PODER FEMININO
As incríveis histórias destas jovens mulheres
FOMO
Nem tudo nas redes é real
SEGUNDA GRADUAÇÃO Relatos de quem encarou o desafio
O SILÊNCIO DOS INOCENTES Casos de violência no trabalho
5 editorial 6 ENTER 7 GASTRÔ
beleza
Trabalho de Conclusão de Curso
8 DIVAS NA CRISE 10 ACORDA, CABELO!
MODA 12 PINTANDO O 2018 14 ELA TEM CORES 16 ENSAIO
COMPORTAMENTO
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28 AFASTA DE MIM ESSE CALE-SE 32 GRL PWR 40 A GRAMA DO VIZINHO É SEMPRE MAIS VERDE? 42 RESPEITA AS MINA
SAÚDE 44 O PADRÃO É SER VOCÊ 46 ALTERNATIVA
EDUCAÇÃO
32
50 TESTE 52 MÚLTIPLA ESCOLHA 56 ESTÁGIO UM DESAFIO POR DIA
CULTURA 60 MARATONA 2018? 62 FAZ 10! 64 HORÓSCOPO 66 CRÔNICA
8 4 | SUMÁRIO & expediente
apresentado como exigência parcial para obtenção do diploma de graduação em Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade de Sorocaba '
Orientação Prof Mª . Evenize Cássia Batista Marques da Silva – MTB 30.311
Redação Daniele Regina Gomes de Oliveira Leite, Janaina Rocha Fernandes, Lívia de almeida ferreira, Luiz Antonio Martini Neto
Fotografia Daniele Regina GOMES DE OLIVEIRA Leite Lívia de almeida ferreira
Edição de Imagem Luiz Antonio Martini Neto
Diagramação Luiz Antonio Martini Neto
Mídias Sociais Janaina Rocha Fernandes Lívia de Almeida Ferreira
Convidados Mirella Lopes (Fotografia: Capa)
Impressão Universidade de Sorocaba (Uniso) Sorocaba – Ano 1/Edição 1 Dezembro 2017
" O pulso ainda pulsa"
e assim, nascemos! A jornada não foi fácil. Escolhemos o nome, as pautas, as fontes e todo o material de apoio. Escolhemos você, leitora, como o nosso foco. Nadando contra a corrente de assuntos batidos para mulheres jovens, a Pulse nasceu e nos deu a chance de fazer as coisas de um jeito diferente e isso você confere nas próximas páginas. Os assuntos abordados fazem parte desse universo de mulheres incríveis, que lutam pelos seus sonhos e enfrentam as mazelas do mundo para alcançálos. Da moda retrô dos anos 90 à dicas de maquiagens, passamos por métodos para o ciclo menstrual, violência no ambiente de trabalho e um transtorno causado pelo uso excessivo de redes sociais. Está confusa? Calma. Você está prestes a mergulhar no universo da jovem mulher, com seus sonhos, desejos e medos. Nossas vidas são cheias de altos e baixos, mas sempre damos um jeito de erguer a cabeça e seguir em frente e a Pulse entra como a sua nova melhor amiga, conselheira e confidente.
Nos deixe pulsar junto com você. Redação Pulse
EDITORIAL | 5
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Nós jogamos luz sobre o abuso doméstico. É uma doença complicada e insidiosa que existe muito mais do que nós pensamos. É uma doença cheia de vergonha e segredos, e por me darem esse prêmio vocês a colocaram ainda mais em evidência" Nicole Kidman, atriz, em discurso ao receber prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama no EMA 2017, pela sua personagem Celeste, de Big Little Lies. Celeste sofre abusos físicos de seu marido,
Dedico esse prêmio às meninas e aos meninos negros que se sentem marginalizados, que este filme possa inspirá-los a alcançarem seus sonhos"
que no caso é interpretado pelo ator Alexander Skarsgård
Sonho com um mundo de paz, de amor, de respeito e de igualdade. Um mundo em que entenderemos que estamos todos conectados, que Adele Roomansky, produtora do somos um. Acredito filme Moonlight, ao receber o prêmio que quando nos de Melhor Filme no Oscar 2017. unimos, praticando Ps: Vale ressaltar que esse é o único o respeito e o amor filme com um protagonista gay a levar a estatueta para casa como valores fundamentais, e Às vezes não colocamos nossa Não existe precisamos balançar o energia nessa plano B, essa é mundo, e fazer coisas direção... Tudo é a mãe de todas as que mudem tudo e possível. Juntos lutas, a luta pela estarão nos livros de somos mais fortes, mãe Terra. O mundo História (...) O fato de juntos a gente muda inteiro precisa vir respirarmos e estarmos uma história, juntos para a linha de aqui significa que temos nós podemos mudar frente. Vamos uma história que o mundo" pressionar!" merece ser contada"
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Sonia Guajajara, índia convidada por Alicia Keys no Rock in Rio 2017, discursando sobre o interesse do governo na Amazônia
6 | ENTER
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Viola Davis, atriz, durante seu discurso de agradecimento ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no SAG 2017
Gisele Bündchen, modelo, na abertura do Rock in Rio 2017
Nhac no Nhoque Massa
1,3kg de batata cozida 4 colh. de maionese 2 gemas 1 xic. de farinha de trigo Sal a gosto
Molho 300 gr. de carne moída 1 cebola ralada 250 gr. de linguiça calabresa moída 2 cx. de molho de tomate 2 cx. de água Sal e tempero a gosto
Modo de preparo
// Amasse as batatas ainda quentes e junte o restante dos ingredientes // Em uma panela refogue a cebola e depois acrescente a carne moída // Quando a carne estiver quase frita, acrescente a calabresa e deixe fritar // Coloque o molho de tomate e a água // Deixe ferver por aprox. 5 minutos
Montagem
// Forre o refratário com molho // Coloque metade da massa // Requeijão cremoso // 200 gr. de mussarela ralada // Coloque a outra metade da massa // Cubra tudo com o resto do molho // Finalize com queijo parmesão ralado // Leve ao forno por aprox. 40 minutos
Tá prontinho! Fácil de fazer e de levar para onde quiser!
gastrô | 7
c
Diva na
CRISE
Produtos bons e baratinhos para arrasar sem prejuízo POR JANAINA FERNANDES
Ah, a crise! Pegou todo mundo de calças curtas, incluindo você e seu nécessaire. Sem chororô, hein! Trouxemos 5 produtinhos indispensáveis para você ficar diva sem precisar fazer sacrifícios. Dá uma olhada:
Base Matte Ruby Rose (R$ 11,76*) Essa base é um milagre de preço e qualidade! Ela cobre bem as imperfeições, não é oleosa e seu efeito matte é tão potente que não precisa nem de pó para selar. Muitas blogueiras usam essa base e falam super bem, como a Cool Marina. Além disso, ela está disponível em 10 cores que vão dos tons mais claros aos mais escuros – todo mundo pode usar sem medo!
Corretivo Natura Aquarela (R$ 18,90*) Mais um produtinho diretamente das blogueiras para a sua vida. Esse corretivo tem fórmula leve, espalhando facinho, cobrindo bem e com uma durabilidade excelente. São 6 cores que vão dos tons mais claros aos mais escuros, podendo inclusive ser utilizado para fazer contorno.
8 | beleza
Delineador em caneta Vivai Glamour (R$ 11,99*) O formato de caneta é perfeito para quem quer precisão na hora de aplicar delineador e fazer o famoso gatinho. Ele é super pigmentado e resistente à água e coceiras – pode chorar à vontade e coçar os olhos que ele não vai escorrer, ok?
Máscara de Cílios 4D Tango (R$ 12,90*) Cílios de boneca! Com dois tipos de aplicação no mesmo produto, ele é versátil para looks do dia a dia ou para uma ocasião especial.
Batom O Boticário Intense Matte cor 330 Loucuras (R$ 21,90*) Para você é fã do vermelhão Ruby Woo, da MAC, esse batom é o substituto perfeito! Com cobertura matte e longa duração, você não abre mão do vermelho e ainda gasta pouco! * Todos os produtos estão disponíveis para venda online, procure sua loja de confiança e se divirta (preço sujeito a variações)
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ACORDA, CABELO! Transição Capilar: Reforço de identidade além da moda Por janaina fernandes
Você certamente conhece uma garota que tem cabelos cacheados ou crespos, mas que insiste e faz de tudo para alisá los. Escova progressiva, escova inteligente, escova japonesa, escova desmaia cabelo e chapinha são apenas alguns exemplos dos métodos utilizados para escorrer os fios. Infelizmente, a grande maioria dos métodos disponíveis no mercado são prejudiciais para a saúde, já que muitos produtos possuem formol em sua fórmula – considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma substância potencialmente cancerígena. Os cabelos lisos são moda desde o início dos anos 2000, mas será que vale a pena colocar sua saúde e seu bem estar em risco? Para as mulheres que decidiram abandonar a química, a Transição Capilar é a salvadora dos cachos e dos crespos! O tratamento consiste em parar imediatamente de usar química, cortando a parte lisa e deixando a raiz natural crescer. O corte mais utilizado para a transição é o Big Chop, que deixa o cabelo curtinho e estimula o desenvolvimento dos cachinhos – mas nem sempre ele
10 | beleza
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Comecei a perceber que esconder minhas raízes me limitava" SAMIRA OLIVEIRA
é necessário, basta conversar com o seu cabeleireiro de confiança sobre qual corte é o mais indicado para a sua transição. Além do corte, o uso de produtos específicos para Transição e cronograma capilar auxiliam na reconstrução dos fios danificados. Mas antes de pegar a tesoura, você tem de aprender a se amar. Sim, você não leu errado. A grande maioria de mulheres alisa os cabelos por estar insatisfeita com sua aparência, logo, o primeiro passo da transição é compreender que você e o seu cabelo são lindos do jeitinho que são. O processo é radical, mas é possível fazêlo sem sofrer e, para te ajudar, trouxemos os relatos de três garotas que passaram pela Transição e que vão te inspirar!
