados os 9 acessórios que todo orientista deve conhecer
Detalhes do circuito Europeu de passou pelas cidades portuguesas em Outubro
08
42
ORIENTAÇÃO PELO BRASIL
DICAS DE SAÚDE Dicas sobre hidratação para atletas orientistas
Saiba mais sobre a bela história da Orientação na Bahia.
36
12
CAMBOR 2015
DICAS DE TREINAMENTO
Cobertura da 3ª e última etapa do CamBOr 2015. Ilustração de belas imagens da etapa
A coluna continua com dicas de treinamentos para orientistas
34
16
COMO FOI 2ª ETAPA JIRAU
CLUBE DESTAQUE
Nesse mês iremos contar um pouco da história do CORELE, clube tradicional de João Pessoa.
18 SEM PALAVRAS Veja as belíssimas imagens registradas pelo Brasil sobre a Orientação
Veja oo que que melhor melhor Veja aconteceu na na 2ª 2ª etapa etapa aconteceu do Circuito Circuito de de Orientação Orientação de de Jirau Jirau do
Foto: Nina Waldow
28 JOGOS MUNDIAIS MILITARES
Cobertura completa da participação brasileira nos Jogos Mundiais Militares CISM 2015
32 COMO FOI 3 ETAPA CORJ
Veja o que melhor aconteceu na 3ª etapa do CORJ
Editorial Iniciamos esse editorial agradecendo todas as mensagens recebidas sobre a revista de lançamento. Todos os esforços são para levar as no cias e novidades da Orientação a todos. O mês de outubro é o mês internacionalmente conhecido pela luta contra o Câncer de Mama, por isso é realizado em todo mundo a campanha “Outubro Rosa”, logo a Revista PrisMagazine não poderia deixar de apoiar a causa, tanto que nossa logomarca durante todo outubro é apresentada na cor rosa. Em con nuação da homenagem ao “outubro rosa”, esse mês estaremos contando a história da par cipação feminina na orientação no Brasil, história essa que tem tudo a ver com a vida da atleta Carla Clausi, nossa Atleta Destaque desse mês. Ainda fazendo alusão às datas comemora vas de outubro, temos que esse mês é considerado o mês das crianças, com isso criamos uma coluna especial “O Atleta-Destaque Mirim”, onde apresentamos um pequeno atleta, mas com experiência de gente grande. Também estamos lançando uma nova coluna, “Na ponta do lápis”, para expor a orientação na visão das crianças, a par r de desenhos produzidas por elas. Se você tem até 12 anos, e deseja que sua criação seja publicada, peça para seus pais nos enviar o seu desenho. Veja também, na edição desse mês, o que ocorreu de melhor nas etapas realizadas em outubro. Uma cobertura da equipe Brasileira nos Jogos Mundiais Militares, que aconteceu na Coréia do Sul. Um resumo da 3ª e úl ma etapa do CamBOr, realizada em Mandirituba, com exibição de belíssimas imagens do evento. A Revista contém dicas de saúde e treinamento sico, coluna do Junior Dias, da Orien stas em destaque, falando sobre os acessórios de orientação, jogos e muito mais. Esperamos que o sucesso da primeira edição se repita nesta, e que possamos levar sempre o que há de melhor da orientação. Boa leitura. Jeremias Araújo Diretor de Edição
Expediente Equipe Edição Jeremias Araújo Rafael Dantas José Alexsandro
Diagramação, arte e criação Jeremias Araújo - jqcaraujo@gmail.com
Colaboradores Tatye Vasconcelos - tatyeverissimo@hotmail.com Riceler Waske - waske.preparadorfisico@gmail.com Junior Dias - otaciliodias-bsb@hotmail.com Rafael Dantas - rafael.dantass@gmail.com José Alexsandro - alexcg@globo.com Sérgio Brito- sergio.brito.ori@gmail.com Waldson Estrela - waldsonestrela@hotmail.com Carla Maria Clausi - carlamaria.clausi@gmail.com
Vinícius Gama - equipeorientacaoufrj@gmail.com Josias Cavalcan - josias.cavalcan @gmail.com Rafel Soares - rafaelsoaresnutri@gmail.com Joaquim Margarito - orientovar.blogspot.com.br
Contato Comercial: (83) 9-8878 - 6800 Email: prismagazine@gmail.com Site: www.primagazine.com.br Facebook: h ps://www.facebook.com/revistaprismagazine Instagram: revistaprismagazine
06
ORIENTISTA EM FOCO Os 9 acessórios e equipamentos principais que um orien sta deve conhecer. Q UA N D O FA L A M O S S O B R E ACESSÓRIOS ESPORTIVOS PENSAMOS LOGO NOS MAIS SOFISTICADOS. NO ENTANTO, NOS ESQUECEMOS DAS COISAS MAIS SIMPLES, MAS QUE PODEM SER ESSENCIAIS NAS PROVAS. Por Junior Dias - Orien sta COSEC-GO
Iremos abordar, nessa matéria, os acessórios obrigatórios, essenciais e opcionais, mas todos são de grande u lidade e de ganho de desempenho do atleta durante uma prova de orientação.
Nosso primeiro item é o uniforme de corrida. Um detalhe inicial é que de acordo com as regras da CBO, é obrigatório que o atleta u lize o uniforme oficial do clube o qual pertença, entretanto é comum a flexibilidade da equipe organizadora em autorizar a u lização de outras peças de roupas. Assim são permi dos os uniformes paralelos, desde que estejam dentro de duas especificações básicas 1) É obrigado o uso de calça ou outra peça que cubra até o tornozelo e camiseta de mangas longas ou curtas. Em compe ções de sprint, o árbitro da prova pode autorizar o uso de short e regata. 2 ) Na parte da frente da camiseta deve estar estampado, pintado ou fixado o seu número de iden ficação da CBO, contendo no mínimo 10 cm de altura
Nosso segundo acessório é o tênis. Já inicio com uma advertência, apesar do esporte ser oriundo de uma variação do atle smo, é proibido o uso de sapatos de atle smo com cravos. O mercado brasileiro já possui tênis próprios para orientação ou corrida de aventura, que serve da mesma forma. São tênis produzidos com materiais mais resistentes, leves, costuras reforçadas e pequenas travas no solado. Sobre os tênis comuns de rua, o regulamento não traz nada contra seu uso, o seu problema fica a cargo dos solados que são lisos. Este po de tênis é ideal para etapas de sprint em área urbana.
O terceiro acessório foi quem deu origem ao esporte: a bússola. Este acessório serve para indicar a direção do norte magné co da terra. A bússola podem ser encontradas em dois pos: a convencional ou plana, e a de polegar. As marcas Silva, Moscompass e Kanpas são as lideres de mercado, são de boa qualidade tanto na estabilidade quanto sua durabilidade, mas outras marcas menos conhecidas estão chegando no mercado com boa qualidade e preço acessível.
O quarto acessório é o bracelete porta sinalé ca. Não é de uso obrigatório mas é grande u lidade, o bracelete porta sinalé ca ou simplesmente “Maceteiro”, é u lizado para guardar a sinalé ca durante a prova, evitando que o orien sta desdobre o mapa para saber as caracterís cas e a numeração dos prismas.
Nosso próximo item é o SiCard O disposi vo que modernizou o esporte. Ele funciona semelhantemente como um pen d r i ve , o q u a l re g i st ra e a r m a ze n a informações vinculadas aos pontos de controle. A orientação u liza as bases da SPORTIDENT. Para as compe ções oficiais é obrigatório que o compe dor use o disposi bo que pode ser adquirido ou alugado.
07 ra nelei as da a c a t rio é ien s
r ó s acess cida pelos o lainas”, ela is o t x O se m conhe omo “po s são idea
c é a são Tamb ul do país atório, m dica a o s g i b o o obr teção Uma regiã a pro de us roteção. o m ã u s não sua p embu do , que são o da t ol m a f o futeb dos já ve pel e e d u q s is ra lças nelei tegem ma a as ca c s ro ea as. nela ma p s ou pedr r a c o f a n ta vore e cer de ár sed s e o t c n n te e tro resis tos d mais e r i d ctos impa
A lup
aén
o
Ela é sso sé mo a uma em v peça cess idro c ó i ou p r na o lás c cular pro rio. bser o d uzida va q maio ria do ç ã o d o ue auxili am s m s mo plan a delo as j s de b p a s . A seu c á possui ússo uma orpo las peq . Pa ser in stala ra as bús uena lup s dos s a em pess upor olas de d oas d e t e d e s o, po mais deta dem lhes, idad adicionai es e que s . exce Este para no ca l e nte item o lor d é be para supe a cor s demais mú riore m , r na id i da p apas l par s que e a n a s q sa po 1:10 ue p ficaç r .000 ã o desp o de ssue . e m e scala rcebido. É s igu ais o u
Noss
o sé
mo it em é
lant De fu ndam erna. enta com p e ç l importâ n ões lante n o t u cia em rnas r m n a Para as s nuais ão ob escol jetos ou de , a s obse h e energ f r uma áceis ia e s rvar se ela de en testa, boa l e não anter ilumi contr corre na be na de ar. r com é mu m, se ve-se ito vo uma gasta lante l u m o p rna d e min sa. Você n ouca erado ão va r, cer i que to? rer
S m GP a o c s o d lógi ória
re ist ta os êmico da h gra 129 da tro s i l a a re pol oss r ou
ndo n ssório mai acordo com ou qualque ara o Ace no p GPS . De r retor ação o de evita
ha E fec
s
t s ê sca orien CBO: O u to que d ra bu roveito g n e e r pam ibido. A rar p equi ara ae ro m p e é t em p a s r i a a s t s e o l u r r at letas o m o p a a usa ham m at c n u , e m v ção é co stas mpe anto spor o t . e c e d r t s s ó rotas au . En o, p a de h h l que m a prova n o e c mp re es nte dese que o sob dura e ã ç d a si vo rm ise o l dispo o f á r n i e n u r a q çã a qual vega ar lh u na , que nota ção o comp a si re po m um ro, e s sob a e l õ c ç a m orm u be a inf deixo atlet F, já o a O do. I i m A erm neça p r o é f a não prov nte a dura
0806
O
Ã Ç A NT
IE R O
IL S A
L PE
BR
História da Orientação da Bahia
ORIENTAÇÃO DA BAHIA, 13 ANOS DESBRAVANDO E AZIMUTANDO PELAS BELAS PRAIAS E FLORESTAS BAIANAS. Por Tatye Veríssimo - Diretora Técnica da FBO
No ano de 2000 foi realizado o primeiro curso de mapeador NI pela Confederação Brasileira de Orientação ministrada pelo Sr José Otávio Franco Dornelles para militares do Exército Brasileiro. O desporto orientação na Bahia até 2003 era pra cado somente em meio militar através dos treinamentos e compe ções desenvolvidas para a formação de equipes militares.
NASCE O CAMBO – CAMPEONATO B A I A N O D E O R I E N TA Ç Ã O O Campeonato Baiano de Orientação mais conhecido como CamBO foi idealizado e organizado por três militares: Reginaldo Sousa Lima (35º BI-Feira de Santana), André Lima Esteves (Cia Cmdo-Salvador) e Urânio Mar ns Moreno (ESAExSalvador). Em 13 de abril de 2003 acontece a primeira etapa do CamBO e a orientação civil se inicia. Foram cinco etapas realizadas com sete categorias e três clubes. No mesmo ano Reginaldo Sousa Lima cria o Circuito Feirense de Orientação CIFERROR, conseguindo realizar apenas uma etapa devido à falta de apoio. Também acontece o 4º Circuito Nordeste do Brasil de Orientação CINEBO, organizado por André Lima Esteves e apoiado pelo Clube de Orientação de Amaralina COAMA. Neste ano o Sgt José Augusto Lima Carvalho, da Cia PE/6ªRM entra para o quadro de organizadores. O ano de 2004 é marcado pela criação da Associação Baiana de Orientação en dade que passa a administrar o esporte na Bahia. O 2º CamBO começa a crescer e se consolidar, foram seis etapas com a par cipação de 125 orien stas, 15 clubes e a inclusão da categoria DAMAS. O CIFERROR acontece com quatro etapas surgindo mais dois organizadores, Luiz Américo Campos e Eduardo José Costa Oliveira do Clube Baiano de Montanhismo CBM. E Salvador também ganha organizadores Antônio Irapuã, Davi Durães e José Augusto Lima Carvalho que apoiados pela Cia PE/6ªRM fundam o Clube de Aventura e Orientação de Salvador – CAOS. A 4ª etapa do 5º CINEBO acontece com o apoio do 19º Batalhão de Caçadores.
Em 2005 o 3º CamBO tem novos organizadores: Luiz Américo da Silva Campos, Eduardo José Costa Oliveira, Luiz Agnaldo da Silva Carneiro e Alex Mamona Nascimento ambos do Corpo de Bombeiros/2º GBM/Feira de Santana-Ba. Foram cinco etapas e oito categorias. Paralelamente realizou-se o CIFERROR e a 3ª etapa do 6º CINEBO em Alagoinhas-BA.
