Revista Pró-TV 121

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TV Cultura: a 2ª emissora de maior qualidade do mundo pág. 7

Esta é uma publicação gratuita da Pró-TV / Museu da TV Brasileira - www.museudatv.com.br

pró_tv

Março 2014 | Nº 121

revista


editorial 2

Vida Alves

E o Carnaval chegou! O ano passou depressa. Já é março. Já foi o carnaval. E com ele coisas novas, e coisas antigas, eternas.

mais que um verão. Passam logo. Se vão. Hoje respeitam-se e até trocam passistas e carnavalescos, paulistas e cariocas.

Os grandes desfiles, lindos, maravilhosos, nas passarelas iluminadas do Rio de Janeiro e depois também em São Paulo, pareciam ter acabado com o carnaval de rua, com os famosos corsos , os blocos e com a alegria geral do povo, do folião. Que nada!

Mas o mais importante, para mim, é o povo, é a rua. Nas folias pré-carnaval, mais de 100 blocos encheram as ruas paulistanas, não apenas no centro, mas nos bairros, como em Vila Madalena, por exemplo, e em tantos outros lugares.

Eis que a explosão popular voltou a reinar, a cantar, a dançar, a enfeitar as ruas do Rio, de Pernambuco, onde aliás nunca parou, e de tantos outros estados, e de São Paulo também, a sisuda cidade paulistana criticada pelos irmãos cariocas.

É a alegria que explode, porque é carnaval!

Mas brigas de irmãos, todos sabem, não duram

Palestras na Pró-TV Uma das atividades mais constantes e mais prazerosas, que acontecem na Pró-TV, são as visitas. Ora individuais, ora em pequenos grupos de cinco a seis pessoas e ora grandes grupos de 30 ou mais indivíduos, de idades variadas. To d o s n o s d ã o p r a z e r, e c o n t a m s e m p re c o m acompanhamento de monitor, que mostra o acervo, as fotos, os troféus, etc e com uma conversa com Vida Alves. Os grupos grandes têm palestras, que não são bem palestras, pois têm formatos variados. No dia 30 de janeiro, fomos visitados por 30 pessoas adultas, já maduras, da Unidade de Saúde, do bairro de Carandiru, São Paulo. É interessante frisar que há vários grupos assemelhados. São entidades filantrópicas, que reúnem pessoas do mesmo bairro, e com elas fazem passeios mensais. Muitas vezes escolhem a Pró-TV, pois têm interesse em conhecer a história da televisão brasileira.

É o Brasil que canta! Que vive! Que é feliz! E isso nos deixou contentes. As notícias tristes, foram esquecidas, quando chegou o Rei, que é o Momo, e que colore todo o Brasil. A merecida alegria brasileira voltou. Nessa reunião do dia 30, houve uma espécie de programa televisivo de perguntas e respostas . Vida Alves perguntava temas gerais, sobre programas de televisão, novelas, musicais, etc e quem acertava, ia ao palco e recebia um pequeno prêmio: um simples bombom. Mas foi muito alegre e interativo. Foi necessário quase forçar o encerramento, pois o ônibus contratado para servi-los, estava à porta, avisando do horário. Essa atividade é sempre acompanhada de uma assistente social, que na ocasião foi Maria Braga, e faz um bem muito grande tanto aos visitantes, quanto à entidade Pró-TV. Só em realizar esses encontros, achamos que vale a pena nossa existência. Então, você que quer nos visitar, leia o pós-escrito e anote nosso endereço. Para marcar reunião, telefone para a secretária Élida. Fone: (11) 3872-7743 ou e-mail protv.museudatv@gmail.com E apareça! Você vai gostar! *Maria Braga

Vida Alves e os ilustres visitantes


acervo 3

Elenco do infantil “Sítio do Pica Pau Amarelo” (Rede Globo) , no final da década de 1970


história

Fábio Siqueira

Os primeiros beijos de Vida Alves A atriz, radialista, produtora e presidente da PróTV Vida Alves, em sua estrelada trajetória de mais de setenta anos de vida artística, tem como uma de suas positivas características o pioneirismo, no que tange a importantes fatos da história da radiodifusão nacional.