Samira Oliveira, 20, diz que não lembra ao certo como conheceu a transição. “Me lembro de conhecer uma menina com um black maravilhoso e notei que ela era muito segura quanto a isso. Comecei a perceber que esconder minhas raízes me limitava. Eu não podia ir numa piscina porque eu não tinha dinheiro pra fazer outra escova ou iria "usar o cabelo" naquele dia, por exemplo. Daí eu decidi deixar de lado a química e o secador ”, conta a jovem. Para ela, a escolha não foi difícil, mas o processo foi complicado. “Eu me lembro que não tinha muito o que fazer com o cabelo, não haviam tantos produtos igual tem agora e minha autoestima foi para o chão. Comecei a ver vários vídeos no YouTube sobre isso, Samira abraçou suas raízes (Foto: Arquivo Pessoal)
Dificuldades financeiras fizeram com que Evelyn deixasse o cabelo natural (Foto: Arquivo Pessoal)
via várias fotos de cabelos crespos, conversava com pessoas que eu sabia que não iriam julgar a minha decisão e me apoiavam na escolha. Isso foi o que tornou um pouco mais fácil, o que me deu forças”. Hoje, ela é feliz com sua escolha, que remete também à sua história e a história de suas avós, negras e com os cabelos crespos. “Eu me sinto ótima com o cabelo assim. Ser o que sou não tem preço. Eu sinto como se cada cacho livre representasse uma ferida a menos nas costas dos meus avós. Eu nunca alisaria novamente. Construí uma autoestima que ninguém derruba. Eu não aceitei apenas meu cabelo, eu aceitei quem sou, inclusive meu corpo fora dos padrões. Depois do meu último corte eu me olhei no espelho e vi uma nova mulher. Naquele momento eu soube que eu era linda, que eu sou linda e nada vai mudar isso". Evelyn Marquezin, 19, conta que a transição surgiu num momento de dificuldade. “Eu estava passando um perrengue financeiro e não tinha como manter o uso da progressiva e
outras químicas. Como o meu cabelo é crespo, chapinha e escova não iam dar um resultado prolongado. Foi aí que eu decidi voltar a usar o meu cabelo natural e com isso eu conheci a transição capilar". A transição foi extremamente difícil para ela, pois mexeu com a sua autoestima. Hoje, ela está feliz com a decisão. “Eu sempre odiei os meus cachos, pelo fato de ter enfrentado zoações e ter escutado palavras bem maldosas a respeito do meu cabelo. Na época que eu estava enfrentando a transição, a minha autoestima abaixou por conta de ter cortado bem curto o meu cabelo. Lembro que ninguém da minha família e amigos gostaram. Eles me disseram para voltar com a progressiva, mas eu decidi continuar. Com o tempo a gente aprende como cuidar corretamente do cabelo, a usar uns acessórios, e com isso a auto estima vai aumentando aos poucos. Hoje em dia, se alguém me pergunta qual é a coisa que eu mais gosto em mim, com certeza vou dizer que são os meus cabelos. Amo os meus cachos e não largo eles por nada!” Raphaela Carmo, 24, conta que conheceu a transição através do YouTube. “Mesmo alisando o cabelo, eu gostava de acompanhar algumas youtubers cacheadas. Através dos vídeos delas eu conheci todo o processo de transição capilar“. A escolha foi difícil, já que ela tinha o costume de usar química no cabelo desde cedo.
“Iniciei as químicas no meu cabelo aos 10/12 anos, começando com relaxamento e depois passando para a progressiva. Comecei a alisar o cabelo desde o início da adolescência até a fase adulta. Não fazia ideia de como era meu cabelo natural. Tinha medo de como eu, como pessoas próximas e como a sociedade ia reagir ao vêlo todo cacheado". Ela diz que ama o seu cabelo natural e que não alisaria novamente o cabelo com química – mas que uma escova ou chapinha não são problemas. Sua autoestima aumentou muito com o processo. “Transição capilar não é uma mudança externa somente, muda muita coisa internamente. Você sai do padrão que a sociedade impôs e se torna diferente no meio da multidão. E isso é muito legal, chama a atenção. As pessoas querem tocar no meu cabelo e me param em diferentes lugares para elogiálo. Também me pedem dicas de produtos”.
Raphaela conheceu a transição graças ao YouTube (Foto: Arquivo Pessoal)
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PINTANDO O 2018 As novidades da moda para o ano que vem já foram divulgadas e trouxemos tudo o que você precisa para se inspirar Por DANIELE REGINA
Que a cor dita boa parte da moda, não é novidade. Não só a moda, como o design e a arquitetura também. Pensando nisso, todos os anos são divulgadas tendências de cores para o próximo semestre. A empresa mundialmente reconhecida pela tecnologia de ponta em todos os processos que envolvam cores, a Pantone, já divulgou as 12 tonalidades que estarão em alta em 2018. Segundo Cristian Lourenço, estilista e colunista da revista
Zaira, a proposta deste estudo é selecionar cores do dia a dia e transformar em algo novo. “Muitos falam mal da moda, associam ao consumismo desnecessário, mas a ideia é reutilizar. Eles pegam o verde de quatro anos atrás, recriam e aquela peça antiga segue a tendência novamente”, explica Cristian. Para ele, as marcas lançam as cores e a criatividade fica por conta dos estilistas, já que a moda da vida real varia de pessoa para pessoa, bem
A primeira dama americana Melania Trump num vestido na cor Little Boy Blue, sugerida para 2018 (Foto: Getty Images)
Little Boy Blue (PANTONE 16-4132 TCX)
12 | moda
diferente das passarelas. A paleta de cores da Pantone para o ano que vem conta com 16 tons no total: 12 novidades e 4 clássicas. Estas últimas são coringas, aquelas que nunca saem de moda. Sendo a base do guarda roupa, podem e devem ser combinadas com o restante da lista que, aliás, vem com uma pegada vibrante. O Lime Punch, o famoso verdelimão, foi sugerido e Cristian nos proíbe de usálo somente no look para academia. “Realmente a cor começou com peças esportivas, era moda. Mas é possível utilizála em vestidos clássicos, rodados, com babados e pano leve, combinando com um colar de pedrarias que também tem esse aspecto natural. Esse tom de verde realça a pele bronzeada típica do verão, então dá pra sair de verde limão sim”, afirma o estilista. Por falar em combinações, a aposta de Cristian Lourenço para a primavera é o frescor. Para os dias muito quentes, a cor Pink Lavender de um vestido
peplum ou de um pano leve com alcinhas, dão um aspecto suave e romântico ao look. “Dá para usar com Blooming Dahlia, pois com tons florais ficam lindos”, sugere o estilista. Para as mais ousadas, como define Cristian, o Arcadia dá um toque retrô mas ao mesmo tempo moderno ao modelito. “É normal: algumas mulheres gostam mais de chamar atenção que as outras, né? Pra mim, esse tom de verde com o Ultra Violet fica fashion por mais que as
cores sejam chamativas. O roxo conversa com o frescor do esverdeado e peças como camisas de alfaiataria e as calças pantacour que estão super em alta ficam super chiques”, sugere Cristian. Os critérios para seleção das cores são curiosos. Você lembra a cor da roupa de Melania Trump na posse do seu marido, Donald Trump, na presidência dos Estados Unidos? Era um modelito da Ralph Lauren no azulzinho Little Boy Blue.
Bastou a então primeira dama americana escolher a cor para o evento para que ela fosse selecionada pela Pantone para 2018. Agora é sua vez de escolher suas combinações preferidas. Como a proposta é reavivar o que está fora de moda, você pode olhar os tons e lembrar de alguma “brusinha” que está parada no guarda roupa, por que não? Ela estará em alta novamente!
Arcadia
Ultra Violet
Cherry Tomato
(PANTONE 16-5533 TCX)
(PANTONE 18-3838 TCX)
(PANTONE 17-1563 TCX)
Blooming Dahlia
LIme Punch
PinkLavender
(PANTONE 15-1520 TCX)
(PANTONE 13-0550 TCX)
(PANTONE 14-3207 TCX)
Emperador (PANTONE 18-1028 TCX)
Meadowlark (PANTONE 16-0646 TCX)
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FUJA DO UNIFORME! Dos criadores de “o branco é da noiva”, vem aí o “vermelho é do Papai Noel”! Até porque não há cor mais natalina que o rubro, não é? Sim, é uma cor e tanto, mas a Pulse acredita na sua beleza e vem te contar que é possível ficar gata em outras cores sim e sem precisar deixar o vermelho totalmente de lado. O Natal já simboliza aquele pézinho no Ano Novo, então nada mais justo que a gente abuse das novidades para comemorar essa data tão querida.
Para a habitual reunião de família e amigos, a sugestão é a saia de pano jeans com a cor lisa e uma blusa “cara do verão” de listras no azul que a gente gosta e branco, para conversar com o tom do tênis. Acessórios como o arco na cabeça e os brincos complementam a cor e reforçam a doçura de um look meigo, mas com uma pegada despojada.
14 | ela tem cores
Se você foi uma boa menina durante o ano, merece arrasar na noite de Natal Texto Daniele Regina Pesquisa Daniele Regina Foto Daniele Regina Modelo Jeniffer Klarosk
Seguindo a tendência sugerida pela Pantone para 2018, combinamos duas cores que estarão em alta e montamos dois looks para vocês e inspirar e arrasar em qualquer lugar que vá. As escolhidas foram a alegre Meadowlark e a sofisticada Sailor Blue.
O jantar de natal será algo mais sofisticado? Você não precisa abandonar as peças leves para ficar chique. O shorts de alfaiataria no tom azul é marca registrada na moda. Neste caso, as listras surgem sutis e favorecem a estampa lisa da ciganinha, que te deixará fresca e confortável. Um salto te dará a segurança de que você está diva, enquanto exibe seu batom agora sim vermelho nos lábios.
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90's REVIVAL o comeback na moda. de 2017 para 1990. das passarelas para o seu guarda roupa. preparada para se inspirar? Edição de moda e styling Daniele Regina Pesquisa Daniele Regina Fotos Daniele Regina Edição Neto Martini Modelo Ingrid Antunes
16 | ensaio
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Courteney Cox estrela da série Friends com uma saia de botões na cor marrom (Foto: Warner Channel)
A saia de botões frontais, originalmente usada pelos hippies na era “setentinha”, foi febre nos anos 90 e está em alta atualmente. Normalmente jeans, a peça pode ser combinada com sapatos fechados e com blusinhas folgadas.
18 | ensaio
Camiseta Brechó da Positividade Saia Brechó Amo Garimpos Tênis Bazar das Mulheres de Sorocaba
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Jenifer Aniston, como Rachel Green também no seriado Friends foi referência da moda da época usando peças como a jardineira jeans (Foto: Warner Channel)
Um exemplo antigo de roupa sem gênero é a jardineira jeans, que na década de 90 era usada tanto pelas garotas quanto pelos garotos. O modelo folgado e com um bolso na parte da frente, era usado pelas mulheres normalmente com um cropped, que também foi febre na época e voltou com tudo.
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Jardineira Brechรณ da Positividade
Cropped Manu Modas
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Winona Ryder, fazendo o tipo da garota rocker, usou e abusou da calça "mom" com cinto preto e camiseta nos anos 90 (Foto: Vouge UK)
Reta, com a cintura alta e presa a um cinto grosso, as calças jeans da década de 90 são conhecidas como calças “mom”, já que todo mundo tem uma foto da mãe quando era jovem usando esse modelo. Geralmente, a barra era dobrada para deixar os tênis ou as botas à mostra, e o look era completado com uma camiseta de estampa animada.
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Calça Bazar Lauro Sanchez Camiseta Meu Brechó é de Urano
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Alicia Silverstone It girl da década de 90 usando slip dress com sobreposição de uma camiseta (Foto: Vouge UK)
Batizado com um termo que significava “deslizar”, o slip dress, que era considerado apenas uma camisola, passou a ser uma peça exposta no século XVII. Inicialmente, era usado apenas em ocasiões para mulheres, mas durante o século XX, com a luta pela liberdade da mulher, a peça se adaptou à moda e em 1990 estava favorecendo o corpo feminino e magro da época aos olhos de todos.
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Slip Dress Meu Brechó é de Urano
Sapato Gouti Brechó
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A atriz Drew Barrymore com uma jaqueta over no famoso look todo jeans da época (Foto: Vouge UK)
Criada para proteger os operários das estações de trens compondo seus uniformes, a jaqueta jeans se tornou uma peça glamourizada para as mulheres por volta da década de 60. Nos anos 1990, as garotas preferiam um modelo mais largo e comprido para contrastar com as roupas coladas.