EVOLUÇÃO DA ORIENTAÇÃO NA BAHIA Fato importan ssimo para evolução e desenvolvimento do esporte na Bahia foi o trabalho desenvolvido por Reginaldo nos bas dores dos campeonatos durante sua passagem por Feira de Santana (2003-2005), ele promove cursos de iniciação do esporte e de mapeamento com bússola e GPS capacitando pessoas a mapear, organizar e desfrutar o esporte na floresta. O legado da orientação é passado e o esporte se fortalece. Feira de Santana se torna a referência do esporte na Bahia. No ano de 2006 inicia-se um novo ciclo na orientação baiana, primeiro ano após transferência dos mentores do CamBO. Surgem novos organizadores: Antonione Pinho Guimarães, Clayton Messias de Carvalho, Daniel Cordeiro Ribeiro, Roberto Cardoso, Roquelane Passos e Waldemar Caumo, pessoas que haviam feito cursos com o Sgt Reginaldo. O 4º CamBO e CIFERROR acontecem com oito categorias. No mesmo ano o esporte é apresentado à academia pela professora Silvânia Matheus Leal responsável pela disciplina de atle smo na Faculdade Nobre - FAN em Feira de Santana. Luiz Américo torna-se discente do curso de educação sica da FAN e apresenta o esporte na semana de educação sica, juntamente com Luiz Agnaldo Carneiro ministram palestra sobre o esporte para acadêmicos de educação sica e geografia da Universidade Estadual de Feira de Santana – UFES, surgindo um curso de iniciação.
Clube Baiano de Montanhismo
09
Em 2007 a orientação baiana entra para o âmbito nacional. Ganha sua primeira gerência frente à Confederação Brasileira de Orientação. Aparecido Freitas de Oliveira é nomeado gerente da Bahia. Aparecido Freitas e Edcarlos Rodrigues de Oliveira são os primeiros atletas baianos a se filiarem a CBO e a disputarem o Campeonato Brasileiro de Orientação. Luiz Américo apresenta um projeto de campeonato estudan l de orientação para a prefeitura municipal, através do apoio do Pró-Cultura e Esporte, realizando uma etapa no final do ano com alunos do ensino médio. O 5º CamBO mantém as oito categorias. E o quadro de organizadores aumenta Aparecido Freitas em Salvador, Carlos Arildo de Oliveira em Camaçari e Luiz Célio de Oliveira Pereira em Feira de Santana.
A ORIENTAÇÃO NAS ESCOLAS O ano de 2008 começa com Aparecido Freitas promovendo cursos de mapeador, traçador de percurso, organizador e arbitragem de provas. Luiz Américo começa a ministrar o esporte no Colégio da Policia Militar/Feira de Santana-BA, do 6º ano do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio. Américo difundiu o esporte para outras escolas com ajuda dos professores: Márcio Pinto, Colégio Estadual Godofredo Filho; Luiz Célio Oliveira Pereira, professor e diretor do Colégio Estadual Polivalente; do capitão EB Luiz Fernando Toledo Leal, responsável pelo Programa Forças no EsportePROFESP desenvolvido no 35º BI. O 6º CamBO teve cinco etapas e onze categorias. CEOrienta teve cinco etapas e oito categorias. Jodilson Freitas e Neilton Moreira entram para o quadro de organizadores. Neste ano também aconteceu o primeiro curso de Técnico de Orientação na Bahia ministrado pelo presidente da CBO, José Otávio Dornelles, e surge o primeiro clube filiado a CBO: o KAAPORAS CLUBE DE AVENTURA. E mais uma vez a Bahia é representada a nível nacional agora pela atleta Ta ana Veríssimo de Andrade, nos 5 Dias de Orientação em Fortaleza – CE e no XI Campeonato SulAmericano de Orientação.
Kaapora Clube de Aventura
Clube Caa nga Trekkers
No ano de 2009 a gerência é passada a Luiz Célio de Oliveira Pereira. O 7º CamBO foi realizado com sete etapas, 18 categorias e 24 clubes. Neste ano Ta ana Veríssimo de Andrade consegue vaga na equipe do Comando Militar do Nordeste e disputa os Jogos Marciais do Exército conquistando a 3ª colocação, é selecionada para a Comissão de Desportos do Exército (CDE), sendo a terceira atleta do Nordeste e primeira da Bahia a compor a equipe.
ORIENTAÇÃO DA BAHIA COMEÇA A GANHAR MAIS CLUBES No ano de 2010 a gerência con nua com Luiz Célio de Oliveira Pereira. O 8º CamBO se desenvolve com sete etapas, 19 categorias e 16 clubes par cipantes. Neste ano volta a acontecer uma etapa comemora va do CIFERROR, foi uma etapa noturna iluminada pela lua cheia. Acontece o primeiro curso de Iniciação ao Esporte Orientação da CBO e ministrado pelo Sr José Franco Dornelles em Feira de Santana. Luiz Américo da Silva Campos torna-se Técnico de Orientação do quadro da CBO. Acontece também a segunda filiação de clube juntamente a CBO: CBM - CLUBE BAIANO DE MONTANHISMO. No ano de 2011 a gerência passa para Luiz Américo da Silva Campos. O 9º CamBO se desenvolve com quatro etapas, 19 categorias e 10 clubes. É realizado o segundo curso de Iniciação ao Esporte Orientação da CBO ministrado por Luiz Américo da Silva Campos em Feira de Santana. No ano de 2012 a gerência con nua com Luiz Américo da Silva Campos. O 10º CamBO se desenvolve com cinco etapas, 21 categorias e 9 clubes. Os alunos do Colégio Militar de Salvador par cipam de duas etapas em preparação para os Jogos da Amizade. Acontece a transferência para Salvador do Cap. Gasiorowski que convida a atleta Ta ana Viríssimo de Andrade formada em educação sica para ajudar no treinamento da equipe do Colégio Militar de Salvador no ano de 2013.
10 No ano de 2013 a gerência passa para Luiz Agnaldo Carneiro. O 11º CamBO se desenvolve com cinco etapas, 26 categorias e 15 clubes. Neste ano mais atletas representam a Bahia a nível nacional, Dejanir Francisca Silva Santos, Márcia Libânea Lemos Domingos de Oliveira, Ênio Paulo Domingos de Oliveira. Neste ano levamos nove par cipantes para COPANE em Natal – RN, onde surge a candidatura para 2015.
Associação Carcará Expedições e Aventuras
NASCE A FEDERAÇÃO BAIANA DE ORIENTAÇÃO No ano de 2014 chega ao estado o Cap. Sérgio Luiz Oliveira militar experiente, mapeador e árbitro da Confederação Brasileira de Orientação, membro da equipe de treinamento da seleção brasileira militar de orientação, que contribui para a evolução e aprimoramento do quadro de mapeadores e organizadores da orientação baiana. Neste ano mais três clubes se filiam a CBO sendo eles: ACAAT – ASSOCIAÇÃO DE SKATE DE FEIRA DE SANTANA E REGIÃO mais conhecido como CAATINGA TREKKERS; CARCARÁ – ASSOCIAÇÃO CARCARÁ EXPEDIÇÕES E AVENTURAS; COEsC CLUBE DE ORIENTAÇÃO DA ESCOLA DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO EXÉRCITO E COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR conhecido por CMS. O 12º CamBO é realizado em cinco etapas, 36 categorias e 15 clubes. Acontece o segundo curso de Mapeamento de Orientação com GPS reconhecido pela CBO na cidade de Salvador e ministrado pelo Cap. Sérgio Luiz Oliveira. O gerente Luiz Agnaldo convoca assembleia para votação da diretoria e fundação da Federação Baiana de Orientação – FBO. Então no dia 04/10/2014 é eleita como presidente Márcia Libânea Lemos Domingos de Oliveira e fundada a FBO. Ta ana Veríssimo passa a integrar o quadro de Técnico de Orientação da CBO
A ORIENTAÇÃO DO NORDESTE É NA BAHIA No ano de 2015 ainda acontece o 13º CamBO com cinco etapas, 39 categorias e 15clubes. Foi realizado mais um curso de Iniciação do Esporte Orientação reconhecido pela CBO e ministrado por Luiz Agnaldo Carneiro em Salvador; Curso de Mapeamento de Orientação com GPS reconhecido pela CBO ministrado pelo Cap. Sérgio Luiz Oliveira; primeiro curso de Árbitro e Traçador de Percurso reconhecido pela CBO e ministrado pelo Sr José Otávio Franco Dornelles, ambos aconteceram em Feira de Santana. O clube Caa nga inova com um projeto de vivências do esporte para seus membros. E a Bahia sediara a V COPANE organizada pelo Clube Caa nga Trekkers e apoiada pela FBO. Este ano também acontece à inclusão do esporte na grade curricular do Colégio Militar de Salvador, trabalho de iniciação com alunos do 6º ao 9º ano desenvolvido pela professora Ta ana Viríssimo de Andrade. O esporte está ganhando visibilidade, neste ano aconteceram matérias espor vas em tele jornais e jornais impressos.
AGRADECIMENTO AOS ORIENTISTAS BAIANOS Gostaria de agradecer a todas as pessoas que forneceram dados para que nossa história fosse apresentada, seus nomes já estão citados ao longo do texto, pois vocês fazem parte da história da Bahia. Agradeço também a oportunidade de fazer esta singela homenagem a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram e contribuem para a Orientação baiana.
Clube Colégio Militar de Salvador
12
DICAS DE TREINAMENTO Por Riceler Waske dos Santos – CREF: 002577-G/PB
Na edição anterior falamos um pouco sobre o “passo-a-passo” que o atleta deve realizar para o início dos seus treinos. A avaliação médica e acompanhamento de um profissional da área da Educação Física para a prescrição e acompanhamento do treinamento torna-se fundamental para o progresso do atleta. Falamos um pouco também sobre os “Princípios do Treinamento” que norteiam e são os pilares fundamentais para o planejamento do trabalho sico, seja no âmbito amador ou no esporte do alto rendimento. Agora vamos caracterizar o esporte e trazer mais algumas dicas para o atleta inserir em sua ro na de exercícios. O esporte Orientação tem as suas exigências tanto a nível sico quanto a nível cogni vo. Um estudo cien fico (Kolb, Sobotka e Werner) apresentou em seus resultados a contribuição rela va dos vários componentes para a performance global da orientação, em um dos seus resultados foram iden ficados um equilíbrio entre a capacidade cogni va (orientação/navegação 46%) e a capacidade sica (corrida 54%). Tendo como base esse estudo podemos observar que além das variáveis técnicas e tá cas da orientação o atleta deverá estar em dia com o treinamento das suas capacidades sicas para que consiga com isso ir buscar os bons resultados em suas provas e compe ções.
Comprovando-se que o “componente da corrida” é um dos fatores que irá interferir no resultado final dos atletas em uma prova jus fica-se também a necessidade do atleta inserir em sua ro na de treinos da orientação os treinamentos sicos/exercícios sicos, onde acompanhado de um profissional poderá estar trabalhando algumas valências sicas básicas e primordiais. Os atletas devem reunir e treinar muitas capacidades sicas para subir no lugar mais alto do pódio e quanto maiores as pretensões de pertencer às categorias de elite, mais bem trabalhadas deverão ser essas valências. Entretanto, para os atletas iniciantes bastam que sejam bem desenvolvidas a capacidade aeróbia, a anaeróbia, a força e a velocidade. Ou seja, o obje vo é que o atleta tenha a capacidade de resis r a quilometragem média da sua prova numa velocidade sa sfatória sem se cansar e sem correr os riscos de lesões. Na próxima edição iremos explicar melhor sobre as valências/capacidades sicas básicas para o esporte Orientação e falar um pouco sobre os pos de treinos que o atleta poderá inserir na sua ro na de treinamento. Até a próxima...