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Sua presença no primaz elenco da TV TupiDifusora, canal 3 (a PRF-3) em 1950 e por quase vinte anos, seguiu-se com a chegada das cores a televisão brasileira, em 1972, tendo sido lançada em seu programa Vida em Movimento da TV Gazeta, canal 11 de São Paulo, sendo este o primeiro programa exibido em cores na TV aberta brasileira e 35 anos depois, Vida Alves, também presente na Cerimônia Inaugural da TV Digital no Brasil, ocorrida em 02 de dezembro de 2007. E sem esquecer seu papel também protagonista na fundação da Pró-TV, ainda com o nome de APITE , em agosto de 1995, ao lado de seus grandes colegas do principio da televisão nacional. Na teledramaturgia, esse pioneirismo de Vida Alves se evidencia de múltiplas formas, como na atuação na primeira novela exibida pela TV, onde também se deu o primeiro beijo da história da nossa televisão. E tudo isso ocorreu em fins de 1951, o ano 2 da TV Tupi, na novela, ainda não diária, Sua Vida me Pertence , com autoria e direção do grande radialista pioneiro Walter Forster (1917-1996) e contando ainda no elenco com Lia de Aguiar, Lima Duarte, Astrogildo Filho, João Monteiro, Nea Simões, Jose Parisi, Tânia Amaral e Dionísio Azevedo.

sucesso na Broadway, nos anos 30. Nessa adaptação para o renomado TV de Vanguarda , com exibição em 29 de dezembro de 1963,encerrando a temporada daquele ano, Vida Alves e Geórgia Gomide (1937-2011) protagonizavam a estória, como duas professoras que eram difamadas por uma aluna com mau rendimento escolar. Dai o titulo em português dessa tele-peça Calúnia , pois as professoras eram vitimas de maledicentes palavras e no final, as duas se beijavam, de forma romântica, diante do inevitável fechamento da escola que dirigiam. Esse teleteatro contava ainda com atuações de grandes nomes da TV como Henrique Martins, Sonia Maria Dorce, Guiomar Gonçalves, Guy Loup, Lisa Negri, Regiane Ritter e Lídia Vani, entrou para a história da TV, como o primeiro beijo entre personagens de mesmo sexo, causando grande polemica na época de sua exibição. E mais recentemente, com os beijos entre as personagens de Luciana Vendramini (Marcela) e Gisele Tigre (Marina) , na novela Amor e Revolução, escrita por Tiago Santiago, para o SBT com direção de Reynaldo Boury em 2011/2012 e entre Felix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), neste ano, na novela Amor à Vida , na Rede Globo, escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Wolf Maya, a aceitação do telespectador dessas cenas aumentou, mas jamais poderá se esquecer do pioneirismo dramático e televisivo de Vida Alves nessas cenas e em outros momentos importantes da nossa TV.

Nesse folhetim, as personagens de Forster e Vida, realizaram o beijo, bastante arrojado e polêmico para a época, sendo que o fotógrafo da Tupi, Chico Vizzione, não quis registrar essa cena, pois já previa que a foto não seria publicada na imprensa da época. Doze anos depois, já no formato de Teleteatro, o mestre Benjamin Cattan ( 1924-1994), apresenta a adptação da peça The Children's Hour , da escritora e dramaturga norte-americana Lillian Hellman (1905-1984)que fez grande

Walter Forster e Vida Alves durante cena de “Sua Vida me Pertence”


Neste ano, o palco do Carnaval carioca esteve em festa. O Sambódromo comemorou 30 anos de existência. O local foi inaugurado em fevereiro de 1984, tendo seu primeiro desfile televisionado pela Rede Manchete, na época com um ano de existência. A Estação Primeira de Mangueira foi a grande campeã. Já o locutor oficial da transmissão foi o jornalista Luiz Santoro, então âncora do Jornal da Manchete (2ª Edição), à convite da RioTur e da própria emissora. São três décadas de muita história e muito Carnaval.

*Divulgação

30 anos de Sambódromo

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Vista geral do templo do Samba: A Marquês de Sapucaí

Mudanças de horário na Globo

*Divulgação

As tardes da Rede Globo agora estão diferentes. Uma inversão nos horários valorizou mais suas atrações vespertinas. Agora, após o Vídeo Show, temos primeiro a Sessão da Tarde e depois Vale a Pena Ver De Novo , com Caras & Bocas . Depois Malhação e as demais novelas, uma atrás da outra, para curtirmos (intercaladas apenas com o telejornal regional, em sua segunda edição, e o Jornal Nacional ). Assistam!