20 | ensaio
Jaqueta Gouti Brechó Camiseta Meu Brechó é de Urano
Afasta de mim esse CALE-SE É necessário falar sobre a violência contra a mulher no ambiente de trabalho e a importância de denunciá-lo Por Janaina Fernandes
28 | comportamento
Quais são as faces da violência? As histórias de violência contra as mulheres são constantemente expostas nos meios de comunicação. Casos chocantes são abordados, mostrando detalhes do que aconteceu, com quem aconteceu, como aconteceu e porque aconteceu este último sempre gerando comentários calorosos sobre o ocorrido. As pessoas se comovem ou julgam a vítima e, dia após dia, novos casos vão aparecendo. Naturalmente, os casos antigos são esquecidos. Muitas vezes, as mulheres sentem receio de denunciar. As justificativas são diversas, mas envolvem o medo da vítima sofrer represálias. Mas como podemos reagir contra isso? A quem devemos buscar? Ouvimos os relatos de três mulheres sobre seus casos e conversamos com Fábio Gerdulo, advogado, que explica quais são os passos para fazer uma denúncia. Marília* é professora e lidou com a violência dentro da escola onde trabalha. A fofoca
maldosa partiu de um colega, também professor. “O professor em questão falava para todos os alunos que nós já havíamos namorado no passado, que, inclusive, eu havia dançado para ele. Os alunos começaram a espalhar a mentira uns para os outros, até para os novos. Depois disso, descobri que ele havia dito o mesmo para os outros professores e também para a direção da escola”.
Tenho " ódio de mim"
Marília* A direção da escola, segundo a vítima, sempre banalizou suas reclamações e não tomou providências sobre o caso. Irritada com as mentiras, Marília enviou um email para a supervisão da escola onde leciona e comentou o caso com o coordenador atual da instituição. A direção da escola chamou Marília e o agressor para conversar, pedindo que ele parasse de espalhar boatos. Os pais de Marília a
aconselharam sobre abrir um boletim de ocorrência contra o agressor, mas ela se recusou pois não quis causar mais problemas para a instituição. “Hoje eu me arrependo amargamente e me sinto a pessoa mais burra do universo todo. Tenho ódio de mim”. Clarice* estava fazendo um teste para o seu primeiro emprego. Com a família passando por dificuldades financeiras, aos 16 anos ela participou de uma seleção que duraria alguns dias, para então receber a proposta de contratação. “Um dia eu estava atrasada para a escola. Meu chefe ofereceu carona e desde esse dia ele passou a mandar mensagens, pedia pra sair comigo. Eu dizia que não e ele insistia, falando que isso era difícil pra ele, pois nenhuma mulher tinha dito ‘não’”. Além das mensagens, o agressor por muitas vezes elogiou o corpo de Clarice, chegando até a passar a mão em seus cabelos. Incomodada com a situação, ela recorreu à mãe para contar o que estava acontecendo, mas foi surpreendida com uma
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postura inesperada. “Ela não entendeu e disse que era coisa da minha cabeça, que eu não queria trabalhar e que estava inventando tudo. Fui muito censurada”. Mesmo sem apoio, Clarice decidiu continuar o teste até o fim. No dia da contratação, seu chefe a dispensou. “Ele disse que eu só teria serventia para ele no dia em que começasse a atendêlo em outros aspectos”. Após a demissão, ele passou a perseguila nas redes sociais. Ela conta que não denunciou o ocorrido pois não tinha conhecimento de que era preciso denunciar. Hoje, após conhecer o movimento feminista, ela explica que pouco se falava sobre isso na época em que ela passou pelo problema, mas que as mulheres estão enxergando que esse tipo de atitude não pode ser considerada normal. “Há uma movimentação das mulheres para compreender as raízes do assédio, compreender o que se caracteriza como assédio”. Luciana* estava grávida quando foi humilhada na
30 | comportamento
frente de seus colegas. A atitude partiu de sua chefe. “Na época estava grávida e sentia muito sono. Arquivei um prontuário errado, apenas um. Ela me chamou na frente de outros funcionários e me humilhou na frente de todos, dizia que meu serviço era podre!”.
Se eu não "tivesse feito
isso, talvez as humilhações continuassem" Luciana* Indignada, Luciana disse que não estava satisfeita com o trabalho e pediu para ser mandada embora. “Aos gritos, ela (chefe) dizia que não poda me mandar embora porque eu estava grávida e ela perderia dinheiro”. Seu marido a incentivou para fazer a denúncia. Mesmo com medo de ser demitida, Luciana foi atrás de seus direitos. “Fiz o boletim de ocorrência. Depois disso, permaneci lá
por mais 2 anos. Quando houve um corte de funcionários, era óbvio que eu era a primeira opção e então fui mandada embora”. Ela não se arrepende da atitude. “Se eu não tivesse feito isso, talvez as humilhações continuassem”. Após a denúncia, sua chefe passou a tratála bem, mas continuou agredindo outros funcionários apenas Luciana denunciou. Para Fábio Gerdulo, advogado, os casos de Marília e de Luciana são caracterizados como difamação e injúria, enquanto o de Clarice é caracterizado como pedofilia e contravenção de importunação ofensiva ao pudor. No caso de Luciana, a denúncia também poderia ser feita no Ministério Público do Trabalho que geraria uma fiscalização na empresa. Nos casos de Marília e Clarice, as denúncias poderiam ser feitas na Delegacia da Mulher. Questionado sobre o incentivo que as mulheres devem ter para denunciar as violências que sofrem, Fábio explica que o
estímulo deve vir do poder público por meio de políticas que instiguem a denúncia. Ele sugere campanhas nas escolas, através de palestras educacionais e pelos próprios professores; por propagandas e campanhas do governo que conscientizem as mulheres que determinadas condutas praticadas contra elas são crimes e devem ser denunciados. Por último, pela demonstração do judiciário, que deve coibir essas práticas aplicando as medidas restritivas previstas no Código de Processo Penal, como
proibir que o agressor se aproxime da vítima ou frequente os mesmos locais, sob pena de ser preso. Sobre as Delegacias da Mulher, Fábio diz que há muito a ser feito. “Grande parte dessas delegacias não tem a estrutura necessária para atender uma vítima de agressão sexual. Infelizmente, isso depende do Poder Público, que muitas vezes não coloca isso como uma prioridade. A criação de Secretarias especializadas de direitos das mulheres é uma opção que pode fazer com que as delegacias cumpram melhor as suas atribuições.”
Em relação ao caso de Clarice, em que sua mãe não deu apoio sobre o fato, Fábio destaca que é uma questão cultural. “Infelizmente penso ser uma questão cultural que só pode ser combatida de uma forma: políticas de conscientização”. A denúncia passa a ser crucial na vida de milhares de mulheres. Se cada uma compreender que não se deve ficar calada e que seus direitos devem ser respeitados, uma nova sociedade será moldada. Com coragem, as mulheres erguem a cabeça contra a violência e passam a mensagem adiante.
Como podemos denunciar?
Fábio explica que no direito penal, a notificação da ocorrência pode ser realizada em delegacias comuns e especializadas por meio do boletim de ocorrência ou pedido de Instauração de inquérito policial. A denúncia também pode ser feita diretamente ao Ministério Público do local da ocorrência. Nos casos de assédio moral, as denúncias podem ser realizadas dentro da própria empresa, para o RH ou setor de compliance e pelos canais que a própria empresa disponibiliza chats, telefone ou email. Em casos mais sérios, pode ser feita no Ministério Público do Trabalho.
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GRL
PWR Por LÃvia Ferreira Fotos MIRELLA LOPES
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A força de três mulheres que superaram com maestria os desafios impostos pela vida. três histórias que te inspirarão a erguer a cabeça e lutar como nunca pelos seus sonhos.
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Deixar de tentar? Jamais! - Lauren Oliveira A garota de cabelos volumosos e cacheados pode até parecer um pouco tímida e reservada numa primeira olhada, mas basta alguns minutos de conversa que logo ela se solta. Lauren Oliveira, de 20 anos, atualmente cursa jornalismo e ainda tenta encontrar seu nicho no mercado. “Eu gostei bastante quando fiz o blog de mídia alternativa para uma disciplina do curso, porque é um lugar que você tem que ter responsabilidade, obviamente, mas você pode falar uma coisa mais sua. Então eu tô [sic] tentando estruturar com as minhas metas pessoais e as coisas que estou fazendo ultimamente, um plano. A profissão, o contato com as pessoas e a vibe da comunicação, tudo isso me agrada, mas eu quero encontrar um lugarzinho pra mim, que ainda não descobri onde é”, conta a jovem que é a única da família a cursar o ensino superior. Porém a infância da Lauren também merece ser contada. Filha primogênita de um casal de origem humilde, ela teve que enfrentar uma luta pela vida logo que chegou ao mundo. A pequena havia nascido com um sopro no
coração, e o problema precisaria ser corrigido cirurgicamente. Aos 5 anos Lauren foi para a cirurgia, e voltou, não só com o coração perfeitinho, mas também com uma história para contar: Ela havia acordado durante a cirurgia. “Eu acordei quando
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A profissão, o contato com as pessoas e a vibe da comunicação, tudo isso me agrada, mas eu quero encontrar um lugarzinho pra mim"
estavam costurando, então só via a linha passando na minha frente, Aí ouvi: “Ela está acordando. Ela está acordando. Ela está.. .” e voltei a dormir ”. Não é todo mundo que pode dizer que acordou durante uma cirurgia cardíaca, não é mesmo? Quando a Lauren nasceu, seu pai precisou ir trabalhar em outra cidade durante a semana, e por
conta da filha tão pequena, a mãe dela acabou deixando o emprego para cuidar da princesinha da casa. O tempo passou e a intimidade entre as duas só foi aumentando. “Desde sempre sou muito amiga dela, a gente conversa sobre tudo. Eu acho muito bonito, e eu achava que todo mundo tinha isso, mas quando cheguei na faculdade me deparei com realidades muito diferentes. Mas enfim, não é porque é minha mãe, mas minha mãe é um mulherão da p*rr*”, conta Lauren. Olhando para trás, Lauren conta que se pudesse dar conselhos à sua versão de 17 anos, diria: “[.. ] para ela parar de criar neura por coisas que não valem a pena, porque a gente perde muito tempo se dedicando a umas coisas e esquece das coisas importantes. Outra coisa que diria é para ela parar de tentar se aceitar pelos outros e fazer uma análise dela, porque ela é a coisa mais importante que ela tem” e o último conselho é “todas as pessoas que passam pela sua vida deixam alguma coisa, então escreva um texto sobre isso porque com certeza ela deixou algo que vai te acrescentar como pessoa. E pare de ter certeza das coisas, a vida traz lindas surpresas”
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Um doce de menina - Mariana Bonini Gomide
Fim de ano quase sempre é uma época de muito estresse, principalmente para estudantes, e não foi diferente para Mariana Bonini Gomide, que no fim do segundo ano do ensino médio, acabou perdendo mais de 10 quilos. “ Achava que era estresse, então fui adiando o exame, mas no meio disso juntou muita sede, vontade de fazer xixi toda hora e câimbra nos pés”, conta a jovem. No dia do seu aniversário de 17 anos, Mariana estava diante do endocrinologista e recebia o diagnóstico: ela tinha diabetes tipo 1, quando não há produção de insulina. Hoje aos 23 anos e formada em jornalismo, ela nos conta como foi se adaptar a essa doença que exige cuidados constantes. A jornalista revela que o começo não foi fácil, “Era dia do meu aniversário, e eu não sabia como lidar. Eu não queria ter que lidar com aquilo”, relembra. Ela não aceitava a doença, sofreu com a nova dieta e por vezes se recusava a aplicar insulina. No começo do tratamento, eram necessárias duas canetinhas: a de insulina longa duração e outra ultrarrápida. A primeira tinha que ser
aplicada em um horário pré determinado e a segunda sempre antes das refeições. Duas horas depois de comer, ela tinha que medir a glicemia para ver se precisaria de correção e calcular quanto seria necessário corrigir. “Tinha dias que eu falava para a minha mãe ‘eu não quero
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Eu sou muito mais que só isso, sou a Mariana, sou jornalista, a que gosta de ler... eu tenho muitas outras coisas. Eu não tenho só diabetes"
aplicar isso’, ou que eu queria jogar a caneta [de insulina] para longe, mas aos pouco fui acostumando e aceitando”, lembra. “Muita gente diz que não conseguiria fazer isso [aplicar insulina], mas quando o médico diz ‘você quer viver? Então vai ter que fazer isso, se não você morre rapidinho’, não tem como não fazer”, afirma. As canetas, segundo Mariana,
eram chatas por ter todo o cuidado de aplicar na hora certa e as correções, então ao ganhar a bomba de insulina, sua vida melhorou. “Com as canetas, eu precisava aplicar insulina cada vez que queria repetir um prato, por exemplo. Já com a bomba, não. Como o cateter já está ali, posso repetir tranquila um prato e até comer um docinho, às vezes. Claro que rola preguiça quando tem que trocar o cateter ou o sensor, mas agora eu carrego meu pâncreas no bolso” conta Mariana. Aos 22 anos, ela tatuou no seu antebraço sua doença, mas não para se definir por isso. “Eu não sou só a Mariana diabética, mas a diabetes é uma parte de mim. É algo que eu vou ter que conviver o resto da minha vida, ou pelo menos até encontrarem a cura. Eu sou muito mais que só isso, sou a Mariana, sou jornalista, a que gosta de ler.. Eu tenho muitas outras coisas. Eu não tenho só diabetes”, afirma a jornalista. A tatuagem foi feita caso algo aconteça quando estiver sozinha, para evitar erros na medicação. “Na hora do socorro é mais fácil olharem o seu braço do que a sua carteira”, justifica.