Figura: Estudo dos componentes da performance no esporte Orientação
13
ORIENTISTAS DO FUTURO Por Sérgio Brito, Presidente do COMPass
Clube de Orientação de Miguel Pereira e Arredores Sobre a Serra COMPass O Clube de Orientação de Miguel Pereira e Arredores Sobre a Serra - COMPass (bússola em inglês), é uma en dade civil, sem fins lucra vos e baseado no trabalho voluntário aberto à comunidade, com ênfase aos jovens da rede escolar pública. Está filiado à Federação de Orientação do Rio de Janeiro – FORJ e à Confederação Brasileira de Orientação – CBO. O Projeto de Iniciação Despor va em Orientação desenvolvido desde a criação do COMPass, em março de 2006, inicialmente em Miguel Pereira, se expandiu para Paulo de Fron n e a nge seu auge com apoio da Prefeitura Municipal de Paty do Alferes nos úl mos 5 anos. No momento a uma etapa de tornar-se octacampeão estadual. O obje vo é dar instruções básicas do esporte, visando ampliar a par cipação dos jovens nos campeonatos estaduais e brasileiros como opção de lazer e/ou desenvolvimento espor vo, além de auxiliar no processo educacional geral em horários que não prejudicam as demais aulas. Os resultados espor vos embora não seja a maior preocupação, são impressionantes: Nos 7 anos de vida, o clube é pentacampeão estadual e lidera o atual Campeonato de Orientação do Estado do Rio de Janeiro – XX COERJ. Mais de 300 jovens já par ciparam do projeto, alguns com belas histórias como a Jéssica Santos de Jesus que começou aos 14 anos e venceu três vezes o campeonato do Rio de Janeiro; como prêmio viajou para etapas dos campeonatos brasileiros e sulamericanos de Orientação em Santa Maria-RS, Foz do IguaçuPR e Brasília-DF em parceria com o Clube de Orientação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - COUFRJ, um dos clubes mais vitoriosos do Brasil. O contato com os universitários es mulou o estudo e levou Jéssica a mais uma conquista, hoje é aluna de Educação Física na UFRJ e atleta de Elite do COUFRJ. Nosso obje vo é criar estas oportunidades. Mas é a dedicação dos atletas, o apoio das famílias, o es mulo dos professores e as condições oferecidas pela escola que constroem estas realizações. Seguimos nesta rota porque acreditamos ser a melhor. Foto: Cedida gen lmente por Sérgio Brito
14
Atleta Destaque Mirim Roberto Neto
OUTUBRO É O MÊS DAS CRIANÇAS, ENTÃO A REVISTA PRISMAGAZINE NÃO PODERIA DEIXA DE HOMENAGEAR NOSSOS PEQUENOS ORIENTISTAS. VAMOS FALAR DE UM DOS MAIS JOVENS ATLETAS DE ORIENTAÇÃO QUE VEM SE DESTACANDO NO CAMPEONATO PARAIBANO 2015, O ATLETA DO AUTO ESPORTE DE NÚMERO DA CBO 15173, ROBERTO DUARTE BARROS NETO, 08 ANOS. FILHO DE PAIS ORIENTISTAS, VEM DESDE MUITO CEDO PARTICIPANDO DOS EVENTO, ONDE PEGOU GOSTO PELO ESPORTE, MAS FOI NO ANO PASSADO QUE INICIOU A REALIZAÇÃO NAS
‘’ Quando estiver maior quero ser campeão da categoria elite.’’ RobertoDuarte Foto: Rosemberg Duarte
"Muito querido por todos que o conhecem, é um exemplo de atleta e orgulho da nossa família. " armam Rosemberg e Simone Foto: Rosemberg Duarte Em 2014, aos 7 anos, começou na orientação, esporte com o qual se iden ficou bastante, por conciliar a parte sica com o conhecimento do mapa e do terreno. Já este ano iniciou no triathlon, onde consagrouse campeão, na categoria infan l, do XI Aquathlon do Corpo de Bombeiros da Paraíba. Sempre seguindo e tendo como maior incen vador seu pai, que também é atleta do Auto Esporte e triatleta. "Muito querido por todos que o conhecem, é um exemplo de atleta e orgulho da nossa família", afirmam seus pais Rosemberg e Simone.
Foto: Rosemberg Duarte
No atleta mirin hoje está par cipando do Campeonato Paraibano e do Campeonato Po guar e já confirmou sua presença na Copa Nordeste de OrientaçãoCOPANE, que este ano acontecerá na Bahia, sempre na categoria HN1(Menores de 10 anos acompanhados ), na companhia de sua mãe . Sempre com muita garra e determinação, não perde um só treino, além de par cipar de todas as provas destes campeonatos. "Quando es ver maior quero ser campeão da categoria elite", afirma Roberto Neto. É um menino muito disciplinado e a vo. Desde os 04 anos de idade pra ca esportes, quando começou na natação. Aos 5 anos iniciou no futsal e começou a par cipar de corrida de rua. Aluno do colégio Século, atualmente no 3º ano, representou a sua unidade na Copa SESC de futsal.
16
CLUBE EM DESTAQUE
CORELE Clube de Orientação do Extremo Leste FUNDADO EM 24 DE NOVEMBRO DE 2004, PRESTA UMA HOMENAGEM A PONTA DO SEIXAS, JOÃO PESSOA-PB, PONTO MAIS ORIENTAL DO BRASIL, SIMBOLIZADO PELO FAROL DO CABO BRANCO. SURGIU DA REUNIÃO DE ALGUNS PRATICANTES DE ORIENTAÇÃO QUE SENTIRAM A NECESSIDADE DE ESTRUTURAR O ESPORTE NO ESTADO. Por Waldson Estrela - Atleta CORELE
Nosso obje vo é promover o esporte Orientação e para isso, estruturamos o Circuito de Orientação da Paraíba (COPA). Realizamos mapeamento de áreas, clínicas para iniciantes e experientes, além de projetos para tornar a Orientação um esporte mais presente na vida das pessoas. A experiência dos atletas Emerson Dêni da Silva, Rogerson da Silva Juzinskas, Waldson Estrela, Eduardo Luiz Pereira, Herivelo Ba sta de Sant'Ana, Wagner Cou nho, Jair Rodrigues da Silva, Maxwell Oliveira Gomes, Renan dos Santos Oilveira e Francisco Rogério de Oliveira e a oportunidade de montar uma etapa do Circuito Pernambucano de Orientação, mo varam a criação de uma en dade que viria implantar a Orientação no Extremo Leste do Brasil.
Clube montador da primeira pista oficial de orientação João Pessoa, o CORELE realizou a 1ª Etapa do I Circuito de Orientação da Paraíba (COPA/2007), essa realizada no PesquePague Mata d'água, município de Conde - PB, no dia 17 de março de 2007. Foram realizadas 6 etapas, todas organizadas pelo CORELE, encabeçado por HERIVELTO BATISTA DE SAN'TANA, o pai do COPA, que mapeou e traçou o percurso de todas as etapas do I COPA.
ndação zinskas; u f e d a i Diretor gerson da Silva Ju rreia Lima;
la Co te: Ro Presiden son Estre ld a Pereira; W : ente iz Costa id u s L e r o -p d r e a Vic nt'Ana; : Edu sta de Sa ecretário a S B o o ir lt e e ; Prim io: Heriv Cou nho Secretár e Souza o d d r n e u n g g e a S o: W a Silva; Tesoureir drigues d o R ir Primeiro Ja : o omes; Tesoureir liveira G O ll e w Segundo x Oliveira; Ma ublicas: s Santos P o d s e n õ a ç n la e Re ônio: R ; e Patrim i da Silva Diretor d rson Dên e m E : v o li O eira. écnic gério de o R Diretor T o c is c iro: Fran Conselhe
NEGO
CORELE Clube de Orientação do Extremo Leste
Foto: Waldson Estrela
15
2010 foi o ano de gestação da Federação de Orientação da Paraíba – FOP. Novamente coube ao CORELE atuar como Federação, mas com o compromisso de outros Clubes se filiarem a CBO para Fundação da FOP no ano seguinte.
Foto: Waldson Estrela
Em 2008, O CORELE começa a expandir o Circuito, já com a mentalidade de aumentar o número de mapeadores e Clubes organizadores, tendo em vista que, como amantes da Orientação, também havia o interesse dos integrantes de par ciparem como atletas. Assim sendo entra na montagem da compe ção o Clube Rumos e Rotas, parceiro forte do CORELE na estruturação de uma base sólida para o crescimento do Esporte na Paraíba. No ano de 2009 com a movimentação do Sgt Herivelto, a realização de curso de mapeador e o crescimento do número de clubes par cipantes, a diretoria do CORELE encontra um ambiente propício para a abertura do Circuito. Nesse ano, par cipam como montadores de provas os clubes: CORELE, Rumos e Rotas, COTA, COTROB e Neblina, cabendo ao primeiro gerencia o Circuito, exercendo o papel embrionário da Federação. Neste ano são realizadas duas etapas fora da grande João Pessoa. Foram realizadas etapas em Campina Grande pelo COTROB e a final em Bananeiras, pelo CORELE. Assim o esporte começa a conquistar a Paraíba.
Dentro do projeto foi trazido no fim de 2010 o Presidente da Confederação Brasileira de Orientação – CBO, JOSÉ OTÁVIO, para ministrar um curso de mapeador, que funcionou como nivelador do que estava sendo feito em termos de Orientação no Estado. Em janeiro de 2011 é fundada a Federação de Orientação da Paraíba, e com ela a realização da 1ª etapa de um sonho e a possibilidade de um desenvolvimento cada vez maior do esporte Orientação no Estado da Paraíba.
Suênia Miliano Estrela
Destaque CORELE
ção e Orienta d e b lu C CORELE - Leste 2014 Extremo 4 de novembro de S;
:2 TO Fundação RENAN DOS SAN te: RIO; Presiden ente: WALDSON CO ROGÉ IS id C s N e r A p R F e Vic nio: e Patrimô Diretor d ção o 60 atua d n e s , O s CB as filiado 190 atlet
Foto: Matukiwa Lins
Maiores conquistas Ÿ Primeiro clube a ser campeão fora do seu estado,
foi campeão do CAMPORI 2007 ( Campeonato Pernambucano de Orientação) Ÿ Campeão Paraibano 2013 Ÿ Primeiro clube ter uma campeã Brasileira 2011 e Sul americana em 2012 da Paraíba Ÿ - Suenia Miliano (Destaque foto acima)
« O Que espera para o futuro: Um campeonato cada vez mais sério e que o atleta sinta-se satisfeito em participar. » Wadson Entrela
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
Foto: Nina Waldow
SEM PALAVRAS...
Foto: Francielle Hoin
Foto: Annie Caroline
Foto: Annie Caroline
Foto: Annie Caroline
Foto: Annie Caroline Foto: Annie Caroline Foto: Ant么nio Neto
Foto: Ant么nio Neto
Foto: Ricardo Loren莽ato
Foto: Ant么nio Neto
20
A História da Orientação Feminina Brasileira A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA ORIENTAÇÃO DO BRASIL VEM DE UMA HISTÓRIA DE MUITA BATALHA E GARRA PARA MANTER A IGUALDADE EM COMPETIÇÕES COM HOMENS, ESSA HISTÓRIA SE MISTURA COM A HISTÓRIA DA ATLETA CARLA CLAUSI, NO QUAL IREMOS ABORDAR ADIANTE. MAS ANTES DE FALAR SOBRE AS MULHERES NA ORIENTAÇÃO, PRECISAMOS FAZER UM RELATO SOBRE COMO O ESPORTE CHEGOU AO BRASIL E SOBRE OS HEROIS QUE DEVEMOS VENERAR EM NOSSO ESPORTE! Texto e fotos por Carla Maria Clausi
Tudo começou no ano de 1970, através de uma equipe designada pela Comissão Despor va Militar do Brasil (CDMB), órgão responsável pela coordenação do esporte nas Forças Armadas, com representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáu ca, que par ciparam como observadores do IV Campeonato Mundial Militar de Orientação, na Dinamarca, promovido anualmente pelo Conselho Internacional dos Esportes Militares (Conseil Interna onale des Sports Militaires CISM). E foram aqueles homens que atravessaram o Oceano Atlân co atrás do esporte da natureza... e nos trouxeram os primeiros ensinamentos sobre ele ! Entre eles, o então Capitão Tolen no PAZ da Silva, que ficou conhecido como “o Pai da Orientação no Brasil”, que foi um dos maiores incen vadores deste esporte, até os úl mos dias de sua vida e que deixou como seu seguidor o filho RAGNAR Paz, amigo de vários de nós!
PRIMEIRA EQUIPE BRASILEIRA EM COMPETIÇÃO INTERNACIONAL Em 1971, a CDMB enviou a 1ª equipe brasileira para par cipar do V Campeonato Mundial Militar de Orientação do CISM, desta vez na Noruega! Da equipe, faziam parte, como chefe da Delegação, o Gen Gen l; como técnico da equipe, o Cap Tolen no PAZ da Silva; como tradutor, o Cap Walmiky; e, como atletas, o Cap Silva Filho, o aspirante-a-oficial Dias Torres (hoje nosso querido Coronel e integrante da Diretoria da Confederação Brasileira de Orientação - CBO), o Asp Elias e os Sargentos Aluísio, Arlindo (que par cipou a vamente das compe ções até há alguns anos atrás), Ernesto e Calvi, este úl mo, da Aeronáu ca. Eles enfrentaram o desconhecido, foram destemidos, subiram no topo dos pinus, desorientados, para gritar em busca de ajuda e conseguiram classificar-se em 9° lugar, entre 11 países. Uma verdadeira façanha ! Temos que reconhecer este esforço e homenageá-los até hoje, pois graças a eles é que, a par r de então, começaram a acontecer os estágios técnicos, os treinamentos e as compe ções nacionais.
Assim sendo, em 1972, aconteceu o I Campeonato de Orientação das Forças Armadas – CAMORFA, no Rio de Janeiro, RJ, no Campo de Instrução do Jerissinó. Daquela equipe, já fazia parte, além daqueles citados anteriormente, o então Tenente (Ten) José CALASANS de Carvalho, o famoso “Cabo Velho”, carinhosamente assim chamado pelos seus amigos e que mais tarde se tornaria um dos Generais que mais incen vou a Orientação no Exército Brasileiro, o Ten Den sta Ur ga, que também pra cou por muitos e muitos anos o esporte e o Sgt Bolzan, cujo filho é oficial e ainda hoje pra ca o nosso querido esporte. Ainda em 1972, as Forças Armadas novamente levaram uma equipe para compe r na Suécia, na nossa segunda par cipação do Campeonato do CISM. E, desta forma, pouco a pouco, o esporte foi crescendo e, em 1975, no dia 05 de Julho, aconteceu o I Estágio Técnico de Orientação, em Resende, RJ, com a par cipação de 5 países: Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai e Venezuela, com 70 (setenta) estudantes destas diversas nacionalidades.