Júlia Lemmertz: a última Helena

acontece

Elmo Francfort

As Helenas de Maneco O autor Manoel Carlos quer fechar o seu ciclo de protagonistas com o nome de Helena com a novela Em Família (Rede Globo, 2014). Várias grandes atrizes já foram suas Helenas, como Regina Duarte, Vera Fischer, Maitê Proença e Taís Araújo. A primeira delas foi Lilian Lemmertz, em Baila Comigo (Globo, 1981), já falecida, e por essa razão Maneco quis que sua última protagonista Helena fosse sua filha, Júlia Lemmertz é uma bela homenagem e uma chance especial à Júlia, que ainda não havia sido protagonista na Rede Globo. Manoel Carlos descreveu o perfil de suas Helenas como heroínas imperfeitas .

Luto por Santiago Andrade

*Divulgação Band

A Pró-TV também se solidariza, assim como toda classe de profissionais de televisão, com o falecimento do cinegrafista da Band Rio, Santiago Andrade. Ele foi atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, no último dia 10 de fevereiro. Uma situação triste e um desrespeito com aqueles que trabalham justamente para levar a informação até nossas casas. Santiago Andrade, de 49 anos, se destacou no jornalismo falando justamente sobre as dificuldades enfrentadas pelos passageiros no transporte público carioca. Junto com o repórter Alexandre Tortoriello, ganhou duas vezes, em 2010 e em 2012, o Prêmio Mobilidade Urbana. O cinegrafista amava o que fazia e participou de coberturas de tragédias, eventos esportivos, a guerra contra o tráfico de drogas nos morros cariocas. Em 2013, fez o curso de jornalistas em áreas de conflito, onde recebeu um treinamento para enfrentar situações como a da última quinta-feira. Nossa solidariedade à família, aos colegas, e ao Grupo Bandeirantes de Comunicação, que perdeu um de seus colaboradores.

Santiago Andrade: vítima da violência


Como deixar de falar de Eduardo Coutinho? Conhecendo-o, ou não o conhecendo pessoalmente, qual a pessoa ligada à arte, ou amando-a, como nós, pode deixar de lastimar tanto sua morte? Ninguém.

*Divulgação

saudade

Eduardo Coutinho se foi

Realmente ninguém. A grande atriz e escritora Fernanda Torres, dizia que ele tinha A magreza do Santo .

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Mas os que o conheciam ainda mais de perto, sabiam de sua maneira singular de se alimentar: sem hora e sem prato feito. Coxinhas, croquetes, esfihas... Era assim que se alimentava o homem, que de tão magro, até parecia santo. Na boca sempre um cigarro e na cabeça sempre ideias e mais ideias.

Eduardo Coutinho é considerado o maior documentarista brasileiro da história

Documentários para o cinema, vários, que renderam prêmios. E uma curiosidade: ainda jovem, participou do programa: O Céu é o Limite , na pioneira TV Tupi, falando sobre Charles Chaplin, de quem sabia tudo. Impaciente que era, assim que ganhou dinheiro para uma viagem de estudos, que queria fazer na França, saiu do programa. Abandonou tudo. Só não abandonou nunca seus sonhos, os seus ideais de um Brasil melhor, e da arte pura, verdadeira. Foi editor do Globo Repórter , ... foi tanta coisa. Foi inclusive homenageado entre os profissionais de cinema de todo mundo durante a cerimônia do Oscar 2014. E morreu de forma cruel...Mas seus ensinamentos... e seus sonhos... esses não morrerão jamais. Saudade...muita saudade. V.A.

Cabra histórico Eduardo Coutinho fez história no documentarismo, e o consenso entre todos os críticos, é que a sua mais genial obra foi "Cabra marcado para morrer". O projeto deste filme começou no início dos anos 1960, como uma obra de ficção, em que camponeses reencenariam uma história real, a do líder João Pedro Teixeira, fundador da Liga Camponesa de Sapé (PB), assassinado a mando de latifundiários em 1962.

*Reprodução DVD

Devido as dificuldades financeiras para prosseguir, as filmagens aconteciam lentamente e foram definitivamente interrompidas pela ditadura de 1964, quando Coutinho teve inclusive imagens e câmeras perdidas e membros da equipe presos. Porém uma parte do material filmado milagrosamente se preservou. O trabalho foi retomado 17 anos depois, recolhendo-se depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também da viúva de João Pedro, Elisabeth Teixeira, que desde 1964 vivera na clandestinidade, separada dos filhos. O agora documentário conseguiu ser finalizado e lançado em 1984, mais de 20 anos após o início das filmagens, quando já estava marcado definitivamente para a história.