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38 | capa
Surpresas da vida - Isa Feijó
Isabela Maria Feijó Gonçalves, 28 anos, conta que era uma garota muito imaginativa e que gostava de criar histórias paras pessoas na rua. O gênero sobrenatural sempre a fascinou, principalmente na hora de criar algum enredo literário. “O sobrenatural me dá liberdade para criar o que eu quiser” confessa Isa. Por ser criativa, não demorou até começar a colocar sua imaginação no papel e assim se tornar escritora. Utilizando o Wattpad, uma plataforma digital para novos escritores, Isa começou a publicar o primeiro livro de uma série sobrenatural. Foi através dessa plataforma que houve o primeiro contato com as editoras, porém como era nova no ramo e pouco conhecida, era necessário pagar para que seu livro fosse publicado. Diante da situação, Isa decidiu publicar sua primeira obra através da Amazon, em formato de e book. Depois do ebook veio o contato com uma nova editora e a publicação do seu primeiro livro físico, e com o bônus do seu lançamento ser feito na Bienal do Livro de São Paulo no ano passado. “Eu estava em um estande quando umas meninas gritaram e me pararam. Uma delas disse que era minha fã, e eu só pensava que ela
estava me confundindo com alguém, mas estava com dó de falar que eu não era a pessoa. Aí ela falou que tinha comprado o meu livro, e eu pensei ‘agora f*deu’, mas quando olhei era o meu livro mesmo. Ela pediu e eu autografei. Quando voltei para o estande descobri que tinha mais gente procurando por mim.
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Por cerca de dois meses eu rejeitei, eu queria que aquilo parasse. As pessoas me desejavam parabéns e eu ficava com raiva"
É muito doido ver pessoas reconhecendo meu trabalho” conta. A jornada literária começou quando Isa descobriu que estava grávida aos 24 anos. Como já tinha um relacionamento estável com o seu atual marido, a família apoiou e festejou a descoberta da gestação. Porém, nem tudo foi lindo, pois ela começou a
recusar a gravidez. “Por cerca de dois meses eu rejeitei, eu queria que aquilo parasse. As pessoas me desejavam parabéns e eu ficava com raiva”, confessa. Mas tudo isso mudou quando ouviu o coraçãozinho da filha “Quando eu ouvi o coração dela me apaixonei. De repente eu estava viva”, revela Isa. Por conta da rejeição, Isa teve que ficar de repouso. Então ela entrou em um grupo de grávidas no Facebook, e conheceu o Wattpad, a plataforma digital que foi um trampolim para ela. ”Uma das integrantes do grupo me apresentou o Wattpad, porque eu sempre li muito e tem milhões de livros nele, foi aí que acabei conhecendo várias escritoras e, com o passar do tempo, me incentivaram a escrever”, lembra a escritora. Com tanto incentivo, ela postou o primeiro conto despretensiosamente. Houve repercussão, e logo veio o primeiro livro:o volume um da trilogia sobrenatural “Rosa de Sangue”. Agora Isa se prepara para lançar sua terceira obra. Será o primeiro livro da trilogia “Marcados”, que se interligará com mais três trilogias, e tudo será escrito pela própria Isa!
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A grama do vizinho é sempre mais verde? História de quem viveu a Fomo e não sabia o que era… Por neto martini
Todos os dias você abre as redes sociais, encontra uma enxurrada de fotos e momentos felizes, lugares lindos e aqueles encontros do grupo de amigos. Faz questão de ver todos os stories do Instagram e do Facebook, se diverte com alguns deles e outros, apenas assiste para não ficar na curiosidade e ver o que os influenciadores e seus amigos estão fazendo. Olha os tweets e vai se deparando com uma realidade que não é a sua… No meio de tudo isso, bate aquele desejo de viver as mesmas coisas que eles, não é mesmo? Nós sabemos disso, porque também sentimos as mesmas coisas e tentando entender isso, encontramos a Fomo (Fear Of Missing Out) – como é chamado esse sentimento de ficar por fora dos acontecimentos e tendências. De acordo com Royal Society for Public Health, instituição do Reino Unido,
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90% dos jovens com a idade entre 14 a 24 anos, que usam as redes sociais, têm altas taxas de ansiedade, depressão e baixa autoestima. E a razão disso tudo pode estar na palma das mãos: o Instagram – o estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo aplicativo, é o que mais impacta negativamente o sono, a auto imagem e o aumento do medo dos jovens de ficar por fora das situações, a Fomo. “Eu via todos os meus amigos vivendo, enquanto eu sobrevivia, sabe? Então não pensei duas vezes, depois de ser aconselhada pela minha psicóloga, exclui a minha conta e me vi melhor”, contou Marcela Bonafé, jornalista, após passar por uma depressão. “Aos poucos eu fui percebendo que até a minha conta, era uma grande mentira. Fazia sentido pra mim, porque eram meus momentos, porém quem
olhava, achava que eu estava sempre viajando e feliz, mas não era verdade”, desabafa. “Era uma foto viajando, outra de praia, mais uma com amigos que fiz um book a última vez que encontrei com eles, há alguns meses atrás, e ainda tinha aquelas que eu tirei enquanto estava dentro do ônibus, mas estava tudo fora de ordem. Na verdade, a ordem era da saudade, sabe?”, conta Jéssica Rodrigues, estudante de odontologia, sobre sua antiga conta no Instagram. “Quando eu abria os stories dos amigos e via todo mundo feliz, eu ficava mal, porque eu tinha diversas coisas pra estudar, mas queria estar lá com eles, eu estava me sentindo fora de tudo e isso me fez mal”, revela a estudante sobre o seu sentimento quando abria o aplicativo. E esse sentimento não fica apenas entre os usuários
normais, mas também atinge aqueles que fazem do Instagram o seu trabalho. Karol Pinheiro, blogueira e digital influencer, contou em seu site, a sua experiência. Toda noite, antes de dormir, ela abria o aplicativo e encontrava um feed repleto de felicidade e momentos divertidos, além das marcas que ela segue, com as novidades. “Lá se vai meu sono e lá vem a madrugada. É que é todo mundo tão feliz, magro, brilhante, sorridente, bonito… Começo a ficar meio deprimida e abro outra aba no celular para pesquisar sobre dietas, bolsas de marca e relacionamentos perfeitos”, revelou a blogueira. Além de contar sua experiência, ela revelou a verdade por trás de algumas fotos publicadas. “Percebo que não contei que, na verdade, naquela foto fofa, meu namorado fazia um jantar surpresa pra mim pois havíamos brigado feio no dia anterior. Também não mencionei que precisei de várias tentativas até meu cachorrinho resolver olhar pra foto fazendo expressão de fofinho.”, finaliza o relato do modo em que o Instagram impactou sua vida. Confira o estudo: https://www.nytimes.com/2015/.../unpluggingwithout-fomo.html
Karol Pinheiro revelou em seu canal o real motivo por trás desta foto (Foto: karolpinheiro/Instagram)
FALA, PSICÓLOGA!
De acordo com a psicóloga Fabiola Chueri, ser jovem nos tempos de hoje, não é nem um pouco fácil. “A pressão que acontece com os adolescentes e jovens é muito grande, os familiares os forçam a conquistar tudo, vem com a ideia de que ‘eles conseguiram, todos vão conseguir’, mas, não é bem assim”, explica. “E o que surpreende, é que cada jovem que vive essa pressão, sente que isso é normal, que deve ser feito com os outros e online, é muito mais fácil”, comenta a psicóloga que atende diversos jovens com casos de ansiedade. “Relatam sempre que a vida do colega é melhor, que o Youtuber foi para Grécia e mostrou uma vida de luxo, enquanto ele estuda para conseguir viajar para outro estado”, revela alguns dos casos de ansiedade. “Estamos vivendo um momento, em que a realidade do outro é sempre melhor que a nossa. Sabe aquela coisa de ‘a grama do vizinho é mais verde’?", é exatamente isso”, exemplifica. Para Fabiola, a Fomo acontece com o crescimento das redes na vida dos usuários. “É engraçado, todos os dias algo novo é lançado para fazer com que o usuário fique ali. E ele não percebe, que estando ali, ele se auto prejudica”. Porém, de acordo com a psicóloga, se você não quiser, não precisa sair. “Você não precisa sair, excluir a sua conta, mas, você deve saber dosar o seu tempo nas redes", aconselha. “E sempre se lembre, a sua grama é sempre a mais verde, valorize o cuidado que você tem com o seu gramado, semeie sempre coisas boas para os outros e para você, viva!”, finaliza.