PRIMEIROS PASSOS DA ORIENTAÇÃO NO BRASIL O caminho era sem volta, num país de florestas con nentais e com a diversidade de terrenos aqui encontrado. Em 1976, uma nova geração de atletas aderiu ao novo esporte, entre eles o então Ten Itamar Torrezam (atualmente Coronel, também conhecido de todos), que era instrutor de topografia do Núcleo Preparatório de Oficiais da Reserva – NPOR, em Ponta Grossa - PR e que se encantou pelo desafio de correr através dos bosques e dos campos, encontrando os famosos prismas colocados sabiamente nas curvas do terreno. Com ele, os Sgt Mello, Menegais e Raymundo integraram a equipe que montou o I Campeonato Paranaense de Orientação, em Alagados, Ponta Grossa - PR, inventando as bússolas adaptadas a esquadros, as “esquadrússolas”, pois não havia possibilidade de adquirir as bússolas específicas para Orientação, aqui no Brasil,
21 , comercializadas apenas na Europa e sem as facilidades atuais para importação. Além disto, inventaram os picotadores feitos com escovas-de-dente e pregadores de roupa, com a subs tuição de suas cerdas por preguinhos que pudessem picotar os cartões de controle com desenhos diferentes em cada ponto. Desta maneira, o esporte Orientação teve seu nascimento e deu seus primeiros passos no Brasil ! Às custas de grandes profissionais, que buscaram os desafios de um novo esporte e o trouxeram através dos mares, para o nosso con nente e para as nossas terras verde-e-amarelas !
CURITIBA - O BERÇO DA ORIENTAÇÃO NO BRASIL O tempo passou e neste período houve, pela primeira vez na América do Sul, um Campeonato do CISM, em 1983, em Curi ba, PR, local onde mais fortemente desenvolveu-se o esporte no país, naquela época, justamente porque as suas sementes haviam sido ali plantadas. E foi em 1986, também por estes mo vos, que aconteceu em Curi ba - PR, o I Curso Internacional de Técnicas de Orientação, organizado pelo Professor Leduc Dias Fauth, de Brasília - DF, que atualmente morava em João Pessoa - PB e que nos deixou há poucos meses, infelizmente. Juntamente com ele, civil, havia os militares, da 5a Região Militar/Divisão de Exército (5a RM/DE), cuja sede também é em Curi ba, que desde 1976 estavam envolvidos com o esporte, entre os quais o então Cap Torrezam, Sub-Comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizada, de Foz do Iguaçu, PR, que havia se tornado técnico e atleta da equipe de Orientação do Exército e das Forças Armadas e que sempre foi um dos maiores incen vadores deste esporte no país. Ainda envolvido estava o já civil, mas militar da reserva, Oscar Moritz, atualmente nosso recém eleitoVice-Presidente da CBO.
campo Santa Mônica, o maior de Curi ba e na carta de Quatro Barras, que havia sido u lizada no Campeonato Mundial Militar do CISM, no ano de 1983. O Curso foi considerado um verdadeiro sucesso, ao final de seus quatro dias e meio, com aprovação e grande entusiasmo demonstrado pelos par cipantes.
I N Í C I O D A PA R T I C I PA Ç Ã O F E M I N I N A N A ORIENTAÇÃO NO BRASIL As pessoas envolvidas com a Secretaria Municipal de Esportes de Curi ba, entre elas a então aluna de Educação Física Edilamar do Rocio da Silva, que também transformou-se em atleta, muito empenharam-se em dar con nuidade ao entusiasmo trazido pelo esporte e, então, em junho daquele ano, 1986, houve o I Campeonato Metropolitano de Corrida de Orientação de Curi ba, organizado pela Prefeitura Municipal e com o apoio do Exército. Foi a primeira compe ção oficial com a par cipação de mulheres, correndo em três categorias dis ntas: Damas A, Di cil; B, Média; e C, Fácil. Houve várias par cipantes, quase todas alunas do Curso Internacional. Foi novamente um s u c e s s o, te n d o a P refe i t u ra p ro m e d o q u a s e q u e imediatamente a repe ção do Campeonato no ano seguinte. Durante o restante daquele ano, não houve outras manifestações, no meio civil, do esporte, pois ainda não havia Clubes de Orientação. Havia apenas as equipes militares masculinas, que eram convocadas para seus treinamentos. Na sequência, houve o III Campeonato de Orientação da 5a RM/DE, em Curi ba, o I Campeonato do Comando Militar do Sul, em Canoas, RS, o V Campeonato do Exército, em Brasília e o XIII Campeonato das Forças Armadas, em Lages - SC.
HISTORIA DA ORIENTAÇÃO FEMININA X CARLA CLAUSI
PRIMEIROS CONTATOS DA ORIENTAÇÃO POR CIVIS As aulas foram ministradas pelo sueco Göran Ohlund, que havia sido campeão mundial naquele ano e ocorreram nas dependências do 5o Batalhão Logís co - BLog, em Curi ba, PR, no período de 02 a 06 de abril daquele ano. Tratava-se de uma tenta va de implementar o então ainda “novo” esporte no meio civil e por isto o Curso foi muito divulgado nas duas Faculdades de Educação Física existentes em Curi ba, à época, das Universidades Federal e Católica. E, por conseguinte, houve uma presença bastante significa va de atletas, professores e alunos, de ambos os sexos. As aulas teóricas foram ministradas no 5° BLog e as prá cas ocorreram na Praça Oswaldo Cruz, no Clube de
A par r daí, passo a contar a história da atleta Carla Maria Clausi, que muito se encaixa na história das par cipações femininas no esporte, civil, que havia feito o I Curso Internacional e par cipado do I Campeonato Metropolitano e que desenvolvera uma predileção especial pelo esporte, principalmente por ser portadora de uma grande espírito de aventura, o que podia ser bem evidenciado pelo seu passado, como atleta de esgrima (florete), pára-quedismo (salto livre), mergulho livre, natação, surf, voleibol e rally de regularidade (navegadora), etc, e que passou a acompanhar os treinamentos de todas as equipes masculinas militares, que aconteciam em Curi ba e nas cartas do Mundial de 1983, nas cidades de sua periferia, começando por fazer pequenos trechos dos percursostreinos e aumentando seu condicionamento sico, terminando por realizar pequenos percursos especialmente traçados para ela.
22 HISTORIA DA ORIENTAÇÃO FEMININA X CARLA CLAUSI A par r daí, passo a contar a história da atleta Carla Maria Clausi, que muito se encaixa na história das par cipações femininas no esporte, civil, que havia feito o I Curso Internacional e par cipado do I Campeonato Metropolitano e que desenvolvera uma predileção especial pelo esporte, principalmente por ser portadora de uma grande espírito de aventura, o que podia ser bem evidenciado pelo seu passado, como atleta de esgrima (florete), pára-quedismo (salto livre), mergulho livre, natação, surf, voleibol e rally de regularidade (navegadora), etc, e que passou a acompanhar os treinamentos de todas as equipes masculinas militares, que aconteciam em Curi ba e nas cartas do Mundial de 1983, nas cidades de sua periferia, começando por fazer pequenos trechos dos percursostreinos e aumentando seu condicionamento sico, terminando por realizar pequenos percursos especialmente traçados para ela. Em abril de 1987, ocorreu o II Curso Internacional de Técnicas de Orientação, desta vez ministrado pelo sueco Ulf L. Levin, também campeão mundial, novamente em Curi ba - PR e com a par cipação das Faculdades de Educação Física e de grande número de interessados civis. Em agosto de 1987, a Prefeitura Municipal de Curi ba e a 5ª RM/DE, novamente, organizaram o II Campeonato Metropolitano de Corrida de Orientação, juntamente com a Semana do Exército e com todo o apoio da 5ª Companhia de Polícia do Exército, então comandada pelo Major Itamar Torrezam, no Parque Barigüi, o principal da cidade. Daquela vez, havia novamente muitas mulheres, novamente correndo nas três categorias e a campeã da categoria Di cil foi a atleta Carla Maria Clausi, que obteve, assim, seu primeiro tulo como corredora de Orientação. Durante o restante do ano de 1987, voltaram a acontecer as convocações militares masculinas, os treinamentos e a atleta Carla con nuou a par cipar de todos eles, como “hors concours”. Em 1988, ocorreu o III Campeonato Metropolitano de Corrida de Orientação, nos mesmos esquemas organizacionais, onde a atleta Carla novamente sagrou-se campeã da categoria Damas Di cil. Mas, a par r daquele ano, o Governo Municipal de Curi ba mudou, e a equipe da Prefeitura Municipal, responsável pelo esporte, foi desa vada; além disto, o Maj Torrezam passou o Comando da Polícia do Exército, indo para o 20o BIB e não podendo mais apoiar tanto o esporte. E a Orientação feminina, no meio civil, arrefeceu-se um pouco. A única manifestação civil do esporte no ano de 1989, envolvendo as mulheres, foi o “Marumbi Orienteering”, na Serra do Mar, no pico do Marumbi, organizado pelo Henrique “Vitamina” Schmidlin, grande personagem do montanhismo paranaense, onde houve par cipação significa va de atletas femininas. Em 1990 e 91 nada houve no meio civil. O Ten Cel Torrezam foi convidado, nesta época, para inicializar a equipe do 26o Grupamento de Ar lharia de Campanha - GACAP, em Guarapuava - PR e foi assim que ocorreu o nascimento da estrutura do que é, até hoje, a excelente Orientação em Guarapuava. Entre 1990 e 91 muito pouco avançou no esporte, houve uma compe ção, à época, só para os militares, da qual a atleta Carla par cipou, como única mulher, convidada, recebendo uma homenagem muito bonita e especial daquela equipe, em reconhecimento à sua dedicação à Orientação.
DISTANTE DE CASA No final de 1991, o Ten Cel Torrezam, que havia casado com a atleta Carla Clausi no ano de 1988, foi transferido para a Amazônia, para comandar o 6o Batalhão de Infantaria de Selva BIS, em Guajará-Mirim - RO e o 20o Batalhão de Infantaria Blindada - BIB, então comandado pelo atual General de Exército Luiz Carlos Gomes Ma os, organizou uma compe ção de despedida para os dois e, aí, novamente, a atleta Carla Clausi foi a única mulher a par cipar, numa carta de 1:25000, com um percurso dificílimo e extremamente técnico. Houve vários atletas que desis ram da prova, mas a atleta Carla completou o percurso, mesmo demorando algumas horas para fazê-lo, demonstrando a força de vontade e a moral do sexo feminino. Na Amazônia, o casal permaneceu durante dois anos, 1992 e 1993, par cipando apenas de uma compe ção, em Humaitá – AM. No entanto, houve o desmaio de um atleta pelo calor excessivo, que acabou passando uma noite inteira no meio da selva, o que causou um grande susto e, por algum tempo, não se fez mais Orientação por lá. Em 1992, a Orientação foi incluída no Curriculum da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ, tendo, na 1ª turma, a par cipação de 30 alunos, de ambos os sexos. Em 1993, houve o Circuito Aberto de Orientação do Rio de Janeiro, com a par cipação de militares e civis nas três etapas, inclusive do sexo feminino.
DE VOLTA PARA FORTALECER O ESPORTE - NASCER O CiPO Na volta do casal Carla-Torrezam para Curi ba, em 1994, a Orientação, em Curi ba e no meio civil, fortaleceu-se novamente. Em março, houve a 1a compe ção montada pelo “Clube de Orientação de Curi ba”, o COC, mesmo tendo sido fundado oficialmente somente em 08 Out 1995. Foi o início do I CiPO, Circuito Paranaense de Orientação. A compe ção foi em Nova Tirol - PR e nha a categoria Damas, pela primeira vez. Era só uma e todas as esposas e filhas dos atletas começaram a correr: a Márcia e a Mônica Demarchi, a Luciane Werlish, a Nilcéia, mulher do Sgt Mello, entre outras. A par r daí, começouse a organizar o clube e as corridas e nunca mais deixou de exis r a Categoria Damas. A par r de 1996, a Categoria começou a ser dividida em algumas faixas etárias, mas somente no ano de 1997 é que assumiu as configurações internacionais, como con nua até hoje.
23 CRESCIMENTO DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NA ORIENTAÇÃO No ano de 1995 foi realizado o I Campeonato SulAmericano de Orientação, na cidade de Santa Maria - RS. Foi o 1° Campeonato nacional que apresentou a categoria Damas, mas havia apenas uma única categoria, sem divisão por faixa etária. A campeã da prova foi a atleta Carla e a vice-campeã a atleta Lucimara Hackmann, de Campinas, SP. A par r de então, o número de atletas femininas começou a crescer progressivamente, juntamente com a fundação de vários clubes civis, em cidades e Estados diferentes, cada qual desenvolvendo suas compe ções, que então passaram a contar sempre com a par cipação das mulheres. Em 15 de dezembro de 1996 houve o I Troféu Brasil de Orientação, em São José dos Campos, SP, com a par cipação feminina em 3 categorias. Ao término do evento houve a primeira reunião considerada como “oficial” para a Orientação civil brasileira, com a presença das maiores autoridades do esporte, à época. A atleta Carla Clausi esteve presente a esta reunião, como “ouvinte”, pois não havia qualquer po de representação feminina legal até aquele momento. Dali nasceu o planejamento para a criação da Confederação Brasileira de Orientação.