Imagem de "Cabra marcado para morrer"


especial

TV Cultura: referência mundial em qualidade A Pró-TV está orgulhosa! Registramos nessa edição uma conquista da TV Cultura, nossa parceira desde 2004. A emissora da Fundação Padre Anchieta foi considerada a segunda emissora de maior qualidade do mundo. Sob encomenda da BBC, o instituto britânico de pesquisa Populus divulgou um levantamento que põe a TV Cultura em tal posição, ficando atrás apenas da BBC One. Intitulado International Perceptions of TV Quality , o estudo entrevistou cerca de 500 pessoas (adultas com mais de 18 anos) em 14 países (Austrália, Brasil, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Espanha, Suécia, Portugal, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos), totalizando mais de 7 mil indivíduos. No questionário, elas responderam sobre a qualidade da programação de TV ao redor do mundo e sobre a qualidade de cada um dos canais mais expressivos do seu país. Emissoras com share de 5% ou mais foram incluídas na pesquisa, assim como também entraram outras com menos de 5%, dependendo do território. Depois da TV Cultura, a próxima brasileira da lista, segundo o estudo, é a TV Globo, que ficou com a 28ª posição. A TV Brasil ficou em 32º lugar. A Bandeirantes, 35º; Record, 39º, e o SBT, 40º. A pesquisa foi divulgada no dia 31 de janeiro de 2014. Parabéns à TV Cultura!!! Grande conquista! À direção e funcionários da TV Cultura: recebam os cumprimentos de toda equipe da Pró-TV.

“Castelo Rá-Tim-Bum”: grande sucesso na história da TV Cultura vai virar exposição no MIS - Museu da Imagem e do Som.

Saiba mais! A TV Cultura foi fundada em 20 de setembro de 1960 pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, e reinaugurada em 15 de junho de 1969 pela Fundação Padre Anchieta, que administra a emissora até hoje. Pela tela da Cultura, já passaram diversos programas que ficaram na história da televisão brasileira, como Repórter Eco , Cartão Verde , Rá-Tim-Bum , Roda Viva , "Provocações" e tantos outros. Saiba mais em: www.tvcultura.com.br

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para ler

Marcela Bezelga

No princípio era assim! Mais um livro que está disponível na biblioteca da Pró-TV e que merece atenção de todos os interessados e envolvidos com o meio televisivo é Era uma Vez...a Televisão , escrito por João Lorêdo, lançado em 2000 pela editora Alegro. Na obra, o autor conta em 270 páginas a história dos primeiros 49 anos da televisão no Brasil, desde sua inauguração em 18 de setembro de 1950, por meio do histórico das emissoras paulistas e cariocas.

Momentos importantes como a primeira transmissão em solo brasileiro ou o início da TV em cores e os programas de maior destaque também são abordados na publicação. Uma curiosidade interessante é que os primeiros capítulos de Era uma Vez...a Televisão foram inicialmente publicados na Revista Amiga . Para conhecer essa importante obra da história da televisão brasileira e tantas outras visite nossa biblioteca e conheça esse e outros livros. De segunda a sexta-feira das 10h às 18h (agende sua visita pelo telefone 3872-7743).

Saudade: Nico Nicolaiewsky Ator, músico, compositor. Artista.

Nico ficou nacionalmente conhecido em 1978, por ter sido um dos fundadores do "Musical Saracura", um dos mais importantes grupos de música urbana do Rio Grande do Sul no final da década de 1970 e início dos anos 1980.

Essas eram as facetas de Nico Nicolaiewsky, que nasceu em Porto Alegre, em 9 de junho de 1957 e por lá também nos deixou, no último dia 7 de fevereiro, vítima de uma leucemia meloide aguda (LMA), que havia descoberto apenas alguns meses antes. *Divulgação

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Além das emissoras, a obra conta a trajetória de grandes atrizes, atores, apresentadores e comediantes que fizeram parte da história da televisão brasileira.

Em 1984, ao lado de Hique Gomez, cria a comédia musical "Tangos & Tragédias", espetáculo de grande destaque, que marcaria definitivamente Nico na história do teatro brasileiro. Depois deste sucesso, partiu para o Rio de Janeiro, onde passou uma década estudando as mais diferentes vertentes da música. Na carreira solo, lançou 3 discos, além de escrever e atuar em diversas peças musicais. Sempre foi reconhecido como um ícone da cultura gaúcha. Grande homem, inestimável perda.