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As damas & o vagabundo Por Daniele Regina
Janaina Fernandes e LĂvia Ferreira
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Infelizmente, o ranço nunca esteve tão na moda. Basta ler a palavra para vir à mente alguém com quem você não simpatiza de jeito nenhum. Na maior parte das vezes, esse sentimento surge de mulher para mulher o que é uma pena. Diversos fatores podem ocasionar esse atrito entre as garotas, mas o principal deles é a atenção da pessoa amada. Você vê a outra como inimiga e passa a acreditar que este sentimento é recíproco. Muitas vezes é, e aí ocorre aquela troca de farpas. Uma provoca a outra e qualquer atitude, por menor que seja, acaba te incomodando. O que vocês não percebem é que são vítimas de uma sociedade machista que favorece a atitude mal caráter da pessoa infiel. Tradicionalmente, a culpa da traição é da amante “destruidora de relacionamentos” ou da namorada “que não soube segurar o boy”. Ninguém menciona o traidor e a disputa feminina é reforçada. Isso acontece com mais frequência do que podemos imaginar. Cada pessoa tem uma interpretação distinta do que é traição. Comportamento errado em redes sociais, amizades no emprego ou na faculdade e uma relação extraconjugal, para alguns, são apenas diferentes formas de traições. Daí vem a necessidade de o casal pontuar a fidelidade em uma conversa franca. Isso pode reduzir a possibilidade de o cara trair e manipular a situação para que a culpa não caia sobre ele. Ainda sobre manipulação, é interessante
lembrar que boa parte dos infiéis escondem o relacionamento. Esse é um agravante para o atrito entre as mulheres, já que a amante muitas vezes nem sabe que está sendo a outra. Claro que às vezes ela sabe, e neste caso, é levantada a discussão sobre a sororidade que deveria existir entre as mulheres. Para muitas, se relacionar com um homem comprometido está fora de questão. Elas não aceitam fazer com outras garotas o que não querem que façam com elas. A atitude é interessante pois coloca o homem em seu devido lugar e a recusa mostra aos rapazes que o mundo não gira em torno deles. Mas boa parte das amantes acreditam que os sedutores rapazes com quem se envolvem estão solteiros. Com o passar do tempo, já apaixonadas, ficam sabendo do relacionamento oficial do homem e se submetem ao papel de “outra”. Quando a companheira descobre a traição, surge uma discórdia entre as mulheres, quando na verdade, o principal culpado escapa da fúria feminina. É necessária a conscientização de cada mulher em concentrar sua raiva no cara que assumiu compromisso com ela. Sair ilesa da lábia do Don Juan é o primeiro passo para não ser manipulada. Depois, agir com calma e resolver o dilema a dois. Em relação à guria envolvida, não precisa forçar a barra e tentar amizade: apenas mantenha a insegurança afastada e reflita, dia após dia, que você é maior que tudo isso. Vida que segue.
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O padrão é ser você
u Por Lívia Ferreira
Não é de hoje que a representatividade na mídia é motivo para discussão na sociedade. A grande maioria das publicidades são estreladas por mulheres estonteantes, loiras, altas, brancas e, principalmente, magras. Porém cada dia mais esse padrão é questionado pelas pessoas.“ A representatividade é algo muito importante para o ser humano.” afirma a psicóloga Márcia de Campos. E isso tem sido levado em conta, tanto que até as Meninas SuperPoderosas ganharam uma nova integrante negra. Porém, quando se trata de corpo ainda há uma resistência em aceitar como bonitos os corpos mais curvilíneos e gordos. “Hoje em dia, o normal já é o sobrepeso, o fora do padrão, mas um bullying sofrido na escola, ou mesmo uma situação familiar, podem fazer com que a criança ou o jovem desenvolva algum tipo de distúrbio alimentar” conclui a psicóloga. com a aceitação de um
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Um corpo magro quase sempre é visto como algo bonito na sociedade, mas na busca por esse corpo esguio, muitas pessoas acabam caindo no território dos distúrbios alimentares. Apesar de ser um assunto pouco abordado, sua discussão é muito importante para que mais pessoas possam se tratar corpo mais gordo, o universo dos distúrbios alimentares ainda é pouco falado em grandes mídias. Mas é um assunto de extrema importância uma vez que, segundo um recente estudo do Centro Nacional de Informações sobre Transtornos Alimentares do Canadá, Nedic em inglês, mais de 70% das mortes femininas na faixa etária e 18 a 24 anos, são causadas pela anorexia. O assunto ganhou visibilidade com a produção do filme original da Netflix, intitulado O Mínimo para Viver (To The Bone, nome original), estrelado por Lily Collins. Patricia Campos Soares, hoje com 23 anos, que já enfrentou esse distúrbio aos 13 anos, quando a anorexia começou, conta que só percebeu o problema quando iniciou o tratamento, já com 14 anos. Patrícia conta que se inspirava em uma amiga da escola para ficar mais magra, e mesmo ao atingir 38 quilos, ela ainda queria
emagrecer mais. Os pais perceberam que algo não estava certo com a filha, “.. quando comecei a ficar realmente magra meus pais me levaram para uma nutricionista, mas não fiz a dieta e continuei emagrecendo. Finalmente, ao alcançar os 38kg, meus pais decidiram tomar uma atitude mais drástica e procuraram uma médica em São Paulo especialista em distúrbios alimentares” “Aceitação e apoio da família são de extrema importância no tratamento”, afirma a psicóloga Márcia de Campos. Segundo a terapeuta, aceitar o problema é o primeiro passo para que o tratamento possa ter sucesso, e o apoio da família também vale muito, uma vez, que as pessoas com que se convive quase diariamente podem ajudar muito ou destruir, já que suas opiniões, geralmente, possuem grande peso para os jovens. Patrícia conta que o medo de
Patrícia Campos aos 13 e 23 anos. Hoje ela se sente bem com o corpo e encontrou na musculação e na alimentação balanceada o equilíbrio para se sentir bonita e poderosa (Foto: Arquivo pessoal)
engordar era tanto que deixou de sair com as amigas por medo de ter fome, e não ter alternativa a não ser comer algo calórico na rua, abandonou o hábito de roer unhas por acreditar que a cutícula continha calorias. “Contava todas as calorias que ingeria, mas de maneira doentia, repetindo várias vezes para que finalmente “entrasse” na minha cabeça, inclusive, chegava a pedir para as outras pessoas contarem comigo, para ouvir da voz deles o número das calorias ingeridas.” conta Patrícia. Ela também afirma que a pior coisa era quando se arranhava cada vez que os pais a faziam comer. Mas há outro distúrbio muito comum que aflige muitas pessoas: a Bulimia. Como explicado no quadrinho abaixo neste distúrbio, o paciente come, mas depois coloca tudo pra fora. Segundo Karol Jorge, de 23 anos, “ao contrário da anorexia, o problema da bulimia é que nem sempre ela é visível não é por que você vomita o que come que vai emagrecer, às vezes você
acaba extrapolando as calorias que precisa no dia e o que coloca pra fora não é o bastante”. Karol sempre teve problemas com o peso. Apesar de aos 11 meses o médico já ter dito que precisaria fazer uma dieta, o problema a atingiu na época da escola quando os apelidos pouco amigáveis começaram. “Quando comecei a ter ataques e distúrbios alimentares pela primeira vez, eu tinha entre os 10 e 11 anos, e só fazia isso quando
exagerava realmente na comida ou quando algo me incomodava muito”, relata a estudante de jornalismo. Com o tempo, Karol identificou que as crises, geralmente, ocorriam em momentos pessoais difíceis, como vestibular e relacionamentos. A combinação entre distúrbio alimentar e outro transtorno psicológico, não é incomum segundo a psicóloga Márcia de Campos. Ela afirma que o problema também pode vir em dose dupla, acompanhado de uma compulsão alimentar, por exemplo. A nutricionista Ívia Previtali afirma que é necessário um tratamento multiprofissional, com psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, e nutricionista. Mas o mais importante é que se, por acaso, você se identificar ou souber de algum amigo que esteja passando por isso, peça ajuda. O problema é sério e pode causar sérios danos à saúde. Não precisa ter vergonha de admitir que precisa de ajuda, o importante é lutar contra isso, afinal ninguém precisa seguir os padrões de beleza para ser lacradora e sambar na cara da sociedade.
Os distúrbios alimentares, que segundo a psicóloga Márcia, já são considerados psicopatologias, mais comuns são: Anorexia:
É quando a pessoa deixa de se alimentar, ou come muito abaixo do necessário
Bulimia: Quando a pessoa come muito além do necessário e depois, por culpa, acaba utilizando métodos purgativos (vômitos, tomar laxantes, etc) para eliminar o alimento . Compulsão alimentar:
É caracterizado quando a pessoa come o tempo todo e sem estar com fome. Quando Qualquer alteração de emoção é motivo para comer, como por exemplo, tristeza, ansiedade, felicidade, angústia, etc. Confira o estudo completo : http://nedic.ca/know-facts/statistics
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Você não é obrigada Os absorventes descartáveis não são a única opção para sobreviver àqueles dias. Tá afim de conhecer um pouco mais sobre outras formas de superar ao período menstrual? Por Lívia Ferreira
Aqueles dias, período vermelho ou até mesmo “chico” são algumas formas de se referir ao período menstrual. Todo o ciclo é cercado de tabu, mitos e inseguranças, pois é um assunto extremamente velado em grande parte das famílias. Muitas meninas nem sabem o que realmente é a menstruação até que o sangue mancha sua calcinha pela primeira vez. Falar sobre o corpo feminino ainda é muito polêmico, mesmo que já se veja uma sutil ~muito sutil mesmo~ mudança nesse aspecto. Prova disso é que tem se falado mais, mesmo que de forma mais informal, sobre alternativas ao absorvente externo descartável. São elas: absorvente lavável, coletor menstrual, e até mesmo calcinha absorvente.
Absorvente ecológico O absorvente ecológico já existe desde a época das nossas avós, porém agora ele ressurgiu mais higiênico e com menos chances de vazamentos. Em geral, eles são compostos por três partes: uma camada impermeável, que fica em contato com a calcinha, algumas camadas absorventes, que são o “recheio”, e a parte que fica em contato com a pele. Para Alana Nascimento Mesquita, de 21 anos, a Absorvente ecológico mudança trouxe melhoras na sua saúde. “As alergias Korui R$ 92,00* sumiram e meu fluxo diminuiu bastante” afirma a jovem. Alana conta que sofria com as alergias causadas pelo absorvente comum e com o peso de descartar tanto lixo no meio ambiente, então decidiu abandonálo e buscar algo que a deixasse mais confortável e de consciência tranquila. “As únicas opções disponíveis no Brasil na época, eram o coletor e os absorventes de pano. Como pesquisei bastante sobre o coletor, além de ele me assustar um pouco, vi que algumas meninas tinham dificuldade de adaptação,
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algumas sentiam cólicas e outras não acertaram no tamanho. Como sou uma pessoa bem prática e odeio sentir dor optei pelo absorvente ecológico.” Segundo a jovem, a dificuldade do método é que, caso tenha um fluxo intenso, é necessário ter vários absorventes para trocar, “na verdade é só uma questão de estratégia de qual usar e em que momento usar levando em conta seus tamanhos e capacidades”, completa. E a maior qualidade é poder ver que seu fluxo dura muito menos do que pensou e que tem um cheiro completamente diferente. “Saber lidar com o seu corpo é uma sensação maravilhosa” finaliza, Alana. Tudo muito lindo e maravilhoso, mas o ginecologista Márcio Lopes, avisa: “ É preciso ter cuidado com a higienização desse tipo de absorvente”. Segundo o médico, por ser tecido, ele ficará com resíduos, portanto a esterilização deverá ser feita com cuidado para evitar infecções.