COMPETINDO COM HOMENS Ainda em 1996, a atleta Carla Clausi entrou para o Exército e passou a tentar implementar a Orientação no segmento feminino, dentro da Força. Mas foi somente em julho de 1997, quando aluna da Escola de Saúde do Exército, que conseguiu par cipar como a 1ª atleta do segmento feminino em uma compe ção militar de Orientação, nas Olimpíadas da Diretoria de Ensino e Especialização (DEE), no Centro de Capacitação Física do Exército, no Rio de Janeiro, cujo responsável pela prova era o então Maj Sérgio Brito. Não havia categoria feminina e a 1° Ten Aluna Carla Clausi compe u com os homens. Seu técnico, o então Ten Hervel, inscreveu-a como avulsa na compe ção, não podendo contar ponto para sua equipe, o que acabou prejudicando a própria equipe, pois seu tempo foi melhor que o do 3° atleta selecionado para contar ponto. Recebeu uma medalha de honra ao mérito por sua par cipação.
Em dezembro de 1997, por ocasião do II Campeonato SulAmericano de Orientação, sendo diretor da prova o Cel Torrezam e organizador o Clube de Orientação de Curi ba, houve uma nova Clínica Internacional de Orientação, em Curi ba - PR, proferida pelo Sr Higino Esteves, presidente da Federação Portuguesa de Orientação e membro permanente da Interna onal Orienteering Federa on - IOF. Havia vários representantes, novamente, das Faculdades de Educação Física e o esporte voltou a crescer na cidade. Em junho de 1998, em Santa Maria - RS, houve o I Campeonato Brasileiro Universitário de Orientação, sendo a campeã da prova Paula Edila Botelho Barbosa, da UFRJ. Em setembro de 1998, foi realizada, pela primeira vez, uma sele va feminina para uma compe ção no exterior, a IV Taça dos Países La nos, que ocorreu em Évora, Portugal. O organizador da sele va foi o então Cel Tolen no PAZ da Silva e foram selecionadas atletas nas categorias senior (Paula Barbosa), juvenil (Marion Costa da Silva) e cadete (Mônica Demarchi), em prova realizada em Brasília, DF. Ainda, em 1998, a Orientação foi incluída no Curriculum das escolas municipais de Cachoeira do Sul, RS. E, no Uruguai, o então Coronel do Exército Brasileiro Calasans criou a I Taça Mercosul de Orientação.
NASCIMENTO DO CBO E CAMBOR Em 11 de Janeiro de 1999, foi fundada a Confederação Brasileira de Orientação (CBO), em Guarapuava - PR, estando presentes representantes do sexo feminino, como a então Ten Carla Clausi e a atleta Le cia Lermen Casarin. O primeiro Presidente da CBO foi o Sr José Otávio Franco Dornelles, que permaneceu no cargo por vários anos e que muito promoveu o esporte, no meio civil e militar, nacional e internacionalmente. Naquele ano, também aconteceu a 1ª etapa do I Campeonato Brasileiro de Orientação (CamBOr), em Guarapuava - PR, com a presença de todas as categorias femininas, pela primeira vez. Ainda em 1999, a Ten Carla Clausi, na sua luta pela implantação da Orientação para o segmento feminino nas Forças Armadas, par cipou do XXIII Campeonato de Orientação das Forças Armadas, em Guarapuava - PR, quando, após insistentes pedidos ao Gen Geyer, então Comandante do Centro de Capacitação Física do Exército e presente à compe ção, obteve autorização para realizar parte dos percursos individuais masculinos, de maneira a provar que uma mulher era capaz de fazê-los. Teve êxito, foi autorizada a par cipar de uma equipe no revezamento e recebeu uma medalha de honra ao mérito pelo seu feito. A par r de então e, principalmente, devido aos esforços realizados pelo Brigadeiro Jairo Pereira Christovam, pelo Coronel da Aeronáu ca Ubirajara da Silva Ramos, pelo Comandante José Ferreira de Barros e pelo Ten Antonio Dmeterko, todos da CDMB, finalmente conseguiu-se a autorização para a par cipação de equipes femininas em um CAMORFA, em Araguari - MG, no ano de 2000. Isto realmente aconteceu, sagrando-se a 1ª campeã militar feminina das Forças Armadas a Sgt Noemi Silva dos Santos, do Exército.
24 Desde então, a presença feminina passou a ser uma constante nestes campeonatos e, em 2001, o Brasil par cipou com a 1ª equipe feminina no Campeonato Mundial Militar do CISM, realizado em Portugal, cons tuída pelas Ten CARLA Maria Clausi, Ten Ivie LESSA, Sgt Maria ERCÍLIA Lousada e Sgt NOEMI Silva dos Santos, do Exército e Sgt PENNY, da Marinha. Em 2002, houve o I Campeonato Sul-Americano Militar de Orientação, realizado em Faxinal do Céu e Guarapuava, PR, com a par cipação da equipe feminina das Forças Armadas e sagrando-se campeã individual a Ten Ana Paula LITTIG, da Força Aérea Brasileira.
PRESENÇA FREQUÊNTE DAS MULHERES NA ORIENTAÇÃO E, a par r de então, a presença feminina passou a ser uma constante em todos os campeonatos no Brasil e no exterior, com atletas de cada vez mais elevado nível sico e técnico, tanto no nível civil, quanto no militar !!! Mas a história de Carla con nuou... E no final de 2003 ela foi transferida pelo Exército para a Bélgica, onde realizou um estágio em Terapia Intensiva, no melhor serviço do mundo, no Hospital Erasme, em Bruxelas. Permaneceu dois anos morando na Europa e teve a oportunidade de par cipar de compe ções em quase todos os países europeus... Par cipou duas vezes do O'Ringen, na Suécia, que é o maior campeonato de Orientação do mundo, com cerca de 15.000 atletas e que acontece em 5 dias; correu inúmeras vezes na própria Bélgica e na França, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Finlândia, República Tcheca, Eslovênia, Áustria, Suiça, Itália, Portugal e Espanha. Aprendeu a decifrar as famosas curvas de nível e correr mais baseada nelas que na própria bússola, como fazem os europeus... Conheceu e fez amizade com atletas do mundo inteiro, juntamente com o Cel Torrezam organizou viagens de vários atletas brasileiros para compe ções na Europa, ajudou a conseguir locais para treinamento de nossas equipes na preparação para compe ções internacionais e representou o Brasil em todo o Velho Con nente ao longo dos anos de 2004, 2005 e um pouco de 2006... Mas a maior contribuição ao esporte Orientação e ao Brasil foi o presente que recebeu de seu pai, o Dr ROBERTO MARIO CLAUSI, médico e eterno entusiasta dos esportes !!! Ele deu para nós, brasileiros, o primeiro equipamento de apuração eletrônica do país !!! Após viver e compe r por mais de dois anos na Europa, u lizando somente este sistema – em alguns países o EMIT e em outros o Sport-Ident – não era mais possível admi r que o Brasil não pudesse conhecer esta enorme facilidade em termos de apuração e montagem das compe ções !!! Carla pediu e seu pai lhe presenteou com um equipamento EMIT completo, com 500 plaquetas e 50 bases, num total de U$ 20.000,00 (vinte mil dólares) ! Carla e Torrezam foram comprar o equipamento em Oslo, na Noruega, diretamente na fábrica. E escolheram este sistema, ao invés do SI, à época, após muito estudar os dois e concluir que aquele era mais fácil para montar a pista, pois as bases não precisavam estar sincronizadas e havia um cartãozinho de “back-up manual”, para casos de falha eletrônica. E assim foi feito e a primeira pista com apuração eletrônica no Brasil aconteceu em Curi ba, PR, montada pelo COC, no dia 02 de Abril de 2006. Foi apenas a primeira, de todas as outras, mas sacramentou os dizeres dos troféus distribuídos naquele dia: “Prova Dr Roberto Mario Clausi – EMIT BRASIL 2006 – Do Sonho à Realidade”.
Carla voltou a ser convocada para as equipes da Comissão de Desportos do Exército (CDE) nos anos de 2006 e 2007. Em 2006, disputou o CAMORFA, foi a médica da equipe brasileira no Campeonato Mundial do CISM, ocorrido em Pinhão, PR e a locutora oficial da prova. Em 2007, foi a única atleta feminina a par cipar da compe ção de aniversário da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e, além do CAMORFA, foi convocada como atleta do Comando Militar do Sul (CMS) para os Jogos Marciais do Exército, em Brasília, com a equipe sagrando-se campeã da prova. Nos anos de 2008 e 2009, Carla esteve servindo a ONU, na missão de Paz do Hai . Mesmo assim, juntamente com os militares do 9° BRABATT (Brazilian Ba alion), montou uma prova de Orientação nas terras caribenhas e conquistou mais uma medalha para sua coleção!
MAIOR CONQUISTA FEMININA NA ORIENTAÇÃO Mas foi em 2011, aqui no Brasil, no XXXXIV Campeonato do CISM, em plenos V Jogos Mundiais Militares, que Carla obteve a maior emoção ao longo de toda a sua história como orien sta! Pois foi quando a ORIENTAÇÃO MILITAR conseguiu ganhar a sua primeira medalha ! Justamente a equipe FEMININA ! E exatamente 10 anos após a primeira par cipação da equipe em um Mundial ! Foi esta a declaração de Carla, após a conquista da medalha de bronze pela equipe brasileira feminina de Orientação: “Esta medalha teve sabor de vitória para todos nós, que escrevemos esta história, JUNTOS !!! Dirigentes, chefes, técnicos e atletas !!! Pois não se constrói um esporte novo num país, SOZINHO !!! Somente nós e cada um de nós sabe o quanto foi di cil superar TODAS AS DIFICULDADES pelas quais passamos... o quanto foi SOFRIDO conseguirmos chegar até aqui... como LUTAMOS E BRIGAMOS por nosso lugar ao sol... !!! Mas, finalmente, CONSEGUIMOS !!!!!!!! E Deus me deu a honra e o privilégio, provavelmente por haver sido a precursora do esporte no nível feminino no país e nas Forças Armadas, de poder estar narrando ao vivo e em cores a chegada de nossa atleta WILMA, que fechava o revezamento... na reta final, rumo ao podium !!!!!!
25 Só eu sei o tamanho da emoção que sen depois da passagem das atletas brasileira e polonesa, juntas, no posto espetáculo, na 3ª colocação... dali, faltavam apenas alguns minutos para a chegada... e meu coração, WILMA, disparou de emoção... era a história de toda a minha vida de atleta que estava ali, correndo junto com você... eu podia sen r a tua respiração ofegante, a concentração absoluta para não errar, o suor escorrendo na face e embaçando a visão... os enroscos nos cipós, os espinhos enganchando no uniforme... parece que se passou uma eternidade, até ouvir o Soldado do posto de rádio do úl mo ponto passar a informação de que: “- a 3ª atleta do Brasil passou aqui, agora...” Diante do olhar incrédulo de KENT, o tradutor sueco, que disse: “- Não é possível; onde está a polonesa ???Temos que aguardar a chegada !!!”... Mas era a atleta brasileira, SIM, que estava em 3° lugar !!! Era VOCÊ, WILMA !!!!!!! E quando você apareceu na orla do mato, com aquele seu jei nho maroto de “moleca nordes na re rante”, liberei a emoção do grito con do, que ecoou em todos os cantos da Floresta Nacional... É ELA, MINHA GENTE !!!!!!! É A SGT WILMA !!!!!!! A MEDALHA DE BRONZE É DO BRASIL !!!!!!!!!!!! E daí em diante, foi só ALEGRIA !!!!!!!! E o resto da história é para vocês, atletas, con nuarem a contar... !!!!!!!! Porque agora eu sinto que o meu capítulo está completo... a semen nha que plantei há 12 anos atrás, cresceu, virou uma árvore frondosa e agora está desabrochada em flores. Lindas flores, que mais do que merecidamente conquistaram um lugar no podium da História do Esporte de nosso país !!! E meu sonho foi realizado: o de ver grandes atletas reconhecidas e premiadas, representando o nosso BRASIL, despertando o interesse das crianças e dos jovens atletas... para que um dia possam con nuar essa nossa história !!!!!! PARABÉNS WILMA, TÂNIA E MIRIAM !!!!!! PARABÉNS, EQUIPE BRASILEIRA DE ORIENTAÇÃO DO BRASIL !!! Por tudo e, ainda, pela 5ª colocação geral da eqp feminina !!!!!!! A MELHOR classificação até hoje !!! Então, PARABÉNS também a SORAYA e SONIA !!!!!! PARABÉNS A TODOS AQUELES QUE AJUDARAM A ESCREVER AS PÁGINAS DESTA HISTÓRIA !!!!!!! E OBRIGADA, especial e par cularmente, a duas pessoas: - Cel Inf R1 ITAMAR TORREZAM – que me ensinou TUDO O QUE SEI sobre Orientação e foi, SEMPRE, o meu maior incen vador ; e - Gen JOSÉ CALASANS DE CARVALHO – por TUDO o que o senhor fez pelo nosso esporte... e pela FORÇA e pela CONFIANÇA que sempre depositou em mim !!!!!! Tenho certeza de que, aí pelo CÉU, o senhor está mapeando tudo... e traçando maravilhosos percursos, para que possamos fazer juntos, quando es vermos todos reunidos, novamente !!!!!!!!!!! Com o mais sincero, orgulhoso e carinhoso beijo, Major Médica (quase QEMA) CARLA MARIA CLAUSI” E a vida con nuou seguindo... Mais leve, mais feliz, com gosto de missão cumprida... Mas a missão nunca acaba !!! Principalmente no esporte !!!