Nico Nicolaiewsky tinha apenas 56 anos de idade


*Divulgação

Aposentadoria aos 90 vida: o teatro e William Shakespeare. Em 1948 Barbara participou de outro grande momento do teatro brasileiro, quando foi convidada para substituir uma atriz na montagem de H a m l e t , c o m S é rg i o Cardoso. Sem pretensões artísticas, logo deixou a peça, sendo substituída por ninguém menos que Cacilda Becker.

Barbara Heliodora, uma das maiores críticas de teatro do Brasil No começo deste ano os leitores brasileiros receberam uma notícia inesperada: a escritora Barbara Heliodora anunciava sua aposentadoria. Chegava ao fim uma era em que os jornais publicavam criticas teatrais ao invés de meras resenhas e horários de apresentação dos espetáculos. Porém, aos 90 anos, a autora não garantiu que não pretende parar de trabalhar, mas sim dedicar seu tempo à outra de suas paixões: as traduções. Heliodora Carneiro de Mendonça nasceu em 29 de agosto na cidade do Rio de Janeiro. Filha dos intelectuais Anna Amélia e Marcos Carneiro de Mendonça (que também foi o primeiro goleiro da seleção brasileira de futebol, em 1914), Barbara nasceu em meio ao ambiente cultural da então capital da República. Com apenas quinze anos esteve presente na estreia da antológica montagem de Romeu e Julieta (1938). Produzida por Paschoal Carlos Magno e encenada pelo grupo do Teatro do Estudante Brasileiro (TEB), do qual sua mãe também fazia parte, a peça é hoje considerada um divisor de águas do teatro brasileiro, por apresentar uma linguagem mais moderna (inspirada no teatro universitário europeu) e por ser a primeira produção nacional a valorizar o papel do diretor teatral. Sem saber, Bárbara estava diante de dois grandes marcos de sua

Foi somente aos trinta e cinco anos, em 1958, que Barbara Heliodora iniciou sua carreira na critica teatral, escrevendo para as páginas da Tribuna da Imprensa.

No mesmo ano transferiu-se para o Jornal do Brasil. A erudição de seus textos começou a chamar a atenção e ajudaram na renovação da critica teatral brasileira. Em 1964 Barbara deixou a redação dos jornais para assumir a direção do Serviço Nacional de Teatro (SNT). Neste mesmo ano, o Brasil se viu privado da liberdade através do golpe militar que impôs uma severa ditadura e Barbara acabou obrigada inclusive a formar turmas de censores teatrais. Insatisfeita com o rumo de sua carreira no SNT deixou o cargo em 1967, passando a ministrar aulas de história do teatro, inicialmente no C o n s e r v a t ó r i o N a c i o n a l d e Te a t ro e posteriormente nas universidades Uni Rio e USP. Somente em 1986 é que Barbara Heliodora retornou a crítica teatral, escrevendo para as páginas da extinta revista Visão. Depois ainda colaborou com o jornal Estado de São Paulo e por fim publicou seus textos nas páginas de O Globo, onde encerrou sua carreira. Após gerações teatrais temerem, enquanto aguardavam para ver se receberiam uma avaliação positiva em sua coluna, Barbara Heliodora enfim resolveu retirar-se de cena, entregando sua coluna teatral para o critico Macksen Luiz.

de olho na arte

Diego Nunes

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cidade da tv

É hora de recomeçar! O final de 2013 passou, o ano novo e as férias escolares. Agora é hora de recomeçar! É assim que 2014 está lá na Cidade da TV e, por consequência, também na Cidade da Criança. No final de 2013 a Vila Redenção (ponto de limite entre as duas) recebeu uma pintura especial, com uma cenografia alusiva à uma cidade fantasma.

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Isso porque criaram uma nova atração na Cidade da Criança chamada Cidade do Terror , para as férias. Agora está tudo repintado e bonito, inclusive a fachada da Cidade da TV. Para quem não sabe, Vila Redenção é um conjunto de 14 casas, uma igreja, uma estação de trem, a fachada de um cemitério e uma fonte, que são tombadas pelos órgãos de preservação histórica de São Bernardo do Campo.