Coletor menstrual O famoso copinho chegou de mansinho e acabou conquistando inúmeras mulheres. Ele basicamente é feito de silicone hipoalérgico e deve ser introduzido no canal vaginal e ficar na entrada do colo do útero. É uma das alternativas mais usadas, mas também uma das que mais gera repulsa, pois o sangue menstrual ainda é visto como algo nojento e que se deve evitar contato. Isabelle Rumin, 22 anos, se encantou logo na primeira experiência com o copinho. “A sensação de passar pelo Coletor menstrual período da menstruação e não ficar aguentando o mal Inciclo, R$ 88,00* cheiro é maravilhosa. E depois do primeiro dia, quando você entende a dinâmica, a coisa fica simples, e várias vezes eu esquecia que estava menstruada”, afirma. Para a jovem, as vantagens do coletor são muitas. “Não tem cheiro, é rápido, simples e ainda você pode ficar com o copinho por até 12 horas(!! !). Dá para ir para a academia, para a praia e piscina, e não posso negar que estou curiosa sobre sexo oral. Além de tudo isso, você ainda joga menos lixo no mundo e aprende mais sobre seu corpo.” lista Isabelle. Lopes e Isabelle concordam que o ponto negativo do coletor é o preço. “O investimento é alto, então você tem que ter certeza que está comprando o tamanho certo” conta a jovem. Lopes reforça o alerta para o tamanho “Se você comprar um tamanho menor
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que o ideal, ele não vai conseguir coletar todo o sangue e haverá vazamentos”. Para não errar não tem jeito, tem que pesquisar mesmo. No site das marcas há a especificação de cada tamanho e aí é só encontrar o que mais se enquadra no seu tipo de ciclo, e ser feliz com o seu copinho. Uma das partes boas dessa alternativa é que basta ferver ele e guardar como as instruções de fábrica indicam, que ele já tá prontinho para entrar em ação no próximo ciclo.
Calcinha absorvente Ainda é novata por aqui, mas já existe em vários países. Inclusive, foi recomendada pela Bela Gil, famosa por seus hábitos em defesa do meio ambiente, ainda no ano passado. Porém na época só teria acesso ao produto quem tivesse MONEY para importar, mas isso acabou pois no segundo semestre de 2017, uma marca brasileira lançou a primeira calcinha absorvente nacional. A marca garante que o produto consegue absorver o fluxo de até três absorventes externos. Para quem tem Calcinha absorvente fluxo MUITO intenso é necessário utilizar um back up Pantys R$ 85,00* (existem outros modelos) para evitar vazamentos, como por exemplo, um absorvente interno. A marca garante que o tecido absorvente não libera odores e é bactericida, ou seja, nada de alergia e infecções. Para a higienização, é recomendado lavar primeiro em água fria e depois colocála como qualquer outra calcinha delicada na máquina de lavar. É importante lembrar que alvejantes e amaciantes podem degradar o tecido impermeável do produto. Segundo a fabricante, a calcinha tem vida útil de dois anos, o que já dá uma boa reduzida na produção de lixo durante o período menstrual.
Independente da opção escolhida, Lopes ressalta que é importante avaliar o custo benefício afinal “... é um investimento em você. Então você tem que ver o quanto vale o seu sossego no período menstrual”. Claro que não podemos esquecer da importância de uma boa esterilização, afinal ninguém quer ter uma infecção, né não? * Produtos sujeito a variação de preço
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Que tipo de aluna você é? Descubra quem é você na sala de aula Texto por Lívia Ferreira
1. Primeiro dia de aula, qual lugar você escolhe? a) Primeira ou segunda fileira. Quanto mais perto do professor, melhor para ouvir a matéria; b) Meio, sem dúvida. Assim você consegue ouvir o professor e tirar aquele cochilo; c) Meio ou fundo. Lugar estratégico para sentar próxima aos seus amigos e colocar as novidades sempre em dia; d) Perto da porta. Assim você vai conseguir sair primeiro da sala e ninguém vai perceber. 2. A professora entra na sala e anuncia uma prova surpresa com consulta. Qual é seu pensamento? a) Tudo bem. Você tem tudo anotado e organizado pelas datas; b) Sem pânico. Você tem boa parte da matéria, mas da próxima vez não procrastine tanto para completar as anotações; c) Eita! Você até sabe a matéria, mas vai precisar associar as respostas com o comentários feitos durante a explicação; d) Tudo bem. Mas tomara que essa prova não me atrase para o intervalo. 3. O que você faz no fim de semana antes das
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provas finais do semestre? a) Monta uma rotina de estudos para não precisar estudar durante a madrugada; b) Começa a estudar no domingo a noite porque a vida é muito curta para perder o fim de semana inteiro por causa de algumas provas; c) Cria um grupo no WhatsApp para estudar junto com os seus amigos; d) Só começa a estudar depois do almoço e ainda se cerca de lanchinhos para não passar fome. 4. O que não pode faltar na sua mochila/bolsa? a) Qualquer coisa para anotações; b) Um livro para se caso bater o tédio; c) Carregador do celular, afinal você não pode correr o risco de ficar sem responder os grupos do WhatsApp; d) Lanchinhos. 5. Seus amigos sempre lembram de você como: a) A que sempre está com a matéria em dia e que manda bem nas provas; b) A que deixa para fazer tudo na última hora, mas entrega tudo! c) A que tem novidade sempre e ama conversar! d) A que ta com fome. SEMPRE.
RESULTADO! Hora de contar todas as respostas e conferir o seu resultado
HERMIONE se vicê tirou mais A
EMÍLIA Se você tirou mais C
Apaixonada pelo conhecimento, você sempre tem a matéria em dia e seu caderno é repleto de anotações da explicação do professor. Em época de provas, seus colegas sempre pedem sua ajuda para entender aquele item que mais ninguém conseguiu compreender. Só tenha cuidado para não ficar obcecada pela vida acadêmica e esquecer da sua vida pessoal.
Pode confessar: você passa mais tempo falando com os amigos do que anotando as coisas da aula. Pode até ser sobre o último encontro com o crush ou uma discussão sobre a matéria mesmo, mas o fato é que você sempre tem alguma coisa muito importante para falar com os colegas que não pode esperar até o fim da aula. Acredite, a gente te entende. Conversar é muito bom, mas cuidado!
SAM Se você tirou mais B
MAGALI Se você tirou mais D
Tudo bem, você tem até às 23:59 para entregar aquele trabalho de 15 páginas que você só escreveu páginas até agora. Assim como a Sam você sempre deixa as coisas para a última hora. A gente te entende, amiga. Conselho da redação: quanto antes começar, antes irá terminar e você poderá voltar para os braços daquela série tão maravilhosa.
Todo mundo tem um pouco de Magali dentro de si, a gente sabe disso. Mas amiga, tu é praticamente uma draguinha! Você é aquela amiga que sempre pega um “teco” do lanche dos amigos, além de comer o seu próprio. Não importa se é salgado ou doce, se é de comer você tem interesse em experimentar.
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Bi Graduados Afinal, por que alguém faria duas faculdades?
Por DANIELE REGINA
Diversos fatores podem contribuir para uma mudança de planos na vida dos estudantes. Ao terminar uma graduação, podem decidir fazer uma especialização que não é oferecida no mesmo estado, por exemplo, ou arrumar um emprego numa área distinta da que estudaram e decidir se especializar no ramo. Isso sem falar no dom, que quando se manifesta, pode motivar qualquer um a se dedicar à sua vocação. Diante disso, o que fazer? Uma segunda graduação pode ser uma boa opção? O caminho para a docência Nos primeiros vinte minutos da entrevista, Breno Augusto, de 42 anos, conseguiu ficar sentado. Depois, o professor de História já estava em pé, andando enquanto me contava sobre sua formação. Disse, com riso sem graça, que precisava levantar porque as costas doíam ao ficar sentado. Como professor, não é diferente: anda rapidamente pelos corredores da sala de aula, fala alto e sobe nas cadeiras e mesas. Prende a atenção dos alunos, que, atentos, o acompanham com os olhos. É casado com uma assistente social, que conheceu na época da escola, e pai de quatro filhos. Breno conta que depois do ensino médio, fez curso técnico para atuar na área de qualidade da multinacional onde trabalhava. Aos 22 anos deu início ao primeiro curso superior numa universidade privada, uma
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licenciatura em História. Terminou aos 26 e com 30 deixou para trás a carreira de dez anos na empresa e foi para São Paulo cursar Sociologia numa universidade pública. A experiência em uma universidade federal possibilitou que Breno fizesse um complemento da graduação em Portugal por seis meses. Terminou o curso com o projeto de Mestrado em Sociologia pronto e diversos artigos publicados. Atualmente, está terminando esse Mestrado em outra universidade pública. O professor confessa que, no início, ficou em dúvida se a segunda faculdade era uma boa opção. “Se não fosse minha companheira dando apoio, talvez eu tivesse balançado. Ela incentivou primeiro pela oportunidade; fui o primeiro da família a fazer universidade pública. Segundo, pelos meus
sonhos; minha vocação é ser professor e eu queria me aprofundar na área de maneira completa. Nas primeiras semanas em São Paulo eu não aguentava mais o bairro e disse ‘vou voltar embora’ e ela ‘se voltar para casa você apanha e tá expulso daqui’ (risos) e eu fiquei por lá, por toda a graduação”. Porém, nem tudo foi fácil durante esse período; em dois momentos a situação financeira ficou crítica na casa do professor e ele teve que enviar parte do pouco dinheiro que tinha para a esposa. Por quatro anos, a figura paterna ficou bastante ausente para seus filhos. Mas Breno não se arrepende; ele afirma que absolutamente tudo valeu a pena. O projeto do seu doutorado está pronto, está prestes a apresentar sua pesquisa de mestrado e viu sua
Breno Augusto cursou História na Universidade de Sorocaba e Sociologia na Universidade Federal de São Paulo, com complemento da segunda graduação na Universidade do Porto, em Portugal (FOTO: Arquivo Pessoal)
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Nas primeiras semanas em São Paulo eu não aguentava mais o bairro e disse ‘vou voltar embora’ e ela ‘se voltar para casa você apanha e tá expulso de daqui’."
filha seguir seus passos: a garota passou em uma universidade federal e foi estudar fora do estado.