ORIENTAÇÃO FEMININA NOS TEMPOS ATUAIS Assim sendo, Carla voltou a ser convocada em 2013 para compor a equipe de Orientação do Comando Militar do Leste (CML), nos Jogos Despor vos do Exército (JDE - ex-Jogos Marciais e que ocorrem a cada dois anos), no Rio de Janeiro, RJ, pela insistência da grande amiga Rachel Lemes... e ajudou a garan r a medalha de prata para a equipe!!! Finalmente, em 2015, foi convocada para a equipe do Comando Militar do Nordeste (CMNE), para os JDE, que ocorreram em Brasília, DF... e ainda ganhou de muita menininha... (risos...!!!)... Atualmente, Carla é Tenente-Coronel e dirige o Hospital de Guarnição de João Pessoa. Admite ser extremamente complicado conciliar a direção e a a vidade sica, principalmente pela exiguidade do tempo, inclusive para treinar. Mas procura par cipar das provas dos campeonatos Paraibano e Po guar, dentro de suas possibilidades. No úl mo final de semana par cipou da 3ª Etapa do CAMBOR, em Curi ba, PR e refere que a prova esteve de al ssimo nível técnico e organizacional. A chuva atrapalhou um pouquinho, pois agora ela depende de óculos para enxergar os detalhes da carta... Mas nada que rasse o brilho da prova e da organização, exemplar, como sempre foram as a vidades do COC ! Planos? Sim! Sempre! Dentro do possível, con nuar treinando, tentar par cipar das 3 etapas do CAMBOR em 2016 e sonhar com o Mundial Master na Nova Zelândia, em 2017... Seus companheiros de viagem já a estão provocando para começar a arrumar as malas... E preparar para festejar os 30 anos da Orientação Feminina no Brasil, o que acontecerá em 02 de Abril de 2016 ! O COC já é voluntário para preparar esta pista, mas a sugestão é de festejar esta data marcante ao longo de todo o ano... e que 2016 seja um ano “rosa” para a Orientação, em homenagem às mulheres !!! Mas o mais importante de tudo é manter o moral elevado, olhar em frente e acreditar no futuro... Deixar escritas estas páginas da História e transmi -la aos mais jovens, pois eles precisam saber como o Esporte da Natureza foi construído aqui no Brasil... E viver a festa que é a vida !!! Agradecendo a Deus por estarmos vivos e tendo como exemplo os mais velhos, que mesmo carcomidos pelo tempo e pelas aventuras vividas, não deixam de con nuar par cipando das mais lindas e emocionantes provas, de um dos esportes mais ins gantes e fascinantes do mundo: a CORRIDA DE ORIENTAÇÃO !!! PIAU !!!!!!!!
26
Nascida em 16 de Janeiro de 1963, em Curi ba, PR, atualmente com 52 anos. Começou a fazer Orientação em 1986, quando o seu grande amigo Oscar Moritz, hoje VicePresidente da Confederação Brasileira de Orientação (CBO), a convidou para par cipar de um Curso sobre este esporte e que, segundo ele, ela iria gostar muito, por causa da sua paixão por esportes de aventura (na época, pra cante rallye de regularidade, pára-quedismo, mergulho, surf e esgrim...). Fez o curso, organizado por Leduc Fauth e por militares da 5ª Região Militar e 5ª Divisão de Exército, em Curi ba-PR, conheceu conheçou o então Capitão de Infantaria Itamar Torrezam, que era técnico e atleta da equipe brasileira de Orientação das Forças Armadas e, a par r de então, surgiram dois amores em sua vida: por ele e pela Orientação. A história pessoal da Carla Clausi e a da Orientação se confundem até o ano de 2009, pois ambas foram feitas muitas coisas juntos, maravilhosas, em prol do esporte e sempre foi ele o meu maior incen vador. Do que mais a orgulho na Orientação é de suas lutas para que as mulheres par cipassem, como os homens, nas compe ções, tanto civis, quanto militares, apesar das diferenças. Teve que correr muitas pistas com homens, para provar a todos que também eram capazes de correr e se orientar ao mesmo tempo... e que nham inteligência e capacidade sica para pra car este esporte ! O que mais gosta na Orientação é da ausência completa de ro na e do desafio sempre constante. Todas as pistas são diferentes, mesmo se forem traçadas no mesmo mapa. É a pura emoção de entrar na carta e sen r-se dentro de um filme daqueles da Disney... Às vezes com bruxas más se arrastando para pântanos profundos e pegajosos... Às vezes com Príncipes se abrindo caminhos iluminados através dos bosques encantados, cheios de fadas e duendes... fazendo-nos passar por cachoeiras cantantes, por raios de sol invadindo as matas, por paisagens inimaginavelmente lindas... É o segredo de encontrar-se com a parte mais bonita da natureza, da forma mais saudável possível: correndo! Também o que a fascina é o fato de não ter adversários; corremos entre si e contra o terreno, tendo que superar os próprios limites! Quando se perde, é porque falhas foram come das; a cobrança é de cada um... e isto faz com que não haja adversidade entre os compe dores e, sim, uma grande amizade entre todos Quanto ao futuro da Orientação, ela espera que o esporte seja cada vez mais conhecido no meio civil, porque a considero espetacular! É um dos únicos esportes onde vemos pessoas de todas as idades par cipando das provas, desde crianças até idosos,Também o que a fascina é o fato de não ter adversários; corremos entre si e contra o terreno, tendo que superar os próprios limites! Quando se perde, é Exclusivamente para as mulheres: nunca se preocupem por estarem sujas de lama, ou com os cabelos desalinhados, ou encharcados pela travessia de um córrego que virou um rio depois da chuvarada... o seu charme é imba vel, em qualquer pista !!! Mas não se esqueçam do quanto foi di cil conquistar seu lugar ao sol, literalmente, na corrida de Orientação! Então, só cabe a todas mantermos este espaço e melhorarmos, cada vez mais, seus desempenhos como atletas e seu nível técnico, para mostrar não aos outros, mas a nós mesmas, de como são capazes de superar estes e novos desafios, sempre com firmeza, determinação, força, muita garra... e sempre com um sorriso nos lábios !!!! !
27
Conquistas Civis: a. 1ª Campeã Feminina dos seguintes Campeonatos: - II Campeonato Metropolitano de Corrida de Orientação de Curi ba (CMOC), PR, em 1987 - 1º Campeonato Sul-Americano de Orientação (CSAO), em Santa Maria, RS, em 1995 - 1º Circuito Paranaense de Orientação (CiPO), no Paraná, em 1996 - 1º Campeonato Brasileiro de Orientação (CamBOr), em 1999 b. Par cipante da Fundação da CBO, em 1999 c. Homenageada com a Prova Dra Carla Maria Clausi, do CMOC, em 2003 d. Homenageada com a Prova Dr Roberto Mario Clausi, do CiPO, em 2006 e. Várias vezes campeã dos Campeonatos Metropolitano, Paranaense e Brasileiro de Orientação, nas categorias em que par cipou.
Conquistas Militares: a. 1ª oficial do segmento feminino a par cipar das seguintes compe ções e equipes: - Olimpíadas da Diretoria de Ensino e Especialização (DEE), Rio de Janeiro, RJ, em 1997 - Campeonato de Orientação das Forças Armadas, em Guarapuava, PR, em 1999 - Equipe Feminina da Comissão de Desportos do Exército, em 2000 - Equipe Brasileira das Forças Armadas para disputa do Campeonato Mundial do CISM, em Portugal, em 2001 b. Vice-Campeã do 24º Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas, em Araguari, MG, em 2000 (1º CAMORFA com a par cipação do segmento feminino) c. Campeã por equipes, pelo CMS (Comando Militar do Sul), do CAMORFA, em 2001, 2002, 2006 e 2007. d. Campeã por equipes, pelo CMS, dos Jogos Marciais do Exército, em Brasília, DF, em 2007 e. Vice-campeã por equipes, pelo CML (Comando Militar do Leste), dos Jogos Despor vos do Exército, no Rio de Janeiro, RJ, em 2013
28
FOI REALIZADO NA CORÉIA ENTRE OS DIAS 2 A 11 DE OUTUBRO, OS JOGOS MUNDIAIS MILITARES DO CISM, ONDE FORAM ENVOLVIDOS MAIS DE 8700 ATLETAS DISPUTANDO 24 MODALIDADES DIFERENTES. DENTRE AS MODALIDADES FORAM REALIZADAS, DURANTE OS DIAS 7 A 11 DE OUTUBRO, AS PROVAS DE ORIENTAÇÃO. Modalidade tradicionalmente militar, que juntou esse ano mais de duzentos atletas de grandes potências mundiais no esporte, como Suíça, França, Rússia, etc. E claro, que o Brasil estava presente, com uma equipe formada por 10 atletas, dividido em 6 homens e 4 mulheres. Sendo eles respec vament o Juscelino Karnikowski, Leandro Pasturiza, Ironir Alberto, Sidnaldo Farias, Claudinei Nitsch e por Fábio Kuczkoski a equipe Masculina e Le cia Saltori, Franciely Chiles e Tânia Carvalho a equipe Feminina.
A equipe brasileira se preparou antecipadamente estudando a lista de par da, e no intervalo entre a pré-par da e a largada foi possível observar o que vinha pela frente, um terreno com uma vegetação diferente do Evento Modelo, pois agora exis a uma parte grande de branco, mas as gigantescas curvas de níveis permaneciam no terreno. No percurso feminino o domínio do primeiro dia de prova foi da equipe russa, ocupando os dois lugares mais alto do pódio com Ta ana Ryabkina a mais rápida do dia com o tempo de 35:20, seguindo da Yulia Novikova com tempo de 36:25. Completando o pódio a atleta Aija Skras na, da Letônia, com um tempo de 37:23, 2:03 da vencedora. As atletas Brasileira e veram um belíssimo desempenho, com um tempo muito próximo entre as brasileiras, onde 3 das atletas entre o top 25 do dia. A classificação das atletas Brasileiras ficou a seguinte.
22º - Le cia Saltori - 00:48:01 23º - Tania Maria - 00:48:39 25º - Franciely Chiles - 00:49:55 46º - Mirian Pasturiza - 00:59:39
Foto: Seleção Brasileira de Orientação no embarque para a Coréia
Com um fuso horário de 12 horas, a equipe brasileira teve pouco tempo para se adaptar, com isso resolveram logo no primeiro dia, após a chegada na Coréia, par ciparem do Evento Modelo, onde puderam ter o primeiro contato com o terreno que possivelmente iriam encontrar nos próximos dias de compe ção. A primeira impressão para uns, foi de felicidade, pelo terreno ser similar com o predominante aqui no Brasil, muito verde e muito espinhos. Mas a dificuldade ficou foi mesmo nas gigantescas curvas de níveis do terreno. Apesar da longa distância para chegar até o local de treino, em torno de 2 horas e meia de viagem, boa parte da equipe achou muito importância esse contato, e ficaram sa sfeitos, pois alguns já nham facilidade em se deslocar no verde. O primeiro dia oficial de compe ção foi reservado para as provas de percurso médio Masculino e Feminino, disputada em um terreno verde e diversas elevações, no entorno da Dongyang University. Envolvendo aproximadamente 142 atletas masculinos e 65 femininos as provas exigiram rapidez nas escolhas das rotas.
Tempos da equipe Feminino - Percurso Médio
“ Meu resultado foi dentro do que eu esperava, sem muitos erros, com progressão um pouco lenta com medo de errar, estava bem feliz e sen a como se es vesse correndo no terreno do Brasil, foi o relato também dos outros brasileiros em nossa roda de conversa. “ frisou Le cia Saltori atleta brasileira. No percurso Masculino, como no feminino, o pódio teve o domínio da equipe russa, o primeiro lugar ficou com o russo Dmitriy Tsvetkov com o tempo de 33:22, contra os 34:26 do seu compatriota Andrey Khramov, completando o pódio o suíço Ma hias Kyburz concluiu na 3ª posição, 6 segundos atrás com um tempo de 34:32. A equipe masculina do Brasil, representada por 6 atletas, também representou muito bem as cores verde e amarela com um belíssimo desempenho, com 3 de seus atletas entre os top 50.