Ela tem esse nome por ser a primeira cidade cenográfica da televisão brasileira, da telenovela Redenção a mais longa do país, exibida pela TV Excelsior de 1966 a 1968. Devido à grande visitação à cidade na época da novela, a Prefeitura do Município de São Bernardo se interessou pelo local e a transformou em parque, fundando em 1969 a Cidade da Criança. Por essa razão, em 2011, recuperando as origens televisivas do local, é que a Pró-TV, junto do Aquário de São Paulo, criou ao lado da pequena vila, o prédio da Cidade da TV. Assim todos saberão de Redenção e do sucesso que foi a novela por dois anos. Sobre a Cidade da TV, conheça mais no site www.cidadedatv.com.br. Ela e a Cidade da Criança ficam à Rua Tasman, 301 - Jardim do Mar, em São Bernardo do Campo (SP). Ingresso: R$ 5,00 (por pessoa) ou R$ 35,00 (dentro do Passaporte da Cidade da Criança). Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. Visitem!

Vila Redenção nos dias de hoje: restaurada e preservada


01 Leão Lobo 01 Salvador Nazarre Filho 02 Rubens Molino 03 Ângela Vieira 04 Inezita Barroso 05 Selma Ferreira 06 Milton Camargo 06 Natália do Vale 06 Paulo Figueiredo 07 Nívea Maria 07 Rubens Ewald Filho 08 João Burke Passos 09 Lucinha Lins 10 Kid Vinil 10 Lolita Rodrigues 10 Wanderley Cardoso 12 Carlos A. de Nóbrega 13 Gessy Fonseca

13 João Gordo 14 Dale Ferreira 14 Francisco José de Toledo 15 Clenira Michel 15 José Alfredo M. de Assis 15 Oswaldo Montenegro 15 Théo de Barros 16 Juca de Oliveira 16 Marco Antonio Pâmio 17 Alfredo Toledano 17 Daysi Bregantini 17 Tiê Gasparinetti 18 Marta Suplicy 19 Mari Alexandre 19 Oswaldo Ferreira da Silva 20 Edson Celulari 20 Marcos Caetano 20 Nely Reis

21 Angelina Muniz 22 Jorge Ben Jor 22 Léa Camargo 22 Octávio Neto 23 Danilo Queiroz de Almeida 25 Ronaldo Lembo 26 Cláudio Marzo 26 Juliana Paes 27 Xuxa Meneguel 28 Carlos Silva 28 Nelson de Mattos 29 Edson Vecchio 29 Lima Duarte 29 Renata Maranhão 30 Norma Avian 30 Vera Zimermann 31 Ruth Escobar

aniversariantes

Março

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Virgínia Lane: grande e eterna vedete do Brasil Quem é mais velho, ou ama as coisas antigas, por certo tem muito apreço por Virgínia Lane.

Era ainda cantora de rádio e César Ladeira a chamava de Garota Bibelô .

Nascida no Rio de Janeiro, em 1920, a menina carioca logo se ligou à arte.

Apresentava-se também em cassinos e deixou inúmeros discos gravados.

Estudou balé, com Maria Olenewa, mas ligou-se logo ao teatro da moda, que era o gênero: revista musical.

Seu grande sucesso, foi a marchinha: Sassaricando , que lançou o termo, que é usado até hoje.

Bonita, graciosa e inteligente e até mesmo culta, pois chegou a estudar alguns anos de Direito (sem se formar). Virgínia tornou-se a queridinha dos palcos do Brasil.

Virgínia Lane foi amada, enquanto viveu. Ela nos deixou aos 94 anos de idade, de falência múltipla dos órgãos. Deixou saudade a todos. Representou sempre a arte, a alegria e a beleza. Adeus grande Virgínia Lane! Adeus! V.A. *Acervo pessoal

Disseram que até Getúlio Vargas, o presidente, teve uma quedinha por ela. Coisas de revistas de fofoca, que já existiam então.

Virginia Lane na década de 1960


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Expediente Direção: Vida Alves | Design: Elmo Francfort e Nelson Gonçalves Junior | Redação: Vida Alves, Elmo Francfort, Élida Alves, Fábio Siqueira, Nelson Gonçalves Junior, Diego Nunes e Marcela Bezelga Fotos: Francisco Rosa e Acervo Pró-TV | Secretaria: Lú Bandeira Tel: (11) 3872.7743 | Site: www.museudatv.com.br | Twitter: @museudatv E-mail: protv.museudatv@gmail.com | Facebook: www.facebook.com/museudatelevisao.protv Expediente: Segunda a sexta - 10h/18h | Venha nos visitar. Agende sua visita!

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