Mudança de rumo Ela não se considera uma má jornalista, mas no último ano da graduação em Jornalismo, a felicidade era apenas por estar terminando uma faculdade. Danielle Assis, de 22 anos, admite que não se formou em Comunicação porque alguém a obrigou. “Devo isso mais à minha teimosia;
quando começo algo, quero fazer direito. Gostava de escrever e entrei em Jornalismo, mas sempre fui boa mesmo é com os bichos. Na faculdade, usava sempre a desculpa de ‘estou no primeiro ano’, ‘no segundo’, ‘no terceiro’ ‘poxa tenho que terminar agora’. Mas quando me formei, entrei em crise. Eu não me imaginava na profissão e me sentia cobrada por algo que não fiz”. Tentou uma pós graduação em Marketing para tentar se convencer; detestou. Danielle diz que seu primeiro ano como graduada foi péssimo, mas ela procurou uma saída. Com medo, contou para a mãe que queria tentar a carreira em Medicina Veterinária. Surpreendentemente, a mãe sorriu e disse que ela seria uma ótima médica para os animais. Muito organizada, sempre teve em mente a idade que cumpriria cada etapa da vida, mas teve que mudar os planos. Embora a mãe e o namorado apoiassem, Danielle não aceitava a ideia de mudar de área. Precisou recorrer à terapia para uma autoaceitação. Uma semana antes de seu aniversário, foi à missa e pediu ajuda para Deus. “Se for para eu seguir meu sonho, me mostre como”.
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Dias depois, a resposta: uma nota no jornal informava sobre o processo seletivo para a primeira turma de Medicina Veterinária numa universidade da região. Danielle passou no vestibular e deu início à sua segunda graduação. Está no segundo semestre e, num dia de folga do seu emprego como jornalista, contou sobre seus primeiros meses no curso dos sonhos. “É natural, uma vocação. É como se eu tivesse dando um passo para o que devo fazer na minha vida. Jornalismo, para mim, era um curso fácil; Veterinária não. Mas eu não trocaria essa graduação por nada. Eu acho que todos nós podemos fazer várias coisas bem, mas todo mundo tem um dom. E não adianta discutir com seu dom porque uma hora você vai ser cobrado”.
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A gente pode fazer várias coisas bem. Mas todo mundo tem um dom. E não adianta discutir com o seu dom porque um dia você vai ser cobrado" 54 | múltipla escolha
Formada em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba há pouco mais de um ano, Danielle Assis sai de sua cidade todos os dias pela segunda graduação. Na foto, a futura veterinária participa da aula de auscultação de coração (Foto: ARQUIVO PESSOAL)
Contudo, a futura veterinária não se arrepende da primeira graduação. Ela diz que adquiriu maturidade e que acredita que tudo tem um motivo; se era para ela fazer Jornalismo, ela fez. Quando questionada se pensa em unir os conhecimentos na vida profissional, ela nega. “Quem sabe colaborar na Comunicação da minha clínica, algo assim. Mas jamais ficar nisso; quero cuidar de
bicho”. A jornalista não só quer lidar diretamente com os animais como ser uma opção acessível para quem não tem condição de pagar. É nisso que Danielle pretende atuar: em atendimentos emergenciais para os bichinhos menos favorecidos. Hoje, a futura veterinária afirma que é muito normal terminar uma faculdade e querer fazer outra. E que está tudo bem. O errado é ser infeliz.
No currículo
segunda graduação. “Com certeza é Cada um sabe da sua vocação e com um diferencial. Você ter uma segunda o que pretende trabalhar, mas o graduação na mesma área te dá um mercado de trabalho nem sempre é rol maior de conhecimento e compreensivo e, num processo seletivo, habilidade. Não só para aquela vaga seu currículo é a sua voz e precisa que eu estou recrutando, mas como convencer. Como saber se “vendo meu peixe” quando o setor de recrutamento um potencial até para uma vaga de liderança, por ter essa visão mais de uma empresa analisa meu perfil acadêmico e profissional? Questionada diversificada da área”. Contudo, ela explica que, caso apenas uma sobre qual seria seu conselho das graduações seja para um funcionário que para o pretendesse fazer uma não é porque a interessante recrutador, a outra será segunda graduação na segunda graduação é considerada indiferente. área, Aline Mello, pós Além disso, será graduanda em Recursos diferente do que Humanos e chefe na preciso que ele não explorado na entrevista o motivo que levou o área em uma está apto" candidato a cursar a outra multinacional, cede à faculdade; se foi um momento especialização. “Depende do momento do profissional e dos motivos indeciso da vida profissional ou se ele dele. Mas em linhas gerais, eu sugeriria tem um exemplo de como aquilo contribui para a outra formação. Mas uma especialização, porque nela ele ele não perde as chances, segundo a teria a oportunidade de entrar mais recrutadora. “O candidato continua detalhadamente na área de uma sendo considerado apto para a vaga. forma mais sólida do que numa Não é porque a segunda graduação é segunda graduação”. Porém, ela explica o ponto de vista de diferente do que preciso que ele não está apto”, diz Aline. um recrutador a respeito de uma
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Estágio um desafio por dia Uma nova etapa, uma nova missão e até mesmo, um novo você! Por neto martini
Diga “olá” para sua primeira etapa no mercado. Acene para uma das melhores fases da sua vida e não se assuste quando descobrir que você não vai pegar café ou fazer cópias e cópias de arquivos dos seus chefes. Respire fundo, pegue suas coisas e vamos para o primeiro dia de estágio ou melhor, ao seu primeiro dia de trabalho. Pode parecer estranho e você não receberá um salário mínimo (afinal, é uma ‘bolsa auxílio’). Você pode ter uma carga horária baixa, mas as responsabilidades tem o peso de um emprego fixo te desafiando e incentivando o autodesafio o tempo todo. Ser estagiário é viver tudo intensamente e, aos poucos, você vê a importância de seu cargo
56 | educação
dentro da empresa. “Um estágio tem um impacto totalmente positivo na sua formação como profissional, porque não te limita só aos conhecimentos passados pelos professores e pela grade montada. Ele tem o
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Isso vai juntando um pouquinho de cada um e vai te formando num profissional único"
conhecimento de vida que você adquire, a percepção dos profissionais que estão ali todos os dias com a bagagem de carreira deles, e a vida dos profissionais que você tem contato durante o seu estágio”, contou Higor Franco, estagiário de planejamento "Quando eu entrei como
estagiária, eu acreditava que faria o café e o básico de atendimento. Aos poucos, ganhei novas responsabilidades e atualmente tenho até alguns pacientes que já são atendidos apenas por mim”, revela Michele Oliveira, estagiária em uma clínica veterinária. Aos poucos, as empresas estão cada vez mais aptas a receber os estagiários. “Nós não fizemos nada especial para os nossos grupos de estagiários, pois sabemos que eles querem ter a experiência real do mercado, então é exatamente isso que fazemos. Damos para eles os desafios dos nossos (empregos) fixos, mostramos o caminho e estamos sempre juntos. Eles trabalham diariamente com a equipe fixa da empresa, resolvem
"Isso vai juntando um pouquinho de cada um e vai te formando num profissional único" finaliza Higor Franco, estagiário em uma agência de marketing digital (Foto: Arquivo Pessoal)
os seus problemas e entregam seus trabalhos”, conta Kalyta Fagner, coordenadora do setor de estágio da Agência Mutato. Além das novas oportunidades de ingressar no mercado, as empresas entendem que o tempo de um estagiário, na realidade, é um grande teste aplicado. “Além de colocar o estudante no mercado, nós vemos o potencial e como ele se comporta como integrante da equipe. Assim, conseguimos analisar melhor se o estagiário realmente se adequa a uma futura vaga na equipe fixa da empresa”, revela Kalyta. No decorrer de todo o seu tempo de estágio, nem tudo é um grande sonho
americano. “Quando tive que lidar com a realidade da minha profissão, eu percebi que as coisas não eram como imaginava. A faculdade me mostrou a base e o lado teórico, enquanto no estágio de segunda a sexta, tive que lidar com a realidade. No meu caso, é lidar com os animais e entender que nem sempre é um “bom dia” para eles”, desabafa Michele. Além disso, os processos para escolha de estagiários das empresas vêm cada vez mais categóricos, exigindo não apenas o conhecimento adquirido na universidade, mas profissionais que realmente se interessam por crescimento.
“O currículo de um estagiário nem sempre é repleto de bagagem, então analisamos os cursos que ele fez e no que ele já está especializado ou está se especializando. É aí que vemos o interesse do candidato pela vaga”, conta Kalyta sobre o processo de escolha do seu time de estagiários. Como processos, as empresas estipulam que o estudante permaneça no máximo dois anos sendo estagiário da mesma empresa. “Essa é uma regra estipulada pela empresa. Com esse período entendemos que em dois anos podemos ver como ele trabalha”, explica a coordenadora. “Depois deste período e o processo de avaliação que as universidades pedem, nós conseguimos dar o xeque mate para a contratação”, finaliza. Por fim, ser estagiário é aceitar desafios diariamente e mostrar o seu potencial, é se permitir a conhecer o desconhecido, aprender na prática e lembrar sempre que você não está sozinho.
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MARATONA 2018? O ano já está acabando e você já está pensando nas maratonas das séries que vai conseguir fazer? Então se prepara, que nós trouxemos 4 séries para você conhecer e maratonar. Por neto martini
Will & Grace Agora, com uma versão 2.0 a clássica série de 1998 está voltando com força total!
Will & Grace foi um grande sucesso no passado, mostrando a relação de Will Truman (Eric McCormack), um advogado gay e sua melhor amiga Grace Adler (Debra Messing), dona de uma empresa de design de interiores. Era acompanhado por seus amigos: Karen Walker (Megan Mullally), uma socialite alcoólatra, e Jack McFarland (Sean Hayes), um ator gay. Durante mais de seis anos, a série ganhou nove temporadas e somou 194 capitulos produzidos. O sucesso foi tão grande e deixou tantos fãs, que em 2017, a produtora NBC anunciou o retorno da
60 | cultura
Will & Grace é gravado na frente de uma platéia (Foto: Getty Images)
produção que mudou a tv. Serão 29 episódios inéditos divididos em duas
temporadas. A primeira deve estrear em janeiro de 2018.
9-1-1
(Foto: FOX)
(Foto: NBC)
Policiais, paramédicos, bombeiros e todos aqueles que trabalham para salvar as nossas vidas. Imagina tudo isso, reunido em uma série. A 911, é a novidade da FOX para o próximo ano, com um enredo que conta a vida de cada um desses profissionais, vai mostrar não apenas os salvamentos e o trabalho, mas como funcionam os bastidores de cada uma dessas profissões. (Fevereiro/2018)
(Foto: FOX)
GOOD GIRLS
Sabe aquela sensação de “todo meu dinheiro é para pagar minhas contas”? Pois bem, isso acontece com muita gente e com essas três mães suburbanas também, porém, ela decidem mudar de vida e assaltar um supermercado local usando armas de brinquedo (não faça isso!). Mas quando o gerente percebe quem é uma delas e o plano perfeito, não é mais tão perfeito assim.. A série conta com Mae Whitman (Peranthood), Retta (Parks and Recreation), Matthew Lillard (The Bridge), Manny Montana (Conviction) e Reno Wilson (Mike & Molly) no elenco. Janeiro/2018.
LA to Vegas
O nome já é bem sugestivo, de Los Angeles para Las Vegas, muita coisa pode e acontece dentro de um avião. A nova série que chega as telas no verão, vai trazer um grupo de "perdedores" tentando encontrar seu lugar no mundo e entre um vôo da noite de sextafeira do aeroporto internacional de Los Angeles para Las Vegas e no retorno no domingo, tudo pode mudar. Ali, todos compartilham do mesmo desejo: voltar um vencedor no cassino da vida. Março/2018
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2007-2017
dez anos em dez músicas! O que te marcou em 2007? Um filme? O final de The O.C? Para muita gente, os sucessos de 2007 foram as músicas! Separamos uma listinha com as 10 mais tocadas no Brasil e no mundo – e garantimos que você vai se surpreender por lembrar de casa uma delas!