29 33º - Sidnaldo Farias - 00:41:05 36º - Leandro Pasturiza - 00:41:24 42º - Ironir Alberto - 00:42:31 56º - Fabio Kuczkoski - 00:45:28 76º - Juscelino Alencar - 00:50:24 88º - Claudinei Nitsch - 00:52:17 Tempos da equipe Masculino - Percurso Médio
O segundo dia de compe ção foi reservado para muita emoção e preparo sico, com os percursos longo Masculino e Feminino. Exigindo do atleta uma maior concentração nas escolhas das rotas, era esperado que o mapa exigisse dos atletas muitos esforços sico e mental, com pernadas longas em um terreno já conhecido pelos seus altos desníveis. Também realizados no entorno da Dongyang University, as provas de percursos longos contavam com o favori smo das equipes Russas, e saiu como o esperado. No percurso longo feminino Ta ana Ryabkina e Yulia Novikova repe ram as posições do percurso médio, com tempos respec vos de 1:02:55 e 1:07:04, completando o pódio mais uma vez uma atleta da Letônia, porém desta vez o pódio ficou com a atleta Laura Vike com o tempo de 01:08:35. A equipe brasileira no geral teve um desempenho belíssimo, com tempo bem próximo entre as atletas, o que presume que a equipe estava bem nivelada, o destaque ficou com a atleta Franciely Chiles, conseguindo um surpreendente 18ª colocação. Já o percurso masculino o pódio, como no feminino, veram atletas que já haviam conquistado medalhas no percurso médio, mas agora em posições diferentes, o atleta Suíço Mathias Kyburz surpreendeu a todos ao conquistar a 1ª colocação com um tempo extraordinário de 1:23:32, seguindo do Frances Frederic Tranchand que completou o percurso com 1:24:37, por fim subindo em 3º colocado no pódio o campeão do percurso médio, o Russo Andrey Khramov, com o tempo de 01:26:41. A equipe masculina do Brasil conseguiu um feito histórico, o atleta Sidnaldo Farias conseguiu se classificar em 23ª colocação, um resultado nunca antes alcançado. Os demais atletas brasileiros veram desempenhos considerados muito bons.
Somando os tempos dos percursos médio e longo (descartando o tempo da atleta que obteve a maior soma da equipe) a equipe feminina do Brasil ficou na 8ª colocação por equipes com um tempo total de 06:38:19, dentre 15 países par cipantes. Já a masculina ficou na 9ª colocação por equipes com um total de 10:14:03, num total de 20 países par cipantes. Após o percurso longo a compe ção de orientação parou por um dia para merecidos descanso. E análise do que foi feito de bom e de ruim para corrigir e tentar alcançar melhores resultados no revezamento. A expecta va era de lutar por medalha no feminino, uma vez que no ano passado a equipe brasileira ficou bem próximo do tempo da 3ª colocação, e a expecta va seria de repe r o feito do Jogos Mundiais de 2011 onde a equipe de revezamento feminino conseguiu a conquista da medalha de Bronze.
Foto: Equipe brasileira esperando pelo revezamento
O Revezamento feminino do Brasil esteve composto pela Le cia Saltori, Franciely Chiles e Tânia Carvalho. Já o Revezamento masculino o Brasil veram 2(dois) trios, sendo um formado pelo Ironir Alberto, Leandro Pasturiza e o Sidnaldo Farias, e o outro trio composto por Fábio Kuczkoski, Juscelino Karnikowski e Claudinei Nitsch. Como todos sabem, a orientação é um esporte que pode surpreender posi vamente, mas também nega vamente, onde se anda sempre no fio da navalha. Como já era esperado, a equipe Russa de revezamento dominou a prova, como foi visto nas provas individuais. Com um trio formado pelas atletas NOVIKOVA Yulia, MIRONOVA Svetlana e LT RYABKINA Ta ana, fecharam o revezamento com o surpreendente tempo de 1:46:46.
18º - Franciely Chiles - 01:21:35 20º - Tania Maria - 01:23:16 28º - Le cia Saltori - 01:26:53 50º - Mirian Pasturiza - 01:53:28 23º - Sidnaldo Farias - 01:38:40 47º - Leandro Pasturiza - 01:48:02 53º - Ironir Alberto - 01:53:16 69º - Claudinei Nitsch - 02:03:37 73º - Juscelino Alencar - 02:05:56 107º - Fabio Kuczkoski - 02:27:46 Foto: Largada do revezamento masculino
30 As meninas do Brasil encontraram um maior de dificuldade, onde a atleta Franciely Chiles (primeira atleta do revezamento) teve algumas dificuldades nas decisões de rotas e posteriormente um problema na sua chuteira, o que acarretou em um machucado muito incomodante, mas nada que fizesse a nossa guerreira de desis r da prova, terminando a pista em prantos, desapontada em comprometer o resulta da equipe, com tempo de 1:08:03. Com esse tempo a primeira parte o Brasil estava na 15º em penúl mo lugar. A segunda atleta a entrar na pista a Tânia, deu uma sobrevida a equipe e com um tempo de 0:53:46, subindo o Brasil de posição. Mas o desempenho da terceira atleta Brasileira, Le cia Saltori, prejudicada pelo horário de largada (por volta da 13hs horário local) terminou o seu percurso com um tempo de 01:09:20 sacramentou o Brasil em 15º colocação. Mas independente da colocação o desempenho das meninas nas provas individuais não foram ofuscadas por esse úl mo dia de evento. No Revezamento Masculino a equipe da Suíça surpreendeu os Russos e com apenas 10 segundos de vantagem levaram a medalha de ouro, com um tempo de 02:02:33, seguindo da Rússia com um tempo de 02:02:43, em terceiro a Estônia com tempo de 2:03:51.
O trio Brasileiro melhor colocado foi o formado por Leandro Pasturiza, Ironir Alberto Ev e Sidnaldo Farias, o Brasil concluiu na 12ª colocação com o tempo de 2:33:37, sendo a primeira equipe não européia na classificação de revezamento. Segui pelo trio brasileiro em 13º. Ao final dos jogos o sen mento da equipe brasileira foi que a par cipação do Brasil nos Jogos Mundiais Militares foi muito boa, individualmente cada atleta pode demonstrar nos percursos médios e longos um excelente desempenho, cada um dentro do seu limite, mas sempre dando o melhor em pista. Em conversa com a atleta Le cia Saltori ela completa que:
“Esperamos ter melhores resultados ao longo dos anos e que o nível da equipe seja ainda melhor, com experiência, dedicação e sabedoria tenho certeza de que logo estaremos cantando o hino nacional em alguma premiação mundial.” Finalizou Le cia Saltori
32
SAIBA COMO FOI !!
VII ETAPA XXII CAMPEONATO DE ORIENTAÇÃO DO RIO DE JANEIRO Por Vinícius Gama – Presidente do COUFRJ - Diretor de Prova
A VII etapa do Campeonato de Orientação do Estado do Rio de Janeiro (COERJ) faz parte da XXII edição da compe ção e aconteceu no dia 27 de setembro de 2015, em Itaipuaçu – Maricá. A área foi uma vegetação picamente brasileira, a res nga, que hoje está em ex nção e esta mesma área está prestes a sumir para dar lugar a um resort.
As principais categorias, mais especificamente a H21E e D21E, foram totalmente dentro do esperado, tendo Fábio Kuczkoski e Sidnaldo Farias disputando 1º lugar no masculino e Tânia Maria Carvalho e Rozana Albuquerque disputando a liderança no feminino. Os três primeiros nomes estão par cipando dos Jogos Mundiais Militares, na Coreia do Sul, que foi mo vo de aplausos na solenidade de abertura como orgulho de serem representantes do Rio de Janeiro.
O evento contou com total apoio da Secretaria de Turismo de Maricá e obteve um número considerável de par cipantes, cerca de 240 pessoas, mas um pouco abaixo do esperado pela organização, já que era um local de fácil acesso aos atletas, nha um mapa inédito e um terreno incomum, mas muito chama vo, nas compe ções de orientação. Tivemos uma surpresa por conta do alto número de isentos, em sua maioria crianças carentes, certamente um saldo posi vo para a difusão do esporte no Rio de Janeiro e no Brasil. A área contava com muitas dunas, cactos – o qual foi responsável por diversos acidentes pela grande quan dade de espinhos – e nenhuma sombra, além de não ter quase pontos de ataque como árvores, mon culos, cupinzeiros e outras referências mais comuns e predominância de moitas 410, o que obrigou a organização a diminuir a distância dos percursos de modo considerável como efeito de compensação da dificuldade do terreno. Mas nada disso fez com que os atletas se sen ssem insa sfeitos com os percursos, pelo contrário. Os elogios à etapa chegam a todo momento por conta do excelente percurso traçado. Áea de concentração com lugares para todos sentarem e ser próximo do local de par da e chegada, água disponível tanto na pista como na concentração, além da ilustre presença da praia. Contamos com três fotógrafos para registrar tudo o que se passou nos percursos e na concentração, dando destaque a todos os atletas que foram contemplar o evento.
Foto: Raíssa Bernardes
A VII etapa do COERJ foi um sucesso, a prova disso foi a ausência de protesto e o grande número de elogios, e a expecta va para o ano que vem é de mais par cipantes por conta da confiança que este evento trouxe ao Clube de Orientação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COUFRJ) como organizador de etapa. Com certeza, organizar este evento, foi uma grande contribuição para o aumento do nível das compe ções do Rio de Janeiro.
Foto: Raíssa Bernardes Equipe de socorristas com representantes do Coyote.
Foto: Raíssa Bernardes
34
SAIBA COMO FOI !!
II II ETAPA ETAPA II II CIRCUITO CIRCUITO DE DE ORIENTAÇÃO ORIENTAÇÃO DO DO JIRAU JIRAU Por Josias Cavalcanti – Organização do CODL
No úl mo domingo, 4/10/2015, vemos a 2a. etapa do II Circuito de Orientação Lagoa do Jirau realizada na Praia do Balbino em Cascavel/CE. Foi um domingo de diversão com a família, mas diversão não quer dizer necessariamente facilidade, mantemos a tradição de etapas organizadas pelo Grupo de Orien stas Lagoa do Jirau de elevado nível técnico e exigência sica. A natureza também ajudou, com o sol escaldante e um terreno diversificado com trechos de mata, dunas e urbano. Ao final, apesar do esforço de superação, percebemos a sa sfação dos atletas em ter conseguido completar a prova e levar para casa o troféu de todo orien sta: seu mapa conquistado. Tivemos 160 atletas inscritos, divididos nas mesmas categorias do Campeonato Cearense de Orientação (CCO) acrescido das categorias em duplas: Feminina, Masculina, Familia e Mista. O resultado das principais categorias elites ficou assim: D21E - Damas 21 Anos Elite (3 par cipantes) 1ª Cris na Medeiros Antunes - Clube de Orientação Fortaleza 2ª Anne Maiane Ferreira- Clube de Orientação Coqueiro H21E - Homens 21 Anos Elite (12 par cipantes) 1º Assis Rubens Montenegro - Clube de Orientação Coqueiro 2º Éverton Luís Navarro De Almeida - Clube de Orientação Coqueiro 3º Walton Ávila Ferreira - Clube de Orientação Coqueiro A terceira e úl ma etapa do II COLJ será no dia 13/12/2015, na Lagoa de Dentro localidade de Beberibe/CE.
36
3ª Etapa CamBOr 2015 FOI REALIZADO EM MANDIRITUBA-PR, DURANTE O PERÍODO DE 8 A 11 DE OUTUBRO, A 3ª. ETAPA DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE ORIENTAÇÃO (CAMBOR). PROMOVIDA PELO CLUBE DE ORIENTAÇÃO DE CURITIBA, COM APOIO DA FEDERAÇÃO PARANAENSE DE ORIENTAÇÃO. CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE 640 ATLETAS DE CLUBES DE TODA A REGIÃO DO BRASIL Úl mo evento do ciclo de 3 etapas, foi realizado nos dias 8 a 11 de outubro a 3ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Orientação 2015. O evento ocorreu na cidade de Mandiratuba, sediado na Pousada Rincão Alegre, com a presença de mais de 640 atletas. O primeiro dia (08 de outubro) foi reservado para a recepção dos atletas ao local de prova, com grande movimentação de comi vas e carros de passeio, a manhã da quinta-feira foi tomada por reencontros e confraternização. Já à tarde, a organização disponibilizou uma pista de treino, para que os atletas já irem se familiarizando com o terreno. Para tentar reproduzir ao máximo o que o CamBOr apresentaria, foram u lizadas bases eletrônicas no percurso de treino, uma novidade que surpreendeu muito os atletas, que consideraram como posi va. Pista essa que ficou disponível até a manhã da sexta dia 09/10. Na sexta-feira à tarde, foi dado início às compe ções, oficialmente, com a realização da prova de revezamento, com a par cipação de 100 equipes, onde os 300 atletas presentes disputaram a compe ção de clubes e federações. Ao final da compe ção de revezamento teve como resultado na Categoria Adulto a equipe do FORJ, formada por Elaine Dalmares Lenz, Tiago Cunha Souza e Joacy Dantas De Araújo. Já na Master A, o trio campeão foi do COC, formado por Mauricio Vieira dos Santos, Sirlei Adelaide De Andrade e Luciano Albino de Assunção. Os demais resultados estão disponíveis no site oficial do CBO. Na sexta-feira na parte da noite foi realizado o congresso técnico, onde foram tratados assuntos técnicos dos dois dias de prova que estavam por vir, com par cipação de representantes de clubes e atletas presentes no local de prova.
