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Inteligência artificial está na indústria

Este artigo é de autoria de Akira Sato, é mestre em engenharia mecânica pela UNICAMP, ex-professor universitário e empresário, além de técnico em agricultura e matemática aplicada.

Neste trabalho, ele analisa a inteligência artificial na indústria

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Aautomação industrial é um processo de aplicação de tecnologia para otimizar e controlar automaticamente a produção industrial. Ao longo dos anos, tem se tornado uma parte essencial da indústria moderna para maior eficiência, qualidade e competitividade. Desde seu nascimento na Revolução Industrial do século XVIII, a mecanização começou a substituir o trabalho manual. Um dos primeiros exemplos foi o tear mecânico, em 1784, do britânico Cartwright, para a produção em larga escala de tecidos. Depois de inúmeras inovações e avanços tecnológicos, na história recente, a chegada dos microprocessadores, permitiu o controle numérico computadorizado (CNC), em 1950. Essa foi a automação de processos de usinagem e fabricação de peças complexas com alta precisão, até a era moderna dos primeiros robôs, em 1960, realizando tarefas repetitivas e perigosas.

As máquinas aprendem Agora, estamos vendo a incorporação da inteligência artifcial (IA) nos sistemas de produção. Com a IA, as máquinas podem aprender, adaptar-se e tomar decisões de forma autônoma, o que está intensifcando o potencial de transformar completamente a indústria, permitindo a automação com mais benefícios, como a redução de custos, o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade do produto e o aumen- to da segurança no trabalho. São as chamadas fábricas inteligentes, onde as máquinas se comunicam e se adaptam automaticamente às mudanças nas demandas do mercado e às condições de produção em tempo real. Dentre as tendências da atualidade, uma delas é a automação colaborativa com os robôs colaborativos, ou cobots, projetados para trabalhar ao lado dos operadores humanos, realizando tarefas que requerem força física, precisão e repetibilidade. Enquanto isso, os humanos se concentram em tarefas mais complexas que exigem habilidades cognitivas. Essa circunstância aumenta a flexibilidade e a eficiência da produção, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças nas demandas do mercado.

Homem + máquina

Com o avanço da IA, diversas máquinas de automação industrial permitem a criação de processos mais autônomos e eficientes, como: os cobots, projetados para trabalhar em colaboração com os operadores humanos; como os sistemas de visão computacional, usados para a inspeção de qualidade, a identifcação de peças, o rastreamento de produtos, por serem capazes de reconhecer padrões, identifcar defeitos e realizar análises preditivas, mais rápido, mais preciso e efciente; os sistemas de otimização de produção com IA, que consideram fatores, como demanda do mercado, disponibilidade de recursos e restrições de produção, e com análise de dados em tempo real e da utilização de algoritmos de otimização; sistemas de manutenção preditiva, que utiliza a IA para prever falhas permitindo que sejam tomadas ações preventivas com algoritmos de aprendizado, chatbots de suporte técnico, para fornecer suporte técnico respondendo a perguntas, fornecendo informações técnicas, diagnosticando problemas e até mesmo realizando manutenções remotas, econmizando tempo e recursos, sistemas de transporte autônomo; como AGVs (Automatic Guided Vehicles) e drones, que usam IA para se movimentar de forma autônoma em ambientes industriais. Tudo isto é uma revolução na produção, com origens na Revolução Industrial, que ao longo do século XX, com inovações tecnológicas significativas e com o avanço da IA e a implementação de robôs colaborativos. A automação industrial está se tornando cada vez mais eficiente, autônoma e flexível. A IA permite a automação de processos mais complexos, aprimorando a qualidade e a segurança do trabalho, e a criação de fábricas inteligentes que se adaptam às mudanças do mercado em tempo real.

As indústrias têm de se adaptar a essa evolução tecnológica, se manter competitivas no mercado global e a automação industrial deve ser planejada, observando os aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais e também garantir a qualifcação e capacitação dos trabalhadores para lidar com as novas tecnologias, garantindo uma transição suave e justa.

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