Por janaina fernandes
Vale ressaltar que muitas ficaram de fora, senão íamos escrever por semanas.
10.
PULSOS - Pitty “Guarda os pulsos pro final, saída de emergência!”
Com a letra pesadíssima, a Pitty foi a rainha do rock nacional!
THE SWEET SCAPE - Gwen Stefani “If I could be sweet”
Quem não se encantava com os sininhos e o clip todo dourado? Gwen arrasou!
8.
BOA SORTE/GOOD LUCK - Vanessa da Mata ft. Ben Harper “Tudo o que quer me dar, é demais...”
O maior duo do ano! Você certamente enjoou de ouvir.
GIRLFRIEND - Avril Lavigne “Hey hey, you you, I could be your girlfriend!”
A princesinha do punk bombava e mandava o recado pro boy com estilo!
62 | faz 10!
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PARAISO PROIBIDO - Strike “O que ela quer, que eu deixe a tua filha em paz”
A música tema da abertura de Malhação fez todo mundo adorar os meninos do Strike!
5.
GLAMOROUS - Fergie “By the glamorous, oh the flossy flossy”
Fergie escreveu essa música para falar da sua vida glamurosa – e nós nos apaixonamos!
HEY THERE DELILAH - Plain White T’s “I’m a thousand Miles away, but girl, tonight you look so pretty...”
Quem nunca chorou com essa música, que atire a primeira pedra! Era hino do grupinho Emo.
3.
4.
WHAT GOES AROUND, COMES AROUND Justin Timberlake “What goesa round, goesa round, goesa round, comes all the way back around”
O clip tinha até a Scarlett Johansson! Justin era – e ainda é – a paixão de nossas vidas.
IRREPLACEABLE - Beyoncé “To the left, to the left!”
A Bey teve um ótimo ano. Irreplaceable bombou por semanas na Billboard e todo cantava junto!
1.
6.
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UMBRELLA - Rihanna “Under my umbrella, ella ella, eh eh eh”
Beyoncé que nos desculpe, mas 2007 foi a vez da Rihanna. Umbrella alcançou o topo das paradas de vários países e seu clip diferentão conquistou tudo!
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horóscopo - dezembro 2017
ÁRIES
TOURO
(21/3 a 20/4) Mais alegre e bemhumorada, você estará cheia de disposição para animar todas as pessoas e os lugares por onde passar. Os astros também vão te deixar mais poderosa e sensual porém, você vai querer levar os compromissos com mais seriedade. Garotos irresponsáveis não terão vez. No círculo de amigos, valorize quem é verdadeiro e saiba abrir a mão de seus interesses.
(21/3 a 20/4) Este é um mês de grandes transformações e autoconhecimento. Sua vida amorosa pode ser a fonte de muitas mudanças e, por meio do seus relacionamentos, você vai descobrir várias coisas sobre si mesma. Tente manter a mente e o coração abertos. Desapegue do que não faz mais sentido. Com a imagem renovada, você será vista como uma pessoas mais confiável.
O crush de Áries: ele vai estar mais sério. Por isso se decidir investir, será para valer. O ariano vai se interessar por pessoas maduras e que sabem o que querem. Nada de show de ciúmes, viu?
O crush de Touro: com muitos planos e fazendo de tudo para realizálos, o taurino vai se interessar por pessoas focas e decididas. Mas, no fundo, ele está afim de curtir a liberdade.
LEÃO
VIRGEM
O crush de Leão: "viver a vida", essa será a regra do leonino. Repleto de amigos, mas sem querer se envolver com ninguém. Se quiser namorar para valer, melhor esperar.
O crush de Virgem: o cara deste signo vai querer sair da rotina, viver novas experiências, inclusive no amor. Ele estará aberto a conhecer pessoas diferentes, mas procura relações mais leves e abertas.
(22/7 – 22/8) Você estará superpilhada durante este mês. Vai querer fazer tudo ao mesmo tempo, mas é importante manter a calma. Se você não escutar seus próprio corpo, pode acabar sendo freada. Sua vida amorosa estára digna de um filme. O jeito é confiar no destino e ver o que ele vai te oferecer de melhor, sem neuras.
SAGITÁRIO
(23/8 – 22/9) Depois de ralar o ano inteiro, você tem todo o direito de tirar umas boas férias. Porém, respeite o seus limites para não acabar prejudicando a saúde. Tente resolver as coisas com conversa, ok? Alguns problemas do passado podem retornar, então esteja preparada e não fuja deles!
CAPRICÓRNIO
(22/11 – 21/12) Aproveite o começo do mês para arriscar e fazer aquela mudança, invista em você. Isso vai deixar todo mundo surpreso. O começo das férias serve para celebrar a vida, que tal organizar uma festa ou uma viagem com os amigos?
(22/12 – 20/1) Dê um gás nos estudos finais e curta tranquila o verão. Você estará mais romântica e cheia de fé, mas você também pode ficar sonhadora demais. Cuidado para não idealizar as pessoas demais e se decepcionar.
O crush de Sagitário: animado, ele estará em todas as festas e baladas, sempre de olho. Estar perto dele pode ser divertido. Se a ideia for curtir a noite e ganhar uns beijos, aposte.
O crush de Capricónio: o capricorniano continuará espalhando seus encantos, e não vai ser nada fácil resisitir ao charme dele. Mas isso não vai ser preciso, pois ele estará disposto a se relacionar.
64 | horóscopo
GÊMEOS
CÂNCER
(21/5 – 20/6) Os amigos terão um papel importante na hora da pegação: se você se envolver com alguém da galera, pode ser que conheça uma pessoa interessante por meio dela. A partir da segunda quinzena, você ficará empolgada com espírito aventureiro. Aproveite o pique para terminar as aulas com o o pé direito e curtir as férias.
(21/6 – 21/7) Dezembro será um mês agitado. Tudo bem que as férias estão aí, mas cuidado para não abandonar totalmente a rotina, ok? Ficar sem horário para dormir, acordar e comer pode acabar forçando seu corpo além da conta. No amor, tente não tomar atitudes logo de cara. Pense um pouco e evite brigas desnecessárias.
O crush de Gêmeos: essa pessoa está a fim de viver novas aventuras. Por isso, terá chances com ele quem souber dar espaços aos amigos e a ele mesmo. Se você tem essa força toda, ele é pra você!
O crush de Câncer: estressado? Pois é, pode ser que sim, portanto precisa de um tempo ao lado dos amigos. Se quiser conquistálo, saiba ser uma boa companhia e arrase!
LIBRA
(23/9 – 22/10) Preparese para dias animais e cheios de surpresa. Você estará mais falante e espontânea, o que pode te fazer conhecer novas pessoas. Só tome cuidado para não dar foras por aí, hein? No amor, você vai conhecer várias pessoas bacanas. Se tiver solteira, é o momento de sair e curtir os boys. O crush de Libras: baladeiro de plantão, o libriano quer mais é curtir a vida. Ele pode até ficar com você algumas vezes, mas a prioridade é sempre a galera.
AQUÁRIO
ESCORPIÃO
(23/10 – 21/11) Sorte grande com grana este mês! Pode ser que role um aumento, um trabalho extra ou até mesmo uma graninha de presente de natal! No amor, você vai estar mais bemhumorada e autoconfiante, o que ajuda a atrair os garotos. Você não vai querer abrir mão da sua liberdade,. O crush de Escorpião: ao mesmo tempo que você quer abrir seu coração, o escorpião tem medo de perder momentos com os amigos. A dica é chegar devagar e mostrar que ele pode confiar em você.
PEIXES
(21/1 – 19/2) Você vai se sentir no topo do mundo em dezembro! Animada, otimista e cheia de energia, vai contagiar todos à sua volta. Apesar de todo esse altoastral, tente manter o pé no chão. Para ser valorizada, é preciso se valorizar.
(20/2 – 20/3) Mais intuitiva, você vai enxergar de longe o que as pessoas não percebem. Isso pode fazer com que você absorva um pouco de energia negativa dos outros. Se estiver solteira, abra bem os olhos, pois alguém do passado pode reaparecer para mexer com o seu coração.
O crush de Aquário: ele estará mais sexy e não vai perder nenhuma balada. Talvez não seja a melhor opção para um relacionamento sério, mas, se a ideia é só ficar, aposte: a pegada dele é ótima.
O crush de Peixes: distraído, o pisciano pode levar um tempo até te notar. Se acha que vale a pena, preste atenção na primeira quinzena deste mês, quando ele estará muito mais sexy.
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Você se lembra?
Parabéns era na selva... o bolo não! Texto por Neto Martini
A família toda estava reunida na garagem da casa, a mesa com doces estava montada em frente a um grande painel cheio de bexigas verdes e marrons, uma música tocava no fundo e todo mundo que chegava colocava o chapeuzinho do Tarzan na cabeça. No meio de abraços e beijos dos familiares e brincadeiras com as crianças convidadas, o principal momento da festa chegou: a hora do bolo entrar e todo cantarem os parabéns. Todos já estavam de pé, as palmas começaram e o bolo chegou. Ele era branco com detalhes em amarelo. Neste momento uma dúvida pairou na cabeça daquela criança: “por que o PiuPiu tá no bolo?”, porém, os parabéns continuaram e assim foi a comemoração. Após começarem a entregar os pedaços de bolo, o menino virou para a mãe e questionou: “mãe, por que o Piu Piu tá no meu aniversário? Ele não é amigo do Tarzan!”. Era óbvio que a mãe não esperava por este questionamento, e, sem saber o que responder, ela diz a primeira coisa que passa pela cabeça:
66 | crônica
“ELES SÃO AMIGOS!”, foi a resposta. Sim, caro leitor, foi o que a criança de seis anos ouviu e acreditou, ou melhor dizendo, fingiu que acreditou. Resultado: uma festa de aniversário feliz e uma mentira contada para uma criança. Anos se passaram, as fotos daquela festa estiveram guardadas e o menino nunca tinha visto. Depois alguns anos, revirando os álbuns de família, ele encontrou a fatídica foto daquele aniversário, das bexigas verdes e marrons, o Tarzan e o PiuPiu em um único lugar. E depois de mais de dez anos, questionou para a mãe, o que tinha acontecido e comentou falando: “… eu lembro que você falou que eles eram amigos”. A resposta foi rápida e veio acompanhada com um: “desculpa! Eu não sabia o que fazer.. ”, o mistério assim foi revelado, a falta de tempo e o excesso de confiança fez com que o PiuPiu participasse do aniversário de seis anos. “Ela era uma boleira maravilhosa, eu só pedi pra ela fazer um bolo, e até agora eu não sei da onde surgiu aquele PiuPiu”, contou a mãe. Finalmente, descobrimos o real motivo e tivemos uma prova viva de que nunca podemos mentir para uma criança. Agora a criança aqui continua assistindo Tarzan porém, ainda acredita que o PiuPiu vai aparecer e eles serão amigos para sempre.