Ao final do dia a organização já colhia os frutos do evento, com elogios e com a sa sfação entre os atletas. Segundo a atleta da ADDAN, Elaine Lenz, que fez parte da equipe campeã do revezamento categoria Adulto, “Sinto-me realizada em par cipar desta etapa, apesar de não estar em minhas plenas condições sicas, devido a uma lesão, e por ter come do alguns erros técnicos nas provas, considero meu maior troféu ter concluído as pistas, rever os amigos e também por fazer novas amizades. Parabenizo aos organizadores pela escolha da excelente área, composta de várias vegetações, onde o atleta foi ins gado a aplicar seus conhecimentos técnicos e sicos. Nem as condições climá cas ofuscaram o brilho deste evento, eu par cularmente adoro fazer orientação com chuva e acho que são poucos os orien stas que não gostam. Um forte abraço a todos da organização, o evento foi um sucesso! ” No sábado, dia 10/10, segundo dia oficial de compe ção, foi a vez da realização do percurso longo, surpreendendo pela qualidade técnica do traçado do percurso, e pela dificuldade especial oferecida pela área de prova, terreno com movimentação moderada, porém com vegetação "cortada". O po de área se alternava rapidamente entre mata na va, reflorestamento, pântanos, pastagens e regiões de pedras. A prova do sábado também foi muito elogiada pelos atletas. No domingo, dia 11/10, terceiro e ul mo dia de percurso, as emoções ficam reservada para o percurso médio, com terreno predominante em sua maior parte por floresta, ofereceu aos atletas uma maior atenção na escolha de rotas. Ainda contou com uma surpresinha climá ca, onde a chuva se fez presente durante o terceiro dia de compe ção, mas nada que estragasse a organização e a empolgação dos atletas par cipantes.
37
Como podemos comprovar nas palavras do campeão da na H21E, o atleta Juliano Pasturiza, representando do IDESP. “A III Etapa do CAMBOR contou com uma ó ma organização, percursos bem traçados. O percurso longo mais aberto, com escolhas de rotas e menos técnico, o percurso médio com predominância da floresta na maior parte do percurso, poucas escolhas de rotas e tecnicamente superior ao percurso longo. Predominou nos dois percursos o alto desnível, tornando ambos os percursos pesados, tendo como agravante a chuva e lama que aumentaram ainda mais a dificuldade em toda a compe ção. ” A parte da tarde ficou reservada para a festa de premiação. Às 13h30 foi realizada a premiação do revezamento, 14h a premiação da 3ª etapa e às 15h a premiação do ano de 2015. Festa que contou com vários presentes, que no final ficou aquele gos nho de quero mais. A atleta Marcia Libânea, do Caa nga Treeking, presidente da Federação Baiana de Orientação afirmou: “Bom, estar no Cambor é sempre uma experiência muito interessante, onde temos a oportunidade de estar num local junto as pessoas que também são apaixonadas pelo esporte, que se dedicam a ele e podemos ver de perto os melhores atletas de cada categoria. No CamBOr há uma integração entre os atletas de todas as partes do Brasil, onde nos surpreendemos e aprendemos muito com as diferenças de culturas. Ganhamos conhecimento e retornamos para nosso estado repassando tudo de bom que vemos a oportunidade de vivenciarmos. Desde nosso primeiro CamBOR em Caldas Novas, que temos trazido novidades nas nossas organizações nas provas da Bahia. Aconselho a todos orien stas, coloquem pelo menos um Cambor por ano em seu calendário.” Ao final do circuito de 3 etapas, o Campeonato Brasileiro de Orientação finalizou com o COGA como clube campeão 2015 e a Federação Paranaense como a campeã de 2015. Ao final da premiação, o então presidente da CBO Luiz Sérgio Mendes discursou aos presentes, deixando claro como idéia principal de seu trabalho, a par cipação dos clubes e dos atletas para o crescimento da orientação no Brasil. Um fato importante a se destacar desta terceira etapa do CamBor, ocorreu na tarde do sábado com a realização de uma reunião geral entre o presidente eleito da CBO Sr. Luiz Sérgio Mendes e seu novo corpo de diretores, onde o mesmo tomou posse oficial da en dade, na presença de presidentes de várias federações e atletas presentes no evento. Onde na ocasião foram apresentadas as principais propostas da CBO para o futuro da Orientação, e após, houve uma reunião com os presentes.
015 2 S E EÕ CAMPlite E inino
Fem
DAAN nz - A e L s E e r D21 A alma ados ine D - COG Dour a l P k E S a ) i E 1 - ID Ron inéia rendt A s 2) Ed e l Sa quel te 3) Ra o Eli
ulin
Masc
ESP a - ID z i r u t s ra Pa H21E Perei o n a i SM 1) Jul s - CO u k s r o a ad SM niel M Dour l - CO on Da a t r d i e V v 2) E ra o er Ba b e l C 3)
Clube Campeão 20
15
Clube de Orientação
Gralha Azul
Federação Campeão Federação Paranaense
2015
de Orientação
Foto: Odete Rech
Foto: Odete Rech
Foto: Odete Rech
Foto: Odete Rech Foto: Odete Rech
Foto: Guilherme Porto
Foto: Guilherme Porto
CamBOr em Destaque
Foto: Guilherme Porto
Foto: Guilherme Porto
Foto: Odete Rech
Foto: Odete Rech
Foto: Odete Rech
Foto: Nina Waldow
Foto: Odete Rech
Foto: Odete Rech Foto: Odete Rech Foto: Nina Waldow Foto: Nina Waldow
42
Dicas de Saúde Hidratação Por Rafael Soares - Nutricionista Espor vo ( CRN 16412 )
A importância da hidratação para atletas de orientação Ul mamente as corridas de orientação ganham cada dia mais adeptos, visto que a corrida tem se tornado um dos esportes preferidos de muitos brasileiros. Uma boa hidratação é de suma importância para o atleta, pois devemos ter maior atenção nos períodos de compe ção. Uma hidratação adequada permite um melhor rendimento durante o exercício e uma melhor recuperação no pós-treino. É muito comum observarmos indivíduos adeptos das provas de orientação apresentarem algum po de desidratação por negligenciarem o básico: a ÁGUA A água representa cerca de 65% do peso corporal do homem, nutriente essencial para a vida. A ingestão de água deve ser fracionada ao máximo possível durante o longo do dia, não somente em horários de a vidades sicas.
Beber água apenas quando sen r sede é um grande erro! Pois o indica vo de sede significa que nosso organismo já está apresentando uma redução de líquidos corporais em torno de 2%, o que já apresenta perda no rendimento atlé co. Quanto mais desidratado o indivíduo se encontra, pior seu rendimento de força, resistência, concentração e raciocínio. A hidratação adequada no período de exercício sico seria 500 ml nas 2 horas anteriores e 150 ml durante o exercício a cada 15 minutos. Valores que podem variar conforme as caracterís cas individuais, como a duração da corrida de orientação! Após, também seria adequado a reidratação. Portanto se seu rendimento não está como desejado, fique atento a sua hidratação, pois pode estar colocando a culpa na dieta ou em algum suplemento alimentar. Mas, simplesmente pode ser sua ingestão de água insuficiente ao longo do dia. E para você atleta que está se programando para par cipar do COPANE que acontecerá na Bahia, cuidados redobrados com a hidratação, a região nordes na é agraciada com praias e litoral belíssimos, mas o forte calor da região é um fator fundamental e agravante para a desidratação. Então aproveite o litoral Baiano e beba muita água de coco e vá para a compe ção bem hidratado. Seu corpo agradece.
44
Texto e Fotos: Joaquim Marga to ENTRE OS DIAS 5 DE SETEMBRO E 15 DE NOVEMBRO, SEIS CIDADES EUROPEIAS SÃO PALCO DA SEGUNDA EDIÇÃO DO CITY RACE EURO TOUR, CIRCUITO CRIADO COM O INTUITO DE DIVULGAR A MODALIDADE JUNTO DO GRANDE PÚBLICO E DE PROMOVER O TURISMO ATIVO, TENDO POR BASE A ORIENTAÇÃO. FAZENDO ESCALA NA CIDADE DO PORTO, NO NORTE DE PORTUGAL, O CITY RACE EURO TOUR FOI SEGUIDO DE PERTO PELO JORNALISTA JOAQUIM MARGARITO, QUE CONTA NESTE SEGUNDO NÚMERO, ALGUMAS DAS MAIS IMPORTANTES INCIDÊNCIAS DUMA JORNADA Foi em 2012 que tudo começou, com a London City Race a servir de ponto de par da para uma inicia va que mostrou. Desde o início, ter tudo para dar certo. O mo vo é simples e explica-se em duas linhas: Neste mundo global em que vivemos, com as principais capitais europeias ligadas entre si por vôos “low cost” e a hora e meia de distância, fazer uma “escapadinha” a Londres para relaxar um pouco, ver a úl ma exposição na Na onal Gallery e dar uma saltada ao Harrods ou ao Selfridges para umas compras de ocasião é oportunidade que ninguém rejeita. Todavia, é necessário um pretexto, sendo a Orientação esse pretexto. A ideia par u de Fernando Costa, elemento destacado do Grupo Despor vo dos Quatro Caminhos e um dos responsáveis por algumas das maiores organizações em Portugal. De repente, Costa apercebeu-se que a prova londrina atrai cada vez mais estrangeiros, embora, na verdade, a Orientação não seja, para muitos deles, o obje vo principal. No rescaldo da sua visita a Londres, onde par cipou na London City Race desse ano, Costa garan u o interesse dos organizadores londrinos em estabelecer uma parceria com a prova do Porto, unindo esforços e aproveitando da melhor forma as sinergias criadas. E quando, em 2014, Edimburgo e Barcelona mostram interesse em integrar o conjunto de eventos, nasce o City Race Euro Tour. Este ano Edimburgo ficou de fora – a tradional “Race
lugar entraram Antuérpia, Cracóvia e Sevilha. Seis cidades, cinco países, muita animação, desporto e turismo de mãos dadas e um slogan bem chama vo: “Think hard, run fast, feel good”.
45
Porto City Race 2015: Britânicos vencem na Invicta Já este ano, o Porto foi a terceira cidade a acolher o circuito City Race Euro Tour 2015, cabendo a primeira nota de destaque à excelente Organização, com a assinatura do Grupo Despor vo dos Quatro Caminhos, conseguindo reunir um total de 618 par cipantes de 13 países. O primeiro dos três dias do programa compe vo levou os atletas até às imediações do Forte de S. João Ba sta, na Foz do Douro, para uma interessante prova noturna na qual os britânicos Robert Kelly (AIRE) e Sophie Kirk (Octavian Droobers) foram os vencedores. O idílico Parque de S. Roque e o Complexo Despor vo do Monte Aven no, paredes-meias com o Estádio do Dragão, acolheu a prova de Sprint do segundo dia, com o britânico Mark Burley (Bristol OK) e a francesa Marie Desrumaux (Valmo) a serem, desta feita os mais fortes. Paralelemante, disputou-se a Final do Circuito Nacional Urbano 2015, com vitórias de Nelson Baroca (CA Madeira) e Daniela Alves (AD Cabroelo) nos escalões Seniores. Para a manhã do terceiro dia estava guardada a prova-rainha, uma etapa de Distância Intermédia em mapa urbano pontuável para o City Race Euro Tour, com ponto de par da e chegada no Parque da Pasteleira, na zona ocidental da cidade. O britânico Jack Kosky foi o grande vencedor no escalão Sénior Masculino, seguido de Nélson Baroca e de Mark Burley. A vencedora no escalão Sénior Feminino foi a britânica Sophie Kirk, com as francesas Heloise Cavalier (RO Paris) e Marie Desrumaux a ocuparem por esta ordem as posições imediatas. Tânia Covas Costa (.COM) foi a melhor atleta portuguesa neste escalão. Nos restantes escalões, os portugue_ ses dominaram nas faixas etárias mais jovens, enquanto os estrangei_ ros, sobretudo os britânicos, foram os grandes dominadores dos esca_ lões de veteranos. Os grandes destaques vão para a juvenil Helena Lima (COC), para a veterana Mary Ross (INTerlopers), para a Super-Veterana Annamari Vierikko (HS) e para o Ultra-Veterano Christopher Branford (WIN), alcançando o pleno de vitórias nas três etapas disputadas.
[Os resultados completos e demais informações sobre o Porto City Race 2015 podem ser consultados em
http://www.gd4caminhos.com/portocityrace/ ou no Blogue Orientovar, em www.orientovar.blogspot.com. Aceda à página do City Race Euro Tour 2015 através do endereço http://cityracetour.org/]
47
JOGOS E DIVERSテグ
2015
Novembro
dias 30,31 e 01 CAATINGA
Out/Nov
Novembro
V Capa Nordeste de Orientação Local: Imbassaí - BA
Local: Nova Iguaçu - RJ
Novembro
dia 08
Local: Guaratingueta - SP
Novembro
dia 15
dia 07 e 08
V Etapa do Campeonato Gaucho de Orientação Local: Nova Santa Rita - RS
XI Etapa do Circuito Treino - RJ
COPA
Novembro
COARJ
Local: Rio de Janeiro - RJ
III Taça MTBO
VI Etapa do Campeonato Paulista de Orientação 2015
dia 01
X Etapa do Circuito Treino - RJ
dia 08 ADAAN
Local: Barcelona - Espanha
Local: Campo Alegre - SC
Local: Rio de Janeiro - RJ
COCMRJ
Etapa Barcelone City Race Euro Tour
Novembro
II Etapa do Campeonato Catarinense de Orientação 2015
dia 31 COC
Outubro
dias 07 e 08 CONVILLE
DE EV
SET / OUT
COESPA
AGENENDTOAS